Streaming audiovisual e o mercado brasileiro de televisão Alisson Bruno da Silva Castro Universidade Federal de Sergipe/Campus de São Cristóvão, Departamento de Comunicação Social – São Cristóvão-SE; [email protected]; INTRODUÇÃO Com um maior número de pessoas acessando a internet, as redes de televisão precisam estar atentas para não perder um novo público que vem crescendo e que no futuro pode se tornar muito importante nas finanças destas empresas. As novas formas de consumir audiovisual estão demandando uma estratégia para que a audiência que deixa de assistir aos programas da maneira convencional, através do aparelho de televisão, possa ter a opção de obter o conteúdo online. No entanto existem outros players neste setor do mercado. Pode-se observar um investimento neste nicho de empresas de telecomunicações, que buscam variar sua área de atuação, de emissoras de televisão segmentada e, por fim, de empresas que atuam exclusivamente na área online. Esses personagens concorrem entre si para conquistar pessoas que estão cada vez mais habituadas à convergência e as tecnologias multiplataforma. Este trabalho possui o objetivo de analisar o comportamento dessas empresas, seus modelos de negócios e suas estratégias para concorrer no mercado brasileiro. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho possui como base os livros “Mercado Brasileiro de televisão”, “Economia Política da Internet vol. 1”, “Economia Política da Internet vol.2” do professor César Bolaño. Além disso foram analisados artigos e dissertações sobre o assunto como: “Qualquer coisa a qualquer hora em qualquer lugar: as novas experiências de consumo de seriados via Netflix” de Camila Saccomori e “Capitalismo contemporâneo, mercado brasileiro de televisão por assinatura e expansão transnacional” de Valério Brittos. Também foram visitados os sites de consultoras que geram relatórios sobre internet. Sites com Alexa, Anatel e Ericsson Consumer Lab. Além do relatório trimestral da Netflix. Trazendo dados acerca da velocidade média da conexão no mundo, sobre os sites mais acessados em cada país, sobre o volume de tráfego de dados em horários específicos e quais sites estão em liderança no setor de audiovisual para internet. RESULTADOS E DISCUSSÃO Existem várias empresas que atuam no segmento de audiovisual para internet. Elas possuem origem diversas. Algumas surgiram atuando com telecomunicações, outras são redes de televisão aberta ou fechada e existem ainda as que surgiram na própria internet. Todas elas, no entanto competem pela audiência de um telespectador cada vez mais habituado com a convergência midiática. Sendo assim cada empresa monta seu plano de negócio e suas estratégias para obter os melhores resultados possíveis. Hoje a líder de mercado mundial em streaming é a Netflix. Ela tem como principais concorrentes no Brasil a rede Globo e companhias Vivo e Claro que também oferecem serviço de streaming para seus assinantes. Os modelos de negócios se diferenciam através da maneira em que o consumidor faz a assinatura do serviço. Enquanto a Netflix cobra uma assinatura mensal, as redes de televisão e de telecomunicações apostam em “combos” onde o consumidor assina a televisão segmentada e obtêm acesso ao serviço online. Os resultados das estratégias aos poucos vão aparecendo. Hoje já se sabe que a Netflix possui cerca de 3 milhões de assinantes no Brasil. Além disso a empresa americana mantém a maior margem de tráfego de dados na internet da América do Norte. Desbancando sites como Youtube, Itunes e Facebook. CONCLUSÃO O streaming está demonstrando a sua importância para o comércio online. Por exemplo, neste ano o streaming passou a ser a maior fonte de renda da música digital no país, deixando para trás os downloads. Este tipo de situação garante que novas plataformas passem a aderir a esse dispositivo, criando assim novos segmentos de mercado. As mais diversas redes de televisão pelo mundo, tanto de massa quanto do setor segmentado, estão investindo nos seus produtos online para ganhar um público que está migrando das formas convencionais de se consumir informação e entretenimento. No Brasil não é diferente, a rede que possui mais recursos já começou seus investimentos na área e procura disputar o mercado com as empresas de fora do país. Além disso firma acordos com as operadoras de televisão segmentada e telecomunicações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Brittos, Valério Cruz. Capitalismo contemporâneo, mercado brasileiro de televisão por assinatura e expansão transnacional. 2001. 425 f. Dissertação (Doutorado em Comunicação) - Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Universidade Federal da Bahia, Bahia. Saccomori, Camila. Qualquer coisa a qualquer hora em qualquer lugar: as novas experiências de consumo de seriados via Netflix. Temática NAMID/UFPB, João Pessoa, ano n.4- Abril/2015 BOLAÑO, César Ricardo Siqueira. (2007). Economia Política da Internet volume 1. São Cristóvão: Editora UFS BLAÑO, César Ricardo Siqueira. (2012). Economia Política da Internet volume 2