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São Paulo, 10 de Junho de 2011.
Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 14
Índice de Matérias
EDITORIAL
Os Guias Espirituais e a Missão da Umbanda (Rubens Saraceni) pág 02
DOUTRINA
Significado da Incorporação (Walmir Santos Pereira) pág 05
Metáfora das Mochilas (Alexandre Yamazaki) pág 06
Consciência Religiosa Umbandista (Antônio Bispo) pág 07
BALUARTES DA UMBANDA
Tenda Ogum Matinata (Amador Marcondes.) pág 08
Mãe Mercedes Soares (Mãe Mercedes Soares) pág 10
AGENDA DE EVENTOS UMBANDISTAS
Nota de Imprensa (Wagner e Meire) pág 18
OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA
O que é Magia Divina (Carolina Capelli) pág 12
PRECES E ORAÇÕES UMBANDISTAS
Mensagem de Otimismo (Fabiana Lucera) pág 13
CADERNO DO LEITOR
Exu 7 Demandas (Nelson Junior) pág 13
Elogio aos Médiuns (Cícera C.Neves) pág 14
Ubuntu (Om Sri Maha Lakshmyai Namah) pág 15
Reflexão: A Caixa (Dinalva Domingues de Faria) pág 15
Graus na Umbanda (Pablo Araújo de Carvalho) pág 16
DÚVIDAS E EMAILS
Ogum Marê ( Edenir Santos) pág 19
Fechamento de Corpo na Umbanda ( Associação Cobra Coral) pág 20
Sua? Minha? Nossa religião (Alex Valente) pág 20
EVENTOS UMBANDISTAS
Homenagem aos Pretos Velhos (Mãe Dorothea) pág 21
LAZER E CULTURA
Convite (Agostinho Ferreira) pág 22
2º Festival de Curimba (Sandra Santos) pág 23
Sobre Pretos Velhos no Jornal O Diário de Catalão (Dalto Barros) pág 25
Livros (J.N.U.) pág 28
ÚLTIMA PÁGINA
Planetas que giram ao contrário (Alexandre Toledo) pág 29
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Pág. 1
Além das matérias que estão
nesta
edição,
visitando
o
site
www.jornalnacionaldaumbanda.com.br
você encontrara no menu “textos
Especiais” o texto sobre o que é Magia
Divina na íntegra, encontrará também
outras matérias que por serem longas
demais, decidimos deixar a disposição
direto no site, para que todos possam
baixar ou simplesmente consultar
quando quiser.
No
menu
“Baluartes
da
Umbanda”, você vai encontrar desde a
primeira matéria já publicada, como
também fotos e vídeos dos Baluartes da
Umbanda que já foram entrevistado pelo
JNU.
Esta
semana
estaremos
disponibilizando um menu chamado
“Downloads”, onde poderão baixar
mensagens em arquivos Power Point,
animações em Flash, pequenos vídeos de
assuntos umbandistas e imagens livres
relacionadas a Umbanda.
PEDIMOS A VOCÊ AMIGO
LEITOR, QUE NOS ENVIE
MATÉRIAS SOBRE OS OGÃNS EM
SEUS TERREIROS. QUEREMOS
HOMENAGEÁ-LOS, CONTANDO
UM POUCO SOBRE ELES E SUA
FUNÇÃO NOS TERREIROS DE
UMBANDA. Envie para o e-mail:
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COLÉGIO DE UMBANDA SAGRADA PAI BENEDITO DE ARUANDA.
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O Colégio de Umbanda, atendendo a vários pedidos de pessoas que não têm como fazer o
curso a noite, decidiu abrir excepcionalmente, um curso de Doutrina, Teologia e Sacerdócio de
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EDITORIAL
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OS GUIAS ESPIRITUAIS E A MISSÃO DA UMBANDA
Nós sabemos que o ato de incorporar espíritos acontece desde os primórdios da
humanidade sendo que tanto acontecem incorporações controladas quanto totalmente fora
de controle.
As incorporações controladas acontecem dentro de trabalhos mágico-religiosos,
também tão antigos quanto a humanidade, não sendo privilégio da Umbanda reproduzir
regularmente este fenômeno mediúnico porque povos muito antigos e que desconhecem a
existência da Umbanda já praticam há milênios a incorporação controlada de espíritos ainda
que elas se mostrem menos elaboradas que na Umbanda, pois esta ritualizou e diferenciou a
incorporação.
Já as incorporações descontroladas vêm acontecendo desde os primórdios da
humanidade e não está limitada a um ou outro povo porque acontece em todos os lugares
sendo que nem sempre foi aceita como tal e sim se atribuiu a este fenômeno a denominação
de loucura, segregando estas pessoas de suas famílias e da sociedade porque, quando
possuídas tornam-se incontroláveis.
A incorporação ou possessão descontrolada de espíritos foi explicada no decorrer dos
tempos por todas as religiões e cada uma a descreveu segundo o seu entendimento sobre o
assunto, com cada uma desenvolvendo um formulário mágico-ritualístico para lidar com este
fenômeno.
Ainda hoje, em pleno século XXI, vemos algumas religiões lidando com este fenômeno
de um modo arcaico e já ultrapassado, pois desde o advento de Allan Kardec e do espiritismo
essas possessões foram muito bem explicadas e colocadas à disposição de todos, facilitando
a compreensão da mediunidade, que não tem nada a ver com a existência de um suposto
“diabo” tão poderoso e oposto a Deus que vive atentando as pessoas e possuindo-as para
levá-las para o inferno.
Hoje, graças ao trabalho de Allan Kardec compreendemos perfeitamente estas
possessões descontroladas e até podemos auxiliar médiuns possuídos por espíritos vingativos
a lidarem com esta faculdade mediúnica livrando-os do sofrimento ao qual estavam
submetidos.
Então, que fique bem claro para todos que não existe uma só religião para auxiliar
pessoas com desequilíbrios acentuados em suas faculdades mediúnicas.
Para uma correta compreensão da possessão descontrolada temos que:
1º Acreditar na imortalidade do espírito.
2º Acreditar que se muitos evoluem no plano material e desenvolvem um elevado estado de
consciência que os conduz a planos espirituais luminosos também acontece a regressão
consciencial que conduz muitos espíritos a planos espirituais escuros retendo-os para que, no
arrependimento corrijam-se.
3º Também sabemos que, assim como muitos espíritos que evoluíram agradecem a Deus e
colocam-se como auxiliares dos que reencarnam, muitos dos espíritos que regrediram
consciencialmente revoltam-se contra Deus e tornam-se perseguidores dos espíritos
encarnados e principalmente daqueles que eles acham que são os responsáveis pelas suas
quedas.
4º Esses espíritos “caídos” formam
prazer em desencaminhar os espíritos
numerosas hordas de afins que sentem
retidos nas faixas vibratórias negativas,
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desenvolvendo neles a revolta contra Deus
e a busca de vingança contra seus
desafetos ou inimigos ainda encarnados ou
não.
Pois bem, como isto já foi muito bem
descrito por Allan Kardec, que criou um
sistema de lidar com estes espíritos dando
origem ao espiritismo então precisamos
compreender o contexto onde se insere a
Umbanda, que adotou muitos dos
conhecimentos trazidos por Allan Kardec,
mas adaptou-os em uma forma diferente de
utilizá-los.
Se no início do século XX o
espiritismo estava em plena expansão
desenvolvendo um trabalho muito grande
de auxílio às pessoas obsediadas por seus
algozes espirituais, no entanto eles se
deparavam com a imensa quantidade de
pessoas que não estavam sofrendo
obsessão, mas sim eram vítimas das mais
diversas modalidades de magia negativa
praticadas aqui no plano material por
pessoas conhecedoras delas e que
recorriam a elas para se vingarem dos seus
desafetos ou inimigos encarnados.
Com as possessões ou obsessões o
espiritismo lutava muito bem, mas, com as
magias negativas englobadas no nome
“magia negra” não possuíam os recursos
mágicos necessários para anulá-las e
libertar as pessoas de ações muito bem
direcionadas para destruí-las.
Voltando no tempo nós encontramos em
todos os continentes varias religiões, muitas
delas já desaparecidas, que tinham a magia
positiva ou “branca”, que era recurso para
anularem as ações mágicas negativas e
livrarem as pessoas vitimadas por elas dos
sofrimentos que elas lhes acarretavam.
Mas muitas destas antigas religiões
que tinham na magia positiva o antídoto
correto contra a magia negativa haviam
desaparecido quase por completo, só
restando poucos conhecedores profundos
da verdadeira magia delas. Então o plano
espiritual se movimentou para criar, nos
moldes do espiritismo, uma nova religião
que teria na magia um poderoso recurso
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para auxiliar pessoas vitimadas pelos que
recorriam à magia negra para atingi-los.
O pouco que havia restado dessas
antigas religiões estava refém de algumas
pessoas que não se limitavam só a prática
da magia branca e sim, dependendo da
recompensa também realizavam magias
nefastas ao gosto dos seus contratantes.
Porque eram
muitos
os que
procuravam este tipo de acerto de contas
com seus desafetos ou inimigos, muito era
o sofrimento das pessoas vitimadas por elas
e que, se não podiam pagar para quem
sabia desmanchá-las, ficavam sofrendo sem
ter a quem recorrer, pois tanto a feitiçaria
indígena praticada aqui no Brasil quanto a
europeia e a africana, etc., não fazem
distinção na sua prática e sim, tanto a
realizam para o bem quanto para o mal
sendo que seus praticantes atribuem a
responsabilidade por elas aos que os
contratam, eximindo-se de qualquer culpa.
Diante desse quadro sombrio foi que
a espiritualidade superior se organizou para
criar uma religião nos moldes do
espiritismo, voltada para a prática da magia
branca, com uma dinâmica própria para se
contrapor à prática da magia negra.
Assim como a prática da magia negra
envia para as faixas negativas os seus
praticantes, a magia branca envia para as
faixas positivas os praticantes dela.
E foi entre os espíritos praticantes da
magia branca que essa nova religião
ressonou mais intensamente atraindo
muitos milhares deles que aceitaram
organizar-se para, através da incorporação
mediúnica controlada, começarem a ajudar
as pessoas vítimas de magias negras.
Espíritos
de
grande
evolução
arregimentaram muitos milhares de outros
que já seguiam suas orientações e diante
dos Sagrados Orixás assumiram o
compromisso de, dentro da nova religião,
criarem linhas de trabalhos espirituais que
ligadas e regidas pelos Orixás formariam a
espinha dorsal da nova religião denominada
inicialmente de Linha Branca de Umbanda e
Demanda.
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Esses espíritos de grande evolução
arregimentaram muitos milhares de outros
espíritos também conhecedores da magia e
que, em suas últimas encarnações haviam
pertencido a várias religiões e povos
diferentes, inclusive praticavam de formas
diferentes suas ações e, que quando
começaram a incorporar solicitavam dos
seus médiuns elementos de magia
diversificados.
Uns trabalhavam com ervas, outros
com velas, outros com colares, outros com
pontos riscados, outros com fitas, linhas e
cordões, outros com bebidas, outros com
pós, etc. criando em pouco tempo um vasto
formulário mágico umbandista que, se
usava os mesmos elementos usados em
outras religiões mágico-religiosas, no
entanto davam a estes elementos uma
utilização diferente e isto causou espanto
nos tradicionalistas que, desconhecendo o
poder mágico dos guias de Umbanda
achavam que a nova religião agia de forma
profana com elementos de magia tidos
como sagrados para eles.
Na verdade, não são os elementos
que contêm poderes em si mesmos e sim
eles estão nas mãos dos espíritos guias de
Umbanda que os manipulam segundo a
necessidade das pessoas que os consultam
e eles, livres de qualquer convencionalismo
ou ritualismo os manipulam o tempo todo
sem se preocuparem com o que deles falem
quem duvida dos seus poderes mágicos.
Portanto a nova religião criada com o
nome de Umbanda diferencia-se do
espiritismo tradicional, ainda que se sirva
dos seus conhecimentos, e diferencia-se
dos tradicionais cultos afro-ameríndiobrasileiros porque ainda que se sirva das
suas nomenclaturas ou iconografia, no
entanto deu a elas uma nova utilização e
entendimento
visando
facilitar
seus
trabalhos mágico-religiosos em benefício
das pessoas vitimadas por nefastas magias
negativas.
Esta simplificação na manipulação dos
elementos de magia e de culto e acesso as
Divindades é o que diferencia a Umbanda
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Pág. 4
do moderno espiritismo e das antiguíssimas
religiões mágicas e engana-se quem pensa
que todos os espíritos são iguais, pois há
aqueles que não são capazes de uma única
ação mágica e há os que têm um grande
poder de realização desenvolvido quando
ainda viviam no plano material e que foram
aperfeiçoados depois que desencarnaram e
que, já livres das limitações do corpo
biológico sentiram-se aptos a ampararem
muitas pessoas ao mesmo tempo, trabalho
este que podem realizar após ingressarem
em alguma linha de trabalhos espirituais
umbandistas.
Não houve o acaso na criação da
Umbanda e ela atendeu a um clamor dos
espíritos altamente evoluídos direcionado a
Deus para que Ele lhes facultasse uma via
religiosa afim com suas formações passadas
onde, ainda no plano material, já se
dedicavam a amparar e ajudar pessoas
vitimadas por magias negativas ou
perseguidas por seus inimigos espirituais.
Muitos, ao descreverem a criação da
Umbanda limitam-se ao evento acontecido
no lado material com o seu fundador pai
Zélio Fernandino de Morais e não atinam
com a sua real criação já acontecida no
plano espiritual.
Portanto que nenhum médium
umbandista se surpreenda com a forma dos
seus guias trabalharem e não atribua a eles
ignorância ou atraso religioso porque as
ditas religiões mentalistas ou filosóficas não
sabem como combater as ações mágicas
negativas desencadeadas em grande parte
por seguidores delas que buscam nessa
modalidade de magia acertar suas contas
pendentes com seus inimigos encarnados e,
justamente por não saberem lidar de forma
correta com a magia negra e com as hordas
de espíritos trevosos que atormentam seus
seguidores, preferem atribuir o sofrimento
deles a um suposto diabo, oposto a Deus,
do que reconhecerem que a prática do mal
contra os seus semelhantes é inerente ao
ser humano, mas que essas religiões não
sabem como combater.
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O SIGNIFICADO DA INCORPORAÇÃO
Incorporação; ação de incorporar.
Incorporar; 1 dar forma corpórea a: 2 juntar
num só corpo: 3 unir, ligar, reunir (em um só
todo): 4 agregar (pessoa física ou jurídica) sob a
forma de companhia ou sociedade por ações,
cotas, com um fim de construir edifícios, etc,; 5
tomar corpo, 6 ingressar em; reunir-se, juntarse.
Eis toda definições contidas no dicionário, mas
falando no sentido espiritual qual seria seu real
significado?
Muitos têm uma visão ou concepção
errada do verdadeiro sentido de incorporar nos
dias de trabalhos espirituais, tendo em vista a
falta de informações, pois existe um dogma
muito antigo que o médium é simplesmente um
cavalo ou como alguns guias costumam chamar
seus médiuns de meus burros, alguns têm
outras concepções bem melhores: que médiuns
são canais de comunicação do plano espiritual
para com o plano físico, que em termos estão
corretos, mas incorporar não é somente ser um
canal de comunicação, existe um propósito
muito maior por trás desta faculdade mental que
muitos praticam dentro dos templos.
A incorporação de nossos guias
espirituais em nosso corpo físico além de ser
uma troca contínua de fatores, tem como
sentido principal fazer com que assimilemos e
comecemos a manifestar em nossas vidas e
para as dos nossos semelhantes o que
chamamos de sete linhas da umbanda, que são
as
sete
Virtudes
Divinas
(fé,
amor,
conhecimento, razão, lei , sabedoria e a vida).
Portanto, não é certo vestir o branco, que para
nós representa a pureza da fé e ser visto como
um cavalo ou simplesmente só como um canal
de comunicação do espiritual para o material.
Assim estaremos dando sentido ao modo que
alguns guias se referem a nós.
Temos que nos conscientizar que, em se
tratando de plano espiritual, ainda estamos
engatinhando com relação ao conhecimento,
mas por outro lado muito já foi aberto para nós
através de psicografia de mestres espirituais.
Alguns talvez não aceitem o evoluir das
coisas, (pois se tratando de Deus nada é
estático e tudo é movimento simplesmente por
causa de seus egos dominadores, pois se
acreditam senhores do conhecimento Divino, e
não pretendem dividir ou até mesmo perder
seus discípulos para aqueles quem trazem algo
diferente do que eles pregam, pois fazem da
religião um verdadeiro mercado
de seres
humanos que, inocentemente, ou talvez
ignorantemente fecham os olhos para as coisas
que muitos fundamentam.
Os fundamentos que nos chegam são
para melhorar nossas práticas e caminharmos
de forma sábia naquilo que estamos praticando.
Hoje temos a nossa disposição vários livros
fundamentando tudo aquilo que era oculto, ou
talvez desconhecessem, mas era conveniente
falar que era oculto, pois não tinham que
explicar minuciosamente, aonde poderiam se
complicar ou complicar mais ainda em nossas
cabeças.
Portanto estudem as suas religiões para
não serem tachados como atrasados e
ignorantes perante os outros seguidores de
outras religiões, pois Umbanda é estudo, amor e
caridade, então questione tudo, vá buscar
explicações, pois nada é por acaso e tudo tem a
sua explicação, desde a mais remota lenda, que
hoje ela é remota mas quem a contou pela
primeira vez tinha seus fundamentos. Até certas
atitudes e hábitos de nossos avos para algumas
ocasiões tem os seus porquês, e nunca aceite
como resposta a frase “há mais mistério entre o
céu e a terra do sonha nossa vã filosofia”,
porque isso é desconhecimento das coisas,
desculpa por não saber ou não conhecer.
Falando assim não pretendo dizer que
teremos que saber tudo porque o conhecimento
é infinito, mas temos que conhecer muito
daquilo que praticamos. É através do
conhecimento que entendemos a essência da
religião, que é o seu principal fundamento.
Como diz o Mestre: “Nenhuma religião é
melhor que seu pior praticante”. “Cada um é
responsável por todos e vice versa”. Portanto,
quando a base da pirâmide é firme, nossas
raízes nos levarão de volta as estrelas. E na
espiritualidade, de uma forma geral, todas as
vias de crescimento para o ser humano,
colocadas por Deus à nossa disposição são
boas, só precisa saber como você a pratica no
seu dia-dia para com seus semelhantes e o
quanto você conhece daquilo que está
praticando. “Procure não desenvolver dentro de
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si algum preconceito de que a minha Umbanda
é melhor e a do fulano é pior, pois todas são
boas. Então, as pessoas que queiram se iniciar
ou estão se iniciando, que façam sua
caminhada sem temor. Confie que tudo está
sendo conduzido pelo Superior. Mas procure
instruir-se, procure aprender e não colocar
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Pág. 6
bloqueios dentro de si mesmo, contra isso ou
aquilo, mas sim ir até cada coisa e aprender
sobre ela e dela extrair o seu juízo, a sua
experiência, porque isso é que vai contar”.
Enviado por: Walmir dos Santos Pereira
E-mail: [email protected]
METÁFORA DAS MOCHILAS
Enviado por: Alexandre Yamazaki
E-mail: [email protected]
Recentemente ouvi uma metáfora sobre o comportamento humano muito
interessante, que era mais ou menos assim:
“O ser humano caminha pelo mundo sempre em fila indiana. Carrega em
sua jornada duas mochilas, uma na frente e outra em suas costas. Na da
frente leva suas virtudes e qualidades e mantém seus olhos atentos a elas, na das costas leva
seus defeitos e dificuldades. Carrega suas virtudes bem próximas ao peito, enquanto observa
os defeitos e dificuldades do outro a sua frente, sem se dar conta que aquele que vem atrás,
pensa o mesmo dele”.
Este pequeno texto foi encaminhado por e-mail e o autor eu desconheço, mas achei que
poderíamos a partir desta cena convidá-los a continuar desenvolvendo essa metáfora, sendo que
talvez ela nos seja útil para entendermos alguns dos nossos comportamentos.
Essas mochilas fazem parte de nós. Durante nosso desenvolvimento emocional alimentamos
nossas mochilas com nossos conhecimentos e desconhecimentos de nós mesmos. As confirmações
e negativas às quais somos submetidos todo o tempo, vão carregando-as, ora a da frente, ora a de
trás. Elas são responsáveis, entre outras coisas, por nossa auto percepção, segurança interna e
autoestima que influenciam e moldam nossas propostas de relação.
Realmente trazemos dentro de nós esta difícil equação. Como nos relacionarmos de forma
positiva e saudável, sem enaltecermos demasiadamente as nossas qualidades, e nem negá-las ou
envergonhar-se delas? A busca pela saúde emocional nos leva a andar simplesmente, ora lado a
lado, ora em nossa velha fila indiana, ora alternadamente, buscando relações simétricas e algumas
vezes complementares, mas tentando olhar e aceitar nossas diferenças e similaridades que regem a
intensidade do ser humano.
Quanto às dificuldades e defeitos, continuaremos a observá-los e a carrega-los, mesmo que
andemos lado a lado. Precisamos de nossas mochilas traseiras para contrabalançar o peso que
carregamos, mantendo nossas costas eretas e retas. Quando valorizamos demais nossas virtudes e
nos cegamos aos nossos defeitos, tornamos nossa mochila da frente muito pesada o que obriga
nosso corpo a dobrar-se para frente e impede que vejamos com clareza nosso objetivo. Como
consequência, passamos a observar e a valorizar atentamente cada pedra de nosso caminho, já que
estamos totalmente inclinados e com nossa atenção voltada às pedras. Estas seriam comparadas
aos sentimentos de inveja que atraímos para nós.
Se carregarmos demais nossa mochila das costas, exacerbando nossos defeitos e
dificuldades, forçamo-nos a olhar para o céu, buscando um ideal, uma perfeição. Como resultado
nos cegamos com o excesso de luz, perdendo o referencial de quem somos e do que é possível e
desejado, e ficamos apenas com a lembrança de quem gostaríamos de não ser (nós mesmos). A
insatisfação, nos torna rígidos e exigentes, donos de uma autocrítica implacável e na maioria das
vezes surge uma imensa solidão como resultado.
Engana-se aquele que acredita que a saída está em negar a mochila das costas, pois não
temos como descartá-la, ela faz parte de nós. Engana-se também quem acredita que a solução seja
completar a mochila da frente, pois ela se tornará pesada demais e o resultado já conhecemos.
Talvez a saída esteja no entendimento que temos sobre o conteúdo de nossas mochilas, as
duas faces de tudo, bem e mal intercalados e complementares. Aprender com nossos defeitos e
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dificuldades, conhecendo-os primeiramente, ou seja, passando-os da mochila de trás para a da
frente, transformando-os em características e aceitando o seu lado positivo, é o movimento
essencial do autoconhecimento. No começo pode tratar-se de uma jornada difícil, pois alguns
passos parecem mais cansados e pesados, mas aprimorando nosso processo descobrimos que o
que entendíamos como defeitos são velhos e conhecidos resultados presentes em muitos de nossa
fila indiana.
E aí, como se encontram as suas mochilas?
CONSCIÊNCIA RELIGIOSA UMBANDISTA!
Por que estudar UMBANDA?
Para aprender o que? Para se entender sobre o que?
Penso que é para se entender que a UMBANDA É UM ORGANISMO VIVO e em franco
desenvolvimento. E este organismo vivo, vive dentro de nós, UMBANDISTAS.
Estudar e entender sua história é reconhecer a nossa própria história, é saber e dizer de onde
viemos, por que viemos, e também vislumbrar um caminho por onde estamos indo. Pois já nos
perdemos outrora, pela falta de conhecimento e de reconhecimento dentro da sociedade. Eu creio
que estamos na fase da expansão da consciência religiosa UMBANDISTA, impulsionada por esta
nova forma de ensinar a Umbanda, adotada pelos Templos Escolas, e destes novos formadores,
que abrem cada vez mais o conhecimento aos novos UMBANDISTAS, como nós.
Nós, que adentramos recentemente nos trabalhos, não viemos apenas pelo AMOR OU PELA
DOR. Viemos pelo conhecimento, pela grande magia desta religião DIVINA!
Já não nos contentamos em fazer. Queremos entender. O conhecimento abre portas e
janelas, e a mente expansiva do médium, guiada pelos seus guias, se ilumina num arco íris divino
sem véus, criando uma nova era para a religião. Uma era em que há o reconhecimento e o respeito,
pois fazemos parte da sociedade, e já não aceitamos viver a margem desta sociedade.
Todas as nossas praticas religiosas são justificáveis, mas não é errado apropriarmos as
nossas praticas ao bom convívio dentro desta sociedade da qual fazemos parte.
Faltou-nos em outros tempos a consciência de que fazemos parte de um todo e que devemos
cumprir e honrar a nossa cota de participação. NO HINO UMBANDISTA DIZ: Avante filhos de fé,
pois como a nossa lei não há!
Qual é a nossa lei?
A nossa lei é a Lei de DEUS. E é muito mais abrangente porque nos dá muito mais
responsabilidades, nos obriga ao exercício constante da fé e do amor incondicional, do respeito às
diferenças, do olhar fraterno às minorias, da humildade e do reconhecimento de si próprios, do
conhecimento, da transformação e da evolução.
Não aceito mais os termos pejorativos para comigo ou para com nossa religião, pois
reconheço minha essência divina. Quero exigir respeito aos meus direitos, más para isto devo ter
consciência de meus deveres. É A NOSSA LEI.
Não compactuo com praticas que agridem minha consciência, pois reconheço os
fundamentos de minha religião, e estes são simples e abrangentes. Entretanto hoje também aceito
os diferentes níveis de cada um e me reconheço em cada irmão movido pela ignorância, pois assim
também me entendo, apenas escolhi o caminho do conhecimento e da reflexão.
Estudar de uma forma ampla é procurar adquirir o conhecimento de algo.
Preparar, examinar, ponderar, amadurecer. Observar cuidadosamente o fenômeno.
Dedicar-se à apreciação, análise e a compreensão. Entender o organismo vivo que habita o templo
mediúnico (corpo do médium), é ter posse de sua certidão de nascimento, é apresentar seu RG a
quem questione sua identidade, é saber e reconhecer de fato o seu PAI a sua MÃE, seus irmãos e a
sua origem divina. Conhecendo nosso passado, construímos no presente.
E podemos olhar no horizonte um futuro promissor de respeito e reconhecimento para a
nossa religião.
Enviado por: Antônio Bispo
E-mail: [email protected]
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TENDA DE UMBANDA OGUM MATINATA
COMPLETA 25 ANOS DE SUA FUNDAÇÃO
O Jubileu de Prata será comemorado o mês todo por nossos irmãos Umbandistas, em
Caraguatatuba – Litoral Norte de São Paulo.
No próximo dia 05 de junho, a Tenda de Umbanda Ogum Matinata completará 25 anos de
existência, dedicação e muito trabalho. Inicialmente fundada em Guaratinguetá há 12 anos está
localizada em Caraguatatuba, Litoral Norte de São Paulo, onde acontecerão as comemorações.
Estão programadas diversas ações e eventos para a ocasião, que celebrará também os 70 anos de
sua fundadora Elisa Marcondes, dirigente espiritual desde sua fundação e em plena atividade até os
dias de hoje.
Mãe amorosa de sete filhos (de sangue e tantos outros de fé), esposa dedicada, amiga de
todas as horas, Elisa Marcondes nasceu em 1941. Iniciou suas atividades em 1959, em
Guaratinguetá, sua cidade natal, no Centro Espírita “Amor e Luz”, onde estudou com afinco as obras
da codificação Kardecista. Dois anos depois, por orientação do mentor espiritual da casa
encaminhou-se para a Tenda de Umbanda São Jorge, sob a alegação de que seus guias pertenciam
àquela corrente. Sem questionamentos, Elisa foi conhecer a nova religião que lhe fora apresentada.
Trabalhou por algum tempo na cambonagem e, anos depois, iniciou seu desenvolvimento
mediúnico. Em 1978, por motivo de mudança de residência teve também de transferir-se de Casa
sendo acolhida pelo Centro Espírita Aganjuê, de
Guaratinguetá, onde mais tarde foi totalmente
preparada para o trabalho de caridade e para
cumprir suas atividades como dirigente espiritual.
Cinco anos depois de ingressar no Centro foi
nomeada 3ª Dirigente Espiritual, cargo mais
conhecido como Mãe Pequena e, mediante um
juramento na cachoeira de Pai Xangô, assumiu
com muito amor e dedicação o cargo que lhe fora
designado pelo plano espiritual superior da casa.
No final de 1985, por orientação de seu
mentor espiritual, o Senhor Ogum Matinata, Elisa
sai do Aganjuê e inicia sua própria tenda. Foi
nessa ocasião que seu mentor lhe disse – “é
chegada a hora de andar com suas próprias
pernas. Minha casa se chamará TENDA DE
UMBANDA OGUM MATINATA”. E assim foi feito. Em 1986 iniciam-se as atividades religiosas da
casa e, com recursos próprios, foi feita toda documentação necessária para a abertura e registro
oficial da entidade.
Após anos de dedicação à religião de Umbanda na Casa do Senhor Ogum, eis que uma nova
missão lhe é designada e a Tenda é transferida para a cidade de Caraguatatuba. A princípio, a
dirigente Elisa não entendeu ao certo o que seu mentor pretendia com aquela mudança. Mas, como
tudo em sua vida, uma vez designado pela espiritualidade superior, não havia contestação. As
atividades iniciaram-se com poucos membros. Algum tempo depois, como a própria espiritualidade
alertou, em cada colina da cidade era anunciada a existência de uma nova Casa, que praticava a
caridade com seriedade e muita responsabilidade. Foi assim que, pouco a pouco, os espaços da
Tenda foram aumentando e os trabalhos espirituais e sociais também atingiam um número cada vez
maior de pessoas e, em fevereiro de 2004, a Câmara Municipal reconheceu a entidade como sendo
de utilidade pública.
Também em 2004, mediante o crescimento da casa eo grande número de médiuns e
consulentes, baseados no tripé “amor, caridade e conhecimento”, os dirigentes da entidade
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perceberam a necessidade de espalhar o conhecimento de Umbanda a todos. E, em 07 de janeiro
daquele ano, fora fundado por Rubens Saraceni e Alexandre Cumino, o Colégio de Umbanda
Sagrada Caboclo Jurupari, uma escola umbandista que leva os conhecimentos da religião a todos
os interessados pelo assunto.
De lá para cá, a Casa conquistou junto a Prefeitura de Caraguatatuba um terreno para a
construção de sua sede própria e depois de muito trabalho e vários eventos e ações sociais a Tenda
de Umbanda Ogum Matinata conta hoje com 420m2 de área construída, divididos em Templo
Umbandista, biblioteca, salão social, sala de evangelização, sala de magia, herbário, entre outros
espaços.
Já em sede própria foi criado o Colégio de Magia Caboclo Samambaia, que já está em sua
sétima turma de iniciação à Magia.
Atualmente, a casa possui um grande quadro de associados, todos comprometidos com as
ações sociais e culturais da casa entre elas:
- Projeto ambiental “Plante uma árvore no seu coração”, onde os médiuns ajudam a plantar
árvores nas áreas de desmatamento e incentivam crianças, jovens e adultos a fazerem o mesmo;
- Projeto Social “Criança, alegria e cidadania” que acontece junto com a festa das crianças de
Cosme e Damião e, em grande evento em Praça Pública, convidamos advogados, médicos,
dentistas, protéticos, assistentes sociais, pedagogos, massagistas, fonoaudiólogos, professores de
educação física e outros profissionais para a realização de dinâmicas de entretenimentos e
atendimento às famílias carentes da região.
- Projeto Cultural “Teatro até você” que convida a comunidade a participar de apresentações
teatrais, com o apoio da “Cia de Teatro Pópatapátaio”.
- “Natal mais Feliz” é uma ação idealizada pela Preta Velha Zumila, guia chefe da casa, que
leva uma cesta de Natal e brinquedos às famílias carentes cadastradas na casa;
O próximo projeto e mais ambicioso é o “Projeto de Geração de Renda”. A ideia é possibilitar
às famílias carentes, através de cursos gratuitos, uma forma de obtenção de renda para seu próprio
sustento, sem precisar depender da caridade alheia.
Estas são algumas formas que encontraram de retribuir à sociedade todo o amor que o
Criador dispensou para a construção e manutenção da Tenda de Umbanda Ogum Matinata. Um
espaço sagrado que beneficia a tantos irmãos e realiza intensamente a caridade espiritual, além de
procurar fazer o seu papel para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Salve os 25 anos da Casa do Senhor Ogum Matinata! Salve! Salve!
(Demais fotografias, veja no site www.jornalnacionaldaumbanda.com.br, no menu Baluartes da Umbanda)
Enviado por: Amador Marcondes
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Você pode se cadastrar na A.U.E.E.S.P.,
sendo pessoa física ou jurídica.
Pode ser associado individual, núcleo
(centro, associação), colaborador jurídico ou
colaborador físico.
Se você acredita que vale a pena lutar por
nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada
mais queremos além de ver a Umbanda crescer e
de valorizar nossas práticas religiosas e nosso
sacerdócio.
Falar com Sandra Santos
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Templo de Doutrina Umbandista Pai Oxalá e Pai Ogum
Mãe Mercedes Soares
A minha vocação espiritual começou com um irmão que tinha problemas com alcoolismo.
Falavam que ele tinha encosto e uma série de doenças. Assim, resolvemos procurar a
espiritualidade pela primeira vez. Muitos diziam que ele era médium e, a partir disso, comecei a
acompanhá-lo no desenvolvimento da mediunidade. Porém, eu continuei e meu irmão parou. O
início da minha vida religiosa aconteceu no Candomblé e, em 1976, fui raspada. E até 1998 trabalhei
na Casa Afro Brasileira Nirê Mitá.
Depois desse período, eu fechei o terreiro. Pensei que já tinha me aposentado na vida
espiritual. E foi então que conheci o Mestre Rubens Saraceni. Fui fazer os cursos ministrados por
ele, e hoje trabalho dentro da Umbanda Sagrada, com o Templo de Doutrina Umbandista Pai Oxalá
e Pai Ogum, inaugurado em 2001.
O Templo de Doutrina Pai Oxalá e Pai Ogum também é um colegiado de magos, na qual eu
dou aula de magia. Trabalho dentro dos rituais ensinados por Rubens Saraceni, que é o meu
mestre. E através da espiritualidade iniciamos o Projeto Caridade, que foi um pedido do Seu José
Pelintra e da Dona Maria Mulambo. Dentro do Projeto Caridade cuidamos de mais de 70 famílias,
doando mensalmente cestas básicas e fazendo eventos em paralelo para arrecadar verba e
construir a nossa sede própria.
Em todo esse tempo de vida
espiritual
tive
caminhos
de
dificuldade. Mesmo quando eu
trabalhava com o Culto de Nação,
eu nunca cobrei “o chão e a mão”.
Um dos maiores problemas da vida
espiritual é a discriminação da
religião,
principalmente,
no
Candomblé. No início também
ocorreram problemas com a
família, pois cresci em um
ambiente muito católico. Mas
passando
o
tempo
eles
reconheceram a seriedade do meu
objetivo espiritual.
Com o mestre Rubens
Saraceni fiz 21 magias sagradas e
estou terminado a última. Sigo
rigorosamente os ensinamentos
dele tanto no religioso como no magístico. Sempre falo que sou apenas uma gerente no plano físico
da espiritualidade. Sempre sigo a orientação que eles me dão, que é trabalhar a fé, o amor e a
determinação. Se você tiver essa tríade, já é um umbandista. Não gosto de falar que tenho uma
obrigação com a religião. Eu digo que se for pra ser feito, se é para trabalhar com o espiritual, tudo
tem que ser feito com amor. Obrigação é impor. E eu sigo com muita fé o que meus pais e minhas
mães me direcionam para que seja feito para o meu bem e o do meu semelhante.
A experiência que mais me marcou em todo esse tempo de espiritualidade foi quando o Seu
Tranca Ruas das Matas fez uma cirurgia espiritual, nos anos 90. Uma pessoa precisava operar de
hérnia de disco e ele com apenas um pano branco realizou uma intervenção cirúrgica espiritual.
Com isso, a mulher não precisou fazer cirurgia com médicos e ficou curada. Tudo o que recebi da
espiritualidade foi dado por minhas próprias entidades. Assim, eles tinham certo controle pelo que eu
fazia. Com isso, acredito que mesmo quando eu estava no Candomblé, sempre fui preparada para
trabalhar na Umbanda.
Nós temos uma arma muito valiosa nas mãos que é o amor. E poucas pessoas o praticam. E
temos que ativar isso nos nossos irmãos. Aqui no Templo o que eu mais ensino é a fé e o amor.
Tendo isso, a determinação vem e conseguimos seguir nosso caminho.
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A Umbanda é uma religião muito nova, que acabou de nascer. Tenho a esperança que a
Umbanda cresça ainda mais. Costumo dizer que a Umbanda é muito simples, mas não simplista.
Espero que os meus filhos e irmãos de religião andem sempre no caminho da Lei Maior e da Justiça
Divina e tenham uma conduta séria que os levem ao Divino Criador.
Mãe Mercedes Soares
Templo de Doutrina Umbandista Pai Oxalá e Pai Ogum
Rua Tietê, 600 – Rudge Ramos
São Bernardo do Campo – São Paulo
Telefone: (11) 4365-1108
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OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS.
Entrevista do Mestre Rubens Saraceni concedida a Carolina Capelli e Eduardo Belezini, alunos da
Universidade Federal de São Carlos, para elaboração de um trabalho de campo, onde escolheram o
tema MAGIA DIVINA.
Esta entrevista foi nos concedida dia 27 de outubro de 2010, em presença de Eduardo, Carolina,
Miriam.
O QUE É A MAGIA DIVINA?
Rubens: O ensino da magia divina começou a partir de uma determinação de um espírito
mensageiro chamado mestre Seiman, que determinou que eu começasse a ensinar magia às
pessoas.
Então, em três de maio de 1999 começou o primeiro grupo de estudo da magia divina, e a partir dali
não parou mais. E foi crescendo, alcançando cada vez mais e mais pessoas e que hoje se contam
aos milhares de pessoas que já estudaram a magia divina, já se iniciaram em algum dos seus graus
e estão ajudando outras pessoas nos seus problemas, dificuldades de cunho espiritual e mesmo
através do espírito delas, auxiliar na cura até de doenças físicas. Porque aprendemos nesses anos
todos que se o espírito da pessoa está fragilizado ou fraco, energeticamente falando, só fazendo
uma limpeza, uma purificação do espírito dela, aí, a partir disso, ela reage melhor aos tratamentos
recomendados pelos médicos.
È isto que tem gerado um benefício muito grande para as pessoas e tem feito àqueles que vieram
estudar a magia divina e apreender como trabalhar com ela, se sentirem servos de Deus aqui na
Terra, ajudando o próximo.
Rubens diz: próxima pergunta! Risos, e continua..
- Tá, a magia divina se divide em graus. Cada grau é um trabalho em si de magia, recorrendo a um
poder divino específico que responde por invocação do iniciado, que direciona a ação deste poder
para as pessoas que o mago quer auxiliar. A partir daí, aquela pessoa recebe toda uma irradiação
divina, que irá auxilia-la segundo o seu merecimento e segundo as suas necessidades. Mas sem
ultrapassar os limites das leis divinas, porque nós sabemos que há pessoas que têm que passar por
uma determinada fase de provação, para que elas mudem seus estados de consciência, os seus
sentimentos e, a partir desta mudança, aí elas consigam receber o que Deus sempre esteve
reservando pra elas.
Miriam diz: Porque ela (a magia divina) estava faltando? Porque só agora (1999) veio esta
determinação de se implantar a magia no plano material?
Rubens: A implantação da magia acontece por duas razões. Uma: a magia divina não está
ligada a um grupo religioso ou outro, mas sim está aberta a todos. Então ela atende a esse desígnio
da espiritualidade superior que determinou isso. A outra, é que precisava de alguém que trouxesse
os mistérios da magia em si e pudesse passa-los aqui na terra para outras pessoas e que, no caso,
era eu, que já trazia os mistérios em mim e poderia multiplica-los.
Então estamos multiplicando e criando novos multiplicadores que, a partir do momento que
receberam a imantação inicial, eles também se iniciaram e hoje podem ensinar e iniciar outras
pessoas.
Até porque a magia não acontece como na religiosidade. A magia tem que ter uma transmissão.
Como eu trazia a imantação inicial dos graus da magia divina desde o meu nascimento, a partir do
momento de cada iniciação, eu passo a imantação para as pessoas que se iniciaram e/ou ainda se
iniciam comigo. A partir daí elas têm e podem passar para outros, que ao receberem delas,
passarão para outros e assim se perpetua no tempo.
Então, porque não foi antes? Porque não tinha um espírito encarnado que trouxesse esse mistério,
que é a imantação iniciadora.
Este texto continua! Veja ele na integra no site www.jornalnacionaldaumbanda.com.br no
menu “Textos Especiais”
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“MENSAGEM DE OTIMISMO”
EU SOU! A Luz da Esperança;
Pequenina e singela que habita em todas as
Crianças;
Trazendo-lhes muito Amor e Confiança;
EU SOU! A luz que ilumina e protege;
EU SOU! O seu mais Fiel Amigo e, estou sempre contigo;
EU SOU! Alegre e Risonho;
E a todos os obstáculos transponho, com muita esperteza e destreza;
Por isso, peço que não permita que a Força Divina se esvaeça em seu coração;
Observe atentamente os sinais que lhe são enviados;
Para que encontre a sua verdadeira Essência;
E siga sua jornada em harmonia;
Pois sempre estarei contigo em todos os momentos;
Amparando-o e conduzindo-o;
EU SOU! Seu Pai, Sua Mãe, Seu Irmão, Seu Amigo;
EU SOU! A Saúde, A Energia, O Amor, A Alegria;
EU SOU! A Prosperidade, A Esperança, O Sucesso;
EU SOU! O Tudo, O Nada, O Micro e O Macro;
EU SOU! A Centelha Divina que habita em ti.
(Orientado pelo Anjo Gabriel)
Enviado por: Fabiana Lucera
E-mail: [email protected]
Exu 7 Demandas
O Mistério 7 Demandas relaciona-se ao polo Negativo da Lei, sendo uma linha de Exus
ligados ao Mistério Ogum.
Em geral acompanham médiuns com uma forte ligação com este Orixá, sendo pessoas muito
atingidas por demandas, ou que atendem muitas pessoas demandadas, ou ainda que têm de outras
vidas muitos débitos ligados a demandas que eles mesmos geraram, ou não sabem que os médiuns
de Umbanda, muitas vezes atendendo pessoas, desmancham males que podem ter sido gerados
pelos próprios em outras encarnações?
São em geral sérios, e muito sábios no falar e são espíritos com grande conhecimento de
Magia e de como corta-las.
Os pontos onde pode ser oferendado são no Campo Santo ou nas Encruzilhadas, pois o
Mistério das Demandas é abrangente quanto a campos de atuação e ativação.
Um trabalho simples, mas que pode ser de grande ajuda aos meus irmãos de Fé.
Faça uma oferenda a este Exú, com uma Farofa com Dendê e Pimentas, 7 velas pretas, 7
vermelhas, um pano preto e outro vermelho, uma pinga, um charuto. E, tendo como base isso, se
quiser acrescentar algo a mais, como fitas pretas e vermelhas, por exemplo, também pode, já que
como umbandistas, sabemos oferendar os exus dentro de nossa crença, e um livro com ótimas
dicas é o Rituais e Oferendas Umbandistas de Rubens Saraceni.
Ao realizar esta oferenda, ofereça-a ao Orixá Exú e ao Sr. Exú 7 Demandas, e peça:
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“Sr. Exú 7 Demandas, eu vos saúdo e peço que me auxilie, cortando todas as Demandas
provenientes de Magias Negativas que em outras encarnações eu posso ter feito, caso ainda
estejam ativas, libertando a mim e aos que por elas foram atingidos, de Carmas e Débitos
Negativos, equilibrando e ordenando estas ações e tudo que elas ativaram. Peço também que corte
todas as Demandas que ativaram contra mim nesta e em outras encarnações, recolhendo tudo e
todos que, através delas, têm me prejudicado. Clamo ao Senhor que traga-me de volta tudo de
positivo que me foi tirado, devolvendo-me a paz, a prosperidade, a justiça e a harmonia, e que me
proteja com o seu Mistério”.
Este é um modo muito sincero e aceito de se dirigir a um Mistério da Lei, pedindo retificação,
ajuda, e prosperidade.
O Mistério 7 Demandas é um Mistério Divino capaz de dar um auxilio muito grande a quem
dele necessitar, e embora muitas pessoas entendam “Demandar” como sinônimo de prejudicar, e
“Demanda” se tornou sinônimo de Magia Negativa, pelo dicionário, demandar significa também Orar
e Pedir num sentido imediato e urgente. Portanto, o Mistério 7 Demandas também é um mistério de
urgências, podendo gerar muitas coisas positivas a quem dele se valer positivamente.
E, a quem dele se vale negativamente, ele gera um esgotamento punitivo do polo punidor da
Lei por ter ativado algo nocivo aos seus irmãos nesta encarnação.
O Mistério Exú deve ser lembrado só para trazer coisas positivas, mas muita gente insiste em
se lembrar dele negativamente.
Exú é Vitalidade, e que a vitalidade de Exu vitalize tudo que em nós for nobre, esgotando e
desvitalizando nossas falhas, e que possamos sempre falar com orgulho dos nossos guardiões à
nossa esquerda.
Laroyê Exú 7 Demandas!
Por: Nelson Junior
E-mail: [email protected]
ELOGIOS AOS MÉDIUNS
Muitas vezes, nós médiuns recebemos vários elogios de consulente sobre os trabalhos das
nossas entidades e sobre os nossos trabalhos de magia divina. Muitos médiuns se sentem como
verdadeiros deuses e acham que não precisam buscar conhecimento em nada, pois já sabem tudo.
Acham as suas entidades superiores às demais e que suas magias são as melhores, se
sentindo superiores, quando na verdade, ao recebermos um elogio devemos usar isso como
incentivo para nos dedicarmos ainda mais à nossa religião, às nossas entidades e nossas magias
divinas, buscando mais conhecimentos através da teologia que hoje é ministrada em alguns templos
de Umbanda ou através dos Guias espirituais e da leitura de bons livros.
Eu sou médium do templo Pai Benedito de Aruanda de São Carlos, e todas as oportunidades
que me são oferecidas pela Mãe Cristina e pelo Pai Laerte Nogiri, nossos dirigentes, eu aproveito.
Também leio bons livros como, por exemplo, O Guardião das Sete Encruzilhadas, de Rubens
Saraceni, que nos ensina entre outras coisas, sobre as funções na natureza, os sete sentidos da
vida, os sete anjos cardeais e como ser bem visto por todos da direita e da esquerda etc.
Também o livro A Lenda do Sabre Dourado, de Rubens Saraceni, nos ensina entre muita
outras coisas, sobre o alto e embaixo, que no meio são lançados os que vêm e os que vão, os que
descem e os que sobem, os que amam e os que odeiam, os que constroem e os que destroem,
também, que devemos orar a Deus todas as vezes que formos ajudar um irmão, pedindo pra ser um
instrumento Dele.
Assim você saberá sempre o que fazer, porque Deus lhe enviará força, pois você estará a
serviço Dele.
Além desses livros que citei, existem muitos outros, que nos ensinam muito a respeito da
nossa Umbanda e da Espiritualidade, como, por exemplo: o livro „Guardião Sete‟, O Chanceler do
Amor, que nos ensina entre outra coisas, sobre elevação e crescimento, sobre irradiações e como
captar energias, sobre amor verdadeiro.
O livro A Princesa dos Encantos, que nos ensina entre outras coisas sobre a emoção, razão,
visão e sentimento, sobre as cores dos sentimentos, sobre o raciocínio e sentidos.
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Esses são alguns dos livros que tive oportunidade de ler e que me ensinaram muito. Por isso, meus
irmãos, vamos aproveitar as oportunidades e os elogios que recebemos para buscar mais
conhecimentos para que possamos evoluir espiritualmente e dar melhores condições para nossas
entidades trabalharem.
Salve a nossa Umbanda!
Por Cícera C. Neves
E-mail: [email protected]
UBUNTU
A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival
Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos
presenteou com um caso de uma tribo na
África chamada Ubuntu.
Ela contou que um antropólogo estava
estudando os usos e costumes da tribo e,
quando
terminou seu trabalho, teve que
esperar pelo transporte que o levaria até o
aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito
tempo, mas ele não queria catequizar os
membros da tribo; então, propôs uma
brincadeira pras crianças, que achou ser
inofensiva.
Comprou uma porção de doces e
guloseimas na cidade, botou tudo num cesto
bem bonito com laço de fita e tudo e colocou
debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as
crianças e combinou que quando ele dissesse
"já!", elas deveriam sair correndo até o cesto,
e a que chegasse primeiro ganharia todos os
doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha
demarcatória que ele desenhou no chão e
esperaram pelo sinal combinado. Quando ele
disse "Já!", instantaneamente todas as
crianças se deram as mãos e saíram correndo
em direção à árvore com o cesto. Chegando
lá, começaram a distribuir os doces entre si e
a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e
perguntou por que elas tinham ido todas juntas
se uma só poderia ficar com tudo que havia no
cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas
simplesmente
responderam:
"Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar
feliz se todas as outras estivessem tristes"?
Ele ficou desconcertado! Meses e
meses trabalhando nisso, estudando a tribo e
ainda não havia compreendido, de verdade, a
essência daquele povo. Ou jamais teria
proposto uma competição, certo?
“UBUNTU” significa: "Sou quem sou,
porque somos todos nós"!
Atente para o detalhe: porque SOMOS,
não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!
Enviado por: OM SRI MAHA LAKSHMYAI NAMAH
E-mail: [email protected]
REFLEXÃO: “A CAIXA”
O dono de uma granja foi pedir a um sábio que o ajudasse a melhorar
seu negócio que estava com baixo rendimento.
O sábio escreveu algo em um pedaço de papel e colocou dentro de
uma caixa.
Ao entregar a caixa ao granjeiro, o sábio disse:
Leve esta caixa por todos os lados de sua granja, três vezes ao dia,
durante um ano.
Assim fez o granjeiro.
Certo dia, quando ele ia para o campo, levando a caixa encontrou um empregado dormindo,
ao invés de estar trabalhando.
Então o acordou e chamou sua atenção.
Ao meio-dia, quando foi ao estábulo, encontrou o gado sujo e os cavalos ainda não tinham
sido alimentados.
À noite, quando ia para a cozinha com a caixa, se deu conta de que o cozinheiro estava
desperdiçando alimentos.
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A partir daí, todos os dias, ao percorrer sua granja de um lado para outro com aquela
caixinha, que se tornou uma espécie de amuleto, ele encontrava coisas que deveriam ser corrigidas.
No final do ano o granjeiro voltou a encontrar o sábio e pediu
Por favor, deixe esta caixa comigo por mais um ano. Minha granja prosperou desde que estou
com essa caixinha.
O sábio riu, abriu a caixa, tirou o papel que estava dentro, entregou ao granjeiro e disse:
Leia o que está escrito aqui. Você vai ver que pode ficar com esta caixa para o resto de sua
vida. No papel, estava escrita a seguinte frase: "Se você quer que as coisas melhorem, deve
acompanhá-las de perto constantemente".
LIÇÃO DE VIDA:
Não podemos abrir mão da nossa responsabilidade, que é cuidar de tudo em nossa vida.
Principalmente da família, da educação dos filhos, de nós mesmos, da administração de um
negócio...
Enviado por: Dinalva Domingues de Faria
E-mail: [email protected]
GRAUS DA UMBANDA
Dissertaremos sobre os Graus da Umbanda trazidos à luz da razão e veremos que em
religião, assim como em tudo o que Deus gerou, não existe o acaso.
Começamos por classificar os Graus de Umbanda.
Temos o Grau de Lei chamado Caboclo (a), temos o Grau ou a Graduação chamada de
Preto-Velho (a), temos os graus de Lei nas Trevas chamados de Exu, também temos o grau de
Pomba-Gira, temos os Graus de Boiadeiro, Baiano, Marinheiro, etc.
Chama-nos a atenção em particular e a dos espíritas em geral a curiosidade dos nomes que são
formados os Graus de Umbanda.
Pois bem, lembramos que na codificação astral da Umbanda, foi escolhido para um
determinado Grau de Luz de Lei e da Vida, o nome (CABOCLO) e que acomodaria todas as
hierarquias de espíritos que viessem a trabalhar regidos por esse grau na nascente Religião de
Umbanda que no inicio do século estava sendo gerada à Luz da Vida.
A Umbanda na sua codificação astral foi pensada por espíritos excelsos e esse grau Caboclo
(a) foi uma homenagem aos índios que dedicaram suas vidas ao culto à natureza.
Diferenciada de outras religiões espiritualistas que prezavam na manifestação dos espíritos a
identificação de seus nomes carnais e sua importância ou determinadas funções exercidas quando
encarnados, na Umbanda batizava-se um de seus muitos graus de luz com o nome Caboclo(a),
homenagem justa à esses espíritos que dedicaram a grande parte de suas vidas e a parte boa delas
ao culto aos ancestrais da natureza.
Sabemos que o grau Caboclo(a) causou e causa algum desconforto em determinadas
religiões espíritas por associarem o nome caboclo a espírito sem cultura e desprovidos de
inteligência, onde em determinados núcleos espíritas preza-se a importância material que um
determinado espírito exerceu em sua vida, tais como: Médico, Filósofos, Generais, Padres, etc.
Os nossos irmãos espíritas não entenderam e não entende que o nome “Caboclo” é um grau
ou uma patente religiosa por onde manifesta-se milhares de espíritos de diversas raças, culturas,
religiões e povos, e que, dentro dessa patente ou grau chamado Caboclo (a), todos os espíritos são
reintegrados e apresentados às suas forças naturais e consagram-se à Deus como seus
instrumentos, onde a partir daí a vontade do Pai passa a manifestar-se em seu intimo como um
desejo de servi-lo servindo seus semelhantes.
Caboclo é Grau e Patente de Luz, e não é fácil para conquistar esse grau, pois todos que nele
estão já dissolveram suas encarnações, suas vidas anteriores, não importando se foram eles
grandes filósofos, médicos, doutores ou sacerdotes. Não, isso não importa, pois tudo isso se
dissolve quando se é chamado ao Grau de Caboclo, pois assim que se assume esse grau, já não
importa mais sua identidade anterior, pois nesse grau você abre mão da sua identidade pessoal e
livre arbítrio e se reveste de uma identidade coletiva chamada de Caboclos (as) que significa Grau
de Lei onde espíritos já despertos anulam sua identidade pessoal para integrar-se à uma identidade
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sagrada, abrindo mão de seus desejos pessoais para realizar no coletivo somente a vontade de
Deus Pai através do nome coletivo e do Grau que assumiram diante de Deus (Olorum) e dos seus
divinos Tronos (Orixás).
A Sapiência Divina mostra-se clara e límpida dentro da Umbanda, se
não vejamos: O Grau Caboclo Pena Branca, nesse Grau da Umbanda são
agregados milhares de espíritos que já se elevaram o suficiente para ver que
Deus manifesta-se em tudo e em todos o tempo todo, espíritos esses isentos
de dogmas ou preconceitos e que independente de cor, raça ou credo,
consagram-se à Deus para servi-Lo através das virtudes divinas e voltandose em nosso auxilio, ajudam-nos a nós seus pares encarnados que ainda
caminhamos por caminhos vezes tortuosos que turvam nossos sentidos.
O que realmente importa na Umbanda, não é o que você foi em outra
encarnação, seja você um rei ou um simples carpinteiro, pois ali na Linha de
Caboclo você é somente mais um dos nobres espíritos que consagrou-se
por inteiro à Deus (Olorum) para servir e guiar seu semelhante.
Queremos dizer aqui é que a Linha de Caboclos é um Grau ou
Patente Divina no qual manifesta-se milhares de nobres e virtuosos espíritos
oriundos das mais diversas culturas, porem que já anularam em seu intimo
suas personalidades e poderes pessoais para integrar-se à um poder maior
e assumirem uma personalidade coletiva.
Sabemos que existe na Linha de Caboclos Pena Branca, muitos
espíritos que em suas encarnações anteriores prestaram grandes serviços a
Humanidade como grandes Filósofos, Sacerdotes, Cientistas, Físicos,
Pensadores, etc, títulos esses materiais que foram diluídos, pois à eles o que
importa é o que são agora e sabem que esses nomes que se tornaram
imortais na história da humanidade, de nada serve a sua revelação e que só
atrairia pessoas interessadas em seus nomes e não na verdadeira missão
que todo caboclo é portador.
Caros irmãos, isso é sabedoria pura, pois ao ordenar um culto e criar
uma linha de caboclos, todos os espíritos se manifestariam sob a égide
desse grau e não chamariam a atenção pelo que foram e sim pelo que
fariam em beneficio do seu próximo.
Isso esta bem relatado quando da primeira manifestação do Caboclo
das Sete Encruzilhadas em um centro de mesa branca onde ao ser inquirido
da seguinte forma: “Porque o irmão fala nestes termos, pretendendo que a
direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que
tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste
modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua
veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?" e o
Caboclo respondeu: Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios,
devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um
culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim,
cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que
falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos
os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que
seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos
fechados para mim, pois estou realizando uma vontade do Pai.”
E ai nasceu a Umbanda vitima da intolerância e o preconceito ainda
latente em algumas vertentes espíritas e espiritualistas.
É isso irmãos, A Umbanda é constituída por Graus e não por espíritos
que se apresentam pelo seu nome carnal e por uma profissão ou uma certa
posição de destaque na sociedade.Não mesmo, A Umbanda é formada por
Graus e Degraus cujas hierarquias perfeitas e bem organizadas portam
espíritos que abandonaram sua identidade pessoal e integraram-se e
consagraram-se à Deus através de um Grau de Luz.
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Precisamos atinar com os fundamentos ocultos por traz da Liturgia Umbandista, pois os
espíritos-guias de Umbanda manifestam-se a partir dos sentidos e virtudes divinas, pois quando
vemos a manifestação de um Caboclo de Oxalá, ali vemos a manifestação de um espírito envolto
pela Fé e não a manifestação particular de um Padre ou Jesuíta fulano de tal de grande destaque e
posição, e que exerceu grande influência quando encarnado.
Quando vemos a manifestação de um Caboclo de Ogum, ali vemos a manifestação de um
espírito envolto pela Lei Maior e com um grande magnetismo ordenador e não a manifestação
particular de um General ou Comandante fulano de tal de grande destaque e posição, e que exerceu
grande influência quando encarnado.
Quando vemos a manifestação de uma Preta-Velha de Oxum, ali vemos a manifestação de
um espírito envolto pelo Amor Incondicional e com um grande sentimento de misericórdia e não a
manifestação particular de uma Madre tal de grande destaque e que quando encarnada realizou
muitas coisas boas em prol da humanidade.
E assim é com todos os Graus-Patentes da Umbanda Sagrada desde sua origem.
Caboclo é grau, Preto-velho é grau, Exu é grau, Pomba-Gira é grau, Baiano é Grau, Boiadeiro é
Grau, Marinheiro é grau, ou seja todas as linhas de trabalho da Umbanda são Graus por Onde Deus
(Olorum) e Suas Divindades-Mistérios (Orixás) manifestam seus mistérios divinos através dos graus
e linhas de trabalhos espirituais cuja vertente é encimada por Um Orixá que é o manifestador natural
de uma das infinitas qualidades de Deus.
Ou não é verdade quando recebemos uma Cabocla Sete Conchas, ali esta se manifestando
um espírito cujo Grau de Luz é Cabocla, que foi iniciada perante sete mistérios da criação e atua
através dos sete sentidos de Deus que são Fé, Amor, Conhecimento, Lei, Razão, Evolução e Vida, e
que atua no campo da geração dando amparo e estimulando tudo que é gerado positivamente,
desde um pensamento, vibrações, energias, etc, que visam a propagar e expandir a vida em todos
os sentidos.
Ou seja, Cabocla (significa grau ou patente divina), Sete (significa: sete irradiações ou
sentidos divinos) e Conchas (significa: mistério simbólico da geração que revela o campo de atuação
dessa linha de trabalhos dentro do grau Cabocla).
E assim o é com todos os Graus da Umbanda e que se fossemos desdobrar cada linha de trabalho
que se manifesta em um determinado Grau, não conseguiríamos vencer o tempo de vida na carne
antes de terminarmos esse desdobramento, de tão grande e vasto que são as linhas de trabalhos da
Umbanda, pois infinitos são os mistérios de Deus nosso Divino Pai (Olorum)
CABOCLO É ISSO E MUITO MAIS, E DEVE SER RESPEITADO E REVERENCIADO COMO
UM DOS MAIS ALTOS GRAUS DA ESPIRITUALIDADE QUE JUNTO COM O GRAU DE PRETOVELHO E OS DEMAIS GRAUS, AJUDAM A PROPAGAR A TOLERÂNCIA, O RESPEITO E O
AMOR INCONDICIONAL, OS QUAIS FORAM PRIVADOS LOGO NO INICIO DO ESPIRITISMO
NO BRASIL, MAS GRAÇAS A OLORUM FORAM ACOLHIDOS PELA A DIVINA E SAGRADA
UMBANDA QUE PERMITIU A ELES E A TODOS OS ESPIRITOS A PRÁTICA DO EXERCÍCIO DA
CARIDADE, ONDE SEGUNDO A FRASE MAIS SUBLIME AO MEU VER, DITA POR UM
ESPIRITO QUE SE INTITULAVA O MENOR ESPIRITO ENTRE TODOS E QUE É ,FOI E SEMPRE
SERÁ O CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS E QUE FAÇO DESSA FRASE O PORTAESTANDARTE DA UMBANDA.
“Com os espíritos mais evoluídos aprenderemos. Aos espíritos menos evoluídos
ensinaremos e a nenhum renegaremos”
SARAVA UMBANDA
Enviado por: Pablo Araújo de Carvalho
E-mail: [email protected]
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DÚVIDAS E E-MAILS
De: EDENIR SANTOS
Para: [email protected]
Assunto: [Ogum Marê] Carta do Bartlomeu
Belo Horizonte,
Ogum Marê
Hoje, me vi pensando como seria viver em um país de leitores literários. Pode ser apenas um
sonho, mas estaríamos em um lugar em que a tolerância seria melhor exercida. Praticar a tolerância
é abrigar, com respeito, as divergências, atitude só viável quando estamos em liberdade. Desconfio
que, com tolerância, conviver com as diferenças torna-se em encantamento. A escrita literária se
configura quando o escritor rompe com o cotidiano da linguagem e deixa vir à tona toda sua
diferença, e sem preconceitos. São antigas as questões que nos afligem: é o medo da morte, do
abandono, da perda, do desencontro, da solidão, desejo de amar e ser amado. E, nas pausas
estabelecidas entre essas nossas faltas, carregamos grande vocação para a felicidade. O texto
literário não nasce desacompanhado destes incômodos que suportamos vida afora. Mas temos o
desejo de tratá-los com a elegância que a dignidade da consciência nos confere.
A leitura literária, a mim me parece, promove em nós um desejo delicado de ver
democratizada a razão. Passamos a escutar e compreender que o singular de cada um . homens e
mulheres . é que determina sua forma de relação. Todo sujeito guarda bem dentro de si um outro
mundo possível. Pela leitura literária esse anseio ganha corpo. É com esse universo secreto que a
palavra literária quer travar a sua conversa. O texto literário nos chega sempre vestido de novas
vestes para inaugurar este diálogo, e, ainda que sobre truncadas escolhas, também com muitas
aberturas para diversas reflexões. E tudo a literatura realiza, de maneira intransferível, e segundo a
experiência pessoal de cada leitor. Isto se faz claro quando diante de um texto nos confidenciamos:
"ele falou antes de mim", ou "ele adivinhou o que eu queria dizer".
EDENIR COSTA DOS SANTOS, o texto literário não ignora a metáfora. Reconhece sua força e
possibilidade de acolher as diferenças. As metáforas tanto velam o que o autor tem a dizer como
revelam os leitores diante de si mesmo. Duas faces têm, pois, a palavra literária e são elas que
permitem ao leitor uma escolha. No texto literário autor e leitor se somam e uma terceira obra, que
jamais será editada, se manifesta. A literatura, por dar a voz ao leitor, concorre para a sua
autonomia. Outorga-lhe o direito de escolher o seu próprio destino. Por ser assim, EDENIR COSTA
DOS SANTOS, a leitura literária cria uma relação de delicadeza entre homens e mulheres.
Uma sociedade delicada luta pela igualdade dos direitos, repudia as injustiças,
despreza os privilégios, rejeita a corrupção, confirma a liberdade como um direito que nascemos
com ele. Para tanto, a literatura propõe novos discernimentos, opções mais críticas, alternativas
criativas e confia no nosso poder de reinvenção. Pela leitura conferimos que a criatividade é inerente
a todos nós. Pela leitura literária nos descobrimos capazes também de sonhar com outras
realidades. Daí, compreender, com lucidez, que a metáfora, tão recorrente nos textos literários, é
também uma figura política.
Quando pensamos, EDENIR COSTA DOS SANTOS, em um Brasil Literário é por reconhecer o
poder da literatura e sua função sensibilizadora e alteradora. Mas é preciso tomar
cuidado. Numa sociedade consumista e sedutora, muitos são leitores para consumo externo. Lêem
para garantir o poder, fazem da leitura um objeto de sedução. É preciso pensar o Brasil Literário com
aquele leitor capaz de abrir-se para que a palavra literária se torne encarnada e que passe primeiro
pelo consumo interno para, só depois, tornar-se ação.
Enviado por: Edenir Costa dos Santos
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FECHAMENTO DE CORPO NA UMBANDA
Enviado por: Associação Cobra Coral
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Vem a ser um ritual, que muitos confundem com trancamento de suas entidades para não
precisar mais trabalhar.
Muitas vezes, a médium paga preços exorbitantes para fechar seu corpo acreditando que não
mais terá que trabalhar, espiritualmente, pensando assim em estar livres de ser médium, e nestes
casos é alem de enganados totalmente prejudicados por não conhecer o verdadeiro sentido da
palavra fechamento de corpo.
Infelizmente a quem a firma que uma pessoa tendo seu corpo fechado não mais precisa
trabalhar como médium e estar livre de sua missão.
Gostaria realmente de saber qual poder que um outro médium tem para em pedir que uma
outra pessoa sendo ela também médium, cumpra sua missão, pois e um compromisso assumido
perante nosso pai maior (Oxalá), neste caso então o médium que se propõe a fazer tal trabalho,
entende se que tem maiores poderes que nosso pai.
Outro detalhe que devemos observar e como uma entidade no mesmo plano espiritual que a
outra entidade, tenha maiores poderes, estando ambas no mesmo plano espiritual.
Então vejamos o verdadeiro significado da palavra fechamento de corpo na umbanda,onde
nada mais e do que uma proteção espiritual contra encostos,mal olhado,demandas,invejas,etc.
Vem a ser uma proteção para a matéria (corpo),que normalmente e feita uma vez por ano
para que o mesmo possa ter segurança nos caminhos mais difíceis de sua vida.
Espero que não seja mais enganado com falsos rituais e tenham consciência plena que o que
vem de nosso pai maior somente cabe a ele seu juízo final.
Associação Cacique Cobra Coral
Avenida Sorocabana 6462 - Mongaguá - Jard.Praia Grande. SP
Fone - 11-9388-3134 / 13 – 3448-2837 / 13 – 9755-4202 / 13 – 8123-1213 /13-9200-1213
http://accobracoral.blogspot.com/ Pai Edson de Oxossi.
SUA? MINHA? NOSSA RELIGIÃO!
Sempre que sou questionado: Qual é sua religião?
Logo percebo nos olhos da pessoa em questão aquele olhar critico, esperando a resposta que a
permita questionar, comparar e até mesmo condenar minha escolha. Sabe aquele olhar capcioso e
analítico é exatamente esse.
Esse é um dos maus da vida a falta de respeito entre as pessoas, não existe um só dialogo sobre
esse assunto em que as pessoas são levadas à compreensão mútua, normalmente fazem disso
uma guerra de adjetivos e substantivos.
Mas qual foi minha resposta?
Sou de uma religião em que as pessoas se respeitam.
Faço parte de algo que prega a bondade.
Faço parte de algo que transcende o egoísmo para semear o compartilhamento.
Faço pare de algo que busca a comunhão com o criador, Deus, Mestre, Arquiteto, Olorum! Como
queira chamar.
Faço parte de algo que faz a caridade pelo necessitado sem interesse.
Faço parte de algo que busca o entendimento do amor.
Faço parte de “Um somos todos”.
Toco em uma banda de um que busca a harmonia e união.
Pertenço a um lugar em que sentimos a centelha divina nos tocar sutilmente e percebemos que
somos parte dele.
Faço parte de algo que me ensina a ouvir o toque da alvorada sobre o solo.
Faço parte de algo que me mostra como os elementos naturais são vivos, pulsantes e mais
importantes para o universo que eu mesmo às vezes.
Sou ensinado e preparado para elevar meus pensamentos ao criador e honrar meus antepassados
afinal é o nome deles que carrego em minha existência.
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Mostram-me a beleza e a simplicidade e força que existe no toque das gotas de chuva de verão.
Ensinam-me a orar, rezar “chame do que quiser” as palavras sagradas proferidas pelo mestre.
Fazem de mim um instrumento que é testado e avaliado constantemente para elevação e o
merecimento da evolução.
Faço parte de algo que me ensinou que no mundo nunca estamos sozinhos e não iremos sozinhos a
lugar algum. Que devemos ser porto seguro um dos outros.
Lá me mostram como identificar o olhar do mal.
É lá que descobri que quando apontamos o dedo para um irmão sempre três vão estar virados para
mim.
Faço parte de algo que me mostrou que meus pensamentos me condenam tanto quanto minhas
atitudes.
E enfim o Divino nos uniu para aprender o que é amar verdadeiramente e intensamente. Lição que
devemos praticar todos os dias. E quem sabe algum dia, seremos capazes de compreender tal
sentimento. Que é sim um dos maiores segredo do universo.
Não acho que é necessário rotular minha religião para o mundo.
Basta que você entenda essas palavras, pratique algumas delas ou preferencialmente todas.
E um dia se é que dia é dia como compreendemos!
Poderemos retornar ao criador.
Saravá! Meus irmãos.
Texto enviado por Alex Valente.
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HOMENAGEM AOS PRETOS VELHOS – MÃE DOROTHEA
Olá queridos irmão de fé,
Hoje venho lhes contar um pouco
sobre meus desenhos e pinturas do plano
espiritual – a pictografia.
Tudo começou muito cedo, quando eu ainda
era criança e, com o tempo foi se
aperfeiçoando. Mas, como não tinha nenhum
tipo de orientação espiritual, não sabia que
eram mensagens, acreditando ser apenas
frutos da minha imaginação.
Somente aos trinta anos, quando tive
o meu primeiro contato com o espiritismo
kardecista, comecei a desenhar o que via
nas sessões de Mesa Branca, até que recebi
uma pintura representando a Umbanda e
fiquei sabendo que, de ali em diante, eu
Pictografia-Mãe Dorothea –Linhas das Águas (1987)
receberia mais e mais mensagens. Isso me
deixou feliz e apreensiva, mas continuei a desenhar e pintar até hoje.
As pessoas me perguntam como isso é possível e como eu consigo desenhar rapidamente
em alguma folha de papel para depois pintar em telas maiores em casa. O que acontece é que em
algumas das vezes, simplesmente vejo um espírito, cena ou acontecimento no plano espiritual,
participando de algo. Sinto o vento, os perfumes, calor, frio, escuro, claro e ouço o que é falado ou
emanado por pensamentos. Permaneço em contato com os guias e Orixás, observando seus
movimentos trabalhos – observo que nunca estou sozinha, sempre existe alguém junto de mim.
Isto pode acontecer em qualquer lugar ou durante os trabalhos no terreiro, mas não me
atrapalha, pois é rápido e muito intenso – o que faz com que guarde na memória durante dias tudo o
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que vi e senti, até que a pintura seja concluída. Por
este motivo, procuro retratar os planos espirituais com
a máxima fidelidade, apesar de as luzes, cores, sons,
sombras e, acima de tudo, os sentimentos espirituais
serem muito maiores do que uma pintura feita com
tinta material.
Por muitos anos minhas pinturas não foram
aceitas, pois muitas vezes as pessoas não as
entendiam. Então as guardei, mas agora, com a
oportunidade concedida pelo Pai Rubens, que me
convidou para mostrá-las no Jornal de Umbanda, fiquei
muito feliz e desejo que isso incentive outros médiuns
a mostrarem seus trabalhos.
Que o Pai Oxalá abençoe a todos! Um abraço
carinhoso da Mãe Dorothea.
Enviado por: Barbara Boesel
E-mail: [email protected]
Obs.: Seguem duas obras, de 1985 e 1987, em comemoração
ao último dia 13 de maio, dia de nossos queridos Pretos
Velhos.
Pictografia- Mãe Dorothea - Pretos Velhos e crianças (1980)
LAZER E CULTURA
CONVITE
Enviado por: Agostinho Ferreira
E-mail: [email protected]
A Comissão Organizadora convida lideranças religiosas das Comunidades de Terreiro de
Umbanda e Candomblé do Estado do Rio de Janeiro a participarem do 2º Seminário de Segurança
Alimentar e Nutricional das Comunidades de Terreiro: Processo Preparatório da 3ª Conferência
Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio de Janeiro.
O evento terá como objetivos:
Apropriar os participantes de conceitos para melhor desempenho em suas atividades; levantar
e avaliar os programas e ações existentes que concorrem para segurança alimentar nas
comunidades de terreiro; discutir a partir da realidade das comunidades de terreiro, o temário da 3ª
Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio de Janeiro (3ª
CESANS/RJ); registrar experiências entre os participantes em relação às políticas públicas e
iniciativas das comunidades no âmbito da segurança e insegurança alimentar e nutricional;
apresentar prioridades para as Comunidades de Terreiros no Plano de Segurança Alimentar e
Nutricional; eleger os delegados para a 3ª CESANS/RJ.
Data: 26 de junho de 2011
Horário: das 8 as 17h
Local: Câmara Municipal de Mesquita, Rua Arthur de Oliveira Vecchi, 260, Centro - Mesquita/RJ.
MAIORES INFORMAÇÕES: [email protected]
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2º FESTIVAL DE CURIMBA ALDEIA DE CABOCLOS
“UM GRITO DE LIBERDADE”
A 2ª. edição do Festival de Curimba ocorreu
com extremo sucesso, harmonia e com uma
alegria contagiante no dia 29/05/2011, no Clube
de Regatas Tietê na cidade de São Paulo,
sendo organizado com a costumeira dedicação
da Escola de Curimba e Arte Umbandista Aldeia
de Caboclos, tendo como seu idealizador nosso
prezado irmão umbandista Engels Xenoktistakis
(Pai Engels de Xangô).
O evento contou com uma mostra de
cultura indígena proporcionada por membros da
Aldeia Kariri, que expuseram sua arte através
de objetos confeccionados em sua aldeia e
apresentações de canto e dança.
O público presente, cerca de 1.500
pessoas, vibrou com as apresentações de
curimbas realizadas ao longo do evento, sendo
estas seguidas de belíssimas coreografias.
Participaram deste tão esperado evento
os seguintes Grupos e Escolas de Curimba:
Escola de Curimba Umbanda e Ecologia, Escola
de Curimba Caboclo Girassol, Escola de
Curimba Umbanda Razão para Viver, Escola de
Curimba Filhos de Umbanda, Escola de
Curimba Caboclos Tupinambá e Pai Joaquim de
Minas, Escola de Curimba O Toque de Aruanda,
Grupo Emoriô, Grupo Filhos da Aldeia, Grupo
Luz da Lei, Grupo Filhos do Cacique, Casa de
Caridade Caboclo Pedra Vermelha, Templo
Vinha da Luz, Tumobs e Sandro Bernardes.
Destaques especiais para a Escola de
Curimba Umbanda e Ecologia, grande
vencedora do Festival e para a Escola de
Curimba
Caboclo
Girassol
pelo
belo
desempenho seguindo ponto a ponto a 1ª
colocada.
A Escola de Curimba Aldeia de Caboclos
mais uma vez contagiou a todos com
empolgantes apresentações, e dentre elas
destacamos uma das marcas da Escola,
alicerçada na espiritualidade que é o ponto de
Pai José de Aruanda - “Um Grito de Liberdade”,
bem como a nova e irradiante apresentação da
Aldeia em homenagem a Mãe Iansã, tendo
como intérprete Ivone d‟Oxum, apresentações
estas que foram acompanhadas sob forte
emoção por todos os presentes. Ressalta-se
ainda um momento de muita descontração e
empolgação dos animados espectadores, na
apresentação do Projeto Dança na Aldeia
dirigido por Alexandre da Aldeia de Caboclos.
Foi entusiasmante ver a platéia reproduzir a
irreverente, descontraída e bela coreografia
desenvolvida no palco.
Também se apresentaram engrandecendo
o Festival a Curimba da Escola Tambor de
Orixá, liderada pelo nosso irmão Ogã Severino
Senna, a Curimba da APEU homenageando os
sábios Pretos Velhos, o Grupo Tupã Oca da
Cabocla Angaraí dos Raios com o Projeto
voltado às crianças e o Ogã Benedito.
Mais uma vez parabenizamos a todos
participantes pela garra, empenho e maestria de
suas apresentações!
O nosso Muito Obrigado, um forte abraço
no coração de todos e já na expectativa para o
próximo Grande Festival de Curimba da Aldeia
de Caboclos!
Fraternamente,
Escola de Curimba de Arte Umbandista Aldeia
de Caboclos
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CLASSIFICAÇÃO GERAL DO 1º AO 7º LUGAR NESTE FESTIVAL
1º ESCOLA DE CURIMBA UMBANDA E ECOLOGIA
2º ESCOLA DE CURIMBA CABOCLO GIRASOL
3º GRUPO EMORIÔ
4º ESCOLA DE CURIMBA O TOQUE DE ARUANDA
5º ESCOLA DE CURIMBA FILHOS DE UMBANDA
6º GRUPO FILHOS DA ALDEIA
7º ESCOLA DE CURIMBA RAZÃO PARA VIVER
PREMIAÇÕES POR CATEGORIA DO 1º AO 5º LUGAR
MELHOR TORCIDA:
1º GRUPO EMORIÔ
2º SANDRO BERNARDES
3º GRUPO FILHOS DA ALDEIA
4º ESCOLA DE CURIMBA UMBANDA RAZÃO PARA VIVER
5º ESCOLA DE CURIMBA UMBANDA ECOLOGIA
MELHOR COREOGRAFIA:
1º ESCOLA DE CURIMBA CABOCLO GIRASSOL
2º ESCOLA DE CURIMBA UMBANDA E ECOLOGIA
3º GRUPO EMORIÔ
4º ESCOLA DE CURIMBA FILHOS DE UMBANDA
5º ESCOLA DE CURIMBA CABOCLO TUPINAMBÁ E PAI JOAQUIM DE MINAS
MELHOR INTÉRPRETE:
1º ESCOLA DE CURIMBA UMBANDA E ECOLOGIA
2º GRUPO EMORIÔ
3º ESCOLA DE CURIMBA FILHOS DE UMBANDA
4º ESCOLA DE CURIMBA CABOCLO GIRASSOL
5º ESCOLA DE CURIMBA O TOQUE DE ARUANDA
MELHOR MÚSICA E LETRA:
1º ESCOLA DE CURIMBA CABOCLO GIRASSOL
2º ESCOLA DE CURIMBA UMBANDA E ECOLOGIA
3º GRUPO EMORIÔ
4º ESCOLA DE CURIMBA UMBANDA RAZÃO PARA VIVER
5º ESCOLA DE CURIMBA O TOQUE DE ARUANDA
MELHOR CURIMBA:
1º ESCOLA DE CURIMBA UMBANDA E ECOLOGIA
2º ESCOLA DE CURIMBA CABOCLO GIRASSOL
3º ESCOLA DE CURIMBA O TOQUE DE ARUANDA
4º GRUPO EMORIÔ
5º ESCOLA DE CURIMBA FILHOS DE UMBANDA
Jurados deste Festival:
Allan Barbieri - Rádio Toques de Aruanda, Luis Tadeu - Cavaleiros da Ordem, Luis Decaro - músico
profissional dos Estúdios Spectrum, Pai Rogério Alves - Grupo Aruanã, Ogã Juvenal - União de
Tendas, babalorixá Marcelo Fomo de Logunedé - baixada santista, Marcelo Fritz - diretor do Festival
Atabaque de Ouro e do Jornal Icapra do Rio de Janeiro, Sandra Santos - presidente da AUEESP,
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Ogã Severino Senna - presidente da Escola de Curimba Tambor de Orixá, Fernanda Marques
Xenoktistakis - Escola de Curimba Aldeia de Caboclos, Gilvania Santos Silva - coreógrafa
profissional, Rafael Marques - Escola de Curimba Aldeia de Caboclos, Ricardo Bauer - músico e
presidente da Fábrica de Atabaques Bauer, Sandro Mattos da A.P.E.U. e Pai Aguirre - Decano da
Umbanda.
Presenças destacadas dentre outras:
Equipe do Vereador Quito Formiga, Vereador Cláudio Prado, Sérgio e Sandra Fontes (Diretores da
AUEESP), Dra. Juliana Ogawa (Membro da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB/SP), Mãe
Cidinha Naléssio (Primado do Brasil), Genildo (Instituto Tiradentes), Adriano Camargo, Nilo Massone
(Presidente da Associação de Umbanda e Candomblé de Atibaia).
Agradecimentos especiais aos patrocinadores do evento: Bauer Percussion, Casa de Velas
Santa Rita, Imagens Bahia, Flora Xangô, A.U.E.E.S.P (Associação Umbandista e Espiritualista do
Estado de São Paulo, SANU (Santuário Nacional da Umbanda), Rosset Produções, Escola de
Curimba Tambor de Orixá e Cavaleiros da Ordem.
Enviado por: Sandra Santos
E-mail: [email protected]
Opinião/Variedades
PRETOS VELHOS E PRETAS VELHAS: Humildade e
caridade a serviço da humanidade
Na data em
que comemoramos
a
abolição
da
escravatura,
nada
melhor
do
que
lembrarmos
a
grande contribuição
dos irmãos africanos
para a construção
da identidade do povo brasileiro.
Neste grande legado, não podemos esquecer
as raízes espiritualistas, tão presentes nos
cultos de diversas tradições religiosas de nosso
país.
Eles são grandes espíritos: sábios, ternos
e muito pacientes que se apresentam no corpo
fluídico de velhos africanos com o intuito de
praticar a caridade – em especial na religião da
UMBANDA.
Hoje vamos homenagear os pretos velhos e
pretas velhas, que estão sempre dispostos a
dar preciosos conselhos aos que lhes
procuram, distribuindo paz, harmonia e
orientação para os males do corpo e da alma.
E para falar destes grandes enviados de
Deus, temos a alegria de contar com as
palavras do babalorixá da Umbanda RUBENS
SARACENI, médium com mais de 50 livros que
lhe foram passados por grandes Mestres da
Luz, Guias de Lei da Umbanda.
Este homem extraordinário, pesquisador
do Espiritualismo e divulgador da Magia Divina
e dos Mistérios dos Tronos de Deus, é um
Mestre digno de aplausos e muito respeito,
merecedor de uma apresentação à parte – que
faremos na próxima semana.
Acompanhe conosco seus ensinamentos
e aproveite a oportunidade de conhecer melhor
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alguns aspectos desta religião tão brasileira: a
UMBANDA SAGRADA.
EQUIPE OIDA-terapia: Como surgiu a
figura do Preto(a) Velho(a) na UMBANDA?
MESTRE RUBENS: A imagem do Preto
Velho foi divulgada pela Umbanda. Com isso,
criou-se inclusive uma arte religiosa, com
imagens e pinturas de fundo religioso com
estes espíritos que, quando viveram aqui no
Brasil, viveram no anonimato mas foram vidas
exemplares porque se dedicavam naquele
tempo a curar pessoas, orientar, desobsidiar,
limpar o espírito.
Um
trabalho
permanente,
eles
dedicavam suas vidas
a isso. Se hoje nós
vemos muita gente
fazendo o mesmo,
devemos lembrar que
naquele tempo não
havia quase ninguém.
Hoje nós vemos o
Espiritismo que se
expandiu
de
uma
forma maravilhosa, a
Umbanda se expandiu, outros cultos afros se
expandiram, todos prestando este tipo de
auxílio às pessoas. Mas se nós pensarmos em
200, 300 anos atrás, quando trabalhavam na
carne estes grandes benzedores africanos que
hoje incorporam na linha dos Pretos Velhos,
devemos lembrar que eles dedicavam suas
vidas a curar, benzer pessoas mordidas por
cobras, por aranha ou insetos venenosos e com
as mais variadas doenças, verminoses, porque
não havia uma medicina naquele tempo nesse
sertão afora.
Eram estes benzedores que faziam este
trabalho e eles sabiam manipular muitas ervas
e curavam muitas pessoas, muitas doenças.
Hoje nós sabemos que 50 a 60% da indústria
farmacêutica retira seus substâncias das ervas,
da flora. Eles não tinham esse conhecimento
científico, mas tinham um conhecimento
milenar passado de pai para filho. Eles se
serviam do conhecimento das ervas tal qual os
pajés indígenas -temos uma linha deles, (dos
espíritos que incorporam dentro da Umbanda,
todos curadores) chamados de linha dos Pajés
ou linha dos Caboclos Velhos ou linha dos
Feiticeiros, mas num sentido positivo. Feiticeiro
porque era o título deles, mas com profundos
conhecimentos.
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Naquele tempo em que eles viveram na
carne, aqui na matéria, a vida deles era
dedicada a curar. Como um médico hoje que
pratica sua medicina ajudando a curar o
próximo, eles eram os médicos daquele tempo.
Em espírito eles quiseram continuar isso e o
Plano abriu essas linhas de trabalho: Linha dos
Pretos Velhos, das Pretas Velhas - grandes
benzedeiras do passado que conheciam
centenas de ervas para muitas necessidades.
Sem saber ler ou escrever, tinham uma
memória fantástica e se serviam disso para
ajudar as pessoas. O Pano Espiritual é uma
extensão do material, o que fazemos aqui,
continuamos fazendo
lá: tanto pelo bem,
quanto pelo mal. As
pessoas que são
malignas aqui do
outro lado se tornam
piores; as pessoas
que são boas aqui, do
outro lado se tornam
melhores. A Umbanda
deu à imagem do
benzedor
um
destaque
muito
grande por causa dos
pretos velhos e criou
uma cultura em cima disso. Hoje nós temos
centenas de quadros bonitos retratando pretos
velhos, pretas velhas, ou seja, anciãos pretos
que eram benzedores.
Isso tudo que aconteceu dentro da
Umbanda, está acontecendo e acontecerá,
nada mais é do que a valorização da nossa
herança cultural e raiz religiosa, porque nós não
temos uma raiz religiosa única cristã: nós temos
uma raiz religiosa muito forte que é a indígena
brasileira e temos uma raiz religiosa muito forte
que é a africana. Elas estão plantadas aqui
durante muito tempo: assim como o bambu,
que primeiro cresceu para baixo e agora está
crescendo para cima.
EQUIPE OIDA-terapia: O que são as
linhas da UMBANDA e como podem ser
realizados os trabalhos dentro da linha dos
Pretos Velhos?
MESTRE RUBENS: As linhas espirituais da
Umbanda começam num todo: as 7 radiações
Divinas. Essas 7 irradiações Divinas emanadas
por Deus vão se abrindo e dando sustentação
para o surgimento das coisas. A nível espiritual,
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elas se abrem em muitas vibrações e essas
vibrações acolhem os espíritos.
Por ancestralidade ou afinidade, os
espíritos vão se reunindo. E eles sempre têm
um espírito iniciador desse agrupamento, então
eles usam de nomes dentro da Umbanda tais
como Pai João do Congo, Pai João de Angola
ou Pai Benedito de Aruanda ou de Ruanda.
Segundo Pai Benedito, preto velho que
nos passa os livros, o termo Aruanda veio de
uma corruptela de Ruanda. O preto velho não
falava direito e dizia: vou voltar para a Ruanda,
quer dizer um país da África, terra dele.
Entendia-se que ele ia voltar para Aruanda.
Quando o preto velho dizia “vou voltar para a
Ruanda”, ele queria dizer que ao desincorporar
do médium voltava para o país dele. E ficou
Aruanda que passou a ser sinônimo de plano
espiritual elevado, de paraíso, de céu.
Então quando estamos falamos de
Aruanda na Umbanda estamos falando disso. E
as linhas se apresentam com o nome de países
africanos: Pai João do Congo, Pai, João de
Angola, Mãe Cambinda, Pai João de Mina, que
é Costa da Mina e assim vários outros nomes,
querendo
dizer
que
aqueles
grandes
benzedores do passado vieram desses países
e aqui continuaram com sua religiosidade
fazendo o que já faziam, lá. Pergunto: quando
desencarnam espíritos que passaram a vida
inteira socorrendo os outros, para onde eles
vão?
Para o céu é claro! Eles eram espíritos
que socorriam o próximo a troco de nada. O
máximo que um deles ganhava era uma galinha
para comer, alguém trazia um pouco de milho
pra casinha dele, que eram todos velhos já,
eles já não serviam mais para trabalhar na
escravidão. Os senhores de escravo os
encostavam nos “cafundós” das fazendas, seja
de cana, de café por esse Brasil todo e os
deixavam viver até porque quando estes
senhores de engenho ficavam mal, iam atrás
deles. Ter um preto velho na fazenda até que
era um bom negócio, era como ter um médico
particular, porque até para os próprios senhores
não tinha uma grande medicina a 200 anos
atrás no Brasil, vamos reconhecer isso. Se hoje
nós temos, não em todo Brasil ainda, naquele
tempo não tinha nada: ou se servia dos pajés
índios, dos feiticeiros africanos ou não se
livrava da doença, do problema. Então cada
linha de trabalho espiritual recebe um nome.
Esses grandes benzedores que foram
para um plano superior, começaram a atrair
outros espíritos afins a eles e começaram a
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prepará-los para vir em socorro dos
encarnados.
Então essas linhas hoje, têm dezenas de
nomes alusivos à África e a Bahia também. A
Bahia foi o berço, onde eles tiveram a melhor
abertura para se expressar religiosamente,
então toda espiritualidade presta uma
reverência a Bahia, por ser o primeiro estado
que permitiu o culto aos Orixás. Cada linha
dessas é formada por milhares e milhares de
espíritos que se manifestam com o mesmo
nome. Se nós falarmos na linha dos Pretos
Velhos, tais como Pai João do Congo, temos
que entender que foi um que começou tudo.
Mas este um que, é um espírito muito elevado,
é pura luz. Ele ascendeu, mas está preparando
outros espíritos para se manifestarem.
O que ele já fazia, estes outros espíritos
estão fazendo e preparando seus médiuns para
fazer a mesma coisa, porque o médium é a
extensão do Guia e vice-versa. O Guia ensina
uma coisa aqui e o médium passa a ensinar
isso para ajudar as pessoas; o Guia ensina
uma receita que funciona muito bem, o médium
passa a ensinar essa receita para quem lhe
procura.
Então
a
Espiritualidade vai
desenvolvendo
todo
um
conhecimento
e
vai
adaptando
cada médium para
cada um respeitar
aquele
conhecimento do
seu modo: uns
elaboram
muito
bem
as
informações que
recebem, outros
colocam de uma forma bem popular: “beba um
chá disso que cura”. Outro já fala “essa erva
tem tal propriedade...”, isso alcança todos os
níveis.
Mas o que importa é dizer “o chá de tal coisa é
bom para isso” – e é mesmo! A pessoa toma, é
bom e ponto final. Então os pretos velhos têm
essa facilidade no linguajar que eles adotaram.
Não significa que eles sejam ignorantes, é que
eles precisam falar daquele jeito, como se fosse
uma linguagem quase que infantil, apenas
como um modo de tocarem as pessoas.
EQUIPE OIDA-terapia: Estes espíritos
parecem muito doces no trato com as pessoas.
Jornalnacionaldaumbanda.com.br
São Paulo, 10 de Junho de 2011.
MESTRE RUBENS: Doces, sim. Eles
trazem uma doçura. Você pode se posicionar
diante de um médium que no seu dia a dia é
uma pessoa rústica, rude. Quando ela
incorpora o seu preto velho, sua preta velha,
muda. Ali se vê que o espírito está se
manifestando através do corpo daquela pessoa,
dominando o espírito dela. E com isso nós
temos hoje (não sabemos o número, porque a
espiritualidade não passa), centenas e
centenas de milhares de espíritos agregados
com estes grandes benzedores que deram
origem a linha dos pretos velhos da UMBANDA.
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Não deveremos esquecer-nos das
Pretas Velhas, tão numerosas ou mais do que
os Pretos Velhos porque existiam muitas
benzedeiras,
elas
dominavam
um
conhecimento profundo e fizeram muita
caridade, mesmo sendo escravas.
Na próxima edição, não perca: você vai
conhecer melhor o Mestre Rubens Saraceni:
seus livros, seus estudos e sua grande
contribuição para um mundo com mais justiça,
harmonia e união através da Magia Divina e da
Umbanda Sagrada.
Muito axé para todos. Paz e luz em seus
dias, Deus está com você.
Por: Dalto Barros
http://www.oidaterapiabrasil.blogspot.com/ http://centrodecuraplanetaria.blogspot.com/
Mestre Rubens Saraceni- nosso entrevistado
LIVROS
Umbanda Defumações, Banhos, Rituais, Trabalhos e Oferendas:
Temos o prazer de apresentar ao leitor este trabalho referente a
banhos. Defumações, rituais, magias oferendas de Umbanda. A prática de
cada item pode se dar por leigos, iniciantes ou médiuns de qualquer
religião.As fórmulas apresentadas são universais e podem ser praticadas
em qualquer estado ou país, modificando-se apenas alguns iten, números
ou cores. Elas também podem ser praticadas por pessoas dos mais
diversos segmentos religiosos. Desde que haja fé, confiança e convicção.
Ciganos, Magias do Passado de Volta ao Presente:
Na magia, como em todo preceito espiritual e ritual cigano, para que
cada um de nós tenha um bom êxito e consiga o que deseja , é
fundamental que tenhamos fé, confiança e convicção. E , naturalmente,
confiança nas forças que o executam.
Para isso, é fundamental que acreditemos nas possibilidades das
coisas que queremos executar.
Editora: Anubis
Autor: Evandro Mendonça
Jornalnacionaldaumbanda.com.br
São Paulo, 10 de Junho de 2011.
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ÚLTIMA PÁGINA
Estudo resolve mistério de planetas que giram "ao
contrário".
Um mistério da astronomia está perto de terminar. Cientistas dizem ter conseguido explicar
por que alguns planetas gigantes giram no sentido oposto ao das estrelas que orbitam, contrariando
teorias de formação planetária.
Embora não haja exemplos assim no Sistema Solar, o Universo está cheio deles.
Normalmente, são planetas gasosos muito grandes e bem próximos às suas estrelas. Esse tipo de
planeta foi batizado de Júpiter Quente.
Com modelos projetados em computador, analisando órbita, massa e outros dados, os
cientistas da Universidade Northwestern (EUA) concluíram que os astros desse tipo "nasceram" com
órbitas que não eram opostas às seguidas por suas estrelas.
Eles ficaram "ao contrário", na verdade, pela influência gravitacional de um outro planeta gigante que
orbita a mesma estrela.
Editoria de Arte/Folhapress
Os
dois
astros
interagem
gravitacionalmente e, algumas vezes, com
essa influência, a órbita daquele que está
mais próximo à estrela começa lentamente
a se alongar, ficando quase com a forma de
uma agulha.
Nesse ponto, a estrela e o planeta
passam a interagir de tal forma que
acontecem pequenos puxões gravitacionais.
É aí que existe uma espécie de
fricção que faz a órbita encolher e, em
alguns casos, mudar totalmente. Estima-se
que 25% de todos os planetas do tipo
Júpiter Quente já registrados tenham órbitas
inversas.
"Achávamos que nosso Sistema
Solar era típico do Universo, mas tudo
pareceu muito estranho nos sistemas extra
solares desde o início. Nós somos, na
verdade, atípicos. Entender os outros
sistemas nos dá um contexto de como o
nosso é especial", disse Frederic Rasio, astrofísico que é coautor do trabalho, publicado na "Nature".
Planetas sem órbita foram descobertos no centro da Via Láctea. Este novo tipo de planeta
vaga livre pelo espaço, sem estar no campo gravitacional de nenhuma estrela ou astro. Os
astrônomos acreditam que este tipo de planeta seja mais comum que estrelas na galáxia
Enviado por: Alexandre Toledo.
E-mail: [email protected]
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File - CENTRO DE UMBANDA CABOCLO VENTANIA