XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE CONSIDERAÇÕES SOBRE A TOXICIDADE DE Cu (CuCl2) E Cd (CdCl2.H2O) EM TILÁPIAS (Oreochromis niloticus), ATRAVÉS DE BIOENSAIOS UTILIZANDO-SE INJEÇÕES INTRAPERITONEAIS E ABSORÇÃO DAS ESPÉCIES QUÍMICAS DISSOLVIDAS Tatiana C. S. Motta1; Maria Amália da Silva1; Diogo B. Tintor2; Tiago A. Dourado2; Amanda L. Alcantara2; Francisca A. M. Gonçalves 2; Fátima M. Patreze1; Amauri A. Menegário2; José Roberto Ferreira3,1 1 [email protected] (Centro de Energia Nuclear na Agricultura - USP, Piracicaba, São Paulo) [email protected] (Centro de Estudos Ambientais - UNESP, Rio Claro, São Paulo) 2 [email protected] (Centro de Estudos Ambientais - UNESP, Rio Claro, São Paulo) 2 [email protected] (Centro de Estudos Ambientais - UNESP, Rio Claro, São Paulo) 2 [email protected] (Centro de Estudos Ambientais - UNESP, Rio Claro, São Paulo) 1 [email protected] (Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP, Piracicaba, São Paulo) 1 fatima@ cena.usp.br (Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP, Piracicaba, São Paulo) 2 [email protected] (Centro de Estudos Ambientais - UNESP, Rio Claro, São Paulo) 3,1 [email protected] (3Apta/1Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP, Piracicaba, São Paulo) 2 Através de ensaios estáticos de toxicidade, observou-se as interações de Cu e Cd em tilápias, com o uso de sais dissolvidos dos metais, tanto de forma isolada, quanto em combinação. Na toxicidade aguda sob forma preliminar, conduzida por um período de 48h, procedeu-se a solubilização dos sais CuCl2, CdCl2.H2O e CuCl2+CdCl2.H2O, em concentrações que variaram logaritmicamente, de 0,0 a 100,0 mg L-1 de cada metal. As variáveis temperatura, pH, e oxigênio dissolvido (OD) foram medidas em períodos de 24 horas, sendo a dureza total aferida no início e no final de cada ensaio, estando dentro dos intervalos preconizados de estabilidade. A temperatura foi mantida entre 25°C±1, o pH no intervalo de 5,44 a 7,28, OD entre 5,20 a 10,67 mg L-1 e a dureza total variou entre 68,0 a 84,0 mg L -1 CaCO3. Para os diferentes ensaios, a sobrevivência observada nos tratamentos controle esteve compreendida entre 100 e 80%. Não se verificou significativa redução das concentrações esperadas para os metais dissolvidos. Exceção feita ao Cu, cuja precipitação foi verificada em concentrações iguais ou maiores do que 10,0mg L -1, conforme pode-se prever pelo produto de solubilidade do hidróxido cúprico formado nos aquários – [Cu(OH)2 (Ks=1,6.10-19)]. Nestas concentrações, o Cd, apresentou redução quando em combinação, devido à co-precipitação com o Cu. De forma geral, as concentrações de cobre e cádmio foram mais elevadas no fígado, seguido das guelras e tecido muscular. Apesar de ser considerado elemento essencial, o Cu mostrou-se mais prejudicial ao organismo do que o Cd, indicando afetar sobretudo o fígado através de necroses, e induzindo à uma sistemática redução da massa deste órgão com o aumento da concentração na água. Administrou-se separadamente, por meio de injeções intraperitoneais, 100 µL de soluções 7,5mg L -1 Cu (CuCl2) e 15mg L-1 Cd (CdCl2.H2O) em meio de 0.6% NaCl, seguindo-se o ensaio por um período de 10 dias. As doses aplicadas foram baseadas na literatura, considerando-se que a biomassa utilizada nos ensaios variou de 3,38 a 12,36g para o Cu, 3,50 a 15,19g para o Cd e 2,76 a 9,36g para o tratamento controle. As determinações das espécies químicas foram conduzidas por digestão em meio de HNO 3 e H2O2, e detecção por espectrometria de plasma de emissão ótica (Optima 3000). Vantagens e desvantagens do emprego das duas possibilidades aqui apresentadas são discutidas, com ênfase à necessidade premente de se proceder o tratamento dos efluentes gerados nos ensaios preliminares e praticidade experimental, incluindo aspectos analíticos. Palavras-chave: ensaios toxicológicos, tilápias, metais Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 445