ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 1/9 IMPLANTAÇÃO DE ETE COMPACTA EM ARAGUARI-MG Kleber Lúcio Borges Autor: Engenheiro Civil, Engenheiro Segurança do Trabalho, Mestre em Engenharia Urbana, Especialista em Gestão Ambiental, Doutorando em Análise, Planejamento e Gestão Ambiental. Superintendente Adjunto da SAE – Araguari-MG. Endereço: Av. Hugo Alessi, 50 – B. Industrial Araguari-MG – CEP: 38.442-028 (34) 3242-3579 [email protected] Tema do trabalho: II - Esgotamento sanitário. Palavra chave: ETE compacta. Declaração: Declaro conhecer e estar de acordo com as normas estabelecidas pelo Regulamento para Apresentação de Trabalhos Técnicos, a ser realizado pela ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento na sua XI Exposição de Experiências Municipais em Saneamento (2007). Araguari-MG, 25 de junho de 2007. Kleber Lúcio Borges Mestre em Eng. Urbana Eng civil e Seg Trabalho CREA 68.543/D-MG XI Exposição de Experiências Municipais em Saneamento Guarulhos/SP- 2007 ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 2/9 IMPLANTAÇÃO DE ETE COMPACTA EM ARAGUARI-MG 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVO De acordo com a última PNS - Pesquisa Nacional de Saneamento (2000), no Brasil, 42% da população total é atendida por rede coletora de esgoto sanitário. São ao todo 70,94 milhões de brasileiros que produzem, diariamente, 14,57 milhões de metros cúbicos de esgoto. Deste total, apenas 35% são tratados, ou seja, apenas 5,14 milhões de metros cúbicos. A principal destinação do efluente tratado é o lançamento em corpo d´água. Atualmente, existem inúmeros processos para o tratamento de esgoto, individuais ou combinados. A decisão pelo processo a ser empregado, deve-se levar em consideração, principalmente, as condições do curso d´água receptor (estudo de autodepuração e os limites definidos pela legislação ambiental) e da característica do esgoto bruto gerado. É necessário certificar-se da eficiência de cada processo unitário e de seu custo, além da disponibilidade de área (IMHOFF e IMHOFF, 1996). Von Sperling (1996) cita que os aspectos importantes na seleção de sistemas de tratamento de esgotos são: eficiência, confiabilidade, disposição do lodo, requisitos de área, impactos ambientais, custos de operação, custos de implantação, sustentabilidade e simplicidade. Cada sistema deve ser analisado individualmente, adotando-se a melhor alternativa técnica e econômica. Araguari é uma cidade com aproximadamente 100.000 habitantes, localizada no triângulo mineiro. Segundo o último diagnóstico dos serviços de água e esgoto, elaborado pelo SNIS – Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento, referente ao ano de 2005, o índice de atendimento total de água era de 98,6%, o índice de coleta de esgoto era de 94,2% e o índice de tratamento de esgoto era 0%, ou seja, não havia nenhum tratamento. Com o objetivo de iniciar o tratamento do esgoto coletado, decidiu-se implantar uma estação de tratamento de esgoto em uma das sub-bacias da zona urbana. O objetivo deste trabalho é apresentar a experiência da implantação de uma ETE – Estação de Tratamento de Esgoto compacta na cidade de Araguari-MG, descrevendo o seu processo, suas características e os resultados obtidos até o momento. XI Exposição de Experiências Municipais em Saneamento Guarulhos/SP- 2007 ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 3/9 2. DESENVOLVIMENTO A primeira ETE a ser implantada no município seria em um bairro predominantemente residencial. A população de início de projeto era de 3.900 pessoas e população final de projeto de 4.950 pessoas, com horizonte de 20 anos e referência no ano de 2005. O efluente tratado seria destinado a um corpo d´água, denominado Córrego Lagoa Seca, que ainda não foi enquadrado, e consequentemente, considerado como classe 2, de acordo com a Resolução CONAMA 357/2005. Com a falta de disponibilidade de área, principal característica para implantação de lagoas de estabilização, iniciou-se o estudo para a seleção de um sistema de tratamento de esgotos descartando essa alternativa. Retirando as lagoas, optou-se pela comparação entre lodos ativados e reatores. Foram realizadas visitas em locais onde estes tipos de sistemas já operavam. No estado de São Paulo conheceu-se o sistema de lodos ativados e no estado de Espírito Santo o sistema de reatores. De acordo com Von Sperling (1996) o custo de implantação do sistema de lodos ativados convencionais varia de US$ 60 a 120 por habitante, requer uma área de 0,2 a 0,3 m2 por habitante, possui uma eficiência de remoção de DBO entre 85 a 93% e produz uma quantidade lodo a ser tratado de 1,1 a 1,5 m3 por habitante por ano. Enquanto que, o sistema de reator anaeróbio de manta de lodo possui um custo de implantação na ordem de US$ 20 a 40 por habitante, requer uma área de 0,05 a 0,10 m2 por habitante, uma eficiência de remoção de DBO de 60 a 80% e produz uma quantidade de lodo a ser tratado de 0,07 a 0,1 m3 por habitante por ano. De acordo com a PNS (2000), 15% dos tratamentos de esgoto utilizados no país eram de reatores e 11% de lodos ativados, perdendo somente para as lagoas (44% dos sistemas de tratamento). Sendo assim, optou-se pelo sistema de reatores. O reator anaeróbio de fluxo ascendente e manta de lodo (UASB) consiste no fluxo ascendente do esgoto através de um leito de lodo denso e de elevada atividade. O perfil de sólidos no reator varia de muito denso e com partículas granulares de elevada capacidade de sedimentação, próximas ao fundo (leito de lodo), até um lodo mais disperso e leve, próximo ao topo do reator (manta de lodo). A estabilização da matéria orgânica ocorre em todas as zonas de reação (leito e manta de lodo), sendo a mistura do sistema promovida pelo fluxo ascensional do esgoto e das bolhas de gás. O esgoto entra pelo fundo e o XI Exposição de Experiências Municipais em Saneamento Guarulhos/SP- 2007 ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 4/9 efluente deixa o reator através de um decantador interno localizado na parte superior do reator. Um dispositivo de separação de gases e sólidos, localizado abaixo do decantador, garante as condições ótimas para a sedimentação das partículas que se desgarram da manta de lodo, permitindo que estas retornem à câmara de digestão, ao invés de serem arrastados para fora do sistema. Embora parte das partículas mais leves sejam perdidas juntamente com o efluente, o tempo médio de residência de sólidos no reator é mantido suficientemente elevado para manter o crescimento de uma massa densa de microorganismos formadores de metano, apesar do reduzido tempo de detenção hidráulica (CHERNICHARO, 1997). Uma análise preliminar, considerando que a DBO do esgoto bruto gerado era em torno de 340 mg/L O2, verificou-se que, somente com o UASB a DBO não atenderia o limite de lançamento (60 mg/L O2) estabelecido na legislação ambiental. Desta forma, iniciou-se o estudo para um pós tratamento do reator, visando principalmente à remoção de carga orgânica. Entre os diversos sistemas, conheceu-se o sistema UASB seguido de um biofiltro aerado submerso, desenvolvido na UFES pelo Professor Ricardo Franci Gonçalves e colaboradores. Este sistema já estava operando na cidade de Aimorés-MG, onde se fez uma visita técnica e comprovou-se a eficiência e sucesso do sistema proposto. A eficiência de remoção de DBO era superior a 90%. O biofiltro aerado submerso (BFAS) é constituído por um tanque de preenchimento com um material poroso, através do qual esgoto e ar fluem permanentemente. Na quase totalidade dos processos existente, o meio poroso é mantido sob total imersão pelo fluxo hidráulico, caracterizando-o como reatores trifásicos compostos por (GONÇALVES apud CHERNICHARO, 1997): • Fase sólida: constituída pelo meio suporte e pelas colônias de microorganismos que nele se desenvolvem sob a forma de um filme biológico (biofilme); • Fase líquida: composta pelo líquido em permanente escoamento através do meio poroso; • Fase gasosa: formada pela aeração artificial e, em reduzida escala, pelos gases sub-produtos da atividade biológica. Mas, detectou-se que no sistema UASB+BFAS havia a necessidade de um polimento final. Segundo Nuvolari et al. (2003), os decantadores secundários (DS) nas regiões de clima quente têm dupla finalidade: separar os sólidos para permitir uma clarificação eficiente do efluente final e facilitar o XI Exposição de Experiências Municipais em Saneamento Guarulhos/SP- 2007 ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 5/9 adensamento do lodo permitindo o seu retorno ao tanque de aeração com concentração mais elevada do que a existente no reator. Nos decantadores secundários o tipo de sedimentação é zonal, ou seja, em líquidos com alta concentração de sólidos, forma-se um manto que sedimenta como massa única de partículas. Observa-se nítida interface de separação entre a fase sólida e a fase líquida. O nível da interface se move para baixo como resultado da sedimentação da manta de lodo. Neste caso utiiiza-se a velocidade de movimentação da interface no dimensionamento dos decantadores (NUVOLARI et al., 2003). Com esta concepção, desenvolveu-se o projeto da ETE compacta: uma estação de tratamento de esgoto constituída de um reator UASB+BFAS+DS em uma única estrutura. Optou-se pela construção desta estrutura em aço, com tratamento em fibra de vidro para a sua proteção no contato com o esgoto. O esquema da ETE compacta é demonstrado na Figura 01. No anel externo encontra-se o reator UASB de três fases: o biogás gerado é direcionado ao queimador; o líquido é direcionado ao BFAS; e o lodo gerado é direcionado ao leito de secagem. Não há intervenção de bombas, todo sistema é realizado por gravidade. O biofiltro aerado submerso está localizado no centro da estrutura e utiliza como meio suporte a brita. Após o BFAS o líquido segue para o DS, onde é realizada a clarificação e remoção complementar da matéria orgânica. O lodo, após sua secagem, será destinado ao aterro sanitário do município. Anteriormente à ETE compacta, foi implantado um gradeamento e uma caixa de areia. Em seguida, o esgoto bruto é direcionado à estação elevatória, que bombeia o esgoto à parte superior da estrutura (ETE compacta) para uma caixa de distribuição de vazão. O custo final da ETE compacta (Figura 02) foi de aproximadamente R$ 560 mil, incluindo toda parte civil e de urbanização. Logo, pode-se calcular o custo per capita, que representou aproximadamente R$ 113,13/habitante ou US$ 53,8/habitante. Um custo baixo, comparado à referência apresentada por Von Sperling (1996): tratamento preliminar: US$ 5/hab em média, mais tratamento primário: US$ 25/hab em média, mais reator anaeróbio de manta de lodo: US$ 30/hab em média, totalizando: US$ 60/hab, considerando que no custo do sistema implantado ainda está incluído: biofiltro aerado submerso (com compressor), um decantador secundário, uma elevatória de esgoto, leito de secagem, casa de apoio e toda urbanização da área. XI Exposição de Experiências Municipais em Saneamento Guarulhos/SP- 2007 ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 6/9 Figura 01. Esquema da ETE compacta implantada em Araguari-MG. A área total ocupada pela ETE compacta é de aproximadamente 980 m2, ou seja, 0,19m2/habitante. O consumo de energia foi de R$ 950,60/mês (2.053 KWh/mês) em média dos últimos 6 meses. A operação é realizada por um único funcionário do quadro operacional e a supervisão realizada por uma engenheira química. Diariamente, o funcionário não excede 2 horas na sua permanência na ETE e foi instalado um sistema de alarme monitorado. Figura 02. Vista da ETE compacta implantada em Araguari-MG. XI Exposição de Experiências Municipais em Saneamento Guarulhos/SP- 2007 ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 7/9 3. RESULTADOS A ETE foi concluída no primeiro semestre de 2006, e no dia 05 de junho do mesmo ano, entrou em operação. Na sua partida, o reator UASB foi inoculado com lodo de um outro reator de uma cidade vizinha, totalmente vazio. Aguardou-se um período de repouso de aproximadamente 24 horas, para a sua adaptação à temperatura ambiente. Após o período de repouso, iniciou-se a alimentação do UASB com esgoto até a metade do seu volume. Aguardou-se um novo período de repouso de 24 horas. Logo após, completou-se o volume com esgoto do UASB. Outro período de repouso de 24 horas foi aguardado e posteriormente o reator foi alimentado normalmente. Somente o reator operou na partida da ETE compacta. As primeiras análises foram realizadas nos dias: 28/07/2006 e 24/07/2006, como demonstra a Tabela 01. Na primeira análise, a DBO na entrada da ETE era de 816 mg/L e na saída 261 mg/L (68% de eficiência), abaixo do limite de 60 mg/L e abaixo de 85% de eficiência como estabelece a DN - Deliberação Normativa COPAM 10/1986; a DQO era 920 mg/L na entrada e 330 mg/L na saída da ETE, também abaixo dos limites estabelecidos pela DN 10/1986 (90 mg/L ou 90% de eficiência); os SS - Sólidos Sedimentáveis eram 10 ml/L na entrada e 1,5 ml/L na saída (eficiência de 85%), mas acima do limite de 1,0 mg/L; e os sólidos em suspensão eram 102 mg/L e 32 mg/L na entrada e saída respectivamente (eficiência de 69%). Na segunda análise, a eficiência da DBO aumentou para 78% com 25 mg/L na saída da ETE, já atendendo os limites estabelecidos pela DN 10/1986; a DQO também aumentou sua eficiência para 79%; os SS mantiveram a eficiência, mas, com saída de 0,1 mg/L (abaixo do limite DN 10/86); e sólidos em suspensão também aumentaram sua eficiência: 97%. Tabela 01. Resultados das duas primeiras análises realizadas. Datas análises: Parâmetros: pH SS (ml/L) Óleos/graxas (mg/L) DBO (mg/L) DQO (mg/L) Sólidos susp. (mg/L) Data: 28/7/2006 Entrada Saída Eficiência ETE ETE 7,17 7,17 10 1,5 85% 11 2 82% 816 261 68% 920 330 64% 102 32 69% XI Exposição de Experiências Municipais em Saneamento Data: 24/07/2006 Entrada Saída Eficiência ETE ETE 7,11 7,23 0,7 0,1 86% 20 9,4 53% 115 25 78% 234 48 79% 67 2 97% Guarulhos/SP- 2007 ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 8/9 Após a realização da segunda análise, deu-se a partida no BFAS e no DS. Com isso, o processo tornou-se mais eficiente (Tabela 02). De acordo com as quatro últimas análises realizadas, em termos de remoção de DBO, a eficiência do sistema completo chegou a 96%, em média, com saída de 7 mg/L O2); a DQO chegou a 95% de eficiência em média; os SS em media, tem 86% de eficiência; os óleos/graxas chegaram a 61% de eficiência em média; os sólidos em suspensão chegaram a 98% de eficiência em média; todos abaixo dos limites estabelecidos pela legislação ambiental. Tabela 02. Resultados das últimas análises realizadas, com o funcionamento de todo o sistema. Datas análises Parâmetros: pH SS (ml/L) Óleos/graxas (mg/L) DBO (mg/L) DQO (mg/L) Sólidos susp. (mg/L) Datas análises Parâmetros: pH SS (ml/L) Óleos/graxas (mg/L) DBO (mg/L) DQO (mg/L) Sólidos susp. (mg/L) Data: 25/10/2006 Entrada Saída Eficiência ETE ETE 6,59 5,08 34 0,1 100% 25 5,8 77% 366 2,3 99% 558 6 99% 370 0,1 100% Data: 30/11/2006 Entrada Saída Eficiência ETE ETE 6,12 5,97 0,8 0,1 88% 8,8 5 43% 340 6,5 98% 509 21 96% 126 1,5 99% Data: 27/12/2006 Entrada Saída Eficiência ETE ETE 6,75 6 2,5 0,1 96% 43 7,6 82% 217 13 94% 460 40 91% 140 1,5 99% Data: 30/01/2007 Entrada Saída Eficiência ETE ETE 6,77 6,37 0,5 0,2 60% 9 5,4 40% 100 6,9 93% 295 14 95% 72 4 94% 4. CONCLUSÃO A ETE compacta implantada em Araguari-MG, denominada ETE Novo Horizonte, é um projeto que atende à legislação ambiental, possui baixo custo, boas eficiências, baixo requisito de área, operação e manutenção simples, e baixo consumo de energia elétrica. O monitoramento constante da ETE é fundamental para a sua boa operação, principalmente a entrada de esgotos não domésticos, que poderá influenciar negativamente no tratamento anaeróbio. A ETE Novo Horizonte possui capacidade para tratar 4% do esgoto coletado na zona urbana de Araguari, mas foi um projeto piloto para o estudo XI Exposição de Experiências Municipais em Saneamento Guarulhos/SP- 2007 ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 9/9 da mesma. Com o bom desempenho, a SAE – Superintendência de Água e Esgoto de Araguari-MG, adotou a ETE compacta como concepção para o tratamento de esgoto de todo o município. Em 2007, serão implantadas mais três ETE´s compactas: uma na zona urbana (tratar 11% do esgoto coletado), uma no distrito de Amanhece e outra no distrito de Piracaíba. Em 2008, será implantada mais uma ETE compacta na zona urbana que vai tratar 14% do esgoto coletado. Até 2010, será implantada a maior ETE do município, na zona urbana, que tratará o restante, ou seja, 71% do esgoto coletado. Ela também será implantada a concepção de ETE compacta, com quatro módulos. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS IMHOFF, K. R.; IMHOFF, K. Manual de tratamento de águas residuárias. Editora Edgard Blucher. São Paulo, 1996. NUVOLARI, A. et al. Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reuso agrícola. Editora Edgard Blucher. São Paulo, 2003. PESQUISA NACIONAL DE SANEMENTO – 2000. BIO - Revista Brasileira de Saneamento e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: ABES, ano XI, n. 22, p. 2831, 2002. CHERNICHARO, C. A. de L. Reatores Anaeróbios. Belo Horizonte: DESAUFMG, 1997. VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 2ª. edição. Belo Horizonte: DESA-UFMG, 1996. XI Exposição de Experiências Municipais em Saneamento Guarulhos/SP- 2007