CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS Mestrado em Educação Tecnológica Sabrina Ferreira de Aguiar AS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS DO GOVERNO LULA E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Belo Horizonte, MG 2012 Sabrina Ferreira de Aguiar AS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS DO GOVERNO LULA E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Educação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET-MG, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação Tecnológica. Orientadora: Profª. Drª. Márcia Gorett Ribeiro Grossi Belo Horizonte, MG 2012 Sabrina Ferreira de Aguiar AS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS DO GOVERNO LULA E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Educação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET-MG, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação Tecnológica. Aprovada pela Banca Examinadora em 27 de Abril de 2012. _____________________________________________ Profª. Drª. Márcia Gorett Ribeiro Grossi Orientadora _____________________________________________ Prof. Dr. José Wilson da Costa _____________________________________________ Prof. Drª. Aleixina Maria Lopes Andalécio Belo Horizonte, MG 2012 Dedico esta dissertação a minha filha Helena, que este trabalho seja uma pequena contribuição na sua vida acadêmica. AGRADECIMENTOS Ao meu marido Leandro e a minha filha Helena, pela compreensão nos momentos ausentes e pelo apoio incondicional durante esta jornada. Aos meus pais e irmãos pelo carinho, principalmente a minha mãe Neuza de Souza Aguiar, por dividir comigo a tarefa de ser mãe da Helena. À minha orientadora professora doutora Márcia Gorett Ribeiro Grossi, fonte de inspiração profissional e pessoal, pela paciência, pelo carinho, pelo apoio e pela contribuição tão valiosa a esta pesquisa. Às diretoras da Fundação Cefetminas professora doutora Maria Celeste Monteiro de Souza Costa e professora doutora Márcia Gorett Ribeiro Grossi, pela compreensão nos momentos em que foi necessário estar ausente e pelo apoio apresentado nos momentos difíceis. Aos colegas da Fundação Cefetminas, pelo apoio, pelo carinho e pelo incentivo. Ao professor José Wilson da Costa pelo apoio e pela atenção e a todos os professores, funcionários e colegas do Mestrado em Educação Tecnológica do CEFET-MG. A Deus pela disposição para a realização deste trabalho. RESUMO Esta dissertação teve como objetivo fazer um levantamento das políticas públicas educacionais brasileiras integrantes do Governo Lula (2003-2010), com foco na EaD. Identificando quais políticas públicas educacionais oferecem suporte para a realização de cursos a distância, quais oferecem a educação a distância propriamente dita, bem como a análise das principais características das políticas públicas educacionais que estão relacionados diretamente com a educação a distância, verificando a importância da EaD no Governo Lula. O método de pesquisa adotado foi a pesquisa bibliográfica e a análise documental. A instrumentação utilizada para a coleta de dados foi o questionário aplicado aos gestores das políticas públicas educacionais classificadas com relação direta com a EaD no 2º semestre de 2011. De acordo com os resultados apresentados, pode se observar que a importância da EaD no governo Lula focou a formação e capacitação de professores e também a ampliação de vagas nas instituições de ensino superior, com a criação da Universidade Aberta do Brasil, que oferta cursos superiores a distância. Quanto aos recursos tecnológicos, apesar de tanta inovação tecnológica, o computador continua sendo o recurso tecnológico mais utilizado dentro das Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais pesquisadas, sendo citado em todos os questionários com retorno. PALAVRAS-CHAVE: educação a distância, políticas públicas educacionais, Governo Lula. ABSTRACT This master’s thesis aimed to raise public politics educational members of the Lula Government (2003-2010), focusing on distance education (DE). The research method used was a literature review and document analysis. The instrumentation used for data collection was the questionnaire e administered to managers of Actions/Programs classified as directly related to the DE in the 2nd half of 2011. According to the results presented, it maybe noted that the importance of distance education in the Lula government focused on the training of teacher sandal so to increase enrollment in higher education institutions. As for the technological re sources, despite so much technological innovation, the computer remains the most widely used technological resource within the Actions/Programs surveyed and quoted in all the questionnaires returned. KEYWORDS: distance education, educational politics, the Lula Government LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 – Estrutura Organizacional do MEC.........................................................31 GRÁFICO 1 – Número de internautas, em milhões, no Brasil...................................23 GRÁFICO 2 – 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental.................................................37 GRÁFICO 3 – 5º ao 8º do Ensino Fundamental........................................................38 GRÁFICO 4 – Os 3 anos do Ensino Médio. ..............................................................39 GRÁFICO 5 – Número de matrículas na educação profissional do Brasil entre 2007 e 2010 ..........................................................................................................................45 QUADRO 1 – Plano do Governo Lula: Metas para a Educação. ..............................21 QUADRO 2 – Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais da Secretaria de Educação Básica (continua)......................................................................................54 QUADRO 3 – Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (continua). ...............................58 QUADRO 4 – Ações/Programas da Secretaria de Educação a Distância (continua). ..................................................................................................................................61 QUADRO 5 – Programas da Secretaria de Educação Especial................................62 QUADRO 6 – Ações/Programas da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. ..............................................................................................................64 QUADRO 7 – Ação/Programas da Secretaria de Educação Superior. .....................65 QUADRO 8 - Resumo das Ações/Programas das Secretarias do MEC: SEEB, SECAD e SEED que se relacionam diretamente e indiretamente com a EaD.........82 QUADRO 9 - Resumo das Ações/Programas das Secretarias do MEC: SEESP, SETEC e SESU que se relacionam diretamente e indiretamente com a EaD.........82 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Consumo dos meios de comunicação. .................................................25 TABELA 2 – Número de brasileiros em cursos de educação a distância..................28 TABELA 3 – Número de instituições de ensino superior que ministram graduação a distância. ...................................................................................................................29 TABELA 4 – Evolução do número de instituições da educação superior por categoria administrativa – Brasil – 2004 – 2009. ......................................................................46 LISTA DE SIGLAS ABRAEAD Associação Brasileira de Educação a Distância AVAs Ambientes Virtuais de Aprendizagem CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CONFITEA Conferência Internacional de Educação de Adultos DITEC Departamento de infraestrutura Tecnológica D.O.U Diário Oficial da União DPCEAD Departamento de Produção e Capacitação em Programas de Educação a Distância DPEAD Departamentos de Políticas em Educação a Distância EAD Educação a Distância ECA Estatuto da Criança e do Adolescente EJA Educação de Jovens e Adultos FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FIES Financiamento Estudantil FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental GESTAR II Gestão da Aprendizagem Escolar IBOPE Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira LDB Lei de Diretrizes e Bases LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LIBRAS Língua Brasileira de Sinais MEC Ministério da Educação OCDE Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico PAR Plano de Ações Articuladas PBLE Programa Banda Larga nas Escolas PDEESCOLA Plano de Desenvolvimento da Escola PET Programa de Educação Tutorial PIB Produto interno Bruto PNE Programa Nacional de Educação PNLA Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos PRADIME Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação PROCAMPO Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo PROEJA Programa de Educação de Jovens e Adultos PROEXT Programa de Extensão Universitária PROFORTI Programa de Fortalecimento Institucional das Secretarias Municipais de Educação do Semi-Árido PROINFO Programa Nacional de Tecnologia Educacional PROLIND Programa de Formação Superior e Licenciaturas Indígenas PROMISAES Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior PROUCA Programa Um Computador por Aluno PROUNI Programa Universidade para Todos PSE Programa Saúde nas Escolas REDE Rede de Educação para a Diversidade REUNI Reestruturação e Expansão das Universidades Federais SEB Secretaria de Educação Básica SECAD Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade SEED Secretaria de Educação a Distância SEESP Secretaria de Educação Especial SETEC Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica SESU Secretaria de Educação Superior SINAES Sistema Nacional de Avaliação de Ensino Superior TICs Tecnologias da Informação e Comunicação UAB Universidade Aberta do Brasil UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................14 1.1 PANORAMA ATUAL ........................................................................................14 1.2 JUSTIFICATIVA ...............................................................................................16 1.3 OBJETIVOS ....................................................................................................17 1.3.1 objetivo geral............................................................................................17 1.3.2 objetivos específicos...............................................................................17 1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO...................................................................18 2 AMBIÊNCIA DA PESQUISA .........................................................................19 2.1 O GOVERNO LULA .........................................................................................19 2.2 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ................................22 2.3 EDUCAÇÃO A DISTANCIA .............................................................................25 2.4 POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS ...............................29 2.4.1 Secretarias ...............................................................................................33 2.4.1.1 Secretaria de Educação Básica...........................................................33 2.4.1.2 Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade....39 2.4.1.3 Secretaria de Educação a Distância....................................................41 2.4.1.4 Secretaria de Educação Especial........................................................42 2.4.1.5 Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica...........................44 2.4.1.6 Secretaria de Educação Superior........................................................45 3 METODOLOGIA ............................................................................... 48 3.1 UNIVERSO DA PESQUISA .............................................................................48 3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................48 3.3 PRIMEIRA ETAPA ...........................................................................................49 3.4 SEGUNDA ETAPA...........................................................................................50 3.5 TERCEIRA ETAPA ..........................................................................................51 3.5.1 instrumentação ........................................................................................52 3.5.2 formato do questionário..........................................................................52 3.6 QUARTA ETAPA .............................................................................................53 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ...................................................54 4.1 PRIMEIRA ETAPA............................................................................................54 4.2 SEGUNDA ETAPA.........................................................................................66 4.3 TERCEIRA ETAPA.........................................................................................76 4.4 QUARTA ETAPA.............................................................................................77 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS....................................................................83 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 86 REFERÊNCIAS.................................................................................... 90 APÊNDICES ........................................................................................ 98 1 INTRODUÇÃO 1.1 PANORAMA ATUAL A tecnologia está presente no cotidiano da sociedade, inserida na forma de suporte, de modo a facilitar as tarefas do dia a dia, bem como no meio cultural, proporcionando novas formas de agir e pensar. Segundo Gilbert (1995), no campo educacional, a integração das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), como apoio à educação a distância (EaD) no processo de ensino aprendizagem, já é uma realidade. Com a integração das TICs em apoio à EaD, foi possível ampliar as formas de acesso e de comunicação, já que são muitas as possibilidades oferecidas com os avanços tecnológicos. De acordo com Gonzales (2005), dentre as TICs utilizadas pela EaD destacam-se: material impresso, CD-ROM, DVD, áudio e videocassete, teleconferência, além dos recursos que são oferecidos pela internet, como: ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs), ferramentas de transmissão de voz e imagem via Internet, e-mail, lista de discussão, bate-papo (chat), fórum, rádio, telefone convencional e móvel, dentre outros. A EaD vem crescendo muito nos últimos anos. O Anuário Brasileiro de Educação Aberta e a Distância (AbraEAD)1 de 2008 mostra que o número de instituições credenciadas a ministrar a EaD, ou com cursos reconhecidos, aumentou em 54,8% entre os anos de 2004 a 2008, e o número de alunos que estudaram por EaD neste mesmo período teve um aumento de 213,8%. Também como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) registra, no censo da educação superior de 2009, uma evolução em 14,1% do total de matrículas na graduação em EaD, e que metade dessas matrículas são para cursos de licenciatura. Segundo Carvalho (2006), a tecnologia tem um custo alto e ainda é inacessível a uma grande parte da população sendo necessário, assim, o apoio 1 Publicação que apresenta coleta de dados nacionais sobre a EaD. 14 das políticas públicas para garantir aproximação e acesso da população a essas novas tecnologias. Ainda segundo esse autor, as tecnologias de informação e comunicação fazem parte do processo para um desenvolvimento mais rápido e equilibrado do país. As TICs representam a possibilidade de acessar, selecionar e processar informações diante de condições definidas pela globalização2 e o seu uso dentro da educação, de acordo com Oliveira (2008), está relacionado às políticas públicas educacionais para a promoção da integração da educação aliada às TICs. As políticas públicas educacionais são necessárias para enfrentar as novas demandas da sociedade, que, de acordo com Mello (1991), está associada a novos padrões de produtividade e competitividade, adquiridos com o avanço tecnológico e que têm levado à inserção da educação nas estratégias de desenvolvimento usadas pelos governos como aproximação com a sociedade. A estratégia de aproximação de educação e sociedade foi apresentada no plano de governo da Presidenta Dilma Roussef (2011-2014), a proposta apresentada pelo seu plano de governo foi, a união do governo com a sociedade em busca de um aperfeiçoamento das políticas públicas educacionais, pois, de acordo com o primeiro pronunciamento oficial3 apresentado em cadeia nacional de rádio e televisão pela Presidenta Dilma Roussef, a educação é a grande ferramenta para alcançar a união entre Governo e a sociedade em busca da superação da pobreza e a miséria. Nesse primeiro ano de mandato do Governo Dilma, o que se percebeu em relação às políticas públicas educacionais é que, optou-se pela continuidade de Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais do Governo Lula (2003-2010) e, outras novas propostas ainda são objetivos a serem iniciados nos meses e anos seguintes de governo. Esta continuidade nas Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais formuladas no Governo Lula, era de se esperar, pois a Presidenta Dilma Roussef pertence ao mesmo partido do antigo Governo, além da proximidade existente entre os dois, já que a Presidenta Dilma Roussef fez parte da equipe 2 3 De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (1998). Primeiro pronunciamento oficial realizado em: 10 Fev. 2011. 15 do Governo Lula ocupando os cargos de chefia no Ministério das Minas e Energia e posteriormente da Casa Civil. Em relação à EaD, foi no Governo Lula que esta modalidade de ensino atingiu outras proporções, de acordo com Gatti (2009) não há dúvida que a formação de professores, quando feita a distância, ganha nova configuração, e ainda de acordo com o mesmo autor, o Governo Lula deu um passo a frente ao instituir a Universidade Aberta do Brasil (UAB). As Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais pesquisadas e apresentadas nesta dissertação foram as formuladas e propostas dentro do Governo Lula, visto que o Governo da Presidenta Dilma Rousseff ainda se encontra em vigor, e de acordo com as políticas públicas educacionais apresentadas pelo Mec, a educação a distância no Governo lula, aparece como um instrumento fundamental para a formação de professores e também como uma aliada na abertura de vagas para o ensino superior. 1.2 JUSTIFICATIVA De acordo com Baker (2004) e Schwartzman (2006), dentre as políticas públicas, a educação ocupa posição especial. Esta posição de destaque não se restringe às teorias que atribuem à educação um papel fundamental para o desenvolvimento econômico, mas sim pela constatação de que os contrastes educacionais são o principal correlato das desigualdades de renda, oportunidades e condições de vida. Segundo Pereira (2007), as políticas públicas têm sido definidas e implantadas como uma resposta do Estado para atender às demandas que surgem a partir dos anseios da população. O processo de aprimoramento das políticas públicas, em especial a educação, depende dos esforços de acompanhamento e avaliações constantes. A falta de apoio necessário a essas políticas públicas remete à fragilidade e descontinuidade cada vez mais presentes nas políticas públicas. Portanto como justificativa social, conhecer e compreender a forma como são concebidas as políticas públicas é essencial para se tentar uma diminuição dos problemas que são evidenciados na área educacional, marcada 16 pelo contraste, descontinuidade, exclusão e evasão, e que o entendimento e compreensão dessas políticas públicas sejam o passo necessário na construção de políticas públicas educacionais consistentes e capazes de gerar o estímulo para a oferta de educação de boa qualidade para a sociedade, tanto nos níveis presencial como na educação a distância. Conhecer o que tem sido feito em relação às políticas públicas educacionais, leva a um esclarecimento das reais necessidades e carências da sociedade, justificando assim organizacionalmente, já que existe a necessidade de formulação de políticas públicas educacionais que realmente atendam as necessidades do Governo e da sociedade bem como o ajustamento de políticas públicas de sucesso. Mostrar como funciona a articulação de Governo, sociedade e educação nas formulações de políticas públicas, justifica-se acadêmicamente, para que assim seja possível conhecer como a educação a distância vem sendo inserida nas políticas públicas educacionais, e sendo assim, oferecer subsídios para o entendimento da importância do apoio das políticas públicas educacionais em favor da aproximação da EaD com a sociedade. 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral O objetivo desta dissertação foi verificar se houve importância da EaD no Governo Lula, identificando as políticas públicas educacionais relacionadas com a EaD, bem como a análise das principais características dos políticas públicas educacionais que estão relacionados diretamente com a educação a distância. 1.3.2 Objetivos Específicos Para atingir o objetivo desta dissertação, foi feito um detalhamento do objetivo geral, fazendo um desdobramento nos seguintes objetivos específicos: 17 • Identificar as políticas públicas educacionais brasileiras durante o Governo Lula; • Avaliar as políticas públicas educacionais desenvolvidas durante o Governo Lula de acordo com a relação direta ou indireta com a EaD; • Identificar as contribuições desses recursos nas políticas públicas educacionais; • Oferecer subsídios para o entendimento da importância das políticas públicas educacionais brasileiras desenvolvidas no governo Lula e da relação dessas políticas com a EaD e com os recursos tecnológicos utilizados. 1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÂO Esta dissertação foi dividida em seis capítulos. Neste primeiro capítulo, encontra-se um panorama atual da EaD, mostrando seu crescimento no Brasil. São apresentados também os argumentos que justificam esta dissertação e seus objetivos. No segundo capítulo, são apresentados os referenciais teóricos utilizados para descrever o Governo Lula, as TICs, a educação a distância, as políticas públicas educacionais e também são apresentadas as secretarias que compuseram o Ministério da Educação (MEC) no período de estudo desta dissertação. No terceiro capítulo, é feito um detalhamento da metodologia utilizada, trazendo os procedimentos metodológicos e mostrando todas as etapas da coleta de dados. O quarto capítulo apresenta os resultados e a análise dos dados coletados. No quinto capítulo, são expostas as considerações finais obtidas através das análises dos resultados, e também são apresentadas as recomendações para trabalhos futuros. Finalmente, são apresentadas as referências utilizadas nesta dissertação, bem como os apêndices. 18 2 AMBIÊNCIA DA PESQUISA 2.1 O GOVERNO LULA O Governo Lula (2003-2010) inicia-se após o período do Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), que foi marcado pela política neoliberal. Para Frigotto (1995), a tese central do neoliberalismo é a que o setor público é responsável pela crise, já o mercado e o setor privado são sinônimos de eficiência, de qualidade e de equidade. Portanto, o Estado deve ser reduzido ao mínimo necessário para a reprodução do capital. O neoliberalismo gerou, com suas políticas, uma acelerada redistribuição regressiva da riqueza, tendo como resultado o desemprego e o subemprego. Para Gentili (2006), o que diminuiu com as políticas neoliberais foi o investimento público nas áreas como: saúde, educação e segurança social. Consequentemente observou-se uma redução de investimento na educação pública. De acordo com Nogueira (2008), já no primeiro mandato do Governo Lula, no que se refere à educação, percebeu-se que algumas de suas preocupações foram com a ampliação do número de vagas em instituições públicas de ensino e também maior acesso de brasileiros a cursos de graduação, através de políticas como o Programa Universidade para Todos (Prouni)4 e o sistema de Universidade Aberta do Brasil (UAB)5, que estão entre as políticas públicas educacionais analisadas nesta dissertação. Para o MEC (2008): O Sistema de Universidade Aberta do Brasil (UAB) não propõe a criação de uma nova instituição de ensino, mas sim a articulação das já existentes, possibilitando levar o ensino superior público de qualidade aos municípios brasileiros que não possuem cursos de formação superior. (MEC, 2008) 4 De acordo com informações do site oficial do Programa Universidade para Todos (Prouni) a sua instituíção foi por meio de medida provisória Nº 213, de 10/09/2004, sendo destinado à concessão de bolsas de estudo integrais e parciais de 50% (meia-bolsa) para cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de ensino superior, com ou sem fins lucrativos. 5 Segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância, a Universidade Aberta é um modelo institucional que já existe em muitos outros países. Um exemplo é a Universidade Aberta Britânica (Open University UK), do Reino Unido. 19 Em 2006, o presidente Lula foi reeleito com 58,29 milhões de votos e, em seu discurso de posse6 deste segundo mandato, declarou no plenário da câmara que mais do que qualificação para o mundo do trabalho, a educação é um instrumento de libertação e que o que os outros países fizeram em relação à educação, nos séculos 19 e 20, o Brasil teria que realizar nesses próximos anos de governo. Concluindo o seu discurso de posse, o presidente Lula citou que o propósito de seu governo sempre foi democratizar não só a renda, mas também o conhecimento. De acordo com informações sobre o orçamento do Ministério da Educação, durante os oito anos de Governo Lula, o orçamento do MEC foi triplicado passando de R$17,4 bilhões em 2003 para R$51 bilhões em 2010 e, de acordo com o ministro da educação no período de 2005 a 2012, Fernando Haddad, a aplicação destes recursos foi em busca de uma melhora consistente da educação no país. A seguir, estão apresentadas, no Quadro1, as metas para a educação propostas nos planos de Governo nos 1º e 2º mandatos do Governo Lula. 6 Discurso oficial realizado no dia 01/01/2007. Disponível em : http://www.fenecon.org.br/DiscursoLula2007.pdf, acesso em : 05 Ago. 2011. 20 QUADRO 1 – Plano do Governo Lula: Metas para a Educação. 2º Mandato Ampliar o acesso à educação básica, por meio da Universalização do ensino fundamental de 9 anos; do atendimento à educação infantil; da continuidade à reestruturação do ensino • médio e do ensino noturno, da ampliação significativa do ensino técnico e tecnológico. • • Expandir progressivamente o atendimento integral à criança e ao jovem. • Instituir Piso Salarial Profissional, a partir da aprovação do FUNDEB. • Estruturar a Rede Nacional de Formação de Educadores para a capacitação inicial e continuada. Ampliar, para tanto, a Universidade Aberta do Brasil. • • Fortalecer o caráter inclusivo e nãodiscriminatório da educação. • Aprofundar a ampliação do ensino superior de qualidade: continuidade do Programa Universidade para Todos (PROUNI), criação de novas • universidades e de mais vagas nas Universidades Federais existentes; aprovação da Reforma Universitária, desenvolvimento de Plano Nacional de Pós-Graduação e do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior • (SINAES). • Prosseguir com à alfabetização de jovens e adultos, garantindo a continuidade do processo de escolarização, inclusive Profissional. • Democratizar a Gestão • Educacional, incentivando a reorganização e o aperfeiçoamento dos conselhos escolares e dos conselhos de cada um dos sistemas. Instituir o Fórum • Nacional de Educação e convocar a I Conferência Nacional de Educação para avaliação das determinações da LDB, das metas do Plano Nacional e para aperfeiçoar o regime de cooperação entre as esferas de governo. Fonte: Adaptado do Programa de Governo Lula 2003-2006 e 2007-2010. • 1º Mandato Criar o Mova Brasil, um programa para erradicar o analfabetismo de jovens e adultos em quatro anos. envolvendo sociedade civil e governo. Garantir o acesso a creches para os filhos de todas as mães trabalhadoras, por meio de parcerias. Ampliar o Fundo de manutenção e valorização do ensino fundamental e de valorização do magistério (FUNDEF), fundo que atualmente canaliza recursos para o ensino fundamental e à valorização do magistério, para toda a educação básica. Mudança de nomenclatura para Fundo de Manutenção e desenvolvimento da educação básica e de valorização dos profissionais da educação (FUNDEB). Ampliar o número de vagas no ensino superior, sendo que 40% delas serão ofertadas pelas universidades públicas. Destinar 180 mil bolsas de estudo para que os universitários carentes tenham condições de estudar. Substituir o atual programa de crédito educativo, o Financiamento estudantil (FIES), por um Programa Social de Apoio ao Estudante. A meta é contemplar 396 mil alunos em quatro anos. Substituir o Exame Nacional de Cursos, o Provão, por um sistema nacional de avaliação institucional a partir da experiência do Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras. Envolver as universidades nos programas de ampliação do emprego e da renda e de qualificação profissional dos trabalhadores. Elevar o percentual de gastos públicos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), aplicados em educação, para atingir o mínimo de 7%. • Essas metas foram apresentadas como alternativas para os problemas enfrentados pela educação ao longo de muitos anos. Nesta dissertação, não foram analisadas todas as propostas, mas sim verificadas, dentre aquelas que se transformaram em políticas públicas educacionais, as que tiveram alguma relação, direta ou indiretamente, com a EaD. 21 2.2 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO A comunicação, a informação e o conhecimento sempre foram fundamentais no processo de desenvolvimento da humanidade, Rodrigues e Colesanti (2008) observa que as tecnologias da informação e comunicação (TICs) estão presentes ao longo de todo processo de desenvolvimento humano, considerando tecnologia de informação toda configuração comunicativa que utiliza como apoio as tecnologias disponíveis no seu contexto histórico, nem sempre relacionada à informática. Segundo Lévy (1993) com a evolução dos microprocessadores e com a informação digitalizada e sem fronteiras é estabelecido um elo entre o audiovisual, a informática e as telecomunicações, tendo como resultado as denominadas TICs. Ainda de acordo com este autor, essas diferentes técnicas de comunicação propiciam mudanças em toda a parte, ao nosso redor, mas também em nosso interior, na forma de conhecer o mundo, no modo de representá-lo e na transmissão dessas representações, portanto são modificações que não poderão mais passar despercebidas. Belloni (2001) alerta sobre a necessidade da integração das TICs nos ambientes escolares: Perder o contato com as novas gerações é tornarem-se obsoletas como instituições de socialização; por outro lado, não se pode pensar que a introdução destas inovações técnicas possa ocorrer como parecem acreditar muitos administradores e acadêmicos, sem profundas mudanças nos modos de ensinar e na própria concepção e organização dos sistemas educativos, gerando profundas modificações na cultura da escola. (BELLONI, 2001, p.68) O ambiente escolar proporciona, além da formação intelectual, a socialização entre o seu meio, já que grande parte do tempo do corpo docente e discente, e também de todos os envolvidos na rotina escolar, é vivido na escola. Para alguns dos participantes da vida escolar, o primeiro contato com as inovações tecnológicas acontecerá na escola, para outros será apenas um complemento do que já é conhecido em casa. Portanto, de acordo com Belloni 22 (2001), a inserção das TICs no ambiente escolar implica em modificações no modo de gerenciar, organizar e estruturar o planejamento didático pedagógico e, segundo Braga (2011), existe a necessidade de um planejamento escolar aberto, com caráter flexível e comprometido com espaço de trocas. De todas as tecnologias existentes, a internet, juntamente com o computador, pois a maior parte do acesso a internet acontece através do computador, pode ser considerada um dos recursos tecnológicos mais importantes e revolucionários nos últimos anos, porque através dela acontecem transformações em praticamente todas as dimensões da sociedade, seja ela geográfica, política, econômica, cultural, social ou tecnológica. A seguir, são apresentados, no Gráfico 1, os dados colhidos na pesquisa Número de internautas, em milhões, no Brasil, do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) de 2009 que mostram como a internet está presente na sociedade brasileira. GRÁFICO 1– Número de internautas, em milhões, no Brasil. Acesso em qualquer Ambiente Acesso em casa Uso ativo em casa * Acesso em qualquer ambiente consideraram pessoas de todo o Brasil com 10 anos ou mais de idade, e de acesso residencial consideraram pessoas de todo o Brasil, com 2 anos ou mais de idade. Números de acessos são do quarto trimestre de 2008 e de uso ativo são de março de 2009. Fonte: IBOPE, 2009 Através do Gráfico 1, é possível identificar que 62,3 milhões de brasileiros tem acesso à internet. Este acesso pode ser da residência, local de trabalho e de pontos públicos, pagos ou gratuitos, como lan houses, escolas, bibliotecas e telecentros. De acordo com a pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2009, a população 23 residente em municípios brasileiros ultrapassa os 191 milhões de pessoas, portanto, o numero de internautas que têm acesso à internet em qualquer ambiente corresponde à aproximadamente 32,62% da população que reside em municípios brasileiros. Portanto, mesmo que o número de acesso à internet seja grande este acesso está concentrado em poucos. Como consequência do desenvolvimento desigual da internet, surge a exclusão digital7, que, segundo Spagnolo (2003), é o termo utilizado para sintetizar todo o contexto que impede a maior parte das pessoas de participar dos benefícios das novas tecnologias de informação. De acordo com a Fundação de Amparo a Dissertação do Estado de São Paulo (FAPESP), as desigualdades digitais estão em paralelo com as sociais, ou seja, enquanto uma parte da população conectada à rede atinge recordes mundiais em tempo de uso da internet, outra parte continua sem acesso, daí a necessidade de políticas públicas visando promover a universalização do acesso da população às TICs, bem como aos conhecimentos básicos para utilizá-las. Entre as principais TICs existentes, a internet é a que mais evoluiu em curto espaço de tempo, contudo essa evolução se deve, sobretudo, ao maior uso do computador nos domicílios. Em relação a outras TICs, a internet ocupa a 3ª posição em consumo frequente, lembrando que há alguns canais da TV Aberta e rádios AM/FM que já podem ser vistos e ouvidos pela internet, conforme dados apresentados na Tabela 1. TABELA 1 - Consumo dos meios de comunicação. Meio Consumidores em relação à população TV Aberta – 7 dias 97% Rádio AM/FM – 7 dias 78% Internet – 7 dias 45% Revista – Recente 38% Jornal – Recente 37% PAYTV 22% Fonte: IBOPE (Fev/08- Jan/09) 7 Nota de aula da disciplina Tópicos Avançados em Educação Tecnológica: As Novas Tecnologias e o Ciberespaço, a Ciberpolítica e a Ciberdemocracia. do dia 05 de out. 2010. 24 De acordo com o MEC (2011), o Brasil tem feito um grande esforço para levar o acesso à internet a todas as escolas públicas do país, com políticas como os Programas Banda Larga nas Escolas e Proinfo Integrado8, que têm como objetivos, respectivamente, levar a internet banda larga em escolas, principalmente em locais de difícil acesso e a distribuição de equipamentos, para que seja possível a implantação desses recursos tecnológicos. Mas a efetivação desse propósito ainda precisará contar com mais apoio das políticas públicas educacionais para dar suporte necessário à implantação e a continuidade desses avanços tão necessários à transformação da sociedade. 2.3 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA A educação a distância (EaD), como modalidade de ensino, não se mostra como uma proposta nova na educação. Apresenta-se desde o século passado com as tecnologias disponíveis em suas respectivas épocas e sempre mais utilizada em países desenvolvidos. No Brasil, aparece por volta de 1904, mas o marco cronológico da normalização é 1996, quando acontece a regulamentação política na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDBEN), Lei nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que pela primeira vez normaliza a EaD como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino. Foi Regulamentada pelo Decreto n.º 5.622, publicado no Diário Oficial da União (D.O.U.) de 20/12/05 (que revogou o Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e o Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998) e teve sua normalização definida na Portaria Ministerial n.º 4.361, de 2004 (que revogou a Portaria Ministerial n.º 301, de 07 de abril de 1998). Em 3 de abril de 2001, a Resolução n.º 1, do Conselho Nacional de Educação, estabeleceu as normas para a Pós-graduação lato e stricto sensu. Então, apesar de ser conhecida desde o século XIX, foi somente nas últimas décadas que a EaD passou a fazer parte das atenções pedagógicas. Com a legislação reconhecida na Lei de Diretrizes e Base da Educação 8 Os dois programas serão apresentados no capítulo de metodologia desta dissertação. 25 Nacional (LDBN) de 20 de dezembro de 1996, foi aceita a tecnologia em favor da educação. Segundo Niskier (1999), devido a suas potencialidades reconhecidas, tais como quebra de barreiras geográficas, já que com a EaD é possível a oferta de cursos em cidades mais afastadas, redução de custos, dentre outros, a educação a distância vem sendo utilizada em muitos países, desenvolvidos ou não e de acordo com as suas realidades. De acordo com Belloni (2003), as características da sociedade têm impacto sobre a educação e dentre estas características percebe-se um anseio maior por mais tecnologia, compreensão das relações de espaço e tempo e trabalhador mais informado, reflexos da sociedade que é marcada pelo volume de informações e a velocidade com que essas informações são divulgadas. São oferecidas informações e comunicação via satélite, a televisão possui sinal digital e a população busca cada vez mais a derrubada de fronteiras e limites de espaço e tempo. A educação a distância aliada às TICs, aparece como uma alternativa para atender as necessidades desta sociedade que busca informação aliada à qualificação. Kenski (1998) comenta que: A tecnologia digital rompe com a narrativa contínua e sequencial das imagens e textos escritos e se apresenta como um fenômeno descontínuo. Sua temporalidade e espacialidade, expressas em imagens e textos nas telas, estão diretamente relacionadas ao momento de sua apresentação. Verticais, descontínuos, móveis e imediatos, as imagens e os textos digitalizados a partir da conversão das informações em bytes têm o seu próprio tempo, seu espaço fenomênico da exposição. Eles representam, portanto outro tempo, outro momento revolucionário, na maneira de pensar e de compreender. (KENSKI, 1998, p.64) Quanto à definição, segundo Peters (2001), a EAD é uma opção educativa com sucesso na medida em que é compatível com a organização, princípios e valores da sociedade industrial, para Keegan (1893) a EAD não é uma comunicação interpessoal, mas uma comunicação através da separação no tempo e no espaço, no que concerne às relações professor-aluno. A comunicação interpessoal é vista como fundamental e bem assim a utilização de textos escritos, e de acordo com Moran, Masseto e Beherens (2004) a educação a distância é um processo que não depende de espaço nem tempo, de acordo com a coordenadoria de educação aberta e a distância da Universidade Federal de Viçosa a educação aberta é aquela que possibilita 26 flexibilidade de propostas pedagógicas, de acordo com demandas específicas da sociedade e educação a distância caracteriza-se por pela modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. Existe na literatura uma variedade de conceituação sobre a EaD. A definição escolhida para esta dissertação foi a definição apresentada por Moore e Kearsley (2007), escolhidos por apresentar uma visão globalizada em todos os aspectos relacionados à EaD e não apenas fragmentadas em alguns pontos: Educação a distância é o aprendizado planejado que ocorre normalmente em um lugar diferente do local do ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso e de instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e administrativas especiais. (MOORE; KEARSLEY, 2007, p. 2) De acordo com Belloni (2003), a globalização não é apenas um fenômeno econômico, mas tem a ver com a transformação do espaço e do tempo e relaciona sua intensificação com o surgimento dos meios de comunicação e tecnologia. Tais tecnologias que globalizam a informação aplicada à educação a distância tende a se formar um elemento regular dos sistemas educativos, necessários não apenas para atender à demanda e/ou grupos específicos, mas assumindo funções de crescente importância na educação. É importante ressaltar que empregar bem essas tecnologias demanda tempo e habilidade com as tecnologias envolvidas, pois, de acordo com Moore e Kearsley (2007), a utilização dessas tecnologias precisa ser diferente das normalmente aplicadas em salas de aula, já o aluno a distância também precisa ter um perfil diferente, afinal o modo de ensinar e aprender é diferente do oferecido no ensino presencial. Consequentemente há novos tipos de problemas e dificuldades que irão surgir, e serão necessários suportes e auxílios para o enfrentamento de todos esses obstáculos. 27 Com a interação das TICs à EaD, principalmente a internet, percebe-se um aumento no número de cursos de educação a distância e também de instituições que passaram a ministrar cursos a distância e, principalmente, de pessoas que usam a internet para a educação, fatos que podem ser observados nas Tabelas 2 e 3. TABELA 2– Número de brasileiros em cursos de educação a distância. Projeto ou Dissertação Nº de Alunos Instituições Credenciadas (AbraEAD/2008) 972.826 Educação Corporativa (AbraEAD/2008) 582.985 SENAI* 53.304 SEBRAE 218.575 SENAC 29.000 Fundação Bradesco 164.866 OI Futuro 175.398 Secretaria de Educação a Distância do MEC** 8.552 Governo do Estado de São Paulo 119.225 Fundação Telefônica 9.000 Fundação Roberto Marinho*** 22553 Total 2.504.483 * Exclui alunos em cursos autorizados oficialmente. ** Exclui o projeto Mídias na Educação (20 mil alunos). *** Exclui alunos do Telecurso 2000. Fonte: AbraEAD/2008. De acordo com o anuário brasileiro estatístico de educação aberta e a distância do ano de 2008, pelo menos 2,5 milhões de pessoas estudaram por meio de educação a distância, porém o número real tende a ser maior, pois este levantamento inclui apenas projetos de porte nacional ou regional, estando de fora projetos com cursos livres, de línguas, matérias a distância de cursos presenciais, dentre outros. A seguir, apresentação dos resultados obtidos na pesquisa que mostra o desenvolvimento de instituições que ministram cursos à distância, durante 7 anos. 28 TABELA 3 – Número de instituições de ensino superior que ministram graduação a distância. Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Nº de Instituições 7 10 25 38 47 73 77 Fonte: MEC/INEP. Pela Tabela 3, percebe-se que houve um crescimento, de 7 instituições de ensino para setenta e sete em apenas 7 anos, mas ainda são muitos os desafios para a EaD, pois de acordo com Pereira (2008), existe a necessidade de se fazer uma regulação que garanta qualidade, respeitando as realidades regionais e, ao mesmo tempo, entendendo que a EaD apresenta uma nova noção de territorialidade. 2.4 POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS De acordo com Moore e Kearsley (2007), política pública é um conjunto de princípios relativamente gerais em função dos quais os administradores podem testar planos, propostas ou idéias para ações específicas. Desta maneira, as políticas públicas caracterizam-se por ações e intenções com os quais os poderes ou instituições públicas respondem às necessidades dos diferentes grupos sociais. Para Souza (2006), as políticas públicas, na sua essência, estão ligadas fortemente ao Estado, sendo este quem determina como os recursos que podem ser de origem financeira, físicos, humanos e equipamentos, são usados para o benefício de seus cidadãos. Ainda de acordo com Souza (2006), a formulação de políticas públicas constitui-se no estágio em que os governos democráticos traduzem seus propósitos e plataformas eleitorais em programas e ações que produzirão resultados ou mudanças no mundo real. O enfoque, nesta dissertação, foi para as políticas públicas educacionais brasileiras, pois são fundamentais para a 29 sociedade, dentre outros motivos, por apoiar e assegurar o desenvolvimento da sociedade, minimizar a pobreza, evitar a exclusão social e fomentar a igualdade social. Fagundes (2006) afirma que, a educação como determinada na LDB, tem que ser prioridade nacional, ocupando, juntamente com a política econômica, da ciência e da tecnologia, um lugar importante e articulado na definição das políticas públicas. Criado para tratar de assuntos educacionais, o MEC, tem suas atribuições definidas de acordo com a Lei nº 9.131 de 24 de novembro de 1995 como as funções de formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino e velar pelo cumprimento das leis que o regem, e para desempenhar tais atribuições apóia-se em suas secretarias, a Figura 1 mostra a organização estrutural do MEC no período do Governo Lula (20032010). 30 Ministério da Educação Conselho Nacional de Gabinete do Ministro Consultoria Jurídica Secretaria de Educ. Prof. e Tecnológica Secretaria de Educ. Cont. e Alfab. Secretaria de Educação Básica Secretaria de Educação Especial Inst. Nac. de Educ. de Surdos Instituto Benjamin Inst. Nac. de Estudos e Pes. Educac. Fundo Nac. do Desenv. Secretaria Subsecret. de Ass. Adm. Subsecretaria de Planej. e Orçam. Secretaria de Educação a Distância Secretaria de Educação Superior Repr. Do MEC nos estados Fundação CAPES Joaquim Colégio Escolas Escolas Centros Fed. Pedro II Técnicas Agrotécnicas De Educação Instituições Isoladas de Ensino Superior Universidades Federais Subordinação: ______________ Vinculação: Supervisão: Fonte:<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1&Itemid=173 > Acesso em: 25 Out. 2011. FIGURA 2: Estrutura Organizacional do Ministério da Educação (MEC) 31 As secretarias que compõem o Ministério da Educação (MEC) são responsáveis, respectivamente, pelas modalidades existentes na educação e pelos níveis de ensino, bem como pela elaboração e implantação de políticas, programas, planos e ações do governo federal. Existe uma diferença de conceituação e hierarquização para políticas, programas, planos e ações. Segundo o Portal da Transparência do governo federal, as ações compreendem um conjunto de operações que buscam atender aos objetivos dos programas de governo. Já os planos, de acordo com Barboza (2011), estão na base da hierarquia, são neles que se encontram os princípios e finalidades para a ação. Ainda de acordo com o Portal da transparência, os programas funcionam como a integração entre o governo e os entes visando à otimização de recursos, seja financeiro, humanos, logísticos ou materiais. Segundo Bucci (2002), a política é mais ampla que o plano e o programa e define-se como o processo de escolha dos meios para atingir os objetivos do governo. Faz-se necessário a distinção entre política pública e política de governo. Segundo Cristóvam (2005), a política de governo está relacionada com o mandato eletivo, já a política pública pode atravessar vários mandatos. As políticas públicas exigem planejamento de curto, médio e longo prazo, para que assim seus resultados possam ser efetivamente percebidos pela sociedade. No cenário político brasileiro, é comum, quando ocorre alternância de partidos, grande parte das políticas públicas existentes serem extintas pelo partido que assume o poder, não sendo levados em consideração os resultados alcançados por essas políticas públicas, gerando assim a descontinuidade das políticas públicas. Segundo Nogueira (2006), como resultado do processo de descontinuidade das políticas públicas, encontra-se o desperdício de dinheiro público, desestímulos dos envolvidos e falta de efetividade com o comprometimento com a efetividade dessas políticas públicas, acentuando a desigualdade social no Brasil. 32 2.4.1 Secretarias Neste item são apresentadas todas as secretarias que fizeram parte da estrutura organizacional do MEC no período do governo Lula (2003-2010): 2.4.1.1 Secretaria de Educação Básica De acordo com informações obtidas no site do MEC (2011), a Secretaria de Educação Básica é responsável pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio que juntos, compõem a educação básica. O objetivo da educação básica é garantir a todos os brasileiros a formação básica para que assim seja possível a progressão no trabalho e a sequencia aos estudos. A educação básica apoia-se na (LDBEN nº 9394, de 20 de dezembro de 1996) e o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei de nº 10.172/2001, todos os documentos citados estão regidos pela Constituição da República Federativa do Brasil A LDBEN é a lei que regulariza a educação nacional, ou seja, normatiza a base comum do currículo, a carga horária, a presença mínima exigida em aula e as formas de promoção de série, cabendo a cada estado, município e as escolas a administração dessas normatizações a realidades e peculiaridades regionais e locais, curriculares e de calendário e de promoção de série. O PNE estabelece metas decenais para todos os níveis da educação. O plano que compreende o período de 2001-2011, estudado nesta dissertação, tais metas foram: 1. Ampliar a oferta de educação infantil de forma a atender, em cinco anos, a 30% da população de até 3 anos de idade e 60% da população de 4 e 6 anos (ou 4 e 5 anos) e, até o final da década, alcançar a meta de 50% das crianças de 0 a 3 anos e 80% das de 4 e 5 anos. 2. Elaborar, no prazo de um ano, padrões mínimos de infraestrutura para o funcionamento adequado das instituições de educação infantil (creches e pré-escolas) públicas e privadas. 3. Autorizar construção e funcionamento de instituições de educação infantil, públicas ou privadas, que atendam aos requisitos de infraestrutura fornecidos pelo plano. 33 4. Adaptar os prédios de educação infantil de modo que, em cinco anos, todos estejam conformes aos padrões mínimos de infraestrutura estabelecidos. 5. Admitir novos profissionais na educação infantil que possuam a titulação mínima em nível médio, modalidade normal, dando-se preferência à admissão de profissionais graduados em curso específico de nível superior. 6. Colocar em execução programa de formação em serviço, em cada município ou por grupos de Município, preferencialmente em articulação com instituições de ensino superior, com a cooperação técnica e financeira da União e dos Estados, para a atualização permanente e o aprofundamento dos conhecimentos dos profissionais que atuam na educação infantil, bem como para a formação do pessoal auxiliar. 7. Assegurar que, em dois anos, todos os Municípios tenham definido sua política para a educação infantil, com base nas diretrizes nacionais, nas normas complementares estaduais e nas sugestões dos referenciais curriculares nacionais. 8. Assegurar que, em três anos, todas as instituições de educação infantil tenham formulado, com a participação dos profissionais de educação neles envolvidos, seus projetos pedagógicos. 9. Estabelecer em todos os Municípios, no prazo de três anos, sempre que possível em articulação com as instituições de ensino superior que tenham experiência na área, um sistema de acompanhamento, controle e supervisão da educação infantil, nos estabelecimentos públicos e privados, visando ao apoio técnico-pedagógico para a melhoria da qualidade e à garantia do cumprimento dos padrões mínimos estabelecidos pelas diretrizes nacionais e estaduais. 10. Instituir mecanismos de colaboração entre os setores da educação, saúde e assistência na manutenção, expansão, administração, controle e avaliação das instituições de atendimento das crianças de 0 a 3 anos de idade. 11. Garantir a alimentação escolar para as crianças atendidas na educação infantil, nos estabelecimentos públicos e conveniados, através da colaboração financeira da União e dos Estados. 34 12. Assegurar, em todos os Municípios, o fornecimento de materiais pedagógicos adequados às faixas etárias e às necessidades do trabalho educacional, de forma que, em cinco anos, sejam atendidos os padrões mínimos de infraestrutura definidos pelo plano. 13. Incluir as creches ou entidades equivalentes no sistema nacional de estatísticas educacionais, no prazo de três anos. 14. Extinguir as classes de alfabetização incorporando imediatamente as crianças no ensino fundamental e matricular, também, naquele nível todas as crianças de 7 anos ou mais que se encontrem na educação infantil. 15. Implantar conselhos escolares e outras formas de participação da comunidade escolar e local na melhoria do funcionamento das instituições de educação infantil e no enriquecimento das oportunidades educativas e dos recursos pedagógicos. 16. Estabelecer, até o final da década, em todos os Municípios e com a colaboração dos setores responsáveis pela educação, saúde e assistência social e de organizações não-governamentais, programas de orientação e apoio aos pais com filhos entre 0 e 3 anos, oferecendo, inclusive, assistência financeira, jurídica e de suplementação alimentar nos casos de pobreza, violência doméstica e desagregação familiar extrema. 17. Adotar progressivamente o atendimento em tempo integral para as crianças de 0 a 6 anos. 18. Estabelecer parâmetros de qualidade dos serviços de educação infantil, como referência para a supervisão, o controle e a avaliação, e como instrumento para a adoção das medidas de melhoria da qualidade. 19. Promover debates com a sociedade civil sobre o direito dos trabalhadores à assistência gratuita a seus filhos e dependentes em creches e pré-escolas, estabelecido no art. 7o, XXV, da Constituição Federal. 20. Assegurar que, em todos os Municípios, além de outros recursos municipais os 10% dos recursos de manutenção e desenvolvimento do ensino não vinculados ao FUNDEF sejam aplicados, prioritariamente, na educação infantil. 35 21. Analisar os custos da educação infantil com base nos parâmetros de qualidade, com vistas a melhorar a eficiência e garantir a generalização da qualidade do atendimento. 22. Ampliar a oferta de cursos de formação de professores de educação infantil de nível superior, com conteúdos específicos, prioritariamente nas regiões onde o déficit de qualificação é maior, de modo a atingir a meta estabelecida pela LDB para a década da educação. 23. Exercer a ação supletiva da União e do Estado junto aos Municípios que apresentem maiores necessidades técnicas e financeiras, nos termos dos artigos 30, VI e 211, § 1º, da Constituição Federal. Todos os programas da Secretaria de Educação Básica (SEB) visam o alcance dessas 23 metas apresentadas, e com a intenção de monitorar o sistema de ensino no Brasil e juntamente com isso monitorar as metas apresentadas, o instituto Nacional de Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (INEP), órgão do Ministério da Educação (MEC), responsável pelas estatísticas e avaliações sobre a educação básica, apresentou em 2007 o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). De acordo com o MEC, o IDEB foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho dos estudantes em avaliações do INEP e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula. O IDEB é apresentado numa escala que varia de 0 a 10. O MEC fixou a média 6 como objetivo para o país a ser alcançado, chegou-se a esse número com base na média das notas de proficiência dos países desenvolvidos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma organização internacional que agrupa os países mais industrializados da economia do mercado. No ano de 2009, foi divulgado o resultado nacional do IDEB, como mostram os Gráficos 2, 3 e 4, respectivamente. 36 GRÁFICO 2 – 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental. IDEB Anos Iniciais 5 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Metas Resultados Alcançados 2005 Fonte: 2007 Adaptado 2009 do 2011 MEC/INEP/IDEB. Disponível em:< http://download.inep.gov.br/download/superior/censo/2009/resumo_tecnico2009.pdf/> Acesso em: 12 Jul. 2011. No Gráfico 2, fica exposto a evolução nos resultados alcançados em relação as metas propostas para o ensino fundamental, estes resultados foram medidos pelo IDEB e os resultados estão relacionados com a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. 37 GRÁFICO 3 – 5º ao 8º do Ensino Fundamental. IDEB Anos Finais 4,5 4 3,5 3 2,5 Metas 2 1,5 1 0,5 0 Resultados Alcançados 2005 Fonte: 2007 Adaptado 2009 do 2011 MEC/INEP/IDEB. Disponível em:< http://download.inep.gov.br/download/superior/censo/2009/resumo_tecnico2009.pdf/> Acesso em: 12 Jul. 2011. No Gráfico 3, também fica exposto à evolução nos resultados alcançados em relação às metas propostas, nesta figura o foco é para os anos finais do ensino fundamental. 38 GRÁFICO 4 – 1º ao 3º ano do Ensino Médio Ensino Médio 4 3,5 IDE B 3 2,5 Metas 2 Resultados Alcançados 1,5 1 0,5 0 2005 Fonte: 2007 Adaptado 2009 do 2011 MEC/INEP/IDEB. Disponível em:< http://download.inep.gov.br/download/superior/censo/2009/resumo_tecnico2009.pdf/> Acesso em: 12 Jul. 2011. No Gráfico 4, também percebe-se uma evolução nos resultados alcançados em relação às metas propostas, nesta figura o foco é para o ensino médio. Os dados mostram que as metas de progressão foram superadas. Ainda longe do ideal, estes índices representam uma possível mudança que cada vez mais precisará contar com o apoio das políticas públicas para que assim seja possível cada vez mais uma aproximação efetiva para uma educação de qualidade. 2.4.1.2 Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade O MEC, de acordo com o site oficial do Ministério da Educação (2011), tem entre as suas diversas atribuições a de elaborar e fomentar políticas de formação inicial e continuada de professores dos ensinos básico e superior e além das áreas de conhecimento do currículo convencional do Ensino Básico, 39 também relacionadas as questões de atualização profissional dos professores temas relativos à discriminação, violência, direitos humanos, bem como aqueles ligados à questão ambiental, de gênero, cultura da África e afrodescendentes, Educação Escolar Indígena e Educação do Campo. Estes temas são o foco das políticas públicas implementadas pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), elaboradas para serem substantivas nos conteúdos das áreas de conhecimento e para proporcionarem ao educador e ao educando condições de serem críticos e reflexivos, com potencial de ações transformadoras. Criada em julho de 2004, a SECAD tem como objetivo contribuir para a redução das desigualdades educacionais através da participação da sociedade em políticas públicas que assegurem a ampliação do acesso à educação. Esta secretaria apóia-se na Lei nº 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 10.098/94 - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências e Lei nº 10.436/02 – Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei nº 8.069/90, no artigo 55, incide sobre a obrigação dos pais ou responsáveis de matricular filhos ou pupilos na rede regular de ensino. A LDBEN, Lei nº 9.394/96, no artigo 59, indica que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades; assegura a terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências; e assegura a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar. Também define, dentre as normas para a organização da educação básica, a “possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado” (art. 24, inciso V). A Lei nº 10.436/02 reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão, determinando que sejam garantidas formas institucionalizadas de apoiar seu uso e difusão, bem como a inclusão da disciplina de Libras como parte integrante do currículo nos cursos de formação de professores e de fonoaudiologia. 40 2.4.1.3 Secretaria de Educação a Distância A Secretaria de Educação a Distância (SEED), foi criada pelo Decreto nº 1.917, de 27 de maio de 1996 e teve como objetivo apoiar a construção de inovações tecnológicas nos processos de ensino aprendizagem e promover sempre a pesquisa e o fomento das tecnologias voltadas a educação, buscando sempre a incorporação das TIC’s e dos métodos de educação a distancia aos processos pedagógicos. Além do fomento, a SEED também esteve inserida nas funções de regulação e supervisão dos processos estabelecidos pelas leis, portaria e decretos, através de seu departamento de regulação e supervisão. Em 28 de julho de 2004, o decreto nº 5.159 aprovou a nova estrutura regimental do MEC, e com isso alterando também a estrutura da SEED. Esta reestruturação foi realizada com o objetivo de permitir um aumento dos recursos existentes e qualificar a atuação da SEED junto aos seus públicosalvo. A SEED teve como missão o respeito à liberdade de seu público-alvo: alunos, professores e gestores de escolas públicas de ensino fundamental, médio e de instituições públicas de ensino superior, bem como secretarias estaduais e municipais de Educação. Sendo assim, propôs a realizar um trabalho colaborativo, promovendo a integração entre parceiros e programas, respeitando o pluralismo de idéias e de concepções educacionais que fundamentam os projetos pedagógicos dos diferentes sistemas de ensino e das escolas, e buscando sempre um melhor aproveitamento dos recursos públicos. De acordo com Moore e Kersley (2007), o Brasil se destaca por possuir na estrutura de seu Ministério da Educação uma secretaria habilitada a tratar somente de assuntos relacionados à educação a distância. Organizada em departamentos que apresentam funções específicas, a SEED no período de estudo desta dissertação apresentou a seguinte estruturação: • Departamento de Políticas em Educação à Distância (DPEAD). • Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC). • Departamento de Produção e Capacitação em Programas de Educação a Distância (DPCEAD). 41 De acordo com Costa (2006), o Departamento de Políticas em Educação a Distância (DPEAD) foi responsável pelo desenvolvimento de produtos e também pelo incentivo de fomento a dissertação e processos, de cursos à distância de nível superior, e também pela avaliação dos resultados dos projetos da SEED, além de promover a regulamentação da educação à distância no país. O Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC) desenvolveu ações de implementação de infraestrutura tecnológica, incluindo a aquisição de equipamentos, capacitação técnica, e suporte para os programas em andamento desta secretaria, bem como buscou novas soluções tecnológicas com a finalidade de ampliar o acesso e a inserção das TICs nas escolas públicas. O Departamento de Produção e Capacitação em Programas de Educação a Distância (DPCEAD), teve como principais competências o incentivo a formação continuada dos profissionais da educação no que diz respeito às tecnologias da informação e da comunicação e com isso coordenar, propor, planejar e acompanhar a produção de programas educativos em diversas mídias. O princípio de atuação do DPCEAD foi a busca pelo incentivo à autoria nas diversas mídias e a integração entres elas, sempre na perspectiva de valorizar os educadores e alunos e de contribuir para a melhoria da educação brasileira. 2.4.1.4 Secretaria de Educação Especial De acordo com portal do Ministério da Educação (MEC) A Secretaria de Educação Especial (SEESP), desenvolve programas, projetos e ações a fim de implementar no país a Política Nacional de Educação Especial. São considerados público-alvo da educação especial aqueles com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação. O objetivo da SEESP é buscar o apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino para a oferta e garantia de atendimento educacional especializado, complementar à escolarização. A Política Nacional de Educação Especial, segundo Dutra et al. (2007) na perspectiva da educação inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com 42 deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, garantindo: • Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior. • Atendimento educacional especializado. • Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino. • Formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar. • Participação da família e da comunidade. • Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação. • Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas. Segundo as informações do MEC (2011) a educação especial está presente em todos os níveis de ensino, o acesso à educação tem início na educação infantil, e o atendimento educacional especializado busca melhorar de desenvolvimento e aprendizagem em interface com os serviços de saúde e assistência social. Na modalidade de educação de jovens e adultos e educação profissional, as ações da educação especial buscam a ampliação de oportunidades de escolarização, formação para ingresso no mundo do trabalho e efetiva participação social. Ainda de acordo com o MEC (2011), a educação especial, a educação indígena, do campo e quilombola busca assegurar que os recursos, serviços e atendimento educacional especializado estejam presentes nos projetos pedagógicos respeitando as diferenças socioculturais desses grupos. Na educação superior, a educação especial se efetiva por meio de ações que promovam o acesso, a permanência e a participação dos alunos. De acordo com o censo escolar, a educação especial registrou em 2010, 702.603 matrículas, um aumento de 10% com relação a 2009. Segundo o atual presidente do INEP, o grande salto aconteceu no processo de inclusão de alunos com deficiência em escolas públicas regulares iniciados em 2007. Com a expansão de alunos especiais nas escolas regulares caíram as matrículas 43 nas escolas exclusivas. Isso, explica Joaquim Neto, presidente do INEP desde 2009, evidencia o êxito da política de inclusão na educação básica. Mas, ainda de acordo com a Política Nacional de Educação Especial, os sistemas de ensino devem proporcionar as condições de acesso aos espaços, aos recursos pedagógicos e à comunicação que favoreçam a aprendizagem e a valorização das diferenças, de forma a atender as necessidades educacionais de todos os alunos. 2.4.1.5 Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), de acordo com o portal do Ministério da Educação e Cultura (MEC), tem como objetivo promover ações de fomento que promovam o fortalecimento, a valorização e a expansão da qualidade na educação profissional e tecnológica, buscando sempre o cumprimento da legislação educacional. Segundo Pacheco (2008), a SETEC busca a integração entre formação geral e profissional, dentro do contexto social e cultural das diferentes regiões brasileiras, ou seja, visa ampliar a inclusão de pessoas que necessitam de apoio tanto na área educacional como na área profissional. A educação profissional passou a ter identidade própria com a LDBN BRASIL (1996). Antes disso estava vinculada ao ensino médio. Ainda de acordo com Pacheco (2008), a classificação da educação profissional está dividida em três níveis: • Básico: Permite a qualificação, requalificação e atualização para o trabalho, adaptando ao nível de escolaridade e grau de conhecimento em ensino técnico; • Técnico: tem como público alvo os jovens e adultos que já tenham cursado ou estejam cursando o ensino médio; • Tecnológico: destinados à formação superior, seja na graduação de jovens e adultos, bem como na pós-graduação. Os dados do censo escolar 2010 mostram um aumento de 46% do número de matriculas na educação profissional no intervalo do ano de 2007 a 2010, como mostra o Gráfico 5. 44 GRÁFICO 5 – Número de matrículas na educação profissional do Brasil entre 2007 e 2010 Fonte: Censo/MEC/INEP. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16179/>. Acesso em: 7 Jul. 2011. A SETEC busca o debate e a ampla participação de diferentes segmentos da sociedade, para que assim sejam consolidadas políticas democráticas e de caráter permanente. 2.4.1.6 Secretaria de Educação Superior A Secretaria de Educação Superior (SESU) é responsável pelo planejamento, orientação, coordenação e supervisão das políticas para a educação superior, bem como a fiscalização das instituições públicas e privadas de ensino superior. De acordo com o documento base do Fórum Nacional de Educação Superior, a partir da LDBEN (1996) a educação superior no Brasil passou por mudanças significativas, como o aumento do número de instituições que passaram a ofertar a educação superior e com isso o aumento de cursos, vagas e matrículas. 45 Estes dados são confirmados pelo censo escolar 2009, apresentado pelo INEP, entre os anos de 2008 e 2009 o número de instituições públicas cresceu em 3,8%, como mostra a Tabela 4. TABELA 4 - Evolução do número de instituições da educação superior por categoria administrativa – Brasil – 2004 – 2009. Ano Total Pública Total % Federal Estadual Privada % Municipal 2004 2.013 224 11,1 874,3 75 62 1.789 88,9 2005 2.165 231 10,7 974,5 75 59 1.934 89,3 2006 2.270 248 10,9 1054,6 83 60 2.022 89,1 2007 2.281 249 10,9 1064,6 82 61 2.032 89,1 2008 2.252 136 10,5 934,1 82 61 2.016 89,5 2009 2.314 245 10,6 944,1 84 67 2.069 89,4 Fonte: Censo da Educação superior/MEC/INEP. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16179/>. Acesso em: 7 Jul. 2011. Mas, apesar do crescimento mostrado, de acordo com a informações apresentadas pelo censo escolar 2009, pode-se perceber que as instituições privadas ainda são a maioria na educação superior. Em relação aos cursos de graduação, de acordo com o censo escolar 2009,também aconteceu um crescimento de 13% entre 2008 e 2009, e quanto às modalidades de ensino, a EaD teve um crescimento de 30,4% na educação superior, enquanto a educação presencial aumentou em 12,5%. De acordo com o Jorge Almeida Guimarães, presidente da CAPES desde o ano de 2004, o ensino universitário brasileiro é muito jovem se comparado ao sistema europeu de ensino, e por isso as universidades brasileiras não estão nas listas mundiais de excelência. A educação superior busca seu desenvolvimento e aperfeiçoamento, mas precisará contar com o apoio das políticas públicas para garantir a implantação de melhorias na educação brasileira. 46 3 METODOLOGIA Para atingir os objetivos já apresentados na introdução desta dissertação, empreendeu-se uma pesquisa, a seguir descrita de forma detalhada. 3.1 UNIVERSO DA PESQUISA O universo desta pesquisa foi constituído pelas políticas públicas educacionais no período do Governo Lula. De acordo com os objetivos, foram selecionadas todas as políticas públicas educacionais do governo Lula no período de 2003 a 2010 (N=84) e classificadas de acordo com a sua relação com a EaD. 3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A realização desta pesquisa ocorreu em quatro etapas, com início no primeiro semestre de 2011 e finalização em fevereiro de 2012. Na primeira etapa, foi realizado um levantamento, por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental, das Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais desenvolvidas no Brasil durante o Governo Lula (2003-2010). Para Gil (1999), a pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, mapas, manuscritos, dentre outros. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura, sendo o objetivo desta pesquisa conhecer as diferentes contribuições cientificas disponíveis sobre o determinado tema. Ainda de acordo com Gil (1999), a pesquisa documental é semelhante à pesquisa bibliográfica. A diferença está na natureza das fontes, pois esta forma vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. Além de analisar os documentos primários (documentos de arquivos, igrejas, sindicatos, instituições, dentre outros), existem também aqueles que já foram processados, mas podem receber outras interpretações. 47 Na segunda etapa da pesquisa, foi feita uma classificação das Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais, identificadas na primeira parte da pesquisa, com o objetivo de verificar se essas Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais se relacionam diretamente ou indiretamente com a EaD, pois pode ser que a expressão educação a distancia não seja a palavra chave de Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais, mas essas Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais podem ser o suporte para que a EaD aconteça. Na terceira etapa, foi feito um levantamento dos recursos tecnológicos usados nas Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais que se relacionam diretamente com a EaD, conforme a classificação da segunda etapa, com o objetivo de verificar se esses recursos estão contribuindo com a EaD. Este levantamento foi feito através da aplicação de um questionário9 direcionado aos gestores das Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais selecionadas para esta etapa da pesquisa. Na quarta etapa, foi feita uma análise dos resultados das três primeiras etapas, interligando-as para verificar a importância que a EaD apresentou no Governo Lula e como as novas tecnologias foram utilizadas em favor desta modalidade de ensino. 3.3 PRIMEIRA ETAPA A primeira etapa da pesquisa foi realizada no segundo semestre de 2010 e constitui-se de um levantamento, no site oficial do MEC, das 6 secretarias que o compõem, respectivamente: Secretaria de Educação Básica (SEB), Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), Secretaria de Educação a Distância (SEED), Secretaria de Educação Especial (SEESP), Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), Secretaria de Ensino Superior (SESU) e teve como objetivo identificar as políticas públicas educacionais existentes durante o Governo Lula. Os resultados estão expostos no capítulo 4 desta dissertação. 9 O modelo do questionário está disponível no Apêndice B. 48 3.4 SEGUNDA ETAPA A segunda etapa teve como objetivo a classificação das Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais apresentadas na etapa anterior, de acordo com sua relação com a educação a distância. Para a classificação das Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais, foi realizado em levantamento dentro das modalidades de ensino utilizadas por essas políticas. A classificação foi dividida dentro dos 3 parâmetros: • Relacionam-se diretamente com a EaD: Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais que utilizam a modalidade de ensino EaD, seja na forma de complemento ao ensino presencial ou na forma de modalidade de ensino escolhida dentro de suas propostas pedagógicas; • Relacionam-se indiretamente com a EaD: Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais que, apesar de não utilizarem a modalidade de ensino EaD, contribuem para a implantação e suporte desta modalidade de ensino; • Não apresentam relação com a EaD: Todas as Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais que não se encaixaram em nenhum dos dois parâmetros já apresentados. Para a formulação desses parâmetros foram usados como base os critérios de classificação baseados nas necessidades apresentadas por Moore e Kearsley (2007), pois de acordo com Moore e Kearsley (2007) os responsáveis por políticas públicas educacionais têm introduzido a EaD para atender aquilo que consideram certas necessidades. A seguir estão listados os critérios que foram utilizados nesta etapa da pesquisa com o sentido de entender quais necessidades as políticas públicas tentavam sanar. 49 • Proporcionar acesso e oportunidade de aprendizado e treinamento; • Proporcionar oportunidades de atualizações de conhecimentos; • Melhorar a redução dos custos dos recursos educacionais; • Apoiar a qualidade das estruturas educacionais existentes; • Melhorar a capacitação do sistema educacional; • Agregar contribuições externas à experiência educacional. Desta maneira, foi feita uma análise das Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais para cada secretaria apresentada nesta pesquisa, mostradas no capítulo 4.2 desta dissertação. 3.5 TERCEIRA ETAPA A terceira etapa teve como objetivo fazer um levantamento dos recursos tecnológicos utilizados pelos programas, ações e políticas públicas classificadas de acordo com a segunda etapa, que se relacionam diretamente com a EaD, verificando quais são as tecnologias utilizadas no ensino a distância. Diante da necessidade de buscar informações para atender a esta etapa da pesquisa, foi aplicado um questionário10, no segundo semestre de 2011, direcionado para os e-mails dos gestores, obedecendo à seguinte ordem: primeiro, tentou-se um contato com os gestores do Distrito Federal dos Programas, Ações e Políticas Públicas educacionais classificadas para esta etapa da pesquisa, já que é nesta cidade que se encontra o MEC, na falta de uma resposta a estes contatos tentou-se um contato com os gestores do estado de Minas Gerais, já que esta é a cidade onde está sendo realizada a pesquisa. Foram enviados dezesseis questionários, sendo que 08 foram devolvidos devidamente respondidos e 06 não tiveram retorno. 10 O modelo do questionário está disponível no apêndice B desta pesquisa. 50 3.5.1 Instrumento da pesquisa O questionário utilizado foi construído diante da necessidade de buscar informações para atender a terceira etapa da metodologia desta pesquisa e baseado no modelo instrumental utilizado por Diniz (2009), em sua pesquisa sobre a participação de professores de ensino superior na educação a distância. Após a sua formatação, o questionário teve como parâmetros: • Clareza nas questões e instruções. • Utilização das variáveis de acordo com a escala Likert. • Tempo gasto para responder o questionário. Antes do início da coleta de dados, foi enviada aos gestores participantes da pesquisa uma carta de apresentação11 e solicitação de resposta ao questionário, contendo informações sobre a proposta da pesquisa, e-mail e telefone da pesquisadora para o fornecimento de informações diante de eventuais dúvidas. 3.5.2 Formato do questionário O questionário aplicado foi composto por dez perguntas, divididas em 02 partes. A primeira parte teve o objetivo de examinar a experiência em EaD e a auto avaliação de cada gestor sobre as vantagens da EaD em relação as Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais e as dificuldades de implantação. A primeira pergunta focou na experiência dos gestores com a EaD, as segunda e terceira perguntas consistiam em classificar, segundo a escala Likert de 5 opções, as vantagens e dificuldades de implantação da EaD para a ação, programa ou política pública analisada. Na segunda parte, o objetivo foi examinar sobre os recursos utilizados e a expectativa dos gestores sobre o futuro das Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais analisadas e também sobre o futuro da EaD. Da quarta até a oitava pergunta, o foco foi em investigar os recursos tecnológicos 11 O modelo da carta de apresentação está disponível no apêndice A desta pesquisa. 51 utilizados, a aquisição destes recursos, dificuldades enfrentadas e se a utilização é favorável aos programas, ações e políticas em questão. Ao final, na nona e décima perguntas abertas, foi solicitado aos gestores que se expressassem sobre o futuro de suas respectivas Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais, bem como a opinião em relação a efetivação da EaD dentro das políticas públicas brasileiras. A exposição dos resultados desta etapa da pesquisa encontra-se no capítulo 4.3 desta dissertação 3.6 QUARTA ETAPA Nesta etapa foi feita uma analise dos resultados encontrados nas outras etapas já apresentadas, com o objetivo de verificar como a EaD esteve presente nas políticas públicas educacionais brasileiras do Governo Lula e como as novas tecnologias foram utilizadas em favor da EaD, os resultados podem ser consultados no capítulo 4.4 desta dissertação. 52 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Neste capítulo, encontram-se a apresentação dos resultados obtidos através da análise das quatro etapas, apresentadas no capítulo 3 desta dissertação. 4.1 PRIMEIRA ETAPA Apresentação do levantamento realizado no site do MEC, com o objetivo de identificar as políticas públicas educacionais existentes durante o Governo Lula. QUADRO 2 - Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais da Secretaria de Educação Básica (continua). Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais Caminhos do Direito de Aprender- Ação governamental no formato de publicação. Ano de Implantação 2006 Objetivos Programa Profuncionário 2007 Valorizar o trabalho dos profissionais da educação, através do oferecimento dos cursos de formação inicial em nível técnico proporcionados pelo Profuncionário. Parlamento Juvenil do Mercosul- ação governamental no formato de projeto. 2010 Apresentar propostas de jovens da região do Mercosul em torno do ensino médio ideal. Política Pública do ensino Fundamental de Nove Anos 2005 Fazer com que aos 6 anos de idade a criança esteja no primeiro ano do ensino fundamental e termine esta etapa da escolarização com 14 anos. Programa Ensino Médio Inovado 2009 Incentivar a criação de iniciativas inovadoras e integradoras para o ensino médio, todas as questões a serem discutidas estão relacionadas ao currículo. Servir de incentivo a outros municípios que desejam caminhar em direção a garantia do direito de aprender de toda criança brasileira. Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação Básica. 53 QUADRO 2 – Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais da Secretaria de Educação Básica (continuação). Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais Programa Escola de Gestores da Educação Básica Ano de Implantação 2005 Objetivos Qualificar gestores das escolas públicas da educação básica no nível de especialização (Lato Sensu) na forma de educação a distância e com isso contribuir para uma melhora na gestão democrática e também na educação escolar de qualidade. Integrar estudantes e professores brasileiros com os alunos e professores dos países vizinhos, buscando a quebra de fronteira e também a oportunidade de aprendizado de uma segunda língua. Programa Escola de Fronteira 2005 Programa Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) Programa Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola) 2007 Promover a redistribuição recursos vinculados à educação. 2008 Auxiliar a escola a focalizar seus objetivos, assegurar que toda a comunidade escolar trabalhe em equipe e adequar a direção escolar em resposta a um ambiente de transformação. Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação (PRADIME) 2009 Oferecer a todos os dirigentes municipais de educação, através de cursos presenciais e a distância, troca de experiências, acesso as informações sobre legislação, para que assim seja possível a promoção da qualidade da educação básica nas escolas públicas municipais. 2003/2004 Qualificar gestores das secretarias municipais de educação e representantes da sociedade civil para que atuem no acompanhamento e fiscalização do uso das verbas em educação. Zelar pela manutenção da escola, participar da gestão administrativa, financeira e pedagógica com o intuito de garantir a qualidade de ensino. Programa Nacional de Capacitação de Conselheiros Municipais de Educação (Pró-Conselho) Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares 2004 Fonte: Portal Ministério da Educação / Secretaria de Educação Básica 54 dos QUADRO 2 – Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais da Secretaria de Educação Básica (continuação). Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais Ano de Implantação Objetivos Programa Pró-Letramento 2009 Melhorar na aprendizagem leitura/escrita e matemática. Programa de Fortalecimento Institucional das Secretarias Municipais de Educação do Semi-Árido (PROFORTI) 2006 Educação Infantil no Brasil – Avaliação Qualitativa e Quantitativa – Ação governamental no formato de Pesquisa S/I Promover ações voltadas para as gestões municipais e que atendam com qualidade as necessidades da 12 região do semiárido Fornecer informações sobre a qualidade do atendimento da educação infantil e também sobre o aproveitamento dos alunos no início do ensino fundamental. Programa Rede Nacional de Formação Continuada de Professores 2004 Contribuir para a melhora da formação de professores e alunos. Programa Proinfantil 2004 Valorizar o magistério e proporcionar condições de crescimento profissional ao professor. Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) – Ações governamentais no formato de projeto. 2003 Contribuir com a formação integral dos estudantes da rede pública da educação básica. Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio 2004 Universalizar o livro didático para o ensino médio público. Plano de Ações Articuladas (PAR) – Ações governamentais no formato de planejamento 2007 Fazer um diagnóstico da situação educacional local e elaboração de um planejamento para a nova etapa (2011-2014). Coleção Explorando o Ensino – Ação governamental no formato de material didático 2004 Apoiar o trabalho dos professores em sala de aula oferecendo-lhes material pedagógico. Programa Gestão da Aprendizagem Escolar (GESTAR II) 2004 Colaborar para a melhoria do processo ensino aprendizagem nas áreas de português e matemática, contribuir para o aperfeiçoamento da autonomia do professor e permitir ao professor o desenvolvimento de um trabalho baseado em habilidades e competências. 13 da Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação Básica 12 A região do semiárido é composta por 11 estados brasileiros: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. 13 Sem Informação. 55 QUADRO 2 – Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais da Secretaria de Educação Básica (conclusão). Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais Ano de Implantação Objetivos Programa Prova Brasil 2008 Avaliar a qualidade de ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro. Programa olimpíadas de Língua Portuguesa 2008 Contribuir para a ampliação do conhecimento e aprimoramento do ensino da escrita. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)- Ação governamental no formato de índice. 2007 Aumentar a nota para nota 6 em 2022 , índice que correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos. Programa olimpíadas de Matemática 2005 Estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área. Programa provinha Brasil 2008 Avaliar o nível de alfabetização dos alunos e diagnosticar possíveis insuficiências. Prêmio Professores do Brasil – Ação governamental no formato de prêmio. 2006 Reconhecer o mérito dos professores das redes públicas de ensino. Prêmio Ciências - Ação governamental no formato de prêmio. 2003 Estimular e socializar as práticas de investigação científica nas escolas públicas, valorização das escolas públicas e incentivar o desenvolvimento de projetos escolares de investigação científica. Programa feira Nacional de Ciências 2005 Estimular e apoiar a realização de eventos como feiras e mostra de ciências de alunos e professores da educação básica. S/I Identificar e analisar propostas pedagógicas Elaborar documento para atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais da educação infantil, do ensino fundamental e ensino médio, elaborar documento orientador para a organização curricular e referências de conteúdo para a formação básica. Promover o debate nacional sobre o currículo da educação básica. Programa Currículo em Movimento Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação Básica 56 Percebeu-se que as Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais apresentadas visam atender às necessidades da educação básica brasileira, dentro das diretrizes da educação infantil que é a primeira etapa da educação básica. Segundo o PNE, é a educação infantil, que inaugura a educação na pessoa, do ensino fundamental e ensino médio, buscando garantir o acesso, permanência e expansão já que a importância dessas duas modalidades de ensino está no sentido de auxiliar na formação para a cidadania e a formação dos profissionais da educação básica devido a sua importância em atuar como mediadores no processo de ensino aprendizagem. QUADRO 3 – Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (continua). Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais Educação Infantil do Campo – Ações governamentais no formato de projeto Ano de Implantação 2008 Objetivos Programa Brasil Alfabetizado 2003 Alfabetizar jovens, adultos e idosos. Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA) 2007 Erradicar o analfabetismo e promover ações de inclusão social. Programa Conexões de Saberes: diálogos entre a universidade e as comunidades populares 2004 Estimular maior articulação entre a instituição universitária e as comunidades populares. Política Nacional de Educação Ambiental S/I Promover divulgação da educação ambiental voltados para valores humanistas, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências que contribuam para a participação cidadã na construção de sociedades sustentáveis. Programa Escola que Protege 2003 Prevenir e romper o ciclo da violência contra crianças e adolescentes no Brasil. Programa Escola Aberta 2004 Estreitar as relações entre escola e comunidade e contribuir com a consolidação de uma cultura de paz. Programa Mais Educação 2007 Fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar, tendo como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Desenvolver ações com foco à melhoria do atendimento às populações do campo em idade escolar correspondente à Educação Infantil. Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 57 QUADRO 3 – Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (continuação). Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais Acompanhamento da Freqüência Escolar – Ações governamentais no formato de projeto Ano de Implantação 2004 Objetivos Combater a evasão e estimular a progressão escolar pelo acompanhamento individual das razões da baixa freqüência do educando ou abandono da escola. Formar professores para a docência no ensino médio e nos anos finais do ensino fundamental das comunidades indígenas. Programa de Formação Superior e Licenciaturas Indígenas (PROLIND) 2008 Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Federais e Estaduais de Educação Superior (UNIAFRO) 2008 Programa Saúde na Escola (PSE) 2007 Agenda Territorial de EJA – Ações governamentais no formato de Pesquisa 2008 Firmar um pacto social, para melhorar e fortalecer a educação de jovens e adultos (EJA) no Brasil. Concurso Literatura para Todos Ação governamental no formato de concurso 2007 Democratizar o acesso à leitura, constituir um acervo bibliográfico literário específico para jovens, adultos e idosos recém alfabetizados e criar uma comunidade de leitores. Programa Projovem Campo Saberes da Terra 2005 Ampliar o acesso e a qualidade da educação à essa parcela da população historicamente excluídas do processo educacional S/I Disseminar e desenvolver metodologias educacionais para a inserção dos temas da diversidade no cotidiano das salas de aula. Programa Rede de Educação para a Diversidade (REDE) Contribuir para a superação dos preconceitos e atitudes discriminatórias do racismo por meio da aplicação de práticas pedagógicas qualificadas nesses temas nas escolas de educação básica no Brasil. Contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde. Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade 58 QUADRO 3 – Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (conclusão). Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais 6ª Conferência Internacional de Educação de Adultos (CONFITEA) - Ações governamentais no formato de conferencia Ano de Implantação 2009 Objetivos Analisar as políticas voltadas para a educação de adultos e traçar ações para a educação neste campo. III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo meio ambiente - Ações governamentais no formato de conferencia. Educação em Direitos Humanos – Ações governamentais no formato de material didático. 2009 Discutir iniciativas ambientais. 2003 Promover ações de formação de profissionais da educação básica e a produção de materiais didáticos e paradidáticos; incentivo à estruturação de centros de referência em educação em direitos humanos nas instituições de educação superior. Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo (PROCAMPO) 2009 Formação de educadores para a docência nos anos finais do ensino fundamental e ensino médio nas escolas rurais. Medalha Paulo Freire – Ações governamentais no formato de premiação. 2007 Identificar, reconhecer e estimular experiências educacionais que promovam políticas, programas, projetos cujas contribuições e experiências sejam relevantes para a educação de jovens e adultos no Brasil. Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena Ações governamentais no formato de conferencia 2008 Saber dos representantes indígenas, as realidades e necessidades do povo indígena, para que assim seja possível um avanço na educação escolar indígena em qualidade e efetividade e também uma maior interculturalidade na educação. Garantir a formação inicial e continuada de professores indígenas em nível médio e superior, Apoio financeiro à construção e reforma ou ampliação de escolas indígenas Educação Indígena – Ação governamental S/I para as mudanças Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade De acordo com os dados demonstrados no Quadro 3, foi possível verificar a necessidade de contínuo desenvolvimento que está inserida nas Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais apresentadas dentro da SECAD, estes buscam erradicar o analfabetismo, aumentar e fortalecer a 59 educação de jovens e adultos e promover a formação de professores respeitando as diversidades regionais e culturais existentes no Brasil. QUADRO 4 – Ações/Programas da Secretaria de Educação a Distância (continua). Ações/Programas Domínio Público – Ação governamental no formato de biblioteca digital DVD Escola - Ações governamentais no formato de material didático Ano de Implantação 2004 Objetivos Contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura. 2008 Assegurar o compromisso com atualização tecnológica democratização da TV Escola. a e Ambiente Colaborativo de Aprendizagem (e-Proinfo) - Ações governamentais 2003 Permitir a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância e ao processo ensino-aprendizagem. E-Tec Brasil 2007 Democratizar o acesso a cursos técnicos de nível médio, públicos e gratuitos, em regime de colaboração entre União, estados, Distrito Federal e municípios. Programa Proinfantil 2004 Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) 2008 Valorizar o magistério e oferecer condições de crescimento profissional ao professor. Conectar todas as escolas públicas urbanas à internet, por meio de tecnologias que propiciem a qualidade, velocidade e serviços para incrementar o ensino público no País. Programa Proinfo Integrado 2007 Associar a distribuição dos equipamentos tecnológicos nas escolas e oferta de conteúdos e recursos multimídia e digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos Educacionais. Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) 2005 Reduzir as desigualdades na oferta de ensino superior e desenvolver um amplo sistema nacional de educação superior à distância. *O programa Proinfo (1997) e a TV Escola (1996) não fazem parte da pesquisa porque foi implantado no ano de 1997, portanto está fora do período de estudo da pesquisa que compreende os anos de 2003 até 2010. Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação a Distância 60 QUADRO 4 – Ações/Programas da Secretaria de Educação a Distância (conclusão). Ações/Programas Programa Banco Internacional de Objetos Educacionais Ano de Implantação 2008 Objetivos Manter e compartilhar recursos educacionais digitais de livre acesso, mais elaborados e em diferentes formatos - como áudio, vídeo, animação, simulação, software educacional - além de imagem, mapa, hipertexto. Programa um Computador por Aluno (PROUCA) 2010 Adquirir computadores portáteis novos para uso das redes públicas de educação básica. Programa Projetor PROINFO 2010 Levar os conteúdos digitais para a sala de aula. Programa Portal do Professor 2008 Apoiar os processos de formação dos professores brasileiros e enriquecer a sua prática pedagógica. Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação a Distância As Ações/Programas da SEED buscam a ampliação da educação a distância e a incorporação das TICs a todos os níveis e modalidades de educação, com propostas de aproximação das escolas a internet, acesso de cursos a regiões distantes e aquisição de recursos tecnológicos para as escolas, com a intenção de contribuir para o desenvolvimento da educação. QUADRO 5 – Programas da Secretaria de Educação Especial (continua) Programas Programa Mecdayse Programa Escola Acessível Ano de Implantação 2009 2007 Objetivos Permitir acesso a qualquer tipo de informação escrita disponível para leitura no computador. Adequar o espaço físico das escolas estaduais e municipais, a fim de promover acessibilidade nas redes públicas de ensino. *O documento da política nacional não participou desta pesquisa, por não ser classificado como ação, programa ou política pública, de acordo com o MEC trata-se de um documento elaborado por um grupo de pesquisa, portanto fora dos moldes desta pesquisa, que se baseou em Ações/Programas/Políticas Públicas. Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação Especial 61 QUADRO 5 – Programas da Secretaria de Educação Especial (conclusão) Ano de Implantação Programas Programa de Acompanhamento e Monitoramento do Acesso e Permanência na Escola das Pessoas com Deficiência Beneficiária do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – Programa BPC na Escola Programa Educação Direito à Diversidade 2007 Objetivos Acompanhar e monitorar o acesso e permanência na escola das pessoas com deficiência, beneficiárias do Benefício da Prestação Continuada da Assistência Social. Inclusiva: 2003 Fazer com que educadores da rede Pública de ensino atendam com qualidade e incluam nas classes comuns do ensino regular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais 2005 Disponibilizar aos sistemas públicos de ensino, equipamentos de informática, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade, com vistas a apoiar a ampliação da oferta do atendimento educacional especializado. Programa de Formação Continuada de Professores na Educação Especial S/I Formar professores dos sistemas estaduais e municipais de ensino, por meio da constituição de uma rede nacional de instituições públicas de educação superior que ofertem cursos de formação continuada de professores na modalidade à distância. Fomentar a criação e a consolidação de núcleos de acessibilidade nas Instituições Federais de Ensino Superior. Programa Acessibilidade Educação Superior (INCLUIR) na 2005 Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação Especial Pelos dados apresentados no Quadro 5, pode-se verificar que os programas da SEESP têm como objetivo a integração das pessoas com necessidades especiais no ambiente escolar e, para isso, buscam a formação continuada de professores da educação especial, a implantação de ambiente com suporte para o atendimento educacional especializado, buscando garantir acesso e permanência no ambiente escolar. 62 QUADRO 6 – Ações/Programas da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Ações/Programas Programa Rede Certific Ano de Implantação 2009 Objetivos Reconhecer e certificar os saberes adquiridos em processos formais e não formais de ensino-aprendizagem e formação inicial e continuada a ser obtido através de Programas Interinstitucionais de Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada – Programas CERTIFIC. Expansão da rede federal de educação profissional Ações governamentais 2005 Ampliar a oferta de cursos profissionalizantes e expansão da rede federal de educação profissional. Programa Brasil Profissionalizado 2007 Integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Programa nacional de Integração da Educação profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) 2005 Oferecer a jovens e adultos trabalhadores oportunidades de escolarização que aliam a educação básica em nível médio e a educação profissional. *O Programa Pronatec (2001) não entrou na pesquisa, pois o início de sua implantação foi no ano de 2001, fora do período proposto para a pesquisa que é de 2003-2010. Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica As Ações/Programas da SETEC, apresentados no Quadro 6, têm como objetivo central o acesso e implantação de oportunidades de treinamento, visando a qualificação inclusive para o trabalhador rural. Sobre a educação profissional no Brasil, o PNE (2001-2010) apresentou que para a expansão desta modalidade de ensino não basta somente a sua inserção no ensino médio, e sim a educação profissional deve constituir-se de educação continuada, perpassando por toda a vida do trabalhador. 63 QUADRO 7 – Ação/Programas da Secretaria de Educação Superior. Programas Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) Programa Tutorial de Ano de Implantação 2003 Objetivos Ampliar o acesso e a permanência na educação superior. Educação 2005 Apoiar atividades acadêmicas que integram ensino, pesquisa e extensão. Programa de Extensão Universitária (ProExt) 2003 Apoiar as instituições públicas de ensino superior no desenvolvimento de programas ou projetos de extensão que contribuam para a implementação de políticas públicas. Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes) – Ação Governamental 2003 Fomentar a cooperação técnico-científica e cultural entre o Brasil e os países com os quais mantém acordos – em especial os africanos. Programa Universidade para Todos (ProUni) 2004 Conceder bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Fonte: Portal Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação Superior De acordo com as informações do Quadro 7, os programas da SESU buscam a ampliação das instituições de ensino e aumento do número de vagas respeitando os parâmetros de qualidade estabelecidos pelo sistema de ensino, buscando o desenvolvimento da educação superior no Brasil. Foram levantadas, nesta etapa, trinta e duas Ações/programas/ Políticas Públicas Educacionais dentro da SEB, vinte e três programas/ações dentro da SECAD, treze programas/ações dentro da SEED, 8 dentro programas/ações da SEESP, 4 programas/ações dentro da SETEC e 5 programas/ações dentro da SESU, trata-se de estratégias do governo que visam atender ao objetivo do MEC de oferecer a acessibilidade, permanência e formação da sociedade na escola, para tanto foram divididas respectivamente sobre focos diferentes, as ações/programas/políticas públicas da SEB buscam a valorização dos trabalhos dos profissionais da educação, oferecem auxilio a escola facilitando a concretização de seus objetivos e avaliam o ensino básico oferecido pelo 64 sistema educacional brasileiro, contribuindo com a formação dos alunos da educação básica. Já a SECAD, apresentou Ações/programas/Políticas Públicas educacionais que buscam atingir os objetivos do MEC, porém respeitando e atendendo as diversidades existentes no Brasil, seja territorialmente ou culturalmente. Na SEED, as Ações/Programas apresentados demonstraram que o foco é democratizar o acesso as TIC’S utilizadas a favor da educação e desenvolver um sistema nacional de educação superior à distância. A SEESP apresentou Programas que estão voltados para a educação especial, a SETEC, dentro dos mesmos objetivos do MEC, direcionou-se sobre a formação, qualificação e certificação da sociedade dentro da educação profissional e tecnológica e a SESU apresentou que o seu foco foi sobre o ensino superior com Ações/programas que buscam a ampliação do ensino superior no Brasil, mas sempre atendendo aos objetivos do MEC. 4.2 SEGUNDA ETA Apresentação dos resultados da classificação das Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais de acordo com a sua relação com a EaD. 1º) Programas da SEB que se relacionam diretamente com a EaD: Os programas apresentados neste item utilizam a EaD, seja no formato semipresencial ou presencial, como modalidade de ensino e também como apoio ao ensino presencial, de acordo com as informações a seguir: • Programa Profuncionário: Utiliza a modalidade de EaD na oferta de curso técnico de formação aos funcionários que exercem funções administrativas nas escolas publicas de educação básica; • Programa Escolas de Gestores de Educação Básica: Oferece a modalidade de ensino EaD na qualificação de gestores das escolas públicas; 65 • Programa Pradime: Utiliza encontros presenciais e curso a distância, na formação e aperfeiçoamento de dirigentes municipais de educação em nível de extensão; • Programa Proinfantil: Oferece curso de nível médio na modalidade EaD, destinado aos professores da educação infantil em exercício nas creches e pré-escolas das redes públicas; • Programa Gestar II: Oferece formação continuada a professores das séries finais do ensino fundamental na modalidade de ensino presencial e EaD, organizados da seguinte forma 120h de formação oferecidas na modalidade presencial e 180h oferecidas em EaD; • Programa Pro-Letramento: Oferece formação continuada na modalidade semipresencial, destinado a professores dos anos iniciais do ensino fundamental; • Programa nacional de fortalecimento dos conselhos escolares: Oferece cursos presenciais e de formação para técnicos e dirigentes das secretarias municipais e estaduais da educação e para conselheiros escolarese curso a distância para a capacitação de conselheiros escolares, técnicos e dirigentes das secretarias de educação, que atuam como multiplicadores na formação de conselheiros. 2º) Ações/Programas da SEB que se relacionam indiretamente com a EaD: Neste item são apresentadas as contribuições de cada Ação/Programa para a EaD: • Ação Governamental Caminhos do Direito de Aprender: Publicação disponível para downloads14, que visa contribuir com o avanço do IDEB; • Programa FUNDEB: Distribuição de recursos para a manutenção e desenvolvimento da escola básica pública; 14 Numa rede de computadores, obtenção de cópia, em máquina local, de um arquivo originado em máquina remota. Fonte : Dicionário Aurélio Eletrônico, versão 3.0 66 • Programa Rede Nacional Formação Continuada de Professores: Produz materiais para cursos a distância e semipresenciais; • Ação Governamental Guia de tecnologias: Publicação que auxilia na aquisição de materiais e tecnologias para uso nas escolas públicas. 3º) Ações/Programas/Políticas Públicas da SEB que não apresentam relação com a EaD: Neste item, são apresentados as justificativas das Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais que não se relacionam com a EaD: • Ação Governamental Parlamento Juvenil do Mercosul: de acordo com o propósito do projeto, que é abrir espaços para a participação juvenil em torno do ensino médio ideal, não foi encontrada nenhuma relação com a EaD; • Política Pública de Ensino Fundamental de Nove Anos: Não foi encontrada relação com a EaD, pois a política pública trata da antecipação da entrada na primeira etapa do ensino fundamental; • Programa Ensino médio Inovador: O programa tem como foco o incentivo ao ensino médio, buscando atitudes e experiências motivadoras; portanto, não foi encontrada relação com a EaD; • Programa Escolas de fronteira: Trata-se do intercâmbio de alunos e professores a países do Mercosul, não tendo relação com a EaD; • Programa PDE - Escola: Por ser um programa voltado para a gestão escolar, não foi encontrada relação com a EaD; • Pro-Conselho: Trata da criação de novos conselhos municipais, não havendo relação com a EaD; • Proforti: Programa voltado para a gestão escolar municipal da região do semiárido, não havendo relação com a EaD; • Pesquisa Educação Infantil no Brasil - Avaliação Qualitativa e Quantitativa: Por tratar-se de uma ação governamental no formato de estudo, não foi encontrada relação com a EaD; 67 • Saúde e Prevenção nas Escolas: Trata-se de ações governamentais voltadas a prevenção, promoção e atenção à saúde, não foi encontrada relação com a EaD; • Programa Nacional do Livro Didático: Trata-se da distribuição de livros didáticos aos alunos da escola básica, não foi encontrada relação com a EaD; • Plano de Ações Articuladas: Trata-se de ações governamentais no formato de instrumentos de avaliação e implementação de políticas que busquem a qualidade da educação básica, não foi encontrado relação com a EaD; • Coleção Explorando o ensino: Ação governamental no formato de material pedagógico, buscando o apoio ao professor, não foi encontrada relação com a EaD; • Programa Olimpíadas de Matemática: O programa visa a premiação de alunos, não havendo relação com a EaD; • Programa Olimpíadas da Língua Portuguesa: O programa visa a premiação de alunos, não havendo relação com a EaD; • Programa Prova Brasil: Por tratar-se de uma avaliação do sistema educacional brasileiro, não foi encontrada relação com a EaD; • Programa Provinha Brasil: Trata-se da avaliação do nível de alfabetização das crianças matriculadas no segundo ano de escolarização das escolas públicas brasileiras, portanto não há relação com a EaD; • Prêmio Professores do Brasil: Por tratar-se de uma ação governamental que busca o reconhecimento de educadores do Brasil, não foi encontrada relação com a EaD; • Prêmio Ciências: Por tratar-se de uma ação governamental que busca o reconhecimento de educadores de investigação científica do Brasil, não foi encontrada relação com a EaD; • Programa Fenaceb: Por tratar-se de apoio a feiras e evento de ciências, não foi encontrada relação com a EaD; • Programa Currículo em Movimento: Por tratar-se do desenvolvimento do currículo da educação infantil, não foi encontrada relação com a EaD; 68 • Índice de desenvolvimento da educação básica: Ação governamental no formato de avaliação da educação brasileira; não foi encontrada relação com a EaD. 4º) Ações/Programas da SECAD que se relacionam diretamente com a EaD: As Ações/programas apresentados neste item utilizam a EAD no formato semipresencial e também para a formação continuada, de acordo com as informações a seguir: • Escola que protege: O programa oferece a modalidade semipresencial nos cursos de formação de professores; • Rede de educação para a diversidade: Trata-se de ações governamentais que oferecem a modalidade semipresencial nos cursos de formação continuada; • Educação em direitos humanos: Trata-se de ações governamentais que utilizam a modalidade de EaD para a formação continuada em direitos humanos em parceira com a universidade aberta do Brasil (UAB). 5º) Ações/programas/Políticas Públicas Educacionais da SECAD que não se relacionam com a EaD: Neste item são apresentados as justificativas das Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais que não se relacionam com a EaD: • Educação infantil no campo: Trata-se de ações governamentais em busca de um política pública para a educação infantil no campo de qualidade, não havendo relação com a EaD; • Brasil alfabetizado: O programa promove ações de alfabetização no país inteiro, não havendo relação com a EaD; 69 • Programa nacional do livro didático para a alfabetização de jovens e adultos: Trata-se da distribuição de livros didáticos aos alunos da escola básica, não havendo relação com a EaD; • Conexão de saberes: Trata-se de ações governamentais voltadas para a integração da universidade com a comunidade, não havendo relação com a EaD; • Política nacional de educação ambiental: Dispõe sobre a educação ambiental, não havendo relação com a EaD; • Programa escola aberta: Trata-se da abertura das escolas públicas nos finais de semana como espaço alternativo para a comunidade, não havendo relação com a EaD; • Programa mais educação: Trata-se da promoção da educação integral no país, não havendo relação com a EaD; • Programa de formação superior e licenciaturas indígenas: Trata-se do apoio a formação superior para a docência indígena, não relacionado com a EaD; • Programa de ações afirmativas para a população negra nas instituições federais e estaduais de educação superior: O programa visa a formação continuada de professores no âmbito da historia da África e cultura afrobrasileira, não havendo relação com a EaD; • Programa saúde na escola: O programa visa atenção a saúde, não havendo relação com a EaD; • Acompanhamento da frequência escolar: Trata-se de ações governamentais que buscam combater a evasão escolar, não havendo relação com a EaD; • Agenda territorial do EJA: Trata-se de ações governamentais que buscam estabelecer uma agenda de compromissos, em que cada estado trace metas para a educação de jovens e adultos, não havendo relação com a EaD; • Concurso literatura para todos: Trata-se de ação governamental no formato de concurso, não se relacionando com a EaD; 70 • Projovem - campo saberes da terra: O programa visa a qualificação profissional e a escolarização no formato escola-comunidade, não apresentando relação com a EaD; • Educação indígena: As ações governamentais estão focadas na formação dos professores indígenas, no apoio aos docentes com material didático e no suporte as escolas indígenas, mas não se relaciona com a EaD; • Procampo: O programa busca a promoção da oferta de curso de licenciatura em educação escolar no campo nas universidades públicas do país, não se relacionando com a EaD; • Medalha Paulo Freire: A ação governamental visa a premiação de experiências educacionais, não havendo relação com a EaD; • Conferência nacional de educação escolar indígena: trata-se de ação governamental no formato de conferencia, não havendo relação com a EaD. • 6ª Conferencia Internacional de Educação de Adultos (CONFITEA): trata-se de ação governamental no formato de conferência, não havendo relação com a EaD; • III Conferencia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente: trata-se de ação governamental no formato de conferência, não havendo relação com a EaD. 6º) Ações/programas da SEED que se relacionam diretamente com a EaD: As Ações/programas apresentados neste item utilizam a EaD na formação e capacitação nos níveis de ensino médio e também de graduação, de acordo com as informações a seguir: • E – Proinfo: Constitui-se de ações governamentais no formato de ambiente virtual colaborativo de aprendizagem; • E-Tec Brasil: Oferta cursos de educação profissional e tecnológica na modalidade de EaD; 71 • Programa Proinfantil: O programa oferece formação de nível médio na modalidade de EaD; • Programa Proinfo Integrado: O programa oferta cursos de capacitação na modalidade de EaD; • Programa Universidade Aberta do Brasil: O programa oferece cursos de graduação na modalidade de EAD. 7º) Ações/programas da SEED que se relacionam indiretamente com a EaD: Neste item são apresentadas as contribuições de cada Ação/Programa da SEED para a EaD: • Portal Domínio Público: As ações governamentais promovem acesso gratuito a obras literárias, artísticas e cientificas já em domínio público15 ou que tenha a sua divulgação autorizada; • Projeto DVD escola: As ações governamentais oferecem material didático para a educação básica na forma de mídias DVD; • Programa Banda Larga nas Escolas: Busca conectar todas as escolas públicas à internet; • Programa Proinfo: Oferece suporte com recursos digitais e conteúdos educacionais; • Programa Banco Internacional de Objetos Educacionais: Portal que disponibiliza recursos educacionais gratuitos em diversas mídias e idiomas. • Programa Portal do Professor: Portal de acesso público que oferece apoio a formação de professores; • Programa Um Computador por Aluno – PROUCA: Aquisição de computadores portáteis novos para uso das suas redes públicas de educação básica; 15 Diz-se de obras literárias, que, por se ter expirado o prazo de proteção legal, podem ser reproduzidas livremente. Fonte: Dicionário Aurélio Eletrônico , versão 3.0, novembro de 1999. 72 • Programa Projetor Proinfo: Aquisição de Projetor desenvolvido pelas Universidades federais de Santa Catarina e Pernambuco, na busca de aproximar os recursos digitais para a sala de aula. 8º) Programa da SEESP que se relaciona diretamente com a EaD: Neste item é apresentada as características do único programa da SEESP que se relaciona diretamente com a EaD: • Programa de formação continuada de professores na educação especial: oferece cursos de formação continuada, com foco no atendimento educacional especializado e práticas educacionais inclusivas, voltadas para professores. 9º) Programas da SEESP que não se relacionam com a EaD: Neste item são apresentados as justificativas dos Programas da SEESP que não se relacionam com a EaD: • Programa Mecdayse - Trata-se de um programa para computador que permite a conversão de qualquer arquivo de texto em arquivo de áudio, não havendo relação com a EaD; • Programa escola acessível – Trata-se da adequação dos espaços físicos da escola buscando a acessibilidade, não havendo relação com a EaD; • Programa BPC na escola – Trata-se do monitoramento das pessoas com deficiência na escola, não havendo relação com a EaD; • Programa educação inclusiva –Direito a Diversidade – O programa trata da formação continuada de gestores e educadores da escola pública, para receber com qualidade os alunos com deficiência, não havendo relação com a EaD; • Programa Acessibilidade na educação superior – Trata-se de ações para garantir ao portador de necessidades especiais o acesso a universidade, não havendo relação com a EaD; 73 • Programa de implantação de salas de recursos multifuncionais – o programa trata da implantação de recursos multifuncionais em salas de aula das escolas públicas, não havendo relação com a EaD. 10º) Programa da SETEC que apresentam relação indireta com a EaD: Neste item é apresentada a contribuição do único programa da SETEC que possui relação indireta com a EaD: • Programa Brasil Profissionalizado: busca fomentar a expansão da oferta de matriculas no ensino médio integrado a educação profissional, incluindo a modalidade a distância. 11º) Ações/Programas da SETEC que não tem relação com a EaD: Neste item são apresentadas as justificativas das Ações/Programas da SETEC que não se relacionam com a EaD: • Programa Rede certific: Trata-se da certificação de saberes adquiridos ao longo da vida, não havendo relação com a EaD; • Expansão da rede federal de educação profissional: As ações governamentais tratam da expansão da rede federal, não apresentando relação com a EaD; • Programa nacional de integração da educação profissional com a educação básica na modalidade de jovens e adultos: O programa Trata da integração da educação profissional com a educação básica de jovens e adultos e não apresenta relação com a EaD. 74 12º) Programas da SESU que apresentam relação indireta com a EaD: Neste item é apresentada a contribuição dos programas da SESU que possui relação indireta com a EaD: • Programa de Apoio a planos de reestruturação e expansão das universidades federais (REUNI): tem como objetivo a ampliação do acesso e permanência na educação superior, buscando um melhor aproveitamento da estrutura física das universidades federais; • Programa de extensão universitária (PROEXT): apóia as políticas públicas com ênfase na inclusão social; • Programa universidade para todos (PROUNI): oferece bolsa de estudos parcial e integral a estudantes de graduação e cursos sequenciais das modalidades de ensino presencial e a distância. 13º) Ações/Programas da SESU que não se relacionam com a EaD: Neste item são apresentados as justificativas das Ações/Programas da SESU que não se relacionam com a EaD: • Programa de educação tutorial (PET): O programa trata do apoio às atividades acadêmicas, não apresentando relação com a EaD; • Projeto Milton Santos de acesso ao ensino superior (PROMISAES): As ações governamentais tratam do apoio a alunos de países estrangeiros que possuem relação com o Brasil, não possui relação com a EaD. De acordo com as informações apresentadas nesta etapa pode-se observar que a maioria, ou seja, cinquenta e duas Ações/Programas/Políticas Públicas apresentadas não possuem relação com a EaD, já dentre as Ações/Programas que apresentam relação com a EaD, seja diretamente ou indiretamente, o número é o mesmo, num total de dezesseis respectivamente, demonstrando assim que além de Ações/Programas que utilizam a EaD diretamente são apresentados também os suportes para que as 75 Ações/Programas que utilizam a EaD diretamente, já que nesta modalidade de ensino os suportes humanos, físicos e os recursos são a garantia para a EaD de fato aconteça. 4.3 TERCEIRA ETAPA Neste item, encontra-se a apresentação dos resultados obtidos dentro da terceira etapa desta pesquisa. Dentro dos recursos tecnológicos utilizados, o computador foi o mais citado, com 100% de referência. Aliados ao computador os recursos a seguir também foram citados: três programas citaram a televisão e o DVD, além do computador, como apoio nas aulas, já que exercícios e livros em mídia DVD podem ser vistos na televisão; um programa citou o projetor como apoio à formação nos pólos de base a EaD. O rádio e a TV a cabo não foram citados. De acordo com as respostas obtidas pelo questionário enviado, a maioria dos recursos tecnológicos utilizados foram adquiridos através de recursos do governo federal, estadual ou municipal, numa porcentagem de 87,5%, ou seja, dos oito questionários devolvidos devidamente respondidos, sete programas tiveram seus recursos tecnológicos adquiridos através de recursos do governo federal, estadual ou municipal e apenas um programa utilizou parceira privada para a aquisição de recursos tecnológicos. Entre as dificuldades enfrentadas quanto ao recurso tecnológico utilizado, a falta de pessoal especializado foi a dificuldade considerada mais relevante, citada em 66% dos questionários respondidos; 17% citaram a falta de treinamento para a utilização de recursos e 17% dificuldades para conservação e manutenção desses recursos. De acordo com os questionários respondidos, todos os gestores concordam plenamente que a utilização dos recursos está sendo favorável à política pública em questão e também concordam que a utilização da EaD está sendo favorável às políticas públicas nas características apresentadas: acesso a regiões mais afastadas das grandes, flexibilidade de local e horários e oportunidade de influenciar mudança na área educacional. Dentre as dificuldades de implantação das políticas públicas, a falta de recursos humanos especializados aparece com 85% de referência, sendo 76 citadas também as dificuldades apresentadas pelos alunos com o uso do computador, em 10% de referência, e recurso tecnológico recebido com defeito, em 5% de referência, pelos questionários respondidos. 4.4 QUARTA ETAPA Apresentação da análise dos resultados da primeira, segunda e terceira etapas já apresentadas neste capítula desta dissertação. De acordo com a primeira etapa foram apresentados trinta e duas Ações/Programas/Políticas Públicas Educacionais dentro da SEB. Diante dos dados levantados, foi constatado que a SEB não apresentou, no período de estudo desta pesquisa, nenhuma política pública relacionada a EaD. Apenas 7 programas se relacionam diretamente com a EaD, utilizando esta modalidade de ensino nos programas de formação de professores e funcionários. Dos 7 programas que se relacionam diretamente com a EaD, 3 desses programas a utilizam na qualificação, aperfeiçoamento e formação técnica, 2 oferecem formação continuada, 1 oferece formação de nível médio e 1 oferece capacitação técnica. De acordo com a terceira etapa, quanto ao recurso tecnológico utilizado, os gestores de programas da SEB que responderam ao questionário foram unânimes ao citar o computador como o recurso utilizado dentro das atividades dos programas em questão, principalmente para o acesso à internet, tão utilizada nas atividades de EaD. Dentro da classificação de relação indireta com a EaD, foram encontradas 2 ações e 2 programas que se relacionam na forma de apoio de distribuição de recursos visando a manutenção e o desenvolvimento da escola básica pública, a produção de material para os cursos a distância e semipresenciais e a publicação de registros disponível para downloads que buscam contribuir para o avanço em direção a uma educação acessível a toda a sociedade. Mas vinte e um programas/ações/políticas públicas, não possuem relação com a EaD, estão voltados para a alfabetização, para a valorização dos professores e para melhorar a educação básica, mas não utilizam esta modalidade de ensino para alcançar os objetivos propostos. 77 Das vinte e três ações/programas/políticas públicas apresentadas dentro da SECAD, apenas 2 ações e 1 programa utilizam a EaD, nos cursos de formação e formação continuada de professores na modalidade semipresencial e a distância. Não foi constatada ações/programas que se relacionam indiretamente com a EaD. Nesta secretaria também não foram constatadas políticas públicas que se relacionam com a EaD, portanto todos as outras vinte ações/programas não se relacionam com a EAD, de acordo com a segunda etapa desta pesquisa. Quanto aos recursos tecnológicos utilizados o computador foi citado em todos os questionários relativos a SECAD devolvidos. Apesar de ser especializada em educação a distância, a SEED também não apresentou políticas públicas que se relacionam com a EaD. Das treze ações/programas, apresentados a maioria se concentra em oferecer suporte a EaD, já que, das 8 ações/programas da SEED apresentadas que possuem relação indireta com a EAD, estas atuam na promoção e divulgação de obras on-line, no suporte aos cursos de EaD com o objetivo de conectar todas as escolas à internet banda larga e também na aquisição de recursos tecnológicos utilizados para os cursos de EaD e produção de material didático em diversas mídias e idiomas, ou seja, todas as ações/programas da SEED se relacionam com a EAD, seja diretamente ou indiretamente, mas destas nenhuma ainda se efetivou como política pública. De acordo com a segunda etapa desta pesquisa, cinco ações/programas se relacionam diretamente com a EaD, na oferta de cursos de capacitação, cursos de educação profissional e tecnologia, cursos de nível médio e cursos de graduação e também no formato de ambiente virtual colaborativo. Quanto aos recursos tecnológicos utilizados pelas ações/programas que se relacionam diretamente com a EaD da SEED, foram citados o computador como suporte aos cursos e também auxiliar na divulgação dos mesmos, o projetor e o DVD como suporte nos encontros presenciais. Na SEESP, foram identificados 7 ações/programas, mas apenas 1 se relaciona diretamente com a EaD, na formação continuada de professores para a educação especial. Nenhuma ação/programa se relaciona indiretamente com a EaD e, portanto, os outros 6 programas não apresentam nenhuma relação com a EaD. A SEESP também não apresentou nenhuma política pública que se relacione com a EaD e, em relação as ações/programas apresentados, 78 nenhum oferece suporte a EaD. Não houve resposta relativa ao recurso tecnológico utilizado pelos programas/ações da SEESP que se relaciona diretamente com a EaD. Dentro da SETEC, foram identificadas 4 ações/programas, mas nenhuma apresentou relação direta com a EaD. Apenas 1 programa se relaciona indiretamente, na busca pela expansão de matrículas no ensino médio integrado a educação profissionalizante, incluindo a modalidade a distância e ,portanto, as outras 3 ações/programas não se relacionam com a EaD. Como nenhuma política pública que se relacione com a EaD foi apresentada e, das ações/programas da SETEC apresentados nenhuma se relaciona diretamente com a EaD, não foi enviado o questionário a nenhum gestor relativo a ações/programas desta secretaria. Na SESU, das 5 ações/programas apresentados, nenhuma ação/programa utiliza a EaD como opção dentro de suas atribuições, 3 se relacionam indiretamente com a EaD, na busca pelo acesso, ampliação e permanência na educação superior, no apoio as políticas públicas de inclusão social e na oferta de bolsas de estudos integral e parcial a estudantes das modalidades presencial e a distância, e 2 ações/programas apresentados não se relacionam com a EaD. Como nenhuma política pública que se relacione com a EaD foi apresentada e, das ações/programas da SESU apresentadas nenhuma se relaciona diretamente com a EaD, não foi enviado o questionário a nenhum gestor relativo a ações/programas desta secretaria. Diante de todas as informações que foram apresentadas nesta pesquisa, a importância da EaD dentro do governo Lula pode ser observada na utilização prioritária desta modalidade de ensino nas estratégias para a formação e capacitação de professores e na ampliação de vagas no ensino superior, com Ações/Programas que foram classificados nesta pesquisa com relação direta a EaD, atendendo assim aos objetivos do primeiro e segundo mandato do Governo Lula. No primeiro mandato, a referência central do Governo Lula no campo da educação foi o documento “Uma Escola do Tamanho do Brasil”, que tratava a EaD como uma alternativa indispensável para atingir aos objetivos do governo, desde que interagindo com outras ações existentes e não apresentada em projetos isolados. De acordo com este documento, as propostas se pautaram 79 em busca da implantação imediata de programas de formação de professores para a educação básica, incorporando a EaD em suas estratégias e também buscando o aumento do número de vagas nas universidades públicas e a oferta dos cursos de educação continuada dos profissionais em serviço. No segundo mandato a referência para o campo da educação foi o documento “Programa Setorial de Educação”, que dentre outros trata da profissionalização dos educadores e sinaliza para a articulação do sistema Universidade Aberta do Brasil com o Sistema Nacional de Formação de Professores. A ênfase na EaD diante das estratégias de formação de professores, aconteceu diante da possibilidade das vantagens significativas desta modalidade de ensino, como a contribuição rapidamente para a falta de qualificação dos professores, pois de acordo com Oliveira (2008) os custos de cursos oferecidos em EaD e bem menor do que os dos cursos tradicionais, e a ampliação ao acesso ao ensino superior. De acordo com Freitas (2002), essa ampliação do ensino superior está fortemente ligada às políticas de formação docente nos anos 2000 e articuladas com a reestruturação interna das universidades. Quanto aos recursos tecnológicos, diante de tantas possiblidades tecnológicas lançadas periodicamente, como Ipads, televisões digitais, telefones com internet e televisão, entre outros, percebeu-se que os programas/ações que utilizam a EaD ainda limitam-se ao computador e a internet,pois estes 2 recursos foram os mais lembrados, durante a investigação dos recursos tecnológicos usados em EaD, mostrando com isso que as apesar da evolução rápida dos recursos tecnológicos e a possibilidade de benefícios que essas evoluções pode trazer para a educação a sociedade, a absorção dessas inovações não são tão rápidas assim, e para que exista uma aproximação desses recursos a educação e a sociedade faz-se necessário a construção de mais políticas públicas que sejam eficaz no sentido de garantir acesso da população as inovações tecnológicas e também políticas públicas que utilizem esses recursos tecnológicos em favor da EaD para que assim seja implantado as melhorias necessárias para uma institucionalização da educação a distância no Brasil. 80 Diante das informações apresentadas, a posição que a EaD ocupou durante Governo Lula foi de alternativa no que se refere à possibilidade de expansão do ensino e racionalização de recursos, juntamente com o aumento do número de vagas nas instituições federais de ensino superior, tendo em vista as possibilidades que esta modalidade de ensino oferece, já apresentadas nesta pesquisa. A seguir a exposição das Ações/Programas que se relacionam direta e indiretamente com a EaD de acordo com as respectivas secretarias. Quadro 8 - Resumo das Ações/Programas das Secretarias do MEC: SEEB, SECAD e SEED que se relacionam diretamente e indiretamente com a EaD. Diretamente SEEB Indiretamente Programa Profuncionário Programa Escolas de Gestores de Educação Básica Programa Pradime Programa Proinfantil Diretamente SECAD Indiretamente Ação Governamental Caminhos do Direito de Aprender Programa Fundeb Programa Escola que Protege Programa Rede Nacional de Formação Continuada de Professores Ação Governamental Guia de Tecnologias Educação em Direitos Humanos Rede de Educação para a Diversidade Programa Gestar II Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Programa PróLetramento Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica SEED Diretamente Indiretamen te Portal Domínio Público E-Proinfo E-Tec Brasil Projeto DVD-Escola Programa Proinfantil Programa Banda Larga nas Escolas Programa Proinfo Integrado Programa Proinfo Programa Universidade Aberta do Brasil Programa Banco Internaciona l de Objetos Educacionai s Programa um Computador por Aluno Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Fonte: MEC/2011 Adaptado pela autora 81 Programa Projetor Proinfo Quadro 9- Resumo das Ações/Programas das Secretarias do MEC: SEESP, SETEC e SESU que se relacionam diretamente e indiretamente com a EaD. SEESP Diretamente Indiretamente Programa de Esta secretaria Formação não apresenta Continuada Ações/ de Programas Professores com esta na Educação característica Especial SETEC Diretamente Indiretamente Esta secretaria Programa Brasil não apresenta Profissionalizado Ações/ Programas com esta característica Esta Esta secretaria secretaria não apresenta não Ações/ Programas apresenta Ações/ com esta Programas característica com esta característica Esta Esta secretaria secretaria não apresenta Ações/ não apresenta Programas Ações/ com esta característica Programas com esta característica Fonte: MEC/2011 Esta secretaria não apresenta Ações/ Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/ Programas com esta característica Esta secretaria não apresenta Ações/Programas com esta característica SESU Diretamente Indiretamente Esta Programa de secretaria Apoio a Planos não de apresenta Reestruturação Ações/ e Expansão das Programas Universidades com esta Federais característica Esta Programa de secretaria Extensão não Universitária apresenta Ações/ Programas com esta característica Esta Programa secretaria Universidade não para Todos apresenta Ações/ Programas com esta característica Adaptado pela autora 82 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS Foram identificadas todas as Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais brasileiras que foram criadas ou já estavam em vigor no período do Governo Lula (2003-2010) dentro do MEC e separadas por suas respectivas secretarias: SEB, SECAD,SEED,SETEC,SEESP e SESU, cada secretaria com um foco diferente, mas unidas por um mesmo objetivo, garantir o acesso e a permanência de todos os brasileiros a educação, assim foi possível conhecer o que foi feito em relação as políticas públicas educacionais no Brasil, e também entender a relação destas políticas públicas com a EaD no período de 2003-2010. Com dezesseis ações/programas que se relacionam diretamente com a EaD e dezesseis ações/programas que se relacionam indiretamente percebese com isso que existe tanto o suporte a EaD, quanto a utilização da EaD de fato. Com esta constatação comprova-se que existe um interesse pela consolidação da EaD, pois o suporte é essencial para que esta modalidade de ensino possa acontecer satisfatoriamente. Dentre as secretarias, as 2 que mais apresentaram ações/programas que utilizam a EaD diretamente num total de 5 cada uma foram respectivamente: SEB e SEED, quanto a SEED já era de se esperar este resultado já que esta secretaria é voltada exclusivamente para a educação a distância, já a SEB foi a secretaria que apresentou um maior número de ações/programas num total de trinta e dois, mostrando com isso a preocupação do governo com o ensino básico, mas a relação dessas ações/programas com a EaD ainda é muito pequena, dividindo entre ações/programas que utilizam a EaD diretamente e outras que dão suporte a EaD, e que utilizam somente do computador como recurso tecnológico nos cursos oferecidos. Mas a maioria das ações/programas da SEB apresentadas nesta pesquisa não possui relação com a EAD. São ações/programas que buscam atender a necessidade da SEB de garantir acesso a educação básica a todos os brasileiros, mas que não utilizam a EaD como uma possibilidade para atender a estes objetivos. 83 Dentre as secretarias que apresentaram ações/programas que se relacionam diretamente com a EaD, a SECAD e a SEESP foram as secretarias que apresentaram um menor índice de ações/programas que se relacionam com a EaD, respectivamente: 13,04% e 12,5%, e não apresentam ações/programas de suporte a EAD, já que não foi classificado nenhuma ação/programa que se relaciona indiretamente com a EaD, e de acordo com os questionários devolvidos corretamente respondidos relacionados as ações/programas da SECAD, a dificuldade enfrentada frente aos recursos tecnológicos utilizados é a falta de treinamento para a utilização dos equipamentos devido a falta de pessoal especializado, dificuldade que poderia ser sanada com o apoio de políticas públicas que se relacionam indiretamente com a EaD, já que estas políticas servem de suporte a EaD. Quanto a SETEC e a SESU foram as duas secretarias que apresentaram um menor número de ações/programas e nenhuma das duas secretarias apresentaram ações/programas que se relacionam diretamente com a EaD, mas apresentaram ações/programas de suporte para que EaD aconteça, ou seja , com o suporte já existente é mais fácil que as políticas públicas que utilizam a EaD diretamente aconteçam. No que se refere à educação básica, o Governo Lula pode ser reconhecido como aquele em que as deficiências do ensino básico entraram nas pautas das Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais, relacionando a EaD a esta fase de ensino, já que de acordo com informações mostradas nesta pesquisa a Secretaria de Educação Básica (SEB) que é responsável por esta fase do ensino, foi a secretaria que mais apresentou Ações/Programas que utilizam a EaD diretamente, e como resultados obtevese o aumento da escolarização e a diminuição do analfabetismo. Em relação ao acesso à educação do ensino superior houve um avanço significativo, com Programas como a Universidade Aberta do Brasil (UAB) que utiliza a EaD na educação superior a distância. Já o ensino técnico contou com iniciativas como o programa o E-Tec Brasil, que utiliza a EaD para a formação de cidadãos, mesmo que vivam em regiões de difícil acesso, buscando com isso a aproximação da democratização de oferta do ensino técnico público e gratuito através de formação profissional a distância. 84 De acordo com as informações apresentadas ao longo desta dissertação, pode-se concluir que os objetivo geral desta dissertação foi atingido, pois pode-se perceber através dos dados mostrados que no decorrer dos 2 mandatos do presidente Lula houve iniciativas importantes do ponto de vista de Ações/Programas de educação no sentido de aproximar a EaD a sociedade, respeitando as diferenças regionais e culturais existentes em um país com as dimensões do Brasil. 85 6 CONSIDERAÇÔES FINAIS Atendendo ao objetivo geral desta dissertação, que foi verificar se houve importância da EaD no Governo Lula, o que foi percebido é que após o Governo de Fernando Henrique Cardoso e os impactos do neoliberalismo, o Brasil enfrentou 2 mandatos do Governo Lula, que caracterizou-se pela busca da ampliação da rede pública de ensino e a formação de professores, e para atingir estes objetivos utilizou a EaD com todas as suas vantagens já apresentadas, como aliada na busca por resultados satisfatórios. Houve iniciativas importantes do ponto de vista de Ações/Programas de educação no sentido de aproximar a EaD a sociedade, respeitando as diferenças regionais e culturais existentes em um país com as dimensões do Brasil. Estas considerações só foram possíveis de serem feitas após a execução das etapas de levantamento das políticas públicas educacionais do Governo Lula, bem como a avaliação da relação dessas políticas com a EaD, atendendo assim aos objetivos específicos Cumprindo os objetivos específicos de oferecer subsídios para o entendimento das políticas públicas educacionais brasileiras desenvolvidas no Governo Lula e da relação dessas políticas com a EaD e com os recursos tecnológicos, chegou-se as seguintes conclusões, que é importante ressaltar a integração das tecnologias, de forma que os recursos sejam utilizados para o desenvolvimento de habilidades e formação integral do ser humano, independente se no aspecto presencial ou à distância. Na implementação da EaD na Universidade Pública, deve-se ter em mente a formação da cidadania e a busca da igualdade de oportunidades entre as diversas camadas sociais evitando-se, assim, a predominância da lógica do mercado. Para isso, o investimento governamental é fundamental e a busca de parcerias se torna importante, visto que ainda é pequeno o número de pessoas que possuem acesso às atuais tecnologias disponíveis no campo da educação. No aspecto pedagógico é importante uma ampla discussão, que vise a adequação das tecnologias às metodologias, propiciando a integração alunoprofessor, com destaque ao primeiro. 86 Mesmo com todas as Ações/Programas/Políticas Públicas apresentadas, o país ainda precisa percorrer um longo caminho em busca de um sistema de ensino de EAD que atenda a todas as necessidades da educação e da sociedade brasileira, a EaD deve ser utilizada como uma ferramenta para elevar o nível educacional da população brasileira. Para que isso ocorra, não se pode limitar a sua utilização no campo do conhecimento, sendo de fundamental importância a observação dos fatores humanos e de cidadania, sem os quais não serão efetuadas transformações em nossa sociedade. O que foi percebido também é que as formulações das Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais não pode ser baseados e criados com soluções fragmentadas, dissociadas da realidade, sem considerar o público para o qual se destinam suas necessidades, suas expectativas, suas potencialidades, bem como a produção de Ações/Programas/Políticas Públicas educacionais de forma dissociada das reais condições de aprendizagem. A EaD não deve ser considerada como solução para os problemas educacionais do país, deve ser lembrada como um processo aliado na democratização do ensino que pode ocorrer em tempos e espaços distintos, porém vinculados a contextos e situações específicas e de acordo com as suas características, que segundo Morin (2006) são de utilizar tecnologias interconectadas e com isso apresentam flexibilidade de acesso junto com a possibilidade de interação. Democratização não seria apenas o aumento quantitativo das vagas, mas também a diversificação dos cursos oferecidos, visto que democratizar significa também diversificar e não apenas aumentar a quantidade de vagas dos mesmos cursos. sendo assim a EaD deve ser lembrada como uma opção a longo prazo para minimização dos problemas educacionais do país. Ainda de acordo com Morin (2006) dentre as vantagens da EaD que podem ser usadas para a minimização dos problemas educacionais estão na possibilidade de que aliada a tecnologias flexibiliza o acesso com possibilidade de interação e participação, também mostra a importância da organização, do planejamento e da importância do bom material pedagógico que deve ser fácil de entender para favorecer o aprendizado do aluno, pois na EaD o professor não precisa assumir só o papel de transmissor de informação, e sim aliar este 87 papel com o de mediador e contextualizador, pois a maior parte do tempo o professor passará mais a acompanhar, gerenciar, supervisionar e avaliar o que está acontecendo ao longo do curso. A importância do equilíbrio entre as atividades individuais e colaborativas devem ser lembrado, sem ter a necessidade de alunos e professores estarem no mesmo lugar e tempo. Para que estas vantagens apresentadas pela EaD realmente possam ser aproximadas para a utilização da sociedade percebeu-se que o apoio das políticas públicas educacionais é fundamental para garantir acesso, funcionamento e organização e percebeu-se também que este apoio não pode estar restrito a partidos políticos, já que estes tem papel fundamental na implementação de políticas públicas, e sim a resultados alcançados, pois não justifica a extinção de políticas públicas com resultados satisfatórios, porque a gestão partidária foi mudada, pois mesmo assim o legado político deixado por governos anteriores vai estar presente na sociedade, portanto deve ser levado em conta o aperfeiçoamento de políticas públicas com resultados positivos, independente de partidos políticos. Enfim, esta pesquisa é finalizada na expectativa de que possa servir de base para reflexões e debates em prol das políticas públicas educacionais e a educação a distância, visto que a educação é transformadora e tem a capacidade de conduzir um país num caminho mais justo, sólido e digno. Para pesquisas futuras recomenda-se um estudo complementar sobre a EaD e as políticas públicas a estender-se pelo governo da presidente da república Dilma Roussef, substituta do presidente Lula, buscando verificar a continuidade e abrangências das políticas públicas citadas nesta pesquisa, já que com a posse da presidente Dilma Roussef não houve troca de partido político, pois a referida presidente também se encontra filiada ao partido dos trabalhadores (PT), assim como o ex-presidente da república Lula. A segunda recomendação é verificar a situação da EaD após a extinção da SEED, já que esta era a secretaria do ministério da educação que tratava exclusivamente de assuntos relacionados à EaD, fato ocorrido no primeiro ano do mandato da presidente Dilma Roussef. Com o objetivo de verificar se houve uma evolução ou um retrocesso da EaD no cenário políticas públicas 88 brasileiras relacionadas a educação. Outra recomendação é estender este estudo ao corpo discente que participa das políticas públicas apresentadas na pesquisa com o objetivo de verificar como a EaD tem influenciado a vida escolar desses alunos. 89 REFERÊNCIAS ANUÁRIO BRASILEIRO ESTATÍSTICO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA (ABRAEAD). Clipping 2008. São Paulo. 2008. Disponível em: <http://www.abraead.com.br/clipping2008.html> Acesso em 15 Abr. 2011. BABBIE, Earl R. Métodos de Pesquisas de Survey. Belo Horizonte: UFMG, 1999. BAKER, D. Inequality Across Societies: families, schools and persisting stratification. 1st et. 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O tempo necessário para preenchimento é de aproximadamente 10 minutos. Caso tenha alguma dúvida, por favor, entre em contato comigo (31) 8697-5877. Desde já, agradeço pela atenção e colaboração. Atenciosamente Sabrina Ferreira de Aguiar 98 Apêndice B – Questionário enviado aos gestores 1. Qual o tempo de sua experiência com a educação a distância? ( ) -1 ano ( ) - 2-5 anos ( ) - 6-9 anos ( ) - 10 anos ou mais 2. Avalie de 1-5, de acordo com a sua opinião, as vantagens da educação a distância para o programa (nome do Programa) com X a sua resposta. Opções Concordo Plenamente Acesso a regiões 5 mais afastadas das grandes cidades Flexibilidade de local 5 e horário Oportunidade de 5 influenciar mudança na área educacional Menor custo por 5 estudante Proporciona maior 5 interação professoraluno. Concordo Neutro Discordo 4 3 2 Discordo Plenamente 1 4 3 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1 3. Avalie de 1-5, de acordo com a sua opinião, as dificuldades de implantação do programa (nome do Programa) ? com X a sua resposta. Opções Concordo Concordo Neutro Plenamente Local adequado para a 5 4 3 implantação do programa Falta de recursos 5 4 3 financeiros Falta de recursos 5 4 3 humanos especializados Falta de suporte técnico 5 4 3 Falta de Recursos 5 4 3 tecnológicos Falta de divulgação do 5 4 3 programa Discordo 2 Discordo Plenamente 1 2 1 2 1 2 2 1 1 2 1 99 4. Quais os recursos tecnológicos são utilizados no programa (nome do Programa)? ( ) - Computador e Internet ( ) - Televisão ( ) - Rádio ( ) - Projetor ( ) - DVD ( ) - TV a cabo ( ) - Todos 5. Como os recursos tecnológicos foram adquiridos? ( ) - Através de outros programas do governo federal, estadual ou municipal. ( ) - Através de parcerias privadas. ( ) - Através de recursos do governo federal, estadual ou municipal. () - Outros. Qual?________________________________________________ 6. Quais as dificuldades enfrentadas quanto ao recurso(s) tecnológico(s) usado? ( ) - Falta de Pessoal Especializado. ( ) - Falta de Treinamento para a utilização dos recursos. ( ) - Recurso tecnológico recebido com defeito. ( ) - Dificuldades para a conservação e manutenção desses recursos tecnológicos. ( ) - Outros. Qual? ________________________________________________ 7. A utilização dos recursos está sendo favorável ao programa (nome do Programa)? ( ) - Sim ( ) - Não 8. A utilização da educação a distância está sendo favorável ao programa (nome do Programa)? ( ) - Sim ( ) - Não 9. Quais as suas expectativas futuras para o programa (nome do Programa)? 100 10. Em sua opinião, o que falta para a educação a distância ocupar um espaço maior nas políticas públicas brasileiras? 101 Apêndice C – E-mail de Agradecimento Prezado Gestor(a). XXXX, Gostaria de agradecer pela colaboração e atenção dispensada ao responder o questionário de minha pesquisa sobre Políticas Públicas Educacionais do Governo Lula e a EAD. Sua opinião é de grande valia para minha pesquisa. Atenciosamente, Sabrina Ferreira de Aguiar [email protected] (31) 8697-5877 102