Folha do
Rio Vermelho
O JORNAL OFICIAL DO BAIRRO DO RIO VERMELHO
Nº 11 - JUNHO 2010
PUBLICAÇÃO EDITADA PELA CENTRAL DAS ENTIDADES DO RIO VERMELHO
Urbanista desinformado provocou a paralisação
das obras do Memorial Caramuru
Mesmo com todas as autorizações legalmente concedidas, após tramitação dos respectivos processos administrativos, pelo ETELF, IPHAN, SPU e SUCOM, as obras do Memorial Caramuru foram embargadas, pois um urbanista
repassou informações infundadas que confundiram o juiz da 13ª Vara da Justiça Federal. Páginas 4 e 5.
Cresce a campanha contra a mutilação
do Rio Vermelho, que ganhou novas e
importantes adesões
O vereador Pedro Godinho (foto), líder do Prefeito na
Câmara Municipal, o Instituto Genealógico da Bahia
e a Associação dos Permissionários do Ceasa do Rio
Vermelho, engrossaram a lista das pessoas físicas e
jurídicas que solicitaram ao prefeito João Henrique
Carneiro a manutenção dos limites históricos do Rio
Vermelho. Página 12.
Rio Vermelho não quer
o ‘carnaval azul’.
Página 3
Caballeros de Santiago
empossou dirigentes
para o triênio
2010-2013.
Página 9
Nelson Taboada apela pela manutenção dos limites de 1986
“Senhor Prefeito, não deixe
que a Cartilha dos Logradouros do Rio Vermelho seja jogada na lata do lixo”, é o título
do artigo que Nelson Taboada (foto), presidente da Casa
de Cultura Carolina, escreveu
pedindo pela preservação dos
limites históricos do Rio Vermelho, conforme delimitação
de 1986. Página 12.
A história da
Artemapas.
Página 10
Personalidades do Rio
Vermelho receberam
diplomas do Instituto
Genealógico da Bahia
e do Instituto
Geográfico e Histórico
da Bahia.
Páginas 6 e 7
Central entregou à
Fundação Mário Leal
Ferreira um dossiê contra a
mutilação do Rio Vermelho
No dia 19 de maio, o presidente Clóvis Bezerril, da Central das Entidades do Rio Vermelho, esteve na Fundação
Mário Leal Ferreira para proceder a entrega de um memorial descritivo, fartamente documentado por nove
relatórios anexos, contra a mutilação do Rio Vermelho.
Na foto o instante em que a presidente da FMLF, Vilma
Emília Gomes Barbosa Lage, recebia o documento, tendo
à direita o assessor-chefe da FMLF, Armando Carneiro da
Rocha Neto. Página 3.
Folha do
Rio Vermelho
JUNHO 2010
Central das Entidades do Rio Vermelho
A REPRESENTAÇÃO MÁXIMA DO RIO VERMELHO - FUNDADA EM 8 DE MAIO DE 2004
A UNIÃO QUE FAZ A FORÇA
Presidente: Clóvis Cavalcanti Bezerril - Vice-Presidente: Roberto Farias de Menezes - Diretor Administrativo-Financeiro: Ubaldo Marques Porto Filho - Diretor de Relações Comunitárias: Nelson
Hanaque Esquivel. Conselho Fiscal: Ítalo Dattoli, Layrtton Chaves Borges, Antonio Carlos Ferreira
Freire, Antonino Oliveira Viana, Eduardo Ávila de Oliveira e Roberto Falcão de Almeida Souza.
ACADEMIA DOS IMORTAIS DO
RIO VERMELHO (ACIRV)
Presidente
Ubaldo Marques Porto Filho
Vice-Presidente
Luciano José Costa Figueiredo
Diretor Administrativo Financeiro
Roberto Farias de Menezes
Diretor Cultural
Clóvis Cavalcanti Bezerril
Diretor Social
Nelson Hanaque Esquivel
Conselho Fiscal
Márcio Santos Souza
Flávio Damásio de Paula
Hélio José Bastos Carneiro de Campos
Eduardo Ávila de Oliveira
Roberto Falcão de Almeida Souza
Gildásio Vieira de Freitas
CASA DE CULTURA
CAROLINA TABOADA
Presidente
Nelson Almeida Taboada
Vice-Presidente
Cláudio Pinheiro Taboada
Diretor Administrativo-Financeiro
Jaguaraci Xavier Araújo
Diretor Cultural
Ubaldo Marques Porto Filho
Conselho Fiscal
José Guido Grimaldi
Luiz Clóvis Santos Pereira
Maria Flávia Pinheiro Taboada
Clóvis Cavalcanti Bezerril
Roberto Farias de Menezes
Roberto Pinheiro Taboada
ASSOCIAÇÃO CULTURAL HISPANO-GALEGA
CABALLEROS DE SANTIAGO
Presidente
Santiago Coelho Rodríguez Campo
1º Vice-Presidente
José Luis Garrido Hermida
2º Vice-Presidente
Laureano Ventin Corujeira
1º Secretária
Ana Maria Casqueiro Andrés
2º Secretário
Carlos Alberto Macedo Barral
1º Tesoureiro
José Antonio Barcia Arruti
2º Tesoureiro
Manuel Miguez Garcia
1º Diretor Cultural e Artístico
Carlos Lorenzo Leiro
2º Diretor Cultural e Artístico
Tomaz Puga Lopez
1º Diretor de Patrimônio
Francisco Javier Piñeiro Garrido
2º Diretor de Patrimônio
José Rivas Rodríguez
Diretor Administrativo
Francisco Ramón Martinez Cuevas
Diretor Institucional
Nelson Almeida Taboada
Diretor Acadêmico
Antônio Carlos Sanches Cardoso
Diretor de Planejamento e Marketing
Ticiano Luis Quintella Cortizo
Diretora para Mulher, Juventude e 3ª Idade
Maria de Fatima Lorenzo Figueiredo
Comissão Fiscal
Fermin Soto Lopez
Gumersindo Rios Castro
José Fernandes Barreiro
Comissão de Sindicância
Joaquim Martinez Bouzon
José Teodosio Regueira
Miguel Joaquim Parada Hermida
Assessores Culturais
Fernando Antônio Castro Barreiro
José Perez Sanchez
Luiz Fernando Pereira Bernardez
Rodolfo Buonavita Baqueiro Barros
Assessores Acadêmicos
Fernando Cabus Oitaven
Marlene Campos Peso de Aguiar
Assessores Correspondentes com a Espanha
Arthur Gerardo Rios Machado
José Faro Rua
Severino Piñeiro Vidal
Victor Fernando Ollero Ventin
Sede: Rua Borges dos Reis 46, Rio Vermelho Ed. Rio Vermelho Boulevard, Sala 105
Salvador - Bahia. Cep 41950-600 - E-mail: [email protected]
PARÓQUIA DE SANT’ANA
DO RIO VERMELHO
Pároco
Padre Ângelo Magno Carmo Lopes
Associação Brasileira
de Agências de Viagens
da Bahia - Abav
Presidente
Pedro Galvão
1º Vice-Presidente
Rogério Pereira
2º Vive-Presidente
Armando Sampaio
1º Secretário
Sandra Trigo
2º Secretário
Goretti Alencar
1º Tesoureiro
Brasil Washington
2º Tesoureiro
Manoel Sampaio
Diretor Social
Vitor Lobo
Conselho Fiscal
Giorgio Monnet
Margareth Carvalho
Virgínia Loiola
CONSELHO PAROQUIAL DO
RIO VERMELHO (CONPARV)
Presidente
Pe. Ângelo Magno Carmo Lopes
Coordenador Administrativo-Financeiro
Ítalo Dattoli
Coordenador Litúrgico
Miguel Dratovsky Júnior
Coordenador de Ação Social
Dercy Souza Datolli
Coordenador de Eventos
Eny Alves Braga Duran
Coordenador de Relações Comunitárias
Ubaldo Marques Porto Filho
Coordenador Jurídico
Raul Affonso Nogueira Chaves Filho
Coordenador de Comunicação
Rosana Ramos Araújo
Conselho Fiscal
Antonino Oliveira Viana
Antônio Lobo Leite Filho
Alyrio João Damasceno
Elisabete Palácio
Anna Maria Alves
Aurora Maria Nascimento Gomes
COLÔNIA DE PESCA Z-1
Presidente
Marcos Antônio Chaves dos Santos Souza
Vice-Presidente
Nilo Silva Garrido
Secretário
Hélcio Santos da Silveira
Tesoureiro
Silvano Neves de Jesus
Suplentes
André Lopes Gomes
Edson Nascimento Bomfim
Conselho Fiscal
Geraldo Oliveira da Ressurreição
Samuel Santos Boa Morte
Francisco Xavier dos Reis
Walter Reis de Freitas Júnior
Rui Augusto da Ressurreição
Augusto Conceição de Melo
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA
CARAMURU (ASCAR)
Presidente
Ítalo Dattoli
Vice-Presidente
Antônio Lobo Leite Filho
Diretor Administrativo-Financeiro
Antonino Oliveira Viana
Diretor de Relações Comunitárias
Alyrio João Damasceno
Diretor de Comunicação Social
Rosana Ramos Araújo
Conselho Fiscal
Ubaldo Marques Porto Filho
Elisabete Palácio
Vanilde Araújo Souza
Luciano Souza Santos
Eduardo Ávila de Oliveira
Luiz Fernando de Castro Monteiro
ASSOCIAÇÃO YEMANJÁ DO RIO VERMELHO
Presidente
Mário Augusto Oliveira Barreto (Mário da Moto)
Vice-Presidente
Jorge Amorim (Azul)
Diretor Executivo
Sydney Gomes de Rezende
Diretor Administrativo-Financeiro
Luiz Carlos Flores Ramos
Diretor do Presente Principal
Joaquim Manoel dos Santos (Manteiga)
Diretor da Festa de Yemanjá
Gilson Alves dos Santos (Comprido)
Conselho Fiscal
Valdimiro Soares Zoanny (Vavá)
Walter Reis de Freitas Júnior
Ubaldo Marques Porto Filho
Henrique Bispo da Silva
Januário Moreira dos Santos (Januba)
Norberto Manoel de Souza (De Pano)
CONSELHO DE CULTURA E TURISMO
DO RIO VERMELHO (CONTURV)
Presidente
Ubaldo Marques Porto Filho
Vice-Presidente
Sydney Gomes de Rezende
Diretor Administrativo-Financeiro
Layrtton Chaves Borges
Diretor de Cultura
Eduardo Ávila de Oliveira
Diretor de Turismo
Antônio Carlos Ferreira Freire
Conselho Fiscal
Edgar Viana Filho
Ângelo Magno Carmo Lopes
Santiago Coelho Rodriguez Campo
Rita de Cássia Santos Souza
Eulírio Menezes
Gildásio Vieira de Freitas
Rio Vermelho
Folha do
JORNAL OFICIAL DO BAIRRO DO RIO VERMELHO
ASSOCIAÇÃO DOS PERMISSIONÁRIOS
DO MERCADO DO RIO VERMELHO
Presidente
Eduardo Bomfim de Jesus
Vice-Presidente
José Batista dos Santos
Secretário Geral
Deijanira da Silva Santos
Tesoureiro
Antônio Nunes Fonseca
Diretor de Eventos
José Batista dos Santos Júnior
Conselho Fiscal
Alex Nunes Santos
Firmino Rocha Neto
Taiana Ferreira dos Santos
AssociaçãoCulturalHispano-GalegaCaballerosdeSantiago
2
ASSOCIAÇÃO DOS PERMISSIONÁRIOS DO MERCADO DO RIO VERMELHO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE VIAGENS DA BAHIA - ABAV
ASSOCIAÇÃO DOS PERMISSIONÁRIOS DO CEASA DO RIO VERMELHO
CONSELHO DE CULTURA E TURISMO DO RIO VERMELHO – CONTURV
ACADEMIA DOS IMORTAIS DO RIO VERMELHO – ACIRV
CONSELHO PAROQUIAL DO RIO VERMELHO-CONPARV
ASSOCIAÇÃO CULTURAL CABALLEROS DE SANTIAGO
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA CARAMURU – ASCAR
PARÓQUIA DE SANT’ANA DO RIO VERMELHO
ASSOCIAÇÃO YEMANJÁ DO RIO VERMELHO
CASA DE CULTURA CAROLINA TABOADA
COLÔNIA DE PESCA Z-1
Jornal Editado pela Central das Entidades do Rio Vermelho
E-mail: [email protected]
As edições anteriores podem ser lidas no site:
www.casataboada.com.br
Redação
Rua Borges dos Reis 46, Rio Vermelho
Ed. Rio Vermelho Boulevard, Sala 105
Salvador - Bahia. Cep 41950-600
Processamento de Dados
Ubaldo Marques Porto Neto
Projeto Gráfico - José Carlos Baião
Editoração Eletrônica - Artemapas Ilustrações
www.artemapas.com.br
Impressão - Press Color
www.presscolor.com.br
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JUNHO 2010
Folha do
Rio Vermelho
A representação máxima do Rio Vermelho completou
seis anos de atividades
Objetivos
Com a missão de se constituir na promotora da união entre as entidades
mais expressivas do Rio Vermelho, e para tornar a representatividade do bairro muito mais forte, no dia 8 de maio de 2004 foi celebrada a fundação da
Central das Entidades do Rio Vermelho. O primeiro presidente foi o padre
Ângelo Magno Carmo Lopes, pároco do Rio Vermelho, que comandou a Central durante quatro anos (2004-2008). No dia 8 de maio de 2008 assumiu o
segundo presidente, Clóvis Cavalcanti Bezerril.
No transcurso dos seus seis anos de vida, completados no dia 8 do mês
passado, a Central das Entidades conseguiu intermediar dezenas de benefícios para o Rio Vermelho. No momento enfrenta dois grandes desafios: anular a tentativa dos técnicos que teimam em reduzir o território do bairro, com
a transferência para bairros vizinhos, sem qualquer fundamento histórico,
de setores que sempre pertenceram ao Rio Vermelho. O outro consiste em
demonstrar a legalidade e a importância das obras do Memorial Caramuru.
Padre Ângelo, o presidente fundador,
com quatro entidades.
Clóvis Bezerril, atual presidente, com
doze entidades filiadas.
Exonerado
o administrador regional
O Diário Oficial do Município publicou, na página 6 da edição de 8/10 de maio, a exoneração e
a nomeação do novo administrador da Região Administrativa VII, onde o Rio Vermelho se encontra
incluído.
Ao tempo em que parabeniza o prefeito João
Henrique pela substituição, a Central das Entidades do Rio Vermelho dá as boas-vindas à administradora Eliana Moraes Lima Mascarenhas.
A Central também deseja o restabelecimento do
canal da parceria entre a administração regional
e as principais entidades do nosso bairro. Espera
que os entendimentos mútuos, o diálogo franco
e a imparcialidade das ações, sem discriminações,
sejam valorizados pela gestora recém-empossada
no Siga-VII, atual designação da antiga AR-VII.
Os compromissos básicos da Central das Entidades
do Rio Vermelho, na missão de ser a representação
máxima dos interesses das principais entidades representativas do bairro, são os seguintes, conforme preceitua o Artigo 3º do Estatuto:
a) Articular a união entre as entidades sediadas no Rio Vermelho;
b) Canalizar os encaminhamentos que as entidades julguem que devam ser através da representação superior do bairro;
c) Representar as entidades junto aos órgãos federais, estaduais,
municipais e privados, toda vez que for necessária uma ação conjunta que vise os interesses da coletividade;
d) Promover os encaminhamentos jurídicos necessários à defesa dos interesses do bairro do Rio Vermelho;
e) Editar e manter a Folha do Rio Vermelho como jornal porta-voz
oficial do bairro, podendo, para o custeio da sua produção, comercializar espaços publicitários e emitir notas fiscais visando efetuar os
recebimentos dos respectivos valores;
f) Administrar bens que forem repassados à Central por contrato de
comodato ou outros instrumentos legais;
g) Apoiar ou participar de parcerias na promoção, dentro do bairro
do Rio Vermelho, de eventos artísticos, culturais, literários, históricos,
religiosos, populares, educativos, esportivos e de outras naturezas.
h) Outorgar diplomas, comendas, medalhas, troféus e outras honrarias
para homenagear pessoas jurídicas ou físicas, que tenham prestado
relevantes serviços ao bairro ou contribuído com importantes empreendimentos no Rio Vermelho.
O Rio Vermelho não quer
o ‘carnaval azul’
Em reunião extraordinária, convocada para analisar a questão do embargo das
obras do Memorial Caramuru, a Central das Entidades do Rio Vermelho também
analisou a possibilidade do Rio Vermelho servir de palco para um denominado ‘carnaval azul’, que estaria sendo programado para o período da próxima alta-estação
turística, entre dezembro e março.
Segundo as notícias correntes, o ‘carnaval azul’ seria um conjunto de shows inspirados nos carnavais do passado, tendo como centro da folia o espaço formado pelo
Largo da Mariquita e Praça Caramuru. Nesse último logradouro é onde se encontra o
novo Mercado Municipal, com obras em fase de acabamento e inauguração prevista
para o início de julho.
A notícia preocupou imediatamente diversas entidades filiadas à Central das Entidades, pois além das conseqüências na questão da segurança pública, irá gerar uma
série de novos transtornos na vida do bairro, que já sofre diariamente com um trânsito caótico e os congestionamentos em todo o sistema viário da sua orla marítima.
O ‘carnaval azul’ também preocupou a Associação dos Permissionários do Mercado do Rio Vermelho, pois terá,
fatalmente, reflexos negativos nas
atividades do novo mercado. Como resultado das consultas
e do desejo generalizado das entidades, a Central decidiu por encaminhar aos órgãos municipais,
especialmente à Saltur, Sesp e
Sucom, um memorial fundamentando as razões e solicitando
que não seja dada nenhuma autorização para qualquer tipo de
evento carnavalesco ou shows
Dirigentes de entidades filiadas à Central na reunião
em áreas públicas do Rio Verque desaprovou shows que gerem transtornos para
o Rio Vermelho.
melho.
3
Folha do
Rio Vermelho
JUNHO 2010
Urbanista fornece informações infundadas e juiz
federal embarga as obras do Memorial Caramuru
No dia 6 de maio a Prefeitura foi surpreendida com o embargo, pela Justiça Federal, da
construção do Centro de Artesanato, um dos componentes do Memorial Caramuru, que
já se encontrava com as obras bastante adiantadas.
Justiça Federal embarga obra
Tribuna da Bahia, 07.05.2010
A Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Prevenção à
Violência (Sesp), mesmo com autorização do Iphan, alvará da
Sucom e licença do Patrimônio da União, foi surpreendida ontem com o embargo, por parte da Justiça Federal, da obra do
Centro de Artesanato, na Praça Caramuru.
A alegação seria pelo fato de que é proibida a construção
em areia da praia. Através da Procuradoria Jurídica do Município, a Prefeitura, que recebeu o prazo de dez dias para
demolir a obra, entrará com recurso da decisão junto à Justiça.
Mar de incertezas
Correio, 08.05.2010
O juiz Carlos D’Ávila foi alertado sobre a construção, supostamente irregular, pelo urbanista Luiz Antônio de Souza, professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), morador do
Rio Vermelho e membro da comissão de notáveis que emitiu
pareceres técnicos no processo judicial para a demolição das
barracas da Orla de Salvador, que também está sob a responsabilidade do mesmo juiz.
Em sua decisão, o juiz menciona que a construção afronta
as determinações judiciais no processo das barracas de praia,
que embargou todas as construções em área de marinha, ou
seja, até 33 metros a partir da linha da maré alta.
A decisão do embargo no Rio Vermelho foi tomada dentro do processo das barracas de praia, a ação civil pública de
número 2006.33.0001.6425-0.
“Nós não pedimos o embargo. Nós não temos poder de
fiscalização. Apenas informamos ao juiz que ali estava surgindo uma obra que contrariava a decisão judicial dele próprio,
de não se construir em área de marinha. Aquilo ali é área de
marinha”, argumenta o professor Luiz Antônio.
Barraco no mercado
Tribuna da Bahia, 08/09.05.2010
Arquiteto confunde centro de artesanato com barraca de
praia, denuncia à Justiça Federal e o juiz das barracas de praia
embarga a essencial obra de reforma do Mercado do Rio Vermelho.
---------------------- Para o engenheiro Raimundo Cerqueira, responsável pelo
conjunto da obra, “este embargo foi um equívoco de um arquiteto, o professor doutor Luiz Antônio de Souza, que encaminhou a solicitação ao juiz, alegando que se tratava de
uma barraca de praia”, lamentou o engenheiro, assinalando
que este projeto, de autoria da Fundação Mário Leal Ferreira,
foi aprovado amplamente antes do início das obras.
Cerqueira acredita que, desfeito o equívoco, o trabalho
possa prosseguir.
4
Na defesa do empreendimento de grande importância para o
Rio Vermelho, para a Cidade do Salvador e para a Bahia, a Central das Entidades do Rio Vermelho enviou ao juiz da 13ª Vara da
Justiça Federal, doutor Carlos D’Avila Teixeira, um oficio acompanhado de 13 anexos. Vide abaixo o teor da comunicação protocolada na 13ª Vara Federal, às 12h01do dia 10 de maio.
Meritíssimo Juiz,
Causou perplexidade à comunidade do bairro do Rio Vermelho e, por extensão, à própria Cidade do Salvador, a notícia do embargo, pela Justiça Federal, das obras do Centro de Artesanato,
um dos equipamentos previstos para o Memorial Caramuru, projetado para a Praça Caramuru, no
terreno acrescido de marinha situado no sítio da chegada de Diogo Álvares Corrêa, o Caramuru.
De acordo com o jornal Tribuna da Bahia (8/9.05.2010), o embargo teria sido motivado por
uma ação patrocinada pelo urbanista Luiz Antônio de Souza, ajuizada na 13ª Vara da Justiça
Federal, alegando que se tratava de uma barraca de praia. Foi um equívoco clamoroso por parte
do urbanista que se disse morador do Rio Vermelho, mas que na verdade não conhece o bairro em
que reside. Se conhecesse e tivesse participação no seu dia-a-dia, como o fazem inúmeros outros
moradores, ele não cometeria tamanho absurdo.
Se ao menos tivesse tido o cuidado de pesquisar ou de se informar corretamente, o urbanista
verificaria logo que não se tratava de nenhuma barraca de praia. Com certeza, verificaria que se
tratava de um Núcleo de Artesanato, integrante do Memorial Caramuru, idealizado para o resgate
da história e para o fomento do turismo histórico-cultural, centrado na figura do legendário Caramuru, um dos principais personagens da história brasileira no século XVI.
Ademais, também verificaria que o Núcleo de Artesanato não estava sendo construído na
faixa de areia, inexistente naquele trecho da Praça Caramuru. O Núcleo de Artesanato estava
sendo erguido há 34 metros da linha do mar, que no local não sofre influência direta da maré, pois
não há o habitual avanço da maré alta, pois se trata de um aterro e a borda é de pedras, como se
fosse um cais em patamar mais elevado.
Se o urbanista conhecesse de fato o Rio Vermelho e as atividades de suas entidades mais
representativas, não teria cometido o pecado de também colocar em dúvida a seriedade das
entidades apoiadoras e nem a importância do empreendimento. Teria verificado que envolvia
a participação direta de diversas entidades de responsabilidade inquestionável, que zelam pela
preservação dos aspectos históricos, culturais, artísticos, arquitetônicos e paisagísticos do bairro,
além de defender os interesses da sua coletividade e também os bens públicos.
O senhor urbanista teria ainda constatado que a Prefeitura havia tomado todos os cuidados
necessários e que as obras somente foram iniciadas após obtidas todas as autorizações e licenças
legais, a partir da aprovação da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), gestora dos bens da
União, dentre eles o Terreno Acrescido de Marinha, onde se localiza a Praça Caramuru, no Rio
Vermelho.
Para uma melhor compreensão dos fatos relacionados com a proposta do Memorial Caramuru, segue um dossiê cronológico do projeto idealizado pela comunidade cultural do Rio Vermelho, do qual participaram, como apoiadores e consultores, diversos historiadores, agentes
culturais, turismólogos, arquitetos, engenheiros, urbanistas, professores, administradores, economistas, advogados e os dirigentes das entidades formadoras da Central das Entidades do Rio
Vermelho, a representação máxima do Rio Vermelho.
Essa representação está constituída por onze entidades, a seguir identificadas, por ordem alfabética: Academia dos Imortais do Rio Vermelho (Acirv), Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (Abav), Associação Comunitária Caramuru (Ascar), Associação Cultural Caballeros
de Santiago, Associação dos Permissionários do Mercado do Rio Vermelho, Associação Yemanjá
do Rio Vermelho, Casa de Cultura Carolina Taboada, Colônia de Pesca Z-1, Conselho de Cultura e
Turismo do Rio Vermelho (Conturv), Conselho Paroquial do Rio Vermelho (Conparv) e Paróquia de
Sant’Ana do Rio Vermelho.
O dossiê, aprovado pela Central das Entidades do Rio Vermelho, encontra-se composto por 13
anexos, que detalham a fase final (2006-2009), quando o Memorial Caramuru foi exaustivamente
debatido, nos fóruns interno e externo, no bairro e com os órgãos públicos, inclusive com tramitação pela Câmara Municipal de Salvador:
Anexo 1
Proposta da Acirv para o Memorial Caramuru: 2006.
Proposta é levada à aprovação pela Secretaria do Patrimônio da União: 22.08.2007.
Anexo 2
Primeira reunião da Prefeitura com a Comunidade: 05.10.2007.
Anexo 3
Segunda reunião da Prefeitura com a Comunidade: 13.11.2007.
Anexo 4
Terceira reunião da Prefeitura com a Comunidade: 26.03.2008.
Anexo 5
Memorial Caramuru na Câmara Municipal: Fevereiro de 2009.
Anexo 6
Visita do Prefeito de Viana do Castelo: 17.03.2009.
Em sua estada em Salvador, o Prefeito da cidade portuguesa de Viana do Castelo, onde Diogo
Álvares Corrêa, o Caramuru, supostamente teria nascido, esteve na área programada para o Memorial Caramuru e pediu ao Prefeito João Henrique a sua implantação, para que possa ter papel
relevante num intercâmbio histórico-cultural entre as duas cidades.
Anexo 7
Prefeito de Salvador anuncia construção do Memorial Caramuru: 24.03.2009.
Anexo 8
Sessão Especial na Câmara Municipal: 18.06.2009.
Anexo 9
Aprovação Final pela Comunidade: 14.07.2009.
Anexo 10
Roteiro Turístico para Caramuru: Novembro 2009.
Anexo 11
Assinatura do Convênio da Parceria Prefeitura-Schincariol: 11.01.2010.
Anexo 12
Minuta do Regulamento da Praça Caramuru: 29.04.2010.
Anexo 13
Imprensa noticia embargo das obras: 07.05.2010/08.05.2010.
Em face dessa exposição de motivos, que fornece elementos para uma melhor formação de
juízo, e também confiante no elevado senso de justiça do Meritíssimo Senhor Juiz, a Central das
Entidades do Rio Vermelho espera que o embargo possa ser revertido e o Rio Vermelho contemplado com o Memorial Caramuru, um equipamento que trará grandes benefícios para Salvador,
com reflexos nacional e internacional. Trata-se da realização de um sonho que começou a ser
alimentado pela comunidade cultural a partir de 1987.
JUNHO 2010
Folha do
Rio Vermelho
Autorizações dos governos Federal, Estadual e Municipal
comprovam a legalidade das obras na Praça Caramuru
RESUMO CRONOLÓGICO DAS APROVAÇÕES
1. Parecer Técnico Nº 0228/09, emitido pelo Escritório Técnico de Licenciamento e
Fiscalização (ETELF), assinado em conjunto por técnicos do IPHAN (Governo Federal),
IPAC (Governo Estadual) e SUCOM (Governo Municipal), em 19 de agosto de 2009.
2. Ratificação do Parecer Técnico do ETELF pela Chefia da Divisão Técnica do IPHAN
na Bahia e aprovado pela Superintendência do IPHAN na Bahia, em 31 de agosto
de 2009.
3. Portaria Nº 038, da Superintendência do Patrimônio da União na Bahia (SPU), de
18 de setembro de 2009, publicada no Diário Oficial da União, em 15 de outubro
de 2009.
4. Alvará de Licença Nº 15465, emitido pela SUCOM, em 27 de novembro de 2009.
A AUTORIZAÇÃO DA SPU
(Órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão)
A Secretaria do Patrimônio da União (SPU), vinculada ao Ministério do Planeja-
mento, Orçamento e Gestão, é o órgão federal encarregado de administrar e autorizar
o uso dos bens imóveis em área de domínio da União, dentre eles os ‘terrenos de
marinha’ e os ‘terrenos acrescidos de marinha’.
Pela Superintendência da SPU na Bahia tramitou o Processo Administrativo Nº
04941.003239/2009-17, que resultou na Portaria Nº 38, de 18 de setembro de 2009,
assinado pela superintendente, doutora Ana Lúcia Vilas Boas, autorizando a execução
do Projeto Urbanístico de Requalificação da Praça Caramuru, no Rio Vermelho.
PROJETO É ANALISADO E APROVADO PELO ETELF
(Escritório Técnico Tripartite)
Ao receber para análise – enviado pela Fundação Mário Leal Ferreira, órgão técnico da Prefeitura de Salvador, que elaborou o Projeto de Requalificação Urbanística da Praça Caramuru,
contendo a construção do novo Mercado Municipal e do Memorial Caramuru, dentre outras
benfeitorias em todo o logradouro público –, a 7ª Superintendência Regional do IPHAN, com
sede na Bahia, abriu o Processo Nº 01502.00225/09-59 e enviou o respectivo projeto para
análise pelo Escritório Técnico de Licenciamento e Fiscalização (ETELF), que analisa a viabilidade
de intervenções urbanísticas nos núcleos históricos de Salvador. É integrado por técnicos das
três esferas governamentais:
1.
2.
3.
Governo Federal, representado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional.
Governo Estadual, representado pelo IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, vinculado à Secretaria de Cultura do Estado.
Governo Municipal, representado pela SUCOM – Superintendência de
Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município.
Em 19 de agosto de 2009, tendo como assunto a ‘Requalificação do Mercado Municipal
do Rio Vermelho e Memorial Caramuru’, o ETELF encaminhou ofício ao superintendente do
IPHAN na Bahia (7ª SP), assinado pelas arquitetas Rita Sacramento, Eduarlina A. de Amorim e
Eloá Elena Passos, que representam o IPHAN, o IPAC e a SUCOM, respectivamente, dando a
aprovação ao material analisado, após o cumprimento de alguns pequenos ajustes solicitados
pelo ETELF à Fundação Mário Leal Ferreira, representada pela responsável técnica do projeto,
arquiteta Telma Virgínia Pereira Brito. Eis o trecho final do Parecer Técnico Nº 0228/09:
Tendo sido solucionadas as pendências acima descritas, nada temos a opor quanto
à aprovação do empreendimento em questão, uma vez que o mesmo visa a requalificação e valorização de todo aquele núcleo urbano, que no momento se encontra
em mal estado de conservação. Assim, as obras de revitalização do Mercado e entorno, serão de grande benefício para o bairro do Rio Vermelho e adjacências.
A APROVAÇÃO FINAL DO PROJETO PELO IPHAN
E
IL
(Órgão do Ministério da Cultura)
ÍM
S
C-
FA
O LICENCIAMENTO PELA SUCOM
(Órgão da Prefeitura de Salvador)
Tendo em vista as autorizações do ETELF, IPHAN e SPU, a Superintendência de Controle e
Ordenamento do Uso do Solo do Município (SUCOM), expediu em 27 de novembro de 2009,
assinado pelo superintendente, doutor Cláudio Silva, o Alvará de Licença Nº 15465.
O Alvará foi para a execução, na Praça Caramuru, de Obras e Empreendimentos de Edificação, visando a Requalificação do Mercado Municipal do Rio Vermelho e a implantação do
Memorial Caramuru, com 101 vagas no estacionamento para veículos, sendo três para ônibus
de turismo.
A seguir, a reprodução, na íntegra, da Portaria Nº 38, publicada na Seção 7, Página
92, do Diário Oficial da União, Edição de 15 de outubro de 2009.
O
ÇÃ SECRETARIA DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO
U
D .U. SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL NA BAHIA
O
O
PR D.
E
PORTARIA Nº 38, DE 18 DE SETEMBRO DE 2009
R DO
A SUPERINTENDENTE DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO NA BAHIA, no
uso da competência que lhe foi atribuída pela Portaria SPU nº 385,
de 19 de maio de 2003, publicada no Diário Oficial da União de 20
de maio de 2003, Seção 2, página 26, e de conformidade com o disposto no art. 2º, inciso I, da Portaria nº 173, de 31/08/2009, publicada no DOU de 02/09/2009, Seção 2, página 46, e art. 1º da Portaria
nº 40, de 18 de março de 2009, publicada no DOU de 20/03/2009,
Seção página 43, ambas da Secretaria do Patrimônio da União, tendo em vista o disposto do art. 6º do Decreto-lei nº 2.398, de 21 de
dezembro de 1987 e os elementos técnicos que integram o processo
administrativo nº 04941.003239/2009-17, resolve:
Art. 1º Autorizar a Prefeitura Municipal de Salvador, através
da Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Prevenção à Violência
– SESP, a instalar canteiro de obras e efetuar todas as medidas necessárias para a implantação e execução do Projeto Urbanístico de
Requalificação da Praça Caramuru, onde está instalado o Mercado
Municipal do Rio Vermelho, em área de domínio da União. Localizada no bairro do Rio Vermelho, Município de Salvador, em uma área total medindo 15.853,56 m², sendo 14.429,25 m² em terreno acrescido
de marinha e 1.424,31 m² em terreno de marinha, conforme plantas,
memoriais descritivos e documentos constantes do processo administrativo nº 04941.003239/2009-17.
Art. 2º As obras a que se refere o art. 1º destinam-se a revitalização da área citada, com reformas e ampliações da estrutura existente, bem como construções e instalações de novos equipamentos,
ficando estritamente condicionada as especificações técnicas contidas
no Processo Administrativo.
Art. 3º As obras ficam condicionadas ao cumprimento rigoroso das recomendações urbanísticas, ambientais e histórico-arquitetônicas emitidas pelos órgãos competentes.
Art. 4º A autorização da obra a que se refere esta Portaria
não implica na transferência de domínio por parte da União sobre a
área a qualquer título.
Art. 5º Os direitos e obrigações mencionados nesta Portaria
não excluem outros decorrentes da autorização de acordo com a
legislação pertinente.
Art. 6º A autorização não implica na constituição de nenhum direito sobre a área ou constituição de domínio, não gerando
direitos a quaisquer indenizações sobre benfeitorias.
Art. 7º É de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Salvador, a instalação do canteiro de obras e construção do empreendimento a que se refere o art. 1º.
Art. 8º Durante o período de execução da obra, a que se
refere o art. 1º, é obrigatória a fixação de uma (01) placa junto ao
canteiro de obras, em lugar visível, confeccionada segundo o Manual
de Placas da Secretaria do Patrimônio da União, com seguintes dizeres:
“Obra autorizada pela Secretaria do Patrimônio da União”, indicando
no final “Salvador/BA”.
Art. 9º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ANA LÚCIA VILAS BOAS
5
Folha do
Rio Vermelho
JUNHO 2010
Instituto Genealógico da Bahia, 65 anos de atividades
Fundado em 14 de abril de 1945, o Instituto Genealógico
da Bahia (IGB) tem por finalidade estudar, cultivar e difundir a
genealogia, a heráldica e as ciências afins, através de pesquisas,
tertúlias, reuniões, conferências, congressos, cursos e publicações, inclusive editando uma revista.
Qualificado como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), o IGB é presidido pelo historiador Álvaro
Pinto Dantas de Carvalho Júnior, que reside no Rio Vermelho
desde 1971. Mestre em história social pela Universidade Federal
da Bahia, Álvaro é professor de história do Brasil na Faculdade
São Bento da Bahia, professor de história da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) e membro do Instituto Geográfico e
Histórico da Bahia.
Em comemoração aos 65 anos da sua fundação, o IGB pro-
moveu no dia 14 de abril, no Salão Nobre da Associação Comercial da Bahia, a posse dos novos associados, dentre eles
três dirigentes de entidades filiadas à Central das Entidades
do Rio Vermelho: o escritor Ubaldo Marques Porto Filho,
presidente da Academia dos Imortais do Rio Vermelho (Acirv);
o empresário Nelson Taboada, presidente da Casa de Cultura
Carolina Taboada; e o empresário Pedro Galvão, presidente da
Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (Abav).
Após a diplomação das 42 personalidades, foi servido um
coquetel e lançada a edição número 24 da Revista do Instituto
Genealógico da Bahia, uma publicação no formato 20,5x28 cm,
com 478 páginas e contendo importantes artigos, de 34 autores renomados.
Fotos: Ailton Souto
A mesa da solenidade foi composta pelo senhor Claudelino Miranda, representando o vice-prefeito
de Salvador; vice-almirante Arnon Lima Barbosa, comandante do 2º Distrito Naval; representante
do comandante da Polícia Militar da Bahia; dom Emanuel d’Able do Amaral, arquiabade do Mosteiro
de São Bento da Bahia; empresário Eduardo Moraes de Castro, presidente da Associação Comercial
da Bahia; professor Álvaro Pinto Dantas de Carvalho Júnior, presidente do Instituto Genealógico da
Bahia; médico Silvoney Sales, presidente da Fundação João Fernandes da Cunha; deputado Aderbal
Caldas, 3º vice-presidente da Assembléia Legislativa da Bahia; e o professor Edivaldo Boaventura,
presidente da Academia de Letras da Bahia.
6
Nelson Taboada recebendo do presidente do IGB, Álvaro Pinto
Dantas Júnior, o diploma de Sócio Efetivo.
Ubaldo Porto recebendo da diretora de relações públicas do IGB,
Adélia Maria Marelin, o diploma de Sócio Efetivo.
Pedro Galvão recebendo do presidente do IGB, Álvaro
Pinto Dantas Júnior, o diploma de Sócio Efetivo.
Eduardo Moraes de Castro, presidente da Associação Comercial
da Bahia, onde o evento foi realizado, com o escritor Ubaldo
Porto e o empresário Nelson Taboada.
Daniel Marback, Nelson Taboada, Santiago Campo, Ubaldo Porto
e Nelson José de Carvalho.
Pedro Galvão cumprimentando dom Emanuel d’Able do
Amaral, arquiabade do Mosteiro de São Bento da Bahia.
JUNHO 2010
Folha do
Rio Vermelho
Instituto Geográfico e Histórico da Bahia,
116 anos de história
Tendo como palco o Auditório Bernardino José de Souza,
o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) realizou
no dia 13 de maio, quando completou 116 anos de fundado,
uma Sessão Comemorativa presidida pela professora Consuelo Pondé de Sena, que abriu a cerimônia saudando os
presentes e falando da importância do evento.
Em seguida, o orador oficial da entidade, professor Edivaldo Boaventura, prestou uma homenagem aos sócios falecidos e declarou empossados os novos membros do IGHB, que
foram chamados, um a um, para o recebimento dos diplomas. Entre os sete diplomados encontravam-se dois repre-
sentantes do Rio Vermelho, os empresários Nelson Almeida
Taboada e Pedro José Galvão Nonato Alves, respectivamente
presidente da Casa de Cultura Carolina Taboada e presidente
da Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia
(Abav).
Após a apresentação do grupo musical Trilha de Cordas,
liderado por Carlos Lázaro da Cruz, o Cacau do Pandeiro, renomado músico do Rio Vermelho, foi oferecido um coquetel
no Panteão Pedro Calmon e efetuado o lançamento da sexta
edição do livro ‘O Tupi na Geografia Nacional’, de Theodoro
Sampaio, quarto (1923-1937) presidente do IGHB.
Fotos: Ailton Souto
A mesa da solenidade foi composta pelas seguintes autoridades: José Carlos Augusto da Silva, cônsul do Uruguai na Bahia; João Sabido Costa, cônsul de Portugal na Bahia; Wilson Roberto de Matttos, pró-reitor de Pesquisa
e Ensino de Pós-Graduação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb); Cybelle Moreira de Ipanema, presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro; Consuelo Pondé de Sena, presidente do IGHB; Roberto
Santos, presidente de honra do IGHB; Edivaldo Boaventura, orador oficial do IGHB; e Alberto Venâncio Filho, membro da Academia Brasileira de Letras.
Pedro Galvão e Nelson Taboada, com os diplomas de Sócio Efetivo do Instituto
Geográfico e Histórico da Bahia.
Cônsul João Sabido Costa; Maria Nadja Nunes Bittencourt, professora da Uneb; Eduardo Moraes
de Castro, presidente da Associação Comercial da Bahia; Nelson Taboada, novo membro do IGHB;
Ubaldo Porto, presidente da Academia dos Imortais do Rio Vermelho; e Edgar Viana Filho,
conselheiro do Conselho de Cultura e Turismo do Rio Vermelho.
O jornalista Edgar Viana Filho (de branco), membro do IGHB, com três personalidades do Rio
Vermelho que indicou para compor o seleto quadro de associados do conceituado Instituto:
Ubaldo Porto (admitido em 2009), Pedro Galvão e Nelson Taboada.
Empresário Nelson Taboada, capitão-de-mar-e-guerra Paulo Fernandes Baltore, empresário
Pedro Galvão, cônsul João Sabido Costa e empresário Eduardo Moraes de Castro.
Recepcionistas encarregadas da distribuição dos kits contendo os dois livros patrocinados pela Casa
de Cultura Carolina Taboada e um exemplar do Boletim da Academia dos Imortais do Rio Vermelho.
7
Folha do
Rio Vermelho
Biblioteca Juracy Magalhães Júnior
JUNHO 2010
ACERVO
DOCUMENTAL
SOBRE O
RIO VERMELHO E SEU
DESCOBRIDOR
Um exemplo de seriedade e respeito e outro
de total desrespeito ao Rio Vermelho
Um ótimo exemplo de transparência, de diálogo franco e de seriedade, no trato
das questões envolvendo o bairro do Rio Vermelho, foi proporcionado pela Fundação
Mário Leal Ferreira (FMLF), órgão integrante da estrutura da Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente (Sedham).
Durante todo o processo da gestação do Projeto de Requalificação Urbanística da
Praça Caramuru, os representantes do Rio Vermelho, vinculados aos órgãos participantes da Central das Entidades do Rio Vermelho, puderam ser ouvidos e tiveram a
oportunidade de colaborar com sugestões.
Foram várias as reuniões, sendo que duas aconteceram no Salão Paroquial do Rio
Vermelho e as demais na própria FMLF. Nas reuniões preparatórias e da fase final dos
trabalhos, o diálogo sempre foi extremamente profissional e altamente produtivo,
em todos os níveis hierárquicos da Fundação Mário Leal Ferreira, desde a presidência,
passando pela gerência dos projetos e indo até a equipe formada pelos arquitetos e
técnicos.
A abertura foi total, sendo que a FMLF franqueou uma cópia do projeto para
análise final pelo fórum da Central das Entidades do Rio Vermelho, que quase nada
teve a acrescentar ou a ajustar. Essa exemplar postura do órgão municipal pode ser
resumida da seguinte forma: quem é competente, quem sabe trabalhar em equipe e
quem está seguro no bom cumprimento da sua missão, age de forma imparcial, sem
subterfúgios ou interesses mesquinhos.
Enfim, quem nada tem a temer ou nada tem a esconder, age com transparência,
ouve todos os segmentos e acata as sugestões bem fundamentadas. E tudo isso foi
fartamente oferecido pela Fundação Mário Leal Ferreira, órgão presidido pela doutora
Vilma Emília Gomes Barbosa Lage e que tem na gerência dos Projetos Urbanísticos a
arquiteta Telma Virgínia Pereira Brito.
ENCONTRAM-SE DISPONÍVEIS PARA CONSULTAS OS SEGUINTES LIVROS SOBRE O RIO
VERMELHO, ESCRITOS PELO HISTORIADOR DO BAIRRO,UBALDO MARQUES PORTO FILHO
Rio
Vermelho
Família Taboada
na Bahia
Cartilha dos
Logradouros do
Rio Vermelho
O outro lado da moeda
Infelizmente, dentro da própria Sedham, encontra-se um órgão que trilha o
caminho oposto ao cultivado pela FMLF. É o Copi, uma coordenação encarregada dos
estudos para fixar os limites oficiais de todos os bairros da capital baiana. O trabalho,
muito importante e necessário, visa acabar com as confusões reinantes na cidade, de
onde realmente começa e termina cada bairro. É de tamanha relevância que a sua
implantação terá de ser através de Projeto de Lei tramitado e aprovado pela Câmara
Municipal de Salvador.
Por já dispor de uma delimitação, feita pela comunidade, em 1986, o trabalho
do Copi seria extremamente facilitado no Rio Vermelho, que dispõe de uma mapa na
escala 1:2000. Porém, para nossa perplexidade, a coordenação do grupo de estudos
resolveu ignorar essa delimitação e, a revelia de suas entidades mais representativas,
decidiu por “criar um novo Rio Vermelho” em total desrespeito à sua história e às suas
principais entidades, todas integrantes da Central das Entidades do Rio Vermelho.
A postura do Copi em relação ao Rio Vermelho foi tão estranha, parcial e discriminatória, que nos permite fazer as seguintes indagações:
1.
2.
3.
4.
5.
Dois de Fevereiro
no Rio Vermelho
Diogo Álvares,
o Caramuru
Porque algumas das mais importantes personalidades da comunidade
do Rio Vermelho, tais como o Padre Ângelo Magno Carmo Lopes, Clóvis Cavalcanti Bezerril, Nelson Taboada, Ítalo Dattoli, Antonino Oliveira,
Santiago Campo, Layrtton Chaves Borges e Roberto Farias de Menezes,
não foram convidadas para nenhuma reunião?
Porque os historiadores do Rio Vermelho, dentre eles Cid Teixeira e Eneida Cavalcanti, não foram consultados sobre a viabilidade das alterações
na área geográfica e histórica do bairro?
Porque o trabalho foi feito às escondidas da Central das Entidades do
Rio Vermelho, que é a representação máxima do bairro, existente desde
o dia 8 de maio de 2004, cujo primeiro presidente foi o pároco do Rio
Vermelho, Padre Ângelo Magno Carmo Lopes, cujo mandato terminou
em 8 de maio de 2008, quando o Copi já havia iniciado sua atuação no
Rio Vermelho?
Por que as entidades filiadas à Central das Entidades do Rio Vermelho,
dentre elas a Paróquia de Sant’Ana do Rio Vermelho, que é a mais antiga e a maior aglutinadora de pessoas da comunidade, foram sumariamente afastadas de qualquer participação consultiva no trabalho?
A quem realmente interessa a redução do território fixado pela delimitação de 1986, pois nenhum bairro vizinho jamais reclamou a posse de
qualquer setor incluído no Rio Vermelho?
Sabe-se que no Rio Vermelho foi feita uma encenação, com um teatrinho aberto
unicamente para uma platéia de pouquíssimos convidados, que dessem amém à mutilação do Rio Vermelho. Sabe-se ainda da existência, para justificar o novo Rio Vermelho, de um trabalho com um vistoso vídeo, gráficos, planilhas, fórmulas estatísticas e até uma pesquisa, feita de forma sigilosa e sem o conhecimento das principais
entidades do bairro, todas filiadas à Central das Entidades do Rio Vermelho.
Como suporte para uma aparente legalidade, foi também desenterrada a Lei Nº
1.038, de 15 de junho de 1960, que fixou os limites dos distritos e subdistritos de
Salvador, com uma confusa divisão de bairros, eivada de erros. A própria Prefeitura
jamais colocou em prática essa lei para delimitar os bairros, que sempre existiram por
tradição, conceituação e definição popular.
Tentar agora ressuscitar uma lei natimorta, de meio século, para justificar a
redução do território do Rio Vermelho, constitui-se numa trama diabólica inaceitável.
É uma enganação ardilosa. Aliás, sobre a fracassada tentativa de se organizar os limites
dos bairros de Salvador, feita há exatos 50 anos, publiquei na edição passada da Folha
do Rio Vermelho, com referência ao nosso bairro, o artigo “Querem repetir o clamoroso
erro de 1960, passando por cima da história e do direito adquirido”.
Finalmente, para dar uma aparente aprovação pela comunidade, o órgão mentor
da mutilação conseguiu a adesão de três entidades que não têm nenhuma preocupação com a preservação do patrimônio histórico do Rio Vermelho e que não dispõem
de maioria representativa para decidir nada em nome do Rio Vermelho.
O órgão que assim agiu, e que deliberadamente fugiu do diálogo com a Central
das Entidades do Rio Vermelho e suas filiadas, colocou imediatamente o seu trabalho
sob suspeição. Por isso, a nova delimitação que quer impor ao Rio Vermelho não
merece credibilidade, pois além de inexistir fundamentação histórica não conta com
nenhum respaldo dos historiadores e nem dos moradores mais antigos, que são os
verdadeiros conhecedores do Rio Vermelho.
Enfim, a mutilação do Rio Vermelho é repudiada pelas seguintes entidades filiadas à Central das Entidades do Rio Vermelho: Paróquia de Sant’Ana do Rio Vermelho,
Conselho Paroquial do Rio Vermelho, Academia dos Imortais do Rio Vermelho (Acirv),
Casa de Cultura Carolina Taboada, Conselho de Cultura e Turismo do Rio Vermelho,
Associação Comunitária Caramuru, Associação Cultural Hispano-Galega Caballeros de
Santiago, Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (Abav), Associação
dos Permissionários do Ceasa do Rio Vermelho e Associação dos Permissionários do
Mercado do Rio Vermelho
Dinha do
Acarajé
José Taboada Vidal,
Benemérito do
Rio Vermelho
Rio Vermelho,
de Caramuru a
Jorge Amado
Nelson Taboada
Souza, Benemérito
da Indústria
Notáveis do
Rio Vermelho
Biblioteca Juracy Magalhães Júnior
Calçadão da Rua Borges dos Reis, Rio Vermelho
Aberta de 2ª à 6ªdas 8 às 17 horas - Fones: 3116.5360 e 3116.5364
E-mail: [email protected]
Próximos livros de Ubaldo
Autor de treze livros, sendo dez dedicados ao Rio Vermelho, que lhe conferiram um
recorde nacional, o de autor do maior número de obras sobre um bairro de cidade
brasileira, o escritor Ubaldo Marques Porto Filho já colocou no forno mais quatro obras:
1.
2.
3.
4.
Ubaldo Marques Porto Filho
Historiador do Rio Vermelho,
onde reside há 51 anos.
É autor de dez livros sobre o bairro.
8
Nelson Almeida Taboada, Benemérito da Cultura
Biografia do presidente da Casa de Cultura Carolina Taboada, que acaba de receber
da Câmara Municipal de Salvador a Medalha Thomé de Souza. Nelson pertence a
uma família com raízes históricas no Rio Vermelho, desde 1892.
Rio Vermelho Cronológico, 1509-2009
Fatos marcantes, registrados por datas, da história dos 500 anos do bairro descoberto por Diogo Álvares Corrêa, o Caramuru.
Personalidades do Rio Vermelho
Perfis de 70 personalidades falecidas que residiram no Rio Vermelho e tiveram
destacada participação na vida do bairro, de Salvador ou da Bahia.
Heróis e Vilões do Rio Vermelho
Histórias da Demolição do Forte, do Aterramento da Praia da Mariquita, da Destruição
da Fábrica de Papel, da Tentativa de Negação dos 500 Anos do Rio Vermelho, da Delimitação Geográfica do Rio Vermelho, do Embargo de Obras do Memorial Caramuru
e de outras agressões e acontecimentos prejudiciais ao bairro, envolvendo erros, acertos, acusações, defesas e conseqüências, com o elenco dos vilões e heróis.
JUNHO 2010
Folha do
Rio Vermelho
O início das
festividades
pelos 50 anos
de Caballeros
Assessores e diretores empossados: Marlene Campos Peso de Aguiar, Rodolfo Buonavita Baqueiro Barros, Luiz Fernando
Pereira Bernardez, José Perez Sanchez, Francisco Ramón Martinez Cuevas, Antonio Carlos Sanchez Cardoso, Ticiano Luis
Quintella Cortizo, José Rivas Rodriguez, Francisco Javier Piñeiro Garrido, Tomaz Puga Lopez, Carlos Lorenzo Leiro, José
Antonio Barcia Arruti, Maria de Fatima Lorenzo Figueiredo, Manuel Miguez Garcia, Ana Maria Casqueiro Andrés, Laureano
Ventin Corujeira, José Luis Garrido Hermida e Santiago Coelho Rodríguez Campo.
de Santiago
Fotos: Hitanêz Freitas
Inaugurando as festividades dos 50 anos de fundação da Associação
Cultural Hispano-Galega Caballeros de Santiago, que se estenderão até o
Dia do Cinqüentenário, em 22 de novembro, o presidente Santiago Coelho
Rodríguez Campo comandou uma programação múltipla no Auditório Orsi
Pousada, na sede da instituição, no Rio Vermelho.
O evento foi na noite de 17 de maio, aberta com uma palestra do empresário Adalberto de Souza Coelho, diretor da Federação das Indústrias
do Estado da Bahia e da Associação Comercial da Bahia, que versou sobre
o tema ‘Visão da Imigração Galega na Bahia’. Em seguida foi projetado
um vídeo alusivo ao Dia das Letras Galegas 2010, homenageando Uxío Novoneyra, um dos poetas de maior relevo da língua galega.
Na seqüência, tomaram posse os membros da Diretoria Executiva para
o triênio 2010-2013 e os convidados brindados com um show típico galego, proporcionado pelo Grupo de Gaita Los Celtas e pelo Grupo de Dança
Caballeros de Santiago. A noite de gala foi encerrada com um coquetel de
confraternização, no Salão de Eventos.
DIRIGENTES E CONSELHEIROS
Vista parcial da platéia no auditório-teatro.
O palestrante Adalberto Coelho.
Show típico galego.
A presença do
Rio Vermelho
Ítalo Dattoli, presidente da Ascar,
Roberto Menezes, vice-presidente
da Central das Entidades, Santiago
Campo, presidente reeleito de Caballeros de Santiago, Edgar Viana
Filho, conselheiro do Conturv, Clóvis Bezerril, presidente da Central
das Entidades e Ubaldo Porto,
presidente da Acirv.
DIRETORIA EXECUTIVA 2010-2013
Presidente
Santiago Coelho Rodríguez Campo
1º Vice-Presidente
José Luis Garrido Hermida
2º Vice-Presidente
Laureano Ventin Corujeira
1º Secretária
Ana Maria Casqueiro Andrés
2º Secretário
Carlos Alberto Macedo Barral
1º Tesoureiro
José Antonio Barcia Arruti
2º Tesoureiro
Manuel Miguez Garcia
1º Diretor Cultural e Artístico
Carlos Lorenzo Leiro
2º Diretor Cultural e Artístico
Tomaz Puga Lopez
1º Diretor de Patrimônio
Francisco Javier Piñeiro Garrido
2º Diretor de Patrimônio
José Rivas Rodríguez
Diretor Administrativo
Francisco Ramón Martinez Cuevas
Diretor Institucional
Nelson Almeida Taboada
Diretor Acadêmico
Antônio Carlos Sanches Cardoso
Diretor de Planejamento e Marketing
Ticiano Luis Quintella Cortizo
Diretora para Mulher, Juventude e 3ª Idade
Maria de Fatima Lorenzo Figueiredo
Assessores Culturais
Fernando Antônio Castro Barreiro
José Perez Sanchez
Luiz Fernando Pereira Bernardez
Rodolfo Buonavita Baqueiro Barros
Assessores Acadêmicos
Fernando Cabus Oitaven
Marlene Campos Peso de Aguiar
Assessores Correspondentes com a Espanha
Arthur Gerardo Rios Machado
José Faro Rua
Severino Piñeiro Vidal
Victor Fernando Ollero Ventin
COMISSÃO FISCAL
Fermin Soto Lopez
Gumersindo Rios Castro
José Fernandes Barreiro
COMISSÃO DE SINDICÃNCIA
Joaquim Martinez Bouzon
José Teodosio Regueira
Miguel Joaquim Parada Hermida
DIRETORIA DO CONSELHO
Presidente
José Vidal Rivas
1º Vice-Presidente
Reginaldo Trigo Carreiro
2º Vice-Presidente
Virginio Durán Cortizo
1º Secretário
Luiz Fernando Pereira Bernardez
2º Secretário
José Luis Villariño Garrido
CONSELHEIROS VITALÍCIOS
Augusto Fernandez Otero, Dalmiro Blanco Lage, José Castro Cabadas, Julio Diz
Fernandez, Manuel Antas Fraga, Manuel Nemesio Sánchez Suárez, Manuel Santos
González Rodeiro, Manuel Tombo Regueira e Reginaldo Trigo Carreiro.
CONSELHEIROS 2007-2013
André Luis Teodosio Presa, Antonio Otero Sobriño, Arnobio Baqueiro Rios, Elio Vidal
Oubiña, Humberto Campos Peso, Frutos Gonzalez Fraiz, José Castro Cabadas, José
Orge Vidal, Nestor Taboada Rivas, José Luis Villariño Garrido, Laurentino Dominguez
Cabanelas, Luiz Fernando Pereira Bernardez, Perfecto Bouzas Quinteiro, Raimundo Pereira Viñas e Rodolfo Buonavita Baqueiro Barros. Suplentes: Alvaro Ventin
Ventin, Fernando Cabus Oitaven, Francisco Pereira Abad, Manuel Garrido Almuiña,
Manuel Miguez Garcia, Miguel Parada Hermida e Norberto Miguel Izaga Lima.
Roberto Menezes, Santiago Campo, Jacobo
González-Arnao (cônsul da Espanha na Bahia),
Ubaldo Porto, Ítalo Dattoli, Edgar Viana Filho e
Clóvis Bezerril.
Santiago Campo, Ítalo Dattoli, Clóvis Bezerril, Joselito Bispo da Silva (delegado-geral da
Polícia Civil da Bahia), Roberto Menezes,
Ubaldo Porto e Edgar Viana Filho.
CONSELHEIROS 2010-2016
Antônio Jorge Ogando, Demetrio Moreira Garcia, Edesio Cerviño Durán, Enrique
Marquez Barros, Benjamin Nuñez Fernandez, Jesus Corbacho Rivas, Heriberto Alejandro F. Bacelar, José Faro Rua, José Vidal Rivas, Luiz Alban Corujeira, Manoel Freaza Gomez, Miguel Diz Gil, José Manuel Villariño Garrido, Victor Fernando Ollero
Ventin e Virginio Durán Cortizo. Suplentes: Delfin Martinez Malvar, Delmiro Perez
Dorrio, Diego Otero Rangel, Eligio San Martin Piñeiro, Jesus Sanjurjo Fernandez e
José Sanmartin Amoedo.
9
Folha do
Rio Vermelho
JUNHO 2010
Artemapas,
A EQUIPE
onze anos produzindo
sucessos, com criatividade,
responsabilidade
e credibilidade
Em 3 de abril de 1999, nascia no Rio Vermelho a Artemapas
Ilustrações, uma agência de arte na área do design gráfico, que
se especializou na criação de mapas, folders, flyers, outdoors,
banners, postais, ilustrações com caricaturas e na editoração
eletrônica de revistas, jornais e livros. Também cria marcas para
a identidade visual e corporativa.
MAPAS CARICATURADOS
A Artemapas é a principal empresa no mercado baiano a produzir
mapas utilizando fotos aéreas e ilustrações feitas à mão. Os trabalhos
são finalizados com os recursos da mais avançada tecnologia disponível na computação gráfica. Para atender diversas finalidades, de
cunho comercial, cultural, turístico e ecológico, já foram produzidos
18 mapas, com os seguintes títulos: Baía de Todos os Santos, Centro
de Pesquisa e Educação Ambiental, Comércio de Salvador,
Complexo Sauípe, Eco Resort Patachocas, Estrada do Coco,
Estrada do Coco/Linha Verde (BA-099), Ilha de Itaparica,
Imbassaí, Linha Verde, Morro de São Paulo, Parque Sauípe,
Praia do Forte, Resort Kiaroa, Rio Vermelho, Salvador, Vila
Galé Marés e Zonas Turísticas da Bahia.
Por encomenda da Amazonastur, órgão oficial do turismo do Esta-
do do Amazonas, a Artemapas produziu o Mapa Turístico de Manaus
e o Mapa Temático de Manaus. Atualmente trabalha no Mapa Turístico de Paraty, cidade do Estado do Rio de Janeiro.
CARTEIRA DE CLIENTES
Na carteira de atendimento da Artemapas figuram 70 importantes
clientes: 2010 Ano Internacional da Biodiversidade Biológica, A Tarde,
AAMG, Academia dos Imortais do Rio Vermelho, Aldeia Sauípe Adventure, Amazonastur, Andrade Mendonça, Arpedi Iate Restaurante,
Bahia Adventure, Bahia Forte Imóveis, Bahiagás, Bahiatursa, Banco
do Brasil, Banda Xirê, Braskem, Budget, Capoeira France 2005, Casa
de Cultura Carolina Taboada, Central das Entidades do Rio Vermelho,
Charter Fishing Bahia, Club Med, Concessionária Litoral Norte, Convention Bureau Salvador, Costa do Sauípe, Costa dos Coqueiros Turismo
Receptivo, Dow, Eco Resort Patachocas, Embratur, Espaço Brisa dos Coqueiros, Exotic Brazilians, Expresso Linha Verde, GDK, Hostelling International, Hotel Eco Atlântico, Instituto Baleia Jubarte, Josinha Pacheco,
Mastercard, Millennium, Neeser & Co., Parque Sauípe, Pedra Norte,
Planeta Bahia, Porto da Lua Hotel, Porto Zarpa Hotel, Praia do Forte
Eco Resort, Praia do Forte Imóveis, Prefeitura de Camaçari, Prefeitura
de Itaparica, Prefeitura de Mata de São João, Prefeitura de Salvador,
Prefeitura de Vera Cruz, Programa Na Carona, Projeto Tamar/Ibama,
ARTEMAPASILUSTRAÇÕES www.artemapas.com.br
10
RuaNelsonGalo,412,Ed.LagoReal•Loja4•RioVermelho-Cep.41.940-010•Salvador/Ba•713345.0467
JUNHO 2010
Folha do
Rio Vermelho
Página da Casa de Cultura Carolina Taboada
Ode à Carolina
Taboada faz sucesso
Esta sendo muito elogiado, pela qualidade do
repertório, da interpretação
e da produção fonográfica,
o CD ‘Ode à Carolina Taboada’ (capa ao lado). Todas as
composições são interpretadas por Zé Alberto, compositor e músico possuidor
de discos no mercado.
Zé Alberto canta acompanhado pela Banda Neblina Rural, menos a primeira
música, que teve a participação da Orquestra Fred Dantas. Eis o histórico das músicas
incluídas no CD que homenageia a inspiradora da Casa de Cultura Carolina Taboada e resgata composições relacionadas com
o bairro do Rio Vermelho:
1.Ode à Carolina Taboada
Canção que dá título ao CD, composta pelo próprio intérprete, Zé Alberto, que se inspirou em Carolina Soussa
Taboada, e em sua ascendência paterna, após ter lido
o livro ‘Família Taboada na Bahia’, escrito por Ubaldo
Marques Porto Filho, historiador do Rio Vermelho.
2.Carolina
Uma adaptação que Zé Alberto fez na letra de ‘Caroline’,
samba de Luís Carlos, do grupo Raça Negra.
3.Morena do Rio Vermelho
Toada romântica feita em 1962, pelo músico e cantor
Osvaldo Fahel (06.08.1935/07.11.1991), que se inspirou
numa jovem que tinha sido Rainha do Rio Vermelho. No
ritmo das serestas, além de exaltar a beleza da mulher
riovermelhense, a música transformou-se num verdadeiro hino do bairro descoberto em 1509, por Diogo Álvares Corrêa, o Caramuru.
4.Hino à Senhora Sant’Ana
Hino composto pelo monsenhor José Trabuco Carneiro
da Silva (17.11.1903/04.02.1997), que se inspirou na
Mãe da Mãe de Jesus, Padroeira do Rio Vermelho. É um
dos mais belos cânticos do hinário religioso, sendo muito entoado nas missas solenes no Rio Vermelho e na
procissão do Dia da Padroeira, em 26 de julho.
5.Ode ao Rio Vermelho
Marcha composta pelo poeta e escritor Flávio Damásio
de Paula, que se inspirou na história do bairro de Caramuru e na trajetória da Academia dos Imortais do Rio
Vermelho (Acirv). A melodia é do trompetista e maestro
Celso Xavier Marques.
6.Dois de Fevereiro
Canção praieira, no gênero de samba, que Dorival Caymmi (30.04.1914/16.08.2008) compôs em 1957, louvando a Sereia do Mar. A fonte inspiradora foi a Festa de
Yemanjá, realizada na Enseada de Santana do Rio Vermelho desde 1924, sempre no dia 2 de fevereiro. É a
manifestação religiosa e popular mais importante que se
celebra no mundo em homenagem à Rainha do Mar.
Diretor Institucional de Caballeros de Santiago
Nelson Taboada integrou a chapa única que foi eleita para dirigir, pelos próximos
três anos, a Associação Cultural Hispano-Galega Caballeros de Santiago. Neto de
galegos de Pontevedra, Nelson foi o primeiro descendente do avô, José Taboada
Vidal, a ingressar no quadro associativo da importante entidade e o primeiro a ocupar um cargo na sua Diretoria. Na foto, o diretor institucional ao lado do presidente
Santiago Campo.
Promotor de Cultura
Nelson Taboada com Edivaldo Boaventura, diretorgeral de A Tarde, presidente da Academia de Letras
da Bahia e orador oficial
do Instituto Geográfico
e Histórico da Bahia, que
em discurso na solenidade
pelos 116 anos do IGHB
chamou o presidente da
Casa de Cultura Carolina
Taboada de ‘Promotor de
Cultura no Principado do
Rio Vermelho’.
Tribuna da Bahia
Foto publicada na coluna
Janete Freitas, Tribuna
da Bahia, edição do dia
30 de março, mostrando
Nelson Taboada entre o
ministro César Asfor Rocha, presidente do Superior Tribunal de Justiça,
e o banqueiro Lázaro
Brandão, presidente do
Bradesco.
Capa de Revista
Fac-símile da capa da Edição
Nº 40 (Maio 2010) da revista
Bahia Social, que homenageou o presidente da Casa de
Cultura Carolina Taboada. A
publicação dedicou-lhe seis
páginas, com 24 fotos do Studio Sun Sun.
O registro foi centrado na
Sessão Solene da Câmara
Municipal de Salvador, especialmente convocada para
entregar a Nelson Taboada a
Medalha Thomé de Souza. A
proposta para a outorga da
mais alta honraria concedida
pela mais antiga casa legislativa do Brasil, foi do vereador
Pedro Godinho, que atendeu
sugestão encaminhada pela
Academia dos Imortais do Rio
Vermelho (Acirv).
11
Folha do
Rio Vermelho
JUNHO 2010
Novas adesões à campanha contra a
mutilação do Rio Vermelho
Senhor Prefeito,
não deixe que a Cartilha dos Logradouros do Rio Vermelho
seja jogada na lata do lixo
No dia 20 de janeiro deste ano, na qualidade de Presidente da Casa de Cultura Carolina Taboada,
enviei ao eminente Prefeito de Salvador, doutor João Henrique Carneiro, um e-mail com o seguinte
teor, na íntegra:
Senhor Prefeito,
A Casa de Cultura Carolina Taboada, com sede no Rio Vermelho, onde vem desenvolvendo
um trabalho de resgate e de valorização da sua memória histórica e cultural, apela à Vossa
Excelência no sentido de não permitir nenhuma transferência de áreas históricas do Rio
Vermelho para bairros vizinhos.
Como membro de uma família enraizada no Rio Vermelho, desde 1892, não entendo a
razão prática que justifique qualquer alteração nos limites que foram estabelecidos em
1986, com o aval dos moradores antigos da mais alta respeitabilidade e dos historiadores
Aurélio Souza, Licídio Lopes, Tarquínio Gonzaga, Eneida Cavalcanti, Ubaldo Porto e Cid
Teixeira.
Logo depois, enviei ao Senhor Prefeito um ofício que foi publicado na íntegra, em fac-símile,
na primeira página da Edição Extra - Nº 9, da Folha do Rio Vermelho, que circulou em fevereiro do
corrente ano, onde, dentre outras argumentações em defesa da delimitação de 1986, destaquei o
seguinte:
Primeiro bairro de Salvador a possuir um Mapa Territorial, que serviu de base para o primeiro Censo realizado no país em nível de bairro, o Rio Vermelho constitui-se também no único
bairro de Salvador a ter produzida e editada uma Cartilha de Logradouros, que vem sendo
de grande utilidade pública e servindo de base para importantes trabalhos.
Verdadeiro espelho do Mapa Territorial de 1986, a Cartilha dos Logradouros do Rio Vermelho é
uma preciosidade de grande importância informativa, tanto do passado como do presente. Rapidamente se transformou numa referência no Rio Vermelho, como fonte bibliográfica, muito procurada
na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior por pesquisadores e estudantes, pois contém dados históricos
não encontrados em nenhuma outra publicação. A Cartilha é também o único guia completo dos
logradouros públicos do Rio Vermelho, utilizada inclusive pela Agência dos Correios no Rio Vermelho.
A Casa de Cultura Carolina Taboada sente-se orgulhosa e honrada em ter patrocinado a publicação
dessa obra de indiscutível valor histórico e de inestimável utilidade pública. Porém, em que pese a sua
importância, a Cartilha dos Logradouros do Rio Vermelho corre o risco de ser jogada na lata do lixo
pelos técnicos integrantes de um grupo que deseja impor uma inaceitável mutilação na área geográfica do Rio Vermelho. Uma redução na área territorial do nosso bairro implica, automaticamente, em
mandar a Cartilha para o lixão da história.
Ademais, ante as notícias da possibilidade da redução dos limites históricos, inúmeros moradores,
dos setores ameaçados de deixar de pertencer ao Rio Vermelho, encontram-se extremamente preocupados e inconformados, pois não querem deixar de residir no bairro onde se encontram há mais de
dez, vinte, trinta ou quarenta anos, sempre utilizando como bairro de endereço o Rio Vermelho.
Porém, em face dos apelos das entidades mais representativas do Rio Vermelho, dentre elas a que
presido, confiamos plenamente numa intervenção do Prefeito João Henrique Carneiro. Governante
justo e sensível aos reclames das comunidades, especialmente do Rio Vermelho, bairro onde residiu e
onde desfruta de um carinho muito especial, certamente ele ordenará que os limites de 1986 sejam
integralmente respeitados e mantidos.
Nelson Almeida Taboada
Presidente da Casa de Cultura Carolina Taboada
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Nº 11: Junho 2010 - Ubaldo Marques Porto Filho