PROCESSAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE NANOCOMPÓSITOS DE PBT/MMT E PTT/MMT Márcia M. Favaro1, Márcia C. Branciforti1, Rosario E. S. Bretas1* 1 Depto. de Engenharia de Materiais da UFSCar, Rodovia Washington Luís, km 235 - 13565-905 - São Carlos/SP – [email protected], [email protected], * [email protected] Processing and characterization of PBT/MMT and PTT/MMT nanocomposites This work had as main objective to analyze the changes in the structures of polyesters, like PBT and PTT, with the addition of a nanoclay. The nanocomposites were prepared in a Haake rheometer and the samples were characterized by WAXS, DSC and rheological measurements. It was confirmed by WAXS that the platelets of the nanoclay were intercalated. The thermal results showed that the nanoclay acts as a nucleating agent, accelerating the crystallization of the materials, but no changes were observed in the melting temperatures of the samples. The rheological measurements showed that the presence of clay changes the slope of the viscosity vs. shear rate curves at low rates, increasing the pseudoplasticity of the polymers. It was also observed that at low shear rates, the temperature appears to have no influence on the viscosity of the nanocomposites, which can indicates the formation of a percolated network. Keywords: nanocomposites, PBT, PTT, WAXS, crystallization, rheology Introdução Os nanocompósitos têm atraído grande interesse tecnológico e científico devido à suas propriedades únicas. Concentrações baixas (3-5%) de silicatos misturados à matriz polimérica proporcionam a mesma vantagem que compósitos convencionais contendo 20-30% de carga. Porém, estas vantagens são alcançadas somente se a nanoargila estiver devidamente dispersa na matriz polimérica, formando estruturas esfoliadas. Assim, para se maximizar a formação de estruturas esfoliadas, um conjunto de variáveis deve ser corretamente analisado: compatibilidade entre o surfactante modificador da nanoargila e a matriz polimérica, forma de incorporação da organoargila à matriz polimérica, entre outras. Este último aspecto vem sendo extensamente estudado, principalmente quando é utilizado o método de intercalação do fundido. Portanto, com a formação de estruturas intercaladas e/ou esfoliadas e sistema bem disperso, ocorrem mudanças significativas no comportamento e morfologia cristalina dos polímeros e conseqüentemente em suas propriedades finais. Na literatura encontram-se estudos [1-5], os quais mostram que dependendo da concentração utilizada, a argila pode agir como agente de nucleação, pois estas partículas servem como núcleos precursores, diminuindo a energia necessária para iniciar o processo de cristalização e conseqüentemente aumentando a temperatura de cristalização do nanocompósito em relação ao polímero puro. Entretanto, quando a concentração da carga se eleva, pode-se observar uma diminuição da taxa de cristalização, pois apesar de haver maior quantidade de núcleos, o efeito das placas de argila impedindo a mobilidade das cadeias predomina. Além disto, a presença da argila altera as propriedades reológicas [6-8], como viscosidade e viscoelasticidade, pois em compósitos com cargas dispersas, pode ocorrer formação de sistemas percolados que apresentam características de pseudo-sólidos, nos quais o princípio de superposição tempo-temperatura não pode ser aplicado. Para nanocompósitos de poliésteres e organoargilas, estas mudanças (térmicas e reológicas) podem ser atribuídas às ligações (formação, por exemplo, de pontes de hidrogênio) que ocorrem entre a cauda alifática do sal modificador da nanoargila e grupos polares presentes nas cadeias poliméricas [6,9-11]. Portanto, este trabalho tem como principal objetivo caracterizar as mudanças causadas nas estruturas poliméricas de poliésteres (PBT e PTT) com a adição da organoargila, através de medidas térmicas (temperatura de fusão e cristalização) e reológicas (viscosidade em função da taxa de cisalhamento). Experimental Materiais Os materiais utilizados neste estudo foram o PTT, poli(tereftalato de trimetileno), da Shell Chemicals, o PBT, poli(tereftalato de butileno), da GE Plastics e uma argila montmorilonita (MMT) modificada com sal de amônio quaternário, Cloisite 30B, da Southern Products Inc-Gonzales. Métodos Processamento: Foram preparados nanocompósitos de PBT/MMT e PTT/MMT (Tabela 1), utilizando concentrações de 3% e 5% de argila em massa, em um reômetro de torque Haake, modelo Rheomics 610, com um par de rotores contra-rotacionais e semi-interpenetrantes, As condições de processamento utilizadas foram: temperatura de processamento: 240ºC; rotação: 50 e 100 rpm; tempo que o material permaneceu dentro da câmera: 10 minutos Esta geometria utilizada proporcionou as seguintes taxas de cisalhamento: (a) para 100 rpm: 136,41 s-1 (máxima) e 8,86 s-1 (mínima); (b) para 50 rpm: 67,80 s-1 (máxima) e 4,40 s-1 (mínima). Tabela 1: Amostras preparadas no Haake amostra 1 2 3 4 5 6 concentração de argila (% massa) 5 5 3 3 0 0 rotação (rpm) 100 50 50 100 100 50 Anais do 9o Congresso Brasileiro de Polímeros Ensaios de Difração de Raios-X de Alto Ângulo (WAXS): Medidas de WAXS foram realizadas em difratômetro Siemens D5000 com radiação Cu-Kα (λ = 1,5458 A) e com filtro de Ni. A varredura foi realizada no intervalo de 2θ entre 0,6º e 12,0º. Caracterização reológica: Medidas de viscosidade em função da taxa de cisalhamento foram realizadas no regime permanente, em ambiente inerte com nitrogênio, em um reômetro de deformação controlada (ARES), utilizando geometria cone e placa com diâmetro de 25 mm e distância entre o cone e a placa de 0,048 mm, a 240, 250 e 260ºC. Caracterização térmica: Medidas de temperatura de cristalização foram obtidas, em ambiente inerte com nitrogênio, em um calorímetro diferencial de varredura, DSC, da TA Instruments nas seguintes condições: a) (1º aquecimento) aquecimento da temperatura ambiente até 240ºC com taxa de 10ºC/min; b) permanência por 5 minutos em 240ºC para eliminar história térmica; c) resfriamento até 40ºC com taxa de 10ºC/min (medida da temperatura de cristalização, TC); d) (2º aquecimento) aquecimento até 240ºC com taxa de 10ºC/min (medida da temperatura de fusão, TM). Resultados e Discussão Ensaios de WAXS Cloisite 30B PBT / 5% MMT - 100 rpm PBT / 5% MMT - 50 rpm PBT / 3% MMT - 50 rpm PBT / 3% MMT - 100 rpm 700 500 600 intensidade (cps) intensidade (cps) 600 400 300 200 Cloisite 30B PTT / 5% MMT - 100 rpm PTT / 5% MMT - 50 rpm PTT / 3% MMT - 50 rpm PTT / 3% MMT - 100 rpm 700 100 500 400 300 200 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 9 0 1 2 3 4 5 2Θ 2Θ (a) (b) 6 7 8 9 Figura 1: Difratogramas obtidos por WAXS dos nanocompósitos (a) de PBT/MMT (b) de PTT/MMT Os resultados obtidos por WAXS são exibidos na figura 1. Observa-se que a argila organofílica (Cloisite 30B) apresenta um pico, referente ao plano d001, em 2θ = 4,8º que pela Lei de Bragg representa espaçamento basal inicial de 1,84 nm. Com a adição da argila nas matrizes PBT e Anais do 9o Congresso Brasileiro de Polímeros PTT, este pico é deslocado para a esquerda, ou seja, para valores de 2θ iguais a 2,5º e 2,6º para os nanocompósitos de PBT e PTT, respectivamente. Deste modo, as distâncias entre as placas de argila aumentaram para 3,51 e 3,36 nm, respectivamente nos nanocompósitos de PBT e PTT, mostrando que ocorreu formação de estruturas intercaladas em todas as amostras processadas. Caracterização reológica A figura 2 exibe os resultados obtidos para os materiais PBT/MMT e PTT/MMT. Observa-se que a adição da nanoargila nas matrizes PBT e PTT causa um acentuado aumento na viscosidade a baixas taxas de cisalhamento e uma mudança significativa na inclinação das curvas de viscosidade nesta região, ou seja, no intervalo de taxas de cisalhamento analisado, as matrizes comportam-se como fluidos Newtonianos enquanto que os compósitos comportam-se como fluidos pseudoplásticos. Observa-se ainda a baixas taxas de cisalhamento que o aumento da % de nanoargila aumenta a viscosidade. O aumento intenso da viscosidade obtido para os nanocompósitos pode ser atribuído à formação de pontes de hidrogênio entre o grupo carbonila presente nos poliésteres e o grupo hidroxila presente na superfície da argila Cloisite 30B, formação anteriormente comprovada na PBT puro (pellet) PBT puro (100 rpm) PBT puro (50 rpm) PBT / 5% MMT (100 rpm) PBT / 5% MMT (50 rpm) PBT / 3% MMT (100 rpm) PBT / 3% MMT (50 rpm) 1000 viscosidade (Pa.s) viscosidade (Pa.s) literatura por FTIR [7]. PTT puro (100rpm) PTT puro (50rpm) PTT / 5% MMT (100rpm) PTT / 5% MMT (50rpm) PTT / 3% MMT (100rpm) PTT / 3% MMT (50rpm) PTT puro (pellet) 1000 100 100 0.1 1 10 taxa de cisalhamento (s-1) 0.1 1 10 taxa de cisalhamento (s-1) (a) (b) Figura 2: (a) Viscosidade em função da taxa para amostras de PBT/MMT (b) Viscosidade em função da taxa para amostras de PTT/MMT A medida da viscosidade a baixas taxas de cisalhamento, η, pode nos auxiliar a interpretar a estrutura formada. Um material puramente viscoso (líquido) apresenta uma viscosidade constante Anais do 9o Congresso Brasileiro de Polímeros (Newtoniana) µ = η0, enquanto que um material puramente elástico (sólido) apresenta viscosidade ⋅ η → ∞. Se assumirmos que nesta região a viscosidade η = A ⋅ γ m , onde m é a declividade da curva ⋅ log η versus log γ e A é uma constante, quanto mais a declividade se aproximar da declividade de um ângulo de 180º, mais similar o comportamento do material será à de um líquido puramente viscoso (pseudo-líquido), enquanto que quanto mais esta declividade de aproximar da declividade de um ângulo de 90º, mais similar o comportamento do material será à de um sólido puramente elástico (pseudo-sólido). A tabela 2 apresenta os valores desta declividade para os nanocompósitos estudados. ⋅ Tabela 2: Declividade das curvas de log η versus log γ nanocompósito 0% nanoargila 3% nanoargila 5% nanoargila PBT/MMT 0 (ângulo = 180º) -0,55 (ângulo = 151º) -0,7 (ângulo = 145º) PTT/MMT 0 (ângulo = 180º) -0,30 (ângulo = 163º) -0,90 (ângulo = 138º) Observa-se que ambas as matrizes de PBT e PTT apresentam um platô Newtoniano no intervalo de taxas estudado; isto significa que as taxas impostas durante o ensaio não conseguiram desemaranhar as macromoléculas e a viscosidade permaneceu constante. Porém, quando uma pequena quantidade de nanoargila é incorporada, as taxas impostas, embora extremamente baixas, são suficientes para desemaranhar rapidamente o compósito e este se torna altamente pseudoplástico. Se após o processamento no reômetro de Torque Haake, a nanoargila continuasse completamente aglomerada, as macromoléculas voltariam a se emaranhar durante a relaxação; assim quando novas taxas de cisalhamento fossem impostas durante o ensaio, a viscosidade do platô Newtoniano somente aumentaria de valor. Entretanto, se após o processamento, as nanoargilas estivessem bem dispersas, distribuídas (desaglomeradas) e presas às lamelas da nanoargila, as macromoléculas teriam maior dificuldade em se emaranhar novamente durante a relaxação, e quando novas taxas fossem impostas, elas se orientariam rapidamente na direção da taxa imposta, formando uma estrutura percolada. Neste último caso, então, o valor da declividade da curva de log ⋅ η versus log γ se distanciaria do valor da curva a 180º. Baseado nestes conceitos, podemos concluir que os nanocompósitos deste estudo apresentam estruturas percoladas. Anais do 9o Congresso Brasileiro de Polímeros Em ambas as figuras discutidas, observa-se uma queda (entre 40 e 50%) no valor da viscosidade do material puro processado em relação ao pellet (material não processado pelo Haake), mostrando que as matrizes poliméricas sofreram degradação após serem submetidas às condições do processamento. Para confirmar a formação de redes percoladas nestes nanocompósitos, realizaram-se medidas reológicas em diversas temperaturas. A figura 3 exibe o comportamento reológico de amostras de PBT puro e PBT com 5%MMT em várias temperaturas. Observa-se claramente, que a viscosidade do material puro é dependente da temperatura (Figura 3a), ou seja, ocorre diminuição da viscosidade com o aumento da temperatura. Entretanto, isto não é observado nos nanocompósitos. Pela figura 3b, observa-se que praticamente não há variação da viscosidade com o aumento da temperatura, assim, o princípio de superposição tempo/temperatura não é aplicável a estes compósitos [7,8,9], o que pode indicar formação de redes percoladas, que faz com que o comportamento destes materiais se assemelhe ao dos sólidos, ou seja, a temperatura não apresenta influência sobre a viscosidade destes materiais. 550 PBT / 5% MMT - 240ºC PBT / 5% MMT - 250ºC PBT / 5% MMT - 260ºC 500 10000 100 350 PBT a 240ºC PBT a 250ºC PBT a 260ºC 300 10 1000 1000 tensão (Pa) 400 Viscosidade (Pa.s) 1000 Tensão (Pa) Viscosidade (Pa.s) 450 100 250 1 0.01 0.1 1 100 0.01 10 0.1 1 10 taxa de cisalhamento (s-1) taxa de cisalhamento (s-1) (a) (b) Figura 3: Viscosidade em função da taxa de cisalhamento em diversas temperaturas (a) PBT (b) PBT / 5% MMT Caracterização térmica A tabela 3 e a figura 4 exibem os resultados térmicos obtidos para os materiais PBT/MMT e PTT/MMT. Analisando primeiramente as amostras com matriz de PBT (Figura 4a), observa-se que o aumento da concentração de argila desloca levemente o pico de cristalização para temperaturas maiores. Com a adição de 5% de argila, este aumento de TC é de aproximadamente 3ºC. Conclui-se que a argila atua como agente nucleante, ou seja, favorecendo a nucleação dos cristais, e Anais do 9o Congresso Brasileiro de Polímeros conseqüentemente gerando aumento na temperatura de cristalização dos nanocompósitos em relação ao material puro. Vale ressaltar que a amostra que mais sofreu alteração em sua TC foi a que exibiu maior grau de dispersão nos ensaios reológicos (amostra de PBT com 5% de argila, processada a 100 rpm), mostrando coerência entre os resultados obtidos, uma vez que, quanto maior a dispersão da nanoargila, maior quantidade de área superficial existente (núcleos pré-existentes), o que favorece a nucleação da matriz polimérica. Por último, a diferença entre as temperaturas de cristalização do PBT puro processado pelo Haake e do PBT puro (pellet) não processado, deve-se à degradação sofrida pelo material já exibida anteriormente nos resultados reológicos. Resultados similares foram obtidos para as amostras de PTT/MMT (Figura 4b). E novamente, os resultados foram coerentes com os ensaios reológicos. Para o sistema PTT/MMT foi observada, anteriormente, maior dispersão do que para as amostras de PBT/MMT, o que refletiu no aumento mais intenso da TC (aproximadamente 9ºC) destas amostras. Entretanto, a diferença entre os materiais puros processados e não submetidos ao Haake foi maior para este material, mostrando que nele a degradação foi mais intensa. PBT / 5% MMT (100 rpm) PBT / 5% MMT (50 rpm) PBT / 3% MMT (50 rpm) PBT / 3% MMT (100 rpm) PBT pellet PBT puro (100 rpm) PBT puro (50 rpm) resfriamento 1.8 1.6 1.2 1.0 0.8 0.6 0.4 1.2 PTT / 5% MMT (100 rpm) PTT / 5% MMT (50 rpm) PTT / 3% MMT (50 rpm) PTT / 3% MMT (100 rpm) PTT pellet PTT puro (100 rpm) PTT puro (50 rpm) resfriamento 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 0.2 0.0 175 1.4 Entalpia (W/g) endo Entalpia (W/g) endo 1.4 1.6 0.0 180 185 190 195 200 205 130 140 150 160 170 180 190 200 210 Temperatura (ºC) Temperatura (ºC) (a) (b) Figura 4: (a) Picos de cristalização para amostras de PBT puro e PBT/MMT (b) Picos de cristalização para amostras de PTT puro e PTT/MMT Observou-se, também, pelas análises térmicas realizadas que os valores de temperatura de fusão não sofreram alteração com a adição de argila para ambos os polímeros (Figura 5). Anais do 9o Congresso Brasileiro de Polímeros 2º aquecimento 0.2 0.00 -0.2 -0.50 PBT / 5% MMT (100 rpm) PBT / 5% MMT (50 rpm) PBT / 3% MMT (50 rpm) PBT / 3% MMT (100 rpm) PBT puro (pellet) PBT puro (100 rpm) PBT puro (50 rpm) -0.75 -1.00 -1.25 210 215 220 225 230 235 240 Entalpia (W/g) endo -0.25 Entalpia (W/g) endo 2º aquecimento 0.0 -0.4 -0.6 -0.8 -1.0 -1.2 PTT / 5% MMT (100 rpm) PTT / 5% MMT (50 rpm) PTT / 3% MMT (50 rpm) PTT / 3% MMT (100 rpm) PTT puro (pellet) PTT puro (100 rpm) PTT puro (50 rpm) -1.4 180 185 190 195 200 205 210 215 220 225 230 235 240 Temperatura (ºC) Temperatura (ºC) (a) (b) Figura 5: (a) Picos de fusão para amostras de PBT puro e PBT/MMT (b) Picos de fusão para amostras de PTT puro e PBT/MMT Tabela 3: Valores de TC e TM dos seguintes materiais PBT e PTT puros, PBT/MMT e PTT/MMT Matrizes amostras Temp. de cristalização Temp. de fusão TC (ºC) TM (ºC) PBT puro (pellet) 187,0 224,0 PBT puro (100 rpm) 191,2 225,0 PBT puro (50 rpm) 190,7 225,2 PBT / 5% MMT (100 rpm) 193,0 225,2 PBT / 5% MMT (50 rpm) 192,7 225,3 PBT / 3% MMT (100 rpm) 191,6 225,1 PBT / 3% MMT (50 rpm) 191,5 225,5 PTT puro (pellet) 159,0 228,0 PTT puro (100 rpm) 185,2 228,7 PTT puro (50 rpm) 181,0 228,1 PTT / 5% MMT (100 rpm) 189,5 228,3 PTT / 5% MMT (50 rpm) 190,0 227,9 PTT / 3% MMT (100 rpm) 190,0 227,8 PTT / 3% MMT (50 rpm) 187,3 229,0 poliméricas PBT PTT Conclusões Anais do 9o Congresso Brasileiro de Polímeros A partir do processamento empregado foi possível obter nanocompósitos de PBT/MMT e PTT/MMT com estruturas intercaladas, porém a esfoliação completa das placas de argila não foi alcançada em nenhuma das condições empregadas. Na maioria das amostras foram desenvolvidas estruturas bem dispersas, formando-se redes percoladas, o que gerou aumento acentuado da viscosidade dos materiais a baixas taxas de cisalhamento, mudança da declividade destas curvas e desaparecimento da variação da viscosidade com a temperatura. Por DSC, concluiu-se que as nanoargilas, nas concentrações empregadas, agem como agentes de nucleação eficientes, acelerando o processo de cristalização. Agradecimentos Os autores agradecem à FAPESP pelo apoio financeiro e à Shell Chemicals e Ge Plastics pela doação dos materiais. Referências Bibliográficas 1. T. Wu; S. Hsu; C. Chien; J. Wu Polym. Eng. Sci., 2004, 44, 2288. 2. T. D. Fornes; D. R. Paul Polymer, 2003, 44, 3945. 3. R. Nowacki; B. Monasse; E. Piorkowska; A. Galeski; J. M. Haundin Polymer, 2004, 45, 4877. 4. X. Hu; A. J. Lesser Macromol. Chem. Phys., 2004, 205, 574. 5. Y. Wang; J. Gao; Y. Ma; U. S. Agarwal Composites: Part B, 2006, 37, 399. 6. D. Wu; C. Zhou; X. Fan; D. Mao; Z. Bian J. 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