MONITORAMENTO DOS POLUENTES EMITIDOS PELA FROTA DE ÔNIBUS RELACIONADOS COM INTERNAMENTOS NA PRIMEIRA MICRORREGIÃO DE SAÚDE DO ESTADO DE ALAGOAS MONITORING OF POLLUTANTS EMITTED BY BUS FLEET INTERNAL RELATED HEALTH FIRST MICROREGION THE STATE OF ALAGOAS Maryana Cavalcante CORDEIRO1, Heline Pereira ALVES1, Juliete Baraúna dos SANTOS¹, Nayara Arroxelas dos SANTOS¹, Cássia Monalisa dos Santos SILVA2, Neider Silveira JATOBÁ3, Manoel Ferreira do Nascimento FILHO4 1 Graduandas em Meteorologia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió. 2 Mestranda em Meteorologia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió . 3 Graduado em Agronomia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife. 4 Prof. Dr. em Meteorologia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió. RESUMO: Além de contribuir para melhoria da qualidade do ar, a correta manutenção dos motores é um fator de economia, pois reduz o desgaste de peças e aumenta a vida útil do motor. Este trabalho foi monitorado em um único ponto específico da cidade de Maceió-AL, o bairro da Ponta Verde, onde nos fornece um panorama da situação em que se encontra o meio ambiente urbano em termos de depreciação da qualidade do ar em função da circulação da frota de ônibus, objetivando a preservação do meio ambiente e da vida humana, levando em conta a melhoria da qualidade do ar. Palavras-chave: Qualidade do ar, monitoramento, preservação da saúde humana. ABSTRACT: Besides contributing to improved air quality, proper maintenance of engines is an economic factor because it reduces the wear of parts and increases engine life. This work was monitored on a single specific point in the city of Maceio-AL, the Ponta Verde district, where we provide an overview of the situation you are in the urban environment in terms of depreciation of air quality due to the circulation of bus fleet, aiming to preserve the environment and human life, taking into account the improvement of air quality. Keywords: Air quality monitoring, preservation of human health. 1. INTRODUÇÃO É importante destacar o papel desempenhado pelo CO2, emitido diariamente na atmosfera pela frota de veículos movidos a diesel. A má qualidade do ar gera não só efeitos danosos à saúde das populações dos centros urbanos locais, como também em níveis regionais e globais, através 1 da dinâmica da atmosfera, envolvendo reações químicas e fotoquímicas em processos de diluição e transportes, provocando o aumento das concentrações dos gases poluentes na atmosfera. Com a chegada do outono, aumentam as doenças respiratórias isso acontece por ser uma época em que vírus e bactérias encontram-se em condições favoráveis para se reproduzirem e proliferarem, infectando, assim, um número maior de pessoas. É um período em que, devido ao clima frio, as pessoas tendem a ficar mais tempo em lugares fechados, com pouca circulação de ar, facilitando a transmissão de doenças. Diante deste cenário, o presente trabalho tem como objetivo avaliar as emissões dos veículos a diesel na cidade de Maceió – AL e relacioná-las com as internações no SUS no mesmo período, abril de 2011. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Foram utilizados dados extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS – SIH/SUS, o mesmo gerido pelo Ministério da Saúde, referentes a interações de pacientes na microrregião saúde do estado de Alagoas no período de abril de 2011. Em função do seu baixo custo e praticidade, utilizar-se-á a Escala de Ringelmann Reduzida como instrumento para avaliação dos níveis de fumaça preta (Fig. 01), conforme estabelecido na Norma Técnica Brasileira (ABNT) NBR 6016. Direcionando-se a escala para a saída do escapamento do veículo, através do orifício, comparar-se-á a cor da fumaça emitida com os padrões impressos. Se a cor da fumaça for superior ao padrão n.º02, indicará que o veículo está apresentando emissão excessiva de fumaça preta, então será catalogado, em formulário específico, os dados do veículo infrator. 1. a 1. b Figura 1: Instrumento a ser utilizado - Cartão da Escala Reduzida de Ringelmann (a/b). Foi realizado o monitoramento no mês de abril de 2011, no bairro da Ponta Verde, diferenciando as taxas de emissão das empresas de ônibus envolvidas. As empresas são as seguintes: Real Alagoas, Massayó, São Francisco, Cidade de Maceió, Piedade e a empresa Veleiro. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Através do monitoramento da emissão veicular pela frota de ônibus, podemos chegar aos resultados esperados. Como mostrado na figura a seguir (Fig. 2) foi escolhido um dia da 2 primeira semana do mês relacionado, para se verificar o nível de poluição ambiental. No gráfico, a empresa Massayó possuiu uma taxa enorme de 60% de poluição, mas a empresa Real Alagoas, apesar de possuir quase 80% de taxa de 20% de poluição, obteve uma pequena taxa de 80% de poluição pela Escala de Ringelmann. Veleiro Piedade 20% Cidade de Maceió 40% S. Francisco 60% Massayó 80% Real Alagoas 0% 50% 100% Figura 2: Gráfico mostrando os níveis de poluição na primeira semana de abril de 2011. Na figura 3 mostra-se que na segunda semana de abril a empresa Veleiro possui maior taxa de poluição. Veleiro Piedade 20% Cidade de Maceió 40% S. Francisco 60% Massayó 80% Real Alagoas 0% 50% 100% Figura 3: Gráfico mostrando os níveis de poluição na segunda semana de abril de 2011. Na figura a seguir (Fig. 4) mostra que na terceira semana do mês, a empresa Veleiro continuou sendo uma grande poluidora, seguida da empresa Cidade de Maceió. Veleiro Piedade 20% Cidade de Maceió 40% S. Francisco 60% Massayó 80% Real Alagoas 0% 50% 100% 3 Figura 4: Gráfico mostrando os níveis de poluição na terceira semana de abril de 2011. Na figura 5, tem uma maior variabilidade das taxas de poluição durante a quarta semana. A maior poluidora continua sendo a empresa Veleiro, seguida da Massayó. Veleiro Piedade 20% Cidade de Maceió 40% S. Francisco 60% Massayó 80% Real Alagoas 0% 50% 100% Figura 5: Gráfico mostrando os níveis de poluição na quarta semana de abril de 2011. Com relação aos internamentos de pacientes no SUS, foi feito um gráfico da principal microrregião saúde do estado por apresentar maior fluxo de pessoas e veículos. Na Figura 6 é mostrado esse gráfico. Nela é observado que maior número de internações se dá no município de Maceió quase que em sua totalidade. Microrregião 1 Internações Maceió Pilar Atalaia Marechal Deodoro Rio Largo Figura 6: Índice de internações no SUS na Microrregião 1 do estado de Alagoas. 4 4. CONCLUSÃO Maior emissor de poluição pela frota de ônibus na cidade de Maceió foi a empresa Veleiro, seguida das Massayó e Cidade de Maceió. É preciso tomar decisões para mudar essa realidade. A cidade de Maceió precisa ser preservada, está repleta de belezas naturais e pessoas com vontade de trabalhar. Mas a poluição do ar atrapalha e muito a vida dos habitantes de nossa cidade. Como mostrado em nossa pesquisa, um maior índice de internamentos no SUS acontece em nossa cidade em torno de 90%. Isso se deve a vários fatores, inclusive aos fatores ambientais em que nos encontramos. É preciso haver um controle maior sobre os combustíveis usados por essas empresas de ônibus e alertar às pessoas para se protegem desse mal que atinge as cidades de todo o país. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALDREFSON C., HAMMER N. 1993. Incidence of myocardial infarction and mortality from specific causes among bus drivers Sweden. Int.J. Epidemiol., 22, 57-61. WEISEL C.P., LAWRYK N.J., LIOY J.P. 1992. 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