DEVOLUÇÃO
GARANTIDA
CORREIOS
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R. RAUL PIRES BARBOSA, 116 - CEP. 79.040.150
BAIRRO MIGUEL COUTO - CAMPO GRANDE - MS
gropecuário
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MALA DIRETA POSTAL
CONTRATO ECT/DR/MS
E SINDICATO RURAL DE CG
CONTRATO Nº 2204060234
Informativo oficial do Sindicato
Rural de Campo Grande-MS
Ano XX - Nº 275 - MAIO/2009
Campo Grande-MS
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HOMENAGEM DO SINDICATO RURAL DE CAMPO GRANDE ÀS MÃES SUL-MATO-GROSSENSES.
Representando abaixo algumas, entre muitas... À elas, a nossa profunda admiração!
Maria Auxiliadora D´Avila Oliva
Márcia Fachini
Marcela Lemos Monteiro
Maria Lizete Brito
Dalila Spengler
Tereza Cristina C. Costa Dias
ÍNDICE
OPINIÃO..........................................PÁG. 2
EDITORIAL........................................PÁG. 3
Eleonor Cristina Coelho
Maura Corrêa
Carolina Leite de Barros
VITRINE TECNOLÓGICA...................PÁG. 4
PECUÁRIA DE CORTE.......................PÁG. 5
AGRICULTURA.................................PÁG. 6
PECUÁRIA LEITEIRA..........................PÁG. 7
ENCONTRO DO LEITE.............PÁGS. 8 a 15
INFORME PUBLICITÁRIO...............PÁG. 16
ASSOCIAÇÕES................................PÁG. 17
PORTEIRA ABERTA.........................PÁG. 18
COLUNA JURÍDICA.........................PÁG. 19
Maria Elizabeth A.M. Ribeiro
Maria Luiza Stuhrk
Moreli Teixeira Arantes
EVENTOS........................................PÁG. 20
2
– Campo Grande-MS, MAIO de 2009
OPINIÃO
INFORME AGROPECUÁRIO
Somos todos “ocupantes de má fé”?
Valfrido M. Chaves
Quem comanda nossa politica indigenista, onde a fina flor é a expansão de Aldeias em cima de propriedades particulares e
legítimas, é um grupo com ideologia clara e
definida. Seu Norte é a impactação da propriedade privada e, através disto, o enfraquecimento de nosso Estado democrático e
de direito. Sua estratégia é a criminalização
da História brasileira, coisa muito bem vista
quando fomos paraticamente impedidos de
comemorarmos os 500 anos da “Descoberta do Brasil”. Para essa gente, nossa História
é um “crime continuado” e tal leitura tem
um objetivo: destruir nossa autoestima coletiva e aguçar conflitos étnicos, levandonos à aceitação de projetos messiânicos,
como aquele proposto pela ideologia que
direciona a politica indigenista no governo
Lula. O catecismo desse grupo é o marxismo-leninismo, para o qual a propriedade é
um roubo e a fronteira é uma invenção do
Estado burguês. Eles não escondem seus
conceitos de ninguém.
Por isso não há menor preocupação,
por parte da Funai e do Governo atual, com
as sequelas de rancor, frustração, injustiças e ódios que estão deliberadamente sendo construidos, através da politica indigenista em curso. O governo atual tem bilhões
para emprestar ao FMI, milhões para doar
a índios paraguaios e bolivianos, mas não
pode comprar terras para nossos índios.
Pouco importa que as terras sobre as quais
se pretende fazer a expansão das aldeias
tenham sido vendidas aos pioneiros pelo
Império ou pela República, e nem que os
pioneiros que as adquiriram tenham sido
atraidos para nossas fronteiras por politi-
cas públicas, justamente para povoar e garantir fronteiras.
A partir de um laudo antropológico
que soa tal qual um tribunal do Santo Ofício soava para aqueles definidos como heréticos ou bruxos, o pioneiro rural é definido como “ocupante de má fé” e todos os
seus direitos, até seculares, vão para o lixo.
Essas são as conclusões a que podemos
chegar, baseados nos fatos que até aqui
temos, infelizmente, presenciado. Os atos
de vandalismo e terrorismo que explodem,
manipulados e financiados do exterior,
como os vistos em Japorã, são absolutamente ignorados pelo Ministério Público
Federal, em seu aspecto de violação de direitos óbvios e que exigiriam consequências legais para os que rasgam as páginas
da Constituição Federal, expulsando cidadãos de suas casas e propriedades. Afinal,
origens étnicas ainda não autorizam crimes.
Qual a saída, se os norteadores da politica indigenista em curso vivem num “outro universo” em que os valores são outros e o aguçamento dos conflitos é a mais
fina flor da “praxis” que sua ideologia inspira? Quem não sabe que o estímulo ao
conflito étnico no Brasil faz parte desse
projeto geral de aguçamento da luta de
classes? Que podemos esperar e que poderemos fazer diante do que nos ameaça
se, simplesmente por sermos proprietários, já estamos definidos como ladrões?
Quando vamos encarar os fatos e construir uma prática consistente face ao que
nos ameaça o nosso já frágil Estado Democrático e de Dreito?
Valfrido M. Chaves é Pantaneiro e
Psicanalista
Carne não dá lucro – Parte II – Não deveríamos copiar o modelo americano
Pedro Eduardo de Felício
Na primeira parte falei da “maldição da matança”, por estar irritado como todo mundo do
ramo deve estar com os acontecimentos recentes. Pode ser que a “maldição” seja de outra natureza, que o leitor irá concluir por si mesmo ao
final do artigo.
Voltando ao tema inicial, quem pensa que a
matança de gado dá lucro é porque não fez as
contas ou errou na planilha. Sei disso porque, em
algum momento da vida, tive que aprender a fazer as contas para encontrar, partindo do preço
de venda da carne com osso, quanto a empresa
poderia pagar pela arroba do boi.
A conclusão a que sempre chegava é de que
não dava para comprar. Mas se o frigorífico não
comprar boi, então ele faz o quê? É preciso comprar e fazer a mágica de obter uma receita maior
do que a despesa via aumento da eficiência no
abate, especialmente na economia de mão de
obra, energia e outros insumos, e de uma excelente capacidade para vender bem.
Surge disso a chamada economia de escala,
ou seja, se a rentabilidade por boi abatido é muito baixa, então, é preciso aumentar o volume de
gado, até mesmo extrapolando a capacidade horária de matança e refrigeração e o número de
horas trabalhadas. E, de novo, vender muito bem,
principalmente exportar para a Europa. Bem, se a
empresa abate muito gado ganhando pouco por
unidade, o que acontece se ela passa a perder
um tanto por cabeça? Obviamente, ela perderá
muito mais do que perdia antes, não é?
Quanto à comercialização, é bom por as barbas de molho, porque se já é difícil vender para
supermercados em tempos de prosperidade,
imagine-se o que acontece numa recessão. E se
os países importadores encontrarem algo tecnicamente errado e decidirem com isso justificar
um protecionismo escancarado? E o filé mignon
a 13,90 reais no supermercado? E tudo isso acon-
tecendo em anos de escassez de gado para abate, porque se abateu muito em anos anteriores,
de grande procura. O que fazer?
O problema é que qualquer indivíduo que
conheça o setor e tenha um mínimo de bom senso, agindo como observador antevia que tudo
isso poderia acontecer em algum momento. Mas,
agindo como executivo de empresa, talvez não
tivesse alternativa se não apoiar a expansão desenfreada, e foi o que aconteceu nas principais
empresas do setor, pois havia financiamento a
custo baixo ou investimento, ou ambos.
Sei que isto pode ser a super simplificação
de um problema muito mais complexo e, obviamente, não entendo de economia, mas também
não me sinto mal por isso. Se até mesmo alguns
bancos e empresas que podem pagar os mais
caros economistas do mundo estão quebrando,
quem precisa ser entendido na ciência que explica, no futuro, o que deu errado no passado?
Quando eu ouvia alguém dizer que este ou
aquele país compraria toda a carne que fosse produzida, eu sempre pensava, mas até quando comprará? E o dia que não comprar mais? Já havia
acontecido antes com a carne suína exportada
para a Rússia e com a própria carne bovina para o
Chile.
Outro aspecto que sempre me preocupa é a
questão social. Fico indignado quando me dizem
que estão construindo frigoríficos para dois ou
três mil bois, a tal economia de escala. Sempre
penso em quantas famílias irão viver nas vizinhanças dessa indústria atraídas pela oferta de
empregos. Mas, e quando ela tiver que ser paralisada, seja por uma recessão, seja porque a oferta de gado na região já não é suficiente, quem vai
lidar com o problema social desse desemprego,
com a falta de comida, falta de assistência médico-hospitalar, falta de material escolar para as crianças, e tantos outros problemas que nem é preciso mencionar.
Vão dizer que é assim mesmo, que isto acon-
tece em outros setores, da indústria automobilística à que constrói aviões. Mas eu digo que
não precisa ser assim, que não temos que copiar
os frigoríficos americanos ou as fábricas de automóveis, porque a mão de obra de frigorífico tem
características muito peculiares, é um pessoal
de baixa empregabilidade em outros setores, um
pessoal de poucas letras.
E não precisa ser assim, também, porque
uma unidade frigorífica deve ser pequena, 800 a
1200 bois/dia (há quem se espante com tal sugestão), leve no sentido de que possa ser desmontada e transferida para outro local onde haja
maior oferta de matéria prima, ou seja, mais gado
e mão de obra abundante Quem estuda um pouco da história dos matadouros (de Chicago e São
Paulo, por exemplo, na primeira metade do século 20), de onde eles já estiveram e para onde
foram, sabe que uma indústria dessas não é feita
para ser eterna. Quantos matadouros nós conhecemos que, com o passar do tempo, ficaram cercados por loteamentos, avenidas, comércio?
Por que copiar os Estados Unidos com a sua
concentração de confinamentos e seus matadouros para milhares de bovinos? Do meu ponto de
vista, isto é copiar o que está errado, que deu
certo por um tempo, mas não tem sustentabilidade, seja nas questões do meio ambiente, seja
da mão de obra, e até na controvertida questão
da contaminação da carne.
Este modelo está baseado numa política de
produção de milho a preços baixos que não vem
ao caso agora, mas que é intensiva na utilização
de insumos agrícolas, e tem sido muito criticada
em termos de sustentabilidade.
Será que podemos ser diferentes, que podemos criar uma legislação que nos dê um diferencial num mundo que sente, agora, como nunca, a premência de produzir alimentos do modo
mais natural possível?
Para dar apenas alguns exemplos, por que
não limitar a capacidade de um matadouro, ou de
um confinamento de gado? Por que não impor
limites ao grau de concentração das empresas do
setor e proíbi-las de possuírem gado em quantidades tais que possam prejudicar a liberdade concorrencial que deveria vigorar na comercialização dessa matéria prima? O que nos impede de
normatizar um setor que está carente de regulação? O que estimula o nosso banco de desenvolvimento, que deveria ser social, a financiar a concentração da indústria da carne em tão poucas
empresas?
Fico muito irritado quando ouço coisas do
tipo: “Ah! Este projeto tem ser implantado assim
porque foi feito um cálculo de viabilidade econômica que apontou que ele só será viável...”, por
exemplo, “se a empresa tiver 150 mil cabeças no
confinamento para evitar que falte gado na entressafra”, ou então, “se tiver uma capacidade de
abate de 250 cabeças/hora”. Minha vontade é
dizer parem com isso, joguem fora esse projeto,
convoquem algumas pessoas experientes no ramo
de atividades, gente que conheça um pouco de
história, geografia, ecologia, e sociologia para uma
reunião, e vamos começar do zero. Não aceito
que me venham com soluções de planilha de computador.
Para finalizar, nós estamos carentes de diretrizes, de linhas de ação. Ninguém ousa discordar daquilo que está crescendo e se multiplicando, dando lucros, por isso algum dia a casa cairá.
É só ver o que está acontecendo com o sistema
financeiro mundial.
Carne não dá lucro para os matadouros; negociações sólidas é que são lucrativas em qualquer setor econômico; matar boi é coisa para,
onde possível, ser terceirizada. Os empreendimentos devem ser sustentáveis, ambiental e socialmente corretos, devem crescer devagar e não
depender de bancos jamais.
Pedro Eduardo de Felício é Professor titular da FEA-UNICAMP
Campo Grande-MS, MAIO de 2009 –
EDITOR IAL
INFORME AGROPECUÁRIO
3
Gripe “A”, sanidade animal e outras cepas
A situação assustou, virou lenda e até piada do homem mais poderoso do mundo, o presidente
Barack Obama. A gripe A, batizada no início de “gripe suína”, estremeceu o mercado produtivo
mundial. Afinal, porque “gripe suína” se não eram os animais quem
transmitiam o problema que já
matou 53 seres humanos e deixou
outros 4.691 doentes. Nenhuma
morte, contudo, no Brasil.
Os debates sobre a doença levaram ao inevitável pensamento:
E a sanidade animal sul-mato-grossense? Será que vai resistir a esse
novo mal? Como estarão os nossos rebanhos? E a resposta vem:
Muito bem, obrigada. Conforme a
Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), existem 261 granjas comerciais de suínos em Mato Grosso do Sul. São
41.300 matrizes e 638.101 animais.
Das granjas, oito são certificadas
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Estas estão em Dourados, Jateí, Ivinhema, Rio Brilhante e Brasilândia.
Do rebanho suíno sul-matogrossense são exigidas as mesmas
condições de controle do gado
bovino. O rígido controle dos animais é reconhecido pelo Mapa e
nada deixa a dever dos principais
produtores mundiais. E os embar-
gos foram direcionados para eles.
Os Estados Unidos, onde há cerca
de 2.000 casos da doença e três
mortes, perderam por quase uma
quinzena o direito de exportar
para a Rússia e China. Os dois
mercados se fecharam ao saber da
notícia.
O embargo, contudo, foi retirado, não pelo poderio norteamericano, mas pela constatação
de que eles, sim, os suínos, nada
tinham a ver com a doença que daquele continente espalhou-se
como um rastilho de pólvora pelo
mundo. Na última semana de abril,
a Organização Mundial da Saúde
(OMS) anunciou que, até que se
prove ao contrário, os suínos não
são responsáveis pela doença,
pela nova modalidade de influenza que tem atingido tão só os humanos. Batizada, agora, de influenza A (H1N1) ou gripe A (H1N1),
a doença já apresenta variações e,
em que organismos? Humanos, é
claro.
Mas ainda que tivessem atingido animais, a doença é uma prova
de que o serviço sanitário animal
sul-mato-grossense tem feito a lição de casa. Por ter um rebanho
de porte médio, o controle torna-se mais rígido e a prevenção
tem maiores efeitos. O que resta
é lamentar a falta de vigilância do
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gropecuário
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sistema de saúde para justamente
nós, sim, novamente, os humanos.
Caso as autoridades sanitárias
mexicanas tivessem alertado em
tempo a OMS, menos mortes teriam ocorrido.
Em tempo: Os sintomas da
gripe suína são similares aos da gripe comum, porém, mais agudos.
Segundo o Ministério da Saúde, é
comum o paciente apresentar
uma febre repentina acima de 38
graus, acompanhada de problemas
COLABORARAM NESTA EDIÇÃO
O Sindicato Rural de Campo Grande agradece a colaboração das seguintes
pessoas, na elaboração desta edição do Informe Agropecuário: Pedro Eduardo de
Felício, Francisco Maia, Guaraci Vieira de Almeida, Dênis Vilela, Osvaldo Piccinin,
Embrapa-Gado de Corte, Valfrido M. Chaves, Associação Sul-Mato-Grossenses
dos Produtores de Novilho Precoce, Tortuga, Eduardo Riedel (Famasul), Newton
Pohl Ribas (Mapa), Renato Andreotti, Rodrigo Alvim, Benno Henrique Weigert
Doetzer (Emater), Silvio Henrique Ribeiro Balduino, Fernando Bueno (Tortuga),
Marcus Vinicius Morais de Oliveira, Thiago Bernadino de Carvalho, Renato Vaz de
Macedo, Ademar da Silva Júnior e Eduardo C. Leal Jardim.
COLABORE VOCÊ TAMBÉM
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divulgado, artigos, crônicas e comentários. Fale com a produção: (67) 3042-7587
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Presidente
José Lemos Monteiro
Diretores
Ruy Fachini Filho
Gilson Ferrucio Pinesso
Dênis Afonso Vilela
Rafael Gratão
Oscar A. Viana Stuhrk
Wilson Igi
WWW.SRCG.COM.BR
MALA DIRETA POSTAL
CONTRATO ECT/DR/MS
E SINDICATO RURAL DE CG
CONTRATO Nº 2204060234
Informativo oficial do Sindicato
Rural de Campo Grande-MS
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SINDICATO RURAL DE CAMPO GRANDE - TRIÊNIO 2007/2009
DIRETORIA
como tosse, dor de cabeça, dor
nos músculos e nas articulações e
dificuldade na respiração. Os sintomas podem ter início no período de três a sete dias após contato com o influenza A (H1N1). A gripe de origem suína não é contraída pela ingestão de carne de porco, mas por via aérea, de pessoa
para pessoa, principalmente por
meio de tosse ou espirro e de
contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas, e em
locais fechados.
Conselho Fiscal
Laucídio Coelho Neto
Abílio Leite Barros
Carlos E. F. Dupas
Armando L. Nocera
Maria Eduarda Thedim
Julio C. Vitoriano
Fone: (67) 3341-2696 - 3341-2758
Delegados Efetivos:
RUA RAUL PIRES BARBOSA, 116
José Lemos Monteiro
Rodolfo Vaz de Carvalho B. MIGUEL COUTO – CAMPO GRANDE – MS
EDITOR:
JOSÉ ROBERTO DOS SANTOS
[email protected]
TEXTOS:
ALEXSSANDRA MESSIAS |
SANDRA LUZ
Departamento Comercial
ANA RITA BORTOLIN - 9604-6364
(67) 3026-5014 | 3042-7587
Envie artigos, textos, comentário e
sugestões para o Informe
Agropecuário, para o e-mail
[email protected]
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VIA LIVRE COM. E AGROMARKETING
(67) 3042-7587
Av. Américo Carlos da Costa, 320
Jd. América – Parque Laucídio Coelho
Campo Grande - MS
TIRAGEM:
10.000 EXEMPLARES
Data de entrega de matérias:
25 de cada mês.
Circulação:
Dia 1º de cada mês
4
– Campo Grande-MS, MAIO de 2009
VITRINE TECNOLÓGICA
INFORME AGROPECUÁRIO
Pesquisadores da Embrapa
participam de estudos
sobre o genoma bovino
Novas ferramentas terão impacto direto
nos programas de avaliação e melhoramento
genético de bovinos
É inédito: está desvendado o genoma do bovino. O projeto de pesquisa está
publicado na renomada revista científica
Science e foi divulgada para a imprensa
nacional pela Embrapa, vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA).
O trabalho que contou com a participação de pesquisadores de três unidades
da Embrapa foi liderado pelo Baylor College of Medicine (BCM), pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA – ARS) e pela Universidade
de Georgetown e levou seis anos de estudos. Participaram dos trabalhos – genoma bovino e do mapa haplotípico bovino
(hapmap bovino), mais de 300 cientistas
de 25 países. Eles descobriram que o genoma bovino é composto por pelo menos 22 mil genes e apresenta altos níveis
de conservação em sua estrutura quando
comparado ao genoma humano.
Segundo os pesquisadores da Embrapa Gado de Corte Luiz Otávio Campos
da Silva, e Flábio Ribeiro Araújo, a Unidade contribuiu nos estudos com informações de animais da raça Nelore de propriedade da Embrapa. “O estudo envolveu 19 raças, sendo 17 bovinas e duas
afins (gênero Bubalus). Foram analisados
cerca de 25 indivíduos de cada raça totalizando 500 animais”, informam os pesquisadores da Embrapa Gado de Corte
que participaram em Brasília da entrevista coletiva.
O seqüenciamento do genoma é uma
ferramenta a mais e de grande valia, explicam os especialistas da Embrapa Gado
de Corte. “Ela vai somar com outras ferramentas existentes propiciando o aumento da precisão de resultados que objetivam maior produção com sustentabilidade, eficiência e qualidade do produto final”.
Para o melhoramento animal os trabalhos ora divulgados são muito importantes e contribuirão para uma série de
avanços na genética animal. “Com essa
nova ferramenta poderemos selecionar
com maior confiança os animais superiores para produzir uma geração futura, assim como reduzir o espaço de tempo para alcançar o progresso genético
resultante desta prática”, exemplifica
Luiz Otávio.
Com as ferramentas do melhoramento a tendência é em um curto espaço de
tempo alcançar uma pecuária mais eficiente e desenvolvida resultando em impactos positivos na economia. Os pesquisadores fazem projeções futuras visan-
do alcançar índices de produção cada vez
mais atrativos e desejáveis. “Até a metade da próxima década, por volta de 2015,
a exemplo do que já acontece com a raça
holandesa, será possível apresentar estudos mostrando valores genômicos do zebu
que será disponibilizado para os interessados”, adianta Luiz Otávio. Vale acrescentar que a exemplo do Sumário de Touros, hoje disponível, este novo trabalho
com os valores genômicos trará uma fotografia mais precisa das diferenças genéticas entre os animais envolvidos.
Informações mais detalhadas sobre o
trabalho de seqüenciamento do genoma
bovino poderão ser obtidas no site http:/
/www.embrapa.br
Senar promove curso de derivados do leite em Corguinho
Diretor do SRCG, Dênis Vilela, fala no encerramento do curso, em Corguinho
Foi realizado no distrito de Taboco, localizada no município Corguinho, o curso
de “Fabricação Caseira de Derivados do Leite”. As aulas foram ministradas de 27 a 30
de abril pela técnica do Senar-MS (Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural), Mauvina
de Arruda. De acordo com o diretor do Departamento do Leite do Sindicato Rural de
Campo Grande, Denis Afonso Vilela, os cursos são realizados para capacitar os pequenos produtores rurais para que tenham mais
eficiência e lucro na produção.
A chefe do Departamento de Agricultura
e Pecuária da prefeitura de Corguinho, Thalita de Andrade Buss, informou que 15 pessoas
fizeram o curso que serviu para instruir os
profissionais que já atuam com a pecuária
leiteira. Segundo ela, a economia do distrito
onde residem aproximadamente 800 habitantes é basicamente ligada ao leite.
“Todo o leite coletado nas pequenas propriedades rurais vai para a Associação de
Produtores de Leite do distrito de Taboco, onde recebe os processos de purificação e segue para o mercado consumidor local”, explica.
Na quarta edição do curso de “Fabricação Caseira de Derivados do Leite”, os moradores de Corguinho aprenderam a fazer doce de leite pastoso e
em barra, queijo, requeijão, ricota, iogurte e bebidas lácteas. No mês de maio
o Senar em parceria com o Sindicato
Rural da Capital realiza os cursos de
Doma Racional dia 11 deste mês, Construção de Cerca de Arame Liso (18/05),
Cultivo de Orquídeas (19/05). Já no dia
25 estarão iniciando as aulas de: Artesanato em Palha de Milho, Administração
da Pequena Empresa Rural e Adestramento de Eqüinos (rédeas). Os cursos
tem duração de uma semana.
Informações pelos telefones:
67 3341-2151
INFORME AGROPECUÁRIO
PECUÁRIA DE CORTE
Campo Grande-MS, MAIO de 2009 –
Novilho Precoce MS reúne cadeia da carne na Capital
A Associação SulMato-Grossense dos Produtores de Novilho Precoce promove no próximo
dia 22 de maio o I Encontro Novilho Precoce MS. O
evento pretende reunir pecuaristas e técnicos para
discutir a “Cadeia Produtiva da Carne Bovina: da
Produção a Comercialização”. O encontro acontece
no Centro de Convenções
Rubens Gil de Camilo, das
8 às 18 horas, na Capital.
A programação reunirá palestrantes represenNovilho precoce: Machos de 13 pesos e 500 quilos
tando a cadeia produtiva
organização da cadeia da carne”.
da carne, sendo um produtor, um frigoOs resultados deste evento serão rerífico, um varejo, uma trading e um anasumidos em um documento a ser encalista de mercado. Juntamente com os parminhado a Secretaria de Desenvolvimenticipantes a Novilho Precoce MS irá disto Agrário, Produção, Indústria, Comércutir os entraves que dificultam a comercio e Turismo (Seprotur) de modo a concialização do produto pecuário e alinhatribuir na tomada de decisões por parte
var possíveis alternativas que possam
da política pública estadual.
contornar os gargalos do setor.
O seminário conta com o apoio do
O objetivo do evento é que cada seGoverno do Estado, através da Seprotor apresente uma visão do seu negócio
tur, Embrapa Gado de Corte, Alvorada
com detalhamento dos problemas enfrenProdutos Agropecuários, Sementes Pontados na rotina diária e ao mesmo temto Alto e Suplementar Nutrição Animal.
po cada setor deverá apresentar sugesSERVIÇO
tões de melhoria no relacionamento com
Aos interessados o investimento é
os outros elos da cadeia produtiva da
de R$ 40,00. Para os associados da Nocarne. Segundo o presidente da Associvilho Precoce MS o investimento é de
ação, Nedson Rodrigues, “é importante
R$ 20,00. Outras informações pelo teletrocar conhecimento entre os elos, asfone (67) 3324-7082 ou pelo site
sim poderemos propor soluções que
possam trazer benefícios e melhorar a
www.novilhoms.com.br.
PROGRAMAÇÃO
08h00 – Credenciamento
08h30 – ABERTURA
Nedson Rodrigues - Presidente Associação dos Produtores de Novilho Precoce do
MS
08h45 – “Entendendo a Cadeia Produtiva da Carne: Problemas e Soluções”
Sérgio De Zen - Professor do Departamento de Economia da ESALQ/USP
09h45 – Debate
Moderador do debate: Antonio João de Almeida - Diretor Técnico da Novilho
Precoce-MS
10h15 – “O Varejista na Cadeia Produtiva da Carne”
Luiz Carlos Paschoal - Diretor Nacional de Açougue do Supermercado Carrefour
11h15 – Debate
Moderador do debate: Antonio João de Almeida - Diretor Técnico da Novilho
Precoce-MS
11h45 – ALMOÇO COM DEGUSTAÇÃO DE NOVILHO PRECOCE
13h30 – “A Visão do Produtor na Cadeia Produtiva e suas Sugestões”
Nedson Rodrigues - Presidente Novilho Precoce MS
14h20 – Debate
Moderador do debate: Ezequiel Rodrigues do Valle - Diretor de Marketing da
Novilho Precoce MS
14h50 – “O Papel do Frigorífico na Cadeia Produtiva como Elo de ligação Entre
Produtor e Consumidor Final”
Cristiano Botelho – Ger. de Compras Contratuais do Frigorífico Bertin
Celso Affonso Filho – Ger. de Derivativos Agropecuários do Frigorífico Bertin
15h40 – Debate
Moderador do debate: Ezequiel Rodrigues do Valle - Diretor de Marketing da
Novilho Precoce MS
16h10 – Intervalo
16h30 – “Mercado Europeu: Oportunidades e Ameaças”
Paulo Gustavo Schmitz - Representante da Trading Vion no Brasil
17h20 – Debate
Moderador do debate: Ezequiel Rodrigues do Valle - Diretor de Marketing da
Novilho Precoce MS
17h50 – Encerramento
CAPACITANDO, INFORMANDO E DEFENDENDO
O SINDICATO RURAL DE CAMPO GRANDE CONVIDA:
• DATA: 13/05/2009 (quarta-feira)
TEMA: “O futuro do comercio internacional de produtos agrícolas: multilateralismo, regionalismo ou bilateralismo?” – Professor Manfred Nitsch - Nascido em 11.02.1940 em Gernrode, Alemanha - 1960 - 1964 Estudos universitários em economia, administração de empresas, educação e
linguagens em Goettingen (Alemanha), Genebra (Suíça), Middlebury College em Middlebury, Vt. (USA),
e Munique (Alemanha); título: “Diplomado em professor de negócios (business teacher); estágios
em indústrias, bancos e na UNESCO.1965-1968 Doutorado em economia e sociologia pela Ludwig
Maximilian Universidade de Munique.1967-1971 Professor assistente para administração de empresas na Universidade de Munique
LOCAL: SINDICATO RURAL DE CAMPO GRANDE
ENDEREÇO: R.Raul Pires Barbosa,116 – HORÁRIO:
19H30
JOSÉ LEMOS MONTEIRO - [email protected]
Presidente SRCG
CONFIMAR PRESENÇA PELO TELEFONE
(67)3341-2151
www.srcg.com.br
[email protected]
5
6
– Campo Grande-MS, MAIO de 2009
AGRICULTURA
INFORME AGROPECUÁRIO
Estiagem tirou R$ 461 milhões da produção de grãos
As perdas na produção de grãos de Mato
Grosso do Sul com a estiagem já somam R$
461 milhões neste ano, considerando a soja,
algodão e milho safrinha. A informação foi
divulgada na quarta-feira (6 de maio) em entrevista coletiva concedida pelo vice-presidente da FAMASUL (Federação da Agricultura
e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Eduardo
Riedel. Ele destacou que a entidade já está se
articulando junto ao governo federal e agentes financeiros para garantir que o produtor
tenha acesso a crédito para financiar a próxima safra. Os recursos serão fundamentais
para viabilizar a permanência na atividade em
vários municípios de Mato Grosso do Sul.
A estiagem afetou 1,4 milhão dos 1,7 milhão de hectares plantados no Estado, em diferentes níveis. No caso da safrinha de milho,
a produtividade esperada é de 2,5 mil quilos
por hectare. A perda média é de 35%, concentrada especialmente no centro-Sul. Significa,
apenas no caso desta cultura, R$ 299 milhões
a menos. Abalados pela estiagem que provocou redução média de 9% na safra de verão,
os agricultores apostavam na safrinha para
recuperar o prejuízo e foram surpreendidos
pela estiagem precoce.
Em março, conforme boletins da Embrapa Agropecuária Oeste, choveu 40% menos
que a média histórica para o período e abril
teve a maior estiagem do período dos últimos
30 anos. A pecuária de leite e a de corte também foram fortemente afetadas, com redução expressiva nos índices de produtividade.
Sete municípios já decretaram situação
de emergência: Batayporã, Caarapó, Douradina, Dourados, Laguna Caarapã, Sidrolândia e Maracaju. Outros devem decretar emergência. Essa situação será discutida amanhã,
durante reunião na Assomasul (Associação dos
Municípios de Mato Grosso do Sul), que terá
início às 9 horas.
CAPACITANDO, INFORMANDO E DEFENDENDO
O SINDICATO RURAL DE CAMPO GRANDE CONVIDA:
• DATA: 18/05/2009 (segunda-feira)
COMO PROTEGER O PREÇO DO BOI USANDO CONTRATOS FUTUROS
• TEMA 1: FLUTUAÇÃO DO PREÇO DO BOI E FATORES QUE INFLUENCIAM CONTRATOS DA BOLSA
Palestrante: João Pedro Cuthi Dias – Consultor de Fomentos do Centro-Oeste
BM&F Bovespa
Tempo: 00:45 minutos
• TEMA 2: OPERAÇÕES NA BOLSA
Palestrante: Marcelo Gumieiro – Coinvalores S/A
Tempo: 00:30 minutos
• TEMA 3: SEGURO DE PREÇOS NO ESTADO DE SÃO PAULO
Palestrante: João Sampaio – Sec. de Agricultura do Estado de São Paulo
LOCAL: SINDICATO RURAL DE CAMPO GRANDE
ENDEREÇO:
R.Raul Pires Barbosa,116
HORÁRIO:
19H30
JOSÉ LEMOS MONTEIRO - [email protected]
Presidente SRCG
CONFIMAR PRESENÇA PELO TELEFONE
(67)3341-2151
www.srcg.com.br
[email protected]
Riedel: Crise no campo vem desde 2005
A partir da homologação pelo Ministério
Nacional da Integração, o decreto de situação de emergência ampara os municípios com
liberação de recursos extras pelo governo
federal e também na negociação do financiamento contratado pelos produtores que tiveram lavouras atingidas. O problema é que a
estiagem deste ano não é um fator isolado.
Riedel destacou que a crise no campo já
vem desde 2005 e resulta de uma somatória,
que passa pelos sucessivos anos de problemas climáticos (de 2005 a 2007), desvalorização do dólar frente ao real, que pressionou a
renda do produtor, e juros elevados. Com a
crise financeira internacional, no fim de 2008,
o acesso ao crédito que já estava difícil, devido ao alto índice de endividamento do produtor, ficou ainda mais restrito. Tomando
como exemplo o Banco do Brasil, que opera
94% do custeio oficial, Riedel afirma que menos de 20% dos produtores conseguiram acessar o crédito. A iniciativa privada, que costuma financiar cerca de 40% da safra, também
se retraiu no mercado.
Para este ano as perspectivas são preocupantes. “Precisamos encontrar uma forma de
o produtor acessar o crédito. Também é necessária a estruturação da política agrícola, de
um seguro rural que atenda às necessidades
do produtor”, destaca. Hoje, por exemplo, 17%
dos 900 mil hectares plantados com milho safrinha em Mato Grosso do Sul estão segurados, mas os produtores não devem receber o
seguro porque isso só ocorre a partir da produção de 1,8 mil quilos por hectare.
“Da maneira como é concebido hoje o
seguro rural não atende às expectativas do
campo”, diz Riedel. Para avançar no seguro,
pondera, é preciso destravar algumas questões, como o fundo de catástrofe, é necessária entrada de novas seguradoras e uma política pública que subvencione o prêmio.
Começa vacinação contra aftosa
Bovídeos
de 19 estados e
do Distrito Federal começam a
ser imunizados contra a febre aftosa, a partir da próxima sexta-feira
(1º), na primeira etapa da campanha
nacional de vacinação contra a doença de 2009.
Em maio, receberão a imunização os rebanhos do Acre, Amapá,
Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão,
Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Sergipe e Tocantins, além do
Distrito Federal. No Espírito Santo,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
São Paulo e Paraná serão imunizados apenas os bovinos e bubalinos
com até 24 meses de idade.
Na primeira etapa do ano passado, foram vacinados 149.564.596
bovídeos. Até o final do ano, a meta
é aplicar em torno de 390 milhões
de doses de vacinas nas duas etapas
de vacinação, em todo o Brasil. Além
de imunizar o rebanho, os produtores rurais também devem comprovar a vacinação, nas agências de defesa agropecuária dos estados.
CALENDÁRIO/MS
Em Mato Grosso do Sul, as propriedades, localizadas na região do
Pantanal, têm a opção de vacinar
todo o rebanho ou em maio/junho
(01/05 a 15/06) ou em novembro/dezembro (01/11 a 15/12).
A zona de Alta Vigilância do
Mato Grosso do Sul vacina todo o
rebanho bovino e bubalino no período de 1º de abril a 15 de maio e de
1º de outubro a 15 de novembro.
Em Mato Grosso, as propriedades pantaneiras realizam vacinação
anual de todo o rebanho no mês de
novembro.
Confira o calendário completo
da Campanha Nacional de Vacinação de Febre Aftosa 2009, no site:
www.agricultura.gov.br (Mapa)
INFORME AGROPECUÁRIO
PECUÁRIA LEITEIRA
Campo Grande-MS, MAIO de 2009 –
7
MS conhece as ações do MAPA para pecuária leiteira
O Assessor Especial para Assuntos de
Defesa Sanitária Animal do Ministério da
Agricultura (MAPA), Newton Pohl Ribas, visitou a Capital na quarta-feira (6), especialmente para apresentar os detalhes dos projetos previstos para o Programa Nacional de
Melhoria da Qualidade do Leite (PNQL) em
2009. O evento ocorreu na Secretária de
Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur).
Direcionado às instituições ligadas ao
desenvolvimento de políticas econômicas e
sociais no âmbito da pecuária leiteira do Estado, o evento contou com a participação
dos representantes de todos os órgãos ligados a Seprotur, Secretaria Secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, Secretaria Estadual de Fazenda, Secretaria Estadual de Educação, Superintendência Federal de Agricultura em MS (SFA/MS), Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS),
e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas do Estado (Sebrae/MS).
Newton Pohl Ribas lembrou que o PNQL,
instituído pela Instrução Normativa (IN) 51/
2002, é voltado à segurança alimentar do
produto nacional junto aos mercados Interno e Externo; sanidade do rebanho nacional
e a viabilidade econômica financeira de toda
a cadeia produtiva. Em 2009, dentre as principais ações estão a consolidação da Rede
Brasileira de Laboratórios de Controle da
Qualidade do Leite (RBQL), também instituído pela IN 51, que deve ganhar novos laboratórios.
Dentre as ações propostas para o ano,
“O governador André Puccinelli tem hoje
como um ponto importante de suas políticas públicas o leite, e logo em breve veremos nascer importantes projetos que consolidaram a atividade”, conclui.
Além de técnicos da Seprotur e de suas
vinculadas – Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e Agência de
Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural
(Agraer) – também participaram da reunião
as Secretarias de Estado de Trabalho e Assistência Social, de Fazenda e de Educação, Superintendência Federal de Agricultura em MS
(SFA/MS), Universidade Estadual do Mato
Grosso do Sul (UEMS), e Serviço de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas do Estado (Sebrae/MS).
Nelson Pohl Ribas apresenta detalhes do Programa Nacional de Qualidade do Leite
estão a filiação do Brasil junto a principal
entidade internacional do setor lácteo - FIL/
IDF (International Dairy Federation - Bruxelas/Bélgica), os esforços concentrados ao
combate da fraude do leite e a criação de
um programa de Análise de Rebanhos Leiteiros, com Foco na gestão de propriedades
leiteiras (Produção, reprodução, nutrição,
manejo, acasalamento com classificação para
tipo, qualidade do leite e sanidade).
Outro importante avanço será o credenciamento dos laboratórios de Qualidade do
Leite como entidades rastreadoras do SISBOV (Serviço de Rastreabilidade da Cadeia
Produtiva de Bovinos e Bubalinos). Ribas explicou que as unidades passaram a monitorar os produtores que aderirem voluntaria-
mente ao sistema.
“Por meio de amostras de leite mensais
vamos construir o histórico destas analises”,
e destacou, “este padrão de controle será um
valioso instrumento para atestar a qualidade
de nosso produto, aprimorar a gestão de
nossos rebanhos, além de importante ferramenta às auditorias realizadas pelos países
interessados na compra do leite brasileiro”.
Para a secretária Tereza Cristina Corrêa
da Costa Dias, a vinda de Ribas ao Estado é
reflexo do empenho do governo estadual
em apoiar a pecuária leiteira. Ela acredita
que nestas oportunidades é possível debater as diretrizes e estratégias nacionais, alinhar ações e aprimorar os projetos regionais.
6º Dia de Campo Genética
Aditiva Hélio Coelho & Filhos
Dia 16/05/09 apartir das 8hs (horário MS) na Fazenda Canaã - Terenos/MS. Apresentação de Resultados de um rebanho avaliado.
Informações (67) 3321-5166
8
– Campo Grande-MS, MAIO de 2009
ENCONTRO DO LEITE
INFORME AGROPECUÁRIO
Sindicato promove Encontro Técnico do Leite dia 18
O Sindicato Rural de Campo Grande promove no dia 18 de maio o 12º Encontro Técnico do Leite, a partir das 7 horas. Para o
diretor do departamento leiteiro da entidade, Dênis Afonso Vilela, é uma grande oportunidade para o produtor rural conhecer
novas tecnologias e adquirir mais informações sobre o setor.
“Tecnologia não é fabricar galpão, é
conhecer e implementar novas técnicas relacionadas ao manejo de pastagem, uso adequado de medicamentos como o carrapaticida e além disso, verificar o que é mais rentável ao bolso do pecuarista”, aponta o diretor. Dênis Vilela menciona que a lotação é
outro fator que deve ser verificado numa
propriedade rural. “Com um número menor
de animais e mais espaço para se alimentar o
gado se torna mais produtivo. Já que come
mais pastagem”, justifica.
O produtor afirma que as palestras sobre o setor leiteiro são para informar os
pecuaristas e incentivá-los a ir ao mercado e verificar as preferências do consumidor. “Hoje há dois tipos de produtores: Os
que comercializam o leite a R$ 0,70 o litro
e, os que entregam a R$ 0,35 por não saber impor preço sobre a qualidade do seu
Dênis: É preciso incentivar o produtor
produto”, comenta. Para ele, com novas
metodologias o produtor pode baixar os
custos diversificando a produção e avaliando o que é melhor para a sua área. As
melhores raças bovinas para produção de
leite são: jersey, girolando, gir leiteiro,
normando, guernsey, pitangueiras e holandês.
Além de ser mais barato do que nos outros estados brasileiros, o leite sul-mato-grossense é “quase orgânico”, pois, quando fica
confinado o animal se alimenta de casca de
cana, farelo de soja e milho, oriundos da
própria fazenda, explica Denis. .
Com a globalização a balança comercial
varia de acordo com o que é cotado no mundo. Por exemplo, se a produção é inviável ou
apresenta queda no exterior, aumenta a procura no Brasil. Um dos fatores que podem
ser analisados com a abertura de mercados
no Mercosul é que a Argentina enviou mais
produtos ao País, principalmente derivados
de leite.
Na opinião do diretor do Sindicato, na
hora de verificar os custos e calcular a produção o produtor tem que impor preços para
revender seus produtos. Uma prática adotada no Estado é do produtor vender o leite e
receber do laticínio 30 dias depois, muitas
vezes sem saber o valor final que será pago
pelo produto.
Segundo Denis Vilela, o mercado de leite para o pecuarista não é bom, já que não
conhece a necessidade dos clientes. Mato
Grosso do Sul é um grande exportador de
leite in natura atende principalmente os estados do Paraná e São Paulo, não industrializa por isso não lucra com derivados como:
leite em pó, UHT, pó para biscoito ou sorvete. “O fato amarra a pecuária de leite por
que o cenário é ruim”, relata.
SANIDADE
Hoje, a sanidade do gado é relativamente boa, na opinião de Wilson Igi, veterinário
e diretor do Sindicato Rural de Campo Grande. Se as principais vacinas contra febre aftosa, brucelose, tuberculose, mastite, clostridioses forem aplicadas corretamente, o
rebanho está livre de doenças.
Conforme o veterinário, na região de
planalto, durante todo o mês de maio, os
animais de zero a 24 meses devem ser vacinados contra aftosa. A vacinação contra brucelose deve ser feita nas fêmeas de três a
oito meses. “Com os programas de erradicação, que torna as vacinas obrigatórias, a sanidade do gado bovino melhorou muito”,
conta o veterinário.
Renato Andreotti ensina a
escolher o melhor carrapaticida
O PhD Animal Health da Embrapa Gado
de Corte, Renato Andreotti e Silva, explica
que o carrapato-do-boi (Rhipicephalus Boophilus) microplus é um dos principais problemas do produtor, considerando que o
Brasil é um país tropical e favorece a sua
ocorrência durante o ano todo.
No dia 18 de maio, às 9h, na sede Sindicato Rural de Campo Grande, o médico veterinário fará a palestra: ‘Qual é o melhor
carrapaticida para o rebanho bovino’. “Por
meio do controle eficaz de carrapatos o produtor consegue reduzir seus custos e o final
apresentar um produto de qualidade superior. Sempre há uma preocupação com os
ganhos, mas também precisa haver uma
atenção especial com a qualidade”, destaca
o cientista Renato Andreotti.
Os prejuízos econômicos causados pelo
parasita ocorrem em diferentes graus dependendo do nível da sua infestação associado a fatores fisiológicos dos bovinos. Os
danos à pecuária bovina são decorrentes da
ação direta, caracterizados por espoliação
sangüínea, anemia, prurido, irritação, quedas no peso e na produção dos animais, predisposição à instalação de miíases e desvalorização dos couros, inclusive levando a morte de animais.
De forma indireta os animais são agen-
tes causadores de doenças como a tristeza
parasitária bovina e pelos gastos com a aquisição de medicamentos e de mão-de-obra
especializada para o tratamento dos animais,
além das perdas com os bovinos que vão a
óbito, quando não adequadamente tratados.
Os carrapatos são tratados de acordo
com os critérios e as conveniências do produtor. A ação se realizada de forma incorreta, acarreta em contaminação ambiental, dos
produtos de origem animal (leite e carne) e
intoxicação da pessoa que aplica o carrapaticida. “O controle do carrapato não acontece e ainda ocorre a disseminação da resistência das populações de carrapatos aos
carrapaticidas e aumenta os prejuízos econômicos”, revela.
“No controle do carrapato o produtor
reduz o custo, melhora a produção de gado
de leite e de corte, diminui os resíduos químicos lançados no meio ambiente, reduzindo consideravelmente o impacto ambiental”,
emenda.
Informações sobre o ciclo de vida do
carrapato, suas relações com as variações
de temperatura e umidade, manejo das pastagens são essenciais para escolha do produto adequado a ser utilizado no controle
dos carrapatos e melhor época para aplicálos, da maneira mais correta e o menor nú-
INFORME AGROPECUÁRIO
mero de vezes possível, ou seja, um controle
estratégico.
No site da Embrapa é disponibilizado
um link que informa a coleta e envio de carrapatos ao laboratório, localizado na Embrapa Gado de Corte. É necessário um agendamento, via correio eletrônico para o envio das amostras. A escolha do carrapaticida
deve ser feita por meio de testes específicos
e os produtos são selecionados a partir dos
resultados. Entre 35 e 40 dias os resultados
estão prontos e são válidos somente para a
propriedade onde foi realizada a coleta dos
carrapatos.
Para mais informações envie um e-mail
para: [email protected]
ENCONTRO DO LEITE
Campo Grande-MS, MAIO de 2009 –
9
Rodrigo Alvin aborda
mercados nacional e
internacional do leite
Renato Andreotti palestra às 9 horas
F•R•A•S•E•S•••
“O agronegócio é responsável por um terço dos empregos, das exportações e
do PIB brasileiro. É um grande negócio que já não pertence aos produtores. Já é
da sociedade brasileira, portanto, é uma questão de Estado proteger esse segmento.” Kátia Abreu, presidente da CNA (Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil).
“A falta de conhecimento gerencial, da parte do produtor, é o maior entrave
na eficiência da pecuária leiteira”. Paulo Machado, coordenador da Clínica de
Leite/ESALQ-USP.
“ Trabalhar com leite exige dedicação em tempo integral, amor, otimismo e
uma equipe motivada para superar as dificuldades”. Olavo Barbosa, principal
produtor de leite do Brasil.
“A implantação das boas práticas da produção de leite habilitará o País a produzir leite seguro e de qualidade para o consumidor brasileira e atender as exigências de exportações”. Duarte Vilela, chefe-geral da Embrapa-Gado de Leite.
“Produzir leite pode ser lucrativo, desde que o negócio seja conduzido com
planejamento, tecnologia e foco claro nos objetivos”. Roberto Hugo Jank, produtor de leite da região de Descalvados (SP).
Durante o 12° Encontro Técnico do Leite, o presidente da CNA (Comissão Nacional
de Pecuária de Leite da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil), Rodrigo
Alvin, tratará da “Situação do mercado interno e externo do leite”. Na palestra que
ocorrerá às 8h, do dia 18, ele falará dos preços, custos, meios de captação e balanço do
mercado do leite nacional e internacional.
De acordo com o palestrante, em resposta ao forte estímulo do ano de 2007 e ao
primeiro semestre de 2008, a produção de
leite inspecionado no Brasil cresceu 7,5% no
último ano, segundo o IBGE. No entanto, o
setor lácteo assim como outros sofreu com
o agravamento da crise mundial.
O ICAP-L (Índice de Captação de Leite)
do Cepea (Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada) apresentou uma queda
de 8% em janeiro desse ano ante ao mesmo
mês do ano passado, refletindo o desaquecimento do setor.
Conforme o Centro, o preço médio do
leite em março de 2009, nos principais estados produtores foi de R$ 0,60. Em um ano,
houve uma redução de 17,30% no valor nominal do preço do leite, enquanto os custos
aumentaram 9,67%. Os dados foram apresentados pela Embrapa Gado de Leite.
Alvin afirma que nos painéis de custo de
produção realizados pelo Projeto Campo
Futuro da CNA, constatou-se que os custos
operacionais efetivos se encontram superiores ao preço leite. O que significa que a
atividade leiteira está sendo antieconômica,
e “para o produtor conseguir custear as despesas tem lançado mão de matrizes e animais de recria, na maioria das vezes para
frigoríficos, onde o valor recebido é menor”.
Em suas pesquisas ele pôde concluir que
os preços do leite em pó no mercado internacional chegaram a valores abaixo das médias
históricas, até abril a cotação média segundo
a USDA foi de US$ 2 mil a tonelada, deixando
as exportações pouco atrativas. Outro fator
que prejudica os produtores é que só no primeiro trimestre de 2009, as importações de
leite em pó foram de 21,5 mil toneladas, praticamente a mesma quantidade importada
durante todo o ano de 2008.
CURRÍCULO
Rodrigo Sant’Anna Alvin é produtor rural na Zona da Mata Mineira; engenheiro
agrônomo formado na Universidade Federal de Viçosa (UFV); preside a Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil e a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e
Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ele também é coordenador da Comissão de Produção Primária
da Fepale (Federação Pan-Americana do Leite); preside a Láctea Brasil e o Sindicato Rural de Volta Grande (MG); é vice-presidente
da Federação da Agricultura e Pecuária de
Minas Gerais; e membro do Comitê Assessor
Externo da Embrapa Gado de Leite.
12 – Campo Grande-MS, MAIO de 2009
ENCONTRO DO LEITE
INFORME AGROPECUÁRIO
Agrônomo da Emater ensina irrigação noturna em
pequenas propriedades
O engenheiro agrônomo do Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e
Extensão Rural), Benno Henrique Weigert
Doetzer, ministrará palestra sobre a implantação e o sucesso do PIN (Programa de Irrigação Noturna) nas pequenas propriedades
rurais do Paraná.
O evento acontecerá no auditório do
Sindicato Rural de Campo Grande, às 10h15
min, no dia 18 de maio. Antes da palestra
serão entregues a credencial e o material de
apoio necessário.
Na palestra, Benno Doetzer tratará de
quatro bases para falar da irrigação nas propriedades rurais. No primeiro tópico abordado pelo mestre em ciências do solo é informado que foi definido pelo fórum da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a
possibilidade de obter descontos que vari-
am de 60% a 70%, conforme a classe do consumidor, para aqueles que adotarem a irrigação no período noturno.
Na segunda parte da palestra, o coordenador da área de meio ambiente do Emater
tratará dos procedimentos de melhoria no
sistema de distribuição de energia. “Cerca
de 90% das propriedades do Estado do Paraná contavam com energia elétrica insuficiente na hora da geração por causa de uma
rede de baixa potência. Agora com as modificações e inclusive, o aumento da potência
de captação de água melhorou o uso na irrigação”, menciona Benno.
O meio ambiente também foi contemplado junto com as medidas tomadas pelo
IAP (Instituto Ambiental do Paraná), órgão
vinculado a Secretaria Estadual de Meio
Ambiente e que obedece as determinações
Benno Henrique Weigert, da Emater
do Conama (Conselho Nacional de Meio
Ambiente). Dessa forma, o Estado fez uma
parceria, onde se simplifica o processo de
licença ambiental para pequenos produtores que precisam captar água para irrigar
sua plantação.
“Até 10 hectares o produtor pega uma
licença na Emater para produzir. Quem oficializar o uso do PIN fica isento de taxa. A
renovação da licença ocorre a cada 6 anos”,
aponta. Além disso, o processo vale tanto
para outorga da água quanto para a licença
ambiental. A liberação acontece após 30 dias
do pedido de licença.
O último item apontado na palestra será
a parceria firmada entre o Banco do Brasil e
o governo do Estado do Paraná para aquisição de equipamentos de irrigação para produtores da agricultura familiar. No convênio o produtor financia 1% ao ano, em cima
do valor do maquinário. Se fosse de acordo
com o financiamento bancário, a porcentagem seria em torno de 2% a 5%.
“A diferença do juro cobrada pelo banco
é paga pelo governo por meio do FDE (Fundo
de Desenvolvimento do Estado) que foi facilitado pela Agência de Fomento”, finaliza.
Desafios e soluções para o agronegócio
Os empresários e produtores rurais que
queiram se informar sobre as melhores maneiras de enfrentar a crise e ainda conhecer as oportunidades que o momento apre-
senta poderão participar da palestra: “Desafios e soluções para o agronegócio frente a conjuntura econômica atual”, promovida pelo Sebrae e ministrada por Silvio
Henrique Ribeiro Balduíno.
O evento acontece no dia 18 de
maio, às 13h, na sede
do Sindicato Rural de
Campo Grande. O
gestor do projeto,
Silvio Balduíno, conta que na palestra ele
irá contextualizar a
crise em relação ao
meio rural. “Irei contar desde o momento
em que estourou a
crise mundial entre
setembro e outubro
do ano passado, marcado com a queda do
banco Limon Brothers, o reflexo no
País e no agronegócio brasileiro”. Além
disso, será apresentada a projeção mundial e brasileira de 2009
a 2019 feita pela assessoria do Mapa (Mi-
nistério da Agricultura e Pecuária) focando nas oportunidades de negócios para o
produtor rural.
Entre os temas abordados na palestra estão: a dinâmica da crise; os impactos
dela na economia e no agronegócio. “A palestra é importante para que o empresário
tenha uma idéia de como enfrentar a crise da perspectiva de seu negócio”, explica
Balduíno. A proposta também dá dicas de como realizar uma boa administração
rural com gerenciamento e
Silvio Balduíno: A crise mundial passada a limpo
planejamento adequado e
sem prejudicar o desenvolvimento sustenCURRÍCULO
tável.
Silvio Henrique Ribeiro Balduino é médico
“Temos que adaptar o modelo de proveterinário, possui MBA em gestão empresarial
dução que possa ser protegido para não
pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) é consultor
danificar o meio ambiente e gerar lucro
e instrutor do Sebrae e do Senar. Trabalha como
para os empresários. Também enfatizo a
facilitador no programa Empreendedor Rural,
questão social para que o lucro seja dividié consultor do programa Gestão Sindical (Plado com o empregado para que ele saia sanejamento Estratégico Sindicatos Rurais). Tamtisfeito e com um bom salário”, avalia Balbém desenvolve metodologias de planejamenduíno.
to estratégico para o Sebrae e atua na consultoOs interessados também podem agenria de empresas urbanas e rurais nas áreas de:
dar uma avaliação diagnóstica com o conplanejamento, finanças, liderança, desenvolvisultor em sua propriedade pelo telefone
mento humano, desenvolvimento territorial e
3389-5585.
projetos de viabilidade.
INFORME AGROPECUÁRIO
Campo Grande-MS, MAIO de 2009 –
ENCONTRO DO LEITE
13
Suplementação mineral na pecuária de leite
Os interessados em obter informações
sobre as deficiências minerais existente nos
alimentos volumosos fornecidos para bovinos de leite e a necessidade de suplementação mineral não podem perder a palestra: “Suplementação mineral na pecuária de
leite”. Ela será proferida no dia 18 de maio,
às 14h, pelo engenheiro agrônomo, Fernando de Oliveira Bueno, da Tortuga Cia
Zootécnica Agrária de Mato Grosso do Sul.
De acordo com o engenheiro será avaliado como a má suplementação afeta a produção de leite, além disso, serão mostradas
as formas de alimentação que favorecem a
reprodução dos animais e dão bons resultados financeiros aos pecuaristas.
Conforme o técnico é conhecido por
todos que trabalham com nutrição que
existem três tipos de dieta: a do nutricionista, a do tratador e a que a vaca consome, sendo o ideal que elas estejam o mais
próximo possível uma da outra. Na maioria das fazendas do Brasil o manejo nutricional tem sido negligenciado e rotinas
de monitoramento não são feitas de forma diária. A nutrição representa 60 a 70%
do custo de produção, por isso, não pode
ser conduzida de forma tão solta nas fazendas.
Se houver a negligência do manejo da
nutrição em uma fazenda, a composição
do leite do leite pode ser afetada. O que
deixa o preço final do produto mais baixo.
Além de ocasionar queda de produção e
perda de receita, abala a saúde das vacas, e
aumenta o descarte. Também piora a reprodução, pois eleva o intervalo entre partos e, em longo prazo, afeta a produção e o
descarte de animais.
Em via de regra, a suplementação mineral, visa por definição, adicionar à dieta
de pasto dos animais os minerais deficientes nas forrageiras para evitar doenças e a
morte dos animais. “Por exemplo: ao suplementar ao animal minerais deficientes nas
forrrageiras dos pastos, não apenas se está
corrigindo sua dieta, como também contribuindo, em certa medida, para restituir ao
solo parte dos mesmos nutrientes, perdidos por meio do pastejo ou por outros
meios”, explica. “A parcela dos minerais suplementados passa pelo trato intestinal sem
ser absorvido e soma-se às perdas endógenas do organismo animal, sendo incorporados ao solo por meio das fezes e urina”,
continua.
MINERAIS DEFICIENTES
Nem todos os minerais essenciais para
bovinos, que são em número de quinze, têm
as mesmas chances de se apresentarem de-
Ingredientes
Fosfato bicálcico
Sulfato de zinco
Sulfato de cobre
Sulfato de cobalto
Iodato de potássio
Selenito de sódio
Melaço em pó
Cloreto de sódio
Quantidades
(kg/100 kg)
Cria
Recria
Engorda
50,000
1,500
0,300
0,020
0,025
0,010
2,000
46,145
42,000
1,600
0,350
0,018
0,020
0,008
1,500
54,504
38,000
1,300
0,250
0,015
0,018
0,007
1,000
59,410
Fonte: Embrapa Gado de Corte
Fernando: “Existem três tipos de dieta”
ficientes em pastagens tropicais. Análises
de realizadas pelo laboratório da Embrapa
Gado de Corte, têm indicado os seguintes
minerais como os mais do Centro-Oeste são
eles: sódio, fósforo, zinco, cobre e cobalto.
O cálcio e o magnésio apresentam níveis
adequados. Enquanto que o potássio, o ferro e o manganês mostram concentrações
nas forrageiras muito acima das exigências
nutricionais de bovinos.
Por medida de segurança o iodo e selênio devem integrar as misturas minerais
para a maioria das pastagens da região.
A adoção de suplementação mineral
mais específica deve necessariamente passar pela análise laboratorial de amostras representativas dos pastos da propriedade,
colhidas da maneira correta e na época certa. Para aqueles que não querem descer a
tal nível de detalhamento, abaixo há sugestões fornecidas pela Embrapa de formulações minerais para as principais categorias
de rebanho (cria, recria e engorda) durante
o período chuvoso, sob condições de pastagens cultivadas em solos de cerrado.
Os consumos médios diários estimados
das misturas acima são, respectivamente,
70 g para vacas em produção, 50 g para
novilhos/novilhas (250-300 kg) e 60 g para
bois de engorda (400 kg). Nestas quantidades, as misturas são capazes de su prir, em
média, um terço das demandas diárias de
fósforo e cálcio de cada categoria de bovinos e às exigências totais de todos os demais minerais incluídos nas fórmulas (zinco, cobre, cobalto, iodo, selênio, cloro e
sódio).
Além das misturas minerais tradicionais,
existem no mercado misturas minerais múltiplas (sal proteinado), que são suplementos minerais, contêm uma fonte protéica
(ou uréia), uma energética, e vitaminas.
Essas misturas podem ser utilizadas durante o período de lactação, quando as necessidades minerais, protéicas e energéticas são maiores, ou durante o período seco,
quando a disponibilidade de alimento é reduzida e de baixa qualidade nutricional.
Fernando de Oliveira Bueno é formado
em engenharia agronômica, pela UFSCar
(Universidade Federal de São Carlos de São
Paulo) desde 2002. Aos 32 anos atua como
assistente técnico comercial de gado de leite da Tortuga Cia Zootécnica Agrária de
Mato Grosso do Sul.
14 – Campo Grande-MS, MAIO de 2009
ENCONTRO DO LEITE
INFORME AGROPECUÁRIO
Câmara setorial também é tema de palestra no SRCG
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) nos últimos 30 anos
a produção de leite brasileira aumentou
340%, passando de 8 bilhões de litros em
1974 para mais de 25,7 bilhões em 2008. O
leite é um dos mais importantes setores do
agronegócio brasileiro, gerando milhares de
empregos diretos e indiretos, tendo, portanto, uma inigualável importância social e econômica no País.
Para tratar da situação dos produtores
de leite no Estado, o mestre em zootecnia
Marcus Vinicius Morais de Oliveira ministrará a palestra no dia 18 de maio, às 15h, onde
será discorrido o “Panorama econômico da
cadeia produtiva do leite e o papel da Câmara Setorial do Leite no MS”. O evento ocorre
na sede do Sindicato Rural de Campo Grande.
De acordo com o professor, o leite tem
importância social já que mais de 80% do
leite comercializado é oriundo de pequenas
propriedades, com caráter familiar, e com
produções inferiores a 300 litros de leite por
dia.
Nos laticínios de MS, cerca de 40% da
produção destinam-se ao mercado local e
60% ao mercado externo e outros estados.
“A venda a outros estados resume-se em leite ‘in natura’ e mussarela que possuem baixo valor agregado”, comenta o pesquisador.
Em 1996, o Brasil tinha 1,81 milhões de
produtores de leite, destes MS tinha 29.579
profissionais. Dez anos depois passou a ter
1,34 milhões, ou seja, houve uma queda de
26% no número de produtores no País. Enquanto que o Estado passou a ter 23.541
produtores, cerca de 20% a menos do total.
Atualmente, aqui são produzidos 2,52 litros
de leite de vaca por dia.
“Os fatos indicam que a produção de
leite no Estado tem tido um crescimento vegetativo, e, conseqüentemente não tem conseguido elevar sua participação no efetivo
produzido no País, estando esses números
atrelados ao sistema de manejo empregado
pelos produtores rurais”, explica.
Essa baixa produtividade é justificada
por aspectos tecnológicos como um sistema misto de produção de leite e carne sem a
capacitação de mão-obra para exercer a atividade e a predominância de genética de
gado de corte. Outra razão é o manejo de
pastagens inadequado e a falta de um ponto
de nivelamento onde a produção chegue a
3,5 mil litros/ha/ano. Atualmente, MS produz menos de 1 mil litros/ha/ano.
Além disso, o uso de gramíneas inadequadas para produção de leite acaba por
dificultar a produção, o manejo de desmama típico de gado corte não é o ideal para o
animal que dará leite. A realização de apenas uma ordenha por dia, a falta de cuidados na higiene na ordenha pode ocasionar
uma mastite e interferir na qualidade do leite; e a escassez de ações de associativismo e
cooperativismo entre produtores dificulta o
acesso ao processo.
Outro problema ainda com relação ao
aspecto tecnológico é a falta de informações
gerenciais das propriedades rurais para tomada de decisão como; identificação de animais, livro caixa, controle sanitário, controle reprodutivo, custos de produção etc.
Por outro lado, “o Estado de MS tem
grande potencial para o desenvolvimento da
pecuária leiteira em sistema de pastejo. Detendo terras propícias, clima favorável e disponibilidade de grãos e subprodutos para
alimentação do rebanho. Fatores que o credenciam a produzir leite com elevada competitividade”, destaca.
Para uma produção eficaz é “mais fácil
tecnicamente triplicar a produção de uma
vaca que produz 2,5 litros do que aumentar
em 10% uma que produza 20 litros, e, não
são necessários grandes investimentos para
ganhar produtividade”, contextualiza.
O leite tem capacidade de concorrer e
conviver com outras culturas de alta rentabilidade que possuem disponibilidade de terras sub-utilizadas para aumento da produção, por isso é uma atividade altamente atrativa, principalmente para pequenos produtores.
Está em estudo o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional), que propõe soluções para alterar a situação que se encontra
a cadeia produtiva do leite de MS. O Plano
traçará estratégias a serem seguidas nos
próximos 10 anos sobre o perfil das linhas
que deverão ser enfocadas no Estado de
maneira sustentável e economicamente rentável.
Entre elas estão: sistemas tecnológicos
de produção de leite; remuneração diferenciada pela produção e qualidade do leite;
programa de capacitação continuada; fomento do Centro de Referência em Produção e Beneficiamento de Leite no Estado
(UEMS-Leite); melhoria genética do rebanho
leiteiro; criação de um fundo financeiro e
recuperação da infra-estrutura de acesso as
propriedades rurais.
Além disso, o PDI prevê fomento a pesquisa, aumento do consumo de leite beneficiado;
crédito rural, energia elétrica; estímulo a adoção de práticas associativas entre produtores
de leite; divulgação das ações da câmara setorial da cadeia produtiva do leite; medidas tributárias e isenções fiscais. Também implantará um mecanismo de acompanhamento de
preços do leite e o Conseleite/MS (Conselho de
Leiteiro de Mato Grosso do Sul).
Para o professor, apesar da pouca expressividade no contexto nacional, a cadeia
produtiva do leite possui grande importância socioeconômica para o Estado, por isso,
as políticas de desenvolvimento estão sendo
delineadas no sentido estimular a cadeia. “A
baixa produtividade pode ser vista como
ameaça mas, também como uma grande
oportunidade de surpreender o mercado
nacional devido a semelhança de outros Estados”, finaliza.Atualmente leciona na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,
faz consultoria das revistas Ciência Rural e
Revista Brasileira de Zootecnia / Brazilian
Journal of Animal Science, além de ser editor do jornal Correio do CDTA (Centro de
Difusão de Tecnologia Agropecuária). O professor é membro do conselho deliberativo
do CDTA e preside a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite no Estado.
DADOS DE SIF E SIE
De acordo com a Superintendência Federal de Agricultura, o Estado possui 12 usinas de beneficiamento de leite com certificação do Serviço de Inspeção Federal e 20
fábricas de laticínios conveniadas ao SIF.
INFORME AGROPECUÁRIO
ENCONTRO DO LEITE
Campo Grande-MS, MAIO de 2009 –
15
Pesquisador mostra como calcular custo de produção
O pesquisador da Cepea (Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada), Thiago Bernardino de Carvalho,
abordará no 12º Encontro Técnico do
Leite o tema: “Como calcular o seu custo de produção”. A palestra será realizada no auditório do Sindicato Rural de
Campo Grande, às 15h45min. O evento
acontece no dia 18 de maio, a entrega da
credencial e do material de apoio é feita
no período da manhã.
Thiago Carvalho aponta que a palestra ensinará o produtor a usar a ferramenta de cálculo para verificar o ‘custo
da produção, pastagem, sanidade, suplementação dentro da sua propriedade’. “Analisaremos os gargalos como por
exemplo: na hora em que se aumenta o
rebanho em que medida se ganha”, indaga o pesquisador.
Num segundo momento, serão mostradas as alternativas para aumentar a
produtividade, a alimentação e o manejo do rebanho no pasto. “Isso servirá
para o produtor ter um lucro maior na
imposição de preços e na comercialização dentro do mercado”, comenta Carvalho.
Hoje, o preço do leite pago aos produtores em março aumentou nos esta-
dos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais,
Goiás e Bahia. De acordo com o Cepea
para a “média nacional” o reajuste foi
de 1,78% no valor bruto. Isso sem descontar 2,3% de CESSR (ex-Funrural) e
o frete que juntos representam 1 centavo a mais por litro. Assim, a média brasileira paga ao produtor em março foi de
R$ 0,6087/litro.
Altas de preço deram fôlego aos produtores do Rio de Janeiro e de Mato
Grosso do Sul. No mercado fluminense, o preço médio foi de R$ 0,5587/litro
em março, aumento de 1,4 centavo de
real por litro (valor bruto) ou de 2,52%.
Para os produtores sul-mato-grossenses,
com o litro a R$ 0,497, houve um aumento de 2,2 centavos de real por litro
(valor bruto), equivalente a 4,6%.
Consultados sobre a expectativa para
o próximo pagamento, 48,8% dos representantes de laticínios e cooperativas
acreditam em estabilidade dos preços.
Enquanto 45,3% estimam novos aumentos, o fato representa 50,4% do volume
coletado pelo Centro de pesquisa.
No mercado de derivados, de janeiro para fevereiro, os preços no mercado
atacadista do estado de São Paulo apre-
Outro fundamento de grande importância para a definição do preço ao produtor é o volume captado. Em fevereiro,
o Índice de Captação de Leite do Cepea
foi 2,8% menor que o de janeiro, queda
normal para o período. Já o recuo de
8,6% em comparação com fevereiro de
2008 pode ser preocupante à medida que
sinaliza a desmotivação dos produtores.
Thiago: “Analisaremos todos os gargalos”
sentaram aumento médio de 1,7%, e no
acumulado do ano, de 1,6%. Os derivados que têm maior relação com o preço
do leite ao produtor são o leite UHT (caixa) e o leite em pó. Em fevereiro, a relação entre os preços do leite ao produtor
e do UHT voltaram para o patamar “histórico” 2,2, depois de meses com vantagem para o produtor. Já em comparação
com o leite em pó, a relação esteve em
14 litros de leite ao produtor para 1 quilo de leite em pó, enquanto que a média
de 2007 foi de 15,5 e a de 2008, de 14,3.
CURRÍCULO
Thiago Bernardino de Carvalho é
bacharel em ciências econômicas pela
Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz”, USP (Universidade de São
Paulo); é mestre em Economia Aplicada
pela USP. Atualmente trabalha como
pesquisador responsável pela equipe de
custo de produção de pecuária de corte
do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O economista também é membro-pesquisador da
rede internacional Agribenchmark que
avalia o custo de produção na pecuária
de corte mundial. De maio a julho de
2007, viveu na Alemanha onde pesquisou o Instituto de Economia Agrícola do
Centro de Pesquisa em Agricultura do
Governo Federal – Federal (Agricultural
Research Centre (FAL) – em inglês).
Novas tecnologias garantem
o controle definitivo da erosão
Com o tão propagado aquecimento
global, fato comprovado e que há muito
tempo vem preocupando autoridades de
todo o mundo, e, com o aquecimento a
ocorrência cada vez mais agressiva de
chuvas fora de padrões e de época tradicionais, as atenções se voltam especialmente para a proteção do meio ambiente, principalmente diante das erosões,
voçorocas e outras espécies de sedimentações que acontecem com bastante freqüência em regiões de todo o Mato Grosso do Sul.
Técnicas de correção de solo, aliadas às modernas tecnologias aplicadas
pela empresa Destra Serviços Agrícolas,
mostram que esse cuidado deve ser adotado principalmente nessa época, depois
da temporada de chuvas. Este é tempo
ideal para o controle das erosões que
tanto degradam o solo e reduzem a produção e a produtividade agropecuária
regional.
Com as chuvas cada vez mais agressivas, cada vez que se adia a adoção de
soluções para o problema, também se
contabiliza mais custos, mais despesas
e mais prejuízos para o solo e para o
produtor rural, podendo uma simples
erosão evoluir para um quadro de açoreamento, o que torna o controle mais
oneroso e mais complexo.
Em Mato Grosso do Sul há 29 anos,
com atividades voltadas especificamente para o melhoramento de áreas destinadas às atividades agropecuárias, a
Destra Serviços Agrícolas tem tecnologias para a correção definitiva do problema da erosão do solo. E, com isso, o
produtor rural se ajusta às normas ambientais e escapa dos efeitos catastróficos de multas e outras sanções impostas pela legislação ambiental brasileira.
A correção definitiva do solo é possível por meio de instalação de drenos
em disposição semelhante a do sistema
Controle de erosões começa através de estudo individual, garante empresa de MS
circulatório humano. Pedras britadas são
usadas no processo que atende a profundidade necessária de cada caso, individualmente. O método tem sido utilizado em propriedades de Mato Grosso
do Sul com eficácia de 100%, recupe-
rando a capacidade produtiva do solo
para o cultivo de pastagens e grãos.
Mais informações:
Destra – (67) 3321-1634
Sr. Uruo (9981-3849)
[email protected]
16 – Campo Grande-MS, MAIO de 2009
INFORME PUBLICITÁRIO
INFORME AGROPECUÁRIO
Suplementação protéica na seca – Hora de ganhar dinheiro
Renato Vaz de Macedo,
Médico Veterinário
Campo Grande – MS
(67) 9984-1569
[email protected]
A Suplementação protéica
para animais
em pastejo
tem sido cada
vez mais utilizada no período da seca.
Nessa época a
qualidade da
planta forrageira é reduzida e conseqüentemente o
desempenho animal é menor.
Várias técnicas de suplementação
animal têm sido adotadas com o intuito
de convivermos com a sazonalidade da
produção das forrageiras tropicais. Entre essas técnicas, podemos citar o semiconfinamento e o confinamento. Além
dessas, outras tecnologias de alimentação tem estado em evidência como o fornecimento de alimentos energéticos na
seca e mais recentemente nas águas. Entretanto, quando falamos em nutrição
de animais em crescimento (recria),
nenhuma dessas técnicas é mais viável
economicamente que a Suplementação
Protéica de baixo consumo na seca.
Os Suplementos protéicos de baixo consumo são aqueles que fornecem até 1 gr de
produto para cada quilo de peso do animal.
Desse modo um animal com 300 kg consumirá em torno de 300 gr de produto.
A adoção de concentrados protéicos
na seca, quando utilizados de forma adequada, apresentam bons retornos econômicos. O benefício econômico será mai-
or quanto maior for o valor da arroba e
melhor o potencial genético dos animais..
O Ponto de equilíbrio do Ganho de Peso
adicional
para pagar o
investimento
está na Tabela 1.
Assim,,
para um valor
de arroba de
R$
72,00,
caso os animais estejam
ganhando 250
gr/dia a mais
do que ganharia em uma
suplementação apenas
com sal mineralizado, mostra que o lucro
adicional seria de R$
69,30/cabeça.
É importante ressaltar
que há uma
relação positiva entre o
lucro da tecnologia e a
taxa de lotação animal,
sendo esta
variável de
extrema importância no
sentido de se
potencializar
a produtividade e lucratividade (R$/
hectare) da propriedade. Observa-se que
quanto maior a taxa de lotação, maior
será o resultado em termos de lucro adi-
cional por área. É natural que taxas de
lotação mais elevadas serão decorrentes
da intensificação do sistema de produção mediante a adoção de pastejo rotacionado e adubação.. No entanto, mesmo
com uma taxa de lotação de 1,3 UA/ha ,
que é relativamente fácil de se obter, a
tecnologia de suplementação protéica de
baixo consumo proporcionará R$ 138,60
a mais de lucratividade/ha. (Tabela 2)
Por outro lado, no caso de terminação de bois, a Suplementação Protéica
de alto consumo, conhecida também
como suplementação energética, é a
mais indicada. A meta desta tecnologia é aumentar em até 90 kg o peso
dos animais no período de entressafra. Portanto, sistemas que abatem bois
com 500 kg não necessitam confinar
ou semiconfinar animais entre 420 e
460 kg, pois esses poderão ser abatidos com o uso de proteinados de alto
consumo e na época do ano de melhores valores da arroba (outubro).
Suplementos de alto consumo são
aqueles que fornecem entre 2 a 4 gr/kg de
peso do animal, desse modo um animal de
420 kg consumirá em torno de 1200 a 1600
gr/dia. As informações de beneficio/custo
(R$ lucro por R$ investido) e retorno financeiro por animal estão na Tabela 3.
Concluindo, lembramos a todos que
no período de seca, nossos rebanhos
na grande maioria perdem peso, criando o famoso boi sanfona, engorda-emagrece. Tendo em vista o alto valor das
terras e as margens de lucro da pecuária de corte cada vez mais estreitas, devemos ter em mente que um dos melhores investimentos que podemos fazer é suplementarmos os animais no
período de seca e incrementarmos as taxas de desfrute e conseqüentemente a
lucratividade do negócio.
ASSOCIAÇÕES
INFORME AGROPECUÁRIO
Campo Grande-MS, MAIO de 2009 –
17
Famasul elege nova diretoria dia 13 de junho
Encerrou-se na
quarta-feira, dia 29
de abril, o prazo estabelecido para o
registro de chapas
das eleições da diretoria da Famasul
(Federação de Agricultura e Pecuária
de Mato Grosso do
Sul). A eleição que determinará a diretoria
para o triênio 2009-2011 será realizada no
próximo dia 13 de junho de 2009, sábado,
das 8h às 14h, na sede da instituição em Campo Grande/MS.
De acordo com o Documento de Registro
de Chapa, foi registrada uma única chapa para
concorrer à eleição da FAMASUL dentro do
prazo estabelecido em edital publicado no dia
14 de abril de 2009, na página 45 do Diário
Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul. A
chapa é encabeçada pelo atual presidente da
Famasul, Ademar Silva Junior (foto), e os principais representantes da diretoria como o atual vice-presidente, Eduardo Riedel; o diretorsecretário, Dácio Queiroz, e diretora-tesoureira, Maria Lizete Brito, se mantem na chapa
(confira ao lado). Conforme prevê o regimento eleitoral da instituição, o documento encontra-se afixado desde a última quinta-feira (30)
nos murais da Federação.
CHAPA 01
DIRETORIA
Efetivos
Ademar da Silva Júnior
Eduardo Correa Riedel
Suplentes
Apparecido Fernandes
Severino José da Fonseca
Conselho de Vice-Presidentes
Aristóteles Ferreira Júnior
Leonardo Mendonça Thomaz
Christiano da Silva Bortolotto
Maurício Koji Saito
Paulo César Bozoli
Mario Jorge F. Pedroso
Manoel Bertoldo Neto
Manoel Simões Júnior
Elzio Neves Barboza
João Passos da Silva
Edílson Santos Pontelli
Osório Luiz Straliotto
Durval Ferreira Filho
Rudimar Artur Borgelt
Cacildo Dagno Pereira
José Claudio Pozzobon
Daniel de Souza
Paulo Sanches Paes
1º Secretário
2º Secretário
3º Secretário
Dacio Queiroz da Silva
Luiz Carlos Pantalena
José Lemos Monteiro
Adilson Correia dos Santos
Paulo Cardim
Luiz Antonio F. Ribeiro
1º Tesoureiro
2º Tesoureiro
3º Tesoureiro
Maria Lizete B. M. Brito
Almir Dalpasquale
José Armando C. Amado
Olirio F. de Vasconcelos
Aristeu Pereira Nantes
Italívio Coelho Neto
Efetivos
Otávio Álvares Monteiro
Reinaldo Alves dos Santos
João Nelson Lyrio
Suplentes
Domingos Martins de Souza
Jesus Camacho
Sandro Luiz Mendonça
Efetivos
Ademar da Silva Junior
Suplentes
Roosevelt Roque dos Santos
Antonio Ferreira dos Reis
Geovano Feliciano do Prado
Presidente
1º Vice-Presidente
CONSELHO FISCAL
CONSELHO DE REPRESENTANTES
Com chapa única, Acrissul
confirma nova diretoria dia 15
O fim do prazo,
terça-feira, 28,
para inscrição no
processo eleitoral
da Acrissul confirmou o consenso
em torno da chapa encabeçada
pelo pecuarista e
empresário de comunicação Chico
Maia (foto). Sem
outra chapa concorrente, está prevista para
15 de maio próximo a eleição para referendo da diretoria que estará à frente de uma
das mais tradicionais e representativas organizações de classe de Mato Grosso do Sul.
Na expressão do futuro presidente Chico Maia, “a construção do consenso confirma o avanço de um processo de conscientização de classe, que vem sendo construído
ao longo dos anos”. Fundada em janeiro de
1931, então como o nome de ‘Centro dos
Criadores do Sul de Mato Grosso’, a Acrissul
- Associação dos Criadores de Mato Grosso
do Sul é responsável pela Expogrande, uma
das mais importantes feiras agropecuárias
do Brasil.
Presidida nos últimos dez anos pelo pecuarista Laucídio Coelho Neto, a Acrissul tem
se firmado crescentemente como entidade
representativa de um setor que está na vanguarda da biotecnologia, situando a pecuária sul-mato-grossense dentre as de melhor
qualidade do Brasil. Conferir ainda mais vigor a esse estratégico setor de pesquisa e
geração tecnologia é um dos propósitos da
chapa de consenso.
Ampliar as opções de valorização desse
potencial de qualidade, especialmente através do fortalecimento a Expogrande como
evento internacional, é também uma das
metas de destaque na plataforma da futura
diretoria presidida por Chico Maia.
Para Chico Maia, a chapa única expressa
uma espécie de pacto da pecuária estadual
para superar desafios estruturais e uma conjunta de graves dificuldades. “Isso exige a
soma de todas as competências e da criatividade do setor”, diz Maia.
Presidente: FRANCISCO MAIA
1º Vice JONATHAN PEREIRA BARBOSA
2º Vice RICARDO GOULART CARVALHO
3º Vice DÁCIO QUEIROZ SILVA
1º Secretário CÉSAR M. GONÇALVES FILHO
2º Secretário HABIB REZEK JUNIOR
3º Secretário REGINALDO DONIZETE PIVETA
1º Tesoureiro LUIZ DA COSTA VIEIRA NETO
2º Tesoureiro ANDRÉ DUARTE
3º Tesoureiro ALESSANDRO OLIVA COELHO
DIRETORES:
ROBERTO FOLLEY COELHO
GILSON FERRUCIO PINESSO
MARCELO PINTO DE FIGUEIREDO
PAULO CÉSAR DE MATOS OLIVEIRA
WILSON MARTINS JALLAD
ANTÔNIO DE SOUZA SALGUEIRO
OSMAR PEREIRA BASTOS
GERALDO DE ALMEIDA PEREIRA
SUPLENTES:
ALEXANDRINA MARQUES
BRUNO PEDROSSIAN
FELIPE COELHO
NILSON PAULO RICARTES OLIVEIRA
NILSON DE BARROS
DENILSON LIMA DE SOUZA
LEONARDO CHAVES JALLAD
ELISA MARIA AZAMBUJA
MARIA AUXILIADORA DE CASTRO ARCANGELO
LOACIR DA SILVA
Sindicato de Amambai
prepara XXI exposição
diretoria do Sindicato Rural de Amambaí já começou a se movimentar para a realização da XXI Expobai a ser realizada entre
os dias 9 e 13 de setembro próximos. A primeira reunião aconteceu na sede do Sindicato no último dia 27 e contou com a presença dos diretores e habituais voluntários
que nos últimos anos têm proporcionado à
população do Cone Sul, exposições de alto
nível e sempre com grandes atrações.
Neste ano, quando completa sua maioridade, o presidente do Sindicato Christiano
Bortolotto não quer deixar por menos. Pretende superar todas as outras edições, inclusive a do ano passado, muito elogiada por
todos que a freqüentaram.
Para começar. É pensamento da diretoria, proporcionar maior conforto aos visitantes, assim como uma melhor distribuição
dos stands, restaurantes e praça de alimentação visando o fácil acesso das pessoas. Algumas obras serão realizadas no Parque de
Exposição para a acomodação da nova configuração que certamente será aprovada por
todos.
CONSELHO:
SÉRGIO DIAS CAMPOS
ULYSSES AZUIL DE A SERRA NETO
GUILHERME BUNLAI
EDUARDO MACHADO METTELO JUNIOR “NENI”
JOÃO DOMINGUES JERÔNYMO SOBRINHO
GUI OLINTHO MACEDO
ANTONIO CARLOS DINIZ LINHARES
ELZA DÓRIA PASSOS
JOSÉ ANTÔNIO FELICIO
LUIZ CARLOS LOPES FERREIRA
THIAGO ARANTES
OSWALDO POSSARI
AUGUSTO MAURÍCIO DA C. M. WANDERLEY
OSMAR FERREIRA DUTRA
RENÊ CAETANO PAULELA
PAULO CÉZAR ZANDAVALLI
LUCIANO LEITE DE BARROS
JANETE SOUZA MORAIS
ORLEI SARAVI TRINDADE
EDUARDO OLIMPIO MACHADO NETO
SUPLENTES:
RODRIGO BUANAIM DE CASTRO
WILSON NOBUYUKI IGI
MARIA EDUARDA CORREA DA COSTA THEDIM
FLÁVIO REGIS WANDERLEY
RENATO PERON COELHO
ANTÔNIO JOSÉ PINHEIRO SARAIVA
JOSÉ FERNANDO COSTA
RICARDO CHEDID
CARLOS RAZUK
CARLOS THEODORO ANDRADE JURGIELEWICZ
18 – Campo Grande-MS, MAIO de 2009
PORTEIRA ABERTA
Rugas do tempo
Osvaldo Piccinin
Gosto de apreciar o entardecer, assim
como ficar horas a fio vendo a chuva cair.
Não me incomoda o zunido do vento forte
na minha janela, e também me emociono vendo o raiar do dia, principalmente quando estou no Pantanal, nagevando nas águas turvas do Rio Paraguai. “Para mim o vento que
assobia é cantiga de ninar”. Nestas horas não
tenho dúvida da existência de Deus, pois sinto sua presença em cada gesto da natureza;
até mesmo quando eles são brutos e devastadores. “Tudo está em seu lugar, graças a Deus”!
Já tive muita pressa de fazer dez anos,
depois quinze, depois dezoito, vinte e um etc.
Hoje tento segurar os ponteiros do relógio
para retardar o tempo, mas é em vão. Ele
nasceu para passar e cumpre religiosamente
sua missão. Quando a ansiedade nos domina, o tempo torna-se moroso, indolente, te-
mos a sensação de que às vezes precisamos
empurrar o dia com as mãos para vê-lo passar mais rápido.
Algum sábio, provavelmente dois deles, um ansioso e o outro, quiçá, vaidoso,
inventaram respectivamente, o relógio e o
espelho. Estes dois utensílios fazem parte
de nosso cotidiano e nos perseguem por
toda vida. Somos seus reféns e todo santo
dia, é a mesma rotina: ao acordar conferimos a hora, bem como a nossa aparência
no espelho. Checamos se apareceu mais
uma nova ruga no velho rosto, mais um
cabelo branco entre tantos, aliás, no início
até nos damos ao luxo de arrancá-los, mas
logo em seguida aparecem tantos e tantos,
que desistimos.
Este processo de envelhecimento é praticamente imperceptível em nosso dia a dia.
S ó nos damos conta que o tempo passou
quando olhamos para as fotos antigas e
Movimento dos trabalhadores sem
terra (MST), a realidade dos fatos
Guaraci Vieira de Almeida
Nos anos 1970,em viagens pelo interior do Estado de São Paulo, com destino a Belo Horizonte (MG), na companhia de minha mulher e duas filhas, contemplávamos alinda paisagem formada
pelo verde das plantações de milho e
soja,e pelo branco dos rebanhos de gado
Nelore.Saudades,muitas saudades daquela época.
Esta bela paisagem dos campos paulistas só era desfigurada nos finais de
tarde, quando cruzávamos por caminhões toldados e lotados dos chamados
boias frias. Eram homens,mulheres e
crianças sujos e maltrapilhos,que voltavam dos trabalhos na lavoura .
Distribuição de terra é da alçada do
poder público, e, em razão disto, tornase problema crônico,dada a falta de
vontade política ou a ação de governo
populista, que, em cumplicidade com
maus companheiros, alimenta, artificialmente, a esperança dos trabalhadores.
Em Mato Grosso do Sul, o programa
de colonização (Dourados, Mundo Novo),
pela sua timidez,não resultou em solução da questão agrária no Estado.
Diante da inoperância dos governos,
os trabalhadores começaram a movimentar-se sob o comando de líderes.
Os boias frias estavam entre os
primeiros trabalhadores recrutados.Os
contingentes do movimento social foram
crescendo,e hoje vivem em acampamen-
tos e assentamentos improdutivos, precariamente assistidos pelo governo.
Os trabalhadores são assentados
em áreas,muitas vêzes, de solo arenoso, impróprio para o plantio de grãos
e sem assistência técnica.Vivem de
esmola do governo (cestas básicas) e,às
vezes,muitos trabalhando como boias
frias em fazendas vizinhas.
Lamentavelmente, o movimento social, sob a liderança do Sr. João Stédile
e outros fundamentalistas, deu início à
prática condenável de invasão de propriedades rurais, apoiada e revigorada pelo
governo Lula,ao não dar continuidade à
decisão do governo anterior de não desapropriar fazendas invadidas.
A continuar do jeito que está, verdadeira reforma agrária nunca acontecerá. Persistirão a baderna,a agitação no
campo e a intranqüilidade dos produtores rurais.
Nós, produtores rurais, temos que
ser os primeiros a exigir a reforma
agrária, rejeitando o confronto armado, pressionando o governo e clamando por medidas preventivas e ações
mais rápidas. Não podemos trabalhar
em situação de intranqüilidade e sujeitos a ataques traiçoeiros, sob o comando de radicais, que já deveriam ter sido
submetidos ao rigor da lei.
Guaraci Vieira de Almeida
Produtor rural
[email protected]
para a idade de nossos filhos e netos. Às vezes achamos que os amigos envelheceram
mais rápido que nós e este também pode ser
um sinal dos tempos idos, sem nos esquecer
que depois dos cinqüenta entramos na fase
do “Condor”, nenhuma semelhança com o
pássaro, apenas com dor aqui com dor ali.
Há algum tempo atrás achamos que minha velha mãe gostaria de fazer uma plástica de rejuvenescimento. Seu rostinho miúdo de oitenta anos, por sinal muito enrugado, não deixa nenhuma dúvida que o tempo
deixou lá suas profundas marcas. Claro que
ela se negou a aceitar nosso presente e nos
deu a entender que tinha orgulho de suas
rugas, pois elas eram testemunhas de uma
vida toda de dedicação á família. Cada vinco
de sua face carrega uma história que nos
enche de orgulho, como filhos.
Quando a questionei o porquê dela não
aceitar, tive uma resposta simples, mas sábia
e verdadeira. Disse-me ela: - É bobagem tirar as rugas, porque por dentro vou continuar parecendo uma velha. Você está certa
INFORME AGROPECUÁRIO
mãe, afinal cada ruga de seu rosto é um tijolinho que ajudou construir sua longa e bonita história de vida, na maioria do tempo muito sofrida.
Com rugas ou sem rugas o mais importante é a certeza do nosso dever cumprido.
Tenho inveja, no bom sentido, daquelas pessoas que chegam aos oitenta anos com saúde e lucidez, tendo criado e dado educação
a todos os filhos, ter conhecido todos os
netos e não ter enterrado nenhum de seus
queridos entes mais próximos. Isso é uma
dádiva de Deus!
Digo sempre aos meus filhos que se eu
tiver a graça de ser um desses premiados
octogenários, arrumarei minha malinha discretamente e aguardarei o “homem” me chamar, pois creio que nossas cortinas se abrirão num outro cenário na eternidade.
Afinal não conheço ninguém que ficou
para semente ou será que existe?
E VIVA AS RUGAS DO TEMPO!
[email protected]
Bambu, um negócio
interessante
Luis Fernando Schardong
Que o plantio de florestas de madeiras comerciais de ciclo médio e longo (12 a 25 anos) é um excelente negócio não restam dúvidas. Planejar um florestamento em escalas e anuais com árvores de boa madeira e bom rendimento, sem esquecer assistência técnica, é
garantir um futuro financeiro tranqüilo. Algumas espécies são verdadeiras
máquinas de fotossíntese, transformando a energia solar em madeira bruta e
de boa qualidade. Não é difícil de se concluir que o prazo que a floresta necessita para se desenvolver renderá bons dividendos, adotar o hábito de formar
uma parcela de floresta para industrias
de beneficiamento de madeira todos os
anos é uma ótima estratégia de longo
prazo, uma boa receita para se passar
de geração em geração, receita no bom
sentido, $ !
Florestas são investimentos seguros
por diversos motivos; mercado abrangente e firme, alta rentabilidade frente
ao capital investido, baixo custo de manutenção até o corte final, caso queira,
pode deixar a floresta em pé para melhor momento de comercialização, beneficiar a madeira na fazenda agrega
mais valor, bons motivos não faltam.
Por outro lado, vem chamando a
atenção um novo produto neste mercado tão antigo, o bambu.
O mercado mundial vem receben-
do de braços bem abertos este singelo
vegetal, por ser altamente sustentável,
ecológico e resistente, o bambu rachado, serrado, aplainado, colado e prensado pode formar ripas, caibros, vigas,
tabuas, pisos e pranchas que substituem a madeira.
Temos em muitos Municípios do
nosso Estado um bambu nativo, conhecido por todos como “TAQUARUSSÚ”,
este bambu tem boas qualidades para
construção civil e beneficiamento, podendo se transformar em produto de
exportação de nosso Estado se bem trabalhado, se você tem este bambu em
sua propriedade, preserve-o, e passe a
informação adiante, lembrando que em
APP não se pode manejar sua produção.
Plantar uma pequena área com
bambus comerciais pode lhe trazer
muitos benefícios como: acompanhar
o desenvolvimento da cultura, verificar quais espécies tem boa adaptação
em sua propriedade além de formar
um banco de matrizes para futura ampliação de área ou comércio de mudas, brotos para alimentação, colmos
para artesanato, construção, lenha, industria de beneficiamento(no futuro),
proteção contra ventos e erosão, e o
que mais a sua imaginação oferecer.
Trata-se de um nicho de mercado que
pelos sinais, esta dando certo e tem
futuro.
[email protected]
Campo Grande-MS, MAIO de 2009 –
COLUNA JURÍDICA
INFORME AGROPECUÁRIO
19
Da desobrigatoriedade (e desnecessidade) de cartões de ponto
para estabelecimentos com menos de 10 empregados
O art. 4º do Decreto 73.626/73 (Normas Regulamentadoras do Trabalho Rural)
determina seja aplicado o art. 74 da CLT nas
relações de trabalho
rural.
Dispõe este art.
74/CLT que o horário
de trabalho deverá constar de um quadro organizado conforme modelo expedido pelo
Ministério do Trabalho, e afixado em lugar
bem visível. E, segundo o parágrafo 2º deste
dispositivo legal “para os estabelecimentos de
mais de dez trabalhadores será obrigatória a
anotação da hora de entrada e de saída, em
registro manual, mecânico ou eletrônico ...
devendo haver pré-assinalação do período
de repouso”.
Conforme se pode observar, a obrigatoriedade de adoção de controles de ponto é para
estabelecimentos com mais de dez empregados, no entanto alguns empregadores vêm
adotando tais controles em estabelecimentos
com menos de dez empregados, achando, conforme informações pessoais colhidas por nós,
que estão não só cumprindo a lei, como beneficiando-se, pois passam a ter a posse de um
documento, com assinatura do empregado,
confirmando o suposto real horário de trabalho cumprido por este. Em tese, em interpretação leiga, até parece que há vantagem ao
empregador.
Ledo engano, no nosso modesto
entendimento, e assim nos pronunci-
BOLETIM INFORMATIVO – MARÇO 2009
Mão-de-obra e serviços
SALÁRIO MÍNIMO RURAL: R$ 465,00
MÉDIA/R$:
N° INFORMAÇÕES
Técnico Agrícola
942,60
02
Inseminador
545,71
02
Encarregado de Máquinas
620,13
01
Op. de Máquinas de Esteira
933,80
04
Tratorista - pneus
530,32
04
Motorista
602,77
02
Capataz de Campo
981,36
06
Retireiro
490,76
05
Peão Campeiro (tralha própria) 554,40
07
Praieiro/Caseiro (serv. manuais) 464,80
04
Cozinheira
464,80
04
Diária Bruta (empreiteiro)
23,00
02
Doma de Cavalo (gratificação) 248,12
03
Aceiro Leve/KM (pé da cerca)
Aceiro Pesado/KM (1,5 mts cada lado) Roçada de Pasto Pesado/Há (manual) Roçada de Pasto Leve/Há (manual)
Tirar e Lampinar Poste
3,30
03
Tirar e Lampinar Firme
5,20
05
Tirar e Lampinar Palanque
(3,20mts)
Fincar Poste 4 fios c/ balancins 3,30
03
Fincar Poste 4 fios s/ balancins 3,30
03
Trator de Esteira D-4 / hora
140,00
01
Trator de Esteira D-6 / hora
200,00
03
Trator de Pneu Traçado
140 CV acima/hora
111,19
01
Pá carregadeira W-20 / hora
99,43
01
Motoniveladora / hora
150,00
01
Caminhão Caçamba
Trucado / hora
65,00
02
Caminhão Caçamba Toco / hora 50,00
02
Colheita de Grãos (mecanizada)
5 a 8% do Valor do Produto
FONTE: -ASSOCIAÇÃO RURAL DO VALE DO RIO MIRANDA
OBSERVAÇÕES: TODOS O VALORES CONSTANTES NESTE BOLETIM,
SÃO VALORES BRUTOS SEM QUAISQUER DESCONTOS, JÁ ACRESCIDOS DE TODOS OS BENEFÍCIOS.
amos pelas razões abaixo:
Primeiramente, porque o ônus incumbe
a quem alega, sobretudo quando se trata de
tentativa de prova de fato excepcional que, no
caso, são as horas extraordinárias, pois o normal se presume (trabalho em horário normal
de 44 horas por semana, no caso de trabalho
rural). Em outras palavras, em uma ação judicial quem tem o dever de provar horas extras
é o empregado, havendo ou não controles de
ponto (art. 818/CLT). Assim, se em qualquer
hipótese a responsabilidade para provar labor extraordinário é do empregado, e mediante prova testemunhal, que o judiciário entende, via de regra, prevalecer sobre a documental, não faz sentido o empregador adotálos, levando a Juízo documento sob o qual está
desobrigado. Além do mais terá de gastar com
MERCADO AGROPECUÁRIO
MERCADO BOVINO | BOI | Para 30 dias | C. grande
Frigorífico
Arroba
Kg carcaça
Bertin
R$ 71,00
R$ 4,73
Friboi
R$ 67,00
R$ 4,46
MERCADO BOVINO | VACA | Para 30 dias C. Grande
Frigorífico
Arroba
Kg carcaça
Bertin
R$ 65,00
R$ 4,33
Friboi
R$ 63,00
R$ 4,20
Obs: Cotações de 06/05, para animais rastreados,
coletadas nos frigoríficos. Fonte: Midiamax
MERCADO FUTURO (BM&F) - DIA 08/05
Venc.
Mai/09
Jun/09
Jul/09
Ajuste
(R$/@)
77,55
79,51
82,35
Var. (R$)
0,35
0,47
0,59
C. A.
6.748
570
1.291
Esalq/BM&F - Boi gordo
Data
06/05
07/05
08/05
Vista
77,86
77,92
77,78
Prazo
79,10
78,78
78,57
Fonte: BeefPoint, IEA, CentroBoi, Faeg, Deral/
Seab/PR, Minas Bolsa, Banco Central e BM&F
LEITE PAGO AO PRODUTOR: R$ 0,48 (Tipo C)
Fonte: Ceasa - 11/05/2009
GRÃOS
Preço pago ao produtor
Soja - saca de 60 kg
R$ 42,20
Milho - saca de 60 kg
R$ 17,00
SUÍNOS
Preço pago ao produtor
Arroba
R$ 28,50
Fonte: Ceasa MS - 11/05
Kg vivo
R$ 1,90
aquisição ou confecção dos mesmos, ensinar
o empregado a usá-los, conferir as anotações
para verificar se foram feitas corretamente,
com a devida rubrica diária ou assinatura ao
final do mês pelo empregado. Enfim, atrai
para si um encargo desnecessário.
A dois, porque os empregados rurais geralmente têm dificuldades em lidar com documentos, podendo fazer anotações equivocadas, o que constituir-se-ía em prejuízo à
validade do controle de ponto, não surtindo,
pois, o efeito jurídico tão esperado pelo empregador.
A três, na hipótese do empregador pretender ele mesmo fazer a anotação em substituição ao empregado, a fim de evitar o fato
acima, colocará em dúvida a veracidade do
controle de ponto, pois embora não haja obrigação legal de anotação exclusivamente pelo
empregado, não corresponde, em tese, à realidade, na medida que não está o empregador
sempre presente nos horários que exigem as
devidas anotações, embora haja, posteriormente, a aposição da assinatura do trabalhador.
A quatro, porque se houverem anotações
com horários invariáveis, britânicos, tais controles de ponto passam a não ter validade pelo
judiciário, conforme entendimento dominante, salvo raras exceções, pois é impossível o
empregado, todos os dias, olhar para o relógio
e esperar o horário exato de entrada e de saída
para iniciar e terminar a sua jornada de trabalho, segundo entendimento constante da Súmula 338, III, do TST. Neste caso, pode até
mesmo o juiz, e aqui não há nenhum absurdo,
diante da evidente distorção da realidade, inverter o ônus da prova, por levar a Juízo, o
empregador, documento inidôneo, residindo
aqui a gravidade da questão. Enfim, o empregador que possuía os controles de ponto, perde o direito de aproveitá-los, pelo seu mau
uso. E, o pior, passa a ter de provar os horários
consignados em tais documentos.
Cabe destacarmos as dúvidas a este respeito suscitadas pelo jurista Mozart Victor
Russomano, na obra Comentários à CLT, vol. I,
Ed. Forense, 15ª ed, assim lecionando: Encontramos, muitas vezes, pequenas empresas anotando a assiduidade em pequenos cadernos
feitos para esse fim. Neles só quem escreve é o
empregador. Que valor jurídico podem ter
esses cadernos se o empregado não os rubrica, se são confeccionados longe de sua fiscalização? Que prova podem fazer em juízo em
benefício do empregador, que foi quem os anotou, livremente?
Tudo exposto, não recomendamos a adoção de controles de ponto para estabelecimento com menos de dez empregados. E, para os
demais, jamais lançar horários invariáveis,
britânicos.
Eduardo C. Leal Jardim
Assessor Jurídico SRCG
30.04.2009
20
– Campo Grande-MS, MAIO de 2009
EVENTOS
INFORME AGROPECUÁRIO
Tortuga promove II Simpósio de Confinadores
O II Simpósio Tortuga de Confinamento
de Bovinos de Mato Grosso do Sul foi aberto
com a presença de confinadores e palestrantes do Estado e do País. A Tortuga Cia Zootécnica Agrária de MS existe desde 1954 e se
firmou como líder de mercado vendendo produtos de nutrição e saúde animal. De acordo
com o engenheiro agrônomo e gerente da
empresa, Raul Marcos Gaspar, a “Tortuga tem
como compromisso promover o progresso
da pecuária brasileira e difundir as novas tecnologias ligadas ao campo”.
A primeira palestra foi ministrada pelo
zootecnista e professor do Departamento de
Ruminantes da Unesp (Universidade Estadual Paulista), de Botucatu, Mario de Beni Arrigoni, que tratou dos “Sistemas de produção
intensiva para bovinos jovens”. Para ele, o
ideal é que o produtor diminua o tempo de
recria que hoje detém 47% do tempo de produção e invista mais na cria que ocupa 22%,
e engorda com 31%. “Eficiência é sinônimo
de economia. É melhor baixar os custos de
produção abatendo 20 dias antes o animal e
investindo mais na cria, porque falta vaca
no mercado, e na engorda onde tem menos
produtores investindo”, aponta.
Segundo o professor, a Brascan Cattle S/A
investe na cria dos animais e possui lotes de
cabeças acima de 245 quilos. Por isso são
mais caros no creep feeding dos últimos dois
meses. “O desmame ocorre entre o sétimo e
oitavo meses. Os bois são jovens e superprecoces, o que dá maior rentabilidade e
lucro aos confinadores. Todos os anos os
animais são disputados nos leilões”, analisa
o professor. A interação entre ‘animal e coxo’
é mais eficiente, econômica e lucrativa.
A segunda palestra, que abordou o tema
“Manejo estratégicos em confinamentos” foi
discorrida pelo zootecnista Ruy Felipe Morais, que evidenciou as diferentes necessidades de cada região. “Cada região tem sua
vocação, por isso temos que buscar o que é
mais eficiente para o animal”. Logo na entrada do animal na propriedade é preciso
realizar o manejo sanitário que inclui a vermifugação, vacina e ADE injetável. “Hoje um
da diminuiu 32%. De outubro de 2008 a
março de 2009, os preços destes produtos
caíram no mercado interno, mas não diminuiu a demanda, segundo o consultor. Ou
seja, as grandes redes varejistas continuam
faturando em cima dos clientes. “Em uma
década, houve crescimento de 650% no volume exportado e 1.000% nos faturamentos”.
O engenheiro indica que a relação boi versus
bezerro é boa para o Brasil que tem mais potencial que outros mercados.
Segundo o diretor da Scot Consultoria,
a produção do Uruguai está no limite. A economia da Argentina está em frangalhos e há
auto-embargo. A União Européia é pouco
competitiva e os Estados Unidos estão com
os custos em alta. Na Austrália a seca impede
a produção. No perfil a longo prazo traçado
por ele, o aumento de consumo da carne
bovina até 2017 chegará a 41%. O evento
ocorreu no Novotel, no dia 05 de maio das
8h às 18h.
Evento em Campo Grande reuniu diretores da empresa, técnicos e confinadores
animal magro pode representar 85% do custo de produção, mas se o preço do animal é
menor, depois da engorda, isso se reflete em
lucro”, conta.
No período da tarde, o médico veterinário do Departamento Técnico da Tortuga e
organizador do evento, Lessandro Dossi realizou a terceira palestra sobre “O perfil atual
dos confinamentos em Mato Grosso do Sul”.
Ele começou explicando que o rebanho sulmato-grossense gira em torno de 19 milhões
de cabeças, representando 10% do rebanho
nacional. O abate anual chega a 4,8 milhões
de animais, 10% do abate nacional. Dados da
Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária
Animal e Vegetal) apontam que dos 3.979.727
animais abatidos no Estado no ano passado,
17.078.53, ou seja, 42,9% das cabeças eram
de fêmeas. Noutros estados, 690.050 cabeças de gado de MS foram abatidas, isso representa 17,3% do total.
Outro fato destacado pelo veterinário é
a vantagem de diversificação da pastagem
entre o boi e o pé de eucalipto, por exemplo.
“Boi na sombra não é desvantagem para o produtor. Se der
problema com o gado tem as
árvores para revender para a
indústria”, contextualiza.
O Estado possui um confinamento adequado para 20
mil cabeças de gado em Brasilândia, 20 estabelecimentos
que comportam de cinco a 21
mil animais, 76 locais que são
capazes de abrigar de um mil
a cinco mil animais e 100 confinamentos suportam até mil
cabeças. A proposta do confinamento dentro da propriedade de gado de corte do MS é
Leandro Dossi, da Tortuga, é o realizador do evento
TORTUGA
que o local permita dobrar a produção de
A Tortuga possui atualmente quatro
carne numa mesma área. Mas sem planejaUnidades Industriais de Nutrição Animal em
mento o confinamento não é lucrativo. Para
funcionamento: Mairinque/SP, São Vicente/
Lessandro Dossi, os 197 confinamentos deSP, Lavras/MG e Pecém/CE. Além disso, há um
vem investir em tecnologia. “O planejamenLaboratório de Saúde Animal no bairro de
to do fornecimento diário da alimentação, a
Santo Amaro, em São Paulo/SP, além de quajornada de trabalho padrão e a adequação
tro centros experimentais, uma centena de
de mão-de-obra, ajudam no trabalho”.
unidades demonstrativas de campo, laboraConforme ele, a dieta de confinamentórios de controle de qualidade, centros de
to de grão inteiro não é recomendável.
desenvolvimento de produtos e equipe téc“Dentro da dieta, o animal precisa de 35%
nica própria.
de amido para ser bem nutrido, entretanA Tortuga também expandiu sua atuação
to, a alimentação com grão inteiro equipara mais de 17 países na América Latina e
vale a 70% de amido. O gado ficou mais
Europa: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia,
magro na avaliação que fizemos durante
Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala,
um mês na fazenda Cassadinha”, inforHonduras, Itália, México, Panamá, Paraguai,
mou.
Peru, Republica Dominicana, Uruguai, VeneJá o último palestrante, engenheiro agrôzuela e outros, com a presença de técnicos e
nomo e diretor da Scot Consultoria, Alcides
equipe de vendas especializada.
Torres, traçou a “Situação atual e perspectiA empresa foi a primeira indústria da
vas da pecuária brasileira”. O consultor coAmérica Latina a conquistar a Certificameçou informando que nos últimos anos o
ção Internacional de Boas Práticas de Faabate da fêmea aumentou porque o preço
bricação Nível 3, reconhecido pelo Gloda arroba estava ruim. “Melhora o preço dibalGap.
minui o abate da fêmea”. As
épocas em que a arroba do
boi tinha bons preços foram
as dos anos de 2003 a 2007.
Ele explicou que nos últimos
anos a única coisa que diminuiu o preço da arroba foi a
crise financeira mundial. “Essa
crise é pior que a de 1929, por
isso, tem que se investir e ajudar as empresas”, comenta o
diretor.
Depois da crise o preço
do boi caiu 15% , do bezerro
teve queda de 16%, a carcaça
também teve o preço reduzido em 15% e a carne exporta- Mario de Beni Arrigoni, professor da Unesp (Botucatu)
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