Programa Curricular Anual
2015/2016
“ A Família e suas Profissões
Eu quero ser…!”
Programa Curricular:
“ A Família- e suas Profissões”. Eu quero ser!
[2015/2016]
Nota Prévia
Na sequência do que tem sido a evolução da ciência sobre a mente
humana e a sua relação com a ciência educativa, o Jardim “Infantil Branca de
Neve das Irmãs da Misericórdia”, vem acompanhando há várias décadas os
desenvolvimentos das pesquisas mais atuais, que demonstram a importância
da inteligência emocional (QE) de cada pessoa e o papel das emoções no
comportamento humano. Ou seja, valorizamos a promoção das competências
emocionais e sociais como meio eficaz para promover a educação com vista a
formar pessoas com resiliência, curiosas, participativas, interessadas e
ousadas, que no caminho da sua auto-formação/educação encontram espaço
para o Bem Comum e para solidariedade. Ou seja, adotamos a classificação
emergente QE ( Quociente Emocional) como base, do sucesso e realização
pessoal e profissional, contributo para o sucesso e da inclusão escolar, no 1º
ciclo.
Temos como base de trabalho, a Doutrina Social da Igreja e as bases
da educação católica que assentam na promoção do valor da dignidade
humana. Reconhecendo que cada criança é um Dom de Deus único e
irrepetível, um Ser uno dotado de corpo e espírito, que deve ser respeitado e
amado, proporcionando-se-lhe um caminho educativo de qualidade na procura
do bom, do belo e do verdadeiro.
È nossa opção pedagógica, além do mais, a conjugação do método da
Pedagogia de Situação, com o Carisma do Instituto das Irmãs da Misericórdia
para o qual a qualidade dos serviços é aferida pelo profissionalismo de quem
serve os Irmãos e a humanidade com que o faz. O Jardim Infantil Branca de
Neve das Irmãs da Misericórdia, adota há várias décadas, uma forma de
pedagogia que estimula a participação e promove precocemente a formulação
da opinião, estimula a curiosidade, o respeito pelas diferenças, a escolha
responsável, a crítica construtiva fundamentada, o amor ao próximo e o
interesse pelo Bem Comum, como parte integrante do desenvolvimento
harmonioso da personalidade de cada criança.
Porque, para esta equipa “ O maior desafio da educação não é conduzir
as pessoas a executarem tarefas e dominarem o mundo que as cerca, mas,
conduzi-las para que passem a liderar os seus próprios pensamentos, o seu
mundo intelectual.
É possível ter estatuto social e ser uma pessoa insegura diante das
contrariedades, incapaz de gerir as situações stressantes. É possível ter
sucesso económico, mas ser “ um rico pobre”, sem o prazer de viver, de
contemplar os pequenos detalhes da vida. É possível viajar pelo mundo e
conhecer vários continentes, mas, não caminhar nas trajectórias do seu
próprio ser e conhecer-se a si mesmo(…)” Augusto Curry in “ O Mestre dos MestresJesus o maior educador da História”.
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Jardim Infantil Branca de Neve
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O que se pretende é inverter as tradicionais características da educação
em que as crianças são meros “espectadores passivos” e contribuir com
ferramentas que lhes permitam descobrir de forma natural, cada um no seu
tempo, a beleza de serem protagonistas da sua vida, “atores e co-atores do
seu destino” .
Assim este ano lectivo pretendemos, “Abrir caminho em família.”(Papa
Francisco- 8-11-2014), inspirados pelo Sínodo da Família, adotando como nosso o
que o Instrumentum laboris para a Escola Católica propõe:
“Educar hoje e amanhã, uma paixão que se renova!”
CAP. 1 Tema, Ideias e princípios
do Programa Curricular do ano lectivo de 2015/2016:
“ A FAMÌLIA e suas Profissões”
Eu quero ser…!
I)
 “ A família permanece sempre a célula da sociedade, o lugar
primário da educação. É a comunidade de amor e de vida, na
qual cada pessoa aprende a relacionar-se com os outros.(…)
 E graças às bases adquiridas em família, é capaz e se
projectar na sociedade, de frequentar positivamente outros
ambientes formativos, como a escola (…)
II)
 Todas as vocações dão os primeiros passos na família, e
trazem consigo a característica da mesma durante a vida
inteira.(…)”
( 8-11-2014 Papa Francisco)
 “ O segundo âmbito em que florescem os talentos da pessoa
humana é o trabalho.”

(Papa Francisco 25-11-2014)
III)

“Assim, nesta integração entre os fundamentos assimilados
em família e as experiências “externas” ( onde se inclui o
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espaço educativo) aprendemos a encontrar o nosso lugar no
mundo”.Papa Francisco 8-11-2014
CAP. II Desenvolvimento do Tema
A família é o espaço privilegiado de experiência de valores e descoberta dos talentos
e sonhos que nos caracterizam.
“ … no coração do homem e cada mulher, habita um anseio duma vida
plena que contém uma aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo á
comunhão com os outros, em que não encontramos inimigos ou
concorrentes, mas, irmãos que devemos acolher e abraçar. (…)
Na realidade, a fraternidade é uma dimensão essencial do homem, sendo
ele um ser relacional. A consciência viva desta dimensão relacional levanos a ver e tratar cada pessoa como uma verdadeira irmã e um verdeiro
irmão; sem tal consciência torna-se impossível a construção de uma
sociedade justa, duma paz firme e duradoura. (…)” Papa Francisco, 24 de janeiro de
2014
Através do presente documento pretendemos fixar as linhas gerais do
tema e da Programação Curricular/ Pedagógica para o ano letivo de
2015/2016 do Jardim Infantil Branca de Neve das Irmãs da Misericórdia,
IPSS com a valência principal de educação Pré-Escolar, de inspiração católica,
que se rege pelos valores da Doutrina Social da Igreja, cuja preocupação
primordial é promover o valor da dignidade de toda a pessoa humana com
vista á formação integral de homens e mulheres de amanhã, centrando-se o
trabalho na pessoa única e irrepetível de cada criança por quem nos tornamos
co- responsáveis.
A par da Doutrina Social da Igreja, numa lógica sempre presente de
Educação para os Valores, são também respeitadas as Orientações
Curriculares para a Educação Pré- escolar (amplamente referidas no
Regulamento Interno), uma vez que este estabelecimento faz parte da Rede
Solidária de Educação Pré – Escolar inserida na Rede Nacional.
A programação curricular, tem em conta o trabalho dirigido à
personalidade global da criança, como objectivo de a ajudar a acrescer e
desenvolver-se integral harmoniosamente. Para tanto, serão respeitadas,
trabalhadas e estimuladas as várias características e qualidades pessoais de
que todas as crianças são dotadas, como por exemplo: a inteligência, vontade
própria, emotividade, criatividade, desejo de conhecimento, de recompensa,
necessidade de comunicação e relacionamento, de aceitação e, muito
especialmente, o dom que possui de gostar de forma natural e espontânea de
dar contributo pessoal e responsável para o mundo à sua volta, perante os
desafios concretos que lhe são colocados por cada situação de espaço, tempo
e vivência em cada momento. Concretizando-se nesta forma de educar a
Pedagogia de Situação de Gisèle Barret, que este Jardim Infantil vem
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aplicando ao longo dos anos. Ou seja, convida-se a criança a participar no seu
próprio destino, como protagonista de cada situação com que é confrontada,
convidando-a a participar no seu processo de aprendizagem. Desta forma
desenvolve-se, entre outras, a sua capacidade de exercício do direito a uma
cidadania participada, em que a sua reflexão, a sua opinião, o seu sentir são
importantes.
Torna-se, portanto, essencial promover a criação de um ambiente
sereno e disciplinado que facilite a aprendizagem, promova a integração
afetiva, incite à descoberta das coisas e, por conseguinte, solicite a
participação ativa e promova a autonomia de cada um, de acordo com as suas
características pessoais.
“Identificar-se é pertencer” esta afirmação do Papa Francisco, contém
em si uma certeza básica que faz parte das preocupações pedagógicas desta
equipa Educativa, no sentido de procurar trabalhar as referências essenciais a
uma educação integral, como por exemplo, desenvolvimento de experiências
que permitam á criança encontrar o seu espaço de pertença na escola e na
família, no grupo de pares e na comunidade a que pertence.
Neste espaço de acolhimento e crescimento, desejamos ser um
contribuindo verdadeiro para que as crianças conheçam e criem as suas
raízes, elemento indispensável ao sentimento de pertença que confere
equilíbrio, segurança e esperança a cada pessoa.
Este ano, daremos especial atenção á memória na relação de
vinculação geracional, para as crianças descubram a beleza da continuidade
entre o passado, o presente e o futuro que transmite “verdadeiros horizontes
de sentido” da vida humana.
Desejamos que caminhem na descoberta da beleza do “sentimento de
pertença a uma história com o vínculo com o futuro possível, um futuro que
interpele cada um e dinamize o presente” Jorge Bergolio in “ Formar exigência e
Paixão”
 Assim, o tema central do Programa Curricular/Pedagógico é o despertar
para a beleza das experiências vividas na Família, com a realização
pessoal e profissional dos seus membros:
“ A FAMÌLIA e suas Profissões”
Eu Quero ser…
O tema visa dar continuidade ao tema do ano anterior, ou seja, dar
continuidade ao trabalho sobre a tolerância e o respeito pelo outro com
as suas características pessoais culturais e de personalidade. Todos
diferentes e todos igualmente bem amados por Deus! Com especial
interesse nos princípios de que:
I)
 A família permanece sempre a célula da sociedade, o lugar
primário da educação. É a comunidade de amor e de vida, na qual
cada pessoa aprende a relacionar-se com os outros.(…)
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 E graças às bases adquiridas em família, é capaz e se projectar na
sociedade, de frequentar positivamente
formativos, como a escola (…)
outros
ambientes
Procuramos, neste ciclo de temáticas a trabalhar anualmente, fazer uma
ligação entre as mesmas, por forma a que todos nos sintamos envolvidos e
nos reconheçamos, nos temas e no valor dos mesmos para a nossa vida e
vida de cada um das crianças que irá explorar mais detalhadamente os temas
propostos.
O tema da “Família e suas Profissões”, vem dar continuidade ao tema do
ano lectivo anterior- Multiculturalidade- Onde está o teu irmão? Juntos
descobrimos o amor fraterno como irmãos e irmãs.(…)”
Este ano, tendo em conta a circunstâncias conjunturais por que passamos no
mundo e comunidades em que nos inserimos socialmente, vamos ligar o
respeito pelas diferenças trabalhadas o ano passado, com o valor inestimável
da experiência familiar de cada criança e cada adulto, bem como, a realização
pessoal e profissional pela escolha da Profissão- o trabalho digno- que permite
a aquisição de meios para criação da família e uma vida condigna.
É fundamental não deixar “roubar” a esperança de cada criança no futuro!
Assim trabalharemos as profissões com base nos princípios seguintes:
II)
 Todas as vocações dão os primeiros passos na família, e trazem
consigo a característica da mesma durante a vida inteira.(…)”
( 8-11-2014 Papa Francisco)
 “ O segundo âmbito em que florescem os talentos da pessoa
humana é o trabalho.”

(Papa Francisco 25-11-2014)
Este caminho só é possível com o testemunho dos adultos, não obstante todas
as contrariedades da vida e eventuais medos do momento por que vivam. Daí
ser fundamental o envolvimento de cada membro da família, no objectivo
concreto de transmissão de fé e esperança no futuro.
Certos de que a Deus nada é impossível, cada um dos vossos filhos terá
oportunidade de perceber que é ator e co- ator do seu próprio destino.
Intimamente ligado ao tema da FAMÌLIA, á dignidade e valor de cada um e de
todos os membros que dela fazem parte, está o contributo do trabalho
condigno, daí a ligação às PROFISSÕES.
Razão pela qual ligámos o tema da família à descoberta do que “ eu quero
ser…”
Entendemos que, abrir as portas do sonho à realização pessoal é um trabalho
que pode e deve ser feito desde já, durante a fase privilegiada da consciência
disponível e curiosa sobre o mundo e a realidade que nos rodeia, tendo em
conta o passado, o presente e a indispensável necessidade de acreditar no
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futuro, num mundo melhor, feliz onde posso fazer coisas que gosto e me
realizam pessoal e profissionalmente.
Bem como, despertar a consciência de que o meu papel no mundo pode e
deve fazer a diferença na minha vida e na vida dos outros. Pois, o meu
contributo pessoal para o Bem Comum é precioso, útil e necessário para
cumprir a vontade de Deus, num mundo multicultural onde todos sem exceção
têm uma missão importante e se complementam.
A par de todas as preocupações que nos movem sobre o valor do diálogo, e o
respeito para a promoção da paz no mundo, onde vivem muitas pessoas
diferentes de nós( tema o ano lectivo de 2014/2015) este ano daremos uma
atenção especial á paz na família.
Contributo fundamental para que o haja harmonia no desenvolvimento de cada
criança e o crescimento da sua
Em conclusão o que se pretende este ano é que cada um descubra que
tem um papel fundamental e sonhe com o seu lugar no mundo,
descubra as suas raízes e pertença espacial, familiar, entre pares,
comunitária etc….
III)
 Assim, nesta integração entre os fundamentos assimilados em
família e as experiências “externas” ( onde se inclui o espaço
educativo) aprendemos a encontrar o nosso lugar no mundo.
No carisma que define as Irmãs da Misericórdia de Verona, faz todo o
sentido pela actualidade do tema ajudar a educar, desde já, as crianças que
temos o prazer de acolher e ajudar a crescer, para a construção de um mundo
mais fraterno e amigo das crianças. Começando por e valorizar as
experiências positivas vividas no seio da família, na escola e na comunidade
perspectivando o futuro ainda que imaginário e utópico.
Permanece este ano letivo, o interesse em dar continuidade ao
processo iniciado sobre os Valores e os Direitos Fundamentais, especialmente
experimentados em família, na escola e na comunidade educativa em geral
tais como: o amor ao próximo, a tolerância, a compreensão, a amizade
fraterna, o respeito pelo outro/sua cultura, a liberdade, a justiça, a reserva da
intimidade da vida privada, o perdão, a solidariedade, bem como, a
importância do humor e boa disposição em família, onde se aprende a
resiliência e outras ferramentas fundamentais ao desenvolvimento da
inteligência emocional de cada um.
Não há pois, rutura com o tema anterior mas, antes continuidade
educativa para que o valor da FAMILIA seja assimilado pelos vossos filhos de
forma natural no ambiente da “escola”, sentindo a escola como prolongamento
da família. Viajando para além das fronteiras do agregado familiar concreto”,
procurando, v.g. com o tema as PROFISSÔES tanto através do passado da
família ( avós e outros familiares), como no presente ( Pais/ tios/ Irmãos, outras
pessoas de referência…) e sonho com o futuro de cada um ( crianças).
Desta forma trabalharemos com os vossos filhos durante o ano,
especialmente os três lemas já expostos.
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Embarcaremos numa, nova volta ao mundo- a de cada Família e das
várias profissões que fazem parte da sua história concreta, ligando gerações e
despertando maior conhecimento sobre as suas raízes.
Descobriremos profissões que já não existem, profissões que desconhecemos
e despertaremos a beleza e o interesse de sonhar com “ Aquilo que cada um
quer ser!”
A arte será que cada criança perceba por si e de forma natural que esse ou
esses sonhos implicam um caminho que necessita da participação e empenho
da própria pessoa.
Na medida em que, o conhecimento de cada criança e a aquisição de
competências próprias dependem, necessariamente, da sua objectividade e
subjetividade, as metodologias respeitarão os ritmos cognitivos das crianças e
promoverão a seu espírito crítico e autónomo através da metodologia da
Pedagogia de Situação que vem sendo aplicada e amadurecida ao longo dos
anos e que tem dado resultados que correspondem às expectativas
pedagógicas desta comunidade educativa.
A par da Pedagogia de Situação em que o Plano do dia depende muito das
novidades (estado de espirito, experiência pessoal e/ou familiar e/ou outros
estímulos) trazidas pelas crianças, no contexto de sala, sobre os temas
inicialmente programados/propostos, usando o método do “portfolio” ,a
pedagogia do Jardim Infantil Branca de Neve das Irmãs da Misericórdia vai
buscar muita inspiração tanto à Escola Moderna, como à Pedagogia de Maria
Montessori sendo a sua base de atuação a Pedagogia Participativa.
CAP III.
Do Projeto Educativo
ao Programa Pedagógico- Curricular Anual
O presente Programa Curricular /Pedagógico tem por base o Projeto
Educativo do Jardim Infantil Branca de Neve das Irmãs da Misericórdia, para
consulta no site:wwwbrancadeneve.org.
O Programa Pedagógico – Curricular Anual, tem por finalidade fixar a
estratégia de acção para o ano de 2015/2016, sendo que a sua concretização
se fará através método da Pedagogia de Situação, uma forma de pedagogia
participativa, onde a criança é o centro do trabalho e, por conseguinte, é ela
muitas vezes que dita a dinâmica diária do grupo onde está inserida. Ou seja,
a criança é convidada e estimulada a participar proactivamente no desenrolar
das várias actividades em cada fase do processo sendo ela própria fonte de
busca de conhecimento, na medida em é cativada para questionar e descobrir
o que lhe é proposto. A par desta pedagogia o nosso Jardim de Infância vai
também beber alguma da sua inspiração sobretudo a Gisele Barret, Maria
Montossori e á Escola Moderna. E, para melhor concretizar os objectivos da
Pedagogia de Situação, que se caracteriza por ser uma pedagogia que
promove a participação ativa das crianças e restante comunidade educativa, é
usado o método de auto-avaliação do “portfolio”.
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Através deste método, toda a equipa educativa consegue perceber a
ligação estreita entre o que foi transmitido à criança e aquilo que ela assimilou.
O Programa Curricular Anual visa, além do mais, estabelecer
prioridades pedagógicas articulando com as metodologias educativas
escolhidas, nomeadamente:
- promoção dos valores no contexto da Multiculturalidade, centrado na
importância da família e da sua história, com vista a “educar para os Valores
Universais” professados pela Doutrina Social da Igreja, que promovem
primordialmente o valor da dignidade de toda a pessoa humana e
fundamentam as regras da boa e sã convivência entre os homens em busca
da sua felicidade;
- “promover a literacia” na medida em que as metodologias visam
estimular a busca de conhecimento e o interesse pela escola e estimular a
motivação que facilita a aprendizagem.
Propõe-se de forma lúdico-pedagógica que a criança participe na sua própria
educação, estimulando a sua capacidade de concentração, a sua curiosidade,
educando o seu ouvido para os sons fonológicos, estimulando pela arte a
criatividade e iniciativa própria proporcionando-lhe um melhor conhecimento
sobre as suas capacidades e competências adquiridas que lhe permitam a
realização pessoal e a auto-estima necessária a um processo de
amadurecimento educativo que permita o sucesso escolar.
Com a leitura de histórias às crianças, por exemplo, promove-se o pensamento
da criança e contribui-se para o desenvolvimento da linguagem com o
aumento de vocabulário, competências essenciais para preparar as crianças
para a aprendizagem da escrita e da leitura no 1º ciclo. Através dos contos
infantis tradicionais e outros, estimularemos a inteligência emocional, na
medida em que cada conto tem em si uma mensagem que não é entendida
por todos da mesma maneira, ou seja, trabalha-se a concentração mas
também a interpretação, na medida em que são interpelados a responder a
perguntas no final de cada história.
Manteremos a visitas à Ludo-Biblioteca do Agrupamento Escolar da Parede,
no dando continuidade á aproximação das crianças dos 4 e 5 anos a outro
espaço educativo- a Escola dos “crescidos”.
A “Filosofia para Crianças” ( 5 anos), é outra prática de estímulo do
pensamento, promove a crítica construtiva na medida em que requer um
pensamento sobre as coisas e um fundamento para as opiniões, neste
processo de busca de respostas mais ou menos espontâneas, estamos a abrir
espaço á liberdade, ao desenvolvimento da consciência, da responsabilidade e
promove-se o espírito participativo da criança. Competências que ajudam a
desenvolver a capacidade de raciocínio, fundamental para a aprendizagem da
aritmética/matemática.
Sendo uma IPSS de valência única de Educação Pré-escolar, que trabalha
com a primeira infância, compete-lhe como entidade de primeira linha de
Prevenção Primária, trabalhar no sentido da valorização da pessoa e do seu
percurso escolar, no intuito de dar um contributo responsável para o combate
ao insucesso e absentismo escolar.
As linhas aqui definidas têm por objectivo a valorização do ato lúdicopedagógico e do seu reconhecimento por toda a comunidade educativa,
nomeadamente, no processo ensino-aprendizagem, com vista a criar, desde
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cedo, um gosto especial pelo espaço educativo e um verdadeiro sentido de
pertença a esse espaço e comunidade.
Também a iniciação musical, contribui para o desenvolvimento de
competências de literacia, nomeadamente, a associação de sons, o
acompanhamento dos ritmos musicais, na musicalidade ou por rimas( que
fazem uma primeira abordagem da divisão silábica) , o treino da concentração
para decorar as letras das músicas, treino fonético etc…
Por ser uma realidade dinâmica, o espaço educativo do Jardim Infantil Branca
de Neve das Irmãs da Misericórdia, tem necessidade de se ir adaptando aos
novos contextos sócio- culturais e da ciência educativa e, por conseguinte,
tendo ao longo dos anos bom “feedback” sobre o percurso escolar das
crianças que saíram para o primeiro ciclo, deseja manter esta capacidade de
responder às necessidades e exigências de cada tempo, adaptando os seus
modelos e metodologias de acção por forma a ajudar ao desenvolvimento da
pessoa de forma integral, criando nas crianças um espírito motivado e
disponível para aprender, sendo a nossa intervenção transversal: ao nível
psíquico, espiritual, físico e cognitivo.
Na sua acção, respeita a base de trabalho das Orientações enunciadas em
termos gerais para a Rede Nacional de Educação Pré- Escolar, na LeiQuadro, que diz resumidamente o seguinte:
Príncipo Geral
“(…)a educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no
processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da acção
educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita relação,
favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em
vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário”.
Dos Objectivos Pedagógicos, entre os quais se destacam os seguintes:
 A necessidade de bem-estar psíquico- físico e de movimento;
 A necessidade de autonomia;
 A necessidade de brincar e interagir com os pares e adultossocialização;
 A necessidade de manipulação de objetos, de estímulos à
criatividade;
 e de desenvolvimento da expressão;
 A necessidade de auto-afirmação mas também de auto-disciplina.
Todas estes objectivos devem ser desenvolvidos num clima de
acolhimento e amor fraterno, de esperança e fé, com uma visão serena da
vida, para que a cada criança seja dado o direito ao tempo de viver a sua
infância com tempo para ser criança.
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CAP. IV
Planificação: Divisão das Etapas de Trabalho
Durante o Ano
“Juntos procuramos as nossas raízes e os valores que levam a
uma convivência sã, onde o amor fraterno, a tolerância, o perdão e a paz
contribuem para a construção de relações de verdadeira amizade. Faço a
experiência a partir da minha família, da minha sala, da minha escola e na
comunidade onde vivo. Desta forma aprendo a amar e respeitar os
outros, aceitando as diferenças e descobrindo as minhas raízes e o meu
lugar no mundo.”
Esta viagem á volta do “Tesouro” de cada Família, da sua história e suas
Profissões, terá início com as seguintes descobertas:
- Histórias infantis, incluindo contos tradicionais, que falam das relações
interpessoais, do certo e do errado, das profissão e de tarefas e ações que
podemos realizar em família;
- Apresentação das famílias nas salas respetivas, ao que chamaremos a
apresentação dos TESOUROS da FAMÌLIA, ou seja, a família deverá fazer-se
acompanhar de objetos, fotos e outras ideias (músicas, alimentos, desenhos e
histórias …) que demonstrem às restantes crianças algo que lhes seja querido,
alguma coisa que marcou um dia feliz em família nas férias, ou um hábito
familiar que seja característico da família etc…. Para isso, as famílias deverão
a partir de Outubro, marcar com as educadoras, as datas em que se
disponibilizam para vir à sala mostrar/falar do seu TESOURO;
- Nas salas falaremos essencialmente de profissões menos conhecidas das
crianças que residem nesta Comunidade Educativa:
Gondoleiros ( Aveiro);
Salineiros;
Carpinteiro;
Padeiro;
Pescador;
Agricultor;
Astronauta;
Polícia;
Bombeiro;
Médica;
Cientista
Historiador/explorador;
…
Aguardaremos pelos contributos das famílias para falarmos de outras
profissões que fazem parte da história de cada família.
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Teremos este ano a Sagrada Família Itinerante. Uma Sagrada Família
benzida que irá de casa em casa, durante uma semana, abençoar as crianças
e suas famílias. As Inscrições para receber a Sagrada família serão feitas
também em Outubro para que a mesma comece o seu percurso de visitas no
Advento.
Em Dezembro, prevê-se a ida de todos a um Espetáculo ( “ Uma História do
outro Mundo”), no contexto do trabalho sobre as profissões.
Festa de Natal
A 29 de Janeiro (sujeito a confirmação) teremos o “ II GIORNO APERTO”.
Depois do Carnaval, as crianças dos 4 e 5 anos, farão uma visita à Kidzania
fazendo a experiência como protagonistas de várias profissões.
ZENIUS animação pedagógica ( Fevereiro/ Março)
Di ado Pai na Escola
Respeitando o Clima, entre abril e Maio ( sujeito a confirmação de data)
teremos a nossa “1ª Feira da Ciência.”onde todas as crianças poderão
participar ou como “ cientistas” ou “aprendizes de cientistas”, será um espaço
dedicado ás crianças, onde haverá muitas curiosidades e os Pais/ famílias
participarão, ou como ajudantes de cientistas ou como visitantes da feira.
Dia da Mãe na Escola
Haverá outras atividades internas que promoverão experiências diversificadas
de construção de objetos ; reciclagem; de outros momentos de exploração do
meio.
Outros Passeios: visitas à Vila a pé , mercado, Ludobiblioteca e jardins
Viagem de comboio ( 5 anos)- Outubro
Visita à Polícia ou Bombeiros- Novembro
Final do Ano: Viagem ao “Portugal dos Pequeninos”( todos)
Arraial em Junho ( festa de final de ano com a Família)
Nota:
Não haverá uma rigidez espartilhada quanto ao calendário do
Programa, nem quanto às atividades programadas que nos propomos
desenvolver, pois, a necessidade de experiências concretas e a capacidade
imaginativa da criança permitem-lhe criar ambientes nos quais a experiência
relacional proporciona o acolhimento de uma diversidade de usos e costumes,
de ambientes, de alimentos, de etnias, mas também de símbolos e de
linguagem, de acordo com as capacidades da criança e sempre num clima
agradável e descontraído, em que muitas vezes se trabalha o aspeto curricular
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através do trabalho lúdico-pedagógico. Em que o conhecimento e o
crescimento acontece de forma natural, pois, de facto como disse Oscar Wilde
: “(…) as coisas mais importantes da vida não se ensinam, encontram-se!”
CAP. V
Fundamentação das opções educativas e do tema
anual:
O slogan escolhido, para este tema, tem por base a história da humanidade
cuja célula fundamental é a FAMÌLIA!
Sendo que a crise mundial actual tem por base, também, uma crise de
Valores, daí a importância de retomar tradições e experiências culturais e intergeracionais, que nos ajudem a perceber que não existe presente sem passado
e que o futuro depende do presente e da forma como aprendemos com as
experiências passadas. A família vista como espaço privilegiado para
experiências securizantes da criança e de enraizamento que conferem o
sentido de pertença fundamental ao desenvolvimento são de cada ser
humano.
Referindo-se à história bíblica de Caim e Abel, o Papa Francisco, dizia em
Janeiro de 2014,:“A sua história (cf. Gn 4, 1-16) põe em evidência o difícil
dever, a que todos os homens são chamados, de viver juntos, cuidando uns
dos outros. (…)”.
Esta clareza e realismo, leva-nos a proporcionar aos vossos filhos
diversificadas experiências, do bem, do belo e criativo, do apreço, do justo, da
liberdade, da responsabilidade, da caridade, da misericórdia, da perseverança
e da amizade/amor fraternos tanto na família como no ambiente educativo. O
objetivo é que de forma natural, se encontre a paz que transmite a aceitação
do outro, a compreensão mútua, o sentimento de solidariedade, o
reconhecimento do erro e do gesto honroso do perdão e a esperança num
mundo feliz.
Assim a criança olhando para a sua família questiona o desejo do seu
coração :
O que quero ser quando for grande?
Eu quero ser…!
“Em muitas sociedades, sentimos uma profunda pobreza relacional,
devido à carência de sólidas relações familiares e comunitárias. (…)A
fraternidade gera paz social, porque cria um equilíbrio entre liberdade e justiça,
entre responsabilidade pessoal e solidariedade, entre bem dos indivíduos e
bem comum.(…)Nós, cristãos, acreditamos que, na Igreja, somos membros
uns dos outros e todos mutuamente necessários, porque a cada um de nós foi
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dada uma graça, segundo a medida do dom de Cristo, para utilidade comum
(cf. Ef 4, 7.25; 1 Cor 12, 7)8…)” in mensagem sobre a Paz Papa Francisco, 24 de janeiro
de 2014
Área de Experiência “Eu e os Outros”
(Área da educação para a convivência)
Fazem parte desta àrea todas as experiências e actividades que
estimulam a criança a compreender a necessidade de respeitar regras e
limites de comportamento e de relacionamento com os outros (socialização).
O objectivo deste ano lectivo coloca a criança na dimensão da sua
história “familiar”; os seus horizontes cognitivos e imaginativos podem
estender-se à escala do mundo que a rodeia, tendo por base a sua história.
A partir do conhecimento da realidade da sua própria vida, a criança
partirá à descoberta de novos “mundos”, diferentes sonhos, novas realidades,
novas profissões, mas, com exigências comuns a toda a pessoa humana.
Na base das atividades educativas e didáticas no campo moral, estarão
valores definidos como “universalmente partilháveis”: a liberdade, a tolerância,
o perdão, o respeito por si e pelos outros, a amizade, a Misericórdia Divina e o
empenho em contribuir para o bem comum.
Isto desenvolve, por outro lado, uma dimensão profunda e essencial da
personalidade da criança, bem como, uma dimensão espiritual/religiosa,
oferecendo resposta às questões de significado da vida que ela coloca
ajudando-a a captar os sinais de vida cristã, a intuir os seus significados e a
dar os primeiros passos no conhecimento de Deus Pai e da vida Jesus Cristo.
Através do relacionamento com os pares da aula e com toda a comunidade
educativa, bem como, pela aproximação das crianças das diversas famílias,
pelo conhecimento dos seus hábitos e costumes, cada criança será levada a
tomar, com maior frequência, consciência das “diferenças” que caracterizam
cada um de nós e do respeito necessário a uma convivência feliz.
Desta forma permite-se a cada criança a descoberta das suas próprias
diferenças e da sua originalidade. Esse conhecimento sobre a sua pessoa é
uma aprendizagem que faz parte do seu desenvolvimento harmonioso e
integral, sendo muito importante que a mesma seja acompanhada da
possibilidade de se reconhecer igual aos outros em dignidade e valor.
Conteúdos Formativos
( Promoção da Inteligência Emocional- QE)
Promoção de competências sociais e emocionais
Para uma convivência Humana sadia
 Conhecer, explorar e familiarizar-se com o ambiente e diferentes espaços
da escola
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 Individualizar os diferentes momentos da vida escolar e intuir os conceitos
de ciclos e de repetibilidade das acções
 Respeitar e amar a educadora, e os restantes adultos e colegas da
comunidade educativa
 Utilizar adequadamente o material e os espaços á sua disposição
 Aprender as normas de comportamento próprias a uma convivência sã na
família, entre pares, na comunidade educativa e na sociedade em geral,
(v.g. usar a casa-de-banho de modo correcto; aprender a estar à mesa;
aceitar os períodos diários de repouso, no recreio, etc.)
 Experimentar concretamente nas acções do dia-a-dia que se pode dar e
receber amor e compreensão, agindo por bem e para o Bem Comum;
Para o Desenvolvimento Emotivo e Afectivo
 O brincar é fundamental porque para as crianças apenas o que é lúdico faz
sentido;
 Experimentar o prazer de brincar, reforçando especialmente o espírito de
imaginação, criatividade, autonomia, confiança, respeito e amizade.
 A ação lúdica/ o brincar tem uma função socializadora fundamental ao
desenvolvimento da criança , na medida em que a integra no contexto em
que está inserida, sendo que, o contacto direto com o mundo que a rodeia
obriga a adaptar-se às modificações e criar resiliência perante o
inesperado;
 De acordo com Piaget (2001) “em cada fase da vida o brincar acontece de
forma adequada e própria de cada um”.
 A criança necessita de brincar para desenvolver a sua inteligência na
medida em que aprende a associar diversas tarefas como: a palavra à
formação do pensamento, interiorizando a ação que lhes corresponde.
 Conhecer as suas capacidades, limitações e sentimentos
 Dominar os impulsos (medo – agressividade)
 Partilhar com os companheiros momentos de alegria (acolhimento das
crianças novas, aniversários, nascimento de um irmãozinho) e momentos
menos felizes (doenças, dor e sofrimento)
 Favorecer a segurança e a certeza de ser amado pelos pais (família) e na
comunidade educativa/escola;
 Aperceber-se das situações vividas por ela própria deixando-a viajar nas
suas fantasias necessárias à construção do seu eu, da sua personalidade.
 Brincar é uma ação ou conjunto de ações que reforçam a autonomia da
criança.
Para a vida Moral
 Desenvolver o sentido de pertença, na família, entre pares, na escola, e
toda a comunidade educativa;
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Desenvolver o sentido de responsabilidade sobre as suas ações
Amadurecer a capacidade de escolher, tomar decisões, reflectir
Conhecer e aceitar a diversidade de culturas, raças, opiniões e feitios
Aprender a respeitar tudo aquilo que nos rodeia
Para a Formação Religiosa
“Há necessidade que a fraternidade seja descoberta, amada, experimentada,
anunciada e testemunhada; mas só o amor dado por Deus é que nos permite
acolher e viver plenamente a fraternidade.” Papa Francisco
 Descobrir Deus Criador infinitamente Misericordioso que tudo perdoa;
 Partindo dos sentimentos de contemplação e maravilha perante a beleza da
criação do mundo que os rodeia, prestando atenção aos pormenores mais
pequenos;
 Promover o desenvolvimento de atitudes de agradecimento para com Deus
Pai que a todos ama de forma particular;
 Dar a conhecer, através das etapas do ano litúrgico, a vida de Jesus e os
seus ensinamentos, nomeadamente na hora dos “Contos que ajudam a
crescer!”
 Estimular oportunidades e experiências para uma abertura á fé e aos
valores humanos e sociais como fraternidade, solidariedade, paz, justiça e
bem!
 Reconhecer que cada um de nós é único, uma dádiva de Deus irrepetível.
CAP. VI
AS SALAS HETEROGÉNEAS
Todas as atividades lúdico-pedagógicas propostas, têm por base a
Pedagogia de Situação, que se baseia, na participação ativa das crianças. Nas
salas heterogéneas, está sempre presente o empenho das educadoras e das
auxiliares em reconhecer cada uma das crianças como um dom irrepetível de
Deus. Cada criança é uma pessoa dotada de personalidade própria e direitos
fundamentais, cada criança é única e deve ser respeitada e sentir-se bem
amada.
Esta metodologia de salas heterogéneas que as Irmãs da Misericórdia
de Verona já implementam há mais de 40 anos, nas várias missões
espalhadas pelo mundo, vem demonstrando, ao longo dos anos, ser muito
eficaz para promover os objectivos concretos a que se propõem em relação a
cada criança, nomeadamente:
- Promove a autonomia e a auto-estima;
- Estimula o conhecimento;
- Promove a auto- determinação;
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-Estimula a liberdade;
-Promove a responsabilidade e solidariedade;
-Estimula o amor ao próximo e a entreajuda;
- Promove a compreensão, o respeito;
- Amizade Altruísta;
-Estimula a preocupação genuína com o bem do outro ( a grande família
humana tratada o ano passado) como se de uma família se tratasse- o Bem
Comum ;
- Promove a vontade de fazer mais e melhor por parte dos mais velhos
que assumem o papel do exemplo para os mais novos;
- Estimula os mais novos a quererem chegar mais longe pela
experiência que fazem com a presença de referência dos mais velhos.
CAP. VII
Fundamentos de Intervenção e Atitude do Educador
Ao educador compete ser referência de esperança, carinho e fé
“ As nossas crianças dão-nos a oportunidade de nos transformarmos
nos pais e professores que sempre desejámos ter”. Louise Hart
“ Educar é um gesto de amor, é dar vida. E o amor é exigente, pede…que
despertemos a paixão e nos coloquemos a caminho com as crianças e
jovens(…)” Papa Francisco
 Sendo esta a primeira experiência da criança e muitas vezes da família,
com a comunidade educativa, a educadora preocupa-se em trabalhar com
e para a criança estimulando a sua participação, no sentido desta se sentir
segura, no novo espaço, onde permanecerá grande parte do seu dia a dia.
A criação de laços afectivos, entre a educadora, a auxiliar e a criança, é
sinal de acolhimento hospitaleiro que dá contributo para o crescimento
harmonioso da criança.
 A Educadora e a restante comunidade educativa olha e respeita a criança
como sujeito ativo do seu processo de desenvolvimento que nunca termina;
 Compete-lhe trabalhar, por isso, a relação de confiança indispensável à
predisposição da criança para aprender, participar e gostar de estar no
espaço educativo.
 Articular a abordagem das diferentes àreas de conteúdos e domínios
inscritos em cada uma, de modo a que se integrem num processo flexível
de aprendizagem que corresponda às suas intenções e objectivos
educativos e que tenha sentido para a criança. Esta articulação poderá
partir da escolha de uma àrea ou domínio para chegar a todos os outros.
 Estabelecer uma progressão de experiências e oportunidades de
aprendizagem nas diferentes àreas de conteúdos, tendo em conta o que se
observa da evolução do grupo e do desenvolvimento de cada criança,
registando-se o caminho através do “portfolio” em que é a própria criança
que escolhe e decide os trabalhos que mais gosta e quer que façam parte
do seu “portfolio”.
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 Apoiar cada criança para que atinja níveis a que não chegaria por si só,
facilitando aprendizagem cooperada, que dê oportunidade às crianças de
colaborarem tanto no seu próprio processo de aprendizagem, como no das
outras crianças.
 Diferenciar o processo de aprendizagem, propondo situações que sejam
suficientemente interessantes e desafiadoras de modo a estimular a
criança, mas de cuja exigência não resulte desencorajamento e diminuição
da auto-estima.
(In: Orientações Curriculares, pág. 50)
A aplicação da Pedagogia de Situação, promove a aceitação de todas as
intervenções da criança como resultado do sentir/ estar no grupo e nas
atividades que lhe são propostas, pela educadora.. Por isso, a educadora
não se detém no que criança não sabe fazer, mas, avança estimulando a
criança pelo que ela já tem para dar.
Para tanto do Educador, é esperado que tenha capacidade de interacção
pessoal e de atenção, assim como, disponibilidade para escutar e seja um
observador nato da realidade dos seus educandos (individualmente e em
grupo), ajudando as crianças a escolher os temas a abordar para um dado
objectivo, fazendo-lhes propostas alternativas adequadas em cada
momento para que façam escolhas de forma natural e habitual,
estimulando o pensamento e criatividade dos seus educandos. Convidando
as crianças a pensar estimulando-as a participar em tudo o que lhes diga
respeito. Com respeito pela opinião e as características do próximo.
Compete ainda, ao educador, sensibilizar as famílias para o facto do
contexto familiar articulado com o ambiente educativo do jardim de infância
ser um contexto privilegiado para o desenvolvimento das capacidades
comunicativas e linguísticas da criança, fundamentais a um futuro
desempenho social e académico com sucesso, feliz!
Para tanto, passos muito concretos podem ser muito úteis e necessários,
como a disciplina, nomeadamente, no que respeita á pontualidade, para
que o acolhimento diário se processe como uma rotina serena que contribui
para o sentimento de segurança e confiança da criança no novo espaço e
novo contexto de adultos de referência; tal como o respeito pelo outro
quando fala, aprender a ter uma postura adequada em cada contexto em
que se encontra.
O que se pretende é que a ação das (os) educadoras e restante
comunidade educativa seja de tal forma verdadeira, positiva e optimista que
ajude a criança a sentir prazer e motivação na aprendizagem. Preparandoa ao longo do tempo, para se autonomizar, ter espírito crítico e disciplinado,
ser uma pessoa participativa e proactiva com capacidade de resiliência. Ou
seja, a Educadora, pelo seu exemplo e testemunho, propõem um caminho
de referência à criança, esta deve sentir-se cativada a participar ativamente
no projecto de vida que lhe é proposto.
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No fundo a Educadora que está sempre presente em todos os momentos e
actividades diárias ajuda a criança a descobrir formas de se enriquecer e
ser feliz!
As educadoras cuidarão da estética do ambiente, procurando mantê-lo
acolhedor, rico em estímulos e sobretudo fértil em calor humano, semelhante
ao ambiente familiar, promovendo o seu prolongamento, onde a criança se
possa sentir desejada, acolhida e bem-amada: um ambiente aberto às
novidades, que estimula a curiosidade e a iniciativa, com atividades
articuladas, diferenciadas propiciador de um desenvolvimento integral
progressivo e que se desenrole de forma harmoniosa.
CAP. VIII
Equipa Técnico-Pedagógica
A Metodologia e a Organização
“Iniciar, desenvolver e manter relações com os outros é algo
permanente, indispensável e estruturante para nós. Ter estabilidade
emocional passa por amar e sentir-se amado, desejar e ser desejado,
escutar e ser escutado, valorizar e ser valorizado(…)”. Prof Helena
marujo
A) Composição da Equipa
O Jardim Infantil Branca de Neve das Irmãs da Misericórdia tem capacidade
para 60 crianças.
A sua equipa Técnico-Pedagógica é constituída por:
Uma Coordenadora Pedagógica- Irmã Angélica, a qual também é educadora
com licenciatura e Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino Básico;
Uma Vice-Coordenadora Pedagógica, também educadora licenciada e com
especialidade em educação especial,- Sofia (na Instituição desde 1994);
Uma educadora-com bacharelato-Irmã Lúcia;
A Diretora de serviços, com licenciatura em Direito e experiência de trabalho
na área dos Direitos da Criança em risco (há 25 anos).
Equipa Educativa:,
3 Educadoras
Uma Auxiliar de Educação com Bacharelato, Liliana;
Duas Ajudantes da Acção Educativa: ´Maria José (com formação contínua) e
Sandra (educadora com licenciatura.);
Auxilar de Apoio ( com curso profissional de auxiliar de educação) Paula
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Cada sala poderá ter até 24 crianças ( num total de 60 crianças de capacidade
do equipamento). Cada sala tem uma Educadora e uma profissional de Apoio
Pedagógico .
B) Método Pedagógico.
A criança é atora e co- atora do seu processo de aprendizagem que nunca
termina.
O Método pedagógico usado é como já se referiu, o da Pedagogia de
Situação, uma forma de pedagogia participada. A aplicação da
Pedagogia de Situação, promove a aceitação de todas as intervenções
como resultado do sentir/ estar no grupo e corresponde a um modelo de
interação entre pares e entre criança/adulto que promove a iniciativa da
criança perante os desafios colocados pela Educadora.
Assim, cada situação pedagógica está situada num dado espaço e num
dado tempo e pressupõe duas categorias de indivíduos: os educandos e as
educadoras.
Trata-se de uma pedagogia de vivência, que valoriza cada momento do
aqui e agora na sua diversidade aleatória e imprevisível, que se destina a
responder às necessidades de relação interpessoal, em cada momento.
Em especial se se tratarem de necessidades e interesses dos educandos,
com vista a serem impelidos e motivados para manifestarem sem medo da
divergência, das diferenças de forma espontânea e simples sem uma
relação de força permanente que os iniba de questionar, mas, numa
coexistência dinâmica, onde a confrontação permita tanto a quem
questiona, como a quem dá a resposta à necessidade o sentimento de
liberdade dotada da reflexão e responsabilidade. Na Pedagogia de
Situação, podem ser adaptadas outras teorias pedagógicas, no caso
concreto, da nossa opção estão a “Escola Moderna” e a Pedagogia de
Maria Montessori.
No centro de toda a Pedagogia de Situação está a criança com a sua
história, dotada de competências próprias e capacidades que importa
explorara para ajudar a formar a sua personalidade. A criança é assim, o
centro de toda a actividade diária, podendo e devendo partir dela(s) a
dinâmica de cada dia, sendo estimulada, além do mais, a procurar e
perceber a beleza do mundo que a rodeia nos mais ínfimos pormenores da
natureza. Pelo que, ela é muito estimulada a contactar e relacionar-se
também com a natureza valorizando-se desta forma a educação para as
questões ecológicas, como contributo para uma cultura de proteção e
respeito pelo Planeta Terra. A criança é estimulada a deixar o olhar simples
e passar a observar! A deter-se perante o belo, o bom, o verdadeiro!
È convidada a formar a sua opinião, sobre o que tem diante de si ou lhe é
dado a descobrir.
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Esta estratégia e metodologia pedagógica vai ao encontro das OCEPE (ME,
1997,p.19), cuja orientação vai no sentido de que “ ao admitir que a criança
desempenha um papel ativo na construção do seu desenvolvimento e
aprendizagem, supõem encará-la como sujeito e não como objeto do processo
educativo”.
A par desta pedagogia e para a aprofundar as Educadoras do Jardim Infantil
Branca de Neve das Irmãs da Misericórdia usam o método de auto-avaliação
do “Portfolio”.
Do italiano, “portafoglio”, “recipiente onde se guardam folhas soltas”, o qual
será um documento comprovativo do desenvolvimento cognitivo lúdicopedagógico da criança.
Este método moderno muito desenvolvido nos Estados Unidos e na Austrália,
ajuda a criança a fazer opções e a justificá-las dando-lhe bagagem para
desenvolver um espírito crítico, participativo, livre e responsável.
Pois, o método representa um olhar autocrítico sobre aquilo que aprendeu e
fez em determinada altura tendo em conta objectivos pré-definidos. Ajudando
as educadoras e restante comunidade educativa a perceber a ligação estreita
entre o que foi transmitido á criança e aquilo que ela apreendeu.
Através de interacções lúdico-pedagógicas, nomeadamente através do jogo,
da brincadeira, da simulação e da hora do conto de histórias a criança
despertará para a sua própria criatividade, sendo que, tendo por lema que as
coisas mais importantes não se aprendem, experimentam-se na lógica da já
referida frase de Oscar wild, toda a experiência feita no Jardim Infantil estimula
a aprendizagem através da exploração do mundo que os rodeia e da vida de
relação e comunhão que estabelecem.
Também o desenho livre faz parte desta pedagogia que promove a descoberta
pela criança das suas competências pessoais. O importante de acordo com a
Pedagogia de Situação é, em primeiro lugar, a criança conhecer-se a si
mesma, para poder sentir-se protagonista do seu mundo. Ou seja, é
necessário ampliar-se o olhar sobre a criança e não nos determos sobre
padrões que limitam a observação da criança. Por isso, a educadora não se
detém no que criança não sabe fazer, mas, avança estimulando a criança pelo
que ela já tem para dar.
Desenhar, não é das tarefas mais fáceis para as crianças, porque
pressupõem sempre uma consequência um olhar em primeiro lugar seu,
muitas vezes crítico e comparativo que poderá ser inibidor.
Compreender o percurso expressivo da criança é uma tarefa muito cativante,
mas, que só pode ter lugar quando se lhe dá o espaço de que necessita para
crescer por si. Este trabalho requer profunda atenção do educador, na medida
em que pelo desenho conseguirá aproximar-se da individualidade da criança e
perceber esquemas de conhecimento próprio da mesma.
No ato de desenhar a criança usa o pensamento, a sua sensibilidade, a
imaginação, bem como a sua perceção e intuição sobre o que o rodeia. Daí
que o desenho tenha também uma importante tarefa no estímulo no
desenvolvimento das competências de literacia da criança. Para Wallon, "a
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fantasia é constituída sempre com material retirado do mundo real, ou seja, a imaginação
encontra-se em relação direta com a riqueza e a variedade da experiência acumulada
diretamente pelo homem. Quanto maior for a experiência do mesmo, maior será a sua
possibilidade
para
imaginar".
(1971,
p.
18).
CAP. IX
Estratégias Pedagógicas e Organizativas das componentes
educativas e de apoio á família:
- Para o acesso ao conhecimento pessoal da família a que pertencem, serão
usadas diferentes estratégias de organização do ambiente educativo que
favoreça a interação e a comunicação com toda a comunidade educativa. Com
destaque para a FAMILIA e suas Profissões ;
- conversas diárias com as crianças com o grupo todo ou individualizadas;
- ler diariamente para a criança e conversar sobre o que foi lido, privilegiandose, as leituras sobre contos tradicionais infantis ( que tanto os avós como as
bisavós, os pais, os tios primos e irmãos conheçam);
- descobrir semelhanças/diferenças, relações fonológicas em palavras;
- potenciar ao máximo o projecto P.N.L. adaptado ás idades;
- remodelar e enriquecer a biblioteca com a ajuda das crianças promovendo a
escolha destas sobre temas e histórias a serem contadas (criar uma biblioteca
“viajante” entre salas, com a ajuda das famílias );
- estimular as famílias a lerem aos seus filhos contos infantis;
- contacto direto pelas crianças com livros, revistas, jornais, cadernos…
- incentivar a criança a recontar as histórias e sensibilizar os pais para o
fazerem em casa com os livros que levam da escola, ou sempre que contem
outras histórias;
- ordenar imagens para contarem histórias;
- brincar com a linguagem, através de rimas, lenga lengas, adivinhas travalínguas, canções, versos de memória e outros jogos de linguagem;
- usar exemplos e, se possível, gravuras para explicar o significado de uma
palavra desconhecida;
- usar as novas palavras várias vezes durante a conversa; etc…
instrumentos e materiais: fotografias, jornais; revistas; diapositivos, cd’s,
histórias, fábulas, lendas, lenga- lengas, alimentos, objetos, músicas etc.
provenientes de várias partes do mundo.
Nota: As colaboradoras de apoio pedagógico serão rotativas nas salas para se
poder fazer uma boa e natural aproximação de todas as colaboradoras a todas
as crianças.
Actividades abordadas em contexto de sala:
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(Estas áreas estarão todas mais pormenorizadas nos Planos de Sala)
Área de experiência “Eu e os Outros”
Área de experiência “As coisas, o Tempo e a Natureza” (com especial
relevo para o ciclo das estações do ano no mundo com referência a
algumas diferenças em cada Continente)
Área de experiência “O Espaço, a Ordem e as Dimensões” (área da
lógico-matemática)
Área de experiência “Expressão Plástica” (área de expressividade).
Neste campo usamos como orientação da nossa acção o trabalho com
cada criança para que se encontre e descubra mais esta forma de
comunicar consigo e com os outros, tendo como referência o que dizia
Salvador Dali: “ Tentemos sempre entender a realidade e em vez de imitála tentemos recriá-la”.
Área de experiência “Expressão Linguística: Domínio da linguagem
oral e abordagem à escrita” (área de capacidade comunicativa).
Iniciação à língua Italiana e inglesa através da música, aprendizagem de
lenga lengas e algumas frases, como a oração antes das refeições.
Àrea da iniciação à logico-matemática, deve ser mais uma das áreas
lúdicas propostas ás crianças, de acordo com Aranão ( 1996) “ no préescolar, a matemática não deve ser vista como disciplina ou matéria
escolar, mas como uma atividade do pensamento que está em permanente
relação com as suas atividades diárias na escola, em casa ou em qualquer
outro lugar. (…) Essas atividades referem-se á aquisição da noção de
conservação, classificação, seriação, de espaço, tempo, velocidade,
distãncia, causalidade, tamanho , espessuras, peso, dentre outras. Tais
atividades devem ser integradas com outros objetos como o
desenvolvimento da coordenação motora, do desenvolvimento social e
outros(…)” Ou seja, o jogo é fundamental na educação da matemática.
Pois através do jogo estimula-se a criatividade, o pensamento e o
raciocínio lógico de acordo com os objetivos de cada atividade lúdica.
Nesta área a criança constrói o seu conhecimento lógico-matemático por
meio das suas ações e experiências com o meio que a rodeia e manifestam
o seu pensamento ainda muito abstrato.
Cabe ao educador promover situações e experiências para que o
desenvolvimento ocorra. Como por exemplo descrição de animais,
formulação de hipóteses, propor soluções para diferentes problemas,
decidir e ordenar ações etc…
- Actividades Organizadas de acordo com a idade das crianças
 Área de experiência “O Corpo e o Movimento” (área da corporeidade e
da motricidade) tanto com a educação física/ dança;
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Iniciação à língua inglesa( 4 e 5 anos)
Iniciação á língua italiana ( 5 anos)
Catequese;( 5 anos)
História dos Fundadores; ( 5 anos)
Música (Todos)
Filosofia para crianças. ( 5 anos)
CAP X
Estratégias de Apoio À Família e Parcerias
Por se tratar de uma realidade dinâmica, as estratégias podem variar de ano
para ano consoante a realidade concreta das crianças e famílias com quem
temos o prazer de conhecer e criar uma amizade cujo elo forte é o seu filho ou
filha, em cada ano letivo.
Inserida numa comunidade com muitas respostas e com uma grande
diversidade sócio- económica, dispomos de Parcerias in(Formais)/ Serviços
que visam o apoio social e encaminhamento das famílias para respostas
sociais e/ou jurídicas e outras entidades, em áreas como a educação especial
e de saúde infantil;
Promove-se o conhecimento das crianças sobre a comunidade concreta da
Parede da qual fazem parte, e devem formular laços de pertença, através de
passeios a espaços públicos de lazer, visitas e almoços, por exemplo na
pizzaria onde as crianças fazem as pizzas sob orientação de cozinheiros,
almoço no Dom Prego, e visita a outras áreas comerciais da zona.
Ao nível do acompanhamento do desenvolvimento e psicológico, mantem-se a
parceria com a Instituição “Condiginitatis”.
Trata-se de uma IPSS cujo objecto social é o apoio a crianças em matéria de
Intervenção Precoce( psico- social, terapia da fala etc….)
Esta parceria foi idealizada no sentido de se facilitar o acesso a apoios às
crianças que necessitem. Proporcionando serviços individualizados na medida
das necessidades de cada contexto socio- familiar e psico- social, numa lógica
de intervenção profissional de qualidade científica e humana acessível a todas
as famílias dele carenciadas independentemente da sua condição sócioeconómica. No intuito de que toda a criança carenciada da intervenção não
veja esse seu direito limitado por qualquer circunstância de tempo, lugar ou de
carácter económico.
Para além deste objectivo, este ano, deseja-se realizar um acompanhamento
mais constante a todas as crianças, para fortalecer competências próprias da
Inteligência Emocional de cada um.
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Pelos motivos inicialmente expressos, consideramos que a preparação da
criança para o ingresso no primeiro ciclo, deve ser dada prevalência à
aquisição de resiliência pessoal e outras competências pessoais e sociais que
lhe permitam um bom nível de QE.
Conta-se ainda com o apoio de uma psicóloga educacional, em fase de
Estágio Profissional.
Qualquer diagnóstico que ultrapasse as diligências próprias em ambiente de
sala, terá que ser precedido de autorização dos pais ou encarregados de
educação.
Manteremos um Plano de Formação Contínua, promovendo-se Tertúlias e
Outros espaços de encontro para (In)formação, de colaboradores e famílias,
procurando temas que possam ser úteis e interessantes a toda a comunidade
educativa.
Numa perspectiva de promover o bem-estar das famílias( incluindo das
colaboradoras e voluntárias), permitindo-lhes um espaço de equilíbrio da
saúde física e psíquica, na tentativa de conciliar o espaço familiar e a
comunidade educativa, bem como a conciliação da vida saudável e o trabalho,
este ano, daremos continuidade a uma experiência iniciada no final do ano
passado. de aulas de “Pilates” ao final do dia , ás 2ªas e /ou 6as feiras (a
combinar por cada interessada, com a professora). Esta parceria, permitirá ás
famílias custos acessíveis para participação nessas aulas além de facilitar a
pratica no espaço escolar..
Parceria com a Associação ANEA, para a natação das crianças em que tanto
os pais como as crianças e colaboradoras beneficiarão do desconto de 15%
sobre o preço da mensalidade. Tal como beneficiarão de um desconto de 10
euros na inscrição inicial.
Parceria com a Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, o
projeto “ Heróis da Fruta” virá á escola.
Estando abertos a novas parcerias que possam ocorrer durante o ano, caso as
circunstâncias se mostrem úteis e passíveis de concretização, como por
exemplo a música extra-curricular da FOCO MUSICAL mediante a aceitação
daas condições prévias pela família.
A) Organização do Espaço do Jardim Infantil
Dispomos de 3 salas com idades heterogéneas:
 20 crianças na sala Beato D Carlos Steeb e Beata Maria Vicenza
Poloni ( Irmã Angélica e Sandra/ Paula);
 20 crianças na sala de Santo António ( Sofia e Liliana);
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 20 crianças na sala da Nossa Senhora e os Três Pastorinhos
(Irmã Lúcia e Maria José/ Sandra)
Um salão polivalente, recentemente renovado com a ajuda dos pais e
famílias de crianças da Instituição;
Uma sala de refeições também recentemente intervencionada com as
famílias;
Uma casa de banho adaptada ás crianças;
Uma copa;
Uma cozinha;
Dois espaços exteriores distintos;
Um gabinete de atendimento ás famílias/serviços administrativos e
directivos.
Uma casa de banho para colaboradores e famílias.
Horário
Manhã:
Tarde:
8h – 9.15h. Recepção e acolhimento das crianças
9.30h
Inicio das actividades Curriculares
11.30h
Almoço
12h – 13.30h Recreio
13.30h – 15h Sesta
15.30h – 15.45h
Lanche
15.45h – 17h Continuação das actividades curriculares
17.30h
Saída
Todo o tempo que as educadoras estão com as crianças é considerado de
enriquecimento curricular, pelo que o, também o espaço lúdico e a hora das
refeições contam com a presença ativa de toda a comunidade educativa.
Atendimento aos pais
As educadoras estarão disponíveis para conversar com os pais uma vez
por mês, nos seguintes horários:
Irmã Angélica
1ª Quinta-Feira de cada mês
das 15h às 16horas
Sofia
1ª Terça -Feira de cada mês
das 14h às 15horas
Irmã Lúcia
1ª Terça-feira de cada mês
das 17h00 às 18horas
(Nota: horários sujeitos a confirmação junto das educadoras)
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Este horário não é rígido. Sendo que, os encontros/reuniões deverão ser
previamente combinados com as respectivas educadoras, a fim de assegurar a
presença das mesmas.
Previsão de Procedimentos de Avaliação
A avaliação é contínua sobre os resultados obtidos perante os desafios
apresentados em contexto de sala ou outros.
a) Em termos gerais:
Avaliação Trimestral ( cada período letivo) :
 No Plano Anual de actividades;
 Componente de apoio á família.
b) Com as Crianças:
- Observação das crianças nos diversos contextos educativos;
- Avaliação diagnóstica do grupo/turma;
- registo das crianças: “portfolio” ; grelhas/desenho;
- registo da Educadora relativo à aprendizagem e dificuldades;
c) Com a Equipa:
- A Equipa de Educadoras reúne semanalmente para análise, reflexão e
planificação de toda a prática educativa;
- As Educadoras reúnem, sempre que necessário, com as Auxiliares de
Educação e Ajudantes da Acção Educativa numa perspectiva de melhorar e
amadurecer as práticas existentes;
- A Equipa Técnico-pedagógica reúne uma vez por mês e sempre que se
julgue útil ou necessário.
Nota: Em qualquer destas reuniões poderá estar presente a Diretora
Executiva, sempre que o julgue útil ou pertinente.
d) Com a Família:
- Em reuniões periódicas;
- No horário de Atendimento aos pais e encarregados de educação;
- Preenchimento de uma ficha descritiva a entregar aos pais no final de cada
período e no fim do ano lectivo;
e) Com a Comunidade Educativa:
- Em festas do Jardim Infantil;
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- Em exposição de trabalhos;
- Na participação em projetos;
- Na participação de eventos promovidos por Parceiros na Comunidade;
- Na eventual participação em concursos;
( A partir de Outubro)
As salas estão equipadas com um ou dois computadores. Assim, todas as
crianças vão poder ter os primeiros contactos com este instrumento de
trabalho ainda que o processo se inicie num contexto lúdico-pedagógico. Cada
uma das salas dará iniciação à informática desde os 3 anos de idade.
Vão todos “aprender” para que serve o computador:
Brincar
Jogar
Pesquisar
Autonomia,…
A capacidade de usar o computador com regras e objectivos concretos,
poderá vir a ser uma aprendizagem positiva, para o futuro.
“ Cada aluno toca o seu instrumento e não vale a pena contrariá-lo. A
delicadeza está em conhecer bem os músicos e encontrar a sua harmonia(…)”
Daniel Penac In “Mágoas da Escola”
Qual é a criança que desde pequenina não ouve cantar ou não ouve
música? Desde a barriga da mãe que está cientificamente provado que as
crianças já ouvem o que se passa neste mundo. Daí que quando em casa
desde a gravidez ouviram um certo tipo de música depois já neste mundo
conseguem reconhecer a harmonia que esse som lhes transmite.
É nossa intenção continuar a proporcionar-lhes o gosto pela música, a
apetência para apreciar e explorar as potencialidades de cada criança em
relação á situação musical seja ela qual for, canto, dança (exp.corporal),
escuta atenda, interpretação de letras e histórias conexas etc….
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Assim este ano vamos continuar a explorar este sentido que Deus nos
deu: a audição.
O que propomos fazer a partir de outubro no atelier específico:
Cantar
Aprender a ouvir
Experimentar Instrumentos
Brincar com os sons e ritmos
“ Só aqueles que arriscam ir demasiado longe ficarão a saber até onde podem ir”
T.S.Elliot
Aos pais e encarregados de educação, compete, além da garantia da
satisfação das necessidades fisiológicas básicas dos filhos, ajudá-los a formar
a sua personalidade e carácter. A par desta função natural, está a importância
de lhes proporcionarmos orientação com ferramentas adequadas para que
possam movimentar-se livre e responsavelmente no mundo que irão ter de
enfrentar num futuro próximo.
Uma dessas ferramentas é, sem dúvida, o domínio da sua própria
língua e o domínio da língua inglesa, a língua universal dos nossos tempos. O
Italiano será introduzido como 3ª língua, abrindo a disponibilidade e
aproveitando a plasticidade mental que as crianças dispõem em especial na
primeira infância.
.
Claro que, nesta fase, mais do que aprenderem inglês e Italiano terão
que ser cativados a ter prazer em brincar com as palavras, com as rimas, com
os jogos, com as imagens, tudo com um som diferente, mas igualmente
aliciante. A curiosidade natural de todas as crianças, ansiosas por aprender e
descobrir, faz desta nova descoberta uma aventura.
Uma aventura que se deve repetir em cada instante, em cada hora, dia, ano…
mas, que nem por isso deverá ser menos aliciante e criativa. Pois, o principal
objetivo, nesta fase educativa, é despertar e criar a apetência e o gosto pela
pertença á Comunidade Escolar/Educativa pelos desafios interessantes que
ela nos proporciona e a felicidade que nos proporciona. Desta forma pretendese contribuir para a literacia das crianças, para o combate ao insucesso
escolar e, por conseguinte, combater o absentismo escolar precoce.
Filosofia para Crianças
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Tem como objetivo introduzir na educação das crianças ( formal e informal) a
prática da reflexão, da construção do pensamento que vai ao encontro da
Pedagogia de Situação, por forma a dar contributo para o amadurecimento da
personalidade da criança.
È importante aprender a pensar e não apenas a memorizar informação.
Trata-se de ajudar a criança a ter opinião crítica sobre conceitos centrais da
nossa vida, ou seja, colocam-se questões como : a verdade; as regras, a
justiça, a realidade, o belo, a bondade, a amizade, os sentimentos, o uno e o
múltiplo etc…
O adulto não se impõem antes dá condições para criança desenvolver o
pensamento.
Pausas Letivas
Natal: 22 de Dezembro a 2 de Janeiro inclusive
Carnaval: 08 a 09 de fevereiro
Páscoa: 24 a 28 de março ( inclusive)
Férias Letivas: 29 de julho a 6 de setembro
No final do ano lectivo todos estamos mais enriquecidos pois saberemos
identificar e cuidar da nossa família, conheceremos as nossas raízes, a história
da minha família.
Aprendemos juntos que somos “Todos diferentes, mas todos iguais!”
“ Abramos caminho em família! Para que as crianças façam a experiência
do belo, do bem e do verdadeiro e possam ser felizes!
Bom ano para todos!
A Direção e Coordenação Pedagógica (Equipa Técnico-Pedagógica)
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