Ode –UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA OS BENEFICIÁRIOS NO MUNICÍPIO DE BANANEIRAS Rozângela Dias dos Santos Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB Shirley Pereira de Mesquita Professor do Departamento de Economia - UFPB RESUMO As políticas sociais surgem da crescente preocupação do Estado com a melhoria da qualidade de vida da população como um todo, no sentido de exercer uma ação direta sobre o bem-estar dos cidadãos aos lhes proporcionar serviços ou renda. Este trabalho teve como principal objetivo investigar os impactos do Programa Bolsa Família sobre a mudança de vida junto às famílias beneficiadas no município de Bananeiras, tentando junto a essas famílias identificar de que forma os recursos do Programa estão sendo utilizados pelos beneficiários e verificar as percepções dos beneficiários sobre a melhoria das condições de vida depois de sua participação no programa. A metodologia utilizada para a consecução desses objetivos foi a realização de um estudo de caso com uma abordagem quantitativa e qualitativa, tomando como base a Secretaria de Desenvolvimento Social do Município de Bananeiras – PB, sendo os dados coletados através da aplicação de questionário estruturado, pesquisa bibliográfica e documental. Palavras-chave: Programa Bolsa Família. Qualidade de Vida. Geração de Renda 1 – INTRODUÇÃO Pode-se caracterizar a pobreza em observância a combinação de fatores socioeconômicos de cada indivíduo, além do estudo de fatores externos que os cercam. Esse estudo se faz necessário não apenas para uma possível análise da identificação das causas da pobreza, mas para possíveis alternativas na busca por soluções que sejam criativas e com metas de fácil alcance, possibilitando o desenvolvimento de motivações para a sua superação Ministério do Desenvolvimento Social (MDS, 2004, P. 56) Segundo Amartya Sen (1999), a pobreza pode ser definida como uma privação das capacidades básicas de um indivíduo e não apenas como uma renda inferior a um patamar pré-estabelecido, enquanto Michel (2003), afirma que a situação de pobreza precisa ser definida em parceria com o nível de cada individuo a partir da total escassez de renda familiar, onde inviabiliza o acesso a qualquer padrão de vida necessária para um ser humano por tanto, nos instiga a pensar que a pobreza passa a ser questão de renda presente na economia das famílias, percebe-se então que o siginificado de pobreza é classificado diante de muitas faces nos remetendo a idéia de que muito se há o que fazer no Brasil. Dedecca e Barbieri (2005) complementam a definição acima, especificando que a pobreza ocorre também quando há insatisfação das necessidades básicas, individuais ou coletivas, tais como: alimentação, saúde, segurança, educação, moradia. A partir daí, delimita-se a linha de pobreza de tal forma que, se passa a considerar como indigência o ponto máximo de carência, onde nem as necessidades alimentares são supridas. No entanto, má distribuição das classes sociais abrange a insuficiência de renda, o acesso aos bens privados e os serviços públicos essenciais garantidos por lei segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos: Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, assistência médica e os serviços sociais indispensáveis. Para que a pobreza seja superada junto a um desenvolvimento social e humano, é necessário o desenvolvimento de ações de combate à pobreza cujo alvo não esteja centrado, apenas em aspectos econômicos, mas também em aspectos sociais. Esta superação tem como prioridade a articulação de estratégias voltadas para o esforço de todos envolvidos: sociedade e governo. A má distribuição de renda do Brasil está representada por um grande número de pessoas que vivem em vulnerabilidade social, deixando de ter acesso aos direitos básicos garantidos por lei a todos os cidadãos: educação, saúde e assistência social. Em acordo com os últimos dados pelo censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, pode-se identificar a posição do Brasil frente à pobreza encontrada no país e na região Nordeste, nosso país possui 16,2 milhões de pessoas vivendo em condições de pobreza extrema, onde são assim enquadradas por possuir renda mensal abaixo de até R$ 70, ou pouco mais de R$ 2 por dia. Ainda sobre dados do censo acima citado o Nordeste destaca-se por ser a região do país que mais sofre com o problema, concentrando 59,1% (9,61 milhões) dos brasileiros extremamente pobres, seguida pelo Sudeste, que detém 17% (2,7 milhões). Dentre esses 16,2 milhões de habitantes na extrema pobreza, que correspondem a 8,5% da população brasileira, a grande maioria é negra ou parda, 53% vivem em área urbana e 46,7% são moradores do campo que, em muitos casos, exercem atividades baseadas na agropecuária de subsistência. (IBGE, 2010) A partir de políticas de assistência social, o Governo vem desenvolvendo diversos programas de proteção aos grupos menos favorecidos, objetivando eliminar a miséria e a indigência, como também a reduzir os índices de pobreza e melhorar a distribuição de renda. Essas políticas estão voltadas para o desenvolvimento econômico, especialmente por meio de políticas públicas de transferência de renda de grande alcance como o Programa Bolsa Família (PBF), que além de ser dimensionada para a ética, humanitária, de assegurar direitos e integração de pessoas, famílias mais pobres no projeto nacional, as políticas sociais tem ainda uma dimensão prática, econômica. Nesta perspectiva, este trabalho apresenta o impacto do Programa Bolsa e suas contribuições para as famílias beneficiadas do município de Bananeiras, e como o mesmo tem colaborado ao acesso a alimentação básica com destaque a assistência educacional e a saúde ao público de baixa renda. A fim de cumprir o objetivo proposto acima, o presente texto está assim organizado: Descrição do Programa Bolsa Família; metodologia de análise da pesquisa; avaliação do programa no município de Bananeiras; e por fim, algumas considerações finais. 2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1– Programa Bolsa Família O Programa Bolsa Família (PBF) tem com objetivo principal promover a inclusão social, contribuindo para a emancipação das famílias beneficiárias, dando meios e condições para que elas possam sair da situação de vulnerabilidade em que se encontram. O Bolsa Família foi criado pela medida provisória nº 132, de 20 de outubro de 2003, convertida em Lei em 09 de janeiro de 2004 – Lei nº 10.836. O PBF é um dos programas que compõem o Fome Zero, estratégia impulsionada pelo Governo Federal com o objetivo de assegurar o direito humano à alimentação adequada às pessoas com dificuldades de acesso aos alimentos. Essa estratégia se insere na promoção da segurança alimentar e nutricional, buscando a inclusão social e a conquista da cidadania da população mais vulnerável (MDS, 2012). O programa se beneficiou das experiências de outros programas condicionados de renda, criados em escala municipal e também de outros programas desenvolvidos por quatros ministérios distintos: 1 – Programa Bolsa Escola, destinado a crianças em idade escolar (6 a 15 anos), e operacionalizado pelo Ministério da Educação. 2 – O Bolsa Alimentação, administrado pelo Ministério da Saúde que atendiam famílias que tinham em sua composição crianças com até 06 anos de idade no limite de três por família; 3 – O Auxilio Gás, sob o comando do Ministério de Minas e Energia; e 4 – o Cartão Alimentação, administrado pelo extinto Ministério Extraordinário da Segurança Alimentar e Combate a Fome, que pagava um valor mensal as famílias em extrema pobreza. (BRASIL, 2010) A criação do Programa Bolsa Família, não foi apenas uma unificação dos programas anteriores ou apenas a busca de um maior grau de racionalidade administrativa do governo. Este programa avançou em relação a sua implantação, porém, suas limitações no que diz respeito ao atendimento de toda a família, e não a membros isolados, à divergência de critérios de elegibilidade, à baixa cobertura e à superposição de público-alvo. Os gestores do programa bolsa família entendem que a unificação de programas de transferência de renda foi necessária, tendo em vista que a busca por subsídios que permitam a reversão da pobreza que seja destacado que a mesma não se refere apenas a um fator social sem importância, e que, o seu enfrentamento só será possível se associarmos a programas de transferência de renda ações articulados que garantam o acesso aos serviços públicos básicos (Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome 2010). Ainda em acordo com o Ministério do Desenvolvimento social o Programa Bolsa Família atende mais de 13 milhões de famílias em todo território nacional. O beneficio é dividido em básico e variável, onde são concedidos mediante a renda per capita mensal, conforme explica o quadro 1. Quadro 1 – Valor do Benefício repassado pelo PBF às Famílias com renda per capita de até R$ 70,00 BENEFICIO VALOR (R$) Básico 70,00 Variável 32,00 Variável Jovem 38,00 Básico + 05 Variáveis 230,00 Básico + 05 Variáveis + 02 Variável Jovem 306,00 Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, 2012 As famílias que tem sua renda per capita acima de R$ 70,00 (setenta reais) ficam sem o direito de receber o beneficio básico, porém, se possuir em sua composição familiar crianças menores de 16 anos, e a renda ficar compreendida em até R$ 140,00 (cento e quarenta reais) a família ficará recebendo apenas o beneficio variável enquanto os beneficiários (crianças/adolescentes menores de 16 anos) estiverem na faixa etária. (Quadro 2) Quadro 2 – Valor do Benefício repassado pelo PBF às Famílias com renda per capita compreendida entre até R$ 70,01 e R$ 140,00 BENEFICIO VALOR (R$) Básico Não tem direito Variável 32,00 podendo receber de até 05 filhos Variável Jovem 38,00 podendo receber até dois 05 Variáveis + 02 Variável Jovem 236,00 Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, 2012 Em observação a demonstração do quadro disponibilizado pelo Ministério percebe-se que mesmo sendo um só o Programa Bolsa Família concede benefícios divididos em três tipos diferentes, o Básico que é liberado as famílias de extrema pobreza, seu valor é de R$ 70,00 mensais e independe da composição familiar; o segundo beneficio são os variáveis destinados as famílias também que se encontram na linha da pobreza ou extrema pobreza e que possuam na composição gestantes ou crianças e adolescentes até 15 anos tendo em vista que os mesmos estão em idade escolar e com um calendário de vacinas a cumprir, em cada famílias esse beneficio pode ser acumulado por 05 pessoas e o valor de cada uma é R$ 32,00 mensais sendo em sua totalidade R$ 160,00, o terceiro e ultimo beneficio é oferecido como variável jovem, ou seja, as famílias que possuem jovens com idade de 16 a 18 anos, e que também estejam devidamente matriculados, o valor do beneficio é de R$ 38,00 e cada família poderá receber até dois totalizando R$ 76,00, o perfil da família a ser beneficiada se da diante cadastro realizado pela prefeitura e informado ao Cadastro Único, que entrevista e seleciona as pessoas que tem direito ao Bolsa Família e principalmente o valor a ser pago diante da avaliação da constituição familiar e da renda per capita. O Programa se estrutura em três eixos: transferência de renda, condicionalidade e programas complementares e apoio ao combate a fome. Sua gestão é descentralizada e compartilhada por União, estados, Distrito Federal e municípios. Os três entes federados trabalham com conjunto para aperfeiçoar, ampliar e fiscalizar a execução do Programa. O PBF procura enfrentar o problema da pobreza em dois momentos. No curto prazo, o programa visa medidas de combate a pobreza como a fome e a desintegração familiar. Em longo prazo, o programa pretende combater a pobreza, induzindo a melhoria da educação e saúde, através das condicionalidades, garantindo melhores oportunidades no mercado de trabalho. No município de Bananeiras, o Programa vem sendo executado desde sua criação que se deu no ano de 2003, onde ainda era dividido em programas distintos, sendo executado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social que trabalha em parceria com as secretarias de Educação e de Saúde. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, tomando como base as pesquisas de 2010, a população de habitantes do município em questão é de 21.851 (vinte e um mil oitocentos e cinqüenta e um) das quais 3.452 (três mil quatrocentos e cinqüenta e dois) são beneficiários do Programa. Para o município de Bananeiras a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio – PNAD estima, segundo dados de 2006, a quantidade de famílias consideradas pobres, com perfil para o Bolsa Família sendo de 2.671 (duas mil seiscentos e setenta e uma), levando em consideração a renda familiar per capita de R$ 140,00 (cento e quarenta reais). Desta forma o município vem atingindo sua meta de inserção dessas famílias dentro do Programa. 2.2 - Condicionalidades Para o bom funcionamento do PBF pretendeu-se explicitar uma constante troca entre governo e beneficiários, formando um elo de responsabilidade para ambos. O governante possibilita uma autonomia financeira, enquanto as famílias, em contra partida, aceitam as condicionalidades que embasam os objetivos do Programa. Tais condicionalidades são os compromissos assumidos pelas famílias nas áreas de saúde e Educação, para poder continuar a receber o beneficio do programa Bolsa Família. São também chamadas de contrapartidas ou co-responsabilidades das famílias, sendo assim o desenvolvimento educacional e o acesso a atendimentos básico de saúde, que além de combater, previne altos índices de mortalidade. Cabe aos órgãos competentes o acompanhamento e controle dos dados sobre a frequência escolar e calendário de vacina para crianças menores de 07 anos, além das gestantes. Os órgãos da área de assistência social controlam a frequência mínima de 85% da carga horária relativa aos serviços socioeducativos para crianças e adolescente de até 15 anos em risco e retiradas do trabalho infantil. (BRASIL, 2010). As famílias que não atendem as condicionalidades têm os benefícios bloqueados ou suspensos. Esta punição está relacionada com o monitoramento do acesso das famílias aos direitos sociais básicos de educação e saúde, bem como com a identificação das causas familiares e sociais do seu eventual não cumprimento. 2.3 – Cadastro Único O Cadastro Único (CadÚnico) foi criado em 2001, regido pelo Decreto Nº 6.135, de 26 de janeiro de 2007, com a finalidade de suprir as necessidades de diferentes ministérios, no sentido de identificar a população em condições de vulnerabilidade social, através de uma ação única e integrada evitando multiplicidades de cadastros, para gerir melhor os benefícios concedidos, tendo portanto, uma melhor eficácia dos programas. (ASSISTÊNCIA, 2009). Sua base é toda informatizada, da qual dispõe todos os instrumentos e procedimento necessários para manutenção de sua base de dados que pode ser usadas pelos governos municipais, estaduais e federais para que os mesmos tenham um diagnóstico socioeconômico das famílias cadastradas e mediante essas informações possam desenvolver políticas públicas voltadas para determinando grupo ou comunidade. A base de dados do CadÚnico contém algumas informações como: a) identificação da família e de cada pessoa que faz parte da família; b) características da família; c) identificação da casa e suas características; d) renda; e) gastos; f) bens da família; g) participação em programas sociais, entre outras. Para o bom funcionamento do Cadastro Único os municípios tiveram que se incorporar neste processo, assumindo o papel de agente central, no que diz respeito a identificação e cadastramento das famílias, pois o contato com as famílias em situação de pobreza é diretamente realizado pelo município, o que o torna a peça fundamental para garantir que o cadastro seja alimentado com informações qualificadas. Cabe aos municípios identificar e cadastrar as famílias atentando para a importância da inclusão da população socialmente mais vulnerável. O CadÚnico hoje é monitorado pelo Decreto Nº 6.135/2007 e pela Portaria Nº 376/2008, que definem as rotinas, tais como: bloqueio, desbloqueio, reversão, suspensão e outros. Os dados são atualizados obrigatoriamente a cada dois anos, ou sempre que houver mudança na composição familiar. Informações importantes também são cruzadas com outros bancos de dados, como a Relação Anual de Informações Sociais RAIS, Sistema de Controle de Óbitos - SISOBI, Relação de Políticos Eleitos e Suplentes, Instituto Nacional de Seguro Social - INSS. Segundo informações obtidas pela Secretaria Nacional de Renda de Cidadania SENARC/MDS, 2010, em setembro de 2003, havia cerca de 8,1 milhões de famílias cadastradas, o qual saltou para 20,1 milhões em junho de 2010. Este avanço é fundamental para a identificação de famílias de baixa renda e de possibilidades de produção de insumo para diagnósticos e orientações de políticas no Brasil. O município de Bananeiras, em novembro de 2011 apresentava um número de 4.698 (quatro mil seiscentos e noventa e oito) famílias cadastradas, uma vez que para o PNAD 2006, a estimativa de famílias com perfil para ser cadastradas no CadÚnico é de 3.872 (três mil oitocentos e setenta e duas), levando em consideração a renda per capita de até meio salário mínimo. 2.4 – Controle de Instância Social - ICS O Controle de Instância Social é a participação da sociedade civil na gestão do PBF e nas ações públicas, como forma de contribuir para uma maior transparência das ações do Estado e garantia de acesso das famílias mais vulneráveis ao Programa. Conselho Municipal do Programa Bolsa Família é o nome que melhor identifica as ICS, formada por membros da sociedade civil e do governo local, onde sua atuação depende da integração entre o gestor municipal, membros do Conselho e da participação da sociedade civil. No Brasil a preocupação em se estabelecer um controle social forte e atuante torna-se ainda maior, em razão da extensão territorial do país e da descentralização geográfica dos órgãos públicos integrantes dos três níveis federativos – União, estados e municípios. No caso destes, há que considerar, ainda, o seu grande número. Por isso, a fiscalização da aplicação dos recursos públicos precisa ser feita com o apoio da sociedade. 2.5 – Plano Brasil sem Miséria A fim de expandir e melhorar as estratégias do Programa Bolsa Família em 2011, o Governo Federal representado Pela Presidente da República, Dilma Roussef, lançou um conjunto de políticas publicas sociais que objetiva ampliar os benefícios oriundos de Transferência de renda e a fim de promover novas medidas produtivas e inclusivas, tal conjunto se trata do Plano Brasil sem Miséria, o plano pretende elevar a renda e as condições de bem-estar da população. As famílias extremamente pobres que ainda não são atendidas serão localizadas e incluídas de forma integrada nos mais diversos programas de acordo com as suas necessidades (MDS,2012). Entende-se o Plano Brasil sem Miséria como uma forma de agregar aumento na transferência de renda e inclusão produtiva como principais complementações ao PBF, o mesmo abrange um conjunto de ações que promovem junto a outros responsáveis, como Governo estadual, municipal ou empresas públicas e privadas criação de programas que visem ampliação de iniciativas já existentes, como fórmula de incentivo e parceria para desenvolvimento de oportunidades ofertando um possível desenvolvimento econômico local e podendo se expandir diante dos resultados de tais parcerias. A expansão e a qualidade dos serviços públicos ofertados às pessoas em situação de extrema pobreza norteiam o Brasil Sem Miséria. Para isso, o plano prevê o aumento e o aprimoramento dos serviços ofertados aliados à sensibilização, mobilização, para a geração de ocupação e renda e a melhoria da qualidade de vida (MDS,2012). Para uma efetiva contribuição dos responsáveis pelo bom desempenho do Plano Brasil sem Miséria se faz necessárias estratégias por uma busca ativa, ou seja, os profissionais de cada área traçam planos para localizar e incluir nos programas as famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade e criam novas esperanças para esse publico alvo com a intenção de que os mesmos possam ter acesso a seus direitos. Encontramos três eixos de atuação do plano como forma de seguridade social para as famílias beneficiadas: o acesso a serviços educacionais, saúde, assistências e de segurança alimentar é o primeiro eixo, seguindo da Garantia a renda através dos programas de Transferência de renda promovendo junto ao último eixo uma inclusão produtiva seja na área urbana ou no cenário rural. Em cada eixo de atuação foram incluídos programas para acesso e inclusão, na área de educação destaca-se o Brasil alfabetizado que tem como objetivo a efetiva alfabetização de jovens, adultos e idosos onde a esfera do Governo Federal oferece o apoio técnico e garante assim à continuidade dos estudos, o Mais educação é outra estratégia e incentivo a educação, ofertando escola em tempo integral trabalhando com acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educação científica e educação econômica. Na saúde ofertará construção e manutenção de unidades básicas de saúde, Brasil sorridente, Saúde da Família, Olhar Brasil, Distribuição de medicamentos, Rede cegonha e saúde na escola, todas ações preventivas e de acompanhamento a saúde das famílias carentes. 3 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia quanto ao objetivo será a descritiva, pois visa descrever as características de uma determinada população, no caso em destaque o uso dos beneficiários do Programa Bolsa família, utilizando-se de técnicas padronizadas a fim de coletar dados. Foi observado que o estudo de caso por ser um estudo sistematizado de dados específicos, torna-se a metodologia mais adequada para nosso estudo, pois propiciará investigar a mudança de vida que o Programa Bolsa Família ofereceu as famílias com uma situação extrema de pobreza. O estudo de caso por definição é a forma de investigação que permite a junção de uma gama de métodos que facilitam a pesquisa em uma determinada área sendo possível que essa investigação não seja limitada, sendo permitida averiguação entre pessoas, grupos, eventos, escolas, investigações ou programas, possibilitando uma amplitude no estudo e posteriormente na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (Yin, 1994: 13). Para a descrição da realidade do município, foram selecionados indicadores referentes à população, renda, pobreza e trabalho, vulnerabilidade social de crianças e jovens, saúde, educação, assistência social e características do funcionalismo municipal, todos adquiridos da base de dados do Cadastro Único. A seleção dessas dimensões e dos indicadores que as compõem baseou-se em duas metas: erradicação da pobreza e alivio imediato da fome. A pesquisa foi estruturada em dois componentes: Pesquisa Qualitativa e Quantitativa, onde foram adotadas, entrevistas com um questionário composto por 10 perguntas pertinentes ao tema, junto a 30 titulares do Programa Bolsa Família da cidade de Bananeiras durante o processo de atualização cadastral, compreendido entre os meses de Abril a Setembro de 2011, com a finalidade de obter informações sobre diversas variáveis que caracterizam o perfil do público-alvo. 4. ANÁLISES DE RESULTADOS Com a unificação dos programas de transferência de renda com base nos dados do Cadastro Único, podemos observar que o município teve um avanço na eficácia dos cadastros, uma vez que passou a ser mais detalhado, principalmente o perfil do beneficiário, hoje possui 4.734 famílias cadastradas e 3.453 famílias recebendo o beneficio. O gráfico 01, mostram a evolução em termos de cadastros ocorridos no período de 2004 a 2011. Segundo dados colhidos através da Secretaria de Desenvolvimento Social, no início do Programa, os cadastros deixavam a desejar no quesito informações, principalmente as consideradas de extrema importância, tais como trabalho e renda, o que fazia com que muitos recebessem o dinheiro de forma indevida. Após a junção dos Programas, passou-se a se monitorar mais, sendo exigido um recadastramento a cada dois anos, o que gerou uma maior transparência da realidade de cada família inserida no Cadastro Único. Gráfico 1 -Evolução de Famílias Atendidas pelo Programa Bolsa Família – BANANEIRAS (PB). Fonte: MDS – Ministério do Desenvolvimento Social Através de questionário aplicado a 30 (trinta) beneficiários do PBF, na busca por uma avaliação do modo de vida antes e depois de serem contemplados com o beneficio de transferência de renda, assim como coleta de dados em material bibliográficos já publicados, foi estruturado as analises necessárias para a formação desta pesquisa. O município de Bananeiras tem uma vasta zona rural onde se encontra 80% dos beneficiários. Por se tratar de famílias com um histórico de desigualdade social e econômica em suas formações, marcadas pela fome de alimentação e de oportunidades, elas em sua maioria possuem apenas o ensino fundamental representando 40%, seguidas de um número significativo de não alfabetizados, ficando em torno de 27% os que nunca freqüentaram uma escola. Essa situação, de falta de escolaridade, é um dos objetivos do Programa, por isso é condicionante, fazendo com que as famílias garantam a permanência de seus filhos nas escolas, com a finalidade de que a longo prazo, suas vidas não sejam iguais às de seus antecedentes, ou seja, não herdem a má formação escolar. A renda mensal das famílias gira em torno de um salário mínimo,para aqueles que exercem atividades como autônomos, onde 30% dos beneficiários afirmam que mensalmente recebem em média um salário para a manutenção da família. Porém um fator preocupante é a outra metade desse público, pois 37% dessas famílias não possuem nenhuma renda, e vivem apenas da agricultura familiar de subsistência, onde a única coisa que comem é o que plantam (feijão, legumes e verduras e raízes do tipo macaxeira e batata) além da criação de ave, caprinos e suínos, que servem para engorda, onde são vendidos com a finalidade de adquirir o dinheiro para a compra de outros suprimentos como vestes, calçados ou até mesmo, alguns móveis para utilidades domésticas. Sessenta por cento dessas famílias possuem cerca de 5 (cinco) membros em sua composição familiar: pai, mãe e filhos,todos possuem o Número de Identificador Social – NIS, o que facilita a inserção em outros programas do Governo Federal,ou até mesmo o direito a outros benefícios gerados mediante o Cadastro Único, atrelados ao Programa Bolsa Família, a exemplo temos a isenção das taxas cobradas em concursos públicos ou provas de seleção como as do Processo Seletivo Seriado – PSS, que garante a entrada em Universidades Públicas. Outro exemplo é a redução da tarifa de energia, onde para se contemplado, é necessário que se tenha o NIS, e o consumo segundo as normas da empresa de energia. Dos 30 (trinta) beneficiários que responderam o questionário, 13 (treze), representando 43% dos mesmos, recebem o beneficio a mais de 03 anos, e afirmaram que empregam exclusivamente na alimentação, vindo em segundo lugar o pagamento da luz e a compra de remédios. Todas as famílias afirmaram que suas vidas mudaram após receberem o beneficio, tendo como maior foco dessa mudança a educação e o acesso a rede de saúde, pois, por serem condicionalidade para o Programa, as famílias ficam mais preocupadas em manter os filhos na sala de aula e procurar deixar em dia as questões de saúde como vacina, peso e outros. A permanência na escola garante aos filhos a boa educação, incentivo para uma vida melhor, além de alimentação saudável durante a merenda. No ato da inscrição o Responsável Familiar – RF fica informado das condicionalidades do Programa, assim como seu funcionamento, sendo de sua total responsabilidade o cumprimento das mesmas mantendo o filho na escola e com o calendário de vacinas em dia, cientes de que qualquer descumprimento implicará em advertência, seguido de 02 bloqueios, 01 suspensão e por fim o cancelamento dos benefícios, dentro desta perspectiva, indagou se em alguns instantes essas famílias sofreram alguma penalidade e apenas 40 % disseram que já sofreram as conseqüências por não cumprir com os compromissos do Programa, mas, foram orientadas e acompanhadas pelos técnicos responsáveis pelo funcionamento do programa no âmbito municipal. Por tanto, se percebe que diante do conhecimento das condicionalidades as mesmas possuem aprovação e respeito por parte das beneficiadas que destacam como necessárias e eficientes no controle e funcionamento do Programa. 4.1 – Programa Complementares realizados pelo Município Antes mesmo do lançamento do Plano Brasil sem Miséria a cidade de Bananeiras junto à administração local e suas devidas parcerias já desenvolvia ações referentes à autonomia econômica de famílias beneficiadas do Programa Bolsa Família, um grande exemplo dessa ação é a criação da associação de costureiras do município, onde foi oferecido curso técnico e ao seu término o governo local ofereceu subsídios para a concretização do projeto tal como disponibilização de ambiente de trabalho, do material de serviço (máquinas, linhas, malhas) e compra de grande parte da produção, através do fardamento escolar das escolas municipais e dos programas sociais, possibilitando além de desenvolvimento econômico local autonomia financeira sustentável. Outro exemplo são os cursos gastronômicos e profissionais de beleza como manicure, pedicure e cabeleireiro sugerindo uma nova profissão e meio alternativo para as famílias, buscando sempre uma prática de inserção de famílias mais carentes ao mercado de trabalho assim como geração de emprego e renda. Em observância as políticas sociais do município de Bananeiras, através do órgão competente, o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, objetiva garantir através de serviços prestado o acesso a direitos das famílias mais vulneráveis seguindo como orientações o plano de desenvolvimento Brasil sem Miséria. Para tanto vem sendo desenvolvido um trabalho contínuo de acompanhamento as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família e cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal junto com a participação de técnicos específicos, tais como: psicólogos e assistentes sociais, que fazem todo o mapeamento das áreas mais vulneráveis para com isso formularem políticas internas a fim de promover a inclusão social. São fornecidos trabalhos comunitários, palestra com grupos de mães com os mais variados temas que abordam o acolhimento familiar, acompanhamento com treinamento as gestantes além de distribuição de enxovais, conscientização para os jovens através de esclarecimentos necessários para as faixas etárias em questão. Em parcerias com outros órgãos e até mesmo com o apóio do Estado, o município vem oferecendo cursos de capacitação e de aperfeiçoamento, esses cursos tem a intenção de preparar as Responsáveis familiares para o mercado de trabalho e garantir a autonomia financeira, possibilitando grandes mudanças e bons resultados no mercado local, pois, o município vem crescendo no ramo turístico, o que gerou oportunidades de trabalhos para muitos jovens que participaram de cursos como Guia Turista, Garçom, Camareiro, Hotelaria, assistente administrativo e outros. Através de tais ações voltadas para o desenvolvimento econômico e financeiro das famílias podemos observar que muitas já deixaram de receber o beneficio por não mais se enquadrar no perfil, pois, através de oportunidades, tem seus empregos o que ocasiona junto a toda a família um quadro de bem estar e disponibilidade individual financeira, no que se refere aos cursos técnicos muitos deles conseguiram o sonhado emprego seja ele através de concursos públicos outros de carteira assinada. 5 - CONCLUSÃO O Brasil está vivendo um período marcante da sua história, pois a garantia futura da população está cada vez maior, e isso graças às políticas sociais, principalmente o Bolsa Família, observando esta vertente investigou o impacto causado pelo PBF as famílias encontradas em situação extrema de pobreza e as mudanças diante da regularidade dos Programas de transferência de renda direta, onde o beneficiário pode sentir-se autônomo e com uma garantia de alimentação diária. Os Programas, bem implementados, contribuem para o fortalecimento da rede local de serviços sociais capaz de atender as demandas dos usuários, principalmente no que se refere às condicionalidades impostas às famílias beneficiárias. O município de Bananeiras, tomado como amostra para a verificação do quadro sócio-econômico dos beneficiários dos Programas de Transferência de Renda, em foco, o PBF, mostra que apesar das críticas em relação ao programa, seus efeitos são de forma grandiosa na melhoria de vida da maioria dos beneficiários, além de proporcionar oportunidades na geração de emprego conseqüentemente de renda. Um dos contratos sociais, assumidos pelo Presidente Lula, durante sua posse em 2003, que seria de priorizar a dinâmica de desenvolvimento com a reversão da pobreza e da desigualdade na distribuição da renda e riqueza, por meio de ações e políticas que enfrentassem a exclusão social e o desemprego, paulatinamente está sendo cumprida, faltando apenas mais compromisso da sociedade para que o Brasil alcance um máximo de combate com a desigualdade social e econômica. ABSTRACT Social policies arise from the growing concern of the State withimproved quality of life of the population as a whole, to exert a direct action on the welfare of the citizens to provide them with services orincome. This work aimed to investigate the impact of the Bolsa Família on the change of life with families benefited in the town of Bananeiras, trying with these families to identify how resources are being used by program beneficiaries and determine the perceptions of beneficiaries on improving living conditions after their participation in the program. The methodology used to achieve these goals was to perform a case study with a quantitative and qualitative approach, based on the Department of Social Development of the City of Bananeiras -PB, and the data collectedthrough a structured questionnaire, search literature and documents. Keywords: Family Grant Program. Quality of Life. Income Generation 6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSISTÊNCIA social e cidadania. Porto Alegre: Ministério do Bem-Estar Social, 1993. 62p. Parceria entre o Ministério, Conselho Nacional de Assistência Social, Legião Brasileira de Assistência, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, e Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul. BRASIL, Presidência da República. Lei n.10.836, de 09 de janeiro de 2004. Cria o PBF, e dá outras providências. Brasília, DF, 2004. Disponibilizado em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.836.htm>. Acesso em: 10 de novembro de 2011. BUCCI, Maria Paula Dallari. Conceito de política pública em direito. Brasilia: IPEA, 2006. CAPACITAÇÃO para implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e do Programa Bolsa Família – PBF / Coordenação Geral: Tereza Cristina Barwick Baratta…[etal.]. – Rio de Janeiro: IBAM / Unicarioca; Brasilia: MDS,2008. 484p. CUNHA, Rosani. Transferência de renda com condicionalidade: a experiência do Programa Bolsa Família. In: BRASIL. 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Porto Alegre, Bookman Companhia Editora, 3ª Ed., 2005. Apêndice UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA Questionário de Avaliação junto aos Beneficiados do Programa Bolsa Família na cidade de Bananeiras 1 – Onde mora? ( ) Zona Urbana ( ) Zona Rural 2 – Escolaridade: ( ) não alfabetizado ( ( ) ensino fundamental incompleto ( ( ) ensino médio incompleto ( ) ensino fundamental completo ) ensino médio completo ) ensino superior 3 – Renda mensal da família ( ) menos de 01 salário mínimo ( ) um salário mínimo 4 – Principal atividade exercida: ( ) autônomo ( ) funcionário público ( ( ) agricultura ) aposentado 5 – Quantos membros compõe a família? ( ) 02 membros ( ) entre 03 a 05 membros ( ( ) não possui renda ) mais de 05 membros 6 – Há quanto tempo recebe o benefício do Programa Bolsa Família? ( ) menos de 01 ano ( ) entre 02 a 04 anos ( ) mais de 01 ano ( ) entre 04 a 06 anos 7 - Principais gastos são com: ( ) luz ( ( ) remédio ( ) alimentação ) outros: _________________________ 8 – Recebe outro beneficio do Governo Federal? ( ) SIM ( ) NÃO 9 – Já teve o beneficio bloqueado, suspenso ou cancelado por não cumprir com as condicionalidades? ( ) SIM ( ) NÃO 10 - Houve mudança de vida na família após ser contemplado com o Programa? ( ) SIM ( ) NÃO