Construir o Futuro A Revista da Iniciativa da Pesquisa da Construção 2013 Impulsos para a eficiência e a transformação Com a decisão do princípio social em cobrir o fornecimento de energia no futuro amplamente a partir de fontes renováveis, ao mesmo tempo que aumenta visivelmente a eficiência energética, a Alemanha assume um papel de liderança na Europa e em todo o mundo. Com o conceito de energia, o Governo Federal mostra o caminho como garantir no futuro o fornecimento de energia a custos adequados. O objetivo é reduzir as emissões de gases de estufa até 2020 em 40 % e até 2050 em pelo menos 80 %. A percentagem de energias renováveis no consumo final bruto de energia deve subir até 2020 para 18 % e até 2050 para 60 %. Precisamente os setores dos prédios e das estradas têm de prestar um grande contributo. A mudança de energia com base num largo consenso social não pode ser unicamente concretizada com decretos ou ajudas financeiras. Nós precisamos sobretudo também de novas tecnologias e conceitos. Por isso, o Ministério Federal das Estradas, Construção e Desenvolvimento Urbano (BMVBS) reforçou ainda mais o programa de pesquisa Construir o Futuro. A iniciativa de pesquisa é entretanto composta por três diferentes complexos: • a pesquisa de recursos, • a pesquisa de pedido e • o projeto de modelo “Casa Mais Eficiente”. Sobretudo a pesquisa de pedido vive do espírito de inovação e da nova orientação da economia da construção. Aqui são concretizadas as melhores idéias em conjunto com a economia, ciência e política. O programa de pesquisa Construir o Futuro tem um sucesso enorme. Desde o arranque em 2006 foram adjudicados cerca de 500 projetos de pesquisa com um volume de negócios e promoção total de cerca de 53 milhões de euros. Com isto, estabeleceu-se, entre outras coisas, neste período de legislatura um padrão de prédios completamente novo: a “A casa mais eficiente”. As Casas Eficientes em grande parte já disponíveis – com um apoio do Grupo de Bancos Alemães da Reconstrução para Casas Eficientes na faixa dos 70, 55 ou 40 – são combinadas com sistemas de produção de energia, produzindo excessos de energia. Na nossa brochura “Wege zum Effizienzhaus Plus” (Caminhos para a Casa Mais Eficiente) nós definimos este padrão e, entretanto, estamos a realizar 31 projetos modelo na pesquisa. Não se trata apenas da instalação de vivendas, mas também de apartamentos ou da modernização completa de construção antigas. O 2 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro BMVBS construiu um prédio próprio para fins de pesquisa. Mostra-se aqui, entre outras coisas, como se podem unir prédios inovadores com a mobilidade elétrica. Mas também é apresentado outro tema com o nosso projeto modelo em Berlim: A Casa Mais Eficiente BMVBS é 100 % reciclável. Isto é uma novidade para um prédio tão moderno e lidera o caminho: Para além da eficiência energética, as questões da poupança de recursos, da reciclagem e da orientação para uma mudança demográfica são megatemas dos nossos dias. A presente revista apresenta uma pequena parte dos temas atuais da Iniciativa de Pesquisa Construir o Futuro. Esta iniciativa da minha casa aborda os temas fortes do nosso desenvolvimento social. Os resultados da pesquisa estão à vista. Em pouco tempo, elaboraram-se soluções práticas e adequadas ao dia-a-dia. Desejo-lhe, durante a leitura, percepções entusiasmantes. Dr. Peter Ramsauer MdB Ministro Federal das Estradas, Construção e Desenvolvimento Urbano Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 3 Índice O novo mundo de Mais Energia no setor dos prédios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Elementos híbridos de vidro com camadas intermédias translúcidas para melhorar a eficiência energética dos revestimentos dos prédios. . . . . . . . 54 Técnicas inovadoras para os elementos fotovoltaicos integrados no prédio. . 14 Fachada de fotobiorreator . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 A nova união: Tecnologias de união para perfis de compostos fibrosos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Exempla docent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 ULTRASLIM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 “A obra de alvenaria tem futuro”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Colado para sempre? Separabilidade de componentes híbridos. . . . . . . . . . . . . 64 A satisfação do utilizador como indicador para a descrição e avaliação da dimensão social da sustentabilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 vakutex Elementos de fachada isolados a vácuo em betão têxtil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 “A sustentabilidade testada vai convencer investidores”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Absorção de ruídos de impactos a baixa freqüência graças a repercutidores de Helmholtz integrados em tetos de traves de madeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Guia da Construção Sustentável 2011. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Ready – preparado para viver em qualquer idade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 Wecobis e Ökobau.dat: Saber o que está dentro do material de construção.. . 42 Normas e diretivas – uma comparação internacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 “A sustentabilidade e a cultura da construção têm de ser sempre encaradas em conjunto”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Morar na terceira idade – processos de mercado e necessidade de agir na política da habitação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Casas da época da fundação otimizadas em termos energéticos . . . . . . . . . . . . . 50 EnerWert . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 4 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Projeto modelo Casa Mais Eficiente: O novo mundo de Mais Energia une prédios e carros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 5 O novo mundo de Mais Energia no setor dos prédios 6 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro No conceito de energia de 28.09.2010, o Governo Federal formula linhas orientadoras para um fornecimento de energia ecológico, fiável e amortizável e descreve, pela primeira vez, o caminho para a época das energias renováveis. Ao contrário do ano 2008, pretende-se desce até 2020 o consumo de energia primária em 20 % e até 2050 em 50 %, a percentagem de energias renováveis até 2050 deve aumentar em 60 %. Deste modo, é possível reduzir as emissões de gases de estufa na Alemanha até 2050 em pelo menos 80 %, comparativamente com o ano de 1990. Secretário de Estado Eng. Rainer Bomba Ministério Federal das Estradas, Construção e Desenvolvimento Urbano Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 7 Sem um aumento eficaz da eficiência energética e a utilização crescente de energias renováveis no setor dos prédios e das estradas, é quase impossível atingir os ambicionados objetivos da energia e clima, uma vez que ambos os setores consomem 70 % da energia total na Alemanha. Por isso, foi importante o Ministério Federal das Estradas, Construção e Desenvolvimento Urbano (BMVBS) ter desenvolvido precocemente um detalhado conceito próprio de poupança de energia e do clima. Este conceito, que engloba tanto o setor das estradas domo da construção, é essencialmente suportado por 5 pilares. Nomeadamente: • o eficiente fornecimento de energia descentralizado de prédios e o respetivo aumento da eficiência na edificação de casas, • o saneamento energético de prédios e residências urbanas, aqui sobretudo através dos correspondentes programas do Banco Alemão da Reconstrução • a inovadora associação de padrões de elevada capacidade no prédio com a mobilidade elétrica, • a utilização em larga escala da mobilidade elétrica e • a estratégia de combustível nacional. O Governo Federal não apenas criou, em todos os pontos, conceitos, como também agiu com sucesso. O conceito de energia do Governo Federal exige um aumento “ambicionado” dos padrões de eficiência para prédios, desde que isto seja economicamente viável”. A viabilidade econômica é desde sempre o primeiro marco do direito de poupança energética e comprovou-se assim – e empenhou-se muito nisso – também no conceito de energia. A última parte do decreto da poupança energética (EnEV) entrou em vigor a 1.10.2009. Os mercados adaptaram-se a esta regra. O EnEV 2013 planeado é, por isso, desenvolvido de forma moderada, razoável e com discernimento. Um ponto importante do desenvolvimento contínuo é a concretização da diretiva sobre a eficiência energética total de prédios. Ela obriga a alterações do EnEV e, por razões formais, também do EnEG. A introdução a longo prazo do padrão de prédios de baixa energia para construções novas está particularmente orientada para o futuro, com efeito a partir de 2021 (edifício das autoridades já desde 2019). A partir de 2013, é necessário indicar o valor energético dos prédios nos anúncios de venda e aluguer. Para além disso, aumenta o dever 8 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro de afixação de certificações de energia mesmo em prédios mais pequenos de autoridades, bem como, em instalações privadas com forte circulação de público (p. ex. lojas de comércio, bancos, restaurantes). Deve ser construído um sistema de controlo independente para certificações de energia e relatório sobre a inspeção de sistemas de ar condicionado A execução está nas mãos dos países. Os projetos de trabalho para EnEG e EnEV serão acordados nestes dias entre as reservas e passam depois para o processo parlamentar habitual. É óbvio que a lei regulamentar sozinha não basta. Para obter os necessários padrões de eficiência, é preciso uma promoção concreta e uma política de inovação específica. Os programas do Banco Alemão de Reconstrução estão preparados no âmbito do conceito de energia para uma construção e saneamento eficientes em termos energéticos e são uma história de sucesso da política econômica e do clima. Mais de 50 % dos novos prédios residenciais já estão a ser promovidos pelo Banco Alemão de Reconstrução e construídos de acordo com um padrão muito melhor do que o EnEV 2009 prescreve. Pretende-se atualizar os meios de promoção do Banco Alemão de Reconstrução para um nível de aprox. 1,5 mil milhões de euros até 2014. A Iniciativa de Pesquisa Construir o Futuro energia de edifícios modernos e continuar a desenvolver os necessários componentes para revestimentos de prédios com eficiência energética e aproveitamento de energias renováveis. Nesta parte do programa, o BMVBS pega nos projetos excelentes da anterior Iniciativa de Pesquisa Construir o Futuro. Para além de muitos desenvolvimentos de componentes, eram os prédios modelo de TU Darmstadt, com os quais ganharam duas vezes o chamado concurso Solar Decath- lon em Washington D.C. Os prédios de TU Darmstadt eram modelos que pretendiam demonstrar a exeqüibilidade básica do padrão de Mais Energia em arquitetos interessados. Para além das ajudas financeiras, isto exige um avanço no desenvolvimento de novas tecnologias e conceitos. Isso requer inovações em muitas áreas. Foi nesse sentido que o BMVBS se estabeleceu com a sua Iniciativa de Pesquisa Construir o Futuro. A iniciativa para a pesquisa na prática da construção resulta da pesquisa da reserva e do pedido, cujos números falam por si: A Casa Mais Eficiente com mobilidade elétrica do BMVBS em Berlim Desde o arranque do programa em 2006, os primeiros cinco anos registraram, com a iniciativa, cerca de 500 projetos de pesquisa com um volume de negócios e promoção total de 52 milhões de euros. A partir de agosto de 2011, a iniciativa foi complementada pela promoção da pesquisa para Casas Mais Eficientes com um volume de promoção de 1,2 milhões de euros anuais. O BMVBS apóia a introdução de prédios que produzem muito mais energia por ano do que a necessária para funcionar. Os projetos são avaliados no âmbito de um programa de acompanhamento científico. Com os resultados, pretende-se melhorar a gestão de O BMVBS decidiu em 2010 contribuir, com um projeto próprio, para a pesquisa e criar uma exposição permanente para o público especializado e a povoação na área do padrão de Casa Mais Energética. O projeto pretende também promover uma estreita cooperação interdisciplinar da arquitetura, construção automóvel, fornecimento de energia e tecnologia de prédios. O objetivo era não só alimentar a rede com a produção excessiva de energia da casa, mas sobretudo aproveitá-la para a mobilidade elétrica. Com este propósito, a BMVBS anunciou, no Verão de 2010, um concurso interdisciplinar para construir uma casa destas com mobilidade elétrica. O concurso era um concurso de Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 9 planeamento aberto, interdisciplinar para escolas superiores em colaboração com escritórios de planeamento. Na continuação da existente marca “Casa Eficiente” do BMVBS/ KfW (Banco Alemão de Reconstrução), o novo padrão é designado de “Casa Mais Eficiente” ou “Casa Mais Eficiente com mobilidade elétrica”. No concurso devia demonstrar-se que esta casa atinge este padrão e permite fabricar vários veículos com uma quilometragem anual média de 30 000 km unicamente a partir da energia ambiental. O respetivo concurso terminou no Outono de 2010. O primeiro prêmio foi para a Universidade de Estugarda em colaboração com Werner Sobek Stuttgart GmbH e Werner Sobek Green Technology GmbH Stuttgart. O BMVBS assinou com a equipa vencedora, no início de 2011, um contrato de planeamento. Até inícios de junho de 2011, o planeamento ficou concluído e criou-se uma empresa geral para a instalação. A produção começou em julho de 2011 e a partir de setembro de 2011 começou a execução do prédio na posição central de Berlim, na Fasanenstraße 87a em 10623 Berlin City West. A casa foi edificada para uma família de quatro pessoas com uma área aprox. de 136 m2. À frente da casa está uma montra para estacionar automóveis elétricos e para alojar a infra-estrutura da loja. Para a visualização de requisitos de mobilidade é disponibilizado um primeiro e segundo automóvel elétrico complementado por bicicletas elétricas. A 07.12.2011, a Chanceler Alemã Sra. Dr. Merkel (MdB) e o Sr. Ministro Federal das Estradas, Construção e Desenvolvimento Urbano, o Dr. Ramsauer (MdB), inauguraram o prédio. Nas nove semanas da apresentação pública, a casa foi visitada por quase 10 000 visitantes. O prédio está equipado com um revestimento altamente isolante, tal como é necessário em 40 casas do Banco Alemão de Reconstrução ou casas passivas. Há ainda outros projetos de Mais Energia que mostram este padrão requer pelo menos um revestimento de 55 casas do Banco Alemão de Reconstrução. Os coeficientes de transmissão térmica (valores U) do tipo de construção com painéis de madeira isolado com fibras de celulose são, na área opaca, 0,11 W/m2K. Trata-se de uma construção em madeira de dois pisos tipo painéis de madeira e revestimentos ventilados. A superfície das fachadas a sudoeste é composta por uma camada fina de módulos PV. A superfície da fachada a nordeste é composta 10 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro por painéis de vidro com impressões a preto no verso. As fachadas de vidro a nordeste e sudoeste possuem uma vitrificação isoladora tripla. O valor U é aqui 0,7 W/m2K. Os vidros são fixados nos quatro lados. Os elementos de abertura à altura do espaço como portas giratórias abrem parcialmente a fachada. No telhado existem módulos PV monocristalinos, com uma eficiência de cerca de 15 %, para produzir energia. Tanto o telhado (98 m2 de módulos monocristalinos), como também a fachada (73 m2 de módulos de camada fina com uma eficiência de 12 %) podem produzir provavelmente cerca de 17 MWh de energia por ano. Calcula-se que a casa precisa de aprox. 10 MWh daí e os automóveis aprox. 6 MWh. A casa dispõe de um aquecimento central com uma bomba térmica de ar-água. O calor é dissipado por um sistema de aquecimento central por pavimento radiante. Está ainda incorporado um sistema de entrada e saída de ar. Cada divisão pode ser individualmente regulada. Uma gestão de energia concreta é operada através de um sistema de automatização de prédios, que prepara centralmente todos os dados medidos e está disponível para um sistema programável aberto. Os utilizadores podem comunicar com o sistema através de Touchpads e Smartphones. No conceito geral, é particularmente importante a integração de uma bateria tampão. Esta bateria faz com que a corrente produzida pela casa também possa ser utilizada pela própria. A bateria tampão aplicada para a casa modelo do BMVBS tem uma capacidade de acumulação de aprox. 40 kWh. Ela foi construída a partir de células de bateria usadas da mobilidade elétrica. Na construção de automóveis existe o problema de uma descida da capacidade de acumulação das baterias para 80 % exigir a substituição da bateria no automóvel. Estas células de bateria receberão na área estacionária uma “segunda vida”. A bateria é, por isso, um protótipo e foi montada a partir de 7250 células usadas. permitem aqui elevadas freqüências de transmissão de 50 kHz e mais. Consegue-se, assim, realizar provavelmente eficiências de transmissão superiores a 90 graus. Para além do problema energético, o projeto devia também dar resposta à sustentabilidade. Um dos objetivos era, por exemplo, a reciclabilidade total da casa. Mas também se devia garantir a capacidade de reutilização e flexibilidade com o máximo conforto de habitação. Isto foi conseguido. Se a casa for desmontada em 2015, todos os componentes serão devolvidos para reutilização ou completamente reciclados, voltando assim novamente ao circuito econômico. Com a mudança de uma família de quatro pessoas a 4.3.2012, as novas tecnologias sujeitaram-se a um teste real. Todos os detalhes técnicos, o estado energético atual, a experiência da família e muito mais estão para consulta na página da Internet do BMVBS (www.bmvbs.de). Claro que a casa é um protótipo. Nem tudo que é apresentado está pronto para ser comerciado nem disponível a preços aceitáveis. Isto vai mudar rapidamente com o tempo. As boas idéias acabam sempre por ser aceites e promovem-se a si próprias. Programa de incentivo para Casas Mais Eficientes – os primeiros projetos no mundo das casas préfabricadas de Köln Uma gestão inteligente da carga permite limitar o tempo de carregamento, para um alcance de 100 de um automóvel através do carregamento condutivo, para aprox. 30 min. Para além disso, o carregamento indutivo é também testado no prédio. O objetivo do BMVBS é criar apenas projetos únicos, mas testar e continuar a otimizar diversas tecnologias numa rede de diferentes soluções. Por isso, o BMVBS promove num programa de pesquisa as chamadas “Casas Mais Eficientes”. Atualmente o programa promove unicamente habitações (vivendas e apartamentos) construídas na Alemanha. Os prédios devem estar em condições de realizar todas as funções da casa, como aquecimento, água quente, iluminação, energia para a casa e eventualmente outros utilizadores externos, como p.ex. automóveis elétricos. Devem ser testados e avaliados em condições reais, ou seja, em condições habitadas. Para isso, os destinatários dos recursos são providos de um respetivo grupo de trabalho que ajuda na avaliação do projeto. No carregamento indutivo, a corrente de carga é eletromagneticamente transmitida de uma bobina para outra bobina. Os avanços na área da eletrônica da potência Os resultados da pesquisa são depois publicados ao público em geral. Esta promoção de pesquisa pode ser combinada com a conhecida promoção do Banco Alemão de Re- construção. É deste modo que se pretendem encaminhar melhor para a prática idéias prometedoras, tecnologias e materiais. Para isso, têm de ser testados e avaliados. Com os prédios pretende-se recolher experiências e aplicar considerações econômicas Deve ser possível a médio prazo conseguir Casas Mais Eficientes e Nulas a preços atrativos. O objeto da promoção é a demonstração planificada para o padrão de Casas Mais Energéticas, • o planeamento e montagem da necessária técnica de medição (sensores) incl. uma estação meteorológica segundo a diretriz da monitorização, • a realização, documentação e avaliação das medições, • a avaliação dos custos e da eficiência do conceito técnico e • a recepção proporcional do risco de tecnologias ainda não rentáveis ou tecnologias que não correspondem ao estado da técnica. Destas técnicas fazem parte, por exemplo, os módulos PV de camada fina para a fachada, as chamadas soluções de teto interior para módulos PV, centrais eólicas pequenas, memórias tampão elétricas, técnica de bateria e componentes para os chamados Smart grids. Mais pormenores na Internet na página do BMVBS e no portal da pesquisa de obras do Ministério em www.forschungsinitiative.de. Para realizar as medidas científicas e monitorização, pode ser concedido um subsídio de 100 % dos custos resultantes sem exceder 70 000 euros a fundo perdido. A base tributável são planos de custos e de financiamento dos projetistas e instituições de pesquisa incumbidos. À promoção técnica acima referida pode ser atribuído um subsídio no valor de 20 % dos custos de investimento, sem exceder porém 300 euros por cada m 2 de área habitada, a fundo perdido, no sentido do financiamento proporcional. Em Köln Frechen foi construída uma nova comunidade de casas modelo sob a coordenação da Associação Federal Alemã de Pré-Fabricados (BDF): “Os mundos das casas pré-fabricadas”. Seis das 20 casas serão equipadas como Casas Mais Eficientes e acompanhadas com monitorização. Em 2011, cinco projetos receberam incentivos. As seguintes empresas já começaram a usar a sua Casa Mais Eficiente: Huf-Haus, Fingerhaus, Schwörer-Haus, Weberhaus e a casa da empresa Bien Zenker. O projeto Lux-Haus ainda está pendente e atualmente em concretização. Estas casas já estão no Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 11 mercado como vivendas disponíveis. Podem ser compradas por 340 000 – 560 000 euros com áreas habitadas entre 180 e 280 m 2. Atualmente servem de aplicação piloto num alto segmento proposto. Mas é agradável ver que o setor está disposto a recolher e avaliar experiências. Transmissão do padrão Mais Energia para o estado de existências dos prédios Eu estou convencido de que, com as atividades do BMVBS, estamos no bom caminho para os desenvolvimentos futuros. Só assim conseguiremos o avanço tecnológico para a próxima década. “A minha casa – o meu posto de abastecimento!” deixou de ser uma visão, transformando-se passo a passo em realidade. de cima: Weberhaus, BienZenker à direita: HUF 12 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 13 Técnicas inovadoras para os elementos fotovoltaicos integrados no prédio Uma divulgação mais forte do fotovoltaico integrado nos prédios requer o respetivo know-how nos arquitetos e projetistas, bem como, uma abrangente gama de produtos. O objetivo dos três projetos de pesquisa que se seguem era ou é, por isso, a aquisição das condições para o desenvolvimento de inovadoras técnicas PV e materiais para utilizar em fachadas e telhados. Prof. Bernhard Weller, TU Dresden PV-VH: Fachada revestida ventilada por trás com módulo fotovoltaico 1 Vidro exterior Célula camada fina PV Vidro substrato 2 Placa suporte 3 T-Profil 4 Isolamento 5 Parede exterior 14 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 15 Adaptação e continuação do desenvolvimento da tecnologia de camadas finas fotovoltaicas para painéis de compósito em fachadas ventiladas por trás Centro de pesquisa Parceiro do projeto Custo total Apoio financeiro Prazo Universidade Técnica de Dresden, Instituto de Engenharia Civil, Eng.º Bernhard Weller, Eng.ª Susanne Rexroth Universidade Técnica de Dresden, Instituto de Engenharia Civil, Eng.º Peter Jehle StoVerotec GmbH, Würth Solar GmbH & Co. KG, Zentrum für Sonnenenergie und Wasserstoffforschung (ZSW) 383 000 € 50 % 10/2006-2/2008 Integração de elementos fotovoltaicos CIS em sistemas de união e isolamento térmico Projeto de pesquisa fachadas PV-VH Projeto de pesquisa PV-WDVS Na fachada revestida ventilada por trás (VH) trata-se de uma construção de várias camadas, que é composta por elementos de revestimentos ventilados por trás, a subconstrução isolada e os elementos de ancoragem. O elemento PV substitui, numa fachada VH, o elemento de revestimento. As fachadas VH são particularmente adequadas à aplicação de módulos fotovoltaicos, pois a ventilação por trás garante temperaturas maias baixas dos módulos e, por conseguinte, uma melhor eficiência. Nas fachadas sem janelas, as medidas da trama podem ser adaptadas aos tamanhos dos módulos padrão, o que otimiza os custos. Além disso, a fachada PV-VH permite soluções de ligação elétrica simples na área não visível na parte de trás do módulo. O resultado essencial do projeto, que ficou concluído em 2008, é o desenvolvimento de um protótipo com módulos de camada fina desenvolvidos a partir de células solares CIS, que oferece mais possibilidades de constituição com as suas superfícies homogêneas e coloridas. Os módulos de camada fina estão unidos, por uma colagem em toda a superfície, a uma placa de suporte de vidro celular. Com perfis de suporte na parte de trás, eles são engatados, de modo ajustável, na subconstrução, de modo a obter um lado frontal totalmente homogêneo. Desde 2010 que está a ser analisada a integração fotovoltaica em sistemas de união e isolamento térmico (WDVS) no projeto de pesquisa PV-WDVS. Os sistemas de união e isolamento térmico são utilizados, há mais de 40 anos, em melhoramentos energéticos das paredes exteriores e representam, com uma área anual colocada superior a 40 milhões de m2 na Alemanha, os sistemas de fachadas mais utilizados no âmbito da construção e saneamento com poupança de energia. As tarefas parciais do projeto eram a adaptação da imagem, a proteção da cor, a união elétrica e a análise e determinação dos requisitos à camada de cola para unir os elementos. Além disso, numa análise do ciclo de vida comprovaramse os potenciais da tecnologia de camada fina. A fachada fotovoltaica já foi várias vezes concretizada. Os exemplos apresentados mostram as Figuras 2 e 3. A facilidade de utilização tem sido comprovada através da concordância em cada caso isolado, sendo necessária uma licença geral de fiscalização de obra (abZ). 16 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Uma vez que ao ser utilizado em WDVS o baixo peso é importante, o ideal é usar módulos flexíveis, sem vidro e com células solares de camada fina CIS. Ao contrário dos tradicionais elementos PV vitrificados, nos elementos solares flexíveis não há o perigo de se ferir no caso de o vidro se quebrar ou cair em situações de incêndio. Além disso, os módulos flexíveis possibilitam tamanhos variáveis e uma imagem de criação homogênea As possibilidades de variação com as superfícies de reboco entre os módulos no que diz respeito às distâncias e cores oferecem grandes possibilidades de criação arquitetónicas. Os módulos solares são unidos com cola a uma placa isoladora. Para garantir que a união colada se agüente, procede-se a uma pré-fabricação em ambiente temperado e sem pó. Na obra, o elemento pode ser colocado como um WDVS. É colado ao subsolo, não sendo necessário colocar cavilhas. No caso de prédios existentes, é primeiramente colocada uma camada isolante encavilhada para o subsolo ficar com suficiente capacidade de carga. O PV-WDVS pode ser utilizado tanto em construções novas, como também em edifícios existentes não isolados ou insuficientemente isolados. Centro de pesquisa Parceiro do projeto Custo total previsto Apoio financeiro Prazo previsto Universidade Técnica de Dresden, Instituto de Engenharia Civil, Prof. Dr. Eng. Bernhard Weller, Eng.ª Jasmin Fischer CIS Solartechnik GmbH & Co. KG, Sto AG, Zentralverband des Deutschen Baugewerbes 574 000 € 63 % 9/2010-6/2012 Desenvolvimento tecnológico de elementos fotovoltaicos leves, flexíveis à base de ETFE e células solares de película CIGS para a arquitetura Centro de pesquisa Parceiro do projeto Custo total previsto Apoio financeiro Prazo previsto Universidade Técnica de Dresden, Instituto de Engenharia Civil, Eng.º Bernhard Weller Nowofol Kunststoffprodukte GmbH und Co. KG, Solarion AG 344 000 € 70 % 2/2012-8/2013 Projeto de pesquisa ETFE-PV Com as construções de membrana é possível fabricar revestimentos de prédios muito econômicos, estéticos e leves em qualquer forma à escolha. A integração de elementos fotovoltaicos exige módulos leves e flexíveis. Até ao momento não existem soluções úteis. O projeto de pesquisa ETFE-PV vai ocupar-se, a partir de 2012, com o desenvolvimento e análise de laminados PV que são compostos por células solares de películas altamente flexíveis, bem como, com processos de união para a integração em construções de membrana mecanicamente pré-tensionadas e de uma só camada e construções pneumáticas de várias camadas em etileno-retrafluoretileno (ETFE). Resumo De acordo com a crescente consciência da eficiência energética e sustentabilidade, utilizam-se cada vez mais elementos fotovoltaicos (PV) nos prédios. Para fazer frente às exigências da arquitetura, devem privilegiar-se soluções integradas no telhado ou na fachada. Na integração, o elemento PV substitui um componente ou suas partes e assume também as suas funções, de modo a exigir especificidades técnicas complexas ao elemento fotovoltaico integrado no prédio. Os projetos de pesquisa contribuem para acelerar o desenvolvimento de técnicas e materiais adequados para o elemento fotovoltaico integrado no prédio e promover a expansão. PV-WDVS: Sistema de união de isolamento térmico fotovoltaico 1 CIS Solarmo 2 Placa isoladora 3 Colagem 4 Placa isoladora 5 Parede exterior Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 17 Fachada de fotobiorreatores Produção e aproveitamento de energia e calor integrado no prédio a partir de biomassa de algas e luz solar Jan Wurm, Arup Berlin O objetivo do projeto de pesquisa é o desenvolvimento de um novo tipo de sistema de fachadas a partir de fotobiorreatores (PBR). Os elementos PBR servem para cultivar microalgas e receber energia térmica solar no revestimento do prédio. A biomassa das microalgas, bem como, o calor solar são aproveitados centralmente para o prédio. Melhora-se, assim, o balanço energético do edifício e contribui-se para a obtenção dos objetivos climáticos para 2020. Rendering do conceito de fachadas PBR 18 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Design do conceito para um elemento PBR e subconstrução Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 19 Foi desenvolvido um perfil de requisitos para o sistema de fachadas com base no design da energia, planeamento da estrutura e leis da construção, bem como, na tecnologia das casas e integração arquitetônica Depois de uma avaliação de uma simulação de radiação, privilegia-se o posicionamento de elementos PBR em fachadas a sul, sudoeste e sudeste primeiramente em casas e armazéns. Se os elementos PBR seguirem (rodarem) a posição do sol à volta de um eixo vertical, central, é possível melhorar o grau de aproveitamento da incidência dos raios. Evitam-se ao máximo os efeitos de sombras entre os elementos PBR. Faz parte do conceito geral um isolamento do elemento da fachada contra perdas de calor no inverno (v. Fig. direita). O elemento PBR é realizado em formato alto para garantir suficientes taxas de revolução para uma excelente produção de algas e baixar o risco de Bio-fouling. Utiliza-se vidro plano refinado para a parede de PBR. A elevada durabilidade e resistência mecânica com elevada passagem de raios, bem como, a incombustibilidade e a utilização estabelecida como material de fachada condicionam esta escolha. No desenvolvimento do elemento de fachada PBR, é necessário ter em conta esforços permanentes de uma coluna de água de ca. 3 m – de acordo com uma pressão de ca. 0,3 bar. Há esforços adicionais resultantes de cargas locais nas estradas (vento, gelo) e oscilações de temperatura. O corpo PBR é, em princípio, constituído como um vidro isolante duplo. Na união de rebordo a estanquidade é garantida por um espaçador em alumínio com fios de oring inseridos. Vidros adicionais e revestimentos de proteção térmica à frente e atrás isolam o elemento PBR, para melhorar o rendimento da produção de calor. O débito de energia e luz aumenta com os vidros pobres em ferro. A técnica de alimentação (entrada e saída), bem como, uma sobrecarga de segurança estão integradas na armação de forma invisível e são guiados de forma centrada pelo ponto rotativo do PBR para a subconstrução. A subconstrução é composta por suportes horizontais, que estão fixados à fachada, piso a piso, através de consolas. As tubagens passam completamente pelo suporte cobertas. Para avaliar antecipadamente a adequação construtiva dos componentes PBR e sobretudo dos componentes em 20 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Os protótipos PBR desenvolvidos passaram a ser testados, desde meados de novembro de 2011, no sistema piloto da SSC GmbH em Hamburg Reitbrook. São apurados diferentes valores característicos sobre a estanquidade, estabilidade e capacidade na conversão da radiação da luz na biomassa e calor, que constituem a base para futuros desenvolvimentos dos elementos PBR. O primeiro ensaio ao ar livre inclui primeiramente quatro elementos PBR, que são ligados aos pares paralelamente e montados em sistemas de suporte (ca. 6 m 2). Os sistemas de suporte estão rotativamente alojados, o que permite simular as diferentes situações de radiação em fachadas a sul, sudoeste e sudeste. Os diferentes ensaios recolhem dados para a produção de biomassa e calor para a respetiva situação de radiação. Resumo O conceito para uma fachada ventilada atrás em elementos PBR foi verificada com o planeamento detalhado da primeira geração de protótipos PBR. O planeamento de execução e a construção, bem como, os ensaios prévios confirmam o conceito PBR planeado. O teste dos protótipos desde meados de novembro de 2011 vai obter importantes reconhecimentos para a otimização da construção relativamente à fachada modelo planeada. No planeamento, construção e operação da fachada modelo verificam-se e otimizam-se os princípios técnicos de produção, a orientação do processo e o sistema de comando apoiado por software. Sistema de suporte com painéis PBR instalados em plástico no sistema pilota de SSC em HH Reitbrook vidro, foi analisada uma estrutura de teste por meio de diferentes cenários de esforço. Os ensaios da capacidade de carga tiveram por base os esforços da montagem e enchimento de água. A estrutura de teste utilizada é composta por dois vidros, que são seguradas de todos os lados por uma armação de aperto metálico e separados na zona do bordo por um espaçador. Para facilitar, foi só representada na estrutura de teste a terça parte inferior do elemento PBR onde aparecem os maiores esforços. Começou-se por testar com o esforço nominal que surge ao utilizar alturas totais até 2,5 m (aprox. 0,25 bar). Realizou-se um ensaio de fluência com aprox. 0,30 bar e um teste com o esforço máximo (aprox. 0,37 bar). A estrutura de teste resistiu aos esforços e as deformações corresponderam aos valores anteriormente calculados. Os ensaios prévios realizados com sucesso permitam confirmar o conceito PBR para a primeira geração de protótipos. Ilustração de simulação térmica Elemento PBR, recorte com vidro e armação Fachada fotobiorreator – Produção de energia integrada nos prédios a partir de biomassa de algas Investigador/Dir. projeto: Diretor projeto: Custo total: Apoio financeiro: Prazo do projeto: Dr. habil. Martin Kerner (SSC GmbH) Manfred Starlinger (COLT GmbH) Dr. Jan Wurm (Arup GmbH) Cornelius Schneider (Arup GmbH) Dr. Jan Wurm (Arup GmbH) 497 588,48 € 249 923,30 € até 12/2012 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 21 Exempla docent. Ensinar exemplos. (Marcus Lucius Annaeus Seneca 4 a.C. até 65 p. C.) Petra Alten, Eng. arquiteto, Ministério Federal das Estradas, Construção e Desenvolvimento Urbano O BMVBS apóia, com a sua Iniciativa de Pesquisa Construir o Futuro, concretamente objetivos energéticos e climáticos nacionais. Os projetos de pesquisa nacionais e internacionais bem-sucedidos são os projetos modelo promovidos desde 2007 com as mais recentes concepções energéticas, como a Casa Passiva, a Casa de Energia Nula e Casa Mais Energética (desde agosto de 2011 também designada Casa Mais Eficiente). Estes projetos refletem para o exterior uma construção sustentável e de eficiência energética e promovem o diálogo social. Os primeiros projetos modelo promovidos neste âmbito pelo BMVBS são os campeões mundiais solares internacionais do Solar Decathlon em Washington DC nos anos 2007 e 2009 da TU Darmstadt sob a direção do Prof. Hegger. Para estabelecer esta nova geração de prédios amplamente eficaz na Alemanha, que num ano produz mais energia do que o prédio precisa, o BMVBS expôs um modelo reconstruído como peça de exposição móvel e objeto de visualização protótipo entre 2009 e 2011 ao longo de seis grandes cidades em todo o domínio federal (Berlim, Munique, Hamburgo, Frankfurt, Düsseldorf e Hannover). O projeto modelo estava planeado como prédio informativo, de visualização e organização. Uma visita gratuita permitia apelar a toda a sociedade. Energia e Água (Energie- und Wasserversorgung GmbH [DEW21]) de Dortmund, que ficou seu novo proprietário. Aqui a Casa do Futuro encontrou o seu pouso final em Dortmund – Am Remberg 84 em Dortmund-Hörde e pode continuar a ser diariamente visitada (exceto às segundas) entre as 11.00 e as 18.00 horas como exemplo de uma construção inovadora num grande círculo de interessados. A DEW juntamente com o Ökozentrum NRW oferece uma rede regional e um amplo programa de organizações para a construção sustentável e energeticamente eficiente. Isto engloba também uma exposição, guia diário e aconselhamento qualificado e organizações, bem como, conferências. Contato em www.dew21.de/de/Privat-und-Gewerbekunden/ Energieeffizienz/Energiehaus.htm Expresso em números: 90 % de quase 90 000 visitantes do projeto modelo ficou entusiasmado com esta forma exemplificativa de informação. Em mais de 1000 organizações na casa (visitas guiadas, conferências, consultas, workshops, exposições) transmitiu-se a atual política da construção. A aproximação direta aos requisitos futuros na área da construção, livre de modelos legais, impressionou os visitantes, de modo a que a construção sustentável seja necessária e combinada com a estética, a qualidade de vida e a funcionalidade. Conseguiu-se acabar com os medos relativamente a técnicas inovadoras e a utilização de energias renováveis na área do prédio. O público foi sensibilizado para o tema e ao mesmo tempo foi desperto o interesse por soluções orientadas para o futuro. As possibilidades técnicas atuais e as suas promoções foram experimentadas e tornadas compreensíveis. Os especialistas puderem ainda ligar-se como multiplicadores. Sobre o projeto modelo Casa Mais Energética No fim da sua exposição móvel, a casa foi entregue em concurso público de idéias à Central de Abastecimento de O equipamento interior do prédio, com a sua técnica moderna de vídeo e apresentação, bem como os modelos 22 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro de corte das estruturas dos componentes, desperta todos os sentidos nos visitantes. Uma exposição integrada dirigese predominantemente aos consumidores, construtores e proprietários de vivendas. Além disso, informa-se deste modo sobre os temas da poupança de energia na construção (decreto da poupança de energia, certificações de energia, lei do calor e das energias renováveis), sobre os atuais programas de inventivo e possibilidades de apoio (programa de saneamento de prédios CO2, incentivos do Banco Alemão de Reconstrução), sobre as mais modernas soluções técnicas na área da construção com poupança de energia (Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro), bem como, sobre diferentes conceitos na poupança de energia e modernização. O prédio modelo sem barreiras é composto predominantemente por materiais renováveis, naturais e recicláveis. O esboço da casa remonta ao contributo do vencedor da Universidade Técnica de Darmstadt, que foi planeado e realizado por estudantes sob a direção do Professor Manfred Hegger. História móvel da casa – viagem pela Alemanha A exposição móvel (BMVBS-Roadshow) alcançou os seus objetivos. A casa, com a sua clara arquitetura e a aplicação de técnicas inovadoras, fez publicidade à construção energeticamente eficiente e sustentável no padrão de Casa Mais Eficiente. A casa serviu, em seis localidades, como plataforma para um diálogo mediador e social sobre temas centrais da política da construção. Acabou-se com os preconceitos e inseguranças, que foram transformados em experiências positivas e promoveram efeitos de reprodução. Mais de 100 000 visitantes em 6 locais pelo país fora já visitaram a casa: metade eram visitantes profissionais e outra metade A casa combina a moderna arquitetura e a eficiência energética de um modo que faz todo o sentido. No foco estão sobretudo as inovações técnicas da casa solar produtora de corrente. Todas as paredes exteriores, o telhado e as janelas têm um alto isolamento térmico. Os acumuladores de calor em forma de chamados materiais de mudança de fase (Phase Change Materials/PCM) nas paredes e telhado proporcionam um clima ambiente compensador. Absorvem o calor solar e interno adquirido e restituem-no mais tarde. A moderna tecnologia da casa minimiza o consumo de energia e a alimentação de corrente é realizada por módulos fotovoltaicos no telhado e na fachada. A corrente excessiva e não utilizada no prédio é acumulada na rede. Para preparar água quente está ainda integrado um coletor plano no telhado. Esta composição inteligente das mais modernas tecnologias possibilita um balanço energético incrível. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 23 cidadãos interessados. Mais de 1 000 organizações chamaram inúmeros visitantes e sensibilizaram-nos positivamente para o tema. pretende-se mostrar que um prédio com um padrão de Casa Mais Eficiente e os seus quatro habitantes e automóveis (quilometragem média de 30 000 km/ ano) se consegue manter a si própria a partir das energias ambientais integradas no prédio (sistema PV) e é “Mais do que uma casa” com qualidade de vida: Possui diferentes características centrais para garantir o seu contributo à concretização dos objetivos energéticos e climáticos nacionais: revestimento protetor do prédio, oásis de bem-estar estético, pequena central elétrica autônoma, gestor inteligente de energia, posto de abastecimento 24 horas, pensão de velhice segura. A casa evidencia a importância de uma pesquisa de construção orientada para o uso e eficaz em larga escala para o desenvolvimento contínuo da moderna política da construção na Alemanha. A avaliação da viagem pela Alemanha da Casa Mais Energética BMVBS chega a um resultado claramente positivo: Desde que foi inaugurado a 07 dezembro de 2011 ficou disponível ao público com um amplo programa de organizações até fins de fevereiro de 2012. Em março de 2012 mudou-se para a casa, por 15 meses, uma família de quatro elementos, que foi escolhida num concurso público. A casa é sempre cientificamente acompanhada, o que também inclui uma análise social à família teste. Pretende-se recolher valores experimentais para a introdução no mercado desta nova geração de prédios e veículos, para conseguir uma introdução no mercado em larga escala e daqui a pouco tempo. • A exposição desperta e aumenta em grande medida os interesses em soluções orientadas para o futuro da construção de energia eficiente através da integração e apresentação de diferentes tecnologias numa obra real, completa e atrativa. • Ela permite experimentar e torna acessível as possibilidades técnicas atuais ao público em geral – leigos e profissionais igualmente – de modo direto e físico. • Ela acaba com o ceticismo relativamente às casas passivas e técnicas contrárias nas pessoas que querem construir ou remodelar ou na população em geral, combinando uma experiência que pode ser vivida com informações e explicações. • Ela informa e liga em rede os profissionais como mediadores e multiplicadores importantes através de formatos de organização sintonizados e atividades de rede, conferências técnicas, encontros do setor, cooperações com estabelecimentos de formação e consultores de energia, etc. • Ela convence com imparcialidade com base nas leis prescritas sem remeter para modelos legais que PEH representa uma nova geração de prédios necessária que podia assumir o papel das anteriores gerações de prédios orientados para o futuro (p. ex. casas passivas, casas de energia nula). Este objetivo é também apoiado pela nova diretiva de promoção BMVBS, que promove a nível federal os projetos modelo privados no padrão Casa Mais Eficiente e a utilização de técnicas inovadoras, bem como, a sua análise científica. Pretende-se criar uma rede com interação a nível federal, que deve promover a troca contínua de experiências e informações nesta área entre a política, a ciência e a sociedade. Deste modo, aumentará a longo prazo o desenvolvimento contínuo sustentável na área dos prédios. Continua….. Casa Mais Eficiente com mobilidade elétrica (EPmE) O modelo sucessor, a “Casa Mais Eficiente com mobilidade elétrica”, pesquisa de 2011 a 2013 em Berlim, sob condições reais, sinergias entre gerações de estradas e prédios futuros. É acompanhada publicamente e informa visualmente sobre as oportunidades e limites deste modelo futuro na rotina diária e capacidade de comercialização. Por exemplo, 24 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Avaliação da viagem pela Alemanha da Casa Mais Energética BMVBS Estações da viagem pela Alemanha: entre outros, Berlim, Frankfurt/Main, Munique, Hannover À direita em baixo: Casa Mais Eficiente Mobilidade Elétrica em Berlim Investigador, Dir. projeto: Custo total: Prazo: Tomas Quast, M.A. (Com.X, Bochum) 29 500 € (pesquisa geral de Ressort) 2010-2011 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 25 “A obra de alvenaria tem futuro.” O Eng.º Wolfram Jäger é o titular da disciplina de Planeamento de Estruturas de Suporte na Universidade Técnica de Dresden. A obra de alvenaria é um ponto forte da investigação tanto em prédios históricos como novos. Professor Jäger, a construção na Alemanha é, na comparação internacional, muito heterogênea nas construções de paredes. Em madeira, alvenaria, sistemas para fundição com betão fresco, etc. As novas casas na área da Casa Mais Eficiente são atualmente de preferência construídas em madeira. Será que há futuro para as obras de alvenaria? Quero começar por lembrar que tanto no passado como hoje as construções de parede maciça têm uma percentagem de mercado aprox. de 85 % na construção de habitações na República Federal da Alemanha. Mas, de facto, na área do desenvolvimento de Casas Mais Eficientes tem-se privilegiado construções de paredes não maciças, leves e altamente isolantes, remetendo para segundo plano a alvenaria no que toca à satisfação dos requisitos que se colocam. Nos últimos anos realizaram-se na área da construção de alvenaria enormes esforços para poderem competir com sucesso com soluções inovadoras. Desenvolveram-se, assim, pedras de câmara que eram enchidas com mate- 26 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro rial isolante para combinar características isolantes e de acumulação térmica que faltam aos tipos de construção leve. O bem-estar é hoje em dia cada vez mais importante na habitação e no trabalho. Outro desenvolvimento são as pedras de múltiplas camadas, nas quais as funções de suporte e de isolamento são separadas em camadas, mas com toda a união. São deslocadas como uma pedra homogênea e cumprem padrões que se colocam às Casas Mais Eficientes. Certamente que os projetos-piloto da construção de alvenaria em curso não foram tão espetaculares nem tão bem acompanhados como a Casa Mais Eficiente, que o BMVBS construiu em conjunto com Werner Sobek em Berlin. Estou a pensar num projeto “Casa de Energia autônoma” da empresa HELMA Eigenheimbau AG de Lehrte na construção de tijolo ou a Casa Mais Eficiente da empesa XELLA. Nas obras de alvenaria, sobretudo nos fabricantes de tijolos, observa-se uma tendência para reduzir juntas verticais e horizontais. Como continua? Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 27 Em teste: um sistema de construção maciça,modular, reciclável As juntas são, em alvenaria, um mal necessário para compensar tolerâncias das pedras e para garantir uma união por força abrangente a toda a superfície na direção vertical e horizontal. Além disso, representam também pontes térmicas que podem ser desagradáveis e, por isso, anseia-se por reduzir a espessura da junta, desde que as tolerâncias o permitam. Infelizmente, a redução da espessura da argamassa implica também perder as características compensatórias da junta relativamente aos picos de tensão. Devido ao esforço de trabalho, prescindiu-se no passado do preenchimento das juntas verticais com argamassa. Se ainda prescindíssemos da argamassa na junta horizontal, estaríamos perante uma alvenaria seca, que está associada a um menor estabilidade. Por isso, no futuro não se vai poder prescindir totalmente das juntas – pelo menos no betão leve, betão celular e tijolo. Uma possibilidade é a colagem com p. ex. espuma PUR, mas que leva a uma união inseparável, o que é mau para repor tudo no fim do ciclo da vida. Precisamos futuramente de uma junta que possa ser aplicada de forma fina e racional, que não introduza umidade se possível, que assegure as necessárias propriedades mecânicas sobretudo no que diz respeito à resistência de adesão e que no fim possa ser novamente separado com facilidade. Só tenho de conseguir entusiasmar alguém com esta visão que não me parece irrealista. 28 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Um dos seus projetos atuais na iniciativa de pesquisa dedica-se ao melhoramento da capacidade de acumulação térmica na alvenaria através de acumuladores térmicos latentes. Estaremos perante uma revolução de materiais de construção? Até agora o objetivo era sempre reduzir as perdas de calor de transmissão através da parede e dos componentes associados. Com o crescente interesse na proteção térmica e conforto ao longo de todo o ano, a propriedade de acumulação de calor das construções maciças volta a ser o foco das nossas considerações. Na casa de energia autônoma, estamos porém ainda perante a grande questão da acumulação de calor e energia, se partirmos das retribuições de alimentação cada vez menores para a energia auto-produtora. A meu ver, estamos perante não apenas uma revolução de materiais de construção, mas também uma revolução construtiva. A integração da acumulação de calor e energia descentralizada no próprio prédio será a solução do futuro, para a qual a construção maciça pode e vai contribuir fortemente. A minha equipa quer começar, com o referido projeto, a unir as funções de suporte, isolamento e acumulação na parede, para depois mais tarde entrar mais intensamente na área construtiva. A pesquisa e o ensino estão estreitamente unidos na formação. Como professor do ensino superior, quais são os pontos fortes na formação? Nós temos de dar urgentemente mais importância às novas tendências, sem esquecer as bases e sem negligenciar o artístico. Os resultados da iniciativa de pesquisa devem ser ainda mais incorporados. Os meus colaboradores e eu fizemos muitas experiências positivas. O interesse na construção sustentável é também grande nos estudantes, tal como o prazer em experimentar. Se quisermos trabalhar com os estudantes sobre o tema da sustentabilidade e eficiência energética e entendermos assim interdepedências, é necessário ter certos conhecimentos da construção e do planeamento. Enquanto a formação nas Leis da Construção se orienta entretanto muito pelas questões das perdas de energia e a sua redução, alcançando-se aí uma situação positiva, nos materiais de construção, obras e também nos diversos tipos de construção são cada vez mais introduzidas questões do ciclo da vida. Um professor do ensino superior tem o dever de não promover somente o “bonito”, que é o que fazemos, mas levar os futuros finalistas a repensar. Quem mais senão os nossos finalistas é que irá futuramente concretizar as alterações nos tipos de construção solidamente introduzidos na prática, desde o dono da obra até à empresa de construção? As perguntas finais: Como mora? Está satisfeito? Muito bonito, numa casa vinícola restaurada por uma família antes da mudança no sopé das videiras do vale de Elbtal em Radebeul. A casa foi construída após a Guerra dos 30 anos por volta de 1654 como uma estrutura de dois pisos com um telhado de fumaça inclinado. É uma das primeiras nesta região. Como deve imaginar é difícil fazer o que quer que seja na e à volta da casa para reduzir o consumo atual de energia. Ainda deixa muito a desejar. Podemos fazer algo em termos da técnica da instalação, talvez também reforçar o isolamento interior das paredes exteriores e aproveitar o calor do Verão no sótão. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 29 Os prédios de escritórios com energia eficiente devem apresentar uma elevada qualidade de aproveitamento e sobretudo oferecer boas condições de temperatura e ar para proporcionar um bom ambiente de trabalho. Para avaliar não havia anteriormente um processo adequado que recolhesse devidamente a satisfação do utilizador e ainda pudesse ser integrado no Sistema de Avaliação para uma Construção Sustentável (BNB) para prédios de escritórios e serviços administrativos. A satisfação do utilizador como indicador para a descrição e avaliação da dimensão social da sustentabilidade Avaliação de aspetos da sustentabilidade sociocultural durante o funcionamento normal do prédio com base em questionários ao utilizador Gabinete do Chanceler Federal 30 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Karin Schakib-Ekbatan, Instituto Tecnológico de Karlsruhe (KIT) – Especialização em Leis da Construção e Expansão Técnica Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 31 Com foco numa construção de energia otimizada, realizouse na Especialização Leis da Construção e Expansão Técnica do Instituto Tecnológico de Karlsruhe em 45 prédios de diferentes padrões de energia, questionários ao utilizador sobre conforto no local de trabalho. Um reconhecimento essencial é que a qualidade sociocultural prognosticada de um prédio e a satisfação do utilizador freqüentemente não estão em sintonia na prática. Além disso, ficou evidente a necessidade de um instrumento que poupasse tempo e custos e que fosse compatível, a nível dos conteúdos, com a área “qualidade sociocultural” do Sistema de Avaliação para uma Construção Sustentável (BNB) para prédios de escritórios e serviços administrativos. Foi desenvolvido um processo praticável para avaliar a performance do prédio do ponto de vista do utilizador, que fornece declarações credíveis sobre a experiência diária com condições de conforto do local de trabalho direto e do prédio. Foi ainda desenvolvido um índice geral, a partir do qual se podem derivar benchmarks para a avaliação do prédio. O índice está disponível como informação e critério de decisão orientado para a análise de portfólios, gestão de existências e para a avaliação no aluguer. Dos trabalhos de projeto resultou o instrumento para os questionários ao utilizador sobre o conforto no local de trabalho – INKA. Fazem parte dos materiais, para além do questionário em versão papel e uma versão online, uma folha de relatório (v. Fig. 1), bem como, um guia com informações para realizar e avaliar questionários. Os materiais estão disponíveis para download e foram atualizados no âmbito do projeto aqui apresentado. O ponto forte do projeto “Avaliação de aspetos da sustentabilidade sociocultural durante o trabalho no prédio com base em questionários ao utilizador” era a verificação do conforto prognosticado da fase de planeamento. A pergunta central é: Como se comporta o prédio durante as horas de trabalho do ponto de vista do utilizador? Com a ajuda de análises da satisfação do utilizador pretende-se recolher avaliações subjetivas e compará-las com os resultados obtidos a partir do processo de certificação para construções nov Em seis prédios certificados foram realizados, no Condições gerais (Local de trabalho) Escr. grande < 15 p. (n = 158) Condições luz do dia no espaço Escr. grupo 5–15 p. (n=341) Temperatura Escr. grupo peq. 2–4 p. (n=1 161) Qualidade do ar Escr. indiv. (n=2 055) Acústica/Nível sonoro Condições físicas -2 -1 muito insatisfeito 32 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 1 Verão de 2010 e Inverno de 2011, questionários em prédios certificados e seguiu-se, a título exemplar, a integração no sistema de avaliação. Para análises credíveis usou-se a base de dados do fbta com estudos de campo entre 2004 e 2011 sobre prédios de energia otimizada e prédios convencionais existentes. De seguida, apresentam-se pormenorizadamente os objetivos do projeto, os resultados e as recomendações. Compensação dos conteúdos do questionário com o grupo de critérios “qualidade sociocultural e funcional” Os aspetos de conforto questionados, como a temperatura, a luz, a qualidade do ar e o conforto acústico são amplamente compatíveis com características descritivas da qualidade sociocultural no “Sistema de Avaliação para uma Construção Sustentável” (BNB) para construções de escritórios e serviços administrativos. Também conta a influência dos utilizadores; um aspeto que demonstrou ser muito importante em muitos estudos para avaliar a satisfação. Além disso, o mobiliário e a constituição dos escritórios e as condições físicas são fatores altamente relevantes na avaliação da satisfação (v. Figura 2 e 3). Identificação dos princípios de modificação relativamente aos critérios apurados do princípio de certificação (p. ex. espetro dos critérios individuais, fatores de avaliação) Um diagnóstico essencial é que a simples avaliação do aspeto da acústica no processo de certificação subvaloriza o significado real para a satisfação do utilizador. Devia realizar-se aqui uma adaptação no processo de certificação. Inclusão dos resultados das análises à satisfação do utilizador no sistema de avaliação para o prédio existente (qualidade do objeto) A determinação de valores nominais para votos de utilizador subjetivos não está livre de problemas. Graças ao teste rápido ao prédio é difícil determinar o máximo alcançável em questionários ao utilizador. A conversão proposta (v. Schakib-Ekbatan, Wagner & Lützkendorf, 2011) baseia-se na consideração de estudos de campo anteriores, de argumentos de conteúdo e entende-se como um processo tentativo. Recomenda-se recolher centralmente outros dados do prédio e modificar os princípios de cálculo, se necessário. Formação dos auditores Para poder avaliar melhor a realização de questionários nos prédios para a avaliação no processo de certificação, recomenda-se transmitir aos auditores os respetivos conhecimentos básicos. O funcionamento normal do prédio demonstrou ser um parafuso de ajuste para atingir os ambicionados objetivos de sustentabilidade na área do conforto no local de trabalho. A inclusão do utilizador representa na monitorização do prédio uma fonte informativa para estimular processos de otimização. Como procedimento sistemático, iniciase com o instrumento INKA um importante passo na direção de uma ampla avaliação ao prédio da perspetiva do utilizador: como componente importante no processo de certificação, como processo de avaliação praticável para a economia imobiliária e para aumentar uma ampla base de dados para análises comparativas ao prédio. Princípios para a possibilidade de modularizar o instrumento de questionário (qualidade do processo) Para um tratamento flexível do questionário ao utilizador, a análise de dados resultou na possibilidade de realizar, para além de um primeiro questionário abrangente recomendável com um índice geral, se necessário um questionário reduzido com um índice parcial sobre aspetos de conforto das condições ambiente (temperatura, qualidade do ar, luz e acústica/nível sonoro) no âmbito de uma monitorização regular a cada três anos ou, se necessário, por exemplo, após medidas para melhoramento da qualidade do ar. 2 muito satisfeito Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 33 O Eng. Arquiteto Hans-Otto Kraus é o Gerente Técnico da GWG – Städtische Wohnungsgesellschaft München mbH. O Sr. Kraus dirige, como moderador, o grupo de trabalho da construção de casas sustentável, que – com o apoio científico no âmbito de um projeto da Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro – desenvolveu um Sistema de Avaliação para Projeto 1 Título curto: Z 6 – 10.08.18.7-08.8/II 2-F20-08-09 Investigador: Colaboração: Diretor do projeto: Custo geral: Apoio financeiro: Parceiro industrial: Prazo: Instituto Tecnológico de Karlsruhe KIT – Especialização Leis da Construção e Expansão Técnica B. A. Soc. Sc. Karin Schakib-Ekbatan Eng. Phys. Cédrine Lussac Eng. (FH) Tomas Gropp Instituto Tecnológico de Karlsruhe KIT – Disciplina da fundação Economia e Ecologia da Construção de Casas Prof. T. Lützkendorf, Eng. Jan Zak Instituto Tecnológico de Karlsruhe KIT – Especialização Leis da Construção e Expansão Técnica Prof. A. Wagner 108 600 € 76 020 € bauperfomance GmbH até 2010 Projeto 2 Título curto: NuBeFra Az SF – 10.08.18.7-10.8 Investigador: Instituto Tecnológico de Karlsruhe KIT – Especialização Leis da Construção e Expansão Técnica B. A. Soc. Sc. Karin Schakib-Ekbatan, Eng. Phys. Cédrine Lussac, Eng. (FH) Tomas Gropp Colaboração: Instituto Tecnológico de Karlsruhe KIT – Disciplina da fundação Economia e Ecologia da Construção de Casas Prof. T. Lützkendorf, Eng. Matthias Diretor do projeto: Instituto Tecnológico de Karlsruhe KIT – Especialização Leis da Construção e Expansão Técnica Prof. A. Wagner Custo geral: 116 623,00 € Percentagem apoio financeiro:80 533,00 € Prazo: até 2011 uma Construção Sustentável de casas. “A sustentabilidade testada vai convencer os investidores.” Quais foram as razões que levaram a economia da habitação a tratar intensivamente o tema da avaliação da sustentabilidade na construção de casas? Que oportunidades e riscos foram considerados? A economia da habitação organizada viu-se confrontada com o facto de o DGNB desenvolver um sistema de certificação para prédios de habitação sem a colaboração da economia da habitação. Uma vez que a economia da habitação pratica há décadas uma gestão da sustentabilidade, viu-se como ator essencial neste campo, que tem de incluir as suas experiências e competências. Em colaboração como BMVBS, foi possível desenvolver um processo para avaliar a sustentabilidade na construção de novas habitações. Os riscos num desafio destes são vários: p. ex. obter a correspondência dos critérios, não iniciar padrões adicionais não gratuitos, encontrar o sistema de valores sociocultural correto nos indicadores. As oportunidades consistem, entre outras, em adquirir mais transparência e reprodutibilidade nos produtos, criar guias de manuseamento para a sustentabilidade para donos de obras e construtores, aumentar a qualidade do processo relativamente à sustentabilidade no planeamento, criação e aproveitamento e, por fim, qualificar a discussão para uma construção sustentável. Como era composto o grupo de trabalho e quais foram as tarefas que daí resultaram? Para além dos representantes do BMVBS e do BBR, estavam representadas principalmente as associações da economia da habitação, como GdW, BFW, Haus und Grund e as empresas de habitação, bem como, do lado do consumidor, a Associação de Inquilinos Alemã e a Central de Consumidores, entre outros. Por isso, a tarefa consistia em manter uma observação, se possível complexa, da sustentabilidade e pesar bem os interesses individuais. O importante para nós era incluir os interesses dos “detentores de existências” socialmente orientados. 34 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 35 www.nawoh.de Guia da Construção Sustentável 2011 Construção Sustentável da federação – a caminho da concretização bem-sucedida Eng. Andreas Rietz, arquiteto BDB Instituto Federal do Planeamento Urbano, da Construção e Disposição Regional No Gabinete Federal da Construção e Disposição Regional (BBSR) Quais eram as perguntas principais do desenvolvimento do sistema? Quais as qualidades é que têm um papel especial na perspetiva da economia da habitação? Nós demos especial importância às perguntas da mensurabilidade de diferentes critérios. Devido à falta atual de dados ou indicadores objetivos, decidimos avaliar características mensuráveis e não mensuráveis apenas de forma descritiva. Para a economia de habitação era particularmente importante apurar a qualidade da habitação, o comportamento a longo prazo e a rentabilidade. Importava ainda criar um sistema para a documentação das qualidades da sustentabilidade, que também era viável para medidas de construção mais pequenas graças aos custos. A sistemática da avaliação distingue-se visivelmente do Sistema de Avaliação BNB para construções de escritórios e serviços administrativos. Em que consistem as particularidades do Sistema de Avaliação para uma Construção Sustentável de casas? A maior diferença deve estar na avaliação da rentabilidade a longo prazo e na avaliação da valorização. É ainda possível criar, através dos critérios, um perfil de forças e fraquezas dos prédios, que ainda permite ilustrar o sobrepreenchimento dos critérios individuais. O sistema de avaliação foi avaliado numa primeira aplicação. Que resultados vieram daí para a aplicação que se seguiu na pática? poupar muitos custos na recolha de dados e documentação. Além disso, todos os utilizadores confirmaram que o processamento isolado das listas de critérios possibilita um desenvolvimento e processamento de projetos com muita qualidade. Surge, assim, um guia útil para todos os intervenientes. Quem vai assumir a manutenção futura do Sistema de Avaliação para uma Construção Sustentável de casas e como vai ser feita a concretização na prática? Nesse sentido, associado às associações já intervenientes, fundou-se uma associação “Nawoh” que forma a necessária estrutura para regulamentar os necessários processos, licenças, regras e distribuições de custos. Aqui o responsável será GdW. A designação “Selo de qualidade da construção de casas sustentável” é válida para o respetivo selo. Esperamos agora que, após a fase piloto, os construtores privados ou empresários da habitação entreguem pedidos para os seus projetos para serem aceites no sistema de avaliação e, se necessário, também ambicionem um teste com selo. A sustentabilidade testada irá convencer os investidores de que o objeto foi corretamente desenvolvido e irá confirmar aos utilizadores que a qualidade alugada ou comprada é realmente sustentável. A proteção ambiental e climática, eficiência de energia e recursos, construção adaptada ao clima e a mudança demográfica requerem conceitos de planeamento inovadores para os prédios de amanhã. Com o Guia da Construção Sustentável atualizado, a idéia da observação e avaliação uniformes nos prédios da Federação adquire uma importância especial. Desde a sua introdução em março de 2011, foi possível fazer progressos importantes na concretização na construção federal. Há muito que a Federação se declarou como exemplo na construção sustentável e de eficiência energética. O Guia da Construção Sustentável foi amplamente revisto e obrigatoriamente lançado pelo Ministério Federal das Estradas, Construção e Desenvolvimento Urbano (BMVBS) com o decreto de março de 2011 para a gestão de obras federais. Deste modo, a Federação concretiza a construção sustentável na ação concreta da administração. O guia transmite princípios gerais introdutórios da construção sustentável (Parte A Princípios) e representa ainda um manual de manuseamento para as administrações de obra superiores da Federação. Aí, ele define os requisitos mínimos obrigatórios e os objetivos a cumprir e regulamenta a concretização da construção sustentável desde a primeira fase de planeamento até à avaliação da sustentabilidade após a conclusão do prédio (Parte B Construções Novas). O princípio é formado pelo Sistema de Avaliação para uma Construção Sustentável da Federação (BNB). Com o decreto de 14 de maio 2012, o Guia da Construção Sustentável deve ser agora respeitado em todas as grandes medidas de novas construções de prédios de escritórios e serviços administrativos. Como mora? Está satisfeito? Eu moro numa casa alugada na cidade e estou muito satisfeito. A varanda tem boas vistas e fica a pouca distância do centro da cidade e do Isar. As primeiras aplicações demonstraram que os objetos que foram planeados e construídos sem os critérios agora definidos, podem perfeitamente receber um selo de confirmação da sustentabilidade. Nos projetos-piloto trata-se de projetos desenvolvidos com cuidado e responsabilidade – livremente financiados e publicamente promovidos – que se situam no âmbito geral dos custos. Ficou ainda claro que, numa aplicação atempada da lista dos critérios, se podem 36 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 37 Se, com os objetivos formulados e requisitos no primeiro Guia da Construção Sustentável, o BMVBS 2001 conseguiu logo definir junto do público profissional impulsos óbvios no sentido da construção sustentável, ele desenvolveu-se, juntamente com o Sistema de Avaliação BNB, num instrumento do controlo e comando da qualidade. Os métodos e processos formulados no guia orientam-se pela seqüência cronológica das fases de planeamento em medidas para novas construções segundo RBBau ou HOAI. Com as partes que se seguem C “Recomendações para o aproveitamento e funcionamento sustentável de prédios” e D “Construir nas existências” o início de 2013 tem à sua frente um manual de ação complexo para a construção sustentável. Ao mesmo tempo, estão disponíveis também os respetivos módulos de avaliação com as correspondentes notas de critérios. Uma concretização bem-sucedida só é possível com uma elevada competência técnica nas administrações da construção federal. Com o desenvolvimento de um currículo, iniciou-se em 2011 um processo de formação que se dirige primariamente às direções de projeto locais. A formação para coordenador de sustentabilidade BNB consiste de um total de quatro módulos de aprendizagem interligados, um módulo básico e três módulos específicos para aplicar o Sistema de Avaliação para uma Construção Sustentável, cuja formação se dá em dois dias. O conhecimento adquirido tem de ser comprovado por uma trabalho prático e um exame oral e escrito. 140 Funcionários dos departamentos federais da construção já ficaram aprovados na formação e aplicam o conhecimento adquirido nos mais diversos projetos da Federação. Esquerda: Alfândega principal de Hamburg Em cima: Paul-Wunderlich-Haus, Eberswalde centro: Universidade de Regensburg Em baixo: HZA Rosenheim 38 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Com a “Construção Federal Sustentável de Rede” está a ser construída uma plataforma de trabalho interna para os coordenadores de sustentabilidade formados no âmbito do portal de informações da construção sustentável. O objetivo é disponibilizar futuramente, o melhor possível, as experiências práticas dos projetos acompanhados e poder discutir, de um modo abrangente, as questões de conteúdo da concretização do sistema de avaliação. Para ser justo com o papel exemplar da Federação, para além da elaboração dos princípios teóricos sobre a sustentabilidade de obras e a conseqüente formação, é necessário estimular a concretização prática dos requisitos obrigatoriamente definidos no Guia da Construção Sustentável – nível mínimo prata em novas construções – em projetos de construção concretos. Atualmente, estão a ser intensivamente acompanhados os seguintes prédios administrativos no planeamento e execução: • Ministério Federal para a Formação e Pesquisa em Berlim, • Construção nova de substituição do Gabinete Federal do Ambiente “UBA 2019” Berlim, • Construção nova de ampliação e saneamento de obra existente do Gabinete Federal do Ambiente Berlim, • Construção nova de ampliação UN Campus em Bona, • Construção nova de ampliação Gabinete Federal da Justiça Bona, • Construção de ampliação Gabinete Federal do Ambiente em Dessau-Roßlau, • Construção de ampliação Gabinete Federal para a Proteção Contra Radiação em Salzgitter e • Construção de ampliação Ministério Federal do Trabalho e Assuntos Sociais em Berlim. Além disso, o Sistema de Avaliação para uma Construção Sustentável é voluntariamente utilizado em medidas de construção, para as quais o Ministério Federal das Estradas, Construção e Desenvolvimento Urbano ainda não decretou regulamentos: • Construção nova do prédio da presidência do Centro Alemão Aerospacial (medida de construção com subsídios) em Köln, • Nova construção de substituição do Gabinete Federal do Ambiente Estação de Medição “Schauinsland”, • Construção nova do Gabinete Federal do Ambiente, Estação de medição “Zingst” e o • Saneamento da Embaixada Alemã em Washington. Nesse sentido, inclui-se logo no processo do concurso – para além das habituais questões sobre a qualidade criativa e construtiva da cidade – também os aspetos ecológicos, econômicos, socioculturais e funcionais, bem como, a qualidade técnica e a qualidade do processo. Referiram-se como requisitos obrigatórios no concurso de planeamento também as apreciações dos balanços econômicos e os custos do ciclo da vida, bem como, as questões socioculturais. No guia são definidos critérios fulcrais para considerar no concurso, com os quais é possível verificar a concretização dos requisitos em Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 39 termos de sustentabilidade numa fase tão precoce. O controlo posterior da concretização dos requisitos definidos no concurso pode ser garantido por meio das prestações propostas e executadas, devendo os resultados ser devidamente documentados. Um aspeto importante é o peso de critérios individuais do concurso, uns em relação a outros, bem como, a composição do júri especializado em conhecimentos prévios sobre as mencionadas qualidades de sustentabilidade. No âmbito da Bautec 2012, a Alfândega principal de Hamburg recebeu uma certidão com nota de prédio 1,9 e, por conseguinte, uma avaliação em prata segundo o Sistema de Avaliação para uma Construção Sustentável (versão 2011). Na compensação do concurso de realização em dezembro de 2006 já se exigiam qualidades nos prédios selecionados com referência ao Guia 2001. O prédio obteve resultados muito bons nas áreas do balanço econômico e nos custos do ciclo de vida relacionados com o prédio. Estes últimos devem-se sobretudo aos custos de fabrico muito vantajosos. Mas há outros aspetos individuais que documentam o bom padrão. Por exemplo, o prédio inteiro, inclusive a garagem subterrânea, foi desenvolvido sem barreiras. Na área da qualidade do processo, os aspetos do planeamento integral e a complexidade e otimização do planeamento foram avaliados com nota muito positiva. • “Construções de pesquisa e laboratório”. Para a categoria de prédios “Estabelecimentos de ensino sobre-operacionais” espera-se ainda este ano uma proposta de sistema que depois também será ensaiado e, uma vez concluído e pronto, poderá ser disponibilizado provavelmente em fins de 2013. Sistema de Avaliação para uma Construção Sustentável – Ensaio do esboço do sistema “Prédio de aulas sustentável” Agora estão em primeiro lugar, para além da introdução e formação de variantes de sistemas prontos, sobretudo medidas para o melhoramento da facilidade de utilização e ligação em rede dos instrumentos existentes. Incluise aqui, para além da contínua ampliação do portal de informação Construção Sustentável e da rede Construção Federal Sustentável, sobretudo o desenvolvimento de um instrumento de avaliação e documentação baseado em computador, que pretende garantir nas administrações da construção federal a concretização eficiente dos requisitos do Guia da Construção Sustentável em cada fase do projeto. Desenvolvimento e ensaio de um sistema de avaliação “BNB para prédios de pesquisa e laboratório” Investigador: Direção do projeto: Custo total: Prazo: Investigador: Direção do projeto: Colaboração: Custo total: Prazo: Life Cycle Engineering Experts GmbH (LCEE) Eng.ª Carmen Schneider Eng. Economia Torsten Mielecke 68 955 € 08/2011 a 11/2012 ee concept GmbH Arquiteta ETH Andrea Georgi-Tomas Eng.ª Laura Rechert 59 464 € 08/2011 a 04/2013 Desenvolvimento do “Sistema de avaliação para uma Construção Sustentável para estabelecimentos de formação profissional sobre-operacionais“ Investigador: Direção do projeto: Colaboração: Custo total: Prazo: Steinbeis-Hochschule-Berlin GmbH, Steinbeis-Transfer-Institut Bau- und Immobilienwirtschaft Eng. Bernd Landgraf Gerd Priebe Architects and Consultants (GPAC) 54 978 € 08/2012 a 12/2012 O exemplo da Federação mostra eficácia. Vários Estados Federados iniciam atividades reforçadas relativamente a uma avaliação da sustentabilidade de medidas de construção regionais selecionadas. Com a colaboração do Gabinete da Construção Sustentável no grupo de projeto “Construir para o Futuro – Construção sustentável” na Comissão para a Construção Civil Estatal (ASH) da Conferência de Ministros da Construção, consegue-se garantir uma troca intensiva com Estados Federados. Discutem-se aqui, entre outras coisas, questões sobre a descoberta de regras universais. No âmbito da Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro, o BMVBS mandou continuar a desenvolver os instrumentos e auxiliares de trabalho existentes. Estão a decorrer os desenvolvimentos e ensaios de sistemas para as variantes do sistema de avaliação • “Construção nova de prédios de aulas de ensino” e 40 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 41 Wecobis e Ökobau.dat: Saber o que está no material. Com WECOBIS, o sistema de informação de materiais de construção ecológico com base na web, e o Ökobau. dat, uma base de dados de materiais de construção para a determinação de efeitos ambientais ecológicos e globais, a Federação prepara dois meios que, em questões ecológicas e relevantes para a saúde sobre a descoberta de produtos de construção, disponibiliza dados e informações importantes. Ambas as plataformas de informações são utilizadas no Sistema de Avaliação para uma Construção Sustentável para Prédios Federais (BNB) do Ministério Federal das Estradas, Construção e Desenvolvimento Urbano (BMVBS). Tanto WECOBIS como também Ökobau.dat foram iniciados no âmbito da Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro e são permanentemente complementados com dados novos ou atualizados e adaptados a novos desenvolvimentos, como p. ex. processos europeus de padronização. Tanja Brockmann, Claus Asam, Instituto Federal do Planeamento Urbano, da Construção e do Espaço no Gabinete Federal para a Construção Civil e Disposição Regional (BBSR) WECOBIS No processo de planeamento, a escolha de produtos por aspetos ecológicos e relevantes para a saúde tem um papel cada vez mais importante. No meio de tanta informação disponível, como p. ex. selos do ambiente e de qualidade, fichas de dados do produto, informações do fabricante e legislações, é porém difícil filtrar as informações adequadas. A plataforma da Internet WECOBIS, operada em cooperação com o BMVBS e a Câmara dos Arquitetos da Baviera (ByAk), fornece aqui a partir de 2013, com uma nova versão revista, uma importante ajuda com informações neutras em termos de fabricantes e estruturalmente preparadas sobre os aspetos do ambiente e da saúde dos grupos de módulos mais importantes. vida. Desde a matéria-prima utilizada, passando pelo fabrico, processamento e aproveitamento, até ao reaproveitamento, são explicados vários aspetos individuais. Para além das informações padrão, como a definição do produto e dos termos, são dadas indicações para a escolha ecológica do produto de fabricante neutro, remete-se para declarações de produtos ambientais e para valores na Ökobau.dat. A associação profissional da indústria da construção civil acrescenta recomendações de processamento para a prática e riscos para a higiene no trabalho no âmbito da cooperação de longa data. As indicações sobre a reutilização e riscos para o ambiente e a saúde no aproveitamento e reaproveitamento completam as informações do ciclo de vida. O utilizador encontra no WECOBIS, entre outras coisas, novidades sobre grupos de produtos novos (p. ex. aerogéis). Encontra ainda respostas a perguntas típicas: Existe para o produto observado uma etiqueta ecológica? Quanta energia está num tijolo? Que pinturas são inofensivas? Se não encontrar as informações procuradas, o posto WECOBIS estará disponível para prestar mais informações. Para além dos aconselhamentos, o posto WECODIS instalado no BBSR assume, juntamente com a Câmara dos Arquitetos da Baviera, a redação chefe para as informações dos grupos de produtos de construção. Os grandes contributos são criados por redatores especializados. Um conselho científico proporciona transparência e um input especializado adicional para o desenvolvimento contínuo de WECODIS. Com as informações estruturadas por grupos de produtos de construção e produtos base (tabela 1), é possível descrever quase completamente uma obra relativamente aos materiais utilizados. WECOBIS descreve todos os registros de materiais de construção estruturados pelas suas fases de ciclo de vida. Isto quer dizer que são fornecidas informações ambientais e relevantes para a saúde sobre os grupos de produtos de construção e produtos base para a respetiva fase do ciclo de 42 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Ökobau.dat No âmbito do Sistema de Avaliação para a Construção Sustentável para Prédios Federais (BNB) do BMVBS, a avaliação da qualidade ecológica de um prédio forma um componente essencial. A qualidade ecológica subdivide-se em efeitos Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 43 WECOBIS – Grupos de produtos de construção e produto base Grupos de produtos de construção (133 registros) • Placas de construção (base de gesso, cimento, madeira, plástico) • Revestimentos de solos (têxtil, elástico, mineral, base de madeira) • Materiais isolantes (mineral, sintético, regenerador) • Vedações, vedantes (pinturas, folhas contínuas, revestimentos, meios de vedação) • Madeira (aglutinantes, plainas, materiais tensores, materiais fibrosos, madeiras estratificadas) • Colas (p. ex. colas de dispersão, colas de resina epóxida) • Materiais de construção maciços (p. ex. betão, arenito calcário, tijolo, argila) • Argamassa e pavimentos (Argamassa de muro, argamassa de reboco, pavimentos) • Tratamentos de superfícies (cores, tintas, vernizes) • Vitrificações (vidros base, vidros funções) Produtos base (30 registros) • Aglutinante (cimento, gesso, calcário, magnésia, betume) • Granulações de pedra (p. ex. granulações de pedra nat., vidro soprado) • Plásticos (p. ex. elastómeros, resina epóxida, poliéster) • Metais (p. ex. aço, alumínio, cobre, zinco, chumbo) 44 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro ambientais globais e locais, que são determinados por respetivos métodos de quantificação. Os seguintes efeitos ambientais globais representam, entre outros, a base para o cálculo: potencial de gases de estufa, redução da camada de ozono, formação de ozono, acidificação e sobrefertilização. Através dos efeitos ambientais relacionados com os materiais de construção, apurados pelo método do balanço ecológico, são atribuídos às correspondes unidades de material respetivos efeitos ambientais expressos em equivalentes. No Ökobau.dat estes efeitos ambientais relacionados com os materiais de construção são atualmente disponibilizados para cerca de 1000 materiais de construção/processo de construção e transporte nas seguintes categorias: • • • • • • • • • Materiais de construção minerais Materiais isolantes Madeira Metais Revestimentos Plásticos Componentes de janelas e fachadas-cortinas Tecnologia do prédio Diversos Para cada registro são fornecidas informações de base sobre os dados fonte, bem como, sobre a unidade de referência, prazo de validade e qualidade dos dados. A característica essencial é a representatividade, comparatibilidade e consistência dos registros, que foram criados e calculados através de um método uniforme e conforme a norma. A criação de registros é feita num formato (formato de ficheiro XML), que permite a inclusão nas existentes ferramentas do cálculo do ciclo da vida no plano do prédio. A utilização dos dados disponibilizados em Ökobau.dat está prevista no âmbito do Sistema de Avaliação para a Construção Sustentável (BNB) para o balanço ecológico, desde que não existam declarações do produto ambiental ou dados específicos verificados. O Ökobau.dat 2011 foi ampliada com 288 EPD registros e otimizada em termos de facilidade de utilização. www.nachhaltigesbauen.de/oekobaudat/ está disponível uma versão online de Ökobau.dat 2011, que simplifica o acesso e apresentação dos registros. Para além das funções de localização e funções especiais, são disponibilizadas centralmente informações elucidativas sobre os indicadores ambientais e princípios metódicos etc. A Ökobau.dat está a ser adaptada à norma européia DIN EN 15804, que exige, entre outras coisas, uma adaptação dos indicadores ambientais e novos cálculos dos dados. Os registros têm de ser também reestruturados e atribuídos aos módulos de currículo formulados na DIN EN 15804. A norma DIN EN 15804 permite, para além da base de dados GaBi do plano de fundo atualmente utilizada para Ökobau.dat, a utilização de outros registros do plano de fundo. Deve-se analisar aqui se a pré-verificação exigida de dados do plano de fundo apresenta possíveis diferenças nos balanços ecológicos. Daqui resultam no futuro novas exigências e critérios de verificação para a qualidade de dados de Ökobau.dat, que deve ser formulada. www.wecobis.de www.nachhaltigesbauen.de/baustoff-und-gebaeudedaten.html Disponibilizar dados do balanço ecológico Investigador: Diretor projeto: Custo total: Prazo projeto: PE International AG, Johannes Kreißig, Steffen Schulz PE International AG, Johannes Kreißig 14 999,95 € até 2011 Atualização WECOBIS: Conversão CMS de Jahia para TYPO 3/ Nova concepção, layout e programação da aplicação da Internet/ criação de tabelas e gráficos/módulo comparativo de criação Resumo Investigador: As informações especializadas e os dados de WECOBIS e Ökobau.dat estão acessíveis ao público através do portal de informações da construção sustentável. Eles disponibilizam os conhecimentos para a construção federal sustentável e também aos construtores privados, arquitetos e projetistas técnicos, permitindo logo na fase precoce do planeamento uma excelente seleção do material e produtos de construção, tendo em conta os efeitos ambientais. Colaboração: Diretor projeto: Custo total: Apoio financeiro federal: Prazo do projeto: ByAK Forschungsnehmer für Teilprojekt Vergleichsmodul Câmara dos Arquitetos da Baviera (Desenvolvimento de conteúdos) OnlineNow (concretização técnica) finedesign (criação estrutural e gráfica) Claus Asam 48 992,00 € mais percentagem ByAK (no âmbito do contrato de cooperação2012/2013 suporta a ByAK por ano até 10 mil €) 48 992,00 € 09/2011 até 08/2012 O Ökobau.dat foi desenvolvido no âmbito da Iniciativa de Pesquisa da Construção do Futuro por PE International GmbH com o apoio da indústria alemã dos produtos de construção e publicado como Ökobau.dat 2009. Em janeiro de 2011 foi introduzida uma versão atualizada de Ökobau.dat. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 45 “A sustentabilidade e a cultura de construção têm de ser sempre vistas em conjunto.” Os sistemas de certificação na construção civil germinam como espargos frescos. Existem modelos de certificação segundo DGNB, LEED, BREEAM e o Sistema de Avaliação para a Construção Sustentável para prédios federais (BNB). Está a proceder-se a harmonizações na padronização internacional e européia. Quais são os pontos principais? O que diferencia os sistemas? Em todo o mundo existem centenas de métodos de avaliação e certificação. Os sistemas mais conhecidos são o selo americano LEED, a etiqueta britânica Label BREEAM e o selo de qualidade alemão DGNB e BNB. Mas também há métodos da Suíça, como Minergie ou o catálogo de critérios francês HQE que determinam há anos cada vez mais o mercado da construção sustentável. Apesar de LEED ser, devido ao marketing de sucesso, mundialmente mais conhecido do que os outros instrumentos, se tivermos em conta a quantidade dos prédios certificados, é BREEAM que fica à frente com mais de 250 000 construções avaliadas. Isto deve-se ao facto de na Grã-Bretanha o Governo ter ditado que todas as construções novas para habitação e medidas de construção têm de ser avaliadas por BREEAM. Mesmo possuindo os métodos mencionados um objetivo universal, nomeadamente o aumento da qualidade da sustentabilidade de um prédio, os sistemas de avaliação são porém muito diferentes no que toca à sua disposição, estrutura e conteúdos. De um modo geral, pode-se optar entre métodos de avaliação da primeira geração, como LEED ou BREEAM, e métodos da segunda geração. O Sistema de Avaliação para a Construção Sustentável (BNB) e o certificado DGNB são etiquetas da segunda geração. Ao contrário de BREEAM e LEED, onde os temas da ecologia e eficiência energética estão no primeiro plano, ambos dos sistemas alemães perseguem um princípio uniforme e orientado para a performance (“Sustainable-BuildingApproach”), que tem também em conta todo o ciclo de vida de um prédio, ou seja, o fabrico, o funcionamento e a fase End-of-Life. Cada etiqueta foi especialmente desenvolvida para os aspetos climáticos, políticos, sociais e históricos da indústria da construção civil do respetivo país de origem. Isto explica também por que os sistemas de avaliação, apesar de uma 46 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro estrutura e princípio idênticos, perseguirem freqüentemente diferentes pontos de conteúdo e se baseiam em diferentes leis, padrões e bases de dados. O sistema BNB e DGNB avaliam o tema da eficiência energética com base na norma alemã DIN V 18599, a versão LEED baseia-se em vez disso nos padrões americanos ASHRAE. Além disso, os aspetos como os custos do ciclo de vida (LCC) ou o balanço ecológico (LCA), ou seja, a avaliação dos efeitos ambientais ao longo de todo o ciclo de vida de um prédio (fabrico, funcionamento e End-of-Life) era até agora apenas avaliada nos sistemas de certificação alemães DGNB e BNB. Por isso, os resultados das construções certificadas mal podiam ser comparados até agora. No plano europeu sente-se hoje em dia cada vez mais o desejo de uma harmonização dos sistemas. Tanto a Comissão Européia (EU) como também a Normalização Européia e as iniciativas privadas, como por exemplo SB Alliance, fizeram nos últimos anos esforços neste sentido e obtiveram os primeiros sucessos. Foi assim que se desenvolveram, no âmbito de iniciativas de pesquisa européias, como o projeto EU OPEN HOUSE ou SuPerBuildings, critérios fulcrais uniformes para a Europa. Com o projeto de pesquisa OPEN HOUSE, cuja coordenação técnica é do Instituto Fraunhofer para as Leis da Construção, realizam-se atualmente 67 estudos de casos em toda a Europa que são avaliados com um catálogo de critérios europeus. Os resultados serão apresentados no início do próximo ano, de modo a poderem fazer-se as primeiras declarações sobre a situação da construção sustentável na Europa. Mesmo a Comissão EU planeia publicar indicadores fulcrais para a avaliação da sustentabilidade de prédios – em meados de 2013 saberse-á se isto será realizado com uma diretiva própria ou um Roadmap. Cada sistema de avaliação tem subjacente conhecimentos sobre mecanismos e conseqüências de efeitos. Os efeitos no sentido da sustentabilidade são hoje em dia suficientemente conhecidos a nível científico? O selo alemão de qualidade incluiu pela primeira vez na avaliação aspetos, não só ecológicos, como também econômicos, socioculturais e aspetos específicos do processo e do padrão. Uma vez que o sistema ainda é relativamente A Eng.ª Natalie Eßig, Arquiteta e Auditora DGNB estudou Arquitetura na TU Darmstadt e Politecnicco di Torino e aí, assim como, na University of Technology em Sydney, fez a especialização em 2010 no tema da construção sustentável.Ela fez consultoria e certificou projetos de construção da Federação e da economia livre relativamente à sua sustentabilidade. A avaliação da construção de recintos desportivos é uma especialidade sua. Atualmente exerce funções na cadeira Leis da Construção da TU München (Prof. Hauser) e no Fraunhofer- Institut para as Leis da Construção (IBP) e começa no início de 2013 a trabalhar como professora na Faculdade de Arquitetura da Escola Superior de Munique. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 47 jovem, não é possível apresentar declarações específicas dos prédios sobre efeitos e conseqüências de mudança de cada um dos critérios. Apesar de os primeiros princípios terem sido desenvolvidos nos últimos anos, não se conseguem comprovar cientificamente por falta de experiência. A acrescentar que os campos temáticos a avaliar da construção sustentável freqüentemente não são ilustrados como um único critério isolado no sistema de avaliação, mas podem ser dimensionados através de inúmeros diferentes indicadores de avaliação, que por sua vez estão em interação alternada entre si. Deste modo, o tema da eficiência energética é ilustrado com os critérios do balanço ecológico (qualidade ecológica) e da consideração dos custos do ciclo de vida (qualidade econômica), assim como, na qualidade sociocultural e funcional e nos aspetos parciais do processo de planeamento (qualidade do processo). Além disso, os critérios reunidos numa matriz de avaliação apresentam diferentes fatores de avaliação entre si. Se se verificar agora no processo de planeamento uma alteração, isto não influencia somente o resultado de avaliação de um único critério, tendo freqüentemente fortes influências no resultado global devido à diversidade de parafusos de ajuste descritos e associações. cia, obter presentemente sucessos visíveis no melhoramento da eficiência energética – quem quer ter “prata” se tiver planeado “ouro”? A avaliação de recintos desportivos é uma área específica sua. Existem, no sentido da sustentabilidade, recomendações básicas na construção de recintos desportivos? Além disso, o funcionamento real de um prédio nem sempre reflete “1:1” o resultado da avaliação. Os estudos e experiências dos últimos anos com o selo de qualidade americano demonstram que grande parte dos prédios avaliados nos EUA nem sempre cumprem, na fase de aproveitamento, os valores apurados segundo LEED, ficando bem abaixo. Aqui é preponderante o papel do comportamento do utilizador. No sistema BNB ainda não se podem tirar conclusões devido à falta de valores da experiência. A necessidade elevada de saneamento e os elevados custos de manutenção de inúmeras construções desportivas envelhecidas, a falta de conhecimento técnico, a falta de possibilidades de aconselhamento e uma série de regulamentos e requisitos que se colocam às construções de recintos desportivos – que são por um lado difíceis de encontrar e, por outro lado, não correspondem ao estado tecnológico – determinam a imagem atual da construção de recintos desportivos. Acrescenta-se a isto novos desafios aos recintos desportivos devido ao desporto moderno, à orientação para estruturas de jogos, desportos e movimentos multifuncionais, à transferência de inúmeros recintos desportivos dos municípios e cidades para associações, aos novos modelos de financiamento e de suporte, bem como, às novas exigências que se colocam ao planeamento sustentável e de eficiência energética. Enquanto nos anos 70 e 80 se criaram cargos para o aconselhamento de recintos desportivos, nos últimos 20 anos recuou-se cada vez mais com os meios necessários. Apesar de nas escolas superiores se terem feito pesquisas sobre os temas “Planeamento do desenvolvimento desportivo” e “Ciências desportivas”, a área “Construção de recintos desportivos” ficou de fora ao contrário da construção de habitação, de escritórios e da indústria. Resumindo, pode-se concluir o seguinte: Quanto mais cedo se utilizarem os critérios de sistemas de avaliação no processo de planeamento, mais fácil e econômico será fixar os aspetos da sustentabilidade no planeamento, construção e funcionamento de um prédio. Nota-se ainda que é mais fácil estruturar o processo de planeamento usando os critérios de avaliação e também torná-lo muito mais transparente. A determinação atempada de objetivos de planeamento e a sua verificação constante no âmbito do processo de avaliação permite, segundo a minha experiên- No sentido da construção e planeamento sustentável de recintos desportivos, um dos princípios mais importantes seria voltar a integrar cada vez mais a temática da “Construção de recintos desportivos” na formação e formação contínua e desenvolver novos critérios atuais para realizar recintos desportivos sustentáveis para o desporto amador e de competição (construção nova e construções antigas). Com um catálogo de critérios de avaliação especialmente adequado à construção de recintos desportivos, seria possível integrar, para além dos aspetos desportivos funcionais, 48 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro também processos ecológicos, econômicos e socioculturais no planeamento de recintos desportivos. Tem de se distinguir aqui entre construções para o desporto amador e o desporto de competição. Além disso, o desenvolvimento de uma variante do sistema BNB podia representar para a construção de recintos desportivos – se necessário, em combinação com uma construção escolar – um marco importante. No DGNB já foi chamado um grupo de trabalho que deve iniciar no próximo ano. A Comissão de Normas para a Construção Sustentável nacional também discute atualmente a organização de um grupo de trabalho para construções de grandes organizações sustentáveis. A área estática dedicada à recuperação, ou seja também para recintos desportivos, aumentou, segundo os dados do Gabinete Federal estatístico, entre 2006 e 2010 em cerca de 100 km 2 por ano. Como é visto e avaliado o aumento da necessidade da área na arquitetura desportiva sustentável? É difícil responder a esta pergunta – pois o tema mal tem sido realmente discutido na construção de recintos desportivos. Atualmente abordam-se mais outros problemas – como se pode sanear e manter recintos desportivos com base em caixas vazias para continuar a preservar a proposta desportiva e o bem-estar físico da população. Aqui a área necessária tem tido lamentavelmente pouca importância. Mas permita-me mostrar em detalhe os nossos números: os recintos desportivos são subdivididos, na área estática, em dois grupos, nomeadamente a área trabalhada e a não trabalhada. Das “áreas de recuperação” fazem parte as instalações não trabalhadas como campos desportivos, pistas de gelo ou campos de golfe. Os recintos desportivos construtivos, como pavilhões desportivos, piscinas cobertas e estádios são levantados no tipo de utilização “Recuperação de prédios e espaços livres (GF)”. No total, esta “área de tempos livres” (soma da “área de recuperação” e “recuperação GF”) detinha, em 2004, 6,5 por cento da área povoada e de circulação. Atualmente, as áreas de recuperação têm 8,4 por cento e contribuíram, entre 2007 e 2010, substancialmente (31 hectares/dia) para aumentar a área povoada e de circulação. Pois, enquanto as taxas de aumento diárias desciam constantemente nos últimos anos na “área de prédios e área livre” e alternavam muito na área da circulação, elas subiam constantemente nas áreas dos tempos livres. Realmente sente-se hoje em dia uma tendência para as cidades construírem cada vez mais pavilhões multiúsos, piscinas cobertas, estádios e campos desportivos na “zona verde”. Outra questão completamente diferente e que importa resolver é saber se isto é útil, se são suficientemente aproveitadas e se o respetivo local foi bem escolhido. Para reagir a este desenvolvimento, é necessário intervir intensivamente no âmbito da avaliação da sustentabilidade dos recintos desportivos no que toca à reivindicação da área. No âmbito do sistema de avaliação BNB, a reivindicação da área tem sido positivamente avaliada através da revitalização de setores industriais ou terrenos previamente utilizados. Nos recintos desportivos teriam de se incluir ainda outros aspetos na avaliação, como talvez a realização de um planeamento de desenvolvimento de recintos desportivos. Isto é uma espécie de plano principal, que observar, por um lado, as necessidades desportivas da respetiva região e fornece as quantidades e tipo de medidas construtivas necessárias. É ainda preciso questionar se é realmente sempre preciso um ginásio de três campos ou uma arena multiúsos, pois inúmeras modalidades desportivas amadoras podem ser hoje em dia praticadas quase em qualquer lugar – mesmo ao ar livre. A pergunta final: Como mora? Está satisfeita? Eu moro numa casa com estrutura em madeira da época de Franco. Pela minha experiência como Arquiteta, posso dizer que sobretudo no saneamento de patrimônios protegidos se embate freqüentemente nos limites do melhoramento da eficiência energética e sustentabilidade. A sustentabilidade e a cultura da construção têm de ser sempre vistas em conjunto, e precisamente nas construções antigas é preciso tratar esta temática com cuidado e desenvolver novos conceitos individuais. São, por isso, muito urgentes princípios uniformes para melhorar a eficiência energética, que englobam não apenas um prédio, mas toda a região urbana. Nas novas construções já estamos muito à frente no que toca à sustentabilidade, o próximo campo temático chama-se agora construções antigas! Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 49 Casas da Idade da Fundação Energeticamente Otimizadas As soluções de detalhes práticas na construção para isolamentos interiores tendo em conta especialmente os requisitos do decreto da poupança energética de abril de abril 2009 Prof. Rainer Oswald, Géraldine Liebert, Silke Sous, Matthias Zöller, Aachen Momento da modernização 1. Motivo As construções antigas escondem, em situações de modernização, grandes potenciais de poupança energética. As medidas de poupança de energia de aquecimento nos revestimentos dos prédios, sobretudo em prédios marcantes no centro da cidade e que são freqüentemente patrimônio nacional protegido, só podem ser muitas vezes realizadas com isolamentos interiores. O decreto da poupança de energia de abril de 2009 (EnEV 2009) delimita, na incorporação de camadas isolantes no lado interior do espaço, nos prédios antigos, o coeficiente de transmissão térmica U com 0,35 W/(m 2K), podendo este atualmente, por razões técnicas, ser excedido p. ex. por possíveis espessuras máximas da camada isolante. 2. Objeto do projeto de pesquisa e resumo O Instituto de Aachen da Pesquisa de Danos de Construção e Leis da Construção Aplicadas (AIBau gGmbH), que está ativo há mais de 30 anos na área da pesquisa de danos de construção, apresentou um trabalho de pesquisa sobre soluções de detalhes na prática da construção para isolamentos interiores, que foi promovido pelo Gabinete Federal da Construção Civil e Disposição Regional (BBR) no âmbito da iniciativa Construção do Futuro. O objetivo do trabalho era esclarecer, por meio de medidas de isolamento interior realizadas, sob que condições básicas, os isolamentos interiores, que cumprem os requisitos do decreto da poupança de energia 2009, realmente são funcionais. O ponto forte da análise deviam serccasas da época da fundação, pois na modernização energética destes prédios grandes existem problemas típicos nos isolamentos interiores que têm de ser resolvidos. No âmbito de um inquérito entre 1 135 arquitetos e peritos foram designados 36 objetos de análise. Existem informações detalhadas sobre 28 prédios, que incluem a idade dos prédios, o ano da modernização, as características construtivas essenciais dos prédios, o tipo dos materiais utilizados para o isolamento interior e os sistemas de isolamento incorporados (v. Fig. 1). Examinaram-se dez casas. 50 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Placa silicato de cálcio 2 Placa de fibra de vidro 2 desde 2009 1 1 2002–2008 Placa isolante cortiça 1986–2001 5 Enchimento celulose 4 Placa isolante poliestireno 4 Densidade difusão 6 2 2 Painel isolante PUR Adaptador umidade Barreira contra vapor 4 5 3 2 7 Isolamento lã mineral Forno difusão 6 1 Placa isolante mineral VIP 6 1 12 (36 %) 5 (15 %) 6 (49 %) Fig. 1: Tipo e quantidade dos materiais utilizados (em cima) para os isolamentos interiores, bem como, tipo e quantidade dos sistemas isolantes incorporados (em baixo) Os resultados da análise mostram que em nenhum dos prédios descritos/examinados se detectaram danos que pudessem resultar da incorporação do isolamento interior. Doze do total dos 28 prédios cumprem os requisitos de EnEV 2009 (valor U ≤ 0,35 W/[m 2K]). Cinco desses prédios foram modernizados ainda antes da entrada em vigor de EnEV 2002, o que comprovar o sucesso na prática das construções realizadas ao longo de vários anos. Dez outros prédios mantêm o valor limite ≤ 0,45 W/(m 2K) válido segundo EnEV 2002 – 2007 (v. Fig. 2). Valor U < 0,35 W/m2K (EnEV 2009) < 0,36–0,45 W/m2K (EnEV 2002-2007) > 0,46 W/m2K Fig. 2: Quantidade dos objetos designados, momento da modernização e apresentação dos valores U das construções de parede exterior realizadas No planeamento tecnicamente correto e execução cuidadosa, tendo em conta os pontos de pormenor abordados no âmbito do trabalho de pesquisa, como p. ex. na área de uniões de janelas e componentes a incluir, são possíveis isolamentos interiores com elevado nível de proteção térmica de acordo com os requisitos de EnEV 2009 e sem quaisquer danos. A influência das perdas de pontes térmicas aumenta porém fortemente com o crescente nível de isolamento. Os levantamentos no âmbito do trabalho de pesquisa de AI-Bau mostram que os sistemas de difusão aberta só podem ser realizados individualmente. Em quase todos os prédios examinados no âmbito das medidas de modernização tinha sido renovado o sistema de aquecimento e as janelas. Na área da ombreira foi freqüentemente utilizado um material isolante com baixa capacidade de condutância térmica. Os componentes pesados a incluir na construção da parede exterior tinham sido, em quase todos os casos, isolados de modo flanqueado. Nos freqüentes casos em que se utiliza um isolamento interior em prédios da época da fundação não é forçoso utilizar sistemas com bloqueio contra vapor. O limite superior econômico fica, tendo em conta as habituais perdas de pontes térmicas, em aprox. 10 cm da espessura da camada isolante (λ = 0,035 W/[mK]). No caso de um custo de construção substancialmente elevado na área de pontes térmicas e uma conseqüente grande redução das perdas, podem recomendar-se espessuras de cama- da isolante até 15 cm. As ombreiras das janelas deviam também ser incluídas no isolamento. Aqui pode obter-se, sem custos de construção adicionais, o critério de bolor da norma DIN 4108 com as condições básicas aí formuladas. A junta exterior das janelas entre o caixilho de proteção e batente da janela deve ser resistente a chuva com vento. O plano de estanquidade a ar tem de ficar ligado à construção da janela. A ombreira da janela, inclusive a ligação ao caixilho de proteção, tem de ser isolada para satisfazer pelo menos os requisitos mínimos da proteção térmica. Segundo as leis da construção é econômica mente vantajoso montar janelas novas no plano do isolamento interior, uma vez que as temperaturas à superfície na área de ligação descem com menos intensidade. Tendo em conta os aspetos de danos, é possível realizar paredes de alvenaria a incluir para obter suficientes temperaturas à superfície freqüentemente sem isolamento de flancos e sem danos. No caso de um nível de proteção térmica elevado faz, porém, todo o sentido em termos energéticos um isolamento de flancos. Mesmo em componentes de betão armado é freqüentemente necessário um isolamento do ponto de inclusão. Nos prédios com telhados de vigas de madeira a integrar na parede exterior isolada por dentro deve assegurar-se, para evitar danos nos fins da viga, uma proteção suficiente contra a chuva com vento da construção da parede exterior. Deve ainda ser evitada a entrada de umidade do ar ambiente pelas correntes convectivas. Antes de executar o isolamento interior, é necessário verificar a capacidade de suporte dos fins da viga em momentos suspeitos concretos. Para reduzir as perdas de calor, devia continuar-se o plano do isolamento na construção do telhado. As condições básicas variam para cada caso. Os isolamentos interiores devem ser planeados com perícia e cuidadosamente realizados. Soluções de detalhe na prática da construção para isolamentos interiores Diretor do projeto: Responsáveis/autores: Custo total: Percentagem apoio financ.: Prazo: Eng.º Rainer Oswald Eng.º Matthias Zöller Eng.ª Géraldine Liebert Eng.ª Silke Sous 22 650 € 44 000 € até nov. 2010 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 51 EnerWert Influência dos estados energéticos sobre os valores comercias e os imóveis Tim Wameling, Hannover O parâmetro de avaliação da eficiência energética entra no foco do setor imobiliário. As propriedades energéticas podem influenciar muito os custos de funcionamento e a valorização de um prédio, mas não são adequadamente considerados os cálculos do valor comercial. Isto deve-se, entre outras coisas, ao próprio processo do cálculo do valor. O valor imobiliário e os relatórios de mercado das propriedades locais propõem possibilidades de base fixas mas nenhumas correções de valor energético concretas. A influência do valor comercial da eficiência energética do prédio foi investigada por análises energéticas e estáticas a 375 prédios de habitações negociados e duas análises de campo. Para além da correlação dos preços de mercado e dos dados da eficiência energética, foram analisadas as condições básicas económicas e normativas. O seguinte exemplo mostra que as características energéticas têm de ser futuramente mais incluídas nos cálculos dos valores: para duas metades de casas duplas quase idênticas BJ 1977 com 150 m 2 de área habitada n mesmo local em Hannover, o relatório de mercado da propriedade de 2011 apresenta um valor comparativo de 260 mil € cada. Na seqüência de uma modernização energética, o objeto A tem um valor característico de consumo de energia final anual de 70 kWh/m 2a. O objeto B estava bem conservado, mas foi apenas modernizado por dentro. Ele apresenta um valor característico de 190 kWh/m 2a. A diferença de 120 kWh/m2a resulta em 2011 numa diferença de custos com aquecimento anual de quase 1 600 €. Este valor já está muito acima da taxa mensal de um financiamento total de 260 mil € com 4 % p. a. com taxas a dez anos. Presumindo que o preço para energia calorífica a partir de gás natural subia para o preço da corrente doméstica atual de 0,24 €/kWh, a diferença do custo de aquecimento anua seria 4 320 €. O Gabinete Federal Estático analisou a evolução de valores nas construções antigas e novas em todo o país. Enquanto nas construções novas se registra um aumento de 6 pontos percentuais entre 2004 e 2007, os preços dos prédios antigos desceram no mesmo período linearmente em 5 pontos 52 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro percentuais. No mesmo período, os preços do combustível e da energia subiram acima da proporção. Este desenvolvimento geral faz suspeitar que a tendência para desvalorizar as casas antigas não modernizadas, ao mesmo tempo que valorizam as novas, tem também causas energéticas. Através da análise dos preços de compra de 197 casas unifamiliares e bifamiliares na zona urbana de Nienburg e 178 apartamentos na zona urbana de Hannover, que foram negociadas no mercado entre 2003 e 2008, esperam encontrar-se respostas à pergunta se a influência do preço de compra do parâmetro”eficiência energética” pode ser detectada no mercado e como poderá ser quantificada. Na análise da amostra de Nienburg, examinou-se iterativamente com uma análise de regressão múltipla que parâmetros têm uma influência significativa sobre o valor de referência preço de compra/m 2 de área habitada. Os resultados mostram que existe uma dependência entre a necessidade de energia final anual (QE[kWh/m 2a]) e o preço de compra. Mas é preciso reter que entre o ano de construção e a necessidade de energia final anual existe uma correlação muito alta. A influência do preço de compra da necessidade de energia final é mensurável com a medida de alteração de valores w’. Esta é uma medida para a alteração de valores por poupança de energia e tem a unidade €/m 2/kWh/m 2a ou €a/kWh. Interessante é acrescentar à influência do preço de compra a característica da eficiência energética nos anos de venda a partir de 2005 relativamente aos anos de venda muito antes entre 2003 e 2005. Enquanto para a amostra “Casos de compras entre 2003 e 2007” é possível calcular uma valorização das áreas habitacionais de uma média de 1,10 €/m 2 por kWh/m 2a, a valorização média na amostra parcial “Casos de compras entre 2005 e 2007” já está nos 1,26 €/m 2 por kWh/m 2a. Isto permite presumir que os compradores dão maior importância à eficiência energética nos prédios. Dependência entre necessidade de energia/área habitada e preço de compra em casas unifamiliares e bifamiliares Na análise da regressão dos apartamentos em Hannover, procurou-se a influência do parâmetro da necessidade de energia de aquecimento (QH[kWh/m 2a]) por área útil do prédio. Como resultado, a amostra dos apartamentos de Hannover apresenta, a nível da energia de aquecimento, uma medida w’ de 1,22 €/m 2 por kWh/m 2 a poupado, quando a descida da necessidade de energia se refere à área Título curto: EnerWert Preço de compra (Euro/m2) 1 400 1 300 1 200 1 100 1 000 Amostra 2003–2008 f(x) = -1,10*x 900 800 700 Amostra 2005–2008 f(x) = -1,26*x 600 100 200 300 400 500 600 Energia necessária para aquecimento (kWh/m2 a) habitada. Através da relação calculada QE/QH de 1,5 seguese a nível da energia final w’= 0,81 €/m 2 por kWh/m 2a. Tal como se espera, a medida w’ da energia final para apartamentos fica abaixo a medida para casas unifamiliares e bifamiliares próprias da amostra de Nienburg. Resumo Na área de EFH/ZFH as análises determinaram uma medida de alteração de valores a nível da energia final w’ no montante médio de 1,20 € por kWh p. a. poupado. Destaca-se a tendência para subir, mas a alteração de valores estaticamente definível não atinge o valor dos custos de Investigador/Dir. projeto: Investigador: Colaborador: Custo total: Percentagem apoio financ: Prazo do projeto: obras médios necessários (em média 1,38 €/kWh p. a. poupado) ou a alteração de valores alcançável de investimento dinâmico (1,59 €/kWh p. a). Nos apartamentos alugados a situação destaca-se menos. As análises estáticas mostram em média, a nível da energia final, valores w’ muito mais baixos em 0,81 € por kWh p. a. poupado. Neste segmento, graças às relações A/Ve favoráveis, o custo construtivo para fabricar revestimentos de prédios de energia eficiente é mais baixo. Na parte prática final são explicados processos apoiados em tabelas para poder considerar os resultados no processo de cálculo dos valores comerciais. Eng.º Tim Wameling, Architektenkammer Niedersachsen Eng.º Gerd Ruzyzka-Schwob, GAG Sulingen, Eng.º Dirk Rose, GAG Hannover Eng.º Mario Horn, Architektenkammer Niedersachsen Eng.ª Katja Wulf, GAG Sulingen Eng.º Rene Seemann, GAG Sulingen 35 897,00 € 16 600,00 € 2006 a 2008 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 53 Elementos híbrido-vidro com camadas intermédias translúcidas para melhorar a eficiência energética dos revestimentos dos prédios Prof. Andrea Dimmig-Osburg, Bauhaus-Universität Weimar Atualmente existem elementos de fachada transparentes unicamente em forma de vitrificações de 1, 2 ou mais vidros. A disposição destes elementos limita o coeficiente de transmissão térmica. Estes elementos construtivos são altamente transparentes, mas apresentam um peso de componente extremamente alto. Em muitos casos de aplicação não importa se é obtida uma elevada transparência, mas unicamente que uma determinada percentagem da luz natural existente possa penetrar os elementos de revestimento. O efeito da dispersão de luz é até, em muitos casos, expressamente desejada. Pode-se eventualmente prescindir de uma proteção solar adicional. Um princípio de solução para o desenvolvimento dos elementos híbrido-vidro é a disposição de uma camada intermédia translúcida com elevada resistividade térmica entre dois vidros. O foco da pesquisa orientava-se para a análise de diferentes enchimentos tecnicamente fabricáveis e duradouros, materiais de enchimento e suas possibilidades de combinação. Objeto do projeto de pesquisa 1 5 2 6 3 7 Nos elementos de ensaio de diferente configuração calcularam-se, com medições técnicas, os valores característicos mecânicos e físicos da construção para aumentar os conhecimentos sobre a influência dos materiais de enchimento e possíveis técnicas de evacuação para elementos de fachada correspondentemente montados. Um segundo ponto forte do projeto era a precisão de simulações numéricas na área da transmissão térmica. Para isso, introduziram-se os resultados da determinação experimental dos valores característicos numa base de dados de material e aplicou-se a validação da simulação. 4 8 Para a seleção de estruturas de enchimento adequadas foram previamente realizados estudos de variantes (Figura 1). A variante com os enchimentos tubulares (variante 6) é muito vantajosa tanto a nível tecnicamente térmico como a nível econômico. Para a seleção de estruturas de enchimento adequadas, foram previamente realizados estudos de variantes. A variante com os enchimentos tubulares (variante 6) demonstrou ser muito vantajosa tanto a nível tecnicamente térmico como a nível econômico. 54 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Vidro Espuma sintética Enchimento Espuma sintética Vidro Para a determinação experimental de valores característicos foram fabricados correspondentes elementos de fachada, nos quais as camadas de cobertura dos dois lados são compostas por vidros Float. Nestes elementos de ensaio, os enchimentos dos dois lados estavam separados por uma camada em espuma sintética das camadas de cobertura. Esta camada de espuma sintética tem vantagens no que diz respeito à transmissão térmica e à redução de picos de tensão mecânicos. Os componentes individuais dos elementos foram unidos por cola entre si. Para determinar a condutância térmica foi desenvolvido um banco de ensaio associado ao aparelho de placas de medição da corrente térmica descrita. Nestas análises, foi analisado o enchimento do volume do rolete, o enchimento do volume de tubos e o material dos enchimentos, bem como, a relação do diâmetro do tubo da espessura da parede. As diferentes combinações do enchimento para espaços ocos dos elementos foram necessárias para, com a ajuda de simulações numéricas, apurar as percentagens de condução de calor, convecção e radiação de calor relevantes para o transporte de calor, através de considerações de diferenças. O ponto de partida para as análises formava uma estrutura com tubos de vidro abertos e ar em todos os espaços ocos. O enchimento completo destes espaços ocos com aerogel permitiu reduzir a condutância térmica em quase 40 %. A segunda estrutura do elemento recebeu tubos de plástico em vez de tubos em vidro. Obteve-se, assim, comparativamente com o elemento de saída, um melhoramento em aprox. 10 %. Mesmo neste elemento foi analisada uma variante, na qual todos os espaços ocos estavam preenchidos com aerogel. Esta estrutura de elementos obteve a menor condutância térmica de todas as variantes analisadas, o que corresponde a um melhoramento aprox. de 60 % em relação ao ponto de partida. Para a área de utilização planeada dos elementos híbridos, a resistência à torção tem especial interesse. A orientação de eixo único dos tubos em vidro resulta num comportamento de material anisotrópico. Nos ensaios à torção, foi detectada uma relação das forças de rutura de FRutura, transversal a FRutura, longitudinal de aprox. 1:4. A utilização de simulações numéricas e análises de parâmetros objetivas permitiu otimizar os ensaios de tempo e custos intensivos. Os cálculos precisos requerem, porém, a validação dos resultados informáticos por meio de valores de medição selecionados. Para isso, utilizaram-se os resultados dos ensaios práticos. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 55 A modificação concreta de cada um dos parâmetros de entrada permitiu uma apresentação realista dos corpos de ensaio no modelo de elementos finitos. De um modo geral, as diferenças apuradas entre os valores calculados da simulação numérica e os resultados das experiências situam-se, com poucas exceções, no máximo nos 10 por cento. Isto é demonstrado pela excelente reprodução do comportamento dos elementos de ensaio na experiência com a ajuda da modelação numérica. Ao combina os respetivos parâmetros favoráveis, foi possível com a ajuda das simulações numéricas calcular para os elementos híbridos com enchimentos tubulares valores U abaixo de U = 0,36 W/(m 2K). Resumo O objetivo do projeto era a aquisição de princípios para o desenvolvimento de elementos de fachadas translúcidos e termicamente isolantes, que por um lado possuem a necessária capacidade de carga para a utilização como elementos de parede e, por outro lado, possuem propriedades de isolamento térmico, que possibilitam uma aplicação efetiva mesmo em grandes dimensões. Estes elementos não pretendem primariamente substituir os componentes de fachada e janela transparentes, mas sim melhorar o aproveitamento da luz do dia como um novo tipo de terminar o espaço de forma translúcida, aumentando assim o conforto de utilização de um prédio. Tendo em conta as discussões atuais sobre a proteção do clima, estes componentes têm de apresentar uma elevada resistência à transmissão térmica para poderem ser utilizados como elemento construtivo sustentável. Para alcançar este objetivo, foi verificada a adequabilidade de diferentes combinações de material. O princípio básico dos elementos vidro-híbrido é, na sua disposição, composto por enchimentos e materiais de enchimento adequados entre duas camadas de cobertura de vidro Float de bicarbonato de sódio de calcário. As peças individuais desta construção são unidas por cola. Os tubos em vidro ou plástico têm uma geometria de corpos de enchimento particularmente útil. Requerente/Investigador: Direção da obra: Responsável: Custo total: Percentagem apoio financ.: Prazo do projeto: Bauhaus-Universität Weimar F. A. Finger-Institut für Baustoffkunde Professur Polymere Werkstoffe Eng.ª Andrea Dimmig-Osburg Institut für Konstruktiven Ingenieurbau, Professur Stahlbau Eng. habil. Frank Werner Eng.ª Andrea Dimmig-Osburg Eng.º habil. Frank Werner Eng.º Jörg Hildebrand Eng.º Alexander Gypser Eng.º Björn Wittor Eng.ª Martina Wolf 396 905,00 € 219 100,00 € 01.07.2009 – 31.03.2011 Numerische Simulation – Wärmestrom-dichte an einer Elementvariante bei einer Temperaturdifferenz von 40 K Para desacoplar o enchimento das camadas de cobertura foi inserida uma camada de material de espuma. A determinação experimental da condutância térmica realizou-se em diferentes variantes num banco de ensaio especialmente desenvolvido para isso. Com os resultados destes ensaios foram validadas e precisadas as simulações numéricas paralelamente realizadas. Construção experimental X.STAHL em Weimar Em princípio conseguiu-se esboçar um tipo de um elemento vidro-híbrido de acordo com o objetivo do projeto de pesquisa, que satisfaz os requisitos mecânicos e tecnicamente térmicos para a utilização como elemento de revestimento em prédios. Para concretizar os conhecimentos da simulação numérica e dos estudos experimentais na prática, é necessário usar os enchimentos com baixa espessura de parede e uma superfície que reflete a radiação IR. Atualmente estes tubos estão disponíveis como produto técnico no mercado. 56 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Na seqüência do projeto de pesquisa está planeado integrar na construção experimental X.STAHL em Weimar protótipos de grande formato dos elementos tubulares GKS com a necessária técnica de medição. Deste modo, consegue-se uma base para recolher o comportamento destes novos elementos de construção em condições reais e aumentar e precisar, assim, os modelos para simulações numéricas. Somente nestas condições básicas é possível recolher todos os necessários parâmetros relevantes. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 57 A nova ligação: Tecnologias de união para perfis de materiais de composto fibroso Desenvolvimento de tecnologias de união adequadas ao material para perfis de materiais de união fibrosa através da realização de uma passagem do material de matriz de resinas de polímero para metais no ponto de nó da introdução de carga Jürgen Denonville, Universidade de Estugarda Representação esquemática da parte superior e inferior da cavidade desenvolvida 58 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 59 A união de componentes compostos de plástico e fibra na obra representa uma das barreiras essenciais para a sua utilização na construção civil. No âmbito do projeto de pesquisa apresentado está a ser desenvolvida uma nova tecnologia de união nos institutos participantes. Na área da introdução de carga do componente composto fibroso, a matriz de polímero é substituída por uma matriz metálica. Para esta área pretende-se aplicar regras de construção existentes e prescrições de dimensionamento. Essencialmente, o projeto de pesquisa estrutura-se em duas cadeias de processamento. Por um lado, pretende-se desenvolver um processo que permita de um modo geral introduzir parcialmente uma matriz de metal em feixes de fibras de vidro e carbono, sem prejudicar no essencial as propriedades do material das fibras. Por outro lado, com base nas propriedades adquiríveis do material, analisa-se a disposição construtiva e a capacidade de suporte de uma união destas. Como possível processo para fabricar o material composto metálico foi identificada e utilizada a deformação no estado parcialmente líquido. Uma vantagem essencial deste processo consiste em que, a temperaturas relativamente baixas do processo, se obtém uma baixa viscosidade do material a deformar. A baixa temperatura de processo permite preservar as propriedades mecânicas das fibras, uma vez que estas, principalmente na fibra de vidro, são muito dependentes da temperatura. Uma viscosidade baixa permite uma boa infiltração do feixe de fibras. No âmbito deste projeto, alterou-se o processo padrão para a deformação no estado parcialmente líquido, de modo a que a cavidade esteja aberta em dois lados (Fig. 1). É, assim, possível passar as fibras pela cavidade e introduzir parcialmente a matriz metálica. Para que o material parcialmente líquido não sai desimpedido nos lados abertos sob a pressão exercida no processo, a parte inferior da cavidade é aquecida e arrefecida, de modo a ajustar no sentido longitudinal uma evolução definida e escalonada da temperatura, que provoca uma rigidez do material objetiva. Adicionalmente, as dimensões dos componentes são definidas por razões construtivas de modo a estreitar a forma para os lados abertos. Este estreitamento causa uma compressão do material parcialmente líquido introduzido. A combinação da rigidez do material com a compressão do material faz a cavidade fechar-se sozinha durante a deformação. Relativamente à disposição construtiva de uma união destas, a minimização de concentrações de tensão na área subseqüente está no foco de interesse. Esta definição de objetivos resulta numa transição se possível uniforme das das fibras para a matriz. Uma alteração contínua do teor do volume fibroso implica uma alteração das diferenças de 60 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro rigidez do parceiro de união e, por conseguinte, a distribuição de tensão homogênea que se ambicionava. A variação do teor do volume fibroso pode ocorrer tanto por uma gradação das fibras na área de fixação, como também pela variação contínua das dimensões geométricas da matriz com a quantidade de fibras constante. Corte transversal de um componente x 100 Relativamente às vantagens processuais da variação das dimensões dos componentes, que foram anteriormente mencionadas em relação ao fecho próprio da cavidade, esta variante é utilizada no âmbito deste projeto de pesquisa. Porém, num primeiro passo de desenvolvimento, a transição é realizada gradualmente. Devido aos cortes transversais dos componentes freqüentemente de parede fina dos perfis de plástico e fibra, o processo em componentes em forma de placa com disposição unidirecional das fibras é analisado como base para ligações gerais. Para garantir a fidelidade da posição das fibras durante a deformação, é necessário pretensionar as fibras. O grau da pretensão e os espaços intermédios das fibras assegurados pela pretensão influenciam a qualidade da infiltração. Isto nota-se também na má infiltração dos feixes de fibras exteriores e pelo facto de a pretensão ser menor devido ao processo de enrolamento do que nos feixes de fibras adjacentes. Na Fig. 2 vê-se bem a má infiltração das fibras marginais pelo tom cinzento mais escuro. O controlo visual dos cortes das fibras ao microscópio mostra uma muito boa infiltração para o feixe de fibras cinzento claro no corte. No âmbito de análises metalúrgicas calculam-se os valores característicos mecânicos para o material composto e a liga de alumínio não reforçada. Adicionalmente, a análise do composto é realizada com ensaios de extratos. Estes valores característicos entram como grandezas de entrada na simulação numérica para o comportamento de suporte da ligação. Tem-se conseguido analisar a exeqüibilidade do processo relativamente à infiltração das fibras para vidro, como também carbono e apurar os parâmetros que são aqui relevantes para o processo. Com este processo é possível criar x 500 x 1000 Gravações microscópicas de um feixe de fibras com diferentes ampliações de modo reproduzível compostos de matriz metálica com diferentes teores de volume fibroso até 22 %. O controlo visual das amostras por meio do microscópio (1000 vezes ampliado) mostra uma infiltração muito boa das fibras, ao mesmo tempo que mantém a fidelidade da posição. Do ponto de vista dos autores trata-se, no estado atual de processamento, de uma tecnologia de ligação prometedora que vai facilitar a aplicação de materiais de compostos fibrosos. Para avaliar a ligação importa analisar os valores característicos mecânicos do material composto e verificar as simulações realizadas para o comportamento de suporte. União adequada ao material de perfis de compostos fibrosos – MaFüFa Investigador/Dir. projeto: Custo total: Percentagem apoio financ.: Prazo do projeto: Universidade de Estugarda Institut für Leichtbau Entwerfen und Konstruieren (Direção do Projeto) Eng.º E.h. Werner Sobek (Diretor do Instituto) Eng.º Walter Haase (Diretor da Investigação) Eng.º Jürgen Denonville (Responsável pelo Projeto) Institut für Umformtechnik – Universität Stuttgart Eng.º Mathias Liewald MBA (Diretor do Instituto) Eng.º Kim Riedmüller (Resp. proj.) 403 639,00 € 265 579,00 € até agosto 2013 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 61 ULTRASLIM Desenvolvimento de sistema de janelas ultra-estreito com eficiência energética em plástico reforçado a fibra de vidro (GFK) e vidro isolante a vácuo (VIG) Christian Lüken, FH Dortmund As modernas janelas de proteção térmica com vidro triplo (janela de casa passiva) oferecem baixos valores U, mas com alto peso próprio. Isto poderá dificultar a montagem em construções antigas. Além disso, o vidro triplo com armação em plástico requer perfis largos, o que prejudica a constituição da fachada da casa. ULTRA- SLIM pretende ser a solução, combinando armações estreitas em GFK com novas vitrificações VIG finas. O projeto ULTRASLIM pega nos resultados do projeto anterior PROFAKU, cujo ponto forte era o desenvolvimento de armações GFK para revestimentos têxteis do prédio. Foi também de PROFAKU que partiu o esboço de um perfil de janela que é otimizado no âmbito de ULTRASLIM. O Instituto de Fibras de Bremen (FIBRE) contribui com as suas experiências na área dos plásticos reforçados com fibras, enquanto a equipa do Prof. Rogall na FH Dortmund se dedica às exigências dos sistemas de janelas do ponto de vista criativo e da construção técnica. O sistema de janelas ULTRASLIM não só pretende ser estreito e esteticamente apelativo, como também pretende satisfazer os elevados requisitos da moderna técnica de janelas, dos quais apresentamos aqui alguns dos mais importantes, a título de exemplo. 62 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro O material utilizado adquire um papel preponderante. GFK oferece uma elevada resistência mecânica simultaneamente com uma baixa densidade e condutância térmica. Uma janela de GFK combina as vantagens das janelas de metal e plástico de hoje em dia. GFK possui ainda uma dilatação térmica em comprimento muito idêntica ao vidro, de modo a manter as tensões térmicas do material baixas. Os sistemas e janelas disponíveis no mercado são freqüentemente o resultado de um processo de desenvolvimento que levou décadas: Com novas exigências, o design existente é alterado para p. ex. reduzir o valor U de uma armação de plástico através da adição de câmaras-de-ar adicionais. Se, após várias destas alterações, a armação se expandiu demais, pode ser necessário introduzir reforços adicionais. Em contrapartida, o objetivo de ULTRASLIM é uma concepção e desenvolvimento completamente novos de um sistema de janela. As elevadas exigências que se colocam à janela só podem ser cumpridas se a estrutura, o dimensionamento e a união dos componentes estiverem totalmente adequados aos materiais utilizados. Primeiramente é preciso assegurar naturalmente a segurança mecânica da janela. Os esforços estáticos e dinâmicos, como também as forças de torção, são simulados nos cálculos FEM. O perfil é otimizado a partir destes dados FEM. Ganha-se muita rigidez graças a uma colagem, por união de força à volta, da armação e vitrificação. Atualmente existem reservas de estabilidade para uma montagem até 20 m de altura. Um requisito central das janelas modernas é a proteção térmica. Para a vitrificação na ULTRASLIM pretende-se usar o recentemente desenvolvido vidro isolante de vácuo (VIG). VIG representa uma alternativa ao clássico vidro isolante triplo com enchimento de gás inerte: No espaço intermédio muito estreito entre dois vidros com distanciadores de trama existe um vácuo que reduz fortemente o transporte de calor. Ao prescindir do terceiro vidro poupa-se aprox. 50 % de peso. Futuramente vão produzir-se vitrificações VIG com valores U até 0,4 W/m 2K, mas estes ainda se encontram na fase de desenvolvimento. A firma Pilkington foi a primeira a lançar no mercado alemão um VIG com SpaciaTM. Com 1,4 W/m 2K, o valor U está na faixa das vitrificações isolantes duplas, com uma espessura total de apenas 6,5 mm. Esta vitrificação vai ser primeiramente aplicada no ULTRASLIM, porém o sistema pode, sem modificação, também receber futuras VIG com melhores valores U. Na união do bordo do vidro, o ponto térmico fraco das vitrificações isolantes, no ULTRASLIM a armação e a vitrificação sobrepõem-se e reforçam-se mutuamente no efeito de isolamento. A proteção contra incêndios da construção não faz exigências especiais às armações de janelas (v. normas da construção do país modelo). Pode obter-se mais tarde uma classe de proteção contra incêndios mais alta, acrescentando meios de proteção contra incêndios na matriz ou respetivos revestimentos. A proteção UV de alta qualidade da armação é igualmente ajustada pelos aditivos UV na matriz, uma foliação da armação ou mais facilmente através de uma tinta resistente aos UV. Dedica-se particular atenção à fixação da janela na estrutura da obra e nos tipos de abertura. A montagem da janela deve ser o mais possível simples e rápida. O perfil ULTRASLIM está concebido para que, sem modificações, possam ser assumidos se possível diferentes ferragens e mecânicas, podendo assim realizar diferentes tipos de abertura. Resumo Muitos requisitos parciais da janela ULTRASLIM já podem ser resolvidos. A estabilidade mecânica já é suficiente para a maior parte das situações de montagem habituais na construção de habitação. Na feira BAU 2013 é apresentado um protótipo funcional da janela ULTRASLIM, que simultaneamente marca mais ou menos o centro o projeto de pesquisa e devia ser avaliado como estudo intermédio. No seguimento do projeto, a intenção é, entre outras coisas, melhorar a proteção contra incêndios, testar outros tipos de abertura e vitrificação e ensaiar uma vedação nova desenvolvida por 3M. Está também planeada outra otimização do material GFK aplicado. ULTRASLIM Requerente/Investigador: Custo total: Percentagem apoio financ.: Prazo projeto: Instituto de Fibras de Bremen (FIBRE) Eng.º Axel S. Hermann Eng.º Ralf Bäumer Fachhochschule Dortmund, Fachbereich Architektur Eng.º Arq. Armin D. Rogall Prof. representante Luis Ocanto M. Sc. Dr. rer. nat. Christian Lüken 421 220,00 € 268 220,00 € 01.01.2012 – 31.12.2013 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 63 Limite do sistema Componentes a necessitar de saneamento A base para a pesquisa de projeto é a avaliação do consumo de energia e material na seqüência de medidas de reparação e modernização durante o ciclo de vida de um prédio. Por meio de diferentes combinações de material, observa-se o consumo de energia e material desde o componente que requer saneamento, passando pela construção de retorno até à produção da camada de suporte pronta para colocar o novo revestimento. Retorno do revestimento Preparação da camada de suporte Estruturas e revestimentos de parede Camada de suporte Rev. parede Azulejo antigo Papel Tinta Revestimento de madeira Wandbekleidung neu Colado para sempre? Separabilidade de componentes híbridos Parede leve de gesso Alvenaria de tijolo com reboco de cimento Análise da separabilidade de camadas de material dos componentes internos híbridos nas medidas de reparação e modernização – criação de uma base de dados próxima da prática Alvenaria de tijolo com reboco de gesso Frank Ritter, TU Darmstadt No âmbito do projeto de pesquisa, analisaram-se 28 construções de parede representativas e 16 construções de pavimento representativas, bem como, as respetivas medidas de reparação. Foi necessário determinar as construções de parede e de pavimento a analisar, bem como, definir os parâmetros e limites de sistema a determinar para o respetivo ensaio. Os correspondentes sistemas de parede e pavimento foram instalados como ensaio do componente e voltou sob condições controladas. Foi calculado e documentado o consumo de energia e material que resultou daí. Para a avaliação ecológica das correntes de materiais apuradas foram usados os valores característicos do material guardados da base de dados do balanço ecológico “Ökobau. dat” da Federação. Para avaliar o mais possível na prática as medidas de reparação e modernização foi necessário contrapor e pesar todas as aplicações apuradas. Uma apreciação deste tipo foi, através de um método, associada ao sistema dos fatores de importância das notas DGNB para construções de escritórios e serviços administrativos 64 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro versão 2009 (DGNB e. V. [fabr.]). Estes fatores de importância indicam uma avaliação de cada efeito ambiental entre si, à qual ainda foi acrescentado, no âmbito deste trabalho, o custo à hora do pessoal especializado no sentido de percentagens de custos. Na Tabela 1 fica claro que a desmontagem de azulejos tem implicações muito maiores do que os outros diferentes revestimentos de parede. Chama-se a atenção de que, no âmbito da série de ensaios, o reboco de cimento teve de ser totalmente removido na desmontagem dos azulejos, o que tem enormes implicações em todas as áreas determinantes. O comportamento é idêntico na necessária troca de placas de gesso depois de remover os azulejos, sendo que o custo é aqui um pouco mais baixo. A tinta e o papel como revestimento de parede têm um comportamento relativamente idêntico e, comparando com o azulejo e os revestimentos em madeira, têm apenas ligeiros efeitos ambientais. Alvenaria KS com Reboco de cimento de cal Alvenaria KS com reboco de cimento de gesso Parede de betão armado com reboco de cimento de cal Parede de betão armado com reboco de cimento de gesso Azulejo médio médio médio médio Papel muito bom muito bom muito bom muito bom Tinta muito bom muito bom muito bom muito bom Revestim. madeira muito bom muito bom muito bom muito bom Azulejo muito mau muito mau muito mau muito mau Papel muito bom muito bom muito bom muito bom Tinta muito bom muito bom muito bom muito bom Revestim. madeira muito bom muito bom muito bom muito bom Azulejo muito bom bom bom muito bom Papel muito bom muito bom muito bom muito bom Tinta muito bom muito bom muito bom muito bom Revestim. madeira muito bom muito bom muito bom muito bom Azulejo muito mau muito mau muito mau muito mau Papel muito bom muito bom muito bom muito bom Tinta muito bom muito bom muito bom muito bom Revestim. madeira muito bom muito bom muito bom muito bom Azulejo muito bom muito bom muito bom muito bom Papel muito bom muito bom muito bom muito bom Tinta muito bom muito bom muito bom muito bom Revestim. madeira muito bom muito bom muito bom muito bom Azulejo mau muito mau muito mau muito mau Papel muito bom muito bom muito bom muito bom Tinta muito bom muito bom muito bom muito bom Revestim. madeira muito bom muito bom muito bom muito bom Azulejo muito bom muito bom muito bom muito bom Papel muito bom muito bom muito bom muito bom Tinta muito bom muito bom muito bom muito bom Revestim. madeira muito bom muito bom muito bom muito bom Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 65 Retirar um revestimento de madeira de uma parede pode ter um efeito negativo no consumo de recursos devido à combustão dos revestimentos e subconstruções, o que se reflete positivamente no balanço econômico. Além disso, um revestimento de madeira cuidadosamente retirado pode ser reutilizado em função da idade e do aspeto, o que prolonga a vida útil e influencia positivamente o balanço ecológico. A verificação dos resultados em diferentes objetos reais mostrou, na desmontagem de azulejos, que não é absolutamente necessário remover completamente o reboco de cimento, aconselhando-se por isso neste ponto mais análises que devem ser brevemente realizadas. Os pavimentos utilizados foram, para efeitos da análise, colados sobre toda a área ao respetivo subsolo e tiveram de ser quase todos retirados com um extrator elétrico. Os laminados e pavimentos têxteis são já raramente colocados nesta colagem sobre toda a área, mas as medidas de reparação e modernização podem também perfeitamente aplicar-se a esse tipo de pavimentos colados. Da avaliação dos pavimentos resulta, em comparação com os revestimentos de parede, uma imagem um pouco diferenciada (ver tabela dos pavimentos), sendo que também aqui a respetiva troca completa do pavimento seco após a desmontagem de azulejos, laminados e pedra natural se reflete sobre o resultado. As análises pela primeira vez realizadas neste trabalho sobre a separabilidade de diferentes camadas de material em componentes compostos mostram claramente que Pavimentos e estruturas do chão Tragschicht Pavimento Tijoleira antigo Laminado Pavimento têxtil Pedra natural Pavimento novo Cimento Tijolo com reboco de cimento Tijolo com reboco de gesso Alvenaria KS com reboco de cimento de cal Tijoleira médio médio médio médio Laminado* médio médio médio médio Tapete* muito bom muito bom muito bom muito bom Pedra natural bom bom bom bom Tijoleira médio médio médio médio Laminado* bom bom bom bom Tapete* muito bom muito bom muito bom muito bom Pedra natural bom bom bom bom Tijoleira médio médio médio médio Laminado* bom bom bom bom Tapete* bom bom bom bom Pedra natural bom bom bom bom Tijoleira mau médio médio mau Laminado* mau médio médio mau Tapete* muito bom muito bom muito bom muito bom Pedra natural mau médio médio mau * colado sobre toda a superfície 66 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro o procedimento anterior, no qual se parte de uma total separação de cada camada, não corresponde à tecnologia atual em todos os pavimentos e revestimentos de parede. Todas as uniões coladas ou colocadas a molhado requerem uma observação mais precisa, e neste sentido este trabalho colocou o primeiro marco. Outras análises do autor, tendo em conta a vida útil específica dos componentes, trouxeram resultados do ponto de vista ecológico e econômico sobre o ciclo de vida completo de cada revestimento. Resumo Os resultados da pesquisa permitiram encontrar um método de avaliação, com o qual se pode decidir objetivamente que parede ou chão possibilita uma reparação ou modernização sustentável através de uma redução do consumo de energia e material. O método pode ser logo usado na fase de planeamento para um prédio e contribuir para reduzir os efeitos ambientais no ciclo da vida. É ainda disponibilizado um aditamento ao existente catálogo de componentes sobre o efeito ambiental das medidas de reparação e modernização, o que pode contribuir para a redução de custos na criação de um certificado de prédios. Análise LCA de medidas de reparação e modernização Investigador/Dir. projeto: Diretor do projeto: Custo total: Percentagem apoio financ.: Prazo do projeto: Eng.º Carl-Alexander Graubner TU Darmstadt Eng.º Frank Ritter 130 230,00 € 82 730,00 € até 30.09.2010 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 67 vakutex Elementos de fachada isolados a vácuo em betão têxtil S. Kirmse, A. Kahnt, S. Huth, M. Tietze, F. Hülsmeier, HTWK Leipzig Ângulo de visão diminuído Perda área de base, menos área comerciável Aspeto pesado Ângulo de abertura janela 90 ° A população mundial cresce constantemente e com ela crescem substancialmente as quantidades recolhidas da matéria-prima energética e não energética. Só a fase de utilização dos prédios é responsável por 40 % do consumo mundial de energia primária. A procura de potenciais de poupança e otimização é, por isso, o papel central da construção civil O ponto de partida do trabalho de pesquisa foi a crescente urbanização que afeta quase todas as regiões da Terra. A compactação associada a isso impulsiona os preços das áreas nas zonas urbanas. Por isso, aumenta a procura de construções de paredes exteriores estreitas e que poupam espaço. Com cada novo decreto de poupança de energia crescem também os requisitos aos revestimentos dos prédios. Se utilizar os materiais habituais isto significa um reforço contínuo dos acréscimos à parede exterior: No setor de casas maciças chega-se a espessuras de parede exterior de 50 cm. Para evitar estes acréscimos maciços nas paredes exteriores, são precisos novos materiais, que possibilitem acréscimos estreitos e com eficiência energética. Com base na utilização de novos materiais compostos altamente eficientes desenvolvidos na Alemanha (betão têxtil, painéis isolantes a vácuo, plástico reforçado a fibra de vidro, etc.), o grupo de pesquisa interdisciplinar energiedesign da Hochschule für Technik, Wirtschaft und Kultur Leipzig (HTWK) no âmbito do projeto de pesquisa “Elementos de fachada isolados a vácuo em betão têxtil – vakutex” criou um revestimento de prédio extremamente leve, de eficiência energética e adaptado ao clima regional com betão à vista. Aspetos criativos Do ponto de vista criativo, as fachadas convencionais no padrão de isolamento de casas passivas parecem pesadas. Em contrapartida, com os materiais compostos (betão têxtil e painéis de isolamento a vácuo) altamente eficientes e analisados em novas combinações como elemento de fachada, conseguem-se espessuras de parede mínimas de apenas 9–11 cm, que produzem leveza e abertura. Uma vez que a parede e a janela evoluem num plano sem ombreira, o ângulo de visão e a entrada de luz do dia aumen- 68 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro tam consideravelmente; sobem assim os lucros solares, usando-se menos luz artificial. A formação das camadas de elementos exteriores no betão à vista permite muitas possibilidades de constituição para as superfícies: acidificando, envernizando, pintando ou colocando matrizes de estrutura pode-se personalizar o aspeto e o toque; é também possível o fotobetão. A grande leveza do elemento da fachada permite fazer dimensões de placas muito maiores. O facto de ser estreito e leve tornam-no particularmente adequado a compactações posteriores na cidade. Aspetos técnicos O protótipo da fachada vakutex foi realizado como fachada de cortina não portadora com uma espessura minimizada de 11 cm. As placas de betão têxtil com tecido não tecido em vidro resistente a alicali (vidro AR) não podem corroer como acontece no betão armado com demasiado pouca cobertura de betão. Deste modo, são somente necessárias espessuras e placa de 1,5 cm (exterior) e 3 cm (interior). Esta poupança de material facilita muito o transporte e a montagem. Para a subconstrução foi utilizado plástico reforçado a fibra de vidro para reduzir as pontes térmicas habituais nos perfis de alumínio ou aço. Para a armação e para o perfil de rigidez interior escolheram-se perfis GFK-I. Daqui adveio porém um problema do ponto de vista da proteção contra incêndios, uma vez que o plástico reforçado a fibra de vidro pertence apenas à classe B2 (inflamável). Na inspeção técnica à proteção contra incêndios e agrupamento como componente global, o elemento de fachada vakutex conseguiu chegar à classe de materiais A2 (não inflamável). Para alcançar um coeficiente de transmissão térmica compatível com casas passivas (valor U) de 0,15 W/(m 2K), é preciso fazer espessuras de camada isolante convencionais de aprox. 25 cm. Nos painéis isolantes a vácuo a espessura reduz para 5 cm (sem pontes térmicas). Devido à facilidade com que os painéis isolantes a vácuo ficam danificados, foram dispostos pontos de fixação no bordo da construção do elemento. Deste modo, a área interna fica livre de pontos de embate para poder colocar os painéis livremente. Menor entrada de luz do dia, menor produção solar, maior necessidade de luz artificial Ângulo de visão aumentado Aspeto mais leve Ganha-se em área base, mais área comerciável Ângulo de abertura janela 180 ° Maior entrada de luz do dia, maior produção solar, menor necessidade de luz artificial Acidificando, envernizando, pintando ou colocando matrizes de estrutura pode-se personalizar a ótica e o tato, sendo também possível o fotobetão. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 69 1 3 2 vakutex OKFF Requerente: Hochschule für Technik, Wirtschaft und Kultur Leipzig Fakultät Bauwesen, Fachgebiet Gebäudetechnik, Energiekonzepte und Bauphysik Diretor proj. e colaborador: Eng.º Frank Hülsmeier (responsável pelos temas) Eng.º (FH) Alexander Kahnt (Dir. projeto) Eng.º (FH) Stefan Huth Eng.ª (FH) Susanne Kirmse Eng.º de Economia (FH) Matthias Tietze Custo total: 258 716 € Percentagem apoio financ.: 178 400 € Prazo do projeto: 03|2010 até 05|2012 1 2 3 0 0 5 0 cm 5 cm É ainda possível colocar, de forma deslocada, os painéis incorporados em duas camadas com otimização da ponte térmica. A produção completa na fábrica garante a isenção de danos do isolamento a vácuo. Foi desenvolvido um sistema de acoplamento adaptado para receber tolerâncias de produção, alterações de comprimento e deformações dos elementos da fachada, bem com, foi prevista uma suspensão de elementos tridimensionalmente ajustável. A problemática da construção leve do baixo isolamento sonoro foi resolvida com camadas absorventes adicionais e meios de fixação desacoplados. As medições da proteção sonora orientadoras obtiveram medições de isolamento sonoro avaliadas Rw,P de 47 dB para a variante “placa exterior colada” e 56 dB para a variante “placa exterior desacoplada”. Deste modo, até satisfazem os requisitos da proteção sonora e maiores áreas de nível sonoro exterior. 504 Cortes de detalhe horizontal e vertical Aspetos ecológicos Nos requisitos legais, para além da energia útil (aquecimento, água quente, iluminação etc.), a chamada energia cinzenta (obtenção por matéria-prima, energia no componente associada ao fabrico, transporte e montagem) ainda não bem considerada. A nova combinação de materiais de vakutex reduz a recolha de matéria-prima em o fator 5 relativamente a fachadas de betão armado equiparáveis. Isto permite baixar as emissões de estufa para um sexto e o potencial de acidificação desce para metade. A energia primária necessária ao fabrico, reparação e eliminação dos elementos vakutex, é apenas um terço em relação ao elemento de betão armado. As poupanças são alcançadas essencialmente por uma menor recolha de matéria-prima, bem como, materiais de construção recicláveis. Uma análise comparativa entre a energia cinzenta e a energia útil dos Elemento fachada betão têxtil Elemento fachada betão aço 0,48 0,33 202 1976 0,14 0,11 95 724 35 Peso [kg] 70 Selagem da área [m2] Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 5 cm Energia primária [MJ] Potencial de estufa [kg CO2-Äq.] Potencial de acidificação [kg SO2-Äq.] elementos da fachada obteve uma espessura ecologicamente lógica do isolamento a vácuo de 5,5 cm. A fachada total consegue assim, incluindo as pontes térmicas construtivas, um valor U de 0,17 W/(m 2K). Conseqüentemente, não se alcança o padrão das casas passivas que fica ligeiramente abaixo - 0,15 W/(m 2K). Dependendo das áreas das janelas, da orientação, do conceito de aquecimento, etc., nem sempre é necessário nem faz sentido a nível ecológico um valor U de 0,15 W/(m 2K). O valor U atualmente exigido para as paredes exteriores de 0,28 W/(m 2K) segundo EnEV 2009, bem como, os valores do futuro EnEV podem ser seguramente cumpridos com a fachada vakutex. A desvantagem para a ecologia dos componentes são os poucos 30 anos de vida útil estimada para os painéis isolantes a vácuo. Os convencionais materiais isolantes têm uma vida útil estática de 40 anos. Aspetos econômicos Do ponto de vista econômico, o custo de fabrico das peças pré-fabricadas vakutex é substancialmente superior ao dos elementos de betão armado. Esta desvantagem de custos resulta do grau de automatização do fabrico que atualmente ainda é baixo e dos elevados custos de material. Na consideração do ciclo da vida, as estreitas peças prefabricadas poupam porém no transporte, montagem e retorno e reutilização. Além disso, as espessuras de parede minimizadas até 15 % permitem criar mais área útil com a mesma superfície bruta. Uma consideração de investimento dinâmico baseada neste lucro da superfície e nas mais-valias da fachada vakutex concluiu que a fachada vakutex, a partir de um aluguer (sem despesas de aquecimento) de 9 €/m 2, o mais tardar após 13 anos, consegue rentabilizar-se relativamente à construção comparativa, apesar de o primeiro investimento, com ca 490 €/m2 de área de fachada, comece por ser 40 % superior. A utilização é economicamente vantajosa sobretudo em áreas de construção urbanas e densas. Resumo O resultado do projeto de pesquisa de dois anos foi a criação de um protótipo vakutex com as dimensões 1,50 m x 3,20 m. Apesar da espessura minimizada de apenas 11 cm, vakutex consegue satisfazer todos os requisitos das fachadas atuais e futuras e contribuir para uma construção sustentável através da utilização de menos matéria-prima. O elemento da fachada é duradouro, fácil de tratar e de qualidade uniforme e elevada, podem também realizar-se diferentes formatos e constituições de superfície. Existe a necessidade de pesquisa para um largo campo de aplicação, sobretudo para um isolamento a vácuo mais robusto e barato e a otimização térmica das juntas dos elementos. Uma automatização parcial na produção e a ampliação da utilização também nos prédios antigos vai permitir no futuro mais potenciais ecológicos e econômicos. Uma vez concluído o desenvolvimento e ensaio no clima regional, o próximo passo transmitir para outras zonas climáticas para alcançar com esta inovação também mundialmente potenciais mercados. A produção completa em fábrica garante uma elevada qualidade de processamento e que os elementos são fornecidos e montados no momento ideal. Isto permite uma seqüência contínua da construção e reduz o tempo de construção. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 71 Absorção de ruídos de impactos a baixa freqüência graças a repercutidores de Helmholtz integrados em tetos de traves de madeira Absorção do ruído de impactos de baixa freqüência Investigador/Dir. projeto: Diretor do projeto: Colaborador no projeto: Custo total: Percentagem apoio finan.: Prazo projeto: Hochschule für angewandte Wissenschaften Fachhochschule Rosenheim Fakultät für Angewandte Natur- und Geisteswissenschaften Labor für Schallmesstechnik LaSM Prof. Dr. Ulrich Schanda Eng.º (FH) Markus Schramm 134 401,00 € 98 048,00 € 01.03.2009 até 31.01.2011 Prof. Ulrich Schanda, FH Rosenheim Os tetos de madeira apresentam, comparativamente com tetos de habitações no modo de construção maciça, a baixas freqüências, um défice no isolamento contra ruídos de impactos. A nível acústico fala-se freqüentemente em fazer barulho. Ao passar por tetos de pisos nota-se de facto um estímulo a baixas freqüências. O objetivo do projeto de pesquisa era o melhoramento do isolamento de ruídos de impactos em tetos de traves de madeira através de absorvedores de Helmholtz integrados. Os tetos de traves de madeira são conhecidos pelo seu alto nível sonoro de impacto na área de baixa freqüência, sobretudo abaixo de 100 Hz. Os valores de adaptação do espectro aumentado (CI,50-2500) na área de freqüência a partir de 50 Hz chegam a 20 dB e registram o mau isolamento sonoro de impactos a baixas freqüências. As medidas construtivas para melhorar são difíceis e freqüentemente associadas a um aumento da massa relativa à área. Como medida alternativa servem, na área de freqüência entre 50 Hz e 100 Hz, repercutidores de Helmholtz sintonizados, que como componentes construtivos da construção do teto absorvem o ruído de impacto de baixa freqüência. res de Helmholtz foram medidos quanto às suas características vibro-acústicas. Os repercutidores de Helmholtz eram concebidos como caixas quadradas em placa de gesso com uma abertura normalmente ranhurada (pescoço do repercutidor). Os repercutidores de Helmholtz foram integrados fabricados em placa de gesso com um volume de aprox. 60 l. No âmbito deste trabalho de pesquisa foram desenvolvidos repercutidores deste tipo e analisados quanto ao seu efeito aperfeiçoado relativamente ao isolamento contra ruídos de impacto. Num primeiro passo de trabalho, os repercutido- Analisou-se a influência da densidade e do alojamento da caixa do repercutidor, o isolamento do espaço oco do repercutidor, o isolamento, a geometria e o posicionamento do pescoço do repercutidor. Foi possível comprovar o efeito absorvente da sonoridade através de diferentes ensaios para medir as propriedades de absorção tanto no campo sonoro 72 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Demonstrou-se que as regras de dimensionamento da literatura podiam ser aplicadas, mas por razões técnicas da produção e do material e por causa das condições básicas específicas à utilização, como a posição de montagem, tamanho de montagem, etc., tinham de ser adaptadas à finalidade. livre como numa câmara de pressão como modelo de um espaço oco do teto. Num segundo passo de trabalho foi analisado o efeito absorvente da sonoridade dos repercutidores de Helmholt quanto ao aperfeiçoamento do isolamento sonoro de baixa freqüência de todo o teto de traves em madeira. Verificouse que o acoplamento do repercutidor de Helmholtz ao espaço oco do teto trazia melhores resultados. Neste sentido, realizaram-se para muitas variantes de repercutidores de Helmholtz, no que toca à sua posição de montagem, posicionamento, isolamento e posição do pescoço do repercutidor, etc. medições sonoras de impactos e ar conforme a série de normas DIN EN ISO 140 e também medições de ruídos de impactos por pessoas a passar. Tanto nas medidas de isolamento sonoro como nos níveis de ruídos de impactos normalizados na área da baixa freqüência, foi possível fazer progressos. Especialmente na área de freqüência selecionada da sintonia dos repercutidores (50 a 100 Hz) observaram-se melhoramentos nos níveis de ruídos de impactos causados por pessoas a passar entre 5 e 10 dB em cada banda de 1/3 de oitava. Resumo No projeto de pesquisa foram trabalhadas as grandezas físicas de planeamento relevantes e as bases construtivas de planeamento para um componente compacto e passível de ser integrado no espaço do teto. Os repercutidores de Helmholt foram construídos a partir de uma placa de gesso com um volume de ca. 60 l e representam um componente fácil de fabricar. Numa comparação entre a medição com repercutidores ativos e inativos, obtiveram em bandas de 1/3 de oitava individuais melhoramentos de quase 10 dB. O valor da soma Ln,w +CI,50-2500 é assim aperfeiçoado em 3 dB. O efeito também é demonstrado no isolamento sonoro de ar. Foi possível reduzir até 6 dB sobretudo o ruído de impacto criado por pessoas a passar, que se limita especificamente às baixas freqüências, em todas as bandas de 1/3 de oitava entre 50 Hz e 100 Hz. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 73 Ready – preparado para morar em qualquer idade O Eng. º Tomas Jocher é Professor na Universidade de Estugarda, Diretor no Instituto Morar e Projetar, Advisory Professor Tongji University Shanghai e Professor Convidado na University Berkeley. O escritório Fink+Jocher existe desde 1991 e tem prestígio nacional e internacional. O Sr. Prof. Jocher foi perito no círculo de consultores da iniciativa de pesquisa. No projeto de pesquisa em curso da iniciativa de pesquisa “ready” — preparado para morar conforme a sua idade“ foi trabalhada a tese de que não temos de construir especificamente para uma idade, bastando no fundo apenas observar alguns pontos. Quais são? A nossa idéia é preparar as construções de novas habitações para as necessidades muito diferentes da população cada vez mais envelhecida (“ready“). Isto fica muito mais barato do que depois remodelar uma construção antiga. Nós tentamos criar padrões mínimos para a construção adequada à idade mais avançada. Além disso, desenvolvemos um modelo de níveis para poder adaptar a habitação a eventuais necessidades posteriores até ao padrão conforto (“all ready plus”). A nossa idéia é conseguir em poucos dias transformar uma casa “normal“ numa casa adequada a uma pessoa de idade. Sem grandes mudanças, sem sujar, após umas pequenas férias. Pois as pessoas mais velhas preferem ficar no seu ambiente. No âmbito do referido projeto de pesquisa, você referiu um exemplo interessante da cultura de planeamento da Suíça. Pode falar sobre isso? Realmente a Suíça tem uma excelente estratégia de planeamento no que diz respeito à construção para pessoas idosas. O conceito é colocar as exigências um pouco mais baixas do que nós aqui na Alemanha, mas em vez disso arrastar toda a construção de habitação – ou seja ir mais para o “lado“ do que para “baixo” do mercado da habitação. Um perfil de exigência particularmente interessante na Suíça é a “Cadeira de rodas de visita”. Não se trata da casa totalmente adequada à cadeira de rodas segundo a DIN, mas antes uma versão “light” para qualquer casa. Os suíços têm muito sucesso no mercado da habitação com 74 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro esta variante econômica e exeqüível de uma casa adequada a pessoas idosas. A construção de habitação está presentemente a passar por uma transformação dinâmica. Que formas de casas estão aptas para o futuro? A concentração em estruturas urbanas mais densas vai continuar a aumentar. Só que aqui vão-se concretizar as inevitáveis necessidades de poupança de energia na medida necessária. Na construção de apartamentos na cidade é fácil ilustrar as modernas tipologias. O espaço rural menos povoado e mais afastado das estradas principais vai tornar-se cada vez mais um modelo em desuso. Existe até o perigo de serem impelidos para estes espaços grupos sociais marginais, que talvez (ou realmente) já não podem sobreviver na cidade cara. As precárias situações locais com as suas estruturas sociais extremamente unilaterais em algumas partes dos EUA deviam servir-nos de alerta. No que toca à construção, a que necessidades pessoais vamos no futuro apostar mais? (Casas móveis, casas mais baratas, máximo vazio e espaço de habitação, regulação e controlo de todas as funções da casa) A sua atividade científica envolve, por assim dizer, o globo. Em que ponto fica a formação universitária da Alemanha na comparação internacional? Os outros são mais espertos que nós? Se observarmos os rankings internacionais das escolas superiores em geral, nós ficamo-nos pelo meio. Na área da Arquitetura já não diria tanto. A nossa formação na Alemanha é muito mais completa e baseada em conhecimentos do que em muitos outros países. A forte corrente que nos chega mesmo do espaço não europeu explica explica também as baixas propinas. O nosso exame final, dantes o diploma, agora o Master, é mundialmente reconhecido. Estou a caminho da Universidade Tongji em Shanghai para observar que as universidades de topo chinesas fazem um enorme esforço para chegar à ponta mundial. Como mora? Está satisfeito? Eu “moro” muito pouco. Diria antes que pernoito em vários locais. Passo um pouco mais de tempo na aldeia e no monte. Com aldeia refiro-me à aldeia olímpica patrimônio nacional, que entretanto se tornou num grande conjunto residencial antigo e pronto para obras em Munique. No monte é em Kriegsberg em Estugarda onde aprecio à noite tranqüilamente a charmosa Kessellage de Estugarda. Mesmo se durante muito tempo os custos não estavam em primeiro plano, eles vão voltar a adquirir importância sobretudo com o envelhecimento da população. A pobreza na velhice vai ser uma grande preocupação. O termo é freqüentemente contornado pois traz associações incômodas. A população está a ficar mais colorida, mais pobre e é cada vez menos. A construção de habitação ainda não tomou em conta a variedade cultural – a percentagem da população com historial de migração situa-se nas cidades acima dos 30 %. Este desenvolvimento podia refletir-se pelo menos um bocadinho na construção de casas e até tornar-se num mercado. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 75 Normas e diretivas – Uma comparação internacional WCs públicos – comparação da área ADA e DIN 18040-1. As áreas de aproximação ao WC são comparativamente mais reduzidas na ADA. O utilizador da cadeira de rodas não consegue virar dentro desta área. A DIN promove em geral a transferência opcional da direita e da esquerda. Guia da construção sem barreiras, concretização das novas normas Gerhard Loeschcke, Karlsruhe Relativamente à estrutura das fontes analisadas (normas e diretivas da Europa e ultramarinas) verifica-se que estas estão detalhadas de forma muito divergente e diferente no que diz respeito aos objetivos e periferia. É possível fazer uma comparação direta dos requisitos formulados em áreas específicas, mas não em princípio. Observaram-se as obras públicas e a construção de habitação. Enquanto a DIN 18040-1 é fácil de comparar com os outros materiais, o mesmo já não se pode dizer da DIN 18040-2 (construção de habitação), pois aqui distingue-se entre “casas de um modo geral sem barreiras” e “casas RB”. Se isto faz jus aos aspetos sociais, na medida em que diferencia entre mais ou menos “impedido” ou “classificado”, fica para discussão no sentido da base integrativa ou inclusiva. Em alguns materiais (Europa e ultramarino) está incluído o conceito da “adaptação” de prédios existentes e estão formulados requisitos neste aspeto. A necessidade de observar na sinopse adicionalmente normas extra-européias e “Guidelines” verifica-se também, entre outros, na representação parcialmente muito diferenciada de materiais de dados ergonômicos Isto constitui a base para recomendações de planeamento independentemente de interesses construtivos específicos. A SIA 500 observa como única obra relevante o tema das tolerâncias permitidas. Fica aqui um claro esclarecimento desta questão importante – que inclui sobretudo a garantia. Nas normas alemãs não se faz referência a esta temática. A DIN 18202 (tolerâncias na construção civil) não é adequada a esta temática. Relativamente aos elevadores há sintonia quanto à medida da cabina (110/140 cm) para construções novas. Os requisitos para construções antigas (adaptação) encontramse apenas parcialmente. Por exemplo, a SIA 500 inclui regras de exceção, nas quais são permitidas cabinas com 100/125 cm. Para a Áustria e a Espanha existem declarações para a adaptação com elevadores de escadas. As larguras de passagem e as larguras livres de passagem nas portas são consideradas de modo muito divergente a nível internacional. Normalmente, são consideradas suficientes medidas de passagem de 80 cm. A Alemanha adota uma medida de passagem livre de 90 cm, ficando acima do exigido. Isto é geralmente válido para todos os prédios de acesso público e áreas de acesso a habitações sem barreiras e habitações para utilizadores de cadeiras de rodas. Dentro das casas sem barreiras bastam na Alemanha igualmente os 80 cm. Grave são as diferentes interpretações para equipar as ferragens das portas. Existem, por isso, alturas de montagem entre 80 e 120 cm. A DIN 18040 recai para uma regulação de montagem fixa e inflexível de 85 cm, que em muitos casos é problemática. É interessante que em alguns países existe dois tipos de WC sem barreiras lado a lado. A cabina do WC RB é normalmente muito mais poupada do que a de DIN18040. Para além destas, existe ainda freqüentemente uma outra para pessoas com capacidade motora mas com limitações corporais. Estas cabinas correspondem normalmente às cabinas de WC habituais, mas estão equipadas com sistemas de apoio e suporte. As portas têm de abrir para fora, de um modo geral. Os requisitos para urinóis sem barreiras – em muitos países, ao contrário da Alemanha naturalmente –, limitam-se em princípio ao equipamento com pegas de suporte e diferentes alturas de montagem. Há sintonia quanto à constituição dos lavatórios. É urgente promover a mobilidade para baixo. Relativamente aos espaços habitacionais e individuais na construção de habitação são dadas poucas indicações. Na Suíça promovem-se condições de utilização neutra, indicando diretamente projetos de planeamento construtivos para proporções e dimensões do espaço. Exigem-se larguras mínimos de espaço de 300 cm e áreas mínimas de espaço de 14 m2, que permitem mobiliário flexível para as diferentes necessidades e garantem as necessárias áreas de movimentação. Isto é uma base muito pragmática, que permite mobiliário flexível e evita a discussão à volta de áreas de movimentação à frente do mobiliário. O olhar europeu sobre a temática distingue-se fortemente do olhar ultramarino. Dentro da Europa, o espaço de língua alemã é relativamente homogêneo, mas diferencia-se no aspeto das construções antigas, que na Alemanha não são consideradas. A grande diferença refere-se à construção de habitação – Alemanha com característica isolada –, distinguindo-se entre habitações RB e habitações geralmente sem barreiras. Na construção pública há muito mais flexibilidade fora da Alemanha no que diz respeito ao planeamento do espaço sanitário. Tornam-se assim possíveis soluções mais poupadas, universais e pragmáticas. O passo na direção de uma normalização Européia parece ser o caminho certo. Normas e diretivas para a construção sem barreiras – uma comparação internacional Investigador/Dir. projeto: Diretor do projeto: Custo total: Prazo projeto: 76 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Eng.º Gerhard Loeschcke, Karlsruhe Eng.ª Daniela Pourat Eng.º Gerhard Loeschcke 49 999,04 € (Pesquisa geral Ressort) 2008 – 2009 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 77 Morar na terceira idade – Processos de mercado e necessidade de agir na política da habitação 22,6 % dos inquiridos têm mobilidade física limitada Verena Lihs, Instituto Federal do Planeamento da Construção, Urbano e Espaço no Gabinete Federal da Construção Civil e Disposição Regional (BBSR) A transformação demográfica coloca os proprietários de casas e a política da habitação perante a tarefa de desenvolver novos conceitos para uma habitação adequada à idade. Até 2030 vai subir o número de pessoas com mais 65 anos para 22,3 milhões. O número das pessoas com 80 anos vai para os 6,4 milhões. O Kuratorium Deut- sche Altershilfe (KDA) levantou, a pedido do BMVBS e BBSR, as existências e as necessidades de habitações adequadas à idade, determinou fatores de incentivo e inibidores para a aquisição de uma proposta de habitação suficientemente adequada à idade e formulou recomendações para agir na política da habitação. Morar em casa – a forma privilegiada pelos idosos 93 % Casa “normal” 4 % 2 % <1 % <1 % <1 % Lar para idosos Acolhimento Grupos de acolhimento Residência comum Habitação tradicional para idosos Muitas pessoas associam a terceira idade a formas de habitação especiais. A forma de habitação mais freqüente na terceira idade é, porém, a casa “normal”. 93 Por cento dos idosos com 65 anos ou mais optam por essa forma. Mesmo dois terços das pessoas com 90 anos moram em casas “normais”– mesmo quando precisam de cuidados. Inúmeros estudos revelam que a maior parte dos idosos quer viver muito tempo autonomamente nas suas casas e no ambiente familiar. Porém, muitos destes prédios não são adequados a idosos. Cerca de três quartos das casas de seniores têm escadas para aceder à casa, cerca de metade tem ainda de subir escadas para chegar à sua habitação – só cada décima casa tem ajuda técnica disponível. Mesmo dentro da habitação muitos têm de ultrapassar barreiras: Cerca de metade tem um degrau para aceder à varanda, ao jardim ou ao terraço. A qualidade do equipamento dos quartos de banho é um outro critério central. Cerca de um quarto dos inquiridos tem pouco liberdade de movimentação no quarto de banho. Apenas 15 por cento dos quartos de banho estão equipados com um duche ao nível do chão. Percentagem baixa de casas adequadas a idosos Apenas 5 por cento das habitações dos inquiridos não tem essas barreiras. Com as atuais 11 milhões de casas seniores isto corresponde apenas a 570 000 casas sem barreiras. 83 Por cento dispõe de grandes barreiras e, portanto, tem necessidade de adaptação. O termo “morar em casa adequada à idade” engloba, para além dos requisitos construtivos da habitação, também os requisitos da questão das barreiras ou pouco espaço para movimentação, as propostas infra-estruturais e sociais no local e a possibilidade de recorrer a propostas de apoio se necessário. A análise confirma que os caminhos para as estações de autocarro e comboio, médicos, farmácias e supermercados são classificados por um quarto dos seniores como de difícil acesso. Futuramente vai importar ainda mais abordar a construção de habitação não como uma tarefa isolada mas sim associada à expansão de uma infraestrutura que apóia a vontade de morar sozinho e independente em zonas habitacionais próximas e bem à vista. milhões de euros num volume de investimento total de 39 mil milhões de euros. No âmbito do estudo foram depois analisadas as condições básicas promotoras e inibidoras para disponibilizar habitações adequadas aos idosos e foram formuladas recomendações para aumentar a proposta de habitações adequadas aos idosos. Foram principalmente feitas recomendações para adaptações legais e políticas para a promoção, bem como, intensificação de informação dos atores. Garantir no futuro uma proposta de habitação adequada às necessidades requer investimentos avultados. Pede-se aos proprietários das suas próprias casas, senhorios privados e empresas de habitação institucionais, mas também aos municípios, associações de beneficência, artesãos e projetistas que dêem início a remodelações adequadas aos idosos das casas que possuem e do ambiente da habitação. Paralelamente ao envelhecimento progressivo da sociedade, a pressão para negociar ainda mais a nível regional, desenvolve-se atualmente num fenômeno amplamente abrangente. A disponibilização de propostas de habitação adequadas aos idosos torna-se, pois, num desafio comum a toda a sociedade. As adaptações das habitações com menos barreiras prometem não apenas uma mais-valia para os seniores, mas também um maior conforto para as famílias. 10,2 % Andarilho 17,8 % Bengala, canadianas 4,4 % Cadeira de rodas Necessidade de habitações adequadas à idade e recomendações Sem separação entre a casa e a porta da habitação 11,4 % 40,3 % Sem degraus Até 3 degraus 12,5 % Mais de 3 degraus 78 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 35,6 % A necessidade de habitações adequadas à idade é grande e vai continuar a crescer. Se incluirmos somente as pessoas idosas com limitações de movimentos, a proposta já subir agora quatro ou cinco vezes, o que corresponde a uma necessidade de aprox. 2,5 milhões de propostas de habitação sem barreiras/ mobilidade reduzida. Até 2020 espera-se que a necessidade suba para 3 milhões aprox. As medidas de adaptação de acordo com a idade das 2,5 milhões de habitações resultam num custo extra específico de 18 mil Morar na Terceira Idade Investigador: Diretora do projeto: Custo total: Prazo do projeto: Ursula Kremer-Preiß, KDA Beratungs- und Forschungsgesellschaft für Altenhilfe mbH, Köln Verena Lihs, BBSR 147 793,00 € (Allgemeine Ressortforschung) Novembro 2008 – Maio 2011 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 79 Projeto modelo Casa Mais Eficiente: o novo mundo de Mais Energia une prédios e carros Hans-Dieter Hegner Ministério Federal das Estradas, Construção e Desenvolvimento Urbano 80 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 81 1. Anteriores bases de pesquisa A Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro não se limita à investigação de novos produtos de construção e tecnologias, dedicando-se também muito intensamente à colaboração entre a técnica dos prédios e dos sistemas, inclusive a inclusão de energias renováveis. Em primeira linha é decisiva a descida da necessidade de energia através de um revestimento do prédio altamente eficiente. A isso adapta-se a organização da disponibilização eficiente do calor do espaço, água quente e corrente auxiliar e para a casa. Isto leva conseqüentemente às casas passivas ou casas eficientes já amplamente disponíveis do incentivo estatal na Alemanha, que têm uma necessidade muito baixa de energia (incentivo da casa eficiente do Banco Alemão de Reconstrução 70, 55 ou 40 ou casa passiva). Se combinarmos esta baixa necessidade com sistemas recuperadores de energia, os prédios também podem produzir excesso de energia. A Universidade Técnica de Darmstadt desenvolveu entre 2007 e 2009 na Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro uma Casa Mais Energética, para participar no prestigiado concurso “Solar Decathlon” em Washington D.C/EUA. O objetivo mais importante das casas modelo, cuja capacidade de desempenho é testada em 10 disciplinas, é produzir mais energia do que a casa consome. A TU Darmstadt ganhou este concurso em 2007 e 2009. O BMVBS criou, com base nos desenvolvimentos da TU Darmstadt, um pavilhão de exposições e conferências próprio que apresentou entre 2009 e 201, numa viagem única pela Alemanha, o conceito das “Casas Mais Energéticas” em seis regiões metrópole. O prédio da TU Darmstadt de 2009 com uma potência voltaica instalada de 19 kW produz cerca de 14 000 kWh/a. Um automóvel elétrico da marca “smart-ed” da empresa Daimler tem um consumo de 0,14 kWh/km. Na teoria, isto permitiria fazer quase 80 000 km por ano. Surgiu assim a oportunidade de uma associação prática de imóveis e mobilidade moderna. 2. O concurso da BMVBS – a nova marca Os primeiros projetos mostram que a situação do desenvolvimento de componentes individuais já está muito avançada. Falta, porém, uma concretização integrante num primeiro projeto modelo, que inclui permanentemente a habitação e a mobilidade de igual modo. Com este objetivo em visto, o BMVBS fez no Verão de 2010 um concurso in- 82 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro terdisciplinar para instalar uma Casa Mais Energética com mobilidade elétrica. O prédio modelo devia satisfazer, de um modo agradável, as exigências modernas na habitação de uma família de 4 pessoas, apresentar a sua função como fornecedor de energia e integrar um local pensado para automóveis elétricos. O projeto pretende ainda dar uma clara resposta à questão da sustentabilidade. Um dos objetivos é, por exemplo, a total reciclabilidade da casa. Mas também se pretende garantir a capacidade de reaproveitamento e flexibilidade com o máximo conforto habitacional. É realizada uma avaliação completa da sustentabilidade durante o processo de planeamento e instalação. O projeto tem, neste sentido, um caráter piloto. A introdução de um novo padrão estava estreitamente ligada à discussão à volta de uma clara definição da “Casa Mais Eficiente”. Para definir as chamadas Casas Mais, havia várias interpretações. No âmbito de uma análise da Sociedade de Fraunhof, foi proposta ao Conselho de Peritos da Construção da BMVBS uma solução que, após correspondente discussão e confirmação, foi publicada numa brochura do BMVBS “Caminhos para a Casa Mais Eficiente” em agosto de 2011. Tem por base as seguintes exigências: O nível da Casa Mais Eficiente é atingido quando estamos perante uma necessidade de energia primária anual negativa (∑Qp < 0 kWh/ m2a) ou uma necessidade de energia final anual negativa (∑Qe< 0 kWh/m2a). Devem ser respeitadas todas as outras condições do decreto de poupança de energia 2009 (EnEV 2009), como p. ex. os requisitos de proteção térmica no Verão. Devem ser unicamente utilizados os fatores de energia primária para a percentagem não renovável (divergente de EnEV 2009) segundo a nova DIN V 18599 (data de dezembro de 2011, deve ser referenciada na EnEV 2012). A corrente alimentada por rede deve ser avaliada tal como a mistura de corrente de expulsão. Tal como para EnEV, deve usar como prova o “local central Alemanha”. Porém, adicionalmente ao procedimento de comprovativo do EnEV, tem de se considerar no cálculo os valores necessários de energia primária e final para a iluminação da habitação e para os aparelhos e processos domésticos. Parte-se de um valor global de 20 kWh/m2a (daí para iluminação: 3 kWh/m2a; aparelhos domésticos: 10 kWh/ m2a; cozinhar: 3 kWh/m2a; diversos: 4 kWh/m2a) mas no A Casa Mais Eficiente da Wohnungsbaugesellschaft Nassauische Heimstätte Frankfurt am Main máximo 2 500 kWh/a por unidade de habitação. A inclusão da corrente doméstica e iluminação no balanço faz-se apenas para interesse da pesquisa e promoção, mas é completamente correto. A simulação e a concretização prática desse tipo de prédios mostram que a parte da energia para a luz e corrente doméstica é igual à parte para o aquecimento. Se quisermos, portanto, apostar realmente num Mais para o consumidor final e o utilizador, não se tem de incluí-los na área do balanço das peças de EnEV. Num método de balanço deste tipo é claro que a “Casa Mais Eficiente” produz o seu “Mais” através de um balanço anual positivo. Não é, de modo algum, autônoma e não há expetativas relativamente a um desacoplamento da rede. É óbvio que os excessos e as necessidades de energia ocorrem em alturas diferentes, de modo a ter de fazer compensações através da rede ou do acumulador. Todos os intervenientes na pesquisa de uma geração de prédios deste tipo preocuparam-se em manter a parte utilizada pelo próprio nas energias renováveis o mais alta possível. Por isso, deve-se ainda identificar, para além do valor característico único “Necessidade de energia primária anual” e “Necessidade de energia final anual”, a relação da energia utilizada pelo próprio com a energia renovável criada dentro do limite do balanço. O cálculo deve ser realizado apoiando-se na avaliação EnEV com base em balanços mensais. Isto pretende promover sobretudo também a aplicação de tecnologias de acumuladores. 3. O projeto BMVBS em Berlim A 27.10.2010 foi escolhido o vencedor do concurso. O primeiro prêmio foi para a Universidade de Estugarda, Instituto para a Construção leve, Projetar e Construir, em colaboração com Werner Sobek Stuttgart GmbH, Estugarda. A BMVBS assinou em janeiro de 2011 um contrato de planeamento com a equipa vencedora. Até inícios de junho de 2011, os planeamentos estavam concluídos e foi encontrado um empreiteiro geral para a edificação. A edificação decorreu até fins de novembro de 2011. O acompanhamento científico do projeto total foi assumido pela Sociedade de Fraunhof. O dono da obra é a República Federal da Alemanha. Desde 04.03.2012 que a casa é habitada por uma “família de teste” durante 15 meses. Foi realizada uma casa unifamiliar para uma família de quatro pessoas com aprox. 130 m2 de área habitada em dois pisos. À frente da casa há uma chamada montra para estacionar os automóveis e para alojar a infra-estrutura de carga para a mobilidade elétrica. Para a visualização das exigências de mobilidade elétrica numa família, está prevista a inclusão de um primeiro e segundo automóvel elétrico, acrescentado por um veículo elétrico de duas rodas (Pedelec ou E-Roller). Foi instalado um sistema de carregamento rápido condutivo e também um sistema de carregamento indutivo. Com isso pretende-se demonstrar o estado atual da técnica de carregamento e incluí-la nas análises. O sistema de carregamento rápido permite um carregamento rápido das baterias dos automóveis com alta potência, aproveitando as baterias tampão do sistema. O sistema de carregamento indutivo funciona automaticamente e sem contato com fichas ou cabos, quando o automóvel está no parque. Deste modo, o automóvel é ainda mais integrado no sistema energético da casa sem a ação do utilizador, facilitando o carregamento comandado. A “montra” transmite ainda essencialmente informação para o público interessado. Entre a área habitada de dois pisos e a “montra“ à frente passa o chamado “núcleo energético” do prédio, onde se encontra toda a técnica da casa e os lavabos intensivamente abastecidos. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 83 A Casa Mais Eficiente no centro da cidade da Wohnungsbaugesellschaft ABG Frankfurt am Main tätte constrói uma Casa Mais Eficiente de apartamentos em Riedberg, enquanto a Wohnungsbaugesellschaft ABG instala uma casa grande no centro da cidade como Casa Mais Eficiente. Em ambos os casos, fizeram-se propostas de mobilidade para a mobilidade elétrica aos senhorios através de Carsharing. O prédio pretende produzir a energia necessária ao condicionamento dos espaços, à preparação de água quente, iluminação, funcionamento dos eletrodomésticos, funcionamento de outros aparelhos elétricos (pequenos aparelhos, multimédia, etc.) e o funcionamento dos automóveis, mas é ligada à rede de corrente pública (sem funcionamento autônomo). 4. A rede O objetivo do BMVBS é realizar não só projetos únicos de faróis, mas experimentar numa rede de diferentes soluções diferentes tecnologias e continuar a otimizar. Por isso, o BMVBS promove num programa de pesquisa a “Casa Mais Eficiente”. O programa promove atualmente unicamente prédios de habitações (vivendas e apartamentos) construídos na Alemanha. Os prédios devem ser capazes de operar todas as funções da casa, como o aquecimento, água quente, iluminação, corrente doméstica e, se necessário, outros utilizadores externos, como p. ex. automóveis elétricos. Devem ser testadas e avaliadas em condições reais, ou seja, habitadas. Para isso, os destinatários dos meios de promoção recebem respectivamente um grupo de trabalho para ajuda na avaliação do projeto. Os resultados da pesquisa são depois publicados abertamente. Esta promoção da pesquisa pode ser acoplada com a conhecida promoção do Bando Alemão de Reconstrução. É assim que as idéias prometedoras, tecnologias e materiais encontram mais rapidamente o seu caminho para a prática. Com os prédios pretende-se recolher experiências e fazer considerações económicas. A médio prazo, deve ser possível construir casas nulas e mais eficientes a preços atrativos. Para realizar as medidas científicas e a monitorização pode ser concedido um apoio financeiro de 100 % dos custos sem exceder os 70 000 euros a fundo perdido. As bases de dimen- 84 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro sionamento são os planos de custos e de financiamento dos projetistas e institutos de investigação encarregues. Para a promoção técnica acima referida pode ser concedido um apoio financeiro de 20 % dos custos de investimento sem exceder 300 euros por m2 da área habitada a fundo perdido no caminho do financiamento de parte. No momento da criação da contribuição participavam na nova rede já 31 prédios. Entre estes estavam prédios de habitações que surgiram da iniciativa privada, como a Casa Mais Eficiente do Prof. Fisch Leonberg em Estugarda ou a “Casa Luz Ativa” VELUX em Hamburgo. Particularmente ativo na introdução do novo padrão estava a Associação Alemã de Prefabricados (BDF). Seis do total de 20 casas do novo parque de casas prefabricadas em Köln-Frechen estão equipadas como Casas Mais Eficientes e são acompanhadas com uma monitorização. Estas casas já são vivendas disponíveis no mercado. Podem ser adquiridas por 340 000 a 560 000 euros com áreas habitadas entre 180 e 280 m2. São, pois, propostas piloto em segmentos altos, mas é bom que o setor esteja preparado para recolher e avaliar experiências. O Instituto de Fraunhof das Leis da Construção realiza, por ordem do BMVBS, uma investigação de acompanhamento e coloca todos os resultados na Internet. As notas técnicas e os resultados de medição de todos os prédios que já estão em funcionamento podem ser consultados na página do BMVBS. Também as primeiras construções em alvenaria estão no campo do projeto modelo. Em fins de 2012 foi incluído o projeto “M1” da empresa Elbehaus próximo de Berlim. Surgiu com a ajuda de elementos inovadores de betão celular da empresa Xella. Muitos projetos estão presentemente em curso, entre os quais também os primeiros apartamentos. Estão a formar-se em Frankfurt am Main. A Nassausche Heims- A vontade de estabelecer a Casa Mais Eficiente em toda a Alemanha está no bom caminho. Agora importa também transmitir estas tecnologias na atividade de modernização. O BMVBS fez, por isso, em fevereiro de 2012 um concurso para uma modernização de prédios antigos para o padrão da Casa Mais Eficiente na construção da habitação existente. A Wohnungsbaugesellschaft Neu-Ulm (NUWOG) disponibilizou para esse efeito pequenos apartamentos. Em primeira linha estava a aplicação das mais modernas tecnologias para o padrão de Mais Energia no saneamento de construções antigas. Os participantes no concurso esperavam obter com isso uma alimentação conjunta do bairro ou a alimentação da mobilidade elétrica a partir da energia obtida por excesso. É assim que a cidade de Neu-Ulm passa a ter uma nova atração que a enriquece. Em primeiro lugar, os apartamentos são modernizados para produzirem mais energia do que precisam para funcionar. O concurso foi decidido na sessão do júri a 06.07.2012 sob a direção da Prof.ª Lydia Haack (Escola Superior de Konstanz). As duas equipas vencedoras são: • Hochschule Ruhr West em Mülheim an der Ruhr, Institut Energiesystem und Energiewirtschaft, Prof. Dr. Eng. Viktor Grinewitschus com o Gabinete Werner Sobek Stuttgart GmbH e com Oehler Archkom – Solar Architektur • Technische Universität Darmstadt, Fachbereich Architektur, Fachgebiet für Entwerfen und Energieeffizientes Bauen, Prof. Dipl. Eng. M. Sc. Econ. Manfred Hegger com o5 architekten bda – raab hafke lang e ina Planungsgesellschaft mbH Energéticas. Os excessos de energia são produzidos por elementos fotovoltaicos integrados no prédio. Uma particularidade do contributo do concurso da Escola Superior de Ruhr West é a integração de toda a técnica da casa no revestimento exterior. Será montado um sistema de fachada prefabricado com alto isolamento térmico, com todos os necessários componentes de potência, na atual parede exterior. Isto alivia a planta das guias de cabos e evita poços e ruturas adicionais no espaço interior. O sistema fotovoltaico é Conseqüentemente montado nas áreas do telhado viradas a sul. Um novo sistema de gestão elétrico controla a corrente produzida no prédio para consumo final no bairro. Também a Universidade Técnica de Darmstadt conseguiu fazer de uma casa tecnicamente atrasada uma pequena central elétrica. Os componentes essenciais da técnica da casa são integrados no espaço do telhado. O que impressiona neste projeto é o manuseamento extremamente cuidadoso com o existente e o planeamento cuidado da luz do dia para o prédio de habitação. A utilização planeada do material segue rigorosamente as indicações de um balanço ecológico exemplar: A boa compatibilidade ambiental, bem como, a fácil manutenção, separabilidade e eliminação dos materiais aplicados são aqui fatores mais que óbvios. No total serão saneadas quatro construções antigas: Ambos os conceitos de vencedores serão concretizados numa fila de casas em dois prédios existentes. A conclusão está prevista para 2013. De seguida, as casas saneadas entram no concurso no âmbito de uma monitorização de dois anos. A rede será ampliada em 2013 a nível de conteúdos e quantidades. Está planeado incluir edifícios de formação. Também a rede de acomodações terá mais espaço. Com análises ao Campus Garching da TU Munique pretende-se para já obter princípios para um Bairo Mais Energético completo. Estão lançadas as pedras para um futuro de eficiência e associação de prédios e moderna mobilidade. Ambas as equipas vencedoras conseguiram com um planeamento inovador transformar os apartamentos a necessitar de obras, que atualmente precisavam para funcionar de uns enormes 507 kWh/m2a de energia final, em Casas Mais Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 85 Índice de Ilustrações 1 3 6 9 cima esq. 9 cima dir. 9 em baixo 12 em cima 12 em baixo 13 15 14 16 17 18 esquerda 18 direita 19 20 21 direita 24 25 direita 25 em cima 25 centro 25 em baixo 25 em baixo 27–29 (2) 30 32 35–36 (2) 37 38 em cima 38 centro 38 em baixo 40 43 46 50–51 (2) 53 54–57 (5) 86 WOODCUBE® IfuH – Institut für urbanen Holzbau, Berlin BMVBS, Frank Ossenbrink BMVBS, Ulrich Schwarz BMVBS, EVV Essen BMVBS, König BMVBS, Ulrich Schwarz Weberhaus BienZenker HUF Institut für Baukonstruktion, TU Dresden Hank und Hirth Freie Architekten; Foto: Oliver Starke SchwörerHaus KG, Foto: Heiner Orth Institut für Baukonstruktion, TU Dresden Arup Deutschland GmbH Arup Deutschland GmbH Arup Deutschland GmbH Arup Deutschland GmbH Arup Deutschland GmbH BMVBS, Leon Schmidt BMVBS, Leon Schmidt Klimaschutzagentur Region Hannover GmbH BMVBS BMVBS BMVBS, Oliver Tjaden Prof. Wolfram Jäger, Dresden Bundeskanzleramt Karlsruher Institut für Technologie KIT GWG München Christoph Gebler Martin Duckek, Ulm Stefan Hanke,Sinzing BBSR BMVBS Thomas Lenzen, München Fox/Völkner achener Institut für Bauschadensforschung und angewandte Bauphysik gGmbH Tim Wameling, Hannover Bauhaus-Universität Weimar/ B. Rudolf Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 58–61 (3) 62–63 (4) 64 69 em cima 69 centro 69 em baixo 70-71 (3) 72-73 (5) 74 76 77 80 83-84 (2) Institut für Leichtbau, Entwerfen und Konstruiere, Stuttgart / Institut für Umformtechnik, Stuttgart FH Dortmund Ritter, Darmstadt HTWK Leipzig HTWK Leipzig T. Krettek, filmaton.tv HTWK Leipzig FH Rosenheim Thomas Jocher, Stuttgart Keuco Loeschcke/ DIN 18040 Werner Sobek, Stuttgart Projektdarstellung Büro HHS Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro Contato Bundesinstitut für Bau-, Stadt-, und Raumforschung Im Bundesamt für Bauwesen und Raumordnung Referat II 3 – Forschung im Bauwesen, Gebäudemanagement Kurt Speelmanns Deichmanns Aue 31-37 53179 Bonn Telefone +49 228 99401-2730 [email protected] www.forschungsinitiative.de Editor: Bundesministerium für Verkehr, Bau und Stadtentwicklung Referat B13 “Bauingenieurwesen, Bauforschung, nachhaltiges Bauen” Krausenstraße 17-20 10117 Berlin Representado por: Bundesinstitut für Bau-, Stadt- und Raumforschung (BBSR) im Bundesamt für Bauwesen und Raumordnung (BBR) Deichmanns Aue 31-37 53179 Bonn Direção do projeo: Bundesministerium für Verkehr, Bau und Stadtentwicklung Ref. B 13, MR Hans-Dieter Hegner Realização/Redação: Bundesinstitut für Bau-, Stadt- und Raumforschung (BBSR) im Bundesamt für Bauwesen und Raumordnung (BBR) Ref. II 3, Eng.º Arquiteto Guido Hagel Estatutos e constituição: BBGK Berliner Botschaft Fotografias: Um comprovativo detalhado de fotografias na página 82. Impressão: DCM Druck Center Meckenheim GmbH Data: Dezembro de 2012 As publicações, mesmo de extratos, só são permitidas com a autorização do editor. Frontispício: O WOODCUBE é uma casa de 4 a 5 pisos com um número flexível de unidades habitações em madeira maciça. Todas as habitações podem ser adaptadas às necessidades dos futuros utilizadores à volta de um núcleo central nos pisos e individualmente nos pisos. Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro 87 www.bmvbs.de 88 Iniciativa de Pesquisa Construção do Futuro