www.alphatimes.com.br www.aetec.org.br Profissional em destaque Cotia, Dez 2014/Jan 2015 Edição 2 • Ano I O Presidente do CREA/SP Eng. Francisco Kurimori fala sobre principais realizações e planos para a próxima gestão. Pág. 3 O que é a Política Nacional de Resíduos Sólidos? Pág. 4 Planejamento Urbano – A Cidade que queremos. Pág. 7 Câmara de Cotia declara AETEC como entidade de utilidade pública. Pág. 5 2 www.aetec.org.br AETEC News • Dez 2014/Jan 2015 • Edição 2 Editorial 2014 Ano de Luz Finalizando o ano é momento de fazer balanço e agradecer. O ano de 2014 para todos da AETEC foi um ano de muita luz, primeiro pela nossa mudança de sede da Rua Água Marinha para Av. Santo Antonio, nesta nova sede todos puderam sentir o quanto fez elevar o respeito e o nível de satisfação dos profissionais e usuários por aquela que representa 1.450 engenheiros e técnicos e 320 arquitetos e urbanistas de Cotia, segundo pela criação dos Grupos de Trabalhos (GTs) formados por profissionais de elevado conhecimento que reunidos ajudaram a formular propostas e alternativas para melhoria da qualidade de vida de Cotia e região, culminando com apoio do CAU-SP na execução e participação no 2º Fórum de Melhor Mobilidade Raposo Tavares onde pudemos trazer palestrantes de alto gabarito para discutir soluções técnicas para melhor mobilidade de seus usuários. Dentre diversas ações da AETEC neste ano podemos destacar: - Palestras Técnicas – Plano Di- retor / Mobilidade na Raposo / VLT - Participação nos Conselho da Cidade, Conselho do Meio Ambiente , Conselho de Habitação de Interesse Social e na vice-presidência do CONSULT ( Conselho Consultivo da Sub- Região Sudoeste da Região Metropolitana de São Paulo ). - Finalização da “NOSSA SALA” , sala de uso exclusivo para profissionais locais e visitantes registrados no CREA e CAU. - Lançamento oficial do jornal “AETEC NEWS” parceria AETEC e Granja News para edição e redação do informativo bimestral, trazendo em sua primeira edição as palavras do Presidente do CAU/ SP Arq. Afonso Celso Bueno Monteiro - Conquista do Titulo de Entidade de Utilidade Publica, indicação do Vereador Luis Gustavo Mendes Napolitano . - Diploma de Honra ao Mérito concedido pela Câmara Municipal de Cotia , indicação dos vereadores Luis Gustavo Napolitano e Beto Rodovalho. Arq. José Roberto Baraúna Filho Arquiteto e Presidente da AETEC E para finalizar a assinatura do TERMO DE COOPERAÇÃO celebrado entre AETEC, CIESP COTIA, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO E PREFEITURA MUNICIPAL DE COTIA , para finalização e modernização de nosso FÓRUM. Toda esta luz recebida no decorrer do ano foi motivada pela vibração de todos os companheiros que se dedicaram, participaram e acreditaram nos trabalhos desenvolvidos pela Diretoria , Conselho Consultivo e funcionárias durante todo o ano de 2014. Agradecendo a todos, Desejo um Feliz Natal e Próspero Ano Novo, com muita paz, saúde e felicidades. ASSOCIADOS AETEC ANIVERSARIANTES dezembro Davidson Ullmann Humberto de César Rodrigues Maria Martha Nader Renato Oliveira de Andrade Sidney Francisco de Santana Luiz Carlos Nicolau Onofre de Oliveira Ferreira 01/12 08/12 13/12 14/12 14/12 17/12 18/12 Alessandro Malara Manso Carlos Foltynek Juares Avelino Marques 20/12 24/12 31/12 janeiro Paulo Vicente De Natale João Miranda Louro 10/01 31/01 Diretoria aetec, Triênio 2013/2016: Presidente: Arquiteto Urbanista José Roberto Baraúna Filho, Vice-Presidente: Eng. Mecanico Carlos Peterson Tremonte, 1º. Tesoureiro: Eng. Agronomo Gianpaolo Fabio Massa, 2º Tesoureiro: Eng. Eletricista Adalberto Placido Ferro, 1ª Secretário: Eng. Arthur Augusto Weigand Berna, 2ª Secretário: Eng. Cassiano Fabio Diegues, Conselho Consultivo: Arq. Onofre de O. Ferreira, Arq. Ricardo J. da Cunha, Arq. Fernando Mejias Barbosa, Arq. Maria Martha Nader, Eng. Paulo Eduardo Grimaldi, Eng. Waldson A. Pereira, Eng. Carlos Isaac Pires, Eng. Silvio A. Furquim Leite e Eng. Francisco Cassio Kira, Comissão Auxiliar de Fiscalização de Cotia (Caf-Cotia), Inspetor Chefe: Eng. Gianpaolo F. Massa, Inspetor Elétrica: Eng. Cassiano Diegues, Inspetor Quimica: Eng. Edson Bouer, Inspetor Civil: Eng. Carlos Isaac Pires, Inspetor Geografia: Geo. Nivea Guimarães, Inspetor Mecânica: Eng. Joviano Felice, Inspetor Seg. Trabalho: Eng. Sergio Ferreira da Silva, Conselheiro Crea-Sp: Eng. Mec. Carlos P. Tremonte, Suplente: Eng. Mec. Paulo E. Grimaldi, Conselheiro Suplente Cau-Sp: Arq. José R. Baraúna Filho • Redação aetec news: Direção: Rodrigo Rodrigues, Editora: Inês Méndez, Edição de Arte: Rogério Loconte. Impressão: S.A. O Estado de S. Paulo. Tiragem: 5 mil exemplares. Periodicidade: bimensal. Distribuição Gratuita. Os artigos assinados não refletem a opinião do AETEC NEWS sendo de inteira responsabilidade de seus autores. Os colunistas e colaboradores não mantém vinculo empregatício com o Jornal e não estão autorizados a comercializarem suas colunas. Impressão Para anunciar ligue (11) 4616-2398 AETEC News • Dez 2014/Jan 2015 • Edição 2 www.aetec.org.br 3 Profissional em destaque Presidente Francisco Kurimori fala sobre principais realizações e planos para a próxima gestão Maior conselho de fiscalização profissional do país, o Crea-SP, ao completar 80 anos de atividades, encerra 2014 comemorando as profundas mudanças que promoveu na primeira gestão do Eng. Francisco Kurimori. O combate aos chamados caneteiros maus profissionais que assinam pela responsabilidade técnica da obra sem se darem o trabalho de supervisionar seu andamento foi um dos primeiros compromissos assumidos na gestão iniciada em 2012. Confira abaixo entrevista com o Sr. Kurimori, na qual ele destaca os fatores preponderantes para o sucesso de suas principais realizações à frente do Conselho. O que está sendo feito para combater a prática de empréstimo de nome? Estamos colocando em prática uma força-tarefa, unindo agentes fiscais, inspetores e conselheiros. O projeto que estabeleceu uma metodologia de trabalho no levantamento de provas contra o empréstimo de nome, e para o processamento dos elementos levantados durante operação fiscal, valeu-se de um instrumento de solução pacífica, que induz o profissional a corrigir comportamentos irregulares sem a necessidade de se submeter a penalidades que resultam em processos desgastantes, morosos e onerosos. Por que nasceu o projeto da Casa da Engenharia? As obras já estão em andamento? Termos um endereço à altura de tudo o que estamos fazendo e do que ainda pretendemos realizar: esta foi a principal razão para o lançamento do projeto Casa da Engenharia. Precisávamos estabelecer um padrão de identidade para as unidades do Crea-SP e, dessa forma, inserir a marca da área tecnológica na paisagem urbana, permitindo às populações um rápido reconhecimento visual. Das intervenções previstas para a fase inicial do projeto, 13 obras já estão em andamento e, em breve, mais quatro serão iniciadas. Cada etapa pode ser acompanhada em creasp.org. br/casadaengenharia Em paralelo, continuamos expandindo nossos serviços de atendimento com a instalação de novos postos em diferentes localidades. O que significa a ideia de transformar o Conselho em um grande balcão eletrônico? Substituímos um sistema obsoleto de informação por um novo sistema denominado CREANet, e, assim, partimos de um atendimento totalmente presencial para a prestação de serviços on-line. Além dos altos investimentos em tecnologia, a iniciativa exigiu intenso trabalho das nossas equipes e a reformulação de algumas práticas. A mudança incluiu o treinamento dos nossos funcionários e o início da digitalização de todo o acervo de documentos antigos para a formação de um banco de dados eletrônico, permitindo o cruzamento de informações. Agora a nova tecnologia oferece maior velocidade e precisão de dados em diferentes procedimentos do Crea-SP, como o Registro de Profissionais. Em setembro, os serviços de registro de empresa e acervo técnico também serão incluídos no Web Atendimento. O Crea-SP também promoveu uma revolução no processo de identificação de pessoas que atuam na área tecnológica com diplomas falsos. Como foi feito isso? Efetuamos uma modificação nos procedimentos de registro do Conselho. Em pouco mais de um ano, cinquenta profissionais com certificados falsos já foram descobertos e, graças à recente implantação do projeto Web Atendimento, essa irregularidade será bastante minimizada. Em seu segundo mandato à frente do Crea-SP, o Sr. se limitará à continuidade de to- dos esses projetos ou ainda há novidades pela frente? Atacaremos nas duas frentes. Ampliaremos e fortaleceremos aquilo que já iniciamos. Em termos de novidades, vamos criar a Universidade Crea-SP, para promover o aperfeiçoamento de profissionais e funcionários, e o Market Place da Engenharia e Agronomia, para o profissional ganhar dinheiro com o serviço prestado pelo Crea-SP. Se o Crea-SP congrega 40% dos profissionais e empresas de toda a área tecnológica do Brasil, e se dispomos de um banco de dados com mais de 500 mil profissionais, 60 mil empresas, milhares de estudantes, centenas de Instituições de En- sino e Entidades de Classe, além de dezenas de Sindicatos, por que não fazer disso um grande ambiente de negócios? Para isso, criaremos um ambiente virtual em que cada profissional terá o seu perfil publicado, funcionando como um site de negócios: quem precisar de qualquer serviço da área tecnológica encontrará o que quer em nosso site, valendo-se de um sistema de busca rápido e eficiente. E além dos negócios, haverá infinitas possibilidades de parcerias, oportunidades, cursos, palestras, eventos e networking, sem que você precise pagar nada por isso. Afinal, você já paga o Crea-SP, ou seja, de certa forma você é “dono do Crea-SP”. 4 www.aetec.org.br AETEC News • Dez 2014/Jan 2015 • Edição 2 Sustentabilidade O que é a Política Nacional de Resíduos Sólidos? Em 2010 o Brasil aprovou, após duas décadas de discussões, a Lei Federal nº 12.305, denominada de Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que tem como objetivo organizar a forma como o país trata o lixo, incentivando a reciclagem e a sustentabilidade. Podemos destacar três pontos principais da PNRS: Fechamento de lixões até 02 de agosto de 2014; somente rejeitos poderão ser encaminhados aos aterros sanitários e elaboração de planos de resíduos sólidos nos municípios. Antes de entrar na discussão sobre a PNRS, vamos dar uma rápida olhada na realidade do lixo no Brasil. Nos últimos dez anos, a população do Brasil aumentou 9,65%, enquanto que, no mesmo período, o volume de lixo cresceu 21%. Só na cidade de São Paulo são descartadas 18 mil ton. de lixo diariamente, isso dá uma média de 1 kg de lixo/ hab./dia e apenas 1% é efetivamente reciclado. Esta negligência custa caro: em São Paulo, a despesa anual com limpeza urbana ultrapassa R$ 760 milhões. Mas a realidade brasileira é ainda pior; muitos municípios não contam sequer com coleta domiciliar de lixo, outros possuem apenas um sistema precário ou ineficiente, onde o lixo é descartado de qualquer jeito e em qualquer lugar, provocando graves consequências ambientais e sociais, como a contaminação do solo e dos recursos hídricos, liberação de gases do efeito estufa, além de desencadear a proliferação de doenças. Os dados são alarmantes, e a boa intenção da PNRS é de por um fim a esta prática danosa, propondo a prática de hábitos de consumo sustentável e contendo instrumentos variados para propiciar o incentivo à reciclagem e à reutilização dos resíduos sólidos (reciclagem e reaproveitamento), bem como a destinação ambientalmente adequada dos dejetos. Um dos pontos mais importantes da lei é o conceito de Responsabilidade Compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, ou seja, por se tratar de uma questão ambiental não podemos compartimentar a uma só entidade ou pessoa, somos todos responsáveis. Sendo assim, fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o Estado, o cidadão e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos são todos responsáveis pela minimização do volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como pela redução dos impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos. Concomitante a isso há o Acordo Setorial, um contrato firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto; e a Logística Reversa, um conjunto de ações destinadas a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento ou outra destinação final adequada. Os prazos já expiraram, e agora o que vai acontecer com quem não cumpriu a lei? O prazo para fechamento dos lixões expirou no último dia 02 de agosto e pela letra dura da Lei da PNRS, os municípios que ainda despejam os resíduos de suas cidades em lixões podem ser presos, perder o mandato e ainda pagar uma multa de até 50 milhões de reais dependendo dos variados graus de descumprimento da lei. O município também poderá deixar de receber repasses de verbas do governo federal, o que seria fatal para o orçamento de uma quantidade enorme de cidades que dependem desse dinheiro para sobreviver. E agora? O que fazer? Enquanto o governo estuda se dará novo prazo para o cumprimento da lei ou se partirá para a punição imediata, os municípios correm contra o relógio e buscam soluções através de parcerias com ou- tros municípios para descartar seu lixo. Uma saída para os pequenos municípios tem sido a formação de consórcios para uso conjunto dos aterros, para evitar que cada localidade tenha que arcar com os custos de ter o seu próprio, outra saída é a possibilidade de prorrogação de prazo por meio de Termos de ajustamento de Conduta (TACs) firmados entre os municípios e o Ministério Público. Avanços apesar de tudo. Há ainda muito a ser feito, os números relativos aos avanços realizados, apesar de tímidos devem ser levados em conta, há 20 anos quase 90% do lixo gerado nas cidades eram despejados sem pudor nos lixões, hoje este número é em média de 40%. Ações efetivas de educação ambiental, o estímulo à aplicação dos chamados 3R’s (redução, reutilização e reciclagem) e ações sociais como o incentivo à formação de cooperativas de catadores são pontos chave nesta questão. As críticas são muitas, de ambas as partes, os municípios Gianpaolo Massa Engº Agrônomo, com especialização em Direito Ambiental pela Escola Superior do Ministério Público e Perito Judicial Ambiental, sócio proprietário da Empresa Greenhouse Ambiental, especializada em projetos de licenciamento ambiental junto à CETESB, Prefeituras Municipais, DAEE, INCRA, Cadastramento Ambiental Rural (CAR), Laudos de Vegetação e Laudos de Fauna Silvestre. se queixam de falta de verbas e de apoio técnico, o governo alega que houve prazo mais do que suficiente para as adequações. Nesta guerra, quem perde como sempre é o mais fraco, e neste caso o meio ambiente. E entre perdoar ou punir severamente os municípios que não conseguiram se adequar à lei, fico com o meio termo: que se busque efetivamente o caminho de uma solução eficaz, positiva e duradoura em prol da saúde das pessoas e do meio ambiente. AETEC News • Dez 2014/Jan 2015 • Edição 2 www.aetec.org.br Título concedido Victor de Andrade Lopes Os membros da AETEC agora têm mais um motivo para se orgulhar. No dia 10 de novembro, a Câmara de Vereadores de Cotia declarou a associação como sendo de utilidade pública, em documento assinado pelo vereador Luis Gustavo Napolitano. Agora que a entidade tem este reconhecimento, será mais fácil e rápido obter verbas para obras de interesse da cidade. Conversamos com o vereador em seu gabinete para que o parlamentar pudesse comentar a decisão. Ele não poupou elogios à associação, enaltecendo sua atuação ao longo dos anos. “A AETEC já prestava sérvios como uma entidade de utilidade pública. Ela já faz projetos de regularização de moradias de pessoas de baixa renda, por exemplo”, diz Luis Gustavo, referindo-se aos programas sociais realizados com o apoio da entidade. Não é de hoje que Cotia busca uma entidade séria e confiável para conceder tal privilégio. O vereador conta que há cerca de dez anos foi fundado o movimento Granja Viva, que tinha como objetivo lutar pela preservação da região da Granja Viana e defender os interesses do bairro. “Nós nunca regulamentamos o movimento, nunca o tornamos uma personalidade jurídica. Ele poderia ser uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) para ganhar recursos”, relembra Napolitano. “Conseguimos isso com a AETEC agora”, salienta. Para explicar como exatamente a AETEC poderá dar auxílio mais ágil a obras de Cotia, o vereador cita a possível construção de uma creche no bairro do Jardim do Engenho. “Um depu- Click Pix Studio AETEC agora é entidade de utilidade pública! tado pode mandar uma emenda para a prefeitura de Cotia e para a AETEC, aí a entidade faz a creche e tudo sai melhor e mais barato, com prestação de contas e legitimidade”, finaliza. Esta não foi a única conquista da AETEC no mês de novembro – a entidade fechará 2014 com mais uma importante homenagem por parte do Poder Legislativo de Cotia: em outro decreto, o vereador Luis Gustavo, em parceria com seu colega de câmara Roberto Rodovalho, concedeu o diploma de Honra ao Mérito à entidade, ainda nos primeiros dias do mês. www.awbernaengenharia.com.br Eng. Civil Arthur Augusto Weigand Berna Rua Estados Unidos, 100, Carapicuíba CEL: (11) 9 9932-0649 [email protected] 5 6 www.aetec.org.br AETEC News • Dez 2014/Jan 2015 • Edição 2 Termo de cooperação Victor de Andrade Lopes A AETEC assinou no dia 20 de novembro um termo de cooperação com a prefeitura de Cotia, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para a reforma e ampliação do fórum da cidade. O acordo foi firmado no gabinete do prefeito Carlão Camargo, com a presença do presidente da AETEC. José Roberto Baraúna; o diretor titular do diretório regional do CIESP em Cotia; Walter Sacca, o juiz-diretor do fórum, Doutor Diogenes Luiz de Almeida Fontoura Rodrigues; entre outros. Diogenes explicou como funcionará o convênio: “A CIESP se obrigou a fazer a primeira parte dessa obra, que é a parte estrutural do prédio novo. Agora, a prefeitura, para cumprir a segunda parte, que é a reforma do prédio antigo e a finalização do prédio novo, formalizou esse novo convênio com a AETEC para que ela toque essa etapa”. Baraúna complementa explicando como a entidade gerenciará a obra. “Entraremos com todos os tipos de profissionais. É um grupo de trabalho com cerca de 15 pessoas, entre arquitetos e engenheiros eletricistas, estruturais e civis”, diz. Prevista para terminar em novembro de 2016, a obra envolverá 18 meses de construção do prédio novo e seis para a reforma do antigo. A Click Pix Studio AETEC firma termo de cooperação para reforma e ampliação do fórum de Cotia área total do projeto é de 3297 m², sendo 1053 m² do edifício já existente, e 2244 m² de ampliação. “Será um prédio moderno, com elevadores e toda a acessibilidade. Valorizaremos sua arquitetura e deixaremos um marco para a cidade”, diz Baraúna. Inaugurado em 1963, o edifício nunca passou por nenhuma reforma. A primeira tentativa veio em 1985, mas só agora um projeto será realmente concretizado. Diogenes conta que o local agora poderá concentrar todos os órgãos do Poder Judiciário. “Cotia foi recentemente elevada para entrância final, o mais alto grau de uma comarca dentro do Tribunal de Justiça. Uma comarca dessa importância merece um prédio que comporte instalações modernas e aptas a receber o volume de demanda que tem a cidade”, diz Diogenes. “O local foi construído para uma vara, mas hoje ele abriga quatro”, conta. AETEC News • Dez 2014/Jan 2015 • Edição 2 www.aetec.org.br 7 Planejamento urbano A Cidade que queremos É preciso que o cidadão possa decidir o futuro de seu bairro e de sua cidade. Para isto os profissionais Arquitetos e Urbanistas precisam ser acionados através de contratação, com verbas públicas ou não, para colocarem a serviço dessa população de cada bairro, de cada rincão, seus conhecimentos na geração de um Plano de Bairro capaz de satisfazer ao menos o consenso daquilo que almejam para o lugar onde vivem. Esta modalidade, Plano Diretor de Bairros, até onde sei, invenção do Prof. Dr. Cândido Malta Campos Filho, traz em seu bojo a extraordinária faculdade de funcionar como um antídoto contra manobras e pressões especulativas, frequentemente criminosas, que tomam de assalto as cidades pelo país afora, ameaçando recursos naturais como unidades de preservação, reservas, parques e jardins, nascentes, lagos, rios, fauna e flora em geral; Vão mais além, desperdiçam vocações turísticas associadas à paisagem e ao clima e com elas milhares de empregos de qualidade para os filhos da terra; Não parando por aí, promovem ocupação não condizente com os recursos relativos à mobilidade e serviços de infra-estrutura normalmente oferecidos pelo poder público. Fica clara a frequente falta de aptidão do poder público para comandar o processo de produção de um Planejamento Urbano eficaz, sua preservação com prazo validade, continuidade, aperfeiço- amento, e nos parece necessário poupá-lo, na medida do possível e sem aviltar as disposições legais relativas à atribuição do município, desta árdua função. O Plano de Bairro é uma alternativa que pode ser promovida pelo próprio Poder Público ou por iniciativa de um bairro coeso em torno dessa realização, não importando a origem das verbas usadas para tal fim, desde que idôneas. Em geral o processo fica facilitado quando sua amplitude restringe-se às fronteiras de cada loteamento que tem uma identidade definida no ato de seu nascimento. Com a definição do universo de abrangência do Plano Diretor de Bairro, sob coordenação de um Arquiteto e Urbanista que colocará seus conhecimentos à disposição da população desse bairro, paralelamente ao levantamento do que já existe, inicia-se um processo que ouve de maneira muito acurada, por amostragem estatística definida cientificamente, o total dos pleitos dos moradores do bairro e, com os resultados apurados e agrupados em curva estatística, o profissional trabalha para oferecer um projeto de Plano Diretor, imediatamente levado a reuniões plenárias para aprovação. Nesta fase é muito importante que a aprovação do Plano seja indiscutível, acachapante, pois daí para frente o Plano Diretor, assinado por quem é legalmente habilitado, documentado com lisura e habilidade, é levado para aprovação na Câmara Municipal, a casa do povo, de onde, em virtude de sua legitimidade e por representar Ricardo José da Cunha Arquiteto e Urbanista formado pela FAUUSP [email protected] [email protected] a efetiva vontade daquela população, deve ser aprovado como Lei, definindo a partir daí como será a ocupação futura do bairro, seus serviços, suas alternativas de mobilidade e tudo o que compete a um verdadeiro Plano Diretor, com a vantagem de, em sendo Lei, ter obrigatoriamente lugar e vez no Orçamento Municipal. Arquitetura e urbanismo, lavra do Arquiteto e Urbanista!