Laserterapia e ultrassom no tratamento pós-operatório da cirurgia plástica de abdominoplastia: Revisão de literatura Vanessa Cunha da Costa1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia2 Pós-graduação em Fisioterapia Dermato Funcional – Faculdade Cambury Resumo A pesquisa realizada com o tema Laserterapia e ultrassom no tratamento pósoperatório da cirurgia plástica de abdominoplastia procura explicitar o uso do tratamento da fisioterapia dermato funcional nas principais alterações decorrentes da abdominoplastia. Teremos como objetivos específicos relatar em quê a laserterapia e o ultrassom se baseiam, explicar o objetivo da abdominoplastia, explorar suas principais alterações pós-cirúrgicas e correlacionar o uso do laser e do ultrassom no seu pósoperatório. O laser e o ultrassom vêm sendo um dos arsenais mais utilizados para o tratamento estético pós-operatório de cirurgias plásticas, uma vez que oferece principalmente uma aceleração no processo cicatricial. O artigo se justifica à medida em que proporcionará conhecimentos sobre esta modalidade de tratamento através do laser e do ultrassom, permitindo outras discussões na área da saúde o que poderá gerar mais estudos nesta linha de pensamento. Para o desenvolvimento do artigo científico utilizaremos a revisão bibliográfica, através de acervo público, artigos, monografias e teses retiradas da internet de fontes seguras como Scielo, Pubmed e Lilacs. Palavras-chave: Laserterapia; Ultrassom; Abdominoplastia. INTRODUÇÃO A abdominoplastia se tornou uma intervenção muito solicitada onde se retira o tecido subcutâneo excedente da região abdominal através de uma incisão suprapúbica com a deslocação do umbigo e com uma plicatura da musculatura reto abdominal, sendo associada a uma lipoaspiração para retirada do excesso de tecido adiposo local (SOARES, 2012). Teremos como objetivos específicos relatar em quê a laserterapia e o ultrassom se baseiam, explicar o objetivo da abdominoplastia, explorar suas principais alterações pós-cirúrgicas e correlacionar o uso do laser e do ultrassom no seu pós-operatório. Devemos estar atentos quanto às consequências tardias de cirurgias plásticas, principalmente no que se refere em evita-las. O tratamento mais usado estará voltado para a prevenção de aderências cicatriciais, dor, flacidez e fraqueza muscular (MILANI, 2005). O laser é indicado em procedimentos pós-operatórios principalmente por auxiliar e acelerar o processo de cicatrização, diminuição do edema local, diminuição do processo inflamatório entre outros (OLIVEIRA, 2012). O ultrassom é um dos recursos terapêuticos empregados frequentemente para reabilitação de disfunções dermato funcionais, como pós-operatório de lipocirurgias, correção de celulites e gordura localizada, uma vez que sua atuação consiste na drenagem linfática e controle do edema (ZAMPRONIO, 2012). O completo sucesso da cirurgia plástica depende ainda da participação do paciente, com a associação de dietas, atividade física e alterações em seu modo de vida (MILANI, 2005). 1 Pós-graduando em fisioterapia dermato funcional. Mestrando em Bioética e Direito em Saúde, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Graduada em Fisioterapia. 2 2 O artigo se justifica à medida em que proporcionará conhecimentos sobre esta modalidade de tratamento através do laser e do ultrassom, permitindo outras discussões na área da saúde o que poderá gerar mais estudos nesta linha de pensamento. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL A definição dada à fisioterapia, diz que é uma ciência que irá estudar, prevenir e tratar os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas no que concerne o corpo humano (MILANI, 2005). “A fisioterapia é uma ciência aplicada que tem como alvo de estudo o movimento humano, em todas as suas formas de expressão e potencialidade, para a promoção de saúde, prevenção de doenças e reabilitação dos indivíduos” (TACANI, 2009). A Fisioterapia Dermato-Funcional ou Fisioterapia Dermatológica é uma área de atuação profissional do fisioterapeuta, uma vez que os tratamentos estéticos eram tratados como empíricos, devido à falta de comprovação científica, surgiu a Fisioterapia Dermato-Funcional que evolui a cada dia e traz a formação de profissionais especializados com base científica em todas as aplicações e ações fisioterapêuticas (OLIVEIRA, 2012). A fisioterapia dermatofuncional, especialidade recentemente reconhecida pelo Coffito, tem como abordagem as disfunções físico-estético-funcionais, sejam elas advindas de patologias, procedimentos cirúrgicos e/ou sequelas que afetam direta e indiretamente a integridade do sistema tegumentar (TACANI, 2009). “Neste último século, o padrão de beleza exigido pelos indivíduos, tem tornado a Fisioterapia Dermato-Funcional (FDF) uma das áreas de conhecimento mais desenvolvidas da fisioterapia” (MOREIRA, 2013). Nos últimos anos, a referida especialidade tem enfrentado duas situações de extrema importância: a primeira é a crescente procura da sociedade por tratamentos estéticos, devido ao padrão de beleza imposto pela mídia, o que vem contribuindo para o seu crescimento e a inserção de adeptos; e a segunda é a necessidade de um maior número de produções científicas para qualificar a drematofuncional como uma das áreas que detenham verdadeiramente um saber próprio (TACANI, 2009). “Recentemente a especialidade fisioterapia estética teve a denominação substituída por fisioterapia dermato-funcional, em uma tentativa de ampliar a área, conferindo-lhe a conotação de restauração de função, além da anteriormente sugerida” (MILANI, 2005). As subáreas que a fisioterapia irá tratar é ampla e consiste tanto no aspecto preventivo como no curativo que são (TACANI, 2009): Disfunções dermatológicas; Dermatoses; Acne; Rosácea; Disfunções vasculares; Fleboedemas; Lipedemas; Linfedemas; Disfunções da cicatrização; Queimaduras; Cicatrizes hipertróficas; 3 Quelóides; Deiscências; Aderências; Úlceras; Disfunções estéticas; Fibro edema gelóide; Estrias atróficas; Lipodistrofias, entre outras. LASER A luz do laser é obtida artificialmente através do acúmulo de energia diferentemente da luz comum que é obtida espontaneamente. Laser é a abreviação da expressão inglesa Light Amplification by Stimuleted Emission of Radiation, que tem seu significado justificado por amplificação de luz por emissão estimulada através da radiação. A geração da onda eletromagnética depende da excitação dos elementos constituintes do material por uma corrente elétrica que irá proporcionar a emissão de fótons idênticos, cujos amplificam a emissão da radiação (OLIVEIRA, 2012). “O laser de baixa potência é um recurso eletroterapêutico que tem como objetivo a reparação tecidual” (RAMIRES, 2012). Indicações (OLIVEIRA, 2012): Diminuição do edema local; Diminuição de lesões; Diminuição do processo inflamatório; Implantação de baixo custo, entre outros. Entre os efeitos bioquímicos que o laser apresenta podemos citar (RAMIRES, 2012): Estímulo à liberação de histamina, serotonina e bradicinina; Produção de ATP; Síntese de prostaglandinas; Aumento do número de leucócitos e da atividade fagocitária; Vasodilatação capilar e arterial; Ação fibronolítica e antibactericída. “A ação do laser após uma lesão de pele possibilita a angiogênese, estimulo da mitose celular, regulação dos fibroblastos, normalizando a produção de fibras elásticas e colágenas, impedindo a ocorrência de queloides, hipertrofias e alargamentos” (MACEDO, 2010). A irradiação do laser de baixa intensidade é capaz de estimular a proliferação celular, por reação fotoquímica que altera a permeabilidade da membrana celular. A laserterapia tem sido muito utilizada para o estímulo da cicatrização de feridas, a regeneração neuronal e no controle do quadro álgico de pacientes (RAMIRES, 2012). Os protocolos propostos nas intervenções pós-cirúrgicas devem considerar a fase do processo inflamatório. As densidades de energia para as ações de aumento da circulação e diminuição da dor restringem-se à faixa de 2,0 a 4,0 Jcm2, sendo aumentadas para 6,0 a 8,0 Jcm2 nos casos de regeneração e/ou cicatrização tecidual. O número de pontos irradiados vai depender da área, respeitando-se a distância de 1,5 cm entre os mesmos (MACEDO, 2010). “A quantidade de lasers usados em dermatologia vem aumentando, e cada tipo é utilizado para condições específicas. Quando direcionado para a pele, a maior parte dessa energia luminosa é absorvida por macrófagos” (RAMIRES, 2012). 4 “Segundo a literatura ao realizar análise histológica, verificaram que o laser potencializa de forma eficaz a reposição do colágeno no local, aumenta o número de fibroblastos, reparando o tecido” (MOREIRA, 2013). Tipos de laser Modo de aplicação Hélio-Neon (HeNe) Pontual e varredura Alumínio-Gálio-Índio-Fósforo (AlGaInP) Pontual e varredura Arsênio de Gálio (AsGa) Pontual e varredura Gálio-Alumínio-Arsenato (GaAlAs) Pontual e varredura Fonte: (RAMIRES, 2012) Tabela 01 – Tipos de laser de baixa potência utilizado em práticas clínicas “Alguns resultados apresentados em estudos experimentais, especificamente ao processo de cicatrização, são válidos tanto para laser HeNe quanto para AsGa, porém existe maior ênfase nos estudos da ação do laser HeNe nas diversas alterações de pele” (MACEDO, 2010). ULTRASSOM “É um dos recursos terapêuticos empregados frequentemente para reabilitação de disfunções dermato funcionais, como pós-operatório de lipocirurgias, correção de celulites e gordura localizada” (ZAMPRONIO, 2012). “Ultrassom refere-se às vibrações mecânicas essencialmente as mesmas das ondas sonoras, mas com uma frequência mais alta. Essas ondas situam-se fora da audição humana e, portanto, podem ser chamadas de ultra-sonoras” (KUHNEN, 2010). O ultrassom pode e deve ser usado nas diferentes fases de reparo por apresentar inúmeros benefícios ao paciente no pós-cirúrgico (MACEDO, 2010). O ultrassom terapêutico, no mercado nacional, caracteriza-se por apresentar frequências de 1,0 ou 3,0 megahertz (MHz), sendo disponível atualmente também em 5,0 megahertz (MHz). A intensidade pode variar entre 0,1 e 3,0 watts por centímetro quadrado (W/cm2). Mais recentemente, alguns equipamentos foram projetados para apresentar limites de intensidades mais compatíveis com a prática clínica, as quais variam de 0,1 a 2,0 Wcm2. Estes equipamentos estão mais próximos da prática terapêutica, uma vez que raramente utilizam-se doses superiores a 2 W/cm2. A frequência de 5 MHz é indicada exclusivamente para a área de dermatologia por apresentar uma pequena capacidade de penetração nos tecidos biológicos (KUHNEN, 2010). Entre os benefícios que o ultrassom pode gerar podemos citar os seguintes (MACEDO, 2010): Aceleração no processo cicatricial; Alcançar força tênsil normal; Prevenir cicatrizes hipertróficas; Prevenir queloides. “As ondas ultrassônicas são geradas por transdutores que convertem, no caso do ultrassom terapêutico, a energia elétrica em energia mecânica e vice-versa. A conversão para diferentes formas de energia é realizada graças aos materiais piezoelétricos” (KUHNEN, 2010). “O ultrassom proporciona significante aumento no número de fibroblastos, alinhamento ideal para contração da ferida e aceleração da fase inflamatória e contração da ferida” (MACEDO, 2010). 5 “A piezeletricidade é um fenômeno natural encontrado em certos cristais minerais, tais como o germânio e o quartzo, mas pode também ser sintetizado comercialmente, por exemplo, com chumbo, zinco e titânio” (KUHNEN, 2010). Verifica-se que em intensidades baixas (pulsado, 0.5W/cm2), houve aumento significativo de colágeno depositado na ferida num padrão cuja arquitetura tridimensional assemelha-se à pele, aumento da resistência tênsil e estímulo à contração da lesão, levando a uma cicatriz significativamente menor. Entretanto, aparentemente a terapia por ultrassom acelera o processo cicatricial, mas não oferece interferência aos mecanismos de controle que limitam o desenvolvimento da granulação (MACEDO, 2010). “O ultrassom é gerado por um transdutor, que corresponde a um dispositivo que transforma uma forma de energia em outra. Essa transformação é a energia elétrica em mecânica, devido ao cristal piezoelétrico que se encontra no transdutor” (KUHNEN, 2010). “Para a aceleração do reparo tecidual da pele recomenda-se o uso do ultrassom no modo pulsado (Relação 1:5, 20%), utilizando frequência 3 MHZ, com intensidade abaixo de 0,5 W/cm2, com aumento de 30% da quantidade de colágeno” (MACEDO, 2010). São dois os modos de propagação do ultrassom, sendo um contínuo e o outro pulsado. O modo contínuo irá apresentar efeito térmico predominantemente, uma vez que o pulsado apresentará efeito mecânico (KUHNEN, 2010). “Existe uma gama muito ampla de indicações do ultrassom, sendo que, seu uso na estética está crescendo pela obtenção de excelentes resultados conseguidos em determinadas patologias, tais como, o fibro edema gelóide e em tecido cicatricial” (MENEZES, 2009). Entre as indicações ao uso do ultrassom estão (KUHNEN, 2010): Fibro edema gelóide; Traumatismos do tecido ósseo; Articulações e músculos como anomalias pós-traumáticas; Distensões; Luxações; Fraturas; Contraturas; Espasmos musculares; Neuroma; Distúrbios do sistema nervoso simpático; Pontos gatilhos; Transtornos circulatórios; Condições inflamatórias agudas e crônicas; Reparo de lesões, entre outras. O ultrassom é um método que utiliza de ondas sonoras através de um cabeçote com transdutor perpendicular à área a ser tratada, em constante movimentação é mantido em contato com o agente de acoplamento para não gerar a formação de cunhas de ar. Sua ação também promove efeito antiinflamatório (combate às dores) e aumento da circulação. A utilização do ultrassom associado à sonoforese gerou efeitos como neovascularização, aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras colágenas, e melhorou as propriedades mecânicas do tecido, além de um aumento na permeabilidade das membranas biológicas facilitando assim a penetração de fármacos no organismo através da pele (fonoforese) (MENEZES, 2009). 6 O ultrassom é comumente utilizado em processos fibróticos e processos calcificados, transtornos circulatórios, tecidos de cicatrização, pós-lipoaspiração, fibro edema gelóide, pós-subcisão e tratamento de adiposidade localizada (KUHNEN, 2010). O ultrassom precisa ser usado por profissionais que entendam suas modalidades de uso, do contrário pode tornar-se um risco potencial à quem está sendo exposto (MENEZES, 2009). As contraindicações ao uso do ultrassom, bem como precauções consistem em (KUHNEN, 2010): Áreas isquêmicas; Tromboflebite e varizes; Diretamente sobre endoprótese e implantes metálicos; Sobre útero gravídico; Tumores cancerígenos; Sistema nervoso; Áreas anestesiadas; Infecção ativa; Gônadas; Área cardíaca; Olhos; Hemofílicos não tratados; Placas epifisárias. “O ultrassom é uma modalidade de penetração profunda, capaz de produzir alterações nos tecidos, por mecanismos térmicos e não-térmicos” (MENEZES, 2009). PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO DA ABDOMINOPLASTIA Atualmente, a busca pelo belo e a forma ideal vem aumentando significativamente a procura de procedimentos estéticos e cirúrgicos com o intuito de um corpo harmonioso e saudável. A eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu planejamento cirúrgico, mas também da intervenção e cuidados pré e pós-operatórios, o que tem demonstrado fator preventivo de possíveis complicações e promoção de um resultado estético mais satisfatório (MACEDO, 2010). A abdominoplastia se tornou uma intervenção muito solicitada onde se retira o tecido subcutâneo excedente da região abdominal através de uma incisão suprapúbica com a deslocação do umbigo e com uma plicatura da musculatura reto abdominal, sendo associada a uma lipoaspiração para retirada do excesso de tecido adiposo local (SOARES, 2012). “No contexto das possibilidades cirúrgicas, encontra-se a cirurgia plástica, que tem por finalidade a reconstituição artificial de uma parte do corpo” (SILVA, 2014). Indicações (SOARES, 2012): Indivíduos que apresentam gordura localizada; Flacidez decorrente de uma perda de peso grande; Flacidez devido à gravidez, entre outras. “O reparo tecidual é um processo complexo que aborda a regeneração e a formação de cicatriz fibrosa após a ocorrência da lesão, sendo este organizado em várias fases nas quais participam eventos diversos e interligados” (GONÇALVES, 1998). 7 Como consequência desse procedimento cirúrgico ocorre destruição dos vasos e nervos que irão causar dor, edema e alteração da sensibilidade da pele que por conseguinte causa um grande desconforto ao paciente (SOARES, 2012). Podemos observar no processo organizacional tissular que alguns fatores são primordiais para sua efetivação que são (GONÇALVES, 1998): Coagulação; Inflamação; Fibroplasia; Deposição matricial; Angiogênese; Epitelização; Contração. Principais complicações decorrentes da cirurgia de abdominoplastia no seu pósoperatório (SOARES, 2012): Deiscências; Hematomas; Seromas; Infecções na cicatriz cirúrgica; Alterações cicatriciais; Assimetrias; Retrações. Várias complicações são relatadas em estudos anteriores ao que consiste o pósoperatório da abdominoplastia, tais como (FLORES, 2011): Hematoma; Seroma; Infecção de ferida operatória; Deiscência; Necrose de retalho abdominal; Epidermólise. Fonte: (SOARES, 2012) Imagem 01 - Técnicas de incisões na cirurgia de abdominoplastia Devemos estar atentos quanto às consequências tardias de cirurgias plásticas, principalmente no que se refere em evita-las. O tratamento mais usado estará voltado 8 para a prevenção de aderências cicatriciais, dor, flacidez e fraqueza muscular (MILANI, 2005). Há risco também em ocorrer irregularidades na parede do abdômen, necrose cutâneogordurosa, desvios laterais da cicatriz umbilical e elevação dos pelos pubianos (SOARES, 2012). FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DA CIRÚRGIA PLÁSTICA DE ABDOMINOPLASTIA “Muitos pacientes submetidos às cirurgias plásticas não são encaminhados para a realização de tratamentos pós-operatórios com fisioterapeutas, ou o são em fases tardias, o que pode levar a resultados poucos satisfatórios” (MACEDO, 2010). “Baseado no padrão fisiológico esperado durante os processos de inflamação e reparo tecidual, o fisioterapeuta pode traçar um programa efetivo, observando as características clínicas apresentadas pelo paciente e associar esse programa às características póscirúrgicas” (FLORES, 2011). Para o tratamento através da laserterapia devemos ter a preocupação em relação à biossegurança, uma vez que a luz a olho nu pode vir a danificar a retina com sua radiação, por isso faz-se necessário o uso do óculos de proteção indicado para cada tipo de radiação do laser, além de utilização de luvas de procedimentos para que o paciente e/ou o fisioterapeuta não seja contaminado (RAMIRES, 2010). Atualmente, a fisioterapia dermato-funcional, que foi reconhecida como especialidade pela Resolução No. 362 do Conselho Nacional de Fisioterapia em maio de 2009, vem agregando notável importância a esse segmento, utilizando-se de seus recursos específicos, como a preparação para a intervenção cirúrgica, aceleração do processo de recuperação pós-operatória, prevenção e controle de complicações comuns. Nesse sentido, a fisioterapia estética, recentemente renomeada como fisioterapia dermato-funcional, está cada vez mais evidenciada (FLORES, 2011). “A fisioterapia dermato-funcional promove a recuperação físico-funcional dos distúrbios endócrinos, metabólicos, dermatológicos e músculos-esqueléticos” (SOARES, 2012). É indicada a atuação fisioterapêutica em diversas cirurgias com fins estéticos. Dentre elas, destacam-se aquelas para rejuvenescimento facial (riridoplastia), correção do contorno palpebral (blefaroplastia), correção de mama (mamoplastia), implantes mamários, correção do abdômen (abdominoplastia) e a lipoaspiração feita por várias técnicas (MILANI, 2005). O papel do fisioterapeuta no período pós-operatório é imprescindível, pois com sua gama de técnicas cientificamente comprovadas, irá atuar para o acompanhamento da evolução do paciente submetido à cirurgia plástica (FLORES, 2011). A fisioterapia no pós-cirúrgico é baseada em um planejamento amplamente variável e que é dependente da avaliação que o profissional irá realizar levando em consideração a análise do trofismo cutâneo e muscular, do edema, cicatriz, quadro álgico, sensibilidade, tipo de cirurgia realizada e do tempo de pós-operatório (MACEDO, 2010). Há uma grande necessidade de ocorrer a drenagem, uma vez ter ocorrido a destruição dos vasos e nervos causadas pelo procedimento cirúrgico que irá gerar dor, edema e diminuição da sensibilidade da pele que provoca um grande desconforto ao indivíduo que foi submetido ao procedimento. Percebe-se a melhora no quadro álgico após a realização desta técnica, além da congestão tecidual e do retorno precoce da sensibilidade cutânea local (SOARES, 2012). 9 Primordialmente, a fisioterapia se concentra no período pós-operatório na redução do edema e na prevenção de retrações cicatriciais, pois trata-se de um período delicado da recuperação do indivíduo (FLORES, 2011). Durante a aplicação do laser no modo pontual a área a ser tratada deve ser antecipadamente demarcada e coberta com um papel filme para evitar que a ponta da caneta encoste na superfície a ser tratada, pois nos casos de feridas abertas, úlceras e pós-cirúrgicos pode ocorrer a contaminação na lesão ou sua transferência para a caneta do laser (RAMIRES, 2012). O ato cirúrgico constitui uma agressão tecidual que, mesmo bem diferenciado, pode prejudicar a funcionalidade desses tecidos. Uma vez que o cirurgião e o paciente percebam os resultados de um tratamento adequado, a fisioterapia torna-se praticamente obrigatória e, assim, um complemento indispensável para o sucesso da cirurgia (FLORES, 2011). “A fisioterapia e suas modalidades terapêuticas nos permite tratar edemas drenando e descongestionando os tecidos, promovendo uma cicatrização mais rápida e de melhor qualidade” (MACEDO, 2010). “A aplicação do laser de baixa potência do tipo AsGaAl (880 nm) com densidades diferentes, reduziu o edema e a inflamação e contribuiu no processo cicatricial aumentando o número de fibras colágenas e elásticas” (RAMIRES, 2012). O principal fator agravante no período pós-operatório pode ser evitado com a utilização dos recursos fisioterapêuticos que a fisioterapia se faz valer, colaborando com o fluxo normal de sangue e linfa, diminuindo ainda mais o quadro edematoso e álgico que facilitará a reparação tecidual (FLORES, 2011). “O método varredura seve ser empregado nas alterações que buscam acelerar o processo cicatricial nas lesões dermatológicas, especialmente sobre úlceras de decúbito, diabéticas e a própria cicatriz cirúrgica” (RAMIRES, 2012). 10 Fonte: (SOARES, 2012) Imagem 02 – Sistema linfático O fator mais agravante e comum que deve ser prevenido é a formação de aderências, pois do contrário irão impedir o fluxo normal do sangue e linfa que por seguinte aumentará ainda mais o quadro edematoso do paciente retardando sua recuperação (MACEDO, 2010). São considerados elementos lentificadores durante o processo de reparação tecidual àqueles que prolongam a resposta inflamatória e por consequência retardam a cicatrização da lesão, são eles (GONÇALVES, 1998): Presença de infecção, fístulas, abcessos, sinus e/ou corpos estranhos; Isquemia, alterações da viscosidade e perfusão sanguíneas; Alterações na drenagem do tecido lesado; Traumas repetidos e recorrentes, causando sítio de lesão que pode retornar à fase inflamatória; Manejo inapropriado da ferida, como utilização de substâncias potentes e tóxicas aos fibroblastos e linfócitos humanos, como antissépticos, desidratação e quedas de temperatura durante a troca de curativos. “A fisioterapia pós-operatória tem entre outras funções a de prevenção de outro grave problema cirúrgico, a trombose venosa profunda” (SOARES, 2012). “No pós-operatório o momento da intervenção varia de acordo com a cirurgia e com o procedimento realizado. O tratamento para redução do edema feito por drenagem linfática é indicado para todas as técnicas cirúrgicas” (MILANI, 2005). No tratamento pós-cirúrgico ela vem sendo indicada pelos cirurgiões plásticos especialmente nos casos de dermolipectomia ou abdominoplastia, 11 visando a melhora significativa da textura da pele, ausência de nodulações fibróticas no tecido subcutâneo, redução do edema, alívio da dor, minimização de possíveis aderências teciduais, rapidez na recuperação das áreas com diminuição da sensibilidade em geral. Ou seja, possibilita a redução de complicações e acelera o retorno do paciente às atividades de vida diária (SOARES, 2012). “Em relação a laserterapia de baixa intensidade, estudos recentes têm demonstrado bons resultados como terapêutica de fácil e rápida aplicação, não-invasiva e efetiva” (GONÇALVES, 1998). METODOLOGIA O estudo consta de uma revisão bibliográfica baseada em artigos de revisão, publicados pela Scielo e Pubmed, em língua portuguesa, no período de 0000 a 0000. Também foram consultadas revistas científicas, livros em acervo próprio, bibliotecas públicas e privadas. Dos materiais pesquisados procuramos extrair um conteúdo relacionado aos efeitos que o laser e o ultrassom proporcionam no tratamento das alterações pósoperatórias da abdominoplastia. A elaboração do cronograma da pesquisa se deu do mês de Maio de 2014 a Setembro de 2014. A fonte usada para a confecção do artigo foi a Times New Roman, tamanho da fonte 12 e espaçamento simples ao que pede as normas técnicas da instituição. RESULTADOS E DISCUSSÃO “Com o crescente interesse por um corpo tão sonhado e por padrões de beleza estipulados pela sociedade, muitas mulheres e homens buscam cirurgias plásticas como forma rápida, eficaz e sem tanto esforço para se manter dentro dos padrões de beleza” (SOARES, 2012). Existe uma escasso acesso a especialidade dermato funcional no sistema público de saúde, o que irá gerar um obstáculo para a população mais carente e assim dificultando ao profissional sua expansão ao que concerne a traçar o perfil populacional que necessita deste tipo de atendimento (TACANI, 2009). Os tópicos mais importantes para a realização da avaliação do paciente pós operado é o reconhecimento dos problemas e cirurgia, identificação do tipo e a profundidade dos tecidos envolvidos, a natureza da patologia, o estágio da cicatrização, reconhecimento de quaisquer contraindicações ao uso das modalidades de tratamentos (MACEDO, 2010). É nítido a relação entre o tempo de recuperação no pós-operatório de quem recebe um tratamento pós-operatório por um profissional fisioterapeuta com os que não recebem este tipo de tratamento, uma vez que irá influenciar numa recuperação mais saudável e menos doloroso e até mesmo de interferir no resultado da cirurgia (SOARES, 2012). Podemos observar de acordo com estudos anteriores, que quando os recursos fisioterapêuticos quando bem utilizados, podem diminuir o tempo de repouso do paciente, restaurando sua função e o devolvendo para suas atividades de vida diária o mais rápido possível (FLORES, 2011). Em estudos anteriores ficou comprovado a eficácia da utilização do ultrassom como terapia adjuvante no processo cicatricial (GONÇALVES, 1998). A busca pela beleza e pela longevida são objetivos almejados pela humanidade ao longo dos séculos. A partir do surgimento do conceito de saúde como o completo bem-estar físico, psíquico e social e não apenas a 12 ausência de doença, é possível compreender qua a patologia estética representa uma ameaça à integridade emocional do indivíduo, resultante da alteração do esquema e da imagem corporal e, consequentemente, da sua autoestima (FLORES, 2011). O primeiro passo a ser tomado em relação ao tratamento fisioterapêutico no póscirúrgico é o reconhecimento de todas e/ou quaisquer alterações que o paciente possa ter apresentado decorrente da cirurgia (MACEDO, 2010). “O abdômen tem como uma das funções o contorno corporal estético e suas alterações provocam desconforto e prejuízos sociais e psicológicos importantes” (SOARES, 2012). “O completo sucesso da cirurgia plástica depende ainda da participação do paciente, com a associação de dietas, atividade física e alterações em seu modo de vida” (MILANI, 2005). A fisioterapia dermato-funcional, de acordo com as resoluções COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) 80 e 362, atua na prevenção, promoção e recuperação do sistema tegumentar. Está fundamentada em conceitos científicos sólidos e muito bem contribuído nos períodos pré e pós-operatório, prevenindo e/ou tratando as respostas advindas das intervenções cirúrgicas (FLORES, 2011). É certo que, o ultrassom terapêutico sobre o processo inflamatório e a reparação tecidual, tem a capacidade de potencializar ou inibir a atividade inflamatória dependendo da geração de radicais livres nos tecidos (GONÇALVES, 1998). “A eficiência de uma cirurgia plástica, no entanto, não depende somente do planejamento do período relacionado ao ato cirúrgico” (FLORES, 2011). “Ao se optar por realizar uma cirurgia plástica, é necessário que a pessoa tenha consciência dos cuidados que devem ser tomados no pós-operatório e de possíveis complicações que podem ocorrer nesse período” (MACEDO, 2010). “De importância fundamental o fisioterapeuta tem no pós-operatório imediato, prevenindo e/ou tratando as respostas das intervenções cirúrgicas e atuando na ansiedade pós-operatória” (SOARES, 2012). Medidas compressivas podem ser adotadas para prevenir ressecamentos cutâneos, não esquecendo que em casos de hipertrofia cicatricial a manipulação excessiva pode e irá agravar seu processo (MACEDO, 2010). “O atendimento de um profissional de saúde é muito importante, pois impede futuras complicações e sequelas comprometendo o processo da cirurgia ao qual o paciente foi submetido” (SOARES, 2012). Apesar das inúmeras modalidades de tratamento fisioterapêutico no pós-operatório, não há um tratamento definitivo para as principais alterações que ocorrem durante esse processo (GONÇALVES, 1998). O contato entre o fisioterapeuta e o cirurgião plástico é essencial para promover um resultado cirúrgico bem sucedido necessitando do conhecimento, não só do cirurgião como também do fisioterapeuta sobre a técnica da cirurgia e da fisiopatologia do pós-operatório planejando, assim, um tratamento adequado e diminuindo as intercorrências (SOARES, 2012). Um fato que carece atenção é o desconhecimento de alguns médicos acerca da potencialidade da recuperação do paciente que é submetido ao tratamento pósoperatório com fisioterapeutas especialistas em dermato funcional, uma vez que estarão prevenindo e tratando muitas complicações advindas da técnica cirúrgica (FLORES, 2011). 13 CONCLUSÃO Esta pesquisa permitiu uma compreensão acerca da atuação do fisioterapeuta no pósoperatório da cirurgia plástica de abdominoplastia com ênfase na utilização do laser e do ultrassom como adjuvantes no tratamento. Mediante a temática proposta destacamos a atuação da revisão bibliográfica como contribuinte favorável para o conhecimento, facilitação e elucidação deste artigo científico. A mídia é um fator importante ao que concerne apresentar padrões de beleza cada vez mais rígidos em relação à “perfeição”, deste modo novas propostas e métodos de tratamento estão sendo pesquisados e lançados no mercado. A dermato funcional é um ramo da fisioterapia que tem evoluído relativamente rápido em relação às outras especialidades que o fisioterapeuta pode optar por exercer, sendo um ponto positivo para a classe como um todo. Podemos afirmar que a intervenção fisioterapêutica atuando no pós-operatório da abdominoplastia reduz significativamente a resposta do tempo cicatricial, edemas, processos inflamatórios comuns da cirurgia, é eficaz na drenagem tecidual, condições agudas e crônicas entre muitas outras. Em relação às complicações que geralmente afetam os pacientes que passam por esse procedimento cirúrgico e que podem ser tratadas com êxito pela fisioterapia dermato funcional podemos citar deiscências, seromas, fibroses, infecções na cicatriz cirúrgica, hematomas, necrose de retalho abdominal, epidermólise, assimetrias e retrações. Finalizando, podemos concluir que os objetivos da pesquisa foram alcançados mesmo com toda a escassez de referências bibliográficas que norteiam o tema apresentado. O que pode ser motivador e gerador de novas temáticas elevando o nome da fisioterapia nesta modalidade de tratamento. Referências ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1999. BAUMANN, L. Dermatologia cosmética princípios e práticas. Rio de Janeiro: Revienter, 2004. BAYNES, J.; DOMINICKZAC, M. Bioquímica médica. São Paulo: Artes Médicas, 2000. BORGES, F. S. Dermato Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. FLORES, Alice. Análise descritiva do encaminhamento médico a tratamentos fisioterapêuticos dermato-funcional nos períodos pré e pós-operatório de cirurgias plásticas cosméticas. São Paulo, 2011. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/analise_descritiva_encaminhamento_medico_tratamentos_cirurgi a_plastica.pdf>. Acesso: 10 Set 2014. GONÇALVES, G. Fisiopatologia da reparação cutânea: atuação da fisioterapia. Rev. Bras. Fisiot. Vol. 3, No. 1. São Paulo, 1998. GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. São Paulo: Manole, 2004. GUYTON, A. C. Fisiologia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. KUHNEN, Ana Paula. Efeitos fisiológicos do ultrassom terapêutico no tratamento do fibro edema gelóide. Santa Catarina, 2010. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana%20Paula%20Kuhnen.pdf>. Acesso: 15 Set 2014. MACEDO, Ana Carolina Brandt. A atuação da fisioterapia no pré e pós-operatório da cirurgia plástica corporal: uma revisão de literatura. Curitiba, 2010. Disponível em: <http://apps.unibrasil.com.br/Revista/index.php/saude/article/viewFile/497/418>. Acesso 11 Set 2014. MENEZES, Raphelle Curtinaz. Ultrassom no tratamento do fibro edema gelóide. Revista Inspirar, Volume 1, 2009. Disponível em: <http://www.inspirar.com.br/revista/wpcontent/uploads/2010/04/revista_cientifica_inspirar_edicao_1_2009.pdf#page=11>. Acesso: 17 Set 2014. MILANI, Giovana Barbosa. Fundamentos da fisioterapia dermato-funcional: revisão de literatura. São Paulo, 2005. Disponível em: < http://scholar.google.com.br/scholar?q=artigos+cientificos+sobre+laser+em+dermato+funcional&hl=pt- 14 BR&as_sdt=0&as_vis=1&oi=scholart&sa=X&ei=Mk8BVLnIMMfu8AG93oGgDQ&ved=0CBoQgQMw AA >. Acesso: 22 Ago 2014. MOREIRA, Juliana Aparecida Ramiro. A fisioterapia dermato-funcional no tratamento de estrias: revisão de literatura. Revista Científica da UNIARARAS v. 1, n. 2. São Paulo, 2013. OLIVEIRA, Marlene dos Santos. Elaboração de um modelo para a implantação de um programa de fisioterapia dermato-funcional com laserterapia para o atendimento na rede SUS para adolescentes com cicatriz de acne. Manaus, 2012. Disponível: < http://www.portalbiocursos.com.br/artigos/dermfuncional/30.pdf >. Acesso: 28 Ago 2014. RAMIRES, Rossinê Carvalho. Os efeitos do laser no tratamento de úlcera de decúbito – Revisão bibliográfica. Manaus, 2012. Disponível em: <http://www.portalbiocursos.com.br/artigos/ortopedia/79.pdf>. Acesso: 15 Set 2014. ROBBINS, S. L.; KUMAR, V.; CONTRAN, R. S. Patologia estrutural e funcional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. SAMPAIO, S.; RIVITTI, E. Dermatologia. São Paulo: Artes Médicas, 2001. STEVENS, A.; LOWE, J. Histologia humana. São Paulo: Manole, 2001. SILVA, Rodrigo Marcel Valentim. Avaliação da fibrose cicatricial no pós-operatório de lipoaspiração e/ou abdominoplastia. Rio Grande Do Norte, 2014. Disponível em: <http://repositorio.unp.br/index.php/catussaba/article/view/554/456>. Acesso: 12 Set 2014. SOARES, Rafaella Galdino. Drenagem linfática manual como coadjuvante no pós-operatório de abdominoplastia. Revista Presciência, 2012. Disponível em: <http://www.faculdadesaomiguel.com.br/saomiguel/Presciencia5A.pdf#page=70>. Acesso: 25 Ago 2014. TACANI, Pascale M. Perfil clínico dos pacientes atendidos em fisioterapia dermatofuncional na clínica da Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS. São Paulo, 2009. Disponível em: <http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/300/132>. Acesso em: 12 Set 2014. ZAMPRONIO, Franciele Pereira Castro. Atuação da fisioterapia dermato-funcional nas disfunções estéticas decorrentes da gravidez. Rio Grande do Sul, 2012. Disponível em: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/498/ARTIGO-posfisioterapia-dematofuncional.pdf?sequence=1>. Acesso: 20 Ago 2014.