COMUNICAÇÃO
ENTRE DOIS
MUNDOS
Espírito: EDUARDO
Médium: Célia Xavier de Camargo
COMUNICAÇÃO
ENTRE DOIS
MUNDOS
1ª edição
10.000 exemplares
Setembro de 2004
Capa
Fotos: Otávio Graziosi
Arte final: Beato Ten Prenafeta
Casa Editora O Clarim
(Propriedade do Centro Espírita O Clarim).
Fone: (0XX16) 3382-1066 – Fax: (0XX16) 3382-1647
C.G.C. 52313780/0001-23 - Inscr. Est. 441002767116
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COMUNICAÇÃO ENTRE DOIS MUNDOS
Dados para catalogação na editora
133.91
Camargo, Célia Xavier de (médium psicógrafa)
Eduardo (espírito)
COMUNICAÇÃO ENTRE DOIS MUNDOS
1ª edição: Setembro/2004 – 10.000 exemplares
Matão/SP: Casa Editora “O Clarim”
168 páginas – 14 x 21 cm
ISBN 85-7357-070-9 CDD – 133.9
Índice para catálogo sistemático:
133.9
133.901
133.91
133.92
133.93
Espiritismo
Filosofia e Teoria
Mediunidade
Fenômenos Físicos
Fenômenos Psíquicos
Impresso no Brasil
Presita en Brazilo
AGRADECIMENTOS
A Editora agradece a valiosa colaboração que nos permitiu a
edição desta obra:
Revisão: Ivan Costa
Joaquim Norberto de Camargo
Paulo César de Camargo Lara
E aos nossos funcionários.
Casa Editora O Clarim
– Setembro de 2004 –
Índice
PALAVRAS DO AUTOR ESPIRITUAL............................................ 11
1 - COMO TUDO COMEÇOU...........................................................14
2 - O GRUPO.......................................................................................18
3 - O MÉDIUM....................................................................................22
4 - TEMOR..........................................................................................26
5 - PROBLEMA DE CONSCIÊNCIA.................................................30
6 - PREPARATIVOS...........................................................................34
7 - O DIA DA REUNIÃO....................................................................38
8 - APRENDIZADO I..........................................................................42
9 - APRENDIZADO II........................................................................45
10 - SINTONIA....................................................................................51
11 - SOLIDARIEDADE......................................................................57
12 - PONTUALIDADE.......................................................................61
13 - REPOUSO NOTURNO...............................................................66
14 - CONCENTRAÇÃO.....................................................................70
15 - RECONCILIAÇÃO COM OS ADVERSÁRIOS........................74
16 - IMPORTÂNCIA DAS TAREFAS................................................79
17 - O MÉDIUM E A OBSESSÃO.....................................................84
18 - INFLUENCIAÇÃO ESPIRITUAL — FASCINAÇÃO I............90
19 - INFLUENCIAÇÃO ESPIRITUAL — FASCINAÇÃO II...........96
20 - OBSESSÃO — OUTRAS FACETAS........................................102
21 - FORÇA MORAL........................................................................109
22 - CARIDADE EM CASA............................................................. 116
23 - TEORIA E PRÁTICA................................................................120
24 - ABORDAGEM ESPIRITUAL...................................................125
25 - EQUIPAMENTO MEDIÚNICO................................................132
26 - FALAR DEMAIS.......................................................................137
27 - DIFICULDADES NA EXISTÊNCIA........................................142
28 - ORAÇÃO, FONTE DE LUZ.....................................................146
29 - O PODER DA PRECE...............................................................151
30 - EVANGELHO NO LAR............................................................158
31 - FÉ INABALÁVEL.....................................................................161
PALAVRAS DO
AUTOR ESPIRITUAL
Difícil descrever o sentimento de satisfação íntima que se apossa de nós ao concluirmos uma tarefa. É justa essa euforia, à qual
acrescentamos nossa gratidão por toda a ajuda recebida.
Julgo importante consignar que este trabalho é produto de uma
equipe, competindo-me utilizar as faculdades da médium para
transmitir o texto aos encarnados como o intérprete das idéias do
grupo, o que efetivamente ocorreu de 21 de novembro de 2001 até
esta data, ininterruptamente.
Sem pretensões literárias, espero que estas páginas possam
ser de alguma utilidade para aqueles que vierem a ler a obra,
especialmente para os irmãos com tarefas específicas na área da
mediunidade com Jesus.
O tema é extenso e árduo, mas extremamente gratificante para
os que adentram sua realidade e o estudam em profundidade.
Anotamos alguns dos problemas que surgem mais amiúde nos
agrupamentos do gênero, adicionando algo das nossas experiências
e procurando tornar a leitura o mais simples e agradável possível.
Certamente, é infindável a extensão dos temas e das dúvidas
suscitadas pela vivência mediúnica. Nossa intenção não foi esgotar
o assunto, que é muito vasto, mas tão-somente enfocar alguns itens
que julgamos de interesse para os encarnados. Mesmo porque, com
o avanço do conhecimento e da ciência, surgem novas técnicas e
recursos para auxiliar a melhoria das atividades, os quais devem
ser utilizados, desde que não se afastem da pureza doutrinária e
passem pelo crivo da razão.
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Basta nos lembrarmos de como era a Doutrina Espírita nos seus
primórdios. O movimento era pequeno, restringindo-se a alguns
denodados companheiros de Kardec. As dificuldades, problemas e
obstáculos que tiveram de enfrentar certamente fariam desanimar
outros menos corajosos e perseverantes.
Na atualidade, o Espiritismo progride a passos largos — o
movimento é extenso e atuante. Obviamente há problemas, mas
isso é normal numa doutrina tão nova. Em relação à mediunidade,
não é diferente. Necessários ajustes, em que o entendimento, a cooperação e a solidariedade entre os grupos auxiliariam sobremaneira,
especialmente no sentido de expulsar a incredulidade e o fanatismo
que campeiam na sociedade.
A Doutrina Espírita não tem hierarquia nem cabeça dirigente; todos os agrupamentos são livres para tomar suas decisões.
O movimento é essencialmente democrático em suas bases, pois
as sociedades aderem voluntariamente aos órgãos federativos,
os quais têm a função de uni-las e orientá-las. Não obstante, elas
continuam livres para tomar suas decisões, visto que não há
interferência em suas atividades. Em virtude disso, ocorrem
falhas, abusos, enxertos, incoerências, desvirtuamento das idéias
em relação aos postulados da Codificação Kardequiana, e tantos
outros problemas.
Todavia, consideramos que tudo isso faz parte do progresso,
tanto dos Espíritos encarnados, como individualidades, quanto do
próprio movimento espírita que integram. Com o tempo, as consciências se esclarecem, as coisas se ajeitam, os grupos progridem
e o Espiritismo avançará firme rumo a um porvir glorioso.
Quero deixar aqui registrado o meu apreço a todos os que laboram espontaneamente na seara espírita, em quaisquer atividades
que se disponham a servir. Notadamente, porém, aos médiuns,
anônimos trabalhadores do bem, que sofrem pressões intensas,
que se doam em benefício do próximo, em renúncias extremas
ignoradas pela maioria.
Célia Xavier de Camargo/Eduardo
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Aos que trabalham na seara de Jesus sem outro móvel senão
a caridade, o meu carinho e o dos demais componentes da nossa
equipe.
A minha eterna gratidão a todos os que colaboraram para que
esta obra pudesse ser escrita:
l aos companheiros encarnados.
l aos amigos desencarnados que compartilham das nossas
experiências.
l aos nossos maiores, que nos orientam e inspiram.
l a Maria de Nazaré, nossa Mãe dos Aflitos.
l a Jesus, Companheiro e Amigo de todas as horas.
Finalmente, a Deus, nosso Pai e Criador, sem o qual nada existiria.
Muita paz.
Pela equipe espiritual,
Eduardo
Rolândia, 11 de junho de 2003.
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1
COMO TUDO COMEÇOU...
“Pois somos cooperadores de Deus.” – Paulo (I Coríntios, 3:9.)
O desejo de escrever sobre mediunidade vinha amadurecendo em meu íntimo. As dificuldades que encontrávamos nesse
campo, os obstáculos que se interpunham às nossas atividades,
que poderiam ser facilmente contornados e até eliminados,
favoreciam em muito o nosso objetivo. Além disso, a ressaltar,
as infinitas facetas do intercâmbio entre os dois mundos — fascinantes e encantadoras —, que instigam a curiosidade e que, ao
mesmo tempo, não deixam de emocionar. Tudo isso me passava
pela mente, despertando-me o interesse e a vontade de aprofundarme no assunto.
Participamos ativamente de um trabalho mediúnico há pelo
menos dez anos e, nesse período, acumulamos alguma experiência que gostaríamos de repassar aos nossos irmãos da Terra que
também se interessam pelo tema.
Iniciamos nossas atividades com um grupo mediúnico específico, por sentirmos a necessidade dessa tarefa e pelo amadurecimento da equipe do plano material, conforme descrito no livro
“Céu Azul”, de César Augusto Melero. No decorrer do tempo, as
coisas foram mudando, se adequando, amadurecendo. A equipe
encarnada igualmente se alterou, com a saída de alguns membros
e entrada de outros, mas as finalidades continuaram as mesmas.
Célia Xavier de Camargo/Eduardo
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Como não poderia deixar de ser, também do nosso lado aconteceram muitas mudanças. Alguns componentes do nosso grupo
partiram para outras ocupações não menos interessantes, e outros
vieram engrossar nossas fileiras, acrescentando dinamismo e dedicação, responsabilidade e desejo de servir.
Reunido com os amigos, certo dia, conversávamos em nossa
casa, aproveitando momentos de lazer. O companheiro Marcelo
estava com seu trabalho bem encaminhado — obra que depois foi
publicada com o título de “Erros e Acertos” —; portanto, era preciso
programar a próxima atividade do nosso grupo. Vários assuntos
estavam em pauta, igualmente relevantes, quando alguém sugeriu:
— Por que não a mediunidade?
A sugestão caiu como uma luva, representando o pensamento geral.
— Sim, por que não? — concordou o Paulo. — É tema que
desperta o interesse das pessoas e que nem sempre é encarado
com seriedade.
— Além disso, temos experiência própria e casos interessantes
para narrar — acentuou César Augusto.
Com a aquiescência dos demais, ficou decidido que levaríamos
a sugestão para o próximo encontro com nosso orientador, o que
aconteceria dois dias depois.
Essas reuniões têm por finalidade especificamente o estudo e
análise do material psicográfico que será transmitido para a Terra e,
posteriormente, se for o caso, transformado em livros que possam
ser de alguma utilidade e ajuda aos encarnados. Assim, expusemos
o assunto ao Henrique, coordenador desse projeto na ocasião.
Ele achou a idéia boa, com condições de ser aproveitada, acrescentando:
— Inúmeras obras existem no mundo tratando desse tema.
Todavia, considero que nunca é demais, pela ignorância que
campeia, pela necessidade e sede de informações das pessoas em
geral. Sempre poderemos falar sobre o mesmo assunto de forma
diferente e acrescentando valores novos.
COMUNICAÇÃO ENTRE DOIS MUNDOS
15
Fez uma pausa, fitando a cada um de nós.
— Antes de analisarmos melhor, de refletirmos sobre o que
será enfocado, é necessário decidir: quem se responsabilizará pela
execução desse projeto?
Bem, é preciso deixar claro uma coisa. Sempre que enviamos
um livro que será editado na Terra, a responsabilidade é do grupo.
Não é um trabalho individual. Alguém se encarrega de transmitir
as idéias da equipe espiritual, vestindo-as com suas palavras e sua
maneira de ser, mas a responsabilidade é de todos, porque todos
participam. Isso já foi deixado claro em outras obras do nosso
grupo, mas nunca é demais repetir.
Portanto, a pergunta de Henrique tinha razão de ser.
— O Eduardo. Foi ele que teve a idéia e também o que, dentre
nós, tem as melhores condições de escrever — sugeriu o Padilha.
O amigo Padilha referia-se ao fato de que todos nós ali reunidos
tínhamos pretensão de ser escritores. Todos gostávamos de colocar
no papel nossas idéias e submetê-las ao coordenador do grupo.
Por isso, imediatamente retruquei:
— É verdade, sim, que tenho procurado amadurecer a idéia da
mediunidade. Interesso-me pelo assunto e venho estudando desde
algum tempo. Todavia, não concordo que tenha mais condições
para escrever. Qualquer um de nós aqui poderia fazê-lo. Além disso, não contamos com o apoio da equipe e as orientações de
Henrique?
Com sua maneira tranqüila de ser, Márcio Alberto ponderou:
— O Marcelo está em trabalho ativo no momento. O César
Augusto acaba de entregar uma obra ao público terreno. Logo, é
a sua vez.
Antes que eu pudesse retrucar novamente, os demais apoiaram
a sugestão com alegria e descontração.
Henrique sorriu, fazendo gesto com os braços.
— Concordo com eles, Eduardo. Será você o nosso porta-voz
para os encarnados nesse próximo livro.
Célia Xavier de Camargo/Eduardo
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Abrindo os braços, num gesto largo e característico, acatei a
decisão do grupo:
— Só me resta aceitar o encargo que me é colocado sobre os
ombros e agradecer a oportunidade de servir. Não se esqueçam,
porém, de que conto com todos.
Após conversarmos mais um pouco, agora analisando aspectos
do livro do Marcelo, encerramos a reunião com uma prece a Jesus,
gratos pelas infinitas bênçãos que nos tem proporcionado através
do tempo.
Foi dessa maneira que me tornei o responsável pelos textos
que, de ora em diante, passo a transmitir. Com muita humildade,
porque considero que somos todos cooperadores de Deus, como
nos assevera Paulo, na imensa tarefa de espantar as trevas para que
a luz se faça no coração das criaturas.
Todos temos condições de ser servidores na grande obra da
implantação do Reino de Deus na face da Terra, auxiliando na
extinção do mal que ainda campeia, através do cultivo do bem.
Que o Senhor da Vida nos abençoe e nos ampare sempre, proporcionando-nos as condições necessárias para fazermos o melhor.
Eduardo
Rolândia, 21 de novembro de 2001.
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