Síntese do Relatório Junho / 2010 Introdução ............................................................................... 4 Dados do Setor Elétrico Brasileiro ...................................... 5 Comentários ........................................................................ 23 Proposições ......................................................................... 38 Glossário .............................................................................. 39 A Fundação COGE - Fundação Comitê de Gestão Empresarial - foi constituída em 05.11.98 por 26 empresas do Setor Elétrico Brasileiro, visando ao desenvolvimento institucional das mesmas e conta, atualmente, com 67 empresas Instituidoras / Mantenedoras: AES SUL AES TIETÊ AES URUGUAIANA AMAZONAS AMPLA BANDEIRANTE BOA VISTA BRAGANTINA – EEB BROOKFIELD CCEE CEA CEAL CEB CEB LAJEADO CEEE CELESC CELG D CELPA CELPE CELTINS CEMAR CEMAT CEMIG CEPEL CEPISA CERR CERAN CERON CESP CGTEE CGTF CHESF CHESP COELBA COELCE COPEL CORUMBÁ COSERN CPFL ENERGIA CPFL LESTE PAULISTA CPFL SANTA CRUZ CTEEP DMED DMEE DUKE EDP ESCELSA ELEKTRO ELETROACRE ELETROBRAS ELETRONORTE ELETRONUCLEAR ELETROPAULO ELETROPAR ELETROSUL ELFSM EMAE ENERGISA PARAÍBA ENERGISA SERGIPE ENERSUL EPE FURNAS ITAIPU LIGHT ONS RGE SANTA CRUZ TRACTEBEL Representantes da Fundação COGE no Sistema de Promoção da Segurança do Trabalho e da Saúde no Setor Elétrico Brasileiro Presidente MARCO ANTONIO RODRIGUES DA CUNHA Vice-Presidentes JORGE NUNES DE OLIVEIRA ARMANDO SHALDERS NETO Diretor Superintendente EDUARDO DE SOUZA PEREIRA Gerente de Segurança e Saúde CESAR VIANNA MOREIRA Quadro Geral Evolução dos Indicadores Taxas de Acidentes das Empresas – Empregados Próprios Taxas de Acidentes das Empresas - Força de Trabalho (empregados próprios e de contratadas) Empresas predominantemente Distribuidoras - Até 500 empregados em sua Força de Trabalho CAIUA CEAL CERTAJA ENERGIA CFLO CHESP CNEE COCEL CPFL JAGUARI CPFL LESTE PAULISTA CPFL MOCOCA CPFL SUL PAULISTA DME EDEVP EEB ELFSM ENERGISA BORBOREMA ENERGISA N FRIBURGO - De 501 a 2000 empregados em sua Força de Trabalho CEB CERON CPFL SANTA CRUZ ELETROACRE ENERGISA M GERAIS ENERGISA SERGIPE SULGIPE - Com mais de 2.000 empregados em sua Força de Trabalho AES – Eletropaulo AES – Sul AMPLA BANDEIRANTE CEEE-D CELESC DISTRIBUIÇÃO CELG DISTRIBUIÇÃO CELPA CELPE CELTINS CEMAR CEMAT CEMIG DISTRIBUIÇÃO CEPISA COELBA COELCE COPEL DISTRIBUIÇÃO COSERN CPFL - PAULISTA CPFL - PIRATININGA ELEKTRO ENERGISA PARAÍBA ENERSUL ESCELSA LIGHT RGE - Empresas predominantemente Geradoras / Transmissoras / Outras AES – MINAS AES – TIETÊ AES – URUGUAIANA AMAZONAS BAESA BROOKFIELD CEEE-GT CEMIG ENERGÉTICA CEMIG GER./TRASM. CEPEL CESP CGTEE CGTF CHESF COPEL GT CORUMBÁ CPFL -GERAÇÃO CTEEP DUKE ELETROBRAS ELETRONORTE ELETRONUCLEAR ELETROSUL EMAE ENERCAN FURNAS ITAIPU JURUENA SCGE TANGARÁ TRACTEBEL Acidentados Fatais Força de Trabalho 75 80 72 70 Típicos 60 Trajeto 50 Contratadas 40 30 20 10 0 7 7 3 2 No Setor Distribuidoras 1 0 3 Geradoras / Transmissoras / Outras Acidentados Fatais População 350 300 308 303 250 200 150 100 50 5 0 No Setor Distribuidoras Geradoras / Transmissoras / Outras Comentários 1 Introdução Este compêndio de estatísticas de acidentados, elaborado pela Fundação COGE desde 1999, conforme já destacado em anos anteriores, não se constitui, tão somente, num importante registro histórico do Setor Elétrico Brasileiro - SEB, mas sim numa ferramenta inestimável para a construção de um futuro melhor, mais produtivo e eficiente, buscando, ao apurar os resultados, avaliá-los e propor medidas preventivas e corretivas ao alcance das mais diversas empresas do setor, para a preservação do maior bem disponível em nosso planeta, o Ser Humano, a sua vida. No ano de 2010, o contingente de 104.857 empregados próprios do setor conviveu, no desempenho diário de suas atividades, com riscos de natureza geral e riscos específicos, registrando-se 741 acidentados do trabalho típicos com afastamento, acarretando, entre custos diretos (remuneração do empregado durante seu afastamento) e indiretos (custo de reparo e reposição de material, custo de assistência ao acidentado e custos complementares – interrupção de fornecimento de energia elétrica, por exemplo), prejuízos de monta para o Setor de Energia Elétrica, da ordem de centenas de milhões. 2 Impactos dos Acidentes 2.1 Em 2010 foram perdidas 558.824 horas em decorrência dos acidentes com lesão, que se comparadas com as 383.360 horas perdidas em 2009, mostram uma aumento de 46%, observando-se que o aumento de horas trabalhadas (3%), não acompanhou esse crescimento. Contudo, este valor continua bastante inferior (40%) ao valor de 925.984 horas de 2008. Esta quantidade de horas perdidas em 2010 equivale ao total de horas trabalhadas durante um ano de uma empresa do porte da ENERGISA BORBOREMA, ELETROACRE, CPFL SANTA CRUZ ou do DME. 2.2 Com base no estudo de Chiara J.F. de Paiva - apoiado na teoria de Heinrich e na Pirâmide de Bird - voltado à realidade dos acidentes no Brasil, que considera ainda os acidentes sem perda de tempo e os acidentes com e sem danos materiais, o custo dos acidentes no Setor Elétrico Brasileiro seria da ordem de: R$ 55.594.164,80. 2.3 Calculando o custo mínimo estimado com os acidentados de 2010, considerando-se as 558.824 horas de trabalho perdidas, obtemos o seguinte: Custo Mínimo Estimado – CME = 5 (dias perdidos* x salário médio/dia no setor) CME 2010= 5 x (69.853 x R$ 109,10) = R$ 38.104.811,50**. * dias perdidos = horas de trabalho perdidas (558.824) dividido pela carga horária diária de trabalho (8h/dia). ** hipótese conservadora uma vez que foi utilizado o multiplicador 5. A literatura técnica disponível indica que o custo indireto de um acidente pode variar de 5 a 50 vezes o seu custo direto. 2.4 Calculando o Custo Total Estimado – CTE2010= [50 x (69.853 x R$ 109,10)] na hipótese menos conservadora, considerando-se os acidentes sem perda de tempo e os acidentes com e sem danos materiais, o mesmo seria da ordem de R$ 381.048.115,00. 2.4.1 O Custo Total Estimado dos acidentes do trabalho com empregados próprios das empresas – R$ 381.048.115,00 – representa, por exemplo, o investimento necessário para a construção de 6 PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas de 30 MW cada, que poderiam atender a uma demanda de cerca de 750.000 habitantes. Esse custo representa o investimento em 6.570 km de Redes de Distribuição em média tensão – Spacer Cable. O Custo Total Estimado poderia representar, ainda, o montante aproximado necessário para a construção de 1.361 km de Linhas de Transmissão, em 230 kV, circuito simples, incluindo: levantamento topográfico, projeto de engenharia, materiais e construção. 2.4.2 Gráfico de Custo Total Estimado de Acidentes do Trabalho por Ano no Setor Elétrico Brasileiro 2.5 Os acidentes fatais, ao longo dos anos, têm como causas principais: queda, origem elétrica e veículos. Tais causas podem ser evitadas, especialmente as duas primeiras, que dependem exclusivamente do cumprimento de procedimentos técnicos de trabalho (planejamento da segurança no trabalho, observação das frentes de trabalho, procedimentos de trabalho escritos o passo a passo, treinamento da força de trabalho, além do compromisso gerencial, etc), elementos constantes do SGTS – Sistema de Gestão do Trabalho Seguro. Para tanto, é preciso priorizar ações nas atividades que tenham potencial de causar acidentes com consequências graves (fatais e incapacidade permanente total), ainda que eles não tenham ocorrido. Assim, o foco de atuação na gestão de segurança do trabalho deve ser desenvolvida ao longo da faixa de risco alto (cor vermelha) que percorre todas as camadas da pirâmide, conforme preconiza o SGTS. 3 Evolução dos Acidentes 3.1 Cumpre destacar que o Setor Elétrico Brasileiro registrou no ano de 2010 uma taxa de freqüência de acidentados próprios de 3,58, tendo mantido o mesmo valor que 2009. A tendência de melhoria deste indicador vem sendo continuada, representando a ocorrência de, menos de, 4 acidentados típicos por milhão de horas trabalhadas no setor. Esta performance já se aproxima da meta padrão anual (< 3,00) estabelecida para o SEB. 3.2 Lembramos, como sempre, a necessidade de um processo de melhoria contínua na Gestão da Segurança e da Saúde nas empresas do setor, a fim de que suas metas possam ser realmente atingidas e até mesmo superadas, dando-se ênfase às ações preventivas e/ou corretivas e às ações “pró-sociedade” do Ministério de Minas e Energia, da ELETROBRAS, do Ministério do Trabalho e Emprego, da ANEEL, dos sindicatos e de outros agentes que atuam na promoção da 3.3 segurança do trabalho e da saúde no SEB. Quanto à taxa de gravidade de acidentados das empresas, esta teve um pequeno aumento, passando de 238 em 2009 para uma taxa de gravidade de 337 em 2010, valor este que representa a segunda menor taxa de toda a série histórica do SEB. O aumento da taxa se deu em função da ocorrência de acidentes com consequência fatal nas empresas com atividades predominantemente Geradoras / Transmissoras, que em 2009 não tiveram acidentes fatais. Para a redução da taxa de gravidade, e, em se tratando de perdas de vidas, consideradas imensuráveis, deve-se buscar continuamente o recomendado nos itens 2.5 e 3.2. 3.4 A apuração dos acidentes com lesão sem afastamento vem sendo continuada, conforme pode ser observado no quadro abaixo: Relação entre Acidentados com Lesão com Afastamento e Acidentados com Lesão sem Ano 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Acidentados com Afastamento 1435 1241 1047 1059 985 1008 1007 840 906 851 781 741 Acidentados sem Afastamento 1023 1009 991 826 1050 964 1026 918 897 901 763 651 Relação 1,40 1,23 1,06 1,28 0,94 1,05 0,98 0,92 1,01 0,94 1,02 1,14 Em 2010, a relação aumentou, confirmando a necessidade de uma melhora na apuração dos acidentes sem afastamento, uma vez que esses acidentes deveriam ser em número bem maior que os acidentes com afastamento, conforme indicado nas pirâmides de acidentes. 3.5 Na análise de acidentes de empregado próprios com afastamento, observa-se que apenas 5,9% dos acidentes, foram de origem elétrica. Este valor representa uma pequena redução em relação ao ano anterior (2009) que era de 6,4%. Ainda na análise dos acidentes, verificamos que 7% das condições ambientes de insegurança que contribuíram para ocorrência dos acidentes, foram decorrentes de métodos ou procedimentos arriscados. Estes com uma pequena redução se comparados aos 10% em 2009. 3.6 As empresas com taxas de acidentes com a força de trabalho (empregados próprios e de contratadas) acima da média/mediana do Setor Elétrico Brasileiro, devem efetuar a análise e monitoramento do seu sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho e, se for o caso, redirecionar programas ou identificar novas ações, inclusive de comparação com as práticas bem sucedidas das empresas líderes de mesmo porte. 3.7 No que se refere aos acidentados de contratadas, num contingente de 127.584 empregados, permanece a necessidade destacada nos relatórios de 2001 a 2009, ou seja, de um esforço maior por parte das empresas contratantes no sentido da apuração sistematizada e mais rigorosa dos dados estatísticos e de ações efetivas para a sua efetiva prevenção. Os serviços terceirizados têm influência marcante nas taxas de acidentes do Setor Elétrico Brasileiro, especialmente na taxa de gravidade, tendo sido registrados um total de 75 acidentes com consequências fatais em 2010. Esse total representa o terceiro ano consecutivo de aumento nesse valor e o maior apresentado desde 1999. Se somado às 7 ocorrências de acidentados de consequência fatal com empregados próprios, teremos um total de 82 fatalidades, valor que representa o segundo maior na série histórica, ficando atrás apenas de 2006 (93). A Comissão Técnica do 7º SENSE recomendou que o 8º SENSE fosse quase que integralmente dedicado ao tema “Segurança de Contratadas”. Ao mesmo tempo a Fundação COGE, por meio do CSST, deverá impulsionar os trabalhos do CTESC – Grupo Técnico de Estudos de Segurança com Contratadas nos anos de 2011/2012. 3.8 A taxa de frequência: 4,68 dos acidentes típicos com afastamento das contratadas apresentou uma melhora em relação a 2009 (5,41), mas a taxa de gravidade de contratadas: 1.683 continua elevada e é superior às taxas de gravidade de acidentes com pessoal próprio registradas em todo o histórico do Setor Elétrico Brasileiro, ou seja, desde 1977 (época esta, em que a prevenção de acidentes no Brasil ainda era incipiente). Cumpre observar, especialmente, o processo de terceirização das atividades no setor e naquelas de maior risco, iniciado em 1995 e a necessidade de priorizar ações nas atividades que tenham potencial de causar acidentes com consequências graves como descrito no item 2.5. Vale ainda ressaltar a necessidade de uma ação educativa (treinamentos de eletricistas e encarregados) nas empresas contratadas conforme experiência bem sucedida no exterior, apresentada pela NJATC no 7º SENSE. Apesar disso, podemos ver no gráfico a seguir, uma tendência de redução contínua das taxas de acidentes das contratadas, em especial a de frequência, que pelo quinto ano consecutivo apresenta redução, totalizando uma queda de 3,96 pontos na taxa de frequência. 3.9 As principais causas dos acidentados fatais de contratadas em 2010 foram, pela ordem: Origem elétrica (45), Queda de Estrutura / Poste (10) e Utilização de Veículos (17) correspondendo a 96% do total. Os acidentados de origem elétrica representam 60% do total de acidentados fatais de contratadas, o que confirma a relação com a terceirização das atividades de maior risco e que os acidentes estão diretamente ligados aos processos de trabalho. 3.10 O esforço na apuração sistematizada dos acidentes com a população e na sua prevenção (campanhas, inspeções, etc.) ainda se faz necessário. Veja quadro-resumo abaixo: As principais “causas” destes acidentes em 2010 foram, pela ordem: Construção / Manutenção Civil 273, Veículo 84, Fio / Cabo energizado no solo 74 e Intervenções indevidas na rede 62, Antena de TV 45, Escalada / Corte / Poda de Árvore 41, Pipas / Papagaios 28, Eletricista particular rede/linha 21, correspondendo a 73% do total. 3.11 Quanto aos 308 acidentes fatais com população (36% do total), as principais “causas” variaram um pouco, em relação às causas do total de acidentes, destacando-se: Construção / Manutenção Civil 87, Fio / Cabo energizado no solo 29, Intervenções indevidas na rede 28, Veículo 26, Escalada / Corte / Poda de árvore 23, Antena TV 15, correspondendo a 68% do total. 3.11.1 Em 2010 foram registrados 858 acidentes com a população, resultando em uma média diária de 2,4 acidentes, sendo 0,8 de natureza fatal. Estes valores representam um aumento de 3% em relação aos acidentes totais (858) e de 7% dos acidentes fatais (288) de 2009. 3.11.2 Em 2001, para uma população de 172,3 milhões, foram registradas 330 mortes, ou seja, uma morte para cada 522 mil habitantes. Se esta relação tivesse sido mantida, a estimativa para o ano de 2010 (população de 192,8 milhões), seria um total de 369 mortes. Considerando que foram apuradas 308 mortes, podemos afirmar que, em 2010, foram "evitadas" 61 mortes. 3.12 A apuração das taxas de frequência: 2,55 e de gravidade: 5.419 dos acidentes com a população, possibilita uma melhor avaliação do problema no setor e indica que os dados devem ser melhor apurados se comparados com os demais indicadores de acidentes do setor 3.13 Em 2010, para cada morte por acidente do trabalho de empregado de empresa do Setor Elétrico Brasileiro, corresponderam cerca de 11 mortes de empregados de contratadas e 44 mortes envolvendo a população. Mostrando que os esforços para reduzir acidentes dos empregados próprios tem sido mais eficientes que nas contratadas e na população. 3.14 Em 2010, a Força de Trabalho das empresas (empregados próprios e de contratadas), apresentou taxas de frequência de 4,20 e gravidade de 1.104. Estes valores indicam uma pequena melhora na frequência e uma estabilidade na gravidade devido à redução de acidentes na Força de Trabalho. 4 Conclusões 4.1 A análise global dos resultados identifica os seguintes pontos: - a taxa de frequência de acidentados próprios com afastamento, afastamento manteve-se em 3,58, menor valor em uma década inteira, aproximando da menor taxa de frequência registrada na série histórica do setor, em 1999 (3,45); - As taxas de frequência e gravidade das contratadas, apresentaram os menores valores desde 2004, mas continuam elevados se comparados as mesmas taxas de empregados próprios. - Apesar da redução das taxas de frequência e gravidade das contratadas, o número de acidentes com consequência fatal de contratadas alcançou o maior valor (75) desde 2004. - Os acidentados da população continuam com a média próxima a um acidente fatal por dia, com um total de 308 acidentados fatais em 2010. 4.2 Cumpre ressaltar para nossa reflexão: “O trabalho com segurança e saúde consiste em projetos e atividades desenvolvidos e reformulados permanentemente, consolidados em práticas do dia-adia, traduzido em hábitos e não em atos. Portanto, aos que vêm alcançando resultados de excelência, o maior desafio é o da manutenção daqueles hábitos e da consequente melhoria contínua do desempenho empresarial.” 4.3 Conforme citado nos itens 3.7 e 3.8 há necessidade de um trabalho direcionado à Segurança de Contratadas no período de 2011/2012. Proposições Como parte do esforço conjunto visando à redução dos índices de acidentes no Setor de Energia Elétrica Brasileiro, a ELETROBRÁS e a Fundação COGE darão seguimento à promoção de ações conjuntas, em vários níveis: – Internacional • pesquisa e comparação de indicadores de desempenho em segurança e saúde de empresas de energia elétrica no exterior, no âmbito de atuação da Fundação COGE; • identificação e divulgação de práticas bem sucedidas adotadas por empresas elétricas. – Nacional • realização do 8º SENSE – Seminário Nacional de Segurança e Saúde no Setor de Energia Elétrica, em 2013; • continuidade e aprimoramento da premiação para projetos bem sucedidos de gestão da segurança e saúde no trabalho das empresas; • identificação e proposição de ações de divulgação periódica de segurança e saúde para o setor e o público em geral; • utilização de indicadores pró-ativos de segurança do trabalho envolvendo a força de trabalho das empresas. – Regional • planejamento e realização de workshops sobre estatísticas de acidentes, indicadores proativos e outros encontros sobre temas de interesse das áreas de segurança e saúde, bem como a criação de Grupos Técnicos de Estudos Específicos para o setor nessas áreas. • realização de cursos sobre estatísticas de acidentes para o setor elétrico. – Local • aprimoramento contínuo no sistema de coleta de dados estatísticos de acidentes e nos relatórios gerenciais. Glossário • • • • • • cerca superior ‐ É um limite que caracteriza que os valores situados acima do mesmo são discrepantes da massa de valores de uma determinada amostra. força de trabalho ‐ Força de trabalho consiste em considerar tanto os empregados próprios da empresa, bem como os empregados das contratadas como se fosse um só grupo de trabalho. média do setor ‐ É uma medida de centralidade calculada a partir do conjunto de valores observados (valores relativos de taxas de freqüência e gravidade) como se pertencessem a uma unidade geral, por exemplo, no setor elétrico, composto por diversas empresas, a média do setor o representa como se fosse uma única grande empresa. mediana ‐ É o valor de observação de posição central de um conjunto de eventos que compõem uma amostra. quartil ‐ Os quartis são valores que dividem os dados em 1/4 do tamanho total da amostra. O primeiro quartil Q1 tem 1/4 dos dados abaixo dele e 3/4 dos dados acima do mesmo. O segundo quartil Q2 é a própria mediana. O terceiro quartil Q3 tem 3/4 dos dados abaixo dele e 1/4 dos dados acima do mesmo. taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento ‐ Número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas‐homem de exposição ao risco, em determinado período. • taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento de contratada ‐ Número de acidentados com lesão com afastamento vezes um milhão, por horas‐homem de exposição ao risco (estimada como 2.000 vezes o número de empregados de contratadas), em determinado período. • taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento de força de trabalho ‐ Número de acidentados com lesão com afastamento de empresas mais contratados vezes um milhão, por horas‐ homem de exposição ao risco das empresas mais as horas das contratadas (estimada como 2.000 vezes o número de empregados de contratadas), em determinado período. • taxa de gravidade ‐ Tempo computado por milhão de horas‐homem de exposição ao risco, em determinado período. • taxa de gravidade de contratada ‐ Tempo computado (estimado como 6.000 x total de mortes + 500 x total de acidentados típicos graves + 30 x total de acidentados típicos leves) por milhão de horas‐ homem de exposição ao risco (estimada como 2.000 vezes o número de empregados de contratadas), em determinado período. • taxa de gravidade de força de trabalho ‐ Tempo computado da empresa mais o tempo computado das contratadas (estimado como 6.000 x total de mortes + 500 x total de acidentados típicos graves + 30 x total de acidentados típicos leves) vezes um milhão de horas‐homem de exposição ao risco da empresa mas as da contratada (estimada como 2.000 vezes o número de empregados de contratadas), em determinado período. Informações EQUIPE TÉCNICA ‐ Segurança e Saúde no Trabalho Cesar Vianna Moreira ‐ [email protected] Zilda Rodrigues da Silva ‐ [email protected] Marcelo Bouzas Barbosa Teixeira ‐ [email protected] Guilherme Pantaleão Adriano ‐ [email protected] Fundação COGE ‐ Gerência de Segurança e Saúde no Trabalho Av. Marechal Floriano, 19 – sala 1102 Centro ‐ Rio de Janeiro – RJ CEP 20080‐003 Tel ( 21 ) 3973‐8484 / Fax ( 21 ) 3973‐8485 e 3973‐8486 Home‐page: http://www.funcoge.org.br