SALVADOR, BAHIA - JUNHO DE 2008 - ANO IX
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INFORMATIVO
CONVÊNIO COM A PREVDONTO ESTÁ COMPLETANDO 5 ANOS
Desde junho 2003, quando o SINDESP-BA assinou um convênio de Plano Odontológico com a PREVDONTO, as empresas
associadas oferecem tratamento dentário de qualidade, com custo bastante reduzido, para seus empregados.
O convênio SINDESP-BA / PREVDONTO irá completar, no próximo mês, 05 anos, e, até a presente data, não foi registrada sequer
uma reclamação do plano, o que demonstra satisfação e eficiência dessa ação em benefício das suas associadas.
Além dos benefícios proporcionados aos empregados das empresas por essa parceria, a PREVDONTO comissiona o SINDESP-BA
pelos convênios firmados, o que não deixa de ser, também, um benefício para todos que integram esta entidade.
Registrada na Associação Nacional de Saúde ANS, sob n° 35.729-4, a PREVDONTO é a pioneira do segmento em nosso Estado e se
posiciona entre as dez maiores empresas do País, segundo dados da ANS. Possui ampla rede credenciada, com mais de 2.000 odontólogos em consultórios
particulares nas principais cidades dos Estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Brasília, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Norte e Sergipe.
A capacidade de oferecer uma variedade de planos odontológicos personalizados e de qualidade, atendendo às diferentes necessidades dos clientes
empresariais e seus colaboradores, fez com que a PREVDONTO conquistasse, no período de 2004 a 2007, ininterruptamente, o prêmio BEST OF MIND do
segmento.
As empresas associadas que ainda não oferecem esse benefício aos seus empregados ou que desejarem migrar para esse plano deverão entrar em contato
imediatamente com o SINDESP-BA.
“Além de oferecerem o melhor plano odontológico para seus empregados, as empresas que utilizam o plano PREVDONTO estão oferecendo recursos para o
crescimento da nossa entidade, que ainda tem muitas ações a realizar em prol das suas associadas”, afirmou Odair Conceição, presidente do SINDESP-BA.
SINDICATO DAS EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA DO ESTADO DA BAHIA
www.sindesp-ba.com.br
EDIÇÃO Nº 120
C
hegamos à edição de número 120! O leitor pode observar que o nosso Informativo, a cada número, ganha
mais modernidade e matérias que agradam não somente aos empresários e empregados do segmento de
segurança privada, como também aos contratantes e demais pessoas da sociedade que o recebem
gratuitamente em seus locais de trabalho e residências.
Nesta edição, apresentamos como matéria de capa a nossa associada PORTAL DE VIGILÂNCIA INTEGRADA,
uma empresa familiar, criada para atender aos contratantes de uma outra empresa, especializada em
segurança eletrônica do grupo SELTRON.
Temos, também, uma matéria contando a história, desde os seus primórdios até os nossos dias, do segmento de
Transporte de Valores (Carros-Fortes), que, certamente, surpreenderá nossos leitores pelas curiosidades da sua
trajetória. Complementando a edição, você encontrará a crônica que fala sobre a necessidade de nós,
brasileiros, acordarmos para não continuar aceitando a violência desenfreada, que insiste em crescer no Brasil,
e ainda a coluna Desvendando Salvador (focando o velho e já saudoso Estádio Octávio Mangabeira), além de
diversas notícias sobre o nosso segmento.
SEGURANÇA ELETRÔNICA PODERÁ TER LEGISLAÇÃO PRÓPRIA
O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança
Eletrônica do Estado da Bahia -SIESE-BA - Mauro
Freire de Carvalho Oliveira (foto), juntamente com o
diretor Odair Conceição, foi recebido em audiência pelo
Deputado Estadual Adolfo Menezes (PTB-BA), autor do
Projeto de Lei para criação de uma legislação própria
para o segmento de segurança eletrônica, a exemplo do
que ocorre na segurança privada através da Lei
7.102/83.
Nesse encontro, dentre outros assuntos, o presidente do
SIESE-BA, cobrou do parlamentar o andamento do
Projeto de Lei, tendo o mesmo informado que, no
próximo dia 30.05.2008, ele se reunirá com
parlamentares de outros partidos para avaliação do
projeto.
COMISSÃO DE SEGURANÇA APROVA NOVAS REGRAS PARA EMPRESAS DE SEGURANÇA ELETRÔNICA
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado aprovou, no último dia 7, substitutivo do deputado
Marcelo Itagiba (PMDB-RJ)(foto) ao Projeto de Lei 1759/07,
que regulamenta as empresas de sistemas eletrônicos de
segurança. O texto, aprovado pela comissão, torna mais
explícitas as atividades consideradas segurança eletrônica e
estabelece que os sócios e empregados das empresas não
poderão ter antecedentes criminais.
O substitutivo também cria duas fases para obtenção do
alvará de funcionamento. A primeira é a obtenção do
Certificado de Viabilidade de Funcionamento, que vai atestar
as condições técnicas da empresa e das filiais. Nessa fase, o
alvo é a capacidade operacional. A segunda é destinada à
apresentação de documentos legais, como o contrato social,
certidões negativas de registro criminal e de dívida com a
União, cópias das inscrições estadual e federal e
comprovantes de qualificação do corpo funcional.
A vistoria da empresa e a análise documental serão feitas por
órgão federal ou por estadual conveniado. Segundo o texto, a
emissão do certificado de viabilidade ficará ainda
condicionada ao pagamento de taxa de R$ 1 mil, mesmo valor
pago a cada vistoria, que ocorrerá de dois em dois anos.
Somente cumpridas as duas fases, é que a empresa poderá
prestar serviços de segurança eletrônica.
PORTAL DE VIGILÂNCIA INTEGRADA
“UM UNIVERSO DESENVOLVIDO PARA SUA SEGURANÇA”
O
empresário do ramo de segurança eletrônica, Lindomar Almeida
Souza, tinha a sua carteira de clientes composta, em sua grande
maioria, por instituições bancárias como BRADESCO, REAL e BANESE.
Essas organizações passaram a solicitar que sua empresa atendesse à
recomendação da Lei 7.102/83, que sugere o Monitoramento Eletrônico de
Alarme, exercido por empresa de vigilância com registro no Ministério da
Justiça.
Foi assim que Lindomar Almeida resolveu, então, fundar uma empresa de
segurança privada para atender, prioritariamente, a esses clientes de sua
empresa de monitoramento.
Em 15.05.2000, a PORTAL DE VIGILÂNCIA INTEGRADA foi inaugurada e, graças
ao espírito empreendedor de Lindomar Almeida e à qualidade dos serviços
prestados por sua nova empresa, a clientela foi aumentando. Atualmente,
atende a contratantes de diversos setores comerciais, bancários e
industriais.
A PORTAL DE VIGILÂNCIA INTEGRADA está sediada no município de Lauro de
Freitas, em sede própria, na Rua Dr. Barreto, 364 Jardim Aeroporto, com
telefones (71) 2107-1111 3378-9293 / fax (71) 2107-1113, além do seu
endereço eletrônico [email protected].
Possui o site www.seltronweb.com.br. O seu CNPJ tem o n° 03.809.782/0001-00. O Alvará
de Funcionamento foi concedido pelo Departamento de Polícia Federal, em 13 de setembro de 2000, através da Portaria n° 771, tendo recebido
o “Certificado de Segurança” original em 28.09.2000, sob n° 009615 SR/DPF/BA. Em 10.08.2007, renovou o certificado, que levou o n° 025790.
Cinco meses após sua regulamentação, em 17.10.2000, a PORTAL se filiou ao SINDESP-BA e ganhou o número de filiação 02.10.00.024.
Leiam na página 03
Fonte: Agência Câmara
Apoio a eletrônica
favoreceu crescimento
PORTUGUÊS NOTA 10
Os artigos assinados são de responsabilidade de seus
autores e não refletem necessariamente a opinião desteI
nformativo bem como a do SINDESP-BA - Sindicato das
Empresas de Segurança Privada do Estado da Bahia
INFORMATIVO DO SINDESP-BA
Tel.: (71) 3450-0411/3450-0563
FAX: (71) 3450-0458
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Presidente:
Odair de Jesus Conceição
Edição e Redação:
Uzel M. Duplat Neto
Fotos: Raimundo Freitas
Revisão Gramatical: Nota 10
Assessoria e Revisão de Textos
Revisão jornalística: RB
Comunicações
Diagramação: Guilherme Matos
SINDICATO DAS EMPRESAS
DE SEGURANÇA PRIVADA DO
ESTADO DA BAHIA
Profissionais dedicados garantem
baixa rotatividade
Pais e filho compõem uma diretoria
unida e competente
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DESVENDANDO SALVADOR
“TROPA DE ELITE”. SONHO DE UMA SOCIEDADE COM MEDO
O telefone tocou na casa de
um pequeno comerciante:
“Alô! É o Dr. César? Isso é
um seqüestro. Peguei seu
filho querido. E agora?”
Dizia um interlocutor
tranqüilo, com uma voz
pastosa e cruel. “Vamos
precisar de um milhão de
reais para devolver seu
herdeiro vivo”, continuou o
seqüestrador.
Do outro
lado da linha, um pai aflito,
coração disparado. Sente o
desespero e, principalmente, a
horrível sensação de impotência
total. Começam aí dias e dias de
aflição para uma família de
classe média.
Em um passado não muito
distante, esse tipo de crime só
acontecia com famílias de
grandes empresários e
industriais.
A cada dia que passa, crimes
terríveis e horrendos, como
esse, acontecem em quase
todas as classes na sociedade
brasileira.
Está explicado por que o filme
“Tropa de Elite” alcançou um
surpreendente sucesso,
batendo todos os recordes de
bilheterias, mesmo depois de
muitos brasileiros o terem
assistido através do recurso
também criminoso da
'pirataria'. O enorme sucesso do
filme mostrou, com cenas muito
próximas da realidade atual,
que a sociedade brasileira está
acuada diante da criminalidade;
já não se sabe mais aonde vai
parar tanta violência, que
acontece em todos os
segmentos e de maneira
diversa.
Isso nos faz sonhar com uma
Polícia cheia de tropas de elite,
com vários “Capitães
Nascimento”. Tropas corajosas,
compostas por homens bem
remunerados, que não se
deixariam corromper e bem
armados, enfim, capazes de
conter e punir criminosos
cruéis, com muito orgulho e
dedicação em defesa da
sociedade brasileira.
Mas chegou a hora de acordar.
Sabemos que existem “Capitães
Nascimento” 'adormecidos' em
nossa Polícia, só que o sistema
não lhes permite aflorar esse
lado heróico. Devemos lembrar
que nossas forças policiais não
recebem das autoridades
governamentais a atenção que
merecem. Nossos policiais não
dispõem de armas suficientes
p a ra e n f r e n t a r o ' c r i m e
organizado' (organizado ou
bem armado? Dá para acreditar
que existe 'organização' no
crime?), não possuem
remuneração justa para manter
sua família com dignidade, não
têm acesso aos meios de
comunicação modernos, apesar
de toda a tecnologia existente
na segurança eletrônica. Estão
também, esses bravos homens,
desamparados e precisando
esconder suas fardas nas
mochilas para não serem
identificados e mortos por
bandidos nas ruas e nos
transportes coletivos. Bandidos
que, no passado recente,
tremiam de medo só de ouvir as
sirenes das viaturas policiais.
Enfim, nossos policiais estão
totalmente despreparados para
realizar um trabalho preventivo.
Preventivo, porque de nada
adiantará a interferência de
uma unidade policial, por mais
bem preparada que seja, após o
crime ter acontecido.
Muitos dos leitores poderão
dizer: “Mas isso não acontece só
no Brasil”. Certo, lá fora
também existe criminalidade,
só que com uma grande
diferença: não há impunidade,
como aqui. Isso gera a
banalização do crime que,
juntamente com o tráfico de
drogas, abre caminho para
novos criminosos. Em outros
países, as leis são duras.
Existem e são cumpridas com
rigor, independentemente da
classe social, idade, destaque
político ou a fama do infrator.
N ã o v a m o s d e s a n i m a r,
entretanto. Vamos continuar
lutando para conseguir reduzir
essa violência e fazer a paz
voltar a reinar nas cidades,
como no tempo dos nossos
avós. Não esperemos pelas
autoridades. Esse não é
somente um problema delas.
É também de toda a
sociedade, que não se
deve deixar levar pela tentação
de comprar drogas,
materiais contrabandeados,
equipamentos piratas e até
mesmo 'inocentes' jogos de
azar, como bingo e jogo do
bicho. É preciso que todos
tenham em mente que toda
essa ilegalidade, mantida pela
própria sociedade, enriquece e
engrandece os grandes
criminosos que comandam
verdadeiros 'exércitos' de
malfeitores, matando,
roubando e viciando nossos
jovens, levando-os à morte
precoce, noticiada diariamente
na mídia brasileira.
Uzel Manélio Duplat Neto
Diretor - Superintendente do SINDESP-BA
U
m dos maiores monumentos
esportivos do País é o Estádio
Octávio Mangabeira,
conhecido em todo o Brasil
como FONTE NOVA.
Hoje, infelizmente, graças a uma grande
tragédia, virou mais uma atração turística
na capital baiana. Visitantes do interior do
Estado e de demais regiões do País
querem ver de perto e fotografar o local de
onde sete torcedores do E. C. Bahia
despencaram junto com um degrau da
arquibancada superior e perderam suas
vidas, justamente em um momento de
alegria e emoção pela ascensão do seu
time à segunda divisão do Campeonato
Brasileiro.
Mas, a FONTE NOVA tem uma bela
história que merece ser contada, por
A Fonte Nova nos
tratar-se de um local muito querido pelo
povo baiano.
DENOMINAÇÃO
No início da década de 50, o então Governador do Estado da Bahia, Octávio
Mangabeira, viu a necessidade do Estado em possuir um estádio que atendesse ao
esporte baiano, carente de um local para a prática esportiva. Construiu um grande
estádio para a época. O povo e os políticos baianos então resolveram homenageálo e colocaram o seu nome nessa tão festejada (pelos baianos na época) praça
esportiva.
Dessa forma, o estádio passou a se chamar Estádio Octávio Mangabeira. Como
fica localizado nas proximidades de uma secular fonte de água cristalina,
denominada de Fonte Nova, o povo baiano apelidou a praça esportiva de “Estádio
da Fonte Nova”. E, assim, ele ficou conhecido por todo o País.
INAUGURAÇÃO
Em 28 de janeiro de 1951, seis meses após o Brasil ter perdido, no Maracanã, a
Copa do Mundo de 1950 para o Uruguai, o próprio governador inaugurou, com
muita festa, o estádio, na época com capacidade para 30.000 pessoas.
Nesse dia, aconteceu um festival de futebol, na época conhecido como “Torneio
Início”, com jogos de curta duração, envolvendo os principais clubes que
disputavam o campeonato baiano, e que foi vencido pelo Esporte Clube Bahia.
O jogo inaugural foi entre as extintas equipes do Botafogo e do Guarany; o
Botafogo venceu por 1 x 0, gol marcado pelo jogador Nelson, tornando-se o
primeiro artilheiro do estádio.
CAPACIDADE DE PÚBLICO
No início da década de 70, o estádio já não comportava a grande afluência de
público, e o então Governador do Estado, Luis Viana Filho, o ampliou, com a
colocação de mais um anel de arquibancadas, aumentando em quase três vezes a
capacidade da Fonte Nova, que, oficialmente, passou a possuir 80.000 lugares.
Porém, já na sua reinaguração, houve superlotação, com a presença de 94.972
pessoas para assistir a um quadrangular onde a equipe do E. C. Bahia venceu o
Flamengo do Rio de Janeiro por 1 x 0 e o E. C. Vitória empatou com o Grêmio de
Porto Alegre por 1 x 1.
Foi no jogo E.C. Bahia 2 x 1 Fluminense do Rio de Janeiro, válido pelas semifinais
do Campeonato Brasileiro de 1988, vencido pelo próprio Bahia, que a Fonte Nove
obteve seu público recorde, com 110.438 ingressos vendidos.
Nos dias atuais, face à nova regulamentação da FIFA, a Fonte Nova teve sua
capacidade de público reduzida para 60.000 pessoas.
LOCALIZAÇÃO E DIMENSÕES
O Estádio Octávio Mangabeira se situa na Ladeira da Fonte das Pedras, próximo
ao Convento do Desterro, no bairro conhecido como Campo da Pólvora.
Trata-se de uma praça esportiva em um bairro central da cidade, o que facilita a
freqüência de torcedores, que utilizam as inúmeras linhas de transportes coletivos
que por ali passam e que cobrem toda a cidade.Seu campo de futebol possui as
dimensões máximas exigidas, medindo 110m x 75m.
De propriedade do Governo do Estado da Bahia, a Fonte Nova era utilizada por
todo e qualquer clube inscrito na Federação Baiana de Futebol, servindo também,
em regime de aluguel, para shows artísticos e movimentos religiosos.
OS MAIORES VENCEDORES
O E. C. Bahia, com 43 títulos, e o E.C. Vitória, com 24, foram os maiores
vencedores dos campeonatos estaduais disputados no estádio, sendo o BA x VI
considerado o grande clássico no torneio estadual, com mais de 300 edições,
regularmente levando grande público. Isso levou o Bahia a construir sua vantagem
seus melhores dias
histórica na estatística desse
grande clássico do futebol
brasileiro.
PALCO DE OUTROS EVENTOS
O Estádio Octávio Mangabeira
também já foi palco de outros
inúmeros eventos, não somente
esportivos como também
artísticos e religiosos.
Na década de 60, abrigava a
abertura e as provas de atletismo
dos Jogos Olímpicos Estudantis
da Primavera, evento de grande
apelação popular na época.
Depois vieram, além dos jogos de
futebol dos campeonatos de
futebol amador e profissional,
apresentações da Seleção
Brasileira de Futebol, com jogos
amistosos e também do torneio
eliminatório para a Copa do Mundo.
A Fonte Nova já abrigou, também, shows de artistas famosos e bandas. Lá cantaram
Roberto Carlos, Ivete Sangalo e outros. Em 1995, com a presença de 80.000 pessoas,
Daniela Mercury, Gilberto Gil, Sandy & Júnior, Margareth Menezes e Tatau fizeram um
show que virou CD e DVD, lançados pela MTV/Universal, tornando-se naquele ano os
mais vendidos da indústria fonográfica mundial.
A TRAGÉDIA
Foi no dia 27.11.2007, aos 43 minutos do segundo tempo do jogo E.C. Bahia x Vila
Nova, que aconteceu a grande tragédia que entristeceu o povo baiano. Uma parte dos
degraus da arquibancada superior do estádio não agüentou o peso e o entusiasmo da
torcida e desabou, derrubando vários torcedores de uma altura de, aproximadamente,
15 metros, o que causou a morte de sete deles.
No momento da queda, os jovens torcedores, entre 24 e 31 anos, comemoravam a
ascensão do Bahia à segunda divisão do Campeonato Brasileiro, junto a amigos e
parentes que, desesperados, assistiram a seus entes queridos morrerem sem nada
poder fazer.
Considerado como a segunda maior tragédia futebolística do País que se tem registro
(a pior foi no Estádio Albertão, no Piauí, em 1973, onde 08 pessoas morreram e mais de
300 ficaram feridas), o acidente da Fonte Nova foi manchete dos principais jornais do
País e serviu para mostrar à sociedade o quanto essa tão importante praça esportiva
estava abandonada pelas autoridades.
O FUTURO
Ainda está indefinido o futuro da Fonte Nova. Logo após o ocorrido, levado pelo clima de
comoção popular, o Governador do Estado chegou a anunciar que o estádio seria
implodido, para a construção de outro no padrão exigido pela FIFA para abrigar jogos da
próxima Copa do Mundo 2014.
Porém, já se fala em reconstruir o estádio, aproveitando-se o anel inferior e dotando-o de
modernas e seguras instalações.
No momento, estudos estão sendo realizados por especialistas em construções de
praças esportivas para se definir o que será feito da “velha” Fonte Nova no futuro
próximo.
OPINIÃO DO TORCEDOR
Na opinião da maioria dos torcedores baianos, ainda não se encontrou lugar melhor
para se viver grandes emoções no futebol do que a Fonte Nova. Por isso, defendem a
sua reforma geral,
aproveitando-se a
atual estrutura do
anel inferior. Com
isso, esperam viver
novamente na
Fonte Nova
emoções como as
que tiveram nos
anos de 1959 e de
1989, quando o
Bahia se sagrou
campeão brasileiro
e em 1993, o Vitória
alcançou o vicecampeonato
nacional.
Na arquibancada, o vazio da dor
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03
PORTAL - UMA HISTÓRIA DIFERENTE
EMPRESÁRIO GOIANO OPINA SOBRE AFIRMAÇÃO DE MINISTRO
“Terceirização é desgraceira. A terceirização de trabalhadores é uma realidade mundial inevitável”, segundo o presidente do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada IPEA -, mas, no Brasil, a forma com que ela vem sendo aplicada tem sido uma “desgraceira, e a sociedade
brasileira deve discutir o assunto” disse o ministro da Previdência, Luiz Marinho.
Sobre esta declaração do ministro Luiz Marinho, o empresário goiano Lélio Vieira
Carneiro, vice-presidente da CNC e representante do Setor de Serviços, enviou para o
jornal Diário da Manhã, do Estado de Goiás, a declaração que passamos a transcrever:
“ A terceirização de serviços é uma idéia revolucionária que se ampara na diminuição
do desemprego e no crescimento da produtividade. No Brasil, a modalidade ainda se
encontra em fase embrionária, mas na Europa e nos Estados Unidos, a prática de
terceirização beneficia milhões de empresas e trabalhadores.
A diferença é que aqui , ao contrário das relações trabalhistas de Primeiro Mundo, a
fiscalização praticamente não existe e as atividades carecem de melhor
regulamentação, obrigando o tomador de serviços a cercar-se de alguns cuidados
para não se envolver com irregularidades.
Por isso, entendemos que quando o Ministro da Previdência Social classificou a
terceirização como sendo uma desgraceira, certamente Sua Excelência se
posicionava não sobre a relação de empresas saudáveis e idôneas, mas, sim,sobre a
falta de regulamentação do instituto da terceirização, que realmente deixa margem
ao mercado à atuação de empresas desqualificadas e irresponsáveis.
Um exemplo desse vácuo é a implementação do Sistema de Pregão, que prioriza o
O sistema de Pregão precisa
menor preço sem levar em conta a idoneidade da empresa e a qualidade dos serviços
ser melhor regulamentado
prestados. Aí está escancarada a porta de entrada das empresas irresponsáveis que, além de bagunçarem o
mercado, não recolhem tributos,bem como os encargos sociais e ainda deixam os trabalhadores sem aposentadoria
e seguro-desemprego.
O Sistema de Pregão pode até ser uma prática moderna e avançada de compras, mas precisa ser melhor
regulamentado, para que a terceirização surta seus efeitos benéficos. Do contrário, o próprio governo continuará
contratando mal e colaborando com a desorganização do setor, o que é desastroso para todos nós”.
PENHORA ON LINE SÓ DEVE SER APLICADA EM ÚLTIMO CASO
Recentemente, o Poder Judiciário e o Banco Central (Bacen)
colocaram em evidência as modificações do convênio Bacen-Jud
2.0, sistema que permite aos magistrados, com uma simples senha
de acesso, quebrar o sigilo bancário de empresas e cidadãos
comuns, bloqueando valores disponíveis e colocando-os à
disposição do juízo para quitar execuções em andamento.
Não há como negar a celeridade que o convênio Bacen-Jud
proporciona aos processos executórios, possibilitando que
credores recebam o que lhes é devido, em situações que,
antigamente, não seria possível; mas não podemos deixar de
ressaltar as mazelas que este sistema, se não devidamente
utilizado, pode ocasionar à ordem econômica do País.
É necessário ressaltar que o convênio Bacen-Jud deve ser utilizado
como a exceção, e não como a regra. O ideal é que sirva para
aqueles processos executórios onde o credor tem como perdido o
seu crédito, depois de esgotadas todas as alternativas possíveis e
menos gravosas ao devedor, mas consegue comprovar que o
devedor tem meios de quitar sua dívida e está agindo de má-fé.
Contudo, o que se vê na prática forense é que o convênio BacenJud tem sido a regra no processo de execução e vem sendo
utilizado de forma aleatória, sem critérios ou qualquer análise
fática do caso concreto. Desta forma, ao invés de proporcionar
segurança jurídica, tem ocasionado efeito contrário.
Como alguns exemplos de má utilização dessa ferramenta,
ressaltam-se casos onde o princípio da inércia jurisdicional é
simplesmente ignorado, e o juízo, sem qualquer requerimento da
parte exeqüente, formaliza ordem de penhora on line contra o
executado. Em outros casos, o credor pleiteia a penhora on line e é
atendido sem que ao devedor seja concedido o direito de quitar sua
dívida.
Há casos, ainda, em que há publicação de decisão judicial
indagando à parte credora se não há interesse na realização da
penhora on line, e outros em que o devedor quita sua dívida, mas a
penhora on line é efetivada, ocasionando pagamentos em
duplicidade. É, portanto, um total desprendimento aos preceitos
legais e princípios básicos do Direito pátrio.
É certo que o Código de Processo Civil lista o rol de bens a serem
ofertados para garantia da execução, colocando o dinheiro em
espécie como primeira hipótese. Porém, a escolha deve ser do
devedor, cuja boa-fé deve ser presumida. Provando-se o
contrário, surge a possibilidade de utilização do sistema BacenJud quebrando o sigilo bancário do devedor, e não o contrário.
Utilizando-se o Bacen-Jud como regra para o processo de
execução, conclui-se que há presunção de má-fé do devedor,
antes mesmo deste demonstrar quais os meios que tem para quitar
sua dívida, residindo, aqui, grave infração aos direitos do cidadão.
A verdade é que o convênio Bacen-Jud 2.0, com suas novas
modificações, possibilitará o acesso aos saldos bancários e
extratos. Isso é uma forma de quebra do sigilo bancário e deve,
portanto, ser utilizado em último caso, quando há comprovação
de fato relevante que o sustente, como, por exemplo, fortes
indícios de fraude contra credores, sob pena de ferir
indevidamente a privacidade do cidadão e o direito ao sigilo de
seus dados, amparados pela Constituição Federal, artigo 5º,
incisos X e XII.
Assim, a utilização do sistema Bacen-Jud pelos magistrados deve
ser extremamente cautelosa e excepcional, exigindo desses
servidores que defendam o esgotamento de todas as
possibilidades legais de execução, garantindo ao credor o direito
que lhe compete, mas, também, defendendo a dignidade do
devedor e os direitos que lhe são garantidos pela Constituição
Federal e Legislações pátrias, sob pena de gerar insegurança
jurídica com claras ofensas a princípios e garantias fundamentais
previstas na Carta Magna.
Por Gustavo Pinhão Coelho
Transcrito da Revista Consultor Jurídico
Ao contrário do que normalmente acontece no segmento de segurança eficientes em segurança patrimonial, ganhando com isso a confiança do
privada, a história da PORTAL começou quando os empresários mercado.
Lindomar de Almeida Souza e seu filho Jan Alfred Dias de Almeida, Hoje, com 100 colaboradores e moderna frota composta por 10 veículos,
proprietários da empresa de monitoramento e
equipados com rastreamento GPS/GPRS e GSM, a
tecnologia de segurança SELTRON, tiveram que
Portal atende, além, dos bancos, a condomínios
atender ao pedido das instituições financeiras,
residenciais, hotéis, empresas, indústrias,
para as quais prestavam serviço, com o objetivo de
congressos, seminários e demais contratantes.
cumprir a exigência da Lei 7.102/83, que
Atualmente dirigida por Jan Alfred, a PORTAL
recomenda que o “Monitoramento Eletrônico de
desenvolve também planejamentos de segurança
Alarme” seja feito por empresa de vigilância,
empresarial com planos matemáticos,
devidamente registrada no Departamento de
cientificamente eficazes para avaliação de riscos e
Polícia Federal.
probabilidade de ocorrências, oferecendo aos
Foi então que, no dia 10.05.2000, foi constituída a
clientes projetos completos com a melhor relação
PORTAL DE VIGILÂNCIA INTEGRADA LTDA. No
custo/benefício. Para tanto, conta, dentre outros,
início eram apenas 30 empregados, conforme
com
experientes profissionais, como o Cel. PM
Jan Alfred: Nosso maior prêmio é
determinava a Lei 7.102/83 na época. A Portal
reformado Jair Marques e Joseval Brito Carneiro,
o reconhecimento dos clientes.
iniciou seus trabalhos, desde então, com serviços de vigilância armada e advogado, administrador, professor universitário e ex-policial.
desarmada integrados à segurança eletrônica, tendo como clientes “Já ganhamos, com orgulho, os troféus categoria Cristal do SINDESP-BA,
bancos e demais instituições financeiras.
no transcorrer do Congresso de Segurança do Nordeste e o Prata da
Seguindo uma linha de projetos e soluções de segurança conjugados e FENAVIST, no World Security Congress, porém os maiores prêmios são
unindo tecnologia de ponta e vigilantes treinados em procedimentos as cartas enviadas pelos nossos clientes ressaltando a eficiência dos
normativos estrategicamente elaborados, a Portal desenvolveu recursos nossos profissionais na prevenção de ações delituosas nos seus postos
técnicos e operacionais, passando a oferecer serviços qualificados e de trabalho”, costuma afirmar Jan Alfred.
O CLIENTE DEVE SE DEDICAR SOMENTE AOS SEUS NEGÓCIOS
ESSA É A PREOCUPAÇÃO DA EMPRESA
A
maior preocupação dos dirigentes da PORTAL
é deixar seus contratantes despreocupados
com a segurança das suas empresas. Apta a operar
seguindo as mais rigorosas normas de segurança, a
PORTAL acredita que, dessa forma, seus clientes
poderão se dedicar exclusivamente aos seus
negócios.
Dessa maneira, define sua principal missão em: ser
útil ao bem-estar da sociedade e de seus
contratantes, através da prestação de serviços
diferenciados de vigilância e segurança patrimonial.
Para alcançar este objetivo, conta com a excelência
em tecnologia e recursos humanos, garantindo não
somente rapidez, eficácia e melhor relação custobenefício, como também a adequação à realidade
de seus clientes e sua plena satisfação.
Um dos veículos da frota equipado com GPS
SEDE PRÓPRIA EM LOCAL APRAZÍVEL,
COM MODERNIDADE E CONFORTO
Colaboradoras operando a central de monitoramento
Construída em um terreno de 4.000 m², em aprazível e tranqüila rua no Município de Lauro de Freitas,
a sede da PORTAL possui 800m² de área construída, com áreas adaptadas para atender às
exigências da lei e ao bom funcionamento de uma empresa de segurança. Conta com salas para as
atividades administrativas e operacionais, além de uma bem equipada central de monitoramento com
os equipamentos mais modernos existentes.
INVESTIMENTO EM RECURSOS HUMANOS GARANTE BAIXA ROTATIVIDADE
Investir em seus profissionais é também prioridade da PORTAL. Acredita que treinando seus colaboradores, partilhando lucros e proporcionando justos
benefícios, consegue mantê-los na empresa com alto grau de satisfação, impedindo dessa forma a rotatividade de pessoal, muito comum em algumas
empresas do segmento. A maior prova disso é a presença de empregados como o vigilante Ismael Pinho Tosta Neto, que foi admitido na época da fundação da
empresa, lá permanecendo até hoje.
Seus vigilantes recebem treinamentos periódicos em combate e tiro ao alvo, defesa pessoal e relações públicas. Para tal, faz convênios com os melhores
centros de formação do Estado. A empresa possui, também, convênios junto ao SEST e SENAST e ao Batalhão do Corpo de Bombeiros para formação de
brigadas de combate a incêndio, quando seus vigilantes
participam de emergências simuladas.
A diretoria da PORTAL é composta por Lindomar de
Almeida Souza e sua esposa, Ana Maria Rocha Dias Souza,
além de seu filho Jan Alfred Dias de Almeida. A empresa tem
como gerente financeira Camila Dias, e Marcelo Souza,
como gerente administrativo. A coordenadoria é ocupada
por Mariza Rocha.
A gente financeira Camila Dias
Marcelo é o gerente administrativo
Mariza é responsável pela coordenadoria
04
09
VIOLÊNCIA VITIMA COMPANHEIRO DO SEGMENTO
O segmento de segurança
privada na Bahia não
comemorou o “Dia do
Trabalho”, porque justamente
no 1° de maio de 2008, quando
se dirigia ao serviço, o
supervisor de segurança
patrimonial JOSÉ ATAÍDE DOS
SANTOS, 49 anos, da nossa
filiada GPS PREDIAL
SISTEMA DE SEGURANÇA
LTDA, foi covardemente
Ataíde era muito querido no segmento
assassinado por assaltantes,
que lhe desferiram três tiros, na porta da sua residência, dentro do veículo da
empresa.
Ataíde era muito admirado pelos colegas de trabalho e por toda a
vizinhança do bairro onde residia. Sempre se destacou como um
profissional dedicado e fiel às empresas em que trabalhou. Querido por
seus colegas, cumpria sua missão com muito profissionalismo, civilidade e
obediência aos seus superiores e respeito aos subordinados.
Foi mais uma vítima da violência desenfreada que impera nas cidades
brasileiras e que continua ceifando vidas de pais de famílias, sem que
nossas autoridades se sensibilizem para a adoção de medidas que venham
a impedir fatos como esse.
José Ataíde dos Santos nasceu em 19.11.1958, era divorciado e tinha um
filho. Foi admitido na GPS PREDIAL, na época denominada Interseg.
“Sabemos que Deus te recebeu com honras por ter cumprido a sua missão
aqui na Terra. Restam-nos somente a grande saudade e a certeza de que a
justiça será feita”, disse Jerônimo Martins dos Santos, ex-colega e amigo
de José Ataíde.
DIRETORES DO SINDESP-BA VISITAM CHEFE DE POLÍCIA CIVIL
O presidente do SINDESP-BA, Odair de Jesus Conceição, o diretor
financeiro, Mauro Freire de Carvalho, e o diretor superintendente,
Uzel Duplat, visitaram, no último dia 13 de maio, o novo Chefe de
Polícia Civil do Estado da Bahia, delegado Joselito Bispo dos
Santos, em seu gabinete, localizado no prédio da Secretaria de
Segurança Pública, no Largo da Piedade.
Os dirigentes do SINDESP-BA foram cumprimentar o delegado
Joselito pela sua recente nomeação para dirigir a Polícia Civil de
nosso Estado e discutir assuntos do interesse do segmento.
Policial querido entre seus pares e admirado no segmento de
segurança privada, pela sua postura de lealdade e respeito para
com o setor, o delegado Joselito Bispo assume este cargo
justamente em um momento muito difícil, devido ao crescimento
da criminalidade, principalmente em Salvador. Porém, sua
O delegado-chefe Joselito entre Odair Conceição e Mauro Freire
capacidade e experiência trazem para todos nós a esperança de um trabalho profícuo em defesa da sociedade.
Na ocasião da visita, os dirigentes do SINDESP-BA colocaram a entidade e as empresas do setor à disposição do
delegado, no que for necessário para auxiliar a Polícia baiana no combate à criminalidade.
SINDESP DO PARANÁ COMBATE CLANDESTINAS COM CRIATIVIDADE
Os nossos colegas do Sindesp/PR - Sindicato das Empresas de Segurança Privada no
Estado do Paraná lançaram no dia 08 de maio, a "Campanha Contra a
Clandestinidade" das empresas de
segurança privada que atuam no Estado
sem a devida autorização da Polícia
Federal. Muito criativa e bonita, a
campanha tem como objetivo central
esclarecer os empresários,
contratantes, órgãos competentes e a
opinião pública sobre os riscos que a
sociedade de maneira geral corre
quando estas empresas vendem
serviços de "segurança" sem ter a
devida autorização.
Esta campanha tem um slogan bastante
claro e objetivo: "Segurança é assunto
sério. Exija empresas autorizadas. Diga
não à clandestinidade".
Junto deste Slogan, uma imagem faz
uma brincadeira com as surpresas
desagradáveis que uma contratação
mal feita pode gerar.
O Sindesp-BA já está preparando uma
série de atividades que vai de campanha
publicitária à organização de eventos
que visam acabar com esse tipo de
contratação.
SINDESP-BA E SEAC-BA PROMOVEM PALESTRA SOBRE FAP
Preocupados com os possíveis prejuízos que as alterações
principal analisar as alterações promovidas, além de
promovidas pelos Decretos 6.042 e 6.257/2007, que se
apresentar discussão sobre os prováveis impactos às
referem ao “Fator Acidentário Previdenciário FAP”, possam
empresas, proposição de ferramentas e sistema para o
trazer para o segmento de
controle, auditoria e
terceirização de serviços, o
apresentações de recursos
SINDESP-BA e o Sindicato das
administrativos. “O assunto é
Empresas de Asseio e Conservação
muito sério. Os empresários de
do Estado da Bahia - SEAC-BA,
terceirização deveriam ficar bem
promoveram, no último dia 09 de
atentos a essas modificações”,
maio, uma palestra proferida pelo
alertou Calil aos presentes.
consultor Calil Bunain, da Mezzo
Na oportunidade, o consultor da
Planejamento - SP.
Mezzo mostrou também as
O evento contou com,
vantagens das empresas
aproximadamente, cem pessoas,
associadas se conveniarem para o
entre empresários e funcionários do
FENEGÓCIOS, o programa de
setor de recursos humanos das
compras da Federação Nacional
empresas associadas ao
das Empresas de Segurança e
SINDESP-BA e ao SEAC.
Tr a n s p o r t e d e Va l o r e s Calil demonstrou preocupação com as alterações no FAP
Buscando minimizar os reflexos
FENAVIST, a exemplo de compra
causados pelas novas regras, o evento teve como objetivo
de coletes, seguro de vida em grupo etc.
REPRESENTANTE BAIANO VISITA SINDESP/SEAC-PR
O executivo do SINDESP-BA, Uzel Duplat, aproveitou a
sua estada no Sul do País, quando participou de mais
uma edição do GEASSEG, e visitou, no dia 14.04.2008,
as sedes dos sindicatos co-irmãos SINDESP-PR e SEAC
PR.
Recebido com cordialidade pelas representantes
dessas entidades, Adriana Wollinver (Sindesp-PR) e
Cleide Camilo (Seac-PR), Duplat visitou as instalações
e ficou impressionado com a estrutura
e
funcionalidade das sedes.
Localizadas em um prédio no centro de Curitiba, as
instituições funcionam no mesmo andar do edifício,
separadas por um corredor. Um belo e confortável
auditório, dotado com sala de visitas e equipamentos
modernos e com capacidade para 50 pessoas, serve
para ambos os sindicatos realizarem treinamentos de
Duplat, entre as representantes do SINDESP-PR (Adriana) e do SEAC-PR (Cleide )
suas filiadas, seminários, palestras e outros eventos.
“Fico feliz quando visito sedes de co-irmãos e vejo que possuem estruturas como essas daqui”, disse Uzel Duplat
após a visita.
NECESSITA DE SEGURANÇA?
CONTRATE UMA REGULAMENTADA.
CONTRATE A ESBA - EMPRESA DE SEGURANÇA DA BAHIA LTDA.
Vigilância ostensiva, armada e desarmada em Condomínios, Indústrias, Bancos,
Comércio, iniciativa Pública e Privada, monitoramento 24 horas e
acompanhamento de VIPS
Rua ANTONIO F. COSTA - QD. P LOTE 21 - PITANGUEIRAS LAURO DE FREITAS - CEP - 42.700-000
TEL: (71) 3369-3667 FAX: (71) 3379-5736 [email protected]
08
05
UFBA ESTÁ FORMANDO ALUNOS EM GESTÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA
Convidado pela professora Ivone Freire Costa, Coordenadora do Programa de Estudos, Pesquisas e
Formação em Políticas e Gestão de Segurança Pública - PROGESP, da Universidade Federal da
Bahia - UFBA, o representante do SINDESP-BA, Uzel Duplat, fez parte da composição da mesa
diretora da aula inaugural do III Curso de Especialização em Políticas e Gestão em Segurança
Pública III CEGESP, evento ocorrido no dia 24 de abril de 2008, no auditório da Escola de
Administração da Universidade Federal da Bahia.Um público de, aproximadamente, 100 pessoas,
composto de professores, policiais civis e militares e alunos do curso, lotou as dependências da
Escola.
Na mesa diretora, além do nosso representante, estavam presentes Ivone Freire Costa,
coordenadora do programa RENAESP - Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública;
Hélbio Afonso Dias Leite, superintendente da Polícia Federal do Estado da Bahia; Francisco Leite,
Superintendente da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos; Raul Coelho Barreto
Filho, diretor geral do Departamento de Polícia Técnica; Cel. Jairo José da Cunha, representando o
comandante da Polícia Militar da Bahia, Antônio Jorge Azevedo Barbosa, superintendente da Polícia
Rodoviária Federal da Bahia; delegada Isabel Alice de Jesus Pinho, diretora do Departamento de
A atenta platéia ouviu o representante do SINDESP-BA
Crimes Contra a Vida DCCV, representando o Chefe de Polícia do Estado da Bahia; Célia Miranda
na aula inaugural do III CEGESP
Costa, diretora da Academia de Polícia Civil do Estado da Bahia ACADEPOL; José Antônio Gomes de Pinho, coordenador do Núcleo de Pós-Graduação em
Administração da UFBA / NPGA e Reginaldo Souza Santos, Diretor da Escola de Administração da UFBA.
Na oportunidade que foi estendida a todos para se pronunciar, Duplat, em seu discurso, além de colocar o SINDESP-BA à disposição da UFBA e do Governo do
Estado, enfatizou a disponibilidade da entidade no auxílio ao Poder Público na luta contra a criminalidade, através de convênios, sem nenhum custo para o
Estado. “Temos espalhado em todos os lugares do Estado 25 mil homens em serviço. São 25 mil informantes que podem auxiliar as polícias nas investigações
de crimes e, também, com informações que poderão evitá-los”, disse Duplat.
No dia 30.04, no auditório do Departamento de Polícia Técnica Prédio do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, a UFBA diplomou, em solenidade festiva, os
alunos do II CEGESP, que concluíram o curso em abril 2008. Na ocasião, a coordenadora Ivone Freire Costa foi homenageada.
VIGILANTES DE TRANSPORTE DE VALORES JÁ TÊM NOVA CCT
Após difícil negociação, os empresários do SINDESP-BA e os representantes do
Sindicato dos Empregados do setor de Transporte de Valores SINDFORTE chegaram
a um acordo e assinaram, no dia 14 de abril, a nova Convenção Coletiva de Trabalho,
que vai disciplinar as relações entre capital e trabalho desse setor, no período de 1º de
abril a 31.12.2008.
Além da manutenção das conquistas anteriores, da elevação do piso salarial e do
reajuste salarial, essa CCT trouxe uma novidade: patrões e empregados acordaram
antecipar, a partir de 2009, a data-base para 1° de janeiro.
O reajuste salarial para toda a categoria das empresas de transporte de valores foi de
6%, porém, em virtude do realinhamento salarial entre elas, houve uma diferença de
percentuais nos pisos salariais da categoria, que passaram a ser:
Empresários e vigilantes assinaram a CCT
e comemoraram o aniversário de Márcio
Vigilante Escoteiro = R$ 821,71
Vigilante Fiel
= R$ 896,39
Vigilante Condutor = R$1.142,39
Aux. de Tesouraria = R$ 541,29
Mais uma vez, o ponto alto dessa negociação foi o entendimento e a compreensão entre
as partes, que mantiveram, em todas as rodadas, clima de respeito mútuo, pois patrões
e empregados já chegaram ao consenso de que, somente dessa forma, o setor poderá
se manter e garantir os empregos neste período de dificuldades por que passa o
mercado.
Após a solenidade de assinatura, todos comemoraram o aniversário de Márcio Josué
de Carvalho, vigilante da Prosegur, membro da comissão laboral.
FECHADO ACORDO COM OS VIGILANTES PATRIMONIAIS
Após algumas rodadas de negociações, os empresários e laborais de segurança patrimonial chegaram a um acordo para assinatura da
Convenção Coletiva de Trabalho 2008/2009. Com data-base em 1° de fevereiro, elas tiveram início no mês de dezembro, mas a atual situação
do mercado e as inúmeras reivindicações defendidas pelos laborais fizeram com que houvesse um pouco de atraso. Muitas foram as rodadas
de negociações, porém, no último dia 12.05.2008, finalmente os patrões e empregados “bateram o martelo” e fecharam o acordo.
A categoria de vigilantes patrimoniais teve um reajuste na ordem de 8,48%, a partir dos salários do mês de maio 2008, sem direito a retroativo
em função da data-base, passando o salário-base de R$ 507,00 para R$ 550,00 e o ticket refeição para R$ 5,50.
Apesar das dificuldades nas negociações, o clima de paz e respeito mútuo permaneceu todo o tempo, mostrando mais uma vez a maturidade
dos sindicatos patronal e laboral.
GEASSEG - A IMPORTANTE CONTRIBUIÇÃO DOS EXECUTIVOS
“Criado para ser instrumento de
incentivo à promoção de
qualificação profissional dos
colaboradores que dão o suporte
operacional e logístico, nos
sindicatos abrigados pela
FENAVIST e FEBRAC, o
GEASSEG - Grupo de Executivos dos Sindicatos das Empresas de Asseio
e Segurança é hoje muito mais do que isso.
Depois de vários encontros periódicos realizados em diferentes Estados, o
Grupo tem demonstrado significativos avanços nas metas traçadas, tudo
visando a seguir as regras estatutárias vigentes do GEASSEG. Tem
aprimorado as relações interpessoais e profissionais dos seus
componentes, pela efetiva e contumaz troca de experiências e informações.
Hoje presta importante colaboração para o crescimento das nossas
entidades sindicais, não só a nível dos sindicatos, mas também com forte
influência em nossas Federações.
A idéia embrionária desses encontros, por sinal bem-sucedida, nasceu em
Goiás, quando realizamos, pela primeira vez na cidade de Anápolis, em
junho de 2000, o primeiro da série de quatorze encontros acontecidos até
hoje. No início de novembro de 2007, tivemos o privilégio de sediar pela
segunda vez o GEASSEG, coroado de êxito pelo nível de participação e de
entrosamento dos membros da categoria, exemplo este externado na 14ª
edição do Grupo realizado nos dias 09 à 13 de abril de 2008, no Costão do
Santinho, em Florianópolis SC.
O importante desses encontros, pelo que se tem observado, é que as
discussões não ficam restritas ao aprimoramento profissional dos executivos.
Elas avançam também no sentido de aumentar a capacidade gestora da
prestação de serviços por parte das entidades sindicais e de atrair novas
empresas para o quadro de associados, gerando aumento da receita dos
sindicatos e mesmo das Federações a que estão filiados, fortalecendo, de
forma marcante, os segmentos de asseio, conservação e da segurança
privada como um todo. Isso merece uma reflexão especial da classe
empresarial, notadamente daqueles detentores de lideranças mais
expressivas dentro das respectivas diretorias dos sindicatos, da FEBRAC e da
FENAVIST .
Por esta e outras razões é que expressamos aqui o nosso apoio à continuidade
dos encontros periódicos do GEASSEG, recomendando aos colegas
empresários e líderes classistas que invistam mais em iniciativas desta
natureza, pois, com certeza, ninguém sairá perdendo, muito pelo contrário,
todos sairemos lucrando, o grupo GEASSEG, os Sindicatos, as empresas por
eles abrigadas, seus acionistas e principalmente, as nossas Federações.”
Transcrita do “INFORME SEAC-MS”
Lélio Vieira Carneiro
Vice - Presidente da CNC
Presidente do SINDESP-GO
Vice - Presidente do SEAC-GO
EXECUTIVOS DE TODO O BRASIL REUNIDOS EM FLORIANÓPOLIS
O Grupo de Executivos dos Sindicatos de Asseio e Conservação e de Segurança Privada GEASSEG, coordenado pela superintendente da FENAVIST, Rosângela Menezes, promoveu um
seminário, de 09 a 12.04.2008, no Hotel Costão do Santinho, em Florianópolis - SC, ocasião em
que os participantes assistiram a várias palestras, trocaram experiências e discutiram assuntos
comuns às suas entidades, além de elaborarem o Manual de Normas e Procedimentos dos
Sindicatos.
Todo este trabalho será apresentado em relatório para os presidentes dos sindicatos patronais dos
setores de Asseio e Conservação e de Segurança Privada do País. “Este trabalho irá beneficiar
aqueles novos executivos em sindicatos que estão se estruturando. Antes, os executivos entravam
muitas vezes sem conhecer os objetivos e o funcionamento de um sindicato. Isso agora é
passado”; afirmou Rosângela Menezes, satisfeita com o resultado do seminário.
O evento foi realizado paralelamente ao Encontro das Empresas de Asseio e Conservação
ENEAC, promovido anualmente pelo setor de asseio e conservação.
Fundado no ano de 1999, teve seu primeiro encontro na cidade de Anápolis, em Goiás, com o nome
de PLANIEX. Mais tarde, com a saída dos executivos da FENAVIST, passou a se chamar GEACEX.
Porém, com a volta do pessoal da segurança privada, ganhou, em 2007, o atual nome de
GEASSEG.
O grupo, formado por 27 integrantes, todos executivos dos sindicatos de asseio e conservação e
segurança privada de todo o País, tem a coordenação da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores FENAVIST e da Federação Nacional das
Empresas de Asseio e Conservação FEBRAC, através das suas superintendentes Rosângela Menezes e Cristiane Oliveira, respectivamente. As reuniões acontecem duas
vezes ao ano, visando à troca de experiências e aquisição de maiores conhecimentos. São realizadas em diferentes cidades brasileiras, para que todos conheçam os
sindicatos anfitriões, suas sedes, estrutura e funcionamento.
Cidades como Anápolis - GO, Belo Horizonte - MG, Brasília - DF, Goiânia - GO, Natal RN, Porto Alegre - RS, Rio de Janeiro - RJ, São Paulo - SP e Salvador - BA, já sediaram
encontros, quando muitos trabalhos de grande valia para os setores foram realizados.
O próximo encontro dos executivos será em novembro de 2008, na cidade de Manaus, AM.
06
07
A HISTÓRIA DO TRANSPORTE DE VALORES
Eles estão em toda parte. Em grandes cidades e até mesmo nas interioranas
são vistos com freqüência nas ruas, em frente aos bancos, às lojas e demais
instituições. São os imponentes carros-fortes que transportam valores. Mas,
nem de longe lembram seus precursores, movimentados por cavalos e
charretes.
“TUDO COMEÇOU COM
UM CAVALO E UMA
CHARRETE”
O ano era 1859. Chicago,
nos EUA, tinha apenas 95
mil habitantes, mas já
competia com as principais
cidades do meio-oeste
americano. Seus
habitantes tinham tanta
esperança no futuro dessa
cidade que a chamavam de
“Pintura mostrando como era o primeiro veículo
“cidade do destino” e não
a transportar valores, quando tudo começou”
havia dúvida de que ali se
formava um grande pólo industrial e comercial. Muitos americanos pretendiam ir
mais longe. Até a Califórnia, que identificavam como uma nova Canãa, a Terra
Prometida da América. Muitos desses, porém, interrompiam suas marchas ao
chegarem a Chicago.
O jovem Washington Perry Brink era um desses forasteiros. Nascido em Rochester,
Nova York, no ano de 1803, aos 29 anos de idade, saiu de Viera de Stockbride,
Vermont, acompanhado de sua esposa e do filho Arthur Perry Brink, e resolveu se
estabelecer em Chicago, pois gostou do ar agitado e do cheiro do crescimento
daquela cidade. Levava 200 dólares no bolso e nem imaginava o que iria fazer.
Ainda atônito pelo intenso movimento de sua nova cidade, observou o vai-e-vem das
pessoas, na sua maioria transportando caixotes, baús e embrulhos. Veio a idéia!
Fazer transporte dessas bugigangas. Para isso, precisaria adquirir uma carroça e um
cavalo e eleger um nome bem marcante.
Brink usou seus 200 dólares para comprar a carroça e o cavalo, e deu a esse
pequeno negócio um nome imponente. Assim, surgiu a BRINK´S CITY EXPRESS. O
nome soava bem.
E o negócio prosperou. Porém, com o início da Guerra Civil, chegou a temer que seu
negócio fracassasse. Ledo engano. Um aumento inesperado de habitantes na região
“Uma carroça maior para atender a demanda dos serviços”
viu seu volume de entrega multiplicar-se. Contratou empregados, escolhendo
apenas os solteiros, que não precisavam sair correndo para casa depois do trabalho,
e os reunia na Company Boarding House, pensão próxima aos seus negócios.
A EVOLUÇÃO DO NEGÓCIO
Com o passar do tempo, a Brink´s sentiu necessidade de aumentar o tamanho das
carroças. Mas um grande problema surgiu: a saúde dos cavalos, que adoeciam
frequentemente. Surgiu, então, a necessidade de substituir os cavalos por veículo
motorizado. Na época, este possuía rodas de borrachas maciças (não existiam ainda
câmaras de ar), sem pára-brisas, nem pára-choques e as laterais protegidas por
telas metálicas. O motor era acionado através de uma manivela e os faróis de gás
carbureto ficavam nas laterais, quase à altura do teto. O câmbio era movido com os
pés e o acelerador, controlado pelas mãos. A embreagem, acionada por uma
alavanca externa, e a transmissão se fazia por correias.
Pois esse “monstrengo” era quem fazia o maior sucesso nas ruas de Chicago. Os
passantes vibravam quando o motorista, até então, chamado de “chofer”, após
acionar a manivela do
motor, saltava para a
boléia, engatava a marcha
com o pé e partia. Mas
esse chofer não podia
nunca esquecer a caixa de
fósforos. Sem ela não
poderia acender os faróis
de carbureto.
MORRE O PRECURSOR
Vítima de uma inflamação
no cérebro, morreu, em
1874, Washington Brink,
com apenas 44 anos de idade. Seu único filho, de apenas 18 anos, Artur Perry Brink,
assumiu a empresa e atraiu novos capitais para o negócio.
Porém, foi somente em 1891 que foi transportada a primeira folha de pagamento,
com a Brink´s responsabilizando-se pelo transporte de milhares de dólares; em 1900,
a empresa efetuou a primeira entrega bancária, com seis sacos de dólares de prata,
tornando-se assim a primeira empresa de transporte de valores do mundo.
VEIO O PRIMEIRO ASSALTO. NASCE O PRIMEIRO CARRO-FORTE
Início de 1917. Quatro homens fortemente armados mataram o guarda da Brink´s,
que descia do carro carregando dinheiro. O crime organizado, nascido na
colonização do Oeste americano, chegava à cidade grande. As transportadoras
agora precisavam proteger melhor o dinheiro das suas contratantes.
Foi assim que surgiram os primeiros carros-fortes. E já no ano seguinte, em 1918,
uma espécie de caminhão fechado, com laterais lacradas por quatro barras de aço,
soldadas junto às janelas, tipo vergalhão, passou a fazer parte da frota. Assaltos mais
ousados passaram a acontecer, e os carros-fortes foram se tornando verdadeira
fortaleza. Um avanço notável foi a aplicação de vidros resistentes à bala, com 1,9 mm
de espessura. Nessa altura, em 1923, os veículos já eram totalmente blindados com
chapas de aço. Depois, com teto e piso (antes em madeira) de aço e resistência
comparada a de um tanque de guerra, os carrosfortes estavam preparados para enfrentar a
desenfreada escalada do crime que atingia
Chicago.
A CHEGADA AO BRASIL
Somente em 1966, justamente na década em
que o Brasil vivia anos de ebulição social,
chegaram os carros-fortes. Respeitar velhos
hábitos e conceitos tornou-se totalmente fora de
moda. São Paulo e Rio de Janeiro cresciam
rapidamente, trazendo problemas de trânsito e
violência para os quais suas populações não
estavam preparadas.
E foi nessa década de transformações, conflitos e incertezas que os carros-fortes
chegaram ao Brasil. E foi também a Brink´s a primeira empresa do setor a colocar os
veículos nas ruas brasileiras. Inicialmente foi em São Paulo, depois nas capitais do
Rio de Janeiro e demais Estados mais desenvolvidos e, consequentemente, com
maior índice de ocorrências criminosas.
Com o regime militar que dominava o País, surgiram os rebeldes, os chamados
'terroristas'. Faziam parte de organizações revolucionárias, que pregavam a
violência.
Em setembro de 1970, em uma cena considerada como cinematográfica, um grupo
praticou o primeiro assalto a carro-forte no Brasil. Em menos de três minutos, os
criminosos abordaram o veículo, destruíram seus vidros com munição de guerra.
Meio milhão de cruzeiros velhos (equivalente a 500 mil dólares) foi roubado, vários
guardas, feridos, e uma vítima fatal. O fato foi, sem dúvida alguma, a grande notícia
policial e serviu de lição para as empresas de transporte de valores. A principal lição
referia-se aos vidros à prova de bala. Não havia dúvidas quanto à sua resistência,
que, aliás, se estendia até às submetralhadoras testadas na época. Porém, mesmo
no caso destas, era crucial o ângulo de penetração dos projéteis. O ataque fora
frontal, com várias rajadas de tiro que produziram a ruptura dos vidros. Novas
técnicas, instruções e cautelas seriam adotadas a partir dali.
São Paulo, que, até 1966, praticava o transporte de valores sem a mínima segurança
(apenas dois homens, carregando nas ruas centrais da cidade, pacotes de dinheiro
sobre uma prancha, iam das lojas às agências bancárias), despertaria para a
necessidade de prevenção contra roubos e atos de violência.
Tudo isso reflete a enorme distância entre as condições e circunstâncias daquele
tempo e as dos dias atuais, em que há fuzis AR-15, FAL 7,62 mm, metralhadoras,
blindados, coletes à prova de bala e toda a sofisticação e complexidade dos
armamentos e dos equipamentos de comunicação, informação, defesa e
segurança.
A EVOLUÇÃO DOS CARROS-FORTES
No quadro acima, visualiza-se a evolução dos carros-fortes, desde 1910 até o
supercaminhão que hoje faz a interligação Estados Unidos - Canadá.
O CARRO-FORTE E SUA LEGALIZAÇÃO
Não se consegue imaginar a complexidade na fabricação de um carro-forte. Muitos
são os estudos e pesquisas que incorporam essa fabricação. Se fôssemos
escrever somente a sobre sua blindagem, seria necessária a edição de um livro,
pois se trata de um ponto fundamental para o veículo. Ela não se reduz a uma
simples carapaça, como se pode imaginar. É avaliada por níveis (3,4 e 5), refletidos
no impacto balístico máximo a que a blindagem pode resistir.
Os primeiros carros tinham uma blindagem que resistia apenas a tiros de armas
tipo revólver calibre 38 e de metralhadoras 9 mm, armas usadas pelos bandidos.
Hoje, os carros-fortes resistem aos calibres 7,62 (FAL) e 5,56 (AR-15), as mais
potentes armas na atualidade.
Sua evolução através dos tempos não se reflete apenas pela organização das
empresas, mas principalmente pela situação socioeconômica do País; como
exemplo, cita-se a questão das moedas. No Brasil, somente a partir de 1994, com a
implantação do Plano Real, as moedas passaram a ter valor. Então se tornaram
imprescindíveis soluções em larga escala para custódia, contagem e
acondicionamento, como a criação do carro-forte especial para o transporte de
moedas.
Entretanto, se partirmos de 1966 até os dias atuais, observaremos que a essência
dos blindados não mudou substancialmente. O que mudou, e muito, foi o sistema
de blindagem e acessórios, como no item das comunicações. Foram feitas
inúmeras modificações nessas áreas. Porém, em termos práticos, as principais
alterações foram duas: colocação de cofres dentro do veículo (que não podem ser
abertos pelos vigilantes), ou seja, o dinheiro entra, mas só pode sair dentro da
empresa; e o uso de rádio-comunicação entre os veículos e as bases operacionais
das empresas.
Legalização
Para se legalizar a operação de carros-fortes, enfrenta-se uma burocracia muito
grande no Brasil, diferentemente de outros países. Tudo começa com a exigência
de inúmeros documentos e vai até ao tipo e cores dos uniformes dos vigilantes. A
Lei 7.102/83, que rege o segmento de segurança privado no País, exige muito mais
dos serviços de carros-fortes do que da segurança patrimonial.
Guarnição
A guarnição, também chamada de tropa, de um carro-forte é também exigida por
lei, sendo obrigatória a presença de, no mínimo, quatro vigilantes no veículo: O
MOTORISTA, que deve permanecer no interior do veículo todo o tempo e em todas
as operações; o FIEL, que se responsabiliza pelo transporte do malote e os
ESCOTEIROS, que acompanham e protegem o Fiel.
Malotes
Os valores são conduzidos pelos carros-fortes em malotes de lona com lacres, que,
gradativamente, estão vão substituídos por malotes de plásticos, lacrados por
sistema autocolante.
TREINAMENTO É ESSENCIAL
Mas não é somente a blindagem e a comunicação eficiente que fazem do carroforte um serviço confiável. Muito importante também é o treinamento dos seus
integrantes, que estejam aptos para agir em situações geralmente muito perigosas
e de alto nível de stress emocional.
Hoje, as empresas não se contentam em aceitar apenas cursos de formação dos
vigilantes e as reciclagens de dois em dois anos exigidos pela Lei 7.102-83. O
serviço as obriga a treinarem sempre seus
vigilantes, não somente nos stands de tiro,
com armas de calibre 38 e 12, como também
nas salas de aula, com treinamentos
operacionais e conversas com psicólogos.
Afinal, os vigilantes de carro-forte, durante os
trajetos e principalmente no carregamento e
descarregamento de valores, são obrigados a
trabalhar sempre com atenção concentrada e
com grande preocupação, pois suas vidas
estão sempre expostas, pois são o alvo
principal dos assaltantes, que, para chegarem
até o dinheiro, atiram nos integrantes da
guarnição.
Técnico testa o sistema de comunicação.
NA BAHIA TUDO COMEÇOU EM 1970
Salvador ainda não era uma grande metrópole, mas já começava a dar sinais de
acelerado crescimento. O Pólo Petroquímico já era realidade e com isso o êxodo
interiorano, assim como de outros Estados, já provocava crescimento
populacional, surgindo a partir daí os problemas de cidade grande. Assaltos
passaram a acontecer, surgindo então a primeira empresa de transporte de
valores, a TRANSGUARDA. Ao longo de anos, essa empresa serviu de referência
em termos de carros-fortes. Mais tarde viriam a TRANSEGURANÇA, FIEL, MC-1 e
outras, todas já extintas.
Hoje o mercado baiano conta com quatro grandes e sólidas empresas de
Transporte de Valores, oferecendo serviços de primeira qualidade e confiabilidade:
as brasileiras NORDESTE SEGURANÇA E TRANSPORTE DE VALORES BAHIA
LTDA e PRESERVE SEGURANÇA E TRANSPORTE DE VALORES LTDA, a
pioneira americana BRINK´S - SEGURANÇA E TRANSPORTE DE VALORES
LTDA e a espanhola PROSEGUR BRASIL S/A TRANSPORTADORA DE
VALORES E SEGURANÇA, todas associadas ao SINDESP-BA.
ORIENTAÇÃO À SOCIEDADE
Quando você estiver presente em local onde houver carros-fortes em operação,
procure adotar as seguintes atitudes:
* Se afastar o máximo possível do veículo;
* Não se dirigir, em nenhuma hipótese, a nenhum integrante do veículo;
* Ao perceber, à distância, qualquer movimentação estranha nas proximidades do
veículo, afaste-se e procure entrar em contato com a Policia (190) avisando o
ocorrido;
* Não adentrar em nenhum caixa eletrônico de bancos, quando os vigilantes
estiverem realizando sua manutenção;
* Em caso de tiroteio deite-se no chão, de preferência atrás de alguma proteção.
Nunca corra.
Todas essas orientações são bastante necessárias, pois, da mesma forma que os
bandidos atacam para matar os vigilantes, os mesmo são orientados a defender
sua integridade física e os valores sob sua custódia, com a mesma intenção de
matar o agressor. Dessa forma, deve-se entender que, nas operações, toda e
qualquer pessoa, independente de idade, sexo e vestes, é suspeita ao se
aproximar de um carro-forte operando.
Fontes: Livro BRINK´S 40 anos e Revista Security
“Os modernos carros-fortes das empresas que operam na Bahia”
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