HISTÓRIA DA ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DA BAHIA 1 2 UBALDO MARQUES PORTO FILHO HISTÓRIA DA ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DA BAHIA SALVADOR 2012 3 Copyright © 2012 by Associação Atlética da Bahia AUTOR Ubaldo Marques Porto Filho Rua Tupinambás 82, Rio Vermelho 41940-090 – Salvador – Bahia [email protected] [email protected] COORDENAÇÃO EDITORIAL Marques Porto Comunicação PESQUISA E PROCESSAMENTO DE DADOS Ubaldo Marques Porto Neto REVISÃO Maria Ester Sousa [email protected] PROJETO GRÁFICO Verbo de Ligação Ilustrações [email protected] CRIAÇÃO DAS CAPAS José Carlos Baião Ferreira [email protected] FOTO DA 1ª CAPA Kin Kin www.kinkin.com.br EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Verbo de Ligação Ilustrações www.verbodeligacao.com.br IMPRESSÃO E ACABAMENTO Grasb - Gráfica Santa Bárbara www.grasb.com.br P839 Porto Filho, Ubaldo Marques. História da Associação Atlética da Bahia: Ubaldo Marques Porto Filho. Salvador: Associação Atlética da Bahia, 2012. 352 p. il. ISBN 978-85-910034-3-3 1. Clubes sociais – Bahia. 2. Associação Atlética da Bahia. I. Título CDU 061.237(813.8) Ficha Catalográfica elaborada por Maria Augusta Mascarenhas Cardozo Bibliotecária do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia 4 À MEMÓRIA FUNDADORES Américo Salles Antônio Bernardino de Carvalho Boaventura Moreira Caldas Carlos Alberto Cruz Carlos da Costa Cruz Eduardo Dias Pereira Geraldo Lanza João Vianna Dias da Silva Manoel da Costa Cruz Raymundo Chaves de Aguiar Beneméritos Alfredo Henrique de Azevedo Antônio Dias de Moraes Antônio Menezes Dourado Archimedes Pires de Carvalho Arthur Fraga Arthur Motta Bernardino Madureira de Pinho Bráulio Xavier Filho Carlos Coqueijo Torreão da Costa Carlos Corrêa Ribeiro Carlos de Aguiar Costa Pinto Fernando Corrêa Ribeiro George Harvey Duder Junior Gustavo Maia Henrique Conde Jayme Baleeiro Jorge Corrêa Ribeiro Manoel Rodrigues Pedreira Milton José Dias de Moraes Nilton Silva Noé Rodrigues Nunes Pedro Bacellar de Sá SÓCIA HONORÁRIA Maria de Carvalho Tavares 5 ATA DE FUNDAÇÃO Fac-símile da Ata de Fundação, redigida após 37 dias, com o defeito de ter sido escrita de ponta a ponta da página, sem qualquer espaçamento de margem. Não foi subscrita por nenhum dos fundadores. As assinaturas somente aparecem a partir da sétima ata das reuniões da Diretoria. 6 SUMÁRIO PREFÁCIO 9. Ademar da Silveira Brito Presidente da Diretoria HISTÓRIA DA PRIMEIRA FASE: 1914-1929 13. Fundação 15. Dificuldades Iniciais 16. Futebol 18. Um Ano Muito Importante 22. Enfim, a Sede 25. Mica na Associação 26. Festividades do Decênio 27. Campeã de 1924 28. Festas em Evidência 29. Campeã do Torneio Início 30. Primeira Mi-Carême 32. Ausência no Campeonato de 1928 33. A Volta ao Campeonato 34. Réveillon de 1929 35. Balanço das Atividades Futebolísticas 37. Associação no Ranking do Campeonato HISTÓRIA DA SEGUNDA FASE: 1930-1982 41. Momento de Decisão 42. O Que Fazer com o Time de Futebol 43. Terceira Mi-Carême 44. Fim do Time de Futebol 45. Consequências da Saída do Futebol 45. Crise de 1932 49. Incidente com o Capitão João Facó 51. Vinte Anos de Fundação 52. Compra da Sede e Plano de Expansão 53. Homenagem à Maria de Carvalho Tavares 54. Ladrão Fugiu e Ficou Impune 54. Construção da Nova Sede Social 63. Fidalguia Baiana 64. Carnaval da Vitória 65. Martha Rocha 73. Piscina Semiolímpica 74. Boréu, Campeão Brasileiro de Tênis 76. Bodas de Ouro 83. Boicote dos Diários Associados 85. Patrícia Medrado 87. Olimpíadas Internas 92. As Festas pelo 65º Aniversário 96. Conquistas Múltiplas 100. Clube Social e Esportivo Completo 102. Evaldo e Pedro, Professores de Tênis 103. Campo de Futebol 104. Alguns Presidentes Inesquecíveis HISTÓRIA DA TERCEIRA FASE: 1983-2004 113. Primórdios do Declínio 114. Penhoras do Patrimônio 115. Improbidade Administrativa 121. Recuperação da Imagem 123. Administração Desastrosa 123. A Volta de Ademar 124. Prefeito Não Negocia Dívida 7 HISTÓRIA DA QUARTA FASE: 2005-2010 129. Novo Prefeito Negocia Dívida 131. Projeto Salvador 132. Concepção do Projeto 134. Último Evento 135. Período das Obras 136. Inauguração do Novo Clube 138. Sessão Especial na Câmara Municipal 147. Testemunho do Presidente do Sindiclube 152. Dirigentes do Renascimento 156. Homenagens Especiais 157. Conselho Superior Interclubes DEPOIMENTOS 161. Lembrança da Primeira Sede Oréade Mesquita Marques Porto 163. Lembrança da Segunda Sede Yvette Marques Porto Pavão 165. O Ressurgimento com a Terceira Sede Boris B. F. Pessoa 169. Ontem, Hoje e Amanhã Carlos Maurício Torres 171. Memória Azulina Augusto César Rios Leiro 173. Família Meirelles João Rubem Carvalho de Souza 175. Homenagens Justas e Merecidas Odair de Jesus Conceição 177. Um Clube Completo Edgar Viana Filho 178. Um Clube Definitivo Luiz Henrique Portela Brim 179. Sustentabilidade Financeira Antônio Cruz Moreira Alves 181. Depoimentos na Revista Azulina Walter Queiroz Júnior Renan Baleeiro Edvaldo Brito Fátima Mendonça Antônio Brito Verônica de Macêdo Patrícia Trigueiros Jolivaldo Freitas Ademar Brito PARTE FINAL 195. O Bairro da Associação 201. Galeria dos Presidentes 204. Cronologia 207. Agradecimentos 213. Referências 215. Índice Onomástico ADENDO 243. Transparência nas Ações 255. Estatuto Social 274. Associados Remidos 305. Demais Associados ICONOGRAFIA 313. Imagens da Associação Antiga 329. Imagens da Nova Associação 338. Imagens da Sessão na Câmara Municipal 342. Imagens da Primeira Solenidade 348. Primeira Festa Dançante POSFÁCIO 349. Valfredo Oliveira Santos Presidente do Conselho Deliberativo 8 Juscelino Pacheco PREFÁCIO Ademar da Silveira Brito Presidente da Diretoria Família Azulina O objetivo do presente livro foi o de resgatar a rica história da nossa Associação Atlética da Bahia e a sua interação com a sociedade baiana. Inicialmente, por intermédio do associado e conselheiro Edgar Viana Filho, genro da professora Consuelo Pondé de Senna, foi feita uma consulta sobre a possibilidade dela escrever o livro da Associação. Por justificadas razões, a renomada historiadora declinou do convite. De imediato, o mesmo Edgar nos apresentou o pesquisador e escritor Ubaldo Marques Porto Filho, autor de 15 livros, que nos impressionou durante as tratativas. Concluímos que era a pessoa certa para cumprir a missão. Paralelamente, mantivemos contato com o associado e assíduo frequentador do clube, jornalista e escritor Jolivaldo Freitas, que nos apresentou a jornalista Verônica de Macêdo e a contratamos para ser assessora de Comunicação e editora da revista Azulina, sob a orientação e o acompanhamento do Jolivaldo. A revista é um sucesso, inclusive reconhecida e comentada pelo Conselho Superior Interclubes, do qual a Associação faz parte e é integrado pelos 30 melhores clubes do Brasil. Os mais de 400 informativos sobre atos e fatos da nossa gestão, as edições da revista e agora o livro ‘História da Associação Atlética da Bahia’, enriquecem os anais da história do nosso clube. Para que se chegasse aos informativos, à revista, ao livro e, principalmente, à inauguração da Nova Sede, projetada pelo arquiteto Antônio Caramelo e construída pela ARC Engenharia e AGRE Incorporadora, atual PDG, muitos foram os que acreditaram e ajudaram na concretização do empreendimento: conselheiros, diretores, membros da comissão de obras e associados em geral. Aos ex-gestores, que mantiveram viva a nossa quase centenária instituição, e a todos que nos ajudaram a enfrentar os desafios, e até mesmo aos críticos das ‘obras prontas’, os meus agradecimentos. Permitam-me, entretanto, alguns agradecimentos muitíssimos especiais: a Boris Benjamin Freyesleben Pessoa, Vice-Presidente Administrativo e Financeiro; a Antônio Heider Lago Bomfim, Diretor Administrativo, Professor de Economia e Auditor Fiscal do Estado; a Valfredo Oliveira Santos, Presidente do Conselho Deliberativo, que ajudou a solucionar diversos problemas; ao Doutor Rosalvo Coelho Neto, Diretor Médico, que sempre colocou o seu conhecimento e o seu Hospital Evangélico em favor dos nossos humildes empregados; ao Desembargador Eduardo Jorge Mendes de Magalhães, Associado Benemérito, ex-Presidente do Conselho Deliberativo e autor do primeiro Estatuto do clube registrado em cartório e publicado no Diário Oficial do Estado; ao Professor Edvaldo Pereira de Brito, autoridade em Direito Tributário, ex-Prefeito e atual Vice-Prefeito de Salvador, ex-Secretário da Prefeitura de São Paulo, ex-Presidente do Conselho Deliberativo e atual Vice-Presidente Jurídico da AAB, que colocou a serviço da Associação o seu escritório advocatício, o seu saber jurídico e o seu amor ao clube do qual é Associado Benemérito. Agradeço ainda de modo especial às seguintes outras personalidades: 9 Ao Vereador Pedro Godinho, que preside a Câmara Municipal de Salvador e é Sócio Honorário da Associação, por sempre atender aos justificados pleitos da AAB; Ao ex-atleta do clube Téo Senna, Vereador que muito ajudou na solução de pendências no Poder Executivo Municipal e que nos encaminhou ao Deputado Federal Sérgio Carneiro, que por sua vez nos levou ao Prefeito João Henrique Carneiro, para atendimento às justas ponderações da Associação, visando a saída da crise que ameaçava a sobrevivência da Azulina. O diálogo produtivo resultou na assinatura do Termo de Transação e Quitação dos Débitos com IPTU e ISS, acumulados desde 1971, no valor aproximado de R$ 9.500.000,00. Beneficiada pelo Refis do Município, instituído pela Lei nº 6.723/2005, a Associação quitou a dívida com R$ 3.043.000,00; Ao então Deputado Federal e Associado Benemérito, Gerson Gabrielli, que nos orientou e acompanhou na adesão ao Refis da União, de sua autoria, instituído pela Lei 9.964, de 10 de abril de 2000. Passamos a quitar as parcelas vincendas e fomos amortizando o débito de aproximadamente R$ 5.000.000,00, pagando um percentual de 0,3% sobre o valor da receita bruta do clube. Assim, retiramos a Associação da hasta pública; Ao então Deputado Estadual Ricardo Gaban, Associado Benemérito, a quem recorremos e nos ajudou a resolver várias pendências com a Embasa, pois no início da nossa primeira gestão, em 1990, encontramos o fornecimento de água suspenso por falta de pagamento; Ao ex-Vereador João Dantas, que, por meio da Lei 4.794/93, transformou a Associação numa entidade de Utilidade Pública Municipal; Ao ex-Deputado Estadual Antônio Honorato de Castro, que, através da Lei 7.260/98, tornou de Utilidade Pública Estadual a Associação Atlética da Bahia; Ao Associado Dilson de Sá Milton da Silveira, que em 2008 apresentou ao Conselho Deliberativo uma proposta para prorrogar a minha gestão por dois anos, aprovada por unanimidade; Aos Conselheiros Aurélio Pires, Carlos Maurício Torres, Nilo Malafaia e Antônio Moreira, que em 2010 fizeram proposição ao Conselho Deliberativo para mais uma prorrogação do meu mandato, aceita também pela unanimidade dos presentes; Ao Conselheiro Luiz Henrique Portela Brim, autor da proposta, aprovada por unanimidade pelo Conselho Deliberativo e que consta do Estatuto Social (Artigo 91), para que a Sede Nova fosse denominada de Complexo Sócio Cultural e Esportivo Presidente Ademar da Silveira Brito; Aos associados, liderados por Odair Conceição e Jorge Machado de Pinho, que me homenagearam, colocando na entrada do clube, no dia da inauguração da Sede Nova, uma placa com minha foto e uma mensagem que muito me emocionou; Ao Monsenhor Gaspar Sadoc, Sócio Honorário que, desde o início da nossa primeira gestão, emite mensagens de fé e de estímulo aos associados. Por fim, agradeço a todos os membros da Diretoria e do Conselho Deliberativo, pelo apoio durante a jornada da construção da Sede Nova; à minha família, que compreendeu a luta da minha missão; e ao Criador, que me deu saúde, ânimo, otimismo, responsabilidade e paciência para servir, por 16 anos, em mandatos alternados, a tão importante instituição, que é a Associação Atlética da Bahia. Eu acredito. Salvador, fevereiro de 2012. 10 HISTÓRIA DA PRIMEIRA FASE 1914 - 1929 Fundação Dificuldades Iniciais Futebol Um Ano Muito Importante Enfim, a Sede Mica na Associação Festividades do Decênio Campeã de 1924 Festas em Evidência Campeã do Torneio Início Primeira Mi-Carême Ausência no Campeonato de 1928 A Volta ao Campeonato Réveillon de 1929 Balanço das Atividades Futebolísticas Associação no Ranking do Campeonato 11 Reprodução: www.acirv.org Alfredo Pereira de Mello, o Mica, o mais destacado jogador que vestiu a camisa da Associação Atlética da Bahia. Jogou no time que conquistou os títulos de Campeão Baiano de 1924 e do Torneio Início de 1928, únicos na história da Azulina na elite do futebol baiano. Mica, um jovem de destaque na sociedade baiana, era filho de José Santos Pereira de Mello, conceituado comerciante que foi diretor da AAB. (Foto: Jonas/1923) 12 FUNDAÇÃO De acordo com a reportagem “50 anos de existência do Yankee F.C.”, publicada no jornal A Tarde, edição de 3 de outubro de 1964, dia do cinquentenário do Yankee, a sua fundação foi consequência de um jogo realizado no Campo da Pólvora, entre as equipes do Ypiranga e do navio-escola Benjamim Constant, da Marinha do Brasil, que se encontrava no porto de Salvador. Eis um trecho da matéria, relatando os benefícios do jogo: Após a sua realização, que marcou época na Bahia, apoderou-se dos nossos desportistas, um entusiasmo tal pelo futebol que, em menos de trinta 30 dias, segundo a imprensa, cerca de 50 clubes novos já estavam fundados. Verdadeira epidemia! O fato é que em 4 de outubro de 1914, dia de São Francisco de Assis (dia seguinte ao nascimento do Yankee), um grupo formado por dez pessoas se reuniu – “à casa nº 19, 3º andar, nesta Capital” – e fundou uma sociedade esportiva que se destinasse “ao cultivo de todos os jogos esportivos, muito especialmente o foot-ball, e que tomou a denominação de Associação Athletica da Bahia”, conforme assentamento no Livro de Atas, que não cita o nome do logradouro onde ficava a casa 19, mas registra o nome dos fundadores: Américo Salles, Antônio Bernardino de Carvalho, Boaventura Moreira Caldas, Carlos Alberto Cruz, Carlos da Costa Cruz, Eduardo Dias Pereira, Geraldo Lanza, João Vianna Dias da Silva, Manoel da Costa Cruz e Raymundo Chaves de Aguiar. Dez anos depois, na edição de 4 de outubro de 1924, o jornal A Tarde informou que a reunião ocorreu na “água-furtada do prédio nº 19, em São Pedro”. Esse mesmo jornal, na edição de 4 de outubro de 1934, presta novos esclarecimentos sobre a fundação: “foi no terceiro andar do prédio nº 19, à Rua São Pedro, hoje Avenida Sete de Setembro”. Em 1989, logo na primeira página da edição nº 50 da revista Associação Atlética da Bahia, comemorativa aos 75 anos da fundação do clube, sob o título “Nascemos de um Ideal”, foi publicado um depoimento de um dos fundadores, professor Raymundo Chaves de Aguiar, que prestou o seguinte esclarecimento: Foi numa “república”, no 3º e último andar do prédio nº 19 da Avenida Sete, trecho de São Bento, esquina do Beco de Maria Paz, que na noite de 4 de outubro de 1914 foi fundada a Associação Atlética da Bahia. 13 Segundo o professor, nessa “república”, situada defronte ao Mosteiro de São Bento, moravam diversos jovens solteiros, caixeiros1 e estudantes, provenientes de outras cidades. Entre eles figuravam o próprio Raimundo, Boaventura Moreira Caldas e Eduardo Dias Pereira. Um dia, enquanto jantavam, o Eduardo lançou a ideia de fundarem um clube de futebol onde pudessem jogar contra os vários times existentes na classe caixeiral. De conformidade com a ata de fundação, um documento manuscrito sucinto, de uma página e mais quatro linhas, as bases fundamentais da sociedade foram assentadas em cinco artigos, a seguir reproduzidos na íntegra, obedecida a grafia original: 1º. Esta associação terá como cores disctintivas: calção e camisa brancos e ao lado esquerdo, no peito, uma circunferência vermelha com as iniciais A.A.B. em branco. 2º. Só serão admitidos nesta associação empregados no commercio por proposta de um consocio que informará das condições do proposto. 3º. Todo sócio que se alistar pagará a joia de dois mil reais e a mensalidade de um mil reis. 4º. O sócio que faltar com a sua contribuição durante dois mezes perderá todos os seos direitos. 5º. A Directoria será reeleita trimestralmente por meio da eleição. PRIMEIRA DIRETORIA Presidente João Vianna Dias da Silva Vice-Presidente Carlos Alberto Cruz Secretário Boaventura Moreira Caldas Tesoureiro Antônio Bernardino de Carvalho Diretor de Esportes Eduardo Dias Pereira Para compor a Diretoria, os dez fundadores, todos amigos, escolheram o mais velho do grupo para presidir a entidade, ficando o autor da ideia do clube, Eduardo Dias Pereira (recebeu o apelido de Mamãe), como diretor de esportes, para viabilizar a formação da equipe e providenciar os jogos. O professor Raymundo relembrou ainda que o craque do primeiro time era o Bernardino, o tesoureiro-alfaiate, filho do carpinteiro Henrique 1 Os empregados no comércio, atuais comerciários, eram chamados de caixeiros. 14 Carvalho, que trabalhava na firma Augusto Carvalho & Cia., localizada no Comércio, na atual Rua Miguel Calmon. Nos fundos do prédio ficava um terreno que foi utilizado para os primeiros treinos, com traves feitas pelo pai de Bernardino. Disse ainda que somente anos depois foi que os treinamentos passaram para o campo nas Quintas da Barra, atual Chame-Chame. DIFICULDADES INICIAIS O início foi muito difícil, até mesmo conturbado, com mudanças constantes de membros da Diretoria, renúncias e saídas de sócios. Em 12 de maio de 1915, realizou-se uma assembleia geral na sede da Liga Sportiva da Bahia para a eleição dos novos dirigentes, que aparentemente transcorreu normalmente. Pelo resultado da votação, que não era por chapas, e sim para cada cargo, o presidente eleito foi Mário Cezar de Carvalho, sendo a posse marcada para três dias depois. Não se sabe o que ocorreu após a posse, pois não foi lavrado mais nenhum registro de reunião pelo período de dois anos e cinco meses. À página seguinte à ata de 12 de maio de 1915, foi anotado o seguinte título: “Início da Reorganização da Associação Athletica da Bahia, em 21 de Outubro de 1917”. Três dias depois, pelo sistema da votação secreta e individualizada, para cada cargo, foram eleitos e empossados os seguintes dirigentes, que ficaram responsáveis pela reorganização do clube: Presidente Mário Cezar de Carvalho Vice-Presidente Phebo Magalhães 1º Secretário Aloysio Figueiredo Portugal 2º Secretário Aristóteles Pinto Tesoureiro Eduardo Dias Pereira Diretor de Sport Clodoaldo Marques Porto Orador Lydio de Mesquita Chaves Comissão de Sindicância Antônio Manso Filho Francisco Silva Eduardo Rangel 15 Com essa nova Diretoria, a Associação ingressaria numa fase de real progresso. O número de associados voltou a crescer e, o que foi bastante relevante, com a entrada de pessoas importantes, dentre elas George Harvey Duder Junior2, que cedeu o campo3 para os treinamentos do “1º Team” e do “2º Team”, como chamavam os dois quadros de futebol, o principal e o reserva. Várias designações identificavam o local: Campo da Quinta da Barra, Campo da Barra, Campo da Liga Barrense e, por último, Campo da Associação. Ficava onde é hoje o Chame Chame. As Atas da Diretoria, sempre sem delongas, não registram o local das reuniões, mas evidenciam que a falta de recursos era um impeditivo ao aluguel de um imóvel para a instalação da sede. Pela imprensa, ficase sabendo que o local das reuniões era uma sala no palacete do Club Caixeiral4. Como alternativa para o aumento da arrecadação, o clube fazia uso do recurso das promoções artísticas. E como resultado de uma delas eclodiu o rumoroso “Caso Berbert Tavares”, registrado em várias atas, pois se desenrolou em capítulos, por cinco meses. Melindroso e grave, envolveu o 1º Secretário, o jovem Armando Berbert Tavares, por apropriação do dinheiro arrecadado no evento realizado em 15 de agosto de 1920, no Theatro Guarany, em benefício da Associação. Armando era filho de um dos homens mais ricos da Bahia, Misael Tavares, cognominado o “Rei do Cacau”, que também era um poderoso chefe político na Região Cacaueira, a mais rica do Estado. Esgotados em Salvador os meios para o recebimento amigável do valor desviado, o coronel Rodolpho de Mello Vieira, sócio da Associação, foi a Ilhéus relatar o ocorrido ao coronel Manoel Misael da Silva Tavares, que imediatamente pagou o valor que o filho devia à Associação. FUTEBOL Logo após a fundação, a Associação Atlética da Bahia foi desafiada pelo Sport Club Caixeiral. O “match”, que seria a estreia da Associação no futebol, foi marcado para a manhã do dia 8 de novembro 2 George Harvey Duder Junior era dono da Duder & Cia. Ltda., uma agência de navegação, que representava na Bahia a companhia inglesa Lloyd Register. 3 George e os quatro irmãos (Edward, John, Daniel e Fanny) herdaram do pai – George Harvey Duder, um rico negociante inglês que possuía muitas propriedades na Bahia e que faleceu em Londres, no dia 18 de janeiro de 1900 –, a Fazenda Piranha, localizada nas Quintas da Barra. Em suas terras ficava o campo para treinamento que em fins de 1918 George Júnior entregou para uso e administração pela Associação. 4 O Club Caixeiral, atual Clube Comercial, foi fundado em 21 de maio de 1876. O seu palacete-sede ficava na Avenida Sete de Setembro 97 (atual 710), trecho da antiga Rua das Mercês. 16 de 1914, no Estádio do Rio Vermelho, o melhor que havia em Salvador5. A Associação jogou com Mário Miranda; Capeto e Adherbal; Silva Lima, Souza Pinto e Carvalho; Aníbal, Luiz, Walsh, Zé Costa e Jayme. O Caixeiral, com um melhor entrosamento entre seus jogadores, venceu a partida por 3x1. Na ata da reunião de 31 de dezembro de 1914, foi efetuado o seguinte registro: “Fundando-se a Liga Sportiva da Bahia6, entre os clubes Sport Club Caixeiral, Sport Club São Bento e Yankee Foot-Ball Club, passamos a fazer parte da mesma como sócios”. Para representar a Associação nos assuntos da Liga, foi designada uma comissão formada por Eduardo Dias Pereira, Boaventura Moreira Caldas e Lydio de Mesquita Chaves. No primeiro campeonato promovido pela Liga Sportiva da Bahia, realizado em 1915, a Associação sagrou-se campeã vencendo todos os cinco adversários: Caixeiral, São Bento, Yankee, Palmeiras e Democrata. A formação básica na campanha invicta foi com Lasdam; França e Walter, Armando, Tanner e Vellozo; Muller, Santos Souza, Liberato, Leal e Walsh. No Campeonato Baiano de Futebol (principal certame futebolístico), promovido pela Liga Bahiana de Sports Terrestres, a Associação ingressou em 1919. Antes do início do campeonato, a Associação sagrou-se vice-campeã do primeiro Torneio Início7, realizado no Rio Vermelho, no dia 11 de maio. Eis o time da final, quando perdeu para o Ypiranda por 2x0, mas que valeu pela conquista do primeiro título na elite do futebol baiano: Mário Miranda; Armando Costa e Álvaro Barros; Marquito, J. Dias Lima e Jurandir; França, Ferreirinha, José Liberato, Liberato e Helvécio Araújo. A estreia no campeonato foi no dia 25 de maio, com derrota de 3x2 para o Internacional, jogando com: Mário Miranda; França e 5 O Estádio do Rio Vermelho, construído pela Companhia Linha Circular de Carris da Bahia, foi inaugurado em 2 de junho de 1907. Enfeixava quatro pioneirismos: foi o primeiro estádio concebido na Bahia para a prática do futebol; foi o primeiro campo gramado que surgiu no Estado; possuía uma pista para atletismo, a primeira na Bahia; era cercado, para proporcionar a cobrança de ingressos, em quatro categorias: geral, cadeira, cavaleiro e carruagem. Com essas credenciais, foi o palco para os campeonatos baianos de 1907 a 1912 e de 1916 a 1920. 6 A Liga Sportiva da Bahia, fundada em 3 de dezembro de 1914, passou a realizar um campeonato secundário. O principal campeonato, iniciado em 1905, era promovido pela Liga Bahiana de Sports Terrestres, depois denominada de Liga Bahiana de Desportos Terrestres. 7 O Torneio Início era um festival de jogos, promovido pela Associação Bahiana dos Cronistas Desportivos (antigo Centro dos Cronistas Desportivos), que antecedia o início do campeonato. Todos os participantes jogavam num único dia, pelo sistema eliminatório. Cada partida durava apenas 20 minutos (10 em cada tempo). Em caso de empate, o vencedor era conhecido pelo menor número de escanteios concedidos. Persistindo o empate, a disputa ia para os pênaltis, cobrados por um único jogador de cada time. A partida final, da decisão do título, tinha a duração de 60 minutos, 30 em cada tempo. Se terminasse empatada o campeão era definido pelo mesmo critério dos escanteios ou, em última instância, nas cobranças das penalidades máximas. 17 Vellozo; J. Dias Lima, Álvaro Barros e Thetraldo Monteiro; Waldemar Tarquínio, José Liberato, Liberato, Muller e Helvécio Araújo. Muller marcou o primeiro gol e Liberato o segundo. O time terminou o certame de 1919 na quarta colocação. No ano seguinte – o último disputado no Estádio do Rio Vermelho, com o recorde de 12 participantes –, os jogos finais foram no Stadium da Graça8. No último jogo, em 19 de dezembro, a Associação perdeu para o Ypiranga, pelo escore de 1x0, com a seguinte formação: Aragão; Fiães e Santinho; Arruda, Seabra e Cordeiro; Chico Lopes, Irundy, Liberato, Todd e Costinha. Terminou o campeonato em segundo lugar. Em comemoração à conquista do vice-campeonato, a Diretoria ofereceu no dia 23 de dezembro de 1920, no restaurante da Pensão Tanner, localizada na Vitória, um requintado jantar aos jogadores e alguns convidados especiais. No total foram 30 pessoas, que se serviram de um menu francês regado com licores, vinhos e champanha. UM ANO MUITO IMPORTANTE Em reunião de Diretoria, realizada no dia 14 de fevereiro de 1921, foi aprovado o novo Estatuto, donde foram retirados os seguintes itens: Artigo 67 O pavilhão da Associação Atlética da Bahia é formado por seu escudo9 sobre o campo branco10. Disposição Final Os presentes Estatutos foram elaborados pelo sócio Clodoaldo Marques Porto e aprovados pela Diretoria abaixo nominada, de acordo com decisão de Assembléia Geral de 24 de janeiro de 1921. Bahia, 14 de fevereiro de 1921. Arthur Motta (Presidente) Norberto de Medeiros (Vice-Presidente) Henrique Conde (1º Secretário) Luiz Mattos (2º Secretário) 8 O Stadium da Graça, ou Campo da Graça, pertencia à Sociedade Anônima Desportiva Bahiana, presidida por Arthur Moraes. Construído no bairro da Graça, foi oficialmente inaugurado no feriado nacional de 15 de novembro de 1920, uma segunda-feira, com um desfile dos clubes filiados à Liga Bahiana de Desportos Terrestres e com um jogo entre dois combinados formados por jogadores dos clubes que participavam do campeonato. A Associação forneceu seis jogadores (Santinho, Arruda, Seabra, Todd, Liberato e Revelação) para o Combinado Alviazul que venceu o Combinado Branco por 3x2. 9 O escudo não era mais o original da fundação, uma circunferência vermelha com as iniciais AAB em branco. Raymundo Chaves de Aguiar, um dos fundadores, havia criado um novo escudo (vide capa 2 deste livro), com as cores que passaram a ser oficiais, azul e branco. 10 No novo Estatuto, de 24 de agosto de 1937, esse artigo recebeu o número 123 e ficou com a seguinte redação: “O pavilhão da Associação é constituído pelo seu escudo azul e branco sobre o campo branco. 18 Eduardo Dias Pereira (1º Tesoureiro) Henri Klayko (2º Tesoureiro) Olympio Matheus dos Santos, R.J.H. Todd, Manuel Liberato, João Arruda e José Seabra (Comissão de Desportos) Eduardo Albarelli Rangel, Eduardo Oliveira Vianna e Plínio Rizério de Carvalho (Comissão de Sindicância). No mesmo dia da aprovação do novo Estatuto, a Diretoria também aprovou, como anexo da lei orgânica, o Regimento Interno, que na segunda parte, que tratou do futebol, regulamentou o seguinte: Artigo 5º O uniforme da Associação compõe-se de camisa azul11 com gola e punhos brancos, tendo do lado esquerdo o escudo, calças brancas e meias pretas. No dia 3 de abril de 1921, a Associação conquistou o segundo título de vice-campeão do Torneio Início. Perdeu o jogo final para o Yankee com a seguinte formação: Orlando; Santinho e Álvaro; Cordeiro, Todd e Arruda; Revelação, Costinha, Seabra, Liberato e Tournillon. Em junho de 1921, a Azulina incorporou o acervo do Bahia Cricket Club e criou um departamento para a prática do críquete12, inicialmente com os seguintes jogadores: J. Webster (capitão), E. May, F. May Senior, F. May Junior, M. Liberato, L. Leech, A. Vignoles, L. Strani, A. Bailie, R. Todd, R. Tidmarsh, A. McNair, C. Mattos e E. Oliveira. Com a incorporação do Bahia Cricket Club, a Associação abriu a primeira porta para a conquista de prestígio social, pois houve o ingresso de atletas pertencentes à elite econômica de Salvador. No dia 10 de setembro de 1921, um sábado, sob o título “Cricket”, o vespertino A Tarde deu a seguinte notícia: No campo da Associação Athletica, disputarão amanhã, às 15 horas, uma animada partida de cricket os dois primeiros teams da Associação e do Vitória. A Associação jogará com Webster (cap), F. May Senior, E. May, F. May Junior, Liberato, Leech, Vignoles, Crellin, Bailie, Rowsell e Binnion. Reservas: Duffus, Solly e Tidmarsh. 11 Por causa da camisa azul, a Associação ganhou a carinhosa designação de ‘Azulina’ ou ‘Azulino’, de acordo com a palavra precedente. 12 A exemplo do futebol, o críquete era jogado em campo. Também de procedência inglesa, sua origem remontava ao século XVI. Porém, na Bahia não caiu no gosto do povo e não teve o desenvolvimento que o futebol estava tendo, com multidões assistindo aos jogos, desde o Rio Vermelho. 19 No dia 25 de setembro de 1921, um domingo, a Associação realizou o seu primeiro jogo interestadual, enfrentando a poderosa equipe do América do Rio de Janeiro. Com o Stadium da Graça completamente lotado, a equipe azulina atuou com Aragão; Santinho e Alvinho; Neblina Seabra e Cordeiro; Revelação, Scott, Todd, Liberato e Vellozo. A partida foi emocionante, tendo os baianos inaugurado o placar, mas os cariocas ganharam por 4x3. Os gols da Associação foram assinalados por suas duas maiores estrelas13, Liberato (2) e Todd. Dois dias depois, no mesmo estádio, o América venceu o Ypiranga, campeão baiano, por 3x0. A Associação encerrou o ano de 1921 como começou, conquistando um título de vice-campeão, desta feita o segundo no campeonato baiano, com uma notável campanha: em 11 jogos, venceu dez e perdeu um, justamente para o Ypiranga, campeão invicto do certame. O time base da Associação foi com Aragão; Ramos e Santinho; Neblina, Seabra e Cardina; Revelação, Costa, Todd, Liberato e Vellozo. Em 4 de outubro de 1922, quando completou oito anos de fundada, foram empossados, em solenidade no Club Caixeiral, onde funcionava a sede provisória da Associação, os seguintes dirigentes: Presidente Bernardino Madureira de Pinho Vice-Presidente Carlos Costa Pinto 1º Secretário Henrique Conde 2º Secretário Carlos de Lacerda Kelsch 1º Tesoureiro Cícero Bacellar de Sá 2º Tesoureiro Arthur Fraga Comissão de Sports Arthur Motta (futebol) Galdino de Assis (futebol) Eduardo Dias Pereira (futebol) Frank May Senior (cricket) Robert James Hamilton Todd (tênis) Comissão de Sindicância Arnaldo de Souza Guise Elpídio Lisa Públio Bernardes de Souza 13 O baiano Liberato e o inglês Todd (capitão do time) eram atletas excepcionais, que jogavam futebol, críquete e tênis. 20 Comissão de Contas Carlos Corrêa Ribeiro Frederico Matheus dos Santos Fábio de Carvalho A Tarde, na edição do dia anterior à posse, em sua coluna de esportes, como fruto da última reunião da diretoria antiga, presidida por Henrique Conde (que fez parte da nova Diretoria, como 1º Secretário) divulgou a seguinte notícia: “Foi discutido um empréstimo para beneficiar a sede ultimamente adquirida14, dotando-a de tudo quanto mister se faça para o desenvolvimento dos esportes e comodidade dos associados”. A notícia do jornal tinha como base uma resolução da Assembleia Geral realizada no dia 30 de setembro, sob a presidência de Clemente Mariani Bittencourt15, secretariada por Clodoaldo Marques Porto e com trabalhos auxiliares de George Harvey Duder Junior. Convocada para eleger os membros da nova Diretoria, que foi encabeçada por Bernardino Madureira de Pinho, a Assembleia tomou adicionalmente uma decisão que iria resultar na transformação de um antigo casarão residencial na sede social do clube. O imóvel era excelente e dispunha de um enorme terreno, com espaços suficientes para um campinho de futebol, quadras de tênis e outros equipamentos esportivos. Eis os termos da importante resolução: Fica a Diretoria autorizada a contrair, mediante as condições que melhor julguem convirem aos interesses da Associação, um empréstimo até a quantia de cento e vinte contos de réis, ficando habilitada, com plenos e irrevogáveis poderes, a dar em garantia os bens que atualmente compõem o patrimônio social e a instituir a garantia real, em favor do credor ou credores, dos móveis de propriedade atual ou futura, das benfeitorias que se venham a realizar no prédio e no campo que se acham arrendados à Associação, sitos à Barra, nesta Cidade, bem como desses próprios bens, caso os venha a adquirir e de qualquer outro que passem a fazer parte do referido patrimônio. Fica entendido e expressamente estabelecido que nenhum 14 Na verdade, o imóvel tinha sido adquirido por Maria Miranda de Carvalho, com o fito exclusivo de repassá-lo à Associação, mediante arrendamento em condições especiais. 15 Jovem advogado nascido em Salvador, a 28 de setembro de 1900, filho de desembargador e descendente da nobreza do Império, Clemente Mariani Bittencourt seria eleito deputado estadual em 1924, deputado federal às Assembleias Constituintes de 1934 e 1946. Foi ministro da Educação e Saúde Pública (governo Dutra), presidente do Banco do Brasil (governo Café Filho) e ministro da Fazenda (governo Jânio Quadros). Na iniciativa privada comandou diversas empresas importantes, sendo presidente do Banco da Bahia e do Banco da Bahia de Investimentos. Faleceu em 13 de agosto de 1981, aos 80 anos. 21 outro compromisso poderá ser assumido em nome da Associação sem o expresso consentimento de todos os credores do empréstimo autorizado, que se destina e deverá ser integralmente aplicado às reformas no prédio arrendado, sua adaptação aos fins da sociedade, bem como do campo, arquibancadas, etc. O valor do empréstimo será representado, provisoriamente, por cupons do valor mínimo de duzentos mil réis, a que se aplicará o devido selo proporcional. ENFIM, A SEDE Na página 2 da edição de 12 de abril de 1923, sob o título “A inauguração da sede da Athletica”, A Tarde veiculou a seguinte notícia16: A simpatizada Associação Athletica da Bahia está distribuindo convites para a inauguração, no dia 15 do corrente, de sua sede social, situada à Rua Barão de Itapuã, à Barra, com um programa de festas interessantes, que constituirá um verdadeiro acontecimento no nosso registro mundano. Às 10 horas, aproximadamente, terá lugar a benção da sede, realizando-se à noite um baile em homenagem à embaixada do Fluminense. O Fluminense era o do Rio de Janeiro, que tinha vindo realizar uma série de cinco jogos em Salvador, tendo estreado no dia 1º de abril, justamente contra a Associação. O tricolor carioca venceu por 3x1, tendo o alviazul baiano alinhado com: Ilo; Santinho e Cláudio; Neblina, Nebulosa e Cezar; Scott, Nadinho, Todd, Liberato e Vellozinho. No dia 16, o Diário de Notícias anunciou a inauguração da sede da seguinte forma: O brilhante grêmio azulino inaugurou, ontem, na Barra, o seu luxuoso palacete-sede. Tudo que se possa dizer do valor que representa este extraordinário empreendimento do querido clube baiano não basta, pois não só para o esporte baiano representa mais um surto de progresso, mas para a Bahia em toda a sua extensão social e progressista. A nossa impressão, pois, daquela casa, que ontem visitamos, fica nestas linhas e é o bastante para dizer de nossa sinceridade. E coube a grandíssima honra de ser o palacete do grêmio azulino inaugurado com a presença de Coelho Neto, que cantou dois hinos, 16 Em alguns casos, as reproduções de jornais antigos poderão levar o leitor a deduzir que o escritor retirou os textos de colunas sociais. Na verdade, os textos refletem o estilo jornalístico da época, vigorante nas redações dos jornais de Salvador. 22 ao valor daquele empreendimento e ao valor da beleza e distinção da mulher baiana. Uma festa linda, enfim, a cuja comparência não faltaram todas as autoridades civis e militares do Estado e da União e com elevadíssimo numero de senhorinhas. A diretoria da Associação Athletica foi imensamente pródiga em gentilezas com o Diário de Notícias, sendo recebido por um distinto cavalheiro, senhor Arthur Fraga. Deixamos os nossos agradecimentos e os melhores votos de progresso e brilhantismo na continuação da vida esportiva da Associação Athletica, que entrou, agora, em novo período de progresso. O Coelho Neto, a que se referiu a notícia acima, possuía militância política. Embora radicado no Rio de Janeiro, desde criança, elegeuse deputado federal pelo Maranhão, estado onde tinha nascido, a 21 de fevereiro de 1864. Jornalista, professor, crítico literário, teatrólogo, cronista, romancista, contista, memorialista e poeta, possuía uma extensa relação de obras publicadas, sendo o autor mais lido no Brasil. Era um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a Cadeira 2. Torcedor fanático do Fluminense, o famoso escritor veio a Salvador chefiando a delegação do tricolor carioca. E nessa condição especial, Coelho Neto17 foi um dos oradores da inauguração da sede da Azulina, tendo sido retirado do seu discurso o seguinte trecho: Quis a fortuna que eu me achasse nesta cidade com a embaixada esportiva do Fluminense Futebol Clube no dia em que, sob os auspícios de Deus e ante a graça das senhoras e a energia dos atletas, foi inaugurada esta casa. Que as bênçãos do céu a protejam, para que nela sempre reine a alegria, que é o esplendor da saúde, e se fortaleçam corpos e almas na cultura física e na disciplina para o robustecimento e harmonia da nossa raça, tornando-a digna da Pátria imensa e formosa, em que nasceu e há de progredir. Na edição de 19 de junho de 1923, A Tarde estampou na página 2, sob o título de “A Festa da Sorte da Associação Athletica”, a notícia da programação para a noite de São João, a primeira festa após a inauguração da sede social: A escol dos nossos círculos esportivos e sociais, aguarda com 17 Henrique Maximiano Coelho Neto, maranhense de Caxias, era pai do carioca João Coelho Neto, o Preguinho, meia-esquerda que faria o primeiro gol do Brasil em Copa do Mundo. Foi na estreia da seleção na primeira Copa, realizada no Uruguai. O jogo foi no dia 14 de julho de 1930, em Montevidéu, no Central Parque Pereira, onde o Brasil perdeu para a Iugoslávia por 2x1. 23 o maior interesse, com a ansiedade que quase sempre se espera das coisas lindas, a grande Festa da Sorte que a gloriosa Associação Athletica da Bahia vai realizar no dia 23 do corrente, na noite em se festeja o São João, santo da alegria comunicativa, dos sonhos da poesia, da suavidade, quando o prazer sincero e franco desce da eterna bemaventurança para nos ornar a vida de um pouco de ilusão... Essa original comemoração há de ficar, como uma nota distinta do bom gosto, de fidalguia e discreto entusiasmo, nos círculos mundanos da nossa terra. As senhorinhas e senhoras trajarão cores claras, as primeiras em papel e as segundas à vontade, com adornos de sortes. Os cavalheiros serão obrigados ao uso do uniforme de linho branco. Quantas vezes, no estalido de uma sorte inocente, não se confirmam tantas esperanças ou se esvazem tantas ilusões... Ao lado do rink, um cozinheiro servirá canjica, em todas as suas variações. Nos cortes de tênis, em uma artística banca, haverá todas as variedades de milho, serviço completo de buffet, doces, licores, etc. A sede, a pérgola e as proximidades da majestosa sede azulina estarão caprichosamente iluminadas e tocando uma orquestra em cujo domínio deslizarão os pares, aos volteios das danças animadas... Que festa mais atraente, mais linda, mais encantadora se poderia organizar na Bahia para comemorar o São João? Com a sede social, o rinque de patinação, as quadras de tênis e o campo de futebol, a Associação Atlética tornou-se o clube melhor equipado de Salvador e passou a ser frequentado pela elite da sociedade soteropolitana. Aos associados, além das festas, oferecia campeonatos internos de futebol, críquete, handebol e tênis. Externamente, no futebol, disputava o campeonato promovido pela Liga Bahiana de Sports Terrestres, com boas participações nas duas categorias: 1º Team e 2º Team. O futebol já estava consagrado como a grande paixão do povo soteropolitano, com duas grandes forças rivais, Ypiranga e Botafogo, vindo em seguida a dupla Associação Atlética e Bahiano de Tênis. O ano de 1923, que foi o ano da grande virada da Associação, provocada pela inauguração da sede social, terminou com a conquista do vice-campeonato pela quarta vez consecutiva (1920, 1921, 1922 e 1923). Com isso, a Azulina firmou-se como a terceira força do futebol baiano, logo após o Ypiranga e o Botafogo. No dia 12 de dezembro, uma quarta-feira, A Tarde circulou com mais uma boa notícia: A Associação Athletica é campeã dos segundos teams Com o jogo de domingo último, em que os azulinos venceram o S. C. Victoria por 1x0, ficou definitivamente assegurado à simpática 24 Associação Athletica o título de campeão dos segundos quadros. Concorreram para o honroso título os jogadores Salles, Lulu, Sosthenes, Fiães, Lauro, Cezar, E. May, F. May Junior, Esdron, Teixeira, Renato, Tampinha, Costinha, Nicanor e Marcondes. MICA NA ASSOCIAÇÃO No Torneio Início de 1921, em que se sagrou campeão, disputando a final justamente contra a Associação, o Yankee revelou para os baianos um jogador de apenas 16 anos que encantou os aficionados do futebol pelo seu porte elegante, técnica refinada, excelente visão de jogo, habilidoso no domínio da bola, preciso nos passes, eficiente na marcação, rápido na armação das jogadas e que também exercia uma forte liderança em campo. Enfim, era o craque e o maestro da equipe. Chamava-se Alfredo Pereira de Mello, o Mica. No ano seguinte, o atleta que havia nascido e residia no Rio Vermelho, transferiu-se para o Botafogo, clube de maior expressão (campeão de 1919), e foi convocado para a Seleção Baiana que disputou no Rio de Janeiro o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, onde foi vice-campeão. Além de considerá-lo “o craque da equipe baiana”, a crônica esportiva carioca elegeu Mica como “a grande revelação do campeonato”. A performance do meio-campista resultou numa convocação para a Seleção que disputou o Campeonato Sul-Americano de 1923, no Uruguai, com quatro jogos em Montevidéu. Realizou também um amistoso na cidade uruguaia de Durazno, enfrentando um combinado local, e dois jogos em Buenos Aires, contra a Argentina. Titular absoluto nas sete partidas (as únicas da seleção em 1923), Mica ajudou o Brasil na conquista do seu segundo título fora do Brasil, a Taça Brasil-Argentina, ao vencer os donos da casa por 2x0. A imprensa portenha apontou o craque baiano como o melhor jogador em campo, responsável pela vitória na partida realizada no dia 2 de dezembro, no Campo do Clube Barracas. Eis a equipe da conquista histórica: Nelson; Pennaforte e Alemão; Mica, Nesi e Dino; Paschoal, Zezé, Nilo, Coelho e Amaro. Após o sucesso na Argentina, Mica foi recebido no cais do porto de Salvador com festas. Em seguida, atendendo a um pedido do pai18, o primeiro grande astro do futebol baiano trocou o Botafogo19, onde se sagrara bicampeão baiano (1922 e 1923), pela Associação Atlética da 18 Mica era filho do comerciante José Santos Pereira de Mello, que em 29 de setembro de 1927 seria empossado na Diretoria da Associação como 1º Tesoureiro, para o período social de um ano. 19 Mica foi o grande destaque no Botafogo campeão dos Centenários: em 1922, ano do Centenário da Independência do Brasil, e em 1923, ano do Centenário da Independência da Bahia. 25 Bahia, que já se constituía numa força futebolística, mas não conseguia ganhar o título máximo. Vinha de quatro vice-campeonatos, 1920, 1921, 1922 e 1923. Faltava um Mica, um maestro que desse o toque final na afinação da orquestra azulina. FESTIVIDADES DO DECÊNIO Na edição do dia 4 de outubro de 1924, um sábado, sob o título “O decênio da fundação, hoje, da Associação Athletica”, A Tarde publicou a seguinte matéria: A data de hoje, 4 de outubro, não é auspiciosa somente para a Associação Athletica da Bahia, pela passagem do seu décimo aniversário de fundação. Festeja-se, também, vendo-a transcorrer alegremente, com mais um ano, mais um marco a assinalar os melhores triunfos, as iniciativas mais eficientes, todo o esporte baiano, que, sem favor, ao grêmio azulino deve inestimáveis serviços. Quem passar um olhado ao passado da elegante e poderosa agremiação da Barra ficará surpreso ante o milagre levado a efeito no espaço de dez anos, ante um sonho tornado realidade. No dia 4 de outubro de 1914, precisamente na água-furtada do prédio nº 19, em São Pedro, um grupo de moços sportsman, folgazões e alegres, fundando com o intuito de praticar o foot-ball, a Associação Athletica, não poderia imaginar sequer que o humilde club de então viesse a ser o poderoso grêmio de hoje, cuja ação no esporte baiano tem sido fecunda e notável, principalmente de uma sede luxuosa e condigna. Festejando a data de hoje e em regosijo à posse dos novos diretores eleitos, a Associação oferecerá aos associados, às suas famílias e à imprensa, em sua elegante sede, um brilhante assustado, devendo as danças se fazer ao som de uma banda de música e de uma orquestra no rink e nos salões. Além da posse dos novos membros da Diretoria, comandada pelo presidente Alfredo Henrique de Azevedo, sucessor de Antônio Guilherme Pereira de Carvalho, e do “assustado”, que era um baile simples, sem a obrigatoriedade dos trajes a rigor, a programação das festividades incluiu um torneio interno de futebol. No dia seguinte, 5 de outubro, pelo returno do campeonato baiano, a Associação, mesmo sem seu principal jogador, o Mica, goleou o Democrata por 4x1, jogando com Salles; Cláudio e Santinho; Cezar, Saes e Nicanor; Jorge, Pinima, Laguna, Esdron e Vellozinho. Logo depois, 26 o campeonato sofreria uma interrupção por causa da convocação dos jogadores para a Seleção Baiana que iria disputar o Brasileiro de 1924. CAMPEÃ DE 1924 Por causa do Campeonato Brasileiro de Seleções, que teve a participação do grande Mica defendendo a Bahia, o Campeonato Baiano de 1924 somente foi concluído no ano seguinte, quando a Associação conquistou os dois títulos máximos, do 1º e do 2º teams, atingindo o ponto culminante no futebol baiano. No certame do 2º Team, finalizado no dia 1º de fevereiro de 1925, a Associação sagrou-se campeã pela segunda vez com a seguinte formação básica: Astrolábio; Paim e O. Mello; Cezar, Costinha e Ferreira; Paulo, Elysio, Esdron, Aldovandro e Dudu. Em março, na semifinal do 1º Team, a Associação empatou com o Ypiranga, em 1x1, forçando um jogo desempate, vencido pela azulina com uma goleada de 5x1. Na finalíssima o adversário foi o Club Bahiano de Tênis e novamente um novo empate, 2x2, provocou mais uma partida, programada para o dia 15 de março de 1925, um domingo. Com uma nova goleada, por 4x2, a Associação sagrou-se campeã do ano do seu decênio de fundação, jogando com Aragão; Cláudio e Santinho; Mica, Saes e Nicanor; Pinima, Joãozinho, Mazzeu I, Todd20 e Mazzeu II. Os gols foram assinalados por Joãozinho, Mazzeu II, Todd e pelo capitão Cláudio. O inédito título da Associação também conferiu a Mica a láurea de primeiro tricampeão baiano da era do Stadium da Graça. Com apenas 20 anos de idade e quatro jogando futebol, o astro construiu um invejável quartel de conquistas, dentre elas o privilégio de ser o primeiro baiano a vestir a camisa do Brasil e também o primeiro jogador de um clube baiano convocado para a Seleção Brasileira21. 20 Nascido na Inglaterra, em 23 de junho de 1898, Robert James Hamilton Todd seria membro do Conselho Deliberativo e da Diretoria, tendo prestando relevantes serviços à Associação. Faleceu em Salvador, aos 63 anos, no dia 28 de fevereiro de 1962. Foi sepultado no Cemitério dos Ingleses. 21 Mica era jogador do Botafogo e tinha 19 anos quando estreou na seleção brasileira, jogando no Central Parque Pereira, estádio do Nacional de Montevidéu, no dia 11 de novembro de 1923, pelo Campeonato Sul-Americano, em partida que o Brasil perdeu para o Paraguai por 1x0. Fez ainda mais seis jogos pela seleção. Somente 64 anos depois, um outro jogador convocado de um clube baiano vestiria a camisa da seleção principal. Dessa estatística foram excluídas as duas partidas contra o Chile, em setembro de 1957, no Estádio Nacional de Santiago, pela Taça Bernardo O’Higgins, quando o Brasil não esteve representado pela seleção principal, e sim por uma seleção regional, formada exclusivamente por jogadores de clubes baianos. O recorde de Mica somente seria quebrado em 10 de março de 1989, justamente no dia do seu falecimento, aos 84 anos. Ele não ficou sabendo que os autores da façanha foram Charles e Zé Carlos, que jogavam no Esporte Clube Bahia. O palco foi a cidade de Fortaleza, onde o Brasil goleou o Peru por 4x1. 27 FESTAS EM EVIDÊNCIA Conforme foi visto, na noite de 4 de outubro de 1924, durante as comemorações pelos dez anos da fundação do clube, a Associação realizou em sua sede um “assustado”, nome que davam aos bailes onde eram dispensados o traje a rigor. Em face do sucesso desse tipo de festa dançante, os “assustados” passaram a ser realizados quinzenalmente. E para as festividades do final de ano a Associação preparou uma programação que foi divulgada da seguinte forma por A Tarde, na edição de 24 de dezembro de 1924: O querido grêmio azulino festejará condignamente as datas do Natal e do Ano Bom, aliando as cerimônias religiosas às festas elegantes e animadíssimas em sua luxuosa sede à Barra, constituindo um acontecimento mundano de alto relevo, já pela distinção que preside todas as festas ali realizadas, já pela ocorrência do escol feminino que as abrilhantam com a sua presença. O magnífico programa constará de danças, com início às 21 horas de hoje e de missa campal às 24 horas. Amanhã haverá distribuição de brinquedos e bombons aos filhos dos sócios, às 16 horas, e danças das 20 às 24 horas. Sob o título “O Carnaval na Associação Athletica e no Bahiano de Tênis”, A Tarde, na edição de 8 de janeiro de 1925, noticiou: Os circuitos elegantes da cidade receberam alegremente, com júbilo indizível, a notícia de que os prestigiosos clubes Associação Athletica e Bahiano de Tênis vão festejar brilhantemente os três dias do Carnaval que nos está a bater às portas. Na edição de 2 de outubro de 1925, sob o título “A noite de amanhã na sede azulina”, A Tarde veiculou a seguinte notícia: Não há como descrever a ansiedade que domina os círculos elegantes da cidade pela realização do sarau marcado para amanhã, às 20 horas, no palácio-sede da querida Associação Athletica, em comemoração à passagem do 11º aniversário de fundação desse grêmio. Na edição do dia 3, um sábado, com o título “Sarau Comemorativo”, A Tarde deu outra nota sucinta: A data de amanhã será festejada hoje, com um sarau dançante, que se seguirá à posse dos novos diretores. O traje de rigor será “smocking”, 28 dando ingresso o recibo nº 9. No dia 6, o conceituado vespertino levou ao conhecimento público o resultado do sarau comemorativo, com informações numa espécie de crônica, conforme a praxe jornalística da época, tendo o jornalista que a escreveu glorificado a presença feminina: A exiguidade do espaço não nos permite uma notícia mais extensa a respeito do brilhantismo da noite de sábado, na sede da querida Associação Athletica da Bahia. O valoroso grêmio realmente assinalou uma de suas melhores e mais significativas vitórias sociais. Os salões do luxuoso palacete-sede do azulino encheram-se do “set” da sociedade baiana. Um êxito integral, alcançado entre sorrisos, sob uma expansão alegre de prazer e cordialidade. Às duas horas e poucos minutos da madrugada de domingo, quando terminaram as danças elegantes, com que tristeza, com que pesar imenso os amplos salões se despovoaram daquelas fadas encantadoras, que são o maior prestígio, o maior segredo do sucesso das festas da campeã. As festas abriram um novo caminho para a Associação que, assim, deixou definitivamente de ser uma agremiação dedicada prioritariamente ao futebol, restrito a uma pequena faixa de jovens. Havia ingressado com força total no setor social, abrindo um amplo leque de atividades, pois contemplava segmentos de todas as faixas etárias, desde as crianças aos idosos. Enfim, a Associação tornou-se um clube aberto às famílias. Ao mesmo tempo, elitizava-se e arregimentava maiores recursos financeiros com muito mais facilidade, pois proporcionava entretenimento e dava status aos seus associados. E as festas continuaram sendo promovidas com sucesso e com grandes bailes que ficaram famosos na cidade, realizados no Carnaval, no Sábado de Aleluia (Mi-Carême), no São João, no Aniversário da Azulina e no Réveillon. CAMPEÃ DO TORNEIO INÍCIO Depois de quatro segundos lugares no Torneio Início, a Associação finalmente obteve o único título importante que lhe faltava no futebol baiano. A conquista deu-se no dia 15 de março de 1928, justamente contra o maior rival, o Bahiano de Tênis, com quem disputava a preferência dos torcedores da elite social. Ao vencer o alvinegro da Barra Avenida por 1x0, com gol 29 assinalado pelo famoso Vivi22, recém-saído do Bahiano, o clube azulino tornou-se campeão do Torneio Início com a seguinte formação: Teixeira Gomes; Pedro e Carvalho; Mica, Menezes e Nicanor; Dedé, Juliano, Vivi, Tranquilli e Pega Pinto. Mica e Nicanor eram os únicos remanescentes do time campeão de 1924. O Torneio Início foi o último título conquistado pela Associação no futebol baiano. Dois dias depois da histórica conquista do Torneio Início, A Tarde circulou divulgando uma festa que já estava programada, mas que acabou servindo como comemoração do título inédito. Eis o texto noticioso: Mais uma reunião dançante oferecerá, hoje, às 20 horas, aos seus inúmeros associados, e suas exmas. famílias, a valorosa campeã de 1924, a querida sociedade que na Bahia possui o prestígio inimitável de realizar festas magníficas pela elegância mundana e pela distinção impecável dos que nelas tomam parte. E nem precisa repetir que o “set” social de nossa terra já se habituou a freqüentar a encantadora sede azulina com o prazer dos momentos em que se tem a melhor ilusão da felicidade. Realmente, partilhar daquela alegria ambiente, em meio de flores e de formosas senhorinhas, ao som de boa música, é esquecer, embora por instantes, as vicissitudes da vida e ter a impressão de sua beleza que arrebata, mas que engana... Valha ao menos essa ilusão, como um dos bens maiores que o destino nos proporciona... A Associação estará em festa, hoje, o que, sempre, na Bahia, é ouvido com satisfação que define perfeita e claramente a ansiedade com que acorrerá ao lindo palácio da Barra a sociedade elegante da Bahia. PRIMEIRA MI-CARÊME23 No dia 4 de abril de 1928, sob o título “A festa de sábado na sede da Associação”, A Tarde circulou com a seguinte informação: 22 Depois de Mica e Popó, Vivi foi o mais célebre jogador que o futebol baiano teve na década de 1920. Além de grande goleador, tinha fama de pé-quente, pois por onde passava conquistava títulos. Foi campeão baiano quatro vezes (três pelo Ypiranga e uma pelo Bahiano), uma vez vicecampeão pelo Bahiano e cinco vezes campeão do Torneio Início (duas pelo Ypiranga, duas pelo Bahiano e uma pela Associação). 23 Topônimo de origem francesa para designar um carnaval fora de época, que no Brasil foi realizado pela primeira vez em 1912, na cidade baiana de Jacobina. Em Salvador, inicialmente restrito aos salões dos clubes, o carnaval promovido na noite do Sábado de Aleluia avançou pelas ruas no domingo e se tornou popular. Em 1935, o jornal A Tarde fez um plebiscito e o povo trocou o nome Mi-Carême por Micareta. 30 A propósito da linda festa a efetuar-se no próximo sábado, no paláciosede da Associação Athletica, sua ilustre Diretoria está tornando público o seguinte: “Aviso aos senhores sócios e exmas. famílias, que no Sábado de Aleluia, dia 7 do corrente, haverá uma festa à fantasia em nossa sede social, que será gentilmente ornamentada pela Comissão da Diretoria. Tocará o Jazz Tupana, sendo facultado aos sócios, que não quiserem se fantasiar, comparecerem com o traje branco à rigor ou smocking”. No dia 9, o mesmo vespertino, sob o título “A noite de sábado, na sede da Associação, do Bahiano, do Itapagipe e do Ibérico”, reportou-se à Mi-Carême realizada em Salvador, com uma reportagem que se iniciou da seguinte forma: Os clubes esportivos locais deram a nota na comemoração da MiCarême. Na sede da Associação Athletica, manda a verdade que se registre, foi efetuada a melhor dessas festas, pela concorrência e pela animação, com uma das mais inesquecíveis que o grêmio azulino ofereceu à sociedade baiana. Diz-se até que o baile do campeão de 1924 foi a melhor festa da Mi-Carême. Passada a primeira Mi-Carême realizada nos salões da Azulina, na edição de 6 de julho de 1928, A Tarde deu destaque a uma outra festa. “Um dia festivo na sede da Associação Athletica” foi o título da abertura da notícia divulgada conforme a praxe dos cronistas da época, de antecipar o ambiente de como seria o evento, obviamente que embasados em festividades anteriores na agremiação promotora. Eis o que disse o jornal com relação à festa que seria realizada dois dias depois: Estará em festas, no próximo domingo, dia 8, a linda sede da querida Associação Athletica, um dos pontos de reunião cordial da sociedade baiana, que ali, indiscutivelmente, passa os melhores momentos de alegria e distinção. Pela manhã, às 9 horas, efetuar-se-á um animado torneio de tênis, cujo resultado está despertando grande e justo interesse. As inscrições são numerosas. À tarde, iniciando-se às 17 horas, realizar-se-á elegante chá dançante, oferecido por um grupo de associados às gentis diretoras. E não precisamos encarecer o êxito desse dia encantador! 31 AUSÊNCIA NO CAMPEONATO DE 1928 No início de maio de 1928, as relações entre a Associação e a Liga Bahiana de Desportos Terrestres ficaram tensas por causa do “Caso Nadinho”. A Associação havia aplicado uma suspensão de 90 dias pela tentativa do jogador se transferir para o Guarany de forma fraudulenta, após ter-lhe sido negada a cessão do passe. Logo em seguida, já suspenso, Nadinho jogou pelo Guarany numa partida não oficial. A Diretoria da Associação, julgando-se desafiada pelo atleta, resolveu então aplicar a pena da eliminação de seu quadro. A Liga entendeu a questão da seguinte forma: o atleta deveria cumprir a suspensão dos 90 dias que lhe foi imposta. Porém, depois, como havia sido eliminado da Associação, estaria livre para tomar parte em jogos oficiais por qualquer outra agremiação. A Associação não concordou com essa interpretação, arguindo que Nadinho não deveria ser admitido em nenhum clube filiado à Liga, ou seja, o banimento teria de ser estendido aos demais coirmãos. Como a Liga considerou oficial apenas a pena da suspensão e desconsiderou a pena do banimento fora do âmbito da Associação, a crise estourou publicamente no dia 25 de maio, quando A Tarde informou: Está dando pano para as mangas! Está iminente uma crise séria no esporte baiano. A ameaça de retirada da Associação Athletica da Liga Bahiana, a bem dos nossos créditos esportivos, não pode ser efetivada. Porque o grêmio azulino é daqueles que mais prestígio desfruta na Bahia, quer na sociedade, quer no ramo do esporte que pratica. Confiamos que se chegará a uma solução a uma solução que venha por termo às notícias desagradáveis correntes e, afinal, não fique a Bahia sem a atuação leal e brilhante da querida Associação Athletica. Na edição desse mesmo dia, A Tarde ainda publicou o Edital de Convocação do Conselho Deliberativo da Associação, datado do dia 24 de maio, para uma reunião quatro dias depois, para tratar de “assuntos da magna importância”. Nos meios esportivos já se sabia que a “magna importância” era a votação da desfiliação da Liga. No dia 29, uma terçafeira, o vespertino A Tarde circulou com a seguinte manchete em sua página esportiva: “Foi aprovada, unanimemente, sob uma salva ruidosa de palmas, a desfiliação da Athletica”. Depois das considerações sobre a 32 decisão que abalava o futebol baiano, o jornal transcreveu a Nota Oficial do clube, nos seguintes termos: O Conselho Deliberativo da Associação Athletica da Bahia, ontem reunido em sessão extraordinária, resolveu por unanimidade: a) Desfiliar-se da Liga Bahiana de Desportos Terrestres24; b) Dirigir um manifesto ao mundo esportivo; c) Lançar em ata um voto de agradecimento aos players dos três teams, pela moção de solidariedade. Bahia, 29 de maio de 1928. Fábio de Carvalho Presidente A VOLTA AO CAMPEONATO Em face de uma petição assinada por 54 associados, em decorrência de uma moção assinada por todos os clubes que disputavam o campeonato (Ypiranga, Botafogo, Bahiano, Fluminense, Vitória, Yankee, Democrata e o Guarany, pivô da crise de 1928), apelando pelo retorno da Associação ao campeonato, e em face ainda da manifestação da Diretoria da Liga Bahiana de Desportos Terrestres, aplaudindo a iniciativa de seus filiados, o Conselho Deliberativo da Associação, reunido em 2 de março de 1929, aprovou por 25 votos contra um, a refiliação da Azulina à Liga e a consequente volta às disputas do campeonato. Portanto, aparadas as arestas e conciliados os interesses, a Associação se inscreveu para o campeonato de 1929, que foi concluído no ano seguinte, tendo a Associação obtido o 3º lugar. Sua última partida ocorreu numa terça-feira, noite de 18 de fevereiro de 1930, no Stadium da Graça, quando enfrentou e empatou com o Botafogo por 4x4. Jogou com Teixeira Gomes; Massullo e Genaro; Vavá, Dudu e Bisa; Accioly, Astério, Vavá II, Vivi e Pega Pinto. Os gols foram assinalados por Accioly e Astério, duas vezes cada. Porém, nesse campeonato, nos dois jogos contra o Ypiranga, o clube mais popular da Bahia, aconteceram incidentes em campo que voltaram a azedar as relações da Associação com a Liga. Na partida do primeiro turno, em 15 de agosto de 1929, logo no início do segundo tempo, quando a Associação vencia por 1x0, Mica caiu sobre a bola e a torcida do aurinegro gritou pênalti, tendo o juiz Oscar Nova, que se encontrava distante do lance, apitado a penalidade numa clara atitude de 24 A Associação já havia realizado duas partidas pelo campeonato de 1928, tendo perdido ambas, para o Botafogo (2x0) e para o Vitória (1x0). Como consequência da desfiliação, esses jogos foram anulados pela Liga Bahiana de Desportos Terrestres. 33 que agira por pressão da torcida. Os jogadores da azulina revoltaram-se e se recusaram a continuar jogando. Depois de 25 minutos de paralisação, o juiz autorizou a cobrança sem os jogadores da Associação. Popó bateu o pênalti e o Ypiranga empatou. Logo em seguida, aconteceu um lance inédito no futebol baiano, assim descrito por A Tarde, na edição do dia seguinte: Não sabemos porque, houve, a seguir, uma pantomina ridícula, sob o consentimento do juiz: é posta a bola ao centro e os próprios jogadores do Ypiranga dão a saída! Sui-generis! E lá se vai uma investida patética... E os ypiranguenses, com aquela saída ilegal, absurda e sobretudo desnecessária, fazem mais um gol! A Liga referendou o resultado, 2x1 para o Ypiranga, e não aplicou à Associação nenhuma penalidade pelo abandono do campo. No jogo do returno, em 5 de janeiro de 1930, o Ypiranga vencia por 2x0 quando eclodiu, a dez minutos do término, um incidente envolvendo novamente o juiz, por não ter marcado um pênalti cometido pelo zagueiro Silvino, que teria evitado um gol azulino com a mão. O jogo foi paralisado e depois de muita discussão, um diretor da Associação ordenou, da mesma forma que fizera na partida de agosto, que os jogadores abandonassem o gramado. Somente Vivi não obedeceu. Os dez que saíram, decretando o final da partida, foram desta feita punidos pela Liga, com a suspensão de um jogo, pois o juiz, Edgar Tapioca, colocou na súmula que “o team da Associação, não se conformando com a minha atuação, retirou-se de campo, indisciplinadamente”. A partida seguinte da Associação, que seria contra o Bahiano, não foi realizada, pois sem o time titular, a Azulina preferiu entregar os pontos, o que era permitido pelo regulamento. RÉVEILLON DE 1929 Aos integrantes de um importante segmento do quadro social pouco interessava os problemas que vinham ocorrendo com o futebol, com o sai e volta do campeonato, ou com a confusão de agosto no jogo com o Ypiranga, quando os jogadores foram vaiados no Stadium da Graça. O interesse maior era pelas festas que já estavam consagradas e onde a elite social desfilava o seu glamour. Eis o que disse A Tarde na edição de 19 de dezembro de 1929: 34 Réveillon da Associação Athletica Os nossos meios sociais acham-se verdadeiramente encantados com as delícias que a querida Associação prepara para o seu Réveillon. Promete de fato ser deslumbrante a comemoração da passagem do fim de ano nos salões e na pérgola do rink do querido clube da Barra. Entre as atrações inéditas, haverá a organização de um jazz-band moderno, ao lado do jazz que virá do Rio de Janeiro para abrilhantar a noite de festas. Haverá números especiais de “cotilon”, com distribuição de prêmios e com sorteios surpreendentes. Em suma, será uma festa encantadora, levada a sua execução a primor, como costumam ser as recepções da Associação. BALANÇO DAS ATIVIDADES FUTEBOLÍSTICAS Em dez participações na principal divisão do futebol baiano, promovido pela Liga Bahiana de Desportos Terrestres (atual Federação Baiana de Futebol), a Associação Atlética da Bahia foi campeã uma vez, vice-campeã cinco vezes e duas vezes campeã dos segundos times, também chamado de campeonato dos reservas ou aspirantes. No Torneio Inicio obteve um título de campeão e quatro segundos lugares. Obteve também o título de campeão do Torneio Início Juvenil de 1927, ano em que essa competição foi disputada pela primeira vez na Bahia. Ainda nesse ano, a Associação também foi campeã do primeiro campeonato de juvenis, com o seguinte time base: Derval; Frederico e Sampaio; José, Carvalho e Maciel; Reis, Aníbal, Marôto, Zequinha e Caldas. A ASSOCIAÇÃO NO CAMPEONATO BAIANO 1º TEAM 35 PRINCIPAIS TÍTULOS CONQUISTADOS PELA ASSOCIAÇÃO 1915 Campeão da Liga Sportiva da Bahia 1919 Vice-Campeão do Torneio Início 1920 Vice-Campeão Baiano 1921 Vice-Campeão do Torneio Início Vice-Campeão Baiano 1922 Vice-Campeão Baiano 1923 Vice-Campeão Baiano Campeão Baiano do 2º Team 1924 Campeão Baiano Campeão Baiano do 2º Team 1925 Vice-Campeão Baiano 1926 Vice-Campeão do Torneio Início 1927 Vice-Campeão do Torneio Início Campeão do Torneio Início Juvenil Campeão Baiano Juvenil 1928 Campeão do Torneio Início 36 ASSOCIAÇÃO NO RANKING DO CAMPEONATO Os quadros abaixo demonstram o desempenho da Azulina no período de 1919 a 1929. Dos onze campeonatos, esteve presente em dez, pois não participou do certame de 1928. No ranking geral, ficou em terceiro lugar entre os 16 participantes. PONTOS CONQUISTADOS PELO 1º TEAM NO CAMPEONATO 1919 - 1929 Pontuação por jogo: Vitória = 2 pontos; Empate = 1 ponto. JOGOS E GOLS DA ASSOCIAÇÃO NO CAMPEONATO 1º TEAM Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/campeonato_baiano_de_futebol 37 JOGOS ENTRE OS DOIS GRANDES DA ELITE SOCIAL 1º TEAM 7 vitórias da Associação 5 vitórias do Bahiano 4 empates 34 gols pró-Associação 27 gols pró-Bahiano Pelo caráter atípico dos jogos, os confrontos pelo Torneio Início não foram incluídos nessa estatística. TÍTULOS CONQUISTADOS POR MICA, O MAIS NOTÁVEL JOGADOR QUE PASSOU PELA ASSOCIAÇÃO 1921 Campeão do Torneio Início, pelo Yankee 1922 Campeão Baiano, pelo Botafogo Vice-Campeão Brasileiro, pela Seleção Baiana 1923 Campeão Baiano, pelo Botafogo Campeão da Taça Brasil-Argentina, pela Seleção Brasileira 1924 Campeão Baiano, pela Associação Atlética da Bahia 1928 Campeão do Torneio Início, pela Associação Atlética 38 HISTÓRIA DA SEGUNDA FASE 1930 - 1982 Momento de Decisão O Que Fazer com o Time de Futebol Terceira Mi-Carême Fim do Time de Futebol Consequências da Saída do Futebol Crise de 1932 Incidente com o Capitão João Facó Vinte Anos de Fundação Compra da Sede e Plano de Expansão Homenagem à Maria de Carvalho Tavares Ladrão Fugiu e Ficou Impune Construção da Nova Sede Social Fidalguia Baiana Carnaval da Vitória Martha Rocha Piscina Semiolímpica Boréu, Campeão Brasileiro de Tênis Bodas de Ouro Boicote dos Diários Associados Patrícia Medrado Olimpíadas Internas As Festas pelo 65º Aniversário Conquistas Múltiplas Clube Social e Esportivo Completo Evaldo e Pedro, Professores de Tênis Campo de Futebol Alguns Presidentes Inesquecíveis 39 Carlos Coqueijo Costa, que presidiu a Associação por oito anos (19561964), construiu a primeira piscina semiolímpica da Bahia, implantou uma intensa programação artística e criou a Orquestra da Associação, dirigida pelo maestro Carlos Lacerda. (Foto: Leão Rozemberg) 40 MOMENTO DE DECISÃO Três fatores se inter-relacionaram e decretaram a saída da Associação do campeonato de 1930. O primeiro foi pelas relações com a Liga Bahiana de Desportos Terrestres, que voltaram a se deteriorar com os episódios dos dois jogos com o Ypiranga pelo certame de 1929. O segundo era de caráter social. Encontravam-se em jogo duas correntes antagônicas. A Associação e o Bahiano, clubes que se elitizavam, não iriam abrir as portas de suas requintadas sedes sociais para a multidão torcedora de um esporte que começou sendo praticado por jovens da elite social, mas que se popularizava numa rapidez incrível. Enfim, o futebol já se constituía numa grande paixão popular. E dentro desse prisma, não havia como fazer o casamento de noivas da elite com noivos do povo. E a sociedade baiana da época era extremamente conservadora e discriminadora1. Portanto, o ano de 1930 era crucial para os dois clubes, de decisão e definição de rumos a seguir. Na Associação, que possuía um campo, o futebol continuaria sendo praticado apenas em torneios internos, com times fechados, formados pelos próprios associados, cujo quadro era constituído por uma elite social. O terceiro fator era representado pelo surgimento da nuvem da profissionalização do futebol brasileiro2, que em 1930 já se manifestava fortemente no eixo Rio-São Paulo. Os jogadores mais importantes estavam recebendo salários pagos de forma disfarçada. Em Salvador, o amadorismo “marrom” já estava movimentando as transferências de jogadores, por meio de “cavações” ou “cabalas”, termos usados para definir os assédios aos jogadores mais destacados. Enfim, era o prenúncio de que o futebol amador estava com os dias efetivamente contados nas grandes cidades brasileiras3, onde o futebol crescia vertiginosamente. Na Bahia, que se constituía na terceira força futebolística do país, o profissionalismo também era iminente. E consigo acarretaria 1 Obviamente que a questão social do futebol não era discutida abertamente, mas era debatida internamente entre os diretores da Associação e do Bahiano, que inclusive trocavam informações e tomaram a mesma decisão num mesmo instante. Ao se afastarem conjuntamente do campeonato, abalaram a sua estrutura. Se não fosse o Ypiranga e o Botafogo, já consolidados como as duas maiores expressões do futebol baiano, ambos com sólido respaldo popular, o campeonato de 1930 não teria sido realizado. Mas perdeu um pouco do entusiasmo. Porém, no ano seguinte, surgiu o Esporte Clube Bahia, dando uma nova guinada no campeonato e fazendo o povo esquecer as ausências da Associação e do Bahiano. 2 Na Inglaterra, o futebol tornou-se um esporte profissional a partir de 1885. 3 O primeiro jogo oficial de futebol profissional no Brasil ocorreu em 12 de março de 1933, em São Paulo, entre o São Paulo e o Santos, vencido pelo primeiro por 5x1. 41 uma nova despesa para os clubes. A Associação Atlética e o Bahiano de Tênis, já consolidados como clubes sociais da elite baiana, decidiram canalizar seus recursos e investimentos para a parte sócioesportiva de interesse exclusivo do quadro de associados. Por isso, optaram por sair das disputas de um campeonato que caminhava para o inevitável profissionalismo. O QUE FAZER COM O TIME DE FUTEBOL Com relação ao time de futebol que havia disputado o campeonato de 1929, a Associação não o dissolveu imediatamente. Foi mantido em atividade, voltada ao atendimento de convites, que eram muitos, para jogos em cidades baianas e de outros estados. Com essa estratégia, ficou logo evidenciado que os dirigentes da Associação procuravam minimizar o impacto público quando fosse decretada a extinção da equipe de futebol. Ademais, estavam fazendo um teste para colher subsídios visando uma decisão final, se a retirada da agremiação do campeonato de futebol deveria ser definitiva e irrevogável. Na edição de 25 de abril de 1930, A Tarde anunciou: “A Associação Athletica visitará Santo Antônio de Jesus, Belmonte, Ilhéus e Maceió”. Abaixo desse título, publicou um texto curto: A valorosa Associação Athletica da Bahia visitará as cidades de Santo Antônio de Jesus, Belmonte, Ilhéus e Maceió. A excursão à primeira será no dia 2 de maio, havendo ali dois jogos amistosos. O regresso será no dia 8. Os jornalistas que foram ao embarque da comitiva, no cais da Bahiana, notaram a ausência de três dos principais jogadores: Mica, Vivi e Astério. O primeiro havia decidido retirar-se do futebol e os dois últimos já estavam em entendimentos para jogarem em outros times. A delegação viajou de navio até a cidade de Nazaré, donde seguiu, pelos trilhos da Estrada de Ferro de Nazaré, para Santo Antônio de Jesus, sendo recebida com fogos de artifício, acordes de uma filarmônica e pelo entusiasmo do povo santantoniense. Enfim, a cidade engalanouse e fez festas durante toda a permanência da agremiação campeã de 1924. Esse título rendia prestígio e fama à Associação. Os jogadores voltaram a Salvador entusiasmados, pois nunca haviam sido alvo de tamanha manifestação de carinho e idolatria. E assim, foram também recebidos nas demais cidades por onde a Associação passava, tendo inclusive inaugurado alguns estádios no interior baiano. 42 TERCEIRA MI-CARÊME Na mesma edição, de 25 de abril, em que noticiou a excursão do time de futebol, A Tarde, sob o título “A véspera da Mi-Carême na sede da Associação Athletica”, deu ênfase ao terceiro “Carnaval da Quaresma”, como também estava sendo chamada a Mi-Carême. O texto do jornalista, não identificado, verdadeiro poeta-cronista, foi o seguinte: Noticiar uma festa no luxuoso palacete-sede da aristocrática Associação Athletica da Bahia é sempre um duplo prazer para a imprensa: se se trata de uma que vai se realizar, é proporcionar ao mundanismo e aos círculos elegantes da cidade, pelos seus elementos mais representativos e distintos, a ansiedade pelos momentos deliciosos e inesquecíveis que ali se passam e que se tem o condão maravilhoso de fazer nascer a ilusão acariciadora de que vale bem a passar a viver a vida... Depois, se trata de uma recepção que já se efetivou, é registrar para a perpetuidade da nota de destaque nos anais da fidalguia e nobreza, de fino gosto social, a alegria com que se tonifica o espírito naquele ambiente em que o perfume das flores se confunde com as essências raras, em que os olhos se deleitam ante o cenário de belezas vivas e fulgurantes, ante a variedade e o luxo dos trajes da moda requintada, ante o espetáculo daqueles salões que resplandecem e que parecem, embora por instantes, serem um pedaço que se destacou desse paraíso cantado nos versos imortais e baixou à terra para o gozo espiritual das horas que passam e que deixam a impressão forte de um sonho. E, afinal, quem assiste, quem tem a fortuna de participar das recepções da Athletica, traz uma interrogação, misto de saudade, de tristeza e de esperança, a si próprio se pergunta se, por ventura não esteve a ler um desses contos que deslumbram pela fantasia! Eis aí, porque nada mais precisamos dizer para acentuar o que será a festa de amanhã, véspera da Mi-Carême, no palácio sede da Associação Athletica da Bahia, à Barra, que vive ali, gloriosamente, a realizar esse grande milagre de fazer a nossa alta sociedade viver momentos magníficos sob um céu puro, ao brilho das estrelas, sobre seu lindo escudo, despeja lágrimas de opalas, perto do marulho melancólico do mar. O redator do texto acima foi o intérprete da nova diretriz que norteava o comando da Associação. Num texto poético, vendeu glamour, luxo e aristocracia, ingredientes dos sonhos que permeavam os clubes da elite social. E isso posto, de forma cristalina, não se poderia esperar outra atitude da Diretoria, que não fosse a defenestração 43 do futebol, esporte que havia provocado a fundação da entidade. A Associação procuraria doravante desassociar completamente a sua imagem da faceta do futebol popular, representada pela paixão do povo nos estádios. Isso não lhe era mais conveniente. A elite social, que no início do futebol baiano, no Campo do Rio Vermelho, prestigiava os jogos, passou a torcer o nariz para o futebol quando ele conquistou a preferência das camadas populares, representadas pelo Ypiranga e pelo Botafogo, que passaram a dominar o cenário futebolístico, com os quais, tanto a Associação como o Bahiano não queriam mais se misturar e muito menos serem derrotados nos jogos contra os mesmos. FIM DO TIME DE FUTEBOL Com a manutenção do time de futebol em atividade, embora já desfalcado de alguns dos principais jogadores, a Associação manteve uma aparente porta aberta, para um possível retorno ao campeonato de 1931, como havia acontecido em 1928. Isso provocou campanhas em favor da volta do time azulino às competições da Liga Bahiana de Desportos Terrestres. A corrente favorável à continuidade da Associação no campeonato passou a fazer campanhas pela imprensa. As pressões aumentaram com a saída dos mais destacados jogadores, passando a oposição à Diretoria a apregoar uma “desorganização no comando da Azulina” e a pedir a “reorganização da Associação”, chegando inclusive a apelar publicamente para que antigos baluartes assumissem direção da entidade. Em A Tarde, edição de 18 de junho de 1930, saiu uma relação contendo 13 nomes dos grandes baluartes, sendo seis ex-presidentes, aos quais os inconformados, ou “viúvas” do futebol da Associação no campeonato, solicitaram uma intervenção. Eis os nomes citados: Alfredo Henrique de Azevedo, Antônio Guilherme Pereira de Carvalho (Toneca), Arthur Fraga, Arthur Motta, Carlos Costa Pinto, Carlos Corrêa Ribeiro, Fábio de Carvalho, Henrique de Carvalho, José Santos Pereira de Mello, Leônidas Siqueira, Maneka Pedreira, Noé Rodrigues Nunes e Pedro Bacelar de Sá. A campanha pela intervenção não vingou, pois o Conselho Deliberativo apoiou a Diretoria. E saiu a decisão definitiva, que não causou nenhuma surpresa: a Associação não participaria mais do campeonato baiano e os jogadores remanescentes do seu plantel estavam liberados para se transferirem para outros clubes. Por proposta de alguns ex-jogadores da Associação e do Bahiano, que não quiseram se encaixar em outras agremiações, iniciaram-se 44 entendimentos para a constituição de um novo clube, onde os antigos atletas pudessem disputar o campeonato de 1931. Depois de duas reuniões preparatórias, na madrugada do primeiro dia de 1931, foi fundado o Esporte Clube Bahia, que nasceu forte, com vários jogadores da Associação e do Bahiano. E logo no primeiro ano, o Bahia sagrou-se campeão dos dois principais certames, o Torneio Início e o Campeonato. Embora as cores do novo clube fossem as mesmas da bandeira do Estado da Bahia, que também lhe emprestou o nome, os novos aficionados do tricolor, arrebanhados entre antigos torcedores da Associação e do Bahiano, diziam que o azul era o da Associação, o branco do Bahiano e o vermelho da Bahia. CONSEQUÊNCIAS DA SAÍDA DO FUTEBOL Com a fundação do Esporte Clube Bahia, desapareceram por completo as esperanças da volta da Associação ao campeonato baiano de futebol. Com isso, a Azulina perdeu o espaço que tinha nas páginas esportivas dos jornais da capital, onde também saiam notas sociais, programação das festas, etc. Sem uma participação em eventos públicos e dedicando-se exclusivamente ao público interno (associados), pouco se divulgava e o público externo pouco ficava sabendo de suas atividades. Em suma, a Associação, como clube da elite, divorciou-se da imprensa e recolheu-se ao anonimato. Fora o seu quadro de associados, poucos ficavam sabendo de seus torneios internos, de futebol, de tênis, de xadrez, etc. Divulgações na imprensa somente em casos extraordinários, como na crise de 1932. CRISE DE 1932 Em 9 de maio de 1932, Rafael Menezes foi eleito presidente, tendo o seu antecessor, Raphael Gordilho, se despedido falando da necessidade de uma reorganização na Associação. Nesse mesmo mês, no dia 21, assinado pelo secretário Colin Cowie Scott, foi publicado o seguinte aviso em A Tarde: De ordem do sr. Presidente, aviso aos senhores sócios que se realizará, no domingo, dia 22, às 8 horas, o Torneio de Tennis e, a seguir, começarão as danças que se prolongarão até às 20 horas. Será exigido o recibo nº 5. Na edição da segunda-feira, dia 24 de maio, sob o título “Em 45 torno das quadras de tennis”, A Tarde noticiou o resultado do torneio: A querida Associação Athletica da Bahia, ora numa fase brilhante de ressurgimento, cujas tradições do mundanismo e de esporte honram os fóruns de elegância e distinção de nossa terra, está de parabéns pelo dia de festas, simplesmente magnífico, que, ontem, ofereceu aos seus numerosos associados e gentis torcedoras e adeptas, o que vale dizer: à alta sociedade baiana. Foram horas de raro encanto e fidalguia que, ali, na tão luxuosa quanto atraente sede azulina, se passaram, num ambiente inesquecível. Os jogos, de duplas de tennis, começaram exatamente às 8:30 horas, prolongando-se até as 16:30. Às 12 horas, os jogos foram suspensos para se servir o almoço cordial, reiniciando-se às 13 horas. Desde cedo, o palácio-sede da Athletica era constantemente visitado, por senhorinhas e exmas. senhoras, além da assistência dos matches, numerosa, seleta e entusiasta, aplaudindo com calor os lances empolgantes e as belas tiradas athleticas do tennis. Outra visita igualmente honrosa teve a sede da Azulina: do dr. Rogério de Camargo, do Comitê Nacional do Café, às 11 horas, com sua exma. esposa. Assistiram alguns jogos e percorreram a referida sede, colhendo a melhor impressão, conforme o termo que escreveu, no livro próprio. O interessante torneio obedeceu ao sistema de pontos, contando-se cada game um ponto e jogando todas as duplas entre si, vencendo aquela que, no final, marcou maior número de pontos. Segue o resultado final: em primeiro lugar Jorge Corrêa Ribeiro e Colin C. Scott, com 38 pontos; em segundo lugar Frederico Sá e Carlos Sá, 37 pontos; em terceiro lugar, com 36 pontos, ficaram três duplas, Manuel Liberato e Miguel Osório, Oscar Pontes e Alberto Pondé, e Reynaldo Gordilho Silva e G. W. Phillips. As danças, ao som do Jazz Machado, começaram às 17 horas, sempre muito animadas e distintas. Os pares estiveram incansáveis, porque era impossível resistir àquele ambiente de delícias e enlevo de espírito. E a admirável festa terminou às 21 horas, já se falando, com interesse e ansiedade, da próxima festa de São João, cujo êxito já é uma tradição nos círculos azulinos. Basta frisar que, atualmente, está à frente dos destinos da campeã de 1924 uma diretoria empenhada, vivamente, em soerguer o valoroso grêmio. Seu presidente é o dr. Rafael Menezes. Na edição de 10 de junho, saiu em A Tarde um aviso sobre a realização de uma festa em homenagem ao aniversário da Batalha Naval de Riachuelo, assinada pelo secretário Colin Scott, nos seguintes termos: De ordem do sr. Presidente, aviso aos senhores sócios que, no dia 11 do corrente, às 22 horas, o clube abrirá os seus salões para uma 46 recepção em honra à gloriosa Marinha Nacional. Traje: smoking ou branco a rigor, sendo ingresso o recibo nº 6. Não se teve mais notícia da Associação até o dia 27 de setembro de 1932, quando, na página esportiva de A Tarde, saiu a seguinte matéria: A Associação Athletica está sem presidente Qualquer notícia, que diga respeito à Associação Athletica da Bahia, interessa de perto aos nossos círculos esportivos e, principalmente, aos sociais. Por isso, não precisamos acentuar, agora, por ser demais conhecido, o valor mundano desse simpatizado grêmio. E se essa notícia não é boa, certamente que a impressão a deixar será pior... Com essas palavras, queremos, antes de tudo, lamentar que o clube azulino, de tão brilhantes tradições, não tenha mais como seu presidente o dr. Rafael Menezes. O público, sincero admirador do ilustre professor da nossa gloriosa Faculdade de Medicina, há de, portanto, compartilhar desse nosso pesar. Desde a semana passada, o distinto sportsman, por motivos inteiramente pessoais, isto é, de saúde, que a teve há poucos dias alterada, já agora felizmente restabelecida, além de lhe faltar o necessário tempo para o desempenho leal e dedicado do encargo em apreço, para não falar nas suas múltiplas ocupações, argumentadas na clínica numerosa – tudo isso influiu para o pedido de exoneração do dr. Rafael Menezes daquele posto. Houve quem insistisse para que ele continuasse à frente dos destinos da Athletica, mesmo sem lhe dispensar toda a atividade e esforço. Mas, espírito avesso a “medalhões”, sempre disposto a tudo fazer pelo êxito dos encargos que lhe são confiados, o dr. Rafael Menezes revestiu sua solicitação de caráter irrevogável. Sentindo a perda que isso representa, não só para a campeã de 1924, como para o próprio esporte baiano, resta-nos confiar que a crise não demorará, devendo-se, dentre os inúmeros sócios da mesma agremiação, quem substitua o dr. Rafael Menezes e conduza o querido grêmio ao destino a que tem incontestável direito. À primeira vista, a renúncia, tornada pública, poderia ser encarada como um fato corriqueiro, pois renúncias de presidentes sempre aconteciam nos clubes esportivos e sociais, a maioria cheia de panelinhas geradoras de conflitos. Normalmente, a solução de desentendimentos graves ou irreconciliáveis passava pela via da renúncia dos dirigentes, individualmente ou coletivamente. As saídas sempre tinham justificativas diplomáticas, tais como a súbita falta de tempo, 47 os afazeres profissionais ou por problemas de saúde. Uma outra praxe consistia no enaltecimento das qualidades pessoais do renunciatário, que vinha realizando um trabalho excelente e cujos serviços fariam falta ao clube. Era até comum a tradicional encenação do pedido de reconsideração da renúncia. Na Associação não era a primeira vez que um presidente renunciava, justamente para pôr fim aos desentendimentos e proporcionar que a agremiação pudesse continuar em suas atividades normais. Mas, desta feita, o problema era grave, constituindo-se na maior crise da sua história. Com a renúncia do médico Rafael Menezes, os diretores perderam a força para enfrentar as dificuldades e decidiram que fariam uma assembleia geral para propor a dissolução da Associação. Como não havia bens imóveis, iriam simplesmente devolver toda a área do clube, que se encontrava arrendada, aos seus donos, com todas as benfeitorias. Porém, a notícia correu feito um rastilho de pólvora, e antes mesmo da convocação da assembleia geral, aproveitando a festa dançante do 18º ano de fundação, realizada no segundo sábado de outubro, dia 10, os associados compareceram em massa à chamada Festa da Saudade, pois seria a última da Associação. Em face do estrondoso comparecimento e dos pedidos para que o clube não fosse dissolvido, os diretores se sentiram na obrigação de lutar pela recuperação da Azulina. O vice-presidente, no exercício da presidência, Arthur Motta, que já havia presidido o clube por um ano (1920-1921), conduziu a Associação por cinco meses, ficando responsável pela festa do Ano Novo, assim divulgada por A Tarde, na edição de 30 de dezembro de 1932: O Réveillon da A. A. da Bahia Não precisamos repetir que as festas da Associação Athletica da Bahia são, sempre, magníficas e brilhantes. Sabe-o toda a Bahia elegante e mundana. Daí, a ansiedade com que o nosso set social aguarda a tradicional comemoração do Ano Novo. Sua ilustre diretoria está envidando esforços para que o réveillon da noite do dia 31 do fluente mês, nada fique a dever aos anteriores. Para essa festa, durante a qual tocará o aplaudido “Jazz Band Jonas”, a Associação, que conta em seu seio com as figuras mais representativas do set baiano, já se encontram abertas as inscrições para as reserva de mesas na sede do clube, havendo várias surpresas artísticas e uma distribuição de prendas e lembranças. 48 No dia 7 de fevereiro de 1933, Artur Motta passou a presidência da Associação ao empresário Fernando Corrêa Ribeiro4. Eis os demais diretores que teriam a árdua tarefa de trabalhar pela reorganização e soerguimento do clube: Vice-Presidente: Rafael Menezes (renunciatário de setembro de 1932) 1º Secretário: Bemvenuto Botelho da Silva 2º Secretário:Oswaldo Imbassahy da Silva 1º Tesoureiro: Herbert Rodenburg 2º Tesoureiro: Edgard Corrêa Ribeiro Orador: Francisco Peixoto de Magalhães Neto INCIDENTE COM O CAPITÃO JOÃO FACÓ Com a vitória da Revolução de 1930, os governadores dos Estados foram substituídos por interventores, nomeados pelo novo presidente da República, Getúlio Vargas. Na Bahia, após curtos mandatos de quatro interventores, o tenente Juracy Magalhães, um dos líderes da Revolução no Nordeste, assumiu o governo em 19 de setembro de 1931. Para comandar a polícia baiana, ele colocou como secretário da Polícia e Segurança Pública um colega do Exército, capitão João Facó, que também teve participação ativa no movimento revolucionário em Pernambuco. Como convidado especial da diretoria, a mais alta autoridade no setor da segurança pública no Estado passou a festa da despedida de 1932 e entrada de 1933 na Associação, donde saiu maravilhado com o glamour e a alegria dos associados, que se divertiram de forma ordeira e respeitosa. E compareceu novamente ao clube numa festa logo após o Carnaval de 1933, sendo que desta vez se viu diretamente envolvido num incidente com o associado Hermann Overbeck. No outro dia, o principal comentário na cidade era o fato do todo poderoso chefe da Polícia ter sido desacatado na Azulina por um sócio alemão. O episódio, com uma personalidade do primeiro escalão do Governo do Estado, que colocou o presidente Fernando Corrêa Ribeiro numa situação delicada, foi registrado em ata de reunião da diretoria, realizada em 19 de abril, nos termos abaixo: O senhor Presidente, com a palavra, diz vir trazer ao conhecimento da Diretoria, para que esta tome a deliberação que 4 Fernando Corrêa Ribeiro pertencia a uma das famílias mais poderosas da Bahia. Era o líder da Corrêa Ribeiro & Cia, exportadora de cacau e café e importadora de diversos produtos da Europa e dos Estados Unidos. 49 julgar necessária, o lamentável incidente ocorrido por ocasião da última reunião dançante do clube, que passava a relatar: “No correr da aludida festa, o sócio deste clube, Hermann Overbeck, tomara lugar numa das mesas reservadas pelo clube àqueles associados que não tiveram oportunamente mandado reservar lugares para suas pessoas, na forma do estabelecido pelo clube e largamente divulgado pela imprensa. Tendo-se levantado da referida mesa para dançar e como esta se encontrasse desocupada, o Capitão Facó, chefe de polícia deste Estado e convidado de honra do clube, aquiescendo ao convite que lhe fora feito por dois diretores do clube, tomara lugar na referida mesa. Logo depois, o sócio Hermann Overbeck, tendo acabado de dançar, revoltado contra o fato da ocupação da mesa, dirige-se grosseiramente contra os que ali se encontravam. Chamado a intervir, fiz ver ao sócio que ele não tinha razão no seu procedimento, de vez que, não lhe estando reservada a mesa, e desde que dela se havia levantado, os demais sócios do clube podiam e tinham direito de ocupála. Além do mais, o seu proceder não se justificava, pois que, sendo o Capitão Facó um convidado de honra da Diretoria, qualquer ofensa dirigida ao mesmo era simultaneamente uma ofensa contra a Diretoria. Não se conformando com a admoestação, que aliás lhe fora feita delicadamente, tendo se afastado momentaneamente do local, dirigiuse novamente, de modo grosseiro e indelicado, à pessoa do Capitão Facó. Novamente admoestado, portou-se de modo inconveniente, tendo então rasgado o seu recibo na presença de vários associados do clube. Diante de tal procedimento, aberratório às normas de educação e disciplina, que devem observar todos os sócios do clube, quando na sede social, e visando ressalvar o bom nome do clube, trago esse fato ao conhecimento da Diretoria, para que esta delibere do melhor modo, em defesa dos interesse sociais”. O dr. Rafael Menezes pede a palavra e sendo-lhe concedida, diz: “Sinto-me à vontade para opinar sobre o incidente. Considero grave a falta do sócio e ela é mais uma ofensa dirigida à Diretoria do clube, da qual era o ofendido um convidado de honra. Acrescento ainda o fato do sócio ter rasgado o seu recibo em presença de diretores do clube, o que mais agravou a sua situação. Mesmo que à Diretoria fosse dirigido qualquer apelo no sentido de ser perdoado o sócio faltoso, e mesmo que este apelo partisse do ofendido, mesmo assim a Diretoria não lhe pode perdoar, uma vez que, no incidente, ela é que fora a mais ofendida. Sinto-me pois, à vontade, para pedir que seja cominada ao sócio a pena da eliminação. E digo mais, sou ligado por laços de amizade com a família do ofensor. Do ofendido, por questões políticas, me acho desligado”. Pelos diretores José Fiel e J. S. Fleming foi lembrada a pena de suspensão, em virtude da advertência feita pelo dr. Bemvenuto Botelho. Apesar de admoestado pela diretoria, o sócio reincidiu na falta. Impunha-se, portanto, a aplicação de uma pena mais severa, pois fora grande o prejuízo moral para o clube com o proceder do sócio 50 faltoso. Votavam assim pela pena da eliminação, mas que essa decisão escapava da alçada da Diretoria. Propuseram que se convocasse o Conselho Deliberativo, para decidir a sua aplicação, na forma do facultado pelo art. 27 dos Estatutos. Por fim, o Presidente pediu que constasse uma referência que lhe havia escapado no seu depoimento, quando o sócio Hermann Overbeck, dirigindo-se ao Capitão Facó, disse o seguinte: “Os oficiais na minha terra têm mais educação”. O Conselho Deliberativo, reunido extraordinariamente no dia 12 de maio de 1933, decidiu, de forma sumária, e por unanimidade, eliminar do quadro associativo o sócio Hermann Overbeck. VINTE ANOS DE FUNDAÇÃO No dia 1º de outubro de 1934, uma segunda-feira, saiu em A Tarde uma comunicação de transferência de um passeio restrito aos associados, sem, contudo, informar o destino: O passeio marítimo da AAB A valorosa Associação Athletica da Bahia está avisando aos seus consócios que o passeio marítimo anunciado para 30 do mês passado, ficou adiado para 7 de outubro, em virtude do mau tempo reinante, continuando por isso as inscrições até o dia 5 deste mês. O vapor será o Santo Amaro, da Navegação Bahiana, que partirá desta cidade em hora oportunamente anunciada. Dará ingresso a bordo o bilhete do passeio acompanhado do recibo número 9. A Associação completou 20 anos de fundada no dia 4 de outubro de 1934, uma quinta feira. Nesse dia, sob o título “O 20º aniversário, hoje, da Associação Athletica da Bahia”, A Tarde publicou uma extensa matéria sobre o grêmio azulino, totalmente assentada na história da fundação e nas glórias do futebol. Nada mais, nenhuma palavra sobre qualquer outra atividade do clube e nem sobre as festividades do vigésimo aniversário. Sabe-se que no dia seguinte, em sua sede, foi realizado um baile comemorativo, que não teve qualquer divulgação na imprensa. Nenhum jornalista enalteceu o clube com aquelas dissertações que glorificavam seus freqüentadores e o ambiente aristocrático e luxuoso da “simpatizada Associação Athletica da Bahia”. Nenhum jornalista escreveu uma linha sequer sobre o evento no ”palácio-sede do querido grêmio azulino”. 51 COMPRA DA SEDE E PLANO DE EXPANSÃO No dia 13 de maio de 1937, ao iniciar-se a reunião da diretoria, o presidente Archimedes Pires de Carvalho, fez o seguinte pronunciamento: Essa é a primeira vez que a Diretoria se reúne após a aquisição, a 27 de abril último, por arrematação passada pelo Juizado da Vara dos Órfãos desta Capital, da nossa sede e congratulo-me com os companheiros presentes pelo auspicioso acontecimento, que os bons fados permitiram que se efetuasse em nosso período administrativo. Refiro-me também aos esforços gigantescos e eficientes dos idealistas azulinos, onde ponho em evidência os nomes de Carlos Corrêa Ribeiro, Carlos Costa Pinto e Arthur Motta, pelas atitudes destacadas na jornada vitoriosa. Considero também merecedores de agradecimentos os poderes públicos, legislativo e executivo, que, ampararam a nossa iniciativa com a lei especial de isenção de 50% no imposto de transmissão, devido pelo imóvel adquirido. Também são dignos de homenagens e reconhecimentos os ex-proprietários do prédio, senhores Henrique e Fábio de Carvalho, e senhoras Joanna de Carvalho Tavares da Silva e Maria de Carvalho Tavares, pela solidariedade que sempre dispensaram à Associação. Por último, um agradecimento pessoal aos companheiros de Diretoria, pela confiança que sempre me dispensaram na aprovação das deliberações, esclarecendo dúvidas e encorajando-me nos momentos de tibieza. Na ata da reunião do dia 25 de maio, foi registrada em ata a seguinte comunicação feita pelo presidente Archimedes, sobre o pagamento dos 140 contos de réis, valor da aquisição da sede e de seu terreno: No dia 18 de maio foi depositada a quantia de cento e trinta contos e uma promissória no valor de dez contos, a vencer no próximo dia 24 de agosto5, para pagamento da sede do clube, adquirida em 27 de abril do corrente ano. A euforia pela posse definitiva do antigo palacete, que durante 15 anos esteve arrendado à Associação, fez com que, nessa mesma reunião dia 25 de maio, a Diretoria apresentasse um plano de ação, constante dos seguintes itens: 1. Reforma do Estatuto, para poder criar a categoria de Sócio Proprietário e possibilitar o lançamento de dois mil títulos, com pagamento em 12 5 A nota promissória foi resgatada antecipadamente, sendo paga no dia 22 de julho de 1937. 52 ou 24 parcelas mensais, para capitalizar o clube e permitir sua expansão. 2. Aquisição de terrenos vizinhos. 3. Construção de um conjunto esportivo, com piscina, estande de tiro ao alvo, quadra para voleibol e basquetebol, novas quadras de tênis, além de outros equipamentos esportivos. 4. Construção de uma nova sede, com instalações modernas e mais condignas com a posição social que seus associados ocupavam na vida da cidade. HOMENAGEM À MARIA DE CARVALHO TAVARES Em sessão do Conselho Deliberativo, reunido extraordinariamente no dia 23 de março de 1938, na sala da biblioteca do palacete-sede, para tratar de diversos assuntos relativos ao quadro de associados, foi posta em apreciação a outorga do título de Sócia Honorária à Maria de Carvalho Tavares. Ela era irmã de Fábio de Carvalho, ex-presidente da Associação (1927-1928) e representava o espólio da mãe, Maria Miranda de Carvalho, que havia comprado o palacete da Barra (escritura lavrada em 9 de agosto de 1922), pagando à vista, ao coronel Germano Francisco de Assis Júnior, cinquenta contos de réis, para logo em seguida arrendar o imóvel à Associação. Com a palavra, o ex-presidente da diretoria, Arquimedes Pires de Carvalho, autor da proposta, apresentou as seguintes justificativas para a concessão da honraria: Os serviços prestados ao clube pela família Carvalho foram muitos, culminando eles, por último, na atitude assumida pela excelentíssima senhora Maria de Carvalho Tavares. Nos entendimentos que precederam a aquisição do prédio sede da Associação, ela figurava como co-proprietária e prestigiada representante dos demais coproprietários. Sempre colocou sua grande e superior simpatia a favor da justa pretensão deste clube, tendo tudo facilitado para que não nos fugisse a última oportunidade da compra desejada. Faço questão também de realçar a particularidade de tais serviços, prestados com discrição sincera e sem alarde. Pela feliz coincidência de ocupar a presidência do clube naquela fase, estive, conseqüentemente, em contato com tudo que se relacionava com a transação referida. Para essa proposta, peço ao Conselho uma salva de palmas. Posta em votação, a proposta do ex-presidente é aprovada por unanimidade e em seguida a senhora Maria de Carvalho Tavares é proclamada Sócia Honorária da Associação Atlética da Bahia. 53 LADRÃO FUGIU E FICOU IMPUNE Em reunião de 14 de dezembro de 1939, foi levado ao conhecimento do Conselho Deliberativo o desfalque praticado pelo cobrador Trajano Pinheiro. O 1º tesoureiro da Diretoria, Denizart Visco, leu um relatório contendo a irregularidade, ocorrida durante a administração anterior, no setor de cobrança do clube, donde o empregado desviou oito contos e seiscentos e cinquenta e cinco reis, retirados das mensalidades dos sócios, e trezentos e oitenta e quatro mil e quatrocentos reis da conta das ações. Eis um trecho do depoimento do diretor: Assim que descobri a irregularidade, comuniquei o fato à Diretoria e afastei provisoriamente o funcionário faltoso, tendo a Diretoria convidado o mesmo para prestar esclarecimentos sobre a acusação que lhe pesava. Ele não atendeu a convocação e se constatou que havia viajado para o interior, de modo que a Diretoria considerou confirmada a acusação contra o citado funcionário e o exonerou das funções de cobrador, publicando uma nota nesse sentido na imprensa e admitiu outro empregado. Em face do exposto, o diretor social, Décio dos Santos Seabra, solicitou que fosse feito um registro policial e ajuizada uma ação criminal contra o cobrador desonesto. Porém, em contraposição, para evitar que o roubo fosse explorado pela imprensa, o que não seria bom para a imagem do clube e junto aos associados, que perderiam a confiança em fazer pagamentos aos cobradores, o conselheiro Oswaldo Imbassahy pediu que a proposta fosse desconsiderada. O Conselho Deliberativo resolveu então dar o assunto por encerrado, beneficiando o ladrão, que foi premiado com a impunidade. CONSTRUÇÃO DA NOVA SEDE SOCIAL O antigo palacete, uma construção do século XIX, tinha ficado pequeno para as necessidades do quadro associativo, cada vez mais exigente, cujos sócios ricos pediam que fosse construída uma nova sede, projetada com espaços mais amplos e dentro das exigências arquitetônicas para um clube social de elite, a exemplo dos existentes no Rio de Janeiro e em São Paulo. E nesse sentido, são bastante reveladoras as cartas, a seguir transcritas, trocadas entre o presidente, Noé Rodrigues Nunes, e o ex-presidente Fernando Corrêa Ribeiro. 54 Bahia, 9 de fevereiro de 1940. Ilmo. Sr. Fernando Corrêa Ribeiro Nesta Amigo Fernando, um abraço amigo: Os interesses da nossa AAB fazem-me tomar-lhe o tempo com a leitura desta, que tem por fim esclarecer os nossos mútuos pontos de vista e as nossas respectivas atitudes em relação à construção da nova sede. Ontem, às 17:30, eu dizia ao Miguel Osório que o fato que maior satisfação me tem causado na situação atual é o de estarem prestigiando a nossa Diretoria (com sua presença às festas, freqüência à sede, introdução de novos sócios e diversos serviços materiais e morais), mesmo aqueles que são contrários à construção modesta por nós planejada. Às 18 horas, porém, a minha satisfação sofreu um grande colapso com a notícia que o Jayme Baleeiro me transmitiu, segundo a qual você (simbolizando a família Corrêa Ribeiro) está resolvido a intervir para que a construção não se faça dentro da base econômica estabelecida pela atual Diretoria, sob pena da família retirar o numerário que ali tem. Mais do que o numerário que vocês6 têm na AAB (que a mesma não tem como dispensar), tal atitude importaria na perda da colaboração da família Corrêa Ribeiro, o que significaria um grande golpe para a AAB, que tem tido na aludida colaboração um dos principais sustentáculos da sua vida, além de sua salvação em dado momento, sendo que os títulos oficiais de benemerência dizem melhor do que eu o que vocês têm feito pela nossa AAB. Infelizmente, os nossos pontos de vista (entre a atual Diretoria e sua família) divergem no que diz respeito às possibilidades pecuniárias da construção da nova sede, no que julgo estar coerente com a condição que impus para aceitar a minha participação na atual gestão, condição que você e os demais presentes aceitaram unanimemente. Entretanto, como todos, na espécie, não temos outro fito senão o progresso da AAB. Sugiro a organização de outro grupo para dirigir a AAB e que adote o programa que vocês têm em mira, ao qual nos comprometemos prestigiar e auxiliar em tudo que estiver ao nosso alcance (fora da Diretoria), ou que vocês desistam do mesmo programa e nos deixem agir dentro do nosso programa, porém com a garantia de continuarem a auxiliar e prestigiar como até agora. Como esclarecimento para a resolução que você vier a tomar, devo dizer que o Lido7, pela distância em que se acha do centro da cidade, longe de ser um elemento de conexão de sócios o é de dispersão e que, finda a novidade, uma nova crise virá, tão grande ou maior do 6 Uma referência aos três outros irmãos, Jorge, Edgar e Carlos Corrêa Ribeiro, também baluartes da Associação. 7 O Lido era um imóvel cedido pelo Governo do Estado, onde a Associação faria as festas enquanto a nova sede estivesse sendo construída. O Lido ficava na Avenida Oceânica, no antigo Morro do Cristo, onde depois funcionou o Clube da Aeronáutica, atual Prefeitura da Aeronáutica, em Ondina. 55 que as outras. Com isto, quero dizer que, em nossa opinião, se dentro de cinco a seis meses não tivermos a nova sede a crise virá, a menos que elementos verdadeiramente devotados mantenham os associados em contínuo entretenimento, com festas e novidades. Eis, meu distinto amigo, o que eu tinha para lhe dizer em nome da Diretoria e acrescento que, prevaleça o seu ponto de vista no sentido de ser construída a sede que a AAB merece, prevaleça o nosso ponto de vista no sentido de ser construída a sede que em nossa opinião está ao alcance da mesma. A estima e consideração que nos dispensamos nada devem sofrer, pois de minha parte, eu garanto, nada sofrerão. Disponha do amigo, obrigado. Noé Rodrigues Nunes Pela correspondência do presidente Noé, tem-se a comprovação de uma coisa: da mesma forma que no Bahiano de Tênis, onde as cartas eram dadas por uma família poderosa, Catharino, na Associação quem tinha o poder era a família Corrêa Ribeiro. E o seu representante maior não ficou nada satisfeito com a postura da Diretoria, que não teve o devido jogo de cintura, em consultá-lo para saber sua opinião e sugestões para o projeto da nova sede. Somente procuravam-no nas horas das dificuldades, das crises (a de 1932, que ameaçou acabar com o clube, foi debelada pelos Corrêa Ribeiro) e das necessidades financeiras. Em vista disso, o chefão mandou o seu recado pelo Jayme Baleeiro8, membro da diretoria da Associação, onde ocupava o cargo de 1º secretário. O recado foi sob a forma de um torpedo, cuja violência do impacto provocou o que o próprio Noé confessou como tendo sofrido “um grande colapso”. E imediatamente, no dia seguinte, mandou a carta das explicações, onde, demonstrou humildade e dubiedade, pois fala na saída coletiva dos diretores, para a entrada de outro grupo, mas também deixa a entender que não haverá renúncia e nem recuo na concepção do projeto, haja vista que em momento algum abriu a possibilidade na alteração do projeto9 já aprovado pela Diretoria. Em resposta à carta 8 Jayme Baleeiro, era um brilhante advogado que tinha sido deputado estadual de 1926 até 1930. Posteriormente, foi secretário da Fazenda do Estado (1951-1954) e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, que presidiu no período 1970-1971. Na Associação Atlética da Bahia, além de diretor, presidiu o Conselho Deliberativo. Era pai de Renan Rodrigues Baleeiro, também bacharel em direito, que ocupou importantes cargos na iniciativa privada e no setor público, dentre eles o de prefeito de Salvador. Como o pai, Renan foi deputado estadual, conselheiro e presidente do Tribunal de Contas do Estado. Na Associação Atlética da Bahia foi diretor e presidente do Conselho Deliberativo. 9 No dia 2 de dezembro de 1939, foram abertos em reunião da diretoria e na presença dos interessados, os envelopes para a escolha do projeto e da empresa que construiria a nova sede social e as instalações esportivas. Participaram da concorrência a Empresa Comercial de Construção Ltda., representada pelo engenheiro Oswaldo Silva, e a Emílio Odebrecht & Cia., representada pelo engenheiro Emílio Odebrecht. Venceu o projeto proposto pela primeira empresa. 56 do presidente, escrita quatro dias depois, o ex-presidente assim se expressou: Bahia, 13 de fevereiro de 1940. Ilmo. Sr. Noé Rodrigues Nunes Nesta Meu Caro Noé, um abraço sincero: Li sua carta datada de 9 do corrente e antes de passar a respondêla, quero frisar a satisfação que a mesma me causou, pelos termos francos em que o assunto é exposto, prova mais do que suficiente de uma grande lealdade, a qual tanto aprecio e que se não agradeço é por considerar a mesma qualidade comum à sua personalidade. Por outro lado, meu caro Noé, lamento que a minha conversa com Jayme Baleeiro tivesse dado ensejo a que me pudessem julgar, pois você fala também em nome dos seus ilustres companheiros de Diretoria, também meus amigos, nos moldes de certos tipos, cujas críticas e ações servem apenas para demolir idéias e empreendimentos, sacrificando, muitas vezes, esforços que mais viriam beneficiar terceiros. Quando me interesso por alguma coisa, não sou daqueles que só esperam por tal coisa quando as suas idéias dominam. Não, pois deste modo seria um cooperador muito pouco aproveitável, mormente na época presente. As minhas palavras ao Baleeiro muito possivelmente deram a este nosso comum amigo a impressão de revolta, não duvido, mas, no fundo, o que faltou foi um pouco de “vaselina” nas minhas expressões, que antes de fazerem perceber revolta, dessem a entender o grande interesse que tinha na questão e o propósito de demonstrar com todo o empenho os receios de ser construída uma sede que apenas, provisoriamente, tiraria a AAB da atual situação10. Mesmo porque a ameaça que manifestei ao Baleeiro, caso não se fizesse o que julgava imprescindível, era de certo modo cômica, uma vez que o numerário que eu e os meus temos até o momento destinado à nova sede da AAB, chegaria talvez para alguns pregos do novo edifício. Do projeto aprovado pela atual Diretoria, devo dizer que só conheço a fachada, a qual me foi mostrada por você mesmo, sendo os demais planos apenas conhecido por mim de informações. Era meu desejo ter com o Amigo um entendimento pessoal no sentido de procurar conhecer todo o projeto e depois fazer as 10 Fernando Corrêa Ribeiro referia-se à antiga sede, um imóvel adaptado, que não tinha sido projetado para abrigar um clube, pois originalmente era um palacete residencial e que, pelo tempo de construído, já requeria uma ampla reforma e ampliação, de custo elevado, considerado como desperdício de dinheiro. Os engenheiros aconselharam a demolição e a construção, no mesmo local, de uma nova sede, dentro dos novos padrões da arquitetura e das construções utilizando concreto armado. O “provisoriamente”, que usou para definir a nova sede, foi no sentido de que, em pouco tempo, a nova sede, como estava projetada, estaria ultrapassada e sem espaço para atender as necessidades do clube. 57 minhas ponderações11, com a liberdade que a nossa mútua confiança e consideração me dão direito, sem mesmo considerar os títulos de benemerência, que, aliás, muito me honram. Esta oportunidade chegou agora. É chegada a ocasião de manifestar, de outro modo, as minhas idéias sobre a construção da nova sede do nosso clube. Quero adiantar que não tenho preferência por qualquer projeto já elaborado, apenas me bato para que, qualquer um que seja escolhido, abranja dentro das possibilidades imediatas as necessidades presentes e mais urgentes do clube e antecipe, também, as que o seu natural desenvolvimento venha a exigir, acompanhando desse modo, o progresso sempre crescente deste grande Estado, cujo futuro muito deve desvanecer, principalmente a nós baianos. Não desconheço os recursos imediatos da AAB, nem sou partidário que a sua Diretoria assuma compromissos jogando no futuro, mas, repito o que já disse em sessões da Diretoria passada e a diversos sócios da “guarda velha”: considerarei um grande erro ser erguida uma sede dentro de um plano que obedeça tão somente a uma base econômica considerando os recursos presentes. Seria o mesmo que condenar a AAB, que nasceu e viveu algum tempo tendo como base uma mesa e um café, e como impulso um grupo reduzido de otimistas, a ver o horizonte de suas possibilidades limitado por uma barreira, uma sede deficiente, que para ser demolida representaria maior sacrifício do que o que foi preciso para o seu soerguimento. Só vejo uma forma de tal impasse ser evitado, que é: executar em etapas, dentro da base econômica estabelecida pela Diretoria, um programa que preencha da maneira mais viável as necessidades inadiáveis do momento, sem sacrificar o futuro. Esta primeira etapa é importantíssima e se não traz aos seus executores os louros de uma completa vitória, estabelecerá de antemão qual é o ponto culminante do desenvolvimento da nossa AAB. Aqueles que perceberem o valor incalculável que este aceno representa para a vida da AAB, saberão, mais tarde, melhor avaliar a grandeza de tal gesto. A Diretoria da Associação Atlética da Bahia é composta de elementos que mais se empenhariam em impedir que as flechas dos foguetes caíssem sobre as cabeças dos seus semelhantes, a abraçar os promotores da manifestação. Parece que o meu ponto de vista é adaptável ao seu, porém, de qualquer forma, só vejo nesse incidente epistolar motivos para ficar mais firme a nossa amizade e com essa persuasão subscrevo-me. Seu amigo sincero, Fernando Corrêa Ribeiro Por conta desta carta e do encontro pessoal que o presidente e 11 Fernando Corrêa Ribeiro já tinha as ponderações, pois com o seu poder social-econômicofinanceiro, é muito provável que o engenheiro Oswaldo Silva, responsável pelo projeto, tenha ido, levado por terceiros, mostrar-lhe a planta com os detalhes da nova sede. 58 o ex-presidente tiveram, as alterações desejadas por Fernando Corrêa Ribeiro acabaram prevalecendo. Prova disso foi o ofício enviado à Caixa Econômica Federal, a seguir transcrito na íntegra: Bahia, 2 de abril de 1940. Ao Conselho Administrativo da Caixa Econômica Federal Nesta Acusando o recebimento de sua estimada carta, de 29 de janeiro do corrente ano, pedimos o obséquio de considerar sem efeito as plantas e especificações que remetemos em 26 de dezembro de 1939. Entretanto, no propósito de acompanhar o desenvolvimento urbano de nossa Capital, como no de contribuir mais eficientemente para o desenvolvimento físico de nossa mocidade, construindo nova sede e também campos de volley. basket, jardim para jogos infantis e arquibancada, além de melhorias nos campos de tênis, já existentes, vimos solicitar a esse ilustre Conselho Administrativo o financiamento de tais obras, sob garantia hipotecária dos terrenos desta Associação, à Rua Barão de Itapuã nº 27, nesta Cidade, pedindo, desde já, a concessão de um empréstimo no valor de R$.350:000$000, pelo prazo de 15 anos, com amortização e juros mensais correspondentes à execução da primeira parte do referido plano, ou seja, da construção da nova sede, conforme planta, especificação e orçamento anexos, devidamente assinados por nós e pela Empresa Comercial de Construções Ltda. Contando voltar sem demora à presença de Vv. Ss., com os documentos relativos à parte esportiva, e que justificarão a segunda parcela do empréstimo que pretendemos, pedimos urgente solução para a primeira parte do mútuo referido, a fim de que tenha logo início a construção projetada. Noé Rodrigues Nunes Jayme Baleeiro Presidente 1º Secretário Em 19 de abril de 1940, realizou-se a última reunião da diretoria na sede antiga. Eis os principais registros feitos na ata desse dia: Dando início aos trabalhos da Sessão de Despedida, o sr. Presidente congratulou-se com os Diretores pelo êxito das providências tomadas para a construção da sede, pois esta reunião era a última que a Diretoria celebrava na sede antiga, uma vez que já estava iniciada a demolição do prédio e oficialmente encerrado o ciclo da sua utilização como sede social, com a Festa da Despedida ontem celebrada, em que o nosso ilustre consócio, dr. Archimedes Pires, convidou o consócio benemérito, Arthur Motta, para, na presença da assistência que o cercava, dar o golpe de picareta simbolizando o início da demolição. O sr. Presidente ainda comunicou que já se encontrava 59 no Cartório do Tabelião Guilherme Marback a escritura do nosso empréstimo com a Caixa Econômica Federal, devendo a mesma ser solenemente assinada no dia 21 do corrente mês. Na presença dos Diretores, foram incinerados os 22 títulos do empréstimo sob debêntures, emitidos em 9 de dezembro de 1922. O sr. Presidente comunicou o entendimento que teve com a Diretoria do Yacht Club da Bahia, para celebração, ali, juntamente com a Associação, da nossa tradicional Festa Junina. Durante a construção da nova sede, as reuniões serão na casa tomada de aluguel, na Rua Barão de Itapuã Nº 10. Concluída a demolição do prédio antigo, as obras da nova sede foram iniciadas no dia 18 de junho de 1940, sob a responsabilidade da Empresa Comercial de Construções Ltda., tendo a Associação contratado, para a fiscalização, os serviços do engenheiro civil Leonardo Mário Caricchio. Durante os sete meses das obras, houve a importantíssima colaboração dos irmãos do clã Corrêa Ribeiro: Fernando, Jorge, Carlos e Edgar, que além, das contribuições financeiras, facilitaram, através da Corrêa Ribeiro & Cia., a aquisição, por menores preços, de materiais utilizados na construção e de equipamentos do mobiliário. Na edição de 25 de janeiro de 1941, um sábado, o vespertino A Tarde fez a seguinte divulgação: Baile de inauguração da sede da A. Atlética A Bahia terá, hoje, mais um centro de alta distinção para suas reuniões sociais. Inaugura-se a nova sede da Associação Atlética, um dos maiores sonhos da pujante sociedade, que tem um acervo de serviços prestados à Bahia, social e esportivamente. Os detalhes do que é o novo edifício que se inaugura sob os melhores auspícios, já mereceram várias referências nossas. Às 22 horas e 30 minutos, terá início o baile inaugural, no qual, segundo aviso da diretoria, serão trajes obrigatórios a casaca, smoking, summer-jacket ou dinner-jacket. A arquitetura da nova sede da Associação refletia os desejos de uma sociedade que copiava as influências da aristocracia europeia, especialmente a francesa. Eis a descrição do prédio, conforme registro feito no cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Salvador: Com frente para a Rua Barão de Itapuã, número 27 da porta, no mesmo ponto onde existiu, anteriormente, outro prédio de igual número, que fizera demolir, cujo edifício fica bastante recuado do 60 alinhamento da rua, onde tem gradil de ferro três portões, existindo entre este gradil e o prédio um bem tratado jardim e algumas árvores frutíferas, que emprestam, além da sombra, aspecto agradável à sede, cuja fachada em estilo neocolonial, apresenta vãos amplos de janelas e portas, além de colunas e gradis. O andar térreo compõe-se das seguintes peças: uma varanda coberta na entrada, um hall, onde, à esquerda, está a escada de acesso ao andar superior e, à direita, duas saletas destinadas ao vestiário de senhoras e respectivos sanitários, e, por fim, um salão nobre, sendo a parte destinada às danças vazada até o forro do andar superior e a parte restante é destinada às mesas e orquestra, com o forro correspondente ao piso do 1º andar. Ainda à direita do salão nobre está o bar e à esquerda uma pérgola, existindo ainda dependências onde funcionam a barbearia e os vestiários e sanitário para homens, fora do corpo do edifício sede. Ao ar livre existe o rink de danças, circundado por uma pérgola. No andar superior, correspondente à parte circundante ao salão nobre, não há divisória e estão colocadas mesinhas para jogos, bilhares e uma mesa grande para sessões do clube, tendo uma varanda descoberta. Neste andar, há ainda um cômodo destinado à secretaria do clube e outro sanitário, além de mais uma varanda descoberta. O edifício sede da Associação Atlética da Bahia possui um subsolo, pois está construído em terreno com uma pequena declividade, foreiro ao Mosteiro de São Bento, na Rua Barão de Itapuã nº 27, antiga Rua da Areia. A Associação investiu também na construção de um ginásio aberto, para a prática do basquete e do vôlei. Eis como A Tarde noticiou esse empreendimento, na edição de 10 de fevereiro de 1941: A Associação Atlética concorrerá com uma das mais fortes equipes O certame de bola ao cesto do corrente ano será, sem dúvida, um dos melhores e mais disputados que já se realizaram. Os clubes que concorrerão ao campeonato apresentarão equipes fortes e treinadas, onde figuram os melhores craques da cidade. O five que representará a Associação Atlética será um dos mais cotados candidatos ao título. O alvi-azul da Barra conta com um bom número de azes, senão vejamos: Dario, Getúlio, Jair, Queiroz, Mozart, Heitor, Almir e ainda Gilberto Moura Costa, que deixará o rubro-negro para ingressar na Associação. Em fins de março, as obras na quadra da Azulina estarão concluídas e a inauguração será com uma grande temporada do Botafogo, do Rio. As arquibancadas que circundarão a quadra possuirão acomodações para 5 mil pessoas, ficando dotada a Bahia das melhores instalações nesse gênero. 61 Depois de ter promovido dois Gritos de Carnaval12, em sua nova sede social, a Associação publicou nos jornais da cidade, nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro, a programação oficial do seu carnaval de 1941, nos seguintes termos: A Associação Atlética da Bahia Comunica aos seus associados e exmas. famílias que ainda este mês dará os seguintes bailes: Dia 21 Baile Infantil (fantasia obrigatória), das 16:30 às 19 horas, tocando os Marujos de Jones. Dia 22 Baile à Fantasia (de preferência Mexicana), a partir das 22 horas, dando ingresso o recibo nº 2. Para este baile reservam-se, na Secretaria do Clube, mesas com 4 lugares aos preços de 120$000 no salão, 100$000 na pérgola lateral e 60$000 no andar superior, com direito a uma garrafa de champanhe. Não há mais lugares disponíveis no rink. Os clubes da elite soteropolitana convencionaram que, para poderem ser frequentados pelas famílias ricas, associadas dos três, dariam seus bailes nos seguintes dias do carnaval: o sábado era da Associação; o domingo do Iate; e a segunda do Bahiano. Na noite da terça-feira não havia baile, em respeito à Quaresma, que começava no primeiro minuto da quarta-feira. Em 1941, a II Guerra Mundial, que já convulsionava a Europa, ainda não tinha tido nenhum reflexo grave na Bahia. Mas os jornais davam grande destaque às notícias sobre o desenrolar do conflito, que delineava caminhar para uma vitória do Eixo, formado pela Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini. No sábado do carnaval, 22 de fevereiro, dia do grande baile da Associação, A Tarde circulou, como já era hábito, com sua primeira página quase toda ocupada com o noticiário da Guerra. Dentre outros destaques, como os ataques dos submarinos alemães, saíram as seguintes notícias: “Preparativos para a invasão da Bulgária” (pelos alemães) e “Os aviões da RAF também foram bombardear objetivos do Ruhr” (Alemanha). Alheia a todos os acontecimentos nos teatros da Guerra, a Associação realizou o primeiro grande baile carnavalesco em sua nova sede social. Eis o que disse A Tarde na edição da segunda-feira, dia 24 de 12 Grito de Carnaval era o nome dos bailes carnavalescos, sem fantasias, que os clubes davam como prévias ou ensaios, também muito concorridos. 62 fevereiro: O tradicional baile da Associação Atlética O tradicional baile carnavalesco da Associação Atlética da Bahia, à noite de sábado, constituiu uma nota de grande sucesso. A sociedade baiana já se habituou a ter, todos os anos, nessa festa, momentos de ruidosa e esfuziante alegria, sob ambiente cordial e comunicativo. A deste ano, porém, excedeu as expectativas: foi simplesmente magnífica! A bela e moderna sede da vitoriosa agremiação encheu-se inteiramente, vibrando os pares em danças ininterruptas, ao som do repertório de sambas, marchas e canções do carnaval de 1941. Excelente ornamentação completava o êxito e brilho dessa festa que ficará inesquecível, pelo que de encanto e prazer proporcionou aos que da mesma participaram. FIDALGUIA BAIANA Embora fechados, os três clubes da elite soteropolitana, abriam suas portas para moradores temporários importantes. Isso fazia parte da praxe do bem receber dos baianos. E no quadro desses associados temporários, figuraram os pilotos da Força Aérea Brasileira que chegaram à capital baiana para servir na recém-implantada Base Aérea de Salvador. Entre eles figurava o primeiro-tenente carioca Ivo Gastaldoni, que no dia 5 de abril de 1943, decolou no comando de um Hudson-75 com quatro tripulantes (metralhador, artilheiro, radiotelegrafista e mecânico) para uma missão de varredura na área de passagem de dois comboios de navios, um descendo de Trinidad para o Rio de Janeiro e outro no sentido inverso. Às 11h15, nas imediações da foz do Rio Real, na posição 11º29’S e 36º55’W, o tenente atacou e afundou, com quatro bombas de profundidade, um submarino alemão, proeza que o transformou no primeiro herói da aviação militar brasileira. Em seu livro, Memórias de um Piloto de Patrulha, o brigadeiro Gastaldoni relembrou o tempo em que residiu em Salvador: Nas proximidades da Casa dos Pilotos13 ficavam a Associação Atlética da Bahia e o Iate Clube da Bahia e, um pouco mais acima, o Clube Bahiano de Tênis. Era o que havia de mais representativo da fina sociedade baiana e, por deliberação dos seus respectivos Conselhos, éramos considerados sócios convidados desses três clubes. Participávamos de festas, bailes e das atividades desportivas e, não raro, nos torneios de 13 A Casa dos Pilotos era um casarão alugado pelos militares para residência dos oficiais solteiros. Ficava na esquina do Largo do Porto da Barra com Rua do Forte de São Diogo. 63 voleibol entre os três. Havia um ou dois dos nossos em cada time. CARNAVAL DA VITÓRIA O primeiro carnaval após o término da Segunda Guerra Mundial recebeu em Salvador a designação de “Carnaval da Vitória”, numa alusão à vitória das forças Aliadas sobre os países do Eixo liderados pela Alemanha nazista, contra a qual o Brasil lutou na Itália. Na edição do dia 5 de fevereiro de 1946, foi publicado em A Tarde, como matéria paga, assinada pelos três clubes da elite soteropolitana, o seguinte anúncio: As Diretorias da Associação Atlética da Bahia, do Clube Bahiano de Tênis e do Yacht Club da Bahia, têm a maior satisfação de convidar os seus distintos consócios e exmas. famílias para o Grito de Carnaval que será realizado na sede da Associação Atlética, a partir das 21 horas de 16 de fevereiro, sábado. Dará ingresso a carteira de identidade social com o recibo nº 1 de qualquer dos três clubes. Reservam-se mesas à razão de Cr$ 160,00 com 4 lugares, sendo os excedentes cobrados a Cr$ 40,00 cada. Traje: passeio. Ainda na edição do dia 5 de fevereiro, como matéria redacional de A Tarde, foi publicada a seguinte nota: Carnaval da Vitória Entramos no mês dos Gritos de Carnaval. Todos os clubes preparam o seu Grito, espécie de ensaio geral para os três dias de Momo. Tudo indica que teremos um carnaval bem animado. No dia 4 de fevereiro, a Associação Atlética publicou em A Tarde o seguinte anúncio: Carnaval de 1946 A Diretoria comunica aos prezados consócios ter organizado o seguinte programa de festividades: Dia 2 de março A partir das 21 horas: tradicional Baile do Sábado de Carnaval, exclusivamente para os associados do clube e suas exmas. famílias. Traje: Rigor (smoking, summer ou dinner jacket) ou fantasia, não sendo permitido o uso de macacão, malandro e camisa esporte. Dia 3 de março Das 9 às 13 horas: Batalha de Confetes, oferecida às diretorias 64 e associados dos valorosos co-irmãos, Bahiano de Tênis e Yacht Club. Das 16 às 19 horas: Baile Infantil Na edição do dia 4 de março, uma segunda-feira, A Tarde reportou-se ao baile do sábado na Associação da seguinte maneira: Deslumbrou pela riqueza e arte das fantasias o sábado da Atlética Poucas vezes, a tradicional festa carnavalesca do clube da Rua Barão de Itapuã, mesmo nos saudosos tempos de antes da Guerra, atingiu a temperatura escaldante e o brilho colorido deste último sábado. A ornamentação, 100% artística, da elegante sede e a rutilância das fantasias de luxo, numa admirável exibição de bom gosto, muito própria das melhores tradições da sociedade baiana, criaram um ambiente onde a alegria era o “mot d’ordre” e as mulheres lindas floriam como rosas loucas. Impossível destacar fantasias ou sorrisos naquele “madstram”. Despertos dos sonhos, só nos ficou uma como nuvem colorida no fundo da retina de onde espouca, de repente, uma forma nítida e deliciosa, logo esfumada como um sonho bom. O grupo das “bonecas pobres”, por exemplo, surgiu-nos agora na lembrança. Fantasia simples, mas de muito bom gosto era a da srta. Olívia Imbassahy e suas companheiras. Também os marmanjos deram a nota. Rui Carneiro, Orlando Gama Lobo e outros “franzinos” eram romanos de impressionante aspecto. Leo, Pelulo e Flamiano apareceram num traje negro de gentis-homens do século XVIII. Os índios do Tororó, com Herval Vieira, Horácio e Hélio Oliveira à frente, encheram de gritos de guerra e alarido primitivo o ambiente seleto. Enfim, quem lá não esteve perdeu seguramente uma das mil e uma noites, que Sherazade se esqueceu de contar... Porque tanta alegria e tanta beleza merecem, de fato, a consagração da lenda. Daqui a trinta anos, diremos nós, aos nossos filhos e netos: ‘era uma vez, um sábado de carnaval na Associação”. MARTHA ROCHA Maria Martha Hacker Rocha nasceu em Salvador, no dia 19 de setembro de 1936, sendo a caçula de sete irmãs. Era a sétima Maria, pois todas tinham esse primeiro prenome. Depois, nasceram os quatro irmãos homens. Seu pai, Álvaro Rocha, engenheiro e professor catedrático da Universidade Federal da Bahia, era bem posicionado nos meios sociais. Pertencia ao quadro de associados da Associação Atlética 65 da Bahia e residia na última casa14 da Rua Afonso Celso, esquina com Travessa Marques de Leão, trecho conhecido como Alameda da Barra. Loira de cabelos dourados e olhos azuis, Martha chamava a atenção, desde pequena, pela sua rara beleza. Na adolescência, reinou nas praias do Farol da Barra e de Mar Grande, na ilha de Itaparica, onde a família veraneava. Também encantava a todos na Associação, onde jogava vôlei e frequentava festas. Tinha 17 anos quando Guilherme Simões incentivou a sua participação no Miss Bahia 1954, concurso promovido por A Tarde, jornal fundado e dirigido pelo seu tio, Ernesto Simões Filho. Eis como a inscrição foi noticiada por esse vespertino, na edição do dia 9 de abril: A Barra lança sua candidata: Martha Rocha Moradores da Barra, interessados no êxito do Concurso Miss Bahia, que A Tarde vem promovendo, movimentaram-se no sentido de obter a inscrição da senhorinha Martha Rocha, residente naquele bairro. Ontem, acompanhada de sua genitora, compareceu à nossa redação, inscrevendo-se no concurso a referida jovem, que já aparece como uma das mais fortes pretendentes ao título, dados os seus predicados de graça e beleza. Atinge, assim, a dez o número de candidatas inscritas no concurso promovido por esta folha e patrocinado pela Fratelli Vita. A srta. Marta Hacker Rocha descende de destacada família de nossa sociedade. Filha do professor Álvaro Pereira da Rocha, conhecido engenheiro, e de d. Hansa Hacker Rocha, conta a nossa candidata com 17 anos de idade. Pratica natação, volley-ball, fala e escreve inglês. O concurso foi dividido em duas etapas. Na primeira, o jornal realizou uma enquete que teve grande aceitação popular15. Com base exclusivamente nas fotos das candidatas, os leitores votaram para selecionar as sete finalistas que seriam julgadas por uma comissão de juízes, formada por artistas, intelectuais e senhoras da sociedade. Na etapa da consulta pública, a candidata lançada pelo bairro da Barra e que concorreu pelo Clube Bahiano de Tênis, com o apoio da Associação Atlética da Bahia e do Clube Carnavalesco Fantoches da Euterpe, ganhou de forma estrondosa, obtendo o dobro da votação alcançada pela segunda classificada, Irdemar Osório. As demais 14 A casa seria demolida para a construção de um prédio (nº 532) de apartamentos, que o pai de Martha, em homenagem à esposa, designou de Edifício Hansa. Porém, foi com o nome do batismo popular, Edifício Marta Rocha, que virou referência na Alameda da Barra. 15 Os jornais eram os únicos veículos de divulgação de imagens (fotos), pois a televisão inexistia em Salvador. 66 classificadas, pela ordem da votação, foram Lindomar Donato de Souza, Gildete Passos Rego, Graça Maria Vaz Lira, Gilka Vieira Camardelli e Elina Rangel. Conforme o regulamento, as finalistas definidas pela votação popular teriam de desfilar, em traje social e de maiô, perante um júri técnico reunido no Bahiano de Tênis, na noite de 15 de maio. E Martha foi novamente a sensação, sendo, por decisão unânime da comissão julgadora, eleita Miss Bahia 1954. Na edição do dia 17, segunda-feira (o jornal não circulava aos domingos), A Tarde deu ampla divulgação ao evento, donde foram retirados os seguintes parágrafos, premonitórios: Nos dois primeiros anos do curso ginasial, Martha foi a melhor aluna de matemática da sua turma. Seu verdadeiro pendor, porém, era no sentido das línguas latinas e anglo-germânicas, embora se destacasse bastante em desenho, o que indica, de certo modo, também uma vocação artística. ------------------------ Será dificílimo uma candidata de outro Estado arrebatar da Miss Bahia o ambicioso título de Miss Brasil, tais os dotes de graça e beleza da senhorinha Maria Martha Hacker Rocha. O jornalista acertou em cheio nas duas previsões. A primeira, da vocação artística, somente se teria a confirmação muitos anos depois16. Mas na segunda, a certeza seria imediata, pois no Rio de Janeiro, no desfile do dia 18 de junho, no Hotel Quitandinha, localizado na cidade serrana de Petrópolis, Martha Rocha obteve outro êxito espetacular, sendo eleita, também por unanimidade, Miss Brasil 1954. Estava, assim, definida a representante brasileira no Miss Universo, que se realizaria no mês seguinte, na Califórnia, Estados Unidos. Na cidade de Long Beach, na costa do Pacífico, localizada na área metropolitana de Los Angeles, as candidatas de 33 países participaram de preliminares que incluíram uma visita ao complexo cinematográfico da Universal International, em Hollywood, a Meca do Cinema, onde Martha Rocha foi a que mais se destacou, merecendo inclusive uma atenção especial dos astros Jeff Chandller e Tony Curtis. Martha realmente possuía algo mais, que a diferenciava das demais candidatas ao título inspirado no nome do famoso estúdio de filmes. Em Long Beach, as misses fizeram apresentações com vários 16 Aos 57 anos, dando vazão à vocação artística, Marta passou a dedicar-se com afinco à pintura, especialmente às expressionistas quase abstratas. Seus quadros, em óleo sobre tela, têm grande aceitação entre os compradores de obras de arte. 67 tipos de trajes e um desfile de maiô em carros alegóricos pelas ruas. Predestinada às vitórias, Martha se destacou novamente entre as concorrentes, pela beleza, pelo corpo perfeito, pelo desembaraço no inglês e pelo carisma. Enfim, conquistou as simpatias gerais e nas pesquisas de opinião pública os americanos, bem como os jornalistas que cobriam o evento, apontaram a “Miss Brazil” como a preferida para ser a Miss Universo. Também disparou em primeiro lugar nas bolsas de apostas. Na noite do julgamento final, 23 de julho, a brasileira desfilou como favorita absoluta, sendo intensamente aplaudida. Porém, para surpresa generalizada, Martha ficou em segundo lugar, perdendo o título para a candidata da casa, Myriam Stevenson. Ante a reação da plateia e depois dos jornalistas e da opinião pública, um dos jurados justificou a vitória da americana da seguinte forma: “A brasileira perdeu por causa de duas polegadas a mais nos quadris17”. Eis as medidas de Martha: 1,70m de altura; 58kg; 94cm de busto; 65cm na cintura; quadril com100cm; e 35cm na panturrilha. Diversas personalidades de Hollywood divergiram do resultado do concurso, dentre elas Walter Pidgeon, renomado ator, e Ouis Shurr, agente de atores, sendo que este último assim se referiu à Martha: “Ela brilha com o seu sex-appeal”. Também disseram que a “Miss Brazil” deveria ter ganho cinco atrizes famosas, dos principais estúdios cinematográficos: Ginger Rogers (Paramount), Pier Angeli (Metro), Barbara Rush (Universal), Kathryn Grayson (Warner Bros) e Jane Russell (RKO). Mesmo sem o cetro e a coroa de Miss Universo, Martha Rocha ganhou prestígio nos Estados Unidos, onde permaneceu para cumprir um programa de visitas em várias cidades, dentre elas Nova Iorque. Inclusive, recebeu duas tentadoras propostas de trabalho, uma da Universal, para ingressar no mundo do cinema, e outra de um grupo empresarial de Las Vegas, onde teria um salário altíssimo para promover a cidade dos cassinos e dos grandes shows musicais, tendo recusado ambas. A volta ao Brasil foi anunciada por A Tarde, na edição de 27 de setembro: 17 Na verdade, ficou-se sabendo que o júri estava dividido em duas facções: a que sucumbiu às articulações dos próprios organizadores, para que a vitória fosse dada à americana, e a que se posicionou de forma imparcial. Por isso, em duas votações teria dado empate. No terceiro e último escrutínio venceu a força do poderoso lobby americano, gerando a história das “duas polegadas a mais”. Caso o corpo de jurados fosse totalmente independente, como aconteceu no Miss Bahia e no Miss Brasil, com certeza que a Martha teria sido Miss Universo, por unanimidade, conforme atestavam os especialistas presentes em Long Beach. 68 Marta Rocha é esperada, hoje, no Rio A linda e já famosa Marta Rocha, Miss Brasil, está sendo esperada, esta noite, no Rio de Janeiro, capital do país, procedente de Porto Rico, onde foi, ontem, coroada, em grande festa, como “Rainha da Beleza”. Ao desembarcar no Rio de Janeiro, Martha teve uma recepção consagradora, ajudando a desanuviar a tristeza do povo com o suicídio do presidente Getúlio Vargas, ocorrido no dia 24 de agosto, no Palácio do Catete, mesmo local em que estivera com ele antes da viagem aos Estados Unidos, sendo agora recebida pelo novo presidente, Café Filho. Seguiram-se inúmeras homenagens na capital federal até o dia em que, finalmente, foi liberada para visitar Salvador, onde aconteceria a maior das apoteoses, num entusiasmo jamais visto na primeira capital brasileira, com multidões nas ruas para saudar a baiana. Um filme, encomendado pela Fratelli Vita18, produzido pelo cineasta Alexandre Robatto Filho, que se encontra disponível na internet19, mostra no finalzinho da manhã de 29 de outubro, uma sexta-feira, o Constellation L-049, prefixo PP-PCR, da Panair do Brasil, chegando ao pátio do Aeroporto de Santo Amaro de Ipitanga e sendo cercado pelo povo. O prefeito, Aristóteles Góes, num entusiasmo digno de um chefe de torcida organizada de time de futebol, correu para receber Martha na escada da aeronave e a conduziu até um Cadillac conversível que, escoltado por motocicletas da Inspetoria de Trânsito, com sirenes ligadas, saiu puxando dezenas de veículos, num monumental corso20, para cumprir o seguinte itinerário: Estrada Velha do Aeroporto, Campinas de Pirajá, São Caetano, Largo do Tanque, Calçada, Jequitaia, Comércio, Ladeira da Montanha, Praça Castro Alves, Rua Chile e Praça Municipal, onde o automóvel fez a volta e passou novamente pela Rua Chile e Praça Castro Alves, donde seguiu pela Avenida Sete em direção ao Palácio da Aclamação, local da recepção oficial, oferecida pelo governador Régis Pacheco, em meio às festas que os baianos faziam nas ruas próximas. No dia seguinte, sábado, sob o título “Apoteose da Bahia à 18 A Fratelli Vita Indústria e Comércio S.A. dominava a produção e comercialização de refrigerantes no Estado da Bahia e tinha uma fábrica de cristais de fama mundial. 19 Com 8 minutos e 30 segundos de duração, o vídeo encontra-se disponível no You Tube. Basta acessar “Relíquia: Martha Rocha – Patrocínio Fratelli Vita Cristais. 20 Diversas representações, de clubes esportivos e carnavalescos, do Bahiano de Tênis, da Associação Atlética e de outras entidades, além de muitas famílias, tomaram parte no grandioso corso de veículos, que percorreu 25km, do Aeroporto de Ipitanga (atual Luís Eduardo Magalhães) ao Palácio da Aclamação, vizinho ao Campo Grande. 69 Embaixatriz da Beleza”, A Tarde dedicou toda a página 2 ao regresso de Martha Rocha, que havia saído de Salvador em junho, como Miss Bahia, desconhecida nacionalmente, e retornava após quatro meses, famosa e trazendo na bagagem um título nacional (Miss Brasil) e dois internacionais (Vice-Miss Universo e Rainha da Beleza). Na primeira página, o jornal fez a seguinte chamada: Os aplausos do povo à Miss Brasil As manifestações populares à Miss Brasil atingiram o ápice na Rua Chile. O comércio cerrou suas portas à passagem da embaixatriz da beleza da mulher brasileira no concurso internacional de Long Beach. Incalculável massa humana se comprimiu na principal artéria da cidade para ovacioná-la. Das janelas dos edifícios, uma chuva de confetes e papeizinhos cobriu a multidão, oferecendo um espetáculo deslumbrante de alegria e entusiasmo. Ainda no sábado, 30 de outubro, o Bahiano de Tênis, clube que paraninfou a candidatura de Marta e onde ela recebeu a faixa de Miss Bahia, ofereceu uma requintada festa, comunicada aos sócios por um anúncio publicado em A Tarde, edição do dia 22 de outubro: Grande baile, com a Orquestra Silésio, em homenagem a Martha Rocha, Miss Brasil e Vice-Campeã Mundial de Beleza. Traje: smoking ou summer jacket e vestido de baile para as senhoras e senhorinhas. Depois das homenagens e dos presentes ofertados à Martha, o baile começou com a Miss Brasil dançando com o presidente do Bahiano de Tênis, Jerval Peixoto. Nesse mesmo dia, a Associação publicou em A Tarde o seguinte anúncio: Soirée Dançante no dia 3 de novembro, quarta-feira, das 20 às 24 horas, em homenagem especial à segunda mais bela do mundo, a lindíssima conterrânea Martha Rocha. Traje: escuro para cavalheiros. Orquestra: Britinho e Seus Stukas. A festa na Azulina, comandada pelo presidente Gustavo Maia, foi um tributo que o clube prestou à associada que, num curtíssimo espaço de tempo, de 69 dias, como num conto de fadas, ganhou três títulos e saiu do anonimato para se transformar numa celebridade nacional e 70 internacional. Martha esteve na Associação depois de ter comparecido, no dia anterior, ao templo do futebol baiano, registrado em A Tarde, na edição do dia 3, da seguinte forma: Martha Rocha aclamada no Estádio da Fonte Nova A linda Martha Rocha, empunhando uma bandeira do seu time, o Vitória, compareceu ontem ao Estádio Otávio Mangabeira, pouco antes do embate principal. Em carro aberto, a segunda mulher mais linda do mundo, deu a volta pela pista, sendo demoradamente aplaudida por todos. Em seguida, deu o ponta-pé inicial, no centro do campo, abrindo o jogo Bahia x São Cristóvão, vencido pelo primeiro por 1x0. Após a presença em alguns outros eventos, Martha voltou, no dia 5 de novembro, ao Rio de Janeiro, a sede de onde, no exercício do reinado de Miss Brasil, passou a cumprir um extenso calendário de compromissos pelo Brasil e por diversos países da América do Sul e da Europa. Muito assediada para colocar sua imagem em comerciais, apareceu em anúncios de dois famosos produtos, o refrigerante CocaCola e o sabonete Gessy. Numa das peças publicitárias, acima de uma exuberante foto da miss, apareceu o seguinte título: “Agora Gessy embeleza mais do que nunca!”. Martha havia se transformado numa paixão nacional e se constituía em padrão da beleza, mesmo com as célebres “duas polegadas a mais”. Enfim, não precisou ser Miss Universo para conquistar, definitivamente, os corações de todos os brasileiros, de norte a sul, de leste ao oeste. Ao ser descoberto que possuía dom para interpretação musical, Marta não resistiu aos apelos para gravar, na Continental, uma música em dueto com Emilinha Borba, uma das cantoras mais populares do país. Cantou o samba “Abraço Fraternal”, de Pedro Caetano, Carlos Renato e Alcino Guedes. Depois, gravou um disco solo, com duas músicas, conforme era a praxe na época, em discos de 78 rpm: no Lado A interpretou o baião “Rio, Meu Querido”, de Pedro Caetano e Carlos Renato, e no Lado B a marchinha “Duas Polegadas”, do compositor carioca Pedro Caetano, em parceria com Carlos Renato e Alcyr Pires Vermelho. Lançado em junho de 1955, no mês da conclusão do mandato de Miss Brasil, o disco alcançou espetacular aceitação. “Duas Polegadas” foi a sensação do carnaval de 1956, sendo a música mais executada em todas as cidades brasileiras. Primeiramente na voz da Marta e depois na de dezenas de cantores, “Duas Polegadas” enraizou-se no gosto do povo e o seu sucesso perdurou por vários anos e entrou para o rol das 71 músicas carnavalescas inesquecíveis. Eis a letra: Por duas polegadas a mais Passaram a baiana pra trás Por duas polegadas E logo nos quadris Tem dó, Tem dó, seu juiz. Martha, Martha, Não ligue mais pra isso não Martha, Martha, Ninguém tem o seu violão. Quando a gaúcha Ieda Vargas se tornou Miss Universo 1963, especulou-se que o fascínio por Martha Rocha iria chegar ao fim, pois o Brasil passou a ter uma rainha que conquistou o título que Martha não conseguiu ter. Ledo engano, o prestígio da baiana permaneceu inabalável. E esse mesmo fenômeno ocorreria quando Marta Vasconcelos, também baiana, foi eleita Miss Universo 1968. Martha Rocha continuou bem viva no imaginário popular e manteve-se na posição de ser a mulher mais reverenciada do Brasil, portadora de charme e carisma inigualáveis e inalcançáveis pelas duas brasileiras que foram Miss Universo. Em suma, o povo brasileiro concedeu a Martha um lugar cativo no trono reservado às rainhas que nunca perdem a coroa do reinado vitalício. Inclusive, houve um tempo que o nome da baiana, com as lendárias “duas polegadas a mais”, era associado a tudo que fosse bonito, luxuoso ou glamoroso. Apenas como exemplos, basta citar dois fatos, um na Bahia e outro no Rio de Janeiro. Quando a Viação Férrea Federal Leste Brasileiro colocou em circulação um vagão especial para passageiros, com passagens mais caras, mas dotado de maior conforto e de um bonito revestimento externo, prateado, que o diferenciava dos vagões normais, o povo baiano, imediatamente, passou a chamálo de “Trem Marta Rocha”. Os cariocas também apelidaram de “Trem Marta Rocha” o luxuoso vagão onde só viajavam os mais abastados, da chamada “elite suburbana”. E assim, a designação “Marta Rocha” virou sinônimo de “bom, melhor, superior, mais belo, etc.” e foi fartamente utilizada em todas as regiões brasileiras. Até uma imponente camioneta da Chevrolet recebeu o batismo popular de “Marta Rocha”. E na culinária surgiu uma guloseima que ficou famosa, a “Torta Marta Rocha” ou “Bolo Marta Rocha”. No 72 Iguatemi, o primeiro shopping center de Salvador, inaugurado em 1975, existe a Alameda Marta Rocha, no segundo piso, endereço das lojas âncoras. Como na capital baiana os grandes viadutos receberam nomes de personalidades, o que fica na Federação, sobre o início da Avenida Anita Garibaldi, chama-se Viaduto Marta Rocha. Enfim, a eterna Miss Brasil foi entronizada na galeria dos mitos. Um mito imorredouro, que na beleza da sua adolescência havia frequentado as dependências da Associação Atlética da Bahia. PISCINA SEMIOLÍMPICA No mês do 44º aniversário de fundação do clube, foi inaugurado o parque aquático, com a primeira piscina semiolímpica da Bahia, de 25 metros, que incluiu a Associação no circuito da natação competitiva. Em comemoração, a diretoria preparou uma grande festa, assim divulgada num anúncio oficial, publicado em A Tarde do dia 29 de setembro de 1958: Dia 11 de outubro, às 23 horas A Diretoria da AAB tem a satisfação de comunicar ao quadro social que comemorará a inauguração das piscinas, e demais unidades do parque esportivo da Atlética, com a realização de um grande baile a rigor na noite de 11 de outubro, quando proporcionará aos presentes um belíssimo show de caráter internacional e inédito no norte do Brasil, para o que não mediu esforços em despender elevada quantia. Exibirse-ão: 1. A famosa orquestra norte-americana de Woody Hermann (inclusive o sexteto vocal), considerada a segunda dos Estados Unidos em música de jazz. 2. Leny Eversong, a maior cantora do Brasil e cartaz de fama mundial. 3. SilvinhaTeles, sucesso do samba-canção no momento, a qual se fará acompanhar do notável violinista Baden Powell. A fim de que as danças não se interrompam, tocarão ainda duas orquestras locais, Britinho e Itapoan. O traje será a rigor e a entrada é exclusiva para sócios quites com a Tesouraria e, indistintamente, identificados na portaria. As mesas podem ser reservadas na Secretaria. Sob o título “Miss São Paulo no desfile da Associação Atlética”, A Tarde divulgou a seguinte notícia na edição de 17 de outubro de 1958: Está despertando o maior interesse, por seu ineditismo, a festa dançante anunciada para amanhã, sábado, nas pistas das piscinas da Associação Atlética da Bahia, em benefício da Cruz Vermelha Internacional, Seção da Bahia, empenhada em recolher donativos para 73 a conclusão das obras do seu hospital de Pronto Socorro, na Avenida Bonfim. Como atração da festa, desfilarão seis modelos paulistas, que mostrarão à sociedade baiana, que certamente estará presente, as últimas criações da moda, com maiôs e trajes de banho da famosa marca Rose Marie Reid. Abrirá o desfile, com a imponência do seu porte de mulher formosa, a Miss São Paulo 1958, senhorinha Madalena Fagotti, que gentilmente se ofereceu para também comparecer à festa de tão elevado sentimento humanitário. A festa, que é patrocinada pela ‘A Moda’, prolongar-se-á às 3 da manhã de domingo. BORÉU, CAMPEÃO BRASILEIRO DE TÊNIS José Carlos Brito Dória, o Boréu, nasceu em Salvador, no dia 2 de junho de 1950. Em janeiro de 1962, nas quadras da Associação, assistiu a diversas partidas pelo Campeonato Brasileiro de Tênis, categoria adulto, e ficou fascinado com o chamado “esporte dos reis”. Com uma raquete emprestada, resolveu experimentar o jogo, nascendo aí um fenômeno no tênis baiano, pois logo depois participou do Torneio de Verão 1962, promovido pela Azulina, sagrando-se campeão infantojuvenil e passando a ser o melhor tenista baiano da categoria. No ano seguinte, ao conquistar o campeonato baiano, obteve a classificação para o XIII Campeonato Brasileiro Infanto-Juvenil e da Juventude, que se realizaria em Porto Alegre, de 20 a 28 de julho de 1963, sob os auspícios da Confederação Brasileira de Tênis. Foi um dos 15 tenistas da delegação enviada pela Federação Bahiana de Tênis (FBT), formada por atletas da Associação Atlética da Bahia e do Clube Bahiano de Tênis. Na capital gaúcha, na quadra da Associação Leopoldina Juvenil, em sua primeira participação fora de Salvador, Boréu voltou a surpreender e chegou à final, tendo como adversário o paulista Marcos Gonçalves que, confirmando o favoritismo, arrasou no primeiro set, aplicando 6x0. No segundo, demonstrando que não se abalara psicologicamente, Boréu deu o troco na mesma moeda, também ganhando por 6x0. No set decisivo, o tranquilo campeão baiano ganhou por 6x3, sagrando-se campeão brasileiro e dando à Bahia o seu primeiro título nacional no tênis. O jornal A Tarde, edição do dia 29 de julho, anunciou o feito da seguinte forma: 74 Tenista baiano sagrou-se campeão em Porto Alegre O atleta baiano José Dória (Boréu), da equipe da Associação Atlética da Bahia, sagrou-se, ontem, campeão brasileiro de tênis, na classe de 9 a 12 anos, na categoria infanto-juvenil. A dupla baiana Enéas Costa e Jorge Eduardo de Abreu Nogueira, também da Associação, classificou-se para a final, nesta mesma categoria, sendo vice-campeã brasileira, em dupla de 9 a 12 anos. O campeonato de 1964 foi realizado em Brusque, Santa Catarina, e novamente a estrela de Boréu brilhou intensamente, com duas conquistas inéditas para a Bahia, agora na classe de 12 a 15 anos. Foi campeão brasileiro em dupla masculina, formando parceria com Jorge Abreu Filho, tenista do Bahiano de Tênis, e campeão brasileiro em dupla mista, com a mineira Maria Cristina Andrade, do Minas Tênis Clube. A conquista na mista foi considerada a grande surpresa de todo o campeonato, pois Boréu não ia disputar essa modalidade, por falta de parceira, uma vez que a única tenista da delegação, que pertencia ao Bahiano de Tênis, estava escalada para jogar com um tenista do seu clube, com quem já treinava há algum tempo. Ocorreu que na delegação de Minas Gerais havia uma tenista que também ficaria de fora. Então, de última hora, os técnicos das duas federações estaduais resolveram unir os dois tenistas e colocá-los em quadra sem terem feito sequer um único treinamento. Por isso, ninguém acreditava que Boréu e Cristina pudessem obter vitórias. A descrença levou o chefe da delegação baiana a programar uma excursão turística para uma cidade vizinha, justo no dia que seria realizada a semifinal. Boréu ficou sozinho em Brusque, na companhia apenas do técnico Evaldo Silva. Em quadra, a seu favor, somente a torcida da delegação mineira, que estranhou a inexplicável ausência dos baianos. Resultado, a dupla considerada zebra venceu a semifinal. Quando a delegação dos turistas retornou ao alojamento, o presidente da FBT, Jorge Abreu, que também era diretor do Bahiano de Tênis, viu Boréu sentado num canto com o semblante meio triste. Dirigiuse ao tenista, parceiro do seu filho na conquista do título nacional de dupla, e travou-se o seguinte diálogo: – Boréu, qual foi o resultado da partida? – Perdemos, presidente! – Eu já imaginava isso. Depois de ouvir uma declaração que um dirigente não deveria 75 dizer a um atleta, Boréu deu uma raquetada de voleio: “Presidente, o senhor enganou-se, porque eu ganhei!”. Assim era o Boréu, surpreendente e avassalador, dentro e fora das quadras. Mas o episódio tem uma explicação histórica, assentada numa antiga rivalidade nos esportes, entre o Bahiano e a Associação, desde os tempos do futebol, na década de 1920. Naquela época, a Associação teve melhor desempenho e, agora, no tênis, também levava vantagem. E o Bahiano, que tinha o nome do esporte na sua razão social, não perdoava essa hegemonia nas quadras, o que se refletiu na falta de respeito ao Boréu. Além do tênis, o campeão jogava vôlei, basquete, futebol de campo, futebol de salão e praticava natação, sendo considerado o melhor atleta juvenil que a Bahia teve na primeira metade da década de 1960. O múltiplo Boréu conquistou dezenas de medalhas e troféus para a Associação, em torneios na Bahia e fora do Estado. Foi inclusive, durante anos, um dos astros da famosa Olimpíada Bahiana da Primavera, promovida anualmente pelos Diários e Emissoras Associados da Bahia, sob o patrocínio da Fratelli Vita Indústria e Comércio. Reunindo clubes, colégios e faculdades, a Olimpíada da Primavera era o maior evento esportivo da Bahia, com uma extraordinária força galvanizadora das atenções populares. BODAS DE OURO No ano do cinquentenário da fundação, chegou ao fim a profícua gestão comandada por Carlos Coqueijo Costa, que durante oito anos (maio 1956 – maio 1964), presidiu a Associação e saiu consagrado como um dos mais notáveis presidentes da história da Azulina. Com esmero, ele preparou o clube para as festividades das Bodas de Ouro. Os mais antigos diziam que no ano de 1964 a Associação havia chegado no limite máximo do prestígio, do glamour e da importância no cenário esportivo e social da Bahia, inclusive com reflexos nacionais. Um desses reflexos adveio da construção da piscina semiolímpica, que colocou a Azulina no cenário das competições aquáticas. O outro reflexo decorreu do prestígio pessoal do presidente no meio artístico baiano e nacional, facilitando que renomados cantores e cantoras fizessem apresentações no clube, que virou uma referência como local para shows de gala. Pela edição de 29 de setembro, do Jornal da Bahia, na coluna ‘Sociedade, Fatos e Gente’, de Guilherme Simões, o povo ficou sabendo das festividades dos cinquenta anos da fundação do clube. A nota dada 76 pelo colunista foi a seguinte: Cinquentenário da Associação Atlética O programa para as comemorações do cinquentenário da Associação Atlética já foi distribuído e será dos mais intensos. Nos dias 29 e 30 deste mês e 2 e 3 de outubro, será realizado o Torneio dos Campeões Brasileiros de Tênis. No dia 1º haverá uma recepção oficial às autoridades, imprensa, ex-presidentes, fundadores e membros do Conselho Deliberativo. No dia 3, grande baile com um magnífico show de Elizeth Cardoso. E assim prosseguirá a semana inicial de comemorações. Nesse mesmo dia, uma terça-feira, o mesmo jornal, na página esportiva, sob o título ‘Campeões disputam torneio’, publicou a seguinte reportagem: Quatro dos mais famosos tenistas nacionais, inclusive o campeão brasileiro, Yarte Adam, chegaram ontem a Salvador, para participar de um torneio de tênis, comemorativo ao cinquentenário de fundação da Associação Atlética. O certame será iniciado hoje, às 20 horas, com as eliminatórias para a escolha dos tenistas baianos que, nos jogos a serem disputados posteriormente, enfrentarão ao gaúcho Yarte Adam, ao mineiro Guido Santos, ao paulista Airton Cunha e ao paranaense José Moreno. O programa comemorativo ao cinquentenário da Associação, além do torneio com os campeões brasileiros de tênis, que será disputado hoje, amanhã e nos dias 2 e 3 de outubro, prevê ainda as seguintes atividades: Dia 1º 21 horas: Recepção Oficial, às autoridades, imprensa, ex-presidentes, fundadores e membros do Conselho Deliberativo; Dia 3 22 horas: Festa Dançante, com grande show de Elizeth Cardoso; Dia 4 11 horas: Banho de Piscina, com o Quinteto Xangô; 15 horas: Desfile de Abertura da Olimpíada do Cinquentenário 17 horas: Jogo de Futebol, entre os selecionados da Associação e do Bahiano de Tênis Na sexta-feira, dia 2, o Jornal da Bahia estampou na primeira página uma foto mostrando o banquete da recepção, acompanhada do seguinte texto: 77 Cinquentenário da Atlética A Associação Atlética da Bahia reuniu, ontem, à noite, em sua sede, autoridades, associados e a imprensa numa elegante recepção que marcou oficialmente, o início das comemorações do seu cinqüentenário de fundação. Falou na ocasião o presidente da Azulina, sr. Milton Farias, fazendo um histórico da vida do simpático clube e destacando os vultos que mais se destacaram à frente dos seus destinos. Relembrou que a Associação, que hoje é alvi-azul e antigamente era alvi-rubra, tinha a sua dissolução decidida em 1932, quando seus associados promoveram a Festa da Saudade, cujo grande sucesso terminou por convencer seus dirigentes na época a redobrar esforços para retirá-la das dificuldades. Nesse mesmo dia 2, A Tarde veiculou duas matérias, a seguir reproduzidas na íntegra, conforme a ordem da paginação, 3 e 7, respectivamente: Meio Século de Associação A Associação Atlética da Bahia abriu, ontem, os seus salões para uma recepção à sociedade, com a qual iniciou a série de comemorações do seu cinquentenário. O presidente do clube, sr. Milton Farias, proferiu na ocasião algumas palavras de saudação aos convidados, diretoria e sócios da Associação, fazendo um longo histórico da vida daquela sociedade, cuja contribuição à vida social e aos esportes na Bahia é notável. Entre os convidados, aos quais foi servido apurado Buffet, estavam os representantes do governador do Estado, do prefeito da Capital, do comandante da 6ª Região Militar, o comandante do Distrito Naval, o comandante da Base Aérea e outras autoridades, notando-se ainda a presença de antigos sócios do clube, entre os quais o prof. Rogério de Faria, o cons. Jayme Baleeiro, o desemb. Mario Lins, o dr. Edgar Lemos Brito e outros. Senhoras e senhorinhas da sociedade emprestaram ao ambiente, que estava delicadamente ornamentado, a graça de suas presenças. Azulina comemora suas Bodas de Ouro Diante dos festejos da Associação Atlética da Bahia, os seus dirigentes resolveram interromper o campeonato interno de futebol, atual coqueluche dos nossos meios esportivos. Fon Fon, dos Braga, e Locomotiva, dos Gramacho, lideram o certame, vindo os demais times nas seguintes colocações: segundo, Real Madri; terceiro, Aristocrático; quarto, BB; quinto, Bahianinho e Valentes; sexto, Intocáveis e Lex. Ruy Tannus, do Locomotiva, com 10 gols, e Niltinho do Fon 78 Fon, com 7 gols, lideram o pelotão dos artilheiros do campeonato da LIFA (Liga Interna de Futebol da Associação), o que bem atesta que Locomotiva e Fon Fon são as equipes mais capacitadas para a conquista do campeonato deste ano. No próximo dia 6, o campeonato da LIFA será reiniciado com a realização de um dos melhores clássicos, com o jogo do Fon Fon com o Bahianinho, este último de Paulinho Dantas, que por sinal não vem brilhando como se esperava. Ainda na página 7, na esportiva de A Tarde, da edição do dia 2 de outubro, foi reacendida uma antiga rivalidade da década de 1920, envolvendo o clube da Barra e o clube da Barra Avenida21, ou seja, a Associação e o Bahiano de Tênis, protagonistas de 16 memoráveis jogos válidos pelo campeonato baiano de futebol, onde cada um foi campeão uma vez: o alviazul em 1924 e o alvinegro em 1927. O clássico seria agora revivido no campo do futebol da Associação, com os dois clubes representados pelas seleções de seus respectivos campeonatos internos, onde figuravam jogadores famosos, que tinham sido ídolos no futebol profissional. Eis a notícia no jornal: Dia 4, o clássico As atenções do quadro social da Azulina estão voltadas para o sensacional duelo do próximo dia 4, quando o Selecionado da Associação enfrentará a Seleção do Bahiano de Tênis, no famoso “clássico dos magnatas”, marcando assim mais um tento no programa das festividades do Centenário da Azulina. No dia 3 de outubro, sábado, no Jornal da Bahia, Felipe Jucá assinou uma ampla matéria sobre o clube que nasceu alvirrubro, mas que se consolidou como alviazul. Eis duas partes do que escreveu: Mas nem tudo foi sucesso no longo palmilhar da Associação. Certa feita, grave crise financeira abalou profundamente os alicerces da simpática agremiação e, por proposta da Diretoria, foi aprovada, por unanimidade, a sua imediata dissolução! Fez-se a Festa da Saudade, que seria o último acontecimento social do clube. Deu-se então o milagre, ou, como diz a velha guarda, “o grande momento da Associação”. Tamanho foi o sucesso da festinha, organizada com sabor de saudade, que os diretores não vacilaram em 21 Com sede localizada na confluência de dois importantes logradouros, com entrada principal pela Avenida Princesa Leopoldina e face lateral dando para a Avenida Princesa Isabel, tendo o Hospital Português do outro lado, o Bahiano de Tênis era chamado pela imprensa como o “Clube da Barra Avenida, embora muitos o julgassem como situado no território da Graça. 79 revogar a decisão há pouco tomada e prosseguiram na luta... Isso aconteceu no ano de 1932, há 32 anos, portanto. ---------------- No momento, a Associação Atlética da Bahia tem como presidente o senhor Milton Pereira de Farias. Eleito há pouco mais de cinco meses, já realizou inúmeros melhoramentos e pretende dentro de pouco tempo entregar aos sócios um Parque Infantil moderníssimo e um serviço de amplificação que ficará colocado entre os melhores do país. Contudo, como grande realização, estuda a diretoria a construção de vários apartamentos no próprio clube, que servirão para hospedar delegações visitantes. Para o cinqüentenário, um programa festivo foi carinhosamente elaborado pelos atuais diretores. Um mês de festa marcará o grande acontecimento. Aí está o retrato da Associação Atlética em suas Bodas de Ouro: ontem, um clube modesto, nascido do esforço de um punhado de idealistas; hoje, um patrimônio da Bahia, zelado pelo carinho de seus numerosos sócios e enfeitado pela ternura e pelo vigor de uma juventude brilhante que o transformou num clube simpático e amigo. Também no dia 3 de outubro, A Tarde publicou duas matérias, tendo na segunda sido noticiadas as inaugurações e revelados os novos projetos. Eis o que foi publicado: Meio século de existência A Associação Atlética da Bahia, clube que congrega o que há de mais destacado na sociedade baiana, estará completando, domingo próximo, dia 4 do corrente, meio século de fundada. O evento, sumamente significativo, para seu numeroso quadro associativo, o é, também, para a Bahia, de cujo patrimônio social ela faz parte. Trilhando, nos 50 anos da sua já adulta existência, uma caminhada de lutas constantes, em que os sucessos e as glórias inesquecíveis subjugaram as dificuldades e a descrença, a Associação Atlética está, hoje, entre os melhores clubes do Brasil, ostentando invejável posição social e econômica. Será, pois, com orgulho, que os seus diretores e associados festejarão o seu cinqüentenário. A diretoria organizou um amplo e selecionado programa para comemorar o cinqüentenário da Associação, cujo início foi com um torneio dos tenistas campeões brasileiros. Dentre outras atrações, constam: a festa de hoje, com a famosa cantora Elizeth Cardoso, o desfile da Olimpíada do Centenário, a Feira Internacional do Women’s Club, a Festa Infantil, com um conjunto circense de fama internacional e, como ponto alto, o Baile de Gala do Cinquentenário, dia 29, às 23 horas, com a famosa Orquestra de Astor, do Rio de Janeiro. O traje para esse baile será smoking para os homens e vestidos longos para as 80 senhoras. Planos da Associação É seu atual presidente o sr. Milton Pereira de Farias (vicepresidente na gestão de Carlos Coqueijo), que pretende desenvolver à frente da Azulina um programa de trabalho que a eleve, ainda mais, entre os grandes clubes do Brasil. Falando à nossa reportagem, em plena atividade na secretaria do clube,o presidente informou que vai construir um novo restaurante para os associados, que será o mais moderno e dos melhores da cidade. O local já está escolhido e a construção será iniciada após o mês do centenário. O sr. Milton Farias declarou ainda que já adquiriu novo mobiliário para o bar e para a varanda superior, assim como novas atrações para o parque infantil, inclusive uma roda-gigante que será inaugurada durante as comemorações do aniversário. Assim também adquiriu e inaugurará, este mês, um serviço de amplificação de som, de custo superior a 6 milhões de cruzeiros, dos melhores existente no Brasil. Por fim, informou o presidente Milton Farias, cuja administração promete ser das mais dinâmicas, que iniciará, no próximo ano, a construção de um novo pavilhão, no local onde agora se acham os depósitos do clube e que se constituirá de sala de estar, salões de jogos, pequenos apartamentos para delegações visitantes, bar, barbearia, banheiros, sanitários, saunas, etc. Na edição do dia 5, segunda-feira, na coluna Sociedade, de Antônio Carlos, A Tarde anunciou: A Associação Atlética da Bahia reviveu suas grandes noitadas do passado, sábado último, com mais de duas mil pessoas na sua festa dançante. O show esteve a cargo de Elizeth Cardoso. Já no domingo, pela manhã, à borda da piscina, casais e centenas de lindos brotos brincavam animadamente ao som de um excelente conjunto. Será, finalmente, no sábado, a tão falada Feira Internacional. As senhoras organizadoras, do International Women’s Club, já venderam cerca de 400 mesas, o que se anteve o sucesso da promoção. O sr. Jimmy Tennant, senhoras Lia Lewis, Cornejo, Harrison, Van der Haegen e Regina Sá Machado, estão em intensos preparativos em suas barracas. Ainda na edição da segunda-feira, saiu um anúncio oficial da Associação contendo mais um bloco da programação do cinquentenário: Dia 5 21 horas: Olimpíada, com jogo de basquete. 81 Dia 6 20 horas: Olimpíada, com jogo de futebol. Dia 7 21 horas: Banho de Piscina, com o conjunto Os Orixás. Dia 8 20 horas: Olimpíada, com jogo de pólo aquático. Dia 9 20 horas: Olimpíada, com jogo de futebol. Dia 10 16 horas: Feira Internacional. Dia 11 9 horas: Olimpíada, com torneio de judô infantil, até 10 anos. 11 horas: Banho de Piscina com o Quinteto Xangô. 17 horas: Concurso Miss Bahianinha, com a presença da Miss Brasil. Na edição do dia 7, A Tarde publicou o resultado do torneio de tênis. Sob o título “Êxito no IV Campeonato Aberto de Tênis”, ficou-se sabendo o seguinte: A diretoria da Associação Atlética da Bahia, como parte dos festejos de comemoração do seu cinqüentenário, realizou o IV Campeonato Aberto de Tênis, com a participação de tenistas campeões de vários Estados. A Federação Bahiana de Tênis esteve presente neste certame, colaborando como sempre, para dar maior brilhantismo que reuniu, entre outros, o gaúcho Yarte Adam, campeão brasileiro deste ano, o paulista Airton Cunha, vice-campeão brasileiro, o campeão mineiro Guido Santos e o paranaense José Moreno. As quadras da Azulina encheram-se de grande público, que aplaudiu todo o desenrolar dos jogos. A rodada final do certame foi cercada de expectativa em face do duelo entre Yarte e Airton. Com golpes firmes, um jogo de rede elástico e um serviço fabuloso, Yarte saiu vitorioso, sagrando-se campeão de simples do referido certame. Nas disputas de duplas, presenciamos a vitória do duo Airton-Aloísio Souza (da Bahia), contra Yarte e Manuel Abreu. Terminado os jogos, o presidente do clube, sr. Milton Farias, procedeu a entrega dos prêmios quando se verificou uma homenagem especial ao grande atleta azulino José Carlos Brito Dória, o Boréu, campeão brasileiro infanto-juvenil deste ano. Este, em retribuição generosa, digna de um reconhecido campeão, reverenciou os méritos ao seu técnico, sr. Evaldo Silva, em breve discurso, conferindo-lhe o título de “realizador de campeões”. As delegações visitantes agradeceram as gentilezas recebidas, declarando-se todos os seus membros desejosos de voltar, no próximo ano, afirmando que este Torneio deverá ser convertido em realização 82 anual da Associação Atlética da Bahia, constando do calendário oficial da Confederação Brasileira de Tênis, visto a repercussão que teve nos meios esportivos e sociais de todo o país. A parte final das comemorações do mês do cinquentenário foi publicada em A Tarde do dia 27: Dia 29, 5ª feira 23 horas: Baile de Gala do Cinquentenário, com Astor e Sua Orquestra, do Rio de Janeiro, e show com o Tamba Trio. Traje: smoking e vestido de baile comprido. Dia 30, feriado 11 horas: Banho de Piscina, com o Quinteto Xangô. Dia 31, sábado 12 horas: Almoço de Confraternização, com a entrega dos prêmios aos participantes da Olimpíada Interna. 17 horas: Vesperal Dançante, com Britinho e Seus Stukas. A Associação fechou o mês do cinquentenário com o quadro social formado por 634 sócios proprietários remidos, 3.212 contribuintes, 253 aspirantes (filhos de associados), e 20 beneméritos, sendo 15 expresidentes e 5 ex-diretores. O clube encontrava-se num setor nobre de um dos bairros mais valorizados de Salvador e possuía uma grande área verde limítrofe ao Morro do Gavazza e com a Real Sociedade Espanhola de Beneficência (Hospital Espanhol). Suas principais instalações estavam formadas por uma belíssima sede social, em estilo neocolonial mexicano, um parque aquático, um campo de futebol, quatro quadras de tênis e uma quadra para basquete e vôlei. BOICOTE DOS DIÁRIOS ASSOCIADOS No ano do cinquentenário, Salvador dispunha de quatro jornais diários: A Tarde, Jornal da Bahia e os dois dos Diários Associados22, Diário de Notícias e Estado da Bahia. Como foi visto acima, na cobertura do cinquentenário pela imprensa, somente foram reproduzidas matérias do Jornal da Bahia e de A Tarde. O Diário de Notícias não deu uma linha sequer sobre as festividades e o Estado da Bahia, que divulgou somente o 22 Os Diários e Emissoras Associados formavam uma ponderosa rede nacional, espalhada pelas principais capitais brasileiras, dominando canais de televisão, rádios e jornais. Controlavam ainda a revista semanal O Cruzeiro, a de maior circulação no país, e uma grande editora de livros. Em Salvador, os Associados possuíam a Rádio Sociedade da Bahia, a emissora de maior audiência no Estado, a TV Itapoan, único canal de televisão no Estado, e dois jornais, o matutino Estado da Bahia e o vespertino Diário de Notícias. O diretor do império na Bahia era o jornalista Odorico Tavares. 83 Concurso da Miss Bahianinha, o fez na edição do dia 12 de outubro, mas sem citar o local do evento, que foi deliberadamente banido pela editoria do jornal. Eis as transcrições, respectivamente das páginas 1, 3 e 7: Miss Bahianinha chorou e foi para casa Marta Maria Serrano Fernandes, como qualquer outra miss, chorou ao ser eleita, ontem, Miss Bahianinha. Mas acabou fazendo o que nenhuma miss fez até hoje: resolveu ir para casa ainda chorando, sem se deixar ser coroada. O trono ficou vazio, mas o público não ficou triste, pois antes, já como vencedora, a linda Marta Maria desfilou, embora chorosa e meio zangada, como mostra a foto, foi recebida com aplausos. Marta é, realmente, um encanto de beleza e merece o título, embora todas as demais concorrentes disputassem em igualdade de condições. Na terceira página o noticiário sobre a festa de ontem. Marta Maria Serrano, de 5 anos, foi Miss Bahianinha, chorou e foi para casa Trinta e sete crianças, variando de 5 a 10 anos, louras na sua maioria, estiveram participando, ontem a tarde, do Concurso Miss Bahianinha, que pela primeira vez se realiza em nossa capital, e teve a sua renda em benefício da Fundação Padre Torrend. Uma comissão julgadora, composta de onze pessoas (seis mulheres e cinco homens), encontrou dificuldades na escolha final, pois todas as meninas eram bonitas e se apresentaram elegantemente trajadas. Mas, como uma teria de ser a eleita, a preferência recaiu num broto de cinco anos apenas, a loura Maria Marta Serrano Fernandes, que chorou ao receber a notícia e terminou indo para casa sem ter sentado no trono e recebido a coroa das mãos da Miss Brasil, que foi uma das maiores atrações da festa. Antes de ser iniciado o desfile, o cronista Antônio Carlos23, que serviu de mestre de cerimônias, convidou para tomar lugar à mesa do júri os seus componentes: senhoras Ana Maria Carvalho Sá, Julieta Moniz Barreto, Luci Carvalho e Rosa Levita; senhorinhas Marlene Beatriz Maia Dias e Nora Silva Costa; senhores Genaro Carvalho, Luiz Monteiro da Costa, Kleber Pacheco, Bráulio Xavier Filho e deputado João Carlos Tourinho Dantas. Seguiu-se a apresentação das candidatas, em vestido de passeio e, logo depois, em traje esporte. O público aplaudiu com grande entusiasmo todas as candidatas, sendo que as menores tinham sempre a preferência das palmas. Depois do último desfile, a comissão julgadora escolheu como semifinalistas Maria Célia Bastos Ribeiro, Cristina Stolter, Maria Fernanda Saback, Ângela Lemos Sampaio, Mônica Cook, Maria Lúcia Passo Cunha, Rita de Cássia Mercês, Márcia Venessa, Mônica de 23 Antônio Carlos era cronista social de A Tarde. 84 Tude, Martha Maria Serrano Fernandes, Grace Maria Soares e Regina Helena Lisboa. Notícias do Renot Uma garotinha loura, de cinco anos, chamada Marta Maria Serrano Fernandes, foi eleita, ontem, numa difícil competição, Miss Bahianinha 1964. O surpreendente da festa foi que a vencedora desfilou chorando de emoção, mas não quis ser coroada e foi embora para casa com a sua mamãe. Segundo soubemos, o júri ficou embaraçado para escolher as finalistas por que havia muita diferença de físico: umas garotas bem pequenas, outras já bem mocinhas. Mas parece que o resultado foi muito bem aceito e a festa teve sucesso, apesar de alguns senões. A segunda colocada foi Maria Célia Bastos Ribeiro, outra bonita garota, de 10 anos. O terceiro, quarto e quinto lugares, foram de Maria Lúcia Passo Cunha (uma das favoritas), Rita de Cássia Mercês e Maria Fernanda Saback Silva. Nessa mesma edição, Renot deixou a comprovação de que havia uma velada censura contra a Azulina, pois no segundo bloco identificou a Associação Atlética da Bahia apenas pelas duas letras iniciais, ao invés das três que compunham a sigla consagrada – AAB. Eis como ele deu a nota social, ainda sobre o assunto da Miss Bahianinha: Os salões da AA ficaram lotados por um grande público. A senhora Lomanto Júnior e filhos assistiram a festa desde o início, tendo o governador chegado ainda a tempo de assistir a parte final. Muitas senhoras elegantes lá compareceram e a garotada fez enorme claque. A presença da Miss Brasil, Ângela Vasconcelos, foi a atração da noite. Estava muito bonita. Também bonita e elegante a nossa Miss Bahia, Elvira Falcão. A Miss Brasil chegou às 18 horas e do aeroporto foi direto para a residência do casal Arnold Wildberger, onde fez alguns retoques na maquiagem e seguiu para a festa. PATRÍCIA MEDRADO Filha do sociólogo Adroaldo Medrado e de Eva Alice Summers Medrado, Patrícia nasceu em 26 de novembro de 1956, na capital baiana. Aos dez anos, a menina que jogava frescobol, com a tia Rose Summers, na praia da Pituba, bairro onde morava, foi matriculada, por incentivo dessa tia, na escolinha de tênis da Azulina. Sob a supervisão do professor Evaldo Silva, logo demonstrou talento e determinação ímpares, passando a competir pela Associação em diversos torneios. Em 85 1970, já residindo no bairro do Rio Vermelho, estreou no Campeonato Brasileiro Infanto Juvenil e no ano seguinte, aos 16 anos, em Joinville, Santa Catarina, tornou-se campeã brasileira nesta categoria. A partir daí, sua estrela passou a brilhar cada vez com maior intensidade. Em 1972, no Campeonato Sul-Americano Juvenil, realizado em Belo Horizonte, sagrou-se campeã em duplas e vice-campeã em simples. Ainda nesse ano, em Santos, é campeã por equipe do Torneio Banana Bowl. No ano seguinte, nesse mesmo torneio, torna-se campeã individual e passa a ser jogadora titular da equipe brasileira no Fed Cup, que é a “Taça Davis” da categoria feminina. O ano de 1974 é muito significativo, pois Patrícia se torna campeã brasileira adulta e se transforma na tenista número 1 do ranking brasileiro, onde permaneceria por onze anos consecutivos. Também em 1974 conquistou os primeiros títulos fora do Brasil: campeã de duplas no Torneio Orange Bowl (EUA), campeã simples no Liverpool Open Championship (Inglaterra) e campeã simples no Scottish National Championship (Escócia). No ano seguinte, conquistou a Medalha de Prata nos Jogos Pan-Americanos do México, foi campeã no Fort Myers Tournament (EUA) e no Inmortal Gerona (Espanha). Em 1976 conquistou na Espanha o Aberto de Valência. Em 1977, em busca de melhores oportunidades para a carreira profissional, deixou Salvador e foi residir em São Paulo. Durante 15 anos, Patrícia Medrado obteve inúmeros títulos no circuito profissional. Suas melhores marcas no ranking mundial foram a 48ª posição individual e a 9ª em dupla, quando formou parceria com a paulista Cláudia Monteiro. Foi cinco vezes (1977/1978/1980/1982/1983) campeã do mais famoso torneio internacional realizado no Brasil, a Copa Santista. Depois do fenômeno Maria Esther Bueno, Patrícia Medrado foi a mais importante tenista que o Brasil colocou no circuito internacional, sendo a brasileira que mais tempo permaneceu na elite do tênis mundial24. Enfrentou todas as tenistas do top de linha, de várias gerações, tais como Billie Jean King, Chris Evert, Martina Navratilova, Steffi Graf e Gabriela Sabatini. O sucesso e a experiência levaram a tenista brasileira a ser uma das diretoras da WTA (Women’s Tennis Association) no biênio 19871989. Findo o mandato na entidade que defendia os interesses das 24 Embora no ranking instituído pela WTA a sua melhor posição (48ª posição, obtida em julhoagosto de 1982) tenha sido superada pela gaúcha Niege Dias (31º lugar, alcançado em dezembro de 1988), no cômputo geral Patrícia Medrado foi a tenista brasileira da melhor performance nacional e internacional após a era Maria Esther Bueno. 86 tenistas profissionais25, encerrou a carreira nas quadras e iniciou outras atividades, todas ligadas ao tênis, também com igual êxito, como treinadora, palestrante e empresária. Fundou e dirige o Instituto Patrícia Medrado, sediado em São Paulo. OLIMPÍADAS INTERNAS Transformada numa verdadeira fábrica de atletas, a Associação capacitou-se à realização de uma olimpíada interna. As disputas seriam mais uma fonte reveladora dos valores para a formação das equipes que participavam de competições externas. E a primeira grande olimpíada foi concebida no Ano do Cinquentenário. Eis como o jornal A Tarde, na edição do dia 3 de outubro de 1964, tratou do assunto: Olimpíada Interna Organizada pelo senhor Osiel Mattos, em conexão com a presidência do clube, a Associação Atlética da Bahia promoverá importante Olimpíada Interna para o seu quadro social, que desde já começa a monopolizar a todos os amantes do esporte amador. O livro de inscrição, no Bar do Clube, vem tendo uma aceitação fabulosa, daí porque muito prometem as Olimpíadas da Azulina. Portanto, a ideia da Olimpíada do Cinquentenário foi fruto do idealismo de um associado, Osiel Mattos, que visualizou a importância das competições internas. Pela notícia do jornal deduz-se que o começo foi de forma modesta, com inscrições no Bar do Clube. Mas, o sucesso garantiu a continuidade do grande evento esportivo. Em 1979, ano do 65º aniversário de fundação, na gestão do presidente Nilton Silva, realizou-se a V Olimpíada Azulina. Os jogos foram disputados durante o mês de outubro, em nove modalidades: futebol de campo, futebol de salão (atual futsal), natação, polo aquático, tênis, tênis de mesa, vôlei, basquete e judô. Os atletas foram agrupados em oito equipes, que obtiveram a seguinte classificação: 1º lugar - Bandeira Preta, com 331 pontos; 2º lugar - Bandeira Branca, com 320 pontos; 3º lugar - Bandeira Verde, com 261 pontos; 4º lugar - Bandeira Amarela, com 258 pontos; 5º lugar - Bandeira Azul, com 229 pontos; 6º lugar Bandeira Azul Clara, com 211 pontos; 7º lugar - Bandeira Vermelha, com 195 pontos; 8º lugar - Bandeira Cinza, com 179 pontos. 25 A WTA, o equivalente feminino da ATP (Association of Tennis Professionals), foi fundada em 1973, pela legendária Billie Jean King. 87 Os campeões da V Olimpíada Fonte: Revista Nº 35, 1979 Futebol Infantil Bandeira Verde: Danilo Marcelino, Marcos Valente Santos, Carlos Faria Costa, Sérgio Carvalho Furtado, Paulo Emílio Torres, Glauco Gaudenzi, Ramaiana Fraga, César A. Valverde, Paulo Pita Gondim, Roberto Duplat Paiva, Antônio Fernando A. das Neves e Carlos Fernando Abreu Filho. Futebol Juvenil Bandeira Azul Clara: Marcelo A. Carvalho, Cláudio B. da Fonseca, Leslie Scott, Bruno da Cruz Oliveira, Luciano de Aguiar Lisboa, Ciro Barbosa Cardoso, Maurício Albuquerque da S. Pereira, Carlos Eduardo de Oliveira, Lourenço Nascimento Neto e Mário de S. Bastos Neto. Futebol Adulto Bandeira Branca: Carlos Augusto Rosemberg de Oliveira, Paulo César D. Ribeiro, Jackson Alberto Carrera Peixoto, Carlos Garcia L. Filho, José Antônio G. Menezes, Harry Magalhães de A. Filho, Ruy Plessim Almeida, Jorge Luiz Mota Nunes dos Santos, Antônio Carlos Lessa, Paulo Roberto Stolze Vasconcelos e Raimundo Nunes Lisboa. Futebol Veterano Bandeira Amarela: Ari Toledo das Dores Júnior, Leonardo de Andrade Santos, Josemar Gantois, Jair Castelo Branco, Carlos A. Borba Pedreira, José Tavares Guimarães, Antônio C. Tavares Guimarães, Roberto Servino Rivas, Arnaldo Casaes, Pedro Paulo Brandão Caldas, Rui Araújo Goes e José Fernandes Maciel. Futebol de Salão Infantil Bandeira Azul Clara: Ernesto Costa Batista, Marcelo Costa Batista, Marcelo A. Oliveira Chamusca, José Carlos Magno, Francisco dos Santos Bahia e Luiz Alberto Figueiredo. Futebol de Salão Juvenil Bandeira Verde: Cláudio Cezare Pereira, José da Costa Oliveira, Marcelo Lima Novaes, Francisco José Seara, João C. Santos Rocha, Carlos Roberto S. Lacerda, Paulo Sérgio R. Gonçalves, Luiz Carlos Duplat, Hildegardo Belém, João Freire, Paulo Sérgio Guimarães, Maurício Costa e Antônio Miranda. Futebol de Salão Adulto Bandeira Azul Clara: César Marianetti Braga, Ney de Souza Gavazza, Octávio Vasconcelos Neto, Gutemberg de Jesus Brito, Walter Lopes Teles, Lourival Barbosa Neto e Herval Odilon Chagas. 88 Futebol de Salão Veterano Bandeira Branca: Boris Kotler, José A. Fontes Ribeiro, Antônio Carlos Mattos, Serapião Lima Queiroz, Adroaldo Abreu de Oliveira, Terry Andrade, Carlos Alberto Gonçalves, Fernando Chagas e Mário Bahia. Pólo Aquático Bandeira Verde: Carlos Winston Marques, Eno Meirelles, Gui Sampaio, José Araújo, José Coutinho, Serafim Piñon, Gerson Araújo. William Almeida e Ari Ulm. Basquete Infantil Masculino Bandeira Azul: Marcelo Ferreira, José Abade, José Sobreira, Fernando Del Rey, Paulo Ribeiro, Hermes Padilha, Josanias Fonseca, Josué Fonseca, André Fonseca e Mário Augusto. Basquete Juvenil Masculino Bandeira Verde: Fernando C. Chagas Filho, Luiz Silva, Mário Matos, Antônio Silva, Fúlvio Guimarães, Abílio Coutinho Filho, Luiz Henrique Silva, Jorge Ricardo Dau e Fernando Villas Boas. Basquete Adulto Masculino Bandeira Amarela: Bruno Jardim, José Rui, Miguel Argeu, Pedro Paulo, Cid E. Meireles, Felix Abreu, Arnaldo Casaes, Jair Castelo Branco, Roberto Rivas, Ari Toledo e Rui Goes. Basquete Feminino Bandeira Branca: Kátia Falcão, Eliana Lima, Cíntia Almeida, Sílvia Carvalho, Aurita Farias, Amélia Almeida, Ana Cristina Tude, Itana Meirelles e Rita Reis. Vôlei Juvenil Masculino Bandeira Preta: Ildázio Marques, Márcio Oliveira, Antônio Luiz, Rui Santos, Fernando Cosenza, Roberto Silva, Otávio Nolasco, Maurício Magalhães, João Bernardo da C. Neto, André Silva, Carlos José Dória e Márcio Braga. Vôlei Adulto Masculino Bandeira Azul Clara: Rafael Gondim, Otávio Barata, Marcus Tadeu, Luiz Alberto Najar, Otávio Vasconcelos, César Marianetti, Herval Chagas, Alberto Florêncio, Gutemberg Pinto, Luiz C. Carvalho, Fernando Almeida, Guilherme Dantas e Waldeni Moura. Vôlei Feminino: Bandeira Branca: Rita Reis, Sílvia Carvalho, Amélia Almeida, Eliana Dumet, Aurita Farias, Glauce Dias, Eliana Lima, Ana Cristina Tude, Kátia Falcão, Itana Meirelles e Cíntia Almeida. Natação Infantil Feminino 50 metros nado livre/Bandeira Amarela: Patrícia Ferreira Pinto de Abreu. Revezamento 4x50/ Bandeira Amarela: Patrícia Ferreira Pinto de Abreu, 89 Vera M. Alegre, Iara e Ana. Natação Infantil Masculino 50 metros nado livre/Azul Clara: Sinval Rodrigues Felizardo Júnior. Revezamento 4x50/Bandeira Preta: Fábio Albiani Barata, Daniel Barata, Leonardo Vilela e Afonso Henrique. Natação Juvenil Feminino 50 metros nado livre/Bandeira Amarela: Sandra Cavalcanti Ferreira. Revezamento 4x50/ Bandeira Azul: Mônica Oliveira Diniz Gonçalves, Martina Herta Gundlach, Márcia e Arlinda. Natação Juvenil Masculino 50 metros nado livre/Bandeira Azul: Sílvio Menezes Júnior. Revezamento 4x50/Bandeira Azul: Sílvio Menezes Júnior, Jorge Tannus Simões, Pablo e Antônio. Natação Adulto Feminino 50 metros nado livre/Bandeira Cinza: Neuza Pretti Menezes. Natação Adulto Masculino 50 metros nado livre/Bandeira Verde: José de Oliveira Costa. Revezamento 4x50/Bandeira Branca: Jackson Peixoto, Harry Magalhães, Pedro Stolze e Carlos Augusto Oliveira. Tênis Infantil Masculino Simples Bandeira Verde: Danilo Marcelino. Tênis Infantil Feminino Simples Bandeira Preta: Aline Oriá. Tênis Juvenil Masculino Simples Bandeira Preta: Marco Ulm. Tênis Juvenil Feminino Simples Bandeira Amarela: Vânia Meirelles. Tênis Adulto Masculino Simples Bandeira Amarela: Rômulo Valadares. Tênis Adulto Feminino Simples Bandeira Preta: Gilca Ramalho. Tênis Veterano Masculino Simples Bandeira Preta: Armando Francisco Aragão. Tênis Infantil Masculino Dupla Bandeira Cinza: Samir Daiha e Marcelo Miranda. Tênis Infantil Feminino Dupla Bandeira Preta: Aline Oriá e Luciana Silva. Tênis Juvenil Masculino Dupla Bandeira Preta: Marco Ulm e Névio Santiago. 90 Tênis Juvenil Feminino Dupla Bandeira Azul Clara: Ivana Meirelles e Cristina. Tênis Adulto Masculino Dupla Bandeira Branca: Paulo Serrano e Paulo Sena. Tênis Adulto Feminino Dupla Bandeira Verde: Marlene Rubeiz e Noelma Alves. Tênis Veterano Masculino Dupla Bandeira Preta: Armando Francisco Aragão e Lélio Pomaro. Tênis de Mesa Infantil Masculino Simples Bandeira Cinza: Luiz Augusto Menezes. Tênis de Mesa Infantil Feminino Simples Bandeira Preta: Aline Oriá. Tênis de Mesa Juvenil Masculino Simples Bandeira Amarela: Sílvio Liberato. Tênis de Mesa Juvenil Feminino Simples Bandeira Azul: Luciene Kelsch. Tênis de Mesa Adulto Masculino Simples Bandeira Verde: Newton Azevedo. Tênis de Mesa Adulto Feminino Simples Bandeira Azul: Sílvia Menezes. Tênis de Mesa Veterano Masculino Simples Bandeira Vermelha: Raimundo Cardoso. Tênis de Mesa Infantil Masculino Dupla Bandeira Cinza: Samir Daiha e Luiz Alberto P. Menezes. Tênis de Mesa Infantil Feminino Dupla Bandeira Preta: Aline Oriá e Luciana Silva. Tênis de Mesa Juvenil Masculino Dupla Bandeira Azul: Gustavo Meirelles e Eno Meirelles. Tênis de Mesa Juvenil Feminino Dupla Bandeira Azul: Luciene Kelsch e Márcia Mamede. Tênis de Mesa Adulto Masculino Dupla Bandeira Verde: Newton Azevedo e Ricardo Maia. Tênis de Mesa Adulto Feminino Dupla Bandeira Verde: Marlene Rubeiz e Noelma Alves. Tênis de Mesa Veterano Masculino Dupla Bandeira Azul Clara: Mário Seixas e Hemar Barata. Judô Infantil Bandeira Cinza: Eraldo Melo e Paulo Guimarães. 91 Na edição número 35 da revista da Associação Atlética da Bahia, coordenada por Fernando Protásio, encontra-se o texto abaixo, que resumiu o que foi a Olimpíada de 1979: Da idealização ao planejamento, do planejamento à execução, da empolgação inicial do desfile às competições, vivemos a V Olimpíada Azulina como parte dos festejos pela passagem do 65º aniversário de fundação da nossa Associação Atlética da Bahia. Equipes ganhando, equipes perdendo, um muro de lamentações com choro dos perdidos e um arco-íris de ilusões nas alegrias das arrebatadoras vitórias. A V Olimpíada atingiu, sobretudo, a sua maior finalidade e já nos primeiros resultados sentia-se no bojo das emoções o espírito altamente competidor de uma geração flamante, que, contrastada e unida, exteriorizava o fulgor e a virtuosidade de todo um quadro social. As oito Bandeiras se nivelaram e cada qual, com seus responsáveis, uns mais interessados e ativos que outros, batalharam por resultados positivos e favoráveis. Enfim, a Quinta Olimpíada Azulina foi um sucesso. Além dos jogos da V Olimpíada, o 65º aniversário foi assinalado por um Torneio de Biriba, que, num clima de uma verdadeira olimpíada, reuniu 18 duplas: Ari e Felícia Toledo; Áurea Bezerra e Ana Maria Moraes; Carlos e Zezito Maciel; Carmem Cury Braga e Carmem Maciel; Hélio Oliveira e Luiz Aragão; Hermes Nascimento e Dilson Moreira; Inaiá Setenta e Maria do Amparo Dória; Lucy Paiva e Maria José Silva; Maria Lúcia Sarno e Maria de Lourdes Café David; Mayra Setenta Barbosa e Maria Regina Correia; Nailton Ainsworth e Mário Seixas; Raul M. Pinto e Fernando Chagas; Roberto Rebouças e Antônio Carlos Lins; Silvinha Rebouças e Denise Chagas; Sisi Borges e Lourdes Pereira; Virgínia Reis e Elizabete Nogueira Goes; Wandira Teixeira e Valdir Pita; Zulmira R. Cavalcanti e Aidil Ainsworth. Após 153 partidas, disputadas no período de três semanas, subiram ao pódio as seguintes duplas: Silvinha Rebouças e Denise Chagas, em primeiro lugar; Hélio Oliveira e Luiz Aragão, em segundo; Carmem Cury Braga e Carmem Maciel, em terceiro. AS FESTAS PELO 65º ANIVERSÁRIO Destacando que o mês de outubro, além da Olimpíada e do Torneio de Biriba, foi também de grandes festas de salão. Sob o título “O mês foi todo de festas”, a revista da Associação publicou o seguinte: 92 Um clube esportivo por excelência, a AAB também não se descuida da sua parte social, pois entende que os freqüentadores diários, que são inúmeros, merecem sempre um máximo de divertimento e lazer. Com uma concentração assídua de associados, distribuída nas mais diversas faixas etárias, emoldurando e movimentando as suas programações e atividades, a Azulina procurou durante o mês de outubro atender a todos os gostos, entremeando uma parte social tradicional com uma virtualmente jovem. Como sempre, o clube cuidou de oferecer ao seu associado, um máximo de entretenimento, porque entende que suas dependências terão que dar lugar sempre ao movimento e à alegria. Um clube verdadeiramente sócio-esportivo, a AAB sente a responsabilidade de sua liderança e, por isso mesmo, se esmera com afinco, em ofertar, a quantos o prestigiam, uma verdadeira e salutar opção de divertimento. Vivendo em plena harmonia com seus sócios, a azulina é uma festa constante, um aniversário diário, e tudo isso dá, a nós todos, a condizente sensação de que estamos no clube em todos os momentos. Programação Dia 5 de outubro, sexta Noite de Seresta, com o famoso Gilberto Alves e o Conjunto de Carlos Lacerda26. Dia 6, sábado Grande Show do sambista João Nogueira e seu Conjunto. Dia 12, sexta Noite de Shows, com Hélio Costa, Vadinho do Violão e o cantor mexicano Hugo. Dia 13, sábado Noite de Festa, com a presença da virtuosa Ellen de Lima e do Conjunto de Toninho Lacerda.27 Dia14, domingo Boate Jovem, ao som de Crezo. Dia19, sexta Grande Festa, com o Conjunto de Carlos Lacerda. Dia 20, sábado Festa Tradicional, com a Orquestra do Maestro Vivaldo da Conceição. 26 Compositor, arranjador e consagrado pianista baiano, com vários discos gravados, o maestro Carlos Lacerda era dono de um conjunto que fazia apresentações em clubes sociais de Salvador, principalmente na Associação. Vítima de um infarto, faleceu na capital baiana, aos 44 anos, na noite de 12 de novembro de 1979. 27 Toninho Lacerda, que tocou durante vários anos na Buate Azulina, faleceu em circunstância idêntica ao irmão, o maestro Carlos Lacerda, de infarto, aos 40 anos, no dia 26 de julho de 1984. 93 Dia 26, sexta Festa Jovem, com o Conjunto Scorpius. Dia 27, sábado Grande Baile, com Ed Maciel e Sua Orquestra, da TV Globo, e o admirável Show com Os Originais do Samba. Dia 28, domingo Entrega dos prêmios da V Olimpíada Azulina, com Show do Grupo de Ginástica Rítmica do Minas Tênis Clube. No encerramento do mês dos 65 anos, a Associação realizou um grande jantar festivo, para a entrega do Troféu Bola Azul aos 61 destaques do ano anterior, nas cinco categorias do campeonato interno de futebol de campo. Os ‘Bola Azul’ da temporada de 1978 Fonte: Revista Nº 35, 1979 Dente de Leite Campeão: Koisa Paka Infantil Campeão: Koisa Paka Juvenil Campeão: BBC Adulto Campeão: Koisa Paka Veteranos Campeão: Veteranos de Calouros Melhores Jogadores Dente de Leite: Paulo César Monteiro, do Koisa Paka. Infantil: Marcelo Carvalho, do Koisa Paka. Juvenil: Washington Santana, do BBC. Adulto: Walter Lopes Teles Filho, do Traz os Montes. Veteranos: José Fernandes Maciel, dos Veteranos de Calouros. Seleção Dente de Leite Goleiro: Márcio Tanajura, do Koisa Paka. Lateral direito: Carlos Japiassú, do Ôpa. Zagueiro central: Sérgio Neder, do Koisa Paka. Quarto-zagueiro: Isaac Neto, do Koisa Paka. Lateral esquerdo: Humberto M. Farias, do Ôpa. Médio-volante: Marcelo Alencar, do Koisa Paka. Meia-armador: Sérgio Figueiredo, do Koisa Paka. Meio-campo: Péricles Chamusca, do Ôpa. 94 Ponta-direita: Mauro Fernandes, do Koisa Paka. Centroavante: Paulo César Monteiro, do Koisa Paka. Ponta-esquerda: Luiz Carlos Vasconcelos, do Ôpa. Seleção Infantil Goleiro: Marcelo Carvalho, do Koisa Paka. Lateral direito: Sérgio Magalhães, do Koisa Paka Zagueiro central: José Renato, do Koisa Paka. Quarto-zagueiro: Luciano Lisboa, do Koisa Paka. Lateral esquerdo: Marcos A. Neder, do Estilo Próprio. Médio-volante: Luiz Fahel, do Koisa Paka. Meio-campo: José Fernandes, do Estilo Próprio. Ponta-direita: Jorge Luiz, do Koisa Paka. Centroavante: Talo Verde, do Koisa Paka. Ponta-esquerda: Jorginho, do Koisa Paka. Seleção Juvenil Goleiro: Moacir Melo, do Encogil. Lateral direito: Washington Santana, do BBC. Zagueiro central: Manteiga, do BBC. Quarto-zagueiro: não identificado Lateral esquerdo: Louro, do BBC Meia-armador: Niltinho, do BBC Meio-campo: Kita, do BBC. Ponta-direita: Abílio, do Encogil. Centroavante: não identificado Ponta-esquerda: Duda, do Koisa Paka. Seleção Adulto Goleiro: Guto, do Internacional. Lateral direito: Paulo César, do Koisa Paka. Zagueiro central: Walter Lopes Teles Filho, do Traz os Montes. Quarto-zagueiro: Isaac Neto, do Koisa Paka. Lateral esquerdo: Zé Antônio, do Koisa Paka. Meia-armador: Fominha, do Koisa Paka. Meio-campo: Sinval, dos Internacionais Ponta-direita: Paulinho, do Koisa Paka. Centroavante: Jackson, do A. Portela. Ponta-esquerda: Toinho, do Koisa Paka. Seleção Veteranos Goleiro: Lula, do Metrô Lateral direito: Brandão, do Metrô. Zagueiro central: Enock, do Politintas. 95 Quarto-zagueiro: José Fernandes Maciel, dos Veteranos de Calouros. Lateral esquerdo: Zago, do Metrô. Médio-volante: Arnaldo Casaes, dos Veteranos de Calouros. Meia-armador: Matos, do Politintas. Ponta-direita: Nelson Cazumbá, dos Veteranos de Calouros. Centroavante: Araújo, do Nardini. Ponta-esquerda: Carioca, do Politintas. CONQUISTAS MÚLTIPLAS São numerosos os títulos que a Associação conquistou no basquete e no vôlei, em campeonatos e torneios na Bahia e fora do Estado, em várias categorias. Dentre outros feitos, entrou para os anais da sua história a equipe de vôlei adulta campeã baiana de 1977, que na campanha de 1978 conquistou o bicampeonato de forma invicta, utilizando os seguintes atletas: Alberto F. da Silva Júnior, Athanásio M. Domingues, Carlos Eugênio Mattos Yuns, Ernor Flamarion, Humberto Barbosa Alcântara, Jackson Alberto Carrera Peixoto, Luciano José Bittencourt, Mário César Vieira Marques, Rafael Ribeiro Gondim e Wellington Villas Boas Fernandes. Em função também do destaque nas competições do tênis amador28, tanto no masculino como no feminino, que traziam disputas nacionais para Salvador, e pela excelência de suas quadras, a Associação Atlética da Bahia foi incluída no circuito da Copa Itaú de Tênis Internacional, o mais importante certame tenístico profissional realizado no Brasil, que pela primeira vez teria a Bahia como sede de uma das oito etapas. Oficializada pela ATP (Association of Tennis Professionals), os jogos da Copa Itaú valiam pontos para o ranking mundial, advindo daí a sua grande importância. Assim, de 4 a 9 de setembro de 1978, a Azulina foi palco da quinta etapa, com memoráveis jogos envolvendo 30 tenistas, com os 12 melhores brasileiros e 18 astros estrangeiros: Andrés Molina (Argentina), Armando Cornejo (Chile), Carlos Alvarado (Bolívia), Carlos Feldstad (Chile), Carlos Gomes (Colômbia), Carlos Lando (Argentina), Charles Fancult (Austrália), Chin Fischer (Estados Unidos), Emilio Montano 28 Sobre os tenistas que mais se haviam destacado na Associação, deixando de lado a hors concours, Patrícia Medrado, o jornal A Tarde, edição de 15 de outubro de 1979, fez o seguinte registro: “José Carlos Brito Dória, o Boréu, atleta desde que nasceu, Enéas Costa, Jorge Abreu Nogueira, Cristiane Brito e as irmãs Meirelles – Vânia, Tânia, Ivana e Itana, encheram a Azulina de troféus e medalhas”. 96 (México), Gustavo Tibert (Argentina), Javier Restrepo (Colômbia), Max Hurliman (Suiça), Modesto Vazquez (Espanha), Nick White (Estados Unidos), Paul Van Min (Holanda), Peter Gerards (Holanda), Ricardo Cano (Argentina) e Steve Whitehead (Estados Unidos). Os representantes do Brasil foram: Carlos Kyrmair, Cássio Motta, Celso Sacomandi, Fernando Gentil, Givaldo Barbosa, Ivan Kley, João Soares, Júlio Goes, Luiz Felipe Tavares, Marcos Hocevar, Ney Keller e Riger Guedes. O argentino Ricardo Cano foi o campeão, tendo perdido em todo o certame apenas um set, para o brasileiro João Soares, na semifinal. Na grande final, venceu outro brasileiro, Cássio Motta, por 7-5 e 6-3. Além de conquistar a etapa de Salvador, Cano assumiu a liderança da III Copa Itaú, que tinha os seguintes vencedores das etapas anteriores: Carlos Alberto Kyrmair (Curitiba e Uberlândia), Ricardo Cano (Porto Alegre) e Cássio Motta (Rio de Janeiro). A sexta etapa seria em Ribeirão Preto, São Paulo. A Associação constituía-se também numa potência na natação infantil e juvenil, participando de diversas competições nacionais e conquistando importantes triunfos. Para que se tenha uma ideia da grandeza do clube, basta citar a seguinte matéria publicada em A Tarde, edição de 23 de outubro de 1978: A Associação Atlética da Bahia confirmou a condição de melhor equipe da natação baiana e conquistou o título de campeã juvenil, com 320 pontos, enquanto o Iate Clube da Bahia fez 270 e a Associação Atlética Banco do Brasil apenas 181. Nesse campeonato, promovido pela Federação Baiana de Natação, a Associação, além de campeã geral, conquistou treze primeiros lugares, com duas quebras de recordes. As medalhas de ouro foram obtidas por oito nadadores, quatro da equipe masculina e quatro da feminina. Eis os azulinos que foram campeões baianos de 1978, na classe juvenil: 200 metros, nado medley, feminino Martina Herta Gundlach (com recorde) 200 metros, nado medley, masculino Luiz Henrique Valverde 200 metros, nado livre, feminino Sandra Cavalcante Ferreira 200 metros, nado livre, masculino Luiz Henrique Valverde 97 100 metros, nado de costas, feminino Martina Herta Gundlach 100 metros, nado de costas, masculino Sérgio de Oliveira Costa (com recorde) 100 metros, nado borboleta, feminino Sandra Cavalcanti Ferreira 100 metros, nado borboleta, masculino Rogério Abude Eustáquio da Silva 100 metros, nado peito, masculino Sérgio Augusto Oliveira Costa 4x100 metros, nado livre, feminino Martina, Sandra, Carla e Simone 4x100 metros, nado livre, masculino Sérgio Costa, Luiz Valverde, Rogério Abude e Marcelo Lyra 4x400 metros, 4 estilos, feminino Martina, Sandra, Carla e Simone 4x400 metros, 4 estilos, masculino Sérgio Costa, Luiz Valverde, Rogério Abude e Marcelo Lyra Em 1979, a Azulina enviou sua equipe mirim para disputar em Belo Horizonte, na piscina do Minas Tênis Clube, o Troféu Globinho, certame interestadual que reuniu os grandes clubes do Brasil, onde venceu todas as provas masculinas individuais, conquistando quatro medalhas de ouro. Na capital mineira, o nadador José Luiz Fernandes Ganem foi o maior destaque, pois se sagrou campeão nos 50 metros nado livre, 50 metros borboleta e 50 metros nado de costas, sendo proclamado a figura máxima do torneio. Flávio Guerra Cardoso foi o campeão nos 50 metros nado peito, sendo também considerado como uma das promessas da natação brasileira. No total, a Associação conquistou sete medalhas, as quatro de ouro dos nadadores acima citados e mais duas de prata com Sandra dos Reis da Silva e no revezamento masculino de quatro estilos, com José Luiz Fernandes Ganem, Flávio Guerra Cardoso, Mauro do Nascimento de Almeida e Sérgio Augusto de Castro. Por último, conquistou uma de bronze, no revezamento 4x50 livres, com José Luiz, Flávio, Mauro e Leonardo Souza da Costa e Silva. No IV Concurso de Natação Mirim A e B, sob os auspícios da Federação Baiana de Natação, a Associação mostrou, mais uma vez, o seu domínio nas piscinas, pois das 24 provas realizadas, ganhou 19. Essa superioridade incrível da natação azulina, em relação aos demais 98 coirmãos baianos, era o reflexo da sua equipe de capacitados técnicos e professores da sua escolinha de natação. Um outro torneio anual, instituído pela Federação Baiana de Natação, foi em disputa do Troféu César Luiz Carvalho, reservado exclusivamente à participação de atletas estreantes em competições, com até 11 anos incompletos. Foi realizado pela primeira vez na piscina do Centro Espanhol, no Dia da Criança, 12 de outubro de 1978, com a participação de todos os filiados à FBN. Na segunda edição, tendo como sede a piscina da Associação Atlética Banco do Brasil, o torneio constou de 20 provas e, novamente, por larga margem de pontos, a vitória coube à Associação Atlética da Bahia. A escolinha de atletas da Azulina estava, nessa ocasião, composta por 55 promessas mirins: Adroaldo Rodrigues Neiva Filho, Alexandre de Araújo Sena, Alexandre Galvão de Oliveira, Alexandre Santos de Oliveira, Almir Ricardo Silva, Ângelo de Souza Castro Oliveira, Apio Aleluia de Freitas Júnior, Carlos André Ricci, César Ricardo Almeida Requião, Cláudia Maia de Freitas, Cláudio Floridia, Constança Pithon Pereira, Cristina Maia de Freitas, Cristine Moura Costa Soares, Daniel Maurício Cavalcante de Aragão, Daniela B. Cardoso, Daniela Ervedosa Franco, David Moreira M. da Silva, Fabiam Gomes da Silva, Francisco Henrique M. Dâmaso, Gina Leal Costa, Haroldo Francisco Burgos Neto, Henrique H. Nascimento Sampaio, Ivan Suarez y Martins, Jair Costa L. Júnior, João César C. Brito, João Martins da Silva Neto, Jorge Alexandre F. Canedo, José Senra P. Júnior, Karla Régis Galvão de Oliveira, Karla Schulz, Kleyton Negrão de Moraes, Lavine Lemos Cavalcante, Marcelo de Castro, Marcelo Werneck B. de Araújo, Marcelo Zelente Goes, Márcia Cardim de Lima, Márcio Luiz Echternacht, Márcio Rehm Botelho, Marcos Antônio de O. Rodrigues, Marcos Bulcão Nascimento, Maria Emília Nazaré de O. Costa, Mário Marques de Souza Filho, Nelida Maria F. Farias, Patrícia Ribeiro de Oliveira, Paulo Brito Bittencourt, Paulo Olímpio de Castro, Ricardo Forjaz, Ricardo Santos do Carmo, Rodolfo Araújo Goes, Sérgio Suares y Martins, Simone Cardim de Lima, Valdívio Coelho Neto, Vanessa Gil Alves Portugal e Wilson Marques Leão. Em 1979, a Associação também conquistou o campeonato baiano de natação infantil, que constou de 28 provas, sendo que, na contagem geral ficou com 469 pontos. Em segundo lugar ficou a Associação Atlética Banco do Brasil, com 428 pontos, em terceiro o Iate Clube da Bahia com 167 pontos e em quarto o Clube Espanhol com 16 pontos. Os campeões azulinos foram: 99 100 metros peito Marcelo Gomes Santos. 100 metros livres Marcos do Nascimento de Almeida. 100 metros costas Marcos do Nascimento de Almeida. 200 metros medley Clóvis José Costa Lima Agra. Revezamento 4x100 livre A Marcos do Nascimento de Almeida, Gilberto José, Armando do Nascimento e Rogério Medrado Maia. Revezamento 4x100 livre B Marcelo Almeida, Sinval Rodrigues Felizardo Júnior, Cristiano Soares Pazos e Clóvis José Costa Lima Agra. Revezamento 4x100 livre Sandra Soares Pazos, Simone Felizardo, Yara Maria e Patrícia Britto. Revezamento 4x100 em 4 estilos Patrícia Britto, Yara Maria, Simone Felizardo e Sandra Pazos. Os quatro principais nadadores da Associação, fecharam o ano de 1979 com um invejável cartel de conquistas. No masculino, o grande campeão chama-se Sérgio de Oliveira Costa, que no dia 6 de junho de 1971, aos sete anos, competiu pela primeira vez defendendo a Azulina. Em oito anos de competições, nadou 364 vezes, tendo conquistado 302 medalhas, assim distribuídas: 218 de ouro, 58 de prata e 26 de bronze. Bateu 53 recordes, dos quais quatro foram brasileiros. O segundo lugar era ocupado por seu irmão, José de Oliveira Costa, com um total de 200 provas disputadas pela Associação, também em oito anos. No feminino a recordista era Mônica Diniz Gonçalves, que começou a competir aos oito anos, em 25 de setembro de 1971. Nadou 360 vezes, obtendo 274 medalhas em provas individuais, com 125 ouros, 85 prata e 64 bronze. Bateu 35 recordes. No segundo lugar encontrase Maria Amélia Teixeira de Almeida, que começou a competir em 6 de maio de 1972. Em 341 disputas, conquistou 214 medalhas: 69 de ouro, 83 de prata e 62 de bronze. Estabeleceu 18 recordes regionais. CLUBE SOCIAL E ESPORTIVO COMPLETO Ao assumir o comando do clube, em 1971, o presidente Nilton Silva o fez com um plano de ação para complementar e consolidar o 100 prestígio da Associação como clube social completo e como grande difusora das práticas desportivas, em todas as faixas etárias. Para as crianças existiam escolinhas que funcionavam de terça à sexta-feira, para desenvolvimento das vocações nos seguintes esportes: natação, tênis, basquete, vôlei, artes marciais e ginástica rítmica, verdadeiras fábricas de campeões, donde o exemplo mais notável foi a tenista Patrícia Medrado. Com Nilton Silva, a Associação chegou ao seu limite máximo, tornandose, na acepção da palavra, um clube completo, estruturado da seguinte forma: Complexo Esportivo • Quatro piscinas; • Ginásio poliesportivo coberto, com arquibancadas, cabines para a imprensa, vestiários e sanitários; • Quatro quadras de tênis, com iluminação para jogos noturnos; • Quadra polivalente aberta; • Campo de futebol gramado, com arquibancadas e iluminação para jogos noturnos; • Alojamento para 40 atletas e 20 apartamentos para dirigentes das delegações visitantes; • Posto médico com ressuscitador, oxigênio e aparelhado para pequenas cirurgias emergenciais; • Salão de musculação, com vários equipamentos, inclusive o Nautilus, único no Estado; • Salão polivalente para ginástica rítmica, balé, dança, jazz, etc. • Salão para sinuca e tênis de mesa; • Salão para jogos de cartas; • Parque infantil. Complexo Social • Salão nobre, para bailes e recepções; • Rinque para festas e danças ao ar livre; • Salão aberto para pequenas festas; • Boate/discoteca. Complexo de Serviços • Três bares; • American-bar; • Bar-sorveteria sob a laje do rinque; • Churrascaria; • Restaurante convencional; • Restaurante executivo; 101 • Salão de beleza; • Barbearia; • Saunas, seca e a vapor. Plantonistas • Três médicos; • Três enfermeiras; • Dois massagistas; • Quatro salva-vidas nas piscinas. Administração • Uma casa para os serviços da Diretoria; • Uma casa para os serviços da Secretaria. No final de 1979, o quadro social estava formado por 10.398 associados, que adicionados os dependentes, davam um total de 27 mil pessoas. A frequência nos fins de semana (sexta, sábado e domingo) e feriados, variava entre 1.500 e 2.000 pessoas diariamente nas dependências do clube, que funcionava ininterruptamente nos três turnos, matutino, vespertino e noturno. Somente permanecia fechado por poucas horas, na madrugada. Dizia-se que era um clube que dormia muito tarde, por causa dos boêmios, e que acordava muito cedo, por causa dos atletas. E para atender tamanha movimentação, o quadro de pessoal chegou a ter 198 empregados fixos, fora a mão de obra temporária. EVALDO E PEDRO, PROFESSORES DE TÊNIS O ex-campeão baiano de tênis, Evaldo Silva, teve o seu nome inscrito na história da Associação como professor. Durante muitos anos, comandou a Escolinha de Tênis, reveladora de inúmeros talentos para o tênis recreativo e competitivo. Além de professor da Associação, foi técnico da Federação Bahiana de Tênis. Por suas mãos, passaram as maiores estrelas que a Azulina teve, tais como Enéas Costa, Jorge Abreu Nogueira, Boréu, Danilo Marcelino, Alfredo Americano da Costa, Patrícia Medrado, Cristiane Brito, Gilca Ramalho, as irmãs Meirelles (Vânia, Tânia, Ivana e Itana) e Sandra dos Reis da Silva, dentre outros. Pedro Silva, que não tem nenhum grau de parentesco com o mestre Evaldo, também foi outra legenda do clube. Baiano de Serrinha, nascido em 19 de janeiro de 1948, começou no tênis aos 12 anos, como pegador de bola no Bahiano de Tênis, onde também se iniciou como jogador. Em 1969, passou a defender a Associação, mas no ano 102 seguinte, voltou ao Bahiano como treinador de tênis. Mas ficou pouco tempo, pois no final de 1970 foi contratado pelo Sport Clube do Recife, como treinador e jogador. Depois de dois anos na capital pernambucana, Pedro retornou a Salvador com a missão de ser auxiliar-técnico do professor Evaldo, que comandava um programa de desenvolvimento do tênis na Associação. Voltou também a jogar pela Azulina, sendo o melhor tenista da Bahia de 1973 a 1987, tendo conquistado todos os campeonatos nesse período. Era o rei do tênis baiano, sem competidor à altura e sem abandonar a carreira de professor, que era a sua prioridade. Sobre os dois ícones do tênis baiano, no capítulo “A Versátil Patrícia”, páginas 284 a 299 do livro “O Tênis no Brasil, de Maria Esther Bueno a Gustavo Kuerten”, escrito por Gianni Carta e Roberto Marcher e publicado em 2004, Patrícia Medrado prestou o seguinte depoimento: Eu não saía das quadras da Associação. Tinha um professor, o Evaldo Silva. Lembro-me que eu tinha uma hora de aula com ele e, logo em seguida, ia para outra quadra treinar mais uma hora com Pedro Silva. O Pedro era mais um sparring, com ele eu batia bola. O Evaldo era quem me dava os toques. CAMPO DE FUTEBOL Embora fundado em agosto de 1916, depois, portanto, da Associação Atlética da Bahia, o Clube Bahiano de Tênis instalou sua sede em primeiro lugar e saiu também na frente na realização de festas de salão. Em contrapartida, a Associação foi o primeiro clube social de Salvador a ter um campo de futebol. O Campo da Associação, exclusivo para os associados, passou por diversas melhorias e sofreu até mudança de local dentro da vasta área do clube. Por não ter as dimensões oficiais, os jogos dos seus torneios internos eram normalmente com dez jogadores na categoria dos veteranos e nove jogadores no juvenil e adulto. Apenas nas categorias dente de leite e infantil o número podia ser o oficial, ou seja, onze jogadores de cada lado. Porém, mesmo em se tratando de um campo com dimensões fora do padrão do futebol profissional, o Esporte Clube Vitória utilizou-o para treinamentos especiais em 1953, com o objetivo dos jogadores aprimorarem suas habilidades em curto espaço e com marcação mais próxima dos adversários. Os treinos se constituíam em atrações para os associados, que podiam ver de perto as grandes estrelas do time que 103 seria campeão29 daquele histórico ano com a seguinte formação básica: Nadinho; Valvir e Alírio; Purunga, Gago e Joel; Tombinho, Quarentinha, Juvenal, Alencar e Ciro. O técnico era o argentino Carlos Volante. Para os associados masculinos, o campo de futebol constituíase no principal equipamento esportivo da Associação. O campeonato interno era tão movimentado e intensamente disputado, em suas várias categorias, que duas medidas tiveram de ser tomadas: a construção de arquibancadas e a instalação de refletores para permitir jogos noturnos, que eram realizados todos os dias. Para organizar e administrar os campeonatos, criou-se a Liga Interna de Futebol da Associação. Nas divisões de base, dezenas de jogadores foram revelados e ingressaram no profissionalismo, dentre eles Thirson, Lula, Julinho e Rubinho Chastinet. Na classe dos veteranos, desfilavam dezenas de exprofissionais de grande sucesso, tais como: Lacerda (Galícia), Matos30, que tinha sido ídolo no Vitória; Otoney31, que jogou no Bahia e no Vitória; Nadinho, Marito e Léo, campeões brasileiros de 1959, pelo Bahia; Ruy Tannus (Vitória), Cadilac (Vitória); Roberto Rebouças (Vitória e Bahia); Carlinhos Gonçalves (Vitória, Fuminense do Rio, Internacional de Porto Alegre, Galícia e Bahia); Carlinhos Andrade (Vitória e Bahia), Niltinho (Vitória e Leônico), José Fernandes Maciel (Ypiranga), Zequinha (São Cristóvão), Waltinho (Galícia), Medrado (Vitória); Lapão (Botafogo); Elizeu (Santos, Fluminense do Rio, clubes do exterior, Bahia e Vitória) e Nelson Cazumbá (Leônico e Bahia). O mais importante jogo no campo da Azulina ocorreu em outubro de 1978, no mês do 64º aniversário da Associação, entre a sua seleção de adultos e o Clube Federal do Rio de Janeiro, integrado por profissionais, com vários jogadores famosos, tais como Paulo César Cajú, Mário Sérgio, Gil (Búfalo Gil), Cláudio Adão e Carlos Alberto Pintinho. Os profissionais do Federal venceram por 2x1. ALGUNS PRESIDENTES INESQUECÍVEIS O sucesso da Associação, que de um modesto clube fundado 29 Depois do bicampeonato (1908-1909) conquistado no Estádio do Rio Vermelho, na era do futebol amador, o Vitória somente conquistaria o terceiro título de campeão baiano no Estádio da Fonte Nova, na era profissional, em 1953. Nunca foi campeão no Estádio da Graça. 30 Matos vestiu a camisa brasileira quando a seleção baiana representou o Brasil nos jogos contra o Chile, pela Taça Bernardo O’Higgins. Foi inclusive o autor do único gol brasileiro nas duas partidas, realizadas em 15 e 18 de setembro de 1957, ambas no Estádio Nacional de Santiago do Chile. Na primeira o Brasil perdeu por 1x0, na segunda venceu os chilenos também por 1x0, mas na prorrogação o Chile fez um gol e conquistou o troféu. 31 Otoney também jogou na seleção brasileira de 1957, nas duas partidas contra o Chile, pela Taça Bernardo O’Higgins. 104 por um pequeno grupo de rapazes, na sua maioria comerciários, transformou-se num clube esportivo e social de referência na Bahia, e colocado entre os melhores do Brasil, deve-se ao trabalho de muitos presidentes, que foram construindo e sedimentando uma trajetória de êxitos e de vitórias contra algumas crises que ameaçaram interromper a vida da entidade. Dentre os presidentes, sete são considerados como os mais marcantes na história da Azulina. 1. Henrique Conde (junho de 1921 a maio de 1922), responsável pelo arrendamento de um imóvel com extensa área, situado na Rua Barão de Itapuã, em setor das mais privilegiados no bairro da Barra, bem nas proximidades do Forte de Santa Maria, na praia do Porto da Barra. 2. Bernardino Madureira de Pinho (junho de 1922 a fevereiro de 1923), executor das melhorias no imóvel arrendado, um antigo palacete residencial, preparando-o para receber a sede, inaugurada em 15 de abril de 1923, que deu início às atividades sociais da Associação, já novamente sob o comando de Henrique Conde, que voltou à presidência do clube. 3. Archimedes Pires de Carvalho (abril de 1936 a setembro de 1937), adquiriu o imóvel, até então arrendado, dando a Associação a sua sede própria e fixando-a definitivamente no espaço nobre do bairro da Barra. Agência A Tarde 4. Noé Rodrigues Nunes (outubro de 1939 a junho de 1941), responsável pela construção (no local do antigo solar-sede, que foi demolido) da nova sede, projetada conforme os padrões dos melhores clubes sociais do país. Aí, começou, de fato, a fase do maior glamour da Azulina, que se inseriu definitivamente como clube da elite soteropolitana. 5. Fernando Corrêa Ribeiro A família Corrêa Ribeiro teve quatro irmãos de grande influência na Associação. O líder do clã, Fernando Corrêa Ribeiro, foi presidente em dois períodos: de 7 de fevereiro de 1933 até 29 de março de 1935 e de 21 de janeiro de 1942 até 30 de outubro 105 Agência A Tarde de 1945. No primeiro, retirou a Associação de uma grave crise ocorrida em 1932, que quase levou o clube à dissolução. Antes de exercer o segundo período, ele teve importantíssima participação na construção da nova sede social, inaugurada em 25 de janeiro de 1941. Depois do segundo mandato, a Associação teve na presidência um irmão de Fernando, Jorge Corrêa Ribeiro, também um benemérito do clube. Os outros dois irmãos foram Carlos Corrêa Ribeiro, que presidiu o Conselho Deliberativo, e Edgard Corrêa Ribeiro, conselheiro e diretor. 6. Carlos Coqueijo Costa Carlos Coqueijo Torreão da Costa nasceu em 5 de janeiro de 1924, na capital baiana. Sua mãe era pianista e o pai, médico Enéas Smith Torreão da Costa, tocava violoncelo. Cresceu numa casa frequentada por músicos, poetas, escritores, intelectuais, jornalistas e artistas plásticos, onde eram comuns os saraus musicais. Estudou violino no Instituto de Música da Bahia e também piano, órgão, escaleta, violão e bandolim. Enfim, um instrumentista múltiplo. Além disso, era maestro, cantor, compositor, poeta, cronista, jornalista, escritor e teatrólogo, sendo autor e diretor de peças. Como cinéfilo foi um dos fundadores e presidente do Clube de Cinema da Bahia. No Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira aparece como autor de 38 músicas. Formou parcerias com diversos compositores, mas o par mais constante foi o baiano Alcivandro Luz. Tem até uma música, Cantiguinha, feita com o poeta Carlos Drummond de Andrade, com quem mantinha correspondência sobre música. Teve músicas gravadas por importantes intérpretes, tais como Agostinho dos Santos, Luiz Vieira, Clara Nunes, João Gilberto, Fafá de Belém e Quarteto em Cy. Poliglota, dominava o inglês, francês, italiano e o espanhol. Formou-se em direito (1945), pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, e em filosofia (1955), pela Universidade Católica de Salvador. Foi professor da Faculdade de Direito e da Escola de Administração, ambas da Universidade Federal da Bahia. Depois, lecionou na Universidade de Brasília. Escreveu Direito Processual do Trabalho, livro que se transformou numa referência para professores, estudantes, advogados e juízes. Na presidência da Associação Atlética da Bahia, que exerceu por 106 quatro mandatos consecutivos de dois anos, de maio de 1956 a maio de 1964, notabilizou-se pela construção da primeira piscina semiolímpica da Bahia e pela implantação de uma intensa programação social, cultural e artística. Introduziu eventos literários, reuniões musicais semanais e criou a Orquestra da Associação, cujo comando entregou ao maestro Carlos Lacerda, seu parceiro em composições e tertúlias musicais. Promoveu inúmeros shows com renomados artistas nacionais, muitos deles seus amigos, e também com dezenas de baianos. Na presidência da Fundação Teatro Castro Alves, dentro da vocação empreendedora e com energia inesgotável, também fez uma administração dinâmica. Chamava a atenção para a Bahia com as encenações de importantes peças teatrais e apresentações de renomados artistas e grandes orquestras internacionais, dentre elas as de Henry Mancini e Quincy Jones. Orador eloquente, Coqueijo Costa exerceu a advocacia e na magistratura foi juiz e presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, com sede em Salvador. Em Brasília, foi ministro do Tribunal Superior do Trabalho, tendo sido corregedor-geral, vice-presidente e presidente no biênio 1984-1986. Logo em seguida, designado juiz do Tribunal Administrativo da Organização dos Estados Americanos – OEA, transferiu-se para Washington, capital dos Estados Unidos, onde residiu até pouco antes do falecimento. “O numeroso Coqueijo”, designação dada por Jorge Amado, morreu em Salvador, no dia 20 de janeiro de 1988, aos 64 anos, vitimado por uma infecção hospitalar contraída no Hospital Espanhol. O insigne magistrado baiano participou de dezenas de entidades, recebeu várias condecorações, inclusive do governo francês, e teve seu nome perpetuado em homenagens diversas. Em Campinas, São Paulo, o salão das reuniões do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região chama-se Plenário Coqueijo Costa. Em Sorocaba, também no interior paulista, existe a Rua Ministro Coqueijo Costa, localizada no bairro da Boa Vista. Também é nome de logradouro público na capital baiana, a Rua Ministro Carlos Coqueijo Costa, no bairro de Itapuã. A sede do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, em Salvador, recebeu o batismo de Fórum Ministro Carlos Coqueijo Costa, que abriga o Memorial Ministro Carlos Coqueijo Costa. O TRT5 instituiu a Comenda Ministro Coqueijo Costa, da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho da Bahia, nos graus Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador e Oficial. Existe ainda o Prêmio Jurídico Coqueijo Costa, criado pela Escola Judicial do TRT5, em conjunto com a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 5ª Região e da Associação Baiana dos Advogados 107 Acervo da AAB Trabalhistas. Na Associação Atlética da Bahia, o principal salão do clube foi designado Salão Nobre Ministro Carlos Coqueijo Costa. Carlos Coqueijo Costa é o segundo presidente com mais mandatos contínuos na presidência da Associação. Foram quatro, que totalizaram oito anos, de 1956 a 1964. 7.Nilton Silva Nilton Silva nasceu em Salvador, no dia 25 de dezembro de 1930. Formou-se em farmácia na Universidade Federal da Bahia. Foi professor, coordenador e vicediretor da Faculdade onde se diplomou em dezembro de 1954. Também trabalhou no Estado, como farmacêutico do setor de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde. Na juventude, Nilton jogou basquete no Clube Bahiano de Tênis, onde conheceu Maria José Hortélia Cordeiro de Almeida, também atleta, da equipe de vôlei desse clube e estudante de enfermagem na Universidade Federal da Bahia, com quem se casaria em 11 de dezembro de 1958. Tiveram seis filhos: Nilton Silva Filho, Luiz Henrique Cordeiro de Almeida Silva (Lula), Cristina, Luciana, André e Ana Cláudia, todos com o sobrenome Cordeiro de Almeida Silva. Com exceção de Ana Cláudia, os demais filhos foram destacados atletas da Associação: Niltinho e André jogavam futebol no campeonato interno da Associação, sendo que o primeiro somente não foi jogar no Fluminense do Rio de Janeiro porque o pai não deixou que se profissionalizasse. Cristina e Luciana defenderam a Azulina como jogadoras de tênis, sendo que a primeira, obteve o terceiro lugar no campeonato brasileiro quando estava com 12 anos. Mas, o grande destaque dos irmãos foi Lula, um triatleta, pois jogava basquete, tênis e futebol. Excursionou por dezenas de cidades brasileiras integrando as equipes da Associação. Tardiamente, e a contragosto do pai, aos 23 anos virou jogador profissional de futebol, no Vitória, donde se transferiu para o Internacional de Limeira (SP) e daí foi jogar no Itaperuna do Rio de Janeiro. Voltando a Salvador, o meiaponta de lança atuou pelo Galícia e no Bahia. Lula encerrou a carreira profissional aos 32 anos, no Peru, jogando no Defensor de Lima. Muito ligado ao futebol, Nilton Silva era conselheiro do Galícia Esporte Clube e na Associação o primeiro cargo foi de diretor de 108 futebol, na gestão de Pergentino Holanda, a quem sucederia em 1971 e permaneceria na presidência até 1984. Niltinho, como era chamado pelos amigos, foi o mais popular presidente da história do clube. Como antigo atleta, priorizou o setor de esportes, tendo a Associação vivido o período mais áureo na história de suas práticas desportivas, quer no âmbito interno, quer no externo. Sob o seu comando, a Associação firmou convênios com alguns dos mais importantes clubes do país, dentre eles o Paineiras e o Pinheiro, ambos de São Paulo, o Botafogo e o Federal, do Rio de Janeiro, o Sogipe, de Porto Alegre, e o Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte. O intercâmbio interestadual, com essas e outras agremiações, permitiam um intenso vai e vem de delegações nas mais variadas modalidades esportivas. Sempre havia uma equipe da Associação excursionando, jogando e competindo em outros estados. Com Nilton Silva a Associação ganhou centenas de títulos e troféus. Notabilizou-se ainda pela construção de um ginásio coberto multiesportivo, inaugurado em 1978, que o Conselho Deliberativo determinou que fosse denominado Ginásio Nilton Silva, palco de inúmeros jogos importantes de basquete, vôlei e futsal, apresentações de artes marciais, ginástica olímpica, patinação, dança rítmica, balé, festivais e outros tipos de promoções. As grandes festas, uma marca tradicional da Associação, continuaram e tiveram maior amplitude, pois saíram do espaço limitado dentro da sede social para os grandes shows no ginásio coberto ou na área externa do campo de futebol. Inúmeras bandas e cantores famosos, dentre eles o rei Roberto Carlos, foram atrações que deram espetáculos memoráveis. Uma outra marca de Nilton Silva foi a de concluir o trabalho do presidente Pergentino Holanda (1970-1971), sucessor de Jorge Diniz Gonçalves Beltrão, o último presidente da casta das famílias tradicionais. Pergentino foi quem iniciou a efetiva abertura do clube, que de um passado fechado, dominado pela elite social, passou a ser uma agremiação mais aberta, num processo concluído por Nilton Silva. A classe média tornou-se dominante e o clube permanentemente frequentado por milhares de pessoas nos fins de semana. O próprio presidente vivia o clube intensamente, todos os dias. Em sua casa, onde só chegava após a meia-noite, invariavelmente só fazia dormir, pois às sete horas saia para o trabalho no Banco Nacional do Norte, donde seguia diretamente para a Associação Atlética. Na verdade, no clube é que Nilton tinha a convivência com os filhos, todos 109 também assíduos nas dependências da Azulina, que se tornou uma extensão do lar da família Silva. Por causa do intenso envolvimento com a Associação, ele teve um problema com o diretor regional do Banco Nacional do Norte, donde Nilton foi gerente por doze anos, da agência localizada no Comércio. Talvez incomodado com o destaque do gerente, presença constante nos noticiários esportivos e nas colunas sociais dos jornais, um dia o superior hierárquico chamou-o para uma reunião e colocou-o na parede: “Você vai ter que se decidir, pelo banco ou pelo clube”. A resposta foi imediata, Nilton pediu demissão, pois a Associação estava em primeiro lugar. O diretor havia se esquecido que as contas mais importantes que o Banorte possuía em Salvador tinham sido conquistadas pelo prestígio pessoal do gerente e que parte do poder do Nilton se encontrava assentada na Associação, palco inclusive de relevantes contatos com empresários e pessoas influentes nos meios econômicos e sociais da Bahia. A notícia da saída do gerente provocou a migração das principais contas – que formavam a parte do filé e garantiam a lucratividade da agência –, para outros bancos, que na verdade eram muito mais importantes no ranking bancário do que o Banorte. Isso comprovou que a seleta clientela, formada por pessoas físicas e jurídicas, somente se encontrava nesse banco por causa do Nilton Silva, que inclusive era apontado como um dos mais atuantes gerentes da praça de Salvador. Ele era um aglutinador nato de pessoas e essa habilidade se constituía na chave do seu vasto sucesso, também como presidente da Associação. O “Presidente da Amizade” ou “Presidente da Simplicidade”, codinomes que ganhou dos associados, sofria de enfisema pulmonar, vindo a falecer aos 69 anos, de forma tranquila e serena, dormindo, no alvorecer do dia 7 de maio de 1999, na casa em que residia, na Rua Cônego José Loreto 1, bairro do Canela. Uma frase, de um associado não identificado, dita em 1978, no dia do aniversário do clube, serviu para definir a relação de Nilton Silva com a Associação: “O passado o reverencia, o presente o aplaude e o futuro o perpetuará”. Sábias palavras. Nilton Silva é o recordista de permanência contínua na presidência da Associação. Foram treze anos, de abril de 1971 até março de 1984. 110 HISTÓRIA DA TERCEIRA FASE 1983 - 2004 Primórdios do Declínio Penhoras do Patrimônio Improbidade Administrativa Recuperação da Imagem Administração Desastrosa A Volta de Ademar Prefeito Não Negocia Dívida 111 Nilton Silva, que presidiu a Associação por treze anos (1971-1984), construiu um ginásio coberto poliesportivo e popularizou o quadro social do clube, que passou a ser frequentado por milhares de pessoas nos finais de semana. (Foto: Acervo da AAB) 112 PRIMÓRDIOS DO DECLÍNIO No passado, disseminou-se pelo Brasil a cultura do não pagamento de impostos pelos clubes sociais, especialmente o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Ademais, havia a força dos clubes, principalmente daqueles que reuniam as pessoas da elite social, econômica e política. E muitas eram conselheiras e diretoras dos clubes, que lhes davam status social. Esses associados, muitos deles políticos e magistrados, com grande poder de influência, em todos os segmentos da sociedade, davam aos clubes a certeza de que não haveria a ostensiva cobrança judicial das dívidas com o erário público. Esse era o quadro básico da realidade dos clubes no país, os quais, munidos de uma aparente proteção, que garantia uma pretensa impunidade, não pagavam os impostos. Por outro lado, não havia da parte do poder público nenhum interesse em alterar esse status quo. Em resumo, os clubes não pagavam e o poder público não forçava as cobranças. Mas, os débitos não prescreviam, ficavam registrados na dívida ativa. E foram, ao longo de décadas, crescendo e ganhando proporções gigantescas, por conta das multas, juros, correções e outros expedientes monetários. Enfim, as dívidas chegaram a patamares que fugiam à capacidade dos clubes em efetuar os pagamentos. Mas, ninguém admitia a possibilidade de um prefeito permitir que o patrimônio de uma entidade sem fins lucrativos fosse levado à Justiça e à hasta pública por conta dos débitos volumosos. Se por ventura isso viesse a ocorrer, a consequência desaguaria num clamor muito grande e, certamente, numa campanha pública contra o algoz dos clubes, que estaria provocando a interrupção de serviços de utilidade pública, representados pela prática dos esportes, fontes reveladoras de atletas para o desporto nacional. Uma medida judicial, além de impopular, jogaria contra o chefe do executivo municipal uma legião de associados dos clubes importantes. Enfim, haveria o ônus do desgaste político que nenhum político teria coragem de enfrentar. No caso da Associação Atlética da Bahia, até a gestão do presidente Gustavo Maia (1954-1956), o clube manteve todos os pagamentos em ordem e sem qualquer dívida. A partir da gestão seguinte, o cumprimento de algumas obrigações com impostos, inclusive com o recolhimento das obrigações sociais, começaram a deixar de ser honrados. A bem da verdade, o clube arrecadava muito, mas também gastava muito. Afinal, a Associação tornara-se um gigante com ativa participação em competições esportivas na Bahia e noutros estados. E bancava sozinha 113 quase todas as despesas, pois as parcerias e patrocínios praticamente inexistiam. Além do contínuo fomento do desporto tinha a parte social, uma tradição que não podia ser desaquecida. As apresentações dos grandes cantores e conjuntos musicais, com cachês cada vez mais elevados, eram necessidades imperiosas. A parte patrimonial também era outro grande sorvedouro de recursos, ora na manutenção das instalações, ora nas ampliações e construções de novos equipamentos. Em suma, para manter o gigante em pleno funcionamento, exigindo cada vez mais dinheiro, o pagamento dos impostos deixou de ser prioritário, foi sendo deixado de lado, empurrado com a barriga, transferido para que a administração seguinte equacionasse o problema. Ademais, com a necessidade dos constantes investimentos na modernização do clube, a solução para fazer dinheiro, que subsidiasse as inovações e obras, foi a emissão dos títulos de Associados Remidos, vendidos entre os Associados Contribuintes. Essa prática teria reflexos na redução da arrecadação mensal, uma vez que ao se tornar Remido, o antigo Contribuinte ficava isento do pagamento das taxas mensais. E a queda na arrecadação foi se agravando mais ainda à medida que o clube foi perdendo frequentadores importantes durante a competição predatória promovida pelos condomínios residenciais, cada qual com um verdadeiro miniclube privativo. PENHORAS DO PATRIMÔNIO No Cartório do 1º Ofício de Registro Civil de Imóveis de Salvador, foi registrada a escritura da aquisição do primeiro imóvel da Associação Atlética da Bahia, adquirido em 27 de abril de 1937. Depois, esse patrimônio foi substancialmente enriquecido com a compra de treze imóveis vizinhos, nas ruas Barão de Itapoan e Cesar Zama, que, unificados, totalizaram uma área de 27.341,54m². Oficialmente, a crise na Associação se institucionalizou em 20 de maio de 1983, data do registro da penhora da sede do clube para garantia de dívida, por determinação do juiz da 1ª Vara da Justiça Federal na Bahia, conforme processo de execução fiscal promovido pelo Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas). Na sequência, foram ajuizadas mais 14 penhoras, conforme discriminativo abaixo: 114 Fonte: Cartório do 1º Ofício de Registro Civil de Imóveis de Salvador IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Como se não bastassem os problemas financeiros, as questões trabalhistas e os processos movidos pelos governos federal e municipal, que se avolumavam e comprometiam o patrimônio, seriamente ameaçado pelas penhoras, em 1988 eclodiu uma grave crise ao final da gestão do presidente Carlos Roberto Soares de Miranda, acusado pelo seu sucessor, Sinval Vieira da Silva Filho, de improbidade administrativa. Pela primeira vez na história da Azulina uma acusação de tal natureza foi imputada a um presidente. E foi oficialmente tornada pública através da revista da Associação Atlética da Bahia, na edição nº 49 (julho 1988), a primeira na gestão de Sinval Vieira, após quatro anos sem ser editada. Na primeira página foi publicada uma mensagem curta do presidente, nos seguintes termos: O associado tem que estar por dentro de tudo, desde os eventos até a sua parte financeira, porque a Diretoria não pode nem deve omitir ou dificultar informações ao associado, que é a razão de ser do clube. Essa introdução foi para justificar a entrevista, em quatro 115 páginas, que o vice-presidente administrativo-financeiro, Reginaldo Fontes (Régis), concedeu ao coordenador da revista, jornalista Fernando Protásio, com a participação de João Rubem Carvalho de Souza (Rubinho dos Carnavais), assessor especial da Presidência. Sob o título “Acreditem, é verdade”, o vice-presidente, sem meias palavras e de forma direta e contundente, lavou a roupa suja e revelou fatos que deixaram chocados inúmeros associados. Por outro lado, foi revelado que o clube se encontrava num momento crítico, que não era mais aquela Associação sólida de outrora. Eis a entrevista, reproduzida na íntegra. Revista – Tá todo mundo querendo saber. Como vai a nossa Associação Atlética? Régis – Veja bem Protásio, não é uma pergunta que se possa responder assim, de chofre. Vai bem, vai mal, isso é relativo e implica diversas considerações. Uma coisa eu lhe garanto: se Sinval não houvesse assumido, não sei não, acho que a vaca já teria morrido no brejo. A coisa tava feia. Estava bem pior do que imaginávamos. Revista – Bem pior como? Régis: Rubinho, você tem estado conosco e sabe mais ou menos a que estou me referindo. Mas, vou ser mais explícito. A impressão que tivemos logo que assumimos, depois transformada em verdade indiscutível, foi que nestes últimos quatro anos a Associação Atlética não teve administração, não foi gerida. Pelo menos não foi com competência e seriedade. Revista – Então o que se dizia era exatamente o contrário? Que havia um comando forte, que o clube era muito bem dirigido, etc. Régis – Nós sabemos que há uma diferença abismal entre o que se fazia e o que se dizia. Comando forte, pressupõe-se liderança, austeridade. Agora, tratar funcionários, sócios, fornecedores e até diretores e conselheiros aos berros, palavrões, com agressões verbais e até físicas, denota tudo: desequilíbrio, falta de princípios, falta de educação e de formação humanística, etc.. Tudo, menos seriedade, austeridade. Como se vê, uma coisa nada tem a ver com a outra. Revista – Isso me leva a uma outra pergunta: aquele slogan que dizia “Time que está ganhando não se muda”, também não correspondia à verdade? Régis – De jeito nenhum. Aquele slogan criado por algum imbecil, não passava da mais pura e deslavada balela. Coisa de campanha. Cabe perguntar: que time? Time, quer dizer grupo, elenco, conjunto, e isso não havia. O que havia, e todo mundo no clube ou fora dele sabe, era despotismo, era a imposição de uma pessoa completamente desqualificada para o cargo que exercia. Eu até diria mais, desqualificada para qualquer cargo. Time não havia mesmo e se havia era um time da 116 pior qualidade, que estava levando a Associação para um buraco sem tamanho, pois o que encontramos foi um clube afundado em dívidas, sem nenhuma credibilidade, literalmente arrasado financeira, moral e socialmente, onde imperava o desmando, a prepotência, a arrogância, além de uma incompetência frondosa. Revista – É verdade que o clube estava zerado? Régis – Completamente zerado. Zerado no cofre, zerado nos bancos. Mais zerado do que isso, impossível. Vou lhe dar uns dados que vão lhe estarrecer: ao assumirmos na manhã de 22 de abril de 1988, além de encontrarmos o cofre vazio, conforme já disse, tomamos conhecimento da existência de 38 cheques pré-datados, emitidos pela diretoria anterior, espalhados entre vários fornecedores e que, evidentemente, tínhamos que honrar. Revista – Cheques pré-datados, não entendi! Régis – Não entendeu Rubinho? Pois bem, vou lhe explicar: ouça, por ter deixado de pagar aos fornecedores desde dezembro do ano passado, a administração, entre aspas, anterior arrasou com o nome da Associação a ponto de nenhum fornecedor querer ouvir falar no nome do clube. Os que continuaram fornecendo, somente o faziam em troca de cheques pré-datados, havendo inclusive aqueles que nem mesmo assim concordavam em fazê-lo, como foi, por exemplo, o caso da Brahma, que suspendeu completamente as suas vendas ao clube, até porque já estava com mais de oito milhões de cruzados enterrados aqui na Associação. A propósito, vocês sabem por que a eleição de Sinval foi antecipada do dia 27 de abril para o dia 21 daquele mesmo mês? Revista – Não, não sei. Por que foi? Régis – Por vários motivos. Primeiro, porque o dia seguinte, 22 de abril, era o último dia para pagamento da conta de luz. Sem o pagamento, a Coelba viria e cortaria o fornecimento. Segundo, sexta-feira, dia 22, era também dia do pagamento dos funcionários do clube e não havia dinheiro para nada disso. Disso nós sabíamos, o que ignorávamos era que naquele mesmo dia havia seis cheques pré-datados a que já me referi, no valor de Cz$ 350 mil e que tínhamos de cobrir porque estava em jogo o nome da Associação. Para agravar ainda mais a situação, tomamos conhecimento de que naquele mesmo dia ia haver um almoço para oitenta pessoas do Colégio Sistema. Com um detalhe: este almoço havia sido pago na véspera e no clube não tinha absolutamente nada para se fazer o dito almoço. Tivemos que nos “virar” para comprar tudo, não só para o almoço citado, como também para que o clube funcionasse normalmente naquele fim de semana. Revista – Que situação, hem Régis? E como foi que vocês saíram desta? Régis – Bem Protásio, conforme eu já disse, nós sabíamos que estavam 117 nos armando uma arapuca. Nosso presidente, Sinval Vieira, já havia sacado isso há muito tempo e, precavido como é, reuniu um grupo de amigos que emprestaram Cz$ 50 mil cada um, sem prazo para receber de volta, e foi com este dinheiro que chegamos ao clube às 7h30 daquela manhã e o pusemos para funcionar. Pagamos a Coelba, pagamos os funcionários, cobrimos os tais cheques e por aí a fora. Pagaram para ver o nosso fracasso. Quebraram a cara. Revista – Como foi a estória do título? Régis – Ah, a estória do título fantasma? Vou lhe contar. Desta eu fui testemunha ocular e auditiva. Foi o seguinte: como a esposa do expresidente começou, logo após a eleição dele, a se meter em tudo, em tudo dando penada sem nada ser do clube e sabendo menos ainda, houve uma natural reação por parte de funcionários, os mais antigos e graduados, e de diretores da época. Então, pressionado por todos, o senhor presidente saiu-se com uma solução nada salomônica: comprou um título de sócio para sua esposa e, assim, fez dela vice-presidente administrativa-financeira do clube. Como se diz hoje: “Pode Fernando?”. Pode sim, tanto pôde que fez. Só que jamais pagaram o título, nem uma prestaçãozinha sequer, nem mesmo a taxa de conservação foi paga, nem uma vez e esta senhora mandou, ou melhor, desmandou à vontade no clube, além de ter votado em três eleições. Um escândalo. Esse título, que nunca existiu, foi recentemente cancelado. Por isso que eu digo sempre: nunca o Estatuto, que é a nossa carta magna, nossa Bíblia, foi tão desrespeitado, tão aviltado. Revista – E a situação financeira do clube? Como vocês encontraram? Régis – Caótica, Rubinho. Tanto financeira como economicamente reinava o caos. Vê você esta pilha de faturas aqui? (e mostra aos presentes dezenas de faturas dos mais variados fornecedores). Veja as datas, todas vencidas antes, muito antes da nossa posse. Aqui tem débitos de toda ordem: do armarinho da esquina onde se devia pouco mais de Cz$ 2 mil, até a Brahma que, conforme já foi dito, devia-se mais de Cz$ 8 milhões. Não encontramos nada por vencer, a não ser os cheques pré-datados. Agora, vencido, foi brincadeira. Basta dizer que já pagamos mais de Cz$ 7 milhões de broncas herdadas da administração anterior. Como você pode observar, não foi um modelo de administração do clube nestes últimos quatro anos. Olhe aqui outro exemplo do que estou afirmando (e mostra a xerox) um cheque sem fundo emitido no valor de Cz$ 2.302,50. Revista – Você mais de uma vez afirmou que o clube estava desmoralizado socialmente. Como assim? Régis – E como estava Protásio! Você que foi um dos inúmeros sócios que se afastaram do nosso convívio, não está sabendo ainda dos fatos na sua totalidade. Pudera, você agora é um itaparicano. Mas vamos lá. Nós sabemos que nenhum clube social pode ser tão fechado como há 118 20, 30 anos. Os tempos são outros, mudaram-se os costumes, etc e tal. Agora, querer transformar a Associação Atlética da Bahia num clubeco, isto eu não concordo, transformá-lo numa barraca de praia, de jeito nenhum. Pois bem, inventaram um tal de um sambão durante os dias de sábados e domingos que era a coisa mais deprimente que eu já vi. Isto em plena lanchonete. E de dia. Imagine só. Senhores e senhoras, ambos entre aspas, de bermudas e maiôs a exibirem pernas varicosas ao som dos piores músicos de que se tem notícia, em meio a um barulho infernal. O que me causava espécie era que mesmo sendo contrário a este estado de coisas os sócios não reclamavam, apenas retiravam-se. Alegava-se que aquele samba segurava os sócios no clube até mais tarde. Muito pelo contrário, dado o barulho ensurdecedor, a confusão que isso provocava, a gritaria e a pouca vergonha, os sócios estavam deixando de vir almoçar com as suas famílias e a renda resultante da venda de bebidas não dava sequer para pagar os músicos, se assim se pode chamá-los, que ainda almoçavam, jantavam e bebiam por conta do clube. E ainda diziam que a maioria dos sócios gostava. Coisa nenhuma. Hoje, você observa que o clube está muito bem freqüentado, apesar do inverno rigoroso as pessoas permanecem no interior do clube durante todo o dia e até altas horas da noite. Nunca se vendeu tantas refeições como agora. Sabe porquê? Porque se respira na Associação outro ar, sem poluição, ar puro, que é o que todos querem. Revista – Decorridos cerca de 80 dias da posse de vocês, cabe perguntar. O que já foi feito, além, naturalmente, de se pagar débitos? Régis – Muito. Muito mais do que seria de se esperar. De cara, já no primeiro dia, restabelecemos o crédito do clube junto aos fornecedores. Além de estarmos honrando todos os compromissos por nós assumidos, já pagamos mais de 7 milhões de cruzados das dívidas deixadas pela “desadministração” anterior, conforme já foi dito. Ainda encontramos fôlego para realizar uma série de coisas como, por exemplo: reparo da câmara frigorífica da lanchonete, que se encontrava parada; reforma de uma geladeira gigante que se encontrava parada na bomboniere e que hoje está na lanchonete; reforma de todas as máquinas de escrever e de calcular; conserto de vários aparelhos de ar condicionado que estavam em estado do mais completo abandono; restauração do piso e da iluminação do ginário de esportes, com um investimento da ordem de Cz$ 360 mil; reforma completa do sanitário e banheiros do vestiário do futebol e por aí vai. Revista – E no snooker? Ouvi dizer que lá se fez muita coisa! Régis – É, realmente, lá no snooker reformamos duas mesas que se encontravam imprestáveis, equipamos o bar para um melhor atendimento àqueles que lá freqüentam e reformamos também o banheiro, além de comprarmos bolas e recuperarmos vários tacos. Revista – E o que se pretende fazer agora? 119 Régis – Rubinho, nós nunca vamos pretender, nós vamos fazer, sempre. Veja bem, apesar das dificuldades imensas, nossa equipe de patrimônio e de sede está trabalhando, e muito. Neste aspecto temos de tirar o chapéu para nosso presidente, Sinval Vieira, que soube, com competência e sabedoria, escalar um time da melhor qualidade. Todos com tradição dentro do clube, pessoas conhecidas dos associados. A equipe de patrimônio, liderada pelo doutor Amaury Aquino, é um exemplo do que estou falando. Contando com Virgílio Leiro, Luís Fernando Haendel e Paulo Maynard, esta equipe que fez o que já citei, está empenhada, agora mesmo, em prover o campo de futebol de um barzinho, que é uma velha aspiração dos mais de 800 sócios que praticam este esporte; uma pista de skate, que será inaugurada dentro de poucos dias; a reforma completa da cozinha da lanchonete; além de dezenas de pequenas obras e reparos que se fazem urgentes. Como você vê é muita coisa. Segundo Virgílio Leiro, que é um azulino com cerca de 30 anos de clube, a Associação, nos últimos quatro anos, não soube o que é conservação. Pintava-se e varria-se o clube, e só. O resto um horror, caindo aos pedaços, no mais completo abandono. Temos fotos tiradas no dia imediato à nossa posse. Quem quiser ver, é só nos procurar. Eu garanto, vai ficar chocado com o descaso. Revista – Pelo que se pode observar, Sinval soube realmente escolher sua Diretoria! Régis – Só soube Protásio! Aliás, é até perigoso citar nomes, pois sempre se corre o risco de se esquecer algum, até porque, além dos diretores identificados como tal, ainda existem assessores e colaboradores que prestam serviços relevantes ao clube, como é o caso de Spósito, que eu reputo indispensável em qualquer diretoria que se venha a formar na AAB. O que Popó tem feito, o que tem conseguido pelo e para o nosso clube, não dá nem para enumerar. Joana Lopes, esposa do nosso conselheiro Gildo Lopes, é outra pessoa que, sem qualquer cargo diretivo, muito tem feito. E outros, muitos outros. Todos irmanados pelo bem maior da Associação. Revista – Mais alguma coisa Régis? Régis – Mais, muito mais. Nos esportes também. Podes crer, a Associação voltará a reinar, dentro de muito pouco tempo, nos esportes amadores que praticamos. Nisso Sinval está empenhado pessoalmente. Sendo o desportista que é, não faz por menos. Está aí a contratação de Jackson Peixoto e toda sua equipe de vôlei feminino. O retorno também de Ary com suas equipes de basquete feminino. Além da completa revitalização do vôlei e basquete masculino, do tênis e da natação, Sinval recriou o futebol de salão, cuja diretoria foi entregue a José Ventura Neto, que foi campeão invicto pelo Vitória. Destaque-se aí a presença de José Taveira Neto, o Zequinha, que vem dando nova dinâmica à natação, de Astor e de Milton Diniz, no basquete e vôlei, respectivamente. Outro exemplo é o futebol, que vinha minguando e que hoje, sob a direção de 120 Paulinho Furtado se apresenta com outra motivação. O torneio início da categoria de adultos foi uma festa como há muito, muito tempo, não se via. A vinda do discutido árbitro “Margarida”, com todo trabalho de marketing desenvolvido em torno dele, foi qualquer coisa de sensacional. Chama-se a isto de criatividade, de inventividade. Assim. Todos os departamentos vão funcionando, e muito bem, sabe porquê? Porque as pessoas, além de competência, têm força de vontade para fazer e liberdade, ampla liberdade para executar. Mas nada é feito aleatoriamente, tudo é discutido, todos opinam. E assim, em todos os setores, é visível a melhoria do clube. Veja a equipe da diretoria social, com Ademar Brito, com Ubaldo Barreto e com Edgar Viana. Tudo eles têm feito para aumentar a freqüência de sócios e proporcionar, aos mesmos, lazer diversão e entretenimento, num ambiente onde impera o respeito, a educação e a urbanidade. Revista – E o futuro Régis? Régis – Como dizem os antigos: a Deus pertence. Seguinte Rubinho: nós cuidamos hoje da Associação com os olhos voltados para o amanhã. Nós temos o compromisso de preservar este clube que faz parte da história social da Bahia, para uso dos nossos filhos, para nossos netos. Administramos hoje uma Associação que não mais cairá em mãos estranhas, aventureiras ou aventureiros. A Associação Atlética da Bahia é um clube baiano, fundado por baianos, não pode, não deve e jamais voltará a ser comandada por estranhos. Das nossas mãos baianas, para a de nossos filhos, também baianos. Assim pensa nosso presidente Sinval Vieira. Assim pensamos nós, membros da sua Diretoria. E assim será. RECUPERAÇÃO DA IMAGEM Como pode ser verificado na entrevista do vice-presidente administrativo-financeiro, o grande trabalho da gestão de Sinval Vieira, que presidiu a Associação por dois anos (1988-1990), foi resgatar a boa imagem do clube, recuperar as instalações deterioradas pelo tempo ou danificadas por atos de vandalismo, colocar o clube em plena atividade social e esportiva e prover o equilíbrio financeiro. Porém, com tantas despesas e investimentos emergenciais, não sobravam recursos para tentar sanar as dívidas com impostos, que cresciam a cada ano e se tornavam de difícil solução. Deixou também um passivo trabalhista. Sinval foi sucedido pelo seu vice-presidente social, Ademar da Silveira Brito, uma pessoa afável, muito educada e sem nenhuma área de atrito com qualquer das facções que disputavam o poder no clube. Comedido e discreto, revelou-se um aglutinador de pessoas, um trabalhador incansável e um apaixonado pela Associação. Tornou-se um 121 líder inconteste, admirado pela honradez e pela austeridade nos gastos dos recursos financeiros do clube, condições que lhe garantiram uma tranquila reeleição para o biênio 1992-1994. Em dezembro de 1993, na página 4 da edição nº 14 do “Informativo O Azulino”, sob o título “Informe-se”, saiu uma nota assinada pela Diretoria, donde foi extraído e seguinte e mais importante trecho: Quando assumimos a Diretoria da Associação Atlética da Bahia, em abril de 1990, encontramos o clube respondendo 40 questões, sendo 39 reclamações trabalhistas e uma cível. Com o trabalho profissional dos diretores jurídicos Anildo Pires Sepúlveda e Valfredo Oliveira Santos, ao lado do doutor Maraivan Rocha, conseguimos pagar, no período de 9 de abril de 1990 a 9 de abril de 1992, 22 questões, restando 18, às quais foram incorporadas mais quatro, já na nossa gestão, ajuizadas pelos senhores Deoclides Rabelo, Reginaldo Musse, Enivaldo e Eder Cerqueira, que passaram a ser devidamente acompanhadas pelo nosso Departamento Jurídico. A partir daí, todas as demissões acontecidas no clube são devidamente homologadas, evitando-se a reincidência de casos escandalosos, como, por exemplo, o de Yacina Marques S. Matos, que apesar de ter recebido todos os seus direitos, conforme consta nos autos, em documento assinado por ela, reclamou novamente na Justiça do Trabalho. O processo correu à revelia e, quando assumimos, o encontramos em fase de penhora e com leilão marcado. Sem nada poder fazer, arcamos com um prejuízo no valor de Cr$ 50 milhões. Já no período de 1992 a 1993, nossa Diretoria Jurídica, formada por Anildo Pires Sepúlveda, Edvaldo Brito Filho e Raul Chaves Filho, contando, mais uma vez, com o trabalho do doutor Maraivan Rocha, solucionou mais 13 questões trabalhistas, ao mesmo tempo em que realizava 23 homologações na Justiça do Trabalho, conforme reza a lei. Hoje, ainda nos restam, das 40 encontradas, nove questões pendentes, que vêm sendo acompanhadas com dedicação profissional da nossa Diretoria Jurídica, para zelar pelo patrimônio financeiro do nosso clube e resguardar os interesses dos nossos associados. Em quatro anos na presidência, Ademar consolidou o trabalho de restituição da credibilidade e do bom conceito público da Associação. Sob o seu comando, o clube viveu um período de tranquilidade e paz interna. Ademar somente não conseguiu foi solucionar as dívidas com impostos, herança de seus antecessores, que continuaram na marcha do crescimento, pois não havia nenhuma condição de solução. A Associação encontrava-se presa no cipoal dos processos da Fazenda Municipal e de outros órgãos, que iam sendo postergados por recursos jurídicos. 122 ADMINISTRAÇÃO DESASTROSA Voltando à edição de julho de 1988, da revista da Associação Atlética da Bahia, o vice-presidente administrativo-financeiro, Reginaldo Fontes, havia feito uma declaração que se constituiu num alerta para o futuro. Eis as suas palavras: Administramos hoje uma Associação que não mais cairá em mãos estranhas, aventureiras ou aventureiros. No dizer do então dirigente, a Azulina não deveria mais ser comandada por aventureiros. Oito anos depois dessa advertência, como dezenas de outros clubes brasileiros, a Associação já se encontrava atolada em dívidas com a previdência social, com bancos e enfrentando ações na justiça trabalhista. E nesse clima de tempestade, mantinha uma luta desesperada para não naufragar no mar revolto. Por isso, não poderia correr o risco de ter no comando do leme um presidente inepto ou mesmo inescrupuloso. Teria de ter um presidente capaz de encontrar caminhos e soluções para os problemas que se avolumavam. Em suma, o clube teria de ter no comando da Diretoria uma pessoa preparada, que simultaneamente fosse um eficiente administrador de problemas e um bom gerenciador da vida social e esportiva, para conter a debandada dos associados e evitar a falência total da Associação. No entanto, na sucessão de Alberto Florêncio da Silva, que presidiu o clube no biênio 1994-1996, a Associação ganhou um presidente que se encaixou no perfil que o Reginaldo Fontes temia: despreparado para o correto exercício do importante cargo. Geraldo José da Rocha Brasil deixou a presidência sob fortes acusações de ter praticado atos gravíssimos, que muito teriam contribuído para piorar, mais ainda, a difícil situação econômico-financeira do clube. A VOLTA DE ADEMAR Para suceder um presidente acusado de desmandos, os conselheiros elegeram um ex-presidente de competência e honradez inquestionáveis, que havia dirigido o clube no período 1990-1994. Assim que tomou posse, Ademar da Silveira Brito constatou a extensão dos danos da administração que o antecedeu. As irregularidades e desvios de recursos eram estarrecedores, tanto que, após reprovar as contas dos exercícios de 1996 a 1998, o Conselho Deliberativo tomou uma medida extrema, sem precedente na 123 história dos ex-presidentes: a de recomendar a eliminação de Geraldo José da Rocha Brasil do quadro social e da função de conselheiro nato do clube. Portanto, mais uma vez, coube a Ademar da Silveira Brito a missão de retirar a Associação do fundo do poço. Durante quatro anos (1998-2002), ele enfrentou os problemas deixados pela gestão anterior e os herdados dos períodos de vários ex-presidentes, que foram se acumulando e acabaram tendo desfechos na decretação de seis penhoras de imóveis do clube, para garantir dívidas de execuções fiscais, três movidas pela Fazenda Municipal (Prefeitura de Salvador) e três pelo Instituto Nacional do Seguro Social (Governo Federal). Ademar teve ainda de enfrentar a queda na arrecadação financeira do clube, provocada pela saída de muitos associados, que foram levados pela maré da perda de prestígio dos clubes sociais, que estavam sendo preteridos em função das novas opções de lazer. Ao associado de maior poder aquisitivo, estava sendo oferecido um variado leque de opções, que incluíam os atrativos dos condomínios residenciais, com infraestrutura de lazer, a aquisição de terrenos para a construção de casas para fins de semana no litoral norte de Salvador, o lazer nos shoppings, o desenvolvimento do turismo e a ampliação da rede de restaurantes e entretenimentos na Cidade do Salvador. Em suma, os clubes sociais deixaram de ser imprescindíveis. Os clubes eram indispensáveis apenas para a prática de esportes, onde as escolinhas para as crianças tornaram-se importantes. PREFEITO NÃO NEGOCIA DÍVIDA Ademar tinha na cabeça um plano de salvação da Associação, mas somente poderia tentar colocá-lo em prática após a quitação das dívidas que geraram as penhoras do patrimônio. E nesse contexto, o maior dos débitos era com o IPTU. Depois de insistentes tentativas de uma reunião de diretores da Associação com o prefeito Antônio Imbassahy1, pertencente a uma família de presença marcante no passado da Azulina, sendo que na juventude ele próprio fora frequentador assíduo do clube, chegou a informação de que o chefe do Executivo somente concederia audiência se fosse conjunta, com a presença de cada presidente de clube com 1 Em duas campanhas políticas, em 1996 como candidato a prefeito e em 2000 como candidato à reeleição, Antônio Imbassahy esteve reunido na Associação com os presidentes dos clubes sociais e prometeu resolver os problemas dos clubes que, por causa de dívidas com a Prefeitura, encontravam-se ameaçados por execuções fiscais. 124 problemas no IPTU e que a solicitação deveria ser encaminhada através do sindicato patronal dos clubes sociais. A atitude do prefeito foi considerada como louvável. Afinal, o problema era comum a todos. Se ele recebesse a Associação isoladamente, fatalmente iria ter de conceder audiências aos demais clubes de Salvador. Ademais, uma reunião coletiva fortaleceria as negociações e agilizaria os encaminhamentos para possíveis acordos, individual ou coletivamente. Com isso, entrou em cena o presidente do Sindicato dos Clubes do Estado da Bahia (Sindiclube), Alfredo Vasconcelos, que também presidia o clube Campomar. Ele expediu a correspondência solicitando a audiência. Depois de uma espera de mais de dois meses, a audiência foi marcada para as 15 horas do dia 5 de maio de 2004. Além das reivindicações que seriam feitas ao prefeito, em quem o Sindiclube depositava todas as esperanças e total confiança na solução dos problemas com o IPTU, o presidente da entidade representativa dos clubes levou na bagagem das aflições um projeto para apresentar ao prefeito. Chamava-se “Minha Escola, Meu Clube”, uma proposta para pagamento de parte das dívidas com prestação de serviços pelos clubes. Consistia em abrir as portas dos clubes sociais aos alunos da rede municipal de ensino, nos horários e dias de menor movimentação dos associados, para incluí-los em projetos sociais coordenados pela Prefeitura. Adicionalmente, ainda em parceria com a Prefeitura, seriam também desenvolvidos programas voltados à terceira idade. Numa mobilização de integração dos clubes, jamais vista anteriormente, o presidente Alfredo Vasconcelos conseguiu levar ao Palácio Thomé de Souza 32 presidentes de clubes sociais, dentre eles os da Associação, Bahiano de Tênis, Yacht Club, Espanhol, Português, Campomar, Costa Verde, Clube 2004, Clube Baneb, Associação Banco Central, Associação Atlética Banco do Brasil, Associação Desportiva Coelba, Itapagipe, Clube Comercial, Fantoches da Euterpe, Periperi e Flamenguinho. Quando viu tanta gente, um assessor do prefeito transmitiu a seguinte informação: “Em virtude do espaço ser pequeno para acomodar todos, o senhor prefeito somente receberá uma comissão de quatro pessoas”. Criou-se assim o primeiro constrangimento, pois 28 presidentes ficariam marginalizados da tão aguardada reunião com o alcaide municipal. O Sindiclube não aceitou isso, pois a reunião fora programada com todos. Finalmente, após um chá de espera de 1h20, os presidentes foram conduzidos à sala onde o prefeito os receberia e todos puderam 125 verificar que o assessor havia mentido, pois se tratava de uma sala ampla, para grandes reuniões. E o prefeito chegou acompanhado apenas de um assessor especial, Jaime Magalhães. Pedindo desculpas pelo atraso, Imbassahy sentou-se na cabeceira da longa mesa e passou a palavra ao presidente do Sindiclube. Alfredo ainda não tinha feito a apresentação de todos quando uma senhora, possivelmente a secretária de Imbassahy, entrou na sala e disse: “Senhor Prefeito, o Senador acabou de ligar e disse que quer que o Senhor chegue à inauguração antes dele!”. Imediatamente, o prefeito levantou-se e disse secamente: “Infelizmente, vou ter de sair, o chefe está chamando, mas o doutor Jaime dará continuidade à reunião!”. E saiu rápido da sala, deixando todos decepcionados e sem entender a razão de tanta subserviência ao senador que, sem dúvida alguma, era o Antônio Carlos Magalhães. Mas teve gente que deu outra interpretação, baseada num fato de notório conhecimento público, que remontava aos tempos do presidente Juscelino Kubitschek. Ele teve um ministro mineiro que mandou instalar em sua mesa um botão que ficava escondido da vista das pessoas recebidas em audiência. A um simples toque, soava no gabinete vizinho uma campainha, sinal para um assessor imediatamente fazer uma ligação para o seu telefone. Ao atender, o ministro fingia estar falando com o presidente da República. Ao desligar o aparelho, o ministro dirigia-se aos que estavam à sua frente (e que o tinham ouvido repetir duas ou três vezes a frase “Sim, Senhor Presidente, irei logo, imediatamente!”) e falava mais ou menos a mesma coisa que o prefeito disse aos 32 presidentes de clubes sociais de Salvador. O próprio Jaime Magalhães, irmão do senador ACM, visivelmente embaraçado, pois não teria nenhum poder para negociar nada, sugeriu uma nova reunião com o prefeito e prometeu que informaria a data. Não informou, e por diversas vezes foi tentada a nova audiência, mas o gabinete do prefeito nunca confirmava a nova reunião. Enfim, ficou claramente evidenciado que, se dependesse da administração municipal, os clubes não teriam salvação, pois estavam entregues à própria sorte. Qualquer negociação com a Prefeitura teria de ser tentada com o próximo prefeito, que seria eleito em outubro (primeiro turno) ou novembro (segundo turno) de 2004. 126 HISTÓRIA DA QUARTA FASE 2005 - 2010 Novo Prefeito Negocia Dívida Projeto Salvador Concepção do Projeto Último Evento Período das Obras Inauguração do Novo Clube Sessão Especial na Câmara Municipal Testemunho do Presidente do Sindiclube Dirigentes do Renascimento Homenagens Especiais Conselho Superior Interclubes 127 Ademar da Silveira Brito, presidente da Associação Atlética da Bahia, agradecendo pelo troféu Personalidade 2011, outorgado pela Revista CIT - Comércio, Indústria e Turismo, por ter sido o comandante do renascimento da Associação Atlética da Bahia. (Foto: Juscelino Pacheco) 128 NOVO PREFEITO NEGOCIA DÍVIDA João Henrique de Barradas Carneiro tomou posse na chefia do Executivo Municipal em 1º de janeiro de 2005. Nesse dia, em que se abria a porta de um novo ano e também para a entrada de um novo prefeito, renovaram-se as esperanças para a solução do maior problema que ameaçava o futuro da Associação Atlética da Bahia. Será que com o novo prefeito de Salvador haverá um diálogo produtivo? Esta era a pergunta que os dirigentes se faziam. Ademar esperou um tempo, para João Henrique assenhorear-se da situação administrativa do município. Enquanto isso, articulou as ações para um projeto de venda de parte do terreno do clube para pagamento dos débitos e construção da nova sede. Em valores arredondados, a Associação devia 16 milhões de reais, assim distribuídos: 9.500 ao Governo Municipal (IPTU/TL e ISS/TLF), 4.800 ao Governo Federal (INSS) e 1.700 em ações trabalhistas, multas e dívidas diversas. Com o INSS, obteve-se a solução graças ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis), destinado a promover a regularização de créditos da União, decorrentes de débitos de pessoas jurídicas, relativos aos tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal e pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em 2004 foi feito um acordo para amortização da dívida da Associação, num prazo a perder de vista, de dezenas de anos. O clube assumiu o compromisso de pagar 0,3% da sua receita bruta mensal, um valor consolidado facílimo de ser cumprido. A Associação queria destinar 12.742,18 m² da sua área para a quitação do restante do passivo e construir um novo clube na área restante, de 14.599,36 m². Mas, para que isso pudesse ser viabilizado, dependia da aprovação pela Prefeitura da seguinte pauta de reivindicações: 1. Nova medição da área territorial da Associação, que, unificados os diversos terrenos contíguos, perfaziam 27.341,54 m², mas que nos registros da Prefeitura somavam 32 mil metros quadrados. 2. A Prefeitura cobrava valores diferenciados por cada terreno. A Associação pretendia que todo o débito fosse recalculado com base num valor único, estabelecido pelo valor do menor IPTU. Para a solicitação da audiência com o prefeito, Ademar recorreu aos préstimos de um vereador amigo, Téo Senna, que foi logo avisando: “Diretamente não posso pedir nada ao prefeito, pois lhe faço oposição na Câmara Municipal. Mas vou falar com o irmão dele, Sérgio Carneiro, que também é vereador e líder do governo na Câmara”. Isso foi numa 129 quarta-feira. Na sexta o presidente recebeu um telefonema do gabinete do Prefeito, informando que João Henrique receberia a Associação Atlética na terça-feira, dia 25 de outubro de 2005. Fazendo-se acompanhar do vice-presidente, Boris Pessoa, Ademar foi levando dois diretores da Arc Engenharia, Edison Pascoli e Antônio Laranjeira. Ao chegarem à sala de audiências, a mesma onde se dera a reunião abortada pelo prefeito anterior, tiveram a agradável surpresa de encontrar João Henrique com os seguintes membros do seu staff administrativo: Reub Celestino, secretário da Fazenda; Itamar Batista, secretário do Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente; Paulo Meira, secretário de Esportes, Entretenimento e Lazer; Paulo Meireles, superintendente da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom); e Pedro Guerra, subprocurador da Procuradoria Geral do Município. Os diretores da Associação fizeram uma exposição detalhada da situação do clube, foi apresentada a proposta da venda de parte da área como solução para pagamento dos débitos e o projeto da construção da nova sede. Os diretores da Arc discorreram sobre o empreendimento, denominado Barraporto, projetado para a área que seria desmembrada e adquirida pela empresa. Ao final da reunião que durou 1h20, o prefeito determinou diversas providências, dentre elas a imediata medição da área do clube, tendo o laudo técnico confirmado ser de 27.341,54 m². Com isso, iniciou-se um complicado processo para o recálculo dos valores devidos. Tudo foi feito dentro do solicitado pela Associação, cuja reivindicação encontrava-se consubstanciada num parecer do professor Edvaldo Brito, um dos mais conceituados tributaristas do país. Vale salientar que, além da redução no valor do IPTU, com as correções da área do terreno, da área construída e na depreciação dos imóveis, também foi obtida a prescrição de vários exercícios, graças a Lei 6723/2005. Resultado, no dia 24 de novembro de 2006, foi assinado com a Prefeitura o “Instrumento Particular de Transação”, fixando o valor de R$ 3.043.880,39 para quitação da dívida com o IPTU/TL, valor que foi pago pela Arc Engenharia. Ainda no âmbito municipal, foi também quitado o débito com o ISS/TLF, que de R$ 62.626,00, caiu para R$ 13.859,98. Sanados todos os problemas com a Prefeitura, o presidente Ademar da Silveira Brito enviou aos associados, com data de 6 de novembro de 2007, a seguinte mensagem: 130 Futuro Repito aqui o trecho publicado na revista Casa Cor 2007, empreendimento que veio resgatar parte da história da nossa instituição. “Com o mesmo espírito empreendedor daqueles abnegados fundadores, sentimo-nos entusiasmados, cônscios das nossas responsabilidades e certos de que a solução encontrada foi a mais (ou a única) adequada para enfrentar novos desafios, recomeçando livres de débitos, criando receitas alternativas, continuando com a mesma transparência adotada com os mais de 140 informativos, através dos quais todos os atos/fatos administrativos foram expostos aos associados, aos quais continuaremos oferecendo qualidade e ampliando os objetivos com os quais o clube estará pronto para prestar serviços por mais outros 100 anos, contando com a união e participação de todo o quadro social”. Por fim, quero agradecer a toda Diretoria que forma uma equipe, coesa e responsável, e ao Conselho Deliberativo que tem aprovado as nossas proposições, justas, em favor da nossa Azulina. Aos empreendedores, Arc Engenharia e Agra Incorporadora, nossos parceiros, pela competência e sucesso alcançados no Projeto Barraporto, que juntamente com o Projeto Associação, mudarão o perfil da Barra, os nossos sinceros agradecimentos pelas tratativas até agora concluídas. Saudações azulinas. PROJETO SALVADOR A primeira vez que se pensou na alienação de uma parte do patrimônio da Associação, para quitação de débitos acumulados desde 1970, especialmente com o INSS, foi na gestão de Sinval Vieira da Silva Filho (1988-1990), quando diretores da construtora OAS estiveram em contatos com dirigentes da Azulina. Participaram inclusive de algumas reuniões do Conselho Deliberativo, mas não houve nenhum avanço concreto nas negociações e o assunto foi sepultado. Um relatório da Diretoria, emitido em 30 de setembro de 2004, provocou o retorno às discussões sobre a necessidade da venda de parte do patrimônio do clube para pagamento dos débitos e a construção de uma nova sede, que atendesse às necessidades do quadro social e proporcionasse receitas alternativas. Não havia outra opção para a solução da crise crônica, que tinha chegado a um patamar gravíssimo. A proposta para o desmembramento e venda de uma parte do terreno foi aprovada pela unanimidade do Conselho Deliberativo e, no último fórum, pela Assembleia Geral, por 109 dos presentes, contra apenas um voto. Em seguida, foi formada uma comissão com oito associados, integrada por quatro arquitetos, dois engenheiros, um 131 construtor e um advogado, para o recebimento e análise das propostas das empresas interessadas, conforme edital publicado no jornal A Tarde, página 17 da edição de 30 de novembro de 2004. Edital A Associação Atlética da Bahia torna público que no período de 01 a 10 de dezembro de 2004, no horário das 9 às 17 horas, estará recebendo propostas para alienação de uma área de sua propriedade, medindo aproximadamente 13 mil m², a ser desmembrada da sua sede, situada na Rua Barão de Itapuã nº 218 - Barra, nesta Capital. A alienação se dará com o fim de quitar dívidas e permitir a construção da nova sede, no mesmo local. As propostas serão analisadas por uma comissão de sócios proprietários, que dará o parecer sobre a oferta que melhor atender aos interesses da AAB. Salvador, 27 de novembro de 2004. Ademar da Silveira Brito Presidente Concorreram oito empresas, saindo vencedor o consórcio formado pela construtora baiana Arc Engenharia Ltda. com a construtora paulista Adolpho Lindenberg S. A. (posteriormente substituída pela Agra Incorporadora), que apresentou proposta com o maior preço, R$ 800,00/m², com a obrigação de construir um novo clube a preço de custo. A oferta representava R$ 10.193.744,00 pelos 12.742,18 m². Como somente com a Prefeitura a dívida era de R$ 9.500,00, o que iria sobrar não daria para construir o novo clube, orçado em 5 milhões de reais. Portanto, a nova Associação só poderia ser viabilizada se houvesse uma substancial redução no valor da dívida com o Município. E houve, pois caiu para R$ 3.043.880,39, garantindo que o sonho pudesse ser transformado em realidade. O valor da venda ficou assim dividido: metade seria destinada ao pagamento dos débitos e a outra para a construção da nova sede. O restante, R$ 193 mil, seria destinado à reserva do clube, para o período em que não teria receita. Ficou também acertado que a Associação não pegaria em dinheiro. Ela negociava os débitos e autorizava a Arc Engenharia a efetuar os respectivos pagamentos. CONCEPÇÃO DO PROJETO O projeto arquitetônico da nova Associação foi elaborado por um dos mais conceituados escritórios de arquitetura na Bahia, a Caramelo 132 Arquitetos Associados, com atuação no mercado desde 1970 e com importantes trabalhos espalhados por todo o Brasil. A empresa tem no seu comando o arquiteto Antônio Caramelo, portador de importantes prêmios nacionais e internacionais. O laureado arquiteto baiano idealizou um complexo sócioesportivo cultural e comercial dotado de áreas para esportes, lazer, entretenimento, alimentação e compras. Um dos cuidados do projeto foi com a criação de espaços para viabilizar a sustentabilidade do clube, independente das contribuições mensais dos associados. A autonomia financeira seria assegurada por duas fontes geradoras de recursos: aluguéis de módulos no próprio clube e de lojas no centro comercial. Antônio Caramelo concebeu o novo clube com duas alas conjugadas, formando um único corpo construtivo, mas de circulação de pessoas e operacionalidade totalmente independentes: 1. A ala do clube tem quatro pavimentos interligados por escadas, um elevador e um monta-cargas. Foi configurada da seguinte forma: Térreo Estacionamento com 300 vagas, Ginásio Poliesportivo com piso especial, Bar/Lanchonete do Ginásio, Bicicletário, Telemática e Sanitários/Vestiários. Primeiro Andar (nível da rua) Portaria, Secretaria, Administração, Diretoria, Academia de Ginástica com 393 m², Piscina com 23x25 metros, Piscina Infantil, Parque Infantil, Posto Médico, Berçário, Piano Bar, Clube do Whisky, Bar/Lanchonete, Salão Nobre com 400 m², Salão de Jogos, Salão de Leitura, Galeria dos Troféus, Sanitários/Vestiários, Refeitório de Funcionários e Campo de Futebol Soçaite ao ar livre, com iluminação e grama sintética. Segundo Andar Restaurante aberto ao público, Quadras de Tênis 1 e 2 (cobertas), Bar de Apoio às Quadras, Sanitários e Spa/Sauna. Terceiro Andar Quadras de Tênis 3 e 4, cobertas, para uso em qualquer horário, no inverno e no verão. 2. A ala do centro comercial, num único pavimento, foi projetada para proporcionar a maior parte da receita, visando à sustentabilidade do clube, mediante os aluguéis das lojas e dos 133 espaços para um spa e uma casa noturna com capacidade para 3 mil pessoas. ÚLTIMO EVENTO A despedida da sede foi com toda pompa e circunstância, à altura de suas tradições e dos tempos áureos, com a Associação servindo de palco para uma grandiosa, sofisticada e glamorosa promoção. De 21 de setembro a 28 de outubro de 2007, o clube abrigou a 13ª edição da Casa Cor Bahia, uma das principais exposições do Nordeste em arquitetura, decoração de interiores e paisagismo. É o evento anual mais aguardado pelos arquitetos, decoradores e fabricantes de móveis e utilidades para residências. Os promotores da Casa Cor Bahia 2007 fizeram um alto investimento para colocar toda a Associação em condições de receber a mostra famosa, com as novas tendências do mundo dos designers. O prédio-sede, com 66 anos de construído, foi todo remodelado. Segundo descrição de Sthepanie Suerdieck, a sua arquitetura estava “marcada com traços neocoloniais observados nas arcadas, colunas toscanas, beirais, telhado aparente em quatro águas e frontão curvilíneo compondo o pórtico do acesso principal”. E foi nessa atmosfera de construção no estilo neocolonial, combinada com os equipamentos da área externa, que foram montados os 45 ambientes idealizados por 62 profissionais, entre arquitetos, designers e paisagistas dos mais qualificados. Eis alguns dos ambientes decorados: living, sala de jantar, cozinha, quarto, banheiro, sala de cinema, bar, adega, varanda, sala de leitura, gabinete de trabalho, sauna, brinquedoteca, etc. Durante os 38 dias da exposição, a Casa Cor foi visitada por milhares de pessoas, que também puderam participar de saraus literários, de shows artísticos e tomar conhecimento do empreendimento Barra Porto Condomínio Clube1. Os antigos associados ficaram extasiados com o esplendor do que viram na Casa Cor, mas, ao mesmo tempo, tristes ao saber que o clube seria logo depois totalmente demolido. Lamentaram que isso 1 Empreendimento da Arc Engenharia para ocupar a área dos 12.742,18 m² desmembrados da Associação. Compunha-se de 180 apartamentos distribuídos por quatro torres e com um clube privativo, dotado de piscinas para adultos e crianças, piscina com bicicletas ergométricas, deck seco e molhado, bar tropical, espaço gourmet interno e externo, salão de festas, salão de jogos, academia de ginástica, sauna com descanso, espaço mulher e espaço de conveniência. 134 viesse a ocorrer após a exibição de tamanho luxo e riqueza, com uma movimentação de pessoas que fizeram a Azulina voltar a brilhar, como nos velhos tempos de seus melhores dias. PERÍODO DAS OBRAS Para permitir que todo o espaço do clube fosse preparado para o último evento, a Casa Cor Bahia 2007, o escritório administrativo da Associação foi transferido, em 23 de julho de 2007, para um barracão na própria área do clube e depois para uma sala no térreo da casa de número 180 da Rua Barão de Itapuã, esquina com César Zama. Em janeiro de 2008 foi iniciada a demolição do clube e no mês seguinte, no dia 19 de fevereiro, foi feito o lançamento da Pedra Fundamental, que constou da cravação da primeira estaca da fundação das obras, na presença de diretores e conselheiros da Associação, e de diretores e engenheiros da Arc Engenharia2. Durante o período das obras, o quadro de pessoal da Associação ficou restrito a apenas oito empregados, conforme tabela abaixo. Para acompanhamento do projeto e fiscalização das obras da nova sede, foi criada uma comissão integrada pelos seguintes sócios: 1. Aloísio Coelho Messeder, arquiteto. 2. Antônio Carlos Pringsheim Cunha, arquiteto. 3. Benjamim Weinstein, engenheiro e construtor. 2 Para administrar simultaneamente dois empreendimentos, a Arc Engenharia criou duas empresas: a Barra Ville Incorporadora Ltda., para cuidar do Barraporto Condomínio Clube, e a Barão de Itapoan Incorporadora Ltda., para cuidar da construção da nova Associação Atlética da Bahia. 135 4. 5. 6. 7. 8. Carlos Maurício Torres, arquiteto. Edilberto Prado da Silva, construtor. Fernando de Oliveira Reis, advogado. Newton Pinto Júnior, engenheiro (até 28.10.2008). João Carlos Fernandes Campos, arquiteto (até 12.06.2009). Com a necessidade de algumas adequações ao projeto, por determinação da Prefeitura, e também pelo descumprimento de alguns prazos pela construtora, surgiram problemas com os custos do empreendimento. Em 2009, a construção ficou praticamente paralisada, com a construtora alegando que faltavam mais 4 milhões para a conclusão do projeto. A situação ficou tensa, pois havia um contrato em pleno vigor obrigando a finalização do clube. Mas, a construtora apresentou planilhas comprovando a lisura na contabilidade dos custos. No final, acabou prevalecendo o bom senso e a solução foi a seguinte: a Associação entregou, com autorização da Assembleia Geral, uma faixa de 2.115,72 m², para a Arc Construtora fazer um novo prédio, o Barra Exclusive, em troca da conclusão das obras, avaliadas em quatro milhões de reais. O desmembramento dessa nova área alterou o local onde ficaria o ginásio poliesportivo. INAUGURAÇÃO DO NOVO CLUBE A revista Azulina colocou em evidência, na principal reportagem da edição de setembro de 2010, importantes aspectos do clube que seria inaugurado dois meses depois. Eis alguns trechos da matéria: Surge um novo clube Depois de muito trabalho e em uma conjugação de esforços de vários segmentos, será inaugurada a nova sede da Associação Atlética da Bahia. Sua estrutura é considerada como uma das mais bonitas e de formatação evolutiva do país, por ser dotada de um projeto dinâmico e que servirá como importante meio de aglutinação dos associados, que passam a contar com um clube mais moderno. Para a diretoria da Associação, o que tinha sido focado foi integralmente cumprido. As prioridades englobavam a idéia do projeto atual ter tudo que o clube tinha anteriormente, mesmo com algumas coisas em tamanho menor. Mas, com facilidade de utilização e com a garantia de um número de atrações suficiente para o bom desenvolvimento das atividades sociais e esportivas. 136 O clube tem hoje uma área maior internamente, com mais opções de lazer. O que foi feito foi tirar o espaço que havia na horizontal, colocando-o na vertical. O estacionamento, que antes tinha 60 vagas, hoje tem 300. -------------- O acesso ao clube é realizado unicamente através do antigo portão 49, com espaço ajardinado. Os que chegarem de carro entrarão pelo estacionamento e os que vierem a pé, passarão pela entrada principal também belamente decorada com plantas e com arcondicionado. Foram colocados frisos em granito em torno da secretaria e da tesouraria. Existe um espaço especial para a Diretoria e o Conselho, além de ambientes próprios para o gerenciamento de esportes e compras, para o orçamento, aquisições e para os empregados. O número de funcionários, inicialmente, estará em torno de 25 pessoas. -------------- Tudo isso voltado exclusivamente para os sócios. Aliás, o Conselho deliberou que a projeção de sócios é de 1.500 títulos de proprietários-contribuintes. Esse número foi estatutariamente limitado. A partir dessa determinação, só será permitida nova associação aos filhos de sócios. A AAB tem, no momento, apenas 182 associados no quadro de contribuintes: 152 são antigos sócios e 30 novos. Vem sendo deflagrada uma ação para a venda de mais títulos nesse segmento, até se completar o limite estabelecido. Quanto aos sócios remidos e remidos juniores, desde 1992, foi proibida pelo Conselho Deliberativo a venda desses títulos. Desses, que são 3.803, com endereços atualizados estão 700 sócios, que vêm pagando as suas anuidades. Para os demais, o clube está fazendo uma pesquisa visando localizar os endereços para também incorporá-los ao quadro social. -------------- Com relação à estética do novo prédio, uma arquiteta e decoradora, Dora Landeiro, foi contratada para mobiliar e dar ao local um sentido mais humano de verde, pois são muitas as áreas fechadas com cimento e espaços com vidros. Ela está responsável pelo paisagismo e mobiliário da AAB, imprimindo muitos detalhes de arborização para aumentar o prazer dos associados no atendimento especial, que será oferecido pelo clube em todos os espaços. E os móveis são exclusivos. Vale ressaltar que todos os espaços fechados da Associação Atlética da Bahia são climatizados, oferecendo mais conforto e diferenciando o clube dos demais. Tem também um recinto especial para expor os troféus que fazem parte da história da Azulina; um mural de acordo com o que existia na antiga piscina olímpica; sistema de som ambiente na parte interna do clube e, para controle e desenvolvimento laboral, foi instalado um sistema de informática avançado para os funcionários. Com isso, os associados serão beneficiados. 137 Destaca-se ainda, a implantação de uma sala de leitura de jornais e revistas. Uma das maiores preocupações no projeto que se inaugura foi com a estrutura de limpeza e banheiros. Há banheiros masculinos e femininos acessíveis para deficientes físicos em cada segmento de todos os pavimentos. Por exemplo, em volta da piscina, em torno do salão nobre, ao redor do salão de jogos e assim por diante. Enfim, o clube tem a sua estrutura verticalizada, ampliada, moderna e humanizada. Um clube voltado para oferecer o melhor aos seus associados. A nova Associação Atlética da Bahia foi inaugurada na manhã de um sábado, dia 27 de novembro de 2010. A solenidade foi simples, mas num ambiente de grande felicidade, estampada nos semblantes de todos os associados, principalmente os mais antigos, que ficaram emocionados com o renascimento da Azulina. O presidente Ademar da Silveira Brito deu por inaugurado o clube com um discurso comovente, feito de improviso. Em seguida, também na base da espontaneidade, fizeram uso da palavra o viceprefeito de Salvador, Edvaldo Pereira de Brito, o desembargador Eduardo Jorge Mendes de Magalhães, ex-presidente do Conselho Deliberativo e benemérito da Associação, os vereadores Pedro Godinho e Téo Senna, o deputado federal Gerson Gabrielli, o presidente do Sindicato dos Clubes do Estado da Bahia (Sindiclube), Alfredo Vasconcelos, e o presidente do Conselho Deliberativo da Associação, Valfredo Oliveira Santos. SESSÃO ESPECIAL NA CÂMARA MUNICIPAL Pela importância que o renascimento da Associação Atlética representava, não apenas para os seus associados, mas para a própria Cidade do Salvador, o vereador Pedro Godinho requereu, e foi aprovada pela unanimidade dos edis, uma Sessão Especial da Câmara Municipal de Salvador. Foi realizada no Plenário Cosme de Farias, na noite do dia 2 de dezembro. Além de Pedro Godinho, que presidiu a Sessão, discursaram os demais membros que compuseram a mesa dos trabalhos, senhores Claudelino Miranda, Itaberaba Lyra, Valfredo Oliveira e Ademar da Silveira Brito. Como convidados especiais do presidente da Sessão Especial, também discursaram o escritor Ubaldo Marques Porto Filho, historiador da Associação Atlética da Bahia, o presidente da Central das Entidades do Rio Vermelho, Clóvis Cavalcanti Bezerril, e o presidente do Sindiclube, Alfredo Vasconcelos. O evento na casa legislativa foi encerrado com um coquetel de confraternização servido no pátio externo da Câmara. 138 A seguir, são transcritos os discursos que não foram feitos de improviso. Discurso do Vereador Pedro Godinho Presidente da Sessão Especial da Câmara Municipal de Salvador O amor é, sem embargo, o principal sentimento de conquista e manutenção do sucesso humano em qualquer atividade, seja ela familiar, social, artística ou também empresarial. Esta homenagem à reinauguração da Associação Atlética da Bahia é, acima de tudo, um tributo ao árduo e exemplar trabalho do eminente amigo Ademar da Silveira Brito e de sua equipe de dirigentes – símbolo perpétuo do amor à Azulina. Bem sei de épocas áureas dos clubes sociais desta cidade, notadamente da Associação Atlética e do Bahiano de Tênis. O apogeu desses clubes deveu-se aos seus famosos bailes carnavalescos e, também, às suas renhidas competições desportivas. Obtiveram êxitos espetaculares, com grande quantidade de troféus e medalhas conquistados, que propiciaram a vários atletas contratos em agremiações profissionais. Infelizmente, o tempo foi impiedoso na perda daqueles testemunhos de conquistas, a exemplo de fotografias de atletas triunfantes até em competições nacionais, de jovens fantasiados em carnavais inesquecíveis ou, ainda, de casais vestidos a rigor dançando em seus amplos salões de festas. Apenas alguns poucos desses saudosos tesouros foram salvos, felizmente, para nos deleitar com aqueles tempos imorredouros. Todavia, com o passar dos anos, apareceram os trios elétricos responsáveis pela substituição dos foliões de salões de clube por carnavalescos de cordões de rua. Com a proliferação desses trios, os clubes predominantemente carnavalescos foram desaparecendo, como o Cruz Vermelha, Fantoches da Euterpe e Inocentes em Progresso, e enfraquecendo economicamente os chamados clubes grandes: a Associação e o Bahiano. O Yacht Clube não sofreu muito, em vista de sua fonte de receita concentrar-se no setor náutico e na famosa culinária de seu privilegiado restaurante com vista deslumbrante para a Baía de Todos os Santos. Aliadas a esses fatores surgiram, com força colossal, as acumulativas dívidas com impostos e questões trabalhistas. É fato inconteste que diretorias desses clubes lutaram tenazmente em busca do equilíbrio de suas finanças. Pena que alguns não foram capazes de suportar constantes situações tão vexatórias, acabando por sucumbir após largos períodos de angústia. Mérito enaltecedor, no entanto, deve-se creditar àqueles associados que tiveram a luminosa idéia de vender parte da área da 139 Associação a uma empresa construtora que assumisse o compromisso de construir uma nova sede social. Esse plano foi logo posto em prática por seu lúcido presidente Ademar, pelo seu Conselho Deliberativo e, finalmente, pela Assembléia Geral, os quais trabalharam intensamente pelo reaparecimento da Azulina, com estrutura econômica capaz de se manter sem sobressaltos e, ainda, servir de exemplo para outros clubes que se encontrem em situação semelhante. Para atingir essa posição atual, tiveram as administrações presididas por Ademar de vencer óbices até mesmo tidos como intransponíveis por vários associados, ao imaginarem que essa possibilidade jamais fosse alcançada. Entretanto, o destemor perspicaz, hercúleo imposto pelo presidente, como um verdadeiro remédio controlado, de uso contínuo – chamado Amor – pôde salvar da extinção um bem histórico monumental do patrimônio social, cultural e desportivo de nosso estado. Daí, ter toda a Bahia o reconhecimento ao labor incessante empreendido, com sucesso, pelo incansável presidente Ademar Brito, pelo presidente do Conselho Deliberativo, Valfredo Oliveira, pelos diretores, pelos conselheiros e também pelos dedicados funcionários: Eliraldo Cristo Bomfim, Eliane Silva de Jesus, Aurenice dos Santos Andrade, Carlos dos Reis Bispo Gomes, Renê da Silva Cavalcante, Antônio Carlos Melo Calmon, José Bispo Maurício, Wanderley Costa de Brito, Wellington Villas Boas Fernandes, Cláudia Brito Costa e Maria Vandelucia Oliveira Patrocínio. Além desses, devemos distinguir aqueles abnegados associados que durante longos anos responderam aos reclamos financeiros do clube, mormente os sócios remidos, os quais, mesmo vivenciando constantes mudanças em barracões pequenos e empoeirados, onde se distraiam jogando sinuca em apenas duas mesas, tornaram-se os responsáveis pela não paralisação total das atividades esportivas do nosso clube. Digo nosso, por muito me honrar com o título de Sócio Honorário, benevolentemente concedido por amigos, mais por amizade do que por merecimento. Vale ressaltar que a força do amor de Ademar pela Associação sempre foi redobrada pela dedicação de sua estimada esposa, Dona Marlene, sempre participando ativamente dos instantes delicados do clube, inclusive durante as reuniões de Diretoria ocorridas em sua residência, quando, no final, servia aos presentes deliciosos salgadinhos e refrigerantes. Como a participação feminina foi fundamental ao ressurgimento da Associação, quero, neste momento, homenageá-las citando, ao lado da primeira-dama, Dona Marlene, algumas mulheres merecedoras de nossos aplausos, tais como as diretoras Lúcia Meirelles e Dilce Behrens, as atletas Patrícia Medrado e Tânia Meirelles. Finalmente, não poderia me omitir a respeito do imponente trabalho arquitetônico idealizado e elaborado pelo meu amigo, o talentoso arquiteto Antônio Caramelo, autêntico artista do concreto 140 modernista de nosso País. Ele mesmo, numa recente entrevista à revista “Premium” (Ano 2, n.º 8, páginas 56 a 61), confessa: “.... sinto como se estivesse começando hoje. Choro, fico alegre e às vezes não consigo comer em função do sentimento por aquilo que faço”; mais adiante, revelando grande amor por sua Bahia, ele afirma “enriquecer a paisagem de Salvador com empreendimentos de alta tecnologia e excelência de qualidade só semelhantes aos das cidades mais avançadas do mundo”. Em momento de límpido sentimento de amor, ele sintetiza: “Eu tentei trazer para a atualidade um projeto que pudesse surpreender e também emocionar, juntando qualidade e funcionalidade”. Realmente seus projetos são suntuosos e contemplativos de tal magnitude que o consagraram nacional e internacionalmente, a ponto de haver vencido recentemente três prestigiosos concursos de arquitetura, em Londres. Caramelo, você conseguiu a todos “surpreender e emocionar” a tal ponto de eu ter a audácia – da qual peço vênia – de proferir, surpreso comigo mesmo, o seguinte impulso emocional: Enfim pousou no Porto da Barra, esbelta Como uma gigantesca espacial asa-delta, Nossa nova Associação Atlética da Bahia. Abençoada por Deus, radiante de alegria, Deixando um passado de aflições e dor Trazendo um porvir de felicidade e amor. Parabéns Presidente Ademar Brito, membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, associados e funcionários da Associação Atlética da Bahia. Discurso de Ubaldo Marques Porto Filho Autor do livro, em andamento, “História da Associação Atlética da Bahia” Em primeiro lugar, parabenizo o vereador Pedro Godinho, autor do requerimento para a convocação desta Sessão Especial da Câmara Municipal de Salvador, com a única finalidade de homenagear a Associação Atlética da Bahia, que acaba de inaugurar um novo e monumental complexo sócio-esportivo-cultural. Por escolha da sua Diretoria, coube a mim a honrosa missão de escrever um livro contendo a trajetória dos 96 anos deste querido clube. Tudo começou em 4 de outubro de 1914, dia de São Francisco de Assis, o santo de plantão no dia do nascimento da Associação Atlética da Bahia. Deve-se o surgimento da Associação a um pequeno grupo de 10 fundadores, todos pobres, na maioria jovens comerciários. Isso mesmo, a Associação foi fundada para agregar trabalhadores no comércio em torno de jogos esportivos, especialmente o futebol. 141 O livro, que se encontra em fase de elaboração, foi dividido em quatro capítulos, que abrangem períodos distintos e bem marcantes na história da Azulina, expressão que a Associação ganhou em 1921, quando o vermelho e branco da fundação foi substituído pelo azul e branco e o time de futebol passou a usar uma camisa inteiramente na cor azul. O primeiro capítulo da história da Associação vai de 1914 até 1929, ano em que a Azulina se retirou do campeonato baiano de futebol, após tê-lo disputado por dez vezes, a partir de 1919, tendo obtido dois quintos lugares, um quarto lugar, um terceiro lugar, cinco vice-campeonatos e um título de campeão. Deixou as disputas do campeonato na condição de terceira força do nosso futebol, logo abaixo do Ypiranga e do Botafogo. A conquista do campeonato foi em 1924. E na equipe campeã jogava Alfredo Pereira de Mello, o Mica, o primeiro grande astro do futebol baiano, que se notabilizou por ser o primeiro baiano a vestir a camisa da seleção brasileira, sendo titular em todos os jogos que o Brasil disputou em 1923, todos fora do nosso país, pois foram realizados no Uruguai, pelo Campeonato Sul Americano, e na Argentina, pela Taça Brasil-Argentina e pela Copa Roca. O Grande Mica, como era chamado, constituiu-se no mais famoso jogador que vestiu a camisa da Associação Atlética da Bahia. O segundo capítulo da história da Azulina abrange um período de 54 anos, de 1930 a 1984, período em que a Associação viveu suas maiores glórias, como clube social da elite baiana, promovendo grandiosas festas dançantes e bailes carnavalescos que entraram para a história dos carnavais baianos. No início da década de 1950, costumava circular pelas dependências da Azulina uma adolescente de rara beleza, filha de um conceituado engenheiro e professor. Chamava-se Martha Rocha, que em 1954, num intervalo de 69 dias, obteve três importantes títulos: Miss Bahia, Miss Brasil e segundo lugar no Miss Universo, este último conquistado em Long Beach, Estados Unidos. Em seu retorno a Salvador, famosa nacional e internacionalmente, a Associação Atlética a homenageou com um baile dançante na noite de 3 de novembro de 1954. O segundo capítulo do livro trata também das inúmeras competições esportivas amadoras, no tênis, vôlei, basquete, futebol, futsal, natação e artes marciais, dentre outras modalidades. Com suas escolinhas esportivas, a Associação transformou-se numa verdadeira fábrica reveladora de talentos e campeões. Apenas para citar um exemplo, foi da Associação que saiu Patrícia Medrado, a maior tenista brasileira depois do fenômeno Maria Esther Bueno. O terceiro capítulo da história do querido clube da Barra, compreende o período do declínio e das dificuldades provocadas pelas mudanças de hábitos dos brasileiros e também por vícios enraizados no sistema de administração dos clubes sociais. 142 Os novos hábitos, que mudaram antigos conceitos de entretenimentos e moradia, atingiram em cheio os clubes tradicionais. Por exemplo, o surgimento dos condomínios, disponibilizando equipamentos e serviços até então privativos dos clubes sociais, provocaram a redução na freqüência dos associados. E como conseqüência natural, a maioria dos clubes brasileiros foi severamente atingida. Os que tinham se agigantado, que possuíam elevados custos fixos mensais de manutenção e que dependiam primordialmente da arrecadação das contribuições dos associados, foram sendo paulatinamente sufocados. Com a queda irreversível na receita que era proporcionada pelos associados, dezenas dos grandes clubes, das principais cidades brasileiras, perderam o glamour, endividaram-se e acabaram fechando as portas. E a Associação Atlética da Bahia também esteve na iminência de ter o mesmo fim. Algumas pessoas chegaram inclusive a preconizar que somente um milagre salvaria a Associação do atoleiro de dívidas. Começa então o quarto capítulo do nosso livro, com a luta titânica de Ademar da Silveira Brito e sua equipe de assistentes, que iniciaram os procedimentos para a salvação da Associação. E o caminho para a retirada da Azulina da dramática situação, passou, necessariamente, por um tratamento de choque, ou seja, pela demolição de toda a estrutura física do antigo clube. Em seu lugar, um novo clube foi erguido, projetado e construído de acordo com a nova realidade para os clubes sociais, esportivos e culturais, conciliando entretenimento com atividades comerciais e de serviços, para poder garantir a auto-sustentabilidade e eliminar o fantasma da mortal inadimplência dos associados. E hoje estamos, todos nós, aqui, neste plenário histórico, reunidos para celebrar e dar as boas-vindas à nova Associação Atlética da Bahia, que foi inaugurada sábado passado, 27 de novembro de 2010, dia de São Virgílio, o santo de plantão no final do milagre do renascimento da Associação Atlética da Bahia. Com o renascimento de suas atividades sociais, esportivas e culturais, a Associação constituir-se-á, com certeza, em mais um instrumento para contribuição das ações que visam afastar os jovens das tentações das drogas que infelicitam uma parcela da juventude brasileira. Enfim, estão de parabéns todos os diretores, os membros da Comissão Fiscal, do Conselho Deliberativo e da Comissão de Obras. E, em especial, devemos, todos nós, reverenciar o trabalho incansável do Presidente Ademar da Silveira Brito, o grande comandante do renascimento da Associação Atlética da Bahia, para o qual solicito uma salva de palmas. 143 Discurso de Clóvis Cavalcanti Bezerril Presidente da Central das Entidades do Rio Vermelho O bairro do Rio Vermelho irmana-se às manifestações de regozijo pela inauguração, no dia 27 do mês passado, da nova sede da Associação Atlética da Bahia, que se repaginou para dar continuidade às suas relevantes atividades sociais, esportivas e culturais. Por esse memorável acontecimento, a Central das Entidades do Rio Vermelho, parabeniza os associados, conselheiros e diretores da Associação Atlética, clube que possui ligações históricas com o nosso bairro. Por tradição, a Azulina sempre teve entre seus associados inúmeros e importantes moradores do Rio Vermelho. E nesse momento histórico, não poderíamos deixar de parabenizar o Presidente Ademar da Silveira Brito, que comandou com eficiência exemplar a construção da nova Associação Atlética da Bahia, que volta a ser uma referência para o bairro da Barra e a própria Cidade do Salvador, onde, inclusive, se insere como o melhor clube social da capital baiana. Graças à competência de Ademar e de toda a sua briosa equipe de abnegados, a Associação Atlética ressurgiu, aos 96 anos, com uma roupagem jovem, para enfrentar os desafios impostos pelo século XXI e poder promover, com brilhantismo, as festividades do seu centenário de fundação, que transcorrerá em outubro de 2014. Por fim, deixo também consignados os parabéns ao vereador Pedro Godinho, pela iniciativa da convocação de uma Sessão Especial da Câmara Municipal de Salvador, a primeira que se realiza na mais antiga casa legislativa do Brasil em homenagem a um clube social. E essa primazia coube, por justo merecimento, à Associação Atlética da Bahia. 144 145 146 TESTEMUNHO DO PRESIDENTE DO SINDICLUBE O Sindicato dos Clubes do Estado da Bahia (Sindiclube), reconhecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, é a representação da classe patronal dos clubes sociais, esportivos, classistas, culturais, carnavalescos, recreativos e ou congêneres, amador ou profissional da Bahia. Seu presidente, Alfredo Vasconcelos, escreveu o artigo abaixo, em que sintetizou os dois discursos feitos de improviso na inauguração da nova Associação e na Sessão Especial da Câmara Municipal de Salvador. A crise nos clubes sociais Depois de tantas histórias de sucesso e de glamour que os nossos clubes viveram e que milhares de pessoas testemunharam a fase de sucesso e desenvolvimento na década de 1980 começa a fase de insucessos das instituições clubísticas, marcadas por capítulos distintos. É como se fosse, por exemplo, a trajetória de vida do ser humano, que nasce, cresce com saúde e progressos constantes e atinge sua maturidade em plena forma e conquista de glórias. Um dia este ser humano começa a ser atingido por pequenas enfermidades, que vão pouco a pouco minando sua resistência e reduzindo as suas forças e a sua capacidade de reverter o quadro, que vai se agravando a cada dia. Com o passar dos anos, deixa de ser lenta a progressão das doenças e enfermidades e o quadro de decadência fica cada vez mais evidente e feroz. Foi assim que aconteceu com a maioria dos clubes sociais de nossa cidade. Não podemos falar da “crise” dos clubes sociais de Salvador sem antes citar as doenças ou enfermidades que deram origem a todo o processo. Vejamos: quantas grandes empresas, instituições e grupos econômicos sucumbiram nos últimos cinquenta anos? Quantos exemplos podemos citar de casos de verdadeiros impérios que ruíram e que se tornaram decadentes da noite para o dia? Com os clubes não foi diferente e, exatamente partindo desses exemplos, é que posso dar o meu depoimento com base em registros de fatos ocorridos. Mudança de comportamento Como nas grandes empresas, os dirigentes dos clubes acostumaram-se a conviver com o sucesso e acomodaram-se na certeza de que a fase de “galinha dos ovos de ouro” nunca acabaria e esqueceram de cuidar da saúde dos clubes, que aos poucos foi sendo minada com a cruel doença chamada hoje de: mudança comportamental das novas gerações. A gravidade da situação e os fatos que deram origem à crise que afetou os tradicionais clubes de direito privado de nossa cidade, mudou todo o quadro de uma forma avassaladora. 147 Houve uma acomodação por parte dos dirigentes, que acreditavam na máxima de que “em time que está ganhando não se mexe”. Este pensamento e a filosofia de que antes deu certo, aliados à falta de criatividade e de visão para novos tempos, foram fatores cruéis com as gestões dos clubes sociais. Herança de costumes caseiros Os dirigentes dos clubes herdaram atitudes comportamentais conhecidas como “jeitinho brasileiro” e, ao longo dos anos, “tamparam o sol com a peneira”. Os tempos mudaram e o conceito de vida da sociedade e as modificações deram lugar ao profissionalismo. Os clubes que tinham em sua totalidade dirigentes abnegados e bem sucedidos na vida profissional, nos mais diversos ramos de atividades, exerciam influência em diversos setores econômicos e políticos de nossa cidade, e não perceberam as mudanças que estavam ocorrendo com as novas gerações de associados. Os clubes tradicionais eram frequentados por políticos e pessoas públicas com forte influência nos mais diversos segmentos e, funcionavam como “quebra galho”. Essa junção de pessoas com interesses comuns, acabava por encontrar soluções para os problemas dos clubes de forma paliativa e com isto as doenças eram combatidas de forma enganosa, sem um diagnóstico objetivo e uma análise correta das verdadeiras causas. Essas soluções encontradas eram tantas, que posso citar como exemplo os conhecidos “Decretos Municipais”, publicados por prefeitos de nossa cidade, que davam isenção de impostos para alguns clubes, e seus dirigentes levavam a vida inteira sem nada pagarem, certos de que a situação não mudaria jamais. Poderia citar mais dezenas de casos como esse e outros. Esvaziamento dos clubes e decadência As mudanças ocorridas em nossa cidade afetaram todos os conceitos de vida das novas gerações de nossa sociedade. Novos tempos, mudança de hábito e de comportamento da juventude davam sinais evidentes de que o conceito de clubes sociais deveria acompanhar os novos apelos das novas gerações, e nada foi feito. Como que num passe de mágica, tudo que tinha sido aplicado nas gestões administrativas do passado, e que deu certo, pois levou os grandes clubes, e até mesmo aqueles menores, ao caminho do sucesso, acabou. De uma hora para outra foram afetados de uma forma tão implacável, que nada mais dava certo. Todas as experiências de vida dos dirigentes e os modelos administrativos pareciam congelados pelo tempo. O que antes era motivo de sucesso passou a ter resultados com consequências desastrosas. Não adianta buscar culpados; como já citei, tudo não passou de um conjunto de fatores que, ao longo dos anos, minaram a saúde dos clubes e que não foram levados a sério e com competência, para serem corrigidos. 148 Iniciou-se a fase de esvaziamento dos clubes sociais de nossa cidade. Os clubes passaram a conviver com as inadimplências, e uma série de fatos negativos surge de uma só vez, desgastando a imagem dos clubes sociais, que passaram a ser notícias de fatos negativos. Entre eles estão: execuções fiscais, penhoras por dívidas trabalhistas e fiscais, interdição pela saúde pública, pela Sucom, leilões, entre outros. Cada manchete de jornal afastava ainda mais os associados dos clubes, provocando o esvaziamento e agravando ainda mais o quadro. Com dívidas, com um quadro de sócios reduzido e envelhecido, e na grande maioria remidos, não podendo mais contar com os “amigos” influentes, a decadência instala-se nos clubes. As sedes, desgastadas pelo tempo e já sem atrativos, começaram a perder espaço para o surgimento das concorrências. Como se não bastassem esses diversos fatores, a galope vieram também as cobranças de impostos, antes mascarados pelos decretos sem base constitucional legal e as leis ambientais regulamentando a poluição sonora, proibindo assim a realização de grandes eventos. Passaram a acontecer fiscalizações de todos os tipos, com os autos de infração que, antes eram tornados sem efeito com um simples telefonema para os amigos. Cheios de doenças sem tratamento, dívidas se acumulando, execuções fiscais, reclamações trabalhistas e sem o associado, os clubes já demonstravam sinais de fragilidade quando a juventude afastouse dos clubes. O afastamento dos jovens deu-se com a evolução das escolas particulares. Antes o esporte era forte nos clubes e, de repente, melhores escolas passaram a oferecer uma estrutura superior e com ar de modernidade para a juventude. Novos equipamentos, bolsas de estudos para os melhores atletas e centenas de novas motivações. As famílias sofreram profundas influências, tanto de forma positiva, como negativa, em decorrência das transformações econômicas. Quem melhorou de vida buscou outros espaços, e quem perdeu poder econômico afastou-se dos clubes sociais. Terceirizações Já vivendo precariamente com a receita de poucos pagantes e sendo frequentado por sócios remidos, os clubes buscam soluções para os problemas, terceirizando diversos setores e entregando seus espaços, tendo como reflexo a perda de identidade. O que parecia uma solução transformou-se em problema. A maioria dos terceirizados chegaram aos clubes e passaram a explorar espaços sem o menor comprometimento com o quadro social, que já estava descrente e desgastado. O associado passa a ver o clube como um meio de negócio para os empresários e que em muitos casos estavam ligados aos diretores dos clubes, evidenciando a falta de transparência. Juntamente com a terceirização havia os antigos funcionários efetivos dos clubes, com salários baixos e atrasados, sem nenhuma motivação, e vivendo de 149 vales semanais. A busca de receita alternativa obrigou os dirigentes a alugarem seus espaços para eventos. No princípio deu certo, mas como estes espaços apresentavam sinais de abandono e decadência, logo os especialistas em eventos montaram seus estabelecimentos e levaram seus clientes para fora dos clubes. Chamo atenção de todos para observarem as causas e os efeitos de uma doença que não foi tratada com cuidado nos primeiros sinais. O carnaval sai do clube e vai para as ruas Com todos os males evoluindo, ainda restava nos clubes a tradição dos carnavais. Os sócios passavam o ano afastado e no carnaval pagavam seus débitos e participavam dos tradicionais bailes, já carinhosamente retratados e cantados em versos e prosas. Finalmente veio o golpe fatal. O carnaval saiu dos salões tradicionais dos clubes sociais e invadiram as ruas e avenidas de nossa cidade, e hoje sabemos que é uma das maiores indústrias do nosso estado e de nosso país. Interessante é que, pessoas que definitivamente levaram o carnaval para fora dos muros dos clubes sociais, nasceram e se criaram nos carnavais de clubes. Muitos começaram sua vida empresarial carnavalesca “explorando” os clubes sociais. Não é correto afirmar que os clubes entraram em decadência pelo fato da cidade ter crescido e devido aos novos empreendimentos imobiliários serem construídos com estrutura de clubes. Isso é uma forma de continuar a “tampar o sol com a peneira” e de amenizar os efeitos da acomodação, além de não querer reconhecer que houve falha de gestão e falta de uma visão futurista quando os clubes estavam em boa situação. Em várias cidades e capitais brasileiras, os clubes sociais bem administrados, convivem lado a lado com o que há de mais moderno em termo de condomínios residenciais e nem por isso perderam seus espaços ou seus associados. Reconhecemos tratarse de uma forte concorrência, como são as nossas praias, as casas de eventos, casas de espetáculos espalhadas pela cidade, entre tantas outras concorrentes. Discordo quando alguns especialistas apontam como causa da decadência dos clubes, a elitização e consequente exclusão de grupos e pessoas. O mundo será sempre ocupado por pessoas que buscam seus iguais e, ao assumirem esse comportamento, elas se afastam dos demais, com os quais não se identificam pelos mais diferentes motivos. Os jovens costumam denominar seus grupos como “tribos”. A vida é feita de ciclos, e é nisso que acredito. As gerações estão em constantes mudanças e conflitos. Os paradigmas estão aí para serem quebrados. Muito do que foi bom para os nossos avós e para nossos pais, já não é bom para nós e não serve para nossos filhos. 150 Nova Associação No momento mais forte da crise dos clubes sociais, o Presidente Ademar da Silveira Brito soube usar sua experiência e teve coragem para aceitar novos desafios. Demonstrando capacidade, fez a tão querida Associação Atlética ressurgir das cinzas e uma nova Azulina foi erguida no coração da Barra, marcando seu território com moderno projeto arquitetônico. A nova Associação, com uma bela história de vida, marca uma nova fase no conceito de clubes sociais do nosso estado. A importância da Associação para a vida social de nossa cidade é por demais significativa e será motivo de incentivo para os demais clubes. O esporte ganha um presente da melhor qualidade e logo a juventude voltará, motivada e orgulhosa, ao seu clube. Um espaço para formação de atletas e para receber os antigos desportistas, que estavam sentindo falta de um espaço com novos e modernos equipamentos, chega em boa hora, e exatamente no momento em que os baianos vivem e respiram a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. A minha humilde participação nessa obra que registra a vida da Azulina fundamenta-se na experiência vivida dentro dos clubes sociais nos últimos trinta anos, quer seja como Presidente do Clube Campomar, Presidente de Federações, Diretor de Confederações Esportivas, e Presidente do Sindicato dos Clubes do Estado da Bahia (Sindiclube). É um depoimento de experiências vividas nos bastidores dos clubes baianos e de outros estados. Fiz questão de policiar-me ao máximo para não apresentar dados estatísticos e para não fazer citações por questão de coerência e respeito a todos os dirigentes de clubes, que na sua grande maioria já receberam seus clubes contaminados e lutam para mudar esse quadro. Ao contrário de alguns pessimistas eternamente de plantão, reafirmo que acredito no ressurgimento dos clubes sociais que sobreviverem à crise, que já esteve mais grave, devendo sim haver profissionalismo, administração participativa de ideias e trabalho, e sendo exterminados todos os vícios que levaram os clubes sociais a se apequenarem. Acredito na importância dos clubes sociais, não somente os mais tradicionais, como os menores, nos bairros e comunidades mais humildes. Os dirigentes devem ter competência para implantar modelos administrativos capazes de atrair para seus clubes, investidores com receitas alternativas que possam congregar seus associados e serem capazes de formalizar projetos de contrapartida para os poderes constituídos em troca de benefícios coerentes com seus objetivos e finalidade, de uma forma harmoniosa e transparente, visando aos anseios de toda a sociedade. Nova postura e profissionalismo Chega de pedir favores e andar pelos corredores dos políticos 151 com o pires na mão. Essa postura deve ser extirpada e substituída pelo profissionalismo, sabendo utilizar as Leis de Incentivos Fiscais e os Projetos de boa qualidade que os clubes devem encaminhar para o Ministério dos Esportes que destina verba para o segmento clubístico. Atingiremos nossos objetivos e seremos vistos pelos políticos amigos de uma forma mais respeitosa, se mostrarmos competência e lisura na administração dos nossos clubes. É claro que não podemos fazer omeletes sem quebrar os ovos. Os associados que ainda restam, devem se desligar do saudosismo e entender que os atuais Dirigentes dos Clubes sobreviventes devem ser empreendedores de responsabilidade. Sendo assim, com total transparência, os dirigentes devem assumir uma postura de coragem, respaldados pelas Assembleias Gerais e pelos Conselheiros, tomando atitudes que venham garantir a revitalização dos seus clubes da melhor maneira possível, com novos conceitos, tomando como exemplo o que foi feito pelo Presidente Ademar da Silveira Brito na Associação Atlética da Bahia. Alfredo Vasconcelos Presidente do Sindiclube DIRIGENTES DO RENASCIMENTO DIRETORIA COM MANDATO ATÉ 2012 Presidente Ademar da Silveira Brito Vice-Presidente Administrativo e Financeiro Boris B. F. Pessoa Diretor Administrativo Antônio Heider Lago Bomfim Diretor Financeiro Antônio Cruz Moreira Alves Diretor de Contabilidade Daniz César de Souza Diretor de Marketing Roberto Carrilho da Silva Diretor de Tecnologia da Informação Luiz Henrique Behrens Vice-Presidente Social Adilson Lima Ramos Diretor Social Maria de Fátima Garrido Ruas Gaspar Pedreira Diretor Médico Rosalvo Coelho Neto 152 Diretor de Relações Públicas Geraldo Rabelo de Brito Filho Vice-Presidente de Esportes Jorge Machado de Pinho Diretoria de Futebol Edésio da Silva Góes Ney Souza Gavazza Diretor de Basquete Ronaldo Junqueira Rohrs Diretor de Voleibol Roberto Conceição Marcelino Diretor de Esportes Aquáticos Leonardo Caldas Scardua Diretor de Jogos e Esportes de Salão Luiz Henrique Portela Brim Diretor de Artes Marciais Virgílio José Rios Leiro Diretoria de Tênis Edilberto Prado da Silva Emerson Ferreira Mangabeira José Nogueira Elpídio Luiz Alberto Menezes Sampaio Diretor de Esportes Olímpicos Cláudio Miranda de Carvalho Vice-Presidente Patrimonial e Diretor de Atividades Culturais Carlos Maurício Torres Diretoria de Obras Marcos Antônio Pinto Guerra Sérgio Passarinho Soares Dias Diretor de Sede Aloísio Coelho Messeder Vice-Presidente Jurídico Edvaldo Pereira de Brito Diretoria Jurídica Paulo Eduardo Caldas Rosa Clínio Mayrinck M. de Andrade Neto Gustavo Alvarenga Miranda Diretor Secretário Gilberto Francisco Teixeira Villela Assessores da Diretoria Lúcia Maria Rebouças Meirelles Tarcísio Alves Torres 153 COMISSÃO FISCAL Dilce Maria da Silva Behrens (Presidente) Theócrito Baptista Nilo Malafaia Jorcelino Tavares Bastos Álvaro de Souza Filho Ivan Perazzo Freitas Moacir Pinto de Andrade Gildo Raimundo Lopes MESA DIRETORA DO CONSELHO DELIBERATIVO Presidente Valfredo Oliveira Santos Vice-Presidente Raimundo Lisboa 1º Secretário Miguel Falcão da Silva MEMBROS DO CONSELHO DELIBERATIVO Conselheiros Natos Ademar da Silveira Brito Alberto Florêncio da Silva Jorge Diniz Gonçalves Beltrão Conselheiro com Mandato 2009-2012 Adri Viana Lago Antônio Cruz Moreira Alves Aurélio Pires Carlos Maurício Torres Claudio Bomfim Machado Claudio Manoel Lima Sampaio Clóvis Oliveira Mota Dilce Maria da Silva Behrens Edgar Viana Filho Edilberto Prado da Silva Evandro de Carvalho Guedes Filho Fernando de Oliveira Reis Helvécio Ribeiro Meira Joaquim Ribeiro Ruas Gaspar Jorcelino Tavares Bastos 154 Jorge Machado de Pinho Lúcia Maria Rebouças Meirelles Luiz Henrique Portela Brim Murilo Moreira Barreto Nilo Malafaia Ronaldo Junqueira Rohrs Rosalvo Coelho Neto Theócrito Baptista Conselheiros com Mandato 2010-2013 Adilson Lima Ramos Antônio Carlos Lopes Pontes Antônio Pinheiro Monteiro Augusto César Rios Leiro Aurelino Damasceno Passos Aylton Walter do Nascimento Benadir Hunter Carlos Alberto de Carvalho Lima Carlos Alberto Pedreira Bamberg Cláudio Miranda de Carvalho Edgard Andrade Behrens Heráclito Gomes de Moura Jaime Simas Kraychete José de Araújo Leonardo Caldas Scardua Luís Eugênio Carvalho Lavigne Marcos Antônio Pinto Guerra Mário Carlos Lago Bomfim Maurício Silvestre de Farias Miguel Falcão da Silva Newton Vieira Mendes Odair de Jesus Conceição Tarcísio Alves Torres Teruo Mitani Conselheiros com Mandato 2011-2014 Abimael Oliveira Adilson Mendes Rodrigues Alan Azevedo Brito Álvaro de Souza Filho Amin Jamil Ana Marta Drumond Bittencourt Anderson Azevedo Brito 155 Antônio Carlos Oliveira Lago Antônio Heider Lago Bomfim Boris B. F. Pessoa César Augusto Oliveira dos Santos Esperidião dos Santos Araújo Gildo Raimundo Lopes Gilvan Figueiredo Galvão Ivan Perazzo Freitas José Luís Galvão P. Bomfim Luciano Oliveira dos Santos Mário Américo Bonfim Brito Ney Souza Gavazza Paulo Eduardo Caldas Rosa Raimundo Lisboa Sérgio Ribeiro Bastos Sérgio Ricardo Oliveira dos Santos Virgílio José Rios Leiro BENEMÉRITOS Ademar da Silveira Brito Carlos Ricardo Gaban Eduardo Jorge Mendes de Magalhães Eduardo Prisco Paraíso Edvaldo Pereira de Brito Edvaldo Pereira de Brito Filho Gerson Gabrielli Valfredo Oliveira Santos SÓCIOS HONORÁRIOS Antônio Caramelo Vasques Claudelino Monteiro da Silva Miranda Gaspar Sadoc da Natividade Pedro Luiz da Silva Godinho HOMENAGENS ESPECIAIS Em reconhecimento ao bem-sucedido trabalho liderado pelo construtor do novo clube, o Conselho Deliberativo, presidido pelo advogado Valfredo Oliveira, aprovou a moção do conselheiro Luiz Henrique Portela Brim, propondo que a sede da Associação Atlética da Bahia fosse oficializada como Complexo Sócio Cultural e Esportivo 156 Presidente Ademar da Silveira Brito. Ratificando tributos a dois presidentes de saudosa memória, o novo ginásio recebeu o nome de Ginásio Nilton Silva, e o salão nobre foi batizado como Salão Nobre Ministro Carlos Coqueijo Costa. As demais homenagens foram consignadas da seguinte forma: Campo de Futebol Soçaite Roberto Rebouças, Salão de Jogos Boris Pessoa e Salão de Jogos Infantis Luiz Brim. Com as quadras de tênis teve-se o mesmo procedimento, de também homenagear pessoas que muito colaboraram para o desenvolvimento desse esporte na Associação. Eis os batismos: A Quadra 1 chama-se Patrícia Medrado; a Quadra 2 tem o nome de Pedro Silva; a Quadra 3 recebeu a designação Evaldo Silva e a Quadra 4 a toponímia Lúcia Meirelles. CONSELHO SUPERIOR INTERCLUBES No dia 5 de janeiro de 2011, no blog (blogdenelsonrocha. blogspot.com) do conceituado jornalista Nelson Rocha, foi postada a notícia abaixo: AAB na seleta lista do Conselho Superior Interclubes Em uma nova fase, alcançada através de sua mudança estrutural e financeira, a Associação Atlética da Bahia – AAB acaba de alcançar a colocação de 30º clube social a integrar a seleta lista do CSI – Conselho Superior Interclubes, da Confederação Brasileira de Clubes – CBC. Esta aglutina13.826 clubes no país. Com isso os seus associados passam a ter direito ao Convênio de Intercâmbio Social e Desportivo Brasileiro, do qual fazem parte os tradicionais Esporte Clube Pinheiros e Alphaville Tênis Clube, ambos de São Paulo, dentre outros em todo o Brasil. A colocação permitirá à presidência e diretoria da AAB uma participação direta, maior e mais significativa, nas decisões político-administrativas tomadas pelo CSI durante o ano. Para Ademar da Silveira Brito, presidente da AAB, o posicionamento do clube dentre os mais expressivos e importantes do país, vem atestar o acerto em sua modernização, notadamente uma estrutura contemporânea e que servirá como centro de convivência de primeira classe para os seus associados. Ele lembra que o clube acaba de comemorar 96 anos de existência. E, diga-se de passagem, com uma bela sede nova no bairro da Barra. O Conselho Superior Interclubes, formado pelos clubes mais 157 representativos do Brasil, encontra-se integrado por 30 agremiações, na seguinte ordem alfabética: Alphaville Tênis Clube (SP), Assembléia Paraense (PA), Associação Atlética Banco do Brasil - Salvador (BA), Associação Atlética da Bahia (BA), Associação Brasileira A Hebraica de São Paulo (SP), Club Atlético Paulistano (SP), Clube Curitibano (PR), Clube de Natação e Regatas Álvares Cabral (ES), Clube Doze de Agosto (SC), Clube Jaó (GO), Clube Paineiras do Morumby (SP), Clube Recreativo Dores (RS), Esporte Clube Pinheiros (SP), Esporte Clube Sírio (SP), Graciosa Country Club (PR), Grêmio Náutico União (RS), Iate Clube de Brasília (DF), Iate Clube Jardim Guanabara (RJ), Jockey Club de Uberaba (MG), Minas Tênis Clube (MG), Pampulha Iate Clube (MG), Praia Clube de Uberlância (MG), Rádio Clube (MS), Santa Mônica Clube de Campo (PR), Sociedade de Ginástica Porto Alegre (RS), Sociedade Harmonia de Tênis (SP), Sociedade Hípica de Campinas (SP), Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto (SP), Sociedade Recreativa Mampituba (SC) e Tijuca Tênis Clube (RJ). 158 DEPOIMENTOS Lembranças da Primeira Sede Oréade Mesquita Marques Porto Lembranças da Segunda Sede Yvette Marques Porto Pavão O Ressurgimento com a Terceira Sede Boris B. F. Pessoa Ontem, Hoje e Amanhã Carlos Maurício Torres Memória Azulina Augusto César Rios Leiro Família Meirelles João Rubem Carvalho de Souza Homenagens Justas e Merecidas Odair de Jesus Conceição Um Clube Completo Edgar Viana Filho Um Clube Definitivo Luiz Henrique Portela Brim Sustentabilidade Financeira Antônio Cruz Moreira Alves Depoimentos na Revista Azulina Walter Queiroz Júnior Renan Baleeiro Edvaldo Brito Fátima Mendonça Antônio Brito Verônica de Macêdo Patrícia Trigueiros Jolivaldo Freitas Ademar Brito 159 Augusto Moura A inauguração da nova sede da Associação Atlética da Bahia coroou uma luta que durou cinco anos de batalhas inauditas, às quais àqueles que estiveram alheios nem imaginam quantos foram os duelos que travamos. Mais do que uma inauguração foi o ressurgimento! Boris B. F. Pessoa Vice-Presidente Administrativo e Financeiro da AAB 160 Lembranças da primeira sede Nasci sete meses depois da fundação da Associação Atlética da Bahia. Quando entrei na faixa dos quinze anos, completados em 3 de maio de 1930, meu pai, Júlio Adalberto Marques Porto, passou a levar-me, juntamente com minha irmã mais velha, Indira, para as festas no Clube Germania, mais conhecido por Clube Alemão, onde a nossa família tinha um tratamento especial, uma vez que o clube encontrava-se instalado em imóvel pertencente à minha mãe, Júlia Mesquita Marques Porto, que o herdou de seu avô, Francisco Fernandes de Mesquita. Papai dizia que era o clube com a maior área de Salvador. Ficava numa chácara cheia de árvores frutíferas, com entrada pelo início do Corredor da Vitória (espaço entre os atuais Icba e Acbeu) e se estendendo até o Canela, por onde se acessava à cavalariça. Havia um pavilhão de boliche e imensos salões no palacete térreo da sede propriamente dita. Também passei a frequentar a Associação Atlética da Bahia, sempre levada por meu pai, uma vez que as moças não podiam andar sozinhas, tinham que estar acompanhadas por alguém da família. E esse alguém era o meu próprio pai. Vivíamos numa época em que as jovens somente saíam de casa para ir à escola, aos ofícios religiosos, casamentos, formaturas, cinemas e alguns outros poucos eventos sociais, mas sempre, como já disse, na companhia de um familiar. Tenho lembranças da primeira sede da Associação Atlética, localizada pertinho do Porto da Barra. Somente não sei explicar como se deu o ingresso do meu pai no quadro de seus associados. Se foi por indicação do parente Clodoaldo Marques Porto, no período em que foi diretor da Azulina, ou se foi pela ocupação profissional do meu pai, tesoureiro da Companhia Empório Industrial do Norte, a indústria têxtil fundada por Luís Tarquínio. Meu pai também foi tesoureiro de três entidades muito importantes na época: Liceu de Artes e Ofícios da Bahia, Irmandade do Santíssimo Sacramento da Conceição da Praia e da Associação dos Empregados no Comércio da Bahia. Ele não tinha hábito de ir às festas que começavam à noite. Portanto, aos grandes bailes da Associação papai não comparecia. O que gostava mesmo era de passar o dia no clube, num domingo ou feriado. Chegava pela manhã, almoçava lá e somente voltava para casa à noitinha. Por isso, das festas eu somente participava quando realizadas na parte da tarde, as chamadas vesperais dançantes. Mas houve uma exceção. Não sei mais precisar a data. Recordome que estava com 17 anos quando papai chegou em casa dizendo 161 que iria à última festa da Associação, que para mim acabou sendo a primeira festa noturna. No baile houve uma grande manifestação pelo não fechamento do clube. O pedido dos associados foi atendido. A Associação constituía-se num importante local onde a juventude fazia novas amizades e as famílias se inter-relacionavam. Lembro-me ainda dos preparativos para a saída, pela primeira vez, de um corso organizado de carros abertos para conduzir foliões do clube no carnaval de 1934. Bem, sobre a sede da Azulina, ela estava instalada num solar assobradado, dispondo do chamado sótão. E a essa parte superior o acesso era restrito. Ouvia falar que lá em cima ficava uma biblioteca e a sala dos diretores. Todas as atividades sociais eram no térreo ou ao ar livre. Entre o sobrado e o gradil que o separava da rua, com um portão também de ferro, ficava um jardim. O clube estava situado dentro de um terreno amplo, uma pequena chácara com árvores frutíferas. Oréade Mesquita Marques Porto 96 anos 162 Lembranças da segunda sede A diferença entre mim e minha irmã Orinha, como todos na família chamam a Oréade, é de nove anos e nove meses. Por isso, não participei, como ela, de festas na primeira sede da Associação. Sou da fase da segunda sede, inaugurada em janeiro de 1941. Era uma sede sofisticada e belíssima, a melhor entre todos os clubes de Salvador. Diziam que a construção suntuosa foi um capricho da família Corrêa Ribeiro, que queria um clube à altura dos melhores que existiam na capital federal, Rio de Janeiro. Na minha geração não havia a necessidade das jovens solteiras saírem acompanhadas de um parente adulto. Já se permitia que as moças saíssem em grupos de amigas. E do meu grupo participavam, dentre outras, Alceste Caldas, Eliana Costa, Mirtes Kruschewsky e Suely Almeida. Íamos muito às Domingueiras da Associação, festas durante todo o dia, onde conversávamos, nos divertíamos, dançávamos, paquerávamos e namorávamos. Muitos namoros terminaram em casamentos. Às quartasfeiras, à noite, havia o Cinema da Associação, que também atraía muitos associados. As festas eram a tônica da Associação. E a maior delas, sem dúvida alguma, era o Sábado de Carnaval, que começava com o famoso Corso dos Automóveis, conduzindo famílias ou grupos de foliões. Os carros de passeio, com a capota arriada, saíam da Rua da Associação em demanda ao Campo Grande, onde a passeata carnavalesca motorizada realmente começava, acrescida pela adesão de dezenas de veículos de associados de outros clubes. O destino do corso era a Rua Chile, o ponto culminante do desfile. Mas, no trajeto de ida, a partir das Mercês, na Avenida Sete de Setembro, o povo já se aglomerava para aguardar a passagem dos carros enfeitados, tendo a bordo homens e mulheres fantasiados. E nisso havia uma saudável disputa, pois cada grupo caprichava na escolha das fantasias, para chamar mais atenção e fazer sucesso, tanto no desfile do corso como no salão da Associação. Muita serpentina, confete e lançaperfume, três elementos básicos no carnaval, completavam a festa e criavam uma simbiose com o povo postado nas calçadas, que retribuía com calorosos aplausos. O corso era tão prestigiado que algumas famílias alugavam automóveis de capota para marcarem presença no famoso desfile carnavalesco. Acho que todos os carros conversíveis existentes em Salvador participavam do grandioso cortejo que simbolizava a abertura 163 do carnaval. Após a passagem pela Rua Chile, os veículos dos associados da Azulina retornavam à sede do clube e o grande baile carnavalesco tinha início. A elite social em peso comparecia, pois dava status participar do carnaval no Sábado da Associação. Vivi esse período do Glamour Azulino até 1954, ano em que me casei com o paulista Levy Marques Pavão e fui morar em São Paulo. Lá, fiquei sabendo que o corso da Associação Atlética da Bahia havia sido extinto. Yvette Marques Porto Pavão 87 anos 164 O ressurgimento com a terceira sede Boris B. F. Pessoa Vice-Presidente Administrativo e Financeiro da AAB A inauguração da nova sede da Associação Atlética da Bahia coroou uma luta que durou cinco anos de batalhas inauditas, sobre as quais aqueles que estiveram alheios nem imaginam quantos foram os duelos que travamos. Mais do que uma inauguração foi o ressurgimento! Até os anos sessenta, frequentava-se um clube exuberante, festivo, onde os sócios, com suas famílias mantinham alegre convívio. Para muitos, uma extensão do lar. Nos anos setenta, julgou-se ser necessária a expansão. Era indispensável um ginásio poliesportivo à altura da denominação do clube. Para construí-lo, recorreu-se aos sócios, que anteciparam o pagamento de considerável número de mensalidades em troca de eterna remissão. Tinha-se, então, um imponente ginásio onde o esporte, em suas diversas modalidades, era praticado e muitas competições foram vencidas. Ao mesmo tempo, e ainda pelo esporte, julgou-se necessária uma piscina olímpica. Para o social, já havia uma piscina, inclusive com trampolins, e outra infantil. Construiu-se então a piscina olímpica. Dinheiro? O recurso era o mesmo. Nessa altura, o número de sócios remidos chegava a quase quatro mil! Não obstante, o clube seguia impávido na sua trajetória de vitórias. O ginásio e a piscina olímpica formaram campeões, que acumulavam títulos para o clube, não só nas suas excepcionais dependências, mas em outras, em excursões intermunicipais e até mesmo interestaduais. Vitoriosas e numerosas delegações! Viagens custeadas, é claro, pelo clube. A parte social prosseguia também na sua trajetória brilhante. O clube tinha uma belíssima área nobre com o salão iluminado por um esplêndido lustre de cristal, onde eram realizados eventos para os quais eram contratados artistas de renome, bailes, reuniões dançantes todos os sábados. Alegria, alegria! Além dos bares de apoio aos setores, havia um finíssimo restaurante onde o serviço compreendia baixelas de prata e talheres com o monograma da Associação Atlética da Bahia. Tudo funcionando perfeitamente. O número de empregados chegava a mais de duzentos. Havia almoxarife, ferreiro, eletricista, roupeiro e um batalhão de serviçais, que atendiam em todos os setores do clube. Mas nos bastidores, ou seja, na tesouraria, o clima não acompanhava a euforia exterior. Começava-se a sentir as consequências 165 da falta de previsão financeira dos gestores. No entusiasmo das ideias expansionistas, esquecia-se de que cada título remido vendido no mês representava uma mensalidade a menos no mês seguinte. Multiplique-se por quatro mil... Não se atribua a culpa aos remidos. Esses se dispuseram a colaborar, arcando com quantias, na época, elevadas. Muitos tiveram de recorrer às suas economias, no sentido válido de colaborar com a AAB e, ao mesmo tempo, assegurar para si e seus descendentes a livre frequência a um clube de excelência comprovada. Essa mesma falta de previsão financeira atingiu também outros clubes de Salvador, levando-os, mesmo, à extinção. E as dificuldades se avolumavam. Todos os tributos foram deixando de ser pagos. Como pagá-los, se não havia mais receita? O número de empregados foi sendo reduzido, mas sem o devido critério, advindo daí vultosas ações trabalhistas. Os eventos sociais foram minguando. As ações em juízo foram se sucedendo e, com elas, as penhoras. A Associação chegou a estar penhorada, não só o terreno, como, até mesmo os equipamentos, a exemplo das mesas de sinuca e do piano, há muito tempo intocado após muitas noites gloriosas. Veio então uma administração mais austera, que passou a adotar medidas para redução das despesas, com controle rigoroso dos gastos e campanha contra a inadimplência, com o que foi possível manter o local funcionando durante algum tempo. Todavia, a limitação das atividades socioesportivas foi causando gradativo afastamento dos sócios contribuintes e a ameaça da execução das ações em juízo foi se tornando insustentável. A receita caiu a ponto de ficar reduzida ao valor das mensalidades de apenas cento e trinta sócios. Forçoso foi, então, alienar uma parte da área para evitar as execuções que levariam à extinção do clube. Tal medida drástica foi, após meticuloso estudo da área de que se poderia dispor, levada ao Conselho e, por fim, à Assembleia Geral. Não havia outra saída. A venda foi realizada após o cumprimento de todas as formalidades e trâmites estatutários. Bem verdade é que essa área já não vinha sendo de qualquer utilidade para as atividades sociais. Degradada, estava em parte arrendada para proporcionar alguma receita. Com a metade do valor obtido com a venda, propunha-se liquidar as dívidas. Com a outra metade, construir uma nova sede. Restaria uma pequena parcela – cerca de 0,15% – para o funcionamento somente do essencial (secretaria/ tesouraria), com apenas onze funcionários em local improvisado. Com o andamento da obra, tal local foi sendo transferido. Realmente eram barracões, e sendo as instalações precárias, na 166 segunda mudança, um temporal destruiu a cobertura, tendo a água da chuva atingido os arquivos, danificando grande parte da documentação da AAB. Voltamos agora para o mencionado no – diriam os advogados – caput desta história. Teve início a luta ingente, inaudita, travada com dois objetivos principais: salvar a Azulina da iminente execução das dívidas existentes e construir uma nova sede para garantir a sua continuidade. Todavia, os débitos que deveriam ser liquidados com a metade do valor conseguido com a venda, R$ 5 milhões, chegavam a R$ 16 milhões em números redondos. É inenarrável a peregrinação do presidente Ademar Brito, muitas vezes acompanhado por um ou mais diretores, pelas repartições públicas, empresas e escritórios de advocacia. Na Prefeitura, as negociações se iniciaram com uma reunião com o prefeito, levando a uma série incontável de diretorias de órgãos municipais. Os processos passam de mão em mão. Se um só processo fica sem decisão, tranca tudo o mais que é preciso obter da Prefeitura. Havia processos que não se sabia com quem estavam ou onde estavam arquivados. Havia os prescritos, que não se conseguia que, como tal, fossem reconhecidos. Inúmeras e exaustivas foram as reuniões mantidas com a Caixa Econômica Federal. O mesmo com a Embasa e com o Desenbahia. E tantos outros problemas foram surgindo e causando constante preocupação, que, declino-me aqui de enumerá-los. O que cumpre declarar é que foram resolvidos! Chegamos, agora, ao segundo objetivo, acima mencionado, a ser alcançado com os outros 50% do valor – R$ 5 milhões – da venda de parte da área, qual fosse a construção de uma nova sede. Vou tentar sintetizar o que se passou ao longo desses cinco últimos anos. Feita a licitação pública para se conhecer os interessados na compra do que se propunha vender, da qual participaram várias construtoras de renome, as propostas foram examinadas por uma comissão nomeada e presidida por Ademar Brito, composta de sócios, sendo quatro arquitetos, um construtor, dois engenheiros e um advogado. A escolhida foi aquela que apresentou o melhor preço por metro quadrado, a Arc Engenharia. Esta, dada a magnitude do projeto, procurou recursos e associou-se com a Construtora Adolpho Lindenberg, de São Paulo, tendo o contrato para a construção de nossa sede sido assinado em 29 de abril de 2005. Posteriormente, por uma série de motivos, houve desistência de Lindenberg e a Arc procurou novo parceiro, associando-se, dessa vez, com a Agra, do Grupo Cirella, este o mais importante do país no ramo imobiliário. Rescindido o primeiro, o novo contrato foi assinado para a 167 construção da nova sede, criando-se para isso as SPE Barão de Itapoan e Barra Ville, que foram as responsáveis pelas obras. Torna-se evidente, conhecendo-se o tempo decorrido da data do primeiro contrato, que muitos percalços surgiram no caminho, que demandaram esforço e tempo para serem superados. Foram questionamentos da Prefeitura quanto ao fornecimento da licença para a construção, detalhes no processo que tiveram de ser alterados ou adaptados, problemas que surgiram na própria obra, mas que eram apontados a tempo, graças ao acompanhamento diário exercido pelo arquiteto previdentemente contratado pelo clube para fiscalizar os trabalhos. Questões outras obrigaram a diretoria a contratar assistência jurídica. Houve uma séria ameaça de paralisação das obras se não houvesse aporte de recursos. Tudo foi sendo superado, em um dia a dia de azáfama e preocupações. Finalmente, sobre os 12.483,64 metros quadrados da área remanescente surgiu uma nova sede com 28 mil metros quadrados de área construída, arquitetada nos moldes de clube autossustentável, não mais dependendo exclusivamente da contribuição dos sócios, permitindo assim, a limitação do seu número, mas podendo oferecer-lhes tudo o que havia anteriormente, aprimorado com a mais moderna tecnologia. A conclusão das obras de construção da nova sede, agora em 2010, significa a culminância da jornada heróica do presidente Ademar da Silveira Brito, que, coadjuvado pelos membros da sua diretoria, conseguiu a sobrevivência e o ressurgimento da Associação Atlética da Bahia para a sociedade baiana. Transcrito da revista Azulina, Setembro 2010. 168 ONTEM, HOJE E AMANHÃ Carlos Maurício Torres Vice-Presidente Patrimonial da AAB Já se vão mais de 60 anos que sou sócio da Associação Atlética da Bahia.Ingressei em 1949, como sócio-atleta, na gestão de Jorge Corrêa Ribeiro, que convocou diversos jovens para jogos internos, numa espécie de olimpíada, onde, dentre outros, destacaram-se Raimundo Braga, Hans Werner Von Usler, Alberto Casali, João Alfredo Quadros e Fonsequinha, que fizeram história na equipe de vôlei, da qual também participei. Na Associação conheci pessoalmente ex-presidentes muito respeitados pelos trabalhos que realizaram em benefício do clube, tais como Alex Von Usler, Rafael Menezes, Arquimedes Pires de Carvalho, Guilherme Carneiro da Rocha Marback e Fernando Corrêa Ribeiro. A partir de Jorge Corrêa Ribeiro, acompanhei de perto as gestões de Antônio Menezes Dourado, Gustavo Maia, Carlos Coqueijo Costa, Milton Pereira de Farias, Jorge Diniz Gonçalves Beltrão, Pergentino Holanda dos Santos Filho e Nilton Silva. Esses presidentes foram responsáveis pelo crescimento e por uma fase de vasto prestígio do clube. Promoveram ampliações e novas edificações, como piscinas e o ginásio de esportes, que colocaram a Azulina em grande evidência nos esportes e também na parte social. Lembro-me de promoções memoráveis, como o Concurso Miss Elegante Bangu, onde se destacou Nininha Pondé. Falar de ontem é prestar um tributo ao passado glorioso do clube, com suas histórias e realizações, onde além das práticas esportivas e das festividades, a Associação se constituía num lugar acolhedor e de saudável convivência social entre as famílias e filhos dos associados. Se ontem foi assim, impulsiona-nos o hoje a um amanhã que associa a tradição ao moderno, de forma equilibrada, corajosa e sábia. E nesse contexto destaca-se Ademar da Silveira Brito, o grande general da batalha do soerguimento e da construção da nova sede, que integrou o ontem ao hoje e que transformou a nova Associação em um novo cartão postal do paradisíaco bairro da Barra. E para que o clube de ontem pudesse ser o clube de hoje e do amanhã, o presidente Ademar contou, além do valioso apoio dos Diretores e Conselheiros, com os inestimáveis serviços dos seguintes Sócios Beneméritos: Eduardo Jorge Mendes de Magalhães, Edvaldo Pereira de Brito, Edvaldo Pereira de Brito Filho, Gerson Gabrielli e Carlos 169 Ricardo Gaban. Também importante foi a atuação de Pedro Luiz da Silva Godinho, Sócio Honorário. Com a nova Associação aconteceu um fato auspicioso e inédito, que merece destaque. Antes mesmo da sua inauguração, com as obras já concluídas mas aguardando a expedição do ‘Habitese” pela Prefeitura para que pudesse abrir as portas aos associados, o nosso clube recebeu o honroso convite para integrar o seleto grupo de clubes sociais participantes do Conselho Superior Interclubes (CSI), órgão da Confederação Brasileira de Clubes. Num universo de quase 14 mil agremiações brasileiras, somente 29 faziam parte do CSI, onde as exigências para o ingresso são muitas. A Associação foi o 30º membro admitido. A distribuição dos mesmos pelos estados é a seguinte: São Paulo possui 9 clubes, Minas Gerais 4, Paraná 3, Rio Grande do Sul 3, Santa Catarina 2, Rio de Janeiro 2, Bahia 2, Espírito Santo 1, Distrito Federal 1, Goiás 1, Mato Grosso do Sul 1 e Pará 1. Além de se constituir num reconhecimento em nível nacional, a participação no CSI vai permitir, dentro de um convênio de intercâmbio social e desportivo, que os associados da Azulina possam frequentar as dependências dos 29 clubes coirmãos e vice-versa. Por último, deixo aqui um convite aos turistas. Quando estiverem em Salvador e quiserem conhecer um clube especial, situado entre os melhores do país, o destino é o bairro da Barra e o clube é a Associação Atlética da Bahia. Texto adaptado do depoimento publicado na revista Azulina, Setembro 2010. 170 MEMÓRIA AZULINA Augusto César Rios Leiro Conselheiro da AAB Ao caminhar para o seu centenário, a Associação Atlética da Bahia inscreve, em 2010, um importante capítulo da sua história. Um ato do presente com grandes repercussões no futuro. No que pese o clube ter dado um passo atrás ao ceder parte do seu patrimônio, foram dados três à frente com o saneamento das suas contas e a edificação de uma nova sede, moderna e autossustentável. Ao longo do período de existência da nossa Associação, fundada em 4 de outubro de 1914, o mundo mudou e com ele a AAB. Cerca de um mês após sua fundação, o clube já entrava em campo para disputar com o Sport Club Caixeiral sua primeira partida de futebol. O desejo de atuação do grupo pioneiro ia além das quatro linhas e, ainda em 1914, levou a Associação a participar da reunião de fundação da Liga Sportiva da Bahia. Dando um salto na história, chegamos à década de 1950. O principal presidente desse período foi o ministro Carlos Coqueijo Costa que, dentre suas iniciativas, construiu as primeiras piscinas do clube, inauguradas no memorável dia 11 de outubro de 1958. Veio a década de 1970 e com ela um longo período de liderança e empreendedorismo do presidente Nilton Silva e seus principais colaboradores, como Terry Andrade, José Teixeira Freire, Edílio Martins, José Rocha e Fernando Chagas. Foram anos de expansão da Associação em diversas modalidades esportivas, realização de grandes eventos musicais, esportivos e carnavalescos, da criação da boate e de grandes investimentos em infraestrutura, que concorreram para consolidar a AAB como um dos mais importantes clubes sociais brasileiros. Outro salto e estamos em 1988. Com atuação marcante dos conselheiros Virgílio Leiro Campos, Péricles Chamusca e José Spósito Prazeres, é eleito e empossado presidente o jovem advogado Sinval Vieira, com quatro vices de peso: Ademar Brito, Reginaldo Fontes, Eugênio Silveira e Amaury Nader. Dois anos mais tarde, no dia 9 de abril de 1990, é aclamado como novo presidente Ademar da Silveira Brito. Senhor Ademar, como é tratado por todos, entrou definitivamente para a história da Azulina, não mais como artilheiro do campeonato de futebol dos veteranos, e sim como presidente que harmonizou as vontades. Ele comandou, ao lado dos senhores Boris Pessoa, Antônio 171 Heider, Virgílio José e Jorge Pinho, dentre outros, em quase duas décadas, de modo harmônico com o Conselho Deliberativo, presidido pelo advogado Valfredo Oliveira Santos, e com apoio dos funcionários do clube, a necessária unidade capaz de promover as mudanças. Inclusive, o presidente Ademar abriu sua casa para reuniões, ora tensas ora tranquilas, e nos encontros, traçou a caminhada, cujo principal intento foi reerguer a Associação. Agora, estamos próximos da inauguração da novíssima sede. No entanto, uma dívida o clube precisa resgatar. Falo da Memória Azulina. Nesses anos todos, associados, diretores e conselheiros, deram suas parcelas de contribuição para manter a chama azul acesa. É urgente recuperar toda essa memória e difundir, de modo digitalizado, todo o patrimônio escrito e imagético que ainda temos. As breves passagens históricas, presentes no texto em tela, só foram possíveis graças à coleção particular de um dos mais antigos sócios do clube, o octogenário ex-diretor e ex-conselheiro Virgílio Leiro Campos. As fontes consultadas da coleção foram: a revista Azulina, coordenada brilhantemente pelo falecido Fernando Protásio, e o Informativo O Azulino, coordenado por Edgar Viana Filho e Sara Jacob. Ambos os periódicos contaram com diversos colaboradores, como Newton Mota, Carlos Senna, Ivo Rangel e Alberto Miranda. Adaptação do texto publicado na revista Azulina, Setembro 2010. 172 FAMÍLIA MEIRELLES João Rubem Carvalho de Souza Ex-Diretor de Relações Públicas da AAB Presenciei a trajetória marcante de uma família na prática do tênis. Refiro-me ao clã Meirelles, constituído por Lúcia, Cid e suas filhas, Vânia, Tânia, Ivana e Itana. Eles formaram a mais importante família na história do tênis na Associação e na Bahia. O patriarca, Cid Meirelles, não disputou torneios, pois encarava o tênis apenas como uma atividade de lazer, sem nenhum compromisso de disputas oficiais. A matriarca, Lúcia Meirelles, só teve o dom despertado quando as filhas já jogavam tênis. Tornou-se atleta extemporânea e disputou torneios de masters, mas somente na Bahia, sem aventurar-se às disputas em outros estados. E nas quadras baianas conquistou vários títulos em sua categoria. As filhas tiveram o dom do tênis descoberto bem cedo, por Rose Summers, uma especialista em diagnosticar futuras grandes atletas. Da mesma forma que enxergou o potencial da sobrinha, Patrícia Medrado, a senhora Summers acertou ao incentivar as quatro irmãs Meirelles, fazendo-as trocar a natação pelo tênis. Vânia, Tânia, Ivana e Itana Meirelles obtiveram enorme sucesso nas diversas categorias etárias pelas quais foram passando. O potencial de cada uma aflorou em 1975. Todas foram campeãs na Bahia, venceram circuitos no Norte-Nordeste e ganharam competições nacionais promovidas pela Confederação Brasileira de Tênis. Cada uma conquistou dezenas de troféus importantes, que no somatório formou uma coleção de centenas de títulos para a Associação Atlética da Bahia. A primeira grande conquista nacional coube a Ivana, campeã brasileira de 1975, em simples até 10 anos. No ano seguinte, foi a vez de Vânia conquistar o título brasileiro de simples até 14 anos. Em 1977 Itana ganhou o brasileiro até 12 anos, em três versões, simples, dupla feminina e dupla mista. Nesse mesmo ano Tânia ficou com o título brasileiro de simples até 14 anos. Sobre essa última conquista o jornal A Tarde, na edição de 11 de julho de 1977, publicou a seguinte notícia: Os treinadores José Evaldo da Silva e Pedro Silva, ambos da Associação Atlética da Bahia, revelaram mais uma grande tenista: Tânia Meirelles, de uma família de tenistas, acaba de ser convocada pela Confederação Brasileira de Tênis, para disputar, na categoria de 13 a 14 anos, o Sul173 Americano, na Venezuela. O Estado de S. Paulo, um dos mais influentes jornais do país, publicou em 12 de março de 1978 uma ampla matéria sobre as quatro irmãs Meirelles, donde retirei o parágrafo abaixo: Se para uns, como Gabriel Carlos de Figueiredo, presidente da Confederação Brasileira de Tênis, elas se constituem no “fenômeno baiano”, outros vão mais longe, prevendo o futuro de cada uma entre as melhores tenistas do mundo, conseguindo em menor prazo de tempo o que Patrícia Medrado fez até o momento pelo tênis brasileiro. No entanto, o jornalista José Sinval Soares, que assinou reportagem no Estadão, como é chamado O Estado de S. Paulo, fez a seguinte observação técnica: Chega a ser triste ver essas meninas praticamente desperdiçadas aqui na Bahia. Teriam que ir logo para outro Estado, São Paulo no caso, ou então para um país como os Estados Unidos, onde pudessem estar sempre evoluindo. Elas já não possuem mais adversárias à altura em Salvador. Como a família preferiu priorizar os estudos delas em Salvador, as extraordinárias irmãs Meirelles continuaram treinando na Associação e tiveram de abrir mão de alcançar a evolução que as colocassem no circuito do tênis profissional, que exige participação em jogos internacionais. Tânia Meirelles foi a única das irmãs consagradas no tênis amador que ensaiou uma carreira profissional, pois competiu fora do Brasil, em campeonatos na Venezuela, Chile, México e Estados Unidos. Mas logo desistiu de continuar, uma vez que não se adaptou aos longos períodos distantes do convívio familiar e longe das quadras brasileiras. Num reconhecimento ao histórico da família Meirelles na vida da Azulina, a quarta quadra da nova Associação recebeu o nome de Lúcia Meirelles, matriarca do clã das tenistas que enriqueceram a galeria de conquistas do clube com inúmeros troféus e medalhas. 174 HOMENAGENS JUSTAS E MERECIDAS Odair de Jesus Conceição Conselheiro da AAB Em reconhecimento ao seu bem-sucedido trabalho, o Conselho Deliberativo da Associação Atlética da Bahia, deliberou prestar uma homenagem perpétua ao grande benemérito e comandante do ressurgimento da Associação Atlética da Bahia, presidente Ademar da Silveira Brito. Na sessão de 20 de outubro de 2008, por proposta do conselheiro Luiz Henrique Portela Brim, foi aprovada por unanimidade dos membros do Conselho que a nova sede, que seria inaugurada no dia 27 de novembro de 2010, fosse oficialmente denominada de Complexo Sócio Cultural e Esportivo Presidente Ademar da Silveira Brito. Para quem esteve de fora e que não acompanhou as batalhas que tiveram de ser vencidas para que o sonho de uma nova Associação se transformasse em realidade, pode parecer que a colocação do nome do presidente seja um culto à personalidade, o que é muito comum a certos governantes que dirigem municípios e estados, que se homenageiam indevidamente, colocando seus nomes em logradouros púbicos, escolas, postos de saúde e outros empreendimentos públicos. Isso, sim, é culto à personalidade. O caso da Associação é completamente diferente. A homenagem foi em reconhecimento a um trabalho inaudito, de cinco anos, de um presidente que largou tudo para se dedicar, em tempo integral, à missão de comandar o processo do renascimento da Associação, que muitos associados julgavam impossível de acontecer. Muitos clubes por esse Brasil faliram, fecharam as portas e seus patrimônios foram levados à hasta pública, porque não tiveram dirigentes competentes, pertinazes e que buscassem as soluções de seus problemas. Aqui mesmo em Salvador, tivemos o exemplo do Clube Português da Bahia, dono de uma belíssima sede, inaugurada em 1º de dezembro de 1964, em local privilegiadíssimo da faixa litorânea, que se transformou num cartão postal da Pituba. Pois bem, não existe mais, foi demolido e seu espaço transformado em praça pública. É bem verdade que o Clube Português, edificado em terreno de marinha não poderia vender parte da área para a construção de um empreendimento imobiliário, como a Associação procedeu. Além de não poder vender o que não lhe pertencia, a área era pequena para ser desmembrada. Mas o Clube Português, também atolado em dívidas com o 175 IPTU, tinha solução. Mas essa solução passava, necessariamente, pela disponibilidade de um líder competente. Infelizmente, lá não havia um Ademar da Silveira Brito. Se tivesse, ele teria encontrado a solução. Ora, a negociação passaria pelo Consulado Português na Bahia, pela Embaixada de Portugal no Brasil, pelo Governo Português e até mesmo por grandes grupos empresariais com sede em Portugal e interesses no Brasil, especialmente na Bahia. Enfim, poderia haver articulações para o clube ser considerado como uma extensão de Portugal na Bahia e, como tal, haveria negociações para a redução dos valores cobrados pelo IPTU. Em suma, se o presidente de lá fosse um Ademar, ele teria pegado o avião e feito viagens a Brasília e Lisboa, e encontrado os caminhos para garantir a sobrevivência do clube e colocá-lo dentro de um novo modelo operacional. Por isso, pela grandiosidade do trabalho que Ademar realizou na Associação, salvando-a da extinção, os conselheiros da Associação Atlética da Bahia não poderiam, em hipótese alguma, fechar os olhos e desconsiderar a importância do trabalho do seu obstinado presidente. Ademais, a melhor das homenagens é aquela que é prestada ao benfeitor em vida. E isso foi feito, de forma justa, merecida e inquestionável. Também merecidos foram os nomes de batismo dados às dependências do clube: o Ginásio de Esportes continuou com o nome do ginásio antigo, Nilton Silva; o Salão Nobre também com o nome de um ex-presidente, Carlos Coqueijo Costa. Nas quatro quadras de tênis foram prestados tributos a nomes marcantes na história tenística do clube: a três personalidades vivas, Patrícia Medrado, Pedro Silva e Lúcia Meirelles, e a uma personalidade falecida, o professor Evaldo Silva. Outra homenagem póstuma foi tributada a Roberto Rebouças, o último símbolo do futebol na Associação, que deu nome ao campo de futebol soçaite. Por fim, duas homenagens a pessoas vivas, ambas conselheiras do clube, que muito colaboraram com Ademar durante a fase dos trabalhos para o ressurgimento da Azulina: Bóris Pessoa e Luiz Brim, que denominam os salões de jogos, respectivamente o de adultos e o de crianças. Dentro desse merecido quadro de homenagens, só ficou faltando reconhecer um ídolo do passado mais remoto, da época em que a Associação disputava o campeonato de futebol. Trata-se de Alfredo Pereira de Mello, o legendário Mica. Fiquei sabendo da sua importância pelo discurso que o historiador da Azulina, Ubaldo Marques Porto Filho, pronunciou na Sessão Especial da Câmara Municipal, em 2 de dezembro de 2010, que foi publicado na íntegra pelo jornal Folha do Rio Vermelho, edição de dezembro de 2010. 176 UM CLUBE COMPLETO Edgar Viana Filho Conselheiro da AAB No dia 27 de novembro de 2010 foi inaugurada a nova Associação Atlética da Bahia. Ressurgiu obedecendo aos modernos padrões construtivos, com aplicação de novas tecnologias, respeitando as novas regras de segurança e de acordo com as novas concepções indispensáveis a um clube autossustentável. O ginásio de esporte foi construído com piso flutuante, concedendo aos atletas de qualquer idade a possibilidade de jogar com segurança, sem temer os impactos nos joelhos e articulações, conforme ocorria com os rígidos pisos antigos. As quadras de tênis, antes descobertas, passaram a ser recintos cobertos, protegidos do sol e da chuva. Mantiveram-se as quadras de saibro, menos prejudiciais aos joelhos dos atletas. O campo de futebol soçaite, com grama sintética, é de excelente qualidade. Tem academia de ginástica, salão de jogos, piscina semiolímpica com raias para competição e uma piscina infantil. O novo clube tem um salão nobre com 400 metros quadrados, ganhou um berçário e um estacionamento coberto e pavimentado, com capacidade para abrigar até 300 veículos. Foi provido de catracas eletrônicas e digitais, dispostas na entrada social da agremiação, com vistas à identificação e controle dos associados. O clube passou a dispor de dependências climatizadas e dotadas de tratamento acústico, em observância às normas requeridas pelos órgãos públicos, a fim de evitar a produção de ruídos acima dos níveis permitidos. Conta ainda com todas as exigências para a acessibilidade dos portadores de necessidades especiais. Existe também espaço adequado à carga e descarga de materiais, além de central de gás e depósito de lixo centralizado. Outra providência foi a de prover o clube de estrutura de combate a incêndio com “splinker”, sistema mais moderno requerido nas construções do gênero. Além de tudo isso, o clube dispõe de espaço para restaurante, casa de shows e para um spa completo, com saunas, duchas e salas de massagem e repouso. A Associação é, sem sombra de dúvida, um dos mais completos clubes na categoria e está classificado entre os 30 melhores do país. 177 UM CLUBE DEFINITIVO Luiz Henrique Portela Brim Diretor de Jogos e Esportes de Sãlão da AAB Numa área de quase 28 mil metros quadrados, a Associação foi crescendo e se espalhando sem obedecer a um plano diretor. Acabou se transformando numa colcha de retalhos, que em alguns setores enfeavam o clube e davam a comprovação da falta de planejamento na ocupação da área. Na verdade, o clube cresceu com um tira daqui e bota ali. A ação do salitre, vindo do mar, localizado bem próximo, e sem os cuidados de uma manutenção periódica, que exigia investimentos permanentes e vultosos, as estruturas foram sendo corroídas, os vazamentos nos tetos foram surgindo e as infiltrações causando danos. Ademais, com o passar do tempo, os equipamentos foram ficando defasados e ultrapassados. Era preciso muito dinheiro para recuperar os danos, corrigir deficiências e modernizar o clube. Mesmo que houvesse recursos suficientes, os técnicos não aconselhariam fazer investimentos na recuperação das instalações gastas pelo tempo e pela fadiga dos materiais. A demolição pura e simples era a alternativa recomendável. Portanto, a melhor solução era a construção de um novo clube, obedecendo aos padrões modernos da arquitetura, da engenharia e com a aplicação de novas tecnologias, além da obediência às novas normas de segurança. Veio então a decisão de alienar uma parte da área para garantir o pagamento das dívidas e para a construção de um novo clube, num projeto vertical que abrigasse as instalações sociais e esportivas e uma parte comercial para garantir a indispensável sustentabilidade financeira do clube. Todos os espaços foram otimizados. Na nova Associação não há mais espaço para improvisações e nem para novas construções que alterem o atual projeto arquitetônico. Não haverá mais necessidade de investimentos na criação de novas áreas sociais ou esportivas, pois a atual configuração foi concebida de forma definitiva. As necessidades futuras restringir-se-ão única e exclusivamente às despesas com a manutenção dos equipamentos e do prédio. Nada além disso será necessário. 178 SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA Antônio Cruz Moreira Alves Diretor Financeiro da AAB Em seus tempos de opulência, a Associação Atlética da Bahia teve um numeroso e qualificado quadro de associados, talvez o maior entre os clubes sociais da Bahia, com dez mil associados contribuintes mensais. Isso proporcionava uma fabulosa receita, que subsidiava o funcionamento de uma gigantesca máquina esportiva, e festiva. A Associação ficou imortalizada na Bahia como “o clube das grandes festas”. Em suas programações sempre havia uma atração artística nacional e, às vezes, com a presença de orquestras e cantores internacionais. E no contexto das festas, o carnaval era o carro chefe. Comparecer ao baile do sábado, que abria oficialmente o reinado do momo na capital baiana, dava status social. De um modo geral, nos dias que antecediam o carnaval, os clubes engordavam a arrecadação com os recebimentos das mensalidades atrasadas dos associados e com a venda de milhares de ingressos sob a rubrica de “sócio transitório”. E nos dias dos bailes carnavalescos a lucratividade dos bares era outra receita fenomenal. Havia também outras fontes para o ingresso de recursos durante todo o ano, proporcionadas pelos aluguéis de espaços para promoções de diversas naturezas, desde reuniões de entidades e empresas aos banquetes e festas de aniversários e formaturas. Realizar eventos na Associação dava prestígio social. Mas, o progresso avassalador dos anos de 1970 começou a mudar rapidamente o perfil da sociedade soteropolitana. O carnaval de rua acabou com o carnaval nos clubes, as monumentais festas e comemorações nos clubes também caíram em desuso e a frequência dos associados foi minguando. Nessas mudanças, os clubes foram perdendo espaço na competição com as novas opções de lazer e entretenimento que foram surgindo na cidade. E como consequência natural a arrecadação dos clubes sociais foi sendo paulatina e drasticamente reduzida, provocando as crises que levaram muitas agremiações à falência. A Associação Atlética da Bahia ainda teve condições de reagir e sair do lamaçal das dívidas graças ao seu valioso acervo imobiliário localizado em região das mais valorizadas de Salvador. Com a venda de uma parte do patrimônio pôde liquidar o passivo e construir um novo clube na área remanescente. 179 Num bem sucedido trabalho liderado pelo presidente Ademar da Silveira Brito, a Azulina, como a Fênix da mitologia grega (pássaro que morria e renascia das próprias cinzas) ressurgiu novíssima e saudável. Porém, o mais importante de tudo não foi a construção da nova e monumental sede social. Não adiantaria nada se o novo clube nascesse sem as fontes que garantissem a sustentabilidade financeira e continuasse na dependência exclusiva da receita dos associados. O importante foi a formatação do projeto do novo clube, que combinou área privativa para o esporte & lazer dos associados com área de serviços & lazer aberta ao público em geral. A privilegiada localização da Associação, em região residencial, comercial e turística da Barra, um dos bairros mais nobres da cidade, proporcionou que se pudesse fazer esse casamento, de imperiosa necessidade à sobrevivência da Azulina como clube social. Na nova Associação existem nove espaços para receitas mediante aluguéis: estacionamento de veículos, academia de ginástica, spa, restaurante, casa de shows e quatro lojas, para café, moda masculina, lavanderia e clínica de depilação. São espaços fora da parte do clube destinada exclusivamente aos associados. Também terceirizados, mas dentro do setor exclusivo dos associados, encontram-se os serviços de bar & restaurante e as escolinhas para tênis, vôlei, basquete, futebol soçaite, natação, capoeira, artes marciais, dança de salão, balé, etc. Em suma, quando todas as áreas terceirizadas estiverem em pleno funcionamento garantirão à Associação uma receita mensal de 120 mil reais, suficientes para manter o clube independente das contribuições dos associados. Há de se ressaltar ainda que a venda de 1.500 títulos de Sócios Proprietários Contribuintes vai gerar uma receita de quatro milhões e quinhentos mil reais. As fontes das receitas alternativas se constituem no principal legado que Ademar da Silveira Brito deixará aos seus sucessores na presidência da Associação. E caso os futuros gestores do clube administrem com seriedade e honestidade essa gama de recursos, a Associação jamais voltará a enfrentar a crise das dívidas que quase a levaram à falência na metade da primeira década do século XXI. Enfim, se administrada com competência, a Azulina seguirá no rumo do destino glorioso. Daqui há três anos, com toda pompa, o seu centenário será comemorado galhardamente. 180 DEPOIMENTOS NA REVISTA AZULINA¹ (Extraídos da Edição Nº 2 - 2011) Walter Queiroz Júnior Autor do Hino da AAB A Associação Atlética da Bahia foi fundamental na minha formação e de outras gerações de meninos e meninas da Barra e adjacências. Seu campo de futebol foi palco, durante mais de trinta anos, de campeonatos memoráveis, sem falar no tênis e na natação, onde o clube sempre se destacou. No hino oficial do clube, que tive a honra de compor, há mais de quatro décadas, logo no começo eu afirmo: Famosa pelos feitos, No esporte amador, Tradição da Bahia, Associação de Amor. Mas foi, sobretudo, a convivência social que deixou indeléveis marcas em nossos corações. As festas da AAB foram marcos na vida social da Bahia e responsável por centenas de namoros e casamentos, os quais começaram ao som dos seus grandes bailes regados por importantes orquestras, como a de Britinho e Seus Stukas, Eddie Mandarino, Carlos Lacerda, Marilda e Sua Orquestra e grandiosos shows conduzidos por nomes como os de Ivon Cury, Ângela Maria, Luiz Vieira, Marlene, Baden Powell e Trio Irakitan. Tudo isso, sob a presidência, sem demérito aos demais, de Carlos Coqueijo Costa. Mas o apogeu dessas celebrações eram no Sábado de Carnaval e no domingo o Baile de Confetes. Os três grandes clubes da cidade combinavam seus bailes carnavalescos e toda a sociedade baiana frequentava os três locais. Quem não era sócio de um deles tinha de ‘se virar’ para entrar. Quando conseguia, chegava com tanto gás e disposição para brincar que incendiava o salão e merecia a observação: “Penetra é quem anima a festa...”. A lança-perfume era permitida. Todo mundo usava confete e serpentina como um ritual e as músicas eram lindas. Eu só consegui 1 A editora da revista Azulina é a jornalista Verônica de Macêdo. 181 ser sócio, efetivamente, quando tirei o segundo lugar no concurso de músicas carnavalescas da Prefeitura de Salvador e com o prêmio “tirei minha carteira”, como se dizia na época. Quando eu voltei para morar na Bahia, depois de 17 anos no Rio de Janeiro, tornei a frequentar a AAB pelo gentil convite do presidente Ademar, que conseguiu, com uma gestão extraordinária, manter acesa a chama azulina ainda por muitos anos, embora, paulatinamente, o clube começasse a se despedir do seu tempo em que era um ícone social. Numa Salvador que vem se descaracterizando a passos largos e perdendo a sua identidade, sobretudo pelo crescente isolamento dos seus moradores mais abastados, em condomínios de luxo, a revitalização da AAB é uma notícia auspiciosa. Tomara que o presidente Ademar consiga imprimir um ritmo bacana ao clube e traga de volta o glamour ao convívio fraterno de outrora. Conte comigo! São gerações que se entrelaçam, São amigos que se abraçam, Associação Feliz. Renan Baleeiro Ex-Presidente do Conselho Deliberativo da AAB Sentado no confortável sofá de seu apartamento, localizado no bairro da Graça, Renan Baleeiro, ex-prefeito de Salvador, sorri simpático e começa a expor suas recordações. Ele lembra de que seu pai, Jayme Baleeiro, ia todas as noites jogar damas com o então gerente do clube, Armando Martins, enquanto cochilava entre uma jogada e outra. Nessa época, “eu tinha 10 anos de idade e já vivia a rotina da Associação Atlética da Bahia”, conta esse senhor que, assim como o genitor, foi presidente do Conselho Deliberativo da AAB. Nascido em 1931, o bacharel em direito, também formado em ciências sociais, ressalta que Armando Martins foi muito presente e eficiente na história da Azulina, prestando bons serviços para a instituição quando a antiga sede foi derrubada e as festas transferidas provisoriamente para o Morro do Cristo. “O novo prédio obedeceu a um estudo que ficou muito em voga em Salvador e que pode ser visto nas imagens do Clube Fantoches e da Mansão Wildberger, também no mesmo estilo colonial mexicano”. Das muitas histórias que presenciou e das quais participou, Renan, hoje nosso Sócio Benemérito, se recorda da de Jorge Corrêa 182 Ribeiro, que ia toda tarde fazer a barba no clube e aproveitava para saber as notícias da Associação e dos seus frequentadores. “Era uma figura ímpar, histórica”. Renan Baleeiro aprendeu a jogar tênis na AAB com Pedro Amadeu, profissional paulista que fez muito sucesso na Bahia, nas décadas de ouro da Associação Atlética. “A volta da Azulina, através da sua nova sede, foi uma reconquista inenarrável. Elogio a luta de Ademar pelo reavivamento e retorno do clube”, completa Renan. Edvaldo Brito Vice-Presidente Jurídico da AAB Meu coração está pulsando. A comunidade está esperançosa por melhores dias na busca de alcançar ambientes de tradição cultural em Salvador e da salvação da juventude baiana. Matar os clubes sociais é esquecer que neles estão os melhores ambientes socioesportivos, de solidariedade humana e para a vida em família. É com orgulho que pertenço hoje ao quadro social que enfrentou momentos dificílimos diante da insensibilidade do poder público. Trabalhei junto com meu filho em prol da AAB e, hoje, quando eu e Ademar, meu querido amigo, vemos esse dia festivo, choramos emocionados. Ademar merece apoio e respeito pelos méritos da sua simplicidade, trabalho, fome de agir e capacidade de congregar todos nós. Somos um time de futebol, cujo objetivo é a vitória! Fátima Mendonça Primeira Dama da Bahia A importância da Associação Atlética da Bahia é grande, pois eu frequentei esse clube onde fiz esportes e muitos amigos, entre funcionários e colegas. Brinquei muitos carnavais nos bailes infantis, batalhas de confetes, etc. Era muito bom!!! Lembro da piscina grande com o trampolim, de onde dava saltos que preocupavam meu pai, mas que eu adorava. Recordo-me do garçom, que a gente chamava carinhosamente de ‘Vermelho’, das merendas do bar, da Olimpíada da Primavera, na qual eu e minha irmã sempre desfilávamos, das competições esportivas e de muitas outras recordações lindas dessa época. 183 A reabertura do clube significa que esse tradicional espaço vai continuar propiciando os mesmos deleites sociais que sempre fizeram a alegria dos que frequentam a Associação, especialmente os moradores da Barra. Eu penso que para manter esse espaço, de convívio social tão agradável, funcionando, é preciso que as pessoas continuem frequentando e que o Poder Público utilize também os espaços dos clubes para promover, por exemplo, eventos esportivos que incentivem nossos jovens na prática saudável dos esportes. Antônio Brito Deputado Federal Na infância, por volta dos nove anos, comecei a frequentar e a amar a Associação Atlética da Bahia. Ir à AAB era um feliz programa que me deixava muito feliz. Naquele tempo, o clube era o lugar de encontro com os amigos. Nele passei momentos maravilhosos na companhia de minha família. Tive a chance de ali fazer grandes amizades na adolescência. Foi nas piscinas da AAB que comecei meu aprendizado de natação. Mais tarde, joguei tênis, esporte que adoro. Depois, vieram as festas de carnaval, os shows. Era maravilhoso. Eu lamento que grandes clubes de Salvador tenham fechado as portas. Estive sempre na defesa da importância da reabertura da Associação Atlética, clube que sempre foi motivo de orgulho para os baianos. A revitalização da Associação, uma reivindicação dos associados e dos moradores da Barra, é muito importante para o bairro e para a comunidade. Dinamizará a vida na Barra, bairro tão lindo, tão cheio de poesia que começa novamente a ocupar lugar de destaque na vida da cidade. Fiquei muito feliz com a reabertura da Associação. Agora é preciso que o clube busque uma programação criativa para atrair os associados. Meus votos são de sucesso para a nova fase da AAB. 184 47 ANOS DEDICADOS AO ESPORTE AZULINO Verônica de Macêdo Jornalista Milton Diniz Gonçalves, filho de associado da AAB, constantemente à beira das quadras de vôlei e basquete, na época com 12 a 13 anos, foi convidado pelo então presidente Jorge Corrêa Ribeiro para compor o quadro de atletas. Iniciou a carreira esportiva dentro do clube, onde, posteriormente, colaborou como técnico de vôlei e dirigente nas gestões dos presidentes Carlos Coqueijo Costa, Milton Farias, Jorge Diniz Gonçalves Beltrão (seu primo), Pergentino Holanda, Nilton Silva, Sinval Vieira, Ademar da Silveira Brito e Alberto Florêncio da Silva. Milton Diniz praticou diversas modalidades esportivas, como basquete, natação, pólo aquático, judô, capoeira e karatê, onde se destacou conquistando para a Associação Atlética da Bahia vários títulos regionais, a exemplo de Campeonatos Baianos, Jogos do Cacau e Campeonatos Norte/Nordeste. Posteriormente, como técnico das diversas equipes de vôlei, sagrou-se campeão baiano infantil, infanto-juvenil, juvenil e adulto, culminando com a conquista do Campeonato Brasileiro Infanto-Juvenil da 1ª Divisão, representando a Federação Baiana de Voleibol (FBV), quando foi auxiliado por Kleber Fonseca (Soneca), nas gestões de Onildo Chastinet, presidente da FBV, e Alberto Florêncio, presidente da AAB. Ainda hoje, os atletas Jotinha e Roberto Carlos, que pertenceram a essa equipe campeã, participam da Liga Nacional, campeonato promovido e patrocinado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Milton Diniz ressalta que, para melhor atender o esporte azulino, formou-se em educação física na primeira turma da Universidade Católica do Salvador, passando a pertencer ao quadro de professores da Universidade Federal da Bahia. No setor administrativo da Associação Atlética da Bahia colaborou como vice-presidente de esportes, diretor-geral de esportes, subdiretor de diversas modalidades esportivas, superintendente de esportes e secretário da Liga Interna de Futebol. Também pertenceu ao Conselho Deliberativo. A lista das colaborações de Milton Diniz para com o clube é extensa e reflete o seu apreço pela AAB. Ele idealizou e ajudou na criação de diversas escolinhas de esportes. Incluindo a de vôlei, onde ministrou ensinamentos a mais de uma centena de crianças. Como chefe do Departamento de Esportes, com a ajuda do 185 professor Georgeocohama, promoveu cursos ministrados por renomados professores de educação física, como Benno Becker (psicologia esportiva), Mauro Guiselini (educação infantil), Manoel Tubino (treinamento de atletas de alto nível). Milton Diniz recebeu da AAB, através de seus presidentes, vários títulos e honrarias, representados por placas, troféus, e diplomas, dentre eles o da Ordem do Mérito Esportivo, outorgado por Ademar da Silveira Brito na sua primeira gestão na presidência da AAB. Também foi agraciado com títulos de Sócio Honorário e Sócio Benemérito da Federação Baiana de Voleibol. Milton lembra que na inauguração do antigo Ginásio de Esportes, dirigindo como técnico a equipe adulta masculina de vôlei da AAB venceu o Minas Tênis Clube, uma das melhores equipes do Brasil naquela época. Ele salienta como muito importante o convênio que a AAB manteve com o Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, onde as equipes de vôlei e basquete se enfrentavam todos os anos, durante as comemorações de seus aniversários: em agosto o do ECP e em outubro o da AAB. A história do esportista Milton Diniz não parou aí. Enquanto atuava fervorosamente em prol do desempenho esportivo da azulina, ele pertenceu ao quadro de árbitros da FBV, da CBV e da Federação Internacional de Voleibol (Fiva), tendo atuado em inúmeros torneios e campeonatos internacionais, dentre eles o Mundial de 1960, Sulamericano de 1961 e Panamericano de 1962. O conceituado esportista de 73 anos, dos quais 47 dedicados ao esporte azulino, aproveita a oportunidade da inauguração da nova sede da AAB para homenageá-la, entregando ao clube, por intermédio de sua diretoria, o pequeno acervo das conquistas dos títulos e honrarias por ele recebidos, como diplomas, certificados, placas e medalhas. E finaliza: “agradeço e parabenizo a atual diretoria, comandada pelo dinâmico presidente, Ademar da Silveira Brito, pela entrega da nova Associação Atlética da Bahia”. GRANDES BAILES Verônica de Macêdo Jornalista Conhecidos como Mundinho e Marietinha, o alegre e simpático casal tem uma longa vida em comum na Associação Atlética da Bahia. Ele, jurista de 77 anos, é vice-presidente do Conselho Deliberativo, onde já exerceu a função de gerente entre 1960 e 1964. Juntamente com a esposa Marietinha, 75 anos - desembargadora aposentada do Tribunal 186 Regional do Trabalho (TRT) e primeira juíza da Justiça do Trabalho no Brasil -, passou longas e prazerosas horas de lazer com os amigos de trabalho e de clube, dentre eles Carlos Coqueijo Costa, Milton Farias e Jorge Diniz. Salvador era pequena, todos se conheciam, ainda mais morando próximos. Mundinho (Raimundo Lisboa) e Marietinha (Maria José Lisboa) moravam numa casa onde hoje funciona a loja Tecidos Bahia, defronte ao clube. Marietinha ia jogar dominó na AAB todos os domingos com a sua turma, composta por Gildo (conhecido como Leão, por ser da Receita Federal), Cid Meirelles, Carlito, Aluísio Messeder e Milton Diniz Gonçalves. Às sextas-feiras o grupo dela era outro, formado por colegas do trabalho, do qual também fazia parte Carlos Coqueijo Costa. Mundinho a acompanhava em todas as festas: carnavais, bailes de formatura, aniversários, etc. Não perdiam nenhum evento. “Todo mês o clube trazia um cantor famoso. Cauby Peixoto, Juca Chaves e Vinícius de Moraes, dentre outros, frequentavam a nossa casa, onde ensaiavam até chegar o dia do show na Associação”, lembra risonha a antiga associada. A platéia era composta por amigos e os filhos do casal, Raimundo e Márcia. Algumas das grandes lembranças dos dois juristas estão relacionadas com os bailes de formaturas na Associação, quando seus filhos levavam os colegas, que muitas vezes pegavam roupas emprestadas dos pais, pois só se entrava no clube de terno e gravata e indumentárias de gala para as mulheres. Depois, as recordações passam a ser dos netos brincando na antiga sede. Para Mundinho, os dois presidentes que deram vida à Associação Atlética da Bahia foram Coqueijo e Ademar. Ele afirma com convicção que a história da Azulina se divide em duas partes. “Antes, com Carlos Coqueijo Costa, quando foram adquiridos por compras os imóveis vizinhos ao clube que compuseram um vasto acervo patrimonial”. Ele ressalta ainda a parte social, com os grandes bailes carnavalescos, quando a AAB era toda ornamentada para concorrer ao prêmio, oferecido pela Prefeitura, de melhor decoração de clube social. A Associação quase sempre obtinha o primeiro lugar. “Agora, vem a fase de Ademar da Silveira Brito, que enfrentou as adversidades financeiras com a visão no futuro, conseguindo administrar e projetar o clube ao lado de toda sua equipe composta por pessoas qualificadas e leais”, assegura Mundinho. Para o casal, o atual presidente deu exemplo de determinação, fé, e competência para outras entidades semelhantes. “Cabe agora aos associados ajudar a Azulina no que for necessário para consolidar essa nova fase do clube”, afirmam Marietinha e Mundinho. 187 UMA FAMÍLIA QUE É A CARA DA AZULINA Patrícia Trigueiros Jornalista O dia 14 de novembro de 1994 foi decisivo para a família Trigueiros. Dona Maria de Lourdes Trigueiros, matriarca da família, iria ser operada pela primeira vez do coração. Um dia antes, o marido, Moacyr Aderne Trigueiros, os três filhos e netos decidiram fazer uma homenagem e o local escolhido foi a Associação Atlética da Bahia. Acharam que a melhor forma de acreditar que tudo iria dar certo era reunindo a família na AAB, como acontecia todos os finais de semana. Hoje, aos 81 anos, dona Lourdes lembra com alegria e emoção os momentos de felicidade. “O clube é um lugar que me faz lembrar histórias inesquecíveis. Por isso, estou feliz com a reabertura”, conta. Das lembranças também saem os tantos carnavais, em que todos se preparavam para dançar por horas as marchinhas. “O seu cabelo não nega mulata, porque és mulata na cor”, catarola dona Lourdes uma das músicas que marcaram a folia na AAB. Outros carnavais ficaram na lembrança da família, especialmente para Ana Maria, filha de Moacyr e Lourdes, e seu marido Hamilton. O primeiro carnaval que o casal de namorados passou junto foi em 1972, quando a festa esbanjava alegria, estampada nos rostos e também nas roupas de quem curtia a folia na Associação. “Painho não queria me deixar ir, mas, depois de muito insistir, ele autorizou seu Manuel, motorista da família, a me levar ao clube, com uma condição: à 1h30 teria de estar em casa. Valeu o esforço”, relembra Ana Maria. Esse foi o primeiro de muitos carnavais do casal. Com o tempo, a família foi crescendo. Vieram as meninas de Ana (eu sou uma delas), os filhos de José Renato e de Moacyr Júnior, mais as crianças dos sobrinhos e afilhados do patriarca da família Trigueiros, que todo domingo se encontravam na mesma mesa e eram atendidos pelo mesmo garçom, seu Barros, que fazia questão de correr para anotar os pedidos. “Quando chegávamos à Associação, meu pai pedia tudo o que os meninos queriam. Depois que as crianças comiam, Painho sentava no parquinho e ficava tomando conta dos nossos filhos, enquanto a gente curtia”, conta Ana Maria. Com a reinauguração da Associação Atlética da Bahia, os Trigueiros pretendem voltar a ter mais histórias para contar. É como 188 reforça dona Lourdes, que agora tem mais um membro na família. “Espero poder levar meu bisneto, de apenas três anos, para se divertir no clube. Vai ser a nossa quarta geração a passar os dias na beira da piscina da Associação”, diz a matriarca. PORTO DA BARRA, DE VELHOS E NOVOS LOBOS DO MAR Jolivaldo Freitas Jornalista São três horas da manhã e as lamparinas acesas são levadas protegidas do vento pelo corpo dos homens que as carregam. Uns levam caçuás; outros cordames, cofos, panelas e azeite. Boa parte dos homens leva carvão. Tem também o bocapiu com legumes e frutas passadas, para colocar nos gererés que já estão prontos amarrados com pedras esperando para serem jogados no fundo do mar. Todos os dias - menos naqueles de grandes tempestades ou de festa - o cortejo é o mesmo e os homens se encaminham calados em direção aos saveiros que estão apoitados no Porto da Barra ou na areia prontos para rolar sobre troncos; e soltos na água ainda tépida, velas ao vento, seguir em direção a mar alto, local onde estão os pesqueiros. Esta cena é antiga e remonta ao século passado. Mas, ainda hoje, em pleno século XXI, se repete, embora não mais com freqüência e muito menos com a maioria dos pescadores. O Porto da Barra mudou bastante ao longo do tempo. E, as facilidades, como motor a diesel, facilita a vida dos pescadores que ainda se dedicam a tirar o sustento da família do mar. Atualmente, tem pescador que sai às 9 horas da manhã e volta no mesmo dia, no final da tarde. Antigamente, lembra seo André Aleluia, velho morador da Praguer Fróes, os pescadores pegavam suas embarcações e levavam dois ou mais dias no mar. “Tudo era na vela”. Isto é confirmado pelo pescador Luiz Rodrigues. Os velhos saveiristas iam buscar o peixe longe e dependiam do vento. E não podiam voltar sem a boa pesca, pois era prejuízo e necessidades a serem enfrentadas pela família. Luiz pode ser encontrado todos os dias na área de atracação e manutenção dos barcos e saveiros, nas proximidades do Forte de Santa Maria, um dos marcos do Porto da Barra. Hoje, a maior preocupação dele é aglutinar os pescadores remanescentes para que tenham força na hora de buscar melhorias para todos, principalmente junto à Prefeitura Municipal. O Porto da Barra ainda congrega em torno de 140 pescadores que trabalham 189 regularmente e isso envolve tanto quem pesca de barco, saveiros, de mergulho (em apnéia ou com compressor). Os pescadores, diz Luiz, estão em luta neste momento, para conseguirem um local apropriado onde possam implantar a sede da associação de classe. O objeto de desejo deles é o velho Forte de Santa Maria, que é de responsabilidade do Iphan, mas que está em estado lastimável. O forte já esteve em mãos da Marinha, de entidades como Sociedade Amigos da Marinha e até de dono de bar, mas com o tempo foi ficando abandonado e hoje é usado por drogados que ficam espalhados ao seu redor. Luiz Rodrigues é diretor da Associação dos Pescadores da Barra e diz que a luta é grande para conseguir manter os interesses dos pescadores na pauta da administração municipal. Ele se queixa da dificuldade que está sendo conseguir o espaço, onde se pretende também instalar um centro de arte e artesanato. Os pescadores, na realidade, começaram a se organizar há quase 80 anos, ainda quando o Porto da Barra era apenas lugar onde eles moravam, em casas de palha, e onde moradores de outros bairros próximos, como Graça, Campo Grande e Corredor da Vitória, apareciam para os banhos que garantiam saúde nas águas mornas. Não havia balaustrada, coisa que só veio a ser instalada em meados do século passado e o acesso era difícil pela Ladeira da Barra. Os pescadores do Porto da Barra fazem parte da Colônia de Pesca Z-1, que cobre do Mercado Modelo até a Boca do Rio. Eles estão estruturando a chamada Capatazia, que vem a ser um dos braços atuantes da Z-1 e que tem a obrigação de gerir a estrutura física do local e levar suas reivindicações para a entidade maior, que por sua vez é quem trata com os órgãos governamentais em busca de apoio estrutural. Os pescadores se queixam que a área do Porto da Barra está quase que abandonada. O próprio dirigente da Associação observa que depois de muita luta conseguiu-se um pouco de segurança para a área. Mas, lamenta que o policiamento seja incipiente. Ele lembra que há alguns anos, para segurança deles e dos turistas, existiam duas câmaras de segurança que foram retiradas sem que nenhuma satisfação fosse dada para pescadores e moradores. “Hoje a Barra, principalmente nos finais de semana, está tomada por marginais e não temos esperança de nenhuma solução”, enfatiza. Até mesmo a área física onde ficam as embarcações está degradada. A rampa está esburacada e a Prefeitura ficou de dar uma solução, mas parou a obra de reurbanização pelo meio. O pior - diz Luiz - “é que esta área do Porto da Barra é por onde os idosos vêm para a praia nas manhãs cedo. Muitos já tropeçaram e se feriram”. 190 ASSOCIAÇÃO, TEU CENÁRIO É UMA BELEZA Ademar Brito Presidente da AAB Muito feliz o arquiteto Antônio Caramelo, quando projetou a nossa querida Azulina, esteticamente perfeita, bonita de se ver. Alegra os nossos olhos, aguça as nossas mentes, valoriza o nosso bairro, harmoniza a nossa alma, proporciona aos seus usuários, mais de quatro mil familiares, conforto e praticidade. Nossos agradecimentos a todos os que contribuíram para tornar o sonho de muitos em realidade. Desde a inauguração da nova sede, em 27 de novembro de 2010, um sábado ensolarado e bonito, que a nossa quase centenária instituição tem acompanhado o nosso alegre, sorridente, musical e esportivo bairro da Barra. Um dia feliz, com fogos, músicas, abraços, sorrisos, recomendações, pedidos e agradecimentos ao Criador. Foi o que se viu na manhã de 27 de novembro de 2010, na presença dos associados, de autoridades e de pessoas ilustres, especialmente da mídia e de representantes das instituições do Rio Vermelho, com emocionantes pronunciamentos, todos falando do nosso passado, elogiando o presente e acreditando em nosso futuro, conforme palavras de Edvaldo Brito, Pedro Godinho, Eduardo Jorge Mendes de Magalhães, Valfredo Oliveira, Téo Senna, Alfredo Vasconcelos, Ubaldo Porto e Gerson Gabrielli. Fila para abraços, homenagens, troféus e retratos, nos levaram a fortes emoções, com choro de alegria e de contentamento. Agradeçemos a todos, em especial aos Associados, representados por Jorge Pinho e Odair Conceição, com a foto e a bela mensagem colocada na entrada do clube; ao Grupo de Basquete, representado pela Ababas; ao Grupo de Artes Marciais; e aos demais grupos pelas homenagens que guardo com muito carinho. Passados os primeiros momentos das festividades, voltamos ao nosso dia a dia, que seria adequar as instalações do belo projeto às necessidades funcionais para gerar conforto aos associados, especialmente na área administrativa e bar. Vale salientar que inauguramos o clube sem receber oficialmente suas instalações por parte da construtora. Muitas falhas estavam visíveis, tais como: o piso escorregadio no contorno da piscina; ginásio e quadras de tênis com defeitos; problemas nos sistemas hidráulico e elétrico, no ar condicionado, na central de gás, etc. Enfim, muitas pequenas coisas que precisavam ser ajustadas 191 com a intervenção da comissão de obras e dos diretores. Paralelamente, tínhamos de fazer girar a roda, com diversas realizações e promoções, senão vejamos: Eventos esportivos - Os diretores da área colocaram em execução diversos eventos, com destaque para o Perini Open de Tênis, em parceria com a Federação Baiana de Tênis, Viramundo e Tedesko, quando foram inauguradas oficialmente as quadras de tênis com a participação de Patrícia Medrado, Fernando Meligeni (Fininho), Márcio Carlssom e vários outros tenistas. No vôlei, foi realizada uma clínica com o professor e técnico da Seleção Brasileira, Josenildo de Carvalho; no basquete, teve um torneio com a seleção do Rio de Janeiro; no futebol soçaite tem jogos às quartas e sextas; e diversos torneios de sinuca, xadrez, dominó, além de exibições de judô, karatê, capoeira e tênis. Escolhinhas - Já se encontram em funcionamento as seguintes academias de ensino esportivo: tênis, futebol soçaite, basquete, vôlei, judô, jiu-jitsu e natação. Entretenimentos - Além do pré e pós carnaval, adulto e infantil, o clube tem promovido bailes nas noites das sextas-feiras e shows aos domingos, tudo com música ao vivo, que estão trazendo os associados de volta e reagrupando novamente a família azulina. Atividades culturais - O clube está voltando a ser um espaço para importantes eventos, como a 12ª Convenção do Lions, que trouxe apresentações da Banda dos Fuzileiros Navais e do Coral Intermezzo. Foi palco ainda de três lançamentos literários: ‘Mulheres’, livro de autoria do arquiteto Carlos Maurício Torres, vice-presidente patrimonial da AAB; ‘A Voz como Reflexo do Ego’, do psicólogo Evilásio Teixeira Cardoso; e ‘Política, Esporte e Mídia Impressa’, de Augusto César Rios Leiro, Luiz Carlos Rocha, Martha Benevides da Costa e Michel Venturini. Vale salientar que Augusto César Rios Leiro é conselheiro da AAB. Somos agradecidos a todos que apoiaram o projeto da nova Associação, até mesmo àqueles “poucos” que, não acreditando na capacidade dos nossos conselheiros e diretores, espalharam maldosos boatos e agora recorrem à Justiça para permanecerem sócios do clube. Isso é o maior reconhecimento, e muito nos alegra, pois mostra o sucesso do empreendimento e o quanto estavam equivocados. Vamos todos, juntos, embarcados no trem da Azulina, seguir numa viagem que tem destino e futuro certos. Como dizia Montaigne, “saber ver é sentir o que se olha”. 192 PARTE FINAL O Bairro da Associação Galeria dos Presidentes Cronologia Agradecimentos Referências Índice Onomástico 193 Reprodução: Revista Azulina, Set/2010 Enseada do Porto da Barra Praia do Porto da Barra, distante 300 metros da Associação. A fixação da Associação Atlética da Bahia no bairro da Barra é devida à família Duder, representada pelo empresário George Harvey Duder Junior, e à família Carvalho, representada pelas senhoras Maria de Miranda Carvalho e Maria de Carvalho Tavares. 194 O BAIRRO DA ASSOCIAÇÃO No dia de Todos os Santos, 1º de novembro de 1501, o florentino Américo Vespúcio, piloto de uma das naus da esquadra portuguesa comandada por Gaspar de Lemos, entrou num golfão que Vespúcio deu o nome de Baía de Todos os Santos. Numa segunda viagem, em 1503, ele entrou novamente na baía que havia descoberto. Nas duas visitas, Américo Vespúcio passou defronte de uma pequena enseada existente à direita da entrada da baía. É muito pouco provável que tenha desembarcado na enseada da barra da Baía de Todos os Santos, uma vez que o local era habitado por uma tribo de índios ferozes. Sabe-se ainda que, em 1503 ou 1504, a L’Espoir, uma grande embarcação do francês Binot Paulmier de Gonneville, também teria feito explorações na Baía de Todos os Santos. Em 1509, o náufrago Diogo Álvares Corrêa chegou à Pedra da Concha, uma ilhota situada na Enseada da Mariquita, distante uma légua da barra norte da Baía de Todos os Santos e há poucos metros da foz do Camoroipe (Rio Vermelho). A Pedra da Concha foi o palco do episódio do certeiro tiro que o náufrago deu numa ave em pleno voo, bem à vista dos tupinambás. O disparo provocou uma reação de perplexidade e instintiva veneração. Raciocinando estarem frente a frente com um deus do raio e da morte, os índios imediatamente associaram o estampido da arma de fogo, ao trovão; o clarão provocado pela pólvora e pela fumaça, ao relâmpago; e a morte do pássaro, à queda de um raio. Espantados, pois desconheciam aquela engenhoca barulhenta, foguenta e mortífera, os nativos começaram a exclamar: “Caramuru! Caramuru! Caramuru!” − que na língua tupi significa homem do fogo; filho do trovão; dragão saindo do mar. Assim, o jovem Diogo se transformou no personagem Caramuru. Impondo-se aos índios e conquistando o respeito, o Caramuru passou a ser um autêntico “cacique branco” dos tupinambás. E nessa condição possibilitou o surgimento, na Mariquita, da chamada “Aldeia dos Franceses”, um entreposto de escambo do pau-brasil com aventureiros franceses. Depois de algum tempo convivendo com os índios no Rio Vermelho, e já dominando o tupi e circulando pelas aldeias vizinhas, ele resolveu se transferir para a primeira enseada após a Ponta do Padrão, extremidade norte da barra da Baía de Todos os Santos, onde ficava uma grande aldeia dos tupinambás. E desse local, que passou a ser chamado de Porto do Caramuru, muito mais acessível à entrada das embarcações do que a Enseada da Mariquita, no Rio Vermelho, o 195 primeiro habitante branco da região da Barra1 intensificou o comércio do pau-brasil com os franceses. Nesse porto, além dos compradores do pau-brasil, Caramuru recepcionou diversos navegadores importantes, dentre eles o espanhol Rodrigo de Acuña (1526), o francês Jacques Cartier (1527), os irmãos portuguêses Martim Afonso de Souza (1531 e 1534) e Pero Lopes de Souza (1531 e 1532) e o espanhol Juan de Mori (1535). Caramuru também recebeu, em 1536, a comitiva de Francisco Pereira Coutinho, donatário da recém-criada Capitania da Bahia de Todos os Santos e o auxiliou na fundação de uma vila, que ficou conhecida como Vila do Pereira, primeira construção portuguesa na região da Baía de Todos os Santos. O povoado do donatário foi erguido no outeiro de Santo Antônio da Barra. A partir daí, o Porto do Caramuru passou a ser também chamado de Porto do Pereira. E foi no Porto do Pereira que Caramuru deu as boas vindas e garantiu a segurança2 (contra hostilidades dos tupinambás) no desembarque da comitiva do primeiro governador-geral do Brasil, Thomé de Souza. A chegada foi em 29 de março de 1549, dia que também simboliza a fundação da Cidade do Salvador, tendo como palco o atual Porto da Barra. A cidade foi construída num altiplano, há meia légua de distância. No século seguinte, o Porto da Barra voltou a ser cenário de um desembarque importante, no dia 9 de maio de 1624. Mas desta feita foi pelas tropas holandesas, que após vencerem rapidamente a resistência do Forte de Santo Antônio da Barra (onde depois seria construído o Farol da Barra), localizado na Ponta do Padrão, e uma guarnição colocada na antiga Vila do Pereira (também chamada de Vila Velha) seguiram pela 1 Não se sabe em que ano ocorreu a mudança para a Barra, se foi um, dois ou três anos depois da sua ruidosa chegada ao Rio Vermelho, no primeiro trimestre de 1509. Mais tarde, já muito poderoso entre os índios, Caramuru construiu a sua própria aldeia, onde passou a viver com familiares, índios da sua confiança e alguns europeus que apareceram na Baía de Todos os Santos. A aldeia eurotupinambá ficava em local mais afastado do mar e mais protegido contra possíveis ataques de piratas. A área escolhida foi uma colina onde hoje se encontra o Largo da Graça, junto à Igreja do mesmo nome, cuja primeira capela foi por ele construída, em 1535, a pedido da esposa, a índia Catharina Paraguassú, que tivera diversos sonhos com a Virgem Maria. 2 Em 1545 ocorreu uma grande revolta dos tupinambás, que sitiaram a Vila do Pereira. Graças à intervenção de Caramuru, o donatário e vários colonos puderam sair da vila e serem embarcados no Porto da Barra numa caravela que os conduziu ao exílio, na Capitania de Porto Seguro. Um ano depois, o Caramuru foi a Porto Seguro informar que o donatário poderia voltar e reassumir a sua capitania. No regresso, a embarcação que trazia Francisco Pereira Coutinho naufragou na costa sul da Ilha de Itaparica, bem defronte de Mar Grande. O donatário conseguiu salvar-se, mas foi aprisionado e depois morto pelos tupinambás da ilha. Temendo a hostilidade dos nativos, o rei de Portugal, D. João III, despachou uma caravela comandada por Gramatão Teles para entregar a Caramuru uma carta datada de 19 de novembro de 1548. Nela o rei pediu o empenho do “Cavaleiro de Minha Casa na Bahia de Todos os Santos” no sentido de que uma expedição colonizadora, sob o comando do fidalgo Thomé de Souza, fosse bem recebida na Baía de Todos os Santos. 196 via terrestre para a invasão e ocupação da capital brasileira. Depois que os holandeses foram expulsos de Salvador, após um ano de domínio da capital da colônia, os portugueses resolveram fortificar o Porto da Barra, construindo em suas extremidades dois fortes: Santa Maria e São Diogo. O Porto da Barra também ingressou na história como o sítio da prisão de José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima, emissário do levante republicano e separatista de Pernambuco, que eclodiu em Recife no dia 6 de março de 1817. Depois de passar em Alagoas ele se dirigiu a Salvador, sendo preso no desembarque, em 27 de março de 1817. Por ordem do Conde dos Arcos, governador da Bahia, o Padre Roma, como era conhecido, foi fuzilado no dia seguinte. Com a expansão da área residencial da cidade, o bairro da Barra transformou-se num reduto de casarões e palacetes de famílias importantes na sociedade soteropolitana, dentre elas a Corrêa Ribeiro, de forte presença na Associação Atlética da Bahia. As residências nobres foram sendo edificadas na Ladeira da Barra, no Porto da Barra e no Farol da Barra. Na parte interna do bairro espalharam-se pelo Bosque da Barra, Quintas da Barra, Alameda da Barra, Barra Avenida e, por último, surgiram o Chame-Chame e os loteamentos do Morro Ipiranga, Jardim Brasil e Clemente Mariani. Três clubes sociais elitizados, Associação Atlética da Bahia, Clube Bahiano de Tênis e Yacht Club da Bahia, muito contribuíram para a valorização da Barra, que agregou ainda dois importantes hospitais, o Espanhol e o Português, além do Cemitério dos Ingleses. Ao perder a característica de bairro eminentemente residencial, surgiram lojas, clínicas, restaurantes, bares, hotéis, pousadas, centros empresariais, centros comerciais e o Shopping Barra. Enfim, a Barra se transformou num bairro de múltiplas atividades, combinando edifícios residenciais com estabelecimentos de compras e serviços. Na Barra ficam duas das mais famosas praias de Salvador (Porto da Barra e Farol da Barra), o Marco da Fundação da Cidade, uma igreja histórica (Santo Antônio da Barra) e três fortes (São Diogo, Santa Maria e Santo Antônio da Barra). Esse último abriga o Museu Hidrográfico da Marinha e o famoso Farol da Barra, que se constitui num dos principais cartões postais da Bahia. No Morro do Cristo, encontra-se uma estátua de Jesus Cristo, com sete metros de altura, uma obra-prima do escultor italiano Pasquale De Chirico, que a produziu em 1920, em mármore de Carrara. No Largo do Farol da Barra, onde também fica o Edifício Oceania, outra referência arquitetônica do bairro, é onde se dá a junção de duas 197 grandes avenidas: o final da Avenida Sete de Setembro, que começa no centro de Salvador, na Praça Castro Alves; e o início da Avenida Oceânica, que passa pelo bairro de Ondina e vai terminar no Rio Vermelho. Esse largo serve também de palco para um grande réveillon público e demarca o começo do mais prestigiado circuito carnavalesco, o Barra-Ondina, oficialmente denominado de Circuito Dodô. A Associação na Barra Fundada num sobrado localizado no centro da cidade, trecho de São Bento, iniciando os treinos do seu time de futebol num terreno localizado na Cidade Baixa, na zona do Comércio, e tendo como sede provisória (emprestada) uma sala no Clube Caixeiral, situado a poucos metros da Praça da Piedade, próxima ao local da fundação, a Associação Atlética da Bahia tinha tudo para ser um clube de duração efêmera, como dezenas de outros que surgiram em Salvador na febre da iniciação do futebol na Bahia. A Associação estava fadada a ter vida curta, pois havia nascido por puro idealismo de um pequeno grupo de jovens sem recursos financeiros, pois eram caixeiros, denominação que se dava aos trabalhadores no comércio. Porém, no caminho da Associação apareceu um empresário de posses, que comandava a Duder & Cia. Ltda., representante na Bahia da companhia de navegação inglesa Lloyd Register. George Harvey Duder Junior e seus quatro irmãos haviam herdado uma grande fortuna deixada pelo pai, na Inglaterra e na Bahia. Entre os muitos bens em Salvador figuravam um palacete no Campo Grande (alugado ao Clube Inglês) e a Fazenda Piranha, nas Quintas da Barra. Pelos seus vínculos com a área comercial, George deveria conhecer algum dirigente da Associação, ou tinha como empregado alguém pertencente à direção da Associação. O fato é que o inglês que gostava de futebol resolveu ajudar o clube. Em fins de 1918 cedeu o campo que ficava na Fazenda Piranha para os treinos do time de futebol da Associação, que também ficou encarregada de administrar a sua utilização, pois o local passou a ser procurado para jogos. Tinha até uma liga, a Liga Barrense de Futebol. No campo cedido gratuitamente pela família Duder, que ficava onde hoje é o Chame-Chame, a Associação fez algumas benfeitorias, como a construção de um barracão para servir de vestiário para os jogadores, que aí passaram a treinar com regularidade. Pode-se dizer que nesse campo realmente nasceu a equipe que brilhou no campeonato 198 baiano, levando a Azulina à conquista de cinco vice-campeonatos e do título máximo, o de campeão baiano de 1924. A presença de George H. Duder (forma mais usual na assinatura de documentos) na vida da Associação não ficou restrita à cessão do campo para treinamentos. Ele tornou-se um azulino de proa, tendo inclusive ajudado financeiramente o clube nas horas das grandes dificuldades no período da sua afirmação e consolidação como grande clube. Nessa fase poderia ter sido presidente, mas não quis. Porém, aceitou ser conselheiro, foi diretor em mandatos de diversos presidentes e comandou a parte de esportes. O último registro sobre George Duder em documentos da Associação foi feito em ata do Conselho Deliberativo, na sessão de 19 de março de 1946, nos seguintes termos: Pediu, em seguida, a palavra o conselheiro Arthur Motta, lembrando o nosso consócio George Duder, falecido recentemente, e requerendo que, pelos relevantes serviços por ele prestados ao clube, especialmente na época do futebol, lhe fosse tributada uma homenagem na ata da sessão e colocado o seu retrato na Galeria dos Benfeitores do Clube. Após falarem diversos conselheiros, relembrando os bons serviços do homenageado, foi a proposta integralmente e unanimemente aprovada. Na ata não foi feita nenhuma menção ao dia e local do falecimento do antigo baluarte. Conforme registro no arquivo da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, George Duder comprou e pagou à vista, em 1941, um jazigo perpétuo (Campa 1271, Quadra 07) no Cemitério do Campo Santo de Salvador, que nunca foi utilizado. Como no Cemitério dos Ingleses também não consta o sepultamento, a dedução lógica é que George Duder faleceu e foi enterrado em outra cidade. É provável que o óbito tenha ocorrido em seu país natal, a Inglaterra. É também factível que tenha sido sepultado junto ao pai, falecido em Londres, em 18 de janeiro de 1900, aos 59 anos. A Associação esteve na iminência de alugar um sobrado na Avenida Sete de Setembro, próximo ao Clube Caixeiral. Mas, uma parte dos diretores entendia que a sede deveria ficar em imóvel próximo ao campo de treinamento. Aí, entrou em cena a família Carvalho, na pessoa da viúva e matriarca, Maria Miranda de Carvalho, que comprou, em 1922, um imóvel3 3 O imóvel, localizado em terreno foreiro ao Mosteiro de São Bento da Bahia, ficava na Rua da Areia (atual Rua Barão de Itapuã) e pertencia ao coronel Germano Francisco de Assis Júnior, tendo a escritura sido lavrada no dia 9 de agosto de 1922, no Cartório do Tabelião de Notas Augusto Góes. O imóvel era composto por um grande sobrado dentro de uma grande área, descrita na escritura como “uma roça”, que se limitava ao fundo com os terrenos do Morro do Gavazza e do Hospital Espanhol. 199 na Barra e imediatamente o arrendou à Associação, em condições especiais. Um de seus filhos, Fábio de Carvalho, foi conselheiro, diretor, presidente do Conselho Deliberativo e presidente da Diretoria no período de 13 de dezembro de 1927 a 25 de setembro de 1928, consolidando os laços da união da família com o clube azulino. A sacramentação da permanência definitiva da Associação na Barra deu-se com a compra da sede em 19374, aos herdeiros da benfeitora falecida. Seus quatro filhos eram os coproprietários do imóvel: Maria de Carvalho Tavares (inventariante do espólio de Maria Miranda de Carvalho), Joanna de Carvalho Tavares da Silva, Henrique de Carvalho e Fábio de Carvalho. Arte: Verbo de Ligação Ilustrações Localização da Associação 4 Em ata de reunião da diretoria, a data da compra é 27 de abril de 1937, dia da aquisição do imóvel perante o juizado da Vara dos Órfãos. No dia 5 de julho foi expedida pelo juiz de direito da Vara dos Órfãos a carta de arrematação, tendo a escritura sido lavrada no dia 7 de julho de 1937. 200 GALERIA DOS PRESIDENTES Presidentes da Diretoria João Vianna Dias da Silva 1914 Carlos Alberto Cruz 1914-1915 Eduardo Silva Lima 1915 Mário Cezar de Carvalho 1915-1919 Frederico Matheus dos Santos 1919-1920 Arthur Motta 1920-1921 Henrique Conde 1921-1922 Bernardino Madureira de Pinho 1922-1923 Henrique Conde 1923 Carlos de Aguiar Costa Pinto 1923 Pedro Bacellar de Sá 1923-1924 Antônio Guilherme Pereira de Carvalho 1924 Alfredo Henrique de Azevedo 1924-1925 José de Aguiar Costa Pinto 1925 Armando Joaquim de Carvalho 1925-1926 Antônio Guilherme Pereira de Carvalho 1926 Miguel Bartilotti 1926 Eduardo Rios Filho 1926-1927 201 Raul Faria 1927 Fábio de Carvalho 1927-1928 Alexander Von Usler 1928 Manoel Rodrigues Pedreira 1928-1931 Raphael L. Gordilho 1931-1932 Rafael Menezes 1932 Arthur Motta 1932-1933 (interino, 5 meses) Fernando Corrêa Ribeiro 1933-1935 Hugo Studart 1935-1936 Archimedes Pires de Carvalho 1936-1937 Guilherme Carneiro da Rocha Marback 1937-1938 Bráulio Xavier Filho 1938-1939 Noé Rodrigues Nunes 1939-1941 Arthur Motta 1941-1942 Fernando Corrêa Ribeiro 1942-1945 Comissão Fiscal 1945-1946 (4 meses) Jorge Corrêa Ribeiro 1946-1949 Antônio Menezes Dourado 1949-1954 Gustavo Maia 1954-1956 Carlos Coqueijo Torreão da Costa 1956-1964 Milton Pereira de Farias 1964-1966 202 Jorge Diniz Gonçalves Beltrão 1966-1970 Pergentino Holanda dos Santos Filho 1970-1971 Nilton Silva 1971-1984 Carlos Roberto Soares de Miranda 1984-1988 Sinval Vieira da Silva Filho 1988-1990 Ademar da Silveira Brito 1990-1994 Alberto Florêncio da Silva 1994-1996 Geraldo José da Rocha Brasil 1996-1998 Ademar da Silveira Brito 1998-2002 Jayme Ribeiro Saldanha Júnior 2002-2004 Ademar da Silveira Brito 2004-2012 Presidentes do Conselho Deliberativo Antônio Freitas Borja Fábio de Carvalho Carlos Corrêa Ribeiro Heitor Dourado Rodrigo Sampaio Rogério Gordilho de Faria Carlos Coqueijo Torreão da Costa Jayme Baleeiro Renan Rodrigues Baleeiro Milton José Dias de Moraes Eduardo Jorge Mendes de Magalhães Edvaldo Pereira de Brito Virgílio Elísio da Costa Neto Valfredo Oliveira Santos João Tolentino Alvarez Ademar da Silveira Brito Valfredo Oliveira Santos 203 CRONOLOGIA 04.10.1914 Fundação da Associação Atlética da Bahia, com as cores vermelha e branca. 08.11.1914 Primeira partida de futebol, no Estádio do Rio Vermelho. Perdeu para o Sport Club Caixeiral, por 3x1. 25.05.1919 Estreia no campeonato baiano de futebol, no Estádio do Rio Vermelho. Perdeu para o Internacional por 3x2. 14.02.1921 Troca da cor vermelha pelo azul, transformando o alvirrubro em alviazul e dando origem ao surgimento da denominação Azulina. 15.04.1923 Inauguração da sede, em imóvel arrendado na Rua da Areia, Barra. 15.03.1925 Ao vencer o Club Bahiano de Tênis por 4x2, no Stadium da Graça, a Associação sagra-se campeã do Campeonato de Futebol de 1924. 15.03.1928 Ao vencer o Club Bahiano de Tênis por 1x0, no Stadium da Graça, a Associação sagra-se campeã do Torneio Início de Futebol. 18.02.1930 Última partida da Associação no Campeonato Baiano. Empatou com o Botafogo em 4x4, no Stadium da Graça. 27.04.1937 Compra do imóvel na Rua da Areia, atual Rua Barão de Itapuã 27, que durante 15 anos esteve arrendado ao clube. 19. 04.1940 Última reunião da diretoria na sede que seria demolida para permitir a construção de uma nova sede social. 204 18.06.1940 Início das obras da nova sede. 25.01.1941 Inauguração da nova sede. 11.10.1958 Inauguração do parque aquático, com a primeira piscina semiolímpica da Bahia. 03/04.10.1964 Com um show da cantora Elizeth Cardoso e uma festa dançante que terminou ao alvorecer do dia 4, a Associação festejou o cinquentenário da sua fundação. 20.04.1983 Registro no Cartório do 1º Ofício de Imóveis de Salvador da penhora da sede da Associação para garantia de dívida junto ao Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas). É o início de uma crise que levaria a Associação a dias muito difíceis, pondo em risco a sobrevivência do clube. 30.12.2004 Registro no Cartório do 1º Ofício de Imóveis da 15ª e última penhora do patrimônio da Associação, em ação promovida pela Caixa Econômica Federal. A Associação encontrava-se no auge de uma crise que parecia impossível de ser solucionada. Milhares de associados afastaram-se do clube. 29.04.2005 Assinatura de contrato com a Arc Engenharia e a Construtora Adolpho Lindenberg, para venda de 12.742,18 m² e construção na área remanescente (14.599,36 m²) de uma nova sede social verticalizada. 25.10.2005 Reunião com o prefeito João Henrique de Barradas Carneiro, para negociação da dívida com o IPTU, que era o maior dos débitos da Associação. Esta reunião representou o início da salvação do clube, pois viabilizou a efetiva concretização do contrato assinado com a Arc Engenharia e Adolpho Lindenberg (posteriormente substituída pela Agra Incorporadora). 205 21.10.2007 Início da exposição Casa Cor Bahia 2007, que iria até o dia 28 de outubro. Foi o último evento na Associação, que em janeiro teve todas as suas instalações demolidas pela Arc Engenharia. 19.02.2008 Lançamento da pedra fundamental para a construção da nova sede da Associação. 27.11.2010 Inauguração da nova sede, denominada Complexo Sócio Cultural e Esportivo Presidente Ademar da Silveira Brito. 02.12.2010 Sessão Especial na Câmara Municipal de Salvador, requerida pelo vereador Pedro Godinho, em homenagem ao ressurgimento da Associação Atlética da Bahia. 31.01.2011 Primeiro evento público pós-inauguração da nova sede, com a entrega dos diplomas de Sócio Benemérito, a Valfredo Oliveira Santos, e de Sócio Honorário a Claudelino Monteiro da Silva Miranda. A solenidade foi no Salão Nobre Ministro Carlos Coqueijo Costa, onde também foi oferecido um coquetel de confraternização entre associados e convidados. 18.02.2011 Primeira festa dançante, com Beto Narchi e seu conjunto musical. 206 AGRADECIMENTOS O jornalista Edgar Viana Filho, ex-diretor da Associação Atlética da Bahia, é meu amigo desde quando cheguei ao Rio Vermelho, em julho de 1958. Passamos a adolescência no Parque Cruz Aguiar, na Rua Alagoinhas, ele morando na casa de número 3 e eu na de número 13. Quando Edgar me telefonou, para consultar se poderia propor o meu nome ao presidente Ademar da Silveira Brito – que estava solicitando indicações de um escritor que pudesse escrever a história da Associação Atlética da Bahia –, não pensei duas vezes em dar a anuência. O projeto do livro seduziu-me instantaneamente, por motivos que logo afloram às minhas boas lembranças da juventude. Em primeiro lugar, havia testemunhado a fase final do período áureo da Azulina, com seus incomparáveis bailes carnavalescos (frequentei-os de 1965 a 1975), festas de aniversários, festas de debutantes, formaturas das faculdades, shows musicais e competições esportivas em diversas modalidades. Recordei-me inclusive da última festa que compareci, numa condição especial, pois foi organizada por mim, que comandava na Bahia, via Bahiatursa, a implantação do Projeto dos Clubes da Terceira Idade, um programa nacional patrocinado pela Embratur como estratégia mercadológica para fazer os aposentados viajarem nos períodos da baixa estação turística. E dentro desse objetivo, coordenei em 1986 a fundação do primeiro clube da terceira idade em Salvador, que passou a funcionar em local pertencente à Bahiatursa, no Belvedere da Sé. Quando o carnaval de 1987 se aproximou os diretores do clube recém-fundado, já contabilizando mais de três mil associados, solicitaram a realização de uma festa carnavalesca exclusiva para o congraçamento da classe que reunia os maiores de 50 anos de idade. Ora, raciocinei que tinha que ser um grande baile, a altura do projeto que envolvia duas importantes estatais do turismo nacional, a Embratur e a Bahiatursa. Procurei o amigo Edgar Viana Filho, diretor da Associação, e propus que o clube fosse alugado à Bahiatursa para a realização do Carnaval da Terceira Idade. Como nas festas de antigamente e com uma orquestra especializada na execução de músicas imorredouras dos carnavais do passado, comandada por Carlos Antônio Santiago, o Bigode, e tendo Geraldo Marron como crooner, o baile foi realizado no Salão Nobre, em 25 de fevereiro, com a Associação inteiramente decorada para a folia momesca, pois o carnaval começaria oficialmente três dias depois, 207 no sábado. O Carnaval da Terceira Idade foi um sucesso estrondoso. Começou às 23 horas e terminou às 5 horas da quinta-feira, já com o dia iluminado pelos primeiros raios solares do verão. Havia também uma motivação familiar para eu me engajar no projeto do livro. Minhas tias, Oréade e Indira Mesquita Marques Porto, que residiram bem perto da Associação, na Rua Marquês de Caravelas, costumavam dizer que na mocidade tinham sido frequentadoras da Associação, pois o pai, Júlio Adalberto Marques Porto, era sócio. Citavam também o nome de um parente que havia sido diretor do clube na sua fase inicial. “Ele muito contribuiu para o que a Associação é hoje”, diziam. Essa informação, que ouvi algumas vezes, remonta ao início da década de 1960. Com o perpassar do tempo, esqueci o prenome do Marques Porto que elas falavam quando o assunto era a Associação Atlética, então no auge da sua importância na elite da sociedade soteropolitana. Pois bem, ao pesquisar os livros de atas, deparei-me com o nome de Clodoaldo Marques Porto. Confesso que fiquei muito orgulhoso de encontrar o parente citado pelas minhas tias, quando a Associação procurava se afirmar como clube de futebol. Nos registros constavam que Clodoaldo Marques Porto, também nominado como “Senhor Marques Porto”, exerceu as seguintes funções num período de cinco anos: Diretor de Sport (1917-1919); 2º Secretário (1919-1920); e delegado da Associação na Liga Bahiana de Desportos Terrestres, de 1920 a 1921. Também coordenou a elaboração do Estatuto da Associação, que passou a vigorar a partir de 14 de fevereiro de 1921. Participou também, em 1922, dos trabalhos de beneficiamento do imóvel que foi arrendado para abrigar a sede, na Rua Barão de Itapuã 27 (antiga Rua da Areia), que começa na Avenida Sete de Setembro, trecho entre o Forte de Santa Maria e o Hospital Espanhol. No Livro da Genealogia da Família Marques Porto, fui encontrar o seguinte perfil biográfico de Clodoaldo, escrito pelo médico Enódio Mesquita Marques Porto, meu tio: Clodoaldo Augusto de Marques Porto nasceu em Salvador, a 7 de setembro de 1884. Depois de ter passado a infância em Alagoinhas, voltou para Salvador, onde iniciou o curso de medicina, que abandonou para estudar direito, também não concluído. Tinha grande vocação para a música, tendo sido compositor, pianista, violonista e exímio tocador de bandolim. Na mocidade, destacou-se como nadador e remador do Clube de Regatas Itapagipe. Apaixonado pelo futebol, foi diretor da Associação Atlética da Bahia, vice-presidente da Associação Bahiana dos Cronistas Desportivos e juiz de futebol da Liga Bahiana de Desportos Terrestres, tendo apitado 208 vários jogos (exceto da Associação) realizados nos estádios do Rio Vermelho e da Graça. Em 1º de janeiro de 1931, foi um dos fundadores do Esporte Clube Bahia. Homem de vasta cultura, era muito consultado por parentes e amigos, notadamente sobre questões jurídicas e literárias. Foi redator de dois importantes jornais de Salvador, O Imparcial e A Tarde. Casado com Maria José Alves de Almeida, baiana de Santo Amaro, nascida em 27 de julho de 1904, teve três filhos: Ilza d’Almeida Porto, Zilah d’Almeida Porto e Zadir Marques Porto. Clodoaldo aposentou-se como servidor público federal do Departamento dos Correios e Telégrafos. Faleceu no dia 21 de abril de 1964, em Feira de Santana, aos 79 anos. Um dos nomes que também aflorou à minha memória foi o de Alfredo Pereira de Mello, o Mica, que conheci assim que fui morar no Rio Vermelho, em 1958. Ele era uma personalidade querida e venerada nesse bairro e tornei-me amigo do seu filho, Carlos Alberto Pereira de Mello, o Carlinhos Mica (herdou o apelido do pai), irmão de Regina, que havia sido Rainha do Rio Vermelho e uma das moças mais bonitas que o bairro teve na década de 1950. A filha de Mica foi a musa inspiradora do músico, compositor e cantor Osvaldo Fahel, que para ela compôs a toada Morena do Rio Vermelho5. Gravada em 1962, tornou-se o maior sucesso no repertório de Fahel e música obrigatória em todas as suas apresentações, inclusive nos vários shows que fez na Associação no período das festas dançantes. Estive muitas vezes na casa de Mica, o maior astro que vestiu a camisa da Azulina. Escrevi diversas matérias sobre ele, publicadas no jornal A Tarde (1985), Jornal do Rio Vermelho (1988), e com ele já falecido no livro Rio Vermelho (1991) e na revista eletrônica do site da Acirv (2006). Durante as entrevistas, com os assuntos sempre versando sobre futebol, o Mica falava de suas passagens pelo Yankee, pelo Botafogo, onde foi campeão duas vezes consecutivas, e pela seleção baiana que fez sucesso no Rio de Janeiro e o levou a ser convocado para a seleção brasileira que foi disputar o Sul-Americano de 1923 no Uruguai e dois jogos oficiais na Argentina. Contou que no retorno a Salvador, após ser recebido com festas no cais do porto, o seu pai, sócio e torcedor da Associação, foi logo dizendo: “Agora você vai jogar na Azulina, para ver 5 Regina Pereira de Mello não era morena. Por uma licença poética, para permitir a rima musical, Osvaldo Fahel trocou a cútis branca pela cor morena, mas manteve na letra os olhos verdes da exnamorada. Eis a letra completa: “Morena bela do Rio Vermelho / Teu lindo olhar é um espelho, morena / Onde vejo o luar / Tu tens nos olhos o verde do mar / E no verde mar dos teus olhos, morena / Eu queria me afogar, morena / Quisera ser um chorão / Cantar minhas mágoas / Numa canção e viver / E morrer prisioneiro / Entre as paredes do teu coração, morena”. 209 se arranca ela da maldição dos vice-campeonatos”. A Associação era tetra vice-campeã, de 1920 a 1923. Portanto, a missão de Mica era colocar a Associação na galeria dos campeões do futebol baiano, onde já se encontravam inseridos o Club Internacional de Cricket (primeiro campeão, em 1905), Club de Natação e Regatas São Salvador (1906 e 1907), Sport Club Vitória (1908 e 1909), Sport Club Santos Dumont (1910), Sport Club Bahia (não é o atual, 1911), Atlético Foot-ball Club (1912), Fluminense Foot-Ball Club (de Salvador, 1913 e 1915), Sport Club Internacional (não é o de Cricket, 1914), Sport Club República (1916), Sport Club Ypiranga (1917, 1918, 1920 e 1921), e o Botafogo Sport Club (1919,1922 e1923). E com Mica no time, a Associação, finalmente, quebrou o tabu e conquistou em 1924 o tão almejado título de campeão baiano. Na elaboração deste livro contei com importantes colaboradores e consultores: Edgar Viana Filho, que dirigiu o Informativo O Azulino; João Rubem Carvalho de Souza, o Rubinho dos Carnavais, que me franqueou sua coleção de revistas e informativos da Associação; José Carlos Brito Dória, o Boréu, que deu à Associação o seu primeiro título nacional no tênis; Pedro Silva, o melhor tenista da Bahia no período de 1973 a 1987, hoje professor das novas gerações; Lúcia Maria Rebouças Meirelles, mãe de Vânia, Tânia, Ivana e Itana, campeãs brasileiras de tênis; Luiz Henrique Cordeiro de Almeida Silva, o Lula, craque de futebol, filho do ex-presidente Nilton Silva; Maria da Graça Diniz da Costa Belov, filha do ex-presidente Carlos Coqueijo Costa, de quem fui aluno em 1968, na Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia, onde ele lecionava a disciplina Direito do Trabalho; Aloildo Gomes Pires, historiador do futebol baiano, a quem recorri diversas vezes; Martha Rocha, a eterna Miss Brasil; e Geraldo Bonelli, do Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Agradeço ainda a Eliraldo Cristo Bomfim e Eliane Silva de Jesus, coordenador administrativo e secretária da Associação Atlética da Bahia, ao fotógrafo Kin Kin e ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, cuja biblioteca frequento há 40 anos, a procura de livros e jornais do passado, onde sempre contei com a prestimosa ajuda e paciência da bibliotecária, Maria Augusta Mascarenhas Cardozo, e do auxiliar de bibliotecário, Antônio Fernando da Costa Pinto. Estendo também os agradecimentos aos que contribuíram com valiosos artigos, que registram sob diversas perspectivas e variados ângulos a história da Associação. Ei-los: Valfredo Oliveira Santos, Boris B. F. Pessoa, Carlos Maurício Torres, Augusto César Rios Leiro, Antônio 210 Cruz Moreira Alves, Edgar Viana Filho, Luiz Henrique Portela Brim, Odair de Jesus Conceição, João Rubem Carvalho de Souza, Alfredo Vasconcelos, Verônica de Macêdo, Patrícia Trigueiros, Jolivaldo Freitas, Ademar Brito, Oréade Mesquita Marques Porto e Yvette Marques Porto Pavão. Respectivamente com 96 e 87 anos, essas duas últimas são irmãs e foram as únicas pessoas nessa faixa etária que encontrei bem lúcidas para o registro dos fatos relacionados com a primeira sede da Associação, demolida em 1940, e com a primeira fase da segunda sede, inaugurada em 1941. Quero ainda deixar consignada uma data marcante, 18 de agosto de 2010. Nesse dia tive uma reunião com o presidente Ademar da Silveira Brito, que oficializou o começo dos trabalhos deste livro. O autor trabalharia fortemente pressionado pelo tempo, pois assumiu a responsabilidade de produzir, num curtíssimo espaço de tempo um livro importante. De antemão, sabia que a História da Associação era riquíssima, que daria para elaborar uma vasta e volumosa obra, beirando mil páginas, caso o tempo disponível fosse de três anos. Mas o meu múnus era resumir tudo num tempo de um ano e meio. Em face da urgência na entrega da encomenda, fui obrigado pelas circunstâncias a limitar o raio de ação nas pesquisas e entrevistas. Enfim, tive de concentrar-me nos aspectos que julguei mais relevantes, que expressassem de forma condensada a rica História da Associação Atlética da Bahia, que no dia 27 de novembro de 2010 renasceu para enfrentar novos desafios. Enfim, inteiramente repaginada, a Associação foi preparada e aparelhada para festejar condignamente o centenário da sua fundação, que ocorrerá em 2014. Segundo classificação do Conselho Superior Interclubes, órgão da Confederação Brasileira de Clubes, a Associação encontra-se entre os trinta melhores clubes sociais do país. E nesse ranking, que não envolve pontuação, mas simplesmente inclusão, a Bahia tem apenas dois clubes, a Associação Atlética Banco do Brasil-Salvador e a Associação Atlética da Bahia. Trata-se de um verdadeiro ISO de qualidade dos clubes sociais brasileiros, que conferiu à Azulina uma conquista inédita, pois obteve o reconhecimento nacional antes mesmo da inauguração, pois a comissão do Conselho Superior Interclubes fez a homologação assim que as obras foram concluídas. Tudo isso, os associados devem ao denodado trabalho do presidente Ademar da Silveira Brito e aos membros da Diretoria e do Conselho Deliberativo, que durante cinco anos lutaram para que o sonho de uma nova Associação fosse possível de ser concretizado. 211 O meu agradecimento final é para o vereador Pedro Godinho, pelo honroso convite para o autor deste livro pronunciar um discurso na Sessão Especial da Câmara Municipal de Salvador, por ele convocada e realizada sob a sua presidência no dia 2 de dezembro de 2010, no Plenário Cosme de Farias, que homenageou o ressurgimento da Associação Atlética da Bahia no cenário da Cidade do Salvador. Quanto ao livro, que os leitores façam a avaliação dessa obra, à qual me dediquei com todo amor e afinco possíveis. Que emitam o julgamento de juízo sobre a história resumida dos 96 anos da gloriosa trajetória da Associação Atlética da Bahia. Acervo Edgar Viana O Autor 212 REFERÊNCIAS Livros ARAÚJO, Dilton Oliveira de/SOARES, Geraldo Ramos. Caminhos de Contas, a História do Tribunal de Contas do Estado da Bahia. Salvador: TCE-BA, 2002. CARTA, Gianni e MARCHER, Roberto. O Tênis no Brasil, de Maria Esther Bueno a Gustavo Kuerten. São Paulo: F-QM Editora Associados, 2004. CRUZ, Gutemberg. Humor Gráfico na Bahia, o Traço dos Mestres. Salvador: Gráfica e Editora Arembepe, 1993. GASTALDONI, Ivo. Memórias de Piloto de Patrulha. Rio de Janeiro: Papéis e Cópias de Botafogo e Markgraph, 1997. PORTO FILHO, Ubaldo Marques. Bahia, Terra da Felicidade. Salvador: Bahiatursa, 2006. PORTO FILHO, Ubaldo Marques. Diogo Álvares, o Caramuru. Salvador: Acirv, 2010. PORTO FILHO, Ubaldo Marques. Rio Vermelho, de Caramuru a Jorge Amado. Salvador: Acirv, 2009. PORTO FILHO, Ubaldo Marques. Rio Vermelho. Salvador: Amarv, 1991. TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1963. Revistas ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DA BAHIA. Salvador, n. 19, 27, 29, 35, 49 e 50. AZULINA. Salvador, nº 1 (2010) e nº 2 (2011). PLACAR. São Paulo, mai. 1994. TÊNIS. São Paulo, n. 19, jun. 1979. Jornais A TARDE. Salvador, diversas edições – 1920-1925, 1928-1930, 1932, 1934, 1935, 1941, 1946, 1954, 1958, 1963, 1964, 1978, 1979, 2004. DIÁRIO DA BAHIA. Salvador, diversas edições – 1921-1922. DIÁRIO DE NOTÍCIAS. Salvador, diversas edições – 1923, 1926-1930. DIÁRIO OFICIAL DO LEGISLATIVO. Salvador, 4/6 jan. 2010. ESTADO DA BAHIA. Salvador, 12. out. 1964. INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DA BAHIA. Salvador, n. 01 ao 300. INFORMATIVO O AZULINO. Salvador, n. 3, 4, 6, 10, 11, 13 e 14. JORNAL DA BAHIA. Salvador, 29 set. 1964. JORNAL DE NOTÍCIAS. Salvador, 11 mai. 1919. Documentos não publicados ATAS DA ASSEMBLÉIA GERAL da Associação Atlética da Bahia. ATAS DA DIRETORIA da Associação Atlética da Bahia. ATAS DO CONSELHO DELIBERATIVO da Associação Atlética da Bahia. Locais pesquisados Arquivo da Associação Atlética da Bahia. Arquivo da Santa Casa de Misericórdia da Bahia. Arquivo Público do Estado da Bahia. Biblioteca Ruy Barbosa (Instituto Geográfico e Histórico da Bahia). Cartório do 1º Ofício de Registro Civil de Imóveis de Salvador. Cemitério do Campo Santo de Salvador. Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Sociedade da Igreja de São Jorge e Cemitério Britânico (Cemitério dos Ingleses). 213 Sites http://3.bp.blogspot.com http://blogdenelsonrocha.blogspot.com http://blogdogutemberg.blogspot.com http://historiadofutebolbaiano.zip.net http://pt.wikipedia.org http://stephaniesuerdieck.blogspot.com http://www.aabazulina.com.br http://www.academia.org.br http://www.acirv.org http://www.campeoesdofutebol.com.br http://www.caramelo.com.br http://www.cbc-clubes.com.br http://www.cbf.com.br http://www.clubebahianodetenis.com.br http://www.dicionariompb.com.br http://www.futebolnarede.com.br http://www.jusbrasil.com.br http://www.martarocha.com.br http://www.patriciamedrado.com.br http://www.topgol.com.br You Tube. Relíquia Martha Rocha - Patrocínio Fratelli Vita Cristais 214 ÍNDICE ONOMÁSTICO A listagem abaixo contém, por ordem alfabética, os nomes das 1.230 pessoas citadas neste livro, menos as inclusas na parte do Adendo. Esse índice tem por finalidade facilitar a tarefa dos leitores e pesquisadores que queiram identificar quem está registrado na obra. Consultando a lista, ficar-se-á sabendo em qual ou quais páginas o nome procurado será encontrado. Quando a indicação estiver acompanhada de um hífen (exemplo: 121-124), significa que a citação constará de um extremo a outro da numeração. No caso da exemplificação acima, que se refere a Ademar da Silveira Brito, o construtor da nova sede da Associação Atlética da Bahia é encontrado nas páginas 121, 122, 123 e 124. A. Bailie: 19 A. McNair: 19 A. Vignoles (Alfredo W. Vignoles): 19 Abílio Coutinho Filho: 89 Abílio: 95 Abimael Oliveira: 155 Accioly: 33 Ademar da Silveira Brito: 7-9, 111, 121-124, 129, 130, 132, 138-146, 151, 152, 154, 156-159, 167-169, 171, 172, 175, 176, 180, 182, 183, 185-187, 191, 203, 205, 207, 211, 243, 254, 273, 324, 328, 329, 332-336, 338, 340, 342, 343, 349, 350, capas 4, 5 e 7 Ademir da Silva Caldas: 336 Adherbal: 17 Adilson Lima Ramos: 152, 155, 329 Adilson Mendes Rodrigues: 155 Adri Viana Lago: 154 Adroaldo Abreu de Oliveira: 89 Adroaldo Medrado: 85 Adroaldo Rodrigues Neiva Filho: 99 Afonso Henrique: 90 Agostinho dos Santos: 106 Aidil Ainsworth: 92 Airton Cunha: 77, 82 Alan Azevedo Brito: 155 Alberto Casali: 169 Alberto F. da Silva Júnior: 96 Alberto Florêncio da Silva: 89, 123, 154, 185, 203 Alberto Miranda: 172 Alberto Pondé: 46 Alceste Caldas: 163 Alcino Guedes: 71 Alcivandro Luz: 106 Alcyr Pires Vermelho: 71 Aldir Guimarães Passarinho: 253, 254 215 Aldovandro: 27 Alemão (Sylvio Serpa): 25 Alencar: 104 Alex Von Usler (Alexander Von Usler): 169, 202 Alexandre de Araújo Sena: 99 Alexandre Galvão de Oliveira: 99 Alexandre Robatto Filho: 69 Alexandre Santos de Oliveira: 99 Alfredo Americano da Costa: 102 Alfredo Henrique de Azevedo: 5, 26, 44, 201 Alfredo Pereira de Mello: ver Mica Alfredo Vasconcelos (Alfredo Rodrigues Vasconcelos Filho): 8, 125, 126, 138, 146-152, 191, 211, 340 Aline Oriá: 90, 91 Alírio: 104 Almir Ricardo Silva: 99 Almir: 61 Aloildo Gomes Pires: 210 Aloísio Coelho Messeder: 135, 153, 187 Aloísio Palmeira: 249 Aloísio Souza: 82 Aloysio Figueiredo Portugal: 15 Álvaro Barros: 17-20 Álvaro de Souza Filho: 155 Álvaro Rocha (Álvaro Pereira da Rocha): 65, 66 Alvinho: ver Álvaro Barros Amaro Silveira: 25 Amauri Aquino: 120 Amauri Nader: 171 Amélia Almeida: 89 Américo Fagundes de Brito: capa 4 Américo Salles: 5,13, 252, 256 Américo Vespúcio: 195 Amin Jamil: 155 Ana Cláudia Cordeiro de Almeida Silva: 108 Ana Cristina Tude: 89 Ana Maria Carvalho Sá: 84 Ana Maria Moraes: 92 Ana Maria Trigueiros: 188 Ana Marta Drumond Bittencourt: 155 Ana Otávia Bonfim Brito Schaum: capa 4 Ana Viana: 335 Ana: 90 Anderson Azevedo Brito: 155 André Aleluia: 189 André Cordeiro de Almeida Silva: 108 André Fonseca: 89 André Silva: 89 Andrés Molina: 96 Ângela Lemos Sampaio: 84 Ângela Maria (Abelim Maria da Cunha): 181 216 Angêla Vasconcelos: 85 Ângelo de Souza Castro Oliveira: 99 Aníbal (juvenil): 35 Aníbal: 17 Anildo Pires Sepúlveda: 122 Anorailton Conceição Silva: 344 Antônio Bernardino de Carvalho: 5, 13-15, 17, 252, 256 Antônio Brito (Antônio Luiz Paranhos Ribeiro Leite de Brito): 184 Antônio C. Tavares Guimarães: 88 Antônio Caramelo Vasques: 9, 133, 140, 141, 146, 156, 191, 347 Antônio Carlos (colunista social): 81, 84 Antônio Carlos Ferreira Freire: 334 Antônio Carlos Lessa: 88 Antônio Carlos Lins: 92 Antônio Carlos Lopes Pontes: 155 Antônio Carlos Magalhães/ACM (Antônio Carlos Peixoto de Magalhães): 126, 176, Antônio Carlos Mattos: 89 Antônio Carlos Melo Calmon: 135, 140 Antônio Carlos Oliveira Lago: 156 Antônio Carlos Pringsheim Cunha: 135, 335 Antônio Cruz Moreira Alves: 8, 10, 152, 154, 159, 179, 180, 210, 329, 332, 334, 343 Antônio Dias de Moraes: 5 Antônio Fernando A. das Neves: 88 Antônio Fernando da Costa Pinto: 210 Antônio Freitas Borja: 203 Antônio Guilherme Pereira de Carvalho (Toneca): 26, 44, 201 Antônio Heider Lago Bomfim: 9, 152, 156, 171, 329, 334, 339 Antônio Honorato de Castro Neto: 10, 351 Antônio Imbassahy (Antônio José Imbassahy da Silva): 124, 126 Antônio Laranjeira: 130 Antônio Luiz: 89 Antônio Manso Filho: 15 Antônio Menezes Dourado: 5, 169, 202 Antônio Miranda: 88 Antônio Moreno Neto: 158 Antônio Pinheiro Monteiro: 155 Antônio Silva: 89 Antônio: 90 Apio Aleluia de Freitas Júnior: 99 Aragão (Orlando Aragão): 18, 20, 27 Araújo: 96 Archimedes Pires de Carvalho: 5, 52, 53, 59, 105, 202 Ari : 92 Ari Toledo das Dores Júnior: 88, 89 Ari Ulm: 89 Arialdo Boscolo: 158 Aristóteles Góes: 69 Aristóteles Pinto: 15 Arlinda: 90 Armando Berbert Tavares: 16 Armando Cornejo: 96 217 Armando Costa: ver Costa Armando do Nascimento: 100 Armando Francisco Aragão: 90, 91 Armando Joaquim de Carvalho: 201 Armando Martins: 182 Arnaldo Casaes: 88, 89, 96 Arnaldo de Souza Guise: 20 Arnold Wildberger: 85 Arnon Lima Barbosa: 345 Arruda (João Arruda): 18, 19 Arthur Fraga: 5, 20, 23, 44 Arthur Moraes (Artur Rodrigues de Moraes): 18 Arthur Motta: 5, 18, 20, 44, 48, 49, 52, 59, 199, 201, 202 Ary Soares Mesquita: 342, 345 Ary: 120 Astério Seixas: 33, 42 Astor: 120 Astrolábio: 27 Athanásio M. Domingues: 96 Augusto César Rios Leiro: 8, 155, 159, 171, 192, 210 Augusto Góes: 199 Augusto Moura: 160, 242, 332, 336 Augusto Oliveira: 90 Áurea Bezerra: 92 Aurelino Damasceno Passos: 155, 203 Aurélio Pires: 10, 154, 334 Aurenice dos Santos Andrade: 135, 140, 336 Aurita Farias: 89 Aylton Walter do Nascimento: 155 B Baden Powell de Aquino: 73, 181 Bailie: ver A. Bailie Barbara Rush: 68 Barbosa Neto: 88 Barros (garçom): 188 Bemvenuto Botelho da Silva: 49, 50 Benadir Hunter: 155 Benjamim Weinstein: 135 Benno Becker Júnior: 186 Bernardino Madureira de Pinho: 5, 20, 21, 105, 201 Bernardino: ver Antônio Bernardino de Carvalho Beto Narchi: 206, 348 Billie Jean King: 86, 87 Binnion: 19 Binot Paulmier de Gonneville: 195 Bisa: 33 Boaventura Moreira Caldas: 5, 13, 14, 17, 252, 256 Boréu (José Carlos Brito Dória): 7, 39, 74-76, 82, 96, 102, 210, 320 Boris Kotler: 89 Boris Pessoa/Boris B. F. Pessoa (Boris Benjamin Freyesleben Pessoa): 8, 9, 130, 152, 156, 157, 159, 160, 165-168, 171, 176, 210, 254, 333, 334 218 Brandão: 95 Bráulio Xavier Filho: 5, 84, 202 Bruno da Cruz Oliveira: 88 Bruno Jardim: 89 C C. Mattos: 19 Cadilac: 104 Café Filho (João Café Filho): 21, 69 Caldas: 35 Capeto: 17 Caramuru: ver Diogo Álvares Corrêa Cardina: 20 Carioca: 96 Carla: 98 Carlinhos Andrade (Carlos Alberto Dias de Andrade): 104 Carlinhos Gonçalves: ver Carlos Alberto Gonçalves Carlito: 187 Carlos A. Borba Pedreira: 88 Carlos Alberto Carvalho Lima: 155 Carlos Alberto Cruz: 5, 13, 14, 201, 256 Carlos Alberto de Carvalho Lima: 155, 343 Carlos Alberto Gonçalves: 89, 104 Carlos Alberto Pedreira Bamberg: 155 Carlos Alberto Pereira de Mello (Carlinhos Mica): 209 Carlos Alberto Pintinho (Carlos Alberto Gomes): 104 Carlos Alvarado: 96 Carlos André Ricci: 99 Carlos Antônio Santiago (Bigode): 207 Carlos Augusto Rosemberg de Oliveira: 88 Carlos Autran Oliveira Amaral: 342, 345 Carlos Coqueijo Costa (Carlos Coqueijo Torreão da Costa): 5, 40, 76, 81, 106-108, 157, 169, 171, 176, 181, 185, 187, 202, 203, 206, 210, 342, 345 Carlos Corrêa Ribeiro: 5, 21, 44, 52, 55, 60, 106, 203 Carlos Costa Pinto (Carlos de Aguiar Costa Pinto): 5, 20, 44, 52, 201 Carlos da Costa Cruz: 5, 13, 256 Carlos de Lacerda Kelsch: 20 Carlos dos Reis Bispo Gomes: 135, 140, 246, 336 Carlos Drummond de Andrade: 106 Carlos Eduardo de Oliveira: 88 Carlos Eugênio Mattos Yuns: 96 Carlos Faria Costa: 88 Carlos Feldstad: 96 Carlos Fernando Abreu Filho: 88 Carlos Garcia L. Filho: 88 Carlos Gomes: 96 Carlos Japiassú: 94 Carlos José Dória: 89 Carlos Kyrmair: 97 Carlos Lacerda (Carlos Alberto Freitas de Lacerda): 40, 93, 107, 181 Carlos Lando: 96 Carlos Maurício Torres: 8, 10, 136, 153, 154, 159, 169, 170, 192, 210, 343 219 Carlos Nader: 253 Carlos Renato: 71 Carlos Ricardo Gaban: 10, 156. 170, 246 Carlos Roberto S. Lacerda: 88 Carlos Roberto Soares de Miranda: 115, 203, capa 4 Carlos Sá: 46 Carlos Senna: 172 Carlos Sodré (Carlos Eduardo Sodré): 342, 344 Carlos Volante: 104 Carlos Winston Marques: 89 Carlos: 92 Carmelito Walter de Almeida: 344 Carmem Cury Braga: 92 Carmem Maciel: 92 Carvalho (juvenil): 35 Carvalho: 30 Carvalho: ver Antônio Bernardino de Carvalho Cássio Motta: 97 Catharina Paraguassú: 196 Cauby Peixoto Barros: 187 Celso de Mello: 253 Celso Sacomandi: 97 César A. Valverde: 88 César Augusto Oliveira dos Santos: 156, 343 César Augusto: 336 César Luiz Carvalho: 9 César Marianetti Braga: 88, 89 César Ricardo Almeida Requião: 99 Cezar: 22, 25-27 Charles Fabian Figueiredo Santos: 27 Charles Fancult: 96 Chico Lopes: 18 Chin Fischer: 96 Cícero Bacellar de Sá: 20 Cid E. Meirelles: 89, 173, 187, 322 Cigano: 321 Cíntia Almeida: 89 Ciro Barbosa Cardoso: 88 Ciro: 104 Clara Nunes: 106 Claudelino Miranda (Claudelino Monteiro da Silva Miranda): 138,146, 156, 206, 333, 338, 341-343, 345 Cláudia Brito Costa: 140, 336 Cláudia Maia de Freitas: 99 Cláudia Monteiro: 86 Cláudio Adão (Cláudio Adalberto Adão): 104 Cláudio B. da Fonseca: 88 Claudio Bomfim Machado: 154 Cláudio Cezare Pereira: 88 Cláudio Floridia: 99 Cláudio Manoel Lima Sampaio: 154 220 Cláudio Miranda de Carvalho: 153, 155, 338, 339 Cláudio: 22, 26, 27 Clemente Mariani Bittencourt: 21, 189 Clínio Mayrinck M. de Andrade Neto: 153 Clodoaldo Marques Porto (Clodoaldo Augusto de Marques Porto): 15, 21, 208, 209 Clóvis Cavalcanti Bezerril: 138, 144, 146, 319, 334, 341 Clóvis José Costa Lima Agra: 100 Clóvis Oliveira Mota: 154 Coelho (José Manoel Ferreira Coelho): 25 Coelho Neto (Henrique Maximiano Coelho Neto): 22, 23 Colin Cowie Scott: ver Scott Conde dos Arcos (Marcos de Noronha e Brito): 189 Constança Pithon Pereira: 99 Consuelo Pondé de Sena: 9 Cordeiro: 18-20 Cornejo: 81 Cosme de Farias: 138, 204, 338 Costa (Armando Costa): 17, 20 Costinha: 18, 19, 25, 27 Crellin: 19 Crezo Dourado: 93 Cris Evert: 86 Cristiane Brito: 96, 102 Cristiano Soares Pazos: 100 Cristina Cordeiro de Almeida Silva: 108 Cristina Maia de Freitas: 99 Cristina Stolter: 84 Cristina: 91 Cristine Moura Costa Soares: 99 D D. João III: 196 Daniel Barata: 90 Daniel Duder: 16 Daniel Maurício Cavalcante de Aragão: 9 Daniela B. Cardoso: 99 Daniela Ervedosa Franco: 99 Danilo Marcelino: 88, 90, 102 Daniz César de Souza: 152, 244, 249 Dario: 61 David Moreira M. da Silva: 99 Décio dos Santos Seabra: 54 Dedé: 30 Denise Chagas: 92 Denizart Visco: 54 Deoclides Rabelo Filho: 115, 122, 247 Deraldo Motta: capa 6 Derval: 35 Dilce Maria da Silva Behrens: 140, 154 Dilson Moreira: 92 Dilson de Sá Milton da Silveira: 10 Dilton Oliveira de Araújo: 213 221 Dinha do Acarajé (Lindinalva de Assis): capa 6 Dino (Antônio Dino Galvão Bueno): 25 Diogo Álvares Corrêa (Caramuru): 195, 196, 213, capa 6 Dodô (Adolfo Antônio Nascimento): 190 Dora Landeiro: 137 Duda: 95 Dudu (Durval de Araújo Gonçalves Filho): 27, 33 Duffus: 19 Dutra (Eurico Gaspar Dutra): 21 E E. May (Edward May): 19, 25 E. Oliveira: 19 Eddie Mandarino: 181 Eder Cerqueira: 122 Edésio da Silva Góes: 153 Edgar Lemos Brito: 78 Edgar Tapioca: 34 Edgar Viana Filho: 8, 9, 121, 154, 159, 172, 177, 207, 210, 211, 325 Edgard Andrade Behrens: 155 Edgard Corrêa Ribeiro: 49, 55, 60, 106 Edilberto Prado da Silva: 136, 153, 154 Edílio Martins: 171 Edison Pascoli: 130 Edson Sebastião Viterbo de Aragão: 249 Eduardo Albarelli Rangel: 19 Eduardo Catharino Gordilho: 320 Eduardo Dias Pereira (Mamãe): 5, 13-15, 17, 19, 20, 252, 256 Eduardo Jorge Mendes de Magalhães: 9, 138, 156, 169, 191, 203, 333, 337 Eduardo Moraes de Castro: 342, 344 Eduardo Oliveira Vianna: 19 Eduardo Prisco Paraíso: 156 Eduardo Rangel: 15 Eduardo Rios Filho: 201 Eduardo Silva (fotógrafo): 145, 338-341 Eduardo Silva Lima: 201 Eduardo Silva: 145, 146 Edvaldo Brito (Edvaldo Pereira de Brito): 8, 9, 130, 138, 146, 153, 156, 169, 183, 191, 203, 247, 248, 333, 335, 341, 347 Edvaldo Brito Filho (Edvaldo Pereira de Brito Filho): 122, 156, 183 Edward Duder (Edward Pellen Wilson Duder): 16 Eliana Costa: 163 Eliana Dumet: 89 Eliana Lima: 89 Eliane Silva de Jesus: 135, 140, 210 Elina Rangel: 67 Eliraldo Cristo Bomfim: 135, 140, 210, 336 Elizabete Nogueira Goes: 92 Elizeth Cardoso: 77, 80, 81, 205 Elizeu Antônio Ferreira Vinagre de Godoy: 104 Ellen de Lima (Helenice Teresinha de Lima Pereira de Almeida): 93 Elpídio Lisa: 20 222 Elsimar Metzker Coutinho: 323 Elvira Falcão: 85 Elysio: 27 Emerson Ferreira Mangabeira: 153 Emilinha Borba: 71 Emilio Montano: 96 Emílio Odebrecht: 56 Enéas Costa (Enéas Torreão da Costa Neto): 75, 83,96, 102 Enéas Smith Torreão da Costa: 106 Enivaldo: 122 Eno Meirelles: 91 Enock: 95 Enódio Mesquita Marques Porto: 208 Enzo: capas 5 e 6 Eraldo Melo: 91 Ernesto Costa Batista: 88 Ernesto Simões Filho: 66 Ernor Flamarion: 96 Esdron: 25-27 Esperidião dos Santos Araújo: 156 Eugênio Silveira: 171 Eva Alice Summers Medrado: 85 Evaldo Silva (José Evaldo da Silva): 7, 39, 75, 82, 85, 102, 103, 157, 173, 176, 323 Evandro de Carvalho Guedes Filho: 154 Evilásio Teixeira Cardoso: 192 F F. May Junior (Frank May Junior): 19, 25 F. May Senior (Frank May Senior): 19, 20 Fabiam Gomes da Silva: 99 Fábio Albiani Barata: 90 Fábio de Carvalho: 21, 33, 44, 52, 53, 200, 202, 203 Fafá de Belém (Maria de Fátima Palha de Figueiredo): 106 Fanny Duder (Fanny Fleetwood Wilson Duder): 16 Fátima Mendonça (Maria de Fátima Mendonça): 8,183, 184 Felícia Toledo: 92 Felipe Jucá: 79 Felix Abreu: 89 Fernando Almeida: 89 Fernando Ariel Meligeni (Fininho): 192 Fernando C. Chagas Filho: 89 Fernando Chagas: 89, 92, 171 Fernando Corrêa Ribeiro: 5, 49, 54, 55, 57, 58, 60, 105, 106, 169, 202 Fernando Cosenza: 89 Fernando de Oliveira Reis: 136, 154 Fernando Del Rey: 89 Fernando Gentil: 97 Fernando Protásio: 92, 116-118, 120, 172 Fernando Villas Boas: 89 Ferreira: 27 Ferreirinha: 17 Fiães (Armando Fiães): 18, 25 223 Flamiano: 65 Flávio Guerra Cardoso: 98 Fominha: 95 Fonsequinha (Geraldo Ferreira da Fonseca): 169 França (Luiz da França): 17 Francisco dos Santos Bahia: 88 Francisco Henrique M. Dâmaso: 99 Francisco José Seara: 88 Francisco Peixoto de Magalhães Neto: 49 Francisco Pereira Coutinho: 196 Francisco Silva: 15 Frank May Senior: ver F. May Senior Frederico Catharino: 324 Frederico Guilherme Caldas de Argolo: 115 Frederico Matheus dos Santos: 21, 201 Frederico Sá: 46 Frederico: 35 Fúlvio Guimarães: 89 G G. W. Phillips: 46 Gabriel Carlos de Figueiredo: 174 Gabriela Sabatini: 86 Gago: 104 Galdino de Assis: 20 Gaspar de Lemos: 195 Gaspar Sadoc da Natividade: 10, 156, 323 Genaro Braga: 33 Genaro Carvalho: 84 George Harvey Duder Junior: 5, 16, 21, 194, 198, 199 George Harvey Duder: 16 Georgeocahama D. A. Archanjo: 186 Geraldo Bonelli: 210 Geraldo José da Rocha Brasil: 123, 124, 203, 244, 246 Geraldo Lanza: 5, 13, 252, 256 Geraldo Marron: 207 Geraldo Rabelo de Brito Filho: 153, 329, 334, 338, 339 Geraldo Ramos Soares: 213 Germano Francisco de Assis Júnior: 53, 199 Gerson Araújo: 89 Gerson Gabrielli: 10, 138, 156, 169, 191, 249, 337 Gervásio: 321 Getúlio Vargas (Getúlio Dornelles Vargas): 45, 69 Getúlio: 61 Gianni Carta: 103, 213 Gil Alves (Búfalo Gil): 104 Gilberto Alves: 93 Gilberto Francisco Teixeira Villela: 153 Gilberto José: 100 Gilberto Moura Costa: 61 Gilca Ramalho: 90, 102 Gildete Passos Rego: 67 224 Gildo (Leão): 187 Gildo Raimundo Lopes: 120, 154, 156 Gilka Vieira Camardelli: 67 Gilvan Figueiredo Galvão: 156 Gina Leal Costa: 99 Ginger Rogers: 68 Givaldo Barbosa: 97 Glauce Dias: 89 Glauco Gaudenzi: 88 Graça Maria Vaz Lira: 67 Grace Maria Soares: 85 Gramatão Teles: 196 Gui Sampaio: 89 Guido Santos: 77, 82 Guilherme Dantas: 89 Guilherme Marback (Guilherme Carneiro da Rocha Marback): 60, 169, 202 Guilherme Simões: 66, 76 Gustavo Alvarenga Miranda: 153 Gustavo Kuerten: 103, 213 Gustavo Maia: 5, 70, 113, 169, 202 Gustavo Meirelles: 91 Gustavo Tibert: 97 Gutemberg Cruz Andrade: 213 Gutemberg de Jesus Brito: 88 Gutemberg Pinto: 89 Guto: 95 H Hamilton 188 Hans Werner Von Husler: 169 Hansa Hacker Rocha: 66 Haroldo Francisco Burgos Neto: 99 Harrison: 81 Harry Magalhães de A. Filho: 88, 90 Heitor Dourado: 203 Heitor: 61 Hélio Costa: 93 Hélio Oliveira: 65, 92 Helvécio Araújo: 17, 18 Helvécio Ribeiro Meira: 154 Hemar Barata: 91 Henri Klayko: 19 Henri Mancini: 107 Henrique Conde: 5, 18, 20, 21,105, 201 Henrique de Carvalho: 14, 44, 52, 53, 200 Henrique H. Nascimento Sampaio: 99 Heráclito Gomes de Moura: 155 Herbert Rodenburg: 49 Hermann Overbeck: 49-51 Hermes Nascimento: 92 Hermes Padilha: 89 Herval Chagas: 89 225 Herval Odilon Chagas: 88 Herval Vieira: 65 Hildegardo Belém: 88 Hildete Britto Lomanto: 85 Hitler (Adolf Hitler): 62 Horácio: 65 Hugo (cantor mexicano): 93 Hugo Studart: 202 Humberto Barbosa Alcântara: 96 Humberto M. Farias: 94 I Iara: 90 Ieda Vargas (Ieda Maria Vargas Athanásio): 72 Ildázio Marques: 89 Ilo Pinto Just: 22 Ilza d’Almeida Porto: 209 Inaiá Setenta: 92 Indira Mesquita Marques Porto: 208 Irdemar Osório: 66 Irundy Mangabeira Albernaz: 18 Isaac Neto: 94, 95 Itaberaba Lyra (Itaberaba Sulz Lyra): 138, 146, 338, 341 Ítalo Dattoli: 334 Itamar Batista: 130 Itana Meirelles (Itana Maria Rebouças Meirelles): 89, 96, 102, 173, 210, 322 Ivan Kley: 97 Ivan Perazzo Freitas: 156 Ivan Suarez y Martins: 99 Ivana Meirelles (Ivana Maria Rebouças Meirelles): 91, 96, 102, 173, 210, 322 Ives Gandra da Silva Martins: 253 Ivo Gastaldoni: 63, 213 Ivo Rangel: 172 Ivon Cury (Ivo José Curi): 181 J J. Dias Lima: 17, 18 J. S. Fleming: 50 J. Webster: 19 Jackson Alberto Carrera Peixoto: 88, 90, 95, 96, 120 Jacques Cartier: 196 Jaime Magalhães (Jaime Daniel Peixoto de Magalhães): 126 Jaime Simas Kraychete: 155 Jair Castelo Branco: 88, 89 Jair Costa L. Júnior: 99 Jair: 61 Jane Russel: 68 Jânio Quadros (Jânio da Silva Quadros): 21 Jaques Wagner: 176 Javier Restrepo: 97 Jayme Baleeiro: 5, 55-57, 59, 78, 182, 203 Jayme Ribeiro Saldanha Júnior: 203, 247 Jayme: 17 226 Jeff Chandller: 67 Jerval Peixoto: 70 Jimmy Tennant: 81 Joana de Carvalho Tavares da Silva: 52, 200 Joana Lopes: 120 João Alfredo Quadros: 169 João Arruda: ver Arruda João Avelino Machado: 247 João Bernardo da C. Neto: 89 João C. Santos Rocha: 88 João Carlos Fernandes Campos: 136 João Carlos Tourinho Dantas: 84 João César C. Brito: 99 João Coelho Neto (Preguinho): 23 João Dantas: 10, 324, 351 João Facó: 7, 39, 49, 50 João Freire: 88 João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira: 106 João Henrique de Barradas Carneiro: 10, 129, 130, 205 João Martins da Silva Neto: 99 João Nogueira: 93 João Rubem Carvalho de Souza (Rubinho dos Carnavais): 8, 116-118, 120, 121, 173, 174, 210, 211, 318, 319, 328 João Soares: 97 João Tolentino Alvarez: 203 João Vianna Dias da Silva: 5, 13, 14, 201, 252, 256 Joãozinho: 27 Joaquim Ribeiro Ruas Gaspar: 154 Joel: 104 John Duder (John Edwin Duder): 16 Jolivaldo Freitas: 8, 9, 159, 189, 211, 346 Jonas: 12 Jorcelino Tavares Bastos: 154 Jorge Abreu Filho: 75 Jorge Abreu: 75 Jorge Alexandre F. Canedo: 99 Jorge Amado: 107, 213, capa 6 Jorge Calmon Moniz de Bittencourt: 325 Jorge Corrêa Ribeiro: 5, 46, 55, 60, 106, 169, 182, 185, 202 Jorge Diniz Gonçalves Beltrão: 109, 154, 185, 187, 203 Jorge Eduardo de Abreu Nogueira: 75, 96, 102 Jorge Luiz Mota Nunes dos Santos: 88 Jorge Luiz: 95 Jorge Machado de Pinho: 10, 153, 155, 172, 191, 329, 333, 334, 339 Jorge Ricardo Dau: 89 Jorge Tannus Simões: 90 Jorge: 26 Jorginho: 95 Josanias Fonseca: 89 José A. Fontes Ribeiro: 89 José Abade: 89 227 José Antônio G. Menezes: 88 José Bispo Maurício: 135, 140 José Carlos Baião Ferreira: 4 José Carlos Brito Dória: ver Boréu José Carlos Magno: 88 José Coutinho: 89 José da Costa Oliveira: 88 José de Aguiar Costa Pinto: 201 José de Araújo: 156 José de Araújo: 89, 155, 324 José de Oliveira Costa: 90, 100 José Fernandes Maciel Lima: 88, 94, 96, 104 José Fernandes: 95 José Fiel: 50 José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima (Padre Roma): 197 José Liberato de Mattos: 17, 18 José Luís Galvão P. Bomfim: 156 José Luiz Fernandes Ganem: 98 José Moreno: 77, 82 José Nogueira Elpídio: 153 José Paulo Machado de Azaredo Júnior: 345 José Renato Trigueiros: 188 José Renato: 95 José Rocha: 171 José Rui: 89 José Santos Pereira de Mello: 12, 25, 44 José Seabra: 19 José Senra P. Júnior: 99 José Sinval Soares: 174 José Sobreira: 89 José Taboada Vidal: capas 5 e 6 José Tavares Guimarães: 88 José Taveira Neto (Zequinha): 120 José Teixeira Freire: 171 José Spósito Prazeres: 120, 171 José Ventura Neto: 120 José: 35 Joselisio Oliveira: 324 Josemar Gantois: 88 Josenildo de Carvalho: 192 Josué Fonseca: 89 Jotinha: 185 Juan de Mori: 196 Juca Chaves (Jurandyr Czaczkes): 187 Júlia Mesquita Marques Porto: 161 Juliano (João Juliano): 30 Julieta Moniz Barreto: 84 Julinho: 104 Júlio Adalberto Marques Porto: 161, 208 Júlio Goes: 97 Juracy Magalhães (Juracy Montenegro Magalhães): 49 228 Jurandir: 17 Juscelino Kubitschek de Oliveira: 126 Juscelino Pacheco: 9 Juvenal: 104 K Karla Régis Galvão de Oliveira: 99 Karla Schulz: 99 Kathryn Grayson: 68 Kátia Falcão: 89 Kin Kin (Ng Cheuk Kin): 4, 210, 329-331, 333, 335, 337, 344, 345 Kita: 95 Kleber Fonseca (Soneca): 185 Kleber Pacheco de Oliveira: 84 Kleyton Negrão de Moraes: 99 L L. Leech: 19 L. Strani: 19 Lacerda (Antônio Carlos Barbosa Lacerda): 104 Laguna: 26 Lapão (Luís Carlos Menezes): 104 Lasdam: 17 Lauro Astolfo Novaes Araújo: 335 Lauro: 25 Lavine Lemos Cavalcante: 99 Leal: 17 Leão Rozemberg: 40 Leech: ver L. Leech Lélio Pomaro: 91 Leny Eversong (Hilda Campos Soares da Silva): 73 Léo Briglia: 104 Leo: 65 Leonardo Caldas Scardua: 153, 155, 329 Leonardo de Andrade Santos: 88 Leonardo Mário Caricchio: 60 Leonardo Souza da Costa e Silva: 98 Leonardo Vilela: 90 Leônidas Siqueira: 44 Leslie Scott: 88 Levy Marques Pavão: 164 Lia Lewis: 81 Liberato (Manuel Joaquim Liberato de Mattos): 17-20, 22 Lídice da Mata Souza: 351 Lindomar Donato de Souza: 67 Lomanto Júnior (Antônio Lomanto Júnior): 85 Lourdes Pereira: 92 Lourenço Nascimento Neto: 88 Louro: 95 Lucas Souza Brito: capa 4 Luci Carvalho: 84 Lúcia Meirelles (Lúcia Maria Rebouças Meirelles): 140, 153, 155, 157, 173, 174, 176, 210, 322, 325 229 Luciana Cordeiro de Almeida Silva: 108 Luciana Liege Bonfim Brito: capa 4 Luciana Silva: 90, 91 Luciano de Aguiar Lisboa: 88 Luciano José Bittencourt: 96 Luciano Lisboa: 95 Luciano Oliveira dos Santos: 156, 343 Luciene Kelsch: 91 Lucy Paiva: 92 Luís Cajazeiras: 250 Luís Eduardo Magalhães: 69 Luís Eugênio Carvalho Lavigne: 155 Luís Fernando Haendel: 120 Luís Henrique Dias Tavares: 213 Luís Tarquínio: 161 Luiz Alberto Figueiredo: 88 Luiz Alberto Menezes Sampaio: 153 Luiz Alberto Najar: 89 Luiz Alberto P. Menezes: 91 Luiz Aragão: 92 Luiz Augusto Menezes: 91 Luiz C. Carvalho: 89 Luiz Carlos Duplat: 88 Luiz Carlos Rocha: 192 Luiz Carlos Vasconcelos: 95 Luiz Fahel: 95 Luiz Felipe Tavares: 97 Luiz Henrique Behrens: 152, 334, 338 Luiz Henrique Cordeiro de Almeida Silva: ver Lula Luiz Henrique Portela Brim: 8, 153, 155-157, 159, 175, 176, 178, 211, 329, 334 Luiz Henrique Silva: 89 Luiz Henrique Valverde: 97, 98 Luiz Mattos: 18 Luiz Monteiro da Costa: 84 Luiz Rodrigues: 189, 190 Luiz Silva: 89 Luiz Vieira (Luiz Rattes Vieira Filho): 106, 181 Luiz: 17 Lula/Lula Mamão (Luiz Henrique Cordeiro de Almeida Silva): 104, 108, 210 Lula: 95 Lulu: 25 Lydio de Mesquita Chaves: 15, 17 M M. Liberato: ver Liberato Maciel: 35 Madalena Fagotti: 74 Maneka Pedreira: 44 Manoel da Costa Cruz: 5, 13, 256 Manoel José Gomes Tubino: 186 Manoel Rodrigues Pedreira: 5, 202 Manoel Taboada Souza: capa 5 230 Manteiga: 95 Manuel (motorista): 188 Manuel Abreu: 82 Manuel Liberato: ver Liberato Maraivan Rocha: 122 Marcelo A. Carvalho: 88 Marcelo A. Oliveira Chamusca: 88 Marcelo Alencar: 94 Marcelo Almeida: 100 Marcelo Carvalho: 94, 95 Marcelo Costa Batista: 88 Marcelo de Castro: 99 Marcelo Ferreira: 89 Marcelo Gomes Santos: 100 Marcelo Lima Novaes: 88 Marcelo Lyra: 98 Marcelo Miranda: 90 Marcelo Werneck B. de Araújo: 99 Marcelo Zelente Goes: 99 Márcia Cardim de Lima: 99 Márcia Lisboa: 187 Márcia Mamede: 91 Márcia Venessa: 84 Márcia: 90 Márcio Braga: 89 Márcio Carlssom: 192 Márcio Luiz Echternacht: 99 Márcio Oliveira: 89 Márcio Rehm Botelho: 99 Márcio Tanajura: 94 Marco Ulm: 90 Marcondes: 25 Marcos A. Neder: 95 Marcos Antônio de O. Rodrigues: 99 Marcos Antônio Pinto Guerra: 153, 155 Marcos Bulcão Nascimento: 99 Marcos do Nascimento de Almeida: 100 Marcos Gonçalves: 74 Marcos Hocevar: 97 Marcos Valente Santos: 88 Marcus Tadeu: 89 Margarida (árbitro de futebol): 121 Maria Amélia Teixeira de Almeida: 100 Maria Augusta Mascarenhas Cardozo: 4, 210 Maria Célia Bastos Ribeiro: 84, 85 Maria Cristina Andrade: 75 Maria da Graça Diniz da Costa Belov: 210 Maria de Carvalho Tavares: 5, 7, 39, 52, 53, 194, 200 Maria de Fátima Garrido Ruas Gaspar Pedreira: 152 Maria de Lourdes Café David: 92 Maria de Lourdes Trigueiros: 188, 189 231 Maria do Amparo Dória: 92 Maria Emília Nazaré de O. Costa: 99 Maria Ester Santana Sousa: 4 Maria Esther Bueno: 86, 103, 142, 213 Maria Fernanda Saback Silva: 84, 85 Maria José Alves de Almeida: 209 Maria José Hortélia Cordeiro de Almeida: 108 Maria José Lisboa (Marietinha): 186, 187 Maria José Silva: 92 Maria Lúcia Passos Cunha: 84, 85 Maria Lúcia Sarno: 92 Maria Martha Hacker Rocha: ver Martha Rocha Maria Miranda de Carvalho: 21, 53, 194, 199, 200 Maria Regina Correia: 92 Maria Vandelucia Oliveira Patrocínio: 140, 336 Marietinha: ver Maria José Lisboa Marilda Cunha: 181 Mário Américo Bonfim Brito: 156, capa 4 Mário Augusto: 89 Mário Bahia: 89 Mário Carlos Lago Bomfim: 155 Mário César Vieira Marques: 96 Mário Cezar de Carvalho: 15, 201 Mário de S. Bastos Neto: 88 Mário Lins: 78 Mário Marques de Souza Filho: 99 Mário Matos: 89 Mário Miranda: 17 Mário Seixas: 91, 92 Mário Sérgio Pontes de Paiva: 104 Marito da Nova Bahia: 104 Marlene (Victoria Bonaiutti de Martino): 181 Marlene Beatriz Maia Dias: 84 Marlene Maria Bonfim Brito: 140, 324, capa 4 Marlene Rubeiz: 91 Marôto: 35 Marquito: 17 Marta Maria Serrano Fernandes: 84, 85 Marta Vasconcelos (Marta Maria Cordeiro Vasconcellos): 72 Martha Benevides da Costa: 192 Martha Rocha (Maria Martha Haecker Rocha): 7, 39, 65-73, 142, 210, 214 Martim Afonso de Souza: 196 Martina Herta Gundlach: 90, 97, 98 Martina Navratilova: 86 Massullo (Pedro Massulo): 33 Matheus Brito Schaum: capa 4 Matos (Samuel Pereira de Mattos): 96, 104 Maurício Albuquerque da S. Pereira: 88 Maurício Costa: 88 Maurício Magalhães: 89 Maurício Silvestre de Farias: 155, 333 232 Mauro do Nascimento de Almeida: 98 Mauro Fernandes: 95 Mauro Guiselini: 186 Max Hurliman: 97 Mayra Setenta Barbosa: 92 Mazzeu I: 27 Mazzeu II: 27 Medrado (Antônio Medrado Alcântara): 104 Mendes Filho: 253 Menezes (Virgílio Lamaigosere de Menezes): 30 Mica (Alfredo Pereira de Mello): 7, 11, 12, 25-27, 30, 33, 38, 42, 141, 142, 176, 209, 210 Michel Venturini: 192 Miguel Arcanjo dos Santos: 324 Miguel Argeu: 89 Miguel Bartilotti: 201 Miguel Falcão da Silva: 154, 155 Miguel Majdalani Neto: 251 Miguel Osório: 46, 55 Miguel Reale: 253 Milton Diniz Gonçalves: 120, 185-187 Milton José Dias de Moraes: 5, 203 Milton Pereira de Farias: 78, 80-82, 169, 185,187, 202 Mirtes Kruschewsky: 163 Misael Tavares (Manoel Misael da Silva Tavares): 16 Moacir Melo: 95 Moacir Pinto de Andrade: 154 Moacyr Aderne Trigueiros Júnior: 188 Moacyr Aderne Trigueiros: 188 Modesto Vazquez: 97 Mônica Cook: 84 Mônica de Tude: 84 Mônica Oliveira Diniz Gonçalves: 90, 100 Montaigne (Michel Eyquem de Montaigne): 192 Mozart: 61 Muller (Carlos Muller): 17, 18 Mundinho: ver Raimundo Lisboa Murilo Moreira Barreto: 155 Mussolini (Benito Mussolini): 62 Myriam Stevenson: 68 N Nadinho (Agnaldo Borel de Uzeda): 22, 32 Nadinho (Leonardo Cardoso): 104 Nailton Ainsworth: 92 Nathália Moinhos: 335 Neblina: 20, 22 Nebulosa: 22 Nelida Maria F. Farias: 99 Nelson Almeida Taboada: capa 5 Nelson Cazumbá: 96, 104 Nelson Conceição: 25 Nelson Rocha: 157, 214 233 Nelson Taboada Souza: capas 5 e 6 Nesi (Luiz Ferreira Nesi): 25 Neuza Pretti Menezes: 90 Névio Santiago: 90 Newton Azevedo: 91 Newton Mota: 172 Newton Pinto Júnior: 136, 248 Newton Vieira Mendes: 155 Ney Souza Gavazza: 88, 153, 156 Ney Keller: 97 Nicanor Souza: 25-27, 30 Nick White: 97 Niege Dias: 86 Nilo Malafaia: 10, 154, 155, 250 Nilo Murtinho Braga: 25 Niltinho (Nilton Reis Dultra): 78 Niltinho (Nilton Silva Filho): 95, 108 Nilton Silva: 5, 87, 100, 101, 108-110, 112, 157, 169, 171, 176, 185, 203, 210, capa 4 Nininha Pondé: 169 Noé Rodrigues Nunes: 5, 44, 54, 56, 57, 59, 105, 202 Noelma Alves: 91 Nora Silva Costa: 84 Norberto de Medeiros: 18 Normando Macedo: 324 O O. Mello: 27 Octávio Vasconcelos Neto: 88 Odair de Jesus Conceição: 8, 10, 155, 175, 176, 191, 211, 334 Odorico Tavares (Odorico Montenegro Tavares da Silva): 83 Olívia Imbassahy: 65 Olympio Matheus dos Santos: 19 Onildo Chastinet: 185 Oréade Mesquita Marques Porto: 8, 159, 161-163, 208, 211 Orlando Gama Lobo: 65 Orlando: 19 Oscar Nova: 33 Oscar Pontes: 46 Osiel Mattos: 87 Osvaldo Fahel (Osvaldo Jorge Fahel): 209 Oswaldo Imbassahy da Silva: 49, 54 Oswaldo Silva: 56, 58 Otávia Martins de Brito: capa 4 Otávio Barata: 89 Otávio Nolasco: 89 Otávio Vasconcelos: 89 Otoney Raul Veloso Oliveira: 104 Otto Alencar (Otto Roberto Mendonça de Alencar): 328 Ouis Shurr: 68 P Pablo: 90 Padre Torrend (Camilo Torrend): 83 234 Paim: 27 Paschoal Silva Cinelli: 25 Pasquale De Chirico: 197 Patrícia Abreu: ver Patrícia Ferreira Pinto de Abreu Patrícia Britto: 100, 173, 176 Patrícia Ferreira Pinto de Abreu: 89 Patrícia Medrado: 7, 39, 85-87, 96, 101-103, 140, 142, 157, 173, 174, 176, 192, 312 Patrícia Ribeiro de Oliveira: 99 Patrícia Trigueiros: 8, 159, 188, 211 Paul Van Min: 97 Paulinho Dantas: 79 Paulinho Furtado: 121 Paulinho: 95 Paulo Brito Bittencourt: 99 Paulo César Caju (Paulo César Lima): 104 Paulo César D. Ribeiro: 88 Paulo César Monteiro: 94, 95 Paulo César: 95 Paulo Emílio Torres: 88 Paulo Ganem Souto: 351 Paulo Guimarães: 91 Paulo Maynard: 120 Paulo Meira: 130 Paulo Meirelles: 130 Paulo Olímpio de Castro: 99 Paulo Pita Gondin: 88 Paulo Ribeiro: 89 Paulo Roberto Stolze Vasconcelos: 88 Paulo Eduardo Caldas Rosa: 153, 156 Paulo Sena: 91 Paulo Sérgio Guimarães: 88 Paulo Sérgio R. Gonçalves: 88 Paulo Serrano: 91 Paulo: 27 Pedro Amadeu: 183 Pedro Bacellar de Sá: 5, 44, 201 Pedro Caetano: 71 Pedro Galvão (Pedro José Galvão Nonato Alves): 342, 344 Pedro Godinho (Pedro Luiz da Silva Godinho): 10, 138-141, 144-146, 156, 170, 191, 205, 212, 328, 333, 335, 338-340, 342 Pedro Guerra: 130 Pedro Paulo Brandão Caldas: 88 Pedro Paulo: 89 Pedro Silva (Pedro da Silva): 7, 39, 102, 103, 157, 173, 176, 210 Pedro Stolze: 90 Pedro: 30 Pega Pinto (Norival Paranaguá de Andrade): 30, 33 Pelulo: 65 Pennaforte (Orlando Pennaforte de Araújo): 25 Pergentino Holanda dos Santos Filho: 109, 169, 185, 203 Péricles Chamusca: 94, 171 235 Pero Lopes de Souza: 196 Peter Gerards: 97 Phebo Magalhães: 15 Pier Angeli: 68 Pinima (A. Nepomuceno): 26, 27 Plínio Risério de Carvalho: 19 Popó (Apolinário Santana): 30, 34 Popó: 120 Públio Bernardes de Souza: 20 Purunga: 104 Porto Filho: ver Ubaldo Marques Porto Filho Q Quarentinha (Waldir Cardoso Lebrego): 104 Queiroz: 61 Quincy Jones: 107 R R. J. H. Todd: ver Todd R. Tidmarsh (Roland Tidmarsh): 19 R. Todd: ver Todd Rabelo: ver Deoclides Rabelo Filho Rafael Gondim (Rafael Ribeiro Gondim): 89, 96 Rafael Menezes: 45-50, 169, 202 Raimundo Braga: 169 Raimundo Cardoso: 91 Raimundo Lisboa (Mundinho): 154, 156, 186, 187 Raimundo Lisboa Filho: 187 Raimundo Nunes Lisboa: 88 Ramaiana Fraga: 88 Ramon Taboada Souza: capa 5 Ramos: 20 Raphael L. Gordilho: 45, 202 Raul Chaves Filho (Raul Affonso Nogueira Chaves Filho): 122 Raul Faria: 202 Raul M. Pinto: 92 Raymundo Chaves de Aguiar: 5, 13, 14, 18, 252, 256, capa 2 Raymundo: 321 Regina Helena Lisboa: 85 Regina Pereira de Mello: 209 Regina Sá Machado: 81 Reginaldo Fontes (Régis): 116-121, 123, 171 Reginaldo Musse: 122 Régis Pacheco (Luiz Régis Pereira Pacheco): 69 Reinaldo Gordilho: 46 Reis: 35 Renan Baleeiro (Renan Rodrigues Baleeiro): 8, 56, 182, 183, 203 Renato Scardua: 324 Renato: 25 Renê da Silva Cavalcante: 135, 140, 336 Renot (colunista social): 85 Reub Celestino: 130 Revelação: 18-20 236 Ricardo Cano: 97 Ricardo Forjaz: 99 Ricardo Gaban: ver Carlos Ricardo Gaban Ricardo Maia: 91 Ricardo Santos do Carmo: 99 Riger Guedes: 97 Rita de Cássia Mercês: 84, 85 Rita Reis: 89 Robert James Hamilton Todd: ver Todd Roberto Carlos (Roberto Carlos Braga): 109 Roberto Carlos: 185 Roberto Carrilho da Silva: 152 Roberto Conceição Marcelino: 153 Roberto Duplat Paiva: 88 Roberto Marcher: 103, 213 Roberto Okamura: 312 Roberto Rebouças: 92, 104, 157, 176, 321 Roberto Rivas: 89 Roberto Servino Rivas: 88 Roberto Silva: 89 Roberto: 321 Rodolfo Araújo Goes: 99 Rodolpho de Mello Vieira: 16 Rodrigo de Acuña: 196 Rodrigo Sampaio: 203 Rogério Abude Eustáquio da Silva: 98 Rogério de Camargo: 46 Rogério de Faria (Rogério Gordilho de Faria): 78, 203 Rogério Medrado Maia: 100 Romildo de Jesus: 326-328, 334, 342, 343, capa 4 Rômulo Valadares: 90 Ronaldo Junqueira Rohrs: 153, 155, 334, 338 Rosa Levita: 84 Rosalvo Coelho Neto: 9, 152, 155, 334, 335,343 Rose Marie Reid: 74 Rose Summers: 85, 173 Rowsell: 19 Rubinho Chastinet: 104 Rubinho dos Carnavais: ver João Rubem Carvalho de Souza Rui Araújo Goes: 88 Rui Carneiro: 65 Rui Goes: 89 Rui Santos: 89 Ruy Barbosa: 205 Ruy Plessim Almeida: 88 Ruy Tannus: 78, 104 S Saes: 26, 27 Salles: 25, 26 Samir Daiha: 90, 91 Sampaio: 35 237 Samuel Celestino: 325 Sandra Cavalcanti Ferreira: 90, 97, 98 Sandra dos Reis da Silva: 98, 102 Sandra Soares Pazos: 100 Santinho (Mário Rodrigues): 18-20, 22, 26, 27 Santos Souza: 17 São Francisco de Assis: 13, 141 São Virgílio: 143 Sara Jacob: 172 Saulo José Casali Bahia: 249 Scott (Colin Cowie Scott): 20, 22, 45, 46 Seabra (Alfredo Seabra): 18-20 Selenneh Íris: 334 Serafim Piñon: 89 Serapião Lima Queiroz: 89 Sérgio Augusto de Castro: 98 Sérgio Carneiro (Antônio Sérgio Barradas Carneiro): 10, 129 Sérgio Carvalho Furtado: 88 Sérgio de Oliveira Costa: 98, 100 Sérgio Figueiredo: 94 Sérgio Magalhães: 95 Sérgio Neder: 94 Sérgio Passarinho Soares Dias: 153 Sérgio Ribeiro Bastos: 156 Sérgio Ricardo Oliveira dos Santos: 156, 338, 343 Sérgio Suares y Martins: 99 Sherazade: 65 Silva Lima: 17 Sílvia Carvalho: 89 Sílvia Menezes: 91 Silvinha Rebouças: 92, 321 Silvinha Teles: 73 Silvino: 34 Sílvio Liberato: 91 Sílvio Menezes Júnior: 90 Simone Cardim de Lima: 99 Simone Felizardo: 100 Simone: 98 Sinval Rodrigues Felizardo Júnior: 90, 100 Sinval Vieira da Silva Filho: 95, 115, 117, 118, 120, 121, 131, 171, 185, 203, capa 4 Sisi Borges: 92 Solly Hoedmaeker: 19 Sosthenes: 25 Souza Pinto: 17 Spósito (Popó): ver José Spósito Prazeres Steffi Graf: 86 Stephanie Suerdieck: 134, 214 Steve Whitehead: 97 Suely Almeida: 163 T Talo Verde: 95 238 Tampinha: 25 Tânia Meirelles (Tânia Maria Rebouças Meirelles): 96, 102, 140, 173, 174, 210, 322 Tanner (J. H. Tanner): 17 Tarcísio Alves Torres: 153, 155 Tartaruga: 321 Teixeira Gomes (José Teixeira Gomes): 30, 33 Teixeira: 25 Téo Senna (Theófilo Virgílio de Senna): 10, 129, 138, 191, 333, 342, 344 Terry Andrade: 89, 171 Teruo Mitani: 155, 329 Theócrito Baptista: 154, 155 Thetraldo Monteiro: 18 Thirson: 104 Thomé de Souza: 196 Tidmarsh: ver R. Tidmarsh Todd (Robert James Hamilton Todd): 18-20, 22, 27 Toinho: 95 Tombinho: 104 Toninho Lacerda (Antônio Carlos Freitas de Lacerda): 93 Tony Curtis: 67 Tournillon: 19 Trajano Pinheiro: 54 Tranquilli (Eugênio Tranquilli): 30 U Ubaldo Trindade Barreto: 121, 324 Ubaldo Marques Porto Filho: 1, 4, 9, 138, 141-143, 146, 180, 191, 213, 334, 341, 348, 350, capas 1, 5 e 6 Ubaldo Marques Porto Neto: 4 V Vadinho do Violão: 93 Valdir Pita: 92 Valdívio Coelho Neto: 99 Valfredo Oliveira Santos: 8, 9, 122, 138, 140, 146, 156, 172, 191, 203, 206, 210, 273, 328, 333-336, 338, 340, 342, 343, 349, 350 Valvir: 104 Van der Haegen: 81 Vanessa Gil Alves Portugal: 99 Vânia Meirelles (Vânia Maria Rebouças Meirelles): 90, 96, 102, 173, 210, 322 Vavá II: 33 Vavá: 33 Vellozo (Agnello Vellozo): 17, 18, 20 Vellozinho (Antônio Murta Vellozinho): 22, 26 Vera M. Alegre: 90 Vermelho: 183 Verônica de Macêdo: 8, 9, 159, 181, 185, 186, 211, 346 Victor Souza Brito: capa 4 Vignoles: ver A. Vignoles Vinícius de Moraes (Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes): 187 Virgílio Elísio da Costa Neto: 203 Virgílio José Rios Leiro: 120, 153, 156, 172, 333 Virgílio Leiro Campos: 171, 172 239 Virgínia Reis: 92 Vivaldo da Conceição: 93 Vivi (Juvêncio Rosa de Magalhães): 30, 33, 34, 42 W Waldemar Tarquínio: 18 Waldeni Moura: 89 Walsh: 17 Walter Lopes Teles Filho: 94, 95 Walter Lopes Teles: 88 Walter Pidgeon: 68 Walter Queiroz Júnior (Walter Pinheiro de Queiroz Júnior): 8, 181, 182, capa 3 Walter: 17 Waltinho: 104 Wanderley Costa de Brito: 135, 140 Wandira Teixeira: 92 Washington Santana: 94, 95 Webster: ver J. Webster Wellington Villas Boas Fernandes: 96, 140, 336 William Almeida: 89 Wilson Marques Leão: 99 Woody Hermann: 73 Y Yacina Marques da Silva Matos: 115, 122 Yara Maria: 100 Yarte Adam: 77, 82 Yvette Marques Porto Pavão: 8, 159, 163, 164, 211 Z Zadir Marques Porto: 209 Zago: 96 Zé Antônio: 95 Zé Carlos (José Carlos Conceição dos Santos): 27 Zé Costa: 17 Zequinha (São Cristóvão): 104 Zequinha: 35 Zezé (José Carlos Guimarães): 25 Zezito Maciel: 92 Zilah d’Almeida Porto: 209 Zulmira R. Cavalcanti: 92 240 ADENDO Transparência nas Ações Estatuto Social Associados Remidos Demais Associados 241 O entorno da piscina da nova Associação é o polo agregador dos associados. (Foto: Augusto Moura) 242 TRANSPARÊNCIA NAS AÇÕES A Diretoria empossada em 1º de abril de 2004 assumiu o pesado encargo de retirar o clube do atoleiro em que se encontrava. Se fracassasse nessa missão a Associação fatalmente fecharia as portas. O patrimônio seria levado à hasta pública para ressarcimento das dívidas com credores que já haviam ajuizado ações de penhora dos bens do clube. Como no enredo de um filme, onde os papéis principais são entregues aos atores que interpretarão o mocinho e o vilão, ao presidente Ademar da Silveira Brito coube a decisão da escolha de onde se encaixar. Se trilhasse pelos caminhos do sucesso, seria o herói na história da Associação Atlética da Bahia. Caso contrário, ser-lhe-ia imputada perante a história a responsabilidade pela extinção do clube. Ademar dirigiu-se a uma “plaza de toros”, para enfrentar um fortíssimo e enfurecido “miúra”, onde a habilidade e a frieza do toureiro são fundamentais para que saia vencedor. E ele foi-se esquivando dos ataques do touro que representava a crise que devorava o clube. Enquanto toureava arrumava a arena para manter os espectadores (associados) presentes na liça, para vê-lo cansar a fera e criar as expectativas de que poderia finalmente abatê-la. E nesse duelo Ademar utilizou a arma da transparência, fazendo tudo à vista dos associados ou levando ao conhecimento de todos. E dentro dessa tática, publicou um relatório em que prestou contas da realidade que encontrou e das principais ações no primeiro round do combate, representado pelos seis meses iniciais do seu mandato, de 1º de abril a 30 de setembro de 2004. Denominado de Informativo nº 01, foi o primeiro dos 349 informativos que saíram até a inauguração da nova Associação Atlética da Bahia, quando Ademar coroou a vitória contra o touro que inicialmente parecia invencível. A luta foi longa, somente terminando no dia 27 de novembro de 2010, quando o toureiro Ademar espetou a última lança que liquidou com o touro. O Informativo nº 01, com 11 páginas e 51 itens, foi amplamente divulgado e deu origem às discussões que chegaram a uma conclusão: a única alternativa para a salvação da Associação era realmente a venda de parte do patrimônio, para pagamento dos débitos e construção de um novo clube. Pela sua importância histórica, esse Informativo está reproduzido nas páginas seguintes, em edição fac-similar. 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 ESTATUTO SOCIAL TÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE, FORO, FINALIDADES Art. 1º - A Associação Atlética da Bahia, aqui identificada por Associação, fundada em 4 de outubro de 1914, é pessoa jurídica de direito privado, com as características consignadas no Artigo 53 do Código Civil de 10 de janeiro de 2002, modificado pela Lei nº 11.127, de 28.06.05, regendo-se pela legislação aplicável e pelo presente Estatuto. É uma associação civil, de fins não lucrativos, com personalidade jurídica distinta de seus associados, que não respondem subsidiariamente pelas obrigações contratadas pela mesma. Art. 2º - Tem sede e foro na Cidade do Salvador, Capital do Estado da Bahia, na Rua Barão de Itapoan 316 – Barra, Cep 40140-060, sendo indeterminado o seu prazo de duração. Art. 3º - A Associação tem por objetivos a prática, difusão e desenvolvimento de atividades desportivas, sociais, culturais, recreativas e afins, pelo que lhe é permitido filiar-se a quaisquer entidades mentoras, com vistas à consecução de tais objetivos. § 1º Complementarmente, desenvolver atividades de bares, lanchonetes, restaurantes e outras, quer por auto gestão ou de forma terceirizada. § 2º A Diretoria da Associação poderá, ainda, ouvido o Conselho Deliberativo, firmar convênios com entes públicos ou privados, objetivando a utilização da capacidade ociosa instalada, de forma onerosa ou como contra-partida de custeio e fiscal, ou ainda para formação de atletas. Art. 4º - A Associação possue cores azul e branca, o escudo obedecerá ao modelo do anexo I do presente Estatuto, o pavilhão tem campo branco com escudo ao centro, e seu hino oficial obedecerá à letra e música do Anexo II. TÍTULO II DA ORDEM SOCIAL SEÇÃO I DA CATEGORIA DOS ASSOCIADOS Art. 5º - Os associados dividem-se, sem distinção de sexo, nacionalidade, raça, opinião política ou crença religiosa, em: I - Fundadores II - Beneméritos III - Honorários IV - Proprietários Contribuintes V - Aspirantes VI - Transitórios VII - Contribuintes Usuários e Veteranos VIII - Proprietários Contribuintes Solidários IX - Contribuintes Residenciais X - Proprietários Remidos XI - Proprietários Contribuintes Jurídicos §1º - Não haverá nova emissão de títulos para as seguintes categorias, salvo para os Aspirantes por promoção de categoria, na condição de Proprietário 255 Contribuinte: a) Remidos b) Remidos Juniores c) Transitórios Especiais d) Transitórios Extraordinários. § 2º Os Remidos Juniores passarão à categoria de Remidos, após seus titulares atingirem a maior idade, dando seqüência a numeração dos associados Proprietários Remidos, numerando-os a partir do último associado. § 3º - É incompatível com as disposições do presente Estatuto, aquisição de direito à remissão e à redução de contribuições, ressalvadas as condições previstas para associados Veteranos, Proprietários Contribuintes Solidários, Contribuintes Residenciais, Proprietários Remidos (Seção VII Artigo 19, Seção VIII Artigo 20, Seção IX Artigo 21 e Seção X Artigo 22). § 4º - Os integrantes dessas categorias permanecerão regidos pelas disposições aplicáveis aos associados em geral, no respeitante aos direitos, obrigações e penalidades. SEÇÃO II DOS ASSOCIADOS FUNDADORES Art. 6º - Denominam-se associados Fundadores, aqueles que assinaram a ata de constituição do Clube (intitulada “acta nº 1, de 10 de novembro de 1914), a seguir nominados: - Américo Salles - Em Memória - Antonio Bernardino de Carvalho - Em Memória - Boaventura Moreira Caldas - Em Memória - Carlos Alberto da Cruz - Em Memória - Carlos da Costa Cruz - Em Memória - Eduardo Dias Pereira - Em Memória - Geraldo Lanza - Em Memória - João Viana Dias da Silva - Em Memória - Manoel Costa Cruz - Em Memória - Raimundo Chaves de Aguiar - Em Memória SEÇÃO III DOS ASSOCIADOS BENEMÉRITOS Art. 7º - Associado Benemérito é aquele a quem esse título for conferido, em atenção a serviços relevantes prestados à Associação Atlética da Bahia. § 1º - O associado Benemérito não entrará na formação do “quorum” para as reuniões do Conselho Deliberativo, salvo se for Conselheiro Nato ou eleito Conselheiro pela Assembléia Geral. § 2º - A proposta para concessão do título de associado Benemérito será apresentada, por escrito, com justificativa: I pela Diretoria; II por 30 (trinta) conselheiros, quando o proposto for membro da Diretoria, em exercício; III mediante proposta assinada, no mínimo, por 1/20 (um vigésimo) do total de associados, em pleno gozo de seus direitos estatutários. § 3º - A aprovação da proposta dar-se-á por maioria absoluta do Conselho 256 Deliberativo, em votação aberta e nominal, exigindo-se para deliberar, o “quorum” de 2/3 (dois terços), ou por aclamação. Art. 8º - Os associados Beneméritos são isentos da taxa de manutenção, porém o herdeiro ou sucessor ficará sujeito aos encargos e taxas do título a cuja categoria pertencer. SEÇÃO IV DOS ASSOCIADOS HONORÁRIOS Art. 9º - Associado Honorário é aquele a quem for conferido esse título, por decisão do Conselho Deliberativo, em reconhecimento a relevantes serviços prestados à Associação Atlética da Bahia, mesmo que não pertença ao quadro associativo. § Único – A proposta para concessão do título de associado Honorário deverá ser apresentada pela Diretoria, com justificativa, mas só será aprovada se obtiver votação favorável da maioria absoluta do Conselho Deliberativo, em votação aberta e nominal, ou por aclamação, exigindo-se para deliberar o “quorum” de dois terços. Art. 10 - Os associados Honorários são isentos do pagamento de contribuições de caráter permanente, porém o título de que são titulares é intransferível e perde a validade com a morte do titular. SEÇÃO V DOS ASSOCIADOS PROPRIETÁRIOS TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO DE PROPRIEDADE Art. 11 - Associado Proprietário é aquele que possuir um ou mais títulos da Associação Atlética da Bahia, adquiridos nas condições previstas neste Estatuto e mediante o pagamento de contribuições mensais, para associados Proprietários Contribuintes e taxas de manutenção anuais, para manutenção do patrimônio, para associados Proprietários Remidos, Remidos Juniores e Veteranos, previamente fixadas pelo Conselho Deliberativo, e após aprovação do nome do candidato, pela Diretoria, nos termos previstos neste Estatuto. § Único – Os associados Proprietários só terão direito a um voto nas assembléias ou reuniões do Clube, seja qual for o número de títulos que possuírem. Os Proprietários Contribuintes estão limitados a 1.500. A partir deste número, só serão emitidos novos títulos para os filhos de associados na condição de aspirantes. Art. 12 - Os títulos da Associação Atlética da Bahia serão nominativos e transferíveis por ato “inter vivos” ou “causa mortis”, obedecidas às disposições deste Estatuto. § Único – O Adquirente do título de associado Proprietário só será havido como tal, após a aprovação da transferência, nos termos previstos neste Estatuto. Art. 13 - A transferência de títulos depende da prévia aprovação da Diretoria e do pagamento da taxa de transferência de 15% (quinze por cento) sobre o valor do título vigorante na época da transferência, salvo nas transferências de pais para filhos, e “viceversa”, hipótese em que essa taxa será de 5% (cinco por cento). § 1º - A proposta de transferência será previamente assinada pelo associado proponente e pelo candidato e, se aprovada, instruirá o processo de admissão. § 2º- Em caso de sucessão legítima, a transferência do título será feita independentemente do pagamento de taxa. § 3º - Não haverá pagamento de taxas, na transferência entre cônjuges, qualquer que seja o regime matrimonial. 257 Art. 14 - Nas transferências “causa mortis”, caso a Diretoria não aprove a admissão do herdeiro ou legatário, facultar-lhes-á a transferência para terceiros, sem o ônus da taxa. § Único – Se houver débitos do “de cujus”, estes terão que ser pagos pelo herdeiro, para efetivação da transferência. Art. 15 – Para ser associado Proprietário, não haverá limite de idade, mas o associado somente ficará investido na plenitude de seus direitos sociais, quando completar 18 (dezoito) anos, ressalvados os casos de maioridade legal. Art. 16 - O associado eliminado poderá transferir o seu título de propriedade, obedecidas as normas deste Estatuto, devendo efetuar o pagamento das contribuições mensais, ou taxa de manutenção anual, enquanto estiver na posse do referido título. § 1º - O associado desligado por inadimplência, ou eliminado, que não atualizar seus débitos ou não transferir seu título no prazo de seis meses, contados da data do desligamento, ou eliminação, terá o seu título cancelado, facultado à Diretoria a transferência prevista no caput deste artigo. § 2º - A Diretoria poderá emitir, em substituição a títulos cancelados, outros para venda a terceiros, pelo preço em vigor. SEÇÃO VI DOS ASSOCIADOS ASPIRANTES Art. 17 - Serão associados Aspirantes os filhos de associado com idade compreendida entre 21 (vinte e um) e 24 (vinte e quatro) anos, mediante requerimento dos pais, à Diretoria, observadas as seguintes condições: a) comprovação da filiação; b) pagamento da jóia correspondente a 10% (dez por cento) do valor do título de associado Proprietário Contribuinte. § 1º - Os associados Aspirantes, quando aprovados pela Diretoria, pagarão mensalmente contribuição igual a 50% (cinqüenta por cento) do valor da que for fixada pelo Conselho Deliberativo, para os associados Proprietários Contribuintes, assegurando-se-lhes, todavia, o acesso a essa categoria, quando completarem 24 anos, desde que pagas as 36 taxas de manutenção. § 2º - Em qualquer caso, a admissão só se dará até a idade de 24 (vinte e quatro) anos incompletos, e observadas as disposições deste Estatuto. SEÇÃO VII DOS ASSOCIADOS CONTRIBUINTES USUÁRIOS E TRANSITÓRIOS Art. 18 - Serão associados Contribuintes Usuários aqueles que, aprovados pela Diretoria, anteciparem o pagamento de 6 (seis) contribuições mensais, adquirindo o direito de freqüência e utilização dos bens e serviços do Clube, enquanto mantiverem em dia o pagamento das contribuições mensais, que será, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) maior que a do associado Proprietário. Serão associados Transitórios aqueles que, através indicação subscrita por associado e aceita pela Diretoria, passarem a integrar o quadro social do Clube, com os mesmos direitos e deveres dos associados Contribuintes Usuários. § 1º – O prazo de validade da concessão ao associado Transitório é de até 60 (sessenta) dias, com intervalo de igual prazo; § 2º – A contribuição mensal do associado Transitório será o dobro da vigente para o associado Proprietário Contribuinte, e o pagamento de todo o período será feito antecipadamente e de uma só vez; 258 § 3º – Os associados Contribuintes Usuários e Transitórios, passam a integrar o quadro social com os mesmos direitos e deveres dos associados Proprietários, excetuando-se os de votar, ser votado e direito a título de propriedade. SEÇÃO VIII DOS ASSOCIADOS VETERANOS Art. 19 - Passarão à categoria de associados Veteranos, os Proprietários Contribuintes e os Remidos que, completando 70 (setenta) anos de idade e 45 (quarenta e cinco) anos de associados, sem punição, e que estejam regulares com suas obrigações sociais, transfiram seu título para terceiros. § Único – O associado enquadrado nestas condições, terá a responsabilidade do pagamento de uma taxa de manutenção anual, no mês outubro, igual à contribuição mensal paga pelos Proprietários Contribuintes e conservará todos os direitos e deveres de que era titular, os quais cessarão com a sua morte, não sendo transferíveis aos herdeiros e legatários. SEÇÃO IX DOS ASSOCIADOS PROPRIETÁRIOS SOLIDÁRIOS Art. 20 - Serão associados Proprietários Solidários aqueles que mantiveram o pagamento de sua contribuição mensal, durante o período em que o Clube esteve fechado, e não lhes proporcionou a prestação total de bens e serviços. § 1º - Os Proprietários Solidários gozarão de um abatimento de 20% (vinte por cento) sobre o valor da contribuição mensal dos associados Proprietários Contribuintes, mantendo os direitos já adquiridos. § 2º - O direito ao abatimento constante do parágrafo anterior, é “intuitu personae”, mantendo-se apenas para o cônjuge. SEÇÃO X DOS ASSOCIADOS CONTRIBUINTES RESIDENCIAIS Art. 21 - Adquirirão a condição de associado Contribuinte Residencial, os residentes nos apartamentos do Condomínio “Barra Exclusive”, na qualidade de proprietários, inquilinos ou comodatários, limitados a 96, número igual aos apartamentos e mediante os seguintes requisitos: a) solicitação à Diretoria, comprovando uma das condições inseridas no “caput” deste artigo; b) responsabilizar-se pelo pagamento da contribuição mensal determinada pelo Conselho Deliberativo, igual à dos associados Proprietários Contribuintes; c) submeter-se às exigências do Estatuto para a admissão de associado, conforme as disposições do art. 25 do Estatuto do Clube. § Único – Os associados dessa categoria terão todos os direitos e deveres contemplados às demais categorias, exceto os de votar, ser votado e direito a título de propriedade. 259 SEÇÃO XI DOS ASSOCIADOS PROPRIETÁRIOS REMIDOS Art. 22 – Remido é o associado Proprietário portador de um título adquirido mediante pagamento integral do valor determinado pelo Conselho Deliberativo. § Único – O associado Remido estará sujeito ao pagamento de uma taxa de manutenção anual no mês de outubro, igual à contribuição mensal paga pelos Proprietários Contribuintes, para pagamento do 13º salário dos empregados do Clube, manutenção do patrimônio e outras despesas afins. SEÇÃO XII DOS ASSOCIADOS PROPRIETÁRIOS CONTRIBUINTES JURÍDICOS - EMPRESA Art. 23 – Às pessoas jurídicas é facultada a aquisição de títulos correspondentes à categoria Proprietário Contribuinte, assegurando-se-lhes o credenciamento de 3 (três) pessoas físicas, com as quais exista relação gerencial ou empregatícia, observadas as disposições referentes à sindicância. § 1º - O valor da emissão do título será o determinado pelo Conselho Deliberativo e, por cada credenciado, será paga a contribuição mensal igual à cobrada do associado Proprietário Contribuinte, cuja responsabilidade pelo pagamento é da empresa proprietária do título que estará sujeita, no mínimo, ao pagamento de uma contribuição mensal; § 2º - Cada credenciado poderá indicar seus dependentes para frequentar as dependências do Clube, observadas as disposições do art. 25 “caput” deste Estatuto. § 3º - Os credenciados e seus dependentes se submeterão às disposições contidas no art. 28 do presente Estatuto, no que lhes for aplicável. SEÇÃO XIII DO PROCESSO DE ADMISSÃO Art. 24 - O ingresso no quadro social far-se-á mediante proposta do candidato, abonada por um associado, sobre a qual se pronunciará a Comissão de Sindicância, composta por três diretores designados pelo Diretor-Presidente, cabendo à Diretoria decidir sobre sua aceitação sendo, em caso positivo, exigível o pagamento do valor do título correspondente à categoria em que se situar o proposto, ou de taxa de transferência, à razão de 15% (quinze por cento) sobre o valor em vigor do mencionado título, na hipótese de ter sido este adquirido de terceiro, em dia com suas obrigações estatutárias. § 1º - Na hipótese de recusa da proposta, não estará a Diretoria obrigada a transmitir ao interessado os motivos de tal procedimento; § 2º - A simples aquisição do título, inclusive em processo sucessório, não importa ingresso no quadro social. SEÇÃO XIV DOS DIREITOS E DEVERES DOS ASSOCIADOS Art. 25 - Aos associados é assegurada a plena e absoluta utilização dos bens e serviços do Clube, extensiva a seus dependentes, assim entendidos: a) esposo (a) companheiro (a); 260 b) filhos ou enteados, enquanto menores de 21 (vinte e um) anos; c) filhas, enteadas, mãe e sogra, exceto quando casadas; d) aqueles reconhecidos pela legislação do Imposto de Renda, ou declarados pelo solicitante como seus dependentes financeiros, se aceitos pela Diretoria, neste caso até completar 21 anos, para homens e limitado e dois dependentes. § Único – À viúva do associado, enquanto nessa condição permanecer, serlhe-á garantido o direito de uso e gozo das dependências do clube, enquanto não se realizar a transferência “mortis causa”, desde que mantenha a taxa de manutenção em dia. Art. 26 - Poderá o associado Proprietário Contribuinte ou Solidário, ausentandose deste estado, por motivo funcional ou de instrução, devidamente comprovado, ficar isento por até dois anos, do pagamento da contribuição mensal, a partir da data do requerimento, recolhendo, ao requerer tal benefício, o valor correspondente a duas vezes o da contribuição em vigor, por período de um ano ou fração. Art. 27 - A carteira social conterá fotografia, nome, número de cadastro e código da categoria ou condição do associado, ou outro sistema adotado pelo clube. Art. 28 - Constituem obrigações dos associados e seus dependentes: a) cumprir e fazer cumprir, plena e fielmente, as disposições constantes deste Estatuto; b) apresentar o cartão de identidade social ou acesso por outro sistema adotado pelo Clube e correspondente recibo, ao pretender ingressar nas dependências da ASSOCIAÇÃO, ou quando solicitado por dirigentes ou funcionários no exercício de suas funções; c) pagar a contribuição mensal a que estiver obrigado, até o dia 5 do mês subsequente, para os associados Proprietários Contribuintes e a taxa de manutenção anual, no mês de outubro de cada ano, para os associados Proprietários Remidos e Veteranos, responsabilizando-se, no particular, em relação a “Aspirante”, filho seu; d) responder solidariamente pelos débitos dos seus respectivos dependentes e convidados, bem como pelos danos por estes causados nas dependências da ASSOCIAÇÃO, contra esta ou terceiros; e) comunicar à ASSOCIAÇÃO, por escrito, para as devidas anotações em seu dossiê, as alterações ocorridas em sua qualificação civil e em seu endereço. f) contribuir para que a ASSOCIAÇÃO cumpra a sua finalidade de promover a educação física, moral, cultural e cívica entre seus associados; g) abster-se da prática de atos susceptíveis de prejudicar a ASSOCIAÇÃO material ou moralmente, portando-se correta e respeitosamente nas dependências do Clube, atendendo a qualquer advertência feita por quem de direito; h) não contribuir para que as pessoas estranhas ao Quadro Social freqüentem, sem autorização, a sede da ASSOCIAÇÃO; i) dirigir-se em termos respeitosos aos membros da DIRETORIA e portar-se com correção nas dependências da ASSOCIAÇÃO; j) evitar, dentro da ASSOCIAÇÃO, qualquer manifestação de caráter político ou religioso, ou relativa à questão de raça e nacionalidade; k) não atentar contra o conceito público da ASSOCIAÇÃO, por ação ou omissão; l) não fazer declarações falsas ou de má-fé; m) respeitar e cumprir as determinações do Presidente e da Administração, na esfera das respectivas atribuições, sem prejuízo dos recursos permitidos neste Estatuto; 261 n) acatar os membros da Diretoria, bem como atender aos representantes desta, consócios ou empregados da ASSOCIAÇÃO, quando no exercício de funções regulamentares; o) apresentar convite ou bilhete de ingresso, expedido pelo promotor de reunião social ou desportiva, sempre que quiser ter ingresso em dependências da ASSOCIAÇÃO, cedidas em conformidade com o presente Estatuto; p) cumprir, respeitar, influir para que os outros respeitem e cumpram o presente Estatuto; § Único – Os associados Remidos de qualquer categoria e os Veteranos pagarão uma taxa de manutenção anual igual à contribuição mensal do associado Proprietário Contribuinte, no mês de outubro de cada ano, para fundo de caixa do 13º salário dos empregados, manutenção do patrimônio e outras despesas afins. SEÇÃO XV DAS INFRAÇÕES E PUNIÇÕES Art. 29 - Constatadas inobservâncias às disposições estatutárias, poder-se-ão aplicar as seguintes penas: I – DA COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO DIRETOR PRESIDENTE a) advertência – aos que causarem danos materiais, ou gerarem, culposamente, insatisfação, discórdia ou tumulto nas dependências sociais, administrativas e desportivas do Clube; b) suspensão – por até 60 (sessenta) dias, aos que facilitarem o ingresso nas dependências da Associação, de pessoas estranhas ou suspensas do quadro social, bem como aos que tentarem utilizar, desautorizados, equipamentos ou dependências da Administração; c) desligamento – aos associados Proprietários Contribuintes e Proprietários Contribuintes Solidários que deixarem de pagar, por três meses consecutivos, a contribuição mensal, ou, assumindo dívidas de qualquer natureza junto ao bar, restaurante, secretaria ou outro serviço, não as liquidar no prazo de 30 dias; neste caso, após notificados; d) impedir o acesso às dependências do Clube, dos associados Remidos e Veteranos que deixarem de pagar uma taxa de manutenção anual, ou, assumindo dívidas de qualquer natureza junto ao bar, restaurante, secretaria ou outro serviço, não as liquidar no prazo de 30 dias; neste caso, após notificados; e) é passível de eliminação o associado que for condenado em sentença transitada em julgado, por ato desabonador e que o torne inidôneo ao convívio social; II – DA COMPETÊNCIA DA DIRETORIA a) suspensão de trinta a cento e vinte dias, aos que incidirem nas infrações a que se refere o inciso anterior, ou não acatarem as recomendações da Diretoria, transmitidas por dirigentes ou funcionários ou, ainda, tumultuarem quaisquer reuniões, eventos sociais ou esportivos, com agressões físicas, morais ou gestos obscenos, em qualquer ambiente do clube ou fora dele; b) suspensão de cento e vinte dias a dois anos, aos que agredirem física e/ou moralmente, de forma unilateral ou recíproca, qualquer associado, dependente ou funcionário, tanto quanto integrantes dos órgãos constitutivos do Clube, com manifesto propósito de se contrapor aos princípios de autoridade; c) eliminação aos que se furtarem ao cumprimento do estipulado no Art. 28, letras “c” e “d”, deste Estatuto, bem como àqueles cuja conduta, caracterizada 262 pela prática ou persistência no cometimento das infrações aqui enunciadas e outras capituladas na legislação penal, seja considerada nociva ao equilíbrio das relações sociais internas. Art. 30 - Nenhum associado ou dependente será punido sem que se lhe faculte, por escrito, a formulação de defesa, no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento da notificação, do ato punível, sob protocolo ou “AR”. § 1º – O julgamento disciplinar a ser feito pela Diretoria, ocorrerá no prazo de até 30 (trinta) dias, após a notificação. § 2º – A defesa dos menores de 21 (vinte e um) anos será de iniciativa dos pais ou responsáveis. Art. 31 - O Diretor-Presidente, por conhecimento ou denuncia subscrita por dirigente ou funcionário, oficiará da ocorrência o Diretor-Secretário, a quem caberá expedir a notificação aludida no parágrafo precedente, bem como elaborar relatório que possibilite a clara apreciação e o firme julgamento, pelo órgão competente, na forma do Art. 29. Art. 32 - Ao Conselho Deliberativo, em sessão específica, caberá o julgamento de ocorrências envolvendo membros seus ou da Diretoria, associados Honorários ou Beneméritos, como também a apreciação de recursos das decisões previstas do Art. 29 quando oferecidos no prazo de dez dias, contados da efetiva comunicação ao punido, da decisão recorrenda, não lhe sendo atribuído efeito suspensivo. TÍTULO III DA ORDEM JURÍDICA E ADMINISTRATIVA SEÇÃO I GENERALIDADE Art. 33 - Integram a estrutura institucional da Associação: I - A Assembléia Geral II - O Conselho Deliberativo III - A Comissão Fiscal IV - A Diretoria SEÇÃO II ASSEMBLÉIA GERAL Art. 34 - A Assembléia Geral será constituída dos associados Proprietários a que se reporta o Art. 5º, dela representando a vontade maior, expressa e direta, sendo, por conseguinte, órgão de competência incondicionada e ao qual caberá: a) eleger, anualmente e na segunda quinzena de março, um terço dos membros efetivos e suplentes do Conselho Deliberativo; b) eleger, a qualquer tempo e em caso de esgotamento do quadro de suplentes, novos membros do Conselho Deliberativo, desde que as vagas existentes correspondam à sua metade; c) apreciar e homologar reforma do Estatuto, procedida por deliberação do Conselho Deliberativo; d) homologar a dissolução da Associação, observadas as disposições gerais pertinentes, após deliberação do Conselho Deliberativo; e) apreciar e homologar decisão do Conselho Deliberativo sobre alienação de bens imóveis (Art. 46 letra “g” e 73 parágrafo único); f) homologar a destituição dos administradores, após deliberação do Conselho 263 Deliberativo. Art. 35 - Para participar das reuniões da Assembléia Geral, o associado Proprietário provará sua condição e o adimplemento de todas as obrigações impostas por este Estatuto. Art. 36 - As reuniões de Assembléia Geral serão convocadas pelo DiretorPresidente, através de publicação na imprensa local, com antecedência mínima de vinte dias. Art. 37 – A AG reunir-se-á, em 1ª convocação, com a maioria absoluta de seus membros; não havendo numero legal, na primeira convocação, poderá reunir-se, meia hora depois, com qualquer número, não lhe sendo outorgada, nestas condições, competência para deliberar sobre o que dispõe o Art. 34, letras “c” ,“d”, “e” e “f”. § Único - Nas hipóteses previstas nas alíneas “c”, “d”, “e” e “f” do artigo 34, a Assembléia Geral deliberará em primeira convocação, com a presença mínima de 2/3 (dois terços) do total de seus membros, em segunda com quorum mínimo de 1/20 (um vigésimo) do total de seus membros em condições de votar e, na terceira e ultima convocação, com quorum mínimo de cinqüenta associados, observado o intervalo de 30 (trinta) minutos entre os prazos de convocação. Art. 38 - O Diretor-Presidente ou seu substituto legal instalará a Assembléia Geral, solicitando, a seguir, a indicação de um associado para assumir a presidência da sessão. § 1º - Escolhido o presidente da Assembléia Geral, para aquela reunião, caberá a este convidar dois associados para servirem de secretários e, assim, constituída a Mesa, pedirá a indicação de dois outros associados para servirem de fiscais escrutinadores. § 2º - A indicação do presidente e dos escrutinadores poderá ser feita por eleição ou por aclamação. § 3º - Não poderão fazer parte da Mesa, membros da Diretoria. Art. 39 – O voto será secreto, exercido pessoalmente, não sendo permitido votar por procuração. Art. 40 - No caso de empate em qualquer votação, será eleito, dentre os candidatos, o associado mais antigo no quadro social. Art. 41 - O resumo dos trabalhos de cada reunião será registrado em ata lavrada em duas vias, redigida por um secretário, devendo uma ser arquivada na Associação e a outra ser entregue ao presidente daquela Assembléia Geral. § 1º - A Assembléia Geral delegará poderes a três associados presentes durante toda a reunião para, em seu nome e em comissão, acompanharem a redação da ata, que será lida e apreciada ao seu final. §2º - A ata conterá as assinaturas do presidente, dos secretários e dos escrutinadores da reunião, bem como da comissão nomeada para conferi-la, a fim de que produza os efeitos legais. SEÇÃO III CONSELHO DELIBERATIVO Art. 42 - O Conselho Deliberativo é o órgão pelo qual se manifestam coletivamente os associados, com exceção dos assuntos de competência da Assembléia Geral. Será integrado, necessariamente pelo Diretor-presidente e seus antecessores, pelo presidente do Conselho e seus antecessores, todos em pleno gozo de seus direitos estatutários, e por mais 48 (quarenta e oito) associados escolhidos pela Assembléia Geral através do processo a que se referem os artigos 34 e seguintes do Estatuto, dentre os maiores de 35 (trinta e cinco) anos e com mais de 10 (dez) anos de permanência no quadro social. 264 § Único – Para cada 02 (dois) membros eleitos para o Conselho, será eleito um suplente, observadas sempre a proporção e as exigências previstas no “caput” deste artigo. Os suplentes serão convocados pela ordem de registro como associado. Art. 43 - Inscrever-se-ão com a finalidade de preencher cargos de Conselheiros no Conselho Deliberativo, unicamente as chapas que apresentarem o número de candidatos exatamente igual ao constante no competente edital de convocação, reunindo esses as condições previstas no artigo anterior e não participando os mesmos doutra chapa, tudo mediante requerimento subscrito por, no mínimo, 40 (quarenta) associados em condições idênticas e absolutamente em dia no cumprimento de suas obrigações estatutárias e instruído por termo de aceitação que os citados candidatos deverão firmar. § Único – O requerimento de que trata o presente artigo deverá ser protocolado na Secretaria da ASSOCIAÇÃO, com antecedência mínima de 08 (oito) dias da data fixada para a realização da Assembléia. Art. 44 - Os associados eleitos Conselheiros serão empossados automaticamente, para o exercício de mandato de 03 (três) anos, ou complemento de mandato, conforme a situação, assegurando-se-lhes sucessivas reeleições. § Único – Perderá, automaticamente, o mandato, o Conselheiro que faltar a 03 (três) reuniões sucessivas ou 05 (cinco) alternadas, sendo, porém, concedida licença, se solicitada por escrito. Art. 45 - Estará impedido de votar o Conselheiro que haja integrado a Diretoria, quando, em grau de recurso, for apreciado ato ou decisão de sua alçada ou competência, quando no exercício do cargo. Art. 46 - COMPETE AO CONSELHO DELIBERATIVO a) Organizar sua composição interna, elegendo, dentre seus membros, o presidente, o vice, o primeiro e o segundo secretários, bem como a Comissão Fiscal, constituída de 05 (cinco) membros efetivos e igual número de suplentes, tudo em escrutínio secreto ou por aclamação; b) eleger, pelo processo retro, o Diretor Presidente do Clube e homologar as indicações que ele fizer, no sentido de compor sua Diretoria, permitida apenas 01 (uma) reeleição; c) deliberar sobre reforma do Estatuto, para aprovação pela Assembléia Geral, procedendo às alterações, cuja decisão dependerá de “quorum” mínimo de 2/3 (dois terço) dos seus componentes, em condições de votar; d) deliberar sobre alienação de bens imóveis do Clube, para aprovação pela Assembléia Geral; e) deliberar sobre a destituição dos administradores, para aprovação pela Assembléia Geral; f) deliberar sobre a dissolução da Associação observadas as disposições gerais pertinentes, para homologação pela Assembléia Geral; g) apreciar, trimestralmente o relatório de atividades e as contas apresentadas pelo Diretor-Presidente, decidindo, após parecer da Comissão Fiscal, sobre sua regularização e aprovação; h) fixar o valor dos títulos de participação social, contribuições mensais, taxas de manutenção anual, de transferência e outros emolumentos; i) apreciar, em grau de recurso, as decisões de competência originária do Diretor-Presidente ou da Diretoria, em sessão específica, o julgamento de ocorrências envolvendo membros seus, da Diretoria, associados Beneméritos ou Honorários; 265 j) deliberar sobre a concessão de títulos de honorabilidade e benemerência; k) decidir, nas hipóteses não previstas no presente Estatuto, bem como referendar atos praticados pela Diretoria, em caráter de urgência; § Único – as reuniões do Conselho Deliberativo serão privativas de seus membros, salvo para convocados. Art. 47 - Nas suas relações com os demais órgãos, o Conselho Deliberativo será representado por seu Presidente, a quem compete convocar as reuniões ordinárias e extraordinárias e a quem se assegura o voto de qualidade. Art. 48 - A convocação do Conselho Deliberativo será feita através de publicação na imprensa local, com antecedência mínima de 10 (dez) dias. Quando convocada em caráter permanente, para as reuniões subseqüentes, os Conselheiros serão avisados por carta. Art. 49 - Para as reuniões ordinárias e extraordinárias, será distribuída entre todos os integrantes do Conselho Deliberativo, cópia da matéria ou matérias que, à sua apreciação, forem submetidas. Art. 50 - Em primeira convocação o Conselho Deliberativo só poderá reunir-se com a presença da maioria absoluta dos seus membros. Art. 51 - Não havendo número legal na 1ª convocação o Conselho Deliberativo poderá reunir-se meia hora após, em 2ª convocação, com, pelo menos, 1/3 de seus membros, salvo nas hipóteses previstas no Art. 46, retro, letras “d” e “g”. § Único – Não havendo número, vinte minutos depois da hora marcada o Presidente do Conselho Deliberativo encerrará a lista de presença. Art. 52 - O Presidente do Conselho será substituído, em suas ausências e impedimentos temporários, pelo Vice-Presidente e, no impedimento deste, pelos Secretários, observada a ordem de investidura prevista no artigo 46, letra “a” deste Estatuto, podendo, ainda, ser feita a autoconvocação, em caráter excepcional e emergencial, requerida pela metade e mais um de seus membros. § 1º - Na falta da Mesa do Conselho, os trabalhos serão abertos pelo DiretorPresidente do Clube, que solicitará ao Plenário a indicação do Presidente, do VicePresidente e dos Secretários, para composição da Mesa. § 2º - As indicações serão feitas por eleição ou por aclamação, não podendo recair em membros da Diretoria. § 3º - O Presidente do Conselho Deliberativo ou seu substituto convocará para escrutinadores, dois conselheiros, toda vez que houver eleição. Art. 53 - Nas reuniões do Conselho, finda a matéria da Convocação, ouvido o Plenário, o Presidente poderá submeter à apreciação dos presentes qualquer proposta, feita por escrito, e quando julgar: I - que consulta aos altos interesses da ASSOCIAÇÃO. II – que o retardamento na sua apreciação importa em perda de oportunidade. Art. 54 - Durante as discussões, cada Conselheiro poderá falar durante 05 (cinco) minutos, sem prorrogação e, no máximo, duas vezes sobre o mesmo assunto. Art. 55 - Os Conselheiros poderão requerer à Mesa a leitura de documentos que acharem necessários à orientação no julgamento das questões em debate. Art. 56 - Na hipótese de eleição, proceder-se-á de imediato, à apuração dos votos, cabendo ao Presidente proclamar os eleitos e os declarar empossados, fazendo as necessárias comunicações aos que se acharem ausentes. Art. 57 - Os trabalhos de cada reunião ficarão registrados em ata redigida por um dos secretários e assinada pela Mesa do Conselho, sendo também assinada pelos escrutinadores, se houver eleição. § Único – em caso de necessidade, poderá o Presidente do Conselho, após ouvir 266 o Plenário, suspender provisoriamente a sessão para redação da ata, de maneira que a mesma seja apreciada após a reabertura da sessão. Art. 58 - Os mandatos do Presidente do Conselho Deliberativo, do Vice-presidente, Secretários e da Comissão Fiscal, serão de 3 (três) anos permitida uma reeleição. Art. 59 - Quando, por qualquer hipótese, não se proceder à eleição do DiretorPresidente no prazo determinado neste Estatuto, ou, eleito novo Presidente, este recusarse ou deixar de tomar posse no cargo no dia fixado, o comando da Associação passará, automaticamente, ao Presidente do Conselho Deliberativo que estabelecerá nova data para o Presidente eleito empossar-se no cargo, ou para a realização de nova eleição, no prazo de 60 (sessenta) dias. SEÇÃO IV COMISSÃO FISCAL Art. 60 - A Comissão Fiscal será eleita trienalmente pelo Conselho Deliberativo, na sua reunião ordinária prevista para a segunda quinzena de março, e será composta por cinco membros titulares e igual número de suplentes. § 1º Não poderá ser membro da Comissão Fiscal o associado que tenha relações de parentesco com membros da Diretoria do Clube. § 2º A Comissão Fiscal elegerá seu presidente dentre os seus membros efetivos. Art. 61 - COMPETE À COMISSÃO FISCAL a) reunir-se ordinariamente, uma vez por mês, para apreciar os balancetes contábeis mensais elaborados pela Diretoria, reportando a correspondente análise ao Presidente do Conselho Deliberativo e reunir-se extraordinariamente, conforme convocação do seu Presidente ou por solicitação do Presidente do Conselho Deliberativo; b) apresentar ao Conselho Deliberativo parecer sobre a prestação de contas da Diretoria, por ocasião da reunião ordinária do Conselho, conforme dispõe o Art. 46, alínea “g”. SEÇÃO V DIRETORIA Art. 62 - A gestão das atividades do Clube caberá à sua Diretoria, composta de um Diretor-Presidente, Vice-Presidente Administrativo e Financeiro, Vice-Presidente Social, Vice-Presidente de Esportes, Vice-Presidente Patrimonial, Vice-Presidente Jurídico e mais 21 (vinte e uma) Diretorias agrupadas organicamente nas 05 (cinco) Vice-Presidências, sendo o Diretor Secretário ligado diretamente ao Presidente, conforme o organograma anexo ao presente Estatuto. § Único – Nas substituições eventuais do Diretor Presidente, a ordem de investidura no seu cargo, pelos Vice-Presidentes, corresponderá àquela mencionada no “caput” do presente artigo. Art. 63 - SÃO ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DA BAHIA: a) administrar a Associação, fazer executar as deliberações de sua própria Diretoria, as da Assembléia Geral, as do Conselho Deliberativo e da Comissão Fiscal, fazer cumprir o Estatuto; b) representar o Clube ativa e passivamente em Juízo ou fora dele, podendo constituir mandatários; 267 c) convocar e presidir as reuniões da Diretoria e da A.G.; d) executar todos os atos administrativos, assinando os documentos necessários; e) exonerar membros da Diretoria ou conceder-lhes licença; f) assinar com o Vice-Presidente Administrativo e Financeiro ou seu substituto, documentos que signifiquem encargos financeiros; g) submeter ao Conselho Deliberativo, para apreciação, as indicações dos VicePresidentes e Diretores; h) submeter mensalmente à Comissão Fiscal e trimestralmente ao Conselho Deliberativo para apreciação, os balancetes de receitas e despesas do clube e colocá-los nos murais existentes nas dependências da agremiação para conhecimento dos associados. VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Art. 64 - Compete ao Vice-Presidente Administrativo e Financeiro a gestão das atividades administrativas e financeiras do Clube, coordenando as Diretorias que lhe são subordinadas, abaixo discriminadas, em denominações e responsabilidades: I – DIRETORIA ADMINISTRATIVA Responsável pela coordenação da política de Recursos Humanos e pelas atividades administrativas da Associação, dos serviços inerentes à Secretaria do Clube, do quadro social e do quadro de pessoal do Clube, pela instrução de processos de admissão de associados, pelo funcionamento do Arquivo Geral do Clube, pelo apoio administrativo às atividades dos demais setores, inclusive pela manutenção dos serviços de bar, restaurante, estética, higiene e beleza, suprimento e administração de estoque e gestão econômicofinanceira de tais serviços. II - DIRETORIA FINANCEIRA Responsável pelas atividades financeiras do Clube, cabendo-lhe: a) administração permanente do fluxo de Caixa; b) organização e controle dos serviços de Tesouraria; c) administração dos saldos em Bancos e das eventuais aplicações de capital; d) análise e controle dos custos operacionais; e) elaboração conjunta com a Diretoria de Contabilidade, do Programa Orçamentário Anual. III – DIRETORIA DE CONTABILIDADE Responsável pela administração da área contábil do Clube, cabendo-lhe: a) acompanhamento e controle das Receitas e Despesas; b) adequação e regularidade das contabilizações diárias; c) regularidade das contribuições sociais e/ou fiscais devidas pelo Clube; d) desenvolvimento e manutenção dos Relatórios de Gestão, necessários aos controles de ESTOQUE, CONTAS A RECEBER E COBRANÇAS; e) publicação regular dos Balancetes mensais, Balanços e Demonstrações de Resultados, segundo os princípios contabilmente aceitos, além de prestar à Comissão Fiscal todas as informações indispensáveis ao exercício de sua missão, na forma expressa neste Estatuto. IV – DIRETORIA DE MARKETING Responsável pela administração das atividades de marketing da Associação, campanhas de promoção de imagem do Clube, campanha de arregimentação de associados e atividades do Clube, relacionadas com assuntos de 268 propaganda, vendas e afins. V – DIRETORIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Responsável por formular diretrizes, elaborar especificações técnicas, coordenar a integração com sistemas de informações, normatizar, avaliar permanentemente o parque tecnológico e, supervisionar as atividades relativas à inovação tecnológica da gestão e sua modernização, além de promover o intercâmbio de experiências com instituições nacionais e internacionais que atuem em áreas congêneres. VICE-PRESIDENTE SOCIAL Art. 65 - Compete ao Vice-Presidente Social a gestão das atividades sociais e culturais do Clube, coordenando as Diretorias que lhe são subordinadas, abaixo discriminadas, em denominações e responsabilidades: I - DIRETORIA SOCIAL Responsável pela Administração e programação das atividades sociais do Clube, promoção de festas, shows e eventos de interesses do quadro social, compatíveis com essa Diretoria. II – DIRETORIA DE ATIVIDADES CULTURAIS Responsável pela administração e programação das atividades culturais da ASSOCIAÇÃO, pela organização e funcionamento da sua biblioteca, pela realização de palestras, conferências, seminários e eventos culturais, compatíveis com as finalidades do Clube. III- DIRETORIA MÉDICA Responsável pela administração e supervisão das atividades médicas do Clube, particularmente pela assistência médica aos atletas e aos associados em situações emergenciais ocorridas na sede do Clube e por campanhas e eventos de promoção à vida e à saúde dos associados e funcionários. IV –DIRETORIA DE RELAÇÕES PÚBLICAS Responsável pela divulgação das atividades do Clube, especialmente através dos meios de comunicação social, via imprensa em geral, pelo estabelecimento de contato com outras Associações desportivas e sociais, pela organização e funcionamento dos programas de recepção de delegações convidadas em visita ao Clube, e pela viabilização e publicação dos periódicos do Clube. VICE-PRESIDENTE DE ESPORTES Art. 66 - Compete ao Vice-Presidente de Esportes a gestão das atividades desportivas do Clube, coordenando as Diretorias que lhe são subordinadas, abaixo denominadas, cujos titulares são os responsáveis pela administração e desenvolvimento específico de suas áreas, fomentando as correspondentes práticas desportivas através da promoção, organização e realização de campeonatos, torneios, certames, simpósios e eventos relacionados com as atividades das suas Diretorias: I - DIRETORIA DE FUTEBOL II - DIRETORIA DE VOLEIBOL III - DIRETORIA DE BASQUETE IV - DIRETORIA DE ESPORTES AQUÁTICOS V - DIRETORIA DE JOGOS E ESPORTES DE SALÃO VI - DIRETORIA DE ARTES MARCIAIS VII - DIRETORIA DE TÊNIS VIII- DIRETORIA DE ESPORTES OLÍMPICOS 269 Responsável por gerir ações objetivando incluir e manter a Associação Atlética da Bahia no Projeto Olímpico Brasileiro, desenvolvendo atletas em atividades esportivas que estejam de acordo com o potencial e os interesses do clube, seja através de convênios com os Governos Municipal, Estadual e Federal, seja através de parceiros, seja buscando identificar no mercado, patrocinadores interessados em investir no Clube, proporcionando crescimento sustentável antes, durante e, principalmente, depois das Olimpíadas de 2016. VICE-PRESIDÊNCIA PATRIMONIAL Art. 67 - Compete ao Vice-Presidente Patrimonial a administração das atividades patrimoniais do Clube, a guarda e conservação dos móveis e imóveis do Clube, seus troféus e títulos de propriedade, o desenvolvimento de estudos e projetos referentes à ampliação física, reparos e adaptações no patrimônio do Clube, o acompanhamento, fiscalização e administração de obras no âmbito do Clube, coordenando as Diretorias que lhe são subordinadas, abaixo discriminadas, em denominações e responsabilidades. I - DIRETORIA DE OBRAS Desenvolvimento de estudos e projetos referentes a ampliação, reparo e adaptações do patrimônio imobiliário, acompanhamento, fiscalização ou administração de obras com tal fim determinado. II -DIRETORIA DE SEDE Manutenção de todo patrimônio móvel e imóvel, dinamização de todas as dependências e serviços do quadro social, determinando serviços em caráter de urgência e supervisão de todos os canais de comunicação entre Diretoria, quadro associativo e corpo funcional. VICE-PRESIDÊNCIA JURÍDICA Art. 68 - Compete ao Vice-Presidente Jurídico o estudo de projetos ligados à prevenção e defesa dos interesses sociais e econômicos do Clube, supervisão das relações jurídicas e trabalhistas, civis, comerciais, tributárias e previdenciárias e o exercício de mandato “ad-judicia”, coordenando e supervisionando as atividades da Diretoria Jurídica, que lhe é subordinada. DIRETORIA JURÍDICA Art. 69 - Ao Diretor Jurídico competirá emitir pareceres e opiniões que lhe forem solicitadas, ou por iniciativa própria, a respeito de processos e dívidas pendentes do Clube, podendo, por delegação do Presidente, representar o Clube em Juízo ou fora dele, na defesa dos seus interesses. DIRETOR SECRETÁRIO Art. 70 - Ao Diretor Secretário compete: I - redigir e assinar os avisos, convocações e toda a correspondência, juntamente com a Presidência e pela lavratura das atas das reuniões da Diretoria; II - supervisão dos funcionários encarregados do processamento e guarda de todos os assentamentos referentes ao quadro social e seus correlatos. Art. 71 - Assunto de interesse de qualquer associado, postulante ou terceiro, poderá ser apreciado e conseqüentemente decidido em Audiência Ordinária, realizável diariamente, desde que presentes o Diretor-Presidente e mais dois outros, sendo indispensável a presença do encarregado da área a que o assunto se relacionar, tudo devidamente reduzido a termo e subscrito por quem de direito. Art. 72 - Ao Diretor-Presidente é assegurado convocar, sempre que necessário, 270 reunião da Diretoria para avaliar, conjuntamente, o desempenho das diversas áreas, apreciar e decidir sobre programações esportivas, culturais e financeiras, bem como para o julgamento de infrações capituladas no art. 29, I e II deste Estatuto. § Único – Das reuniões da Diretoria serão lavradas atas que serão lidas, apreciadas e votadas nas reuniões seguintes. TÍTULO IV DO PATRIMÔNIO SOCIAL, RECEITAS E DESPESAS Art. 73 - O Patrimônio Social é constituído pelos bens móveis e imóveis pertencentes à ASSOCIAÇÃO: § Único – Os bens imóveis não poderão ser alienados ou gravados sem autorização expressa de 2/3 (dois terços) do Conselho Deliberativo, ratificada pela AGE (art. 34 “e” e 46 “d”), observado o disposto no artigo 37. SEÇÃO I RECEITAS Art. 74 - As Receitas do Clube serão originárias de suas atividades sociais, desportivas, locações de áreas e, eventualmente, de aplicações de capital, devendo estar contabilizadas nos seguintes títulos: - Receitas de Mensalidades e Taxas de Manutenção Anuais - Receitas de Vendas e/ou Transferências de Títulos - Receitas de Eventos - Receitas Esportivas - Receitas Patrimoniais - Receitas de Arrendamentos - Receitas de Comercializações - Receitas de Estacionamentos - Outras receitas eventuais Art. 75 - As despesas do Clube serão rigorosamente originárias de suas atividades específicas, indispensáveis ao seu regular funcionamento, devendo estar contabilizadas nos seguintes títulos: - Despesas Administrativas - Despesas com Pessoal - Despesas com Encargos Sociais - Despesas com Material de Consumo - Despesas Sociais - Despesas Esportivas - Despesas Tributárias - Despesas Financeiras - Outras despesas eventuais § Único – Os comprovantes das DESPESAS e as respectivas contabilizações deverão estar visados pelo Diretor responsável pela sua autorização e pelo DiretorPresidente. TÍTULO V DISPOSIÇÕES GERAIS 271 Art. 76 - À Diretoria é facultado cobrar ingressos especiais dos associados, credenciados, permissionários e dependentes, quando de promoções culturais, recreativas ou desportivas de elevado custo, destinando-se tal receita à cobertura das mesmas. Art. 77 - Os títulos de Associados HONORÁRIO ou BENEMÉRITO, concedidos pelo Conselho Deliberativo, resultarão da vontade expressa, em escrutínio secreto, da maioria absoluta dos integrantes daquele órgão, ou por aclamação, e não são transferíveis. Art. 78 - Decidida a dissolução da ASSOCIAÇÃO, nos termos da alínea “d” do Art. 34, a Assembléia Geral procederá da seguinte forma: I - nomeará uma comissão composta de 07 (sete) associados pertencentes à categoria de PROPRIETÁRIOS, para efetuar a liquidação; II - feita a liquidação do ativo e pago os débitos, o que restar será aplicado no resgate de títulos patrimoniais, que se denominam “ações”. III- a comissão poderá deliberar que os prêmios conquistados pela ASSOCIAÇÃO, em torneios e campeonatos, sejam doados ao Museu de Esportes, na Sudesb. Art. 79 - Ao atleta impossibilitado de participar das equipes da ASSOCIAÇÃO em conseqüência de acidente ocorrido na prática de atividades esportivas representando o Clube, poderá ser permitido, pelo Conselho Deliberativo, mediante proposta da Diretoria, o seu acesso à categoria de Contribuinte Usuário, com isenção da contribuição, sendo intransferível o seu título. Art. 80 - Será permitida a pratica de jogos, carteados ou não, com valores, limites e horários pré-estabelecidos pela Diretoria, desde que tais jogos sejam inofensivos em razão do prejuízo limitado que possam causar, nos termos da lei. § Único – Será expressamente vedada a menores de 18 anos a prática de jogos de azar. Art. 81 - Salvo necessidade imperiosa, a juízo da Diretoria, com aprovação do Conselho Deliberativo, o ESTATUTO da ASSOCIAÇÃO só poderá ser alterado ou reformado, com pelo menos dois anos de vigência da alteração ou reforma anterior, entrando em vigor as novas disposições depois de registradas no cartório competente, ficando o texto, na sua íntegra, à disposição de qualquer associado. Art. 82 - O mandato do diretor-presidente será de dois anos, permitida uma reeleição e do presidente e do vice do Conselho Deliberativo e da Comissão Fiscal, inclusive suplentes, será de três anos, permitida uma reeleição. § Único – Ocorrendo vacância no cargo de Diretor-Presidente, situação que compreende as hipóteses de morte ou renúncia, este será exercido pelo Presidente do Conselho Deliberativo, a quem caberá a convocação, através do processo estatutariamente definido, no prazo de 60 (sessenta) dias, dos seus integrantes, para eleição de outro Diretor-Presidente, que completará o mandato do antecessor, se, para seu termo, faltar menos de 01 (um) ano e, caso contrário, exercer novo e integral mandato. Art. 83 - É vedado aos associados ou demais integrantes do quadro social, exercer funções remuneradas pelo Clube. Art. 84 - Nenhum cargo diretivo do Clube será remunerado. Art. 85 - Fica vedada a readmissão de ex-empregados do Clube. Art. 86 - Perderá o mandato de Conselheiro e/ou Diretor, aquele que for patrono ou promover ações judiciais que venham contrariar os interesses do Clube. Art. 87 - Os membros efetivos do Conselho Deliberativo que, convidados pela Diretoria, aceitarem integrá-la, serão substituídos pelos suplentes, podendo retornar e reassumir apenas 01 (uma) única vez, durante cada ano fiscal para o qual foram eleitos. § Único - Ficam, contudo, impedidos de julgar atos administrativos praticados 272 pela Diretoria, no período em que atuaram como diretores. Art. 88 - É vedado ao empregado, enquanto nesta condição permanecer, adquirir título do Clube. Art. 89 - Fica vedado à Diretoria e ao Presidente contribuir, à custa do Clube, para quaisquer fins estranhos aos objetivos da ASSOCIAÇÃO, expressos neste Estatuto. Art. 90 - Prescreve em 02 (dois) anos a ação para anular as deliberações da Assembléia Geral, do Conselho Deliberativo e da Diretoria, viciadas em erro, dolo, fraude ou simulação, ou tomadas com violação da Lei ou do Estatuto, contado o prazo da data em que os atos incriminados de ilegalidade ou vícios tenham sido realizados. Art. 91 – Por aprovação unânime do Conselho Deliberativo em sessão realizada aos vinte (20) dias do mês de outubro de 2008, apreciando proposta do associado Luiz Henrique Portela Brim, com justificativas, as novas instalações da Associação Atlética da Bahia denominar-se-ão “Complexo Sócio Cultural e Esportivo Presidente Ademar da Silveira Brito”, em homenagem ao seu trabalho e eficiência no soerguimento do Clube. Art. 92 - O presente Estatuto constitui a Lei Orgânica da Associação, a qual todos os associados, qualquer que seja a categoria, ficam obrigados a cumprir, e entrará em vigor na data do registro no cartório competente, revogadas as disposições em contrário. O texto atual consigna alterações introduzidas pelo Conselho Deliberativo em reuniões de 20 de outubro de 2008, 15 de junho de 2009 e 28 de fevereiro de 2010, homologadas pela Assembléia Geral em sessão de 28 de março de 2010. A redação final dos artigos alterados, coube à comissão formada pelos Conselheiros Valfredo Oliveira, Boris Pessoa, Carlos Maurício Torres e Aurélio Pires. Salvador, 28 de março de 2010. Valfredo Oliveira Presidente do Conselho Deliberativo Ademar da Silveira Brito Diretor Presidente 273 ASSOCIADOS REMIDOS Total: 3.814 ABDOM DE OLIVEIRA SANTOS FILHO ADRIANO DOS SANTOS NEVES ABELARDO GOMES PARENTE ADRIANO FERRAZ GAMA ABELARDO M. PEREIRA DE ANDRADE ADRIANO FONSECA PASSOS ABERLARDO OLIVEIRA ADRIANO JOSÉ BAHIA SALES ABILIO PINTO LARANJEIRA ADRIANO LISBOA DE AZEVEDO ACELIMO PIRES DE ANDRADE NETO ADRIANO LOPES MACHADO ACELINO FIGUEIRA DE ANDRADE ADRIANO LORDELO REGO ACHILE DE JESUS SIQUARA ADRIANO LUIZ RAMOS DE CASTRO ACURCIO MAGALHÃES DANTAS ADRIANO MENEZES PASSOS ACURSIO DO REGO MAIA ADRIANO MONTEIRO D´ALMEIDA MONTEIRO ADAILTON FERREIRA DE ARAUJO ADRIANO NOGUEIRA SIMÕES ADALBERTO CERQUEIRA FREITAS ADRIANO PEREIRA DE ALMEIDA ADALBERTO PLÁCIDO DA SILVA ADRIANO ROCHA LEAL ADALBERTO REIS NUNES ADRIANO SILVA E SOUZA ADALFREDO DE FARIAS REGO ADRIANO TOSTO DOS SANTOS SILVA ADALMARE VELAME DE AZEVEDO AECIO FLAVIO SOUZA ADALTO FERREIRA ALVES JUNIOR AECIO LUIZ GONZAGA FILHO ADÃO HAMAD AFONSO AUGUSTO DE OLIVEIRA BRAGA ADAURY TOLEDO DAS DORES AFONSO BAQUEIRO RIOS ADAUTO CLAUDINO VASCONCELOS FILHO AFONSO GUSTAVO N. SCHIMIDT ADAUTO MARTINS DA SIILVA JUNIOR AFONSO HABIB ADAUTO MOREIRA DE ALENCAR AFONSO RODAMILANS FILHO ADELINO DA ROCHA TORRES AFRAN CHILAZI ADELMO FERNANDO RIBEIRO SCHINDLER AFRANIO DE CARVALHO SOLEDADE ADELMO FERNANDO RIBEIRO SCHINDLER JUNIOR AFRANIO RUI COSTA ADEMAR BENTO GOMES FILHO AGBERTO JOSÉ COELHO ADEMAR BENZANO CHILAZI AGNALDO BARROSO DOS SANTOS ADEMAR DA SILVEIRA BRITO AGNALDO FERREIRA DE ALMEIDA ADEMAR FREIRE FILHO AGNALDO GONÇALVES DE CASTRO ADEMÁRIO ALMEIDA RIBEIRO AGNALDO LIMA DA CRUZ ADENILSON QUINTINO SALES AGNELO CARVALHO DE MELLO FILHO ADENILSON QUITINO SALES JUNIOR AGOSTINHO DA COSTA FERNANDES PEREIRA ADENILTON OLIVEIRA DA SILVA AGUSTIN FERNANDEZ VASQUIZ ADERMAEL CARNEIRO SAMPAIO AGUSTIN JUSTO TRIGO ADERVAL SAMPAIO GOMES AIDRE DA CUNHA GUEDES DE SOUZA ADIB SAADALA SALLOVM AILTON CORREA DA SILVA ADIEL HENRIQUE SAMPAIO FABIAN AILTON DALTRO MARTINS ADILSON ALVES SANTOS AILTON DE PINA MARTINS ADILSON CARVALHO BENJAMIN AILTON FIGUEIREDO SOUZA JUNIOR ADILSON DALTRO MARTINS AILTON MORAIS JUNIOR ADILSON FONSECA MARTINS AIMORÉ HENRIQUE DE CARVALHO ADILSON LIMA RAMOS AIRTON BAETA RAMOS ADILSON PEREIRA VELOSO DE ALMEIDA AIRTON CARVALHO MOREIRA DE SOUZA ADILSON SOUZA SILVEIRA AIRTON NOGUEIRA ADILTON CORDEIRO LEITE AJAX LOPES PONTES ADMAR FALCÃO BARRETO ALAIR MAURICIO SILVA NUNES ADMAR FERREIRA SOUZA ALAN DE AZEVEDO BRITO ADNAGO MENDES DE OLIVEIRA ALAN GOMES DA SILVA ADNAGO MENDES DE OLIVEIRA JUNIOR ALAN GOMES MONTOMERY HAMILTON ADOLFO PINHEIRO ANDION ALAN PAULO ANDRADE PRADO ADONIRAM MINAS NOVAS SOLEDADE ALAN SANTOS CALLEIA ADRI VIANA LAGO ALAN VITOR BONFIM PIMENTA ADRIANA CARVALHO MARAMBAIA ALARICO COSTA PEREIRA DA SILVA ADRIANO AUGUSTO LEONE COSTA ALBA CELESTE GOMES SILVA ADRIANO CHASTINET DE CARVALHO ALBANO FREDERICO DE OLIVEIRA ADRIANO COSTA MAYNART ALBENZIO FILARDI ADRIANO COSTA SÁ ALBÉRICO DA SILVA 274 ALBÉRICO DE OLIVEIRA CASTRO ALEXANDRE FERNANDES MASCARENHAS ALBÉRICO EULER DE VASCONCELOS ALEXANDRE FERREIRA ALBERICO JOSÉ DE MELO ALEXANDRE FERREIRA JUNIOR ALBERTINO AUGUSTO DIAS NETO ALEXANDRE GUIMARÃES DORTAS MATOS ALBERTO ALMEIDA DE AZEVEDO FILHO ALEXANDRE KAUFMANN MOREIRA ALBERTO ALVES BARBOSA ALEXANDRE LAMEGO S. DE MENEZES ALBERTO ARAÚJO GONÇALVES ALEXANDRE LIMA VASCONCELOS ALBERTO BASTOS BALAZEIRO ALEXANDRE LOPES MACHADO ALBERTO CALASANS DE ANDRADE JR ALEXANDRE MAIA NETO ALBERTO CARLOS DE OLIVEIRA ALEXANDRE MONTEIRO D’ALMEIDA MONTEIRO ALBERTO DE FARIA NETO ALEXANDRE NAVARRO CAMPOS ALBERTO DIAS DA COSTA PINTO ALEXANDRE OLIVEIRA DOS SANTOS ALBERTO FARIAS GOMES ALEXANDRE PALOMINO CARDOSO ALBERTO FLORENCIO DA SILVA ALEXANDRE RODRIGUES RIBEIRO ALBERTO GONÇALVES PEREIRA ALEXANDRE ROSA NUNES ALBERTO GOUVEIA DANTAS ALEXANDRE SANTOS SILVA ALBERTO GUIMARÃES CARVALHO ALEXANDRE VASCONCELOS MELLO ALBERTO IMPERIAL DINIZ GONÇALVES ALEXANDRE VISCO LANEGO V. BORGES ALBERTO JORGE FELIPE JUNIOR ALEXANDRO SOARES CERQUEIRA ALBERTO JOSÉ AZEVEDO DE ANDRADE ALEXEEV RASMAJO MELO MACHADO ALBERTO MARTINS CATARINO ALEXSANDRO RIBEIRO SCHINDLER ALBERTO PEREIRA CARRERA JUNIOR ALFEU PATRICIO DOS SANTOS ALBERTO PEREIRA LEITE ALFEU PEDREIRA LUEDY ALBERTO SAFFE ALFONSO QUINTAS GONZALEZ FILHO ALBERTO VICTOR SANTOS SANTANA ALFRED HINTON ROCHA LAGO ALBI DE SOUZA PIMENTEL ALFREDO ANISIO COSTA ALBINO BRAZ DE QUEIROZ ALFREDO CALIXTO DE FREITAS JUNIOR ALBINO CARVALHO BRANDÃO DE SOUZA ALFREDO DA COSTA ALMEIDA ALBINO DOVAL GODAY ALFREDO GOUVEIA DE OLIVEIRA RIZZO ALBINO DOVAL PELETEIRO ALFREDO JORGE BRASILEIRO DA CUNHA ALBINO EDUARDO MACHADO NOVAIS ALFREDO JOSÉ MOURA DE ASSIS ALBRECHT WOLFGANG MEYER SUERDIECK ALFREDO MEDEIROS CARNEIRO ALCINO DA ANUNCIAÇÃO ALFREDO NETO FORMOSINHO ALDEMAR MACEDO ALFREDO OLIVEIRA RIZZO ALDO ANTONIO PIMENTEL MOTA ALISSANDRO GALVÃO VIEIRA BITTENCOURT ALDO BARRETO NORONHA ALMAQUIO DA SILVA VASCONCELOS ALEKSANDRO DE MESQUITA BRASILEIRO ALMIR ALELUIA DE OLIVEIRA ALEMIA VELLOSO C. MARQUES ALMIR DO AMOR DIVINO ALESSANDRÉ FERREIRA MATOS NETO ALMIR DUARTE SÁ ALESSANDRO DA SILVA MACIEL ALMIR FONTES TOPÁZIO ALESSANDRO DE ALMEIDA QUEIROZ ALMIR HENRIQUE DOS SANTOS JÚNIOR ALEX ANDRADE VAZ DA SILVA ALMIR PITHON SANTANA ALEX ARAUJO HOHLENWERGER ALMIRO DA SILVEIRA FONTES ALEX AUGUSTO ANSELMO FREITAS DE BRITO ALMIRO MARTINS MAGALHÃES ALEX BORGES DE BARROS PEREIRA ALMIRO PEREIRA FRAGA ALEX CARDOSO SILVA ALMIRO PETRONILHO ALVES ALEX GOMES DA SILVA ALOISIO DOURADO NETO ALEX SANDRO SILVA NUNES ALOISIO ESTEVES LIMA ALEX SANTOS REBOUÇAS ALOISIO LEMOS DE PAIVA ALEX SANTOS TERRA ALOISIO MAGALHÃES FILHO ALEX SOUZA GARCIA ALOISIO MARQUES COELHO MESSEDER ALEXANDRE ALFLEN FEIJÓ ALOYSIO FREEIRE DE CARVALHO MARQUES ALEXANDRE ARAUJO RAMOS ALTAIRTON DE MELO RESENDE ALEXANDRE ARGOLO MOURA ALTAMIRO LOPES DE MENEZES ALEXANDRE AUGUSTO DO P. CAVALCANTE ALTINO OLIVEIRA GUEDES ALEXANDRE AUGUSTO MENESES JAQUEIRA ALTINO RIBEIRO CARNEIRO ALEXANDRE BERTIE DE LA GARD ALUIZIO VIANA ORIÁ FILHO ALEXANDRE CARVALHO BRITTO ALVANIO MACHADO RAMOS ALEXANDRE CORREA BARBOSA ALVARO AMOEDO MARTINS ALEXANDRE DA CUNHA GUEDES ALVARO FERNANDES DA CUNHA ALEXANDRE DA HORA LOPES ALVARO MAGALHAES DINIZ GONÇALVES ALEXANDRE DE GOES MONTEIRO CABRAL ALVARO MANOEL SARMENTO P. LEITE 275 ALVARO MARQUES DE FREITAS ANDRÉ MONTEIRO D´ALMEIDA MONTEIRO ALVARO RODRIGUES TEIXEIRA JUNIOR ANDRÉ MONTEIRO DE ALMEIDA ROSADO ALVARO SOUZA FILHO ANDRÉ NEI TORRES NOGUEIRA ALYSSON PONTES ORIÁ ANDRÉ PARISH BAMBERG ALZIRA MARIA TOURINHO SOUZA ANDRÉ PENAS PINHEIRO AMADEU NICOLAU F. PAEZ DE LIMA ANDRÉ RAIMUNDO LEITE SILVA AMADO AMANDO CARVALHO DE SOUZA ANDRÉ RAYMUNDO MEIRELES LISBOA DE BRITO AMERICO ACELINO PINHEIRO NETO ANDRÉ REINALDO GUIMARÃES BASTOS AMIN JAMIL ANDRÉ RENATO ARAUJO HUAD AMIN SAADALHAH SALOAM ANDRÉ RICARDO ANJOS APEUBURG AMPHILOPHIO FRANCISCO COELHO ANDRÉ SÁ GIDI ANA CAROLINA RICCI ANDRÉ SANT’ANNA ZARIFE ANA KARINA GALVÃO BARROSO ANDRÉ SIMON NEIME ANA LUCIA CARVALHO DE CASTRO ANDRÉ SOUZA OLIVEIRA ANA LUIZA BARBOSA NORONHA ANDRÉ VIRGILIO DE CARVALHO ANA MARIA ARAUJO MENEZES ANESIO RAIMUNDO GOMES DE OLIVEIRA ANA MARIA CALASANS DA SILVA ANFILOFIO FLORENCIO DA SILVA FILHO ANA MARIA NEVES ALVES ANGELA SACRAMENTO PEDREIRA SAMPAIO ANA MARTA DRUMOND BITENCOURT ANGELINO MANSO XAVIER VARELA ANA OTÁVIA BONFIM DE BRITO ANGELO ALBUQUERQUE PARANHOS ANADIÇOR MOREIRA GOMES ANGELO BELITARDO FILHO ANANIAS C. DE ANDRADE JUNIOR ANGELO DE ARAUJO FONTES ANANIAS DA SILVEIRA DORIA ANGELO DE OLIVEIRA MIRANDA ANANIAS HENRIQUE DE SANTANA ANGELO DOURADO CRUZ LINO ANATERCIO MUNIZ DE OLIVEIRA ANGELO DOVAL PELETEIRO ANCHISES MARQUES CORREIA ANGELO FERNANDEZ FERNANDEZ ANDERLEY SOUZA SILVEIRA ANGELO FONTES DOURADO ANDERSON CARDOSO FONSECA ANGELO JOSÉ MARCOVALDI PRAZERES ANDERSON DE AZEVEDO BRITO ANGELO LUCCIOLA NETO ANDERSON GUIMARÃES TEIXEIRA DA SILVA ANGELO MARIO DE CARVALHO SILVA ANDRÉ AUGUSTO DE LIMA RIBEIRO ANGELO SCHMITMAN ANDRÉ BARRETO GUIMARÃES ANIBAL DE SÁ OLIVEIRA ANDRÉ BARTOLOMEU LOPES ANIBAL DIAS DE FREITAS ANDRÉ CALMON DE ALMEIDA CEZAR ANIBAL MULLER COSTA ANDRÉ CHAGAS DE M. REBOUÇAS ANIBAL MUNIZ SILVANY FILHO ANDRÉ CHAVES SANTOS ANILZA GIMARAES CAMERA ANDRÉ CORDEIRO DE ALMEIDA SILVA ANISIO BORGES DOMINGUES ANDRÉ DE CARVALHO MONTEIRO ANISIO STEIN ANDRÉ DE SOUZA C OLIVEIRA ANNA KARLA BARROSO TOURINHO ANDRÉ FARIA DE CARVALHO ANNA RITA PINHEIRO OLIVEIRA VIANA ANDRÉ HAGGE BARRETO ANNIBAL DE SOUZA R DE MELO NETO ANDRÉ LUIS BARRETO DE JESUS ANSELMO LUIZ CHAGAS CARVALHO ANDRÉ LUIS MELO DE OLIVEIRA ANSELMO LUIZ DOS SANTOS LOPES ANDRÉ LUIS NASCIMENTO GUIMARÃES ANSELMO TORRES FERREIRA ANDRÉ LUIZ ALMEIDA TORRETA ANTERO DUARTE DOS SANTOS FILHO ANDRÉ LUIZ ANGELIM GOMES DE LIMA ANTONIO ALBERTO DE ILMA LINHEIRO ANDRÉ LUIZ CAMPOS RABELLO ANTONIO ALBERTO SILVA ANDRE LUIZ DE FREITAS PINHO E SOUZA ANTONIO ALVES NETO ANDRÉ LUIZ DE SOUZA FEITOSA ANTONIO AMARAL DE CARVALHO ANDRÉ LUIZ DINIZ GONÇALVES SILVA ANTONIO AMÉRICO BARBOSA DOS SANTOS ANDRÉ LUIZ FERREIRA SOUZA ANTONIO ANDRADE ANDRÉ LUIZ G. SANTOS GUERRA ANTONIO ANDRADE COSTA FILHO ANDRÉ LUIZ LOPES MACHADO ANTONIO ANIBAL DE SOUZA ANDRÉ LUIZ MACHADO ROCHA ANTONIO ATAYDE SOUZA ANDRÉ LUIZ MUNIZ VILLAS BOAS ANTONIO AUGUSTO ALMEIDA DE CARVALHO ANDRÉ LUIZ PAULO LEIITE DE CASTRO ANTONIO AUGUSTO ALMENDRA FILHO ANDRÉ LUIZ PINTO B. T. DANTAS ANTONIO AUGUSTO LEAL ULM DA SILVA FILHO ANDRÉ LUIZ ROCHA DE ASSIS ANTONIO AUGUSTO SANTOS ANDRÉ LUIZ SILVA LEITE ANTONIO AUGUSTO SOARES PEDREIRA ANDRE LUSTOSA DOS SANTOS ANTONIO AUGUSTO VELAME ELOY ANDRÉ MAIA BRASIL ANTONIO AUGUSTO VINHATICO JÚNIOR ANDRÉ MAURICIO LEMOS DE LIMA ANTONIO AURELIANO RIBEIRO DE BRITO 276 ANTONIO AURÉLIO SANTIAGO LIMA ANTONIO DE CARVALHO BRANCO ANTONIO BANDORIX CARNEIRO ANTONIO DE JESUS ALMEIDA NETO ANTONIO BARBOSA DE OLIVEIRA ANTONIO DE LUNA ARAUJO GOES SOBRINHO ANTONIO BENDOCCHI ALVES NETO ANTONIO DE OLIVEIRA LEITE FILHO ANTONIO BENDOCCHI ALVES ANTONIO DE PADUA FAMA DE LIMA ANTONIO BONFILHO DORETE ANTONIO DE SOUZA CARDOSO ANTONIO BOULHOSA GONZALEZ ANTONIO DIAS REBOUÇAS ANTONIO CAMPOS LOPES ANTONIO DIAS RÊGO ANTONIO CANDIDO DE MORAES MAGRO ANTONIO EDUARDO DE ARAUJO LIMA ANTONIO CARDOSO DE FIGUEIREDO ANTONIO EDUARDO D’FONSECA ANTONIO CARDOSO DE SOUZA ANTONIO EMANUEL MOTTA DE OLIVEIRA ANTONIO CARLOS ALMENDRA ANTONIO EMIGDIO DE ALMEIDA NETO ANTONIO CARLOS BITTENCOURT ANTONIO EVRAGIO SOEIRO ANTONIO CARLOS CAVALCANTE ANTONIO FEBISBERTO CARVALHO SÁ DE OLIVEIRA ANTONIO CARLOS CRUZ LINHEIRO JUNIOR ANTONIO FERNANDES GUIMARÃES ANTONIO CARLOS DE ARAUJO SANTANA ANTONIO FERNANDO DE CARVALHO BARBOSA ANTONIO CARLOS DE BRITO BARROSO ANTONIO FERNANDO DOURADO ANTONIO CARLOS DE BRITO BARROSO FILHO ANTONIO FERNANDO LACERDA GARRIDO ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA ARAUJO ANTONIO FERNANDO LOPES DE MORAES ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA LAGO ANTONIO FERNANDO PEREIRA FALCÃO ANTONIO CARLOS DE PINHO MELLO ANTONIO FERNANDO RIBEIRO BORDONI ANTONIO CARLOS DOS SANTOS ANTONIO FERNANNDES DA SILVA ANTONIO CARLOS FREÍRE SOBRAL ANTONIO FERREIRA DA SILVA ANTONIO CARLOS GARCEZ DE SENA FILHO ANTONIO FERREIRA NERY ANTONIO CARLOS GONÇALVES ANTONIO FRANCISCO CALMON ANTONIO CARLOS LOPES PONTES ANTONIO FRANCISCO LACERDA FRANCO ANTONIO CARLOS MAGALHÃES MAMEDE ANTONIO FRANCO DE ALMEIDA ANTONIO CARLOS MATOS CHAGAS ANTONIO GATTO NETO ANTONIO CARLOS MEDRADO SAMPAIO ANTONIO GERALDO PEREIRA ANTONIO CARLOS MELLO LACERDA ANTONIO GOMES DE MATOS NETO ANTONIO CARLOS MOISÉS DE MOURA ANTONIO GUILHERME GEISEL ANTONIO CARLOS NASCIMENTO ANTONIO GUIMARÃES DE ARAUJO RAMOS ANTONIO CARLOS NUNES DE ALMEIDA ANTONIO HEIDER LAGO BOMFIM ANTONIO CARLOS O. DE ALMEIDA ANTONIO HENRIQUE DE BARROS ANTONIO CARLOS OLIVEIRA GIDI ANTONIO HERMÍNIO DA COSTA ANTONIO CARLOS PEREIRA DE OLIVEIRA ANTONIO INÁCIO PESSOA BEZERRA ANTONIO CARLOS RANGEL DA SILVA ANTONIO IVAN MESSIAS SOARES ANTONIO CARLOS RANGEL DA SILVA FILHO ANTONIO JOAQUIM CORREA FILHO ANTONIO CARLOS SAMPAIO DE AMORIM ANTONIO JORGE MARQUES ALMEIDA ANTONIO CARLOS SAMPAIO DE AMORIM FILHO ANTONIO JORGE MENEZES DE ALMEIDA ANTONIO CARLOS TAVARES GUIMARÃES ANTONIO JORGE MOREIRA GARRIDO ANTONIO CARNEIRO CEDRAZ ANTONIO JORGE MOREIRA GARRIDO JUNIOR ANTONIO CARVALHO BRANDÃO SOUZA ANTONIO JORGE PEREIRA PELTIER CAJUEIRO ANTONIO CASTRO ALVES PEREIRA BEZERRA ANTONIO JOSÉ A. DE BARROS ANTONIO CASTRO DE AZAVEDO CRUZ ANTONIO JOSÉ BARRETO BELTRÃO ANTONIO CERQUEIRA MONTEIRO ANTONIO JOSÉ BENEVIDES CUNHA ANTONIO CESAR COSTA E COSTA ANTONIO JOSÉ DA COSTA ANTONIO CESAR NERY GOES ANTONIO JOSÉ DIAS DE MORAIS ANTONIO CESAR REBOUÇAS BEZERRA ANTONIO JOSÉ FERNANDES IVO LEMOS ANTONIO CESAR SAMPAIO MAZZONI ANTONIO JOSÉ RABELO JÚNIOR ANTONIO CESAR TEIXEIRA M. MARTINS ANTONIO JOSÉ RIBEIRO MARTINEZ ANTONIO CHAGAS ANTONIO JOSÉ ROMEU MANTEIRO ANTONIO CICERO DOS SANTOS ALVES ANTONIO JURACI SÁ DE ALMEIDA ANTONIO CLAUDIO BRAGA DE ALMEIDA ANTONIO KLEBER DE OLIVEIRA KRUSCHEWSKY ANTONIO CLAUDIO CHIRAMM MOTA ANTONIO LIBUI LUCENA RIBEIRO ANTONIO CLAUDIO VENTURA VIANEY ANTONIO LOMANTO JÚNIOR ANTONIO CLEMENTINO DE MATTOS ANTONIO LOPES DE AZEVEDO ANTONIO CORREA DE MENEZES ANTONIO LORDINO DE GIÁCOMO ANTONIO DA GAMA SANTOS ANTONIO LUCIO DA SILVA ANTONIO DA SILVA FRAGOZO ANTONIO LUIS BRANDÃO FRANCO ANTONIO DA SILVA PINHEIRO ANTONIO LUIS SILVA DE CARVALHO ANTONIO DE ALMEIDA SOARES ANTONIO LUIZ BORGES SÁ BARRETO 277 ANTONIO LUIZ CAVALCANTE DE SOUZA ARISTOTELES MAIA SAMPAIO DE O. PINTO ANTONIO LUIZ TENORIO DE ALBUQUERQUE ARIVAL DE MORAES BOTELHO FILHO ANTONIO MARCOS CAMPOS RABELLO ARIVALDO DE SOUZA PEREIRA ANTONIO MARCOS LYRA MEIRELLES DE SOUZA ARIVALDO FREITAS DE AZEVEDO SOUZA ANTONIO MARCOS RODRIQUES DA SILVA ARIVALDO PRATA REINEL ANTONIO MÁRIO FIGUEREDO BARBOSA ARLINDO ALVES DE SOUZA ANTONIO MÁXIMO CARRERA CARDOSO ARLINDO VASQUES MARTINS ANTONIO MIRANDA CABRAL ARLON SANTOS SOUZA ANTONIO MIRANDA CABRAL DE SOUZA ARMANDO BORBA SANTANA JUNIOR ANTONIO MOREIRA DA SILVA ARMANDO CAETANO DA SILVA JÚNIOR ANTONIO MOREIRA PEIXOTO ARMANDO FRANCISCO GORDILHO MONIZ DE ARAGÃO ANTONIO MURTA SOBRINHO ARMANDO GONÇALVES FILHO ANTONIO NUNES ARMANDO PINTO TEIXEIRA ANTONIO NUNES AQUINO ARMANDO SANTOS MENEZES ANTONIO OLIVEIRA DO VALLE ARMINDO FERREIRA MARTINS ANTONIO OSVALDO DE ALBUQUERQUE B .DE SOUZA ARMINDO LEIRO LORENZO ANTONIO OTAVIO ALVES GONÇALVES ARNALDO FERREIRA NOBRE NETO ANTONIO PALMA RIBEIRO ARNALDO FRANCISCO DE ASSIS ANTONIO PAULO R. TEIXEIRA ARNALDO FREIRE FRANCO ANTONIO PEDREIRA DE FREITAS BURITY ARNALDO MARQUES DE OLIVEIRA ANTONIO PEDRO GORDILHO DE FARIAS FILHO ARNALDO MOREIRA NEVES ANTONIO PEDRO TAVARES ALCANTARA ARNALDO SILVA LIMA ANTONIO PENA ARNALDO SOUZA MOREIRA NETTO ANTONIO PEREIRA DE MATOS NETO ARNAUDO LAGO DOS SANTOS RAMOS ANTONIO PINHEIRO MONTEIRO ARNILDO MENEZES LIMA ANTONIO PITON CARDOSO ARNOBIO SANTOS PEREIRA ANTONIO RAYMUNDO DE AGUIAR REGIS ARNOLD FARIAS MASCARENHAS ANTONIO REYNALDO STUDART GUIMARÃES ARNON ALVES SOARES ANTONIO RIBEIRO BASTOS FILHO ARNOR FERREIRA GAMA ANTONIO RIBEIRO FIGUEIREDO AROLDO BASTOS VALENTE ANTONIO ROBERTO LEITE MATOS AROLDO DANIEL DOS SANTOS ANTONIO RODRIGUES BARBOSA ARONILSON PINA DE CARVALHO ANTONIO RODRIGUES SOARES ARQUIMEDES JOSÉ CARVALHO BAHIA ANTONIO RUY BALBNO C. FERREIRA ART DA COSTA TOURINHO ANTONIO SALOMÃO GIDI ARTHUIR SCHREIBER ANTONIO SANTA ISABEL PEREIRA ARTHUR BRANDÃO MUNIZ DE ARAGÃO ANTONIO SERGIO FREITAS CARNEIRO ARTHUR MOREIRA PAIXÃO ANTONIO SERGIO PEDREIRA F. SOUZA ARTHUR ORLANDO MOTTA T. DE ALBUQUERQUE ANTONIO SILVA DE ALMEIDA ARTHUR SANTOS CASTRO ANTONIO SOUZA SACRAMENTO ARTUR CESAR DO AMARAL REIS JUNIOR ANTONIO TAVARES MACHADO ARTUR MACHADDO DAZZANI ANTONIO TEIXEIRA DE FREITAS FILHO ARY C. DE LIMA RIBEIRO ANTONIO TENÓRIO DE ALBURQUERQUE ARY CARVALHO ORNELAS ANTONIO VIDAL DE OLIVEIRA ARY FAUTH ANTONIO VIEIRA FORTALEZA ARY LAGO CAVALCANTE ANTONIO WANDERLEI DA CONCEIÇÃO MAIA ARY MENDES PIMENTEL ANTONIO WANDERLEY SILVA REY ARY PINA RIBEIRO ANTONIO WASHINGTON DOS REIS COSTA ASDRUBAL PEDREIRA BRANDAO ARACY GOMES DA SILVA COSTA ASSAD JORGE SCHOUCAIR ARCHÍMAR BITTENCOURT BALEEIRO ATOS CUNHA DA SILVA ARGEMIRO PAULO DE OLIVEIRA ATOS PONTES CUNHA DA SILVA ARIADNE CAETANO VEIGA AUDRE SEHAER BARBOSA ARILSON CEZAR ORNELAS SOUZZA AUGUSTO ARAUJO DE ANDRADE ARINETE FERNANDES DE OLIVEIRA AUGUSTO BRITO PONTES ARIOSVALDO BORGES DE OLIVEIRA AUGUSTO CESAR CERQUEIRA WANDERLEY ARIOSVALDO DE ANDRADE NUNES AUGUSTO CESAR PINTO LOUREIRO DA COSTA ARIOSVALDO ROQUE DA COSTA LIMA AUGUSTO CESAR RIOS LEIRO ARIOVALDO SILVA MORAES AUGUSTO CEZAR FERREIRA LINS ARISTIDES FREITAS DE QUEIROZ AUGUSTO DANTAS SOUZA ARISTIDES ROCHA FILHO AUGUSTO DAVID JAQUEIRA ARISTON BRANDÃO DE CARVALHO AUGUSTO DE OLIVEIRA LUCCIOLA ARISTOTELES ANTONIO DOS S. MOREIRA AUGUSTO GUILHERME GEISEL FILHO 278 AUGUSTO JOSÉ DA SILVA SILVANY BRUNO CELESTINO AMADO AUGUSTO JOSÉ DE CARVALHO BRUNO COSTA BRITTO AUGUSTO JOSÉ DE CERQUEIRA LIMA P. DA SILVA BRUNO D’ANDRÉ AMATTEO AUGUSTO JOSÉ DOS SANTOS SILVA BRUNO DA CRUZ DE OLIVEIRA AUGUSTO JOSÉ FIGUEIREDO DULTRA BRUNO GIL DE CARVALHO LIMA AUGUSTO RIBEIRO SALLES FILHO BRUNO GUIMARÃES SOARES AUGUSTO SÁ DE BRITO FILHO BRUNO MENEZES BARBOSA AUGUSTO SILVA QUEIROZ BRUNO OLIVEIRA REIS AUGUSTO VICTORINO PINHO PEREIRA BRUNO PERDIZ SIMÕES AURELIO BATISTA MOURINO BRUNO TEIXEIRA DA SILVA AURELIO CHATEAUBRIAND BUENO LEONE TORRES AURELIO HANSEN MELO CACILDA SILVA DE SOUZA AURELIO PIRES CAETANO DE SOUZA GUIMARÃES AUTAMON LUIS DA COSTA CAETANO NUNES DE OLIVEIRA AYRTON BETTENCOURT LOBO NETO CALIL DARZE NETO AYRTON RAFAEL BATISTA SOARES JR CANDIDO AUGUSTO SENTO SÉ LIMA AZIZ MADIM AWAD CANDIDO DIONISIO C. M. PINTO BALDUINO FERNANDES DOS SANTOS MELO CANDIDO NUNES DE VASCONCELOS BANCO DO NORDESTE S/A CANDIDO REQUIÃO FERREIRA BANCO MERCANTIL DE SÃO PAULO CANDIDO TRINDADE GONÇALVES BRAGA BANK OF LONDON & SOUTH AMERICA CARL AUGUST STEPHAN SCHERER BARTHOLOMEU DOS SANTOS SÁ CARLA MANOELA CRUZ CARNEIRO BEATRIZ TELES RICCI CARLISON AUGUSTO COSTA DE ALMEIDA BELMIRO JACQUES FERNANDES CARLOS ALBERICO DA SILVA LAGO BELMIRO MEIRA NETO CARLOS ALBERTO BAHIA DO CARMO BENADIR HUNTER CARLOS ALBERTO BARBOSA BENEDICTO BARRETO DE OLIVEIRA CARLOS ALBERTO BARRETO DOS SANTOS BENEDICTO WALDIR RAMOS CARLOS ALBERTO BISPO VASCONCELOS BENEDITO ALVES DE CASTRO SILVA CARLOS ALBERTO BRASIL PINHEIRO BENEDITO ANTONIO BATISTA CARLOS ALBERTO CARDOSO NASCIMENTO BENEDITO BARROS DA SILVA CARLOS ALBERTO CARVALHO LIMA BENEDITO GOMES MONTAL NETO CARLOS ALBERTO D. DE M. NETO BENEDITO LEMOS PITHON CARLOS ALBERTO DA COSTA PINTO DANTAS JR BENEDITO MÁRIO LEÃO DE OLIVEIRA CARLOS ALBERTO DANTAS DE OLIVEIRA BENEDITO PAULO TEIXEIRA JÚNIOR CARLOS ALBERTO DE ANDRADE BENEDITO PEREIRA CARLOS ALBERTO DE CARVALHO SILVA FILHO BENILDO EDSEL DOTTO CASANOVA CARLOS ALBERTO DE JESUS BENION GOMES DA SILVA CARLOS ALBERTO DE SOUZA COSTA BENITO DA GAMA SANTOS SOBRINHO CARLOS ALBERTO DE SOUZA PESSOA BENJAMIM ANTONIO DE SOUZA D. FONTES CARLOS ALBERTO GABAN BENJAMIN ANTONIO PAIM COSTA CARLOS ALBERTO GONÇALVES BITTENCOURT BENONE GONZAGA DE ALMEIDA CARLOS ALBERTO LEAL MORENO BERNARDINO SANTOS PROTÁSIO DA SILVA CARLOS ALBERTO MATOS DE LEÃO BERNARDO FERNANDO VIANNA PEREIRA CARLOS ALBERTO MATTOS DOS SANTOS BERNARDO OTAVIO DE MENDONÇA COSTA CARLOS ALBERTO MUNIZ DE OLIVEIRA BERNARDO SÁ MATTOS DOS SANTOS CARLOS ALBERTO PAVESE DE AGUIAR BERNARDO SOUZA SANTOS CARLOS ALBERTO PEDREIRA BAMBERG BERNARDO SPECTOR CARLOS ALBERTO PEDREIRA DE CERQUEIRA BONIFACIO MANOEL DOS SANTOS CARLOS ALBERTO PIRES DALTRO BRAULIO RODRIGUES DE OLIVEIRA CARLOS ALBERTO RIBEIRO DANTAS BRAULIO XAVIER DA SILVA PEREIRA JUNIOR CARLOS ALBERTO ROCHA PLACHA BRAULIO XAVIER S. PEREIRA NETO CARLOS ALBERTO RODRIGUES BRAGA BRENNER LIMA VASCONCELOS CARLOS ALBERTO SERRAVALLE ROCHA BRENO DANTAS DE ASSIS CARLOS ALBERTO SICUPIRA BARRETO SANTOS BRENO SÁ MATOS DOS SANTOS CARLOS ALBERTO SIMÕES DE OLIVEIRA BRUCE BISCAIA MOURA CARLOS ALBERTO SOUZA ANDRADE BRUCINEI FARIAS DA SILVA CARLOS ALBERTO VALENÇA PEREIRA BRUNO ALESSANDRO S. CARVALHO CARLOS ALBERTO VERÇOSA SILVA BRUNO ALESSANDRO SOUZA CARVALHO CARLOS ALBERTO VIANA SOARES BRUNO BASTOS PEREIRA CARLOS ALCINO DO NASIMENTO BRUNO BORGES PEREIRA CARLOS ALEXANDRE DE ALMEIDA SOARES BRUNO BRANDÃO BASTOS CARLOS ALEXANDRE DE SÁ VELOSO 279 CARLOS AMADO DR FREITAS CARLOS JORGE MATOS DA SILVA REIS CARLOS ANDRADE SAMPAIO JÚNIOR CARLOS JOSÉ COSTA DA SILVA CARLOS ANDRÉ COSTA DE SOUZA CARLOS KLEBER COSTA DE ALMEIDA CARLOS ANDRÉ DA ROCHA TOURINHO CARLOS LESSA PAIXÃO CARLOS ANDRÉ LUQUINI CARLOS LIMA DE ARAUJO CARLOS ANDRÉ RICCI CARLOS LIMA LINS CARLOS ANTONIO DE OLIVEIRA CARVALHO CARLOS LOPES DE AZEVEDO MAIA CARLOS ANTONIO LEAL ULM DA SILVA CARLOS LUIS PELEGRINE PESSOA CARLOS ANTONIO PINHEIRO ONOFRE DA SILVA CARLOS MARON NETO CARLOS ANTONIO RODRIGUES DOS SANTOS CARLOS MARTINS CATHARINO CARLOS ANTONIO SACRAMENTO LIMA CARLOS MARTINS CATHARINO FILHO CARLOS AUGUSTO BORGES SILVA CARLOS MAURÍCIO TORRES CARLOS AUGUSTO CALASANS DA SILVA CARLOS MESQUITA DE SOUZA FILHO CARLOS AUGUSTO DUARTE DE SÁ CARLOS MOREIRA PIMENTEL CARLOS AUGUSTO FERNANDES GANEN CARLOS NOQUEIRA GONÇALVES LIMA CARLOS AUGUSTO GÓES MAGALHÃES CARLOS NOVAIS DE ALMEIDA CARLOS AVELINO DE CARVALHO MAIA CARLOS NUNES GONÇALVES CARLOS BALLALAI DE CARVALHO CARLOS OLIVEIRA DE SANTANA CARLOS BARRETO DE OLIVEIRA CARLOS ORLANDO DE ALMEIDA TOURINHO CARLOS BRENHA CHAVES CARLOS OYAMA NETO CARLOS CESAR SOUZA SOARES CARLOS PARISH BAMBERG CARLOS CIRNE TRANZILO CARLOS PEREIRA BITTENCOURT CARLOS COSTA CARLOS PINHERO MATOS CARLOS DE ARAGÃO DE LEÃO CARLOS PINON GONZALEZ CARLOS DE OLIVEIRA BASTOS COUTO CARLOS PRATES DOS SANTOS CARLOS EDUARDO BASTOS FONTES CARLOS RAIMUNDO BAIARDI CARLOS EDUARDO DA S. SENA CARLOS RAIMUNDO DA SILVA PEREIRA DE SOUZA CARLOS EDUARDO DE BARROSO TOURINHO CARLOS RENATO SACRAMENTO DE SÁ CARLOS EDUARDO GANTOIS ROSADO CARLOS RENATO FARIA COSTA CARLOS EDUARDO OLIVEIRA GOES CARLOS RICARDO GABAN CARLOS EDUARDO PRISCO PARAISO CARLOS ROBERTO CHIACCHIO OLIVEIRA CARLOS EDUARDO RIBEIRO FREDITAS CARLOS ROBERTO CHAVES CARLOS EDUARDO RIOS LEIRO CARLOS ROBERTO DE MELO FILHO CARLOS EDUARDO S. CRUZ ARAÚJO CARLOS ROBERTO DOS ANJOS BRANDÃO CARLOS EDUARDO SOARES DE FREITAS CARLOS ROBERTO FARIA MENDONÇA CARLOS ELYSIO NOGUEIRA DE LIMA CARLOS ROBERTO FIGUEREDO LACERDA CARLOS FABIANO MENDES ESTRELA DA SILVA CARLOS ROBERTO LIMA NOBREGA CARLOS FARIAS DE CARVALHO CARLOS ROBERTO MARACAJÁ PEREIRA CARLOS FERNANDO FRASÃO RODRIGUES CARLOS ROBERTO TEIXEIRA DE ALMEIDA CARLOS FIRPO FONTES CARLOS ROBERTO VALADÃO DA SILVA CARLOS FRANKLIM FERREIRA DE MATOS CARLOS ROCHA CAJAZEIRA CARLOS FREDERICO ARAÚJO CARLOS ROMÃO DE MELO CARLOS FREDERICO DE ARRUDA CAMARA CARLOS SEABRA SUAREZ CARLOS FREDERICO GUIMARÃES DA SILVEIRA CARLOS SOUTO MAIA CARLOS FREDERICO GUIMARÃES MIRANDA CARLOS SPINOLA PALMA CARLOS FREDERICO MELLO LACERDA CARMELITO WALTER DE ALMEIDA CARLOS FREDERICO T. DE SOUZA CARMEN CRISTINA PEREIRA GAMA CARLOS GENARO BRAGA CARMEN SANTOS SILVEIRA MACIEL CARLOS GONZAGA DE PINHO CARMINE LAROCCA CARLOS GUILHERME REGULY CARYL CHESSMAN RIBEIRO DE OLIVEIRA CARLOS HENRIQUE CARDOSO DE BARROS CASSIO FABRICIO DE FIGUEIREDO HABIB CARLOS HENRIQUE DINIZ GONÇALVES CASSIO GUIMARÃES DA CRUZ CARLOS HENRIQUE LESSA PAIXÃO CASSIO PRADO SALES RIBEIRO CARLOS HENRIQUE MENDES DE SOUZA CASTRO ALVES BADARÓ CARLOS HENRIQUE NAJAR CELBERTO P. MALHEIROS CARLOS HENRIQUE PALOMINO CARDOSO CELIA MARIA BRITO TONIELLO CARLOS HENRIQUE RABELO BALOGH CELSO OLIVEIRA DE CARVALHO CARLOS HOHLENEWERGER MARTINS CESAR ALEJANDRO CAPPELLETTI GUERREIRO CARLOS HUMBERTO DA PAIXÃO BALOGH JÚNIOR CESAR AMORIM PACHECO NEVES CARLOS IVAN VILANOVA MIRANDA CESAR AUGUSTO FERNANDES CARLOS JORDÃO DUPRÁ CESAR AUGUSTO N. T. DE MIRANDA CARLOS JORGE MACÊDO DE OLIVEIRA CESAR AUGUSTO O. MENDES 280 CESAR AUGUSTO SAMPAIO CLAUDIO RAIMUNDO P. IGLESIAS CESAR AUGUSTUS ALFLEN FEIJÓ CLAUDIO RAPOLD SOUZA CESAR BAHIA ALICE C. DOS SANTOS CLAUDIO RODRIGUES RIBEIRO CESAR D´OLIVEIRA SEIXAS FILHO CLAUDIO SILVIO MACHADO DE MELO CESAR JOSÉ PINHO COSTA CLAUDIO VASCONCELOS OLIVEIRA CESAR PASSOS D. GONÇALVES CLAUDIONOR DORIA LACERDA CESAR RICARDO ALMEIDA REQUIÃO CLAUDIONOR MACHADO DE OLIVEIRA CESAR RICARDO FREIRE DE CARVALHO MARQUES CLEBER GALVAO DE OLIVEIRA PADUA CEZAR ANDRADE PINHO CLÉCIO JOSÉ DANTAS SANTANA CEZAR AUGUSTO OLIVEIRA DOS SANTOS CLÉCIO JOSÉ MARTINS CEZAR AUGUSTO OLIVEIRA MENDES CLELIA IRACI ROCHA M. DA SILVA OLIVEIRA CHARLES CLOYD L. DE ARAÚJO CLELIO AMORIM NOBRE GUEDELHA MARTINS CHARLES D´GRILL RIBEIRO DE OLIVEIRA CLEOBALDO RIBEIRO CARDOSO CHARLES DIAMENT CLERIDES DUTRA NETO CHARLES DRUBI CLESIO MANOEL VIEIRA DE ANDRADE CHARLES MIRANDA FERREIRA CLESIO ROMULO CARRILHO ROSA CHERIFE MUSTO CLEY DE CASTRO ALVES CHRISTIAN ARPAGAUS CLIMERIO TADEU DE CASTRO FERREIRA CHRISTIANO DA FONSECA MENDES CLINIO GOMES LEITE CHRISTIANO MARTINE GARCIA CLODOALDO LEAL COSTA CIA. VEÍCULOS IRMÃOS CURVELO CLODOMIRO ALVES DE SOUZA CICEMÁRIO CARDOSO DE OLIVEIRA CLOVES ALVES DE ALCANTARA CÍCERO FERREIRA DOS SANTOS CLOVES ARTHUR CORREIA CIRO GONÇALVES TORRES CLOVES OLIVEIRA MOTA CLAUDEMIRO BATISTA MOREIRA NETO CLOVES VIEIRA SOUZA CLAUDEMIRO OLIVEIRA DIAS CLOVIS ANTONIO OLIVEIRA RODRIQUES CLAUDIA BAHIA MARCHESINI CLOVIS CAMERA GARRIDO CLAÚDIA GORDILHO LOMANTO CLOVIS DE JESUS PEREIRA COSTA CLAUDINO BARRETO DOS SANTOS CLOVIS FIGUEIREDO SOUZA CLAUDINO CUNHA DA SILVA CLOVIS RANGEL CINTRA CLÁUDIO ANDRADE SOUZA CLOVIS VELOSO DANTAS CLAUDIO BAHIA MENEZES CLOVIS XAVIER PASSINHO CLAUDIO BARROSO FIGLINOLO COLBERT BRANDÃO GUIMARÃES CLAUDIO BENEVIDES ROCHA COLBERT CANGUÇU SOUZA FILHO CLAUDIO BOMFIM MACHADO CONRADO GUILHERME LAGES DE SOUZA CLAUDIO BONASPETTI CONSUELO GONZAGA DE SOUZA CLAUDIO CAVALCANTE DA SILVA CORBINIANO FREIRE CLAUDIO CHILAZI AZI CORIOLANO BAHIA LIMA CLAUDIO DE ARAGÃO B. DE CARVALHO COSME HANNIBAL PEDREIRA CARNEIRO CLAUDIO DE JESUS DE SOUZA BAHIA COSME LOPES FERNANDES CLAUDIO DOMINGOS I. DA SILVA COSME ROBERTO CARNEIRO GRADIN CLAUDIO DOMINGUES NETO CRISTIANO CALDEIRA RABELLO CLAUDIO FONSECA DE CASTILHO CRISTIANO FREITAS ALEIXO DE MORAIS CLAUDIO FUCS NERY CRISTIANO PEREIRA QUEIROZ CLAUDIO HENRIQUE N. FLEURY CRISTIANO SIMÕES TANNUS CLAÚDIO HENRIQUE SANTOS DE OLIVEIRA CRISTIANO SOARES PAZOS CLAUDIO JAMBEIRO GUIMARAES CRISTOVÃO SANTO ALMEIDA BASTOS S. PROTÁZIO CLAUDIO JOSÉ CHENAUD CYRENIO NUNES LEAL FILHO CLAUDIO JOSÉ MENDONÇA DAGOBERTO BONAVIDES DE OLIVEIRA CLAUDIO LEAL PEREIRA DAILTON REIS SANTOS CLAUDIO LESSA PAIXÃO DAILTON RODRIGUES TEIXEIRA CLAUDIO LUIZ A FONTES DALWSON ESTRELA DA SILVA CLAUDIO LUIZ DE SOUZA OLIVEIRA DAN RABINOVITZ CLAUDIO LYSIAS GONÇALVES DANIEL ANASTACIO DOS SANTOS CLAUDIO MANOEL LIMA SAMPAIO DANIEL BARRETO WILDERGER CLAUDIO MARCELO MASCARENHA DE CASTRO DANIEL COSTA DE FARIAS CLAUDIO MARCELO PASSOS LEANDRO DANIEL DO AMARAL SANTANA REIS CLAUDIO MEIRELLES MIRANDA DANIEL FERREIRA LIMA CLAUDIO MIRANDA DE CARVALHO DANIEL LUIZ DE ABREU GUIMARÃES CLAUDIO NAZÁRIO DE OLIVEIRA DANIEL LUZ FERREL CLAUDIO NERI FRANCO LOPO DANIEL MARBACK BARBOSA SOUZA CLAUDIO PEREIRA SAMPAIO DANIEL MARTINS ROCHA 281 DANIEL MIRANDA GRANJO DILSON CALDEIRA DA COSTA DANIEL MULLER NOGUEIRA DILSON LIMA SILVA DANIEL NERY DOS SANTOS DILSON MAGALHÃES ALVES DANIEL NUNES SOARES DILSON MARQUES MOREIRA DANIEL PARISH BAMBERG DILTON BOMFIM DE ARAUJO PASSOS DANIEL RIEL DA SILVA DINALDO CAMPOS PRAZARES DANIEL SATURNINO DOS SANTOS NETO DIÓGENES M. PINHEIRO DANILO DA SILVA AZEVEDO DIOGO MORGADE CORTIZO BALTAZAR DA SILVEIRA DANILO DA SILVA LABORDA DIOLINO SANVAGE DANILO DE FRANÇA MARTINS DIONIR PEREIRA DANILO DE SOUZA REIS DIRCIO DE SOUZA DANILO DOS SANTOS BANDEIRA DIVA PEDREIRA TORRES DANILO GUANAES BARBOSA DE SOUZA DIVALMIRO DE SALLES LIMA DANILO MONTEIRO DE ARAÚJO OLIVEIRA DJALMA BENJAMIN DE SANTANA DANIZ CESAR DE SOUZA DJALMA FONSECA D. ALMEIDA DANTE ALIGHIEI GRISI DJALMA FREITAS BATISTA DANTE CLAUDE ALAIM DJALMA JACOBINA FILHO DARCY PEREIRA DE OLIVEIRA DJANIR FREITAS SILVA DÁRIO MADURO BARBOSA DJARIO AVELINO RIBEIRO DARK DE OLIVEIRA DOMINGOS VIEIRA VASCONCELOS DARWIN ROCHA NETO DOMINGOS FELIX DE SANTANA DAVI ODILON FERRAZ FLORES DA SILVA DOMINGOS RAMOS DIAS DAVI ROSADO CARRILHO DONALD HENRY SMITH DAVID DA VEIGA ARAUJO DORIVAL FERREIRA DA SILVA DAVID DOMINGOS ROSADO CARRILHO DORIVALDO CERQUEIRA LIMA JUNIOR DAVID FERREIRA BORGES DE AZEVEDO DOUGLAS RAFANELLE MOURA DE SANTANA MOTTA DAVID GOUVEIA DE ARAUJO DURVAL BARRETO SIQUEIRA MANGUINHO DAVID LEITE DURVAL CABRAL FILHO DAVID MOREIRA MARTINS DA SILVA DURVALTECIO JOÃO BOMFIM DAVID PERRUCHO SILVA EBEICHARD JOACHIM KASTEM DAVID RICARDO FONTES PEREIRA EBERSON BASTOS PEREIRA DELSIMAR GALVÃO GONÇALVES EDELBERTO DA SILVA SANTANA DEMOCRITO FERREIRA DE CERQUEIRA EDER NOGUEIROL FERNANDES DENILSON CARIBÉ DE CASTRO EDÉSIO DA SILVA GOES DENILSON CARIBÉ DE CASTRO FILHO EDGAR VIANA FILHO DENILSON DO CARMO CALAZANS SANTOS EDGARD BARBOSA DE SOUZA DENILSON SANTOS ANDRADE EDGARD BARRETO FILHO DENILTON MARTINS RAMOS EDGARD CESAR FILHO DENILTON MARTINS RAMOS JUNIOR EDGARD DE ALMEIDA CARQUEIJA DENIO DIAS LIMA CIDREIRA EDGARD DE SOUZA DENIS NASCIMENTO GUIMARÃES EDIE PARISH DENISZART VISCO EDIELSON MORAES LIMA DEOCLECIANO BENDOCCHI ALVES VAZ SAMPPAIO EDILIO FERREIRA DA SILVA DEOCLIDES RABELLO FILHO EDILSON ALVES FIGUEIREDO DEOLIZANDRO MOREIRA DE OLIVEIRA FILHO EDILSON PIRES GOUVÊA DERALDO RIOS PINHEIRO EDINALDO LINS LIMA BRAGA DERALODO RIOS PINHEIRO FILHO EDISON DA SILVA SANTOS DERMEVAL AMOEDO MARTINS JR. EDISON PINHO DERMEVAL LOPES ROSAS EDIVAL BENIGNO DO ROSARIO DEUSDEDITH GONÇALVES BRAGA EDIVAL PASSOS DE MELLO DEUSLINO FERREIRA DE CERQUEIRA EDIVALDO MACHADO BOAVENTURA DEZILTON DE ARAUJO PASSOS EDIVAN FERREIRA SOUTO DIEGO DA COSTA SAAVEDRA EDÍZIO MUNIZ FERRIRA JÚNIOR DIEGO FREITAS BUSTAMANTE ZAMBRANA EDMAR ALVES DE CAMPOS DIELSON GESTEIRA FERREIRA JUNIOR EDMAR FERNANDES PRESA SOBRINHO DIELSON MARTINS LIMA EDMAR MOREIRA LEITE DIJENAL JOSÉ SANTOS DE OLIVEIRA EDMAR PEREIRA CARDIM DILERMANDO SANTOS COSTA EDMAR SALVADOR LOUREIRO DILMA CAMARA COELHO EDMAR SCARTON DILMAR RODRIGUES TEIXEIRA EDMILSON ADORNO VILAS BOAS DILSO LUIZ MATHEUS DE ARANTES EDMILSON CARLOS CARDOSO BARBOSA DILSON ARAÚJO SANTOS EDMILSON DA SILVA PIMENTA JR. 282 EDMILSON MORAES LIMA EDUARDO JOSÉ COSTA NUNES EDMUNDO DE SOUZA SANTOS EDUARDO JOSÉ VALENTE COSTA EDMUNDO FERREIRA DE SOUZA EDUARDO LEAL COSTA FILHO EDMUNDO LEAL COSTA EDUARDO LEAL LAVIGNE DE LEMOS EDMUNDO NELSON FERREIRA PEREIRA EDUARDO LUIZ BATALHA DE OLIVEIRA EDMUNDO PINTO DANTAS DE CARVALHO EDUARDO MENEZES MANGABEIRA EDMUNDO SOUZA CASTRO EDUARDO MONTEIRO GOMES SANTOS EDMUNDO TEIXEIRA LEAL SPINOLA EDUARDO MORAIS VIEIRA DOS SANTOS EDNALDO BRANDÃO CORREIA EDUARDO OLIVEIRA DO VALLE EDNALDO TEOTÔNIO SILVA JÚNIOR EDUARDO PEREIRA LOBÃO EDNALVA AMARAL BARBOSA EDUARDO RESENDE RAPOLD EDNEY JOSÉ DE SIQUEIRA RAMOS EDUARDO SAFFE EDNO QUERINO CÂMARA EDUARDO SAMPAIO RÊGO EDSON ANDRADE DE OLIVEIRA EDUARDO SANTANA DE JESUS EDSON ARAPIRACA DOS SANTOS EDUARDO SICUPIRA PEREGRINO BRAGA EDSON AZEVEDO GARRIDO FILHO EDUARDO SOARES GOMES EDSON BLANCO MARTINEZ EDUARDO TAVARES TEIXEIRA EDSON BONIFACIO DAMASCENO EDUARDO TELES DE CARVARLHO JR EDSON CARVALHO DE OLIVEIRA EDUARDO TELLES VARGAS LEAL EDSON DA SILVA GUEDES EDUARDO VILLAS BOAS PINTO EDSON DE ALMEIDA NOGUEIRA EDVAL DA SILVA BARBOSA EDSON FAHEL EDVALDO BARBOSA EDSON FERNANDES BASTOS EDVALDO BISPO GOMES EDSON FREIRE O’DWYER EDVALDO FAHEL EDSON GOMES RIBEIRO EDVALDO JOSÉ CHAVES EDSON JOSÉ BRANDÃO ASSUNÇÃO EDVALDO JOSÉ DOS ANJOS FERNANDES EDSON JOSÉ DA SILVA ASSUNÇÃO EDVALDO NOBRE FRANÇA EDSON LEMOS DE CARVALHO TRINDADE EDVALDO PEDREIRA GAMA EDSON LUIZ DE OLIVEIRA TELLES EDWALDO FERREIRA LOPES DA SILVA JUNIOR EDSON MANOEL DO NASCIMENTO GUEDES EGIDIO BORGES TAVARES FILHO EDSON NILTON DE LIMA JÚNIOR ELADIO GOMES DA SILVA EDSON NUNES ALVARES PEREIRA FILHO ELDER ARAUJO SOUZA EDSON NUNO ALVARES PEREIRA ELDER POMPELIO F. DE ABREU EDSON PEREIRA CARDIM ELIANO BARROSO DE SOUZA EDSON PINA MENEZES FILHO ELIAS DARZÉ FILHO EDSON SAMPAIO MEIRELES ELIAS FERREIRA DE FREITAS EDSON SEBASTIÃO VITERBO DE ARAGÃO ELIAS HORMICI BITTAR EDSON SPINOLA QUADROS NETO ELIEZER FERREIRA DA CRUZ EDSON TAVARES ELISENA COSTA DE OLIVEIRA EDSON TETSUO KOLGACHI ELISIO AZEVEDO ALVES EDUARDO AMADO DE FREITAS ELISIO DE CARVALHO LISBOA FILHO EDUARDO ANTONIO CONCEIÇÃO DE ARAUJO ELISIO FERREIRA LOPES EDUARDO ANTONIO JESUINO DOS SANTOS ELISONETE BORGES DE FARIA EDUARDO AZEVEDO CHAVES ELIVALDO EVANGELISTA DOS SANTOS EDUARDO BORGES BRANDÃO ELIZALDO SOARES DE ANDRADE EDUARDO CABUS CATAN ELIZIO CARLOS PIMENTEL BATISTA EDUARDO CALMON DE ALMEIDA CEZAR ELMAR CARLOS ROCHA FILHO EDUARDO CASTRO DE SOUZA DANTAS ELMO SANTOS FIGUEIREDO EDUARDO CHAVES LOPEZ ELMO SOUZA PAZ EDUARDO COSTA SÁ ELOFRAN MARQUES EDUARDO DA SILVA HEEGER ELSIMAR METZKER COUTINHO EDUARDO DANTAS DE PINHO ELSON CARLOS DOS SANTOS COELHO EDUARDO DORIA PINTO RODRIGUES DA COSTA ELVIS SANTOS TORRES EDUARDO ELIA NEVES EMANUEL MOREIRA JUNIOR EDUARDO FREDERICO C. DE LIMA EMANUEL RAIMUNDO SARMENTO BANDEIRA EDUARDO GIL FRANÇA GOMES EMILIO MANOEL BARRETO FERNANDES EDUARDO GOMES CARQUEIJA EMILIO RAMIRO PEREZ GARCIA EDUARDO GONÇALVES EMILSON DA SILVA PIMENTA EDUARDO GUIMARAES PEREIRA DAS NEVES EMIR AZEVEDO E SILVA EDUARDO HAMILTON FORTES DE MELO EMMANOEL DA COSTA TAVARES EDUARDO HENRIQUE DA SILVA SANTOS EMO RUY DE MIRANDA EDUARDO JOSÉ BENICIO GANZALEZ EMUNDO JOSÉ LEITE FALCÃO 283 ENADIO DA COSTA MORAIS FABIO CALDAS CHEMMES ENEAS TORREÃO DA COSTA NETO FABIO CAMPOS PODEROSO ENEDINA SANTOS ARAÚJO FABIO CASTRO DE OLIVEIRA ENNIO DI GIROLAMO FABIO FREIRE DE CARVALHO MATOS ENNIO SEBASTIÃO DE OLIVEIRA FABIO FREITAS RIBEIRO ENOCH SANTIAGO LINHARES DE ALBUQUERQUE FABIO LEVY CAVALCANTE DE SOUZA ENOCK LIMA CAMPOS FABIO LUCIO DE ALMEIDA CARDOSO ENZO ALLEGRO FABIO LUIZ CEUTA DE LACERDA EPITÁCIO DA SILVA RIBEIRO FÁBIO MIRANDA GRANJO ERALDO AMORIM DOS SANTOS JÚNIOR FÁBIO MONHÕES DE SOUZA NETO ERIC BRAGA PEDRA FABIO MOREIRA SANTOS ERICK BITTENCOURT SIMÃO RIBEIRO FABIO PINHEIRO DE MENDONÇA LIMA ERICO LUIZ DATTOLI FÁBIO PIRES VASCONCELO ERIWELTON ALMEIDA BOSON FABIO SILVA GORDILHO ERNANI SOUZA E SILVA JR. FABIO TEIXEIRA CORREA FERNANDES ERNESTINO FRANCISCO PEREIRA RIBEIRO FABIO VALENTINI REZENDE ERNESTO COSTA BATISTA FABIO VASCONCELOS CRUZ FABIAN ERNESTO HERMELIO DAS CHAGAS FABRICIO BITTENCOURT GOMES ERNESTO PAULO DE A. AMORIM FABRICIO CARDOSO REBELO ERNESTO PEREIRA SANTOS FALLUH ELGAID ERNESTO PINHEIRO SANTANA JÚNIOR FATIMA QUEIROZ ELSOFFI ERONILDES SOARES BOMFIM FAUSTO ROBERTO MILAZZO ESDRAS CABUS MOREIRA FELINTO DOURADO FILHO ESPIRIDIÃO DOS SANTOS ARAUJO FELIPE DE SOUZA ALCANTARA ESTACIO AGUIAR FELIPE GADELJHA PEREIRA ESTELA MARIA MACEDO LEITE FELIPE NERI REGO JUNIOR EUCLIMAR ANDRADE OLIVEIRA FELISBERTO ALMEIDA FORMIGLI EUDES DE ARAUJO GOES FELIX DE OLIVEIRA BITTENCOURT EUDES LEAL HOHLLENWERGER FELIX SOARES LIMOEIRO NETO EUGENIO CASAIS E SILVA FERNANDA LIMA MELIK EUGENIO LEAL RIBEIRO FERNANDA M. BANDEIRA DE MIRANDA HENRIQUES EULALIA M. FIGUEIRA FERNANDO ANTONIO DE CASTRO CRUZ EULER VIANA BOMFIM FERNANDO ARAUJO COSTA EURICO ANTONIO R. GUIMARÃES FERNANDO BALLALAI ALVES JÚNIOR EURICO ROBERTO COSTA MAYNART FERNANDO BASTOS PEREIRA JÚNIOR EUVALDO BORGES LUIZ FERNANDO BATISTA EUVALDO TEIXEIRA DE MATOS FILHO FERNANDO CARLOS DE CARVALHO ALVES EUZÉBIO DE OLIVEIRA CARVALHO FERNANDO CHAMMÉS GANEM EVANDRO BALTAZAR DA SILVEIRA FILHO FERNANDO DA CUNHA MARTINS EVANDRO BARRETO COSTA FERNANDO DE FIGUEREDO PIMENTA EVANDRO CABRAL FERNANDO DE MAGALHÃES TEIXEIRA EVANDRO DUPLAT SIMÕES JÚNIOR FERNANDO DE OLIVEIRA CASAL EVANDRO GONZAGA DE PINHO FERNANDO DE SANTANA LIMA EVANO CELESTINO GUALBERTO FERNANDO EDUARDO BARSOSA NOGUEIRA EVERALDO ALVES FERREIRA FERNANDO EURICO PAES DE MACEDO EVERALDO BATISTA PEREIRA FERNANDO FERREIRA DE BRITO EVERALDO CARVALHO GRAÇA FERNANDO FERREIRA MAIA EVERALDO HORMISIDO DOS SANTOS SILVA FERNANDO FREDERICO OLIVEIRA KELSER EVERALDO SILVA SOUZA FERNANDO GOES DE SANTOS EVERALDO SOUZA ALVES FERNANDO GUEDES ANDRADE ÉVERTON CESAR SPÓSITO PAIVA FERNANDO GUIMARÃES GOES DO VAL EVERTON PONTES MARTINS FERNANDO JAIME VILAS BOAS MACHADO EVERTON RENE SILVA FERNANDO JOSÉ DA HORA LOPES EVILASIO LIMA FERNANDO LOPES SANTIAGO EVILASIO TEIXEIRA CARDOSO FERNANDO LOPEZ PEREZ EXPEDITO GUEDES DE SOUZA FERNANDO LUIZ NOVAIS SAMPAIO EZEQUIAS NUNES FILHO FERNANDO MENEZES DE GOES FABIANA ALMEIDA MIRANDA FERNANDO NANGIERI FILHO FABIANA BRIGIDA GUIMARAES SILVA FERNANDO PEDREIRA LAPA FABIEN SANVAGE FERNANDO PEDRO SALLES SILVA FABIO ANDRADE VAZ DA SILVA FERNANDO PINHO DE ALMEIDA FÁBIO ANDRÉ SANTOS FONSECA FERNANDO RAMAGEN BADARO 284 FERNANDO RIOS MEIRA FRANCISCO LINS SILVA FRANCO FERNANDO RODRIGUEZ PERES JUNIOR FRANCISCO MARCARENHAS DA COSTA FERNANDO SAMPAIO GÁCOMO FRANCISCO MOREIRA DA FONSECA FERNANDO SILVA TOURINHO FRANCISCO NEIVA JUCÁ ROLIM FERNANDO SOUZA BISPO FRANCISCO NEVES BITTENCOUIRT FERNANDO TEIXEIRA LEAL SPINOLA FRANCISCO NUNES SOBRINHO FERNANDO TUDE BATISTA DE JESUS FRANCISCO PEREIRA DE ALBUQUERQUE FILOGONIO SOARES LOPES SOBRINHO FRANCISCO PEREIRA DE CARVALHO NETO FIRMO FERREIRA LEAL NETO FRANCISCO PERNET JUNIOR FIRST NATIONAL CITY BANK FRANCISCO PINHEIRO REIS FLAVIANO GONÇALVES DE OLIVEIRA PORTO FRANCISCO ROQUE PAIM COSTA FLAVIO AUGUSTO O MIRANDA FRANCISCO XAVIER DA SILVA NETO FLAVIO BURGOS MORGADE CORTIZO FRANCISCO XAVIER DE FIGUEREDO FLAVIO CHASTINET PINHEIRO FRANK CARDOSO BARROS FLÁVIO FERREIRA DA SILVA FRANK ELOY RIBEIRO DE JESUS FLÁVIO LINDOMAR TIEFFENSEE FRANK ROBERTO BALLALAI MAY FLAVIO MADEIRA MIRANDA FRANKLIN JOSÉ FALCÃO MODESTO FLAVIO SAMPAIO GAUDENZI FREDERICO ANDRADE SANTOS FLAVIO VINICIUS NASCIMENTO ULM DA SILVA FREDERICO DE MEDEIROS RODRIGUES FLAVIO WANDERLEY CALAZANS FREDERICO DE OLIVEIRA TAMBON FLECIUS RENATO SILVEIRA CELESTINO FREDERICO EDUARDO DA S. FREIRE BISCAIA FLORDOALDO JOSÉ BATISTA FILHO FREDERICO FERREIRA PONTES NETO FLORENTINO VEGA LOBO FREDERICO FREIRE DE CARVALHO MATOS FLORIANO FERREIRA FILHO FREDERICO PODEROSO FLORIANO TANAJURA MEIRA JUNIOR FREDERICO TAVARES LEMOS FLORISTO GOIS OLIVEIRA FREDERICO WILSON DE JESUS FLORISVALDO ALVES CARRILHO FREED STOLZE GAGLIANO FLORISVALDO BARBERINO GABINO DE MOURA NETO FLORISVALDO CARNEIRO DA CUNHA GABRIEL BENIGNO DO ROSARIO FRANCISCA DO SOCORRO GALVÃO GABRIEL EURICO LEITE FRANCISCO AGRIPINO BORGES BRITO GALILEU TEIXEIRA MARINHO FRANCISCO ALBERTO FERREIRA VALADARES GARIBALDI JOAQUIM DE SANTANA FRANCISCO ALVES DE SOUZA GENÁRIO LEMOS COUTO FRANCISCO ANTONIO ALMEIDA DE A. LIMA GENARO DE OLIVEIRA NETO FRANCISCO ANTONIO DE GOIS GENARO NOVAIS DE LIMA FRANCISCO ARAGÃO NETO GENER FERREIRA LINS FRANCISCO ASSIS DE MEDEIROS GENILDO SANT’ANA TEIXEIRA FRANCISCO BATISTA NEVES NETO GEORGE HOUSEP HOUHANNES BIZERGANIAN FRANCISCO BERTINO BEZERRA CARVALHO GEORGE LUIS VIEIRA DA COSTA FRANCISCO COSTA DOS SANTOS GEORGE NOGUEIRA CARVALHAL FRANCISCO DA SILVA COELHO GEORGE SIDNEY DA SILVA FERREIRA FRANCISCO DANTAS GEORGES MAXIMILIANO BONNET FRANCISCO DE FARO FRANCO GEORGETON JOSÉ NERY RIOS FRANCISCO DE PAULA JUCÁ DE A. PIMENTEL GEOVÁ ALVES BRITO FRANCISCO DE SOUZA ANDRADE NETO GERALDO ANTONIO DE LIMA FRANCISCO DERALDO DE SOUZA NETO GERALDO BARBOSA BRANDÃO FRANCISCO DI CREDICO GERALDO CORREA DA CUNHA FRANCISCO ELANO MOREIRA GERALDO DANNEMANN FRANCISCO EPIFANIO ROCHA DE ALMEIDA GERALDO DE ARAUJO GOES DO VAL FILHO FRANCISCO ETELVIR DANTAS GERALDO DE CARVALHO FRANCISCO EVERARDO ALVES DE LIMA GERALDO DIAS MACEDO FRANCISCO FELIX DE CERQUEIRA JUNIOR GERALDO JOSÉ DO REGO DURÃO FRANCISCO FERNANDO COUTO PORTELA GERALDO JOSÉ MASCARENHAS FRANCISCO JAVIER PINHEIRO GARRIDO GERALDO LEITE DA SILVA FRANCISCO JOÃO MOREIRA DE OLIVEIRA GERALDO LEMOS DO COUTO FRANCISCO JOSÉ BANDEIRA MACIEL GERALDO LIMA BARRETO FRANCISCO JOSÉ CARNEIRO DE LIMA E SILVA GERALDO LIMA DE OLIVEIRA FRANCISCO JOSÉ RAYKIL PINHEIRO GERALDO LINS GOES FRANCISCO JOSÉ SERAFIM DE LIMA E SILVA GERALDO MÁRIO S. CORREIA JÚNIOR FRANCISCO JUCÁ ROLIM GERALDO MARIOTTI MESSEDER BARRETO FRANCISCO LAVIGNE DE LEMOS GERALDO ROCHA CARDOSO FRANCISCO LEMOS FILHO GERALDO SAPHIRA ANDRADE 285 GERALDO TAVARES JÚNIOR GUILHERMO JOÃO COELHO ORTIS GERARDO ALEJANDRO POCHAT GUMERCINDO BERBET TAVARES GERCINO GONÇALVES GUNTHER HERBERT SMITH GERMANIO PORTINOI GUSTAV ADOLF SCHINDLER GERSON ALMEIDA SIQUARA GUSTAVO AFONSO NISHIMARU SCHIMIDT GERSON BARBOSA CARNEIRO GUSTAVO ALVARENGA DE MIRANDA GERSON CERQUEIRA DE ALMEIDA GUSTAVO ANDRADE MENDONÇA GERSON COUTINHO ESTRELA GUSTAVO COSTA DE FARIAS GERSON DE ARAÚJO MATOS GUSTAVO DIAS LIMA SOARES GERSON DE OLIVEIRA E OLIVEIRA GUSTAVO FREITAS MACIEL GERSON PEREIRA MACHADO GUSTAVO HENRIQUE ANDRADE LISBOA GERSON SANCHES DO AMOR DIVINO GUSTAVO JOSÉ BRITO DORIA GERVASIO ARAUJO GUSTAVO JOSÉ SICRI MANSU GERVASIO LOPES DA SILVA JUNIOR GUSTAVO KAUFMAM MOREIRA GETULIO CURVELLO PINHEIRO GUSTAVO LUIZ ROCHA DE ASSIS GILBERTO ARAUJO GORDIANO GUSTAVO MAIA FILHO GILBERTO BARRETO GUSTAVO NUNES SNOECK GILBERTO CARLOS MARQUES SANTOS GUSTAVO PEREIRA LOPES GILBERTO DINIZ GONÇALVES BELTRÃO GUSTAVO ROBERTO SNOECK GILBERTO ESPINHEIRA DE SÁ GUSTAVO ZAIDENER MATOS VIEIRA GILBERTO GIL FERREIRA FILHO GUTEMBERG DE ARAÚJO VALENÇA GILBERTO JOSÉ FERREIRA COSTA GUY RAIMUNDO SAMPAIO GILBERTO LEAL BRAGA HAILTON REIS DE SOUZA GILBERTO MARQUES DA SILVA HAMILTON IVO REIS DA SILVA COUTO GILBERTO MEDRADO SOCORRO HAMILTON VASCONCELOS BARROS GILBERTO RAIMUNDO BADARÓ DE ALMEIDA SOUZA HAMILTON ALVES GUIMARÃES GILBERTO REBOUÇAS HAMILTON CUNHA PINTO GILBERTO ROCHA DE OLIVEIRA HAMILTON DE CARVALHO TOSTA GILBERTO ROSA DE JESUS HAMILTON MEIRA DE JESUS GILDASIO PENEDO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE HAMILTON RODRIGUES NOGUEIRA GILDASIO S. LOPES FILHO HAMILTON VITA LEAL CARVALHO GILDO NASCIMENTO DANTAS HANS F. K. DITTMAR GILENO LINO DOS SANTOS HAROLDO ALBERTO DE CERQUEIRA LIMA GILENO ROSA DE JESUS HAROLDO CARDOSO ALVES GILSON ARAUJO CORDEIRO HAROLDO PORTO GALVÃO GILSON DE ARAÚJO SOUZA HEBERT DRUMMOND FRANK GILSON DE SOUZA CARDOSO HEBERT MIRANDA SANTOS GILSON LONGO FERNANDES HEINRICH BECKER GIORGIO BRACAGLIA HEITOR DE OLIVEIRA MONTEIRO GIOVALDO DE CARVALHO MODESTO HEITOR EDUARDO DE OLIVEIRA GIOVANNI DE SIERVI HEITOR FERRARI MARBACK GIOVANNI DE SIERVI FILHO HEITOR MELO PEREIRA CARRERA GLAUCIO PINTO GARCIA HELCIO JOSÉ LOBOSCO TRIGUEIRO GLAUCO DE ALMEIDA GAUDENZI HELDER LACERDA DE ARAÚJO GLAUCO FREIRE FRANCO HELGA ELIZABETH SCHEIDEMARTEL FREITAS GLAUTON SODRÉ DE OLIVEIRA HÉLIO ANDRADE DE AGUIAR FILHO GLEDSON OLIVEIRA REIS HÉLIO ASTERIO DE CAMPOS GODOFREDO DE SOUZA DANTAS NETO HÉLIO BASTOS FONTES GONÇALO A. GUIMARÃES PEREIRA HÉLIO BORGES PEREIRA GONÇALO FELIX DE SANTANA HÉLIO BRITO DE JESUS GONÇALO MENDONÇA REIS HÉLIO DE FIGUEREDO COELHO GONÇALO SANTOS PEREIRA HÉLIO DE SÁ OLIVEIRA GRÁCIA MARIA AQUINO DE QUEIROZ HÉLIO DO NASCIMENTO PASSOS GRATULINO DE ALBUQUERQUE MELO NETO HÉLIO ETTORE MARCOVALDI PRAZERES GUILDO NAVARRO DE ARAUJO HÉLIO HENRIQUE BASTOS F. ROCHA GUILHERME BARRETO DIAS HÉLIO JORGE OLIVEIRA PAIXÃO GUILHERME CARVALHEIRA LEAL HÉLIO JOSÉ PITANGA MONCORVO GUILHERME GALVÃO DE OLIVEIRA PINTO HÉLIO JOSÉ VIEIRA BRAGA GUILHERME LEAL BRAGA HÉLIO LEONARDO E. DE CARVALHO GUILHERME LEAL BRAGA FILHO HÉLIO MATOS BATISTA GUILHERME OLIVEIRA GOMES DOS SANTOS HÉLIO MONTEIRO DE OLIVEIRA GUILHERME SCOTT HÉLIO PEREIRA FONTES 286 HÉLIO RAIMUNDO DE BRITO HUMBERTO BRAGA PINHO HÉLIO RIBEIRO DA CUNHA JR HUMBERTO CAJAIBA DE ANDRADE HÉLIO RIBEIRO JÚNIUOR HUMBERTO CARLOS NORONHA FILHO HÉLIO VIANA DRUMMOND HUMBERTO DINIZ GONÇALVES BELTRÃO HELMUT JACOBS HUMBERTO DUPAT PAIVA HELTON PARANHOS COELHO CERQUEIRA HUMBERTO GRAZIANO VALVERDE HELVICIO RIBEIRO MEIRA HUMBERTO HENRIQUE GARCIA ELLERY HEMAR ANTONIO GALVÃO BARATA HUMBERTO HENRIQUE NOGUEIRA ELLERY HEMILTON DE OLIVEIRA PITA HUMBERTO JESUINO DA SILVA SANTOS HEMITERIO LINO DO BOMFIM NETO HUMBERTO LOURENÇO A. PAIVA HENRIQUE BROWN RIBEIRO HUMBERTO MARIANO DOS REIS HENRIQUE CARVALHO BRITTO HUMBERTO REZENDE SANTOS HENRIQUE CONTRUILLE VIANA HUMBERTO SEGUNDO CAJAIBA DE ANDRADE HENRIQUE GONÇALVES TRINDADE HUMBERTO SERVESE HENRIQUE GOUVEIA DE O. RIZZO IAROSLAU DOMARESKI HENRIQUE JOSÉ SARNO BROCHADO IBRAHIM KARAM HENRIQUE LIMA SANTOS IBSEN NOVAIS JUNIOR HENRIQUE MENDES SOARES IBSEN PIRES DE NOVAES HENRIQUE MENEZES PASSOS IDALVO DE JESUS S. DOS SANTOS HENRIQUE SANTOS FIGUEIREDO IDERLAN SOUZA DA SILVA HENRIQUE TEIXEIRA DE MELO IEDER SOUSA DA SILVA HENRIQUE VAZ DOS SANTOS SERRA IGNÁCIO SYLVESTRE PINHEIRO PAES LEME HEONIR DE JESUS PEREIRA DA ROCRA ILDASIO MARQUES TAVARES JÚNIOR HERÁCLITO GOMES DE MOURA ILMAR CABRAL DE OLIVEIRA HERALDO MENEZES SANTOS ILZA FERRAZ DA SILVEIRA HERBERT CLOVIS RIBEIRO PASSINHO IRENE FRANCISCA VERAS HERBERT PHARAOH IRINEU RODRIGUES DA SILVA HERBERT SANTANA DE JESES ISAAC PEIXOTO COSTA ROSA HERLIO MASCARENHAS CARDOZO FILHO ISAC LEAL SAMPAIO HERMAM ANDRÉAS GRUNER ISAIAS ANTONIO DOS SANTOS HERMANO JOSÉ ARAUJO ALVES ISALTINO BERNARDO DE OLIVEIRA HERMES RUY DE CARVALHO ISARIAS COSTA NASCIMENTO HERMES TEIXEIRA DE MELO ISIDRO OTAVIO AMARAL DUARTE HERMILO ROSAS ARAUJO ISIS DA SILVA PRISTED HERMOGENES PRINCIPE DE OLIVEIRA ISIS VIANA DA SILVA ALMEIDA HERNANE BORGES DE BARROS PEREIRA ISMAR DE OLIVEIRA ARAUJO HERNANI SILVEIRA CASTRO ISRAEL PORTINOI HERON JOSE DE SANTANA GORDILHO ITAMAR DIAS RODEIRO HERON MATTOS DE ALMEIDA ITAMAR COUTO MESKO HESLER PIEDADE CAFFE ITAMAR MORAES HILDA PIMENTEL BARRETO LIMA ITAMAR ROCHARD DE FREITAS HILDEBRANDO FERREIRA ITAZIL FONSECA BENÍCIO DOS SANTOS HILDEBRANDO TEIXEIRA DE MELLO IURI DALTRO RANGEL HILDERICO TEIXEIRA DE MELO IURI MATOS DE CARVALHO HILDO GONÇALVES SOARES IVAL DALMO DUARTE ALVES HILTON ANTONIO TEIXEIRA DE FREITAS IVAN BRASIL DA SILVEIRA HILTON SAMPAIO COELHO IVAN CARLO MONTEIRO ULM DA SILVA HIRAN REIS IVAN CARRERA FERNANDES HIRTON DE MACEDO FERNANDES IVAN CESAR PEREZ R. E SILVA HONORATO MANOEL DO BONFIM NETO IVAN FARIAS DORIA HORACIO CESAR NETO IVAN FONTES SANTOS DE BUSTAMONTE HOSANNAH ALVES DE SOUZA IVAN FREIRE DO BOMFIM HUDSON DUARTE MOREIRA JR IVAN HUMBERTO BRAGA PINHO E SOUZA HUDSON URARTE MOREIRA IVAN MARIVAL CERQUEIRA HUGO DA SILVA MAIA IVAN PEDRO BARRETO SANTOS HUGO LEONE TORRES IVAN PEREIRA DE FREITAS HUGO MARCEL DA MOTTA CAMPERO IVAN POLYCORPO DA SILVA FRENZEL HUGO NUNES DE SOUZA AMORIM IVAN SOUZA ALMEIDA HUGO RAMOS GOMES IVANA DE OLIVEIRA FRAGA NOVA HUGO RAMOS GOMES FILHO IVANDRO TORRES HUGO SOARES DIAS IVANILDES FLORES DOS SANTOS MELLO HUMBERTO BENEDITO CASSARO IVANILTON OLIVEIRA NOVAIS 287 IVANISE BACELAR MIRANDA DA SILVA JESUÍNO MARTINS DE SÁ NETO IVES DOS REIS TELES JILSON BARBOSA SILVA IVO BRAGA JOACI FONSECA DE GOES IVO RANGEL DA SILVA JOALBO RODRIQUES DE FIGUEREDO BARBOSA IVO SALVADOR GUIMARÃES MENDES JOALDO BORBA OLIVEIRA IVO SANTIAGO DOS SANTOS JOÃO ALBERTO FACÓ JACINIO SILVA SAMPAIO JOÃO ALBERTO MAGALHAES ARAUJO JACQUES JOSÉ DE ANDRADE JOÃO ALBERTO PEREIRA LOPES JUNIOR JADER COELHO POMBO FILHO JOÃO ALEXANDRINO DOS SANTOS JADER VELOSO COSTA JOÃO ALFREDO BYRNE GRASSI JADSON SANTOS EDINGTON JOÃO ALFREDO SOARES DE QUADROS JAFE MUNIZ FERREIRA JOÃO AMARO COELHO FILHO JAILTON DA CRUZ PEREIRA JOÃO AMARO COELHO NETO JAIME AUGUSTO VILAÇA MARQUES DE CARVALHO JOÃO AMÉRICO BULCÃO FROES JAIME BARBOSA DOS SANTOS JOÃO ANTONIO DA FONSECA ARAUJO JAIME COELHO PINTO FILHO JOÃO ARTHUR MATOS ALVES JAIME DO NASCIMENTO PASSOS JOÃO AUGUSTO CARDOSO PALÁCIO JAIME GREGORIO DOS SANTOS JOÃO AUGUSTO CERQUEIRA JAIME MAGALHÃES BRANDÃO JOÃO AVELINO MACHADO JAIME MUINOS SANJURJO JOÃO BATISTA ALVES DE MACEDO JAIME NUNES DA SILVA JOÃO BATISTA DE ÁVILA JAIME ROSAS DOS SANTOS JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FLOQUET JAIME SIMÕES GONÇALVES JOÃO BATISTA GAMA JAIR ANTONIO DE ABREU FARIAS JOÃO BATISTA PAIM JAIR DEFENDE PERSICO JOÃO BATISTA PIRES PACHECO PEREIRA JAIR FRANCISCO BURGOS SOBRINHO JOÃO BENEVIDES NOGUEIRA NETO JAIR MIGUEL PINHEIRO JOÃO BERNARDO DA CUNHA NETO JAIR PINHO JOÃO BRITO FILHO JAIRO DE ALMEIDA SILVA JOÃO CAETANO DE SOUZA JAIRO FERREIRA MARTINS JOÃO CÃNCIO BARBOSA JAIRO MARIOTTE DE MOURA JOÃO CARLOS CARVALHO JAIRO ROSAS DOS SANTOS JOÃO CARLOS DA SILVA JAKSON LIMA CAMPOS JOÃO CARLOS DE SOUZA CARDOSO JAKSON VIVAS COSTA JOÃO CARLOS DUARTE QUEIROZ JALBA SANTIAGO DOS SANTOS JOÃO CARLOS MANSUR GOMES JALDO ANDRADE BRITO JOÃO CARLOS MEIRELLES PAULILO JAMES B. HALLIGAN JOÃO CEZAR CANTOLINO BRITO JAMES EDUARDO REIS TORRES JOÃO CEZAR SALES DE MIRANDA JAMIL HIDE JOÃO CHAGAS REBOUÇAS JANETE LUQUINE FRANCO JOÃO CLAUDIO SILVA E SOUZA JANIO SANTOS BASTOS JOÃO CLIMACO A. SANTOS FILHO JANO ORLANDO FONTES CARVALHO JOÃO CUNHA D´ALMEIDA JANUARIO MEGALE NETO JOÃO DAMASCENO COELHO JAQUES ANTONIO RIO CHECCUCI JOÃO DAVID DOS SANTOS FLORES JARDSOM DE LIMA JOÃO DE CASTRO JARIVAL OLIVEIRA JOÃO DE CASTRO OLIVEIRA JAUREO ANDRADE BRITO JOÃO DE DEUS ALBUQUERQUE VELLOSO JAVAN DE OLIVEIRA GUIMARÃES JUNIOR JOÃO DE SALES PRAZERES JAYME MELO FILHO JOÃO DE SOUZA JAYME NEWTON VASCONCELOS DE LEMOS JOÃO DEODATO MUNIZ DE OLIVEIRA JAYME REIS FILHO JOÃO DIAS DE SIQUEIRA JAYME RIBEIRO RUAS GASPAR JOÃO EVANGELISTA DE LIMA JAYME SOARES DE SOUZA JOÃO EVANGELISTA FERREIRA LEANDRO JAYNE ARGOLO DE ALBUQUERQUE LIMA JOÃO FÁBIO PAOLILO CALAZANS JEAN LOUIS GRANGEON JOÃO FAGUNDES DE MOURA SANTOS JEANDEL ALPHONSE CAVALCANTE KARR JOAÕ FAVORITO DEBARBA JEFFERSON FONSECA DE GOES JOÃO FERNANDO MONTEIRO DE BARROS JEFFERSON NERY DE ALMEIDA JOÃO FRANCISCO LEAL TEIXEIRA JEFREY SOUSSA ATAIDE COSTA JOÃO GONÇALVES BARRETO JENECY NEVES ACCIOLY LINS JOÃO HENRIQUE MATOS ALVES JEOVÁ GUEDES DA SILVA JOÃO HERMOGENES SOUZA NETO JERONIMO DA SILVA SOUZA JOÃO JOSÉ FERREIRA 288 JOÃO LUIZ OLIVEIRA LOPES JOHN KHOURY HEDAYE JOÃO LUIZ RAMOS JOHNSON BARBOSA NOGUEIRA JOÃO MAGALHÃES CHAVES JOILSON FONSECA DE GOES JOÃO MAIA SPINOLI JOLIVALDO DA CRUZ FREITAS JOÃO MARCELO MUNIZ GARAVAGLIA JOMAR GOES NUNES JOÃO MARCELO SOARES MAGNAVITA JONADADE MACHADO OLIVEIRA JOÃO MARIO BOTELHO NASCIMENTO JONAS DIAS TRINDADE JOÃO MARTINS D. SILVA JONATAS BASTOS DE OLIVEIRA JOÃO MASSA VIANA JONATHAN MIRANDA JÚNIOR JOÃO MAURICIO PASSOS MALTEZ JONILSON MEIRELLES PAOLILO JOÃO MAURICIO VELLOSO DE CARVALHJO JORGE ADLER JOÃO MAXIMINO DE CARVALHO LIMA JORGE ALVES DE OLIVEIRA FILHO JOAO MILTON DANTAS DA SILVA JORGE ANTONIO SOUZA ALMEIDA JOÃO MUNIZ DE OLIVEIRA JORGE BAHIA MARTINS JOÃO PAULO DE MAGALHÃES CORREIA JORGE BERNARDO MANUEL JOÃO PAULO RABELLO PENIDO MONTEIRO JORGE BRITO SALIBA JOÃO PAULO RIELA TRANZILO JORGE CARNEIRO FURQUIM DE ALMEIDA JOÃO PEDRO DE FREITAS CARDOSO JORGE CARVALHO DE ARAGÃO BULCÃO JOÃO PEDRO GALHEIGO JÚNIOR JORGE CYRILLO NUNES LEAL JOÃO RAMOS DANTAS JORGE DA SILVA CORREIA JOÃO RATON CARNEIRO JORGE DE ALBUQUERQUE PARAISO JOÃO RODRIGUES DO NASCIMENTO FILHO JORGE EDOLINDO CHEADE LINS JOÃO RONALDE KIAPPE VIANA MONTE JORGE ELIAS NADER JOÃO SIGEFREDO ARRUDA FILHO JORGE EMANUEL LOBO R. DE MIRANDA JOÃO TEOTONIO MANZI MONTEIRO DE ARAUJO JORGE EMANUEL REIS CAJAZEIRA JOÃO UBALDO COELHO DANTAS JORGE FALCÃO MARTINS CATHARINO JOÃO VAZ BASTOS JUNIOR JORGE FRANCISCO GIDI JOÃO VIANEY XAVIER JORGE GARCIA DE SANTANA JOÃO VICENTE DHOM DA CUNHA JORGE HENRIQUE SÁ LEONE JOÃO VICENTE LEAL DA SILVA JORGE JAOB DARZÉ JOAQUIM ALEIXO DE MORAIS JORGE JOSÉ GONÇALVES DE SENNA JOAQUIM ANDRADE MELO JORGE LIMA DE OLIVEIRA JOAQUIM CARDOSO FILHO JORGE LUENGO ROYALS JOAQUIM CORREA DE MELLO FILHO JORGE LUIS MENEZES TEIXEIRA JOAQUIM DAMIÃO DE ALMEIDA NETO JORGE LUIS REHEM ALMEIDA SILVA JOAQUIM DE ALMEIDA OLIVEIRA JORGE LUIS REIS LUSTOSA JOAQUIM DIAS RIBIEIRO JORGE LUIZ COSTA NUNES JOAQUIM DIOGENES DE OLIVEIRA MEIRELES JORGE LUIZ DE ANDRADE TEIXEIRA JOAQUIM FERREIRA FILHO JORGE LUIZ DOS SANTOS JOAQUIM FRANCISCO NASCIMENTO RIBEIRO JORGE LUIZ MANSUR CAVALCANTI JOAQUIM IGNÁCIO RIBEIRO DE LIMA SOBRINHO JORGE LUIZ MORAES LIMA JOAQUIM MAURICIO LAMARGO V. BORGES JORGE LUIZ SANTANA CATRAMBY JOAQUIM OLIVEIRA SANTOS JORGE MACHADO DE PINHO JOAQUIM RAYMUNDO DA SILVA FERRAZ JORGE MACHADO DE PINHO JÚNIOR JOAQUIM RIBEIRO RUAS GASPAR JORGE MANUEL CLARO DOS REIS JOAQUIM TEIXEIRA RIBEIRO SOARES JORGE MARCONDES MENEZES MIRANDA JOCEL GOMES JORGE MARIO BORGES MARQUES JOCELINO TAVARES BASTOS JORGE MARQUES VALENTE JODIVALDO JOSÉ PIRES FREITAS JORGE NADIER RIGAURD JOÉ DE SOUZA PINTO JORGE RADEL JOEL ANTONIO DE OLIVEIRA CARNEIRO JORGE RICARDO ALVES SOUZA JOEL DIAS SIMÕES JORGE RICARDO CAVALCANTI DE CASTRO JOEL FRANKLIN MEIRELLES LINS DE ALBUQUERQUE JORGE RICARDO LEMOS DE LIMA JOEL GONÇALVES DE CARVALHO JORGE ROBERTO SOUZA SILVA JOEL MOREIRA PEIXOTO JORGE RODRIGUES PEREIRA JOEL MOURA DE ALMEIDA JORGE SACRAMENTO PIRES JOEL PEREGRINO BRAGA JORGE SANTOS ROCHA JOELSON DOS SANTOS REIS JORGE SERGIO MACEDO BELTRÃO JOHAN VAN WEYNBERGH JORGE SILVA DOS SANTOS JOHANN WELLELM BEHRMANN JORGE SILVA SANTOS JOHN HAMILTON DIAS JÚNIOR JORGE SIMÃO SODRÉ JOHN HAMILTON VIEIRA DIAS JORGE WASHINGTON PACHEDO PEREIRA 289 JORGE WILSON DA CONCEIÇÃO CORREIA JOSÉ BAQUEIRO BOULHOSA JORNANDES CORREIA JÚNIOR JOSÉ BARROSO FILHO JOSÉ ADAUDTH FERNANDES PEIXOTO JOSÉ BENEDITO DE OLIVEIRA MARTINS JUNIOR JOSÉ ADELMÁRIO PINHEIRO FILHO JOSÉ BENTO NAZÁRIO JOSÉ ADEMIR PINTO DE SANTANA JOSÉ BERNARDES DE LISBOA JOSÉ ADMIRÇO LIMA JOSÉ BEZERRA CHAVES JOSÉ AÉCIO RODRIGUES JOSÉ BOENTE GARCIA FILHO JOSÉ AGENOR DA SILVA JR. JOSÉ BORGES BADARÓ JOSÉ AGNALDO ANDRADE JOSÉ CAETANO SILVEIRA JOSÉ AIRTON VANUS JOSÉ CARIOSVALDO DOS SANTOS JOSÉ ALBERICE DE OLIVEIRA ANDRADE JOSÉ CARLOS ALMEIDA RIBEIRO JOSÉ ALBERTO ALENCAR DE CARVALHO JOSÉ CARLOS ANDRADE SILVA E SOUZA JOSÉ ALBERTO DE OLIVEIRA BASTOS JOSÉ CARLOS ARAPONGA JOSÉ ALBERTO MACHADO DÓREA JOSÉ CARLOS BACELAR JOSÉ ALBERTO PASSOS SILVA JOSÉ CARLOS BATISTA VILLA JOSÉ ALBERTO PIÑON GONZALEZ JOSÉ CARLOS BOMFIM FILHO JOSÉ ALBERTO PIRES M. DA COSTA JOSÉ CARLOS C. VASCNOCELOS JUNIOR JOSÉ ALOISIO NEVES DOREA JOSÉ CARLOS DA SILVA SNTOS JOSÉ ALVES DE SOUZA JOSÉ CARLOS DAS COSTA LINO JOSÉ AMÉRICO AARÃO MARQUES JOSÉ CARLOS FERRAZ RIBEIRO JOSÉ AMÉRICO ALVES DO CARMO RAMOS JOSÉ CARLOS H. ARAPONGA JOSÉ AMÉRICO DE BRITO JOSÉ CARLOS HASSELMANN JOSÉ ANDRADE JOSÉ CARLOS MATOS NASCIMENTO JOSÉ ANDRADE CARVALHO JOSÉ CARLOS PACHECO BASTOS JOSÉ ANDRÉ ORNELAS DE SOUZA JOSÉ CARLOS PAES JOSÉ ANDRÉY COSTA OLIVEIRA JOSÉ CARLOS PALMEIRA DO LAGO JOSÉ ANGELO DA SILVA JOSÉ CARLOS PEREIRA JOSÉ ANISIO LEAL COSTA JOSÉ CARLOS PEREIRA GARCIA JOSÉ ANONIO WEBER MAGNAVITA JOSÉ CARLOS SOUZA DE CARVALHO FILHO JOSÉ ANTONIO ANDRADE JOSÉ CARLOS SOUZA E SILVA JOSÉ ANTONIO BOMPET LOPES JOSÉ CARVALHO GARCIA JOSÉ ANTONIO CARVALHO TRIGUEIRO JOSÉ CESAR MAGALHÃES LOPES JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA SOUZA JOSÉ CHAGAS FILHO JOSÉ ANTONIO DE CARVALHO CORREIA LIMA JOSÉ DA NOVA BARRETO MOREIRA JOSÉ ANTONIO DE OLIVEIRA BONIFÁCIO JOSÉ DA SILVA SOUZA JOSÉ ANTONIO DE SOUZA ARAUJO JOSÉ DANIEL DE ALCANTARA JOSÉ ANTONIO FERNANDES FILHO JOSÉ DARCY SOARES ADEODATO JOSÉ ANTONIO FERREIRA JOSÉ DE ALMEIDA ARAUJO NETO JOSÉ ANTONIO GANDIM TURISCO FILHO JOSÉ DE ANDRADE SANTOS JOSÉ ANTONIO GITIRANA JOSÉ DE ARAÚJO JOSÉ ANTONIO LEITE ALVARES JOSÉ DE CASTRO TANAJURA JOSÉ ANTONIO LOPES BARBOSA JOSÉ DE NAZARÉ BRASILINO DA SILVA JOSÉ ANTONIO MARQUES RIBEIRO JOSÉ DE OLIVEIRA COSTA FILHO JOSÉ ANTONIO MASCARENHAS FILHO JOSÉ DE OLIVEIRA MOTTA JOSÉ ANTONIO MIRANDA JÚNIOR JOSÉ DE SÁ NETO JOSÉ ANTONIO SANTOS CHAVES JOSÉ DIAS DE ANDRADE JOSÉ ANTONIO SERRAVLLE MARTINS JOSÉ DIOGO SANTOS MONTEIRO JOSÉ ARAUJO DE ALMEIDA JOSÉ DOMINGOS DE OLIVEIRA JOSÉ ARNALDO DE A. PEREIRA JOSÉ DUBOUSKI JOSÉ ARNALDO SANTOS JOSÉ EDDUARDO CARNEIRO FERNANDES JOSÉ AUGSTO MARQUES DE SOUZA JOSÉ EDILTON DE ANDRADE MOURA JOSÉ AUGUSTO ALVES MARQUES JOSÉ EDMUNDO GOMES COUTINHO JOSÉ AUGUSTO C. DA COSTA JOSÉ EDUARDO DA SILVA JOSÉ AUGUSTO CURVELO DE MELO JOSÉ EDUARDO DA SILVA FERREIRA JOSÉ AUGUSTO MARTINS JÚNIOR JOSÉ EDUARDO NAJAR JOSÉ AUGUSTO MARTINS VICENTE JOSÉ EDUARDO NERY DE SOUZA GOMES JOSÉ AUGUSTO PATRICIO FREITAS MARTINS JOSÉ EDUARDO SACRAMENTO JOSÉ AUGUSTO PITA NETO JOSÉ EDUARDO SILVA FERNANDES DE ALVES NETO JOSÉ AUGUSTO TUY DE BRITTO OLIVEIRA JOSÉ EDURDO SENNA C. DOS SANTOS JOSÉ AUGUSTO VALENÇA PEREIRA JOSÉ EGIDIO DA ROCHA JOSÉ AUGUSTO VAZ SAMPAIO NETO JOSÉ ESPINHEIRA GARCIA JOSÉ BANDEIRA DE MELLO JOSÉ EXPEDITO DO NASIMENTO 290 JOSÉ FELIPE NAZIAZENO NETO JOSÉ MÁRIO MEIRA TELES JOSÉ FERNANDES FILHO JOSÉ MARQUES DE SOUZA JOSÉ FERNANDES LAPA JOSÉ MASUETO RIBEIRO JOSÉ FERNANDES LAPA JUNIOR JOSÉ MAURICIO GUIMARÃES MARTINS JOSÉ FERNANDES MACIEL LIMA JOSÉ MESSIAS MELO DOS SANTOS JOSÉ FERNANDO TRINDADE COUTINHO JOSÉ MILTON DE AQUINO MIRANDA JOSÉ FERREIRA DA COSTA REGO JOSÉ MULLER JOSÉ FERREIRA DA CUNHA JOSÉ NEIVA EULALIO JOSÉ FERREIRA FRAGUAS JOSÉ NEY DO NASCIMENTO SANTOS JOSÉ FERREIRA VIEIRA JOSÉ NOGUEIRA LEITE JOSÉ FIALHO COSTA JOSÉ NUNES SARMENTO JOSÉ FIRMINU CARNEIRO GRADIN JOSÉ OLIVEIRA CAVALCANTE FILHO JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS JOSÉ OLIVEIRA CAVALCANTI JOSÉ FREDERICO L. PEDREIRA JOSÉ OMAR CARVALHO SILVA JOSÉ GABRIEL MACEDO BELTRÃO JOSÉ ORLANDO FILGUEIRAS VITORIA JOSÉ GENTIL DANTAS JOSÉ PEDRO DE ALMEIDA JOSÉ GERALDO DE ALMEIDA NETO JOSÉ PEREIRA BRITO JOSÉ GERALDO SOUZA DE ALMEIDA JOSÉ PEREIRA LIMA JOSÉ GOMES DE ARAÚJO JOSÉ PERICLES CRUZ ESTEVES JOSÉ GOMES DE MENEZES FILHO JOSÉ PIRES DE OLIVEIRA JOSÉ GOMES NASCIMENTO JOSÉ PIRES DE SANTANA JOSÉ GONÇALVES SÃO PEDRO JOSÉ PONDÉ JÚNIOR JOSÉ GONZAGA LEITÃO JOSÉ RAIMUNDO BARBOSA JOSÉ GUILHERME MARTINEZ SANTOS JOSÉ RAIMUNDO DA SILVA CARNEIRO JOSÉ GUILHERME RIBEIRO NOGUEIRA JOSÉ RAIMUNDO DE ARAGÃO ARAÚJO JOSÉ GUILHERME RIBEIRO NOGUEIRA FILHO JOSÉ RAIMUNDO DE SOUZA MOTA JOSÉ HENRIQUE ABBADE DOS REIS JOSÉ RAIMUNDO DOS SANTOS SOUZA JOSÉ HENRIQUE PEREIRA ALVES JOSÉ RAIMUNDO FIGUEIREDO LINS JÚNIOR JOSÉ HERMNO MARINHO JÚNIOR JOSÉ REGINALDO HUGUES CARVALHO JOSÉ ILDEFONSO MONTEIRO HOLANDA JOSÉ REINALDO ALVES DA CUNHA JOSÉ IRAVIO DE SANTANA JOSÉ RENATO BRITO SILVA JOSÉ ISMAR DE OLIVEIRA JOSÉ RENATO SANTOS CABRAL JOSÉ IVO LEÃO JOSÉ RENATO VELOSO LIMA JOSÉ JOAQUIM SEABRA MACIEL JOSÉ RIBAMAR MIRANDA TAVARES SILVA JOSÉ JORGE MEIRELLES DE FREITAS JOSÉ RICARDO RIBEIRO SCHER SOARES JOSÉ LACERDA VALADÃO NETO JOSÉ ROBERTO CHAVES DE ALMEIDA JOSÉ LAMARTINE PEREIRA DA COSTA JOSÉ ROBERTO DE MIRANDA JOSÉ LAURO RIBEIRO FONTES JOSÉ ROBERTO LAROCCA SANTANA JOSÉ LEIRO LORENZO JOSÉ ROBERTO MORAIS JOSÉ LEONARDO DOS SANTOS FILHO JOSÉ ROBERTO REIS DE OLIVEIRA JOSÉ LESSA DE ALMEIDA JOSÉ ROCHA PIRES VELLOSO JOSÉ LOUREIRO MESSIAS FIGUEIREDO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA JOSE LUCIANO CAMPOS FREIRE JOSÉ RONALDO DA CRUZ JOSÉ LUIS AMOEDO MIGUEZ JOSÉ RONALDO SILVA DE JESUS JOSÉ LUIS GALVÃO PINTO BONFIM JOSÉ ROSALVO SANTOS PEIXINHO JOSÉ LUIS RIOS DE SOUZA JOSÉ SAAVEDRA GUZMAN JOSÉ LUIS RODRIGUES DOS SANTOS JOSÉ SALVADOR PEDRA E CAL SANTANA JOSE LUIZ DE ALMEIDA CARNEIRO JOSÉ SAMPAIO BRITO JOSÉ LUIZ DE QUEIROZ JOSÉ SAMPAIO CURY JOSÉ LUIZ FERNANDES GANEN JOSÉ SANDOVAL LIMA JOSÉ MACEDO CAVALCANTE FILHO JOSÉ SANTÁNA PEREIRA DE SOUZA FILHO JOSÉ MAGNAVITA MENEZES JOSÉ SANTOS GARCIA COSTA JOSÉ MAIA BITTENCOURT NETO JOSÉ SANTOS ROCHA JOSÉ MANOEL ALMEIDA DA ROCHA LYRA JOSÉ SARMENTO PARANHOS JOSÉ MANUEL PINEIRO FERNANDEZ JOSÉ SENRA PINEIRO JOSÉ MARCELINO DOVAL PELLETEIRO JOSÉ SEVERINO RODRIGUES DA SILVA JOSÉ MARCELO GOES DA FONSECA JOSÉ SILVA BENDOCCHI ALVES JOSÉ MARCIO ESPINOLA BRITO JOSÉ SOBRINHO GONÇALVES JOSÉ MARIA CONDE DRUMMOND JOSÉ SOUTO MAIA JOSÉ MARIA DA COSTA VARGENS JOSÉ SOUZA BARBOSA JÚNIOR JOSÉ MARIA LEAL DE ALVARENGA JOSÉ SPÓSITO PRAZERES JOSÉ MARIA ROCHA PLACHA JOSÉ STEPHEN SCHINDLER LEAL 291 JOSÉ TELES BARRETO NETO KAZVO KATAKEYMA JOSÉ TORRES GONDIM KECIO POLITO BARRETO JOSÉ VALENÇA RIBEIRO SOARES KLEBER AUGUSTO DE ALMEIDA JOSÉ VIANA MOREIRA KLEBER CAETANO OLIVEIRA GUIMARÃES JOSÉ VICENTE OLIVEIRA KLEBER FERNANDES FARIAS JOSÉ VISNEVSKI KLEBER LOBO MATOS JOSÉ VITOR DA SILVA KLEBER NEY DE ALMEIDA JOSÉ WALTER HENRIQUES GUIMARÃES KLEBER NOGUEIRA DE MORAIS JOSÉ WALTER SANTOS LADEIA KLEBER POLITO BARRETO JOSÉ WASHINGTON GOMES MENDONÇA KLEBER WILSON SANTOS BASILIO JOSÉ WILSON PEREIRA SOCORRO KLECIUS CARLOS O. GUIMARÁES JOSÉ WILSON PINHEIRO DOS SANTOS LAERCIO FREITAS DE OLIVEIRA JOSEK MATIAS DE JESUS LAERT PEDREIRA NEVES JOSELINO PEREIRA FREITAS LAERTE DE ALMEIDA RABELLO JOSELITA SANTA ROSA DE CARVALHO LAERTE LISBOA SILVA JOSELITO AMARO OLIVEIRA LAILA RUSTON BECK JOSELITO CORREIA DA COSTA JÚNIOR LANDULFO BALTAZAR GUIMARÃES DA CRUZ JOSENILDE OLIVEIRA DELGADO LANDULFO COSTA ALVES DE ALMEIDA JOSENILSON DE S. ANDRADE LAUDIONOR BRASIL PEDRAL SAMPAIO JOSIAS MARQUES DE LIMA NETO LAUREANO DURAN GARCIA NETO JOSIAS PINTO DE QUEIROZ LAURO ALVARES DE AZEVEDO JOSSÉ BARRETTO COELHO LAURO ASTOLFO NOVAES DE ARAUJO JOSUE ALVES BRANDÃO LAURO BARRETO FONTES NETO JOSUE PEREIRA DOS SANTOS LAURO CLAUDINO CHAVES DE AZEVEDO JOSUÉ PEREIRA SANTOS JÚNIOR LAURO DA SILVA CORREIA JOUBERT BRITO DALA FONTE LAURO DANIEL BEISE PERDIZ JOVAN VIEIRA MOTA JÚNIOR LAURO PINTO CARDOSO JÚNIOR JOVENILDO ARTHUR DE JESUS LAYNE LISBOA E SILVA JOVINO DIAS DO NASCIMENTO LAZARO FERNANDO SERBETO DE ALMEIDA JUANITA GONÇALVES COSTA LEANDRO ADAES NEVES JUAREZ NAZARIO DE OLIVEIRA LEANDRO DE MORAIS COSTA JUAREZ SANTOS BORGES LEANDRO DEL CORONA JUDSON GOMES SANTOS EDINGTON LEANDRO GUIMARÃES DA SILVA JUDSON MARIOTTI DE MOURA LEANDRO RIBEIRO DO NASCIMENTO GOMES JULIANO BITTENCOURT CAFFÉ LEANDRO SANTANA BARRETO COSTA JULIANO MOSQUERA SIMÕES LEÃO GROSSAMAN JULIO AUGUSTO DE MORAES REGO LEILTON SILVA GUEDES JULIO CESAR DE ANDRADE MOURA LENILSON CORTES QUADROS JULIO CESAR DE SÁ ROCHA LENINE INÁCIO DE QUEIROZ JULIO CESAR FARIAS ALAGIA LENIO MERCES SAMPAIO JULIO CESAR NEOPOMUANO SACRAMENTO LEOMARIO DA SILVA GUEDES JULIO CESAR VIEIRA BRAGA LEONARDO CALDAS SCARDUA JULIO MESQUITA DE OLIVA FILHO LEONARDO CASTRO ALVES JULIO ROBERTO SOUZA BRITO LEONARDO COELHO DOS SANTOS JULIO RODRIGUES SALLES LEONARDO FRANCISCO P. DE SOUZA JURACI FONSECA LEBOREIRO DE SOUZA LEONARDO GALVÃO MOURA JURACY BLAS PITA LEONARDO GOMES DOS SANTOS JURACY JOSÉ ALMEIDA FILHO LEONARDO N. LOBO JURACY SANTOS GARRIDO LEONARDO NUNES PAES LEME JURANDIR J. CERQUEIRA DANTAS LEONARDO R. LISBOA DE AZEVEDO JURECÊ JORGE MACHADO LEONARDO SANTOS VILELA JUSTINO MANFRED PUGLIESE LEONARDO SILVA BARBOSA JUTAHY MIRANDA DE ALENCAR LEONARDO TECHARD DA SILVA ARAUJO JUTAHY MIRANDA DE ALENCAR JÚNIOR LEONARDO VINHAS SILVA JUVENAL COUTINHO DAS MERCÊS LEONCIO FARANI PEDREIRA DE FREITAS JUVENAL SAMPAIO JÚNIOR LEONE COELHO LEDA KALOUF DJMAL LEONEL SANTOS CRUSOÉ KARINA COELHO HENRIQUE DOS SANTOS LEONIDAS CAVALCANTE KARL EDUARD S. LOPES LEONIDAS DE A. MONTALVÃO KATIA SIQUEIRA DE FREITAS LEONISIA PEREZ RODRIGUES KATIANA KRUSCHEWSKY COUTINHO SANTOS LEOPOLDINA RUAS GASPAR PEREIRA DE SOUZA KAZUMI MIURA LEOVIGILDO PAULA NERY 292 LEVY MANATTA LUCIANO RAPOLD SOUZA LIANA ANGELA MARFISA PICCHI LUCIANO SILVA MACHADO LICIA MARIA PEREIRA LUCIANO VAZ SAMPAIO LICIO BASTOS SILVA LÚCIO DOS REIS GUSMÃO ANDRADE LIDIO DOS SANTOS LUCIO MARIO ROCHA BORBA LILIAN LUZ LEITÃO GUERRA LUCIUS DE A. GUADENZI LINALDO CARVALHO MARTINS LUCY DE CERQUEIRA DUTRA LINCOLN MAGALHÃES DO VALLE LUIS ALBERTO GUJERRIERE DE PAULA LINDINOR RAIMUNDO BRITTO LUIS ALBERTO LOPES NAJAR LINDOLPHO MOTTA LIMA FILHO LUIS ANSELMO MARQUES MALAQUIAS LINDOLPHO PACHEDO RAMOS FILHO LUIS ANTONIO F. FERREIRA LINDOLPHO PACHEDO RAMOS NETO LUIS ANTONIO VIDAL SANTANA LINEU LAPA BARRETO DE ARAUJO LUIS ANTUNES FEITOSA LINHAS CORRENTES S.A. LUIS ARMANDO TAVARES DE CARVALHO LIPE GOLDENSTEIN LUIS ARTUR RAMOS DE QUEIROZ LITCHCOT DO BRASIL S.A. LUIS AUGUSTO DANTAS LIUIZ CARLOS COSTA LOPES LUIS CARLOS CARVALHO SOUSA LIVIO FELIX MORAIS TOURINHO LUIS EDUARDO LYRA LINS LIVIO SANTOS MUNIZ LUIS EDUARDO PASSOS DOREA LORENZO IRIARTE GOMEZ LUIS FERNANDO LYRIO PIMENTA LOUENÇO DANIEL DE SOUZA LUIS FERNANDO OLIVEIRA GOES LOUREANO SOUZA NASCIMENTO LUIS FERNANDO PORTELA DA CUNHA LOURIVAL CLIMACO DE ARAÚJO LUIS GABRIEL DE ANDRADE BRANDÃO LOURIVAL DOS SANTOS LUIS HENRIQUE COSTA E COSTA LOURIVAL MUTTE LEITE DE ALMEIDA LUIS POLYSIO BRASIL TEIXEIRA LOURIVAL RIBEIRO DOS SANTOS FILHO LUIS RICARDO GOMES PAMPLONA LOURIVAL SANT’ANA DE OLIVEIRA LUIS SEVERO PEREZ GARCIA LOURIVAL SILVA RODRIGUES LUIS VICENTE FERNANDES IVO LEMOS LOURIVAL VIRGINIO DE SOUZA LUIZ ADELINO GORDILHO DE CARVALHO LUCAS EDUARDO SILVA HIDE LUIZ ADRANO DE ANDRADE DE CORREIA LUCAS MAIA COSTA LUIZ ALBERTO BANDEIRA DE MATTOS LUCAS MIGUEZ PALMA LUIZ ALBERTO COSTA MARQUES LUCIAN SALGADO CORREIA LUIZ ALBERTO SANTO FREIRE LUCIANA CARVALHO DE SOUZA GALVÃO LUIZ ALEXANDRE MESSEDER DE CARVALHO SANTOS LUCIANA DA ROCHA BARROSO LUIZ ALMIRO PASSÍDIO SANTOS LUCIANA FERREIRA MAIA LUIZ AMERICO LISBOA LUCIANA LIEGE BOMFIM BRITO LUIZ ANSELMO RIBEIRO SANTANA LUCIANA LINS DE VINHAES TORRES LUIZ ANTONIO COSTA E. AZEVEDO LUCIANO ALBERTO O. CARVALHO LUIZ ANTONIO DA SILVA BONIFÁCIO LUCIANO BONAVIDES OLIVEIRA LUIZ ANTONIO DE AMORIM ABREU LUCIANO CAMINHA D. CASTRO LUIZ ANTONIO MARQUES RIBEIRO LUCIANO CARVALHO CRUZ FEITOSA LUIZ ARTHUR DE ASSIS LUCIANO CESAR RIBEIRO BARDONI LUIZ ARTHUR DUARTE GANTOIS LUCIANO DANTE CECI LUIZ AUGUSTO DE CASTRO OLIVEIRA LUCIANO DE ARAÚJO MENEZES LUIZ AUGUSTO DE SEIXAS GORGES LUCIANO DE ARAUJO FONTES LUIZ AUGUSTO GRIMALDI SAMPAIO LUCIANO DE CASTRO PIRES LUIZ AUGUSTO PAIM XAVIER LUCIANO DE S. BITTENCOURT CAMARA LUIZ AUGUSTO PIRES SEIXAS LUCIANO DE SOUZA OLIVEIRA LUIZ BENJAMIN FONSECA DE CARVALHO LUCIANO DEIRÓ MORAES DE FREITAS LUIZ CARLOS ALMEIDA DA SILVA LUCIANO DRUMOND BITTENCOURT LUIZ CARLOS BORGES DE CARVALHO LUCIANO FREIRE DE CARVALHO MATOS LUIZ CARLOS BROCARDO VIEIRA LUCIANO GABRIELLI DE AMORIM LUIZ CARLOS CASTRO DE SOUZA LUCIANO GONÇALVES DE MEIRA LUIZ CARLOS COSTA FALEIRO LUCIANO JOSÉ MARTINS DO NASCIMENTO LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA FREITAS LUCIANO MENEZES MAIA LUIZ CARLOS FERREIRA LUCIANO OLIVA MARON LUIZ CARLOS FRAGA LUCIANO OLIVEIRA DOS SANTOS LUIZ CARLOS FRAGA FILHO LUCIANO PEREIRA DALTRO LUIZ CARLOS LOBO DE SÁ LUCIANO PINHO DE ALMEIDA LUIZ CARLOS MACHADO GARCÊS LUCIANO PRATES CORREA LUIZ CARLOS MACIEL MOTA LUCIANO RAMOS BEZERRA LUIZ CARLOS PALHARES DE MELLO 293 LUIZ CARLOS PEREIRA LUIZ ROBERTO MARETO CALIL LUIZ CARLOS RIBEIRO BERTANI LUIZ ROBERTO SIMÕES BARAUNA LUIZ CARLOS RODRIGUES RIBEIRO LUIZ ROGERIO BITTENCOURT PASSOS LUIZ CARLOS RODRIGUES TRINDADE LUIZ ROGERIO RIOS LEIRO LUIZ CARVALHO DOS SANTOS NETO LUIZ ROGÉRIO SILVA GALVÃO LUIZ CAVALCANTE DE MENDONÇA COSTA LUIZ SANTOS JUCA LUIZ CESAR MELO COSTA LUIZ TANNUS SIMÕES LUIZ CLAUDIO DE ARAUJO MENDONÇA LUIZ TAVARES DE FARIA LUIZ CLAUDIO LEMOS C. FRAGA LUIZ VICTOR CERQUEIRA GRANJO LUIZ CLAUDIO MARQUES DE CARVALHO LUIZA MARIA P. FERRAZ RIBEIRO LUIZ CLAUDIO NERY SAMPAIO LUPERCIO JOSÉ FREITAS CASTRO LUIZ CLAUDIO RABELO LOPES LYSALVARO CRUZ FERREIRA LUIZ CLAUDIO RIBEIRO BORJA SANTANA MACELO DE AGUIAR FREITAS SAPUCAIA LUIZ EDMUNDO CARIBÉ DE ARAUJO FILHO MACIONILIO GUSMÃO LESSA FILHO LUIZ EDMUNDO DOS SANTOS MADALENA GOMES DE VASCONCELOS LUIZ EDMUNDO REIS QUEIROZ MADISON ROCHA BRITTO LUIZ EDUARDO GARBOGGINI DOS SANTOS GUERRA MAIANA GALVÃO PINTO BOMFIM LUIZ EDUARDO PASSÍDIO SANTOS MAMEDE PAES MENDONÇA LUIZ EDUARDO SANTOS LOPES MANOEL ADOLFO PALOMINO CARDOSO LUIZ EDUARDO VIDAL DA CUNHA MANOEL ANDRADE LUIZ EDUARDO VIEIRA GONÇALVES MANOEL ANTONIO QUADROS DE AGUIAR LUIZ FERNANDO BRANDÃO GAIÃO MANOEL BAQUEIRO ABAD LUIZ FERNANDO COELHO DANTAS MANOEL BATISTA DA SILVA LUIZ FERNANDO CURVELLO MELLO MANOEL BEATO SANTOS PASSINHO LUIZ FERNANDO D. FONSECA MANOEL BENTO DO PRADO FILHO LUIZ FERNANDO DA SILVA RIBEIRO MANOEL BOMFIM RODRIGUES DOS SANTOS LUIZ FERNANDO MACHADO COSTA MANOEL BOMFIM DE SOUZA FILHO LUIZ FERNANDO MULLER KOSER MANOEL CAPISTRANO DE ARAUJO LUIZ FERNANDO PITA GONDIM MANOEL CASTRO DE AZEVEDO CRUZ LUIZ FERNANDO PUNTEL MANOEL CAVALHEIRA RAMOS LUIZ FERNANDO RIBEIRO BARBOSA MANOEL CENDON OITAVEN LUIZ FERNANDO SANTOS MANOEL DE AZEVEDO CARDOSO LUIZ FERREIRA SIMÕES MANOEL DE OLIVEIRA LUIZ GOMES NETO MANOEL DERALDO LIMA DE OLIVEIRA LUIZ GONZAGA DE MORAES MANOEL DIAS DE ALBUQUERQUE FILHO LUIZ GONZAGA DO AMARAL ANDRADE MANOEL DIIAS DOS REIS LUIZ GONZAGA RIBEIRO DE MOURA MANOEL FIRMINO LOPES LUIZ GONZAGA SOARES FERNANDES MANOEL FRANCISCO MACHADO RAMALHO LUIZ GUSTAVO BASTOS KILSCH MANOEL GARCIA AMOEDO LUIZ HENRIQUE BARBOSA SOS SANTOS MANOEL GONÇALVES NETO LUIZ HENRIQUE DA SILVA SARAIVA MANOEL IGNACIO MARTINS PAES LUIZ HENRIQUE GORDILHO BAHIANA MANOEL JERONIMO FERREIRA FILHO LUIZ HENRIQUE GRAUJO CRUZ MANOEL JOAQUIM PINTO RODRIGUES DA COSTA LUIZ HENRIQUE MOREIRA MANOEL LEIRO LORENZO LUIZ HENRIQUE RODRIGUES SILVA MANOEL LEONCIO SANTOS DA PENHA LUIZ HERÁCLITO MUNIZ CARVALHO MANOEL LINO VILAN DURAN LUIZ HUMBERTO CAMARA MANOEL LOPO CASAS LUIZ JOSÉ VALVERDE MAGALHÃES MANOEL MOREIRA CAMPOS NETO LUIZ LAZARO TOSCA DE MENDONÇA CAMÕES MANOEL MUNIZ DE OLIVEIRA FILHO LUIZ LIBÓRIO ROCHA MANOEL PORTO LIMA LUIZ MARCIEL FERNANDES MANOEL PORTUGAL DOS SANTOS NETO LUIZ MARTINS CATHARINO GORDILHO MANOEL REGIS PIÑON LUIZ MAURICIO MESQUITA MANGABEIRA MANOEL RIVERA DURAN LUIZ NOBRE FIGUEIREDO MANOEL ROBERTO R. A. DAS NEVES LUIZ OCTAVIO DE FARIA BATISTA VIEIRA MANOEL SILVA ALMEIDA LUIZ OSCAR PIMENTA SANTOS MANOEL SOARES VIEIRA LUIZ PAULO BARBOSA NORONHA MANOEL SOUZA CHAVES LUIZ PAULO BARTILLOTI CHAVES MANOEL VILLAS BOAS MACHADO LUIZ PEREIRA DE ARAÚJO MANOEL VITOR DE O. RODRIGUES LUIZ PEREIRA SAMPAIO MANOELITO DOS SANTOS SOUZA LUIZ POMPONET SAMPAIO MANOELITO V. DANTAS LUIZ PONDÉ DE OLIVEIRA BARRETO MANUEL DE OSSIS LOPO GARRIDO 294 MANUEL PIÑEIRO PIÑEIRO MARCELO SILVA DE OLIVEIRA MANUEL PIÑON MUIÑOS MARCELO SIMÕES TANNUS MANUEL SERAFIN PEREIRA CARRERA MARCELO SOARES DE PAULA MANUEL VEIGA PELETEIRO NETO MARCELO TADEU ROCHA OLIVEIRA MANUELA DE CARVALHO CORREA RIBEIRO MARCELO TOURINHO FERNANDES MARA RENEE FONTES BARRETO MARCELO VIANA PORTELA MARAIVAN GONÇALVES ROCHA MARCELO VIEIRA DE LACERDA MARC H. ARTHUR PIERLOT MÁRCIA MARIA DA NOVA FONSECA MARCEL FREIRE VASQUEZ MARTINS MÁRCIA MARIA SNOECK SCHWEBEL MARCEL MONT’ALEGRE R. DE SOUZA MARCÍLIO MANUEL ALVES FARIA MARCELINO CASTRO DE AZEVEDO CRUZ MÁRCIO BORGES PEREIRA MARCELO ADDRIANO FARIAS LOUREIRO DE SOUZA MÁRCIO DA NOVA FONSECA MARCELO ALBUQUERQUE DA S. PEREIRA MÁRCIO DANTAS QUINTELLA MARCELO ALVARENGA DE MIRANDA MÁRCIO DE SIQUEIRA RAMOS MARCELO ALVARES CARVALHO MÁRCIO DE SOUZA OLIVEIRA MARCELO ANDERSON FRANCA SOUZA MÁRCIO DOS SANTOS NEVES MARCELO ANDRADE DA SILVA MÁRCIO DRUMOND BARBOSA MIRANDA MARCELO ARGOLO MOURA MÁRCIO FABRICIO SANTOS DE MEDEIROS MARCELO AUGUSTO MARIOTTI M. BARRETO MÁRCIO FINGERGUT MARCELO AUGUSTO MELLO E SILVA MÁRCIO FLORES SEIXAS MARCELO BACELLAR SOUZA MÁRCIO FONTES AZEVEDO MARCELO BANDEIRA MACEDO MÁRCIO FREIRE CRUZ MARCELO BITTENCOURT PASSOS MÁRCIO FREIRE DE C. OLIVEIRA MARCELO BORGES PEREIRA MÁRCIO FURTADO BEZERRA MARCELO BRAGA DA SILVA MÁRCIO HENRIQUE SEABRA DE MENEZES MARCELO BRITO GONDIN MÁRCIO MASCARENHAS VALENÇA MARCELO BURGOS MORGADE CORTIZO MÁRCIO MURILO SOUZA PIMENTA MARCELO CELESTINO RIBEIRO MÁRCIO PASSOS LEANDRO MARCELO CERQUEIRA BADARÓ MÁRCIO SOUZA GARCIA MARCELO COSTA BATISTA MÁRCIO TANAJURA MARCELO DA MATTA ARANTES MÁRCIO VASCONCELLOS SOARES MARCELO DA SILVA MORAES MARCO ANTONIO ARAUJO CRUZ MARCELO DANTAS QUINTELLA MARCO ANTONIO AREDES DUARTE MARCELO DE ALMEIDA DOREA MARCO ANTONIO BARRETO DOS SANTOS MARCELO DE ARAUJO MENEZES MARCO ANTONIO CHAVES DA SILVA MARCELO DE MEIRELES FONSECA MARCO ANTONIO COSTA SIMÕES MARCELO DE MEIRELLES FONSECA MARCO ANTONIO CRISOSTOMO PORTELA MARCELO DE SOUZA CARNEIRO MARCO ANTONIO DANTAS QUINTELLA MARCELO DIAS ANDRADE DE AZEVEDO MARCO ANTONIO DE A. REGO MARCELO DIAS COELHO LISBOA MARCO ANTONIO DE CARVALHO VEIGA MARCELO FONSECA DE FREITAS MARCO ANTONIO DE CARVALHO MOURA COSTA MARCELO FREDERICO MARCO ANTONIO FARIA CAMPOS MARCELO GOES ALVES DA SILVA MARCO ANTONIO FIGUEREDO BALLESTER MARCELO GOMES DOS SANTOS MARCO ANTONIO LOPES CARIBE MARCELO H. FRAGUAS MARCO ANTONIO REBELO BAHIA MARCELO JORGE DE ALMEIDA FREIRE MARCO ANTONIO VASCONCELOS CRUZ MARCELO JOSÉ BRITTO DA MOTTA MARCO ANTONIO VAZ SAMPAIO RIBEIRO MARCELO JOSÉ RIBEIRO MARINHO MARCO ANTONIO VELOSO COSTA MARCELO LINS DE ALBUQUERQUE MARCO AURELIO AMORIM TAVEIRA MARCELO LUIS GONÇALVES PAIM MARCO AURELIO BATISTA MOURINO MARCELO LUIZ DA SILVA ALMEIDA MARCO AURELIO DE CASTRO JÚNIOR MARCELO MEDALHA MOLLICONE MARCO AURELIO HAGE FRANCO MARCELO MENEZES LYRA MARCO AURÉLIO LESSA SANTOS MARCELO MIGUEL ROSSI MARCO AURELIO PARANHOS BRANDÃO MARCELO MONCORVO BRITO MARCO AURELIO TOURINHO RIBEIRO MARCELO PEREZ DA SILVA MARCO CESAR GABRIELLI REGO MARCELO RAMON SILVA GESTEIRA FERREIRA MARCO DOMENICO DÁNDRE AMATTEO MARCELO RANGEL LEITE MARCO FABIO BATISTA MOURINO MARCELO REBOUÇAS BRITTO MARCO FLAVIO ALONSO ALVAREZ MARCELO REIS DOMINGUES MARCO GONÇALVES FAIÇAL MARCELO RIBEIRO F PEREIRA MARCO PAULO VAZ SAMPAIO RIBEIRO MARCELO SANTOS DE MEDEIROS MARCO ROBERTO SALGUEIRO FAGUNDES 295 MARCOS ABREU TORRES MARIA APARECIDA DE SANTA MARIA MARCOS ALVES BOMFIM MARIA CONCEIÇÃO VAZ VIEIRA MARCOS ANTONIO BARBOSA DO VALE MARIA CRISTINA TRAVESSA DE SOUZA ABRITA MARCOS ANTONIO BOMFIM MACHADO MARIA D SILVEIRA MORAES MARCOS ANTONIO COUTO MOREIRA MARIA DAS GRAÇAS DIAS DOS SANTOS MARCOS ANTONIO DE FIGUEIRFEDO JÚNIOR MARIA DAS GRAÇAS VIANA NOVAIS MARCOS ANTONIO DE O. RODRIGUES MARIA DE FATIMA DOS SANTOS DIAS MARCOS ANTONIO PINTO GUERRA MARIA DE FATIMA G. RUAS GASPAR PEDREIRA MARCOS ANTONIO REHEN DA SILVA FIALHO MARIA ESTHER CARVALHO GRIMEND MARCOS ANTONIO VALADÃO DA SILVA MARIA EUGENIA DE MENEZES MARCOS AUGUSTO CHAVES PEDREIRA MARIA FLORICEA PEREIRA GOMES MARCOS AUGUSTO PESSOA RIBEIRO MARIA FRANCISCA DE GOES COUTINHO MARCOS BACELLAR SOUZA MARIA HELENA BANDEIRA TAVARES MARCOS BESSA GOMES DE OLIVEIRA MARIA JOSÉ RIBEIRO MORAES MARCOS BOMFIM DOS ANJOS MARIA JULIA CARNEIRO DE CAMPOS TRINDADE MARCOS BURGOS MORGADE CORTIZO MARIA LEONOR FREITAS TELES MARCOS CALMON DE SIQUEIRA LEITE MARIA MADALENA DE SOUZA OLIVEIRA MARCOS CHALHOUB COELHO LIMA MARIA MONTEIRO SIMÕES MARCOS CHASTINET FILHO MARIA ODETE CARVALHO DA SILVA MARCOS DE CASTRO QUEIROZ MARIA REIS CAMPOS DA SILVA MARCOS DE CERQUEIRA LIMA MACHADO MARIA SOFIA ALFANO DE ALLFANO MARCOS DE DO NASCIMENTO DE ALMEIDA MARIA ZULEIKA BARRETO DE JESUS MARCOS ELIAS FONTES BERIBA MARIALICE DRUMOND NOVA FORJAZ MARCOS EMANOEL GUIMARÃES DA SILVA MARIANGELA SOARES DE MENEZES MARCOS EMILIO BARBOSA DOS SANTOS MARIANINA MOREIRA MARTINS DA SILVA MARCOS EMILIO DULTRA BRITTO MARIANO BARBOSA GUIMARÃES MARCOS EVANGELISTA DALTRO DE ALMEIDA MARILTON ALMEIDA MOURA MARCOS FERNANDO VASCONCELOS ROCHA MARIMILTON BASTOS DE OLIVEIRA MARCOS FERREIRA MANGABEIRA MARINALDO GALVÃO DOS SANTOS MARCOS GURGEL DE LIMA MARIO ALVES DE SOUZA MARCOS GURTZENSTEIN NETO MARIO AMERICO BONFIM BRITO MARCOS JARDIM DA SILVA MARIO AUGUSTO BATISTA CAMPOS MARCOS JOSÉ MARMUND GONÇALVES MARIO AUGUSTO COSTA MARCOS JOSÉ VALENTE SANTOS MARIO CABRAL FILHO MARCOS LEÃO DE PAULA VILAS BOAS MARIO CARLOS AMOR VIEIRA MARCOS MACEDO FONTES MARIO CARLOS LAGO BOMFIM MARCOS MACIEL SANTOS MARIO CESAR COSTA MELO MARCOS MARTINS MACEDO DE ARAÚJO MARIO CESAR MASKELL FERREIRA MARCOS MIRANDA BRANDÃO MARIO DANDRÉ AMATTEO MARCOS MONTE ALEGRE MANSÃO MARIO FAUSTO MAGALHÃES JALIL MARCOS NERI FRANCO LOPO MARIO FERREIRA CARVALHO DANTAS MARCOS OLIVEIRA DE CARVALHO MARIO GERALDO NABUCO BORGES MARCOS OLIVEIRA DE SANTANA MARIO GUIMARÃES DE MENDONÇA CAMÕES MARCOS OYAMA COHIM DA SILVA MARIO GUSMÃO DE OLIVEIRA MARCOS REGIS PIÑOES MARIO HENRIQUE KIRCKHOF MARCOS RIBEIRO DO SACRAMENTO MARIO HIDEO MARIMOTO MARCOS ROBERTO FONSECA DE FREITAS MARIO JORGE MENDONÇA CHETTO MARCOS SANTOS COELHO MARIO JORGE PINTO GUERRA MARCOS SILVA GORDILHO MARIO LINHARES MARCOS SOUZA MAIA MARIO LINHARES NOU MARCOS VINICIO SILVA HIDE MARIO MORGADE CORTEZO VARELA MARCOS VINICIUS VALENÇA ARAÚJO MARIO NOGUEIRA DOS SANTOS MARCUS AURELIUS DA SILVA PASSOS MARIO RIBEIRO SOARES MARCUS FABIO ISAAC CRUZ MARIO RODRIGUES DA SILVA MARCUS GUILHERME SIMÕES MONTEIRO MARIO SANTOS SILVEIRA MARCUS MIGUEL GUIMARAES DOS SANTOS MARIO SÉRGIO TOURINHO E SILVA MARCUS THADEU VENANCIO SIMÕES MARIO SOARES CAYMMI GOMES MARCUS VIEIRA DE LACERDA MARISTELA DA COSTA HADDAD MARCUS VILLA GOIS MARIVALDO SIMÕES PEREIRA MARCUS VINICIUS ACTES BITTENCOURT MARIZETE CAVALHO QUADROS MARCUS VINICIUS DE O. ANDRADE MARKS SENA FERREIRA MARIA ALECIA CAMANDAROBA CARVALHO MARLON RADSON DE ALMEIDA SILVA 296 MARLON WERNER DIRSCHUM MILTON CEZAR LACERDA DOS SANTOS MARLUS MONT ALEGRE RIBEIRO DE SOUZA MILTON DA SILVA ARGOLLO MARTA MARIA DE PINHO PEREIRA MILTON DA SILVA BARRROS FILHO MARTE BENEDITO SOATA SACRAMENTO MILTON FINGERGUT MAURICIO ANTONIO BRANDÃO LUGO MILTON GALVÃO DE CARVALHO MAURICIO BAHIA LIMA MILTON TAVARES MAURICIO BANDEIRA MACEDO MIRALDO MIZRACH MAURICIO CARVALHO DE LIMA MIRAM LINS SCALA MAURICIO DA CUNHA ALMEIDA MIRKO DE CASTRO BARBOSA MAURICIO DAHIA MISAEL DE VASCONCELOS MAURICIO DANTAS PENNA MOACIR ADERNE TRIGUEIRO JÚNIOR MAURICIO DE CARVALHO REGO MOACYR GOMES DA ROCHA MAURICIO DE MORAIS COSTA MOACYR ADERNE TRIGUEIRO MAURICIO FREIRE CALDAS MOACYR DA SILVA CORTES MAURICIO FREIRE DE CARVALHO IGLESIAS MOURE MOISÉS MARTINEZ GAMA MAURICIO FUCS MACHADO SILVA MOISÉS R. FERRAZ FILHO MAURICIO H. FRAGUAS MOISÉS SÁ DE ALMEIDA MAURICIO JOSÉ NERY MAGALHÃES MONICA GUIMARÃES DOS SANTOS PEREIRA MAURICIO JOSÉ NUNES FERREIRA MOYSES SCHIPER MAURICIO LEITE ACCIOLY LINS MUCIO VAZ FAGUNDES MAURICIO LEITE TEIXEIRA MURILO AUGUSTO TOURINHO DE SANTANA MAURICIO LONIS MACRET MURILO BARRETO ALMEIDA MAURICIO LUIZ PINTO GUERRA MURILO MOREIRA BARRETO MAURICIO MACHADO DE AZEVEDO FERNANDES MURILO PELETEIRO CALABRICH MAURICIO MARÇAL ALVES FARIA MURILO QUADROS BERBET FREIRE MAURICIO MENDONÇA CHASTINET GUIMARÃES MURILO REGIS PIÑON MAURICIO PASSOS DE MELO MUSTAFÁ ROSEMBERG DE SOLUZA MAURICIO PINTO SANTANA MYRIAM CARLA MANTA ALMEIDA RIBEIRO MAURICIO RODRIGUES RIBEIRO NADIM GEORGES HANNA AWAB MAURICIO RUBEIZ NAILTON DE OLIVEIRA LEONE MAURICIO SANTOS ANDRADE NAIRO SERGIO I. MENEZES MAURICIO SANTOS CALLEIA NARA GUIMARÃES PESSOA GONÇALVES MAURICIO SILVA DE MATOS NARCISA MIRIA SERRAVALLE DOS SANTOS DE SANTOS MAURICIO SILVESTRE DE FARIA NASSER JOSÉ KADRI MAURICIO SOARES MOTA NATHANAEL DE FREITAS PINHEIRO MAURICIO TEIXEIRA LEAL DE ABREU NEILDON ALVES OLIVEIRA MAURIZIO PONDÉ BASTIANELLI NEILIA MARIA SOUZA SARKIS MAURO DE AZEVEDO MENEZES NELIO COURA CENACHI MAURO LORENZO E. BARROS NELITO CONCEIÇÃO SOUZA DIAMONDES MAURO SIMÕES DE FREITAS CERQUEIRA NELSON ALMEIDA E SILVA FILHO MAX PERRUCHO SILVA NELSON BAHIA GOES MAXIMILIANO GUIMARÃES MIRANDA NELSON DE ABREU GUIMARÃES MELCHISEDECK GUIMARÃES COSTA NELSON DE ALMEIDA ERUDILHO METROPOLE COMERCIAL DE BEBIDAS LTDA NELSON DOVAL CENDON MICHAEL ELIAS KATAROSE DE ALMEIDA NELSON NOGUEIRA FONSECA MICHAEL HEINER NELSON OLIVEIRA FIUZA LIMA MICHEL MONT ´ALEGRE RIBEIRO DE SOUZA NELSON SILVA FERNANDES MICHEL PAUL GERSON GRADVOHL NELSON SOUZA MIGDONES MACEDO DE ARAUJO FILHO NEOÁGUES SIMÕES DOS SANTOS MIGDONES MACEDO DE ARAUJO NETO NEOMAR RODRIGUES DIAS MIGUEL ANGELO ALMEIDA BARTILOTTI NEREU AQUINO GUIMARÃES PEREIRA MIGUEL ARCANJO DA SILVA T. HASSELMAN NESTOR GUSMÃO DE OLIVEIRA MIGUEL ARCANJO DE ARAÚJO LAGO NEWTON PRINCIPE SAMPAIO MIGUEL CALMON SILVA FILHO NEWTON COUTINHO DE QUEIROZ MIGUEL CASTRO DOS SANTOS JÚNIOR NEWTON DE MELO SÁ MIGUEL CUNHA COUTINHO NEWTON PINTO ARAUJO JÚNIOR MIGUEL DE SOUZA CARNEIRO NEWTON VIEIRA MENDES MIGUEL DOS SANTOS NERI NEY JORGE CRAVO VIANA FILHO MIGUEL LUIZ ALBIANI ALVES FILHO NEY MACIEL DOURADO MIGUEL SANTANA DA HORA NEY PALES DA ROCHA MILTON ARILIO DE ALMEIDA COSTA NEY REIS DULTRA MILTON BARBOSA DE SOUZA NEY ROMULO SODRE RAMOS 297 NEY TEIXEIRA VICENTE OSCAR DE CARVALHO MARBACK NEY VIEIRA NUNES OSCAR DE MENEZES PALMEIRA NEYLOR DIAS PITHON OSCAR PELIZÁRIO NICIA M. FREIRE DE CARVALHO MONIZ DE ARAGÃO OSIEL DA SILVA MATTOS FILHO NILCEA VARELLA TORRES DE PINHO OSMAR SANTOS VIEIRA NILERSANDRO SIR DE OLIVEIRA MACEDO OSMAR SOUZA DE MENEZES NILO FIGUEIREDO MALAFAIA OSVALDO AMARANTE DA GAMA SANTOS NILO FONTES LIMA TAVARES OSVALDO CORDEIRO CERQUEIRA NILO MALAFAIA OSVALDO DANTAS LIMA NILSON BASTOS DE ARAUJO COSTA OSVALDO DO NASCIMENTO OLIVEIRA NILSON CONCEIÇÃO DE CASTRO OSVALDO DOS SANTOS NILSON GOLDENSTEIN OSVALDO JOSÉ DE SOUZA NILTON FONTES BARRETO OSVALDO MENDONÇA NILTON JOSÉ FAHEL OSVALDO PINTO DE CARVALHO JÚNIOR NILTON MARTINS O´DWYER OSVALDO VELLOSO GORDILHO NILTON OLIVEIRA OSVALDO VIRGILIO CARVALHO JÚNIOR NILTON SILVA OSWALDO CHAVES OURIVES NILTON SILVA NETO OTACILIO ARAUJO DE MORAES NILZA NASCIMENTO MAGALHÃES OTACILIO DE ALMEIDA FILHO NIVALDO SANTIAGO PAIM OTHILIO FRAGA NETO NIVALDO SOUZA LINHARES OTO APEMBURG NETO NIVALDO SOUZA MAGNAVITA OTONEY RAUL VELOSO OLIVEIRA NIVIA BRANDAO SAMPAIO DE FREITAS OTONEY RAUL VELOSO OLIVEIRA FILHO NOELIA MALTEZ SANTANA OTONIEL FIGUEIRA SALES NOILDO CARVALHJO DE ALMEIDA OVIDIO BATISTA VALADÃO NETO NORLAN SOUZA DA SILVA OZIEL DA SILVA MATTOS NETO NORMANDO TADEU CONCEIÇÃO GUEDES PABLO ARRUELA NASCIMENTO RAMOS OBED BENTO ARAUJO DE MIRANDA PABLO DA COSTA SASVADRA OCAVIO HENRIQUE COELHO MESSEDER PABLO PARISH MAC-ALLISTER OCIREDIL SANTOS PASSOS PABLO STOLZE GAGLIANO OCTAVIO AUGUSTO ALVES GOMES NETO PATRICIA ISENSEE MONTEIRO CALDAS OCTAVIO BARTHOLOMEU D. ALVES PATRICIA RAMOS DIAS OCTAVIO EMMANUEL DO PRADO FARIAS PAULO AFONSO PIRES FERREIRA MACIEL OCTAVIO MACHADO NETO PAULO ARAUJO MOREIRA DE SOUZA OCTAVIO NETTO FORMOSINHO PAULO BARRETO TORRES OCTAVIO VILAS BOAS MACHADO PAULO BRASIL FONSECA ODAIR DE JESUS CONCEIÇÃO PAULO BUARQUE CHAVES ODETE ARAPONGA DE OLIVEIRA PAULO CAIRES SOBRINHO ODILIA FASCIO DOS SANTOS RIBEIRO PAULO CAMPOS DA SILVA ODILIA MARIA DE AMORIM MILLETO PAULO CESAR GONÇALVES ODILON PACHEDO SILVA PAULO CESAR LOPES MIRANDA ODIR RODIGUES DE SÁ PAULO CESAR OLIVEIRA E OLIVEIRA OLIVAR MARTINS DE OLIVIERA PAULO CESAR RABELO FRAGA ONESIMO MENDES DOS SANTOS PAULO CESAR VIEIRA LIMA ONILDO MOURA DE CARVALHO MOTA PAULO CEZAR MACEDO DE OLIVEIRA ORLANDO ARAUJO GONÇALVES PAULO CEZAR SENA DE GOES ORLANDO AUGUSTO DA SILVA PAULO CIDADE DE OLIVEIRA ORLANDO BASTOS MAIA PAULO DE AQUINO MAGALHÃES ORLANDO CAMPOS DE PINHO JÚNIOR PAULO DIONISIO DA SILVA BRANDÃO ORLANDO CESAR DA COSTA CASTRO PAULO EDUARDO BRANDÃO GAIÃO ORLANDO CESAR MARQUES GUERRA JÚNIOR PAULO EDUARDO CALDAS ROSA ORLANDO DE SOUZA SILVEIRA PAULO EDUARDO MAYNARD DE ALMEIDA ORLANDO DOVAL CENDON PAULO EMILIO RIBEIRO DE OLIVEIRA ORLANDO DOVAL CENDON JÚNIOR PAULO ESTEVEZ AMOEDO ORLANDO GEISEL NETO PAULO FELIPE FRANÇA TEIXEIRA ORLANDO GONÇALVES AMORIM PAULO FERNANDO FERRARI ORLANDO IMBASSAHY DA SILVA NETO PAULO FERNANDO MONTANHA ASSIS ORLANDO LACERDA SOUTO PAULO FREDERICO BORGES BULOS ORLANDO LOPES CABRAL PAULO GOES VIEIRA ORLANDO MACIEL DA SILVA RAMOS PAULO GONÇALVES LOURENÇO ORLANDO MARQUES TOURINHO PAULO GUILHERME PITA GONDIM ORLANDO VIANA LAGO PAULO HENRIQUE ALVES SAMPAIO 298 PAULO HENRIQUE B. ALBIANI ALVES PEDRO DANTAS CARVALHO PAULO HENRIQUE BRITO PEREIRA PEDRO DAVID FILHO PAULO HENRIQUE DE CARVALHO LIMA PEDRO EDUARDO ESTANISLAU STURM PAULO HENRIQUE SILVA LEITE PEDRO EMIGDIO PEREIRA JÚNIOR PAULO HENRIQUE SOBRAL PEDRO FELZEMBURG NETO PAULO IVAN QUASTLER PEDRO FLAVIO CARDOSO DE ALMEIDA PAULO JOSÉ BARBOSA DOS SANTOS PEDRO GOMES DA SILVA PAULO JOSÉ FARO BARREIROS DE AZEVEDO PEDRO GONÇALVES VERAS PAULO JOSÉ GUIMARÃES LUZ PEDRO GONÇALVES VERAS FILHO PAULO JOSÉ RIELA TRANZILO PEDRO HENRIQUE MOREIRA SOARES DE CUNHA PAULO JOSÉ SENA ALMEIDA PEDRO JOSÉ FERNANDES PAULO KIRCHHOFF SOARES FERNANDES PEDRO JOSÉ FREIRE CASTRO PAULO MARTINS FONTES NETO PEDRO LAPA CARDOSO PAULO NOVAIS DE ALMEIDA PEDRO MIGUEL MALHEIRO DIAS GUEDES DE CAMPOS PAULO OLIMPIO DE OLIVEIRA PEDRO PAULO FROES ROCHA PAULO PEDRA E. CAL SANTANA PEDRO PAULO MOREIRA SOUZA PAULO RENATO SOUZA SILVA PEDRO PINHEIRO DE SOUZA PAULO RICARDO BAQUEIRO MELO PEDRO RICARDO SÁ DE ALMEIDA PAULO RICARDO DA SILVA LEONE PEDRO SOARES NETO PAULO ROBERTO ALMEIDA DA SILVA PEDRYLIS GONÇALVES DOS SANTOS PAULO ROBERTO COMYN ELIAS PENILDON SILVA PAULO ROBERTO D. BORGES PERICLES RAIMUNDO OLIVEIRA CHAMUSCA PAULO ROBERTO DE CARVALHO REGO PERTONIO SOUZA BORGES PAULO ROBERTO DE CARVALHO PEREIRA PETRONIO CAMPOS DE OLIVEIRA PAULO ROBERTO MARINHO BASTOS PETRONIO PORTO CARDOSO PAULO ROBERTO N. SOARES DE QUADROS PETRUCCIUOLI MICHELANGELO PAULO ROBERTO NACIMENTO DEIRÓ PIERO MARINETTI PAULO ROBERTO NASCIMENTO DE MEDEIROS PLINIO BEM-HUR NUNES SEIXAS PAULO ROBERTO PIMENTA DE OLIVEIRA PLINIO GAMA FILHO PAULO ROBERTO Q. N. DE LIMA PLINIO LINS DE FARIA PAULO ROBERTO SAMPAIO LIMA POLIBIO MENDES NETO PAULO ROBERTO SANTOS DE SOUZA POMPILIO PINHO SANTANA PAULO ROBERTO SOUTO MAIA GOMES DE SÁ PRICE WATERHOUSE AUDITORES INDEPENDENTES PAULO ROBERTO SOUZA PESSOA PRICE WATERHAUS SAMUEL S. SOARES PAULO ROBERTO VIEIRA FERREIA DA SILVA PRISCILA VALENTE DANTAS PAULO ROGERIO SENTEGES MACHADO PROTIGENES PEREIRA CAMPOS SANTOS PAULO RONALDO QUASTLER VIANA RAFAEL BRANDÃO FERREIRA PAULO SAMPAIO LOPO RAFAEL CASTRO SPINOLA PAULO SERGIO ALMEIDA PALMA RAFAEL DE SOUZA ALCÂNTARA PAULO SERGIO COVA MAGALHÃES RAFAEL DIAS PACHECO SILVA PAULO SERGIO DE AMARAL LEAL RAFAEL PEDREIRA PLATINA PAULO SERGIO DE CASTRO MONTEIRO RAFAEL PEREIRA DA SILVA PAULO SERGIO MARQUES PACHECO RAFAEL RIBEIRO BASTOS JÚNIOR PAULO SERGIO ORENSTEIN RIBEIRO RAIMUNDO BARRETO DOS SANTOS PAULO SERGIO P. DE OLIVEIRA RAIMUNDO CARDOSO GOMES PAULO SERGIO SAMPAIO RAIMUNDO COELHO DE SOUZA JÚNIOR PAULO SIMÕES BARATA RAIMUNDO DANTAS MATOS JÚNIOR PAULO TOLOSA BIANCHE RAIMUNDO DORTAS MATOS PAULO VARJÃO DE ANDRADE RAIMUNDO DOS S. MOREIRA PAULO VIANA DE ALBUQUERQUE JUCÁ RAIMUNDO DOS SANTOS OLIVEIRA PAULO VIEIRA DO BOMFIM RAIMUNDO JOARIPES SOUZA PAULO VIRGILIO MARACAJÁ PEREIRA JÚNIOR RAIMUNDO JORGE RIBEIRO MATOS PEDRITO LIMA NASCIMENTO RAIMUNDO JORGE RIOS STERING PEDRO ANTONIO DA ROCHA MELLO RAIMUNDO JOSÉ ARAUJO CERQUEIRA PEDRO AUGUSTO DOS SANTOS OLIVEIRA RAIMUNDO JOSÉ COUTO PEDRO AUGUSTO FERNANDES RAIMUNDO JOSÉ MAGALHÃES BRITO PEDRO AUGUSTO SILVA NETO RAIMUNDO LISBOA PEDRO AURELIO SOLEDADE BELTRÃO RAIMUNDO LOPES PEDRO BARACHISIO LISBOA RAIMUNDO LUCIO MONTEIRO BORGES PEDRO BARBOSA DA ROCHA NETTO RAIMUNDO MACHADO MATIAS PEDRO CARDOSO NETO RAIMUNDO NONATO R. CARDOSO PEDRO CARLOS FIGUEIREDO PINTO RAIMUNDO ROCHA REIS 299 RAIMUNDO SANTOS CORREIA FILHO RENATO RIBEIRO RAIMUNDO SERGIO DE S. SANTOS RENATO S. SIGISMUND SCHINDLER RAIMUNDO WILSON DA SILVA DOREA RENATO SCARDUA RAIMUNO NONATO FLIX HOMEM RENATO SOUZA MONTEIRO RAMIRO CARVALHO DURAN RENATO SOUZA OLIVEIRA RAMON DA COSTA SAAVEDRA RENATO TAVARES SANTANA RANULFO PINHEIRO JÚNIOR RENATO VIANA DEL GUERRA RAPHAEL DEPRÁ RENÊ ALFREDO QUIROZA SALES RAPHAEL SALLENAVE PHILETO RENÊ DURVAL GONÇALVES FREIRE RAPHAEL SAMPAIO PITTON FILHO RENÊ PORTO GALVÃO RAPHAEL SIMÕES ANDRADE RENIVALDO GALRÃO LIMA FILHO RAUL AFFONSO NOGUEIRA CHAVES FILHO RENIVALO SENA CANTO RAUL COELHO BARRETO FILHO REUVAN SODRÉ DE OLIVEIRA RAUL FILGUEIRAS VITÓRIA REX SCHINDLER RAUL JANUÁRIO CARDOSO COSTA NETO RICARDO ALVES BRAGA DURAN RAUL MANGABEIRA FILHO RICARDO ANDRÉ LIMA FAILLACE RAUL MENEZES MANGABEIRA RICARDO AUGUSTO DA SILVA BELO RAUL NEIVA CARDOSO NOYA RICARDO AUGUSTO G. P. SOUZA RAUL SCARDUA RICARDO AUGUSTO S RAVAZZANO RAUL VIEIRA ROCHA RICARDO BALEIRA SIEIRO GUIMARÃES RAYMUNDO BAGDEDE PITHON RICARDO BAQUEIRO ABAD RAYMUNDO CALASANS ÁVILA RICARDO BARBOSA NORONHA RAYMUNDO DA SILVEIRA DOREA RICARDO BRASIL TEIXEIRA RAYMUNDO JOSÉ GUIMARÃES GONZALEZ RICARDO BRICIDIO DE SOUZA RAYMUNDO LEAL SAMPAIO RICARDO BRITO GONDIN RAYMUNDO MIGUEL ALVES RIBEIRO RICARDO CARVALHO BRITTO RAYMUNDO NONATO RODRIGUES VILELA RICARDO COELHO SANTOS RAYMUNDO OYAMA DA SILVA RICARDO COSTA SIMÕES RAYMUNDO PEREIRA DE MAGALHÃES NETO RICARDO COUTINHO MELLO RAYMUNDO WASHINGTON LEAL JÚNIOR RICARDO DE BARROSO TOURINHO REBECA SAMPAIO DE SOUZA CARNEIRO FIALHO RICARDO DE BRITO CELINO REGINA DOURADO RIBEIRO RICARDO DE CARVALHO REGO REGINA LICIA BARBOSA DA SILVA RICARDO DE OLIVEIRA LOPES DE SÁ REGINA NUNES F. BANDEIRA RICARDO FERREIRA SIMÕES REGINA SÁ MENEZES RICARDO FREIRE DE CARVALHOI R. DA SILVA REGINALDO FREITAS DOS SANTOS RICARDO FREITAS DOS SANTOS REGINALDO GOMES DE LIMA RICARDO FREITAS RIBEIRO REGIS WALTER SOUZA MACEDO RICARDO FUSC NERI REINALDO DE OLIVEIRA PACHECO RICARDO GUANAES BARBOSA DE SOUZA REINALDO FERREIRA DE SOUZA RICARDO GUILHERME SILVA CARDOSO REINALDO JOSÉ SANTANA PEREIRA DE SOUZA RICARDO HENRIQUE N. FLEURY REINALDO POMPONET SAMPAIO RICARDO JOSÉ DE ARAGÃO B. DE CARVALHO REINALDO SANTANA DO ROSÁRIO RICARDO JOSÉ DIAS BRITO REINAN DE OLIVEIRA MELO RICARDO JOSÉ DORIA CONRADO DO AMARAL RENATO ALVES DE FREITAS RICARDO JOSÉ FRANCO CHAGAS RENATO AMARAL RICARDO JOSÉ MARQUES MATTOS RENATO ANTONIO OLIVEIRA RABELO RICARDO LAMEGO SILVA DE MENEZES RENATO AZEVEDO ALVES RICARDO LEÃO DE PAULA VILAS BOAS RENATO BARRETO GUIMARÃES RICARDO LIMA DURAN RENATO BIÃO DE CERQUEIRA NETO RICARDO LUIS LESSA PEDREIRA RENATO BITTENCOURT SEIXAS MAIA RICARDO LUIZ DE OLIVEIRA NASCIMENTO RENATO BOAVENTURA DE AMORIM RICARDO LUIZ DOS ANJOS MARINHO RENATO CHAVES MARQUES RICARDO LUIZ GRANJO FONTES RENATO CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA MAIA RICARDO LUIZ PEREIRA DE QUEIROZ RENATO DE ANDRADE PEREIRA RICARDO MAGNAVITA DE OLIVEIRA RENATO DOMINGOS I. DA SILVA RICARDO MAIA DE CARVALHO RENATO GERALDO EVANGELISTA SALLES RICARDO MAYER BURITY RENATO GOMES DA ROCHA REIS RICARDO MIRANDA NUNES RENATO JOSÉ DE ARAUJO FILHO RICARDO MOITINHO UZEL PEREIRA RENATO MAGALHÃES DINIZ GONÇALVES RICARDO NERI FRANCO LOPO RENATO MENEZES LIMA RICARDO NERY DE ALMEIDA RENATO PARISH ORLEANS DE ASSIS RICARDO NOGUEIRA F. DE MIRANDA 300 RICARDO PIMENTA DA SILVA ROBERTO WALTER LIMA RICARDO PINTO OLIVEIRA ROBERTUS DENKER RICARDO PORTO MEIRELES ROBERVAL ROCHA DE MIRANDA RICARDO ROCHA E ROCHA ROBERVAL SILVA PIMENTA BASTOS RICARDO ROFFÉ CHAISUK ROBINSON ORLEANS DE ASSIS RICARDO RUBEIZ JÚNIOR ROBSON FIGUEIREDO MALAFAIA RICARDO SANTOS CALHEIA ROBSON JOSÉ PIRES RICARDO UÁNUS BALAZEIRO ROBSON PARISH ORLEANS DE ASSIS RICARDO VIEIRA DE LACERDA ROBSON VIEIRA PIRES DE OLIVEIRA RICARDO VINÍCIUS FARIAS MUNIZ RODI AVILA MEDEIROS RICARDO WILDBERGER LISBOA RODOLFO DAMASCENO MONCORVO RICHARD M. HAMILTON RODOLFO DOS SANTOS TEIXEIRA RITA DE CASSIA CASTRO PIRES RODOLFO MARIO VEIGA PAMPLONA FILHO RITA DE CASSIA FERREIRA LACERDA RODRIGO ALVES DA CRUZ RIOS RITA DE CASSIA SCARDINA RODRIGO ARAUJO SÁ RIVADAVIA ALVES BARBOSA RODRIGO BARBOSA E SILVA RIVAS QUEIROZ DE SOUZA JÚNIOR RODRIGO CALDEIRA RABELLO ROBERIO MERCES SAMPAIO RODRIGO COELHO DOS SANTOS ROBERTO ABBEHUSEM JÚNIOR RODRIGO GOUVEIA DE OLIVEIRA RIZZO ROBERTO BASTOS GUIMARÃES RODRIGO JACOBINA ASSUNÇÃO ROBERTO BATISTA DE ARAUJO RODRIGO JOSÉ CARVALHO VIEIRA ROBERTO BITTENCOURT DA COSTA RODRIGO PIMENTA DA SILVA ROBERTO CAETANO FIGUEIREDO RODRIGO RIBEIRO BARRETO ROBERTO CARNEIRO NUNES ROGER ARTUR BURATTO ROBERTO CARRILHO DA SILVA ROGER DANTAS DE OLIVEIRA ROBERTO CASALI ROGERIO CEZIMBRA DE PINHO FILHO ROBERTO CERNE FERNANDES DE ABREU ROGERIO CORREIA OLIVEIRA ROBERTO CESAR MENEZES CAMARA ROGERIO CRUZ OLIVEIRA ROBERTO CONCEIÇÃO MARCELINO ROGERIO DAMASCENO MONCORVO ROBERTO CRUZ FERNANDES DIAS ROGERIO GRILLO DE BRITTO ROBERTO CUNHA D´ALMEIDA ROGERIO MAIA RIBEIRO ROBERTO DA SILVA FERREIRA ROGERIO MEDRADO MAIA ROBERTO DALCUM BASTOS BARRETO ROGERIO MIGUEL ROSSI ROBERTO DANTAS DE PINHO ROGERIO SENNA DE FARIA ROBERTO DE ALMEIDA ARAUJO ROLDÃO DAS GRAÇAS OLIVEIRA ROBERTO DE FARIA PRINCHAK ROLNEY JOE CARDOSO DE OLIVEIRA ROBERTO DE MELO ASSSUNÇÃO ROMEL RAINE FRANÇA DE AMORIM ROBERTO DE SOUZA NORAT ROMENIL DA SILVA LIMA ROBERTO DUPLAT PAIVA ROMEU DE OLIVEIRA ROBERTO DURAN RODRIGUEZ ROMEU FERNANDES BORDONI NETO ROBERTO FERNANDES DIAS MASCARENHAS ROMILDO ALMEIDA SAMPAIO ROBERTO GONÇALVES ROMILDO FERREIRA DE ALMEIDA ROBERTO IBRAHIM WEHBE ROMILDO ROSA LIMA ROBERTO JOAQUIM DE CARVALHO RONALD COSTA DE AGUIAR ROBERTO JOSÉ DE SOUZA RONALD COSTA DE AGUIAR FILHO ROBERTO JOSE PASSOS RONALD GUIMARÃES DA SILVEIRA ROBERTO KOCH FERREIRA GOMES RONALD MONTEIRO DE ARAÚJO ROBERTO LOREUS MARBACK RONALD MONTEIRO DE ARAÚJO FILHO ROBERTO LUIZ MOREIRA FIGUEIREDO RONALDO CHAVES MARQUES ROBERTO MACEDO FERNANDES RONALDO JUNQUEIRA ROHRS ROBERTO MOREIRA BACELAR RONALDO SALUSTIANO ARAUJO DE OLIVEIRA ROBERTO NERI FRANCO LOPO RONALDO SOARES PINTO ROBERTO NUNES DE CAMPOS FILHO RONALDO VIEIRA PIRES DE OLIVEIRA ROBERTO OCTAVIO DE FREITAS ROQUE ANTONIO CARNEIRO PINTO ROBERTO OLIVEIRA DE SANTONO ROQUE PEREIRA DA SILVA ROBERTO PASTOR RUBEIZ ROQUE RAMIKRO PITANGUEIRA ROBERTO PESSOA COELHO ROSA TEREZA DA SILVA BARROS ROBERTO RIBEIRO SANTOS ROSALVO DOURADO DE OLIVEIRA ROBERTO SÁ BARRETO FERNANDES ROSANE CORREA REBELLO DE MATTOS ROBERTO SALVIO MARQUES PACHECO ROSCHILD DE SENNA MOREIRA ROBERTO VASCONCELOS DO NASCIMENTO ROSEMARIO QUEIROZ ROBERTO VENTURA DOS SANTOS ROSEMARY SOARES TELLES 301 ROSEWELT BITTENCOURT PASSOS FILHO SÉRGIO ANTONIO MELO DE OLIVEIRA ROSILENE DAMIANA G. M. DA FONSECA SÉRGIO ANTONIO REIS MENDES ROSWILCIO JOSÉ M. GOIS SÉRGIO AUGUSTO GOODGROVES BEZERRA ROWNEY ARCHIBALD SCOTT JR SÉRGIO AUGUSTO NAJAR RUBEM COSTA FERNANDES SÉRGIO BARRETO ROCHA RUBEM DA SILVA ASSUNÇÃO SÉRGIO BORGES SILVA RUBENS BARBUDA SANCHES SÉRGIO CALMON DE SIQUEIRA LEITE RUBENS CHASTINET PITANGUEIRAS FILHO SÉRGIO DO NASCIMENTO TAVARES RUBENS DOS ANJOS JÚNIOR SÉRGIO EMANOEL DE OLIVEIRA RUBENS NUNES DOURADO SÉRGIO FRANCISCO BRITO SANTOS RUBENS VIANA MUHANA SÉRGIO FREITAS RIBEIRO RUDIVAL SOUZA FREITAS SÉRGIO JOSÉ CAMPOS DE OLIVA RUI INACIO MARCHETTO SÉRGIO LIMA BRANDÃO RUI MARCELO BAHIA DE SOUZA SÉRGIO LUIZ DA COSTA LAGO RUY BEZERRA BRANDÃO FILHO SÉRGIO MACHADO ROCHA RUY DA COSTA E SÁ SÉRGIO MATOS MENDONÇA RUY LINS DE FARIA SÉRGIO MURILO DOS SANTOS ANDRADE RUY LUIZ DE CARVALHO SAMPAIO SÉRGIO NOGUEIRA ROCHA RUY MARQUES DE ANDRADE SÉRGIO OLIVEIRA DE SANTANA RUY MENEZES DOS SANTOS SÉRGIO OROFINO RUY MENEZES LIMA SÉRGIO PASSARINHO SOARES DIAS RUY NEY CORREIA DA ROCHA SÉRGIO PASSOS NEVES RUY PELTIER LOUREIRO FREIRE SÉRGIO PEREIRA LACERDA RUY SANTOS FILHO SÉRGIO RAYMUNDO RANKIL PINHEIRO RUY SIMÕES SÉRGIO REQUIÃO DE QUEIROZ FILHO RUY TÁCITO DE SÁ BITTENCOURT CÂMERA SÉRGIO RESACK DORIA RUY TORREÃO SÉRGIO RIBEIRO BAHIA RUY VELOSO DA SILVA SÉRGIO RIBEIRO BASTOS SALAMON ATHAYDE B. DE ALENCAR SÉRGIO RICARDO DA SILVA FERREIRA SALOMÃO PORTNOI SÉRGIO RICARDO DE CARVALHO FURTADO SALVADOR ÁVILA FILHO SÉRGIO RICARDO OLIVEIRA SANTOS SALVADOR DEMOSTENES TELES FREIRE SÉRGIO RICARDO PINHEIRO COPELLO SALVADOR JUSTINIAN DA FONSECA SÉRGIO RICARDO SCAVUZZI DE CARVALHO SALVADOR MOREIRA PAIXÃO SÉRGIO ROBERTO ROCHA MARINHO SALVADOR PREVITERA DE ANDRADE SÉRGIO SANTIAGO SANTOS SALVIANO JOSÉ BITTENCOURT MELO SÉRGIO SANTOS MONTEIRO SAMIR RESACK DAHIA SÉRGIO SERRAVALE DE SANTIS SAMIR SAFFE SALIBA SÉRGIO SILVA GORDILHO SAMUEL DE ABREU DIAS SÉRGIO TELLES DE OLIVA SAMUEL GONÇALVES DA SILVA SÉRGIO UDERMAN SAMUEL MORAIS FONTES SÉRGIO VINÍCIUS SANTOS MACHADO SAMUEL RICARDO PASSOS RAIMUNDS SERTORIO DE OLIVEIRA MOTTA SANDOVAL AMIN SERVULO DOURADO CRUZ LINO SANDOVAL SENNA SERVULO JOSÉ MAGALHÃES BARROS SANDOVAL SOUZA PINHEIRO SEVERINO ARAUJO SILVA SANDRA MARA CARDOSO DOS REIS SHELDON ALVES BARBOSA SANDRO BAHIA MARCHESINI SHELDON PERRONE DE MENEZES SANDRO RAIMUNDO FERREIRA BARRETO SIBELE ANDRADE CARVALHO SARA MARIA MANUELA BARNUEVO DE AZEVEDO SIBELIUS DE CASTRO FERREIRA SAULO CHAVES DE FARIAS SIDNEY GOMES ALEXANDRIA SAULO DE AQUINO NUNES FILHO SIIGISMUND S. SCHINDLER SAULO DE SOUZA BAHIA SILIO PEDREIRA FILHO SAULO WANDERLEY CALAZANS SILVESTRE ERNANI DE GOES M. CABRAL SÁVIO BRITTO D’ASSUNPÇÃO SILVESTRE RAMOS TEIXEIRA SEBASTIÃO BRAGA FILHO SILVIA MARIA COELHO DE CASTRO SERAFIM GONZALEZ LOPEZ SILVINO MARTINS DE OLIVEIRA NETO SERAFIN PIÑON GONZALEZ SILVIO ALEXANDRE B. VIEIRA DE MELO SERAPIÃO LIMA QUEIROZ SILVIO ALFREDO VIANNA GARCEZ SÉRGIO ALEXANDRE DA SILVA SILVIO AUGUSTO DE OLIVEIREA MENDONÇA SÉRGIO ALMEIDA BARTILOTTI SILVIO CLEBER PINHEIRO BASTOS JÚNIOR SÉRGIO ANDRADE AFONSO SILVIO CLEBER RIBEIRO BASTOS SÉRGIO ANDRÉI FREIRE COELHO SILVIO DE ALCANTARA VIEIRA 302 SILVIO FRANCISCO FARIAS VIANA ULISSES PEREIRA DOS REIS JÚNIOR SILVIO JULIÃO RIBEIRO ULYSSES MARIO TOURINHO DE SÁ JÚNIOR SILVIO RIOS MEIRA URBANO JOSÉ RAMOS ALMEIDA SILVIO TEIXEIRA DE AGUIAR URY RABINOVITZ SIMÃO SCHNITMAN VAGNER AMOEDO FERNANDES SIMON ELIAS SKAF VALCI BARRETO DOS SANTOS SIMONE MAIA BAPTISTA MICARI VALDECIRO BARRETO SAMPAIO SINESIO AUGUSTO DA V. ORNELAS NETO VALDELINO SANTOS DE MORAES SINESIO SOARES DA CUNHA NETO VALDEMAR DE CASTRO VIEIRA NETO SINVAL DANTAS DA ROCHA VALDEMARTINS DOS SANTOS SINVAL VIEIRA DA SILVA NETO VALDEMIR VALAIS NUNES SOC. COM. BRAS. PESQUISAS SUBSOLO VALDEMIRO AQUILINO ZANELLA SÓCRATES GUANAES GOMES VALDEVIR SILVA DE OLIVEIRA JÚNIOR SOLANGE GUIMARÃES PASSOS VALDIRO QUARESMA DO ROSARIO SOLON CARLOS TOSTA DE SOUZA VALDO LIMA COSTA SONIA MARIA ROCHA DE SOUZA VALDOMIRO NERY MOITINHO STELIO DE CARVALHO PORTINOI VALENTIN JUSTO AMOEDO JÚNIOR STELIO FERREIRA DE ARAÚJO FILHO VALENTIN ROBERTO DA SILVA STELLA BORGES DA COSTA LIMA VALFREDO ANTUNES DE SOUZA STENIO LONGO ARAÚJO VALFREDO HUMBERTO ALVES SUELY SANTOS POGONELLY VALFREDO MOTTA SURIEDINA FREITAS DE SOUZA VALFREDO OLIVEIRA DOS SANTOS SUZANA PEDRÃO RIO BRANCO VALFRIDES TADEU DE FREITAS SWAMI CRUZ DE CARVALHO VALFRIDES TADEU DE FREITAS JR SYLVIO EDUARDO RABELLO RAMOS VALMIR JOSÉ NUNES SYLVIO QUADROS MERCES VALMIR PARANHOS VIANA JÚNIOR SYNESIO SOARES DA CUNHA FILHO VALNER FERNANDES REBELO DE MATOS TACIANO CORDEIRO VALTER PEREIRA BRAGA TADASHI KOSHIMA VAN DALTRO DE CASTRO VIDIGAL TAIS FERREIRA MENDES VANDA GUERREIRO ARAGAO DE VILLAR TAKESHI CARDOSO KOSHIMA VANDERLINO DAMASCENO TANIA MARIA ROCHA DE SOUZA VASCO AZEVEDO NETO TANIA PENALVA CORREIA VASTON RIBEIRO COSTA TARCISO ALVES TORRES VERA LUCIA DE ALMEIDA CONCEIÇÃO TARGINO MACHADDO PEDERIRA FILHO VERBENIA LUCIA SANTOS VIANA TEOGENES ALENCAR CARVALHO VERÔNICA FERNANDES IVO COELHO TEREZA BUISINE PIRES RIBEIRO VICENTE DE PAULO ALBUQUERQUE FEITOSA TERMOLIGAS METALURGICAS S.A. VICENTE ERNANI DE OLIVEIRA TERVO MITANI VICENTE FERREIRA DE OLIVEIRA JÚNIOR THELMO FRANCISCO PEREIRA DA SILVA VICENTE MACEDO DE AGUIAR THEMISTOCLES SOUTO MONTEIRO VICENTE RIBEIRO DOS SANTOS FILHO THEOBALDO LUIS D. COSTA VICENTINO DO NASCIMENTO QUEIROZ THEOCRITO BAPTISTA VICTOR ARAUJO MESQUITA XAVIER THEODOMIRO BAPTISTA FILHO VICTOR AUGUSTO MARON DE ALMEIDA THIERS BERNARDES DIAS VICTOR CALIXTO GRADIN BOULHOSA TIAGO AMORIM NOBRE GUEDELHA MARTINS VICTOR DINIZ DE POCHAT TIAGO FERREIRA BORGES DE AZEVEDO VICTOR MONTE ALEGRE MONSÃO TIAGO FONTES CHASTINET PITANGUEIRA VICTORIA CRISTINA OLIVEIRA CARVALHO TIAGO MIRABEAU LOBÃO CARDOSO COSENZA VIDIGAL DE FREITAS GUIMARÃES TIAGO OLIVEIRA REIS VILMA MARIA DA SILVA TIAGO PEREZ PIÑEIRO VILOBALDO BARRETO PASSOS TICIANO RONALDO URPIA VILOBALDO DO ROSARIO SILVEIRA TOMAZ CARMO DE SOUZA VILOBALDO HERCULANO RAMOS FILHO TONY SOUZA ALVES BEZERRA VINICIUS MENEZES DA COSTA UBALDO DE SOUZA SENNA VINICIUS OLIVEIRA ALELUIA UBALDO GALVÃO SAMPAIO FILHO VIRGILDASIO DE SENNA UBALDO SOUZA BRANDÃO VIRGILIO DE CARVALHO MAIA UBIRAJARA DA PAIXÃO PIMENTEL SIMAS VIRGILIO FERREIRA MANZINI UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JÚNIOR VIRGILIO JOSÉ RIOS LEIRO UBIRATÃ DA SILVA MONTEIRO VIRGILIO MOTA LEAL JÚNIOR UBIRATÃ DE MELO PERONE VIRGILIO NEMI TEIXEIRA DE FREITAS ULISSES DE CARVALHO GRAÇA VIRGILIO TEIXEIRA DALTRO 303 VIRGINIA MARIA VEIGA DE SENA WALTER SAMPAIO DE MORAES VIRGINIA MARIIA HUFNAGEL ARAPONGA SOARES WALTER SOBRAL DE PRADO VITOR DE MESQUITA BRASILEIRO WALTER VASCONCELOS GOMES VITOR FERNANDO OLLERO VENTIN WANDA CARNEIRO DE ANDRADE VITOR MANOEL ABREU AMOEDO WASHINGTON ALVES LOPES VITOR NEMI TEIXEIRA DE FREITAS WASHINGTON BALAZEIRO JUNIOR VIVALDO NOGUEIRA MACHADO WASHINGTON JOSÉ DA COSTA FREITAS VIVALDO RODRIGUES CONCEIÇÃO WASHINGTON SOARES SANTANA VIVIANE OLIVEIRA DRUMMOND WAYDE SALOMÃO DIB VLADEMIR ANTONIO DE LEMOS BORDONE WEIMAR MONTEIRO DE ALMEIDA TEIXEIRA VLADIMIR ALENCAR DAS NEVES WELLINGTON ALVES CAVALCANTE VLADIMIR COSTA PINHEIRO WELLINGTON ALVES PEREIRA DOS SANTOS VLADSON BAHIA MENEZES WELLINGTON DUTRA E AMORIM WADY SANTOS JASMIN WELLINGTON OLIVEIRA SILVA FILHO WAGNER CECILIO CUNHA DE CARVALHO WELLINGTON ROCHA PASSOS WALACE WASHINGTON DE FARIAS WELLINGTON TIARA DOS SANTOS WALDELICE GUIMARÃES COVA WILDSON RIBEIRO DE ALMEIDA WALDELIO ALMEIDA DE OLVEIRA WILLIAM GUACHALLA SANDOVAL WALDEMAR CIDREIRA DOREA FILHO WILSON ANTONIO DE JESUS MOURA WALDEMAR DE ALBUQUERQUE ASSIS WILSON AUGUSTO TEIXEIRA DE FREITAS WALDEMAR JOSÉ DE SANTANA WILSON BITTENCOURT DE ANDRADE WALDEMAR MACHADO GUIMARÃES WILSON CHAVES WALDEMAR MULLER WILSON DE AZEVEDO PENUCHO WALDEMAR RIBEIRO DE CASTRO WILSON DOS SANTOS VIANA WALDEMAR TOURINHO DE ABREU WILSON DURVAL CORREIA WALDEMIR MANOEL DOS SANTOS WILSON FERREIRA FALCÃO WALDEVIR SILVA DE OLIVEIRA WILSON GANEM WALDINALVO PAULO TEIXEIRA JUNIOR WILSON GONÇALVES DE OLIVEIRA WALDIR ARAGÃO GRARCE WILSON GUIMARÃES VIEIRA WALDIR CASTELLO BRANCO PITTA WILSON HENRIQUE FIGUEIREDO DE ANDRADE WALDIR JAQUEIRA GIRIO WILSON JOSÉ DA SILVA FILHO WALDIR MAGALHÃES BLANCO WILSON MARQUES LEÃO WALDIR RAMOS DE CARVALHO WILSON MASCARENHAS LINS DE ALBUQUERQUE NETO WALDIR TOMEGA WILSON MIRANDA FILHO WALDOMIRO CECILIO RABELLO WILSON PEDRO DOS SANTOS WALMIR FERREIRA NUNES WINSTON DA SILVA RODRIGUES WALNEY DE AGUIAR QUINTELLA WLADIMIR ANDRADE DIAS WALNEY MUNIZ DE OLIVEIRA PREVITERA YARE COELHO CAMPINHO CAJUEIRO WALTER BOAVENTUIRA DE AMORIM YURI COSTA DE FARIAS WALTER CARLOS GOMES QUEIROZ ZALDIVAR ALVES DE SOUZA WALTER CRISPIM DA SILVA ZANONI AUGUSTO MARON DE ALMEIDA WALTER DA COSTA BARBOSA FILHO ZÉLIA TEREZA DE ALMEIDA DIAS WALTER DANTAS RODAMILANS WALTER DE C. BATISTA FILHO WALTER DE OLIVEIRA SOUZA WALTER ERNESTO BRECHBUEHLER WALTER FALCÃO DE CARVALHO WALTER FIGUEIREDO PIRES WALTER G. AHRINGSHARN WALTER GARCEZ DE CARVALHO WALTER JOAQUIM ALMEIDA MOTTA WALTER JOSÉ CARDOSO DANTAS WALTER JOSÉ FERNANDES WALTER JOSE RAMOS DA FONSECA WALTER LEAL SAMPAIO WALTER LUIS HEUTER FILHO WALTER MENDES DE AMORIM WALTER MENEZES ROJAS WALTER NUNES SEYJO WALTER OLIVEIRA WALTER PEREIRA FORMOSINHO FILHO WALTER PICUM VALDERDE 304 DEMAIS ASSOCIADOS Total: 517 Proprietários Contribuintes Total: 323 ADOLFO LUIS DE QUEIROZ STURARO BRUNO RODRIGUES CAMPOS ADRIANO PEREIRA CATTAI CARLA DA SILVA GOULART AFONSO CLAUDINO RIOS LEIRO CARLOS ALFREDO CRUZ GUIMARÃES AGENOR AFONSO DA SILVA FILHO CARLOS DARIO A. OLIVEIRA AGNALDO DE JESUS LIMA CARLOS EDUARDO CARDOSO DE ARAUJO ALESSANDRO HENRIQUE T. DE FARIAS CARLOS EUGÊNIO T. JUNQUEIRA AYRES ALEXANDER QUEIROZ DE CARVALHO CARLOS ROBERTO BURGOS ALEXANDRE JOSÉ FIGUEREDO BITTENCOURT CARLOS ROBERTO FERREIRA DE SOUZA ALEXANDRO DE B. GONÇALVES GUERRA CARLOS ROBERTO FRANKE ALFREDO AMERICANO DA COSTA CAROLINA MARIA P. SANTOS ALONE DE MELLO FERREIRA CAROLINE JOAT DE AZEVEDO ALVARO CESAR OLIVEIRA DOS SANTOS CELSO DE BARROS BANDEIRA ALVARO JOSÉ VIANA FILHO CELSO DUARTE CARVALHO FILHO ANA CLAUDIA O. DA SILVA CHRISTIANE GURGEL TURISCO Y BAQUEIRO ANA ISABEL SILVA DA COSTA ORRICO CINTHYA VIANA FINGERGUT ANA ISABEL VENTURA DE CARVALHO CLARISSA PEREIRA DE CARVALHO KRUSCHEWSKY ANA LÚCIA SANTOS DE A. PINHO CLAÚDIA SANTOS ANA MARIA ALVES DE SOUZA CLAUDINE LINS CERQUEIRA LIMA ANDRÉ ARAÚJO GÓES CLAUDIO FERREIRA BRITO ANDRE GALVÃO DO NASCIMENTO CLÍNIO MAYRINCK M. ANDRADE NETO ANDRE LUIS GUSMÃO DE ARAUJO CRISTIANO SEVERO FIGUEIREDO ANDRE LUIZ ANDRADE PINHEIRO CRISTINA COSTA PAIXÃO ANDRÉ RICARDO DE OLIVEIRA ESTRELA DAILTON RAIMUNDO RAMOS ANDREA DAS VIRGENS SILVA DANIEL CAVALCANTE ADAMI ANGELA DE SOUZA SANTOS DANIEL ROBERTO L. DE S. E SILVA FREITAS ANGELO FRANCO REZENDE DANIELA GIL BRAZ PINHEIRO SOUZA ANTÔNIO CARLOS A. ALVES DOMINIQUE BOCHIM ANTONIO CARLOS DE ASSIS FREITAS DOUGLAS DIEGO BONMANN ANTONIO CARLOS SOUZA DE OLIVEIRA EDNICE FÁTIMA S. DA SILVA ANTONIO HENRIQUE ALENCAR SANTOS EDSON CAMPOS GARRIDO RODRIGUEZ ANTÔNIO JOÃO VIANEY EDSON DE MELO MAGALHÃES ANTÔNIO LÁZARO DE SOUZA EDUARDO CAETANO DA SILVA ANTÔNIO MARCOS LIMA DE ALMEIDA EDUARDO PONTES PIMENTEL SANTOS ARLINDA QUESADA BECK EDUVIRGES RIBEIRO TAVARES ARTHUR SAMPAIO DE AMORIM NETO ELENI SILVA ARTUR ORLANDO D´ALMEIDA RAMOS FILHO ELIANE KRUSCHEWSKY CHEILA ARTUR ROBERTO DA SILVA ELIAS LUCIANO QUINTO DE SOUZA ARY BOA MORTE ELIZABETH GOMES AMERICANO DA COSTA ARY CABRAL HENRIQUES JÚNIOR ELLEN CRISTINA L. M. ATANAZIO BARBARA VANESCA DE JESUS EMERSON FIGUEIREDO SIMÕES BEATRIZ OSORIO PIMENTEL DANTAS EMERSON SOUZA BARRETO BERND GENSER EMILLY DE SÁ V. DE QUEIROZ BORIS DA LUZ FERREIRA ERIC ETTINGER DE M. JÚNIOR BRUNO MOTA SEPULVEDA B. SILVEIRA ERICA MEIRELES MOREIRA DIAS 305 EVERTON RENE SILVA FILHO JOCHEN BERND RUECKMANN FÁBIO DOS SANTOS COSTA JONAS DE BARROS PENTEADO FILHO FÁBIO PORTUGAL TOURINHO JORGE ALBERTO FACÓ FABRICE JEAN JACQUES FAUVEL JORGE ANTONIO ALEXANDRINO DO NASCIMENTO FABRICIO MODESTO DOS REIS JORGE HUMBERTO SOUZA VILAS BOAS FELIPE FERNANDES BARRETO JORGE SERVA GARRIDO FERNANDO AGUIAR VIEIRA JORU WATAMABE FERNANDO CAL GARCIA FILHO JOSÉ ADEODATO DE SOUZA NETO FERNANDO PINTO DE QUEIROZ NETO JOSÉ ALBERTO DE ALMEIDA CASTRO FERNANDO RESENDE DANTAS MOTA JOSÉ ALBERTO PRADO FIRMO GOMES CARVALHO JOSÉ ANTÔNIO VENTURA NAVALHINHA FLAVIO ALBERICO JOSÉ AUGUSTO DIAS DE PAIVA FRANCISCO DE ASSIS NEVES ROCHA JOSÉ AUGUSTO SOBRAL NETO FRANCISCO ELIEZER PIMENTA JOSÉ BAQUEIRO FRANCISCO VALDER V. JÚNIOR JOSÉ BORGES DANTAS FRANCISCO ZANNIS RIBEIRO TOUTSIS JOSÉ CARLOS RANGEL FREDERICO GUIZINI DOS SANTOS JOSÉ CARVALHO LOPES JÚNIOR GABRIEL NASCIMENTO DA COSTA JOSÉ CAVALCANTE NETO GABRIELA TELES RICCI JOSÉ CORIOLANO DE CASTRO LIMA FILHO GEORGE NASCIMENTO DA SILVA JOSÉ CORIOLANO DE CASTRO LIMA NETO GEORGE VALENTE VASSILATOS JOSÉ FERNANDO BARBOSA SANTOS GERALDO JOAQUIM TELES DE SOUZA JOSÉ FERREIRA DAMASCENO GIACONO MASTROIANNI TERSIS JOSÉ FERREIRA NOBRE NETO GILBERTO FRANCISCO TEIXEIRA VILLELA JOSÉ GOMES FILHO GILMAR DA S. REIS JOSÉ LEANDRO DE OLIVEIRA NETO GIUSEPPE DE SIERVI FILHO JOSÉ LUIS VASCONCELOS DE JESUS GODOFREDO NAVARRO DA SILVA NETO JOSÉ ROSELIO ARAUJO GUIMARÃES GUILHERME GEGHOTTI LEONELI JOSÉ RUBENS MARQUES COSTA GUSTAVO CAVALCANTE JULIANA LONGO PEDRA GUSTAVO HACKER ROCHA JÚLIO CÉSAR F. CHAMPANIDIS HELDER CAMARA DO NASCIMENTO JUSSARA DE SOUZA COSTA HELIANA ACRIS DO NASCIMENTO JUSSARA DEL CASTILLO MAGALHÃES HENRIQUE MUCCINI DA C. NEVES LEANDRO AUGUSTO F. GOMES HERMINIO CALASANS NETO LEANDRO CALMON DE JESUS HERON CRUSÓE CANGUSSU LEANDRO FREITAS DE CARVALHO HORTÊNSIA OLIVEIRA CALMON DE PASSOS LEANDRO PEREIRA LANDIM HUMBERTO O. GUIMARAES LEONADO LANDIM FERNANDES IGOR MENESES HERMIDA LEONARDO A. ALMEIDA INÁCIO ANTONIO ALVES DOS SANTOS LEONARDO CARDOSO BARBOSA INGO AHRINGSMANN LEONARDO CELESTINO R. BARROS ISRAEL BULHÕES PINTO LEONARDO DE OLIVEIRA PESSOA ITALO ROMANO EDUARDO LEONARDO DE SOUZA LEAL IVAN COSTA DA CUNHA LIMA LINO DOS SANTOS BAHIA JACKSON DA SILVA CERQUEIRA JÚNIOR LIVIA MARIA DE CASTRO DAYBE JADER DE OLIVEIRA TAVARES LUCI DINIZ PINTO JAIME AUGUSTO CARVALHO MARQUES LUCIA MARTINEZ TEJEDOR JAIRO SAPUCAIA DE FARIA GOES LUCIANA MARQUES DE OLIVEIRA JEFERSON LIMA CIRNE LUCIANO JOSÉ SANTOS RAMOS JOÃO AMILTON CERQUEIRA LUCIANO SERGIO HOCEVAR JOÃO CARLOS TOURINHO ALVARES LÚCIO GUEDES FERNANDES JOÃO EDUARDO VELOSO COSTA LUIS FELIPE TEDESCO NETO JOÃO FREIRE ROCHA LUIS HENRIQUE SPINOLA TOURINHO 306 LUIZ ALBERTO SOUZA VILAS BOAS MILTON GESTEIRA DINIZ GONÇALVES LUIZ AUGUSTO AGLE FERNANDES FILHO MÔNICA APARECIDA L. DI CHIACCHIO LUIZ AUGUSTO DA COSTA MONTAL MONICA BAQUEIRO AMOEDO LUIZ AUGUSTO P. CAL FILHO MONICA MORAES DE MATOS LUIZ AUGUSTO PEIXOTO DE CASTRO MONICA SORAIA R. P. MACEDO LUIZ CARLOS DE JESUS SEIXAS NELSON ANTONIO DANTAS FONTES LUIZ EDUARDO ALMEIDA CINTRA NERIOVALDO ALVES SANTANA LUIZ MAX SOUSA SANTANA NILSON BATISTA MELO LUIZETE RIBEIRO DE OLIVEIRA NILZA MARIA DE JESUS MANOEL DA HORA BRAZIL DE COUTO NÚBIA BENTO RODRIGUES MANOEL TOMAZ VARGAS LEAL ODEMAR DE A. LEITE MARCELO ALBERT SOUZA OLGA REGINA DE S. SANTIAGO MARCELO AMADO RABELO OSMÁRIO PIRES RIBEIRO MARCELO ANTONIO M. DA SILVA PATRICK JOHN HENNEGOM MARCELO CAMPOLINA MARQUES FILHO PAULO FRANCISCO D. FILHO MARCELO DA SILVA MECEDO PAULO ROBERTO DE MENEZES FAHEL MARCELO EDUARDO PFEIFFER CASTELLANOS PAULO ROBERTO V. DE MELO MARCELO PIMENTEL DE S. LIMA PAULO SÉRGIO FRAGA BERENGUER MARCELO SANCHES LOPES DO AMARAL PEDRO ANGEL DE LA FUENTE RODRIGUEZ MARCELO VIANNA TAVARES PEDRO DA SILVA MÁRCIO LUÍS ALVES MARTINEZ PEDRO LUIZ ROSA VELLOSO MÁRCIO VITÓRIO DE S. LIMA PIERRE BOURGEOIS MARCO VALERIO VIANA FREIRE PRISCILA MONTEIRO L. PONTES MARCOS AMADO RABELO RAFAEL COUTINHO RAMOS MARCOS JOSÉ VIANA DOS SANTOS RAIMUNDO JOSÉ DA SILVA MARCOS SANTANA DA SILVA RAIMUNDO MONTEIRO FALEIRO MARCUS DA GAMA RAMOS REGINA GUIMARÃES PEREIRA MARCUS DE ANDRADE STALLONE RENATA ANDRADE DE BRITO MARCUS MARQUES ROCHA RENATA ARAUJO GURGEL DE OLIVEIRA MARGARIDA DE LIMA GONÇALVES RENATO MONTEIRO MARIA AMÉLIA COSTA RENILDES EÇA DE SENA MARIA AUXILIADORA T. BRIM LANDEIRO RICARDO ALEXANDRE BRANDÃO MARTINEZ MARIA CAROLINA CARVALHO RICARDO ANTÔNIO COURI DE ALMEIDA MARIA DAS GRAÇAS G. ALMEIDA RICARDO CARNEIRO RAMOS MARIA DE FÁTIMA NUNES MAIA RITA DE CÁSSIA GOMES BARBOSA LIMA MARIA DO SOCORRO PIRES REIS DUTRICH ROBERTO ADAMI DE SÁ JÚNIOR MARIA GRACILDA BARROIS LESCOP ROBERTO DA SILVA VIEIRA MARIA LUCIA C. DI TULLIO ROBERTO JORGE RIBEIRO DE LIRA MARIA VERÔNICA PIRES DE OLIVEIRA ROBERTO MACEDO DOS SANTOS MARIANA PEDREIRA CAUMO RODRIGO BORGES VAZ DA SILVA MARILUCE DOMINGOS SOUZA SANTOS RODRIGO CASTRO LIMA CARLOS MÁRIO CARLOS FARIA RAFAELLI RODRIGO OTÁVIO T. JUNQUEIRA AYRES MARKUS BORGES ASTOLPHO ROGERIO TANDESCO NETO MARTINHO FERNANDES IVO RAMOS ROMULO GUSMAO SANTOS MARY GARCIA CASTRO RONALDO CARLOS NASCIMENTO DE OLIVEIRA MATHEUS FREIRE REIS ROSELENE CÁSSIA DE ALENCAR SILVA MAURICIO CARVALHO RUBEN BELLO COSTA MAURICIO DANEU CARDOSO E SILVA RUTH OLIVEIRA MURICY MAURICIO GARCIA SAPORITO SAMARA CLEA CARVALHO PRADO MAURICIO LIMA BARRETO SÉRGIO DE CARVALHO SCARMAGNAN MAYANE DE AZEVEDO ANDRADE SÉRGIO LUIZ DA ROCHA LEMOS MILENA SILVA HIRSCH RODAMILANS SÉRGIO OLIVEIRA CALMON DE PASSOS 307 SERGIO VILAS BOAS SANTOS ANTONIO NELSON DANTAS FONTES SOLON CAVALCANTE GUERRA ANTONIO VIANA SABACK SONIA CRISTINA P. CARMO ARIALVO DE ALMEIDA MOTTA SONIA MARIA ROCHA SAMPAIO ARLINDO JOSÉ GUIMARÃES REGO SUELY LEAL ALCÂNTARA ARLINDO LUIZ DE SANTANA SUZANA MARCIA PEREIRA AYLTON SILVEIRA ROMERO SUZANA TELLES DA CUNHA LIMA AYLTON WALTER DO NASCIMENTO TIANI MARIA S. SANTOS BENJAMIN WAINSTEIN UBALDINO SALDANHA RAMOS DE OLIVEIRA BORIS B. F. PESSOA ULISSES DE ARAUJO MALVEIRA CAIO FERNANDES LEONY VALDEMAR JOSÉ ISSA FERREIRA CARLOS ALBERTO DELLA PIAZZA VALFREDO ROQUE PEREIRA CARLOS AUGUSTO FREIRE LOPES VALTER SENNA CARLOS HENRIQUE NAJAR VANDA CARVALHO MEDRADO CARLOS SALES JÚNIOR VANILDA BRITO ANDRADE CARLOS SALES RIBEIRO FILHO VICTOR CARLOS DE ASSIS FREITAS CHARLES DAVID DE AQUINO VICTOR LACERDA FARIA CLÉLIA MATOS DE ALBUQUERQUE WAGNER DE SOUZA LIMA CLINAMUTE VIEIRA FRANÇA WALDEMIR RABELO PAES ALVES CLODOMIR BRANDÃO DE CARVALHO WALDIRENE SANTOS DA SILVA CLOVES DE JESUS BARRETO SANTOS WALLIS FREITAS SILVA CLOVIS DE OLIVEIRA SOUZA WILSON DA SILVA GOMES DANIEL MARINHO DA SILVEIRA WILSON FEITOSA DE BRITO DELSUC MENDES FIGUEIREDO WOLFGANG WESENANN DILCE DE ANDRADE BEHRENS ZELIA MARIA AQUINO SILVA DÍLSON DE SÁ MILTON DA SILVEIRA ZENAIDE SOARES MOTTA DÍLSON SANTIAGO DA SILVA ZULEIDE LEAL BANITO EDGARD DE ANDRADE BEHRENS EDILBERTO PRADO SILVA Proprietários Solidários EDUARDO BAPTISTA VIEIRA Total: 142 EDUARDO GOMES VIEIRA DE MELO EDUARDO RODRIGUES CARINHANHA ABIMAEL OLIVEIRA ELISIO ANTONIO ALVES ADILSON JAMBEIRO SILVA ELOÍSA MATTA DA S. LOPES ADILSON MENDES RODRIGUES EMERSON FERREIRA MANGABEIRA ADMAR JORGE DE FIGUEIREDO MACHADO ERALDO FERREIRA FREIRE AFONSO KAUARK ERNANI LIMA TORRES AFRODISIO SILVEIRA DE BRITO FILHO EUGÊNIO DA S. P. DE MIRANDA ALDA MARIA ASSIS DE SANTANA EVANDRO DE CARVALHO GUEDES FILHO ALDECI DE JESUS FERNANDO DE OLIVEIRA REIS ALOYSIO HENRIQUE PETITINGA FRANCISCO DE PAULA GONDIM ANDREIA FALCÃO SOARES GUIMARÃES GASTÃO FRANCISCO DE ASSIS FILHO ANIBAL COELHO DA COSTA GERALDO RABELLO DE BRITO FILHO ANILDO PIRES SEPÚLVEDA GILBERTO PEREIRA DE FREITAS SÁ ANTONIETE MARIA DE ALMEIDA GILDO RAIMUNDO LOPES ANTONIO CARLOS R. DE OLIVEIRA FILHO GILVAN FIGUEIREDO GALVÃO ANTONIO CRUZ MOREIRA ALVES IVETE REZHALLAH KHOURY ANTONIO EDUARDO ARAÚJO SANTOS JAYME SIMAS KRAYCHETE ANTONIO EDUARDO TELLES BASTOS JOACY OLIVEIRA NUNES ANTONIO GENIVAL NEVES JOÃO CARLOS FERNANDES CAMPOS ANTONIO JOÃO TRINDADE FERREIRA SANTOS JOÃO CLIMACO ARAÚJO SANTOS ANTONIO LUIZ VIANA VENTURA JOÃO COELHO DA COSTA JOÃO DANTAS DE PAIVA VIEIRA 308 JOÃO LOPES GUIMARÃES PAULO SÉRGIO FREIRE DE C. G. TOURINHO JOÃO MANSUR QUEIROZ PAULO SOUZA DE OLIVEIRA JOÃO MARCOS WOLF DE OLIVEIRA RAIMUNDO COELHO CORDEIRO JORGE ALIOMAR B. DANTAS RAUL CALIL JORGE ANTONIO DE BRITO RAUL EDUARDO DE CARVALHO GOMES JORGE FORTES FILHO RODRIGO GOMES VIEIRA DE MELO JOSÉ ALFREDO CRUZ GUIMARÃES ROSALVO COELHO NETO JOSÉ CARLOS FORTES FARINHA RUBENS AFRÂNIO DO AMARAL JOSÉ GOMES DE OLIVEIRA RUI VIEIRA XAVIER DA COSTA JOSÉ JOÃO PEIXOTO ALVES LEITE SÉRGIO CERQUEIRA FIGUEROA JOSÉ JORGE MEHMERE NETO STÉLIO AUGUSTO DE A. CARDOSO JOSÉ MENDES DE OLIVEIRA TÂNIA RIBEIRO SILVA JOSÉ NOGUEIRA ELPIDIO TEREZINHA EVANGELISTA DOS SANTOS JOSÉ RAIMUNDO CAJAZEIRA RÊGO THELÍCIO LUIZ BAPTISTA JOSÉ SITÔNIO DE LIMA FILHO UBIRACI ALMEIDA DE JESUS JOSELITA ALVES PACHECO VALDEMAR SOUTO VEIGA LEONARDO ÁVILA DA LUZ VALDIVIO COELHO NETO LETÍCIA DANTAS FREITAS VALMIR PALMA FERREIRA LUIZ ALBERTO MENEZES SAMPAIO VICTOR MANUEL MARTINEZ LUIZ FERREIRA BASÍLIO VIRGILIO ELÍSIO DA COSTA NETO LUIZ HENRIQUE OLIVEIRA BEHRENS WALFRIDO VIEIRA DE MELO MARCELO AUGUSTO CARVALHO ROCHA MARCOS ANTONIO CHOPANIDIS Veteranos MARCOS BENEDITO DOS REIS FONSECA Total: 24 MARIA DE POMPÉIA SANTANA SOUZA MARIA HELENA DA SILVEIRA DALTRO AMANDO WALTER L. MEDRADO FILHO MARILIA TÂNIA ALVES MEISTER ANDREA RICCI MARINALVA DOS SANTOS ANTONIO AMÂNCIO JORGE DA SILVA MAURÍCIO DA SILVA PASSOS ANTONIO DE MACEDO TAVARES MIGUEL FALCÃO DA SILVA ARMANDO LOPES ULM DA SILVA MIRIAM CRISTINA R. LIMA BRAZILEIRO CARLOS FERNANDO AMARAL MOACYR BORRI EDVALDO DIAS LEONY MOZART FRANCISCO DE CARVALHO ENO MEIRELLES MÚCIO JOSÉ TOURINHO DE ARAÚJO GERALDO FERREIRA FONSECA NELCY KELLY PRASS HAMILTON JOSÉ DE OLIVEIRA NELSON BISAGLIA COSTA IVAN PERAZZO FREITAS NELSON DIAS CARREGOSA JOSÉ EDUARDO FRANÇA GANTOIS NEWTON DUPLAT AZEVEDO JOSÉ MARTINS QUEIROZ NEY SOUZA GAVAZZA JOSÉ RAIMUNDO DA SILVA ALMEIDA NILVO NICHETTI JOSÉ TEIXEIRA FREIRE NINA MARIA TOURINHO DE CARVALHO LÚCIA MARIA REBOUÇAS MEIRELLES NOELITO DE OLIVEIRA PEDRA LUIZ EURICO CARVALHO LAVIGNE ODETE AMANDA MARTINEZ LUIZ FORTUNATO AUGUSTO DA SILVA OLGA BELOV MOREIRA LUIZ HENRIQUE PORTELA BRIM OSNEI FALCÃO SOARES NESTOR ISIDORO DE OLIVEIRA OSNILDO FALCÃO SOARES RUY DE OLIVEIRA ROSA PAULO CÉSAR COELHO C. DE A. PINTO RUY MESSIAS DE FREITAS SERRAVALE PAULO DE TARSO PIMENTEL LOPES VIRGILIO LEIRO CAMPOS PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA JÚNIOR WANDERLEY DE MACEDO MOURA 309 Conveniados Aspirantes Total: 18 Total: 7 ANA DE CÁSSIA REZENDE MELO ADRIANO WELL VELLOZO ANA MARIA SANTOS M. DE FIGUEIREDO ANDERSON LUIZ ARAÚJO BASÍLIO CARLOS TADEU DE MELO CARDOSO ANDRÉ LUIZ ARAÚJO CÉLIA MARIA LOUREIRO ALVAREZ LUCAS CORTIZO GARCIA CRISTIANO DOTTO GUIMARÃES MÁRCIO DE SANTANA MESSEDER ERBENE RIBEIRO BRITO LEITE MARCOS ARAÚJO DE ALMEIDA GUILLAUME N. FOULON MARCOS FREITAS DE CARVALHO LINDINALVA SAMPAIO ALMEIDA LUCIANA TORRES CARNEIRO SILVA Contribuintes Residenciais LUIZ EDUARDO LOPES DA SILVA Total: 2 MÁRIO SÉRGIO ROSA DE OLIVEIRA MARISTELA PEREZ GARCIA MOURA DANIEL GUSMÃO CORREIA PAULO JOSÉ PEREIRA FILHO EUVALDO JOSÉ FERREIRA JÚNIOR RAQUEL DE SOUZA FONSECA CARBALLO RENATO BRASILEIRO JÚNIOR Contribuinte Usuário RODRIGO MENDONÇA AZEVEDO DA SILVA Total: 1 VALTER ALVES BRITTO FILHO VLADIMR DE SÁ BARROS GUERREIRO MARIA DE FÁTIMA NERY COUTO 310 ICONOGRAFIA Imagens da Associação Antiga Imagens da Nova Associação Imagens da Sessão na Câmara Municipal Imagens da Primeira Solenidade Imagens da Primeira Festa Dançante 311 Reprodução: Revista Tênis Aos dez anos, na escolinha de tênis da Azulina, Patrícia Medrado iniciou a trajetória para a conquista de importantes títulos em competições nacionais e internacionais. (Foto: Roberto Okumura/1979) 312 Acervo da AAB Imagens da Associação Antiga Acervo da AAB A sede da Azulina, inaugurada em 25 de janeiro de 1941. Toda branca, com janelas e portas azuis, tinha a separá-la da rua um belíssimo jardim e frondosas mangueiras. Durante décadas, esse prédio de traços neocoloniais simbolizou uma parte do glamour da vida social e esportiva de Salvador. A sede inaugurada em 1941 com as alterações que sofreu em sua fachada da entrada. 313 Acervo da AAB Acervo da AAB Vista das partes posterior e lateral da sede. 314 Acervo da AAB Acervo da AAB Piscina olímpica. Piscinas infantil e de saltos ornamentais. 315 Acervo da AAB Acervo da AAB Piscina infantil, restaurante e ginásio poliesportivo. Quadras de tênis e ginásio poliesportivo. 316 Acervo da AAB Quadras de tênis. 317 Acervo da AAB 318 Acervo Rubinho dos Carnavais Acervo Rubinho dos Carnavais 319 Acervo Rubinho dos Carnavais Acervo Rubinho dos Carnavais Acervo da AAB Acervo Boréu Um automóvel no corso do sábado de carnaval. Tenistas Eduardo Catharino Gordilho (Bahiano de Tênis) e José Carlos Brito Dória, o Boréu (Associação), na quadra da Azulina, em 1963. 320 Acervo da AAB Acervo da AAB Roberto Rebouças (à esquerda), acompanhado pela esposa Silvinha, sendo entrevistado pela Rádio Cultura logo após ter recebido o troféu Bola Azul de 1977, como melhor centroavante na categoria de veteranos, defendendo o Locomotiva no campeonato interno de futebol da Associação. Equipe de sinuca da Associação, campeã estadual interclubes de 1993: Gervásio, Roberto, Tartaruga, Cigano e Raymundo. 321 Acervo Lúcia Meirelles Acervo Lúcia Meirelles Uma família de tenistas: Lúcia e Cid Meirelles com as filhas Vânia, Ivana, Itana e Tânia. Tânia Meirelles participou das seguintes competições internacionais: Campeonato Sul-Americano Infanto-Juvenil até 14 anos (Venezuela/1977); Campeonato Sul-Americano Infanto-Juvenil até 16 anos (Chile/1978): Torneio Casablanca (México/1980); e Torneio Orange Bowl (Estados Unidos/1980). 322 Acervo da AAB Acervo da AAB O sócio Remido e cientista Elsimar Coutinho foi um dos vários palestrantes de renome internacional que passaram pela Associação. O monsenhor Gaspar Sadoc da Natividade com o Diploma de Sócio Honorário da AAB. 323 Reprodução: Informativo O Azulino, nº 10/1992 Em 1992 foi iniciado o “Projeto de Recuperação das Casas dos Funcionários mais Antigos e Carentes da AAB”. Na sua viabilização foram conclamados os diretores, conselheiros e associados, para colaborarem com a doação de dinheiro, mão de obra ou material de construção. Uma comissão, constituída por funcionários, ficou encarregada de visitar as residências e definir a prioridade dos atendimentos. A reforma da primeira casa foi a do funcionário Miguel Arcanjo dos Santos, que em 1990 havia recebido o título de Funcionário Padrão. Ele tinha 54 anos de idade e há 23 trabalhava na Associação. Era viúvo e tinha cinco filhos. A reforma da sua residência foi custeada pelos diretores Joselisio Oliveira, José Araújo, Normando Macedo, Frederico Catharino, Renato Scardua e pelo presidente Ademar da Silveira Brito, juntamente com sua esposa, Marlene Brito. O associado Ubaldo Barreto colaborou com a mão-de-obra e o conselheiro João Dantas com material de construção. Na foto o presidente Ademar Brito com a comitiva da Associação na porta da residência de Miguel Arcanjo, logo no início das obras da reforma. Reprodução Durante muitos anos o campo de futebol foi o palco de memoráveis jogos nas sete categorias do campeonato interno: dente de leite, infantil, juvenil, adulto, veterano, máster e matusalém. (Foto: Informativo O Azulino, nº 13/1993) 324 Acervo Edgar Viana Acervo Lúcia Meirelles Pela passagem do Dia do Jornalista, em 10 de setembro de 1993, a Associação Atlética da Bahia homenageou a Associação Bahiana de Imprensa com uma placa de prata. Na foto o jornalista Edgar Viana Filho, diretor de marketing da Associação, procedendo a entrega ao presidente da ABI, jornalista Samuel Celestino (centro), tendo à esquerda o jornalista Jorge Calmon, diretor redatorchefe de A Tarde. Festival futebolístico, com times das categorias dente de leite e infantil. 325 Acervo da AAB Acervo da AAB Uma competição na piscina olímpica da AAB. Uma equipe da AAB campeã de judô. 326 Acervo da AAB Acervo da AAB Pega no Tombo, que em seis anos no campeonato interno de futebol, na categoria veterano, foi três vezes vice-campeão e três vezes campeão. Seleção da AAB de futebol juvenil. 327 Acervo da AAB Acervo da AAB O governador da Bahia, Otto Alencar, entre Rubinho dos Carnavais e Ademar Brito, respectivamente relações públicas e presidente da AAB. O vereador Pedro Godinho entre os casais Valfredo Oliveira e Ademar Brito, em evento na AAB. 328 Imagens da NOVA Associação Kin Kin (27.11.2010) Dirigentes da Associação na entrada social do clube, no dia da inauguração da nova sede, em 27 de novembro de 2010. A partir da esquerda: Leonardo Scardua, Jorge Pinho, Antônio Heider, Ademar Brito, Teruo Mitani e Luiz Brim. Atrás: Adilson Ramos, Geraldo Rabelo e Antônio Moreira. 329 Kin Kin Piscina 330 Kin Kin Kin Kin Piscina 331 Kin Kin Augusto Moura Augusto Moura Plateia atenta ao discurso proferido pelo presidente Ademar da Silveira Brito, no dia da inauguração da nova sede. Muitos associados testemunharam a inauguração da nova Associação. À esquerda o diretor Antônio Cruz Moreira Alves. 332 Kin Kin Kin Kin Jorge Pinho, Virgílio Leiro, Pedro Godinho, Téo Senna, Edvaldo Brito, Ademar Brito, Valfredo Oliveira, Eduardo Jorge Magalhães, Maurício Farias e Boris Pessoa. Pedro Godinho, Claudelino Miranda, Edvaldo Brito e Valfredo Oliveira. Em pé: Téo Senna e Ademar Brito. 333 Kin Kin Romildo de Jesus Jorge Pinho, Luiz Brim, Luiz Behrens, Valfredo Oliveira, Odair Conceição, Ademar Brito, Boris Pessoa, Geraldo Rabelo, Aurélio Pires, Ronaldo Rohrs, Antônio Moreira, Selenneh Íris e Antônio Heider. Valfredo Oliveira, Ademar Brito e Rosalvo Coelho Neto com representantes do bairro do Rio Vermelho, sentados: Antônio Carlos Freire, Ubaldo Porto, Ítalo Dattoli e Clóvis Bezerril. 334 Kin Kin Kin Kin Rosalvo Coelho Neto, Valfredo Oliveira, Antônio Carlos Cunha, Lauro Astolfo, Ademar Brito, Pedro Godinho e Ana Viana. O vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito, colocando a faixa de Miss Associação Atlética da Bahia em Nathália Moinhos. 335 Augusto Moura Augusto Moura Os presidentes Ademar Brito (Diretoria) e Valfredo Oliveira (Conselho Deliberativo) com parte da equipe da secretaria da Associação: Cláudia Costa, Aurenice Andrade e Maria Vandelúcia Patrocínio. Outra parte da equipe administrativa da Associação: Carlos dos Reis, Eliraldo Bomfim, Wellington Villas Boas, Renê Cavalcante e Ademir Caldas. 336 Kin Kin Kin Kin O desembargador Eduardo Jorge Magalhães, sócio Benemérito e ex-presidente do Conselho Deliberativo da AAB, durante o discurso da inauguração da nova sede da AAB. O deputado federal Gerson Grabielli, sócio Benemérito da AAB, também discursou na inauguração da nova AAB. 337 Imagens da SESSÃO NA CÂMARA MUNICIPAL Eduardo Silva/CMS (02.12.2010) Eduardo Silva/CMS Mesa que dirigiu os trabalhos da Sessão Especial da Câmara Municipal de Salvador, realizada no dia 2 de dezembro de 2010, em homenagem à Associação Atlética da Bahia. A partir da esquerda: Claudelino Miranda, Ademar da Silveira Brito, vereador Pedro Godinho, Valfredo Oliveira e Itaberaba Lyra. O plenário Cosme de Farias no instante da execução do Hino Nacional Brasileiro, vendo-se à esquerda Sérgio Oliveira, Ronaldo Rohrs, Luiz Behrens, Geraldo Rabelo e Cláudio Carvalho. 338 Eduardo Silva/CMS Eduardo Silva/CMS Discurso do vereador Pedro Godinho, presidente da Sessão Especial. O plenário atento ao discurso do presidente, vendo-se, dentre outros, os seguintes dirigentes da Associação: Geraldo Rabelo, Jorge Pinho, Cláudio Carvalho e Antônio Heider. 339 Oradores da Sessão Especial Fotos: Eduardo Silva/CMS Pedro Godinho, presidente da Sessão Especial. Ademar Brito, presidente da Diretoria da Associação. Valfredo Oliveira, presidente do Conselho Deliberativo da Associação Alfredo Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Clubes do Estado da Bahia (Sindiclube). 340 Oradores da Sessão Especial Fotos: Eduardo Silva/CMS Claudelino Miranda, representante do vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito. Itaberaba Lyra, ex-vereador de Salvador. Ubaldo Porto, historiador da Associação. Clóvis Bezerril, presidente da Central das Entidades do Rio Vermelho. 341 Imagens da primeira SOLENIDADE (31.11.2011) Romildo de Jesus No dia 31 de janeiro de 2011, no Salão Nobre Ministro Carlos Coqueijo Costa, foi realizada a primeira solenidade na nova Associação Atlética da Bahia, com a entrega dos diplomas de Sócio Benemérito, a Valfredo Oliveira Santos, e de Sócio Honorário a Claudelino Monteiro da Silva Miranda. O evento contou com a participação de dezenas de conselheiros e associados do clube, além dos membros da Diretoria e da Comissão Fiscal. Em seguida, foi servido um coquetel de congraçamento entre associados do clube e os amigos e familiares dos homenageados, dirigentes de diversas entidades e autoridades, dentre elas o novo presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Pedro Godinho, o líder do prefeito na Câmara Municipal de Salvador, vereador Téo Senna, o comandante do 2º Distrito Naval, vice-almirante Carlos Autran Oliveira Amaral, o comandante da Base Aérea de Salvador, coronelaviador Ary Soares Mesquita, o presidente da Associação Comercial da Bahia, Eduardo Moraes de Castro, o presidente da Associação Brasileira dos Agentes de Viagens da Bahia, Pedro Galvão e o cônsul da Costa do Marfim na Bahia, Carlos Sodré. Ademar da Silveira Brito entre os homenageados, Claudelino Miranda e Valfredo Oliveira. 342 Romildo de Jesus Romildo de Jesus Valfredo Oliveira com os filhos: Luciano, César Augusto e Sérgio Ricardo. Claudelino Miranda entre Rosalvo Coelho Neto, Ademar da Silveira Brito, Carlos Maurício Torres, Carlos Alberto de Carvalho Lima e Antônio Cruz Moreira Alves. 343 Cortesia Studio Kin Kin Cortesia Studio Kin Kin Eduardo Moraes de Castro, Carmelito Walter de Almeida e Anorailton Conceição Silva. Pedro Galvão, Téo Senna e Carlos Sodré. 344 Cortesia Studio Kin Kin Cortesia Studio Kin Kin Carlos Autran Oliveira Amaral, Claudelino Miranda, Arnon Lima Barbosa, Ary Soares Mesquita e José Paulo Machado de Azeredo Júnior. Uma parte da platéia no Salão Nobre Ministro Carlos Coqueijo Costa. 345 Acervo da AAB Os jornalistas Jolivaldo Freitas, sócio Remido da AAB, e Verônica de Macêdo, editora da revista Azulina. 346 Acervo da AAB O professor Edvaldo Brito (sócio Benemérito, ex-presidente do Conselho Deliberativo e atual vice-presidente jurídico da AAB) confraternizando-se com o arquiteto Antônio Caramelo, autor do projeto do novo clube e sócio Honorário da AAB. 347 primeira FESTA DANÇANTE (18.02.2011) Porto Filho A Associação ficou famosa pela tradição das festas dançantes, divididas em duas categorias: os bailes de gala, comandados por orquestras famosas, onde o traje a rigor era obrigatório; e as festas denominadas de “assustados”, conduzidas por conjuntos musicais locais e ainda sem a fama nacional, mas de renome regional. Nessas ocasiões o traje a rigor era dispensado. Embora mais simples, sem a pompa dos bailes a rigor, os “assustados” eram realizados com mais frequência e foram por longos períodos promovidos semanalmente, enternecendo várias gerações da chamada Família Azulina. E num resgate da fase áurea dos antigos “assustados”, onde a dança de salão era regida pelas músicas românticas, a nova Associação realizou o seu primeiro baile na noite de 18 de fevereiro de 2011. O palco foi o Salão Nobre Ministro Carlos Coqueijo Costa, que ficou repleto de casais dançando ao som de Beto Narchi e seu conjunto, especialistas na execução das canções românticas nacionais e internacionais. Indiscutivelmente o maior nome da noite baiana no repertório das músicas para dançar, o cantor e showmen Beto Narchi encantou os associados da Azulina e garantiu que a primeira festa dançante na Associação obtivesse êxito total. 348 Acervo da AAB POSFÁCIO Valfredo Oliveira Santos Presidente do Conselho Deliberativo O Desafio Vencido Na década de 1980, os clubes sociais, de um modo geral, em todo o país, começaram a sofrer os reflexos nas mudanças do cotidiano das famílias, decorrentes dos surgimentos dos edifícios residenciais de luxo e dos condomínios de casas oferecendo novos conceitos de vida comunitária. Esses novos núcleos de habitação, com piscinas, quadras esportivas, academias de ginástica, salões de festas, bares, restaurantes e até boates privativas, passaram a gerar uma baixa nas finanças dos antigos clubes, que foram, paulatinamente, deixando de ser frequentados pelos associados mais abastados. Como não poderia deixar de acontecer, a Associação também passou a sofrer as consequências dos novos hábitos. Como não houve uma visão progressista de algumas administrações, para colocar a Azulina no caminho para onde os ventos dos novos tempos se direcionavam, o clube ingressou num período de dificuldades, deteriorando a saúde financeira e colocando todo o valioso patrimônio sob séria ameaça. Enfim, a Associação esteve em vias de desaparecer, condenada por um passivo que crescia como uma bola de neve. Porém, eis que, teve à frente da Diretoria um presidente operoso e determinado, que resolveu pôr em prática um velho adágio: “Não há vitórias sem lutas”. E pensando assim, Ademar da Silveira Brito arregaçou as mangas e saiu em busca das soluções que conseguissem tirar o clube da situação de insolvência em que se encontrava. Não deixaria que a Associação tivesse o mesmo final triste de vários clubes importantes e tradicionais, existentes em dezenas de cidades brasileiras, que simplesmente desapareceram. Encarando a realidade com coragem e objetividade, Ademar Brito e seus companheiros de Diretoria partiram para a concretização de um projeto audacioso, sendo que muitos não acreditaram na sua exequibilidade. O Conselho Deliberativo, acreditando no sucesso da árdua empreitada, para o soerguimento da Associação, não negou nenhuma colaboração nos momentos em que lhe foi solicitado o apoio. O resultado está aí, um novo clube, com novas instalações para gáudio do seu quadro associativo. Ademar Brito foi vitorioso na sua 349 difícil missão. Caberá agora, às administrações que o sucederão, zelarem pelo novo clube e ficarem atentas aos modernos conceitos de gestão dos clubes sociais, para manterem a Associação no lugar de destaque que Ademar colocou e deixa como valiosa herança. Este livro, escrito por Ubaldo Marques Porto Filho, é outra herança legada por Ademar da Silveira Brito. A obra contém a história da Antiga e da Nova Associação Atlética da Bahia. É um documento importante para os associados e os pesquisadores, de hoje e de amanhã, ficarem conhecendo a rica e gloriosa trajetória da agremiação azulina. Salvador, fevereiro de 2012. 350 Associação Atlética da Bahia Reconhecimento de Utilidade Pública Municipal Projeto de autoria do vereador João Dantas, que tramitou na Câmara Municipal de Salvador e se transformou na Lei 4.794/93, sancionada em 20 de outubro de 1993, pela prefeita Lídice da Mata Souza, sendo publicada no Diário Oficial do Município de 21 de outubro de 1993. Reconhecimento de Utilidade Pública Estadual Projeto de autoria do deputado Antônio Honorato de Castro Neto, que tramitou na Assembleia Legislativa da Bahia e se transformou na Lei 7.260/98, sancionada em 22 de janeiro de 1998, pelo governador Paulo Ganem Souto, sendo publicada no Diário Oficial do Estado de 23 de janeiro de 1998. PARCEIROS DA ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DA BAHIA Capitania do Porto (Academia Paulo Meyra) Restaurante Marinata Barra Salvador Hall (BSH) Porto Shopp Bar e Restaurante Yo Frozen (Sorvete de Iogurte) Lavanderia 5àSec Depil (Depilação) Academia Cavalo Marinho 351 Com projeto gráfico e editoração eletrônica da Verbo de Ligação Ilustrações, este livro foi composto no formato 17x24cm, na fonte Humnst777 BT e impresso em março de 2012, nas oficinas da Grasb - Gráfica Santa Bárbara Ltda., pelo processo CTP - Computer To Plate, utilizando papel Couchê 115g/m² no miolo e Supremo Duo Design LD 300g/m² nas capas. Salvador - Bahia - Brasil 352