HISTÓRIA DA
ASSOCIAÇÃO
ATLÉTICA
DA BAHIA
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UBALDO MARQUES PORTO FILHO
HISTÓRIA DA
ASSOCIAÇÃO
ATLÉTICA
DA BAHIA
SALVADOR
2012
3
Copyright © 2012 by
Associação Atlética da Bahia
AUTOR
Ubaldo Marques Porto Filho
Rua Tupinambás 82, Rio Vermelho
41940-090 – Salvador – Bahia
[email protected]
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COORDENAÇÃO EDITORIAL
Marques Porto Comunicação
PESQUISA E PROCESSAMENTO DE DADOS
Ubaldo Marques Porto Neto
REVISÃO
Maria Ester Sousa
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PROJETO GRÁFICO
Verbo de Ligação Ilustrações
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CRIAÇÃO DAS CAPAS
José Carlos Baião Ferreira
[email protected]
FOTO DA 1ª CAPA
Kin Kin
www.kinkin.com.br
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Verbo de Ligação Ilustrações
www.verbodeligacao.com.br
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Grasb - Gráfica Santa Bárbara
www.grasb.com.br
P839 Porto Filho, Ubaldo Marques.
História da Associação Atlética da Bahia: Ubaldo Marques
Porto Filho. Salvador: Associação Atlética da Bahia, 2012.
352 p. il.
ISBN 978-85-910034-3-3
1. Clubes sociais – Bahia. 2. Associação Atlética da Bahia.
I. Título
CDU 061.237(813.8)
Ficha Catalográfica elaborada por Maria Augusta Mascarenhas Cardozo
Bibliotecária do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia
4
À MEMÓRIA
FUNDADORES
Américo Salles
Antônio Bernardino de Carvalho
Boaventura Moreira Caldas
Carlos Alberto Cruz
Carlos da Costa Cruz
Eduardo Dias Pereira
Geraldo Lanza
João Vianna Dias da Silva
Manoel da Costa Cruz
Raymundo Chaves de Aguiar
Beneméritos
Alfredo Henrique de Azevedo
Antônio Dias de Moraes
Antônio Menezes Dourado
Archimedes Pires de Carvalho
Arthur Fraga
Arthur Motta
Bernardino Madureira de Pinho
Bráulio Xavier Filho
Carlos Coqueijo Torreão da Costa
Carlos Corrêa Ribeiro
Carlos de Aguiar Costa Pinto
Fernando Corrêa Ribeiro
George Harvey Duder Junior
Gustavo Maia
Henrique Conde
Jayme Baleeiro
Jorge Corrêa Ribeiro
Manoel Rodrigues Pedreira
Milton José Dias de Moraes
Nilton Silva
Noé Rodrigues Nunes
Pedro Bacellar de Sá
SÓCIA HONORÁRIA
Maria de Carvalho Tavares
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ATA DE FUNDAÇÃO
Fac-símile da Ata de Fundação, redigida após 37 dias, com o defeito de ter sido escrita de ponta
a ponta da página, sem qualquer espaçamento de margem. Não foi subscrita por nenhum dos
fundadores. As assinaturas somente aparecem a partir da sétima ata das reuniões da Diretoria.
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SUMÁRIO
PREFÁCIO
9. Ademar da Silveira Brito
Presidente da Diretoria
HISTÓRIA DA PRIMEIRA FASE: 1914-1929
13. Fundação
15. Dificuldades Iniciais
16. Futebol
18. Um Ano Muito Importante
22. Enfim, a Sede
25. Mica na Associação
26. Festividades do Decênio
27. Campeã de 1924
28. Festas em Evidência
29. Campeã do Torneio Início
30. Primeira Mi-Carême
32. Ausência no Campeonato de 1928
33. A Volta ao Campeonato
34. Réveillon de 1929
35. Balanço das Atividades Futebolísticas
37. Associação no Ranking do Campeonato
HISTÓRIA DA SEGUNDA FASE: 1930-1982
41. Momento de Decisão
42. O Que Fazer com o Time de Futebol
43. Terceira Mi-Carême
44. Fim do Time de Futebol
45. Consequências da Saída do Futebol
45. Crise de 1932
49. Incidente com o Capitão João Facó
51. Vinte Anos de Fundação
52. Compra da Sede e Plano de Expansão
53. Homenagem à Maria de Carvalho Tavares
54. Ladrão Fugiu e Ficou Impune
54. Construção da Nova Sede Social
63. Fidalguia Baiana
64. Carnaval da Vitória
65. Martha Rocha
73. Piscina Semiolímpica
74. Boréu, Campeão Brasileiro de Tênis
76. Bodas de Ouro
83. Boicote dos Diários Associados
85. Patrícia Medrado
87. Olimpíadas Internas
92. As Festas pelo 65º Aniversário
96. Conquistas Múltiplas
100. Clube Social e Esportivo Completo
102. Evaldo e Pedro, Professores de Tênis
103. Campo de Futebol
104. Alguns Presidentes Inesquecíveis
HISTÓRIA DA TERCEIRA FASE: 1983-2004
113. Primórdios do Declínio
114. Penhoras do Patrimônio
115. Improbidade Administrativa
121. Recuperação da Imagem
123. Administração Desastrosa
123. A Volta de Ademar
124. Prefeito Não Negocia Dívida
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HISTÓRIA DA QUARTA FASE: 2005-2010
129. Novo Prefeito Negocia Dívida
131. Projeto Salvador
132. Concepção do Projeto
134. Último Evento
135. Período das Obras
136. Inauguração do Novo Clube
138. Sessão Especial na Câmara Municipal
147. Testemunho do Presidente do Sindiclube
152. Dirigentes do Renascimento
156. Homenagens Especiais
157. Conselho Superior Interclubes
DEPOIMENTOS
161. Lembrança da Primeira Sede
Oréade Mesquita Marques Porto
163. Lembrança da Segunda Sede
Yvette Marques Porto Pavão
165. O Ressurgimento com a Terceira Sede
Boris B. F. Pessoa
169. Ontem, Hoje e Amanhã
Carlos Maurício Torres
171. Memória Azulina
Augusto César Rios Leiro
173. Família Meirelles
João Rubem Carvalho de Souza
175. Homenagens Justas e Merecidas
Odair de Jesus Conceição
177. Um Clube Completo
Edgar Viana Filho
178. Um Clube Definitivo
Luiz Henrique Portela Brim
179. Sustentabilidade Financeira
Antônio Cruz Moreira Alves
181. Depoimentos na Revista Azulina
Walter Queiroz Júnior
Renan Baleeiro
Edvaldo Brito
Fátima Mendonça
Antônio Brito
Verônica de Macêdo
Patrícia Trigueiros
Jolivaldo Freitas
Ademar Brito
PARTE FINAL
195. O Bairro da Associação
201. Galeria dos Presidentes
204. Cronologia
207. Agradecimentos
213. Referências
215. Índice Onomástico
ADENDO
243. Transparência nas Ações
255. Estatuto Social
274. Associados Remidos
305. Demais Associados
ICONOGRAFIA
313. Imagens da Associação Antiga
329. Imagens da Nova Associação
338. Imagens da Sessão na Câmara Municipal
342. Imagens da Primeira Solenidade
348. Primeira Festa Dançante
POSFÁCIO
349. Valfredo Oliveira Santos
Presidente do Conselho Deliberativo
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Juscelino Pacheco
PREFÁCIO
Ademar da Silveira Brito
Presidente da Diretoria
Família Azulina
O objetivo do presente livro foi o de
resgatar a rica história da nossa Associação Atlética
da Bahia e a sua interação com a sociedade baiana.
Inicialmente, por intermédio do associado
e conselheiro Edgar Viana Filho, genro da professora Consuelo Pondé de Senna, foi
feita uma consulta sobre a possibilidade dela escrever o livro da Associação. Por
justificadas razões, a renomada historiadora declinou do convite. De imediato, o
mesmo Edgar nos apresentou o pesquisador e escritor Ubaldo Marques Porto Filho,
autor de 15 livros, que nos impressionou durante as tratativas. Concluímos que era
a pessoa certa para cumprir a missão.
Paralelamente, mantivemos contato com o associado e assíduo frequentador
do clube, jornalista e escritor Jolivaldo Freitas, que nos apresentou a jornalista
Verônica de Macêdo e a contratamos para ser assessora de Comunicação e editora
da revista Azulina, sob a orientação e o acompanhamento do Jolivaldo. A revista é
um sucesso, inclusive reconhecida e comentada pelo Conselho Superior Interclubes,
do qual a Associação faz parte e é integrado pelos 30 melhores clubes do Brasil.
Os mais de 400 informativos sobre atos e fatos da nossa gestão, as edições
da revista e agora o livro ‘História da Associação Atlética da Bahia’, enriquecem os
anais da história do nosso clube.
Para que se chegasse aos informativos, à revista, ao livro e, principalmente,
à inauguração da Nova Sede, projetada pelo arquiteto Antônio Caramelo e
construída pela ARC Engenharia e AGRE Incorporadora, atual PDG, muitos foram
os que acreditaram e ajudaram na concretização do empreendimento: conselheiros,
diretores, membros da comissão de obras e associados em geral.
Aos ex-gestores, que mantiveram viva a nossa quase centenária instituição,
e a todos que nos ajudaram a enfrentar os desafios, e até mesmo aos críticos das
‘obras prontas’, os meus agradecimentos.
Permitam-me, entretanto, alguns agradecimentos muitíssimos especiais: a
Boris Benjamin Freyesleben Pessoa, Vice-Presidente Administrativo e Financeiro; a
Antônio Heider Lago Bomfim, Diretor Administrativo, Professor de Economia e Auditor
Fiscal do Estado; a Valfredo Oliveira Santos, Presidente do Conselho Deliberativo,
que ajudou a solucionar diversos problemas; ao Doutor Rosalvo Coelho Neto, Diretor
Médico, que sempre colocou o seu conhecimento e o seu Hospital Evangélico em
favor dos nossos humildes empregados; ao Desembargador Eduardo Jorge Mendes
de Magalhães, Associado Benemérito, ex-Presidente do Conselho Deliberativo e autor
do primeiro Estatuto do clube registrado em cartório e publicado no Diário Oficial
do Estado; ao Professor Edvaldo Pereira de Brito, autoridade em Direito Tributário,
ex-Prefeito e atual Vice-Prefeito de Salvador, ex-Secretário da Prefeitura de São Paulo,
ex-Presidente do Conselho Deliberativo e atual Vice-Presidente Jurídico da AAB, que
colocou a serviço da Associação o seu escritório advocatício, o seu saber jurídico e o
seu amor ao clube do qual é Associado Benemérito.
Agradeço ainda de modo especial às seguintes outras personalidades:
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Ao Vereador Pedro Godinho, que preside a Câmara Municipal de Salvador
e é Sócio Honorário da Associação, por sempre atender aos justificados pleitos da
AAB;
Ao ex-atleta do clube Téo Senna, Vereador que muito ajudou na solução
de pendências no Poder Executivo Municipal e que nos encaminhou ao Deputado
Federal Sérgio Carneiro, que por sua vez nos levou ao Prefeito João Henrique Carneiro,
para atendimento às justas ponderações da Associação, visando a saída da crise que
ameaçava a sobrevivência da Azulina. O diálogo produtivo resultou na assinatura
do Termo de Transação e Quitação dos Débitos com IPTU e ISS, acumulados desde
1971, no valor aproximado de R$ 9.500.000,00. Beneficiada pelo Refis do Município,
instituído pela Lei nº 6.723/2005, a Associação quitou a dívida com R$ 3.043.000,00;
Ao então Deputado Federal e Associado Benemérito, Gerson Gabrielli, que
nos orientou e acompanhou na adesão ao Refis da União, de sua autoria, instituído
pela Lei 9.964, de 10 de abril de 2000. Passamos a quitar as parcelas vincendas
e fomos amortizando o débito de aproximadamente R$ 5.000.000,00, pagando
um percentual de 0,3% sobre o valor da receita bruta do clube. Assim, retiramos a
Associação da hasta pública;
Ao então Deputado Estadual Ricardo Gaban, Associado Benemérito, a quem
recorremos e nos ajudou a resolver várias pendências com a Embasa, pois no início
da nossa primeira gestão, em 1990, encontramos o fornecimento de água suspenso
por falta de pagamento;
Ao ex-Vereador João Dantas, que, por meio da Lei 4.794/93, transformou a
Associação numa entidade de Utilidade Pública Municipal;
Ao ex-Deputado Estadual Antônio Honorato de Castro, que, através da Lei
7.260/98, tornou de Utilidade Pública Estadual a Associação Atlética da Bahia;
Ao Associado Dilson de Sá Milton da Silveira, que em 2008 apresentou ao
Conselho Deliberativo uma proposta para prorrogar a minha gestão por dois anos,
aprovada por unanimidade;
Aos Conselheiros Aurélio Pires, Carlos Maurício Torres, Nilo Malafaia e
Antônio Moreira, que em 2010 fizeram proposição ao Conselho Deliberativo para
mais uma prorrogação do meu mandato, aceita também pela unanimidade dos
presentes;
Ao Conselheiro Luiz Henrique Portela Brim, autor da proposta, aprovada por
unanimidade pelo Conselho Deliberativo e que consta do Estatuto Social (Artigo 91),
para que a Sede Nova fosse denominada de Complexo Sócio Cultural e Esportivo
Presidente Ademar da Silveira Brito;
Aos associados, liderados por Odair Conceição e Jorge Machado de Pinho,
que me homenagearam, colocando na entrada do clube, no dia da inauguração da
Sede Nova, uma placa com minha foto e uma mensagem que muito me emocionou;
Ao Monsenhor Gaspar Sadoc, Sócio Honorário que, desde o início da nossa
primeira gestão, emite mensagens de fé e de estímulo aos associados.
Por fim, agradeço a todos os membros da Diretoria e do Conselho
Deliberativo, pelo apoio durante a jornada da construção da Sede Nova; à minha
família, que compreendeu a luta da minha missão; e ao Criador, que me deu saúde,
ânimo, otimismo, responsabilidade e paciência para servir, por 16 anos, em mandatos
alternados, a tão importante instituição, que é a Associação Atlética da Bahia.
Eu acredito.
Salvador, fevereiro de 2012.
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HISTÓRIA DA PRIMEIRA FASE
1914 - 1929
Fundação
Dificuldades Iniciais
Futebol
Um Ano Muito Importante
Enfim, a Sede
Mica na Associação
Festividades do Decênio
Campeã de 1924
Festas em Evidência
Campeã do Torneio Início
Primeira Mi-Carême
Ausência no Campeonato de 1928
A Volta ao Campeonato
Réveillon de 1929
Balanço das Atividades Futebolísticas
Associação no Ranking do Campeonato
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Reprodução: www.acirv.org
Alfredo Pereira de Mello, o Mica,
o mais destacado jogador que vestiu a camisa
da Associação Atlética da Bahia.
Jogou no time que conquistou os títulos de
Campeão Baiano de 1924 e do Torneio Início de 1928,
únicos na história da Azulina na elite do futebol baiano.
Mica, um jovem de destaque na sociedade baiana,
era filho de José Santos Pereira de Mello,
conceituado comerciante que foi diretor da AAB.
(Foto: Jonas/1923)
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FUNDAÇÃO
De acordo com a reportagem “50 anos de existência do Yankee
F.C.”, publicada no jornal A Tarde, edição de 3 de outubro de 1964,
dia do cinquentenário do Yankee, a sua fundação foi consequência de
um jogo realizado no Campo da Pólvora, entre as equipes do Ypiranga
e do navio-escola Benjamim Constant, da Marinha do Brasil, que se
encontrava no porto de Salvador. Eis um trecho da matéria, relatando
os benefícios do jogo:
Após a sua realização, que marcou época na Bahia, apoderou-se dos
nossos desportistas, um entusiasmo tal pelo futebol que, em menos
de trinta 30 dias, segundo a imprensa, cerca de 50 clubes novos já
estavam fundados. Verdadeira epidemia!
O fato é que em 4 de outubro de 1914, dia de São Francisco de
Assis (dia seguinte ao nascimento do Yankee), um grupo formado por
dez pessoas se reuniu – “à casa nº 19, 3º andar, nesta Capital” – e fundou
uma sociedade esportiva que se destinasse “ao cultivo de todos os jogos
esportivos, muito especialmente o foot-ball, e que tomou a denominação
de Associação Athletica da Bahia”, conforme assentamento no Livro de
Atas, que não cita o nome do logradouro onde ficava a casa 19, mas
registra o nome dos fundadores: Américo Salles, Antônio Bernardino
de Carvalho, Boaventura Moreira Caldas, Carlos Alberto Cruz, Carlos da
Costa Cruz, Eduardo Dias Pereira, Geraldo Lanza, João Vianna Dias da
Silva, Manoel da Costa Cruz e Raymundo Chaves de Aguiar.
Dez anos depois, na edição de 4 de outubro de 1924, o jornal A
Tarde informou que a reunião ocorreu na “água-furtada do prédio nº 19,
em São Pedro”. Esse mesmo jornal, na edição de 4 de outubro de 1934,
presta novos esclarecimentos sobre a fundação: “foi no terceiro andar
do prédio nº 19, à Rua São Pedro, hoje Avenida Sete de Setembro”.
Em 1989, logo na primeira página da edição nº 50 da revista
Associação Atlética da Bahia, comemorativa aos 75 anos da fundação
do clube, sob o título “Nascemos de um Ideal”, foi publicado um
depoimento de um dos fundadores, professor Raymundo Chaves de
Aguiar, que prestou o seguinte esclarecimento:
Foi numa “república”, no 3º e último andar do prédio nº 19 da Avenida
Sete, trecho de São Bento, esquina do Beco de Maria Paz, que na noite
de 4 de outubro de 1914 foi fundada a Associação Atlética da Bahia.
13
Segundo o professor, nessa “república”, situada defronte ao
Mosteiro de São Bento, moravam diversos jovens solteiros, caixeiros1
e estudantes, provenientes de outras cidades. Entre eles figuravam o
próprio Raimundo, Boaventura Moreira Caldas e Eduardo Dias Pereira.
Um dia, enquanto jantavam, o Eduardo lançou a ideia de fundarem um
clube de futebol onde pudessem jogar contra os vários times existentes
na classe caixeiral.
De conformidade com a ata de fundação, um documento
manuscrito sucinto, de uma página e mais quatro linhas, as bases
fundamentais da sociedade foram assentadas em cinco artigos, a seguir
reproduzidos na íntegra, obedecida a grafia original:
1º. Esta associação terá como cores disctintivas: calção e camisa
brancos e ao lado esquerdo, no peito, uma circunferência vermelha
com as iniciais A.A.B. em branco.
2º. Só serão admitidos nesta associação empregados no commercio por
proposta de um consocio que informará das condições do proposto.
3º. Todo sócio que se alistar pagará a joia de dois mil reais e a
mensalidade de um mil reis.
4º. O sócio que faltar com a sua contribuição durante dois mezes
perderá todos os seos direitos.
5º. A Directoria será reeleita trimestralmente por meio da eleição.
PRIMEIRA DIRETORIA
Presidente
João Vianna Dias da Silva
Vice-Presidente
Carlos Alberto Cruz
Secretário
Boaventura Moreira Caldas
Tesoureiro
Antônio Bernardino de Carvalho
Diretor de Esportes
Eduardo Dias Pereira
Para compor a Diretoria, os dez fundadores, todos amigos,
escolheram o mais velho do grupo para presidir a entidade, ficando o
autor da ideia do clube, Eduardo Dias Pereira (recebeu o apelido de
Mamãe), como diretor de esportes, para viabilizar a formação da equipe
e providenciar os jogos.
O professor Raymundo relembrou ainda que o craque do primeiro
time era o Bernardino, o tesoureiro-alfaiate, filho do carpinteiro Henrique
1 Os empregados no comércio, atuais comerciários, eram chamados de caixeiros.
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Carvalho, que trabalhava na firma Augusto Carvalho & Cia., localizada
no Comércio, na atual Rua Miguel Calmon. Nos fundos do prédio ficava
um terreno que foi utilizado para os primeiros treinos, com traves feitas
pelo pai de Bernardino. Disse ainda que somente anos depois foi que
os treinamentos passaram para o campo nas Quintas da Barra, atual
Chame-Chame.
DIFICULDADES INICIAIS
O início foi muito difícil, até mesmo conturbado, com mudanças
constantes de membros da Diretoria, renúncias e saídas de sócios. Em
12 de maio de 1915, realizou-se uma assembleia geral na sede da Liga
Sportiva da Bahia para a eleição dos novos dirigentes, que aparentemente
transcorreu normalmente. Pelo resultado da votação, que não era por
chapas, e sim para cada cargo, o presidente eleito foi Mário Cezar de
Carvalho, sendo a posse marcada para três dias depois.
Não se sabe o que ocorreu após a posse, pois não foi lavrado mais
nenhum registro de reunião pelo período de dois anos e cinco meses.
À página seguinte à ata de 12 de maio de 1915, foi anotado o seguinte
título: “Início da Reorganização da Associação Athletica da Bahia, em
21 de Outubro de 1917”. Três dias depois, pelo sistema da votação
secreta e individualizada, para cada cargo, foram eleitos e empossados
os seguintes dirigentes, que ficaram responsáveis pela reorganização do
clube:
Presidente
Mário Cezar de Carvalho
Vice-Presidente
Phebo Magalhães
1º Secretário
Aloysio Figueiredo Portugal
2º Secretário
Aristóteles Pinto
Tesoureiro
Eduardo Dias Pereira
Diretor de Sport
Clodoaldo Marques Porto
Orador
Lydio de Mesquita Chaves
Comissão de Sindicância
Antônio Manso Filho
Francisco Silva
Eduardo Rangel
15
Com essa nova Diretoria, a Associação ingressaria numa fase de
real progresso. O número de associados voltou a crescer e, o que foi
bastante relevante, com a entrada de pessoas importantes, dentre elas
George Harvey Duder Junior2, que cedeu o campo3 para os treinamentos
do “1º Team” e do “2º Team”, como chamavam os dois quadros de
futebol, o principal e o reserva. Várias designações identificavam o local:
Campo da Quinta da Barra, Campo da Barra, Campo da Liga Barrense e,
por último, Campo da Associação. Ficava onde é hoje o Chame Chame.
As Atas da Diretoria, sempre sem delongas, não registram o local
das reuniões, mas evidenciam que a falta de recursos era um impeditivo
ao aluguel de um imóvel para a instalação da sede. Pela imprensa, ficase sabendo que o local das reuniões era uma sala no palacete do Club
Caixeiral4.
Como alternativa para o aumento da arrecadação, o clube fazia
uso do recurso das promoções artísticas. E como resultado de uma
delas eclodiu o rumoroso “Caso Berbert Tavares”, registrado em várias
atas, pois se desenrolou em capítulos, por cinco meses. Melindroso
e grave, envolveu o 1º Secretário, o jovem Armando Berbert Tavares,
por apropriação do dinheiro arrecadado no evento realizado em 15 de
agosto de 1920, no Theatro Guarany, em benefício da Associação.
Armando era filho de um dos homens mais ricos da Bahia, Misael
Tavares, cognominado o “Rei do Cacau”, que também era um poderoso
chefe político na Região Cacaueira, a mais rica do Estado. Esgotados
em Salvador os meios para o recebimento amigável do valor desviado,
o coronel Rodolpho de Mello Vieira, sócio da Associação, foi a Ilhéus
relatar o ocorrido ao coronel Manoel Misael da Silva Tavares, que
imediatamente pagou o valor que o filho devia à Associação.
FUTEBOL
Logo após a fundação, a Associação Atlética da Bahia foi
desafiada pelo Sport Club Caixeiral. O “match”, que seria a estreia da
Associação no futebol, foi marcado para a manhã do dia 8 de novembro
2 George Harvey Duder Junior era dono da Duder & Cia. Ltda., uma agência de navegação, que
representava na Bahia a companhia inglesa Lloyd Register.
3 George e os quatro irmãos (Edward, John, Daniel e Fanny) herdaram do pai – George Harvey
Duder, um rico negociante inglês que possuía muitas propriedades na Bahia e que faleceu em
Londres, no dia 18 de janeiro de 1900 –, a Fazenda Piranha, localizada nas Quintas da Barra. Em
suas terras ficava o campo para treinamento que em fins de 1918 George Júnior entregou para uso
e administração pela Associação.
4 O Club Caixeiral, atual Clube Comercial, foi fundado em 21 de maio de 1876. O seu palacete-sede
ficava na Avenida Sete de Setembro 97 (atual 710), trecho da antiga Rua das Mercês.
16
de 1914, no Estádio do Rio Vermelho, o melhor que havia em Salvador5.
A Associação jogou com Mário Miranda; Capeto e Adherbal; Silva
Lima, Souza Pinto e Carvalho; Aníbal, Luiz, Walsh, Zé Costa e Jayme. O
Caixeiral, com um melhor entrosamento entre seus jogadores, venceu a
partida por 3x1.
Na ata da reunião de 31 de dezembro de 1914, foi efetuado
o seguinte registro: “Fundando-se a Liga Sportiva da Bahia6, entre os
clubes Sport Club Caixeiral, Sport Club São Bento e Yankee Foot-Ball
Club, passamos a fazer parte da mesma como sócios”. Para representar
a Associação nos assuntos da Liga, foi designada uma comissão formada
por Eduardo Dias Pereira, Boaventura Moreira Caldas e Lydio de Mesquita
Chaves.
No primeiro campeonato promovido pela Liga Sportiva da Bahia,
realizado em 1915, a Associação sagrou-se campeã vencendo todos os
cinco adversários: Caixeiral, São Bento, Yankee, Palmeiras e Democrata.
A formação básica na campanha invicta foi com Lasdam; França e Walter,
Armando, Tanner e Vellozo; Muller, Santos Souza, Liberato, Leal e Walsh.
No Campeonato Baiano de Futebol (principal certame
futebolístico), promovido pela Liga Bahiana de Sports Terrestres, a
Associação ingressou em 1919. Antes do início do campeonato, a
Associação sagrou-se vice-campeã do primeiro Torneio Início7, realizado
no Rio Vermelho, no dia 11 de maio. Eis o time da final, quando perdeu
para o Ypiranda por 2x0, mas que valeu pela conquista do primeiro
título na elite do futebol baiano: Mário Miranda; Armando Costa e
Álvaro Barros; Marquito, J. Dias Lima e Jurandir; França, Ferreirinha, José
Liberato, Liberato e Helvécio Araújo. A estreia no campeonato foi no dia 25 de maio, com derrota
de 3x2 para o Internacional, jogando com: Mário Miranda; França e
5 O Estádio do Rio Vermelho, construído pela Companhia Linha Circular de Carris da Bahia,
foi inaugurado em 2 de junho de 1907. Enfeixava quatro pioneirismos: foi o primeiro estádio
concebido na Bahia para a prática do futebol; foi o primeiro campo gramado que surgiu no Estado;
possuía uma pista para atletismo, a primeira na Bahia; era cercado, para proporcionar a cobrança
de ingressos, em quatro categorias: geral, cadeira, cavaleiro e carruagem. Com essas credenciais,
foi o palco para os campeonatos baianos de 1907 a 1912 e de 1916 a 1920.
6 A Liga Sportiva da Bahia, fundada em 3 de dezembro de 1914, passou a realizar um campeonato
secundário. O principal campeonato, iniciado em 1905, era promovido pela Liga Bahiana de Sports
Terrestres, depois denominada de Liga Bahiana de Desportos Terrestres.
7 O Torneio Início era um festival de jogos, promovido pela Associação Bahiana dos Cronistas
Desportivos (antigo Centro dos Cronistas Desportivos), que antecedia o início do campeonato.
Todos os participantes jogavam num único dia, pelo sistema eliminatório. Cada partida durava
apenas 20 minutos (10 em cada tempo). Em caso de empate, o vencedor era conhecido pelo menor
número de escanteios concedidos. Persistindo o empate, a disputa ia para os pênaltis, cobrados
por um único jogador de cada time. A partida final, da decisão do título, tinha a duração de 60
minutos, 30 em cada tempo. Se terminasse empatada o campeão era definido pelo mesmo critério
dos escanteios ou, em última instância, nas cobranças das penalidades máximas.
17
Vellozo; J. Dias Lima, Álvaro Barros e Thetraldo Monteiro; Waldemar
Tarquínio, José Liberato, Liberato, Muller e Helvécio Araújo. Muller
marcou o primeiro gol e Liberato o segundo. O time terminou o certame
de 1919 na quarta colocação.
No ano seguinte – o último disputado no Estádio do Rio Vermelho,
com o recorde de 12 participantes –, os jogos finais foram no Stadium da
Graça8. No último jogo, em 19 de dezembro, a Associação perdeu para o
Ypiranga, pelo escore de 1x0, com a seguinte formação: Aragão; Fiães e
Santinho; Arruda, Seabra e Cordeiro; Chico Lopes, Irundy, Liberato, Todd
e Costinha. Terminou o campeonato em segundo lugar.
Em comemoração à conquista do vice-campeonato, a Diretoria
ofereceu no dia 23 de dezembro de 1920, no restaurante da Pensão
Tanner, localizada na Vitória, um requintado jantar aos jogadores e
alguns convidados especiais. No total foram 30 pessoas, que se serviram
de um menu francês regado com licores, vinhos e champanha.
UM ANO MUITO IMPORTANTE
Em reunião de Diretoria, realizada no dia 14 de fevereiro de 1921,
foi aprovado o novo Estatuto, donde foram retirados os seguintes itens:
Artigo 67
O pavilhão da Associação Atlética da Bahia é formado por seu escudo9
sobre o campo branco10.
Disposição Final
Os presentes Estatutos foram elaborados pelo sócio Clodoaldo Marques
Porto e aprovados pela Diretoria abaixo nominada, de acordo com
decisão de Assembléia Geral de 24 de janeiro de 1921.
Bahia, 14 de fevereiro de 1921.
Arthur Motta (Presidente)
Norberto de Medeiros (Vice-Presidente)
Henrique Conde (1º Secretário)
Luiz Mattos (2º Secretário)
8 O Stadium da Graça, ou Campo da Graça, pertencia à Sociedade Anônima Desportiva Bahiana,
presidida por Arthur Moraes. Construído no bairro da Graça, foi oficialmente inaugurado no feriado
nacional de 15 de novembro de 1920, uma segunda-feira, com um desfile dos clubes filiados à Liga
Bahiana de Desportos Terrestres e com um jogo entre dois combinados formados por jogadores dos
clubes que participavam do campeonato. A Associação forneceu seis jogadores (Santinho, Arruda,
Seabra, Todd, Liberato e Revelação) para o Combinado Alviazul que venceu o Combinado Branco
por 3x2.
9 O escudo não era mais o original da fundação, uma circunferência vermelha com as iniciais AAB
em branco. Raymundo Chaves de Aguiar, um dos fundadores, havia criado um novo escudo (vide
capa 2 deste livro), com as cores que passaram a ser oficiais, azul e branco.
10 No novo Estatuto, de 24 de agosto de 1937, esse artigo recebeu o número 123 e ficou com a
seguinte redação: “O pavilhão da Associação é constituído pelo seu escudo azul e branco sobre o
campo branco.
18
Eduardo Dias Pereira (1º Tesoureiro)
Henri Klayko (2º Tesoureiro)
Olympio Matheus dos Santos, R.J.H. Todd, Manuel Liberato, João
Arruda e José Seabra (Comissão de Desportos)
Eduardo Albarelli Rangel, Eduardo Oliveira Vianna e Plínio Rizério de
Carvalho (Comissão de Sindicância).
No mesmo dia da aprovação do novo Estatuto, a Diretoria
também aprovou, como anexo da lei orgânica, o Regimento Interno,
que na segunda parte, que tratou do futebol, regulamentou o seguinte:
Artigo 5º
O uniforme da Associação compõe-se de camisa azul11 com gola e
punhos brancos, tendo do lado esquerdo o escudo, calças brancas e
meias pretas.
No dia 3 de abril de 1921, a Associação conquistou o segundo
título de vice-campeão do Torneio Início. Perdeu o jogo final para o
Yankee com a seguinte formação: Orlando; Santinho e Álvaro; Cordeiro,
Todd e Arruda; Revelação, Costinha, Seabra, Liberato e Tournillon.
Em junho de 1921, a Azulina incorporou o acervo do Bahia Cricket
Club e criou um departamento para a prática do críquete12, inicialmente
com os seguintes jogadores: J. Webster (capitão), E. May, F. May Senior,
F. May Junior, M. Liberato, L. Leech, A. Vignoles, L. Strani, A. Bailie, R.
Todd, R. Tidmarsh, A. McNair, C. Mattos e E. Oliveira.
Com a incorporação do Bahia Cricket Club, a Associação abriu
a primeira porta para a conquista de prestígio social, pois houve o
ingresso de atletas pertencentes à elite econômica de Salvador. No dia
10 de setembro de 1921, um sábado, sob o título “Cricket”, o vespertino
A Tarde deu a seguinte notícia:
No campo da Associação Athletica, disputarão amanhã, às 15 horas,
uma animada partida de cricket os dois primeiros teams da Associação
e do Vitória. A Associação jogará com Webster (cap), F. May Senior, E.
May, F. May Junior, Liberato, Leech, Vignoles, Crellin, Bailie, Rowsell e
Binnion. Reservas: Duffus, Solly e Tidmarsh.
11 Por causa da camisa azul, a Associação ganhou a carinhosa designação de ‘Azulina’ ou ‘Azulino’,
de acordo com a palavra precedente.
12 A exemplo do futebol, o críquete era jogado em campo. Também de procedência inglesa,
sua origem remontava ao século XVI. Porém, na Bahia não caiu no gosto do povo e não teve o
desenvolvimento que o futebol estava tendo, com multidões assistindo aos jogos, desde o Rio
Vermelho.
19
No dia 25 de setembro de 1921, um domingo, a Associação
realizou o seu primeiro jogo interestadual, enfrentando a poderosa equipe
do América do Rio de Janeiro. Com o Stadium da Graça completamente
lotado, a equipe azulina atuou com Aragão; Santinho e Alvinho; Neblina
Seabra e Cordeiro; Revelação, Scott, Todd, Liberato e Vellozo. A partida
foi emocionante, tendo os baianos inaugurado o placar, mas os cariocas
ganharam por 4x3. Os gols da Associação foram assinalados por suas
duas maiores estrelas13, Liberato (2) e Todd. Dois dias depois, no mesmo
estádio, o América venceu o Ypiranga, campeão baiano, por 3x0.
A Associação encerrou o ano de 1921 como começou,
conquistando um título de vice-campeão, desta feita o segundo no
campeonato baiano, com uma notável campanha: em 11 jogos, venceu
dez e perdeu um, justamente para o Ypiranga, campeão invicto do
certame. O time base da Associação foi com Aragão; Ramos e Santinho;
Neblina, Seabra e Cardina; Revelação, Costa, Todd, Liberato e Vellozo.
Em 4 de outubro de 1922, quando completou oito anos de
fundada, foram empossados, em solenidade no Club Caixeiral, onde
funcionava a sede provisória da Associação, os seguintes dirigentes:
Presidente
Bernardino Madureira de Pinho
Vice-Presidente
Carlos Costa Pinto
1º Secretário
Henrique Conde
2º Secretário
Carlos de Lacerda Kelsch
1º Tesoureiro
Cícero Bacellar de Sá
2º Tesoureiro
Arthur Fraga
Comissão de Sports
Arthur Motta (futebol)
Galdino de Assis (futebol)
Eduardo Dias Pereira (futebol)
Frank May Senior (cricket)
Robert James Hamilton Todd (tênis)
Comissão de Sindicância
Arnaldo de Souza Guise
Elpídio Lisa
Públio Bernardes de Souza
13 O baiano Liberato e o inglês Todd (capitão do time) eram atletas excepcionais, que jogavam
futebol, críquete e tênis.
20
Comissão de Contas
Carlos Corrêa Ribeiro
Frederico Matheus dos Santos
Fábio de Carvalho
A Tarde, na edição do dia anterior à posse, em sua coluna de
esportes, como fruto da última reunião da diretoria antiga, presidida por
Henrique Conde (que fez parte da nova Diretoria, como 1º Secretário)
divulgou a seguinte notícia: “Foi discutido um empréstimo para
beneficiar a sede ultimamente adquirida14, dotando-a de tudo quanto
mister se faça para o desenvolvimento dos esportes e comodidade dos
associados”.
A notícia do jornal tinha como base uma resolução da Assembleia
Geral realizada no dia 30 de setembro, sob a presidência de Clemente
Mariani Bittencourt15, secretariada por Clodoaldo Marques Porto e com
trabalhos auxiliares de George Harvey Duder Junior. Convocada para
eleger os membros da nova Diretoria, que foi encabeçada por Bernardino
Madureira de Pinho, a Assembleia tomou adicionalmente uma decisão
que iria resultar na transformação de um antigo casarão residencial na
sede social do clube. O imóvel era excelente e dispunha de um enorme
terreno, com espaços suficientes para um campinho de futebol, quadras
de tênis e outros equipamentos esportivos. Eis os termos da importante
resolução:
Fica a Diretoria autorizada a contrair, mediante as condições que
melhor julguem convirem aos interesses da Associação, um empréstimo
até a quantia de cento e vinte contos de réis, ficando habilitada, com
plenos e irrevogáveis poderes, a dar em garantia os bens que atualmente
compõem o patrimônio social e a instituir a garantia real, em favor do
credor ou credores, dos móveis de propriedade atual ou futura, das
benfeitorias que se venham a realizar no prédio e no campo que se
acham arrendados à Associação, sitos à Barra, nesta Cidade, bem como
desses próprios bens, caso os venha a adquirir e de qualquer outro que
passem a fazer parte do referido patrimônio.
Fica entendido e expressamente estabelecido que nenhum
14 Na verdade, o imóvel tinha sido adquirido por Maria Miranda de Carvalho, com o fito exclusivo
de repassá-lo à Associação, mediante arrendamento em condições especiais.
15 Jovem advogado nascido em Salvador, a 28 de setembro de 1900, filho de desembargador e
descendente da nobreza do Império, Clemente Mariani Bittencourt seria eleito deputado estadual
em 1924, deputado federal às Assembleias Constituintes de 1934 e 1946. Foi ministro da Educação
e Saúde Pública (governo Dutra), presidente do Banco do Brasil (governo Café Filho) e ministro da
Fazenda (governo Jânio Quadros). Na iniciativa privada comandou diversas empresas importantes,
sendo presidente do Banco da Bahia e do Banco da Bahia de Investimentos. Faleceu em 13 de
agosto de 1981, aos 80 anos.
21
outro compromisso poderá ser assumido em nome da Associação
sem o expresso consentimento de todos os credores do empréstimo
autorizado, que se destina e deverá ser integralmente aplicado às
reformas no prédio arrendado, sua adaptação aos fins da sociedade,
bem como do campo, arquibancadas, etc.
O valor do empréstimo será representado, provisoriamente,
por cupons do valor mínimo de duzentos mil réis, a que se aplicará o
devido selo proporcional.
ENFIM, A SEDE
Na página 2 da edição de 12 de abril de 1923, sob o título “A
inauguração da sede da Athletica”, A Tarde veiculou a seguinte notícia16:
A simpatizada Associação Athletica da Bahia está distribuindo
convites para a inauguração, no dia 15 do corrente, de sua sede social,
situada à Rua Barão de Itapuã, à Barra, com um programa de festas
interessantes, que constituirá um verdadeiro acontecimento no nosso
registro mundano.
Às 10 horas, aproximadamente, terá lugar a benção da sede,
realizando-se à noite um baile em homenagem à embaixada do
Fluminense.
O Fluminense era o do Rio de Janeiro, que tinha vindo realizar
uma série de cinco jogos em Salvador, tendo estreado no dia 1º de
abril, justamente contra a Associação. O tricolor carioca venceu por 3x1,
tendo o alviazul baiano alinhado com: Ilo; Santinho e Cláudio; Neblina,
Nebulosa e Cezar; Scott, Nadinho, Todd, Liberato e Vellozinho.
No dia 16, o Diário de Notícias anunciou a inauguração da sede
da seguinte forma:
O brilhante grêmio azulino inaugurou, ontem, na Barra, o seu
luxuoso palacete-sede. Tudo que se possa dizer do valor que representa
este extraordinário empreendimento do querido clube baiano não
basta, pois não só para o esporte baiano representa mais um surto
de progresso, mas para a Bahia em toda a sua extensão social e
progressista.
A nossa impressão, pois, daquela casa, que ontem visitamos,
fica nestas linhas e é o bastante para dizer de nossa sinceridade. E
coube a grandíssima honra de ser o palacete do grêmio azulino
inaugurado com a presença de Coelho Neto, que cantou dois hinos,
16 Em alguns casos, as reproduções de jornais antigos poderão levar o leitor a deduzir que o
escritor retirou os textos de colunas sociais. Na verdade, os textos refletem o estilo jornalístico da
época, vigorante nas redações dos jornais de Salvador.
22
ao valor daquele empreendimento e ao valor da beleza e distinção da
mulher baiana.
Uma festa linda, enfim, a cuja comparência não faltaram todas
as autoridades civis e militares do Estado e da União e com elevadíssimo
numero de senhorinhas.
A diretoria da Associação Athletica foi imensamente pródiga
em gentilezas com o Diário de Notícias, sendo recebido por um distinto
cavalheiro, senhor Arthur Fraga. Deixamos os nossos agradecimentos e
os melhores votos de progresso e brilhantismo na continuação da vida
esportiva da Associação Athletica, que entrou, agora, em novo período
de progresso.
O Coelho Neto, a que se referiu a notícia acima, possuía militância
política. Embora radicado no Rio de Janeiro, desde criança, elegeuse deputado federal pelo Maranhão, estado onde tinha nascido, a 21
de fevereiro de 1864. Jornalista, professor, crítico literário, teatrólogo,
cronista, romancista, contista, memorialista e poeta, possuía uma
extensa relação de obras publicadas, sendo o autor mais lido no Brasil.
Era um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a
Cadeira 2. Torcedor fanático do Fluminense, o famoso escritor veio a
Salvador chefiando a delegação do tricolor carioca. E nessa condição
especial, Coelho Neto17 foi um dos oradores da inauguração da sede da
Azulina, tendo sido retirado do seu discurso o seguinte trecho:
Quis a fortuna que eu me achasse nesta cidade com a
embaixada esportiva do Fluminense Futebol Clube no dia em que,
sob os auspícios de Deus e ante a graça das senhoras e a energia dos
atletas, foi inaugurada esta casa.
Que as bênçãos do céu a protejam, para que nela sempre reine
a alegria, que é o esplendor da saúde, e se fortaleçam corpos e almas
na cultura física e na disciplina para o robustecimento e harmonia
da nossa raça, tornando-a digna da Pátria imensa e formosa, em que
nasceu e há de progredir.
Na edição de 19 de junho de 1923, A Tarde estampou na página
2, sob o título de “A Festa da Sorte da Associação Athletica”, a notícia
da programação para a noite de São João, a primeira festa após a
inauguração da sede social:
A escol dos nossos círculos esportivos e sociais, aguarda com
17 Henrique Maximiano Coelho Neto, maranhense de Caxias, era pai do carioca João Coelho Neto,
o Preguinho, meia-esquerda que faria o primeiro gol do Brasil em Copa do Mundo. Foi na estreia
da seleção na primeira Copa, realizada no Uruguai. O jogo foi no dia 14 de julho de 1930, em
Montevidéu, no Central Parque Pereira, onde o Brasil perdeu para a Iugoslávia por 2x1.
23
o maior interesse, com a ansiedade que quase sempre se espera
das coisas lindas, a grande Festa da Sorte que a gloriosa Associação
Athletica da Bahia vai realizar no dia 23 do corrente, na noite em
se festeja o São João, santo da alegria comunicativa, dos sonhos da
poesia, da suavidade, quando o prazer sincero e franco desce da eterna
bemaventurança para nos ornar a vida de um pouco de ilusão...
Essa original comemoração há de ficar, como uma nota
distinta do bom gosto, de fidalguia e discreto entusiasmo, nos círculos
mundanos da nossa terra.
As senhorinhas e senhoras trajarão cores claras, as primeiras em
papel e as segundas à vontade, com adornos de sortes. Os cavalheiros
serão obrigados ao uso do uniforme de linho branco.
Quantas vezes, no estalido de uma sorte inocente, não se
confirmam tantas esperanças ou se esvazem tantas ilusões...
Ao lado do rink, um cozinheiro servirá canjica, em todas as suas
variações. Nos cortes de tênis, em uma artística banca, haverá todas as
variedades de milho, serviço completo de buffet, doces, licores, etc.
A sede, a pérgola e as proximidades da majestosa sede azulina
estarão caprichosamente iluminadas e tocando uma orquestra em cujo
domínio deslizarão os pares, aos volteios das danças animadas...
Que festa mais atraente, mais linda, mais encantadora se
poderia organizar na Bahia para comemorar o São João?
Com a sede social, o rinque de patinação, as quadras de tênis
e o campo de futebol, a Associação Atlética tornou-se o clube melhor
equipado de Salvador e passou a ser frequentado pela elite da sociedade
soteropolitana. Aos associados, além das festas, oferecia campeonatos
internos de futebol, críquete, handebol e tênis. Externamente, no
futebol, disputava o campeonato promovido pela Liga Bahiana de
Sports Terrestres, com boas participações nas duas categorias: 1º Team e
2º Team. O futebol já estava consagrado como a grande paixão do povo
soteropolitano, com duas grandes forças rivais, Ypiranga e Botafogo,
vindo em seguida a dupla Associação Atlética e Bahiano de Tênis.
O ano de 1923, que foi o ano da grande virada da Associação,
provocada pela inauguração da sede social, terminou com a conquista
do vice-campeonato pela quarta vez consecutiva (1920, 1921, 1922 e
1923). Com isso, a Azulina firmou-se como a terceira força do futebol
baiano, logo após o Ypiranga e o Botafogo. No dia 12 de dezembro,
uma quarta-feira, A Tarde circulou com mais uma boa notícia:
A Associação Athletica é campeã dos segundos teams
Com o jogo de domingo último, em que os azulinos venceram o S.
C. Victoria por 1x0, ficou definitivamente assegurado à simpática
24
Associação Athletica o título de campeão dos segundos quadros.
Concorreram para o honroso título os jogadores Salles, Lulu, Sosthenes,
Fiães, Lauro, Cezar, E. May, F. May Junior, Esdron, Teixeira, Renato,
Tampinha, Costinha, Nicanor e Marcondes.
MICA NA ASSOCIAÇÃO
No Torneio Início de 1921, em que se sagrou campeão, disputando
a final justamente contra a Associação, o Yankee revelou para os
baianos um jogador de apenas 16 anos que encantou os aficionados
do futebol pelo seu porte elegante, técnica refinada, excelente visão de
jogo, habilidoso no domínio da bola, preciso nos passes, eficiente na
marcação, rápido na armação das jogadas e que também exercia uma
forte liderança em campo. Enfim, era o craque e o maestro da equipe.
Chamava-se Alfredo Pereira de Mello, o Mica.
No ano seguinte, o atleta que havia nascido e residia no Rio
Vermelho, transferiu-se para o Botafogo, clube de maior expressão
(campeão de 1919), e foi convocado para a Seleção Baiana que disputou
no Rio de Janeiro o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, onde
foi vice-campeão. Além de considerá-lo “o craque da equipe baiana”,
a crônica esportiva carioca elegeu Mica como “a grande revelação do
campeonato”.
A performance do meio-campista resultou numa convocação
para a Seleção que disputou o Campeonato Sul-Americano de 1923,
no Uruguai, com quatro jogos em Montevidéu. Realizou também um
amistoso na cidade uruguaia de Durazno, enfrentando um combinado
local, e dois jogos em Buenos Aires, contra a Argentina. Titular absoluto
nas sete partidas (as únicas da seleção em 1923), Mica ajudou o Brasil na
conquista do seu segundo título fora do Brasil, a Taça Brasil-Argentina,
ao vencer os donos da casa por 2x0. A imprensa portenha apontou o
craque baiano como o melhor jogador em campo, responsável pela
vitória na partida realizada no dia 2 de dezembro, no Campo do Clube
Barracas. Eis a equipe da conquista histórica: Nelson; Pennaforte e
Alemão; Mica, Nesi e Dino; Paschoal, Zezé, Nilo, Coelho e Amaro.
Após o sucesso na Argentina, Mica foi recebido no cais do porto
de Salvador com festas. Em seguida, atendendo a um pedido do pai18,
o primeiro grande astro do futebol baiano trocou o Botafogo19, onde se
sagrara bicampeão baiano (1922 e 1923), pela Associação Atlética da
18 Mica era filho do comerciante José Santos Pereira de Mello, que em 29 de setembro de 1927
seria empossado na Diretoria da Associação como 1º Tesoureiro, para o período social de um ano.
19 Mica foi o grande destaque no Botafogo campeão dos Centenários: em 1922, ano do Centenário
da Independência do Brasil, e em 1923, ano do Centenário da Independência da Bahia.
25
Bahia, que já se constituía numa força futebolística, mas não conseguia
ganhar o título máximo. Vinha de quatro vice-campeonatos, 1920, 1921,
1922 e 1923. Faltava um Mica, um maestro que desse o toque final na
afinação da orquestra azulina.
FESTIVIDADES DO DECÊNIO
Na edição do dia 4 de outubro de 1924, um sábado, sob o
título “O decênio da fundação, hoje, da Associação Athletica”, A Tarde
publicou a seguinte matéria:
A data de hoje, 4 de outubro, não é auspiciosa somente para a
Associação Athletica da Bahia, pela passagem do seu décimo aniversário
de fundação.
Festeja-se, também, vendo-a transcorrer alegremente, com
mais um ano, mais um marco a assinalar os melhores triunfos, as
iniciativas mais eficientes, todo o esporte baiano, que, sem favor, ao
grêmio azulino deve inestimáveis serviços.
Quem passar um olhado ao passado da elegante e poderosa
agremiação da Barra ficará surpreso ante o milagre levado a efeito no
espaço de dez anos, ante um sonho tornado realidade.
No dia 4 de outubro de 1914, precisamente na água-furtada do
prédio nº 19, em São Pedro, um grupo de moços sportsman, folgazões
e alegres, fundando com o intuito de praticar o foot-ball, a Associação
Athletica, não poderia imaginar sequer que o humilde club de então
viesse a ser o poderoso grêmio de hoje, cuja ação no esporte baiano
tem sido fecunda e notável, principalmente de uma sede luxuosa e
condigna.
Festejando a data de hoje e em regosijo à posse dos novos
diretores eleitos, a Associação oferecerá aos associados, às suas famílias
e à imprensa, em sua elegante sede, um brilhante assustado, devendo
as danças se fazer ao som de uma banda de música e de uma orquestra
no rink e nos salões.
Além da posse dos novos membros da Diretoria, comandada
pelo presidente Alfredo Henrique de Azevedo, sucessor de Antônio
Guilherme Pereira de Carvalho, e do “assustado”, que era um baile
simples, sem a obrigatoriedade dos trajes a rigor, a programação das
festividades incluiu um torneio interno de futebol.
No dia seguinte, 5 de outubro, pelo returno do campeonato
baiano, a Associação, mesmo sem seu principal jogador, o Mica, goleou
o Democrata por 4x1, jogando com Salles; Cláudio e Santinho; Cezar,
Saes e Nicanor; Jorge, Pinima, Laguna, Esdron e Vellozinho. Logo depois,
26
o campeonato sofreria uma interrupção por causa da convocação dos
jogadores para a Seleção Baiana que iria disputar o Brasileiro de 1924.
CAMPEÃ DE 1924
Por causa do Campeonato Brasileiro de Seleções, que teve a
participação do grande Mica defendendo a Bahia, o Campeonato Baiano
de 1924 somente foi concluído no ano seguinte, quando a Associação
conquistou os dois títulos máximos, do 1º e do 2º teams, atingindo o
ponto culminante no futebol baiano.
No certame do 2º Team, finalizado no dia 1º de fevereiro de
1925, a Associação sagrou-se campeã pela segunda vez com a seguinte
formação básica: Astrolábio; Paim e O. Mello; Cezar, Costinha e Ferreira;
Paulo, Elysio, Esdron, Aldovandro e Dudu.
Em março, na semifinal do 1º Team, a Associação empatou com
o Ypiranga, em 1x1, forçando um jogo desempate, vencido pela azulina
com uma goleada de 5x1. Na finalíssima o adversário foi o Club Bahiano
de Tênis e novamente um novo empate, 2x2, provocou mais uma partida,
programada para o dia 15 de março de 1925, um domingo. Com uma
nova goleada, por 4x2, a Associação sagrou-se campeã do ano do seu
decênio de fundação, jogando com Aragão; Cláudio e Santinho; Mica,
Saes e Nicanor; Pinima, Joãozinho, Mazzeu I, Todd20 e Mazzeu II. Os
gols foram assinalados por Joãozinho, Mazzeu II, Todd e pelo capitão
Cláudio.
O inédito título da Associação também conferiu a Mica a láurea
de primeiro tricampeão baiano da era do Stadium da Graça. Com
apenas 20 anos de idade e quatro jogando futebol, o astro construiu um
invejável quartel de conquistas, dentre elas o privilégio de ser o primeiro
baiano a vestir a camisa do Brasil e também o primeiro jogador de um
clube baiano convocado para a Seleção Brasileira21.
20 Nascido na Inglaterra, em 23 de junho de 1898, Robert James Hamilton Todd seria membro
do Conselho Deliberativo e da Diretoria, tendo prestando relevantes serviços à Associação. Faleceu
em Salvador, aos 63 anos, no dia 28 de fevereiro de 1962. Foi sepultado no Cemitério dos Ingleses.
21 Mica era jogador do Botafogo e tinha 19 anos quando estreou na seleção brasileira, jogando
no Central Parque Pereira, estádio do Nacional de Montevidéu, no dia 11 de novembro de 1923,
pelo Campeonato Sul-Americano, em partida que o Brasil perdeu para o Paraguai por 1x0. Fez
ainda mais seis jogos pela seleção. Somente 64 anos depois, um outro jogador convocado de
um clube baiano vestiria a camisa da seleção principal. Dessa estatística foram excluídas as duas
partidas contra o Chile, em setembro de 1957, no Estádio Nacional de Santiago, pela Taça Bernardo
O’Higgins, quando o Brasil não esteve representado pela seleção principal, e sim por uma seleção
regional, formada exclusivamente por jogadores de clubes baianos. O recorde de Mica somente
seria quebrado em 10 de março de 1989, justamente no dia do seu falecimento, aos 84 anos. Ele
não ficou sabendo que os autores da façanha foram Charles e Zé Carlos, que jogavam no Esporte
Clube Bahia. O palco foi a cidade de Fortaleza, onde o Brasil goleou o Peru por 4x1.
27
FESTAS EM EVIDÊNCIA
Conforme foi visto, na noite de 4 de outubro de 1924, durante
as comemorações pelos dez anos da fundação do clube, a Associação
realizou em sua sede um “assustado”, nome que davam aos bailes onde
eram dispensados o traje a rigor. Em face do sucesso desse tipo de festa
dançante, os “assustados” passaram a ser realizados quinzenalmente.
E para as festividades do final de ano a Associação preparou uma
programação que foi divulgada da seguinte forma por A Tarde, na
edição de 24 de dezembro de 1924:
O querido grêmio azulino festejará condignamente as datas do
Natal e do Ano Bom, aliando as cerimônias religiosas às festas elegantes
e animadíssimas em sua luxuosa sede à Barra, constituindo um
acontecimento mundano de alto relevo, já pela distinção que preside
todas as festas ali realizadas, já pela ocorrência do escol feminino que
as abrilhantam com a sua presença.
O magnífico programa constará de danças, com início às 21
horas de hoje e de missa campal às 24 horas. Amanhã haverá distribuição
de brinquedos e bombons aos filhos dos sócios, às 16 horas, e danças
das 20 às 24 horas.
Sob o título “O Carnaval na Associação Athletica e no Bahiano de
Tênis”, A Tarde, na edição de 8 de janeiro de 1925, noticiou:
Os circuitos elegantes da cidade receberam alegremente, com júbilo
indizível, a notícia de que os prestigiosos clubes Associação Athletica e
Bahiano de Tênis vão festejar brilhantemente os três dias do Carnaval
que nos está a bater às portas.
Na edição de 2 de outubro de 1925, sob o título “A noite de
amanhã na sede azulina”, A Tarde veiculou a seguinte notícia:
Não há como descrever a ansiedade que domina os círculos elegantes
da cidade pela realização do sarau marcado para amanhã, às 20 horas,
no palácio-sede da querida Associação Athletica, em comemoração à
passagem do 11º aniversário de fundação desse grêmio.
Na edição do dia 3, um sábado, com o título “Sarau Comemorativo”, A
Tarde deu outra nota sucinta:
A data de amanhã será festejada hoje, com um sarau dançante, que se
seguirá à posse dos novos diretores. O traje de rigor será “smocking”,
28
dando ingresso o recibo nº 9.
No dia 6, o conceituado vespertino levou ao conhecimento
público o resultado do sarau comemorativo, com informações numa
espécie de crônica, conforme a praxe jornalística da época, tendo o
jornalista que a escreveu glorificado a presença feminina:
A exiguidade do espaço não nos permite uma notícia mais
extensa a respeito do brilhantismo da noite de sábado, na sede da
querida Associação Athletica da Bahia. O valoroso grêmio realmente
assinalou uma de suas melhores e mais significativas vitórias sociais.
Os salões do luxuoso palacete-sede do azulino encheram-se do
“set” da sociedade baiana. Um êxito integral, alcançado entre sorrisos,
sob uma expansão alegre de prazer e cordialidade.
Às duas horas e poucos minutos da madrugada de domingo,
quando terminaram as danças elegantes, com que tristeza, com
que pesar imenso os amplos salões se despovoaram daquelas fadas
encantadoras, que são o maior prestígio, o maior segredo do sucesso
das festas da campeã.
As festas abriram um novo caminho para a Associação que,
assim, deixou definitivamente de ser uma agremiação dedicada
prioritariamente ao futebol, restrito a uma pequena faixa de jovens.
Havia ingressado com força total no setor social, abrindo um amplo
leque de atividades, pois contemplava segmentos de todas as faixas
etárias, desde as crianças aos idosos.
Enfim, a Associação tornou-se um clube aberto às famílias. Ao
mesmo tempo, elitizava-se e arregimentava maiores recursos financeiros
com muito mais facilidade, pois proporcionava entretenimento e dava
status aos seus associados. E as festas continuaram sendo promovidas
com sucesso e com grandes bailes que ficaram famosos na cidade,
realizados no Carnaval, no Sábado de Aleluia (Mi-Carême), no São João,
no Aniversário da Azulina e no Réveillon.
CAMPEÃ DO TORNEIO INÍCIO
Depois de quatro segundos lugares no Torneio Início, a Associação
finalmente obteve o único título importante que lhe faltava no futebol
baiano. A conquista deu-se no dia 15 de março de 1928, justamente
contra o maior rival, o Bahiano de Tênis, com quem disputava a
preferência dos torcedores da elite social.
Ao vencer o alvinegro da Barra Avenida por 1x0, com gol
29
assinalado pelo famoso Vivi22, recém-saído do Bahiano, o clube azulino
tornou-se campeão do Torneio Início com a seguinte formação: Teixeira
Gomes; Pedro e Carvalho; Mica, Menezes e Nicanor; Dedé, Juliano, Vivi,
Tranquilli e Pega Pinto. Mica e Nicanor eram os únicos remanescentes do
time campeão de 1924. O Torneio Início foi o último título conquistado
pela Associação no futebol baiano.
Dois dias depois da histórica conquista do Torneio Início, A
Tarde circulou divulgando uma festa que já estava programada, mas
que acabou servindo como comemoração do título inédito. Eis o texto
noticioso:
Mais uma reunião dançante oferecerá, hoje, às 20 horas, aos
seus inúmeros associados, e suas exmas. famílias, a valorosa campeã de
1924, a querida sociedade que na Bahia possui o prestígio inimitável
de realizar festas magníficas pela elegância mundana e pela distinção
impecável dos que nelas tomam parte.
E nem precisa repetir que o “set” social de nossa terra já se
habituou a freqüentar a encantadora sede azulina com o prazer dos
momentos em que se tem a melhor ilusão da felicidade. Realmente,
partilhar daquela alegria ambiente, em meio de flores e de formosas
senhorinhas, ao som de boa música, é esquecer, embora por instantes,
as vicissitudes da vida e ter a impressão de sua beleza que arrebata,
mas que engana...
Valha ao menos essa ilusão, como um dos bens maiores que o
destino nos proporciona...
A Associação estará em festa, hoje, o que, sempre, na Bahia,
é ouvido com satisfação que define perfeita e claramente a ansiedade
com que acorrerá ao lindo palácio da Barra a sociedade elegante da
Bahia.
PRIMEIRA MI-CARÊME23
No dia 4 de abril de 1928, sob o título “A festa de sábado na sede
da Associação”, A Tarde circulou com a seguinte informação:
22 Depois de Mica e Popó, Vivi foi o mais célebre jogador que o futebol baiano teve na década
de 1920. Além de grande goleador, tinha fama de pé-quente, pois por onde passava conquistava
títulos. Foi campeão baiano quatro vezes (três pelo Ypiranga e uma pelo Bahiano), uma vez vicecampeão pelo Bahiano e cinco vezes campeão do Torneio Início (duas pelo Ypiranga, duas pelo
Bahiano e uma pela Associação).
23 Topônimo de origem francesa para designar um carnaval fora de época, que no Brasil foi
realizado pela primeira vez em 1912, na cidade baiana de Jacobina. Em Salvador, inicialmente
restrito aos salões dos clubes, o carnaval promovido na noite do Sábado de Aleluia avançou pelas
ruas no domingo e se tornou popular. Em 1935, o jornal A Tarde fez um plebiscito e o povo trocou
o nome Mi-Carême por Micareta.
30
A propósito da linda festa a efetuar-se no próximo sábado, no paláciosede da Associação Athletica, sua ilustre Diretoria está tornando
público o seguinte: “Aviso aos senhores sócios e exmas. famílias, que
no Sábado de Aleluia, dia 7 do corrente, haverá uma festa à fantasia em
nossa sede social, que será gentilmente ornamentada pela Comissão
da Diretoria. Tocará o Jazz Tupana, sendo facultado aos sócios, que não
quiserem se fantasiar, comparecerem com o traje branco à rigor ou
smocking”.
No dia 9, o mesmo vespertino, sob o título “A noite de sábado, na
sede da Associação, do Bahiano, do Itapagipe e do Ibérico”, reportou-se
à Mi-Carême realizada em Salvador, com uma reportagem que se iniciou
da seguinte forma:
Os clubes esportivos locais deram a nota na comemoração da MiCarême. Na sede da Associação Athletica, manda a verdade que
se registre, foi efetuada a melhor dessas festas, pela concorrência e
pela animação, com uma das mais inesquecíveis que o grêmio azulino
ofereceu à sociedade baiana. Diz-se até que o baile do campeão de
1924 foi a melhor festa da Mi-Carême.
Passada a primeira Mi-Carême realizada nos salões da Azulina,
na edição de 6 de julho de 1928, A Tarde deu destaque a uma outra
festa. “Um dia festivo na sede da Associação Athletica” foi o título
da abertura da notícia divulgada conforme a praxe dos cronistas da
época, de antecipar o ambiente de como seria o evento, obviamente
que embasados em festividades anteriores na agremiação promotora.
Eis o que disse o jornal com relação à festa que seria realizada dois dias
depois:
Estará em festas, no próximo domingo, dia 8, a linda sede
da querida Associação Athletica, um dos pontos de reunião cordial
da sociedade baiana, que ali, indiscutivelmente, passa os melhores
momentos de alegria e distinção.
Pela manhã, às 9 horas, efetuar-se-á um animado torneio de
tênis, cujo resultado está despertando grande e justo interesse. As
inscrições são numerosas.
À tarde, iniciando-se às 17 horas, realizar-se-á elegante chá
dançante, oferecido por um grupo de associados às gentis diretoras.
E não precisamos encarecer o êxito desse dia encantador!
31
AUSÊNCIA NO CAMPEONATO DE 1928
No início de maio de 1928, as relações entre a Associação e a
Liga Bahiana de Desportos Terrestres ficaram tensas por causa do “Caso
Nadinho”. A Associação havia aplicado uma suspensão de 90 dias pela
tentativa do jogador se transferir para o Guarany de forma fraudulenta,
após ter-lhe sido negada a cessão do passe. Logo em seguida, já suspenso,
Nadinho jogou pelo Guarany numa partida não oficial. A Diretoria da
Associação, julgando-se desafiada pelo atleta, resolveu então aplicar a
pena da eliminação de seu quadro.
A Liga entendeu a questão da seguinte forma: o atleta deveria
cumprir a suspensão dos 90 dias que lhe foi imposta. Porém, depois,
como havia sido eliminado da Associação, estaria livre para tomar parte
em jogos oficiais por qualquer outra agremiação.
A Associação não concordou com essa interpretação, arguindo
que Nadinho não deveria ser admitido em nenhum clube filiado à Liga,
ou seja, o banimento teria de ser estendido aos demais coirmãos.
Como a Liga considerou oficial apenas a pena da suspensão e
desconsiderou a pena do banimento fora do âmbito da Associação,
a crise estourou publicamente no dia 25 de maio, quando A Tarde
informou:
Está dando pano para as mangas!
Está iminente uma crise séria no esporte baiano. A ameaça de
retirada da Associação Athletica da Liga Bahiana, a bem dos nossos
créditos esportivos, não pode ser efetivada. Porque o grêmio azulino é
daqueles que mais prestígio desfruta na Bahia, quer na sociedade, quer
no ramo do esporte que pratica.
Confiamos que se chegará a uma solução a uma solução que
venha por termo às notícias desagradáveis correntes e, afinal, não fique
a Bahia sem a atuação leal e brilhante da querida Associação Athletica.
Na edição desse mesmo dia, A Tarde ainda publicou o Edital de
Convocação do Conselho Deliberativo da Associação, datado do dia 24
de maio, para uma reunião quatro dias depois, para tratar de “assuntos
da magna importância”. Nos meios esportivos já se sabia que a “magna
importância” era a votação da desfiliação da Liga. No dia 29, uma terçafeira, o vespertino A Tarde circulou com a seguinte manchete em sua
página esportiva: “Foi aprovada, unanimemente, sob uma salva ruidosa
de palmas, a desfiliação da Athletica”. Depois das considerações sobre a
32
decisão que abalava o futebol baiano, o jornal transcreveu a Nota Oficial
do clube, nos seguintes termos:
O Conselho Deliberativo da Associação Athletica da Bahia, ontem
reunido em sessão extraordinária, resolveu por unanimidade:
a) Desfiliar-se da Liga Bahiana de Desportos Terrestres24;
b) Dirigir um manifesto ao mundo esportivo;
c) Lançar em ata um voto de agradecimento aos players dos
três teams, pela moção de solidariedade.
Bahia, 29 de maio de 1928.
Fábio de Carvalho
Presidente
A VOLTA AO CAMPEONATO
Em face de uma petição assinada por 54 associados, em
decorrência de uma moção assinada por todos os clubes que disputavam o
campeonato (Ypiranga, Botafogo, Bahiano, Fluminense, Vitória, Yankee,
Democrata e o Guarany, pivô da crise de 1928), apelando pelo retorno
da Associação ao campeonato, e em face ainda da manifestação da
Diretoria da Liga Bahiana de Desportos Terrestres, aplaudindo a iniciativa
de seus filiados, o Conselho Deliberativo da Associação, reunido em 2 de
março de 1929, aprovou por 25 votos contra um, a refiliação da Azulina
à Liga e a consequente volta às disputas do campeonato.
Portanto, aparadas as arestas e conciliados os interesses, a
Associação se inscreveu para o campeonato de 1929, que foi concluído
no ano seguinte, tendo a Associação obtido o 3º lugar. Sua última
partida ocorreu numa terça-feira, noite de 18 de fevereiro de 1930, no
Stadium da Graça, quando enfrentou e empatou com o Botafogo por
4x4. Jogou com Teixeira Gomes; Massullo e Genaro; Vavá, Dudu e Bisa;
Accioly, Astério, Vavá II, Vivi e Pega Pinto. Os gols foram assinalados por
Accioly e Astério, duas vezes cada.
Porém, nesse campeonato, nos dois jogos contra o Ypiranga, o
clube mais popular da Bahia, aconteceram incidentes em campo que
voltaram a azedar as relações da Associação com a Liga. Na partida do
primeiro turno, em 15 de agosto de 1929, logo no início do segundo
tempo, quando a Associação vencia por 1x0, Mica caiu sobre a bola e
a torcida do aurinegro gritou pênalti, tendo o juiz Oscar Nova, que se
encontrava distante do lance, apitado a penalidade numa clara atitude de
24 A Associação já havia realizado duas partidas pelo campeonato de 1928, tendo perdido ambas,
para o Botafogo (2x0) e para o Vitória (1x0). Como consequência da desfiliação, esses jogos foram
anulados pela Liga Bahiana de Desportos Terrestres.
33
que agira por pressão da torcida. Os jogadores da azulina revoltaram-se e
se recusaram a continuar jogando. Depois de 25 minutos de paralisação,
o juiz autorizou a cobrança sem os jogadores da Associação. Popó bateu
o pênalti e o Ypiranga empatou. Logo em seguida, aconteceu um lance
inédito no futebol baiano, assim descrito por A Tarde, na edição do dia
seguinte:
Não sabemos porque, houve, a seguir, uma pantomina ridícula, sob o
consentimento do juiz: é posta a bola ao centro e os próprios jogadores
do Ypiranga dão a saída! Sui-generis! E lá se vai uma investida patética...
E os ypiranguenses, com aquela saída ilegal, absurda e sobretudo
desnecessária, fazem mais um gol!
A Liga referendou o resultado, 2x1 para o Ypiranga, e não aplicou
à Associação nenhuma penalidade pelo abandono do campo. No jogo
do returno, em 5 de janeiro de 1930, o Ypiranga vencia por 2x0 quando
eclodiu, a dez minutos do término, um incidente envolvendo novamente
o juiz, por não ter marcado um pênalti cometido pelo zagueiro Silvino,
que teria evitado um gol azulino com a mão. O jogo foi paralisado e
depois de muita discussão, um diretor da Associação ordenou, da mesma
forma que fizera na partida de agosto, que os jogadores abandonassem
o gramado. Somente Vivi não obedeceu. Os dez que saíram, decretando
o final da partida, foram desta feita punidos pela Liga, com a suspensão
de um jogo, pois o juiz, Edgar Tapioca, colocou na súmula que “o team
da Associação, não se conformando com a minha atuação, retirou-se de
campo, indisciplinadamente”. A partida seguinte da Associação, que
seria contra o Bahiano, não foi realizada, pois sem o time titular, a Azulina
preferiu entregar os pontos, o que era permitido pelo regulamento.
RÉVEILLON DE 1929
Aos integrantes de um importante segmento do quadro social
pouco interessava os problemas que vinham ocorrendo com o futebol,
com o sai e volta do campeonato, ou com a confusão de agosto no jogo
com o Ypiranga, quando os jogadores foram vaiados no Stadium da
Graça. O interesse maior era pelas festas que já estavam consagradas
e onde a elite social desfilava o seu glamour. Eis o que disse A Tarde na
edição de 19 de dezembro de 1929:
34
Réveillon da Associação Athletica
Os nossos meios sociais acham-se verdadeiramente encantados
com as delícias que a querida Associação prepara para o seu Réveillon.
Promete de fato ser deslumbrante a comemoração da passagem do fim
de ano nos salões e na pérgola do rink do querido clube da Barra.
Entre as atrações inéditas, haverá a organização de um jazz-band
moderno, ao lado do jazz que virá do Rio de Janeiro para abrilhantar a
noite de festas. Haverá números especiais de “cotilon”, com distribuição
de prêmios e com sorteios surpreendentes.
Em suma, será uma festa encantadora, levada a sua execução a
primor, como costumam ser as recepções da Associação.
BALANÇO DAS ATIVIDADES FUTEBOLÍSTICAS
Em dez participações na principal divisão do futebol baiano,
promovido pela Liga Bahiana de Desportos Terrestres (atual Federação
Baiana de Futebol), a Associação Atlética da Bahia foi campeã uma vez,
vice-campeã cinco vezes e duas vezes campeã dos segundos times,
também chamado de campeonato dos reservas ou aspirantes. No
Torneio Inicio obteve um título de campeão e quatro segundos lugares.
Obteve também o título de campeão do Torneio Início Juvenil de
1927, ano em que essa competição foi disputada pela primeira vez na
Bahia. Ainda nesse ano, a Associação também foi campeã do primeiro
campeonato de juvenis, com o seguinte time base: Derval; Frederico
e Sampaio; José, Carvalho e Maciel; Reis, Aníbal, Marôto, Zequinha e
Caldas.
A ASSOCIAÇÃO NO CAMPEONATO BAIANO
1º TEAM
35
PRINCIPAIS TÍTULOS
CONQUISTADOS PELA ASSOCIAÇÃO
1915
Campeão da Liga Sportiva da Bahia
1919
Vice-Campeão do Torneio Início
1920
Vice-Campeão Baiano
1921
Vice-Campeão do Torneio Início
Vice-Campeão Baiano
1922
Vice-Campeão Baiano
1923
Vice-Campeão Baiano
Campeão Baiano do 2º Team
1924
Campeão Baiano
Campeão Baiano do 2º Team
1925
Vice-Campeão Baiano
1926
Vice-Campeão do Torneio Início
1927
Vice-Campeão do Torneio Início
Campeão do Torneio Início Juvenil
Campeão Baiano Juvenil
1928
Campeão do Torneio Início
36
ASSOCIAÇÃO NO RANKING DO CAMPEONATO
Os quadros abaixo demonstram o desempenho da Azulina no
período de 1919 a 1929. Dos onze campeonatos, esteve presente em
dez, pois não participou do certame de 1928. No ranking geral, ficou em
terceiro lugar entre os 16 participantes.
PONTOS CONQUISTADOS PELO 1º TEAM NO CAMPEONATO
1919 - 1929
Pontuação por jogo: Vitória = 2 pontos; Empate = 1 ponto.
JOGOS E GOLS DA ASSOCIAÇÃO NO CAMPEONATO
1º TEAM
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/campeonato_baiano_de_futebol
37
JOGOS ENTRE OS DOIS GRANDES
DA ELITE SOCIAL
1º TEAM
7 vitórias da Associação
5 vitórias do Bahiano
4 empates
34 gols pró-Associação
27 gols pró-Bahiano
Pelo caráter atípico dos jogos, os
confrontos pelo Torneio Início não
foram incluídos nessa estatística.
TÍTULOS CONQUISTADOS POR MICA, O MAIS NOTÁVEL JOGADOR
QUE PASSOU PELA ASSOCIAÇÃO
1921
Campeão do Torneio Início, pelo Yankee
1922
Campeão Baiano, pelo Botafogo
Vice-Campeão Brasileiro, pela Seleção Baiana
1923
Campeão Baiano, pelo Botafogo
Campeão da Taça Brasil-Argentina, pela Seleção Brasileira
1924
Campeão Baiano, pela Associação Atlética da Bahia
1928
Campeão do Torneio Início, pela Associação Atlética
38
HISTÓRIA DA SEGUNDA FASE
1930 - 1982
Momento de Decisão
O Que Fazer com o Time de Futebol
Terceira Mi-Carême
Fim do Time de Futebol
Consequências da Saída do Futebol
Crise de 1932
Incidente com o Capitão João Facó
Vinte Anos de Fundação
Compra da Sede e Plano de Expansão
Homenagem à Maria de Carvalho Tavares
Ladrão Fugiu e Ficou Impune
Construção da Nova Sede Social
Fidalguia Baiana
Carnaval da Vitória
Martha Rocha
Piscina Semiolímpica
Boréu, Campeão Brasileiro de Tênis
Bodas de Ouro
Boicote dos Diários Associados
Patrícia Medrado
Olimpíadas Internas
As Festas pelo 65º Aniversário
Conquistas Múltiplas
Clube Social e Esportivo Completo
Evaldo e Pedro, Professores de Tênis
Campo de Futebol
Alguns Presidentes Inesquecíveis
39
Carlos Coqueijo Costa, que presidiu a Associação por oito anos (19561964), construiu a primeira piscina semiolímpica da Bahia, implantou
uma intensa programação artística e criou a Orquestra da Associação,
dirigida pelo maestro Carlos Lacerda.
(Foto: Leão Rozemberg)
40
MOMENTO DE DECISÃO
Três fatores se inter-relacionaram e decretaram a saída da
Associação do campeonato de 1930. O primeiro foi pelas relações com
a Liga Bahiana de Desportos Terrestres, que voltaram a se deteriorar com
os episódios dos dois jogos com o Ypiranga pelo certame de 1929.
O segundo era de caráter social. Encontravam-se em jogo
duas correntes antagônicas. A Associação e o Bahiano, clubes que se
elitizavam, não iriam abrir as portas de suas requintadas sedes sociais
para a multidão torcedora de um esporte que começou sendo praticado
por jovens da elite social, mas que se popularizava numa rapidez incrível.
Enfim, o futebol já se constituía numa grande paixão popular. E
dentro desse prisma, não havia como fazer o casamento de noivas da elite
com noivos do povo. E a sociedade baiana da época era extremamente
conservadora e discriminadora1.
Portanto, o ano de 1930 era crucial para os dois clubes, de decisão
e definição de rumos a seguir. Na Associação, que possuía um campo, o
futebol continuaria sendo praticado apenas em torneios internos, com
times fechados, formados pelos próprios associados, cujo quadro era
constituído por uma elite social.
O terceiro fator era representado pelo surgimento da nuvem da
profissionalização do futebol brasileiro2, que em 1930 já se manifestava
fortemente no eixo Rio-São Paulo. Os jogadores mais importantes
estavam recebendo salários pagos de forma disfarçada.
Em Salvador, o amadorismo “marrom” já estava movimentando
as transferências de jogadores, por meio de “cavações” ou “cabalas”,
termos usados para definir os assédios aos jogadores mais destacados.
Enfim, era o prenúncio de que o futebol amador estava com os dias
efetivamente contados nas grandes cidades brasileiras3, onde o futebol
crescia vertiginosamente.
Na Bahia, que se constituía na terceira força futebolística do
país, o profissionalismo também era iminente. E consigo acarretaria
1 Obviamente que a questão social do futebol não era discutida abertamente, mas era debatida
internamente entre os diretores da Associação e do Bahiano, que inclusive trocavam informações e
tomaram a mesma decisão num mesmo instante. Ao se afastarem conjuntamente do campeonato,
abalaram a sua estrutura. Se não fosse o Ypiranga e o Botafogo, já consolidados como as duas
maiores expressões do futebol baiano, ambos com sólido respaldo popular, o campeonato de 1930
não teria sido realizado. Mas perdeu um pouco do entusiasmo. Porém, no ano seguinte, surgiu o
Esporte Clube Bahia, dando uma nova guinada no campeonato e fazendo o povo esquecer as ausências da Associação e do Bahiano.
2 Na Inglaterra, o futebol tornou-se um esporte profissional a partir de 1885.
3 O primeiro jogo oficial de futebol profissional no Brasil ocorreu em 12 de março de 1933, em São
Paulo, entre o São Paulo e o Santos, vencido pelo primeiro por 5x1.
41
uma nova despesa para os clubes. A Associação Atlética e o Bahiano
de Tênis, já consolidados como clubes sociais da elite baiana, decidiram
canalizar seus recursos e investimentos para a parte sócioesportiva de
interesse exclusivo do quadro de associados. Por isso, optaram por
sair das disputas de um campeonato que caminhava para o inevitável
profissionalismo.
O QUE FAZER COM O TIME DE FUTEBOL
Com relação ao time de futebol que havia disputado o
campeonato de 1929, a Associação não o dissolveu imediatamente.
Foi mantido em atividade, voltada ao atendimento de convites, que
eram muitos, para jogos em cidades baianas e de outros estados. Com
essa estratégia, ficou logo evidenciado que os dirigentes da Associação
procuravam minimizar o impacto público quando fosse decretada a
extinção da equipe de futebol. Ademais, estavam fazendo um teste para
colher subsídios visando uma decisão final, se a retirada da agremiação
do campeonato de futebol deveria ser definitiva e irrevogável.
Na edição de 25 de abril de 1930, A Tarde anunciou: “A Associação
Athletica visitará Santo Antônio de Jesus, Belmonte, Ilhéus e Maceió”.
Abaixo desse título, publicou um texto curto:
A valorosa Associação Athletica da Bahia visitará as cidades de Santo
Antônio de Jesus, Belmonte, Ilhéus e Maceió. A excursão à primeira
será no dia 2 de maio, havendo ali dois jogos amistosos. O regresso
será no dia 8.
Os jornalistas que foram ao embarque da comitiva, no cais da
Bahiana, notaram a ausência de três dos principais jogadores: Mica,
Vivi e Astério. O primeiro havia decidido retirar-se do futebol e os dois
últimos já estavam em entendimentos para jogarem em outros times. A
delegação viajou de navio até a cidade de Nazaré, donde seguiu, pelos
trilhos da Estrada de Ferro de Nazaré, para Santo Antônio de Jesus,
sendo recebida com fogos de artifício, acordes de uma filarmônica e
pelo entusiasmo do povo santantoniense. Enfim, a cidade engalanouse e fez festas durante toda a permanência da agremiação campeã de
1924. Esse título rendia prestígio e fama à Associação.
Os jogadores voltaram a Salvador entusiasmados, pois nunca
haviam sido alvo de tamanha manifestação de carinho e idolatria. E assim,
foram também recebidos nas demais cidades por onde a Associação
passava, tendo inclusive inaugurado alguns estádios no interior baiano.
42
TERCEIRA MI-CARÊME
Na mesma edição, de 25 de abril, em que noticiou a excursão
do time de futebol, A Tarde, sob o título “A véspera da Mi-Carême na
sede da Associação Athletica”, deu ênfase ao terceiro “Carnaval da
Quaresma”, como também estava sendo chamada a Mi-Carême. O texto
do jornalista, não identificado, verdadeiro poeta-cronista, foi o seguinte:
Noticiar uma festa no luxuoso palacete-sede da aristocrática
Associação Athletica da Bahia é sempre um duplo prazer para a
imprensa: se se trata de uma que vai se realizar, é proporcionar ao
mundanismo e aos círculos elegantes da cidade, pelos seus elementos
mais representativos e distintos, a ansiedade pelos momentos deliciosos
e inesquecíveis que ali se passam e que se tem o condão maravilhoso
de fazer nascer a ilusão acariciadora de que vale bem a passar a viver a
vida...
Depois, se trata de uma recepção que já se efetivou, é registrar
para a perpetuidade da nota de destaque nos anais da fidalguia e
nobreza, de fino gosto social, a alegria com que se tonifica o espírito
naquele ambiente em que o perfume das flores se confunde com as
essências raras, em que os olhos se deleitam ante o cenário de belezas
vivas e fulgurantes, ante a variedade e o luxo dos trajes da moda
requintada, ante o espetáculo daqueles salões que resplandecem e que
parecem, embora por instantes, serem um pedaço que se destacou
desse paraíso cantado nos versos imortais e baixou à terra para o gozo
espiritual das horas que passam e que deixam a impressão forte de um
sonho.
E, afinal, quem assiste, quem tem a fortuna de participar das
recepções da Athletica, traz uma interrogação, misto de saudade, de
tristeza e de esperança, a si próprio se pergunta se, por ventura não
esteve a ler um desses contos que deslumbram pela fantasia!
Eis aí, porque nada mais precisamos dizer para acentuar o que
será a festa de amanhã, véspera da Mi-Carême, no palácio sede da
Associação Athletica da Bahia, à Barra, que vive ali, gloriosamente,
a realizar esse grande milagre de fazer a nossa alta sociedade viver
momentos magníficos sob um céu puro, ao brilho das estrelas, sobre
seu lindo escudo, despeja lágrimas de opalas, perto do marulho
melancólico do mar.
O redator do texto acima foi o intérprete da nova diretriz
que norteava o comando da Associação. Num texto poético, vendeu
glamour, luxo e aristocracia, ingredientes dos sonhos que permeavam
os clubes da elite social. E isso posto, de forma cristalina, não se poderia
esperar outra atitude da Diretoria, que não fosse a defenestração
43
do futebol, esporte que havia provocado a fundação da entidade. A
Associação procuraria doravante desassociar completamente a sua
imagem da faceta do futebol popular, representada pela paixão do povo
nos estádios. Isso não lhe era mais conveniente. A elite social, que no
início do futebol baiano, no Campo do Rio Vermelho, prestigiava os
jogos, passou a torcer o nariz para o futebol quando ele conquistou
a preferência das camadas populares, representadas pelo Ypiranga e
pelo Botafogo, que passaram a dominar o cenário futebolístico, com os
quais, tanto a Associação como o Bahiano não queriam mais se misturar
e muito menos serem derrotados nos jogos contra os mesmos.
FIM DO TIME DE FUTEBOL
Com a manutenção do time de futebol em atividade, embora já
desfalcado de alguns dos principais jogadores, a Associação manteve
uma aparente porta aberta, para um possível retorno ao campeonato
de 1931, como havia acontecido em 1928. Isso provocou campanhas
em favor da volta do time azulino às competições da Liga Bahiana de
Desportos Terrestres. A corrente favorável à continuidade da Associação
no campeonato passou a fazer campanhas pela imprensa.
As pressões aumentaram com a saída dos mais destacados
jogadores, passando a oposição à Diretoria a apregoar uma
“desorganização no comando da Azulina” e a pedir a “reorganização da
Associação”, chegando inclusive a apelar publicamente para que antigos
baluartes assumissem direção da entidade. Em A Tarde, edição de 18
de junho de 1930, saiu uma relação contendo 13 nomes dos grandes
baluartes, sendo seis ex-presidentes, aos quais os inconformados, ou
“viúvas” do futebol da Associação no campeonato, solicitaram uma
intervenção. Eis os nomes citados: Alfredo Henrique de Azevedo, Antônio
Guilherme Pereira de Carvalho (Toneca), Arthur Fraga, Arthur Motta,
Carlos Costa Pinto, Carlos Corrêa Ribeiro, Fábio de Carvalho, Henrique
de Carvalho, José Santos Pereira de Mello, Leônidas Siqueira, Maneka
Pedreira, Noé Rodrigues Nunes e Pedro Bacelar de Sá.
A campanha pela intervenção não vingou, pois o Conselho
Deliberativo apoiou a Diretoria. E saiu a decisão definitiva, que não causou
nenhuma surpresa: a Associação não participaria mais do campeonato
baiano e os jogadores remanescentes do seu plantel estavam liberados
para se transferirem para outros clubes.
Por proposta de alguns ex-jogadores da Associação e do Bahiano,
que não quiseram se encaixar em outras agremiações, iniciaram-se
44
entendimentos para a constituição de um novo clube, onde os antigos
atletas pudessem disputar o campeonato de 1931. Depois de duas
reuniões preparatórias, na madrugada do primeiro dia de 1931, foi
fundado o Esporte Clube Bahia, que nasceu forte, com vários jogadores
da Associação e do Bahiano. E logo no primeiro ano, o Bahia sagrou-se
campeão dos dois principais certames, o Torneio Início e o Campeonato.
Embora as cores do novo clube fossem as mesmas da bandeira
do Estado da Bahia, que também lhe emprestou o nome, os novos
aficionados do tricolor, arrebanhados entre antigos torcedores da
Associação e do Bahiano, diziam que o azul era o da Associação, o
branco do Bahiano e o vermelho da Bahia.
CONSEQUÊNCIAS DA SAÍDA DO FUTEBOL
Com a fundação do Esporte Clube Bahia, desapareceram por
completo as esperanças da volta da Associação ao campeonato baiano
de futebol. Com isso, a Azulina perdeu o espaço que tinha nas páginas
esportivas dos jornais da capital, onde também saiam notas sociais,
programação das festas, etc. Sem uma participação em eventos públicos
e dedicando-se exclusivamente ao público interno (associados), pouco se
divulgava e o público externo pouco ficava sabendo de suas atividades.
Em suma, a Associação, como clube da elite, divorciou-se da imprensa e
recolheu-se ao anonimato.
Fora o seu quadro de associados, poucos ficavam sabendo de
seus torneios internos, de futebol, de tênis, de xadrez, etc. Divulgações
na imprensa somente em casos extraordinários, como na crise de 1932.
CRISE DE 1932
Em 9 de maio de 1932, Rafael Menezes foi eleito presidente,
tendo o seu antecessor, Raphael Gordilho, se despedido falando da
necessidade de uma reorganização na Associação. Nesse mesmo mês,
no dia 21, assinado pelo secretário Colin Cowie Scott, foi publicado o
seguinte aviso em A Tarde:
De ordem do sr. Presidente, aviso aos senhores sócios que se realizará,
no domingo, dia 22, às 8 horas, o Torneio de Tennis e, a seguir,
começarão as danças que se prolongarão até às 20 horas. Será exigido
o recibo nº 5.
Na edição da segunda-feira, dia 24 de maio, sob o título “Em
45
torno das quadras de tennis”, A Tarde noticiou o resultado do torneio:
A querida Associação Athletica da Bahia, ora numa fase brilhante
de ressurgimento, cujas tradições do mundanismo e de esporte honram
os fóruns de elegância e distinção de nossa terra, está de parabéns pelo
dia de festas, simplesmente magnífico, que, ontem, ofereceu aos seus
numerosos associados e gentis torcedoras e adeptas, o que vale dizer:
à alta sociedade baiana.
Foram horas de raro encanto e fidalguia que, ali, na tão luxuosa
quanto atraente sede azulina, se passaram, num ambiente inesquecível.
Os jogos, de duplas de tennis, começaram exatamente às 8:30 horas,
prolongando-se até as 16:30. Às 12 horas, os jogos foram suspensos
para se servir o almoço cordial, reiniciando-se às 13 horas.
Desde cedo, o palácio-sede da Athletica era constantemente
visitado, por senhorinhas e exmas. senhoras, além da assistência dos
matches, numerosa, seleta e entusiasta, aplaudindo com calor os lances
empolgantes e as belas tiradas athleticas do tennis.
Outra visita igualmente honrosa teve a sede da Azulina: do dr.
Rogério de Camargo, do Comitê Nacional do Café, às 11 horas, com sua
exma. esposa. Assistiram alguns jogos e percorreram a referida sede,
colhendo a melhor impressão, conforme o termo que escreveu, no livro
próprio.
O interessante torneio obedeceu ao sistema de pontos,
contando-se cada game um ponto e jogando todas as duplas entre
si, vencendo aquela que, no final, marcou maior número de pontos.
Segue o resultado final: em primeiro lugar Jorge Corrêa Ribeiro e Colin
C. Scott, com 38 pontos; em segundo lugar Frederico Sá e Carlos Sá, 37
pontos; em terceiro lugar, com 36 pontos, ficaram três duplas, Manuel
Liberato e Miguel Osório, Oscar Pontes e Alberto Pondé, e Reynaldo
Gordilho Silva e G. W. Phillips.
As danças, ao som do Jazz Machado, começaram às 17 horas,
sempre muito animadas e distintas. Os pares estiveram incansáveis,
porque era impossível resistir àquele ambiente de delícias e enlevo de
espírito. E a admirável festa terminou às 21 horas, já se falando, com
interesse e ansiedade, da próxima festa de São João, cujo êxito já é uma
tradição nos círculos azulinos.
Basta frisar que, atualmente, está à frente dos destinos da
campeã de 1924 uma diretoria empenhada, vivamente, em soerguer o
valoroso grêmio. Seu presidente é o dr. Rafael Menezes.
Na edição de 10 de junho, saiu em A Tarde um aviso sobre a
realização de uma festa em homenagem ao aniversário da Batalha Naval
de Riachuelo, assinada pelo secretário Colin Scott, nos seguintes termos:
De ordem do sr. Presidente, aviso aos senhores sócios que, no
dia 11 do corrente, às 22 horas, o clube abrirá os seus salões para uma
46
recepção em honra à gloriosa Marinha Nacional.
Traje: smoking ou branco a rigor, sendo ingresso o recibo nº 6.
Não se teve mais notícia da Associação até o dia 27 de setembro
de 1932, quando, na página esportiva de A Tarde, saiu a seguinte
matéria:
A Associação Athletica está sem presidente
Qualquer notícia, que diga respeito à Associação Athletica
da Bahia, interessa de perto aos nossos círculos esportivos e,
principalmente, aos sociais. Por isso, não precisamos acentuar, agora,
por ser demais conhecido, o valor mundano desse simpatizado grêmio.
E se essa notícia não é boa, certamente que a impressão a deixar será
pior...
Com essas palavras, queremos, antes de tudo, lamentar que
o clube azulino, de tão brilhantes tradições, não tenha mais como seu
presidente o dr. Rafael Menezes. O público, sincero admirador do ilustre
professor da nossa gloriosa Faculdade de Medicina, há de, portanto,
compartilhar desse nosso pesar.
Desde a semana passada, o distinto sportsman, por motivos
inteiramente pessoais, isto é, de saúde, que a teve há poucos dias
alterada, já agora felizmente restabelecida, além de lhe faltar o
necessário tempo para o desempenho leal e dedicado do encargo em
apreço, para não falar nas suas múltiplas ocupações, argumentadas na
clínica numerosa – tudo isso influiu para o pedido de exoneração do dr.
Rafael Menezes daquele posto.
Houve quem insistisse para que ele continuasse à frente dos
destinos da Athletica, mesmo sem lhe dispensar toda a atividade e
esforço. Mas, espírito avesso a “medalhões”, sempre disposto a tudo
fazer pelo êxito dos encargos que lhe são confiados, o dr. Rafael
Menezes revestiu sua solicitação de caráter irrevogável.
Sentindo a perda que isso representa, não só para a campeã
de 1924, como para o próprio esporte baiano, resta-nos confiar que a
crise não demorará, devendo-se, dentre os inúmeros sócios da mesma
agremiação, quem substitua o dr. Rafael Menezes e conduza o querido
grêmio ao destino a que tem incontestável direito.
À primeira vista, a renúncia, tornada pública, poderia ser
encarada como um fato corriqueiro, pois renúncias de presidentes
sempre aconteciam nos clubes esportivos e sociais, a maioria cheia
de panelinhas geradoras de conflitos. Normalmente, a solução de
desentendimentos graves ou irreconciliáveis passava pela via da renúncia
dos dirigentes, individualmente ou coletivamente. As saídas sempre
tinham justificativas diplomáticas, tais como a súbita falta de tempo,
47
os afazeres profissionais ou por problemas de saúde. Uma outra praxe
consistia no enaltecimento das qualidades pessoais do renunciatário,
que vinha realizando um trabalho excelente e cujos serviços fariam
falta ao clube. Era até comum a tradicional encenação do pedido de
reconsideração da renúncia.
Na Associação não era a primeira vez que um presidente
renunciava, justamente para pôr fim aos desentendimentos e
proporcionar que a agremiação pudesse continuar em suas atividades
normais. Mas, desta feita, o problema era grave, constituindo-se na
maior crise da sua história. Com a renúncia do médico Rafael Menezes,
os diretores perderam a força para enfrentar as dificuldades e decidiram
que fariam uma assembleia geral para propor a dissolução da Associação.
Como não havia bens imóveis, iriam simplesmente devolver toda a área
do clube, que se encontrava arrendada, aos seus donos, com todas as
benfeitorias.
Porém, a notícia correu feito um rastilho de pólvora, e antes
mesmo da convocação da assembleia geral, aproveitando a festa
dançante do 18º ano de fundação, realizada no segundo sábado de
outubro, dia 10, os associados compareceram em massa à chamada Festa
da Saudade, pois seria a última da Associação. Em face do estrondoso
comparecimento e dos pedidos para que o clube não fosse dissolvido, os
diretores se sentiram na obrigação de lutar pela recuperação da Azulina.
O vice-presidente, no exercício da presidência, Arthur Motta,
que já havia presidido o clube por um ano (1920-1921), conduziu a
Associação por cinco meses, ficando responsável pela festa do Ano
Novo, assim divulgada por A Tarde, na edição de 30 de dezembro de
1932:
O Réveillon da A. A. da Bahia
Não precisamos repetir que as festas da Associação Athletica
da Bahia são, sempre, magníficas e brilhantes. Sabe-o toda a Bahia
elegante e mundana. Daí, a ansiedade com que o nosso set social
aguarda a tradicional comemoração do Ano Novo.
Sua ilustre diretoria está envidando esforços para que o
réveillon da noite do dia 31 do fluente mês, nada fique a dever aos
anteriores.
Para essa festa, durante a qual tocará o aplaudido “Jazz Band
Jonas”, a Associação, que conta em seu seio com as figuras mais
representativas do set baiano, já se encontram abertas as inscrições
para as reserva de mesas na sede do clube, havendo várias surpresas
artísticas e uma distribuição de prendas e lembranças.
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No dia 7 de fevereiro de 1933, Artur Motta passou a presidência
da Associação ao empresário Fernando Corrêa Ribeiro4. Eis os demais
diretores que teriam a árdua tarefa de trabalhar pela reorganização e
soerguimento do clube:
Vice-Presidente: Rafael Menezes (renunciatário de setembro de 1932)
1º Secretário: Bemvenuto Botelho da Silva
2º Secretário:Oswaldo Imbassahy da Silva
1º Tesoureiro: Herbert Rodenburg
2º Tesoureiro: Edgard Corrêa Ribeiro
Orador: Francisco Peixoto de Magalhães Neto
INCIDENTE COM O CAPITÃO JOÃO FACÓ
Com a vitória da Revolução de 1930, os governadores dos
Estados foram substituídos por interventores, nomeados pelo novo
presidente da República, Getúlio Vargas. Na Bahia, após curtos mandatos
de quatro interventores, o tenente Juracy Magalhães, um dos líderes
da Revolução no Nordeste, assumiu o governo em 19 de setembro de
1931. Para comandar a polícia baiana, ele colocou como secretário da
Polícia e Segurança Pública um colega do Exército, capitão João Facó,
que também teve participação ativa no movimento revolucionário em
Pernambuco.
Como convidado especial da diretoria, a mais alta autoridade no
setor da segurança pública no Estado passou a festa da despedida de
1932 e entrada de 1933 na Associação, donde saiu maravilhado com o
glamour e a alegria dos associados, que se divertiram de forma ordeira
e respeitosa. E compareceu novamente ao clube numa festa logo após
o Carnaval de 1933, sendo que desta vez se viu diretamente envolvido
num incidente com o associado Hermann Overbeck. No outro dia, o
principal comentário na cidade era o fato do todo poderoso chefe da
Polícia ter sido desacatado na Azulina por um sócio alemão. O episódio,
com uma personalidade do primeiro escalão do Governo do Estado, que
colocou o presidente Fernando Corrêa Ribeiro numa situação delicada,
foi registrado em ata de reunião da diretoria, realizada em 19 de abril,
nos termos abaixo:
O senhor Presidente, com a palavra, diz vir trazer ao
conhecimento da Diretoria, para que esta tome a deliberação que
4 Fernando Corrêa Ribeiro pertencia a uma das famílias mais poderosas da Bahia. Era o líder da
Corrêa Ribeiro & Cia, exportadora de cacau e café e importadora de diversos produtos da Europa
e dos Estados Unidos.
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julgar necessária, o lamentável incidente ocorrido por ocasião da última
reunião dançante do clube, que passava a relatar:
“No correr da aludida festa, o sócio deste clube, Hermann
Overbeck, tomara lugar numa das mesas reservadas pelo clube àqueles
associados que não tiveram oportunamente mandado reservar lugares
para suas pessoas, na forma do estabelecido pelo clube e largamente
divulgado pela imprensa. Tendo-se levantado da referida mesa para
dançar e como esta se encontrasse desocupada, o Capitão Facó, chefe
de polícia deste Estado e convidado de honra do clube, aquiescendo ao
convite que lhe fora feito por dois diretores do clube, tomara lugar na
referida mesa. Logo depois, o sócio Hermann Overbeck, tendo acabado
de dançar, revoltado contra o fato da ocupação da mesa, dirige-se
grosseiramente contra os que ali se encontravam. Chamado a intervir,
fiz ver ao sócio que ele não tinha razão no seu procedimento, de vez
que, não lhe estando reservada a mesa, e desde que dela se havia
levantado, os demais sócios do clube podiam e tinham direito de ocupála. Além do mais, o seu proceder não se justificava, pois que, sendo o
Capitão Facó um convidado de honra da Diretoria, qualquer ofensa
dirigida ao mesmo era simultaneamente uma ofensa contra a Diretoria.
Não se conformando com a admoestação, que aliás lhe fora feita
delicadamente, tendo se afastado momentaneamente do local, dirigiuse novamente, de modo grosseiro e indelicado, à pessoa do Capitão
Facó. Novamente admoestado, portou-se de modo inconveniente,
tendo então rasgado o seu recibo na presença de vários associados do
clube. Diante de tal procedimento, aberratório às normas de educação
e disciplina, que devem observar todos os sócios do clube, quando na
sede social, e visando ressalvar o bom nome do clube, trago esse fato
ao conhecimento da Diretoria, para que esta delibere do melhor modo,
em defesa dos interesse sociais”.
O dr. Rafael Menezes pede a palavra e sendo-lhe concedida, diz:
“Sinto-me à vontade para opinar sobre o incidente. Considero grave a
falta do sócio e ela é mais uma ofensa dirigida à Diretoria do clube,
da qual era o ofendido um convidado de honra. Acrescento ainda o
fato do sócio ter rasgado o seu recibo em presença de diretores do
clube, o que mais agravou a sua situação. Mesmo que à Diretoria fosse
dirigido qualquer apelo no sentido de ser perdoado o sócio faltoso, e
mesmo que este apelo partisse do ofendido, mesmo assim a Diretoria
não lhe pode perdoar, uma vez que, no incidente, ela é que fora a
mais ofendida. Sinto-me pois, à vontade, para pedir que seja cominada
ao sócio a pena da eliminação. E digo mais, sou ligado por laços de
amizade com a família do ofensor. Do ofendido, por questões políticas,
me acho desligado”.
Pelos diretores José Fiel e J. S. Fleming foi lembrada a pena
de suspensão, em virtude da advertência feita pelo dr. Bemvenuto
Botelho. Apesar de admoestado pela diretoria, o sócio reincidiu na
falta. Impunha-se, portanto, a aplicação de uma pena mais severa, pois
fora grande o prejuízo moral para o clube com o proceder do sócio
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faltoso. Votavam assim pela pena da eliminação, mas que essa decisão
escapava da alçada da Diretoria. Propuseram que se convocasse o
Conselho Deliberativo, para decidir a sua aplicação, na forma do
facultado pelo art. 27 dos Estatutos.
Por fim, o Presidente pediu que constasse uma referência que
lhe havia escapado no seu depoimento, quando o sócio Hermann
Overbeck, dirigindo-se ao Capitão Facó, disse o seguinte: “Os oficiais
na minha terra têm mais educação”.
O Conselho Deliberativo, reunido extraordinariamente no dia
12 de maio de 1933, decidiu, de forma sumária, e por unanimidade,
eliminar do quadro associativo o sócio Hermann Overbeck.
VINTE ANOS DE FUNDAÇÃO
No dia 1º de outubro de 1934, uma segunda-feira, saiu em A
Tarde uma comunicação de transferência de um passeio restrito aos
associados, sem, contudo, informar o destino:
O passeio marítimo da AAB
A valorosa Associação Athletica da Bahia está avisando aos seus
consócios que o passeio marítimo anunciado para 30 do mês passado,
ficou adiado para 7 de outubro, em virtude do mau tempo reinante,
continuando por isso as inscrições até o dia 5 deste mês.
O vapor será o Santo Amaro, da Navegação Bahiana, que partirá
desta cidade em hora oportunamente anunciada. Dará ingresso a bordo
o bilhete do passeio acompanhado do recibo número 9.
A Associação completou 20 anos de fundada no dia 4 de outubro
de 1934, uma quinta feira. Nesse dia, sob o título “O 20º aniversário,
hoje, da Associação Athletica da Bahia”, A Tarde publicou uma extensa
matéria sobre o grêmio azulino, totalmente assentada na história da
fundação e nas glórias do futebol. Nada mais, nenhuma palavra sobre
qualquer outra atividade do clube e nem sobre as festividades do
vigésimo aniversário.
Sabe-se que no dia seguinte, em sua sede, foi realizado um
baile comemorativo, que não teve qualquer divulgação na imprensa.
Nenhum jornalista enalteceu o clube com aquelas dissertações que
glorificavam seus freqüentadores e o ambiente aristocrático e luxuoso
da “simpatizada Associação Athletica da Bahia”. Nenhum jornalista
escreveu uma linha sequer sobre o evento no ”palácio-sede do querido
grêmio azulino”.
51
COMPRA DA SEDE E PLANO DE EXPANSÃO
No dia 13 de maio de 1937, ao iniciar-se a reunião da diretoria, o
presidente Archimedes Pires de Carvalho, fez o seguinte pronunciamento:
Essa é a primeira vez que a Diretoria se reúne após a aquisição,
a 27 de abril último, por arrematação passada pelo Juizado da Vara
dos Órfãos desta Capital, da nossa sede e congratulo-me com os
companheiros presentes pelo auspicioso acontecimento, que os bons
fados permitiram que se efetuasse em nosso período administrativo.
Refiro-me também aos esforços gigantescos e eficientes dos idealistas
azulinos, onde ponho em evidência os nomes de Carlos Corrêa Ribeiro,
Carlos Costa Pinto e Arthur Motta, pelas atitudes destacadas na jornada
vitoriosa.
Considero também merecedores de agradecimentos os poderes
públicos, legislativo e executivo, que, ampararam a nossa iniciativa
com a lei especial de isenção de 50% no imposto de transmissão,
devido pelo imóvel adquirido. Também são dignos de homenagens e
reconhecimentos os ex-proprietários do prédio, senhores Henrique e
Fábio de Carvalho, e senhoras Joanna de Carvalho Tavares da Silva e
Maria de Carvalho Tavares, pela solidariedade que sempre dispensaram
à Associação.
Por último, um agradecimento pessoal aos companheiros de
Diretoria, pela confiança que sempre me dispensaram na aprovação das
deliberações, esclarecendo dúvidas e encorajando-me nos momentos
de tibieza.
Na ata da reunião do dia 25 de maio, foi registrada em ata a
seguinte comunicação feita pelo presidente Archimedes, sobre o
pagamento dos 140 contos de réis, valor da aquisição da sede e de seu
terreno:
No dia 18 de maio foi depositada a quantia de cento e trinta contos e
uma promissória no valor de dez contos, a vencer no próximo dia 24 de
agosto5, para pagamento da sede do clube, adquirida em 27 de abril
do corrente ano.
A euforia pela posse definitiva do antigo palacete, que durante
15 anos esteve arrendado à Associação, fez com que, nessa mesma
reunião dia 25 de maio, a Diretoria apresentasse um plano de ação,
constante dos seguintes itens:
1. Reforma do Estatuto, para poder criar a categoria de Sócio Proprietário
e possibilitar o lançamento de dois mil títulos, com pagamento em 12
5 A nota promissória foi resgatada antecipadamente, sendo paga no dia 22 de julho de 1937.
52
ou 24 parcelas mensais, para capitalizar o clube e permitir sua expansão.
2. Aquisição de terrenos vizinhos.
3. Construção de um conjunto esportivo, com piscina, estande de tiro ao
alvo, quadra para voleibol e basquetebol, novas quadras de tênis, além
de outros equipamentos esportivos.
4. Construção de uma nova sede, com instalações modernas e mais
condignas com a posição social que seus associados ocupavam na vida
da cidade.
HOMENAGEM À MARIA DE CARVALHO TAVARES
Em sessão do Conselho Deliberativo, reunido extraordinariamente
no dia 23 de março de 1938, na sala da biblioteca do palacete-sede,
para tratar de diversos assuntos relativos ao quadro de associados, foi
posta em apreciação a outorga do título de Sócia Honorária à Maria
de Carvalho Tavares. Ela era irmã de Fábio de Carvalho, ex-presidente
da Associação (1927-1928) e representava o espólio da mãe, Maria
Miranda de Carvalho, que havia comprado o palacete da Barra (escritura
lavrada em 9 de agosto de 1922), pagando à vista, ao coronel Germano
Francisco de Assis Júnior, cinquenta contos de réis, para logo em seguida
arrendar o imóvel à Associação. Com a palavra, o ex-presidente da
diretoria, Arquimedes Pires de Carvalho, autor da proposta, apresentou
as seguintes justificativas para a concessão da honraria:
Os serviços prestados ao clube pela família Carvalho foram
muitos, culminando eles, por último, na atitude assumida pela
excelentíssima senhora Maria de Carvalho Tavares. Nos entendimentos
que precederam a aquisição do prédio sede da Associação, ela figurava
como co-proprietária e prestigiada representante dos demais coproprietários. Sempre colocou sua grande e superior simpatia a favor
da justa pretensão deste clube, tendo tudo facilitado para que não nos
fugisse a última oportunidade da compra desejada.
Faço questão também de realçar a particularidade de tais
serviços, prestados com discrição sincera e sem alarde. Pela feliz
coincidência de ocupar a presidência do clube naquela fase, estive,
conseqüentemente, em contato com tudo que se relacionava com a
transação referida. Para essa proposta, peço ao Conselho uma salva de
palmas.
Posta em votação, a proposta do ex-presidente é aprovada
por unanimidade e em seguida a senhora Maria de Carvalho Tavares é
proclamada Sócia Honorária da Associação Atlética da Bahia.
53
LADRÃO FUGIU E FICOU IMPUNE
Em reunião de 14 de dezembro de 1939, foi levado ao conhecimento
do Conselho Deliberativo o desfalque praticado pelo cobrador Trajano
Pinheiro. O 1º tesoureiro da Diretoria, Denizart Visco, leu um relatório
contendo a irregularidade, ocorrida durante a administração anterior,
no setor de cobrança do clube, donde o empregado desviou oito contos
e seiscentos e cinquenta e cinco reis, retirados das mensalidades dos
sócios, e trezentos e oitenta e quatro mil e quatrocentos reis da conta
das ações. Eis um trecho do depoimento do diretor:
Assim que descobri a irregularidade, comuniquei o fato à Diretoria
e afastei provisoriamente o funcionário faltoso, tendo a Diretoria
convidado o mesmo para prestar esclarecimentos sobre a acusação que
lhe pesava. Ele não atendeu a convocação e se constatou que havia
viajado para o interior, de modo que a Diretoria considerou confirmada
a acusação contra o citado funcionário e o exonerou das funções de
cobrador, publicando uma nota nesse sentido na imprensa e admitiu
outro empregado.
Em face do exposto, o diretor social, Décio dos Santos Seabra,
solicitou que fosse feito um registro policial e ajuizada uma ação criminal
contra o cobrador desonesto. Porém, em contraposição, para evitar que
o roubo fosse explorado pela imprensa, o que não seria bom para a
imagem do clube e junto aos associados, que perderiam a confiança em
fazer pagamentos aos cobradores, o conselheiro Oswaldo Imbassahy
pediu que a proposta fosse desconsiderada. O Conselho Deliberativo
resolveu então dar o assunto por encerrado, beneficiando o ladrão, que
foi premiado com a impunidade.
CONSTRUÇÃO DA NOVA SEDE SOCIAL
O antigo palacete, uma construção do século XIX, tinha ficado
pequeno para as necessidades do quadro associativo, cada vez mais
exigente, cujos sócios ricos pediam que fosse construída uma nova
sede, projetada com espaços mais amplos e dentro das exigências
arquitetônicas para um clube social de elite, a exemplo dos existentes no
Rio de Janeiro e em São Paulo. E nesse sentido, são bastante reveladoras
as cartas, a seguir transcritas, trocadas entre o presidente, Noé Rodrigues
Nunes, e o ex-presidente Fernando Corrêa Ribeiro.
54
Bahia, 9 de fevereiro de 1940.
Ilmo. Sr. Fernando Corrêa Ribeiro
Nesta
Amigo Fernando, um abraço amigo:
Os interesses da nossa AAB fazem-me tomar-lhe o tempo com
a leitura desta, que tem por fim esclarecer os nossos mútuos pontos de
vista e as nossas respectivas atitudes em relação à construção da nova
sede.
Ontem, às 17:30, eu dizia ao Miguel Osório que o fato que
maior satisfação me tem causado na situação atual é o de estarem
prestigiando a nossa Diretoria (com sua presença às festas, freqüência
à sede, introdução de novos sócios e diversos serviços materiais e
morais), mesmo aqueles que são contrários à construção modesta
por nós planejada. Às 18 horas, porém, a minha satisfação sofreu um
grande colapso com a notícia que o Jayme Baleeiro me transmitiu,
segundo a qual você (simbolizando a família Corrêa Ribeiro) está
resolvido a intervir para que a construção não se faça dentro da base
econômica estabelecida pela atual Diretoria, sob pena da família retirar
o numerário que ali tem.
Mais do que o numerário que vocês6 têm na AAB (que a
mesma não tem como dispensar), tal atitude importaria na perda da
colaboração da família Corrêa Ribeiro, o que significaria um grande
golpe para a AAB, que tem tido na aludida colaboração um dos
principais sustentáculos da sua vida, além de sua salvação em dado
momento, sendo que os títulos oficiais de benemerência dizem melhor
do que eu o que vocês têm feito pela nossa AAB.
Infelizmente, os nossos pontos de vista (entre a atual Diretoria e
sua família) divergem no que diz respeito às possibilidades pecuniárias
da construção da nova sede, no que julgo estar coerente com a condição
que impus para aceitar a minha participação na atual gestão, condição
que você e os demais presentes aceitaram unanimemente.
Entretanto, como todos, na espécie, não temos outro fito
senão o progresso da AAB. Sugiro a organização de outro grupo para
dirigir a AAB e que adote o programa que vocês têm em mira, ao qual
nos comprometemos prestigiar e auxiliar em tudo que estiver ao nosso
alcance (fora da Diretoria), ou que vocês desistam do mesmo programa
e nos deixem agir dentro do nosso programa, porém com a garantia de
continuarem a auxiliar e prestigiar como até agora.
Como esclarecimento para a resolução que você vier a tomar,
devo dizer que o Lido7, pela distância em que se acha do centro da
cidade, longe de ser um elemento de conexão de sócios o é de dispersão
e que, finda a novidade, uma nova crise virá, tão grande ou maior do
6 Uma referência aos três outros irmãos, Jorge, Edgar e Carlos Corrêa Ribeiro, também baluartes
da Associação.
7 O Lido era um imóvel cedido pelo Governo do Estado, onde a Associação faria as festas enquanto
a nova sede estivesse sendo construída. O Lido ficava na Avenida Oceânica, no antigo Morro do
Cristo, onde depois funcionou o Clube da Aeronáutica, atual Prefeitura da Aeronáutica, em Ondina.
55
que as outras. Com isto, quero dizer que, em nossa opinião, se dentro
de cinco a seis meses não tivermos a nova sede a crise virá, a menos
que elementos verdadeiramente devotados mantenham os associados
em contínuo entretenimento, com festas e novidades.
Eis, meu distinto amigo, o que eu tinha para lhe dizer em nome
da Diretoria e acrescento que, prevaleça o seu ponto de vista no sentido
de ser construída a sede que a AAB merece, prevaleça o nosso ponto de
vista no sentido de ser construída a sede que em nossa opinião está ao
alcance da mesma.
A estima e consideração que nos dispensamos nada devem
sofrer, pois de minha parte, eu garanto, nada sofrerão.
Disponha do amigo, obrigado.
Noé Rodrigues Nunes
Pela correspondência do presidente Noé, tem-se a comprovação
de uma coisa: da mesma forma que no Bahiano de Tênis, onde as
cartas eram dadas por uma família poderosa, Catharino, na Associação
quem tinha o poder era a família Corrêa Ribeiro. E o seu representante
maior não ficou nada satisfeito com a postura da Diretoria, que não
teve o devido jogo de cintura, em consultá-lo para saber sua opinião
e sugestões para o projeto da nova sede. Somente procuravam-no nas
horas das dificuldades, das crises (a de 1932, que ameaçou acabar com o
clube, foi debelada pelos Corrêa Ribeiro) e das necessidades financeiras.
Em vista disso, o chefão mandou o seu recado pelo Jayme
Baleeiro8, membro da diretoria da Associação, onde ocupava o cargo de
1º secretário. O recado foi sob a forma de um torpedo, cuja violência do
impacto provocou o que o próprio Noé confessou como tendo sofrido
“um grande colapso”. E imediatamente, no dia seguinte, mandou a carta
das explicações, onde, demonstrou humildade e dubiedade, pois fala na
saída coletiva dos diretores, para a entrada de outro grupo, mas também
deixa a entender que não haverá renúncia e nem recuo na concepção
do projeto, haja vista que em momento algum abriu a possibilidade na
alteração do projeto9 já aprovado pela Diretoria. Em resposta à carta
8 Jayme Baleeiro, era um brilhante advogado que tinha sido deputado estadual de 1926 até
1930. Posteriormente, foi secretário da Fazenda do Estado (1951-1954) e conselheiro do Tribunal
de Contas do Estado, que presidiu no período 1970-1971. Na Associação Atlética da Bahia, além
de diretor, presidiu o Conselho Deliberativo. Era pai de Renan Rodrigues Baleeiro, também bacharel
em direito, que ocupou importantes cargos na iniciativa privada e no setor público, dentre eles o
de prefeito de Salvador. Como o pai, Renan foi deputado estadual, conselheiro e presidente do
Tribunal de Contas do Estado. Na Associação Atlética da Bahia foi diretor e presidente do Conselho
Deliberativo.
9 No dia 2 de dezembro de 1939, foram abertos em reunião da diretoria e na presença dos interessados, os envelopes para a escolha do projeto e da empresa que construiria a nova sede social e
as instalações esportivas. Participaram da concorrência a Empresa Comercial de Construção Ltda.,
representada pelo engenheiro Oswaldo Silva, e a Emílio Odebrecht & Cia., representada pelo engenheiro Emílio Odebrecht. Venceu o projeto proposto pela primeira empresa.
56
do presidente, escrita quatro dias depois, o ex-presidente assim se
expressou:
Bahia, 13 de fevereiro de 1940.
Ilmo. Sr. Noé Rodrigues Nunes
Nesta
Meu Caro Noé, um abraço sincero:
Li sua carta datada de 9 do corrente e antes de passar a respondêla, quero frisar a satisfação que a mesma me causou, pelos termos
francos em que o assunto é exposto, prova mais do que suficiente de
uma grande lealdade, a qual tanto aprecio e que se não agradeço é por
considerar a mesma qualidade comum à sua personalidade.
Por outro lado, meu caro Noé, lamento que a minha conversa
com Jayme Baleeiro tivesse dado ensejo a que me pudessem julgar, pois
você fala também em nome dos seus ilustres companheiros de Diretoria,
também meus amigos, nos moldes de certos tipos, cujas críticas e ações
servem apenas para demolir idéias e empreendimentos, sacrificando,
muitas vezes, esforços que mais viriam beneficiar terceiros.
Quando me interesso por alguma coisa, não sou daqueles que
só esperam por tal coisa quando as suas idéias dominam. Não, pois
deste modo seria um cooperador muito pouco aproveitável, mormente
na época presente.
As minhas palavras ao Baleeiro muito possivelmente deram a
este nosso comum amigo a impressão de revolta, não duvido, mas, no
fundo, o que faltou foi um pouco de “vaselina” nas minhas expressões,
que antes de fazerem perceber revolta, dessem a entender o grande
interesse que tinha na questão e o propósito de demonstrar com
todo o empenho os receios de ser construída uma sede que apenas,
provisoriamente, tiraria a AAB da atual situação10.
Mesmo porque a ameaça que manifestei ao Baleeiro, caso não
se fizesse o que julgava imprescindível, era de certo modo cômica,
uma vez que o numerário que eu e os meus temos até o momento
destinado à nova sede da AAB, chegaria talvez para alguns pregos do
novo edifício.
Do projeto aprovado pela atual Diretoria, devo dizer que só
conheço a fachada, a qual me foi mostrada por você mesmo, sendo os
demais planos apenas conhecido por mim de informações.
Era meu desejo ter com o Amigo um entendimento pessoal
no sentido de procurar conhecer todo o projeto e depois fazer as
10 Fernando Corrêa Ribeiro referia-se à antiga sede, um imóvel adaptado, que não tinha sido projetado para abrigar um clube, pois originalmente era um palacete residencial e que, pelo tempo de
construído, já requeria uma ampla reforma e ampliação, de custo elevado, considerado como desperdício de dinheiro. Os engenheiros aconselharam a demolição e a construção, no mesmo local,
de uma nova sede, dentro dos novos padrões da arquitetura e das construções utilizando concreto
armado. O “provisoriamente”, que usou para definir a nova sede, foi no sentido de que, em pouco
tempo, a nova sede, como estava projetada, estaria ultrapassada e sem espaço para atender as
necessidades do clube.
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minhas ponderações11, com a liberdade que a nossa mútua confiança
e consideração me dão direito, sem mesmo considerar os títulos de
benemerência, que, aliás, muito me honram.
Esta oportunidade chegou agora. É chegada a ocasião de
manifestar, de outro modo, as minhas idéias sobre a construção da
nova sede do nosso clube. Quero adiantar que não tenho preferência
por qualquer projeto já elaborado, apenas me bato para que, qualquer
um que seja escolhido, abranja dentro das possibilidades imediatas as
necessidades presentes e mais urgentes do clube e antecipe, também,
as que o seu natural desenvolvimento venha a exigir, acompanhando
desse modo, o progresso sempre crescente deste grande Estado, cujo
futuro muito deve desvanecer, principalmente a nós baianos.
Não desconheço os recursos imediatos da AAB, nem sou
partidário que a sua Diretoria assuma compromissos jogando no
futuro, mas, repito o que já disse em sessões da Diretoria passada e
a diversos sócios da “guarda velha”: considerarei um grande erro ser
erguida uma sede dentro de um plano que obedeça tão somente a uma
base econômica considerando os recursos presentes.
Seria o mesmo que condenar a AAB, que nasceu e viveu algum
tempo tendo como base uma mesa e um café, e como impulso um
grupo reduzido de otimistas, a ver o horizonte de suas possibilidades
limitado por uma barreira, uma sede deficiente, que para ser demolida
representaria maior sacrifício do que o que foi preciso para o seu
soerguimento.
Só vejo uma forma de tal impasse ser evitado, que é: executar
em etapas, dentro da base econômica estabelecida pela Diretoria,
um programa que preencha da maneira mais viável as necessidades
inadiáveis do momento, sem sacrificar o futuro. Esta primeira etapa
é importantíssima e se não traz aos seus executores os louros de uma
completa vitória, estabelecerá de antemão qual é o ponto culminante
do desenvolvimento da nossa AAB. Aqueles que perceberem o valor
incalculável que este aceno representa para a vida da AAB, saberão,
mais tarde, melhor avaliar a grandeza de tal gesto.
A Diretoria da Associação Atlética da Bahia é composta de
elementos que mais se empenhariam em impedir que as flechas dos
foguetes caíssem sobre as cabeças dos seus semelhantes, a abraçar os
promotores da manifestação.
Parece que o meu ponto de vista é adaptável ao seu, porém,
de qualquer forma, só vejo nesse incidente epistolar motivos para ficar
mais firme a nossa amizade e com essa persuasão subscrevo-me.
Seu amigo sincero,
Fernando Corrêa Ribeiro
Por conta desta carta e do encontro pessoal que o presidente e
11 Fernando Corrêa Ribeiro já tinha as ponderações, pois com o seu poder social-econômicofinanceiro, é muito provável que o engenheiro Oswaldo Silva, responsável pelo projeto, tenha ido,
levado por terceiros, mostrar-lhe a planta com os detalhes da nova sede.
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o ex-presidente tiveram, as alterações desejadas por Fernando Corrêa
Ribeiro acabaram prevalecendo. Prova disso foi o ofício enviado à Caixa
Econômica Federal, a seguir transcrito na íntegra:
Bahia, 2 de abril de 1940.
Ao Conselho Administrativo da
Caixa Econômica Federal
Nesta
Acusando o recebimento de sua estimada carta, de 29 de
janeiro do corrente ano, pedimos o obséquio de considerar sem efeito
as plantas e especificações que remetemos em 26 de dezembro de
1939.
Entretanto, no propósito de acompanhar o desenvolvimento
urbano de nossa Capital, como no de contribuir mais eficientemente
para o desenvolvimento físico de nossa mocidade, construindo nova
sede e também campos de volley. basket, jardim para jogos infantis e
arquibancada, além de melhorias nos campos de tênis, já existentes,
vimos solicitar a esse ilustre Conselho Administrativo o financiamento
de tais obras, sob garantia hipotecária dos terrenos desta Associação, à
Rua Barão de Itapuã nº 27, nesta Cidade, pedindo, desde já, a concessão
de um empréstimo no valor de R$.350:000$000, pelo prazo de 15
anos, com amortização e juros mensais correspondentes à execução da
primeira parte do referido plano, ou seja, da construção da nova sede,
conforme planta, especificação e orçamento anexos, devidamente
assinados por nós e pela Empresa Comercial de Construções Ltda.
Contando voltar sem demora à presença de Vv. Ss., com os
documentos relativos à parte esportiva, e que justificarão a segunda
parcela do empréstimo que pretendemos, pedimos urgente solução
para a primeira parte do mútuo referido, a fim de que tenha logo início
a construção projetada.
Noé Rodrigues Nunes
Jayme Baleeiro
Presidente
1º Secretário
Em 19 de abril de 1940, realizou-se a última reunião da diretoria
na sede antiga. Eis os principais registros feitos na ata desse dia:
Dando início aos trabalhos da Sessão de Despedida, o sr.
Presidente congratulou-se com os Diretores pelo êxito das providências
tomadas para a construção da sede, pois esta reunião era a última que
a Diretoria celebrava na sede antiga, uma vez que já estava iniciada a
demolição do prédio e oficialmente encerrado o ciclo da sua utilização
como sede social, com a Festa da Despedida ontem celebrada, em que
o nosso ilustre consócio, dr. Archimedes Pires, convidou o consócio
benemérito, Arthur Motta, para, na presença da assistência que o
cercava, dar o golpe de picareta simbolizando o início da demolição.
O sr. Presidente ainda comunicou que já se encontrava
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no Cartório do Tabelião Guilherme Marback a escritura do nosso
empréstimo com a Caixa Econômica Federal, devendo a mesma ser
solenemente assinada no dia 21 do corrente mês.
Na presença dos Diretores, foram incinerados os 22 títulos do
empréstimo sob debêntures, emitidos em 9 de dezembro de 1922.
O sr. Presidente comunicou o entendimento que teve com a
Diretoria do Yacht Club da Bahia, para celebração, ali, juntamente com
a Associação, da nossa tradicional Festa Junina.
Durante a construção da nova sede, as reuniões serão na casa
tomada de aluguel, na Rua Barão de Itapuã Nº 10.
Concluída a demolição do prédio antigo, as obras da nova sede
foram iniciadas no dia 18 de junho de 1940, sob a responsabilidade
da Empresa Comercial de Construções Ltda., tendo a Associação
contratado, para a fiscalização, os serviços do engenheiro civil Leonardo
Mário Caricchio.
Durante os sete meses das obras, houve a importantíssima
colaboração dos irmãos do clã Corrêa Ribeiro: Fernando, Jorge, Carlos
e Edgar, que além, das contribuições financeiras, facilitaram, através da
Corrêa Ribeiro & Cia., a aquisição, por menores preços, de materiais
utilizados na construção e de equipamentos do mobiliário. Na edição de
25 de janeiro de 1941, um sábado, o vespertino A Tarde fez a seguinte
divulgação:
Baile de inauguração da sede da A. Atlética
A Bahia terá, hoje, mais um centro de alta distinção para suas
reuniões sociais. Inaugura-se a nova sede da Associação Atlética, um
dos maiores sonhos da pujante sociedade, que tem um acervo de
serviços prestados à Bahia, social e esportivamente. Os detalhes do
que é o novo edifício que se inaugura sob os melhores auspícios, já
mereceram várias referências nossas.
Às 22 horas e 30 minutos, terá início o baile inaugural, no qual,
segundo aviso da diretoria, serão trajes obrigatórios a casaca, smoking,
summer-jacket ou dinner-jacket.
A arquitetura da nova sede da Associação refletia os desejos
de uma sociedade que copiava as influências da aristocracia europeia,
especialmente a francesa. Eis a descrição do prédio, conforme registro
feito no cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Salvador:
Com frente para a Rua Barão de Itapuã, número 27 da porta,
no mesmo ponto onde existiu, anteriormente, outro prédio de igual
número, que fizera demolir, cujo edifício fica bastante recuado do
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alinhamento da rua, onde tem gradil de ferro três portões, existindo
entre este gradil e o prédio um bem tratado jardim e algumas árvores
frutíferas, que emprestam, além da sombra, aspecto agradável à sede,
cuja fachada em estilo neocolonial, apresenta vãos amplos de janelas e
portas, além de colunas e gradis.
O andar térreo compõe-se das seguintes peças: uma varanda
coberta na entrada, um hall, onde, à esquerda, está a escada de acesso
ao andar superior e, à direita, duas saletas destinadas ao vestiário de
senhoras e respectivos sanitários, e, por fim, um salão nobre, sendo a
parte destinada às danças vazada até o forro do andar superior e a parte
restante é destinada às mesas e orquestra, com o forro correspondente
ao piso do 1º andar. Ainda à direita do salão nobre está o bar e à
esquerda uma pérgola, existindo ainda dependências onde funcionam
a barbearia e os vestiários e sanitário para homens, fora do corpo do
edifício sede. Ao ar livre existe o rink de danças, circundado por uma
pérgola.
No andar superior, correspondente à parte circundante ao salão
nobre, não há divisória e estão colocadas mesinhas para jogos, bilhares e
uma mesa grande para sessões do clube, tendo uma varanda descoberta.
Neste andar, há ainda um cômodo destinado à secretaria do clube e outro
sanitário, além de mais uma varanda descoberta.
O edifício sede da Associação Atlética da Bahia possui um subsolo,
pois está construído em terreno com uma pequena declividade, foreiro ao
Mosteiro de São Bento, na Rua Barão de Itapuã nº 27, antiga Rua da Areia.
A Associação investiu também na construção de um ginásio
aberto, para a prática do basquete e do vôlei. Eis como A Tarde noticiou
esse empreendimento, na edição de 10 de fevereiro de 1941:
A Associação Atlética concorrerá com uma das mais
fortes equipes
O certame de bola ao cesto do corrente ano será, sem dúvida,
um dos melhores e mais disputados que já se realizaram. Os clubes que
concorrerão ao campeonato apresentarão equipes fortes e treinadas,
onde figuram os melhores craques da cidade.
O five que representará a Associação Atlética será um dos mais
cotados candidatos ao título. O alvi-azul da Barra conta com um bom
número de azes, senão vejamos: Dario, Getúlio, Jair, Queiroz, Mozart,
Heitor, Almir e ainda Gilberto Moura Costa, que deixará o rubro-negro
para ingressar na Associação.
Em fins de março, as obras na quadra da Azulina estarão
concluídas e a inauguração será com uma grande temporada do
Botafogo, do Rio. As arquibancadas que circundarão a quadra possuirão
acomodações para 5 mil pessoas, ficando dotada a Bahia das melhores
instalações nesse gênero.
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Depois de ter promovido dois Gritos de Carnaval12, em sua nova
sede social, a Associação publicou nos jornais da cidade, nos dias 11, 12
e 13 de fevereiro, a programação oficial do seu carnaval de 1941, nos
seguintes termos:
A Associação Atlética da Bahia
Comunica aos seus associados e exmas. famílias que ainda este mês
dará os seguintes bailes:
Dia 21
Baile Infantil (fantasia obrigatória), das 16:30 às 19 horas, tocando os
Marujos de Jones.
Dia 22
Baile à Fantasia (de preferência Mexicana), a partir das 22 horas, dando
ingresso o recibo nº 2. Para este baile reservam-se, na Secretaria do
Clube, mesas com 4 lugares aos preços de 120$000 no salão, 100$000
na pérgola lateral e 60$000 no andar superior, com direito a uma
garrafa de champanhe. Não há mais lugares disponíveis no rink.
Os clubes da elite soteropolitana convencionaram que, para
poderem ser frequentados pelas famílias ricas, associadas dos três,
dariam seus bailes nos seguintes dias do carnaval: o sábado era da
Associação; o domingo do Iate; e a segunda do Bahiano. Na noite da
terça-feira não havia baile, em respeito à Quaresma, que começava no
primeiro minuto da quarta-feira.
Em 1941, a II Guerra Mundial, que já convulsionava a Europa,
ainda não tinha tido nenhum reflexo grave na Bahia. Mas os jornais
davam grande destaque às notícias sobre o desenrolar do conflito, que
delineava caminhar para uma vitória do Eixo, formado pela Alemanha
de Hitler e a Itália de Mussolini. No sábado do carnaval, 22 de fevereiro,
dia do grande baile da Associação, A Tarde circulou, como já era hábito,
com sua primeira página quase toda ocupada com o noticiário da Guerra.
Dentre outros destaques, como os ataques dos submarinos alemães,
saíram as seguintes notícias: “Preparativos para a invasão da Bulgária”
(pelos alemães) e “Os aviões da RAF também foram bombardear
objetivos do Ruhr” (Alemanha).
Alheia a todos os acontecimentos nos teatros da Guerra, a
Associação realizou o primeiro grande baile carnavalesco em sua nova
sede social. Eis o que disse A Tarde na edição da segunda-feira, dia 24 de
12 Grito de Carnaval era o nome dos bailes carnavalescos, sem fantasias, que os clubes davam
como prévias ou ensaios, também muito concorridos.
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fevereiro:
O tradicional baile da Associação Atlética
O tradicional baile carnavalesco da Associação Atlética da Bahia,
à noite de sábado, constituiu uma nota de grande sucesso. A sociedade
baiana já se habituou a ter, todos os anos, nessa festa, momentos de
ruidosa e esfuziante alegria, sob ambiente cordial e comunicativo. A
deste ano, porém, excedeu as expectativas: foi simplesmente magnífica!
A bela e moderna sede da vitoriosa agremiação encheu-se
inteiramente, vibrando os pares em danças ininterruptas, ao som do
repertório de sambas, marchas e canções do carnaval de 1941.
Excelente ornamentação completava o êxito e brilho dessa festa
que ficará inesquecível, pelo que de encanto e prazer proporcionou aos
que da mesma participaram.
FIDALGUIA BAIANA
Embora fechados, os três clubes da elite soteropolitana, abriam
suas portas para moradores temporários importantes. Isso fazia parte
da praxe do bem receber dos baianos. E no quadro desses associados
temporários, figuraram os pilotos da Força Aérea Brasileira que chegaram
à capital baiana para servir na recém-implantada Base Aérea de Salvador.
Entre eles figurava o primeiro-tenente carioca Ivo Gastaldoni, que no
dia 5 de abril de 1943, decolou no comando de um Hudson-75 com
quatro tripulantes (metralhador, artilheiro, radiotelegrafista e mecânico)
para uma missão de varredura na área de passagem de dois comboios
de navios, um descendo de Trinidad para o Rio de Janeiro e outro no
sentido inverso. Às 11h15, nas imediações da foz do Rio Real, na posição
11º29’S e 36º55’W, o tenente atacou e afundou, com quatro bombas
de profundidade, um submarino alemão, proeza que o transformou no
primeiro herói da aviação militar brasileira. Em seu livro, Memórias de
um Piloto de Patrulha, o brigadeiro Gastaldoni relembrou o tempo em
que residiu em Salvador:
Nas proximidades da Casa dos Pilotos13 ficavam a Associação Atlética da
Bahia e o Iate Clube da Bahia e, um pouco mais acima, o Clube Bahiano
de Tênis. Era o que havia de mais representativo da fina sociedade
baiana e, por deliberação dos seus respectivos Conselhos, éramos
considerados sócios convidados desses três clubes. Participávamos de
festas, bailes e das atividades desportivas e, não raro, nos torneios de
13 A Casa dos Pilotos era um casarão alugado pelos militares para residência dos oficiais solteiros. Ficava na esquina do Largo do Porto da Barra com Rua do Forte de São Diogo.
63
voleibol entre os três. Havia um ou dois dos nossos em cada time.
CARNAVAL DA VITÓRIA
O primeiro carnaval após o término da Segunda Guerra Mundial
recebeu em Salvador a designação de “Carnaval da Vitória”, numa
alusão à vitória das forças Aliadas sobre os países do Eixo liderados pela
Alemanha nazista, contra a qual o Brasil lutou na Itália. Na edição do dia
5 de fevereiro de 1946, foi publicado em A Tarde, como matéria paga,
assinada pelos três clubes da elite soteropolitana, o seguinte anúncio:
As Diretorias da Associação Atlética da Bahia, do Clube Bahiano
de Tênis e do Yacht Club da Bahia, têm a maior satisfação de convidar
os seus distintos consócios e exmas. famílias para o Grito de Carnaval
que será realizado na sede da Associação Atlética, a partir das 21 horas
de 16 de fevereiro, sábado.
Dará ingresso a carteira de identidade social com o recibo nº 1
de qualquer dos três clubes. Reservam-se mesas à razão de Cr$ 160,00
com 4 lugares, sendo os excedentes cobrados a Cr$ 40,00 cada. Traje:
passeio.
Ainda na edição do dia 5 de fevereiro, como matéria redacional
de A Tarde, foi publicada a seguinte nota:
Carnaval da Vitória
Entramos no mês dos Gritos de Carnaval. Todos os clubes
preparam o seu Grito, espécie de ensaio geral para os três dias de
Momo. Tudo indica que teremos um carnaval bem animado.
No dia 4 de fevereiro, a Associação Atlética publicou em A Tarde
o seguinte anúncio:
Carnaval de 1946
A Diretoria comunica aos prezados consócios ter organizado o seguinte
programa de festividades:
Dia 2 de março
A partir das 21 horas: tradicional Baile do Sábado de Carnaval,
exclusivamente para os associados do clube e suas exmas. famílias.
Traje: Rigor (smoking, summer ou dinner jacket) ou fantasia,
não sendo permitido o uso de macacão, malandro e camisa esporte.
Dia 3 de março
Das 9 às 13 horas: Batalha de Confetes, oferecida às diretorias
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e associados dos valorosos co-irmãos, Bahiano de Tênis e Yacht Club.
Das 16 às 19 horas: Baile Infantil
Na edição do dia 4 de março, uma segunda-feira, A Tarde
reportou-se ao baile do sábado na Associação da seguinte maneira:
Deslumbrou pela riqueza e arte das
fantasias o sábado da Atlética
Poucas vezes, a tradicional festa carnavalesca do clube da Rua
Barão de Itapuã, mesmo nos saudosos tempos de antes da Guerra,
atingiu a temperatura escaldante e o brilho colorido deste último
sábado.
A ornamentação, 100% artística, da elegante sede e a rutilância
das fantasias de luxo, numa admirável exibição de bom gosto, muito
própria das melhores tradições da sociedade baiana, criaram um
ambiente onde a alegria era o “mot d’ordre” e as mulheres lindas
floriam como rosas loucas.
Impossível destacar fantasias ou sorrisos naquele “madstram”.
Despertos dos sonhos, só nos ficou uma como nuvem colorida no fundo
da retina de onde espouca, de repente, uma forma nítida e deliciosa,
logo esfumada como um sonho bom.
O grupo das “bonecas pobres”, por exemplo, surgiu-nos agora
na lembrança. Fantasia simples, mas de muito bom gosto era a da srta.
Olívia Imbassahy e suas companheiras. Também os marmanjos deram
a nota. Rui Carneiro, Orlando Gama Lobo e outros “franzinos” eram
romanos de impressionante aspecto. Leo, Pelulo e Flamiano apareceram
num traje negro de gentis-homens do século XVIII. Os índios do Tororó,
com Herval Vieira, Horácio e Hélio Oliveira à frente, encheram de gritos
de guerra e alarido primitivo o ambiente seleto.
Enfim, quem lá não esteve perdeu seguramente uma das mil
e uma noites, que Sherazade se esqueceu de contar... Porque tanta
alegria e tanta beleza merecem, de fato, a consagração da lenda.
Daqui a trinta anos, diremos nós, aos nossos filhos e netos: ‘era
uma vez, um sábado de carnaval na Associação”.
MARTHA ROCHA
Maria Martha Hacker Rocha nasceu em Salvador, no dia 19 de
setembro de 1936, sendo a caçula de sete irmãs. Era a sétima Maria,
pois todas tinham esse primeiro prenome. Depois, nasceram os
quatro irmãos homens. Seu pai, Álvaro Rocha, engenheiro e professor
catedrático da Universidade Federal da Bahia, era bem posicionado nos
meios sociais. Pertencia ao quadro de associados da Associação Atlética
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da Bahia e residia na última casa14 da Rua Afonso Celso, esquina com
Travessa Marques de Leão, trecho conhecido como Alameda da Barra.
Loira de cabelos dourados e olhos azuis, Martha chamava a
atenção, desde pequena, pela sua rara beleza. Na adolescência, reinou
nas praias do Farol da Barra e de Mar Grande, na ilha de Itaparica, onde
a família veraneava. Também encantava a todos na Associação, onde
jogava vôlei e frequentava festas. Tinha 17 anos quando Guilherme
Simões incentivou a sua participação no Miss Bahia 1954, concurso
promovido por A Tarde, jornal fundado e dirigido pelo seu tio, Ernesto
Simões Filho. Eis como a inscrição foi noticiada por esse vespertino, na
edição do dia 9 de abril:
A Barra lança sua candidata: Martha Rocha
Moradores da Barra, interessados no êxito do Concurso Miss
Bahia, que A Tarde vem promovendo, movimentaram-se no sentido
de obter a inscrição da senhorinha Martha Rocha, residente naquele
bairro.
Ontem, acompanhada de sua genitora, compareceu à nossa
redação, inscrevendo-se no concurso a referida jovem, que já aparece
como uma das mais fortes pretendentes ao título, dados os seus
predicados de graça e beleza.
Atinge, assim, a dez o número de candidatas inscritas no
concurso promovido por esta folha e patrocinado pela Fratelli Vita.
A srta. Marta Hacker Rocha descende de destacada família de nossa
sociedade. Filha do professor Álvaro Pereira da Rocha, conhecido
engenheiro, e de d. Hansa Hacker Rocha, conta a nossa candidata com
17 anos de idade. Pratica natação, volley-ball, fala e escreve inglês.
O concurso foi dividido em duas etapas. Na primeira, o jornal
realizou uma enquete que teve grande aceitação popular15. Com base
exclusivamente nas fotos das candidatas, os leitores votaram para
selecionar as sete finalistas que seriam julgadas por uma comissão de
juízes, formada por artistas, intelectuais e senhoras da sociedade.
Na etapa da consulta pública, a candidata lançada pelo bairro
da Barra e que concorreu pelo Clube Bahiano de Tênis, com o apoio
da Associação Atlética da Bahia e do Clube Carnavalesco Fantoches da
Euterpe, ganhou de forma estrondosa, obtendo o dobro da votação
alcançada pela segunda classificada, Irdemar Osório. As demais
14 A casa seria demolida para a construção de um prédio (nº 532) de apartamentos, que o pai de
Martha, em homenagem à esposa, designou de Edifício Hansa. Porém, foi com o nome do batismo
popular, Edifício Marta Rocha, que virou referência na Alameda da Barra.
15 Os jornais eram os únicos veículos de divulgação de imagens (fotos), pois a televisão inexistia
em Salvador.
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classificadas, pela ordem da votação, foram Lindomar Donato de Souza,
Gildete Passos Rego, Graça Maria Vaz Lira, Gilka Vieira Camardelli e Elina
Rangel.
Conforme o regulamento, as finalistas definidas pela votação
popular teriam de desfilar, em traje social e de maiô, perante um júri
técnico reunido no Bahiano de Tênis, na noite de 15 de maio. E Martha
foi novamente a sensação, sendo, por decisão unânime da comissão
julgadora, eleita Miss Bahia 1954. Na edição do dia 17, segunda-feira
(o jornal não circulava aos domingos), A Tarde deu ampla divulgação ao
evento, donde foram retirados os seguintes parágrafos, premonitórios:
Nos dois primeiros anos do curso ginasial, Martha foi a melhor
aluna de matemática da sua turma. Seu verdadeiro pendor, porém,
era no sentido das línguas latinas e anglo-germânicas, embora se
destacasse bastante em desenho, o que indica, de certo modo, também
uma vocação artística.
------------------------
Será dificílimo uma candidata de outro Estado arrebatar da
Miss Bahia o ambicioso título de Miss Brasil, tais os dotes de graça e
beleza da senhorinha Maria Martha Hacker Rocha.
O jornalista acertou em cheio nas duas previsões. A primeira, da
vocação artística, somente se teria a confirmação muitos anos depois16.
Mas na segunda, a certeza seria imediata, pois no Rio de Janeiro, no
desfile do dia 18 de junho, no Hotel Quitandinha, localizado na cidade
serrana de Petrópolis, Martha Rocha obteve outro êxito espetacular,
sendo eleita, também por unanimidade, Miss Brasil 1954. Estava, assim,
definida a representante brasileira no Miss Universo, que se realizaria no
mês seguinte, na Califórnia, Estados Unidos.
Na cidade de Long Beach, na costa do Pacífico, localizada na área
metropolitana de Los Angeles, as candidatas de 33 países participaram
de preliminares que incluíram uma visita ao complexo cinematográfico
da Universal International, em Hollywood, a Meca do Cinema, onde
Martha Rocha foi a que mais se destacou, merecendo inclusive uma
atenção especial dos astros Jeff Chandller e Tony Curtis. Martha realmente
possuía algo mais, que a diferenciava das demais candidatas ao título
inspirado no nome do famoso estúdio de filmes.
Em Long Beach, as misses fizeram apresentações com vários
16 Aos 57 anos, dando vazão à vocação artística, Marta passou a dedicar-se com afinco à pintura,
especialmente às expressionistas quase abstratas. Seus quadros, em óleo sobre tela, têm grande
aceitação entre os compradores de obras de arte.
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tipos de trajes e um desfile de maiô em carros alegóricos pelas ruas.
Predestinada às vitórias, Martha se destacou novamente entre as
concorrentes, pela beleza, pelo corpo perfeito, pelo desembaraço no
inglês e pelo carisma. Enfim, conquistou as simpatias gerais e nas
pesquisas de opinião pública os americanos, bem como os jornalistas
que cobriam o evento, apontaram a “Miss Brazil” como a preferida para
ser a Miss Universo. Também disparou em primeiro lugar nas bolsas de
apostas.
Na noite do julgamento final, 23 de julho, a brasileira desfilou
como favorita absoluta, sendo intensamente aplaudida. Porém, para
surpresa generalizada, Martha ficou em segundo lugar, perdendo o
título para a candidata da casa, Myriam Stevenson. Ante a reação da
plateia e depois dos jornalistas e da opinião pública, um dos jurados
justificou a vitória da americana da seguinte forma: “A brasileira perdeu
por causa de duas polegadas a mais nos quadris17”. Eis as medidas de
Martha: 1,70m de altura; 58kg; 94cm de busto; 65cm na cintura; quadril
com100cm; e 35cm na panturrilha.
Diversas personalidades de Hollywood divergiram do resultado
do concurso, dentre elas Walter Pidgeon, renomado ator, e Ouis Shurr,
agente de atores, sendo que este último assim se referiu à Martha:
“Ela brilha com o seu sex-appeal”. Também disseram que a “Miss
Brazil” deveria ter ganho cinco atrizes famosas, dos principais estúdios
cinematográficos: Ginger Rogers (Paramount), Pier Angeli (Metro),
Barbara Rush (Universal), Kathryn Grayson (Warner Bros) e Jane Russell
(RKO).
Mesmo sem o cetro e a coroa de Miss Universo, Martha Rocha
ganhou prestígio nos Estados Unidos, onde permaneceu para cumprir
um programa de visitas em várias cidades, dentre elas Nova Iorque.
Inclusive, recebeu duas tentadoras propostas de trabalho, uma da
Universal, para ingressar no mundo do cinema, e outra de um grupo
empresarial de Las Vegas, onde teria um salário altíssimo para promover
a cidade dos cassinos e dos grandes shows musicais, tendo recusado
ambas. A volta ao Brasil foi anunciada por A Tarde, na edição de 27 de
setembro:
17 Na verdade, ficou-se sabendo que o júri estava dividido em duas facções: a que sucumbiu às
articulações dos próprios organizadores, para que a vitória fosse dada à americana, e a que se
posicionou de forma imparcial. Por isso, em duas votações teria dado empate. No terceiro e último
escrutínio venceu a força do poderoso lobby americano, gerando a história das “duas polegadas
a mais”. Caso o corpo de jurados fosse totalmente independente, como aconteceu no Miss Bahia
e no Miss Brasil, com certeza que a Martha teria sido Miss Universo, por unanimidade, conforme
atestavam os especialistas presentes em Long Beach.
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Marta Rocha é esperada, hoje, no Rio
A linda e já famosa Marta Rocha, Miss Brasil, está sendo esperada, esta
noite, no Rio de Janeiro, capital do país, procedente de Porto Rico,
onde foi, ontem, coroada, em grande festa, como “Rainha da Beleza”.
Ao desembarcar no Rio de Janeiro, Martha teve uma recepção
consagradora, ajudando a desanuviar a tristeza do povo com o suicídio
do presidente Getúlio Vargas, ocorrido no dia 24 de agosto, no Palácio
do Catete, mesmo local em que estivera com ele antes da viagem aos
Estados Unidos, sendo agora recebida pelo novo presidente, Café Filho.
Seguiram-se inúmeras homenagens na capital federal até o dia em
que, finalmente, foi liberada para visitar Salvador, onde aconteceria a
maior das apoteoses, num entusiasmo jamais visto na primeira capital
brasileira, com multidões nas ruas para saudar a baiana.
Um filme, encomendado pela Fratelli Vita18, produzido pelo
cineasta Alexandre Robatto Filho, que se encontra disponível na
internet19, mostra no finalzinho da manhã de 29 de outubro, uma
sexta-feira, o Constellation L-049, prefixo PP-PCR, da Panair do Brasil,
chegando ao pátio do Aeroporto de Santo Amaro de Ipitanga e sendo
cercado pelo povo.
O prefeito, Aristóteles Góes, num entusiasmo digno de um chefe
de torcida organizada de time de futebol, correu para receber Martha
na escada da aeronave e a conduziu até um Cadillac conversível que,
escoltado por motocicletas da Inspetoria de Trânsito, com sirenes ligadas,
saiu puxando dezenas de veículos, num monumental corso20, para
cumprir o seguinte itinerário: Estrada Velha do Aeroporto, Campinas
de Pirajá, São Caetano, Largo do Tanque, Calçada, Jequitaia, Comércio,
Ladeira da Montanha, Praça Castro Alves, Rua Chile e Praça Municipal,
onde o automóvel fez a volta e passou novamente pela Rua Chile e Praça
Castro Alves, donde seguiu pela Avenida Sete em direção ao Palácio da
Aclamação, local da recepção oficial, oferecida pelo governador Régis
Pacheco, em meio às festas que os baianos faziam nas ruas próximas.
No dia seguinte, sábado, sob o título “Apoteose da Bahia à
18 A Fratelli Vita Indústria e Comércio S.A. dominava a produção e comercialização de refrigerantes
no Estado da Bahia e tinha uma fábrica de cristais de fama mundial.
19 Com 8 minutos e 30 segundos de duração, o vídeo encontra-se disponível no You Tube. Basta
acessar “Relíquia: Martha Rocha – Patrocínio Fratelli Vita Cristais.
20 Diversas representações, de clubes esportivos e carnavalescos, do Bahiano de Tênis, da Associação Atlética e de outras entidades, além de muitas famílias, tomaram parte no grandioso corso de
veículos, que percorreu 25km, do Aeroporto de Ipitanga (atual Luís Eduardo Magalhães) ao Palácio
da Aclamação, vizinho ao Campo Grande.
69
Embaixatriz da Beleza”, A Tarde dedicou toda a página 2 ao regresso
de Martha Rocha, que havia saído de Salvador em junho, como Miss
Bahia, desconhecida nacionalmente, e retornava após quatro meses,
famosa e trazendo na bagagem um título nacional (Miss Brasil) e dois
internacionais (Vice-Miss Universo e Rainha da Beleza). Na primeira
página, o jornal fez a seguinte chamada:
Os aplausos do povo à Miss Brasil
As manifestações populares à Miss Brasil atingiram o ápice na
Rua Chile. O comércio cerrou suas portas à passagem da embaixatriz da
beleza da mulher brasileira no concurso internacional de Long Beach.
Incalculável massa humana se comprimiu na principal artéria da cidade
para ovacioná-la.
Das janelas dos edifícios, uma chuva de confetes e papeizinhos
cobriu a multidão, oferecendo um espetáculo deslumbrante de alegria
e entusiasmo.
Ainda no sábado, 30 de outubro, o Bahiano de Tênis, clube que
paraninfou a candidatura de Marta e onde ela recebeu a faixa de Miss
Bahia, ofereceu uma requintada festa, comunicada aos sócios por um
anúncio publicado em A Tarde, edição do dia 22 de outubro:
Grande baile, com a Orquestra Silésio, em homenagem a Martha Rocha,
Miss Brasil e Vice-Campeã Mundial de Beleza.
Traje: smoking ou summer jacket e vestido de baile para as senhoras
e senhorinhas.
Depois das homenagens e dos presentes ofertados à Martha, o
baile começou com a Miss Brasil dançando com o presidente do Bahiano
de Tênis, Jerval Peixoto. Nesse mesmo dia, a Associação publicou em A
Tarde o seguinte anúncio:
Soirée Dançante no dia 3 de novembro, quarta-feira, das 20 às 24 horas,
em homenagem especial à segunda mais bela do mundo, a lindíssima
conterrânea Martha Rocha.
Traje: escuro para cavalheiros.
Orquestra: Britinho e Seus Stukas.
A festa na Azulina, comandada pelo presidente Gustavo Maia, foi
um tributo que o clube prestou à associada que, num curtíssimo espaço
de tempo, de 69 dias, como num conto de fadas, ganhou três títulos
e saiu do anonimato para se transformar numa celebridade nacional e
70
internacional. Martha esteve na Associação depois de ter comparecido,
no dia anterior, ao templo do futebol baiano, registrado em A Tarde, na
edição do dia 3, da seguinte forma:
Martha Rocha aclamada no Estádio da Fonte Nova
A linda Martha Rocha, empunhando uma bandeira do seu time, o
Vitória, compareceu ontem ao Estádio Otávio Mangabeira, pouco antes
do embate principal. Em carro aberto, a segunda mulher mais linda do
mundo, deu a volta pela pista, sendo demoradamente aplaudida por
todos. Em seguida, deu o ponta-pé inicial, no centro do campo, abrindo
o jogo Bahia x São Cristóvão, vencido pelo primeiro por 1x0.
Após a presença em alguns outros eventos, Martha voltou, no
dia 5 de novembro, ao Rio de Janeiro, a sede de onde, no exercício
do reinado de Miss Brasil, passou a cumprir um extenso calendário de
compromissos pelo Brasil e por diversos países da América do Sul e
da Europa. Muito assediada para colocar sua imagem em comerciais,
apareceu em anúncios de dois famosos produtos, o refrigerante CocaCola e o sabonete Gessy. Numa das peças publicitárias, acima de uma
exuberante foto da miss, apareceu o seguinte título: “Agora Gessy
embeleza mais do que nunca!”.
Martha havia se transformado numa paixão nacional e se constituía
em padrão da beleza, mesmo com as célebres “duas polegadas a mais”.
Enfim, não precisou ser Miss Universo para conquistar, definitivamente,
os corações de todos os brasileiros, de norte a sul, de leste ao oeste.
Ao ser descoberto que possuía dom para interpretação musical,
Marta não resistiu aos apelos para gravar, na Continental, uma música
em dueto com Emilinha Borba, uma das cantoras mais populares do
país. Cantou o samba “Abraço Fraternal”, de Pedro Caetano, Carlos
Renato e Alcino Guedes. Depois, gravou um disco solo, com duas
músicas, conforme era a praxe na época, em discos de 78 rpm: no Lado
A interpretou o baião “Rio, Meu Querido”, de Pedro Caetano e Carlos
Renato, e no Lado B a marchinha “Duas Polegadas”, do compositor
carioca Pedro Caetano, em parceria com Carlos Renato e Alcyr Pires
Vermelho.
Lançado em junho de 1955, no mês da conclusão do mandato
de Miss Brasil, o disco alcançou espetacular aceitação. “Duas Polegadas”
foi a sensação do carnaval de 1956, sendo a música mais executada em
todas as cidades brasileiras. Primeiramente na voz da Marta e depois
na de dezenas de cantores, “Duas Polegadas” enraizou-se no gosto do
povo e o seu sucesso perdurou por vários anos e entrou para o rol das
71
músicas carnavalescas inesquecíveis. Eis a letra:
Por duas polegadas a mais
Passaram a baiana pra trás
Por duas polegadas
E logo nos quadris
Tem dó,
Tem dó, seu juiz.
Martha, Martha,
Não ligue mais pra isso não
Martha, Martha,
Ninguém tem o seu violão.
Quando a gaúcha Ieda Vargas se tornou Miss Universo 1963,
especulou-se que o fascínio por Martha Rocha iria chegar ao fim, pois o
Brasil passou a ter uma rainha que conquistou o título que Martha não
conseguiu ter. Ledo engano, o prestígio da baiana permaneceu inabalável.
E esse mesmo fenômeno ocorreria quando Marta Vasconcelos, também
baiana, foi eleita Miss Universo 1968.
Martha Rocha continuou bem viva no imaginário popular e
manteve-se na posição de ser a mulher mais reverenciada do Brasil,
portadora de charme e carisma inigualáveis e inalcançáveis pelas
duas brasileiras que foram Miss Universo. Em suma, o povo brasileiro
concedeu a Martha um lugar cativo no trono reservado às rainhas que
nunca perdem a coroa do reinado vitalício.
Inclusive, houve um tempo que o nome da baiana, com as
lendárias “duas polegadas a mais”, era associado a tudo que fosse
bonito, luxuoso ou glamoroso. Apenas como exemplos, basta citar dois
fatos, um na Bahia e outro no Rio de Janeiro. Quando a Viação Férrea
Federal Leste Brasileiro colocou em circulação um vagão especial para
passageiros, com passagens mais caras, mas dotado de maior conforto
e de um bonito revestimento externo, prateado, que o diferenciava
dos vagões normais, o povo baiano, imediatamente, passou a chamálo de “Trem Marta Rocha”. Os cariocas também apelidaram de “Trem
Marta Rocha” o luxuoso vagão onde só viajavam os mais abastados, da
chamada “elite suburbana”.
E assim, a designação “Marta Rocha” virou sinônimo de “bom,
melhor, superior, mais belo, etc.” e foi fartamente utilizada em todas as
regiões brasileiras. Até uma imponente camioneta da Chevrolet recebeu o
batismo popular de “Marta Rocha”. E na culinária surgiu uma guloseima
que ficou famosa, a “Torta Marta Rocha” ou “Bolo Marta Rocha”. No
72
Iguatemi, o primeiro shopping center de Salvador, inaugurado em 1975,
existe a Alameda Marta Rocha, no segundo piso, endereço das lojas
âncoras. Como na capital baiana os grandes viadutos receberam nomes
de personalidades, o que fica na Federação, sobre o início da Avenida
Anita Garibaldi, chama-se Viaduto Marta Rocha.
Enfim, a eterna Miss Brasil foi entronizada na galeria dos
mitos. Um mito imorredouro, que na beleza da sua adolescência havia
frequentado as dependências da Associação Atlética da Bahia.
PISCINA SEMIOLÍMPICA
No mês do 44º aniversário de fundação do clube, foi inaugurado
o parque aquático, com a primeira piscina semiolímpica da Bahia, de 25
metros, que incluiu a Associação no circuito da natação competitiva. Em
comemoração, a diretoria preparou uma grande festa, assim divulgada
num anúncio oficial, publicado em A Tarde do dia 29 de setembro de
1958:
Dia 11 de outubro, às 23 horas
A Diretoria da AAB tem a satisfação de comunicar ao quadro
social que comemorará a inauguração das piscinas, e demais unidades
do parque esportivo da Atlética, com a realização de um grande baile a
rigor na noite de 11 de outubro, quando proporcionará aos presentes
um belíssimo show de caráter internacional e inédito no norte do Brasil,
para o que não mediu esforços em despender elevada quantia. Exibirse-ão:
1. A famosa orquestra norte-americana de Woody Hermann (inclusive
o sexteto vocal), considerada a segunda dos Estados Unidos em
música de jazz.
2. Leny Eversong, a maior cantora do Brasil e cartaz de fama mundial.
3. SilvinhaTeles, sucesso do samba-canção no momento, a qual se fará
acompanhar do notável violinista Baden Powell.
A fim de que as danças não se interrompam, tocarão ainda duas
orquestras locais, Britinho e Itapoan. O traje será a rigor e a entrada
é exclusiva para sócios quites com a Tesouraria e, indistintamente,
identificados na portaria. As mesas podem ser reservadas na Secretaria.
Sob o título “Miss São Paulo no desfile da Associação Atlética”, A
Tarde divulgou a seguinte notícia na edição de 17 de outubro de 1958:
Está despertando o maior interesse, por seu ineditismo, a festa
dançante anunciada para amanhã, sábado, nas pistas das piscinas
da Associação Atlética da Bahia, em benefício da Cruz Vermelha
Internacional, Seção da Bahia, empenhada em recolher donativos para
73
a conclusão das obras do seu hospital de Pronto Socorro, na Avenida
Bonfim.
Como atração da festa, desfilarão seis modelos paulistas,
que mostrarão à sociedade baiana, que certamente estará presente,
as últimas criações da moda, com maiôs e trajes de banho da famosa
marca Rose Marie Reid.
Abrirá o desfile, com a imponência do seu porte de mulher
formosa, a Miss São Paulo 1958, senhorinha Madalena Fagotti, que
gentilmente se ofereceu para também comparecer à festa de tão
elevado sentimento humanitário.
A festa, que é patrocinada pela ‘A Moda’, prolongar-se-á às 3
da manhã de domingo.
BORÉU, CAMPEÃO BRASILEIRO DE TÊNIS
José Carlos Brito Dória, o Boréu, nasceu em Salvador, no dia 2 de
junho de 1950. Em janeiro de 1962, nas quadras da Associação, assistiu
a diversas partidas pelo Campeonato Brasileiro de Tênis, categoria
adulto, e ficou fascinado com o chamado “esporte dos reis”. Com uma
raquete emprestada, resolveu experimentar o jogo, nascendo aí um
fenômeno no tênis baiano, pois logo depois participou do Torneio de
Verão 1962, promovido pela Azulina, sagrando-se campeão infantojuvenil e passando a ser o melhor tenista baiano da categoria.
No ano seguinte, ao conquistar o campeonato baiano, obteve
a classificação para o XIII Campeonato Brasileiro Infanto-Juvenil e da
Juventude, que se realizaria em Porto Alegre, de 20 a 28 de julho de
1963, sob os auspícios da Confederação Brasileira de Tênis. Foi um dos
15 tenistas da delegação enviada pela Federação Bahiana de Tênis (FBT),
formada por atletas da Associação Atlética da Bahia e do Clube Bahiano
de Tênis.
Na capital gaúcha, na quadra da Associação Leopoldina Juvenil,
em sua primeira participação fora de Salvador, Boréu voltou a surpreender
e chegou à final, tendo como adversário o paulista Marcos Gonçalves
que, confirmando o favoritismo, arrasou no primeiro set, aplicando
6x0. No segundo, demonstrando que não se abalara psicologicamente,
Boréu deu o troco na mesma moeda, também ganhando por 6x0. No
set decisivo, o tranquilo campeão baiano ganhou por 6x3, sagrando-se
campeão brasileiro e dando à Bahia o seu primeiro título nacional no
tênis. O jornal A Tarde, edição do dia 29 de julho, anunciou o feito da
seguinte forma:
74
Tenista baiano sagrou-se campeão em Porto Alegre
O atleta baiano José Dória (Boréu), da equipe da Associação
Atlética da Bahia, sagrou-se, ontem, campeão brasileiro de tênis, na
classe de 9 a 12 anos, na categoria infanto-juvenil.
A dupla baiana Enéas Costa e Jorge Eduardo de Abreu Nogueira,
também da Associação, classificou-se para a final, nesta mesma categoria,
sendo vice-campeã brasileira, em dupla de 9 a 12 anos.
O campeonato de 1964 foi realizado em Brusque, Santa Catarina,
e novamente a estrela de Boréu brilhou intensamente, com duas
conquistas inéditas para a Bahia, agora na classe de 12 a 15 anos. Foi
campeão brasileiro em dupla masculina, formando parceria com Jorge
Abreu Filho, tenista do Bahiano de Tênis, e campeão brasileiro em dupla
mista, com a mineira Maria Cristina Andrade, do Minas Tênis Clube.
A conquista na mista foi considerada a grande surpresa de todo
o campeonato, pois Boréu não ia disputar essa modalidade, por falta
de parceira, uma vez que a única tenista da delegação, que pertencia
ao Bahiano de Tênis, estava escalada para jogar com um tenista do seu
clube, com quem já treinava há algum tempo. Ocorreu que na delegação
de Minas Gerais havia uma tenista que também ficaria de fora.
Então, de última hora, os técnicos das duas federações estaduais
resolveram unir os dois tenistas e colocá-los em quadra sem terem
feito sequer um único treinamento. Por isso, ninguém acreditava que
Boréu e Cristina pudessem obter vitórias. A descrença levou o chefe da
delegação baiana a programar uma excursão turística para uma cidade
vizinha, justo no dia que seria realizada a semifinal. Boréu ficou sozinho
em Brusque, na companhia apenas do técnico Evaldo Silva. Em quadra,
a seu favor, somente a torcida da delegação mineira, que estranhou a
inexplicável ausência dos baianos. Resultado, a dupla considerada zebra
venceu a semifinal.
Quando a delegação dos turistas retornou ao alojamento, o presidente da FBT, Jorge Abreu, que também era diretor do Bahiano de Tênis, viu Boréu sentado num canto com o semblante meio triste. Dirigiuse ao tenista, parceiro do seu filho na conquista do título nacional de
dupla, e travou-se o seguinte diálogo:
– Boréu, qual foi o resultado da partida?
– Perdemos, presidente!
– Eu já imaginava isso.
Depois de ouvir uma declaração que um dirigente não deveria
75
dizer a um atleta, Boréu deu uma raquetada de voleio: “Presidente, o
senhor enganou-se, porque eu ganhei!”.
Assim era o Boréu, surpreendente e avassalador, dentro e fora das
quadras. Mas o episódio tem uma explicação histórica, assentada numa
antiga rivalidade nos esportes, entre o Bahiano e a Associação, desde os
tempos do futebol, na década de 1920. Naquela época, a Associação
teve melhor desempenho e, agora, no tênis, também levava vantagem.
E o Bahiano, que tinha o nome do esporte na sua razão social, não
perdoava essa hegemonia nas quadras, o que se refletiu na falta de
respeito ao Boréu.
Além do tênis, o campeão jogava vôlei, basquete, futebol de
campo, futebol de salão e praticava natação, sendo considerado o
melhor atleta juvenil que a Bahia teve na primeira metade da década
de 1960. O múltiplo Boréu conquistou dezenas de medalhas e troféus
para a Associação, em torneios na Bahia e fora do Estado. Foi inclusive,
durante anos, um dos astros da famosa Olimpíada Bahiana da Primavera,
promovida anualmente pelos Diários e Emissoras Associados da Bahia,
sob o patrocínio da Fratelli Vita Indústria e Comércio. Reunindo clubes,
colégios e faculdades, a Olimpíada da Primavera era o maior evento
esportivo da Bahia, com uma extraordinária força galvanizadora das
atenções populares.
BODAS DE OURO
No ano do cinquentenário da fundação, chegou ao fim a profícua
gestão comandada por Carlos Coqueijo Costa, que durante oito anos
(maio 1956 – maio 1964), presidiu a Associação e saiu consagrado como
um dos mais notáveis presidentes da história da Azulina. Com esmero,
ele preparou o clube para as festividades das Bodas de Ouro. Os mais
antigos diziam que no ano de 1964 a Associação havia chegado no
limite máximo do prestígio, do glamour e da importância no cenário
esportivo e social da Bahia, inclusive com reflexos nacionais.
Um desses reflexos adveio da construção da piscina semiolímpica,
que colocou a Azulina no cenário das competições aquáticas. O outro
reflexo decorreu do prestígio pessoal do presidente no meio artístico
baiano e nacional, facilitando que renomados cantores e cantoras
fizessem apresentações no clube, que virou uma referência como local
para shows de gala.
Pela edição de 29 de setembro, do Jornal da Bahia, na coluna
‘Sociedade, Fatos e Gente’, de Guilherme Simões, o povo ficou sabendo
das festividades dos cinquenta anos da fundação do clube. A nota dada
76
pelo colunista foi a seguinte:
Cinquentenário da Associação Atlética
O programa para as comemorações do cinquentenário da
Associação Atlética já foi distribuído e será dos mais intensos.
Nos dias 29 e 30 deste mês e 2 e 3 de outubro, será realizado o
Torneio dos Campeões Brasileiros de Tênis.
No dia 1º haverá uma recepção oficial às autoridades, imprensa,
ex-presidentes, fundadores e membros do Conselho Deliberativo.
No dia 3, grande baile com um magnífico show de Elizeth
Cardoso. E assim prosseguirá a semana inicial de comemorações.
Nesse mesmo dia, uma terça-feira, o mesmo jornal, na página
esportiva, sob o título ‘Campeões disputam torneio’, publicou a seguinte
reportagem:
Quatro dos mais famosos tenistas nacionais, inclusive o
campeão brasileiro, Yarte Adam, chegaram ontem a Salvador, para
participar de um torneio de tênis, comemorativo ao cinquentenário de
fundação da Associação Atlética.
O certame será iniciado hoje, às 20 horas, com as eliminatórias
para a escolha dos tenistas baianos que, nos jogos a serem disputados
posteriormente, enfrentarão ao gaúcho Yarte Adam, ao mineiro Guido
Santos, ao paulista Airton Cunha e ao paranaense José Moreno.
O programa comemorativo ao cinquentenário da Associação,
além do torneio com os campeões brasileiros de tênis, que será
disputado hoje, amanhã e nos dias 2 e 3 de outubro, prevê ainda as
seguintes atividades:
Dia 1º
21 horas: Recepção Oficial, às autoridades, imprensa, ex-presidentes,
fundadores e membros do Conselho Deliberativo;
Dia 3
22 horas: Festa Dançante, com grande show de Elizeth Cardoso;
Dia 4
11 horas: Banho de Piscina, com o Quinteto Xangô;
15 horas: Desfile de Abertura da Olimpíada do Cinquentenário
17 horas: Jogo de Futebol, entre os selecionados da Associação e do
Bahiano de Tênis
Na sexta-feira, dia 2, o Jornal da Bahia estampou na primeira
página uma foto mostrando o banquete da recepção, acompanhada do
seguinte texto:
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Cinquentenário da Atlética
A Associação Atlética da Bahia reuniu, ontem, à noite, em sua
sede, autoridades, associados e a imprensa numa elegante recepção que
marcou oficialmente, o início das comemorações do seu cinqüentenário
de fundação.
Falou na ocasião o presidente da Azulina, sr. Milton Farias,
fazendo um histórico da vida do simpático clube e destacando os vultos
que mais se destacaram à frente dos seus destinos. Relembrou que a
Associação, que hoje é alvi-azul e antigamente era alvi-rubra, tinha a
sua dissolução decidida em 1932, quando seus associados promoveram
a Festa da Saudade, cujo grande sucesso terminou por convencer seus
dirigentes na época a redobrar esforços para retirá-la das dificuldades.
Nesse mesmo dia 2, A Tarde veiculou duas matérias, a seguir
reproduzidas na íntegra, conforme a ordem da paginação, 3 e 7,
respectivamente:
Meio Século de Associação
A Associação Atlética da Bahia abriu, ontem, os seus salões para
uma recepção à sociedade, com a qual iniciou a série de comemorações
do seu cinquentenário. O presidente do clube, sr. Milton Farias, proferiu
na ocasião algumas palavras de saudação aos convidados, diretoria
e sócios da Associação, fazendo um longo histórico da vida daquela
sociedade, cuja contribuição à vida social e aos esportes na Bahia é
notável.
Entre os convidados, aos quais foi servido apurado Buffet,
estavam os representantes do governador do Estado, do prefeito da
Capital, do comandante da 6ª Região Militar, o comandante do Distrito
Naval, o comandante da Base Aérea e outras autoridades, notando-se
ainda a presença de antigos sócios do clube, entre os quais o prof.
Rogério de Faria, o cons. Jayme Baleeiro, o desemb. Mario Lins, o dr.
Edgar Lemos Brito e outros. Senhoras e senhorinhas da sociedade
emprestaram ao ambiente, que estava delicadamente ornamentado, a
graça de suas presenças.
Azulina comemora suas Bodas de Ouro
Diante dos festejos da Associação Atlética da Bahia, os seus
dirigentes resolveram interromper o campeonato interno de futebol,
atual coqueluche dos nossos meios esportivos. Fon Fon, dos Braga, e
Locomotiva, dos Gramacho, lideram o certame, vindo os demais times
nas seguintes colocações: segundo, Real Madri; terceiro, Aristocrático;
quarto, BB; quinto, Bahianinho e Valentes; sexto, Intocáveis e Lex.
Ruy Tannus, do Locomotiva, com 10 gols, e Niltinho do Fon
78
Fon, com 7 gols, lideram o pelotão dos artilheiros do campeonato da
LIFA (Liga Interna de Futebol da Associação), o que bem atesta que
Locomotiva e Fon Fon são as equipes mais capacitadas para a conquista
do campeonato deste ano.
No próximo dia 6, o campeonato da LIFA será reiniciado com a
realização de um dos melhores clássicos, com o jogo do Fon Fon com
o Bahianinho, este último de Paulinho Dantas, que por sinal não vem
brilhando como se esperava.
Ainda na página 7, na esportiva de A Tarde, da edição do dia 2
de outubro, foi reacendida uma antiga rivalidade da década de 1920,
envolvendo o clube da Barra e o clube da Barra Avenida21, ou seja, a
Associação e o Bahiano de Tênis, protagonistas de 16 memoráveis jogos
válidos pelo campeonato baiano de futebol, onde cada um foi campeão
uma vez: o alviazul em 1924 e o alvinegro em 1927. O clássico seria
agora revivido no campo do futebol da Associação, com os dois clubes
representados pelas seleções de seus respectivos campeonatos internos,
onde figuravam jogadores famosos, que tinham sido ídolos no futebol
profissional. Eis a notícia no jornal:
Dia 4, o clássico
As atenções do quadro social da Azulina estão voltadas
para o sensacional duelo do próximo dia 4, quando o Selecionado
da Associação enfrentará a Seleção do Bahiano de Tênis, no famoso
“clássico dos magnatas”, marcando assim mais um tento no programa
das festividades do Centenário da Azulina.
No dia 3 de outubro, sábado, no Jornal da Bahia, Felipe Jucá
assinou uma ampla matéria sobre o clube que nasceu alvirrubro, mas
que se consolidou como alviazul. Eis duas partes do que escreveu:
Mas nem tudo foi sucesso no longo palmilhar da Associação.
Certa feita, grave crise financeira abalou profundamente os alicerces da
simpática agremiação e, por proposta da Diretoria, foi aprovada, por
unanimidade, a sua imediata dissolução!
Fez-se a Festa da Saudade, que seria o último acontecimento
social do clube. Deu-se então o milagre, ou, como diz a velha guarda,
“o grande momento da Associação”. Tamanho foi o sucesso da festinha,
organizada com sabor de saudade, que os diretores não vacilaram em
21 Com sede localizada na confluência de dois importantes logradouros, com entrada principal
pela Avenida Princesa Leopoldina e face lateral dando para a Avenida Princesa Isabel, tendo o Hospital Português do outro lado, o Bahiano de Tênis era chamado pela imprensa como o “Clube da
Barra Avenida, embora muitos o julgassem como situado no território da Graça.
79
revogar a decisão há pouco tomada e prosseguiram na luta... Isso
aconteceu no ano de 1932, há 32 anos, portanto.
----------------
No momento, a Associação Atlética da Bahia tem como
presidente o senhor Milton Pereira de Farias. Eleito há pouco mais de
cinco meses, já realizou inúmeros melhoramentos e pretende dentro
de pouco tempo entregar aos sócios um Parque Infantil moderníssimo
e um serviço de amplificação que ficará colocado entre os melhores do
país. Contudo, como grande realização, estuda a diretoria a construção
de vários apartamentos no próprio clube, que servirão para hospedar
delegações visitantes.
Para o cinqüentenário, um programa festivo foi carinhosamente
elaborado pelos atuais diretores. Um mês de festa marcará o grande
acontecimento.
Aí está o retrato da Associação Atlética em suas Bodas de
Ouro: ontem, um clube modesto, nascido do esforço de um punhado
de idealistas; hoje, um patrimônio da Bahia, zelado pelo carinho de
seus numerosos sócios e enfeitado pela ternura e pelo vigor de uma
juventude brilhante que o transformou num clube simpático e amigo.
Também no dia 3 de outubro, A Tarde publicou duas matérias,
tendo na segunda sido noticiadas as inaugurações e revelados os novos
projetos. Eis o que foi publicado:
Meio século de existência
A Associação Atlética da Bahia, clube que congrega o que há
de mais destacado na sociedade baiana, estará completando, domingo
próximo, dia 4 do corrente, meio século de fundada. O evento,
sumamente significativo, para seu numeroso quadro associativo, o é,
também, para a Bahia, de cujo patrimônio social ela faz parte.
Trilhando, nos 50 anos da sua já adulta existência, uma
caminhada de lutas constantes, em que os sucessos e as glórias
inesquecíveis subjugaram as dificuldades e a descrença, a Associação
Atlética está, hoje, entre os melhores clubes do Brasil, ostentando
invejável posição social e econômica. Será, pois, com orgulho, que os
seus diretores e associados festejarão o seu cinqüentenário.
A diretoria organizou um amplo e selecionado programa para
comemorar o cinqüentenário da Associação, cujo início foi com um
torneio dos tenistas campeões brasileiros. Dentre outras atrações,
constam: a festa de hoje, com a famosa cantora Elizeth Cardoso, o
desfile da Olimpíada do Centenário, a Feira Internacional do Women’s
Club, a Festa Infantil, com um conjunto circense de fama internacional
e, como ponto alto, o Baile de Gala do Cinquentenário, dia 29, às 23
horas, com a famosa Orquestra de Astor, do Rio de Janeiro. O traje
para esse baile será smoking para os homens e vestidos longos para as
80
senhoras.
Planos da Associação
É seu atual presidente o sr. Milton Pereira de Farias (vicepresidente na gestão de Carlos Coqueijo), que pretende desenvolver
à frente da Azulina um programa de trabalho que a eleve, ainda mais,
entre os grandes clubes do Brasil. Falando à nossa reportagem, em
plena atividade na secretaria do clube,o presidente informou que
vai construir um novo restaurante para os associados, que será o
mais moderno e dos melhores da cidade. O local já está escolhido e a
construção será iniciada após o mês do centenário.
O sr. Milton Farias declarou ainda que já adquiriu novo
mobiliário para o bar e para a varanda superior, assim como novas
atrações para o parque infantil, inclusive uma roda-gigante que será
inaugurada durante as comemorações do aniversário. Assim também
adquiriu e inaugurará, este mês, um serviço de amplificação de som,
de custo superior a 6 milhões de cruzeiros, dos melhores existente no
Brasil.
Por fim, informou o presidente Milton Farias, cuja administração
promete ser das mais dinâmicas, que iniciará, no próximo ano, a
construção de um novo pavilhão, no local onde agora se acham os
depósitos do clube e que se constituirá de sala de estar, salões de jogos,
pequenos apartamentos para delegações visitantes, bar, barbearia,
banheiros, sanitários, saunas, etc.
Na edição do dia 5, segunda-feira, na coluna Sociedade, de
Antônio Carlos, A Tarde anunciou:
A Associação Atlética da Bahia reviveu suas grandes noitadas
do passado, sábado último, com mais de duas mil pessoas na sua festa
dançante. O show esteve a cargo de Elizeth Cardoso. Já no domingo,
pela manhã, à borda da piscina, casais e centenas de lindos brotos
brincavam animadamente ao som de um excelente conjunto.
Será, finalmente, no sábado, a tão falada Feira Internacional. As
senhoras organizadoras, do International Women’s Club, já venderam
cerca de 400 mesas, o que se anteve o sucesso da promoção. O sr.
Jimmy Tennant, senhoras Lia Lewis, Cornejo, Harrison, Van der Haegen
e Regina Sá Machado, estão em intensos preparativos em suas barracas.
Ainda na edição da segunda-feira, saiu um anúncio oficial da
Associação contendo mais um bloco da programação do cinquentenário:
Dia 5
21 horas: Olimpíada, com jogo de basquete.
81
Dia 6
20 horas: Olimpíada, com jogo de futebol.
Dia 7
21 horas: Banho de Piscina, com o conjunto Os Orixás.
Dia 8
20 horas: Olimpíada, com jogo de pólo aquático.
Dia 9
20 horas: Olimpíada, com jogo de futebol.
Dia 10
16 horas: Feira Internacional.
Dia 11
9 horas: Olimpíada, com torneio de judô infantil, até 10 anos.
11 horas: Banho de Piscina com o Quinteto Xangô.
17 horas: Concurso Miss Bahianinha, com a presença da Miss Brasil.
Na edição do dia 7, A Tarde publicou o resultado do torneio de
tênis. Sob o título “Êxito no IV Campeonato Aberto de Tênis”, ficou-se
sabendo o seguinte:
A diretoria da Associação Atlética da Bahia, como parte
dos festejos de comemoração do seu cinqüentenário, realizou o IV
Campeonato Aberto de Tênis, com a participação de tenistas campeões
de vários Estados.
A Federação Bahiana de Tênis esteve presente neste certame,
colaborando como sempre, para dar maior brilhantismo que reuniu,
entre outros, o gaúcho Yarte Adam, campeão brasileiro deste ano, o
paulista Airton Cunha, vice-campeão brasileiro, o campeão mineiro
Guido Santos e o paranaense José Moreno. As quadras da Azulina
encheram-se de grande público, que aplaudiu todo o desenrolar dos
jogos.
A rodada final do certame foi cercada de expectativa em face do
duelo entre Yarte e Airton. Com golpes firmes, um jogo de rede elástico
e um serviço fabuloso, Yarte saiu vitorioso, sagrando-se campeão de
simples do referido certame. Nas disputas de duplas, presenciamos a
vitória do duo Airton-Aloísio Souza (da Bahia), contra Yarte e Manuel
Abreu.
Terminado os jogos, o presidente do clube, sr. Milton Farias,
procedeu a entrega dos prêmios quando se verificou uma homenagem
especial ao grande atleta azulino José Carlos Brito Dória, o Boréu,
campeão brasileiro infanto-juvenil deste ano. Este, em retribuição
generosa, digna de um reconhecido campeão, reverenciou os méritos
ao seu técnico, sr. Evaldo Silva, em breve discurso, conferindo-lhe o
título de “realizador de campeões”.
As delegações visitantes agradeceram as gentilezas recebidas,
declarando-se todos os seus membros desejosos de voltar, no próximo
ano, afirmando que este Torneio deverá ser convertido em realização
82
anual da Associação Atlética da Bahia, constando do calendário oficial
da Confederação Brasileira de Tênis, visto a repercussão que teve nos
meios esportivos e sociais de todo o país.
A parte final das comemorações do mês do cinquentenário foi
publicada em A Tarde do dia 27:
Dia 29, 5ª feira
23 horas: Baile de Gala do Cinquentenário, com Astor e Sua Orquestra,
do Rio de Janeiro, e show com o Tamba Trio. Traje: smoking e vestido
de baile comprido.
Dia 30, feriado
11 horas: Banho de Piscina, com o Quinteto Xangô.
Dia 31, sábado
12 horas: Almoço de Confraternização, com a entrega dos prêmios aos
participantes da Olimpíada Interna.
17 horas: Vesperal Dançante, com Britinho e Seus Stukas.
A Associação fechou o mês do cinquentenário com o quadro
social formado por 634 sócios proprietários remidos, 3.212 contribuintes,
253 aspirantes (filhos de associados), e 20 beneméritos, sendo 15 expresidentes e 5 ex-diretores. O clube encontrava-se num setor nobre de
um dos bairros mais valorizados de Salvador e possuía uma grande área
verde limítrofe ao Morro do Gavazza e com a Real Sociedade Espanhola
de Beneficência (Hospital Espanhol). Suas principais instalações estavam
formadas por uma belíssima sede social, em estilo neocolonial mexicano,
um parque aquático, um campo de futebol, quatro quadras de tênis e
uma quadra para basquete e vôlei.
BOICOTE DOS DIÁRIOS ASSOCIADOS
No ano do cinquentenário, Salvador dispunha de quatro jornais
diários: A Tarde, Jornal da Bahia e os dois dos Diários Associados22, Diário
de Notícias e Estado da Bahia. Como foi visto acima, na cobertura do
cinquentenário pela imprensa, somente foram reproduzidas matérias do
Jornal da Bahia e de A Tarde. O Diário de Notícias não deu uma linha
sequer sobre as festividades e o Estado da Bahia, que divulgou somente o
22 Os Diários e Emissoras Associados formavam uma ponderosa rede nacional, espalhada pelas
principais capitais brasileiras, dominando canais de televisão, rádios e jornais. Controlavam ainda
a revista semanal O Cruzeiro, a de maior circulação no país, e uma grande editora de livros. Em
Salvador, os Associados possuíam a Rádio Sociedade da Bahia, a emissora de maior audiência no
Estado, a TV Itapoan, único canal de televisão no Estado, e dois jornais, o matutino Estado da Bahia
e o vespertino Diário de Notícias. O diretor do império na Bahia era o jornalista Odorico Tavares.
83
Concurso da Miss Bahianinha, o fez na edição do dia 12 de outubro, mas
sem citar o local do evento, que foi deliberadamente banido pela editoria
do jornal. Eis as transcrições, respectivamente das páginas 1, 3 e 7:
Miss Bahianinha chorou e foi para casa
Marta Maria Serrano Fernandes, como qualquer outra miss,
chorou ao ser eleita, ontem, Miss Bahianinha. Mas acabou fazendo o
que nenhuma miss fez até hoje: resolveu ir para casa ainda chorando,
sem se deixar ser coroada. O trono ficou vazio, mas o público não ficou
triste, pois antes, já como vencedora, a linda Marta Maria desfilou,
embora chorosa e meio zangada, como mostra a foto, foi recebida com
aplausos. Marta é, realmente, um encanto de beleza e merece o título,
embora todas as demais concorrentes disputassem em igualdade de
condições. Na terceira página o noticiário sobre a festa de ontem.
Marta Maria Serrano, de 5 anos,
foi Miss Bahianinha, chorou e foi para casa
Trinta e sete crianças, variando de 5 a 10 anos, louras na sua
maioria, estiveram participando, ontem a tarde, do Concurso Miss
Bahianinha, que pela primeira vez se realiza em nossa capital, e teve a
sua renda em benefício da Fundação Padre Torrend.
Uma comissão julgadora, composta de onze pessoas (seis
mulheres e cinco homens), encontrou dificuldades na escolha final,
pois todas as meninas eram bonitas e se apresentaram elegantemente
trajadas. Mas, como uma teria de ser a eleita, a preferência recaiu num
broto de cinco anos apenas, a loura Maria Marta Serrano Fernandes,
que chorou ao receber a notícia e terminou indo para casa sem ter
sentado no trono e recebido a coroa das mãos da Miss Brasil, que foi
uma das maiores atrações da festa.
Antes de ser iniciado o desfile, o cronista Antônio Carlos23, que
serviu de mestre de cerimônias, convidou para tomar lugar à mesa do
júri os seus componentes: senhoras Ana Maria Carvalho Sá, Julieta
Moniz Barreto, Luci Carvalho e Rosa Levita; senhorinhas Marlene Beatriz
Maia Dias e Nora Silva Costa; senhores Genaro Carvalho, Luiz Monteiro
da Costa, Kleber Pacheco, Bráulio Xavier Filho e deputado João Carlos
Tourinho Dantas.
Seguiu-se a apresentação das candidatas, em vestido de passeio
e, logo depois, em traje esporte. O público aplaudiu com grande
entusiasmo todas as candidatas, sendo que as menores tinham sempre
a preferência das palmas. Depois do último desfile, a comissão julgadora
escolheu como semifinalistas Maria Célia Bastos Ribeiro, Cristina Stolter,
Maria Fernanda Saback, Ângela Lemos Sampaio, Mônica Cook, Maria
Lúcia Passo Cunha, Rita de Cássia Mercês, Márcia Venessa, Mônica de
23 Antônio Carlos era cronista social de A Tarde.
84
Tude, Martha Maria Serrano Fernandes, Grace Maria Soares e Regina
Helena Lisboa.
Notícias do Renot
Uma garotinha loura, de cinco anos, chamada Marta Maria
Serrano Fernandes, foi eleita, ontem, numa difícil competição, Miss
Bahianinha 1964. O surpreendente da festa foi que a vencedora
desfilou chorando de emoção, mas não quis ser coroada e foi embora
para casa com a sua mamãe.
Segundo soubemos, o júri ficou embaraçado para escolher as
finalistas por que havia muita diferença de físico: umas garotas bem
pequenas, outras já bem mocinhas. Mas parece que o resultado foi
muito bem aceito e a festa teve sucesso, apesar de alguns senões.
A segunda colocada foi Maria Célia Bastos Ribeiro, outra bonita
garota, de 10 anos. O terceiro, quarto e quinto lugares, foram de Maria
Lúcia Passo Cunha (uma das favoritas), Rita de Cássia Mercês e Maria
Fernanda Saback Silva.
Nessa mesma edição, Renot deixou a comprovação de que havia
uma velada censura contra a Azulina, pois no segundo bloco identificou
a Associação Atlética da Bahia apenas pelas duas letras iniciais, ao invés
das três que compunham a sigla consagrada – AAB. Eis como ele deu a
nota social, ainda sobre o assunto da Miss Bahianinha:
Os salões da AA ficaram lotados por um grande público. A
senhora Lomanto Júnior e filhos assistiram a festa desde o início, tendo
o governador chegado ainda a tempo de assistir a parte final.
Muitas senhoras elegantes lá compareceram e a garotada fez
enorme claque. A presença da Miss Brasil, Ângela Vasconcelos, foi a
atração da noite. Estava muito bonita. Também bonita e elegante a
nossa Miss Bahia, Elvira Falcão. A Miss Brasil chegou às 18 horas e do
aeroporto foi direto para a residência do casal Arnold Wildberger, onde
fez alguns retoques na maquiagem e seguiu para a festa.
PATRÍCIA MEDRADO
Filha do sociólogo Adroaldo Medrado e de Eva Alice Summers
Medrado, Patrícia nasceu em 26 de novembro de 1956, na capital
baiana. Aos dez anos, a menina que jogava frescobol, com a tia Rose
Summers, na praia da Pituba, bairro onde morava, foi matriculada, por
incentivo dessa tia, na escolinha de tênis da Azulina. Sob a supervisão
do professor Evaldo Silva, logo demonstrou talento e determinação
ímpares, passando a competir pela Associação em diversos torneios. Em
85
1970, já residindo no bairro do Rio Vermelho, estreou no Campeonato
Brasileiro Infanto Juvenil e no ano seguinte, aos 16 anos, em Joinville,
Santa Catarina, tornou-se campeã brasileira nesta categoria. A partir
daí, sua estrela passou a brilhar cada vez com maior intensidade.
Em 1972, no Campeonato Sul-Americano Juvenil, realizado
em Belo Horizonte, sagrou-se campeã em duplas e vice-campeã em
simples. Ainda nesse ano, em Santos, é campeã por equipe do Torneio
Banana Bowl. No ano seguinte, nesse mesmo torneio, torna-se campeã
individual e passa a ser jogadora titular da equipe brasileira no Fed Cup,
que é a “Taça Davis” da categoria feminina.
O ano de 1974 é muito significativo, pois Patrícia se torna
campeã brasileira adulta e se transforma na tenista número 1 do ranking
brasileiro, onde permaneceria por onze anos consecutivos. Também
em 1974 conquistou os primeiros títulos fora do Brasil: campeã de
duplas no Torneio Orange Bowl (EUA), campeã simples no Liverpool
Open Championship (Inglaterra) e campeã simples no Scottish National
Championship (Escócia). No ano seguinte, conquistou a Medalha de
Prata nos Jogos Pan-Americanos do México, foi campeã no Fort Myers
Tournament (EUA) e no Inmortal Gerona (Espanha). Em 1976 conquistou
na Espanha o Aberto de Valência. Em 1977, em busca de melhores
oportunidades para a carreira profissional, deixou Salvador e foi residir
em São Paulo.
Durante 15 anos, Patrícia Medrado obteve inúmeros títulos no
circuito profissional. Suas melhores marcas no ranking mundial foram a
48ª posição individual e a 9ª em dupla, quando formou parceria com a
paulista Cláudia Monteiro. Foi cinco vezes (1977/1978/1980/1982/1983)
campeã do mais famoso torneio internacional realizado no Brasil, a
Copa Santista.
Depois do fenômeno Maria Esther Bueno, Patrícia Medrado foi a
mais importante tenista que o Brasil colocou no circuito internacional,
sendo a brasileira que mais tempo permaneceu na elite do tênis mundial24.
Enfrentou todas as tenistas do top de linha, de várias gerações, tais
como Billie Jean King, Chris Evert, Martina Navratilova, Steffi Graf e
Gabriela Sabatini.
O sucesso e a experiência levaram a tenista brasileira a ser uma
das diretoras da WTA (Women’s Tennis Association) no biênio 19871989. Findo o mandato na entidade que defendia os interesses das
24 Embora no ranking instituído pela WTA a sua melhor posição (48ª posição, obtida em julhoagosto de 1982) tenha sido superada pela gaúcha Niege Dias (31º lugar, alcançado em dezembro
de 1988), no cômputo geral Patrícia Medrado foi a tenista brasileira da melhor performance nacional e internacional após a era Maria Esther Bueno.
86
tenistas profissionais25, encerrou a carreira nas quadras e iniciou outras
atividades, todas ligadas ao tênis, também com igual êxito, como
treinadora, palestrante e empresária. Fundou e dirige o Instituto Patrícia
Medrado, sediado em São Paulo.
OLIMPÍADAS INTERNAS
Transformada numa verdadeira fábrica de atletas, a Associação
capacitou-se à realização de uma olimpíada interna. As disputas seriam
mais uma fonte reveladora dos valores para a formação das equipes que
participavam de competições externas. E a primeira grande olimpíada
foi concebida no Ano do Cinquentenário. Eis como o jornal A Tarde, na
edição do dia 3 de outubro de 1964, tratou do assunto:
Olimpíada Interna
Organizada pelo senhor Osiel Mattos, em conexão com a
presidência do clube, a Associação Atlética da Bahia promoverá
importante Olimpíada Interna para o seu quadro social, que desde já
começa a monopolizar a todos os amantes do esporte amador.
O livro de inscrição, no Bar do Clube, vem tendo uma aceitação
fabulosa, daí porque muito prometem as Olimpíadas da Azulina.
Portanto, a ideia da Olimpíada do Cinquentenário foi fruto do
idealismo de um associado, Osiel Mattos, que visualizou a importância
das competições internas. Pela notícia do jornal deduz-se que o começo
foi de forma modesta, com inscrições no Bar do Clube. Mas, o sucesso
garantiu a continuidade do grande evento esportivo.
Em 1979, ano do 65º aniversário de fundação, na gestão do
presidente Nilton Silva, realizou-se a V Olimpíada Azulina. Os jogos foram
disputados durante o mês de outubro, em nove modalidades: futebol
de campo, futebol de salão (atual futsal), natação, polo aquático, tênis,
tênis de mesa, vôlei, basquete e judô. Os atletas foram agrupados em
oito equipes, que obtiveram a seguinte classificação: 1º lugar - Bandeira
Preta, com 331 pontos; 2º lugar - Bandeira Branca, com 320 pontos; 3º
lugar - Bandeira Verde, com 261 pontos; 4º lugar - Bandeira Amarela,
com 258 pontos; 5º lugar - Bandeira Azul, com 229 pontos; 6º lugar Bandeira Azul Clara, com 211 pontos; 7º lugar - Bandeira Vermelha, com
195 pontos; 8º lugar - Bandeira Cinza, com 179 pontos.
25 A WTA, o equivalente feminino da ATP (Association of Tennis Professionals), foi fundada em
1973, pela legendária Billie Jean King.
87
Os campeões da V Olimpíada
Fonte: Revista Nº 35, 1979
Futebol Infantil
Bandeira Verde: Danilo Marcelino, Marcos Valente Santos, Carlos Faria
Costa, Sérgio Carvalho Furtado, Paulo Emílio Torres, Glauco Gaudenzi,
Ramaiana Fraga, César A. Valverde, Paulo Pita Gondim, Roberto Duplat
Paiva, Antônio Fernando A. das Neves e Carlos Fernando Abreu Filho.
Futebol Juvenil
Bandeira Azul Clara: Marcelo A. Carvalho, Cláudio B. da Fonseca, Leslie
Scott, Bruno da Cruz Oliveira, Luciano de Aguiar Lisboa, Ciro Barbosa
Cardoso, Maurício Albuquerque da S. Pereira, Carlos Eduardo de Oliveira,
Lourenço Nascimento Neto e Mário de S. Bastos Neto.
Futebol Adulto
Bandeira Branca: Carlos Augusto Rosemberg de Oliveira, Paulo César
D. Ribeiro, Jackson Alberto Carrera Peixoto, Carlos Garcia L. Filho, José
Antônio G. Menezes, Harry Magalhães de A. Filho, Ruy Plessim Almeida,
Jorge Luiz Mota Nunes dos Santos, Antônio Carlos Lessa, Paulo Roberto
Stolze Vasconcelos e Raimundo Nunes Lisboa.
Futebol Veterano
Bandeira Amarela: Ari Toledo das Dores Júnior, Leonardo de Andrade
Santos, Josemar Gantois, Jair Castelo Branco, Carlos A. Borba Pedreira,
José Tavares Guimarães, Antônio C. Tavares Guimarães, Roberto Servino
Rivas, Arnaldo Casaes, Pedro Paulo Brandão Caldas, Rui Araújo Goes e
José Fernandes Maciel.
Futebol de Salão Infantil
Bandeira Azul Clara: Ernesto Costa Batista, Marcelo Costa Batista,
Marcelo A. Oliveira Chamusca, José Carlos Magno, Francisco dos Santos
Bahia e Luiz Alberto Figueiredo.
Futebol de Salão Juvenil
Bandeira Verde: Cláudio Cezare Pereira, José da Costa Oliveira, Marcelo
Lima Novaes, Francisco José Seara, João C. Santos Rocha, Carlos Roberto
S. Lacerda, Paulo Sérgio R. Gonçalves, Luiz Carlos Duplat, Hildegardo
Belém, João Freire, Paulo Sérgio Guimarães, Maurício Costa e Antônio
Miranda.
Futebol de Salão Adulto
Bandeira Azul Clara: César Marianetti Braga, Ney de Souza Gavazza,
Octávio Vasconcelos Neto, Gutemberg de Jesus Brito, Walter Lopes Teles,
Lourival Barbosa Neto e Herval Odilon Chagas.
88
Futebol de Salão Veterano
Bandeira Branca: Boris Kotler, José A. Fontes Ribeiro, Antônio Carlos
Mattos, Serapião Lima Queiroz, Adroaldo Abreu de Oliveira, Terry
Andrade, Carlos Alberto Gonçalves, Fernando Chagas e Mário Bahia.
Pólo Aquático
Bandeira Verde: Carlos Winston Marques, Eno Meirelles, Gui Sampaio,
José Araújo, José Coutinho, Serafim Piñon, Gerson Araújo. William
Almeida e Ari Ulm.
Basquete Infantil Masculino
Bandeira Azul: Marcelo Ferreira, José Abade, José Sobreira, Fernando
Del Rey, Paulo Ribeiro, Hermes Padilha, Josanias Fonseca, Josué Fonseca,
André Fonseca e Mário Augusto.
Basquete Juvenil Masculino
Bandeira Verde: Fernando C. Chagas Filho, Luiz Silva, Mário Matos,
Antônio Silva, Fúlvio Guimarães, Abílio Coutinho Filho, Luiz Henrique
Silva, Jorge Ricardo Dau e Fernando Villas Boas.
Basquete Adulto Masculino
Bandeira Amarela: Bruno Jardim, José Rui, Miguel Argeu, Pedro Paulo,
Cid E. Meireles, Felix Abreu, Arnaldo Casaes, Jair Castelo Branco, Roberto
Rivas, Ari Toledo e Rui Goes.
Basquete Feminino
Bandeira Branca: Kátia Falcão, Eliana Lima, Cíntia Almeida, Sílvia Carvalho,
Aurita Farias, Amélia Almeida, Ana Cristina Tude, Itana Meirelles e Rita Reis.
Vôlei Juvenil Masculino
Bandeira Preta: Ildázio Marques, Márcio Oliveira, Antônio Luiz, Rui
Santos, Fernando Cosenza, Roberto Silva, Otávio Nolasco, Maurício
Magalhães, João Bernardo da C. Neto, André Silva, Carlos José Dória e
Márcio Braga.
Vôlei Adulto Masculino
Bandeira Azul Clara: Rafael Gondim, Otávio Barata, Marcus Tadeu, Luiz
Alberto Najar, Otávio Vasconcelos, César Marianetti, Herval Chagas,
Alberto Florêncio, Gutemberg Pinto, Luiz C. Carvalho, Fernando Almeida,
Guilherme Dantas e Waldeni Moura.
Vôlei Feminino:
Bandeira Branca: Rita Reis, Sílvia Carvalho, Amélia Almeida, Eliana
Dumet, Aurita Farias, Glauce Dias, Eliana Lima, Ana Cristina Tude, Kátia
Falcão, Itana Meirelles e Cíntia Almeida.
Natação Infantil Feminino
50 metros nado livre/Bandeira Amarela: Patrícia Ferreira Pinto de Abreu.
Revezamento 4x50/ Bandeira Amarela: Patrícia Ferreira Pinto de Abreu,
89
Vera M. Alegre, Iara e Ana.
Natação Infantil Masculino
50 metros nado livre/Azul Clara: Sinval Rodrigues Felizardo Júnior.
Revezamento 4x50/Bandeira Preta: Fábio Albiani Barata, Daniel Barata,
Leonardo Vilela e Afonso Henrique.
Natação Juvenil Feminino
50 metros nado livre/Bandeira Amarela: Sandra Cavalcanti Ferreira.
Revezamento 4x50/ Bandeira Azul: Mônica Oliveira Diniz Gonçalves,
Martina Herta Gundlach, Márcia e Arlinda.
Natação Juvenil Masculino
50 metros nado livre/Bandeira Azul: Sílvio Menezes Júnior.
Revezamento 4x50/Bandeira Azul: Sílvio Menezes Júnior, Jorge Tannus
Simões, Pablo e Antônio.
Natação Adulto Feminino
50 metros nado livre/Bandeira Cinza: Neuza Pretti Menezes.
Natação Adulto Masculino
50 metros nado livre/Bandeira Verde: José de Oliveira Costa.
Revezamento 4x50/Bandeira Branca: Jackson Peixoto, Harry Magalhães,
Pedro Stolze e Carlos Augusto Oliveira.
Tênis Infantil Masculino Simples
Bandeira Verde: Danilo Marcelino.
Tênis Infantil Feminino Simples
Bandeira Preta: Aline Oriá.
Tênis Juvenil Masculino Simples
Bandeira Preta: Marco Ulm.
Tênis Juvenil Feminino Simples
Bandeira Amarela: Vânia Meirelles.
Tênis Adulto Masculino Simples
Bandeira Amarela: Rômulo Valadares.
Tênis Adulto Feminino Simples
Bandeira Preta: Gilca Ramalho.
Tênis Veterano Masculino Simples
Bandeira Preta: Armando Francisco Aragão.
Tênis Infantil Masculino Dupla
Bandeira Cinza: Samir Daiha e Marcelo Miranda.
Tênis Infantil Feminino Dupla
Bandeira Preta: Aline Oriá e Luciana Silva.
Tênis Juvenil Masculino Dupla
Bandeira Preta: Marco Ulm e Névio Santiago.
90
Tênis Juvenil Feminino Dupla
Bandeira Azul Clara: Ivana Meirelles e Cristina.
Tênis Adulto Masculino Dupla
Bandeira Branca: Paulo Serrano e Paulo Sena.
Tênis Adulto Feminino Dupla
Bandeira Verde: Marlene Rubeiz e Noelma Alves.
Tênis Veterano Masculino Dupla
Bandeira Preta: Armando Francisco Aragão e Lélio Pomaro.
Tênis de Mesa Infantil Masculino Simples
Bandeira Cinza: Luiz Augusto Menezes.
Tênis de Mesa Infantil Feminino Simples
Bandeira Preta: Aline Oriá.
Tênis de Mesa Juvenil Masculino Simples
Bandeira Amarela: Sílvio Liberato.
Tênis de Mesa Juvenil Feminino Simples
Bandeira Azul: Luciene Kelsch.
Tênis de Mesa Adulto Masculino Simples
Bandeira Verde: Newton Azevedo.
Tênis de Mesa Adulto Feminino Simples
Bandeira Azul: Sílvia Menezes.
Tênis de Mesa Veterano Masculino Simples
Bandeira Vermelha: Raimundo Cardoso.
Tênis de Mesa Infantil Masculino Dupla
Bandeira Cinza: Samir Daiha e Luiz Alberto P. Menezes.
Tênis de Mesa Infantil Feminino Dupla
Bandeira Preta: Aline Oriá e Luciana Silva.
Tênis de Mesa Juvenil Masculino Dupla
Bandeira Azul: Gustavo Meirelles e Eno Meirelles.
Tênis de Mesa Juvenil Feminino Dupla
Bandeira Azul: Luciene Kelsch e Márcia Mamede.
Tênis de Mesa Adulto Masculino Dupla
Bandeira Verde: Newton Azevedo e Ricardo Maia.
Tênis de Mesa Adulto Feminino Dupla
Bandeira Verde: Marlene Rubeiz e Noelma Alves.
Tênis de Mesa Veterano Masculino Dupla
Bandeira Azul Clara: Mário Seixas e Hemar Barata.
Judô Infantil
Bandeira Cinza: Eraldo Melo e Paulo Guimarães.
91
Na edição número 35 da revista da Associação Atlética da Bahia,
coordenada por Fernando Protásio, encontra-se o texto abaixo, que
resumiu o que foi a Olimpíada de 1979:
Da idealização ao planejamento, do planejamento à execução,
da empolgação inicial do desfile às competições, vivemos a V Olimpíada
Azulina como parte dos festejos pela passagem do 65º aniversário de
fundação da nossa Associação Atlética da Bahia.
Equipes ganhando, equipes perdendo, um muro de lamentações
com choro dos perdidos e um arco-íris de ilusões nas alegrias das
arrebatadoras vitórias.
A V Olimpíada atingiu, sobretudo, a sua maior finalidade e
já nos primeiros resultados sentia-se no bojo das emoções o espírito
altamente competidor de uma geração flamante, que, contrastada e
unida, exteriorizava o fulgor e a virtuosidade de todo um quadro social.
As oito Bandeiras se nivelaram e cada qual, com seus
responsáveis, uns mais interessados e ativos que outros, batalharam
por resultados positivos e favoráveis.
Enfim, a Quinta Olimpíada Azulina foi um sucesso.
Além dos jogos da V Olimpíada, o 65º aniversário foi assinalado
por um Torneio de Biriba, que, num clima de uma verdadeira olimpíada,
reuniu 18 duplas: Ari e Felícia Toledo; Áurea Bezerra e Ana Maria
Moraes; Carlos e Zezito Maciel; Carmem Cury Braga e Carmem Maciel;
Hélio Oliveira e Luiz Aragão; Hermes Nascimento e Dilson Moreira; Inaiá
Setenta e Maria do Amparo Dória; Lucy Paiva e Maria José Silva; Maria
Lúcia Sarno e Maria de Lourdes Café David; Mayra Setenta Barbosa e
Maria Regina Correia; Nailton Ainsworth e Mário Seixas; Raul M. Pinto
e Fernando Chagas; Roberto Rebouças e Antônio Carlos Lins; Silvinha
Rebouças e Denise Chagas; Sisi Borges e Lourdes Pereira; Virgínia Reis
e Elizabete Nogueira Goes; Wandira Teixeira e Valdir Pita; Zulmira R.
Cavalcanti e Aidil Ainsworth.
Após 153 partidas, disputadas no período de três semanas,
subiram ao pódio as seguintes duplas: Silvinha Rebouças e Denise
Chagas, em primeiro lugar; Hélio Oliveira e Luiz Aragão, em segundo;
Carmem Cury Braga e Carmem Maciel, em terceiro.
AS FESTAS PELO 65º ANIVERSÁRIO
Destacando que o mês de outubro, além da Olimpíada e do
Torneio de Biriba, foi também de grandes festas de salão. Sob o título
“O mês foi todo de festas”, a revista da Associação publicou o seguinte:
92
Um clube esportivo por excelência, a AAB também não se
descuida da sua parte social, pois entende que os freqüentadores
diários, que são inúmeros, merecem sempre um máximo de divertimento
e lazer. Com uma concentração assídua de associados, distribuída nas
mais diversas faixas etárias, emoldurando e movimentando as suas
programações e atividades, a Azulina procurou durante o mês de
outubro atender a todos os gostos, entremeando uma parte social
tradicional com uma virtualmente jovem.
Como sempre, o clube cuidou de oferecer ao seu associado, um
máximo de entretenimento, porque entende que suas dependências
terão que dar lugar sempre ao movimento e à alegria. Um clube
verdadeiramente sócio-esportivo, a AAB sente a responsabilidade de
sua liderança e, por isso mesmo, se esmera com afinco, em ofertar, a
quantos o prestigiam, uma verdadeira e salutar opção de divertimento.
Vivendo em plena harmonia com seus sócios, a azulina é uma festa
constante, um aniversário diário, e tudo isso dá, a nós todos, a
condizente sensação de que estamos no clube em todos os momentos.
Programação
Dia 5 de outubro, sexta
Noite de Seresta, com o famoso Gilberto Alves e o Conjunto de
Carlos Lacerda26.
Dia 6, sábado
Grande Show do sambista João Nogueira e seu Conjunto.
Dia 12, sexta
Noite de Shows, com Hélio Costa, Vadinho do Violão e o cantor mexicano Hugo.
Dia 13, sábado
Noite de Festa, com a presença da virtuosa Ellen de Lima e do
Conjunto de Toninho Lacerda.27
Dia14, domingo
Boate Jovem, ao som de Crezo.
Dia19, sexta
Grande Festa, com o Conjunto de Carlos Lacerda.
Dia 20, sábado
Festa Tradicional, com a Orquestra do Maestro Vivaldo da
Conceição.
26 Compositor, arranjador e consagrado pianista baiano, com vários discos gravados, o maestro
Carlos Lacerda era dono de um conjunto que fazia apresentações em clubes sociais de Salvador,
principalmente na Associação. Vítima de um infarto, faleceu na capital baiana, aos 44 anos, na
noite de 12 de novembro de 1979.
27 Toninho Lacerda, que tocou durante vários anos na Buate Azulina, faleceu em circunstância
idêntica ao irmão, o maestro Carlos Lacerda, de infarto, aos 40 anos, no dia 26 de julho de 1984.
93
Dia 26, sexta
Festa Jovem, com o Conjunto Scorpius.
Dia 27, sábado
Grande Baile, com Ed Maciel e Sua Orquestra, da TV Globo, e o
admirável Show com Os Originais do Samba.
Dia 28, domingo
Entrega dos prêmios da V Olimpíada Azulina, com Show do
Grupo de Ginástica Rítmica do Minas Tênis Clube.
No encerramento do mês dos 65 anos, a Associação realizou
um grande jantar festivo, para a entrega do Troféu Bola Azul aos 61
destaques do ano anterior, nas cinco categorias do campeonato interno
de futebol de campo.
Os ‘Bola Azul’ da temporada de 1978
Fonte: Revista Nº 35, 1979
Dente de Leite
Campeão: Koisa Paka
Infantil
Campeão: Koisa Paka
Juvenil
Campeão: BBC
Adulto
Campeão: Koisa Paka
Veteranos
Campeão: Veteranos de Calouros
Melhores Jogadores
Dente de Leite: Paulo César Monteiro, do Koisa Paka.
Infantil: Marcelo Carvalho, do Koisa Paka.
Juvenil: Washington Santana, do BBC.
Adulto: Walter Lopes Teles Filho, do Traz os Montes.
Veteranos: José Fernandes Maciel, dos Veteranos de Calouros.
Seleção Dente de Leite
Goleiro: Márcio Tanajura, do Koisa Paka.
Lateral direito: Carlos Japiassú, do Ôpa.
Zagueiro central: Sérgio Neder, do Koisa Paka.
Quarto-zagueiro: Isaac Neto, do Koisa Paka.
Lateral esquerdo: Humberto M. Farias, do Ôpa.
Médio-volante: Marcelo Alencar, do Koisa Paka.
Meia-armador: Sérgio Figueiredo, do Koisa Paka.
Meio-campo: Péricles Chamusca, do Ôpa.
94
Ponta-direita: Mauro Fernandes, do Koisa Paka.
Centroavante: Paulo César Monteiro, do Koisa Paka.
Ponta-esquerda: Luiz Carlos Vasconcelos, do Ôpa.
Seleção Infantil
Goleiro: Marcelo Carvalho, do Koisa Paka.
Lateral direito: Sérgio Magalhães, do Koisa Paka
Zagueiro central: José Renato, do Koisa Paka.
Quarto-zagueiro: Luciano Lisboa, do Koisa Paka.
Lateral esquerdo: Marcos A. Neder, do Estilo Próprio.
Médio-volante: Luiz Fahel, do Koisa Paka.
Meio-campo: José Fernandes, do Estilo Próprio.
Ponta-direita: Jorge Luiz, do Koisa Paka.
Centroavante: Talo Verde, do Koisa Paka.
Ponta-esquerda: Jorginho, do Koisa Paka.
Seleção Juvenil
Goleiro: Moacir Melo, do Encogil.
Lateral direito: Washington Santana, do BBC.
Zagueiro central: Manteiga, do BBC.
Quarto-zagueiro: não identificado
Lateral esquerdo: Louro, do BBC
Meia-armador: Niltinho, do BBC
Meio-campo: Kita, do BBC.
Ponta-direita: Abílio, do Encogil.
Centroavante: não identificado
Ponta-esquerda: Duda, do Koisa Paka.
Seleção Adulto
Goleiro: Guto, do Internacional.
Lateral direito: Paulo César, do Koisa Paka.
Zagueiro central: Walter Lopes Teles Filho, do Traz os Montes.
Quarto-zagueiro: Isaac Neto, do Koisa Paka.
Lateral esquerdo: Zé Antônio, do Koisa Paka.
Meia-armador: Fominha, do Koisa Paka.
Meio-campo: Sinval, dos Internacionais
Ponta-direita: Paulinho, do Koisa Paka.
Centroavante: Jackson, do A. Portela.
Ponta-esquerda: Toinho, do Koisa Paka.
Seleção Veteranos
Goleiro: Lula, do Metrô
Lateral direito: Brandão, do Metrô.
Zagueiro central: Enock, do Politintas.
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Quarto-zagueiro: José Fernandes Maciel, dos Veteranos de Calouros.
Lateral esquerdo: Zago, do Metrô.
Médio-volante: Arnaldo Casaes, dos Veteranos de Calouros.
Meia-armador: Matos, do Politintas.
Ponta-direita: Nelson Cazumbá, dos Veteranos de Calouros.
Centroavante: Araújo, do Nardini.
Ponta-esquerda: Carioca, do Politintas.
CONQUISTAS MÚLTIPLAS
São numerosos os títulos que a Associação conquistou no
basquete e no vôlei, em campeonatos e torneios na Bahia e fora do
Estado, em várias categorias. Dentre outros feitos, entrou para os anais
da sua história a equipe de vôlei adulta campeã baiana de 1977, que
na campanha de 1978 conquistou o bicampeonato de forma invicta,
utilizando os seguintes atletas: Alberto F. da Silva Júnior, Athanásio M.
Domingues, Carlos Eugênio Mattos Yuns, Ernor Flamarion, Humberto
Barbosa Alcântara, Jackson Alberto Carrera Peixoto, Luciano José
Bittencourt, Mário César Vieira Marques, Rafael Ribeiro Gondim e
Wellington Villas Boas Fernandes.
Em função também do destaque nas competições do tênis
amador28, tanto no masculino como no feminino, que traziam disputas
nacionais para Salvador, e pela excelência de suas quadras, a Associação
Atlética da Bahia foi incluída no circuito da Copa Itaú de Tênis
Internacional, o mais importante certame tenístico profissional realizado
no Brasil, que pela primeira vez teria a Bahia como sede de uma das
oito etapas. Oficializada pela ATP (Association of Tennis Professionals),
os jogos da Copa Itaú valiam pontos para o ranking mundial, advindo
daí a sua grande importância.
Assim, de 4 a 9 de setembro de 1978, a Azulina foi palco da
quinta etapa, com memoráveis jogos envolvendo 30 tenistas, com os 12
melhores brasileiros e 18 astros estrangeiros: Andrés Molina (Argentina),
Armando Cornejo (Chile), Carlos Alvarado (Bolívia), Carlos Feldstad
(Chile), Carlos Gomes (Colômbia), Carlos Lando (Argentina), Charles
Fancult (Austrália), Chin Fischer (Estados Unidos), Emilio Montano
28 Sobre os tenistas que mais se haviam destacado na Associação, deixando de lado a hors concours, Patrícia Medrado, o jornal A Tarde, edição de 15 de outubro de 1979, fez o seguinte registro:
“José Carlos Brito Dória, o Boréu, atleta desde que nasceu, Enéas Costa, Jorge Abreu Nogueira,
Cristiane Brito e as irmãs Meirelles – Vânia, Tânia, Ivana e Itana, encheram a Azulina de troféus e
medalhas”.
96
(México), Gustavo Tibert (Argentina), Javier Restrepo (Colômbia), Max
Hurliman (Suiça), Modesto Vazquez (Espanha), Nick White (Estados
Unidos), Paul Van Min (Holanda), Peter Gerards (Holanda), Ricardo Cano
(Argentina) e Steve Whitehead (Estados Unidos). Os representantes do
Brasil foram: Carlos Kyrmair, Cássio Motta, Celso Sacomandi, Fernando
Gentil, Givaldo Barbosa, Ivan Kley, João Soares, Júlio Goes, Luiz Felipe
Tavares, Marcos Hocevar, Ney Keller e Riger Guedes.
O argentino Ricardo Cano foi o campeão, tendo perdido em todo
o certame apenas um set, para o brasileiro João Soares, na semifinal. Na
grande final, venceu outro brasileiro, Cássio Motta, por 7-5 e 6-3. Além
de conquistar a etapa de Salvador, Cano assumiu a liderança da III Copa
Itaú, que tinha os seguintes vencedores das etapas anteriores: Carlos
Alberto Kyrmair (Curitiba e Uberlândia), Ricardo Cano (Porto Alegre) e
Cássio Motta (Rio de Janeiro). A sexta etapa seria em Ribeirão Preto, São
Paulo.
A Associação constituía-se também numa potência na natação
infantil e juvenil, participando de diversas competições nacionais e
conquistando importantes triunfos. Para que se tenha uma ideia da
grandeza do clube, basta citar a seguinte matéria publicada em A Tarde,
edição de 23 de outubro de 1978:
A Associação Atlética da Bahia confirmou a condição de melhor equipe
da natação baiana e conquistou o título de campeã juvenil, com 320
pontos, enquanto o Iate Clube da Bahia fez 270 e a Associação Atlética
Banco do Brasil apenas 181.
Nesse campeonato, promovido pela Federação Baiana de Natação,
a Associação, além de campeã geral, conquistou treze primeiros lugares,
com duas quebras de recordes. As medalhas de ouro foram obtidas por
oito nadadores, quatro da equipe masculina e quatro da feminina. Eis os
azulinos que foram campeões baianos de 1978, na classe juvenil:
200 metros, nado medley, feminino
Martina Herta Gundlach (com recorde)
200 metros, nado medley, masculino
Luiz Henrique Valverde
200 metros, nado livre, feminino
Sandra Cavalcante Ferreira
200 metros, nado livre, masculino
Luiz Henrique Valverde
97
100 metros, nado de costas, feminino
Martina Herta Gundlach
100 metros, nado de costas, masculino
Sérgio de Oliveira Costa (com recorde)
100 metros, nado borboleta, feminino
Sandra Cavalcanti Ferreira
100 metros, nado borboleta, masculino
Rogério Abude Eustáquio da Silva
100 metros, nado peito, masculino
Sérgio Augusto Oliveira Costa
4x100 metros, nado livre, feminino
Martina, Sandra, Carla e Simone
4x100 metros, nado livre, masculino
Sérgio Costa, Luiz Valverde, Rogério Abude e Marcelo Lyra
4x400 metros, 4 estilos, feminino
Martina, Sandra, Carla e Simone
4x400 metros, 4 estilos, masculino
Sérgio Costa, Luiz Valverde, Rogério Abude e Marcelo Lyra
Em 1979, a Azulina enviou sua equipe mirim para disputar em
Belo Horizonte, na piscina do Minas Tênis Clube, o Troféu Globinho,
certame interestadual que reuniu os grandes clubes do Brasil, onde
venceu todas as provas masculinas individuais, conquistando quatro
medalhas de ouro.
Na capital mineira, o nadador José Luiz Fernandes Ganem foi
o maior destaque, pois se sagrou campeão nos 50 metros nado livre,
50 metros borboleta e 50 metros nado de costas, sendo proclamado
a figura máxima do torneio. Flávio Guerra Cardoso foi o campeão nos
50 metros nado peito, sendo também considerado como uma das
promessas da natação brasileira. No total, a Associação conquistou sete
medalhas, as quatro de ouro dos nadadores acima citados e mais duas
de prata com Sandra dos Reis da Silva e no revezamento masculino de
quatro estilos, com José Luiz Fernandes Ganem, Flávio Guerra Cardoso,
Mauro do Nascimento de Almeida e Sérgio Augusto de Castro. Por
último, conquistou uma de bronze, no revezamento 4x50 livres, com
José Luiz, Flávio, Mauro e Leonardo Souza da Costa e Silva.
No IV Concurso de Natação Mirim A e B, sob os auspícios da
Federação Baiana de Natação, a Associação mostrou, mais uma vez, o
seu domínio nas piscinas, pois das 24 provas realizadas, ganhou 19.
Essa superioridade incrível da natação azulina, em relação aos demais
98
coirmãos baianos, era o reflexo da sua equipe de capacitados técnicos e
professores da sua escolinha de natação.
Um outro torneio anual, instituído pela Federação Baiana
de Natação, foi em disputa do Troféu César Luiz Carvalho, reservado
exclusivamente à participação de atletas estreantes em competições,
com até 11 anos incompletos. Foi realizado pela primeira vez na piscina
do Centro Espanhol, no Dia da Criança, 12 de outubro de 1978, com
a participação de todos os filiados à FBN. Na segunda edição, tendo
como sede a piscina da Associação Atlética Banco do Brasil, o torneio
constou de 20 provas e, novamente, por larga margem de pontos, a
vitória coube à Associação Atlética da Bahia.
A escolinha de atletas da Azulina estava, nessa ocasião, composta
por 55 promessas mirins: Adroaldo Rodrigues Neiva Filho, Alexandre de
Araújo Sena, Alexandre Galvão de Oliveira, Alexandre Santos de Oliveira,
Almir Ricardo Silva, Ângelo de Souza Castro Oliveira, Apio Aleluia
de Freitas Júnior, Carlos André Ricci, César Ricardo Almeida Requião,
Cláudia Maia de Freitas, Cláudio Floridia, Constança Pithon Pereira,
Cristina Maia de Freitas, Cristine Moura Costa Soares, Daniel Maurício
Cavalcante de Aragão, Daniela B. Cardoso, Daniela Ervedosa Franco,
David Moreira M. da Silva, Fabiam Gomes da Silva, Francisco Henrique
M. Dâmaso, Gina Leal Costa, Haroldo Francisco Burgos Neto, Henrique
H. Nascimento Sampaio, Ivan Suarez y Martins, Jair Costa L. Júnior, João
César C. Brito, João Martins da Silva Neto, Jorge Alexandre F. Canedo,
José Senra P. Júnior, Karla Régis Galvão de Oliveira, Karla Schulz, Kleyton
Negrão de Moraes, Lavine Lemos Cavalcante, Marcelo de Castro, Marcelo
Werneck B. de Araújo, Marcelo Zelente Goes, Márcia Cardim de Lima,
Márcio Luiz Echternacht, Márcio Rehm Botelho, Marcos Antônio de O.
Rodrigues, Marcos Bulcão Nascimento, Maria Emília Nazaré de O. Costa,
Mário Marques de Souza Filho, Nelida Maria F. Farias, Patrícia Ribeiro
de Oliveira, Paulo Brito Bittencourt, Paulo Olímpio de Castro, Ricardo
Forjaz, Ricardo Santos do Carmo, Rodolfo Araújo Goes, Sérgio Suares
y Martins, Simone Cardim de Lima, Valdívio Coelho Neto, Vanessa Gil
Alves Portugal e Wilson Marques Leão.
Em 1979, a Associação também conquistou o campeonato
baiano de natação infantil, que constou de 28 provas, sendo que,
na contagem geral ficou com 469 pontos. Em segundo lugar ficou a
Associação Atlética Banco do Brasil, com 428 pontos, em terceiro o Iate
Clube da Bahia com 167 pontos e em quarto o Clube Espanhol com 16
pontos. Os campeões azulinos foram:
99
100 metros peito
Marcelo Gomes Santos.
100 metros livres
Marcos do Nascimento de Almeida.
100 metros costas
Marcos do Nascimento de Almeida.
200 metros medley
Clóvis José Costa Lima Agra.
Revezamento 4x100 livre A
Marcos do Nascimento de Almeida, Gilberto José, Armando do
Nascimento e Rogério Medrado Maia.
Revezamento 4x100 livre B
Marcelo Almeida, Sinval Rodrigues Felizardo Júnior, Cristiano Soares
Pazos e Clóvis José Costa Lima Agra.
Revezamento 4x100 livre
Sandra Soares Pazos, Simone Felizardo, Yara Maria e Patrícia Britto.
Revezamento 4x100 em 4 estilos
Patrícia Britto, Yara Maria, Simone Felizardo e Sandra Pazos.
Os quatro principais nadadores da Associação, fecharam o ano
de 1979 com um invejável cartel de conquistas. No masculino, o grande
campeão chama-se Sérgio de Oliveira Costa, que no dia 6 de junho de
1971, aos sete anos, competiu pela primeira vez defendendo a Azulina.
Em oito anos de competições, nadou 364 vezes, tendo conquistado 302
medalhas, assim distribuídas: 218 de ouro, 58 de prata e 26 de bronze.
Bateu 53 recordes, dos quais quatro foram brasileiros. O segundo lugar
era ocupado por seu irmão, José de Oliveira Costa, com um total de 200
provas disputadas pela Associação, também em oito anos.
No feminino a recordista era Mônica Diniz Gonçalves, que
começou a competir aos oito anos, em 25 de setembro de 1971. Nadou
360 vezes, obtendo 274 medalhas em provas individuais, com 125 ouros,
85 prata e 64 bronze. Bateu 35 recordes. No segundo lugar encontrase Maria Amélia Teixeira de Almeida, que começou a competir em 6 de
maio de 1972. Em 341 disputas, conquistou 214 medalhas: 69 de ouro,
83 de prata e 62 de bronze. Estabeleceu 18 recordes regionais.
CLUBE SOCIAL E ESPORTIVO COMPLETO
Ao assumir o comando do clube, em 1971, o presidente Nilton
Silva o fez com um plano de ação para complementar e consolidar o
100
prestígio da Associação como clube social completo e como grande
difusora das práticas desportivas, em todas as faixas etárias. Para as
crianças existiam escolinhas que funcionavam de terça à sexta-feira, para
desenvolvimento das vocações nos seguintes esportes: natação, tênis,
basquete, vôlei, artes marciais e ginástica rítmica, verdadeiras fábricas de
campeões, donde o exemplo mais notável foi a tenista Patrícia Medrado.
Com Nilton Silva, a Associação chegou ao seu limite máximo, tornandose, na acepção da palavra, um clube completo, estruturado da seguinte
forma:
Complexo Esportivo
• Quatro piscinas;
• Ginásio poliesportivo coberto, com arquibancadas, cabines para
a imprensa, vestiários e sanitários;
• Quatro quadras de tênis, com iluminação para jogos noturnos;
• Quadra polivalente aberta;
• Campo de futebol gramado, com arquibancadas e iluminação
para jogos noturnos;
• Alojamento para 40 atletas e 20 apartamentos para dirigentes
das delegações visitantes;
• Posto médico com ressuscitador, oxigênio e aparelhado para
pequenas cirurgias emergenciais;
• Salão de musculação, com vários equipamentos, inclusive o
Nautilus, único no Estado;
• Salão polivalente para ginástica rítmica, balé, dança, jazz, etc.
• Salão para sinuca e tênis de mesa;
• Salão para jogos de cartas;
• Parque infantil.
Complexo Social
• Salão nobre, para bailes e recepções;
• Rinque para festas e danças ao ar livre;
• Salão aberto para pequenas festas;
• Boate/discoteca.
Complexo de Serviços
• Três bares;
• American-bar;
• Bar-sorveteria sob a laje do rinque;
• Churrascaria;
• Restaurante convencional;
• Restaurante executivo;
101
• Salão de beleza;
• Barbearia;
• Saunas, seca e a vapor.
Plantonistas
• Três médicos;
• Três enfermeiras;
• Dois massagistas;
• Quatro salva-vidas nas piscinas.
Administração
• Uma casa para os serviços da Diretoria;
• Uma casa para os serviços da Secretaria.
No final de 1979, o quadro social estava formado por 10.398
associados, que adicionados os dependentes, davam um total de
27 mil pessoas. A frequência nos fins de semana (sexta, sábado e
domingo) e feriados, variava entre 1.500 e 2.000 pessoas diariamente
nas dependências do clube, que funcionava ininterruptamente nos três
turnos, matutino, vespertino e noturno. Somente permanecia fechado
por poucas horas, na madrugada. Dizia-se que era um clube que dormia
muito tarde, por causa dos boêmios, e que acordava muito cedo, por
causa dos atletas. E para atender tamanha movimentação, o quadro
de pessoal chegou a ter 198 empregados fixos, fora a mão de obra
temporária.
EVALDO E PEDRO, PROFESSORES DE TÊNIS
O ex-campeão baiano de tênis, Evaldo Silva, teve o seu nome
inscrito na história da Associação como professor. Durante muitos anos,
comandou a Escolinha de Tênis, reveladora de inúmeros talentos para
o tênis recreativo e competitivo. Além de professor da Associação, foi
técnico da Federação Bahiana de Tênis. Por suas mãos, passaram as
maiores estrelas que a Azulina teve, tais como Enéas Costa, Jorge Abreu
Nogueira, Boréu, Danilo Marcelino, Alfredo Americano da Costa, Patrícia
Medrado, Cristiane Brito, Gilca Ramalho, as irmãs Meirelles (Vânia, Tânia,
Ivana e Itana) e Sandra dos Reis da Silva, dentre outros.
Pedro Silva, que não tem nenhum grau de parentesco com o
mestre Evaldo, também foi outra legenda do clube. Baiano de Serrinha,
nascido em 19 de janeiro de 1948, começou no tênis aos 12 anos,
como pegador de bola no Bahiano de Tênis, onde também se iniciou
como jogador. Em 1969, passou a defender a Associação, mas no ano
102
seguinte, voltou ao Bahiano como treinador de tênis. Mas ficou pouco
tempo, pois no final de 1970 foi contratado pelo Sport Clube do Recife,
como treinador e jogador.
Depois de dois anos na capital pernambucana, Pedro retornou a
Salvador com a missão de ser auxiliar-técnico do professor Evaldo, que
comandava um programa de desenvolvimento do tênis na Associação.
Voltou também a jogar pela Azulina, sendo o melhor tenista da Bahia de
1973 a 1987, tendo conquistado todos os campeonatos nesse período.
Era o rei do tênis baiano, sem competidor à altura e sem abandonar a
carreira de professor, que era a sua prioridade.
Sobre os dois ícones do tênis baiano, no capítulo “A Versátil
Patrícia”, páginas 284 a 299 do livro “O Tênis no Brasil, de Maria Esther
Bueno a Gustavo Kuerten”, escrito por Gianni Carta e Roberto Marcher e
publicado em 2004, Patrícia Medrado prestou o seguinte depoimento:
Eu não saía das quadras da Associação. Tinha um professor, o Evaldo
Silva. Lembro-me que eu tinha uma hora de aula com ele e, logo em
seguida, ia para outra quadra treinar mais uma hora com Pedro Silva. O
Pedro era mais um sparring, com ele eu batia bola. O Evaldo era quem
me dava os toques.
CAMPO DE FUTEBOL
Embora fundado em agosto de 1916, depois, portanto, da
Associação Atlética da Bahia, o Clube Bahiano de Tênis instalou sua
sede em primeiro lugar e saiu também na frente na realização de festas
de salão. Em contrapartida, a Associação foi o primeiro clube social de
Salvador a ter um campo de futebol.
O Campo da Associação, exclusivo para os associados, passou por
diversas melhorias e sofreu até mudança de local dentro da vasta área
do clube. Por não ter as dimensões oficiais, os jogos dos seus torneios
internos eram normalmente com dez jogadores na categoria dos
veteranos e nove jogadores no juvenil e adulto. Apenas nas categorias
dente de leite e infantil o número podia ser o oficial, ou seja, onze
jogadores de cada lado.
Porém, mesmo em se tratando de um campo com dimensões
fora do padrão do futebol profissional, o Esporte Clube Vitória utilizou-o
para treinamentos especiais em 1953, com o objetivo dos jogadores
aprimorarem suas habilidades em curto espaço e com marcação mais
próxima dos adversários. Os treinos se constituíam em atrações para os
associados, que podiam ver de perto as grandes estrelas do time que
103
seria campeão29 daquele histórico ano com a seguinte formação básica:
Nadinho; Valvir e Alírio; Purunga, Gago e Joel; Tombinho, Quarentinha,
Juvenal, Alencar e Ciro. O técnico era o argentino Carlos Volante.
Para os associados masculinos, o campo de futebol constituíase no principal equipamento esportivo da Associação. O campeonato
interno era tão movimentado e intensamente disputado, em suas várias
categorias, que duas medidas tiveram de ser tomadas: a construção de
arquibancadas e a instalação de refletores para permitir jogos noturnos,
que eram realizados todos os dias. Para organizar e administrar os
campeonatos, criou-se a Liga Interna de Futebol da Associação.
Nas divisões de base, dezenas de jogadores foram revelados e
ingressaram no profissionalismo, dentre eles Thirson, Lula, Julinho e
Rubinho Chastinet. Na classe dos veteranos, desfilavam dezenas de exprofissionais de grande sucesso, tais como: Lacerda (Galícia), Matos30,
que tinha sido ídolo no Vitória; Otoney31, que jogou no Bahia e no
Vitória; Nadinho, Marito e Léo, campeões brasileiros de 1959, pelo
Bahia; Ruy Tannus (Vitória), Cadilac (Vitória); Roberto Rebouças (Vitória
e Bahia); Carlinhos Gonçalves (Vitória, Fuminense do Rio, Internacional
de Porto Alegre, Galícia e Bahia); Carlinhos Andrade (Vitória e Bahia),
Niltinho (Vitória e Leônico), José Fernandes Maciel (Ypiranga), Zequinha
(São Cristóvão), Waltinho (Galícia), Medrado (Vitória); Lapão (Botafogo);
Elizeu (Santos, Fluminense do Rio, clubes do exterior, Bahia e Vitória) e
Nelson Cazumbá (Leônico e Bahia).
O mais importante jogo no campo da Azulina ocorreu em
outubro de 1978, no mês do 64º aniversário da Associação, entre a sua
seleção de adultos e o Clube Federal do Rio de Janeiro, integrado por
profissionais, com vários jogadores famosos, tais como Paulo César Cajú,
Mário Sérgio, Gil (Búfalo Gil), Cláudio Adão e Carlos Alberto Pintinho. Os
profissionais do Federal venceram por 2x1.
ALGUNS PRESIDENTES INESQUECÍVEIS
O sucesso da Associação, que de um modesto clube fundado
29 Depois do bicampeonato (1908-1909) conquistado no Estádio do Rio Vermelho, na era do
futebol amador, o Vitória somente conquistaria o terceiro título de campeão baiano no Estádio da
Fonte Nova, na era profissional, em 1953. Nunca foi campeão no Estádio da Graça.
30 Matos vestiu a camisa brasileira quando a seleção baiana representou o Brasil nos jogos contra
o Chile, pela Taça Bernardo O’Higgins. Foi inclusive o autor do único gol brasileiro nas duas partidas,
realizadas em 15 e 18 de setembro de 1957, ambas no Estádio Nacional de Santiago do Chile. Na
primeira o Brasil perdeu por 1x0, na segunda venceu os chilenos também por 1x0, mas na prorrogação o Chile fez um gol e conquistou o troféu.
31 Otoney também jogou na seleção brasileira de 1957, nas duas partidas contra o Chile, pela Taça
Bernardo O’Higgins.
104
por um pequeno grupo de rapazes, na sua maioria comerciários,
transformou-se num clube esportivo e social de referência na Bahia, e
colocado entre os melhores do Brasil, deve-se ao trabalho de muitos
presidentes, que foram construindo e sedimentando uma trajetória de
êxitos e de vitórias contra algumas crises que ameaçaram interromper a
vida da entidade. Dentre os presidentes, sete são considerados como os
mais marcantes na história da Azulina.
1. Henrique Conde (junho de 1921 a maio de 1922), responsável
pelo arrendamento de um imóvel com extensa área, situado na
Rua Barão de Itapuã, em setor das mais privilegiados no bairro
da Barra, bem nas proximidades do Forte de Santa Maria, na
praia do Porto da Barra.
2. Bernardino Madureira de Pinho (junho de 1922 a fevereiro
de 1923), executor das melhorias no imóvel arrendado, um
antigo palacete residencial, preparando-o para receber a sede,
inaugurada em 15 de abril de 1923, que deu início às atividades
sociais da Associação, já novamente sob o comando de Henrique
Conde, que voltou à presidência do clube.
3. Archimedes Pires de Carvalho (abril de 1936 a setembro
de 1937), adquiriu o imóvel, até então arrendado, dando a
Associação a sua sede própria e fixando-a definitivamente no
espaço nobre do bairro da Barra.
Agência A Tarde
4. Noé Rodrigues Nunes (outubro de 1939 a junho de 1941),
responsável pela construção (no local do antigo solar-sede, que
foi demolido) da nova sede, projetada conforme os padrões dos
melhores clubes sociais do país. Aí, começou, de fato, a fase do
maior glamour da Azulina, que se inseriu definitivamente como
clube da elite soteropolitana.
5. Fernando Corrêa Ribeiro
A família Corrêa Ribeiro teve quatro
irmãos de grande influência na Associação.
O líder do clã, Fernando Corrêa Ribeiro,
foi presidente em dois períodos: de 7 de
fevereiro de 1933 até 29 de março de 1935 e
de 21 de janeiro de 1942 até 30 de outubro
105
Agência A Tarde
de 1945.
No primeiro, retirou a Associação de uma grave crise ocorrida em
1932, que quase levou o clube à dissolução. Antes de exercer o segundo
período, ele teve importantíssima participação na construção da nova
sede social, inaugurada em 25 de janeiro de 1941.
Depois do segundo mandato, a Associação teve na presidência um
irmão de Fernando, Jorge Corrêa Ribeiro, também um benemérito do
clube. Os outros dois irmãos foram Carlos Corrêa Ribeiro, que presidiu
o Conselho Deliberativo, e Edgard Corrêa Ribeiro, conselheiro e diretor.
6. Carlos Coqueijo Costa
Carlos Coqueijo Torreão da Costa
nasceu em 5 de janeiro de 1924, na capital
baiana. Sua mãe era pianista e o pai, médico
Enéas Smith Torreão da Costa, tocava
violoncelo. Cresceu numa casa frequentada
por músicos, poetas, escritores, intelectuais,
jornalistas e artistas plásticos, onde eram comuns os saraus musicais.
Estudou violino no Instituto de Música da Bahia e também piano,
órgão, escaleta, violão e bandolim. Enfim, um instrumentista múltiplo.
Além disso, era maestro, cantor, compositor, poeta, cronista, jornalista,
escritor e teatrólogo, sendo autor e diretor de peças. Como cinéfilo foi
um dos fundadores e presidente do Clube de Cinema da Bahia.
No Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira aparece
como autor de 38 músicas. Formou parcerias com diversos compositores,
mas o par mais constante foi o baiano Alcivandro Luz. Tem até uma
música, Cantiguinha, feita com o poeta Carlos Drummond de Andrade,
com quem mantinha correspondência sobre música. Teve músicas
gravadas por importantes intérpretes, tais como Agostinho dos Santos,
Luiz Vieira, Clara Nunes, João Gilberto, Fafá de Belém e Quarteto em Cy.
Poliglota, dominava o inglês, francês, italiano e o espanhol.
Formou-se em direito (1945), pela Faculdade de Direito da Universidade
Federal da Bahia, e em filosofia (1955), pela Universidade Católica
de Salvador. Foi professor da Faculdade de Direito e da Escola de
Administração, ambas da Universidade Federal da Bahia. Depois,
lecionou na Universidade de Brasília. Escreveu Direito Processual do
Trabalho, livro que se transformou numa referência para professores,
estudantes, advogados e juízes.
Na presidência da Associação Atlética da Bahia, que exerceu por
106
quatro mandatos consecutivos de dois anos, de maio de 1956 a maio de
1964, notabilizou-se pela construção da primeira piscina semiolímpica
da Bahia e pela implantação de uma intensa programação social, cultural
e artística. Introduziu eventos literários, reuniões musicais semanais e
criou a Orquestra da Associação, cujo comando entregou ao maestro
Carlos Lacerda, seu parceiro em composições e tertúlias musicais.
Promoveu inúmeros shows com renomados artistas nacionais, muitos
deles seus amigos, e também com dezenas de baianos.
Na presidência da Fundação Teatro Castro Alves, dentro da
vocação empreendedora e com energia inesgotável, também fez uma
administração dinâmica. Chamava a atenção para a Bahia com as
encenações de importantes peças teatrais e apresentações de renomados
artistas e grandes orquestras internacionais, dentre elas as de Henry
Mancini e Quincy Jones.
Orador eloquente, Coqueijo Costa exerceu a advocacia e na
magistratura foi juiz e presidente do Tribunal Regional do Trabalho da
5ª Região, com sede em Salvador. Em Brasília, foi ministro do Tribunal
Superior do Trabalho, tendo sido corregedor-geral, vice-presidente e
presidente no biênio 1984-1986. Logo em seguida, designado juiz do
Tribunal Administrativo da Organização dos Estados Americanos – OEA,
transferiu-se para Washington, capital dos Estados Unidos, onde residiu
até pouco antes do falecimento.
“O numeroso Coqueijo”, designação dada por Jorge Amado,
morreu em Salvador, no dia 20 de janeiro de 1988, aos 64 anos, vitimado
por uma infecção hospitalar contraída no Hospital Espanhol.
O insigne magistrado baiano participou de dezenas de entidades,
recebeu várias condecorações, inclusive do governo francês, e teve seu
nome perpetuado em homenagens diversas. Em Campinas, São Paulo,
o salão das reuniões do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
chama-se Plenário Coqueijo Costa. Em Sorocaba, também no interior
paulista, existe a Rua Ministro Coqueijo Costa, localizada no bairro da
Boa Vista. Também é nome de logradouro público na capital baiana, a
Rua Ministro Carlos Coqueijo Costa, no bairro de Itapuã.
A sede do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, em
Salvador, recebeu o batismo de Fórum Ministro Carlos Coqueijo Costa,
que abriga o Memorial Ministro Carlos Coqueijo Costa. O TRT5 instituiu
a Comenda Ministro Coqueijo Costa, da Ordem do Mérito Judiciário do
Trabalho da Bahia, nos graus Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador e
Oficial. Existe ainda o Prêmio Jurídico Coqueijo Costa, criado pela Escola
Judicial do TRT5, em conjunto com a Associação dos Magistrados da
Justiça do Trabalho da 5ª Região e da Associação Baiana dos Advogados
107
Acervo da AAB
Trabalhistas. Na Associação Atlética da Bahia, o principal salão do clube
foi designado Salão Nobre Ministro Carlos Coqueijo Costa.
Carlos Coqueijo Costa é o segundo presidente com mais mandatos
contínuos na presidência da Associação. Foram quatro, que totalizaram
oito anos, de 1956 a 1964.
7.Nilton Silva
Nilton Silva nasceu em Salvador, no
dia 25 de dezembro de 1930. Formou-se
em farmácia na Universidade Federal da
Bahia. Foi professor, coordenador e vicediretor da Faculdade onde se diplomou
em dezembro de 1954. Também trabalhou
no Estado, como farmacêutico do setor de
Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde.
Na juventude, Nilton jogou basquete no Clube Bahiano de Tênis,
onde conheceu Maria José Hortélia Cordeiro de Almeida, também
atleta, da equipe de vôlei desse clube e estudante de enfermagem na
Universidade Federal da Bahia, com quem se casaria em 11 de dezembro
de 1958. Tiveram seis filhos: Nilton Silva Filho, Luiz Henrique Cordeiro de
Almeida Silva (Lula), Cristina, Luciana, André e Ana Cláudia, todos com o
sobrenome Cordeiro de Almeida Silva.
Com exceção de Ana Cláudia, os demais filhos foram destacados
atletas da Associação: Niltinho e André jogavam futebol no campeonato
interno da Associação, sendo que o primeiro somente não foi jogar
no Fluminense do Rio de Janeiro porque o pai não deixou que se
profissionalizasse. Cristina e Luciana defenderam a Azulina como
jogadoras de tênis, sendo que a primeira, obteve o terceiro lugar no
campeonato brasileiro quando estava com 12 anos.
Mas, o grande destaque dos irmãos foi Lula, um triatleta, pois
jogava basquete, tênis e futebol. Excursionou por dezenas de cidades
brasileiras integrando as equipes da Associação. Tardiamente, e a
contragosto do pai, aos 23 anos virou jogador profissional de futebol,
no Vitória, donde se transferiu para o Internacional de Limeira (SP) e daí
foi jogar no Itaperuna do Rio de Janeiro. Voltando a Salvador, o meiaponta de lança atuou pelo Galícia e no Bahia. Lula encerrou a carreira
profissional aos 32 anos, no Peru, jogando no Defensor de Lima.
Muito ligado ao futebol, Nilton Silva era conselheiro do Galícia
Esporte Clube e na Associação o primeiro cargo foi de diretor de
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futebol, na gestão de Pergentino Holanda, a quem sucederia em 1971
e permaneceria na presidência até 1984. Niltinho, como era chamado
pelos amigos, foi o mais popular presidente da história do clube. Como
antigo atleta, priorizou o setor de esportes, tendo a Associação vivido
o período mais áureo na história de suas práticas desportivas, quer no
âmbito interno, quer no externo.
Sob o seu comando, a Associação firmou convênios com alguns
dos mais importantes clubes do país, dentre eles o Paineiras e o Pinheiro,
ambos de São Paulo, o Botafogo e o Federal, do Rio de Janeiro, o Sogipe,
de Porto Alegre, e o Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte. O intercâmbio
interestadual, com essas e outras agremiações, permitiam um intenso vai
e vem de delegações nas mais variadas modalidades esportivas. Sempre
havia uma equipe da Associação excursionando, jogando e competindo
em outros estados. Com Nilton Silva a Associação ganhou centenas de
títulos e troféus.
Notabilizou-se ainda pela construção de um ginásio coberto
multiesportivo, inaugurado em 1978, que o Conselho Deliberativo
determinou que fosse denominado Ginásio Nilton Silva, palco de
inúmeros jogos importantes de basquete, vôlei e futsal, apresentações
de artes marciais, ginástica olímpica, patinação, dança rítmica, balé,
festivais e outros tipos de promoções.
As grandes festas, uma marca tradicional da Associação,
continuaram e tiveram maior amplitude, pois saíram do espaço limitado
dentro da sede social para os grandes shows no ginásio coberto ou na
área externa do campo de futebol. Inúmeras bandas e cantores famosos,
dentre eles o rei Roberto Carlos, foram atrações que deram espetáculos
memoráveis.
Uma outra marca de Nilton Silva foi a de concluir o trabalho
do presidente Pergentino Holanda (1970-1971), sucessor de Jorge
Diniz Gonçalves Beltrão, o último presidente da casta das famílias
tradicionais. Pergentino foi quem iniciou a efetiva abertura do clube,
que de um passado fechado, dominado pela elite social, passou a
ser uma agremiação mais aberta, num processo concluído por Nilton
Silva. A classe média tornou-se dominante e o clube permanentemente
frequentado por milhares de pessoas nos fins de semana.
O próprio presidente vivia o clube intensamente, todos os dias.
Em sua casa, onde só chegava após a meia-noite, invariavelmente só
fazia dormir, pois às sete horas saia para o trabalho no Banco Nacional
do Norte, donde seguia diretamente para a Associação Atlética. Na
verdade, no clube é que Nilton tinha a convivência com os filhos, todos
109
também assíduos nas dependências da Azulina, que se tornou uma
extensão do lar da família Silva.
Por causa do intenso envolvimento com a Associação, ele teve
um problema com o diretor regional do Banco Nacional do Norte, donde
Nilton foi gerente por doze anos, da agência localizada no Comércio.
Talvez incomodado com o destaque do gerente, presença constante nos
noticiários esportivos e nas colunas sociais dos jornais, um dia o superior
hierárquico chamou-o para uma reunião e colocou-o na parede: “Você
vai ter que se decidir, pelo banco ou pelo clube”. A resposta foi imediata,
Nilton pediu demissão, pois a Associação estava em primeiro lugar.
O diretor havia se esquecido que as contas mais importantes que
o Banorte possuía em Salvador tinham sido conquistadas pelo prestígio
pessoal do gerente e que parte do poder do Nilton se encontrava
assentada na Associação, palco inclusive de relevantes contatos com
empresários e pessoas influentes nos meios econômicos e sociais da
Bahia.
A notícia da saída do gerente provocou a migração das principais
contas – que formavam a parte do filé e garantiam a lucratividade
da agência –, para outros bancos, que na verdade eram muito mais
importantes no ranking bancário do que o Banorte. Isso comprovou
que a seleta clientela, formada por pessoas físicas e jurídicas, somente
se encontrava nesse banco por causa do Nilton Silva, que inclusive era
apontado como um dos mais atuantes gerentes da praça de Salvador.
Ele era um aglutinador nato de pessoas e essa habilidade se constituía
na chave do seu vasto sucesso, também como presidente da Associação.
O “Presidente da Amizade” ou “Presidente da Simplicidade”,
codinomes que ganhou dos associados, sofria de enfisema pulmonar,
vindo a falecer aos 69 anos, de forma tranquila e serena, dormindo,
no alvorecer do dia 7 de maio de 1999, na casa em que residia, na Rua
Cônego José Loreto 1, bairro do Canela. Uma frase, de um associado
não identificado, dita em 1978, no dia do aniversário do clube, serviu
para definir a relação de Nilton Silva com a Associação: “O passado
o reverencia, o presente o aplaude e o futuro o perpetuará”. Sábias
palavras.
Nilton Silva é o recordista de permanência contínua na presidência
da Associação. Foram treze anos, de abril de 1971 até março de 1984.
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HISTÓRIA DA TERCEIRA FASE
1983 - 2004
Primórdios do Declínio
Penhoras do Patrimônio
Improbidade Administrativa
Recuperação da Imagem
Administração Desastrosa
A Volta de Ademar
Prefeito Não Negocia Dívida
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Nilton Silva, que presidiu a Associação por treze anos
(1971-1984), construiu um ginásio coberto poliesportivo
e popularizou o quadro social do clube, que passou a ser
frequentado por milhares de pessoas nos finais de semana.
(Foto: Acervo da AAB)
112
PRIMÓRDIOS DO DECLÍNIO
No passado, disseminou-se pelo Brasil a cultura do não
pagamento de impostos pelos clubes sociais, especialmente o Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU). Ademais, havia a força dos clubes,
principalmente daqueles que reuniam as pessoas da elite social,
econômica e política. E muitas eram conselheiras e diretoras dos clubes,
que lhes davam status social. Esses associados, muitos deles políticos e
magistrados, com grande poder de influência, em todos os segmentos
da sociedade, davam aos clubes a certeza de que não haveria a ostensiva
cobrança judicial das dívidas com o erário público.
Esse era o quadro básico da realidade dos clubes no país, os
quais, munidos de uma aparente proteção, que garantia uma pretensa
impunidade, não pagavam os impostos. Por outro lado, não havia da
parte do poder público nenhum interesse em alterar esse status quo.
Em resumo, os clubes não pagavam e o poder público não forçava as
cobranças. Mas, os débitos não prescreviam, ficavam registrados na
dívida ativa. E foram, ao longo de décadas, crescendo e ganhando
proporções gigantescas, por conta das multas, juros, correções e outros
expedientes monetários. Enfim, as dívidas chegaram a patamares que
fugiam à capacidade dos clubes em efetuar os pagamentos.
Mas, ninguém admitia a possibilidade de um prefeito permitir que
o patrimônio de uma entidade sem fins lucrativos fosse levado à Justiça
e à hasta pública por conta dos débitos volumosos. Se por ventura isso
viesse a ocorrer, a consequência desaguaria num clamor muito grande
e, certamente, numa campanha pública contra o algoz dos clubes,
que estaria provocando a interrupção de serviços de utilidade pública,
representados pela prática dos esportes, fontes reveladoras de atletas
para o desporto nacional. Uma medida judicial, além de impopular,
jogaria contra o chefe do executivo municipal uma legião de associados
dos clubes importantes. Enfim, haveria o ônus do desgaste político que
nenhum político teria coragem de enfrentar.
No caso da Associação Atlética da Bahia, até a gestão do presidente
Gustavo Maia (1954-1956), o clube manteve todos os pagamentos em
ordem e sem qualquer dívida. A partir da gestão seguinte, o cumprimento
de algumas obrigações com impostos, inclusive com o recolhimento
das obrigações sociais, começaram a deixar de ser honrados. A bem da
verdade, o clube arrecadava muito, mas também gastava muito.
Afinal, a Associação tornara-se um gigante com ativa participação
em competições esportivas na Bahia e noutros estados. E bancava sozinha
113
quase todas as despesas, pois as parcerias e patrocínios praticamente
inexistiam. Além do contínuo fomento do desporto tinha a parte
social, uma tradição que não podia ser desaquecida. As apresentações
dos grandes cantores e conjuntos musicais, com cachês cada vez mais
elevados, eram necessidades imperiosas. A parte patrimonial também
era outro grande sorvedouro de recursos, ora na manutenção das
instalações, ora nas ampliações e construções de novos equipamentos.
Em suma, para manter o gigante em pleno funcionamento,
exigindo cada vez mais dinheiro, o pagamento dos impostos deixou de
ser prioritário, foi sendo deixado de lado, empurrado com a barriga,
transferido para que a administração seguinte equacionasse o problema.
Ademais, com a necessidade dos constantes investimentos na
modernização do clube, a solução para fazer dinheiro, que subsidiasse
as inovações e obras, foi a emissão dos títulos de Associados Remidos,
vendidos entre os Associados Contribuintes. Essa prática teria reflexos
na redução da arrecadação mensal, uma vez que ao se tornar Remido,
o antigo Contribuinte ficava isento do pagamento das taxas mensais.
E a queda na arrecadação foi se agravando mais ainda à medida que o
clube foi perdendo frequentadores importantes durante a competição
predatória promovida pelos condomínios residenciais, cada qual com
um verdadeiro miniclube privativo.
PENHORAS DO PATRIMÔNIO
No Cartório do 1º Ofício de Registro Civil de Imóveis de
Salvador, foi registrada a escritura da aquisição do primeiro imóvel da
Associação Atlética da Bahia, adquirido em 27 de abril de 1937. Depois,
esse patrimônio foi substancialmente enriquecido com a compra de
treze imóveis vizinhos, nas ruas Barão de Itapoan e Cesar Zama, que,
unificados, totalizaram uma área de 27.341,54m².
Oficialmente, a crise na Associação se institucionalizou em 20
de maio de 1983, data do registro da penhora da sede do clube para
garantia de dívida, por determinação do juiz da 1ª Vara da Justiça
Federal na Bahia, conforme processo de execução fiscal promovido pelo
Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social
(Iapas). Na sequência, foram ajuizadas mais 14 penhoras, conforme
discriminativo abaixo:
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Fonte: Cartório do 1º Ofício de Registro Civil de Imóveis de Salvador
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Como se não bastassem os problemas financeiros, as questões
trabalhistas e os processos movidos pelos governos federal e municipal,
que se avolumavam e comprometiam o patrimônio, seriamente
ameaçado pelas penhoras, em 1988 eclodiu uma grave crise ao final da
gestão do presidente Carlos Roberto Soares de Miranda, acusado pelo
seu sucessor, Sinval Vieira da Silva Filho, de improbidade administrativa.
Pela primeira vez na história da Azulina uma acusação de tal
natureza foi imputada a um presidente. E foi oficialmente tornada
pública através da revista da Associação Atlética da Bahia, na edição nº
49 (julho 1988), a primeira na gestão de Sinval Vieira, após quatro anos
sem ser editada. Na primeira página foi publicada uma mensagem curta
do presidente, nos seguintes termos:
O associado tem que estar por dentro de tudo, desde os eventos até a
sua parte financeira, porque a Diretoria não pode nem deve omitir ou
dificultar informações ao associado, que é a razão de ser do clube.
Essa introdução foi para justificar a entrevista, em quatro
115
páginas, que o vice-presidente administrativo-financeiro, Reginaldo
Fontes (Régis), concedeu ao coordenador da revista, jornalista Fernando
Protásio, com a participação de João Rubem Carvalho de Souza (Rubinho
dos Carnavais), assessor especial da Presidência. Sob o título “Acreditem,
é verdade”, o vice-presidente, sem meias palavras e de forma direta e
contundente, lavou a roupa suja e revelou fatos que deixaram chocados
inúmeros associados. Por outro lado, foi revelado que o clube se
encontrava num momento crítico, que não era mais aquela Associação
sólida de outrora. Eis a entrevista, reproduzida na íntegra.
Revista – Tá todo mundo querendo saber. Como vai a nossa Associação
Atlética?
Régis – Veja bem Protásio, não é uma pergunta que se possa responder
assim, de chofre. Vai bem, vai mal, isso é relativo e implica diversas
considerações. Uma coisa eu lhe garanto: se Sinval não houvesse
assumido, não sei não, acho que a vaca já teria morrido no brejo. A
coisa tava feia. Estava bem pior do que imaginávamos.
Revista – Bem pior como?
Régis: Rubinho, você tem estado conosco e sabe mais ou menos
a que estou me referindo. Mas, vou ser mais explícito. A impressão
que tivemos logo que assumimos, depois transformada em verdade
indiscutível, foi que nestes últimos quatro anos a Associação Atlética
não teve administração, não foi gerida. Pelo menos não foi com
competência e seriedade.
Revista – Então o que se dizia era exatamente o contrário? Que havia
um comando forte, que o clube era muito bem dirigido, etc.
Régis – Nós sabemos que há uma diferença abismal entre o que se fazia
e o que se dizia. Comando forte, pressupõe-se liderança, austeridade.
Agora, tratar funcionários, sócios, fornecedores e até diretores e
conselheiros aos berros, palavrões, com agressões verbais e até físicas,
denota tudo: desequilíbrio, falta de princípios, falta de educação e de
formação humanística, etc.. Tudo, menos seriedade, austeridade. Como
se vê, uma coisa nada tem a ver com a outra.
Revista – Isso me leva a uma outra pergunta: aquele slogan que dizia
“Time que está ganhando não se muda”, também não correspondia à
verdade?
Régis – De jeito nenhum. Aquele slogan criado por algum imbecil,
não passava da mais pura e deslavada balela. Coisa de campanha.
Cabe perguntar: que time? Time, quer dizer grupo, elenco, conjunto,
e isso não havia. O que havia, e todo mundo no clube ou fora dele
sabe, era despotismo, era a imposição de uma pessoa completamente
desqualificada para o cargo que exercia. Eu até diria mais, desqualificada
para qualquer cargo. Time não havia mesmo e se havia era um time da
116
pior qualidade, que estava levando a Associação para um buraco sem
tamanho, pois o que encontramos foi um clube afundado em dívidas,
sem nenhuma credibilidade, literalmente arrasado financeira, moral e
socialmente, onde imperava o desmando, a prepotência, a arrogância,
além de uma incompetência frondosa.
Revista – É verdade que o clube estava zerado?
Régis – Completamente zerado. Zerado no cofre, zerado nos bancos.
Mais zerado do que isso, impossível. Vou lhe dar uns dados que vão lhe
estarrecer: ao assumirmos na manhã de 22 de abril de 1988, além de
encontrarmos o cofre vazio, conforme já disse, tomamos conhecimento
da existência de 38 cheques pré-datados, emitidos pela diretoria
anterior, espalhados entre vários fornecedores e que, evidentemente,
tínhamos que honrar.
Revista – Cheques pré-datados, não entendi!
Régis – Não entendeu Rubinho? Pois bem, vou lhe explicar: ouça,
por ter deixado de pagar aos fornecedores desde dezembro do ano
passado, a administração, entre aspas, anterior arrasou com o nome
da Associação a ponto de nenhum fornecedor querer ouvir falar no
nome do clube. Os que continuaram fornecendo, somente o faziam
em troca de cheques pré-datados, havendo inclusive aqueles que nem
mesmo assim concordavam em fazê-lo, como foi, por exemplo, o caso
da Brahma, que suspendeu completamente as suas vendas ao clube,
até porque já estava com mais de oito milhões de cruzados enterrados
aqui na Associação. A propósito, vocês sabem por que a eleição de
Sinval foi antecipada do dia 27 de abril para o dia 21 daquele mesmo
mês?
Revista – Não, não sei. Por que foi?
Régis – Por vários motivos. Primeiro, porque o dia seguinte, 22 de abril,
era o último dia para pagamento da conta de luz. Sem o pagamento,
a Coelba viria e cortaria o fornecimento. Segundo, sexta-feira, dia 22,
era também dia do pagamento dos funcionários do clube e não havia
dinheiro para nada disso. Disso nós sabíamos, o que ignorávamos era
que naquele mesmo dia havia seis cheques pré-datados a que já me
referi, no valor de Cz$ 350 mil e que tínhamos de cobrir porque estava
em jogo o nome da Associação. Para agravar ainda mais a situação,
tomamos conhecimento de que naquele mesmo dia ia haver um almoço
para oitenta pessoas do Colégio Sistema. Com um detalhe: este almoço
havia sido pago na véspera e no clube não tinha absolutamente nada
para se fazer o dito almoço. Tivemos que nos “virar” para comprar
tudo, não só para o almoço citado, como também para que o clube
funcionasse normalmente naquele fim de semana.
Revista – Que situação, hem Régis? E como foi que vocês saíram desta?
Régis – Bem Protásio, conforme eu já disse, nós sabíamos que estavam
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nos armando uma arapuca. Nosso presidente, Sinval Vieira, já havia
sacado isso há muito tempo e, precavido como é, reuniu um grupo
de amigos que emprestaram Cz$ 50 mil cada um, sem prazo para
receber de volta, e foi com este dinheiro que chegamos ao clube às
7h30 daquela manhã e o pusemos para funcionar. Pagamos a Coelba,
pagamos os funcionários, cobrimos os tais cheques e por aí a fora.
Pagaram para ver o nosso fracasso. Quebraram a cara.
Revista – Como foi a estória do título?
Régis – Ah, a estória do título fantasma? Vou lhe contar. Desta eu fui
testemunha ocular e auditiva. Foi o seguinte: como a esposa do expresidente começou, logo após a eleição dele, a se meter em tudo, em
tudo dando penada sem nada ser do clube e sabendo menos ainda,
houve uma natural reação por parte de funcionários, os mais antigos
e graduados, e de diretores da época. Então, pressionado por todos, o
senhor presidente saiu-se com uma solução nada salomônica: comprou
um título de sócio para sua esposa e, assim, fez dela vice-presidente
administrativa-financeira do clube. Como se diz hoje: “Pode Fernando?”.
Pode sim, tanto pôde que fez. Só que jamais pagaram o título, nem
uma prestaçãozinha sequer, nem mesmo a taxa de conservação foi
paga, nem uma vez e esta senhora mandou, ou melhor, desmandou à
vontade no clube, além de ter votado em três eleições. Um escândalo.
Esse título, que nunca existiu, foi recentemente cancelado. Por isso que
eu digo sempre: nunca o Estatuto, que é a nossa carta magna, nossa
Bíblia, foi tão desrespeitado, tão aviltado.
Revista – E a situação financeira do clube? Como vocês encontraram?
Régis – Caótica, Rubinho. Tanto financeira como economicamente
reinava o caos. Vê você esta pilha de faturas aqui? (e mostra aos
presentes dezenas de faturas dos mais variados fornecedores). Veja
as datas, todas vencidas antes, muito antes da nossa posse. Aqui tem
débitos de toda ordem: do armarinho da esquina onde se devia pouco
mais de Cz$ 2 mil, até a Brahma que, conforme já foi dito, devia-se
mais de Cz$ 8 milhões. Não encontramos nada por vencer, a não
ser os cheques pré-datados. Agora, vencido, foi brincadeira. Basta
dizer que já pagamos mais de Cz$ 7 milhões de broncas herdadas da
administração anterior. Como você pode observar, não foi um modelo
de administração do clube nestes últimos quatro anos. Olhe aqui outro
exemplo do que estou afirmando (e mostra a xerox) um cheque sem
fundo emitido no valor de Cz$ 2.302,50.
Revista – Você mais de uma vez afirmou que o clube estava desmoralizado
socialmente. Como assim?
Régis – E como estava Protásio! Você que foi um dos inúmeros sócios
que se afastaram do nosso convívio, não está sabendo ainda dos fatos
na sua totalidade. Pudera, você agora é um itaparicano. Mas vamos lá.
Nós sabemos que nenhum clube social pode ser tão fechado como há
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20, 30 anos. Os tempos são outros, mudaram-se os costumes, etc e tal.
Agora, querer transformar a Associação Atlética da Bahia num clubeco,
isto eu não concordo, transformá-lo numa barraca de praia, de jeito
nenhum. Pois bem, inventaram um tal de um sambão durante os dias
de sábados e domingos que era a coisa mais deprimente que eu já vi.
Isto em plena lanchonete. E de dia. Imagine só. Senhores e senhoras,
ambos entre aspas, de bermudas e maiôs a exibirem pernas varicosas
ao som dos piores músicos de que se tem notícia, em meio a um barulho
infernal. O que me causava espécie era que mesmo sendo contrário a
este estado de coisas os sócios não reclamavam, apenas retiravam-se.
Alegava-se que aquele samba segurava os sócios no clube até mais
tarde. Muito pelo contrário, dado o barulho ensurdecedor, a confusão
que isso provocava, a gritaria e a pouca vergonha, os sócios estavam
deixando de vir almoçar com as suas famílias e a renda resultante da
venda de bebidas não dava sequer para pagar os músicos, se assim se
pode chamá-los, que ainda almoçavam, jantavam e bebiam por conta do
clube. E ainda diziam que a maioria dos sócios gostava. Coisa nenhuma.
Hoje, você observa que o clube está muito bem freqüentado, apesar do
inverno rigoroso as pessoas permanecem no interior do clube durante
todo o dia e até altas horas da noite. Nunca se vendeu tantas refeições
como agora. Sabe porquê? Porque se respira na Associação outro ar,
sem poluição, ar puro, que é o que todos querem.
Revista – Decorridos cerca de 80 dias da posse de vocês, cabe perguntar.
O que já foi feito, além, naturalmente, de se pagar débitos?
Régis – Muito. Muito mais do que seria de se esperar. De cara, já no
primeiro dia, restabelecemos o crédito do clube junto aos fornecedores.
Além de estarmos honrando todos os compromissos por nós assumidos,
já pagamos mais de 7 milhões de cruzados das dívidas deixadas pela
“desadministração” anterior, conforme já foi dito. Ainda encontramos
fôlego para realizar uma série de coisas como, por exemplo: reparo da
câmara frigorífica da lanchonete, que se encontrava parada; reforma
de uma geladeira gigante que se encontrava parada na bomboniere e
que hoje está na lanchonete; reforma de todas as máquinas de escrever
e de calcular; conserto de vários aparelhos de ar condicionado que
estavam em estado do mais completo abandono; restauração do piso e
da iluminação do ginário de esportes, com um investimento da ordem
de Cz$ 360 mil; reforma completa do sanitário e banheiros do vestiário
do futebol e por aí vai.
Revista – E no snooker? Ouvi dizer que lá se fez muita coisa!
Régis – É, realmente, lá no snooker reformamos duas mesas que
se encontravam imprestáveis, equipamos o bar para um melhor
atendimento àqueles que lá freqüentam e reformamos também o
banheiro, além de comprarmos bolas e recuperarmos vários tacos.
Revista – E o que se pretende fazer agora?
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Régis – Rubinho, nós nunca vamos pretender, nós vamos fazer,
sempre. Veja bem, apesar das dificuldades imensas, nossa equipe de
patrimônio e de sede está trabalhando, e muito. Neste aspecto temos
de tirar o chapéu para nosso presidente, Sinval Vieira, que soube, com
competência e sabedoria, escalar um time da melhor qualidade. Todos
com tradição dentro do clube, pessoas conhecidas dos associados.
A equipe de patrimônio, liderada pelo doutor Amaury Aquino, é um
exemplo do que estou falando. Contando com Virgílio Leiro, Luís
Fernando Haendel e Paulo Maynard, esta equipe que fez o que já citei,
está empenhada, agora mesmo, em prover o campo de futebol de
um barzinho, que é uma velha aspiração dos mais de 800 sócios que
praticam este esporte; uma pista de skate, que será inaugurada dentro
de poucos dias; a reforma completa da cozinha da lanchonete; além
de dezenas de pequenas obras e reparos que se fazem urgentes. Como
você vê é muita coisa. Segundo Virgílio Leiro, que é um azulino com
cerca de 30 anos de clube, a Associação, nos últimos quatro anos, não
soube o que é conservação. Pintava-se e varria-se o clube, e só. O resto
um horror, caindo aos pedaços, no mais completo abandono. Temos
fotos tiradas no dia imediato à nossa posse. Quem quiser ver, é só nos
procurar. Eu garanto, vai ficar chocado com o descaso.
Revista – Pelo que se pode observar, Sinval soube realmente escolher
sua Diretoria!
Régis – Só soube Protásio! Aliás, é até perigoso citar nomes, pois sempre
se corre o risco de se esquecer algum, até porque, além dos diretores
identificados como tal, ainda existem assessores e colaboradores que
prestam serviços relevantes ao clube, como é o caso de Spósito, que
eu reputo indispensável em qualquer diretoria que se venha a formar
na AAB. O que Popó tem feito, o que tem conseguido pelo e para
o nosso clube, não dá nem para enumerar. Joana Lopes, esposa do
nosso conselheiro Gildo Lopes, é outra pessoa que, sem qualquer cargo
diretivo, muito tem feito. E outros, muitos outros. Todos irmanados
pelo bem maior da Associação.
Revista – Mais alguma coisa Régis?
Régis – Mais, muito mais. Nos esportes também. Podes crer, a Associação
voltará a reinar, dentro de muito pouco tempo, nos esportes amadores
que praticamos. Nisso Sinval está empenhado pessoalmente. Sendo o
desportista que é, não faz por menos. Está aí a contratação de Jackson
Peixoto e toda sua equipe de vôlei feminino. O retorno também de Ary
com suas equipes de basquete feminino. Além da completa revitalização
do vôlei e basquete masculino, do tênis e da natação, Sinval recriou o
futebol de salão, cuja diretoria foi entregue a José Ventura Neto, que
foi campeão invicto pelo Vitória. Destaque-se aí a presença de José
Taveira Neto, o Zequinha, que vem dando nova dinâmica à natação, de
Astor e de Milton Diniz, no basquete e vôlei, respectivamente. Outro
exemplo é o futebol, que vinha minguando e que hoje, sob a direção de
120
Paulinho Furtado se apresenta com outra motivação. O torneio início da
categoria de adultos foi uma festa como há muito, muito tempo, não
se via. A vinda do discutido árbitro “Margarida”, com todo trabalho
de marketing desenvolvido em torno dele, foi qualquer coisa de
sensacional. Chama-se a isto de criatividade, de inventividade. Assim.
Todos os departamentos vão funcionando, e muito bem, sabe porquê?
Porque as pessoas, além de competência, têm força de vontade para
fazer e liberdade, ampla liberdade para executar. Mas nada é feito
aleatoriamente, tudo é discutido, todos opinam. E assim, em todos os
setores, é visível a melhoria do clube. Veja a equipe da diretoria social,
com Ademar Brito, com Ubaldo Barreto e com Edgar Viana. Tudo eles
têm feito para aumentar a freqüência de sócios e proporcionar, aos
mesmos, lazer diversão e entretenimento, num ambiente onde impera
o respeito, a educação e a urbanidade.
Revista – E o futuro Régis?
Régis – Como dizem os antigos: a Deus pertence. Seguinte Rubinho:
nós cuidamos hoje da Associação com os olhos voltados para o amanhã.
Nós temos o compromisso de preservar este clube que faz parte da
história social da Bahia, para uso dos nossos filhos, para nossos netos.
Administramos hoje uma Associação que não mais cairá em mãos
estranhas, aventureiras ou aventureiros. A Associação Atlética da Bahia
é um clube baiano, fundado por baianos, não pode, não deve e jamais
voltará a ser comandada por estranhos. Das nossas mãos baianas, para
a de nossos filhos, também baianos. Assim pensa nosso presidente
Sinval Vieira. Assim pensamos nós, membros da sua Diretoria. E assim
será.
RECUPERAÇÃO DA IMAGEM
Como pode ser verificado na entrevista do vice-presidente
administrativo-financeiro, o grande trabalho da gestão de Sinval Vieira,
que presidiu a Associação por dois anos (1988-1990), foi resgatar a boa
imagem do clube, recuperar as instalações deterioradas pelo tempo ou
danificadas por atos de vandalismo, colocar o clube em plena atividade
social e esportiva e prover o equilíbrio financeiro. Porém, com tantas
despesas e investimentos emergenciais, não sobravam recursos para
tentar sanar as dívidas com impostos, que cresciam a cada ano e se
tornavam de difícil solução. Deixou também um passivo trabalhista.
Sinval foi sucedido pelo seu vice-presidente social, Ademar
da Silveira Brito, uma pessoa afável, muito educada e sem nenhuma
área de atrito com qualquer das facções que disputavam o poder no
clube. Comedido e discreto, revelou-se um aglutinador de pessoas, um
trabalhador incansável e um apaixonado pela Associação. Tornou-se um
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líder inconteste, admirado pela honradez e pela austeridade nos gastos
dos recursos financeiros do clube, condições que lhe garantiram uma
tranquila reeleição para o biênio 1992-1994. Em dezembro de 1993,
na página 4 da edição nº 14 do “Informativo O Azulino”, sob o título
“Informe-se”, saiu uma nota assinada pela Diretoria, donde foi extraído
e seguinte e mais importante trecho:
Quando assumimos a Diretoria da Associação Atlética da Bahia,
em abril de 1990, encontramos o clube respondendo 40 questões, sendo
39 reclamações trabalhistas e uma cível. Com o trabalho profissional dos
diretores jurídicos Anildo Pires Sepúlveda e Valfredo Oliveira Santos, ao
lado do doutor Maraivan Rocha, conseguimos pagar, no período de
9 de abril de 1990 a 9 de abril de 1992, 22 questões, restando 18, às
quais foram incorporadas mais quatro, já na nossa gestão, ajuizadas
pelos senhores Deoclides Rabelo, Reginaldo Musse, Enivaldo e Eder
Cerqueira, que passaram a ser devidamente acompanhadas pelo nosso
Departamento Jurídico.
A partir daí, todas as demissões acontecidas no clube são
devidamente homologadas, evitando-se a reincidência de casos
escandalosos, como, por exemplo, o de Yacina Marques S. Matos,
que apesar de ter recebido todos os seus direitos, conforme consta
nos autos, em documento assinado por ela, reclamou novamente na
Justiça do Trabalho. O processo correu à revelia e, quando assumimos,
o encontramos em fase de penhora e com leilão marcado. Sem nada
poder fazer, arcamos com um prejuízo no valor de Cr$ 50 milhões.
Já no período de 1992 a 1993, nossa Diretoria Jurídica, formada
por Anildo Pires Sepúlveda, Edvaldo Brito Filho e Raul Chaves Filho,
contando, mais uma vez, com o trabalho do doutor Maraivan Rocha,
solucionou mais 13 questões trabalhistas, ao mesmo tempo em que
realizava 23 homologações na Justiça do Trabalho, conforme reza a lei.
Hoje, ainda nos restam, das 40 encontradas, nove questões
pendentes, que vêm sendo acompanhadas com dedicação profissional
da nossa Diretoria Jurídica, para zelar pelo patrimônio financeiro do
nosso clube e resguardar os interesses dos nossos associados.
Em quatro anos na presidência, Ademar consolidou o trabalho
de restituição da credibilidade e do bom conceito público da Associação.
Sob o seu comando, o clube viveu um período de tranquilidade e paz
interna. Ademar somente não conseguiu foi solucionar as dívidas com
impostos, herança de seus antecessores, que continuaram na marcha do
crescimento, pois não havia nenhuma condição de solução. A Associação
encontrava-se presa no cipoal dos processos da Fazenda Municipal e de
outros órgãos, que iam sendo postergados por recursos jurídicos.
122
ADMINISTRAÇÃO DESASTROSA
Voltando à edição de julho de 1988, da revista da Associação
Atlética da Bahia, o vice-presidente administrativo-financeiro, Reginaldo
Fontes, havia feito uma declaração que se constituiu num alerta para o
futuro. Eis as suas palavras:
Administramos hoje uma Associação que não mais cairá em mãos
estranhas, aventureiras ou aventureiros.
No dizer do então dirigente, a Azulina não deveria mais ser
comandada por aventureiros. Oito anos depois dessa advertência, como
dezenas de outros clubes brasileiros, a Associação já se encontrava
atolada em dívidas com a previdência social, com bancos e enfrentando
ações na justiça trabalhista. E nesse clima de tempestade, mantinha
uma luta desesperada para não naufragar no mar revolto. Por isso, não
poderia correr o risco de ter no comando do leme um presidente inepto
ou mesmo inescrupuloso. Teria de ter um presidente capaz de encontrar
caminhos e soluções para os problemas que se avolumavam. Em suma,
o clube teria de ter no comando da Diretoria uma pessoa preparada, que
simultaneamente fosse um eficiente administrador de problemas e um
bom gerenciador da vida social e esportiva, para conter a debandada
dos associados e evitar a falência total da Associação.
No entanto, na sucessão de Alberto Florêncio da Silva, que presidiu
o clube no biênio 1994-1996, a Associação ganhou um presidente que
se encaixou no perfil que o Reginaldo Fontes temia: despreparado
para o correto exercício do importante cargo. Geraldo José da Rocha
Brasil deixou a presidência sob fortes acusações de ter praticado atos
gravíssimos, que muito teriam contribuído para piorar, mais ainda, a
difícil situação econômico-financeira do clube.
A VOLTA DE ADEMAR
Para suceder um presidente acusado de desmandos, os
conselheiros elegeram um ex-presidente de competência e honradez
inquestionáveis, que havia dirigido o clube no período 1990-1994.
Assim que tomou posse, Ademar da Silveira Brito constatou a extensão
dos danos da administração que o antecedeu.
As irregularidades e desvios de recursos eram estarrecedores,
tanto que, após reprovar as contas dos exercícios de 1996 a 1998, o
Conselho Deliberativo tomou uma medida extrema, sem precedente na
123
história dos ex-presidentes: a de recomendar a eliminação de Geraldo
José da Rocha Brasil do quadro social e da função de conselheiro nato
do clube.
Portanto, mais uma vez, coube a Ademar da Silveira Brito a
missão de retirar a Associação do fundo do poço. Durante quatro
anos (1998-2002), ele enfrentou os problemas deixados pela gestão
anterior e os herdados dos períodos de vários ex-presidentes, que foram
se acumulando e acabaram tendo desfechos na decretação de seis
penhoras de imóveis do clube, para garantir dívidas de execuções fiscais,
três movidas pela Fazenda Municipal (Prefeitura de Salvador) e três pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (Governo Federal).
Ademar teve ainda de enfrentar a queda na arrecadação
financeira do clube, provocada pela saída de muitos associados, que
foram levados pela maré da perda de prestígio dos clubes sociais, que
estavam sendo preteridos em função das novas opções de lazer. Ao
associado de maior poder aquisitivo, estava sendo oferecido um variado
leque de opções, que incluíam os atrativos dos condomínios residenciais,
com infraestrutura de lazer, a aquisição de terrenos para a construção
de casas para fins de semana no litoral norte de Salvador, o lazer nos
shoppings, o desenvolvimento do turismo e a ampliação da rede de
restaurantes e entretenimentos na Cidade do Salvador.
Em suma, os clubes sociais deixaram de ser imprescindíveis. Os
clubes eram indispensáveis apenas para a prática de esportes, onde as
escolinhas para as crianças tornaram-se importantes.
PREFEITO NÃO NEGOCIA DÍVIDA
Ademar tinha na cabeça um plano de salvação da Associação,
mas somente poderia tentar colocá-lo em prática após a quitação das
dívidas que geraram as penhoras do patrimônio. E nesse contexto, o
maior dos débitos era com o IPTU.
Depois de insistentes tentativas de uma reunião de diretores
da Associação com o prefeito Antônio Imbassahy1, pertencente a uma
família de presença marcante no passado da Azulina, sendo que na
juventude ele próprio fora frequentador assíduo do clube, chegou a
informação de que o chefe do Executivo somente concederia audiência
se fosse conjunta, com a presença de cada presidente de clube com
1 Em duas campanhas políticas, em 1996 como candidato a prefeito e em 2000 como candidato
à reeleição, Antônio Imbassahy esteve reunido na Associação com os presidentes dos clubes sociais
e prometeu resolver os problemas dos clubes que, por causa de dívidas com a Prefeitura, encontravam-se ameaçados por execuções fiscais.
124
problemas no IPTU e que a solicitação deveria ser encaminhada através
do sindicato patronal dos clubes sociais.
A atitude do prefeito foi considerada como louvável. Afinal, o
problema era comum a todos. Se ele recebesse a Associação isoladamente,
fatalmente iria ter de conceder audiências aos demais clubes de Salvador.
Ademais, uma reunião coletiva fortaleceria as negociações e agilizaria os
encaminhamentos para possíveis acordos, individual ou coletivamente.
Com isso, entrou em cena o presidente do Sindicato dos Clubes
do Estado da Bahia (Sindiclube), Alfredo Vasconcelos, que também
presidia o clube Campomar. Ele expediu a correspondência solicitando a
audiência. Depois de uma espera de mais de dois meses, a audiência foi
marcada para as 15 horas do dia 5 de maio de 2004.
Além das reivindicações que seriam feitas ao prefeito, em quem
o Sindiclube depositava todas as esperanças e total confiança na solução
dos problemas com o IPTU, o presidente da entidade representativa
dos clubes levou na bagagem das aflições um projeto para apresentar
ao prefeito. Chamava-se “Minha Escola, Meu Clube”, uma proposta
para pagamento de parte das dívidas com prestação de serviços pelos
clubes. Consistia em abrir as portas dos clubes sociais aos alunos da
rede municipal de ensino, nos horários e dias de menor movimentação
dos associados, para incluí-los em projetos sociais coordenados pela
Prefeitura. Adicionalmente, ainda em parceria com a Prefeitura, seriam
também desenvolvidos programas voltados à terceira idade.
Numa mobilização de integração dos clubes, jamais vista
anteriormente, o presidente Alfredo Vasconcelos conseguiu levar ao
Palácio Thomé de Souza 32 presidentes de clubes sociais, dentre eles
os da Associação, Bahiano de Tênis, Yacht Club, Espanhol, Português,
Campomar, Costa Verde, Clube 2004, Clube Baneb, Associação Banco
Central, Associação Atlética Banco do Brasil, Associação Desportiva
Coelba, Itapagipe, Clube Comercial, Fantoches da Euterpe, Periperi e
Flamenguinho.
Quando viu tanta gente, um assessor do prefeito transmitiu
a seguinte informação: “Em virtude do espaço ser pequeno para
acomodar todos, o senhor prefeito somente receberá uma comissão de
quatro pessoas”. Criou-se assim o primeiro constrangimento, pois 28
presidentes ficariam marginalizados da tão aguardada reunião com o
alcaide municipal. O Sindiclube não aceitou isso, pois a reunião fora
programada com todos.
Finalmente, após um chá de espera de 1h20, os presidentes
foram conduzidos à sala onde o prefeito os receberia e todos puderam
125
verificar que o assessor havia mentido, pois se tratava de uma sala ampla,
para grandes reuniões. E o prefeito chegou acompanhado apenas de
um assessor especial, Jaime Magalhães. Pedindo desculpas pelo atraso,
Imbassahy sentou-se na cabeceira da longa mesa e passou a palavra ao
presidente do Sindiclube. Alfredo ainda não tinha feito a apresentação
de todos quando uma senhora, possivelmente a secretária de Imbassahy,
entrou na sala e disse: “Senhor Prefeito, o Senador acabou de ligar e
disse que quer que o Senhor chegue à inauguração antes dele!”.
Imediatamente, o prefeito levantou-se e disse secamente:
“Infelizmente, vou ter de sair, o chefe está chamando, mas o doutor
Jaime dará continuidade à reunião!”. E saiu rápido da sala, deixando
todos decepcionados e sem entender a razão de tanta subserviência ao
senador que, sem dúvida alguma, era o Antônio Carlos Magalhães.
Mas teve gente que deu outra interpretação, baseada num
fato de notório conhecimento público, que remontava aos tempos
do presidente Juscelino Kubitschek. Ele teve um ministro mineiro que
mandou instalar em sua mesa um botão que ficava escondido da vista
das pessoas recebidas em audiência. A um simples toque, soava no
gabinete vizinho uma campainha, sinal para um assessor imediatamente
fazer uma ligação para o seu telefone. Ao atender, o ministro fingia
estar falando com o presidente da República. Ao desligar o aparelho, o
ministro dirigia-se aos que estavam à sua frente (e que o tinham ouvido
repetir duas ou três vezes a frase “Sim, Senhor Presidente, irei logo,
imediatamente!”) e falava mais ou menos a mesma coisa que o prefeito
disse aos 32 presidentes de clubes sociais de Salvador.
O próprio Jaime Magalhães, irmão do senador ACM, visivelmente
embaraçado, pois não teria nenhum poder para negociar nada, sugeriu
uma nova reunião com o prefeito e prometeu que informaria a data.
Não informou, e por diversas vezes foi tentada a nova audiência, mas o
gabinete do prefeito nunca confirmava a nova reunião.
Enfim, ficou claramente evidenciado que, se dependesse da
administração municipal, os clubes não teriam salvação, pois estavam
entregues à própria sorte. Qualquer negociação com a Prefeitura teria
de ser tentada com o próximo prefeito, que seria eleito em outubro
(primeiro turno) ou novembro (segundo turno) de 2004.
126
HISTÓRIA DA QUARTA FASE
2005 - 2010
Novo Prefeito Negocia Dívida
Projeto Salvador
Concepção do Projeto
Último Evento
Período das Obras
Inauguração do Novo Clube
Sessão Especial na Câmara Municipal
Testemunho do Presidente do Sindiclube
Dirigentes do Renascimento
Homenagens Especiais
Conselho Superior Interclubes
127
Ademar da Silveira Brito, presidente da Associação Atlética da Bahia,
agradecendo pelo troféu Personalidade 2011, outorgado pela Revista
CIT - Comércio, Indústria e Turismo, por ter sido o comandante do
renascimento da Associação Atlética da Bahia.
(Foto: Juscelino Pacheco)
128
NOVO PREFEITO NEGOCIA DÍVIDA
João Henrique de Barradas Carneiro tomou posse na chefia do
Executivo Municipal em 1º de janeiro de 2005. Nesse dia, em que se
abria a porta de um novo ano e também para a entrada de um novo
prefeito, renovaram-se as esperanças para a solução do maior problema
que ameaçava o futuro da Associação Atlética da Bahia. Será que com
o novo prefeito de Salvador haverá um diálogo produtivo? Esta era a
pergunta que os dirigentes se faziam.
Ademar esperou um tempo, para João Henrique assenhorear-se da
situação administrativa do município. Enquanto isso, articulou as ações
para um projeto de venda de parte do terreno do clube para pagamento
dos débitos e construção da nova sede. Em valores arredondados, a
Associação devia 16 milhões de reais, assim distribuídos: 9.500 ao
Governo Municipal (IPTU/TL e ISS/TLF), 4.800 ao Governo Federal (INSS)
e 1.700 em ações trabalhistas, multas e dívidas diversas.
Com o INSS, obteve-se a solução graças ao Programa de
Recuperação Fiscal (Refis), destinado a promover a regularização de
créditos da União, decorrentes de débitos de pessoas jurídicas, relativos
aos tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita
Federal e pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em 2004 foi
feito um acordo para amortização da dívida da Associação, num prazo a
perder de vista, de dezenas de anos. O clube assumiu o compromisso de
pagar 0,3% da sua receita bruta mensal, um valor consolidado facílimo
de ser cumprido.
A Associação queria destinar 12.742,18 m² da sua área para a
quitação do restante do passivo e construir um novo clube na área restante,
de 14.599,36 m². Mas, para que isso pudesse ser viabilizado, dependia
da aprovação pela Prefeitura da seguinte pauta de reivindicações:
1. Nova medição da área territorial da Associação, que, unificados os
diversos terrenos contíguos, perfaziam 27.341,54 m², mas que nos
registros da Prefeitura somavam 32 mil metros quadrados.
2. A Prefeitura cobrava valores diferenciados por cada terreno. A
Associação pretendia que todo o débito fosse recalculado com base
num valor único, estabelecido pelo valor do menor IPTU.
Para a solicitação da audiência com o prefeito, Ademar recorreu
aos préstimos de um vereador amigo, Téo Senna, que foi logo avisando:
“Diretamente não posso pedir nada ao prefeito, pois lhe faço oposição
na Câmara Municipal. Mas vou falar com o irmão dele, Sérgio Carneiro,
que também é vereador e líder do governo na Câmara”. Isso foi numa
129
quarta-feira. Na sexta o presidente recebeu um telefonema do gabinete
do Prefeito, informando que João Henrique receberia a Associação
Atlética na terça-feira, dia 25 de outubro de 2005.
Fazendo-se acompanhar do vice-presidente, Boris Pessoa,
Ademar foi levando dois diretores da Arc Engenharia, Edison Pascoli e
Antônio Laranjeira. Ao chegarem à sala de audiências, a mesma onde
se dera a reunião abortada pelo prefeito anterior, tiveram a agradável
surpresa de encontrar João Henrique com os seguintes membros do
seu staff administrativo: Reub Celestino, secretário da Fazenda; Itamar
Batista, secretário do Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente; Paulo
Meira, secretário de Esportes, Entretenimento e Lazer; Paulo Meireles,
superintendente da Superintendência de Controle e Ordenamento do
Uso do Solo do Município (Sucom); e Pedro Guerra, subprocurador da
Procuradoria Geral do Município.
Os diretores da Associação fizeram uma exposição detalhada da
situação do clube, foi apresentada a proposta da venda de parte da área
como solução para pagamento dos débitos e o projeto da construção
da nova sede. Os diretores da Arc discorreram sobre o empreendimento,
denominado Barraporto, projetado para a área que seria desmembrada
e adquirida pela empresa.
Ao final da reunião que durou 1h20, o prefeito determinou
diversas providências, dentre elas a imediata medição da área do clube,
tendo o laudo técnico confirmado ser de 27.341,54 m². Com isso,
iniciou-se um complicado processo para o recálculo dos valores devidos.
Tudo foi feito dentro do solicitado pela Associação, cuja reivindicação
encontrava-se consubstanciada num parecer do professor Edvaldo Brito,
um dos mais conceituados tributaristas do país. Vale salientar que, além
da redução no valor do IPTU, com as correções da área do terreno, da
área construída e na depreciação dos imóveis, também foi obtida a
prescrição de vários exercícios, graças a Lei 6723/2005.
Resultado, no dia 24 de novembro de 2006, foi assinado com a
Prefeitura o “Instrumento Particular de Transação”, fixando o valor de R$
3.043.880,39 para quitação da dívida com o IPTU/TL, valor que foi pago
pela Arc Engenharia. Ainda no âmbito municipal, foi também quitado o
débito com o ISS/TLF, que de R$ 62.626,00, caiu para R$ 13.859,98.
Sanados todos os problemas com a Prefeitura, o presidente
Ademar da Silveira Brito enviou aos associados, com data de 6 de
novembro de 2007, a seguinte mensagem:
130
Futuro
Repito aqui o trecho publicado na revista Casa Cor 2007,
empreendimento que veio resgatar parte da história da nossa instituição.
“Com o mesmo espírito empreendedor daqueles abnegados fundadores,
sentimo-nos entusiasmados, cônscios das nossas responsabilidades e
certos de que a solução encontrada foi a mais (ou a única) adequada
para enfrentar novos desafios, recomeçando livres de débitos, criando
receitas alternativas, continuando com a mesma transparência adotada
com os mais de 140 informativos, através dos quais todos os atos/fatos
administrativos foram expostos aos associados, aos quais continuaremos
oferecendo qualidade e ampliando os objetivos com os quais o clube
estará pronto para prestar serviços por mais outros 100 anos, contando
com a união e participação de todo o quadro social”.
Por fim, quero agradecer a toda Diretoria que forma uma
equipe, coesa e responsável, e ao Conselho Deliberativo que tem
aprovado as nossas proposições, justas, em favor da nossa Azulina.
Aos empreendedores, Arc Engenharia e Agra Incorporadora,
nossos parceiros, pela competência e sucesso alcançados no Projeto
Barraporto, que juntamente com o Projeto Associação, mudarão o
perfil da Barra, os nossos sinceros agradecimentos pelas tratativas até
agora concluídas.
Saudações azulinas.
PROJETO SALVADOR
A primeira vez que se pensou na alienação de uma parte do
patrimônio da Associação, para quitação de débitos acumulados desde
1970, especialmente com o INSS, foi na gestão de Sinval Vieira da Silva
Filho (1988-1990), quando diretores da construtora OAS estiveram em
contatos com dirigentes da Azulina. Participaram inclusive de algumas
reuniões do Conselho Deliberativo, mas não houve nenhum avanço
concreto nas negociações e o assunto foi sepultado.
Um relatório da Diretoria, emitido em 30 de setembro de 2004,
provocou o retorno às discussões sobre a necessidade da venda de parte
do patrimônio do clube para pagamento dos débitos e a construção
de uma nova sede, que atendesse às necessidades do quadro social
e proporcionasse receitas alternativas. Não havia outra opção para a
solução da crise crônica, que tinha chegado a um patamar gravíssimo.
A proposta para o desmembramento e venda de uma parte
do terreno foi aprovada pela unanimidade do Conselho Deliberativo
e, no último fórum, pela Assembleia Geral, por 109 dos presentes,
contra apenas um voto. Em seguida, foi formada uma comissão com
oito associados, integrada por quatro arquitetos, dois engenheiros, um
131
construtor e um advogado, para o recebimento e análise das propostas
das empresas interessadas, conforme edital publicado no jornal A Tarde,
página 17 da edição de 30 de novembro de 2004.
Edital
A Associação Atlética da Bahia torna público que no período
de 01 a 10 de dezembro de 2004, no horário das 9 às 17 horas, estará
recebendo propostas para alienação de uma área de sua propriedade,
medindo aproximadamente 13 mil m², a ser desmembrada da sua sede,
situada na Rua Barão de Itapuã nº 218 - Barra, nesta Capital.
A alienação se dará com o fim de quitar dívidas e permitir a
construção da nova sede, no mesmo local.
As propostas serão analisadas por uma comissão de sócios
proprietários, que dará o parecer sobre a oferta que melhor atender
aos interesses da AAB.
Salvador, 27 de novembro de 2004.
Ademar da Silveira Brito
Presidente
Concorreram oito empresas, saindo vencedor o consórcio
formado pela construtora baiana Arc Engenharia Ltda. com a construtora
paulista Adolpho Lindenberg S. A. (posteriormente substituída pela
Agra Incorporadora), que apresentou proposta com o maior preço, R$
800,00/m², com a obrigação de construir um novo clube a preço de
custo. A oferta representava R$ 10.193.744,00 pelos 12.742,18 m².
Como somente com a Prefeitura a dívida era de R$ 9.500,00,
o que iria sobrar não daria para construir o novo clube, orçado em 5
milhões de reais. Portanto, a nova Associação só poderia ser viabilizada se
houvesse uma substancial redução no valor da dívida com o Município. E
houve, pois caiu para R$ 3.043.880,39, garantindo que o sonho pudesse
ser transformado em realidade.
O valor da venda ficou assim dividido: metade seria destinada
ao pagamento dos débitos e a outra para a construção da nova sede. O
restante, R$ 193 mil, seria destinado à reserva do clube, para o período
em que não teria receita. Ficou também acertado que a Associação
não pegaria em dinheiro. Ela negociava os débitos e autorizava a Arc
Engenharia a efetuar os respectivos pagamentos.
CONCEPÇÃO DO PROJETO
O projeto arquitetônico da nova Associação foi elaborado por um
dos mais conceituados escritórios de arquitetura na Bahia, a Caramelo
132
Arquitetos Associados, com atuação no mercado desde 1970 e com
importantes trabalhos espalhados por todo o Brasil. A empresa tem no
seu comando o arquiteto Antônio Caramelo, portador de importantes
prêmios nacionais e internacionais.
O laureado arquiteto baiano idealizou um complexo
sócioesportivo cultural e comercial dotado de áreas para esportes, lazer,
entretenimento, alimentação e compras. Um dos cuidados do projeto
foi com a criação de espaços para viabilizar a sustentabilidade do clube,
independente das contribuições mensais dos associados. A autonomia
financeira seria assegurada por duas fontes geradoras de recursos:
aluguéis de módulos no próprio clube e de lojas no centro comercial.
Antônio Caramelo concebeu o novo clube com duas alas
conjugadas, formando um único corpo construtivo, mas de circulação
de pessoas e operacionalidade totalmente independentes:
1. A ala do clube tem quatro pavimentos interligados por escadas,
um elevador e um monta-cargas. Foi configurada da seguinte
forma:
Térreo
Estacionamento com 300 vagas, Ginásio Poliesportivo com piso
especial, Bar/Lanchonete do Ginásio, Bicicletário, Telemática e
Sanitários/Vestiários.
Primeiro Andar (nível da rua)
Portaria, Secretaria, Administração, Diretoria, Academia de
Ginástica com 393 m², Piscina com 23x25 metros, Piscina
Infantil, Parque Infantil, Posto Médico, Berçário, Piano Bar, Clube
do Whisky, Bar/Lanchonete, Salão Nobre com 400 m², Salão de
Jogos, Salão de Leitura, Galeria dos Troféus, Sanitários/Vestiários,
Refeitório de Funcionários e Campo de Futebol Soçaite ao ar livre,
com iluminação e grama sintética.
Segundo Andar
Restaurante aberto ao público, Quadras de Tênis 1 e 2 (cobertas),
Bar de Apoio às Quadras, Sanitários e Spa/Sauna.
Terceiro Andar
Quadras de Tênis 3 e 4, cobertas, para uso em qualquer horário,
no inverno e no verão.
2. A ala do centro comercial, num único pavimento, foi projetada
para proporcionar a maior parte da receita, visando à
sustentabilidade do clube, mediante os aluguéis das lojas e dos
133
espaços para um spa e uma casa noturna com capacidade para
3 mil pessoas.
ÚLTIMO EVENTO
A despedida da sede foi com toda pompa e circunstância, à
altura de suas tradições e dos tempos áureos, com a Associação servindo
de palco para uma grandiosa, sofisticada e glamorosa promoção.
De 21 de setembro a 28 de outubro de 2007, o clube abrigou a 13ª
edição da Casa Cor Bahia, uma das principais exposições do Nordeste
em arquitetura, decoração de interiores e paisagismo. É o evento anual
mais aguardado pelos arquitetos, decoradores e fabricantes de móveis e
utilidades para residências.
Os promotores da Casa Cor Bahia 2007 fizeram um alto
investimento para colocar toda a Associação em condições de receber
a mostra famosa, com as novas tendências do mundo dos designers. O
prédio-sede, com 66 anos de construído, foi todo remodelado. Segundo
descrição de Sthepanie Suerdieck, a sua arquitetura estava “marcada com
traços neocoloniais observados nas arcadas, colunas toscanas, beirais,
telhado aparente em quatro águas e frontão curvilíneo compondo o
pórtico do acesso principal”.
E foi nessa atmosfera de construção no estilo neocolonial,
combinada com os equipamentos da área externa, que foram montados
os 45 ambientes idealizados por 62 profissionais, entre arquitetos,
designers e paisagistas dos mais qualificados. Eis alguns dos ambientes
decorados: living, sala de jantar, cozinha, quarto, banheiro, sala de
cinema, bar, adega, varanda, sala de leitura, gabinete de trabalho,
sauna, brinquedoteca, etc.
Durante os 38 dias da exposição, a Casa Cor foi visitada por
milhares de pessoas, que também puderam participar de saraus literários,
de shows artísticos e tomar conhecimento do empreendimento Barra
Porto Condomínio Clube1.
Os antigos associados ficaram extasiados com o esplendor do
que viram na Casa Cor, mas, ao mesmo tempo, tristes ao saber que
o clube seria logo depois totalmente demolido. Lamentaram que isso
1 Empreendimento da Arc Engenharia para ocupar a área dos 12.742,18 m² desmembrados da
Associação. Compunha-se de 180 apartamentos distribuídos por quatro torres e com um clube privativo, dotado de piscinas para adultos e crianças, piscina com bicicletas ergométricas, deck seco e
molhado, bar tropical, espaço gourmet interno e externo, salão de festas, salão de jogos, academia
de ginástica, sauna com descanso, espaço mulher e espaço de conveniência.
134
viesse a ocorrer após a exibição de tamanho luxo e riqueza, com uma
movimentação de pessoas que fizeram a Azulina voltar a brilhar, como
nos velhos tempos de seus melhores dias.
PERÍODO DAS OBRAS
Para permitir que todo o espaço do clube fosse preparado para
o último evento, a Casa Cor Bahia 2007, o escritório administrativo da
Associação foi transferido, em 23 de julho de 2007, para um barracão
na própria área do clube e depois para uma sala no térreo da casa de
número 180 da Rua Barão de Itapuã, esquina com César Zama.
Em janeiro de 2008 foi iniciada a demolição do clube e no
mês seguinte, no dia 19 de fevereiro, foi feito o lançamento da Pedra
Fundamental, que constou da cravação da primeira estaca da fundação
das obras, na presença de diretores e conselheiros da Associação, e
de diretores e engenheiros da Arc Engenharia2. Durante o período das
obras, o quadro de pessoal da Associação ficou restrito a apenas oito
empregados, conforme tabela abaixo.
Para acompanhamento do projeto e fiscalização das obras da nova
sede, foi criada uma comissão integrada pelos seguintes sócios:
1. Aloísio Coelho Messeder, arquiteto.
2. Antônio Carlos Pringsheim Cunha, arquiteto.
3. Benjamim Weinstein, engenheiro e construtor.
2 Para administrar simultaneamente dois empreendimentos, a Arc Engenharia criou duas empresas: a Barra Ville Incorporadora Ltda., para cuidar do Barraporto Condomínio Clube, e a Barão de
Itapoan Incorporadora Ltda., para cuidar da construção da nova Associação Atlética da Bahia.
135
4.
5.
6.
7.
8.
Carlos Maurício Torres, arquiteto.
Edilberto Prado da Silva, construtor.
Fernando de Oliveira Reis, advogado.
Newton Pinto Júnior, engenheiro (até 28.10.2008).
João Carlos Fernandes Campos, arquiteto (até 12.06.2009).
Com a necessidade de algumas adequações ao projeto, por
determinação da Prefeitura, e também pelo descumprimento de
alguns prazos pela construtora, surgiram problemas com os custos do
empreendimento. Em 2009, a construção ficou praticamente paralisada,
com a construtora alegando que faltavam mais 4 milhões para a
conclusão do projeto. A situação ficou tensa, pois havia um contrato
em pleno vigor obrigando a finalização do clube. Mas, a construtora
apresentou planilhas comprovando a lisura na contabilidade dos custos.
No final, acabou prevalecendo o bom senso e a solução foi a
seguinte: a Associação entregou, com autorização da Assembleia Geral,
uma faixa de 2.115,72 m², para a Arc Construtora fazer um novo prédio,
o Barra Exclusive, em troca da conclusão das obras, avaliadas em quatro
milhões de reais. O desmembramento dessa nova área alterou o local
onde ficaria o ginásio poliesportivo.
INAUGURAÇÃO DO NOVO CLUBE
A revista Azulina colocou em evidência, na principal reportagem
da edição de setembro de 2010, importantes aspectos do clube que
seria inaugurado dois meses depois. Eis alguns trechos da matéria:
Surge um novo clube
Depois de muito trabalho e em uma conjugação de esforços de
vários segmentos, será inaugurada a nova sede da Associação Atlética
da Bahia.
Sua estrutura é considerada como uma das mais bonitas e de
formatação evolutiva do país, por ser dotada de um projeto dinâmico e
que servirá como importante meio de aglutinação dos associados, que
passam a contar com um clube mais moderno.
Para a diretoria da Associação, o que tinha sido focado foi
integralmente cumprido. As prioridades englobavam a idéia do
projeto atual ter tudo que o clube tinha anteriormente, mesmo com
algumas coisas em tamanho menor. Mas, com facilidade de utilização
e com a garantia de um número de atrações suficiente para o bom
desenvolvimento das atividades sociais e esportivas.
136
O clube tem hoje uma área maior internamente, com mais
opções de lazer. O que foi feito foi tirar o espaço que havia na horizontal,
colocando-o na vertical. O estacionamento, que antes tinha 60 vagas,
hoje tem 300.
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O acesso ao clube é realizado unicamente através do antigo
portão 49, com espaço ajardinado. Os que chegarem de carro
entrarão pelo estacionamento e os que vierem a pé, passarão pela
entrada principal também belamente decorada com plantas e com arcondicionado.
Foram colocados frisos em granito em torno da secretaria e da
tesouraria. Existe um espaço especial para a Diretoria e o Conselho, além
de ambientes próprios para o gerenciamento de esportes e compras,
para o orçamento, aquisições e para os empregados. O número de
funcionários, inicialmente, estará em torno de 25 pessoas.
--------------
Tudo isso voltado exclusivamente para os sócios. Aliás, o
Conselho deliberou que a projeção de sócios é de 1.500 títulos de
proprietários-contribuintes. Esse número foi estatutariamente limitado.
A partir dessa determinação, só será permitida nova associação aos
filhos de sócios. A AAB tem, no momento, apenas 182 associados no
quadro de contribuintes: 152 são antigos sócios e 30 novos. Vem sendo
deflagrada uma ação para a venda de mais títulos nesse segmento, até
se completar o limite estabelecido.
Quanto aos sócios remidos e remidos juniores, desde 1992,
foi proibida pelo Conselho Deliberativo a venda desses títulos. Desses,
que são 3.803, com endereços atualizados estão 700 sócios, que vêm
pagando as suas anuidades. Para os demais, o clube está fazendo uma
pesquisa visando localizar os endereços para também incorporá-los ao
quadro social.
--------------
Com relação à estética do novo prédio, uma arquiteta e
decoradora, Dora Landeiro, foi contratada para mobiliar e dar ao local
um sentido mais humano de verde, pois são muitas as áreas fechadas
com cimento e espaços com vidros. Ela está responsável pelo paisagismo
e mobiliário da AAB, imprimindo muitos detalhes de arborização para
aumentar o prazer dos associados no atendimento especial, que será
oferecido pelo clube em todos os espaços. E os móveis são exclusivos.
Vale ressaltar que todos os espaços fechados da Associação
Atlética da Bahia são climatizados, oferecendo mais conforto e
diferenciando o clube dos demais. Tem também um recinto especial
para expor os troféus que fazem parte da história da Azulina; um mural
de acordo com o que existia na antiga piscina olímpica; sistema de som
ambiente na parte interna do clube e, para controle e desenvolvimento
laboral, foi instalado um sistema de informática avançado para os
funcionários. Com isso, os associados serão beneficiados.
137
Destaca-se ainda, a implantação de uma sala de leitura de
jornais e revistas. Uma das maiores preocupações no projeto que se
inaugura foi com a estrutura de limpeza e banheiros. Há banheiros
masculinos e femininos acessíveis para deficientes físicos em cada
segmento de todos os pavimentos. Por exemplo, em volta da piscina,
em torno do salão nobre, ao redor do salão de jogos e assim por diante.
Enfim, o clube tem a sua estrutura verticalizada, ampliada,
moderna e humanizada. Um clube voltado para oferecer o melhor aos
seus associados.
A nova Associação Atlética da Bahia foi inaugurada na manhã
de um sábado, dia 27 de novembro de 2010. A solenidade foi simples,
mas num ambiente de grande felicidade, estampada nos semblantes
de todos os associados, principalmente os mais antigos, que ficaram
emocionados com o renascimento da Azulina.
O presidente Ademar da Silveira Brito deu por inaugurado o
clube com um discurso comovente, feito de improviso. Em seguida,
também na base da espontaneidade, fizeram uso da palavra o viceprefeito de Salvador, Edvaldo Pereira de Brito, o desembargador Eduardo
Jorge Mendes de Magalhães, ex-presidente do Conselho Deliberativo e
benemérito da Associação, os vereadores Pedro Godinho e Téo Senna, o
deputado federal Gerson Gabrielli, o presidente do Sindicato dos Clubes
do Estado da Bahia (Sindiclube), Alfredo Vasconcelos, e o presidente do
Conselho Deliberativo da Associação, Valfredo Oliveira Santos.
SESSÃO ESPECIAL NA CÂMARA MUNICIPAL
Pela importância que o renascimento da Associação Atlética
representava, não apenas para os seus associados, mas para a própria
Cidade do Salvador, o vereador Pedro Godinho requereu, e foi aprovada
pela unanimidade dos edis, uma Sessão Especial da Câmara Municipal
de Salvador. Foi realizada no Plenário Cosme de Farias, na noite do dia 2
de dezembro.
Além de Pedro Godinho, que presidiu a Sessão, discursaram os
demais membros que compuseram a mesa dos trabalhos, senhores
Claudelino Miranda, Itaberaba Lyra, Valfredo Oliveira e Ademar da Silveira
Brito. Como convidados especiais do presidente da Sessão Especial,
também discursaram o escritor Ubaldo Marques Porto Filho, historiador
da Associação Atlética da Bahia, o presidente da Central das Entidades
do Rio Vermelho, Clóvis Cavalcanti Bezerril, e o presidente do Sindiclube,
Alfredo Vasconcelos. O evento na casa legislativa foi encerrado com um
coquetel de confraternização servido no pátio externo da Câmara. 138
A seguir, são transcritos os discursos que não foram feitos
de improviso.
Discurso do Vereador Pedro Godinho
Presidente da Sessão Especial da
Câmara Municipal de Salvador
O amor é, sem embargo, o principal sentimento de conquista
e manutenção do sucesso humano em qualquer atividade, seja ela
familiar, social, artística ou também empresarial.
Esta homenagem à reinauguração da Associação Atlética da
Bahia é, acima de tudo, um tributo ao árduo e exemplar trabalho do
eminente amigo Ademar da Silveira Brito e de sua equipe de dirigentes
– símbolo perpétuo do amor à Azulina.
Bem sei de épocas áureas dos clubes sociais desta cidade,
notadamente da Associação Atlética e do Bahiano de Tênis. O
apogeu desses clubes deveu-se aos seus famosos bailes carnavalescos
e, também, às suas renhidas competições desportivas. Obtiveram
êxitos espetaculares, com grande quantidade de troféus e medalhas
conquistados, que propiciaram a vários atletas contratos em
agremiações profissionais.
Infelizmente, o tempo foi impiedoso na perda daqueles
testemunhos de conquistas, a exemplo de fotografias de atletas
triunfantes até em competições nacionais, de jovens fantasiados em
carnavais inesquecíveis ou, ainda, de casais vestidos a rigor dançando
em seus amplos salões de festas. Apenas alguns poucos desses
saudosos tesouros foram salvos, felizmente, para nos deleitar com
aqueles tempos imorredouros.
Todavia, com o passar dos anos, apareceram os trios elétricos
responsáveis pela substituição dos foliões de salões de clube por
carnavalescos de cordões de rua. Com a proliferação desses trios, os
clubes predominantemente carnavalescos foram desaparecendo, como
o Cruz Vermelha, Fantoches da Euterpe e Inocentes em Progresso,
e enfraquecendo economicamente os chamados clubes grandes: a
Associação e o Bahiano. O Yacht Clube não sofreu muito, em vista
de sua fonte de receita concentrar-se no setor náutico e na famosa
culinária de seu privilegiado restaurante com vista deslumbrante para
a Baía de Todos os Santos.
Aliadas a esses fatores surgiram, com força colossal, as
acumulativas dívidas com impostos e questões trabalhistas. É fato
inconteste que diretorias desses clubes lutaram tenazmente em busca
do equilíbrio de suas finanças. Pena que alguns não foram capazes de
suportar constantes situações tão vexatórias, acabando por sucumbir
após largos períodos de angústia.
Mérito enaltecedor, no entanto, deve-se creditar àqueles
associados que tiveram a luminosa idéia de vender parte da área da
139
Associação a uma empresa construtora que assumisse o compromisso
de construir uma nova sede social. Esse plano foi logo posto em prática
por seu lúcido presidente Ademar, pelo seu Conselho Deliberativo e,
finalmente, pela Assembléia Geral, os quais trabalharam intensamente
pelo reaparecimento da Azulina, com estrutura econômica capaz de se
manter sem sobressaltos e, ainda, servir de exemplo para outros clubes
que se encontrem em situação semelhante.
Para atingir essa posição atual, tiveram as administrações
presididas por Ademar de vencer óbices até mesmo tidos como
intransponíveis por vários associados, ao imaginarem que essa
possibilidade jamais fosse alcançada. Entretanto, o destemor perspicaz,
hercúleo imposto pelo presidente, como um verdadeiro remédio
controlado, de uso contínuo – chamado Amor – pôde salvar da
extinção um bem histórico monumental do patrimônio social, cultural
e desportivo de nosso estado.
Daí, ter toda a Bahia o reconhecimento ao labor incessante
empreendido, com sucesso, pelo incansável presidente Ademar Brito,
pelo presidente do Conselho Deliberativo, Valfredo Oliveira, pelos
diretores, pelos conselheiros e também pelos dedicados funcionários:
Eliraldo Cristo Bomfim, Eliane Silva de Jesus, Aurenice dos Santos
Andrade, Carlos dos Reis Bispo Gomes, Renê da Silva Cavalcante,
Antônio Carlos Melo Calmon, José Bispo Maurício, Wanderley Costa
de Brito, Wellington Villas Boas Fernandes, Cláudia Brito Costa e Maria
Vandelucia Oliveira Patrocínio.
Além desses, devemos distinguir aqueles abnegados associados
que durante longos anos responderam aos reclamos financeiros do
clube, mormente os sócios remidos, os quais, mesmo vivenciando
constantes mudanças em barracões pequenos e empoeirados, onde
se distraiam jogando sinuca em apenas duas mesas, tornaram-se os
responsáveis pela não paralisação total das atividades esportivas do
nosso clube. Digo nosso, por muito me honrar com o título de Sócio
Honorário, benevolentemente concedido por amigos, mais por amizade
do que por merecimento.
Vale ressaltar que a força do amor de Ademar pela Associação
sempre foi redobrada pela dedicação de sua estimada esposa, Dona
Marlene, sempre participando ativamente dos instantes delicados do
clube, inclusive durante as reuniões de Diretoria ocorridas em sua
residência, quando, no final, servia aos presentes deliciosos salgadinhos
e refrigerantes.
Como a participação feminina foi fundamental ao ressurgimento
da Associação, quero, neste momento, homenageá-las citando, ao lado
da primeira-dama, Dona Marlene, algumas mulheres merecedoras de
nossos aplausos, tais como as diretoras Lúcia Meirelles e Dilce Behrens,
as atletas Patrícia Medrado e Tânia Meirelles.
Finalmente, não poderia me omitir a respeito do imponente
trabalho arquitetônico idealizado e elaborado pelo meu amigo, o
talentoso arquiteto Antônio Caramelo, autêntico artista do concreto
140
modernista de nosso País. Ele mesmo, numa recente entrevista à revista
“Premium” (Ano 2, n.º 8, páginas 56 a 61), confessa: “.... sinto como
se estivesse começando hoje. Choro, fico alegre e às vezes não consigo
comer em função do sentimento por aquilo que faço”; mais adiante,
revelando grande amor por sua Bahia, ele afirma “enriquecer a paisagem
de Salvador com empreendimentos de alta tecnologia e excelência de
qualidade só semelhantes aos das cidades mais avançadas do mundo”.
Em momento de límpido sentimento de amor, ele sintetiza: “Eu tentei
trazer para a atualidade um projeto que pudesse surpreender e também
emocionar, juntando qualidade e funcionalidade”.
Realmente seus projetos são suntuosos e contemplativos de
tal magnitude que o consagraram nacional e internacionalmente, a
ponto de haver vencido recentemente três prestigiosos concursos
de arquitetura, em Londres. Caramelo, você conseguiu a todos
“surpreender e emocionar” a tal ponto de eu ter a audácia – da qual
peço vênia – de proferir, surpreso comigo mesmo, o seguinte impulso
emocional:
Enfim pousou no Porto da Barra, esbelta
Como uma gigantesca espacial asa-delta,
Nossa nova Associação Atlética da Bahia.
Abençoada por Deus, radiante de alegria,
Deixando um passado de aflições e dor
Trazendo um porvir de felicidade e amor.
Parabéns Presidente Ademar Brito, membros dos Conselhos
Deliberativo e Fiscal, associados e funcionários da Associação Atlética
da Bahia.
Discurso de Ubaldo Marques Porto Filho
Autor do livro, em andamento,
“História da Associação Atlética da Bahia”
Em primeiro lugar, parabenizo o vereador Pedro Godinho,
autor do requerimento para a convocação desta Sessão Especial da
Câmara Municipal de Salvador, com a única finalidade de homenagear
a Associação Atlética da Bahia, que acaba de inaugurar um novo e
monumental complexo sócio-esportivo-cultural.
Por escolha da sua Diretoria, coube a mim a honrosa missão
de escrever um livro contendo a trajetória dos 96 anos deste querido
clube. Tudo começou em 4 de outubro de 1914, dia de São Francisco de
Assis, o santo de plantão no dia do nascimento da Associação Atlética
da Bahia.
Deve-se o surgimento da Associação a um pequeno grupo de 10
fundadores, todos pobres, na maioria jovens comerciários. Isso mesmo,
a Associação foi fundada para agregar trabalhadores no comércio em
torno de jogos esportivos, especialmente o futebol.
141
O livro, que se encontra em fase de elaboração, foi dividido em
quatro capítulos, que abrangem períodos distintos e bem marcantes
na história da Azulina, expressão que a Associação ganhou em 1921,
quando o vermelho e branco da fundação foi substituído pelo azul e
branco e o time de futebol passou a usar uma camisa inteiramente na
cor azul.
O primeiro capítulo da história da Associação vai de 1914
até 1929, ano em que a Azulina se retirou do campeonato baiano de
futebol, após tê-lo disputado por dez vezes, a partir de 1919, tendo
obtido dois quintos lugares, um quarto lugar, um terceiro lugar,
cinco vice-campeonatos e um título de campeão. Deixou as disputas
do campeonato na condição de terceira força do nosso futebol, logo
abaixo do Ypiranga e do Botafogo.
A conquista do campeonato foi em 1924. E na equipe campeã
jogava Alfredo Pereira de Mello, o Mica, o primeiro grande astro do
futebol baiano, que se notabilizou por ser o primeiro baiano a vestir a
camisa da seleção brasileira, sendo titular em todos os jogos que o Brasil
disputou em 1923, todos fora do nosso país, pois foram realizados no
Uruguai, pelo Campeonato Sul Americano, e na Argentina, pela Taça
Brasil-Argentina e pela Copa Roca. O Grande Mica, como era chamado,
constituiu-se no mais famoso jogador que vestiu a camisa da Associação
Atlética da Bahia.
O segundo capítulo da história da Azulina abrange um período
de 54 anos, de 1930 a 1984, período em que a Associação viveu
suas maiores glórias, como clube social da elite baiana, promovendo
grandiosas festas dançantes e bailes carnavalescos que entraram para
a história dos carnavais baianos.
No início da década de 1950, costumava circular pelas
dependências da Azulina uma adolescente de rara beleza, filha de
um conceituado engenheiro e professor. Chamava-se Martha Rocha,
que em 1954, num intervalo de 69 dias, obteve três importantes
títulos: Miss Bahia, Miss Brasil e segundo lugar no Miss Universo, este
último conquistado em Long Beach, Estados Unidos. Em seu retorno a
Salvador, famosa nacional e internacionalmente, a Associação Atlética
a homenageou com um baile dançante na noite de 3 de novembro de
1954.
O segundo capítulo do livro trata também das inúmeras
competições esportivas amadoras, no tênis, vôlei, basquete, futebol,
futsal, natação e artes marciais, dentre outras modalidades. Com suas
escolinhas esportivas, a Associação transformou-se numa verdadeira
fábrica reveladora de talentos e campeões. Apenas para citar um
exemplo, foi da Associação que saiu Patrícia Medrado, a maior tenista
brasileira depois do fenômeno Maria Esther Bueno.
O terceiro capítulo da história do querido clube da Barra,
compreende o período do declínio e das dificuldades provocadas pelas
mudanças de hábitos dos brasileiros e também por vícios enraizados no
sistema de administração dos clubes sociais.
142
Os novos hábitos, que mudaram antigos conceitos de
entretenimentos e moradia, atingiram em cheio os clubes tradicionais.
Por exemplo, o surgimento dos condomínios, disponibilizando
equipamentos e serviços até então privativos dos clubes sociais,
provocaram a redução na freqüência dos associados. E como
conseqüência natural, a maioria dos clubes brasileiros foi severamente
atingida. Os que tinham se agigantado, que possuíam elevados custos
fixos mensais de manutenção e que dependiam primordialmente
da arrecadação das contribuições dos associados, foram sendo
paulatinamente sufocados.
Com a queda irreversível na receita que era proporcionada
pelos associados, dezenas dos grandes clubes, das principais cidades
brasileiras, perderam o glamour, endividaram-se e acabaram fechando
as portas. E a Associação Atlética da Bahia também esteve na iminência
de ter o mesmo fim. Algumas pessoas chegaram inclusive a preconizar
que somente um milagre salvaria a Associação do atoleiro de dívidas.
Começa então o quarto capítulo do nosso livro, com a luta
titânica de Ademar da Silveira Brito e sua equipe de assistentes,
que iniciaram os procedimentos para a salvação da Associação. E o
caminho para a retirada da Azulina da dramática situação, passou,
necessariamente, por um tratamento de choque, ou seja, pela
demolição de toda a estrutura física do antigo clube. Em seu lugar, um
novo clube foi erguido, projetado e construído de acordo com a nova
realidade para os clubes sociais, esportivos e culturais, conciliando
entretenimento com atividades comerciais e de serviços, para poder
garantir a auto-sustentabilidade e eliminar o fantasma da mortal
inadimplência dos associados.
E hoje estamos, todos nós, aqui, neste plenário histórico,
reunidos para celebrar e dar as boas-vindas à nova Associação Atlética
da Bahia, que foi inaugurada sábado passado, 27 de novembro de
2010, dia de São Virgílio, o santo de plantão no final do milagre do
renascimento da Associação Atlética da Bahia.
Com o renascimento de suas atividades sociais, esportivas
e culturais, a Associação constituir-se-á, com certeza, em mais um
instrumento para contribuição das ações que visam afastar os jovens
das tentações das drogas que infelicitam uma parcela da juventude
brasileira.
Enfim, estão de parabéns todos os diretores, os membros da
Comissão Fiscal, do Conselho Deliberativo e da Comissão de Obras.
E, em especial, devemos, todos nós, reverenciar o trabalho incansável
do Presidente Ademar da Silveira Brito, o grande comandante do
renascimento da Associação Atlética da Bahia, para o qual solicito uma
salva de palmas.
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Discurso de Clóvis Cavalcanti Bezerril
Presidente da
Central das Entidades do Rio Vermelho
O bairro do Rio Vermelho irmana-se às manifestações de
regozijo pela inauguração, no dia 27 do mês passado, da nova sede da
Associação Atlética da Bahia, que se repaginou para dar continuidade
às suas relevantes atividades sociais, esportivas e culturais.
Por esse memorável acontecimento, a Central das Entidades
do Rio Vermelho, parabeniza os associados, conselheiros e diretores
da Associação Atlética, clube que possui ligações históricas com o
nosso bairro. Por tradição, a Azulina sempre teve entre seus associados
inúmeros e importantes moradores do Rio Vermelho.
E nesse momento histórico, não poderíamos deixar de
parabenizar o Presidente Ademar da Silveira Brito, que comandou com
eficiência exemplar a construção da nova Associação Atlética da Bahia,
que volta a ser uma referência para o bairro da Barra e a própria Cidade
do Salvador, onde, inclusive, se insere como o melhor clube social da
capital baiana.
Graças à competência de Ademar e de toda a sua briosa equipe
de abnegados, a Associação Atlética ressurgiu, aos 96 anos, com uma
roupagem jovem, para enfrentar os desafios impostos pelo século XXI
e poder promover, com brilhantismo, as festividades do seu centenário
de fundação, que transcorrerá em outubro de 2014.
Por fim, deixo também consignados os parabéns ao vereador
Pedro Godinho, pela iniciativa da convocação de uma Sessão Especial
da Câmara Municipal de Salvador, a primeira que se realiza na mais
antiga casa legislativa do Brasil em homenagem a um clube social. E
essa primazia coube, por justo merecimento, à Associação Atlética da
Bahia.
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145
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TESTEMUNHO DO PRESIDENTE DO SINDICLUBE
O Sindicato dos Clubes do Estado da Bahia (Sindiclube),
reconhecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, é a representação
da classe patronal dos clubes sociais, esportivos, classistas, culturais,
carnavalescos, recreativos e ou congêneres, amador ou profissional da
Bahia. Seu presidente, Alfredo Vasconcelos, escreveu o artigo abaixo, em
que sintetizou os dois discursos feitos de improviso na inauguração da
nova Associação e na Sessão Especial da Câmara Municipal de Salvador.
A crise nos clubes sociais
Depois de tantas histórias de sucesso e de glamour que os
nossos clubes viveram e que milhares de pessoas testemunharam a fase
de sucesso e desenvolvimento na década de 1980 começa a fase de
insucessos das instituições clubísticas, marcadas por capítulos distintos.
É como se fosse, por exemplo, a trajetória de vida do ser humano,
que nasce, cresce com saúde e progressos constantes e atinge sua
maturidade em plena forma e conquista de glórias. Um dia este ser
humano começa a ser atingido por pequenas enfermidades, que vão
pouco a pouco minando sua resistência e reduzindo as suas forças e a
sua capacidade de reverter o quadro, que vai se agravando a cada dia.
Com o passar dos anos, deixa de ser lenta a progressão das doenças
e enfermidades e o quadro de decadência fica cada vez mais evidente
e feroz. Foi assim que aconteceu com a maioria dos clubes sociais de
nossa cidade.
Não podemos falar da “crise” dos clubes sociais de Salvador
sem antes citar as doenças ou enfermidades que deram origem a
todo o processo. Vejamos: quantas grandes empresas, instituições e
grupos econômicos sucumbiram nos últimos cinquenta anos? Quantos
exemplos podemos citar de casos de verdadeiros impérios que ruíram
e que se tornaram decadentes da noite para o dia? Com os clubes não
foi diferente e, exatamente partindo desses exemplos, é que posso dar
o meu depoimento com base em registros de fatos ocorridos.
Mudança de comportamento
Como nas grandes empresas, os dirigentes dos clubes
acostumaram-se a conviver com o sucesso e acomodaram-se na certeza
de que a fase de “galinha dos ovos de ouro” nunca acabaria e esqueceram
de cuidar da saúde dos clubes, que aos poucos foi sendo minada com
a cruel doença chamada hoje de: mudança comportamental das novas
gerações. A gravidade da situação e os fatos que deram origem à crise
que afetou os tradicionais clubes de direito privado de nossa cidade,
mudou todo o quadro de uma forma avassaladora.
147
Houve uma acomodação por parte dos dirigentes, que
acreditavam na máxima de que “em time que está ganhando não se
mexe”. Este pensamento e a filosofia de que antes deu certo, aliados à
falta de criatividade e de visão para novos tempos, foram fatores cruéis
com as gestões dos clubes sociais.
Herança de costumes caseiros
Os dirigentes dos clubes herdaram atitudes comportamentais
conhecidas como “jeitinho brasileiro” e, ao longo dos anos, “tamparam
o sol com a peneira”. Os tempos mudaram e o conceito de vida da
sociedade e as modificações deram lugar ao profissionalismo. Os clubes
que tinham em sua totalidade dirigentes abnegados e bem sucedidos
na vida profissional, nos mais diversos ramos de atividades, exerciam
influência em diversos setores econômicos e políticos de nossa cidade,
e não perceberam as mudanças que estavam ocorrendo com as novas
gerações de associados. Os clubes tradicionais eram frequentados por
políticos e pessoas públicas com forte influência nos mais diversos
segmentos e, funcionavam como “quebra galho”. Essa junção de
pessoas com interesses comuns, acabava por encontrar soluções para
os problemas dos clubes de forma paliativa e com isto as doenças eram
combatidas de forma enganosa, sem um diagnóstico objetivo e uma
análise correta das verdadeiras causas. Essas soluções encontradas
eram tantas, que posso citar como exemplo os conhecidos “Decretos
Municipais”, publicados por prefeitos de nossa cidade, que davam
isenção de impostos para alguns clubes, e seus dirigentes levavam a
vida inteira sem nada pagarem, certos de que a situação não mudaria
jamais. Poderia citar mais dezenas de casos como esse e outros.
Esvaziamento dos clubes e decadência
As mudanças ocorridas em nossa cidade afetaram todos
os conceitos de vida das novas gerações de nossa sociedade. Novos
tempos, mudança de hábito e de comportamento da juventude davam
sinais evidentes de que o conceito de clubes sociais deveria acompanhar
os novos apelos das novas gerações, e nada foi feito.
Como que num passe de mágica, tudo que tinha sido aplicado
nas gestões administrativas do passado, e que deu certo, pois levou os
grandes clubes, e até mesmo aqueles menores, ao caminho do sucesso,
acabou. De uma hora para outra foram afetados de uma forma tão
implacável, que nada mais dava certo. Todas as experiências de vida
dos dirigentes e os modelos administrativos pareciam congelados pelo
tempo. O que antes era motivo de sucesso passou a ter resultados
com consequências desastrosas. Não adianta buscar culpados; como
já citei, tudo não passou de um conjunto de fatores que, ao longo dos
anos, minaram a saúde dos clubes e que não foram levados a sério e
com competência, para serem corrigidos.
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Iniciou-se a fase de esvaziamento dos clubes sociais de nossa
cidade. Os clubes passaram a conviver com as inadimplências, e uma
série de fatos negativos surge de uma só vez, desgastando a imagem
dos clubes sociais, que passaram a ser notícias de fatos negativos.
Entre eles estão: execuções fiscais, penhoras por dívidas trabalhistas e
fiscais, interdição pela saúde pública, pela Sucom, leilões, entre outros.
Cada manchete de jornal afastava ainda mais os associados dos clubes,
provocando o esvaziamento e agravando ainda mais o quadro.
Com dívidas, com um quadro de sócios reduzido e envelhecido,
e na grande maioria remidos, não podendo mais contar com os “amigos”
influentes, a decadência instala-se nos clubes. As sedes, desgastadas
pelo tempo e já sem atrativos, começaram a perder espaço para o
surgimento das concorrências.
Como se não bastassem esses diversos fatores, a galope vieram
também as cobranças de impostos, antes mascarados pelos decretos
sem base constitucional legal e as leis ambientais regulamentando a
poluição sonora, proibindo assim a realização de grandes eventos.
Passaram a acontecer fiscalizações de todos os tipos, com os autos
de infração que, antes eram tornados sem efeito com um simples
telefonema para os amigos.
Cheios de doenças sem tratamento, dívidas se acumulando,
execuções fiscais, reclamações trabalhistas e sem o associado, os clubes
já demonstravam sinais de fragilidade quando a juventude afastouse dos clubes. O afastamento dos jovens deu-se com a evolução das
escolas particulares. Antes o esporte era forte nos clubes e, de repente,
melhores escolas passaram a oferecer uma estrutura superior e com
ar de modernidade para a juventude. Novos equipamentos, bolsas
de estudos para os melhores atletas e centenas de novas motivações.
As famílias sofreram profundas influências, tanto de forma positiva,
como negativa, em decorrência das transformações econômicas.
Quem melhorou de vida buscou outros espaços, e quem perdeu poder
econômico afastou-se dos clubes sociais.
Terceirizações
Já vivendo precariamente com a receita de poucos pagantes
e sendo frequentado por sócios remidos, os clubes buscam soluções
para os problemas, terceirizando diversos setores e entregando seus
espaços, tendo como reflexo a perda de identidade. O que parecia
uma solução transformou-se em problema. A maioria dos terceirizados
chegaram aos clubes e passaram a explorar espaços sem o menor
comprometimento com o quadro social, que já estava descrente e
desgastado. O associado passa a ver o clube como um meio de negócio
para os empresários e que em muitos casos estavam ligados aos
diretores dos clubes, evidenciando a falta de transparência. Juntamente
com a terceirização havia os antigos funcionários efetivos dos clubes,
com salários baixos e atrasados, sem nenhuma motivação, e vivendo de
149
vales semanais. A busca de receita alternativa obrigou os dirigentes a
alugarem seus espaços para eventos. No princípio deu certo, mas como
estes espaços apresentavam sinais de abandono e decadência, logo os
especialistas em eventos montaram seus estabelecimentos e levaram
seus clientes para fora dos clubes.
Chamo atenção de todos para observarem as causas e os
efeitos de uma doença que não foi tratada com cuidado nos primeiros
sinais.
O carnaval sai do clube e vai para as ruas
Com todos os males evoluindo, ainda restava nos clubes
a tradição dos carnavais. Os sócios passavam o ano afastado e no
carnaval pagavam seus débitos e participavam dos tradicionais bailes,
já carinhosamente retratados e cantados em versos e prosas.
Finalmente veio o golpe fatal. O carnaval saiu dos salões
tradicionais dos clubes sociais e invadiram as ruas e avenidas de nossa
cidade, e hoje sabemos que é uma das maiores indústrias do nosso
estado e de nosso país. Interessante é que, pessoas que definitivamente
levaram o carnaval para fora dos muros dos clubes sociais, nasceram
e se criaram nos carnavais de clubes. Muitos começaram sua vida
empresarial carnavalesca “explorando” os clubes sociais.
Não é correto afirmar que os clubes entraram em decadência
pelo fato da cidade ter crescido e devido aos novos empreendimentos
imobiliários serem construídos com estrutura de clubes. Isso é uma
forma de continuar a “tampar o sol com a peneira” e de amenizar
os efeitos da acomodação, além de não querer reconhecer que houve
falha de gestão e falta de uma visão futurista quando os clubes
estavam em boa situação. Em várias cidades e capitais brasileiras, os
clubes sociais bem administrados, convivem lado a lado com o que há
de mais moderno em termo de condomínios residenciais e nem por
isso perderam seus espaços ou seus associados. Reconhecemos tratarse de uma forte concorrência, como são as nossas praias, as casas de
eventos, casas de espetáculos espalhadas pela cidade, entre tantas
outras concorrentes.
Discordo quando alguns especialistas apontam como causa da
decadência dos clubes, a elitização e consequente exclusão de grupos
e pessoas. O mundo será sempre ocupado por pessoas que buscam
seus iguais e, ao assumirem esse comportamento, elas se afastam dos
demais, com os quais não se identificam pelos mais diferentes motivos.
Os jovens costumam denominar seus grupos como “tribos”.
A vida é feita de ciclos, e é nisso que acredito. As gerações
estão em constantes mudanças e conflitos. Os paradigmas estão aí
para serem quebrados. Muito do que foi bom para os nossos avós e
para nossos pais, já não é bom para nós e não serve para nossos filhos.
150
Nova Associação
No momento mais forte da crise dos clubes sociais, o Presidente
Ademar da Silveira Brito soube usar sua experiência e teve coragem
para aceitar novos desafios. Demonstrando capacidade, fez a tão
querida Associação Atlética ressurgir das cinzas e uma nova Azulina
foi erguida no coração da Barra, marcando seu território com moderno
projeto arquitetônico.
A nova Associação, com uma bela história de vida, marca
uma nova fase no conceito de clubes sociais do nosso estado. A
importância da Associação para a vida social de nossa cidade é por
demais significativa e será motivo de incentivo para os demais clubes.
O esporte ganha um presente da melhor qualidade e logo a juventude
voltará, motivada e orgulhosa, ao seu clube. Um espaço para formação
de atletas e para receber os antigos desportistas, que estavam sentindo
falta de um espaço com novos e modernos equipamentos, chega em
boa hora, e exatamente no momento em que os baianos vivem e
respiram a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos.
A minha humilde participação nessa obra que registra a vida da
Azulina fundamenta-se na experiência vivida dentro dos clubes sociais
nos últimos trinta anos, quer seja como Presidente do Clube Campomar,
Presidente de Federações, Diretor de Confederações Esportivas, e
Presidente do Sindicato dos Clubes do Estado da Bahia (Sindiclube).
É um depoimento de experiências vividas nos bastidores dos clubes
baianos e de outros estados. Fiz questão de policiar-me ao máximo
para não apresentar dados estatísticos e para não fazer citações por
questão de coerência e respeito a todos os dirigentes de clubes, que
na sua grande maioria já receberam seus clubes contaminados e lutam
para mudar esse quadro.
Ao contrário de alguns pessimistas eternamente de plantão,
reafirmo que acredito no ressurgimento dos clubes sociais que
sobreviverem à crise, que já esteve mais grave, devendo sim haver
profissionalismo, administração participativa de ideias e trabalho, e
sendo exterminados todos os vícios que levaram os clubes sociais a se
apequenarem. Acredito na importância dos clubes sociais, não somente
os mais tradicionais, como os menores, nos bairros e comunidades mais
humildes. Os dirigentes devem ter competência para implantar modelos
administrativos capazes de atrair para seus clubes, investidores com
receitas alternativas que possam congregar seus associados e serem
capazes de formalizar projetos de contrapartida para os poderes
constituídos em troca de benefícios coerentes com seus objetivos e
finalidade, de uma forma harmoniosa e transparente, visando aos
anseios de toda a sociedade.
Nova postura e profissionalismo
Chega de pedir favores e andar pelos corredores dos políticos
151
com o pires na mão. Essa postura deve ser extirpada e substituída
pelo profissionalismo, sabendo utilizar as Leis de Incentivos Fiscais e
os Projetos de boa qualidade que os clubes devem encaminhar para o
Ministério dos Esportes que destina verba para o segmento clubístico.
Atingiremos nossos objetivos e seremos vistos pelos políticos amigos
de uma forma mais respeitosa, se mostrarmos competência e lisura na
administração dos nossos clubes.
É claro que não podemos fazer omeletes sem quebrar os ovos.
Os associados que ainda restam, devem se desligar do saudosismo e
entender que os atuais Dirigentes dos Clubes sobreviventes devem
ser empreendedores de responsabilidade. Sendo assim, com total
transparência, os dirigentes devem assumir uma postura de coragem,
respaldados pelas Assembleias Gerais e pelos Conselheiros, tomando
atitudes que venham garantir a revitalização dos seus clubes da melhor
maneira possível, com novos conceitos, tomando como exemplo o que
foi feito pelo Presidente Ademar da Silveira Brito na Associação Atlética
da Bahia.
Alfredo Vasconcelos
Presidente do Sindiclube
DIRIGENTES DO RENASCIMENTO
DIRETORIA COM MANDATO ATÉ 2012
Presidente
Ademar da Silveira Brito
Vice-Presidente Administrativo e Financeiro
Boris B. F. Pessoa
Diretor Administrativo
Antônio Heider Lago Bomfim
Diretor Financeiro
Antônio Cruz Moreira Alves
Diretor de Contabilidade
Daniz César de Souza
Diretor de Marketing
Roberto Carrilho da Silva
Diretor de Tecnologia da Informação
Luiz Henrique Behrens
Vice-Presidente Social
Adilson Lima Ramos
Diretor Social
Maria de Fátima Garrido Ruas Gaspar Pedreira
Diretor Médico
Rosalvo Coelho Neto
152
Diretor de Relações Públicas
Geraldo Rabelo de Brito Filho
Vice-Presidente de Esportes
Jorge Machado de Pinho
Diretoria de Futebol
Edésio da Silva Góes
Ney Souza Gavazza
Diretor de Basquete
Ronaldo Junqueira Rohrs
Diretor de Voleibol
Roberto Conceição Marcelino
Diretor de Esportes Aquáticos
Leonardo Caldas Scardua
Diretor de Jogos e Esportes de Salão
Luiz Henrique Portela Brim
Diretor de Artes Marciais
Virgílio José Rios Leiro
Diretoria de Tênis
Edilberto Prado da Silva
Emerson Ferreira Mangabeira
José Nogueira Elpídio
Luiz Alberto Menezes Sampaio
Diretor de Esportes Olímpicos
Cláudio Miranda de Carvalho
Vice-Presidente Patrimonial e Diretor de Atividades Culturais
Carlos Maurício Torres
Diretoria de Obras
Marcos Antônio Pinto Guerra
Sérgio Passarinho Soares Dias
Diretor de Sede
Aloísio Coelho Messeder
Vice-Presidente Jurídico
Edvaldo Pereira de Brito
Diretoria Jurídica
Paulo Eduardo Caldas Rosa
Clínio Mayrinck M. de Andrade Neto
Gustavo Alvarenga Miranda
Diretor Secretário
Gilberto Francisco Teixeira Villela
Assessores da Diretoria
Lúcia Maria Rebouças Meirelles
Tarcísio Alves Torres
153
COMISSÃO FISCAL
Dilce Maria da Silva Behrens (Presidente)
Theócrito Baptista
Nilo Malafaia
Jorcelino Tavares Bastos
Álvaro de Souza Filho
Ivan Perazzo Freitas
Moacir Pinto de Andrade
Gildo Raimundo Lopes
MESA DIRETORA DO CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente
Valfredo Oliveira Santos
Vice-Presidente
Raimundo Lisboa
1º Secretário
Miguel Falcão da Silva
MEMBROS DO CONSELHO DELIBERATIVO
Conselheiros Natos
Ademar da Silveira Brito
Alberto Florêncio da Silva
Jorge Diniz Gonçalves Beltrão
Conselheiro com Mandato 2009-2012
Adri Viana Lago
Antônio Cruz Moreira Alves
Aurélio Pires
Carlos Maurício Torres
Claudio Bomfim Machado
Claudio Manoel Lima Sampaio
Clóvis Oliveira Mota
Dilce Maria da Silva Behrens
Edgar Viana Filho
Edilberto Prado da Silva
Evandro de Carvalho Guedes Filho
Fernando de Oliveira Reis
Helvécio Ribeiro Meira
Joaquim Ribeiro Ruas Gaspar
Jorcelino Tavares Bastos
154
Jorge Machado de Pinho
Lúcia Maria Rebouças Meirelles
Luiz Henrique Portela Brim
Murilo Moreira Barreto
Nilo Malafaia
Ronaldo Junqueira Rohrs
Rosalvo Coelho Neto
Theócrito Baptista
Conselheiros com Mandato 2010-2013
Adilson Lima Ramos
Antônio Carlos Lopes Pontes
Antônio Pinheiro Monteiro
Augusto César Rios Leiro
Aurelino Damasceno Passos
Aylton Walter do Nascimento
Benadir Hunter
Carlos Alberto de Carvalho Lima
Carlos Alberto Pedreira Bamberg
Cláudio Miranda de Carvalho
Edgard Andrade Behrens
Heráclito Gomes de Moura
Jaime Simas Kraychete
José de Araújo
Leonardo Caldas Scardua
Luís Eugênio Carvalho Lavigne
Marcos Antônio Pinto Guerra
Mário Carlos Lago Bomfim
Maurício Silvestre de Farias
Miguel Falcão da Silva
Newton Vieira Mendes
Odair de Jesus Conceição
Tarcísio Alves Torres
Teruo Mitani
Conselheiros com Mandato 2011-2014
Abimael Oliveira
Adilson Mendes Rodrigues
Alan Azevedo Brito
Álvaro de Souza Filho
Amin Jamil
Ana Marta Drumond Bittencourt
Anderson Azevedo Brito
155
Antônio Carlos Oliveira Lago
Antônio Heider Lago Bomfim
Boris B. F. Pessoa
César Augusto Oliveira dos Santos
Esperidião dos Santos Araújo
Gildo Raimundo Lopes
Gilvan Figueiredo Galvão
Ivan Perazzo Freitas
José Luís Galvão P. Bomfim
Luciano Oliveira dos Santos
Mário Américo Bonfim Brito
Ney Souza Gavazza
Paulo Eduardo Caldas Rosa
Raimundo Lisboa
Sérgio Ribeiro Bastos
Sérgio Ricardo Oliveira dos Santos
Virgílio José Rios Leiro
BENEMÉRITOS
Ademar da Silveira Brito
Carlos Ricardo Gaban
Eduardo Jorge Mendes de Magalhães
Eduardo Prisco Paraíso
Edvaldo Pereira de Brito
Edvaldo Pereira de Brito Filho
Gerson Gabrielli
Valfredo Oliveira Santos
SÓCIOS HONORÁRIOS
Antônio Caramelo Vasques
Claudelino Monteiro da Silva Miranda
Gaspar Sadoc da Natividade
Pedro Luiz da Silva Godinho
HOMENAGENS ESPECIAIS
Em reconhecimento ao bem-sucedido trabalho liderado pelo
construtor do novo clube, o Conselho Deliberativo, presidido pelo
advogado Valfredo Oliveira, aprovou a moção do conselheiro Luiz
Henrique Portela Brim, propondo que a sede da Associação Atlética
da Bahia fosse oficializada como Complexo Sócio Cultural e Esportivo
156
Presidente Ademar da Silveira Brito.
Ratificando tributos a dois presidentes de saudosa memória, o
novo ginásio recebeu o nome de Ginásio Nilton Silva, e o salão nobre foi
batizado como Salão Nobre Ministro Carlos Coqueijo Costa. As demais
homenagens foram consignadas da seguinte forma: Campo de Futebol
Soçaite Roberto Rebouças, Salão de Jogos Boris Pessoa e Salão de Jogos
Infantis Luiz Brim.
Com as quadras de tênis teve-se o mesmo procedimento,
de também homenagear pessoas que muito colaboraram para o
desenvolvimento desse esporte na Associação. Eis os batismos: A Quadra
1 chama-se Patrícia Medrado; a Quadra 2 tem o nome de Pedro Silva; a
Quadra 3 recebeu a designação Evaldo Silva e a Quadra 4 a toponímia
Lúcia Meirelles.
CONSELHO SUPERIOR INTERCLUBES
No dia 5 de janeiro de 2011, no blog (blogdenelsonrocha.
blogspot.com) do conceituado jornalista Nelson Rocha, foi postada a
notícia abaixo:
AAB na seleta lista do Conselho Superior Interclubes
Em uma nova fase, alcançada através de sua mudança estrutural
e financeira, a Associação Atlética da Bahia – AAB acaba de alcançar a
colocação de 30º clube social a integrar a seleta lista do CSI – Conselho
Superior Interclubes, da Confederação Brasileira de Clubes – CBC. Esta
aglutina13.826 clubes no país.
Com isso os seus associados passam a ter direito ao Convênio
de Intercâmbio Social e Desportivo Brasileiro, do qual fazem parte os
tradicionais Esporte Clube Pinheiros e Alphaville Tênis Clube, ambos
de São Paulo, dentre outros em todo o Brasil. A colocação permitirá à
presidência e diretoria da AAB uma participação direta, maior e mais
significativa, nas decisões político-administrativas tomadas pelo CSI
durante o ano.
Para Ademar da Silveira Brito, presidente da AAB, o
posicionamento do clube dentre os mais expressivos e importantes do
país, vem atestar o acerto em sua modernização, notadamente uma
estrutura contemporânea e que servirá como centro de convivência de
primeira classe para os seus associados. Ele lembra que o clube acaba
de comemorar 96 anos de existência. E, diga-se de passagem, com uma
bela sede nova no bairro da Barra.
O Conselho Superior Interclubes, formado pelos clubes mais
157
representativos do Brasil, encontra-se integrado por 30 agremiações, na
seguinte ordem alfabética: Alphaville Tênis Clube (SP), Assembléia Paraense
(PA), Associação Atlética Banco do Brasil - Salvador (BA), Associação Atlética
da Bahia (BA), Associação Brasileira A Hebraica de São Paulo (SP), Club Atlético
Paulistano (SP), Clube Curitibano (PR), Clube de Natação e Regatas Álvares Cabral
(ES), Clube Doze de Agosto (SC), Clube Jaó (GO), Clube Paineiras do Morumby
(SP), Clube Recreativo Dores (RS), Esporte Clube Pinheiros (SP), Esporte Clube
Sírio (SP), Graciosa Country Club (PR), Grêmio Náutico União (RS), Iate Clube de
Brasília (DF), Iate Clube Jardim Guanabara (RJ), Jockey Club de Uberaba (MG),
Minas Tênis Clube (MG), Pampulha Iate Clube (MG), Praia Clube de Uberlância
(MG), Rádio Clube (MS), Santa Mônica Clube de Campo (PR), Sociedade de
Ginástica Porto Alegre (RS), Sociedade Harmonia de Tênis (SP), Sociedade Hípica
de Campinas (SP), Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto (SP),
Sociedade Recreativa Mampituba (SC) e Tijuca Tênis Clube (RJ).
158
DEPOIMENTOS
Lembranças da Primeira Sede
Oréade Mesquita Marques Porto
Lembranças da Segunda Sede
Yvette Marques Porto Pavão
O Ressurgimento com a Terceira Sede
Boris B. F. Pessoa
Ontem, Hoje e Amanhã
Carlos Maurício Torres
Memória Azulina
Augusto César Rios Leiro
Família Meirelles
João Rubem Carvalho de Souza
Homenagens Justas e Merecidas
Odair de Jesus Conceição
Um Clube Completo
Edgar Viana Filho
Um Clube Definitivo
Luiz Henrique Portela Brim
Sustentabilidade Financeira
Antônio Cruz Moreira Alves
Depoimentos na Revista Azulina
Walter Queiroz Júnior
Renan Baleeiro
Edvaldo Brito
Fátima Mendonça
Antônio Brito
Verônica de Macêdo
Patrícia Trigueiros
Jolivaldo Freitas
Ademar Brito
159
Augusto Moura
A inauguração da nova sede da
Associação Atlética da Bahia coroou uma luta
que durou cinco anos de batalhas inauditas,
às quais àqueles que estiveram alheios nem
imaginam quantos foram os duelos que travamos.
Mais do que uma inauguração foi o ressurgimento!
Boris B. F. Pessoa
Vice-Presidente Administrativo e
Financeiro da AAB
160
Lembranças da primeira sede
Nasci sete meses depois da fundação da Associação Atlética da
Bahia. Quando entrei na faixa dos quinze anos, completados em 3 de
maio de 1930, meu pai, Júlio Adalberto Marques Porto, passou a levar-me,
juntamente com minha irmã mais velha, Indira, para as festas no Clube
Germania, mais conhecido por Clube Alemão, onde a nossa família tinha
um tratamento especial, uma vez que o clube encontrava-se instalado
em imóvel pertencente à minha mãe, Júlia Mesquita Marques Porto, que
o herdou de seu avô, Francisco Fernandes de Mesquita. Papai dizia que
era o clube com a maior área de Salvador. Ficava numa chácara cheia
de árvores frutíferas, com entrada pelo início do Corredor da Vitória
(espaço entre os atuais Icba e Acbeu) e se estendendo até o Canela, por
onde se acessava à cavalariça. Havia um pavilhão de boliche e imensos
salões no palacete térreo da sede propriamente dita.
Também passei a frequentar a Associação Atlética da Bahia,
sempre levada por meu pai, uma vez que as moças não podiam andar
sozinhas, tinham que estar acompanhadas por alguém da família. E
esse alguém era o meu próprio pai. Vivíamos numa época em que as
jovens somente saíam de casa para ir à escola, aos ofícios religiosos,
casamentos, formaturas, cinemas e alguns outros poucos eventos
sociais, mas sempre, como já disse, na companhia de um familiar.
Tenho lembranças da primeira sede da Associação Atlética,
localizada pertinho do Porto da Barra. Somente não sei explicar como
se deu o ingresso do meu pai no quadro de seus associados. Se foi
por indicação do parente Clodoaldo Marques Porto, no período em
que foi diretor da Azulina, ou se foi pela ocupação profissional do meu
pai, tesoureiro da Companhia Empório Industrial do Norte, a indústria
têxtil fundada por Luís Tarquínio. Meu pai também foi tesoureiro de
três entidades muito importantes na época: Liceu de Artes e Ofícios da
Bahia, Irmandade do Santíssimo Sacramento da Conceição da Praia e da
Associação dos Empregados no Comércio da Bahia.
Ele não tinha hábito de ir às festas que começavam à noite.
Portanto, aos grandes bailes da Associação papai não comparecia. O
que gostava mesmo era de passar o dia no clube, num domingo ou
feriado. Chegava pela manhã, almoçava lá e somente voltava para casa
à noitinha. Por isso, das festas eu somente participava quando realizadas
na parte da tarde, as chamadas vesperais dançantes.
Mas houve uma exceção. Não sei mais precisar a data. Recordome que estava com 17 anos quando papai chegou em casa dizendo
161
que iria à última festa da Associação, que para mim acabou sendo a
primeira festa noturna. No baile houve uma grande manifestação pelo
não fechamento do clube. O pedido dos associados foi atendido.
A Associação constituía-se num importante local onde a juventude
fazia novas amizades e as famílias se inter-relacionavam. Lembro-me
ainda dos preparativos para a saída, pela primeira vez, de um corso
organizado de carros abertos para conduzir foliões do clube no carnaval
de 1934.
Bem, sobre a sede da Azulina, ela estava instalada num solar
assobradado, dispondo do chamado sótão. E a essa parte superior o
acesso era restrito. Ouvia falar que lá em cima ficava uma biblioteca e
a sala dos diretores. Todas as atividades sociais eram no térreo ou ao ar
livre. Entre o sobrado e o gradil que o separava da rua, com um portão
também de ferro, ficava um jardim. O clube estava situado dentro de
um terreno amplo, uma pequena chácara com árvores frutíferas.
Oréade Mesquita Marques Porto
96 anos
162
Lembranças da segunda sede
A diferença entre mim e minha irmã Orinha, como todos na
família chamam a Oréade, é de nove anos e nove meses. Por isso, não
participei, como ela, de festas na primeira sede da Associação. Sou da
fase da segunda sede, inaugurada em janeiro de 1941. Era uma sede
sofisticada e belíssima, a melhor entre todos os clubes de Salvador.
Diziam que a construção suntuosa foi um capricho da família Corrêa
Ribeiro, que queria um clube à altura dos melhores que existiam na
capital federal, Rio de Janeiro.
Na minha geração não havia a necessidade das jovens solteiras
saírem acompanhadas de um parente adulto. Já se permitia que as moças
saíssem em grupos de amigas. E do meu grupo participavam, dentre
outras, Alceste Caldas, Eliana Costa, Mirtes Kruschewsky e Suely Almeida.
Íamos muito às Domingueiras da Associação, festas durante todo o dia,
onde conversávamos, nos divertíamos, dançávamos, paquerávamos e
namorávamos. Muitos namoros terminaram em casamentos. Às quartasfeiras, à noite, havia o Cinema da Associação, que também atraía muitos
associados.
As festas eram a tônica da Associação. E a maior delas, sem
dúvida alguma, era o Sábado de Carnaval, que começava com o famoso
Corso dos Automóveis, conduzindo famílias ou grupos de foliões. Os
carros de passeio, com a capota arriada, saíam da Rua da Associação em
demanda ao Campo Grande, onde a passeata carnavalesca motorizada
realmente começava, acrescida pela adesão de dezenas de veículos de
associados de outros clubes.
O destino do corso era a Rua Chile, o ponto culminante do
desfile. Mas, no trajeto de ida, a partir das Mercês, na Avenida Sete
de Setembro, o povo já se aglomerava para aguardar a passagem dos
carros enfeitados, tendo a bordo homens e mulheres fantasiados. E nisso
havia uma saudável disputa, pois cada grupo caprichava na escolha das
fantasias, para chamar mais atenção e fazer sucesso, tanto no desfile do
corso como no salão da Associação. Muita serpentina, confete e lançaperfume, três elementos básicos no carnaval, completavam a festa e
criavam uma simbiose com o povo postado nas calçadas, que retribuía
com calorosos aplausos.
O corso era tão prestigiado que algumas famílias alugavam
automóveis de capota para marcarem presença no famoso desfile
carnavalesco. Acho que todos os carros conversíveis existentes em
Salvador participavam do grandioso cortejo que simbolizava a abertura
163
do carnaval.
Após a passagem pela Rua Chile, os veículos dos associados da
Azulina retornavam à sede do clube e o grande baile carnavalesco tinha
início. A elite social em peso comparecia, pois dava status participar do
carnaval no Sábado da Associação.
Vivi esse período do Glamour Azulino até 1954, ano em que me
casei com o paulista Levy Marques Pavão e fui morar em São Paulo. Lá,
fiquei sabendo que o corso da Associação Atlética da Bahia havia sido
extinto.
Yvette Marques Porto Pavão
87 anos
164
O ressurgimento com a terceira sede
Boris B. F. Pessoa
Vice-Presidente
Administrativo e Financeiro da AAB
A inauguração da nova sede da Associação Atlética da Bahia
coroou uma luta que durou cinco anos de batalhas inauditas, sobre as
quais aqueles que estiveram alheios nem imaginam quantos foram os
duelos que travamos. Mais do que uma inauguração foi o ressurgimento!
Até os anos sessenta, frequentava-se um clube exuberante,
festivo, onde os sócios, com suas famílias mantinham alegre convívio.
Para muitos, uma extensão do lar. Nos anos setenta, julgou-se ser
necessária a expansão. Era indispensável um ginásio poliesportivo à
altura da denominação do clube. Para construí-lo, recorreu-se aos sócios,
que anteciparam o pagamento de considerável número de mensalidades
em troca de eterna remissão. Tinha-se, então, um imponente ginásio
onde o esporte, em suas diversas modalidades, era praticado e muitas
competições foram vencidas. Ao mesmo tempo, e ainda pelo esporte,
julgou-se necessária uma piscina olímpica. Para o social, já havia uma
piscina, inclusive com trampolins, e outra infantil. Construiu-se então
a piscina olímpica. Dinheiro? O recurso era o mesmo. Nessa altura, o
número de sócios remidos chegava a quase quatro mil!
Não obstante, o clube seguia impávido na sua trajetória de vitórias.
O ginásio e a piscina olímpica formaram campeões, que acumulavam
títulos para o clube, não só nas suas excepcionais dependências, mas
em outras, em excursões intermunicipais e até mesmo interestaduais.
Vitoriosas e numerosas delegações! Viagens custeadas, é claro, pelo
clube. A parte social prosseguia também na sua trajetória brilhante.
O clube tinha uma belíssima área nobre com o salão iluminado por
um esplêndido lustre de cristal, onde eram realizados eventos para os
quais eram contratados artistas de renome, bailes, reuniões dançantes
todos os sábados. Alegria, alegria! Além dos bares de apoio aos setores,
havia um finíssimo restaurante onde o serviço compreendia baixelas de
prata e talheres com o monograma da Associação Atlética da Bahia.
Tudo funcionando perfeitamente. O número de empregados chegava a
mais de duzentos. Havia almoxarife, ferreiro, eletricista, roupeiro e um
batalhão de serviçais, que atendiam em todos os setores do clube.
Mas nos bastidores, ou seja, na tesouraria, o clima não
acompanhava a euforia exterior. Começava-se a sentir as consequências
165
da falta de previsão financeira dos gestores. No entusiasmo das ideias
expansionistas, esquecia-se de que cada título remido vendido no mês
representava uma mensalidade a menos no mês seguinte. Multiplique-se
por quatro mil... Não se atribua a culpa aos remidos. Esses se dispuseram
a colaborar, arcando com quantias, na época, elevadas. Muitos tiveram
de recorrer às suas economias, no sentido válido de colaborar com
a AAB e, ao mesmo tempo, assegurar para si e seus descendentes a
livre frequência a um clube de excelência comprovada. Essa mesma
falta de previsão financeira atingiu também outros clubes de Salvador,
levando-os, mesmo, à extinção. E as dificuldades se avolumavam. Todos
os tributos foram deixando de ser pagos. Como pagá-los, se não havia
mais receita? O número de empregados foi sendo reduzido, mas sem
o devido critério, advindo daí vultosas ações trabalhistas. Os eventos
sociais foram minguando. As ações em juízo foram se sucedendo e,
com elas, as penhoras. A Associação chegou a estar penhorada, não só
o terreno, como, até mesmo os equipamentos, a exemplo das mesas
de sinuca e do piano, há muito tempo intocado após muitas noites
gloriosas.
Veio então uma administração mais austera, que passou a
adotar medidas para redução das despesas, com controle rigoroso
dos gastos e campanha contra a inadimplência, com o que foi possível
manter o local funcionando durante algum tempo. Todavia, a limitação
das atividades socioesportivas foi causando gradativo afastamento dos
sócios contribuintes e a ameaça da execução das ações em juízo foi
se tornando insustentável. A receita caiu a ponto de ficar reduzida ao
valor das mensalidades de apenas cento e trinta sócios. Forçoso foi,
então, alienar uma parte da área para evitar as execuções que levariam
à extinção do clube. Tal medida drástica foi, após meticuloso estudo
da área de que se poderia dispor, levada ao Conselho e, por fim, à
Assembleia Geral. Não havia outra saída.
A venda foi realizada após o cumprimento de todas as formalidades
e trâmites estatutários. Bem verdade é que essa área já não vinha sendo
de qualquer utilidade para as atividades sociais. Degradada, estava em
parte arrendada para proporcionar alguma receita. Com a metade do
valor obtido com a venda, propunha-se liquidar as dívidas. Com a outra
metade, construir uma nova sede. Restaria uma pequena parcela – cerca
de 0,15% – para o funcionamento somente do essencial (secretaria/
tesouraria), com apenas onze funcionários em local improvisado. Com
o andamento da obra, tal local foi sendo transferido.
Realmente eram barracões, e sendo as instalações precárias, na
166
segunda mudança, um temporal destruiu a cobertura, tendo a água da
chuva atingido os arquivos, danificando grande parte da documentação
da AAB.
Voltamos agora para o mencionado no – diriam os advogados –
caput desta história. Teve início a luta ingente, inaudita, travada com dois
objetivos principais: salvar a Azulina da iminente execução das dívidas
existentes e construir uma nova sede para garantir a sua continuidade.
Todavia, os débitos que deveriam ser liquidados com a metade do valor
conseguido com a venda, R$ 5 milhões, chegavam a R$ 16 milhões em
números redondos. É inenarrável a peregrinação do presidente Ademar
Brito, muitas vezes acompanhado por um ou mais diretores, pelas
repartições públicas, empresas e escritórios de advocacia. Na Prefeitura,
as negociações se iniciaram com uma reunião com o prefeito, levando
a uma série incontável de diretorias de órgãos municipais. Os processos
passam de mão em mão. Se um só processo fica sem decisão, tranca
tudo o mais que é preciso obter da Prefeitura. Havia processos que não
se sabia com quem estavam ou onde estavam arquivados. Havia os
prescritos, que não se conseguia que, como tal, fossem reconhecidos.
Inúmeras e exaustivas foram as reuniões mantidas com a Caixa
Econômica Federal. O mesmo com a Embasa e com o Desenbahia. E tantos
outros problemas foram surgindo e causando constante preocupação,
que, declino-me aqui de enumerá-los. O que cumpre declarar é que
foram resolvidos!
Chegamos, agora, ao segundo objetivo, acima mencionado, a
ser alcançado com os outros 50% do valor – R$ 5 milhões – da venda
de parte da área, qual fosse a construção de uma nova sede. Vou tentar
sintetizar o que se passou ao longo desses cinco últimos anos. Feita a
licitação pública para se conhecer os interessados na compra do que se
propunha vender, da qual participaram várias construtoras de renome,
as propostas foram examinadas por uma comissão nomeada e presidida
por Ademar Brito, composta de sócios, sendo quatro arquitetos, um
construtor, dois engenheiros e um advogado. A escolhida foi aquela
que apresentou o melhor preço por metro quadrado, a Arc Engenharia.
Esta, dada a magnitude do projeto, procurou recursos e associou-se
com a Construtora Adolpho Lindenberg, de São Paulo, tendo o contrato
para a construção de nossa sede sido assinado em 29 de abril de
2005. Posteriormente, por uma série de motivos, houve desistência de
Lindenberg e a Arc procurou novo parceiro, associando-se, dessa vez,
com a Agra, do Grupo Cirella, este o mais importante do país no ramo
imobiliário. Rescindido o primeiro, o novo contrato foi assinado para a
167
construção da nova sede, criando-se para isso as SPE Barão de Itapoan e
Barra Ville, que foram as responsáveis pelas obras.
Torna-se evidente, conhecendo-se o tempo decorrido da data
do primeiro contrato, que muitos percalços surgiram no caminho,
que demandaram esforço e tempo para serem superados. Foram
questionamentos da Prefeitura quanto ao fornecimento da licença
para a construção, detalhes no processo que tiveram de ser alterados
ou adaptados, problemas que surgiram na própria obra, mas que eram
apontados a tempo, graças ao acompanhamento diário exercido pelo
arquiteto previdentemente contratado pelo clube para fiscalizar os
trabalhos.
Questões outras obrigaram a diretoria a contratar assistência
jurídica. Houve uma séria ameaça de paralisação das obras se não
houvesse aporte de recursos. Tudo foi sendo superado, em um dia a dia
de azáfama e preocupações.
Finalmente, sobre os 12.483,64 metros quadrados da área
remanescente surgiu uma nova sede com 28 mil metros quadrados de
área construída, arquitetada nos moldes de clube autossustentável, não
mais dependendo exclusivamente da contribuição dos sócios, permitindo
assim, a limitação do seu número, mas podendo oferecer-lhes tudo o
que havia anteriormente, aprimorado com a mais moderna tecnologia.
A conclusão das obras de construção da nova sede, agora em
2010, significa a culminância da jornada heróica do presidente Ademar
da Silveira Brito, que, coadjuvado pelos membros da sua diretoria,
conseguiu a sobrevivência e o ressurgimento da Associação Atlética da
Bahia para a sociedade baiana.
Transcrito da revista Azulina,
Setembro 2010.
168
ONTEM, HOJE E AMANHÃ
Carlos Maurício Torres
Vice-Presidente Patrimonial da AAB
Já se vão mais de 60 anos que sou sócio da Associação Atlética
da Bahia.Ingressei em 1949, como sócio-atleta, na gestão de Jorge
Corrêa Ribeiro, que convocou diversos jovens para jogos internos, numa
espécie de olimpíada, onde, dentre outros, destacaram-se Raimundo
Braga, Hans Werner Von Usler, Alberto Casali, João Alfredo Quadros e
Fonsequinha, que fizeram história na equipe de vôlei, da qual também
participei.
Na Associação conheci pessoalmente ex-presidentes muito
respeitados pelos trabalhos que realizaram em benefício do clube, tais
como Alex Von Usler, Rafael Menezes, Arquimedes Pires de Carvalho,
Guilherme Carneiro da Rocha Marback e Fernando Corrêa Ribeiro.
A partir de Jorge Corrêa Ribeiro, acompanhei de perto as gestões de
Antônio Menezes Dourado, Gustavo Maia, Carlos Coqueijo Costa, Milton
Pereira de Farias, Jorge Diniz Gonçalves Beltrão, Pergentino Holanda dos
Santos Filho e Nilton Silva.
Esses presidentes foram responsáveis pelo crescimento e por
uma fase de vasto prestígio do clube. Promoveram ampliações e novas
edificações, como piscinas e o ginásio de esportes, que colocaram a
Azulina em grande evidência nos esportes e também na parte social.
Lembro-me de promoções memoráveis, como o Concurso Miss Elegante
Bangu, onde se destacou Nininha Pondé.
Falar de ontem é prestar um tributo ao passado glorioso do clube,
com suas histórias e realizações, onde além das práticas esportivas e
das festividades, a Associação se constituía num lugar acolhedor e de
saudável convivência social entre as famílias e filhos dos associados.
Se ontem foi assim, impulsiona-nos o hoje a um amanhã que
associa a tradição ao moderno, de forma equilibrada, corajosa e sábia. E
nesse contexto destaca-se Ademar da Silveira Brito, o grande general da
batalha do soerguimento e da construção da nova sede, que integrou o
ontem ao hoje e que transformou a nova Associação em um novo cartão
postal do paradisíaco bairro da Barra.
E para que o clube de ontem pudesse ser o clube de hoje e
do amanhã, o presidente Ademar contou, além do valioso apoio dos
Diretores e Conselheiros, com os inestimáveis serviços dos seguintes
Sócios Beneméritos: Eduardo Jorge Mendes de Magalhães, Edvaldo
Pereira de Brito, Edvaldo Pereira de Brito Filho, Gerson Gabrielli e Carlos
169
Ricardo Gaban. Também importante foi a atuação de Pedro Luiz da Silva
Godinho, Sócio Honorário.
Com a nova Associação aconteceu um fato auspicioso e
inédito, que merece destaque. Antes mesmo da sua inauguração,
com as obras já concluídas mas aguardando a expedição do ‘Habitese” pela Prefeitura para que pudesse abrir as portas aos associados, o
nosso clube recebeu o honroso convite para integrar o seleto grupo
de clubes sociais participantes do Conselho Superior Interclubes (CSI),
órgão da Confederação Brasileira de Clubes. Num universo de quase 14
mil agremiações brasileiras, somente 29 faziam parte do CSI, onde as
exigências para o ingresso são muitas. A Associação foi o 30º membro
admitido. A distribuição dos mesmos pelos estados é a seguinte: São
Paulo possui 9 clubes, Minas Gerais 4, Paraná 3, Rio Grande do Sul 3,
Santa Catarina 2, Rio de Janeiro 2, Bahia 2, Espírito Santo 1, Distrito
Federal 1, Goiás 1, Mato Grosso do Sul 1 e Pará 1.
Além de se constituir num reconhecimento em nível nacional, a
participação no CSI vai permitir, dentro de um convênio de intercâmbio
social e desportivo, que os associados da Azulina possam frequentar as
dependências dos 29 clubes coirmãos e vice-versa.
Por último, deixo aqui um convite aos turistas. Quando estiverem
em Salvador e quiserem conhecer um clube especial, situado entre os
melhores do país, o destino é o bairro da Barra e o clube é a Associação
Atlética da Bahia.
Texto adaptado do depoimento
publicado na revista Azulina,
Setembro 2010.
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MEMÓRIA AZULINA
Augusto César Rios Leiro
Conselheiro da AAB
Ao caminhar para o seu centenário, a Associação Atlética da
Bahia inscreve, em 2010, um importante capítulo da sua história. Um
ato do presente com grandes repercussões no futuro. No que pese o
clube ter dado um passo atrás ao ceder parte do seu patrimônio, foram
dados três à frente com o saneamento das suas contas e a edificação de
uma nova sede, moderna e autossustentável.
Ao longo do período de existência da nossa Associação, fundada
em 4 de outubro de 1914, o mundo mudou e com ele a AAB. Cerca de
um mês após sua fundação, o clube já entrava em campo para disputar
com o Sport Club Caixeiral sua primeira partida de futebol. O desejo de
atuação do grupo pioneiro ia além das quatro linhas e, ainda em 1914,
levou a Associação a participar da reunião de fundação da Liga Sportiva
da Bahia.
Dando um salto na história, chegamos à década de 1950. O
principal presidente desse período foi o ministro Carlos Coqueijo Costa
que, dentre suas iniciativas, construiu as primeiras piscinas do clube,
inauguradas no memorável dia 11 de outubro de 1958.
Veio a década de 1970 e com ela um longo período de liderança
e empreendedorismo do presidente Nilton Silva e seus principais
colaboradores, como Terry Andrade, José Teixeira Freire, Edílio Martins,
José Rocha e Fernando Chagas. Foram anos de expansão da Associação
em diversas modalidades esportivas, realização de grandes eventos
musicais, esportivos e carnavalescos, da criação da boate e de grandes
investimentos em infraestrutura, que concorreram para consolidar a
AAB como um dos mais importantes clubes sociais brasileiros.
Outro salto e estamos em 1988. Com atuação marcante dos
conselheiros Virgílio Leiro Campos, Péricles Chamusca e José Spósito
Prazeres, é eleito e empossado presidente o jovem advogado Sinval
Vieira, com quatro vices de peso: Ademar Brito, Reginaldo Fontes,
Eugênio Silveira e Amaury Nader.
Dois anos mais tarde, no dia 9 de abril de 1990, é aclamado
como novo presidente Ademar da Silveira Brito. Senhor Ademar, como
é tratado por todos, entrou definitivamente para a história da Azulina,
não mais como artilheiro do campeonato de futebol dos veteranos, e
sim como presidente que harmonizou as vontades.
Ele comandou, ao lado dos senhores Boris Pessoa, Antônio
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Heider, Virgílio José e Jorge Pinho, dentre outros, em quase duas
décadas, de modo harmônico com o Conselho Deliberativo, presidido
pelo advogado Valfredo Oliveira Santos, e com apoio dos funcionários
do clube, a necessária unidade capaz de promover as mudanças.
Inclusive, o presidente Ademar abriu sua casa para reuniões, ora tensas
ora tranquilas, e nos encontros, traçou a caminhada, cujo principal
intento foi reerguer a Associação.
Agora, estamos próximos da inauguração da novíssima sede. No
entanto, uma dívida o clube precisa resgatar. Falo da Memória Azulina.
Nesses anos todos, associados, diretores e conselheiros, deram
suas parcelas de contribuição para manter a chama azul acesa. É urgente
recuperar toda essa memória e difundir, de modo digitalizado, todo o
patrimônio escrito e imagético que ainda temos.
As breves passagens históricas, presentes no texto em tela, só
foram possíveis graças à coleção particular de um dos mais antigos sócios
do clube, o octogenário ex-diretor e ex-conselheiro Virgílio Leiro Campos.
As fontes consultadas da coleção foram: a revista Azulina, coordenada
brilhantemente pelo falecido Fernando Protásio, e o Informativo O
Azulino, coordenado por Edgar Viana Filho e Sara Jacob. Ambos os
periódicos contaram com diversos colaboradores, como Newton Mota,
Carlos Senna, Ivo Rangel e Alberto Miranda.
Adaptação do texto publicado
na revista Azulina,
Setembro 2010.
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FAMÍLIA MEIRELLES
João Rubem Carvalho de Souza
Ex-Diretor de Relações Públicas da AAB
Presenciei a trajetória marcante de uma família na prática do
tênis. Refiro-me ao clã Meirelles, constituído por Lúcia, Cid e suas filhas,
Vânia, Tânia, Ivana e Itana. Eles formaram a mais importante família na
história do tênis na Associação e na Bahia.
O patriarca, Cid Meirelles, não disputou torneios, pois encarava
o tênis apenas como uma atividade de lazer, sem nenhum compromisso
de disputas oficiais.
A matriarca, Lúcia Meirelles, só teve o dom despertado quando
as filhas já jogavam tênis. Tornou-se atleta extemporânea e disputou
torneios de masters, mas somente na Bahia, sem aventurar-se às disputas
em outros estados. E nas quadras baianas conquistou vários títulos em
sua categoria.
As filhas tiveram o dom do tênis descoberto bem cedo, por Rose
Summers, uma especialista em diagnosticar futuras grandes atletas. Da
mesma forma que enxergou o potencial da sobrinha, Patrícia Medrado,
a senhora Summers acertou ao incentivar as quatro irmãs Meirelles,
fazendo-as trocar a natação pelo tênis.
Vânia, Tânia, Ivana e Itana Meirelles obtiveram enorme
sucesso nas diversas categorias etárias pelas quais foram passando.
O potencial de cada uma aflorou em 1975. Todas foram campeãs na
Bahia, venceram circuitos no Norte-Nordeste e ganharam competições
nacionais promovidas pela Confederação Brasileira de Tênis. Cada uma
conquistou dezenas de troféus importantes, que no somatório formou
uma coleção de centenas de títulos para a Associação Atlética da Bahia.
A primeira grande conquista nacional coube a Ivana, campeã
brasileira de 1975, em simples até 10 anos. No ano seguinte, foi a vez
de Vânia conquistar o título brasileiro de simples até 14 anos. Em 1977
Itana ganhou o brasileiro até 12 anos, em três versões, simples, dupla
feminina e dupla mista. Nesse mesmo ano Tânia ficou com o título
brasileiro de simples até 14 anos. Sobre essa última conquista o jornal A
Tarde, na edição de 11 de julho de 1977, publicou a seguinte notícia:
Os treinadores José Evaldo da Silva e Pedro Silva, ambos da Associação
Atlética da Bahia, revelaram mais uma grande tenista: Tânia Meirelles,
de uma família de tenistas, acaba de ser convocada pela Confederação
Brasileira de Tênis, para disputar, na categoria de 13 a 14 anos, o Sul173
Americano, na Venezuela.
O Estado de S. Paulo, um dos mais influentes jornais do país,
publicou em 12 de março de 1978 uma ampla matéria sobre as quatro
irmãs Meirelles, donde retirei o parágrafo abaixo:
Se para uns, como Gabriel Carlos de Figueiredo, presidente da
Confederação Brasileira de Tênis, elas se constituem no “fenômeno
baiano”, outros vão mais longe, prevendo o futuro de cada uma entre
as melhores tenistas do mundo, conseguindo em menor prazo de
tempo o que Patrícia Medrado fez até o momento pelo tênis brasileiro.
No entanto, o jornalista José Sinval Soares, que assinou
reportagem no Estadão, como é chamado O Estado de S. Paulo, fez a
seguinte observação técnica:
Chega a ser triste ver essas meninas praticamente desperdiçadas aqui
na Bahia. Teriam que ir logo para outro Estado, São Paulo no caso,
ou então para um país como os Estados Unidos, onde pudessem estar
sempre evoluindo. Elas já não possuem mais adversárias à altura em
Salvador.
Como a família preferiu priorizar os estudos delas em Salvador, as
extraordinárias irmãs Meirelles continuaram treinando na Associação e
tiveram de abrir mão de alcançar a evolução que as colocassem no circuito
do tênis profissional, que exige participação em jogos internacionais.
Tânia Meirelles foi a única das irmãs consagradas no tênis amador
que ensaiou uma carreira profissional, pois competiu fora do Brasil, em
campeonatos na Venezuela, Chile, México e Estados Unidos. Mas logo
desistiu de continuar, uma vez que não se adaptou aos longos períodos
distantes do convívio familiar e longe das quadras brasileiras.
Num reconhecimento ao histórico da família Meirelles na vida da
Azulina, a quarta quadra da nova Associação recebeu o nome de Lúcia
Meirelles, matriarca do clã das tenistas que enriqueceram a galeria de
conquistas do clube com inúmeros troféus e medalhas.
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HOMENAGENS JUSTAS E MERECIDAS
Odair de Jesus Conceição
Conselheiro da AAB
Em reconhecimento ao seu bem-sucedido trabalho, o Conselho
Deliberativo da Associação Atlética da Bahia, deliberou prestar uma
homenagem perpétua ao grande benemérito e comandante do
ressurgimento da Associação Atlética da Bahia, presidente Ademar da
Silveira Brito. Na sessão de 20 de outubro de 2008, por proposta do
conselheiro Luiz Henrique Portela Brim, foi aprovada por unanimidade
dos membros do Conselho que a nova sede, que seria inaugurada no dia
27 de novembro de 2010, fosse oficialmente denominada de Complexo
Sócio Cultural e Esportivo Presidente Ademar da Silveira Brito.
Para quem esteve de fora e que não acompanhou as batalhas que
tiveram de ser vencidas para que o sonho de uma nova Associação se
transformasse em realidade, pode parecer que a colocação do nome do
presidente seja um culto à personalidade, o que é muito comum a certos
governantes que dirigem municípios e estados, que se homenageiam
indevidamente, colocando seus nomes em logradouros púbicos, escolas,
postos de saúde e outros empreendimentos públicos. Isso, sim, é culto
à personalidade.
O caso da Associação é completamente diferente. A homenagem
foi em reconhecimento a um trabalho inaudito, de cinco anos, de um
presidente que largou tudo para se dedicar, em tempo integral, à missão
de comandar o processo do renascimento da Associação, que muitos
associados julgavam impossível de acontecer.
Muitos clubes por esse Brasil faliram, fecharam as portas e
seus patrimônios foram levados à hasta pública, porque não tiveram
dirigentes competentes, pertinazes e que buscassem as soluções de seus
problemas.
Aqui mesmo em Salvador, tivemos o exemplo do Clube Português
da Bahia, dono de uma belíssima sede, inaugurada em 1º de dezembro
de 1964, em local privilegiadíssimo da faixa litorânea, que se transformou
num cartão postal da Pituba. Pois bem, não existe mais, foi demolido
e seu espaço transformado em praça pública. É bem verdade que o
Clube Português, edificado em terreno de marinha não poderia vender
parte da área para a construção de um empreendimento imobiliário,
como a Associação procedeu. Além de não poder vender o que não lhe
pertencia, a área era pequena para ser desmembrada.
Mas o Clube Português, também atolado em dívidas com o
175
IPTU, tinha solução. Mas essa solução passava, necessariamente, pela
disponibilidade de um líder competente. Infelizmente, lá não havia um
Ademar da Silveira Brito. Se tivesse, ele teria encontrado a solução.
Ora, a negociação passaria pelo Consulado Português na Bahia, pela
Embaixada de Portugal no Brasil, pelo Governo Português e até mesmo
por grandes grupos empresariais com sede em Portugal e interesses no
Brasil, especialmente na Bahia.
Enfim, poderia haver articulações para o clube ser considerado
como uma extensão de Portugal na Bahia e, como tal, haveria negociações
para a redução dos valores cobrados pelo IPTU. Em suma, se o presidente
de lá fosse um Ademar, ele teria pegado o avião e feito viagens a Brasília
e Lisboa, e encontrado os caminhos para garantir a sobrevivência do
clube e colocá-lo dentro de um novo modelo operacional.
Por isso, pela grandiosidade do trabalho que Ademar realizou
na Associação, salvando-a da extinção, os conselheiros da Associação
Atlética da Bahia não poderiam, em hipótese alguma, fechar os olhos e
desconsiderar a importância do trabalho do seu obstinado presidente.
Ademais, a melhor das homenagens é aquela que é prestada ao benfeitor
em vida. E isso foi feito, de forma justa, merecida e inquestionável.
Também merecidos foram os nomes de batismo dados às
dependências do clube: o Ginásio de Esportes continuou com o nome do
ginásio antigo, Nilton Silva; o Salão Nobre também com o nome de um
ex-presidente, Carlos Coqueijo Costa. Nas quatro quadras de tênis foram
prestados tributos a nomes marcantes na história tenística do clube: a três
personalidades vivas, Patrícia Medrado, Pedro Silva e Lúcia Meirelles, e a
uma personalidade falecida, o professor Evaldo Silva. Outra homenagem
póstuma foi tributada a Roberto Rebouças, o último símbolo do futebol
na Associação, que deu nome ao campo de futebol soçaite. Por fim,
duas homenagens a pessoas vivas, ambas conselheiras do clube, que
muito colaboraram com Ademar durante a fase dos trabalhos para o
ressurgimento da Azulina: Bóris Pessoa e Luiz Brim, que denominam os
salões de jogos, respectivamente o de adultos e o de crianças.
Dentro desse merecido quadro de homenagens, só ficou faltando
reconhecer um ídolo do passado mais remoto, da época em que a
Associação disputava o campeonato de futebol. Trata-se de Alfredo
Pereira de Mello, o legendário Mica. Fiquei sabendo da sua importância
pelo discurso que o historiador da Azulina, Ubaldo Marques Porto Filho,
pronunciou na Sessão Especial da Câmara Municipal, em 2 de dezembro
de 2010, que foi publicado na íntegra pelo jornal Folha do Rio Vermelho,
edição de dezembro de 2010.
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UM CLUBE COMPLETO
Edgar Viana Filho
Conselheiro da AAB
No dia 27 de novembro de 2010 foi inaugurada a nova
Associação Atlética da Bahia. Ressurgiu obedecendo aos modernos
padrões construtivos, com aplicação de novas tecnologias, respeitando
as novas regras de segurança e de acordo com as novas concepções
indispensáveis a um clube autossustentável.
O ginásio de esporte foi construído com piso flutuante,
concedendo aos atletas de qualquer idade a possibilidade de jogar com
segurança, sem temer os impactos nos joelhos e articulações, conforme
ocorria com os rígidos pisos antigos.
As quadras de tênis, antes descobertas, passaram a ser recintos
cobertos, protegidos do sol e da chuva. Mantiveram-se as quadras de
saibro, menos prejudiciais aos joelhos dos atletas.
O campo de futebol soçaite, com grama sintética, é de
excelente qualidade. Tem academia de ginástica, salão de jogos, piscina
semiolímpica com raias para competição e uma piscina infantil.
O novo clube tem um salão nobre com 400 metros quadrados,
ganhou um berçário e um estacionamento coberto e pavimentado,
com capacidade para abrigar até 300 veículos. Foi provido de catracas
eletrônicas e digitais, dispostas na entrada social da agremiação, com
vistas à identificação e controle dos associados.
O clube passou a dispor de dependências climatizadas e dotadas
de tratamento acústico, em observância às normas requeridas pelos
órgãos públicos, a fim de evitar a produção de ruídos acima dos níveis
permitidos. Conta ainda com todas as exigências para a acessibilidade
dos portadores de necessidades especiais.
Existe também espaço adequado à carga e descarga de materiais,
além de central de gás e depósito de lixo centralizado. Outra providência
foi a de prover o clube de estrutura de combate a incêndio com “splinker”,
sistema mais moderno requerido nas construções do gênero.
Além de tudo isso, o clube dispõe de espaço para restaurante,
casa de shows e para um spa completo, com saunas, duchas e salas de
massagem e repouso.
A Associação é, sem sombra de dúvida, um dos mais completos
clubes na categoria e está classificado entre os 30 melhores do país.
177
UM CLUBE DEFINITIVO
Luiz Henrique Portela Brim
Diretor de Jogos e Esportes de Sãlão da AAB
Numa área de quase 28 mil metros quadrados, a Associação foi
crescendo e se espalhando sem obedecer a um plano diretor. Acabou
se transformando numa colcha de retalhos, que em alguns setores
enfeavam o clube e davam a comprovação da falta de planejamento na
ocupação da área. Na verdade, o clube cresceu com um tira daqui e bota
ali.
A ação do salitre, vindo do mar, localizado bem próximo, e sem
os cuidados de uma manutenção periódica, que exigia investimentos
permanentes e vultosos, as estruturas foram sendo corroídas, os
vazamentos nos tetos foram surgindo e as infiltrações causando danos.
Ademais, com o passar do tempo, os equipamentos foram ficando
defasados e ultrapassados. Era preciso muito dinheiro para recuperar os
danos, corrigir deficiências e modernizar o clube.
Mesmo que houvesse recursos suficientes, os técnicos não
aconselhariam fazer investimentos na recuperação das instalações
gastas pelo tempo e pela fadiga dos materiais. A demolição pura e
simples era a alternativa recomendável. Portanto, a melhor solução era
a construção de um novo clube, obedecendo aos padrões modernos
da arquitetura, da engenharia e com a aplicação de novas tecnologias,
além da obediência às novas normas de segurança.
Veio então a decisão de alienar uma parte da área para garantir
o pagamento das dívidas e para a construção de um novo clube, num
projeto vertical que abrigasse as instalações sociais e esportivas e uma
parte comercial para garantir a indispensável sustentabilidade financeira
do clube.
Todos os espaços foram otimizados. Na nova Associação não
há mais espaço para improvisações e nem para novas construções que
alterem o atual projeto arquitetônico. Não haverá mais necessidade de
investimentos na criação de novas áreas sociais ou esportivas, pois a
atual configuração foi concebida de forma definitiva.
As necessidades futuras restringir-se-ão única e exclusivamente
às despesas com a manutenção dos equipamentos e do prédio. Nada
além disso será necessário.
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SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA
Antônio Cruz Moreira Alves
Diretor Financeiro da AAB
Em seus tempos de opulência, a Associação Atlética da Bahia
teve um numeroso e qualificado quadro de associados, talvez o maior
entre os clubes sociais da Bahia, com dez mil associados contribuintes
mensais. Isso proporcionava uma fabulosa receita, que subsidiava o
funcionamento de uma gigantesca máquina esportiva, e festiva.
A Associação ficou imortalizada na Bahia como “o clube das
grandes festas”. Em suas programações sempre havia uma atração
artística nacional e, às vezes, com a presença de orquestras e cantores
internacionais. E no contexto das festas, o carnaval era o carro chefe.
Comparecer ao baile do sábado, que abria oficialmente o reinado do
momo na capital baiana, dava status social.
De um modo geral, nos dias que antecediam o carnaval, os clubes
engordavam a arrecadação com os recebimentos das mensalidades
atrasadas dos associados e com a venda de milhares de ingressos sob
a rubrica de “sócio transitório”. E nos dias dos bailes carnavalescos a
lucratividade dos bares era outra receita fenomenal.
Havia também outras fontes para o ingresso de recursos durante
todo o ano, proporcionadas pelos aluguéis de espaços para promoções
de diversas naturezas, desde reuniões de entidades e empresas aos
banquetes e festas de aniversários e formaturas. Realizar eventos na
Associação dava prestígio social.
Mas, o progresso avassalador dos anos de 1970 começou a
mudar rapidamente o perfil da sociedade soteropolitana. O carnaval
de rua acabou com o carnaval nos clubes, as monumentais festas e
comemorações nos clubes também caíram em desuso e a frequência
dos associados foi minguando.
Nessas mudanças, os clubes foram perdendo espaço na
competição com as novas opções de lazer e entretenimento que foram
surgindo na cidade. E como consequência natural a arrecadação dos
clubes sociais foi sendo paulatina e drasticamente reduzida, provocando
as crises que levaram muitas agremiações à falência.
A Associação Atlética da Bahia ainda teve condições de reagir
e sair do lamaçal das dívidas graças ao seu valioso acervo imobiliário
localizado em região das mais valorizadas de Salvador. Com a venda de
uma parte do patrimônio pôde liquidar o passivo e construir um novo
clube na área remanescente.
179
Num bem sucedido trabalho liderado pelo presidente Ademar da
Silveira Brito, a Azulina, como a Fênix da mitologia grega (pássaro que
morria e renascia das próprias cinzas) ressurgiu novíssima e saudável.
Porém, o mais importante de tudo não foi a construção da
nova e monumental sede social. Não adiantaria nada se o novo clube
nascesse sem as fontes que garantissem a sustentabilidade financeira
e continuasse na dependência exclusiva da receita dos associados. O
importante foi a formatação do projeto do novo clube, que combinou
área privativa para o esporte & lazer dos associados com área de serviços
& lazer aberta ao público em geral.
A privilegiada localização da Associação, em região residencial,
comercial e turística da Barra, um dos bairros mais nobres da cidade,
proporcionou que se pudesse fazer esse casamento, de imperiosa
necessidade à sobrevivência da Azulina como clube social.
Na nova Associação existem nove espaços para receitas mediante
aluguéis: estacionamento de veículos, academia de ginástica, spa,
restaurante, casa de shows e quatro lojas, para café, moda masculina,
lavanderia e clínica de depilação. São espaços fora da parte do clube
destinada exclusivamente aos associados.
Também terceirizados, mas dentro do setor exclusivo dos
associados, encontram-se os serviços de bar & restaurante e as escolinhas
para tênis, vôlei, basquete, futebol soçaite, natação, capoeira, artes
marciais, dança de salão, balé, etc.
Em suma, quando todas as áreas terceirizadas estiverem em pleno
funcionamento garantirão à Associação uma receita mensal de 120 mil
reais, suficientes para manter o clube independente das contribuições
dos associados. Há de se ressaltar ainda que a venda de 1.500 títulos
de Sócios Proprietários Contribuintes vai gerar uma receita de quatro
milhões e quinhentos mil reais.
As fontes das receitas alternativas se constituem no principal
legado que Ademar da Silveira Brito deixará aos seus sucessores
na presidência da Associação. E caso os futuros gestores do clube
administrem com seriedade e honestidade essa gama de recursos, a
Associação jamais voltará a enfrentar a crise das dívidas que quase a
levaram à falência na metade da primeira década do século XXI.
Enfim, se administrada com competência, a Azulina seguirá no
rumo do destino glorioso. Daqui há três anos, com toda pompa, o seu
centenário será comemorado galhardamente.
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DEPOIMENTOS NA REVISTA AZULINA¹
(Extraídos da Edição Nº 2 - 2011)
Walter Queiroz Júnior
Autor do Hino da AAB
A Associação Atlética da Bahia foi fundamental na minha
formação e de outras gerações de meninos e meninas da Barra e
adjacências. Seu campo de futebol foi palco, durante mais de trinta
anos, de campeonatos memoráveis, sem falar no tênis e na natação,
onde o clube sempre se destacou.
No hino oficial do clube, que tive a honra de compor, há mais de
quatro décadas, logo no começo eu afirmo:
Famosa pelos feitos,
No esporte amador,
Tradição da Bahia,
Associação de Amor.
Mas foi, sobretudo, a convivência social que deixou indeléveis
marcas em nossos corações. As festas da AAB foram marcos na vida social
da Bahia e responsável por centenas de namoros e casamentos, os quais
começaram ao som dos seus grandes bailes regados por importantes
orquestras, como a de Britinho e Seus Stukas, Eddie Mandarino, Carlos
Lacerda, Marilda e Sua Orquestra e grandiosos shows conduzidos por
nomes como os de Ivon Cury, Ângela Maria, Luiz Vieira, Marlene, Baden
Powell e Trio Irakitan.
Tudo isso, sob a presidência, sem demérito aos demais, de Carlos
Coqueijo Costa. Mas o apogeu dessas celebrações eram no Sábado de
Carnaval e no domingo o Baile de Confetes. Os três grandes clubes da
cidade combinavam seus bailes carnavalescos e toda a sociedade baiana
frequentava os três locais.
Quem não era sócio de um deles tinha de ‘se virar’ para entrar.
Quando conseguia, chegava com tanto gás e disposição para brincar
que incendiava o salão e merecia a observação: “Penetra é quem anima
a festa...”.
A lança-perfume era permitida. Todo mundo usava confete e
serpentina como um ritual e as músicas eram lindas. Eu só consegui
1 A editora da revista Azulina é a jornalista Verônica de Macêdo.
181
ser sócio, efetivamente, quando tirei o segundo lugar no concurso de
músicas carnavalescas da Prefeitura de Salvador e com o prêmio “tirei
minha carteira”, como se dizia na época.
Quando eu voltei para morar na Bahia, depois de 17 anos no Rio
de Janeiro, tornei a frequentar a AAB pelo gentil convite do presidente
Ademar, que conseguiu, com uma gestão extraordinária, manter acesa a
chama azulina ainda por muitos anos, embora, paulatinamente, o clube
começasse a se despedir do seu tempo em que era um ícone social.
Numa Salvador que vem se descaracterizando a passos largos e
perdendo a sua identidade, sobretudo pelo crescente isolamento dos
seus moradores mais abastados, em condomínios de luxo, a revitalização
da AAB é uma notícia auspiciosa. Tomara que o presidente Ademar
consiga imprimir um ritmo bacana ao clube e traga de volta o glamour
ao convívio fraterno de outrora. Conte comigo!
São gerações que se entrelaçam,
São amigos que se abraçam,
Associação Feliz.
Renan Baleeiro
Ex-Presidente do Conselho Deliberativo da AAB
Sentado no confortável sofá de seu apartamento, localizado no
bairro da Graça, Renan Baleeiro, ex-prefeito de Salvador, sorri simpático
e começa a expor suas recordações. Ele lembra de que seu pai, Jayme
Baleeiro, ia todas as noites jogar damas com o então gerente do clube,
Armando Martins, enquanto cochilava entre uma jogada e outra. Nessa
época, “eu tinha 10 anos de idade e já vivia a rotina da Associação
Atlética da Bahia”, conta esse senhor que, assim como o genitor, foi
presidente do Conselho Deliberativo da AAB.
Nascido em 1931, o bacharel em direito, também formado
em ciências sociais, ressalta que Armando Martins foi muito presente
e eficiente na história da Azulina, prestando bons serviços para a
instituição quando a antiga sede foi derrubada e as festas transferidas
provisoriamente para o Morro do Cristo. “O novo prédio obedeceu a
um estudo que ficou muito em voga em Salvador e que pode ser visto
nas imagens do Clube Fantoches e da Mansão Wildberger, também no
mesmo estilo colonial mexicano”.
Das muitas histórias que presenciou e das quais participou,
Renan, hoje nosso Sócio Benemérito, se recorda da de Jorge Corrêa
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Ribeiro, que ia toda tarde fazer a barba no clube e aproveitava para
saber as notícias da Associação e dos seus frequentadores. “Era uma
figura ímpar, histórica”.
Renan Baleeiro aprendeu a jogar tênis na AAB com Pedro Amadeu,
profissional paulista que fez muito sucesso na Bahia, nas décadas de
ouro da Associação Atlética. “A volta da Azulina, através da sua nova
sede, foi uma reconquista inenarrável. Elogio a luta de Ademar pelo
reavivamento e retorno do clube”, completa Renan.
Edvaldo Brito
Vice-Presidente Jurídico da AAB
Meu coração está pulsando. A comunidade está esperançosa por
melhores dias na busca de alcançar ambientes de tradição cultural em
Salvador e da salvação da juventude baiana.
Matar os clubes sociais é esquecer que neles estão os melhores
ambientes socioesportivos, de solidariedade humana e para a vida em
família. É com orgulho que pertenço hoje ao quadro social que enfrentou
momentos dificílimos diante da insensibilidade do poder público.
Trabalhei junto com meu filho em prol da AAB e, hoje, quando
eu e Ademar, meu querido amigo, vemos esse dia festivo, choramos
emocionados. Ademar merece apoio e respeito pelos méritos da sua
simplicidade, trabalho, fome de agir e capacidade de congregar todos
nós.
Somos um time de futebol, cujo objetivo é a vitória!
Fátima Mendonça
Primeira Dama da Bahia
A importância da Associação Atlética da Bahia é grande, pois
eu frequentei esse clube onde fiz esportes e muitos amigos, entre
funcionários e colegas. Brinquei muitos carnavais nos bailes infantis,
batalhas de confetes, etc. Era muito bom!!!
Lembro da piscina grande com o trampolim, de onde dava
saltos que preocupavam meu pai, mas que eu adorava. Recordo-me
do garçom, que a gente chamava carinhosamente de ‘Vermelho’, das
merendas do bar, da Olimpíada da Primavera, na qual eu e minha irmã
sempre desfilávamos, das competições esportivas e de muitas outras
recordações lindas dessa época.
183
A reabertura do clube significa que esse tradicional espaço vai
continuar propiciando os mesmos deleites sociais que sempre fizeram a
alegria dos que frequentam a Associação, especialmente os moradores
da Barra.
Eu penso que para manter esse espaço, de convívio social
tão agradável, funcionando, é preciso que as pessoas continuem
frequentando e que o Poder Público utilize também os espaços dos
clubes para promover, por exemplo, eventos esportivos que incentivem
nossos jovens na prática saudável dos esportes.
Antônio Brito
Deputado Federal
Na infância, por volta dos nove anos, comecei a frequentar e a
amar a Associação Atlética da Bahia. Ir à AAB era um feliz programa que
me deixava muito feliz.
Naquele tempo, o clube era o lugar de encontro com os amigos.
Nele passei momentos maravilhosos na companhia de minha família.
Tive a chance de ali fazer grandes amizades na adolescência.
Foi nas piscinas da AAB que comecei meu aprendizado de natação.
Mais tarde, joguei tênis, esporte que adoro. Depois, vieram as festas de
carnaval, os shows. Era maravilhoso.
Eu lamento que grandes clubes de Salvador tenham fechado
as portas. Estive sempre na defesa da importância da reabertura da
Associação Atlética, clube que sempre foi motivo de orgulho para os
baianos.
A revitalização da Associação, uma reivindicação dos associados
e dos moradores da Barra, é muito importante para o bairro e para a
comunidade. Dinamizará a vida na Barra, bairro tão lindo, tão cheio de
poesia que começa novamente a ocupar lugar de destaque na vida da
cidade.
Fiquei muito feliz com a reabertura da Associação. Agora é preciso
que o clube busque uma programação criativa para atrair os associados.
Meus votos são de sucesso para a nova fase da AAB.
184
47 ANOS DEDICADOS AO ESPORTE AZULINO
Verônica de Macêdo
Jornalista
Milton Diniz Gonçalves, filho de associado da AAB, constantemente à
beira das quadras de vôlei e basquete, na época com 12 a 13 anos, foi
convidado pelo então presidente Jorge Corrêa Ribeiro para compor o
quadro de atletas. Iniciou a carreira esportiva dentro do clube, onde,
posteriormente, colaborou como técnico de vôlei e dirigente nas
gestões dos presidentes Carlos Coqueijo Costa, Milton Farias, Jorge
Diniz Gonçalves Beltrão (seu primo), Pergentino Holanda, Nilton Silva,
Sinval Vieira, Ademar da Silveira Brito e Alberto Florêncio da Silva.
Milton Diniz praticou diversas modalidades esportivas, como
basquete, natação, pólo aquático, judô, capoeira e karatê, onde se
destacou conquistando para a Associação Atlética da Bahia vários
títulos regionais, a exemplo de Campeonatos Baianos, Jogos do Cacau e
Campeonatos Norte/Nordeste.
Posteriormente, como técnico das diversas equipes de vôlei,
sagrou-se campeão baiano infantil, infanto-juvenil, juvenil e adulto,
culminando com a conquista do Campeonato Brasileiro Infanto-Juvenil
da 1ª Divisão, representando a Federação Baiana de Voleibol (FBV),
quando foi auxiliado por Kleber Fonseca (Soneca), nas gestões de Onildo
Chastinet, presidente da FBV, e Alberto Florêncio, presidente da AAB.
Ainda hoje, os atletas Jotinha e Roberto Carlos, que pertenceram
a essa equipe campeã, participam da Liga Nacional, campeonato
promovido e patrocinado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).
Milton Diniz ressalta que, para melhor atender o esporte azulino,
formou-se em educação física na primeira turma da Universidade
Católica do Salvador, passando a pertencer ao quadro de professores da
Universidade Federal da Bahia.
No setor administrativo da Associação Atlética da Bahia colaborou
como vice-presidente de esportes, diretor-geral de esportes, subdiretor
de diversas modalidades esportivas, superintendente de esportes e
secretário da Liga Interna de Futebol. Também pertenceu ao Conselho
Deliberativo.
A lista das colaborações de Milton Diniz para com o clube é
extensa e reflete o seu apreço pela AAB. Ele idealizou e ajudou na criação
de diversas escolinhas de esportes. Incluindo a de vôlei, onde ministrou
ensinamentos a mais de uma centena de crianças.
Como chefe do Departamento de Esportes, com a ajuda do
185
professor Georgeocohama, promoveu cursos ministrados por renomados
professores de educação física, como Benno Becker (psicologia esportiva),
Mauro Guiselini (educação infantil), Manoel Tubino (treinamento de
atletas de alto nível).
Milton Diniz recebeu da AAB, através de seus presidentes, vários
títulos e honrarias, representados por placas, troféus, e diplomas,
dentre eles o da Ordem do Mérito Esportivo, outorgado por Ademar
da Silveira Brito na sua primeira gestão na presidência da AAB. Também
foi agraciado com títulos de Sócio Honorário e Sócio Benemérito da
Federação Baiana de Voleibol.
Milton lembra que na inauguração do antigo Ginásio de
Esportes, dirigindo como técnico a equipe adulta masculina de vôlei da
AAB venceu o Minas Tênis Clube, uma das melhores equipes do Brasil
naquela época. Ele salienta como muito importante o convênio que a
AAB manteve com o Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, onde as
equipes de vôlei e basquete se enfrentavam todos os anos, durante as
comemorações de seus aniversários: em agosto o do ECP e em outubro
o da AAB.
A história do esportista Milton Diniz não parou aí. Enquanto
atuava fervorosamente em prol do desempenho esportivo da azulina,
ele pertenceu ao quadro de árbitros da FBV, da CBV e da Federação
Internacional de Voleibol (Fiva), tendo atuado em inúmeros torneios
e campeonatos internacionais, dentre eles o Mundial de 1960,
Sulamericano de 1961 e Panamericano de 1962.
O conceituado esportista de 73 anos, dos quais 47 dedicados ao
esporte azulino, aproveita a oportunidade da inauguração da nova sede
da AAB para homenageá-la, entregando ao clube, por intermédio de sua
diretoria, o pequeno acervo das conquistas dos títulos e honrarias por
ele recebidos, como diplomas, certificados, placas e medalhas. E finaliza:
“agradeço e parabenizo a atual diretoria, comandada pelo dinâmico
presidente, Ademar da Silveira Brito, pela entrega da nova Associação
Atlética da Bahia”.
GRANDES BAILES
Verônica de Macêdo
Jornalista
Conhecidos como Mundinho e Marietinha, o alegre e simpático casal
tem uma longa vida em comum na Associação Atlética da Bahia. Ele,
jurista de 77 anos, é vice-presidente do Conselho Deliberativo, onde
já exerceu a função de gerente entre 1960 e 1964. Juntamente com a
esposa Marietinha, 75 anos - desembargadora aposentada do Tribunal
186
Regional do Trabalho (TRT) e primeira juíza da Justiça do Trabalho no
Brasil -, passou longas e prazerosas horas de lazer com os amigos de
trabalho e de clube, dentre eles Carlos Coqueijo Costa, Milton Farias
e Jorge Diniz. Salvador era pequena, todos se conheciam, ainda mais
morando próximos.
Mundinho (Raimundo Lisboa) e Marietinha (Maria José Lisboa)
moravam numa casa onde hoje funciona a loja Tecidos Bahia, defronte
ao clube. Marietinha ia jogar dominó na AAB todos os domingos com
a sua turma, composta por Gildo (conhecido como Leão, por ser da
Receita Federal), Cid Meirelles, Carlito, Aluísio Messeder e Milton Diniz
Gonçalves. Às sextas-feiras o grupo dela era outro, formado por colegas
do trabalho, do qual também fazia parte Carlos Coqueijo Costa.
Mundinho a acompanhava em todas as festas: carnavais, bailes
de formatura, aniversários, etc. Não perdiam nenhum evento. “Todo
mês o clube trazia um cantor famoso. Cauby Peixoto, Juca Chaves e
Vinícius de Moraes, dentre outros, frequentavam a nossa casa, onde
ensaiavam até chegar o dia do show na Associação”, lembra risonha a
antiga associada. A platéia era composta por amigos e os filhos do casal,
Raimundo e Márcia.
Algumas das grandes lembranças dos dois juristas estão
relacionadas com os bailes de formaturas na Associação, quando seus
filhos levavam os colegas, que muitas vezes pegavam roupas emprestadas
dos pais, pois só se entrava no clube de terno e gravata e indumentárias
de gala para as mulheres. Depois, as recordações passam a ser dos netos
brincando na antiga sede.
Para Mundinho, os dois presidentes que deram vida à Associação
Atlética da Bahia foram Coqueijo e Ademar. Ele afirma com convicção
que a história da Azulina se divide em duas partes. “Antes, com Carlos
Coqueijo Costa, quando foram adquiridos por compras os imóveis
vizinhos ao clube que compuseram um vasto acervo patrimonial”. Ele
ressalta ainda a parte social, com os grandes bailes carnavalescos, quando
a AAB era toda ornamentada para concorrer ao prêmio, oferecido pela
Prefeitura, de melhor decoração de clube social. A Associação quase
sempre obtinha o primeiro lugar.
“Agora, vem a fase de Ademar da Silveira Brito, que enfrentou as
adversidades financeiras com a visão no futuro, conseguindo administrar
e projetar o clube ao lado de toda sua equipe composta por pessoas
qualificadas e leais”, assegura Mundinho.
Para o casal, o atual presidente deu exemplo de determinação,
fé, e competência para outras entidades semelhantes. “Cabe agora aos
associados ajudar a Azulina no que for necessário para consolidar essa
nova fase do clube”, afirmam Marietinha e Mundinho.
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UMA FAMÍLIA QUE É A CARA DA AZULINA
Patrícia Trigueiros
Jornalista
O dia 14 de novembro de 1994 foi decisivo para a família
Trigueiros. Dona Maria de Lourdes Trigueiros, matriarca da família, iria
ser operada pela primeira vez do coração.
Um dia antes, o marido, Moacyr Aderne Trigueiros, os três filhos
e netos decidiram fazer uma homenagem e o local escolhido foi a
Associação Atlética da Bahia. Acharam que a melhor forma de acreditar
que tudo iria dar certo era reunindo a família na AAB, como acontecia
todos os finais de semana.
Hoje, aos 81 anos, dona Lourdes lembra com alegria e emoção
os momentos de felicidade. “O clube é um lugar que me faz lembrar
histórias inesquecíveis. Por isso, estou feliz com a reabertura”, conta.
Das lembranças também saem os tantos carnavais, em que todos se
preparavam para dançar por horas as marchinhas. “O seu cabelo não
nega mulata, porque és mulata na cor”, catarola dona Lourdes uma das
músicas que marcaram a folia na AAB.
Outros carnavais ficaram na lembrança da família, especialmente
para Ana Maria, filha de Moacyr e Lourdes, e seu marido Hamilton. O
primeiro carnaval que o casal de namorados passou junto foi em 1972,
quando a festa esbanjava alegria, estampada nos rostos e também nas
roupas de quem curtia a folia na Associação.
“Painho não queria me deixar ir, mas, depois de muito insistir, ele
autorizou seu Manuel, motorista da família, a me levar ao clube, com
uma condição: à 1h30 teria de estar em casa. Valeu o esforço”, relembra
Ana Maria. Esse foi o primeiro de muitos carnavais do casal.
Com o tempo, a família foi crescendo. Vieram as meninas de Ana
(eu sou uma delas), os filhos de José Renato e de Moacyr Júnior, mais as
crianças dos sobrinhos e afilhados do patriarca da família Trigueiros, que
todo domingo se encontravam na mesma mesa e eram atendidos pelo
mesmo garçom, seu Barros, que fazia questão de correr para anotar os
pedidos.
“Quando chegávamos à Associação, meu pai pedia tudo o que
os meninos queriam. Depois que as crianças comiam, Painho sentava no
parquinho e ficava tomando conta dos nossos filhos, enquanto a gente
curtia”, conta Ana Maria.
Com a reinauguração da Associação Atlética da Bahia, os
Trigueiros pretendem voltar a ter mais histórias para contar. É como
188
reforça dona Lourdes, que agora tem mais um membro na família.
“Espero poder levar meu bisneto, de apenas três anos, para se divertir
no clube. Vai ser a nossa quarta geração a passar os dias na beira da
piscina da Associação”, diz a matriarca.
PORTO DA BARRA, DE VELHOS E NOVOS LOBOS DO MAR
Jolivaldo Freitas
Jornalista
São três horas da manhã e as lamparinas acesas são levadas
protegidas do vento pelo corpo dos homens que as carregam. Uns levam
caçuás; outros cordames, cofos, panelas e azeite. Boa parte dos homens
leva carvão. Tem também o bocapiu com legumes e frutas passadas,
para colocar nos gererés que já estão prontos amarrados com pedras
esperando para serem jogados no fundo do mar.
Todos os dias - menos naqueles de grandes tempestades ou de
festa - o cortejo é o mesmo e os homens se encaminham calados em
direção aos saveiros que estão apoitados no Porto da Barra ou na areia
prontos para rolar sobre troncos; e soltos na água ainda tépida, velas ao
vento, seguir em direção a mar alto, local onde estão os pesqueiros.
Esta cena é antiga e remonta ao século passado. Mas, ainda
hoje, em pleno século XXI, se repete, embora não mais com freqüência
e muito menos com a maioria dos pescadores. O Porto da Barra mudou
bastante ao longo do tempo. E, as facilidades, como motor a diesel,
facilita a vida dos pescadores que ainda se dedicam a tirar o sustento da
família do mar. Atualmente, tem pescador que sai às 9 horas da manhã
e volta no mesmo dia, no final da tarde. Antigamente, lembra seo André
Aleluia, velho morador da Praguer Fróes, os pescadores pegavam suas
embarcações e levavam dois ou mais dias no mar. “Tudo era na vela”.
Isto é confirmado pelo pescador Luiz Rodrigues. Os velhos
saveiristas iam buscar o peixe longe e dependiam do vento. E não
podiam voltar sem a boa pesca, pois era prejuízo e necessidades a serem
enfrentadas pela família. Luiz pode ser encontrado todos os dias na área
de atracação e manutenção dos barcos e saveiros, nas proximidades do
Forte de Santa Maria, um dos marcos do Porto da Barra.
Hoje, a maior preocupação dele é aglutinar os pescadores
remanescentes para que tenham força na hora de buscar melhorias
para todos, principalmente junto à Prefeitura Municipal. O Porto da
Barra ainda congrega em torno de 140 pescadores que trabalham
189
regularmente e isso envolve tanto quem pesca de barco, saveiros, de
mergulho (em apnéia ou com compressor). Os pescadores, diz Luiz,
estão em luta neste momento, para conseguirem um local apropriado
onde possam implantar a sede da associação de classe.
O objeto de desejo deles é o velho Forte de Santa Maria, que é de
responsabilidade do Iphan, mas que está em estado lastimável. O forte
já esteve em mãos da Marinha, de entidades como Sociedade Amigos da
Marinha e até de dono de bar, mas com o tempo foi ficando abandonado
e hoje é usado por drogados que ficam espalhados ao seu redor. Luiz
Rodrigues é diretor da Associação dos Pescadores da Barra e diz que a
luta é grande para conseguir manter os interesses dos pescadores na
pauta da administração municipal. Ele se queixa da dificuldade que está
sendo conseguir o espaço, onde se pretende também instalar um centro
de arte e artesanato.
Os pescadores, na realidade, começaram a se organizar há
quase 80 anos, ainda quando o Porto da Barra era apenas lugar onde
eles moravam, em casas de palha, e onde moradores de outros bairros
próximos, como Graça, Campo Grande e Corredor da Vitória, apareciam
para os banhos que garantiam saúde nas águas mornas. Não havia
balaustrada, coisa que só veio a ser instalada em meados do século
passado e o acesso era difícil pela Ladeira da Barra.
Os pescadores do Porto da Barra fazem parte da Colônia de
Pesca Z-1, que cobre do Mercado Modelo até a Boca do Rio. Eles estão
estruturando a chamada Capatazia, que vem a ser um dos braços
atuantes da Z-1 e que tem a obrigação de gerir a estrutura física do local
e levar suas reivindicações para a entidade maior, que por sua vez é quem
trata com os órgãos governamentais em busca de apoio estrutural.
Os pescadores se queixam que a área do Porto da Barra está
quase que abandonada. O próprio dirigente da Associação observa que
depois de muita luta conseguiu-se um pouco de segurança para a área.
Mas, lamenta que o policiamento seja incipiente. Ele lembra que há
alguns anos, para segurança deles e dos turistas, existiam duas câmaras
de segurança que foram retiradas sem que nenhuma satisfação fosse
dada para pescadores e moradores. “Hoje a Barra, principalmente nos
finais de semana, está tomada por marginais e não temos esperança de
nenhuma solução”, enfatiza.
Até mesmo a área física onde ficam as embarcações está
degradada. A rampa está esburacada e a Prefeitura ficou de dar uma
solução, mas parou a obra de reurbanização pelo meio. O pior - diz Luiz
- “é que esta área do Porto da Barra é por onde os idosos vêm para a
praia nas manhãs cedo. Muitos já tropeçaram e se feriram”.
190
ASSOCIAÇÃO, TEU CENÁRIO É UMA BELEZA
Ademar Brito
Presidente da AAB
Muito feliz o arquiteto Antônio Caramelo, quando projetou a
nossa querida Azulina, esteticamente perfeita, bonita de se ver. Alegra
os nossos olhos, aguça as nossas mentes, valoriza o nosso bairro,
harmoniza a nossa alma, proporciona aos seus usuários, mais de quatro
mil familiares, conforto e praticidade. Nossos agradecimentos a todos
os que contribuíram para tornar o sonho de muitos em realidade.
Desde a inauguração da nova sede, em 27 de novembro de
2010, um sábado ensolarado e bonito, que a nossa quase centenária
instituição tem acompanhado o nosso alegre, sorridente, musical e
esportivo bairro da Barra.
Um dia feliz, com fogos, músicas, abraços, sorrisos, recomendações,
pedidos e agradecimentos ao Criador. Foi o que se viu na manhã de
27 de novembro de 2010, na presença dos associados, de autoridades
e de pessoas ilustres, especialmente da mídia e de representantes das
instituições do Rio Vermelho, com emocionantes pronunciamentos,
todos falando do nosso passado, elogiando o presente e acreditando
em nosso futuro, conforme palavras de Edvaldo Brito, Pedro Godinho,
Eduardo Jorge Mendes de Magalhães, Valfredo Oliveira, Téo Senna,
Alfredo Vasconcelos, Ubaldo Porto e Gerson Gabrielli. Fila para abraços,
homenagens, troféus e retratos, nos levaram a fortes emoções, com
choro de alegria e de contentamento.
Agradeçemos a todos, em especial aos Associados, representados
por Jorge Pinho e Odair Conceição, com a foto e a bela mensagem
colocada na entrada do clube; ao Grupo de Basquete, representado
pela Ababas; ao Grupo de Artes Marciais; e aos demais grupos pelas
homenagens que guardo com muito carinho.
Passados os primeiros momentos das festividades, voltamos
ao nosso dia a dia, que seria adequar as instalações do belo projeto
às necessidades funcionais para gerar conforto aos associados,
especialmente na área administrativa e bar.
Vale salientar que inauguramos o clube sem receber oficialmente
suas instalações por parte da construtora. Muitas falhas estavam visíveis,
tais como: o piso escorregadio no contorno da piscina; ginásio e quadras
de tênis com defeitos; problemas nos sistemas hidráulico e elétrico, no
ar condicionado, na central de gás, etc.
Enfim, muitas pequenas coisas que precisavam ser ajustadas
191
com a intervenção da comissão de obras e dos diretores. Paralelamente,
tínhamos de fazer girar a roda, com diversas realizações e promoções,
senão vejamos:
Eventos esportivos - Os diretores da área colocaram em execução
diversos eventos, com destaque para o Perini Open de Tênis, em parceria
com a Federação Baiana de Tênis, Viramundo e Tedesko, quando foram
inauguradas oficialmente as quadras de tênis com a participação de
Patrícia Medrado, Fernando Meligeni (Fininho), Márcio Carlssom e vários
outros tenistas.
No vôlei, foi realizada uma clínica com o professor e técnico da
Seleção Brasileira, Josenildo de Carvalho; no basquete, teve um torneio
com a seleção do Rio de Janeiro; no futebol soçaite tem jogos às quartas
e sextas; e diversos torneios de sinuca, xadrez, dominó, além de exibições
de judô, karatê, capoeira e tênis.
Escolhinhas - Já se encontram em funcionamento as seguintes
academias de ensino esportivo: tênis, futebol soçaite, basquete, vôlei,
judô, jiu-jitsu e natação.
Entretenimentos - Além do pré e pós carnaval, adulto e infantil, o
clube tem promovido bailes nas noites das sextas-feiras e shows aos
domingos, tudo com música ao vivo, que estão trazendo os associados
de volta e reagrupando novamente a família azulina.
Atividades culturais - O clube está voltando a ser um espaço para
importantes eventos, como a 12ª Convenção do Lions, que trouxe
apresentações da Banda dos Fuzileiros Navais e do Coral Intermezzo. Foi
palco ainda de três lançamentos literários: ‘Mulheres’, livro de autoria
do arquiteto Carlos Maurício Torres, vice-presidente patrimonial da AAB;
‘A Voz como Reflexo do Ego’, do psicólogo Evilásio Teixeira Cardoso;
e ‘Política, Esporte e Mídia Impressa’, de Augusto César Rios Leiro,
Luiz Carlos Rocha, Martha Benevides da Costa e Michel Venturini. Vale
salientar que Augusto César Rios Leiro é conselheiro da AAB.
Somos agradecidos a todos que apoiaram o projeto da nova
Associação, até mesmo àqueles “poucos” que, não acreditando na
capacidade dos nossos conselheiros e diretores, espalharam maldosos
boatos e agora recorrem à Justiça para permanecerem sócios do clube.
Isso é o maior reconhecimento, e muito nos alegra, pois mostra o sucesso
do empreendimento e o quanto estavam equivocados.
Vamos todos, juntos, embarcados no trem da Azulina, seguir
numa viagem que tem destino e futuro certos. Como dizia Montaigne,
“saber ver é sentir o que se olha”.
192
PARTE FINAL
O Bairro da Associação
Galeria dos Presidentes
Cronologia
Agradecimentos
Referências
Índice Onomástico
193
Reprodução: Revista Azulina, Set/2010
Enseada do
Porto da Barra
Praia do Porto da Barra, distante 300 metros da Associação.
A fixação da Associação Atlética da Bahia
no bairro da Barra é devida à família Duder,
representada pelo empresário
George Harvey Duder Junior,
e à família Carvalho, representada pelas senhoras
Maria de Miranda Carvalho e
Maria de Carvalho Tavares.
194
O BAIRRO DA ASSOCIAÇÃO
No dia de Todos os Santos, 1º de novembro de 1501, o florentino
Américo Vespúcio, piloto de uma das naus da esquadra portuguesa
comandada por Gaspar de Lemos, entrou num golfão que Vespúcio
deu o nome de Baía de Todos os Santos. Numa segunda viagem, em
1503, ele entrou novamente na baía que havia descoberto. Nas duas
visitas, Américo Vespúcio passou defronte de uma pequena enseada
existente à direita da entrada da baía. É muito pouco provável que tenha
desembarcado na enseada da barra da Baía de Todos os Santos, uma vez
que o local era habitado por uma tribo de índios ferozes. Sabe-se ainda
que, em 1503 ou 1504, a L’Espoir, uma grande embarcação do francês
Binot Paulmier de Gonneville, também teria feito explorações na Baía de
Todos os Santos.
Em 1509, o náufrago Diogo Álvares Corrêa chegou à Pedra da
Concha, uma ilhota situada na Enseada da Mariquita, distante uma légua
da barra norte da Baía de Todos os Santos e há poucos metros da foz do
Camoroipe (Rio Vermelho). A Pedra da Concha foi o palco do episódio
do certeiro tiro que o náufrago deu numa ave em pleno voo, bem à vista
dos tupinambás. O disparo provocou uma reação de perplexidade e
instintiva veneração. Raciocinando estarem frente a frente com um deus
do raio e da morte, os índios imediatamente associaram o estampido da
arma de fogo, ao trovão; o clarão provocado pela pólvora e pela fumaça,
ao relâmpago; e a morte do pássaro, à queda de um raio. Espantados,
pois desconheciam aquela engenhoca barulhenta, foguenta e mortífera,
os nativos começaram a exclamar: “Caramuru! Caramuru! Caramuru!”
− que na língua tupi significa homem do fogo; filho do trovão; dragão
saindo do mar. Assim, o jovem Diogo se transformou no personagem
Caramuru.
Impondo-se aos índios e conquistando o respeito, o Caramuru
passou a ser um autêntico “cacique branco” dos tupinambás. E
nessa condição possibilitou o surgimento, na Mariquita, da chamada
“Aldeia dos Franceses”, um entreposto de escambo do pau-brasil com
aventureiros franceses. Depois de algum tempo convivendo com os
índios no Rio Vermelho, e já dominando o tupi e circulando pelas aldeias
vizinhas, ele resolveu se transferir para a primeira enseada após a Ponta
do Padrão, extremidade norte da barra da Baía de Todos os Santos, onde
ficava uma grande aldeia dos tupinambás. E desse local, que passou
a ser chamado de Porto do Caramuru, muito mais acessível à entrada
das embarcações do que a Enseada da Mariquita, no Rio Vermelho, o
195
primeiro habitante branco da região da Barra1 intensificou o comércio
do pau-brasil com os franceses.
Nesse porto, além dos compradores do pau-brasil, Caramuru
recepcionou diversos navegadores importantes, dentre eles o espanhol
Rodrigo de Acuña (1526), o francês Jacques Cartier (1527), os irmãos
portuguêses Martim Afonso de Souza (1531 e 1534) e Pero Lopes de
Souza (1531 e 1532) e o espanhol Juan de Mori (1535). Caramuru
também recebeu, em 1536, a comitiva de Francisco Pereira Coutinho,
donatário da recém-criada Capitania da Bahia de Todos os Santos e o
auxiliou na fundação de uma vila, que ficou conhecida como Vila do
Pereira, primeira construção portuguesa na região da Baía de Todos
os Santos. O povoado do donatário foi erguido no outeiro de Santo
Antônio da Barra. A partir daí, o Porto do Caramuru passou a ser também
chamado de Porto do Pereira.
E foi no Porto do Pereira que Caramuru deu as boas vindas
e garantiu a segurança2 (contra hostilidades dos tupinambás) no
desembarque da comitiva do primeiro governador-geral do Brasil, Thomé
de Souza. A chegada foi em 29 de março de 1549, dia que também
simboliza a fundação da Cidade do Salvador, tendo como palco o atual
Porto da Barra. A cidade foi construída num altiplano, há meia légua de
distância.
No século seguinte, o Porto da Barra voltou a ser cenário de um
desembarque importante, no dia 9 de maio de 1624. Mas desta feita foi
pelas tropas holandesas, que após vencerem rapidamente a resistência
do Forte de Santo Antônio da Barra (onde depois seria construído o Farol
da Barra), localizado na Ponta do Padrão, e uma guarnição colocada na
antiga Vila do Pereira (também chamada de Vila Velha) seguiram pela
1 Não se sabe em que ano ocorreu a mudança para a Barra, se foi um, dois ou três anos depois da
sua ruidosa chegada ao Rio Vermelho, no primeiro trimestre de 1509. Mais tarde, já muito poderoso entre os índios, Caramuru construiu a sua própria aldeia, onde passou a viver com familiares,
índios da sua confiança e alguns europeus que apareceram na Baía de Todos os Santos. A aldeia
eurotupinambá ficava em local mais afastado do mar e mais protegido contra possíveis ataques
de piratas. A área escolhida foi uma colina onde hoje se encontra o Largo da Graça, junto à Igreja
do mesmo nome, cuja primeira capela foi por ele construída, em 1535, a pedido da esposa, a índia
Catharina Paraguassú, que tivera diversos sonhos com a Virgem Maria.
2 Em 1545 ocorreu uma grande revolta dos tupinambás, que sitiaram a Vila do Pereira. Graças à
intervenção de Caramuru, o donatário e vários colonos puderam sair da vila e serem embarcados
no Porto da Barra numa caravela que os conduziu ao exílio, na Capitania de Porto Seguro. Um ano
depois, o Caramuru foi a Porto Seguro informar que o donatário poderia voltar e reassumir a sua
capitania. No regresso, a embarcação que trazia Francisco Pereira Coutinho naufragou na costa
sul da Ilha de Itaparica, bem defronte de Mar Grande. O donatário conseguiu salvar-se, mas foi
aprisionado e depois morto pelos tupinambás da ilha. Temendo a hostilidade dos nativos, o rei
de Portugal, D. João III, despachou uma caravela comandada por Gramatão Teles para entregar a
Caramuru uma carta datada de 19 de novembro de 1548. Nela o rei pediu o empenho do “Cavaleiro
de Minha Casa na Bahia de Todos os Santos” no sentido de que uma expedição colonizadora, sob o
comando do fidalgo Thomé de Souza, fosse bem recebida na Baía de Todos os Santos.
196
via terrestre para a invasão e ocupação da capital brasileira. Depois que
os holandeses foram expulsos de Salvador, após um ano de domínio da
capital da colônia, os portugueses resolveram fortificar o Porto da Barra,
construindo em suas extremidades dois fortes: Santa Maria e São Diogo.
O Porto da Barra também ingressou na história como o sítio
da prisão de José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima, emissário do levante
republicano e separatista de Pernambuco, que eclodiu em Recife no
dia 6 de março de 1817. Depois de passar em Alagoas ele se dirigiu a
Salvador, sendo preso no desembarque, em 27 de março de 1817. Por
ordem do Conde dos Arcos, governador da Bahia, o Padre Roma, como
era conhecido, foi fuzilado no dia seguinte.
Com a expansão da área residencial da cidade, o bairro da
Barra transformou-se num reduto de casarões e palacetes de famílias
importantes na sociedade soteropolitana, dentre elas a Corrêa Ribeiro,
de forte presença na Associação Atlética da Bahia. As residências nobres
foram sendo edificadas na Ladeira da Barra, no Porto da Barra e no
Farol da Barra. Na parte interna do bairro espalharam-se pelo Bosque da
Barra, Quintas da Barra, Alameda da Barra, Barra Avenida e, por último,
surgiram o Chame-Chame e os loteamentos do Morro Ipiranga, Jardim
Brasil e Clemente Mariani.
Três clubes sociais elitizados, Associação Atlética da Bahia, Clube
Bahiano de Tênis e Yacht Club da Bahia, muito contribuíram para a
valorização da Barra, que agregou ainda dois importantes hospitais,
o Espanhol e o Português, além do Cemitério dos Ingleses. Ao perder
a característica de bairro eminentemente residencial, surgiram lojas,
clínicas, restaurantes, bares, hotéis, pousadas, centros empresariais,
centros comerciais e o Shopping Barra. Enfim, a Barra se transformou
num bairro de múltiplas atividades, combinando edifícios residenciais
com estabelecimentos de compras e serviços.
Na Barra ficam duas das mais famosas praias de Salvador (Porto
da Barra e Farol da Barra), o Marco da Fundação da Cidade, uma igreja
histórica (Santo Antônio da Barra) e três fortes (São Diogo, Santa Maria
e Santo Antônio da Barra). Esse último abriga o Museu Hidrográfico da
Marinha e o famoso Farol da Barra, que se constitui num dos principais
cartões postais da Bahia. No Morro do Cristo, encontra-se uma estátua
de Jesus Cristo, com sete metros de altura, uma obra-prima do escultor
italiano Pasquale De Chirico, que a produziu em 1920, em mármore de
Carrara.
No Largo do Farol da Barra, onde também fica o Edifício Oceania,
outra referência arquitetônica do bairro, é onde se dá a junção de duas
197
grandes avenidas: o final da Avenida Sete de Setembro, que começa no
centro de Salvador, na Praça Castro Alves; e o início da Avenida Oceânica,
que passa pelo bairro de Ondina e vai terminar no Rio Vermelho. Esse
largo serve também de palco para um grande réveillon público e demarca
o começo do mais prestigiado circuito carnavalesco, o Barra-Ondina,
oficialmente denominado de Circuito Dodô.
A Associação na Barra
Fundada num sobrado localizado no centro da cidade, trecho
de São Bento, iniciando os treinos do seu time de futebol num terreno
localizado na Cidade Baixa, na zona do Comércio, e tendo como sede
provisória (emprestada) uma sala no Clube Caixeiral, situado a poucos
metros da Praça da Piedade, próxima ao local da fundação, a Associação
Atlética da Bahia tinha tudo para ser um clube de duração efêmera,
como dezenas de outros que surgiram em Salvador na febre da iniciação
do futebol na Bahia. A Associação estava fadada a ter vida curta, pois
havia nascido por puro idealismo de um pequeno grupo de jovens sem
recursos financeiros, pois eram caixeiros, denominação que se dava aos
trabalhadores no comércio.
Porém, no caminho da Associação apareceu um empresário de
posses, que comandava a Duder & Cia. Ltda., representante na Bahia
da companhia de navegação inglesa Lloyd Register. George Harvey
Duder Junior e seus quatro irmãos haviam herdado uma grande fortuna
deixada pelo pai, na Inglaterra e na Bahia. Entre os muitos bens em
Salvador figuravam um palacete no Campo Grande (alugado ao Clube
Inglês) e a Fazenda Piranha, nas Quintas da Barra.
Pelos seus vínculos com a área comercial, George deveria
conhecer algum dirigente da Associação, ou tinha como empregado
alguém pertencente à direção da Associação. O fato é que o inglês que
gostava de futebol resolveu ajudar o clube. Em fins de 1918 cedeu o
campo que ficava na Fazenda Piranha para os treinos do time de futebol
da Associação, que também ficou encarregada de administrar a sua
utilização, pois o local passou a ser procurado para jogos. Tinha até uma
liga, a Liga Barrense de Futebol.
No campo cedido gratuitamente pela família Duder, que ficava
onde hoje é o Chame-Chame, a Associação fez algumas benfeitorias,
como a construção de um barracão para servir de vestiário para os
jogadores, que aí passaram a treinar com regularidade. Pode-se dizer
que nesse campo realmente nasceu a equipe que brilhou no campeonato
198
baiano, levando a Azulina à conquista de cinco vice-campeonatos e do
título máximo, o de campeão baiano de 1924.
A presença de George H. Duder (forma mais usual na assinatura
de documentos) na vida da Associação não ficou restrita à cessão do
campo para treinamentos. Ele tornou-se um azulino de proa, tendo
inclusive ajudado financeiramente o clube nas horas das grandes
dificuldades no período da sua afirmação e consolidação como grande
clube. Nessa fase poderia ter sido presidente, mas não quis. Porém,
aceitou ser conselheiro, foi diretor em mandatos de diversos presidentes
e comandou a parte de esportes. O último registro sobre George Duder
em documentos da Associação foi feito em ata do Conselho Deliberativo,
na sessão de 19 de março de 1946, nos seguintes termos:
Pediu, em seguida, a palavra o conselheiro Arthur Motta, lembrando
o nosso consócio George Duder, falecido recentemente, e requerendo
que, pelos relevantes serviços por ele prestados ao clube, especialmente
na época do futebol, lhe fosse tributada uma homenagem na ata da
sessão e colocado o seu retrato na Galeria dos Benfeitores do Clube.
Após falarem diversos conselheiros, relembrando os bons serviços
do homenageado, foi a proposta integralmente e unanimemente
aprovada.
Na ata não foi feita nenhuma menção ao dia e local do falecimento
do antigo baluarte. Conforme registro no arquivo da Santa Casa de
Misericórdia da Bahia, George Duder comprou e pagou à vista, em 1941,
um jazigo perpétuo (Campa 1271, Quadra 07) no Cemitério do Campo
Santo de Salvador, que nunca foi utilizado. Como no Cemitério dos Ingleses
também não consta o sepultamento, a dedução lógica é que George Duder
faleceu e foi enterrado em outra cidade. É provável que o óbito tenha
ocorrido em seu país natal, a Inglaterra. É também factível que tenha sido
sepultado junto ao pai, falecido em Londres, em 18 de janeiro de 1900, aos
59 anos.
A Associação esteve na iminência de alugar um sobrado na Avenida
Sete de Setembro, próximo ao Clube Caixeiral. Mas, uma parte dos
diretores entendia que a sede deveria ficar em imóvel próximo ao campo
de treinamento. Aí, entrou em cena a família Carvalho, na pessoa da viúva e
matriarca, Maria Miranda de Carvalho, que comprou, em 1922, um imóvel3
3 O imóvel, localizado em terreno foreiro ao Mosteiro de São Bento da Bahia, ficava na Rua da
Areia (atual Rua Barão de Itapuã) e pertencia ao coronel Germano Francisco de Assis Júnior, tendo a
escritura sido lavrada no dia 9 de agosto de 1922, no Cartório do Tabelião de Notas Augusto Góes.
O imóvel era composto por um grande sobrado dentro de uma grande área, descrita na escritura
como “uma roça”, que se limitava ao fundo com os terrenos do Morro do Gavazza e do Hospital
Espanhol.
199
na Barra e imediatamente o arrendou à Associação, em condições especiais.
Um de seus filhos, Fábio de Carvalho, foi conselheiro, diretor, presidente
do Conselho Deliberativo e presidente da Diretoria no período de 13 de
dezembro de 1927 a 25 de setembro de 1928, consolidando os laços da
união da família com o clube azulino.
A sacramentação da permanência definitiva da Associação na
Barra deu-se com a compra da sede em 19374, aos herdeiros da benfeitora
falecida. Seus quatro filhos eram os coproprietários do imóvel: Maria de
Carvalho Tavares (inventariante do espólio de Maria Miranda de Carvalho),
Joanna de Carvalho Tavares da Silva, Henrique de Carvalho e Fábio de
Carvalho.
Arte: Verbo de Ligação Ilustrações
Localização da Associação
4 Em ata de reunião da diretoria, a data da compra é 27 de abril de 1937, dia da aquisição do
imóvel perante o juizado da Vara dos Órfãos. No dia 5 de julho foi expedida pelo juiz de direito da
Vara dos Órfãos a carta de arrematação, tendo a escritura sido lavrada no dia 7 de julho de 1937.
200
GALERIA DOS PRESIDENTES
Presidentes da Diretoria
João Vianna Dias da Silva
1914
Carlos Alberto Cruz
1914-1915
Eduardo Silva Lima
1915
Mário Cezar de Carvalho
1915-1919
Frederico Matheus dos Santos
1919-1920
Arthur Motta
1920-1921
Henrique Conde
1921-1922
Bernardino Madureira de Pinho
1922-1923
Henrique Conde
1923
Carlos de Aguiar Costa Pinto
1923
Pedro Bacellar de Sá
1923-1924
Antônio Guilherme Pereira de Carvalho
1924
Alfredo Henrique de Azevedo
1924-1925
José de Aguiar Costa Pinto
1925
Armando Joaquim de Carvalho
1925-1926
Antônio Guilherme Pereira de Carvalho
1926
Miguel Bartilotti
1926
Eduardo Rios Filho
1926-1927
201
Raul Faria
1927
Fábio de Carvalho
1927-1928
Alexander Von Usler
1928
Manoel Rodrigues Pedreira
1928-1931
Raphael L. Gordilho
1931-1932
Rafael Menezes
1932
Arthur Motta
1932-1933 (interino, 5 meses)
Fernando Corrêa Ribeiro
1933-1935
Hugo Studart
1935-1936
Archimedes Pires de Carvalho
1936-1937
Guilherme Carneiro da Rocha Marback
1937-1938
Bráulio Xavier Filho
1938-1939
Noé Rodrigues Nunes
1939-1941
Arthur Motta
1941-1942
Fernando Corrêa Ribeiro
1942-1945
Comissão Fiscal
1945-1946 (4 meses)
Jorge Corrêa Ribeiro
1946-1949
Antônio Menezes Dourado
1949-1954
Gustavo Maia
1954-1956
Carlos Coqueijo Torreão da Costa
1956-1964
Milton Pereira de Farias
1964-1966
202
Jorge Diniz Gonçalves Beltrão
1966-1970
Pergentino Holanda dos Santos Filho
1970-1971
Nilton Silva
1971-1984
Carlos Roberto Soares de Miranda
1984-1988
Sinval Vieira da Silva Filho
1988-1990
Ademar da Silveira Brito
1990-1994
Alberto Florêncio da Silva
1994-1996
Geraldo José da Rocha Brasil
1996-1998
Ademar da Silveira Brito
1998-2002
Jayme Ribeiro Saldanha Júnior
2002-2004
Ademar da Silveira Brito
2004-2012
Presidentes do Conselho Deliberativo
Antônio Freitas Borja
Fábio de Carvalho
Carlos Corrêa Ribeiro
Heitor Dourado
Rodrigo Sampaio
Rogério Gordilho de Faria
Carlos Coqueijo Torreão da Costa
Jayme Baleeiro
Renan Rodrigues Baleeiro
Milton José Dias de Moraes
Eduardo Jorge Mendes de Magalhães
Edvaldo Pereira de Brito
Virgílio Elísio da Costa Neto
Valfredo Oliveira Santos
João Tolentino Alvarez
Ademar da Silveira Brito
Valfredo Oliveira Santos
203
CRONOLOGIA
04.10.1914
Fundação da Associação Atlética da Bahia, com as cores vermelha e
branca.
08.11.1914
Primeira partida de futebol, no Estádio do Rio Vermelho. Perdeu para o
Sport Club Caixeiral, por 3x1.
25.05.1919
Estreia no campeonato baiano de futebol, no Estádio do Rio Vermelho.
Perdeu para o Internacional por 3x2.
14.02.1921
Troca da cor vermelha pelo azul, transformando o alvirrubro em alviazul
e dando origem ao surgimento da denominação Azulina.
15.04.1923
Inauguração da sede, em imóvel arrendado na Rua da Areia, Barra.
15.03.1925
Ao vencer o Club Bahiano de Tênis por 4x2, no Stadium da Graça, a
Associação sagra-se campeã do Campeonato de Futebol de 1924.
15.03.1928
Ao vencer o Club Bahiano de Tênis por 1x0, no Stadium da Graça, a
Associação sagra-se campeã do Torneio Início de Futebol.
18.02.1930
Última partida da Associação no Campeonato Baiano. Empatou com o
Botafogo em 4x4, no Stadium da Graça.
27.04.1937
Compra do imóvel na Rua da Areia, atual Rua Barão de Itapuã 27, que
durante 15 anos esteve arrendado ao clube.
19. 04.1940
Última reunião da diretoria na sede que seria demolida para permitir a
construção de uma nova sede social.
204
18.06.1940
Início das obras da nova sede.
25.01.1941
Inauguração da nova sede.
11.10.1958
Inauguração do parque aquático, com a primeira piscina semiolímpica
da Bahia.
03/04.10.1964
Com um show da cantora Elizeth Cardoso e uma festa dançante que
terminou ao alvorecer do dia 4, a Associação festejou o cinquentenário
da sua fundação.
20.04.1983
Registro no Cartório do 1º Ofício de Imóveis de Salvador da penhora
da sede da Associação para garantia de dívida junto ao Instituto de
Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas). É o
início de uma crise que levaria a Associação a dias muito difíceis, pondo
em risco a sobrevivência do clube.
30.12.2004
Registro no Cartório do 1º Ofício de Imóveis da 15ª e última penhora do
patrimônio da Associação, em ação promovida pela Caixa Econômica
Federal. A Associação encontrava-se no auge de uma crise que parecia
impossível de ser solucionada. Milhares de associados afastaram-se do
clube.
29.04.2005
Assinatura de contrato com a Arc Engenharia e a Construtora Adolpho
Lindenberg, para venda de 12.742,18 m² e construção na área
remanescente (14.599,36 m²) de uma nova sede social verticalizada.
25.10.2005
Reunião com o prefeito João Henrique de Barradas Carneiro, para
negociação da dívida com o IPTU, que era o maior dos débitos da
Associação. Esta reunião representou o início da salvação do clube,
pois viabilizou a efetiva concretização do contrato assinado com a Arc
Engenharia e Adolpho Lindenberg (posteriormente substituída pela
Agra Incorporadora).
205
21.10.2007
Início da exposição Casa Cor Bahia 2007, que iria até o dia 28 de outubro.
Foi o último evento na Associação, que em janeiro teve todas as suas
instalações demolidas pela Arc Engenharia.
19.02.2008
Lançamento da pedra fundamental para a construção da nova sede da
Associação.
27.11.2010
Inauguração da nova sede, denominada Complexo Sócio Cultural e
Esportivo Presidente Ademar da Silveira Brito.
02.12.2010
Sessão Especial na Câmara Municipal de Salvador, requerida pelo
vereador Pedro Godinho, em homenagem ao ressurgimento da
Associação Atlética da Bahia.
31.01.2011
Primeiro evento público pós-inauguração da nova sede, com a entrega
dos diplomas de Sócio Benemérito, a Valfredo Oliveira Santos, e de Sócio
Honorário a Claudelino Monteiro da Silva Miranda. A solenidade foi no
Salão Nobre Ministro Carlos Coqueijo Costa, onde também foi oferecido
um coquetel de confraternização entre associados e convidados.
18.02.2011
Primeira festa dançante, com Beto Narchi e seu conjunto musical.
206
AGRADECIMENTOS
O jornalista Edgar Viana Filho, ex-diretor da Associação Atlética
da Bahia, é meu amigo desde quando cheguei ao Rio Vermelho, em
julho de 1958. Passamos a adolescência no Parque Cruz Aguiar, na Rua
Alagoinhas, ele morando na casa de número 3 e eu na de número 13.
Quando Edgar me telefonou, para consultar se poderia propor o
meu nome ao presidente Ademar da Silveira Brito – que estava solicitando
indicações de um escritor que pudesse escrever a história da Associação
Atlética da Bahia –, não pensei duas vezes em dar a anuência. O projeto
do livro seduziu-me instantaneamente, por motivos que logo afloram às
minhas boas lembranças da juventude.
Em primeiro lugar, havia testemunhado a fase final do período
áureo da Azulina, com seus incomparáveis bailes carnavalescos
(frequentei-os de 1965 a 1975), festas de aniversários, festas de
debutantes, formaturas das faculdades, shows musicais e competições
esportivas em diversas modalidades. Recordei-me inclusive da última
festa que compareci, numa condição especial, pois foi organizada por
mim, que comandava na Bahia, via Bahiatursa, a implantação do Projeto
dos Clubes da Terceira Idade, um programa nacional patrocinado pela
Embratur como estratégia mercadológica para fazer os aposentados
viajarem nos períodos da baixa estação turística. E dentro desse objetivo,
coordenei em 1986 a fundação do primeiro clube da terceira idade em
Salvador, que passou a funcionar em local pertencente à Bahiatursa, no
Belvedere da Sé.
Quando o carnaval de 1987 se aproximou os diretores do clube
recém-fundado, já contabilizando mais de três mil associados, solicitaram
a realização de uma festa carnavalesca exclusiva para o congraçamento
da classe que reunia os maiores de 50 anos de idade. Ora, raciocinei que
tinha que ser um grande baile, a altura do projeto que envolvia duas
importantes estatais do turismo nacional, a Embratur e a Bahiatursa.
Procurei o amigo Edgar Viana Filho, diretor da Associação, e propus
que o clube fosse alugado à Bahiatursa para a realização do Carnaval da
Terceira Idade.
Como nas festas de antigamente e com uma orquestra
especializada na execução de músicas imorredouras dos carnavais do
passado, comandada por Carlos Antônio Santiago, o Bigode, e tendo
Geraldo Marron como crooner, o baile foi realizado no Salão Nobre,
em 25 de fevereiro, com a Associação inteiramente decorada para a
folia momesca, pois o carnaval começaria oficialmente três dias depois,
207
no sábado. O Carnaval da Terceira Idade foi um sucesso estrondoso.
Começou às 23 horas e terminou às 5 horas da quinta-feira, já com o dia
iluminado pelos primeiros raios solares do verão.
Havia também uma motivação familiar para eu me engajar no
projeto do livro. Minhas tias, Oréade e Indira Mesquita Marques Porto,
que residiram bem perto da Associação, na Rua Marquês de Caravelas,
costumavam dizer que na mocidade tinham sido frequentadoras da
Associação, pois o pai, Júlio Adalberto Marques Porto, era sócio. Citavam
também o nome de um parente que havia sido diretor do clube na sua
fase inicial. “Ele muito contribuiu para o que a Associação é hoje”, diziam.
Essa informação, que ouvi algumas vezes, remonta ao início da década
de 1960. Com o perpassar do tempo, esqueci o prenome do Marques
Porto que elas falavam quando o assunto era a Associação Atlética,
então no auge da sua importância na elite da sociedade soteropolitana.
Pois bem, ao pesquisar os livros de atas, deparei-me com o nome
de Clodoaldo Marques Porto. Confesso que fiquei muito orgulhoso de
encontrar o parente citado pelas minhas tias, quando a Associação
procurava se afirmar como clube de futebol.
Nos registros constavam que Clodoaldo Marques Porto, também
nominado como “Senhor Marques Porto”, exerceu as seguintes funções
num período de cinco anos: Diretor de Sport (1917-1919); 2º Secretário
(1919-1920); e delegado da Associação na Liga Bahiana de Desportos
Terrestres, de 1920 a 1921. Também coordenou a elaboração do Estatuto
da Associação, que passou a vigorar a partir de 14 de fevereiro de 1921.
Participou também, em 1922, dos trabalhos de beneficiamento do
imóvel que foi arrendado para abrigar a sede, na Rua Barão de Itapuã
27 (antiga Rua da Areia), que começa na Avenida Sete de Setembro,
trecho entre o Forte de Santa Maria e o Hospital Espanhol. No Livro da
Genealogia da Família Marques Porto, fui encontrar o seguinte perfil
biográfico de Clodoaldo, escrito pelo médico Enódio Mesquita Marques
Porto, meu tio:
Clodoaldo Augusto de Marques Porto nasceu em Salvador, a 7
de setembro de 1884. Depois de ter passado a infância em Alagoinhas,
voltou para Salvador, onde iniciou o curso de medicina, que abandonou
para estudar direito, também não concluído.
Tinha grande vocação para a música, tendo sido compositor,
pianista, violonista e exímio tocador de bandolim. Na mocidade,
destacou-se como nadador e remador do Clube de Regatas Itapagipe.
Apaixonado pelo futebol, foi diretor da Associação Atlética da
Bahia, vice-presidente da Associação Bahiana dos Cronistas Desportivos
e juiz de futebol da Liga Bahiana de Desportos Terrestres, tendo apitado
208
vários jogos (exceto da Associação) realizados nos estádios do Rio
Vermelho e da Graça. Em 1º de janeiro de 1931, foi um dos fundadores
do Esporte Clube Bahia.
Homem de vasta cultura, era muito consultado por parentes e
amigos, notadamente sobre questões jurídicas e literárias. Foi redator
de dois importantes jornais de Salvador, O Imparcial e A Tarde.
Casado com Maria José Alves de Almeida, baiana de Santo
Amaro, nascida em 27 de julho de 1904, teve três filhos: Ilza d’Almeida
Porto, Zilah d’Almeida Porto e Zadir Marques Porto. Clodoaldo
aposentou-se como servidor público federal do Departamento dos
Correios e Telégrafos. Faleceu no dia 21 de abril de 1964, em Feira de
Santana, aos 79 anos.
Um dos nomes que também aflorou à minha memória foi o de
Alfredo Pereira de Mello, o Mica, que conheci assim que fui morar no
Rio Vermelho, em 1958. Ele era uma personalidade querida e venerada
nesse bairro e tornei-me amigo do seu filho, Carlos Alberto Pereira de
Mello, o Carlinhos Mica (herdou o apelido do pai), irmão de Regina, que
havia sido Rainha do Rio Vermelho e uma das moças mais bonitas que
o bairro teve na década de 1950. A filha de Mica foi a musa inspiradora
do músico, compositor e cantor Osvaldo Fahel, que para ela compôs a
toada Morena do Rio Vermelho5. Gravada em 1962, tornou-se o maior
sucesso no repertório de Fahel e música obrigatória em todas as suas
apresentações, inclusive nos vários shows que fez na Associação no
período das festas dançantes.
Estive muitas vezes na casa de Mica, o maior astro que vestiu a
camisa da Azulina. Escrevi diversas matérias sobre ele, publicadas no
jornal A Tarde (1985), Jornal do Rio Vermelho (1988), e com ele já falecido
no livro Rio Vermelho (1991) e na revista eletrônica do site da Acirv
(2006). Durante as entrevistas, com os assuntos sempre versando sobre
futebol, o Mica falava de suas passagens pelo Yankee, pelo Botafogo,
onde foi campeão duas vezes consecutivas, e pela seleção baiana que
fez sucesso no Rio de Janeiro e o levou a ser convocado para a seleção
brasileira que foi disputar o Sul-Americano de 1923 no Uruguai e dois
jogos oficiais na Argentina. Contou que no retorno a Salvador, após ser
recebido com festas no cais do porto, o seu pai, sócio e torcedor da
Associação, foi logo dizendo: “Agora você vai jogar na Azulina, para ver
5 Regina Pereira de Mello não era morena. Por uma licença poética, para permitir a rima musical,
Osvaldo Fahel trocou a cútis branca pela cor morena, mas manteve na letra os olhos verdes da exnamorada. Eis a letra completa: “Morena bela do Rio Vermelho / Teu lindo olhar é um espelho, morena / Onde vejo o luar / Tu tens nos olhos o verde do mar / E no verde mar dos teus olhos, morena
/ Eu queria me afogar, morena / Quisera ser um chorão / Cantar minhas mágoas / Numa canção e
viver / E morrer prisioneiro / Entre as paredes do teu coração, morena”.
209
se arranca ela da maldição dos vice-campeonatos”. A Associação era
tetra vice-campeã, de 1920 a 1923.
Portanto, a missão de Mica era colocar a Associação na galeria
dos campeões do futebol baiano, onde já se encontravam inseridos o
Club Internacional de Cricket (primeiro campeão, em 1905), Club de
Natação e Regatas São Salvador (1906 e 1907), Sport Club Vitória (1908
e 1909), Sport Club Santos Dumont (1910), Sport Club Bahia (não é o
atual, 1911), Atlético Foot-ball Club (1912), Fluminense Foot-Ball Club
(de Salvador, 1913 e 1915), Sport Club Internacional (não é o de Cricket,
1914), Sport Club República (1916), Sport Club Ypiranga (1917, 1918,
1920 e 1921), e o Botafogo Sport Club (1919,1922 e1923). E com Mica
no time, a Associação, finalmente, quebrou o tabu e conquistou em
1924 o tão almejado título de campeão baiano.
Na elaboração deste livro contei com importantes colaboradores
e consultores: Edgar Viana Filho, que dirigiu o Informativo O Azulino;
João Rubem Carvalho de Souza, o Rubinho dos Carnavais, que me
franqueou sua coleção de revistas e informativos da Associação; José
Carlos Brito Dória, o Boréu, que deu à Associação o seu primeiro título
nacional no tênis; Pedro Silva, o melhor tenista da Bahia no período de
1973 a 1987, hoje professor das novas gerações; Lúcia Maria Rebouças
Meirelles, mãe de Vânia, Tânia, Ivana e Itana, campeãs brasileiras de
tênis; Luiz Henrique Cordeiro de Almeida Silva, o Lula, craque de futebol,
filho do ex-presidente Nilton Silva; Maria da Graça Diniz da Costa Belov,
filha do ex-presidente Carlos Coqueijo Costa, de quem fui aluno em
1968, na Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia,
onde ele lecionava a disciplina Direito do Trabalho; Aloildo Gomes Pires,
historiador do futebol baiano, a quem recorri diversas vezes; Martha
Rocha, a eterna Miss Brasil; e Geraldo Bonelli, do Arquivo Histórico da
Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.
Agradeço ainda a Eliraldo Cristo Bomfim e Eliane Silva de Jesus,
coordenador administrativo e secretária da Associação Atlética da Bahia,
ao fotógrafo Kin Kin e ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, cuja
biblioteca frequento há 40 anos, a procura de livros e jornais do passado,
onde sempre contei com a prestimosa ajuda e paciência da bibliotecária,
Maria Augusta Mascarenhas Cardozo, e do auxiliar de bibliotecário,
Antônio Fernando da Costa Pinto.
Estendo também os agradecimentos aos que contribuíram com
valiosos artigos, que registram sob diversas perspectivas e variados
ângulos a história da Associação. Ei-los: Valfredo Oliveira Santos, Boris
B. F. Pessoa, Carlos Maurício Torres, Augusto César Rios Leiro, Antônio
210
Cruz Moreira Alves, Edgar Viana Filho, Luiz Henrique Portela Brim,
Odair de Jesus Conceição, João Rubem Carvalho de Souza, Alfredo
Vasconcelos, Verônica de Macêdo, Patrícia Trigueiros, Jolivaldo Freitas,
Ademar Brito, Oréade Mesquita Marques Porto e Yvette Marques Porto
Pavão. Respectivamente com 96 e 87 anos, essas duas últimas são
irmãs e foram as únicas pessoas nessa faixa etária que encontrei bem
lúcidas para o registro dos fatos relacionados com a primeira sede da
Associação, demolida em 1940, e com a primeira fase da segunda sede,
inaugurada em 1941.
Quero ainda deixar consignada uma data marcante, 18 de
agosto de 2010. Nesse dia tive uma reunião com o presidente Ademar
da Silveira Brito, que oficializou o começo dos trabalhos deste livro. O
autor trabalharia fortemente pressionado pelo tempo, pois assumiu
a responsabilidade de produzir, num curtíssimo espaço de tempo um
livro importante. De antemão, sabia que a História da Associação era
riquíssima, que daria para elaborar uma vasta e volumosa obra, beirando
mil páginas, caso o tempo disponível fosse de três anos. Mas o meu
múnus era resumir tudo num tempo de um ano e meio.
Em face da urgência na entrega da encomenda, fui obrigado
pelas circunstâncias a limitar o raio de ação nas pesquisas e entrevistas.
Enfim, tive de concentrar-me nos aspectos que julguei mais relevantes,
que expressassem de forma condensada a rica História da Associação
Atlética da Bahia, que no dia 27 de novembro de 2010 renasceu para
enfrentar novos desafios. Enfim, inteiramente repaginada, a Associação
foi preparada e aparelhada para festejar condignamente o centenário
da sua fundação, que ocorrerá em 2014.
Segundo classificação do Conselho Superior Interclubes, órgão
da Confederação Brasileira de Clubes, a Associação encontra-se entre os
trinta melhores clubes sociais do país. E nesse ranking, que não envolve
pontuação, mas simplesmente inclusão, a Bahia tem apenas dois clubes,
a Associação Atlética Banco do Brasil-Salvador e a Associação Atlética
da Bahia. Trata-se de um verdadeiro ISO de qualidade dos clubes sociais
brasileiros, que conferiu à Azulina uma conquista inédita, pois obteve o
reconhecimento nacional antes mesmo da inauguração, pois a comissão
do Conselho Superior Interclubes fez a homologação assim que as obras
foram concluídas.
Tudo isso, os associados devem ao denodado trabalho do
presidente Ademar da Silveira Brito e aos membros da Diretoria e do
Conselho Deliberativo, que durante cinco anos lutaram para que o
sonho de uma nova Associação fosse possível de ser concretizado.
211
O meu agradecimento final é para o vereador Pedro Godinho,
pelo honroso convite para o autor deste livro pronunciar um discurso
na Sessão Especial da Câmara Municipal de Salvador, por ele convocada
e realizada sob a sua presidência no dia 2 de dezembro de 2010,
no Plenário Cosme de Farias, que homenageou o ressurgimento da
Associação Atlética da Bahia no cenário da Cidade do Salvador.
Quanto ao livro, que os leitores façam a avaliação dessa obra,
à qual me dediquei com todo amor e afinco possíveis. Que emitam o
julgamento de juízo sobre a história resumida dos 96 anos da gloriosa
trajetória da Associação Atlética da Bahia.
Acervo Edgar Viana
O Autor
212
REFERÊNCIAS
Livros
ARAÚJO, Dilton Oliveira de/SOARES, Geraldo Ramos. Caminhos de Contas, a História do
Tribunal de Contas do Estado da Bahia. Salvador: TCE-BA, 2002.
CARTA, Gianni e MARCHER, Roberto. O Tênis no Brasil, de Maria Esther Bueno a Gustavo
Kuerten. São Paulo: F-QM Editora Associados, 2004.
CRUZ, Gutemberg. Humor Gráfico na Bahia, o Traço dos Mestres. Salvador: Gráfica e Editora
Arembepe, 1993.
GASTALDONI, Ivo. Memórias de Piloto de Patrulha. Rio de Janeiro: Papéis e Cópias de
Botafogo e Markgraph, 1997.
PORTO FILHO, Ubaldo Marques. Bahia, Terra da Felicidade. Salvador: Bahiatursa, 2006.
PORTO FILHO, Ubaldo Marques. Diogo Álvares, o Caramuru. Salvador: Acirv, 2010.
PORTO FILHO, Ubaldo Marques. Rio Vermelho, de Caramuru a Jorge Amado. Salvador: Acirv, 2009.
PORTO FILHO, Ubaldo Marques. Rio Vermelho. Salvador: Amarv, 1991.
TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1963.
Revistas
ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DA BAHIA. Salvador, n. 19, 27, 29, 35, 49 e 50.
AZULINA. Salvador, nº 1 (2010) e nº 2 (2011).
PLACAR. São Paulo, mai. 1994.
TÊNIS. São Paulo, n. 19, jun. 1979.
Jornais
A TARDE. Salvador, diversas edições – 1920-1925, 1928-1930, 1932, 1934, 1935, 1941,
1946, 1954, 1958, 1963, 1964, 1978, 1979, 2004.
DIÁRIO DA BAHIA. Salvador, diversas edições – 1921-1922.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS. Salvador, diversas edições – 1923, 1926-1930.
DIÁRIO OFICIAL DO LEGISLATIVO. Salvador, 4/6 jan. 2010.
ESTADO DA BAHIA. Salvador, 12. out. 1964.
INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DA BAHIA. Salvador, n. 01 ao 300.
INFORMATIVO O AZULINO. Salvador, n. 3, 4, 6, 10, 11, 13 e 14.
JORNAL DA BAHIA. Salvador, 29 set. 1964.
JORNAL DE NOTÍCIAS. Salvador, 11 mai. 1919.
Documentos não publicados
ATAS DA ASSEMBLÉIA GERAL da Associação Atlética da Bahia.
ATAS DA DIRETORIA da Associação Atlética da Bahia.
ATAS DO CONSELHO DELIBERATIVO da Associação Atlética da Bahia.
Locais pesquisados
Arquivo da Associação Atlética da Bahia.
Arquivo da Santa Casa de Misericórdia da Bahia.
Arquivo Público do Estado da Bahia.
Biblioteca Ruy Barbosa (Instituto Geográfico e Histórico da Bahia).
Cartório do 1º Ofício de Registro Civil de Imóveis de Salvador.
Cemitério do Campo Santo de Salvador.
Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.
Sociedade da Igreja de São Jorge e Cemitério Britânico (Cemitério dos Ingleses).
213
Sites
http://3.bp.blogspot.com
http://blogdenelsonrocha.blogspot.com
http://blogdogutemberg.blogspot.com
http://historiadofutebolbaiano.zip.net
http://pt.wikipedia.org
http://stephaniesuerdieck.blogspot.com
http://www.aabazulina.com.br
http://www.academia.org.br
http://www.acirv.org
http://www.campeoesdofutebol.com.br
http://www.caramelo.com.br
http://www.cbc-clubes.com.br
http://www.cbf.com.br
http://www.clubebahianodetenis.com.br
http://www.dicionariompb.com.br
http://www.futebolnarede.com.br
http://www.jusbrasil.com.br
http://www.martarocha.com.br
http://www.patriciamedrado.com.br
http://www.topgol.com.br
You Tube. Relíquia Martha Rocha - Patrocínio
Fratelli Vita Cristais
214
ÍNDICE ONOMÁSTICO
A listagem abaixo contém, por ordem alfabética, os nomes das
1.230 pessoas citadas neste livro, menos as inclusas na parte do Adendo. Esse índice tem por finalidade facilitar a tarefa dos leitores e pesquisadores que queiram identificar quem está registrado na obra.
Consultando a lista, ficar-se-á sabendo em qual ou quais páginas o
nome procurado será encontrado. Quando a indicação estiver acompanhada de um hífen (exemplo: 121-124), significa que a citação constará
de um extremo a outro da numeração.
No caso da exemplificação acima, que se refere a Ademar da Silveira Brito, o construtor da nova sede da Associação Atlética da Bahia é
encontrado nas páginas 121, 122, 123 e 124.
A. Bailie: 19
A. McNair: 19
A. Vignoles (Alfredo W. Vignoles): 19
Abílio Coutinho Filho: 89
Abílio: 95
Abimael Oliveira: 155
Accioly: 33
Ademar da Silveira Brito: 7-9, 111, 121-124, 129, 130, 132, 138-146, 151, 152, 154, 156-159,
167-169, 171, 172, 175, 176, 180, 182, 183, 185-187, 191, 203, 205, 207, 211, 243, 254,
273, 324, 328, 329, 332-336, 338, 340, 342, 343, 349, 350, capas 4, 5 e 7
Ademir da Silva Caldas: 336
Adherbal: 17
Adilson Lima Ramos: 152, 155, 329
Adilson Mendes Rodrigues: 155
Adri Viana Lago: 154
Adroaldo Abreu de Oliveira: 89
Adroaldo Medrado: 85
Adroaldo Rodrigues Neiva Filho: 99
Afonso Henrique: 90
Agostinho dos Santos: 106
Aidil Ainsworth: 92
Airton Cunha: 77, 82
Alan Azevedo Brito: 155
Alberto Casali: 169
Alberto F. da Silva Júnior: 96
Alberto Florêncio da Silva: 89, 123, 154, 185, 203
Alberto Miranda: 172
Alberto Pondé: 46
Alceste Caldas: 163
Alcino Guedes: 71
Alcivandro Luz: 106
Alcyr Pires Vermelho: 71
Aldir Guimarães Passarinho: 253, 254
215
Aldovandro: 27
Alemão (Sylvio Serpa): 25
Alencar: 104
Alex Von Usler (Alexander Von Usler): 169, 202
Alexandre de Araújo Sena: 99
Alexandre Galvão de Oliveira: 99
Alexandre Robatto Filho: 69
Alexandre Santos de Oliveira: 99
Alfredo Americano da Costa: 102
Alfredo Henrique de Azevedo: 5, 26, 44, 201
Alfredo Pereira de Mello: ver Mica
Alfredo Vasconcelos (Alfredo Rodrigues Vasconcelos Filho): 8, 125, 126, 138, 146-152, 191,
211, 340
Aline Oriá: 90, 91
Alírio: 104
Almir Ricardo Silva: 99
Almir: 61
Aloildo Gomes Pires: 210
Aloísio Coelho Messeder: 135, 153, 187
Aloísio Palmeira: 249
Aloísio Souza: 82
Aloysio Figueiredo Portugal: 15
Álvaro Barros: 17-20
Álvaro de Souza Filho: 155
Álvaro Rocha (Álvaro Pereira da Rocha): 65, 66
Alvinho: ver Álvaro Barros
Amaro Silveira: 25
Amauri Aquino: 120
Amauri Nader: 171
Amélia Almeida: 89
Américo Fagundes de Brito: capa 4
Américo Salles: 5,13, 252, 256
Américo Vespúcio: 195
Amin Jamil: 155
Ana Cláudia Cordeiro de Almeida Silva: 108
Ana Cristina Tude: 89
Ana Maria Carvalho Sá: 84
Ana Maria Moraes: 92
Ana Maria Trigueiros: 188
Ana Marta Drumond Bittencourt: 155
Ana Otávia Bonfim Brito Schaum: capa 4
Ana Viana: 335
Ana: 90
Anderson Azevedo Brito: 155
André Aleluia: 189
André Cordeiro de Almeida Silva: 108
André Fonseca: 89
André Silva: 89
Andrés Molina: 96
Ângela Lemos Sampaio: 84
Ângela Maria (Abelim Maria da Cunha): 181
216
Angêla Vasconcelos: 85
Ângelo de Souza Castro Oliveira: 99
Aníbal (juvenil): 35
Aníbal: 17
Anildo Pires Sepúlveda: 122
Anorailton Conceição Silva: 344
Antônio Bernardino de Carvalho: 5, 13-15, 17, 252, 256
Antônio Brito (Antônio Luiz Paranhos Ribeiro Leite de Brito): 184
Antônio C. Tavares Guimarães: 88
Antônio Caramelo Vasques: 9, 133, 140, 141, 146, 156, 191, 347
Antônio Carlos (colunista social): 81, 84
Antônio Carlos Ferreira Freire: 334
Antônio Carlos Lessa: 88
Antônio Carlos Lins: 92
Antônio Carlos Lopes Pontes: 155
Antônio Carlos Magalhães/ACM (Antônio Carlos Peixoto de Magalhães): 126, 176,
Antônio Carlos Mattos: 89
Antônio Carlos Melo Calmon: 135, 140
Antônio Carlos Oliveira Lago: 156
Antônio Carlos Pringsheim Cunha: 135, 335
Antônio Cruz Moreira Alves: 8, 10, 152, 154, 159, 179, 180, 210, 329, 332, 334, 343
Antônio Dias de Moraes: 5
Antônio Fernando A. das Neves: 88
Antônio Fernando da Costa Pinto: 210
Antônio Freitas Borja: 203
Antônio Guilherme Pereira de Carvalho (Toneca): 26, 44, 201
Antônio Heider Lago Bomfim: 9, 152, 156, 171, 329, 334, 339
Antônio Honorato de Castro Neto: 10, 351
Antônio Imbassahy (Antônio José Imbassahy da Silva): 124, 126
Antônio Laranjeira: 130
Antônio Luiz: 89
Antônio Manso Filho: 15
Antônio Menezes Dourado: 5, 169, 202
Antônio Miranda: 88
Antônio Moreno Neto: 158
Antônio Pinheiro Monteiro: 155
Antônio Silva: 89
Antônio: 90
Apio Aleluia de Freitas Júnior: 99
Aragão (Orlando Aragão): 18, 20, 27
Araújo: 96
Archimedes Pires de Carvalho: 5, 52, 53, 59, 105, 202
Ari : 92
Ari Toledo das Dores Júnior: 88, 89
Ari Ulm: 89
Arialdo Boscolo: 158
Aristóteles Góes: 69
Aristóteles Pinto: 15
Arlinda: 90
Armando Berbert Tavares: 16
Armando Cornejo: 96
217
Armando Costa: ver Costa
Armando do Nascimento: 100
Armando Francisco Aragão: 90, 91
Armando Joaquim de Carvalho: 201
Armando Martins: 182
Arnaldo Casaes: 88, 89, 96
Arnaldo de Souza Guise: 20
Arnold Wildberger: 85
Arnon Lima Barbosa: 345
Arruda (João Arruda): 18, 19
Arthur Fraga: 5, 20, 23, 44
Arthur Moraes (Artur Rodrigues de Moraes): 18
Arthur Motta: 5, 18, 20, 44, 48, 49, 52, 59, 199, 201, 202
Ary Soares Mesquita: 342, 345
Ary: 120
Astério Seixas: 33, 42
Astor: 120
Astrolábio: 27
Athanásio M. Domingues: 96
Augusto César Rios Leiro: 8, 155, 159, 171, 192, 210
Augusto Góes: 199
Augusto Moura: 160, 242, 332, 336
Augusto Oliveira: 90
Áurea Bezerra: 92
Aurelino Damasceno Passos: 155, 203
Aurélio Pires: 10, 154, 334
Aurenice dos Santos Andrade: 135, 140, 336
Aurita Farias: 89
Aylton Walter do Nascimento: 155
B
Baden Powell de Aquino: 73, 181
Bailie: ver A. Bailie
Barbara Rush: 68
Barbosa Neto: 88
Barros (garçom): 188
Bemvenuto Botelho da Silva: 49, 50
Benadir Hunter: 155
Benjamim Weinstein: 135
Benno Becker Júnior: 186
Bernardino Madureira de Pinho: 5, 20, 21, 105, 201
Bernardino: ver Antônio Bernardino de Carvalho
Beto Narchi: 206, 348
Billie Jean King: 86, 87
Binnion: 19
Binot Paulmier de Gonneville: 195
Bisa: 33
Boaventura Moreira Caldas: 5, 13, 14, 17, 252, 256
Boréu (José Carlos Brito Dória): 7, 39, 74-76, 82, 96, 102, 210, 320
Boris Kotler: 89
Boris Pessoa/Boris B. F. Pessoa (Boris Benjamin Freyesleben Pessoa): 8, 9, 130, 152, 156, 157,
159, 160, 165-168, 171, 176, 210, 254, 333, 334
218
Brandão: 95
Bráulio Xavier Filho: 5, 84, 202
Bruno da Cruz Oliveira: 88
Bruno Jardim: 89
C
C. Mattos: 19
Cadilac: 104
Café Filho (João Café Filho): 21, 69
Caldas: 35
Capeto: 17
Caramuru: ver Diogo Álvares Corrêa
Cardina: 20
Carioca: 96
Carla: 98
Carlinhos Andrade (Carlos Alberto Dias de Andrade): 104
Carlinhos Gonçalves: ver Carlos Alberto Gonçalves
Carlito: 187
Carlos A. Borba Pedreira: 88
Carlos Alberto Carvalho Lima: 155
Carlos Alberto Cruz: 5, 13, 14, 201, 256
Carlos Alberto de Carvalho Lima: 155, 343
Carlos Alberto Gonçalves: 89, 104
Carlos Alberto Pedreira Bamberg: 155
Carlos Alberto Pereira de Mello (Carlinhos Mica): 209
Carlos Alberto Pintinho (Carlos Alberto Gomes): 104
Carlos Alvarado: 96
Carlos André Ricci: 99
Carlos Antônio Santiago (Bigode): 207
Carlos Augusto Rosemberg de Oliveira: 88
Carlos Autran Oliveira Amaral: 342, 345
Carlos Coqueijo Costa (Carlos Coqueijo Torreão da Costa): 5, 40, 76, 81, 106-108, 157, 169,
171, 176, 181, 185, 187, 202, 203, 206, 210, 342, 345
Carlos Corrêa Ribeiro: 5, 21, 44, 52, 55, 60, 106, 203
Carlos Costa Pinto (Carlos de Aguiar Costa Pinto): 5, 20, 44, 52, 201
Carlos da Costa Cruz: 5, 13, 256
Carlos de Lacerda Kelsch: 20
Carlos dos Reis Bispo Gomes: 135, 140, 246, 336
Carlos Drummond de Andrade: 106
Carlos Eduardo de Oliveira: 88
Carlos Eugênio Mattos Yuns: 96
Carlos Faria Costa: 88
Carlos Feldstad: 96
Carlos Fernando Abreu Filho: 88
Carlos Garcia L. Filho: 88
Carlos Gomes: 96
Carlos Japiassú: 94
Carlos José Dória: 89
Carlos Kyrmair: 97
Carlos Lacerda (Carlos Alberto Freitas de Lacerda): 40, 93, 107, 181
Carlos Lando: 96
Carlos Maurício Torres: 8, 10, 136, 153, 154, 159, 169, 170, 192, 210, 343
219
Carlos Nader: 253
Carlos Renato: 71
Carlos Ricardo Gaban: 10, 156. 170, 246
Carlos Roberto S. Lacerda: 88
Carlos Roberto Soares de Miranda: 115, 203, capa 4
Carlos Sá: 46
Carlos Senna: 172
Carlos Sodré (Carlos Eduardo Sodré): 342, 344
Carlos Volante: 104
Carlos Winston Marques: 89
Carlos: 92
Carmelito Walter de Almeida: 344
Carmem Cury Braga: 92
Carmem Maciel: 92
Carvalho (juvenil): 35
Carvalho: 30
Carvalho: ver Antônio Bernardino de Carvalho
Cássio Motta: 97
Catharina Paraguassú: 196
Cauby Peixoto Barros: 187
Celso de Mello: 253
Celso Sacomandi: 97
César A. Valverde: 88
César Augusto Oliveira dos Santos: 156, 343
César Augusto: 336
César Luiz Carvalho: 9
César Marianetti Braga: 88, 89
César Ricardo Almeida Requião: 99
Cezar: 22, 25-27
Charles Fabian Figueiredo Santos: 27
Charles Fancult: 96
Chico Lopes: 18
Chin Fischer: 96
Cícero Bacellar de Sá: 20
Cid E. Meirelles: 89, 173, 187, 322
Cigano: 321
Cíntia Almeida: 89
Ciro Barbosa Cardoso: 88
Ciro: 104
Clara Nunes: 106
Claudelino Miranda (Claudelino Monteiro da Silva Miranda): 138,146, 156, 206, 333, 338,
341-343, 345
Cláudia Brito Costa: 140, 336
Cláudia Maia de Freitas: 99
Cláudia Monteiro: 86
Cláudio Adão (Cláudio Adalberto Adão): 104
Cláudio B. da Fonseca: 88
Claudio Bomfim Machado: 154
Cláudio Cezare Pereira: 88
Cláudio Floridia: 99
Cláudio Manoel Lima Sampaio: 154
220
Cláudio Miranda de Carvalho: 153, 155, 338, 339
Cláudio: 22, 26, 27
Clemente Mariani Bittencourt: 21, 189
Clínio Mayrinck M. de Andrade Neto: 153
Clodoaldo Marques Porto (Clodoaldo Augusto de Marques Porto): 15, 21, 208, 209
Clóvis Cavalcanti Bezerril: 138, 144, 146, 319, 334, 341
Clóvis José Costa Lima Agra: 100
Clóvis Oliveira Mota: 154
Coelho (José Manoel Ferreira Coelho): 25
Coelho Neto (Henrique Maximiano Coelho Neto): 22, 23
Colin Cowie Scott: ver Scott
Conde dos Arcos (Marcos de Noronha e Brito): 189
Constança Pithon Pereira: 99
Consuelo Pondé de Sena: 9
Cordeiro: 18-20
Cornejo: 81
Cosme de Farias: 138, 204, 338
Costa (Armando Costa): 17, 20
Costinha: 18, 19, 25, 27
Crellin: 19
Crezo Dourado: 93
Cris Evert: 86
Cristiane Brito: 96, 102
Cristiano Soares Pazos: 100
Cristina Cordeiro de Almeida Silva: 108
Cristina Maia de Freitas: 99
Cristina Stolter: 84
Cristina: 91
Cristine Moura Costa Soares: 99
D
D. João III: 196
Daniel Barata: 90
Daniel Duder: 16
Daniel Maurício Cavalcante de Aragão: 9
Daniela B. Cardoso: 99
Daniela Ervedosa Franco: 99
Danilo Marcelino: 88, 90, 102
Daniz César de Souza: 152, 244, 249
Dario: 61
David Moreira M. da Silva: 99
Décio dos Santos Seabra: 54
Dedé: 30
Denise Chagas: 92
Denizart Visco: 54
Deoclides Rabelo Filho: 115, 122, 247
Deraldo Motta: capa 6
Derval: 35
Dilce Maria da Silva Behrens: 140, 154
Dilson Moreira: 92
Dilson de Sá Milton da Silveira: 10
Dilton Oliveira de Araújo: 213
221
Dinha do Acarajé (Lindinalva de Assis): capa 6
Dino (Antônio Dino Galvão Bueno): 25
Diogo Álvares Corrêa (Caramuru): 195, 196, 213, capa 6
Dodô (Adolfo Antônio Nascimento): 190
Dora Landeiro: 137
Duda: 95
Dudu (Durval de Araújo Gonçalves Filho): 27, 33
Duffus: 19
Dutra (Eurico Gaspar Dutra): 21
E
E. May (Edward May): 19, 25
E. Oliveira: 19
Eddie Mandarino: 181
Eder Cerqueira: 122
Edésio da Silva Góes: 153
Edgar Lemos Brito: 78
Edgar Tapioca: 34
Edgar Viana Filho: 8, 9, 121, 154, 159, 172, 177, 207, 210, 211, 325
Edgard Andrade Behrens: 155
Edgard Corrêa Ribeiro: 49, 55, 60, 106
Edilberto Prado da Silva: 136, 153, 154
Edílio Martins: 171
Edison Pascoli: 130
Edson Sebastião Viterbo de Aragão: 249
Eduardo Albarelli Rangel: 19
Eduardo Catharino Gordilho: 320
Eduardo Dias Pereira (Mamãe): 5, 13-15, 17, 19, 20, 252, 256
Eduardo Jorge Mendes de Magalhães: 9, 138, 156, 169, 191, 203, 333, 337
Eduardo Moraes de Castro: 342, 344
Eduardo Oliveira Vianna: 19
Eduardo Prisco Paraíso: 156
Eduardo Rangel: 15
Eduardo Rios Filho: 201
Eduardo Silva (fotógrafo): 145, 338-341
Eduardo Silva Lima: 201
Eduardo Silva: 145, 146
Edvaldo Brito (Edvaldo Pereira de Brito): 8, 9, 130, 138, 146, 153, 156, 169, 183, 191, 203,
247, 248, 333, 335, 341, 347
Edvaldo Brito Filho (Edvaldo Pereira de Brito Filho): 122, 156, 183
Edward Duder (Edward Pellen Wilson Duder): 16
Eliana Costa: 163
Eliana Dumet: 89
Eliana Lima: 89
Eliane Silva de Jesus: 135, 140, 210
Elina Rangel: 67
Eliraldo Cristo Bomfim: 135, 140, 210, 336
Elizabete Nogueira Goes: 92
Elizeth Cardoso: 77, 80, 81, 205
Elizeu Antônio Ferreira Vinagre de Godoy: 104
Ellen de Lima (Helenice Teresinha de Lima Pereira de Almeida): 93
Elpídio Lisa: 20
222
Elsimar Metzker Coutinho: 323
Elvira Falcão: 85
Elysio: 27
Emerson Ferreira Mangabeira: 153
Emilinha Borba: 71
Emilio Montano: 96
Emílio Odebrecht: 56
Enéas Costa (Enéas Torreão da Costa Neto): 75, 83,96, 102
Enéas Smith Torreão da Costa: 106
Enivaldo: 122
Eno Meirelles: 91
Enock: 95
Enódio Mesquita Marques Porto: 208
Enzo: capas 5 e 6
Eraldo Melo: 91
Ernesto Costa Batista: 88
Ernesto Simões Filho: 66
Ernor Flamarion: 96
Esdron: 25-27
Esperidião dos Santos Araújo: 156
Eugênio Silveira: 171
Eva Alice Summers Medrado: 85
Evaldo Silva (José Evaldo da Silva): 7, 39, 75, 82, 85, 102, 103, 157, 173, 176, 323
Evandro de Carvalho Guedes Filho: 154
Evilásio Teixeira Cardoso: 192
F
F. May Junior (Frank May Junior): 19, 25
F. May Senior (Frank May Senior): 19, 20
Fabiam Gomes da Silva: 99
Fábio Albiani Barata: 90
Fábio de Carvalho: 21, 33, 44, 52, 53, 200, 202, 203
Fafá de Belém (Maria de Fátima Palha de Figueiredo): 106
Fanny Duder (Fanny Fleetwood Wilson Duder): 16
Fátima Mendonça (Maria de Fátima Mendonça): 8,183, 184
Felícia Toledo: 92
Felipe Jucá: 79
Felix Abreu: 89
Fernando Almeida: 89
Fernando Ariel Meligeni (Fininho): 192
Fernando C. Chagas Filho: 89
Fernando Chagas: 89, 92, 171
Fernando Corrêa Ribeiro: 5, 49, 54, 55, 57, 58, 60, 105, 106, 169, 202
Fernando Cosenza: 89
Fernando de Oliveira Reis: 136, 154
Fernando Del Rey: 89
Fernando Gentil: 97
Fernando Protásio: 92, 116-118, 120, 172
Fernando Villas Boas: 89
Ferreira: 27
Ferreirinha: 17
Fiães (Armando Fiães): 18, 25
223
Flamiano: 65
Flávio Guerra Cardoso: 98
Fominha: 95
Fonsequinha (Geraldo Ferreira da Fonseca): 169
França (Luiz da França): 17
Francisco dos Santos Bahia: 88
Francisco Henrique M. Dâmaso: 99
Francisco José Seara: 88
Francisco Peixoto de Magalhães Neto: 49
Francisco Pereira Coutinho: 196
Francisco Silva: 15
Frank May Senior: ver F. May Senior
Frederico Catharino: 324
Frederico Guilherme Caldas de Argolo: 115
Frederico Matheus dos Santos: 21, 201
Frederico Sá: 46
Frederico: 35
Fúlvio Guimarães: 89
G
G. W. Phillips: 46
Gabriel Carlos de Figueiredo: 174
Gabriela Sabatini: 86
Gago: 104
Galdino de Assis: 20
Gaspar de Lemos: 195
Gaspar Sadoc da Natividade: 10, 156, 323
Genaro Braga: 33
Genaro Carvalho: 84
George Harvey Duder Junior: 5, 16, 21, 194, 198, 199
George Harvey Duder: 16
Georgeocahama D. A. Archanjo: 186
Geraldo Bonelli: 210
Geraldo José da Rocha Brasil: 123, 124, 203, 244, 246
Geraldo Lanza: 5, 13, 252, 256
Geraldo Marron: 207
Geraldo Rabelo de Brito Filho: 153, 329, 334, 338, 339
Geraldo Ramos Soares: 213
Germano Francisco de Assis Júnior: 53, 199
Gerson Araújo: 89
Gerson Gabrielli: 10, 138, 156, 169, 191, 249, 337
Gervásio: 321
Getúlio Vargas (Getúlio Dornelles Vargas): 45, 69
Getúlio: 61
Gianni Carta: 103, 213
Gil Alves (Búfalo Gil): 104
Gilberto Alves: 93
Gilberto Francisco Teixeira Villela: 153
Gilberto José: 100
Gilberto Moura Costa: 61
Gilca Ramalho: 90, 102
Gildete Passos Rego: 67
224
Gildo (Leão): 187
Gildo Raimundo Lopes: 120, 154, 156
Gilka Vieira Camardelli: 67
Gilvan Figueiredo Galvão: 156
Gina Leal Costa: 99
Ginger Rogers: 68
Givaldo Barbosa: 97
Glauce Dias: 89
Glauco Gaudenzi: 88
Graça Maria Vaz Lira: 67
Grace Maria Soares: 85
Gramatão Teles: 196
Gui Sampaio: 89
Guido Santos: 77, 82
Guilherme Dantas: 89
Guilherme Marback (Guilherme Carneiro da Rocha Marback): 60, 169, 202
Guilherme Simões: 66, 76
Gustavo Alvarenga Miranda: 153
Gustavo Kuerten: 103, 213
Gustavo Maia: 5, 70, 113, 169, 202
Gustavo Meirelles: 91
Gustavo Tibert: 97
Gutemberg Cruz Andrade: 213
Gutemberg de Jesus Brito: 88
Gutemberg Pinto: 89
Guto: 95
H
Hamilton 188
Hans Werner Von Husler: 169
Hansa Hacker Rocha: 66
Haroldo Francisco Burgos Neto: 99
Harrison: 81
Harry Magalhães de A. Filho: 88, 90
Heitor Dourado: 203
Heitor: 61
Hélio Costa: 93
Hélio Oliveira: 65, 92
Helvécio Araújo: 17, 18
Helvécio Ribeiro Meira: 154
Hemar Barata: 91
Henri Klayko: 19
Henri Mancini: 107
Henrique Conde: 5, 18, 20, 21,105, 201
Henrique de Carvalho: 14, 44, 52, 53, 200
Henrique H. Nascimento Sampaio: 99
Heráclito Gomes de Moura: 155
Herbert Rodenburg: 49
Hermann Overbeck: 49-51
Hermes Nascimento: 92
Hermes Padilha: 89
Herval Chagas: 89
225
Herval Odilon Chagas: 88
Herval Vieira: 65
Hildegardo Belém: 88
Hildete Britto Lomanto: 85
Hitler (Adolf Hitler): 62
Horácio: 65
Hugo (cantor mexicano): 93
Hugo Studart: 202
Humberto Barbosa Alcântara: 96
Humberto M. Farias: 94
I
Iara: 90
Ieda Vargas (Ieda Maria Vargas Athanásio): 72
Ildázio Marques: 89
Ilo Pinto Just: 22
Ilza d’Almeida Porto: 209
Inaiá Setenta: 92
Indira Mesquita Marques Porto: 208
Irdemar Osório: 66
Irundy Mangabeira Albernaz: 18
Isaac Neto: 94, 95
Itaberaba Lyra (Itaberaba Sulz Lyra): 138, 146, 338, 341
Ítalo Dattoli: 334
Itamar Batista: 130
Itana Meirelles (Itana Maria Rebouças Meirelles): 89, 96, 102, 173, 210, 322
Ivan Kley: 97
Ivan Perazzo Freitas: 156
Ivan Suarez y Martins: 99
Ivana Meirelles (Ivana Maria Rebouças Meirelles): 91, 96, 102, 173, 210, 322
Ives Gandra da Silva Martins: 253
Ivo Gastaldoni: 63, 213
Ivo Rangel: 172
Ivon Cury (Ivo José Curi): 181
J
J. Dias Lima: 17, 18
J. S. Fleming: 50
J. Webster: 19
Jackson Alberto Carrera Peixoto: 88, 90, 95, 96, 120
Jacques Cartier: 196
Jaime Magalhães (Jaime Daniel Peixoto de Magalhães): 126
Jaime Simas Kraychete: 155
Jair Castelo Branco: 88, 89
Jair Costa L. Júnior: 99
Jair: 61
Jane Russel: 68
Jânio Quadros (Jânio da Silva Quadros): 21
Jaques Wagner: 176
Javier Restrepo: 97
Jayme Baleeiro: 5, 55-57, 59, 78, 182, 203
Jayme Ribeiro Saldanha Júnior: 203, 247
Jayme: 17
226
Jeff Chandller: 67
Jerval Peixoto: 70
Jimmy Tennant: 81
Joana de Carvalho Tavares da Silva: 52, 200
Joana Lopes: 120
João Alfredo Quadros: 169
João Arruda: ver Arruda
João Avelino Machado: 247
João Bernardo da C. Neto: 89
João C. Santos Rocha: 88
João Carlos Fernandes Campos: 136
João Carlos Tourinho Dantas: 84
João César C. Brito: 99
João Coelho Neto (Preguinho): 23
João Dantas: 10, 324, 351
João Facó: 7, 39, 49, 50
João Freire: 88
João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira: 106
João Henrique de Barradas Carneiro: 10, 129, 130, 205
João Martins da Silva Neto: 99
João Nogueira: 93
João Rubem Carvalho de Souza (Rubinho dos Carnavais): 8, 116-118, 120, 121, 173, 174,
210, 211, 318, 319, 328
João Soares: 97
João Tolentino Alvarez: 203
João Vianna Dias da Silva: 5, 13, 14, 201, 252, 256
Joãozinho: 27
Joaquim Ribeiro Ruas Gaspar: 154
Joel: 104
John Duder (John Edwin Duder): 16
Jolivaldo Freitas: 8, 9, 159, 189, 211, 346
Jonas: 12
Jorcelino Tavares Bastos: 154
Jorge Abreu Filho: 75
Jorge Abreu: 75
Jorge Alexandre F. Canedo: 99
Jorge Amado: 107, 213, capa 6
Jorge Calmon Moniz de Bittencourt: 325
Jorge Corrêa Ribeiro: 5, 46, 55, 60, 106, 169, 182, 185, 202
Jorge Diniz Gonçalves Beltrão: 109, 154, 185, 187, 203
Jorge Eduardo de Abreu Nogueira: 75, 96, 102
Jorge Luiz Mota Nunes dos Santos: 88
Jorge Luiz: 95
Jorge Machado de Pinho: 10, 153, 155, 172, 191, 329, 333, 334, 339
Jorge Ricardo Dau: 89
Jorge Tannus Simões: 90
Jorge: 26
Jorginho: 95
Josanias Fonseca: 89
José A. Fontes Ribeiro: 89
José Abade: 89
227
José Antônio G. Menezes: 88
José Bispo Maurício: 135, 140
José Carlos Baião Ferreira: 4
José Carlos Brito Dória: ver Boréu
José Carlos Magno: 88
José Coutinho: 89
José da Costa Oliveira: 88
José de Aguiar Costa Pinto: 201
José de Araújo: 156
José de Araújo: 89, 155, 324
José de Oliveira Costa: 90, 100
José Fernandes Maciel Lima: 88, 94, 96, 104
José Fernandes: 95
José Fiel: 50
José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima (Padre Roma): 197
José Liberato de Mattos: 17, 18
José Luís Galvão P. Bomfim: 156
José Luiz Fernandes Ganem: 98
José Moreno: 77, 82
José Nogueira Elpídio: 153
José Paulo Machado de Azaredo Júnior: 345
José Renato Trigueiros: 188
José Renato: 95
José Rocha: 171
José Rui: 89
José Santos Pereira de Mello: 12, 25, 44
José Seabra: 19
José Senra P. Júnior: 99
José Sinval Soares: 174
José Sobreira: 89
José Taboada Vidal: capas 5 e 6
José Tavares Guimarães: 88
José Taveira Neto (Zequinha): 120
José Teixeira Freire: 171
José Spósito Prazeres: 120, 171
José Ventura Neto: 120
José: 35
Joselisio Oliveira: 324
Josemar Gantois: 88
Josenildo de Carvalho: 192
Josué Fonseca: 89
Jotinha: 185
Juan de Mori: 196
Juca Chaves (Jurandyr Czaczkes): 187
Júlia Mesquita Marques Porto: 161
Juliano (João Juliano): 30
Julieta Moniz Barreto: 84
Julinho: 104
Júlio Adalberto Marques Porto: 161, 208
Júlio Goes: 97
Juracy Magalhães (Juracy Montenegro Magalhães): 49
228
Jurandir: 17
Juscelino Kubitschek de Oliveira: 126
Juscelino Pacheco: 9
Juvenal: 104
K
Karla Régis Galvão de Oliveira: 99
Karla Schulz: 99
Kathryn Grayson: 68
Kátia Falcão: 89
Kin Kin (Ng Cheuk Kin): 4, 210, 329-331, 333, 335, 337, 344, 345
Kita: 95
Kleber Fonseca (Soneca): 185
Kleber Pacheco de Oliveira: 84
Kleyton Negrão de Moraes: 99
L
L. Leech: 19
L. Strani: 19
Lacerda (Antônio Carlos Barbosa Lacerda): 104
Laguna: 26
Lapão (Luís Carlos Menezes): 104
Lasdam: 17
Lauro Astolfo Novaes Araújo: 335
Lauro: 25
Lavine Lemos Cavalcante: 99
Leal: 17
Leão Rozemberg: 40
Leech: ver L. Leech
Lélio Pomaro: 91
Leny Eversong (Hilda Campos Soares da Silva): 73
Léo Briglia: 104
Leo: 65
Leonardo Caldas Scardua: 153, 155, 329
Leonardo de Andrade Santos: 88
Leonardo Mário Caricchio: 60
Leonardo Souza da Costa e Silva: 98
Leonardo Vilela: 90
Leônidas Siqueira: 44
Leslie Scott: 88
Levy Marques Pavão: 164
Lia Lewis: 81
Liberato (Manuel Joaquim Liberato de Mattos): 17-20, 22
Lídice da Mata Souza: 351
Lindomar Donato de Souza: 67
Lomanto Júnior (Antônio Lomanto Júnior): 85
Lourdes Pereira: 92
Lourenço Nascimento Neto: 88
Louro: 95
Lucas Souza Brito: capa 4
Luci Carvalho: 84
Lúcia Meirelles (Lúcia Maria Rebouças Meirelles): 140, 153, 155, 157, 173, 174, 176, 210,
322, 325
229
Luciana Cordeiro de Almeida Silva: 108
Luciana Liege Bonfim Brito: capa 4
Luciana Silva: 90, 91
Luciano de Aguiar Lisboa: 88
Luciano José Bittencourt: 96
Luciano Lisboa: 95
Luciano Oliveira dos Santos: 156, 343
Luciene Kelsch: 91
Lucy Paiva: 92
Luís Cajazeiras: 250
Luís Eduardo Magalhães: 69
Luís Eugênio Carvalho Lavigne: 155
Luís Fernando Haendel: 120
Luís Henrique Dias Tavares: 213
Luís Tarquínio: 161
Luiz Alberto Figueiredo: 88
Luiz Alberto Menezes Sampaio: 153
Luiz Alberto Najar: 89
Luiz Alberto P. Menezes: 91
Luiz Aragão: 92
Luiz Augusto Menezes: 91
Luiz C. Carvalho: 89
Luiz Carlos Duplat: 88
Luiz Carlos Rocha: 192
Luiz Carlos Vasconcelos: 95
Luiz Fahel: 95
Luiz Felipe Tavares: 97
Luiz Henrique Behrens: 152, 334, 338
Luiz Henrique Cordeiro de Almeida Silva: ver Lula
Luiz Henrique Portela Brim: 8, 153, 155-157, 159, 175, 176, 178, 211, 329, 334
Luiz Henrique Silva: 89
Luiz Henrique Valverde: 97, 98
Luiz Mattos: 18
Luiz Monteiro da Costa: 84
Luiz Rodrigues: 189, 190
Luiz Silva: 89
Luiz Vieira (Luiz Rattes Vieira Filho): 106, 181
Luiz: 17
Lula/Lula Mamão (Luiz Henrique Cordeiro de Almeida Silva): 104, 108, 210
Lula: 95
Lulu: 25
Lydio de Mesquita Chaves: 15, 17
M
M. Liberato: ver Liberato
Maciel: 35
Madalena Fagotti: 74
Maneka Pedreira: 44
Manoel da Costa Cruz: 5, 13, 256
Manoel José Gomes Tubino: 186
Manoel Rodrigues Pedreira: 5, 202
Manoel Taboada Souza: capa 5
230
Manteiga: 95
Manuel (motorista): 188
Manuel Abreu: 82
Manuel Liberato: ver Liberato
Maraivan Rocha: 122
Marcelo A. Carvalho: 88
Marcelo A. Oliveira Chamusca: 88
Marcelo Alencar: 94
Marcelo Almeida: 100
Marcelo Carvalho: 94, 95
Marcelo Costa Batista: 88
Marcelo de Castro: 99
Marcelo Ferreira: 89
Marcelo Gomes Santos: 100
Marcelo Lima Novaes: 88
Marcelo Lyra: 98
Marcelo Miranda: 90
Marcelo Werneck B. de Araújo: 99
Marcelo Zelente Goes: 99
Márcia Cardim de Lima: 99
Márcia Lisboa: 187
Márcia Mamede: 91
Márcia Venessa: 84
Márcia: 90
Márcio Braga: 89
Márcio Carlssom: 192
Márcio Luiz Echternacht: 99
Márcio Oliveira: 89
Márcio Rehm Botelho: 99
Márcio Tanajura: 94
Marco Ulm: 90
Marcondes: 25
Marcos A. Neder: 95
Marcos Antônio de O. Rodrigues: 99
Marcos Antônio Pinto Guerra: 153, 155
Marcos Bulcão Nascimento: 99
Marcos do Nascimento de Almeida: 100
Marcos Gonçalves: 74
Marcos Hocevar: 97
Marcos Valente Santos: 88
Marcus Tadeu: 89
Margarida (árbitro de futebol): 121
Maria Amélia Teixeira de Almeida: 100
Maria Augusta Mascarenhas Cardozo: 4, 210
Maria Célia Bastos Ribeiro: 84, 85
Maria Cristina Andrade: 75
Maria da Graça Diniz da Costa Belov: 210
Maria de Carvalho Tavares: 5, 7, 39, 52, 53, 194, 200
Maria de Fátima Garrido Ruas Gaspar Pedreira: 152
Maria de Lourdes Café David: 92
Maria de Lourdes Trigueiros: 188, 189
231
Maria do Amparo Dória: 92
Maria Emília Nazaré de O. Costa: 99
Maria Ester Santana Sousa: 4
Maria Esther Bueno: 86, 103, 142, 213
Maria Fernanda Saback Silva: 84, 85
Maria José Alves de Almeida: 209
Maria José Hortélia Cordeiro de Almeida: 108
Maria José Lisboa (Marietinha): 186, 187
Maria José Silva: 92
Maria Lúcia Passos Cunha: 84, 85
Maria Lúcia Sarno: 92
Maria Martha Hacker Rocha: ver Martha Rocha
Maria Miranda de Carvalho: 21, 53, 194, 199, 200
Maria Regina Correia: 92
Maria Vandelucia Oliveira Patrocínio: 140, 336
Marietinha: ver Maria José Lisboa
Marilda Cunha: 181
Mário Américo Bonfim Brito: 156, capa 4
Mário Augusto: 89
Mário Bahia: 89
Mário Carlos Lago Bomfim: 155
Mário César Vieira Marques: 96
Mário Cezar de Carvalho: 15, 201
Mário de S. Bastos Neto: 88
Mário Lins: 78
Mário Marques de Souza Filho: 99
Mário Matos: 89
Mário Miranda: 17
Mário Seixas: 91, 92
Mário Sérgio Pontes de Paiva: 104
Marito da Nova Bahia: 104
Marlene (Victoria Bonaiutti de Martino): 181
Marlene Beatriz Maia Dias: 84
Marlene Maria Bonfim Brito: 140, 324, capa 4
Marlene Rubeiz: 91
Marôto: 35
Marquito: 17
Marta Maria Serrano Fernandes: 84, 85
Marta Vasconcelos (Marta Maria Cordeiro Vasconcellos): 72
Martha Benevides da Costa: 192
Martha Rocha (Maria Martha Haecker Rocha): 7, 39, 65-73, 142, 210, 214
Martim Afonso de Souza: 196
Martina Herta Gundlach: 90, 97, 98
Martina Navratilova: 86
Massullo (Pedro Massulo): 33
Matheus Brito Schaum: capa 4
Matos (Samuel Pereira de Mattos): 96, 104
Maurício Albuquerque da S. Pereira: 88
Maurício Costa: 88
Maurício Magalhães: 89
Maurício Silvestre de Farias: 155, 333
232
Mauro do Nascimento de Almeida: 98
Mauro Fernandes: 95
Mauro Guiselini: 186
Max Hurliman: 97
Mayra Setenta Barbosa: 92
Mazzeu I: 27
Mazzeu II: 27
Medrado (Antônio Medrado Alcântara): 104
Mendes Filho: 253
Menezes (Virgílio Lamaigosere de Menezes): 30
Mica (Alfredo Pereira de Mello): 7, 11, 12, 25-27, 30, 33, 38, 42, 141, 142, 176, 209, 210
Michel Venturini: 192
Miguel Arcanjo dos Santos: 324
Miguel Argeu: 89
Miguel Bartilotti: 201
Miguel Falcão da Silva: 154, 155
Miguel Majdalani Neto: 251
Miguel Osório: 46, 55
Miguel Reale: 253
Milton Diniz Gonçalves: 120, 185-187
Milton José Dias de Moraes: 5, 203
Milton Pereira de Farias: 78, 80-82, 169, 185,187, 202
Mirtes Kruschewsky: 163
Misael Tavares (Manoel Misael da Silva Tavares): 16
Moacir Melo: 95
Moacir Pinto de Andrade: 154
Moacyr Aderne Trigueiros Júnior: 188
Moacyr Aderne Trigueiros: 188
Modesto Vazquez: 97
Mônica Cook: 84
Mônica de Tude: 84
Mônica Oliveira Diniz Gonçalves: 90, 100
Montaigne (Michel Eyquem de Montaigne): 192
Mozart: 61
Muller (Carlos Muller): 17, 18
Mundinho: ver Raimundo Lisboa
Murilo Moreira Barreto: 155
Mussolini (Benito Mussolini): 62
Myriam Stevenson: 68
N
Nadinho (Agnaldo Borel de Uzeda): 22, 32
Nadinho (Leonardo Cardoso): 104
Nailton Ainsworth: 92
Nathália Moinhos: 335
Neblina: 20, 22
Nebulosa: 22
Nelida Maria F. Farias: 99
Nelson Almeida Taboada: capa 5
Nelson Cazumbá: 96, 104
Nelson Conceição: 25
Nelson Rocha: 157, 214
233
Nelson Taboada Souza: capas 5 e 6
Nesi (Luiz Ferreira Nesi): 25
Neuza Pretti Menezes: 90
Névio Santiago: 90
Newton Azevedo: 91
Newton Mota: 172
Newton Pinto Júnior: 136, 248
Newton Vieira Mendes: 155
Ney Souza Gavazza: 88, 153, 156
Ney Keller: 97
Nicanor Souza: 25-27, 30
Nick White: 97
Niege Dias: 86
Nilo Malafaia: 10, 154, 155, 250
Nilo Murtinho Braga: 25
Niltinho (Nilton Reis Dultra): 78
Niltinho (Nilton Silva Filho): 95, 108
Nilton Silva: 5, 87, 100, 101, 108-110, 112, 157, 169, 171, 176, 185, 203, 210, capa 4
Nininha Pondé: 169
Noé Rodrigues Nunes: 5, 44, 54, 56, 57, 59, 105, 202
Noelma Alves: 91
Nora Silva Costa: 84
Norberto de Medeiros: 18
Normando Macedo: 324
O
O. Mello: 27
Octávio Vasconcelos Neto: 88
Odair de Jesus Conceição: 8, 10, 155, 175, 176, 191, 211, 334
Odorico Tavares (Odorico Montenegro Tavares da Silva): 83
Olívia Imbassahy: 65
Olympio Matheus dos Santos: 19
Onildo Chastinet: 185
Oréade Mesquita Marques Porto: 8, 159, 161-163, 208, 211
Orlando Gama Lobo: 65
Orlando: 19
Oscar Nova: 33
Oscar Pontes: 46
Osiel Mattos: 87
Osvaldo Fahel (Osvaldo Jorge Fahel): 209
Oswaldo Imbassahy da Silva: 49, 54
Oswaldo Silva: 56, 58
Otávia Martins de Brito: capa 4
Otávio Barata: 89
Otávio Nolasco: 89
Otávio Vasconcelos: 89
Otoney Raul Veloso Oliveira: 104
Otto Alencar (Otto Roberto Mendonça de Alencar): 328
Ouis Shurr: 68
P
Pablo: 90
Padre Torrend (Camilo Torrend): 83
234
Paim: 27
Paschoal Silva Cinelli: 25
Pasquale De Chirico: 197
Patrícia Abreu: ver Patrícia Ferreira Pinto de Abreu
Patrícia Britto: 100, 173, 176
Patrícia Ferreira Pinto de Abreu: 89
Patrícia Medrado: 7, 39, 85-87, 96, 101-103, 140, 142, 157, 173, 174, 176, 192, 312
Patrícia Ribeiro de Oliveira: 99
Patrícia Trigueiros: 8, 159, 188, 211
Paul Van Min: 97
Paulinho Dantas: 79
Paulinho Furtado: 121
Paulinho: 95
Paulo Brito Bittencourt: 99
Paulo César Caju (Paulo César Lima): 104
Paulo César D. Ribeiro: 88
Paulo César Monteiro: 94, 95
Paulo César: 95
Paulo Emílio Torres: 88
Paulo Ganem Souto: 351
Paulo Guimarães: 91
Paulo Maynard: 120
Paulo Meira: 130
Paulo Meirelles: 130
Paulo Olímpio de Castro: 99
Paulo Pita Gondin: 88
Paulo Ribeiro: 89
Paulo Roberto Stolze Vasconcelos: 88
Paulo Eduardo Caldas Rosa: 153, 156
Paulo Sena: 91
Paulo Sérgio Guimarães: 88
Paulo Sérgio R. Gonçalves: 88
Paulo Serrano: 91
Paulo: 27
Pedro Amadeu: 183
Pedro Bacellar de Sá: 5, 44, 201
Pedro Caetano: 71
Pedro Galvão (Pedro José Galvão Nonato Alves): 342, 344
Pedro Godinho (Pedro Luiz da Silva Godinho): 10, 138-141, 144-146, 156, 170, 191, 205, 212,
328, 333, 335, 338-340, 342
Pedro Guerra: 130
Pedro Paulo Brandão Caldas: 88
Pedro Paulo: 89
Pedro Silva (Pedro da Silva): 7, 39, 102, 103, 157, 173, 176, 210
Pedro Stolze: 90
Pedro: 30
Pega Pinto (Norival Paranaguá de Andrade): 30, 33
Pelulo: 65
Pennaforte (Orlando Pennaforte de Araújo): 25
Pergentino Holanda dos Santos Filho: 109, 169, 185, 203
Péricles Chamusca: 94, 171
235
Pero Lopes de Souza: 196
Peter Gerards: 97
Phebo Magalhães: 15
Pier Angeli: 68
Pinima (A. Nepomuceno): 26, 27
Plínio Risério de Carvalho: 19
Popó (Apolinário Santana): 30, 34
Popó: 120
Públio Bernardes de Souza: 20
Purunga: 104
Porto Filho: ver Ubaldo Marques Porto Filho
Q
Quarentinha (Waldir Cardoso Lebrego): 104
Queiroz: 61
Quincy Jones: 107
R
R. J. H. Todd: ver Todd
R. Tidmarsh (Roland Tidmarsh): 19
R. Todd: ver Todd
Rabelo: ver Deoclides Rabelo Filho
Rafael Gondim (Rafael Ribeiro Gondim): 89, 96
Rafael Menezes: 45-50, 169, 202
Raimundo Braga: 169
Raimundo Cardoso: 91
Raimundo Lisboa (Mundinho): 154, 156, 186, 187
Raimundo Lisboa Filho: 187
Raimundo Nunes Lisboa: 88
Ramaiana Fraga: 88
Ramon Taboada Souza: capa 5
Ramos: 20
Raphael L. Gordilho: 45, 202
Raul Chaves Filho (Raul Affonso Nogueira Chaves Filho): 122
Raul Faria: 202
Raul M. Pinto: 92
Raymundo Chaves de Aguiar: 5, 13, 14, 18, 252, 256, capa 2
Raymundo: 321
Regina Helena Lisboa: 85
Regina Pereira de Mello: 209
Regina Sá Machado: 81
Reginaldo Fontes (Régis): 116-121, 123, 171
Reginaldo Musse: 122
Régis Pacheco (Luiz Régis Pereira Pacheco): 69
Reinaldo Gordilho: 46
Reis: 35
Renan Baleeiro (Renan Rodrigues Baleeiro): 8, 56, 182, 183, 203
Renato Scardua: 324
Renato: 25
Renê da Silva Cavalcante: 135, 140, 336
Renot (colunista social): 85
Reub Celestino: 130
Revelação: 18-20
236
Ricardo Cano: 97
Ricardo Forjaz: 99
Ricardo Gaban: ver Carlos Ricardo Gaban
Ricardo Maia: 91
Ricardo Santos do Carmo: 99
Riger Guedes: 97
Rita de Cássia Mercês: 84, 85
Rita Reis: 89
Robert James Hamilton Todd: ver Todd
Roberto Carlos (Roberto Carlos Braga): 109
Roberto Carlos: 185
Roberto Carrilho da Silva: 152
Roberto Conceição Marcelino: 153
Roberto Duplat Paiva: 88
Roberto Marcher: 103, 213
Roberto Okamura: 312
Roberto Rebouças: 92, 104, 157, 176, 321
Roberto Rivas: 89
Roberto Servino Rivas: 88
Roberto Silva: 89
Roberto: 321
Rodolfo Araújo Goes: 99
Rodolpho de Mello Vieira: 16
Rodrigo de Acuña: 196
Rodrigo Sampaio: 203
Rogério Abude Eustáquio da Silva: 98
Rogério de Camargo: 46
Rogério de Faria (Rogério Gordilho de Faria): 78, 203
Rogério Medrado Maia: 100
Romildo de Jesus: 326-328, 334, 342, 343, capa 4
Rômulo Valadares: 90
Ronaldo Junqueira Rohrs: 153, 155, 334, 338
Rosa Levita: 84
Rosalvo Coelho Neto: 9, 152, 155, 334, 335,343
Rose Marie Reid: 74
Rose Summers: 85, 173
Rowsell: 19
Rubinho Chastinet: 104
Rubinho dos Carnavais: ver João Rubem Carvalho de Souza
Rui Araújo Goes: 88
Rui Carneiro: 65
Rui Goes: 89
Rui Santos: 89
Ruy Barbosa: 205
Ruy Plessim Almeida: 88
Ruy Tannus: 78, 104
S
Saes: 26, 27
Salles: 25, 26
Samir Daiha: 90, 91
Sampaio: 35
237
Samuel Celestino: 325
Sandra Cavalcanti Ferreira: 90, 97, 98
Sandra dos Reis da Silva: 98, 102
Sandra Soares Pazos: 100
Santinho (Mário Rodrigues): 18-20, 22, 26, 27
Santos Souza: 17
São Francisco de Assis: 13, 141
São Virgílio: 143
Sara Jacob: 172
Saulo José Casali Bahia: 249
Scott (Colin Cowie Scott): 20, 22, 45, 46
Seabra (Alfredo Seabra): 18-20
Selenneh Íris: 334
Serafim Piñon: 89
Serapião Lima Queiroz: 89
Sérgio Augusto de Castro: 98
Sérgio Carneiro (Antônio Sérgio Barradas Carneiro): 10, 129
Sérgio Carvalho Furtado: 88
Sérgio de Oliveira Costa: 98, 100
Sérgio Figueiredo: 94
Sérgio Magalhães: 95
Sérgio Neder: 94
Sérgio Passarinho Soares Dias: 153
Sérgio Ribeiro Bastos: 156
Sérgio Ricardo Oliveira dos Santos: 156, 338, 343
Sérgio Suares y Martins: 99
Sherazade: 65
Silva Lima: 17
Sílvia Carvalho: 89
Sílvia Menezes: 91
Silvinha Rebouças: 92, 321
Silvinha Teles: 73
Silvino: 34
Sílvio Liberato: 91
Sílvio Menezes Júnior: 90
Simone Cardim de Lima: 99
Simone Felizardo: 100
Simone: 98
Sinval Rodrigues Felizardo Júnior: 90, 100
Sinval Vieira da Silva Filho: 95, 115, 117, 118, 120, 121, 131, 171, 185, 203, capa 4
Sisi Borges: 92
Solly Hoedmaeker: 19
Sosthenes: 25
Souza Pinto: 17
Spósito (Popó): ver José Spósito Prazeres
Steffi Graf: 86
Stephanie Suerdieck: 134, 214
Steve Whitehead: 97
Suely Almeida: 163
T
Talo Verde: 95
238
Tampinha: 25
Tânia Meirelles (Tânia Maria Rebouças Meirelles): 96, 102, 140, 173, 174, 210, 322
Tanner (J. H. Tanner): 17
Tarcísio Alves Torres: 153, 155
Tartaruga: 321
Teixeira Gomes (José Teixeira Gomes): 30, 33
Teixeira: 25
Téo Senna (Theófilo Virgílio de Senna): 10, 129, 138, 191, 333, 342, 344
Terry Andrade: 89, 171
Teruo Mitani: 155, 329
Theócrito Baptista: 154, 155
Thetraldo Monteiro: 18
Thirson: 104
Thomé de Souza: 196
Tidmarsh: ver R. Tidmarsh
Todd (Robert James Hamilton Todd): 18-20, 22, 27
Toinho: 95
Tombinho: 104
Toninho Lacerda (Antônio Carlos Freitas de Lacerda): 93
Tony Curtis: 67
Tournillon: 19
Trajano Pinheiro: 54
Tranquilli (Eugênio Tranquilli): 30
U
Ubaldo Trindade Barreto: 121, 324
Ubaldo Marques Porto Filho: 1, 4, 9, 138, 141-143, 146, 180, 191, 213, 334, 341, 348, 350,
capas 1, 5 e 6
Ubaldo Marques Porto Neto: 4
V
Vadinho do Violão: 93
Valdir Pita: 92
Valdívio Coelho Neto: 99
Valfredo Oliveira Santos: 8, 9, 122, 138, 140, 146, 156, 172, 191, 203, 206, 210, 273, 328,
333-336, 338, 340, 342, 343, 349, 350
Valvir: 104
Van der Haegen: 81
Vanessa Gil Alves Portugal: 99
Vânia Meirelles (Vânia Maria Rebouças Meirelles): 90, 96, 102, 173, 210, 322
Vavá II: 33
Vavá: 33
Vellozo (Agnello Vellozo): 17, 18, 20
Vellozinho (Antônio Murta Vellozinho): 22, 26
Vera M. Alegre: 90
Vermelho: 183
Verônica de Macêdo: 8, 9, 159, 181, 185, 186, 211, 346
Victor Souza Brito: capa 4
Vignoles: ver A. Vignoles
Vinícius de Moraes (Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes): 187
Virgílio Elísio da Costa Neto: 203
Virgílio José Rios Leiro: 120, 153, 156, 172, 333
Virgílio Leiro Campos: 171, 172
239
Virgínia Reis: 92
Vivaldo da Conceição: 93
Vivi (Juvêncio Rosa de Magalhães): 30, 33, 34, 42
W
Waldemar Tarquínio: 18
Waldeni Moura: 89
Walsh: 17
Walter Lopes Teles Filho: 94, 95
Walter Lopes Teles: 88
Walter Pidgeon: 68
Walter Queiroz Júnior (Walter Pinheiro de Queiroz Júnior): 8, 181, 182, capa 3
Walter: 17
Waltinho: 104
Wanderley Costa de Brito: 135, 140
Wandira Teixeira: 92
Washington Santana: 94, 95
Webster: ver J. Webster
Wellington Villas Boas Fernandes: 96, 140, 336
William Almeida: 89
Wilson Marques Leão: 99
Woody Hermann: 73
Y
Yacina Marques da Silva Matos: 115, 122
Yara Maria: 100
Yarte Adam: 77, 82
Yvette Marques Porto Pavão: 8, 159, 163, 164, 211
Z
Zadir Marques Porto: 209
Zago: 96
Zé Antônio: 95
Zé Carlos (José Carlos Conceição dos Santos): 27
Zé Costa: 17
Zequinha (São Cristóvão): 104
Zequinha: 35
Zezé (José Carlos Guimarães): 25
Zezito Maciel: 92
Zilah d’Almeida Porto: 209
Zulmira R. Cavalcanti: 92
240
ADENDO
Transparência nas Ações
Estatuto Social
Associados Remidos
Demais Associados
241
O entorno da piscina da nova Associação
é o polo agregador dos associados.
(Foto: Augusto Moura)
242
TRANSPARÊNCIA NAS AÇÕES
A Diretoria empossada em 1º de abril de 2004 assumiu o
pesado encargo de retirar o clube do atoleiro em que se encontrava. Se
fracassasse nessa missão a Associação fatalmente fecharia as portas. O
patrimônio seria levado à hasta pública para ressarcimento das dívidas
com credores que já haviam ajuizado ações de penhora dos bens do
clube.
Como no enredo de um filme, onde os papéis principais
são entregues aos atores que interpretarão o mocinho e o vilão, ao
presidente Ademar da Silveira Brito coube a decisão da escolha de
onde se encaixar. Se trilhasse pelos caminhos do sucesso, seria o herói
na história da Associação Atlética da Bahia. Caso contrário, ser-lhe-ia
imputada perante a história a responsabilidade pela extinção do clube.
Ademar dirigiu-se a uma “plaza de toros”, para enfrentar um
fortíssimo e enfurecido “miúra”, onde a habilidade e a frieza do toureiro
são fundamentais para que saia vencedor. E ele foi-se esquivando dos
ataques do touro que representava a crise que devorava o clube. Enquanto
toureava arrumava a arena para manter os espectadores (associados)
presentes na liça, para vê-lo cansar a fera e criar as expectativas de que
poderia finalmente abatê-la.
E nesse duelo Ademar utilizou a arma da transparência, fazendo
tudo à vista dos associados ou levando ao conhecimento de todos. E
dentro dessa tática, publicou um relatório em que prestou contas da
realidade que encontrou e das principais ações no primeiro round do
combate, representado pelos seis meses iniciais do seu mandato, de 1º
de abril a 30 de setembro de 2004.
Denominado de Informativo nº 01, foi o primeiro dos 349
informativos que saíram até a inauguração da nova Associação Atlética da
Bahia, quando Ademar coroou a vitória contra o touro que inicialmente
parecia invencível. A luta foi longa, somente terminando no dia 27 de
novembro de 2010, quando o toureiro Ademar espetou a última lança
que liquidou com o touro.
O Informativo nº 01, com 11 páginas e 51 itens, foi amplamente
divulgado e deu origem às discussões que chegaram a uma conclusão:
a única alternativa para a salvação da Associação era realmente a venda
de parte do patrimônio, para pagamento dos débitos e construção de
um novo clube. Pela sua importância histórica, esse Informativo está
reproduzido nas páginas seguintes, em edição fac-similar.
243
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254
ESTATUTO SOCIAL
TÍTULO I
DENOMINAÇÃO, SEDE, FORO, FINALIDADES
Art. 1º - A Associação Atlética da Bahia, aqui identificada por Associação, fundada
em 4 de outubro de 1914, é pessoa jurídica de direito privado, com as características
consignadas no Artigo 53 do Código Civil de 10 de janeiro de 2002, modificado pela Lei nº
11.127, de 28.06.05, regendo-se pela legislação aplicável e pelo presente Estatuto. É uma
associação civil, de fins não lucrativos, com personalidade jurídica distinta de seus associados,
que não respondem subsidiariamente pelas obrigações contratadas pela mesma.
Art. 2º - Tem sede e foro na Cidade do Salvador, Capital do Estado da Bahia, na
Rua Barão de Itapoan 316 – Barra, Cep 40140-060, sendo indeterminado o seu prazo de
duração.
Art. 3º - A Associação tem por objetivos a prática, difusão e desenvolvimento de
atividades desportivas, sociais, culturais, recreativas e afins, pelo que lhe é permitido filiar-se
a quaisquer entidades mentoras, com vistas à consecução de tais objetivos.
§ 1º Complementarmente, desenvolver atividades de bares, lanchonetes,
restaurantes e outras, quer por auto gestão ou de forma terceirizada.
§ 2º A Diretoria da Associação poderá, ainda, ouvido o Conselho Deliberativo,
firmar convênios com entes públicos ou privados, objetivando a utilização da
capacidade ociosa instalada, de forma onerosa ou como contra-partida de custeio
e fiscal, ou ainda para formação de atletas.
Art. 4º - A Associação possue cores azul e branca, o escudo obedecerá ao modelo
do anexo I do presente Estatuto, o pavilhão tem campo branco com escudo ao centro, e seu
hino oficial obedecerá à letra e música do Anexo II.
TÍTULO II
DA ORDEM SOCIAL
SEÇÃO I
DA CATEGORIA DOS ASSOCIADOS
Art. 5º - Os associados dividem-se, sem distinção de sexo, nacionalidade,
raça, opinião política ou crença religiosa, em:
I - Fundadores
II - Beneméritos
III - Honorários
IV - Proprietários Contribuintes
V - Aspirantes
VI - Transitórios
VII - Contribuintes Usuários e Veteranos
VIII - Proprietários Contribuintes Solidários
IX - Contribuintes Residenciais
X - Proprietários Remidos
XI - Proprietários Contribuintes Jurídicos
§1º - Não haverá nova emissão de títulos para as seguintes categorias, salvo
para os Aspirantes por promoção de categoria, na condição de Proprietário
255
Contribuinte:
a) Remidos
b) Remidos Juniores
c) Transitórios Especiais
d) Transitórios Extraordinários.
§ 2º Os Remidos Juniores passarão à categoria de Remidos, após seus titulares
atingirem a maior idade, dando seqüência a numeração dos associados
Proprietários Remidos, numerando-os a partir do último associado.
§ 3º - É incompatível com as disposições do presente Estatuto, aquisição de
direito à remissão e à redução de contribuições, ressalvadas as condições previstas
para associados Veteranos, Proprietários Contribuintes Solidários, Contribuintes
Residenciais, Proprietários Remidos (Seção VII Artigo 19, Seção VIII Artigo 20,
Seção IX Artigo 21 e Seção X Artigo 22).
§ 4º - Os integrantes dessas categorias permanecerão regidos pelas disposições
aplicáveis aos associados em geral, no respeitante aos direitos, obrigações e
penalidades.
SEÇÃO II
DOS ASSOCIADOS FUNDADORES
Art. 6º - Denominam-se associados Fundadores, aqueles que assinaram a ata de
constituição do Clube (intitulada “acta nº 1, de 10 de novembro de 1914), a seguir nominados:
- Américo Salles - Em Memória
- Antonio Bernardino de Carvalho - Em Memória
- Boaventura Moreira Caldas - Em Memória
- Carlos Alberto da Cruz - Em Memória
- Carlos da Costa Cruz - Em Memória
- Eduardo Dias Pereira - Em Memória
- Geraldo Lanza - Em Memória
- João Viana Dias da Silva - Em Memória
- Manoel Costa Cruz - Em Memória
- Raimundo Chaves de Aguiar - Em Memória
SEÇÃO III
DOS ASSOCIADOS BENEMÉRITOS
Art. 7º - Associado Benemérito é aquele a quem esse título for conferido, em
atenção a serviços relevantes prestados à Associação Atlética da Bahia.
§ 1º - O associado Benemérito não entrará na formação do “quorum” para
as reuniões do Conselho Deliberativo, salvo se for Conselheiro Nato ou eleito
Conselheiro pela Assembléia Geral.
§ 2º - A proposta para concessão do título de associado Benemérito será
apresentada, por escrito, com justificativa:
I pela Diretoria;
II por 30 (trinta) conselheiros, quando o proposto for membro da
Diretoria, em exercício;
III mediante proposta assinada, no mínimo, por 1/20 (um vigésimo)
do total de associados, em pleno gozo de seus direitos estatutários.
§ 3º - A aprovação da proposta dar-se-á por maioria absoluta do Conselho
256
Deliberativo, em votação aberta e nominal, exigindo-se para deliberar, o “quorum”
de 2/3 (dois terços), ou por aclamação.
Art. 8º - Os associados Beneméritos são isentos da taxa de manutenção, porém o
herdeiro ou sucessor ficará sujeito aos encargos e taxas do título a cuja categoria pertencer.
SEÇÃO IV
DOS ASSOCIADOS HONORÁRIOS
Art. 9º - Associado Honorário é aquele a quem for conferido esse título, por
decisão do Conselho Deliberativo, em reconhecimento a relevantes serviços prestados à
Associação Atlética da Bahia, mesmo que não pertença ao quadro associativo.
§ Único – A proposta para concessão do título de associado Honorário deverá
ser apresentada pela Diretoria, com justificativa, mas só será aprovada se obtiver
votação favorável da maioria absoluta do Conselho Deliberativo, em votação
aberta e nominal, ou por aclamação, exigindo-se para deliberar o “quorum” de
dois terços.
Art. 10 - Os associados Honorários são isentos do pagamento de contribuições
de caráter permanente, porém o título de que são titulares é intransferível e perde a validade
com a morte do titular.
SEÇÃO V
DOS ASSOCIADOS PROPRIETÁRIOS
TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO DE PROPRIEDADE
Art. 11 - Associado Proprietário é aquele que possuir um ou mais títulos da
Associação Atlética da Bahia, adquiridos nas condições previstas neste Estatuto e mediante
o pagamento de contribuições mensais, para associados Proprietários Contribuintes e taxas
de manutenção anuais, para manutenção do patrimônio, para associados Proprietários
Remidos, Remidos Juniores e Veteranos, previamente fixadas pelo Conselho Deliberativo, e
após aprovação do nome do candidato, pela Diretoria, nos termos previstos neste Estatuto.
§ Único – Os associados Proprietários só terão direito a um voto nas assembléias
ou reuniões do Clube, seja qual for o número de títulos que possuírem. Os
Proprietários Contribuintes estão limitados a 1.500. A partir deste número,
só serão emitidos novos títulos para os filhos de associados na condição de
aspirantes.
Art. 12 - Os títulos da Associação Atlética da Bahia serão nominativos e transferíveis
por ato “inter vivos” ou “causa mortis”, obedecidas às disposições deste Estatuto.
§ Único – O Adquirente do título de associado Proprietário só será havido como
tal, após a aprovação da transferência, nos termos previstos neste Estatuto.
Art. 13 - A transferência de títulos depende da prévia aprovação da Diretoria e
do pagamento da taxa de transferência de 15% (quinze por cento) sobre o valor do título
vigorante na época da transferência, salvo nas transferências de pais para filhos, e “viceversa”, hipótese em que essa taxa será de 5% (cinco por cento).
§ 1º - A proposta de transferência será previamente assinada pelo associado
proponente e pelo candidato e, se aprovada, instruirá o processo de admissão.
§ 2º- Em caso de sucessão legítima, a transferência do título será feita
independentemente do pagamento de taxa.
§ 3º - Não haverá pagamento de taxas, na transferência entre cônjuges, qualquer
que seja o regime matrimonial.
257
Art. 14 - Nas transferências “causa mortis”, caso a Diretoria não aprove a admissão
do herdeiro ou legatário, facultar-lhes-á a transferência para terceiros, sem o ônus da taxa.
§ Único – Se houver débitos do “de cujus”, estes terão que ser pagos pelo herdeiro,
para efetivação da transferência.
Art. 15 – Para ser associado Proprietário, não haverá limite de idade, mas o
associado somente ficará investido na plenitude de seus direitos sociais, quando completar
18 (dezoito) anos, ressalvados os casos de maioridade legal.
Art. 16 - O associado eliminado poderá transferir o seu título de propriedade,
obedecidas as normas deste Estatuto, devendo efetuar o pagamento das contribuições
mensais, ou taxa de manutenção anual, enquanto estiver na posse do referido título.
§ 1º - O associado desligado por inadimplência, ou eliminado, que não atualizar
seus débitos ou não transferir seu título no prazo de seis meses, contados da data
do desligamento, ou eliminação, terá o seu título cancelado, facultado à Diretoria
a transferência prevista no caput deste artigo.
§ 2º - A Diretoria poderá emitir, em substituição a títulos cancelados, outros para
venda a terceiros, pelo preço em vigor.
SEÇÃO VI
DOS ASSOCIADOS ASPIRANTES
Art. 17 - Serão associados Aspirantes os filhos de associado com idade
compreendida entre 21 (vinte e um) e 24 (vinte e quatro) anos, mediante requerimento dos
pais, à Diretoria, observadas as seguintes condições:
a) comprovação da filiação;
b) pagamento da jóia correspondente a 10% (dez por cento) do valor do título
de associado Proprietário Contribuinte.
§ 1º - Os associados Aspirantes, quando aprovados pela Diretoria, pagarão
mensalmente contribuição igual a 50% (cinqüenta por cento) do valor da que for
fixada pelo Conselho Deliberativo, para os associados Proprietários Contribuintes,
assegurando-se-lhes, todavia, o acesso a essa categoria, quando completarem 24
anos, desde que pagas as 36 taxas de manutenção.
§ 2º - Em qualquer caso, a admissão só se dará até a idade de 24 (vinte e quatro)
anos incompletos, e observadas as disposições deste Estatuto.
SEÇÃO VII
DOS ASSOCIADOS CONTRIBUINTES USUÁRIOS E TRANSITÓRIOS
Art. 18 - Serão associados Contribuintes Usuários aqueles que, aprovados pela
Diretoria, anteciparem o pagamento de 6 (seis) contribuições mensais, adquirindo o direito
de freqüência e utilização dos bens e serviços do Clube, enquanto mantiverem em dia o
pagamento das contribuições mensais, que será, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento)
maior que a do associado Proprietário. Serão associados Transitórios aqueles que, através
indicação subscrita por associado e aceita pela Diretoria, passarem a integrar o quadro social
do Clube, com os mesmos direitos e deveres dos associados Contribuintes Usuários.
§ 1º – O prazo de validade da concessão ao associado Transitório é de até 60
(sessenta) dias, com intervalo de igual prazo;
§ 2º – A contribuição mensal do associado Transitório será o dobro da vigente
para o associado Proprietário Contribuinte, e o pagamento de todo o período
será feito antecipadamente e de uma só vez;
258
§ 3º – Os associados Contribuintes Usuários e Transitórios, passam a integrar o
quadro social com os mesmos direitos e deveres dos associados Proprietários,
excetuando-se os de votar, ser votado e direito a título de propriedade.
SEÇÃO VIII
DOS ASSOCIADOS VETERANOS
Art. 19 - Passarão à categoria de associados Veteranos, os Proprietários
Contribuintes e os Remidos que, completando 70 (setenta) anos de idade e 45 (quarenta e
cinco) anos de associados, sem punição, e que estejam regulares com suas obrigações sociais,
transfiram seu título para terceiros.
§ Único – O associado enquadrado nestas condições, terá a responsabilidade
do pagamento de uma taxa de manutenção anual, no mês outubro, igual à
contribuição mensal paga pelos Proprietários Contribuintes e conservará todos
os direitos e deveres de que era titular, os quais cessarão com a sua morte, não
sendo transferíveis aos herdeiros e legatários.
SEÇÃO IX
DOS ASSOCIADOS PROPRIETÁRIOS SOLIDÁRIOS
Art. 20 - Serão associados Proprietários Solidários aqueles que mantiveram o
pagamento de sua contribuição mensal, durante o período em que o Clube esteve fechado, e
não lhes proporcionou a prestação total de bens e serviços.
§ 1º - Os Proprietários Solidários gozarão de um abatimento de 20% (vinte
por cento) sobre o valor da contribuição mensal dos associados Proprietários
Contribuintes, mantendo os direitos já adquiridos.
§ 2º - O direito ao abatimento constante do parágrafo anterior, é “intuitu
personae”, mantendo-se apenas para o cônjuge.
SEÇÃO X
DOS ASSOCIADOS CONTRIBUINTES RESIDENCIAIS
Art. 21 - Adquirirão a condição de associado Contribuinte Residencial, os
residentes nos apartamentos do Condomínio “Barra Exclusive”, na qualidade de proprietários,
inquilinos ou comodatários, limitados a 96, número igual aos apartamentos e mediante os
seguintes requisitos:
a) solicitação à Diretoria, comprovando uma das condições inseridas no “caput”
deste artigo;
b) responsabilizar-se pelo pagamento da contribuição mensal determinada pelo
Conselho Deliberativo, igual à dos associados Proprietários Contribuintes;
c) submeter-se às exigências do Estatuto para a admissão de associado,
conforme as disposições do art. 25 do Estatuto do Clube.
§ Único – Os associados dessa categoria terão todos os direitos e deveres
contemplados às demais categorias, exceto os de votar, ser votado e direito a
título de propriedade.
259
SEÇÃO XI
DOS ASSOCIADOS PROPRIETÁRIOS REMIDOS
Art. 22 – Remido é o associado Proprietário portador de um título adquirido
mediante pagamento integral do valor determinado pelo Conselho Deliberativo.
§ Único – O associado Remido estará sujeito ao pagamento de uma taxa de
manutenção anual no mês de outubro, igual à contribuição mensal paga pelos
Proprietários Contribuintes, para pagamento do 13º salário dos empregados do
Clube, manutenção do patrimônio e outras despesas afins.
SEÇÃO XII
DOS ASSOCIADOS PROPRIETÁRIOS CONTRIBUINTES JURÍDICOS - EMPRESA
Art. 23 – Às pessoas jurídicas é facultada a aquisição de títulos correspondentes à
categoria Proprietário Contribuinte, assegurando-se-lhes o credenciamento de 3 (três) pessoas
físicas, com as quais exista relação gerencial ou empregatícia, observadas as disposições
referentes à sindicância.
§ 1º - O valor da emissão do título será o determinado pelo Conselho Deliberativo
e, por cada credenciado, será paga a contribuição mensal igual à cobrada do
associado Proprietário Contribuinte, cuja responsabilidade pelo pagamento é da
empresa proprietária do título que estará sujeita, no mínimo, ao pagamento de
uma contribuição mensal;
§ 2º - Cada credenciado poderá indicar seus dependentes para frequentar as
dependências do Clube, observadas as disposições do art. 25 “caput” deste
Estatuto.
§ 3º - Os credenciados e seus dependentes se submeterão às disposições contidas
no art. 28 do presente Estatuto, no que lhes for aplicável.
SEÇÃO XIII
DO PROCESSO DE ADMISSÃO
Art. 24 - O ingresso no quadro social far-se-á mediante proposta do candidato,
abonada por um associado, sobre a qual se pronunciará a Comissão de Sindicância, composta
por três diretores designados pelo Diretor-Presidente, cabendo à Diretoria decidir sobre sua
aceitação sendo, em caso positivo, exigível o pagamento do valor do título correspondente à
categoria em que se situar o proposto, ou de taxa de transferência, à razão de 15% (quinze
por cento) sobre o valor em vigor do mencionado título, na hipótese de ter sido este adquirido
de terceiro, em dia com suas obrigações estatutárias.
§ 1º - Na hipótese de recusa da proposta, não estará a Diretoria obrigada a
transmitir ao interessado os motivos de tal procedimento;
§ 2º - A simples aquisição do título, inclusive em processo sucessório, não importa
ingresso no quadro social.
SEÇÃO XIV
DOS DIREITOS E DEVERES DOS ASSOCIADOS
Art. 25 - Aos associados é assegurada a plena e absoluta utilização dos bens e
serviços do Clube, extensiva a seus dependentes, assim entendidos:
a) esposo (a) companheiro (a);
260
b) filhos ou enteados, enquanto menores de 21 (vinte e um) anos;
c) filhas, enteadas, mãe e sogra, exceto quando casadas;
d) aqueles reconhecidos pela legislação do Imposto de Renda, ou declarados pelo
solicitante como seus dependentes financeiros, se aceitos pela Diretoria, neste
caso até completar 21 anos, para homens e limitado e dois dependentes.
§ Único – À viúva do associado, enquanto nessa condição permanecer, serlhe-á garantido o direito de uso e gozo das dependências do clube, enquanto
não se realizar a transferência “mortis causa”, desde que mantenha a taxa de
manutenção em dia.
Art. 26 - Poderá o associado Proprietário Contribuinte ou Solidário, ausentandose deste estado, por motivo funcional ou de instrução, devidamente comprovado, ficar isento
por até dois anos, do pagamento da contribuição mensal, a partir da data do requerimento,
recolhendo, ao requerer tal benefício, o valor correspondente a duas vezes o da contribuição
em vigor, por período de um ano ou fração.
Art. 27 - A carteira social conterá fotografia, nome, número de cadastro e código
da categoria ou condição do associado, ou outro sistema adotado pelo clube.
Art. 28 - Constituem obrigações dos associados e seus dependentes:
a) cumprir e fazer cumprir, plena e fielmente, as disposições constantes deste
Estatuto;
b) apresentar o cartão de identidade social ou acesso por outro sistema adotado
pelo Clube e correspondente recibo, ao pretender ingressar nas dependências
da ASSOCIAÇÃO, ou quando solicitado por dirigentes ou funcionários no
exercício de suas funções;
c) pagar a contribuição mensal a que estiver obrigado, até o dia 5 do mês
subsequente, para os associados Proprietários Contribuintes e a taxa de
manutenção anual, no mês de outubro de cada ano, para os associados
Proprietários Remidos e Veteranos, responsabilizando-se, no particular, em
relação a “Aspirante”, filho seu;
d) responder solidariamente pelos débitos dos seus respectivos dependentes e
convidados, bem como pelos danos por estes causados nas dependências da
ASSOCIAÇÃO, contra esta ou terceiros;
e) comunicar à ASSOCIAÇÃO, por escrito, para as devidas anotações em seu
dossiê, as alterações ocorridas em sua qualificação civil e em seu endereço.
f) contribuir para que a ASSOCIAÇÃO cumpra a sua finalidade de promover a
educação física, moral, cultural e cívica entre seus associados;
g) abster-se da prática de atos susceptíveis de prejudicar a ASSOCIAÇÃO material
ou moralmente, portando-se correta e respeitosamente nas dependências do
Clube, atendendo a qualquer advertência feita por quem de direito;
h) não contribuir para que as pessoas estranhas ao Quadro Social freqüentem,
sem autorização, a sede da ASSOCIAÇÃO;
i) dirigir-se em termos respeitosos aos membros da DIRETORIA e portar-se com
correção nas dependências da ASSOCIAÇÃO;
j) evitar, dentro da ASSOCIAÇÃO, qualquer manifestação de caráter político ou
religioso, ou relativa à questão de raça e nacionalidade;
k) não atentar contra o conceito público da ASSOCIAÇÃO, por ação ou omissão;
l) não fazer declarações falsas ou de má-fé;
m) respeitar e cumprir as determinações do Presidente e da Administração, na
esfera das respectivas atribuições, sem prejuízo dos recursos permitidos neste
Estatuto;
261
n) acatar os membros da Diretoria, bem como atender aos representantes desta,
consócios ou empregados da ASSOCIAÇÃO, quando no exercício de funções
regulamentares;
o) apresentar convite ou bilhete de ingresso, expedido pelo promotor de reunião
social ou desportiva, sempre que quiser ter ingresso em dependências da
ASSOCIAÇÃO, cedidas em conformidade com o presente Estatuto;
p) cumprir, respeitar, influir para que os outros respeitem e cumpram o presente
Estatuto;
§ Único – Os associados Remidos de qualquer categoria e os Veteranos pagarão
uma taxa de manutenção anual igual à contribuição mensal do associado
Proprietário Contribuinte, no mês de outubro de cada ano, para fundo de caixa do
13º salário dos empregados, manutenção do patrimônio e outras despesas afins.
SEÇÃO XV
DAS INFRAÇÕES E PUNIÇÕES
Art. 29 - Constatadas inobservâncias às disposições estatutárias, poder-se-ão
aplicar as seguintes penas:
I – DA COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO DIRETOR PRESIDENTE
a) advertência – aos que causarem danos materiais, ou gerarem, culposamente,
insatisfação, discórdia ou tumulto nas dependências sociais, administrativas e
desportivas do Clube;
b) suspensão – por até 60 (sessenta) dias, aos que facilitarem o ingresso nas
dependências da Associação, de pessoas estranhas ou suspensas do quadro
social, bem como aos que tentarem utilizar, desautorizados, equipamentos ou
dependências da Administração;
c) desligamento – aos associados Proprietários Contribuintes e Proprietários
Contribuintes Solidários que deixarem de pagar, por três meses consecutivos, a
contribuição mensal, ou, assumindo dívidas de qualquer natureza junto ao bar,
restaurante, secretaria ou outro serviço, não as liquidar no prazo de 30 dias; neste
caso, após notificados;
d) impedir o acesso às dependências do Clube, dos associados Remidos e Veteranos
que deixarem de pagar uma taxa de manutenção anual, ou, assumindo dívidas de
qualquer natureza junto ao bar, restaurante, secretaria ou outro serviço, não as
liquidar no prazo de 30 dias; neste caso, após notificados;
e) é passível de eliminação o associado que for condenado em sentença transitada
em julgado, por ato desabonador e que o torne inidôneo ao convívio social;
II – DA COMPETÊNCIA DA DIRETORIA
a) suspensão de trinta a cento e vinte dias, aos que incidirem nas infrações a
que se refere o inciso anterior, ou não acatarem as recomendações da Diretoria,
transmitidas por dirigentes ou funcionários ou, ainda, tumultuarem quaisquer
reuniões, eventos sociais ou esportivos, com agressões físicas, morais ou gestos
obscenos, em qualquer ambiente do clube ou fora dele;
b) suspensão de cento e vinte dias a dois anos, aos que agredirem física e/ou
moralmente, de forma unilateral ou recíproca, qualquer associado, dependente
ou funcionário, tanto quanto integrantes dos órgãos constitutivos do Clube, com
manifesto propósito de se contrapor aos princípios de autoridade;
c) eliminação aos que se furtarem ao cumprimento do estipulado no Art. 28,
letras “c” e “d”, deste Estatuto, bem como àqueles cuja conduta, caracterizada
262
pela prática ou persistência no cometimento das infrações aqui enunciadas e
outras capituladas na legislação penal, seja considerada nociva ao equilíbrio das
relações sociais internas.
Art. 30 - Nenhum associado ou dependente será punido sem que se lhe faculte,
por escrito, a formulação de defesa, no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento da
notificação, do ato punível, sob protocolo ou “AR”.
§ 1º – O julgamento disciplinar a ser feito pela Diretoria, ocorrerá no prazo de até
30 (trinta) dias, após a notificação.
§ 2º – A defesa dos menores de 21 (vinte e um) anos será de iniciativa dos pais
ou responsáveis.
Art. 31 - O Diretor-Presidente, por conhecimento ou denuncia subscrita por
dirigente ou funcionário, oficiará da ocorrência o Diretor-Secretário, a quem caberá expedir a
notificação aludida no parágrafo precedente, bem como elaborar relatório que possibilite a
clara apreciação e o firme julgamento, pelo órgão competente, na forma do Art. 29.
Art. 32 - Ao Conselho Deliberativo,
em
sessão
específica, caberá o
julgamento de ocorrências envolvendo membros seus ou da Diretoria, associados Honorários
ou Beneméritos, como também a apreciação de recursos das decisões previstas do Art. 29
quando oferecidos no prazo de dez dias, contados da efetiva comunicação ao punido, da
decisão recorrenda, não lhe sendo atribuído efeito suspensivo.
TÍTULO III
DA ORDEM JURÍDICA E ADMINISTRATIVA
SEÇÃO I
GENERALIDADE
Art. 33 - Integram a estrutura institucional da Associação:
I - A Assembléia Geral
II - O Conselho Deliberativo
III - A Comissão Fiscal
IV - A Diretoria
SEÇÃO II
ASSEMBLÉIA GERAL
Art. 34 - A Assembléia Geral será constituída dos associados Proprietários a
que se reporta o Art. 5º, dela representando a vontade maior, expressa e direta, sendo, por
conseguinte, órgão de competência incondicionada e ao qual caberá:
a) eleger, anualmente e na segunda quinzena de março, um terço dos membros
efetivos e suplentes do Conselho Deliberativo;
b) eleger, a qualquer tempo e em caso de esgotamento do quadro de suplentes,
novos membros do Conselho Deliberativo, desde que as vagas existentes
correspondam à sua metade;
c) apreciar e homologar reforma do Estatuto, procedida por deliberação do
Conselho Deliberativo;
d) homologar a dissolução da Associação, observadas as disposições gerais
pertinentes, após deliberação do Conselho Deliberativo;
e) apreciar e homologar decisão do Conselho Deliberativo sobre alienação de
bens imóveis (Art. 46 letra “g” e 73 parágrafo único);
f) homologar a destituição dos administradores, após deliberação do Conselho
263
Deliberativo.
Art. 35 - Para participar das reuniões da Assembléia Geral, o associado
Proprietário provará sua condição e o adimplemento de todas as obrigações impostas por
este Estatuto.
Art. 36 - As reuniões de Assembléia Geral serão convocadas pelo DiretorPresidente, através de publicação na imprensa local, com antecedência mínima de vinte dias.
Art. 37 – A AG reunir-se-á, em 1ª convocação, com a maioria absoluta de seus
membros; não havendo numero legal, na primeira convocação, poderá reunir-se, meia hora
depois, com qualquer número, não lhe sendo outorgada, nestas condições, competência para
deliberar sobre o que dispõe o Art. 34, letras “c” ,“d”, “e” e “f”.
§ Único - Nas hipóteses previstas nas alíneas “c”, “d”, “e” e “f” do artigo 34, a
Assembléia Geral deliberará em primeira convocação, com a presença mínima de
2/3 (dois terços) do total de seus membros, em segunda com quorum mínimo de
1/20 (um vigésimo) do total de seus membros em condições de votar e, na terceira
e ultima convocação, com quorum mínimo de cinqüenta associados, observado o
intervalo de 30 (trinta) minutos entre os prazos de convocação.
Art. 38 - O Diretor-Presidente ou seu substituto legal instalará a Assembléia Geral,
solicitando, a seguir, a indicação de um associado para assumir a presidência da sessão.
§ 1º - Escolhido o presidente da Assembléia Geral, para aquela reunião, caberá a
este convidar dois associados para servirem de secretários e, assim, constituída
a Mesa, pedirá a indicação de dois outros associados para servirem de fiscais
escrutinadores.
§ 2º - A indicação do presidente e dos escrutinadores poderá ser feita por eleição
ou por aclamação.
§ 3º - Não poderão fazer parte da Mesa, membros da Diretoria.
Art. 39 – O voto será secreto, exercido pessoalmente, não sendo permitido votar
por procuração.
Art. 40 - No caso de empate em qualquer votação, será eleito, dentre os
candidatos, o associado mais antigo no quadro social.
Art. 41 - O resumo dos trabalhos de cada reunião será registrado em ata lavrada
em duas vias, redigida por um secretário, devendo uma ser arquivada na Associação e a outra
ser entregue ao presidente daquela Assembléia Geral.
§ 1º - A Assembléia Geral delegará poderes a três associados presentes durante
toda a reunião para, em seu nome e em comissão, acompanharem a redação da
ata, que será lida e apreciada ao seu final.
§2º - A ata conterá as assinaturas do presidente, dos secretários e dos
escrutinadores da reunião, bem como da comissão nomeada para conferi-la, a
fim de que produza os efeitos legais.
SEÇÃO III
CONSELHO DELIBERATIVO
Art. 42 - O Conselho Deliberativo é o órgão pelo qual se manifestam coletivamente
os associados, com exceção dos assuntos de competência da Assembléia Geral. Será integrado,
necessariamente pelo Diretor-presidente e seus antecessores, pelo presidente do Conselho e
seus antecessores, todos em pleno gozo de seus direitos estatutários, e por mais 48 (quarenta
e oito) associados escolhidos pela Assembléia Geral através do processo a que se referem os
artigos 34 e seguintes do Estatuto, dentre os maiores de 35 (trinta e cinco) anos e com mais
de 10 (dez) anos de permanência no quadro social.
264
§ Único – Para cada 02 (dois) membros eleitos para o Conselho, será eleito um
suplente, observadas sempre a proporção e as exigências previstas no “caput”
deste artigo. Os suplentes serão convocados pela ordem de registro como
associado.
Art. 43 - Inscrever-se-ão com a finalidade de preencher cargos de Conselheiros
no Conselho Deliberativo, unicamente as chapas que apresentarem o número de candidatos
exatamente igual ao constante no competente edital de convocação, reunindo esses as
condições previstas no artigo anterior e não participando os mesmos doutra chapa, tudo
mediante requerimento subscrito por, no mínimo, 40 (quarenta) associados em condições
idênticas e absolutamente em dia no cumprimento de suas obrigações estatutárias e instruído
por termo de aceitação que os citados candidatos deverão firmar.
§ Único – O requerimento de que trata o presente artigo deverá ser protocolado
na Secretaria da ASSOCIAÇÃO, com antecedência mínima de 08 (oito) dias da
data fixada para a realização da Assembléia.
Art. 44 - Os associados eleitos Conselheiros serão empossados automaticamente,
para o exercício de mandato de 03 (três) anos, ou complemento de mandato, conforme a
situação, assegurando-se-lhes sucessivas reeleições.
§ Único – Perderá, automaticamente, o mandato, o Conselheiro que faltar a 03
(três) reuniões sucessivas ou 05 (cinco) alternadas, sendo, porém, concedida
licença, se solicitada por escrito.
Art. 45 - Estará impedido de votar o Conselheiro que haja integrado a Diretoria,
quando, em grau de recurso, for apreciado ato ou decisão de sua alçada ou competência,
quando no exercício do cargo.
Art. 46 - COMPETE AO CONSELHO DELIBERATIVO
a) Organizar sua composição interna, elegendo, dentre seus membros, o
presidente, o vice, o primeiro e o segundo secretários, bem como a Comissão
Fiscal, constituída de 05 (cinco) membros efetivos e igual número de suplentes,
tudo em escrutínio secreto ou por aclamação;
b) eleger, pelo processo retro, o Diretor Presidente do Clube e homologar as
indicações que ele fizer, no sentido de compor sua Diretoria, permitida apenas
01 (uma) reeleição;
c) deliberar sobre reforma do Estatuto, para aprovação pela Assembléia Geral,
procedendo às alterações, cuja decisão dependerá de “quorum” mínimo de
2/3 (dois terço) dos seus componentes, em condições de votar;
d) deliberar sobre alienação de bens imóveis do Clube, para aprovação pela
Assembléia Geral;
e) deliberar sobre a destituição dos administradores, para aprovação pela
Assembléia Geral;
f) deliberar sobre a dissolução da Associação observadas as disposições gerais
pertinentes, para homologação pela Assembléia Geral;
g) apreciar, trimestralmente o relatório de atividades e as contas apresentadas
pelo Diretor-Presidente, decidindo, após parecer da Comissão Fiscal, sobre sua
regularização e aprovação;
h) fixar o valor dos títulos de participação social, contribuições mensais,
taxas de manutenção anual, de transferência e outros emolumentos;
i) apreciar, em grau de recurso, as decisões de competência originária
do Diretor-Presidente ou da Diretoria, em sessão específica, o julgamento de
ocorrências envolvendo membros seus, da Diretoria, associados Beneméritos
ou Honorários;
265
j) deliberar sobre a concessão de títulos de honorabilidade e benemerência;
k) decidir, nas hipóteses não previstas no presente Estatuto, bem como
referendar atos praticados pela Diretoria, em caráter de urgência;
§ Único – as reuniões do Conselho Deliberativo serão privativas de seus membros,
salvo para convocados.
Art. 47 - Nas suas relações com os demais órgãos, o Conselho Deliberativo
será representado por seu Presidente, a quem compete convocar as reuniões ordinárias e
extraordinárias e a quem se assegura o voto de qualidade.
Art. 48 - A convocação do Conselho Deliberativo será feita através de publicação
na imprensa local, com antecedência mínima de 10 (dez) dias. Quando convocada em caráter
permanente, para as reuniões subseqüentes, os Conselheiros serão avisados por carta.
Art. 49 - Para as reuniões ordinárias e extraordinárias, será distribuída entre todos
os integrantes do Conselho Deliberativo, cópia da matéria ou matérias que, à sua apreciação,
forem submetidas.
Art. 50 - Em primeira convocação o Conselho Deliberativo só poderá reunir-se
com a presença da maioria absoluta dos seus membros.
Art. 51 - Não havendo número legal na 1ª convocação o Conselho Deliberativo
poderá reunir-se meia hora após, em 2ª convocação, com, pelo menos, 1/3 de seus membros,
salvo nas hipóteses previstas no Art. 46, retro, letras “d” e “g”.
§ Único – Não havendo número, vinte minutos depois da hora marcada o
Presidente do Conselho Deliberativo encerrará a lista de presença.
Art. 52 - O Presidente do Conselho será substituído, em suas ausências e
impedimentos temporários, pelo Vice-Presidente e, no impedimento deste, pelos Secretários,
observada a ordem de investidura prevista no artigo 46, letra “a” deste Estatuto, podendo,
ainda, ser feita a autoconvocação, em caráter excepcional e emergencial, requerida pela
metade e mais um de seus membros.
§ 1º - Na falta da Mesa do Conselho, os trabalhos serão abertos pelo DiretorPresidente do Clube, que solicitará ao Plenário a indicação do Presidente, do VicePresidente e dos Secretários, para composição da Mesa.
§ 2º - As indicações serão feitas por eleição ou por aclamação, não podendo
recair em membros da Diretoria.
§ 3º - O Presidente do Conselho Deliberativo ou seu substituto convocará para
escrutinadores, dois conselheiros, toda vez que houver eleição.
Art. 53 - Nas reuniões do Conselho, finda a matéria da Convocação, ouvido o
Plenário, o Presidente poderá submeter à apreciação dos presentes qualquer proposta, feita
por escrito, e quando julgar:
I - que consulta aos altos interesses da ASSOCIAÇÃO.
II – que o retardamento na sua apreciação importa em perda de oportunidade.
Art. 54 - Durante as discussões, cada Conselheiro poderá falar durante 05 (cinco)
minutos, sem prorrogação e, no máximo, duas vezes sobre o mesmo assunto.
Art. 55 - Os Conselheiros poderão requerer à Mesa a leitura de documentos que
acharem necessários à orientação no julgamento das questões em debate.
Art. 56 - Na hipótese de eleição, proceder-se-á de imediato, à apuração dos
votos, cabendo ao Presidente proclamar os eleitos e os declarar empossados, fazendo as
necessárias comunicações aos que se acharem ausentes.
Art. 57 - Os trabalhos de cada reunião ficarão registrados em ata redigida
por um dos secretários e assinada pela Mesa do Conselho, sendo também assinada pelos
escrutinadores, se houver eleição.
§ Único – em caso de necessidade, poderá o Presidente do Conselho, após ouvir
266
o Plenário, suspender provisoriamente a sessão para redação da ata, de maneira
que a mesma seja apreciada após a reabertura da sessão.
Art. 58 - Os mandatos do Presidente do Conselho Deliberativo, do Vice-presidente,
Secretários e da Comissão Fiscal, serão de 3 (três) anos permitida uma reeleição.
Art. 59 - Quando, por qualquer hipótese, não se proceder à eleição do DiretorPresidente no prazo determinado neste Estatuto, ou, eleito novo Presidente, este recusarse ou deixar de tomar posse no cargo no dia fixado, o comando da Associação passará,
automaticamente, ao Presidente do Conselho Deliberativo que estabelecerá nova data para
o Presidente eleito empossar-se no cargo, ou para a realização de nova eleição, no prazo de
60 (sessenta) dias.
SEÇÃO IV
COMISSÃO FISCAL
Art. 60 - A Comissão Fiscal será eleita trienalmente pelo Conselho Deliberativo, na
sua reunião ordinária prevista para a segunda quinzena de março, e será composta por cinco
membros titulares e igual número de suplentes.
§ 1º Não poderá ser membro da Comissão Fiscal o associado que tenha relações
de parentesco com membros da Diretoria do Clube.
§ 2º A Comissão Fiscal elegerá seu presidente dentre os seus membros efetivos.
Art. 61 - COMPETE À COMISSÃO FISCAL
a) reunir-se ordinariamente, uma vez por mês, para apreciar os balancetes
contábeis mensais elaborados pela Diretoria, reportando a correspondente
análise ao Presidente do Conselho Deliberativo e reunir-se extraordinariamente,
conforme convocação do seu Presidente ou por solicitação do Presidente do
Conselho Deliberativo;
b) apresentar ao Conselho Deliberativo parecer sobre a prestação de contas da
Diretoria, por ocasião da reunião ordinária do Conselho, conforme dispõe o Art.
46, alínea “g”.
SEÇÃO V
DIRETORIA
Art. 62 - A gestão das atividades do Clube caberá à sua Diretoria, composta de
um Diretor-Presidente, Vice-Presidente Administrativo e Financeiro, Vice-Presidente Social,
Vice-Presidente de Esportes, Vice-Presidente Patrimonial, Vice-Presidente Jurídico e mais 21
(vinte e uma) Diretorias agrupadas organicamente nas 05 (cinco) Vice-Presidências, sendo
o Diretor Secretário ligado diretamente ao Presidente, conforme o organograma anexo ao
presente Estatuto.
§ Único – Nas substituições eventuais do Diretor Presidente, a ordem de investidura
no seu cargo, pelos Vice-Presidentes, corresponderá àquela mencionada no
“caput” do presente artigo.
Art. 63 - SÃO ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA
DA BAHIA:
a) administrar a Associação, fazer executar as deliberações de sua própria
Diretoria, as da Assembléia Geral, as do Conselho Deliberativo e da Comissão
Fiscal, fazer cumprir o Estatuto;
b) representar o Clube ativa e passivamente em Juízo ou fora dele, podendo
constituir mandatários;
267
c) convocar e presidir as reuniões da Diretoria e da A.G.;
d) executar todos
os
atos administrativos, assinando os documentos
necessários;
e) exonerar membros da Diretoria ou conceder-lhes licença;
f) assinar com o Vice-Presidente Administrativo e Financeiro ou seu substituto,
documentos que signifiquem encargos financeiros;
g) submeter ao Conselho Deliberativo, para apreciação, as indicações dos VicePresidentes e Diretores;
h) submeter mensalmente à Comissão Fiscal e trimestralmente ao Conselho
Deliberativo para apreciação, os balancetes de receitas e despesas do clube
e colocá-los nos murais existentes nas dependências da agremiação para
conhecimento dos associados.
VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO
Art. 64 - Compete ao Vice-Presidente Administrativo e Financeiro a gestão das
atividades administrativas e financeiras do Clube, coordenando as Diretorias que lhe são
subordinadas, abaixo discriminadas, em denominações e responsabilidades:
I – DIRETORIA ADMINISTRATIVA
Responsável pela coordenação da política de Recursos Humanos e pelas
atividades administrativas da Associação, dos serviços inerentes à Secretaria
do Clube, do quadro social e do quadro de pessoal do Clube, pela instrução
de processos de admissão de associados, pelo funcionamento do Arquivo
Geral do Clube, pelo apoio administrativo às atividades dos demais setores,
inclusive pela manutenção dos serviços de bar, restaurante, estética, higiene
e beleza, suprimento e administração de estoque e gestão econômicofinanceira de tais serviços.
II - DIRETORIA FINANCEIRA
Responsável pelas atividades financeiras do Clube, cabendo-lhe:
a) administração permanente do fluxo de Caixa;
b) organização e controle dos serviços de Tesouraria;
c) administração dos saldos em Bancos e das eventuais aplicações de capital;
d) análise e controle dos custos operacionais;
e) elaboração conjunta com a Diretoria de Contabilidade, do Programa
Orçamentário Anual.
III – DIRETORIA DE CONTABILIDADE
Responsável pela administração da área contábil do Clube, cabendo-lhe:
a) acompanhamento e controle das Receitas e Despesas;
b) adequação e regularidade das contabilizações diárias;
c) regularidade das contribuições sociais e/ou fiscais devidas pelo Clube;
d) desenvolvimento e manutenção dos Relatórios de Gestão, necessários aos
controles de ESTOQUE, CONTAS A RECEBER E COBRANÇAS;
e) publicação regular dos Balancetes mensais, Balanços e Demonstrações de
Resultados, segundo os princípios contabilmente aceitos, além de prestar
à Comissão Fiscal todas as informações indispensáveis ao exercício de sua
missão, na forma expressa neste Estatuto.
IV – DIRETORIA DE MARKETING
Responsável pela administração das atividades de marketing da Associação,
campanhas de promoção de imagem do Clube, campanha de arregimentação
de associados e atividades do Clube, relacionadas com assuntos de
268
propaganda, vendas e afins.
V – DIRETORIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Responsável por formular diretrizes, elaborar especificações técnicas,
coordenar a integração com sistemas de informações, normatizar, avaliar
permanentemente o parque tecnológico e, supervisionar as atividades relativas
à inovação tecnológica da gestão e sua modernização, além de promover o
intercâmbio de experiências com instituições nacionais e internacionais que
atuem em áreas congêneres. VICE-PRESIDENTE SOCIAL
Art. 65 - Compete ao Vice-Presidente Social a gestão das atividades sociais e
culturais do Clube, coordenando as Diretorias que lhe são subordinadas, abaixo discriminadas,
em denominações e responsabilidades:
I - DIRETORIA SOCIAL
Responsável pela Administração e programação das atividades sociais do
Clube, promoção de festas, shows e eventos de interesses do quadro social,
compatíveis com essa Diretoria.
II – DIRETORIA DE ATIVIDADES CULTURAIS
Responsável pela administração e programação das atividades culturais
da ASSOCIAÇÃO, pela organização e funcionamento da sua biblioteca,
pela realização de palestras, conferências, seminários e eventos culturais,
compatíveis com as finalidades do Clube.
III- DIRETORIA MÉDICA
Responsável pela administração e supervisão das atividades médicas do
Clube, particularmente pela assistência médica aos atletas e aos associados
em situações emergenciais ocorridas na sede do Clube e por campanhas e
eventos de promoção à vida e à saúde dos associados e funcionários.
IV –DIRETORIA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
Responsável pela divulgação das atividades do Clube, especialmente através
dos meios de comunicação social, via imprensa em geral, pelo estabelecimento
de contato com outras Associações desportivas e sociais, pela organização
e funcionamento dos programas de recepção de delegações convidadas em
visita ao Clube, e pela viabilização e publicação dos periódicos do Clube.
VICE-PRESIDENTE DE ESPORTES
Art. 66 - Compete ao Vice-Presidente de Esportes a gestão das atividades desportivas
do Clube, coordenando as Diretorias que lhe são subordinadas, abaixo denominadas, cujos
titulares são os responsáveis pela administração e desenvolvimento específico de suas áreas,
fomentando as correspondentes práticas desportivas através da promoção, organização e
realização de campeonatos, torneios, certames, simpósios e eventos relacionados com as
atividades das suas Diretorias:
I - DIRETORIA DE FUTEBOL
II - DIRETORIA DE VOLEIBOL
III - DIRETORIA DE BASQUETE
IV - DIRETORIA DE ESPORTES AQUÁTICOS
V - DIRETORIA DE JOGOS E ESPORTES DE SALÃO
VI - DIRETORIA DE ARTES MARCIAIS
VII - DIRETORIA DE TÊNIS
VIII- DIRETORIA DE ESPORTES OLÍMPICOS
269
Responsável por gerir ações objetivando incluir e manter a Associação Atlética da Bahia no
Projeto Olímpico Brasileiro, desenvolvendo atletas em atividades esportivas que estejam de
acordo com o potencial e os interesses do clube, seja através de convênios com os Governos
Municipal, Estadual e Federal, seja através de parceiros, seja buscando identificar no mercado,
patrocinadores interessados em investir no Clube, proporcionando crescimento sustentável
antes, durante e, principalmente, depois das Olimpíadas de 2016.
VICE-PRESIDÊNCIA PATRIMONIAL
Art. 67 - Compete ao Vice-Presidente Patrimonial a administração das atividades
patrimoniais do Clube, a guarda e conservação dos móveis e imóveis do Clube, seus troféus
e títulos de propriedade, o desenvolvimento de estudos e projetos referentes à ampliação
física, reparos e adaptações no patrimônio do Clube, o acompanhamento, fiscalização
e administração de obras no âmbito do Clube, coordenando as Diretorias que lhe são
subordinadas, abaixo discriminadas, em denominações e responsabilidades.
I - DIRETORIA DE OBRAS
Desenvolvimento de estudos e projetos referentes a ampliação, reparo e
adaptações do patrimônio imobiliário, acompanhamento, fiscalização ou
administração de obras com tal fim determinado.
II -DIRETORIA DE SEDE
Manutenção de todo patrimônio móvel e imóvel, dinamização de todas as
dependências e serviços do quadro social, determinando serviços em caráter
de urgência e supervisão de todos os canais de comunicação entre Diretoria,
quadro associativo e corpo funcional.
VICE-PRESIDÊNCIA JURÍDICA
Art. 68 - Compete ao Vice-Presidente Jurídico o estudo de projetos ligados à
prevenção e defesa dos interesses sociais e econômicos do Clube, supervisão das relações
jurídicas e trabalhistas, civis, comerciais, tributárias e previdenciárias e o exercício de mandato
“ad-judicia”, coordenando e supervisionando as atividades da Diretoria Jurídica, que lhe é
subordinada.
DIRETORIA JURÍDICA
Art. 69 - Ao Diretor Jurídico competirá emitir pareceres e opiniões que lhe forem
solicitadas, ou por iniciativa própria, a respeito de processos e dívidas pendentes do Clube,
podendo, por delegação do Presidente, representar o Clube em Juízo ou fora dele, na defesa
dos seus interesses.
DIRETOR SECRETÁRIO
Art. 70 - Ao Diretor Secretário compete:
I - redigir e assinar os avisos, convocações e toda a correspondência, juntamente
com a Presidência e pela lavratura das atas das reuniões da Diretoria;
II - supervisão dos funcionários encarregados do processamento e guarda de
todos os assentamentos referentes ao quadro social e seus correlatos.
Art. 71 - Assunto de interesse de qualquer associado, postulante ou terceiro,
poderá ser apreciado e conseqüentemente decidido em Audiência Ordinária, realizável
diariamente, desde que presentes o Diretor-Presidente e mais dois outros, sendo indispensável
a presença do encarregado da área a que o assunto se relacionar, tudo devidamente reduzido
a termo e subscrito por quem de direito.
Art. 72 - Ao Diretor-Presidente é assegurado convocar, sempre que necessário,
270
reunião da Diretoria para avaliar, conjuntamente, o desempenho das diversas áreas, apreciar e
decidir sobre programações esportivas, culturais e financeiras, bem como para o julgamento
de infrações capituladas no art. 29, I e II deste Estatuto.
§ Único – Das reuniões da Diretoria serão lavradas atas que serão lidas, apreciadas
e votadas nas reuniões seguintes.
TÍTULO IV
DO PATRIMÔNIO SOCIAL, RECEITAS E DESPESAS
Art. 73 - O Patrimônio Social é constituído pelos bens móveis e imóveis
pertencentes à ASSOCIAÇÃO:
§ Único – Os bens imóveis não poderão ser alienados ou gravados sem autorização
expressa de 2/3 (dois terços) do Conselho Deliberativo, ratificada pela AGE (art. 34
“e” e 46 “d”), observado o disposto no artigo 37.
SEÇÃO I
RECEITAS
Art. 74 - As Receitas do Clube serão originárias de suas atividades sociais,
desportivas, locações de áreas e, eventualmente, de aplicações de capital, devendo estar
contabilizadas nos seguintes títulos:
- Receitas de Mensalidades e Taxas de Manutenção Anuais
- Receitas de Vendas e/ou Transferências de Títulos
- Receitas de Eventos
- Receitas Esportivas
- Receitas Patrimoniais
- Receitas de Arrendamentos
- Receitas de Comercializações
- Receitas de Estacionamentos
- Outras receitas eventuais
Art. 75 - As despesas do Clube serão rigorosamente originárias de suas atividades
específicas, indispensáveis ao seu regular funcionamento, devendo estar contabilizadas nos
seguintes títulos:
- Despesas Administrativas
- Despesas com Pessoal
- Despesas com Encargos Sociais
- Despesas com Material de Consumo
- Despesas Sociais
- Despesas Esportivas
- Despesas Tributárias
- Despesas Financeiras
- Outras despesas eventuais
§ Único – Os comprovantes das DESPESAS e as respectivas contabilizações
deverão estar visados pelo Diretor responsável pela sua autorização e pelo DiretorPresidente.
TÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
271
Art. 76 - À Diretoria é facultado cobrar ingressos especiais dos associados,
credenciados, permissionários e dependentes, quando de promoções culturais, recreativas ou
desportivas de elevado custo, destinando-se tal receita à cobertura das mesmas.
Art. 77 - Os títulos de Associados HONORÁRIO ou BENEMÉRITO, concedidos pelo
Conselho Deliberativo, resultarão da vontade expressa, em escrutínio secreto, da maioria
absoluta dos integrantes daquele órgão, ou por aclamação, e não são transferíveis.
Art. 78 - Decidida a dissolução da ASSOCIAÇÃO, nos termos da alínea “d” do Art.
34, a Assembléia Geral procederá da seguinte forma:
I - nomeará uma comissão composta de 07 (sete) associados pertencentes à
categoria de PROPRIETÁRIOS, para efetuar a liquidação;
II - feita a liquidação do ativo e pago os débitos, o que restar será aplicado no
resgate de títulos patrimoniais, que se denominam “ações”.
III- a comissão poderá deliberar que os prêmios conquistados pela ASSOCIAÇÃO,
em torneios e campeonatos, sejam doados ao Museu de Esportes, na Sudesb.
Art. 79 - Ao atleta impossibilitado de participar das equipes da ASSOCIAÇÃO
em conseqüência de acidente ocorrido na prática de atividades esportivas representando o
Clube, poderá ser permitido, pelo Conselho Deliberativo, mediante proposta da Diretoria,
o seu acesso à categoria de Contribuinte Usuário, com isenção da contribuição, sendo
intransferível o seu título.
Art. 80 - Será permitida a pratica de jogos, carteados ou não, com valores, limites
e horários pré-estabelecidos pela Diretoria, desde que tais jogos sejam inofensivos em razão
do prejuízo limitado que possam causar, nos termos da lei.
§ Único – Será expressamente vedada a menores de 18 anos a prática de jogos
de azar.
Art. 81 - Salvo necessidade imperiosa, a juízo da Diretoria, com aprovação do
Conselho Deliberativo, o ESTATUTO da ASSOCIAÇÃO só poderá ser alterado ou reformado,
com pelo menos dois anos de vigência da alteração ou reforma anterior, entrando em vigor
as novas disposições depois de registradas no cartório competente, ficando o texto, na sua
íntegra, à disposição de qualquer associado.
Art. 82 - O mandato do diretor-presidente será de dois anos, permitida uma
reeleição e do presidente e do vice do Conselho Deliberativo e da Comissão Fiscal, inclusive
suplentes, será de três anos, permitida uma reeleição.
§ Único – Ocorrendo vacância no cargo de Diretor-Presidente, situação que
compreende as hipóteses de morte ou renúncia, este será exercido pelo
Presidente do Conselho Deliberativo, a quem caberá a convocação, através do
processo estatutariamente definido, no prazo de 60 (sessenta) dias, dos seus
integrantes, para eleição de outro Diretor-Presidente, que completará o mandato
do antecessor, se, para seu termo, faltar menos de 01 (um) ano e, caso contrário,
exercer novo e integral mandato.
Art. 83 - É vedado aos associados ou demais integrantes do quadro social,
exercer funções remuneradas pelo Clube.
Art. 84 - Nenhum cargo diretivo do Clube será remunerado.
Art. 85 - Fica vedada a readmissão de ex-empregados do Clube.
Art. 86 - Perderá o mandato de Conselheiro e/ou Diretor, aquele que for
patrono ou promover ações judiciais que venham contrariar os interesses do Clube.
Art. 87 - Os membros efetivos do Conselho Deliberativo que, convidados pela
Diretoria, aceitarem integrá-la, serão substituídos pelos suplentes, podendo retornar e
reassumir apenas 01 (uma) única vez, durante cada ano fiscal para o qual foram eleitos.
§ Único - Ficam, contudo, impedidos de julgar atos administrativos praticados
272
pela Diretoria, no período em que atuaram como diretores.
Art. 88 - É vedado ao empregado, enquanto nesta condição permanecer,
adquirir título do Clube.
Art. 89 - Fica vedado à Diretoria e ao Presidente contribuir, à custa do
Clube, para quaisquer fins estranhos aos objetivos da ASSOCIAÇÃO, expressos neste Estatuto.
Art. 90 - Prescreve em 02 (dois) anos a ação para anular as deliberações da
Assembléia Geral, do Conselho Deliberativo e da Diretoria, viciadas em erro, dolo, fraude ou
simulação, ou tomadas com violação da Lei ou do Estatuto, contado o prazo da data em que
os atos incriminados de ilegalidade ou vícios tenham sido realizados.
Art. 91 – Por aprovação unânime do Conselho Deliberativo em sessão realizada
aos vinte (20) dias do mês de outubro de 2008, apreciando proposta do associado Luiz
Henrique Portela Brim, com justificativas, as novas instalações da Associação Atlética da Bahia
denominar-se-ão “Complexo Sócio Cultural e Esportivo Presidente Ademar da Silveira Brito”,
em homenagem ao seu trabalho e eficiência no soerguimento do Clube.
Art. 92 - O presente Estatuto constitui a Lei Orgânica da Associação, a qual todos
os associados, qualquer que seja a categoria, ficam obrigados a cumprir, e entrará em vigor
na data do registro no cartório competente, revogadas as disposições em contrário.
O texto atual consigna alterações introduzidas pelo Conselho Deliberativo em
reuniões de 20 de outubro de 2008, 15 de junho de 2009 e 28 de fevereiro de 2010,
homologadas pela Assembléia Geral em sessão de 28 de março de 2010.
A redação final dos artigos alterados, coube à comissão formada pelos Conselheiros
Valfredo Oliveira, Boris Pessoa, Carlos Maurício Torres e Aurélio Pires.
Salvador, 28 de março de 2010.
Valfredo Oliveira
Presidente do Conselho Deliberativo
Ademar da Silveira Brito
Diretor Presidente
273
ASSOCIADOS REMIDOS
Total: 3.814
ABDOM DE OLIVEIRA SANTOS FILHO
ADRIANO DOS SANTOS NEVES
ABELARDO GOMES PARENTE
ADRIANO FERRAZ GAMA
ABELARDO M. PEREIRA DE ANDRADE
ADRIANO FONSECA PASSOS
ABERLARDO OLIVEIRA
ADRIANO JOSÉ BAHIA SALES
ABILIO PINTO LARANJEIRA
ADRIANO LISBOA DE AZEVEDO
ACELIMO PIRES DE ANDRADE NETO
ADRIANO LOPES MACHADO
ACELINO FIGUEIRA DE ANDRADE
ADRIANO LORDELO REGO
ACHILE DE JESUS SIQUARA
ADRIANO LUIZ RAMOS DE CASTRO
ACURCIO MAGALHÃES DANTAS
ADRIANO MENEZES PASSOS
ACURSIO DO REGO MAIA
ADRIANO MONTEIRO D´ALMEIDA MONTEIRO
ADAILTON FERREIRA DE ARAUJO
ADRIANO NOGUEIRA SIMÕES
ADALBERTO CERQUEIRA FREITAS
ADRIANO PEREIRA DE ALMEIDA
ADALBERTO PLÁCIDO DA SILVA
ADRIANO ROCHA LEAL
ADALBERTO REIS NUNES
ADRIANO SILVA E SOUZA
ADALFREDO DE FARIAS REGO
ADRIANO TOSTO DOS SANTOS SILVA
ADALMARE VELAME DE AZEVEDO
AECIO FLAVIO SOUZA
ADALTO FERREIRA ALVES JUNIOR
AECIO LUIZ GONZAGA FILHO
ADÃO HAMAD
AFONSO AUGUSTO DE OLIVEIRA BRAGA
ADAURY TOLEDO DAS DORES
AFONSO BAQUEIRO RIOS
ADAUTO CLAUDINO VASCONCELOS FILHO
AFONSO GUSTAVO N. SCHIMIDT
ADAUTO MARTINS DA SIILVA JUNIOR
AFONSO HABIB
ADAUTO MOREIRA DE ALENCAR
AFONSO RODAMILANS FILHO
ADELINO DA ROCHA TORRES
AFRAN CHILAZI
ADELMO FERNANDO RIBEIRO SCHINDLER
AFRANIO DE CARVALHO SOLEDADE
ADELMO FERNANDO RIBEIRO SCHINDLER JUNIOR
AFRANIO RUI COSTA
ADEMAR BENTO GOMES FILHO
AGBERTO JOSÉ COELHO
ADEMAR BENZANO CHILAZI
AGNALDO BARROSO DOS SANTOS
ADEMAR DA SILVEIRA BRITO
AGNALDO FERREIRA DE ALMEIDA
ADEMAR FREIRE FILHO
AGNALDO GONÇALVES DE CASTRO
ADEMÁRIO ALMEIDA RIBEIRO
AGNALDO LIMA DA CRUZ
ADENILSON QUINTINO SALES
AGNELO CARVALHO DE MELLO FILHO
ADENILSON QUITINO SALES JUNIOR
AGOSTINHO DA COSTA FERNANDES PEREIRA
ADENILTON OLIVEIRA DA SILVA
AGUSTIN FERNANDEZ VASQUIZ
ADERMAEL CARNEIRO SAMPAIO
AGUSTIN JUSTO TRIGO
ADERVAL SAMPAIO GOMES
AIDRE DA CUNHA GUEDES DE SOUZA
ADIB SAADALA SALLOVM
AILTON CORREA DA SILVA
ADIEL HENRIQUE SAMPAIO FABIAN
AILTON DALTRO MARTINS
ADILSON ALVES SANTOS
AILTON DE PINA MARTINS
ADILSON CARVALHO BENJAMIN
AILTON FIGUEIREDO SOUZA JUNIOR
ADILSON DALTRO MARTINS
AILTON MORAIS JUNIOR
ADILSON FONSECA MARTINS
AIMORÉ HENRIQUE DE CARVALHO
ADILSON LIMA RAMOS
AIRTON BAETA RAMOS
ADILSON PEREIRA VELOSO DE ALMEIDA
AIRTON CARVALHO MOREIRA DE SOUZA
ADILSON SOUZA SILVEIRA
AIRTON NOGUEIRA
ADILTON CORDEIRO LEITE
AJAX LOPES PONTES
ADMAR FALCÃO BARRETO
ALAIR MAURICIO SILVA NUNES
ADMAR FERREIRA SOUZA
ALAN DE AZEVEDO BRITO
ADNAGO MENDES DE OLIVEIRA
ALAN GOMES DA SILVA
ADNAGO MENDES DE OLIVEIRA JUNIOR
ALAN GOMES MONTOMERY HAMILTON
ADOLFO PINHEIRO ANDION
ALAN PAULO ANDRADE PRADO
ADONIRAM MINAS NOVAS SOLEDADE
ALAN SANTOS CALLEIA
ADRI VIANA LAGO
ALAN VITOR BONFIM PIMENTA
ADRIANA CARVALHO MARAMBAIA
ALARICO COSTA PEREIRA DA SILVA
ADRIANO AUGUSTO LEONE COSTA
ALBA CELESTE GOMES SILVA
ADRIANO CHASTINET DE CARVALHO
ALBANO FREDERICO DE OLIVEIRA
ADRIANO COSTA MAYNART
ALBENZIO FILARDI
ADRIANO COSTA SÁ
ALBÉRICO DA SILVA
274
ALBÉRICO DE OLIVEIRA CASTRO
ALEXANDRE FERNANDES MASCARENHAS
ALBÉRICO EULER DE VASCONCELOS
ALEXANDRE FERREIRA
ALBERICO JOSÉ DE MELO
ALEXANDRE FERREIRA JUNIOR
ALBERTINO AUGUSTO DIAS NETO
ALEXANDRE GUIMARÃES DORTAS MATOS
ALBERTO ALMEIDA DE AZEVEDO FILHO
ALEXANDRE KAUFMANN MOREIRA
ALBERTO ALVES BARBOSA
ALEXANDRE LAMEGO S. DE MENEZES
ALBERTO ARAÚJO GONÇALVES
ALEXANDRE LIMA VASCONCELOS
ALBERTO BASTOS BALAZEIRO
ALEXANDRE LOPES MACHADO
ALBERTO CALASANS DE ANDRADE JR
ALEXANDRE MAIA NETO
ALBERTO CARLOS DE OLIVEIRA
ALEXANDRE MONTEIRO D’ALMEIDA MONTEIRO
ALBERTO DE FARIA NETO
ALEXANDRE NAVARRO CAMPOS
ALBERTO DIAS DA COSTA PINTO
ALEXANDRE OLIVEIRA DOS SANTOS
ALBERTO FARIAS GOMES
ALEXANDRE PALOMINO CARDOSO
ALBERTO FLORENCIO DA SILVA
ALEXANDRE RODRIGUES RIBEIRO
ALBERTO GONÇALVES PEREIRA
ALEXANDRE ROSA NUNES
ALBERTO GOUVEIA DANTAS
ALEXANDRE SANTOS SILVA
ALBERTO GUIMARÃES CARVALHO
ALEXANDRE VASCONCELOS MELLO
ALBERTO IMPERIAL DINIZ GONÇALVES
ALEXANDRE VISCO LANEGO V. BORGES
ALBERTO JORGE FELIPE JUNIOR
ALEXANDRO SOARES CERQUEIRA
ALBERTO JOSÉ AZEVEDO DE ANDRADE
ALEXEEV RASMAJO MELO MACHADO
ALBERTO MARTINS CATARINO
ALEXSANDRO RIBEIRO SCHINDLER
ALBERTO PEREIRA CARRERA JUNIOR
ALFEU PATRICIO DOS SANTOS
ALBERTO PEREIRA LEITE
ALFEU PEDREIRA LUEDY
ALBERTO SAFFE
ALFONSO QUINTAS GONZALEZ FILHO
ALBERTO VICTOR SANTOS SANTANA
ALFRED HINTON ROCHA LAGO
ALBI DE SOUZA PIMENTEL
ALFREDO ANISIO COSTA
ALBINO BRAZ DE QUEIROZ
ALFREDO CALIXTO DE FREITAS JUNIOR
ALBINO CARVALHO BRANDÃO DE SOUZA
ALFREDO DA COSTA ALMEIDA
ALBINO DOVAL GODAY
ALFREDO GOUVEIA DE OLIVEIRA RIZZO
ALBINO DOVAL PELETEIRO
ALFREDO JORGE BRASILEIRO DA CUNHA
ALBINO EDUARDO MACHADO NOVAIS
ALFREDO JOSÉ MOURA DE ASSIS
ALBRECHT WOLFGANG MEYER SUERDIECK
ALFREDO MEDEIROS CARNEIRO
ALCINO DA ANUNCIAÇÃO
ALFREDO NETO FORMOSINHO
ALDEMAR MACEDO
ALFREDO OLIVEIRA RIZZO
ALDO ANTONIO PIMENTEL MOTA
ALISSANDRO GALVÃO VIEIRA BITTENCOURT
ALDO BARRETO NORONHA
ALMAQUIO DA SILVA VASCONCELOS
ALEKSANDRO DE MESQUITA BRASILEIRO
ALMIR ALELUIA DE OLIVEIRA
ALEMIA VELLOSO C. MARQUES
ALMIR DO AMOR DIVINO
ALESSANDRÉ FERREIRA MATOS NETO
ALMIR DUARTE SÁ
ALESSANDRO DA SILVA MACIEL
ALMIR FONTES TOPÁZIO
ALESSANDRO DE ALMEIDA QUEIROZ
ALMIR HENRIQUE DOS SANTOS JÚNIOR
ALEX ANDRADE VAZ DA SILVA
ALMIR PITHON SANTANA
ALEX ARAUJO HOHLENWERGER
ALMIRO DA SILVEIRA FONTES
ALEX AUGUSTO ANSELMO FREITAS DE BRITO
ALMIRO MARTINS MAGALHÃES
ALEX BORGES DE BARROS PEREIRA
ALMIRO PEREIRA FRAGA
ALEX CARDOSO SILVA
ALMIRO PETRONILHO ALVES
ALEX GOMES DA SILVA
ALOISIO DOURADO NETO
ALEX SANDRO SILVA NUNES
ALOISIO ESTEVES LIMA
ALEX SANTOS REBOUÇAS
ALOISIO LEMOS DE PAIVA
ALEX SANTOS TERRA
ALOISIO MAGALHÃES FILHO
ALEX SOUZA GARCIA
ALOISIO MARQUES COELHO MESSEDER
ALEXANDRE ALFLEN FEIJÓ
ALOYSIO FREEIRE DE CARVALHO MARQUES
ALEXANDRE ARAUJO RAMOS
ALTAIRTON DE MELO RESENDE
ALEXANDRE ARGOLO MOURA
ALTAMIRO LOPES DE MENEZES
ALEXANDRE AUGUSTO DO P. CAVALCANTE
ALTINO OLIVEIRA GUEDES
ALEXANDRE AUGUSTO MENESES JAQUEIRA
ALTINO RIBEIRO CARNEIRO
ALEXANDRE BERTIE DE LA GARD
ALUIZIO VIANA ORIÁ FILHO
ALEXANDRE CARVALHO BRITTO
ALVANIO MACHADO RAMOS
ALEXANDRE CORREA BARBOSA
ALVARO AMOEDO MARTINS
ALEXANDRE DA CUNHA GUEDES
ALVARO FERNANDES DA CUNHA
ALEXANDRE DA HORA LOPES
ALVARO MAGALHAES DINIZ GONÇALVES
ALEXANDRE DE GOES MONTEIRO CABRAL
ALVARO MANOEL SARMENTO P. LEITE
275
ALVARO MARQUES DE FREITAS
ANDRÉ MONTEIRO D´ALMEIDA MONTEIRO
ALVARO RODRIGUES TEIXEIRA JUNIOR
ANDRÉ MONTEIRO DE ALMEIDA ROSADO
ALVARO SOUZA FILHO
ANDRÉ NEI TORRES NOGUEIRA
ALYSSON PONTES ORIÁ
ANDRÉ PARISH BAMBERG
ALZIRA MARIA TOURINHO SOUZA
ANDRÉ PENAS PINHEIRO
AMADEU NICOLAU F. PAEZ DE LIMA
ANDRÉ RAIMUNDO LEITE SILVA
AMADO AMANDO CARVALHO DE SOUZA
ANDRÉ RAYMUNDO MEIRELES LISBOA DE BRITO
AMERICO ACELINO PINHEIRO NETO
ANDRÉ REINALDO GUIMARÃES BASTOS
AMIN JAMIL
ANDRÉ RENATO ARAUJO HUAD
AMIN SAADALHAH SALOAM
ANDRÉ RICARDO ANJOS APEUBURG
AMPHILOPHIO FRANCISCO COELHO
ANDRÉ SÁ GIDI
ANA CAROLINA RICCI
ANDRÉ SANT’ANNA ZARIFE
ANA KARINA GALVÃO BARROSO
ANDRÉ SIMON NEIME
ANA LUCIA CARVALHO DE CASTRO
ANDRÉ SOUZA OLIVEIRA
ANA LUIZA BARBOSA NORONHA
ANDRÉ VIRGILIO DE CARVALHO
ANA MARIA ARAUJO MENEZES
ANESIO RAIMUNDO GOMES DE OLIVEIRA
ANA MARIA CALASANS DA SILVA
ANFILOFIO FLORENCIO DA SILVA FILHO
ANA MARIA NEVES ALVES
ANGELA SACRAMENTO PEDREIRA SAMPAIO
ANA MARTA DRUMOND BITENCOURT
ANGELINO MANSO XAVIER VARELA
ANA OTÁVIA BONFIM DE BRITO
ANGELO ALBUQUERQUE PARANHOS
ANADIÇOR MOREIRA GOMES
ANGELO BELITARDO FILHO
ANANIAS C. DE ANDRADE JUNIOR
ANGELO DE ARAUJO FONTES
ANANIAS DA SILVEIRA DORIA
ANGELO DE OLIVEIRA MIRANDA
ANANIAS HENRIQUE DE SANTANA
ANGELO DOURADO CRUZ LINO
ANATERCIO MUNIZ DE OLIVEIRA
ANGELO DOVAL PELETEIRO
ANCHISES MARQUES CORREIA
ANGELO FERNANDEZ FERNANDEZ
ANDERLEY SOUZA SILVEIRA
ANGELO FONTES DOURADO
ANDERSON CARDOSO FONSECA
ANGELO JOSÉ MARCOVALDI PRAZERES
ANDERSON DE AZEVEDO BRITO
ANGELO LUCCIOLA NETO
ANDERSON GUIMARÃES TEIXEIRA DA SILVA
ANGELO MARIO DE CARVALHO SILVA
ANDRÉ AUGUSTO DE LIMA RIBEIRO
ANGELO SCHMITMAN
ANDRÉ BARRETO GUIMARÃES
ANIBAL DE SÁ OLIVEIRA
ANDRÉ BARTOLOMEU LOPES
ANIBAL DIAS DE FREITAS
ANDRÉ CALMON DE ALMEIDA CEZAR
ANIBAL MULLER COSTA
ANDRÉ CHAGAS DE M. REBOUÇAS
ANIBAL MUNIZ SILVANY FILHO
ANDRÉ CHAVES SANTOS
ANILZA GIMARAES CAMERA
ANDRÉ CORDEIRO DE ALMEIDA SILVA
ANISIO BORGES DOMINGUES
ANDRÉ DE CARVALHO MONTEIRO
ANISIO STEIN
ANDRÉ DE SOUZA C OLIVEIRA
ANNA KARLA BARROSO TOURINHO
ANDRÉ FARIA DE CARVALHO
ANNA RITA PINHEIRO OLIVEIRA VIANA
ANDRÉ HAGGE BARRETO
ANNIBAL DE SOUZA R DE MELO NETO
ANDRÉ LUIS BARRETO DE JESUS
ANSELMO LUIZ CHAGAS CARVALHO
ANDRÉ LUIS MELO DE OLIVEIRA
ANSELMO LUIZ DOS SANTOS LOPES
ANDRÉ LUIS NASCIMENTO GUIMARÃES
ANSELMO TORRES FERREIRA
ANDRÉ LUIZ ALMEIDA TORRETA
ANTERO DUARTE DOS SANTOS FILHO
ANDRÉ LUIZ ANGELIM GOMES DE LIMA
ANTONIO ALBERTO DE ILMA LINHEIRO
ANDRÉ LUIZ CAMPOS RABELLO
ANTONIO ALBERTO SILVA
ANDRE LUIZ DE FREITAS PINHO E SOUZA
ANTONIO ALVES NETO
ANDRÉ LUIZ DE SOUZA FEITOSA
ANTONIO AMARAL DE CARVALHO
ANDRÉ LUIZ DINIZ GONÇALVES SILVA
ANTONIO AMÉRICO BARBOSA DOS SANTOS
ANDRÉ LUIZ FERREIRA SOUZA
ANTONIO ANDRADE
ANDRÉ LUIZ G. SANTOS GUERRA
ANTONIO ANDRADE COSTA FILHO
ANDRÉ LUIZ LOPES MACHADO
ANTONIO ANIBAL DE SOUZA
ANDRÉ LUIZ MACHADO ROCHA
ANTONIO ATAYDE SOUZA
ANDRÉ LUIZ MUNIZ VILLAS BOAS
ANTONIO AUGUSTO ALMEIDA DE CARVALHO
ANDRÉ LUIZ PAULO LEIITE DE CASTRO
ANTONIO AUGUSTO ALMENDRA FILHO
ANDRÉ LUIZ PINTO B. T. DANTAS
ANTONIO AUGUSTO LEAL ULM DA SILVA FILHO
ANDRÉ LUIZ ROCHA DE ASSIS
ANTONIO AUGUSTO SANTOS
ANDRÉ LUIZ SILVA LEITE
ANTONIO AUGUSTO SOARES PEDREIRA
ANDRE LUSTOSA DOS SANTOS
ANTONIO AUGUSTO VELAME ELOY
ANDRÉ MAIA BRASIL
ANTONIO AUGUSTO VINHATICO JÚNIOR
ANDRÉ MAURICIO LEMOS DE LIMA
ANTONIO AURELIANO RIBEIRO DE BRITO
276
ANTONIO AURÉLIO SANTIAGO LIMA
ANTONIO DE CARVALHO BRANCO
ANTONIO BANDORIX CARNEIRO
ANTONIO DE JESUS ALMEIDA NETO
ANTONIO BARBOSA DE OLIVEIRA
ANTONIO DE LUNA ARAUJO GOES SOBRINHO
ANTONIO BENDOCCHI ALVES NETO
ANTONIO DE OLIVEIRA LEITE FILHO
ANTONIO BENDOCCHI ALVES
ANTONIO DE PADUA FAMA DE LIMA
ANTONIO BONFILHO DORETE
ANTONIO DE SOUZA CARDOSO
ANTONIO BOULHOSA GONZALEZ
ANTONIO DIAS REBOUÇAS
ANTONIO CAMPOS LOPES
ANTONIO DIAS RÊGO
ANTONIO CANDIDO DE MORAES MAGRO
ANTONIO EDUARDO DE ARAUJO LIMA
ANTONIO CARDOSO DE FIGUEIREDO
ANTONIO EDUARDO D’FONSECA
ANTONIO CARDOSO DE SOUZA
ANTONIO EMANUEL MOTTA DE OLIVEIRA
ANTONIO CARLOS ALMENDRA
ANTONIO EMIGDIO DE ALMEIDA NETO
ANTONIO CARLOS BITTENCOURT
ANTONIO EVRAGIO SOEIRO
ANTONIO CARLOS CAVALCANTE
ANTONIO FEBISBERTO CARVALHO SÁ DE OLIVEIRA
ANTONIO CARLOS CRUZ LINHEIRO JUNIOR
ANTONIO FERNANDES GUIMARÃES
ANTONIO CARLOS DE ARAUJO SANTANA
ANTONIO FERNANDO DE CARVALHO BARBOSA
ANTONIO CARLOS DE BRITO BARROSO
ANTONIO FERNANDO DOURADO
ANTONIO CARLOS DE BRITO BARROSO FILHO
ANTONIO FERNANDO LACERDA GARRIDO
ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA ARAUJO
ANTONIO FERNANDO LOPES DE MORAES
ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA LAGO
ANTONIO FERNANDO PEREIRA FALCÃO
ANTONIO CARLOS DE PINHO MELLO
ANTONIO FERNANDO RIBEIRO BORDONI
ANTONIO CARLOS DOS SANTOS
ANTONIO FERNANNDES DA SILVA
ANTONIO CARLOS FREÍRE SOBRAL
ANTONIO FERREIRA DA SILVA
ANTONIO CARLOS GARCEZ DE SENA FILHO
ANTONIO FERREIRA NERY
ANTONIO CARLOS GONÇALVES
ANTONIO FRANCISCO CALMON
ANTONIO CARLOS LOPES PONTES
ANTONIO FRANCISCO LACERDA FRANCO
ANTONIO CARLOS MAGALHÃES MAMEDE
ANTONIO FRANCO DE ALMEIDA
ANTONIO CARLOS MATOS CHAGAS
ANTONIO GATTO NETO
ANTONIO CARLOS MEDRADO SAMPAIO
ANTONIO GERALDO PEREIRA
ANTONIO CARLOS MELLO LACERDA
ANTONIO GOMES DE MATOS NETO
ANTONIO CARLOS MOISÉS DE MOURA
ANTONIO GUILHERME GEISEL
ANTONIO CARLOS NASCIMENTO
ANTONIO GUIMARÃES DE ARAUJO RAMOS
ANTONIO CARLOS NUNES DE ALMEIDA
ANTONIO HEIDER LAGO BOMFIM
ANTONIO CARLOS O. DE ALMEIDA
ANTONIO HENRIQUE DE BARROS
ANTONIO CARLOS OLIVEIRA GIDI
ANTONIO HERMÍNIO DA COSTA
ANTONIO CARLOS PEREIRA DE OLIVEIRA
ANTONIO INÁCIO PESSOA BEZERRA
ANTONIO CARLOS RANGEL DA SILVA
ANTONIO IVAN MESSIAS SOARES
ANTONIO CARLOS RANGEL DA SILVA FILHO
ANTONIO JOAQUIM CORREA FILHO
ANTONIO CARLOS SAMPAIO DE AMORIM
ANTONIO JORGE MARQUES ALMEIDA
ANTONIO CARLOS SAMPAIO DE AMORIM FILHO
ANTONIO JORGE MENEZES DE ALMEIDA
ANTONIO CARLOS TAVARES GUIMARÃES
ANTONIO JORGE MOREIRA GARRIDO
ANTONIO CARNEIRO CEDRAZ
ANTONIO JORGE MOREIRA GARRIDO JUNIOR
ANTONIO CARVALHO BRANDÃO SOUZA
ANTONIO JORGE PEREIRA PELTIER CAJUEIRO
ANTONIO CASTRO ALVES PEREIRA BEZERRA
ANTONIO JOSÉ A. DE BARROS
ANTONIO CASTRO DE AZAVEDO CRUZ
ANTONIO JOSÉ BARRETO BELTRÃO
ANTONIO CERQUEIRA MONTEIRO
ANTONIO JOSÉ BENEVIDES CUNHA
ANTONIO CESAR COSTA E COSTA
ANTONIO JOSÉ DA COSTA
ANTONIO CESAR NERY GOES
ANTONIO JOSÉ DIAS DE MORAIS
ANTONIO CESAR REBOUÇAS BEZERRA
ANTONIO JOSÉ FERNANDES IVO LEMOS
ANTONIO CESAR SAMPAIO MAZZONI
ANTONIO JOSÉ RABELO JÚNIOR
ANTONIO CESAR TEIXEIRA M. MARTINS
ANTONIO JOSÉ RIBEIRO MARTINEZ
ANTONIO CHAGAS
ANTONIO JOSÉ ROMEU MANTEIRO
ANTONIO CICERO DOS SANTOS ALVES
ANTONIO JURACI SÁ DE ALMEIDA
ANTONIO CLAUDIO BRAGA DE ALMEIDA
ANTONIO KLEBER DE OLIVEIRA KRUSCHEWSKY
ANTONIO CLAUDIO CHIRAMM MOTA
ANTONIO LIBUI LUCENA RIBEIRO
ANTONIO CLAUDIO VENTURA VIANEY
ANTONIO LOMANTO JÚNIOR
ANTONIO CLEMENTINO DE MATTOS
ANTONIO LOPES DE AZEVEDO
ANTONIO CORREA DE MENEZES
ANTONIO LORDINO DE GIÁCOMO
ANTONIO DA GAMA SANTOS
ANTONIO LUCIO DA SILVA
ANTONIO DA SILVA FRAGOZO
ANTONIO LUIS BRANDÃO FRANCO
ANTONIO DA SILVA PINHEIRO
ANTONIO LUIS SILVA DE CARVALHO
ANTONIO DE ALMEIDA SOARES
ANTONIO LUIZ BORGES SÁ BARRETO
277
ANTONIO LUIZ CAVALCANTE DE SOUZA
ARISTOTELES MAIA SAMPAIO DE O. PINTO
ANTONIO LUIZ TENORIO DE ALBUQUERQUE
ARIVAL DE MORAES BOTELHO FILHO
ANTONIO MARCOS CAMPOS RABELLO
ARIVALDO DE SOUZA PEREIRA
ANTONIO MARCOS LYRA MEIRELLES DE SOUZA
ARIVALDO FREITAS DE AZEVEDO SOUZA
ANTONIO MARCOS RODRIQUES DA SILVA
ARIVALDO PRATA REINEL
ANTONIO MÁRIO FIGUEREDO BARBOSA
ARLINDO ALVES DE SOUZA
ANTONIO MÁXIMO CARRERA CARDOSO
ARLINDO VASQUES MARTINS
ANTONIO MIRANDA CABRAL
ARLON SANTOS SOUZA
ANTONIO MIRANDA CABRAL DE SOUZA
ARMANDO BORBA SANTANA JUNIOR
ANTONIO MOREIRA DA SILVA
ARMANDO CAETANO DA SILVA JÚNIOR
ANTONIO MOREIRA PEIXOTO
ARMANDO FRANCISCO GORDILHO MONIZ DE ARAGÃO
ANTONIO MURTA SOBRINHO
ARMANDO GONÇALVES FILHO
ANTONIO NUNES
ARMANDO PINTO TEIXEIRA
ANTONIO NUNES AQUINO
ARMANDO SANTOS MENEZES
ANTONIO OLIVEIRA DO VALLE
ARMINDO FERREIRA MARTINS
ANTONIO OSVALDO DE ALBUQUERQUE B .DE SOUZA
ARMINDO LEIRO LORENZO
ANTONIO OTAVIO ALVES GONÇALVES
ARNALDO FERREIRA NOBRE NETO
ANTONIO PALMA RIBEIRO
ARNALDO FRANCISCO DE ASSIS
ANTONIO PAULO R. TEIXEIRA
ARNALDO FREIRE FRANCO
ANTONIO PEDREIRA DE FREITAS BURITY
ARNALDO MARQUES DE OLIVEIRA
ANTONIO PEDRO GORDILHO DE FARIAS FILHO
ARNALDO MOREIRA NEVES
ANTONIO PEDRO TAVARES ALCANTARA
ARNALDO SILVA LIMA
ANTONIO PENA
ARNALDO SOUZA MOREIRA NETTO
ANTONIO PEREIRA DE MATOS NETO
ARNAUDO LAGO DOS SANTOS RAMOS
ANTONIO PINHEIRO MONTEIRO
ARNILDO MENEZES LIMA
ANTONIO PITON CARDOSO
ARNOBIO SANTOS PEREIRA
ANTONIO RAYMUNDO DE AGUIAR REGIS
ARNOLD FARIAS MASCARENHAS
ANTONIO REYNALDO STUDART GUIMARÃES
ARNON ALVES SOARES
ANTONIO RIBEIRO BASTOS FILHO
ARNOR FERREIRA GAMA
ANTONIO RIBEIRO FIGUEIREDO
AROLDO BASTOS VALENTE
ANTONIO ROBERTO LEITE MATOS
AROLDO DANIEL DOS SANTOS
ANTONIO RODRIGUES BARBOSA
ARONILSON PINA DE CARVALHO
ANTONIO RODRIGUES SOARES
ARQUIMEDES JOSÉ CARVALHO BAHIA
ANTONIO RUY BALBNO C. FERREIRA
ART DA COSTA TOURINHO
ANTONIO SALOMÃO GIDI
ARTHUIR SCHREIBER
ANTONIO SANTA ISABEL PEREIRA
ARTHUR BRANDÃO MUNIZ DE ARAGÃO
ANTONIO SERGIO FREITAS CARNEIRO
ARTHUR MOREIRA PAIXÃO
ANTONIO SERGIO PEDREIRA F. SOUZA
ARTHUR ORLANDO MOTTA T. DE ALBUQUERQUE
ANTONIO SILVA DE ALMEIDA
ARTHUR SANTOS CASTRO
ANTONIO SOUZA SACRAMENTO
ARTUR CESAR DO AMARAL REIS JUNIOR
ANTONIO TAVARES MACHADO
ARTUR MACHADDO DAZZANI
ANTONIO TEIXEIRA DE FREITAS FILHO
ARY C. DE LIMA RIBEIRO
ANTONIO TENÓRIO DE ALBURQUERQUE
ARY CARVALHO ORNELAS
ANTONIO VIDAL DE OLIVEIRA
ARY FAUTH
ANTONIO VIEIRA FORTALEZA
ARY LAGO CAVALCANTE
ANTONIO WANDERLEI DA CONCEIÇÃO MAIA
ARY MENDES PIMENTEL
ANTONIO WANDERLEY SILVA REY
ARY PINA RIBEIRO
ANTONIO WASHINGTON DOS REIS COSTA
ASDRUBAL PEDREIRA BRANDAO
ARACY GOMES DA SILVA COSTA
ASSAD JORGE SCHOUCAIR
ARCHÍMAR BITTENCOURT BALEEIRO
ATOS CUNHA DA SILVA
ARGEMIRO PAULO DE OLIVEIRA
ATOS PONTES CUNHA DA SILVA
ARIADNE CAETANO VEIGA
AUDRE SEHAER BARBOSA
ARILSON CEZAR ORNELAS SOUZZA
AUGUSTO ARAUJO DE ANDRADE
ARINETE FERNANDES DE OLIVEIRA
AUGUSTO BRITO PONTES
ARIOSVALDO BORGES DE OLIVEIRA
AUGUSTO CESAR CERQUEIRA WANDERLEY
ARIOSVALDO DE ANDRADE NUNES
AUGUSTO CESAR PINTO LOUREIRO DA COSTA
ARIOSVALDO ROQUE DA COSTA LIMA
AUGUSTO CESAR RIOS LEIRO
ARIOVALDO SILVA MORAES
AUGUSTO CEZAR FERREIRA LINS
ARISTIDES FREITAS DE QUEIROZ
AUGUSTO DANTAS SOUZA
ARISTIDES ROCHA FILHO
AUGUSTO DAVID JAQUEIRA
ARISTON BRANDÃO DE CARVALHO
AUGUSTO DE OLIVEIRA LUCCIOLA
ARISTOTELES ANTONIO DOS S. MOREIRA
AUGUSTO GUILHERME GEISEL FILHO
278
AUGUSTO JOSÉ DA SILVA SILVANY
BRUNO CELESTINO AMADO
AUGUSTO JOSÉ DE CARVALHO
BRUNO COSTA BRITTO
AUGUSTO JOSÉ DE CERQUEIRA LIMA P. DA SILVA
BRUNO D’ANDRÉ AMATTEO
AUGUSTO JOSÉ DOS SANTOS SILVA
BRUNO DA CRUZ DE OLIVEIRA
AUGUSTO JOSÉ FIGUEIREDO DULTRA
BRUNO GIL DE CARVALHO LIMA
AUGUSTO RIBEIRO SALLES FILHO
BRUNO GUIMARÃES SOARES
AUGUSTO SÁ DE BRITO FILHO
BRUNO MENEZES BARBOSA
AUGUSTO SILVA QUEIROZ
BRUNO OLIVEIRA REIS
AUGUSTO VICTORINO PINHO PEREIRA
BRUNO PERDIZ SIMÕES
AURELIO BATISTA MOURINO
BRUNO TEIXEIRA DA SILVA
AURELIO CHATEAUBRIAND
BUENO LEONE TORRES
AURELIO HANSEN MELO
CACILDA SILVA DE SOUZA
AURELIO PIRES
CAETANO DE SOUZA GUIMARÃES
AUTAMON LUIS DA COSTA
CAETANO NUNES DE OLIVEIRA
AYRTON BETTENCOURT LOBO NETO
CALIL DARZE NETO
AYRTON RAFAEL BATISTA SOARES JR
CANDIDO AUGUSTO SENTO SÉ LIMA
AZIZ MADIM AWAD
CANDIDO DIONISIO C. M. PINTO
BALDUINO FERNANDES DOS SANTOS MELO
CANDIDO NUNES DE VASCONCELOS
BANCO DO NORDESTE S/A
CANDIDO REQUIÃO FERREIRA
BANCO MERCANTIL DE SÃO PAULO
CANDIDO TRINDADE GONÇALVES BRAGA
BANK OF LONDON & SOUTH AMERICA
CARL AUGUST STEPHAN SCHERER
BARTHOLOMEU DOS SANTOS SÁ
CARLA MANOELA CRUZ CARNEIRO
BEATRIZ TELES RICCI
CARLISON AUGUSTO COSTA DE ALMEIDA
BELMIRO JACQUES FERNANDES
CARLOS ALBERICO DA SILVA LAGO
BELMIRO MEIRA NETO
CARLOS ALBERTO BAHIA DO CARMO
BENADIR HUNTER
CARLOS ALBERTO BARBOSA
BENEDICTO BARRETO DE OLIVEIRA
CARLOS ALBERTO BARRETO DOS SANTOS
BENEDICTO WALDIR RAMOS
CARLOS ALBERTO BISPO VASCONCELOS
BENEDITO ALVES DE CASTRO SILVA
CARLOS ALBERTO BRASIL PINHEIRO
BENEDITO ANTONIO BATISTA
CARLOS ALBERTO CARDOSO NASCIMENTO
BENEDITO BARROS DA SILVA
CARLOS ALBERTO CARVALHO LIMA
BENEDITO GOMES MONTAL NETO
CARLOS ALBERTO D. DE M. NETO
BENEDITO LEMOS PITHON
CARLOS ALBERTO DA COSTA PINTO DANTAS JR
BENEDITO MÁRIO LEÃO DE OLIVEIRA
CARLOS ALBERTO DANTAS DE OLIVEIRA
BENEDITO PAULO TEIXEIRA JÚNIOR
CARLOS ALBERTO DE ANDRADE
BENEDITO PEREIRA
CARLOS ALBERTO DE CARVALHO SILVA FILHO
BENILDO EDSEL DOTTO CASANOVA
CARLOS ALBERTO DE JESUS
BENION GOMES DA SILVA
CARLOS ALBERTO DE SOUZA COSTA
BENITO DA GAMA SANTOS SOBRINHO
CARLOS ALBERTO DE SOUZA PESSOA
BENJAMIM ANTONIO DE SOUZA D. FONTES
CARLOS ALBERTO GABAN
BENJAMIN ANTONIO PAIM COSTA
CARLOS ALBERTO GONÇALVES BITTENCOURT
BENONE GONZAGA DE ALMEIDA
CARLOS ALBERTO LEAL MORENO
BERNARDINO SANTOS PROTÁSIO DA SILVA
CARLOS ALBERTO MATOS DE LEÃO
BERNARDO FERNANDO VIANNA PEREIRA
CARLOS ALBERTO MATTOS DOS SANTOS
BERNARDO OTAVIO DE MENDONÇA COSTA
CARLOS ALBERTO MUNIZ DE OLIVEIRA
BERNARDO SÁ MATTOS DOS SANTOS
CARLOS ALBERTO PAVESE DE AGUIAR
BERNARDO SOUZA SANTOS
CARLOS ALBERTO PEDREIRA BAMBERG
BERNARDO SPECTOR
CARLOS ALBERTO PEDREIRA DE CERQUEIRA
BONIFACIO MANOEL DOS SANTOS
CARLOS ALBERTO PIRES DALTRO
BRAULIO RODRIGUES DE OLIVEIRA
CARLOS ALBERTO RIBEIRO DANTAS
BRAULIO XAVIER DA SILVA PEREIRA JUNIOR
CARLOS ALBERTO ROCHA PLACHA
BRAULIO XAVIER S. PEREIRA NETO
CARLOS ALBERTO RODRIGUES BRAGA
BRENNER LIMA VASCONCELOS
CARLOS ALBERTO SERRAVALLE ROCHA
BRENO DANTAS DE ASSIS
CARLOS ALBERTO SICUPIRA BARRETO SANTOS
BRENO SÁ MATOS DOS SANTOS
CARLOS ALBERTO SIMÕES DE OLIVEIRA
BRUCE BISCAIA MOURA
CARLOS ALBERTO SOUZA ANDRADE
BRUCINEI FARIAS DA SILVA
CARLOS ALBERTO VALENÇA PEREIRA
BRUNO ALESSANDRO S. CARVALHO
CARLOS ALBERTO VERÇOSA SILVA
BRUNO ALESSANDRO SOUZA CARVALHO
CARLOS ALBERTO VIANA SOARES
BRUNO BASTOS PEREIRA
CARLOS ALCINO DO NASIMENTO
BRUNO BORGES PEREIRA
CARLOS ALEXANDRE DE ALMEIDA SOARES
BRUNO BRANDÃO BASTOS
CARLOS ALEXANDRE DE SÁ VELOSO
279
CARLOS AMADO DR FREITAS
CARLOS JORGE MATOS DA SILVA REIS
CARLOS ANDRADE SAMPAIO JÚNIOR
CARLOS JOSÉ COSTA DA SILVA
CARLOS ANDRÉ COSTA DE SOUZA
CARLOS KLEBER COSTA DE ALMEIDA
CARLOS ANDRÉ DA ROCHA TOURINHO
CARLOS LESSA PAIXÃO
CARLOS ANDRÉ LUQUINI
CARLOS LIMA DE ARAUJO
CARLOS ANDRÉ RICCI
CARLOS LIMA LINS
CARLOS ANTONIO DE OLIVEIRA CARVALHO
CARLOS LOPES DE AZEVEDO MAIA
CARLOS ANTONIO LEAL ULM DA SILVA
CARLOS LUIS PELEGRINE PESSOA
CARLOS ANTONIO PINHEIRO ONOFRE DA SILVA
CARLOS MARON NETO
CARLOS ANTONIO RODRIGUES DOS SANTOS
CARLOS MARTINS CATHARINO
CARLOS ANTONIO SACRAMENTO LIMA
CARLOS MARTINS CATHARINO FILHO
CARLOS AUGUSTO BORGES SILVA
CARLOS MAURÍCIO TORRES
CARLOS AUGUSTO CALASANS DA SILVA
CARLOS MESQUITA DE SOUZA FILHO
CARLOS AUGUSTO DUARTE DE SÁ
CARLOS MOREIRA PIMENTEL
CARLOS AUGUSTO FERNANDES GANEN
CARLOS NOQUEIRA GONÇALVES LIMA
CARLOS AUGUSTO GÓES MAGALHÃES
CARLOS NOVAIS DE ALMEIDA
CARLOS AVELINO DE CARVALHO MAIA
CARLOS NUNES GONÇALVES
CARLOS BALLALAI DE CARVALHO
CARLOS OLIVEIRA DE SANTANA
CARLOS BARRETO DE OLIVEIRA
CARLOS ORLANDO DE ALMEIDA TOURINHO
CARLOS BRENHA CHAVES
CARLOS OYAMA NETO
CARLOS CESAR SOUZA SOARES
CARLOS PARISH BAMBERG
CARLOS CIRNE TRANZILO
CARLOS PEREIRA BITTENCOURT
CARLOS COSTA
CARLOS PINHERO MATOS
CARLOS DE ARAGÃO DE LEÃO
CARLOS PINON GONZALEZ
CARLOS DE OLIVEIRA BASTOS COUTO
CARLOS PRATES DOS SANTOS
CARLOS EDUARDO BASTOS FONTES
CARLOS RAIMUNDO BAIARDI
CARLOS EDUARDO DA S. SENA
CARLOS RAIMUNDO DA SILVA PEREIRA DE SOUZA
CARLOS EDUARDO DE BARROSO TOURINHO
CARLOS RENATO SACRAMENTO DE SÁ
CARLOS EDUARDO GANTOIS ROSADO
CARLOS RENATO FARIA COSTA
CARLOS EDUARDO OLIVEIRA GOES
CARLOS RICARDO GABAN
CARLOS EDUARDO PRISCO PARAISO
CARLOS ROBERTO CHIACCHIO OLIVEIRA
CARLOS EDUARDO RIBEIRO FREDITAS
CARLOS ROBERTO CHAVES
CARLOS EDUARDO RIOS LEIRO
CARLOS ROBERTO DE MELO FILHO
CARLOS EDUARDO S. CRUZ ARAÚJO
CARLOS ROBERTO DOS ANJOS BRANDÃO
CARLOS EDUARDO SOARES DE FREITAS
CARLOS ROBERTO FARIA MENDONÇA
CARLOS ELYSIO NOGUEIRA DE LIMA
CARLOS ROBERTO FIGUEREDO LACERDA
CARLOS FABIANO MENDES ESTRELA DA SILVA
CARLOS ROBERTO LIMA NOBREGA
CARLOS FARIAS DE CARVALHO
CARLOS ROBERTO MARACAJÁ PEREIRA
CARLOS FERNANDO FRASÃO RODRIGUES
CARLOS ROBERTO TEIXEIRA DE ALMEIDA
CARLOS FIRPO FONTES
CARLOS ROBERTO VALADÃO DA SILVA
CARLOS FRANKLIM FERREIRA DE MATOS
CARLOS ROCHA CAJAZEIRA
CARLOS FREDERICO ARAÚJO
CARLOS ROMÃO DE MELO
CARLOS FREDERICO DE ARRUDA CAMARA
CARLOS SEABRA SUAREZ
CARLOS FREDERICO GUIMARÃES DA SILVEIRA
CARLOS SOUTO MAIA
CARLOS FREDERICO GUIMARÃES MIRANDA
CARLOS SPINOLA PALMA
CARLOS FREDERICO MELLO LACERDA
CARMELITO WALTER DE ALMEIDA
CARLOS FREDERICO T. DE SOUZA
CARMEN CRISTINA PEREIRA GAMA
CARLOS GENARO BRAGA
CARMEN SANTOS SILVEIRA MACIEL
CARLOS GONZAGA DE PINHO
CARMINE LAROCCA
CARLOS GUILHERME REGULY
CARYL CHESSMAN RIBEIRO DE OLIVEIRA
CARLOS HENRIQUE CARDOSO DE BARROS
CASSIO FABRICIO DE FIGUEIREDO HABIB
CARLOS HENRIQUE DINIZ GONÇALVES
CASSIO GUIMARÃES DA CRUZ
CARLOS HENRIQUE LESSA PAIXÃO
CASSIO PRADO SALES RIBEIRO
CARLOS HENRIQUE MENDES DE SOUZA
CASTRO ALVES BADARÓ
CARLOS HENRIQUE NAJAR
CELBERTO P. MALHEIROS
CARLOS HENRIQUE PALOMINO CARDOSO
CELIA MARIA BRITO TONIELLO
CARLOS HENRIQUE RABELO BALOGH
CELSO OLIVEIRA DE CARVALHO
CARLOS HOHLENEWERGER MARTINS
CESAR ALEJANDRO CAPPELLETTI GUERREIRO
CARLOS HUMBERTO DA PAIXÃO BALOGH JÚNIOR
CESAR AMORIM PACHECO NEVES
CARLOS IVAN VILANOVA MIRANDA
CESAR AUGUSTO FERNANDES
CARLOS JORDÃO DUPRÁ
CESAR AUGUSTO N. T. DE MIRANDA
CARLOS JORGE MACÊDO DE OLIVEIRA
CESAR AUGUSTO O. MENDES
280
CESAR AUGUSTO SAMPAIO
CLAUDIO RAIMUNDO P. IGLESIAS
CESAR AUGUSTUS ALFLEN FEIJÓ
CLAUDIO RAPOLD SOUZA
CESAR BAHIA ALICE C. DOS SANTOS
CLAUDIO RODRIGUES RIBEIRO
CESAR D´OLIVEIRA SEIXAS FILHO
CLAUDIO SILVIO MACHADO DE MELO
CESAR JOSÉ PINHO COSTA
CLAUDIO VASCONCELOS OLIVEIRA
CESAR PASSOS D. GONÇALVES
CLAUDIONOR DORIA LACERDA
CESAR RICARDO ALMEIDA REQUIÃO
CLAUDIONOR MACHADO DE OLIVEIRA
CESAR RICARDO FREIRE DE CARVALHO MARQUES
CLEBER GALVAO DE OLIVEIRA PADUA
CEZAR ANDRADE PINHO
CLÉCIO JOSÉ DANTAS SANTANA
CEZAR AUGUSTO OLIVEIRA DOS SANTOS
CLÉCIO JOSÉ MARTINS
CEZAR AUGUSTO OLIVEIRA MENDES
CLELIA IRACI ROCHA M. DA SILVA OLIVEIRA
CHARLES CLOYD L. DE ARAÚJO
CLELIO AMORIM NOBRE GUEDELHA MARTINS
CHARLES D´GRILL RIBEIRO DE OLIVEIRA
CLEOBALDO RIBEIRO CARDOSO
CHARLES DIAMENT
CLERIDES DUTRA NETO
CHARLES DRUBI
CLESIO MANOEL VIEIRA DE ANDRADE
CHARLES MIRANDA FERREIRA
CLESIO ROMULO CARRILHO ROSA
CHERIFE MUSTO
CLEY DE CASTRO ALVES
CHRISTIAN ARPAGAUS
CLIMERIO TADEU DE CASTRO FERREIRA
CHRISTIANO DA FONSECA MENDES
CLINIO GOMES LEITE
CHRISTIANO MARTINE GARCIA
CLODOALDO LEAL COSTA
CIA. VEÍCULOS IRMÃOS CURVELO
CLODOMIRO ALVES DE SOUZA
CICEMÁRIO CARDOSO DE OLIVEIRA
CLOVES ALVES DE ALCANTARA
CÍCERO FERREIRA DOS SANTOS
CLOVES ARTHUR CORREIA
CIRO GONÇALVES TORRES
CLOVES OLIVEIRA MOTA
CLAUDEMIRO BATISTA MOREIRA NETO
CLOVES VIEIRA SOUZA
CLAUDEMIRO OLIVEIRA DIAS
CLOVIS ANTONIO OLIVEIRA RODRIQUES
CLAUDIA BAHIA MARCHESINI
CLOVIS CAMERA GARRIDO
CLAÚDIA GORDILHO LOMANTO
CLOVIS DE JESUS PEREIRA COSTA
CLAUDINO BARRETO DOS SANTOS
CLOVIS FIGUEIREDO SOUZA
CLAUDINO CUNHA DA SILVA
CLOVIS RANGEL CINTRA
CLÁUDIO ANDRADE SOUZA
CLOVIS VELOSO DANTAS
CLAUDIO BAHIA MENEZES
CLOVIS XAVIER PASSINHO
CLAUDIO BARROSO FIGLINOLO
COLBERT BRANDÃO GUIMARÃES
CLAUDIO BENEVIDES ROCHA
COLBERT CANGUÇU SOUZA FILHO
CLAUDIO BOMFIM MACHADO
CONRADO GUILHERME LAGES DE SOUZA
CLAUDIO BONASPETTI
CONSUELO GONZAGA DE SOUZA
CLAUDIO CAVALCANTE DA SILVA
CORBINIANO FREIRE
CLAUDIO CHILAZI AZI
CORIOLANO BAHIA LIMA
CLAUDIO DE ARAGÃO B. DE CARVALHO
COSME HANNIBAL PEDREIRA CARNEIRO
CLAUDIO DE JESUS DE SOUZA BAHIA
COSME LOPES FERNANDES
CLAUDIO DOMINGOS I. DA SILVA
COSME ROBERTO CARNEIRO GRADIN
CLAUDIO DOMINGUES NETO
CRISTIANO CALDEIRA RABELLO
CLAUDIO FONSECA DE CASTILHO
CRISTIANO FREITAS ALEIXO DE MORAIS
CLAUDIO FUCS NERY
CRISTIANO PEREIRA QUEIROZ
CLAUDIO HENRIQUE N. FLEURY
CRISTIANO SIMÕES TANNUS
CLAÚDIO HENRIQUE SANTOS DE OLIVEIRA
CRISTIANO SOARES PAZOS
CLAUDIO JAMBEIRO GUIMARAES
CRISTOVÃO SANTO ALMEIDA BASTOS S. PROTÁZIO
CLAUDIO JOSÉ CHENAUD
CYRENIO NUNES LEAL FILHO
CLAUDIO JOSÉ MENDONÇA
DAGOBERTO BONAVIDES DE OLIVEIRA
CLAUDIO LEAL PEREIRA
DAILTON REIS SANTOS
CLAUDIO LESSA PAIXÃO
DAILTON RODRIGUES TEIXEIRA
CLAUDIO LUIZ A FONTES
DALWSON ESTRELA DA SILVA
CLAUDIO LUIZ DE SOUZA OLIVEIRA
DAN RABINOVITZ
CLAUDIO LYSIAS GONÇALVES
DANIEL ANASTACIO DOS SANTOS
CLAUDIO MANOEL LIMA SAMPAIO
DANIEL BARRETO WILDERGER
CLAUDIO MARCELO MASCARENHA DE CASTRO
DANIEL COSTA DE FARIAS
CLAUDIO MARCELO PASSOS LEANDRO
DANIEL DO AMARAL SANTANA REIS
CLAUDIO MEIRELLES MIRANDA
DANIEL FERREIRA LIMA
CLAUDIO MIRANDA DE CARVALHO
DANIEL LUIZ DE ABREU GUIMARÃES
CLAUDIO NAZÁRIO DE OLIVEIRA
DANIEL LUZ FERREL
CLAUDIO NERI FRANCO LOPO
DANIEL MARBACK BARBOSA SOUZA
CLAUDIO PEREIRA SAMPAIO
DANIEL MARTINS ROCHA
281
DANIEL MIRANDA GRANJO
DILSON CALDEIRA DA COSTA
DANIEL MULLER NOGUEIRA
DILSON LIMA SILVA
DANIEL NERY DOS SANTOS
DILSON MAGALHÃES ALVES
DANIEL NUNES SOARES
DILSON MARQUES MOREIRA
DANIEL PARISH BAMBERG
DILTON BOMFIM DE ARAUJO PASSOS
DANIEL RIEL DA SILVA
DINALDO CAMPOS PRAZARES
DANIEL SATURNINO DOS SANTOS NETO
DIÓGENES M. PINHEIRO
DANILO DA SILVA AZEVEDO
DIOGO MORGADE CORTIZO BALTAZAR DA SILVEIRA
DANILO DA SILVA LABORDA
DIOLINO SANVAGE
DANILO DE FRANÇA MARTINS
DIONIR PEREIRA
DANILO DE SOUZA REIS
DIRCIO DE SOUZA
DANILO DOS SANTOS BANDEIRA
DIVA PEDREIRA TORRES
DANILO GUANAES BARBOSA DE SOUZA
DIVALMIRO DE SALLES LIMA
DANILO MONTEIRO DE ARAÚJO OLIVEIRA
DJALMA BENJAMIN DE SANTANA
DANIZ CESAR DE SOUZA
DJALMA FONSECA D. ALMEIDA
DANTE ALIGHIEI GRISI
DJALMA FREITAS BATISTA
DANTE CLAUDE ALAIM
DJALMA JACOBINA FILHO
DARCY PEREIRA DE OLIVEIRA
DJANIR FREITAS SILVA
DÁRIO MADURO BARBOSA
DJARIO AVELINO RIBEIRO
DARK DE OLIVEIRA
DOMINGOS VIEIRA VASCONCELOS
DARWIN ROCHA NETO
DOMINGOS FELIX DE SANTANA
DAVI ODILON FERRAZ FLORES DA SILVA
DOMINGOS RAMOS DIAS
DAVI ROSADO CARRILHO
DONALD HENRY SMITH
DAVID DA VEIGA ARAUJO
DORIVAL FERREIRA DA SILVA
DAVID DOMINGOS ROSADO CARRILHO
DORIVALDO CERQUEIRA LIMA JUNIOR
DAVID FERREIRA BORGES DE AZEVEDO
DOUGLAS RAFANELLE MOURA DE SANTANA MOTTA
DAVID GOUVEIA DE ARAUJO
DURVAL BARRETO SIQUEIRA MANGUINHO
DAVID LEITE
DURVAL CABRAL FILHO
DAVID MOREIRA MARTINS DA SILVA
DURVALTECIO JOÃO BOMFIM
DAVID PERRUCHO SILVA
EBEICHARD JOACHIM KASTEM
DAVID RICARDO FONTES PEREIRA
EBERSON BASTOS PEREIRA
DELSIMAR GALVÃO GONÇALVES
EDELBERTO DA SILVA SANTANA
DEMOCRITO FERREIRA DE CERQUEIRA
EDER NOGUEIROL FERNANDES
DENILSON CARIBÉ DE CASTRO
EDÉSIO DA SILVA GOES
DENILSON CARIBÉ DE CASTRO FILHO
EDGAR VIANA FILHO
DENILSON DO CARMO CALAZANS SANTOS
EDGARD BARBOSA DE SOUZA
DENILSON SANTOS ANDRADE
EDGARD BARRETO FILHO
DENILTON MARTINS RAMOS
EDGARD CESAR FILHO
DENILTON MARTINS RAMOS JUNIOR
EDGARD DE ALMEIDA CARQUEIJA
DENIO DIAS LIMA CIDREIRA
EDGARD DE SOUZA
DENIS NASCIMENTO GUIMARÃES
EDIE PARISH
DENISZART VISCO
EDIELSON MORAES LIMA
DEOCLECIANO BENDOCCHI ALVES VAZ SAMPPAIO
EDILIO FERREIRA DA SILVA
DEOCLIDES RABELLO FILHO
EDILSON ALVES FIGUEIREDO
DEOLIZANDRO MOREIRA DE OLIVEIRA FILHO
EDILSON PIRES GOUVÊA
DERALDO RIOS PINHEIRO
EDINALDO LINS LIMA BRAGA
DERALODO RIOS PINHEIRO FILHO
EDISON DA SILVA SANTOS
DERMEVAL AMOEDO MARTINS JR.
EDISON PINHO
DERMEVAL LOPES ROSAS
EDIVAL BENIGNO DO ROSARIO
DEUSDEDITH GONÇALVES BRAGA
EDIVAL PASSOS DE MELLO
DEUSLINO FERREIRA DE CERQUEIRA
EDIVALDO MACHADO BOAVENTURA
DEZILTON DE ARAUJO PASSOS
EDIVAN FERREIRA SOUTO
DIEGO DA COSTA SAAVEDRA
EDÍZIO MUNIZ FERRIRA JÚNIOR
DIEGO FREITAS BUSTAMANTE ZAMBRANA
EDMAR ALVES DE CAMPOS
DIELSON GESTEIRA FERREIRA JUNIOR
EDMAR FERNANDES PRESA SOBRINHO
DIELSON MARTINS LIMA
EDMAR MOREIRA LEITE
DIJENAL JOSÉ SANTOS DE OLIVEIRA
EDMAR PEREIRA CARDIM
DILERMANDO SANTOS COSTA
EDMAR SALVADOR LOUREIRO
DILMA CAMARA COELHO
EDMAR SCARTON
DILMAR RODRIGUES TEIXEIRA
EDMILSON ADORNO VILAS BOAS
DILSO LUIZ MATHEUS DE ARANTES
EDMILSON CARLOS CARDOSO BARBOSA
DILSON ARAÚJO SANTOS
EDMILSON DA SILVA PIMENTA JR.
282
EDMILSON MORAES LIMA
EDUARDO JOSÉ COSTA NUNES
EDMUNDO DE SOUZA SANTOS
EDUARDO JOSÉ VALENTE COSTA
EDMUNDO FERREIRA DE SOUZA
EDUARDO LEAL COSTA FILHO
EDMUNDO LEAL COSTA
EDUARDO LEAL LAVIGNE DE LEMOS
EDMUNDO NELSON FERREIRA PEREIRA
EDUARDO LUIZ BATALHA DE OLIVEIRA
EDMUNDO PINTO DANTAS DE CARVALHO
EDUARDO MENEZES MANGABEIRA
EDMUNDO SOUZA CASTRO
EDUARDO MONTEIRO GOMES SANTOS
EDMUNDO TEIXEIRA LEAL SPINOLA
EDUARDO MORAIS VIEIRA DOS SANTOS
EDNALDO BRANDÃO CORREIA
EDUARDO OLIVEIRA DO VALLE
EDNALDO TEOTÔNIO SILVA JÚNIOR
EDUARDO PEREIRA LOBÃO
EDNALVA AMARAL BARBOSA
EDUARDO RESENDE RAPOLD
EDNEY JOSÉ DE SIQUEIRA RAMOS
EDUARDO SAFFE
EDNO QUERINO CÂMARA
EDUARDO SAMPAIO RÊGO
EDSON ANDRADE DE OLIVEIRA
EDUARDO SANTANA DE JESUS
EDSON ARAPIRACA DOS SANTOS
EDUARDO SICUPIRA PEREGRINO BRAGA
EDSON AZEVEDO GARRIDO FILHO
EDUARDO SOARES GOMES
EDSON BLANCO MARTINEZ
EDUARDO TAVARES TEIXEIRA
EDSON BONIFACIO DAMASCENO
EDUARDO TELES DE CARVARLHO JR
EDSON CARVALHO DE OLIVEIRA
EDUARDO TELLES VARGAS LEAL
EDSON DA SILVA GUEDES
EDUARDO VILLAS BOAS PINTO
EDSON DE ALMEIDA NOGUEIRA
EDVAL DA SILVA BARBOSA
EDSON FAHEL
EDVALDO BARBOSA
EDSON FERNANDES BASTOS
EDVALDO BISPO GOMES
EDSON FREIRE O’DWYER
EDVALDO FAHEL
EDSON GOMES RIBEIRO
EDVALDO JOSÉ CHAVES
EDSON JOSÉ BRANDÃO ASSUNÇÃO
EDVALDO JOSÉ DOS ANJOS FERNANDES
EDSON JOSÉ DA SILVA ASSUNÇÃO
EDVALDO NOBRE FRANÇA
EDSON LEMOS DE CARVALHO TRINDADE
EDVALDO PEDREIRA GAMA
EDSON LUIZ DE OLIVEIRA TELLES
EDWALDO FERREIRA LOPES DA SILVA JUNIOR
EDSON MANOEL DO NASCIMENTO GUEDES
EGIDIO BORGES TAVARES FILHO
EDSON NILTON DE LIMA JÚNIOR
ELADIO GOMES DA SILVA
EDSON NUNES ALVARES PEREIRA FILHO
ELDER ARAUJO SOUZA
EDSON NUNO ALVARES PEREIRA
ELDER POMPELIO F. DE ABREU
EDSON PEREIRA CARDIM
ELIANO BARROSO DE SOUZA
EDSON PINA MENEZES FILHO
ELIAS DARZÉ FILHO
EDSON SAMPAIO MEIRELES
ELIAS FERREIRA DE FREITAS
EDSON SEBASTIÃO VITERBO DE ARAGÃO
ELIAS HORMICI BITTAR
EDSON SPINOLA QUADROS NETO
ELIEZER FERREIRA DA CRUZ
EDSON TAVARES
ELISENA COSTA DE OLIVEIRA
EDSON TETSUO KOLGACHI
ELISIO AZEVEDO ALVES
EDUARDO AMADO DE FREITAS
ELISIO DE CARVALHO LISBOA FILHO
EDUARDO ANTONIO CONCEIÇÃO DE ARAUJO
ELISIO FERREIRA LOPES
EDUARDO ANTONIO JESUINO DOS SANTOS
ELISONETE BORGES DE FARIA
EDUARDO AZEVEDO CHAVES
ELIVALDO EVANGELISTA DOS SANTOS
EDUARDO BORGES BRANDÃO
ELIZALDO SOARES DE ANDRADE
EDUARDO CABUS CATAN
ELIZIO CARLOS PIMENTEL BATISTA
EDUARDO CALMON DE ALMEIDA CEZAR
ELMAR CARLOS ROCHA FILHO
EDUARDO CASTRO DE SOUZA DANTAS
ELMO SANTOS FIGUEIREDO
EDUARDO CHAVES LOPEZ
ELMO SOUZA PAZ
EDUARDO COSTA SÁ
ELOFRAN MARQUES
EDUARDO DA SILVA HEEGER
ELSIMAR METZKER COUTINHO
EDUARDO DANTAS DE PINHO
ELSON CARLOS DOS SANTOS COELHO
EDUARDO DORIA PINTO RODRIGUES DA COSTA
ELVIS SANTOS TORRES
EDUARDO ELIA NEVES
EMANUEL MOREIRA JUNIOR
EDUARDO FREDERICO C. DE LIMA
EMANUEL RAIMUNDO SARMENTO BANDEIRA
EDUARDO GIL FRANÇA GOMES
EMILIO MANOEL BARRETO FERNANDES
EDUARDO GOMES CARQUEIJA
EMILIO RAMIRO PEREZ GARCIA
EDUARDO GONÇALVES
EMILSON DA SILVA PIMENTA
EDUARDO GUIMARAES PEREIRA DAS NEVES
EMIR AZEVEDO E SILVA
EDUARDO HAMILTON FORTES DE MELO
EMMANOEL DA COSTA TAVARES
EDUARDO HENRIQUE DA SILVA SANTOS
EMO RUY DE MIRANDA
EDUARDO JOSÉ BENICIO GANZALEZ
EMUNDO JOSÉ LEITE FALCÃO
283
ENADIO DA COSTA MORAIS
FABIO CALDAS CHEMMES
ENEAS TORREÃO DA COSTA NETO
FABIO CAMPOS PODEROSO
ENEDINA SANTOS ARAÚJO
FABIO CASTRO DE OLIVEIRA
ENNIO DI GIROLAMO
FABIO FREIRE DE CARVALHO MATOS
ENNIO SEBASTIÃO DE OLIVEIRA
FABIO FREITAS RIBEIRO
ENOCH SANTIAGO LINHARES DE ALBUQUERQUE
FABIO LEVY CAVALCANTE DE SOUZA
ENOCK LIMA CAMPOS
FABIO LUCIO DE ALMEIDA CARDOSO
ENZO ALLEGRO
FABIO LUIZ CEUTA DE LACERDA
EPITÁCIO DA SILVA RIBEIRO
FÁBIO MIRANDA GRANJO
ERALDO AMORIM DOS SANTOS JÚNIOR
FÁBIO MONHÕES DE SOUZA NETO
ERIC BRAGA PEDRA
FABIO MOREIRA SANTOS
ERICK BITTENCOURT SIMÃO RIBEIRO
FABIO PINHEIRO DE MENDONÇA LIMA
ERICO LUIZ DATTOLI
FÁBIO PIRES VASCONCELO
ERIWELTON ALMEIDA BOSON
FABIO SILVA GORDILHO
ERNANI SOUZA E SILVA JR.
FABIO TEIXEIRA CORREA FERNANDES
ERNESTINO FRANCISCO PEREIRA RIBEIRO
FABIO VALENTINI REZENDE
ERNESTO COSTA BATISTA
FABIO VASCONCELOS CRUZ FABIAN
ERNESTO HERMELIO DAS CHAGAS
FABRICIO BITTENCOURT GOMES
ERNESTO PAULO DE A. AMORIM
FABRICIO CARDOSO REBELO
ERNESTO PEREIRA SANTOS
FALLUH ELGAID
ERNESTO PINHEIRO SANTANA JÚNIOR
FATIMA QUEIROZ ELSOFFI
ERONILDES SOARES BOMFIM
FAUSTO ROBERTO MILAZZO
ESDRAS CABUS MOREIRA
FELINTO DOURADO FILHO
ESPIRIDIÃO DOS SANTOS ARAUJO
FELIPE DE SOUZA ALCANTARA
ESTACIO AGUIAR
FELIPE GADELJHA PEREIRA
ESTELA MARIA MACEDO LEITE
FELIPE NERI REGO JUNIOR
EUCLIMAR ANDRADE OLIVEIRA
FELISBERTO ALMEIDA FORMIGLI
EUDES DE ARAUJO GOES
FELIX DE OLIVEIRA BITTENCOURT
EUDES LEAL HOHLLENWERGER
FELIX SOARES LIMOEIRO NETO
EUGENIO CASAIS E SILVA
FERNANDA LIMA MELIK
EUGENIO LEAL RIBEIRO
FERNANDA M. BANDEIRA DE MIRANDA HENRIQUES
EULALIA M. FIGUEIRA
FERNANDO ANTONIO DE CASTRO CRUZ
EULER VIANA BOMFIM
FERNANDO ARAUJO COSTA
EURICO ANTONIO R. GUIMARÃES
FERNANDO BALLALAI ALVES JÚNIOR
EURICO ROBERTO COSTA MAYNART
FERNANDO BASTOS PEREIRA JÚNIOR
EUVALDO BORGES LUIZ
FERNANDO BATISTA
EUVALDO TEIXEIRA DE MATOS FILHO
FERNANDO CARLOS DE CARVALHO ALVES
EUZÉBIO DE OLIVEIRA CARVALHO
FERNANDO CHAMMÉS GANEM
EVANDRO BALTAZAR DA SILVEIRA FILHO
FERNANDO DA CUNHA MARTINS
EVANDRO BARRETO COSTA
FERNANDO DE FIGUEREDO PIMENTA
EVANDRO CABRAL
FERNANDO DE MAGALHÃES TEIXEIRA
EVANDRO DUPLAT SIMÕES JÚNIOR
FERNANDO DE OLIVEIRA CASAL
EVANDRO GONZAGA DE PINHO
FERNANDO DE SANTANA LIMA
EVANO CELESTINO GUALBERTO
FERNANDO EDUARDO BARSOSA NOGUEIRA
EVERALDO ALVES FERREIRA
FERNANDO EURICO PAES DE MACEDO
EVERALDO BATISTA PEREIRA
FERNANDO FERREIRA DE BRITO
EVERALDO CARVALHO GRAÇA
FERNANDO FERREIRA MAIA
EVERALDO HORMISIDO DOS SANTOS SILVA
FERNANDO FREDERICO OLIVEIRA KELSER
EVERALDO SILVA SOUZA
FERNANDO GOES DE SANTOS
EVERALDO SOUZA ALVES
FERNANDO GUEDES ANDRADE
ÉVERTON CESAR SPÓSITO PAIVA
FERNANDO GUIMARÃES GOES DO VAL
EVERTON PONTES MARTINS
FERNANDO JAIME VILAS BOAS MACHADO
EVERTON RENE SILVA
FERNANDO JOSÉ DA HORA LOPES
EVILASIO LIMA
FERNANDO LOPES SANTIAGO
EVILASIO TEIXEIRA CARDOSO
FERNANDO LOPEZ PEREZ
EXPEDITO GUEDES DE SOUZA
FERNANDO LUIZ NOVAIS SAMPAIO
EZEQUIAS NUNES FILHO
FERNANDO MENEZES DE GOES
FABIANA ALMEIDA MIRANDA
FERNANDO NANGIERI FILHO
FABIANA BRIGIDA GUIMARAES SILVA
FERNANDO PEDREIRA LAPA
FABIEN SANVAGE
FERNANDO PEDRO SALLES SILVA
FABIO ANDRADE VAZ DA SILVA
FERNANDO PINHO DE ALMEIDA
FÁBIO ANDRÉ SANTOS FONSECA
FERNANDO RAMAGEN BADARO
284
FERNANDO RIOS MEIRA
FRANCISCO LINS SILVA FRANCO
FERNANDO RODRIGUEZ PERES JUNIOR
FRANCISCO MARCARENHAS DA COSTA
FERNANDO SAMPAIO GÁCOMO
FRANCISCO MOREIRA DA FONSECA
FERNANDO SILVA TOURINHO
FRANCISCO NEIVA JUCÁ ROLIM
FERNANDO SOUZA BISPO
FRANCISCO NEVES BITTENCOUIRT
FERNANDO TEIXEIRA LEAL SPINOLA
FRANCISCO NUNES SOBRINHO
FERNANDO TUDE BATISTA DE JESUS
FRANCISCO PEREIRA DE ALBUQUERQUE
FILOGONIO SOARES LOPES SOBRINHO
FRANCISCO PEREIRA DE CARVALHO NETO
FIRMO FERREIRA LEAL NETO
FRANCISCO PERNET JUNIOR
FIRST NATIONAL CITY BANK
FRANCISCO PINHEIRO REIS
FLAVIANO GONÇALVES DE OLIVEIRA PORTO
FRANCISCO ROQUE PAIM COSTA
FLAVIO AUGUSTO O MIRANDA
FRANCISCO XAVIER DA SILVA NETO
FLAVIO BURGOS MORGADE CORTIZO
FRANCISCO XAVIER DE FIGUEREDO
FLAVIO CHASTINET PINHEIRO
FRANK CARDOSO BARROS
FLÁVIO FERREIRA DA SILVA
FRANK ELOY RIBEIRO DE JESUS
FLÁVIO LINDOMAR TIEFFENSEE
FRANK ROBERTO BALLALAI MAY
FLAVIO MADEIRA MIRANDA
FRANKLIN JOSÉ FALCÃO MODESTO
FLAVIO SAMPAIO GAUDENZI
FREDERICO ANDRADE SANTOS
FLAVIO VINICIUS NASCIMENTO ULM DA SILVA
FREDERICO DE MEDEIROS RODRIGUES
FLAVIO WANDERLEY CALAZANS
FREDERICO DE OLIVEIRA TAMBON
FLECIUS RENATO SILVEIRA CELESTINO
FREDERICO EDUARDO DA S. FREIRE BISCAIA
FLORDOALDO JOSÉ BATISTA FILHO
FREDERICO FERREIRA PONTES NETO
FLORENTINO VEGA LOBO
FREDERICO FREIRE DE CARVALHO MATOS
FLORIANO FERREIRA FILHO
FREDERICO PODEROSO
FLORIANO TANAJURA MEIRA JUNIOR
FREDERICO TAVARES LEMOS
FLORISTO GOIS OLIVEIRA
FREDERICO WILSON DE JESUS
FLORISVALDO ALVES CARRILHO
FREED STOLZE GAGLIANO
FLORISVALDO BARBERINO
GABINO DE MOURA NETO
FLORISVALDO CARNEIRO DA CUNHA
GABRIEL BENIGNO DO ROSARIO
FRANCISCA DO SOCORRO GALVÃO
GABRIEL EURICO LEITE
FRANCISCO AGRIPINO BORGES BRITO
GALILEU TEIXEIRA MARINHO
FRANCISCO ALBERTO FERREIRA VALADARES
GARIBALDI JOAQUIM DE SANTANA
FRANCISCO ALVES DE SOUZA
GENÁRIO LEMOS COUTO
FRANCISCO ANTONIO ALMEIDA DE A. LIMA
GENARO DE OLIVEIRA NETO
FRANCISCO ANTONIO DE GOIS
GENARO NOVAIS DE LIMA
FRANCISCO ARAGÃO NETO
GENER FERREIRA LINS
FRANCISCO ASSIS DE MEDEIROS
GENILDO SANT’ANA TEIXEIRA
FRANCISCO BATISTA NEVES NETO
GEORGE HOUSEP HOUHANNES BIZERGANIAN
FRANCISCO BERTINO BEZERRA CARVALHO
GEORGE LUIS VIEIRA DA COSTA
FRANCISCO COSTA DOS SANTOS
GEORGE NOGUEIRA CARVALHAL
FRANCISCO DA SILVA COELHO
GEORGE SIDNEY DA SILVA FERREIRA
FRANCISCO DANTAS
GEORGES MAXIMILIANO BONNET
FRANCISCO DE FARO FRANCO
GEORGETON JOSÉ NERY RIOS
FRANCISCO DE PAULA JUCÁ DE A. PIMENTEL
GEOVÁ ALVES BRITO
FRANCISCO DE SOUZA ANDRADE NETO
GERALDO ANTONIO DE LIMA
FRANCISCO DERALDO DE SOUZA NETO
GERALDO BARBOSA BRANDÃO
FRANCISCO DI CREDICO
GERALDO CORREA DA CUNHA
FRANCISCO ELANO MOREIRA
GERALDO DANNEMANN
FRANCISCO EPIFANIO ROCHA DE ALMEIDA
GERALDO DE ARAUJO GOES DO VAL FILHO
FRANCISCO ETELVIR DANTAS
GERALDO DE CARVALHO
FRANCISCO EVERARDO ALVES DE LIMA
GERALDO DIAS MACEDO
FRANCISCO FELIX DE CERQUEIRA JUNIOR
GERALDO JOSÉ DO REGO DURÃO
FRANCISCO FERNANDO COUTO PORTELA
GERALDO JOSÉ MASCARENHAS
FRANCISCO JAVIER PINHEIRO GARRIDO
GERALDO LEITE DA SILVA
FRANCISCO JOÃO MOREIRA DE OLIVEIRA
GERALDO LEMOS DO COUTO
FRANCISCO JOSÉ BANDEIRA MACIEL
GERALDO LIMA BARRETO
FRANCISCO JOSÉ CARNEIRO DE LIMA E SILVA
GERALDO LIMA DE OLIVEIRA
FRANCISCO JOSÉ RAYKIL PINHEIRO
GERALDO LINS GOES
FRANCISCO JOSÉ SERAFIM DE LIMA E SILVA
GERALDO MÁRIO S. CORREIA JÚNIOR
FRANCISCO JUCÁ ROLIM
GERALDO MARIOTTI MESSEDER BARRETO
FRANCISCO LAVIGNE DE LEMOS
GERALDO ROCHA CARDOSO
FRANCISCO LEMOS FILHO
GERALDO SAPHIRA ANDRADE
285
GERALDO TAVARES JÚNIOR
GUILHERMO JOÃO COELHO ORTIS
GERARDO ALEJANDRO POCHAT
GUMERCINDO BERBET TAVARES
GERCINO GONÇALVES
GUNTHER HERBERT SMITH
GERMANIO PORTINOI
GUSTAV ADOLF SCHINDLER
GERSON ALMEIDA SIQUARA
GUSTAVO AFONSO NISHIMARU SCHIMIDT
GERSON BARBOSA CARNEIRO
GUSTAVO ALVARENGA DE MIRANDA
GERSON CERQUEIRA DE ALMEIDA
GUSTAVO ANDRADE MENDONÇA
GERSON COUTINHO ESTRELA
GUSTAVO COSTA DE FARIAS
GERSON DE ARAÚJO MATOS
GUSTAVO DIAS LIMA SOARES
GERSON DE OLIVEIRA E OLIVEIRA
GUSTAVO FREITAS MACIEL
GERSON PEREIRA MACHADO
GUSTAVO HENRIQUE ANDRADE LISBOA
GERSON SANCHES DO AMOR DIVINO
GUSTAVO JOSÉ BRITO DORIA
GERVASIO ARAUJO
GUSTAVO JOSÉ SICRI MANSU
GERVASIO LOPES DA SILVA JUNIOR
GUSTAVO KAUFMAM MOREIRA
GETULIO CURVELLO PINHEIRO
GUSTAVO LUIZ ROCHA DE ASSIS
GILBERTO ARAUJO GORDIANO
GUSTAVO MAIA FILHO
GILBERTO BARRETO
GUSTAVO NUNES SNOECK
GILBERTO CARLOS MARQUES SANTOS
GUSTAVO PEREIRA LOPES
GILBERTO DINIZ GONÇALVES BELTRÃO
GUSTAVO ROBERTO SNOECK
GILBERTO ESPINHEIRA DE SÁ
GUSTAVO ZAIDENER MATOS VIEIRA
GILBERTO GIL FERREIRA FILHO
GUTEMBERG DE ARAÚJO VALENÇA
GILBERTO JOSÉ FERREIRA COSTA
GUY RAIMUNDO SAMPAIO
GILBERTO LEAL BRAGA
HAILTON REIS DE SOUZA
GILBERTO MARQUES DA SILVA
HAMILTON IVO REIS DA SILVA COUTO
GILBERTO MEDRADO SOCORRO
HAMILTON VASCONCELOS BARROS
GILBERTO RAIMUNDO BADARÓ DE ALMEIDA SOUZA
HAMILTON ALVES GUIMARÃES
GILBERTO REBOUÇAS
HAMILTON CUNHA PINTO
GILBERTO ROCHA DE OLIVEIRA
HAMILTON DE CARVALHO TOSTA
GILBERTO ROSA DE JESUS
HAMILTON MEIRA DE JESUS
GILDASIO PENEDO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE
HAMILTON RODRIGUES NOGUEIRA
GILDASIO S. LOPES FILHO
HAMILTON VITA LEAL CARVALHO
GILDO NASCIMENTO DANTAS
HANS F. K. DITTMAR
GILENO LINO DOS SANTOS
HAROLDO ALBERTO DE CERQUEIRA LIMA
GILENO ROSA DE JESUS
HAROLDO CARDOSO ALVES
GILSON ARAUJO CORDEIRO
HAROLDO PORTO GALVÃO
GILSON DE ARAÚJO SOUZA
HEBERT DRUMMOND FRANK
GILSON DE SOUZA CARDOSO
HEBERT MIRANDA SANTOS
GILSON LONGO FERNANDES
HEINRICH BECKER
GIORGIO BRACAGLIA
HEITOR DE OLIVEIRA MONTEIRO
GIOVALDO DE CARVALHO MODESTO
HEITOR EDUARDO DE OLIVEIRA
GIOVANNI DE SIERVI
HEITOR FERRARI MARBACK
GIOVANNI DE SIERVI FILHO
HEITOR MELO PEREIRA CARRERA
GLAUCIO PINTO GARCIA
HELCIO JOSÉ LOBOSCO TRIGUEIRO
GLAUCO DE ALMEIDA GAUDENZI
HELDER LACERDA DE ARAÚJO
GLAUCO FREIRE FRANCO
HELGA ELIZABETH SCHEIDEMARTEL FREITAS
GLAUTON SODRÉ DE OLIVEIRA
HÉLIO ANDRADE DE AGUIAR FILHO
GLEDSON OLIVEIRA REIS
HÉLIO ASTERIO DE CAMPOS
GODOFREDO DE SOUZA DANTAS NETO
HÉLIO BASTOS FONTES
GONÇALO A. GUIMARÃES PEREIRA
HÉLIO BORGES PEREIRA
GONÇALO FELIX DE SANTANA
HÉLIO BRITO DE JESUS
GONÇALO MENDONÇA REIS
HÉLIO DE FIGUEREDO COELHO
GONÇALO SANTOS PEREIRA
HÉLIO DE SÁ OLIVEIRA
GRÁCIA MARIA AQUINO DE QUEIROZ
HÉLIO DO NASCIMENTO PASSOS
GRATULINO DE ALBUQUERQUE MELO NETO
HÉLIO ETTORE MARCOVALDI PRAZERES
GUILDO NAVARRO DE ARAUJO
HÉLIO HENRIQUE BASTOS F. ROCHA
GUILHERME BARRETO DIAS
HÉLIO JORGE OLIVEIRA PAIXÃO
GUILHERME CARVALHEIRA LEAL
HÉLIO JOSÉ PITANGA MONCORVO
GUILHERME GALVÃO DE OLIVEIRA PINTO
HÉLIO JOSÉ VIEIRA BRAGA
GUILHERME LEAL BRAGA
HÉLIO LEONARDO E. DE CARVALHO
GUILHERME LEAL BRAGA FILHO
HÉLIO MATOS BATISTA
GUILHERME OLIVEIRA GOMES DOS SANTOS
HÉLIO MONTEIRO DE OLIVEIRA
GUILHERME SCOTT
HÉLIO PEREIRA FONTES
286
HÉLIO RAIMUNDO DE BRITO
HUMBERTO BRAGA PINHO
HÉLIO RIBEIRO DA CUNHA JR
HUMBERTO CAJAIBA DE ANDRADE
HÉLIO RIBEIRO JÚNIUOR
HUMBERTO CARLOS NORONHA FILHO
HÉLIO VIANA DRUMMOND
HUMBERTO DINIZ GONÇALVES BELTRÃO
HELMUT JACOBS
HUMBERTO DUPAT PAIVA
HELTON PARANHOS COELHO CERQUEIRA
HUMBERTO GRAZIANO VALVERDE
HELVICIO RIBEIRO MEIRA
HUMBERTO HENRIQUE GARCIA ELLERY
HEMAR ANTONIO GALVÃO BARATA
HUMBERTO HENRIQUE NOGUEIRA ELLERY
HEMILTON DE OLIVEIRA PITA
HUMBERTO JESUINO DA SILVA SANTOS
HEMITERIO LINO DO BOMFIM NETO
HUMBERTO LOURENÇO A. PAIVA
HENRIQUE BROWN RIBEIRO
HUMBERTO MARIANO DOS REIS
HENRIQUE CARVALHO BRITTO
HUMBERTO REZENDE SANTOS
HENRIQUE CONTRUILLE VIANA
HUMBERTO SEGUNDO CAJAIBA DE ANDRADE
HENRIQUE GONÇALVES TRINDADE
HUMBERTO SERVESE
HENRIQUE GOUVEIA DE O. RIZZO
IAROSLAU DOMARESKI
HENRIQUE JOSÉ SARNO BROCHADO
IBRAHIM KARAM
HENRIQUE LIMA SANTOS
IBSEN NOVAIS JUNIOR
HENRIQUE MENDES SOARES
IBSEN PIRES DE NOVAES
HENRIQUE MENEZES PASSOS
IDALVO DE JESUS S. DOS SANTOS
HENRIQUE SANTOS FIGUEIREDO
IDERLAN SOUZA DA SILVA
HENRIQUE TEIXEIRA DE MELO
IEDER SOUSA DA SILVA
HENRIQUE VAZ DOS SANTOS SERRA
IGNÁCIO SYLVESTRE PINHEIRO PAES LEME
HEONIR DE JESUS PEREIRA DA ROCRA
ILDASIO MARQUES TAVARES JÚNIOR
HERÁCLITO GOMES DE MOURA
ILMAR CABRAL DE OLIVEIRA
HERALDO MENEZES SANTOS
ILZA FERRAZ DA SILVEIRA
HERBERT CLOVIS RIBEIRO PASSINHO
IRENE FRANCISCA VERAS
HERBERT PHARAOH
IRINEU RODRIGUES DA SILVA
HERBERT SANTANA DE JESES
ISAAC PEIXOTO COSTA ROSA
HERLIO MASCARENHAS CARDOZO FILHO
ISAC LEAL SAMPAIO
HERMAM ANDRÉAS GRUNER
ISAIAS ANTONIO DOS SANTOS
HERMANO JOSÉ ARAUJO ALVES
ISALTINO BERNARDO DE OLIVEIRA
HERMES RUY DE CARVALHO
ISARIAS COSTA NASCIMENTO
HERMES TEIXEIRA DE MELO
ISIDRO OTAVIO AMARAL DUARTE
HERMILO ROSAS ARAUJO
ISIS DA SILVA PRISTED
HERMOGENES PRINCIPE DE OLIVEIRA
ISIS VIANA DA SILVA ALMEIDA
HERNANE BORGES DE BARROS PEREIRA
ISMAR DE OLIVEIRA ARAUJO
HERNANI SILVEIRA CASTRO
ISRAEL PORTINOI
HERON JOSE DE SANTANA GORDILHO
ITAMAR DIAS RODEIRO
HERON MATTOS DE ALMEIDA
ITAMAR COUTO MESKO
HESLER PIEDADE CAFFE
ITAMAR MORAES
HILDA PIMENTEL BARRETO LIMA
ITAMAR ROCHARD DE FREITAS
HILDEBRANDO FERREIRA
ITAZIL FONSECA BENÍCIO DOS SANTOS
HILDEBRANDO TEIXEIRA DE MELLO
IURI DALTRO RANGEL
HILDERICO TEIXEIRA DE MELO
IURI MATOS DE CARVALHO
HILDO GONÇALVES SOARES
IVAL DALMO DUARTE ALVES
HILTON ANTONIO TEIXEIRA DE FREITAS
IVAN BRASIL DA SILVEIRA
HILTON SAMPAIO COELHO
IVAN CARLO MONTEIRO ULM DA SILVA
HIRAN REIS
IVAN CARRERA FERNANDES
HIRTON DE MACEDO FERNANDES
IVAN CESAR PEREZ R. E SILVA
HONORATO MANOEL DO BONFIM NETO
IVAN FARIAS DORIA
HORACIO CESAR NETO
IVAN FONTES SANTOS DE BUSTAMONTE
HOSANNAH ALVES DE SOUZA
IVAN FREIRE DO BOMFIM
HUDSON DUARTE MOREIRA JR
IVAN HUMBERTO BRAGA PINHO E SOUZA
HUDSON URARTE MOREIRA
IVAN MARIVAL CERQUEIRA
HUGO DA SILVA MAIA
IVAN PEDRO BARRETO SANTOS
HUGO LEONE TORRES
IVAN PEREIRA DE FREITAS
HUGO MARCEL DA MOTTA CAMPERO
IVAN POLYCORPO DA SILVA FRENZEL
HUGO NUNES DE SOUZA AMORIM
IVAN SOUZA ALMEIDA
HUGO RAMOS GOMES
IVANA DE OLIVEIRA FRAGA NOVA
HUGO RAMOS GOMES FILHO
IVANDRO TORRES
HUGO SOARES DIAS
IVANILDES FLORES DOS SANTOS MELLO
HUMBERTO BENEDITO CASSARO
IVANILTON OLIVEIRA NOVAIS
287
IVANISE BACELAR MIRANDA DA SILVA
JESUÍNO MARTINS DE SÁ NETO
IVES DOS REIS TELES
JILSON BARBOSA SILVA
IVO BRAGA
JOACI FONSECA DE GOES
IVO RANGEL DA SILVA
JOALBO RODRIQUES DE FIGUEREDO BARBOSA
IVO SALVADOR GUIMARÃES MENDES
JOALDO BORBA OLIVEIRA
IVO SANTIAGO DOS SANTOS
JOÃO ALBERTO FACÓ
JACINIO SILVA SAMPAIO
JOÃO ALBERTO MAGALHAES ARAUJO
JACQUES JOSÉ DE ANDRADE
JOÃO ALBERTO PEREIRA LOPES JUNIOR
JADER COELHO POMBO FILHO
JOÃO ALEXANDRINO DOS SANTOS
JADER VELOSO COSTA
JOÃO ALFREDO BYRNE GRASSI
JADSON SANTOS EDINGTON
JOÃO ALFREDO SOARES DE QUADROS
JAFE MUNIZ FERREIRA
JOÃO AMARO COELHO FILHO
JAILTON DA CRUZ PEREIRA
JOÃO AMARO COELHO NETO
JAIME AUGUSTO VILAÇA MARQUES DE CARVALHO
JOÃO AMÉRICO BULCÃO FROES
JAIME BARBOSA DOS SANTOS
JOÃO ANTONIO DA FONSECA ARAUJO
JAIME COELHO PINTO FILHO
JOÃO ARTHUR MATOS ALVES
JAIME DO NASCIMENTO PASSOS
JOÃO AUGUSTO CARDOSO PALÁCIO
JAIME GREGORIO DOS SANTOS
JOÃO AUGUSTO CERQUEIRA
JAIME MAGALHÃES BRANDÃO
JOÃO AVELINO MACHADO
JAIME MUINOS SANJURJO
JOÃO BATISTA ALVES DE MACEDO
JAIME NUNES DA SILVA
JOÃO BATISTA DE ÁVILA
JAIME ROSAS DOS SANTOS
JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FLOQUET
JAIME SIMÕES GONÇALVES
JOÃO BATISTA GAMA
JAIR ANTONIO DE ABREU FARIAS
JOÃO BATISTA PAIM
JAIR DEFENDE PERSICO
JOÃO BATISTA PIRES PACHECO PEREIRA
JAIR FRANCISCO BURGOS SOBRINHO
JOÃO BENEVIDES NOGUEIRA NETO
JAIR MIGUEL PINHEIRO
JOÃO BERNARDO DA CUNHA NETO
JAIR PINHO
JOÃO BRITO FILHO
JAIRO DE ALMEIDA SILVA
JOÃO CAETANO DE SOUZA
JAIRO FERREIRA MARTINS
JOÃO CÃNCIO BARBOSA
JAIRO MARIOTTE DE MOURA
JOÃO CARLOS CARVALHO
JAIRO ROSAS DOS SANTOS
JOÃO CARLOS DA SILVA
JAKSON LIMA CAMPOS
JOÃO CARLOS DE SOUZA CARDOSO
JAKSON VIVAS COSTA
JOÃO CARLOS DUARTE QUEIROZ
JALBA SANTIAGO DOS SANTOS
JOÃO CARLOS MANSUR GOMES
JALDO ANDRADE BRITO
JOÃO CARLOS MEIRELLES PAULILO
JAMES B. HALLIGAN
JOÃO CEZAR CANTOLINO BRITO
JAMES EDUARDO REIS TORRES
JOÃO CEZAR SALES DE MIRANDA
JAMIL HIDE
JOÃO CHAGAS REBOUÇAS
JANETE LUQUINE FRANCO
JOÃO CLAUDIO SILVA E SOUZA
JANIO SANTOS BASTOS
JOÃO CLIMACO A. SANTOS FILHO
JANO ORLANDO FONTES CARVALHO
JOÃO CUNHA D´ALMEIDA
JANUARIO MEGALE NETO
JOÃO DAMASCENO COELHO
JAQUES ANTONIO RIO CHECCUCI
JOÃO DAVID DOS SANTOS FLORES
JARDSOM DE LIMA
JOÃO DE CASTRO
JARIVAL OLIVEIRA
JOÃO DE CASTRO OLIVEIRA
JAUREO ANDRADE BRITO
JOÃO DE DEUS ALBUQUERQUE VELLOSO
JAVAN DE OLIVEIRA GUIMARÃES JUNIOR
JOÃO DE SALES PRAZERES
JAYME MELO FILHO
JOÃO DE SOUZA
JAYME NEWTON VASCONCELOS DE LEMOS
JOÃO DEODATO MUNIZ DE OLIVEIRA
JAYME REIS FILHO
JOÃO DIAS DE SIQUEIRA
JAYME RIBEIRO RUAS GASPAR
JOÃO EVANGELISTA DE LIMA
JAYME SOARES DE SOUZA
JOÃO EVANGELISTA FERREIRA LEANDRO
JAYNE ARGOLO DE ALBUQUERQUE LIMA
JOÃO FÁBIO PAOLILO CALAZANS
JEAN LOUIS GRANGEON
JOÃO FAGUNDES DE MOURA SANTOS
JEANDEL ALPHONSE CAVALCANTE KARR
JOAÕ FAVORITO DEBARBA
JEFFERSON FONSECA DE GOES
JOÃO FERNANDO MONTEIRO DE BARROS
JEFFERSON NERY DE ALMEIDA
JOÃO FRANCISCO LEAL TEIXEIRA
JEFREY SOUSSA ATAIDE COSTA
JOÃO GONÇALVES BARRETO
JENECY NEVES ACCIOLY LINS
JOÃO HENRIQUE MATOS ALVES
JEOVÁ GUEDES DA SILVA
JOÃO HERMOGENES SOUZA NETO
JERONIMO DA SILVA SOUZA
JOÃO JOSÉ FERREIRA
288
JOÃO LUIZ OLIVEIRA LOPES
JOHN KHOURY HEDAYE
JOÃO LUIZ RAMOS
JOHNSON BARBOSA NOGUEIRA
JOÃO MAGALHÃES CHAVES
JOILSON FONSECA DE GOES
JOÃO MAIA SPINOLI
JOLIVALDO DA CRUZ FREITAS
JOÃO MARCELO MUNIZ GARAVAGLIA
JOMAR GOES NUNES
JOÃO MARCELO SOARES MAGNAVITA
JONADADE MACHADO OLIVEIRA
JOÃO MARIO BOTELHO NASCIMENTO
JONAS DIAS TRINDADE
JOÃO MARTINS D. SILVA
JONATAS BASTOS DE OLIVEIRA
JOÃO MASSA VIANA
JONATHAN MIRANDA JÚNIOR
JOÃO MAURICIO PASSOS MALTEZ
JONILSON MEIRELLES PAOLILO
JOÃO MAURICIO VELLOSO DE CARVALHJO
JORGE ADLER
JOÃO MAXIMINO DE CARVALHO LIMA
JORGE ALVES DE OLIVEIRA FILHO
JOAO MILTON DANTAS DA SILVA
JORGE ANTONIO SOUZA ALMEIDA
JOÃO MUNIZ DE OLIVEIRA
JORGE BAHIA MARTINS
JOÃO PAULO DE MAGALHÃES CORREIA
JORGE BERNARDO MANUEL
JOÃO PAULO RABELLO PENIDO MONTEIRO
JORGE BRITO SALIBA
JOÃO PAULO RIELA TRANZILO
JORGE CARNEIRO FURQUIM DE ALMEIDA
JOÃO PEDRO DE FREITAS CARDOSO
JORGE CARVALHO DE ARAGÃO BULCÃO
JOÃO PEDRO GALHEIGO JÚNIOR
JORGE CYRILLO NUNES LEAL
JOÃO RAMOS DANTAS
JORGE DA SILVA CORREIA
JOÃO RATON CARNEIRO
JORGE DE ALBUQUERQUE PARAISO
JOÃO RODRIGUES DO NASCIMENTO FILHO
JORGE EDOLINDO CHEADE LINS
JOÃO RONALDE KIAPPE VIANA MONTE
JORGE ELIAS NADER
JOÃO SIGEFREDO ARRUDA FILHO
JORGE EMANUEL LOBO R. DE MIRANDA
JOÃO TEOTONIO MANZI MONTEIRO DE ARAUJO
JORGE EMANUEL REIS CAJAZEIRA
JOÃO UBALDO COELHO DANTAS
JORGE FALCÃO MARTINS CATHARINO
JOÃO VAZ BASTOS JUNIOR
JORGE FRANCISCO GIDI
JOÃO VIANEY XAVIER
JORGE GARCIA DE SANTANA
JOÃO VICENTE DHOM DA CUNHA
JORGE HENRIQUE SÁ LEONE
JOÃO VICENTE LEAL DA SILVA
JORGE JAOB DARZÉ
JOAQUIM ALEIXO DE MORAIS
JORGE JOSÉ GONÇALVES DE SENNA
JOAQUIM ANDRADE MELO
JORGE LIMA DE OLIVEIRA
JOAQUIM CARDOSO FILHO
JORGE LUENGO ROYALS
JOAQUIM CORREA DE MELLO FILHO
JORGE LUIS MENEZES TEIXEIRA
JOAQUIM DAMIÃO DE ALMEIDA NETO
JORGE LUIS REHEM ALMEIDA SILVA
JOAQUIM DE ALMEIDA OLIVEIRA
JORGE LUIS REIS LUSTOSA
JOAQUIM DIAS RIBIEIRO
JORGE LUIZ COSTA NUNES
JOAQUIM DIOGENES DE OLIVEIRA MEIRELES
JORGE LUIZ DE ANDRADE TEIXEIRA
JOAQUIM FERREIRA FILHO
JORGE LUIZ DOS SANTOS
JOAQUIM FRANCISCO NASCIMENTO RIBEIRO
JORGE LUIZ MANSUR CAVALCANTI
JOAQUIM IGNÁCIO RIBEIRO DE LIMA SOBRINHO
JORGE LUIZ MORAES LIMA
JOAQUIM MAURICIO LAMARGO V. BORGES
JORGE LUIZ SANTANA CATRAMBY
JOAQUIM OLIVEIRA SANTOS
JORGE MACHADO DE PINHO
JOAQUIM RAYMUNDO DA SILVA FERRAZ
JORGE MACHADO DE PINHO JÚNIOR
JOAQUIM RIBEIRO RUAS GASPAR
JORGE MANUEL CLARO DOS REIS
JOAQUIM TEIXEIRA RIBEIRO SOARES
JORGE MARCONDES MENEZES MIRANDA
JOCEL GOMES
JORGE MARIO BORGES MARQUES
JOCELINO TAVARES BASTOS
JORGE MARQUES VALENTE
JODIVALDO JOSÉ PIRES FREITAS
JORGE NADIER RIGAURD
JOÉ DE SOUZA PINTO
JORGE RADEL
JOEL ANTONIO DE OLIVEIRA CARNEIRO
JORGE RICARDO ALVES SOUZA
JOEL DIAS SIMÕES
JORGE RICARDO CAVALCANTI DE CASTRO
JOEL FRANKLIN MEIRELLES LINS DE ALBUQUERQUE
JORGE RICARDO LEMOS DE LIMA
JOEL GONÇALVES DE CARVALHO
JORGE ROBERTO SOUZA SILVA
JOEL MOREIRA PEIXOTO
JORGE RODRIGUES PEREIRA
JOEL MOURA DE ALMEIDA
JORGE SACRAMENTO PIRES
JOEL PEREGRINO BRAGA
JORGE SANTOS ROCHA
JOELSON DOS SANTOS REIS
JORGE SERGIO MACEDO BELTRÃO
JOHAN VAN WEYNBERGH
JORGE SILVA DOS SANTOS
JOHANN WELLELM BEHRMANN
JORGE SILVA SANTOS
JOHN HAMILTON DIAS JÚNIOR
JORGE SIMÃO SODRÉ
JOHN HAMILTON VIEIRA DIAS
JORGE WASHINGTON PACHEDO PEREIRA
289
JORGE WILSON DA CONCEIÇÃO CORREIA
JOSÉ BAQUEIRO BOULHOSA
JORNANDES CORREIA JÚNIOR
JOSÉ BARROSO FILHO
JOSÉ ADAUDTH FERNANDES PEIXOTO
JOSÉ BENEDITO DE OLIVEIRA MARTINS JUNIOR
JOSÉ ADELMÁRIO PINHEIRO FILHO
JOSÉ BENTO NAZÁRIO
JOSÉ ADEMIR PINTO DE SANTANA
JOSÉ BERNARDES DE LISBOA
JOSÉ ADMIRÇO LIMA
JOSÉ BEZERRA CHAVES
JOSÉ AÉCIO RODRIGUES
JOSÉ BOENTE GARCIA FILHO
JOSÉ AGENOR DA SILVA JR.
JOSÉ BORGES BADARÓ
JOSÉ AGNALDO ANDRADE
JOSÉ CAETANO SILVEIRA
JOSÉ AIRTON VANUS
JOSÉ CARIOSVALDO DOS SANTOS
JOSÉ ALBERICE DE OLIVEIRA ANDRADE
JOSÉ CARLOS ALMEIDA RIBEIRO
JOSÉ ALBERTO ALENCAR DE CARVALHO
JOSÉ CARLOS ANDRADE SILVA E SOUZA
JOSÉ ALBERTO DE OLIVEIRA BASTOS
JOSÉ CARLOS ARAPONGA
JOSÉ ALBERTO MACHADO DÓREA
JOSÉ CARLOS BACELAR
JOSÉ ALBERTO PASSOS SILVA
JOSÉ CARLOS BATISTA VILLA
JOSÉ ALBERTO PIÑON GONZALEZ
JOSÉ CARLOS BOMFIM FILHO
JOSÉ ALBERTO PIRES M. DA COSTA
JOSÉ CARLOS C. VASCNOCELOS JUNIOR
JOSÉ ALOISIO NEVES DOREA
JOSÉ CARLOS DA SILVA SNTOS
JOSÉ ALVES DE SOUZA
JOSÉ CARLOS DAS COSTA LINO
JOSÉ AMÉRICO AARÃO MARQUES
JOSÉ CARLOS FERRAZ RIBEIRO
JOSÉ AMÉRICO ALVES DO CARMO RAMOS
JOSÉ CARLOS H. ARAPONGA
JOSÉ AMÉRICO DE BRITO
JOSÉ CARLOS HASSELMANN
JOSÉ ANDRADE
JOSÉ CARLOS MATOS NASCIMENTO
JOSÉ ANDRADE CARVALHO
JOSÉ CARLOS PACHECO BASTOS
JOSÉ ANDRÉ ORNELAS DE SOUZA
JOSÉ CARLOS PAES
JOSÉ ANDRÉY COSTA OLIVEIRA
JOSÉ CARLOS PALMEIRA DO LAGO
JOSÉ ANGELO DA SILVA
JOSÉ CARLOS PEREIRA
JOSÉ ANISIO LEAL COSTA
JOSÉ CARLOS PEREIRA GARCIA
JOSÉ ANONIO WEBER MAGNAVITA
JOSÉ CARLOS SOUZA DE CARVALHO FILHO
JOSÉ ANTONIO ANDRADE
JOSÉ CARLOS SOUZA E SILVA
JOSÉ ANTONIO BOMPET LOPES
JOSÉ CARVALHO GARCIA
JOSÉ ANTONIO CARVALHO TRIGUEIRO
JOSÉ CESAR MAGALHÃES LOPES
JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA SOUZA
JOSÉ CHAGAS FILHO
JOSÉ ANTONIO DE CARVALHO CORREIA LIMA
JOSÉ DA NOVA BARRETO MOREIRA
JOSÉ ANTONIO DE OLIVEIRA BONIFÁCIO
JOSÉ DA SILVA SOUZA
JOSÉ ANTONIO DE SOUZA ARAUJO
JOSÉ DANIEL DE ALCANTARA
JOSÉ ANTONIO FERNANDES FILHO
JOSÉ DARCY SOARES ADEODATO
JOSÉ ANTONIO FERREIRA
JOSÉ DE ALMEIDA ARAUJO NETO
JOSÉ ANTONIO GANDIM TURISCO FILHO
JOSÉ DE ANDRADE SANTOS
JOSÉ ANTONIO GITIRANA
JOSÉ DE ARAÚJO
JOSÉ ANTONIO LEITE ALVARES
JOSÉ DE CASTRO TANAJURA
JOSÉ ANTONIO LOPES BARBOSA
JOSÉ DE NAZARÉ BRASILINO DA SILVA
JOSÉ ANTONIO MARQUES RIBEIRO
JOSÉ DE OLIVEIRA COSTA FILHO
JOSÉ ANTONIO MASCARENHAS FILHO
JOSÉ DE OLIVEIRA MOTTA
JOSÉ ANTONIO MIRANDA JÚNIOR
JOSÉ DE SÁ NETO
JOSÉ ANTONIO SANTOS CHAVES
JOSÉ DIAS DE ANDRADE
JOSÉ ANTONIO SERRAVLLE MARTINS
JOSÉ DIOGO SANTOS MONTEIRO
JOSÉ ARAUJO DE ALMEIDA
JOSÉ DOMINGOS DE OLIVEIRA
JOSÉ ARNALDO DE A. PEREIRA
JOSÉ DUBOUSKI
JOSÉ ARNALDO SANTOS
JOSÉ EDDUARDO CARNEIRO FERNANDES
JOSÉ AUGSTO MARQUES DE SOUZA
JOSÉ EDILTON DE ANDRADE MOURA
JOSÉ AUGUSTO ALVES MARQUES
JOSÉ EDMUNDO GOMES COUTINHO
JOSÉ AUGUSTO C. DA COSTA
JOSÉ EDUARDO DA SILVA
JOSÉ AUGUSTO CURVELO DE MELO
JOSÉ EDUARDO DA SILVA FERREIRA
JOSÉ AUGUSTO MARTINS JÚNIOR
JOSÉ EDUARDO NAJAR
JOSÉ AUGUSTO MARTINS VICENTE
JOSÉ EDUARDO NERY DE SOUZA GOMES
JOSÉ AUGUSTO PATRICIO FREITAS MARTINS
JOSÉ EDUARDO SACRAMENTO
JOSÉ AUGUSTO PITA NETO
JOSÉ EDUARDO SILVA FERNANDES DE ALVES NETO
JOSÉ AUGUSTO TUY DE BRITTO OLIVEIRA
JOSÉ EDURDO SENNA C. DOS SANTOS
JOSÉ AUGUSTO VALENÇA PEREIRA
JOSÉ EGIDIO DA ROCHA
JOSÉ AUGUSTO VAZ SAMPAIO NETO
JOSÉ ESPINHEIRA GARCIA
JOSÉ BANDEIRA DE MELLO
JOSÉ EXPEDITO DO NASIMENTO
290
JOSÉ FELIPE NAZIAZENO NETO
JOSÉ MÁRIO MEIRA TELES
JOSÉ FERNANDES FILHO
JOSÉ MARQUES DE SOUZA
JOSÉ FERNANDES LAPA
JOSÉ MASUETO RIBEIRO
JOSÉ FERNANDES LAPA JUNIOR
JOSÉ MAURICIO GUIMARÃES MARTINS
JOSÉ FERNANDES MACIEL LIMA
JOSÉ MESSIAS MELO DOS SANTOS
JOSÉ FERNANDO TRINDADE COUTINHO
JOSÉ MILTON DE AQUINO MIRANDA
JOSÉ FERREIRA DA COSTA REGO
JOSÉ MULLER
JOSÉ FERREIRA DA CUNHA
JOSÉ NEIVA EULALIO
JOSÉ FERREIRA FRAGUAS
JOSÉ NEY DO NASCIMENTO SANTOS
JOSÉ FERREIRA VIEIRA
JOSÉ NOGUEIRA LEITE
JOSÉ FIALHO COSTA
JOSÉ NUNES SARMENTO
JOSÉ FIRMINU CARNEIRO GRADIN
JOSÉ OLIVEIRA CAVALCANTE FILHO
JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS
JOSÉ OLIVEIRA CAVALCANTI
JOSÉ FREDERICO L. PEDREIRA
JOSÉ OMAR CARVALHO SILVA
JOSÉ GABRIEL MACEDO BELTRÃO
JOSÉ ORLANDO FILGUEIRAS VITORIA
JOSÉ GENTIL DANTAS
JOSÉ PEDRO DE ALMEIDA
JOSÉ GERALDO DE ALMEIDA NETO
JOSÉ PEREIRA BRITO
JOSÉ GERALDO SOUZA DE ALMEIDA
JOSÉ PEREIRA LIMA
JOSÉ GOMES DE ARAÚJO
JOSÉ PERICLES CRUZ ESTEVES
JOSÉ GOMES DE MENEZES FILHO
JOSÉ PIRES DE OLIVEIRA
JOSÉ GOMES NASCIMENTO
JOSÉ PIRES DE SANTANA
JOSÉ GONÇALVES SÃO PEDRO
JOSÉ PONDÉ JÚNIOR
JOSÉ GONZAGA LEITÃO
JOSÉ RAIMUNDO BARBOSA
JOSÉ GUILHERME MARTINEZ SANTOS
JOSÉ RAIMUNDO DA SILVA CARNEIRO
JOSÉ GUILHERME RIBEIRO NOGUEIRA
JOSÉ RAIMUNDO DE ARAGÃO ARAÚJO
JOSÉ GUILHERME RIBEIRO NOGUEIRA FILHO
JOSÉ RAIMUNDO DE SOUZA MOTA
JOSÉ HENRIQUE ABBADE DOS REIS
JOSÉ RAIMUNDO DOS SANTOS SOUZA
JOSÉ HENRIQUE PEREIRA ALVES
JOSÉ RAIMUNDO FIGUEIREDO LINS JÚNIOR
JOSÉ HERMNO MARINHO JÚNIOR
JOSÉ REGINALDO HUGUES CARVALHO
JOSÉ ILDEFONSO MONTEIRO HOLANDA
JOSÉ REINALDO ALVES DA CUNHA
JOSÉ IRAVIO DE SANTANA
JOSÉ RENATO BRITO SILVA
JOSÉ ISMAR DE OLIVEIRA
JOSÉ RENATO SANTOS CABRAL
JOSÉ IVO LEÃO
JOSÉ RENATO VELOSO LIMA
JOSÉ JOAQUIM SEABRA MACIEL
JOSÉ RIBAMAR MIRANDA TAVARES SILVA
JOSÉ JORGE MEIRELLES DE FREITAS
JOSÉ RICARDO RIBEIRO SCHER SOARES
JOSÉ LACERDA VALADÃO NETO
JOSÉ ROBERTO CHAVES DE ALMEIDA
JOSÉ LAMARTINE PEREIRA DA COSTA
JOSÉ ROBERTO DE MIRANDA
JOSÉ LAURO RIBEIRO FONTES
JOSÉ ROBERTO LAROCCA SANTANA
JOSÉ LEIRO LORENZO
JOSÉ ROBERTO MORAIS
JOSÉ LEONARDO DOS SANTOS FILHO
JOSÉ ROBERTO REIS DE OLIVEIRA
JOSÉ LESSA DE ALMEIDA
JOSÉ ROCHA PIRES VELLOSO
JOSÉ LOUREIRO MESSIAS FIGUEIREDO
JOSÉ RODRIGUES DA SILVA
JOSE LUCIANO CAMPOS FREIRE
JOSÉ RONALDO DA CRUZ
JOSÉ LUIS AMOEDO MIGUEZ
JOSÉ RONALDO SILVA DE JESUS
JOSÉ LUIS GALVÃO PINTO BONFIM
JOSÉ ROSALVO SANTOS PEIXINHO
JOSÉ LUIS RIOS DE SOUZA
JOSÉ SAAVEDRA GUZMAN
JOSÉ LUIS RODRIGUES DOS SANTOS
JOSÉ SALVADOR PEDRA E CAL SANTANA
JOSE LUIZ DE ALMEIDA CARNEIRO
JOSÉ SAMPAIO BRITO
JOSÉ LUIZ DE QUEIROZ
JOSÉ SAMPAIO CURY
JOSÉ LUIZ FERNANDES GANEN
JOSÉ SANDOVAL LIMA
JOSÉ MACEDO CAVALCANTE FILHO
JOSÉ SANTÁNA PEREIRA DE SOUZA FILHO
JOSÉ MAGNAVITA MENEZES
JOSÉ SANTOS GARCIA COSTA
JOSÉ MAIA BITTENCOURT NETO
JOSÉ SANTOS ROCHA
JOSÉ MANOEL ALMEIDA DA ROCHA LYRA
JOSÉ SARMENTO PARANHOS
JOSÉ MANUEL PINEIRO FERNANDEZ
JOSÉ SENRA PINEIRO
JOSÉ MARCELINO DOVAL PELLETEIRO
JOSÉ SEVERINO RODRIGUES DA SILVA
JOSÉ MARCELO GOES DA FONSECA
JOSÉ SILVA BENDOCCHI ALVES
JOSÉ MARCIO ESPINOLA BRITO
JOSÉ SOBRINHO GONÇALVES
JOSÉ MARIA CONDE DRUMMOND
JOSÉ SOUTO MAIA
JOSÉ MARIA DA COSTA VARGENS
JOSÉ SOUZA BARBOSA JÚNIOR
JOSÉ MARIA LEAL DE ALVARENGA
JOSÉ SPÓSITO PRAZERES
JOSÉ MARIA ROCHA PLACHA
JOSÉ STEPHEN SCHINDLER LEAL
291
JOSÉ TELES BARRETO NETO
KAZVO KATAKEYMA
JOSÉ TORRES GONDIM
KECIO POLITO BARRETO
JOSÉ VALENÇA RIBEIRO SOARES
KLEBER AUGUSTO DE ALMEIDA
JOSÉ VIANA MOREIRA
KLEBER CAETANO OLIVEIRA GUIMARÃES
JOSÉ VICENTE OLIVEIRA
KLEBER FERNANDES FARIAS
JOSÉ VISNEVSKI
KLEBER LOBO MATOS
JOSÉ VITOR DA SILVA
KLEBER NEY DE ALMEIDA
JOSÉ WALTER HENRIQUES GUIMARÃES
KLEBER NOGUEIRA DE MORAIS
JOSÉ WALTER SANTOS LADEIA
KLEBER POLITO BARRETO
JOSÉ WASHINGTON GOMES MENDONÇA
KLEBER WILSON SANTOS BASILIO
JOSÉ WILSON PEREIRA SOCORRO
KLECIUS CARLOS O. GUIMARÁES
JOSÉ WILSON PINHEIRO DOS SANTOS
LAERCIO FREITAS DE OLIVEIRA
JOSEK MATIAS DE JESUS
LAERT PEDREIRA NEVES
JOSELINO PEREIRA FREITAS
LAERTE DE ALMEIDA RABELLO
JOSELITA SANTA ROSA DE CARVALHO
LAERTE LISBOA SILVA
JOSELITO AMARO OLIVEIRA
LAILA RUSTON BECK
JOSELITO CORREIA DA COSTA JÚNIOR
LANDULFO BALTAZAR GUIMARÃES DA CRUZ
JOSENILDE OLIVEIRA DELGADO
LANDULFO COSTA ALVES DE ALMEIDA
JOSENILSON DE S. ANDRADE
LAUDIONOR BRASIL PEDRAL SAMPAIO
JOSIAS MARQUES DE LIMA NETO
LAUREANO DURAN GARCIA NETO
JOSIAS PINTO DE QUEIROZ
LAURO ALVARES DE AZEVEDO
JOSSÉ BARRETTO COELHO
LAURO ASTOLFO NOVAES DE ARAUJO
JOSUE ALVES BRANDÃO
LAURO BARRETO FONTES NETO
JOSUE PEREIRA DOS SANTOS
LAURO CLAUDINO CHAVES DE AZEVEDO
JOSUÉ PEREIRA SANTOS JÚNIOR
LAURO DA SILVA CORREIA
JOUBERT BRITO DALA FONTE
LAURO DANIEL BEISE PERDIZ
JOVAN VIEIRA MOTA JÚNIOR
LAURO PINTO CARDOSO JÚNIOR
JOVENILDO ARTHUR DE JESUS
LAYNE LISBOA E SILVA
JOVINO DIAS DO NASCIMENTO
LAZARO FERNANDO SERBETO DE ALMEIDA
JUANITA GONÇALVES COSTA
LEANDRO ADAES NEVES
JUAREZ NAZARIO DE OLIVEIRA
LEANDRO DE MORAIS COSTA
JUAREZ SANTOS BORGES
LEANDRO DEL CORONA
JUDSON GOMES SANTOS EDINGTON
LEANDRO GUIMARÃES DA SILVA
JUDSON MARIOTTI DE MOURA
LEANDRO RIBEIRO DO NASCIMENTO GOMES
JULIANO BITTENCOURT CAFFÉ
LEANDRO SANTANA BARRETO COSTA
JULIANO MOSQUERA SIMÕES
LEÃO GROSSAMAN
JULIO AUGUSTO DE MORAES REGO
LEILTON SILVA GUEDES
JULIO CESAR DE ANDRADE MOURA
LENILSON CORTES QUADROS
JULIO CESAR DE SÁ ROCHA
LENINE INÁCIO DE QUEIROZ
JULIO CESAR FARIAS ALAGIA
LENIO MERCES SAMPAIO
JULIO CESAR NEOPOMUANO SACRAMENTO
LEOMARIO DA SILVA GUEDES
JULIO CESAR VIEIRA BRAGA
LEONARDO CALDAS SCARDUA
JULIO MESQUITA DE OLIVA FILHO
LEONARDO CASTRO ALVES
JULIO ROBERTO SOUZA BRITO
LEONARDO COELHO DOS SANTOS
JULIO RODRIGUES SALLES
LEONARDO FRANCISCO P. DE SOUZA
JURACI FONSECA LEBOREIRO DE SOUZA
LEONARDO GALVÃO MOURA
JURACY BLAS PITA
LEONARDO GOMES DOS SANTOS
JURACY JOSÉ ALMEIDA FILHO
LEONARDO N. LOBO
JURACY SANTOS GARRIDO
LEONARDO NUNES PAES LEME
JURANDIR J. CERQUEIRA DANTAS
LEONARDO R. LISBOA DE AZEVEDO
JURECÊ JORGE MACHADO
LEONARDO SANTOS VILELA
JUSTINO MANFRED PUGLIESE
LEONARDO SILVA BARBOSA
JUTAHY MIRANDA DE ALENCAR
LEONARDO TECHARD DA SILVA ARAUJO
JUTAHY MIRANDA DE ALENCAR JÚNIOR
LEONARDO VINHAS SILVA
JUVENAL COUTINHO DAS MERCÊS
LEONCIO FARANI PEDREIRA DE FREITAS
JUVENAL SAMPAIO JÚNIOR
LEONE COELHO LEDA
KALOUF DJMAL
LEONEL SANTOS CRUSOÉ
KARINA COELHO HENRIQUE DOS SANTOS
LEONIDAS CAVALCANTE
KARL EDUARD S. LOPES
LEONIDAS DE A. MONTALVÃO
KATIA SIQUEIRA DE FREITAS
LEONISIA PEREZ RODRIGUES
KATIANA KRUSCHEWSKY COUTINHO SANTOS
LEOPOLDINA RUAS GASPAR PEREIRA DE SOUZA
KAZUMI MIURA
LEOVIGILDO PAULA NERY
292
LEVY MANATTA
LUCIANO RAPOLD SOUZA
LIANA ANGELA MARFISA PICCHI
LUCIANO SILVA MACHADO
LICIA MARIA PEREIRA
LUCIANO VAZ SAMPAIO
LICIO BASTOS SILVA
LÚCIO DOS REIS GUSMÃO ANDRADE
LIDIO DOS SANTOS
LUCIO MARIO ROCHA BORBA
LILIAN LUZ LEITÃO GUERRA
LUCIUS DE A. GUADENZI
LINALDO CARVALHO MARTINS
LUCY DE CERQUEIRA DUTRA
LINCOLN MAGALHÃES DO VALLE
LUIS ALBERTO GUJERRIERE DE PAULA
LINDINOR RAIMUNDO BRITTO
LUIS ALBERTO LOPES NAJAR
LINDOLPHO MOTTA LIMA FILHO
LUIS ANSELMO MARQUES MALAQUIAS
LINDOLPHO PACHEDO RAMOS FILHO
LUIS ANTONIO F. FERREIRA
LINDOLPHO PACHEDO RAMOS NETO
LUIS ANTONIO VIDAL SANTANA
LINEU LAPA BARRETO DE ARAUJO
LUIS ANTUNES FEITOSA
LINHAS CORRENTES S.A.
LUIS ARMANDO TAVARES DE CARVALHO
LIPE GOLDENSTEIN
LUIS ARTUR RAMOS DE QUEIROZ
LITCHCOT DO BRASIL S.A.
LUIS AUGUSTO DANTAS
LIUIZ CARLOS COSTA LOPES
LUIS CARLOS CARVALHO SOUSA
LIVIO FELIX MORAIS TOURINHO
LUIS EDUARDO LYRA LINS
LIVIO SANTOS MUNIZ
LUIS EDUARDO PASSOS DOREA
LORENZO IRIARTE GOMEZ
LUIS FERNANDO LYRIO PIMENTA
LOUENÇO DANIEL DE SOUZA
LUIS FERNANDO OLIVEIRA GOES
LOUREANO SOUZA NASCIMENTO
LUIS FERNANDO PORTELA DA CUNHA
LOURIVAL CLIMACO DE ARAÚJO
LUIS GABRIEL DE ANDRADE BRANDÃO
LOURIVAL DOS SANTOS
LUIS HENRIQUE COSTA E COSTA
LOURIVAL MUTTE LEITE DE ALMEIDA
LUIS POLYSIO BRASIL TEIXEIRA
LOURIVAL RIBEIRO DOS SANTOS FILHO
LUIS RICARDO GOMES PAMPLONA
LOURIVAL SANT’ANA DE OLIVEIRA
LUIS SEVERO PEREZ GARCIA
LOURIVAL SILVA RODRIGUES
LUIS VICENTE FERNANDES IVO LEMOS
LOURIVAL VIRGINIO DE SOUZA
LUIZ ADELINO GORDILHO DE CARVALHO
LUCAS EDUARDO SILVA HIDE
LUIZ ADRANO DE ANDRADE DE CORREIA
LUCAS MAIA COSTA
LUIZ ALBERTO BANDEIRA DE MATTOS
LUCAS MIGUEZ PALMA
LUIZ ALBERTO COSTA MARQUES
LUCIAN SALGADO CORREIA
LUIZ ALBERTO SANTO FREIRE
LUCIANA CARVALHO DE SOUZA GALVÃO
LUIZ ALEXANDRE MESSEDER DE CARVALHO SANTOS
LUCIANA DA ROCHA BARROSO
LUIZ ALMIRO PASSÍDIO SANTOS
LUCIANA FERREIRA MAIA
LUIZ AMERICO LISBOA
LUCIANA LIEGE BOMFIM BRITO
LUIZ ANSELMO RIBEIRO SANTANA
LUCIANA LINS DE VINHAES TORRES
LUIZ ANTONIO COSTA E. AZEVEDO
LUCIANO ALBERTO O. CARVALHO
LUIZ ANTONIO DA SILVA BONIFÁCIO
LUCIANO BONAVIDES OLIVEIRA
LUIZ ANTONIO DE AMORIM ABREU
LUCIANO CAMINHA D. CASTRO
LUIZ ANTONIO MARQUES RIBEIRO
LUCIANO CARVALHO CRUZ FEITOSA
LUIZ ARTHUR DE ASSIS
LUCIANO CESAR RIBEIRO BARDONI
LUIZ ARTHUR DUARTE GANTOIS
LUCIANO DANTE CECI
LUIZ AUGUSTO DE CASTRO OLIVEIRA
LUCIANO DE ARAÚJO MENEZES
LUIZ AUGUSTO DE SEIXAS GORGES
LUCIANO DE ARAUJO FONTES
LUIZ AUGUSTO GRIMALDI SAMPAIO
LUCIANO DE CASTRO PIRES
LUIZ AUGUSTO PAIM XAVIER
LUCIANO DE S. BITTENCOURT CAMARA
LUIZ AUGUSTO PIRES SEIXAS
LUCIANO DE SOUZA OLIVEIRA
LUIZ BENJAMIN FONSECA DE CARVALHO
LUCIANO DEIRÓ MORAES DE FREITAS
LUIZ CARLOS ALMEIDA DA SILVA
LUCIANO DRUMOND BITTENCOURT
LUIZ CARLOS BORGES DE CARVALHO
LUCIANO FREIRE DE CARVALHO MATOS
LUIZ CARLOS BROCARDO VIEIRA
LUCIANO GABRIELLI DE AMORIM
LUIZ CARLOS CASTRO DE SOUZA
LUCIANO GONÇALVES DE MEIRA
LUIZ CARLOS COSTA FALEIRO
LUCIANO JOSÉ MARTINS DO NASCIMENTO
LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA FREITAS
LUCIANO MENEZES MAIA
LUIZ CARLOS FERREIRA
LUCIANO OLIVA MARON
LUIZ CARLOS FRAGA
LUCIANO OLIVEIRA DOS SANTOS
LUIZ CARLOS FRAGA FILHO
LUCIANO PEREIRA DALTRO
LUIZ CARLOS LOBO DE SÁ
LUCIANO PINHO DE ALMEIDA
LUIZ CARLOS MACHADO GARCÊS
LUCIANO PRATES CORREA
LUIZ CARLOS MACIEL MOTA
LUCIANO RAMOS BEZERRA
LUIZ CARLOS PALHARES DE MELLO
293
LUIZ CARLOS PEREIRA
LUIZ ROBERTO MARETO CALIL
LUIZ CARLOS RIBEIRO BERTANI
LUIZ ROBERTO SIMÕES BARAUNA
LUIZ CARLOS RODRIGUES RIBEIRO
LUIZ ROGERIO BITTENCOURT PASSOS
LUIZ CARLOS RODRIGUES TRINDADE
LUIZ ROGERIO RIOS LEIRO
LUIZ CARVALHO DOS SANTOS NETO
LUIZ ROGÉRIO SILVA GALVÃO
LUIZ CAVALCANTE DE MENDONÇA COSTA
LUIZ SANTOS JUCA
LUIZ CESAR MELO COSTA
LUIZ TANNUS SIMÕES
LUIZ CLAUDIO DE ARAUJO MENDONÇA
LUIZ TAVARES DE FARIA
LUIZ CLAUDIO LEMOS C. FRAGA
LUIZ VICTOR CERQUEIRA GRANJO
LUIZ CLAUDIO MARQUES DE CARVALHO
LUIZA MARIA P. FERRAZ RIBEIRO
LUIZ CLAUDIO NERY SAMPAIO
LUPERCIO JOSÉ FREITAS CASTRO
LUIZ CLAUDIO RABELO LOPES
LYSALVARO CRUZ FERREIRA
LUIZ CLAUDIO RIBEIRO BORJA SANTANA
MACELO DE AGUIAR FREITAS SAPUCAIA
LUIZ EDMUNDO CARIBÉ DE ARAUJO FILHO
MACIONILIO GUSMÃO LESSA FILHO
LUIZ EDMUNDO DOS SANTOS
MADALENA GOMES DE VASCONCELOS
LUIZ EDMUNDO REIS QUEIROZ
MADISON ROCHA BRITTO
LUIZ EDUARDO GARBOGGINI DOS SANTOS GUERRA
MAIANA GALVÃO PINTO BOMFIM
LUIZ EDUARDO PASSÍDIO SANTOS
MAMEDE PAES MENDONÇA
LUIZ EDUARDO SANTOS LOPES
MANOEL ADOLFO PALOMINO CARDOSO
LUIZ EDUARDO VIDAL DA CUNHA
MANOEL ANDRADE
LUIZ EDUARDO VIEIRA GONÇALVES
MANOEL ANTONIO QUADROS DE AGUIAR
LUIZ FERNANDO BRANDÃO GAIÃO
MANOEL BAQUEIRO ABAD
LUIZ FERNANDO COELHO DANTAS
MANOEL BATISTA DA SILVA
LUIZ FERNANDO CURVELLO MELLO
MANOEL BEATO SANTOS PASSINHO
LUIZ FERNANDO D. FONSECA
MANOEL BENTO DO PRADO FILHO
LUIZ FERNANDO DA SILVA RIBEIRO
MANOEL BOMFIM RODRIGUES DOS SANTOS
LUIZ FERNANDO MACHADO COSTA
MANOEL BOMFIM DE SOUZA FILHO
LUIZ FERNANDO MULLER KOSER
MANOEL CAPISTRANO DE ARAUJO
LUIZ FERNANDO PITA GONDIM
MANOEL CASTRO DE AZEVEDO CRUZ
LUIZ FERNANDO PUNTEL
MANOEL CAVALHEIRA RAMOS
LUIZ FERNANDO RIBEIRO BARBOSA
MANOEL CENDON OITAVEN
LUIZ FERNANDO SANTOS
MANOEL DE AZEVEDO CARDOSO
LUIZ FERREIRA SIMÕES
MANOEL DE OLIVEIRA
LUIZ GOMES NETO
MANOEL DERALDO LIMA DE OLIVEIRA
LUIZ GONZAGA DE MORAES
MANOEL DIAS DE ALBUQUERQUE FILHO
LUIZ GONZAGA DO AMARAL ANDRADE
MANOEL DIIAS DOS REIS
LUIZ GONZAGA RIBEIRO DE MOURA
MANOEL FIRMINO LOPES
LUIZ GONZAGA SOARES FERNANDES
MANOEL FRANCISCO MACHADO RAMALHO
LUIZ GUSTAVO BASTOS KILSCH
MANOEL GARCIA AMOEDO
LUIZ HENRIQUE BARBOSA SOS SANTOS
MANOEL GONÇALVES NETO
LUIZ HENRIQUE DA SILVA SARAIVA
MANOEL IGNACIO MARTINS PAES
LUIZ HENRIQUE GORDILHO BAHIANA
MANOEL JERONIMO FERREIRA FILHO
LUIZ HENRIQUE GRAUJO CRUZ
MANOEL JOAQUIM PINTO RODRIGUES DA COSTA
LUIZ HENRIQUE MOREIRA
MANOEL LEIRO LORENZO
LUIZ HENRIQUE RODRIGUES SILVA
MANOEL LEONCIO SANTOS DA PENHA
LUIZ HERÁCLITO MUNIZ CARVALHO
MANOEL LINO VILAN DURAN
LUIZ HUMBERTO CAMARA
MANOEL LOPO CASAS
LUIZ JOSÉ VALVERDE MAGALHÃES
MANOEL MOREIRA CAMPOS NETO
LUIZ LAZARO TOSCA DE MENDONÇA CAMÕES
MANOEL MUNIZ DE OLIVEIRA FILHO
LUIZ LIBÓRIO ROCHA
MANOEL PORTO LIMA
LUIZ MARCIEL FERNANDES
MANOEL PORTUGAL DOS SANTOS NETO
LUIZ MARTINS CATHARINO GORDILHO
MANOEL REGIS PIÑON
LUIZ MAURICIO MESQUITA MANGABEIRA
MANOEL RIVERA DURAN
LUIZ NOBRE FIGUEIREDO
MANOEL ROBERTO R. A. DAS NEVES
LUIZ OCTAVIO DE FARIA BATISTA VIEIRA
MANOEL SILVA ALMEIDA
LUIZ OSCAR PIMENTA SANTOS
MANOEL SOARES VIEIRA
LUIZ PAULO BARBOSA NORONHA
MANOEL SOUZA CHAVES
LUIZ PAULO BARTILLOTI CHAVES
MANOEL VILLAS BOAS MACHADO
LUIZ PEREIRA DE ARAÚJO
MANOEL VITOR DE O. RODRIGUES
LUIZ PEREIRA SAMPAIO
MANOELITO DOS SANTOS SOUZA
LUIZ POMPONET SAMPAIO
MANOELITO V. DANTAS
LUIZ PONDÉ DE OLIVEIRA BARRETO
MANUEL DE OSSIS LOPO GARRIDO
294
MANUEL PIÑEIRO PIÑEIRO
MARCELO SILVA DE OLIVEIRA
MANUEL PIÑON MUIÑOS
MARCELO SIMÕES TANNUS
MANUEL SERAFIN PEREIRA CARRERA
MARCELO SOARES DE PAULA
MANUEL VEIGA PELETEIRO NETO
MARCELO TADEU ROCHA OLIVEIRA
MANUELA DE CARVALHO CORREA RIBEIRO
MARCELO TOURINHO FERNANDES
MARA RENEE FONTES BARRETO
MARCELO VIANA PORTELA
MARAIVAN GONÇALVES ROCHA
MARCELO VIEIRA DE LACERDA
MARC H. ARTHUR PIERLOT
MÁRCIA MARIA DA NOVA FONSECA
MARCEL FREIRE VASQUEZ MARTINS
MÁRCIA MARIA SNOECK SCHWEBEL
MARCEL MONT’ALEGRE R. DE SOUZA
MARCÍLIO MANUEL ALVES FARIA
MARCELINO CASTRO DE AZEVEDO CRUZ
MÁRCIO BORGES PEREIRA
MARCELO ADDRIANO FARIAS LOUREIRO DE SOUZA
MÁRCIO DA NOVA FONSECA
MARCELO ALBUQUERQUE DA S. PEREIRA
MÁRCIO DANTAS QUINTELLA
MARCELO ALVARENGA DE MIRANDA
MÁRCIO DE SIQUEIRA RAMOS
MARCELO ALVARES CARVALHO
MÁRCIO DE SOUZA OLIVEIRA
MARCELO ANDERSON FRANCA SOUZA
MÁRCIO DOS SANTOS NEVES
MARCELO ANDRADE DA SILVA
MÁRCIO DRUMOND BARBOSA MIRANDA
MARCELO ARGOLO MOURA
MÁRCIO FABRICIO SANTOS DE MEDEIROS
MARCELO AUGUSTO MARIOTTI M. BARRETO
MÁRCIO FINGERGUT
MARCELO AUGUSTO MELLO E SILVA
MÁRCIO FLORES SEIXAS
MARCELO BACELLAR SOUZA
MÁRCIO FONTES AZEVEDO
MARCELO BANDEIRA MACEDO
MÁRCIO FREIRE CRUZ
MARCELO BITTENCOURT PASSOS
MÁRCIO FREIRE DE C. OLIVEIRA
MARCELO BORGES PEREIRA
MÁRCIO FURTADO BEZERRA
MARCELO BRAGA DA SILVA
MÁRCIO HENRIQUE SEABRA DE MENEZES
MARCELO BRITO GONDIN
MÁRCIO MASCARENHAS VALENÇA
MARCELO BURGOS MORGADE CORTIZO
MÁRCIO MURILO SOUZA PIMENTA
MARCELO CELESTINO RIBEIRO
MÁRCIO PASSOS LEANDRO
MARCELO CERQUEIRA BADARÓ
MÁRCIO SOUZA GARCIA
MARCELO COSTA BATISTA
MÁRCIO TANAJURA
MARCELO DA MATTA ARANTES
MÁRCIO VASCONCELLOS SOARES
MARCELO DA SILVA MORAES
MARCO ANTONIO ARAUJO CRUZ
MARCELO DANTAS QUINTELLA
MARCO ANTONIO AREDES DUARTE
MARCELO DE ALMEIDA DOREA
MARCO ANTONIO BARRETO DOS SANTOS
MARCELO DE ARAUJO MENEZES
MARCO ANTONIO CHAVES DA SILVA
MARCELO DE MEIRELES FONSECA
MARCO ANTONIO COSTA SIMÕES
MARCELO DE MEIRELLES FONSECA
MARCO ANTONIO CRISOSTOMO PORTELA
MARCELO DE SOUZA CARNEIRO
MARCO ANTONIO DANTAS QUINTELLA
MARCELO DIAS ANDRADE DE AZEVEDO
MARCO ANTONIO DE A. REGO
MARCELO DIAS COELHO LISBOA
MARCO ANTONIO DE CARVALHO VEIGA
MARCELO FONSECA DE FREITAS
MARCO ANTONIO DE CARVALHO MOURA COSTA
MARCELO FREDERICO
MARCO ANTONIO FARIA CAMPOS
MARCELO GOES ALVES DA SILVA
MARCO ANTONIO FIGUEREDO BALLESTER
MARCELO GOMES DOS SANTOS
MARCO ANTONIO LOPES CARIBE
MARCELO H. FRAGUAS
MARCO ANTONIO REBELO BAHIA
MARCELO JORGE DE ALMEIDA FREIRE
MARCO ANTONIO VASCONCELOS CRUZ
MARCELO JOSÉ BRITTO DA MOTTA
MARCO ANTONIO VAZ SAMPAIO RIBEIRO
MARCELO JOSÉ RIBEIRO MARINHO
MARCO ANTONIO VELOSO COSTA
MARCELO LINS DE ALBUQUERQUE
MARCO AURELIO AMORIM TAVEIRA
MARCELO LUIS GONÇALVES PAIM
MARCO AURELIO BATISTA MOURINO
MARCELO LUIZ DA SILVA ALMEIDA
MARCO AURELIO DE CASTRO JÚNIOR
MARCELO MEDALHA MOLLICONE
MARCO AURELIO HAGE FRANCO
MARCELO MENEZES LYRA
MARCO AURÉLIO LESSA SANTOS
MARCELO MIGUEL ROSSI
MARCO AURELIO PARANHOS BRANDÃO
MARCELO MONCORVO BRITO
MARCO AURELIO TOURINHO RIBEIRO
MARCELO PEREZ DA SILVA
MARCO CESAR GABRIELLI REGO
MARCELO RAMON SILVA GESTEIRA FERREIRA
MARCO DOMENICO DÁNDRE AMATTEO
MARCELO RANGEL LEITE
MARCO FABIO BATISTA MOURINO
MARCELO REBOUÇAS BRITTO
MARCO FLAVIO ALONSO ALVAREZ
MARCELO REIS DOMINGUES
MARCO GONÇALVES FAIÇAL
MARCELO RIBEIRO F PEREIRA
MARCO PAULO VAZ SAMPAIO RIBEIRO
MARCELO SANTOS DE MEDEIROS
MARCO ROBERTO SALGUEIRO FAGUNDES
295
MARCOS ABREU TORRES
MARIA APARECIDA DE SANTA MARIA
MARCOS ALVES BOMFIM
MARIA CONCEIÇÃO VAZ VIEIRA
MARCOS ANTONIO BARBOSA DO VALE
MARIA CRISTINA TRAVESSA DE SOUZA ABRITA
MARCOS ANTONIO BOMFIM MACHADO
MARIA D SILVEIRA MORAES
MARCOS ANTONIO COUTO MOREIRA
MARIA DAS GRAÇAS DIAS DOS SANTOS
MARCOS ANTONIO DE FIGUEIRFEDO JÚNIOR
MARIA DAS GRAÇAS VIANA NOVAIS
MARCOS ANTONIO DE O. RODRIGUES
MARIA DE FATIMA DOS SANTOS DIAS
MARCOS ANTONIO PINTO GUERRA
MARIA DE FATIMA G. RUAS GASPAR PEDREIRA
MARCOS ANTONIO REHEN DA SILVA FIALHO
MARIA ESTHER CARVALHO GRIMEND
MARCOS ANTONIO VALADÃO DA SILVA
MARIA EUGENIA DE MENEZES
MARCOS AUGUSTO CHAVES PEDREIRA
MARIA FLORICEA PEREIRA GOMES
MARCOS AUGUSTO PESSOA RIBEIRO
MARIA FRANCISCA DE GOES COUTINHO
MARCOS BACELLAR SOUZA
MARIA HELENA BANDEIRA TAVARES
MARCOS BESSA GOMES DE OLIVEIRA
MARIA JOSÉ RIBEIRO MORAES
MARCOS BOMFIM DOS ANJOS
MARIA JULIA CARNEIRO DE CAMPOS TRINDADE
MARCOS BURGOS MORGADE CORTIZO
MARIA LEONOR FREITAS TELES
MARCOS CALMON DE SIQUEIRA LEITE
MARIA MADALENA DE SOUZA OLIVEIRA
MARCOS CHALHOUB COELHO LIMA
MARIA MONTEIRO SIMÕES
MARCOS CHASTINET FILHO
MARIA ODETE CARVALHO DA SILVA
MARCOS DE CASTRO QUEIROZ
MARIA REIS CAMPOS DA SILVA
MARCOS DE CERQUEIRA LIMA MACHADO
MARIA SOFIA ALFANO DE ALLFANO
MARCOS DE DO NASCIMENTO DE ALMEIDA
MARIA ZULEIKA BARRETO DE JESUS
MARCOS ELIAS FONTES BERIBA
MARIALICE DRUMOND NOVA FORJAZ
MARCOS EMANOEL GUIMARÃES DA SILVA
MARIANGELA SOARES DE MENEZES
MARCOS EMILIO BARBOSA DOS SANTOS
MARIANINA MOREIRA MARTINS DA SILVA
MARCOS EMILIO DULTRA BRITTO
MARIANO BARBOSA GUIMARÃES
MARCOS EVANGELISTA DALTRO DE ALMEIDA
MARILTON ALMEIDA MOURA
MARCOS FERNANDO VASCONCELOS ROCHA
MARIMILTON BASTOS DE OLIVEIRA
MARCOS FERREIRA MANGABEIRA
MARINALDO GALVÃO DOS SANTOS
MARCOS GURGEL DE LIMA
MARIO ALVES DE SOUZA
MARCOS GURTZENSTEIN NETO
MARIO AMERICO BONFIM BRITO
MARCOS JARDIM DA SILVA
MARIO AUGUSTO BATISTA CAMPOS
MARCOS JOSÉ MARMUND GONÇALVES
MARIO AUGUSTO COSTA
MARCOS JOSÉ VALENTE SANTOS
MARIO CABRAL FILHO
MARCOS LEÃO DE PAULA VILAS BOAS
MARIO CARLOS AMOR VIEIRA
MARCOS MACEDO FONTES
MARIO CARLOS LAGO BOMFIM
MARCOS MACIEL SANTOS
MARIO CESAR COSTA MELO
MARCOS MARTINS MACEDO DE ARAÚJO
MARIO CESAR MASKELL FERREIRA
MARCOS MIRANDA BRANDÃO
MARIO DANDRÉ AMATTEO
MARCOS MONTE ALEGRE MANSÃO
MARIO FAUSTO MAGALHÃES JALIL
MARCOS NERI FRANCO LOPO
MARIO FERREIRA CARVALHO DANTAS
MARCOS OLIVEIRA DE CARVALHO
MARIO GERALDO NABUCO BORGES
MARCOS OLIVEIRA DE SANTANA
MARIO GUIMARÃES DE MENDONÇA CAMÕES
MARCOS OYAMA COHIM DA SILVA
MARIO GUSMÃO DE OLIVEIRA
MARCOS REGIS PIÑOES
MARIO HENRIQUE KIRCKHOF
MARCOS RIBEIRO DO SACRAMENTO
MARIO HIDEO MARIMOTO
MARCOS ROBERTO FONSECA DE FREITAS
MARIO JORGE MENDONÇA CHETTO
MARCOS SANTOS COELHO
MARIO JORGE PINTO GUERRA
MARCOS SILVA GORDILHO
MARIO LINHARES
MARCOS SOUZA MAIA
MARIO LINHARES NOU
MARCOS VINICIO SILVA HIDE
MARIO MORGADE CORTEZO VARELA
MARCOS VINICIUS VALENÇA ARAÚJO
MARIO NOGUEIRA DOS SANTOS
MARCUS AURELIUS DA SILVA PASSOS
MARIO RIBEIRO SOARES
MARCUS FABIO ISAAC CRUZ
MARIO RODRIGUES DA SILVA
MARCUS GUILHERME SIMÕES MONTEIRO
MARIO SANTOS SILVEIRA
MARCUS MIGUEL GUIMARAES DOS SANTOS
MARIO SÉRGIO TOURINHO E SILVA
MARCUS THADEU VENANCIO SIMÕES
MARIO SOARES CAYMMI GOMES
MARCUS VIEIRA DE LACERDA
MARISTELA DA COSTA HADDAD
MARCUS VILLA GOIS
MARIVALDO SIMÕES PEREIRA
MARCUS VINICIUS ACTES BITTENCOURT
MARIZETE CAVALHO QUADROS
MARCUS VINICIUS DE O. ANDRADE
MARKS SENA FERREIRA
MARIA ALECIA CAMANDAROBA CARVALHO
MARLON RADSON DE ALMEIDA SILVA
296
MARLON WERNER DIRSCHUM
MILTON CEZAR LACERDA DOS SANTOS
MARLUS MONT ALEGRE RIBEIRO DE SOUZA
MILTON DA SILVA ARGOLLO
MARTA MARIA DE PINHO PEREIRA
MILTON DA SILVA BARRROS FILHO
MARTE BENEDITO SOATA SACRAMENTO
MILTON FINGERGUT
MAURICIO ANTONIO BRANDÃO LUGO
MILTON GALVÃO DE CARVALHO
MAURICIO BAHIA LIMA
MILTON TAVARES
MAURICIO BANDEIRA MACEDO
MIRALDO MIZRACH
MAURICIO CARVALHO DE LIMA
MIRAM LINS SCALA
MAURICIO DA CUNHA ALMEIDA
MIRKO DE CASTRO BARBOSA
MAURICIO DAHIA
MISAEL DE VASCONCELOS
MAURICIO DANTAS PENNA
MOACIR ADERNE TRIGUEIRO JÚNIOR
MAURICIO DE CARVALHO REGO
MOACYR GOMES DA ROCHA
MAURICIO DE MORAIS COSTA
MOACYR ADERNE TRIGUEIRO
MAURICIO FREIRE CALDAS
MOACYR DA SILVA CORTES
MAURICIO FREIRE DE CARVALHO IGLESIAS MOURE
MOISÉS MARTINEZ GAMA
MAURICIO FUCS MACHADO SILVA
MOISÉS R. FERRAZ FILHO
MAURICIO H. FRAGUAS
MOISÉS SÁ DE ALMEIDA
MAURICIO JOSÉ NERY MAGALHÃES
MONICA GUIMARÃES DOS SANTOS PEREIRA
MAURICIO JOSÉ NUNES FERREIRA
MOYSES SCHIPER
MAURICIO LEITE ACCIOLY LINS
MUCIO VAZ FAGUNDES
MAURICIO LEITE TEIXEIRA
MURILO AUGUSTO TOURINHO DE SANTANA
MAURICIO LONIS MACRET
MURILO BARRETO ALMEIDA
MAURICIO LUIZ PINTO GUERRA
MURILO MOREIRA BARRETO
MAURICIO MACHADO DE AZEVEDO FERNANDES
MURILO PELETEIRO CALABRICH
MAURICIO MARÇAL ALVES FARIA
MURILO QUADROS BERBET FREIRE
MAURICIO MENDONÇA CHASTINET GUIMARÃES
MURILO REGIS PIÑON
MAURICIO PASSOS DE MELO
MUSTAFÁ ROSEMBERG DE SOLUZA
MAURICIO PINTO SANTANA
MYRIAM CARLA MANTA ALMEIDA RIBEIRO
MAURICIO RODRIGUES RIBEIRO
NADIM GEORGES HANNA AWAB
MAURICIO RUBEIZ
NAILTON DE OLIVEIRA LEONE
MAURICIO SANTOS ANDRADE
NAIRO SERGIO I. MENEZES
MAURICIO SANTOS CALLEIA
NARA GUIMARÃES PESSOA GONÇALVES
MAURICIO SILVA DE MATOS
NARCISA MIRIA SERRAVALLE DOS SANTOS DE SANTOS
MAURICIO SILVESTRE DE FARIA
NASSER JOSÉ KADRI
MAURICIO SOARES MOTA
NATHANAEL DE FREITAS PINHEIRO
MAURICIO TEIXEIRA LEAL DE ABREU
NEILDON ALVES OLIVEIRA
MAURIZIO PONDÉ BASTIANELLI
NEILIA MARIA SOUZA SARKIS
MAURO DE AZEVEDO MENEZES
NELIO COURA CENACHI
MAURO LORENZO E. BARROS
NELITO CONCEIÇÃO SOUZA DIAMONDES
MAURO SIMÕES DE FREITAS CERQUEIRA
NELSON ALMEIDA E SILVA FILHO
MAX PERRUCHO SILVA
NELSON BAHIA GOES
MAXIMILIANO GUIMARÃES MIRANDA
NELSON DE ABREU GUIMARÃES
MELCHISEDECK GUIMARÃES COSTA
NELSON DE ALMEIDA ERUDILHO
METROPOLE COMERCIAL DE BEBIDAS LTDA
NELSON DOVAL CENDON
MICHAEL ELIAS KATAROSE DE ALMEIDA
NELSON NOGUEIRA FONSECA
MICHAEL HEINER
NELSON OLIVEIRA FIUZA LIMA
MICHEL MONT ´ALEGRE RIBEIRO DE SOUZA
NELSON SILVA FERNANDES
MICHEL PAUL GERSON GRADVOHL
NELSON SOUZA
MIGDONES MACEDO DE ARAUJO FILHO
NEOÁGUES SIMÕES DOS SANTOS
MIGDONES MACEDO DE ARAUJO NETO
NEOMAR RODRIGUES DIAS
MIGUEL ANGELO ALMEIDA BARTILOTTI
NEREU AQUINO GUIMARÃES PEREIRA
MIGUEL ARCANJO DA SILVA T. HASSELMAN
NESTOR GUSMÃO DE OLIVEIRA
MIGUEL ARCANJO DE ARAÚJO LAGO
NEWTON PRINCIPE SAMPAIO
MIGUEL CALMON SILVA FILHO
NEWTON COUTINHO DE QUEIROZ
MIGUEL CASTRO DOS SANTOS JÚNIOR
NEWTON DE MELO SÁ
MIGUEL CUNHA COUTINHO
NEWTON PINTO ARAUJO JÚNIOR
MIGUEL DE SOUZA CARNEIRO
NEWTON VIEIRA MENDES
MIGUEL DOS SANTOS NERI
NEY JORGE CRAVO VIANA FILHO
MIGUEL LUIZ ALBIANI ALVES FILHO
NEY MACIEL DOURADO
MIGUEL SANTANA DA HORA
NEY PALES DA ROCHA
MILTON ARILIO DE ALMEIDA COSTA
NEY REIS DULTRA
MILTON BARBOSA DE SOUZA
NEY ROMULO SODRE RAMOS
297
NEY TEIXEIRA VICENTE
OSCAR DE CARVALHO MARBACK
NEY VIEIRA NUNES
OSCAR DE MENEZES PALMEIRA
NEYLOR DIAS PITHON
OSCAR PELIZÁRIO
NICIA M. FREIRE DE CARVALHO MONIZ DE ARAGÃO
OSIEL DA SILVA MATTOS FILHO
NILCEA VARELLA TORRES DE PINHO
OSMAR SANTOS VIEIRA
NILERSANDRO SIR DE OLIVEIRA MACEDO
OSMAR SOUZA DE MENEZES
NILO FIGUEIREDO MALAFAIA
OSVALDO AMARANTE DA GAMA SANTOS
NILO FONTES LIMA TAVARES
OSVALDO CORDEIRO CERQUEIRA
NILO MALAFAIA
OSVALDO DANTAS LIMA
NILSON BASTOS DE ARAUJO COSTA
OSVALDO DO NASCIMENTO OLIVEIRA
NILSON CONCEIÇÃO DE CASTRO
OSVALDO DOS SANTOS
NILSON GOLDENSTEIN
OSVALDO JOSÉ DE SOUZA
NILTON FONTES BARRETO
OSVALDO MENDONÇA
NILTON JOSÉ FAHEL
OSVALDO PINTO DE CARVALHO JÚNIOR
NILTON MARTINS O´DWYER
OSVALDO VELLOSO GORDILHO
NILTON OLIVEIRA
OSVALDO VIRGILIO CARVALHO JÚNIOR
NILTON SILVA
OSWALDO CHAVES OURIVES
NILTON SILVA NETO
OTACILIO ARAUJO DE MORAES
NILZA NASCIMENTO MAGALHÃES
OTACILIO DE ALMEIDA FILHO
NIVALDO SANTIAGO PAIM
OTHILIO FRAGA NETO
NIVALDO SOUZA LINHARES
OTO APEMBURG NETO
NIVALDO SOUZA MAGNAVITA
OTONEY RAUL VELOSO OLIVEIRA
NIVIA BRANDAO SAMPAIO DE FREITAS
OTONEY RAUL VELOSO OLIVEIRA FILHO
NOELIA MALTEZ SANTANA
OTONIEL FIGUEIRA SALES
NOILDO CARVALHJO DE ALMEIDA
OVIDIO BATISTA VALADÃO NETO
NORLAN SOUZA DA SILVA
OZIEL DA SILVA MATTOS NETO
NORMANDO TADEU CONCEIÇÃO GUEDES
PABLO ARRUELA NASCIMENTO RAMOS
OBED BENTO ARAUJO DE MIRANDA
PABLO DA COSTA SASVADRA
OCAVIO HENRIQUE COELHO MESSEDER
PABLO PARISH MAC-ALLISTER
OCIREDIL SANTOS PASSOS
PABLO STOLZE GAGLIANO
OCTAVIO AUGUSTO ALVES GOMES NETO
PATRICIA ISENSEE MONTEIRO CALDAS
OCTAVIO BARTHOLOMEU D. ALVES
PATRICIA RAMOS DIAS
OCTAVIO EMMANUEL DO PRADO FARIAS
PAULO AFONSO PIRES FERREIRA MACIEL
OCTAVIO MACHADO NETO
PAULO ARAUJO MOREIRA DE SOUZA
OCTAVIO NETTO FORMOSINHO
PAULO BARRETO TORRES
OCTAVIO VILAS BOAS MACHADO
PAULO BRASIL FONSECA
ODAIR DE JESUS CONCEIÇÃO
PAULO BUARQUE CHAVES
ODETE ARAPONGA DE OLIVEIRA
PAULO CAIRES SOBRINHO
ODILIA FASCIO DOS SANTOS RIBEIRO
PAULO CAMPOS DA SILVA
ODILIA MARIA DE AMORIM MILLETO
PAULO CESAR GONÇALVES
ODILON PACHEDO SILVA
PAULO CESAR LOPES MIRANDA
ODIR RODIGUES DE SÁ
PAULO CESAR OLIVEIRA E OLIVEIRA
OLIVAR MARTINS DE OLIVIERA
PAULO CESAR RABELO FRAGA
ONESIMO MENDES DOS SANTOS
PAULO CESAR VIEIRA LIMA
ONILDO MOURA DE CARVALHO MOTA
PAULO CEZAR MACEDO DE OLIVEIRA
ORLANDO ARAUJO GONÇALVES
PAULO CEZAR SENA DE GOES
ORLANDO AUGUSTO DA SILVA
PAULO CIDADE DE OLIVEIRA
ORLANDO BASTOS MAIA
PAULO DE AQUINO MAGALHÃES
ORLANDO CAMPOS DE PINHO JÚNIOR
PAULO DIONISIO DA SILVA BRANDÃO
ORLANDO CESAR DA COSTA CASTRO
PAULO EDUARDO BRANDÃO GAIÃO
ORLANDO CESAR MARQUES GUERRA JÚNIOR
PAULO EDUARDO CALDAS ROSA
ORLANDO DE SOUZA SILVEIRA
PAULO EDUARDO MAYNARD DE ALMEIDA
ORLANDO DOVAL CENDON
PAULO EMILIO RIBEIRO DE OLIVEIRA
ORLANDO DOVAL CENDON JÚNIOR
PAULO ESTEVEZ AMOEDO
ORLANDO GEISEL NETO
PAULO FELIPE FRANÇA TEIXEIRA
ORLANDO GONÇALVES AMORIM
PAULO FERNANDO FERRARI
ORLANDO IMBASSAHY DA SILVA NETO
PAULO FERNANDO MONTANHA ASSIS
ORLANDO LACERDA SOUTO
PAULO FREDERICO BORGES BULOS
ORLANDO LOPES CABRAL
PAULO GOES VIEIRA
ORLANDO MACIEL DA SILVA RAMOS
PAULO GONÇALVES LOURENÇO
ORLANDO MARQUES TOURINHO
PAULO GUILHERME PITA GONDIM
ORLANDO VIANA LAGO
PAULO HENRIQUE ALVES SAMPAIO
298
PAULO HENRIQUE B. ALBIANI ALVES
PEDRO DANTAS CARVALHO
PAULO HENRIQUE BRITO PEREIRA
PEDRO DAVID FILHO
PAULO HENRIQUE DE CARVALHO LIMA
PEDRO EDUARDO ESTANISLAU STURM
PAULO HENRIQUE SILVA LEITE
PEDRO EMIGDIO PEREIRA JÚNIOR
PAULO HENRIQUE SOBRAL
PEDRO FELZEMBURG NETO
PAULO IVAN QUASTLER
PEDRO FLAVIO CARDOSO DE ALMEIDA
PAULO JOSÉ BARBOSA DOS SANTOS
PEDRO GOMES DA SILVA
PAULO JOSÉ FARO BARREIROS DE AZEVEDO
PEDRO GONÇALVES VERAS
PAULO JOSÉ GUIMARÃES LUZ
PEDRO GONÇALVES VERAS FILHO
PAULO JOSÉ RIELA TRANZILO
PEDRO HENRIQUE MOREIRA SOARES DE CUNHA
PAULO JOSÉ SENA ALMEIDA
PEDRO JOSÉ FERNANDES
PAULO KIRCHHOFF SOARES FERNANDES
PEDRO JOSÉ FREIRE CASTRO
PAULO MARTINS FONTES NETO
PEDRO LAPA CARDOSO
PAULO NOVAIS DE ALMEIDA
PEDRO MIGUEL MALHEIRO DIAS GUEDES DE CAMPOS
PAULO OLIMPIO DE OLIVEIRA
PEDRO PAULO FROES ROCHA
PAULO PEDRA E. CAL SANTANA
PEDRO PAULO MOREIRA SOUZA
PAULO RENATO SOUZA SILVA
PEDRO PINHEIRO DE SOUZA
PAULO RICARDO BAQUEIRO MELO
PEDRO RICARDO SÁ DE ALMEIDA
PAULO RICARDO DA SILVA LEONE
PEDRO SOARES NETO
PAULO ROBERTO ALMEIDA DA SILVA
PEDRYLIS GONÇALVES DOS SANTOS
PAULO ROBERTO COMYN ELIAS
PENILDON SILVA
PAULO ROBERTO D. BORGES
PERICLES RAIMUNDO OLIVEIRA CHAMUSCA
PAULO ROBERTO DE CARVALHO REGO
PERTONIO SOUZA BORGES
PAULO ROBERTO DE CARVALHO PEREIRA
PETRONIO CAMPOS DE OLIVEIRA
PAULO ROBERTO MARINHO BASTOS
PETRONIO PORTO CARDOSO
PAULO ROBERTO N. SOARES DE QUADROS
PETRUCCIUOLI MICHELANGELO
PAULO ROBERTO NACIMENTO DEIRÓ
PIERO MARINETTI
PAULO ROBERTO NASCIMENTO DE MEDEIROS
PLINIO BEM-HUR NUNES SEIXAS
PAULO ROBERTO PIMENTA DE OLIVEIRA
PLINIO GAMA FILHO
PAULO ROBERTO Q. N. DE LIMA
PLINIO LINS DE FARIA
PAULO ROBERTO SAMPAIO LIMA
POLIBIO MENDES NETO
PAULO ROBERTO SANTOS DE SOUZA
POMPILIO PINHO SANTANA
PAULO ROBERTO SOUTO MAIA GOMES DE SÁ
PRICE WATERHOUSE AUDITORES INDEPENDENTES
PAULO ROBERTO SOUZA PESSOA
PRICE WATERHAUS SAMUEL S. SOARES
PAULO ROBERTO VIEIRA FERREIA DA SILVA
PRISCILA VALENTE DANTAS
PAULO ROGERIO SENTEGES MACHADO
PROTIGENES PEREIRA CAMPOS SANTOS
PAULO RONALDO QUASTLER VIANA
RAFAEL BRANDÃO FERREIRA
PAULO SAMPAIO LOPO
RAFAEL CASTRO SPINOLA
PAULO SERGIO ALMEIDA PALMA
RAFAEL DE SOUZA ALCÂNTARA
PAULO SERGIO COVA MAGALHÃES
RAFAEL DIAS PACHECO SILVA
PAULO SERGIO DE AMARAL LEAL
RAFAEL PEDREIRA PLATINA
PAULO SERGIO DE CASTRO MONTEIRO
RAFAEL PEREIRA DA SILVA
PAULO SERGIO MARQUES PACHECO
RAFAEL RIBEIRO BASTOS JÚNIOR
PAULO SERGIO ORENSTEIN RIBEIRO
RAIMUNDO BARRETO DOS SANTOS
PAULO SERGIO P. DE OLIVEIRA
RAIMUNDO CARDOSO GOMES
PAULO SERGIO SAMPAIO
RAIMUNDO COELHO DE SOUZA JÚNIOR
PAULO SIMÕES BARATA
RAIMUNDO DANTAS MATOS JÚNIOR
PAULO TOLOSA BIANCHE
RAIMUNDO DORTAS MATOS
PAULO VARJÃO DE ANDRADE
RAIMUNDO DOS S. MOREIRA
PAULO VIANA DE ALBUQUERQUE JUCÁ
RAIMUNDO DOS SANTOS OLIVEIRA
PAULO VIEIRA DO BOMFIM
RAIMUNDO JOARIPES SOUZA
PAULO VIRGILIO MARACAJÁ PEREIRA JÚNIOR
RAIMUNDO JORGE RIBEIRO MATOS
PEDRITO LIMA NASCIMENTO
RAIMUNDO JORGE RIOS STERING
PEDRO ANTONIO DA ROCHA MELLO
RAIMUNDO JOSÉ ARAUJO CERQUEIRA
PEDRO AUGUSTO DOS SANTOS OLIVEIRA
RAIMUNDO JOSÉ COUTO
PEDRO AUGUSTO FERNANDES
RAIMUNDO JOSÉ MAGALHÃES BRITO
PEDRO AUGUSTO SILVA NETO
RAIMUNDO LISBOA
PEDRO AURELIO SOLEDADE BELTRÃO
RAIMUNDO LOPES
PEDRO BARACHISIO LISBOA
RAIMUNDO LUCIO MONTEIRO BORGES
PEDRO BARBOSA DA ROCHA NETTO
RAIMUNDO MACHADO MATIAS
PEDRO CARDOSO NETO
RAIMUNDO NONATO R. CARDOSO
PEDRO CARLOS FIGUEIREDO PINTO
RAIMUNDO ROCHA REIS
299
RAIMUNDO SANTOS CORREIA FILHO
RENATO RIBEIRO
RAIMUNDO SERGIO DE S. SANTOS
RENATO S. SIGISMUND SCHINDLER
RAIMUNDO WILSON DA SILVA DOREA
RENATO SCARDUA
RAIMUNO NONATO FLIX HOMEM
RENATO SOUZA MONTEIRO
RAMIRO CARVALHO DURAN
RENATO SOUZA OLIVEIRA
RAMON DA COSTA SAAVEDRA
RENATO TAVARES SANTANA
RANULFO PINHEIRO JÚNIOR
RENATO VIANA DEL GUERRA
RAPHAEL DEPRÁ
RENÊ ALFREDO QUIROZA SALES
RAPHAEL SALLENAVE PHILETO
RENÊ DURVAL GONÇALVES FREIRE
RAPHAEL SAMPAIO PITTON FILHO
RENÊ PORTO GALVÃO
RAPHAEL SIMÕES ANDRADE
RENIVALDO GALRÃO LIMA FILHO
RAUL AFFONSO NOGUEIRA CHAVES FILHO
RENIVALO SENA CANTO
RAUL COELHO BARRETO FILHO
REUVAN SODRÉ DE OLIVEIRA
RAUL FILGUEIRAS VITÓRIA
REX SCHINDLER
RAUL JANUÁRIO CARDOSO COSTA NETO
RICARDO ALVES BRAGA DURAN
RAUL MANGABEIRA FILHO
RICARDO ANDRÉ LIMA FAILLACE
RAUL MENEZES MANGABEIRA
RICARDO AUGUSTO DA SILVA BELO
RAUL NEIVA CARDOSO NOYA
RICARDO AUGUSTO G. P. SOUZA
RAUL SCARDUA
RICARDO AUGUSTO S RAVAZZANO
RAUL VIEIRA ROCHA
RICARDO BALEIRA SIEIRO GUIMARÃES
RAYMUNDO BAGDEDE PITHON
RICARDO BAQUEIRO ABAD
RAYMUNDO CALASANS ÁVILA
RICARDO BARBOSA NORONHA
RAYMUNDO DA SILVEIRA DOREA
RICARDO BRASIL TEIXEIRA
RAYMUNDO JOSÉ GUIMARÃES GONZALEZ
RICARDO BRICIDIO DE SOUZA
RAYMUNDO LEAL SAMPAIO
RICARDO BRITO GONDIN
RAYMUNDO MIGUEL ALVES RIBEIRO
RICARDO CARVALHO BRITTO
RAYMUNDO NONATO RODRIGUES VILELA
RICARDO COELHO SANTOS
RAYMUNDO OYAMA DA SILVA
RICARDO COSTA SIMÕES
RAYMUNDO PEREIRA DE MAGALHÃES NETO
RICARDO COUTINHO MELLO
RAYMUNDO WASHINGTON LEAL JÚNIOR
RICARDO DE BARROSO TOURINHO
REBECA SAMPAIO DE SOUZA CARNEIRO FIALHO
RICARDO DE BRITO CELINO
REGINA DOURADO RIBEIRO
RICARDO DE CARVALHO REGO
REGINA LICIA BARBOSA DA SILVA
RICARDO DE OLIVEIRA LOPES DE SÁ
REGINA NUNES F. BANDEIRA
RICARDO FERREIRA SIMÕES
REGINA SÁ MENEZES
RICARDO FREIRE DE CARVALHOI R. DA SILVA
REGINALDO FREITAS DOS SANTOS
RICARDO FREITAS DOS SANTOS
REGINALDO GOMES DE LIMA
RICARDO FREITAS RIBEIRO
REGIS WALTER SOUZA MACEDO
RICARDO FUSC NERI
REINALDO DE OLIVEIRA PACHECO
RICARDO GUANAES BARBOSA DE SOUZA
REINALDO FERREIRA DE SOUZA
RICARDO GUILHERME SILVA CARDOSO
REINALDO JOSÉ SANTANA PEREIRA DE SOUZA
RICARDO HENRIQUE N. FLEURY
REINALDO POMPONET SAMPAIO
RICARDO JOSÉ DE ARAGÃO B. DE CARVALHO
REINALDO SANTANA DO ROSÁRIO
RICARDO JOSÉ DIAS BRITO
REINAN DE OLIVEIRA MELO
RICARDO JOSÉ DORIA CONRADO DO AMARAL
RENATO ALVES DE FREITAS
RICARDO JOSÉ FRANCO CHAGAS
RENATO AMARAL
RICARDO JOSÉ MARQUES MATTOS
RENATO ANTONIO OLIVEIRA RABELO
RICARDO LAMEGO SILVA DE MENEZES
RENATO AZEVEDO ALVES
RICARDO LEÃO DE PAULA VILAS BOAS
RENATO BARRETO GUIMARÃES
RICARDO LIMA DURAN
RENATO BIÃO DE CERQUEIRA NETO
RICARDO LUIS LESSA PEDREIRA
RENATO BITTENCOURT SEIXAS MAIA
RICARDO LUIZ DE OLIVEIRA NASCIMENTO
RENATO BOAVENTURA DE AMORIM
RICARDO LUIZ DOS ANJOS MARINHO
RENATO CHAVES MARQUES
RICARDO LUIZ GRANJO FONTES
RENATO CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA MAIA
RICARDO LUIZ PEREIRA DE QUEIROZ
RENATO DE ANDRADE PEREIRA
RICARDO MAGNAVITA DE OLIVEIRA
RENATO DOMINGOS I. DA SILVA
RICARDO MAIA DE CARVALHO
RENATO GERALDO EVANGELISTA SALLES
RICARDO MAYER BURITY
RENATO GOMES DA ROCHA REIS
RICARDO MIRANDA NUNES
RENATO JOSÉ DE ARAUJO FILHO
RICARDO MOITINHO UZEL PEREIRA
RENATO MAGALHÃES DINIZ GONÇALVES
RICARDO NERI FRANCO LOPO
RENATO MENEZES LIMA
RICARDO NERY DE ALMEIDA
RENATO PARISH ORLEANS DE ASSIS
RICARDO NOGUEIRA F. DE MIRANDA
300
RICARDO PIMENTA DA SILVA
ROBERTO WALTER LIMA
RICARDO PINTO OLIVEIRA
ROBERTUS DENKER
RICARDO PORTO MEIRELES
ROBERVAL ROCHA DE MIRANDA
RICARDO ROCHA E ROCHA
ROBERVAL SILVA PIMENTA BASTOS
RICARDO ROFFÉ CHAISUK
ROBINSON ORLEANS DE ASSIS
RICARDO RUBEIZ JÚNIOR
ROBSON FIGUEIREDO MALAFAIA
RICARDO SANTOS CALHEIA
ROBSON JOSÉ PIRES
RICARDO UÁNUS BALAZEIRO
ROBSON PARISH ORLEANS DE ASSIS
RICARDO VIEIRA DE LACERDA
ROBSON VIEIRA PIRES DE OLIVEIRA
RICARDO VINÍCIUS FARIAS MUNIZ
RODI AVILA MEDEIROS
RICARDO WILDBERGER LISBOA
RODOLFO DAMASCENO MONCORVO
RICHARD M. HAMILTON
RODOLFO DOS SANTOS TEIXEIRA
RITA DE CASSIA CASTRO PIRES
RODOLFO MARIO VEIGA PAMPLONA FILHO
RITA DE CASSIA FERREIRA LACERDA
RODRIGO ALVES DA CRUZ RIOS
RITA DE CASSIA SCARDINA
RODRIGO ARAUJO SÁ
RIVADAVIA ALVES BARBOSA
RODRIGO BARBOSA E SILVA
RIVAS QUEIROZ DE SOUZA JÚNIOR
RODRIGO CALDEIRA RABELLO
ROBERIO MERCES SAMPAIO
RODRIGO COELHO DOS SANTOS
ROBERTO ABBEHUSEM JÚNIOR
RODRIGO GOUVEIA DE OLIVEIRA RIZZO
ROBERTO BASTOS GUIMARÃES
RODRIGO JACOBINA ASSUNÇÃO
ROBERTO BATISTA DE ARAUJO
RODRIGO JOSÉ CARVALHO VIEIRA
ROBERTO BITTENCOURT DA COSTA
RODRIGO PIMENTA DA SILVA
ROBERTO CAETANO FIGUEIREDO
RODRIGO RIBEIRO BARRETO
ROBERTO CARNEIRO NUNES
ROGER ARTUR BURATTO
ROBERTO CARRILHO DA SILVA
ROGER DANTAS DE OLIVEIRA
ROBERTO CASALI
ROGERIO CEZIMBRA DE PINHO FILHO
ROBERTO CERNE FERNANDES DE ABREU
ROGERIO CORREIA OLIVEIRA
ROBERTO CESAR MENEZES CAMARA
ROGERIO CRUZ OLIVEIRA
ROBERTO CONCEIÇÃO MARCELINO
ROGERIO DAMASCENO MONCORVO
ROBERTO CRUZ FERNANDES DIAS
ROGERIO GRILLO DE BRITTO
ROBERTO CUNHA D´ALMEIDA
ROGERIO MAIA RIBEIRO
ROBERTO DA SILVA FERREIRA
ROGERIO MEDRADO MAIA
ROBERTO DALCUM BASTOS BARRETO
ROGERIO MIGUEL ROSSI
ROBERTO DANTAS DE PINHO
ROGERIO SENNA DE FARIA
ROBERTO DE ALMEIDA ARAUJO
ROLDÃO DAS GRAÇAS OLIVEIRA
ROBERTO DE FARIA PRINCHAK
ROLNEY JOE CARDOSO DE OLIVEIRA
ROBERTO DE MELO ASSSUNÇÃO
ROMEL RAINE FRANÇA DE AMORIM
ROBERTO DE SOUZA NORAT
ROMENIL DA SILVA LIMA
ROBERTO DUPLAT PAIVA
ROMEU DE OLIVEIRA
ROBERTO DURAN RODRIGUEZ
ROMEU FERNANDES BORDONI NETO
ROBERTO FERNANDES DIAS MASCARENHAS
ROMILDO ALMEIDA SAMPAIO
ROBERTO GONÇALVES
ROMILDO FERREIRA DE ALMEIDA
ROBERTO IBRAHIM WEHBE
ROMILDO ROSA LIMA
ROBERTO JOAQUIM DE CARVALHO
RONALD COSTA DE AGUIAR
ROBERTO JOSÉ DE SOUZA
RONALD COSTA DE AGUIAR FILHO
ROBERTO JOSE PASSOS
RONALD GUIMARÃES DA SILVEIRA
ROBERTO KOCH FERREIRA GOMES
RONALD MONTEIRO DE ARAÚJO
ROBERTO LOREUS MARBACK
RONALD MONTEIRO DE ARAÚJO FILHO
ROBERTO LUIZ MOREIRA FIGUEIREDO
RONALDO CHAVES MARQUES
ROBERTO MACEDO FERNANDES
RONALDO JUNQUEIRA ROHRS
ROBERTO MOREIRA BACELAR
RONALDO SALUSTIANO ARAUJO DE OLIVEIRA
ROBERTO NERI FRANCO LOPO
RONALDO SOARES PINTO
ROBERTO NUNES DE CAMPOS FILHO
RONALDO VIEIRA PIRES DE OLIVEIRA
ROBERTO OCTAVIO DE FREITAS
ROQUE ANTONIO CARNEIRO PINTO
ROBERTO OLIVEIRA DE SANTONO
ROQUE PEREIRA DA SILVA
ROBERTO PASTOR RUBEIZ
ROQUE RAMIKRO PITANGUEIRA
ROBERTO PESSOA COELHO
ROSA TEREZA DA SILVA BARROS
ROBERTO RIBEIRO SANTOS
ROSALVO DOURADO DE OLIVEIRA
ROBERTO SÁ BARRETO FERNANDES
ROSANE CORREA REBELLO DE MATTOS
ROBERTO SALVIO MARQUES PACHECO
ROSCHILD DE SENNA MOREIRA
ROBERTO VASCONCELOS DO NASCIMENTO
ROSEMARIO QUEIROZ
ROBERTO VENTURA DOS SANTOS
ROSEMARY SOARES TELLES
301
ROSEWELT BITTENCOURT PASSOS FILHO
SÉRGIO ANTONIO MELO DE OLIVEIRA
ROSILENE DAMIANA G. M. DA FONSECA
SÉRGIO ANTONIO REIS MENDES
ROSWILCIO JOSÉ M. GOIS
SÉRGIO AUGUSTO GOODGROVES BEZERRA
ROWNEY ARCHIBALD SCOTT JR
SÉRGIO AUGUSTO NAJAR
RUBEM COSTA FERNANDES
SÉRGIO BARRETO ROCHA
RUBEM DA SILVA ASSUNÇÃO
SÉRGIO BORGES SILVA
RUBENS BARBUDA SANCHES
SÉRGIO CALMON DE SIQUEIRA LEITE
RUBENS CHASTINET PITANGUEIRAS FILHO
SÉRGIO DO NASCIMENTO TAVARES
RUBENS DOS ANJOS JÚNIOR
SÉRGIO EMANOEL DE OLIVEIRA
RUBENS NUNES DOURADO
SÉRGIO FRANCISCO BRITO SANTOS
RUBENS VIANA MUHANA
SÉRGIO FREITAS RIBEIRO
RUDIVAL SOUZA FREITAS
SÉRGIO JOSÉ CAMPOS DE OLIVA
RUI INACIO MARCHETTO
SÉRGIO LIMA BRANDÃO
RUI MARCELO BAHIA DE SOUZA
SÉRGIO LUIZ DA COSTA LAGO
RUY BEZERRA BRANDÃO FILHO
SÉRGIO MACHADO ROCHA
RUY DA COSTA E SÁ
SÉRGIO MATOS MENDONÇA
RUY LINS DE FARIA
SÉRGIO MURILO DOS SANTOS ANDRADE
RUY LUIZ DE CARVALHO SAMPAIO
SÉRGIO NOGUEIRA ROCHA
RUY MARQUES DE ANDRADE
SÉRGIO OLIVEIRA DE SANTANA
RUY MENEZES DOS SANTOS
SÉRGIO OROFINO
RUY MENEZES LIMA
SÉRGIO PASSARINHO SOARES DIAS
RUY NEY CORREIA DA ROCHA
SÉRGIO PASSOS NEVES
RUY PELTIER LOUREIRO FREIRE
SÉRGIO PEREIRA LACERDA
RUY SANTOS FILHO
SÉRGIO RAYMUNDO RANKIL PINHEIRO
RUY SIMÕES
SÉRGIO REQUIÃO DE QUEIROZ FILHO
RUY TÁCITO DE SÁ BITTENCOURT CÂMERA
SÉRGIO RESACK DORIA
RUY TORREÃO
SÉRGIO RIBEIRO BAHIA
RUY VELOSO DA SILVA
SÉRGIO RIBEIRO BASTOS
SALAMON ATHAYDE B. DE ALENCAR
SÉRGIO RICARDO DA SILVA FERREIRA
SALOMÃO PORTNOI
SÉRGIO RICARDO DE CARVALHO FURTADO
SALVADOR ÁVILA FILHO
SÉRGIO RICARDO OLIVEIRA SANTOS
SALVADOR DEMOSTENES TELES FREIRE
SÉRGIO RICARDO PINHEIRO COPELLO
SALVADOR JUSTINIAN DA FONSECA
SÉRGIO RICARDO SCAVUZZI DE CARVALHO
SALVADOR MOREIRA PAIXÃO
SÉRGIO ROBERTO ROCHA MARINHO
SALVADOR PREVITERA DE ANDRADE
SÉRGIO SANTIAGO SANTOS
SALVIANO JOSÉ BITTENCOURT MELO
SÉRGIO SANTOS MONTEIRO
SAMIR RESACK DAHIA
SÉRGIO SERRAVALE DE SANTIS
SAMIR SAFFE SALIBA
SÉRGIO SILVA GORDILHO
SAMUEL DE ABREU DIAS
SÉRGIO TELLES DE OLIVA
SAMUEL GONÇALVES DA SILVA
SÉRGIO UDERMAN
SAMUEL MORAIS FONTES
SÉRGIO VINÍCIUS SANTOS MACHADO
SAMUEL RICARDO PASSOS RAIMUNDS
SERTORIO DE OLIVEIRA MOTTA
SANDOVAL AMIN
SERVULO DOURADO CRUZ LINO
SANDOVAL SENNA
SERVULO JOSÉ MAGALHÃES BARROS
SANDOVAL SOUZA PINHEIRO
SEVERINO ARAUJO SILVA
SANDRA MARA CARDOSO DOS REIS
SHELDON ALVES BARBOSA
SANDRO BAHIA MARCHESINI
SHELDON PERRONE DE MENEZES
SANDRO RAIMUNDO FERREIRA BARRETO
SIBELE ANDRADE CARVALHO
SARA MARIA MANUELA BARNUEVO DE AZEVEDO
SIBELIUS DE CASTRO FERREIRA
SAULO CHAVES DE FARIAS
SIDNEY GOMES ALEXANDRIA
SAULO DE AQUINO NUNES FILHO
SIIGISMUND S. SCHINDLER
SAULO DE SOUZA BAHIA
SILIO PEDREIRA FILHO
SAULO WANDERLEY CALAZANS
SILVESTRE ERNANI DE GOES M. CABRAL
SÁVIO BRITTO D’ASSUNPÇÃO
SILVESTRE RAMOS TEIXEIRA
SEBASTIÃO BRAGA FILHO
SILVIA MARIA COELHO DE CASTRO
SERAFIM GONZALEZ LOPEZ
SILVINO MARTINS DE OLIVEIRA NETO
SERAFIN PIÑON GONZALEZ
SILVIO ALEXANDRE B. VIEIRA DE MELO
SERAPIÃO LIMA QUEIROZ
SILVIO ALFREDO VIANNA GARCEZ
SÉRGIO ALEXANDRE DA SILVA
SILVIO AUGUSTO DE OLIVEIREA MENDONÇA
SÉRGIO ALMEIDA BARTILOTTI
SILVIO CLEBER PINHEIRO BASTOS JÚNIOR
SÉRGIO ANDRADE AFONSO
SILVIO CLEBER RIBEIRO BASTOS
SÉRGIO ANDRÉI FREIRE COELHO
SILVIO DE ALCANTARA VIEIRA
302
SILVIO FRANCISCO FARIAS VIANA
ULISSES PEREIRA DOS REIS JÚNIOR
SILVIO JULIÃO RIBEIRO
ULYSSES MARIO TOURINHO DE SÁ JÚNIOR
SILVIO RIOS MEIRA
URBANO JOSÉ RAMOS ALMEIDA
SILVIO TEIXEIRA DE AGUIAR
URY RABINOVITZ
SIMÃO SCHNITMAN
VAGNER AMOEDO FERNANDES
SIMON ELIAS SKAF
VALCI BARRETO DOS SANTOS
SIMONE MAIA BAPTISTA MICARI
VALDECIRO BARRETO SAMPAIO
SINESIO AUGUSTO DA V. ORNELAS NETO
VALDELINO SANTOS DE MORAES
SINESIO SOARES DA CUNHA NETO
VALDEMAR DE CASTRO VIEIRA NETO
SINVAL DANTAS DA ROCHA
VALDEMARTINS DOS SANTOS
SINVAL VIEIRA DA SILVA NETO
VALDEMIR VALAIS NUNES
SOC. COM. BRAS. PESQUISAS SUBSOLO
VALDEMIRO AQUILINO ZANELLA
SÓCRATES GUANAES GOMES
VALDEVIR SILVA DE OLIVEIRA JÚNIOR
SOLANGE GUIMARÃES PASSOS
VALDIRO QUARESMA DO ROSARIO
SOLON CARLOS TOSTA DE SOUZA
VALDO LIMA COSTA
SONIA MARIA ROCHA DE SOUZA
VALDOMIRO NERY MOITINHO
STELIO DE CARVALHO PORTINOI
VALENTIN JUSTO AMOEDO JÚNIOR
STELIO FERREIRA DE ARAÚJO FILHO
VALENTIN ROBERTO DA SILVA
STELLA BORGES DA COSTA LIMA
VALFREDO ANTUNES DE SOUZA
STENIO LONGO ARAÚJO
VALFREDO HUMBERTO ALVES
SUELY SANTOS POGONELLY
VALFREDO MOTTA
SURIEDINA FREITAS DE SOUZA
VALFREDO OLIVEIRA DOS SANTOS
SUZANA PEDRÃO RIO BRANCO
VALFRIDES TADEU DE FREITAS
SWAMI CRUZ DE CARVALHO
VALFRIDES TADEU DE FREITAS JR
SYLVIO EDUARDO RABELLO RAMOS
VALMIR JOSÉ NUNES
SYLVIO QUADROS MERCES
VALMIR PARANHOS VIANA JÚNIOR
SYNESIO SOARES DA CUNHA FILHO
VALNER FERNANDES REBELO DE MATOS
TACIANO CORDEIRO
VALTER PEREIRA BRAGA
TADASHI KOSHIMA
VAN DALTRO DE CASTRO VIDIGAL
TAIS FERREIRA MENDES
VANDA GUERREIRO ARAGAO DE VILLAR
TAKESHI CARDOSO KOSHIMA
VANDERLINO DAMASCENO
TANIA MARIA ROCHA DE SOUZA
VASCO AZEVEDO NETO
TANIA PENALVA CORREIA
VASTON RIBEIRO COSTA
TARCISO ALVES TORRES
VERA LUCIA DE ALMEIDA CONCEIÇÃO
TARGINO MACHADDO PEDERIRA FILHO
VERBENIA LUCIA SANTOS VIANA
TEOGENES ALENCAR CARVALHO
VERÔNICA FERNANDES IVO COELHO
TEREZA BUISINE PIRES RIBEIRO
VICENTE DE PAULO ALBUQUERQUE FEITOSA
TERMOLIGAS METALURGICAS S.A.
VICENTE ERNANI DE OLIVEIRA
TERVO MITANI
VICENTE FERREIRA DE OLIVEIRA JÚNIOR
THELMO FRANCISCO PEREIRA DA SILVA
VICENTE MACEDO DE AGUIAR
THEMISTOCLES SOUTO MONTEIRO
VICENTE RIBEIRO DOS SANTOS FILHO
THEOBALDO LUIS D. COSTA
VICENTINO DO NASCIMENTO QUEIROZ
THEOCRITO BAPTISTA
VICTOR ARAUJO MESQUITA XAVIER
THEODOMIRO BAPTISTA FILHO
VICTOR AUGUSTO MARON DE ALMEIDA
THIERS BERNARDES DIAS
VICTOR CALIXTO GRADIN BOULHOSA
TIAGO AMORIM NOBRE GUEDELHA MARTINS
VICTOR DINIZ DE POCHAT
TIAGO FERREIRA BORGES DE AZEVEDO
VICTOR MONTE ALEGRE MONSÃO
TIAGO FONTES CHASTINET PITANGUEIRA
VICTORIA CRISTINA OLIVEIRA CARVALHO
TIAGO MIRABEAU LOBÃO CARDOSO COSENZA
VIDIGAL DE FREITAS GUIMARÃES
TIAGO OLIVEIRA REIS
VILMA MARIA DA SILVA
TIAGO PEREZ PIÑEIRO
VILOBALDO BARRETO PASSOS
TICIANO RONALDO URPIA
VILOBALDO DO ROSARIO SILVEIRA
TOMAZ CARMO DE SOUZA
VILOBALDO HERCULANO RAMOS FILHO
TONY SOUZA ALVES BEZERRA
VINICIUS MENEZES DA COSTA
UBALDO DE SOUZA SENNA
VINICIUS OLIVEIRA ALELUIA
UBALDO GALVÃO SAMPAIO FILHO
VIRGILDASIO DE SENNA
UBALDO SOUZA BRANDÃO
VIRGILIO DE CARVALHO MAIA
UBIRAJARA DA PAIXÃO PIMENTEL SIMAS
VIRGILIO FERREIRA MANZINI
UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JÚNIOR
VIRGILIO JOSÉ RIOS LEIRO
UBIRATÃ DA SILVA MONTEIRO
VIRGILIO MOTA LEAL JÚNIOR
UBIRATÃ DE MELO PERONE
VIRGILIO NEMI TEIXEIRA DE FREITAS
ULISSES DE CARVALHO GRAÇA
VIRGILIO TEIXEIRA DALTRO
303
VIRGINIA MARIA VEIGA DE SENA
WALTER SAMPAIO DE MORAES
VIRGINIA MARIIA HUFNAGEL ARAPONGA SOARES
WALTER SOBRAL DE PRADO
VITOR DE MESQUITA BRASILEIRO
WALTER VASCONCELOS GOMES
VITOR FERNANDO OLLERO VENTIN
WANDA CARNEIRO DE ANDRADE
VITOR MANOEL ABREU AMOEDO
WASHINGTON ALVES LOPES
VITOR NEMI TEIXEIRA DE FREITAS
WASHINGTON BALAZEIRO JUNIOR
VIVALDO NOGUEIRA MACHADO
WASHINGTON JOSÉ DA COSTA FREITAS
VIVALDO RODRIGUES CONCEIÇÃO
WASHINGTON SOARES SANTANA
VIVIANE OLIVEIRA DRUMMOND
WAYDE SALOMÃO DIB
VLADEMIR ANTONIO DE LEMOS BORDONE
WEIMAR MONTEIRO DE ALMEIDA TEIXEIRA
VLADIMIR ALENCAR DAS NEVES
WELLINGTON ALVES CAVALCANTE
VLADIMIR COSTA PINHEIRO
WELLINGTON ALVES PEREIRA DOS SANTOS
VLADSON BAHIA MENEZES
WELLINGTON DUTRA E AMORIM
WADY SANTOS JASMIN
WELLINGTON OLIVEIRA SILVA FILHO
WAGNER CECILIO CUNHA DE CARVALHO
WELLINGTON ROCHA PASSOS
WALACE WASHINGTON DE FARIAS
WELLINGTON TIARA DOS SANTOS
WALDELICE GUIMARÃES COVA
WILDSON RIBEIRO DE ALMEIDA
WALDELIO ALMEIDA DE OLVEIRA
WILLIAM GUACHALLA SANDOVAL
WALDEMAR CIDREIRA DOREA FILHO
WILSON ANTONIO DE JESUS MOURA
WALDEMAR DE ALBUQUERQUE ASSIS
WILSON AUGUSTO TEIXEIRA DE FREITAS
WALDEMAR JOSÉ DE SANTANA
WILSON BITTENCOURT DE ANDRADE
WALDEMAR MACHADO GUIMARÃES
WILSON CHAVES
WALDEMAR MULLER
WILSON DE AZEVEDO PENUCHO
WALDEMAR RIBEIRO DE CASTRO
WILSON DOS SANTOS VIANA
WALDEMAR TOURINHO DE ABREU
WILSON DURVAL CORREIA
WALDEMIR MANOEL DOS SANTOS
WILSON FERREIRA FALCÃO
WALDEVIR SILVA DE OLIVEIRA
WILSON GANEM
WALDINALVO PAULO TEIXEIRA JUNIOR
WILSON GONÇALVES DE OLIVEIRA
WALDIR ARAGÃO GRARCE
WILSON GUIMARÃES VIEIRA
WALDIR CASTELLO BRANCO PITTA
WILSON HENRIQUE FIGUEIREDO DE ANDRADE
WALDIR JAQUEIRA GIRIO
WILSON JOSÉ DA SILVA FILHO
WALDIR MAGALHÃES BLANCO
WILSON MARQUES LEÃO
WALDIR RAMOS DE CARVALHO
WILSON MASCARENHAS LINS DE ALBUQUERQUE NETO
WALDIR TOMEGA
WILSON MIRANDA FILHO
WALDOMIRO CECILIO RABELLO
WILSON PEDRO DOS SANTOS
WALMIR FERREIRA NUNES
WINSTON DA SILVA RODRIGUES
WALNEY DE AGUIAR QUINTELLA
WLADIMIR ANDRADE DIAS
WALNEY MUNIZ DE OLIVEIRA PREVITERA
YARE COELHO CAMPINHO CAJUEIRO
WALTER BOAVENTUIRA DE AMORIM
YURI COSTA DE FARIAS
WALTER CARLOS GOMES QUEIROZ
ZALDIVAR ALVES DE SOUZA
WALTER CRISPIM DA SILVA
ZANONI AUGUSTO MARON DE ALMEIDA
WALTER DA COSTA BARBOSA FILHO
ZÉLIA TEREZA DE ALMEIDA DIAS
WALTER DANTAS RODAMILANS
WALTER DE C. BATISTA FILHO
WALTER DE OLIVEIRA SOUZA
WALTER ERNESTO BRECHBUEHLER
WALTER FALCÃO DE CARVALHO
WALTER FIGUEIREDO PIRES
WALTER G. AHRINGSHARN
WALTER GARCEZ DE CARVALHO
WALTER JOAQUIM ALMEIDA MOTTA
WALTER JOSÉ CARDOSO DANTAS
WALTER JOSÉ FERNANDES
WALTER JOSE RAMOS DA FONSECA
WALTER LEAL SAMPAIO
WALTER LUIS HEUTER FILHO
WALTER MENDES DE AMORIM
WALTER MENEZES ROJAS
WALTER NUNES SEYJO
WALTER OLIVEIRA
WALTER PEREIRA FORMOSINHO FILHO
WALTER PICUM VALDERDE
304
DEMAIS ASSOCIADOS
Total: 517
Proprietários Contribuintes
Total: 323
ADOLFO LUIS DE QUEIROZ STURARO
BRUNO RODRIGUES CAMPOS
ADRIANO PEREIRA CATTAI
CARLA DA SILVA GOULART
AFONSO CLAUDINO RIOS LEIRO
CARLOS ALFREDO CRUZ GUIMARÃES
AGENOR AFONSO DA SILVA FILHO
CARLOS DARIO A. OLIVEIRA
AGNALDO DE JESUS LIMA
CARLOS EDUARDO CARDOSO DE ARAUJO
ALESSANDRO HENRIQUE T. DE FARIAS
CARLOS EUGÊNIO T. JUNQUEIRA AYRES
ALEXANDER QUEIROZ DE CARVALHO
CARLOS ROBERTO BURGOS
ALEXANDRE JOSÉ FIGUEREDO BITTENCOURT
CARLOS ROBERTO FERREIRA DE SOUZA
ALEXANDRO DE B. GONÇALVES GUERRA
CARLOS ROBERTO FRANKE
ALFREDO AMERICANO DA COSTA
CAROLINA MARIA P. SANTOS
ALONE DE MELLO FERREIRA
CAROLINE JOAT DE AZEVEDO
ALVARO CESAR OLIVEIRA DOS SANTOS
CELSO DE BARROS BANDEIRA
ALVARO JOSÉ VIANA FILHO
CELSO DUARTE CARVALHO FILHO
ANA CLAUDIA O. DA SILVA
CHRISTIANE GURGEL TURISCO Y BAQUEIRO
ANA ISABEL SILVA DA COSTA ORRICO
CINTHYA VIANA FINGERGUT
ANA ISABEL VENTURA DE CARVALHO
CLARISSA PEREIRA DE CARVALHO KRUSCHEWSKY
ANA LÚCIA SANTOS DE A. PINHO
CLAÚDIA SANTOS
ANA MARIA ALVES DE SOUZA
CLAUDINE LINS CERQUEIRA LIMA
ANDRÉ ARAÚJO GÓES
CLAUDIO FERREIRA BRITO
ANDRE GALVÃO DO NASCIMENTO
CLÍNIO MAYRINCK M. ANDRADE NETO
ANDRE LUIS GUSMÃO DE ARAUJO
CRISTIANO SEVERO FIGUEIREDO
ANDRE LUIZ ANDRADE PINHEIRO
CRISTINA COSTA PAIXÃO
ANDRÉ RICARDO DE OLIVEIRA ESTRELA
DAILTON RAIMUNDO RAMOS
ANDREA DAS VIRGENS SILVA
DANIEL CAVALCANTE ADAMI
ANGELA DE SOUZA SANTOS
DANIEL ROBERTO L. DE S. E SILVA FREITAS
ANGELO FRANCO REZENDE
DANIELA GIL BRAZ PINHEIRO SOUZA
ANTÔNIO CARLOS A. ALVES
DOMINIQUE BOCHIM
ANTONIO CARLOS DE ASSIS FREITAS
DOUGLAS DIEGO BONMANN
ANTONIO CARLOS SOUZA DE OLIVEIRA
EDNICE FÁTIMA S. DA SILVA
ANTONIO HENRIQUE ALENCAR SANTOS
EDSON CAMPOS GARRIDO RODRIGUEZ
ANTÔNIO JOÃO VIANEY
EDSON DE MELO MAGALHÃES
ANTÔNIO LÁZARO DE SOUZA
EDUARDO CAETANO DA SILVA
ANTÔNIO MARCOS LIMA DE ALMEIDA
EDUARDO PONTES PIMENTEL SANTOS
ARLINDA QUESADA BECK
EDUVIRGES RIBEIRO TAVARES
ARTHUR SAMPAIO DE AMORIM NETO
ELENI SILVA
ARTUR ORLANDO D´ALMEIDA RAMOS FILHO
ELIANE KRUSCHEWSKY CHEILA
ARTUR ROBERTO DA SILVA
ELIAS LUCIANO QUINTO DE SOUZA
ARY BOA MORTE
ELIZABETH GOMES AMERICANO DA COSTA
ARY CABRAL HENRIQUES JÚNIOR
ELLEN CRISTINA L. M. ATANAZIO
BARBARA VANESCA DE JESUS
EMERSON FIGUEIREDO SIMÕES
BEATRIZ OSORIO PIMENTEL DANTAS
EMERSON SOUZA BARRETO
BERND GENSER
EMILLY DE SÁ V. DE QUEIROZ
BORIS DA LUZ FERREIRA
ERIC ETTINGER DE M. JÚNIOR
BRUNO MOTA SEPULVEDA B. SILVEIRA
ERICA MEIRELES MOREIRA DIAS
305
EVERTON RENE SILVA FILHO
JOCHEN BERND RUECKMANN
FÁBIO DOS SANTOS COSTA
JONAS DE BARROS PENTEADO FILHO
FÁBIO PORTUGAL TOURINHO
JORGE ALBERTO FACÓ
FABRICE JEAN JACQUES FAUVEL
JORGE ANTONIO ALEXANDRINO DO NASCIMENTO
FABRICIO MODESTO DOS REIS
JORGE HUMBERTO SOUZA VILAS BOAS
FELIPE FERNANDES BARRETO
JORGE SERVA GARRIDO
FERNANDO AGUIAR VIEIRA
JORU WATAMABE
FERNANDO CAL GARCIA FILHO
JOSÉ ADEODATO DE SOUZA NETO
FERNANDO PINTO DE QUEIROZ NETO
JOSÉ ALBERTO DE ALMEIDA CASTRO
FERNANDO RESENDE DANTAS MOTA
JOSÉ ALBERTO PRADO
FIRMO GOMES CARVALHO
JOSÉ ANTÔNIO VENTURA NAVALHINHA
FLAVIO ALBERICO
JOSÉ AUGUSTO DIAS DE PAIVA
FRANCISCO DE ASSIS NEVES ROCHA
JOSÉ AUGUSTO SOBRAL NETO
FRANCISCO ELIEZER PIMENTA
JOSÉ BAQUEIRO
FRANCISCO VALDER V. JÚNIOR
JOSÉ BORGES DANTAS
FRANCISCO ZANNIS RIBEIRO TOUTSIS
JOSÉ CARLOS RANGEL
FREDERICO GUIZINI DOS SANTOS
JOSÉ CARVALHO LOPES JÚNIOR
GABRIEL NASCIMENTO DA COSTA
JOSÉ CAVALCANTE NETO
GABRIELA TELES RICCI
JOSÉ CORIOLANO DE CASTRO LIMA FILHO
GEORGE NASCIMENTO DA SILVA
JOSÉ CORIOLANO DE CASTRO LIMA NETO
GEORGE VALENTE VASSILATOS
JOSÉ FERNANDO BARBOSA SANTOS
GERALDO JOAQUIM TELES DE SOUZA
JOSÉ FERREIRA DAMASCENO
GIACONO MASTROIANNI TERSIS
JOSÉ FERREIRA NOBRE NETO
GILBERTO FRANCISCO TEIXEIRA VILLELA
JOSÉ GOMES FILHO
GILMAR DA S. REIS
JOSÉ LEANDRO DE OLIVEIRA NETO
GIUSEPPE DE SIERVI FILHO
JOSÉ LUIS VASCONCELOS DE JESUS
GODOFREDO NAVARRO DA SILVA NETO
JOSÉ ROSELIO ARAUJO GUIMARÃES
GUILHERME GEGHOTTI LEONELI
JOSÉ RUBENS MARQUES COSTA
GUSTAVO CAVALCANTE
JULIANA LONGO PEDRA
GUSTAVO HACKER ROCHA
JÚLIO CÉSAR F. CHAMPANIDIS
HELDER CAMARA DO NASCIMENTO
JUSSARA DE SOUZA COSTA
HELIANA ACRIS DO NASCIMENTO
JUSSARA DEL CASTILLO MAGALHÃES
HENRIQUE MUCCINI DA C. NEVES
LEANDRO AUGUSTO F. GOMES
HERMINIO CALASANS NETO
LEANDRO CALMON DE JESUS
HERON CRUSÓE CANGUSSU
LEANDRO FREITAS DE CARVALHO
HORTÊNSIA OLIVEIRA CALMON DE PASSOS
LEANDRO PEREIRA LANDIM
HUMBERTO O. GUIMARAES
LEONADO LANDIM FERNANDES
IGOR MENESES HERMIDA
LEONARDO A. ALMEIDA
INÁCIO ANTONIO ALVES DOS SANTOS
LEONARDO CARDOSO BARBOSA
INGO AHRINGSMANN
LEONARDO CELESTINO R. BARROS
ISRAEL BULHÕES PINTO
LEONARDO DE OLIVEIRA PESSOA
ITALO ROMANO EDUARDO
LEONARDO DE SOUZA LEAL
IVAN COSTA DA CUNHA LIMA
LINO DOS SANTOS BAHIA
JACKSON DA SILVA CERQUEIRA JÚNIOR
LIVIA MARIA DE CASTRO DAYBE
JADER DE OLIVEIRA TAVARES
LUCI DINIZ PINTO
JAIME AUGUSTO CARVALHO MARQUES
LUCIA MARTINEZ TEJEDOR
JAIRO SAPUCAIA DE FARIA GOES
LUCIANA MARQUES DE OLIVEIRA
JEFERSON LIMA CIRNE
LUCIANO JOSÉ SANTOS RAMOS
JOÃO AMILTON CERQUEIRA
LUCIANO SERGIO HOCEVAR
JOÃO CARLOS TOURINHO ALVARES
LÚCIO GUEDES FERNANDES
JOÃO EDUARDO VELOSO COSTA
LUIS FELIPE TEDESCO NETO
JOÃO FREIRE ROCHA
LUIS HENRIQUE SPINOLA TOURINHO
306
LUIZ ALBERTO SOUZA VILAS BOAS
MILTON GESTEIRA DINIZ GONÇALVES
LUIZ AUGUSTO AGLE FERNANDES FILHO
MÔNICA APARECIDA L. DI CHIACCHIO
LUIZ AUGUSTO DA COSTA MONTAL
MONICA BAQUEIRO AMOEDO
LUIZ AUGUSTO P. CAL FILHO
MONICA MORAES DE MATOS
LUIZ AUGUSTO PEIXOTO DE CASTRO
MONICA SORAIA R. P. MACEDO
LUIZ CARLOS DE JESUS SEIXAS
NELSON ANTONIO DANTAS FONTES
LUIZ EDUARDO ALMEIDA CINTRA
NERIOVALDO ALVES SANTANA
LUIZ MAX SOUSA SANTANA
NILSON BATISTA MELO
LUIZETE RIBEIRO DE OLIVEIRA
NILZA MARIA DE JESUS
MANOEL DA HORA BRAZIL DE COUTO
NÚBIA BENTO RODRIGUES
MANOEL TOMAZ VARGAS LEAL
ODEMAR DE A. LEITE
MARCELO ALBERT SOUZA
OLGA REGINA DE S. SANTIAGO
MARCELO AMADO RABELO
OSMÁRIO PIRES RIBEIRO
MARCELO ANTONIO M. DA SILVA
PATRICK JOHN HENNEGOM
MARCELO CAMPOLINA MARQUES FILHO
PAULO FRANCISCO D. FILHO
MARCELO DA SILVA MECEDO
PAULO ROBERTO DE MENEZES FAHEL
MARCELO EDUARDO PFEIFFER CASTELLANOS
PAULO ROBERTO V. DE MELO
MARCELO PIMENTEL DE S. LIMA
PAULO SÉRGIO FRAGA BERENGUER
MARCELO SANCHES LOPES DO AMARAL
PEDRO ANGEL DE LA FUENTE RODRIGUEZ
MARCELO VIANNA TAVARES
PEDRO DA SILVA
MÁRCIO LUÍS ALVES MARTINEZ
PEDRO LUIZ ROSA VELLOSO
MÁRCIO VITÓRIO DE S. LIMA
PIERRE BOURGEOIS
MARCO VALERIO VIANA FREIRE
PRISCILA MONTEIRO L. PONTES
MARCOS AMADO RABELO
RAFAEL COUTINHO RAMOS
MARCOS JOSÉ VIANA DOS SANTOS
RAIMUNDO JOSÉ DA SILVA
MARCOS SANTANA DA SILVA
RAIMUNDO MONTEIRO FALEIRO
MARCUS DA GAMA RAMOS
REGINA GUIMARÃES PEREIRA
MARCUS DE ANDRADE STALLONE
RENATA ANDRADE DE BRITO
MARCUS MARQUES ROCHA
RENATA ARAUJO GURGEL DE OLIVEIRA
MARGARIDA DE LIMA GONÇALVES
RENATO MONTEIRO
MARIA AMÉLIA COSTA
RENILDES EÇA DE SENA
MARIA AUXILIADORA T. BRIM LANDEIRO
RICARDO ALEXANDRE BRANDÃO MARTINEZ
MARIA CAROLINA CARVALHO
RICARDO ANTÔNIO COURI DE ALMEIDA
MARIA DAS GRAÇAS G. ALMEIDA
RICARDO CARNEIRO RAMOS
MARIA DE FÁTIMA NUNES MAIA
RITA DE CÁSSIA GOMES BARBOSA LIMA
MARIA DO SOCORRO PIRES REIS DUTRICH
ROBERTO ADAMI DE SÁ JÚNIOR
MARIA GRACILDA BARROIS LESCOP
ROBERTO DA SILVA VIEIRA
MARIA LUCIA C. DI TULLIO
ROBERTO JORGE RIBEIRO DE LIRA
MARIA VERÔNICA PIRES DE OLIVEIRA
ROBERTO MACEDO DOS SANTOS
MARIANA PEDREIRA CAUMO
RODRIGO BORGES VAZ DA SILVA
MARILUCE DOMINGOS SOUZA SANTOS
RODRIGO CASTRO LIMA CARLOS
MÁRIO CARLOS FARIA RAFAELLI
RODRIGO OTÁVIO T. JUNQUEIRA AYRES
MARKUS BORGES ASTOLPHO
ROGERIO TANDESCO NETO
MARTINHO FERNANDES IVO RAMOS
ROMULO GUSMAO SANTOS
MARY GARCIA CASTRO
RONALDO CARLOS NASCIMENTO DE OLIVEIRA
MATHEUS FREIRE REIS
ROSELENE CÁSSIA DE ALENCAR SILVA
MAURICIO CARVALHO
RUBEN BELLO COSTA
MAURICIO DANEU CARDOSO E SILVA
RUTH OLIVEIRA MURICY
MAURICIO GARCIA SAPORITO
SAMARA CLEA CARVALHO PRADO
MAURICIO LIMA BARRETO
SÉRGIO DE CARVALHO SCARMAGNAN
MAYANE DE AZEVEDO ANDRADE
SÉRGIO LUIZ DA ROCHA LEMOS
MILENA SILVA HIRSCH RODAMILANS
SÉRGIO OLIVEIRA CALMON DE PASSOS
307
SERGIO VILAS BOAS SANTOS
ANTONIO NELSON DANTAS FONTES
SOLON CAVALCANTE GUERRA
ANTONIO VIANA SABACK
SONIA CRISTINA P. CARMO
ARIALVO DE ALMEIDA MOTTA
SONIA MARIA ROCHA SAMPAIO
ARLINDO JOSÉ GUIMARÃES REGO
SUELY LEAL ALCÂNTARA
ARLINDO LUIZ DE SANTANA
SUZANA MARCIA PEREIRA
AYLTON SILVEIRA ROMERO
SUZANA TELLES DA CUNHA LIMA
AYLTON WALTER DO NASCIMENTO
TIANI MARIA S. SANTOS
BENJAMIN WAINSTEIN
UBALDINO SALDANHA RAMOS DE OLIVEIRA
BORIS B. F. PESSOA
ULISSES DE ARAUJO MALVEIRA
CAIO FERNANDES LEONY
VALDEMAR JOSÉ ISSA FERREIRA
CARLOS ALBERTO DELLA PIAZZA
VALFREDO ROQUE PEREIRA
CARLOS AUGUSTO FREIRE LOPES
VALTER SENNA
CARLOS HENRIQUE NAJAR
VANDA CARVALHO MEDRADO
CARLOS SALES JÚNIOR
VANILDA BRITO ANDRADE
CARLOS SALES RIBEIRO FILHO
VICTOR CARLOS DE ASSIS FREITAS
CHARLES DAVID DE AQUINO
VICTOR LACERDA FARIA
CLÉLIA MATOS DE ALBUQUERQUE
WAGNER DE SOUZA LIMA
CLINAMUTE VIEIRA FRANÇA
WALDEMIR RABELO PAES ALVES
CLODOMIR BRANDÃO DE CARVALHO
WALDIRENE SANTOS DA SILVA
CLOVES DE JESUS BARRETO SANTOS
WALLIS FREITAS SILVA
CLOVIS DE OLIVEIRA SOUZA
WILSON DA SILVA GOMES
DANIEL MARINHO DA SILVEIRA
WILSON FEITOSA DE BRITO
DELSUC MENDES FIGUEIREDO
WOLFGANG WESENANN
DILCE DE ANDRADE BEHRENS
ZELIA MARIA AQUINO SILVA
DÍLSON DE SÁ MILTON DA SILVEIRA
ZENAIDE SOARES MOTTA
DÍLSON SANTIAGO DA SILVA
ZULEIDE LEAL BANITO
EDGARD DE ANDRADE BEHRENS
EDILBERTO PRADO SILVA
Proprietários Solidários
EDUARDO BAPTISTA VIEIRA
Total: 142
EDUARDO GOMES VIEIRA DE MELO
EDUARDO RODRIGUES CARINHANHA
ABIMAEL OLIVEIRA
ELISIO ANTONIO ALVES
ADILSON JAMBEIRO SILVA
ELOÍSA MATTA DA S. LOPES
ADILSON MENDES RODRIGUES
EMERSON FERREIRA MANGABEIRA
ADMAR JORGE DE FIGUEIREDO MACHADO
ERALDO FERREIRA FREIRE
AFONSO KAUARK
ERNANI LIMA TORRES
AFRODISIO SILVEIRA DE BRITO FILHO
EUGÊNIO DA S. P. DE MIRANDA
ALDA MARIA ASSIS DE SANTANA
EVANDRO DE CARVALHO GUEDES FILHO
ALDECI DE JESUS
FERNANDO DE OLIVEIRA REIS
ALOYSIO HENRIQUE PETITINGA
FRANCISCO DE PAULA GONDIM
ANDREIA FALCÃO SOARES GUIMARÃES
GASTÃO FRANCISCO DE ASSIS FILHO
ANIBAL COELHO DA COSTA
GERALDO RABELLO DE BRITO FILHO
ANILDO PIRES SEPÚLVEDA
GILBERTO PEREIRA DE FREITAS SÁ
ANTONIETE MARIA DE ALMEIDA
GILDO RAIMUNDO LOPES
ANTONIO CARLOS R. DE OLIVEIRA FILHO
GILVAN FIGUEIREDO GALVÃO
ANTONIO CRUZ MOREIRA ALVES
IVETE REZHALLAH KHOURY
ANTONIO EDUARDO ARAÚJO SANTOS
JAYME SIMAS KRAYCHETE
ANTONIO EDUARDO TELLES BASTOS
JOACY OLIVEIRA NUNES
ANTONIO GENIVAL NEVES
JOÃO CARLOS FERNANDES CAMPOS
ANTONIO JOÃO TRINDADE FERREIRA SANTOS
JOÃO CLIMACO ARAÚJO SANTOS
ANTONIO LUIZ VIANA VENTURA
JOÃO COELHO DA COSTA
JOÃO DANTAS DE PAIVA VIEIRA
308
JOÃO LOPES GUIMARÃES
PAULO SÉRGIO FREIRE DE C. G. TOURINHO
JOÃO MANSUR QUEIROZ
PAULO SOUZA DE OLIVEIRA
JOÃO MARCOS WOLF DE OLIVEIRA
RAIMUNDO COELHO CORDEIRO
JORGE ALIOMAR B. DANTAS
RAUL CALIL
JORGE ANTONIO DE BRITO
RAUL EDUARDO DE CARVALHO GOMES
JORGE FORTES FILHO
RODRIGO GOMES VIEIRA DE MELO
JOSÉ ALFREDO CRUZ GUIMARÃES
ROSALVO COELHO NETO
JOSÉ CARLOS FORTES FARINHA
RUBENS AFRÂNIO DO AMARAL
JOSÉ GOMES DE OLIVEIRA
RUI VIEIRA XAVIER DA COSTA
JOSÉ JOÃO PEIXOTO ALVES LEITE
SÉRGIO CERQUEIRA FIGUEROA
JOSÉ JORGE MEHMERE NETO
STÉLIO AUGUSTO DE A. CARDOSO
JOSÉ MENDES DE OLIVEIRA
TÂNIA RIBEIRO SILVA
JOSÉ NOGUEIRA ELPIDIO
TEREZINHA EVANGELISTA DOS SANTOS
JOSÉ RAIMUNDO CAJAZEIRA RÊGO
THELÍCIO LUIZ BAPTISTA
JOSÉ SITÔNIO DE LIMA FILHO
UBIRACI ALMEIDA DE JESUS
JOSELITA ALVES PACHECO
VALDEMAR SOUTO VEIGA
LEONARDO ÁVILA DA LUZ
VALDIVIO COELHO NETO
LETÍCIA DANTAS FREITAS
VALMIR PALMA FERREIRA
LUIZ ALBERTO MENEZES SAMPAIO
VICTOR MANUEL MARTINEZ
LUIZ FERREIRA BASÍLIO
VIRGILIO ELÍSIO DA COSTA NETO
LUIZ HENRIQUE OLIVEIRA BEHRENS
WALFRIDO VIEIRA DE MELO
MARCELO AUGUSTO CARVALHO ROCHA
MARCOS ANTONIO CHOPANIDIS
Veteranos
MARCOS BENEDITO DOS REIS FONSECA
Total: 24
MARIA DE POMPÉIA SANTANA SOUZA
MARIA HELENA DA SILVEIRA DALTRO
AMANDO WALTER L. MEDRADO FILHO
MARILIA TÂNIA ALVES MEISTER
ANDREA RICCI
MARINALVA DOS SANTOS
ANTONIO AMÂNCIO JORGE DA SILVA
MAURÍCIO DA SILVA PASSOS
ANTONIO DE MACEDO TAVARES
MIGUEL FALCÃO DA SILVA
ARMANDO LOPES ULM DA SILVA
MIRIAM CRISTINA R. LIMA BRAZILEIRO
CARLOS FERNANDO AMARAL
MOACYR BORRI
EDVALDO DIAS LEONY
MOZART FRANCISCO DE CARVALHO
ENO MEIRELLES
MÚCIO JOSÉ TOURINHO DE ARAÚJO
GERALDO FERREIRA FONSECA
NELCY KELLY PRASS
HAMILTON JOSÉ DE OLIVEIRA
NELSON BISAGLIA COSTA
IVAN PERAZZO FREITAS
NELSON DIAS CARREGOSA
JOSÉ EDUARDO FRANÇA GANTOIS
NEWTON DUPLAT AZEVEDO
JOSÉ MARTINS QUEIROZ
NEY SOUZA GAVAZZA
JOSÉ RAIMUNDO DA SILVA ALMEIDA
NILVO NICHETTI
JOSÉ TEIXEIRA FREIRE
NINA MARIA TOURINHO DE CARVALHO
LÚCIA MARIA REBOUÇAS MEIRELLES
NOELITO DE OLIVEIRA PEDRA
LUIZ EURICO CARVALHO LAVIGNE
ODETE AMANDA MARTINEZ
LUIZ FORTUNATO AUGUSTO DA SILVA
OLGA BELOV MOREIRA
LUIZ HENRIQUE PORTELA BRIM
OSNEI FALCÃO SOARES
NESTOR ISIDORO DE OLIVEIRA
OSNILDO FALCÃO SOARES
RUY DE OLIVEIRA ROSA
PAULO CÉSAR COELHO C. DE A. PINTO
RUY MESSIAS DE FREITAS SERRAVALE
PAULO DE TARSO PIMENTEL LOPES
VIRGILIO LEIRO CAMPOS
PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA JÚNIOR
WANDERLEY DE MACEDO MOURA
309
Conveniados
Aspirantes
Total: 18
Total: 7
ANA DE CÁSSIA REZENDE MELO
ADRIANO WELL VELLOZO
ANA MARIA SANTOS M. DE FIGUEIREDO
ANDERSON LUIZ ARAÚJO BASÍLIO
CARLOS TADEU DE MELO CARDOSO
ANDRÉ LUIZ ARAÚJO
CÉLIA MARIA LOUREIRO ALVAREZ
LUCAS CORTIZO GARCIA
CRISTIANO DOTTO GUIMARÃES
MÁRCIO DE SANTANA MESSEDER
ERBENE RIBEIRO BRITO LEITE
MARCOS ARAÚJO DE ALMEIDA
GUILLAUME N. FOULON
MARCOS FREITAS DE CARVALHO
LINDINALVA SAMPAIO ALMEIDA
LUCIANA TORRES CARNEIRO SILVA
Contribuintes Residenciais
LUIZ EDUARDO LOPES DA SILVA
Total: 2
MÁRIO SÉRGIO ROSA DE OLIVEIRA
MARISTELA PEREZ GARCIA MOURA
DANIEL GUSMÃO CORREIA
PAULO JOSÉ PEREIRA FILHO
EUVALDO JOSÉ FERREIRA JÚNIOR
RAQUEL DE SOUZA FONSECA CARBALLO
RENATO BRASILEIRO JÚNIOR
Contribuinte Usuário
RODRIGO MENDONÇA AZEVEDO DA SILVA
Total: 1
VALTER ALVES BRITTO FILHO
VLADIMR DE SÁ BARROS GUERREIRO
MARIA DE FÁTIMA NERY COUTO
310
ICONOGRAFIA
Imagens da Associação Antiga
Imagens da Nova Associação
Imagens da Sessão na Câmara Municipal
Imagens da Primeira Solenidade
Imagens da Primeira Festa Dançante
311
Reprodução: Revista Tênis
Aos dez anos, na escolinha de tênis da Azulina,
Patrícia Medrado iniciou a trajetória para a conquista de
importantes títulos em competições nacionais e internacionais.
(Foto: Roberto Okumura/1979)
312
Acervo da AAB
Imagens da Associação Antiga
Acervo da AAB
A sede da Azulina, inaugurada em 25 de janeiro de 1941. Toda branca, com janelas e portas azuis,
tinha a separá-la da rua um belíssimo jardim e frondosas mangueiras. Durante décadas, esse prédio
de traços neocoloniais simbolizou uma parte do glamour da vida social e esportiva de Salvador.
A sede inaugurada em 1941 com as alterações que sofreu em sua fachada da entrada.
313
Acervo da AAB
Acervo da AAB
Vista das partes posterior e lateral da sede.
314
Acervo da AAB
Acervo da AAB
Piscina olímpica.
Piscinas infantil e de saltos ornamentais.
315
Acervo da AAB
Acervo da AAB
Piscina infantil, restaurante e ginásio poliesportivo.
Quadras de tênis e ginásio poliesportivo.
316
Acervo da AAB
Quadras de tênis.
317
Acervo da AAB
318
Acervo Rubinho dos Carnavais
Acervo Rubinho dos Carnavais
319
Acervo Rubinho dos Carnavais
Acervo Rubinho dos Carnavais
Acervo da AAB
Acervo Boréu
Um automóvel no corso do sábado de carnaval.
Tenistas Eduardo Catharino Gordilho (Bahiano de Tênis) e José Carlos
Brito Dória, o Boréu (Associação), na quadra da Azulina, em 1963.
320
Acervo da AAB
Acervo da AAB
Roberto Rebouças (à esquerda), acompanhado pela esposa Silvinha, sendo entrevistado pela Rádio
Cultura logo após ter recebido o troféu Bola Azul de 1977, como melhor centroavante na categoria
de veteranos, defendendo o Locomotiva no campeonato interno de futebol da Associação.
Equipe de sinuca da Associação, campeã estadual interclubes de 1993: Gervásio, Roberto, Tartaruga,
Cigano e Raymundo.
321
Acervo Lúcia Meirelles
Acervo Lúcia Meirelles
Uma família de tenistas: Lúcia e Cid Meirelles com as filhas Vânia, Ivana, Itana e Tânia.
Tânia Meirelles participou
das seguintes competições
internacionais: Campeonato
Sul-Americano Infanto-Juvenil
até 14 anos (Venezuela/1977);
Campeonato Sul-Americano
Infanto-Juvenil até 16 anos
(Chile/1978): Torneio Casablanca
(México/1980); e Torneio Orange
Bowl (Estados Unidos/1980).
322
Acervo da AAB
Acervo da AAB
O sócio Remido e cientista Elsimar Coutinho foi um
dos vários palestrantes de renome internacional
que passaram pela Associação.
O monsenhor Gaspar Sadoc da Natividade
com o Diploma de Sócio Honorário da AAB.
323
Reprodução: Informativo O Azulino, nº 10/1992
Em 1992 foi iniciado o “Projeto de Recuperação das Casas dos Funcionários mais
Antigos e Carentes da AAB”. Na sua viabilização foram conclamados os diretores, conselheiros e
associados, para colaborarem com a doação de dinheiro, mão de obra ou material de construção.
Uma comissão, constituída por funcionários, ficou encarregada de visitar as residências e definir a
prioridade dos atendimentos.
A reforma da primeira casa foi a do funcionário Miguel Arcanjo dos Santos, que em 1990
havia recebido o título de Funcionário Padrão. Ele tinha 54 anos de idade e há 23 trabalhava na
Associação. Era viúvo e tinha cinco filhos. A reforma da sua residência foi custeada pelos diretores
Joselisio Oliveira, José Araújo, Normando Macedo, Frederico Catharino, Renato Scardua e pelo
presidente Ademar da Silveira Brito, juntamente com sua esposa, Marlene Brito. O associado Ubaldo
Barreto colaborou com a mão-de-obra e o conselheiro João Dantas com material de construção.
Na foto o presidente Ademar Brito com a comitiva da Associação na porta da residência
de Miguel Arcanjo, logo no início das obras da reforma.
Reprodução
Durante muitos anos o campo de futebol foi o palco de memoráveis jogos nas sete categorias do
campeonato interno: dente de leite, infantil, juvenil, adulto, veterano, máster e matusalém. (Foto:
Informativo O Azulino, nº 13/1993)
324
Acervo Edgar Viana
Acervo Lúcia Meirelles
Pela passagem do Dia do Jornalista, em 10 de setembro de 1993, a Associação Atlética da Bahia
homenageou a Associação Bahiana de Imprensa com uma placa de prata. Na foto o jornalista
Edgar Viana Filho, diretor de marketing da Associação, procedendo a entrega ao presidente da ABI,
jornalista Samuel Celestino (centro), tendo à esquerda o jornalista Jorge Calmon, diretor redatorchefe de A Tarde.
Festival futebolístico, com times das categorias dente de leite e infantil.
325
Acervo da AAB
Acervo da AAB
Uma competição na piscina olímpica da AAB.
Uma equipe da AAB campeã de judô.
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Acervo da AAB
Acervo da AAB
Pega no Tombo, que em seis anos no campeonato interno de futebol, na categoria veterano,
foi três vezes vice-campeão e três vezes campeão.
Seleção da AAB de futebol juvenil.
327
Acervo da AAB
Acervo da AAB
O governador da Bahia, Otto Alencar, entre Rubinho dos Carnavais e Ademar Brito, respectivamente
relações públicas e presidente da AAB.
O vereador Pedro Godinho entre os casais Valfredo Oliveira e Ademar Brito, em evento na AAB.
328
Imagens da NOVA Associação
Kin Kin
(27.11.2010)
Dirigentes da Associação na entrada social do clube, no dia da inauguração da nova sede, em 27 de
novembro de 2010. A partir da esquerda: Leonardo Scardua, Jorge Pinho, Antônio Heider, Ademar
Brito, Teruo Mitani e Luiz Brim. Atrás: Adilson Ramos, Geraldo Rabelo e Antônio Moreira.
329
Kin Kin
Piscina
330
Kin Kin
Kin Kin
Piscina
331
Kin Kin
Augusto Moura
Augusto Moura
Plateia atenta ao discurso proferido pelo presidente Ademar da Silveira Brito, no dia da
inauguração da nova sede.
Muitos associados testemunharam a inauguração da nova Associação.
À esquerda o diretor Antônio Cruz Moreira Alves.
332
Kin Kin
Kin Kin
Jorge Pinho, Virgílio Leiro, Pedro Godinho, Téo Senna, Edvaldo Brito, Ademar Brito, Valfredo
Oliveira, Eduardo Jorge Magalhães, Maurício Farias e Boris Pessoa.
Pedro Godinho, Claudelino Miranda, Edvaldo Brito e Valfredo Oliveira.
Em pé: Téo Senna e Ademar Brito.
333
Kin Kin
Romildo de Jesus
Jorge Pinho, Luiz Brim, Luiz Behrens, Valfredo Oliveira, Odair Conceição, Ademar Brito,
Boris Pessoa, Geraldo Rabelo, Aurélio Pires, Ronaldo Rohrs, Antônio Moreira,
Selenneh Íris e Antônio Heider.
Valfredo Oliveira, Ademar Brito e Rosalvo Coelho Neto com representantes do bairro do Rio
Vermelho, sentados: Antônio Carlos Freire, Ubaldo Porto, Ítalo Dattoli e Clóvis Bezerril.
334
Kin Kin
Kin Kin
Rosalvo Coelho Neto, Valfredo Oliveira, Antônio Carlos Cunha, Lauro Astolfo, Ademar Brito,
Pedro Godinho e Ana Viana.
O vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito, colocando a faixa de Miss Associação Atlética da Bahia
em Nathália Moinhos.
335
Augusto Moura
Augusto Moura
Os presidentes Ademar Brito (Diretoria) e Valfredo Oliveira (Conselho Deliberativo) com
parte da equipe da secretaria da Associação: Cláudia Costa, Aurenice Andrade
e Maria Vandelúcia Patrocínio.
Outra parte da equipe administrativa da Associação: Carlos dos Reis, Eliraldo Bomfim,
Wellington Villas Boas, Renê Cavalcante e Ademir Caldas.
336
Kin Kin
Kin Kin
O desembargador Eduardo Jorge Magalhães, sócio Benemérito e ex-presidente do Conselho
Deliberativo da AAB, durante o discurso da inauguração da nova sede da AAB.
O deputado federal Gerson Grabielli, sócio Benemérito da AAB, também discursou na
inauguração da nova AAB.
337
Imagens da SESSÃO NA CÂMARA MUNICIPAL
Eduardo Silva/CMS
(02.12.2010)
Eduardo Silva/CMS
Mesa que dirigiu os trabalhos da Sessão Especial da Câmara Municipal de Salvador, realizada no
dia 2 de dezembro de 2010, em homenagem à Associação Atlética da Bahia. A partir da esquerda:
Claudelino Miranda, Ademar da Silveira Brito, vereador Pedro Godinho, Valfredo Oliveira e
Itaberaba Lyra.
O plenário Cosme de Farias no instante da execução do Hino Nacional Brasileiro, vendo-se à
esquerda Sérgio Oliveira, Ronaldo Rohrs, Luiz Behrens, Geraldo Rabelo e Cláudio Carvalho.
338
Eduardo Silva/CMS
Eduardo Silva/CMS
Discurso do vereador Pedro Godinho, presidente da Sessão Especial.
O plenário atento ao discurso do presidente, vendo-se, dentre outros, os seguintes dirigentes da
Associação: Geraldo Rabelo, Jorge Pinho, Cláudio Carvalho e Antônio Heider.
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Oradores da Sessão Especial
Fotos: Eduardo Silva/CMS
Pedro Godinho, presidente da
Sessão Especial.
Ademar Brito, presidente da
Diretoria da Associação.
Valfredo Oliveira, presidente do
Conselho Deliberativo
da Associação
Alfredo Vasconcelos, presidente do
Sindicato dos Clubes do Estado da
Bahia (Sindiclube).
340
Oradores da Sessão Especial
Fotos: Eduardo Silva/CMS
Claudelino Miranda, representante
do vice-prefeito de Salvador,
Edvaldo Brito.
Itaberaba Lyra, ex-vereador
de Salvador.
Ubaldo Porto, historiador
da Associação.
Clóvis Bezerril, presidente da
Central das Entidades do Rio
Vermelho.
341
Imagens da primeira SOLENIDADE
(31.11.2011)
Romildo de Jesus
No dia 31 de janeiro de 2011, no Salão Nobre Ministro Carlos
Coqueijo Costa, foi realizada a primeira solenidade na nova Associação
Atlética da Bahia, com a entrega dos diplomas de Sócio Benemérito, a
Valfredo Oliveira Santos, e de Sócio Honorário a Claudelino Monteiro
da Silva Miranda. O evento contou com a participação de dezenas de
conselheiros e associados do clube, além dos membros da Diretoria e da
Comissão Fiscal.
Em seguida, foi servido um coquetel de congraçamento entre
associados do clube e os amigos e familiares dos homenageados,
dirigentes de diversas entidades e autoridades, dentre elas o novo
presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Pedro Godinho,
o líder do prefeito na Câmara Municipal de Salvador, vereador Téo
Senna, o comandante do 2º Distrito Naval, vice-almirante Carlos Autran
Oliveira Amaral, o comandante da Base Aérea de Salvador, coronelaviador Ary Soares Mesquita, o presidente da Associação Comercial da
Bahia, Eduardo Moraes de Castro, o presidente da Associação Brasileira
dos Agentes de Viagens da Bahia, Pedro Galvão e o cônsul da Costa do
Marfim na Bahia, Carlos Sodré.
Ademar da Silveira Brito entre os homenageados, Claudelino Miranda
e Valfredo Oliveira.
342
Romildo de Jesus
Romildo de Jesus
Valfredo Oliveira com os filhos: Luciano, César Augusto e Sérgio Ricardo.
Claudelino Miranda entre Rosalvo Coelho Neto, Ademar da Silveira Brito, Carlos Maurício Torres,
Carlos Alberto de Carvalho Lima e Antônio Cruz Moreira Alves.
343
Cortesia Studio Kin Kin
Cortesia Studio Kin Kin
Eduardo Moraes de Castro, Carmelito Walter de Almeida e Anorailton Conceição Silva.
Pedro Galvão, Téo Senna e Carlos Sodré.
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Cortesia Studio Kin Kin
Cortesia Studio Kin Kin
Carlos Autran Oliveira Amaral, Claudelino Miranda, Arnon Lima Barbosa, Ary Soares Mesquita
e José Paulo Machado de Azeredo Júnior.
Uma parte da platéia no Salão Nobre Ministro Carlos Coqueijo Costa.
345
Acervo da AAB
Os jornalistas Jolivaldo Freitas, sócio Remido da AAB, e Verônica de Macêdo,
editora da revista Azulina.
346
Acervo da AAB
O professor Edvaldo Brito (sócio Benemérito, ex-presidente do Conselho Deliberativo e
atual vice-presidente jurídico da AAB) confraternizando-se com o arquiteto Antônio Caramelo,
autor do projeto do novo clube e sócio Honorário da AAB.
347
primeira FESTA DANÇANTE
(18.02.2011)
Porto Filho
A Associação ficou famosa pela tradição das festas dançantes,
divididas em duas categorias: os bailes de gala, comandados por
orquestras famosas, onde o traje a rigor era obrigatório; e as festas
denominadas de “assustados”, conduzidas por conjuntos musicais locais
e ainda sem a fama nacional, mas de renome regional. Nessas ocasiões
o traje a rigor era dispensado.
Embora mais simples, sem a pompa dos bailes a rigor, os
“assustados” eram realizados com mais frequência e foram por longos
períodos promovidos semanalmente, enternecendo várias gerações da
chamada Família Azulina.
E num resgate da fase áurea dos antigos “assustados”, onde a
dança de salão era regida pelas músicas românticas, a nova Associação
realizou o seu primeiro baile na noite de 18 de fevereiro de 2011. O palco
foi o Salão Nobre Ministro Carlos Coqueijo Costa, que ficou repleto de
casais dançando ao som de Beto Narchi e seu conjunto, especialistas na
execução das canções românticas nacionais e internacionais.
Indiscutivelmente o maior nome da noite baiana no repertório
das músicas para dançar, o cantor e showmen Beto Narchi encantou
os associados da Azulina e garantiu que a primeira festa dançante na
Associação obtivesse êxito total.
348
Acervo da AAB
POSFÁCIO
Valfredo Oliveira Santos
Presidente do Conselho Deliberativo
O Desafio Vencido
Na década de 1980, os clubes
sociais, de um modo geral, em todo o
país, começaram a sofrer os reflexos nas
mudanças do cotidiano das famílias, decorrentes dos surgimentos dos
edifícios residenciais de luxo e dos condomínios de casas oferecendo
novos conceitos de vida comunitária. Esses novos núcleos de habitação,
com piscinas, quadras esportivas, academias de ginástica, salões de
festas, bares, restaurantes e até boates privativas, passaram a gerar
uma baixa nas finanças dos antigos clubes, que foram, paulatinamente,
deixando de ser frequentados pelos associados mais abastados.
Como não poderia deixar de acontecer, a Associação também
passou a sofrer as consequências dos novos hábitos. Como não houve
uma visão progressista de algumas administrações, para colocar a Azulina
no caminho para onde os ventos dos novos tempos se direcionavam,
o clube ingressou num período de dificuldades, deteriorando a saúde
financeira e colocando todo o valioso patrimônio sob séria ameaça.
Enfim, a Associação esteve em vias de desaparecer, condenada por um
passivo que crescia como uma bola de neve.
Porém, eis que, teve à frente da Diretoria um presidente operoso
e determinado, que resolveu pôr em prática um velho adágio: “Não
há vitórias sem lutas”. E pensando assim, Ademar da Silveira Brito
arregaçou as mangas e saiu em busca das soluções que conseguissem
tirar o clube da situação de insolvência em que se encontrava. Não
deixaria que a Associação tivesse o mesmo final triste de vários clubes
importantes e tradicionais, existentes em dezenas de cidades brasileiras,
que simplesmente desapareceram.
Encarando a realidade com coragem e objetividade, Ademar
Brito e seus companheiros de Diretoria partiram para a concretização
de um projeto audacioso, sendo que muitos não acreditaram na sua
exequibilidade. O Conselho Deliberativo, acreditando no sucesso da
árdua empreitada, para o soerguimento da Associação, não negou
nenhuma colaboração nos momentos em que lhe foi solicitado o apoio.
O resultado está aí, um novo clube, com novas instalações para
gáudio do seu quadro associativo. Ademar Brito foi vitorioso na sua
349
difícil missão. Caberá agora, às administrações que o sucederão, zelarem
pelo novo clube e ficarem atentas aos modernos conceitos de gestão
dos clubes sociais, para manterem a Associação no lugar de destaque
que Ademar colocou e deixa como valiosa herança.
Este livro, escrito por Ubaldo Marques Porto Filho, é outra herança
legada por Ademar da Silveira Brito. A obra contém a história da Antiga
e da Nova Associação Atlética da Bahia. É um documento importante
para os associados e os pesquisadores, de hoje e de amanhã, ficarem
conhecendo a rica e gloriosa trajetória da agremiação azulina.
Salvador, fevereiro de 2012.
350
Associação Atlética da Bahia
Reconhecimento de Utilidade Pública Municipal
Projeto de autoria do vereador João Dantas,
que tramitou na Câmara Municipal de Salvador
e se transformou na Lei 4.794/93,
sancionada em 20 de outubro de 1993,
pela prefeita Lídice da Mata Souza, sendo publicada no
Diário Oficial do Município de 21 de outubro de 1993.
Reconhecimento de Utilidade Pública Estadual
Projeto de autoria do deputado Antônio Honorato de Castro Neto,
que tramitou na Assembleia Legislativa da Bahia
e se transformou na Lei 7.260/98,
sancionada em 22 de janeiro de 1998,
pelo governador Paulo Ganem Souto, sendo publicada no
Diário Oficial do Estado de 23 de janeiro de 1998.
PARCEIROS DA ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DA BAHIA
Capitania do Porto (Academia Paulo Meyra)
Restaurante Marinata
Barra Salvador Hall (BSH)
Porto Shopp Bar e Restaurante
Yo Frozen (Sorvete de Iogurte)
Lavanderia 5àSec
Depil (Depilação)
Academia Cavalo Marinho
351
Com projeto gráfico e editoração eletrônica da
Verbo de Ligação Ilustrações, este livro foi composto
no formato 17x24cm, na fonte Humnst777 BT
e impresso em março de 2012, nas oficinas da
Grasb - Gráfica Santa Bárbara Ltda.,
pelo processo CTP - Computer To Plate,
utilizando papel Couchê 115g/m² no miolo e
Supremo Duo Design LD 300g/m² nas capas.
Salvador - Bahia - Brasil
352
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continuaram - Ubaldo Marques Porto Filho