“OPERAÇÕES DA 3ª GERAÇÃO DA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA E INDÚSTRIA DE PAPELÃO: ANÁLISE DA GERAÇÃO DE ICMS EM FUNÇÃO DA LEGISLAÇÃO NOS ESTADOS DO ESPÍRITO SANTO, RIO DE JANEIRO E BAHIA”. Consultores: Ulysses Monteiro – CRA 0681 Jorge Sant’Anna Filho – CRE 333 Ketrin Kelly Alvarenga – CRE 1227 SUMÁRIO 1. LISTA DE GRÁFICO......................................................................4 2. LISTA DE TABELA........................................................................5 3. LISTA DE FLUXOGRAMA...............................................................6 4. INTRODUÇÃO..............................................................................7 4.1. Visão Atual das Embalagens..................................................10 5. CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO..............................12 6. OBJETIVO..................................................................................19 7. METODOLOGIA..........................................................................20 8. CARACTERIZAÇÃO.....................................................................21 8.1. Indústria de Transformação Plástica.......................................21 8.2. Indústria de Embalagem.......................................................25 8.2.1. Indústria de Material Plástico...................................28 8.2.2. Indústria de Papelão................................................30 9. PRODUÇÃO................................................................................33 10. IMPORTÂNCIA SOCIAL E ECONÔMICA...............................38 11. EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO...........................................48 12. CAPACIDADE INSTALADA E UTILIZADA............................52 13. CARACTERIZAÇÃO DAS INDÚSTRIAS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.......................................................................56 13.1. Indústria Petroquímica de 3ª Geração.....................................56 13.2. Indústria de Papel e Papelão..................................................57 14. ANÁLISE TRIBUTÁRIA......................................................59 14.1. Análise da Geração de ICMS em função da legislação dos Estados..............................................................................59 14.2. Análise Comparativa dos dados apurados na legislação dos Estados..............................................................................78 15. CONCLUSÃO..................................................................... 86 16. AGENDA............................................................................87 Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 2 17. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................88 18. ANEXO I............................................................................91 19. ANEXO II..........................................................................94 Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 3 1. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 – Números de empresas do setor de transformação de material plástico – em unidades..................................................................................................................24 Gráfico 02 - Segmentação de embalagem – 2001..........................................................28 Gráfico 03 - Segmentação do mercado do plástico setorial – 2004....................................29 Gráfico 04 - Consumo de artefatos transformados plástico em 1000 ton............................33 Gráfico 05 - Consumo aparente nacional (em t) das principais resinas termoplásticas (1990 – 2002)......................................................................................................................36 Gráfico 06 - Empregados do setor de transformação de material plástico...........................39 Gráfico 07 - Receitas líquidas de vendas.......................................................................40 Gráfico 08 - Faturamento da indústria do plástico em R$ milhões.....................................41 Gráfico 09 - Perfil do lixo produzido nas grandes cidades brasileiras.................................45 Gráfico 10 - Importação e Exportação de artefatos transformados plástico em 1000 ton......49 Gráfico 11 - Exportação de embalagem no 1º semestre de 2005......................................50 Gráfico 12 - Exportação de embalagem em 2004...........................................................50 Gráfico 13 - Gráfico do ICMS a Recolher – ES X BA X RJ....................................................81 Gráfico 14 - Gráfico do ICMS a Recolher – ES x BA x RJ..................................................84 Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 4 2. LISTA DE TABELAS Tabela 01 - Distribuição de empresas no setor plástico no Brasil – 2000............................25 Tabela 02 - Categorias de embalagem..........................................................................26 Tabela 03 - Amplitude da embalagem...........................................................................27 Tabela 04 - Consumo aparente nacional (em t) das principais resinas termoplásticas (1990 – 2002)......................................................................................................................35 Tabela 05 - Destino das vendas de produtos de papelão ondulado – ton, por região............37 Tabela 06 - Consumo “per capita” (Kg/habitante) da indústria de papelão ondulado...........37 Tabela 07 - Consumo total (em t) da indústria de papelão ondulado.................................37 Tabela 08 - Distribuição de empregados no setor de plástico no Brasil – 2000....................39 Tabela 09 - Faturamento sem IPI dos fabricantes de papelão ondulado em R$...................42 Tabela 10 - Mão-de-obra/nº de empregados na indústria de papelão ondulado..................43 Tabela 11 - Comparativo de reciclagem........................................................................46 Tabela 12 - Exportação em toneladas e mil mF..............................................................51 Tabela 13 - Participação das centrais pela capacidade instalada.......................................52 Tabela 14 - Capacidade instalada do setor de resinas termoplástica 2004 – principais resinas (em ton/ano)............................................................................................................54 Tabela 15 - Capacidade nominal instalada de produtos acabados (ano).............................55 Tabela 16 - Percentual de redução do ICMS do Programa Plast-Rio...................................64 Tabela 17 - Percentual de redução do ICMS do Programa Bahiaplast.................................73 Tabela 18 - Quadro comparativo de percentual de redução do ICMS - ES X BA X RJ..............79 Tabela 19 - Quadro comparativo de cálculo do ICMS - ES X BA X RJ...................................80 Tabela 20 - Quadro comparativo de cálculo do ICMS – ES x BA x RJ.................................83 Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 5 3. LISTA DE FLUXOGRAMAS Fluxograma 01 - Cadeia Petroquímica...........................................................................22 Fluxograma 02 - Fluxo produtivo.................................................................................32 Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 6 4. INTRODUÇÃO Plástico é todo composto sintético ou natural que tem como ingrediente principal uma substância orgânica de elevado peso molecular. O seu estado final é sólido, mas em determinada fase da fabricação pode comportar-se como fluido e adquirir outra forma. Em geral, os plásticos são materiais sintéticos obtidos por meio de fenômenos de polimerização ou multiplicação artificial dos átomos de carbono nas grandes correntes moleculares dos compostos orgânicos, derivados do petróleo ou de outras substâncias naturais. O nome plástico vem do grego plastikos, "maleável". Os polímeros, moléculas básicas dos plásticos, estão presentes em estado natural em algumas substâncias vegetais e animais como a borracha, a madeira e o couro. Há substâncias, como a celulose, que apesar de terem propriedades plásticas não se enquadram nessa categoria. A Indústria Petroquímica de Terceira Geração envolve as indústrias de transformação que fabricam produtos plásticos para o consumidor final, como embalagens, utensílios para os segmentos de alimentação, construção civil, elétrica, automotivas, entre outras. Utiliza para esse fim os produtos oriundos da Indústria Petroquímica de Segunda Geração, como PVC, poliestireno, ABS, resinas termoestáveis, polímeros para fibras sintéticas, elastômeros, poliuretanas, etc. Estes produtos, por sua vez, utilizam como matéria-prima a produção oriunda da Primeira Geração da Indústria Petroquímica, ou seja: olefinas (eteno, propeno e butadieno) e os aromáticos (benzeno, tolueno e xilenos), resultantes da primeira transformação de correntes petrolíferas (nafta, gás natural, etano etc.). Apresenta-se, a partir de então, breve histórico da relação entre o homem e o plástico, chegando até a necessidade de se acondicionar os alimentos: Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 7 Substâncias elásticas extraídas de resinas naturais, como a da seringueira, já eram conhecidas em certas regiões da América, Oceania e Ásia em épocas primitivas. Das crônicas de viajantes europeus medievais, como Marco Polo, constam relatos sobre a existência dessas substâncias, que foram introduzidas na Europa durante o Renascimento. Até o século XIX o aproveitamento desses materiais foi muito pequeno, mas o desenvolvimento da química permitiu seu aperfeiçoamento e o melhor aproveitamento de suas propriedades. Em 1862 o inglês Alexander Parkes criou a parquesina, o primeiro plástico propriamente dito. Sete anos mais tarde John Wesley Hyatt descobriu um elemento de capital importância para o desenvolvimento da indústria dos plásticos: a celulóide. Tratava-se de um material fabricado a partir da celulose natural tratada com ácido nítrico e cânfora, substância cujos efeitos de plastificação foram muito usados em épocas posteriores. A fabricação dos plásticos sintéticos teve início com a produção da baquelita, no início do século XX, e registrou um desenvolvimento acelerado a partir da década de 1920. O progresso da indústria acompanhou a evolução da química orgânica que, principalmente na Alemanha, permitiu o descobrimento de muitas substâncias novas. Hermann Standinger comprovou em 1922 que a borracha se compunha de unidades moleculares repetidas, de grande tamanho, que passaram a ser chamadas de macromoléculas. Essa comprovação abriu caminho para a descoberta, antes da metade do século, dos poliestirenos, do vinil, das borrachas sintéticas e das poliuretanas e silicones, todos de amplo uso e obtidos a partir de matérias-primas vegetais e minerais. A utilização do plástico passou a ser mais difundida após a Segunda Guerra Mundial, quando a vida moderna conheceu elementos novos, um deles o supermercado, que estabeleceu padrões visuais da embalagem tal como se Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 8 conhece hoje, principalmente surgem para então alimentos, à necessidade fáceis de de novas embalagens, manusear, estocar, empilhar, transportar, comunicar e proteger. Nessa mudança de hábitos surgem à embalagem plástica, a partir de várias resinas com características diferentes, derivadas do petróleo, como o polietileno, poliéster, polipropileno, etc. Os materiais plásticos para embalagem surgiram em substituição aos materiais tradicionais como o vidro, folha de flandres, alumínio ou mesmo o papel, devido, principalmente, à sua facilidade de moldar, inovar, baixo custo e facilidade de manuseio. As embalagens plásticas para alimentos, apesar de terem algumas limitações quanto à barreira a gases, baixa resistência à deformação, ao impacto e transmissão de luz, vem se superando ao longo do tempo. Essas limitações têm diminuído com o uso de novas resinas, tecnologias e equipamentos no processamento das embalagens e dos alimentos. Tem-se como exemplo a resina PET (Polietileno Tereftalato), entre as mais utilizadas em embalagens para alimentos e com uma demanda crescente, principalmente para garrafas de refrigerantes e óleos comestíveis. Traz a vantagem de ser transparente e de ótima resistência mecânica, podendo ser moldada em vários processos. Ainda existem as resinas de PVDC (copolímero de cloreto de vinilideno), PA (poliamida), EVOH (copolímero de etileno e álcool vinílico), etc. Os materiais compostos revestidos de filmes plásticos têm surgido em diversas aplicações como para alimentos processados, próprios para serem aquecidos em microondas. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 9 O papelão vem sendo usado há mais de 100 anos, desde que, em 1856, dois ingleses obtiveram a patente do produto para proteção interna de chapéus. Naquele ano surgiu também a primeira "onduladeira", muito simples, com dois rolos ondulados, operados manualmente. Entretanto, a primeira utilização do papelão ondulado como embalagem ocorreu somente em 1871, quando Albert L. Jones obteve a patente para envolver produtos frágeis, como garrafas, em embalagens produzidas com esta matéria-prima. Em 1903, um produtor de cereais usou pela primeira vez uma caixa de papelão ondulado em parede simples (capa/miolo/capa), conseguindo a aprovação oficial deste tipo de embalagem de transporte. No Brasil, a primeira fábrica de papelão ondulado foi constituída em 1935, com a introdução no mercado o ondulado parede simples, até então importado da Alemanha. A produção de embalagens de papelão ondulado mostrou um rápido crescimento, acompanhando a Revolução Industrial e respondendo à pronta demanda por mais embalagens de transporte, caminhando paralelamente às atividades econômicas. Desde o final do século XIX, muitas mudanças têm ocorrido, e um notável progresso foi alcançando, conseguido na melhoria da matéria-prima, nos equipamentos, dos processos de produção e nas técnicas de impressão da embalagem de papelão ondulado. 4.1. Visão Atual das Embalagens O homem, ao longo de sua história, tem mostrado uma necessidade crescente no uso de embalagens. Na área de alimentos elas se aplicam, essencialmente, para seu transporte e conservação. Vive-se num mundo de produtos embalados sendo que, muito freqüentemente, a venda se efetua através do apelo da embalagem, ao invés do produto em si. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 10 Na atualidade, com a economia globalizada, os produtos são concebidos junto com suas respectivas embalagens. Devido à necessidade de se inovar produtos com grande freqüência, além da relevante exigência em qualidade, eles têm um ciclo de vida muito curto. Neste sentido, as empresas modernas necessitam ter uma visão multidisciplinar e consultar áreas não só como engenharia, marketing, design, leis, qualidade, sac (serviço de atendimento ao consumidor), produção, logística, vendas, meio ambiente, etc. para conceber produtos que atendam às necessidades de toda cadeia. Uma das estratégias para que as empresas se tornem competitivas e se mantenham no mercado, é a necessidade de produção de grandes volumes e baixos custos. A embalagem vem ao encontro dessa estratégia, pois sendo ela a vendedora silenciosa, é um instrumento para alavancar vendas, além de contribuir para o sucesso da empresa e sua conseqüente permanência no mercado. Já para o consumidor de varejo, a embalagem é símbolo do mundo moderno, do consumismo, da praticidade, da conveniência, do conforto, da facilidade de conservar alimentos e do desejo de posse. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 11 5. CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO A indústria de transformação plástica é composta em sua maioria por pequenas e médias empresas caracterizadas pela planta trabalho-intensivo e utilização de processos de produção mais flexíveis. Denominadas indústrias petroquímicas de 3ª geração, transformam o produto das indústrias de 2ª geração (polietileno, PVC, poliestireno, etc.,). No Espírito Santo, esta indústria é formada por 18 empresas (relação em anexo), que produzem embalagens, caixas de água, potes, tubos, entre outros. Adquirem seus insumos necessários à produção nos pólos petroquímicos localizados nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. É nos dois primeiros estados citados onde encontra os principais concorrentes da indústria capixaba. No ano de 2004, a indústria da 3ª. Geração Petroquímica Brasileira apresentou crescimento de mais de 8% em relação ao ano anterior, em razão da retomada do crescimento de outros setores que utilizam o produto desta indústria, notadamente dos setores automotivo, de alimentos e eletro-eletrônico. No que diz respeito ao Estado do Espírito Santo, não houve possibilidade de quantificar o crescimento desta indústria em função da carência de informações. Entretanto, acredita-se que o mesmo tenha acompanhado este crescimento, uma vez que fabrica os mesmo produtos do âmbito nacional. As empresas fabricantes de papelão no Brasil apresentaram resultados expressivos nos últimos anos, com faturamento de R$ 5,031 bilhões e empregando 14 mil brasileiros, em 2004. O Espírito Santo possui apenas uma empresa de papelão (Icapel S/A), que teve um faturamento em 2004 no valor de R$ 9,13 milhões, valor este superior em 12,56% se comparado ao faturamento do ano imediatamente anterior (R$ 8,12 milhões). Essa performance é ainda melhor se analisados os dados dos últimos quatro anos, Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 12 onde se observa um crescimento constante e expressivo da empresa, notadamente na transição dos anos de 2001/2002 e 2002/2003, conforme demonstrado no gráfico abaixo: Gráfico Demonstrativo de Faturamento da ICAPEL S.A. – 2001 a 2004. 2001 Faturamento 398.465,81 2002 2003 2004 5.714.441,68 8.112.931,84 9.131.747,01 Fonte: ICAPEL – Indústria Capixaba de Papel S.A. A empresa trabalhou no ano de 2005 com 74% de sua capacidade instalada, e no período compreendido entre 2001 e 2005, ampliou consideravelmente sua produção, adquirindo neste período R$ 2,42 milhões em máquinas e equipamentos. No ano de 2005, empregou ano 152 pessoas diretamente. Considerando que cada emprego direto na indústria de papelão corresponde a outros dez empregos diretos na cadeia produtiva, de acordo com dados da ANAP (Associação Nacional de Aparistas de Papel), a empresa é responsável pela geração de 1520 postos de trabalhos no estado do Espírito Santo. Importante ressaltar que estes postos de trabalho são ocupados por trabalhadores sem qualificação profissional, uma vez que é atividade ligada a reciclagem do material. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 13 Além dessas características, as indústrias supracitadas têm ainda em comum o reaproveitamento de materiais, como as aparas de papelão, pet, como matéria-prima, reduzindo significativamente o impacto destas matérias no meio-ambiente. Com relação ao aspecto tributário, os quadros abaixo sintetizam a assimetria existente entre os Estados em análise neste trabalho, demonstrando claramente o nível da desigualdade a qual está exposta a indústria de transformação plástica capixaba em relação às localizadas nos outros estados, assim como a indústria de papelão. Quadro comparativo de percentual de redução do ICMS – ES x BA x RJ – Indústria de Embalagens Plásticas ES BA RJ Operações Internas 17% 17% 18% Operações Externas 12% 12% 12% Operações Internas - 41,1765% 66,67% Operações Externas - 50% 50% Operações Internas 17% 10% 6% Operações Externas 12% 6% 6% ALIQUOTA CRÉDITO PRESUMIDO ALÍQUOTA FINAL Fonte: RICMS ES, BA e RJ. No quadro acima, observa-se que os benefícios fiscais concedido pelos estados da Bahia e do Rio de Janeiro resultam em alíquotas inferiores às praticadas no Espírito Santo. Ou seja: Da alíquota original de 17% praticada no Estado da Bahia para operações internas, 10% são efetivamente recolhidas aos cofres estaduais, graças ao crédito presumido de 41,1765%. Da mesma forma, a empresa que recolheria 12% nas operações externas, só recolherá 6%, em Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 14 razão do crédito presumido nas operações externas de 50 % para esse tipo de operação. Com relação ao Estado do Rio de Janeiro, de 18% para operações internas e 12% para operações externas, apenas 6% são recolhidos para as duas operações em razão do benefício de crédito presumido de 66,66% e 50% para as operações internas e externas, respectivamente. O gráfico abaixo demonstra a diferença na apuração do ICMS nos estados analisados neste trabalho. Para tanto, localiza-se uma hipotética empresa transformadora de plástico nos estados a fim de verificar o valor apurado do ICMS ao final de um mês. O exercício completo encontra-se no item 13 (“Análise Tributária”) deste trabalho. Gráfico do ICMS a Recolher – ES x BA x RJ Gráfico Comparativo de ICMS a Recolher - ES x BA x RJ 10.000,00 9.000,00 8.000,00 7.000,00 6.000,00 5.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 Espírito Santo Bahia Rio de Janeiro Fonte: RICMS ES, BA e RJ. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 15 Quadro comparativo de percentual de redução do ICMS – ES x BA x RJ – Indústria de Papel e Papelão ES BA RJ 17% 17% 18% Regiões Sul e Sudeste 12% 12% 12% Regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste. 12% 12% 7% Nas operações internas relativas às aquisições de bens produzidos no estado; Nas operações internas de entrada de matériasprimas oriundas de reciclagem ALÍQUOTA Operações Internas Operações Externas DIFERIMENTO - CRÉDITO PRESUMIDO Operações Internas - - 75% Operações Externas - - 75% 17% 17% 0% Regiões Sul e Sudeste 12% 12% 3% Regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste. 12% 12% 1,75% ALÍQUOTA FINAL Operações Internas Operações Externas Fonte: RICMS ES, BA e RJ. Quanto à indústria de papelão, observa-se claramente no quadro acima os reflexos da política de incentivos praticadas pelos estados em análise neste trabalho. No Rio de Janeiro, em razão do crédito presumido de 75% para os dois tipos de operação, que os benefícios fiscais praticados no Estado do Rio de Janeiro resultam em alíquotas finais extremamente vantajosas para as empresas abrangidas pelo benefício. As alíquotas finais para operações externas atingem o percentual de 3% para as regiões Sul e Sudeste e 1,75% Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 16 para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Para operações Internas, a alíquota final é de 0%. No Estado da Bahia, apesar do imposto apurado no Estado da Bahia ser semelhante ao imposto apurado no Espírito Santo, o beneficio da dilação do prazo de pagamento do saldo mensal do ICMS, que pode ser de até 90% (noventa) do saldo devedor mensal normal em 72 (setenta e dois) meses, transforma-se em atrativo para as empresas localizadas naquele estado. No gráfico abaixo, comparativo do recolhimento mensal de ICMS de uma hipotética empresa de papelão, considerando os benefícios fiscais concedidos pelos três estados. Gráfico Comparativo de ICMS a Recolher - ES x BA x RJ 80.000,00 70.000,00 60.000,00 50.000,00 40.000,00 30.000,00 20.000,00 10.000,00 Espírito Santo Bahia Rio de Janeiro Fonte: RICMS ES, BA e RJ. Para que uma indústria seja competitiva é necessária à conjugação de diversos fatores, dentre estes a minimização dos seus custos. A competitividade de uma indústria é hoje uma das preocupações centrais de suas empresas ocupantes, Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 17 uma vez que está intrinsecamente associada à capacidade da economia de preservar e gerar postos de trabalho ou, ao menos, controlar a redução de tais postos, além de minimizar os impactos nocivos que a produção oriunda dessa indústria possa ter ao meio ambiente. Apesar da importância dos setores em análise, as empresas que trabalham com transformação de plástico e com a fabricação de papelão que se localizam no Estado do Espírito Santo encontram-se desfavorecidas se comparadas com empresas do mesmo segmento que se localizam em outros estados da Federação, notadamente, em relação aos estados do Rio de Janeiro e da Bahia, que contam com incentivos e benefícios fiscais concedidos pelos respectivos governos. Finalizando, o que se verifica é a necessidade urgente de revisão da legislação de ICMS vigente no Estado do Espírito Santo, de forma a se resolver à assimetria tributária em relação à legislação aplicada nos Estados da Bahia e Rio de Janeiro, sob pena das empresas de transformação plástica e de papelão que industrializam neste estado, perderem cada vez mais a sua capacidade de competir. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 18 6. OBJETIVO O presente relatório tem por objetivo apresentar as operações da 3ª Geração da Indústria Petroquímica e Indústria de Papelão, e os efeitos da aplicação da legislação do ICMS do Estado do Espírito Santo e assimetria com relação aos Estados da Bahia e Rio de Janeiro, referente às suas operações. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 19 7. METODOLOGIA A Monteiro - Consultores Associados Ltda. fez um extenso trabalho de pesquisa sobre a indústria petroquímica, plásticos, e de papelão no âmbito nacional e estadual, encontrada nas instituições especializadas, a exemplo da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química); Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico); ABPO (Associação Brasileira de Papelão Ondulado); dentre outras. Utilizou também dados secundários sobre emprego e empresas da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, e da Pesquisa Industrial Anual – PIA/IBGE, ambas as bases competência 1999. Foram identificadas pelo empresas que Movimento desenvolvem Empresarial no Espírito Santo 18 atividades de transformação de resinas termoplásticas, das quais 16 pertencentes aos CNAE 25.2. Fabricação de Produtos de Material Plástico. As duas restantes estão cadastradas em outros CNAEs diretamente relacionadas à reciclagem de plástico. Adicionalmente, realizou-se pesquisa nos diversos órgãos e associações ligadas as empresas transformadoras de plástico e papelão através de contato direto ou consulta via internet. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 20 8. CARACTERIZAÇÃO A cadeia petroquímica constitui-se de unidades ou empresas de: • Primeira Geração – São as produtoras de petroquímicos básicos, produtos resultantes da primeira transformação de correntes petrolíferas (nafta, gás natural, etano etc.) por processos químicos (craqueamento a vapor, pirólise, reforma a vapor, reforma catalítica etc.). Os principais produtos primários são as olefinas (eteno, propeno e butadieno) e os aromáticos (benzeno, tolueno e xilenos). Secundariamente, são produzidos ainda solventes e combustíveis. • Segunda Geração – São as produtoras de resinas termoplásticas (polietileno e polipropilenos) e de intermediários, produtos resultantes do processamento dos produtos primários, como MVC, acetato de vinila, TDI, óxido de propeno, fenol, caprolactama, acrilonitrila, óxido de eteno, estireno, ácido acrílico etc. Esses intermediários são transformados em produtos finais petroquímicos, como PVC, poliestireno, ABS, resinas termoestáveis, polímeros para fibras sintéticas, elastômeros, poliuretanas, bases para detergentes sintéticos e tintas etc. • Terceira Geração – São as empresas de transformação que fornecem embalagens, peças e utensílios para os segmentos de alimentação, construções civis, elétricas, eletrônicas, automotivas, entre outros. As empresas transformadoras localizam-se, em geral, próximas ao mercado consumidor. 8.1. Indústria de Transformação Plástica O setor petroquímico brasileiro encontra-se distribuído basicamente em três pólos: São Paulo; Camaçari, na Bahia; e Triunfo, no Rio Grande do Sul. Os três pólos utilizam nafta petroquímica, parte produzida pela Petrobrás (cerca de 70%) e parte importada diretamente pelas próprias centrais (cerca de 30%). A Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 21 cadeia de produção petroquímica utiliza matérias-primas derivadas do petróleo e do gás natural para a obtenção de intermediários e resinas termoplásticas, principais produtos petroquímicos de uso industrial. Do ponto de vista histórico e mundial, as empresas petroquímicas procuram se estruturar integrando a central de matérias-primas com as unidades produtoras de materiais petroquímicos finais, conforme pode ser visto no fluxograma 01 abaixo: Fluxograma 01 – Cadeia Petroquímica Fonte: Sindicato da Indústria de Plástico A competitividade da indústria petroquímica está intimamente relacionada com os seguintes fatores: escala de produção, integração, disponibilidade de Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 22 matéria-prima, tecnologia, facilidade de acesso ao mercado consumidor e custo de capital. A inserção competitiva da indústria petroquímica nacional no mercado mundial, a princípio, poderá ser obtida a partir da evolução da indústria para um cenário de empresas grandes, com unidades de escala mundial, integradas, com aproveitamento de fontes de matéria-prima competitivas e relacionamento com seus clientes na terceira geração. O setor de transformação do plástico teve, no ano de 2004, uma retomada no crescimento, devido à recuperação do poder de compra da população e conseqüente aumento do consumo de produtos derivados de plásticos, levando os empresários do segmento uma expectativa positiva para 2005. Segundo um Panorama Setorial feito pela Gazeta Mercantil, a expansão da indústria de transformação plástica foi atribuída ao aumento da demanda pós-Real, que favoreceu diversos setores consumidores de material plástico, tais como os de embalagens, automobilístico, eletroeletrônicos e construção civil. O Gráfico 01 mostra que a indústria de transformação de material plástico vem crescendo de maneira considerável nos últimos três anos, média de 6% ao ano, embora o último ano tenha apresentado o menor índice de crescimento do período, 3%. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 23 Gráfico 01 Números de empresas do setor de transformação de material plástico – em unidades Fonte: MTE – RAIS 2003 - Empresas do Setor - Classificação CNAE 25.216 (Laminados) - 25.224 (Embalagens) - 25.291 (Outros) As primeiras empresas transformadoras de resinas termoplásticas no Brasil começaram a produzir a partir dos anos 1980, mas a grande expansão do mercado de plásticos ocorre a partir de 1994 com a estabilização da economia. Na segunda geração petroquímica brasileira, o número de empresas é significativamente superior ao de centrais de matérias-primas (primeira geração), principalmente em função da falta de integração e consolidação do parque petroquímico nacional. No ano 2000 (Tabela 01), o número de empresas do setor de transformação plástica no Brasil era de aproximadamente 6,5 mil, concentradas, basicamente, nas regiões Sul e Sudeste, que, em conjunto, abrigavam cerca de 88,5 % das empresas existentes no país, sendo cerca de 51,8% apenas em São Paulo isoladamente. No Nordeste, a transformação plástica restringe-se basicamente aos estados da Bahia, Pernambuco e Ceará. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 24 Tabela 01 Distribuição de empresas no setor plástico no Brasil – 2000 Outros Estado Laminados Embalagens São Paulo 132 861 2423 Rio Grande do Sul 26 176 546 Santa Catarina 11 130 254 Rio de Janeiro 24 101 349 Paraná 21 148 269 Minas Gerais 16 131 232 Bahia 6 70 60 Pernambuco 9 65 61 Amazonas 2 13 34 Ceará 4 26 45 Goiás 2 45 36 Outros Estados 25 118 123 Total 278 1884 4432 Fonte: Estabelecimentos - Plants Rais 1999 - Empresas do Setor - Total 3416 748 395 474 438 379 136 135 49 75 83 266 6594 Total (%) 51,8 11,3 5,9 7,2 6,6 5,7 2,1 2,0 0,9 1,1 1,3 4,1 100 Classificação CNAE 25.216 (Laminados) - 25.224 (Embalagens) - 25.291 (Outros) 8.2. Indústria de Embalagem Segundo Moura e Banzato (1997), o conceito de embalagem é muito complexo e pode variar conforme a finalidade. Para o consumidor é um meio de satisfazer o desejo de consumo do produto; para o marketing é um meio de atrair o consumidor e vender o produto; para o design é um meio de proteger o produto até ser consumido, garantindo a sua apresentação e a conservação; e para a engenharia industrial é o meio de proteger os produtos durante sua movimentação, transporte e armazenagem1. As embalagens podem ser subdivididas, de um modo geral, em embalagens de transporte e embalagens de consumo. Nas embalagens de consumo, ainda há uma subdivisão em duas categorias: as embalagens alimentícias e as embalagens não alimentícias, conforme se demonstra a seguir na tabela 02. 1 MOURA, R.A.; BANZATO, J.M. Embalagem, unitização & conterização. 2 ed. rev. e ampl. São Paulo: IMAM, vol.3,1997 Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 25 Tabela 02 Categorias de embalagem Alimentícias Não Alimentícias Bebidas Elétrico Carnes e vegetais Higiene e beleza Cereais e farinhas Lazer e pessoal Confeitaria e doces Limpeza doméstica Laticínios e gorduras Química e agricultura Fonte: Datamark, 1995 – Embanews (1996 p. 55). Para Moura e Banzato (op. cit.), sob o ponto de vista técnico, independente do tipo de embalagem, todas possuem apenas as funções de contenção, proteção, comunicação e utilidade, no entanto, a ênfase em torno delas pode variar dependendo da finalidade de uso do produto e condições de mercado. A embalagem ideal deve apresentar certo equilíbrio entre custo-benefício das funções que lhes são atribuídas. A embalagem, além de desempenhar algumas funções básicas, de acordo com Mestriner, também exerce uma série de funções e papéis nas empresas e na sociedade (tabela 03). 2 2 MESTRINER, F. Design de Embalagem: Curso Básico. São Paulo: Makron Books, 2001. il. Color Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 26 Tabela 03 Amplitude da embalagem Função Primária Econômica Tecnológica Mercadológica Conceitual Comunicação e marketing Sociocultural Meio ambiente Papel Conter / proteger / transportar. Componentes do valor e do custo de produção; Matérias – primas. Sistema de acondicionamento; Novos materiais; Conservação de produtos. Chamar a atenção; Transmitir informações; Despertar desejo de compra; Vencer a barreira do preço. Construir a marca do produto; Formar conceito sobre o fabricante; Agregar valor significativo ao produto. Principal oportunidade de comunicação do produto; Suporte de ações promocionais. Expressão da cultura e do estágio de desenvolvimento de empresas e países. Importante componente do lixo urbano; Reciclagem / tendência mundial. Fonte: Mestriner (2001 p.04). O crescimento do setor de embalagens é muito acelerado em comparação com o comportamento da média do setor industrial brasileiro. O mercado de embalagem tem um enorme potencial, além disso, as novas tecnologias estão abrindo caminho para a ampliação do mercado, especialmente no setor de alimentos. No ano de 2001, o segmento de embalagens consumiu 40% do total de resinas plásticas, cujos alimentos foram responsáveis por 52% do mercado de Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 27 embalagens plásticas; bebidas e fumo, 31%; higiene e limpeza, 8%; higiene pessoal e cosméticos, 5% e indústrias, 4%. Gráfico 02 Segmentos de embalagem – 2001 bebidas e fumo 31% indústria 4% higiene pessoal e cosmético 5% alimentos 52% Higiene e limpeza 8% Fonte: Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) A importância das embalagens está se tornando cada vez mais significativa, proporcionando benefícios que justificam sua existência. O produto e a embalagem estão tão inter-relacionados que não podem ser considerados um sem o outro. E mais, para alguns produtos, design, forma e a função da embalagem podem ser quase tão importantes quanto seu conteúdo. 8.2.1 Indústria de Material Plástico Os plásticos são materiais artificiais, predominantemente de origem orgânica sintética, que, em alguma fase de sua fabricação, adquiriram condição de modelagem. De acordo com suas características, os plásticos dividem-se em dois tipos: os termorígidos ou termofixos e os termoplásticos. Os materiais plásticos termorígidos não se fundem e são apresentados como mistura de pós e são moldados submetendo-se à temperatura e pressão. Os termoplásticos Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 28 são aqueles que amolecem a partir do aquecimento, podendo ser moldados, e quando resfriados ficam sólidos e adquire uma nova forma. Os plásticos foram introduzidos na fabricação de embalagens no pós-guerra e englobam, entre outros, filmes, sacos, tubos, engradados e frascos. As embalagens de plástico são leves e podem ser moldadas em diversos formatos. Entre as aplicações dos plásticos, o setor de embalagens é responsável pela maior parte das resinas transformadas no mundo. Setores como os de utilidades domésticas, construção civil, brinquedos, calçados, saúde, eletroeletrônicos, aviação, automóveis e agroindústria vêm ampliando, cada vez mais, a utilizações desta matéria-prima em seus produtos, conforme pode ser visto no gráfico 03 abaixo. Gráfico 03 Segmentação do mercado do plástico setorial – 2004 Fonte: Estimativa ABIPLAST Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 29 A indústria de plástico, que constitui a segunda geração petroquímica, é responsável pela produção das principais resinas termoplásticas e intermediárias petroquímicos: polietilenos (PEAD, PEBD e PELBD), polipropileno (PP), PTA/PET, policloreto de vinila (PVC) e estireno/poliestireno (PS). • Polietileno de alta densidade (PEAD) O PEAD, na forma sem pigmentos, é usado em frascos de laticínios, água mineral e sucos de frutas. Pigmentado, é usado, em frascos de maior volume, para detergentes de roupa, branqueadores, óleo de motor, etc. • Polipropileno (PP) O PP é muito utilizado para moldar tampas, pequenos frascos, rótulos para garrafas de refrigerante, potes de margarina, etc. • Polietileno tereftalato (PET) O PET é utilizado principalmente para a produção de frascos de refrigerantes e águas minerais. • Policloreto de Vinila (PVC) O PVC é usado para fabricar frascos rígidos e maleáveis, blister e filmes, e outras embalagens para as quais existe a necessidade de barreiras. A principal utilização do PVC é na fabricação de bens duráveis, sendo usado também em cosméticos, produtos de limpeza e da indústria automobilística, área médica e alimentícia, entre ouros. • Poliestireno (PS) O PS é usado na forma transparente ou composto para produção de utensílios de mesa e xícaras claras. Na forma de espuma, o PS é usado para xícaras de bebidas quentes e outros recipientes isolantes para comida, caixas para ovos e embalagens amolfadadas. 8.2.2 Indústria de Papelão Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 30 Neste grupo estão os sacos e papéis de embrulho, cartuchos de papelão liso e as caixas de papelão ondulado, utilizadas como embalagem por todos os segmentos da indústria de transformação. As embalagens de papel e de papelão podem ser moldadas em vários formatos, são relativamente leves e ocupam pouco espaço de armazenamento. Como não são resistentes à água, várias técnicas foram desenvolvidas para modificar o material. Papéis encerados são comumente usados para embalar alimentos. Caixas de cartão se tornam resistentes à água através de camadas de polietileno. O sucesso destas embalagens tem atraído cada vez mais segmentos dentro do setor alimentício, como por exemplo, o de leites, sucos e iogurtes para beber. O papel e o papelão são matérias-primas 100% biodegradáveis e recicláveis. O papel ondulado, também conhecido como corrugado, é usado basicamente em caixas para transporte de produtos para fábricas, depósitos, escritórios e residências. Normalmente chamado de papelão, embora o termo não seja tecnicamente correto, este material tem uma camada intermediária de papel entre suas partes exteriores, disposta em ondulações, na forma de uma sanfona. Ele é classificado em três categorias, conforme sua resistência e teor de mistura com outros tipos de papel. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 31 Apara Papelão/Lixo Bobinas Pode ser um produto – bobina capa ou bobina miolo Chapa Pode ser um produto – Junção: Capa miolo, capa miolo capa ou capa miolo liso miolo capa Produto Caixa montada ou não Fluxograma 02 – Fluxo produtivo Fonte: Icapel (Indústria Capixaba de Papel S. A). Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 32 9. PRODUÇÃO Indústria de Transformação Plástica Uma das características da estrutura produtiva da indústria petroquímica são as elevadas escalas de produção, o que leva a um descompasso entre oferta e demanda em virtude dos desajustes nos prazos observados entre as decisões de investir e o aumento efetivo da produção. O gráfico 04 apresenta o comportamento do consumo de transformados plásticos no período compreendido entre 2000 e 2004. Observa-se claramente que a demanda por artefatos transformados plásticos acompanha a situação econômica do país. Gráfico 04 Consumo de artefatos transformados plásticos em 1000 ton Fonte: CAN Resinas ABIQUIM Importação e Exportação de Artefatos Plásticos – Sistema ALICE Jan/2005 – MDIC Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 33 Indústria de Embalagem De acordo com a pesquisa setorial ABRE/FGV, o desempenho da indústria de embalagens é aferido pela produção física. O ano de 2003 foi um ano ruim para o setor. Em 2004, a indústria de embalagens produziu 2,26% acima de 2003, e para este ano, a estimativa varia entre 4,2%, no melhor cenário, e 2,9%, em cenário moderado. A média da produção física de embalagem no 1º trimestre de 2005 ficou 1,06% acima em relação ao período anterior, já no 2º trimestre ocorreu um aumento significativo de 2,58% comparado com o período anterior. Indústria de Material Plástico A tabela 04 e o gráfico 05 mostram a evolução do consumo de resinas em um período relativamente longo e significativo da economia brasileira, pois contempla anos anteriores ao Plano Real. Pela tabela, pode-se observar que o consumo de determinadas resinas, notadamente o PET, que apresentou crescimento vertiginoso, em razão da estabilidade proporcionada pelo plano econômico supracitado. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 34 Tabela 04 Consumo aparente nacional (em t) das principais resinas termoplásticas (1990 – 2002) 1990 1991 1992 1993 1994 1995 483.223 466.115 430.387 460.262 459.098 497.029 3.032 5.858 20.991 81.126 109.650 140.143 PEAD 244.702 266.828 210.023 321.326 370.468 476.446 PP 241.167 292.235 283.393 359.068 417.047 522.882 OS 112.338 122.470 11.123 168.208 175.568 246.421 PVC 341.151 387.550 329.408 374.518 454.444 498.243 EVA 21.150 30.257 24.779 28.980 31.996 32.318 PET 14.566 24.474 19.426 40.584 93.433 168.629 1.461.329 1.595.787 1.429.645 1.834.072 2.111.704 2.582.111 PPEB PEBDL TOTAL 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 479.626 527.814 488.616 545.887 581.386 560.583 527.711 148.809 192.308 196.474 270.509 312.575 317.306 339.191 511.658 563.748 637.476 641.989 700.393 676.187 690.176 560.405 620.754 612.138 708.993 777.496 817.531 909.559 240.208 233.342 267.457 257.174 294.636 288.404 305.917 575.638 624.186 717.873 661.643 731.144 620.498 688.841 33.041 29.458 30.181 37.717 50.566 46.793 43.837 180.518 256.664 383.213 407.753 418.930 482.403 423.493 2.729.903 3.048.274 3.333.428 3.531.665 3.867.126 3.809.705 3.928.725 Fonte: Relatórios trimestrais do SDI, Anuário da Indústria Química Brasileira, no caso de PET, IBGE e Banco Central do Brasil. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 35 Gráfico 05 Consumo aparente nacional (em t) das principais resinas termoplásticas (1990 – 2002) 4.500.000 4.000.000 3.500.000 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 0 Fonte: Relatórios trimestrais do SDI, Anuário da Indústria Química Brasileira, no caso de PET, IBGE e Banco Central do Brasil. Indústria de Papelão Em razão de ser a região mais industrializada do país, a Região Sudeste é aquela que consome a maior parte da produção de papel e papelão do país, conforme demonstrado na tabela 05. Entretanto, esse consumo não tem apresentado evolução significativa no decorrer dos últimos anos, conforme demonstrado na tabela citada anteriormente e nas tabelas 06, que relaciona consumo “per capita” por ano e a tabela 07 que relaciona consumo total por ano em toneladas. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 36 Tabela 05 Destino das vendas de produtos de papelão ondulado – ton, por região. Destinação 2000 2001 2002 2003 2004 Sudeste 1.198.743 1.191.322 1.120.167 965.103 1.051.724 Sul 514.416 508.139 628.397 571.858 626.056 Nordeste 175.207 182.005 183.024 165.666 198.715 Centro-Oeste 104.309 105.845 142.186 100.375 113.581 Norte 44.617 59.986 64.357 73.171 101.658 Total 2.037.292 2.047.297 2.138.131 1.876.173 2.091.734 das vendas Fonte: Anuário Estatístico 2004 – ABPO Tabela 06 Consumo “per capita” (kg/habitante) da indústria de papelão ondulado Ano Consumo “per capita” 2000 12,0 2001 12,0 2002 12,3 2003 10,7 2004 11,6 Fonte: Anuário Estatístico 2004 – ABPO Tabela 07 Consumo total (em t) da indústria de papelão ondulado Ano Consumo total (ton) 2000 2.296.685 2001 2.297.700 2002 2.377.168 2003 2.106.700 2004 2.351.843 Fonte: Anuário Estatístico 2004 – ABPO Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 37 10. IMPORTÂNCIA SOCIAL E ECONÔMICA Indústria de Transformação Plástica O setor de transformação plástica caracteriza-se por ser uma indústria intensiva em mão-de-obra e utilizar processos de produção mais flexíveis, com portes industriais menores e mais simplificados, quando comparados às indústrias upstream (Maxiquim Assessoria de Mercado, 20013). Por conta dessa característica, conta com expressivo número de empregados, conforme demonstrado no gráfico 06 apesar de não apresentar crescimento significativo no período compreendido entre 2000 e 2004. A tabela 08 apresenta a divisão dos empregados na indústria por estado brasileiro. Outra característica básica do setor é constituir-se, principalmente, de empresas de capital nacional. 3 MAXIQUIM ASSESSORIA DE MERCADO. Desempenho e Comportamento Competitivo da Indústria de Transformação de Produtos Plásticos Da Região do Grande ABC no Estado de São Paulo. São Paulo: INP, SEBRAE. MaxiQuim Assessoria de Mercado, abril de 2001, 132 p. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 38 Gráfico 06 Empregados do setor de transformação de material plástico Fonte: MTE – RAIS 2003 – CAGED Jan 2003 a Dez 2004 Movimentação de Admitidos e Desligados – (*) estimado Tabela 08 Distribuição de empregados no setor plástico no Brasil – 2000 Estado Laminados Embalagens São Paulo 5628 31684 Rio Grande do Sul 858 5332 Santa Catarina 370 6899 Rio de Janeiro 1513 4081 Paraná 369 6465 Minas Gerais 536 3186 Bahia 547 1945 Pernambuco 331 1751 Amazonas 53 284 Ceará 19 1404 Goiás 59 1621 Outros Estados 588 3452 Total 10871 68104 Fonte: Empregados - Caged jan/nov/2000/ Outros 64443 15559 11820 8489 6193 5983 1912 1784 2951 1008 747 2489 123378 Total 101755 21749 19089 14083 13027 9705 4404 3866 3288 2431 2427 6529 202353 Total (%) 50,3 10,7 9,4 7,0 6,4 4,8 2,2 1,9 1,6 1,2 1,2 3,2 100 Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 39 Indústria de Embalagem Conforme estudo realizado pela FGV–RJ para a ABRE (Associação Brasileira de Embalagem), a indústria de embalagem no Brasil apresentou uma receita líquida de vendas em 2004 de R$ 28.591 bilhões, R$ 4.317 bilhões a mais do que em 2003. Este valor se distribui entre os diferentes segmentos da seguinte maneira, conforme gráfico 07 abaixo: Gráfico 07 Receitas líquidas de vendas Segundo o anuário estatístico 2004 da ABIPLAST, outro indicador foi à participação do setor no PIB nacional, registrando 2,26% uma das maiores dos últimos anos. A razão está no fato das grandes indústrias mundiais de embalagem estarem presentes em nosso mercado, o que nos permite dispor das últimas inovações e recursos tecnológicos. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 40 Indústria de Material Plástico Os setores da cadeia petroquímica possuem uma forte interdependência tecnológica e mercadológica. A indústria de produtos plásticos funciona como ponto de convergência da produção petroquímica, pois estabelece uma interface com os fornecedores de resinas plásticas, que demandantes de produtos disponibilizados pelas empresas da primeira geração petroquímica. Assim, isso faz com que a oferta e demanda de cada fase da cadeia petroquímica seja interligada (Haguenaer & Prochinik, 2000). Gráfico 08 Faturamento da indústria do plástico em R$ milhões Fonte: Faturamento – ABIPLAST - Importação e Exportação de Artefatos - Sistema ALICE - Jan/2005 – MDIC Houve, também, um crescimento significativo no faturamento, alavancado em grande parte pelo desempenho dos setores automotivo, alimentos e eletroeletrônico, que pressionaram o aumento da demanda. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 41 Indústria de Papelão A tabela 09 abaixo demonstra o crescimento da indústria de papelão no período compreendido entre os anos de 2000 e 2004. Em termos absolutos, observa-se um crescimento de 83,98% de 2000 para 2004. A indústria de papelão é uma das mais diretamente afetadas pelas variações da economia, tomado inclusive como um dos indicadores do nível de atividade. O crescimento apresentado na tabela 09 é resultado direto da estabilidade econômica oriunda do Plano Real. Tabela 09 Faturamento sem IPI dos fabricantes de papelão ondulado em R$ Ano Faturamento Fábrica sem IPI – R$ 2000 2.734.580.761,00 2001 2.869.522.122,00 2002 3.540.285.027,00 2003 4.451.632.312,00 2004 5.031.032.380,00 Fonte: Anuário Estatístico 2004 – ABPO Apesar do crescimento apresentado pelo setor, observa-se que o número de postos de trabalho não apresentou o mesmo retrospecto, conforme demonstrado na tabela 10. Entretanto, é sabido que a geração de empregos na indústria de papelão ocorre em cadeia, ou seja, para cada emprego direto criado aproximadamente dez empregos indiretos são criados. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 42 Tabela 10 Mão-de-obra / nº de empregados na indústria de papelão ondulado Ano Mão-de-obra / Número de empregados 2000 13.584 2001 13.687 2002 13.905 2003 13.756 2004 14.035 Fonte: Anuário Estatístico 2004 – ABPO Importância da Reciclagem A reciclagem, muito comentada pelos meios de comunicação, é ainda uma atividade pouco praticada no Brasil. Aproximadamente 180 municípios brasileiros executam esse tipo de atividade, o que é pouco representativo para a economia nacional. Um dos fatores que impedem o crescimento da atividade é a ausência de legislação específica para o setor, a qual ainda espera uma aprovação do Congresso. A preocupação com reciclagem é oriunda do primeiro choque do petróleo ocorrido na primeira metade da década de 70, quando as preocupações ambientais ganharam importância estratégica. As indústrias recicladoras são também chamadas recuperação. Na secundárias, maior parte por dos processarem processos, o matéria-prima produto reciclado de é completamente diferente do produto inicial. A partir daí, o lixo passou a ser uma fonte de riquezas, fornecedor de matéria-prima para as indústrias de Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 43 reciclagem produzirem papéis, folhas de alumínio, lâminas de borracha, etc. Alguns dados referentes à reciclagem no país: • 4 No Brasil, a cada ano são desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque não se recicla tudo o que poderia. • O Brasil é considerado um grande "reciclador" de alumínio, mas ainda reaproveita pouco os vidros, o plástico, as latas de ferro e os pneus que consome. • A cidade de São Paulo produz mais de 12.000 toneladas de lixo por dia. Com este lixo, em uma semana dá para encher um estádio de futebol para 80.000 pessoas. • Somente 37% do papel de escritório é realmente reciclado, o resto é queimado. Por outro lado, cerca de 60% do papel ondulado é reciclado no Brasil. • Menos de 50% da produção nacional de papel ondulado e papelão é reciclado atualmente, o que corresponde à cerca de 720 mil toneladas de papel ondulado. O restante é jogado fora ou inutilizado. 4 Fonte: www.cempre.org.br Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 44 Gráfico 09 Perfil do lixo produzido nas grandes cidades brasileiras plástico filme 8% embalagens longa vida 2% alumínio 1% papel e papelão 45% rejeito 9% vidro 17% metais ferrosos 18% Fonte: CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem) A pesquisa Água e Vida /Unicef realizada em 1998 apresentaram os seguintes índices quanto a Reciclagem: 5 ⇒ Capitais em que há catadores nos lixões: 37,4% ⇒ Cidades com mais de 50 mil habitantes: 68,18% ⇒ Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67% Nas ruas ⇒ Capitais em que há catadores nas ruas: 66,67% ⇒ Cidades com mais de 50 mil habitantes: 63,64% ⇒ Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67% Lixões 5 Fonte: Pesquisa Água e Vida/Unicef Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 45 ⇒ Capitais com lixões: 25,93% ⇒ Cidades com mais de 50 mil habitantes (excluídas as capitais): 72,73% ⇒ Cidades com menos de 50 mil habitantes: 66,67% A reciclagem de plástico vem sendo bastante discutida por empresários no Brasil. O país possui cerca de 490 empresas que trabalham neste ramo de atividade, reciclando em média 700 mil toneladas de plásticos anualmente, com um faturamento médio de 1 bilhão de reais por ano. Estes dados mostram a importância que o setor vem ganhando, porém ainda é preciso aprimorar a técnica de lavagem do plástico que será reciclado, evitando danos ao meio ambiente. Por isso, há necessidade de investimentos na implementação de projetos de responsabilidade ambiental. Tabela 11 Comparativo de reciclagem Material O Brasil recicla Vidro 5% das embalagens Papel/Papelão 36% Plástico /filme (sacolas 15% de supermercados) PET (embalagens de 15% refrigerantes) Óleo 18% Latas de aço 35% Pneu 10% Embalagens longa vida Não há dados Fonte: Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre). Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 46 Segundo CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem), as caixas feitas em papel ondulado são facilmente recicláveis, consumidas principalmente pelas indústrias de embalagens, o papel ondulado é o material que atualmente mais usa material reciclado no País. No Brasil, 79% do volume total de papel ondulado foram reciclados em 2004. O valor do papel ondulado varia muito conforme a região e o preparo do material após a separação do lixo. Muitos países estimulam a reciclagem do papel, incentivando a instalação de usinas depuradoras capazes de iniciar o processamento e fornecer fardos de celulose secundária para serem usados em qualquer fábrica de papel, sem que estas necessitem de equipamentos para preparação da polpa de aparas. O material é de fácil coleta em grandes volumes comerciais, sendo facilmente identificadas quando misturadas com outros tipos de papel. Por isso seu custo de processamento é relativamente baixo. O Brasil tem reciclado 1,95 milhão de toneladas de papel ondulado por ano. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 47 11. EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO Indústria de Transformação Plástica Segundo estudo “Indústria Petroquímica Brasileira: situação atual e perspectivas” do BNDES Setorial, a balança comercial da indústria química brasileira tem sido deficitária ao longo de sua história. Segundo esse estudo, as exportações brasileiras de produtos químicos previstas para 2004 eram de US$ 5,9 bilhões, isto é, cerca de 23% superior ao montante exportado em 2003. Por outro lado, as importações deveriam crescer ainda em maior proporção e somar mais de US$ 14,5 bilhões, o que resultaria num déficit comercial superior a US$ 8,5 bilhões (estimativa em novembro de 2004). Os segmentos que mais contribuiriam para o déficit comercial previsto da indústria química são o farmacêutico, o de fertilizantes e defensivos agrícolas e o petroquímico. Em 2004, do déficit total estimado de US$ 8,5 bilhões, cerca de 38% são provenientes do déficit do segmento de fertilizantes e defensivos agrícolas, 28% do segmento farmacêutico e 25% do segmento petroquímico (produtos químicos orgânicos). O gráfico 10 demonstra o déficit que ocorre na balança comercial do setor petroquímico, destacando a quantidade importada e exportada medida em toneladas. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 48 Gráfico 10 Importações e Exportações de artefatos transformados plásticos em 1000 ton Fonte: Sistema ALICE Jan/2005 – MDIC Indústria de Embalagem Em 2004, a exportação de embalagens apresentou um crescimento de 6,7% em relação ao ano anterior. As indústrias do setor realizaram negócios na ordem de US$ 292.551 milhões, contra US$ 273.893 de 2003. No 1º semestre de 2005, as indústrias de embalagem registraram uma movimentação no valor de US$ 147.704 milhões. Registrando um crescimento de 0,13% em relação ao mesmo período em 2004. Analisando a exportação dos segmentos, verifica-se um modesto crescimento no plástico e madeira; porém, o metal cresceu mais e o setor de papel / papelão teve uma queda significativa (Gráficos 11 e 12). Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 49 Gráfico 11 Exportação de embalagem no 1º semestre de 2005 plástico 33% metálicas 37% vidro 4% madeira 6% papel / papelão 20% Fonte: SECEX/MDIC Gráfico 12 Exportação de embalagem em 2004 Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 50 Indústria de Material Plástico Com relação ao comércio exterior, o setor de plástico acompanhou as tendências, com elevação tanto das exportações quanto das importações. Nas exportações o aumento foi superior a 20%, tanto no valor como no volume comercializado, registrando o Mercosul como o principal consumidor de transformados de plástico. Já a alta das importações comprometeu o balanço de divisas no setor, mas, ao mesmo tempo confirmou a sinalização da demanda interna. Um fator que continuará a auxiliar a subida dos números do segmento são as exportações que, com o suporte do Programa Export Plastic APEX deverão manter um ritmo forte e constante de crescimento. Indústria de Papelão A tabela 12 demonstra o comportamento das exportações brasileiras de papelão no período de 2000 a 2005. Observa-se no período uma forte retração nos anos de 2002 e 2003 e a retomada no ano de 2004. Tabela 12 Exportações em toneladas e mil mF Ano Exportações Toneladas Mil m2 2000 11.645 21.265 2001 13.725 24.558 2002 5.982 10.937 2003 9.743 18.017 2004 15.098 28.217 Fonte: Anuário Estatístico 2004 – ABPO Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 51 12. CAPACIDADE INSTALADA E UTILIZADA Indústria de Transformação Plástica Das indústrias petroquímicas de primeira geração do Brasil, a Bahia conta com o maior pólo petroquímico do Hemisfério Sul, oferece excelentes oportunidades de investimentos na produção de petroquímicos, inclusive os de terceira gerações, com destaque para a produção de olefinas e aromáticos, em química fina e em transformação petroquímica. A tabela 13 mostra a participação das centrais produtoras de derivados de petróleo do país, destacando sua capacidade instalada, na qual se observa a liderança de produção do Pólo Petroquímico de Camaçari, responsável por 44% da produção nacional. Tabela 13 Participação das centrais pela capacidade instalada CAMAÇARI CAMAÇARI TRIUNFO TRIUNFO PQU PQU t/ano % t/ano % t/ano % Eteno 1.280.000 44 1.135.000 39 500.000 17 Propeno 530.000 39 581.000 43 250.000 18 Butadieno 170.000 48 105.000 30 80.000 23 Benzeno 438.000 49 265.000 29 200.000 22 Tolueno 40.000 19 91.000 44 75.000 36 Xilenos 270.000 58 66.000 14 130.000 28 Total 2.728.000 44 2.243.000 36 1.235.000 20 Fonte: Abiquim. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 52 Indústria de Material Plástico A tabela 14 mostra a capacidade instalada das petroquímicas brasileiras no ano de 2004, considerando as principais resinas utilizadas pela Indústria Petroquímica de 3ª Geração. Observa-se que a resina termoplástica PP (Polipropileno) foi a que, dentre os principais pólos do setor petroquímico (BA, RS e SP), teve a mais alta capacidade instalada 1.425.000 ton/ano. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 53 Tabela 14 Capacidade instalada do setor de resinas termoplásticas 2004 - principais resinas (em ton/ano) Fonte: Guia da Indústria Química Brasileira – ABIQUIM Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 54 Indústria de Papelão Na indústria de papelão houve uma queda na capacidade instalada, dentre o período de 2000 a 2004, conforme pode ser visto na tabela 15. No ano de 2004 a capacidade instalada de produtos acabados foi de 2.181.368 toneladas, tendo por base a porcentagem média de utilização da capacidade nominal instalada da empresa capixaba de papelão, ou seja, 50%; tem-se em média 1.090.684 ton/ano. Podemos verificar que no mesmo ano, foi produzido 5.165.688 mil mF de embalagens de papelão ondulado, considerando-se 270 dias de trabalho ano, tem-se uma média de produção de aproximadamente 19.132 mil mF dia. Tabela 15 Capacidade nominal instalada de produtos acabados (ano) Ano toneladas Mil m⁵ 2000 2.950.032 5.250.036 2001 2.905.068 5.225.040 2002 2.852.280 5.148.648 2003 2.868.432 5.097.684 2004 2.818.368 5.165.688 Fonte: Anuário Estatístico 2004 – ABPO Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 55 13. CARACTERIZAÇÃO ESPÍRITO SANTO DAS INDÚSTRIAS NO ESTADO DO 12.1. Indústria Petroquímica de 3ª. Geração A indústria de plástico no Estado do Espírito Santo é composta por 18 empresas, caracterizadas por pequenas e médias empresas, que produzem os mais diversos produtos: peças para indústria moveleira, potes coletores para exames, garrafas plásticas, acessórios para material de construção, caixas d’água, tanques de polietileno, entre outras, além de empresas destinadas a reciclagem de plástico . Para a produção das peças acima descritas, as empresas utilizam como matérias-primas o Polietileno de Alta Densidade (PEAD), Polipropileno, Zamak e Pigmentos, Polietileno de Baixa Densidade (PEBD), PET, e o PVC rígido e flexível, adquiridos nas petroquímicas brasileiras, notadamente nos estados do Rio Janeiro e da Bahia. As empresas apontam como principal entrave à produção a alta carga tributária praticada no estado, as deixando em desvantagem em relação aos estados que oferecem incentivos e/ou benefícios fiscais para suas empresas. Além desses, destacam-se ainda o baixo valor agregado à mercadoria e o custo do frete como empecilhos ao crescimento da indústria. Infelizmente, nas instituições especializadas em dados estatísticos como FINDES IBGE, MTB, entre outras, não consta informações como receita, nº de empregos, impostos recolhidos pelas empresas deste setor do Espírito Santo. Em virtude dessa escassa fonte de dados relativo ao setor no Estado do Espírito Santo, sugere-se a realização de pesquisa detalhada sobre o setor para o qual apresenta-se questionário em anexo. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 56 12.2. Indústria de Papel e Papelão O Espírito Santo possui apenas uma empresa de produção de embalagens, bobinas, e chapas de papel e papelão ondulado, a ICAPEL – Indústria Capixaba de Papel S.A. localizada no município da Serra. A empresa trabalha com produção de 700 toneladas por mês, operando com 152 empregados diretos e gerando indiretamente aproximadamente 1.500 postos de trabalho, distribuídos entre catadores, aparistas e outros postos da cadeia. Segundo a ANAP (Associação Nacional dos Aparistas de Papel), somente nas atividades de aparas e anteriores, são 100.000 empregos diretos e, estima-se que entre catadores de rua e agregados, o total de pessoas que vivem das aparas e do sistema de reciclagem alcance 200.000 pessoas. A ICAPEL vem apresentando expressivo crescimento nos últimos cinco anos, chegando ao faturamento de R$ 9,13 milhões no ano de 2004. O quadro abaixo demonstra o aumento no faturamento da empresa no período compreendido entre os anos de 2001 e 2004. Ano faturamento 2001 398.465,81 2002 5.714.441,68 2003 8.112.931,84 2004 9.131.747,01 2005* (até setembro de 2005) 8.057.535,72 Fonte: ICAPEL S.A A produção oriunda da empresa em referência é destinada para o estado do Espírito Santo (64,2% da produção), Rio de Janeiro (13,4%), Minas Gerais (9,6%) e Bahia (12,8%), dados estes referentes ao ano de 2005, segundo informações da própria empresa. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 57 No ano de 2005, a empresa operou com 74% de sua capacidade instalada e para atender a demanda vem aumentando significativamente sua área operacional, investindo para isso R$ 2,42 milhões em máquinas e equipamentos no período compreendido entre 2001 e 2005. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 58 14. ANÁLISE TRIBUTÁRIA Tendo por objetivo uma análise comparativa da aplicação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) na Indústria Petroquímica de 3ª Geração e na Indústria de Papelão, apresenta-se a legislação vigente no Estado do Espírito Santo e nos demais estados analisados neste projeto (quais sejam: Rio de Janeiro e Bahia), destacando as alíquotas praticadas por cada ente da federação, além da base de cálculo, crédito presumido, os regimes especiais e a utilização de créditos. 14.1. ANÁLISE DA GERAÇÃO LEGISLAÇÃO DOS ESTADOS DE ICMS EM FUNÇÃO DA ESPÍRITO SANTO O Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – RICMS/ES, foi aprovado pelo Decreto n.º 1.090-r, de 25 de outubro de 2002 e atualizado até o Decreto n.º 1.543-R/05. ⇒ ALÍQUOTA As alíquotas de ICMS praticadas para produtos oriundos da indústria de embalagens plásticas no Estado do Espírito Santo estão contidas no Capítulo VIII, artigo 71 do RICMS/ES, transcrito abaixo: CAPÍTULO VIII DA ALÍQUOTA Art. 71. As alíquotas do imposto são: I - dezessete por cento: a) nas operações realizadas no território do Estado, salvo o disposto nos incisos III a V; II - doze por cento: Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 59 a) nas operações interestaduais que destinem mercadorias a contribuintes; Não há na legislação capixaba supracitada nenhum beneficio ou regime especial para a indústria de transformação plástica, assim como para a indústria de papelão. RIO DE JANEIRO O Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação do Estado do Rio de Janeiro – RICMS/RJ - foi aprovado em 17 de novembro de 2000 pelo Decreto nº 27.427, e para análise dos artigos proposta neste trabalho adotou-se a versão mais atualizada, ou seja, aquela até o Decreto nº 36.657/2004. Segue, a partir deste ponto, os procedimentos contidos na legislação fluminense no que tange a indústria de embalagens plásticas, uma vez que a legislação do estado não traz benefício algum para as empresas de embalagens de papelão. ⇒ ALÍQUOTA Art. 14. A alíquota do imposto é: I - em operação ou prestação interna: 18% (dezoito por cento); III - em operação ou prestação interestadual quando o destinatário for contribuinte do imposto localizado: 1. nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Espírito Santo: 7% (sete por cento); 2. nas demais regiões: 12% (doze por cento); O Governo do Estado do Rio de Janeiro instituiu em 26 de outubro de 2003 o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Transformação Plástica – Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 60 PLAST-RIO – através do Decreto nº 33.976. O citado programa consiste na concessão de incentivos fiscais autorizados pela Lei nº 4.169 de 16 de setembro de 2003 e tem os seguintes objetivos: Art. 2. º São os seguintes os objetivos do PLAST-RIO: I – dar competitividade e estabelecer isonomia em relação a outros Estados da federação para a indústria a ser instalada no Estado do Rio de Janeiro; II – agregar valor na cadeia da indústria do petróleo; III – fomentar a instalação de novos empreendimentos industriais, a expansão de empreendimentos industriais já instalados, e a modernização com a incorporação de novos métodos e processos de produção ou inovação tecnológica, no segmento de transformação plástica e da petroquímica, bem como no segmento de fabricação de peças, ferramentaria e moldes usados na transformação plástica e petroquímica; V - apoiar à preservação do meio ambiente nas atividades de reciclagem de plásticos, bem como a qualidade de vida das comunidades envolvidas no processo de transformação plástica; V – interagir com organismos internos e externos dedicados a estudos na área de desenvolvimento industrial e tecnológico com vistas à instalação, expansão, modernização, consolidação e manutenção de empresas do setor de transformação petroquímica e plástica com parque industrial no Estado do Rio de Janeiro; VI – promover medidas visando à instituição de instrumentos fiscais, financeiros e de qualificação para o fortalecimento das indústrias de transformação de produtos de base petroquímica e a diversificação industrial no Estado. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 61 ⇒ CRÉDITO PRESUMIDO Art. 7. º. As empresas interessadas em se instalar ou ampliar projetos industriais de preferência na Baixada Fluminense, e em outro Município do Estado do Rio de Janeiro e que possam ser habilitadas ao PLAST-RIO nos termos do art. 6°, poderão pleitear, conforme o caso, os seguintes benefícios: II – crédito presumido nas operações de saídas de produtos transformados, produzidos por empresa industrial localizada e inscrita no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado do Rio de Janeiro, desde que derivados de produtos químicos e petroquímicos básicos e intermediários, produzidos por empresa localizada em Território Nacional, conforme estabelecido no art. 8° deste regulamento e ou para reciclagem de termoplásticos. Art. 8.º Os estabelecimentos habilitados ao PLAST-RIO em relação aos quais seja concedido o benefício do crédito presumido, terão o direito de optar por um regime especial para a apuração do ICMS relativo às operações de saídas das mercadorias que atendam as condições estabelecidas neste artigo. § 1.° O crédito presumido previsto neste artigo será de: I - 66,67% (sessenta e seis inteiros e sessenta e sete décimos de milésimos por cento) nas operações internas; 6 II - 50% (cinqüenta por cento) do imposto destacado nas operações interestaduais, em relação às quais a alíquota aplicável seja de 12%; III – 14,28% (quatorze inteiros e vinte e oito décimos de milésimos por cento) do imposto destacado nas operações interestaduais, em relação às quais a alíquota aplicável seja de 7% (sete por cento). 6 Segundo informações da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, o percentual diz respeito ao imposto destacado. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 62 ⇒ ESTORNO DE CRÉDITO A opção pelo regime especial de crédito presumido implica no estorno dos créditos relativos à aquisição de matérias-primas usadas na fabricação das mercadorias alcançadas pelo disposto no artigo 10, conforme disposto no § 1º do item II do artigo 9, descrito abaixo: Art. 9.º O crédito presumido de que trata o artigo anterior estará condicionado ao atendimento dos seguintes requisitos: I - --------------------------------------------------------------Parágrafo único – Para fins da atividade de reciclagem das matérias-primas das indústrias poderão ser de qualquer material plástico usado. II - que as matérias-primas referidas no inciso anterior correspondam a no mínimo 75% (setenta e cinco por cento) do total das matérias-primas aplicadas na fabricação da mercadoria. § 1.° A opção pelo regime especial de crédito presumido de que trata este artigo implica no estorno dos créditos relativos à aquisição de matérias-primas usadas na fabricação das mercadorias alcançadas pelo disposto neste artigo. A tabela 16 mostra um resumo dos benefícios recebidos pelas empresas transformadoras com a redução da alíquota do ICMS. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 63 Tabela 16 Percentual de redução do ICMS do Programa Plast-Rio Tipo da venda Alíquota plena do Percentual de Alíquota final do ICMS sem redução da ICMS com incentivo alíquota incentivo No próprio Estado 18% 66,67% 6% Para as regiões do Sul e 12% 50% 6% 7% 14,28% 6% Sudeste Para as regiões norte, nordeste e centro-oeste. Fonte: RICMS ES, BA e RJ. Indústria de Papelão Para a indústria de papelão, o governo do Estado do Rio de Janeiro instituiu em 29 de setembro de 2003 a Lei nº 4.178 que concede incentivo fiscal para as indústrias do setor de reciclagem. A Lei supracitada sofreu alterações através da Lei nº 4.367/2004 de 26 de junho de 2004. As Leis em referência concedem às empresas os seguintes benefícios: ⇒ CRÉDITO PRESUMIDO Art. 1º - Fica concedido, às empresas destinadas à reciclagem de vidro, plástico, papel, pneu e metal, os seguintes benefícios fiscais: I - crédito presumido do Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação - ICMS correspondente ao valor da alíquota incidente sobre operação promovida por estabelecimento industrial nas saídas interestaduais e internas dos produtos reciclados; Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 64 ⇒ DIFERIMENTO DO ICMS Art. 1º -----------------------------------------------------------------------------II - diferimento do ICMS, ou outro tributo que venha a substituí-lo, desde que de competência estadual, incidente sobre as importações de máquinas, equipamentos, peças, partes e acessórios destinados a integrar o ativo fixo das empresas, para o momento da alienação ou eventual saída desses bens; III - diferimento do ICMS, ou outro tributo que venha a substituí-lo, desde que de competência estadual, relativo ao diferencial de alíquota e devido sobre a aquisição de máquinas, equipamentos, peças, partes, acessórios e materiais destinado a integrar o ativo fixo das empresas, para o momento da alienação ou eventual saída desses bens. § 1º - Nas aquisições internas de máquinas, equipamentos, peças, partes e acessórios destinados a integrar o ativo fixo das empresas, o imposto será de responsabilidade do estabelecimento adquirente da mercadoria, na qualidade de contribuinte substituto, e recolhido no momento da alienação ou saída dos respectivos bens. § 2º - Nas operações internas de entrada de matérias-primas, insumos, partes, peças, componentes e demais mercadorias, o imposto será de responsabilidade do estabelecimento adquirente do produto final, na qualidade de contribuinte substituto, e apurado de forma global no momento da venda dos produtos fabricados. § 3º - O imposto incidente sobre as importações de matérias-primas, insumos, partes, peças, componentes e demais mercadorias será apurado de forma global no momento da venda dos produtos fabricados. § 4º - Os incentivos fiscais previstos no inciso III deste artigo somente poderão ser utilizados pelas empresas que realizarem suas operações de importação e desembaraço alfandegário através dos portos e aeroportos localizados no território fluminense. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 65 § 5º - Perderá o direito ao tratamento tributário previsto neste artigo, com a conseqüente restauração da sistemática normal de apuração do imposto e a imediata devolução aos cofres públicos estaduais, com juros e correção monetária, de todos os valores não recolhidos, decorrentes do benefício concedido, o contribuinte que, ao longo do gozo do benefício, apresentar qualquer irregularidade com relação ao cumprimento das exigências previstas no art. 5º desta lei. § 6º - Não será permitido às empresas beneficiadas o aproveitamento de qualquer crédito relativo às operações de entrada de mercadorias, matérias primas e de outros insumos necessários às suas atividades. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 66 § 7º - Os benefícios fiscais concedidos serão destinados às Empresas que vierem se instalar, expandir ou relocalizar suas instalações em território Fluminense. Art. 2º - Os benefícios a que refere a presente Lei só podem ser aplicados sobre a parcela do ICMS próprio devido pela empresa. Art. 3º - Os incentivos fiscais previstos na presente lei irão vigorar no período compreendido entre a data da publicação do ato concessivo e o último dia útil do décimo ano subseqüente. Art. 4º -------------------------------------------------------------------------------. Art. 5º -------------------------------------------------------------------------------. Art. 6º – Em qualquer hipótese, a empresa beneficiada por esta Lei se obrigará ao cumprimento de metas de emprego e não poderá usar os incentivos em programas de demissão. Art. 7º -------------------------------------------------------------------------------. Art. 8º -------------------------------------------------------------------------------. Art. 9º -------------------------------------------------------------------------------. Art. 10 – O benefício mencionado está condicionado à manutenção, por parte das empresas beneficiadas, da média do número de postos de trabalho existentes, nos 6 (seis) meses anteriores à solicitação do mesmo, e deverão ser mantidos por no mínimo 1 (um) ano após a sua concessão. Art. 11 -------------------------------------------------------------------------------. Art. 12 -------------------------------------------------------------------------------. Art. 13 -------------------------------------------------------------------------------. Art. 14 - Os benefícios que trata esta Lei dizem respeito, única e exclusivamente, aos 75% (setenta e cinco por cento) dos ICMS pertinente ao Estado, excluindo-se a cota parte de 25% (vinte e cinco por cento) dos Municípios. Art. 15 – Não serão enquadrados projetos de empresas consideradas inadimplentes perante o Fisco Municipal, Estadual ou Federal ou que tenham como administradores ou controladores pessoa física ou jurídica nas mesmas condições. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] Art.16 - Em qualquer hipótese, a empresa quer for enquadrada em um dos programas previstos nesta lei se obrigará ao cumprimento de metas de emprego e não poderá usar os incentivos em programas de demissão. BAHIA Indústria de Transformação O estado da Bahia possui extensa atividade industrial, nas mais diversas áreas. Na indústria petroquímica, contam com o maior pólo petroquímico do Hemisfério Sul, o que se apresenta como oportunidades de investimentos na produção de petroquímicos, inclusive os de terceira geração. Conta ainda com expressiva atividade nas indústrias de papel e celulose, com duas grandes indústrias localizadas no sul do estado e com um consolidado pólo calçadista, consideradas o segundo em importância no país, com uma produção de 80 milhões de pares/ano. Para que estas e outras atividades industriais se estabeleçam e se solidifiquem em território baiano, as empresas contam com uma série de incentivos fiscais oferecidos pelo governo nas mais diversas áreas de atuação. A indústria de embalagens plásticas é uma das beneficiadas pelos incentivos fiscais oferecido pelo Governo do Estado da Bahia, interessado em escoar a produção do Pólo Petroquímico de Camaçari. O incentivo citado é denominado BAHIAPLAST. A indústria de papelão é beneficiada indiretamente pelo programa BAHIAINVEST, destinado a outros ramos, mas que atinge a essa através da indústria de calçados. O Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação do Estado da Bahia – RICMS/BA - foi aprovado pelo Decreto nº 6.284 de 14 de março de 1997, e sua última atualização ocorreu em 21 de maio de 2005, através do Decreto nº 9.547/05. Esta versão será a utilizada para análise dos pontos propostos por este trabalho. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 68 ⇒ ALÍQUOTAS Art. 50. As alíquotas do ICMS são as seguintes: I - 17% (dezessete por cento), exceto nas hipóteses de que cuida o artigo subseqüente: a) nas operações e prestações internas, em que os remetentes ou prestadores e os destinatários das mercadorias, bens ou serviços estejam situados neste Estado; II - 12% (doze por cento), nas operações e prestações interestaduais que destinem mercadorias, bens ou serviços de transporte ou de comunicação a contribuintes do imposto; As empresas de transformados plásticos localizadas no Estado da Bahia contam com um importante auxílio do Governo daquele Estado, na forma do Programa Estadual de Desenvolvimento da Indústria de Transformação Plástica – BAHIAPLAST, aprovado pelo Decreto Nº 7.439 de 17 de setembro de 1998 e instituído pela Lei nº 7.351, de 15 de julho de 1998. Abaixo, os benefícios concedidos com base no referido programa: ⇒ CRÉDITO PRESUMIDO Art. 9º Fica concedido crédito presumido nas operações de saídas de produtos transformados, derivados de produtos petroquímicos de intermediários, químicos, petroquímicos básicos e estabelecimentos onde sejam exercidas atividades industriais indicadas no art. 10, desde que fabricados nesses estabelecimentos, observadas as condições estabelecidas nesta subseção. Parágrafo único. O crédito presumido previsto neste artigo será de: I - 41,1765% (quarenta e um inteiros e um mil setecentos e sessenta e cinco décimos de milésimos por cento) do imposto destacado quando destinados a adquirentes sediados neste Estado; II - 50% (cinqüenta por cento) do imposto destacado nas operações interestaduais; Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 69 III - 70% (setenta cento) do imposto destacado nas operações interestaduais, observado o disposto nos §§ 1º, 2º e 4º, do art. 5º, deste Regulamento. Nota: Art. 5º As empresas interessadas em instalar ou ampliar projetos industriais no território baiano, com incentivos do Programa BAHIAPLAST poderão pleitear os seguintes benefícios: § 1º A concessão de qualquer benefício previsto neste Capítulo fica condicionada a que o Conselho Deliberativo do BAHIAPLAST, mediante solicitação do interessado, profira decisão, obedecidas a disposições dos parágrafos seguintes; § 2º Somente poderá ser deferido o benefício previsto no inciso III, do parágrafo único, do art. 9º, deste Regulamento, a empresa cujo projeto seja de novo empreendimento e de relevância para a matriz industrial do Estado; § 4º Para comprovar as condições previstas nos parágrafos anteriores o interessado deverá apresentar pedido ao Conselho Deliberativo do BAHIAPLAST, que baixará resolução específica autorizando a habilitação para fruição do benefício; Art. 10. Somente farão jus à utilização do crédito presumido previsto no artigo anterior os contribuintes industriais que exerçam atividades enquadradas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas/Fiscal (CNAE-FISCAL) sob os códigos a seguir indicados: II - 2431-7/00 - fabricação de resinas termoplásticas; IV - 2441-4/00 - fabricação de fibras, fios, cabos e filamentos contínuos artificiais; V - 2442-2/00 - fabricação de fibras, fios, cabos e filamentos contínuos sintéticos; VII - 2521-6/00 - fabricação de laminados planos e tubulares de plástico VIII - 2522-4/00 - fabricação de embalagem de plástico IX - 2529-1/01 - fabricação de artefatos de material de plástico para uso pessoal e doméstico, reforçados ou não com fibra de vidro; X - 2529-1/02 - fabricação de artefatos de material de plástico para usos industriais - exclusive na indústria de construção civil XI - 2529-1/03 - fabricação de artefatos de material de plástico para uso na construção civil XII- 2529-1/99 - fabricação de artefatos de plástico para outros usos Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 70 XIII - 3310-3/01 - fabricação de aparelhos, equipamentos e mobiliários para instalações hospitalares em consultórios médicos e odontológicos e para laboratórios; XVI - 3613-7/01 - fabricação de móveis de outros materiais § 1º Tratando-se de fibras, fios, cabos e filamentos contínuos artificiais e sintéticos, para fazer jus ao crédito presumido, o contribuinte também deverá atender o disposto: I - nos §§ 1º, 2º e 4º, do art. 5º, tratando-se de novo empreendimento instalado neste Estado; ⇒ DIFERIMENTO DO IMPOSTO Quanto ao diferimento, o Programa de incentivo dá o seguinte tratamento: Decreto Nº 7.439 de 17 de Setembro de 1998: Art. 7º Ficam diferidos o lançamento e o pagamento do ICMS devido nas saídas internas de produtos petroquímicos intermediários, de estabelecimentos onde sejam exercidas atividades enquadradas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas/Fiscal (CNAE-FISCAL) sob os códigos a seguir indicados, desde que produzidos nesses estabelecimentos, com destino a contribuintes que os utilizem no processo de industrialização, para o momento em que ocorrer a saída dos produtos resultantes do seu processamento ou industrialização: I - 2421-0/00 fabricação de produtos petroquímicos básicos; II - 2422-8/00 fabricação de intermediários para resinas e fibras III - 2429-5/00 fabricação de outros produtos químicos orgânicos IV - 2431-7/00 fabricação de resinas termoplásticas V - 2432-5/00 fabricação de resinas termofixas VI - --------------------------------------------------VII - 2441-4/00 fabricação de fibras, fios, cabos e filamentos contínuos artificiais VIII - 2442-2/00 fabricação de fibras, fios, cabos e filamentos contínuos sintéticos § 1º Estende-se o diferimento às saídas dos produtos químicos e produtos petroquímicos básicos constantes do Anexo Único que integra este Regulamento, diretamente do estabelecimento do produtor/extrator, destinados aos Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 71 estabelecimentos de que trata o "caput" deste artigo, para o momento em que ocorrer a saídas dos produtos resultantes da sua aplicação: § 1º-A Ficam também diferidos o lançamento e o pagamento do ICMS devido na importação do exterior de mercadoria, efetuadas por estabelecimentos industriais que as utilizar na produção dos produtos petroquímicos básicos constantes do Anexo Único deste Regulamento, em valor equivalente ao imposto diferido nas operações por eles realizadas nos termos do § 1º, observados os critérios definidos em regime especial. § 2º Nas remessas internas para industrialização dos produtos de que trata este Regulamento aplicar-se-ão as normas dos arts. 615, 616 e 617 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 6.284/97 § 3º Para usufruir do benefício do diferimento previsto neste artigo o estabelecimento deverá providenciar habilitação específica junto à Secretaria da Fazenda. § 5º Relativamente às atividades compreendidas na posição 2429-5/00, o diferimento somente se aplica às saídas internas plastificantes, blendas poliméricas e outros compostos orgânicos, destinados à fabricação de plásticos ou intermediários para plásticos. A tabela 17 mostra um resumo dos benefícios recebidos pelas empresas transformadoras com a redução da alíquota do ICMS. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 72 Tabela 17 Percentual de redução do ICMS do Programa Bahiaplast Tipo da venda Alíquota plena do Percentual de Alíquota final do ICMS sem incentivo redução da ICMS com incentivo alíquota No próprio Estado 17% 41% 10% 12% 50% 6% 7% 50% 3,5% 12% 70% 3,6% Para as regiões do Sul e Sudeste Para as regiões norte, nordeste e centro-oeste Para outros estados em projetos relevantes para a matriz industrial da Bahia Fonte: Promo – Centro Internacional de negócios da Bahia Indústria de Papelão As empresas localizadas no Estado da Bahia usufruem benefícios concedidos pelo Governo do Estado e pelo Governo Federal. No âmbito estadual, a política de atração de empreendimentos, visando à geração de emprego e renda, começou a partir de 1991, com a criação do Pro - Bahia. No programa citado, a empresa era ressarcida pelo governo do Estado em 75% do valor pago a título de ICMS, ressarcimento esse que retornava em forma de investimento. Em 1995, O Pro Bahia cedeu lugar para o Programa de Crédito Presumido, que se destinava a criar incentivos específicos para cada setor econômico, entre eles, o de calçados, móveis, têxtil, cerâmica, informática, eletrônica, telecomunicações e o automotivo. Para isso, o governo da Bahia financia até 50% do ICMS recolhido na região metropolitana de Salvador e até 75% no interior do estado e, ainda, até 75% para projetos com investimentos superiores a R$ 400 milhões e para projetos pioneiros, independentemente da localização, com prazos de pagamento de até seis ou 10 anos e juros de somente 3% a.a. Em 2003, o estado lançou o Desenvolve - Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica do Estado da Bahia - focando os incentivos nos setores para os negócios, com o objetivo de que o estado ofereça à atividade o elo que faltava Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 73 na cadeia de desenvolvimento. O Desenvolve consiste na postergação, de no máximo seis anos, do prazo de pagamento de parte do imposto gerado pela empresa. Inicialmente, elas recolhem 30%, 20% ou 10% do ICMS a pagar, a depender da classificação da companhia na SICM. O programa é válido para todos os setores, exceto de informática e eletroeletrônico. O Pro-Bahia e o Programa de Crédito Presumido, Além do Decreto Nº 6.734 de 09 de setembro de 1997, chamado BAHIAINVEST, dispõem sobre a concessão de crédito presumido de ICMS e diferimento em diversos campos de operações, incluindo para indústria de transformação de papel e papelão, desde que direcionado à produção de caixas de papelão para embalagem de calçados, conforme descrevemos abaixo: ⇒ DIFERIMENTO DO IMPOSTO SEÇÃO II DO DIFERIMENTO Art. 2º Ficam diferidos o lançamento e o pagamento do ICMS devido: ------------------------------------------------------------------------------Art. 3º O diferimento de que trata o artigo anterior alcança somente os recebimentos efetuados por contribuintes industriais que exerçam atividades enquadradas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas/Fiscal (CNAEFISCAL) sob os códigos a seguir indicados: --------------------------------------------------------------------------------XLIII - 2132-6/00 fabricação de embalagem de papelão - inclusive a fabricação de papelão corrugado; Parágrafo único. O diferimento previsto no artigo anterior II - relativamente às atividades mencionadas nos incisos XV, XL, XLI, XLIII, XLIV, XLV e XLVI deste artigo, somente receberão mercadorias com o diferimento de que trata o art. 2º, deste Decreto, os contribuintes que, respectivamente: a) fabriquem componentes destinados à produção de calçados; Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 74 b) fabriquem móveis estofados, móveis revestidos ou moldados de material plástico ou móveis de junco; c) processem e conservem peixes e crustáceos ou fabriquem conservas de peixes e crustáceos; d) fabriquem embalagens cartonadas e caixas micro-onduladas para indústria de calçados; e) fabriquem preservativos; f) fabriquem cantoneiras, barras chatas, tês e perfis especiais em aços ligados; g) fabriquem rações para peixes e crustáceos; O Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica do Estado da Bahia (Desenvolve), instituído pela Lei nº 7.980 de 12 de dezembro de 2001, tem por objetivo fomentar e diversificar a matriz industrial e agroindustrial do estado, Oferecendo financiamento e concedendo às empresas inseridas no programa benefícios como crédito presumido e diferimento do imposto. Os benefícios concedidos pelo programa, de acordo com a legislação, são: Art. 2º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder, em função do potencial de contribuição do projeto para o desenvolvimento econômico e social do Estado, os seguintes incentivos: I - dilação do prazo de pagamento de até 90% (noventa por cento) do saldo devedor mensal do ICMS normal, limitada a 72 (setenta e dois) meses; II - diferimento do lançamento e pagamento do Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) devido. O programa abrange a indústria como todo, desde que tenha a finalidade de desenvolver o Estado, e a alíquota diferenciada será aplicada de acordo com o índice de aderência do projeto. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 75 O Decreto nº 8.205/02, de 03 de abril de 2002, que aprova a Lei supracitada traz a seguinte redação: DOS INCENTIVOS SEÇÃO I DO DIFERIMENTO Art. 2º Ficam diferidos o lançamento e o pagamento do ICMS relativo: I - às aquisições de bens destinados ao ativo fixo, efetuadas por contribuintes habilitados mediante resolução do Conselho Deliberativo do DESENVOLVE, para o momento de sua desincorporação, nas seguintes hipóteses: a) nas operações de importação de bens do exterior; b) nas operações internas relativas às aquisições de bens produzidos neste Estado; c) nas aquisições de bens em outra unidade da Federação, relativamente ao diferencial de alíquotas; II - às operações internas referentes ao fornecimento de insumos de origem agropecuária e extrativa mineral, indicados em Resolução do Conselho do Programa, a contribuintes habilitados ao DESENVOLVE, para o momento da saída subseqüente dos produtos resultantes da industrialização. § 1º Os contribuintes destinatários das mercadorias cujas operações estejam sujeitas ao regime de diferimento do imposto deverão providenciar junto a Secretaria da Fazenda habilitação específica para operar com o referido regime. § 2º Aplica-se ao diferimento de que trata este Decreto as regras previstas no Regulamento do ICMS que com ele não conflitarem. SEÇÃO II DA DILAÇÃO DE PRAZO Art. 3º O Conselho Deliberativo do DESENVOLVE poderá conceder dilação de prazo de até 72 (setenta e dois) meses para o pagamento de até 90% (noventa por cento) do saldo devedor mensal do ICMS, relativo às operações próprias, gerado em razão dos investimentos constantes dos projetos aprovados pelo Conselho Deliberativo. § 1º O prazo e o percentual referidos no caput deste artigo serão definidos de acordo com o índice de aderência do projeto à matriz de desenvolvimento industrial do Estado, conforme gradação estabelecida na Tabela I, anexa a este Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 76 Regulamento, determinado com base nas diretrizes do Plano Plurianual e nos seguintes indicadores: I - repercussão do projeto na geração de empregos diretos e indiretos e na multiplicação da renda; II - capacidade de desconcentração espacial dos adensamentos industriais, favorecendo a regionalização do desenvolvimento; III - integração e verticalização de cadeias produtivas e de comercialização, inclusive para o Exterior; IV - vocação para o desenvolvimento regional e sub-regional, em especial das regiões mais pobres; V - grau de desenvolvimento tecnológico dos processos produtivos e de assimilação de novas tecnologias; VI - responsabilidade da empresa quanto a aspectos de interesse social na comunidade em que pretenda atuar; VII - prevenção do impacto ambiental do projeto e o relacionamento da empresa com o ambiente. § 2º Compete à Secretaria Executiva do Programa elaborar a metodologia de cálculo do índice de aderência a que se refere o § 1º, bem como a sua reavaliação periódica. § 3º Sobre cada parcela do ICMS com prazo de pagamento dilatado, incidirão encargos financeiros correspondentes à taxa anual de juros de longo prazo, estabelecida na Resolução do Conselho Deliberativo do DESENVOLVE que conceder o incentivo, de acordo com a gradação constante da Tabela II anexa a este Regulamento, apurados pela seguinte fórmula: Ji = Si-1 x {[1+ (1-D) x TJi-1]1/12 –1}, onde: Ji = juros capitalizáveis no mês; Si-1 = saldo devedor do mês anterior, correspondente a soma das parcelas de ICMS incentivado mais os juros acumulados até o mês anterior; D = percentual de desconto da taxa de juros atribuída ao projeto TJi-1 = taxa anual de juros de longo prazo, fixada na Resolução que conceder o incentivo, vigente no mês anterior. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 77 § 4º No caso de empreendimentos já instalados, a parcela do saldo devedor mensal do ICMS passível de incentivo corresponderá ao valor que exceder à média mensal dos saldos devedores apurados em até 24 meses anteriores ao do pedido de incentivo, atualizada pela variação acumulada do IGP-M. No âmbito federal, o estado se encontra na área de abrangência da ADENE – Agência de Desenvolvimento do Nordeste - ex-SUDENE, e pode contar com os benefícios federais concedidos aos Estados de sua área de atuação, como o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNDE) e o Fundo de Investimento do Nordeste (FINOR). Entretanto, a atuação Federal se dá, além de investimentos, na redução do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), e não através do ICMS. 14.2. ANÁLISE COMPARATIVA LEGISLAÇÃO DOS ESTADOS DOS DADOS APURADOS NA Indústria de Transformados Plásticos Com base nas informações colhidas nos regimentos de cada estado, pode-se estabelecer um comparativo entre eles no que tange ao recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). A tabela 18 apresenta um quadro resumo do que foi informado das legislações estaduais até aqui descritas. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 78 Tabela 18 Quadro comparativo de percentual de redução do ICMS – ES x BA x RJ ES BA RJ Operações Internas 17% 17% 18% Operações Externas 12% 12% 12% Operações Internas - 41,1765% 66,67% Operações Externas - 50% 50% Operações Internas 17% 10% 6% Operações Externas 12% 6% 6% ALIQUOTA CRÉDITO PRESUMIDO ALÍQUOTA FINAL Fonte: RICMS ES, BA e RJ. Como se observa, as empresas transformadoras de material plástico situadas no estado do Espírito Santo encontram-se em plena desvantagem em relação aos estados vizinhos analisados neste trabalho, uma vez que não contam com nenhum incentivo fiscal para o setor. Essa desvantagem fica mais palpável com a inclusão de um exemplo numérico, o que se será demonstrado a partir de então. Para a demonstração pretendida, será utilizado o exemplo de uma empresa como se a mesma estivesse localizada nos Estados de origem, como forma de se verificar o quanto de ICMS que a mesma irá recolher em cada um destes Estados, comparado com o recolhimento do Estado do Espírito Santo. Dessa forma, chega-se a tabela 19, abaixo demonstrada. Antes, porém, necessário se faz explicar os números aplicados no exemplo: ⇒ Vendas: Do valor sugerido de vendas, 40% foram destinados às vendas são internas, e os restantes (60%) ás vendas externas; ⇒ Compras: Também sugerida conforme informações das empresas componentes da indústria. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 79 Tabela 19 Quadro comparativo de cálculo do ICMS – ES x BA x RJ Espírito Santo Op. Internas Sub-Total 1 Vendas Op. Externas Sub-Total 2 Tt Vendas Bahia Compras Op. Internas 17,00% Sub-Total 1 Op. Externas Total Geral Op. Externas Sub-Total 1 Bahia Rio de Janeiro 12% 7% Op. Externas 37.012,91 37.012,91 37.012,91 55.519,36 55.519,36 55.519,36 55.519,36 55.519,36 55.519,36 92.532,27 92.532,27 92.532,27 4.626,61 46.266,14 Sub-Total 1 Sub-Total 2 Total Geral R$ Op. Externas 6.292,19 6.662,32 R$ 46.266,14 Alíquota 6.292,19 18,00% 6.662,32 6.292,19 12,00% 6.662,32 R$ 6.662,32 12,00% 6.662,32 6.662,32 6.662,32 6.662,32 12.954,52 12.954,52 13.324,65 - - - 3.469,96 - - 3.469,96 - - - - - - - - - - - - - - - - 2.590,91 66,67% 2.590,91 4.441,77 Sub-Total 1 - Sub-Total 2 - 3.331,16 3.331,16 - 5.922,07 7.772,93 6.292,19 3.701,29 2.220,55 6.292,19 3.701,29 2.220,55 3.192,36 3.331,16 3.331,16 3.192,36 3.331,16 3.331,16 9.484,56 7.032,45 5.551,71 50,00% Op. Internas Sub-Total 1 Op. Externas 17,00% 41,176% Total Geral ICMS a Recolher 46.266,14 Alíquota Op. Internas Crédito Presumido 46.266,14 2.914,77 Total Geral Redução de Base 37.012,91 555,19 Sub-Total 2 Op. Internas 37.012,91 6.292,19 12,00% Sub-Total 2 Crédito ICMS s/ Compras 37.012,91 46.266,14 Alíquota Op. Internas Rio de Janeiro 41.639,52 Rio de Janeiro Tt Compras Débito de ICMS Bahia Sub-Total 2 Total Geral 3.331,16 4.441,77 50,00% 3.331,16 Fonte: RICMS ES, BA e RJ. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 80 O gráfico abaixo demonstra mais claramente a diferença entre as apurações do imposto nos estados em análise nesse trabalho: Gráfico 13 Gráfico do ICMS a Recolher – ES x BA x RJ Gráfico Comparativo de ICMS a Recolher - ES x BA x RJ 10.000,00 9.000,00 8.000,00 7.000,00 6.000,00 5.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 Espírito Santo Bahia Rio de Janeiro Fonte: RICMS ES, BA e RJ. O exercício proposto na Tabela 15 demonstra a desigualdade em que se encontram as empresas situadas no Estado do Espírito Santo em relação aos estados da Bahia e do Rio de Janeiro. Considerando os dados constantes naquele exercício o ICMS a recolher gerado no Espírito Santo é 34,87% maior do que o apurado no Estado da Bahia e 70,84% maior do que o apurado no Estado do Rio de Janeiro, demonstrando claramente que os incentivos estipulados pelos estados vizinhos funcionam e colocam empresários daqueles estados em condições privilegiadas em relação aos do Espírito Santo. Indústria de Papelão Conforme as informações colhidas nos regimentos de ICMS dos estados do Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro observou-se que a indústria de transformação de papel e de papelão conta com benefícios nos dois outros Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 81 estados estudados, diferentemente do Estado do Espírito Santo, que não apresenta nenhum benefício/incentivo ao setor. Para melhor demonstrar a desvantagem da indústria capixaba em relação às indústrias localizadas nos estados em análise neste trabalho, apresenta-se um exemplo numérico similar ao demonstrado em relação à indústria petroquímica de 3ª geração. Para tanto, considera-se a indústria de papel e papelão beneficiária da Lei nº 4.178/03 no estado do Rio de Janeiro e do Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica do Estado da Bahia – DESENVOLVE, No Estado da Bahia. No caso especifico do programa baiano, considera-se apenas o diferimento do imposto, tendo em vista que o benefício contido na Seção II, que prevê dilação do prazo de pagamento de até 90%, requer estudo mais aprofundado quanto à possibilidade de fruição dos indicadores contidos no programa em referência. Os dados constantes no exercício proposto foram extraídos da empresa ICAPEL, os quais explicitamos abaixo: ⇒ Vendas: Segundo informações da empresa, a média de faturamento mensal no ano de 2005 foi de R$ 568.349,46. A destinação das vendas no ano de 2005 apresentou a seguinte distribuição: Estado Espírito Santo Rio de Janeiro Minas Gerais Bahia Total % em 2005 64,2% 13,4% 9,6% 12,8% 100% Fonte: ICAPEL – Indústria Capixaba de Papel S.A. Ressalta-se que na tabela 20, a participação foi ajustada para os estados da Bahia e Rio de Janeiro, como se estes fossem a sede da empresa. ⇒ Compras: Consideramos as aquisições de insumos como efetuadas no interior de cada estado, condição sine qua non para a obtenção dos benefícios nos estados estudados. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 82 Tabela 20 Quadro comparativo de cálculo do ICMS – ES x BA x RJ Op. Internas Sub-Total 1 Espírito Santo 364.880,35 364.880,35 Bahia 364.880,35 364.880,35 76.158,83 76.158,83 72.748,73 76.158,83 54.561,55 72.748,73 54.561,55 54.561,55 72.748,73 203.469,10 203.469,10 203.469,10 568.349,46 568.349,46 568.349,46 35.826,43 35.826,43 35.826,43 23.884,28 23.884,28 23.884,28 59.710,71 59.710,71 RJ Vendas Op. Externas ES MG BA Sub-Total 2 Total Geral Mat. Virgem Op. Internas Mat. Reciclado Sub-Total 1 59.710,71 Rio de Janeiro 364.880,35 364.880,35 Mat. Virgem Compras Op. Externas Mat. Reciclado - - Sub-Total 2 Total de Compras 59.710,71 Alíquota Op. Internas 17,00% Sub-Total 1 RJ Débito de ICMS Op. Externas 62.029,66 7,00% 5.092,41 7,00% 5.331,12 12,00% 6.547,39 5.092,41 20.778,86 12,00% 6.547,39 12,00% 6.547,39 5.092,41 16.970,91 7,00% 82.649,38 6.090,49 18,00% Mat. Reciclado 17,00% 4.060,33 17,00% 4.060,33 Diferido 10.150,82 10.150,82 - 6.448,76 6.448,76 - 10.150,82 - 10.150,82 6.448,76 - Sub-Total 1 - - - - - Sub-Total 1 - - - - - - Sub-Total 2 75,00% - 49.258,85 9.258,85 Sub-Total 2 - - - - Sub-Total 1 Total Geral 82.808,52 17,00% Op. Internas Op. Externas 20.778,86 6.090,49 Total Geral ICMS a Recolher 7,00% 17,00% Total Geral Op. Externas 65.678,46 Mat. Virgem Sub-Total 2 Crédito Presumido 65.678,46 62.029,66 82.808,52 Op. Externas Op. Internas R$ 18,00% 9.139,06 Total Geral Redução de Base 62.029,66 59.710,71 Alíquota 12,00% Sub-Total 2 Op. Internas R$ 9.139,06 Sub-Total 1 Crédito ICMS s/ Compras 62.029,66 17,00% ES MG BA Sub-Total 2 59.710,71 Alíquota 12,00% Total Geral Op. Internas R$ - 75,00% 12.728,19 12.728,19 61.987,03 51.878,84 51.878,84 9.970,86 51.878,84 51.878,84 9.970,86 20.778,86 20.778,86 4.242,73 20.778,86 20.778,86 4.242,73 72.657,69 72.657,69 14.213,59 Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 83 O gráfico abaixo demonstra mais claramente a diferença entre as apurações do imposto nos estados em análise nesse trabalho: Gráfico 14 Gráfico do ICMS a Recolher – ES x BA x RJ Gráfico Comparativo de ICMS a Recolher - ES x BA x RJ 80.000,00 70.000,00 60.000,00 50.000,00 40.000,00 30.000,00 20.000,00 10.000,00 Espírito Santo Bahia Rio de Janeiro De acordo com o exercício proposto, o imposto apurado no Estado do Rio de Janeiro foi inferior ao apurado nos estados do Espírito Santo e da Bahia, demonstrando a eficácia da política de incentivos direcionada a indústria de papelão aplicada naquele estado. Apesar do imposto apurado no Estado da Bahia ser semelhante ao imposto apurado no Espírito Santo, aquele estado conta ainda com o beneficio da dilação do prazo de pagamento do saldo mensal do ICMS, que pode ser de até 90% (noventa) do saldo devedor mensal normal em 72 (setenta e dois) meses. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 84 Com isso, a indústria de papel e papelão localizada no estado do Espírito Santo encontra-se em situação desprivilegiada em relação às indústrias dos estados em análise nesse trabalho. Além dos estados analisados neste trabalho, cabe ainda a ressalva da legislação aplicada por outros três entes da federação, a saber: Minas Gerais, Ceará e Rio Grande do Norte. O Estado de Minas Gerais estabeleceu no ano de 2003 o Decreto nº 43.618, de 29 de setembro de 2003, onde estabelece uma redução da base de cálculo em 1/3 (33,33%) nas saídas, em operação interna, promovida por estabelecimento industrial, de embalagem destinada a estabelecimento de contribuinte do ICMS. O Governo do estado do Ceará considera a reciclagem uma arma poderosa contra a exclusão social, a destruição do meio ambiente e o fortalecimento da economia local. Por isso, procura atrair empresas que trabalham com produtos reciclados para o Estado, através da instituição de um pólo reciclador que prevê incentivos fiscais, entre eles a isenção de 40% a 70% no valor do ICMS pelo prazo de dez anos. O Governo do Rio Grande do Norte concede incentivos para empreendimentos voltados à industrialização nas áreas agrícola, industrial, mineração, agropecuária, agroindustrial e tecnológica, comércio exterior e turismo. Os incentivos ocorrem por intermédio do PROADI -: o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte – que oferece incentivos econômicos para as empresas industriais que pretendam instalar-se no Estado, seja na realização de novos investimentos, na ampliação das unidades já existentes ou ainda como estímulo à reativação de empresas paralisadas. Para tanto, concede incentivos econômicos equivalentes até 75% (setenta e cinco por cento) do valor do ICMS mensal para as empresas instaladas em Distritos Industriais ou no interior do Estado; mas, para aquelas instaladas em Natal ou na Grande Natal, o incentivo está limitado em até 60% (sessenta por cento), exceto para investimentos superiores a vinte milhões de reais7. 7 Fonte: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte (www.sedec.rn.gov.br). Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 85 15. CONCLUSÃO A falta de informações sobre a 3ª. Geração da Indústria Petroquímica no Estado do Espírito Santo impossibilitou a realização de uma análise qualitativa desta indústria. Quanto à Indústria de Papelão, o Estado do Espírito Santo conta com uma única empresa, a Icapel - Indústria Capixaba de Papel S.A.. A mesma, vem crescendo nos últimos anos, é grande geradora de postos de trabalho, além de contribuir com o meio-ambiente, uma vez que utiliza como matéria-prima material reciclado. Com relação ao aspecto tributário, tanto para 3ª. Geração da Indústria Petroquímica como para Indústria de Papelão, o que se verifica é a necessidade urgente de revisão da legislação de ICMS vigente no Estado do Espírito Santo, de forma a se resolver a assimetria tributária em relação à legislação, principalmente, aplicada nos Estados da Bahia e Rio de Janeiro, sob pena das empresas de transformação plástica e de papelão que industrializam neste estado, perderem cada vez mais a sua capacidade de competir, ou então, serem atraídas pelos incentivos proporcionados por outros estados.. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 86 16. AGENDA Aumento da utilização da capacidade instalada das empresas dos setores petroquímicos e de papelão, contribuindo para o crescimento destes no estado; O aumento da capacidade instalada acarretará, além do crescimento do setor, a geração de postos de trabalho, principalmente na indústria de papelão, uma vez que cada emprego direto é responsável pela criação de aproximadamente dez empregos indiretos, em toda a cadeia produtiva; Criação de linhas de crédito para modernização das plantas industriais das empresas componentes das indústrias em análise neste trabalho; Revisão da Legislação de ICMS vigente no Estado, visando estabelecer simetria tributária em relação aos estados da Bahia e Rio de Janeiro, além da obtenção de benefícios; visto que os mesmos possuem indústria petroquímica e de papelão mais competitiva do que as indústrias capixabas; Redução da informalidade na indústria petroquímica, visando o aumento da arrecadação tributária do setor; Estímulo a atividade de reciclagem, estabelecendo incentivos fiscais para as empresas que produzem a partir de materiais reciclados; Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 87 17. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Anuário Estatístico: A Indústria Brasileira da Transformação de Material Plástico – Perfil 2004. Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) Anuário Estatístico 2004 – Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) Associação Nacional dos Aparistas de Papel – (ANAP) BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 21, p. 75-104, mar. 2005. Indústria Petroquímica Brasileira: situação atual e perspectivas. BRASIL. Decreto n.º.090-r, de 25 de outubro de 2002. Atualizado até o Decreto n.º 1.543-R/05. Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – RICMS/ES. BRASIL. Decreto nº. 27.427, de 17 de Imposto sobre Operações Relativas à Prestações de Serviços de Transporte Comunicação do Estado do Rio de Janeiro novembro de 2000. Regulamento do Circulação de Mercadorias e sobre Interestadual e Intermunicipal e de – RICMS/RJ. BRASIL. Decreto nº 6.284 de 14 de março de 1997. Atualizado em 21 de maio de 2005, através do Decreto nº 9.547/05. O Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação do Estado da Bahia – RICMS/BA. BRASIL. Decreto nº 33.976, autorizados pela Lei nº 4.169 de 16 de setembro de 2003. Programa de Desenvolvimento da Indústria de Transformação Plástica – PLAST-RIO. BRASIL. Decreto Nº 7.439 de 17 de setembro de 1998, instituído pela Lei nº 7.351, de 15 de julho de 1998. Programa Estadual de Desenvolvimento da Indústria de Transformação Plástica – BAHIAPLAST. BRASIL. Lei nº 4.178, alterações através da Lei nº 4.367/2004 de 26 de junho de 2004. Dispõe sobre incentivo fiscal para as indústrias do setor de reciclagem. BRASIL. Decreto Nº 6.734 de 09 de setembro de 1997. Dispõe sobre o Pro-Bahia e o Programa de Crédito Presumido, além do chamado BAHIAINVEST. BRASIL. Decreto nº 8.205/02, de 03 de abril de 2002. BRASIL. Decreto nº 43.618, de 29 de setembro de 2003. Compromisso Empresarial para a Reciclagem. www.cempre.org.br. Acesso em: 14 dez. 2005 Disponível Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] em: 88 CProjeto – Proj 3ª Geração Petroquímica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por [email protected] em 22 ago. 2005 DESENBAHIA (Agência de Fomento do Estado da Bahia), Estudo Setorial 02/02, abr. 2002. Indústria de Transformação Plástica na Bahia. DESENBAHIA (Agência de Fomento do Estado da Bahia), Estudo Setorial 02/05, mar. 2002. A estrutura da Indústria de Transformação Plástica na Bahia. Guia da Indústria Química Brasileira. Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) IBGE; Banco Central do Brasil. Relatórios trimestrais do SDI, Anuário da Indústria Química Brasileira. Indústria Capixaba de Papel S. A. (Icapel) LAUTENSCHLÄGER, Bianca Irigoyen. Avaliação de Embalagem de Consumo com base nos requisitos ergonômicos informacionais. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianopólis, 2001. MAXIQUIM ASSESSORIA DE MERCADO. Desempenho e Comportamento Competitivo da Indústria de Transformação de Produtos Plásticos da Região do Grande ABC no Estado de São Paulo. São Paulo: INP, SEBRAE. MaxiQuim Assessoria de Mercado, abril de 2001, 132 p. MESTRINER, F. Design de Embalagem: Curso Básico. São Paulo: Makron Books, 2001. il. Color Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC. O Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior (ALICE). Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/>. Acesso em: 30 out. 2005. Ministério do Trabalho e do Emprego. MTE – RAIS 2003 Ministério do Trabalho e do Emprego. MTE – RAIS 1999 Ministério do Trabalho e do Emprego. MTE – Caged jan/nov/2000/ MOURA, R.A.; BANZATO, J.M. Embalagem, unitização & conterização. 2 ed. rev. e ampl. São Paulo: IMAM, vol.3,1997. O informativo de embalagem e produtos ao consumidor. Datamark, 1995. Pesquisa Água e Vida /Unicef, 1998. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 89 Sindicato da Indústria de Plástico Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro (www.sef.rj.gov.br) Secretária da Fazenda do Estado do Ceára (www.sefaz.ce.gov.br) Secretária da Fazenda do Estado do Espírito Santo (www.sefa.es.gov.br) Secretária da Fazenda do Estado da Bahia (www.sefaz.ba.gov.br) Secretária da Fazenda do Estado de Minas Gerais (www.sef.mg.gov.br) Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte (www.sedec.rn.gov.br). QUADROS, Salomão. A Indústria de Embalagem em 2005: retrospectiva e cenários. Pesquisa setorial ABRE/FGV. 31 ago 2005. Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 90 18. ANEXO I - Questionário Bloco 1 – Caracterização da Empresa 1-01 – Identificação da Empresa __________________________ 1.02 – Nome do informante ______________________________ 1.03 – Cargo do informante ______________________________ 1.04 – Telefone _______________________________________ 1.05 – e-mail _________________________________________ 1.06 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) – Número de colaboradores Até 20 funcionários De 21 a 100 funcionários De 100 a 499 funcionários Acima de 500 funcionários Nível de instrução dos dirigentes 1 - 1º grau 2 - 2º grau 3 - 3º grau 4 - Pós-graduado 1.07 – Dirigente 1 ____________ 1.08 – Dirigente 2 ____________ 1.09 – Dirigente 3 ____________ 1.10 – Dirigente 4 ____________ 1.11 – Dirigente 5 ____________ Bloco 2 – Situação de contratação 2.1 – Normalmente realiza serviços como subcontratada? 1( ) Sim 2( ) Não 2.2 – Qual o tipo de contrato predominante? 1( ) Formal 2( ) Informal 2.3 – Em relação ao prazo de contrato: 1( ) Tempo indeterminado 2( ) Por operação lote 2.4 – Tem contrato de exclusividade com alguma empresa? 1( ) Sim 2( ) Não Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 91 2.5 – Em relação à capacitação tecnológica do contratante, o(a) sr(a) diria que: 1( ) Superior a da contratada 2( ) igual ou inferior a da contratada 2.6 – Realiza treinamento pessoal passado pelo contratante? 1( ) Realiza 2( ) Não realiza 2.7 – Normalmente há cessão de equipamentos pelo contratante? 1( ) Há sessão 2( ) Não há sessão 2.8 – A sua empresa realiza subcontratação de outras empresas? 1( ) Sim 2( ) Não 2.9 – Qual o tipo de contrato predominante 1( ) Formal 2( ) Informal 2.10 – Em relação ao prazo de contrato: 1( ) Tempo indeterminado 2( ) Por operação lote 2.11 – Tem contrato de exclusividade com alguma empresa? 1( ) Sim 2( ) Não 2.12 – Localização do subcontratante 1( ) Dentro do Estado 2( ) Fora do Estado Bloco 3 – Suprimentos Qual a origem dos insumos/matérias primas adquiridos? 1. Valor gasto (ano) com Insumos/Matérias–primas. 2. Origem detalhada dos Insumos/Matérias–primas: 2.1. Estado de aquisição (preferencialmente indicando percentual gasto caso aquisição em mais de um estado) 2.2. Valor e percentual de utilização de material reciclado na produção, caso utilize. 3. Matéria prima utilizada (discriminação detalhada) Bloco 4 – Infra-estrutura Quanto à infra-estrutura: 1. Custo (ano) de transporte: 1.1. Na aquisição da mercadoria 1.2. No escoamento da produção 2. Custo (ano) com assistência técnica oferecida Bloco 5 – Produção 1. Capacidade instalada 1.1Capacidade utilizada 2.1Capacidade ociosa 2. Produtos (discriminação detalhada): 3. Destinação da Produção (discriminação detalhada: se dentro ou fora do Estado (indicando %), se para consumo ou fornecimento à indústria Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 92 (indicando qual), etc,). Bloco 5 – Informações gerais 1. Faturamento anual 2. Nº de empregados (diretos e indiretos) 3. Porte da Empresa 4. Valor pago (ano) com impostos 5. Despesas totais (ano) Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 93 19. ANEXO II – Relação de Empresas Empresa Coffer Indústria Plásticas Ltda Damarka S/A Endereço R. 3 – Lote 7. Pólo Industrial. Novo México. Vila Velha. CEP: 29604-016 Rod. BR 101 – Km 264. Trevo de Laranjeiras. Serra. CEP: 29160-001 Duqueplast Com. e Indústria Ltda Fibrasa Serviços Ltda Travessa Albo Vieira Xavier, 40. Jardim Limoeiro. Serra. CEP: 29164-143 Av Paulo Miguel Boamalev, 13. Civit I. Serra. CEP: 29168-010 R. Sete – Lote I – Quadra 15, nº 120. Civit II. Serra. CEP: 29165-973 R São José, 206. João Goulart. Vila Velha. CEP: 29100000 R Comendador Roberto Hugoline, 113. Civit I. Serra. CEP: 29168-010 R. São Francisco. São Francisco. Cariacica. CEP: 29145-410 R. Marcílio Dias, 621. São Silvano. Colatina. CEP: 29706-184 Rod Colatina. Itapina Km 2. Luiz Ingleses. Colatina Fortlev Torres e Cia Ltda Lukplast Indústria e Com. Ltda. Polidomus Ind. e Comércio de Plástico Ltda Plasmar Ind. e Comércio de Plástico Ltda Tubos Brasil S/A Ciplal Com. e Ind. de Plásticos Ltda Plastical Ind. e Comércio Ltda Embali Indústrias Plásticas Ltda Plasteco Ind. Plásticas R. Dom Pedro I, 111. Aribiri. Vila Velha. CEP: 29120530 R. das Hortências, 3 a 12. Independência. Cariacica. CEP: 29148-900 A. Cachoeiro de Itapemirim, 551. Barra do Jucu. Vila Velha Telefone 3391-0139 Contato Pedro Diretor E-Mail [email protected] m.br 32008022/33389465/33280092/99797373 2124-4110 João Olivar Faria [email protected] 33452881/21237500 Sérgio Filho 3348-6700 Ângelo Falqueto Evandro 32442119/32443706 [email protected] 3341-1444 Fernando Vaz 3396-3329 Cícero Luiz Machado Gomes 3722-0574 José Renan Tiussi 3339-9393 José Moreira Gusmão 4009-3832 Luiz FernandoZ aboli [email protected] [email protected] 3244-6803 Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 94 Icapel S/A Flexibrás Tubos flexíveis Ltda – JL Martins Embalagens Ltda - ME MIG Indústria e Comércio Ltda Plastin – Indústria e Comércio Ltda RBA – Ind. de Plásticos LTDA - ME Cel. Manoel Nunes, 294 - José de Anchieta - Serra. Rua Jurema Barroso 35 29020 - 430 - Ilha do Príncipe Vitória – ES Av. Brasília, s/n – Serra Dourada II Serra – ES Rua Fortaleza, s/n – Parque das Alterosas – Serra – ES. Av. CIVIT, 04 – Maringá – Serra – ES Quarta Avenida, 01 – Jardim Limoeiro – Serra - ES. 2104-2900 Flávio [email protected] 2123-9444 3341-7958 3328-1949 José Luiz Martins de Oliveira Geraldo José Scárdua 3341-7198 Neviton Helmer Gasparini 3338-0082 Arnaldo Antunes Av Princesa Isabel, 15, Ed. Martinho de Freitas – s. 1709 – Centro – Vitória –ES. Rua Guilherme Faria, 51, Centro – Vila Velha – ES – Cep: 29.100-270. Telefax: (027) 33115611 – Celular: (027) 93125721 E-mail: [email protected] 95