LAGARES DE AZEITE E PRODUTORES DO CONCELHO DE MIRANDELA O concelho de Mirandela possui ainda alguns lagares de azeite que podem ser visitados, bastando para tal contactar os respectivos proprietários. Os lagares de azeite tradicionais têm infelizmente desaparecido, desaparecido, embora alguns tenham sido recuperados para manter viva a memória ou para outros fins turí turísticos. A Câmara Municipal de Mirandela através do Projecto Terra Olea e a ACIM através da Rota do Azeite têm desenvolvido várias actividades de promoção e valorização do azeite. Esta lista foi produzida pela Câmara Municipal de Mirandela: PRODUTOR Casa Meneres (Sociedade Clemente Meneres) Prolagar – Produção e Comercialização de Azeite, Lda Solinor – Sociedade Oleaginosa do Norte, Lda PRODUTO Azeite Azeite Azeite Azeitonas Mel Patê Azeites Millenium, Lda Azeite Casa Agrícola de Suçães Azeite Quinta Vale do Conde, Produtos Alimentares Lda Azeite Casa Agrícola Lamas de Cavalo Azeite Decanter Terras Superiores Azeite Casa Agrícola dos Lopes Azeite Agromúrias – Casa Agrícola das Múrias Azeite Sociedade Agrícola A Capela do Olivais Azeite Directo da Terra – Sociedade Agrícola Azeite ABA – Azeite Biológico de Abreiro Lda. Azeite Sociedade Agrícola Morais Castro Azeite MORADA Romeu 5370 Romeu Mdl Carvalhais 5370-081 Mirandela Rua Santa Luzia, 2 5370 Mirandela Zona Industrial, Lote 4 – Sector L 5370-565 Mirandela Suçães 5370-644 Mirandela S. Pedro Vale do Conde 5370-160 Marmelos Lamas de Cavalo 5370 Mirandela Rua dos Artistas Mirandelenses, 91 5370-415 Mirandela Vale de Salgueiro 5370 Vale de Salgueiro Mdl Cruzamento da Estrada das Múrias 5385 Múrias Bouça 5385 Bouça Rua Alfredo Cunha, 217 – 1º - Sala 5 4450-023 Matosinhos 5370-021 Abreiro Mdl Ferradosa 5385-033 Bouça TELEFONE 278 249 200 222 001 265 278257368 278 265 695 278 203 883 278 251 281 917 219 008 966 942 165 278 251 281 917 219 008 278 201 416 969 655 962 917 563 024 965 062 397 964 742 254 229 363 150 968 010 777 278 559 310 278 339 113 Através do site do INGA do Ministério da Agricultura é possível descobrir os lagares de azeite reconhecidos em todo o país (www.inga.min (www.inga.minwww.inga.min-agricultura.pt): agricultura.pt): Lagares Reconhecidos até 11.04.06 - Campanha 2005/06 Nº Freguesia Freguesia do Lagar Lagar Nome do Explorador Morada do Explorador Código Postal 1047 6726 São Pedro Velho Murias Cabanelas ABA - Azeite Biológico de Abreiro, Lda Agromúrias - Casa Agr. das Múrias, Lda. Amândio dos Santos Guerra António Maria Borges Augusto César Lourenço 9641 Mirandela Azeites Milenium, Lda 1078 Mascarenhas Emília Nogueira de Andrade R. Olímpio Cabral, nº3 5370 MIRANDELA João António Gomes Lamas de Orelhão 5370 MIRANDELA Caravelas Vilar de Ledra 5370 MIRANDELA 5370-088 CARVALHAIS MDL Valbom dos Figos 5370-175 MIRANDELA Suçães 5370 MIRANDELA 9643 Abreiro 9625 Murias 9506 9520 6684 9663 1071 1037 1069 9473 6742 9592 Lamas de Orelhão Freixeda Carvalhais João Manuel da Costa José Manuel Camilo José Mª Figueiredo de Mascarenhas Carvalho Neto Manuel Alberto Ferral de Suçães Sousa Ataíde Pavão Passos Lamas de Orelhão Vale de Salgueiro Vilarinho Azenhas 6674 Bouça 1142 Romeu 9482 Frechas 9510 Vale de Gouvinhas Abreiro Cruzamento Estrada de Múrias Rua da Padeira São Pedro Velho Vale de Prados Rua de Sto António Z. Industrial, lote 4, sector L 5370 MIRANDELA 5385 MÚRIAS 5385 TORRES DE DONA CHAMA 5385 TORRE D. CHAMA 5370 MIRANDELA 5370 MIRANDELA Manuel José Pires Rua do Padre João, 15 5370 MIRANDELA Passos Porfírio dos Santos Lamas de Orelhão 5370 MIRANDELA Vale de salgueiro 5370 MIRANDELA R. de Stª Marta - Barcel 5370-060 MIRANDELA Ferradosa - Bouça 5385 TORRES DE DONA CHAMA Jerusalém do Romeu Romeu - Mirandela 5370 MIRANDELA Av. 25 de Abril, nº273, bloco B-G 5370 MIRANDELA Av. 25 de Abril, nº273, bloco B-G 5370 MIRANDELA Roger Fernando Heleno Lopes Sá Pires - Indústria Comércio de Azeite, Lda Sociedade Agrícola Morais Castro Sociedade Clemente Meneres, Lda. Solinor - Sociedade Oleaginosa do Norte, Lda Solinor - Sociedade Oleaginosa do Norte, Lda História e Estórias sobre a Oliveira e o Azeite A origem da oliveira, na sua forma primitiva, remonta à Era Terciária - antes do nascimento do homem - e situa-se, segundo a opinião de vários autores, na Ásia Menor, talvez na Síria ou Palestina, região onde foram descobertos vestígios de instalações de produção de Azeite e fragmentos de vasos datados do início da Idade do Bronze. O facto é que em todo o Mediterrâneo foram encontradas folhas de oliveira fossilizadas, datadas do Paleolítico e do Neolítico. Actualmente pensa-se que a espécie à qual pertence a oliveira, a Olea europaea, tem uma origem híbrida, ou seja, é fruto do cruzamento de várias espécies. Entre os seus progenitores encontram-se a Olea africana, originária da Arábia e do Egipto, a Olea ferruginea, procedente da Ásia, e a Olea laperrini, abundante no Sul de Marrocos e nas Ilhas da Macarronésia. Por volta de 3000 antes de Cristo, a oliveira era já cultivada por todo o "Crescente Fértil". A dispersão desta cultura pela Europa mediterrânica ter-se-á ficado a dever aos gregos. Os gregos e os romanos, grandes entusiastas e produtores de Azeite, eram igualmente pródigos a descobrir-lhe aplicações e, não contentes com as múltiplas utilizações que lhe davam na cozinha, utilizavam ainda o Azeite como medicamento, unguento ou bálsamo, perfume, combustível para iluminação, lubrificante de alfaias e impermeabilizante de tecidos. Mais tarde, a cultura do olival espalhou-se pela bacia do Mediterrâneo e, com as expedições marítimas dos portugueses e espanhóis, a oliveira acabou por navegar até às Américas. Depois propagou-se um pouco por todo o mundo, onde as condições climatéricas lhe foram favoráveis. Mitos, Lendas e Narrativas Desde sempre, a oliveira tem estado associada a práticas religiosas, a mitos e tradições, a manifestações artísticas e culturais, a usos medicinais e gastronómicos. Na antiga Grécia, as mulheres, quando queriam engravidar passavam longos períodos de tempo à sombra das oliveiras. Da madeira das oliveiras faziam-se ceptros reais e com o Azeite ungiam-se monarcas, sacerdotes e atletas. Com as folhas faziam-se grinaldas e coroas para os vencedores. A oliveira era considerada símbolo de sabedoria, paz, abundância e glória. Os egípcios, há seis mil anos, atribuíam a Ísis, mulher de Osíris, Deus supremo da sua mitologia, o mérito de ensinar a cultivar a oliveira. Na lenda grega Palas Atenea, Deusa da paz e sabedoria, filha de Zeus, era para os Gregos a mãe da árvore sob a qual teriam nascido Remo e Rómulo, descendentes dos Deuses e fundadores de Roma, tendo feito brotar a oliveira de um golpe e, na sua grande bondade, ensinado o seu cultivo e o seu uso. Por sua vez Minerva oferece aos romanos este presente divino, asilo também da divindade. Cantaram a oliveira Homero, Ésquilo, Sófocles, Virgílio, Ovído e Plínio: "E com um ramo de oliveira o homem se purifica totalmente." Virgílio, Eneida "Uma gloriosa árvore floresce na nossa terra dórica: Nossa doce, prateada ama de leite, a oliveira. Nascida sozinha e imortal, sem temer inimigos, a sua força eterna desafia velhacos jovens e idosos, pois Zeus e Atena a protegem com olhos insones" Sófocles, Édipo Em quase todas as religiões se fala da oliveira, árvore de civilizações longínquas, que tem lugar nos textos mais antigos: - no "Génesis": a pomba de Noé traz no bico um ramo de oliveira para lhe mostrar que o mundo revive. - No "Êxodo", Yaveh prescreve a Moisés a "Santa Unção" na qual o Azeite se mistura com perfumes raros. - No horto de Getsemani vivem ainda oito grandes oliveiras que viram rezar, chorar e morrer Cristo. - Também o Corão canta a árvore que nasce no monte Sinai e refere-se ao óleo que dela se extrai para ser transformado em luz de candeia "que parece um astro rutilante". Foi sempre património dos países mediterrâneos, mas hoje em dia encontra-se disseminada um pouco por toda a parte, desde a Argentina, Austrália, Chile, Estados Unidos da América, até ao Japão, México e República da África do Sul, entre outros. O Azeite na Cultura Portuguesa O Azeite sempre esteve presente nos recantos da vida diária dos portugueses: na candeia do pobre e no candelabro do rico, na mesa frugal do camponês e nos solenes templos de velhos cultos. Mítico, bíblico, romanesco e histórico, "o Azeite vem sempre ao de cima". Enfrentou a nova verdade dos mercados selectivos e deixou de ser simplesmente o Azeite, para adoptar o berço de uma origem e assumir a identidade de uma marca. Em Portugal, a cultura da Oliveira perde-se nos mais remotos tempos. Segundo rezam as crónicas, os Visigodos já a deviam ter herdado dos Romanos e estes, possivelmente, tinhamna encontrado na Península Ibérica. Por sua vez, os Árabes mantiveram a cultura e fizeram-na prosperar, sendo que a palavra Azeite tem origem no vocábulo árabe al-zait, que significava "sumo de azeitona". De facto, as primeiras manifestações da importância da cultura da oliveira em Portugal aparecem nas províncias onde a reconquista cristã mais tardiamente se realizou. É assim que os primeiros forais que se referem à produção olivícola dizem respeito às províncias portuguesas da Estremadura e do Alentejo. Até finais de século XII, em Portugal, não é mencionada a cultura da oliveira nem o interesse económico da sua produção. Contudo, no século XIII, o Azeite já ocupa um lugar importante no nosso comércio externo, posição que manterá posteriormente, podendo afirmar-se que esta gordura era um produto muito abundante na Idade Média. Mais tarde, são as ordens religiosas que, com o seu papel na revitalização da agricultura, dedicam especial atenção ao fabrico do Azeite. O "óleo sagrado" vai ter uma importância fundamental na economia do Convento de Santa Cruz de Coimbra, do Mosteiro de Alcobaça, da Ordem dos Freires de Cristo, da Ordem do Templo e da Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo. Resistente à seca, de fácil adaptação aos terrenos pedregosos, a oliveira tornou-se numa presença constante na agricultura portuguesa. O Sector Breve Caracterização do Sector Oleícola Oleícola PRODUÇÃO A produção de azeite a nível mundial está limitada, por questões edafo - climáticas, a duas zonas do globo que se situam entre os paralelos 30 e 45 dos hemisférios norte e sul. Actualmente, cerca de 95% da superfície oleícola mundial está concentrada na Bacia Mediterrânica, sendo que os países produtores da União Europeia (Espanha, Itália, França, Grécia e Portugal) são responsáveis por 73% da produção a nível mundial. Os outros principais países produtores são a Tunísia (7,7%), a Turquia (4,4%) , a Síria (3,8%), Marrocos (2,5%) e a Argélia (1,4%). Produção Mundial de Azeite Campanha 86/87 (1000 ton) Produção 1,614 87/88 2,028 88/89 1,435 89/90 1,796 90/91 1,451 91/92 2,206 92/93 1,813 93/94 1,736 94/95 1,866 95/96 1,638 96/97 2,636 97/98 2,542 98/99 2,401 99/00 2,375 00/01* 2,591 Média 2,008 Fonte: COI * Valores Provisórios Analisando a produção mundial referente às 15 últimas campanhas, pode verificar-se uma taxa de crescimento média de 3,6%, ao longo deste período. Ao nível da União Europeia, a produção de azeite tem crescido significativamente nos últimos anos, sendo que Espanha ocupa actualmente o 1º lugar no ranking mundial dos países produtores. Produção de Azeite na União Europeia (1000 ton) Campanha Espanha França França Grécia Itália Portugal 94/95 482 3 387 480 32 95/96 323 2 335 630 44 96/97 947 3 435 370 45 97/98 1,090 3 418 640 42 98/99 792 3 473 404 35 99/00 669 4 420 735 50 00/01* 945 4 422 510 38 Fonte: COI * Valores Provisórios Em Portugal, tem-se assistido nos últimos anos a uma certa recuperação da produção, após o acentuado decréscimo verificado sobretudo a partir da década de 60 até finais da década de 80, onde passámos de produções da ordem das 90.000 toneladas (anos 50) para valores médios de cerca de 35.000 toneladas, nos anos 80. Produção de Azeite em Portugal Campanha 86/87 Fonte: COI * Valores Provisórios (1000 ton) Produção 41 87/88 35 88/89 23 89/90 41 90/91 20 91/92 62 92/93 22 93/94 32 94/95 32 95/96 44 96/97 45 97/98 42 98/99 35 99/00 50 00/01* 38 Média 37 CONSUMO Relativamente ao consumo, verifica-se nos últimos 15 anos um crescimento médio, a nível mundial, da ordem dos 2,3%. Este aumento de consumo a nível mundial reflecte bem o efeito da difusão dos resultados da investigação científica sobre os benefícios do azeite para a saúde, bem como as sucessivas campanhas promocionais levadas a cabo, quer pela União Europeia, quer pelo Conselho Oleícola Internacional. De referir que o consumo de azeite na União Europeia representa cerca de 70% do consumo mundial, embora o consumo de azeite em países que tradicionalmente não eram consumidores, como os Estados Unidos da América, tenha sofrido um forte acréscimo nos últimos anos. De facto, nos Estados Unidos da América o consumo quintiplicou em 16 anos, atingindo actualmente cerca de 170.000 toneladas anuais e colocando este país como o quarto maior consumidor a nível mundial. Consumo Mundial de Azeite Campanha 84/85 (1000 ton) Consumo 1,698 85/86 1,708 86/87 87/88 1,811 88/89 1,733 89/90 1,721 90/91 1,683 91/92 1,852 92/93 1,896 93/94 1,891 94/95 1,886 95/96 1,748 96/97 2,171 97/98 2,398 98/99 2,410 99/00 2,453 00/01* 2,581 Média 1,861 Fonte: COI * Valores Provisórios Relativamente ao consumo de azeite em Portugal, verifica-se uma nítida recuperação comparativamente ao início da década de 90, onde o consumo per capita se situava em 3,3 kg, atingindo actualmente um valor próximo dos 7 kg per capita. Este aumento de consumo não será seguramente alheio à "redescoberta" do azeite como produto natural, saudável e com inúmeros benefícios para a saúde humana. Consumo de Azeite em Portugal Campanha 84/85 (1000 ton) Consumo 42 85/86 39 86/87 87/88 35 88/89 35 89/90 35 90/91 27 91/92 45 92/93 43 93/94 59 94/95 58 95/96 58 96/97 62 97/98 63 98/99 66 99/00 70 00/01* 70 Média 47 Fonte: COI * Valores Provisórios EXPORTAÇÃO Ao nível das trocas internacionais, que se situam actualmente a níveis próximos das 500 mil toneladas, os principais países exportadores são, naturalmente, os principais produtores. Na média das três últimas três campanhas, a União Europeia , com 50,6%, e a Tunísia, com 32,9% foram os principais países exportadores. Entre os principais importadores encontramos os países considerados os novos consumidores de azeite, que no seu conjunto foram responsáveis por cerca de 50% das importações mundiais: os Estados Unidos (30,8%), o Brasil (5,3%), a Austrália (4,5%), o Canadá (3,7%) e o Japão (3,6%). Portugal é, tradicionalmente, um país com vocação exportadora. Entre os mercados de destino das exportações nacionais, destaca-se o mercado brasileiro que absorve cerca de 70% do total das exportações nacionais de azeite, fazendo com que este produto seja igualmente o produto português mais exportado para aquele país. Exportações Portuguesas de Azeite* Ano 1988 (ton) Exportações 8,784 1989 6,539 1990 8,668 1991 7,797 1992 6,651 1993 9,620 1994 11,523 1995 14,574 1996 14,486 1997 22,210 1998 20,987 1999 14,466 2000 19,339 Média 12,742 Fonte: INE * Azeite Virgem + Azeite A Oliveira A Oliveira é uma árvore de porte médio, muito resistente, com raízes que atingem os 6 metros, sendo conhecidas cerca de 400 espécies. Tem crescimento lento e normalmente só entra em produção a partir do quinto ano. A transformação e melhoria das características da oliveira foi conseguida pelo homem, ao longo dos tempos, até se obter a árvore a que chamamos hoje a oliveira cultivada. A Oliveira que todos conhecem, Mãe das azeitonas que produzem o Azeite que consumimos, são da Espécie Olea europea L.. Dentro daquela espécie encontram-se diversos grupos de cultivares, espalhados por diferentes zonas oleícolas. As cultivares de maior importância utilizadas em Portugal são a Galega, a Carrasquenha, a Cordovil, a Cobrançosa e a Verdeal. A oliveira, dada a sua rusticidade, encontra-se muitas vezes em terrenos onde nenhuma outra planta resistiria. Mas quando a oliveira é tratada como uma verdadeira cultura as produções aumentam em quantidade e, em comparação com situações extremas, também em qualidade. Em média, uma oliveira dá 20 Kg de azeitonas, sendo necessárias cerca de 5 a 6 Kg para produzir 1 L de azeite. A Obtenção do Azeite O Azeite é a gordura sintetizada naturalmente nas azeitonas como substância de reserva, contribuindo para assegurar a multiplicação da espécie. Disponibiliza a energia necessária durante o período em que a azeitona, nesta fase já liberta da árvore mãe, vai germinar e dar origem a uma nova planta. O Azeite é obtido da azeitona exclusivamente por processos mecânicos e físicos em condições, essencialmente térmicas, que não produzem a sua alteração. Para se obter um azeite de qualidade deve partir-se de azeitonas inteiras, sãs e maduras. Apanha da Azeitona A oliveira floresce na primavera e o fruto começa a formar-se para ir amadurecendo, passando da cor verde a negro, desde o verão até ao final do Outono ou princípio de Inverno, altura em que tem lugar a apanha. A apanha da azeitona pode realizar-se à mão, recorrendo a varas (bate-se a árvore com varas largas e flexíveis para que as azeitonas caiam sobre os panais) e, mais modernamente, utilizando meios mecânicos de vibração da árvore. Transporte da Azeitona para o Lagar As azeitonas colhidas são transportadas para o lagar para serem laboradas. As azeitonas apanhadas do solo não devem ser transportadas juntamente com as que são colhidas da árvore. O transporte deve ser feito em caixas rígidas abertas de maneira a que não se dêem fermentações indesejáveis. Nunca se devem transportar em sacos. Operações Preliminares Ao entrar no lagar as azeitonas devem ser classificadas em função da variedade, sua procedência do solo ou da árvore, se estão sãs ou atacadas por agentes patogénicos, a fim de serem laboradas separadamente consoante a classe. Em cada classe as azeitonas são ventiladas de maneira a que as correntes de ar separem as folhas que as acompanham. Também são lavadas com água corrente. Nesta fase é recolhida uma amostra para laboratório, procede-se à pesagem, classificação e armazenagem. A azeitona é separada em lotes de acordo com a qualidade. As azeitonas não se devem amontoar, devem sim, de preferência ser conservadas em tanques de salmoura. Para se obter um Azeite de qualidade, a azeitona deve ser laborada nas 24 horas seguintes à apanha. Moenda da Azeitona limpa e preparação da pasta A moenda consiste na trituração da azeitona, até formar uma pasta, ou seja, é um processo de preparação da massa de azeitona. Antigamente eram utilizados moinhos de pedra (mós ou galgas). Hoje em dia recorre-se a moinhos de martelos metálicos. Seguidamente esta pasta é batida e aquecida numa termobatedeira de maneira a aumentar o rendimento de extracção, facilitando a separação do azeite. Separação das fases sólida e líquida (extracção (extracção do azeite) Quando a massa está convenientemente batida e aquecida, procede-se à extracção propriamente dita, ou seja, à separação da fase sólida (o bagaço) das fases líquidas (o Azeite e a água de vegetação). Esta operação é realizada pelos sistemas de pressão (clássico), centrifugação (contínuo) e/ou percolação ou filtração selectiva (Sinolea). Sistema Clássico (descontínuo) A massa coloca-se entre os capachos e submete-se a pressão para separar o mosto oleoso (mistura de Azeite e água), que posteriormente se deixa decantar para obter por diferença de densidade o Azeite. Sistema Contínuo (por centrifugação) De 3 fases: À pasta de azeitona batida adiciona-se água e faz-se passar por uma centrifugadora horizontal onde é separada a parte sólida do mosto oleoso. O mosto passa depois por uma centrifugadora vertical donde se separa o Azeite da água de vegetação. De 2 fases: Processo praticamente igual ao anterior com a diferença de que em vez de se adicionar água à massa, a água existente no sistema sai conjuntamente com a fase sólida, mais húmida, portanto. Este sistema tem a vantagem, em relação ao sistema de três fases, de produzir azeites com menor redução do teor em antioxidantes naturais como, por exemplo, os polifenóis. Armazenamento Armazenamento O Azeite obtido é armazenado em depósitos até à sua comercialização. O ideal é que as paredes e tectos protejam em relação às altas temperaturas e que não deixem passar odores estranhos. A temperatura ideal de armazenamento é entre os 15 e os 18ºC para permitir uma correcta maturação dos azeites sem favorecer a sua oxidação. Deve existir também pouca luminosidade. O material dos depósitos deve ser inerte. Obtenção de Azeites Refinados Refinação Devido a condições climatéricas, a colheitas tardias, a grandes tempos de espera antes das azeitonas serem laboradas e erros no processo indicado anteriormente, os azeites virgens apresentam, por vezes, defeitos, como a acidez elevada e odores e sabores estranhos, que os fazem não ser aptos para consumo, pelo que devem sofrer um processo de refinação para eliminar defeitos. A refinação consta de três fases, cada uma das quais tende a eliminar um processo determinado: - Neutralização - Descoloração - Desodorização. De acordo com o anexo do Reg. (CEE) n.º 356/92 de 10/02/1992 verificam-se as definições que se seguem para o Azeite que é refinado. Azeite refinado - Azeite obtido por refinação de Azeite virgem, com uma acidez livre expressa em ácido oleico não superior a 0,5 g por 100 g e com as outras características conformes com as previstas para esta categoria. Azeite - Azeite constituído por loteamento de Azeite refinado e de Azeite virgem com exclusão do Azeite lampante, com uma acidez livre expressa em ácido oleico não superior a 1,5 g por 100 g e com as outras características conformes com as previstas para esta categoria. Óleo de bagaço de azeitona - óleo constituído por loteamento de óleo de bagaço de azeitona refinado e de azeites virgens, com exclusão do Azeite lampante, com uma acidez livre expressa em ácido oleico superior a 1,5 g por 100 g e com as outras características conformes com as previstas para esta categoria. O Controlo de Qualidade do Azeite É importante que se faça a distinção entre variedades e qualidades de Azeite. Duas variedades diferentes de oliveira podem dar azeites de cor, aroma e sabor diferentes mas podem ter ambos qualidade. A Qualidade do Azeite vai ser determinada pela região, a variedade e o grau de maturação das azeitonas, o estado sanitário dos frutos, o processo de extracção, o modo de conservação e a idade do azeite. Para verificar a qualidade de um azeite recorre-se a dois parâmetros: a análise química e a análise sensorial: Análises Químicas de Azeite As Análises Químicas feitas ao Azeite são, entre outras: - A acidez (quantidade de ácidos gordos livres expressa em % de ácido oleico). A acidez é consequência, entre outros, das azeitonas não estarem em perfeitas condições quando são laboradas ou do mau armazenamento do azeite. A % de acidez de um azeite NÃO TEM RELAÇÃO COM O SEU SABOR. - O índice de peróxido. Verifica a oxidação inicial do azeite e a sua deteorização. - A absorvência no ultravioleta. Utiliza-se para detectar componentes anormais de um azeite. Prova de Azeite As características organolépticas de um azeite são definidas através de um painel de provadores especializados para o efeito. Aquelas características são sensações detectáveis pelos sentidos, fundamentalmente relacionadas com o cheiro e sabor. Uma vez que a cor de um azeite não diz nada acerca da sua qualidade, os provadores profissionais utilizam copos de vidro de cor azul, para não se deixarem influenciar pela tonalidade. Vários são os factores que vão influenciar as características químicas e organolépticas de um azeite, como sejam, a variedade de árvore, o clima, o solo, a altitude, as técnicas culturais utilizadas, etc. O cheiro de um azeite é apreciado aquecendo ligeiramente o copo que o contém e aspirando várias vezes. O gosto é apreciado colocando azeite na boca e tentando detectar o doce na ponta da língua, o ácido no centro em baixo, o amargo ao centro, atrás, enquanto que o picante se tenta sentir na cavidade bucal. Entre os atributos que podem definir um azeite, encontram-se as seguintes (Reg. (CEE) 1638/92 de Junho de 1992): Amargo - gosto característico do azeite obtido a partir de azeitonas verdes ou no estádio de início do amadurecimento. Pode ser mais ou menos agradável em função da sua intensidade. Picante - Sensação gustativa de picadas, características dos azeites produzidos no início da campanha principalmente a partir de azeitonas ainda verdes. Apagado ou extinto - "flavour" do azeite cujas características organolépticas são muito ténues, devido à perda dos seus constituintes aromáticos. ~ A Amêndoa - "flavour" que pode surgir com duas formas diferentes: uma típica da amêndoa verde, a outra característica da amêndoa seca e sã que pode ser confundida com um princípio de ranço. Associado aos azeites doces e de cheiro extinto. Áspero - sensação característica de certos azeites cuja degustação provoca uma reacção bucotáctil de adstringência. Ao fruto - "flavour" característico que lembra simultaneamente o cheiro e o gosto de azeitona sã e fresca, colhida em óptima fase de maturação (pode ser a fruto mais maduro ou fruto mais verde). A maçã - "flavour" característico do azeite que lembra o da maçã. Doce - sabor agradável do azeite sem ser propriamente açucarado, no qual não predominam os atributos amargo, adstringente e picante. A erva - "flavour" característico de certos azeites, que lembra o da erva recentemente ceifada. A folha verde (amargo) - "flavour" característico do azeite obtido a partir de azeitonas demasiado verdes ou que foram moídas juntamente com folhas e troncos. Os defeitos defeitos organolépticos, que ocorrem nos azeites, caso não sejam seguidas todas as boas técnicas de fabrico são (Reg. (CEE) 1638/92 de Junho de 1992). A terra - "flavour" característico do azeite obtido a partir de azeitonas colhidas com terra ou lamacentas e não lavadas. A mofo - "flavour" característico do azeite obtido a partir de azeitonas atacadas por fungos e leveduras, devido a terem permanecido amontoadas e com humidade durante vários dias. A ranço - "flavour" característico e comum a todos os óleos e gorduras sujeitos a um processo de auto-oxidação na sequência de um contacto prolongado com o ar. A tulha - "flavour" característico do azeite obtido a partir de azeitonas amontoadas, num estado de fermentação avançado. A borra - "flavour" característico do azeite decantado das lias dos depósitos e reservatórios subterrâneos (infernos). O facto de os azeites serem embalados e devidamente rotulados constitui uma garantia de qualidade para o consumidor. Classificação dos Azeites O Azeite pode ter as designações comerciais indicadas no quadro seguinte, de acordo com as suas características: Tipo de Azeite Pontuação Acidez Livre (% organoléptica de Ac. Oleico) Aplicação Azeite Virgem Extra >= 6,5 <= 1 Venda directa ao consumidor Azeite Virgem >= 5,5 <= 2 Venda directa ao consumidor Azeite Corrente (virgem) >= 3,5 <= 3,3 Para lotear com o Azeite refinado Azeite Lampante (virgem) < 3,5 > 3,3 Indústria de refinação, saboaria, farmácia, cosmética Azeite Refinado -- <= 0,3 Para lotear com o Azeite virgem não lampante Azeite -- <= 1,5 Azeite refinado enriquecido com Azeite Virgem. Vendido ao consumidor. De acordo com a legislação vigente, as definições referentes ao azeite virgem são as que se seguem (Reg(CE) n.º 1638/98 de 28/07/98). Azeites Virgens - Azeites obtidos a partir do fruto da oliveira unicamente por processos mecânicos ou outros processos físicos - em condições, nomeadamente térmicas, que não alterem o Azeite - e que não tenham sofrido outros tratamentos além da lavagem, da decantação, da centrifugação e da filtração, com exclusão dos azeites obtidos com solventes ou por processos de reesterificação e de qualquer mistura com óleos de outra natureza. Os azeites virgens são classificados e denominados do seguinte modo: Azeite virgem extra - Azeite virgem com uma acidez livre, expressa em ácido oleico, não superior a 1 g por 100 g e com as características conformes com as previstas para esta categoria. Azeite virgem - Azeite virgem com uma acidez livre, expressa em ácido oleico, não superior a 2 g por 100 g e com as outras características conformes com as previstas para esta categoria. Azeite virgem corrente - Azeite virgem com uma acidez livre, expressa em ácido oleico, não superior a 3,3 g por 100 g e com as outras características conformes com as previstas para esta categoria. Azeite virgem lampante - Azeite virgem com uma acidez livre, expressa em ácido oleíco, superior a 3,3 g por 100 g e com as outras características conformes com as previstas para esta categoria. Dentro dos azeites que se encontram no mercado podem, ainda, encontrar-se os "Azeites Azeites com Azeites da Agricultura Biológica" Azeites Denominação de Origem Protegida" Protegida (DOP), os "Azeites Biológica e os "Azeites Elementares ou Monovarietais". Monovarietais Os "Azeites Azeites DOP" DOP têm origem numa área geográfica delimitada, com solos e clima característicos e são exclusivamente elaborados com azeitonas de certas variedades de oliveiras. Estes factores, aliados ao saber fazer tradicional da região, que se consubstancia no modo de condução das árvores, apanha da azeitona e extracção do Azeite, conferem-lhes tipicidade e características qualitativas que os permitem distinguir dos demais. Portugal possui, actualmente, cinco denominações de origem protegida para Azeites: "Azeites Azeites de Moura", Moura "Azeites Azeites de TrásTrás-osos-Montes", Montes "Azeites Azeites da Beira Beira Interior (Azeites da Beira Baixa e da Beira Alta)", "Azeites Azeites do Norte Alentejano" Alentejano "Azeites Azeites do Ribatejo". Ribatejo Os "Azeites Azeites da Agricultura Biológica" Biológica são provenientes de olivais conduzidos de acordo com o modo de produção biológico, tal como previsto pela Regulamentação Europeia. Este modo de produção obriga a diversos condicionalismos importantes, designadamente à manutenção do fundo de fertilização dos solos, à utilização de rotações adequadas e ao respeito por normas fitossanitárias e de fertilização muito estreitas, sendo praticamente interdita a utilização de produtos químicos de síntese. Os "Azeites Azeites Elementares ou Monovarietais" Monovarietais são obtidos de uma só variedade de azeitona. Os "Azeites Azeites de Quinta" Quinta aguardam normas regulamentadoras e são Azeites em que todas as operações desde o cultivo da oliveira até à embalagem do Azeite são efectuadas na área da exploração da quinta. O Azeite na Saúde e na Beleza O Azeite é muito apreciado, desde a antiguidade pelo seu valor gastronómico, pelas suas características químicas, biológicas e organolépticas, mas também porque as suas propriedades preventivas e terapêuticas fazem dele uma gordura absolutamente insubstituível. O Azeite Virgem é o sumo da azeitona, extraído por processos mecânicos e físicos, que conserva o sabor, o aroma, as vitaminas, os antioxidantes e todas as propriedades daquele fruto, sendo a única gordura vegetal que pode ser consumida, directamente, virgem e crua. Estudos realizados provaram que países onde a dieta é tradicionalmente rica em Azeite, como a que se verifica nos povos mediterrâneos, têm uma incidência muito menor de doenças cardiovasculares, em comparação com aqueles onde se verifica um consumo elevado de gorduras de origem animal. O Azeite é uma gordura essencialmente monoinsaturada, rica em vitamina E e outros antioxidantes naturais (caroteno e polifenóis) que ajudam o nosso organismo a defender-se dos "radicais livres" responsáveis pelo envelhecimento celular, prevenindo os efeitos nocivos da idade sobre as funções cerebrais e o envelhecimento dos tecidos e órgãos em geral. O Azeite tem uma composição em ácidos gordos essenciais que se aproxima da do leite materno e que proporciona o seu fornecimento adequado, atendendo às necessidades de um organismo em crescimento. A cor e, principalmente, o cheiro e sabor do azeite, além de aumentarem a apetibilidade dos alimentos são os principais responsáveis pelas características sápidas da dieta mediterrânea. É a mais digestiva das gorduras. Absorvido antes de uma boa refeição protege as mucosas do estômago e protege-o contra as úlceras. Tomado como laxante (1 ou 2 colheres de sopa em jejum, com ou sem limão ou café) não irrita o intestino, não contrai demasiado a vesícula, não cria hábito. Actua nas doenças das vias biliares e da vesícula. Mercê do seu ácido oleico (que se metaboliza facilmente) é uma excelente fonte de energia, inclusive para um coração doente. Contrariamente às gorduras animais saturadas reduz o "mau" colesterol (LDL) no sangue, mantendo o nível do "bom" colesterol (HDL). O "mau" colesterol é causador da aterosclerose, que pode conduzir a enfarte do coração e a paragem cardíaca. O "bom" colesterol (HDL), pelo contrário, protege-nos daquela doença. O Azeite, pelo seu alto teor em ácidos gordos monoinsaturados, é também aconselhado na diabetes, influenciando positivamente os valores de açúcar e gordura no sangue. A sua acção emulsiva sobre as mucosas, faz dele uma indicação excelente na gastrenterite infantil. Limita as deficiências em ácidos gordos essenciais no cérebro da criança. A nível ósseo, favorece a mineralização, estimulando o crescimento e favorecendo a absorção do cálcio. Também pode proteger de alguns tipos de cancro, particularmente o da mama. Para mais informação sobre os benefícios do azeite para a saúde, por favor consulte a Biblioteca Europeia de Informação Médica sobre o Azeite. O Azeite nutre a pele, protege-a, suaviza-a, conserva a juventude do corpo e da cara. Desde a antiguidade continua a usar-se em unguentos, banhos, massagens, máscaras de beleza ou champôs. Posto na boca, conserva a brancura dos dentes e fortifica as gengivas. O Azeite na Cozinha Utilizado desde tempos imemoriais como ingrediente culinário, o Azeite foi actualmente "redescoberto", tendo-se convertido num dos pilares da cozinha moderna e saudável. O seu consumo não se confina às regiões produtoras, e espalha-se hoje por países tão distantes como o Japão ou a Austrália. O Azeite dá sabor, aroma e cor, integra os alimentos, personaliza e identifica um prato. Dentro da ampla gama de Azeites hoje disponíveis no mercado, deverá eleger o Azeite em função da sua utilização culinária. Com a prática, e dependendo de seu gosto pessoal, poderá aprender a seleccionar um Azeite pelas suas características sensoriais ou pelo seu local de origem. Cada Azeite tem as suas características próprias, sem que isto implique que um seja melhor que outro. O Azeite suporta muito bem temperaturas elevadas: a sua temperatura "crítica" é de 210º a 220ºC, o que permite todas as formas de cozinhar. As virtudes nutritivas, digestivas e gustativas do Azeite exaltam-se melhor, evidentemente, em cru. Os Azeites ideais para consumir em cru, para temperar e para utilizar em doçaria e sobremesas são os Azeites Virgem Extra, de sabor mais suave. Os Azeites de aroma e sabor mais intenso são mais apropriados para alimentos de sabor mais pronunciado. São óptimos para escabeches, açordas, pratos de bacalhau e caldeiradas, intensificando o sabor dos alimentos. Para preparar maioneses ou molhos vinagreta, o ideal é utilizar um Azeite com um frutado mais suave. O Azeite é uma óptima opção para fritar alimentos. Nas condições adequadas de temperatura, o Azeite não sofre nenhuma alteração substancial na sua estrutura, conservando intactas todas as suas propriedades dietéticas. Além disso, forma uma crosta na superfície dos alimentos, que impede a penetração do Azeite no interior dos mesmos. Com a utilização do Azeite para a fritura obtêm-se fritos mais secos e apetecíveis. Sabia que... Todas as azeitonas são negras se as deixarem amadurecer até ao fim. Para extrair 1 l de azeite são necessárias, em média, 5 a 6 Kg de azeitonas. O grau de acidez pouco ou nada tem a ver com o cheiro e o sabor do azeite. A acidez tem a ver com a quantidade de ácidos gordos livres que o azeite possui e também com a variedade e o estado de maturação da azeitona quando é colhida. A cor do Azeite não está directamente ligada ao seu sabor ou aroma. Um Azeite verde provem da prensagem de azeitonas ainda verdes enquanto que um Azeite dourado provem da prensagem de azeitonas maduras. Mas o Azeite é geralmente obtido a partir de uma mistura de variedades de azeitonas, com diferentes graus de maturação. Como produto natural que é o azeite, ao contrário do vinho, não melhora com o tempo, pelo que é melhor consumi-lo quanto mais cedo melhor. Quando bem acondicionado, pode conservar-se sem alteração das suas características, durante 18 meses a partir da extracção. O rendimento do Azeite é maior do que o de outras gorduras vegetais, tanto em frio como em quente. O Azeite deve guardar-se em recipientes de vidro, de preferência escuros, ou em recipientes de folha de flandres ou de aço inox. Deve manter-se em local fresco, sem luz e longe de produtos com cheiros intensos para evitar que os absorva. Quando sujeito a temperaturas muito baixas o Azeite pode solidificar. Contudo, ele retomará o seu aspecto inicial quando volta à temperatura ambiente, não perdendo nenhuma das suas características. FONTE: www.casadoazeite.pt