IMAGENS DE ESTIVADORES Carlos Alberto de OLIVEIRA DFCH/UESC [email protected] A relação de quase todas as grandes cidades brasileiras com o mar está intimamente ligada ao papel histórico de seus portos. Portas de entrada dos colonizadores e dos escravos, por um lado, e portas de saída das riquezas sobre as quais se baseavam os diferentes ciclos econômicos brasileiros. [1] Referindo-se ao manuseio das mercadorias, Alain Corbain sinaliza que o espetáculo do desembarque, do carregamento ou do transbordo de mercadorias, o transporte das cargas e o rolamento dos tonéis que fazem a atividade permanente dos grandes portos, a exposição que precede as repartições, tudo isto incita o espectador à taxionomia das riquezas do globo. Esse lugar ambíguo, inquietante e reconfortante. Espaço aberto às riquezas e às ameaças do mundo. Mais do que isso, evoca ao mesmo tempo o abrigo, o refúgio e a fragilidade; combina as imagens da invasão e da evasão. Uma vez que no porto, aprende-se facilmente coisas que muitas pessoas deveriam saber e teriam dificuldade em aprender por si mesmas. [2] O porto também abre a cidade ao perigo de hábitos e costumes trazidos por homens desconhecidos, com experiências, vivências e falas totalmente estranhos, mesmo em se tratando de uma cidade cosmopolita. Myriam Bahia Lopes tematiza o porto que embeleza e traz novidade, mas que também degrada através de seus poros, bem como a ameaça com o perigo. Uma vez que se a cidade deve se abrir ao mundo como condição de existência e ela se abre pelo porto, nele devem ser estabelecidos filtros como medida de segurança. [3] Além disso, a chamada “zona portuária” constitui-se de espaços e sujeitos pouco admirados pela sociedade: traficantes, jogadores, biscateiros, prostitutas, além dos próprios portuários, historicamente vistos como brutos. É a “zona portuária” provocando medo na cidade, como se fosse uma cidade à parte, ou uma “cidade” dentro da cidade. [4] ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 08: Dobrando esquinas: (outros) trabalhadores e a cidade. 1 Compreender a figura emblemática do estivador requer uma ampla leitura que abarque a natureza de suas relações de trabalho no ambiente portuário, investigando as características marcantes de seu ofício, onde são flagrados carregando, arrumando, empilhando, enfim estivando. João do Rio, jornalista e escritor carioca do início do século XX, em seu artigo “Os trabalhadores da estiva”, contribui com a construção de uma imagem preconceituosa dos estivadores, apresentando-os como homens de excessivo desenvolvimento muscular, eram todos pálidos - de um pálido embaciado como se lhes tivessem pregado à epiderme um papel amarelo, e assim, encolhidos, com as mãos nos bolsos, pareciam um baixo-relevo de desilusão, uma frisa de angústias. [5] O estigma envolvendo a figura do estivador não é recente e vem sendo forjado ao longo dos anos. Tais imagens, sob o ponto de vista cinematográfico, foram muito bem exploradas na obra de Elia Kazan, Sindicato dos Ladrões. A necessidade de dialogar com esses estereótipos obriga-nos a esquadrinhar, mesmo que rapidamente, os princípios da colonização, período em que as atividades portuárias – marítimas e fluviais – na costa brasileira, eram realizadas pelos escravos. A construção e disseminação dessas imagens sobre a figura do estivador ganham força tratando-se, em especial, de descendentes de escravos e libertos, com profundas raízes na história da profissão. [6] Para a realização das atividades econômicas desenvolvidas no cais, tanto escravos quanto libertos trabalhavam como carregadores ou estivadores, marinheiros, remadores, barqueiros e condutores de veículos, através do sistema de ganho – forma pecuniária paga aos libertos por serviços urbanos -, e aluguel – cessão de escravos a terceiros, sob pagamento, para serviços em manufaturas e oficinas. [7] Identificar os estivadores em meio às categorias que constituem os “homens do porto”, não tem sido tarefa fácil. Em linhas gerais, aos estivadores compete a carga e a descarga de mercadorias no convés e porões dos navios, sendo que a atividade de terra, no cais, é de competência dos trabalhadores em serviços portuários, também chamados de doqueiros, arrumadores ou ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 08: Dobrando esquinas: (outros) trabalhadores e a cidade. 2 trapicheiros. Desenvolver essa distinção é fundamental, uma vez que no início do século XX, por exemplo, a imprensa também denominava de “estivador” a todo e qualquer trabalhador do porto. Isto pode ser explicado, pelo fato de que o trabalho de estiva era feito a bordo e principalmente no interior dos porões dos navios. Na literatura sobre o tema, Fernando Teixeira da Silva, problematiza aspectos como alcoolismo, sociabilidades em espaços exclusivamente masculinos, força física, ostentação de símbolos de virilidade e valentia, disputas pelas oportunidades de emprego num instável mercado de trabalho, entre outros povoam a imagem de uma comunidade turbulenta, perigosa e estigmatizada por outros grupos. [8] Numa primeira leitura, afloram impressões do homem que possui um comportamento rude e grosseiro com os demais, dentro e fora do ambiente de trabalho e que freqüentemente envolvia-se em brigas, arruaças e pequenos furtos, alcoolismo e prostituição. Além da conquista do controle do mercado de trabalho, o sistema adotado de contratação, era um processo discriminatório, e só os mais fortes conseguiam chegar a beira do “muro” ou quando, então, por apadrinhamento daqueles que formavam uma pequena casta dos “serviços à beira do cais”, eram preferidos, e eram, também os mais fortes, daí talvez a fama criada, de ser o estivador um “homem forte”. O trabalho no porto, instável e pesadíssimo, em regra estigmatizado pela sociedade, vem sendo classificado como um daqueles onde as chamadas “classes laborieses” confundem-se com as “classes dangereuses”, [9] onde sua suposta brutalidade embaralha-se com as próprias condições do ambiente de trabalho. Nas últimas décadas, a historiografia sobre os "Homens do Porto" tem buscado questionar esses estereótipos, enfrentando essas imagens e explorando outras dimensões, sobre trabalho e trabalhadores no Porto. Na leitura de “A Carga e a Culpa”, encontramos a possibilidade de ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 08: Dobrando esquinas: (outros) trabalhadores e a cidade. 3 arrostar com muitas das imagens distorcidas sobre os estivadores, na medida em que o autor analisa a cultura portuária, cuja característica comum é o sentido de comunidade, independência e solidariedade. Para o autor, o surgimento desta cultura peculiar e com similaridades universais decorre de fatores que prevalecem no trabalho portuário, a natureza ocasional do trabalho; o serviço árduo e perigoso; o modelo de “cooperação simples” na execução das tarefas em turmas e a comunicação horizontal entre diversas categorias de trabalhadores; a falta de associação regular a um único patrão: os contatos freqüentes com mercadorias, navios, marinheiros, idéias e experiências estrangeiras; a moradia próxima ao porto. [10] A natureza do trabalho ocasional possibilita este tipo de situação. Para Maria Lucia Gitahy, o sistema ocasional de trabalho apareceu historicamente como a resposta dada pelos empregadores às constantes flutuações de carga e descarga de mercadorias nos portos. [11] Para Fernando Teixeira da Silva, o trabalho ocasional permite ao trabalhador dispensado dos serviços manterem um maior contato com sua família, a rua e a vida sindical. [12] Maria Lúcia Gitahy aponta que os filhos tinham profundo conhecimento sobre o trabalho dos pais, e morando junto ao porto de Santos, observavam os navios chegando e partindo. As flutuações do salário do trabalhador do porto tinham um óbvio impacto no orçamento da família. [13] Trazendo incerteza e insegurança, colocando os estivadores num estado de tensão muito grande, obrigando-os a adotarem algumas práticas bastante usuais entre as classes populares como, por exemplo, as feitas com caderneta nos armazéns e mercearias. As esposas, pelo seu envolvimento e conhecimento de aspectos característicos do ofício e do sistema de trabalho do estivador, demonstram um poder de compreensão muito grande. Elas assumiam, na medida em que apreendiam a lidar com o ganho irregular de seus maridos, na prática, a "chefia da casa", executando o papel do “Ministro das Finanças das Famílias”. [14] Em se tratando de um grupo de trabalhadores, cujo conhecimento se reproduzia de forma endógena, isto é, com o ofício passando de pai para filho, [15] é possível constatar que os filhos tinham um profundo conhecimento sobre o trabalho dos pais. ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 08: Dobrando esquinas: (outros) trabalhadores e a cidade. 4 Não é de se estranhar o número de parentes e agregados que foram incluídos nas relações de trabalho nos serviços de estiva, pois a cultura familiar entre os estivadores sempre esteve presente no cenário portuário brasileiro, em função até da própria descontinuidade do trabalho, pois os estivadores não têm segurança assim como uma regularidade salarial, recebendo apenas quando existem navios. Em outras palavras, a garantia de que podiam continuar trabalhando estava vinculada à robustez de seus músculos. Com o passar dos anos, o filho assume a garantia de sua aposentadoria, ajudando o pai no sustento da família, razão, existia no Porto famílias inteiras trabalhando. [16] Prática comum da estiva, não só no Brasil, como também em todos os portos do mundo, vincula-se à adoção do sistema ocasional de trabalho que historicamente aparece como resposta dada pelos empregadores às constantes flutuações da carga e descarga de mercadorias nos portos. A característica fundamental deste sistema encontra-se na extrema flexibilidade na contratação dos trabalhadores. Com isto, diariamente uma multidão de candidatos aglomerava-se nos portões dos portos para conseguir trabalho. Este sistema de contratação ficou conhecido como “free call” – Inglaterra -, “shape up” – Estados Unidos -, ou “parede” – Brasil -. O ofício tem seus segredos, mas são segredos que não se aprende na escola: cada navio era diferente, as cargas eram diferentes e a combinação de mercadorias também variava muito. O saber fazer era algo assimilado e apreendido através da transmissão de conhecimentos dos mais antigos, adquiridos pela experiência ao longo dos anos, sendo uma tradição no porto, onde os segredos da profissão, que não eram poucos, têm que ser transmitidos pelas instruções práticas e pelo exemplo dado no convívio com os mais velhos, num aprendizado cotidiano. Outra característica marcante no trabalho estivador vincula-se a sazonalidade da movimentação portuária. A irregularidade no ato de “encher e esvaziar o ventre dos navios”, não se restringia apenas às imposições sazonais das economias regionais, tratando-se, também de uma irregularidade mais cotidiana ligada à ocorrência de chuvas, ressacas, ou até mesmo vendaval. ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 08: Dobrando esquinas: (outros) trabalhadores e a cidade. 5 [17] Tal situação provocava o surgimento de um quadro preocupante e de conseqüências marcantes no dia-a-dia dos estivadores: a ausência de serviço no porto, representada pela falta de navios no cais. Luiza Pinheiro, acompanhando a trajetória das experiências sociais dos estivadores de Manaus durante o Ciclo da Borracha, recomenda que, Devia-se acompanhá-los também em suas experiências específicas, recuperando a tensão cotidiana enfrentada na labuta diária, suas preocupações corriqueiras com a alimentação, com a saúde, com o descanso e o lazer. Investigá-los ainda no espaço do trabalho, na jornada diária, no cumprimento (ou transgressão) das imposições disciplinadoras, na folga para o almoço, na conversa do botequim, etc. [18] Buscar as vivências destes sujeitos tão significativos na formação da identidade da cidade portuária de Ilhéus exige o mapeamento de seus locais de moradia, a indagação sobre as práticas de ocupação de seu “tempo livre”, como o futebol, as conversas de bar, a roda de samba e as “Noitadas no Bataclã”. Perceber sua presença na cidade torna possível compreender que, em se tratando de uma cidade portuária, os estivadores convivem simultaneamente com o estigma de serem baderneiros e associados à “máfia”, [19] numa fronteira muito próxima da violência, convivendo com prostitutas e traficantes. Ser estivador significa (sobre)viver num mundo cheio de paradoxos e significações. Eles que compartilham seus modos de vida com a própria cidade, oferecendo os sons e tons de uma cidade portuária, acabam sendo estigmatizados por setores desta mesma cidade. Apesar disso e por isso, contribuem com a construção da identidade de Ilhéus como cidade portuária, possuindo características singulares. A existência do porto e o contato com o Mar; navios de diferentes nacionalidades chegando e partindo, homens que andam pelo mundo, transmitindo e compartilhando suas experiências. Na literatura sobre a presente temática, Ingrid Sarti, nos apresenta importantes aspectos do trabalho estivador, onde destacamos detalhes relativos à divisão social do trabalho, dentro da regulamentação do mesmo. Explora também a questão do estigma de ser estivador, para ela certa imagem ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 08: Dobrando esquinas: (outros) trabalhadores e a cidade. 6 predomina nos círculos acadêmicos e é extrapolada para a sociedade. Trata-se do operário que exerce sua força muscular dentro do esquema de corporação sindical mantida pela corrupção de uma liderança mafiosa. [20] Ao serem liderados pela "mão-de-ferro" da oligarquia sindical, tais sindicatos apresentariam uma tendência a se fechar em torno de um número limitado de sócios a partir do controle da contratação de mão-de-obra. Os sindicatos de estivadores seriam caracterizados, desta forma, como um "tipo ideal" de sindicato: corrupto, fechado, particularmente antidemocrático. É bastante impactante o episódio dos "Bagrinhos”, designação daqueles que se alimentam dos restos dos "Tubarões". Marli Brito Moreira de Albuquerque, falando sobre estivadores e carregadores do porto do Rio de Janeiro, busca as origens, composição, organização, padrão de vida e relações destes com seus empregadores, numa perspectiva mais ampla das mudanças econômicas e sociais da produção, da sociedade e do Estado. [21] Maria Cecília Velasco e Cruz propõe a análise do sindicato no mundo da produção na teia de relações sociais, econômicas, políticas e culturais. [22] Maria Lúcia Gitahy mostra os trabalhadores portuários ocupando papel crucial na comunidade operária e também na cidade, uma vez que "o Porto era o coração da cidade". Apresenta-nos também as transformações que os trabalhadores portuários enfrentaram no seu processo de trabalho. [23] Luiza Pinheiro discute a importância de ser analisada a trajetória dos estivadores manauaras do porto para a cidade. Para ela, a superação dessas posturas estereotipadas passa pela recuperação das experiências sociais cotidianas dessa categoria, nos mais amplos espaços do seu viver. [24] Fernando Teixeira da Silva nos oferece elementos absolutamente importantes na compreensão da "cultura de solidariedade" que acompanhará os trabalhadores portuários. [25] Nessas pesquisas, podemos observar que os “Homens do Porto” pertencem e constituem uma comunidade, e que a cidade emerge desta interação, sobretudo de suas vivências e experiências cotidianas. Busca-se, portanto, explorar o estudo das relações entre cidade e trabalho, a partir do ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 08: Dobrando esquinas: (outros) trabalhadores e a cidade. 7 olhar dos estivadores. Não se busca rotular as atividades dos estivadores “fora” dos porões dos navios como atividades de lazer, visto aqui enquanto uma preocupação e construção da indústria do divertimento. [26] Quanto ao “tempo livre”, trata-se de uma outra dimensão do tempo do estivador, pois se trata do tempo “fora” do trabalho, numa categoria ligada ao regime de trabalho ocasional. O tempo do estivador é, sobretudo, o tempo da vivência, da experiência e da sobrevivência. O estivador quando não está trabalhando, está pensando no trabalho, em trabalhar; nas diferentes maneiras e formas de ”ganhar a vida”, de sobreviver. Revisitando-se os espaços de vivência dos estivadores, foi adotada uma nova angulação para o trabalho. Desde então, mais do que “encher e esvaziar o ventre dos navios”, os estivadores de Ilhéus passam a forjar suas vivências, jogando futebol, conversando, cantando e jogando snooker nos bares; inventando formas de preencher seu “tempo livre” em meio a uma jornada de trabalho irregular/ocasional. A partir da "recuperação" de suas vivências e experiências, será possível problematizar muitas das imagens que se formam sobre os “Homens do Porto”, bem como de sua reação quanto a estas imagens. NOTAS: [1] SILVA, Gerardo e COCCO, Giuseppe (Org.) Cidades e portos: os espaços da globalização. Rio de Janeiro: DP & A editora, 1999, p. 09. [2] CORBAIN, Alain. O território do vazio: a praia e o imaginário ocidental. São Paulo: Cia. das Letras, 1989, pp. 201-211. [3] LOPES, Myriam Bahia. “Porto, Porta, Poros”. In: BRESCIANI, Stella (Org.) Imagens da cidade. São Paulo: ANPUH-SP/Marco Zero, 1993, p. 72. [4] PECHMAN, Robert Moses (org.) Olhares sobre a cidade. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1994, p.02. [5] JOÃO DO RIO. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, p. 261. [6] MATTOS, Wilson Roberto de. Negros contra a ordem – Salvador/BA (18501888). São Paulo: PUC/SP, 2000, pp. 82-96. [7] ANDRÉ, Marlene Monteiro. A consciência de periculosidade e as estratégias defensivas dos portuários avulsos no contexto portuário de Vitória/ES. São Paulo: PUC/SP, 1998, p. 40. [8] Fernando Teixeira da Silva, Beneméritos valentões e operários sem patrões na estiva de Santos. Santos: 1999, p. 01. (Texto datilografado) ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 08: Dobrando esquinas: (outros) trabalhadores e a cidade. 8 [9] GITAHY, Maria Lucia Caira. Ventos do mar: trabalhadores do porto, movimento operário e cultura urbana em Santos (1889-1914). São Paulo/Santos: EDUNESP/PMS, 1992, p. 19. [10] SILVA, Fernando Teixeira da. A carga e a culpa - os operários das docas de Santos: direitos e cultura de solidariedade (1937-1968). São Paulo: HUCITEC, 1995, p. 12. [11] GITAHY, Maria Lucia Caira. Op. cit., pp. 105-106. [12] SILVA, Fernando Teixeira da. A carga e a culpa, p.51. [13] GITAHY, Maria Lucia Caira. Ventos do mar, pp.121-122. [14] PERROT, Michelle. Os excluídos da história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p. 106. [15] VELASCO E CRUZ, Virando o jogo: estivadores e carregadores no Rio de Janeiro na Primeria República. São Paulo: FFLCH/USP, 1998, pp. 254-255. [16] Além do que, o Decreto-Lei nº 3.078, de outubro de 1951, para romper com o nepotismo, determina que, do total do número para o ingresso nos serviços portuários, 10 % seria destinado aos ex-combatentes e 50 % aos filhos dos sócios. [17] VELASCO E CRUZ, Maria Cecília. “Portos, relações de produção e sindicato” In: Ciências Sociais Hoje. Rio de Janeiro: Cortez, 1986, pp. 122-123. [18] PINHEIRO, Maria Luiza Ugarte. A cidade sobre os ombros: trabalho e conflito no porto de Manaus (1899-1925). Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 1999, p.103. [19] SARTI, Ingrid. O Porto vermelho: os estivadores santistas no sindicato e na política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. [20] Idem, p. 13. [21] ALBUQUERQUE, Marli Brito Moreira de. Trabalho e Conflito no Porto do Rio de Janeiro (1904-1920). Rio de Janeiro: UFRJ, 1983. [22] VELASCO E CRUZ, Maria Cecília, Portos, relações de produção e sindicato; Virando o jogo. [23] GITAHY, Maria Lucia Caira. Ventos do mar, p. 140. [24] PINHEIRO, Maria Luiza Ugarte. A cidade sobre os ombros, p.103. [25] SILVA, Fernando Teixeira da. A carga e a culpa. [26] SANT’ANNA. Denise Bernuzzi de. O prazer justificado: história e lazer (São Paulo, 1969/1979). São Paulo: Marco Zero, 1994. ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 08: Dobrando esquinas: (outros) trabalhadores e a cidade. 9