Endereço: Rua Victor Cordon, 45 C, 1200-483, Lisboa Telefone: +351 213476113 Correio electrónico: [email protected] Página na Internet: www.narizvermelho.pt Somos uma associação sem fins lucrativos e sem vinculações políticas ou religiosas, oficialmente constituída no dia 4 de Junho de 2002 [Associação de Apoio à Criança hospitalizada]. Foi o resultado de um longo processo iniciado por Beatriz Quintella, que em 1993 leu um artigo que relatava o trabalho dos Doutores Palhaços que visitavam crianças hospitalizadas nos Estados Unidos. Por trás do trabalho realizado pelos doutores palhaços nos hospitais está uma equipa incansável! Repleta de doçura, alegria, humor, generosidade, sorrisos, abraços, discussões, lágrimas, amizade e atenção pelos outros. Gente grande (de verdade) com coragem de ser sempre criança. Actualmente, os Doutores Palhaços visitam 8 hospitais de Portugal: Hospital Santa Maria – 2ª e 3ª feira Hospital D. Estefânia – 2ª e 3ª feira Hospital São Francisco Xavier – 5ª feira IPO de Lisboa – 2ª e 3ª feira Hospital Garcia D’orta – 3ª feira Hospital Pediátrico de Coimbra – 2ª e 5ª feira IPO do Porto – 4ª feira Centro Hospitalar de Cascais – 5ª feira O doutor palhaço Definição Receber a visita particular de um doutor palhaço é uma experiência fantástica e muito especial para uma criança. Quando um palhaço entra num hospital é um evento tão inesperado que transporta as pessoas automaticamente para o momento presente. É esta a nossa maior dádiva, porque nesse espaço mágico tudo é possível. As regras do jogo Actuar de Improviso - A abordagem dos doutores palhaços - Visitas Regulares e Sistemáticas - A Desdramatização dos Procedimentos Hospitalares - Potenciar o Riso Formação Um doutor palhaço além de dominar as técnicas artísticas tem também formação específica sobre o espaço hospitalar e a criança. Processo selectivo As nossas selecções acontecem em média a cada dois anos e são divulgadas através do nosso site. Largo do Carmo, 8800-311 Tavira Tel. n.º 281 323 473 | Fax: 281 324 301 e-mail: [email protected] Testemunhos Palavra de Palhaço A Enfermeira Reformada (Carlos Moreira - Dr Kiko Satisfação) Dr. Bambu e eu estávamos perdidos no Hospital Santa Maria, tínhamos saído do refeitório e não havia maneira de acharmos o caminho de volta para o serviço pediátrico. Aliás perder-se naqueles corredores, eu garanto, não é privilégio de palhaço! Estávamos nós nesta “palhaçada” à procura do corredor certo quando fomos surpreendidos por uma senhora que devia ter uns 80 anos, logo nos indagou o que fazíamos ali: - O Carnaval já passou! - disse ela com um sorriso admiradíssimo. Depois das devidas apresentações e explicações, a senhora contou-nos que era uma enfermeira reformada e que trabalhara no Hospital Santa Maria desde da sua abertura nos anos 40! Hoje estava ali como paciente, mas lembrava-se de como estar hospitalizado era difícil na sua época, quando tudo era mais fechado, escuro e as famílias não podiam ficar com os pacientes. - Palhaços? Isso é que não!... Mas agora, que surpresa boa - dizia emocionada - as crianças precisam tanto! Pudemos ver em seu olhar uma certa nostalgia e o desejo secreto de voltar ao seu “tempo” para também ser beneficiada com nossas visitas. Demos mais algumas risadas e despedimo-nos. Agora era mais fácil encontrar o nosso caminho, pois íamos guiados pelo olhar brilhante da nossa nova amiga enfermeira. A Criança tem o direito de não gostar de Palhaços (Ana Piu - Xotora Ninonete Xarope) A criança tem o direito de não gostar de palhaços. A criança tem o direito de gostar de palhaços. A criança tem o direito de gostar de palhaços mesmo que os adultos digam que ela não gosta ou tem medo. O doutor palhaço tem o dever de conquistar quem o rodeia e aceitar o fracasso. A criança tem o direito de mandar o doutor palhaço embora e o direito de voltar a chamá-lo. O doutor palhaço tem o dever de estimular a mais recôndita sensibilidade da criança e aceitar as subtilezas do seu ofício. A criança tem o direito… não! A criança merece receber o doutor palhaço mesmo que os outros achem que ela não vai reagir devido ao seu estado clínico. A criança tem o direito de estar triste, zangada, com medo e sentir dor e o doutor palhaço tem o dever de respeitar essas sensações desagradáveis. O doutor palhaço tem o dever de ser visivelmente invisível! A criança tem o direito de não ser desiludida! O doutor palhaço tem o direito de criar momentos especiais. O doutor palhaço tem o dever de ser Criança! Largo do Carmo, 8800-311 Tavira Tel. n.º 281 323 473 | Fax: 281 324 301 e-mail: [email protected] Palavra de Profissional de Saúde Luís Mendonça - Médico No outro dia, estava eu triste, saturado, stressado com uma situação daquelas que teoricamente não nos deviam stressar, porque a vida, ao que parece, é demasiado curta para isso - diz quem sabe -, e vi dois palhaços. Não sei se eram ricos ou pobres, pareciam apenas um casal de palhaços, daqueles que têm um nariz vermelho, como um tomate, e as maçãs do rosto pintalgadas como se se tratassem de crianças travessas que tivessem assaltado a caixa de maquilhagem da mãe. Disse-lhes: "Olá colegas!" Ele estendeu-me uma mão e, no exacto momento em que eu estendi a minha, retirou-a e estendeu outra. Repetiu isso durante mais algumas vezes... Ela, por seu turno, começou com vénias incessantes. Arrancaram-me uma gargalhada... Quando dei por mim, estava a virar-me para a parede e a cumprimentar o elevador. E ri-me, ri-me da forma mais inocente possível, como uma criança que vai ao circo pela primeira vez... No caminho para casa, pensei em como seria bom ser palhaço. Se calhar até já o sou... quando ponho um pouco de nonsense na vida real... Quando me ponho a brincar com os meus doentes... (crianças e adultos...) Tal valeume acusações, durante a fase de minha vida que durou seis meses e terminou (felizmente) em Junho, de incompetência profissional e de falta de maturidade. Talvez tivessem razão. Ou talvez não... Talvez tivessem razão a partir do momento em que, como ser humano que sou, estou e estarei sempre (espero) a evoluir... seja o que for que estiver a fazer (nem que seja a ver a Quinta das Celebridades, os meus cabelos, as minhas unhas, a minha barba estão a crescer...). Nesse aspecto, creio que nunca serei completamente maduro (acabado...) porque o dia em que o for, será o dia em que estagnarei. Talvez tivessem razão a partir do momento em que eu, por vezes, sou obrigado a ver o mundo como se eu fosse uma criança. Mas não somos todos crianças, que um dia cresceram? Ou será que nos esquecemos disso? Além disso, é uma forma de defesa, viver um dia de cada vez... Ok, talvez eu não viva tanto um dia de cada vez... Por isso empreguei a expressão "por vezes"... Talvez me fizesse falta ser um pouco mais "palhaço", profissionalmente e na vida real, porque como diz o povo, rir é o melhor remédio. Se não rirmos estupidamente das desgraças que passam por nós dia após dia, das sacanagens do vizinho do lado, que tenta passar por cima de nós o tempo todo, o que é que vamos fazer? Chorar?! É por isso que eu queria, um dia, um minuto, um segundo... ser palhaço. E uma coisa é certa... Nunca mais vou chamar "palhaço" a ninguém, a não ser como elogio! PS (12/10) - Exactamente no dia seguinte àquele em que eu escrevi este post, reencontrei os palhaços. Desta vez, faziam uma "caravana" com os miudos atrás, e travaram (literalmente) para me cumprimentar. Fiquei a olhá-los com uma lágrima marota no olho direito, a desejar secretamente um dia ser livre como eles... Obrigado Operação Nariz Vermelho! » Mais uma vez os meus agradecimentos, no mínimo por me fazerem sorrir! Largo do Carmo, 8800-311 Tavira Tel. n.º 281 323 473 | Fax: 281 324 301 e-mail: [email protected] Palavra de Criança Elizabete Olá!! Chamo-me Elisabete Chança e tenho 16 anos. Eu já precisei da vossa ajuda, pois estive no IPO durante 1 ano; as vossas gargalhadas e sorrisos ajudaram bastante pois o hospital é muito triste não só por haver meninos tão pequeninos com tão grandes problemas, como não tem cor. Mas vocês são uma lufada de ar dentro dessa bola de vidro. “Muita sorte no pequeno grande projecto que é a Operação Nariz Vermelho. “Uma beijoca para todos os doutores e muitas gargalhadas da amiga Largo do Carmo, 8800-311 Tavira Tel. n.º 281 323 473 | Fax: 281 324 301 e-mail: [email protected] Palavra de mãe Patrícia Santos Borges, mãe da teresinha - 15 de Dezembro, 2005 Olá senhores Doutores, Ao longo destes longos meses de internamento da minha Teresinha têm-me dado muita força e ensinado algumas coisas. Já consegui aprender a música do "Tom, Tom...", graças à paciência do Dr. Kiko = Simpatia e do Dr. Félix Férias. Também quero agradecer à Xotora Ninonete pelo carinho com que trata a minha "Marianinha", como ela costuma chamar. É uma piada nossa, minha e da Xotora Trotinete e, sempre nos rimos um bocadinho. Louvo a coragem dessa mulher, que tendo uma criança tão pequena em casa consegue ter ainda um lindo sorriso para conviver com todos aqueles que sofrerem, para lhes dar um pouco da sua alegria às crianças e aos pais. À presidente Bia, que eu já admirava da televisão, agradeço carinho e amizade que nos dispensa e com que sempre nos agracia sempre que nos visita. Obrigada a todos vós. OPuvimos falar muito destas "Operações" e nunca nos imaginamos a fazer parte delas! Obrigado pelo carinho dedicação, não só à minha Teresinha, mas principalmente, a todos os meninos que se encontram hospitalizados ou que vão às consultas no Hospital de Santa Maria. ___________________________________________________________________________________________ Perguntas frequentes – Visite no nosso site: www.narizvermelho.pt Tudo que sempre quis saber sobre os Drs. Palhaços Esta seção explicativa vai tirar aquela pulga de trás da sua orelha para você finalmente dizer "ahhh, é isso!". O que é que a associação faz? Qualquer pessoa pode ser doutor palhaço? Os doutores palhaços são voluntários? Os doutores palhaços são médicos? Como posso ajudar? O trabalho tem suporte científico? Também fazem outro género de animações? Aceitam voluntários? Quais os Hospitais onde vocês trabalham? Largo do Carmo, 8800-311 Tavira Tel. n.º 281 323 473 | Fax: 281 324 301 e-mail: [email protected]