Desafio Final – Desafio Jovem Engenheiro 2014 Equipe: Jovens Titãs Componentes: Bruno Schneider, Mario Augusto Marçal Piana, Michel Silva Bonifácio, Pollyana Berger. INTRODUÇÃO Para a criação do experimento, buscou-se realizar uma atividade simples através de uma sequência de movimentos com o mínimo de intervenção humana. O objetivo do experimento é iniciar um vídeo em um notebook por meio de uma reação em cadeia que se apropria de vários conceitos da engenharia. MATERIAIS UTILIZADOS Para montar o experimento, foram utilizados materiais simples que os componentes da equipe possuíam em casa, componentes de uma sala cedida à equipe Jovens Titãs, pelo IFES – Campus Nova Venécia e alguns objetos cedidos pelo laboratório do Campus por serem sobras de construção. Portanto, não foi necessário comprar nenhum material para desenvolver o experimento. Os materiais utilizados foram: Materiais reunidos pela equipe: - peças de uma pista de brinquedo usada; - 1 escada de madeira; - 1 rolo de fita adesiva crepe; - 1 rolo de fita adesiva transparente; - 1 rolo de fita isolante; - 1 rolo de barbante; - 1 tubo de comprimidos; - 16 palitos para churrasco; - 1 colher de plástico; - 2 caixas de papelão; - 4 copos de plástico; - 2 garrafas de água (600ml); - 1 bexiga; - 1 vela; - 1 ioiô; - 1 notebook; - 3 canudos; - 1 cilindro de metal; - 1 caixa de palitos; - 1 caixa de dominós; - 1 tampa de plástico; - 2 placas de isopor - 1 folha de papel EVA verde; - 1 seringa (com agulha); - 2 caminhões de brinquedo; - 1 imã; - 1 tubo de papelão; - 80cm de cobre; - um parafuso; - 30cm de cano PVC; - 1 borracha; - 1 ratoeira; - 1 alicate; - 30cm de mangueira de plástico; - 11 palitos de picolé; - 2 pedaços de madeira; - 2 hastes de madeira; - 4 colheres; - 1 escalímetro; - 2 bolas de vidro maciço (bolebas); - 1 porta CD’s; - 1 haste de metal; - pedaço de eletroduto (conduíte); Materiais cedidos pelo Campus: - pedaço de concreto; - 6 calhas de metal; - 1 multímetro; - 7 esferas de aço; - 1 avental; - 12 mesas escolares; - 4 cadeiras escolares; - 1 pedaço de concreto; - 1,40m de conduíte; Sobras de construção do Campus IFES-Nova Venécia EXECUÇÃO - ETAPAS As principais áreas da engenharia exploradas para o desenvolvimento do experimento foram engenharia mecânica, engenharia elétrica, hidráulica, engenharia de controle e automação, além de vários conceitos mecânicos da física. Para melhor explicar como o experimento foi projetado, pode-se dividi-lo em etapas que serão apresentadas a seguir: Etapa 1: O início do movimento se dá por intervenção humana, quando é abandonada uma esfera de aço de uma pequena altura que, devido à inclinação, desloca-se pela pista de brinquedo e pelo conduíte (11s), que se encontram amarrados à escada de madeira. Após isso, a esfera cai em uma colher de plástico (14 s), apoiada em tubo de comprimido, que funciona como gangorra. O peso da esfera faz com que a outra extremidade da colher suba e impulsione uma bola de vidro maciço, inicialmente em repouso, fazendo que essa se desloque por uma calha de metal inclinada e colida com uma bola de borracha (21 s). Essa, por sua vez, movimenta-se por uma base de metal e cai em um copo de plástico (22 s). Etapa 2: Esse copo de plástico é ligado através de um barbante a um foguete de papelão. Esses estão sustentados por um porta CD’s e uma taça de plástico, que servem de polias. Quando a bola de borracha cai (22 s) dentro copo, esse tem seu peso maior que o do papelão, desfazendo o equilíbrio entre eles e fazendo com que o foguete suba. No barbante que liga esses copos, está amarrado um outro barbante que tem em sua ponta um pedaço de borracha que segura duas esferas de ferro no início da primeira calha de papelão. Quando o equilíbrio entre os copos se desfaz, o barbante desce junto com o copo, e então, as esferas de ferro caem pelas calhas de papelão fixadas no quadro (23 s). Etapa 3: As esferas de ferro descem pelas calhas de papelão até caírem em uma calha de metal que está apoiada em uma mesa (26 s). Essas esferas atingem (27 s) uma alavanca vertical confeccionada com um pedaço de madeira que tem em sua ponta inferior dois palitos em forma de “V” preenchidos com fita adesiva transparente e um pedaço de plástico, e na ponta superior uma seringa com agulha, acoplada a um palito para churrasco -coberta por um pedaço de EVA, com desenho de uma mão, perpendicular ao pedaço de madeira. Quando as esferas de ferro atingem a ponta inferior do pedaço de madeira, fazem com que a alavanca tenha uma pequena rotação, estourando a bexiga (27 s) que sustenta a garrafa de água com a ponta da agulha da seringa. Etapa 4: Ao estourar o balão, a garrafa de água cai (28 s), e a água contida em seu interior escoa pela calha de PET, presa ao conduíte. Posicionado abaixo do conduíte, está uma pequena máquina, similar à uma central hidrelétrica, que transforma a queda da água em energia elétrica. Essa máquina é composta por quatro colheres acopladas à uma haste de metal, imitando uma turbina, um imã, uma bobina de cobre e uma base de madeira. A água, ao descer pelo conduíte e atingir as colheres (30 s), inicia um movimento de rotação do eixo e consequentemente dos polos do imã fixado na outra extremidade. A rotação do imã faz com que haja uma variação do campo magnético que incide sobre a bobina de cobre e gere uma ddp que é medida por um voltímetro. Ao rodar as colheres, o barbante que se encontra preso a caçamba de um caminhão de brinquedo e a haste onde se encontra as colheres vai se enrolando, até que a caçamba se levante (32 s) e derrube a bola de vidro maciço que cai em outra calha de metal. Etapa 5: Ao correr pela calha de metal, a bola de vidro é conduzida (34 s) por um canudo preto de plástico fixado na superfície da mesa, até um zig-zag construídos com palitos de picolé e uma tampa de vasilha de plástico cortada em retângulos de formato semelhante ao anterior. Esse zig-zag conduz (35 s) a bola de vidro até um copo em balanço, através de um barbante, com um canudo preto. Quando a bola de vidro atinge (43 s) o copo, esse desfaz o equilíbrio, e o copo cai. Etapa 6: Quando o copo cai, libera (44 s) uma esfera de aço que estava impedida pelo canudo. Essa esfera segue através da calha de metal inclinada, apoiada uma caixa de palito de dente, até uma sequência de dominós. Os dominós são derrubados (56 s) e empurram (57 s) uma outra esfera de aço em repouso na calha verde de tampa de vasilha (a mesma utilizada para confecção do zig-zag de palitos), a esfera segue até uma calha de metal. Etapa 7: A calha de metal, apoiada em duas cadeiras, e inclinada por uma caixa de sapatos, leva a esfera de aço até seu fim, onde se localiza um ioiô que, ao ser impulsionado (1:03 min) pela esfera, cai no chão, puxando o barbante do ioiô que impedia a descida de outra esfera de aço, liberando (1:03 min) ela pela mangueira transparente e em seguida pelos palitos de churrasco até que a mesma atinja a ratoeira (1:05 min), inicialmente armada, que se encontrava no chão. Em um dos lados da ratoeira se encontra amarrado um barbante que estava ligado a um palito de dente que equilibrava uma vela já acesa no início do experimento. A esfera, ao acionar a ratoeira, faz com que o palito, que apoia a vela, seja deslocado e então, essa vela cai no apoio feito com palito de churrasco e queima (1:20 s) o barbante que tinha um pedaço de mangueira – com bolas de vidro em seu interiorcomo contrapeso, liberando (1:20 min) a esfera que desceu pela calha de alumínio até atingir a tampinha de refrigerante (1:22 min) que estava apoiada na barra de espaço do notebook dando início ao vídeo. CONCLUSÃO Sendo assim, obteve-se êxito ao final do experimento ao atingir o objetivo principal que era iniciar um vídeo em um notebook por meio de uma sequência complicada de movimentos. O experimento exigiu bastante dedicação e criatividade da equipe e mostrou como vários materiais, que são denominados como lixo, podem ser reutilizados para realizar um objetivo. Os pontos mais difíceis foram adaptar os materiais disponíveis ao projeto e modificalo constantemente em busca de novos mecanismos para dar continuidade aos movimentos. Além disso, a persistência da equipe foi essencial para o sucesso do experimento pois foi preciso repensar os conceitos a cada tentativa frustrada. Em contrapartida, os pontos mais interessantes foram o reaproveitamento de diversos materiais sem utilidade que a equipe reuniu e transformou em um experimento fascinante e divertido, reunindo também vários conceitos das engenharias, o que contribuiu para ampliar o conhecimento da equipe sobre os diversos campos da engenharia. Ademais, durante o desenvolvimento do experimento, era notória a curiosidade das pessoas em saber o motivo de todo o aparato que estava sendo montado e de que maneira iria funcionar. Isso mostra a importância de experimentos como esse nas escolas pois, além de estimular a criatividade dos alunos, provoca uma reflexão sobre a necessidade de reaproveitamento de materiais denominados como lixo, reduzindo assim o desperdício e contribuindo para preservação do meio ambiente. LINK DO VIDEO https://www.youtube.com/watch?v=QAckaEd6gWs