ODEBRECHT # 145 • ano XXXVII • nov/dez 2009 I N F O R M A As obras que estão mudando o visual e a vida de Luanda Alagoas atrai empresas transformadoras de plástico Unidades da ETH entram em operação em três estados Foz do Brasil Engenharia ambiental a serviço da qualidade de vida Sua criação em 2002 foi resultado da união acervo odebrecht de várias empresas, em um complexo trabalho de integração societária, operacional e filosófica que se tornou referência no Brasil e objeto de estudos mundo afora. Hoje, líder do setor petroquímico na América do Sul, a Braskem, por meio do trabalho de suas equipes em 18 unidades industriais, abastece o mercado brasileiro, exporta produtos para mais de 60 países e dá sequência à estratégia de tornar-se uma das 10 maiores empresas petroquímicas do mundo. ODEBRECHT 04 transportes Metrô de Porto Alegre avança na região metropolitana INFORMA 145 07 capacitação Cursos preparam equipes para atuar com polivalência 08 etanol e açúcar Novas unidades em Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul 10 intercâmbio Mônica Alves, moradora de Limeira (SP). Foto de Edu Simões. Angolanos vêm ao Brasil para receber treinamento na ETH 11 óleo e gás Petrobras inaugura unidade de processamento em Macaé 14 angola Projetos viários em Luanda trazem múltiplos benefícios 17 informação Projeto O2 chega aos canteiros e escritórios da CNO 18 especial: engenharia ambiental Foz do Brasil, criada em 2007, consolida conquistas e cresce 26 alagoas 14 22 16 Empresas de terceira e quarta gerações do plástico 28 petroquímica Produção do aditivo ETBE proporciona ganhos ambientais 04 36 10 30 sustentabilidade Jorge Suzuki e as vantagens do polietileno verde 31 marca Sete anos depois de criada, Braskem reposiciona sua marca 34 desenvolvimento social Instituto Direito e Cidadania (IDC) comemora cinco anos 38 organização Palestras no Núcleo da Cultura celebram 30 anos no exterior 40 Odebrecht completa seis décadas e meia de existência seções 03 12 13 32 35 36 giro perfil gente entrevista argumento notas da redação 02 O nascimento da TEO Entre as diversas fotos que chegaram à redação de Odebrecht Informa para esta edição, uma nos chamou particularmente a atenção. Publicada na página 40, ali está o fundador Norberto Odebrecht com o grupo de engenheiros, mestres de obra e administradores que constituíam, em 1960, o núcleo dirigente da Construtora Norberto Odebrecht. Além da sempre curiosa sensação de descobrir como eram, 50 anos atrás, algumas pessoas que conhecemos hoje, a foto resgata, com eloquência, o sentido de equipe que, desde 1944, está no DNA da Odebrecht. Foi nesse ano de 1944 que Norberto Odebrecht criou sua empresa individual, a cellula mater da Organização Odebrecht. Ele dava prosseguimento às obras da construtora de seu pai, a qual tivera de fechar as portas, inviabilizada pela escassez de materiais de construção durante a Segunda Guerra Mundial. Havia, porém, algo mais naquela empresa que surgia há 65 anos além de uma nova razão social e um registro na Junta Comercial de Salvador. O que nascia era uma nova forma de organização do trabalho voltada para servir clientes. Implantada por Norberto Odebrecht e seus mestres de obra no mercado de construção baiano, foi se aprimorando ao longo das décadas seguintes e ganhou o nome de Tecnologia Empresarial Odebrecht, TEO. Filosofia de vida centrada na educação e no trabalho, a TEO é formada por um conjunto de princípios, conceitos e critérios que permitem aos líderes empresariais coordenar o trabalho de pessoas que dominam tecnologias específicas e integrar seus resultados no projeto geral. A TEO é a referência cultural das empresas da Organização Odebrecht. É possível dizer, sem medo de errar, que o cerne da identidade da Odebrecht é a sua filosofia; e que o cerne de sua filosofia é a confiança e o respeito pelo ser humano. A foto da página 40 nos remete a um pouco de tudo isso. Naquele momento, em que a Odebrecht tinha apenas 16 anos de vida, já se pode perceber essa integração de pessoas em torno de um líder, que as coordena com base em valores humanísticos e que as estimula e desafia a buscar resultados sempre melhores. Mais do que o formalismo de uma data, essa foto revela e simboliza a cultura empresarial que nasceu no mesmo instante da Organização Odebrecht, e que constitui sua pulsação permanente. ODEBRECHT Fundada em 1944, a Organização Odebrecht atua nas áreas de Engenharia e Construção, Óleo e Gás, Engenharia Ambiental, Realizações Imobiliárias, Investimentos em Infraestrutura, Química e Petroquímica e Etanol e Açúcar. Seus 82 mil Integrantes estão presentes em países da América do Sul, América Central, América do Norte, África, Europa e Oriente Médio www.odebrechtonline.com.br Vídeorreportagem > Mata do Sossego: famílias assentadas vivenciam nova forma de organização > A ampliação do metrô na região metropolitana de Porto Alegre > As novas fábricas de ETBE da Braskem Acervos online > Acesse os números anteriores de Odebrecht Informa, dos Relatórios Anuais da Odebrecht S.A. desde 2002, da Reunião Anual da Organização Odebrecht desde 2002 e de publicações especiais (Edição Especial sobre Ações Sociais, 60 anos da Organização Odebrecht, 40 anos da Fundação Odebrecht e 10 anos da Odeprev) Responsável por Comunicação Empresarial na construtora norberto odebrecht s.a. Márcio Polidoro Responsável por Programas Editoriais na construtora norberto odebrecht s.a. Karolina Gutiez Coordenadores nas Áreas de Negócios Nelson Letaif Química e Petroquímica • Miucha Andrade Etanol e Açúcar • José Cláudio Grossi Óleo e Gás • Daelcio Freitas Engenharia Ambiental • Sergio Kertész Realizações Imobiliárias Coordenador na Fundação Odebrecht Vivian Barbosa Coordenação Editorial Versal Editores Editor José Enrique Barreiro • Editor Executivo Cláudio Lovato Filho • Arte e Produção Gráfica Rogério Nunes • Editora de Fotografia Holanda Cavalcanti • Infografia Adilson Secco • Ilustações Francisco Milhorança e Noris Lima Tiragem 8.350 exemplares • Pré-impressão e impressão Pancrom Redação Rio de Janeiro (55) 21 2239-1778 • São Paulo (55) 11 3030-9466 email: [email protected] 03 Petróleo em Angola Obras na Grande Buenos Aires A Odebrecht Óleo e Gás (OOG) anunciou sua primeira descoberta internacional de petróleo: o poço Chissonga-1, no litoral de Angola, com profundidade de 4.725 m e vazão de 6.850 barris/ dia. Foi a primeira perfuração em um projeto com três poços na região. A OOG tem participação de 15% no consórcio responsável, formado ainda por Maersk Oil (líder, com 50%), Sonangol (20%) e Devon Energy Corporation (15%). O Consórcio Águas do Paraná, formado pela Odebrecht (líder) e pelas empresas argentinas Benito Roggio e Hijos, José Cartellone e Supercemento, executa as obras da Planta de Tratamento de Água Paraná de Las Palmas, nos municípios de Tigre e Escobar, na Grande Buenos Aires. O projeto inclui a construção de duas tomadas d’água, um túnel de 15 km, estação de tratamento de água, estação de bombeamento e 40 km de adutoras. A ser concluído em 2012, o projeto beneficiará 2,4 milhões de pessoas e foi contratado pela AySA – Agua y Saneamientos Argentinos S.A. Norbes VIII e IX A OOG assegurou o financiamento, na modalidade project finance, para seus dois navios de perfuração, Norbes VIII e IX, que iniciarão operação em águas brasileiras em 2011, em um contrato de 10 anos com a Petrobras. A OOG investirá cerca de US$ 1,7 bilhão nas duas unidades de perfuração. Doze bancos e duas agências de crédito de exportação concederam US$ 1,5 bilhão. As Norbes VIII e IX têm capacidade de perfurar em lâmina d’água de até 3 mil m de profundidade e poderão servir à Petrobras na exploração da camada de pré-sal brasileira. Condomínio Monte Belo Com quase 400 profissionais capacitados, o Programa de Desenvolvimento Profissional – PDP iniciou sua terceira edição nas obras do Condomínio Monte Belo, em Luanda. O curso é voltado para a formação de líderes e para a qualificação dos integrantes do projeto. Tem duração de 45 dias, com aulas teóricas e práticas, estas realizadas no canteiro de obras. As aulas são ministradas pelos líderes de cada setor. “É uma oportunidade para aprender e desenvolver liderança”, diz José Francisco Dala, armador. Ampliação do Metrô de Lisboa Panamá: novos contratos Três novos contratos foram conquistados pela Odebrecht no Panamá. Um deles refere-se à construção de um túnel de 8 km de extensão e 3 m de diâmetro que coletará a água utilizada na Cidade do Panamá para ser tratada na Planta de Tratamento de Águas Residuais, o segundo contrato conquistado. Essa planta será construída pelo consórcio formado pela Odebrecht (líder) e a Degremont. Além de construir, o consórcio fica responsável pela operação da planta durante quatro anos após sua conclusão. Por fim, a Odebrecht conquistou a obra de Extensão da Cinta Costera, cuja primeira etapa, realizada pela empresa, foi entregue em julho. Nessa extensão, um outro aterro será feito para abrigar uma via de quatro pistas, áreas verdes e quadras esportivas. Foi inaugurada em 29 de agosto a extensão da Linha Vermelha do Metrô de Lisboa, executada pela Bento Pedroso Construções (BPC) em consórcio com as portuguesas Somague e Mota-Engil e a francesa Spie Batignolles. As obras incluíram 2,2 km de linhas, construção de duas estações e remodelação de outras duas (localizadas nas linhas Amarela e Azul). A previsão do Metropolitano de Lisboa, contratante da obra, é de que 32 milhões de passageiros/ano usufruam da nova linha. 04 transportes "Isto aqui é um fato histórico" [ Alziro Trentin ] A expectativa em quatro estações Na região metropolitana de Porto Alegre, Trensurb amplia o metrô em 9,3 km e implanta três estações em Novo Hamburgo e uma em São Leopoldo texto Cláudio Lovato Filho / fotos Ricardo Chaves odebrecht informa Alziro Trentin, de 69 anos, aposentado, mora em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre. Desde fevereiro de 2009, acompanha o dia a dia da extensão da Linha 1 do metrô de Porto Alegre. Apaixonado por filmes, já produziu um DVD sobre a obra. “Isto aqui é um fato histórico”, ele diz, em sua casa na Rua Assis Brasil, Bairro Santos Acima, Novo Hamburgo: economia centrada na indústria calçadista. Ao lado, Marco Arildo da Cunha (à esquerda) e Nilton Coelho, em uma das frentes de serviço: abertura de postos de trabalho e atração de negócios para a região Dumont, perto de uma das frentes de serviço. “Essa obra vai trazer um grande benefício para as pessoas que moram aqui e têm de se deslocar a Porto Alegre.” José Renato Mass, 49 anos, também comemora. Vive em São Leopoldo e é carpinteiro no Consórcio Nova Via, que executa a extensão. De 1981 a 1996 atuou na indústria calçadista, mas a crise veio e, depois de ser demitido de três empresas, trocou as fábricas de calçados pelos canteiros de obra. Começou como servente e chegou a encarregado de carpintaria. Rodou pelo Brasil, mas agora está em casa. “É bom poder trabalhar perto da família.” São histórias que exemplificam dois aspectos da contribuição que a extensão do metrô está Inaugurada em 1985, a Linha 1 do metrô de superfície de Porto Alegre tem hoje 17 estações em 33,8 km. Todos os dias, 300 mil pessoas utilizam o metrô. A extensão criará 4 estações (uma em São Leopoldo e 3 em Novo Hamburgo), ao longo de 9,3 km, e permitirá o atendimento a mais 30 mil usuários. Duas estações irão entrar em operação já em 2010. trazendo para Novo Hamburgo, São Leopoldo e outras cidades da região metropolitana de Porto Alegre (veja infográfico). É um projeto aguardado há mais de 10 anos. Sua realização facilitará a vida de quem trabalha em Porto Alegre e tem de usar a saturada BR-116, e ajudará a alavancar a economia da região, a qual vive dias de recuperação, com a abertura de 1.200 postos diretos de trabalho e a atração de negócios em diversos setores, entre eles o imobiliário. As obras começaram em fevereiro de 2009 e têm conclusão prevista para dezembro de 2011. O investimento: R$ 700 milhões. Formado por Odebrecht, Andrade Gutierrez, Toniolo Busnello e T’Trans, o Consórcio Nova Via é responsável pelas obras civis e pela implantação dos sistemas operacionais. Em maio, começou a construir as pontes rodoviária (238 m) e metroviária (195 m) sobre o Rio dos Sinos, que estarão prontas em janeiro e abril de 2010. “Eu sei da importância de ter um metrô”, diz Marco Arildo da Cunha. Ele é Diretor-Presidente da Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre), através da qual o Governo Federal (Ministério das Cidades) opera o metrô. Suas palavras vêm da experiência como usuário e profissional do setor. Ele ingressou na Trensurb em janeiro de 1985, como operador de trens, depois de ser aprovado em concurso, e se tornou o primeiro funcionário de carreira a chegar à Presidência. odebrecht informa Uma fábrica no canteiro Sua esposa, Maria Salete, que também começou como operadora, é controladora de operação. “Os moradores de Novo Hamburgo e São Leopoldo terão diversas vantagens”, diz. Refere-se à valorização dos imóveis e à criação de novas áreas urbanizadas nas cidades, além de sua integração ao sistema de transporte público da Grande Porto Alegre através de um meio de transporte moderno. O Ministro das Cidades, Márcio Fortes, outro entusiasta dos metrôs, foi um dos principais responsáveis pela inclusão da obra no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Governo Federal – o que deu ao projeto garantia orçamentária e financeira. “Estamos compensando o tempo perdido com uma velocidade de execução inusitada, liberando recursos no momento necessário”, informa, destacando o ritmo de trabalho que vem sendo impresso à obra desde o primeiro dia. “Com a extensão do metrô, vamos desafogar a BR-116, facilitar o acesso ao aeroporto e garantir melhores condições para o escoamento dos produtos do Vale dos Sinos, sobretudo os calçados.” odebrecht informa Uma obra urbana, como é a extensão da Linha 1, exige conhecimento e bom senso de quem a executa e paciência por parte das pessoas que vivem na área afetada. “É um período de sacrifícios”, reconhece o Ministro Márcio Fortes. “Uma obra na cidade é como se fosse uma reforma em casa. Todos têm de estar preparados.” Nilton Coelho, Diretor de Contrato da Odebrecht, tem larga experiência em obras metroviárias e está de acordo com o Ministro. Trabalhou nos metrôs do Rio de Janeiro e de São Paulo. “É essencial uma comunicação eficaz para preparar a comunidade e acelerar os serviços ao máximo, de modo a reduzir, por exemplo, o tempo dos desvios de trânsito.” Decisiva para a aceleração dos serviços nas obras de extensão da Linha 1, a fábrica de vigas e lajes erguida pelo consórcio no canteiro de obras é destaque no projeto. “Vamos ter aproximadamente 335 pilares e 1.100 vigas na obra”, informa Rodrigo Lacerda, da Odebrecht, Responsável por Engenharia. “É um volume muito grande a ser construído e instalado no prazo estabelecido.” A solução encontrada para ter velocidade: fabricar todas as vigas e lajes no próprio canteiro. “Estamos praticando o conceito da ‘industrialização’ da obra”, utilizando formas metálicas para os pilares e travessas (mesoestrutura), os quais são moldados in loco, e uma superestrutura (vigas e lajes) de pré-moldados produzidos na fábrica instalada no canteiro”, explica Rodrigo. “Com isso, trabalhamos na velocidade que precisamos, com economia, e assegurando absoluta qualidade e um apuro estético diferenciado às peças produzidas.” capacitação 07 Um time que joga em várias frentes Programas da CNO fortalecem capacitação de equipes para ações nas áreas de Pessoas e Organização e Suprimentos e Logística texto Julio Cesar Soares / foto Dario de Freitas Turma do programa realizado pela equipe de Pessoas e Organização: visão ampliada “É uma visão que vai além do operacional, uma visão focada nas pessoas.” A afirmação é de Sérgio Faber, Responsável por Administração de Pessoas nas obras da Petroquímica Suape, em Recife, referindo-se ao Programa de Formação em Recursos Humanos, realizado pela equipe de Pessoas e Organização da Construtora Norberto Odebrecht (CNO). Sérgio é um dos 30 integrantes que participam da segunda edição do programa, que tem como objetivo capacitar os participantes para diversas ações na área. Dividido em três módulos, o programa tem dois dias de aula presencial em cada um deles. A escolha dos participantes é feita através da indicação dos líderes de cada área. “Determinamos o núme- ro de vagas e os responsáveis por Pessoas e Organização procuram os líderes para que eles identifiquem os participantes”, diz Milena Moreno Giglioti, Responsável pelo programa. Milena também lidera o Programa de Formação em Suprimentos e Logística, que visa aprimorar a capacitação dos participantes para o encontro de soluções nessas áreas de atuação. Em sua segunda edição, conta com a participação de 25 integrantes que atuam em contratos e na Odebrecht Logística e Exportação (Olex). “É um guia para o comprador moderno, que aprende a se relacionar melhor com o fornecedor”, salienta Emerson Florentino Danda, Responsável pelo Programa de Materiais do Consórcio Pirapama, em Recife. O programa, também dividido em três módulos, tem como parceiro o Instituto Imam (Inovação e Melhoramento na Administração Moderna), cuja sede é usada para a realização das atividades previstas. Programa da área de Suprimentos e Logística "é um guia para o comprador moderno" odebrecht informa 08 etanol e açúcar A Unidade Santa Luzia e (abaixo, na foto à esquerda) o Governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, com José Carlos Grubisich, Líder Empresarial da ETH, e Pedro Novis (de paletó), membro do Conselho de Administração da Odebreht S.A. Na foto à direita, Grubisich e o Governador Puccinelli na cerimônia de inauguração da usina Rio Claro, Santa Luzia e Conquista do Pontal se unem às unidades Alcídia e Eldorado da ETH. Com cinco unidades, a capacidade instalada de moagem da empresa salta de 3 milhões de t para 13,2 milhões de t de cana-de-açúcar por safra. odebrecht informa Reforço triplo ETH Bioenergia inaugura unidades em Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo e se posiciona entre as cinco maiores produtoras de etanol do Brasil texto Guilherme Oliveira / fotos Ségio Alberti Caçú (GO), 27 de agosto. Quinhentas pessoas estão reunidas para a inauguração da Unidade Rio Claro da ETH Bioenergia. Uma tenda foi montada ao lado da usina para receber famílias da região, fornecedores, clientes, imprensa e autoridades, como o Governador Alcides Rodrigues e os prefeitos de Cachoeira Alta, Eline Fleury, e Caçú, André Vieira. Mais duas celebrações foram realizadas para o início oficial das operações das unidades Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul (MS), no dia 14 de outubro, e Conquista do Pontal, em Mirante do Paranapanema (SP), no dia 16 de novembro. As três unidades greenfield, implantadas do zero no prazo recorde de 13 meses, colocam a ETH, com apenas dois anos de atuação, entre os cinco maiores produtores de etanol do Brasil e reforçam o compromisso da empresa com as comunidades em que atua. Nunca uma empresa do setor de bioenergia havia colocado em operação três usinas na mesma safra. Aílton Reis, Responsável por Investimentos, Engenharia e Tecnologia na ETH, informa que 3 mil pessoas participaram das construções. “Foi muito difícil encontrar fornecedores que acompanhassem o ritmo intenso do projeto. A superação das equipes foi essencial para o nosso sucesso”, afirma Aílton. As novas unidades foram desenvolvidas com as mais modernas tecnologias que o mercado oferece. “Conseguimos aliar os melhores equipamentos a um baixo custo de manutenção. O resultado foram três usinas-modelo”, comemora Aílton Reis, destacando que as caldeiras de alta pressão e as moendas desenhadas exclusivamente para esses projetos estão entre os diferenciais dos greenfields, que já entram em operação com plantio e colheita completamente mecanizados na safra própria. Rio Claro, Santa Luzia e Conquista do Pontal se unem às unidades Alcídia e Eldorado da ETH. Com cinco unidades, a capacidade instalada de moagem da empresa salta de 3 milhões de t para 13,2 milhões de t de cana de açúcar por safra. A meta da ETH é produzir 780 milhões de l de etanol na safra 2010/2011. Cada uma das novas unidades gera 1.500 oportunidades diretas de trabalho para as respectivas áreas de influência, qualifica profissionais e movimenta a economia local. Raquel Mezavilla, recepcionista do Hotel Carandá, de Nova Alvorada do Sul, conta que os municípios próximos às usinas tiveram de acompanhar o ritmo da construção. “A chegada da ETH trouxe sangue novo para a cidade. Tivemos de aumentar o número de funcionários e de quartos em 25%, e mesmo assim continuam lotados. As cidades crescem junto com a empresa.” Em 2009, a ETH capacitou 1.170 profissionais, com cursos de formação de Operadores Industriais e de Máquinas Agrícolas. Segundo Raquel, cursos como esses são muito bemvindos. “A região percebeu o tamanho e o compromisso da empresa com os municípios. Eu sei quando começou a construção, quando se iniciaram os testes e quando a usina entrou em operação. Nós, da cidade, também fazemos parte da história da ETH.” "O início das operações dos greenfields é um marco na estratégia de crescimento da ETH e demonstra nossa capacidade de conceber e executar projetos que aliam escala de produção, tecnologia de ponta e alta competitividade" [ José Carlos Grubisich ] odebrecht informa 10 intercâmbio Eles vão fazer acontecer Angolanos da Biocom participam de programa de capacitação na ETH texto Guilherme Oliveira / fotos Sergio Alberti Maria Pascoal da Silva e Alberto Leopoldino Joaquim de Campos Npanda Masidivingue e Irisma Saturnino da Silva, integrante da ETH odebrecht informa Pavlov Dias Neto nasceu em Luanda, em 1980. Um curso técnico em Agropecuária lhe garantiu as primeiras oportunidades de trabalho, mas o interesse por informática logo o fez migrar para a área de Tecnologia da Informação. Ele não imaginava que anos depois, como integrante da Biocom, companhia angolana produtora de açúcar, estaria em Rio Brilhante (MS), aprendendo a produzir etanol, açúcar e energia elétrica na Unidade Eldorado da ETH Bioenergia. A Biocom, que tem Odebrecht, Sonangol e Damer como acionistas, possui uma usina em construção na Província de Malange, que deve iniciar operações no segundo semestre de 2010. Pavlov faz parte do grupo de 62 integrantes da empresa que veio ao Brasil em agosto para participar de um programa de capacitação de 1.200 horas de aulas teóricas e práticas nas áreas agrícola, industrial e administrativa: “Essa será a segunda usina do continente africano e a primeira de Angola. Viemos aqui entender a operação”, ele explica. Desenvolvido pela ETH, o programa tem como objetivo capacitar os treinandos a operar por processo, e não por equipamento. A fim de que todos tenham domínio de cada passo da produção, a turma participou do curso de Fundamentos do Processo de Fabricação de Açúcar e Álcool do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Deodápolis, parceiro da ETH no programa. Além de aprender sobre a operação e de se colo- car em condições de participar da construção da usina em Angola, o grupo volta para seu país de origem em dezembro para disseminar o conteúdo aprendido no Brasil, explica Wanda Lubaco, 26 anos. “Somos um grupo pequeno e em seis meses de treinamento não aprenderemos tudo, mas todos aqui estão conscientes de que temos de absorver o que for possível para ensinar nossos companheiros”, afirma Wanda, treinanda de Fabricação de Açúcar. O tempo curto impõe um ritmo puxado: quatro horas de aula e oito de estágio por dia, de segunda a sábado. “O curso é muito completo. Não estamos aprendendo a operar a nossa usina, estamos aprendendo a operar qualquer usina”, afirma Pavlov. Apesar da complexidade dos processos, o maior obstáculo que o grupo encara é a saudade de casa. “Não poderíamos ter sido mais bem recebidos no Brasil, um povo muito alegre, assim como o povo angolano. Mas todos sentem falta da família, confessa Wanda. A fim de trazer um pouco de Angola para o Brasil, os estagiários aproveitam os domingos para fazer suas comidas típicas, como o funge, e dançar semba e kuduro, ritmos tradicionais do país africano. “Daqui a pouco estaremos com saudade é do Brasil“, brinca Wanda. Pavlov afirma: “Vamos voltar para Angola dominando algo que poucos no continente sabem fazer. Poderemos participar ativamente da reconstrução e do desenvolvimento do nosso país. É isso o que todos viemos buscar aqui”. óleo e gás 11 Integrante do Consórcio Odebei observa a nova unidade: processamento de condensado de gás natural Etapa de purificação Unidade de processamento entra em operação no Terminal de Cabiúnas, em Macaé (RJ) texto Edilson Lima / foto Carlos Júnior O nome é grande e o benefício também: a Unidade de Processamento de Condensado de Gás Natural III (UPCGN III), no Terminal de Cabiúnas (Tecab), em Macaé (RJ), entrou em operação em 1º de setembro, produzindo, em sua capacidade máxima de processamento, 1.500 m3/dia de Líquido de Gás Natural (LGN). O LGN vem junto com o gás natural enviado da plataforma e é processado para que sejam removidos dele os hidrocarbonetos leves (gás residual, ou seja, etano e metano), etapa fundamental na produção do gás. A UPCGN III faz parte do Plangás (Plano de Antecipação da Produção de Gás Natural), que prevê para 2010 um incremento da produção nacional de gás natural, a qual passará dos atuais 23 milhões m3/dia para 55 milhões de m3/dia. Essa é a primeira unidade concluída do Plangás no âmbito da área de Abastecimento da Petrobras (Abast) a entrar em operação, para ampliar a oferta de gás natural da Bacia de Campos e do Espírito Santo para o Sul e o Sudeste do país. Sua construção, realizada pelo Consórcio Odebei Plangás (formado por Odebrecht Óleo e Gás – OOG, Empresa Brasileira de Engenharia S.A. – EBE e Iesa Óleo e Gás S.A.), começou em abril de 2007. Um dos destaques da obra foram os índices de segurança do trabalho. A Taxa de Acidentes com Afastamento foi igual a zero. Luiz Aguiar, Gerente de Qualidade, Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde da Odebrecht, destaca outro ponto significativo: “Dos mil trabalhadores que atuaram no projeto, 70% eram da própria região. A todos, o consórcio ofereceu cursos de capacitação e treinamento”. O investimento total da Petrobras, de R$ 452 milhões, incluiu, além da execução da UPCGN III, a implantação dos sistemas de armazenamento e exportação de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), de tratamento de GLP, de água de resfriamento e de ar comprimido; a construção da subestação de energia elétrica; a instalação de toda a infraestrutura e das interligações entre a UPCGN III, os sistemas da nova Unidade de Recuperação de Líquido III (URL III) e várias outras unidades do Tecab. A operação da UPCGN III é de responsabilidade da Transpetro, empresa da Petrobras. "Durante toda a obra, mantivemos o conceito de 'excelente' no Boletim de Avaliação de Desempenho da Petrobras, o que demonstra o grau de satisfação do cliente com os nossos serviços", diz José Henrique Enes, Diretor de Contrato da Odebrecht. odebrecht informa 12 Engenheiro da arte texto Sérgio Bourroul / foto Roberto Rosa “Na literatura eu amplio a minha liberdade.” Assim o escritor, comunicador, cineasta e engenheiro eletricista Marcos Rabello define sua relação com a escrita. O autor de O Romance do Contista, publicado no Brasil em 2003, assume na apresentação do livro que encontrou no isolamento dos canteiros de obra a motivação para visitar o passado e escrever seu romance de estreia. E vai além: “Hoje empresto ao trabalho a criatividade do escritor”. Marcos Rabello ingressou na Odebrecht há 16 anos, chamado por Carlos Hupsel, hoje Responsável por Apoio em Desenvolvimento de Oportunidades e Representação na Odebrecht S.A. Passou pelas áreas de Comunicação e Relações Institucionais e de Energia. Contribuiu para a conquista das obras das hidrelétricas de Cana Brava (GO) e São Salvador (TO) e então partiu para Angola, onde está há quase seis anos. Lá é responsável por três programas: Revitalização das Vias de Luanda; Desenvolvimento Urbano (Luanda Sul); e Formação para o Trabalho e Desenvolvimento. Rabello trocou na adolescência o futebol de rua e a influência dos programas de rádio de Aracaju, sua terra natal, pela vanguarda do Colégio de Aplicação, em Salvador. Mais tarde, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), engajou-se em projetos culturais. Influenciado por Glauber Rocha escreveu, produziu e dirigiu dois curtas-metragens em super 8. Ao terminar a faculdade, ingressou na Coelba, a distribuidora de energia elétrica da Bahia, e presidiu o Instituto de Previdência do Município de Salvador, quando recebeu a medalha Thomé de Souza pelo trabalho na administração pública. E foi candidato a vicePrefeito da capital baiana. Casado e pai de três filhos, Rabello está escrevendo um novo romance. “Minha vida foi norteada por mudanças constantes e gosto de entremear histórias que nunca têm fim.” Certamente sua literatura tem forte influência autobiográfica. odebrecht informa 13 por eliana simonetti Desejo de servir com qualidade Em 2005, José Eduardo de Sousa Quintella ingressou na Odebrecht como Jovem Parceiro no Programa Luz para Todos I, em Minas Gerais. Em 2008 foi encarregado de estudar a segunda etapa do projeto, uma iniciativa dos Governos Estadual e Federal. Tinha 29 anos, em julho de 2009, quando o contrato foi assinado. Quintella se tornou então o primeiro Diretor de Contrato originário do Programa Jovem Construtor da CNO. “A responsabilidade é grande, mas o processo foi acompanhado com cuidado e estou tranquilo. Só penso em servir aos clientes com qualidade”, afirma. Hoje, participando do Programa de Desenvolvimento de Empresários (PDE), está motivado pela oportunidade de conviver com pessoas de diferentes gerações e experiências. Eugênio Sávio Quintella é o primeiro DC do Jovem Construtor Vida e trabalho em alto astral Aos 75 anos de idade e 16 de Odebrecht (atuando nos Estados Unidos, onde nasceu, e em outros países), Dan Spencer tem muitas histórias. É formado em Teologia, Matemática e Engenharia Civil. Nos anos 1990, trabalhou na construção da Barragem de Seven Oaks, na Califórnia. Hoje vive em Nova Orleans. É Responsável por Desenvolvimento de Negócios no Estado da Louisiana. Quando falou com a equipe de Odebrecht Informa, estava radiante: acabara de saber que a empresa vencera uma concorrência para a construção de mais um dique de contenção contra enchentes em Nova Orleans. Apaixonado por futebol americano e apreciador da natureza (adora caminhar à margem do Rio Mississipi), ele explica que seu conhecido bom astral se deve, em grande parte, à sua fé, à sua família (esposa, seis filhos e 14 netos) e à Odebrecht. “Passei da idade de me aposentar, mas não quero sair da empresa!” Paixão à primeira vista Isabel Verônica ajudou a construir uma usina A psicóloga Isabel Verônica Rodrigues Santos Silva atuava no setor sucroalcooleiro, no interior paulista, quando, em 2008, a ETH Bioenergia surgiu em sua vida. “Meu filho pesquisava processos de seleção na internet. Ao observá-lo, me apaixonei pela Odebrecht. Percebi que ainda tenho muito a aprender, e que a empresa poderia me proporcionar crescimento”, conta. Enviou currículo, participou de entrevistas e mudou-se para Nova Alvorada do Sul (MS), onde é Responsável por Desenvolvimento de Pessoas na Unidade Santa Luzia da ETH. “Foi maravilhoso contribuir para a construção de uma usina e a formação da equipe”, diz, plenamente adaptada à nova vida. Seu lazer? Ler crônicas sobre psicologia, sentada na praça de Nova Alvorada do Sul. Sergio Alberti Denise Cruz Dan é experiência e motivação na Louisiana odebrecht informa 14 angola Cenário em transformação Obras viárias mudam o visual e a vida cotidiana de Luanda texto Sérgio Bourroul / foto Roberto Rosa Quem chega a Luanda, logo percebe em suas avenidas, ruas e vielas uma profusão de tapumes de obra. Os projetos para melhoria do trânsito na capital são destaque no contexto dos investimentos do país em infraestrutura e vão muito além de abrir e asfaltar acessos. Incluem construção de estradas, avenidas, urbanização de bairros, saneamento, drenagem, coleta de lixo, paisagismo, sinalização, iluminação pública, educação no trânsito e outros, voltados para escoar o movimento dos veículos, promover o turismo e resgatar a qualidade de vida e o orgulho do cidadão. Pelos caminhos congestionados de Luanda, percebe-se a forte presença da Odebrecht. odebrecht informa Conexão Centro-Luanda Sul O principal polo de crescimento da cidade é Luanda Sul, região onde estão instalados os novos condomínios residenciais e comerciais, incluindo o único shopping center do país. As Avenidas da Samba e 21 de Janeiro, que fazem a ligação do sul da capital à região central e ao Aeroporto Internacional 4 de Julho respectivamente, estão sendo trabalhadas dentro do Programa de Saneamento Básico de Luanda, contratado pela Direção Nacional de Infraestruturas Públicas, do Ministério de Obras Públicas. O lado visível dessas obras (abertura e alargamento das pistas, pavimentação, instalação de separadores, iluminação pública, construção de passeios e sinalização) esconde o maior diferencial do programa: a construção das valas de macrodrenagem para a coleta de águas pluviais, garantindo a conservação e durabilidade dos trabalhos executados. Outra inovação para os padrões locais é a implantação de redes técnicas de dutos para a instalação de cabos telefônicos e elétricos e condutas de água sob as calçadas. “Isso fará com que as concessionárias públicas não danifiquem os serviços executados para instalar as suas futuras redes”, explica Pedro Pinheiro, Diretor de Contrato da Odebrecht. Também sob coordenação de Pedro estão sendo executados mais dois contratos. Localizado entre duas das Obras viárias em Luanda Angola tem experimentado na última década um intenso crescimento econômico lastreado por grandes investimentos de infraestrutura em educação, saúde, habitação, saneamento e transportes, e também no combate à pobreza. A média de crescimento é de 15% ao ano, o país tem na sua capital, Luanda, com 6 milhões de habitantes, o pedaço mais visível de seu desenvolvimento. Projeto Vias de Luanda: corredores centrais da cidade mais humanizados, com a utilização de elementos artísticos típicos e áreas de convivência e lazer principais avenidas da capital, a 21 de Janeiro e a Ho Chi Minh, o bairro Mártires do Kifagondo é populoso e repleto de residências e estabelecimentos comerciais que não dispõem de esgoto e demais serviços básicos. Com conclusão prevista para 2010, os trabalhos de recuperação dessa área estão provocando transtornos passageiros na rotina da população local, com interrupções de ruas e movimentação de máquinas pesadas. “O Gabinete para Intervenção na Província de Luanda, nosso cliente, considerou a experiência da Odebrecht na comunicação com a comunidade fator crucial para a boa execução desta obra complexa. A população compreendeu que os benefícios gerados compensarão os transtornos”, diz Pedro Pinheiro. Estão sendo instaladas redes de drenagem de águas pluviais e de coleta de esgoto; infraestrutura para telefonia, iluminação pública, pavimentação, sinalização e paisagismo. Próximo dali está o outro contrato dirigido por Pedro: a ampliação do parque de estacionamento e da pista de taxiamento do Aeroporto Internacional de Luanda. Vias Expressas Em outra frente de atuação, está o projeto Vias Expressas, que prevê a construção de corredores viários em regiões periféricas de Luanda, os quais servirão para agilizar o transporte das riquezas geradas pela reconstrução do país. São seis vias, com um total de 68 km, fruto de um investimento de US$ 900 milhões e contratadas pelo Instituto de Estradas de Angola, órgão ligado ao Ministério de Obras Públicas. A maior delas já está em fase final de odebrecht informa Projeto Vias Expressas: corredores viários em regiões periféricas de Luanda e monitoramento via satélite execução: a Autoestrada Periférica de Luanda, que, com 33 km, cruza outras três rodovias radiais e facilita o acesso à capital. Segundo o Diretor de Contrato Tiago Britto, o maior desafio do projeto é a logística. “Importamos praticamente todos os materiais usados na obra, como ferro, asfalto, postes, luminárias, cabos elétricos, peças de equipamentos e até cimento, o que exige um planejamento maior dos estoques e custos mais elevados.” De modo a acompanhar a frota de caminhões, foi implantado um moderno sistema de monitoramento. Importado dos Estados Unidos e instalado no canteiro central de Camama, o equipamento de rastreamento via satélite acompanha os 130 caminhões que diariamente trazem brita da central de Britagem de Cabuledo, a 120 km de Luanda. “Além de dar mais segurança aos nossos motoristas, o sistema Iris controla a velocidade e o modo de utilização de toda a frota. Isso possibilita economizar combustível e pneus e detectar possíveis desvios de rota”, explica Tiago. Vias de Luanda O projeto Vias de Luanda vai muito além de obras de engenharia. São odebrecht informa intervenções urbanísticas que vêm tornando os principais corredores centrais da cidade mais humanizados, com a utilização de elementos artísticos típicos, muito verde e a instalação de áreas de convivência e lazer, além de equipamentos de infraestrutura. São 36 km de restauração, iniciada em abril de 2008 pelas Avenidas Deolinda Rodrigues, Ho Chi Minh, Samba, Amilcar Cabral e Revolução de Outubro. Mais de 2,5 mil trabalhadores cuidaram da pavimentação, instalação de calçadas, jardins, valas para drenagem, sinalização e redes subterrâneas (esgoto, água, energia elétrica e telefonia). Avenidas e praças foram revitalizadas com paisagismo, calçadas, quadras esportivas e caramanchões projetados pelo escritório do arquiteto brasileiro Jaime Lerner. Elementos típicos do país foram adotados como referência para a decoração dos passeios com mosaicos de pedras inspirados nas tapeçarias de sisal de Angola. São os novos cartões-postais da cidade. O trabalho de engenharia foi acompanhado pelo Programa Bem-me-Quer, de educação para o trânsito e cidadania, voltado para a utilização dos novos equipamentos e sua conservação. Além de ações nos locais das obras, uma campanha de TV foi veiculada para envolver a população e sensibilizála sobre a importância do Vias de Luanda, que também prevê atividades de limpeza pública. Marcos Rabello, Diretor do Contrato, destaca que o diferencial deste projeto é o caráter estético e as atividades de comunicação, educação e manutenção encomendadas pelo Governo Provincial de Luanda. Há também uma nova frente de trabalho voltada para o desenvolvimento turístico da Avenida Mortala Mohamed, na Ilha de Luanda. Com forte potencial para a exploração turística e vista para o Atlântico de um lado e para o centro da capital do outro, a região receberá uma via revitalizada com passeios e ciclovias arborizadas, equipamentos de segurança, lazer, esportes e estacionamentos. Uma pequena floresta será restaurada e transformada no jardim botânico da cidade. “Luanda não precisa somente de infraestrutura. É tempo também de modernizar a cidade e valorizar o cidadão neste cenário”, resume Rabello. informação 17 Treinamento de integrantes do Consórcio Conpar, no Paraná: equipe do O2 nos canteiros de obra Um usuário mais seguro Projeto O2 chega à CNO em janeiro com uma novidade: o treinamento local texto Bárbara Rezendes / foto Eduardo Barcellos Concluída a implantação nas obras da CBPO Engenharia, chegou a vez de a Construtora Norberto Odebrecht (CNO) receber o Projeto O2, ferramenta de informação que começa a substituir o MyWebDay para tornar as atividades de apoio da Odebrecht mais eficientes. A implantação na CNO está programada para acontecer em janeiro e terá uma novidade, fruto do aprendizado no trabalho com as obras da CBPO: o treinamento local. O novo modelo trará, entre outros benefícios, a redução dos custos com viagens e a possibilidade de as pessoas se capacitarem em mais módulos, já que os multiplicadores irão ministrar os cursos no local de trabalho do usuário. Essa proximidade do Projeto O2 com a realidade do integrante o deixará mais seguro e preparado para operar a nova ferramenta. De modo a garantir tranquilidade à CNO, durante os meses de outubro e novembro a equipe do O2 realizou uma implantação em paralelo nos contratos Consórcio Conpar, no Paraná; Consórcio UHE (Usina Hidrelétrica) Santo Antônio, em Rondônia, e Plataformas Jackup P59 e P60, na Bahia. Durante essa implantação, os integrantes realizavam suas atividades no MyWebDay e também no O2. “Estávamos torcendo para participar desse trabalho paralelo. Acredito que essa oportunidade nos dará uma base muito boa para chegarmos a janeiro bem afiados e já obtendo resultados”, diz Lucas Gantois, da equipe de Suprimentos do Consórcio Conpar. Para auxiliar as três obras escolhidas, no Paraná, em Rondônia e na Bahia, a equipe do O2 calçou as botas, colocou o capacete e foi aos canteiros acompanhar o projeto na prática, verificando a necessidade de realizar ajustes na ferramenta. “É uma maneira de aprender trabalhando, e não simulando situações”, salienta Wilson Figueiredo, Responsável por Materiais no Consórcio Conpar. Henry Müller, Responsável Administrativo e Financeiro na mesma obra, afirma: “Além de aprender com a experiência, as pessoas podem cuidar das suas atividades e, de maneira simultânea, capacitar-se no O2”. Ele acrescenta: “Acredito que o O2 vai ser um avanço para a Organização. Desejo a todos nós muito sucesso com esta nova ferramenta de trabalho”. Saiba mais sobre o Projeto O2 em http://portalo2.odebrecht.com odebrecht informa 18 especial: engenharia ambiental "Desde que as meninas nasceram, eu dou água da torneira e faço minha comida com tranquilidade" [ Lucinéia Nunes ] No ritmo da confiança Foz do Brasil, empresa de engenharia ambiental da Odebrecht, recebe o Fundo de Investimentos do FGTS em sua estrutura societária e se fortalece para crescer nas áreas de saneamento e resíduos industriais texto Daelcio Freitas com Juliana Calsa e Virgínia Valle / fotos Edu Simões Todos os dias, a dona de casa Lucinéia da Silva Nunes serve água da torneira para as filhas, Mayara e Karolyne, de 11 e 6 anos. O hábito, raro em todo o Brasil, se deve à confiança de Lucinéia e sua família nos serviços de saneamento de Limeira, cidade a 150 km de São Paulo, que decidiu conceder, 14 anos atrás, os serviços de água e esgoto à iniciativa privada. “Desde que as meninas nasceram, eu dou água da torneira e faço minha comida com tranquilidade. Acredito que não vai faltar mais água, devido ao trabalho que a Foz do Brasil faz”, diz Lucinéia, ainda se habituando à nova marca da concessionária. A falta de água a que Lucinéia se refere era comum em Limeira, cidade que já foi conhecida nacionalmente pela produção de laranja. Embora esteja na rica e industrializada região de Campinas, o município, que hoje se destaca por abrigar um importante polo de semijoias, tinha na falta de água um incômodo para a população e um inibidor do desenvolvimento econômico e social. “Eu me lembro. Faltava água dois, três dias. Tinha de levantar de madru- gada para lavar roupa, fazer comida. Foram tempos muito difíceis. A água era bem amarela e suja. Nem pensar em beber da torneira naquela época”, recorda-se Lucinéia. A concessão de Limeira foi iniciada em 1994, ano em que o Brasil começou a se livrar dos efeitos negativos dos anos 80, a chamada década perdida. O país caminhava para a estabilidade do Plano Real e também flertava timidamente com a efetiva participação privada nos serviços públicos. Coube à Odebrecht, juntamente com a francesa Lyonnaise des Eaux, o desafio de tocar a primeira concessão privada de saneamento do país. Hoje a única acionista da concessionária, a Foz do Brasil pode comemorar o fato de estar à frente de uma empresa aprovada por mais de 90% da população e com o menor índice de perda de água do país, 17%, enquanto a média nacional supera os 40%. Outro diferencial do município é a coleta de 100% do esgoto, dos quais mais de 75% recebem tratamento, em uma nação na qual 27,3 milhões de domicílios brasileiros continuam sem acesso à rede coletora de esgo- Foz do Brasil População atendida: 3 milhões Cidades: 19 Integrantes: 1.142 Plano de investimentos: R$ 3,6 bilhões (2009 a 2013) Prazo médio da carteira de contratos: 24 anos Modelos de contrato: DBOT (Design, Build, Operate and Transfer), BOT (Build, Operate and Transfer), BOO (Build, Own and Operate), PPPs (Parcerias Público-Privadas), concessões plenas (água e esgoto) e parciais (esgoto), locação de ativos e operação e manutenção de redes e estações de tratamento de esgoto. Principais clientes • Empresas: BattreBahia, Braskem, Cesan (Companhia Espírito-Santense de Saneamento), Dow, Dupont, Embasa (Empresa Baiana de Água e Esgoto), Petrobras, Quattor, Rhodia, Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento), de Campinas, Shell, ThyssenKrupp, Transpetro e VSB. • Prefeituras: São Paulo, Limeira, Rio Claro, Rio das Ostras, Mauá e Cachoeiro de Itapemirim. odebrecht informa to, segundo a PNAD 2008 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com Renê Soares Filho, Presidente do SAAE (Serviço de Água e Esgoto do Município de Limeira), autarquia transformada em agência regulatória por conta da concessão, o sucesso dos serviços está no planejamento definido entre o município e a concessionária, e no fato de a empresa tratar a cidade e a população como clientes. “Não há espaço para o improviso e tudo é feito de acordo com um plano de trabalho anual. No dia a dia, a concessionária sempre nos surpreende de maneira positiva. Eles não medem esforços para nos atender o mais rápido possível”, explica Soares Filho, que já perdeu a conta dos municípios que o procuram para conhecer a experiência da cidade paulista. odebrecht informa A trajetória de Limeira muitas vezes se confunde com a recente história da Foz do Brasil, que começou suas atividades em 2007 como Odebrecht Engenharia Ambiental. Outro pilar para a formação da empresa veio da atuação no setor industrial, por meio das experiências da Lumina e da Cetrel-Lumina, empresas que prestam serviços de engenharia ambien- tal a companhias como Petrobras, Transpetro, Braskem, Quattor, Dow, TyssenKrupp, Shell e Rhodia. O programa de engenharia ambiental da Organização Odebrecht foi delegado ao engenheiro Fernando SantosReis, que depois de uma carreira internacional na Construtora Norberto Odebrecht (CNO) retornou ao Brasil em 2006. Coube a Fernando, num primeiro momento, formar a empresa com integrantes da Organização e do mercado, e estruturar ativos antes alocados na CNO, como as PPPs (Parcerias Público-Privadas) de Rio Claro (SP), Salvador (Projeto Jaguaribe) e Rio das Ostras (RJ) e a própria Lumina. No processo de estruturação, já em 2008, como parte do programa de investimentos, foram adquiridas as concessões de Mauá (SP) e Cachoeiro de Itapemirim (ES), as quais tinham seus programas de investimento represados e que, dentro da estrutura da Foz do Brasil, puderam dar início aos investimentos de uma central de geração própria de energia em Cachoeiro de Itapemirim e no sistema de água de reúso em Mauá. Nova marca Paralelamente ao processo de estruturação da empresa, Fernando Santos-Reis convidou a Duda Propaganda para criar uma marca de alcance nacional para os negócios de saneamento, além de modernizar a marca Lumina. A agência topou o desafio de fugir do lugar-comum e submeteu o nome Foz e outras possibilidades a pesquisas qualitativas realizadas nas capitais São Paulo, Salvador, Recife e Rio de Janeiro. A palavra “Foz” apareceu forte entre os entrevistados e foi amplamente associada a sensações positivas de abundância de água limpa, transparente, pura, de nascente. Capaz de transmitir a promessa de muita água limpa e de respeito pela natureza. A combinação “Foz do Brasil” construiu a percepção de uma empresa de porte e credibilidade, que passa segurança e confiança na capacidade de trabalhar pela melhoria da qualidade de vida da população. "Os dados colhidos na pesquisa fundamentaram os elementos utilizados na nova marca, desde o nome até a tipologia, as cores e o grafismo. No logotipo, os círculos em azul diferenciam a marca Foz do Brasil das demais empresas de saneamento brasileiras e contribuem para uma mensagem de inovação, mudança e modernidade. Também dão ideia de movimento e sugerem engrenagem associada à tecnologia da empresa", explica Ana Baruch, Diretora da Duda Propaganda. O desenvolvimento dos negócios e a possibilidade de contar com um sócio fizeram com que a Odebrecht Engenharia Ambiental se transformasse em Foz do Brasil e seguisse o mesmo caminho da ETH Bioenergia, que atua com a assinatura “Organização Odebrecht”, outra associação positiva identificada nas pesquisas. “As pesquisas indicaram que, por ser uma empresa da Organização Odebrecht, a Foz do Brasil passava a imagem de empresa realizadora, capaz de entregar o que se determina a fazer”, explica Fernando Santos-Reis. Realizações A confiança e a parceria aprovadas pelos clientes públicos e privados foram fundamentais para as conquistas que se sucederam ao longo dos anos de 2008 e 2009. A começar pelos dois negócios com o setor privado: VSB (Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil) e Aquapolo, que, juntos, representam um investimento de cerca de R$ 700 milhões. A Foz do Brasil conquistou em 2009 um contrato para investir e operar a maior Central de Utilidades do setor siderúrgico brasileiro, que fará parte da usina da VSB, no município mineiro de Jeceaba, e se dedicará à fabricação de produtos tubulares petrolíferos OCTG (Oil Country Tubular Goods) sem costura. O projeto prevê construção, operação e manutenção dos sistemas de tratamento de águas, efluentes, resíduos e distribuição interna de energia elétrica da nova usina siderúrgica por meio de um contrato de DBOT (Design, Build, Operate and Transfer). Segundo o Diretor-Presidente da VSB, Otávio Sanábio, a disposição de ser parceiro e a capacidade de apresentar soluções inovadoras foram fundamentais para que a Foz do Brasil conquistasse o projeto. "Havia outros players importantes na concorrência, mas a Foz do Brasil soube se diferenciar ao oferecer uma solução que nos deixa tranquilos para focar no odebrecht informa negócio de siderurgia, uma vez que nossos recursos na gestão ambiental são limitados”, explica Sanábio. A SPE (Sociedade de Propósito Específico) responsável pelo projeto terá a participação da Copasa, estatal mineira de saneamento. A parceria entre as empresas deve se estender para a conquista dos serviços de água e esgoto de outros municípios no estado. Já no Projeto Aquapolo, a parceria com a Sabesp (a principal empresa de saneamento do país) tornará possível o maior projeto de água de reúso do Hemisfério Sul e o quinto maior do mundo. A partir do esgoto captado pela ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) ABC, na divisa de São Paulo e São Caetano do Sul, será produzida, por meio de uma nova estação de tratamento, água para fins industriais a ser utilizada no Polo Petroquímico do ABC, um dos mais importantes do país. O Aquapolo está sendo estruturado de modo a atender também outras indústrias do polo e da região do ABC, uma vez que o sistema tem capacidade de vazão de 1.000 l/s, enquanto as necessidades das empresas do polo somam 650 l/s. Além de tecnologia de ponta, o projeto terá uma adutora odebrecht informa de 16,5 km, que deve ser implantada em um prazo desafiador de 24 meses. Para a construção do projeto, a SPE conta com a CNO como empresa contratada para o EPC (Engineering, Procurement and Construction – Engenharia, Suprimento e Construção). “O efluente será tratado de maneira que possa ser utilizado para fins industriais, permitindo mais disponibilidade de água potável para o consumo humano e, ato contínuo, despoluindo os rios. A utilização de água potável pelas indústrias está com os dias contados”, assegura Eduardo de Melo Pinto, Diretor Regional da Foz do Brasil no ABC. A Sabesp vê a parceria como fundamental para viabilizar a ampliação de investimentos, produção e emprego na área petroquímica. “É um exemplo de como uma empresa pública e uma privada podem somar esforços em defesa do meio ambiente e em prol do desenvolvimento", destaca Gesner Oliveira, Presidente da Sabesp. Sócio Em 2007, o Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) criou o FI-FGTS (Fundo de Investimento em Infraestrutura), que permite que os recursos do trabalhador sejam aplicados em projetos de infraestrutura, inclusive saneamento básico. Regulamentado por meio da Lei 11.491/07, anunciada durante a apresentação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o fundo tem a finalidade de ampliar os investimentos em infraestrutura e auxiliar no crescimento da economia brasileira. Segundo o Governo Federal, são necessários R$ 270 bilhões para a universalização do saneamento básico no país. De acordo com a PNAD 2008 do IBGE, o acesso dos domicílios à rede de esgoto passou de 51,1% em 2007 para 52,5% em 2008, um aumento de apenas 1,4%. De 2003 a 2008, o Governo Federal, por meio de seus agentes financiadores, disponibilizou R$ 19 bilhões para o saneamento, dos quais apenas R$ 2,8 foram desembolsados. O motivo: falta de projetos. Em setembro de 2009, depois de quase um ano de negociações, o FI-FGTS adquiriu a participação de 26,53% na Foz do Brasil, o que significa aporte de R$ 650 milhões no capital social da empresa. Foi o primeiro investimento em saneamento e o maior investimento em equity do fundo, que já participa de outros projetos de infraestrutura. Os recursos, somados ao plano de investimento da Foz – que é de R$ 3,6 bilhões –, beneficiarão de imediato 3 milhões de pessoas já atendidas pelos projetos de saneamento da empresa em 19 cidades, além da população dos municípios em que a Foz do Brasil venha a atuar daqui em diante, individualmente ou em associação com empresas públicas, ampliando a possibilidade de novas consolidações do mercado privado de saneamento, com foco na geração de novas oportunidades de investimento. “Nossa expectativa é transformar essa união num case que possa servir de exemplo ao setor de saneamento no Brasil. Para nós não importa se o parceiro é publico ou privado. O importante é buscar a eficiência, a fim de conseguir que os recursos do trabalhador façam a diferença na geração de mais empregos e na universalização do saneamento”, diz Paulo Furtado, Secretário Geral do Conselho Curador do FGTS. “É uma satisfação, para nós, a participação do FI-FGTS na Foz do Brasil, pois temos um alinhamento pleno na visão de longo prazo que o setor requer, assim como dos desafios que representa a meta de antecipar a universalização dos serviços de água e tratamento de esgoto no território brasileiro, complementando os investimentos públicos”, destaca Fernando Santos-Reis. Espírito Santo A eficiência operacional defendida por Paulo Furtado já pode ser percebida em algumas companhias estaduais do país, que vêm colhendo frutos por aplicar uma gestão profissionalizada e fazer parcerias com empresas privadas para projetos específicos. Um dos exemplos que tem chamado a atenção é o Espírito Santo, estado que decidiu investir com força em saneamento após recuperar financeiramente a Cesan (Companhia Espírito-Santense de Saneamento), a partir de 2003. uma ajuda decisiva para as Administrações municipais Cachoeiro de Itapemirim (ES) e Rio Claro (SP) se orgulham de ter entre seus cidadãos, respectivamente, Roberto Carlos e Dalva de Oliveira, dois dos maiores nomes da música brasileira. Mas as cidades também se destacam porque estão acima da média nacional em saneamento. Nos dois municípios atendidos pela Foz do Brasil não há falta de água e o tratamento de esgoto deve chegar a 90% e 100% em três anos. O que é motivo de orgulho para cachoeirenses e rio-clarenses é também um alívio para os prefeitos desses municípios, unânimes em afirmar que, com a questão do saneamento encaminhada, eles podem investir em áreas como saúde e educação, também fundamentais para a qualidade de vida das pessoas. “Os percentuais de Cachoeiro em água e esgoto representam uma preocupação a menos para a admi- Prefeito Carlos Casteglione Prefeito Du Altimari nistração municipal e nos permitem investir em outras áreas fundamentais para o desenvolvimento da cidade. Isso também nos torna referência no estado”, comemora o Prefeito Carlos Casteglione, que faz questão de destacar a satisfação de ter uma empresa da Odebrecht no município pelo que ela representa no país e fora dele. O Prefeito de Rio Claro, Du Altimari, está de acordo com o colega capixaba. “Como brasileiro, gostaria de ver todo o país envolvido num esforço gigantesco para garantir a toda a população água e esgoto tratado. Isto é pré-requisito da saúde pública e não há desenvolvimento que se preze sem que essas questões sejam enfrentadas e solucionadas.” Ele acrescenta: “Quem comunga desses nossos princípios e compreende a magnitude dos desafios que ainda nos resta superar – ao município e ao país – certamente será sempre bem-vindo a Rio Claro”. odebrecht informa GENTE DE TALENTO FAZENDO HISTÓRIA Paula Violante A trajetória da engenheira Paula Violante, recém-promovida a Diretora de Contrato da Foz do Brasil em Cachoeiro de Itapemirim, é um espelho da história da Foz. Limeirense e ex-funcionária do SAAE (Serviço de Água e Esgoto do Município de Limeira), autarquia responsável pelos serviços de água e esgoto até 1994, Paula diz que aprendeu na prática que existe uma enorme diferença entre a execução e a priorização das necessidades quando se trabalha no setores público e privado. “Na autarquia, sabíamos o que deveria ser feito, mas não conseguíamos operacionalizar as ações necessárias.” Já atuando na iniciativa privada, Paula relembra que considerava crucial, desde o início da concessão, fazer dos serviços da Águas de Limeira uma referência nacional e satisfazer plenamente as necessidades dos clientes. “Os primeiros anos foram de muito trabalho, organização, planejamento e ação, sempre focados em buscar o que de melhor havia no mundo em tecnologia para aprimorarmos nossos odebrecht informa serviços”, relata Paula. “Nessa fase, tive a oportunidade de trabalhar com especialistas em outros países, como França e Argentina, onde ficávamos por um tempo e depois trazíamos e adaptávamos as experiências para nossos processos e equipes”, ela acrescenta. Em 2009, Paula foi trabalhar na equipe de Engenharia da Foz do Brasil em São Paulo, no apoio às demais operações e novos projetos. “A experiência foi muito rica e permitiu conhecer as demais empresas da Foz”, ela diz. Recentemente, Paula foi convidada a assumir uma concessão, o que a transforma na primeira mulher a ocupar uma Diretoria de Contrato na Foz do Brasil. “Retornar à linha para mim é motivo de grande satisfação pessoal. É um desafio novo, e, mais uma vez, tenho absoluta certeza de que será um grande aprendizado em minha vida. A equipe de Cachoeiro de Itapemirim é excelente e já realiza um grande trabalho. Com dedicação plena, esforço e determinação de todos conseguiremos permanecer em sintonia com as necessidades de nossos clientes locais.” Guilherme Pamplona Paschoal Aos 34 anos, Guilherme Pamplona Paschoal já pode ser considerado um veterano de Odebrecht. Começou em 1998 na CNO, onde participou de projetos de telecomunicação, hidrelétrica, metrô e estradas, entre outros. “Meus últimos três anos e meio passei fora do Brasil. Estive nos Emirados Árabes, nos Estados Unidos e, por último, na República Dominicana.” Convidado a atuar no Projeto Aquapolo, Guilherme diz que vários aspectos pesaram em sua decisão de se transferir para a Foz do Brasil. Segundo ele, o mercado em que a Foz atua está mundialmente aquecido e com perspectivas de grande crescimento. O engenheiro ressalta ainda que empresas em formação, como é o caso da Foz, representam mais oportunidades de crescimento e aprendizado. “Acredito que a diversificação de experiências traz novos conhecimentos que só vêm agregar à minha formação como empresário. Outro fator decisivo foi a oportunidade de poder trabalhar com Eduardo de Melo Pinto (veja entrevista nesta edição). Ele tem muita experiência dentro da Organização e pratica a TEO (Tecnologia Empresarial Odebrecht) no dia a dia, facilitando a relação líder-liderado com confiança e transparência”, afirma Guilherme. E enfatiza: “Antes de aceitar o convite, também busquei conhecer o Plano de Ação do Fernando SantosReis. Acreditei no negócio e na estratégia, e senti vontade de fazer parte deste momento”. Por meio do Projeto Águas Limpas, que beneficia 1,2 milhão de pessoas nas sete cidades da Região Metropolitana, Vitória caminha para ser a primeira capital do país a ter 100% do esgoto tratado. Segundo o Secretário de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento do Espírito Santo, Paulo Rui Carnelli, além da forte disposição do Governo Estadual de resolver a questão do saneamento, o fato de ter uma companhia superavitária foi fundamental para fazer os investimentos. “Estamos recuperando todo um ecossistema que abriga várias praias e manguezais, essenciais à qualidade de vida no estado”, informa. Paulo Rui reconhece a importância do apoio da Foz do Brasil e da Odebrecht, responsáveis pela Operação e Manutenção das redes e estações de tratamento de esgoto da Região Metropolitana. Ele acredita que o diferencial da parceria entre a Foz e a Cesan é a prestação de serviço com qualidade e não a terceirização de trabalhadores, como acontece normalmente em alguns lugares do Brasil. “Não há uma disputa entre o público e o privado, mas sim pessoas trabalhando com competência por um objetivo único. A parceria com a Foz do Brasil agregou agilidade ao nosso projeto”, reforça Paulo Rui. No segmento de saneamento, a estratégia da Foz do Brasil será sempre a de complementar as necessidades do serviço público, atuando com as empresas estaduais e/ou os serviços autônomos municipais, alavancando investimentos e trazendo para uma realidade mais próxima a universalização dos serviços de água, coleta e tratamento de esgotos. “Um dos objetivos da Foz do Brasil é ter papel relevante nas soluções da ‘crise da água’, atuando na conservação da água, na reconstrução e na recuperação de ecossistemas e de bacias hidrográficas degradadas", ressalta Fernando Santos-Reis. odebrecht informa 26 alagoas Cadeia produtiva do otimismo Esforço conjunto de organismos governamentais, entidades e empresas leva para Alagoas companhias transformadoras de plástico texto Rodrigo Vilar / fotos Márcio Lima Em 2 de outubro, no Polo de Marechal Deodoro, a 12 km de Maceió, uma planta de produção de tubos e conexões de PVC da empresa Corr Plastik foi inaugurada, resultado de um investimento de R$ 31 milhões, com geração direta de 150 postos de trabalho. Outros seis projetos em implantação e também inseridos na Cadeia Produtiva da Química e do Plástico de Alagoas resultarão em mais R$ 207 milhões em investimentos, somando quase 2 mil novas oportunidades de trabalho. Os números são da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Marechal Deodoro (Assedi/MD), integrante do Fórum da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico de Alagoas, o grande responsável pela atração dessas novas fábricas. A entidade, que tem a Braskem como âncora, é formada ainda pelo Governo do Estado de Alagoas, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio odebrecht informa às Micro e Pequenas Empresas), a Universidade Federal de Alagoas e associações dos distritos industriais e de trabalhadores. Segundo Luís Otávio Gomes, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística de Alagoas, os representantes do Fórum estão unidos com um único objetivo: “Fortalecer o segmento empresarial na área de química e plástico, gerando renda e trabalho”. Os esforços para a vinda de novas fábricas de transformação de terceira e quarta gerações começaram há menos de três anos, e o primeiro desafio foi garantir um pacote de leis de incentivos governamentais diferenciado. “Hoje contamos com o melhor ambiente no país para o desenvolvimento desse tipo de cadeia produtiva”, enfatiza Wander Lôbo Araujo Silva, Presidente do Sindicato das Indústrias Plásticas e de Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast). Jorge Bastos, assessor da Diretoria da Braskem em Alagoas, explica que a nova regulamentação garante "O trabalho que vem sendo feito é um grande passo para garantir a perpetuidade dessa cadeia produtiva" [ Marcelo Cerqueira ] incentivos de crédito, cessão de áreas industriais a preço subsidiado e atrativos fiscais. “Além de assegurar os mesmos tipos de incentivo usufruídos por empresas similares localizadas no Nordeste”, complementa. Dentro desse contexto favorável, os polos produtivos de Marechal Deodoro e Governador Luiz Cavalcante asseguram ainda grande oferta de matérias-primas e insumos; infraestrutura industrial e de serviço; localização estratégica, já que são eixos do mercado consumidor do Norte e Nordeste; facilidade de transportes e escoa- CERTIFICAÇÃO SPIE A planta de clorossoda da Braskem no Polo de Marechal Deodoro foi a primeira desse tipo no Brasil a receber o selo de Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos (SPIE), certificado pelo Inmetro. “A cultura voltada para Segurança de Processo Acima, Wander Araujo Silva: "O melhor ambiente no país". Ao lado, Luís Otávio Gomes: fortalecimento da área química foi ampliada e com isto aumentamos a confiabilidade das instalações e a prevenção de acidentes”, mento da produção, além da qualidade de vida proporcionada pela proximidade com Maceió. “Aqui temos um exemplo claro de que, quando as pessoas, a natureza e as circunstâncias convergem em torno de um único propósito, o sonho se torna realidade. O trabalho que vem sendo feito é um grande passo para garantir a perpetuidade dessa cadeia produtiva, assegurando riqueza, desenvolvimento e a diversificação da economia alagoana”, observa Marcelo Cerqueira, Diretor Industrial da Braskem. A chegada de empresas de transformação gerou a necessidade de mais trabalhadores qualificados no setor. Para atender a essa demanda, o Governo de Alagoas e a Fiea, com o apoio da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e do Sebrae, criaram o Núcleo de Tecnologia de Plástico (NTPLAST), um projeto de R$ 3,5 milhões. Apelidado carinhosamente de Escola do Plástico, o centro tem inauguração prevista para agosto de 2010 e visa garantir a formação de equipes locais. explica Milton Pradines, Responsável por Relações Institucionais na Braskem em Alagoas. Segundo ele, a conquista da certificação é resultado do trabalho liderado pela área de Engenharia de Confiabilidade, com participação das equipes de Operação, Processo, Engenharia, Manutenção, Investimentos e Saúde, Segurança e Meio Ambiente. odebrecht informa 28 petroquímica Equilíbrio vital Bioaditivo ETBE, que a Braskem começa a produzir em duas unidades, possibilita inovação tecnológica e ganhos ambientais texto Aline Garrido foto Eduardo Moody odebrecht informa Conjugar as necessidades do mercado com inovação e adaptação na produção industrial tem sido a estratégia da Braskem para consolidar o desenvolvimento sustentável na petroquímica. Depois do plástico verde, a novidade é a produção do ETBE, bioaditivo para gasolina que permite o sequestro de gases do efeito estufa. A inauguração das duas unidades produtivas de ETBE na Bahia, fruto de um investimento de R$ 100 milhões, mereceu uma celebração em 17 de agosto. O Líder Empresarial da Braskem, Bernardo Gradin, recebeu o Governador Jaques Wagner e o Prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano, além de clientes, inte- Menos emissões de CO2 O ETBE (do inglês ethyl tertiary-butil ether) é um bioaditivo obtido pela reação do etanol com o isobuteno. Como o etanol, matéria-prima renovável que vem da canade-açúcar, o ETBE substitui o aditivo MTBE (methyl tertiary-butyl ether), à base de metanol, com a vantagem de apresentar características ambientais mais favoráveis, pela redução da emissão de CO2 na atmosfera. Para cada tonelada de ETBE produzida, a emissão de monóxido de carbono na cadeia é reduzida em quase 1 t. Por ano, isso significa a redução das emissões de CO2 em 128 mil toneladas. grantes e empresários, entre eles o Vice-Presidente da Sojitz no Brasil, Seiichi Hishikawa. “Este momento simboliza a realização de um projeto muito importante, que beneficia a sociedade global e reitera o compromisso da Braskem com a Bahia, onde a empresa, desde 2002, já investiu mais de R$ 2 bilhões”, disse Gradin. No evento foram feitos anúncios relacionados ao Polo de Camaçari. Jaques Wagner se mostrou entusiasmado com o consórcio entre a Braskem e as empresas de logística Ultracargo e Log-In para o estudo de viabilidade técnica da modernização do Complexo Portuário de Aratu, com investimento estimado em R$ 400 milhões. “Estamos desenvolvendo o Polo de Camaçari através do uso de tecnologia moderna, limpa e sustentável”, enfatiza Celso Ferreira, Diretor Industrial das Unidades de ETBE. Para chegar ao momento atual, foram necessários três anos de trabalho. O desafio era encontrar uma alternativa para a produção de MTBE ante a queda da demanda desse produto no mercado internacional, por conta de restrições ambientais, com o mínimo impacto na cadeia produtiva de insumos básicos. “A produção de ETBE surgiu como a opção de maior valor agregado por ser ecologicamente correta”, explica Pitiguara Moreira, coordenador do processo de implantação, do qual participaram 300 pessoas. A capaci- dade total de produção de ETBE nas duas unidades é 212 mil t/ano. A parceria com a Sojitz foi uma oportunidade de servir ao cliente e investir na melhoria dos ecoindicadores. A Braskem assinou contrato de longo prazo com a empresa para o fornecimento de 120 mil t de ETBE em três anos. A Sojitz começará a vender o ETBE a partir de 2009 e sua meta é expandir esses volumes para atender os mercados japonês e europeu. Com a finalidade de consolidar o projeto ETBE, foi feito um amplo planejamento que incluiu uma parceria com a Construtora Norberto Odebrecht (CNO) na obra de adaptação da planta e construção civil. A logística desenvolvida permitiu que as duas antigas unidades de MTBE fossem retiradas de operação ao mesmo tempo, por apenas 26 dias, para que a conversão final fosse efetuada sem provocar impactos na cadeia de produção. “Montamos um plano de locação e instalação de pontos para interligação de equipamentos novos, executado em dois momentos de parada das unidades de MTBE para manutenção”, informa Alexandre Borba, engenheiro da CNO. Foram mais de 270 dias e 200 mil horas/homem trabalhadas sem acidentes. “Realizamos um trabalho pautado pelo compromisso com Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, o que possibilitou a condução de todas as atividades com a marca de zero acidente”, diz o operador Ney George Silva. “O alinhamento entre as equipes da Braskem e da CNO foi decisivo para esse resultado”, afirma o Gerente de Produção Murilo Amorim. odebrecht informa 30 sustentabilidade Suzuki: a persistência como valor maior no mundo empresarial Opção natural Jorge Suzuki foi um dos primeiros clientes da Braskem a comprar polietileno verde texto Luciana Moglia / foto Mathias Cramer A sustentabilidade e a inovação têm presença constante na trajetória do empresário Jorge Suzuki. Proprietário da Acinplas, líder nacional na transformação de embalagens plásticas para frutas e verduras utilizadas nas redes de varejo, ele foi um dos primeiros clientes da Braskem a fechar contrato de compra de polietileno verde, resina produzida com etanol de cana-deaçúcar, matéria-prima 100% renovável. A Acinplas administra a Suzuki, Koba, Voti, Plasa e Tashiro&Takata, locali- odebrecht informa zadas em Estância Velha, Ivoti, Dois Irmãos e Sapiranga (cidades do interior do Rio Grande do Sul) e no Uruguai, respectivamente. Suas unidades transformam 12 mil t/ano de polietileno, o que representa cerca de 50% do mercado desse produto no Brasil. O descarte de matéria-prima das unidades da Acinplas e de empresas vizinhas é transformado em madeira plástica. A empresa desenvolveu uma extrusora capaz de reciclar plástico sujo e úmido a um custo relativamente baixo. A atividade não tem fim comercial. O produto é doado para a produção de itens como lixeiras, floreiras e bancos de praça. “Queremos tornar nosso processo ainda mais barato de modo a contribuir para o encontro de soluções no que se refere ao descarte correto do plástico e para a geração de renda para classes mais baixas, que podem ter nessa transformação uma atividade profissional”, afirma Jorge Suzuki. Casado e pai de duas filhas, Suzuki é filho de japoneses. Nasceu em 1949, no Uruguai, país escolhido por seus avós, oriundos do Japão há cerca de 100 anos, e que se dedicaram a produzir e comercializar flores. Aos 19 anos, ele e um primo decidiram cultivar cravos no Rio Grande do Sul, onde ainda não havia produção dessa flor. Juntos, compraram um pedaço de terra em Estância Velha, onde hoje está a primeira fábrica da empresa. Um amigo de infância influenciou Suzuki a entrar no negócio do plástico. “Era uma atividade nova. A venda das flores financiou a compra inicial de matéria-prima para transformação de embalagens para frutas e verduras. A tecnologia de produção era manual.” Aos 60 anos de idade e há 35 anos ligado à indústria de transformação plástica, Suzuki resume em uma palavra seu maior valor no mundo empresarial: persistência. Esse é seu principal trunfo para levar adiante o projeto que pode solucionar pelo menos parte do problema do descarte plástico. O empresário está convicto de que as ações mundiais voltadas à preservação do meio ambiente garantirão um futuro de qualidade às próximas gerações. “A sociedade está preocupada com a questão. Vamos atingir a sustentabilidade.” marca 31 Ampliando o diálogo Braskem reposiciona marca para mostrar de que forma está presente no dia a dia das pessoas texto Danielle Espósito “Estamos dando um passo importante para mostrar como a Braskem está presente no dia a dia de milhares de pessoas”, afirma Claudia Bocciardi, Gerente de Marketing Institucional da Braskem. Ela se refere ao novo posicionamento de marca, que reflete o momento da empresa e o objetivo de ampliar seu diálogo com a sociedade. O novo posicionamento de marca se baseia no fato de que a Braskem não produz apenas matéria-prima, mas atua de forma proativa para satisfazer seus clientes e está em constante busca de soluções que se transformam em facilidades do mundo moderno. Esse novo posicionamento foi traduzido pela assinatura “O mundo, as pessoas e a Braskem”, que acompanha o logotipo da empresa em peças publicitárias, patrocínios e eventos. Ele traz ainda duas variações: “O Cliente, os sonhos e a Braskem”, utilizada prioritariamente na comunicação com clientes e mercado, e “Você, as conquistas e a Braskem”, usada exclusivamente para integrantes da empresa. “Essa forma de representação, com diferentes assinaturas, permite que sejamos mais efetivos na comunicação, ressaltando características da empresa que são importantes para cada público”, esclarece Claudia. Em setembro, mês em que completou sete anos, a Braskem pôs no ar a campanha publicitária, criada pela agência de publicidade W/Brasil. Pela primeira vez, a Braskem veiculou um comercial de TV. Ele continuará a ser exibido, em rede nacional, até dezembro, em TVs por assinatura como GloboNews, BandNews, Record News, GNT, Sportv, Fox, National Geographic, CNN e Bloomberg. Jornais, revistas e websites do país também estão veiculando os anúncios. O novo posicionamento de marca da Braskem foi apresentado em primeira mão aos integrantes da empresa. As unidades da Braskem amanheceram, na véspera do lançamento oficial da campanha, com TVs distribuídas em pontos de passagem, que exibiam continuamente o primeiro comercial de TV da Braskem. “Essa forma de representação, com diferentes assinaturas, permite que sejamos mais efetivos na comunicação, ressaltando características da empresa que são importantes para cada público" [ Claudia Bocciardi ] odebrecht informa 32 com Eduardo De Melo Pinto Tudo novo de novo Completando 40 anos de trabalho na Odebrecht, Eduardo de Melo Pinto vive mais um desafio na carreira, como responsável por programas na Foz do Brasil texto Karolina Gutiez / foto Holanda Cavalcanti odebrecht informa Prestes a completar 40 anos de trabalho na Odebrecht, o engenheiro civil Eduardo de Melo Pinto, 61 anos, vivenciou todos os grandes movimentos da Organização: a realização de obras no Nordeste brasileiro, a conquista de contratos de grande porte no Sudeste do país, o início da atuação internacional e a consolidação da presença em alguns países, além da diversificação dos negócios dentro da área de Engenharia. O pernambucano Eduardo tem no currículo projetos que, a exemplo das obras de expansão da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda (RJ), da execução da Estrada de Ferro Carajás, no Maranhão, e dos projetos de mineração em Angola, durante a guerra civil, espelham os desafios que a Odebrecht enfrentou, em diferentes períodos, para continuar no rumo do crescimento. De volta ao Brasil há pouco mais de um ano, depois de quase uma década em Angola e quatro anos na Venezuela, ele está à frente de um novo desafio, na recém-criada Foz do Brasil. Odebrecht Informa – O que o trouxe de volta ao país? No que está concentrado atualmente? Eduardo de Melo – A perspectiva de desenvolver algo numa área de negócio nova me motivou a voltar. Como encarregado das operações no ABC paulista e região metropolitana de São Paulo, sou responsável pela concessão de tratamento de esgoto de Mauá (SP) e também pelo projeto de produção e fornecimento de água de reúso para o Polo Petroquímico do ABC, recentemente contratado, em parceria com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). OI – Em que consiste esse projeto? Eduardo – O Aquapolo, como foi batizado, prevê o tratamento do efluente secundário da Estação de Tratamento de Esgotos do ABC e a construção de elevatória e adutora, nos quais serão investidos mais de R$ 120 milhões. Nesse caso, o efluente será tratado um nível acima do exigido para lançamento nos rios. Será o maior projeto de água de reúso do hemisfério sul e um dos seis maiores do mundo. OI – Qual o impacto do Aquapolo no meio ambiente? Eduardo – Não dá para compreender a utilização de água potável pelas indústrias enquanto este recurso natural não estiver disponível para toda a população. Mais do que iniciando um contrato, estamos abrindo um mercado, que deve se expandir muito rapidamente, e há a perspectiva de abastecermos outros clientes além do polo. Nosso objetivo é contribuir para acabar com o desperdício e, um dia, vir a tratar o efluente a fim de torná-lo potável. É uma questão de tempo, e não muito tempo. OI – Mais de 60% dos integrantes da Organização chegaram há menos de cinco anos e têm menos de 35 anos de idade. Depois de quatro décadas de trabalho, que mensagem você procura transmitir aos que estão iniciando a carreira na Odebrecht? Eduardo – Quando fui contratado, ainda como estagiário, a Construtora era uma empresa pequena e de atuação apenas regional (Norte e Nordeste do Estrada de Ferro Carajás, uma das várias obras das quais Eduardo participou Brasil). Os princípios, conceitos e critérios da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) já eram praticados, embora nem tivessem sido compilados em um livro. Recebíamos esses ensinamentos de Dr. Norberto na forma de CIs (comunicações internas). Mas a delegação planejada já era uma prática desde aquela época. Eu, ainda estudante, fui responsável por preparar propostas, o que me deixava aterrorizado pelas responsabilidades que me eram confiadas. Mais tarde, compreendi que esse conceito é essencial, pois faz com que a contrapartida da responsabilidade assumida seja a dedicação plena ao seu negócio, agindo como se a empresa fosse sua. O exercício da TEO enriquece e deve ser uma opção de todos. Os jovens devem aproveitar ao máximo as oportunidades de aprendizado, sem perder de vista um valor muito importante: a humildade. odebrecht informa 34 desenvolvimento social União que faz a diferença Instituto Direito e Cidadania (IDC) completa cinco anos de atuação no Baixo Sul da Bahia texto Vivian Barbosa / foto Eduardo Moody Entre os muitos parceiros do IDC estão: Controladoria-Geral da União, Governo da Bahia, Ministério Público da Bahia, Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Prefeituras Municipais do Baixo Sul e Fundação Odebrecht. Desde sua criação, o IDC registrou mais de 270 mil atendimentos. Em 2009, 11 mil pessoas já foram beneficiadas. Até setembro, o IDC realizou Dona Joana Bispo buscou o apoio do IDC para a mediação de um conflito familiar. A divisão dos bens deixados por seu companheiro foi acordada sem que o caso fosse levado à Justiça. “Hoje, vivo na minha casinha”, diz com orgulho a aposentada de 74 anos O município de Presidente Tancredo Neves é jovem. Com apenas 20 anos de emancipação, o antigo distrito de Itabaína cresceu às margens da BR-101 e segue entre os de desenvolvimento mais acelerado no Baixo Sul da Bahia. Um importante agente do desenvolvimento local é o Instituto Direito e Cidadania (IDC), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que está comemorando cinco anos de serviços prestados à comu- odebrecht informa nidade tancredense e de mais 15 municípios do Baixo e Extremo Sul da Bahia. “Buscamos fortalecer o capital social e disseminar a democracia participativa, educando para a cidadania e formando lideranças conscientes do seu papel na construção e deliberação de políticas públicas”, afirma a Diretora-Executiva Maria Celeste Pereira. Capacitar Conselhos Tutelares e Conselhos da Criança e do Adolescente, mediar conflitos, prestar 171 mediações de conflitos, resolvendo 81% dos casos, sem encaminhamento judicial. orientação jurídica, facilitar a emissão de documentação civil básica e titulação de terras são algumas das ações fomentadas pelo Instituto. Para o pedagogo José Alves, Presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente de Presidente Tancredo Neves, a parceria com o IDC vai além. “Não recebemos apenas apoio no planejamento e execução de projetos sociais. Aprendemos que é possível fazer acontecer se formos perseverantes e nos unirmos.” argumento por Margarida M. Krohling Kunsch 35 Memória empresarial o Projetos de resgate de sua história fazem parte do compromisso público e cultural das organizações O que motiva uma organização empresarial a investir em projetos de resgate de sua história e na criação de centros de memória? São muitas as respostas que se poderiam registrar aqui. Fixemonos, no entanto, em alguns princípios que devem nortear iniciativas dessa natureza. As organizações, mais que unidades econômicas, são unidades sociais. Preservar sua memória é contribuir para a preservação da cultura de um país. Uma organização integra a sociedade, fazendo parte de um sistema que importa energias de diversas naturezas, as transforma em bens, produtos ou serviços e as exporta de novo para a sociedade. Possui, portanto, um vínculo socioeconômico que vai além dos limites funcionais do negócio. Nesse sentido, quando uma empresa decide abrir sua trajetó- ria documental em espaço público, por meio do resgate de sua memória, está dando visibilidade a seu compromisso sociocultural. A sistematização de sua história é uma fonte viva de conhecimento. É uma saga com narrativas permeadas por subjetividade, emoções, crises, tensões, conflitos, superações e conquistas vivenciados pelos fundadores e por gerações inteiras de trabalhadores. O conjunto desses elementos ajuda a manter uma cultura singular e uma identidade institucional forte, construindo bases sólidas para a perenidade do empreendimento. Multiplicam-se hoje os centros de memória em organizações brasileiras. A Comunicação Organizacional e as Relações Públicas têm encontrado um campo fértil de atuação nessa frente que veio para ficar e prosperar. O tema mereceu uma tese de doutorado, defendida pelo professor Paulo Nassar na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e publicada em 2007, a qual tive o privilégio de orientar. Na pesquisa de campo feita pelo autor, percebia-se a riqueza e a abrangência do trabalho das empresas quanto à preservação de sua memória. O Núcleo da Cultura Odebrecht foi assinalado como modelar nesse estudo. Margarida M. Krohling Kunsch é Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas e professora titular e pesquisadora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. odebrecht informa 36 Emílio Odebrecht no Ciee Construção de terminal multiuso é retomada em Santos Um encontro em outubro de representantes dos quatro grupos que exercem o controle acionário da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), responsável pela construção de um novo terminal marítimo multiuso no Porto de Santos, marcou o reinício da construção do terminal. Em sua primeira fase, em 2012, terá capacidade para operar 1 milhão de TEUs (unidades equivalentes a um contêiner de 20 pés) por ano e 2 milhões de m3/ano de etanol. O projeto é resultado de uma parceria entre a operadora global de terminais marítimos Dubai Ports World (DP World), dos Emirados Árabes Unidos, a Odebrecht Investimentos em Infraestrutura (OII) – que juntas detêm 5l,4% do controle da Embraport –, o Fundo de Investimento FI-FGTS da Caixa Econômica Federal (com 33,33%) e o Grupo Coimex (15,27%). Durante a cerimônia que marcou a retomada das obras, em Santos, odebrecht informa os sócios brasileiros homenagearam a delegação dos Emirados Árabes presente ao encontro, liderada pelo Xeique Abdullah bin Zayed Al Nahyan, Ministro das Relações Exteriores daquele país. Também estiveram presentes Pedro Brito do Nascimento, Ministro-Chefe da Secretaria Especial de Portos, João Paulo Tavares Papa, Prefeito de Santos, Sultan Ahmed bin Sulayem, CEO da DP World, Marcelo Odebrecht, Diretor-Presidente da Odebrecht S.A., José Roberto Serra, Presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Vice-Presidente de Infraestrutura Brasil da Construtora Norberto Odebrecht (CNO), Felipe Jens, Líder dos Investimentos em Infraestrutura (OII), Valter Lana, Diretor-Superintendente Sul da CNO, e Marcelo Jardim, representante da Odebrecht no Conselho de Administração da Embraport. foto: Acervo Ciee O Espaço Sociocultural do Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola), em São Paulo, recebeu mais de 450 pessoas no dia 23 de setembro para a palestra-debate Olhando para o Brasil do Futuro: Perspectivas e Desafios, conduzida por Emílio Odebrecht, Presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S.A. Emílio Odebrecht abordou temas tratados em alguns de seus artigos publicados aos domingos no jornal Folha de S. Paulo: falou sobre educação, reforma política, emprego, sustentabilidade e as oportunidades atuais para os jovens no mercado de trabalho. “A educação é um elemento competitivo que faz a diferença nos países e em suas empresas. Tenho muito orgulho e satisfação ao ver os jovens com alto nível de preparo e competência, usando novos instrumentos de trabalho que aumentam seu potencial de contribuição e de produtividade”, afirmou. Pelo Ciee, participaram da mesa diretora Luiz Gonzaga Bertelli, Presidente Executivo; Rui Martins Altenfelder Silva, Presidente do Conselho de Administração; Hermann Heinemann Wever, Conselheiro; e Ney Edson Prado, Conselheiro Consultivo. Luiz Roberto Chagas faz palestra O engenheiro Luiz Roberto Batista Chagas fez palestra no seminário Desafios e Oportunidades no Mercado de Obras Públicas, evento realizado pela Editora Pini em São Paulo, no dia 22 de outubro. Luiz Roberto, que trabalha há 40 anos na Odebrecht e dá apoio de engenharia às obras da Organização no Brasil e no exterior, foi um dos convidados do encontro, que reuniu profissionais da área de construção e arquitetura. Em sua apresentação, ele abordou os principais conceitos aplicáveis à execução de grandes obras, detalhados em seu livro Engenharia da Construção – Obras de Grande Porte, lançado pela Editora Pini e a Construtora Norberto Odebrecht, em 2009, que ficou entre os 10 finalistas na categoria Ciências Exatas, Tecnologia e Informática do Prêmio Jabuti. Holanda Cavalcanti Combate à hepatite C Projeto gráfico é premiado O livro A Historia do Brazil de Frei Vicente do Salvador é um dos ganhadores do Prêmio Jabuti 2009 na categoria Projeto Gráfico. A entrega do troféu ocorreu em 4 de novembro. Publicado em 2008, o livro é resultado do projeto de pesquisa de Maria Lêda Oliveira, vencedora da edição 2007 do Prêmio Clarival do Prado Valladares, patrocinado pela Organização Odebrecht. O projeto gráfico é de autoria de Karyn Mathuiy. O Jabuti é o mais tradicional e importante prêmio literário do Brasil. Dividido em dois volumes, o livro de Maria Lêda reedita a História do Brazil, obra escrita por Frei Vicente entre os anos 1626 e 1630 e que se tornou um marco da cultura política do Império Português no século XVII. Membro Honorário da Força Aérea José Raimundo Lima, Responsável pelo Programa de Visitantes e pelo Núcleo da Cultura Odebrecht na Construtora Norberto Odebrecht (CNO), recebeu, em 23 de novembro, o título de Membro Honorário da Força Aérea Brasileira. A comenda foi entregue pelo Major Brigadeiro do Ar Louis Jackson Josuá Costa durante cerimônia comemorativa na Base Aérea de Salvador. A Concessionária Rota das Bandeiras, que administra o Corredor D. Pedro I (malha viária de 297 km, em São Paulo, que inclui a Rodovia SP-065), lançou em 17 de setembro o programa de responsabilidade social voltado ao combate da hepatite C. Inicialmente, 99 mil habitantes do município de Itatiba terão acesso ao programa, que mapeará a doença – transmitida através de sangue contaminado –, promoverá palestras de conscientização e realizará exames diagnósticos. Além da população em geral, os motoristas que utilizam o corredor também serão beneficiados. Os integrantes da Rota das Bandeiras, capacitados com palestras e treinamento para realizar exames, participam das ações. Até 2010, a campanha, fruto de parceria com a ONG C Tem Que Saber C Tem Que Curar e com a Prefeitura de Itatiba, será estendida a outros 16 municípios localizados na área da concessão, com o objetivo de atingir seus 2,5 milhões de habitantes. OCS: dois seminários em São Paulo A Odebrecht Administradora e Corretora de Seguros (OCS) realizou, em setembro, dois seminários para discutir política de seguros, política financeira e riscos políticos. Os dois eventos ocorreram em São Paulo. Intitulado II Seminário de Riscos Políticos (PRI), o primeiro evento, nos dias 8 e 9, tratou do cálculo de perdas e mercados de seguros. O segundo, com o nome de Política de Seguros e Financeira, foi realizado nos dias 11 e 12, e discutiu as políticas de seguros e assuntos financeiros das empresas da Organização Odebrecht. A coordenação dos eventos foi de Marcos Lima, Diretor Responsável pela OCS. No primeiro, as palestras ficaram por conta de Nigel Alington, Consultor da OCS para assuntos de PRI, e Matthew Shires, Diretor-Executivo de Riscos políticos da AON, empresa parceira da Odebrecht na área de seguros. No segundo, os temas foram apresentados por Marcos Lima e por Mário Augusto Silva, Responsável por Finanças na Construtora Norberto Odebrecht (CNO). Marcos Lima sintetizou: “Foi uma grande oportunidade para os participantes compreenderem como o seguro de riscos políticos pode apoiar a exportação de serviços de engenharia e construção. E as discussões sobre a revisão das políticas de seguros e de assuntos financeiros foram bastante produtivas”. Participaram dos eventos integrantes das áreas Financeira e Jurídica das empresas da Odebrecht. Estudantes de Jornalismo na CNO Alunos de Jornalismo e de Produção Cultural da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBA) participaram, em 30 de outubro e 6 de novembro, da primeira edição do Seminário Técnico de Comunicação Empresarial da CNO. A iniciativa permitiu aos estudantes conhecerem o Programa de Comunicação Empresarial da Construtora. No primeiro semestre de 2010 o projeto será expandido para outras faculdades de Salvador. “Apesar de não ser sua atividade fim, a Odebrecht é reconhecida como uma das pioneiras na área de Comunicação Corporativa no Brasil. Essa foi uma ótima oportunidade para os alunos conhecerem o trabalho feito no dia a dia de uma Organização inovadora e comprometida com a educação”, diz Claudio Cardoso, Professor e Vice-Diretor da Facom. odebrecht informa 38 organização Patrimônio de todos Odebrecht celebra seus 30 anos de atuação internacional com exposição e ciclo de palestras texto Rodrigo Vilar / fotos Beg Figueiredo Mais de 1.200 pessoas, entre universitários, professores, parceiros e outros convidados, participaram do ciclo de palestras Odebrecht, 30 anos de Internacionalização, realizado de setembro a novembro no Edifício-sede, em Salvador. A iniciativa fez parte da programação do Núcleo da Cultura Odebrecht (NCO) e teve como objetivo dividir com a comunidade o conhecimento adqui- odebrecht informa rido na jornada da Organização mundo afora. “Todos os anos realizamos no NCO exposições temporárias, que apresentam aspectos da nossa história. Em 2009, decidimos celebrar, de portas abertas, as três décadas de internacionalização com uma exposição e com o ciclo de palestras”, explica José Raimundo Lima, Responsável pelo NCO. Fizeram palestras alguns integrantes com participação marcante na história da atuação internacional da Odebrecht: Renato Baiardi, integrante do Conselho de Administração da Odebrecht S.A; Genésio Couto, Responsável por Pessoas e Organização da Vice-Presidência Executiva da Construtora Norberto Odebrecht (CNO) para América Latina e Angola; Roberto Ramos, VicePresidente da Unidade de Negócios Internacionais da Braskem; Márcio Polidoro, Responsável por Comunicação Empresarial na CNO; Felipe Cruz, Responsável por Sustentabilidade na CNO; e Renato Martins, Responsável por Desenvolvimento de Oportunidades e Representação na Odebrecht S.A. “Na Braskem, consolidar uma presença robusta no mercado interno era essencial para que a empresa se lançasse no mercado externo. Fizemos nosso dever de casa no Brasil e agora partimos para outros países”, sintetizou Roberto Ramos. Em sua apresentação, realizada em parceria com a psicóloga Andréa Fuks, Genésio Couto elencou situações curiosas vividas por expatriados e destacou as oportunidades de desenvolvimento geradas pela experiência internacional. Ele enfatizou as palavras de Emílio Odebrecht: “O movimento em direção a outros países nos ofereceu uma extraordinária condição para a qualificação das pessoas e, consequentemente, da Organização”. Uma mensagem foi comum a todos os palestrantes: o fato de a Organização sempre buscar ser uma empresa local, onde quer que atue. “Estar aberto ao novo e se deixar influenciar pela cultura”, resumiu Renato Baiardi. "É preciso estar aberto ao novo e se deixar influenciar pela cultura" [ Renato Baiardi ] Acima, a psicóloga Andréa Fuks e, na foto abaixo, Genésio Couto, durante suas apresentações: desafios e oportunidades da experiência internacional Conheça a exposição 30 anos de Internacionalização em www.culturaodebrecht.com.br clicando em Áreas de Exposições odebrecht informa 9 8 14 1 2 3 5 4 6 7 11 10 17 15 12 13 16 18 19 20 21 1.Roberto Campos, 2.Benedito Luz, 3.Nilo Pedreira, 4.Gilberto Silva, 5.Ezequiel Bittencourt, 6.Piero Marianetti, 7.Emilton Rosa, 8.Walter Caymmi, 9.Herbert Stelter, 10.Norberto Odebrecht, 11.Manoel Rodrigues, 12.Renato Visco, 13.Antonio Osório, 14.José Bonifácio, 15.Nelson Peixoto, 16.Fernando Balallai Alves, 17.Angelo Calmon de Sá, 18.Otto Schaeppi, 19.Alfredo Nascimento, 20.Hélio Fontes, 21.Francisco Valadares. Integrantes da Odebrecht em foto de 1960: confiança nas pessoas está na base e na origem de cada ação ao longo dos 65 anos de história da Organização Odebrecht, 65 anos Em 2009, quando completa 30 anos de atuação internacional, a Odebrecht chega aos 65 anos de existência. Em 1944, Norberto Odebrecht criou sua firma individual. No ano seguinte, fundou a Norberto Odebrecht Construtora, que, em 1954, passou a chamarse Construtora Norberto Odebrecht. Hoje a Organização Odebrecht integra mais de 100 mil profissionais em 18 países de quatro continentes, atuando nos setores de engenharia e construção, química e petroquímica, etanol e açúcar, óleo e gás, engenharia ambiental, realizações imobiliárias e investimentos em infraestrutura. Suas equipes, cujo trabalho tem como alicerce, referência e inspiração a Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), contribuem para o desenvolvimento social, econômico, ambiental e cultural dos diversos países onde atuam. odebrecht informa Estádio da Florida International University, em Miami: atuação consolidada nos Estados Unidos Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro: obra emblemática da fase de expansão nacional Ponte rodoferroviária Propriá-Colégio, em Sergipe: projeto desafiador na década de 1960 Iniciada há 30 anos, a história da acervo odebrecht Odebrecht no setor químico e petroquímico teve como primeiro marco a aquisição de um terço do capital votante da Companhia Petroquímica Camaçari (CPC). Nessas três décadas, com a participação decisiva da Odebrecht, o Brasil passou a ter polos petroquímicos detentores das mais avançadas tecnologias e excelência em pesquisa e desenvolvimento de produtos, além da maior empresa petroquímica da América do Sul. foto: luciano andrade O PROGRAMA DE COMBATE A AIDS Criado pela Odebrecht em Angola levou às ruas de Luanda e de cidades do interior do país voluntários com a missão de distribuir cartazes, preservativos e esperança. Com o tempo, outras iniciativas surgiram no contexto da ação pioneira. Uma delas é o Programa Parto Seguro, para treinamento das parteiras e dos parteiros tradicionais angolanos. Esther Arlindo (foto) fez o primeiro parto quando tinha 16 anos, em 1973, ajudando a avó. Sete anos depois, passou a trabalhar sozinha. Agora, além do conhecimento tradicional , ela usa informação científica. E se sente mais segura.