JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Nº 143/144 - JAN-FEV-MAR-ABR - 2011 NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959 VI CONGRESSO NACIONAL SBO mantém valores de 2010 para inscrições Mais de 50 cursos e simpósios de subespecialidades estão incluídos na taxa de inscrição C om os mesmos valores de 2010, as inscrições para o VI Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia podem ser feitas on-line no site www.congressosbo2011.com.br até 5 de julho. Depois só no próprio local do evento, no Hotel InterContinental Rio. Para residentes sócios da SBO as inscrições são gratuitas. Não deixe sua inscrição para a última hora, as vagas são limitadas. Na taxa de inscrição estão incluídos todos os cursos, mais de 50, inclusive os Simpósios Dia a Dia no Consultório e no Centro Cirúrgico, além de Diabetes, tema oficial do VI Congresso Nacional. Até 5 de julho sócios da SBO em dia com a anuidade de 2011 pagam R$ 420,00; não sócios ou sócios em débito, R$ 850,00. Para estudantes de Ascensão das mulheres já indica “feminilização” na medicina Presidido pela primeira vez por uma mulher, com oito ministras de estado, o Brasil está deixando de ser o clube do Bolinha. Na medicina, apesar do ainda predomínio masculino, o avanço feminino é incontestável, a ponto do Conselho Federal de Medicina apontar para uma “feminilização” da profissão. Aproveitando o Dia Nacional da Mulher (30/4), o JBO inicia nesta ediçao a publicação de uma série de depoimentos de médicas oftalmologistas. Na Seção Brasil e no International Corner as entrevistadas também são duas mulheres desbravadoras. Nesta edição publicamos os depoimentos de Dorothy Dantes dos Reis (MG), Juliana Bohn Alves (RJ) e Liana Ventura (PE). PÁGINA 13 “Filha de peixe, peixinho é” A brasileira, que veio, viu e venceu no EUA Primeira oftalmologista a criar uma clínica no centro-oeste brasileiro (Mato Grosso do Sul), Lizabel Gemperli é a entrevistada do Seção Brasil. Com uma filha já seguindo seus passos, Lizabel fala de suas dificuldades iniciais, primeira médica da família. PÁGINA 14 Nascida em Minas, mas radicada nos Estados Unidos (acaba de receber a cidadania norte-americana), Liliana Werner, dispensa apresentações. No International Corner, além de abordar as lentes intraoculares, ela conta como o acaso definiu sua carreira. PÁGINA 15 Arquivo pessoal Arquivo pessoal Lizabel com sua filha Daniela, também oftalmologista, que já não enfrenta as dificuldades da mãe, mas sofre as inevitáveis cobranças Liliana Werner ao lado de seus pais, Heron Werner e Nilma Pacini Werner, no festival de vídeos da ASCRS 2005 (Washington), de cujo júri fez parte graduação a taxa é de R$ 200,00; residentes não sócios, R$ 250,00. Estudantes de graduação e residentes devem obrigatoriamente enviar documento comprobatório da categoria em que se enquadram. Mais VI Congresso no Editorial, página 5 e site [email protected] Oftalmologistas vão atender jovens diabéticos com até 30 anos Renan Lopes Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes, uma parceria da União das Associações de Diabéticos do Estado do Rio de Janeiro (Uaderj) com a SBO, foi lançado dia 26 de abril passado, na Livraria da Travessa do BarraShopping (RJ), quando também começou a distribuição dos folhetos explicativos. Com um número expressivo de adesões já nesta fase inicial, o Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes prevê o atendimento gratuito de dois pacientes diabéticos com até 30 anos de idade por mês por parte de cada oftalmologista associado em seu próprio consultório. O lançamento contou com a presença de Aderbal Alves Jr., presidente da SBO, Juliana Bohn Alves, coordenadora da comissão de projetos sociais, Mário Motta, Juliana Bohn Alves, deputado Nilton Salomão, Aderbal Alves Jr., Solange Travassos, Mário Motta e Flávia Domingues com o círculo azul da OMS, simbolizando a luta mundial contra o crescimento do diabetes ex-presidente, e diversos oftalmologistas, entre os quais Flávia Domingues, que já aderiram à iniciativa. PÁGINA 4 Leia nova coluna: 39º Prêmio Varilux é Fique por Dentro da SBO do Rio e São Carlos (SP) Por sugestão do presidente Aderbal Alves Jr., o JBO inicia nesta edição a publicação da coluna Fique por Dentro da SBO com notícias sobre as atividades da Sociedade. A 1ª Sessão Extraordinária, com a inauguração do retrato de Mário Motta na galeria de ex-presidentes; as reuniões com membros da comissão de internet; reestruturação do Curso de Pós-graduação Lato-Sensu; e o link no site da SBO para acessar publicações internacionais, sugestão do tesoureiro Ricardo Japiassú, são notícias de interesse de todos os associados. PÁGINA 3 Será no dia 14/7, a entrega do 39º Prêmio Varilux que teve dois ganhadores: Renato Ambrósio Jr.(Prêmio Incentivo à Pesquisa: Refração, e Prêmio Master) e Simone Milani Brandão, de São Carlos (SP) (Categoria Sênior). Informações sobre as inscrições para o 40º Prêmio Varilux, que se estendem até 31 de dezembro de 2011, estão disponíveis no site da Essilor. PÁGINA 5 JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia 2 Hoya se direciona para os países emergentes Brasil é prioridade Em entrevista ao JBO Pergunta, Lanes Hatum, diretor de operações da Hoya Brasil, fala da recente visita do ceo global da Hoya Corporation, Hiroshi Suzuki, ao Brasil, quando visitou as obras de expansão da Hoya Lab e afirmou que o crescimento da empresa está direcionado para os países emergentes e o mercado brasileiro é “prioridade número um”. Lanes Hatum, que começou na Hoya como divulgador técnico e recentemente foi promovido a diretor de operações, é um entusiasta por corridas de rua e conseguiu fazer a meia maratona da ponte (NiteróiRio- percurso de 21,5 km) em 2 horas, sete minutos e 30 segundos, sendo o 150º na sua categoria. Em julho participará da meia maratona do Rio. PÁGINA 9 Diretor de operações da Hoya Brasil, Lanes Hatum é um apaixonado por corrida de rua e em julho vai participar da meia maratona do Rio V Congresso da Soblec reúne congressistas do Brasil e do exterior Durante o V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (Soblec), realizado em Curitiba (PR), de 15 a 17 de abril último, a SBO participou com a presença de diversos sócios, inclusive o vice-presidente RJ, Marcus Safady, o 2º secretário, Marco Antônio Alves, e o ex-presidente Luiz Carlos Portes, entre outros. O evento contou com a presença de congressistas brasileiros e representantes das sociedades médicas da Alemanha, Argentina, Canadá, Estados Unidos, França e Suiça Suiça, segundo a presidente Tania Shaefer, que participaram de um global meeting internacional. Na ocasião também foram comemorados os 40 anos de fundação da Soblec. Marcelo Diniz, secretário executivo da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Marcus Safady, vice-presidente RJ da SBO, com o secretário executivo Marcelo Diniz, no estande da Sociedade, no V Congresso da Soblec foi o responsável pelo estande da SBO. Na próxima edição do JBO, na seção Conta-Gotas, publicaremos fotos do evento. Já em 1922, a primeira diretoria da SBO se preocupava com as sessões científicas A contribuição das sessões científicas para o fortalecimento da SBO é o tema abordado por João Diniz na sua coluna Tempo e Memória, iniciada por ocasião dos 85 anos de fundação da entidade, que completa 90 anos em 6 de setembro de 2012. A ideia de promover sessões científicas, segundo João Diniz, data de 1922. João Diniz mostra fotografias preciosas do acervo iconográfico da Sociedade e aproveita para relatar acontecimentos dos primórdios da oftalmologia no Brasil. Todo esse material, juntamente com outros documentos e fotografias farão parte do livro comemorativo dos 90 anos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. PÁGINA 23 Confira as seções que voltaram e Conta-Gotas, que nunca pode faltar Como anunciado na edição 142 do JBO, voltamos a publicar as seções Oft@lmonline, Opinião ( com o último artigo de Celso Marra sobre administração de consultórios, no qual ele mostra que nenhum marketing substitui a propaganda boa a boca de um paciente satisfeito com o atendimento recebido). Também estão de volta Filiadas à SBO ( com o relato do sucesso da SBCII e SBCR no congresso da ASCRS, em San Diego), A Visão da Justiça e Na Estante (com livros científicos e de literatura, dentro da linha editorial do JBO, um jornal de notícias de interesse específico e geral dos oftalmologistas). No Conta-Gotas, coluna que nunca pode faltar, notícias de eventos e de conquistas pessoais dos oftalmologistas. Você tem alguma? Mande para o JBO. (mí[email protected]) . PÁGINAS 6, 10, 12, 14 , 18, CONTA-GOTAS (17 E 21) Balanço dos primeiros quatro meses de gestão O primeiro JBO do biênio *Aderbal Alves Jr. 2011-2012 na verdade são dois: as edições 143 e 144, relativas aos meses de janeiro-fevereiro e março-abril de 2011. De certa forma o atraso é proposital, embora um de nossos objetivos seja regularizar a periodicidade do Jornal Brasileiro de Oftalmologia, o que nos comprometemos a fazer daqui para frente. O adiamento nos permitiu, entretanto, anunciar o encaminhamento de algumas das metas que alinhavamos quando a nova diretoria tomou posse, no dia 6 de janeiro passado. A primeira delas, referente ao item Ensino e Pesquisa, é a reestruturação do Curso de Pós-graduação Lato Sensu em convênio com a Universidade Estácio de Sá. Vimos com satisfação, o aumento do número de alunos no 1º ano, com matrículas de 14 diferentes serviços de oftalmologia do Rio de Janeiro. A propaganda boca a boca do nível docente de excelência já está surtindo efeito! À reboque desse aumento, constatamos o interesse crescente dos jovens oftalmologistas em se associarem à SBO. Nos dois primeiros meses de 2011 tivemos um número recorde de adesões. O facebook da SBO, implantado em março, ainda em desenvolvimento, revelou-se, como esperávamos, uma eficiente ferramenta social, reunindo não apenas os novos oftalmologistas, mas também colegas da velha guarda, confirmando o papel agregador e democrático de nossa entidade desde sua fundação em 1922. A propósito dos 90 anos da SBO, para os quais prometemos uma comemoração à altura, destacamos os selos criados para divulgar o VI Congresso Nacional, de 14 a 16 de julho próximo, e o XVII Congresso Internacional, de 28 a 30 de junho de 2012 (de- PÁGINA Confira ............................................... Editorial .............................................. Fique por Dentro da SBO ................. Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes ........................ VI Congresso Nacional da SBO ....... 39º Prêmio Varilux ............................. Oft@lmonline ..................................... Clínicas e consultórios não precisam de registro no Conselho Regional de Enfermagem . JBO Pergunta .................................... Opinião .............................................. FeCooeso .......................................... A Visão da Justiça ............................. 2 2 3 4 5 5 6 6 9 10 12 12 talhes na página 5). Os selos “carimbam” os dois eventos, sem “brigar” com a logomarca da SBO, cuja credibilidade e confiabilidade é, sem dúvida, nosso maior patrimônio. Brevemente já poderemos anunciar algumas iniciativas que estamos tomando para ampliar a visibilidade da marca SBO. O lançamento do Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes insere-se nas nossas metas de Responsabilidade Social e de prevenção da cegueira, uma obrigação estatutária. A retinopatia diabética é um flagelo para a população brasileira e a SBO não pode se omitir. Diabetes é o tema do VI Congresso Nacional e, juntamente com o Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia espera sensibilizar as autoridades para esse problema. No Brasil, cálculos modestos indicam que 7 a 8% da população brasileira acima de 18 anos tem diabetes, e na população acima de 65 anos, o percentual sobe para 18,6%. 40% dos diabéticos sofrem de alterações oftalmológicas, que podem levar à cegueira, se não tiverem acompanhamento e tratamento adequados. Estas são algumas das novidades que gostaríamos de compartilhar com vocês neste primeiro editorial do JBO, o canal de divulgação das atividades oftalmológicas, juntamente com o site. De resto, esperamos vocês no VI Congresso Nacional. Ampliado, confortável, o estande da Sociedade terá vários serviços para os associados ou quem queira se associar, além de uma divertida “happy hour”. Tragam suas sugestões, aproveitem para tirar suas dúvidas e para jogar um pouco de conversa fora. Afinal, congressos também são para rever amigos e fazer novas amizades. *Presidente da SBO PÁGINA Dia Nacional da Mulher ..................... 13 Seção Brasil ...................................... 14 Na Estante ......................................... 14 International Corner .......................... 15 Conta-Gotas ...................................... 17 Filiadas à SBO .................................. 18-21 Sócio Honorário: padre João Medeiros ........................ 22 Necrológio ......................................... 22 Fundo de Olho .................................. 22 Olho Vivo ........................................... 22 Tempo e Memória ............................. 23 Descontos para sócios da SBO ....... 25-26 Calendário de Eventos Oftalmológicos. 26 Expediente ......................................... 26 3 Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011 Inauguração da foto de Mário Motta e posse de 54 novos associados na 1ª Sessão de 2011 Fotos Eliana de Souza o dia 31 de março passado, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia promoveu a 1ª Sessão Extraordinária da gestão de Aderbal Alves Jr. reunindo os Serviços de Oftalmologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) e Hospital Central da Aeronáutica (HCA). Na ocasião, também foi inaugurado o retrato de Mário Motta, na galeria de ex-presidentes da SBO. Aderbal Alves Jr. iniciou a Sessão destacando o número expressivo de novos associados aos quais estava dando posse-54. A seguir chamou Mário Motta, que presidiu a SBO no biênio 2009-2010, para inaugurar seu retrato na galeria de ex-presidentes, passando então para a apresentação científica com a colaboração dos Serviços de Oftalmologia do HFSE e do HCA, chefiados, respectivamente, por Gilberto dos Passos e Luiz Filipe de Albuquerque Alves. O presidente da SBO, chefe de Clínicas do HFSE, apresentou “Abordagem atual do edema macular diabético” e Luiz Filipe de Albuquerque Alves abordou “Oftalmopatia de Graves”. Dois residentes do HFSE (Lorena Santos Barros e Demian Temponi) e dois do HCA (Danielle Pereira e Ester Doca) apresentaram os casos clínicos. Todas as apresentações estão à disposição dos associados na área do médico do site da SBO, no link Seleção do Mês. N Mário Motta inaugura sua fotografia, tirada pelo filho Henrique, na galeria de ex-presidentes da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Auditório, já todo ocupado, pouco antes do início da 1ª Sessão Extraordinária com os Serviços do HFSE e HCA Depois de fazer as honras da casa, Aderbal Alves Jr. apresenta “Abordagem atual do edema macular diabético” Luiz Filipe Alves, Danielle Pereira, Ester Doca, Gilberto dos Passos, Aderbal Alves Jr., Lorena Santos Barros e Demian Temponi Prestigiada pelos ex-presidentes da Sociedade Aderbal de Albuquerque Alves, Carlos Fernando Ferreira, Celso Marra, Flávio Rezende, Luiz Carlos Portes, Miguel Padilha e Morizot Leite Filho, a 1ª Sessão Extraordinária teve comparecimento maciço não só dos residentes do HFSE e do HCA, como também de outros Serviços. Ao término das apresentações foi oferecido um lanche aos presentes. SBO reestrutura curso de pós-graduação lato-sensu Arquivo Diretor de cursos da SBO para o biênio 20112012, André Portes tem se reunido permanentemente com a diretoria e os docentes para definir o Curso de Pós-graduação Lato Sensu da Sociedade. S e g u n d o André Portes André Portes, o Curso de Pós-graduação Lato Sensu da Sociedade Brasileira de Oftalmologia vem passando por um momento de reestruturação desde as últimas diretorias. A principal preocupação da atual gestão é com a qualidade de ensino, organização e inplementação do novo programa teórico, mantendo-se o nível docente de excelência. -Dentre as novidades, a parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá só vem a fortalecer o vínculo de ensino e incentivo à oftalmologia, afirma André Portes, enfatizando que o curso atual é baseado nas leis vigentes e todas as determinações preconizadas pelo Ministério da Educação. -Tais fatos são refletidos pelo envio de alunos já vinculados a um programa de especialização de mais de 14 diferentes serviços de oftalmologia do Rio de Janeiro (hospitais universitários, federais, municipais, militares, institutos...), para o suporte teórico oferecido pelo curso, explica o novo diretor. Agora, no site, revistas internacionais Priscila Sebba Patrícia Correa Mello Araújo Fernando Balli Jacqueline Coblentz Facebook da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e site em pauta na reunião da Comissão de Internet Presidida por Aderbal Alves Jr., com a presença de quatro dos sete membros da Comissão de Internet, Priscila Sebba, Fernando Balli, Patrícia Correa Mello Araújo e Jacqueline Coblentz, realizou-se no dia 23 de março a primeira reunião para avaliar o site da Sociedade e tratar do facebook da entidade. Desenvolvido por Priscila Sebba, o facebook já está no ar desde março, e o site da Sociedade também apresenta novidades na área do médico, com a atualização da seção Temas Atuais e do link Seleção do Mês. Ou- tras novidades vão ser apresentadas em breve. A cada dois meses, um membro da Comissão da Internet ficará responsável pelo gerenciamento do facebook. Por seu trabalho à frente desta rede social, Priscila Sebba inaugura a função, ficando até o final de maio. O JBO publica abaixo, uma breve explicação sobre porque criar um facebook da SBO, escrito por Priscila Sebba: “Uma sociedade nada mais é do que pessoas que compartilham ideias e interesses comuns. Para fomentar seus interesses e divulgar suas ideais, a SBO agora está no facebook, como Sbo Sboftalmologia. Seguindo a explosão de redes sociais e indo além do marketing digital, queremos com essa nova ferramenta melhorar a interação das pessoas em geral com a SBO e dos seus membros entre si. O facebook vem para ajudar a promover uma “sociedade” como ela deveria ser, representar o interesse de seus membros e ser a cada instante modificada por eles. Assim sendo, estamos construindo nossa interação no facebook, esperamos exapandir essa rede social e alcançar os objetivos propostos com a ajuda de todos.” Por sugestão do tesoureiro da SBO, Ricardo Japiassú, desde março, o portal da SBO oferece aos associados, no link Publicações Internacionais, oportunidade de ler gratuitamente as últimas edições das revistas Ophthal- Ricardo Japiassú mology, American Journal of Ophthalmology, British Journal of Ophthalmology e Survey of Ophthalmology. O conteúdo é renovado mensalmente, acompanhando as publicações das mesmas. Futuramente, espera-se ampliar o número de revistas disponíveis e assim manter o sócio da SBO sempre atualizado com os recentes avanços da especialidade. É uma forma de inspirar os novos oftalmologistas e residentes a estudarem de forma contínua com seus preceptores, além de manter os mais experientes informados, fortalecendo o nível científico dos sócios. 4 JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes Projeto prevê atendimento oftalmológico gratuito de dois pacientes por mês No dia 26 de abril, na Livraria da Travessa no BarraShoping (RJ), foi lançado o Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes, uma parceria da União das Associações de Diabéticos do Estado do Rio de Janeiro (Uaderj) e a SBO, com o apoio da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Sociedade Brasileira A atriz Glória Pires e seu marido, o compositor e músico Orlando Moraes apoiam o Projeto de Diabetes (SBD), Diabetes Brasil e Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). O evento, que contou com a presença do presidente da SBO, Aderbal Alves Jr., do ex-presidente Mário Motta, da coordenadora da comissão de projetos sociais, Juliana Bohn Alves, e oftalmologistas que já participam do projeto, foi aberto por Solange Travassos de Figueiredo Alves, endocrinologista e presidente da Uaderj. Lenita Zajdenverg, presidente regional RJ da Sociedade Brasileira de Diabetes, e Rosane Kupfer, chefe do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Rio de Janeiro, também participaram do lançamento, assim como o deputado estadual Nilton Salomão, autor da Lei nº 4559/ 2002, que define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes no âmbito do SUS. O lançamento do projeto e do site www.unidospelacriancadiabetica.com.br , que tem um link no portal da SBO www.sboportal.org.br contou ainda com a presença de vários atletas, que apoiam a iniciativa. No total, 20 personalidades e atletas esportivos cederam o direito de imagem para divulgar o projeto, além de 12 artistas, entre compositores, cantores e atores. Segundo a presidente da Uaderj, outras personalidades já se comprometeram a divulgar com seu apoio a iniciativa.A cantora Paula Toller, que está em turnê com seu antigo grupo Kid Abelha, vai divulgá-lo durante as apresentações. O Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes- Para Que A Luz Não Se Apague- organiza o trabalho voluntário de médicos oftalmologistas, membros da SBO, no atendimento de crianças, adolescentes e adultos jovens de baixa renda, portadores de Diabetes Mellitus, proporcionando acompanhamento clínico oftalmológico gratuito até completarem 30 anos de idade no próprio local de atendimento do profissional. -Toda a estrutura do projeto está montada no fato de que o diabetes tipo1, que geralmente tem início na infância e adolescência, causa algum grau de retinopatia diabética em mais de 90% dos pacientes após 20 anos de doença, explicou Solange Travassos. Ao saudar o lançamento do projeto, Aderbal Alves Jr. ressaltou que a iniciativa vai ao encontro do estatuto da SBO, o qual prioriza campanhas preventivas de prevenção da cegueira. Mário Motta ressaltou os riscos da retinopatia diabética quando não diagnosticada a tempo e cobrou a presença mais positiva da rede pública de saúde para atender à demanda de exames de fundo de olho. A cantora Paula Toller na capa do folheto explicativo do Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes 5 Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011 VI Congresso Nacional está de cara nova Às vésperas dos 90 anos, SBO inova no visual de seus eventos nacionais e internacionais Quem está acostumado a identificar os congressos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia pela logomarca que trazia uma imagem do Pão de Açúcar, um dos símbolos que imediatamente remetem ao Rio de Janeiro/Brasil, vai se surpreender com o novo visual do VI Congresso Nacional. A partir deste ano, dentro da política de fortalecimento da marca SBO, os congressos trarão sempre a logomarca oficial da Sociedade e um selo alusivo ao evento em pauta, com um carimbo que lembra o dos correios. O selo foi desenvolvido pelo designer gráfico Ronan Pereira a pedido da diretoria do biênio 2011-2012. -A ideia surgiu no momento em que se discutia a necessidade de criar um sím- bolo ou um elemento que sintetizasse a importância da SBO na realização desses eventos e que não criasse nenhum conflito com a logomarca da Sociedade quando de suas aplicações, explica Ronan. -Por isso, acrescenta, concluiu-se que o melhor caminho seria o de representar graficamente um selo, pois o mesmo está sempre revestido de um conceito que remete à qualidade; um selo configura também um mecanismo de autenticação. Graficamente, ele nos remete também ao local em que os eventos se realizarão (expresso pelo grafismo do calçadão da praia de Copacabana), considerando, é claro, as particularidades e características de cada congresso. No programa científico, a tradição de um evento plural, Fórum dos Residentes e SBO Jovem Quase 400 palestrantes já confirmaram presença no VI Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, de 14 a 16 de julho próximo, no Hotel InterContinental Rio, tendo como tema oficial Diabetes.O programa, como já é tradição, abordará praticamente todas as áreas da oftalmologia Está confirmado também o Fórum dos Residentes e o Fórum SBO Jovem, além de cursos da SBAO. Desde o XVI Congresso Internacional, no ano passado, a SBO tem procurado escolher temas oficiais com o objetivo de promover a discussão e atualização entre os colegas e, ao mesmo tempo, conscientizar a população. No ano passado, o tema foi “O Olho Míope”. -Este ano com o tema “Diabetes” queremos mais uma vez propiciar uma ampla discussão de uma doença que tem profunda repercussão na visão, agregando os especialistas a iniciativas como o Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes, que a SBO está apoiando, explica o presidente Aderbal Alves Jr.,membro da comissão organizadora, integrada também por André Portes, Arlindo Portes, Eduardo Morizot, Gilberto dos Passos, Marco Antonio Alves, Mário Motta, Miguel Padilha, Ricardo Japiassú e Sérgio Fernandes. Além do Simpósio de Diabetes, que ocorrerá na parte da manhã e da tarde no segundo dia do evento, o VI Congresso Nacional apre- sentará temas das áreas de baixa visão, catarata, ciências básicas, cirurgia refrativa, córnea, doenças externas, estrabismo, exames complementares, farmacologia ocular, glaucoma, lentes de contato, medicina básica, neurooftalmologia, oculoplástica, oftalmologia estética, oftalmopediatria, olho seco,órbita, refração, retina e vítreo, urgências clínicas, trauma, uveítes e vias lacrimais. Haverá ainda um painel sobre aspectos médicos legais. Aderbal Alves Jr. destaca ainda a realização das sessões Dia-a Dia do Consultório e Dia a Dia do Centro Cirúrgico, uma iniciativa do ex-presidente Sérgio Fernandes, que começou nos simpósios da Câmara Técnica de Oftalmologia do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro e já está definitivamente incorporada à da grade científica dos congressos da SBO, tal o sucesso. -A fórmula é simples, mas requer pleno domínio do auditório, pois os coordenadores devem ser rigorosos no controle do tempo para apresentação e discussão de cada pergunta, a qual versa sobre questões de diversas especialidades. Esses simpósios também exigem locais onde os participantes se sintam à vontade para participar das discussões e apresentar suas dúvidas. A SBO vem aperfeiçoando a cada congresso esses simpósios, que certamente serão novamente um dos pontos altos no VI Congresso Nacional. Em 2012 SBO comemora 90 anos durante XVII Congresso Internacional Em comemoração aos 90 anos da SBO em 2012, o XVII Congresso Internacional, que será realizado de 28 a 30 de junho do próximo ano, no Hotel InterContinental Rio, também trará um selo próprio, dentro da concepção do VI Congresso Nacional. Segundo o designer Ronan Pereira, a opção de trabalhar para os dois eventos a mesma solução gráfica foi intencional. O objetivo é construir uma identidade, um timbre, uma assinatura única nestes eventos. Para os 90 anos da Sociedade, fundada em 6 de setembro de 1922, estão previstas várias atividades e o XVII Congresso Internacional será o ponto alto das comemorações, garante o presidente Aderbal Alves Jr.: “Vamos brindar os congressistas, os palestrantes nacionais e internacionais, queremos deixar o evento na história da oftalmologia” Entrega do 39º Prêmio Varilux será dia 14/7 no Hotel InterContinental Como já é tradição, no primeiro dia do VI Congresso Nacional, na Sessão Solene de Abertura, serão entregues as premiações dos vencedores do 39º Prêmio Varilux, referente aos trabalhos submetidos até 31 de dezembro de 2010. Na Categoria Incentivo à Pesquisa: Refração, o vencedor foi Renato Ambrósio Jr. (RJ) com o trabalho “Hipermetropia após ceratomia radial: Flutuação da refração e da acuidade visual entre manhã e tarde e correlações com pressão ocular e o estado biomecânico da córnea”. Na Categoria Master, o ganhador também foi Renato Ambrósio Jr. com “Implante de segmentos de anel estromal em ceratocone: Resultados e correlações com biomecânica corneana pré-operatória”. Na Categoria Sênior, Simone Milani Brandão (São Carlos-SP) ganhou com o trabalho “Análise da biocompatibilidade de cones de biovidro e biovitrocerâmico em cavidade evisceral de coelho”. A comissão julgadora foi constituída pelos professores Migue Hage Amaro (PA), Eduardo Ferrari Marback (BA) e Eduardo Cunha de Souza (SP). Novamente Renato Ambrósio Jr. ganha Prêmio Incentivo à Pesquisa Pelo segundo ano consecutivo, Renato Ambrósio Jr., coordenador do curso de cirurgia refrativa da pós-graduação lato sensu da SBO, da qual também é diretor de biblioteca, ganhou o Prêmio Varilux na Categoria Incentivo à Pesquisa: Refração. Não contente em ganhar esta premiação, Renato Ambrósio Jr.,que ainda no 39º Prêmio Varilux foi premiado na Categoria Master, em abril passado foi um dos vencedores do Festival de Vídeos do congresso da ASCRS, em San Diego. Renato Ambrósio Jr. também foi premiado no Festival de Vídeos da ASCRS em 2002, quando foi o grande campeão. No mesmo ano, recebeu o Fellowship Travel Award no International Congress of Eye Research (ICER 2002), em Genebra, e o Best Show Award no Congresso da Academia Americana de Oftalmologia, em Orlando. Renato Ambrósio Jr., coordenador do curso de cirurgia refrativa da pósgraduação lato sensu da SBO Criador dos selos da SBO é designer e professor de educação artística O criador dos selos da SBO é Ronan Pereira, profissional de criação, com sólida experiência em desenvolvimento gráfico para campanhas publicitárias, desenvolvimento de identidade visual para empresas, produtos e pessoas, desenvolvimento de projetos gráficos editoriais etc. Ronan Pereira é graduado em Comunicação Visual, pós- graduado em Arte Educação, tem licenciatura plena em Educação Artística. Na área da ilustração, concomitante ao campo da publicidade, criou e desenvolveu vários personagens com cunho educacional. Ronan Pereira,o criador dos selos para os congressos da SBO JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia 6 Como navegar com segurança na internet Jacqueline Coblentz* A internet surgiu como grande aliada, poupando deslocamentos e permitindo comunicação em tempo real com qualquer parte do mundo. Entretanto, é preciso cuidado para não cair em armadilhas, pois há hackers à espreita aguardando algum deslize para agir. Algumas dicas de simples execução podem tornar o uso da internet bastante seguro: 1. Ao acessar qualquer site que exija que você forneça um nome de usuário e uma senha, sempre encerre a sessão clicando em um botão/link de nome logout ou sair. 2. Crie senhas difíceis de serem descobertas, evitando usar data de nascimento ou nomes de parentes. O ideal são senhas compostas de letras e números. 3. Mude a sua senha periodicamente, de preferência a cada três meses. 4. Manter os navegadores de internet atualizados garante o uso de recursos de segurança que combatem perigos mais recentes, como sites falsos que se passam por páginas de banco, por exemplo. 5. Cuidado com downloads, principalmente de sites desconhecidos ou de arquivos com alguma característica estranha, como, por exemplo, arquivo.jpy. 6. Atenção com os sites de troca de mensagens instantâneas, pois é comum encontrar vírus que exploram estes serviços. 7. Cuidado com e-mails falsos, como, por exemplo, uma mensagem dizendo que você tem uma dívida com uma empresa de telefonia ou afirmando que um de seus documentos está ilegal, ou ainda solicitando atualização de seus dados cadastrais em determinado banco. Na dúvida, entre em contato com a empresa cujo nome aparece no e-mail. 8. Evite sites de conteúdo duvidoso, que contenham em suas páginas roteiros capazes de explorar falhas do navegador de internet. 9. Tome cuidado ao receber mensagens que solicitam abrir arquivos anexos (supostas fotos, por exemplo), principalmente se o e-mail veio de alguém desconhecido. Para aumentar sua segurança, você pode checar o arquivo anexado com um antivírus, mesmo quando estiver esperando recebê-lo de alguém. 10. Mantenha o antivírus sempre atualizado, para garantir que o computador não fique desprotegido de novos vírus. 11. Cuidado ao fazer compras pela internet. Esta é uma grande comodidade, mas só o faça em sites de venda reconhecidos. Do contrário, o cartão de crédito pode ser clonado ou você ainda correr o risco de pagar e não receber a mercadoria. 12. Não responda a ameaças ou intimidações e, principalmente, não preencha seu cadastro em qualquer site, a menos que seja estritamente necessário. Enfim, estas são algumas medidas que podem ser tomadas para que não haja surpresas desagradáveis ao usar a internet. Se proteger no “mundo virtual” pode ser um pouco trabalhoso, mas é importante para evitar transtornos maiores. E o principal: o seu antivírus está atualizado? *Membro da Comissão de Internet da SBO Atenção para exigência de registros indevidos a clínicas e consultórios A Justiça Federal indeferiu, através de sentença do juiz Alfredo França Neto, da 30ª Vara Federal, liminar impetrada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro (Coren) cobrando o registro da Policlínica de Botafogo no referido órgão. Na sentença, o juiz Alfredo França Neto informa que empresas de atendimento hospitalar, exceto pronto-socorro e unidades para atendimento de urgências, não estão obrigadas a manter registro no Coren, porquanto exercem atividades de enfermagem como atividade-meio e não como atividadefim, a exemplo da Policlínica do Rio de Janeiro. Na sentença, o magistrado reitera que nem todos os médicos necessitam de auxílio de um enfermeiro e, “ mesmo que necessitarem, não tem, obrigatoriamente, que registrar o consultório/clínica em vários conselhos regionais, pois na verdade, a inscrição obrigatória junto aos mesmos se faz ao profissional, pessoa física, de nível superior, que desempenhe a referida atividade; quanto à empresa, basta a sua filiação junto ao conselho da atividade preponderante”. 9 Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011 Para Hoya, mercado brasileiro é “prioridade número um” O recente desastre ecológico que afetou o Japão não impediu a visita do ceo global da Hoya Corporation, Hisoshi Suzuki, que passou três dias no Rio de Janeiro no auge da crise para planejar o futuro da empresa no Brasil e visitar as obras de expansão do Hoya Lab Brasil. Na ocasião, Hiroshi Suzuki afirmou que agora o crescimento da Hoya se direcionará para os países emergentes e, entre eles, o mercado brasileiro é prioridade número um, segundo Lanes Hatum, diretor de operações da Hoya Brasil, o entrevistado deste JBO Pergunta. Jornal Brasileiro de OftalmologiaHá quanto tempo a Hoya está no Brasil e quais são as perspectivas da empresa no país a curto, médio e longo prazo? Lanes Hatum - Há 20 anos a Hoya está presente no Brasil, tendo como representante exclusivo a Optotal desde aquela época. E em 2008 a Hoya adquiriu parte do capital da Optotal, sendo a empresa agora uma joint venture nipobrasileira.É intenção da Hoya Japan, a curto prazo, participar de forma mais expressiva no mercado brasileiro, expandindo seus investimentos com o passar do tempo. JBO - Como a Hoya vê o mercado brasileiro no contexto internacional? LH-A vinda do presidente global da Hoya ao Brasil, neste momento tão delicado e conturbado que o Japão está atravessando, mostra que o mercado brasileiro é a “prioridade número um” da Hoya no cenário mundial, como expressou o próprio Sr. Suzuki. JBO - Os recentes acontecimentos no Japão, que vão afetar a economia do país, irão se refletir no Brasil? LH - No que se refere aos produtos Hoya, em nada influenciarão sua atuação no Brasil. A Hoya esta presente em sessenta países no mundo, sua cadeia de suprimentos é diversificada e não foi afetada pelo desastre. JBO - A Hoya está investindo maciçamente em propaganda, usando iclusive figuras de projeção no Brasil. Até que ponto esse investimento terá segmentação na mídia especializada? LH -A Hoya continuará investindo, como sempre investiu, em mídia especializada, anunciando nos principais veículos de comunicação do segmento óptico, assim como estando presente em todos os eventos médicos no Brasil. Entretanto, diante de sua expansão no Brasil, é natu- ral que seu investimento em mídia seja direcionado também para outros veículos de comunicação. JBO - Qual é a política da Hoya em relação ao desenvolvimento sustentável? LH - A Hoya possui uma grande preocupação com o destino de todos os resíduos decorrentes da fabricação de lentes, que são reaproveitados na indústria, bem como com a reutilização da água que é utilizada na surfaçagem e corte de lentes. Após um rigoroso processo de filtragem, a água é reaproveitada em todo o seu processo de fabricação. JBO- A Hoya tem alguma política social, por exemplo, distribuição de óculos para a população carente? LH-Até o presente momento, temos participado de ações sociais isoladamente, atendendo a solicitações pontuais feitas por alguns oftalmologistas.Temos ações focadas também nos funcionários e suas famílias, e na comunidade do bairro em que a fábrica se encontra, no Rio de Janeiro. JBO-Por favor, trace sua trajetória na empresa. LH-Em meus primeiros contatos com a empresa, ainda estava nas fileiras do Exército, no posto de sargento, ser- vindo na Escola de Comando e Estado Maior do Exército, na seção de Psicotécnica Militar, devido à minha formação acadêmica. Mas, após o expediente, atuava na área de informática, que há 14 anos ainda assustava. Dessa forma passei a prestar pequenos serviços para a Optotal Lentes (naquela época, apenas uma representante da Hoya no Brasil). Com o passar do tempo, recebi o convite para ser divulgador técnico dos produtos Hoya, especificamente para médicos, atividade pioneira na empresa até aquele momento, convite que aceitei imediatamente, deixando 15 anos de Exército para trás. Após muito trabalho e dedicação, recebendo muito apoio dos médicos oftalmologistas que eu visitava (tenho uma enorme gratidão a todos oftalmologistas) fui galgando sucessivas promoções na empresa, e hoje ocupo o cargo diretor de operações da Hoya no Brasil. JBO-Além do trabalho na Hoya, quais são seus interesses? LH-Além de apreciar um bom vinho (embora nada entenda sobre o assunto), tenho uma grande paixão por corrida de rua, participando de quase todos os circuitos aqui no Rio de Janeiro. JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia 10 Os tempos mudaram, mas nada substitui o boca a boca Em tempos de marketing, publicidade,etc., Celso Marra* muitos esquecem que nada substitui o boca a boca. Um paciente satisfeito é a melhor divulgação para o médico. Saiba porquê no último artigo de Celso Marra sobre administração prática de consultórios, que o JBO publica abaixo. Doutor, pensei que tivesse se aposentado ou... morrido ! Aquele cliente conseguiu reencontrar-me depois de alguns anos, e possívelmente não tomara conhecimento da circular que remeti informando o novo endereço. Suas tentativas foram dificultadas porque eu transferira meu consultório para um hospital onde formáramos um grupo, com novo telefone, e o telefone de casa estava em nome da minha esposa, que naturalmente ele não conhecia. Moral da história: não basta ser conhecido. Tem que estar acessível. Rapidamente providenciei a divulgação do meu “ nome de guerra” com os telefones na lista classificada onde durante anos mantive figuração, e aí quem ressuscitou foram meus antigos clientes. Os profissionais estabelecidos de longa data levam vantagem óbvia sobre o iniciante em função da divulgação boca a boca feita pelos clientes mais antigos, pois quanto maior a massa-crítica (clientela adquirida) mais retornos e mais recomendações de novos clientes. Existem basicamente dois tipos de demanda para o consultório oftalmológico: a dirigida, e a espontânea. A dirigida é feita pelos médicos oftalmologistas ou não ao colega para um parecer em função de alguma subespecialidade que pratique. A espontânea é feita pelo livro do convênio (de certa forma também é dirigida) e pela recomendação boca a boca. Algumas iniciativas podem facilitar esta captação da clientela espontânea: letreiros, anúncios em listas telefônicas, divulgação porta a porta na vizinhança, e até mesmo anúncios classificados em jornais (mais caros e menos produtivos). Hoje as listas telefônicas perderam muito espaço para a internet, que é um ótimo veiculo, mas lembre-se que uma grande parcela da população de idosos e de meia-idade tem dificuldades com o computador e ainda prefere a lista telefônica. A divulgação porta a porta na vizinhança também é eficaz. A distribuição de folhetos é enganosa porque não se tem controle da distribuição (recolho em minha caixa de correio folhetos de divulgação deixados em maços, mostrando a má fé do entregador). A mala direta dirigida aos moradores da vizinhança, mais cara, é mais previsível, mas deve ser feita com algum profissionalismo quanto à mensagem e ao design. As listas telefônicas classificadas, entre outros serviços, oferecem listagens de diversas áreas para se fazer o endereçamento com os nomes dos assinantes. Caso você pratique alguma subespecialidade não esqueça, além de avisar os oftalmologistas, de divulgar sua atividade entre os colegas de outras áreas, porque os livros dos convênios nem sempre citam a subespecialidade e você pode facilitar sua localização mandando uma folhinha, um porta canetas que mantenha visível seu nome e endereço na recepção da clínica deles. Nada substitui a recomendação boca a boca. Cada paciente satisfeito vai recomendálo aos familiares, aos vizinhos, aos colegas de empresa, em suma, além do próprio retorno ele funcionará como fermento, levando seu nome a todo seu círculo de relações. Recordo-me do primeiro atendimento particular no meu primeiro consultório. O paciente viera encaminhado pelo porteiro e trazia seu filho de 10 anos que usava um óculos com +0,50 em cada olho. Como é fácil deduzir, a criança era emétrope (?!). Quando, após o exame, disse-lhe que o menino “tinha melhorado”, sem outros comentários, e não precisaria mais dos óculos, quase ajoelhou-se para me agradecer e disse: doutor o senhor é um santo. Este garoto já apanhou muito de mim e da mãe porque sempre esquece os óculos em qualquer lugar, resiste a usá-los. Que alívio! O pai e a mãe présbitas foram os que vieram em seguida, depois os vizinhos e parentes e agora atendo os filhos daquele menino. Os clientes podem ser muito fiéis. Para que isto funcione é necessário estabe- lecer uma relação de confiança, e amizade mesmo. Quando o paciente percebe que você tem um interesse genuíno nele, e não apenas na sua carteira, ele retribui com sua confiança e demonstra seu carinho falando bem de você. Este é o maior investimento: a ótima relação com o cliente, que dará frutos rapidamente. Nos dias atuais as coisas mudaram. A escolha do profissional médico é feita pelo caderno do convênio, a fidelização do cliente é um trabalho de equipe, e se inicia com o atendimento telefônico, e todos devem estar engajados neste processo, uma verdadeira sedução. Se o cliente não gostar do seu consultório, ou da sua recepcionista pode ser em vão todo seu esforço. Imagine o cliente saindo do consultório e sua recepcionista, de cabeça baixa, atendendo a um telefonema, não se digna nem a olhá-lo e pelo menos acenar em despedida. Este atendimento impessoal, típico das repartições públicas (escrevi ao CFM uma carta falando sobre o atendimento cartorial nos consultórios devido à pesada burocracia que escraviza a recepcionista poluindo sua relação com a clientela) impressiona mal e afasta os clientes. Não cabe aqui, pelo espaço, discutir detalhes da apresentação do consultório, mas se o “aspecto humano” deste contato for satisfatório, a fidelização do cliente estará garantida. *Ex-presidente da SBO, membro da SBAO JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia 12 Verticalização do atendimento, novo perigo para os médicos Colegas, Como se não bastassem os diversos problemas que enfrentamos no nosso dia-a-dia, eis que surge mais uma ameaça. Trata-se da VERTICALIZAÇÃO DO ATENDIMENTO. Algumas operadoras de planos de saúde estão comprando hospitais ou se associando a estes, ou vice-versa. Desta forma, conseguem oferecer aos seus beneficiários toda a gama de atendimentos, desde a consulta, passando pelos exames complementares, até a cirurgia em seus próprios centros cirúrgicos. Contratam médicos, como seus funcionários, para executar todas estas etapas. A continuar assim, brevemente, nós seremos credenciados apenas para diagnosticar a doença e no nosso caso (oftalmologistas) receitar óculos. Se for necessário um exame complementar ou cirurgia, o paciente deverá ser encaminhado ao hospital do seu plano de saúde. Evidentemente, nem todos os pacientes aceitarão esta situação, mas a maioria será cooptada, já que as operadoras estão oferecendo vantagens e preços mais baixos para os que se associarem a esta modalidade diabólica. Em última análise, o que o paciente deseja é o melhor atendimento pelo menor preço. Sabemos que lidamos com um artigo intangível, a nossa consulta. O paciente consi- dera caro pagar algo em torno de R$ 200,00 pelo nosso serviço, que requer anos de estudo, dedicação, treinamento e muita responsabilidade. No entanto, consideram normal pagar mais de R$ 2.000,00 por um óculos, com armação de grife e lentes com diversos tratamentos. O óculos é um artigo tangível e quem o adquire tem prazer em contar aos seus amigos sobre o investimento realizado e suas qualidades. Quanto ao serviço médico, este não fez mais que a sua obrigação, receitou corretamente. Tem ocorrido também, com muita frequência, que ao solicitar determinado exame o médico coloque como indicação ser o paciente portador de diabetes, hipertensão arterial, etc. De posse deste diagnóstico, funcionários treinados da operadora entram em contato com o paciente, inicialmente, mostrando-se preocupados com a sua saúde, oferecendo tratamento e orientação nos centros de atendimento da operadora. Assim, o paciente passa a ser atendido e tratado nestes centros por um médico contratado por salário vil, gerando um custo bem menor para a operadora. Para ser bem claro – O PACIENTE É ROUBADO DE SEU MÉDICO ORIGINAL! Nelson Louzada Presidente da FeCOOESO Como o paciente, o médico tem direito de ser informado e consentir Antonio Ferreira Couto Filho* Ao médico deve ser assegurado o direito de obter todas as informações necessárias para que possa exercer suas atividades laborais e tal direito decorre da igualdade da relação médico-paciente, pois se um tem o conhecimento cientifico o outro tem o autoconhecimento, incluindo seu histórico de vida. A lei brasileira não destinou uma palavra sequer que garanta ao médico o direito de ser informado e consentir em tratar um doente, antes de iniciar o tratamento.. Nos séculos XVIII e XIX, seguindo a tradição de Hipócrates, entendia-se que o paciente devia ser mantido no estado da mais absoluta ignorância acerca do seu estado de saúde e, mesmo, serem criadas expectativas que não existiam, tal a irrelevância que era atribuída aos direitos do paciente. Era correto entender que a confiança e a obediência que o doente devia ao seu médico eram características de uma postura ideal.1 Nos tempos atuais, movido pelo avanço necessário e eficaz dos direitos humanos, o enfoque da visão hipocrática autoritária mudou de tal sorte que os ventos protetivos e defensivos dos consumidores, no Brasil, fez com que todas as atenções fossem voltadas para atender o doente/paciente e nenhuma atenção fosse dada ao médico e aos seus fornecedores de bens e serviços em saúde. Entende se, em parte, os bons argumentos dos que defendem os doentes/consumidores, pois saúde no nosso país é um negócio e precisa ser regrado, mas saúde também é um dever do Estado e médico também é pessoa humana. Precisamos “avançar” para exigir, por lei, que se crie o Código De Proteção e Defesa da pessoa do médico? A pergunta acima se mostra tão absurda quanto a pregação de Hipócrates para se mentir ao paciente. Porém, com clareza, mostra o quanto nos distanciamos da justiça e o que precisa ser elaborado na direção de eliminar a prevalência do rígido e desigual Código do Consumidor na relação médico-paciente. Há mais de 11 anos estamos escrevendo sobre a inadequação do Código de Consumidor na relação médico-paciente e continuamos isolados, mas a história nos dá esperança e certeza do necessário equilíbrio que essa troca humana precisa, na luta contra a doença e contra a morte. Enquanto esse equilíbrio não é concebido, o médico deve exigir suas informações e consentimentos de forma investigatória e prévia, pois, negligente, pode estar um processo judicial. A ideia de que o médico é um ser pleno de sabedoria, quase mediúnico, de acesso difícil, pleno de autoridade e de autoritarismo e guardião da cura, já caiu por terra desde o advento da web. Basta anotar o nome da patologia ou mesmo o nome do medicamento e o seu computador, em casa, na rua, ou no trabalho, em segundos, lhe dará todos as informações que desejar sobre o assunto. Em estreita síntese, sobram apenas as pessoas humanas, finitas, imperfeitas, iguais, e que nascem para viver em sociedade e lutarem pela igualdade. Pelo que a luta contra a doença e a morte é muito bem- vinda e com toda dignidade que as pessoas merecem. 1 Pág.227. Coimbra Ed. Voluma 3 – João Vaz Rodrigues *Consultor jurídico da SBO, especialista em Responsabilidade Médica e Hospitalar 13 Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011 Dia Nacional da Mulher ainda é pouco conhecido até entre as mulheres Data homenageia mulheres pioneiras na defesa dos direitos femininos que, em pouco mais de 100 anos, mudaram o Brasil Fotos divulgação o dia 8 de março, que este ano passou praticamente despercebido porque caiu na terça-feira gorda de carnaval, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, adotado pela ONU para lembrar as conquistas sociais e políticas e econômicas das mulheres. Poucas sabem, entretanto, que no Brasil existe também o Dia Nacional da Mulher (30 de abril), criado pela Lei 6.971/80, em homenagem à data de nascimento de Jerônima Mesquita. Nascida em 1880, em Leopoldina, Minas Gerais, filha e sobrinha de barões, Jerônima casou-se aos 17 anos por imposição da família, com um primo, do qual se separou dois anos depois. Teve apenas um filho e após a separação concluiu seus estudos na Europa. Ao retornar ao Brasil, não se conformando com a situação da mulher na sociedade brasileira, lutou pela emancipação feminina, defendendo o direito ao voto. Jerônima Monteiro participou da fundação da Pró-Mater, instituição para gestantes carentes, da Associação Cruz Verde, que combateu a fome, a febre amarela e a varíola no início do século XX. Juntamente com Bertha Lutz e outras feministas criou o Conselho Nacional de Mulheres do Brasil, em 1947. O Dia Nacional da Mulher foi uma iniciativa deste Con- N Rita Lobato, a primeira mulher diplomada em Medicina no Brasil, em 1887, criticada por sua monografia sobre parto por cesariana Jerônima Monteiro, pioneira na luta pelo direito ao voto feminino, uma das fundadoras da PróMatre, hospital para gestantes carentes selho, na época em que era presidido por Romy Medeiros da Fonseca, cujo arquivo sobre as lutas femininas hoje se encontra na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Histórias como a de Jerônima Mesquita, que morreu no Rio de Janeiro em 1972, e de Rita Lobato (1867-1960), a primeira médica diplomada no Brasil (1887), que precisou re- correr a um decreto do imperador D. Pedro II para garantir sua diplomação, hoje são passado. Desde a segunda metade do século XX, a situação feminina mudou. Com acesso a todas as carreiras, verifica-se que na medicina a ascensão feminina é crescente. As mais recentes estatísticas apontam para o aumento do número de mulheres. Conforme recente pesqui- sa do Conselho Federal de Medicina, no período de 2000 a 2009, as mulheres passaram de 35,5% para 39,9% do total de médicos no país.Em certas especialidades, como Cardiologia, Dermatologia, Endocrinologia, Ginecologia e Pediatria, para cada homem existem quatro mulheres exercendo a profissão. Dilma Rousseff, primeira mulher presidente do Brasil, cujo ministério conta com oito mulheres, definiu que as comemorações pelo Dia da Mulher devem se estender por todo o ano de 2011. E a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, com o objetivo de valorizar a participação feminina na oftalmologia, publica nesta edição e nas próximas do Jornal Brasileiro de Oftalmologia depoimentos femininos sobre carreira, conciliação entre a medicina e a maternidade, e expectativas para o futuro. Os primeiros depoimentos são de Liana Ventura, casada com Marcelo Ventura, mãe de Bruna, no 2º ano de especialização em Oftalmologia, Camila, no 1º ano de especialização, e Marcelo Filho, vestibulando de Medicina; Juliana Bohn Alves, casada com Aderbal Alves Jr. e, dois filhos estudando Medicina; e Dorothy Dantes Reis, um filho, Guilherme, formado em Relações Internacionais, que agora está fazendo vestibular para Medicina. Convívio com tios médicos e a influência do marido Da Física para Medicina e a Oftalmologia A visão da retina e todas suas nuances asci em um lar que valoriza muito a família, os estudos e os valores cristãos. Na infância convivia com os tios médicos e aspirava fazer parte deste “clube” seleto. Meus pais não mediram esforços para que este sonho se tornasse realidade. No 5º ano de medicina conheci meu esposo que Liana Ventura (PE) já era oftalmologista estabelecido e bem conceituado. Ele foi muito inteligente, me emprestou a coleção de Oftalmologia de “Duane” e me convidava para auxiliá-lo nas cirurgias de oftalmologia. Apaixonei-me pela fisiologia do glaucoma e pelo oftalmologista Marcelo Ventura. Com cinco meses e meio de namoro nos casamos e após dois anos nasceu nossa primogênita Bruna. Quando ela completou três meses Marcelo ganhou uma bolsa de estudos para fazer um curso de extensão (fellow) em catarata e retina em Porto Rico. Como recém-casados não tínhamos condições financeiras para levar Bruna e meus pais com muito amor cuidaram dela por quase um ano. Neste período, fiz o Curso Básico de Oftalmologia e um fellow em Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo, também em Porto Rico, o que me deu a condição de ser a primeira oftalmologista pediátrica com curso formal do Brasil. Em Porto Rico nasceu o sonho de criarmos o Hope (Hospital de Olhos de Pernambuco) e a Fundacao Altino Ventura. Este sonho foi fortalecido ao estagiarmos no Hospital Bascom Palmer em Miami, onde recebemos doação de coleção privada de slides e filmes educativos em oftalmologia, do Dr. Edward Norton então diretor desta instituição. Naquela ocasião, Pernambuco apesar de possuir duas universidades com curso de medicina, não oferecia curso regular em oftalmologia. Em abril de 1986 fundamos o Hope, um marco na oftalmologia do norte-nordeste do país. Um verdadeiro divisor de águas trazendo várias inovações, inclusive o exemplo de responsabilidade social, pois todos os colegas que nele trabalham são estimulados a doar ate quatro horas por semana de ensino e/ ou assistência oftalmológica na fundação Altino Ventura. aúcha de Novo Hamburgo, antes de estudar Medicina fiz três anos de Física na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, quando meu interesse por Biofísica me levou a trocar de curso. Graduada em Medicina pela Universidade Caxias do Sul (RS), em 1984. Juliana Bohn Alves (RJ) Logo a seguir vim para o Rio de Janeiro, onde fiz Residência Médica em Oftalmologia no Hospital Miguel Couto (1986/1987), pós-graduação em Oftalmologia pela SBO, em 1986, e fellow em Visão Subnormal no Instituto Benjamin Constant. A mulher, cada vez mais, assume posição de igualdade em relação aos homens não só na medicina como em várias outras carreiras. Não vejo isto como uma competição para saber “quem é o melhor”, mas sim um somatório, onde trabalhamos lado a lado, cada um contribuindo à sua maneira. Sem dúvida, para nós que temos que conciliar profissão, família, filhos e casa, vale a máxima de que só as mulheres conseguem ter várias atividades ao mesmo tempo... Talvez esta seja a grande diferença em relação aos homens. Casada com Aderbal Alves Jr., desde 1987, que conheci durante o curso de pós-graduação da SBO, com dois filhos (Marcela, 22 anos, e João Vitor, 19, também estudantes de medicina), sogro e dois cunhados oftalmologistas, dividir a mesma profissão com família e marido, o que muitos acreditam ser cansativo, na verdade é um grande privilégio quando há admiração, respeito e amizade. Durante alguns anos desenvolvi trabalho voluntário com crianças de baixa visão no Hospital Federal dos Servidores do Estado-RJ e espero poder, brevemente, retomar estas atividades, pois posso afirmar que trabalhar neste ambiente foi muito inspirador e gratificante. Atualmente, na comissão de projetos sociais da SBO espero poder contar com a participação e sugestões de todos que almejam uma oftalmologia mais alinhada com a nossa população cada vez mais carente de atenção à saúde. asci em Belo Ho rizonte em 2 de setembro de 1952 e me formei em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1976. Em 1979 iniciei minha Residência Médica em Oftalmologia na Clínica de Olhos da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Meu desejo Dorothy Dantes dos Reis (MG) era encontrar na especialidade uma “zona de conforto”, uma região onde a gente se sinta feliz, onde eu pudesse vivenciar minha aptidão para o raciocínio clínico, que já me levara a fazer especialização em Clínica Médica. Quando me deparei com a visão da retina e todas as suas nuances tive a certeza de que tinha encontrado o meu lugar. O último ano de residência e o fellow foram em grande parte dedicados a documentar através de imagens, não só as patologias oculares, como aquelas relacionadas às doenças sistêmicas. A angiofluoresceinografia passou a fazer parte da minha vida desde então. Desde aquela época tenho a certeza de que a oftalmologia ainda não ocupou o espaço que merece dentro do contexto geral da medicina. As outras especialidades não têm noção da riqueza de informações que o olho pode nos trazer. Esta é uma das minhas lutas. Mudar este conceito. Sempre trabalhei na área de retina clínica com diagnóstico e tratamento. Atualmente participo de um Serviço de Oftalmologia que ajudei a criar, o Instituto de Olhos do Hospital Universitário São José, ligado à Faculdade de Ciências Médicas e à Feluma (Fundação Lucas Machado). Acredito que o ensino seja uma forma de perpetuar ideias e tentar mudar um pouco certos conceitos que andam por aí tão disseminados. Gosto muito de clinicar, mas não fico longe da área de ensino. Mesmo na minha clínica particular sempre tenho alunos que me acompanham. Filhos, só tive um. Não poderia desejar mais. Ele é uma pessoa maravilhosa. Nunca considerei a maternidade um empecilho para exercer a profissão. Acho que são paixões conciliáveis. . N G N JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia 14 Construindo uma clínica no centro-oeste brasileiro A experiência pioneira e desbravadora de uma oftalmologista em Campo Grande, Mato Grosso do Sul Apesar de ter feito residência no Rio de Janeiro, depois de se formar em 1976 pela Universidade Estadual de Mato Grosso, Lizabel Gemperli, ao contrário de muitos colegas, não se deixou seduzir pelos encantos da Cidade Maravilhosa e optou por exercer a oftalmologia em sua cidade natal. Diretora do Instituto de Saúde Ocular do Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, Lizabel Gemperli certamente é uma das primeiras oftalmologistas a ter clínica própria no interior do Brasil. Entrevistada desta Seção Brasil, ela fala um pouco de sua experiência e das dificuldades que enfrentou, das quais sua filha, Daniela, também oftalmologista, está poupada, apesar das inevitáveis cobranças. JBO-Quais são seus interesses principais em oftalmologia e qual foi sua trajetória? Lizabel Gemperli-Fiz minha residência no Rio de Janeiro, Hospital da Piedade (Gama Filho), Lizabel Gemperli* e tive a felicidade de ter sido aluna de um dos maiores nomes da oftalmologia: Dr. Luiz Eurico Ferreira. Ele foi um mestre excepcional e ensinou muito além de oftalmologia. Retornei para Campo Grande, minha terra natal, bem treinada clínica e cirurgicamente como um todo, sem um foco específico: operava estrabismo, glaucoma, fazia panfotocoagulação, tudo que precisasse ser feito! Esse é um ponto para o qual devemos estar atentos: acima de qualquer subespecialidade, precisamos ser um bom oftalmologista geral. Com o tempo, veio a necessidade de direcionar o campo de atuação, visto que a rápida evolução da oftalmologia não nos permite ser “expert” em todas as áreas. Escolhi a cirurgia de catarata e a refrativa como meus carros-chefe. Nessa época, já não podia mais contar com o professor Luiz Eurico! Mas tive dois outros grandes mestres: Dr. Homero Gusmão de Almeida, que me instruiu na transição da intra para extracapsular, e Dr. Leonardo Akaishi, que foi fundamental no aprendizado da facoemulsificação. Além disso, passei vários fins de semana operando olhos de porco para me habituar ao uso do microcerátomo e do excimer laser – tudo para me manter atuante e competitiva no mercado. JBO- Qual a diferença entre o início de sua carreira e o de sua filha oftalmologista no centro-oeste do Brasil? LG-Há uma enorme diferença! Eu fui a primeira médica na minha família e não pude contar com os sábios conselhos de quem já trilhou o caminho. Montei uma clínica e fui crescendo aos poucos, aprendendo com meus próprios erros e acertos, sobretudo na área administrativa. Já a minha filha Daniela foi orientada por mim desde o começo da sua formação e iniciou sua vida profissional em uma clínica plenamente estruturada. Além disso, é evidente que a clientela conquistada por mim em longos anos de trabalho, naturalmente transfere essa credibilidade para ela, pois, como diz o ditado, filha de peixe, peixinho é. Por outro lado, filhos de oftalmologistas enfrentam o desafio das cobranças e comparações e podem sofrer para corresponder às expectativas tanto dos pais quanto dos pacientes – é uma prova constante! JBO-O que a levou a construir uma clínica com centro cirúrgico em Campo Grande? Vantagens, desvantagens e comentários dos pacientes quanto à cirurgia ambulatorial realizada na clinica, em relação à realizada em hospital? LG- Quando decidi contruir um centro cirúrgico próprio, levei em consideração uma série de fatores. Primeiro, a preocupação com o risco de infecções, que é muito maior quan- do se opera em locais onde acontecem cirurgias contaminadas e de outros órgãos. Além disso, nos hospitais, nem sempre há disponibilidade de salas, temos que lidar com auxiliares sem treinamento específico e ainda perde-se tempo com a locomoção até lá! Mantendo um centro cirúrgico dentro da própria clínica, podemos estar no comando e controlar o padrão de qualidade. É possível agilizar o atendimento e aumentar o número de cirurgias, usando tecnologia e insumos de nossa preferência. A repercussão entre os paciente é muito positiva, pois eles se sentem seguros e valorizados. JBO-O que a senhora pensa sobre a prática solo e a em grupo na oftalmologia? LG-Acredito que trabalhar sozinho é impraticável nos dias atuais. Eu comecei sozinha, mas sempre tive o sonho de montar uma grande equipe. Como eu disse anteriormente, não há como fazer tudo e bem na oftalmologia. É preciso dar um atendimento completo ao paciente que nos procura na clínica; portanto, é míster que ali se encontrem oftalmologistas especializados em todas as principais áreas. JBO- Como é sua rotina na sua clínica? Como seria um dia de trabalho perfeito? LG-Atualmente opero nas quartas e quintas-feiras e atendo consultas nos demais períodos, reservando duas manhãs para tarefas exclusivamente administrativas. Sobre o dia perfeito… Seria aquele em que eu conseguisse atender todos os pacientes sem atraso e a maioria estivesse interessada em cirurgia refrativa e/ou catarata com LIOs Premium! Ou tão somente um dia cirúrgico só de faco com LIOs Premium. JBO- Quais são seus interesses fora da oftalmologia? LG-Meus interesses fora da oftalmologia são amplos e ecléticos: vão desde cuidados com minha espiritualidade, passando por livros e bons filmes, até viagens, ginástica com pilates, orquídeas e cachorros. JBO- Na sua opinião, quando o oftalmologista deveria se aposentar? LG-Acredito que não exista uma idade limite para aposentadoria; enquanto estivermos com pique de trabalho e vontade de continuar aprendendo, podemos e devemos continuar trabalhando, porque o trabalho é uma benção! Entretanto, é preciso estar atento e ter autocrítica de saber a hora de parar de operar, pois a cirurgia oftalmológica exige mãos extremamente firmes. JBO-Quais são seus planos para o futuro? LG-Meus planos incluem manter minha clínica funcionando da maneira como é hoje, com a mesma credibilidade, para que eu e os outros seis médicos que comigo trabalham possamos dar continuidade à instituição, melhorando a cada dia. Também almejo reservar mais tempo para conviver com os amigos e viajar. *Membro da Comissão de Relações Institucionais da SBO, diretora do Instituto de Saúde Ocular do Mato Grosso do Sul Riscos alimentares nos dias de hoje Diagnóstico precoce do glaucoma Para lembrar com saudade A saga do Haiti desde o século XIX A obesidade é hoje uma epidemia e, segundo a OMS, um dos 10 principais fatores de risco para a saúde mundial e um dos cinco mais importantes nos países em desenvolvimento. Pat Thomas, editora da revista The Ecologist, autora de diversos livros sobre saúde ambiental, aborda em “O Século 21 Está Deixando você Gorda”, da Editora Larousse do Brasil, a influência corruptora da indústria da dieta, os malefícios de certos tipos de exercícios físicos, os remédios que engordam, alergias, importância do sono, alimentos contaminados e ainda aponta o cardápio ideal. Remo Susanna Jr. e Felipe Andrade Medeiros são os autores de “Nervo Óptico no Glaucoma”, da Cultura Médica, reimpresso em boa hora no ano passado. As alterações do disco óptico e da camada de fibras nervosas da retina são os principais assuntos tratados na obra. Como Remo Susanna Jr. destaca no prefácio, o diagnóstico precoce do glaucoma depende, fundamentalmente, da habilidade de reconhecer as alterações características que a doença produz no nervo óptico e nas camadas de fibras nervosas. O livro apresenta diversos casos clínicos com a discussão dos mesmos. Publicado pela Tecnol, indústria de armações e óculos de sol do Brasil, “História da Óptica no Brasil”, de José Moraes dos Santos Neto, historiador pela Unicamp, docente da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com texto em português e inglês, narra o desenvolvimento da óptica desde a Antiguidade, antes de abordar os óculos no Brasil. O aparecimento das primeiras ópticas no país e as mudanças ocorridas depois da Segunda Guerra Mundial também são destacados. Fartamente ilustrado, o livro resgata os principais anúncios de ópticas brasileiras, como os das já extintas Casa Masson, Lutz Ferrando e Ótica Fluminense. “O reino deste mundo”, do escritor cubano Alejo Carpentier, considerado um dos maiores autores latino-americanos, relançado pela Martins Fontes, em nova tradução, a cargo de Marcelo Tápia, é uma oportunidade de conhecer um pouco da história do primeiro governo negro e a primeira monarquia das Américas. O romance recria os acontecimentos que levaram à independência do Haiti, em 1803, sob a influência dos ideais da Revolução Francesa de 1798. Muito do Haiti de hoje, vivendo ainda sob os efeitos do terremoto que devastou o país, já pode ser antevisto nesse livro de 1949. 15 Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011 Liliana Werner: uma história de sucesso não planejado Autoridade mundial em lentes intraoculares, começou buscando especialização em retina Liliana Werner, brasileira de Manhuaçu, Minas Gerais, formada pela UFMG, é hoje uma referência internacional, trabalhando no mais destacado laboratório de pesquisas de lentes intraoculares do mundo, o John A. Moran Eye Center, University of Utah, em Salt Lake City. Apesar de suas inúmeras atividades, Liliana Werner respondeu prontamente ao International Corner. JBO- Favor traçar sua trajetória na oftalmologia. O que a levou a trabalhar/ morar no exterior? Liliana WernerMeu interesse pela oftalmologia começou nos últimos anos da Liliana Werner* Faculdade de Medicina na UFMG, quando passei pelo Hospital São Geraldo, do qual guardo boas lembranças. Quando estava terminando a residência no Hospital Felício Rocho tive grande interesse em fazer uma subespecialidade no exterior não só pelo enriquecimento profissional, mas também pela experiência de vida em geral que isto poderia representar. Nesta época, meu irmão mais velho, Heron Jr., já estava fazendo uma especialidade em Medicina Fetal em Paris, e eu já estudava francês na Alianca Francesa há pelo menos 5 anos. Através do Dr. Odair Guimarães, que tinha contatos na França, fui para Paris inicialmente com o intuito de passar 1 ou 2 anos e me especializar em retina. Uma vez em Paris, um dos professores do HôtelDieu, Jean-Marc Legeais, me falou que ele tinha um projeto muito interessante, inclusive com suporte financeiro, que se encaixaria muito bem em um programa de PhD de Biomateriais, e se eu tivesse interesse, ele seria então meu diretor de tese. Decidi participar deste programa, ligado à “Université René Descartes”, vendo nele uma grande oportunidade de enriquecer o meu currículo. Nesta época, minha irmã, Karina, estava em Paris cursando arquitetura, e meu outro irmão, Leonardo, também oftalmologista, estava também fazendo estágio no HôtelDieu. Meus pais passavam longas temporadas em Paris e assim estávamos em família. Tenho que ressaltar que todos nós tivemos excelentes oportunidades naquela cidade, e somos muito gratos à França por elas. Meu projeto de PhD, que durou 4 anos, era sobre modificações de superfície de materiais utilizados para a fabricação de lentes intraoculares para a cirurgia de catarata. Fiquei fascinada pelo fato de que estas lentes provavelmente representam os implantes artificiais mais utilizados em medicina, e que podem ficar no meio intraocular por várias décadas com biocompatibilidade apropriada. No último ano do programa, meu diretor de tese sugeriu que eu ficasse nos Estados Unidos pelo menos um ano, trabalhando no laboratório do Dr. David Apple, considerado o líder nesta área de pesquisa. Assim, defendi minha tese e fui para Charleston, na Carolina do Sul, onde comecei a trabalhar no laboratório do Dr. Apple e tive grandes oportunidades. Seis meses após o início do meu “fellowship”, ele foi diagnosticado com câncer. Como ele ficou afastado por vários períodos devido ao seu tratamento, fui acumulando mais e mais responsabilidades, e um ano mais tarde, minha posição já era de “Visiting Assistant Professor” na “Medical University of South Carolina” (promovida a “Assistant Professor” quando recebi o meu “green card”). O laboratório foi transferido para o John A. Moran Eye Center, University of Utah em Salt Lake City, dirigido pelo Dr. Randall Olson. Fui promovida a “Associate Professor” e, com a aposentadoria do Dr. Apple, atualmente dirijo o laboratório juntamente com o Dr. Nick Mamalis. De 2006 a 2008 eu morava em Salt Lake e em Berlim, na Alemanha por períodos de 3 meses. Em Berlim trabalhei com o Dr. Manfred Tetz, ajudando-o a desenvolver o “Berlin Eye Research Institute”, ao qual sou ainda associada. O que eu acho particularmente interessante na minha trajetória é que nada foi realmente planejado, apenas fui aproveitando todas as oportunidades que foram aparecendo ao longo do caminho. JBO- A senhora já trabalhou na Europa e atualmente está radicada nos Estados Unidos. Em relação ao seu trabalho, qual a diferença entre os dois? LW-Tanto a Europa quanto os Estados Unidos me proporcionaram oportunidades profissionais extremamente enriquecedoras. Com relação à área particular de desenvolvimento de lentes intraoculares, creio que a maior diferença está ligada aos órgãos que regulam ou aprovam o uso destas lentes. O processo na Europa (“CE mark”) não é tão estrito como o processo nos Estados Unidos (“FDA”). Assim, o intervalo entre a fase de avaliação pré-clínica de um implante intraocular e a sua disponibilidade no mercado para uso clínico é bem mais curto na Europa em comparação aos Estados Unidos. Em geral, mais tempo, e custos mais elevados estão associados ao processo de aprovação de uma lente intraocular para disponibilidade no mercado americano, assim, a variedade de implantes disponíveis no mercado europeu é bem maior. JBO- Como é o seu trabalho no mais destacado laboratório de pesquisas em lentes intraoculares do mundo? LW--A reputação do nosso laboratório nos coloca em uma posição bastante interessante. Trabalhamos no desenvolvimento de diferentes projetos em parceria com fabricantes de lentes do mundo inteiro, através de estudos in vitro, estudos experimentais em olhos de cadáver, modelos animais, etc. Assim, entramos em contato com protótipos de lentes que só serão conhecidos pela comunidade oftalmológica em geral vários anos após os nossos estudos. Uma outra linha de estudos interessante é possível devida a nossa Nossa entrevistada, por sugestão de Fernando Trindade, do conselho editorial do JBO, coeditor do International Corner, respondeu as perguntas abaixo em português e, apesar de sua natural preocupação, pois já não escreve muito na sua língua materna saiu-se muito bem, como os leitores podem conferir abaixo. parceria com bancos de olhos nos Estados Unidos, o que nos permite receber olhos pseudofácicos implantados com lentes diferentes. Quantas oportunidades temos em medicina de analisar diretamente um órgão inteiro, contendo um implante, e fazer isto em um grande número de órgãos implantados em épocas diferentes? O número de informações que podemos obter a partir destes estudos é inestimável. Pelo menos dois estudos sobre mais de 500 olhos analisados recentemente serão publicados em breve no “Journal of Cataract and Refractive Surgery”. Grande parte do nosso tempo é também dedicado a análises de lentes intraoculares que foram explantadas por causa de problemas diferentes. Este trabalho é um dos meus favoritos, já que recebemos lentes enviadas por cirurgiões do mundo inteiro (ontem, dia 3/3/11, registrei a lente de número 6321!), e assim temos a oportunidade de colaborar com estes colegas (inclusive vários colegas brasileiros), e muitas vezes até publicar artigos em colaboração. Os professores do Moran Eye Center em geral têm grande participação em sociedades profissionais, tais como a “American Society of Cataract and Refractive Surgery” (atualmente sou membro do comitê de educação médica contínua, e juiza do festival de vídeo), e a “American Academy of Ophthalmology” (fui membro do comitê de catarata de 2004 a 2009). O aspecto internacional do nosso trabalho tambem nos dá a grande oportunidade de fazer apresentações científicas em congressos internacionais no mundo inteiro, interagindo com colegas estrangeiros e criando novas colaborações, o que considero precioso. Meu trabalho já me levou para pelo menos 19 países nos últimos anos. Finalmente, grande parte do nosso tempo é tambem dedicada à publicação de artigos relatando nossos achados, e também participando em comitês de edição de jornais científicos, servindo como revisores, etc. JBO- Quais são as características que a lente intraocular considerada ideal deve ter? LW-Existem vários aspectos que podem ser considerados quando definimos o que é uma lente intraocular ideal, inclusive conceitos mais modernos como a propriedade de ser inserida através de incisões muito pequenas, preservar o mecanismo de acomodação, etc. No entanto, em termos anatômicos básicos e gerais, a lente intraocular ideal deve ser fabricada a partir de um biomaterial com apropriada biocompatibilidade uveal e capsular, e em um desenho que seja apropriado para o seu sítio de implante. Por exemplo, uma lente que pode estar associada a resultados excelentes quando implantada no saco capsular, pode causar problemas sérios quando implantada no sulco ciliar, se seu desenho não for apropriado para esta localização. O biomaterial utilizado para a fabricação da lente também deve permanecer estável no meio intraocular a longo prazo, não sofrendo processos de opacificação ou degradação. JBO- Qual a sua opinião sobre a nova geração de lentes intraoculares acomodativas? LW-Esta realmente é a nova fronteira em lentes intraoculares, representando a maioria dos projetos experimentais com os quais trabalhamos atualmente no nosso laboratório, inclusive avaliando novos conceitos extremamente criativos. Já existem algumas lentes acomodativas no mercado com resultados interessantes. Tenho mais experiência com a lente Synchrony (fabricada pela Visiogen, que provavelmente será aprovada pelo FDA este ano), já que trabalhamos no desenvolvimento deste projeto desde 2001, sendo também membro do comitê científico da companhia. Ainda existem alguns aspectos do fenômeno de acomodação do olho humano a serem completamente elucidados, e creio que isto levará ao desenvolvimento de lentes acomodativas ainda mais eficazes. O desenvolvimento destas lentes também tem estimulado muito a pesquisa sobre prevenção de qualquer forma de fibrose/opacificação no saco capsular, o que também representa uma área de grande interesse para o nosso trabalho. JBO- Com qual frequência e o que gosta de fazer quando vem ao Brasil? LW-Tenho tido a oportunidade de ser convidada para participar em diferentes congressos de oftalmologia no Brasil nos últimos anos, o que aprecio imensamente. Além disso, em geral vou ao Brasil pelo menos uma vez por ano para visitar minha família, inclusive meus avós maternos e avó paterna, que já estão com mais de 90 anos, mas ainda gozam de uma saúde relativamente boa. O que mais gosto de fazer no Brasil é relaxar na praia com a minha família, geralmente em Guarapari no Espírito Santo, aonde sempre nos encontramos com amigos de vários anos. Também sempre gosto de passar algum tempo na nossa bonita região de montanhas e cafezais (minha cidade é Manhuaçu, perto da serra do Caparaó), visitar Belo Horizonte onde morei por vários anos, e passear pelas cidades históricas, como Ouro Preto, etc. *Professora associada do John A. Moran Eye Center, University of Utah, em Salt Lake City, dirige, juntamente com o Dr. Nick Mamalis, o laborarório de pesquisas de lentes intraoculares da instituição.Membro do comitê de educação médica contínua e membro do júri do festival de vídeo da American Society of Cataract and Refractive Surgery 16 JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia 17 Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011 Fotos divulgação Glaucoma, tema do Fórum de Atualização em Oftalmologia do CBC, com apoio da SBO Organizado por Miguel Padilha, diretor da Seção de Oftalmologia do Núcleo Central do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), e coordenado por Diogo Lucena, realizou-se no dia 19 de março o Fórum de Atualização em Glaucoma com o apoio institucional da SBO. O encontro, que teve como convidado especial Roberto Vessani, professor da Unifesp, reuniu mais de 100 inscritos e 18 palestrantes dos mais diversos Serviços de Oftalmologia do Rio e de Juiz de Fora, que abordaram vários aspectos clínicos e cirúrgicos do glaucoma. O prof. Roberto Vessani abordou temas como combinação de drogas no tratamento do glaucoma, indicações de trabeculectomia e causas de insucesso e falência deste procedimento. Os demais palestrantes foram: do Rio de Janeiro: Claudia Bastos, Cristina Mathias, Diogo Lucena, Giovanni Colombini, Larissa M.Doi, Luiza Aguiar, Marcelo Kac, Marcelo Palis, Marcus Durante o jantar de confraternização, Flávio Rezende abraçado a Tadeu Cvintal, sempre presente aos simpósios de Maringá, e Emanuel Duque da Bárbara Edna Almodin, coordenadora do encontro, que já é um marco no calendário oftalmológico brasileiro, com Flávio Rezende, também presença certa nos Simpósios XII Simpósio Internacional de Atualização em Oftalmologia de Maringá, no Paraná Da esquerda para a direita, Diogo Lucena, Miguel Padilha, Giovanni Colombini. Na segunda fila: Sérgio Meirelles, Roberto Vessani, Michael Bethlem, Marcus Safady Safady, Maria Vitória M. Brasil, Michel Bethlem, Riuitiro Yamane, Sérgio Meirelles, De Juiz de Fora compareceram os palestrantes Ricardo Palleta Guedes e Vanessa Paletta Guedes. Steve Arshinoff (Canadá) e Martim Uram (EUA) foram os dois convidados internacionais do XII Simpósio Internacional de Atualização em Oftalmologia de Maringá (PR), coordenado por Edna Almodin. Promovido de 17 a 19 de fevereiro passado pelo Departamento de Oftalmologia da Sociedade Médica de Maringá, o encontro contou com o apoio da SBO, SBCR, SBCII, SBAO, Soblec, APO e SMM. Um dos pontos alto do XII Simpósio, quando também foi feita uma homena- gem ao oftalmologista norte-americano Jack Singer, que faleceu no início do ano, foi a discussão sobre extração de lente refrativa, da qual participaram André Gomes, Flávio Rezende, Gilberto Boechat, Marcelo Fonseca, Paulo Fadel, Sergio Kandelman e Steve Arshinoff. Durante o simpósio houve cirurgias ao vivo com Excimer Laser e de catarata. Foi oferecido um jantar de confraternização aos participantes, brindados com um show da Orquestra do Cesumar. A festa brasileira em San Diego, durante o congresso da ASCRS Remo Susanna Jr. premiado com o International Scholar Award pela American Glaucoma Society (Sociedade Americana de Glaucoma) Contribuição à pesquisa mundial sobre glaucoma Professor de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da USP,Remo Susanna Jr. é a segunda personalidade no mundo a receber o título “Estudioso Internacional” (em inglês International Scholar Award) da American Glaucoma Society (ASG). Segundo a entidade, a premiação é uma forma de demonstrar o reconhecimento e a gratidão por “uma vida de contribuições à pesquisa sobre glaucoma, educação, cuidados com os pacientes e colaboração internacional”. A entrega do prêmio será em março de 2012, durante o 22º encontro anual da ASG, em Nova York (EUA). Em 2012, residência em Aracaju, Sergipe Mário Ursulino, presidente da Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia (SBAO), informou que a partir de 2012, Aracaju, Sergipe, deixará de ser a única capital nordestina sem residência em oftalmologia. Segundo Mário Ursulino, o CBO credenciou o Hospital de Olhos de Sergipe, cujo Serviço de Oftalmologia ele dirige. A coordenação da nova residência será de Gustavo Melo. E caberá a Allan Luz a função de preceptor. A cada ano aumenta o número de participantes brasileiros nos eventos da ASCRS (American Academy of Cataract and Refractive Surgery), sempre realizados em abril. O congresso do próximo ano será em Chicago, o de 2013 em São Francisco e o de 2014 em Boston. E certamente o número de brasileiros tende a aumentar na avaliação de vários participantes deste ano, veteranos de muitos anos. Eles creditam esse crescimento principalmente ao aumento do número de oftalmologistas que se formam no Brasil, e No evento da ASCRS em San Diego, Paulo Nakamura, Armando Crema, 1º secretário da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, com o ex-presidente Yoshifumi Yamane a escolha das cirurgias de catarata e implantes intraoculares e refrativa com áreas de interesse. Com a entrada no mercado das lentes intraoculares acomodativas, o campo de atuação cresce ainda mais, na avaliação “da velha guarda de oftalmologistas brasileiros, que desbravou o terreno para a nova geração”. Os oftalmologistas mais jovens levaram para o encontro deste ano, em San Diego, o clima de festa usual nos congressos brasileiros, principalmente depois da divulgação das premiações. (Leia na página 18) Parte da nova geração brasileira de oftalmologistas, com Cristiane Nakamura, Celso Takashi Nakano, Ramon Ghanem e Iris Yamane, em primeiro plano Eleita dia 6/4, nova diretoria da Cooeso-RJ, que tem Frederico Pena na presidência Em assembleia realizada no dia 6 de abril último, tomou posse a nova diretoria do Cooeso-RJ, para cumprir mandato de dois anos. Após nove anos à frente da Cooeso-RJ, Nelson Louzada passou o cargo para Frederico Pena, um dos mais importantes colaboradores da entidade. A nova diretoria está constituída por: Frederico Pena- diretor presiden- te; Oswaldo Moura Brasil- diretor financeiro; Israel Rozenberg-diretor secretário; Armando Crema- diretor administrativo; Beatriz Bandeira- diretora interinstitucional. No conselho fiscal, efetivos: Samuel Cukierman, Paulo César Fontes e Nelson Louzada; suplentes: Renato Ambrósio Jr., Carlos Fernando Ferreira e Ruth Cytrynbaum. Da esquerda para a direita, Eduardo Damasceno, Giovanni Colombini, Guilherme Herzog, Ricardo Reis, Raul Vianna, Armando Crema, Maurício Pereira e Marcelo Palis Ricardo Reis defende tese de mestrado na UFF “Estudo prospectivo randomizado do posicionamento palbebral superior pósfacoemulsificação comparação entre anestesia tópica e peribulbar” foi o tema da tese de mestrado, aprovada por unanimidade, defendida por Ricardo Reis na Universidade Federal Fluminense (UFF) em 29 de janeiro de 2011. Raul Vianna foi o orientador da tese e Guilherme Herzog o coorientador. Participaram: Armando Crema, Eduardo Damasceno, Giovanni Colombini, Guilherme Herzog, Marcelo Palis e Maurício Pereira. Conheça o site da Fundação do Rim Já está no ar o portal da Fundação do Rio, entidade multidisciplinar sem fins lucrativos, que funciona na Rua Real Grandeza, 139- salas 605/606- Botafogo- Rio de Janeiro. O telefone é 55-21-2286-8037. O portal www.fundacaodorim.com.br traz informações gerais sobre as atividades desenvolvidas desde 2005. O Dia Mundial do Rim foi em 15/3, mas comemorado no dia 10/3. O tema deste ano foi “Proteja seu rim, salve seu coração”. A Fundação do Rim é presidida por: Lívia Guedes. 18 JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia SBCII e SBCR brilham no congresso da ASCRS A estrela do Brasil mais uma vez brilhou no encontro da ASCRS, em março passado na cidade de San Diego, Califórnia (EUA). Mais de 300 oftalmologistas brasileiros participaram do encontro, repetindo o que vem acontecendo nos últimos anos, quando a delegação brasileira é sempre a maior, depois da norte-americana. Neste ano, no Festival de Vídeos do Congresso da ASCRS, os brasileiros receberam 3 prêmios: 1º lugarRamon Ghanem (SC)- New Producers; Celso Takashi Nakano (SP)- Runner Up-New Producers, e Renato Ambrósio Jr.- Runner Up-New Producers. Marcella Salomão e Frederico Guerra (RJ) receberam os prêmios de melhor Pôster nas categorias de Córnea e Refrativa, respectivamente. O curso “O melhor da ASCRS em Português”, organizado pela Brazilian Society of Cataract and Refractive Surgery (BRASCRS), forma pela qual as Sociedades Brasileiras de Catarata e Implantes Intraoculares e de Cirurgia Refrativa vão ser divulgadas no exterior, reuniu cerca de 100 participantes. A partir deste ano, o encontro brasileiro passou a ser chamado “O melhor da ASCRS pela BRASCRS” e representa o reconhecimento da importância do Brasil pela direção da American Society of Cataract and Refractive Surgery, conforme destaca Carlos Gabriel de Figueiredo, ex-presidente da SBCII, atualmente diretor de vídeos, organizador do evento em San Diego. - Como iniciador dos encontros, em 2001, quando presidi a SBCII, gostaria de deixar o agradecimento de nossas sociedades a duas pessoas fundamentais para que este curso continuasse por todo este tempo: Flávio Rezende e Renato Ambrósio, destaca Carlos Gabriel, ressaltando também a contribuição de Walton Nosé, presidente da SBCR na época. Para Carlos Gabriel de Figueiredo merece ainda destaque a colaboração da turma “ASCRS jovem”, responsável pelo alto padrão atingido pelo curso. Parte dos 100 brasileiros que participaram do curso “O melhor da ASCRS pela BRASCRS (Brazilian Society of Cataracat and Refractive Surgery), identidade da SBCII e SBCR no exterior. No total, mais de 300 oftalmologistas brasileiros estiveram no Congresso da ASCRS em San Diego, na Califórnia. Delegação brasileira foi a maior depois da norte-americana Renato Ambrósio Jr, um dos vencedores do Festival de Vídeos Carlos Gabriel de Figueiredo, Newton Andrade, presidente da SBCR, e Armando Crema durante o curso “O melhor da ASCRS em português”, que começou em 2001 Celso Takashi Nakano e Ramon Ghanem ladeando Liliana Werner, da ASCRS, uma das julgadoras do Festival de Vídeos 21 Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011 Projeto Prazer em Ver entrega óculos a 296 crianças da rede municipal de Niterói (RJ) Mário Motta e presidente da Uaderj participam de programa de TV em prol do jovem diabético Com o objetivo de divulgar o Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes, o ex-presidente da SBO, Mário Motta, e a presidente da União das Associações de Diabéticos do Estado do Rio de Janeiro (Uaderj), Solange Travassos, participaram de uma entrevista com o deputado estadual Nilton Salomão, da comissão da Saúde, na TV ALERJ, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Na entrevista, gravada no dia 3 de março passado e veiculada no mesmo dia às 18h20, no dia 5 de março, às 21h, e no dia 6 de março, às 12h30, Mário Motta e Solange Travassos apresentaram estatísticas referentes aos casos de jovens com diabetes (estima-se que cerca de 7.200 in- divíduos tenham dificuldade em conseguir acompanhamento e tratamento oftalmológico) e o agravo da doença, tendo como um dos resultados a retinopatia diabética, que pode levar à cegueira.. Solange Travassos detalhou o Projeto e a forma de como o diabético menor de 30 anos pode ser atendido pelo programa, que prevê consultas gratuitas com oftalmologistas da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Mário Motta, sob cuja gestão o programa começou a ser delineado, abordou as dificuldades da fidelização do jovem diabético na rede hospitalar pública. No final, o deputado estadual Nilton Salomão reafirmou seu emprenho em prol do projeto na Assembleia Legislativa. Solange Travassos e Mário Motta, à direita, com o deputado estadual Nilton Salomão, durante a entrevista da TV ALERJ para mostrar a importância do diagnóstico precoce para reduzir a incidência de casos graves de retinopatia diabética Mais uma etapa do Projeto Prazer em Ver, promovido pela rede municipal de educação de Niterói (RJ) foi concluída com a entrega de óculos a 296 alunos de 6 a 8 anos de idade com dificuldades visuais. O processo foi iniciado no período letivo de 2010, com uma avaliação prévia oftalmológica em 8.518 crianças, através da capacitação de profissionais das escolas pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia. O projeto é resultado de um convênio firmado com a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) e o Instituto Brasileiro de Assistência e Pesquisa (Ibap).Após 640 atendimentos em 42 unidades da rede municipal de Niterói, os alunos foram encaminhados para avaliação na Clínica Médica Oftalmológica Clinop, vinculada ao Ibap. Em 2011, a previsão é atender cerca de 1.300 crianças, segundo a coordenadora de Educação em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Niterói, Dayse Chicre. Da direita para a esquerda, Leonardo Magalhães (Ibap-Cepoa), Jacqueline Provenzano (Cepoa), João Diniz (SBO), Rodrigo Pegado (Ibap), Dayse Chicre (Secretaria Municipal de Saúde de Niterói) e Sergio Ricardo de Almeida (Loterj) após a entrega dos óculos às 296 crianças de 42 unidades da rede municipal de Niterói. A triagem inicial foi feita pelos prórprios docentes Hiroshi Suzuki, ceo global da Hoya, passa 3 dias no Rio Neto do fundador da Hoya e há 10 anos ceo global da Hoya, que inclui a Hoya Vision Care, a Hoya Eletronics e a Pentax Corporation, Hisoshi Suzuki esteve no Rio de Janeiro durante três dias com o objetivo de discutir com a Hoya Brasil o planejamento do futuro da empresa no país. Na ocasião, ele visitou as obras de expansão do Hoya Lab Brasil no Rio de Janeiro, que devem ficar prontas em dezembro de 2011. As obras de expansão adicionarão mais 6 mil m2 à área já construída. Em primeiro plano, Hiroshi Suzuki, Carlos Bessa, diretor geral da Hoya Brasi, atrás, Luiz Voss, diretor da Hoya Brasil, e Fernando Casinha, diretor da Hoya Argentina 22 JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia Consultor acadêmico da SBO recebe título de Sócio Honorário Representando o presidente Aderbal Alves Jr., Gilberto dos Passos, secretário geral da SBO, entregou o título de Sócio Honorário da Sociedade Brasileira de Oftalmologia ao padre João Medeiros, que há 20 anos presta assessoria e consultoria especializada à entidade. A cerimônia foi por ocasião da posse do padre João Medeiros na Academia Norte-Riograndense de Letras, em Natal, no dia 15 de março último. -Através de seus conhecimentos técnicos e científicos, padre Medeiros tem conciliado os interesses das diferentes correntes oftalmológicas, unindo saber e humanismo, dirimindo dúvidas e aniquilando idiossincrasias. Ele nos ajudou a implantar no Rio de Janeiro um curso de pós-graduação em oftalmologia de alto nível, reconhecido pelo MEC, afirmou Gilberto dos Passos em seu discurso. Gilberto dos Passos lembrou ainda, a declaração do prof. Nélson Maculan, exSecretário de Educação Superior do Ministério da Educação, para quem o padre João Medeiros é um dos poucos conhecedores da legislação do ensino superior do país. Sacerdote há 46 anos, padre Medeiros é potiguar de Jucurutu, bacharel e licenciado em Filosofia e Teologia pela Universidade de Louvain, Bélgica. Mestre em Teologia, Ciências Sociais e Comunicação também pela Universidade de Louvain, doutor em Comunicação pela UFRJ. Já ocupou diversos cargos no serviço público federal, nos Ministérios da Educação, da Cultura, Ciência e Tecnologia. Atualmente, a pedido da Conferência Nacional dos Bispos, Regional Nordeste II, implanta cursos de Teologia autorizados e reconhecidos pelo MEC. Possui 22 livros publicados e centenas de artigos científicos. É especialista em legislação educacional, prestando assessoria até mesmo a magistrados. Padre João Medeiros com o título de Sócio Honorário da Sociedade Brasileira de Oftalmologia entregue por Gilberto dos Passos, à direita Jack Singer ( 1956-2011) Aos 56 anos incompletos, em plena capacidade de trabalho, faleceu no dia 6 de janeiro de 2011, Jack Singer, o primeiro entrevistado da seção International Corner, convidado por Fernando Trindade, do conselho editorial do JBO, e de quem partiu a sugestão da coluna. Sua entrevista foi publicada na edição 135 do JBO (setembro-outubro 2009). Jack Singer era uma referência mundial em lentes intraoculares acomodativas, estudioso da correção cirúrgica da presbiopia que, na sua opinião, conforme destacou em entrevista ao International Corner, exige um misto de arte e ciência. Profissional de reconhecida ética e competência, que deixou uma grande contribuição para a queda de patente médica nos Estados Unidos, ele era um apaixonado pelo Brasil, onde esteve 12 vezes e fez inúmeros amigos. Nascido em 23 de novembro de 1955, no Brooklyn, Nova York, Jack Singer faleceu na cidade de Randolph,Vermont, onde desde 2003 mantinha a sua clínica, a Singer Eye Center. Ele desenvolveu a “frown incision” (incisão de sorriso invertido, parecida com um U de cabeça para baixo) para a cirurgia de catarata. Membro do conselho editorial de diversas publicações científicas, defensor ardente da vídeo educação em oftalmologia, Jack Jack Singer Singer contribuiu muito para o sucesso dos festivais de filmes da ASCRS. Além de viajar, Jack Singer gostava de praticar windsurf, canoísmo, moutain bike. Em música era apaixonado por Pink Floyd e jazz. A pedido de Warren E. Hill, um dos amigos mais próximos de Jack Singer, Fernando Trindade escreveu uma mensagem em nome dos colegas brasileiros, que foi lida por ocasião da homenagem em sua memória no Oregon, onde mora sua irmã Ellen Singer. Além dos inúmeros amigos e colegas, esteve presente Edna Almodin, que no último Simpósio de Maringá também o homenageou. Jack Singer deixou dois filhos: Adam Singer e Ruthie E. Singer. Tecnol investe nas Prime Lens Para a produção da Prime Lens Free Form, a Tecnol, maior fabricante de armações e óculos de sol do Brasil, investiu em um sistema fabril de última geração, utilizando a tecnologia alemã da Satisloh, e firmou parceria com Fabio Zanchetta, fundador e diretor da Cristal Color e da Free Form Solutions. Mudanças na CooperVision Sebastian Arias assumiu a gerência geral para a América Latina da CooperVision, onde atuava desde 2005 como gerente geral do Brasil, cargo agora ocupado por Gerson Crespi, anteriormente responsável pelas operações das áreas comercial e marketing da subsidiária brasileira. Seleciona-se oftalmologistas- clínica de oftalmologia na Barra da Tijuca (RJ) seleciona médicos oftalmologistas para atendimento (consultas e exames).Informações: Stephanny ( das 8 às 17h) pelo celular (21) 8800-7022. Renomado instituto de visão de Ribeirão Preto (SP)-tem vaga para médico oftalmologista.Informações e envio de currículos para o e-mail [email protected] Vaga para oftalmologista-clínica em Campo Grande (zona oeste do Rio) precisa de oftalmologista para atender convênios e pacientes particulares. Entrar em contato com Alessandra pelos telefones (21) 7875-8481/ 3394-1046/ 2415-1063. Médico oftalmologista para São João de Meriti e Tijuca (RJ)-Clínica de Olhos Matriz, na Rua Antonio Teles de Menezes, 41/sl 305, e Hospital São Victor, na Rua Uruguai, 231, procuram médico oftalmologista. Contatar Dr. Ribamar pelo celular (21) 7856-2576. Oftalmologista para Baixada Fluminense (RJ)- clínica oftalmológica no centro de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), com grande fluxo de pacientes e exames, contrata oftalmologista. Os interessados devem enviar currículo para [email protected] Sala para alugar- clínica aluga sala para oftalmologista. Informações: [email protected] Vende-se-refrator Greens Bausch & Lomb cilindro negativo em excelentes condições, pintura e lentes em perfeito estado, acompanhado dos pares de lentes auxiliares. Ótimo valor: R$ 4.500,00. Interessados devem entrar em contato por e-mail [email protected] A coluna Olho Vivo é exclusiva para os associados da SBO. Para anunciar enviar o texto para a Sociedade Brasileira de Oftalmologia ou pelo fax (21) 2205-2240 ou e-mail: [email protected]. A publicação é gratuita. Os anúncios devem ser concisos e com informações precisas. A SBO não se responsabiliza pelas informações divulgadas, que devem ser conferidas pelas partes interessadas. 23 Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011 SBO Tempo e Memória João Diniz Sessões científicas contribuem para o fortalecimento da SBO As sessões científicas ordinárias, realizadas anualmente pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia na última 5ª feira de cada mês, fazem parte do programa de cada diretoria e são decididas na primeira reunião dos diretores recém-empossados. As sessões extraordinárias para palestras não têm dia determinado. Esta é uma tradição que começou com a ideia da criação da SBO pelo prof. Abreu Fialho em 13/10/1918, só concretizada em 6/9/22 sob o nome de Sociedade Brazileira de Ophthalmologia e Otorhinolaryngologia, tornando-se depois Sociedade Brasileira de Oftalmologia. No início foi muito operosa com reuniões bimensais (RBO275:3,1972). Mas houve uma interrupção, só sendo revitalizada em 1932, graças ao entusiasmo do Dr. Hermínio Conde, conforme relato do prof. Abreu Fialho (RBO-1942, pag.104) e do prof. Joviano de Rezende Filho em ata de 29/09/1979 feita pelo Dr. Evaldo Campos. A realização dessas sessões científicas fortaleceu muito a Sociedade Brasileira de Oftalmologia congregando em suas atividades oftalmologistas de todos os serviços do Rio de Janeiro, bem como, recebendo um grande número de oftalmologistas do Brasil e do exterior que a engrandeceram com suas magníficas apresentações. As sessões científicas, juntamente com os cursos, congressos, biblioteca, RBO e JBO, são o carro chefe da SBO. Estas sessões eram realizadas no 10o andar, da Policlínica Geral do Rio de Janeiro (Av. Nilo Peçanha, 38), na Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (Av. Mem de Sá, 197), no 1o andar, Auditório Nobre do Hospital da Cruz Vermelha (Pra- ça Cruz Vermelha, 12) e depois de dezembro de 1973 passaram para atual sede situada à Rua São Salvador, 107, Laranjeiras Estou na Sociedade desde abril de 1956 e vi muitas dezenas de ilustres professores nacionais e internacionais que a brindaram e brindam com suas extraordinárias conferências. Cito alguns nomes brasileiros que passaram pela SBO em sessões memoráveis: professores Hilton Rocha, Joviano de Rezende Filho, Ivo Corrêa Meyer, Sylvio Abreu Fialho, Antonio Paulo Filho, Paulo Pimentel, José de Almeida Rebouças,Werther Duque Estrada, Clovis Paiva, Moacyr E. Alvaro, Renato de Toledo, Luiz Eurico Ferreira, Paulo Braga Magalhães, Prof. Almiro Azeredo, Prof. Paiva Gonçalves, Prof. Paiva Gonçalves Filho, Antonio Giardulli.E também os professores Adalmir Morterá Dantas, Heitor Marback, Roberto Marback, Humberto de Castro Lima, Nassim Calixto, Osvaldo Cardoso de Melo e Carlos Augusto Moreira. Do exterior, vieram, entre outros, os professores José Ignácio Barraquer (Colômbia), Alberto Ciância, Alejandro Salleras, Roberto Sampaolesi, Henrique Malbran (Argentina), Hermenegildo Arruga, Alfonso Yepes Castañera Pueyo, Alfredo Muiños (Espanha), Louis Girard, Charles Schepens, Frank Polack, Robert Sinskey, Gunter voon Nordem, Lorens Zimermann, Daniel Kirby (Estados Unidos), Jules François (Bélgica), John Clarck Mustarde (Escócia). Miguel Bournier (brasileiro radicado no Canadá), são alguns estrangeiros que aqui estiveram. Em longo trabalho que já está sendo elaborado, publicaremos seus nomes e palestras ministradas. Fotos Arquivo SBO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Sessão realizada em 1953 posse da diretoria do Dr. Joviano de Rezende Filho como presidente, no Auditório Nobre da Policlínica Geral do Rio de Janeiro 1 - Professores Sylvio Abreu Fialho (RJ) e Hilton Rocha (MG), 2 - Professor Werther Duque Estrada (RJ), 3 Professor Paiva Gonçalves (RJ), 4 - Professor José de Almeida Rebouças (ES), 5 - Professor Almiro Pinto de Azeredo (RJ), 6 - Professor Antonio Paulo Filho (RJ), 7 Professor Paulo Pimentel (RJ), 8 - Professor Luiz Eurico Ferreira (RJ), 9 - Professor Jonas de Arruda (RJ), 10 Professor Carlos Augusto Moreira (PR), 11 - Professor Joviano de Rezende Filho (RJ), 12 - Professor Paiva Gonçalves Filho (RJ), 13 - Professor Antonio Giardulli (RJ), 14 - Professor Miguel Burnier (Canadá), 15 - Professor Osvaldo Cardoso de Melo (RJ), 16 - Professor Nassim Calixto (MG), 17 - Professor Alberto Ciancia (Argentina), 18 - Professor Heitor Marback (BA) Posse da diretoria 1955 da diretoria do Dr. Evaldo Campos como presidente, também no Auditório Nobre da Policlínica Geral do Rio de Janeiro Fontes: Livros de Atas da SBO, Revista Brasileira de Oftalmologia, Jornal Brasileiro de Oftalmologia, arquivos iconográficos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. 25 Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011 Carteira de sócio da SBO dá direito a desconto Estabelecimentos comerciais conveniados, em diversos pontos do país, oferecem taxas reduzidas ócios em dia com a anuidade de 2011 podem usufruir de vários benefícios. Um deles são os convênios com os estabelecimentos comerciais parceiros da SBO, distribuídos por vários estados, que oferecem descontos ou taxas reduzidas. Basta apresentar a carteira de sócio e um documento de identidade. Periodicamente o JBO publica a relação dos estabelecimentos conveniados à SBO, que também pode ser acessada no portal www.sboportal.org.br Aproveite mais essa vantagem que a SBO oferece aos seus associados. S BAHIA Salvador ■ Golden Park Hotel Av. Manoel Dias e Silva, 979 - Pituba – Salvador – BA CEP: 41830-000 - Tel.: (71) 2201-5622 Reservas: 2201-5613/5621 [email protected] www.goldenparkhotel.com.br Desconto: 10% CEARÁ Fortaleza ■ A Samburá Praia Hotel LTDA. Av. Beira Mar, 4530 - Mucuripe - Fortaleza - CE CEP 60165-121 - Telefax. 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João Fernandes, s/n. João Fernandes – Búzios – RJ CEP 28950-000 - Tel (22)2623-2245 / 2623-2923 (fax) [email protected] www.colonnas.com.br Desconto: 10% ■ Hotel Atlântico Búzios Convention & Resort Estrada da Usina, 294 Armação de Búzios – Rio de Janeiro – RJ CEP 28950-000 Tel (22)2620-8850 / 2630-8851 (fax) www.redeatlantico.com.br [email protected] Tarifa Especial Nova Friburgo Rio Bonito ■ Hotel Fazenda Pedras Negras Estrada de Lavras – Lavras – Rio Bonito – RJ CEP 28800-000 Tels.: 21-3634-8855 / Fax 21- 3634-8649 [email protected] www.pedrasnegras.com.br Desconto de 10% Rio de Janeiro ■ Restaurante Turino Ltda. Av. Armando Lombardi,350 Deck Shopping Barrapoint – Barra da Tijuca CEP 22640020 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21)2491-6462 / Fax: (21) 2491-3429 [email protected] www.turino.com.br Desconto de 20% ■ Ipanema Plaza Hotel Rua Farme de Amoedo, 34 Ipanema - Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21)3687-2000/ Fax: (21) 3687-2001 [email protected] www.ipanemaplaza.com Tarifa Especial ■ Windsor Atlantica Hotel Av. Atlântica 1020 - Copacabana Tel.(21) 2195.7800 [email protected] Desconto balcão de 30% ■ Windsor Astúrias Rua Senador Dantas, 14 - Cinelândia Tel.: (21) 2195-1500 [email protected] Desconto balcão de 30% ■ Windsor Barra Hotel & Congressos Av. Sernambetiba, 2630 - Barra da Tijuca Cep: 22620-172 Tel.: (21) 2195-5000 Fax: (21) 2195-5050 [email protected] Desconto balcão de 30% ■ Windsor Excelsior Hotel Av. Atlântica, 1800 - Copacabana CEP: 22021-001 Tel.: (21) 2195-5800 - Fax: (21) 2257-1850 [email protected] Desconto balcão de 30% ■ Windsor Flórida Hotel Rua Ferreira Viana, 69 - Flamengo CEP: 22210 -040 Tel.: (21) 2195-6800 Fax: (21) 2285-5777 [email protected] Desconto balcão de 30% ■ Windsor Guanabara Hotel Av. Presidente Vargas, 392 - Centro CEP: 22071-000 Tel.: (21) 2195-6000 Fax: (21) 2516-1582 [email protected] Desconto balcão de 30% ■ Windsor Miramar Hotel Av. Atlântica, 3668 - Copacabana CEP: 22070-001 Tel.: (21) 2195-6200 Fax: (21) 2521-3294 [email protected] Desconto balcão de 30% ■ Windsor Plaza Hotel Av. Princesa Isabel, 263 - Copacabana CEP: 22011-010 Tel.: (21) 2195-5500 Fax: (21) 2543-8071 [email protected] Desconto balcão de 30% ■ Windsor Palace Hotel Rua Domingos Ferreira, 6 - Copacabana CEP: 22050-010 Tel.: (21) 2195-6600 Fax: (21) 2549-9373 [email protected] Desconto balcão de 30% ■ Windsor Martinique Hotel Rua Sá Ferreira, 30 - Copacabana Cep: 22071-100 Tel.: (21) 2195-5200 Fax: (21) 2195-5222 [email protected] Desconto balcão de 30% ■ Biovision Produtos Oftalmológicos Ltda Av. Presidente Vargas, 1733 Sl. 206 CEP 20310-030 – Centro – Rio de Janeiro – RJ Tels.: (21) 8151-5153 / 7892-6626 / Fax (21) 2221-5126 [email protected] www.biovision.com.br Desconto de 5% (Consertos, reforma e manutenção, não aplicável as peças, acessórios e equipamentos) ■ WGS informática Ltda. Av. Visconde de Santa Isabel, 186/602 Vila Isabel – Rio de Janeiro CEP: 20560-120 - RJ Tel/Fax.: (21)3172-2503 / 7813-1734 [email protected] www.wgs.com.br Desconto balcão de 40% (Manutenção de hardware, micro, monitores e impressoras; projeto e instalação de redes cabeadas e wireless; instalação de câmeras de segurança, com monitoramento via web; desenvolvimento de sistemas ma web) ■ Churrascaria Rodízio Monchique Av. N.S. Copacabana, 796 CEP 22050-000 Rio de Janeiro - RJ (21) 2548-5140 www.monchique.com.br Desconto de 10% ■ Le Terrazze D. Roma Restaurante Ltda. (Churrascaria Carretão) Rua: Ronaldo de Carvalho, Nº 55 Lj. A-B Lido – Copacabana – Rio de Janeiro – RJ CEP 22021-020 Telefax. (21)2543-2666 www.carretao.com.br [email protected] Desconto: 10% ■ Hotel Astoria Copacabana Rua: República do Peru, 345 Copacabana – Rio de Janeiro – RJ (21)2545-9090 / 2256-1735 (fax) www.redeatlantico.com.br [email protected] Tarifa Especial ■ Hotel Astoria Palace Av. Atlântica, 1.866 Copacabana – Rio de Janeiro – RJ (21)2545-9550 www.redeatlantico.com.br [email protected] Tarifa Especial ■ Hotel Bandeirantes Rua: Barata Ribeiro, 548 Copacabana – Rio de Janeiro – RJ (21)2548-0011 / 2235-7941 (fax) www.redeatlantico.com.br [email protected] Tarifa Especial. ■ Hotel Atlântico Copacabana Rua: Siqueira Campos, 90 Copacabana – Rio de Janeiro – RJ (21)2548-0011 / 2235-7941 (fax) www.redeatlantico.com.br [email protected] Tarifa Especial ■ Amazon Travel – Agencia de Viagens e Turismo Rua Santa Clara, 33 SL. 1214 Copacabana – Rio de Janeiro – RJ CEP 22041-010 [email protected] Desconto 5% ■ Hotel Fazenda do Rochedo Rua: Desembargador Isidro, 40 Sl. 203 Tijuca – Rio de Janeiro – RJ CEP 20521-160 (21)2288-3897 / 2268-2510 / 2208-6691 (fax) www.hotelrochedo.com.br [email protected] Pagamento a vista: 10% e isenção da taxa de serviço. Pagamento a prazo: Isenção da taxa de serviço 10% ■ Copacabana Praia Hotel S/A Rua: Francisco Otaviano, 30 Copacabana – Rio de Janeiro – RJ Cep.: 22080-040 Tels.: (21) 3505-5555 / Fax: (21) 2287-3344 www.copacabanapraiahotel.com.br [email protected] Desconto de 40% tarifas balcão ■ Hotel Golden Park Rua do Russel, 374 - Glória – Rio de Janeiro – RJ CEP 22210010 Tel.: (21) 2555-2700 / Fax (21) 2285-6358 [email protected] www.hotelgoldenparkrio.com.br Desconto de 10% ■ Hotel Regina Rua: Ferreira Viana, 29 – Flamengo – Rio de Janeiro – RJ Cep.: 22210-040 Tel.: (21)3289-9999 Fax: (21)3289-9950 [email protected] www.hotelregina.com.br Desconto: 30% ■ Center Hotel S/A Av. Rio Branco, 33 - Centro – Rio de Janeiro - RJ CEP 20090-003 Tel(s).: (21) 2296-6677 / 2233-6781 Fax.: 2283-1689 [email protected] www. centerhotel.com.br Tarifa Especial ■ Sushimar de Laranjeiras Rua São Salvador, 72 - Laranjeiras - RJ CEP 22231-130 (21) 2285-7246 / Fax: (21) 2285-7246 [email protected] www.sushimar.com.br Desconto 5% RIO GRANDE DO SUL Caxias do Sul ■ Bergson Executive Flat Os 18 do Forte, 1818 Centro – 95020-472 – Caxias do Sul – RS Telefax. (54)3214-1122 www.bergsonflat.com.br [email protected] Desconto 30% ■ Automil Acessórios Automotivos Ltda. Rua Marechal Floriano, 119 - Piox – Caxias do Sul - RS CEP:95020370 Tel.: (54)3221-6766 / Fax (54)3221-6990 [email protected] www.automilcaxias.com.br Desconto de 7% Gramado ■ Hotel Bangalôs da Serra Ltda. Est. Tapera, 1511 - Casagrande – Gramado – RS CEP 95670-000 (54) 3286-4004 / 3286-4236 e 3286-1737 (fax) www.bangalosdaserra.com.br [email protected] Desconto: 10% Continua na página 26 JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia 26 EXPEDIENTE Sociedade Brasileira de Oftalmologia Rua São Salvador, 107 Laranjeiras Rio de Janeiro - RJ CEP 22231-170 Tel. (21) 3235-9220 Fax (21) 2205-2240 [email protected] http://www.sboportal.org.br DIRETORIA Biênio 2011-2012 Presidente Aderbal Alves Jr. Vice-presidente RJ Marcus Vinicius Abbud Safady Vice-presidentes regionais Roberto Abdalla Moura Leon Grupenmacher Osvaldo Travassos de Medeiros Alípio de Souza Neto Secretário Geral: Gilberto dos Passos 1º Secretário: Armando Crema 2º Secretário: Marco Antônio Alves Tesoureiro: Ricardo Miguel Japiassú Diretor de Cursos: André Portes Diretor de Publicações: Arlindo Portes Diretor de Biblioteca: Renato Ambrósio Jr. Conselho Consultivo: Aderbal de Albuquerque Alves Acácio Muralha Neto Mário Motta (RJ) Miguel Ângelo Padilha (RJ) Oswaldo Moura Brasil (RJ) Sérgio Fernandes (RJ) Conselho Fiscal: Efetivos: Eduardo Henrique Morizot Leite (RJ) Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ) Sérgio Meirelles (RJ) Suplentes: Mário Nagao (RJ) Octávio Moura Brasil (RJ) Sansão Kac (RJ) JBO JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Jornalista Responsável: Eleonora Monteiro - M.T. 12574 [email protected] Conselho Editorial: Aderbal Alves Jr. Arlindo Portes Edna Almodin Fernando Trindade Juliana Bohn Alves Marco Antonio Alves Mário Motta Miguel Padilha Oswaldo Moura Brasil Ricardo Japiassú João Diniz Marcelo Diniz Editoração Gráfica: Sociedade Brasileira de Oftalmologia Responsável: Marco Antonio Pinto DG 25341RJ Publicidade: Responsável: João Diniz Tel.: 3235-9220 E-mail: [email protected] [email protected] Contato publicitário: Westinghouse Carvalho Tel.: (11) 3726-6941 / 9274-0724 E-mail: [email protected] Publicação: Bimestral Impressão: Gráfica Colorset Circulando em maio de 2011 Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e seu conteúdo não representa, obrigatoriamente, a opinião do JBO. A SBO não se responsabiliza nem endossa a qualidade dos serviços e produtos anunciados nesta publicação. Qualquer reclamação deverá ser feita diretamente ao fabricante ou ao prestador de serviços. É permitida a reprodução de artigos, desde que citada a origem. X Simpósio da Sociedade Caipira VI Congresso Brasileiro de Catarata e Cirurgia Refrativa IV Congresso Brasileiro de Administração em Oftalmologia De 1 a 4 de junho de 2011, VI Congresso Brasileiro de Catarata e Cirurgia Refrativa e IV Congresso Brasileiros de Administração em Oftalmologia, em Porto de Galinhas (PE). www.catarata-refrativa.com.br/2011 VI Congresso Nacional da SBO De 14 a 16 de julho de 2011, VI Congresso Nacional da SBO, Hotel InterContinental Rio Sites: www.sboportal.org.br www.interevent.com.br 3º Simpósio Capixaba de Inverno Centro Oeste de Oftalmologia De 1 a 3 de julho, a Sociedade Capixaba de Oftalmologia realiza o 3º Simpósio de Inverno, em Domingos Martins (ES). www.visioneventos.com.br De 7 a 9 de julho de 2011, X Congresso Centro Oeste de Oftalmologia, em Brasília (DF). Informações: Secretaria executiva de A&C Eventos e Promoções: (61) 3322-2626. 2ª Jornada Paulista ESCRS Dias 17 e 18 de junho de 2011, 2ª Jornada Paulista de Oftalmologia, no Centro de Convenções de Ribeirão Preto (SP). Informações: (17) 3235-7017. www.cenacon.com.br De 17 a 21 de setembro de 2011, XIX Congresso da ESCRS (Sociedade Europeia de Catarata e Cirurgia Refrativa), em Viena, Áustria. www.escrs.org De 7 a 9 de outubro de 2011, com o apoio da SBO, XI Congresso da Sociedade Caipira de Oftalmologia e X Simpósio da Sociedade Brasileira de Enfermagem em Oftalmologia, em Campos de Jordão (SP). www.cenacon.com.br Curso Cleber Godinho De 7 a 12 de outubro de 2011, 15º Curso Cleber Godinho de Lentes de Contato, com apoio da SBO, no Centro de Convenções Hotel Mercure, Belo Horizonte (MG). Informações: Consult Eventos (31) 3291-9899 V Simpósio Sul Mineiro/SBO Dias 28 e 29 de outubro de 2011, V Simpósio Sul Mineiro, promovido pela Sociedade Sul Mineira de Oftalmologia com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, na Universidade de Alfenas (MG). Informações: (35) 3826-2827. Para divulgar eventos científicos oftalmológicos no Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), envie as informações para a SBO, na Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22231-170 Tel. (21) 3235-9220 - Fax (21) 2205-2240 - e-mails: [email protected] - [email protected] Continuação da relação de empresas que oferecem descontos para associados Porto Alegre ■ Hotel Embaixador Rua Gerônimo Coelho,354 Centro – Porto Alegre - RS Tel.: (51)3215-6600 / Fax (51)3228-5050 www.embaixador.com.br [email protected] Tarifa Especial ■ Hotel Garibaldi e Apart Hotel Garibaldi Garibaldi, 652 - Floresta CEP 90035-050 – Porto Alegre –RS (51) 3224-7333 / 3224-7489 Fax: (51)3224-2025 [email protected] www.hotelgaribaldi.com.br Desconto de 20% Santa Catarina ■ Ribeirão Grande Eco Resort & SPA Estrada Ribeirão Grande do Norte, S/N Nereu Ramos – Jaraguá do Sul - SC CEP 89250-000 Tel(s).: (47) 3275-1995 / 3274-8700 / Fax: (47) 3275-1995 [email protected] www.ribeiraogranderesort.com Desconto de 10% SÃO PAULO São Paulo ■ Loisuites Belgrano Hotel Rua: Marquês de Paranagua, 88 Consolação – 01303-050 – São Paulo - SP (11) 3258-0255 Fax: (11) 3257-7803 www.loisuites.com.ar [email protected] Desconto de 10% ■ Merak Hotel Av. Lavandisca, 262 - Moema – São Paulo – SP CEP 05415-010 (11)5051-6866 / 5051-6279 (fax) [email protected] e [email protected] www.merakhotel.com.br Desconto: 40% ■ Paulista Center Hotel Rua Consolação, 25 (Esquima Av. 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