www.metodistavilaisabel.org.br/jornaldavila Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2011 - Ano XXXI - No. 1.538 Vila comemora hoje o Dia da Escola Dominical Toda a igreja estará comemorando hoje os 242 anos de fundação da primeira Escola Dominical. No culto matutino teremos uma dramatização relembrando John Wesley e Hanna Ball. Logo a seguir devemos nos dirigir ao auditório de nossa igreja onde veremos “Quadros vivos”, com cenas bíblicas. Ao final, iremos para as classes. E para encerrar as comemorações, um almoço de confraternização, com ingresso a R$ 12,00. Em um dos murais de nossa igreja há um cartaz relativo a ED onde também estão expostas fotos de todas as classes, tiradas no ano passado. E fica o convite maior. Se você ainda não é aluno de nossa Escola Dominical, decida-se hoje. Escolha uma das classes, matricule-se e passe a frequentá-la. Concílio Local confirma: três pastores para a Vila em 2012 O Concílio Local reunido na quinta-feira passada aprovou a proposta da CLAM para que a Igreja de Vila Isabel continue a ter três pastores no próximo ano, sendo um de tempo integral e dois de tempo parcial. Também aprovou pedido da Congregação do Cocotá para que tenha um obreiro nomeado. Porém este obreiro, também de tempo parcial, poderá receber ajuda de custo ou ressarcimento de despesas até R$ 750,00 mensais. O Concílio aprovou, ainda, que nossa igreja colabore financeiramente para abertura de um trabalho missionário em Feira de Santana (BA). Estas matérias foram aprovadas depois de bastante discussão. Finalmente, foi eleita a Comissão de Indicação, que ficou constituída por Luiz Pimenta, Urbano Fernandes e Willian Souza. Anote na sua agenda: Sarau da Vila e audição do Coral Henrique Soares No próximo sábado, às 19 horas, também em nosso auditório, teremos a segunda edição do Sarau na Vila, uma programação muito interessante, com música, poesia e reflexão. Estará presente o conjunto Grãos da Terra e os músicos Silvestre Kuhlmann e Eduardo Mano. O ingresso custa apenas R$ 10,00 e deve ser adquirido antecipadamente. A receita será destinada à aquisição de cestas básicas que serão distribuídas no período do Natal. E no próximo domingo, no culto da noite, teremos a audição de aniversário do Coral Henrique Soares. A boa seleção de hinos foi ensaiada por vários meses. A notícia triste é que Aurélio Vinicius Melleh, pianista do Theatro Municipal, e que tocava nas audições de nosso coro, faleceu recentemente. Rápidas Relatório do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgado nesta quinta-feira passada conclui que a parcela da população brasileira com renda menor que um salário mínimo diminuiu de 71% para 58% entre 2002 e 2009. Porém, a pobreza continua concentrada nas regiões Norte e Nordeste. O estudo aponta que os programas sociais do governo devem ser direcionados aos “territórios de exclusão”, principalmente municípios do interior do Nordeste. Além disso, para redução da desigualdade, o governo deve investir em políticas públicas universais, como educação, saúde, saneamento e transporte. Ou seja, ainda há um longo caminho a percorrer para um Brasil mais justo. O site da Igreja Metodista Unida, dos Estados Unidos, tem uma versão em espanhol, que pode ser acessada a partir do link “UMC Spanish Portal” na página inicial em www.umc.org. Além de artigos e notícias, há textos com recomendações práticas tais como “melhorando a música na igreja” e “organizando as finanças da igreja”. Assim, quem domina um pouco de “portunhol” pode ter mais uma fonte de informação metodista. Leia nesta edição Missão: agradar aos outros - artigo de Anna Luisa Carvalho – página 2. Escolhas – artigo de Israel de Azevedo – página 3. Hoje é o Dia da Voz Missionária - Esta e outras notícias de interesse de nossa comunidade estão em O que há pela Vila, na página 4. Missão: agradar ao outro Anna Luisa Carvalho Há algumas semanas li em uma revista que o governo federal pretende usar o valecultura como uma forma de agrado à classe média brasileira. Este seria um benefício dado pelas empresas a seus empregados, um valor em dinheiro em forma de vale, que poderia ser usado em cinemas, teatros, etc. Além da “Bolsa Cultura”, outras ações estariam incluídas no pacote que tem o objetivo de conquistar a opinião dessa parcela da população. Mas será que é isso que as pessoas querem? Esta camada cresceu muito nos últimos anos com o ingresso de milhares de famílias que tiveram melhoria de renda. Mas só por causa disso é correto pensar que as pessoas vão aceitar o benefício como a solução dos problemas? A discussão não é sobre se o benefício do vale-cultura é bom ou ruim, se facilita ou não o acesso a eventos culturais e também não entra na briga sobre o que é e o que não é cultura. O ponto principal é: o valecultura muda a percepção das pessoas (da classe média, principalmente) sobre os rumos do país? É claro que não dá para viver agradando a todos o tempo todo, até porque isto é realmente impossível. Mas como não vivemos sozinhos no mundo, temos que aprender a dar um refresco para quem convive com a gente. Até porque fazer agrados deve ser um ato de amor, que nos deixa tão felizes como o outro a quem tentamos alegrar. Mas aí está o problema. E quando você se desdobra em três para agradar uma pessoa que não gosta nem um pouquinho da sua atitude? Acho que essa tarefa pode se tornar muito mais fácil se houver uma simples conversa antes. O que te agrada? O que te deixa feliz? O que eu posso fazer, dentro das minhas possibilidades, que te deixaria contente? Às vezes as respostas serão tão simples e tão fáceis de executar que vão te surpreender. Todos saem ganhando. E quando as respostas forem tão difíceis que não dá nem para tentar, basta conversar mais um pouco e chegar num consenso. Pelo menos o outro vai saber que aquele agrado é impossível e talvez passe a se contentar com algo mais simples. Nenhum governo deveria achar que um benefício, qualquer que seja, vai agradar aos cidadãos a ponto de deixarem de ver os problemas reais. O que importa no Brasil hoje é a tributação absurda, o caos da previdência, que paga melhor a quem nunca contribuiu, a política externa, a corrupção de praxe (caixa 2, aditivo de contrato, repasse de verba a título de consultoria – tudo é de praxe). As soluções para estes problemas é o que os brasileiros querem ver. E certamente trariam muito mais votos do que um vale-cultura que não ilude ninguém. O principal de tudo isso não é o objetivo final, todos fazendo o bem de forma mútua. Mas o diálogo que surge da ideia. A conversa franca, porém delicada, tentando entender as necessidades e desejos do outro pode ser tão fácil e simples e ao mesmo tempo, elucidativa. Há alguns domingos, durante a aula da Turma de Jesus (10 a 12 anos), conversamos sobre se os países poderiam agir assim também. Tanto com seus povos, quanto uns com os outros. Os alunos chegaram à definição de diplomacia sem nunca terem ouvido falar do Itamaraty. Mas falar do governo é fácil. O difícil é tentar descobrir como se precaver de incorrer no mesmo erro no dia-a-dia. É que muitas vezes acreditamos que sabemos o que o outro quer. E tentamos agradá-lo de muitas maneiras, mas nenhuma delas funciona. Todos ficam frustrados: os que tentaram agradar e não conseguiram e os que não deveriam ser agradados. Na verdade, todos nós estamos nos dois lados o tempo todo. Certamente a missão de Jesus não era simplesmente nos agradar. Mas Ele passou muitos anos vivendo como uma pessoa comum, cuidando da família, trabalhando, participando dos eventos de sua sociedade. E só depois Ele iniciou sua pregação. Ou seja, primeiro ouviu as pessoas, suas aflições, suas dúvidas, e só então começou a levar sua mensagem, de forma que fizesse sentido para as pessoas. Um exemplo em todos os sentidos. Escolhas Israel Belo de Azevedo – colaboração do Rev. Ronan Boechat Quando olhamos para o cristianismo, tendemos a pensar que ele está sendo assaltado por ameaças novas. No entanto, as "novidades" de hoje não são assim tão novas. Nós, que nos autodenominamos modernos, não somos tão criativos quanto queremos parecer. Afinal, não mesmo nada novo debaixo do sol (Ec 1.9). A pergunta inevitável, diante das tendências de hoje e de ontem, é: de que modo essas tendências influenciaram a igreja ou foram totalmente recusadas por ela? Ao respondê-la, não podemos cair no anacronismo, julgando o passado à luz da moral de hoje. O apóstolo Paulo, por exemplo, não pode ser classificado como escravocrata porque não propôs abertamente o fim da escravidão. Essas tendências têm a ver com o modelo de relação que se pretende entre o cristianismo e a sociedade. Há várias tipologias para se entender esta relação. A mais influente é a do teólogo Richard Niebuhr (1894-1962), desenvolvida em "Cristo e Cultura" (1951), livro infelizmente esgotado e que a editora Paz e Terra insiste em não republicar. Segundo Niebuhr, a igreja, ao longo dos séculos, por vezes não se ajusta ao mundo em que vive, por ver nele apenas valores incompatíveis com sua fé. A igreja é colocada como superior à cultura, entendida como um conjunto de valores, crenças e práticas de uma sociedade que jaz completamente sob o domínio do mal. Cabe ao cristianismo transformá-la (Cristo como transformador da cultura), como ensinava João Calvino (15091564), ou combatê-la (Cristo contra a cultura), como queria Tertuliano (155-222). Pode ser também que os membros das igrejas façam escolhas diferentes e não se ajustem à igreja de que participam, por verem nela valores incompatíveis com as demandas do mundo, que espera uma explicação racional das coisas, uma ética de sobrevivência e uma exacerbação do hedonismo, por exemplo. Essas pessoas tendem a ver na sociedade a realização das propostas do cristianismo (Cristo da cultura), como acreditava a teologia liberal do século 19, na qual se inscreve Albrecht Ritschl (1822-1889). No quarto tipo estão os que acham que Cristo se sobrepõe à cultura (Cristo acima da cultura). Tomás de Aquino (1225-1274) pressupunha que não existe nem antagonismo, nem assimilação entre eles. O problema é de natureza mais individual que social, mais vertical do que horizontal. Para os que não inter-relacionam mundo e igreja, sua fé não questiona o mundo e sua vida não questiona a igreja. Eles não vislumbram contradição entre os valores bíblicos e os seculares, já que se aplicam a áreas diferentes e integram dois campos completamente incomunicáveis (Cristo e cultura em paradoxo). Por sua teologia dos dois reinos (espiritual e temporal), Martinho Lutero (1483-1546) pode ser agrupado nesta tendência. A tipologia de Niebuhr é ainda válida, embora todo esquema acaba "forçando a barra" para fazer com que as peças se encaixem no modelo. Porque ainda não foi superada, vale a pena considerar a tipologia de Niebuhr acerca da relação entre a fé cristã e a cultura secular. Quem coloca Cristo contra a cultura ou como transformador da cultura parte do pressuposto correto que o pecado original (ou queda do homem) corrompe todas as suas manifestações. O equívoco está em esquecer que a queda foi algo tão radical que afetou a própria estrutura da cultura e não apenas seus produtores. Falar numa transformação da cultura a partir da transformação dos indivíduos é cair num certo tipo de voluntarismo, segundo o qual a vontade humana pode todas as coisas. Este discurso despreza a realidade da cultura-sistema, como se ela pudesse se converter (redimir) a partir da conversão individual, suficiente para a salvação individual, mas incompetente para a redenção da cultura, especialmente quando se recusa a própria cultura e se privatiza a experiência com o Deus bíblico. Desejar uma fuga do mundo, com a formação de uma comunidade à parte do mundo (como se isso fosse possível...), é propor uma impossibilidade, já que estamos no mundo, e uma desobediência, já que somos sal para o mundo. Como estavam errados os discípulos que tentaram seduzir Jesus para que ficassem todos no monte, estão errados todos quantos pregam um afastamento do mundo. O desejo de Jesus é que permaneçamos no mundo, mas livres do mal que nele impera. A idéia de um mundo novo construído a partir da competência humana, tão cara ao século 19, não se realizou. O último tijolo foi vendido como relíquia a partir de 1989. A idéia de que o (Conclui na página 4) Escolhas (conclusão da página 3) homem é livre para dispensar a atuação de Deus na vida individual e social não fez o homem mais feliz. Ele carece da glória de Deus, como o apóstolo Paulo nos adverte. O século 20 foi pródigo em avanços tecno-científicos e em guerras e morticínios. Deve permanecer a distinção entre o profano e o sagrado. Os ritmos ou instrumentos musicais, por exemplo, não são em si profanos ou sagrados, embora haja finalidades específicas neles. Nem tudo que é profano é feio, do ponto de vista do prazer da fruição, conquanto por vezes inaceitável do ponto de vista teológico. Há beleza no profano e o cristão pode admirá-la. Em termos artísticos, há mais beleza no profano do que no sagrado, pelo desleixo com que a obra sacra é produzida. A obra profana não pode ser julgada apenas esteticamente. Ela precisa também ser confrontada com os valores que são de cima. É ingênuo pensar, como Tomás de Aquino, que não deve haver nem antagonismo nem assimilação entre o evangelho e o mundo. Há antagonismo, porque a cultura contém expressões fora dos padrões bíblicos. Há profundo antagonismo, por exemplo, entre o modo como o mundo encara o casamento e o estilo proposto pelo Novo Testamento. Pensar em dois andares, com Cristo num nível acima do anterior inferior (as realizações humanas), é evitar o conflito que tem que haver. É sedutor pensar nas culturas cristãs e humanas como estando em paradoxo, como os dois trilhos de uma linha de trem. Se é verdade que o cristão é cidadão de duas pátrias, também o é que ela se tocam, pois o cidadão é o mesmo. É cômodo até imaginar que há o reino espiritual e há o reino temporal. Esta divisão didática nem sempre acontece. Os campos estão interagindo. As esferas se encontram. Viver é fazer escolhas. Os cristãos devem fazer as escolhas que a Bíblia orienta. JORNAL DA VILA - ANO XXXI - Nº 1538 Publicado semanalmente pelo Ministério de Comunicação da Igreja Metodista de Vila Isabel – Boulevard 28 de Setembro, 400 – Rio de Janeiro (RJ). Diretor: Roberto Pimenta Redator: Luiz Pimenta Xerox e distr.: Walkírio Mattos Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. o que ali se expõe. Sua publicação não indica, necessariamente, a concordância da redação com o que ali se expõe. O que há pela Vila Luiz B. Pimenta N ossa Congregação no Cocotá, Ilha do Governador, completa hoje o segundo aniversário de sua organização. Logo mais, às 18 horas, haverá o culto de louvor a Deus por esta vitória. Combine com alguns amigos daqui da Vila e compareça lá para prestigiar aquele trabalho missionário. oje é o Dia da Voz Missionária, a revista oficial da Federação das Sociedades Metodistas de Mulheres. É uma revista dirigida às mulheres, mas que apresenta proveitoso conteúdo para todos. Se você ainda não é assinante, procure a agente. O preço, por um ano é de R$ 35,00 e a revista, bimensal, é entregue em sua residência. H O Bispo Nelson Leite deixará de ser o redator do No Cenáculo no Brasil, cargo que ocupa há muitos anos. Em seu lugar a Igreja Metodista designou o Bispo Adriel de Souza Maia, que solicitou sua aposentadoria do ministério ativo e cujo mandato episcopal vai até 31 de janeiro de 2012. Outra novidade é que o No Cenáculo deixará a Cedro Editora e vai ser produzido pela Editeo, a editora da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista. Ainda não foi confirmada a data destas mudanças. N o próximo domingo, ao final do culto matutino, teremos mais um Concílio Local, desta vez dirigido pelo Rev. Weber Chaves, para avaliação de nossa igreja e dos nossos pastores. O P Rev. Adilson Monteiro retornou de suas proveitosas férias e agora quem as está tirando é o Rev. Luciano Vergara. or motivo de seu aniversário, a Sociedade de Mulheres deu uma lembrança muito interessante a suas sócias. Ela foi confeccionada artesanalmente pela sócia Terezinha Nery, utilizando garrafas pet, enfeites e sabonetinhos em forma de coração. V ocê sabia que pode ter vantagens cadastrando-se no site da Nota Carioca? Além de créditos para abatimento no IPTU, há sorteio mensal de prêmios em dinheiro. Cadastre-se em www.notacarioca.rio.gov.br, clicando em "cadastramento de senha" e veja seus créditos e os números com os quais concorrerá aos sorteios de prêmios. Há um folder explicativo dos procedimentos e das vantagens que a Nota Carioca oferece. Atenção: o mês de indicação dos imóveis para abatimento de crédito do IPTU de 2012 é este mês de setembro