ARS VETERINARIA, Jaboticabal, SP, Vol. 19, nº 1, 001-007, 2003. ISSN 0102-6380 ALTERAÇÕES MORFOMÉTRICAS NAS CÉLULAS GONADOTRÓPICAS DA PIRACANJUBA, Brycon orbignyanus, DURANTE O CICLO REPRODUTIVO1 (MORPHOMETRICAL CHANGES IN THE GONADOTROPIC CELLS DURING THE REPRODUCTIVE CYCLE OF PIRACANJUBA, Brycon orbignyanus) R.A. MATA2, H.S. LEME DOS SANTOS3 RESUMO Células basófilas gonadotrópicas da região Proximal Pars Distalis (PPD) da adenohipófise da piracanjuba, Brycon orbignyanus, foram analisadas morfológica e morfometricamente em microscopia de luz. Estas foram também comparadas ao ciclo reprodutivo da referida espécie, o qual foi anteriormente estabelecido na literatura. Para a realização deste trabalho, foram utilizados os mesmos animais usados no estudo que estabeleceu o ciclo reprodutivo da piracanjuba. Utilizou-se 55 exemplares machos da piracanjuba, Brycon orbignyanus, com 1 ano e dez meses de idade; estes foram coletados mensalmente, durante um ano. As células basófilas gonadotrópicas foram caracterizadas em oito fases diferentes de desenvolvimento durante os estádios do ciclo reprodutivo. Determinou-se as áreas citoplasmática e nuclear das células gonadotrópicas por um Sistema Analisador de Imagens. Os dados, cujas médias foram comparadas pelo teste de Tukey, também foram submetidos à analise de variância. Os valores mais altos para a área citoplasmática foram obtidos durante o estádio de maturação (F2,106 = 8,194; p < 0,01; α = 0,01), quando as células apresentaram vacúolos e intensa granulação citoplasmática. A variação da área nuclear durante o ciclo reprodutivo da piracanjuba não foi significativa (F2,106 = 2,826; p > 0,01; α = 0,01). PALAVRAS-CHAVE: Brycon orbignyanus. Hipófise. Células gonadotrópicas. Morfometria. Ciclo reprodutivo. SUMMARY The gonadotropic basophilic cells from de Proximal Pars Distalis (PPD) region of the adenohypophysis of the piracanjuba, Brycon orbignyanus, were analyzed morphologically by light microscopy. These were contrasted with the reproductive cycle of the piracanjuba, which it was previously established in the literature. The same animals used in the this work were also used in the reproductive cycle study. It was sampled 55 males individuals, one year and ten months old; these fishes were collected monthly over one year. The gonadotropic basophilic cells were characterized in eight different phases of development during the reproductive cycle. The citoplasmatic and nuclear areas of the gonadotropic cells was determined through an Image Analyzer System. The data were submitted to Analysis of Variance and their means, compared by Tukey Test. The highest values of cytoplasmatic area were obtained during the maturation stage (F2,106 = 8,194; p < 0,01; α = 0,01), when the cells presented vacuoles and intense cytoplasmatic granulation. The variation in nuclear area during the reproductive cycle of the piracanjuba was not significant (F2,106 = 2,826; p > 0,01; α = 0,01). 1 Trabalho realizado com apoio da FAPESP (Processo nº97/00888-7.) 2 Bióloga e Mestre em Biologia Animal, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília. Endereço para correspondência: Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte, Departamento de Genética e Morfologia, CEP 70919-970, Caixa postal 04457, Brasília, DF. 3 Professora do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da FCAV/UNESP-Jaboticabal, SP. Professora da Universidade de Franca (UNIFRAN). Endereço para correspondência: Av. Dr. Armando Salles de Oliveira, 201-Caixa Postal 082, Parque Universitário, Franca, São Paulo. 1 R. A. MATA, H. S. LEME DOS SANTOS. Alterações morfométricas nas células gonadotrópicas da piracanjuba, Brycon orbignyanus, durante o ciclo reprodutivo / Morphometrical changes in the gonadotropic cells during the reproductive cycle of piracanjuba, Brycon orbignyanus. Ars Veterinaria, Jaboticabal, SP, Vol. 19, nº 1, 001-007, 2003. KEY-WORDS: Brycon orbignyanus. Gonadotropic cells. Morphometry. Proximal Pars Distalis. Reproductive cycle. INTRODUÇÃO O gênero Brycon é reconhecido por possuir várias espécies com potencial para a piscicultura. Dentre as muitas espécies com importância econômica, destaca-se a piracanjuba, Brycon orbignyanus (VALENCIENNES, 1849) (Pisces, Characidae). Os peixes desta espécie, em geral, atingem a maturidade sexual por volta dos dois anos de idade. A desova e a fecundação são realizadas nos rios, com incubação e alevinagem nos lagos marginais. A respiração é branquial exclusiva, sendo as espécies muito exigentes em oxigênio dissolvido. São peixes de hábito alimentar onívoro e, em condições naturais, são muito dependentes de alimentos alóctones, ou seja, frutos e sementes (CASTAGNOLLI, 1992). A piracanjuba, Brycon orbignyanus, despertou o interesse da comunidade científica pela importância econômica que possui e por representar uma das muitas espécies brasileiras em extinção (VASQUES, 1997). Pescadores e consumidores de peixe em geral reconhecem que sua carne é de excelente qualidade, sendo a piracanjuba considerada um dos mais saborosos peixes de água doce, além de ser muito apreciada em pescas esportivas, por comportamento agressivo quando fisgada. (THORMANHLEN DE GIL, 1946; GODOY, 1975). É um peixe reofílico, que não se reproduz em cativeiro. Desta maneira, o desenvolvimento de novas técnicas de reprodução induzida torna-se fundamental para garantir a manutenção da espécie. Para tanto, é necessário um bom conhecimento do ciclo reprodutivo do animal bem como a sua relação com a hipófise. A estrutura testicular dos machos desta espécie, sofre alterações de natureza macroscópica (cor, tamanho, vascularização superficial) e microscópica (célula germinativas e císticas), caracterizando seis estádios do citado ciclo reprodutivo: maturação I, maturação II, maturação III, maduro, regressão e repouso (ZAIDEN, 1997). A adenohipófise influencia alguns processos fisiológicos em peixes, entre eles, aqueles relacionados com a reprodução (MATTHEIJ, 1970; KAUL & VOLLRATH, 1974; OLIVEREAU & NAGAHAMA, 1983; MUNRO, 1985; BATTEN, 1986; SIEGMUND, et al., 1987). As células gonadotrópicas, produtoras de gonadotropina, localizam-se na região PPD (Proximal Pars Distalis) da adenohipófise, e muitos autores verificaram que elas são as únicas células desta região que variam de acordo com o ciclo gonadal em várias espécies de teleósteos (SUNDARARAJ, 1959; LEATHERLAND, 1970; BENJAMIN, 1974; EKENGREN et al., 1978; VAL-SELLA & SESSO, 2 1980a; KANEKO et al., 1985; BORELLA, 1987). Desta maneira, o conhecimento da variação morfológica e morfométrica das células gonadotrópicas, durante os diferentes estádios do ciclo reprodutivo dos peixes, desempenha papel essencial na tentativa de padronização de técnicas para se obter desova e reprodução induzidas (FENERICH, 1975). Considerando a importância desse conhecimento durante o ciclo reprodutivo da piracanjuba, Brycon orbignyanus, os objetivos deste trabalho foram: 1) investigar as alterações nas células gonadotrópicas dos machos da referida espécie de teleósteo; 2) correlacionar as alterações das células gonadotrópicas com o ciclo reprodutivo, previamente estabelecido na literatura para esta espécie. MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizados 55 exemplares machos adultos (um ano e dez meses de idade) da piracanjuba, Brycon orbignyanus, os quais foram coletados mensalmente, durante os meses de outubro de 1995 a outubro de 1996, na Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental de Volta Grande – Conceição de Alagoas-MG, LAT. 20º 02´ S, LONG. 48º13´ W, altitude de 500m. Os animais utilizados neste estudo foram os mesmos usados em estudo anterior envolvendo o estabelecimento do ciclo reprodutivo da referida espécie. Após cada coleta, os peixes foram transportados para o laboratório, em galões de 50 litros, e sofreram insensibilização relativa através da aplicação de MS222 à água na qual foram colocados. A seguir, foram sacrificados por destruição espinhal, decapitados por meio de uma serra cirúrgica, efetuando-se um corte transversal na altura da terceira linha de escamas e passando entre o pré-opérculo e o opérculo. Isolada a cabeça, fragmentos da calota craniana foram removidos com o emprego de um osteótomo, para a exposição do encéfalo. Este, uma vez rebatido, permitiu a localização e a remoção da hipófise, com o auxílio de uma cureta odontológica e pinças de ponta fina. Uma vez fixadas em solução de Bouin por 6 horas, na temperatura ambiente, as hipófises foram desidratadas, diafanizadas e incluídas em parafina de maneira orientada, visando à obtenção de cortes seriados sagitais das mesmas. A espessura dos cortes foi de 5 mm e a coloração dos cortes médios foi feita segundo as técnicas da hematoxilina de Harris-eosina e ácido periódico + reativo de Schiff (PAS). As células gonadotrópicas foram analisadas em microscopia de luz, selecionadas, desenhadas e fotografadas em fotomicroscópio da marca Nikon, R. A. MATA, H. S. LEME DOS SANTOS. Alterações morfométricas nas células gonadotrópicas da piracanjuba, Brycon orbignyanus, durante o ciclo reprodutivo / Morphometrical changes in the gonadotropic cells during the reproductive cycle of piracanjuba, Brycon orbignyanus. Ars Veterinaria, Jaboticabal, SP, Vol. 19, nº 1, 001-007, 2003. com a objetiva de 40x. A área do citoplasma e a área do núcleo de 107 células basófilas gonadotrópicas da região PPD (Proximal Pars Distalis), nos estádios de Repouso, Maturação e Regressão, foram determinadas por um Sistema Analisador de Imagens (Videoplan-Image Analysis, Kontron Eletronic Zeiss). Os dados, cujas médias foram comparadas pelo teste de Tukey, foram submetidos à estatística descritiva e à análise de variância. O nível de significância estabelecido foi de 1%. RESULTADOS E DISCUSSÃO As células gonadotrópicas, descritas em outros peixes ósseos (VAL-SELLA, 1985) como basófilas, volumosas, globosas, vacuolizadas ou não e possuindo uma granulação citoplasmática bastante positiva ao método do ácido periódico + reativo de Schiff (PAS), também foram evidenciadas na região PPD da hipófise da piracanjuba, Brycon orbignyanus. Estas, foram caracterizadas durante o ciclo reprodutivo, em oito fases diferentes, de acordo com a morfologia e afinidade tintorial. No entanto, representam apenas um único tipo celular (Figuras 1 e 2). Dados semelhantes foram obtidos por KAUL & VOLLRATH (1974); BATTEN et al. (1975); EKENGREN et al. (1978); VAL-SELLA & SESSO (1980a); GIELEN et al. (1982) e BORELLA (1987). Em cada estádio do ciclo reprodutivo, estabelecido para a referida espécie por ZAIDEN (l997), houve predominância de células gonadotrópicas em uma determinada fase, exceto na maturação II, quando foram mais freqüentes as células nas fases 2 e 3 (Figura 3). Células ainda granuladas, com diminutos vacúolos citoplasmáticos (Figura 2B) e degranuladas (Figura 2D), identificadas no estádio de regressão, talvez representem células menos ativas. No peixe Salmo salar, (EKENGREN et al., 1978), o aumento do número de vacúolos foi associado com a diminuição dos grânulos secretórios citoplasmáticos. Os vacúolos freqüentemente observados no citoplasma das células gonadotrópicas dos teleósteos, segundo estudos ultra estruturais, são cisternas dilatadas do retículo endoplasmático rugoso (BALL & BAKER, 1969). Tais vacúolos são formados pela coalescência de pequenas vesículas do citado retículo, de acordo com BENJAMIN (1974) e VAL-SELLA & SESSO (1980b). O significado funcional da grande cisterna dilatada do retículo endoplasmático rugoso, das células gonadotrópicas da hipófise da piracanjuba, no estádio maduro do ciclo reprodutivo e sob a forma de um grande e único vacúolo (Figura 2A), identificado pela microscopia de luz, é bastante controverso. A literatura menciona a possibilidade de esta cisterna conter produtos de degradação dos grânulos secretórios (LEATHERLAND, 1970). Na piracanjuba, Brycon orbignyanus, possivelmente, o hormônio gonadotrópico seja estocado durante o período que precede a reprodução, quando ocorre predomínio das células basófilas intensamente granuladas com vacúolos (Figura 1D). A liberação hormonal parece coincidir com o aumento das células basófilas degranuladas, que são muito numerosas no estádio de repouso. Por outro lado, as células degranuladas, ainda encontradas no início de maturação, parecem corresponder às células de ciclos anteriores. As células basófilas pequenas e fracamente coradas pelo PAS (Figura 1A), que predominaram no começo da maturação, talvez sejam novas células basófilas. Na piracanjuba, assim como em outros peixes (SUNDARARAJ, 1959), uma menor produção de hormônio gonadotrópico pode ocorrer durante o estádio de repouso, quando a região PPD apresenta muitas células degranuladas. O aumento do número de grânulos secretórios citoplasmáticos, nas células basófilas gonadotrópicas da hipófise da piracanjuba, Brycon orbignyanus, durante o estádio de maturação do ciclo reprodutivo, talvez seja responsável pela diferença significativa (F2,106 = 8,194; p < 0,01; α = 0,01), entre a área do citoplasma destas células e daquelas nos estádios de regressão e repouso (Tabela 1, Figuras 4 e 5). Este aumento gradual da granulação citoplasmática das células gonadotrópicas parece estar ligado à atividade secretória das mesmas, segundo SUNDARARAJ (1959); VAL-SELLA & SESSO (1980a) e YOUNG & BALL (1982). Provavelmente, no estádio de maturação do ciclo reprodutivo, as células basófilas estejam produzindo hormônios gonadotrópicos, pois, de acordo com KANEKO et al. (1985), os grânulos secretórios estão associados ao estoque do hormônio produzido no retículo endoplasmático rugoso (RER). Por outro lado, não houve diferença significativa (F2,106 = 2,826; p > 0,01; α = 0,01), para os valores da área nuclear das células basófilas gonadotrópicas, em nenhum dos três estádios estudados do ciclo reprodutivo da piracanjuba, Brycon orbignyanus. Os dados obtidos nas células basófilas gonadotrópicas, que atingiram uma dimensão máxima no estádio maduro, foram diferentes daqueles de FENERICH (l975) e de BORELLA (1987), que constataram neste estádio uma hiperplasia celular e não um aumento da área citoplasmática. 3 R. A. MATA, H. S. LEME DOS SANTOS. Alterações morfométricas nas células gonadotrópicas da piracanjuba, Brycon orbignyanus, durante o ciclo reprodutivo / Morphometrical changes in the gonadotropic cells during the reproductive cycle of piracanjuba, Brycon orbignyanus. Ars Veterinaria, Jaboticabal, SP, Vol. 19, nº 1, 001-007, 2003. Tabela 1 – Valores médios e respectivos desvios padrão das áreas citoplasmática e nuclear das células basófilas gonadotrópicas da região PPD da hipófise de 55 machos da piracanjuba Brycon orbignyanus, nos estádios de Maturação, Regressão e Repouso, com seus respectivos desvios padrão. *A média do estádio de maturação foi significativamente diferente das médias dos estádios de regressão e repouso, de acordo com o Teste de Tukey (F2,106 = 8,194; p < 0,01; α = 0,01). Figura 1 – Representação esquemática das fases de desenvolvimento das células basófilas gonadotrópicas, da região PPD da hipófise de 55 machos da piracanjuba, Brycon orbignyanus. a.núcleo; b. nucléolo, c. vacúolo, A. Célula gonadotrópica na fase 1; B. Célula gonadotrópica na fase 2; C. Célula gonadotrópica na fase 3; D. Célula gonadotrópica na fase 4. 4 Figura 2 – Representação esquemática das fases de desenvolvimento das células basófilas gonadotrópicas, da região PPD da hipófise de 55 machos da piracanjuba, Brycon orbignyanus. a. núcleo, b. nucléolo; c. vacúolo; d. grânulo; A. Célula gonadotrópica na fase 5; B. Célula gonadotrópica na fase 6; C. Célula gonadotrópica na fase 7; D. Célula gonadotrópica na fase 8. R. A. MATA, H. S. LEME DOS SANTOS. Alterações morfométricas nas células gonadotrópicas da piracanjuba, Brycon orbignyanus, durante o ciclo reprodutivo / Morphometrical changes in the gonadotropic cells during the reproductive cycle of piracanjuba, Brycon orbignyanus. Ars Veterinaria, Jaboticabal, SP, Vol. 19, nº 1, 001-007, 2003. E s tá d io s d o c ic lo r e p r o d u tiv o F ase 1 M a tu ra ç ã o I + + F ase 2 F a se 3 F ase 4 F ase 5 F ase 6 F ase 7 F a se 8 + - - - - - - + + + + - - - - + + + - - - + - + + (ju n /ju l) + M a tu ra ç ã o II + (a g o /s e t) M a tu ra ç ã o III + + (o u t/n o v ) + + + + + + M a d u ro + (n o v /d e z ) + + + + + + + + R eg ressã o + + - - - - (ja n /fe v ) + + + R epouso + + (m a r/m a i) + - - - - - + + + +++ predominantes; ++ muitas; + poucas; - raras. Figura 3 – Ocorrência das células basófilas gonadotrópicas, da região PPD da hipófise de 55 machos da piracanjuba, Brycon orbignyanus, nos estádios de maturação I, maturação II, maturação III, maduro, regressão e repouso do ciclo reprodutivo. Figura 4 – Valores médios da área citoplasmática em μm2, das células basófilas gonadotrópicas, da região PPD da hipófise de 55 machos da piracanjuba, Brycon orbignyanus, nos estádios de maturação, regressão e repouso do ciclo reprodutivo. Figura 5 – Valores médios da área do núcleo em μm2, das células basófilas gonadotrópicas, da região PPD de 55 machos da hipófise da piracanjuba, Brycon orbignyanus, nos estádios de maturação, regressão e repouso do ciclo reprodutivo. 5 R. A. MATA, H. S. LEME DOS SANTOS. Alterações morfométricas nas células gonadotrópicas da piracanjuba, Brycon orbignyanus, durante o ciclo reprodutivo / Morphometrical changes in the gonadotropic cells during the reproductive cycle of piracanjuba, Brycon orbignyanus. Ars Veterinaria, Jaboticabal, SP, Vol. 19, nº 1, 001-007, 2003. CONCLUSÃO A ocorrência de células basófilas na região PPD da hipófise da piracanjuba, Brycon orbignyanus, com uma morfologia e um tamanho variáveis durante os estádios de maturação, regressão e repouso, do ciclo reprodutivo, permitiu classificar tais células como gonadotrópicas, pois representam o único tipo celular que se modificou durante o desenvolvimento gonadal. ARTIGO RECEBIDO: JULHO/2002 REFERÊNCIAS BALL, J. 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