UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE DE CAJAZEIRAS GERLANE CRISTINNE BERTINO VÉRAS JÉSSICA TAVARES DE ASSIS DOUGLAS MENDES CAVALCANTE ELAINE CRISTINA BATISTA TAVARES JANAÍNA FERREIRA MOREIRA VIAS DE PARTOS E SUAS INCIDÊNCIAS EM UMA MATERNIDADE DA PARAÍBA CAJAZEIRAS – PB JUNHO/2015 GERLANE CRISTINNE BERTINO VÉRAS JÉSSICA TAVARES DE ASSIS DOUGLAS MENDES CAVALCANTE ELAINE CRISTINA BATISTA TAVARES JANAÍNA FERREIRA MOREIRA VIAS DE PARTOS E SUAS INCIDÊNCIAS EM UMA MATERNIDADE DA PARAÍBA CAJAZEIRAS – PB JUNHO/2015 RESUMO Introdução: O parto é um processo pelo qual o feto é exteriorizado do corpo materno, podendo ser por via vaginal, decorrente de mecanismos fisiológicos, ou cesárea, que é um procedimento cirúrgico onde há a incisão da parede abdominal e do útero. O Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), apresenta um dos mais elevados índices de partos cesarianos que são efetuados sem justificativa plausível, mesmo esta via de parto sendo considerada de maior risco para a vida da mãe e do concepto. Objetivo: Identificar o quantitativo de partos e suas vias, em uma Maternidade do interior da Paraíba. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo documental e exploratório, com abordagem quantitativa; tendo sido realizado nos meses de maio e junho de 2015; foi utilizado como fonte de dados, o livro de registro de procedimentos da referida maternidade, posteriormente a coleta, os dados foram analisados e apresentados em tabelas e discutidos à luz da literatura pertinente. Esta pesquisa trata-se de um recorte da pesquisa “Incidência de Partos Cesáreos em uma Maternidade no Interior da Paraíba”, que teve projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Cajazeiras sob o Nº CAAE 43743215.6.0000.5575. Resultados: Constatou-se que ocorreram 1.640 (100%) partos, sendo 1.006 (61%) partos cesáreos e 650 (39%) partos vaginais, com média mensal de aproximadamente 83 (61%) partos cesáreos e de 54 (39%) partos vaginais. Discussão: Este estudo expressa um quantitativo de parto cesáreo superior à recomendação da OMS, que é no máximo de 15% de todos os partos realizados na instituição, contudo, é semelhante a outras pesquisas realizadas no Brasil, inclusive sem sinais de redução destas taxas. Conclusão: Pode-se perceber a necessidade de estratégias mais efetivas e eficazes por parte dos serviços e dos profissionais de saúde para o estímulo ao parto vaginal, este devendo ocorrer desde o início do pré-natal, por meio de ações educativas para a gestante e toda comunidade. Além disto, é importante que os profissionais sejam devidamente qualificados, tendo consciência em priorizar o parto por via vaginal e proporcionar uma assistência humanizada, reduzindo a morbimortalidade materna-infantil. A enfermagem se faz presente em todo processo de assistência a gestante, representando um papel fundamental para tornar a gestante um agente ativo no parir. Descritores: Parto; Incidência; Educação em Saúde. ABSTRACT Introduction: The delivery is a process for which the fetus is exteriorized maternal body can be through the vaginal route, arising from physiological mechanisms or cesarean section, which is a surgical procedure where there is the incision of the abdominal wall and uterus. The delivery is a process for which the fetus is exteriorized maternal body can be through the vaginal route, arising from physiological mechanisms or cesarean section, which is a surgical procedure where there is the incision of the abdominal wall and uterus. Brazil, according to the World Health Organization (WHO), has one of the highest rates of caesarean sections which are made without any plausible justification, even this type of delivery is considered the highest risk to life of the mother and fetus. Objective: Identify the amount of deliveries and their types in a maternity in the interior of Paraíba. Methodology: It is a documentary and exploratory study with a quantitative approach; and it was conducted in May and June 2015; was used as a source of data, the book of surgical procedures, after collection, the data were analyzed and presented in tables and discussed in light of literature. This research it is part of a research "Incidence of cesarean births in a maternity in the interior of Paraíba", which had a project approved by the Ethics Committee of the Federal University of Campina Grande, Campus Cajazeiras under Nº CAAE 43743215.6.0000.5575. Results: It was found that there were 1,640 (100%) births. 1,006 (61%) of them are cesarean deliveries and 650 (39%) vaginal deliveries, with a monthly average of approximately 83 (61%) cesarean deliveries and 54 (39%) vaginal deliveries. Discussion: This study expresses a quantity of cesarean delivery higher than the WHO recommendation, which is a maximum of 15% of all births in the institution, however, is similar to other studies conducted in Brazil, including with any signs of reduction of those rates. Conclusion: There is the need for more effective and efficient strategies by services and health professionals to stimulate the vaginal delivery, this should occur since the beginning of prenatal care through educational activities for the pregnant woman and every community. In addition, it is important that professionals are properly qualified, being aware to prioritize the vaginal delivery and provide a humanized care, reducing maternal and child morbidity and mortality. Nursing is present in all assistance process of the pregnant woman and plays a key role in making the mother an active agent in giving birth. Keywords: Childbirth; incidence; Health Education. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5 2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................................. 6 2.1 SAÚDE NO BRASIL ................................................................................................... 6 2.2 SAÚDE DA MULHER ................................................................................................ 6 2.3 PRÉ- NATAL ............................................................................................................... 7 2.4 TIPOS DE PARTO ....................................................................................................... 8 2.4.1 PARTO VAGINAL ................................................................................................ 8 2.4.2 PARTO CESÁREO................................................................................................ 8 2.5 DECISÃO PELA VIA DE PARTO ............................................................................. 10 3 MÉTODOS ...................................................................................................................... 11 3.1 TIPO DE ESTUDO .................................................................................................... 11 3.2 LOCAL DA PESQUISA ............................................................................................ 11 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ..................................................................................... 11 3.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO E INCLUSÃO............................................................ 12 3.5 INSTRUMENTO E TÉCNICA DE COLETA DE DADOS ......................................... 12 3.6 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................ 12 3.7CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ..................................................................................... 13 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................... 14 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 17 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 18 5 1 INTRODUÇÃO Com a criação e a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), vem ocorrendo mudanças significativas na saúde da população brasileira, vários programas foram desenvolvidos na tentativa de melhorar esse quadro, dentre eles destacamos o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM), a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) e o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, que foram idealizados com o intuito de conhecer a situação de saúde da mulher e promover algumas modificações quanto ao abuso da violência doméstica e sexual, ao acompanhamento do pré-natal, assim como, uma atenção obstétrica de maior qualidade. A implantação desses programas contribuiu significativamente para algumas conquistas na área da saúde da mulher, principalmente, relacionado ao acompanhamento da mulher durante a gestação, oferecendo um atendimento de pré-natal mais completo, tendo a finalidade de esclarecer dúvidas surgidas pelo seu próprio estado gravídico-puerperal. Apesar dessas melhorias, a mulher ainda apresenta uma carência de informações sobre o parto, tendo como principais questionamentos os riscos e benefícios de cada tipo de parto provocando incertezas no final da gestação. Essa falta de conhecimento adequado relacionado ao parto, faz com que a maioria das gestantes procurem os serviços de saúde com a intenção de conseguir realizar um parto por via abdominal (cesariana), sobretudo no setor privado, devido à possibilidade de programação de uma data específica para o nascimento do bebê, a diminuição da ansiedade relacionada à dor e ao sofrimento vivenciado no trabalho de parto. Contudo,a cesariana é um procedimento cirúrgico do tipo incisional e só deve ser realizada seguindo algumas indicações, incluindo: iteratividade (cesariana prévia), sofrimento fetal, desproporção céfalo-pélvica, apresentação pélvica, patologias anexiais, eclampsia e gravidez gemelar (TORRES; MORAES; PRIULI, 2011). De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),uma taxa de cesariana maior que 15% é injustificável, porém, infelizmente este número só vem crescendo no mundo. No Brasil, as taxas de cesarianas são consideradas bastante elevadas. Em virtude do que foi exposto, fica evidente que a mulher deve ter conhecimento sobre o seu estado gravídico e as reais condições clínicas para conseguir discernir a melhor via de parto para o nascimento do seu bebê. O objetivo do presente estudo foi identificar o quantitativo de partos e suas vias. 6 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 SAÚDE NO BRASIL O Brasil, desde 1988, vem estruturando e solidificando um sistema público de saúde dinâmico, complexo e de enorme importância – o Sistema Único de Saúde (SUS) – este se configura como um direito do cidadão e um dever do Estado. O SUS tem como finalidade prover uma atenção abrangente e universal, preventiva e curativa, por meio da gestão e prestação de serviços de saúde descentralizados, promovendo a participação da comunidade em todos os níveis de governo (PAIM et al., 2011). Têm sido muitos os avanços do SUS, no entanto persistem alguns desafios a serem confrontados para consolidá-lo como um sistema público universal que possa prestar serviços de qualidade a toda a população brasileira. Podemos descrever como avanços a oferta de diversos programas, projetos e políticas que têm apresentado resultados inegáveis e exitosos para os brasileiros na saúde da mulher, da criança, e do idoso, que estão inclusos no trabalho desenvolvido pelas equipes da Estratégia Saúde da Família. Como desafios, podemos enumerar aqueles referentes aos problemas de implementação, implantação, universalização, financiamento, participação social e gestão do SUS, os quais geram fatos amplamente conhecidos como as filas frequentes nos serviços de saúde, a falta de leitos hospitalares para atender a demanda da população, a escassez de recursos financeiros, materiais e humanos para manter os serviços de saúde operando com eficácia e eficiência (SOUSA; COSTA, 2010). Entre avanços e recuos, o entendimento do atual panorama de saúde no Brasil perpassa pelo conhecimento dos determinantes históricos envolvidos neste processo sempre influenciados pelo contexto político-social, onde os desafios, só poderão ser solucionados com os esforços conjuntos dos indivíduos, da sociedade e do governo (PAIM et al., 2011). 2.2 SAÚDE DA MULHER A assistência à saúde da mulher na atenção básica passou por vários ciclos, mas em 1960 houve a implantação de ações prioritárias com ênfase às demandas relativas à gravidez e ao parto. Esse modelo traduzia uma visão restrita sobre a mulher, baseada em sua especificidade biológica e no papel social de mãe e doméstica. A situação mudou após 1980, 7 quando diversas políticas e programas de saúde para as mulheres foram incorporadas. Essas iniciativas, em conjunto com amplas transformações sociais, como urbanização, melhorias na educação das mulheres e mudanças no papel destas na sociedade, afetaram positivamente os indicadores sexuais e reprodutivos, evidenciando que o país progrediu em termos de condições de saúde e determinantes sociais (VICTORA et al.,2011). O Ministério da Saúde em 1984, criou o Programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PAISM), visando melhorar a assistência e compreender a mulher não apenas no ciclo gravídico-puerperal, mas também apontando outras vulnerabilidades, como condições de vida, agravos cardiovasculares, a esfera reprodutiva e outras(SANTOS, 2010). 2.3 PRÉ- NATAL A gravidez, embora constitua um fenômeno fisiológico que, na maioria das vezes, tem sua evolução sem intercorrências, requer cuidados especiais, mediante assistência prénatal. Essa, por sua vez, tem como objetivo principal acolher e acompanhar a mulher durante sua gestação, visando ao bem-estar da gestante e de seu concepto, além de orientar sobre os cuidados gerais para se evitar problemas específicos do parto, o tipo de parto e sobre determinados cuidados ao recém-nascido(FRANCISQUINI et al., 2010). A qualidade do pré-natal é garantida na medida em que as consultas individuais são complementadas com ações educativas (individuais, em grupo e a união de ambas) capazes de favorecer as mulheres quanto ao conhecimento sobre seu corpo e compreensão das alterações ocorridas, atuando de forma mais consciente e positiva no seu gestar e parir, tornando-se determinantes para a promoção da saúde e prevenção da morbimortalidade do binômio mãe/filho (MELO et al., 2013). Alguns elementos como a escuta, a sensibilidade e a confiança constituem os pilares da atuação dos profissionaisde saúde em geral e do enfermeiro em especial para realizar a assistência no pré-natal, pois são indispensáveis para a criação do vínculo entre oprofissional e a gestante, já que o cuidado de enfermagem deve ultrapassar a dimensão técnica, tornandose humanizado (FRANCISQUINI et al., 2010). 8 2.4 TIPOS DE PARTO 2.4.1 PARTO VAGINAL O parto vaginal é o mais saudável, emocionante e satisfatório para a mulher, constituindo-se num processo fisiológico, produzido de forma espontânea, onde a criança ultrapassa as barreiras anatômicas do sistema reprodutor feminino por meio das contrações utrerinas (BARBOSA et al., 2013). As vantagens do parto vaginal são inúmeras, tanto para a mãe como para o feto, como ser três vezes mais seguro do que a cesariana; apresenta melhor recuperação da mulher; diminuição dos riscos de infecção hospitalar; redução do desconforto respiratório do bebê; rápido estabelecimento do vínculo entre mãe e filho; maior disposição para amamentação; sem consequências da anestesia; menos dor no pós-parto; tempo reduzido de recuperação; menos complicações urinárias e abdominais; o tempo de permanência na maternidade é reduzido; além disso, é um procedimento de menor complexidade e de menor custo para o SUS (CORREIA, 2011). 2.4.2 PARTO CESÁREO A cesárea, refere-se a uma técnica cirúrgica que consite em uma incisão na pele acima da região pubiana, abrindo-se a parede abdominal e, depois a parede uterina.A cesariana, antigamente considerada um ato de exceção, indicada em situações de risco de vida para a mãe e/ou feto, é na atualidade um procedimento cirúrgico na maioria das vezes programado, sendo utilizado de forma indiscriminada (BARBOSA et al., 2013). Entre as causas de indicação obstétrica para realização da cesárea, podemos citar a iteratividade, sofrimento fetal agudo, placenta prévia, lesão por herpes ativa, prolapso de cordão, feto em posição transversal no momento do parto, desproporção cefalopélvica,gravidez gemelar e eclampsia na gestação o que é amplamente conhecido e justificado já que há beneficios nestes casos, entretanto mesmo sem essas circuntâncias justificáveis muitas parturientes optam pela cesariana em detrimento do parto normal, muitas das vezes, elas de forma errônea consideram a cesárea uma maneira comum, natural e segura 9 de nascer, o que não condiz com a realidade(TORRES; MORAES; PRIULI, 2011). As taxas de cesáreas no Brasil são alarmantes, uma vez que descumpre com a recomendação da OMS, que preconiza que a incidência desse tipo de parto deve ser em torno de 15%, tanto que é considerado o país das cesarianas, recebendo o título de campeão mundial na categoria, o que torna um problema de saúde pública, principalmente nos casos não justificáveis, estando associada a um maior período de internação, maior risco para a gestante e a criança, consequentemente contribui para o aumento do custo financeiro com a saúde (TORRES; MORAES; PRIULI, 2011). A pesquisa Nascer no Brasil, realizada em 2011 e 2012, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz, o qual é o estudo mais completo já feito sobre como nascem os brasileiros, revelou que a cesariana é realizada em 52% dos nascimentos no setor público, e na assitência privada a situação ainda é mais preocupante, chegando ao índice de 88%, o que evidencia o impacto negativo que o modelo de atenção obstétrica adotado pelo sistema de Saúde Suplementar do país pode acarretar aos indicadores nacionais (LEAL. M.C.et.al., 2012). Em outro estudo, realizado em uma maternidade pública do Piauí, apresentou as taxas de 51,6% de partos vaginais e 47,7% cesarianos (BARBOSA et al.,2013). E no município de Formiga – MG,51% foi de parto cirúrgico em uma instituição pública, enquanto num hospital particular o índice de cesáreas atingiu o patamar de 100%, o que revela a grande disparidade entre os tipos de partos quando se compara a assistência no setor público e privado (SILVA; COSTA; SILVA, 2012). Apesar da crescente frequência de cesarianas não ter uma associação positiva comparado aos benefícios do parto vaginal, não há indícios de que as tendências atuais de aumento desses procedimentos cirúrgicos estejam diminuindo. Evidenciando assim, os partos cesáreos com maior frequência entre as parturientes de grupos socioeconômicos mais privilegiados, com maior escolaridade, e mulheres brancas (VICTORA et al., 2011). No que se refere as vantagens do parto cesáreo, temos a ausência de dor durante o procedimento devido ao uso de anestesia e é entendido pelos profissionais médicos como seguro e previsível, sempre sabendo o que fazer com total segurança, porém as desvantagens e consequências podem ser sérias levando a maiores chances para a mulher desenvolver uma infecção puerperal, risco elevado para a morbidade e mortalidade materna,acidentes anestésicos e hemorragias, aumento dos riscos de prematuridade e mortalidade neonatal, recuperação mais difícil da puérpera, maior período de separação entre mãe/bebê levando a atraso e dificuldade para o início da amamentação,prejuízos a vida reprodutiva futura, além do 10 maior custo financeiro para o sistema de saúde (SGARBI; ESPÍNDOLA; JÚLIO, 2013). Portanto, o uso de forma indiscriminada do parto cesáreo, sem uma efetiva e real indicação, aumentam os riscos de complicações. Por este motivo, tal procedimento deve ser pautado pela ética, de acordo com riscos e benefícios, tornando-se necessário conhecer os fatores determinantes da alta incidência de cesarianas para auxílio no desenvolvimento de programas que possam mudar o flagelo atual (BARBOSA et al., 2013). 2.5 DECISÃO PELA VIA DE PARTO A escolha do tipo de parto, vaginal ou cesáreo é um assunto complexo e polêmico.Os motivos que influenciam o processo de decisão, estão o medo do parto, ansiedade, angústia, questões pessoais, fatores sociais, demográficos e culturais, histórico de problemas em partos anteriores e complicações clínicas ou obstétricas, bem como o medo de dano ao próprio corpo ou ao recém-nascido e o medo da dor (BENUTE et al., 2013). A maioria dos autores concorda que a cesárea deve ser evitada sem uma real indicação médica, no entanto outros relatam que melhorias nas técnicas cirúrgicas, medidas de prevenção de infecção e transfusões sanguíneaspermitiriam indicar o procedimento também para a satisfação das aflições da gestante e/ou da família (PATAH; MALIK, 2011). Outro fator que influencia na escolha pelo tipo de parto é a conveniência do médico, uma vez que ao estimular a cesárea, pode conduzir melhor o tempo de duração do parto e, o horário de realização, escondendo a falta de preparo no manejo de partos vaginais (SGARBI; ESPÍNDOLA; JÚLIO, 2013). As cesarianas ocorrem em razão do desejo, por parte da gestante, de evitar o sofrimento, da falta de informação oferecida ou compreendida pela parturiente, da crença em um processo mais fácil, da possibilidade de marcar uma data ou realizar laqueadura. Enquanto as opções pelo parto vaginal são decorrentes da menor dor no pós-parto, da recuperação mais rápida, do retorno breve de suas atividades diárias e do maior protagonismo vivenciado pela mulher (BENUTE et al., 2013). O pré-natal é o principal guia quanto a escolha do tipo de parto pela parturiente, pois é durante esse processo que ocorre a preparação física e psicológica da mulher para o ato da maternidade,destacando os benefícios e desvantagens de cada tipo de parto, sendo assim, as ações desenvolvidas devem fazer parte da assistência como um instrumento educativo de grande potencial, fortalecendo usuários(FIGUEIREDO et al., 2010). vínculos da equipe profissional com os 11 3 MÉTODOS 3.1 TIPO DE ESTUDO Trata-se de uma pesquisa do tipo documental e exploratória com abordagem quantitativa. A pesquisa documental utiliza-se de documento abundantes em dados, elaborado para vários fins, escritos ou não, que compreende principalmente arquivos públicos (municipais, estaduais e nacionais), particulares (principalmente: domicílios particulares e instituições privadas) e fontes estatísticas a cargo de órgãos oficiais e particulares (LAKATOS; MARCONI, 2010). De acordo com Campi (2012), a investigação exploratória visa a proporcionar ao pesquisador uma maior familiaridade com o problema em estudo, este ainda pouco conhecido e explorado. Já no estudo de caráter quantitativo, considera-se o que pode ser quantificável, o que traduz em números as opiniões e informações, utilizando técnicas estatísticas para serem classificadas e analisadas (KAUARK, MANHÃES, MEDEIROS, 2010). 3.2 LOCAL DA PESQUISA A pesquisa foi desenvolvida na Maternidade Doutor Deodato Cartaxo, vinculada ao Hospital Regional de Cajazeiras (HRC) – PB. O município de Cajazeiras fica localizado no interior do estado da Paraíba, a 468 quilômetros da capital João Pessoa. Em termos populacionais, o município é o sétimo mais populoso da Paraíba, com cerca de 58.446 habitantes (CENSO, 2010), sendo pólo do sertão paraibano, onde está localizada a 9ª Gerência Regional de Saúde do Estado da Paraíba. A referida Maternidade atende a população residente no município de Cajazeiras, além de mulheres das cidades circunvizinhas. A escolha desta instituição deve-se ao fato de ser a única maternidade existente no munícipio e que apresenta condições de desenvolver as ações pertinentes ao estudo por sua demanda, bem como pelo apoio da equipe do setor. 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA A população ou universo de dados é o conjunto de seres animados ou inanimados 12 que possuem uma ou mais características em comum (LAKATOS; MARCONI, 2010). A população deste estudo foi composta por todos os registros de partos que foram realizados na Maternidade Dr. Deodato Cartaxo e os que foram encaminhados para o Centro Cirúrgico do HRC. A amostra é um subconjunto convenientemente coletado da população, tal qual é vista como a mais significante (LAKATOS; MARCONI, 2010). A amostra deste estudo foi composta pelos registros de parto cesarianos que foram realizados no Centro Cirúrgico do Hospital Regional de Cajazeiras. 3.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO E INCLUSÃO Os critérios de inclusão estabelecidos para participação na pesquisa foram os seguintes: registro dos partos cesáreos que foram realizados no período de janeiro a dezembro de 2014 contidos no livro de procedimentos do Centro Cirúrgico do HRC. Os Critérios de exclusão para a não participação na pesquisa foram: os registros dos partos que não continham informações essenciais para atender aos objetivos da pesquisa. 3.5 INSTRUMENTO E TÉCNICA DE COLETA DE DADOS Os dados foram coletados em abril de 2015 no livro de registro de cirurgias realizadas no Centro Cirúrgico do HRC. Foi elaborado como instrumento de coleta de dados uma planilha no Microsoft Excel que possuia os elementos da pesquisa. Os dados corresponderam as informações contidas no referido livro de registro, o que permitiu um melhor manuseio do corpus documental do estudo. 3.6 ANÁLISE DOS DADOS Após a realização da coleta, os dados foram tabulados quantitativamente e posteriormente apresentados em tabelas e gráficos, buscando obter o que eles podiam representar para o estudo realizado. Os dados obtidos foram analisados de forma descritiva, recorrendo à literatura pertinente. 13 3.7 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS Do ponto de vista ético, os pesquisadores levaram em consideração as observâncias éticas preconizadas pela Resolução nº: 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, principalmente em relação ao anonimato dos usuários inseridos na investigação, sigilo e confidencialidade dos dados dos mesmos (BRASIL, 2012). Trata-se de um recorte da pesquisa intitulada “Incidência de Partos Cesáreos em uma Maternidade no Interior da Paraíba”, que foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Cajazeiras e liberada sob Nº CAAE 43743215.6.0000.5575. Para garantir a salvaguarda e sigilo da pesquisa, os dados que comporam o banco de dados foram coletados em local reservado, com acesso as informações apenas para os pesquisadores. Espera-se que este estudo favoreça tanto aos pesquisadores como a comunidade acadêmica e a população da área de cobertura da referida maternidade com vistas a uma redução da morbimortalidade decorrentes do parto/puerpério. 14 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO O total de partos realizados foi de 1.656 (100%), sendo 1.006 (61%) por via cesariana e 650 (39%) por via vaginal, de acordo como mostra o Gráfico 1. Gráfico 1- Distribuição do quantitativo de partos por vias no ano de 2014. Vias de Partos 61% 39% Cesárea Vaginal Fonte: Pesquisa direta (2015). De acordo com o Gráfico 2, identificou-se que a distribuição mensal dos partos cesáreos e vaginais deu-se da seguinte maneira, respectivamente, janeiro 69 (56%), 55 (44%); fevereiro 72 (62%), 45 (38%); março 94 (61%), 60 (39%); abril 75 (57%), 56 (43%); maio 85 (60%), 56 (40%); junho 68 (56%), 54 (44%); julho 87 (56%), 67 (44%); agosto 77 (57%), 59 (43%); setembro 95 (63%), 56 (37%); outubro 100 (69%), 45 (31%); novembro 83 (61%), 54 (39%); e dezembro 101 (70%), 43 (30%); o que representa uma média mensal de aproximadamente 83 (61%) partos cesáreos e de 54 (39%) partos vaginais, ratificando a maior incidência de partos cesáreos em relação ao parto vaginal em todos os meses do ano. 15 Gráfico 2- Distribuição mensal dos partos por suas vias. 120 69 60 55 56 83 77 75 72 101 100 87 85 80 60 95 94 100 68 67 56 59 54 45 56 54 45 43 40 20 0 Parto Vaginal Parto Casáreo Fonte: Pesquisa direta (2015). A distribuição do quantitativo de partos e suas vias no ano de 2014 demonstrou que o número de cesarianas na referida maternidade ultrapassou o recomendado pela OMS, que é a da realização de no máximo 15% de partos cesáreos em relação ao total de nascimentos ocorridos na instituição (TORRES et al., 2011). Inclusive observa-se este fato em todos os meses do ano com uma diferença considerável. Dados apresentados no Departamento de Informática do SUS (DATASUS) constata que as cesarianas no Brasil aumentaram de 38% em 2000 para 43,2% em 2005 e chegando a 52,2% em 2010. Malgrado os percentuais de partos cesarianos estejam exponencialmente crescendo em todo mundo, tal aumento ainda ocorre de maneira tímida se comparado ao Brasil, como relatam Torres et al. (2014), demonstrando que embora os Estados Unidos possuam um modelo de atenção medicalizado os índices de cesárea em 2000 eram de 22,9%, crescendo para 29,1% em 2004 e 31,8% em 2007, e a Holanda, que embora tenha aumentado consideravelmente as suas taxas de cesarianas, tendo passado de 7,4% em 1990 para 13,5% em 2002, manteve-se com 13,6% em 2004. Um estudo realizado no interior paulista teve como objetivo discutir as taxas de cesarianas em um hospital-escola referência no atendimento a gestantes, por meio da análise 16 das Declarações de Nascidos Vivos referentes ao ano de 2005, sendo identificada uma incidência de 78% de cesarianas (TORRES, et al., 2011). Campana et al. (2007), demonstraram por meio de pesquisa que um hospital de ensino da cidade de Maringá – PR, realizou nos anos de 2001, 2002 e 2003, 45,3% de cesáreas. Freitas et al. (2008), em um estudo feito na Maternidade do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC) constataram que as taxas de cesáreas vêm tendo um grande crescimento, passando de 28,4% em 2002 para 36,7% em 2004. Estes fatos comprovam a complexidade da situação, pois hospitais-escola deveriam favorecer para que o parto cesariano fosse reduzido, porém o que se identifica é um número elevado deste procedimento nas instituições de ensino. Os dados desta pesquisa superam o estudo realizado por Carvalho (2013), em uma maternidade pública de referência da Cidade de Teresina-PI, onde se verificou que 54% dos partos foram por via cesariana, como também a pesquisa realizada por Queiroz et al. (2005), em uma instituição filantrópica convencionada ao SUS em Baturité- Ceará, onde dos 1.200 partos realizados, durante o período de janeiro de 2003 a janeiro de 2004, 40% foram por via cesariana. Dessa maneira, constata-se que a recomendação da OMS vem sendo desrespeitada em várias maternidades no território nacional, sendo necessário que as autoridades responsáveis pelo setor público de saúde tomem às providências cabíveis, com intuito de modificar este quadro e fazer com que a saúde brasileira seja tratada com responsabilidade, em especial a saúde materna-infantil, vislumbrando a redução da morbimortalidade por realização de cesariana sem justificativas plausíveis. 17 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Pela grande incidência em que o parto cesáreo vem ocorrendo, é urgente a necessidade de implementação de estratégias mais efetivas e eficazes por parte dos serviços e dos profissionais de saúde para o estímulo ao parto vaginal, este devendo ocorrer desde o início do pré-natal, por meio de ações educativas que orientem adequadamente as gestantes sobre o parto, suas vias, vantagens e desvantagens para a sua saúde e de seu concepto, fazendo-a um agente ativo neste processo, como também orientar a comunidade em geral. Tão importante quanto, é a qualificação profissional dos integrantes que participam da assistência direta as gestantes, para que realmente efetivem a via vaginal como primeira escolha para o nascimento e que este momento seja realmente humanizado, capaz de atender as reais necessidades da mulher, melhorando a qualidade de vida materna-infantil, reduzindo assim a morbimortalidade deste binômio. A enfermagem tem um papel fundamental em todo esse processo de assistência a gestantes, em termos diretos, é o profissional que encontra-se mais perto destas, sendo capaz de torná-las participante ativas no parir, e atuando em equipe multiprofissional com interdisciplinaridade para a qualificação do atendimento a este público e a sua prole. 18 REFERÊNCIAS ALCÂNTARA, F.et al.Vou parir! Que tipo de parto? A decisão é da parturiente ou do médico?. Revista Formar Interdisciplinar, Sobral v.1, n.3, p.60-68, Jul -dez. 2013. Disponivel em: < http://inta.com.br/biblioteca/images/pdf/vou-parir.pdf>. 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