Caso Clínico 2 – Geriatria
Uma senhora de 74 anos apresenta-se em consulta ambulatorial com Lombalgia de
grande intensidade e dores em dedos das mãos, bilateralmente. Ela descreve
história de lombalgia há 5 anos, tolerável, intermitente, relatando piora da dor nos
últimos 6 meses com pequenos momentos de alívio (no momento caracteriza a dor
como intensa e em queimação). Atualmente dedos das mãos apresentam rigidez e
dor (com intensidade de 7/10 em escala analógica de dor no período matinal, ao se
levantar da cama, com melhora ao longo do dia, mantendo-se com intensidade de 5
a 6/10 na maioria dos dias).
“Eu simplesmente não consigo mais realizar as caminhadas matinais para comprar
o jornal e preciso da ajuda de minha filha e de alguns amigos para fazer as
atividades domésticas”.
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Medicações em uso:
Atenolol 50mg/dia
Hidroclorotiazida 12,5mg/dia
Atorvastatina 10mg/dia
Piroxicam 10mg/dia em caso de dor
Polivitamínico – 1 tablete/dia
Cálcio + Vitamina D (1500mg + 800UI)/dia
Exame Físico:
Lombalgia piora com flexão do quadril direito e extensão da perna
levantada
Sensibilidade paraespinhal lombar bilateral
Presença de Nódulos de Heberden
Desconforto generalizado com movimento.
Exames Complementares:
Ressonância Magnética de Coluna  Discopatia Degenerativa em vários
níveis de coluna lombar, Hipertrofia de facetas articulares e EstenoseEspinhal em L4-L5, L5-S1. Estenose Espinhal leve sem evidência de
compressão radicular ou medular.
VHS 1 hora: 12mm ( VR: até 10mm)
VHS 2 hora: 19mm (VH: até 20mm)
a) A partir do caso clínico em questão, defina as Múltiplas Etiologias de Dor
nesta paciente: (1,0 ponto)
b) Discopatia Degenerativa/ AO de coluna
c) Estenose Espinhal
d) Osteoartrite de Mãos
e) Citar opções de Tratamento para esta paciente (Citar 3, contando que 1
opção seja de Terapia Não farmacológica). (1,0 ponto)
 Analgésicos Opióides (eficácia em OA e Lombalgia, apesar de poder
causar tontura, boca seca, constipação e aumentar risco de quedas,
se mostram como a opção mais segura e efetiva para esta paciente).
 AINES (paciente em uso frequente, sem controle álgico adequado e
apresenta risco aumentado de elevação pressórica, piorar edema e
função renal, efeitos adversos gastrointestinais) – Não indicar!!!
 Antidepressivos  eficientes para Dor Neuropática e não para
lombalgia (não deve ser indicado para esta paciente, já que não
apresenta componente de compressão radicular ou dor
neuropática).
 Anticonvulsivantes  mesma observação para os Antidepressivos
nesta paciente. Daí, não indicar.
 AINES tópicos  podem ser usados para OA mãos, cautela devido
riscos cardiovasculares.
 Paracetamol  deve ser considerado (seguro e efetivo deve ser
considerado como primeira opção no tratamento de dor crônica
musculoesquelética). Respeitar dose máxima de 4g/24h.
 Terapia Adjuvante não farmacológica  Exercícios físicos
apropriados para melhorar flexibilidade, fortalecimento muscular e
resistência. Exercícios diários podem melhorar claudicação. Terapia
Cognitivo-Comportamental, Mudança de estilo de vida e perda de
peso, Yoga, Estimulação Elétrica Transcutânea (TENS), Acupuntura,
Massagem Terapêutica, Técnicas de Relaxamento...
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