TERAPIA COMPORTAMENTAL :
APLICAÇÃO A CASAIS E FAMÍLIAS
MALY DELITTI
PUC/SP
CeAC
Centro de Análise do Comportamento – Tel. (11) 30319908
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ANTIGAMENTE, SEGUNDO OS MITOS
*A natureza humana era muito diferente da que é hoje.
*Não existiam dois sexos, masculino e feminino, mas três, e o terceiro era formado
pelos outros dois;
*Hoje este terceiro sexo não tem mais nome, pois desapareceu, mas na época seu
nome era “andrógino” e constituía um sexo distinto...
(ele podia formar-se de uma parte feminina e uma parte masculina, ou duas partes
idênticas, o que explicaria a atração por pessoas do mesmo sexo)
*Além disso, todo ser humano tinha o dorso
redondo e costelas circulares; quatro braços, outras
tantas pernas; dois rostos rigorosamente semelhantes,
sobre um pescoço totalmente redondo.
*Estes dois rostos, voltados em direções opostas, eram encimados por um único
crânio...
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Este ser caminhava ereto (como agora) no sentido que desejasse,
ou, para andar mais depressa, à maneira dos acrobatas que dão
cambalhotas dando voltas sobre as pernas esticadas. Na época,
rodando sobre oito membros, esses seres eram muito avançados
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Os deuses sentiram-se ameaçados pela força desses homens primitivos e Zeus
tomou uma decisão radical:
“Dividirei cada um em dois, disse ele...
Assim, ficarão ao mesmo tempo menos fortes e mais úteis para nós [os deuses],
pois serão mais numerosos”.
Zeus procedeu à divisão e Apolo, deus da medicina, encarregou-se da sutura da
qual nosso umbigo constitui a cicatriz ainda visível. Por isso...
Cada um de nós não passa de uma metade do ser humano. De um foram feitos
dois; nós fomos cortados ao meio como um peixe!
E cada um busca incessantemente sua metade correspondente (...)
Quando conseguimos encontrar nossa metade original (...) somos invadidos por
um sentimento extraordinário de amizade, parentesco, amor e podemos dizer
que não consentimos em nos separar um do outro por um instante sequer.
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Fábula (ou lenda)
Muitas vantagens em estar juntos (como um ser único: maior
habilidade, maior força (a ponto de ameaçar deuses),visão dupla
(portanto maior segurança),vivência da completude (ou ausência
de necessidades
*Atração (física, intelectual)
Reforçadores primários (satisfação sexual)
Reforçadores secundários (beleza, conhecimento, status social)
*Afeição (física, atenção social)
Reforçadores primários (contato prazeroso)
Reforçadores generalizados (troca-se atenção por quase
qualquer outro reforçador)
*Motivos Culturais (participação no grupo / função na
comunidade)
Formação de família
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POR QUE AS PESSOAS SE UNEM?
*Motivos econômicos
– Criação de patrimônio
– Economia maior em dois (ou mais) do que sozinho.
*Motivos biológicos
– Disseminação da genética e manutenção da espécie
*Para fugir
– Solidão
– Preconceitos
– Pobreza, etc.
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CASAMENTO
*Sistema social
– Duas pessoas em relação uma com a
outra, ou em conjunto em relação a um
ambiente comum
*Manutenção do sistema
– Enquanto há liberação de reforçadores
• De uma em relação à outra
• Do ambiente comum por estarem
juntasCentro de Análise do Comportamento – Tel. (11) 30319908
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SISTEMA SOCIAL
*Comportamento individual é regido por
Contingências filogenéticas (biológicas)
Contingências ontogenéticas (pessoais)
Contingências culturais (do grupo)
atuam
sobre a pessoa
atuam sobre o grupo
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ENTÃO, O CASAMENTO
*É mais do que a junção de duas pessoas que precisam satisfazer
suas necessidades pessoais
– Por exemplo, uma mulher que se casa por atração sexual pelo
homem, que se casa com ela por motivos econômicos
*É uma contingência na qual os dois membros beneficiam-se
comumente por estarem juntos
– Necessidades afetivas e físicas satisfeitas mutuamente
– Obtenção de propriedades mais rapidamente e/ou maiores,
melhores, etc.
– “reconhecimento” social, por formarem família
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Sistema social
*É mantido enquanto os membros do sistema são mais controlados
pelas contingências que operam sobre o grupo
*Entra em colapso quando um ou cada indivíduo do casal é mais
controlado por contingências biológicas e pessoais
– Ganhos pessoais em função da perda do outro
– “quebra” do contrato (implícito ou explícito)
– Riscos afetivos e financeiros (inclusive os de sucessão)
– Riscos de saúde
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Lembrando que
Comportamento só é reforçado se for emitido
*Comunidade reforça o “casar-se”
– Presentes de casamento
– Elogios
– “ajudas”
*Pune o estar solteiro
– Cobranças
– Isolamento
– Preconceitos
– Etc.
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POR QUE TERAPIA DE CASAL?
Duas Pessoas
Diferentes
Sexos (?)
Famílias
Profissões
Expectativas
Religiões
Valores Éticos
Posições Políticas
Objetivos de vida
Escolhas
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DUAS PESSOAS DIFERENTES
DECIDEM VIVER JUNTAS
Tempo muito longo;
Até que a morte os separe
Não são consideradas
as mudanças.
Falta de definição dos
comportamentos adequados
Para o bem e para o
mal
para viver bem ou mal
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*A TERAPIA DE CASAL É UMA DAS ÁREAS DE
ATUAÇÃO MAIS DESENVOLVIDAS NAS ÚLTIMAS
DÉCADAS.
*A INCIDÊNCIA DE PROCURA NA CLÍNICA
COMPORTAMENTAL É MUITO ALTA
*CADA CASAL É ÚNICO E TEM SUA HISTÓRIA
ESPECÍFICA DE RELACIONAMENTO E PORTANTO SUA
TERAPIA REQUER OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
PRÓPRIAS.
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“NOS DISSEMOS QUE O COMEÇO É
SEMPRE, SEMPRE INESQUECÍVEL...
MAS NO ENTANTO MEU AMOR,
QUE COISA INCRÍVEL...
ESQUECI NOSSO COMEÇO
INESQUECÍVEL....”
(João Bosco / Aldir Blanc)
O começo:
Vida, doçura, esperança nossa...
Tempos depois:
Gemendo e chorando neste
vale de lágrimas...
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Entretanto, como a vida não é um conto de fadas...
* Nunca é perfeito, maravilhoso, ótimo ou péssimo,
sempre com beijos e abraços.
* O relacionamento entre as pessoas vai se
transformando com o tempo e as experiências.
* Por que ocorrem mudanças ?
# As pessoas mudam.
# As características de cada fase mudam.
# As “exigências” pessoais mudam.
# A vida como um todo muda.
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O QUE APRENDEMOS
* ... E viveram felizes para sempre...
* Vamos envelhecer juntos apaixonados como
agora...
* Ele nunca vai me decepcionar...
* Ela sempre será a mulher dos meus sonhos...
* Ele (ou ela) vão suprir todas as minhas necessidades
na vida...
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CONTRATOS DO CASAMENTO
*CONSCIENTE E VERBALIZADO,
EXPLÍCITO.
*CONSCIENTE E NÃO VERBALIZADO,
IMPLÍCITO.
*INCONSCIENTE E PORTANTO NÃO
VERBALIZADO.
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CONTRATO EXPLÍCITO
• MORAR NUMA MESMA CASA
• AMOR PARA SEMPRE
• FIDELIDADE
• FILHOS
• TIPO DE EDUCAÇÃO PARA OS FILHOS
• RELACIONAMENTO COM A FAMÍLIA
DE ORIGEM
• TRABALHO E SUSTENTO
• COMO GASTAR O DINHEIRO
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CONTRATO IMPLÍCITO
TODAS AS EXPECTATIVAS QUE A PESSOA TEM
PARA COM O PARCEIRO E / OU PARA COM A
RELAÇÃO E QUE NÃO SÃO VERBALIZADAS
PARA O OUTRO E, MUITAS VEZES, NEM PARA
SI PRÓPRIO.
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CONTRATO INCONSCIENTE
(Sem discriminação “do que” e "porque”)
Portanto não
VERBALIZADO
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Bom relacionamento
CONTINGÊNCIAS EM COMUM
A
AMBIENTE SOCIAL
B
AMBIENTE SOCIAL
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A
B
Nenhuma interseção : vidas totalmente independentes
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AB ?
Interseção total sem espaço para vida individual
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Diferentes histórias de vida + contrato
implícito + dificuldades de comunicação
dificuldades de tomar e implementar decisões.
DESENCANTAMENTO, ATRITOS
E POLARIZAÇÕES
NECESSIDADE DE
TERAPIA DE CASAL
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+
TERAPIA DE CASAIS: ...o início
* STUART (1969) FOI DOS PRIMEIROS
TERAPEUTAS COMPORTAMENTAIS A SE DEDICAR
A ATENDER CASAIS – TCC-CONTRATO DE
COMPORTAMENTOS
* TERAPIA COMPORTAMENTAL
DE CASAL
INTEGRATIVA
TCCI
(JACOBSON
E
CHRISTENSEN, 1992).
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Aceitação segundo a
Terapia de Casal Integrativa (ICT)
Senso Comum:
• resignação ao status quo
• submissão da esposa ao marido
Para ICT aceitação significa:
1. Transformar problemas em formas de se obter
maior intimidade entre membros da casal
2. Fazer com que os clientes parem de lutar para
transformar o outro na busca por obter o que
desejam do casamento
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Como a aceitação gera mudança?
• Remove o principal foco de problemas entre casais: tentar
mudar o outro
• Promove a maior tolerância para com características
“indesejáveis” do outro
• Modifica o ambiente de conflito, possibilitando mudanças
• Aumenta intimidade do casal, fazendo com que ele passe a
valorizar características positivas do parceiro, ao invés de
tentar mudar o que lhe desagrada no outro
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Motivo principal da mudança
• Inicia-se com diversas incompatibilidades
cotidianas do casal
• A forma com que os cônjuges lidam com estas
incompatibilidades cotidianas ao longo do tempo
conduz aos sofrimento
Tarefa do terapeuta
• Entender como estas incompatibilidades se
desenvolvem, suas consequências e como o casal
lida com elas
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Seleção do Parceiro
Principal fator de escolha do parceiro:
• Troca de reforçadores positivos mútuos entre os
parceiros
• Reforçamento positivo promovido por similaridades
ou diferenças entre parceiros
Exemplo: reforçamento por similaridade:
• Parceiros gostam das mesmas atividades realizadas
em conjunto
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Seleção do Parceiro
Exemplo de reforçamento por similaridade:
• Parceiros gostam das mesmas atividades realizadas em
conjunto ,tem temas de conversa em comum, possuem
valores semelhantes .
Exemplo de reforçamento por diferenças:
• Parceiros se complementam na vida diária, papéis
diferentes diminuem competitividade, diferenças
propiciam maior diversidade de experiências e vida mais
completa
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Similaridades, Diferenças e Incompatibilidade
• Durante o namoro a convivência do casal se dá
em momentos de lazer e encontros programados
• Com o aumento da intimidade, o casal fica mais
exposto a incompatibilidades que inicialmente
não eram notadas
• Conflitos ocorrem preferencialmente por
diferenças e não similaridades
• Incompatibilidades podem ser potencializadas,
minimizadas ou criadas pela convivência
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Similaridades Diferenças e Incompatibilidade
Exemplos:
• 1- Incompatibilidade criada: antes de ter filho, mulher diz
que continuará a trabalhar, depois sua disposição muda.
• 2- Incompatibilidade minimizada: Marido que dizia
detestar domingos em família, muda depois que conhece o
sogro e passa a jogar xadrez
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Conseqüências da Incompatibilidade
• Incompatibilidade: significa privação ou
exposição a estímulos aversivos
• O desejo de que o relacionamento funcione faz
com que os casais inicialmente tentem negar ou
minimizar incompatibilidades
• Tal estratégia tem um custo elevado, pois
muitas vezes a pessoa abre mão do que deseja,
a tolerância com relação ao outro diminui e a
frustração aumenta
• Os desejos passam a ser expressos de maneira
negativa, através de críticas ao parceiro que não
atende à suas necessidades
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Coerção
• Interação Coercitiva: um cônjuge aplica
estimulação aversiva até que o outro responda
reforçando-o positivamente, na medida em que
ele atinge seus objetivos.
• O parceiro por sua vez é reforçado
negativamente pois se livra da coerção. A
intermitência do reforço faz aumentar ainda
mais a coerção.
• O parceiro inicialmente não coercitivo, pode
passar a usar coerção para se ver livre da
estimulação aversiva inicial. Cria-se assim um
ciclo vicioso
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Coerção
*Exemplo: Suzana e Bernardo
• Susana muito sociável e gostava de ir à festas
• Bernardo detestava, mas acompanhava a
esposa, mesmo a contra gosto e por isso era
taxado de egoísta e antissocial.
• Ele esporadicamente cedia à insistência da
esposa, reforçando de forma intermitente o
comportamento dela.
• Assim, quando era criticado pela mulher como
sendo antissocial, ele também a criticava,
considerando-a superficial e acusando-a de
passar pouco tempo com os filhos
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Coerção
Padrões comportamentais de interações negativas
1-Evitação Mútua: casais diante de
incompatibilidades optam por ignorá-la para
evitar o conflito
2-Interação Negativa Mútua: ambos os
cônjuges utilizam ataques coercitivos contra o
parceiro
3-Evitação e Interação Negativa: um dos
parceiros se engaja em interações negativas,
enquanto o outro tenta evitar o conflito
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Polarização
*Os cônjuges se veem mais distintos do que
realmente são
*Eles não propiciam mais ao outro os reforços
positivos que mantinham o relacionamento
gerando mútua privação
*O casal divide as tarefas e cada um se especializa
em determinada função e as disparidades entre
eles aumentam
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Formas de Lidar com as Incompatibilidades
*Alguns casais são mais compatíveis que
outros, e o encontro destas pessoas pode
ser também determinado ao acaso
* Estudos mostram correlação positiva entre
compatibilidade, proximidade e satisfação
no casamento
*Casais em conflito que procuravam terapia
tinham níveis mais elevados de
incompatibilidade com relação a
proximidade do casal
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Capacidade para Resolução de Conflitos
*Algumas pessoas aprenderam em sua história de
vida a resolver conflitos de forma não agressiva,
conviver com diferenças e ouvir outros pontos
de vista
*Isso facilita a discussão de incompatibilidades e a
solução de eventuais dificuldades surgidas no
convívio do casal
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Portanto:
Intervenções de aceitação emocional alteram os
aspectos da situação maximizando a capacidade
de cada um de responder positivamente ao
sofrimento do outro.
Mudando a função do S antecedente
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TERAPIA COMPORTAMENTAL DE CASAIS TCC
* ENFATIZAR A MUDANÇA COMPORTAMENTAL
* AUMENTAR INTERAÇÕES POSITIVAS E DIMUNUIR
NEGATIVAS
* ENSINAR ESTRATÉGIAS PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS
* MODIFICAR EXPECTATIVAS IRREAIS
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PARA QUE TERAPIA DE CASAL?
1- Para mudar o padrão de comportamento;
2- Para aceitar características do parceiro(a);
3- Para estruturar uma separação
4-Para planejar o 2º casamento e evitar erros cometidos no 1º
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Terapia comportamental de casais
* Corrigir as atribuições de culpa
* Identificar esquemas de SR
*Identificar classes de resposta: equivalência
funcional
*Planejar generalização.
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OBJETIVOS DA TERAPIA DE CASAL
1. Cada membro do casal deve identificar em sua história
de vida aspectos importantes que determinaram
conjuntos de regras ou valores, escolhas e padrões de
comportamentos funcionais e/ou disfuncionais.
2. Identificar sentimentos e emoções envolvidos em
comportamentos usualmente emitidos.
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OBJETIVOS DA TERAPIA DE
CASAL
3. Identificar padrões de comunicação estabelecidos entre o
casal e treinar novas formas.
4. Identificar formas de tomada de decisões e treinar novas
formas.
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ESSES OBJETIVOS EVIDENCIAM:
1. Necessidade de terapia individual concomitante com
terapia de casal.
2. Dificuldade de um terapeuta de casal sozinho atingir esses
objetivos.
3. Dificuldade dos clientes com o “triangulo”.
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T SE RELACIONA COM CADA UM INDIVIDUALMENTE
CLIENTE
CLIENTE
T
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T SE RELACIONA COM A DUPLA COMO UMA UNIDADE
CLIENTE------------- CLIENTE
TERAPEUTA
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CLIENTE
CLIENTE
TE
RA
PEU
TA
T SE RELACIONA COM A DUPLA COMO SEU TRADUTOR
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DELITTI e DERDYK(1994)
CL 1
CL 2
T1
T2
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Comportamento- tel11-30319908-
DELITTI E DERDYK (1994) PROPOSTA DE
ATENDIMENTO: DUPLAS TERAPÊUTICAS
- 1 sessão inicial com os 2 terapeuta e os 2 clientes:
- queixa
- estabelecimento do vínculo inicial
- explicação do que é uma terapia e
como pode ajudar
- proposta e esclarecimentos sobre
a
forma do trabalho
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Delitti e Derdyk (1994)
Proposta de atendimento: duplas terapêuticas
- 2 a 3 sessões individuais: cada terapeuta atende um
membro do casal;
- Aumentar o autoconhecimento de cada membro do
casal;
- Criar um vínculo de confiança entre T e C para
ajuda no “enfrentamento” do parceiro(a) durante
as sessões de casal.
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Delitti e Derdyk (1994)
Proposta de atendimento: duplas terapêuticas
• 10 a 15 sessões de terapia de casal com a
presença do casal e seus respectivos terapeutas:
- Entender e modificar o padrão estabelecido
de controle recíproco de comportamento.
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Delitti e Derdyk (1994)
Proposta de atendimento: duplas terapêuticas
• Eventuais sessões individuais solicitadas pelos
terapeutas ou pelos clientes.
• Quando for necessário retomar aspectos individuais
de um dos parceiros.
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Caso M e I
* M. ♂adv. 40 anos, 2 filhos ♂ 16 e ♀ 7
anos;
* I. ♀ adv. 35 anos, 2 filhas de 8 e 6 anos;
* 2º casamento de ambos; procuraram
terapia para evitar os erros anteriores:
“impulsividade”
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História de vida dele
Filho único, ótimo aluno, poucas namoradas, na
festa de formatura começou a namorar a irmã do
melhor amigo. Em 3 meses ela engravidou, ele se
casou, foi morar na casa da mãe dela. Relatou que
nunca foi apaixonado mas ela era uma boa moça.
Separou-se quando o filho tinha 8 anos.
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Continuaram amigos e transavam eventualmente, já
que a mulher ideal nunca apareceu. Nessas eventuais
transas houve a 2ª gravidez e a filha. Então ele se
afastou completamente da ex, continuando a ver e
manter os filhos. Conheceu I. quando esta, recém
separada veio trabalhar no escritório do banco no
qual ele trabalha. Ficou “perdidamente ”
apaixonado.
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Comportamento- tel11-30319908-
HISTÓRIA DE VIDA DELA
Filha mais nova de 3 irmãos, casou-se aos 23 anos com um
inglês e morou na Inglaterra por 7 anos, de volta ao Brasil teve
as 2 filhas. Seu casamento foi bom e “tranquilo”, sempre foi
“romântica”(como todas as mulheres tem que ser) porém
pragmática, nunca “deixou os sonhos atrapalharem a vida”.
Quando o marido quis voltar a viver na Inglaterra, separou-se.
NA VERDADE:
O ROMÂNTICO FOI ELE
(REGRA SOBRE O CASAMENTO IDEAL)
COMPORTAMENTO IMPULSIVO
(PEDIU EM CASAMENTO APÓS 3 MESES / ARREPENDEU-SE)
ELA FICOU FRUSTRADA
(ESTAVA TUDO CERTO / OS FILHOS SE DERAM BEM)
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* Nas sessões individuais: identificação e análise
das regras e dos padrões de comportamento
cada um.
* Nas sessões em pares terapêuticos: foram
combinadas trocas comportamentais e novos
padrões de comportamento.
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O que é uma família?
• Uma família “tradicional” é igual à uma
família de pais homossexuais ou de uma
família com mãe, sem o pai, por exemplo?
• Uma família no Alasca é igual a uma
família em Nova Yorque ou em Recife?
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Portanto estamos considerando
pelo menos 2 fatores importantes:
• Contexto;
• Grupo Social.
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Possíveis interações de um T com uma família composta por
pai,mãe,filho e filha.
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Contexto
•O lugar e o momento em que uma família vive é
um determinante importante no tipo de família,
no repertório e problemas que ela apresenta.
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Grupo Social
•A família é um grupo de pessoas que interagem,
modelando comportamentos em cada indivíduo e
no grupo como um todo. Assim, responde ao
critério de ser um grupo social.
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•A família tem a tarefa de formar pessoas para
cuidar e manter o bem estar do próprio grupo.
Para isso, ela se utiliza de vários reforçadores e
punidores que comporão o repertório social dos
indivíduos
que
dela
fazem
parte.
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Princípios do comportamento
• O comportamento é produto das consequências.
• Obs.: atenção das pessoas é contingente aos
comportamentos inadequados de outros. Os
membros da família emitem comportamentos
inadequados na relação com os outros.
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•A família é um pequeno grupo social. É nela que
cada indivíduo começa aprender a viver em
sociedade. Esta aprendizagem é decorrente da
interação recíproca entre os diversos membros
que resultará na instalação e fortalecimento de
grande parte do repertório de cada um.
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• O controle do comportamento do
indivíduo pelo grupo familiar passa a
ser importante já que um representa
todos em todas situações.
Ex:nome,sobrenome.
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• A família é um pequeno grupo social. É
nela que cada indivíduo começa aprender
a viver em sociedade. Esta aprendizagem
é decorrente da interação recíproca entre
os diversos membros que resultará na
instalação e fortalecimento de grande parte
do repertório de cada um.
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•A família é um contexto em que seus membros
podem se expressar mais inteiramente em sua
complexidade. Esta interação familiar é que será
o foco do trabalho terapêutico (momento
presente) bem como a história contada por cada
um (momento passado). A comunicação uns com
os outros é feita por gestos, olhares bem como
por palavras.
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Características especificas da abordagem
comportamental aplicada a famílias
• Os problemas são especificados de forma objetiva e
concreta
• Estratégias terapêuticas são planejadas com base em
dados empíricos e submetidas a avaliação constante
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• Existe um planejamento da generalização e/ ou
equivalência funcional - para que os ganhos da sessão se
mantenham na vida cotidiana
• Generalização-é o que faz a terapia eficaz na vida
cotidiana
• Ambientes fisicamente diferentes podem ser
funcionalmente semelhantes e assim controlarem o
mesmo comportamento
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• A prática terapêutica baseia-se essencialmente na
interação verbal, instrumento que tem sido muito
utilizado pelos terapeutas para ter acesso aos
comportamentos abertos e encobertos do cliente.
• Terapia familiar cria um contexto para as pessoas
interagirem diretamente uns com os outros (CRBs)
• O terapeuta ouve os temas, as histórias e as metáforas
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• O terapeuta observa: onde as pessoas estão sentadas em
relação uns aos outros, se há a formação de alianças e/
ou subgrupos
• Observação dos movimentos: mudança de cada um em
direção ao outro ou em afastamento do outros
• Observação dos gestos -mudanças sutis de postura,
toques aparentemente casuais, olhares, caretas
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• O consultório do terapeuta é um local onde a interação da
família ocorre e o mesmo participa ativamente daquela
relação, identifica os padrões que emergem de forma
natural(CRBs), se identifica mais ou menos com algum
membro, partilha os sentimentos e as emoções , isto é ,na
sessão, o terapeuta faz parte das contingências.
• Vantagens: empatia e aceitação genuínas, sentimentos de
compreensão.
• Desvantagens: ao ficar sob controle de seus encobertos o T
pode perder a objetividade, ser parcial ou deixar de
observar nuances importantes da relação familiar.
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Proposta de atendimento
• Estabelecer -objetivos, identificar expectativas
gerais
• Analise da história do problema - quando
começou, eventos relacionados.(análise funcional)
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A Prática Terapêutica:
Objetivos das sessões:
1.
2.
3.
4.
Comprometer a família com a terapia
Estabelecer objetivos a serem alcançados por todos e
por cada um
Fazer uma análise comportamental das interações
entre os diversos membros
Desenvolver e implementar uma estratégia
terapêutica
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Comprometendo a família com a
terapia
•Desenvolver um relacionamento positivo e
de confiança com a família, de modo que o
T possa adquirir um valor reforçador.
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•Estabelecer regras de funcionamento claras e
aceitas por todos
• Ouvir imparcialmente o que cada membro
quiser contar, ser empático, ser uma audiência
não punitiva.
• Procurar oportunidades para reforçar
positivamente cada membro da família
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Estratégias Terapêuticas
• Como planejar
• Como dar orientações
• Como rearranjar hierarquias
• O que observar
• Como e quando consequência
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Observações:
Lembrar que o T é um modelo para os membros
da família
•Mostrar a importância e contribuição que cada
membro pode dar ao trabalho
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Para desenvolver habilidades clínicas
para ser terapeuta:
Treinamento específico em várias habilidades
•autoconhecimento (passar pelo processo de
psicoterapia?)
•estudar análise do comportamento e analisar os
processos específicos da família em questão
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BIBLIOGRAFIA
-Cordova, J.V.E Jacobson, N.S(1999) “CRISE DE CASAIS –em Manual Clínico dos
Transtornos Psiquiátricos-BARLOW, D.H. (Org.) Ed. Artmed Porto Alegre, Rs.
Delitti,M e Derdyk,P ( 2012). “O trabalho da análise do comportamento com grupos:
possibilidades de aplicação a casais e famílias”.Em : Borges,N. e Cassas,F.Clínica
Analitico –comportamental. (Org.) Ed. Artmed Porto Alegre, Rs.
-Dattilio, F.M E Padesky,C.(1995)”terapia Cognitiva Com Casais”. Ed. Artmed. Porto
Alegre
-Jacobson, N.S E Christensen(1998)-“acceptance And Change In Couple
Therapy”.W.W. Norton & Company. A Social Learning To Family Life.
-Stuart, R.B.“Operant-interpersonal Treatment For Marital Discord”, 33, 675-682.
-Stern,r.E Drumond,l. (1998) “Behavioral Marital Therapy.”Em The practice of
behavioral and cognitive psychotherapy. N.y.Plenum Press.
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Obrigada!!!!