Projeto Lagoas Costeiras
Curso de formação para
multiplicadores
Módulos 1 e 2:
Ecologia da Restinga
Águas Subterrâneas
Formação da Água Subterrânea:
Ciclo de água
Ciclo de água e volumes distribuídos nas diferentes
etapas da circulação da água
Água Subterrânea:
A água subterrânea é a água que infiltra no
subsolo e que está presente nos poros dos solos,
sedimentos (ex. areias) ou rochas.
Para ser considerada água subterrânea a camada
de solo ou rocha deve estar saturada.
Água Subterrânea:
A água subterrânea é a água que infiltra no
subsolo e que está presente nos poros dos solos,
sedimentos (ex. areias) ou rochas.
Para ser considerada água subterrânea a camada
de solo ou rocha deve estar saturada.
Água do solo:
A água do solo está presente, principalmente, sob
forma de vapor e pequenas gotas dentro dos espaços
disponíveis. É a umidade do solo.
É uma água para o “processamento” químico e
físico no solo e essencial para a vida das plantas.
Tipos de água no solo
Formação da água subterrânea: infiltração no solo
Águas até 750 m – participam do ciclo hidrológico e
correspondem a 4,2 milhões de quilômetros
cúbicos
Águas que circulam entre 750 e 4000 metros de
profundidade – tempo de retornos longos
Formação da água subterrânea: infiltração no solo
Águas até 750 m – participam do ciclo hidrológico e
correspondem a 4,2 milhões de quilômetros
cúbicos
Águas que circulam entre 750 e 4000 metros de
profundidade – tempo de retornos longos
A área onde ocorre a infiltração denomina-se de:
ZONA DE RECARGA
As maiores taxas de recarga ocorrem em regiões planas,
bem arborizadas, e nos aqüíferos livres. Em regiões de
relevo acidentado, sem cobertura vegetal, sujeitas a
práticas de uso e ocupação que favorecem as
enxurradas a recarga ocorre mais lentamente.
A área onde a água subterrânea encontra novamente a
superfície denomina-se de:
ZONA DE DESCARGA
Exemplos de zonas de descarga: uma fonte.
A área onde a água subterrânea encontra novamente a
superfície denomina-se de:
ZONA DE DESCARGA
Exemplos de zonas de descarga: uma fonte.
A relação entre a quantidade de água que infiltra na Zona
de Recarga e a que sai na Zona de Descarga fornece um
parâmetro que chamamos de:
RESERVAS
Sob condições naturais somente uma parcela das
reservas pode ser utilizada - entre 25 e 50%.
Movimento da Água Subterrânea
Movimento da Água Subterrânea
Movimento da Água Subterrânea
A água subterrânea está em todo lugar?
A água subterrânea está em todo lugar?
Não, depende da porosidade e permeabilidade dos
materiais, rochas e sedimentos.
A água subterrânea está em todo lugar?
Não, depende da porosidade e permeabilidade dos
materiais, rochas e sedimentos.
Área de infiltração na restinga (Mostardas)
Dunas pleistocênicas com mata nativa. Infiltração lenta
Depósitos de areia e cascalho
A água subterrânea encontra-se nos poros entre os
grãos de areia e o cascalho
Rochas de arenito consolidadas, a água se
encontra nas rachaduras
Rochas de conglomerado, não consolidadas
Água subterrânea na região cárstica (rocha de calcário)
Água subterrânea na região cárstica (rocha de calcário)
Superfície da rocha calcária e fissuras na rocha devido à
dissolução do calcário pela água rica em ácido carbônico
Água subterrânea na região cárstica (rocha de calcário)
Caverna na rocha de calcário
Rocha basáltica
“Colunas” de basalto, espaços entre os blocos
Tipos de Aqüíferos: podem ser classificados tendo como
base a porosidade e a pressão.
Tipos de Aqüíferos: podem ser classificados tendo como
base a porosidade e a pressão.
A) Com relação a porosidade
- Aqüífero Poroso ou Sedimentar (contínuo)
- Aqüífero Fraturado ou Fissural (descontínuo)
- Aqüífero Cárstico (descontínuo)
Tipos de Aqüíferos: podem ser classificados tendo como
base a porosidade e a pressão.
A) Com relação a porosidade
- Aqüífero Poroso ou Sedimentar (contínuo)
- Aqüífero Fraturado ou Fissural (descontínuo)
- Aqüífero Cárstico (descontínuo)
B) Com relação a pressão
- Aqüífero Livre ou Freático
- Aqüífero Confinado
- Aqüífero Semi-Confinado
Tipos de Aqüíferos: podem ser classificados tendo como
base a porosidade e a pressão.
A) Com relação a porosidade
- Aqüífero Poroso ou Sedimentar (contínuo)
- Aqüífero Fraturado ou Fissural (descontínuo)
- Aqüífero Cárstico (descontínuo)
B) Com relação a pressão
- Aqüífero Livre ou Freático
- Aqüífero Confinado
- Aqüífero Semi-Confinado
C) Tipos Especiais:
- Aqüífero Suspenso
Com relação a porosidade
Com relação a porosidade
Aqüífero Poroso ou Sedimentar (contínuo)
Formado
por
rochas
Sedimentares
consolidadas,
sedimentos inconsolidados ou solos arenosos.
Melhores aqüíferos – volume e extensão
Com relação a porosidade
Aqüífero Poroso ou Sedimentar (contínuo)
Formado
por
rochas
Sedimentares
consolidadas,
sedimentos inconsolidados ou solos arenosos.
Melhores aqüíferos – volume e extensão
Aqüífero Fraturado ou Fissural (Descontínuo):
Formado por rochas ígneas, metamórficas ou cristalinas,
duras e maciças que tenham fraturas, fendas e falhas
abertas.
Volume baixos – Circulação ao longo de fraturas –
Com relação a porosidade
Aqüífero Poroso ou Sedimentar (contínuo)
Formado
por
rochas
Sedimentares
consolidadas,
sedimentos inconsolidados ou solos arenosos.
Melhores aqüíferos – volume e extensão
Aqüífero Fraturado ou Fissural (Descontínuo):
Formado por rochas ígneas, metamórficas ou cristalinas,
duras e maciças que tenham fraturas, fendas e falhas
abertas.
Volume baixos – Circulação ao longo de fraturas –
Aqüífero Cárstico – Karst - (Descontínuo):
Formado em rochas calcárias ou carbonáticas.
Circulação – fraturas e outras descontinuidades
dissolução
Aberturas – podem atingir grandes dimensões
–
Com relação a pressão
Com relação a pressão
Aqüífero Livre ou Freático
Camada superficial, aflorante em toda a sua extensão e
limitado na base por camada impermeável.
Possuem recarga direta
Aqüíferos comuns, mais explorados e mais vulneráveis.
Profundidade de saturação depende das precipitações
Aqüífero Confinado ou Artesiano:
Aqüífero Confinado ou Artesiano:
Camada permeável confinada entre duas camadas
impermeáveis ou semipermeáveis (semi-confinado).
Pressão do topo maior que a pressão atmosférica –
artesianismo
Recarga – zonas de afloramentos das camadas
Aqüífero Confinado ou Artesiano:
Camada permeável confinada entre duas camadas
impermeáveis ou semipermeáveis (semi-confinado).
Pressão do topo maior que a pressão atmosférica –
artesianismo
Recarga – zonas de afloramentos das camadas
Aqüíferos do Rio Grande do Sul
Aqüíferos Porosos Cenozóicos Costeiros
Aqüíferos Porosos Cenozóicos Costeiros
Areias inconsolidadas ou semi-consolidadas.
Aqüíferos Porosos Cenozóicos Costeiros
Areias inconsolidadas ou semi-consolidadas.
Variações laterais e verticais condicionadas por
modificações nos ambientes de sedimentação que se
sucederam no espaço e tempo.
Aqüíferos Porosos Cenozóicos Costeiros
Areias inconsolidadas ou semi-consolidadas.
Variações laterais e verticais condicionadas por
modificações nos ambientes de sedimentação que se
sucederam no espaço e tempo.
Tipos de Aqüíferos presentes:
- Aqüíferos livres (mais comum e superficial);
- Aqüíferos Confinados
- Aqüíferos Semi-Confinados
Seqüência de depósitos marinhos e límnicos até 34 m de
profundidade, Bojuru.
Seqüência de depósitos marinhos e límnicos até 34 m de
profundidade, Bojuru.
Cunha Salina:
Cunha Salina:
-
intrusão marinha
-
causas: água doce mais leve que água do mar
-
Equilíbrio dinâmico entre o fluxo de água doce e
marinha
Cunha Salina:
-
intrusão marinha
-
causas: água doce mais leve que água do mar
-
Equilíbrio dinâmico entre o fluxo de água doce e
marinha
Avanço da Cunha Salina em uma ilha com alta precipitação
(balanço hídrico positivo):
Avanço da Cunha Salina em uma ilha com alta precipitação
(balanço hídrico positivo):
Avanço da Cunha Salina em uma ilha com alta precipitação
(balanço hídrico positivo):
Redução da lente de água doce pelo uso da água
subterrânea
Água doce e salina no subsolo da restinga do RS
Água doce e salina no subsolo da restinga do RS
Salinização de poços por causa da retirada
excessiva de água subterrânea, oceano e laguna
com água salgada
Água doce e salina no subsolo da restinga do RS
Situação favorecida pela vizinhança de um corpo de
água grande de água doce (Lagoa Mirim)
Formas de Captação: Poços Tubulares - Artesianos
Formas de Captação: Poços Tubulares - Artesianos
- furo com diâmetro entre 10 a 30
cm;
-tubo de revestimento – contenção
das paredes do poço;
-seção final perfurada ou
ranhurada denominada de filtro;
-camada de material arenoso entre
o poço e o revestimento ou filtro
denominado de pré-filtro;
Poços Tubulares – Artesianos - Padrão
Sistema de captação baseado em poço artesiano
Poços Tubulares – Artesianos como não
deveriam ser
Poços Tubulares – Artesianos como
deveriam ser
Propriedades da Água Subterrânea
Propriedades da Água Subterrânea
1) Temperatura:
temperatura média anual
variações com o grau
geotérmico
Propriedades da Água Subterrânea
1) Temperatura:
temperatura média anual
variações com o grau
geotérmico
2) Composição Química: depende do
tipo de rocha ou sedimento
grau de alteração das rochas
minerais
Propriedades da Água Subterrânea
Propriedades da Água Subterrânea
Propriedades da Água Subterrânea
1) Cor: substâncias dissolvidas na água – MO; Fe
- azulada: quando pura;
- arroxeada: rica em ferro;
- negra: manganês;
- amarelada: ácidos húmicos
Propriedades da Água Subterrânea
1) Cor: substâncias dissolvidas na água – MO; Fe
- azulada: quando pura;
- arroxeada: rica em ferro;
- negra: manganês;
- amarelada: ácidos húmicos
2) Odor e Sabor: depende do teor e tipo de sais
dissolvidos
Propriedades da Água Subterrânea
1) Cor: substâncias dissolvidas na água – MO; Fe
- azulada: quando pura;
- arroxeada: rica em ferro;
- negra: manganês;
- amarelada: ácidos húmicos
2) Odor e Sabor: depende do teor e tipo de sais
dissolvidos
3) Turbidez: provocada por sólidos em suspensão (silte,
argila, Material orgânico)
Propriedades da Água Subterrânea
4) Condutividade Elétrica: facilidade de condução de
corrente elétrica - está relacionada com o conteúdo de
sais
Propriedades da Água Subterrânea
4) Condutividade Elétrica: facilidade de condução de
corrente elétrica - está relacionada com o conteúdo de
sais
5) Dureza:
- Águas duras são: incrustantes, produzem grandes
consumos de sabão, além de dificultar o cozimento.
Propriedades da Água Subterrânea
4) Condutividade Elétrica: facilidade de condução de
corrente elétrica - está relacionada com o conteúdo de
sais
5) Dureza:
- Águas duras são: incrustantes, produzem grandes
consumos de sabão, além de dificultar o cozimento.
6) pH: a maioria das águas subterrâneas tem valores de
5,5 até 8,5. Em casos excepcionais podem variar de 3
até 11.
Propriedades da Água Subterrânea
Laudo sobre água subterrânea
Contaminação da Água Subterrânea
Contaminação da Água Subterrânea
Essa água pode estar contaminada???
Contaminação da Água Subterrânea
Vulnerabilidade dos Aqüíferos:
Contaminação da Água Subterrânea
Vulnerabilidade dos Aqüíferos:
É o maior ou menor grau de disponibilidade de
sofrer contaminação.
Contaminação da Água Subterrânea
Vulnerabilidade dos Aqüíferos:
É o maior ou menor grau de disponibilidade de
sofrer contaminação.
- Maior vulnerabilidade = zonas de recarga
Contaminação da Água Subterrânea
Vulnerabilidade dos Aqüíferos:
É o maior ou menor grau de disponibilidade de
sofrer contaminação.
- Maior vulnerabilidade = zonas de recarga
- A vulnerabilidade diminui a medida que aumenta o
confinamento.
Contaminação da Água Subterrânea
Vulnerabilidade dos Aqüíferos:
É o maior ou menor grau de disponibilidade de
sofrer contaminação.
- Maior vulnerabilidade = zonas de recarga
- A vulnerabilidade diminui a medida que aumenta o
confinamento.
- Todos os aqüíferos são vulneráveis a contaminantes
persistentes não-degradáveis, gerados por uma atividade
contaminante amplamente distribuída;
Contaminação da Água Subterrânea
Contaminação da Água Subterrânea
Contaminação da Água Subterrânea
Contaminação da Água Subterrânea
Contaminação da Água Subterrânea
Legislação
Decreto nº 37.033, de 21 de novembro de 1996
Regulamenta a outorga do direito de uso da água no
estado do Rio Grande do Sul, prevista nos Artigos 29, 30 e
31 da Lei nº 10.350, de 30 de dezembro de 1994.
Decreto nº 42.047, de 26 de dezembro de 2002
Regulamenta disposições da Lei nº 10.350, de 30 de
dezembro de 1994
com alterações relativas ao gerenciamento e à
conservação das águas subterrâneas e dos aqüíferos.
ANUÊNCIA
OUTORGA
Departamento dos Recursos Hídricos – SEMA
Orientações com Relação a Água Subterrânea
a) Construir poços dentro das normas
b) Área em torno do Poço deve estar protegida
(legislação = 10 m)
c) Evitar locar poços próximos a fontes de contaminação
(exemplos: fossas)
d) Procurar
fazer
análises
principalmente bacteriológicas
e) Ferver a Água para Consumo
f) Limpeza das Caixas de Água
físicos-químicas
e,
MUITO OBRIGADO
PELA ATENÇÃO!
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Águas Subterrâneas