UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE NOVA FRIBURGO Faculdade de Odontologia LETÍCIA DE MIRANDA FIGUEIRA LUIZ FELIPE SALLES GONÇALVES “BIOMATERIAIS APLICADOS NA MANUTENÇÃO VOLUMÉTRICA DE ALVÉOLOS PÓS-EXTRAÇÃO – REVISÃO DE LITERATURA” NOVA FRIBURGO 2015 LETÍCIA DE MIRANDA FIGUEIRA LUIZ FELIPE SALLES GONÇALVES “BIOMATERIAIS APLICADOS NA MANUTENÇÃO VOLUMÉTRICA EM ALVÉOLOS PÓS-EXTRAÇÃO – REVISÃO DE LITERATURA” Monografia apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense / Campus Universitário de Nova Friburgo como trabalho de conclusão de curso de graduação em odontologia. Orientador: Prof. LUIS EDUARDO CARNEIRO CAMPOS Nova Friburgo 2015 F475b Figueira, Letícia de Miranda. Biomateriais aplicados na manutenção volumétrica de alvéolos pós-extração : revisão de literatura. / Letícia de Miranda Figueira ; Luiz Felipe Salles Gonçalves ; Prof. Dr Luis Eduardo Carneiro Campos, orientador. -- Nova Friburgo, RJ: [s.n.], 2015. 37f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Universidade Federal Fluminense, Campus Nova Friburgo, 2015. 1. Materiais dentários. 2. Biomaterias . 3. Regeneração óssea. I. Gonçalves, Luiz Felipe Salles. II. Campos, Luis Eduardo Carneiro, Orientador. III. Título CDD M617.695 LETÍCIA DE MIRANDA FIGUEIRA LUIZ FELIPE SALLES GONÇALVES “BIOMATERIAIS APLICADOS NA MANUTENÇÃO VOLUMÉTRICA EM ALVÉOLOS PÓS-EXTRAÇÃO – REVISÃO DE LITERATURA” Monografia apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense / Campus Universitário de Nova Friburgo como trabalho de conclusão de curso de graduação em odontologia. Aprovada em:______/______/______ BANCA EXAMINADORA Prof.___________________________________________________________ Instituição________________________Assinatura_____________________ Prof.___________________________________________________________ Instituição________________________Assinatura_____________________ Prof.___________________________________________________________ Instituição________________________Assinatura_____________________ Nova Friburgo 2015 AGRADECIMENTO Agradecemos ao nosso professor Luis Eduardo Campos, pela orientação, incentivo e sugestões. E aos demais professores, que de alguma maneira nos ajudaram a alcançar nossa formação acadêmica. Aos nossos colegas de turma, por compartilharem conosco dos desafios dessa etapa, deixando-a mais leve. Às nossas famílias, por acreditarem em nós, por entenderem as nossas ausências e pelo apoio de sempre. RESUMO O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura referente à materiais de enxertos que visam o preenchimento e a manutenção do volume ósseo de alvéolos pós-extração. Buscou-se identificar a manutenção ou não da altura e largura óssea com a utilização dos diferentes materiais, a fim de que proporcione posterior instalação do implante de maneira otimizada. Evitando desta maneira um maior número de procedimentos cirúrgicos. Foi utilizada como estratégia a busca bibliográfica nas principais bases de dados. Dentre elas o Portal CAPES e Medline / Pubmed através das palavras chaves, no período de dezembro de 2014 à abril de 2015. De acordo com os estudos pode-se observar que há diversos biomateriais que conseguem, até certo ponto, uma boa manutenção volumétrica. Entretanto, ainda é necessário que esse tema seja estudado de maneira mais profunda e por um prazo mais longo para que maiores afirmações sejam feitas. Palavras-chave: Regeneração Óssea; Regeneração Tecidual Guiada ; Autógeno, Alógeno , Fibrina , Leucócito ABSTRACT The objective of this study was to conduct a literature review related to the graft materials aimed at completing and maintaining bone volume post-extraction sockets. We attempted to identify whether or not the maintenance of bone height and width to the use of different materials in order to provide a maintenance that subsequent installation of the implant more easily and, if possible avoiding a large number of surgical procedures. A literature search strategy within the major databases were used, among them the CAPES Portal and Medline / Pubmed, using the words, from December 2014 to April 2015. According to the studies can be seen that there are several biomaterials that can, to some extent, a good volumetric maintenance. However, it is still necessary that this issue be studied more deeply and for a longer period in which major statements are made Key Words: Bone regeneration; guided tissue regeneration; autografting; allograft; fibrin; leucocyte. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1 2 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 2 2.1 DINÂMICA DA MANUTENÇÃO ÓSSEA – PROCESSO CICATRICIAL ... 2 2.2 ENXERTOS ÓSSEOS .............................................................................. 4 2.2.1 Enxertos Autógenos ........................................................................ 5 2.2.1.1 Osso Autógeno ............................................................................ 5 2.2.1.2 Fibrina Rica em Plaquetas e Leucócitos (L-PRF) ........................ 7 2.2.2 Enxertos Alógenos........................................................................... 9 2.2.3 Enxertos Xenógenos...................................................................... 11 2.2.3.1 Osso Mineral Bovino Desproteinizado (DBBM) ......................... 12 2.2.4 Enxertos Aloplásticos.................................................................... 14 2.2.4.1 Hidroxiapatita ............................................................................ 14 2.3 MEMBRANAS DE BARREIRA ............................................................... 15 2.3.1 Membranas Não-Reabsorvíveis .................................................... 15 2.3.2 Membranas Reabsorvíveis ............................................................ 16 3 METODOLOGIA ........................................................................................... 18 4 DISCUSSÃO ................................................................................................. 19 5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 21 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 22 1 1 INTRODUÇÃO Estética, bem como a exigência mecânica, vem crescendo de maneira considerável em implantodontia. Por consequência entende-se que o implante odontológico tem por finalidade seguir o mais próximo possível o sistema no vivo (PELEG et al., 2004). Para atingir as metas estabelecidas, é preciso que se busque uma posição anatômica ideal (PECK, MARNEWICK e STEPHEN, 2011). Houve época que o sítio receptor ditava a posição da fixação. Atualmente isto não é concebível (YAMADA et al., 2004). A presença de tecido ósseo remanescente, tanto em espessura como em altura, faz-se necessária para instalação correta do implante. Atingindo assim reconstrução estética e funcional. Todavia, estes objetivos nem sempre são possíveis (PECK; MARNEWICK; STEPHEN, 2011). Após exodontias a perda óssea volumétrica ocorrerá naturalmente e o alvéolo será remodelado. Este comportamento ocorrerá devido à falta de estímulo local, advindo do processo mastigatório. Segundo Julius Wolff (Lei de Wolff), o tecido ósseo deverá remodelar e se adaptar de acordo com as diversidades e forças externas que atuem sobre ele (DINIZ et al., 2005). De acordo com as premissas citadas, a utilização de técnicas de reconstrução que sejam capazes de proporcionar a manuteção dos rebordos, em altura e largura é necessária. Essas técnicas foram denominadas Alveolar Ridge Preservation (ARP) ou procedimentos de preservação alveolar. Uma vez que, a manutenção do alvéolo diminui a necessidade de mais procedimentos cirúrgicos, e permite com que a cirurgia para colocação do implante seja mais simples (DARBY; CHEN; BUSER, 2009). 2 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 DINÂMICA DA MANUTENÇÃO ÓSSEA – PROCESSO CICATRICIAL A altura e largura do rebordo alveolar são pontos importantes para se estabelecer uma terapia com implantes (DARBY, CHEN e BUSER, 2009). Todavia, após a exodontia, o osso alveolar, um dos componentes do periodonto (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014), passa por mudanças que irão acarretar em reduções dimensionais (ARAÚJO et al., 2005), o que contribui sobremaneira para alterações estético-funcionais, a saber: a) ausência de níveis volumétricos adequados, que impedirão a instalação do implante; b) Reabsorção óssea severa que venha a causar problemas estéticos na restauração implanto-suportada. Portanto, é essencial um adequado volume ósseo do rebordo alveolar para que se obtenha um resultado funcional e estético de forma ideal no tratamento com implantes (COVANI et al., 2011). Para que se entenda a fisiologia de remodelação é importante entender que, após a exodontia, se inicia uma série de eventos inflamatórios com finalidade de reparo local (AMLER, 1969). Em sequência o alvéolo é preenchido por sangue (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014), em decorrência da ruptura de vasos sanguíneos do ligamento periodontal, e imediatamente é iniciada a formação de uma rede de fibrina (COVANI et al., 2011). Neste momento plaquetas darão início de forma imediata a eventos genotípicos que levarão a formação do coágulo (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). A presença de eritrócitos e neutrófilos é notada neste momento (CARDAROPOLI, ARAÚJO e LINDHE, 2003). Assumindo que haja retenção de coágulo primário, a cicatrização do alvéolo deverá ocorrer de forma natural (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). Contudo, as dimensões do alvéolo e a presença, ou não, de defeitos ósseos são fatores que podem afetar o processo (DARBY, CHEN e BUSER, 2009). Entre o terceiro e quarto dia, se observa o início de epitelização e a formação de tecido conjuntivo imaturo (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN 2014; AMLER, 1969). Ainda, alguns pequenos segmentos do coágulo já são 3 substituídos por tecido de granulação (CARDAROPOLI, ARAÚJO e LINDHE, 2003). Uma semana após o evento trabéculas ósseas de osso imaturo já são visualizadas, e é notado um estágio de angiogênese inicial (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). Caracterizando a remodelação do tecido, osteoclastos estão presentes, e pode-se observar uma matriz provisória na região central do alvéolo, com vasos sanguíneos recém-formados, células estromais, leucócitos e fibras de colágeno. Características comuns às duas primeiras semanas são a ausência de ligamento periodontal e presença de matriz osteóide, osso imaturo e maduro no coabitando no mesmo ambiente (CARDAROPOLI, ARAÚJO e LINDHE, 2003). Em 20 dias, um tecido conjuntivo fibroso bem organizado substitui o tecido de granulação e já são encontrados osteóides formando calcificações (AMLER, 1969). Após aproximadamente 4 semanas, um trabeculado ósseo já preenche cerca de 2/3 do alvéolo (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). Em 90 dias após a extração, várias áreas de tecido ósseo estão substituídas por osso lamelar, com sinais de remodelação (CARDAROPOLI, ARAÚJO e LINDHE, 2003). Em relação a perda volumétrica, estima-se que chegue a 40% em altura e 60% em largura entre 2 e 3 anos (ASHMAN, 2000; LEKOVIC et al., 1997). Em números isto significaria uma redução média de 4,5mm e 6,1mm no sentido buco-lingual (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). Sendo que dois terços desta perda deverá ocorrer nos 3 primeiros meses (SCHROPP et al., 2003). Diversos estudos demonstram uma maior redução em largura se comparado à altura (PIETROKOVSKI e MASSLER, 1967). O tempo também é relevante, o que significa que a perda de contorno tecidual é maior nos primeiros 6 meses iniciais. A cicatrização ocorre de maneira mais progressiva na maxila em relação à mandíbula, por ela possuir uma oferta vascular maior. A mandíbula tem, portanto, um padrão mais rápido de reabsorção (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). Muitos autores relatam o fato da grande reabsorção em relação à porção vestibular já que a mesma é composta de osso alveolar propriamente dito e em 4 mínima vascularização em relação à porção palatina, e uma remoção dentária torna essa porção inútil, trazendo naturalmente essa consequência (ARAÚJO et al., 2005). E a mesma sofre maiores mudanças considerando mandíbula e maxila (PIETROKOVSKI e MASSLER, 1967), obedecendo a um padrão específico (COVANI et al., 2011). Tanto no interior quanto no exterior do alvéolo ocorrerão atividades osteoclásticas que ao se fundirem levarão à uma perda mais pronunciada de tábua óssea na porção vestibular, com consequente colapso do espaço recém-formado, já que o complexo de tecido mole não poderá mais ser estabilizado (FICKL et al., 2008), permitindo alterações buco-orais bem demarcadas (ARAÚJO et al., 2005). A partir de um ponto de vista oclusal, pode-se observar a crista residual se deslocando para lingual, já em uma vista lateral, é possível ver formada uma concavidade bucal (PIETROKOVSKI e MASSLER, 1967). Permitir, portanto, a perda de tecido não é vantajoso, pois a redução do volume ósseo que ocorrerá pós-exodontia irá interferir na colocação dos implantes, diante disso surge essa necessidade de procedimentos e técnicas que possam facilitar a formação óssea no alveólo, auxiliando na cicatrização e minimizando perda de altura e largura (SCHROPP et al., 2003). Pode-se então afirmar que se mantidas as dimensões dos alvéolos, será reduzida a necessidade de mais procedimentos cirúrgicos, o que simplifica a cirurgia de implante posteriormente. Até o momento, em busca de minimizar ou dificultar essa perda óssea tridimensional, a terapia de escolha tem sido procedimentos de enxertos de biomateriais. (DARBY, CHEN e BUSER, 2009). 2.2 ENXERTOS DE BIOMATERIAIS EM ENGENHARIA ÓSSEA Como alternativa a perda óssea volumétrica em alvéolos pós-extração, a busca de resultados previsíveis através da engenharia tecidual tem sido uma constante. A bioengenharia, aliada a implantodontia tem evoluido de forma notória nas últimas décadas, o que leva à promoção de pesquisas com materiais de técnicas de enxerto ósseo na busca da promoção e facilitação da cicatrização, no interior de defeitos. Dentro dessa linha de pesquisa, há preocupação com limitações anatômicas provocadas pelas perdas dentárias prematuras, que culminam na reabsorção óssea do processo alveolar, podendo ocorrer a 5 inviabilização da reabilitação oral com implantes osseointegráveis, comprometendo a efetividade da resolução final. As primeiras bases científicas para estudo dos enxertos ósseos originam-se de Ollier e datam de 1867. Foi relatada a transferência de osso e periósteo. Baseado na osteogênese observada pelo próprio autor no enxerto, acreditava-se na vitalidade de ambos. Porém, após 30 anos, observou-se pela primeira vez a questão do conceito de osteocondução, quando foi visto que o enxerto apresentava-se na verdade sem vitalidade, e que o repovoamento com células vivas só ocorreria com a invasão gradual de células oriundas do leito receptor. Em 1914, concluiu-se de forma definitiva e de modo a concordar com Barth, que através da difusão de nutrientes advindos do leito receptor, algumas células osteogênicas da superfície do enxerto ósseo sobrevivem. Existem vários tipos de enxertos ósseos, os quais estarão sendo descritos a seguir. Desta maneira é compreensível que a utilização de arcabouços biológicos, assim como transferência de células, sejam de grande valia na reconstrução, ou mesmo manutenção da região. 2.2.1 Enxertos Autógenos Quando um tecido é transferido de uma área e/ou posição original para outra, em um mesmo indivíduo, estaremos diante de transplantes ou enxertos autógenos (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). Atualmente as duas modalidades utilizadas em reconstruções ósseas são os enxertos autógenos propriamente ditos e técnica da fibrina rica em plaquetas e leucócitos (L-PRF). Esta última, recente, vem ganhando adeptos e publicações. 2.2.1.1 Osso Autógeno Os enxertos ósseos autógenos são os mais previsíveis para o crescimento ósseo, sendo considerado o padrão ouro, devido às suas características de osteocondução, osteoindução e osteogênese. A osteocondução ocorre quando o material permite aposição óssea sobre um osso pré-existente, requerendo a presença de osso e células mesenquimais diferenciadas (SCARANO et al., 2006), ou seja, o material de enxerto irá servir 6 como um arcabouço para o crescimento de células precursora dos osteoblastos para o interior do defeito ósseo (LINDHE, 2008). A osteoindução se caracteriza pela capacidade de indução à transformação das células mesenquimais em osteoblastos ou condroblastos, o que leva ao aumento do crescimento ósseo ou ainda à formação de osso (INTINI et al., 2008). E, quando o material é capaz de promover formação óssea diretamente dos osteoblastos, tem-se caracterizada a osteogênese (MISCH e DIETSH, 1993), podendo ser estabelecidos centros de formação óssea (LINDHE, 2008). Em relação às demais técnicas, os autógenos tem a vantagem no que se refere ao potencial regenerador ósseo, porém, sua remoção implica na necessidade de uma área doadora. Essa área doadora pode ser tanto intraoral quanto extra-oral. Locais como cristas edentadas, tuberosidade maxilar, tórus e exostoses são exemplos de áreas intra-orais que podem ser utilizadas (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). Essas áreas são escolhidas durante o planejamento pela facilidade de acesso, boa quantidade de material e a possibilidade de realização do procedimento em âmbito ambulatorial (DE MACEDO, 2011). Entretanto, algumas vezes a fonte intra-oral não é suficiente para doação, fazendo-se necessária a utilização de uma área extra-oral. Dentre elas, a crista ilíaca e a calota craniana são áreas comumente utilizadas como doadoras. A fonte de doação desse osso é importante, pois se a mesma é de natureza cortical predominantemente, seu potencial osteogênico é baixo. Um melhor potencial osteogênico está associado ao osso esponjoso, que contém medula hematopoiética. (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). Essa coleta em um segundo sítio cirúrgico fez com que esse tipo de enxerto perdesse um pouco de sua popularidade (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). Outro inconveniente dessa área doadora é a possibilidade de morbidades relacionadas à ela (LAURIE et al., 1984), complicações que podem ser tanto trans como pós-operatórias, como: parestesias temporárias, disestesias, infecções, fraturas, hemorragias, dores e desconforto na locomoção (NEO et al., 2000). Além disso, passa-se a ser necessário a presença de outros profissionais para atuar em algumas áreas (ELLIS III e SINN, 1993), uma demanda de maior tempo cirúrgico (SOHN et al., 2009), e maior perda sanguínea e tempo de hospitalização em reconstruções grandes 7 (CONTAR et al., 2009). E ainda, passa-se a ser necessário convencer o paciente de que ele será submetido à um procedimento adicional (JOHNSON, 1980). 2.2.1.2 Fibrina Rica em Plaquetas e Leucócitos (L-PRF) O sangue é um tecido conjuntivo líquido responsável pelo transporte de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico e toxinas), regulação e proteção de nosso corpo. Nele podemos encontrar o plasma sanguíneo, além das hemácias, dos leucócitos e das plaquetas. As plaquetas são fragmentos de células, presentes no sangue, que realizam a coagulação, agindo geralmente quando algum trauma ocorre no vaso sanguíneo, formando um tampão plaquetário, através da agregação da mesma A fibrina desempenha um papel muito importante nessa agregação plaquetária durante a hemostasia, sendo ela uma forma ativada do fibrinogênio. Ela é capaz de consolidar o primeiro agrupamento de plaquetas que ocorre na coagulação, formando uma espécie de proteção (CLARK, 2001). Os adesivos de fibrina são agentes hemostáticos que existem dentro de um grande arsenal terapêutico, que conseguem corresponder à um mecanismo biológico natural, que é a polimerização da fibrina durante a hemostasia (VINNAZER, 1985). Eles atuam reproduzindo a última etapa da cascata de coagulação, enquanto o fibrinogênio é convertido em fibrina, na presença de trombina, e possuem como principais atividades biológicas a aderência tecidual e a biodegradabilidade (DOHAN et al., 2006). Dentro da cirurgia oral e maxilofacial, esses adesivos são conhecidos pela promoção da aceleração da cicatrização, e pela redução do hematoma pós-operatório (MATRAS, 1985). Fibrinas adesivas vêm sendo documentadas há muitos anos na literatura, porém ainda há o desafio na busca do desenvolvimento de aditivos cirúrgicos que venham a regular a inflamação e aumentar a cura (DOHAN et al., 2006). Em 2001, Choukroun et al. apresentou um protocolo que objetivava a obtenção de um concentrado de fibrina rica em plaquetas e leucócitos (L-PRF). O L-PRF é um concentrado plaquetário que trata-se basicamente de sangue centrifugado (DOHAN et al., 2006). É uma técnica relativamente simples e acessível aos clínicos. A partir da coleta do sangue do próprio paciente, sem 8 adição de anticoagulantes ou trombina bovina é possível, através de centrifugação, obter um material autólogo. Ou seja, um concentrado plaquetário de segunda geração (O’CONNEL, 2006). Para a realização da técnica de obtenção do L-PRF são usados tubos de vidro de 10ml, onde o sangue será coletado. Imediatamente após o procedimento de coleta, esse sangue será centrifugado, durante 10 minutos numa rotação de 3000rpm. Essa etapa é feita numa centrífuga específica denominada PC-02 (DOHAN et al., 2006). O L-PRF por ser um material totalmente autólogo, e preparado diretamente do sangue do paciente, não existe risco de transmissão de doenças ou rejeição. Ele age pela alta concentração de fatores de crescimento, estimulando a cura e a formação óssea (PECK, MARNEWICK e STEPHEN, 2011). Peck, Marnewick e Stephen (2011) publicaram um caso de utilização do L-PRF, onde o intuito da colocação do mesmo logo após a realização da exodontia era maximizar o tecido disponível para a posterior terapia com implante. A paciente foi submetida à colocação do implante após seis semanas, e através da radiografia já era possível observar que havia formação óssea na área enxertada, além de não possuir sinais de inflamação ou infecção. Ainda segundo o autor, a qualidade do osso formado permitiu um torque de 35Ncm na colocação do implante. Concentrados plaquetários, como o L-PRF, vêm demonstrando em alguns estudos o seu potencial de reparo e regeneração tanto de tecidos moles quanto duros. Durante a cicatrização natural são encontrados o fator de crescimento derivados de plaquetas, o fator de crescimento transformante beta, o fator de crescimento endotelial vascular e o fator de crescimento endotelial, que são responsáveis pela indução, proliferação, diferenciação, entre outros eventos celulares. Esses mesmo fatores são encontrados nos concentrados plaquetários. (MORASCHINI et al., 2015). Um estudo realizado por Simon, Gupta e Tajbakhsh em 2011 procurou quantificar as mudanças associadas aos alvéolos de 21 locais de extração, utilizando o L-PRF como enxerto. Foram registradas as medidas de largura e altura no momento da extração, após a colocação de enxerto e após 4 meses 9 de cicatrização quando seria colocado o implante. Os autores verificaram que na última tomada de medidas, os alvéolos foram preenchidos com osso que pareceu bastante maduro e que as dimensões do rebordo alveolar foram quase que completamente preservadas. Hauser et al., 2013, realizaram um estudo randomizado onde 23 locais de extração foram divididos em três grupos, sendo eles: Grupo 1 – extração simples mais preenchimento com L-PRF; Grupo 2 – extração com retalho mucoso mais preenchimento com L-PRF; Grupo 3 – Extração simples sem preenchimento, sendo, portanto, o grupo controle. Através de análise histomorfométrica após 8 semanas, observaram uma melhor cicatrização óssea no grupo 1. Em um ensaio clínico com 20 alvéolos de extração de pré-molares simétricos divididos aleatoriamente, utilizando o esquema de boca dividida, os autores utilizaram L-PRF em um grupo e o próprio coágulo de sangue para grupo controle. Foram realizadas as avaliações de cicatrização, alterações de contorno do rebordo alveolar e reabsorção de crista óssea, em modelos de gesso e radiografias periapicais, em 8 tempos (T0, inicial; T1, uma semana; T2,2 semanas; T4, 4 semanas; T6, seis semanas; T8, 8 semanas). Nas primeiras 4 semanas, o L-PRF demonstrou uma cicatrização precoce cobrindo o alvéolo, demonstrando ainda uma tendência a entrar numa fase de equilíbrio, enquanto ainda era possível observar no grupo controle uma progressão de contração do contorno até a oitava semana (SUTTAPREYASRI e LEEPONG, 2013). 2.2.2 Enxertos Alógenos Os enxertos alógenos consistem de materiais provenientes de doador, da mesma espécie. Esses enxertos podem ser requisitados em bancos de ossos através de documentação específica para requisição (PINTO et al., 2007). Sua eficácia está relacionada à ausência de processo infeccioso, volume de tecido ósseo adequado, boa densidade do tecido após remodelação, permitindo a estabilidade inicial dos implantes e sucesso com implantes submetidos à carga funcional (KEITH et al., 2005). Tomford (2000) relatou a utilização desse tipo de enxerto por mais de 120 anos. Nos primeiros anos, a viabilidade do material e a falta de uma 10 legislação que suportasse essa técnica eram um problema. Porém, a partir da década de 1980, eles começaram a ser mais utilizados, já com o desenvolvimento de testes sendo realizados pelos bancos de ossos. Os enxertos alógenos, então, se tornaram populares devido à falta de um segundo sítio cirúrgico e por diminuir a morbidade do hospedeiro (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). Aloenxertos estão disponíveis como blocos ou em formatos particulados. O osso mineralizado liofilizado (FDBA) e o osso desmineralizado liofilizado (DFDBA) são dois tipos de aloenxertos, mais utilizados que o osso fresco congelado (FFB), pois o mesmo possui alto risco de infecção imunológica e transmissão de doenças. Já o FDBA e o DFDBA possuem o congelamento seco, que reduz a imunogenicidade do material. O FDBA proporciona armação osteocondutora e induz uma reabsorção mais lenta (TOMLIN, NELSON E ROSSMAN, 2014). Enquanto o DFDBA expõe as proteínas morfogenéticas do osso, fazendo com que seja osteoindutor e osteocondutor. E, segundo Schwatz et al. (1996), DFDBA pode possuir grande variação devido à idade, sexo e medicamento utilizado pelo doador, além do processamento da amostra e do tempo entre a coleta e a morte. Em um estudo feito por Becker, Becker e Caffese (1994) onde ele avaliou a capacidade de formação óssea do DFDBA em 7 sítios com biópsias após 13 meses, foi observada a presença de partículas mortas de DFDBA sem evidência de formação óssea e nenhuma evidência de reabsorção osteoclástica das partículas de osso. Os resultados desse estudo questionam o uso do DFDBA como um material de enxerto de osso indutivo. Em contrapartida, Brugnami et al. (1996) também avaliou a formação óssea em alvéolos tratados com DFDBA, com metodologia igual, ou seja, biópsias em 7 sítios após 13 meses, e suas observações foram de partículas de DFDBA bem incorporadas no novo osso, exibindo lacunas de osteócitos. Os autores concluíram que os DFDBA disponíveis comercialmente tem o potencial para funcionar fisicamente como um ninho para o crescimento de osso novo aposicional em alvéolos pós-extração. Ainda em relação aos enxertos alógenos, temos o FDBA, o osso liofilizado mineralizado. Iasella et al., 2003, através de um estudo clínico 11 controlado, cego, randomizado, de seis meses, teve como objetivo determinar se a preservação do alvéolo pode prevenir mudanças de reabsorção pósextração. Foram selecionados 24 pacientes, com idade entre 28-76 anos que necessitavam de extração e posteriormente uma colocação de implante, onde um grupo serviria de controle, recebendo somente a extração como procedimento, e o outro receberia o enxerto com FDBA e membrana de colágeno. Os autores determinaram as dimensões do alvéolo logo após a extração, e antes da colocação do implante foi obtido uma amostra para análise. Em relação à altura, ambos diminuíram, porém o grupo com procedimento de preservação foi um pouco melhor, com uma diferença de 1.6mm entre eles. Já de forma vertical a diferença foi bem mais significativa, já que o grupo controle teve perda enquanto o grupo com preservação teve um ganho, dando uma diferença de 2.2mm. Além de histologicamente, as análises mostrarem mais osso no grupo com preservação. Alguns estudos demonstram altos índices de sucesso na avaliação a longo prazo de implantes em mandíbulas e maxilas reconstruídas com enxerto alógenos, como é o caso de Viscioni et al. (2009) e Carinci et al. (2009), com taxas de sucesso de 99% em 133 implantes e 96,8% em 63 implantes, respectivamente. Apesar do tecido doador, no caso dos alógenos, ter o potencial de transmitir doenças, não há relatos de contaminação viral ou alguma patologia adquirida de DFDBA ou FDBA (SCHWARTZ et al., 1996; SHAPOFF et al., 1980; ZANER e YUKNA, 1984). Com o rastreio do material de forma rigorosa, a possibilidade de transmissão de doenças é de um em cada 2 milhões (BUCK, MALININ e BROWN, 1989). 2.2.3 Enxertos Xenógenos O mineral ósseo derivado de animais ou materiais semelhantes a osso derivados de corais calcificados ou algas, com seu componente orgânico removido para que seja eliminado o risco de respostas imunogênicas ou transmissão de doenças, é o que consiste os xenoenxertos (DUDKO, 2010). Idealmente, um enxerto ósseo de origem não autógena, deve ser não tóxico e esterilizável sem que possa induzir uma resposta inflamatória ao leito receptor, além disso, o material deve funcionar como uma barreira mecânica 12 para o crescimento de tecido fibroso ou invaginação de tecido muscular para o interior do defeito (AABOE, PINHOL e HJORTING-HANSEN, 1995). Desta maneira, o enxerto xenógeno vem apresentando resultados promissores devido ao seu baixo custo e boa disponilibidade, sem morbidade ao paciente. Com a finalidade de assegurar a biocompatibilidade desses enxertos, em termos de biossegurança, vários protocolos de tratamentos foram desenvolvidos (KIM et al. 2009). Neste aspecto, o processamento inclui métodos de esterilização, como por exemplo: exposição ao óxido de etileno, irradiação gama e liofilização do xenoenxerto (STEVENSON, EMERY e GOLDBERG, 1996) No entanto, este preparo químico possui efeitos deletérios nas propriedades biomecânicas do enxerto podendo resultar em diferentes tipos: o orgânico e o inorgânico. O inorgânico é acelular e possui uma matriz rica em hidroxiapatita. Essa desproteinização se faz através da exposição a temperaturas superiores a 300°C. Foi demonstrado em estudos que a exposição acima de 300°C elimina qualquer príon que possa ter permanecido na amostra. No entanto, a autoclavagem, com o propósito de esterilização leva à coagulação sanguínea e desnaturação das proteínas nos canais de Harvers e desnaturação do colágeno ósseo. (DEL CARLO et al,1999) Por outro lado o tratamento do osso bovino com tratamentos orgânicos, utilizando ácidos e temperatura controlada resultam em um arcabouço proteico rico em colágeno tipo I bovino, o qual apresenta grande homologia com o colágeno humano e pequena quantidade de fatores de crescimento, como a proteína morfogenética óssea (FEITOSA, 2012). Contudo as metodologias utilizadas podem ser discutíveis do ponto de vista da efetividade devido à possibilidade de falhas durante os processos, alterando desta forma a resposta biológica do leito receptor. (BIENEK et al, 2007) 2.2.3.1 Osso Mineral Bovino Desproteinizado (DBBM) Como esse material é bastante utilizado mundialmente, e por consequência muito estudada, o osso mineral bovino desproteinizado será citado em nosso trabalho. 13 O DBBM consegue compensar, em grande parte, a perda horizontal e vertical que ocorre no alvéolo (ARAÚJO e LINDHE, 2009), preservando os contornos do rebordo alveolar (ACKERMANN, 2009). Segundo Fickl (2008), num estudo em modelo animal, o DBBM foi capaz de sustentar o tecido mole acima do osso. Comparando alvéolos preenchidos com DBBM, onde se espera uma preservação do volume ósseo coronal, em relação à alvéolos sem preenchimento, este tem um volume com redução de 30% nesta porção coronal. Norton et al., 2003, realizaram um estudo com 15 pacientes, com média de 53 anos, que necessitavam de extração por diferentes etiologias, com o objetivo de avaliar a osteocondutividade desse material, que nada mais é que osso bovino mineral. No momento da colocação do implante, amostras ósseas foram trephinadas, em seguida processadas e analisadas em microscópio ótico para avaliar a resposta do tecido, calculando-se depois uma porcentagem média de osso novo. A porcentagem média encontrada foi de 26,9%, observando-se presença de osso lamelar maduro perto ou em contato com o xenoenxerto. Os implantes foram restaurados em função, com uma taxa de sobrevivência de 97%, pois somente um apresentou pouco osso formado e, de forma extraordinária, um infiltrado inflamatório. Mais recentemente, em 2014, Pang et al. fizeram um estudo com uma amostra de 30 pacientes, divididos em dois grupos, um grupo controle onde ocorreu cicatrização normal pós-extração, e um grupo em que o alvéolo foi preenchido com DBBM. Foram realizadas radiografias panorâmicas e tomografias logo após o procedimento de extração, repetindo estes exames após 3 meses e após 6 meses, quando um implante foi colocado. Os resultados obtidos mostram uma redução em altura de 2,12mm após 3 meses e de 3,26mm após 6 meses no grupo controle, enquanto no grupo com procedimento de manutenção volumétrica, a redução foi de 1,05mm e 1,54mm, respectivamente. Em relação à largura, novamente perdeu-se mais no grupo controle, onde obteve-se redução de 2,72mm após 3 meses e 3,56 após 6 meses, distinguindo-se bastante do grupo com preenchimento que reduziu somente 1,1mm na primeira avaliação e 1,84mm na segunda. 14 2.2.4 Enxertos Aloplásticos Os enxertos aloplásticos são mais uma das alternativas de materiais de enxerto, que pelo fácil uso e manipulação, vem ganhando aceitação no mercado cada vez mais (PINTO et al., 2007). Eles são materiais inertes, de preenchimento osteocondutor, e servem como armação para a formação de osso novo (TOMLIN, NELSON e ROSSMAN, 2014). Eles foram desenvolvidos para que atuassem em defeitos de preenchimento, na estabilização do restante de estruturas ósseas, no ganho de inserção clínica e ainda para diminuir profundidades de sondagem (FROUM e ORLOWSKI, 2000; CAMARGO et al., 2000). Uma outra vantagem que se pode destacar desse tipo de enxerto é a sua grande disponibilidade e a dispensa de um procedimento cirúrgico num sítio doador. Além disso, ainda tem como benefício diminuição do tempo cirúrgico, além de tamanhos e formatos disponíveis. Esses tipos de materiais correm risco de rejeição seguida de infecção, o que vai levar a uma nova intervenção cirúrgica (PINTO et al., 2007). 2.2.4.1 Hidroxiapatita A hidroxiapatita é um dos materiais sintéticos mais usados e difundidos ao longo dos anos, tendo indicações para aumento de rebordo alveolar, regeneração óssea guiada, reconstrução buco-maxilo-facial, e até mesmo reparo e substituição de paredes da órbita (PARIS, 2002). Respostas inflamatórias ou tóxicas não são observadas porque a hidroxiapatita é considerada um componente químico natural do corpo humano. Ela possui a capacidade de induzir crescimento ósseo no interior do enxerto, e consequentemente promove estabilidade e manutenção do volume do implante, o que caracteriza sua osteocondutividade (SHINDO et al., 1993). Esse material se apresenta comercialmente em forma de cerâmica, densas ou porosas, em formato de blocos ou grânulos, tendo mais consistente a característica de osseointegração na sua forma porosa, o que promove uma união forte entre o osso adjacente e o enxerto (PINTO et al., 2007). No estudo de Froum et al., 2004, investigaram a cicatrização de alvéolos comparando o uso de hidroxiapatita e osso bovino como materiais de 15 preenchimento, cobertos com matriz acelular ou membrana de e-PTFE. Com uma amostra de 16 sítios em 15 pacientes, divididos em 4 grupos, os autores buscaram calcular o percentual de osso vital presente 6-8 meses após o procedimento. Os grupos eram: 1- hidroxiapatita com matriz acelular, 2hidroxiapatita com e-PTFE, 3- osso bovino com matriz acelular e 4- osso bovino com e-PTFE. As análises histológicas das amostras colhidas mostraram um melhor resultado nos alvéolos tratados com a matriz acelular, independente do material de preenchimento, com o grupo 1 tento um percentual de 35,5% de osso vital e o grupo 3 com 41,7%. Outro estudo, de Lekovic et al. 1998, avaliou a efetividade clínica de membranas reabsorvíveis na preservação de alvéolos pós-extração. A amostragem foi somente de 16 pacientes, todos precisando de extração de dois dentes anteriores, onde um sítio recebeu a membrana após a extração e o outro foi fechado tendo cicatrização normal. Foram usados pinos de titânio para servir de referência para as medidas, e as cirurgias de reentrada ocorreram 6 meses depois. Os sítios com as membranas apresentaram uma perda significativamente menor de altura e menor reabsorção horizontal da crista óssea alveolar. 2.3 MEMBRANAS DE BARREIRA Enxertos tem sido usados muitas vezes na odontologia associados à membranas, apesar das mesmas poderem ser usadas sozinhas também. Elas funcionam como uma barreira física, que vai proteger o coágulo sanguíneo (MACEDO, 2003), servindo de guia para uma população de células selecionadas, através da capacidade de exclusão dos tecidos conectivos e epiteliais no sítio de cicatrização do alvéolo (CASADO et al., 2006). Uma membrana ideal deve ser biocompatível, inerte, semipermeável, mecanicamente resistente, esterilizável, não alergênica e não carcinogênica (NANAMI et al, 2011). 2.3.1 Membranas Não-Reabsorvíveis As membranas podem ser tanto não-reabsorvíveis como reabsorvíveis. As membranas não-reabsorvíveis de politetrafluoretileno expandido, 16 conhecidas como e-PTFE, foram as primeiras a serem preconizadas. Elas podem se apresentar com ou sem reforço de titânio (QUESADA, BRENNER E FELTRACO, 2011). A e-PTFE é uma membrana inerte, que não desencadeia reação inflamatória a corpo estranho, é resistente à autoclavagem e ao ataque químico, insolúvel à grande gama de solventes enzimáticos, além de ter um módulo de elasticidade semelhante ao tecido fibroso e ósseo (FERREIRA et al., 2008). Semelhanças na cicatrização fisiológica e com e-PTFE podem ser vistas em estudos experimentais, além da presença de um encapsulamento fibroso ao redor da membrana, e maior formação óssea com o uso dela (CAFESSE et al., 1994; CRUMP et al., 1996). Nanami et al. (2011) avaliaram a influência da membrana de e-PTFE em defeitos periodontais de 20 ratos, divididos em grupo controle e teste, e concluíram que a membrana foi eficaz como barreira física, porém, o padrão de deposição de matriz foi alterado. Ainda segundo o autor algumas características da e-PTFE, como a propriedade de antiaderência não podem ser reproduzidas em membranas reabsorvíveis. 2.3.2 Membranas Reabsorvíveis Zitmann et al., (1997) compararam o desempenho de membranas nãoreabsorvíveis e reabsorvíveis em 25 pacientes designados para implante. Como resultado teve melhora em todos os tratamentos, com um mínimo de 1mm de regeneração óssea, com as duas membranas tendo aumento significativo, e ainda, sem diferenças significativas entre elas e sem importar se era maxila ou mandíbula. As membranas reabsorvíveis são materiais que, através da associação de hidrólise e degradação enzimática com eliminação total dos produtos, sem que haja efeitos residuais, fazem a reabsorção e a degradação macromolecular (SERRA E SILVA et al., 2005). Dentre as membranas reabsorvíveis, destacam-se as membranas de colágeno. Ela possui as vantagens do próprio colágeno, que incluem função hemostática, facilidade de estabilização, semipermeabilidade, que permite a passagem de nutrientes, degradação enzimática e habilidade de atração química de fibroblastos em reações inflamatórias. E, além disso, ainda são 17 mecanicamente maleáveis, adaptáveis e de fácil manipulação (QUESADA, BRENNER e FELTRACO, 2011). Ao contrário do que acontece no uso das membranas de e-PTFE, as membranas de colágeno não apresentam propriedade mantenedora de espaço, e precisam ser associadas ao uso de enxertos quando a morfologia do sítio receptor não for favorável para que ela se mantenha firme por si só (HOCKERS et al., 1999; NOTICE et al., 2001). E ainda assim, pode ser que seja possível ocorrer certo grau de reabsorção (PROUSSAEFS, 2003). 18 3 METODOLOGIA O trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica, onde utilizou-se das seguintes etapas: escolha das fontes, coleta de dados, análise e discussão do que foi coletado. Foram utilizados como fontes de pesquisa artigos científicos sobre o tema, datados da década de 60 até 2015, encontrados nas bases de dados Portal CAPES, MEDLINE/Pubmed e SCIELO, disponíveis em texto completo, além de monografias que possuem relação com o tema. Como critério de inclusão foram consideradas as fontes que abordavam a cicatrização óssea, o uso de biomateriais no preenchimento de alvéolos, e procedimentos de manutenção volumétrica pós-extração, excluindo aquelas que não se encaixavam na temática do trabalho. A coleta de dados foi realizada no período de dezembro de 2014 à abril de 2015, primeiramente com uma leitura exploratória, com objetivo de verificar se a fonte era de interesse para o trabalho. Em seguida, de maneira mais aprofundada, uma leitura seletiva, concomitantemente com a realização de registros e anotações das informações que foram extraídas das fontes e era de interesse para o desenvolvimento do trabalho. Com as informações colhidas realizou-se uma análise das mesmas, a fim de ordená-las para que fossem discutidas e usadas da melhor maneira possível na construção da revisão. 19 4 DISCUSSÃO Após extrações dentárias alvéolos tendem a sofrer perdas volumétricas que podem inviabilizar a reabilitação com implantes osteo-integráveis. Isto pode ser impedido com a realização de procedimentos de manutenção volumétrica. Devido ao alto potencial de reparação e regeneração dos concentrados plaquetários, como o L-PRF, acreditamos que o mesmo pode ser recomendado para cirurgias orais, incluindo a preservação de alvéolos. Os fatores de crescimento responsáveis pela regulação dos eventos celulares durante a cicatrização natural também são liberados durante a preparação desses concentrados, além disso a obtenção desse material é relativamente fácil e com custo acessível, o que torna sua utilização viável. De acordo com os resultados obtidos nos estudos de Simon, Gupta e Tajbakhsh (2011), Hauser et al. (2013) e Suttapreyasri e Leepong (2013), concordamos que o L-PRF é um biomaterial compatível no preenchimento de alvéolos pós-extração, no que diz respeito à melhor cicatrização e preservação do mesmo. Entretanto, sendo esta uma técnica atual ainda há o que se pesquisar e descobrir frente ao estabelecimento do L-PRF como padrão de excelência. Todavia, sua baixa morbidade é algo a se considerar. Em relação ao osso liofilizado desmineralizado (DFDBA), questionamos seu uso, pois de acordo com os estudos apresentados, sua capacidade osteoindutora não foi consolidada. É possível encontrar estudos onde a formação óssea não foi evidenciada após análise do sítio, como em Becker, Becker e Cafesse (1994). Ainda se tratando de enxertos alógenos, vemos a utilização do FDBA como uma boa opção se comparada à não preservação, pois há um ganho significante em altura, o que é considerado mais adequado, principalmente em áreas estéticas (Iasella et al. 2013). Outro enxerto alvo de estudos é xenógeno, dentre eles destaca-se o osso desmineralizado liofilizado (DBBM). Esse material é uma boa sugestão para preservação de alvéolos, como podemos observar no estudo de Pang et al. (2014), onde o grupo que fez uso do material obteve resultados muito 20 superiores ao grupo controle, preservando aproximadamente 2mm a mais em dimensão vertical e horizontal. Os enxertos aloplásticos e as membranas também são alternativas para enxertia em alvéolos pós-extração. Baseado nos estudos, sugerimos que o uso desses materiais é valioso no que diz respeito à preservação óssea alveolar e pode prevenir defeitos do rebordo (Froum et al. 2004; Lekovic et al. 1998). Em relação às membranas, as e-PTFE apresentam requisitos de uma membrana ideal, entretanto, a necessidade de uma segunda cirurgia para remoção da mesma se mostra como uma limitação, além disso, ela ainda apresenta alta taxa de exposição, que como consequência pode resultar em desconforto para o paciente e infecção pós-cirúrgica com possibilidade de interferência negativa na regeneração óssea, e alto custo (OH et al., 2003). Entre as reabsorvíveis, a de colágeno, apesar da sua maleabilidade, não apresentam propriedade mantenedora de espaço, e, portanto, precisam ser associadas ao uso de enxertos, mas dentre as suas vantagens destacamos a semipermeabilidade e hemostasia. Apesar dos resultados favorecerem ou não o material escolhido para o estudo, sugerimos mais pesquisas à respeito dos procedimentos de manutenção óssea de alvéolos pós-extração, com um prazo mais longo ou uma amostragem maior, por exemplo, retificando o fato de que muito ainda pode ser estudado para dar maior credibilidade aos materiais de enxerto. 21 5 CONCLUSÃO Devido à demanda funcional e estética da preservação de alvéolos frescos para uma posterior colocação de implante, a busca por um procedimento mais adequado vem acontecendo através de pesquisas e estudos que visam comparar os diferentes tipos de materiais, principalmente em relação à sua capacidade de neoformação óssea. O L-PRF, mais recente dentre os biomateriais citados, vem como uma boa promessa, e podemos destacá-lo dentre os demais, devido ao seu bom desempenho em estudos e por ser um material autólogo, o que significa uma maior disposição e quase nenhum risco de contaminação, além de não precisar de uma intervenção cirúrgica para obtenção do mesmo. Além dele, outros materiais, como o DFDBA e o DBBM também demonstram bons desempenhos nos estudos. Porém, ainda são necessários mais estudos a longo prazo em relação à esses biomateriais e aos demais, inclusive porque a implantodontia e os estudos sobre a reconstrução de tecidos não param de evoluir. 22 REFERÊNCIAS AABOE, M.; PINHOLT, E.M.; HJØRTING-HANSEN, E. Healing of experimentally created defects: a review. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery,v. 33, p. 312-8, 1995. ACKERMANN KL. Extraction site management using a natural bone mineral containing collagen: rationale and retrospective case study. 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