Organizadores:
Francisca Geane Albuquerque
Francisco Vicente de Paula Júnior
Franciclé Fortaleza Bento
Manual Pedagógico
de Experiência e Ação
em Letras e Artes
Manual Pedagógico de Experiência e Ação em Letras e Artes
Coordenação Editorial
Maria Edinete Tomás
Edição e Diagramação
Gilberlânio Rios
Capa
Assessoria de Comunicação Institucional da UVA - ACMI
Conselho Editorial
Benedita Marta Gomes Costa
Francisca Liciany Rodrigues de Sousa
Margarida Pontes Timbó
Maria Edinete Tomás
Revisão de Texto
Ângelo Bruno Lucas de Oliveira
Cristiane Melo Nobre
Teobaldo Campos Mesquita
A exatidão das informações, os conceitos e opiniões emitidos neste
livro são de exclusiva responsabilidade de seus autores.
Todos os direitos reservados ao PIBID UVA 2013. Subprojeto de Letras
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AUTORES
André Luís Ferreira
Antonia Andressa R. Martins
Diana Kelly Alves de Oliveira
Francisca Geane Albuquerque
Francisca Vanuza Araújo Matias
Francisca Aciza M. Vasconcelos
Francisca Liliana Araújo Pereira
Géssica Mota Santos
Henrique Souza Nogueira
João Batista Martins da Silva
Maria Janaina Ximenes Sousa
Maria Jéssica Melo de Sousa
Maria de Lourdes Arruda dos Santos
Maria Otilia Sales Trajano
Valéria Araújo de Souza
Valéria Maria Gomes Carneiro
Tamires Marques Araújo
APRESENTAÇÃO
O objetivo principal deste trabalho, de natureza coletiva, é
compartilhar com os professores da escola pública sugestões de
atividades e projetos de trabalho, já testados em sala de aula, em
palestras e encontros pedagógicos.
As propostas descritas podem ser aplicadas no ensino
fundamental e no ensino médio e servem apenas como um
modelo que pode ser adaptado conforme os objetivos, interesses e
necessidades de cada um.
O importante para nós é criar um ambiente propício ao
aprendizado, visto que uma realidade escolar nem sempre é favorável,
tendo que adaptar várias atividades aos mais diferentes tipos de
estudantes e atender às sugestões de um mundo em constante
processo de mudanças.
Os organizadores
PREFÁCIO
Na esteira do pensamento de Cora Coralina, deve-se sentir
feliz quem consegue transferir o que sabe e aprender o que ensina.
Creio que as dezoito propostas didáticas que compõem o Manual
Pedagógico de Experiência e Ação em Letras e Artes refletem muito
da riqueza que há na fala da ilustre poetisa goiana.
Com base no título da obra, verifica-se que as propostas têm
natureza pedagógica, comum ao fazer educacional, em cujo âmago
se acha a transferência de saberes, princípios e valores culturais
entre pessoas, entre gerações. Verifica-se também que tais propostas
relacionam-se com “experiência e ação” envolvendo dois tipos de
saberes que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq) nomeia como grande área de Linguística,
Letras e Artes.
Acresce-se que as “experiência e ação” das propostas aqui
apresentadas apontam também para um dado contexto no qual
se originaram: o Projeto de Iniciação à Docência Experiências
Inovadoras entre Universidade e Escolas (PIBID UVA 2011), ao qual
pertence o Subprojeto de Letras, responsável direto pela obra a que
me refiro.
Mas para se ter uma ideia mais clara sobre as propostas deste
livro, creio ser ainda necessário dizer que o PIBID UVA 2011
desenvolve, sob os auspício do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência – PIBID, iniciativa das mais felizes gerida, em
primeira instância, pela Diretoria da Educação Básica Presencial
(DEB), vinculada à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (CAPES). Recebeu a sigla PIBID UVA 2011 para
designar o aludido Programa Federal, a Universidade Estadual Vale
do Acaraú (UVA), onde se ambienta, e o ano do edital no qual se
originou.
Os objetivos precípuos do PIBID relacionam-se diretamente
com a qualificação do ensino público, daí porque estimula e promove
maior interação entre cursos de licenciatura e escolas de educação
básica. Assim o fazendo, possibilita a indissolubilidade entre teoria e
prática na formação de professores. Eis porque o título desse Manual
faz referência à “experiência e ação”. Isto é, as propostas didáticas aqui
trazidas resultam de uma experiência concreta de seus autores, todos
licenciandos, com as questões didático-pedagógicas vivenciadas
no chão das escolas parceiras de Subprojeto de Letras. Traduzem
desafios históricos e aprendizados significativos, que desejam ser
socializados para contribuírem na busca coletiva de melhoria de
uma nova Educação para um novo milênio.
Felizes podem se sentir os autores e seus orientadores, os
coordenadores e demais envolvidos no processo de elaboração
desse Manual Pedagógico de Experiência e Ação em Letras e Artes
pelas proposições didáticas aprendidas e ora mediadas, algumas de
maneira ainda muito singela por representarem um estágio inicial de
desenvolvimento da habilidade docente de seus autores.
Maria Edinete Tomás
Coordenadora Institucional do PIBID UVA 2011
SUMÁRIO
I - CONTO.................................................................................................................................11
PROJETO 1: O QUE É O CONTO FANTÁSTICO?............................................11
OFICINA: O QUE É O CONTO FANTÁSTICO? ...............................................14
PROJETO 2: OFICINA DE CONTOS DE FADAS ..............................................17
PROJETO 3: LEITURA ATRAVÉS DE CONTOS ...............................................21
II - CRÔNICA..........................................................................................................................25
PROJETO 4: OFICINA DE CRÔNICA (UM SUBSÍDIO PARA O ENSINO
DA LEITURA E DA ESCRITA) .................................................................................25
III - ARTE....................................................................................................................................29
PROJETO 5: HISTÓRIA EM QUADRINHOS (HQS).......................................29
PROJETO 6 - A POESIA COMO RECURSO PARA A PRODUÇÃO
TEXTUAL .........................................................................................................................33
PROJETO 7: TEXTO & MÚSICA - LEITURA, COMPREENSÃO E
DEBATE ............................................................................................................................37
PROJETO 8: AS VANGUARDAS EUROPEIAS NAS ARTES VISUAIS .......39
IV - TEXTOS PUBLICITÁRIOS E JORNALÍSTICOS ................................................43
PROJETO 9: OFICINAS DE ESTUDOS DOS TEXTOS PUBLICITÁRIOS 43
PROJETO 10: ESTUDO, ANÁLISE E PRODUÇÃO DE TEXTOS
JORNALÍSTICOS...........................................................................................................47
PROJETO 11: JORNAL ESCOLAR MULTIDISCIPLINAR ...........................57
PROJETO 12: O USO DA FERRAMENTA BLOG COMO
DISSEMINAÇÃO DAS AÇÕES DO SUBPROJETO LETRAS- PIBID-UVA
2011 .....................................................................................................................................61
V - OUTROS OLHARES E AÇÕES...................................................................................63
PROJETO EDUCACIONAL 13: “O MUNDO MUDA PARA QUEM LÊ.
EU JÁ LI. E VOCÊ?” ......................................................................................................63
PROJETO 14 : LEITURA DE OBRAS DA LITERATURA BRASILEIRA ....67
PROJETO 15: “ALCANÇA ENEM 2012”................................................................71
PROJETO 16: LABORATÓRIO DE REDAÇÃO (LABRE) − IDEIAS E
TEXTOS ............................................................................................................................75
PROJETO 17: LITERARTE - PORTAS ABERTAS PARA A LEITURA ........77
PROJETO 18: PROPOSTAS INOVADORAS PARA A EDUCAÇÃO
BÁSICA..............................................................................................................................81
I - CONTO
PROJETO 1: O QUE É O CONTO FANTÁSTICO?
ÁREA DE ATUAÇÃO: Língua Portuguesa
NÍVEL: Ensino Médio
DURAÇÃO: 240 minutos (dois encontros de 120 minutos) .
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM;
Despertar o interesse discente pela leitura de contos literários
disponíveis na biblioteca da escola;
Estimular a produção de texto escrito do público alvo com base
no que for trabalhado na oficina.
CONTEÚDO
Leitura, escrita, o gênero conto fantástico.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
O professor deve fazer coleta prévia do material necessário ao
trabalho didático da temática: vídeos, contos, músicas, slides. Iniciar
a oficina levantando oralmente o que os presentes sabem a respeito
de contos fantásticos, possíveis autores e obras. Aprofundar o assunto
com exposição oral subsidiada por slides.
Em seguida, apresentar dois contos, seja em vídeo, cópias
escritas ou virtuais, para leitura coletiva e comentada, de modo
que os participantes se familiarizem com o gênero e identifiquem
suas principais características. Estas devem ser sistematizadas,
disponibilizadas em sala de aula enquanto tais participantes são
motivados a criar novos contos fantásticos inspirados em seus
conhecimentos prévios, nos recursos empregados na aula e em sua
própria criatividade.
11
Em outra ocasião, essa produção escrita pode ser processualmente
qualificada pelos autores sob a orientação docente, para que possa
ser socializada, seja por meio de exposição em varal, em jornal escolar ou mesmo em livreto impresso.
MATERIAL UTILIZADO
Recursos audiovisuais, como datashow, computador, slides,
vídeos e ou cópias dos contos utilizados.
AVALIAÇÃO
O processo avaliativo da oficina envolverá dois momentos
básicos. O primeiro focará o nível de interesse discente pelos
assuntos tratados e propostas feitas pelos oficineiros facilitadores,
ocasião em que serão empregados a observação direta e perguntas
orais sobre aspectos tratados na oficina. No segundo momento,
serão estudados a produção escrita dos estudantes e as respostas
que derem ao questionário (anexo), ambos considerados parte da
oficina. Ainda assim, é possível considerrar outros indicadores desde
que se apresentem como significativos no comportamento discente.
SÍNTESE DA ATIVIDADE REALIZADA NA ESCOLA
Esta atividade foi executada na E.E.M. Dr. João Ribeiro Ramos,
na cidade de Sobral-CE, e contemplou alunos dos 2º e 3º anos da
respectiva escola no dia 5 de maio de 2012, no turno vespertino.
Durante a oficina, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer
um gênero pouco explorado no ambiente escolar e produzir seus
próprios contos. Foi claramente observável o interesse discente pelos
assuntos tratados e pelas atividades propostas.
O questionário confirmou as informações avaliativas do
primeiro momento, pois grande parte dos alunos afirmou que
a oficina e as produções ajudaram na organização das ideias e no
incentivo à leitura.
12
Ao final do evento, muitos alunos se dirigiram à biblioteca e
levaram para ler em casa livros direcionados ao gênero fantástico,
fato identificado por diferentes facilitadores.
A foto mostra a palestrante professora Ms. Edinete Tomás durante a palestra “A origem
dos contos de fadas”.
FONTES DE CONSULTA
GAMA, Vanderney Lopes da. Impressões sobre o conto fantástico
brasileiro. In: COLÓQUIO “VERTENTES DO FANTÁSTICO
NA LITERATURA”, 1., 2009, Araraquara. Anais... Araraquara:
Laboratório Editorial da Faculdade de Ciências e Letras, 2009. P.
1025-1037.
GÉMES, Márton Tamás. O mundo como mistério em José J. Veiga.
Para Mamíferos, Fortaleza: v. 3, p.78-83, 2011.
NARVAES, Giuliarde de Abreu. Funções estruturais do conto
maravilhoso em três contos de “Os Cavalinhos de Platiplanto”, de
José J. Veiga. In: COLÓQUIO “VERTENTES DO FANTÁSTICO NA
LITERATURA”, 1., 2009, Araraquara. Anais... Araraquara: Laboratório
Editorial da Faculdade de Ciências e Letras, 2009. p. 553-570.
TODOROV, Tzvetan. Introdução à Literatura Fantástica. São
Paulo: Perspectiva, 2010.
13
ANEXO I
OFICINA: O QUE É O CONTO FANTÁSTICO?
Caro Estudante,
Para concluirmos esta oficina, queremos saber sua opinião
sobre o trabalho dos facilitadores, por isso lhe solicitamos que
responda o questionário abaixo com muita sinceridade.
1ª Para você a oficina foi agradável ou não? Comente destacando
o que você mais gostou.
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
2ª A oficina contribuiu para a sua formação? Por quê?
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
14
3ª Como você avalia os conhecimentos dos facilitadores acerca do
tema da oficina:
( ) Excelente
( ) Razoável
( ) Bom
( ) Ruim
4ª Assinale a opção que melhor se refere à contribuição da oficina
para a construção do seu conhecimento sobre o gênero fantástico:
( ) Excelente
( ) Bom
( ) Razoável
( ) Insuficiente
5ª Você gostou da palestra? E do palestrante? Comente.
_________________________________________________
________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
___________________________________________________
6ª Dê sugestões para melhorar a palestra e a oficina:
_________________________________________________
________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
___________________________________________________
15
PROJETO 2: OFICINA DE CONTOS DE FADAS
DISCIPLINAS: Língua Portuguesa e Língua Inglesa e suas respectivas
literaturas.
PROFESSORES RESPONSÁVEIS: Professores de Língua Portuguesa
e de Língua Inglesa.
NÍVEL: Ensino Médio.
DURAÇÃO: 150 minutos (três aulas de 50 minutos).
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Estimular a prática de leitura e compreensão de textos em sala
de aula, ofertando oficinas que envolvam a interpretação e produção
de textos, enfatizando em princípio o gênero contos de fadas;
Motivar o interesse do aluno pela leitura;
Realizar atividades de leitura em que o aluno possa atribuir
sentido ao texto lido;
Trabalhar com os contos de fada tradicionais, e em seguida
confrontá-los com os contos de fada modernos;
Orientar o aluno a produzir textos, tomando como base as
novas escrituras dos contos de fadas na atualidade.
CONTEÚDO
Leitura e interpretação de textos.
17
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
Bolsista orientando os alunos durante as discussões dos textos feitas em grupos.
A oficina deve ser composta de três momentos. O primeiro
objetiva aproximar os alunos do universo dos contos de fadas,
através de suas origens, e consiste na apresentação de uma palestra
intitulada “A origem dos contos de fadas”. Ao termino da palestra, os
estudantes devem possuir uma visão diferenciada sobre esse gênero
aparentemente ingênuo e infantil.
No segundo momento, deve ser feita a leitura oral dos contos
tradicionais “Chapeuzinho vermelho” e “O patinho feio”, a fim de
não perder a essência do gênero, e em seguida os alunos deverão ser
apresentados a alguns contos modernos baseados nos dois citados
acima. Com a leitura e discussão dos contos, os alunos irão perceber
que também podem criar, retratando histórias advindas de seu
cotidiano e experiência. Num terceiro momento, deve ser trabalhada
uma proposta de produção de texto, em que os alunos são orientados
a escrever textos, à luz dos contos lidos e discutidos no decorrer das
oficinas.
18
MATERIAL UTILIZADO
data show; livros da biblioteca; textos;
FONTES DE CONSULTA
ASSIS, Machado de. “Obra Completa”. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1979. Disponível em: www2.uol.com.br/machadodeassis> Acesso
em: 20 de setembro de 2006.
CAMPOS, José Maria Moreira. Dizem que os cães veem coisas.
Fortaleza: Edições UFC, 1987.
GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. São Paulo:
Ática,1998.
SCLIAR, Moacyr. Contos Reunidos. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.
TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. Rio de Janeiro:
Rocco, 1999.
19
PROJETO 3: LEITURA ATRAVÉS DE CONTOS
CONTANDO CONTOS E AUMENTANDO PONTOS
DISCIPLINAS: Língua Portuguesa e Língua Inglesa e suas respectivas
literaturas
PROFESSORES RESPONSÁVEIS: Professores de Língua Inglesa e
Língua Portuguesa
NÍVEL: Ensino Médio
DURAÇÃO: 150 minutos (três aulas)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Estimular a leitura através da exploração de diferentes contos,
possibilitando ao alunado a aquisição de competências leitoras;
Realizar leituras críticas dos textos trabalhados;
Oferecer a possibilidade de expandir o campo de experiência
dos alunos, podendo estes estabelecer relações com “outros mundos”,
personagens e diferentes modos de pensar;
Levar o aluno a conhecer vários contos que falem de diferentes
temas como: amor, problemas sociais, ética, família e outros;
Reconhecer os elementos construtivos característicos do conto;
Aumentar o índice de leitura dos alunos na biblioteca da escola;
Debater os temas identificados nos textos.
CONTEÚDO
Leitura e interpretação do gênero literário conto
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
Durante a execução do projeto, propõe-se a seguinte sequência
didática:
1- Antes da leitura: leitura preditiva sobre o titulo do conto;
estudo do estilo do autor, exploração dos elementos da narrativa por
meio de imagens, perguntas e comentários dos estudantes
21
2 - Durante a leitura: leitura silenciosa, e em seguida uma leitura
dialogada, onde se discutem as temáticas. A compreensão do texto
deve ser construída a partir das interpretações dos alunos
3 - Após a leitura: leitura coletiva do conto, e a seguir, propor
aos alunos discussão de algumas questões referentes à compreensão
geral do texto.
Alunos durante a produção de contos de fadas.
MATERIAL UTILIZADO
Data-show, textos fotocopiados, slides, computador, quadro, pincel,
livros do acervo da biblioteca escolar.
22
FONTES DE CONSULTA
ASSIS, Machado de. “Obra Completa”. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1979. Disponível em: www2.uol.com.br/machadodeassis> Acesso
em: 20 de setembro de 2006.
CAMPOS, José Maria Moreira. Dizem que os cães veem coisas.
Fortaleza: Edições UFC, 1987.
FONSECA, Rubem. “Passeio Noturno, Parte I” e “Passeio Noturno
Parte II”, in: 64 contos de Rubem Fonseca. São Paulo: CIA das Letras,
2004.
GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. São Paulo:
Ática,1998.
SCLIAR, Moacyr. Contos Reunidos. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.
TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. Rio de Janeiro:
Rocco, 1999.
23
II - CRÔNICA
PROJETO 4: OFICINA DE CRÔNICA (UM SUBSÍDIO PARA O
ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA)
ÁREA DE ATUAÇÃO: Língua Portuguesa.
NIVEL: Ensino Médio
DURAÇÃO: Cinco aulas.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Incentivar a leitura e a compreensão textual;
Instigar a formação crítica e reflexiva do aluno;
Promover um momento de interação através de uma leitura prazerosa
e lúdica.
CONTEÚDO
Seleção de crônicas diversas, a critério do professor e dos alunos.
Estudo e apresentação do gênero crônica: origem, características e
função social. Apresentação dos cronistas escolhidos pelo professor
e a turma.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
Inicialmente, o professor apresentará as características
do gênero crônica e os escritores que foram escolhidos para o
desenvolvimento das atividades. Como sugestão, o professor poderá
levar vídeos adaptados ao gênero para uma discussão com a turma,
na qual os alunos poderão identificar os elementos que constituem
tal gênero a partir dos vídeos exibidos.
Para o estudo das crônicas selecionadas é importante que o
professor divida a sala em grupos. Cada grupo poderá ficar com uma
crônica para realizar a leitura e abrir uma discussão com os colegas
sobre a crônica lida, gerando, assim, uma interação entre os grupos.
Para a etapa de produção, o professor poderá sugerir que os alunos
25
produzam seus textos a partir de trechos recortados das crônicas
trabalhadas.
MATERIAL UTILIZADO
Data-show; slides; vídeos; pincéis e xérox.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O professor poderá avaliar a oficina a partir das discussões
levantadas pelos alunos, como também proporcionar um momento
no qual os próprios alunos levantem os pontos positivos e negativos
da oficina. A avaliação também pode ocorrer por meio da aplicação
de questionário, na qual os alunos possam falar sobre a importância
da oficina e do conteúdo estudado, além de constituir um espaço
para os estudantes apresentarem sugestões.
SÍNTESE DA ATIVIDADE REALIZADA NA ESCOLA
Palestra “O gênero Crônica” ministrada pela professora e supervisora do Pibid
Letras Liliana Araújo Pereira da Escola Estadual Ribeiro Ramos, Sobral – CE.
Oficina de crônica: um subsídio para o ensino da leitura e da
escrita foi realizada na Escola de Ensino Fundamental e Médio Dr.
26
João Ribeiro Ramos com os alunos do 2º ano do turno da tarde.
O cronista escolhido foi Luís Fernando Veríssimo, por ser um dos
maiores cronistas do país. Foram selecionadas algumas de suas
crônicas, dentre elas, “A bola”; “A foto”; “A verdade”; “Segurança”;
“Amigos” e outras que tratam de assuntos do nosso cotidiano. Com
base na avaliação realizada com os alunos, podemos dizer que eles
gostaram da oficina, pois participaram das discussões comentando
criticamente sobre os textos.
FONTES DE CONSULTA
ANTUNES, Irandé, 1937. Aula de Português: encontro & interação.
São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
COUTINHO, Afrânio. A literatura no Brasil: Codireção Eduardo
de Faria Coutinho. – 7. ed.- São Paulo: Global, 2004.
OLIVEIRA, João Batista Araújo de. CASTRO, Juliana Cabral
Junqueira de. Usando textos na sala de aula: tipos e gêneros textuais.
3. ed. Ver. Brasília: Instituto Alfa e Beta, 2008.
27
III - ARTE
PROJETO 5: HISTÓRIA EM QUADRINHOS (HQS)
ÁREAS DE ATUAÇÃO: Língua Portuguesa, História e Artes.
NÍVEL: Ensino Médio
DURAÇÃO: 1h 40 min
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Despertar o interesse pela leitura;
Instigar o pensamento reflexivo e crítico;
Conhecer o gênero “História em Quadrinhos”;
Estimular a produção de HQs.
CONTEÚDO
Diversas histórias em quadrinhos com temáticas variadas.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
Inicialmente, o professor deverá selecionar histórias em
quadrinhos que abordem temas diversos. Como sugestão, o professor
pode preparar uma apresentação em slides que retrate o surgimento
das histórias em quadrinhos, a definição e características do gênero
e principais cartunistas, com o intuito de contextualizar o estudo
sobre os quadrinhos. Se não for possível fazer os slides, o professor
pode fazer uma coletânea impressa de HQs para leitura individual
ou coletiva na sala de aula.
Logo após a exposição, o professor pode exercitar o aprendizado
com duas atividades: uma em grupo e outra individual. Na primeira
produção os alunos participantes serão convidados a produzir uma
HQ coletiva. Organizados em fila, o primeiro aluno da cada fila
elaborará um quadrinho (desenho e texto) e passará ao seu colega de
trás para que ele siga a mesma história produzindo outro quadrinho,
29
e assim até o último aluno da fila, que finalizaria a HQ. Na segunda,
tendo em mãos HQs com balões sem fala, os alunos preencherão
conforme sua criatividade os balões, criando sua própria história em
quadrinhos. Por fim, pode ser feita a leitura das melhores histórias.
MATERIAL UTILIZADO
Recursos audiovisuais, como data-show e computador, folha
em branco, lápis de cores, pincéis, régua e, gibis.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação pode ocorrer com base na observação da
participação dos alunos fazendo comentários e perguntas durante
o desenvolvimento da oficina, como também na realização das
atividades individuais e em grupo. A aplicação de um questionário
também é importante para verificação do entendimento dos alunos
e do nível de interesse deles durante o desenvolvimento da oficina.
SÍNTESE DA ATIVIDADE REALIZADA NA ESCOLA
Produção de um aluno
30
Alunos no momento da produção
Esta atividade foi executada na E.E.M. Dr. João Ribeiro Ramos
na cidade de Sobral – CE e contemplou alunos do 2º ano mês de
abril de 2012, no turno tarde. Na oportunidade, aconteceu uma
palestra com um professor convidado, que contextualizou a história
em quadrinhos. Logo após, tivemos a oficina com discussões sobre
o conceito, características do gênero e o processo de criação do
desenho e da história. Apresentamos os principais cartunistas do
Brasil, como o Maurício de Souza e Ziraldo, e fizemos a leitura de
algumas histórias em quadrinhos. Por fim, os alunos produziram
histórias em quadrinhos utilizando o conhecimento adquirido com
a realização da oficina.
FONTES DE CONSULTA
ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação e Lúdica: técnicas e jogos
pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1998.
EISNER, Will. Quadrinhos e arte sequencial. São Paulo: Martins
Fontes, 1999.
RAMOS, Paulo. A leitura dos quadrinhos. São Paulo: Contexto, 2010.
VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como Usar as Histórias em
Quadrinhos na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2005.
31
PROJETO 6 - A POESIA COMO RECURSO PARA A PRODUÇÃO TEXTUAL
ÁREA DE ATUAÇÃO: Língua Portuguesa.
NÍVEL: Ensino Fundamental II e Ensino Médio.
DURAÇÃO: Cinco aulas.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Instigar os participantes à prática da criação poética,
empreendida pela produção textual do gênero poesia; incentivar
a leitura e a compreensão de textos poéticos; propiciar o contato e
usufruto de alguns elementos do construto poético, fazendo atentar
para as possibilidades de criação do gênero lírico.
CONTEÚDO
Apreciação de poemas e convite à produção poética.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
O professor coletará diversos poemas de acordo com sua
predileção ou de seus objetivos temáticos, se optar pela restrição
temática. Os poemas serão lidos e interpretados pelos participantes.
O professor, durante a interpretação, abordará os aspectos estruturais
e estilísticos utilizados pelo autor do poema analisado. O recurso
som estéreo pode ser utilizado para reproduzir o áudio dos textos,
assim como o computador para a exibição de vídeos.
A abordagem dos aspectos estruturais é de função secundária;
todavia, faz-se relevante para a compreensão do poema, sem
mencionar que é um recurso empregado para atingir determinados
efeitos de sentido, como ocorre nos poemas concretos. As figuras
de linguagem, sobretudo a metáfora, devem ser enfocadas como
preciosos recursos poéticos.
O número de poetas e de poemas apresentados fica a critério
do professor. Recomenda-se que o professor tenha conhecimento
mínimo das características estilísticas dos poetas contemplados,
33
de forma a propiciar a interpretação dos textos de maneira mais
satisfatória. Após a apreciação dos poemas e da abordagem dos
recursos estilísticos, o professor destina um espaço para produção
poética dos participantes; estes poderão usufruir de liberdade
temática, ou ser instruídos a escrever sobre alguns dos temas
identificados nos poemas lidos.
MATERIAL UTILIZADO
Recursos audiovisuais, como data-show, computador e som
estéreo.
Folhas de papel, lápis de cores (algumas pessoas costumam
ilustrar os poemas).
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O professor avalia a turma através da participação dos alunos
na análise interpretativa dos poemas, assim como também avalia a
partir da produção textual, que é o objetivo central.
Uma resposta acerca do nível de aceitação da proposta pode ser
obtida por meio da aplicação de questionário. Este instrumento coleta
a avaliação dos partícipes sobre a constituição da aula, pelo nível de
apreciação que alcançaram a partir dos poemas estudados, sobre
os possíveis conhecimentos adquiridos e, sobretudo, pelo nível de
contribuição para a escrita pessoal do texto poético. O questionário
deverá conter um espaço dedicado a sugestões dos estudantes.
SÍNTESE DA ATIVIDADE REALIZADA NA ESCOLA
Esta proposta foi executada, em forma de oficina, na E.E.M. Dr.
João Ribeiro Ramos, na cidade de Sobral-CE e contemplou alunos do 2º
ano da respectiva escola, no mês de abril de 2012, no turno tarde.
A oficina teve na abertura a presença da poetisa Camila Carvalho,
que discorreu sobre alguns artifícios e peculiaridades do fazer poético. A
avaliação por meio do questionário ratificou a aprovação dos estudantes
em relação à proposta da oficina. Um dos partícipes, perguntado sobre
a contribuição da oficina, respondeu: “Sim, ela ampliou o meu ponto de
vista, eu não gostava de poesia, agora gosto muito”, e coletou a sugestão
de outros que sugeriram a realização de um círculo de debates mais
34
concentrado em torno da poesia. Posteriormente, os melhores poemas
produzidos na oficina foram recitados pelas próprios autores, em um
evento artístico na escola.
Alunos em momento de produção
A flor...
Tão bela é a flor,
Tão fortes são seus espinhos.
Porque me faz sofrer?
Em vez de me passar carinho!?
Singelo é o teu poder,
Forte é o teu amor.
Mas por que me faz sofrer,
Minha bela flor?
35
Eu tenho um segredo,
E vou lhes contar.
Eu sempre amei a flor,
E sempre irei amar.
Poesia de Larissa de Albuquerque Soares, aluna do 2º ano “B”, do turno
da manhã da Escola Prefeito Euclides – CERE, em Sobral-CE
FONTES DE CONSULTA
GODINHO, Nelci Peripolli; SIBIN, Elizabete Arcalá (Orientadora).
Poesia no ensino médio: em busca do prazer. Disponível em:
http<www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/813-4.
pdf>. Acesso em: 15 de março de 2012.
GOLDSTEIN, N. Versos, sons, ritmos. 3. ed. São Paulo: Ática, 1986.
MAIA, Angela Maria dos Santos. O texto poético: leitura na escola.
Maceió; EDUFAL, 2001.
MELLO, José Geraldo Pires de. “Contemporaneidade e poesia”.
Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, nº 19. Brasília,
maio/junho de 2002, p. 21-41. Disponível em: http://www.gelbc.
com.br/pdf_revista/1902.pdf. Acesso em: 18 de Março de 2012.
36
PROJETO 7: TEXTO & MÚSICA - LEITURA,
COMPREENSÃO E DEBATE
ÁREAS DE ATUAÇÃO: Língua Portuguesa, Língua Inglesa,
Sociologia, História e Artes.
NÍVEL: Ensino Médio
DURAÇÃO: Será a critério do professor, pois depende das temáticas
sugeridas e das músicas selecionadas.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Promover a leitura e discussão de textos, através da interpretação
e compreensão do gênero utilizado; oferecer subsídios para que os
alunos desenvolvam suas habilidades argumentativas durante os
debates a serem promovidos.
CONTEÚDO
Letras de músicas que permitam a discussão crítica de temáticas
sociais.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
Inicialmente, o professor deverá selecionar letras de composições
que abordem temas polêmicos, garantindo a compreensão por
parte dos alunos e que promovam discussões. Em um segundo
momento, o professor deverá pesquisar o áudio da música, vídeos,
imagens e outros materiais que possam subsidiá-lo na abordagem da
temática discutida. Como sugestão, o professor pode preparar uma
apresentação de slides, utilizando imagens e vídeos para instigar
os conhecimentos prévios dos alunos, antes mesmo de revelar a
temática. Em seguida, a sala deverá ser organizada em círculos para
leitura e debate das letras das músicas.
MATERIAL UTILIZADO
Recursos audiovisuais como data-show, computador e som
estéreo; cópias das letras das músicas.
37
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Verificação do nível de interesse e participação dos alunos nos
debates através de perguntas discursivas e comentários sobre os
assuntos discutidos ao final de cada encontro, e aplicação de uma
avaliação geral sobre o projeto.
SÍNTESE DA ATIVIDADE REALIZADA NA ESCOLA
Esta atividade foi executada na E.E.M. Dr. João Ribeiro Ramos
na cidade de Sobral-CE e contemplou alunos dos 2º e 3º anos da
respectiva escola no mês de junho de 2012, no turno tarde. Foram
trabalhadas músicas do cantor e compositor Gabriel O Pensador,
dentre elas: Lôra burra, Bala perdida, Racismo é burrice e Sem saúde.
O projeto foi bem recebido pelos estudantes, já que possibilitou
discussões sobre temas que nem sempre são estudados nas disciplinas
curriculares. Acerca desse aspecto um participante comentou que
teve a oportunidade de “aprender coisas importantes, que não são
vistas na sala de aula” e que o projeto foi “uma maneira interessante
de estudar português e ler textos”.
FONTES DE CONSULTA
ANTUNES, Irandé, 1937. Aula de Português: encontro & interação.
São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
BASTIAN, Hans Günther. Música na Escola: A contribuição do
ensino da música no aprendizado e no convívio social da criança.
São Paulo: Paulinas, 2009.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.
38
PROJETO 8: AS VANGUARDAS EUROPEIAS NAS ARTES VISUAIS
ÁREA DE ATUAÇÃO: Língua Portuguesa, Literatura, História,
Sociologia e Artes
NÍVEL: Ensino Médio. DURAÇÃO: 4 semanas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Apresentar uma proposta teórica e metodológica para o
ensino de Arte e Literatura por meio das Vanguardas Europeias,
considerando uma alternativa eficaz e atrativa, proporcionando ao
aluno do ensino médio uma aprendizagem diversificada e interativa.
CONTEÚDO
Estudo baseado em pesquisa teórica e de campo das correntes
Vanguardas Europeias nas Artes Visuais: Futurismo, Expressionismo,
Cubismo, Dadaísmo e Surrealismo, bem como dos grandes pintores
das artes visuais que influenciaram a Semana da Arte Moderna no
ano de 1922.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
Os conhecimentos serão aplicados através da prática, quando
os alunos deverão montar quebra-cabeças, interpretar, produzir
poema, desenhar etc. No final, cada equipe fará exposição das suas
produções.
A oficina seguirá as seguintes etapas:
O grupo “Dadaísmo”, composto por até seis alunos, deverá
produzir um poema aleatório, método utilizado pelos poetas
dadaístas para composição de poemas. O material utilizado por
este grupo será: jornais, tesouras, colas, cartolina e saco plástico.
O processo de criação do poema se dará da seguinte maneira: os
membros do grupo cortarão diversas palavras dos jornais, a seguir
colarão estas palavras aleatoriamente na cartolina, concluindo
um poema aleatório. No final devem mostrar se o poema revelou
algumas sequências de palavras em frases coerentes.
39
O grupo “Futurismo”, composto por até seis alunos, utilizará
três obras futuristas de Filippo Marinetti. Os alunos deverão recortar
e depois montar um quebra-cabeça de forma a exercitarem a
imagem em movimento, característica da vanguarda em questão. Os
materiais utilizados: cartolina, tesouras, colas e imagens impressas
de obras futuristas.
O grupo “Surrealismo”, composto por até seis alunos, deverá
produzir imagens a partir do inconsciente. Todos os participantes
foram solicitados a imaginar uma imagem e reproduzir esta para
uma folha de papel ofício. Após o procedimento de criação de
imagem a partir da fantasia, os participantes organizarão todas as
cinco imagens em uma cartolina, formando assim uma só imagem,
representando o devaneio e a loucura no processo de criação
do Surrealismo, vanguarda que tinha como objetivo não seguir
nenhuma estrutura coerente.
O grupo “Expressionismo”, composto por até cinco alunos,
elaborará um cartaz colocando palavras-chave sobre as expressões
destacadas nas obras “Tropical” e “A boba” de Anita Malfatti. No
cartaz intitulado: “O que expressou”, os alunos deverão expor o que
cada obra observada representa. O material utilizado: uma cartolina,
duas obras surrealistas, tesouras, pincéis, cola, folha de papel ofício.
O grupo “Cubismo”, composto por até cinco alunos, montará
uma imagem utilizando formas geométricas (ícones, cilindros,
pirâmides, esferas, prismas). Cada participante ficará responsável
por desenhar uma forma geométrica em uma folha de papel ofício.
Os participantes colarão as peças geométricas em uma cartolina,
formando uma imagem. O material utilizado por este grupo será:
cartolina, lápis, pinceis, colas e tesouras.
40
Alunos em momentos de produção
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A interação entre os discentes junto ao corpo docente.
As obras elaboradas pelos discentes (se condiz com o movimento
abordado).
O desempenho dos discentes no decorrer das atividades às
quais os mesmos foram submetidos.
MATERIAL UTILIZADO
Grupo Dadaísmo: jornais, tesouras, colas, cartolina e saco
plástico.
Grupo Futurismo: cartolina, tesouras, colas e imagens impressas
de obras futuristas.
Grupo Surrealismo: uma folha de papel ofício, uma cartolina, lápis.
Grupo Expressionismo: cartolina, duas obras surrealistas,
tesouras, pincéis, cola, folha de papel ofício.
Grupo Cubismo: cartolina, lápis, pinceis, colas e tesouras.
41
SÍNTESE DA ATIVIDADE REALIZADA NA ESCOLA
Este evento foi promovido nos meses de abril e maio de 2012
com o objetivo de servir de orientação teórica e metodológica no
ensino de leitura para alunos do ensino médio da Escola CERE
parceira do PIBIB-CAPES- 2011.
O estudo pretende contribuir e facilitar o trabalho docente no que se
refere ao ensino de Arte e Literatura. Assim, visamos o reconhecimento,
por parte dos educandos, sobre as correntes das Vanguardas Europeias,
como também seus principais representantes nas artes visuais que
influenciaram a Semana da Arte Moderna de 1922.
Por meio das atividades propostas o aprendiz torna-se capaz de
reconhecer as correntes das Vanguardas Europeias, bem como, de
forma interativa, aprender as características que norteiam suas telas.
Sabe-se que a arte tem uma função tão importante quanto a
dos outros conhecimentos no processo de ensino e aprendizagem.
A execução da oficina “As vanguardas Europeias nas artes visuais”
promovida pelo projeto do PIBID- 2011 foi muito gratificante não
só para educadores, mas também para os educandos que foram
beneficiados pelo projeto.
FONTES DE CONSULTA
BUNZEN, Clecio; MENDONÇA, Márcia (org.) Português no
ensino médio e a formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006.
TEIXEIRA, Níncia Cecília Ribas Borges (org.). Língua Literatura,
Ensino: convergências e aproximações. Guarapuara: Unicentro,
2009.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda Europeia e modernismo
brasileiro. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 1992.
42
IV - TEXTOS PUBLICITÁRIOS E JORNALÍSTICOS
PROJETO 9: OFICINAS DE ESTUDOS DOS TEXTOS
PUBLICITÁRIOS
INTRODUÇÃO
Este trabalho surgiu a partir do Projeto de Modalidades de Uso
de Atividades Extras: Atividades práticas, culturais e formativas,
intitulado de “O mundo muda para quem lê: Eu já li, e você?”. O
motivo que serviu como ponto para o surgimento deste projeto de
ensino foi constatar as dificuldades de leitura e o desinteresse dos
alunos pela mesma, pois o presente projeto busca promover a leitura
e a produção de diferentes textos publicitários e informativos.
Desse modo, criar um anúncio publicitário é uma tarefa que
exige técnica, arte, imaginação, criatividade e muita ousadia. Assim
sendo, propor aos alunos a realização de uma “Oficina Criativa”
sobre anúncios publicitários relativos ao lançamento de um produto
essencial para todos os consumidores é possibilitar-lhes desenvolver
competências e habilidades no âmbito da leitura e escrita.
Nesta perspectiva, entender que ela (a leitura) está inserida
nos diversos meios é tentar explicar aos alunos quais as funções
ideológicas e intencionais envolvidas em um texto, procurando
mostrar os diferentes valores nos discursos e a influência na vida das
pessoas. Assim, estes gêneros (publicitário e jornalístico) podem ser
trabalhados nas disciplinas Língua Portuguesa e Língua Inglesa.
Professores responsáveis: Docentes de Língua Portuguesa e
Língua Inglesa
Nível: ensino médio
Duração: 50 minutos
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM
Desenvolver e aprimorar a Língua Portuguesa, estimulando
nos alunos a criatividade, percepção, habilidades sociodiscursivas e
43
ideológicas, a partir dos diferentes gêneros publicitários (anúncio,
propaganda, outdoors etc.), observando os diferentes contextos
comunicativos para que eles, os alunos, percebam a importância da
leitura na vida humana através da criação (produção) desses textos
publicitários, bem como a função discursiva e ideológica presente.
CONTEÚDO
· O que é o gênero publicitário;
· Estrutura e análise dos gêneros anúncio, propaganda, outdoors;
· Produção Textual a partir destes Gêneros.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
Alunos durante oficina de produção de jornal
As atividades, no geral, estão mais voltadas para a produção de
textos (produção de anúncios, placas de rua e outdoors), permitindo
um maior destaque para os textos publicitários.
A metodologia sugerida para este projeto é o trabalho em
equipes, conforme mencionada a seguir: os alunos são organizados
44
em grupos. Em seguida, é distribuído para eles o texto sugerido
abaixo. Assim, os “facilitadores” podem fazer uma leitura dialogada
acerca do texto publicitário, junto com os alunos, procurando
esclarecer as dúvidas apresentadas por eles. A seguir, tem-se o
modelo desta temática:
TEXTO PUBLICITÁRIO
Texto: Estrutura de Anúncios Publicitários
Título: Geralmente é bastante criativo e atraente, baseado em
um jogo de palavras carregadas de linguagem conotativa, justamente
com o intento de atrair o consumidor.
Imagens: As mais inusitadas possíveis, dispostas de forma
a chamar a atenção de acordo com as características do produto
anunciado.
Corpo do texto: Nesta parte é desenvolvida a ideia sugerida no
título, com frases curtas, claras e objetivas, adequando o vocabulário
aos interlocutores destinados.
Identificação do produto ou marca: funciona como uma
“assinatura” do anunciante. Ocorre também de aparecer o slogan
junto à marca anunciada, para dar mais ênfase à comunicação.
Certos slogans são de nosso conhecimento, como por exemplo:
“TIM - Viver sem Fronteiras”.
Em seguida, solicita-se aos alunos que leiam as descrições
abaixo relativas ao produto a ser criado. Descrições do Produto;
exemplos:
1º: É um produto essencial para todos os consumidores.
2º: É um produto que tem demanda garantida de 6 bilhões de
consumidores em toda a face da terra.
3º: É um produto com grande valor agregado e muita inteligência
aplicada.
4º: Um produto que é considerado nobre em todo o mercado
mundial.
5º: É único e não tem concorrência.
45
MATERIAL UTILIZADO
Livros didáticos e paradidáticos, textos diversos, jornais,
revistas, modelos de anúncios, cartolina, cola, quadro, pincel, etc.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O ato avaliativo pautou-se no seguinte: avaliação oral acerca
das atividades desenvolvidas pelos alunos, criação e imaginação das
ideias elaboradas e sistematizadas quanto ao trabalho produzido
pelos alunos.
RESULTADOS OBTIDOS
A partir das oficinas de textos publicitários que foram propostos,
percebeu-se que os alunos demonstraram uma grande dificuldade
em termo de produção, pois se observou a ausência de leitura e,
consequentemente de má escrita. Contudo, destacou-se a função e
a importância ao se produzir um “anúncio” e como se deve produzir.
Não obstante, os alunos produziram os mais diversos tipos
de anúncios (placa de rua, outdoors, propaganda, etc.) e puderam
assimilar tanto a teoria como a prática. Após estas atividades de
produção de texto, os discentes elogiaram as atividades propostas,
e assim estabeleceu-se, também, o contato em grupo e a própria
discussão das ideias acerca desta proposta, o que por sinal foi muito
significante.
FONTES DE CONSULTA
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: Estética da Criação
Verbal. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997
BRASIL. MEC, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: ensino médio: Língua Portuguesa.
Secretaria de Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção Textual, Análise de
Gêneros e Compreensão. 3. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta
para o ensino de gramática. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2009.
46
PROJETO 10: ESTUDO, ANÁLISE E PRODUÇÃO DE TEXTOS
JORNALÍSTICOS
INTRODUÇÃO
A oficina “Produção de textos jornalísticos” nasceu do “Projeto
de modalidades de uso de atividades extras: atividades práticas,
culturais e formativas” – O mundo muda pra quem lê. Eu já li. E
você? Este evento foi promovido pelo PIBID-2011, na escola Prefeito
José Euclides − CERE, em Sobral-CE, nos meses de abril e maio
do ano 2012. O projeto tinha como intuito a orientação teórica e
metodológica para o ensino de leitura e produção de texto nas
turmas do ensino médio.
Sabemos que a leitura e a produção de texto são de grande
importância na vida dos indivíduos, pois ambas constituem fontes
inesgotáveis de prazer e interação constante com o mundo. As práticas
da boa leitura e da produção de texto de qualidade possibilitam,
respectivamente, uma melhor compreensão da realidade e produz
uma participação social mais efetiva. As práticas pedagógicas de
língua materna têm sido alvo de uma constante preocupação.
Afinal, muitas são as dificuldades dos alunos no que diz respeito ao
desenvolvimento da proficiência em leitura e compreensão de texto.
No entanto, não podemos esquecer que é papel da escola como
um todo tornar nossos alunos capazes de utilizar a linguagem como
instrumento de aprendizagem, sabendo fazer uso de informações
contidas nos textos, bem como conhecer e analisar criticamente
os usos da língua como veículo de valores e preconceitos de classe,
credo, gênero ou etnia.
Ao inserirmos a diversidade de gêneros nas práticas didáticas,
colocamos o aluno em contato com gêneros textuais que são
produzidos fora da escola, em diferentes áreas de conhecimento,
para que eles reconheçam as particularidades do maior número
possível destes gêneros e possam preparar-se para usá-los de modo
competente quando estiverem em espaços sociais não escolares.
Disciplinas: Língua Portuguesa e Língua Inglesa.
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Professores responsáveis: docentes da área de Língua Portuguesa
e Língua Inglesa
Nível: ensino médio
Duração: 50 minutos
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM
Conhecer o processo de análise, estudo e produção do jornal
impresso, suas características, especificidades e situações de uso, a
fim de desenvolver no aluno o gosto pela leitura e a própria produção
de texto.
Conteúdo:
• Definição do gênero jornalístico
• Estrutura e análise dos gêneros notícia, reportagem etc.
• Fatores que influenciam nos gêneros jornalísticos
• Função discursiva e social que estes gênero apresentam
• Produção Textual a partir destes gêneros específicos.
MATERIAL E MÉTODOS
Alunos durante oficina de produção de jornal
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O presente projeto, baseado em atividades práticas e teóricas,
toma como foco de produção o gênero jornalístico, por exemplo:
notícia, reportagem, entrevistas, notas, artigos de opinião, editorial,
carta do leitor, charge, cartum e outros, distribuídos em textos
informativos e opinativos. Mas utilizaremos aqui somente o gênero
notícia, pois é um elemento diariamente presente em nossas vidas.
Como material serão utilizados jornais, revistas, folhas de
papel oficio, lápis, caneta e borracha. A oficina seguirá as seguintes
etapas: primeiro promoveremos discussões sobre temas sociais
atuais; logo após os alunos deverão criar textos jornalísticos a partir
de acontecimentos ocorridos na sua comunidade, na escola etc. À
medida que os alunos forem produzindo, os “facilitadores” deverão
orientar os discentes no tocante às estruturas do texto jornalístico,
especialmente a notícia. O mediador deverá propor ao aluno a
revisão do texto, indicando o que se deve eliminar e o que mudaria
na produção da notícia.
Após a produção do texto jornalístico, cada equipe deve
socializar as informações sobre o que foi produzido. Por fim, os
mediadores deverão fazer uma seleção das melhores notícias e
publicar no jornal escolar, incentivando-os a produzir textos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Muitos textos jornalísticos despertam o interesse do leitor por
apresentarem fatos novos ocorridos na sociedade, em todos os seus
segmentos. Nesse sentido, Souza (2002, p. 57) diz: “Por dar prioridade
aos fatos sociais que ocorrem em determinada sociedade, o jornal
constitui excelente material didático para o ensino de leitura e a
produção de texto”. Por esses e outros fatores, o jornal se transforma
numa ponte entre os conteúdos teóricos dos programas escolares e
da realidade social.
Segundo os PCN (2008)
Ler criticamente e escrever com qualidade são condições
para uma educação libertadora, para a verdadeira ação cultural
que deve ser implementada nas escolas. Um leitor competente é
49
alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os
textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma
necessidade sua. O aluno-leitor, através do contato direto com os
variados gêneros textuais, adquire habilidades complexas, fazendo-o
pensar em sociedade.
Após propor essas oficinas, bem como a socialização destas
ideias em grupos, o resultado, sem dúvida alguma, é muito positivo.
Isso porque no decorrer das produções, os alunos aprendem a
selecionar, organizar e registrar informações nesse processo de
construção do texto. Como material teórico, os alunos identificaram
os recursos de texto informativo, como título, subtítulo, imagens,
legendas, parágrafo etc. O nosso projeto procurou promover maior
proximidade do aluno com o veículo jornal, incorporar novos
conhecimentos via leitura de matérias jornalísticas e incentivar
a prática da reflexão, comparação, análise, síntese e conclusão das
informações e conhecimentos adquiridos.
RESULTADOS OBTIDOS
A oficina propôs, sobretudo, explorar a diversidade textual,
aproximar o aluno das situações originais de produção dos textos
não escolares, como a produção de textos jornalísticos.
Essa aproximação proporcionou condições para que o aluno
compreendesse como nascem os diferentes gêneros textuais,
apropriando-se, a partir disso, de suas peculiaridades. E trabalhar com
um gênero midiático (texto jornalístico, no caso, a notícia) permitiu
ainda a articulação das atividades entre as áreas de conhecimentos
diversos, contribuindo diretamente para o aprendizado significativo
de prática de leitura, produção e compreensão textual.
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FONTES DE CONSULTA
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: Estética da Criação
Verbal. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997
BRASIL. MEC, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: ensino médio: Língua Portuguesa.
Secretaria de Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção Textual, Análise de
Gêneros e Compreensão. 3. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS-PCN: Língua
Portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental: MEC, 2008.
SOUZA, Lusinete Vasconcelos de. Gênero jornalístico no
letramento escolar inicial. In Ângela Paiva Dionísio, Anna Raquel
Machado e Maria Auxiliadora (orgs). Gêneros Textuais e Ensino. 2.
ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. p 57.
ANEXOS
GÊNERO TEXTUAL: “NOTÍCIA”
CONCEITO
A palavra notícia vem do latim “nova”. Charnley a define como
“a informação corrente dos acontecimentos do dia, posta ao alcance
do público”. A notícia é a matéria prima e base do jornalismo. É dela
que surgem as mais diversas matérias, independentemente de ser um
jornal impresso, rádio ou televisão.
CARACTERÍSTICAS DA NOTÍCIA
A notícia é o gênero jornalístico básico. A sua razão de ser é
a razão dos fatos. Normalmente é curta, e a notícia se caracteriza,
também, pelo fato de ser um texto de caráter informativo do domínio
da Comunicação Social. Caracteriza-se pela atualidade dos fatos,
objetividade, brevidade e interesse geral. Visa a chamar a atenção dos
leitores sobre assuntos diversos. Relata, por vezes, situações pouco
51
habituais. É redigida em terceira pessoa e procurar enfocar uma
informação de modo objetivo, claro e direto, sem procurar descrever
ou detalhar os fatos no geral.
A ESTRURA DA NOTÍCIA
Cabeça (ou lead): Assunto que será abordado e no qual se
resume o que aconteceu. Deve ser expressivo para chamar a atenção
do que aconteceu.
Corpo da notícia: Ocorre o desenvolvimento da notícia, onde
se faz a descrição pormenorizada do que aconteceu e se procura
responder as perguntas essenciais: quem? o quê? onde? quando?
porque?, etc.
A NOTÍCIA...
Pode ter conotações diferenciadas, justamente por ser
excepcional, anormal ou de grande impacto social, como acidentes,
tragédias, guerras e golpes de Estado. Notícia tem valor jornalístico
apenas quando os fatos acabaram de acontecer, ou quando ainda não
foram noticiados por nenhum veículo. A notícia se constitui pela
busca do novo, inédito. Como exemplo, citemos o fato histórico
das eleições de 2010, no Brasil, em que houve a vitória da candidata
petista Dilma Roussef, primeira presidente do Brasil.
FATORES QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE DA NOTÍCIA
Novidade: Dever conter informações novas e atualizadas.
Proximidade: Deve propiciar uma aproximação com o leitor,
despertando interesse e implicando na vida do leitor.
Tamanho: Dependendo do tamanho (grande ou pequeno),
deve ser centrado no assunto, procurando prender os leitores nas
informações transmitidas.
Relevância: Notícias devem ser importantes, ou, pelo menos,
significativas. Acontecimentos banais, corriqueiros, geralmente não
interessam ao público.
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FUNÇÃO SOCIAL DO GÊNERO NOTÍCIA
A notícia, enquanto gênero discursivo, visa a propiciar o
desenvolvimento do leitor crítico exigido pela nova ordem social
e tem o objetivo de despertar um fato novo, onde exista interação
com o outro, no sentido autor-texto-leitor. Sob tal aspecto, Cunha
(2005) postula que “os gêneros da mídia têm sido objeto de inúmeras
descrições nos últimos 20 anos, com grande diversidade de enfoques
em função do instrumental teórico adotado. A escola passou a
estudá-los como o objetivo de formar leitores críticos e construtores
de diversos textos que circulam na sociedade”.
É importante ressaltar o fato de que a notícia, como qualquer
outro instrumento ideológico, busca persuadir, convencer,
minimizar, provocar, denunciar e irritar as diversas camadas e
posições da sociedade. Marcondes Filho complementa:
Notícia é a informação transformada em mercadoria com
todos os seus apelos estéticos, emocionais e sensacionais; para
isso a informação sofre um tratamento que a adapta às normas
mercadológicas de generalização, padronização, simplificação
e negação do subjetivismo. Além do mais, ela é um meio de
manipulação ideológica de grupos de poder social e uma forma de
poder político.
A seguir, temos exemplos de notícias extraídas de revistas, sites
e jornais.
TEXTO 1
O assassinato de Isabella Nardoni
Ontem, dia 29 de março (sábado), às 23h30, Isabella Nardoni
caiu do sexto andar sobre o gramado em frente ao prédio onde
morava. A menina chegou a ser socorrida, mas morreu pouco depois.
O pai da menina e a mulher foram à delegacia, onde disseram que
alguém jogou Isabella do sexto andar, mas não sabem quem foi.
(HTTP://g1.globo.com/Notícias/SaoPaulo/LA.html)
53
TEXTO 2
Guerra das Redes
A bárbara matança de milhares de pessoas nos Estados Unidos
abalou os alicerces de nossas sociedades. [...] O dia 11 de Setembro
de 2001 tem um significado ainda mais dramático: nessa data foi
desencadeada a 1ª guerra mundial do século XXI, uma guerra na
qual queiramos ou não, já estamos mergulhados. Qual é essa guerra?
De quem contra quem? Como se prevê que ela vai se desenrolar? Só
compreendendo em que guerra nos metemos poderemos agir sobre
ela a partir de nossos diferentes valores e interesses.
CASTELLS, Manuel. In: Folha de São Paulo, 21 set.2001.
TEXTO 3
Ataques de 11 de setembro de 2001
Os atentados de 11 de setembro de 2001 foram uma série de
ataques suicidas coordenados pela Al-Qaeda aos Estados Unidos.
Na manhã daquele dia, 19 terroristas da Al-Qaeda sequestraram
quatro aviões comerciais a jato de passageiros. Os sequestradores
intencionalmente bateram dois dos aviões contra as Torres Gêmeas
do World Trade Center em Nova Iorque. O total de mortos nos
ataques foi de 2.996 pessoas, incluindo os 19 sequestradores. A
esmagadora maioria das vítimas era civil, incluindo cidadãos de
mais de 70 países.
(Fonte: Wikipédia)
TEXTO 4
O suspeito n° 1
Ídolo e capitão do time mais popular do Brasil, o goleiro Bruno,
do Flamengo, é investigado pelo desaparecimento da ex-amante
que o pressionava a assumir um filho. A polícia está convencida de
que ela foi assassinada. Informações obtidas por VEJA indicam que
Bruno mentiu em suas declarações.
(Fonte: Revista Revista Veja)
54
TEXTO 5
O dia em que o mundo acabou
Com a força de trinta bombas atômicas, o grande terremoto
que sacudiu o Haiti destroçou a capital, Porto Príncipe, causou ainda
um número “inimaginável” de mortos, vitimou brasileiros e deixou
o País, já paupérrimo, mais arrasado do que nunca.
(Fonte: Revista VEJA)
TEXTO 6
Desastre
Um forte terremoto de magnitude 7 devastou o Haiti, nessa
terça-feira, ás 16h 50 do dia 12 de Janeiro. O epicentro foi a poucos
quilômetros da capital, Porto Príncipe, e foi o pior desastre nos
últimos 200 anos. Pelo menos 200 mil de pessoas morreram, 300
ficaram feridos, 4 mil foram amputados. Há 1 milhão de desabrigados.
Até agora foram confirmadas as mortes de pelo menos 21 brasileiros
e a morte da médica e fundadora da pastoral da criança, Zilda Arns.
55
PROJETO 11: JORNAL ESCOLAR MULTIDISCIPLINAR
PÚBLICO ALVO: Alunos do ensino médio do turno manhã e tarde
OBJETIVOS
Desenvolver a multidisciplinaridade a partir da abordagem de
diversas temáticas referentes às disciplinas escolares como sociologia,
biologia, filosofia história, matemática, línguas estrangeiras e língua
portuguesa;
Promover um trabalho de integração entre os alunos e a
comunidade escolar por meio das atividades de pesquisa em grupo,
diagramação e divulgação do jornal;
Divulgar os trabalhos produzidos pelos alunos, trazendo
textos dos mais variados gêneros, dessa forma contribuindo para o
fortalecimento da produção textual e da leitura dos beneficiados.
JUSTIFICATIVA
Nosso trabalho surgiu do interesse de proporcionar um ambiente
de pesquisa no qual os alunos pudessem mesclar os conhecimentos
da língua materna com as demais disciplinas escolares. Para tanto,
escolhemos trabalhar com o jornal escolar, haja vista ser esta uma
excelente ferramenta de veiculação de informações que contempla
diversas temáticas e aprimora habilidades, como a criatividade, a
escrita e a leitura, além de desenvolver o senso crítico e a socialização.
AVALIAÇÃO
O projeto teve início em abril, com uma breve apresentação nas
salas de aula, a fim de instigar os alunos a participar da elaboração do
jornal. Em seguida, promovemos um encontro com os professores de
todas as áreas do conhecimento da escola, com o objetivo de solicitar
o apoio dos mesmos para que estes incentivassem a produção
de textos durante as aulas, através de trabalhos ou redações. Os
professores foram os responsáveis por desenvolver em sala de aula
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um ambiente de estudo sobre qualquer tema, proporcionando ao
final das discussões a produção de um texto.
As produções passavam por uma seleção pelos próprios
professores. Em seguida, as melhores produções eram dirigidas aos
bolsistas para uma segunda seleção, correção e digitação. Os alunos,
assim como os professores, tiveram participação ativa e direta desde
a criação do nome do jornal até o resultado final.
Os processos de diagramação, reprodução e publicação no
blog PIBID UVA LETRAS foram de responsabilidade dos bolsistas
envolvidos.
O lançamento do jornal aconteceu no dia 17 de junho de 2013,
às 15h, com os alunos do turno tarde da escola. O evento teve a
participação de alguns alunos autores do jornal, que fizeram a leitura
de suas produções, das “leitoras nota 10” e dos professores. Foram
reproduzidos 1.000 exemplares e distribuídos aos alunos dos três
turnos.
O projeto foi bem recebido e admirado pelos alunos, professores,
núcleo gestor e funcionários que de fato contribuíram efetivamente
para a concretização do jornal.
Produção do aluno Cícero Wadson Galdino da Escola Prefeito José Euclides –
CERE, Sobral - CE
58
FONTES DE CONSULTA
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: Estética da Criação
Verbal. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997
BRASIL. MEC, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: ensino médio: Língua Portuguesa.
Secretaria de Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 2001.
KOCH, Ingedore. Coesão Textual. São Paulo. Contexto, 1989.
______ . O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto,
2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção Textual, Análise de Gêneros
e Compreensão. 3. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MEURER, José Luiz e DÉSIRÉE, Motta-Roth. Gêneros Textuais.
São Paulo: EDUSC,2002.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta
para o ensino de gramática. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2009.
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PROJETO 12: O USO DA FERRAMENTA BLOG COMO
DISSEMINAÇÃO DAS AÇÕES DO SUBPROJETO LETRAS- PIBIDUVA 2011
JUSTIFICATIVA
A sociedade da informação tem como meio facilitador a
internet, que viabiliza o grande fluxo de informação de maneira
rápida, interativa e estruturada. O projeto de construção da
ferramenta “blog” é um excelente meio de divulgação das atividades
realizadas pelos bolsistas nas escolas parceiras, como também
uma forma de registro. O uso da ferramenta, por fim, abre novos
canais de comunicação entre os bolsistas graduandos, supervisores,
coordenadores envolvidos no projeto PIBID-UVA 2011, como
também toda a comunidade acadêmica da IES.
OBJETIVO GERAL
Divulgar resultados, conteúdos, pesquisas, links e fotos adquiridos
durante a execução das atividades do Subprojeto Letras-UVA.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Inserir o uso das mídias digitais para facilitar a divulgação do
Projeto PIBID
Promover a comunicação entre os Subprojetos envolvidos
Compartilhar experiências
Tornar visível a execução do PBID-UVA 2011 perante a CAPES.
DESCRIÇÃO
O blog será construído pelos próprios bolsistas do Subprojeto,
os quais participarão de oficina com professor especializado. Após a
criação em equipe, será criado um e-mail coletivo para onde serão
enviadas as atividades a serem realizadas e o resultado do trabalho.
A administração do blog funcionará a partir da metodologia de
“rodízios”, isto é, a cada bimestre um bolsista ficará responsável por
“alimentar” o blog com dados e divulgar nas redes sociais.
61
Oficina “Administração do Blog- Subprojeto Letras 2011″
62
V - OUTROS OLHARES E AÇÕES
PROJETO EDUCACIONAL 13: “O MUNDO MUDA PARA QUEM LÊ.
EU JÁ LI. E VOCÊ?”
Data de início: fevereiro de 2012, na Escola de Ensino Médio
Dr. João Ribeiro Ramos e na Escola Prefeito José Euclides – CERE na
cidade de Sobral(CE).
Foram diagnosticadas, através de observações em sala de aula,
conversas informais e questionários aplicados com professores
e alunos, algumas deficiências referentes, sobretudo, à produção
textual e à leitura. Por exemplo, os problemas de coesão e coerência,
acentuação, pontuação, paragrafação e estruturação das ideias.
Quanto à leitura, foi verificado que os alunos não apresentam o
hábito de ler, o que pode justificar a dificuldade de compreensão
textual. Diante disso, passamos a planejar as atividades de leitura a
ser realizadas na escola para suprir essas necessidades tão urgentes.
Em seguida, passamos a atuar na orientação dos alunos
bolsistas do PIBID em leituras voltadas para a) atividades de
formação em Linguística e Literatura, nas quais os alunos estudam,
de maneira contextualizada, obras de autores renomados na área
de gêneros textuais, leitura, linguística textual e ensino de língua
portuguesa; b) análise de textos e artigos científicos publicados em
revistas nacionais, com o objetivo de elaborar atividades, projetos de
trabalho e materiais que facilitem a introdução dos alunos no estudo
do ensino de língua portuguesa no ensino médio; c) formação
pedagógica para os alunos bolsistas no que se refere ao cotidiano na
sala de aula, como: planejamento escolar, didática na sala de aula e
troca de experiências no contexto do ensino médio; d) atividades
culturais que contemplam formação coletiva, eventos, seminários,
congressos, entre outros que possam surgir.
Nossa primeira atividade foi apresentar-lhes o conteúdo
programático para ser estudado durante os encontros semanais,
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para juntos elaborarmos o projeto: Modalidades de uso de atividades
extras: atividades práticas, culturais e formativas.
Estudo do seguinte conteúdo programático:
a) Estratégia de leitura
b) O texto: Leitura e reflexão
c) Estudo dos aspectos linguísticos do texto
d) Gêneros e tipos textuais
e) O texto narrativo
f) O texto descritivo
g) O texto argumentativo
h) O texto literário e não literário
A partir daí, começamos a trabalhar com os interesses e as
necessidades dos alunos que foram claramente notados em suas
atuações na escola alvo do projeto, uma vez que, embora tenham
sido solicitados a produzir um texto no qual predominasse uma
linguagem mais formal, utilizavam frequentemente gírias e palavras
reduzidas típicas da oralidade da internet.
No decorrer das observações nas escolas, verificamos uma
constante falta de interesse dos alunos em frequentar a sala de leitura;
acostumados com a mesmice da sala de aula, preferem permanecer
fora desta, espalhados pelos ambientes de socialização da escola, tais
como a quadra de esportes, o pátio (que funciona como um ponto de
encontro), que não dispõe de pessoas que reflitam sobre essa prática
e propomos alternativa para esta situação; promoção de oficinas
nas escolas parceiras, seguindo alguns passos metodológicos.
Inicialmente, deve ser ministrada uma palestra sobre a importância
do ato de ler e escrever para nossa vida por um professor da área de
Língua Portuguesa e Literatura e em seguida ser ministradas oficinas
pelos bolsistas, como por exemplo:
Leitura de fotos e imagens
Leitura de e-mail
Leitura de propaganda
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Leitura de HQ
Leitura de anedotas e piadas
Leitura de textos técnicos
Leitura de conto
Leitura de poesia
O fechamento das oficinas será com exposição dos trabalhos
feitos pelos alunos e apresentação de fotos para a toda a comunidade
escolar. As turmas participantes das oficinas serão as do 3º ano do
nível médio da Escola Pref. José Euclides, e do 2º ano do nível médio
da Escola Dr. João Ribeiro Ramos, nos turnos manhã e tarde.
Na proposição de atividades culturais, pode-se fazer o
planejamento de uma “Olimpíada de leitura de obras clássicas”,
que pode ser realizada em três etapas distintas. Na primeira etapa,
faz-se a proposta de um desafio para os alunos de leitura do maior
número de obras possível durante o semestre a partir de uma lista
de recomendação feita pelos professores da escola. Na segunda
etapa, desenvolve-se um “círculo de leitura” visando à elaboração de
resenhas sobre os livros lidos. Finalmente, na terceira e última etapa,
prepara-se um questionário sobre todas as obras recomendadas, que
os alunos participantes irão responder. No término das três etapas,
os três alunos vencedores receberão prêmios.
FONTES DE CONSULTA
FAUNDEZ, Anne. Como Escrever Diferentes Gêneros Textuais.
São Paulo: Ciranda Cultural, 2008.
FARACO, C. A.; TEZZA, C. Prática de textos – para estudantes
universitários. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.
KOCH, Ingedore. Coesão Textual. São Paulo. Contexto, 1989.
______; TRAVAGLIA. A coerência textual. 4. ed. São Paulo:
Contexto, 1992.
______. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto,
2001.
65
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros
e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.
MEURER, José Luiz; DÉSIRÉE, Motta-Roth. Gêneros Textuais. São
Paulo: EDUSC,2002.
MARTELOTTA, Mário Eduardo (org.). Manual de Linguística. São
Paulo: Contexto, 2008.
66
PROJETO 14 : LEITURA DE OBRAS DA LITERATURA BRASILEIRA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Praticar a leitura reflexiva de obras clássicas da literatura
brasileira;
Analisar algumas obras de maneira a compreender os seus
diversos sentidos;
Conhecer os principais escritores através da leitura de suas
obras e biografias;
Produzir diferentes tipos de textos utilizando a coerência e a
coesão.
METODOLOGIA
A cada mês será escolhido um autor (que está sendo trabalhado
em sala, cogitado para o vestibular ou de forma aleatória) e será
selecionada uma obra desse autor e sua biografia. Os alunos lerão os
textos e o grupo fará uma análise das temáticas abordadas na obra, e
produzirão textos a partir das temáticas.
Tópicos relacionados aos livros:
•
Biografia do autor
•
Estudo do enredo (personagens, ambiente, época, local,
narrativa)
•
Temáticas abordadas no livro (podem-se levar algumas
temáticas já definidas e solicitar que os alunos selecionem
outras)
•
Debate sobre os principais temas e reflexão
•
Estudo prévio sobre as tipologias a ser abordadas nas
produções
•
Seleção de temáticas para produção textual (os alunos
selecionarão temas que se identifiquem, em seguida irão
produzir textos dissertativos, resenhas críticas com base
nos estudos das temáticas propostas).
67
Material para estudo:
Slides, xerox com os resumos das obras e xerox de folhas
padronizadas para redação, elaboração de uma apostila com questões
de vestibular e resumo das obras.
Culminância do projeto:
Exposição das produções no blog criado pelos bolsistas.
Sugestão de obras:
(serão solicitadas pelos professores)
FONTES DE CONSULTA
FAUNDEZ, Anne. Como Escrever Diferentes Gêneros Textuais.
São Paulo: Ciranda Cultural, 2008.
FARACO, C. A.; TEZZA, C. Prática de textos – para estudantes
universitários. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.
KOCH, Ingedore. Coesão Textual. São Paulo. Contexto, 1989.
______. A coerência textual. 4. ed. São Paulo: Contexto, 1992.
______. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto,
2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros
e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.
MEURER, José Luiz; DÉSIRÉE, Motta-Roth. Gêneros Textuais. São
Paulo: EDUSC,2002.
OLIVEIRA, Mariângela Rios. Linguística Textual. In:
MARTELOTTA, Mário Eduardo (org.). Manual de Linguística. São
Paulo: Contexto, 2008.
BRANDÃO, H. M. Gêneros do Discurso na Escola. São Paulo:
Cortez, 1999.
FARACO, Carlos; MOURA, Francisco. Para Gostar de Escrever. 3.
ed. São Paulo, Ática , 1986.
68
GERALDI, João Wanderley et al. O texto na sala de aula. 5. ed. São
Paulo: Ática, 2002.
______. Argumentação e linguagem. 5. ed. São Paulo: Cortez,
1999..
______. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez,
2002.
SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 6. ed. São Paulo:
Globo, 1994.
69
PROJETO 15: “ALCANÇA ENEM 2012”
DISCIPLINAS: Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Artes.
PROFESSORES RESPONSÁVEIS: Professores de Língua Portuguesa,
Língua Inglesa e Artes
PÚBLICO ALVO: Ensino Médio
DURAÇÃO: 4 semanas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Em virtude das dificuldades de compreensão, interpretação
e redação escolar acerca das produções textuais e dos descritores
abordados no Enem, este projeto vem ao encontro dessa demanda
e em auxílio às necessidades básicas dos discentes quanto à leitura,
interpretação e produção de textos (redação), competências básicas
que serão trabalhadas em sala de aula, buscando promover atividades
de compreensão à luz dos gêneros textuais, leitura e produção textual.
Promover “aulões” de incentivo à pesquisa, estudo e formação
acerca das ciências humanas, linguagens e códigos e matemática e
suas tecnologias no âmbito ENEM. Complementar a preparação
dos candidatos que prestarão o Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM) 2012.
CONTEÚDO
Seleção de questões do ENEM de provas anteriores, a critério do
professor, incluindo temas transversais que foram ou possivelmente
serão abordados nas provas de redação do ENEM.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
Exposição oral acerca das competências e habilidades traçadas
pelo ENEM 2012. Aplicação de produções textuais, testes de
interpretação e resoluções de questões.
71
MATERIAL UTILIZADO
Data-show, livros didáticos e paradidáticos, textos diversos,
jornais, revistas, som, computador, quadro, pincel, Td´s, vídeos etc.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Aplicação de testes com perguntas discursivas e objetivas,
bem como comentários sobre os assuntos pautados nos “aulões”.
Nesse intuito, será feito um diagnóstico do nível de aprendizagem,
competências e habilidades dos alunos sobre a autoavaliação das
aulas ministradas pelos estudantes universitários bolsistas.
RESULTADOS
Diante da proposta de colaborar com a escola na preparação dos
alunos para o ENEM, teve-se êxito com a participação, a motivação
e o interesse dos alunos diante das atividades desenvolvidas. Este
projeto promoveu a leitura, assim como a resolução de questões.
Com a exposição de dicas como resolver as questões, os alunos
compreenderam a proposta da prova do ENEM. Os alunos foram
capazes de desempenhar habilidades além da simples leitura, o
entendimento, depois a motivação para realizar a prova. Gerou
muito conhecimento além de mais interesse pelo estudo de língua
materna.
72
Alunos 3º ano “A”, “B” e “C” no turno manhã, participantes da Palestra
“Conhecendo o Espanhol no ENEM”. Local: Auditório CERE: Prefeito José
Euclides. Data: 05/09/2012.
FONTES DE CONSULTA
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar.
Gramática Reflexiva: texto, semântica e interação. 3. ed. reform.
São Paulo: Atual, 2009.
GERALDI, João Wanderley (org.). O texto na sala de aula. 4. ed. São
Paulo: Ática, 2006.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto e a construção dos
sentidos. 9.ed. 3. reimpressão. São Paulo: Contexto, 2010.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção Textual, Análise de
Gêneros e Compreensão. 3. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola?
3. ed., 1. reimpressão. São Paulo: Contexto, 2008.
PERINI, Mário A. Para uma nova gramática do português. 11.ed.
São Paulo: Ática, 2007.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola.
Campinas: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 1996.
73
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta
para o ensino de gramática. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2009.
THEREZO, Graciema Pires. Como corrigir redação. Campinas:
Alínea, 2006.
74
PROJETO 16: LABORATÓRIO DE REDAÇÃO (LABRE)
− IDEIAS E TEXTOS
ÁREAS DE ATUAÇÃO: Língua Portuguesa e língua inglesa
NÍVEL: Ensino Médio
DURAÇÃO: Em média três meses
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Desenvolver a habilidade de escrita dos alunos de modo que
os mesmos reconheçam e produzam os tipos textuais: narrativo,
descritivo e dissertativo;
Dar suporte técnico e metodológico aos estudantes, preparandoos para processos seletivos, como vestibulares, ENEM, e outros.
CONTEÚDO
Exposição dos tipos textuais (narração, descrição e dissertação),
recebimento e avaliação de redações produzidas pelos participantes.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
Inicialmente o professor deverá apresentar paulatinamente,
através de slides, textos dos tipos narrativo, descritivo e dissertativo,
apontando as características de cada texto. Em seguida o professor
deverá contextualizar temas através de imagens, notícias, charges e
tirinhas para a realização da leitura preditiva por parte dos alunos;
logo depois apresentará vídeos para uma discussão coletiva, com o
objetivo de despertar nos discentes ideias para a produção textual.
Sugere-se que, a partir da discussão do tema realizada pelo
grupo, o professor apresente algumas redações de exames de
instituições de ensino renomadas, que servirão de modelo para uma
abordagem estética, e uma produção posterior coesa e coerente.
A folha modelo deverá ser entregue para os alunos, e os mesmos
produzirão textos que serão corrigidos, pautados nas competências
e habilidades do ENEM. Após as correções das redações, verificar75
se-ão os pontos gramaticais que fogem da norma padrão, para que o
professor elabore e execute aulas interventivas.
MATERIAL UTILIZADO
•
Recursos audiovisuais como data-show, computador e som
estéreo
•
Cópias das letras das músicas;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Serão avaliados os desempenhos dos alunos na exposição
argumentativa, na produção textual, levando em consideração a
coerência e a coesão do texto.
Esta atividade foi realizada na E. E. F. M. Dr. João Ribeiro Ramos,
na cidade de Sobral-CE e envolveu alunos do 3º ano da respectiva
escola nos meses de agosto, setembro e outubro de 2012, no turno
vespertino. Foram apresentadas tipologias textuais através de slides,
com o objetivo de identificar os elementos que compõem os textos
narrativo, descritivo e dissertativo. Dentre os temas trabalhados,
destacamos: drogas, o aborto, a política no Brasil, violência urbana e
outros. Os alunos do 3º ano ficaram envolvidos com o projeto, uma
vez que os mesmos conseguiram realizar produções textuais para o
treino do ENEM e vestibulares de universidades locais. Foi relevante
o resultado obtido, pois observamos uma melhora considerável nas
produções textuais dos participantes.
76
PROJETO 17: LITERARTE - PORTAS ABERTAS PARA A LEITURA
ÁREAS DE ATUAÇÃO: Língua Portuguesa, Artes e áreas afins.
NIVEL: ensino médio
DURAÇÃO: Quatro meses
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Incentivar a leitura de obras literárias por meio de apresentações
artístico-culturais;
Desenvolver o gosto por leituras literárias;
Estimular o desejo de novas leituras;
Divulgar o acervo da biblioteca;
Possibilitar a vivências de emoções, o exercício da fantasia e da
imaginação;
Proporcionar aos alunos, através da leitura, a oportunidade de
uma formação crítica e emancipadora.
CONTEÚDO
O projeto LITERARTE contará com textos literários (poesias,
romances, peças de teatro, crônicas, contos, letras de música) que
serão pré-selecionados pelo professor.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
A primeira etapa do projeto será escolher os autores, obras,
músicas e compositores que farão parte do evento. Os alunos farão
um estudo prévio do autor, obra ou músico da MPB e apresentarão
através de teatro, danças, paródias, coral, poesias, caracterização,
dentre outras maneiras de expressões artísticas. Após a escolha da
forma de apresentação, o professor desenvolverá, juntamente com
os alunos, os textos teatrais, as danças, a produção das paródias, o
ensaio do coral, o figurino, o cenário, a letra das composições dos
discentes etc. Os ensaios ocorrerão nas aulas de artes ou em horários
estabelecidos pelo professor. O estudo dos conteúdos do evento será
efetivado em sala de aula e em atividades domiciliares. Concluídos os
77
ensaios, o professor contará com o auxílio dos alunos e coordenação
da escola para a ornamentação e organização do evento. A
culminância ocorrerá na escola, com uma grande mobilização de
todos os alunos e funcionários, possibilitando um evento especial,
prestigiado por toda a comunidade escolar.
MATERIAL UTILIZADO
Caixa de som, computador, estabilizador, microfone, cartolina,
tnt (várias cores) folhas de EVA (várias cores), cola, pincéis coloridos,
roteiro das peças, áudio das músicas, figurino, cenário.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá através da observação do aluno nas práticas
orais e em outras linguagens; interesse, demonstrado durante as
atividades, o desempenho individual no pequeno e grande grupo e
ainda o aumento da leitura dos livros na biblioteca da escola.
O projeto LITERARTE foi realizado na Escola de Ensino
Fundamental e Médio Dr. João Ribeiro Ramos, parceira do PIBID,
conseguindo atingir os objetivos almejados, tais como: divulgar
o acervo de livros da biblioteca da escola; possibilitar a vivência
de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação; desenvolver
produções orais e em outras linguagens; proporcionar ao indivíduo,
através da leitura, a oportunidade de alargamento dos horizontes
pessoais e culturais, garantindo a sua formação crítica.
FONTES DE CONSULTA
ALENCAR, José de. Senhora. Rio de Janeiro: Garnier, 1875.
ANDRADE, Carlos Drummond de. José & outros. 9. ed. Rio de
Janeiro: Best Seller, 2006.
COSTA, Gal. Cd Gabriela (trilha do filme). São Paulo: BMG, 1983.
GONZAGA, Luis. Numa sala de reboco. Disponível em: http://letras.
mus.br/luiz-gonzaga/73840/. Acesso em 22 de outubro de 2012.
______. Xote das meninas. Disponível em: http://letras.mus.br/luizgonzaga/73840/#selecoes/47104/. Acesso em 22 de outubro de 2012.
KLEIMAN, Ângela. Leitura e prática social no desenvolvimento
de competências no ensino médio. In: BUNZEN, Clécio;
78
MENDONÇA, Márcia (org.). Português no ensino médio e
formação de professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco,
1998, p. 45-49.
MORICONI, Italo.(org.) Os cem melhores poemas brasileiros do
século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
SHASKESPEARE, William. Romeu e Julieta: Porto Alegre: L&PM,
2009.
79
PROJETO 18: PROPOSTAS INOVADORAS PARA A
EDUCAÇÃO BÁSICA
ÁREAS DE ATUAÇÃO: Todas as áreas do conhecimento.
NÍVEL: Estudantes universitários
DURAÇÃO: Oito horas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Refletir sobre a formação inicial de professores;
Trazer oportunidades de aprendizado para alunos das
licenciaturas, assistidos pelo PIBID;
Desenvolver atividades didáticas inovadoras;
Perceber a prática pedagógica como mecanismo de
possibilidades;
Relacionar a teoria vista na universidade com o cotidiano da
sala de aula.
CONTEÚDO
O projeto contará com uma bibliografia que trabalhe com a
temática proposta; pesquisas de projetos inovadores, já realizados
em outras instituições; jogos didáticos, que servirão de modelo para
a confecção de materiais pedagógicos; vídeos de ações pedagógicas
inovadoras; exemplos de projetos inovadores, que foram premiados
nacional e internacionalmente.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
A primeira etapa do projeto contará com a parte teórica. Serão
apresentados slides contendo informações a respeito da formação
inicial docente, da prática pedagógica nas escolas atuais, das
possibilidades metodológicas, do relacionamento da teoria à prática.
A segunda etapa será realizada com apresentação de vídeos que
mostrem exemplos de metodologias inovadoras.
A terceira etapa será definida pela produção de jogos didáticos
de diversas áreas, que servirão de suporte para o professor, no
81
aprendizado dos conteúdos ministrados em sala de aula. A quarta
etapa contará com a apresentação dos materiais produzidos pelos
participantes, a fim de desenvolver atividades interdisciplinares.
MATERIAL UTILIZADO
Caixa de som, computador, estabilizador, microfone, cartolina,
tnt (várias cores) folhas de EVA (várias cores), cola, pincéis coloridos,
tesouras, jogos pedagógicos, data-show, revistas, jornais, livros
didáticos, fotos, vídeos, isopor, lápis coloridos, massas de modelar,
régua, canetas, tintas de diversas cores, pincéis para tinta etc.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá através das apresentações dos jogos
pedagógicos desenvolvidos pelos participantes, quanto aos quesitos:
interesse, desenvoltura nos conteúdos apresentados, grau de inovação
dos materiais produzidos.
FONTES DE CONSULTA
CHIAPPINI, Ligia. (org.) Outras linguagens na escola. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
PARRENOUD, Philippe. Novas competências para ensinar. trad.
de Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
SANCHO, Juana Maria. et al. Tecnologias para transformar a
educação; trad. de Valério Campos. Porto Alegre: Artmed, 2006.
TEDESCO, Juan Carlos (org.). Educação e novas tecnologias:
esperança ou incerteza? Trad. de Claudia Berliner e Silvana Cobucci
Leite. São Paulo: Cortez, 2004.
82
Rua João Cordeiro, 1285
(85) 3464.2222t'PSUBMF[B$&
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