D.3.3 - Saúde Pública
Incidência de Infecções Urinárias em Profissionais da Enfermagem em uma Unidade de
Saúde em Muriaé-MG.
Ana Caroline Ferreira Placides da Cunha¹, Rafaela Ferreira da Silva¹ Francisnei Pedrosa da Silva¹, Lorena Braga
Bernardino Madriaga¹, Amanda Marini da Silva¹, Fernanda Mara Fernandes².
1. Estudante de Bacharelado de Biomedicina da Faculdade de Minas – FAMINAS / Muriaé - MG; *[email protected]
2. Mestre em Parasitologia pela Universidade Federal de Viçosa – UFV e Professora da Faculdade de Minas – Faminas / Muriaé MG
Palavras Chave: Enfermagem, Infecção urinária, Saúde.
Introdução
A enfermagem é uma ciência indispensável na
assistência da preservação da saúde e da vida dos
seres humanos, executando ações de caráter
preventivo, curativo ou de reabilitação dos pacientes,
porém a sobrecarga de atividades diárias pode afetar a
qualidade de vida do próprio profissional de saúde.
Desse modo, a assistência prestada pelo profissional
enfermeiro pode se apresentar vulnerável [1]. Diante
dos problemas da Saúde Pública, nos deparamos com a
prevalência de uma gama de sintomas urinários que
pode afetar cronicamente o cotidiano feminino [2]. Este
estudo teve como objetivo avaliar a possível presença
de infecção urinária através do método de
sedimentoscopia.
Resultados e Discussão
No período de Março a Maio de 2014 foram aplicados
questionários que contava com o consentimento livre e
esclarecido dos participantes, além da coleta de
amostras urinárias de um grupo de 26 mulheres
incluindo enfermeiras e técnicas de enfermagem. Foi
coletada a amostra do jato médio em um recipiente
específico estéril, sendo transportadas em caixas
térmicas para o Laboratório de Análises Clínicas da
FAMINAS de Muriaé - MG, para a realização do Exame
de urina de rotina, que consiste na análise de
características físicas, químicas e de sedimentoscopia.
Este estudo contou com uma amostra de 26
profissionais com uma faixa etária variada, o qual
avaliou à incidência de infecção neste grupo. No
quesito, ingestão hídrica diária 54% das participantes
relataram ingerir volume de 1 a 1,5 litros de água; 24%
ingerem menos de 1 litro e apenas 4% ingerem diárias
acima de 2 litros. Deste grupo de mulheres 61,5%
relataram apresentar uma frequência de desconforto no
trato urinário pelo menos 2 vezes ao ano e 15% mais de
2 vezes ao ano. Os sintomas mais observados são:
ardência no ato da micção (95%), odor forte (47%),
coloração anormal (37%), queixa de dores nas costas
(26%) e presença de sangue na urina (5%). Na
sedimentoscopia foi possível observar que, em 54% das
amostras havia presença de células epiteliais
incontáveis, 46% de incontáveis piócitos, 15% de muco,
e também a presença de 8% cristais de oxalato de
cálcio. Essa elevada taxa de piócitos pode ser indicativo
de Infecção do Trato Urinário na população feminina,
pois existem diversos fatores que contribuem para a
infecção como a própria anatomia feminina, hábitos
diários inadequados, entre outros [3]. Adicionalmente, a
exposição a fatores de risco mecânicos e ambientais
proporcionado por longas jornadas de trabalho pode
promover efeitos específicos sobre a saúde da mulher
[4].
Conclusões
O presente estudo demonstrou resultados presuntivos
de Infecção do trato urinário nas profissionais de saúde
avaliadas. Surgem então, a necessidade de ter um olhar
preventivo não somente nos pacientes, mas também na
saúde do próprio profissional. Somente com a
estimulação de novos hábitos diários é possível culminar
em melhorias nas condições de saúde dos funcionários
que atuam na área de enfermagem.
Agradecimentos
A orientadora Mestre Fernanda Mara Fernandes e a
Instituição Faculdade de Minas – FAMINAS.
__________________________
Referências:
[1] SILVA, B.M.; LIMA, F.R.F.; FARIAS F. S. A.B; CAMPOS, A.C.S.
Jornada de Trabalho: Fator que interfere na qualidade da Assistência
de Enfermagem. Texto Contexto Enferm. Florianópolis, 2006 Jul- Set;
15 (3): 442-8. [2] DELLU, M.C.; ZÁCARO, P.M. D; SCHMITT, A.C.B.
Prevalência de sintomas urinários e fatores obstétricos associados
em mulheres adultas. Revista Brasileira de Fisioterapia, 2008 ISSN
1413-3555. [3] JUNIOR, A. N. et at. Urologia Fundamental. SP:
Planmark, 2010. ISBN 978-85-60566-17-4. [4] AQUINO, E. M. L. et at.
Mulher, Saúde e Trabalho no Brasil: Desafios para um Novo Agir.
Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 11 (2): 281-290, abril/jun,
1995.
67ª Reunião Anual da SBPC
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