UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
ROGÉLIO ALVES MARIA
DESENVOLVIMENTO DOS DESTINOS INDUTORES DO TURISMO DE SANTA
CATARINA: Um reestudo e análise de prospecção para o futuro das cidades de
Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim
Balneário Camboriú
2009
ROGÉLIO ALVES MARIA
DESTINOS INDUTORES DO TURISMO DE SANTA CATARINA: um reestudo e
análise da prospecção para o futuro das cidades de Balneário Camboriú,
Florianópolis e São Joaquim
Monografia apresentada como requisito
parcial para a obtenção do título de
Bacharel em Administração – Gestão
Empreendedora, na Universidade do Vale
do Itajaí, Centro de Educação Balneário
Camboriú.
Orientador: Profa. MSc Ligia Ghisi
Balneário Camboriú
2009
ROGÉLIO ALVES MARIA
DESTINOS INDUTORES DO TURISMO DE SANTA CATARINA: um reestudo e
análise da prospecção para o futuro das cidades de Balneário Camboriú,
Florianópolis e São Joaquim
Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em
Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Gestão Empreendedora
da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.
Área de Concentração: Administração Geral
Balneário Camboriú, 25 de novembro de 2009.
_________________________________
Profa. MSc. Ligia Ghisi
___________________________________
Prof. MSc. Alexandre de Sá
Avaliador
___________________________________
Prof. MSc. Laercio Braggio
Avaliador
EQUIPE TÉCNICA
Estagiário(a): Rogélio Alves Maria
Área de Estágio: Administração Geral
Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder
Supervisor da Empresa: Ayres Rodrigues da Silva Neto
Professora orientadora: Ligia Ghisi
DADOS DA EMPRESA
Razão Social: New York Turismo Ltda.
Endereço: Rua 1536, esquina com 906, número 60 – Bairro Centro – Balneário
Camboriú – SC.
Setor de Desenvolvimento do Estágio: Turismo
Duração do Estágio: 120 horas
Nome e Cargo do Supervisor da Empresa:
Carimbo do CNPJ da Empresa:
AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA
Balneário Camboriú, 24 de outubro de 2009.
A Empresa New York Turismo Ltda, pelo presente instrumento, autoriza a
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de
Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo
acadêmico Rogélio Alves Maria.
___________________________________
Responsável pela Empresa
“Há homens que lutam um dia e são bons.
Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Porém, há os que lutam toda a vida.
Esses são os imprescindíveis"
Bertolt Brecht.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais Cezar e Camélia
Aos meus colegas de curso pela amizade
Aos Professores Marcio Daniel Kiesel, Lorena Schröder e todos os professores pelas
contribuições dadas ao longo do curso
A Professora Ligia Ghisi pela sua orientação e seu apoio
A Coordenação do curso pela paciência
E a todos que acreditaram em especial à Marília Nunes Antunes
RESUMO
A atividade turística destaca-se no cenário mundial por sua expressividade, volume
financeiro movimentado, número de pessoas que visitam outros países e pela
participação no PIB que o setor representa nos países desenvolvidos e nos em
desenvolvimento. Para suprir a demanda turística, o Ministério do Turismo se
antecipou, e através da Fundação Getúlio Vargas e o SEBRAE, definiram sessenta e
cinco cidades no país que são consideradas indutores do turismo. Em Santa
Catarina as cidades selecionadas foram Balneário Camboriú, Florianópolis e São
Joaquim, cada uma com características distintas entre si, não sendo possível
compará-las. A iniciativa do Governo Federal fez que investimentos fossem
destinados a obras de infra-estrutura e desenvolvimento, com o intuito de
transformar as cidades escolhidas em pólos indutores do turismo de padrão
internacional. Caberá ao gestor municipal fiscalizar e aplicar os recursos, entretanto
sob intensa fiscalização do Governo Federal. Para planejar estes destinos a
Fundação Getúlio Vargas com o SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas estudaram e mensuraram a competitividade dos mesmos.
Foram divididos aspectos relacionados ao turismo que influenciam direta e
indiretamente o setor, com o objetivo de melhorar o entendimento da real situação
de cada município. O projeto de pesquisa teve como base o estudo do Ministério do
Turismo em parceria com a Fundação Getulio Vargas e o SEBRAE, para analisar a
prospecção dos indicadores de competitividade dos destinos turísticos indutores do
Estado de Santa Catarina.
Palavras-chave: Indicadores. Turismo. Prospecção.
ABSTRACT
The tourism stands out on the world stage in their expressiveness, trading volume,
number of people visiting other countries and the share of GDP that represents the
industry in both developed and developing countries. To meet the tourist demand,
the Ministry of Tourism is anticipated, and by Fundação Getúlio Vargas and
SEBRAE, sixty-five defined cities in the country that are considered inducers of
tourism. In Santa Catarina the cities selected were Florianopolis, Florianópolis and
São Joaquim, each with different characteristics, it is not possible to compare them.
The federal initiative that funds would be made for construction of infrastructure and
development in order to transform the cities chosen in the tourism centers inducers of
international standard. It is for the municipal manager to monitor and apply the
resources, however under intense scrutiny from the Federal Government. To plan for
these destinations Getúlio Vargas Foundation with SEBRAE - Brazilian Service of
Support to Micro and Small Enterprise studied and measured the competitiveness of
the above. They were divided aspects related to tourism directly and indirectly
influence the sector, with the aim of improving the understanding of the real situation
of each municipality. The research project was based on the study by the Ministry of
Tourism in partnership with Fundação Getulio Vargas and SEBRAE, to consider the
prospect of the indicators of competitiveness of tourist destinations in inducing the
state
of
Santa
Catarina.
Keywords:Indicators,Tourism,Prospecting.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1
Infra-Estrutura .............................................................................. 43
Quadro 2
Turismo ........................................................................................ 46
Quadro 3
Políticas Públicas ........................................................................
Quadro 4
Economia ..................................................................................... 52
Quadro 5
Sustentabilidade ..........................................................................
53
Quadro 6
Lista de Entrevistados ................................................................
59
Quadro 7
Análise dos resultados de Balneário Camboriú ........................
61
Quadro 8
Reestudo dos indicadores de Balneário Camboriú .................
66
Quadro 9
Análise dos resultados de Florianópolis .................................
67
49
Quadro 10 Reestudo dos indicadores de Florianópolis ..........................
72
Quadro 11 Análise dos resultados de São Joaquim .................................
73
Quadro 12 Reestudo dos indicadores de São Joaquim ...........................
78
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ........................................................................................
13
1.1
Tema de estágio ......................................................................................
14
1.2
Problema de pesquisa .............................................................................
15
1.3
Objetivos ..................................................................................................
15
1.4
Justificativa ..............................................................................................
16
1.5
Contextualização do ambiente de estágio ...............................................
17
1.6
Organização do trabalho .........................................................................
17
2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..............................................................
19
2.1
Administração ..........................................................................................
19
2.2
Administração Pública .............................................................................
24
2.3
Empreendedorismo .................................................................................
27
2.4
Planejamento Estratégico .......................................................................
30
2.5
Turismo ....................................................................................................
34
2.6
Tipologia do Turismo ...............................................................................
38
2.7
Indicadores de Desenvolvimento para o Turismo ...................................
43
2.7.1
Infra-estrutura ..........................................................................................
43
2.7.2
Turismo ..................................................................................................
46
2.7.3
Políticas Públicas ..................................................................................
49
2.7.4
Economia ...............................................................................................
52
2.7.5
Sustentabilidade ....................................................................................
53
3
METODOLOGIA .....................................................................................
57
3.1
Tipologia de pesquisa ..............................................................................
57
3.2
Sujeito do estudo .....................................................................................
58
3.3
Instrumentos de pesquisa ........................................................................
59
3.4
Análise e apresentação dos dados .........................................................
59
3.5
Limitações da pesquisa ...........................................................................
60
4
RESULTADOS ........................................................................................
61
4.1
Análise dos resultados de Balneário Camboriú .......................................
61
4.2
Análise dos resultados de Florianópolis ..................................................
66
4.3
Análise dos resultados de São Joaquim ..................................................
72
5
CONSIDERAÇÕES .................................................................................
79
6
REFERÊNCIAS .......................................................................................
81
7
APÊNDICES ............................................................................................
84
13
1 INTRODUÇÃO
Devido à participação do turismo nas economias locais, regionais, nacionais e
internacionais, esta atividade passou a receber mais atenção por parte de
investidores, do primeiro e do segundo setor. Segundo o Instituto para o
Desenvolvimento da Economia, do Indivíduo, do Ambiente e da Sociedade (2009) o
turismo representou no ano de 2007 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro,
isto equivale a uma receita de R$39bi.
Em uma economia globalizada, é vital para o empreendedor saber quais setores
estão com possibilidades de permanecerem atuantes no mercado. Não se podem
ignorar as tendências do mercado mundial. O turismo, hoje, representa forte
capacidade, não apenas de sobrevivência, mas de expansão e desenvolvimento.
Para isto, é necessário que os gestores públicos estejam preparados para as
mudanças que já estão ocorrendo.
Um gestor público consciente de seus deveres e atento as oportunidades de
mercado, não apenas fará de sua gestão um sucesso, como trará desenvolvimento
para o local. Pois é de seu conhecimento que o turismo pode ajudar a desenvolver
sua região. Espera-se que o gestor municipal gerencie de maneira sustentável os
recursos federais, estaduais e municipais para que consiga atrair investidores da
iniciativa privada.
Desenvolvimento deste trabalho foi baseado na pesquisa realizada pela fundação
Getulio Vargas (FGV), em parceria com o Ministério do Turismo e o SEBRAE em
todo o país, que apontou em Santa Catarina três destinos considerados indutores do
turismo, são eles: Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim. Estas cidades
por terem um perfil e um histórico turístico, atraem turistas para os municípios
próximos, por isso são considerados indutores do turismo. Cada uma destas cidades
possui características e similaridades que torna impossível compará-las entre si.
O desenvolvimento da atividade turística na cidade de São Joaquim, por exemplo,
tem características de turismo de montanha voltado ao perfil rural e ecológico. Tendo
como atrativos principais o clima, a gastronomia e os vinhos finos de altitude
14
produzidos nas vinícolas da cidade. Segundo o IBGE (2009), a cidade possuía uma
população em torno de 24.058 habitantes no ano de 2008.
No que se refere a cidade de Florianópolis, além de ser a Capital do Estado, é
composta de um grande conteúdo histórico. A Ilha de Santa Catarina, como é
conhecida, possui diversas praias é considera uma das melhores cidades para se
viver em todo o país. Segundo o IBGE (2009), Florianópolis possui cerca de 408.161
habitantes, sendo considerada a segunda cidade mais populosa do estado, atrás
apenas de Joinville.
A cidade de Balneário Camboriú é a mais jovem das três cidades pesquisadas, com
pouco mais de quarenta anos de emancipação política, já é considerada uma das
potências do turismo no país. É resultado de investimento realizado pela esfera
pública e privada ao longo dos últimos anos. Também possui belas praias, dentre
elas uma das únicas oficialmente naturistas do Brasil. Possui segundo IBGE (2009),
uma população estimada em 102.081 habitantes, sendo que o fluxo de visitantes na
temporada de verão ultrapassa um milhão de pessoas.
O estudo da FGV definiu cinco áreas fundamentais de cada destino, subdividindo-as
conforme necessidade de pesquisa. Foi avaliada em cada destino: a infra-estrutura,
o turismo, as políticas públicas, a economia e a sustentabilidade. A avaliação segue
uma escala que de zero a cem, conforme a equipe técnica composta de 23
pesquisadores.
A presente pesquisa pretendeu constatar se os envolvidos e interessados no
desenvolvimento das cidades analisadas estão com a mesma linha de raciocínio e
se há coerência no que os mesmos afirmam. Com a utilização do método Delphi
nesta pesquisa será possível constatar se há concordância entre seus pontos de
vista e suas expectativas.
1.1 Tema
Análise da prospecção dos indicadores de competitividade dos destinos indutores
turísticos para o futuro das cidades de Balneário Camboriú, Florianópolis e São
Joaquim.
15
Foram questionadas as pessoas envolvidas e responsáveis pelo setor das
dimensões propostas no estudo. Foi aplicado o método Delphi, que permite que os
questionados possam verificar a opinião de outras pessoas que também influenciam
na gestão do turismo, possibilitando o aumento do consenso entre as partes bem
como a detecção de conceitos errôneos.
1.2 Problema
Com uma participação significativa no PIB brasileiro, o turismo representa hoje
indícios de será dentro de alguns anos, uma das engrenagens da economia
nacional. Ciente dessa participação do turismo no PIB, o Governo Federal
disponibilizou recursos para serem investidos em municípios considerados indutores
do turismo, ou seja, cidades que atraem visitantes, mas não apenas para si, mas
também para seus municípios vizinhos.
O turismo da esfera municipal precisa estar atento às várias atribuições distintas,
porém devem estar interligadas para que ocorra o desenvolvimento local. Devido
estas atribuições, é natural que cada que o gestor as divida em setores e assim
obter uma visão diferente. São elas: políticas públicas, sustentabilidade, turismo e
infra-estrutura. Para tanto, pergunta-se, qual a prospecção dos indicadores de
competitividade das cidades de Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim
em relação aos setores citados?
1.3 Objetivos
Os objetivos orientam os procedimentos da pesquisa, para tanto são apresentados a
seguir:
1.3.1 Objetivo Geral
Para Richardson (1999) o objetivo geral busca alcançar resultados com a realização
da pesquisa, desta forma este trabalho apresenta o seguinte:
16

Analisar a prospecção dos indicadores de competitividade dos destinos turísticos
para o futuro das cidades de Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim.
1.3.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos detalham as ações que deve conter uma pesquisa, assim
como é apresentado abaixo:

Verificar os indicadores usados na pesquisa sobre os indutores do turismo de
SC;

Eleger os stakeholders diretamente interessados na administração do turismo
das cidades eleitas para o desenvolvimento da pesquisa;

Identificar, na opinião dos envolvidos, os indicadores de prospecção.
1.4 Justificativa
O desenvolvimento do turismo, embora recente no Brasil, já assume grandes
proporções e representatividade na economia do país. Os números positivos
conseguem maior abrangência partir de 2003 com a criação do Ministério do
Turismo. Desta forma, o planejamento é importante para que esta atividade consiga
atingir metas e objetivos de dados ainda maiores.
Com o Ministério do Turismo a atividade turística se torna uma oportunidade de
desenvolvimento, por proporcionar um efeito multiplicador tanto para os envolvidos
diretamente e indiretamente com o turismo. Diante deste panorama, os gestores da
esfera pública municipal atuam como responsáveis por estruturar os destinos.
Devido o turismo ser uma atividade complexa, os gestores devem ter atenção nos
fatores que o influencia. O estudo de competitividade proposto pelo Ministério do
Turismo, FGV e SEBRAE categorizou os indicadores de desenvolvimento, os quais
dividiram em macro e micro-dimensões para melhor estudá-lo e assim, avaliar o
nível de competitividade dos destinos indutores de Santa Catarina: Balneário
Camboriú, Florianópolis e São Joaquim. Estes fatores alavancaram o interesse em
prover um reestudo para melhor compreender as ações de planejamento e
empreendedorismos na gestão pública.
17
Por isso, a importância da pesquisa, pois hoje verifica-se a falta e falha de
comunicação nas gestões tanto pública quanto privada. Como o turismo, para ser
desenvolvido, precisa de alinhamento de opiniões entre o poder público, iniciativa
privada e sociedade civil o método Delphi aproxima estes responsáveis através do
questionário formatado.
1.5 Contexto do ambiente de estágio
O estágio foi desenvolvido na agência de viagens e turismo New York Turismo Ltda.
Apesar de estar em atividade a menos de cinco anos na cidade de Balneário
Camboriú, já é considerada uma das mais conceituadas e procuradas para
interessados em viagens nacionais e internacionais.
A empresa é administrada pelo sócio fundador Ayres Rodrigues da Silva Neto e mais
dois funcionário de notável conhecimento em turismo. A empresa possui parcerias
com as principais operadoras de turismo do mundo como a CVC.
A empresa pretende ampliar sua capacidade de operação inaugurando novos
pontos de atendimento em parceria com Shoppings, Municípios e empresas de
suporte e apoio ao turismo.
1.6 Organização do trabalho
A finalidade deste trabalho é unir os conhecimentos técnico-científicos com os
conhecimentos práticos desenvolvidos através de pesquisa exploratória. Para buscar
um consenso entre os entrevistados, a método utilizado não limitou-se a aplicação
de um questionário ou uma entrevista, foram realizadas duas rodadas de perguntas
com cada entrevistados, não importando o grau de dificuldade de consegui-las.
Para constatar a viabilidade da pesquisa, bem como cumprir os requisitos
metodológicos, primeiramente foi definido o tema a ser pesquisado, bem como os
objetivos e o problema de pesquisa. Após esta etapa foi realizado a contextualização
do ambiente de estágio, concluindo o primeiro capítulo desta pesquisa.
18
Na seqüência seguindo a ordem cronológica da pesquisa, foram descritos os
referenciais teóricos de natureza confiável e especializada, que justificam e norteiam
os objetivos e o tema pesquisado. Dentre os assuntos abordados estão:
Administração,
Administração
Pública,
Empreendedorismo,
Planejamento
estratégico, Turismo, Tipologia do Turismo e Indicadores do Desenvolvimento para o
Turismo.
O terceiro capítulo refere-se a metodologia seguida para o levantamento de dados.
Seguido da quarta e ultima parte que apresenta os resultados obtidos com a
pesquisa, bem como as respostas aos objetivos específicos e ao problema citados
na primeira parte desta pesquisa.
A figura 1 apresenta a estrutura deste Trabalho de Conclusão de Curso.
Figura 1 – Estrutura do Trabalho de Conclusão de Curso
19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo apresenta os pressupostos teóricos que fundamentaram o trabalho,
fornecendo informações científicas e afirmações de autores reconhecidos pela
academia.
Os temas abordados são: Administração, Empreendedorismo, Administração
Pública,
Planejamento
e
Turismo,
Tipologia
do
Turismo,
Indicadores
de
desenvolvimento para o turismo. Tais pressupostos orientaram o trabalho de
investigação na elaboração do construto e interpretação dos dados.
2.1 Administração
No decorrer da história a Administração sempre existiu, desde o Império Romano,
passando pelos impérios coloniais e revolução industrial chegando à atualidade
como uma novidade. Sempre passando por mudanças que se limitavam as
necessidades de cada época. Entretanto o que há de novo não é a Administração
em si, mas os processos e a sistematização dos conhecimentos, bem como sua
importância e finalidade. (LACOMBE; HEILBORN, 2003).
A Administração constitui a forma como diversos recursos organizacionais serão
empregados para planejar, organizar, dirigir e controlar com o objetivo de alcançar
metas e resultados. Para avaliar o desempenho de uma administração é necessário
analisar se está havendo eficiência, que resumidamente é que fazer corretamente as
coisas preocupar-se com os meios, enfatizar métodos e procedimentos, cumprir
regulamentos, treinar e aprender, saber trabalhar e ser pontual. Mas a eficiência não
é suficiente, dever haver eficácia, principalmente para objetivos e resultados. A
eficácia tem como características fazer as coisas necessárias preocupar-se com os
fins, enfatizar objetivos e resultados, atingir alvos, saber e conhecer e agregar valor
e riqueza à organização. (CHIAVENATO, 1999).
Para Silva (2004, p. 9) a administração possui funções, as quais são
desempenhadas para atingir os objetivos esperados. Entre elas o autor destaca o
planejamento, direção, organização e controle. Existem controvérsias entre a função
20
direção a qual pode ser colocada também como liderança. Entretanto Silva coloca
direção porque é um termo mais abrangente e a liderança se encontra inserida nela.
Dentre tantos conceitos muitas definições estão simplificando o que diz Silva (2004,
p. 5), em que a administração “está relacionada com o alcance dos objetivos por
meio dos esforços de outras pessoas”.
No entanto dentre todos os estudos sobre a visão e conceito de administração, o
autor declara que é “um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e
eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas
organizacionais” (SILVA, 2004, p. 6).
Charnov (2000) apud Silva (2004, p. 7) afirma que administração é “o ato de
trabalhar com e por meio de pessoas para realizar os objetivos tanto da organização
quanto de seus membros”. Portanto as duas definições envolvem pessoas, objetivos
e uma organização que se pretende administrar.
A definição atual coloca mais ênfase no elemento humano na organização;
focaliza a atenção nos resultados a serem alcançados, isto é, nos objetivos
ao invés das atividades; e inclui no conceito de que a realização dos
objetivos pessoais de seus membros deve ser integrada à realização dos
objetivos organizacionais (CHARNOV, 2000, apud SILVA, 2004, p. 7)
Nos mais ressentes períodos da história da humanidade, a Administração recebeu
diversos conceitos, foram formadas teorias, cada qual respeitando sua época e
limitações científicas.
Uma das características principais da administração Científica apresenta-se como:
“todas as tarefas fossem divididas em subtarefas, até o nível máximo possível, em
que elas pudessem ser supervisionadas, até o nível máximo possível, para os
padrões da época, de forma adequada”. (OLIVEIRA, 2005, p. 81).
Entretanto na Escola de Administração Clássica o foco era interno e estrutural, ou
seja, “a partir do momento que a organização tem estruturas adequadas que
funcionam bem, todos os outros problemas se resolvem, inclusive aqueles
relacionados ao comportamento humano”. (MOTTA, 1998, p.23).
Na perspectiva da Administração Clássica, Megginson et al (1998, p. 45) afirma:
A Administração, na forma desenvolvida por Fayol, se aproxima bastante da
nossa definição. Focaliza bastante o processo de administração relativo ao
21
estabelecimento de objetivos e planejamento, organização, comando,
organização e controle de atividades, de tal forma que os objetivo0s
organizacionais sejam atingidos.
Na seqüência da evolução histórica da Administração a Teoria das Relações
Humanas, revela a importância do fator humano na administração das organizações
e a também a dificuldade de “controlar” as pessoas. No decorrer da história e das
experiências realizadas, constatou-se que as pessoas não são totalmente
controláveis como máquinas e ainda são imprevisíveis, o que gerou dificuldade de
compreensão no período da Escola de Administração clássica, ou seja, sempre
haverá incertezas quanto às pessoas. (MOTTA, 2008).
O movimento das Relações Humanas começou em 1927 com os resultados de uma
experiência realizada por George Elton Mayo na fábrica de Hawthorne, em Chicago.
Os estudos de Hawthorne mostraram “que um incentivo poderoso para o aumento
da produção não era devido às condições físicas de trabalho, [...] mas, pelo qual os
trabalhadores se sentiam importantes e reconhecidos por terem sido escolhidos para
tomar parte de um estudo científico”. (MEGGINSON et al, 1998, p. 50).
Uma seguinte teoria foi chama de Burocracia, no qual Lodi (1993, p.91)
complementa que esta “é definida como um sistema social organizado por normas
escritas visando uma racionalidade e igualdade no tratamento de seus públicos,
clientes ou participantes.”.
Outrossim, a Abordagem Comportamental veio reforçar a importância da
compreensão do ser humano para a Administração. Embora, “também denominada
Orgânica ou humanística, deu ênfase ao tratamento favorável aos empregados, em
vez de só focalizar seu desempenho ou produtividade”. (MEGGINSON et al, 1998, p.
49).
Neste período foi conhecida a “Pirâmide de Maslow” que buscou demonstrar quais
são os cinco níveis de necessidades do ser humano. Citadas por Venturi e Lenzi
(2003, p.19):
Necessidades fisiológicas: ou seja, de alimentação, de sono, de descanso,
de abrigo, de desejo sexual, dentre outros; Necessidades de segurança: de
estabilidade, de proteção contra ameaças ou privação e a de fuga do
perigo; Necessidades sociais: de associação, de participação, de aceitação
por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor;
Necessidades de estima: relacionadas com a maneira pela qual a pessoa
22
se vê e se avalia. Envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, a
necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e
consideração; Necessidade de auto-realização: são as necessidades
humanas mais elevadas e que estão no topo da hierarquia. É a
necessidade de cada pessoa realizar seu próprio potencial e de
autodesenvolver continuamente (ser constantemente mais do que é – vir a
ser tudo o que pode ser).
Em relação a Teoria dos Sistemas, Lodi (1998, p.199) afirma que Ludwig Von
Bertalanffy, explicou em 1968 que essa teoria “é uma nova visão da realidade que
transcende os problemas tecnológicos, exige uma reorientação das ciências, atinge
uma ampla gama de ciências desde a física até as sociais e é operativa com vários
graus de sucesso.
Na Teoria Contingencial “não há nada de absoluto, tudo é relativo, tudo depende”
Quanto a Teoria das Contingências, Motta (2003, p.25), afirma que:
entende-se por contingência um conjunto de conhecimentos, derivados de
diversos empreendimentos de pesquisa de campo que procuram delimitar a
validade dos princípios gerais de administração a situações específicas
Além das visões que abordam pessoas e objetivos, Robbins e Decenzo (2004)
acrescentam na definição que, os custos em uma administração precisam ser
minimizados, entretanto não é apenas suficiente para o mundo atual, o qual o
mercado exige a habilidade de eficácia. Toda administração tem um propósito
específico para alcançar, mas este precisa ser almejado através da eficácia.
Entretanto diante de tantas mudanças providas de um mundo incerto e de culturas
diferentes, a administração possui aperfeiçoamentos e modelos diversificados para
uma melhor gestão e assim atendendo cada realidade, como comprova Chiavenato
(1999, p. 100):
[...] além dos desafios da administração em termos de diversidade das
organizações e complexidade do ambiente em que operam, outras forças
ajudam a complicar o panorama com que se defrontam os administradores.
É que vivemos em um mundo mutável e turbulento, onde a mudança é o
aspecto constante.
Drucker (1999 apud CHIAVENATO, 2002, p. 3) afirma que estas mudanças rápidas
“não se limitam, de forma alguma, aos Estados Unidos. Ela se tornou comum no
Japão, na Alemanha, na Alemanha, na Holanda, etc.”. A administração é um “campo
muito vasto, requer conhecimentos diversificados, o ambiente muda, a ciência e a
23
tecnologia evoluem, os processos produtivos se alteram e tudo isso requer
atualização dos conhecimentos”. (LACOMBE; HEILBORN, 2003, p. 8).
O profissional administrador deve estar atento a realidade não só do seu entorno,
mas no mundo todo. Interferências externas influenciam o tempo todo,
[...] elas moldam o comportamento de qualquer organização, ditam suas
decisões a respeito do que fazer ou não, definem o que as organizações
consideram resultados significativos, tratam de mercados, clientes,
concorrentes, seus valores, comportamento e tecnologia (DRUCKER, 2002,
p. 4).
A capacidade de observar tanto aspectos internos a empresa como externo faz parte
para se almejar o sucesso de uma administração, entender sobre política, economia
e a sociedade é necessário para identificar onde a empresa está situada e desta
forma o que se pode tomar ações e decisões que favoreçam positivamente a
empresa (LACOMBE E HEILBORN, 2003, p. 10).
Desta forma a administração necessita observar seu entorno para utilizar
ferramentas que a auxiliem. A tecnologia da informação veio contribuir para com
que os administradores tenham uma visão ampliada, pois o contato se tornou mais
próximo e com maior velocidade. Chiavenato (1999, p. 71) diz que “em milésimos
segundos as notícias e informações cruzam o planeta, aproximando as pessoas e
fazendo do mundo uma verdadeira aldeia global”.
A tecnologia da informação tem gerado um grande impacto na competitividade de
empresas brasileiras, assim como entre as destinações do mundo todo. Define-se a
tecnologia da informação como sendo “o termo coletivo dado aos mais recentes
desenvolvimentos no meio eletrônico e nos mecanismos utilizados para a aquisição,
processamento, análise, armazenagem, recuperação, disseminação e aplicação da
informação”. (POON, 1993 apud COOPER, 2003, p. 457).
Por não haver barreiras para o exercício da Administração foram rompidos os limites
das organizações alavancando mudanças não só no cenário econômico, mas no
cenário social e político. Tais mudanças acabam influenciando a gestão pública,
atuando diretamente nas decisões que norteiam o desenvolvimento de uma região,
de um país ou mesmo do mundo, o que será fundamentado no próximo item.
24
2.2 Administração Pública
Devido a globalização na administração pública também ocorreram mudanças.
Verifica-se que os modelos de gestão, de participação e de exposição de atividades
foram alterados porque a própria sociedade faz esta exigência.
A sociedade contemporânea viu-se
participação política para conseguir
foram derrubadas as barreiras do
fenômenos oriundos da informática
2005, p. 4)
obrigada a expandir o seu nível de
inserir-se num novo mundo no qual
tempo e da distância, através de
(internet) e telemática. (BURATTO,
O objetivo principal da Administração Pública para Rabello (2009) é que haja
organização em todas as áreas da gestão. Seja ela financeira, pessoal e de todo o
sistema institucional-legal.
Rabello (2009), ainda complementa que as principais funções que a gestão pública
tem, é garantir a soberania da economia local e a redução gradual da desigualdade
social.
Todavia o gestor público tem como obrigação “respeitar e garantir os direitos
fundamentais
da
pessoa
humana,
anteriores
e
superiores
ao
dever
da
responsabilidade em regulamentar as relações públicas da vida em sociedade.”
(RICCITELLI, 2006, p. 2).
Suas ações institucionais ou representativas, assegurando aos cidadãos o
pleno exercício de seus direitos individuais e garantindo mais transparência
aos atos administrativos realizados por seus agentes, dificultando assim o
crescimento da corrupção (RICCITELLI, 2009, p. 2).
Tendo em vista a importância da Administração Pública “o estudo é fundamental
para compreender a transformação do funcionamento do estado, o cenário de
mudanças das últimas décadas, bem como a redefinição das técnicas de gestão
pública” (MARQUES, 2008, p.3).
Na administração pública é importante ter o elo entre poder público e iniciativa
privada, pois através deste contato que se toma ciência de real situação da
administração,
como
conseqüência
as
articulações
necessárias
serão
providenciadas por meio de profissionais capacitados e competentes. Espera-se
com isso mais atenção as áreas de saneamento, infra-estrutura, economia,
25
educação e segurança. Para Ignarra (2003), estas áreas estão ligadas ao
crescimento e ao desenvolvimento.
Verificou-se que comunicação e pensamento concordados são palavras e termos
chaves na administração pública e que somente os envolvidos com definições
estipuladas
e
comprometidos
conseguem
oferecer
desenvolvimento
e
competitividade a qualquer localidade.
Diante de tantas diferenças torna-se complicado alinhar formas de pensamento ao
um objetivo comum, alguns lugares apresentam maior dificuldade que outros. O que
Dowbor (1999) apud Carrão (2004, p. 2) sugere é que “aos países em
desenvolvimento uma maior articulação entre a esfera pública, a privada e a civil
como mecanismo gerador de soluções para o desequilíbrio provocado pela
globalização”.
Diante do exposto contexto de globalização, as mudanças são provocadas em todos
os setores, inclusive nos setores públicos. Segundo Plonski (2007, p. 4) “a inovação
também é importante para o setor público. Porém pouco se sabe sobre o processo
de inovação em setores não orientados para o mercado”
Acompanhar o mundo atual é uma tarefa complicada, ainda mais na gestão pública,
a qual não possui fins lucrativos diretamente. No entanto a cada geração nova as
políticas de inovação necessitam ser lapidadas de acordo com cada realidade em
que está inserida.
Com o dinamismo e a descentralização a gestão pública proporciona autonomia
para as regiões, o que cada região trabalhar o que lhe é prioridade e conforme sua
cultura. Este modelo adota inovação e atende uma nova visão de um mundo
globalizado.
Chiavenato (1999) cita que as três principais vantagens para a descentralização são:
agilidade onde as decisões são respondidas mais rapidamente; independência a
qual estimula a criatividade e atende de maneira mais uniforme todos os envolvidos
e as novas tecnologias que permitem a entrada da tecnologia para facilitar o
trabalho.
26
No Estado de Santa Catarina visualiza-se este processo descentralizador, o qual o
profissional público deve ter este comportamento devido sua política. No entanto
existem outras características do administrador público que é a “visão melhor do
direito administrativo, ter conhecimento melhor dos contratos administrativos”
(FERREIRA, 2005, p.2)
Uma das características que não podem predominar na gestão pública, mas está na
realidade brasileira é a corrupção. Estando presente em toda a história universal a
corrupção atinge agentes públicas em números alarmantes, principalmente no Brasil.
Ela é considerada um desvio de conduta grave é não é aceitável em qualquer esfera
nacional (RICCITELLI, 2006, p. 1).
Na Constituição Federal (1988), art. 11, é mencionado que todo agente público deve
ter honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade. Ricciteli (2006, p. 1) coloca
que as principais características do administrador público são
Habilidade para conciliar o carisma político com demandas técnicas e
legais; conhecimento geral e obediência ao direito positivo brasileiro;
conhecimento específico e obediência aos princípios administrativos
constitucionais [...]; atendimento às orientações da Lei de
Responsabilidade Fiscal; sensibilidade às exigências do cidadão-cliente
mais informado, exigente e ciente de seus direitos; criatividade [...];
dinamismo e empreendedorismo [...], capacidade de ouvir e ser
descentralizador.
No Brasil a gestão pública sofreu alterações relevantes após a inserção de
universidades que formam administradores públicos, os quais adquirem maior
conhecimento
técnico
e
discutem
competências
necessárias,
ética
e
responsabilidades que assumem após entrar neste campo de trabalho. Tendo uma
visão abrangente e não somente partidária (FERREIRA, 2005, p. 3).
Desta forma, o perfil do administrador público vem sofrendo modificações, tentando
inovar e criar estratégias inovadoras, a fim de mostrar novas competências e
atitudes oriundas de uma formação em universidades. Assim, na área pública o
empreendedorismo se insere e será abordado no próximo item.
27
2.3 Empreendedorismo
Há diversas definições para o empreendedorismo, conforme Neto (2002) “é visto
como um ramo de administração de empresas, que enfatiza a criação, o
desenvolvimento e a gestão de novas organizações”. Na previsão de Dornellas
(1990) empreendedorismo "é uma revolução silenciosa, que será para o século 21,
mais do que a revolução industrial foi para o século 20".
Abrangendo a criação novas empresas, o desenvolvimento e um novo modelo de
gestão, o empreendedorismo é chave para o futuro e a sobrevivência das
organizações, pois se entende que o empreendedorismo é um ramo da
administração de empresas. O conhecimento que está ligado ao empreendedorismo,
seja na criação de riqueza ou no desenvolvimento de novos produtos ou serviço,
demonstra sua importância e complexidade.
Com o empreendedorismo há mais exigência por serviços e produtos de qualidade,
e o profissional responsável por isso deverá proporcionar ao mercado a superação
das expectativas. Na visão de Hisrich (2004) empreendedorismo atualmente é o
método mais eficiente para ligar ciência e mercado. E acrescenta, ainda, afirmando
que é um processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço
necessário, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais.
O empreendedorismo é um elo entre ciência e mercado, que busca antes de tudo
criar algo novo com valor agregado, mas que demanda esforço, riscos financeiros e
até risco psíquico-social. Esse esforço somente terá validade se a pessoa do
empreendedor for alguém capaz de persuadir terceiros, sócios e investidores, uqe o
os riscos são calculados e seguros e que as metas são possíveis de serem
alcançadas, a fim de convencê-los que haverá retorno do investimento trará conforto
financeiro e estabilidade (DOLABELA, 1999).
Hisrich
(2003),
afirma
que
na
grande
maioria
das
abordagens
sobre
empreendedorismo que existe a grande maioria delas não pode fugir das
características básicas que são inevitáveis, que são os riscos, a criatividade, a
independência e a recompensa. Quanto aos riscos precisam ser bem calculados e
28
claros. A criatividade é intrínseca, demanda habilidade e maturidade do
empreendedor. A independência resume-se a capacidade de não esperar por
terceiros, tomar decisões que muitas vezes vão contra as idéias que são prédefinidas. E por último a recompensa por tanto esforço e dedicação, pode ser na
forma de dinheiro, ou simplesmente aquela recompensa de realização pessoal.
Segundo Lezana (2001, p. 2) o empreendedor é:
[...] o individuo que tem criatividade, identifica oportunidades, com iniciativa
própria,
busca
informações
permanentemente,
comunica-se
persuasivamente, entre outras características, proporcionando satisfação
pessoal e familiar, gerando empregos e riqueza
Todavia o empreendedorismo não se constitui apenas de características básicas,
devido a rápida transformação do mercado o empreendedor já está tomando rumos
diferentes, ou seja, está em constante atualização para acompanhar seus
concorrentes.
É na necessidade de algo, na ausência de uma solução, ou mesmo na criatividade
em desenvolver algum serviço ou produto que surge a pessoa do empreendedor. O
empreendedor não se contenta em ser apenas mais um, ele quer ser a diferença,
por isso possui motivação, coragem, inteligência e espírito de liderança. Muitos
projetos que hoje estão em todo o mundo contribuindo com o desenvolvimento da
humanidade saíram da mente de um empreendedor. Por isso é dada tão grande
importância para o estudo do empreendedorismo
Lezana (2001, p. 3) menciona o perfil do empreendedor, que se resumem em
necessidades, conhecimento, habilidades e valores. Apesar da tentativa de buscar
semelhanças sempre irá encontrar pessoas diferentes.
Desta forma, para Lodish (2002), o posicionamento e a segmentação constituem o
verdadeiro núcleo daquilo que faz o novo empreendedorismo dar certo ou não.
Todas as decisões e táticas importantes da empresa dependem criticamente dessas
decisões básicas. Diante deste cenário pode-se perceber que a força e a
importância do empreendedorismo repercutem em todo o mundo com tal veemência
que é considerada tão revolucionária quanto a própria revolução industrial, que até
29
hoje se observa as conseqüências ocasionadas por ela no início do século XX.
(TIMMONS, 1990).
Para Mintzberg (2001) apud Lezana (2001) o “intraempreendedorismo é sustentável
quando o profissional não deixa de agir, tendo os mesmos objetivos que a empresa,
obtendo um ‘contrato psicológico’ com a organização”. Estes empreendedores
internos, como são chamados, são responsáveis pelas inovações dentro da
empresa, tornando-a bem sucedida. (LEZANA, 2001).
Como aliada dos empreendedores a internet se posiciona entre o mercado e a
ciência, esta cada vez mais se coloca a disposição de todos para facilitar a
aproximação dos povos, num curto espaço de tempo, propiciando melhor interação
entre empresa e cliente. Dentro da internet o campo de exposição e de contatos é
expandido de variadas formas.
As comunidades virtuais, por exemplo, deixam de ser voltadas apenas para o lazer e
iniciam atividades profissionais, e nela além de proporcionar comunicação rápida é
um banco de dados que fornecem novas idéias, sugestões, avaliação dos produtos
novos e interação entre pessoas com as mesmas afinidades. Do lado da ciência se
encontra os cursos oferecidos para aquisição de conhecimento (LODISH, 2002, p.
6).
Como mencionado acima, apesar de definições diferentes, há aspectos no
empreendedorismo com relativas similaridades como afirma Hisrich (2004) “[...]
apesar das diferenças, existem alguns aspectos comuns: riscos criatividade,
independência e recompensa”.
Desta
forma,
o
empreendedorismo
tornou-se
uma
peça
fundamental
na
sobrevivência das empresas de pequenos e médios portes. Permitir a previsão do
comportamento do mercado através da análise de tendências. A formulação de
diretrizes de reorientação de programas de ação para determinar o sucesso do
negocio pode alavancar a necessidade de elaborar um planejamento estratégico de
desenvolvimento do setor.
30
2.4 Planejamento Estratégico
O planejamento envolve tempo e quando se menciona em planejar devem-se ter
objetivos em mente, sejam eles a curto ou longo prazo. Lacombe e Heilborn (2003,
p. 162) definem planejamento como:
Determinação da direção a ser seguida para se alcançar um resultado
desejado ou como a determinação consciente de cursos de ação, isto é,
dos rumos. Ele engloba decisões, com base em objetivos, em fatos e
estimativa do que ocorreria em cada alternativa.
Para Takakura (2008, p. 1) o planejamento se define como “pensar antes, durante e
depois de agir. Envolve o raciocínio (a razão) e, portanto, pode-se entender que o
planejamento é um cálculo (racional) que precede (antes) e preside (durante e
depois) a ação”. Logo o planejamento exige do profissional conhecimento para que
se possa ter o “cálculo sistemático que articula a situação imediata e o futuro,
apoiado por teorias e métodos”.
Todo processo administrativo por si já possui um planejamento, pois se traçam
objetivos a serem seguidos, e para que isso aconteça existem indicadores como
controle, organização e direção, os quais agregados e com recursos necessários
atingem estes objetivos no prazo esperado (SILVA, 2004).
No entanto, diante da realidade incerta enfrentada pelas empresas na política, na
economia e entre outros fatores, tornou-se inútil prever ações e decisões baseada
em probabilidades, por isso o planejamento se tornou algo necessário para manterse no mercado (DRUCKER, 1997, p. 17).
O planejamento é de suma importância para qualquer setor. É o que afirma Oliveira
(2005, p. 19), onde diz que toda atividade “não pode organizar-se e desenvolver-se
sem que haja planejamento e definição de objetivos a serem alcançados”.
Para Drucker (1999) apud Venturi e Lenzi (2003, p.249), o planejamento “é o
processo contínuo de, sistematicamente e com maior conhecimento possível do
futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos.” Pode-se entender por
planejamento o estabelecimento de “objetivos ou metas, determinando a melhor
maneira de atingi-las”. (MEGGINSON et al, 1998, p. 129).
31
Na atualidade as mudanças provocadas pelo mercado promovem rápidos impactos
em qualquer empresa, devido a este fato, profissionais estão sendo procurados com
a finalidade de buscar ações estratégicas que mantenham estas empresas no
mercado em que estão inseridas. Moura (1997, p. 11) descreve o contexto em que
as empresas estão inseridas:
As empresas se encontram em um contexto amplo de competição. Além
dos seus concorrentes diretos, elas ainda estão sujeitas às pressões de
novos concorrentes, novas empresas que passaram a atuar no mesmo
ramo de negócio, os fornecedores, os clientes e ainda as substituições aos
produtos que ofertam.
E neste contexto encontra-se o planejamento estratégico. Lacombe e Heilborn
(2003, p. 162) afirmam que o planejamento estratégico é efetuado pelos
responsáveis de mais alto nível da empresa, pois somente eles conseguem obter a
visão do todo e sistêmica da administração de algo facilitando assim verificar
influências tantos externas como internas.
Seguindo essa linha de raciocínio Lage e Milone (2000, p. 167), afirmam que:
O planejamento estratégico estabelece grandes eixos ou bases de
desenvolvimento [...]. É um processo destinado a determinar os objetivos
gerais do desenvolvimento, as políticas e as estratégias que nortearão os
aspectos referentes aos investimentos, ao uso e ao ordenamento dos
recursos utilizáveis para esse fim.
O planejamento possui várias etapas para que se obtenham melhores resultados e
se identifique os objetivos que se pretendem atingir. Autores dividem estas etapas
de maneiras diferentes, mas seguem a mesma linha de raciocínio. A primeira etapa
do planejamento estratégico segundo Silva (2004, p. 3), é:
A partir da análise ambiental, ou seja, análise externa e análise interna; e é
com base neste estudo, que o profissional irá identificar as oportunidades
existentes no mercado, as ameaças que podem comprometer o negócio e
o seu desempenho, e também as forças que são os pontos fortes da
organização e as fraquezas que são os indicadores negativos ou pontos
fracos, que são prejudiciais para a empresa .
Megginson et al (1998), define ainda as etapas básicas de um planejamento, que se
dividem em: a) Estabelecer Objetivos ou Metas, ou seja, o ponto onde se quer
chegar – pode ser em relação a lucratividade, porção do mercado, recrutamento de
pessoa, projetos a terminar em certa data, etc.; b) Identificar e Avaliar as Condições
que Afetam os Objetivos: esta, reconhece as variáveis que influenciam os objetivos,
como o poder de compra dos consumidores e concorrentes; e c) Desenvolver uma
32
Abordagem para Atingir os Objetivos: aqui se discutem aspectos relacionados a
responsabilidade para realização, ou seja, quem fará o quê, como, dentro de que
programação, e quais serão os resultados disso.
De forma mais abrangente, o cenário para o planejamento estratégico é a “previsão
da situação geral do ambiente externo e interno de uma empresa para determinada
época futura, feita, em geral, com a finalidade de formular um planejamento
estratégico.” (LACOMBE E HEIBORN, 2003, p. 163).
Petrocchi (1998, p. 31), tem duas definições de estratégia, uma delas é no âmbito
empresarial e outra na esfera militar; na primeira estratégia “é um conjunto
harmonioso e integrado de objetivos que são de importância fundamental para a
sobrevivência satisfatória e a longo prazo de uma organização”; na segunda “é a
aplicação de forças em larga escala contra o inimigo”.
O agrupamento destas duas definições na realidade empresarial, Petrocchi (1998, p.
31) afirma que estratégia “é a mobilização ordenada de todos os recursos da
organização, visando atingir objetivos a longo prazo ou de grande relevância”.
Por fim, quanto à estratégia Las Casas, (2000, p. 49), afirma que:
O pensar estratégico é um exercício mental que deve ser desenvolvido a
partir de uma base sólida de conhecimento tanto no mercado e seus
subgrupos como também das limitações dos recursos da riqueza. É um
trabalho de ordem prática e eminentemente técnica que auxilia os
administradores a aperfeiçoarem seu desempenho e dá coerência e
sentido para as atividades das organizações.
Em fim, pensar estratégico atribui obter conhecimento do mercado como um todo é
através dele que o desempenho da empresa é definido com dedicação e esforço.
Lacombe e Heiborn (2003, p. 164) afirmam que “os administradores suponham que
os produtos, clientes, mercados e tecnologias, de hoje continuem sendo os de
amanhã e que dediquem esforços e recursos para a defesa de ontem”.
Para Goeldner (2002, p. 337), “um bom planejamento [...] vai muito além de
esquemas para maximizar lucros, muito embora o desenvolvimento lucrativo traga
benefícios econômicos e sociais para a comunidade”. Somente com planejamento
que se conquistas uma empresa de qualidade.
33
Miranda (1994, p. 2) diz que qualidade “refere-se à adequação ao uso e ausência de
defeitos” No entanto a analise de qualidade vai muito além, isso requer
planejamento e metodologia do que se pretende mensurar esta qualidade. Tom
Peters (1991, p. 3) afirma que a palavra possui dupla definição, pois a qualidade de
fato no que diz respeito o “desempenho atingido é de acordo com suas próprias
especificações e a qualidade de percepção, esta última é relacionada como o cliente
a vê.
Verifica-se que qualidade está relacionada ao um cliente consumidor satisfeito.
Miranda (1994, p. 3) conceitua em outras palavras a qualidade como organizações
capazes:
Gerar produtos e serviços em condições de satisfazer as demandas dos
usuários finais – consumidores, sob todos os aspectos. A expressão do
“bom, bonito e barato” reflete honestamente essa necessidade. Essa é uma
exigência gerada muito mais pelas condições de competição no mercado
do que pela capacidade do consumidor de impor, ao conjunto da indústria
suas pretensões.
Moura (1991, p. 12) cita que a qualidade deriva do acirramento do mercado, o qual
cada vez mais apresenta uma exigência superior e assim se tornar competitiva,
desta forma deve-se considerar não apenas a concorrência direta, mas “todo o
contexto que está inserida.”
Dentro desta perspectiva o responsável por detectar o mercado precisa obter uma
visão sistêmica, visualizando ao mesmo tempo através de pesquisas as reais
necessidades dos seus consumidores, como também seu grau de satisfação
(MIRANDA, 1994, p. 5).
Sendo importante esta visão do todo, Moura (1991, p. 13), divide em duas vertentes.
Numa análise interna, um empreendimento de sistema de qualidade, a qualidade
pode ser percebida por meio da exposição do produto e:
Pelo tratamento da informação externa, do ambiente, do mercado, para
entendimento dos requisitos dos clientes e definição das características, dos
seus produtos e serviços. A outra vertente, a organização interna que permite
obter os produtos diferenciados de acordo com as expectativas dos clientes,
representa a organização de informação interna sobre a gestão processo e
produtos.
Dentro de todos os conceitos a qualidade determina sempre um olhar voltado ao
cliente satisfeito, onde ele é a força motriz para que se alcance o lucro desejado,
34
como também para se adquirir esta qualidade é necessário um planejamento, o qual
será o suporte de nortear objetivos que levam a determinação dos caminhos que se
pretende seguir. A delimitação do ambiente de um sistema é muito complexo,
principalmente quando se busca demarcar limites, mas de inserir o sistema num
contexto global. O próximo tema tem esta complexidade porque envolve variáveis
local para o resultado global, assim é o fenômeno do turismo, como define Beni
(2002).
2.5 Turismo
O Turismo é uma atividade econômica recente, mas que apresenta um crescimento
notório no mundo atual. Entre o século XIX e XX inúmeros conceitos de turismo
foram postos a prova pelo mundo, mas perderam sua força mediante a falta de
sustentação e pouca fundamentação. (OLIVEIRA, 2005, p. 35).
Conceitualmente pode-se definir turismo como sendo, na visão de Cooper (2003, p.
40), uma “ampla gama de indivíduos, empresas, organizações e lugares, que se
combinam de alguma forma para proporcionar uma experiência de viagem”.
Economicamente, o conceito poderia ser definido como “a soma total das despesas
turísticas dentro das fronteiras de uma nação ou subdivisão política, ou uma área em
torno de uma estrutura de transportes de estados ou nações contíguas". Goeldner
(2002, p. 23).
O mais antigo conceito ainda utilizado, segundo Herman Von Schullard (1910 apud
Oliveira, 2005, p.35) é que o turismo “é a soma das operações, especialmente as de
natureza econômicas diretamente relacionadas com a entrada, permanência e o
deslocamento de estrangeiros para dentro e para fora de um país, cidade ou região.”
Ainda segundo a visão de Oliveira (2005, p.36):
Dá-se o nome de turismo à atividade humana que é capaz de produzir
resultados de caráter econômico, financeiro, político, social e cultural
produzidos numa localidade, decorrentes do relacionamento entre os
visitantes com os locais visitados durante a presença temporária de pessoas
que se deslocam de seu local habitual de residência para outros, de forma
espontânea e sem fins lucrativos.
35
Para Goeldner (2002) o gradativo aumento da indústria do turismo em nível nacional
tem feito com que a sua importância econômica cresça no mesmo sentido. Desta
forma, é imprescindível um planejamento para que se estabeleça metas de
desenvolvimento e critérios para que este ocorra de maneira sustentável e
organizada.
No ano de 2007 houve uma entrada de quase 5 bilhões de dólares no Brasil devido
ao turismo, número recorde do setor de acordo com o Ministério do Turismo. Neste
mesmo ano o número de empregos gerados pelo setor aumentou 23,5% em relação
ao ano de 2006. Tais dados provam que investir em turismo no país pode se tornar
um negócio muito rentável.
Sendo um fenômeno que move aspectos econômicos, sociais, políticos, ambientais
e culturais destacando-se, assim, sua importância para o desenvolvimento. Oliveira
(2005, p. 45), diz que:
O turismo, que era para muitos uma atividade secundária, passou a recebe
atenção especial em razão de ser uma fonte geradora de receitas e a exigir
metódica e delicada manipulação, consolidando-se dentro do conceito de
“indústria normal”.
Em 1992 o Word Travel and Tourism Council – WTTC, divulgou as primeiras
informações sobre o impacto econômico do turismo e das viagens em todo o mundo.
Segundo o estudo o turismo é um dos setores mais geradores de empregos de
qualidade. (GOELDNER, 2002, p. 18).
Analisando estes dados verifica-se que o turismo internacional possui uma faixa no
mercado representativa, todavia o turismo nacional ainda prevalece como grande
destaque de gerador de capital desta atividade. Iniciativas devem ser estabelecidas
para que haja incentivo nestas viagens internas.
Para que o Brasil se constitua em um grande destino turístico mundial, é
necessário que ele consolide primeiro um turismo interno forte, de qualidade
e competitivo, depois um turismo intra-regional significativo para então poder
consagrar-se como um destino internacional (BENI, 2004, p.107).
Profissionais capacitados serão responsáveis em planejar o turismo brasileiro, pois
sua visão não deve ficar somente no mercado interno, mas acompanhar as
tendências e modelos de gestão externa. Beni (2004, p.195) complementa ao
36
escrever que o turismo no Brasil ainda “não deslanchou devido a falta de uma visão
sistêmica e holística e de pensamento estratégico, e também porque é preciso
desenvolver estratégias administrativas que utilizem tecnologia avançada...”.
Desta forma, com o intuito de planejar melhor o turismo a EMBRATUR promove o
país no exterior, o Ministério do Turismo se responsabiliza por qualificar o produto
turístico, a fim de torná-lo competitivo no mercado internacional. Além disso, um dos
papéis fundamentais do Ministério é a apresentação do Plano Nacional de Turismo
(PNT), que na realidade é formulado e avaliado pela Secretaria Nacional de Políticas
de Turismo, também pertencente ao Ministério.
Conforme a EMBRATUR (2007) a principal premissa do PNT 2007/2010 é a de
implementar uma gestão descentralizada do turismo, fazendo com que haja uma
aproximação entre os níveis federal, estadual e municipal, como também a
realização de parcerias com a iniciativa privada. Neste aspecto foram estabelecidas
quatro metas principais, sendo elas:

Promover a realização de 217 milhões de viagens no mercado interno;

Criar condições para gerar 1.700.000 novos empregos e ocupações;

Qualificar 65 municípios para o mercado internacional;

Gerar 7,7 bilhões de dólares em divisas.
Desta forma, torna-se evidente que a estruturação do turismo no setor público é de
vital importância para que o sistema de turismo como um todo opere de maneira
satisfatória e atinja os resultados esperados. Beni (2002, p. 125) afirma que:
É ficção pensar que o governo não tem papel algum a desempenhar em
turismo. Pelo contrário, ele é e continuará sendo a ‘mão oculta’ que dirige a
política da área, ao mesmo tempo em que assegura que os serviços
turísticos que mais satisfazem os visitantes estrangeiros sejam oferecidos
pelos mais capacitados a fornecê-los.
Pode-ser verificar a ligação entre os demais itens fundamentados de planejamento,
administração, gestão pública e turismo. E dentro do setor público são necessários
profissionais com comprometimento e com política bem definida para que através do
37
planejamento se consiga uma administração eficaz e atendas os objetivos
propostos.
Contudo, é interessante ressaltar que o crescimento da atividade turística está
intimamente relacionado com a infra-estrutura existente em determinada destinação.
Por isso, deve haver serviços públicos adequados, como de saúde, saneamento,
energia elétrica, segurança, informação e comunicações. (IGNARRA, 2003).
Para Beni (2002) os impactos causados pelo turismo são de grande intensidade,
podendo ser positivos ou negativos, para isto é necessário que as políticas públicas
de
gestão
esteja
aptas,
capacitadas
e
interessadas
em
acatar
essa
responsabilidade.
O conhecimento profundo e detalhado de uma região atrai conseqüentemente
investimentos públicos e privados, mas o uso correto desses recursos certamente
resultará em desenvolvimento local e regional. Entretanto, os impactos que podem
ser causados pelo mau uso dos mesmos recursos podem acarretar danos
irreversíveis ao destino, prejudicando o desenvolvimento e gerando problemas
sociais.
A descentralização do poder também auxilia no processo de competitividade
turística. O ideal, segundo Wanhill (1997), é que todas as decisões relacionadas
direta ou indiretamente no desenvolvimento do turismo, deveriam ser aprovadas pelo
público interessado, ou stakeholders. Entende-se por stakeholders: o governo,
órgãos paraestatais, ONG’s, setor privado, comunidade anfitriã e representantes dos
visitantes.
Paralela com a competitividade a sustentabilidade é outro fator de desempenho de
competitividade. É essencial, portanto que as políticas públicas de turismo usem os
recursos para planejar a atividade turística de forma coerente e eficaz, em busca do
desenvolvimento local sustentável. (BEZERRA, 2003).
O desenvolvimento sustentável de uma região só é eficaz e alcançado quando as
mudanças positivas beneficiem os stakeholders. Segundo a Organização Mundial do
Turismo essas mudanças “asseguram uma melhora na qualidade de vida da
comunidade receptora, promove uma experiência de alta qualidade para o visitante
38
e mantém as qualidades ambientais, sociais e culturais tanto para a comunidade
quanto para o visitante”. (OMT, 2002, p. 235).
Para se obter um bom planejamento no Turismo é necessário conhecer tanto a
demanda como a oferta. Pode-se classificar oferta turística segundo Lage e Milone
(2000, p.27), como:
Todos os produtos que são colocados à disposição dos viajantes pelas
várias empresas que atuam na área. Logo, número de assentos de um
avião, unidade habitacional de um hotel, as mesas dos restaurantes, as
cabines de um navio, os diferentes pacotes turísticos, pacotes turísticos de
agencias de turismo, o número de carros para aluguel, as diversas opções
de compras e muitos outros exemplos de bens e serviços que são
produzidos pelos estudantes para venda.
A oferta turística é composta por tudo aquilo que uma cidade ou região tem a
oferecer à seus turistas. Portanto “quanto mais capacidade tiver para produzir
atividades que ocupem o tempo livre dos turistas, mais lucros a localidade irá
auferir”. (OLIVEIRA, 2002, p. 66).
No que diz respeito a demanda turística, Oliveira (2002, p.67), prefere utilizar outro
termo, denominado procura turística, que “constitui-se nos próprios turistas, que se
deslocam em busca de locais e produtos a serem consumidos [...] que podem ser
nacionais ou internacionais”.
Assim o turismo tem como principal característica ser um fenômeno de massa, que
deve ser compreendido a partir da história da humanidade. Essa análise permite um
melhor embasamento teórico que possibilite repensar qual a melhor forma de
desenvolvimento turístico que deve ser incentivado, assim como identificar a
tipologia do turismo, conforme as características que apresenta tais fenômenos..
2.6 Tipologia do Turismo
Pretende-se responder à questão de por quê há diferentes tipos de preferências
turistas, como descreve Nash (1994) sobre a diversidade turística, pois é através
dela é que pode-se entender com clareza os processos turísticos, assim como novas
formas de turismo à margem das produzidas pela indústria turística, pois gira em
39
torno de um conceito social na busca da rentabilidade econômica e política. Desta
forma alguns tipos são mostrados a seguir:
a) O Turismo de Lazer
É tipo de turismo que pode ser realizado em qualquer lugar a qualquer tempo, sem
prévias intenções ou pretensões. Trata-se de um público que pretende se fixar em
um único destino, portanto mudam diversas vezes de local a procura de novas
paisagens, novas atrações, tudo isso na mesma viagem. O Turismo de Lazer
demanda infra-estrutura, tais como: estradas, bons hotéis, divertimento, enfim, todos
os serviços que agregam valor a uma viagem, desde que sejam bem trabalhados e
planejados, tanto por parte do turista como por parte da equipe de serviços,
independente do tempo que estadia. (OLIVEIRA, 2002).
b) Turismo de Eventos e Negócios
O turismo de eventos e negócios tem sido um dos mais representativos segmentos
no Brasil. De acordo com a ABEOC (Associação Brasileira de Empresa de Eventos)
(2007), “a estimativa de crescimento para o setor de turismo de negócios e eventos
no Brasil é de 7% a 10% em 2008”. De acordo com a ABAV (Associação Brasileira
de Agencias de Viagens) (2007), esta colocação do Brasil se deveu ao fato de que:
Temos uma política que apóia as cidades brasileiras a disputar de igual
para igual a candidatura de um evento internacional; o Brasil alia infraestrutura qualificada e oferta turística diversificada; há uma maior
profissionalização da iniciativa privada, por meio dos Convention & Visitors
Bureaux e demais entidades do segmento.
Dentro dos órgãos públicos também existe a captação de eventos, os quais auxiliam
em diminuir o efeito da sazonalidade. No Brasil, atualmente, estão captando eventos
internacionais, os quais além promoverem a divulgação do país estimulam a
melhoria da infra-estrutura tanto pelos órgãos públicos como privados. (MATIAS,
2004).
No Brasil, a captação de eventos é trabalhada tanto em nível federal, estadual como
municipal. Como exemplo, tem-se a realização do Pan Americano em 2007 que
proporcionou uma imagem positiva em nível nacional como internacional, além de
mostrar a capacidade do país em organizar eventos de grande porte. Este fato levou
40
a concretização da captação do evento Copa do Mundo de Futebol em 2014. (G1,
2009).
No que se refere aos eventos internacionais, em 2007, de acordo com dados do site
do Ministério do Turismo (2007) foi responsável por 28,1% do total de entrada de
turistas estrangeiros no país. Esta expansão pode ser confirmada com a 7ª posição
do país em 2006 no ranking que indica os países que mais recebem eventos no
mundo. (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2007).
É considerado o turismo mais disputado entre os países, pois representa consumo
em massa de produtos e serviços do Turismo. Demanda investimento em infraestrutura, pois recebe turistas de diversos países, que necessitam hospedagem,
alimentação de qualidade, equipamentos audiovisuais, centro de convenções e
também atrações de lazer recreação. (OLIVEIRA, 2002).
Oliveira (2002, p.90), também conceitua o Turismo de Negócios como sendo o
turismo “praticado por executivos que viajam para participar de reuniões com seus
pares, para visitar os fornecedores dos produtos que comercializam e fechar
negócios”. Um dos públicos mais exigentes, e que são de vital importância para o
Turismo, pois não escolhem estações do ano para suas viagens e atraem para si,
serviços diferenciados como, intérpretes, motoristas, tradutores, todos esses
serviços são somados e geram receita para local. (OLIVEIRA, 2002).
c) Turismo Cultural
A cultura esteve presente em toda a evolução do homem, devido ao fato de que
estão intimamente ligados a ela valores, crenças e costumes. O turismo cultural
procura resgatar esses valores e garantir sua preservação, com isso a atividade
turística ajuda em sua efetivação. Pellegrini (1993,p.33) diz que:
Se consideram bens culturais os bens móveis de grande importância no
patrimônio cultural de cada país, tais como as obras de arte e de
arquitetura, os manuscritos, os documentos etnológicos os espécimes-tipos
da flora e da fauna, as coleções científicas a e as coleções importantes de
livros e arquivos, incluindo os arquivos musicais.
Dessa forma, o Turismo Cultural vem contribuir com a manutenção da cultura, isso
faz com que a população local, após saber sua importância, devido ao interesse
dos turistas, preserve sua própria memória.
41
Entretanto há desvantagens no Turismo Cultural, contrapondo o que afirma
Pellegrini (1993, p. 33), a globalização permitiu o acesso a povos antes,
incomunicáveis. Porém, ocorreu uma descaracterização de povos, devido é claro ao
interesse em conhecer novos costumes. Dias (2003, p.87) afirma que:
A globalização parece ser irreversível que envolve a todos, que afeta
negativamente a muitos, mas também oferece muitas atividades e grupos
sociais. Apresenta-se destruindo e reconstruindo formas de identidade
cultural, estimulando uma cultura de consumo por todo o planeta,
constituindo-se num processo que tem múltiplos aspectos que muitas vezes
se contradizem: globalização X regionalização [...].
O principal objetivo do Turismo Cultural é justamente a busca por novos
conhecimentos que possivelmente agregariam valor a profissionais, estudantes,
cientistas, pesquisadores, arqueólogos e demais pessoas interessadas em conhecer
outras culturas. O Turismo Cultural é de vital importância, pois, atrações culturais de
uma determinada região podem ser os únicos motivos para serem visitados. O Egito
é um grande exemplo dessa afirmação. (OLIVEIRA, 2002).
d) Turismo de Aventura
Trata-se do Turismo praticado por pessoas que raramente contentam-se com
atrações comuns que grande parte das pessoas estão acostumadas a freqüentar. O
turista de aventura procura atrações que normalmente estão em locais com difícil de
acesso, perigosos e com alto índice de adrenalina. Buscam esportes como o rafting,
escalada, rapel, vulcões, tempestades e pagam valores expressivos para realizarem
o desafio. (OLIVEIRA, 2002).
e) Turismo da Terceira Idade
A prática do Turismo da Terceira idade vem se intensificando nos últimos anos,
devido ao elevando e crescente índice de pessoas com mais de sessenta anos em
todo o mundo. Essa idade é definida cronologicamente pela OMS (Organização
Mundial da Saúde) para países em desenvolvimento. No caso dos países
considerados desenvolvidos a idade para considerar uma pessoa idosa se amplia
para sessenta e cinco anos. (OMS, 2009).
Para Oliveira (2002, p.87):
42
Em virtude da qualidade de vida dos países desenvolvidos, as pessoas
estão alcançando idades cada vez mais avançadas. Os idosos, agora com
mais vigor físico, estão viajando com mais freqüência. Em geral, esse tipo
de turista é atraído por locais seguros, com belas paisagens e que não
exigem muito esforço físico.
f) Turismo Ecológico e Turismo Rural
Não se pode confundir Turismo Ecológico com Turismo Rural, ambos estão
diretamente ligado, mas o que leva uma pessoa a prática de um ou de outro são
distintas. Para Pellegrini (200, p.83), o Turismo Ecológico é um:
[...] turismo que consiste em viajar para áreas naturais não degradas ou não
poluídas, com o objetivo específico de estudar, admirar e fruir a paisagem e
suas plantas e animais, tanto quanto manifestações culturais (do passado e
do presente) encontradas nessas áreas. Nesses termos, o turismo orientado
para a natureza implica uma colocação científica, estética ou filosófica para
cientistas, artistas ou filósofos profissionais. O ponto principal é que a pessoa
que pratica o ecoturismo tem a oportunidade de mergulhar na natureza de
uma maneira normalmente não possível no meio ambiente urbano.
Não se sabe exatamente quando começou o Turismo Ecológico, mas “é um tipo de
turismo recém criado, mas que se desenvolveu com força pelo mundo inteiro. [...], é
praticado de diversas formas: caminhadas por trilhas, bosques, florestas, passeio em
animais, [...], safáris fotográficos, mergulhos em águas claras...”. (OLIVEIRA, 2002,
p. 85).
No que diz respeito ao Turismo Rural foi a partir de 1985 que esse tipo de turismo
começou a criar forças no Brasil. Entretanto países como os Estados Unidos já
vivenciam atividades ligadas ao Turismo Rural nas propriedades particulares em
locais distantes da vida urbana. Os turistas eram acomodados em ranchos, que no
começo da atividade não oferecia nenhum tipo de conforto, mas levava o turista para
passeios, pescarias, caças e a vida no campo. (OLIVEIRA, 2005).
Segundo Oliveira (2002, p. 87), Turismo Rural “é praticado em áreas rurais
(fazendas, sítios ou chácaras) para proporcionar aos visitantes a oportunidade de
participar das atividades próprias da zona rural, como: andar a cavalo, ordenhar
vacas, passear de carroça, tomar banho de rio, etc.”. Antes ainda de o Brasil
começar a investir no Turismo Rural a Argentina já dava seus primeiros passos
organizando expedições para Patagônia levando pescadores e caçadores
oferecendo à eles conforto e infra-estrutura. (OLIVEIRA, 2005).
43
2.7 Indicadores de desenvolvimento para o turismo
O investimento em desenvolvimento turístico com foco exclusivo na população
visitante só é justificado quando este resulta em benefícios, não diretamente ligados
ao turismo, mas, o que se entende como ideal, é o desenvolvimento daquilo que
beneficiem a todos, como saneamento, estradas, estacionamentos, aeroportos,
saúde, segurança, transporte, etc. Beni (2002) apresenta em seu modelo de Sistema
Turístico – SISTUR as mesmas preocupações retratadas aqui pelos indicadores.
Para que as políticas de desenvolvimento turístico sejam condizentes com os
objetivos de competitividade, é preciso envolver três diferentes seguimentos que são
correlacionados: o desenvolvimento no âmbito social, no econômico e no ambiental.
Estes aspectos para uma melhor compreensão foram subdivididos em cinco itens a
fim de medir o índice de competitividade de uma região: infra-estrutura, turismo,
políticas públicas, economia e sustentabilidade. (MINISTÉRIO DO TURISMO, FGV,
SEBRAE, 2008).
2.7.1 Infra–estrutura
A infra–estrutura está ligada a oferta turística e conforme a FGV, SEBRAE, Min.
TURISMO (2008) está dividida em dois subitens, a infra-estrutura geral e acesso,
que por sua vez também se subdividem. Conforme ilustra o quadro 1.
Quadro 1: Infra-estrutura
Fonte: Estudo de Competitividade, 2008
44
2.7.1.1. Infra-Estrutura Geral
Quanto à infra-estrutura geral é avaliada a capacidade que uma região tem de atrair
negócios e pessoas, de modo que isso ocorra de modo respeitando as premissas da
sustentabilidade. Quanto mais estruturada for a região, mais atrativa ela se torna.
Por conseqüência atrai investimentos que geram crescimento e desenvolvimento.
Entretanto, esse desenvolvimento tem que atender as necessidades da população
local, bem como, o da população que chega por intermédio da atividade turística.
Alguns aspectos são fundamentais na infra-estrutura geral, são tidos como
indispensáveis e emergenciais, são eles: a) saúde pública; b) energia, comunicação
e facilidades financeiras; c) segurança pública; e d) urbanização.
No que diz respeito à variável saúde pública, um dos itens analisados é a
expectativa de vida da população. Quanto maior o índice de, ou seja, quanto mais as
pessoas vivem nessa região, melhor é a expectativa de vida. Aliado a isso está a
disponibilidade de atendimento médico-ambulatorial, onde se destacam o número de
leitos, postos de atendimento, vacinação e distancia dentro da região para
atendimento médico.
Outro aspecto de extrema importância é o destino dado ao lixo gerado pela
população local. Ou seja, se há aterro sanitário adequado para que não haja
contaminação do lençol freático, bem como, de todo eco sistema local. O tratamento
para lixo hospitalar também merece atenção devido a grande facilidade de
transmissão de doenças.
A variável energia, comunicação e facilidades financeiras está relacionada ao
fornecimento de energia elétrica às residências, a quantidade de energia consumida
por pessoa anualmente. A disponibilidade de agências dos Correios e estrutura dada
pela região no âmbito de aceitação de cartões de crédito internacionais, bancos e
caixas eletrônicos disponíveis também é fundamental.
Na segurança-pública é levado em consideração o número de homicídios e o efetivo
policial disponível, levando em consideração a população local. É considerado,
também, a disponibilidade de grupamentos de atendimento como resgate, defesa
civil, delegacias de policia civil e órgãos de proteção ao consumidor.
45
E por fim a urbanização que é composta pela análise das condições das placas de
sinalização, indicadores de ruas e lixeiras. Bem como, a manutenção e a existência
de bueiros e elementos de drenagem para pluvial.
2.7.1.2 Acesso
Segundo a FGV, SEBRAE, Min. TURISMO (2008), a infra-estrutura de acesso é um
dos itens mais importantes para o turismo. O acesso pode influenciar na decisão do
turista em visitar uma região, devido as três etapas em que o turista necessita dos
acessos, são eles: na saída e retorno de uma viagem, entre o primeiro e os demais
destinos visitados e deslocamento interno na região onde está.
Quanto a competitividade dos destinos turísticos o acesso foi subdividido em: a)
transporte aéreo, b) acesso rodoviários, c) outros tipos de acesso (aquaviário e
ferroviário), d) sistema de transporte no destino.
Quanto ao transporte aéreo não se resume a existência de aeroportos na região. O
que se leva em consideração é a estrutura do local, a disponibilidade linhas aéreas,
serviços de atendimento ao turista, distância da cidade, locadoras de veículos,
serviços de ouvidoria e serviços bancários.
Há, porém, destinos cujo acesso principal é por rodovias. A análise realizada neste
item é semelhante a análise realizada no transporte aéreo. É levando em
consideração a estrutura fornecida como lojas, pavimentação da pista, sanitários,
facilidades em atender portadores de necessidades especiais, bem como os
serviços bancários e de suporte a língua estrangeira.
Considerando que alguns destinos possuem o transporte ferroviário e aquaviário
como meio de acesso, o estudo analisou, quando relevante, aspectos de segurança
e infra-estrutura dos terminais e estações, bem como, dos vagões e embarcações.
Em relação ao sistema de transporte no destino, foi analisada a qualidade e a
disponibilidade dos serviços de transporte no destino, como ônibus convencional e
executivo, van, taxi e outros. Também é levando em consideração a distância dos
terminais rodoviários, e aeroportos da zona urbana.
46
2.7.2 Turismo
Para a FGV, SEBRAE, Min. TURISMO (2008), o foco principal do estudo de
competitividade é o turismo, para tanto foi feito um levantamento das condições dos
aspectos ligados ao turismo que foram divididas em três variáveis. A primeira é os
Serviços e Equipamentos Turísticos, seguido por Atrativos Turísticos e por último
marketing.
Quadro 2: Turismo
Fonte: Estudo de Competitividade, 2008
2.7.2.1 Serviços e Equipamentos Turísticos
Nos últimos anos tem se levado em consideração a forma como os serviços são
prestados no turismo, a capacidade de satisfazer o turista é o objetivo da iniciativa
privada. Mas para isso é preciso o amparo dos governos em proporcionar a infraestrutura básica e sua manutenção eficiente.
Quanto a iniciativa privada, ou seja, os bares, restaurantes, atrações construídas,
comércio e etc. A qualidade dos serviços prestados por estas categorias podem
influenciar na competitividade do destino. Não se pode deixar de lado a diferença
que as pessoas fazem nestas circunstâncias, sobretudo as que ficam diretamente
em contato com o turista. Para isso, é fundamental que haja investimento na
formação, capacitação e treinamento de pessoas com foco em qualidade.
A análise realizada levou em consideração alguns aspectos que, também, direta ou
indiretamente influenciam na competitividade, estes ligados a Serviços e
Equipamentos Turísticos: a) sinalização turística; b) centro de atendimento ao turista;
47
c) espaço para eventos; d) capacidade dos meios de hospedagem; e) capacidade do
turismo receptivo; f) qualidade profissional e g) restaurantes.
Quanto à sinalização é constatada a disponibilização de placas de informações
turísticas nos padrões definidos pelo Ministério do Turismo, bem como, seu
conteúdo. Também a sinalização para usuários que utilizam transporte público.
Nos centros de atendimento ao turista foram analisadas a localização, e formação e
capacitação dos funcionários como idiomas e a disponibilização de mapas locais.
Uma das forças do turismo na atualidade é o turismo de eventos, para tanto é
necessário a existência de espaços para eventos, este é outro aspecto avaliado na
competitividade de um destino turístico.
Quanto aos meios de hospedagem, foi avaliada a qualidade dos serviços prestados
por grupos internacionais de redes hoteleiras no destino. É analisado, dentre outros
aspectos o cumprimento da lei de acessibilidade, o luxo, acesso do hóspede a
internet, reservas on line.
A capacidade do turismo receptivo foi avaliada na disponibilidade de city tour,
passeios para destinos do entorno, transfer e visitas guiadas.
Na variável qualificação profissional foi analisada a existência de instituições de
ensino, a existência de cursos e treinamentos ligados ao turismo.
E por último foi avaliado os restaurantes como foco nos proprietários e funcionários
no que diz respeito a manipulação de alimentos e higienização na preparação dos
alimentos.
2.7.2.2 Atrativos Turísticos
As atrações turísticas de um destino estão fortemente associadas ao turismo de
lazer, sendo muitas vezes motivação para se conhecer um local. Em alguns casos a
única razão de alguém visitar um destino pode ser uma atração turística.
Podem ser atrativos naturais, ou seja, elementos da natureza que passa a receber
fluxo de visitações ou qualquer local que desperte apreciação ou interesse por parte
dos turistas. Os atrativos culturais são os elementos da cultura local utilizados para
48
fins turísticos. Podem ser materiais ou imateriais (artesanato, gastronomia, etc.),
peças pré-históricas ou atuais.
Eventos programados também podem fazer parte das atrações turísticas. São
eventos que tratam de assuntos de interesse comum, negócios, comerciais,
científicos, político, religioso, etc. Esse tipo de evento acaba por atrair pessoas que
utilizam dos serviços prestados. Portanto, os atrativos também é um critério de
avaliação da competitividade.
2.7.2.3 Marketing
Nas próximas décadas, há previsões que afirmam que o turismo será minimizado
devido a fatores globais, para tanto o Marketing tem e terá a responsabilidade de
atrair público potencial aos destinos turísticos. Bem como, na persuasão do turista,
pois, este turista por ter conhecido outros destinos, terá um olhar crítico, podendo
retornar ao local, indicar à terceiros, ou simplesmente ignorar o destino.
Para isso o estudo contou com quatro variáveis a fim de definir pontos fundamentais
no marketing, para medir o índice de competitividade de um destino. São eles: a)
planejamento de marketing; b) participação em feiras e eventos; c) material
promocional; d) sitio de destino na internet (web site).
O planejamento de marketing teve como base de pesquisa a mensuração do tempo
de duração do planejamento, acompanhamento formal por parte dos gestores e a
definição dos indicadores de desempenho. Procurou-se também conhecer as
parcerias realizadas entre a iniciativa privada e a pública, como as pesquisas de
demanda turística (operadoras e agências). E a disponibilidade de recursos do
orçamento municipal para investimento no setor.
Foi avaliada, também, a participação do destino em feiras e eventos que
potencializam o turismo na região. Procurou-se identificar se o destino turístico
realiza eventos locais a fim de atrair visitantes.
Quanto aos materiais promocionais, estudou-se a veracidade das informações
contidas nos materiais, bem como, se a escrita estava correta, inclusive nos idiomas
estrangeiros. Os materiais analisados foram panfletos, CDs, DVDs, brindes diversos
e mapas impressos pela municipalidade.
49
Os espaços on-line também foram avaliados para constatar a disponibilização de
informações turísticas, a atualização do site e disponibilização de idioma estrangeiro
para consultas e acessos. Constatou-se, também, a existência de alertas
combatendo a exploração sexual infantil e se há informações sobre os municípios
que o agregam.
2.7.3 Políticas Públicas
As políticas públicas para o turismo são elaboradas em várias esferas do governo
federal, estadual, municipal, regional ou internacional. Fazendo com que haja
incompatibilidade de idéias e de planejamentos. O estudo afirma que o turismo não
alcançará sua excelência caso fique isoladamente com o governo ou isoladamente
com o setor privado. Pois cada um prioriza suas funções e responsabilidades. O
desenvolvimento ocorre apenas quando há a integração de todos os interessados e
envolvidos. O objetivo é satisfazer os visitantes e proporcionar conforto aos locais,
sempre respeitando os limites naturais de preservação e a cultura local.
Para fins de pesquisa a FGV, SEBRAE, Min. TURISMO (2008) subdividiu a Política
Pública em três variáveis: política pública, cooperação regional e monitoramento.
Quadro 3: Políticas Públicas
Fonte: Estudo de Competitividade, 2008
2.7.3.1 Política Pública
Desta forma, foram avaliadas as seguintes variáveis a fim de mensurar a
competitividade na dimensão Política Pública. a) Estrutura municipal para apoio ao
turismo, b) grau de cooperação com o governo federal, c) grau de cooperação com o
governo estadual e d) planejamento.
a) Estrutura municipal para apoio ao turismo
50
Quanto a estrutura municipal para apoio ao turismo, foi verificado a existência de
secretaria própria, bem como, sua interação com outras secretarias. Para detalhar a
situação da estrutura municipal para turismo, foi analisado as seguintes variáveis:
infra-estrutura-geral, acesso, infra-estrutura-turística, atratividade turística, marketing
e promoção do destino, políticas públicas, cooperação regional, monitoramento,
atividades econômicas, capacidade empresarial, aspectos sociais, ambientais e
econômicos e qualificação profissional.
b) Grau de cooperação com governo estadual
Foi avaliado a participação dos municípios em fóruns estaduais de turismo e
eventuais investimentos recebidos do governo estadual, podendo ser para o
município ou para a região.
c) Grau de cooperação com o Governo Federal
Foi avaliado a participação em projetos do Ministério do Turismo, e eventuais
investimentos recebidos do Governo Federal para o município ou região. Bem como,
a participação em programas de incentivo ao setor turístico disponibilizado à todos
os destinos estudados.
d) Planejamento
Quanto ao planejamento foi analisado a existência de um Plano Diretor Municipal
(PDM). E em caso de haver efetivamente um PDM aprovado ou em execução se o
mesmo contemplava o setor turístico, e suas publicações.
2.7.3.2 Cooperação regional
A cooperação regional vem facilitar o desenvolvimento do turismo em regiões
próximas que estão saturadas ou sua estrutura já não comporta o fluxo de visitantes.
Com essa cooperação é possível abrir novos caminhos para o desenvolvimento,
sem eliminar os que já existem.
As seguintes características foram analisadas neste aspecto: a) governança, b)
projetos de cooperação regional, c) planejamento, d) roteirização, e) produção e
apoio a comercialização.
51
A governança diz respeito a existência, nas políticas de desenvolvimento, de gestão,
responsabilidade, transparência e legalidade do setor público. Os projetos de
cooperação regional compreendem a existência de eventos, reuniões, seminários a
fim de elevar o desenvolvimento turístico de municípios próximos. Já a roteirização
trata-ser do fornecimento de informações claras e precisas aos turistas, com
aspectos locais e regionais, bem como, a participação do governo, agencias de
turismo ou operadoras nacionais ou internacionais, terceiro setor e outros na
elaboração deste roteiro. Havendo de forma integrada a comercialização e a
promoção, ocasionam um fluxo de visitantes, mas apara isto se necessita da
cooperação do setor público e privado.
2.7.3.3 Monitoramento
Havendo um plano de desenvolvimento, é necessário a existência de um
monitoramento, para que não ocorra falhas, nem mudanças não planejadas. Para
que haja maior controle das atividades ligadas ao monitoramento, foram criadas as
seguintes variáveis: a) pesquisa de demanda, b) pesquisa de oferta, c) sistema de
estatísticas do turismo, d) medição dos impactos da atividade turística, e) setor
especifico de estudo e pesquisa no destino.
Na pesquisa de demanda é possível constatar o grau de satisfação do turista em
relação aos aspectos turísticos, essas informações são fundamentais para o
desenvolvimento turístico. Constatou-se também, a periodicidade em que são
aplicadas as pesquisas de demanda na região.
Quanto a pesquisa de oferta o município pode conhecer sua oferta turística,
podendo dessa forma planejar o desenvolvimento do setor, gerando qualidade nos
serviços de turismo. Foi analisado juntamente com esta variável a disponibilização
dos resultados ao público. A variável estatística do turismo permite aos agentes de
turismo uma melhor tomada de decisão, devido ao conhecimento da realidade do
setor turístico. Com isso é possível a criação de um inventário técnico, possibilitando
futuras consultas.
Um dos temas mais importantes do setor de turismo é o impacto causado pelo
turismo nas regiões em que há fluxo de pessoas não residentes. Para isto o estudo
analisou a existência nos municípios do monitoramento dos setores de economia,
52
social, ambiental e cultural, a fim de medir este impacto. E por último, a criação de
um setor específico de estudos e pesquisas no destino com profissionais
capacitados em fornecer informações concretas sobre o setor.
2.7.4 Economia
Quadro 4: Economia
Fonte: Estudo de Competitividade, 2008
2.7.4.1 Economia Local
Segundo a FGV, SEBRAE, Min. TURISMO (2008) o turismo representa de maneira
direta, indireta ou induzida participação na economia dos destinos. Isto porque cada
gasto realizado pelo turista é repassado em forma de tributação à economia local.
Para medir estes aspectos, o estudo dividiu o item nas seguintes variáveis: a)
participação do setor privado na economia local, b) infra-estrutura de comunicação,
c) infra-estrutura de negócios, d) empreendimentos ou eventos alavancadores.
Na variável participação do setor privado na economia local, apurou-se qual o
impacto causado pela iniciativa privada no PIB local. Quanto maior a participação,
mais arrecadação, mais investimentos no município. Quanto a infra-estrutura de
comunicação, é de abrangência internacional, que os meios de pagamento
eletrônico e o acesso a comunicação são vitais para o turismo, para tanto foi
analisado a existência dos mesmos nos destinos.
Na infra-estrutura de negócios, o estudo procurou analisar a constatar a existência
de condições para a manutenção da atividade turística. Estas condições podem ser
dividas em incentivos fiscais, linhas específicas de financiamento bancários, dentre
outras. A variável empreendimentos ou eventos alavancadores diz respeito a
existência de condições fundamentais para sustentar e desenvolver o turismo. Foi
constatada, também, a capacidade do destino de receber eventos como Convention
& Visitors Bureau. E a disponibilização de espaços para eventos de pequeno, médio
e grande porte.
53
2.7.4.2 Capacidade Empresarial
A capacidade empresarial dos destinos estudados, foi subdividida nas seguinte
variáveis para melhor compreensão: a) qualificação profissional para o trabalho, b)
presença de grupos nacionais e internacionais no setor de turismo, c) concorrência e
barreiras de entrada, d) numero de empresas de grande porte, filiais ou subsidiárias.
No que diz respeito à variável qualificação profissional, o estudo fez um
levantamento das condições de ensino em cada destino, bem como, o número de
instituições de ensino superior, técnico e universidades. Foi pesquisado também, a
existência de escolas de idiomas e aproveitamento da força de trabalho local em
nível de hierarquia. Quanto a presença de grupos nacionais e internacionais de
turismo foi pesquisado se havia a presença dos mesmos em hotéis e locadoras de
veículos.
Em relação à variável a concorrência e barreira de entrada, foi pesquisado o nível de
concorrência dos serviços de turismo, bem como, a existência de arranjos produtivos
locais (APLs). Em relação as barreiras de entradas foi pesquisado quanto a falta de
terrenos, regularização fundiária, escassez de pessoal, etc. E por fim, a variável que
estuda a presença de empresas de grande porte ou filiais no destino. Estas
empresas têm a capacidade de atrair desenvolvimento e investimento para a região.
2.7.5 Sustentabilidade
Quadro 5: Sustentabilidade
Fonte: Estudo de Competitividade, 2008
A FGV, SEBRAE, Min. TURISMO (2008) subdividiram a sustentabilidade em três
dimensões com suas respectivas variáveis. A primeira é referente aos aspectos
54
sociais, a segunda variável é referente aos aspectos ambientais e por ultimo os
aspectos culturais.
2.7.5.1 Aspectos Sociais
O Turismo diferentemente da indústria extrativista, tem a capacidade de incentivar
outros ramos de mercado. Além dos benefícios econômicos provenientes dos que
visitam o destino, o turismo pode gerar também benefícios nos aspectos ambientais,
culturais e sociais. Pode entender como benefícios sociais os que estão atrelados as
seguintes variáveis: a) educação, b) empregos gerados pelo turismo, c) política de
enfrentamento e prevenção à exploração sexual infanto-juvenil, d) uso de atrativos e
equipamentos turísticos pela população, e) cidadania.
Na variável educação é pesquisado se a população está recebendo formação
adequada para suprir vagas diretas e indiretas de emprego geradas pelo turismo no
local. Para estes dados foi utilizado fonte secundária do Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Para o
destino, também foi aplicado pesquisa para levantamento de freqüência escolar e
cursos técnicos e profissionalizantes de turismo. Quanto a variável emprego gerado
pelo turismo foi pesquisado o impacto do turismo no índice de desempregos locais.
Bem como, a capacidade empregadora do turismo e assuntos atribuídos ao
emprego como capacitação, noções de higiene, alfabetização, idiomas e outros.
A variável seguinte é referente a política de enfrentamento e prevenção à exploração
sexual infanto-juvenil, pois o turismo sexual, utiliza atividades ilegais não
contribuindo com nada com o desenvolvimento local, e ainda contribui para tornar o
destino insustentável. Havendo a política de combate foi analisado o conteúdo desta
política e o apoio a temas relacionados. E por fim, foi examinado dados dos últimos
três anos referente a exploração sexual infantil e suas categorizações.
Quando a população aceita a atividade turística e pode desfrutá-la, o turismo tornase mais aceito no local. Nesta variável procurou-se constatar a real utilização da
população destes recursos, sejam naturais, artificiais, científicos, etc. E por fim a
variável cidadania tem como premissa.
2.7.5.2 Aspectos ambientais
55
Basicamente os olhos do mundo, estão se voltando para as questões ambientais
devido a sua grande importância. É explicito a cobrança por parte de entidades de
representatividade mundial que não aceitam o desenvolvimento com prejuízos a
natureza é o caso das ONG’s. É certo que isso é uma reação em cadeia, pois se o
consumidor exige garantias de que determinado produto não fere o meio ambiente,
logo este fornecedor também repassará essa cobrança aos seus fornecedores de
insumos.
Alguns fatores definidos pela Organização Mundial do Turismo como barreiras na
preservação ambiental são observáveis no Brasil, como valor insuficiente de
recursos para preservação, insuficiência de recursos para infra-estrutura básica e
insuficiência de recursos para o setor de turismo.
Para avaliar os destinos nos aspectos ambientais a pesquisa definiu as seguintes
variáveis: a) código ambiental municipal, b) atividades em curso potencialmente
poluidoras, c) rede pública de distribuição de água, d) rede pública de coleta e
tratamento de esgoto, e) destinação pública de resíduos, f) unidades de
conservação no território municipal.
O código ambiental municipal atuante em um município demonstra o grau de
maturidade do mesmo quanto a importância da preservação do meio ambiente. Já
apresenta uma premissa da avaliação quanto a sustentabilidade. Na pesquisa
procurou-se identificar a existência desse código ou grupos de discussão, para
criação de uma secretaria atuante ou fundo municipal destinado a suprir campanhas
de conscientização e preservação do meio ambiente.
Quanto as atividades potencialmente poluidoras a pesquisa procurou identificar a
existência de indústrias químicas, garimpo ou refinarias e se estavam seguindo
padrões legais de segurança ambiental. Atrelado a isto, a rede de distribuição de
água foi analisada, bem como o tratamento e armazenamento nos centros de
distribuição, a disponibilização do serviço à população e reutilização da água. Na
variável rede de coleta e tratamento de esgoto foi analisado se havia no município
tratamento adequado para estes resíduos domésticos e a abrangência desse
serviço.
56
A destinação dos resíduos gerados pela população é de elevada importância, devido
as diferentes substâncias contidas neste material. É inevitável a existência destes
resíduos, mas é possível que se dê um destino adequado, principalmente aos
resíduos hospitalares e químicos. Para tanto foi analisado a existência no município
da capacidade de coleta residencial, aterros sanitários (lixões), usina de
compostagem e licenciamento dos órgãos ambientais competentes.
As unidades de conservação podem estar dentro de território municipal ou
intermunicipal. Estas unidades são responsáveis pela preservação de espaços
naturais, podendo ser um parque, uma praça, reservas naturais, dentre outros. O
que foi levado em consideração na pesquisa foi a existência e a manutenção desses
espaços pelo município.
57
3 - METODOLOGIA
A metodologia é o estudo dos métodos, ou então as etapas a seguir num
determinado processo. Tem como finalidade captar e analisar as características dos
vários métodos disponíveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou
distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização. Conforme
definido por Richardson (1999, p. 26). “ A metodologia são captações e análises por
instrumentos, caminhos ou modos”.
O presente trabalho mostra um tipo de estudo baseado na avaliação de resultados,
pois segundo Roesch (1999, p. 29), “este tipo de estudo visa a verificação da
efetividade de um programa, política ou plano implantado”. Neste sentido, assim que
os objetivos foram definidos, procurou-se identificar qual a metodologia mais
adequada para a aplicação da pesquisa. Neste caso, utilizou-se o método Delphi
porque a investigação tem a proposta prospectiva de apresentar eventos que
poderão acontecer.
3.1 Tipologia de pesquisa:
A estratégia de pesquisa foi desenvolvida pelo método Delphi. O método Delphi
passou a ser realizada nos anos 60, sendo que suas características prioritárias são:
o anonimato das pessoas que contribuem em responder os questionários, a
representação estatística e o feedback das respostas para a reavaliação para
aprofundar e aprimorar as próximas respostas. (SERRA, et al, 2009).
Desta forma, pode se conceituar a metodologia Delphi com uma forma de se buscar
um consenso de idéias e opiniões de um grupo de pessoas que estão envolvidas em
algum assunto em específico. Este método é muito utilizado para estruturar o
processo
de
comunicação
de
um
grupo,
o
qual
responderá
perguntas
individualmente sem ter que revelar a sua opinião explicitamente para o grande
grupo, e assim, todos cheguem a um acordo sobre o assunto debatido.
58
O interessante deste método é a contribuição de das opiniões individuais, e
posteriormente os entrevistados reverem suas respostas juntamente com as dos
demais entrevistados. Todavia, após lerem todas as respostas, o indivíduo pode
mudar de opinião ou complementar sua idéia inicial. Desta forma, contribuindo para
aumentar o consenso entre o grupo.
Quanto à natureza dos dados, esta pesquisa é qualitativa, e quanto aos objetivos
desta apresenta uma abordagem descritiva, que conforme Richardson (1999) a
pesquisa é descritiva quando tem como objetivo principal a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis.
A aplicação deste método na administração voltada para a atividade turística
possibilita ampliar o desenvolvimento de estratégias mais articuladas, como também,
faz com que os gestores estejam alinhados no mesmo objetivo. O método Delphi no
presente estudo foi um estudo qualitativo, em que pode-ser detectar as opiniões dos
envolvidos através de entrevistas formatados em dezesseis perguntas dissertativas.
3.2 Sujeito de estudo
A pesquisa foi aplicada com stakeholders pertencentes aos municípios indutores de
Santa Catarina, os quais foram selecionados pelo Ministério do Turismo. Os
entrevistados de São Joaquim são: CDL, CONSERRA, Secretaria Municipal de
Turismo, FATMA, Informações Turísticas e uma pousada. No município de Balneário
Camboriú foram entrevistados representantes do: CDL, SINCOM, Câmara de
Vereadores, um hotel, Informações Turísticas e Secretaria de Turismo. Na capital
Florianópolis foram entrevistados: CDL, ACIF, Secretaria de turismo, um restaurante,
Informações Turísticas e FATMA.
Os participantes estão citados no quadro 6.
59
Destino
Governo
Baln. Camboriú
Sec. Tur.
Florianópolis
Sec. Tur.
São Joaquim
Sec. Tur.
Quadro 6: Entrevistados.
Fonte: Pesquisa, 2009
Varejo
CDL
CDL
CDL
Inf. Tur.
Inf. Tur.
Inf. Tur.
Inf. Tur.
Outras Assoc.
Sincon
Acif
Conserra
Serviços
Hotel
Restaurante
Pousada
Meio Amb.
Sec. Meio Amb.
FÁTIMA
FÁTIMA/IBAMA
Desta forma, pode-se afirmar que a pesquisa foi realizada com representantes do
primeiro e do segundo setor, associações e empresários bem como com entidades
de defesa e preservação do meio ambiente. As cidades onde ocorreram as
entrevistas foram Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim, estas
escolhidas pelo Ministério do Turismo como destinos indutores de Santa Catarina.
3.3 Instrumentos de pesquisa
Como o método Delphi exige mais de uma rodada de perguntas, para a primeira
rodada foi desenvolvido um roteiro estruturado de entrevista, contendo dezesseis
perguntas subjetivas, conforme apêndice A.
As perguntas foram baseadas nos indicadores de desenvolvimento para o turismo,
conforme FGV, SEBRAE, MTURISMO (2008), sendo subdivididos em cinco itens a
fim de medir o índice de competitividade de uma região, tais como: infra-estrutura,
turismo, políticas públicas, economia e sustentabilidade.
Para a segunda rodada de perguntas foi um questionário, de acordo com o apêndice
B, composto por perguntas objetivas, com duas opções de resposta: “SIM” e “NÃO”,
ou seja, variáveis dicotômicas, e a disponibilização de espaço para comentário, caso
participante desejasse complementar sua opinião.
3.4 Análise e apresentação
Após todos os questionários respondidos de acordo com a metodologia, os dados
foram interpretados, categorizados e representados em forma de tabela, para
identificar as similaridades. Estas fases compreendem a analise de conteúdo que
60
conforme
Segundo
Richardson
(1999)
é
um
conjunto
de
instrumentos
mercadológicos cada dia mais aperfeiçoados que se aplicam a discursos diversos.
As diversas definições coincidem em que a analise de conteúdo é uma técnica de
pesquisa e, como tal, tem determinadas características metodológicas: objetividade,
sistematização e inferência.
3.5 Limitações da pesquisa:
As principais limitações ficam por conta da demora na conclusão das entrevistas,
devido a pouca a disponibilidade de tempo dos participantes para a dedicação da
pesquisa, bem como, o acesso aos mesmos foi muito difícil. Entretanto houve
participação nas duas rodadas de perguntas de quinze dos dezoito que deveriam ser
entrevistados. Esta representatividade permitiu identificar as tendências da
administração pública para o turismo, das cidades eleitas.
Foi observado no decorrer das entrevistas que os participantes apresentam baixo
conhecimento das políticas públicas, principalmente as que se referem ao turismo. A
falta de profundo conhecimento sobre o assunto foi constatado na maioria dos
representantes da iniciativa privada e em menor intensidade pelos entrevistados e
representantes de entidades de classe e dos órgãos governamentais.
Pela complexidade de aplicação do método Delphi, esta metodologia não exige um
pré-teste, apenas alerta para a responsabilidade da elaboração dos instrumentos,
principalmente da segunda rodada em diante.
61
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
A pesquisa teve como ferramenta o método Delphi que possui algumas
peculiaridades em relação a outros métodos de pesquisa. O método tem como
princípio a realização de uma entrevista em uma primeira rodada de perguntas, que
foram feitas a pessoas envolvidas no turismo e na gestão municipal das três cidades
pesquisadas. Depois com base nas respostas da primeira rodada, foi realizada uma
segunda rodada de perguntas para diminuir as diferenças de opinião e identificar as
tendências, conforme apêndices A, B, C e D. Com as respostas da primeira rodada
foi possível elaborar segunda rodada de perguntas, que a partir das respostas surgiu
um questionário mais sucinto, a fim de desenvolver um processo de investigação
mais abreviado.
A apresentação dos dados da primeira e da segunda rodada de perguntas foi
baseada na teoria de Neto (2005), no qual apresentam de forma seqüencial as
respostas e a análise das respostas dos entrevistados das três cidades: Balneário
Camboriu, Florianópolis e São Joaquim.
No quadro 7 são apresentadas as respostas e as análises das perguntas realizadas
na cidade de Balneário Camboriú, para tanto apresenta-se as duas rodadas, nível de
consenso e a tendência geral.
CONSTRUCTO
Alguns aspectos são fundamentais
na infra-estrutura geral. No que diz
respeito à saúde pública, segurança,
o que se pode esperar da atual
gestão municipal até o final do
mandato?
1ª RODADA
PERGUNTA
1
RESULTADO
83,35%
2ª RODADA
PERGUNTA
1
RESULTADO
100%
ANÁLISE
(Resultado)
Entre os entrevistados houve
concordância na questão da
conclusão das obras do
hospital
municipal.
Foi
apurado a preocupação com
o item segurança pública no
município.
Todos
os
entrevistados
esperam
melhorias na segurança,
através da guarda municipal,
ostensivo reforço policial na
temporada de verão e nos
meses de baixa temporada.
Tendência: Assim, este aspecto tem muito que ser trabalhado porque não apresenta um conceito
ideal para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito
geral: Ruim
62
CONSTRUCTO
A infra-estrutura de acesso é um dos itens
mais importantes para o turismo. Com
base nessa realidade como você avalia as
ações da atual gestão municipal para
garantir mais conforto e segurança ao
turista no deslocamento?
1ª RODADA
PERGUNTA
2
RESULTADO
50%
2ª RODADA
PERGUNTA
2
RESULTADO
66,68%
ANÁLISE
(Resultado)
Dentre os entrevistados
houve concordância quanto a
dificuldade no trânsito dentro
da cidade. Em algumas
respostas afirmaram que não
há solução, mas outros
afirmam que obras de infraestrutura podem solucionar
este problema parcialmente.
Tendência: Este indicador apresenta problemas futuros, de acordo com a opinião dos participantes, e
configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de
Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
Como a gestão publica da sua cidade
gerencia os recursos para ampliação
e manutenção dos equipamentos
turísticos (praças, feirinhas, parques,
hotéis, restaurantes, etc.) ?
1ª RODADA
PERGUNTA
3
ANÁLISE
(Resultado)
RESULTADO
100%
Dentre
os
entrevistados
houve concordância quanto a
necessidade da participação
da iniciativa privada nos
2ª RODADA
projetos para que se tenha
melhores
resultados.
Concordam também que não
PERGUNTA RESULTADO
se pode depender apenas na
3
100%
gestão municipal, pois esta
deixa a desejar.
Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar com eficácia os recursos, precisando buscar
ajuda da iniciativa privada. conceito geral: Razoável
ANÁLISE
(Resultado)
Quanto a sinalização dos atrativos e
Os entrevistados apontaram
equipamento turísticos, locais para PERGUNTA RESULTADO a falta de um local para
4
50%
eventos, qualificação profissional e
eventos como prioridade. Foi
receptivo (serviços para receber o
apurado, também, que os
2ª RODADA
turista), como você avalia o
projetos de campanha para
gerenciamento municipal para que
estes itens não estão sendo
PERGUNTA RESULTADO postos em prática, por isso
estes itens?
4
83,35%
espera-se mais atenção dos
governantes.
Tendência: Este indicador apresenta baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de
Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
1ª RODADA
CONSTRUCTO
1ª RODADA
Os atrativos turísticos de um destino
podem ser naturais, culturais ou
eventos programados de realização
técnica. Como você classifica o
potencial turístico da cidade?
PERGUNTA
5
RESULTADO
100%
2ª RODADA
ANÁLISE (Resultado)
Todos
os
entrevistados
afirmaram que o município
possui características de
turismo natural. Mas os
eventos realizados também
reforçam a imagem do
município como atrativa.
PERGUNTA
100%
5
Tendência: Este indicador mostra a vocação do turismo de Balneário Camboriú, porém o município
poderia explorar outras tipologias – conceito geral: Bom
63
CONSTRUCTO
Como a gestão pública atual garante
condições sustentáveis para os
atrativos turísticos locais?
1ª RODADA
PERGUNTA
6
RESULTADO
83,35%
2ª RODADA
PERGUNTA
6
RESULTADO
83,35%
ANÁLISE (Resultado)
Quanto
as
condições
sustentáveis para atrativos
turísticos a grande maioria
afirmou que a gestão atual
não presta suporte suficiente
para este item. Entretanto foi
observado que a fiscalização
nestes locais a[resenta uma
melhoria.
Tendência: Este indicador configura uma referencia positiva para a cidade de Balneário Camboriú –
conceito geral: Bom
CONSTRUCTO
Acredita-se que para as próximas
décadas o turismo será minimizado
devido aos fatores globais, para tanto
o Marketing tem
e terá a
responsabilidade de atrair público
potencial aos destinos turísticos.
Como a gestão pública municipal usa
o marketing na promoção da cidade?
1ª RODADA
PERGUNTA
7
RESULTADO
50%
2ª RODADA
PERGUNTA
7
RESULTADO
83,35%
ANÁLISE (Resultado)
O marketing no município é
utilizado de forma pouco
racional. Foi constatado que
o as ações de marketing no
município são limitadas aos
territórios
dos
estados
vizinhos,
sendo
que
praticamente não há visão
global de turismo.
Tendência: Este indicador mostra alguns problemas quanto a divulgação da cidade – conceito geral:
Razoável
CONSTRUCTO
Você acredita que a ação de
marketing que a gestão pública
municipal utiliza é eficaz? Alguma
sugestão?
1ª RODADA
ANÁLISE (Resultado)
Mesmo com a eficácia das
ações de marketing dentro
de Santa Catarina e dos
estados vizinhos, bem como
dos países da América do
2ª RODADA
Sul,
principalmente
a
Argentina, o Paraguai e o
Chile, foi constatado que o
PERGUNTA RESULTADO município é carente de ações
8
100%
de marketing no âmbito
global.
Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar muito bem as ações de marketing - conceito
geral: Razoável
CONSTRUCTO
As políticas públicas para o turismo
são elaboradas em várias esferas do
governo federal, estadual, municipal,
regional ou internacional. Outro ponto
é a participação da iniciativa privada
que também tem seus objetivos.
Como a gestão municipal gerencia as
políticas publicas para a valorização
do turismo local?
PERGUNTA
8
RESULTADO
100%
1ª RODADA
PERGUNTA
9
RESULTADO
83,35%
2ª RODADA
PERGUNTA
9
RESULTADO
83.35%
ANÁLISE (Resultado)
As respostas apontam para
as
parcerias
públicoprivadas. Parcerias que são
destinadas a promoção de
eventos, congresso, shows,
que de maneira direta e
indireta contribuem para o
município e para a iniciativa
privada.
Tendência: A gestão pública não consegue, eficazmente, criar políticas publicas para o
desenvolvimento da comunidade. conceito geral: Razoável
64
CONSTRUCTO
A cooperação regional vem facilitar o
desenvolvimento do turismo em
regiões
próximas
que
estão
saturadas ou sua estrutura já não
comporta o fluxo de visitantes. Há na
região
parcerias
entre
municipalidades a fim de fortalecer e
enriquecer o turismo?
1ª RODADA
PERGUNTA
10
RESULTADO
100%
2ª RODADA
PERGUNTA
10
ANÁLISE
(Resultado)
Conforme
as
respostas
obtidas, pode-se observar
que não há nenhum tipo de
cooperação regional, ou ao
menos não é divulgado.
RESULTADO
100%
Tendência: Assim, este aspecto tem muito que ser trabalhado porque não apresenta um conceito
ideal para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito
geral: Ruim
CONSTRUCTO
Como a gestão pública atual entende
a política de cooperação?
1ª RODADA
PERGUNTA
11
RESULTADO
100%
2ª RODADA
ANÁLISE
(Resultado)
Houve consenso por parte
dos
respondentes
que
afirmaram que não há
nenhum tipo de cooperação
regional ou desconhecem a
existência da mesma.
PERGUNTA RESULTADO
11
100%
Tendência: Este indicador apresenta problemas futuros, de acordo com a opinião dos participantes, e
configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de
Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
De que forma a gestão atual
acompanhamento o movimento do
turismo na cidade?
1ª RODADA
ANÁLISE
(Resultado)
Houve maior consenso ao
afirmarem
que
o
acompanhamento do fluxo
de visitantes na cidade é
realizado
pelo
PIT.
2ª RODADA
Entretanto há quem afirme
que
as
câmeras
de
RESULTADO segurança espalhadas pela
PERGUNTA
cidade também auxiliam no
83,35%
12
controle e estimativa de
público visitante.
Tendência: Assim indicador mostra-se positivo, porque o monitoramento está sendo sistematizadoconceito - Bom
PERGUNTA
12
RESULTADO
83,35%
65
CONSTRUCTO
O turismo representa de maneira
direta,
indireta
ou
induzida
participação na economia dos
destinos. Isto porque cada gasto
realizado pelo turista em é repassado
em forma de tributação à economia
local. Como é a participação da
iniciativa privada no PIB municipal?
Onde
estes
recursos
são
empregados?
1ª RODADA
PERGUNTA
13
RESULTADO
66,68%
2ª RODADA
PERGUNTA
13
RESULTADO
66,68%
ANÁLISE
(Resultado)
A participação da iniciativa
privada no PIB municipal é
fundamental. O recolhimento
de impostos de maneira
direta
e
a
expressiva
arrecadação com o IPTU de
maneira indireta representam
a importância do setor.
A atual gestão municipal
garante
parcerias
e
reconhece a importância
deste setor e direciona as
verbas na manutenção do
órgão municipal e em obras
de saneamento básico.
Tendência: Assim, este aspecto está sendo trabalhado na busca de um conceito ideal para viver e
trabalhar com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Razoável
CONSTRUCTO
1ª RODADA
ANÁLISE (Resultado)
A capacidade empresarial de um
Em relação a capacidade
município são as condições que o PERGUNTA RESULTADO empresarial do município os
mesmo oferece para que a iniciativa
respondentes afirmaram que
14
100%
privada
possa
manter
em
a cidade ainda não possui
funcionamento suas atividades, como
capacidade
empresarial
2ª RODADA
a disponibilidade de mão-de-obra
adequada,
devido
aos
capacitada, o incentivo da presença
fatores como mão-de-obra,
de grupos internacionais e empresas
eventos internacionais e
de grande porte. As atividades da
infra-estrutura.
atual gestão podem garantir melhoria PERGUNTA RESULTADO
14
100%
na capacidade empresarial pra os
próximos três anos (até o fim da
gestão)? Por quê?
Tendência: Assim, este aspecto tem muito que ser trabalhado porque não apresenta um conceito
ideal para viver e trabalhar e empreender com o turismo na cidade de Balneário
Camboriú – conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
1ª RODADA
ANÁLISE (Resultado)
Além dos benefícios econômicos
Percebe-se
que
os
provenientes dos que visitam o PERGUNTA RESULTADO habitantes do município de
destino, o turismo pode gerar
Balneário
Camboriu
são
15
83,35%
também
benefícios
ambientais,
beneficiados com as ações
culturais e sociais. Para que estes
de políticas públicas voltadas
2ª RODADA
benefícios estejam realmente ao
ao turismo, mas buscou-se
alcance da população é necessário
saber sobre o futuro e com o
que ela disponha de educação,
aumento dos preços e a
emprego gerado pelo turismo e que
valorização sem limites dos
também desfrute dos atrativos. A PERGUNTA
imóveis, há quem afirma que
100%
população atualmente está sendo
no município serão extintas
15
beneficiada das políticas do turismo?
as classes “C” e “D”.
O que a população pode esperar
para os próximos três anos?
Tendência: Este indicador apresenta problemas sociais futuros, de acordo com a opinião dos
participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo
na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim
66
CONSTRUCTO
Uma grande preocupação mundial
está no âmbito ambiental. É explicita
a cobrança por parte de entidades de
representatividade
mundial
o
desenvolvimento sem prejuízos a
natureza. Como a gestão atual, de
maneira
concreta
e
efetiva,
estabelece políticas de preservação e
conservação do meio ambiente?
1ª RODADA
PERGUNTA
16
RESULTADO
66,68%
2ª RODADA
PERGUNTA
16
RESULTADO
66,68%
ANÁLISE (Resultado)
Poucos
respondentes
afirmaram que existe grande
preocupação por parte da
gestão atual no que diz ao
meio ambiente, uns até
afirmam que este aspecto é
deixado de lado por parte
dos governantes ou não
recebe devida importância.
Tendência: Este indicador apresenta problemas ambientais futuros, de acordo com a opinião dos
participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo
na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim
Quadro 7: Constructo dos indicadores para o turismo de Balneário Camboriú
Fonte: Pesquisa, 2009
Constatou-se que o consenso das respostas da primeira rodada ficou em 81,26%.
Este método destaca que ao significar até 75% de consenso, é necessário realizar
uma segunda rodada de perguntas. Mesmo com índice de participação e consenso
satisfatório optou-se por fazer a segunda rodada que apresentou a média de
87,50% de consenso. Reforçando a veracidade e a coerência das respostas da
primeira rodada.
De acordo com a pesquisa realizada em 2008 e com a presente pesquisa pode-se
estabelecer algumas relações, mesmo que as tendências obtidas pelo Delphi sejam
conceitos e os resultados da pesquisa de origem sejam valores percebe-se que
muitas micro dimensões apresentam similaridade nos resultados, conforme quadro
8.
Macrodimensão
Microdimensão
Tendências
1. Infra-estrutura Geral
Ruim
Infra-estrutura
2. Acesso
Ruim
3. Serviços e Equip. Turísticos
Razoável
Turismo
4. Atrativos Turísticos
Bom
5. Marketing
Razoável
6. Políticas Públicas
Razoável
Políticas Públicas
7. Cooperação Regional
Ruim
8. Monitoramento
Bom
9. Economia Local
Bom
Economia
10. Capacidade Empresarial
Ruim
11. Aspectos Sociais
Ruim
Sustentabilidade
12. Aspectos Ambientais
Ruim
13. Aspectos Culturais
Ruim
Quadro 8: Reestudo dos indicadores para o turismo de Balneário Camboriú
Fonte: Pesquisa, 2009
Pesquisa -2008
62,6
63,7
58,3
69,0
64,0
57,9
52,0
77,0
39,7
64,0
77,8
70,5
65,7
O quadro 8 mostra alguns resultados muito diferentes: economia local e aspectos
ambientais, nos quais os conceitos diferem dos valores, acredita-se que são
67
indicadores que merecem uma atenção especial, e a opinião pública, neste caso
deve ser considerada com maior importância.
No quadro 9 serão apresentadas as respostas e as análises das perguntas
realizadas na cidade Florianópolis.
CONSTRUCTO
Alguns aspectos são fundamentais
na infra-estrutura geral. No que diz
respeito à saúde pública, segurança,
o que se pode esperar da atual
gestão municipal até o final do
mandato?
1ª RODADA
PERGUNTA
1
RESULTADO
83,35%
2ª RODADA
PERGUNTA
1
RESULTADO
100%
ANÁLISE
(Resultado)
Ficou constatado que o fato
de Florianópolis ser a capital
do estado, pessoas de outras
cidades procuram ajuda. O
que ocasiona aumento da
periferia e aumento também
da violência, caos na saúde
pública e nos transportes.
Devido a essa realidade há
quem não acredite em
melhorias, por se tratar se
um problema social a nível
Brasil.
Tendência: A infra-estrutura geral tem muito que ser trabalhada por não apresenta um conceito ideal
para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Florianópolis – conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
A infra-estrutura de acesso é um dos
itens mais importantes para o
turismo. Com base nessa realidade
como você avalia as ações da atual
gestão municipal para garantir mais
conforto e segurança ao turista no
deslocamento?
1ª RODADA
PERGUNTA
2
RESULTADO
100%
2ª RODADA
PERGUNTA
2
RESULTADO
100%
ANÁLISE
(Resultado)
Dentre os respondentes ficou
clara a insatisfação em
relação ao sistema de
acesso à ilha. Primeiramente
o fato de haver apena um
aceso. Depois por não haver
rotas alternativas para o
trânsito fluir.
Tendência: O acesso, de acordo com a opinião dos participantes, e configura-se como baixo conceito
para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Florianópolis – conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
Como a gestão publica da sua cidade
gerencia os recursos para ampliação
e manutenção dos equipamentos
turísticos (praças, feirinhas, parques,
hotéis, restaurantes, etc.) ?
1ª RODADA
PERGUNTA
3
RESULTADO
83,35%
2ª RODADA
PERGUNTA
3
RESULTADO
100%
ANÁLISE
(Resultado)
Quanto aos equipamentos
turísticos houve consenso no
que se refere à ação da
iniciativa
privada
na
manutenção e ampliação dos
equipamentos turísticos
Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar com eficácia os recursos, precisando buscar
ajuda da iniciativa privada - conceito geral: Razoável
68
CONSTRUCTO
Quanto a sinalização dos atrativos e
equipamento turísticos, locais para
eventos, qualificação profissional e
receptivo (serviços para receber o
turista), como você avalia o
gerenciamento municipal para que
estes itens?
1ª RODADA
PERGUNTA
4
RESULTADO
83,35%
2ª RODADA
PERGUNTA
4
RESULTADO
100%
ANÁLISE
(Resultado)
Dentre os respondentes foi
constatado que o item
segurança para receber os
turistas está precário. Ma no
que s refere a sinalização de
transito, turística e de acesso
as ações da atual gestão são
suficientes.
Tendência: Este indicador apresenta baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de
Florianópolis– conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
Os atrativos turísticos de um destino
podem ser naturais, culturais ou
eventos programados de realização
técnica. Como você classifica o
potencial turístico da cidade?
1ª RODADA
PERGUNTA
5
RESULTADO
100%
2ª RODADA
PERGUNTA
5
100%
ANÁLISE (Resultado)
Quanto ao potencial turístico
os respondentes afirmaram
de maneira geral que a
cidade poderia investir mais
em eventos, a fim de inovar e
não depender apenas do
verão. Mas estes eventos
não poderiam ser realizados
apenas no centro da cidade.
É necessário que haja uma
descentralização
dos
eventos.
Tendência: Este indicador mostra a vocação do turismo de Florianópolis, porém o município poderia
explorar outras tipologias – conceito geral: Bom
CONSTRUCTO
Como a gestão pública atual garante
condições sustentáveis para os
atrativos turísticos locais?
1ª RODADA
PERGUNTA
6
RESULTADO
100%
2ª RODADA
PERGUNTA
6
ANÁLISE (Resultado)
Quanto as condições todos
os respondentes afirmaram
que a gestão atual não
oferece condições realmente
sustentáveis
para
os
atrativos
turísticos.
E
destacaram Aida que as
poucas condições que há é
devido a investimentos da
iniciativa privada.
RESULTADO
100%
Tendência: Este indicador não configura uma referencia positiva para a cidade de Florianópolis–
conceito geral: Ruim
69
CONSTRUCTO
Acredita-se que para as próximas
décadas o turismo será minimizado
devido aos fatores globais, para tanto
o Marketing tem
e terá a
responsabilidade de atrair público
potencial aos destinos turísticos.
Como a gestão pública municipal usa
o marketing na promoção da cidade?
1ª RODADA
PERGUNTA
7
RESULTADO
50%
2ª RODADA
PERGUNTA
7
RESULTADO
66,68%
ANÁLISE (Resultado)
Dentre os respondentes há
quem afirma que a cidade
não precisa de ações de
marketing, pois esta se “autodivulga” por ser capital.
Entretanto
os
demais
respondentes concordam ao
afirmarem que as ações de
marketing são suficientes
para atrair turistas das
cidades próximas, estados
visinhos e de massa. Foi
sugerido maior investimento
em
ações internacionais
como
eventos
e
conferências.
Tendência: Este indicador mostra que a divulgação da cidade já está consolidade– conceito geral:
Bom
CONSTRUCTO
Você acredita que a ação de
marketing que a gestão pública
municipal utiliza é eficaz? Alguma
sugestão?
1ª RODADA
PERGUNTA
8
RESULTADO
100%
2ª RODADA
PERGUNTA
8
ANÁLISE (Resultado)
Há consenso quanto
eficácia das ações
marketing na região sul
país. Mas novamente
comentado a ausência
políticas públicas a fim
divulgar
a
cidade
internacional.
a
de
do
é
de
de
em
RESULTADO
100%
Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar muito bem as ações de marketing - conceito
geral: Razoável
CONSTRUCTO
As políticas públicas para o turismo
são elaboradas em várias esferas do
governo federal, estadual, municipal,
regional ou internacional. Outro ponto
é a participação da iniciativa privada
que também tem seus objetivos.
Como a gestão municipal gerencia as
políticas publicas para a valorização
do turismo local?
1ª RODADA
PERGUNTA
9
RESULTADO
83,35%
2ª RODADA
PERGUNTA
9
RESULTADO
83,35%
ANÁLISE (Resultado)
Dentre os respondentes foi
constatado que a gestão
pública atual não prioriza o
turismo em seu orçamento,
pois não dá real importância.
Entretanto há quem afirme
que não é necessário a
gestão atual investir mais
recursos diretamente no
turismo, e sim em obras de
infra-estrutura
que
beneficiaram a todos.
Tendência: A gestão pública não consegue, eficazmente, criar políticas publicas para o
desenvolvimento da comunidade. conceito geral: Razoável
70
CONSTRUCTO
A cooperação regional vem facilitar o
desenvolvimento do turismo em
regiões
próximas
que
estão
saturadas ou sua estrutura já não
comporta o fluxo de visitantes. Há na
região
parcerias
entre
municipalidades a fim de fortalecer e
enriquecer o turismo?
1ª RODADA
PERGUNTA
10
RESULTADO
100%
2ª RODADA
ANÁLISE
(Resultado)
Dentre
os
respondentes
houve consenso em relação
aos
interesses
dos
municípios vizinhos. O que
foi
contatado
é
que
Florianópolis não tem nada a
receber
dos
demais
municípios, pois estes não
oferecem
melhores
condições, a ponto de ser
alguma referência.
PERGUNTA RESULTADO
10
100%
Tendência: Este aspecto está sendo trabalhado porque leva em consideração o entorno da grande
Florianópolis e outras cidades– conceito geral: Bom
CONSTRUCTO
Como a gestão pública atual entende
a política de cooperação?
1ª RODADA
PERGUNTA
11
RESULTADO
0%
ANÁLISE
(Resultado)
Não houve resposta
2ª RODADA
PERGUNTA
11
CONSTRUCTO
De que forma a gestão atual
acompanha o movimento do turismo
na cidade?
RESULTADO
0%
1ª RODADA
PERGUNTA
12
RESULTADO
100%
2ª RODADA
PERGUNTA
12
RESULTADO
100%
ANÁLISE
(Resultado)
O acompanhamento do fluxo
de visitantes na cidade de
Florianópolis se dá por
pesquisas realizadas por
instituições de ensino, bem
como pela secretaria de
turismo
através
das
Informações
Turísticas,
levantamentos da polícia
militar e do embarque e
desembarque no Terminal
Rodoviário Rita Maria.
Tendência: Assim indicador mostra-se positivo, porque o monitoramento está sendo sistematizadoconceito - Bom
71
ANÁLISE
(Resultado)
O turismo representa de maneira
Dentre
os
respondentes
direta,
indireta
ou
induzida
houve
divergência
nas
participação na economia dos
respostas. Pois há quem
destinos. Isto porque cada gasto
afirme que a participação da
realizado pelo turista em é repassado PERGUNTA RESULTADO iniciativa
privada
é
em forma de tributação à economia
fundamental
para
a
13
50%
local. Como é a participação da
manutenção do município.
iniciativa privada no PIB municipal?
Entretanto há quem diga que
Onde
estes
recursos
são
a participação poderia ser
empregados?
muito maior se não houvesse
sonegação,
e
que
a
2ª RODADA
arrecadação do município é
resultante de cobrança de
taxas da população e não da
iniciativa privada.
Quanto a destinação destes
PERGUNTA RESULTADO recursos, houve consenso ao
13
66,68%
afirmarem
que
são
empregados em obras de
manutenção do município e
de infra-estrutura.
Tendência: Assim, este aspecto está sendo trabalhado na busca de um conceito ideal para viver e
trabalhar com o turismo na cidade de Florianópolis– conceito geral: Bom
CONSTRUCTO
1ª RODADA
CONSTRUCTO
1ª RODADA
ANÁLISE (Resultado)
Houve
consenso
ao
afirmarem
que
há
na
cidade
PERGUNTA RESULTADO
condições de empresas,
14
100%
inclusive internacionais se
instalem
no
município.
2ª RODADA
Entretanto,
para
os
respondentes,
não
há
nenhuma iniciativa pública
PERGUNTA RESULTADO para este fim. O que ocorre
14
100%
são
especulações
que
movimentam o cenário local.
Tendência: Assim, este aspecto tem muito que ser trabalhado porque não apresenta um conceito
ideal para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Florianópolis– conceito geral:
Ruim
A capacidade empresarial de um
município são as condições que o mesmo
oferece para que a iniciativa privada
possa manter em funcionamento suas
atividades, como a disponibilidade de
mão-de-obra capacitada, o incentivo da
presença de grupos internacionais e
empresas de grande porte. As atividades
da atual gestão podem garantir melhoria
na capacidade empresarial pra os
próximos três anos (até o fim da gestão)?
Por quê?
CONSTRUCTO
1ª RODADA
ANÁLISE (Resultado)
Quanto a população os
respondentes afirmam que
há influência direta e positiva,
pois
está
garantindo
emprego e renda. Porém, há
2ª RODADA
aquém vá mais afundo neste
item,
destacando
a
influencias negativas, que é a
superpopulação, violência e
PERGUNTA
100%
até mesmo desapropriações
15
a fim
de se instalar
edificações.
Tendência: Este indicador apresenta problemas sociais futuros, de acordo com a opinião dos
participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na
cidade de Florianópolis– conceito geral: Ruim
Além
dos
benefícios
econômicos
provenientes dos que visitam o destino, o
turismo pode gerar também benefícios
ambientais, culturais e sociais. Para que
estes benefícios estejam realmente ao
alcance da população é necessário que
ela disponha de educação, emprego
gerado pelo turismo e que também
desfrute dos atrativos. A população
atualmente está sendo beneficiada das
políticas do turismo? O que a população
pode esperar para os próximos três
anos?
PERGUNTA
15
RESULTADO
83,35%
72
CONSTRUCTO
1ª RODADA
ANÁLISE (Resultado)
Uma grande preocupação mundial
está no âmbito ambiental. É explicita
a cobrança por parte de entidades de
representatividade
mundial
o
desenvolvimento sem prejuízos a
natureza. Como a gestão atual, de
maneira
concreta
e
efetiva,
estabelece políticas de preservação e
conservação do meio ambiente?
Houve consenso mais uma
vez dentre os respondes ao
afirmarem que a única
PERGUNTA RESULTADO preocupação
da
gestão
16
100%
municipal com o meio
ambiente é em segui a
legislação, ou seja, não há
nenhuma
política
de
2ª RODADA
preservação
própria
do
PERGUNTA RESULTADO município, além das que já
haviam sido criadas em
16
100%
governos anteriores.
Tendência: Este indicador apresenta problemas ambientais futuros, de acordo com a opinião dos
participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na
cidade de Florianópolis– conceito geral: Ruim
Quadro 9: Constructo dos indicadores para o turismo de Florianópolis
Fonte: Pesquisa, 2009
A pesquisa na cidade de Florianópolis a média de consenso da primeira rodada ficou
em 82,30% e na segunda rodada o consenso ficou em 87,51%. Reforçando a
veracidade e a coerência das respostas da primeira rodada.
De acordo com a pesquisa realizada em 2008 e com a presente pesquisa pode-se
estabelecer algumas relações, mesmo que as tendências obtidas pelo Delphi sejam
conceitos e os resultados da pesquisa de origem sejam valores percebe-se que
muitas micro dimensões apresentam similaridade nos resultados, conforme quadro
10.
Macrodimensão
Microdimensão
Tendências
1. Infra-estrutura Geral
Ruim
Infra-estrutura
2. Acesso
Ruim
3. Serviços e Equip. Turísticos
Razoável
Turismo
4. Atrativos Turísticos
Ruim
5. Marketing
Razoável
6. Políticas Públicas
Ruim
Políticas Públicas
7. Cooperação Regional
8. Monitoramento
Bom
9. Economia Local
Bom
Economia
10. Capacidade Empresarial
Ruim
11. Aspectos Sociais
Ruim
Sustentabilidade
12. Aspectos Ambientais
Ruim
13. Aspectos Culturais
Ruim
Quadro 10: Reestudo dos indicadores para o turismo de Florianópolis
Pesquisa -2008
78,3
66,9
65,5
57,8
35,6
69,4
66,5
33,5
74,3
76,7
68,8
57,6
64,4
Fonte: Pesquisa, 2009
O quadro 10 mostra alguns resultados muito diferentes para Infra-estrutura geral,
marketing, monitoramento e capacidade empresarial, nos quais os conceitos diferem
dos valores, acredita-se que são indicadores que merecem uma atenção especial, e
73
a opinião pública, neste caso deve ser considerada com maior importância, outra
observação que se faz é que a pesquisa publicada em 2008 foi aplicada em 2007, e
algumas mudanças no cenário da cidade devem ter acontecido.
Para finalizar no quadro 11 serão apresentadas as respostas e as análises das
perguntas realizadas na cidade São Joaquim.
ANÁLISE
(Resultado)
Alguns aspectos são fundamentais
Dentre as respostas obtidas
na infra-estrutura geral. No que diz
foi constatado que em São
respeito à saúde pública, segurança, PERGUNTA RESULTADO Joaquim a saúde pública é
1
66,68%
o que se pode esperar da atual
precária,
desde
os
gestão municipal até o final do
equipamentos
até
as
mandato?
acomodações hospitalares.
2ª RODADA
Já a segurança por ser uma
cidade do interior não sofre
tanta
representatividade
PERGUNTA RESULTADO como sofre Florianópolis, por
1
100%
exemplo, mas o que mais
necessita é reforço no efetivo
policial.
Tendência: Este indicador precisa ser trabalhado porque não apresenta um conceito ideal para viver
e trabalhar com o turismo na cidade de São Joaquim– conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
1ª RODADA
CONSTRUCTO
1ª RODADA
A infra-estrutura de acesso é um dos
itens mais importantes para o
turismo. Com base nessa realidade
como você avalia as ações da atual
gestão municipal para garantir mais
conforto e segurança ao turista no
deslocamento?
PERGUNTA
2
RESULTADO
83,35%
2ª RODADA
PERGUNTA
2
RESULTADO
100%
ANÁLISE
(Resultado)
Dentre os respondentes ficou
claro que o acesso nas
regiões
rurais
de
São
Joaquim são precárias e
emergenciais. Entretanto o
acesso até o município é
considerado bom, mas com
deficiência em sinalização.
Tendência: Este indicador apresenta problemas e configura-se como baixo conceito para viver e
trabalhar com o turismo na cidade de São Joaquim– conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
Como a gestão publica da sua cidade
gerencia os recursos para ampliação
e manutenção dos equipamentos
turísticos (praças, feirinhas, parques,
hotéis, restaurantes, etc.) ?
1ª RODADA
PERGUNTA
3
RESULTADO
100%
2ª RODADA
PERGUNTA
3
RESULTADO
100%
ANÁLISE
(Resultado)
Houve consenso dentre os
respondes ao afirmarem que
a gestão municipal de São
Joaquim não estabelece
nenhum tipo de manutenção
ou
ampliação
dos
equipamentos turísticos da
cidade.
Quanto
a
participação da iniciativa
privada neste item também
houve consenso.
Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar com eficácia os recursos - conceito geral: Ruim
74
ANÁLISE
(Resultado)
Quanto a sinalização dos atrativos e
Apesar de que no ano de
equipamento turísticos, locais para PERGUNTA RESULTADO 2009 foi inaugurado o
eventos, qualificação profissional e
primeiro espaço para eventos
4
83,35%
receptivo (serviços para receber o
na cidade, percebe-se as
turista), como você avalia o
políticas são praticamente
2ª RODADA
gerenciamento municipal para que
inexistentes. Entretanto a
estes itens?
iniciativa privada, na tentativa
de sobrevivência, tem criado
PERGUNTA RESULTADO mecanismos
para
4
100%
complementar as ações da
gestão municipal.
Tendência: Este indicador apresenta baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de
São Joaquim– conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
1ª RODADA
CONSTRUCTO
1ª RODADA
Os atrativos turísticos de um destino
podem ser naturais, culturais ou
eventos programados de realização
técnica. Como você classifica o
potencial turístico da cidade?
ANÁLISE (Resultado)
Dentre
os
respondentes
houve
consenso
ao
afirmarem que o turismo em
São
Joaquim
é
rigorosamente
natural,
2ª RODADA
entretanto
os
mesmos
contribuem afirmando que
seria viável a iniciação de
novos tipos de turismo, como
PERGUNTA
100%
o de eventos para combater
5
a sazonalidade que é muito
grande
.Tendência: Este indicador mostra a vocação do turismo, porém o município poderia explorar outras
tipologias para combater a sazonalidade– conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
Como a gestão pública atual garante
condições sustentáveis para os
atrativos turísticos locais?
PERGUNTA
5
RESULTADO
100%
1ª RODADA
PERGUNTA
6
RESULTADO
100%
2ª RODADA
PERGUNTA
6
RESULTADO
100%
ANÁLISE (Resultado)
Novamente
dentre
os
entrevistados
houve
consenso afirmarem que não
há políticas públicas de
manutenção e conservação
dos atrativos políticos.
Tendência: Este indicador configura baixa referencia para a cidade de São Joaquim– conceito geral:
Ruim
Acredita-se que para as próximas
décadas o turismo será minimizado
devido aos fatores globais, para tanto
o Marketing tem
e terá a
responsabilidade de atrair público
potencial aos destinos turísticos.
Como a gestão pública municipal usa
o marketing na promoção da cidade?
Desde
a
criação
do
Convention Bureau, está
havendo
uma
grande
divulgação em mídia nacional
das atividades e do turismo
2ª RODADA
de São Joaquim, é exemplo
que a iniciativa privada teve
que dar o primeiro passo,
PERGUNTA RESULTADO pois mesmo com estas
7
83,35%
mídias, a cidade carece de
mais divulgação.
Tendência: Este indicador mostra muitos problemas quanto a divulgação da cidade – conceito geral:
Ruim
PERGUNTA
7
RESULTADO
50%
75
CONSTRUCTO
Você acredita que a ação de
marketing que a gestão pública
municipal utiliza é eficaz? Alguma
sugestão?
1ª RODADA
PERGUNTA
8
RESULTADO
50%
2ª RODADA
PERGUNTA
8
RESULTADO
100%
ANÁLISE (Resultado)
Dentre
os
respondentes
ocorreu muitas diferenças de
opiniões. Há quem afirme
que as políticas são fracas e
insuficientes. Entretanto há
quem afirme que São
Joaquim consegue, mesmo
que com pouco recurso
alcançar
divulgação
suficiente para o público
interessado em sentir frio.
Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar muito bem as ações de marketing - conceito
geral: Ruim
CONSTRUCTO
As políticas públicas para o turismo
são elaboradas em várias esferas do
governo federal, estadual, municipal,
regional ou internacional. Outro ponto
é a participação da iniciativa privada
que também tem seus objetivos.
Como a gestão municipal gerencia as
políticas publicas para a valorização
do turismo local?
1ª RODADA
PERGUNTA
9
RESULTADO
50%
ANÁLISE (Resultado)
Dentre os respondeste há
quem afirme que o problema
em
São
Joaquim
é
justamente a incapacidade
de gestão.
2ª RODADA
PERGUNTA
9
RESULTADO
66,68%
Tendência: A gestão pública não consegue, eficazmente, criar políticas publicas para o
desenvolvimento da comunidade. conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
A cooperação regional vem facilitar o
desenvolvimento do turismo em
regiões
próximas
que
estão
saturadas ou sua estrutura já não
comporta o fluxo de visitantes. Há na
região
parcerias
entre
municipalidades a fim de fortalecer e
enriquecer o turismo?
1ª RODADA
PERGUNTA
10
RESULTADO
83,35%
2ª RODADA
PERGUNTA
10
RESULTADO
100%
ANÁLISE
(Resultado)
Diferentemente das demais
cidades
pesquisadas
o
cooperativismo regional em
São Joaquim é visível.
Parcerias público-privadas e
dentre municipalidade são
uma constante na região
serrana do estado de Santa
Catarina. Desde a década de
90
que
os
municípios
observaram as vantagens do
cooperativismo, tanto para a
produção rural como para o
turismo.
Tendência: Este aspecto tem sido bem muito trabalhado na cidade de São Joaquim– conceito geral:
Bom
76
CONSTRUCTO
Como a gestão pública atual entende
a política de cooperação?
1ª RODADA
PERGUNTA
11
RESULTADO
100%
2ª RODADA
PERGUNTA
11
ANÁLISE
(Resultado)
Dentre
os
respondentes
ocorreu
novamente
consenso ao afirmarem
que é uma junção de
forças entre o três
setores
e
mais
população.
RESULTADO
100%
Tendência: Este indicador apresenta aspectos positivos a respeito da cooperação e possibilita o
aumento do conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de São Joaquim–
conceito: Bom
CONSTRUCTO
De que forma a gestão atual
acompanha o movimento do turismo
na cidade?
1ª RODADA
PERGUNTA
12
RESULTADO
50%
2ª RODADA
PERGUNTA
12
RESULTADO
50%
ANÁLISE
(Resultado)
Dentre
os
respondentes
ocorreu
divergência
nas
respostas.
Pois
não
reconhecem de fato qual o
instrumento utilizado para a
constatação deste dado.
Apenas acompanham as
noticias que são divulgadas
na mídia.
Tendência: Assim indicador aponta uma preocupação grande com a movimentação turística –
conceito: Bom
CONSTRUCTO
O turismo representa de maneira
direta,
indireta
ou
induzida
participação na economia dos
destinos. Isto porque cada gasto
realizado pelo turista em é repassado
em forma de tributação à economia
local. Como é a participação da
iniciativa privada no PIB municipal?
Onde
estes
recursos
são
empregados?
1ª RODADA
PERGUNTA
13
RESULTADO
83,35%
2ª RODADA
PERGUNTA
13
RESULTADO
100%
ANÁLISE
(Resultado)
Por ser uma cidade de
pequeno porte, ela possui
poucos pontos comerciais.
As maiores participação no
PIB ficam por conta de
indústrias processadoras de
maçãs, vinhos e derivados
de queijo e carne, Isso
explica a baixa arrecadação
do município e é considerada
uma das cidades mais
pobres do estado. Os poucos
recurso
recolhidos
de
impostos
e
taxas
são
destinados
às
escolas,
hospitais
e
saneamento
básico, bem como pequenas
obras de reparos no centro
da cidade.
Tendência: A arrecadação não tem grande destinação para o turismo na cidade de São Joaquim–
conceito geral: Ruim
77
CONSTRUCTO
1ª RODADA
ANÁLISE (Resultado)
A capacidade empresarial de um
São Joaquim não oferece
município são as condições que o PERGUNTA RESULTADO nenhuma condição para
14
83,35%
mesmo oferece para que a iniciativa
comportar
investidores
privada
possa
manter
em
estrangeiros. Entretanto foi
funcionamento suas atividades, como
constatado que há políticas
2ª RODADA
a disponibilidade de mão-de-obra
de desenvolvimento para
capacitada, o incentivo da presença
suprir esta demanda.
de grupos internacionais e empresas
de grande porte. As atividades da PERGUNTA RESULTADO
atual gestão podem garantir melhoria
14
83,35%
na capacidade empresarial pra os
próximos três anos (até o fim da
gestão)? Por quê?
Tendência: Este aspecto pode ser melhor trabalhado, alavancando a economia e a oferta turística da
cidade de São Joaquim– conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
Além dos benefícios econômicos
provenientes dos que visitam o
destino, o turismo pode gerar
também
benefícios
ambientais,
culturais e sociais. Para que estes
benefícios estejam realmente ao
alcance da população é necessário
que ela disponha de educação,
emprego gerado pelo turismo e que
também desfrute dos atrativos. A
população atualmente está sendo
beneficiada das políticas do turismo?
O que a população pode esperar
para os próximos três anos?
1ª RODADA
ANÁLISE (Resultado)
A cidade está começando a
perceber as vantagens que o
turismo pode representar.
Entretanto
a
população,
ainda,
não
consegue
2ª RODADA
compreender
esta
nova
realidade. Poucos conhecem
os beneficiados que o
turismo pode trazer. No
futuro mais pessoas estarão
PERGUNTA
dispostas a aceitar o turismo,
100%
15
com
isso
os
gestores
municipais serão cobrados
por políticas mais especificas
para o turismo.
Tendência: Este indicador apresenta problemas sociais futuros, de acordo com a opinião dos
participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo
na cidade de São Joaquim – conceito geral: Ruim
CONSTRUCTO
Uma grande preocupação mundial
está no âmbito ambiental. É explicita
a cobrança por parte de entidades de
representatividade
mundial
o
desenvolvimento sem prejuízos a
natureza. Como a gestão atual, de
maneira
concreta
e
efetiva,
estabelece políticas de preservação e
conservação do meio ambiente?
PERGUNTA
15
RESULTADO
50%
1ª RODADA
ANÁLISE (Resultado)
Não existem políticas locais
de preservação, mas o que
PERGUNTA RESULTADO acontece em São Joaquim é
16
100%
o reflexo de leis de governos
passados que estabeleceram
normas
que limitam
o
2ª RODADA
desmatamento
e
a
exploração insustentável do
meio ambiente. Porém, há
falta
conscientização
da
população, pois o consumo
PERGUNTA RESULTADO de lenha de inverno e a
derrubada de árvores para
16
100%
cultivo de pomares de maçã
e pasto para o gado
constituem
grande
desmatamento e prejuízos ao
meio ambiente.
Tendência: Este indicador mostra que haverá problemas ambientais futuros e configura-se como baixo
conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de São Joaquim– conceito
78
geral: Ruim
Quadro 11: Constructo dos indicadores para o turismo de São Joaquim
Fonte: Pesquisa, 2009
A cidade da serrana de São Joaquim na apuração dos dados da pesquisa obteve a
média mais dinâmica dentre as três cidades pesquisadas. O consenso das respostas
da primeira rodada ficou em 77,09%, a mais baixa das médias. Entretanto na
segunda rodada a média do consenso ficou em 92,71%, ultrapassando todas as
expectativas do método Delphi. Ajudando a elucidar as respostas da primeira
rodada.
De acordo com a pesquisa realizada em 2008 e com a presente pesquisa pode-se
estabelecer algumas relações, mesmo que as tendências obtidas pelo Delphi sejam
conceitos e os resultados da pesquisa de origem sejam valores percebe-se que
muitas micro dimensões apresentam similaridade nos resultados, conforme quadro
12.
Macrodimensão
Microdimensão
Tendências
14. Infra-estrutura Geral
Ruim
Infra-estrutura
15. Acesso
Ruim
16. Serviços e Equip. Turísticos
Ruim
Turismo
17. Atrativos Turísticos
Bom
18. Marketing
Ruim
19. Políticas Públicas
Ruim
Políticas Públicas
20. Cooperação Regional
Bom
21. Monitoramento
Ruim
22. Economia Local
Ruim
Economia
23. Capacidade Empresarial
Ruim
24. Aspectos Sociais
Ruim
Sustentabilidade
25. Aspectos Ambientais
Ruim
26. Aspectos Culturais
Ruim
Quadro 12: Reestudo dos indicadores para o turismo de São Joaquim
Pesquisa -2008
66,80
56,70
25,90
44,80
22,40
38,20
25,40
3,00
59,00
24,70
48,00
26,40
37,00
Fonte: Pesquisa, 2009
O quadro 12 mostra alguns resultados muito diferentes, porém na maioria registramse baixos conceitos e baixos valores, o que destaca-se como diferença é o aspecto
da cooperação, quando o conceito apresenta-se bom enquanto que o valor obtido
pela pesquisa quantitativa de 2007, publicada em 2008, é de 25,40. Percebeu-se
que tanto a pesquisa em 2009 quanto a realizada em 2007 o monitoramento do
turismo é quase que inexistente.
Percebe-se que as três cidades pesquisadas demandam de muitas ações
especificas para o turismo e um planejamento estratégico focado para o turtismo,
79
nas quais apresentam bons atrativos turísticos e recursos naturais, porém a gestão
pública requer o exercício permanente de uma equipe com perfil empreendedor.
5 CONSIDERAÇÕES
A gestão pública com foco em qualidade e competitividade não só garante
desenvolvimento do município, como qualidade de vida aos munícipes. O turismo é
uma alternativa para o gestor municipal atrair investimentos privados e
governamentais, bem como, pessoas dispostas a pagar para ter qualidade de vida.
Como afirma Lezana (2001) é dada a importância de um gestor público com perfil
empreendedor, estando apto a aumentar a oferta e conciliar as demandas sociais
com as demandas de caráter econômico. Foi possível constatar através dos
resultados desta pesquisa que os atuais gestores não são ou ao menos não
demonstram estar preocupados em desenvolver um planejamento estratégico para o
turismo.
Este reestudo demonstrou que os municípios tiveram os resultados de uma pesquisa
anteriormente realizada pela Fundação Getulio Vargas em parceria com o Ministério
do turismo, segundo FGV.SEBRAE, MTURISMO (2008) e poucos ajustes foram
realizadas em suas políticas públicas e na sustentabilidade ambiental e Social.
Observa-se novas constatações de problemas já existentes, que já poderiam ter sido
solucionados, ou ao menos minimizados.
O reflexo da morbidez das ações de políticas públicas pode ser constatado nos
números negativos referentes ao turismo nos últimos dois anos nos municípios de
Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim. Descartando, por um momento os
problemas climáticos e desastres ambientais, os gestores municipais poderiam e
deveriam investir mais na qualificação do turismo, devido a grande capacidade
econômica que o setor vem demonstrando nos últimos anos.
Retomando o assunto dos desastres ambientais decorridos de problemas climáticos,
pode observar a fragilidade dos municípios atingidos em relação a infra-estrutura. A
pesquisa demonstrou que a infra-estrutura e o acesso às cidades são de grande e
80
importante significância, sobretudo aos turistas de estados e municípios próximos de
Santa Catarina.
A pesquisa constatou, também, a existência de divergência nas opiniões dos
entrevistados, acerca das atividades e das políticas públicas voltadas ao turismo dos
atuais governantes municipais. Esta constatação releva que, mais importante que o
desenvolvimento sustentável de um município, está os interesses político-partidários.
Esta realidade está evidente nas três cidades pesquisadas, na qual estas cidades
foram escolhidas pelo Governo Federal para receberem verbas para investirem em
infra-estrutura, turismo, políticas públicas, economia e sustentabilidade, conforme
apresentou a pesquisa FGV.SEBRAE, MTURISMO (2008). Porém este reestudo
remete a preocupação no âmbito econômico e financeiro, tais como: Será que estes
recursos
serão
devidamente
fiscalizados?
Devidamente
encaminhados
e
empregados em obras de desenvolvimento para o turismo? Estes são pontos
relevantes, quando se trata de verba pública federal para desenvolvimento.
A intenção do reestudo apresentado por esta pesquisa foi traçar um cenário futuro
para as cidades eleitas, porém percebe-se que poucas mudanças acontecerão,
assim como falta o destaque da gestão pública para a criação e solução de
problemas. Assim como a identificação de oportunidades como prescreve o perfil do
administrador público na visão de Ignarra (2003), quando estas características
viabilizam a gestão voltada para o crescimento e desenvolvimento, trazendo
benefícios a toda comunidade.
Contudo, este trabalho foi muito importante para o pesquisador porque exigiu
organização e planejamento da metodologia, ampliou o networking pelas entrevistas
realizadas e a busca de interpretação das respostas e sistematização da aplicação
do método.
Sugere-se para trabalhos futuros novas pesquisas com outras cidades que
apresentam diferentes atrativos turísticos, utilizando esta metodologia.
81
REFERÊNCIAS
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principal destino para eventos no mundo. Disponível em: http//:
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WANHILL, S. Tourism Development and Sustainability. In: COOPER, C.P.
Tourism Development : Environment and Community Issues. London: Wiley, 1997.
84
Apêndice A: Entrevista estruturada
Prezado (a) Senhor (a)
Sou acadêmico da Universidade do Vale do Itajaí no Curso de Administração e estou fazendo uma
pesquisa sobre os Indicadores de desenvolvimento dos destinos indutores do turismo, sob a
orientação da Professora Lígia Ghisi.
Venho convidá-lo a participar deste trabalho, respondendo algumas questões, que acontecerão nos
meses de outubro e novembro de 2009. A pesquisa será realizada com seis profissionais e
representantes de instituições que julgamos de grande relevância para alavancar e manter a indústria
do turismo na cidade.
A pesquisa tem como objetivo apresentar o cenário empreendedor da gestão publica da sua cidade
sobre o turismo. Para tanto, utilizou-se alguns temas de discussão: infra-estrutura, turismo, políticas
públicas, economia e sustentabilidade.
A dinâmica para o levantamento de dados é o Delphi que tem como característica a realização de
duas ou mais rodadas de questões com os mesmos respondentes.
Suas afirmações vão muito contribuir para o desenvolvimento do Trabalho Conclusão de Curso - TCC
e também para ampliar meus conhecimentos nesta área.
Muito Obrigado!
Infra-Estrutura

Infra-estrutura geral
1. Alguns aspectos são fundamentais na infra-estrutura geral. No que diz respeito à saúde
pública, segurança, o que se pode esperar da atual gestão municipal até o final do mandato?
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )

Acesso
2. A infra-estrutura de acesso é um dos itens mais importantes para o turismo. Com base nessa
realidade como você avalia as ações da atual gestão municipal para garantir mais conforto e
segurança ao turista no deslocamento?
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )
Turismo

Serviços e equipamentos turísticos
3. Como a gestão publica da sua cidade gerencia os recursos para ampliação e manutenção
dos equipamentos turísticos (praças, feirinhas, parques, hotéis, restaurantes, etc.) ?
Resp:
85
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )
4. Quanto a sinalização dos atrativos e equipamento turísticos, locais para eventos, qualificação
profissional e receptivo (serviços para receber o turista), como você avalia o gerenciamento
municipal para que estes itens?
Resp:

Atrativos turísticos
5. Os atrativos turísticos de um destino podem ser naturais, culturais ou eventos programados
de realização técnica. Como você classifica o potencial turístico da cidade?
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )
6. Como a gestão pública atual garante condições sustentáveis para os atrativos turísticos
locais?
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )

Marketing
7. Acredita-se que para as próximas décadas o turismo será minimizado devido aos fatores
globais, para tanto o Marketing tem e terá a responsabilidade de atrair público potencial aos
destinos turísticos. Como a gestão pública municipal usa o marketing na promoção da
cidade?
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )
8. Você acredita que as ações de marketing que a gestão pública municipal utiliza é eficaz?
Alguma sugestão?
Resp:
Políticas públicas

Políticas públicas
9. As políticas públicas para o turismo são elaboradas em várias esferas do governo federal,
estadual, municipal, regional ou internacional. Outro ponto é a participação da iniciativa
privada que também tem seus objetivos. Como a gestão municipal gerencia as políticas
publicas para a valorização do turismo local?
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )

Cooperação regional
10. A cooperação regional vem facilitar o desenvolvimento do turismo em regiões próximas que estão
saturadas ou sua estrutura já não comporta o fluxo de visitantes. Há na região parcerias entre
municipalidades a fim de fortalecer e enriquecer o turismo?
Resp:
86
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )
11. Como a gestão pública atual entende a política de cooperação?
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )

Monitoramento
12. De que forma a gestão atual acompanhamento o movimento do turismo na cidade?
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )
4 – Economia

Economia local
13. O turismo representa de maneira direta, indireta ou induzida participação na economia dos
destinos. Isto porque cada gasto realizado pelo turista em é repassado em forma de
tributação à economia local. Como é a participação da iniciativa privada no PIB municipal?
Onde estes recursos são empregados?
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )

Capacidade empresarial
14. A capacidade empresarial de um município são as condições que o mesmo oferece para que a iniciativa
privada possa manter em funcionamento suas atividades, como a disponibilidade de mão-de-obra
capacitada, o incentivo da presença de grupos internacionais e empresas de grande porte. As
atividades da atual gestão podem garantir melhoria na capacidade empresarial pra os próximos três
anos (até o fim da gestão)? Por quê?
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )
5 – Sustentabilidade

Aspectos sociais
15. Além dos benefícios econômicos provenientes dos que visitam o destino, o turismo pode gerar também
benefícios ambientais, culturais e sociais. Para que estes benefícios estejam realmente ao alcance da
população é necessário que ela disponha de educação, emprego gerado pelo turismo e que também
desfrute dos atrativos. A população atualmente está sendo beneficiada das políticas do turismo? O que
a população pode esperar para os próximos três anos?
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )

Aspectos ambientais
Resp:
Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( )
87
APENDICE B: Questionário Segunda Rodada de Balneário Camboriú
Prezado Senhor (a),
Agradeço a sua participação na entrevista anterior e mais uma vez venho pedir a colaboração para a
conclusão do trabalho. As respostas obtidas foram muito interessantes, porem o método de pesquisa
Delphi confere uma segunda rodada de perguntas para os mesmos participantes, a fim de socializar o
resultado anterior e solidificar a opinião do grupo questionado. Para tanto, apresento um novo
questionário, que foi elaborado tendo como base as respostas obtidas anteriormente.
Peço sua participação, mais uma vez. Aproveito para solicitar o preenchimento e envio deste o mais
breve possível,
Muito Obrigado,
Qualquer dúvida favor entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou por telefone
(47) 9938-3190.
Rogelio Alves Maria
1 – Quanto à infra-estrutura da cidade de Balneário Camboriú no quesito saúde pública e segurança,
as respostas apontaram para uma maior preocupação na gestão do hospital municipal e políticas de
segurança para resolver o problema da sazonalidade no município. Você concorda com esta
afirmação?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
2 - A infra-estrutura de acesso é um dos itens mais importantes para o turismo. Conforme as
respostas, a situação em Balneário Camboriú não é diferente. Verificou-se que o acesso à cidade
apresenta menos deficiência que o acesso interno. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
3 – A gestão dos recursos para ampliação e manutenção dos equipamentos turísticos está sendo
adequada. Você concorda que a iniciativa privada deveria participar para oferecer melhores
resultados?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
4 - Em relação a equipamentos turísticos e de lazer, a cidade tem muito a oferecer, mas apresenta
carência em local para evento, capacitação profissional. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
5 – A vocação turística de Balneário Camboriú é a utilização dos recursos naturais devido as praias,
mas a cidade poderia tem potencial para o turismo de eventos. Você concorda?
88
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
6 - A gestão pública atual garante condições sustentáveis para os atrativos turísticos através da
fiscalização e manutenção. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
7 - Em Santa Catarina e nos estados próximos, a cidade é bem conhecida, e as ações de marketing
que a atual gestão municipal vem desempenhando são eficazes, porém precisam também focar no
turista internacional. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
8 - As parcerias público-privadas tem sido suficientes para divulgar e valorizar os atrativos turísticos
em Balneário Camboriú. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
11 - A Gestão Pública deve buscar o fortalecimento das cidades vizinhas para o atendimento nas
épocas de saturação do turismo, pois além de auxiliar no crescimento das mesmas, ela garantirá a
hospitalidade aos visitantes. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
12 – Os levantamentos realizados pelo PIT (Ponto de Informações Turísticas) são suficientes para
mensurar o fluxo de visitantes no município. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
13 – Impostos que o município arrecada oriundos do setor de serviços são destinados à obras de
infra-estrutura e manutenção da prefeitura. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
14
15 - A gestão municipal deveria buscar outras formas de incentivar a economia, não dependendo
somente da temporada de verão. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
16 – A gestão municipal atual não está demonstrando interesse nem preocupação na preservação e
manutenção de áreas de preservação natural. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
89
APENDICE C: Perguntas da segunda rodada de Florianópolis
Prezado (a) Senhor (a),
Agradeço a sua participação na entrevista anterior e venho, novamente, pedir a colaboração para a
conclusão do trabalho. As respostas obtidas foram muito interessantes, porem o método de pesquisa
Delphi confere uma segunda rodada de perguntas para os mesmos participantes, a fim de socializar o
resultado anterior e solidificar a opinião do grupo questionado. Para tanto, apresento um novo
questionário, que foi elaborado tendo como base as respostas obtidas anteriormente.
Peço sua participação, mais uma vez. Aproveito para solicitar o preenchimento e envio deste o mais
breve possível,
Muito Obrigado,
Qualquer dúvida favor entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou por telefone
(47) 9938-3190.
Rogelio Alves Maria
1 - A atual gestão conseguira implantar novos sistemas de segurança e aprimorar o serviço de
atendimento hospitalar na cidade de Florianópolis até o fim do mandato. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar.
2 – A solução para o problema do acesso na cidade de Florianópolis é possível de ser solucionado
mediante as ações da atual gestão. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
3 – A iniciativa privada é responsável por manter em atividade a cultura em feiras, praças e parques
na cidade de Florianópolis. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
4 – A sinalização turística e a qualificação profissional na cidade de Florianópolis são adequadas para
receber turistas de todos os estados e turistas estrangeiros. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
5 – Além dos recursos naturais, os eventos são meios que a cidade de Florianópolis possui para atrair
turistas o ano inteiro. Você concorda?
Sim (
Não (
)
)
90
Comente se desejar
6 – A sustentabilidade ambiental? é a base para as ações de preservação e manutenção dos
atrativos turísticos em Florianópolis. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar.
7 – As ações de marketing utilizadas pela gestão municipal de Florianópolis são realizadas de forma
amadora e sem profissionalismo. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar.
8 – As ações de marketing da atual gestão têm o foco no público em massa, quando deveria trabalhar
com um publico especifico. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar.
9 – As políticas públicas para o turismo da atual gestão municipal da cidade de Florianópolis não são
adequadas para suprir a demanda turística. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar.
10 – As parcerias entre Florianópolis e municípios visinhos é resultante de acordos firmados entre a
iniciativa privada. Você concorda?
Sim (
)
Não (
)
Comente se desejar.
11 – O levantamento realizado pelas Informações Turísticas é suficiente para mapear o fluxo de
visitantes em Florianópolis. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar.
12 – Os investimentos realizados na infra-estrutura do município é conseqüência da arrecadação e da
participação da iniciativa privada. Você concorda?
Sim (
)
Não ( )
Comente se desejar.
13 – Florianópolis possui condições para atender e suprir com qualidade qualquer atividade empresarial seja ela
nacional ou internacional. Você concorda?
Sim (
)
Não ( )
Comente se desejar.
14 – A gestão municipal de Florianópolis costuma seguir as regras estabelecidas pela legislação no que diz
respeito à conservação, preservação e fiscalização do meio ambiente. Você concorda?
Sim (
)
91
Não (
)
Comente se desejar.
APENDICE D: Perguntas da segunda rodada de São Joaquim
Prezado (a) Senhor (a),
Agradeço a sua participação na entrevista anterior e venho, novamente, pedir a colaboração para a
conclusão do trabalho. As respostas obtidas foram muito interessantes, porem o método de pesquisa
Delphi confere uma segunda rodada de perguntas para os mesmos participantes, a fim de socializar o
resultado anterior e solidificar a opinião do grupo questionado. Para tanto, apresento um novo
questionário, que foi elaborado tendo como base as respostas obtidas anteriormente.
Peço sua participação, mais uma vez. Aproveito para solicitar o preenchimento e envio deste o mais
breve possível,
Muito Obrigado,
Qualquer dúvida favor entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou por telefone
(47) 9938-3190.
Rogelio Alves Maria
1 – A Cidade de São Joaquim necessita urgentemente de uma reestruturação em seus equipamentos
hospitalares. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
2 – A cidade de São Joaquim necessita urgente mente de uma rota alternativa para o fluxo de
caminhões pesados oriundos do transporte de maçãs do interior da cidade. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
3 - Consenso
4 – A sinalização turística na idade de São Joaquim é precária devido ao mal estado de conservação
e a não renovação das mesmas. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
5 – São Joaquim precisa de uma reestruturação física para dar mais suporte ao turista que vem desfrutar do
turismo rural. Você concorda?
Sim (
)
Não ( )
Comente se desejar
6 – As ações da atual gestão garantem a sustentabilidade dos atrativos turísticos. Você concorda?
Sim (
)
Não ( )
Comente se desejar
7 – O fato de São Joaquim ser a cidade mais fria do país garante a ela o marketing suficiente para divulgá-la.
Você concorda?
Sim (
)
92
Não ( )
Comente se desejar
8 – As ações de marketing voltadas ao turismo poderiam ser mais trabalhadas a fim de atrair turistas de todo o
país. Você concorda?
Sim (
)
Não ( )
Comente se desejar
9 – A iniciativa privada é isoladamente responsável pela valorização do turismo em São Joaquim. Você
concorda?
Sim (
)
Não ( )
Comente se desejar
10 – A CONSERRA é uma referência em cooperativismo para outros municípios do estado. Você
concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
11 – A política de cooperação no município de São Joaquim abrange o primeiro, segundo e o terceiro
setor bem como a comunidade local. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
12 – As pesquisas de demanda realizadas pela Secretaria Estadual do Turismo em São Joaquim não
possuem interesses políticos. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
13 – A PROTUR é mais uma tentativa da iniciativa privada tentar ampliar o interesse do município
pelo turismo, o que deveria estar sendo feito pela gestão municipal. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
14 – Os Projetos de instalação da primeira escola de ensino federal em São Joaquim têm caráter
político, visando as eleições estaduais do próximo ano. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
15 – A população de São Joaquim corre o risco de ficar marginalizada com a implantação de políticas
públicas de turismo por parte do governo federal. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
16 – O desmatamento e a alteração do meio ambiente é o preço que a cidade de São Joaquim irá
pagar por instituir políticas de desenvolvimento do turismo na cidade. Você concorda?
Sim ( )
Não ( )
Comente se desejar
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ROGÉLIO ALVES MARIA