UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ROGÉLIO ALVES MARIA DESENVOLVIMENTO DOS DESTINOS INDUTORES DO TURISMO DE SANTA CATARINA: Um reestudo e análise de prospecção para o futuro das cidades de Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim Balneário Camboriú 2009 ROGÉLIO ALVES MARIA DESTINOS INDUTORES DO TURISMO DE SANTA CATARINA: um reestudo e análise da prospecção para o futuro das cidades de Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – Gestão Empreendedora, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Profa. MSc Ligia Ghisi Balneário Camboriú 2009 ROGÉLIO ALVES MARIA DESTINOS INDUTORES DO TURISMO DE SANTA CATARINA: um reestudo e análise da prospecção para o futuro das cidades de Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Gestão Empreendedora da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú. Área de Concentração: Administração Geral Balneário Camboriú, 25 de novembro de 2009. _________________________________ Profa. MSc. Ligia Ghisi ___________________________________ Prof. MSc. Alexandre de Sá Avaliador ___________________________________ Prof. MSc. Laercio Braggio Avaliador EQUIPE TÉCNICA Estagiário(a): Rogélio Alves Maria Área de Estágio: Administração Geral Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder Supervisor da Empresa: Ayres Rodrigues da Silva Neto Professora orientadora: Ligia Ghisi DADOS DA EMPRESA Razão Social: New York Turismo Ltda. Endereço: Rua 1536, esquina com 906, número 60 – Bairro Centro – Balneário Camboriú – SC. Setor de Desenvolvimento do Estágio: Turismo Duração do Estágio: 120 horas Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Carimbo do CNPJ da Empresa: AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA Balneário Camboriú, 24 de outubro de 2009. A Empresa New York Turismo Ltda, pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo acadêmico Rogélio Alves Maria. ___________________________________ Responsável pela Empresa “Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, há os que lutam toda a vida. Esses são os imprescindíveis" Bertolt Brecht. AGRADECIMENTOS Aos meus pais Cezar e Camélia Aos meus colegas de curso pela amizade Aos Professores Marcio Daniel Kiesel, Lorena Schröder e todos os professores pelas contribuições dadas ao longo do curso A Professora Ligia Ghisi pela sua orientação e seu apoio A Coordenação do curso pela paciência E a todos que acreditaram em especial à Marília Nunes Antunes RESUMO A atividade turística destaca-se no cenário mundial por sua expressividade, volume financeiro movimentado, número de pessoas que visitam outros países e pela participação no PIB que o setor representa nos países desenvolvidos e nos em desenvolvimento. Para suprir a demanda turística, o Ministério do Turismo se antecipou, e através da Fundação Getúlio Vargas e o SEBRAE, definiram sessenta e cinco cidades no país que são consideradas indutores do turismo. Em Santa Catarina as cidades selecionadas foram Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim, cada uma com características distintas entre si, não sendo possível compará-las. A iniciativa do Governo Federal fez que investimentos fossem destinados a obras de infra-estrutura e desenvolvimento, com o intuito de transformar as cidades escolhidas em pólos indutores do turismo de padrão internacional. Caberá ao gestor municipal fiscalizar e aplicar os recursos, entretanto sob intensa fiscalização do Governo Federal. Para planejar estes destinos a Fundação Getúlio Vargas com o SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas estudaram e mensuraram a competitividade dos mesmos. Foram divididos aspectos relacionados ao turismo que influenciam direta e indiretamente o setor, com o objetivo de melhorar o entendimento da real situação de cada município. O projeto de pesquisa teve como base o estudo do Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Getulio Vargas e o SEBRAE, para analisar a prospecção dos indicadores de competitividade dos destinos turísticos indutores do Estado de Santa Catarina. Palavras-chave: Indicadores. Turismo. Prospecção. ABSTRACT The tourism stands out on the world stage in their expressiveness, trading volume, number of people visiting other countries and the share of GDP that represents the industry in both developed and developing countries. To meet the tourist demand, the Ministry of Tourism is anticipated, and by Fundação Getúlio Vargas and SEBRAE, sixty-five defined cities in the country that are considered inducers of tourism. In Santa Catarina the cities selected were Florianopolis, Florianópolis and São Joaquim, each with different characteristics, it is not possible to compare them. The federal initiative that funds would be made for construction of infrastructure and development in order to transform the cities chosen in the tourism centers inducers of international standard. It is for the municipal manager to monitor and apply the resources, however under intense scrutiny from the Federal Government. To plan for these destinations Getúlio Vargas Foundation with SEBRAE - Brazilian Service of Support to Micro and Small Enterprise studied and measured the competitiveness of the above. They were divided aspects related to tourism directly and indirectly influence the sector, with the aim of improving the understanding of the real situation of each municipality. The research project was based on the study by the Ministry of Tourism in partnership with Fundação Getulio Vargas and SEBRAE, to consider the prospect of the indicators of competitiveness of tourist destinations in inducing the state of Santa Catarina. Keywords:Indicators,Tourism,Prospecting. LISTA DE QUADROS Quadro 1 Infra-Estrutura .............................................................................. 43 Quadro 2 Turismo ........................................................................................ 46 Quadro 3 Políticas Públicas ........................................................................ Quadro 4 Economia ..................................................................................... 52 Quadro 5 Sustentabilidade .......................................................................... 53 Quadro 6 Lista de Entrevistados ................................................................ 59 Quadro 7 Análise dos resultados de Balneário Camboriú ........................ 61 Quadro 8 Reestudo dos indicadores de Balneário Camboriú ................. 66 Quadro 9 Análise dos resultados de Florianópolis ................................. 67 49 Quadro 10 Reestudo dos indicadores de Florianópolis .......................... 72 Quadro 11 Análise dos resultados de São Joaquim ................................. 73 Quadro 12 Reestudo dos indicadores de São Joaquim ........................... 78 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 13 1.1 Tema de estágio ...................................................................................... 14 1.2 Problema de pesquisa ............................................................................. 15 1.3 Objetivos .................................................................................................. 15 1.4 Justificativa .............................................................................................. 16 1.5 Contextualização do ambiente de estágio ............................................... 17 1.6 Organização do trabalho ......................................................................... 17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. 19 2.1 Administração .......................................................................................... 19 2.2 Administração Pública ............................................................................. 24 2.3 Empreendedorismo ................................................................................. 27 2.4 Planejamento Estratégico ....................................................................... 30 2.5 Turismo .................................................................................................... 34 2.6 Tipologia do Turismo ............................................................................... 38 2.7 Indicadores de Desenvolvimento para o Turismo ................................... 43 2.7.1 Infra-estrutura .......................................................................................... 43 2.7.2 Turismo .................................................................................................. 46 2.7.3 Políticas Públicas .................................................................................. 49 2.7.4 Economia ............................................................................................... 52 2.7.5 Sustentabilidade .................................................................................... 53 3 METODOLOGIA ..................................................................................... 57 3.1 Tipologia de pesquisa .............................................................................. 57 3.2 Sujeito do estudo ..................................................................................... 58 3.3 Instrumentos de pesquisa ........................................................................ 59 3.4 Análise e apresentação dos dados ......................................................... 59 3.5 Limitações da pesquisa ........................................................................... 60 4 RESULTADOS ........................................................................................ 61 4.1 Análise dos resultados de Balneário Camboriú ....................................... 61 4.2 Análise dos resultados de Florianópolis .................................................. 66 4.3 Análise dos resultados de São Joaquim .................................................. 72 5 CONSIDERAÇÕES ................................................................................. 79 6 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 81 7 APÊNDICES ............................................................................................ 84 13 1 INTRODUÇÃO Devido à participação do turismo nas economias locais, regionais, nacionais e internacionais, esta atividade passou a receber mais atenção por parte de investidores, do primeiro e do segundo setor. Segundo o Instituto para o Desenvolvimento da Economia, do Indivíduo, do Ambiente e da Sociedade (2009) o turismo representou no ano de 2007 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, isto equivale a uma receita de R$39bi. Em uma economia globalizada, é vital para o empreendedor saber quais setores estão com possibilidades de permanecerem atuantes no mercado. Não se podem ignorar as tendências do mercado mundial. O turismo, hoje, representa forte capacidade, não apenas de sobrevivência, mas de expansão e desenvolvimento. Para isto, é necessário que os gestores públicos estejam preparados para as mudanças que já estão ocorrendo. Um gestor público consciente de seus deveres e atento as oportunidades de mercado, não apenas fará de sua gestão um sucesso, como trará desenvolvimento para o local. Pois é de seu conhecimento que o turismo pode ajudar a desenvolver sua região. Espera-se que o gestor municipal gerencie de maneira sustentável os recursos federais, estaduais e municipais para que consiga atrair investidores da iniciativa privada. Desenvolvimento deste trabalho foi baseado na pesquisa realizada pela fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com o Ministério do Turismo e o SEBRAE em todo o país, que apontou em Santa Catarina três destinos considerados indutores do turismo, são eles: Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim. Estas cidades por terem um perfil e um histórico turístico, atraem turistas para os municípios próximos, por isso são considerados indutores do turismo. Cada uma destas cidades possui características e similaridades que torna impossível compará-las entre si. O desenvolvimento da atividade turística na cidade de São Joaquim, por exemplo, tem características de turismo de montanha voltado ao perfil rural e ecológico. Tendo como atrativos principais o clima, a gastronomia e os vinhos finos de altitude 14 produzidos nas vinícolas da cidade. Segundo o IBGE (2009), a cidade possuía uma população em torno de 24.058 habitantes no ano de 2008. No que se refere a cidade de Florianópolis, além de ser a Capital do Estado, é composta de um grande conteúdo histórico. A Ilha de Santa Catarina, como é conhecida, possui diversas praias é considera uma das melhores cidades para se viver em todo o país. Segundo o IBGE (2009), Florianópolis possui cerca de 408.161 habitantes, sendo considerada a segunda cidade mais populosa do estado, atrás apenas de Joinville. A cidade de Balneário Camboriú é a mais jovem das três cidades pesquisadas, com pouco mais de quarenta anos de emancipação política, já é considerada uma das potências do turismo no país. É resultado de investimento realizado pela esfera pública e privada ao longo dos últimos anos. Também possui belas praias, dentre elas uma das únicas oficialmente naturistas do Brasil. Possui segundo IBGE (2009), uma população estimada em 102.081 habitantes, sendo que o fluxo de visitantes na temporada de verão ultrapassa um milhão de pessoas. O estudo da FGV definiu cinco áreas fundamentais de cada destino, subdividindo-as conforme necessidade de pesquisa. Foi avaliada em cada destino: a infra-estrutura, o turismo, as políticas públicas, a economia e a sustentabilidade. A avaliação segue uma escala que de zero a cem, conforme a equipe técnica composta de 23 pesquisadores. A presente pesquisa pretendeu constatar se os envolvidos e interessados no desenvolvimento das cidades analisadas estão com a mesma linha de raciocínio e se há coerência no que os mesmos afirmam. Com a utilização do método Delphi nesta pesquisa será possível constatar se há concordância entre seus pontos de vista e suas expectativas. 1.1 Tema Análise da prospecção dos indicadores de competitividade dos destinos indutores turísticos para o futuro das cidades de Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim. 15 Foram questionadas as pessoas envolvidas e responsáveis pelo setor das dimensões propostas no estudo. Foi aplicado o método Delphi, que permite que os questionados possam verificar a opinião de outras pessoas que também influenciam na gestão do turismo, possibilitando o aumento do consenso entre as partes bem como a detecção de conceitos errôneos. 1.2 Problema Com uma participação significativa no PIB brasileiro, o turismo representa hoje indícios de será dentro de alguns anos, uma das engrenagens da economia nacional. Ciente dessa participação do turismo no PIB, o Governo Federal disponibilizou recursos para serem investidos em municípios considerados indutores do turismo, ou seja, cidades que atraem visitantes, mas não apenas para si, mas também para seus municípios vizinhos. O turismo da esfera municipal precisa estar atento às várias atribuições distintas, porém devem estar interligadas para que ocorra o desenvolvimento local. Devido estas atribuições, é natural que cada que o gestor as divida em setores e assim obter uma visão diferente. São elas: políticas públicas, sustentabilidade, turismo e infra-estrutura. Para tanto, pergunta-se, qual a prospecção dos indicadores de competitividade das cidades de Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim em relação aos setores citados? 1.3 Objetivos Os objetivos orientam os procedimentos da pesquisa, para tanto são apresentados a seguir: 1.3.1 Objetivo Geral Para Richardson (1999) o objetivo geral busca alcançar resultados com a realização da pesquisa, desta forma este trabalho apresenta o seguinte: 16 Analisar a prospecção dos indicadores de competitividade dos destinos turísticos para o futuro das cidades de Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim. 1.3.2 Objetivos Específicos Os objetivos específicos detalham as ações que deve conter uma pesquisa, assim como é apresentado abaixo: Verificar os indicadores usados na pesquisa sobre os indutores do turismo de SC; Eleger os stakeholders diretamente interessados na administração do turismo das cidades eleitas para o desenvolvimento da pesquisa; Identificar, na opinião dos envolvidos, os indicadores de prospecção. 1.4 Justificativa O desenvolvimento do turismo, embora recente no Brasil, já assume grandes proporções e representatividade na economia do país. Os números positivos conseguem maior abrangência partir de 2003 com a criação do Ministério do Turismo. Desta forma, o planejamento é importante para que esta atividade consiga atingir metas e objetivos de dados ainda maiores. Com o Ministério do Turismo a atividade turística se torna uma oportunidade de desenvolvimento, por proporcionar um efeito multiplicador tanto para os envolvidos diretamente e indiretamente com o turismo. Diante deste panorama, os gestores da esfera pública municipal atuam como responsáveis por estruturar os destinos. Devido o turismo ser uma atividade complexa, os gestores devem ter atenção nos fatores que o influencia. O estudo de competitividade proposto pelo Ministério do Turismo, FGV e SEBRAE categorizou os indicadores de desenvolvimento, os quais dividiram em macro e micro-dimensões para melhor estudá-lo e assim, avaliar o nível de competitividade dos destinos indutores de Santa Catarina: Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim. Estes fatores alavancaram o interesse em prover um reestudo para melhor compreender as ações de planejamento e empreendedorismos na gestão pública. 17 Por isso, a importância da pesquisa, pois hoje verifica-se a falta e falha de comunicação nas gestões tanto pública quanto privada. Como o turismo, para ser desenvolvido, precisa de alinhamento de opiniões entre o poder público, iniciativa privada e sociedade civil o método Delphi aproxima estes responsáveis através do questionário formatado. 1.5 Contexto do ambiente de estágio O estágio foi desenvolvido na agência de viagens e turismo New York Turismo Ltda. Apesar de estar em atividade a menos de cinco anos na cidade de Balneário Camboriú, já é considerada uma das mais conceituadas e procuradas para interessados em viagens nacionais e internacionais. A empresa é administrada pelo sócio fundador Ayres Rodrigues da Silva Neto e mais dois funcionário de notável conhecimento em turismo. A empresa possui parcerias com as principais operadoras de turismo do mundo como a CVC. A empresa pretende ampliar sua capacidade de operação inaugurando novos pontos de atendimento em parceria com Shoppings, Municípios e empresas de suporte e apoio ao turismo. 1.6 Organização do trabalho A finalidade deste trabalho é unir os conhecimentos técnico-científicos com os conhecimentos práticos desenvolvidos através de pesquisa exploratória. Para buscar um consenso entre os entrevistados, a método utilizado não limitou-se a aplicação de um questionário ou uma entrevista, foram realizadas duas rodadas de perguntas com cada entrevistados, não importando o grau de dificuldade de consegui-las. Para constatar a viabilidade da pesquisa, bem como cumprir os requisitos metodológicos, primeiramente foi definido o tema a ser pesquisado, bem como os objetivos e o problema de pesquisa. Após esta etapa foi realizado a contextualização do ambiente de estágio, concluindo o primeiro capítulo desta pesquisa. 18 Na seqüência seguindo a ordem cronológica da pesquisa, foram descritos os referenciais teóricos de natureza confiável e especializada, que justificam e norteiam os objetivos e o tema pesquisado. Dentre os assuntos abordados estão: Administração, Administração Pública, Empreendedorismo, Planejamento estratégico, Turismo, Tipologia do Turismo e Indicadores do Desenvolvimento para o Turismo. O terceiro capítulo refere-se a metodologia seguida para o levantamento de dados. Seguido da quarta e ultima parte que apresenta os resultados obtidos com a pesquisa, bem como as respostas aos objetivos específicos e ao problema citados na primeira parte desta pesquisa. A figura 1 apresenta a estrutura deste Trabalho de Conclusão de Curso. Figura 1 – Estrutura do Trabalho de Conclusão de Curso 19 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo apresenta os pressupostos teóricos que fundamentaram o trabalho, fornecendo informações científicas e afirmações de autores reconhecidos pela academia. Os temas abordados são: Administração, Empreendedorismo, Administração Pública, Planejamento e Turismo, Tipologia do Turismo, Indicadores de desenvolvimento para o turismo. Tais pressupostos orientaram o trabalho de investigação na elaboração do construto e interpretação dos dados. 2.1 Administração No decorrer da história a Administração sempre existiu, desde o Império Romano, passando pelos impérios coloniais e revolução industrial chegando à atualidade como uma novidade. Sempre passando por mudanças que se limitavam as necessidades de cada época. Entretanto o que há de novo não é a Administração em si, mas os processos e a sistematização dos conhecimentos, bem como sua importância e finalidade. (LACOMBE; HEILBORN, 2003). A Administração constitui a forma como diversos recursos organizacionais serão empregados para planejar, organizar, dirigir e controlar com o objetivo de alcançar metas e resultados. Para avaliar o desempenho de uma administração é necessário analisar se está havendo eficiência, que resumidamente é que fazer corretamente as coisas preocupar-se com os meios, enfatizar métodos e procedimentos, cumprir regulamentos, treinar e aprender, saber trabalhar e ser pontual. Mas a eficiência não é suficiente, dever haver eficácia, principalmente para objetivos e resultados. A eficácia tem como características fazer as coisas necessárias preocupar-se com os fins, enfatizar objetivos e resultados, atingir alvos, saber e conhecer e agregar valor e riqueza à organização. (CHIAVENATO, 1999). Para Silva (2004, p. 9) a administração possui funções, as quais são desempenhadas para atingir os objetivos esperados. Entre elas o autor destaca o planejamento, direção, organização e controle. Existem controvérsias entre a função 20 direção a qual pode ser colocada também como liderança. Entretanto Silva coloca direção porque é um termo mais abrangente e a liderança se encontra inserida nela. Dentre tantos conceitos muitas definições estão simplificando o que diz Silva (2004, p. 5), em que a administração “está relacionada com o alcance dos objetivos por meio dos esforços de outras pessoas”. No entanto dentre todos os estudos sobre a visão e conceito de administração, o autor declara que é “um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas organizacionais” (SILVA, 2004, p. 6). Charnov (2000) apud Silva (2004, p. 7) afirma que administração é “o ato de trabalhar com e por meio de pessoas para realizar os objetivos tanto da organização quanto de seus membros”. Portanto as duas definições envolvem pessoas, objetivos e uma organização que se pretende administrar. A definição atual coloca mais ênfase no elemento humano na organização; focaliza a atenção nos resultados a serem alcançados, isto é, nos objetivos ao invés das atividades; e inclui no conceito de que a realização dos objetivos pessoais de seus membros deve ser integrada à realização dos objetivos organizacionais (CHARNOV, 2000, apud SILVA, 2004, p. 7) Nos mais ressentes períodos da história da humanidade, a Administração recebeu diversos conceitos, foram formadas teorias, cada qual respeitando sua época e limitações científicas. Uma das características principais da administração Científica apresenta-se como: “todas as tarefas fossem divididas em subtarefas, até o nível máximo possível, em que elas pudessem ser supervisionadas, até o nível máximo possível, para os padrões da época, de forma adequada”. (OLIVEIRA, 2005, p. 81). Entretanto na Escola de Administração Clássica o foco era interno e estrutural, ou seja, “a partir do momento que a organização tem estruturas adequadas que funcionam bem, todos os outros problemas se resolvem, inclusive aqueles relacionados ao comportamento humano”. (MOTTA, 1998, p.23). Na perspectiva da Administração Clássica, Megginson et al (1998, p. 45) afirma: A Administração, na forma desenvolvida por Fayol, se aproxima bastante da nossa definição. Focaliza bastante o processo de administração relativo ao 21 estabelecimento de objetivos e planejamento, organização, comando, organização e controle de atividades, de tal forma que os objetivo0s organizacionais sejam atingidos. Na seqüência da evolução histórica da Administração a Teoria das Relações Humanas, revela a importância do fator humano na administração das organizações e a também a dificuldade de “controlar” as pessoas. No decorrer da história e das experiências realizadas, constatou-se que as pessoas não são totalmente controláveis como máquinas e ainda são imprevisíveis, o que gerou dificuldade de compreensão no período da Escola de Administração clássica, ou seja, sempre haverá incertezas quanto às pessoas. (MOTTA, 2008). O movimento das Relações Humanas começou em 1927 com os resultados de uma experiência realizada por George Elton Mayo na fábrica de Hawthorne, em Chicago. Os estudos de Hawthorne mostraram “que um incentivo poderoso para o aumento da produção não era devido às condições físicas de trabalho, [...] mas, pelo qual os trabalhadores se sentiam importantes e reconhecidos por terem sido escolhidos para tomar parte de um estudo científico”. (MEGGINSON et al, 1998, p. 50). Uma seguinte teoria foi chama de Burocracia, no qual Lodi (1993, p.91) complementa que esta “é definida como um sistema social organizado por normas escritas visando uma racionalidade e igualdade no tratamento de seus públicos, clientes ou participantes.”. Outrossim, a Abordagem Comportamental veio reforçar a importância da compreensão do ser humano para a Administração. Embora, “também denominada Orgânica ou humanística, deu ênfase ao tratamento favorável aos empregados, em vez de só focalizar seu desempenho ou produtividade”. (MEGGINSON et al, 1998, p. 49). Neste período foi conhecida a “Pirâmide de Maslow” que buscou demonstrar quais são os cinco níveis de necessidades do ser humano. Citadas por Venturi e Lenzi (2003, p.19): Necessidades fisiológicas: ou seja, de alimentação, de sono, de descanso, de abrigo, de desejo sexual, dentre outros; Necessidades de segurança: de estabilidade, de proteção contra ameaças ou privação e a de fuga do perigo; Necessidades sociais: de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor; Necessidades de estima: relacionadas com a maneira pela qual a pessoa 22 se vê e se avalia. Envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração; Necessidade de auto-realização: são as necessidades humanas mais elevadas e que estão no topo da hierarquia. É a necessidade de cada pessoa realizar seu próprio potencial e de autodesenvolver continuamente (ser constantemente mais do que é – vir a ser tudo o que pode ser). Em relação a Teoria dos Sistemas, Lodi (1998, p.199) afirma que Ludwig Von Bertalanffy, explicou em 1968 que essa teoria “é uma nova visão da realidade que transcende os problemas tecnológicos, exige uma reorientação das ciências, atinge uma ampla gama de ciências desde a física até as sociais e é operativa com vários graus de sucesso. Na Teoria Contingencial “não há nada de absoluto, tudo é relativo, tudo depende” Quanto a Teoria das Contingências, Motta (2003, p.25), afirma que: entende-se por contingência um conjunto de conhecimentos, derivados de diversos empreendimentos de pesquisa de campo que procuram delimitar a validade dos princípios gerais de administração a situações específicas Além das visões que abordam pessoas e objetivos, Robbins e Decenzo (2004) acrescentam na definição que, os custos em uma administração precisam ser minimizados, entretanto não é apenas suficiente para o mundo atual, o qual o mercado exige a habilidade de eficácia. Toda administração tem um propósito específico para alcançar, mas este precisa ser almejado através da eficácia. Entretanto diante de tantas mudanças providas de um mundo incerto e de culturas diferentes, a administração possui aperfeiçoamentos e modelos diversificados para uma melhor gestão e assim atendendo cada realidade, como comprova Chiavenato (1999, p. 100): [...] além dos desafios da administração em termos de diversidade das organizações e complexidade do ambiente em que operam, outras forças ajudam a complicar o panorama com que se defrontam os administradores. É que vivemos em um mundo mutável e turbulento, onde a mudança é o aspecto constante. Drucker (1999 apud CHIAVENATO, 2002, p. 3) afirma que estas mudanças rápidas “não se limitam, de forma alguma, aos Estados Unidos. Ela se tornou comum no Japão, na Alemanha, na Alemanha, na Holanda, etc.”. A administração é um “campo muito vasto, requer conhecimentos diversificados, o ambiente muda, a ciência e a 23 tecnologia evoluem, os processos produtivos se alteram e tudo isso requer atualização dos conhecimentos”. (LACOMBE; HEILBORN, 2003, p. 8). O profissional administrador deve estar atento a realidade não só do seu entorno, mas no mundo todo. Interferências externas influenciam o tempo todo, [...] elas moldam o comportamento de qualquer organização, ditam suas decisões a respeito do que fazer ou não, definem o que as organizações consideram resultados significativos, tratam de mercados, clientes, concorrentes, seus valores, comportamento e tecnologia (DRUCKER, 2002, p. 4). A capacidade de observar tanto aspectos internos a empresa como externo faz parte para se almejar o sucesso de uma administração, entender sobre política, economia e a sociedade é necessário para identificar onde a empresa está situada e desta forma o que se pode tomar ações e decisões que favoreçam positivamente a empresa (LACOMBE E HEILBORN, 2003, p. 10). Desta forma a administração necessita observar seu entorno para utilizar ferramentas que a auxiliem. A tecnologia da informação veio contribuir para com que os administradores tenham uma visão ampliada, pois o contato se tornou mais próximo e com maior velocidade. Chiavenato (1999, p. 71) diz que “em milésimos segundos as notícias e informações cruzam o planeta, aproximando as pessoas e fazendo do mundo uma verdadeira aldeia global”. A tecnologia da informação tem gerado um grande impacto na competitividade de empresas brasileiras, assim como entre as destinações do mundo todo. Define-se a tecnologia da informação como sendo “o termo coletivo dado aos mais recentes desenvolvimentos no meio eletrônico e nos mecanismos utilizados para a aquisição, processamento, análise, armazenagem, recuperação, disseminação e aplicação da informação”. (POON, 1993 apud COOPER, 2003, p. 457). Por não haver barreiras para o exercício da Administração foram rompidos os limites das organizações alavancando mudanças não só no cenário econômico, mas no cenário social e político. Tais mudanças acabam influenciando a gestão pública, atuando diretamente nas decisões que norteiam o desenvolvimento de uma região, de um país ou mesmo do mundo, o que será fundamentado no próximo item. 24 2.2 Administração Pública Devido a globalização na administração pública também ocorreram mudanças. Verifica-se que os modelos de gestão, de participação e de exposição de atividades foram alterados porque a própria sociedade faz esta exigência. A sociedade contemporânea viu-se participação política para conseguir foram derrubadas as barreiras do fenômenos oriundos da informática 2005, p. 4) obrigada a expandir o seu nível de inserir-se num novo mundo no qual tempo e da distância, através de (internet) e telemática. (BURATTO, O objetivo principal da Administração Pública para Rabello (2009) é que haja organização em todas as áreas da gestão. Seja ela financeira, pessoal e de todo o sistema institucional-legal. Rabello (2009), ainda complementa que as principais funções que a gestão pública tem, é garantir a soberania da economia local e a redução gradual da desigualdade social. Todavia o gestor público tem como obrigação “respeitar e garantir os direitos fundamentais da pessoa humana, anteriores e superiores ao dever da responsabilidade em regulamentar as relações públicas da vida em sociedade.” (RICCITELLI, 2006, p. 2). Suas ações institucionais ou representativas, assegurando aos cidadãos o pleno exercício de seus direitos individuais e garantindo mais transparência aos atos administrativos realizados por seus agentes, dificultando assim o crescimento da corrupção (RICCITELLI, 2009, p. 2). Tendo em vista a importância da Administração Pública “o estudo é fundamental para compreender a transformação do funcionamento do estado, o cenário de mudanças das últimas décadas, bem como a redefinição das técnicas de gestão pública” (MARQUES, 2008, p.3). Na administração pública é importante ter o elo entre poder público e iniciativa privada, pois através deste contato que se toma ciência de real situação da administração, como conseqüência as articulações necessárias serão providenciadas por meio de profissionais capacitados e competentes. Espera-se com isso mais atenção as áreas de saneamento, infra-estrutura, economia, 25 educação e segurança. Para Ignarra (2003), estas áreas estão ligadas ao crescimento e ao desenvolvimento. Verificou-se que comunicação e pensamento concordados são palavras e termos chaves na administração pública e que somente os envolvidos com definições estipuladas e comprometidos conseguem oferecer desenvolvimento e competitividade a qualquer localidade. Diante de tantas diferenças torna-se complicado alinhar formas de pensamento ao um objetivo comum, alguns lugares apresentam maior dificuldade que outros. O que Dowbor (1999) apud Carrão (2004, p. 2) sugere é que “aos países em desenvolvimento uma maior articulação entre a esfera pública, a privada e a civil como mecanismo gerador de soluções para o desequilíbrio provocado pela globalização”. Diante do exposto contexto de globalização, as mudanças são provocadas em todos os setores, inclusive nos setores públicos. Segundo Plonski (2007, p. 4) “a inovação também é importante para o setor público. Porém pouco se sabe sobre o processo de inovação em setores não orientados para o mercado” Acompanhar o mundo atual é uma tarefa complicada, ainda mais na gestão pública, a qual não possui fins lucrativos diretamente. No entanto a cada geração nova as políticas de inovação necessitam ser lapidadas de acordo com cada realidade em que está inserida. Com o dinamismo e a descentralização a gestão pública proporciona autonomia para as regiões, o que cada região trabalhar o que lhe é prioridade e conforme sua cultura. Este modelo adota inovação e atende uma nova visão de um mundo globalizado. Chiavenato (1999) cita que as três principais vantagens para a descentralização são: agilidade onde as decisões são respondidas mais rapidamente; independência a qual estimula a criatividade e atende de maneira mais uniforme todos os envolvidos e as novas tecnologias que permitem a entrada da tecnologia para facilitar o trabalho. 26 No Estado de Santa Catarina visualiza-se este processo descentralizador, o qual o profissional público deve ter este comportamento devido sua política. No entanto existem outras características do administrador público que é a “visão melhor do direito administrativo, ter conhecimento melhor dos contratos administrativos” (FERREIRA, 2005, p.2) Uma das características que não podem predominar na gestão pública, mas está na realidade brasileira é a corrupção. Estando presente em toda a história universal a corrupção atinge agentes públicas em números alarmantes, principalmente no Brasil. Ela é considerada um desvio de conduta grave é não é aceitável em qualquer esfera nacional (RICCITELLI, 2006, p. 1). Na Constituição Federal (1988), art. 11, é mencionado que todo agente público deve ter honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade. Ricciteli (2006, p. 1) coloca que as principais características do administrador público são Habilidade para conciliar o carisma político com demandas técnicas e legais; conhecimento geral e obediência ao direito positivo brasileiro; conhecimento específico e obediência aos princípios administrativos constitucionais [...]; atendimento às orientações da Lei de Responsabilidade Fiscal; sensibilidade às exigências do cidadão-cliente mais informado, exigente e ciente de seus direitos; criatividade [...]; dinamismo e empreendedorismo [...], capacidade de ouvir e ser descentralizador. No Brasil a gestão pública sofreu alterações relevantes após a inserção de universidades que formam administradores públicos, os quais adquirem maior conhecimento técnico e discutem competências necessárias, ética e responsabilidades que assumem após entrar neste campo de trabalho. Tendo uma visão abrangente e não somente partidária (FERREIRA, 2005, p. 3). Desta forma, o perfil do administrador público vem sofrendo modificações, tentando inovar e criar estratégias inovadoras, a fim de mostrar novas competências e atitudes oriundas de uma formação em universidades. Assim, na área pública o empreendedorismo se insere e será abordado no próximo item. 27 2.3 Empreendedorismo Há diversas definições para o empreendedorismo, conforme Neto (2002) “é visto como um ramo de administração de empresas, que enfatiza a criação, o desenvolvimento e a gestão de novas organizações”. Na previsão de Dornellas (1990) empreendedorismo "é uma revolução silenciosa, que será para o século 21, mais do que a revolução industrial foi para o século 20". Abrangendo a criação novas empresas, o desenvolvimento e um novo modelo de gestão, o empreendedorismo é chave para o futuro e a sobrevivência das organizações, pois se entende que o empreendedorismo é um ramo da administração de empresas. O conhecimento que está ligado ao empreendedorismo, seja na criação de riqueza ou no desenvolvimento de novos produtos ou serviço, demonstra sua importância e complexidade. Com o empreendedorismo há mais exigência por serviços e produtos de qualidade, e o profissional responsável por isso deverá proporcionar ao mercado a superação das expectativas. Na visão de Hisrich (2004) empreendedorismo atualmente é o método mais eficiente para ligar ciência e mercado. E acrescenta, ainda, afirmando que é um processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessário, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais. O empreendedorismo é um elo entre ciência e mercado, que busca antes de tudo criar algo novo com valor agregado, mas que demanda esforço, riscos financeiros e até risco psíquico-social. Esse esforço somente terá validade se a pessoa do empreendedor for alguém capaz de persuadir terceiros, sócios e investidores, uqe o os riscos são calculados e seguros e que as metas são possíveis de serem alcançadas, a fim de convencê-los que haverá retorno do investimento trará conforto financeiro e estabilidade (DOLABELA, 1999). Hisrich (2003), afirma que na grande maioria das abordagens sobre empreendedorismo que existe a grande maioria delas não pode fugir das características básicas que são inevitáveis, que são os riscos, a criatividade, a independência e a recompensa. Quanto aos riscos precisam ser bem calculados e 28 claros. A criatividade é intrínseca, demanda habilidade e maturidade do empreendedor. A independência resume-se a capacidade de não esperar por terceiros, tomar decisões que muitas vezes vão contra as idéias que são prédefinidas. E por último a recompensa por tanto esforço e dedicação, pode ser na forma de dinheiro, ou simplesmente aquela recompensa de realização pessoal. Segundo Lezana (2001, p. 2) o empreendedor é: [...] o individuo que tem criatividade, identifica oportunidades, com iniciativa própria, busca informações permanentemente, comunica-se persuasivamente, entre outras características, proporcionando satisfação pessoal e familiar, gerando empregos e riqueza Todavia o empreendedorismo não se constitui apenas de características básicas, devido a rápida transformação do mercado o empreendedor já está tomando rumos diferentes, ou seja, está em constante atualização para acompanhar seus concorrentes. É na necessidade de algo, na ausência de uma solução, ou mesmo na criatividade em desenvolver algum serviço ou produto que surge a pessoa do empreendedor. O empreendedor não se contenta em ser apenas mais um, ele quer ser a diferença, por isso possui motivação, coragem, inteligência e espírito de liderança. Muitos projetos que hoje estão em todo o mundo contribuindo com o desenvolvimento da humanidade saíram da mente de um empreendedor. Por isso é dada tão grande importância para o estudo do empreendedorismo Lezana (2001, p. 3) menciona o perfil do empreendedor, que se resumem em necessidades, conhecimento, habilidades e valores. Apesar da tentativa de buscar semelhanças sempre irá encontrar pessoas diferentes. Desta forma, para Lodish (2002), o posicionamento e a segmentação constituem o verdadeiro núcleo daquilo que faz o novo empreendedorismo dar certo ou não. Todas as decisões e táticas importantes da empresa dependem criticamente dessas decisões básicas. Diante deste cenário pode-se perceber que a força e a importância do empreendedorismo repercutem em todo o mundo com tal veemência que é considerada tão revolucionária quanto a própria revolução industrial, que até 29 hoje se observa as conseqüências ocasionadas por ela no início do século XX. (TIMMONS, 1990). Para Mintzberg (2001) apud Lezana (2001) o “intraempreendedorismo é sustentável quando o profissional não deixa de agir, tendo os mesmos objetivos que a empresa, obtendo um ‘contrato psicológico’ com a organização”. Estes empreendedores internos, como são chamados, são responsáveis pelas inovações dentro da empresa, tornando-a bem sucedida. (LEZANA, 2001). Como aliada dos empreendedores a internet se posiciona entre o mercado e a ciência, esta cada vez mais se coloca a disposição de todos para facilitar a aproximação dos povos, num curto espaço de tempo, propiciando melhor interação entre empresa e cliente. Dentro da internet o campo de exposição e de contatos é expandido de variadas formas. As comunidades virtuais, por exemplo, deixam de ser voltadas apenas para o lazer e iniciam atividades profissionais, e nela além de proporcionar comunicação rápida é um banco de dados que fornecem novas idéias, sugestões, avaliação dos produtos novos e interação entre pessoas com as mesmas afinidades. Do lado da ciência se encontra os cursos oferecidos para aquisição de conhecimento (LODISH, 2002, p. 6). Como mencionado acima, apesar de definições diferentes, há aspectos no empreendedorismo com relativas similaridades como afirma Hisrich (2004) “[...] apesar das diferenças, existem alguns aspectos comuns: riscos criatividade, independência e recompensa”. Desta forma, o empreendedorismo tornou-se uma peça fundamental na sobrevivência das empresas de pequenos e médios portes. Permitir a previsão do comportamento do mercado através da análise de tendências. A formulação de diretrizes de reorientação de programas de ação para determinar o sucesso do negocio pode alavancar a necessidade de elaborar um planejamento estratégico de desenvolvimento do setor. 30 2.4 Planejamento Estratégico O planejamento envolve tempo e quando se menciona em planejar devem-se ter objetivos em mente, sejam eles a curto ou longo prazo. Lacombe e Heilborn (2003, p. 162) definem planejamento como: Determinação da direção a ser seguida para se alcançar um resultado desejado ou como a determinação consciente de cursos de ação, isto é, dos rumos. Ele engloba decisões, com base em objetivos, em fatos e estimativa do que ocorreria em cada alternativa. Para Takakura (2008, p. 1) o planejamento se define como “pensar antes, durante e depois de agir. Envolve o raciocínio (a razão) e, portanto, pode-se entender que o planejamento é um cálculo (racional) que precede (antes) e preside (durante e depois) a ação”. Logo o planejamento exige do profissional conhecimento para que se possa ter o “cálculo sistemático que articula a situação imediata e o futuro, apoiado por teorias e métodos”. Todo processo administrativo por si já possui um planejamento, pois se traçam objetivos a serem seguidos, e para que isso aconteça existem indicadores como controle, organização e direção, os quais agregados e com recursos necessários atingem estes objetivos no prazo esperado (SILVA, 2004). No entanto, diante da realidade incerta enfrentada pelas empresas na política, na economia e entre outros fatores, tornou-se inútil prever ações e decisões baseada em probabilidades, por isso o planejamento se tornou algo necessário para manterse no mercado (DRUCKER, 1997, p. 17). O planejamento é de suma importância para qualquer setor. É o que afirma Oliveira (2005, p. 19), onde diz que toda atividade “não pode organizar-se e desenvolver-se sem que haja planejamento e definição de objetivos a serem alcançados”. Para Drucker (1999) apud Venturi e Lenzi (2003, p.249), o planejamento “é o processo contínuo de, sistematicamente e com maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos.” Pode-se entender por planejamento o estabelecimento de “objetivos ou metas, determinando a melhor maneira de atingi-las”. (MEGGINSON et al, 1998, p. 129). 31 Na atualidade as mudanças provocadas pelo mercado promovem rápidos impactos em qualquer empresa, devido a este fato, profissionais estão sendo procurados com a finalidade de buscar ações estratégicas que mantenham estas empresas no mercado em que estão inseridas. Moura (1997, p. 11) descreve o contexto em que as empresas estão inseridas: As empresas se encontram em um contexto amplo de competição. Além dos seus concorrentes diretos, elas ainda estão sujeitas às pressões de novos concorrentes, novas empresas que passaram a atuar no mesmo ramo de negócio, os fornecedores, os clientes e ainda as substituições aos produtos que ofertam. E neste contexto encontra-se o planejamento estratégico. Lacombe e Heilborn (2003, p. 162) afirmam que o planejamento estratégico é efetuado pelos responsáveis de mais alto nível da empresa, pois somente eles conseguem obter a visão do todo e sistêmica da administração de algo facilitando assim verificar influências tantos externas como internas. Seguindo essa linha de raciocínio Lage e Milone (2000, p. 167), afirmam que: O planejamento estratégico estabelece grandes eixos ou bases de desenvolvimento [...]. É um processo destinado a determinar os objetivos gerais do desenvolvimento, as políticas e as estratégias que nortearão os aspectos referentes aos investimentos, ao uso e ao ordenamento dos recursos utilizáveis para esse fim. O planejamento possui várias etapas para que se obtenham melhores resultados e se identifique os objetivos que se pretendem atingir. Autores dividem estas etapas de maneiras diferentes, mas seguem a mesma linha de raciocínio. A primeira etapa do planejamento estratégico segundo Silva (2004, p. 3), é: A partir da análise ambiental, ou seja, análise externa e análise interna; e é com base neste estudo, que o profissional irá identificar as oportunidades existentes no mercado, as ameaças que podem comprometer o negócio e o seu desempenho, e também as forças que são os pontos fortes da organização e as fraquezas que são os indicadores negativos ou pontos fracos, que são prejudiciais para a empresa . Megginson et al (1998), define ainda as etapas básicas de um planejamento, que se dividem em: a) Estabelecer Objetivos ou Metas, ou seja, o ponto onde se quer chegar – pode ser em relação a lucratividade, porção do mercado, recrutamento de pessoa, projetos a terminar em certa data, etc.; b) Identificar e Avaliar as Condições que Afetam os Objetivos: esta, reconhece as variáveis que influenciam os objetivos, como o poder de compra dos consumidores e concorrentes; e c) Desenvolver uma 32 Abordagem para Atingir os Objetivos: aqui se discutem aspectos relacionados a responsabilidade para realização, ou seja, quem fará o quê, como, dentro de que programação, e quais serão os resultados disso. De forma mais abrangente, o cenário para o planejamento estratégico é a “previsão da situação geral do ambiente externo e interno de uma empresa para determinada época futura, feita, em geral, com a finalidade de formular um planejamento estratégico.” (LACOMBE E HEIBORN, 2003, p. 163). Petrocchi (1998, p. 31), tem duas definições de estratégia, uma delas é no âmbito empresarial e outra na esfera militar; na primeira estratégia “é um conjunto harmonioso e integrado de objetivos que são de importância fundamental para a sobrevivência satisfatória e a longo prazo de uma organização”; na segunda “é a aplicação de forças em larga escala contra o inimigo”. O agrupamento destas duas definições na realidade empresarial, Petrocchi (1998, p. 31) afirma que estratégia “é a mobilização ordenada de todos os recursos da organização, visando atingir objetivos a longo prazo ou de grande relevância”. Por fim, quanto à estratégia Las Casas, (2000, p. 49), afirma que: O pensar estratégico é um exercício mental que deve ser desenvolvido a partir de uma base sólida de conhecimento tanto no mercado e seus subgrupos como também das limitações dos recursos da riqueza. É um trabalho de ordem prática e eminentemente técnica que auxilia os administradores a aperfeiçoarem seu desempenho e dá coerência e sentido para as atividades das organizações. Em fim, pensar estratégico atribui obter conhecimento do mercado como um todo é através dele que o desempenho da empresa é definido com dedicação e esforço. Lacombe e Heiborn (2003, p. 164) afirmam que “os administradores suponham que os produtos, clientes, mercados e tecnologias, de hoje continuem sendo os de amanhã e que dediquem esforços e recursos para a defesa de ontem”. Para Goeldner (2002, p. 337), “um bom planejamento [...] vai muito além de esquemas para maximizar lucros, muito embora o desenvolvimento lucrativo traga benefícios econômicos e sociais para a comunidade”. Somente com planejamento que se conquistas uma empresa de qualidade. 33 Miranda (1994, p. 2) diz que qualidade “refere-se à adequação ao uso e ausência de defeitos” No entanto a analise de qualidade vai muito além, isso requer planejamento e metodologia do que se pretende mensurar esta qualidade. Tom Peters (1991, p. 3) afirma que a palavra possui dupla definição, pois a qualidade de fato no que diz respeito o “desempenho atingido é de acordo com suas próprias especificações e a qualidade de percepção, esta última é relacionada como o cliente a vê. Verifica-se que qualidade está relacionada ao um cliente consumidor satisfeito. Miranda (1994, p. 3) conceitua em outras palavras a qualidade como organizações capazes: Gerar produtos e serviços em condições de satisfazer as demandas dos usuários finais – consumidores, sob todos os aspectos. A expressão do “bom, bonito e barato” reflete honestamente essa necessidade. Essa é uma exigência gerada muito mais pelas condições de competição no mercado do que pela capacidade do consumidor de impor, ao conjunto da indústria suas pretensões. Moura (1991, p. 12) cita que a qualidade deriva do acirramento do mercado, o qual cada vez mais apresenta uma exigência superior e assim se tornar competitiva, desta forma deve-se considerar não apenas a concorrência direta, mas “todo o contexto que está inserida.” Dentro desta perspectiva o responsável por detectar o mercado precisa obter uma visão sistêmica, visualizando ao mesmo tempo através de pesquisas as reais necessidades dos seus consumidores, como também seu grau de satisfação (MIRANDA, 1994, p. 5). Sendo importante esta visão do todo, Moura (1991, p. 13), divide em duas vertentes. Numa análise interna, um empreendimento de sistema de qualidade, a qualidade pode ser percebida por meio da exposição do produto e: Pelo tratamento da informação externa, do ambiente, do mercado, para entendimento dos requisitos dos clientes e definição das características, dos seus produtos e serviços. A outra vertente, a organização interna que permite obter os produtos diferenciados de acordo com as expectativas dos clientes, representa a organização de informação interna sobre a gestão processo e produtos. Dentro de todos os conceitos a qualidade determina sempre um olhar voltado ao cliente satisfeito, onde ele é a força motriz para que se alcance o lucro desejado, 34 como também para se adquirir esta qualidade é necessário um planejamento, o qual será o suporte de nortear objetivos que levam a determinação dos caminhos que se pretende seguir. A delimitação do ambiente de um sistema é muito complexo, principalmente quando se busca demarcar limites, mas de inserir o sistema num contexto global. O próximo tema tem esta complexidade porque envolve variáveis local para o resultado global, assim é o fenômeno do turismo, como define Beni (2002). 2.5 Turismo O Turismo é uma atividade econômica recente, mas que apresenta um crescimento notório no mundo atual. Entre o século XIX e XX inúmeros conceitos de turismo foram postos a prova pelo mundo, mas perderam sua força mediante a falta de sustentação e pouca fundamentação. (OLIVEIRA, 2005, p. 35). Conceitualmente pode-se definir turismo como sendo, na visão de Cooper (2003, p. 40), uma “ampla gama de indivíduos, empresas, organizações e lugares, que se combinam de alguma forma para proporcionar uma experiência de viagem”. Economicamente, o conceito poderia ser definido como “a soma total das despesas turísticas dentro das fronteiras de uma nação ou subdivisão política, ou uma área em torno de uma estrutura de transportes de estados ou nações contíguas". Goeldner (2002, p. 23). O mais antigo conceito ainda utilizado, segundo Herman Von Schullard (1910 apud Oliveira, 2005, p.35) é que o turismo “é a soma das operações, especialmente as de natureza econômicas diretamente relacionadas com a entrada, permanência e o deslocamento de estrangeiros para dentro e para fora de um país, cidade ou região.” Ainda segundo a visão de Oliveira (2005, p.36): Dá-se o nome de turismo à atividade humana que é capaz de produzir resultados de caráter econômico, financeiro, político, social e cultural produzidos numa localidade, decorrentes do relacionamento entre os visitantes com os locais visitados durante a presença temporária de pessoas que se deslocam de seu local habitual de residência para outros, de forma espontânea e sem fins lucrativos. 35 Para Goeldner (2002) o gradativo aumento da indústria do turismo em nível nacional tem feito com que a sua importância econômica cresça no mesmo sentido. Desta forma, é imprescindível um planejamento para que se estabeleça metas de desenvolvimento e critérios para que este ocorra de maneira sustentável e organizada. No ano de 2007 houve uma entrada de quase 5 bilhões de dólares no Brasil devido ao turismo, número recorde do setor de acordo com o Ministério do Turismo. Neste mesmo ano o número de empregos gerados pelo setor aumentou 23,5% em relação ao ano de 2006. Tais dados provam que investir em turismo no país pode se tornar um negócio muito rentável. Sendo um fenômeno que move aspectos econômicos, sociais, políticos, ambientais e culturais destacando-se, assim, sua importância para o desenvolvimento. Oliveira (2005, p. 45), diz que: O turismo, que era para muitos uma atividade secundária, passou a recebe atenção especial em razão de ser uma fonte geradora de receitas e a exigir metódica e delicada manipulação, consolidando-se dentro do conceito de “indústria normal”. Em 1992 o Word Travel and Tourism Council – WTTC, divulgou as primeiras informações sobre o impacto econômico do turismo e das viagens em todo o mundo. Segundo o estudo o turismo é um dos setores mais geradores de empregos de qualidade. (GOELDNER, 2002, p. 18). Analisando estes dados verifica-se que o turismo internacional possui uma faixa no mercado representativa, todavia o turismo nacional ainda prevalece como grande destaque de gerador de capital desta atividade. Iniciativas devem ser estabelecidas para que haja incentivo nestas viagens internas. Para que o Brasil se constitua em um grande destino turístico mundial, é necessário que ele consolide primeiro um turismo interno forte, de qualidade e competitivo, depois um turismo intra-regional significativo para então poder consagrar-se como um destino internacional (BENI, 2004, p.107). Profissionais capacitados serão responsáveis em planejar o turismo brasileiro, pois sua visão não deve ficar somente no mercado interno, mas acompanhar as tendências e modelos de gestão externa. Beni (2004, p.195) complementa ao 36 escrever que o turismo no Brasil ainda “não deslanchou devido a falta de uma visão sistêmica e holística e de pensamento estratégico, e também porque é preciso desenvolver estratégias administrativas que utilizem tecnologia avançada...”. Desta forma, com o intuito de planejar melhor o turismo a EMBRATUR promove o país no exterior, o Ministério do Turismo se responsabiliza por qualificar o produto turístico, a fim de torná-lo competitivo no mercado internacional. Além disso, um dos papéis fundamentais do Ministério é a apresentação do Plano Nacional de Turismo (PNT), que na realidade é formulado e avaliado pela Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, também pertencente ao Ministério. Conforme a EMBRATUR (2007) a principal premissa do PNT 2007/2010 é a de implementar uma gestão descentralizada do turismo, fazendo com que haja uma aproximação entre os níveis federal, estadual e municipal, como também a realização de parcerias com a iniciativa privada. Neste aspecto foram estabelecidas quatro metas principais, sendo elas: Promover a realização de 217 milhões de viagens no mercado interno; Criar condições para gerar 1.700.000 novos empregos e ocupações; Qualificar 65 municípios para o mercado internacional; Gerar 7,7 bilhões de dólares em divisas. Desta forma, torna-se evidente que a estruturação do turismo no setor público é de vital importância para que o sistema de turismo como um todo opere de maneira satisfatória e atinja os resultados esperados. Beni (2002, p. 125) afirma que: É ficção pensar que o governo não tem papel algum a desempenhar em turismo. Pelo contrário, ele é e continuará sendo a ‘mão oculta’ que dirige a política da área, ao mesmo tempo em que assegura que os serviços turísticos que mais satisfazem os visitantes estrangeiros sejam oferecidos pelos mais capacitados a fornecê-los. Pode-ser verificar a ligação entre os demais itens fundamentados de planejamento, administração, gestão pública e turismo. E dentro do setor público são necessários profissionais com comprometimento e com política bem definida para que através do 37 planejamento se consiga uma administração eficaz e atendas os objetivos propostos. Contudo, é interessante ressaltar que o crescimento da atividade turística está intimamente relacionado com a infra-estrutura existente em determinada destinação. Por isso, deve haver serviços públicos adequados, como de saúde, saneamento, energia elétrica, segurança, informação e comunicações. (IGNARRA, 2003). Para Beni (2002) os impactos causados pelo turismo são de grande intensidade, podendo ser positivos ou negativos, para isto é necessário que as políticas públicas de gestão esteja aptas, capacitadas e interessadas em acatar essa responsabilidade. O conhecimento profundo e detalhado de uma região atrai conseqüentemente investimentos públicos e privados, mas o uso correto desses recursos certamente resultará em desenvolvimento local e regional. Entretanto, os impactos que podem ser causados pelo mau uso dos mesmos recursos podem acarretar danos irreversíveis ao destino, prejudicando o desenvolvimento e gerando problemas sociais. A descentralização do poder também auxilia no processo de competitividade turística. O ideal, segundo Wanhill (1997), é que todas as decisões relacionadas direta ou indiretamente no desenvolvimento do turismo, deveriam ser aprovadas pelo público interessado, ou stakeholders. Entende-se por stakeholders: o governo, órgãos paraestatais, ONG’s, setor privado, comunidade anfitriã e representantes dos visitantes. Paralela com a competitividade a sustentabilidade é outro fator de desempenho de competitividade. É essencial, portanto que as políticas públicas de turismo usem os recursos para planejar a atividade turística de forma coerente e eficaz, em busca do desenvolvimento local sustentável. (BEZERRA, 2003). O desenvolvimento sustentável de uma região só é eficaz e alcançado quando as mudanças positivas beneficiem os stakeholders. Segundo a Organização Mundial do Turismo essas mudanças “asseguram uma melhora na qualidade de vida da comunidade receptora, promove uma experiência de alta qualidade para o visitante 38 e mantém as qualidades ambientais, sociais e culturais tanto para a comunidade quanto para o visitante”. (OMT, 2002, p. 235). Para se obter um bom planejamento no Turismo é necessário conhecer tanto a demanda como a oferta. Pode-se classificar oferta turística segundo Lage e Milone (2000, p.27), como: Todos os produtos que são colocados à disposição dos viajantes pelas várias empresas que atuam na área. Logo, número de assentos de um avião, unidade habitacional de um hotel, as mesas dos restaurantes, as cabines de um navio, os diferentes pacotes turísticos, pacotes turísticos de agencias de turismo, o número de carros para aluguel, as diversas opções de compras e muitos outros exemplos de bens e serviços que são produzidos pelos estudantes para venda. A oferta turística é composta por tudo aquilo que uma cidade ou região tem a oferecer à seus turistas. Portanto “quanto mais capacidade tiver para produzir atividades que ocupem o tempo livre dos turistas, mais lucros a localidade irá auferir”. (OLIVEIRA, 2002, p. 66). No que diz respeito a demanda turística, Oliveira (2002, p.67), prefere utilizar outro termo, denominado procura turística, que “constitui-se nos próprios turistas, que se deslocam em busca de locais e produtos a serem consumidos [...] que podem ser nacionais ou internacionais”. Assim o turismo tem como principal característica ser um fenômeno de massa, que deve ser compreendido a partir da história da humanidade. Essa análise permite um melhor embasamento teórico que possibilite repensar qual a melhor forma de desenvolvimento turístico que deve ser incentivado, assim como identificar a tipologia do turismo, conforme as características que apresenta tais fenômenos.. 2.6 Tipologia do Turismo Pretende-se responder à questão de por quê há diferentes tipos de preferências turistas, como descreve Nash (1994) sobre a diversidade turística, pois é através dela é que pode-se entender com clareza os processos turísticos, assim como novas formas de turismo à margem das produzidas pela indústria turística, pois gira em 39 torno de um conceito social na busca da rentabilidade econômica e política. Desta forma alguns tipos são mostrados a seguir: a) O Turismo de Lazer É tipo de turismo que pode ser realizado em qualquer lugar a qualquer tempo, sem prévias intenções ou pretensões. Trata-se de um público que pretende se fixar em um único destino, portanto mudam diversas vezes de local a procura de novas paisagens, novas atrações, tudo isso na mesma viagem. O Turismo de Lazer demanda infra-estrutura, tais como: estradas, bons hotéis, divertimento, enfim, todos os serviços que agregam valor a uma viagem, desde que sejam bem trabalhados e planejados, tanto por parte do turista como por parte da equipe de serviços, independente do tempo que estadia. (OLIVEIRA, 2002). b) Turismo de Eventos e Negócios O turismo de eventos e negócios tem sido um dos mais representativos segmentos no Brasil. De acordo com a ABEOC (Associação Brasileira de Empresa de Eventos) (2007), “a estimativa de crescimento para o setor de turismo de negócios e eventos no Brasil é de 7% a 10% em 2008”. De acordo com a ABAV (Associação Brasileira de Agencias de Viagens) (2007), esta colocação do Brasil se deveu ao fato de que: Temos uma política que apóia as cidades brasileiras a disputar de igual para igual a candidatura de um evento internacional; o Brasil alia infraestrutura qualificada e oferta turística diversificada; há uma maior profissionalização da iniciativa privada, por meio dos Convention & Visitors Bureaux e demais entidades do segmento. Dentro dos órgãos públicos também existe a captação de eventos, os quais auxiliam em diminuir o efeito da sazonalidade. No Brasil, atualmente, estão captando eventos internacionais, os quais além promoverem a divulgação do país estimulam a melhoria da infra-estrutura tanto pelos órgãos públicos como privados. (MATIAS, 2004). No Brasil, a captação de eventos é trabalhada tanto em nível federal, estadual como municipal. Como exemplo, tem-se a realização do Pan Americano em 2007 que proporcionou uma imagem positiva em nível nacional como internacional, além de mostrar a capacidade do país em organizar eventos de grande porte. Este fato levou 40 a concretização da captação do evento Copa do Mundo de Futebol em 2014. (G1, 2009). No que se refere aos eventos internacionais, em 2007, de acordo com dados do site do Ministério do Turismo (2007) foi responsável por 28,1% do total de entrada de turistas estrangeiros no país. Esta expansão pode ser confirmada com a 7ª posição do país em 2006 no ranking que indica os países que mais recebem eventos no mundo. (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2007). É considerado o turismo mais disputado entre os países, pois representa consumo em massa de produtos e serviços do Turismo. Demanda investimento em infraestrutura, pois recebe turistas de diversos países, que necessitam hospedagem, alimentação de qualidade, equipamentos audiovisuais, centro de convenções e também atrações de lazer recreação. (OLIVEIRA, 2002). Oliveira (2002, p.90), também conceitua o Turismo de Negócios como sendo o turismo “praticado por executivos que viajam para participar de reuniões com seus pares, para visitar os fornecedores dos produtos que comercializam e fechar negócios”. Um dos públicos mais exigentes, e que são de vital importância para o Turismo, pois não escolhem estações do ano para suas viagens e atraem para si, serviços diferenciados como, intérpretes, motoristas, tradutores, todos esses serviços são somados e geram receita para local. (OLIVEIRA, 2002). c) Turismo Cultural A cultura esteve presente em toda a evolução do homem, devido ao fato de que estão intimamente ligados a ela valores, crenças e costumes. O turismo cultural procura resgatar esses valores e garantir sua preservação, com isso a atividade turística ajuda em sua efetivação. Pellegrini (1993,p.33) diz que: Se consideram bens culturais os bens móveis de grande importância no patrimônio cultural de cada país, tais como as obras de arte e de arquitetura, os manuscritos, os documentos etnológicos os espécimes-tipos da flora e da fauna, as coleções científicas a e as coleções importantes de livros e arquivos, incluindo os arquivos musicais. Dessa forma, o Turismo Cultural vem contribuir com a manutenção da cultura, isso faz com que a população local, após saber sua importância, devido ao interesse dos turistas, preserve sua própria memória. 41 Entretanto há desvantagens no Turismo Cultural, contrapondo o que afirma Pellegrini (1993, p. 33), a globalização permitiu o acesso a povos antes, incomunicáveis. Porém, ocorreu uma descaracterização de povos, devido é claro ao interesse em conhecer novos costumes. Dias (2003, p.87) afirma que: A globalização parece ser irreversível que envolve a todos, que afeta negativamente a muitos, mas também oferece muitas atividades e grupos sociais. Apresenta-se destruindo e reconstruindo formas de identidade cultural, estimulando uma cultura de consumo por todo o planeta, constituindo-se num processo que tem múltiplos aspectos que muitas vezes se contradizem: globalização X regionalização [...]. O principal objetivo do Turismo Cultural é justamente a busca por novos conhecimentos que possivelmente agregariam valor a profissionais, estudantes, cientistas, pesquisadores, arqueólogos e demais pessoas interessadas em conhecer outras culturas. O Turismo Cultural é de vital importância, pois, atrações culturais de uma determinada região podem ser os únicos motivos para serem visitados. O Egito é um grande exemplo dessa afirmação. (OLIVEIRA, 2002). d) Turismo de Aventura Trata-se do Turismo praticado por pessoas que raramente contentam-se com atrações comuns que grande parte das pessoas estão acostumadas a freqüentar. O turista de aventura procura atrações que normalmente estão em locais com difícil de acesso, perigosos e com alto índice de adrenalina. Buscam esportes como o rafting, escalada, rapel, vulcões, tempestades e pagam valores expressivos para realizarem o desafio. (OLIVEIRA, 2002). e) Turismo da Terceira Idade A prática do Turismo da Terceira idade vem se intensificando nos últimos anos, devido ao elevando e crescente índice de pessoas com mais de sessenta anos em todo o mundo. Essa idade é definida cronologicamente pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para países em desenvolvimento. No caso dos países considerados desenvolvidos a idade para considerar uma pessoa idosa se amplia para sessenta e cinco anos. (OMS, 2009). Para Oliveira (2002, p.87): 42 Em virtude da qualidade de vida dos países desenvolvidos, as pessoas estão alcançando idades cada vez mais avançadas. Os idosos, agora com mais vigor físico, estão viajando com mais freqüência. Em geral, esse tipo de turista é atraído por locais seguros, com belas paisagens e que não exigem muito esforço físico. f) Turismo Ecológico e Turismo Rural Não se pode confundir Turismo Ecológico com Turismo Rural, ambos estão diretamente ligado, mas o que leva uma pessoa a prática de um ou de outro são distintas. Para Pellegrini (200, p.83), o Turismo Ecológico é um: [...] turismo que consiste em viajar para áreas naturais não degradas ou não poluídas, com o objetivo específico de estudar, admirar e fruir a paisagem e suas plantas e animais, tanto quanto manifestações culturais (do passado e do presente) encontradas nessas áreas. Nesses termos, o turismo orientado para a natureza implica uma colocação científica, estética ou filosófica para cientistas, artistas ou filósofos profissionais. O ponto principal é que a pessoa que pratica o ecoturismo tem a oportunidade de mergulhar na natureza de uma maneira normalmente não possível no meio ambiente urbano. Não se sabe exatamente quando começou o Turismo Ecológico, mas “é um tipo de turismo recém criado, mas que se desenvolveu com força pelo mundo inteiro. [...], é praticado de diversas formas: caminhadas por trilhas, bosques, florestas, passeio em animais, [...], safáris fotográficos, mergulhos em águas claras...”. (OLIVEIRA, 2002, p. 85). No que diz respeito ao Turismo Rural foi a partir de 1985 que esse tipo de turismo começou a criar forças no Brasil. Entretanto países como os Estados Unidos já vivenciam atividades ligadas ao Turismo Rural nas propriedades particulares em locais distantes da vida urbana. Os turistas eram acomodados em ranchos, que no começo da atividade não oferecia nenhum tipo de conforto, mas levava o turista para passeios, pescarias, caças e a vida no campo. (OLIVEIRA, 2005). Segundo Oliveira (2002, p. 87), Turismo Rural “é praticado em áreas rurais (fazendas, sítios ou chácaras) para proporcionar aos visitantes a oportunidade de participar das atividades próprias da zona rural, como: andar a cavalo, ordenhar vacas, passear de carroça, tomar banho de rio, etc.”. Antes ainda de o Brasil começar a investir no Turismo Rural a Argentina já dava seus primeiros passos organizando expedições para Patagônia levando pescadores e caçadores oferecendo à eles conforto e infra-estrutura. (OLIVEIRA, 2005). 43 2.7 Indicadores de desenvolvimento para o turismo O investimento em desenvolvimento turístico com foco exclusivo na população visitante só é justificado quando este resulta em benefícios, não diretamente ligados ao turismo, mas, o que se entende como ideal, é o desenvolvimento daquilo que beneficiem a todos, como saneamento, estradas, estacionamentos, aeroportos, saúde, segurança, transporte, etc. Beni (2002) apresenta em seu modelo de Sistema Turístico – SISTUR as mesmas preocupações retratadas aqui pelos indicadores. Para que as políticas de desenvolvimento turístico sejam condizentes com os objetivos de competitividade, é preciso envolver três diferentes seguimentos que são correlacionados: o desenvolvimento no âmbito social, no econômico e no ambiental. Estes aspectos para uma melhor compreensão foram subdivididos em cinco itens a fim de medir o índice de competitividade de uma região: infra-estrutura, turismo, políticas públicas, economia e sustentabilidade. (MINISTÉRIO DO TURISMO, FGV, SEBRAE, 2008). 2.7.1 Infra–estrutura A infra–estrutura está ligada a oferta turística e conforme a FGV, SEBRAE, Min. TURISMO (2008) está dividida em dois subitens, a infra-estrutura geral e acesso, que por sua vez também se subdividem. Conforme ilustra o quadro 1. Quadro 1: Infra-estrutura Fonte: Estudo de Competitividade, 2008 44 2.7.1.1. Infra-Estrutura Geral Quanto à infra-estrutura geral é avaliada a capacidade que uma região tem de atrair negócios e pessoas, de modo que isso ocorra de modo respeitando as premissas da sustentabilidade. Quanto mais estruturada for a região, mais atrativa ela se torna. Por conseqüência atrai investimentos que geram crescimento e desenvolvimento. Entretanto, esse desenvolvimento tem que atender as necessidades da população local, bem como, o da população que chega por intermédio da atividade turística. Alguns aspectos são fundamentais na infra-estrutura geral, são tidos como indispensáveis e emergenciais, são eles: a) saúde pública; b) energia, comunicação e facilidades financeiras; c) segurança pública; e d) urbanização. No que diz respeito à variável saúde pública, um dos itens analisados é a expectativa de vida da população. Quanto maior o índice de, ou seja, quanto mais as pessoas vivem nessa região, melhor é a expectativa de vida. Aliado a isso está a disponibilidade de atendimento médico-ambulatorial, onde se destacam o número de leitos, postos de atendimento, vacinação e distancia dentro da região para atendimento médico. Outro aspecto de extrema importância é o destino dado ao lixo gerado pela população local. Ou seja, se há aterro sanitário adequado para que não haja contaminação do lençol freático, bem como, de todo eco sistema local. O tratamento para lixo hospitalar também merece atenção devido a grande facilidade de transmissão de doenças. A variável energia, comunicação e facilidades financeiras está relacionada ao fornecimento de energia elétrica às residências, a quantidade de energia consumida por pessoa anualmente. A disponibilidade de agências dos Correios e estrutura dada pela região no âmbito de aceitação de cartões de crédito internacionais, bancos e caixas eletrônicos disponíveis também é fundamental. Na segurança-pública é levado em consideração o número de homicídios e o efetivo policial disponível, levando em consideração a população local. É considerado, também, a disponibilidade de grupamentos de atendimento como resgate, defesa civil, delegacias de policia civil e órgãos de proteção ao consumidor. 45 E por fim a urbanização que é composta pela análise das condições das placas de sinalização, indicadores de ruas e lixeiras. Bem como, a manutenção e a existência de bueiros e elementos de drenagem para pluvial. 2.7.1.2 Acesso Segundo a FGV, SEBRAE, Min. TURISMO (2008), a infra-estrutura de acesso é um dos itens mais importantes para o turismo. O acesso pode influenciar na decisão do turista em visitar uma região, devido as três etapas em que o turista necessita dos acessos, são eles: na saída e retorno de uma viagem, entre o primeiro e os demais destinos visitados e deslocamento interno na região onde está. Quanto a competitividade dos destinos turísticos o acesso foi subdividido em: a) transporte aéreo, b) acesso rodoviários, c) outros tipos de acesso (aquaviário e ferroviário), d) sistema de transporte no destino. Quanto ao transporte aéreo não se resume a existência de aeroportos na região. O que se leva em consideração é a estrutura do local, a disponibilidade linhas aéreas, serviços de atendimento ao turista, distância da cidade, locadoras de veículos, serviços de ouvidoria e serviços bancários. Há, porém, destinos cujo acesso principal é por rodovias. A análise realizada neste item é semelhante a análise realizada no transporte aéreo. É levando em consideração a estrutura fornecida como lojas, pavimentação da pista, sanitários, facilidades em atender portadores de necessidades especiais, bem como os serviços bancários e de suporte a língua estrangeira. Considerando que alguns destinos possuem o transporte ferroviário e aquaviário como meio de acesso, o estudo analisou, quando relevante, aspectos de segurança e infra-estrutura dos terminais e estações, bem como, dos vagões e embarcações. Em relação ao sistema de transporte no destino, foi analisada a qualidade e a disponibilidade dos serviços de transporte no destino, como ônibus convencional e executivo, van, taxi e outros. Também é levando em consideração a distância dos terminais rodoviários, e aeroportos da zona urbana. 46 2.7.2 Turismo Para a FGV, SEBRAE, Min. TURISMO (2008), o foco principal do estudo de competitividade é o turismo, para tanto foi feito um levantamento das condições dos aspectos ligados ao turismo que foram divididas em três variáveis. A primeira é os Serviços e Equipamentos Turísticos, seguido por Atrativos Turísticos e por último marketing. Quadro 2: Turismo Fonte: Estudo de Competitividade, 2008 2.7.2.1 Serviços e Equipamentos Turísticos Nos últimos anos tem se levado em consideração a forma como os serviços são prestados no turismo, a capacidade de satisfazer o turista é o objetivo da iniciativa privada. Mas para isso é preciso o amparo dos governos em proporcionar a infraestrutura básica e sua manutenção eficiente. Quanto a iniciativa privada, ou seja, os bares, restaurantes, atrações construídas, comércio e etc. A qualidade dos serviços prestados por estas categorias podem influenciar na competitividade do destino. Não se pode deixar de lado a diferença que as pessoas fazem nestas circunstâncias, sobretudo as que ficam diretamente em contato com o turista. Para isso, é fundamental que haja investimento na formação, capacitação e treinamento de pessoas com foco em qualidade. A análise realizada levou em consideração alguns aspectos que, também, direta ou indiretamente influenciam na competitividade, estes ligados a Serviços e Equipamentos Turísticos: a) sinalização turística; b) centro de atendimento ao turista; 47 c) espaço para eventos; d) capacidade dos meios de hospedagem; e) capacidade do turismo receptivo; f) qualidade profissional e g) restaurantes. Quanto à sinalização é constatada a disponibilização de placas de informações turísticas nos padrões definidos pelo Ministério do Turismo, bem como, seu conteúdo. Também a sinalização para usuários que utilizam transporte público. Nos centros de atendimento ao turista foram analisadas a localização, e formação e capacitação dos funcionários como idiomas e a disponibilização de mapas locais. Uma das forças do turismo na atualidade é o turismo de eventos, para tanto é necessário a existência de espaços para eventos, este é outro aspecto avaliado na competitividade de um destino turístico. Quanto aos meios de hospedagem, foi avaliada a qualidade dos serviços prestados por grupos internacionais de redes hoteleiras no destino. É analisado, dentre outros aspectos o cumprimento da lei de acessibilidade, o luxo, acesso do hóspede a internet, reservas on line. A capacidade do turismo receptivo foi avaliada na disponibilidade de city tour, passeios para destinos do entorno, transfer e visitas guiadas. Na variável qualificação profissional foi analisada a existência de instituições de ensino, a existência de cursos e treinamentos ligados ao turismo. E por último foi avaliado os restaurantes como foco nos proprietários e funcionários no que diz respeito a manipulação de alimentos e higienização na preparação dos alimentos. 2.7.2.2 Atrativos Turísticos As atrações turísticas de um destino estão fortemente associadas ao turismo de lazer, sendo muitas vezes motivação para se conhecer um local. Em alguns casos a única razão de alguém visitar um destino pode ser uma atração turística. Podem ser atrativos naturais, ou seja, elementos da natureza que passa a receber fluxo de visitações ou qualquer local que desperte apreciação ou interesse por parte dos turistas. Os atrativos culturais são os elementos da cultura local utilizados para 48 fins turísticos. Podem ser materiais ou imateriais (artesanato, gastronomia, etc.), peças pré-históricas ou atuais. Eventos programados também podem fazer parte das atrações turísticas. São eventos que tratam de assuntos de interesse comum, negócios, comerciais, científicos, político, religioso, etc. Esse tipo de evento acaba por atrair pessoas que utilizam dos serviços prestados. Portanto, os atrativos também é um critério de avaliação da competitividade. 2.7.2.3 Marketing Nas próximas décadas, há previsões que afirmam que o turismo será minimizado devido a fatores globais, para tanto o Marketing tem e terá a responsabilidade de atrair público potencial aos destinos turísticos. Bem como, na persuasão do turista, pois, este turista por ter conhecido outros destinos, terá um olhar crítico, podendo retornar ao local, indicar à terceiros, ou simplesmente ignorar o destino. Para isso o estudo contou com quatro variáveis a fim de definir pontos fundamentais no marketing, para medir o índice de competitividade de um destino. São eles: a) planejamento de marketing; b) participação em feiras e eventos; c) material promocional; d) sitio de destino na internet (web site). O planejamento de marketing teve como base de pesquisa a mensuração do tempo de duração do planejamento, acompanhamento formal por parte dos gestores e a definição dos indicadores de desempenho. Procurou-se também conhecer as parcerias realizadas entre a iniciativa privada e a pública, como as pesquisas de demanda turística (operadoras e agências). E a disponibilidade de recursos do orçamento municipal para investimento no setor. Foi avaliada, também, a participação do destino em feiras e eventos que potencializam o turismo na região. Procurou-se identificar se o destino turístico realiza eventos locais a fim de atrair visitantes. Quanto aos materiais promocionais, estudou-se a veracidade das informações contidas nos materiais, bem como, se a escrita estava correta, inclusive nos idiomas estrangeiros. Os materiais analisados foram panfletos, CDs, DVDs, brindes diversos e mapas impressos pela municipalidade. 49 Os espaços on-line também foram avaliados para constatar a disponibilização de informações turísticas, a atualização do site e disponibilização de idioma estrangeiro para consultas e acessos. Constatou-se, também, a existência de alertas combatendo a exploração sexual infantil e se há informações sobre os municípios que o agregam. 2.7.3 Políticas Públicas As políticas públicas para o turismo são elaboradas em várias esferas do governo federal, estadual, municipal, regional ou internacional. Fazendo com que haja incompatibilidade de idéias e de planejamentos. O estudo afirma que o turismo não alcançará sua excelência caso fique isoladamente com o governo ou isoladamente com o setor privado. Pois cada um prioriza suas funções e responsabilidades. O desenvolvimento ocorre apenas quando há a integração de todos os interessados e envolvidos. O objetivo é satisfazer os visitantes e proporcionar conforto aos locais, sempre respeitando os limites naturais de preservação e a cultura local. Para fins de pesquisa a FGV, SEBRAE, Min. TURISMO (2008) subdividiu a Política Pública em três variáveis: política pública, cooperação regional e monitoramento. Quadro 3: Políticas Públicas Fonte: Estudo de Competitividade, 2008 2.7.3.1 Política Pública Desta forma, foram avaliadas as seguintes variáveis a fim de mensurar a competitividade na dimensão Política Pública. a) Estrutura municipal para apoio ao turismo, b) grau de cooperação com o governo federal, c) grau de cooperação com o governo estadual e d) planejamento. a) Estrutura municipal para apoio ao turismo 50 Quanto a estrutura municipal para apoio ao turismo, foi verificado a existência de secretaria própria, bem como, sua interação com outras secretarias. Para detalhar a situação da estrutura municipal para turismo, foi analisado as seguintes variáveis: infra-estrutura-geral, acesso, infra-estrutura-turística, atratividade turística, marketing e promoção do destino, políticas públicas, cooperação regional, monitoramento, atividades econômicas, capacidade empresarial, aspectos sociais, ambientais e econômicos e qualificação profissional. b) Grau de cooperação com governo estadual Foi avaliado a participação dos municípios em fóruns estaduais de turismo e eventuais investimentos recebidos do governo estadual, podendo ser para o município ou para a região. c) Grau de cooperação com o Governo Federal Foi avaliado a participação em projetos do Ministério do Turismo, e eventuais investimentos recebidos do Governo Federal para o município ou região. Bem como, a participação em programas de incentivo ao setor turístico disponibilizado à todos os destinos estudados. d) Planejamento Quanto ao planejamento foi analisado a existência de um Plano Diretor Municipal (PDM). E em caso de haver efetivamente um PDM aprovado ou em execução se o mesmo contemplava o setor turístico, e suas publicações. 2.7.3.2 Cooperação regional A cooperação regional vem facilitar o desenvolvimento do turismo em regiões próximas que estão saturadas ou sua estrutura já não comporta o fluxo de visitantes. Com essa cooperação é possível abrir novos caminhos para o desenvolvimento, sem eliminar os que já existem. As seguintes características foram analisadas neste aspecto: a) governança, b) projetos de cooperação regional, c) planejamento, d) roteirização, e) produção e apoio a comercialização. 51 A governança diz respeito a existência, nas políticas de desenvolvimento, de gestão, responsabilidade, transparência e legalidade do setor público. Os projetos de cooperação regional compreendem a existência de eventos, reuniões, seminários a fim de elevar o desenvolvimento turístico de municípios próximos. Já a roteirização trata-ser do fornecimento de informações claras e precisas aos turistas, com aspectos locais e regionais, bem como, a participação do governo, agencias de turismo ou operadoras nacionais ou internacionais, terceiro setor e outros na elaboração deste roteiro. Havendo de forma integrada a comercialização e a promoção, ocasionam um fluxo de visitantes, mas apara isto se necessita da cooperação do setor público e privado. 2.7.3.3 Monitoramento Havendo um plano de desenvolvimento, é necessário a existência de um monitoramento, para que não ocorra falhas, nem mudanças não planejadas. Para que haja maior controle das atividades ligadas ao monitoramento, foram criadas as seguintes variáveis: a) pesquisa de demanda, b) pesquisa de oferta, c) sistema de estatísticas do turismo, d) medição dos impactos da atividade turística, e) setor especifico de estudo e pesquisa no destino. Na pesquisa de demanda é possível constatar o grau de satisfação do turista em relação aos aspectos turísticos, essas informações são fundamentais para o desenvolvimento turístico. Constatou-se também, a periodicidade em que são aplicadas as pesquisas de demanda na região. Quanto a pesquisa de oferta o município pode conhecer sua oferta turística, podendo dessa forma planejar o desenvolvimento do setor, gerando qualidade nos serviços de turismo. Foi analisado juntamente com esta variável a disponibilização dos resultados ao público. A variável estatística do turismo permite aos agentes de turismo uma melhor tomada de decisão, devido ao conhecimento da realidade do setor turístico. Com isso é possível a criação de um inventário técnico, possibilitando futuras consultas. Um dos temas mais importantes do setor de turismo é o impacto causado pelo turismo nas regiões em que há fluxo de pessoas não residentes. Para isto o estudo analisou a existência nos municípios do monitoramento dos setores de economia, 52 social, ambiental e cultural, a fim de medir este impacto. E por último, a criação de um setor específico de estudos e pesquisas no destino com profissionais capacitados em fornecer informações concretas sobre o setor. 2.7.4 Economia Quadro 4: Economia Fonte: Estudo de Competitividade, 2008 2.7.4.1 Economia Local Segundo a FGV, SEBRAE, Min. TURISMO (2008) o turismo representa de maneira direta, indireta ou induzida participação na economia dos destinos. Isto porque cada gasto realizado pelo turista é repassado em forma de tributação à economia local. Para medir estes aspectos, o estudo dividiu o item nas seguintes variáveis: a) participação do setor privado na economia local, b) infra-estrutura de comunicação, c) infra-estrutura de negócios, d) empreendimentos ou eventos alavancadores. Na variável participação do setor privado na economia local, apurou-se qual o impacto causado pela iniciativa privada no PIB local. Quanto maior a participação, mais arrecadação, mais investimentos no município. Quanto a infra-estrutura de comunicação, é de abrangência internacional, que os meios de pagamento eletrônico e o acesso a comunicação são vitais para o turismo, para tanto foi analisado a existência dos mesmos nos destinos. Na infra-estrutura de negócios, o estudo procurou analisar a constatar a existência de condições para a manutenção da atividade turística. Estas condições podem ser dividas em incentivos fiscais, linhas específicas de financiamento bancários, dentre outras. A variável empreendimentos ou eventos alavancadores diz respeito a existência de condições fundamentais para sustentar e desenvolver o turismo. Foi constatada, também, a capacidade do destino de receber eventos como Convention & Visitors Bureau. E a disponibilização de espaços para eventos de pequeno, médio e grande porte. 53 2.7.4.2 Capacidade Empresarial A capacidade empresarial dos destinos estudados, foi subdividida nas seguinte variáveis para melhor compreensão: a) qualificação profissional para o trabalho, b) presença de grupos nacionais e internacionais no setor de turismo, c) concorrência e barreiras de entrada, d) numero de empresas de grande porte, filiais ou subsidiárias. No que diz respeito à variável qualificação profissional, o estudo fez um levantamento das condições de ensino em cada destino, bem como, o número de instituições de ensino superior, técnico e universidades. Foi pesquisado também, a existência de escolas de idiomas e aproveitamento da força de trabalho local em nível de hierarquia. Quanto a presença de grupos nacionais e internacionais de turismo foi pesquisado se havia a presença dos mesmos em hotéis e locadoras de veículos. Em relação à variável a concorrência e barreira de entrada, foi pesquisado o nível de concorrência dos serviços de turismo, bem como, a existência de arranjos produtivos locais (APLs). Em relação as barreiras de entradas foi pesquisado quanto a falta de terrenos, regularização fundiária, escassez de pessoal, etc. E por fim, a variável que estuda a presença de empresas de grande porte ou filiais no destino. Estas empresas têm a capacidade de atrair desenvolvimento e investimento para a região. 2.7.5 Sustentabilidade Quadro 5: Sustentabilidade Fonte: Estudo de Competitividade, 2008 A FGV, SEBRAE, Min. TURISMO (2008) subdividiram a sustentabilidade em três dimensões com suas respectivas variáveis. A primeira é referente aos aspectos 54 sociais, a segunda variável é referente aos aspectos ambientais e por ultimo os aspectos culturais. 2.7.5.1 Aspectos Sociais O Turismo diferentemente da indústria extrativista, tem a capacidade de incentivar outros ramos de mercado. Além dos benefícios econômicos provenientes dos que visitam o destino, o turismo pode gerar também benefícios nos aspectos ambientais, culturais e sociais. Pode entender como benefícios sociais os que estão atrelados as seguintes variáveis: a) educação, b) empregos gerados pelo turismo, c) política de enfrentamento e prevenção à exploração sexual infanto-juvenil, d) uso de atrativos e equipamentos turísticos pela população, e) cidadania. Na variável educação é pesquisado se a população está recebendo formação adequada para suprir vagas diretas e indiretas de emprego geradas pelo turismo no local. Para estes dados foi utilizado fonte secundária do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Para o destino, também foi aplicado pesquisa para levantamento de freqüência escolar e cursos técnicos e profissionalizantes de turismo. Quanto a variável emprego gerado pelo turismo foi pesquisado o impacto do turismo no índice de desempregos locais. Bem como, a capacidade empregadora do turismo e assuntos atribuídos ao emprego como capacitação, noções de higiene, alfabetização, idiomas e outros. A variável seguinte é referente a política de enfrentamento e prevenção à exploração sexual infanto-juvenil, pois o turismo sexual, utiliza atividades ilegais não contribuindo com nada com o desenvolvimento local, e ainda contribui para tornar o destino insustentável. Havendo a política de combate foi analisado o conteúdo desta política e o apoio a temas relacionados. E por fim, foi examinado dados dos últimos três anos referente a exploração sexual infantil e suas categorizações. Quando a população aceita a atividade turística e pode desfrutá-la, o turismo tornase mais aceito no local. Nesta variável procurou-se constatar a real utilização da população destes recursos, sejam naturais, artificiais, científicos, etc. E por fim a variável cidadania tem como premissa. 2.7.5.2 Aspectos ambientais 55 Basicamente os olhos do mundo, estão se voltando para as questões ambientais devido a sua grande importância. É explicito a cobrança por parte de entidades de representatividade mundial que não aceitam o desenvolvimento com prejuízos a natureza é o caso das ONG’s. É certo que isso é uma reação em cadeia, pois se o consumidor exige garantias de que determinado produto não fere o meio ambiente, logo este fornecedor também repassará essa cobrança aos seus fornecedores de insumos. Alguns fatores definidos pela Organização Mundial do Turismo como barreiras na preservação ambiental são observáveis no Brasil, como valor insuficiente de recursos para preservação, insuficiência de recursos para infra-estrutura básica e insuficiência de recursos para o setor de turismo. Para avaliar os destinos nos aspectos ambientais a pesquisa definiu as seguintes variáveis: a) código ambiental municipal, b) atividades em curso potencialmente poluidoras, c) rede pública de distribuição de água, d) rede pública de coleta e tratamento de esgoto, e) destinação pública de resíduos, f) unidades de conservação no território municipal. O código ambiental municipal atuante em um município demonstra o grau de maturidade do mesmo quanto a importância da preservação do meio ambiente. Já apresenta uma premissa da avaliação quanto a sustentabilidade. Na pesquisa procurou-se identificar a existência desse código ou grupos de discussão, para criação de uma secretaria atuante ou fundo municipal destinado a suprir campanhas de conscientização e preservação do meio ambiente. Quanto as atividades potencialmente poluidoras a pesquisa procurou identificar a existência de indústrias químicas, garimpo ou refinarias e se estavam seguindo padrões legais de segurança ambiental. Atrelado a isto, a rede de distribuição de água foi analisada, bem como o tratamento e armazenamento nos centros de distribuição, a disponibilização do serviço à população e reutilização da água. Na variável rede de coleta e tratamento de esgoto foi analisado se havia no município tratamento adequado para estes resíduos domésticos e a abrangência desse serviço. 56 A destinação dos resíduos gerados pela população é de elevada importância, devido as diferentes substâncias contidas neste material. É inevitável a existência destes resíduos, mas é possível que se dê um destino adequado, principalmente aos resíduos hospitalares e químicos. Para tanto foi analisado a existência no município da capacidade de coleta residencial, aterros sanitários (lixões), usina de compostagem e licenciamento dos órgãos ambientais competentes. As unidades de conservação podem estar dentro de território municipal ou intermunicipal. Estas unidades são responsáveis pela preservação de espaços naturais, podendo ser um parque, uma praça, reservas naturais, dentre outros. O que foi levado em consideração na pesquisa foi a existência e a manutenção desses espaços pelo município. 57 3 - METODOLOGIA A metodologia é o estudo dos métodos, ou então as etapas a seguir num determinado processo. Tem como finalidade captar e analisar as características dos vários métodos disponíveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização. Conforme definido por Richardson (1999, p. 26). “ A metodologia são captações e análises por instrumentos, caminhos ou modos”. O presente trabalho mostra um tipo de estudo baseado na avaliação de resultados, pois segundo Roesch (1999, p. 29), “este tipo de estudo visa a verificação da efetividade de um programa, política ou plano implantado”. Neste sentido, assim que os objetivos foram definidos, procurou-se identificar qual a metodologia mais adequada para a aplicação da pesquisa. Neste caso, utilizou-se o método Delphi porque a investigação tem a proposta prospectiva de apresentar eventos que poderão acontecer. 3.1 Tipologia de pesquisa: A estratégia de pesquisa foi desenvolvida pelo método Delphi. O método Delphi passou a ser realizada nos anos 60, sendo que suas características prioritárias são: o anonimato das pessoas que contribuem em responder os questionários, a representação estatística e o feedback das respostas para a reavaliação para aprofundar e aprimorar as próximas respostas. (SERRA, et al, 2009). Desta forma, pode se conceituar a metodologia Delphi com uma forma de se buscar um consenso de idéias e opiniões de um grupo de pessoas que estão envolvidas em algum assunto em específico. Este método é muito utilizado para estruturar o processo de comunicação de um grupo, o qual responderá perguntas individualmente sem ter que revelar a sua opinião explicitamente para o grande grupo, e assim, todos cheguem a um acordo sobre o assunto debatido. 58 O interessante deste método é a contribuição de das opiniões individuais, e posteriormente os entrevistados reverem suas respostas juntamente com as dos demais entrevistados. Todavia, após lerem todas as respostas, o indivíduo pode mudar de opinião ou complementar sua idéia inicial. Desta forma, contribuindo para aumentar o consenso entre o grupo. Quanto à natureza dos dados, esta pesquisa é qualitativa, e quanto aos objetivos desta apresenta uma abordagem descritiva, que conforme Richardson (1999) a pesquisa é descritiva quando tem como objetivo principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. A aplicação deste método na administração voltada para a atividade turística possibilita ampliar o desenvolvimento de estratégias mais articuladas, como também, faz com que os gestores estejam alinhados no mesmo objetivo. O método Delphi no presente estudo foi um estudo qualitativo, em que pode-ser detectar as opiniões dos envolvidos através de entrevistas formatados em dezesseis perguntas dissertativas. 3.2 Sujeito de estudo A pesquisa foi aplicada com stakeholders pertencentes aos municípios indutores de Santa Catarina, os quais foram selecionados pelo Ministério do Turismo. Os entrevistados de São Joaquim são: CDL, CONSERRA, Secretaria Municipal de Turismo, FATMA, Informações Turísticas e uma pousada. No município de Balneário Camboriú foram entrevistados representantes do: CDL, SINCOM, Câmara de Vereadores, um hotel, Informações Turísticas e Secretaria de Turismo. Na capital Florianópolis foram entrevistados: CDL, ACIF, Secretaria de turismo, um restaurante, Informações Turísticas e FATMA. Os participantes estão citados no quadro 6. 59 Destino Governo Baln. Camboriú Sec. Tur. Florianópolis Sec. Tur. São Joaquim Sec. Tur. Quadro 6: Entrevistados. Fonte: Pesquisa, 2009 Varejo CDL CDL CDL Inf. Tur. Inf. Tur. Inf. Tur. Inf. Tur. Outras Assoc. Sincon Acif Conserra Serviços Hotel Restaurante Pousada Meio Amb. Sec. Meio Amb. FÁTIMA FÁTIMA/IBAMA Desta forma, pode-se afirmar que a pesquisa foi realizada com representantes do primeiro e do segundo setor, associações e empresários bem como com entidades de defesa e preservação do meio ambiente. As cidades onde ocorreram as entrevistas foram Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim, estas escolhidas pelo Ministério do Turismo como destinos indutores de Santa Catarina. 3.3 Instrumentos de pesquisa Como o método Delphi exige mais de uma rodada de perguntas, para a primeira rodada foi desenvolvido um roteiro estruturado de entrevista, contendo dezesseis perguntas subjetivas, conforme apêndice A. As perguntas foram baseadas nos indicadores de desenvolvimento para o turismo, conforme FGV, SEBRAE, MTURISMO (2008), sendo subdivididos em cinco itens a fim de medir o índice de competitividade de uma região, tais como: infra-estrutura, turismo, políticas públicas, economia e sustentabilidade. Para a segunda rodada de perguntas foi um questionário, de acordo com o apêndice B, composto por perguntas objetivas, com duas opções de resposta: “SIM” e “NÃO”, ou seja, variáveis dicotômicas, e a disponibilização de espaço para comentário, caso participante desejasse complementar sua opinião. 3.4 Análise e apresentação Após todos os questionários respondidos de acordo com a metodologia, os dados foram interpretados, categorizados e representados em forma de tabela, para identificar as similaridades. Estas fases compreendem a analise de conteúdo que 60 conforme Segundo Richardson (1999) é um conjunto de instrumentos mercadológicos cada dia mais aperfeiçoados que se aplicam a discursos diversos. As diversas definições coincidem em que a analise de conteúdo é uma técnica de pesquisa e, como tal, tem determinadas características metodológicas: objetividade, sistematização e inferência. 3.5 Limitações da pesquisa: As principais limitações ficam por conta da demora na conclusão das entrevistas, devido a pouca a disponibilidade de tempo dos participantes para a dedicação da pesquisa, bem como, o acesso aos mesmos foi muito difícil. Entretanto houve participação nas duas rodadas de perguntas de quinze dos dezoito que deveriam ser entrevistados. Esta representatividade permitiu identificar as tendências da administração pública para o turismo, das cidades eleitas. Foi observado no decorrer das entrevistas que os participantes apresentam baixo conhecimento das políticas públicas, principalmente as que se referem ao turismo. A falta de profundo conhecimento sobre o assunto foi constatado na maioria dos representantes da iniciativa privada e em menor intensidade pelos entrevistados e representantes de entidades de classe e dos órgãos governamentais. Pela complexidade de aplicação do método Delphi, esta metodologia não exige um pré-teste, apenas alerta para a responsabilidade da elaboração dos instrumentos, principalmente da segunda rodada em diante. 61 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS A pesquisa teve como ferramenta o método Delphi que possui algumas peculiaridades em relação a outros métodos de pesquisa. O método tem como princípio a realização de uma entrevista em uma primeira rodada de perguntas, que foram feitas a pessoas envolvidas no turismo e na gestão municipal das três cidades pesquisadas. Depois com base nas respostas da primeira rodada, foi realizada uma segunda rodada de perguntas para diminuir as diferenças de opinião e identificar as tendências, conforme apêndices A, B, C e D. Com as respostas da primeira rodada foi possível elaborar segunda rodada de perguntas, que a partir das respostas surgiu um questionário mais sucinto, a fim de desenvolver um processo de investigação mais abreviado. A apresentação dos dados da primeira e da segunda rodada de perguntas foi baseada na teoria de Neto (2005), no qual apresentam de forma seqüencial as respostas e a análise das respostas dos entrevistados das três cidades: Balneário Camboriu, Florianópolis e São Joaquim. No quadro 7 são apresentadas as respostas e as análises das perguntas realizadas na cidade de Balneário Camboriú, para tanto apresenta-se as duas rodadas, nível de consenso e a tendência geral. CONSTRUCTO Alguns aspectos são fundamentais na infra-estrutura geral. No que diz respeito à saúde pública, segurança, o que se pode esperar da atual gestão municipal até o final do mandato? 1ª RODADA PERGUNTA 1 RESULTADO 83,35% 2ª RODADA PERGUNTA 1 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) Entre os entrevistados houve concordância na questão da conclusão das obras do hospital municipal. Foi apurado a preocupação com o item segurança pública no município. Todos os entrevistados esperam melhorias na segurança, através da guarda municipal, ostensivo reforço policial na temporada de verão e nos meses de baixa temporada. Tendência: Assim, este aspecto tem muito que ser trabalhado porque não apresenta um conceito ideal para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim 62 CONSTRUCTO A infra-estrutura de acesso é um dos itens mais importantes para o turismo. Com base nessa realidade como você avalia as ações da atual gestão municipal para garantir mais conforto e segurança ao turista no deslocamento? 1ª RODADA PERGUNTA 2 RESULTADO 50% 2ª RODADA PERGUNTA 2 RESULTADO 66,68% ANÁLISE (Resultado) Dentre os entrevistados houve concordância quanto a dificuldade no trânsito dentro da cidade. Em algumas respostas afirmaram que não há solução, mas outros afirmam que obras de infraestrutura podem solucionar este problema parcialmente. Tendência: Este indicador apresenta problemas futuros, de acordo com a opinião dos participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim CONSTRUCTO Como a gestão publica da sua cidade gerencia os recursos para ampliação e manutenção dos equipamentos turísticos (praças, feirinhas, parques, hotéis, restaurantes, etc.) ? 1ª RODADA PERGUNTA 3 ANÁLISE (Resultado) RESULTADO 100% Dentre os entrevistados houve concordância quanto a necessidade da participação da iniciativa privada nos 2ª RODADA projetos para que se tenha melhores resultados. Concordam também que não PERGUNTA RESULTADO se pode depender apenas na 3 100% gestão municipal, pois esta deixa a desejar. Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar com eficácia os recursos, precisando buscar ajuda da iniciativa privada. conceito geral: Razoável ANÁLISE (Resultado) Quanto a sinalização dos atrativos e Os entrevistados apontaram equipamento turísticos, locais para PERGUNTA RESULTADO a falta de um local para 4 50% eventos, qualificação profissional e eventos como prioridade. Foi receptivo (serviços para receber o apurado, também, que os 2ª RODADA turista), como você avalia o projetos de campanha para gerenciamento municipal para que estes itens não estão sendo PERGUNTA RESULTADO postos em prática, por isso estes itens? 4 83,35% espera-se mais atenção dos governantes. Tendência: Este indicador apresenta baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim CONSTRUCTO 1ª RODADA CONSTRUCTO 1ª RODADA Os atrativos turísticos de um destino podem ser naturais, culturais ou eventos programados de realização técnica. Como você classifica o potencial turístico da cidade? PERGUNTA 5 RESULTADO 100% 2ª RODADA ANÁLISE (Resultado) Todos os entrevistados afirmaram que o município possui características de turismo natural. Mas os eventos realizados também reforçam a imagem do município como atrativa. PERGUNTA 100% 5 Tendência: Este indicador mostra a vocação do turismo de Balneário Camboriú, porém o município poderia explorar outras tipologias – conceito geral: Bom 63 CONSTRUCTO Como a gestão pública atual garante condições sustentáveis para os atrativos turísticos locais? 1ª RODADA PERGUNTA 6 RESULTADO 83,35% 2ª RODADA PERGUNTA 6 RESULTADO 83,35% ANÁLISE (Resultado) Quanto as condições sustentáveis para atrativos turísticos a grande maioria afirmou que a gestão atual não presta suporte suficiente para este item. Entretanto foi observado que a fiscalização nestes locais a[resenta uma melhoria. Tendência: Este indicador configura uma referencia positiva para a cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Bom CONSTRUCTO Acredita-se que para as próximas décadas o turismo será minimizado devido aos fatores globais, para tanto o Marketing tem e terá a responsabilidade de atrair público potencial aos destinos turísticos. Como a gestão pública municipal usa o marketing na promoção da cidade? 1ª RODADA PERGUNTA 7 RESULTADO 50% 2ª RODADA PERGUNTA 7 RESULTADO 83,35% ANÁLISE (Resultado) O marketing no município é utilizado de forma pouco racional. Foi constatado que o as ações de marketing no município são limitadas aos territórios dos estados vizinhos, sendo que praticamente não há visão global de turismo. Tendência: Este indicador mostra alguns problemas quanto a divulgação da cidade – conceito geral: Razoável CONSTRUCTO Você acredita que a ação de marketing que a gestão pública municipal utiliza é eficaz? Alguma sugestão? 1ª RODADA ANÁLISE (Resultado) Mesmo com a eficácia das ações de marketing dentro de Santa Catarina e dos estados vizinhos, bem como dos países da América do 2ª RODADA Sul, principalmente a Argentina, o Paraguai e o Chile, foi constatado que o PERGUNTA RESULTADO município é carente de ações 8 100% de marketing no âmbito global. Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar muito bem as ações de marketing - conceito geral: Razoável CONSTRUCTO As políticas públicas para o turismo são elaboradas em várias esferas do governo federal, estadual, municipal, regional ou internacional. Outro ponto é a participação da iniciativa privada que também tem seus objetivos. Como a gestão municipal gerencia as políticas publicas para a valorização do turismo local? PERGUNTA 8 RESULTADO 100% 1ª RODADA PERGUNTA 9 RESULTADO 83,35% 2ª RODADA PERGUNTA 9 RESULTADO 83.35% ANÁLISE (Resultado) As respostas apontam para as parcerias públicoprivadas. Parcerias que são destinadas a promoção de eventos, congresso, shows, que de maneira direta e indireta contribuem para o município e para a iniciativa privada. Tendência: A gestão pública não consegue, eficazmente, criar políticas publicas para o desenvolvimento da comunidade. conceito geral: Razoável 64 CONSTRUCTO A cooperação regional vem facilitar o desenvolvimento do turismo em regiões próximas que estão saturadas ou sua estrutura já não comporta o fluxo de visitantes. Há na região parcerias entre municipalidades a fim de fortalecer e enriquecer o turismo? 1ª RODADA PERGUNTA 10 RESULTADO 100% 2ª RODADA PERGUNTA 10 ANÁLISE (Resultado) Conforme as respostas obtidas, pode-se observar que não há nenhum tipo de cooperação regional, ou ao menos não é divulgado. RESULTADO 100% Tendência: Assim, este aspecto tem muito que ser trabalhado porque não apresenta um conceito ideal para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim CONSTRUCTO Como a gestão pública atual entende a política de cooperação? 1ª RODADA PERGUNTA 11 RESULTADO 100% 2ª RODADA ANÁLISE (Resultado) Houve consenso por parte dos respondentes que afirmaram que não há nenhum tipo de cooperação regional ou desconhecem a existência da mesma. PERGUNTA RESULTADO 11 100% Tendência: Este indicador apresenta problemas futuros, de acordo com a opinião dos participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim CONSTRUCTO De que forma a gestão atual acompanhamento o movimento do turismo na cidade? 1ª RODADA ANÁLISE (Resultado) Houve maior consenso ao afirmarem que o acompanhamento do fluxo de visitantes na cidade é realizado pelo PIT. 2ª RODADA Entretanto há quem afirme que as câmeras de RESULTADO segurança espalhadas pela PERGUNTA cidade também auxiliam no 83,35% 12 controle e estimativa de público visitante. Tendência: Assim indicador mostra-se positivo, porque o monitoramento está sendo sistematizadoconceito - Bom PERGUNTA 12 RESULTADO 83,35% 65 CONSTRUCTO O turismo representa de maneira direta, indireta ou induzida participação na economia dos destinos. Isto porque cada gasto realizado pelo turista em é repassado em forma de tributação à economia local. Como é a participação da iniciativa privada no PIB municipal? Onde estes recursos são empregados? 1ª RODADA PERGUNTA 13 RESULTADO 66,68% 2ª RODADA PERGUNTA 13 RESULTADO 66,68% ANÁLISE (Resultado) A participação da iniciativa privada no PIB municipal é fundamental. O recolhimento de impostos de maneira direta e a expressiva arrecadação com o IPTU de maneira indireta representam a importância do setor. A atual gestão municipal garante parcerias e reconhece a importância deste setor e direciona as verbas na manutenção do órgão municipal e em obras de saneamento básico. Tendência: Assim, este aspecto está sendo trabalhado na busca de um conceito ideal para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Razoável CONSTRUCTO 1ª RODADA ANÁLISE (Resultado) A capacidade empresarial de um Em relação a capacidade município são as condições que o PERGUNTA RESULTADO empresarial do município os mesmo oferece para que a iniciativa respondentes afirmaram que 14 100% privada possa manter em a cidade ainda não possui funcionamento suas atividades, como capacidade empresarial 2ª RODADA a disponibilidade de mão-de-obra adequada, devido aos capacitada, o incentivo da presença fatores como mão-de-obra, de grupos internacionais e empresas eventos internacionais e de grande porte. As atividades da infra-estrutura. atual gestão podem garantir melhoria PERGUNTA RESULTADO 14 100% na capacidade empresarial pra os próximos três anos (até o fim da gestão)? Por quê? Tendência: Assim, este aspecto tem muito que ser trabalhado porque não apresenta um conceito ideal para viver e trabalhar e empreender com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim CONSTRUCTO 1ª RODADA ANÁLISE (Resultado) Além dos benefícios econômicos Percebe-se que os provenientes dos que visitam o PERGUNTA RESULTADO habitantes do município de destino, o turismo pode gerar Balneário Camboriu são 15 83,35% também benefícios ambientais, beneficiados com as ações culturais e sociais. Para que estes de políticas públicas voltadas 2ª RODADA benefícios estejam realmente ao ao turismo, mas buscou-se alcance da população é necessário saber sobre o futuro e com o que ela disponha de educação, aumento dos preços e a emprego gerado pelo turismo e que valorização sem limites dos também desfrute dos atrativos. A PERGUNTA imóveis, há quem afirma que 100% população atualmente está sendo no município serão extintas 15 beneficiada das políticas do turismo? as classes “C” e “D”. O que a população pode esperar para os próximos três anos? Tendência: Este indicador apresenta problemas sociais futuros, de acordo com a opinião dos participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim 66 CONSTRUCTO Uma grande preocupação mundial está no âmbito ambiental. É explicita a cobrança por parte de entidades de representatividade mundial o desenvolvimento sem prejuízos a natureza. Como a gestão atual, de maneira concreta e efetiva, estabelece políticas de preservação e conservação do meio ambiente? 1ª RODADA PERGUNTA 16 RESULTADO 66,68% 2ª RODADA PERGUNTA 16 RESULTADO 66,68% ANÁLISE (Resultado) Poucos respondentes afirmaram que existe grande preocupação por parte da gestão atual no que diz ao meio ambiente, uns até afirmam que este aspecto é deixado de lado por parte dos governantes ou não recebe devida importância. Tendência: Este indicador apresenta problemas ambientais futuros, de acordo com a opinião dos participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Balneário Camboriú – conceito geral: Ruim Quadro 7: Constructo dos indicadores para o turismo de Balneário Camboriú Fonte: Pesquisa, 2009 Constatou-se que o consenso das respostas da primeira rodada ficou em 81,26%. Este método destaca que ao significar até 75% de consenso, é necessário realizar uma segunda rodada de perguntas. Mesmo com índice de participação e consenso satisfatório optou-se por fazer a segunda rodada que apresentou a média de 87,50% de consenso. Reforçando a veracidade e a coerência das respostas da primeira rodada. De acordo com a pesquisa realizada em 2008 e com a presente pesquisa pode-se estabelecer algumas relações, mesmo que as tendências obtidas pelo Delphi sejam conceitos e os resultados da pesquisa de origem sejam valores percebe-se que muitas micro dimensões apresentam similaridade nos resultados, conforme quadro 8. Macrodimensão Microdimensão Tendências 1. Infra-estrutura Geral Ruim Infra-estrutura 2. Acesso Ruim 3. Serviços e Equip. Turísticos Razoável Turismo 4. Atrativos Turísticos Bom 5. Marketing Razoável 6. Políticas Públicas Razoável Políticas Públicas 7. Cooperação Regional Ruim 8. Monitoramento Bom 9. Economia Local Bom Economia 10. Capacidade Empresarial Ruim 11. Aspectos Sociais Ruim Sustentabilidade 12. Aspectos Ambientais Ruim 13. Aspectos Culturais Ruim Quadro 8: Reestudo dos indicadores para o turismo de Balneário Camboriú Fonte: Pesquisa, 2009 Pesquisa -2008 62,6 63,7 58,3 69,0 64,0 57,9 52,0 77,0 39,7 64,0 77,8 70,5 65,7 O quadro 8 mostra alguns resultados muito diferentes: economia local e aspectos ambientais, nos quais os conceitos diferem dos valores, acredita-se que são 67 indicadores que merecem uma atenção especial, e a opinião pública, neste caso deve ser considerada com maior importância. No quadro 9 serão apresentadas as respostas e as análises das perguntas realizadas na cidade Florianópolis. CONSTRUCTO Alguns aspectos são fundamentais na infra-estrutura geral. No que diz respeito à saúde pública, segurança, o que se pode esperar da atual gestão municipal até o final do mandato? 1ª RODADA PERGUNTA 1 RESULTADO 83,35% 2ª RODADA PERGUNTA 1 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) Ficou constatado que o fato de Florianópolis ser a capital do estado, pessoas de outras cidades procuram ajuda. O que ocasiona aumento da periferia e aumento também da violência, caos na saúde pública e nos transportes. Devido a essa realidade há quem não acredite em melhorias, por se tratar se um problema social a nível Brasil. Tendência: A infra-estrutura geral tem muito que ser trabalhada por não apresenta um conceito ideal para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Florianópolis – conceito geral: Ruim CONSTRUCTO A infra-estrutura de acesso é um dos itens mais importantes para o turismo. Com base nessa realidade como você avalia as ações da atual gestão municipal para garantir mais conforto e segurança ao turista no deslocamento? 1ª RODADA PERGUNTA 2 RESULTADO 100% 2ª RODADA PERGUNTA 2 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) Dentre os respondentes ficou clara a insatisfação em relação ao sistema de acesso à ilha. Primeiramente o fato de haver apena um aceso. Depois por não haver rotas alternativas para o trânsito fluir. Tendência: O acesso, de acordo com a opinião dos participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Florianópolis – conceito geral: Ruim CONSTRUCTO Como a gestão publica da sua cidade gerencia os recursos para ampliação e manutenção dos equipamentos turísticos (praças, feirinhas, parques, hotéis, restaurantes, etc.) ? 1ª RODADA PERGUNTA 3 RESULTADO 83,35% 2ª RODADA PERGUNTA 3 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) Quanto aos equipamentos turísticos houve consenso no que se refere à ação da iniciativa privada na manutenção e ampliação dos equipamentos turísticos Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar com eficácia os recursos, precisando buscar ajuda da iniciativa privada - conceito geral: Razoável 68 CONSTRUCTO Quanto a sinalização dos atrativos e equipamento turísticos, locais para eventos, qualificação profissional e receptivo (serviços para receber o turista), como você avalia o gerenciamento municipal para que estes itens? 1ª RODADA PERGUNTA 4 RESULTADO 83,35% 2ª RODADA PERGUNTA 4 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) Dentre os respondentes foi constatado que o item segurança para receber os turistas está precário. Ma no que s refere a sinalização de transito, turística e de acesso as ações da atual gestão são suficientes. Tendência: Este indicador apresenta baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Florianópolis– conceito geral: Ruim CONSTRUCTO Os atrativos turísticos de um destino podem ser naturais, culturais ou eventos programados de realização técnica. Como você classifica o potencial turístico da cidade? 1ª RODADA PERGUNTA 5 RESULTADO 100% 2ª RODADA PERGUNTA 5 100% ANÁLISE (Resultado) Quanto ao potencial turístico os respondentes afirmaram de maneira geral que a cidade poderia investir mais em eventos, a fim de inovar e não depender apenas do verão. Mas estes eventos não poderiam ser realizados apenas no centro da cidade. É necessário que haja uma descentralização dos eventos. Tendência: Este indicador mostra a vocação do turismo de Florianópolis, porém o município poderia explorar outras tipologias – conceito geral: Bom CONSTRUCTO Como a gestão pública atual garante condições sustentáveis para os atrativos turísticos locais? 1ª RODADA PERGUNTA 6 RESULTADO 100% 2ª RODADA PERGUNTA 6 ANÁLISE (Resultado) Quanto as condições todos os respondentes afirmaram que a gestão atual não oferece condições realmente sustentáveis para os atrativos turísticos. E destacaram Aida que as poucas condições que há é devido a investimentos da iniciativa privada. RESULTADO 100% Tendência: Este indicador não configura uma referencia positiva para a cidade de Florianópolis– conceito geral: Ruim 69 CONSTRUCTO Acredita-se que para as próximas décadas o turismo será minimizado devido aos fatores globais, para tanto o Marketing tem e terá a responsabilidade de atrair público potencial aos destinos turísticos. Como a gestão pública municipal usa o marketing na promoção da cidade? 1ª RODADA PERGUNTA 7 RESULTADO 50% 2ª RODADA PERGUNTA 7 RESULTADO 66,68% ANÁLISE (Resultado) Dentre os respondentes há quem afirma que a cidade não precisa de ações de marketing, pois esta se “autodivulga” por ser capital. Entretanto os demais respondentes concordam ao afirmarem que as ações de marketing são suficientes para atrair turistas das cidades próximas, estados visinhos e de massa. Foi sugerido maior investimento em ações internacionais como eventos e conferências. Tendência: Este indicador mostra que a divulgação da cidade já está consolidade– conceito geral: Bom CONSTRUCTO Você acredita que a ação de marketing que a gestão pública municipal utiliza é eficaz? Alguma sugestão? 1ª RODADA PERGUNTA 8 RESULTADO 100% 2ª RODADA PERGUNTA 8 ANÁLISE (Resultado) Há consenso quanto eficácia das ações marketing na região sul país. Mas novamente comentado a ausência políticas públicas a fim divulgar a cidade internacional. a de do é de de em RESULTADO 100% Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar muito bem as ações de marketing - conceito geral: Razoável CONSTRUCTO As políticas públicas para o turismo são elaboradas em várias esferas do governo federal, estadual, municipal, regional ou internacional. Outro ponto é a participação da iniciativa privada que também tem seus objetivos. Como a gestão municipal gerencia as políticas publicas para a valorização do turismo local? 1ª RODADA PERGUNTA 9 RESULTADO 83,35% 2ª RODADA PERGUNTA 9 RESULTADO 83,35% ANÁLISE (Resultado) Dentre os respondentes foi constatado que a gestão pública atual não prioriza o turismo em seu orçamento, pois não dá real importância. Entretanto há quem afirme que não é necessário a gestão atual investir mais recursos diretamente no turismo, e sim em obras de infra-estrutura que beneficiaram a todos. Tendência: A gestão pública não consegue, eficazmente, criar políticas publicas para o desenvolvimento da comunidade. conceito geral: Razoável 70 CONSTRUCTO A cooperação regional vem facilitar o desenvolvimento do turismo em regiões próximas que estão saturadas ou sua estrutura já não comporta o fluxo de visitantes. Há na região parcerias entre municipalidades a fim de fortalecer e enriquecer o turismo? 1ª RODADA PERGUNTA 10 RESULTADO 100% 2ª RODADA ANÁLISE (Resultado) Dentre os respondentes houve consenso em relação aos interesses dos municípios vizinhos. O que foi contatado é que Florianópolis não tem nada a receber dos demais municípios, pois estes não oferecem melhores condições, a ponto de ser alguma referência. PERGUNTA RESULTADO 10 100% Tendência: Este aspecto está sendo trabalhado porque leva em consideração o entorno da grande Florianópolis e outras cidades– conceito geral: Bom CONSTRUCTO Como a gestão pública atual entende a política de cooperação? 1ª RODADA PERGUNTA 11 RESULTADO 0% ANÁLISE (Resultado) Não houve resposta 2ª RODADA PERGUNTA 11 CONSTRUCTO De que forma a gestão atual acompanha o movimento do turismo na cidade? RESULTADO 0% 1ª RODADA PERGUNTA 12 RESULTADO 100% 2ª RODADA PERGUNTA 12 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) O acompanhamento do fluxo de visitantes na cidade de Florianópolis se dá por pesquisas realizadas por instituições de ensino, bem como pela secretaria de turismo através das Informações Turísticas, levantamentos da polícia militar e do embarque e desembarque no Terminal Rodoviário Rita Maria. Tendência: Assim indicador mostra-se positivo, porque o monitoramento está sendo sistematizadoconceito - Bom 71 ANÁLISE (Resultado) O turismo representa de maneira Dentre os respondentes direta, indireta ou induzida houve divergência nas participação na economia dos respostas. Pois há quem destinos. Isto porque cada gasto afirme que a participação da realizado pelo turista em é repassado PERGUNTA RESULTADO iniciativa privada é em forma de tributação à economia fundamental para a 13 50% local. Como é a participação da manutenção do município. iniciativa privada no PIB municipal? Entretanto há quem diga que Onde estes recursos são a participação poderia ser empregados? muito maior se não houvesse sonegação, e que a 2ª RODADA arrecadação do município é resultante de cobrança de taxas da população e não da iniciativa privada. Quanto a destinação destes PERGUNTA RESULTADO recursos, houve consenso ao 13 66,68% afirmarem que são empregados em obras de manutenção do município e de infra-estrutura. Tendência: Assim, este aspecto está sendo trabalhado na busca de um conceito ideal para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Florianópolis– conceito geral: Bom CONSTRUCTO 1ª RODADA CONSTRUCTO 1ª RODADA ANÁLISE (Resultado) Houve consenso ao afirmarem que há na cidade PERGUNTA RESULTADO condições de empresas, 14 100% inclusive internacionais se instalem no município. 2ª RODADA Entretanto, para os respondentes, não há nenhuma iniciativa pública PERGUNTA RESULTADO para este fim. O que ocorre 14 100% são especulações que movimentam o cenário local. Tendência: Assim, este aspecto tem muito que ser trabalhado porque não apresenta um conceito ideal para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Florianópolis– conceito geral: Ruim A capacidade empresarial de um município são as condições que o mesmo oferece para que a iniciativa privada possa manter em funcionamento suas atividades, como a disponibilidade de mão-de-obra capacitada, o incentivo da presença de grupos internacionais e empresas de grande porte. As atividades da atual gestão podem garantir melhoria na capacidade empresarial pra os próximos três anos (até o fim da gestão)? Por quê? CONSTRUCTO 1ª RODADA ANÁLISE (Resultado) Quanto a população os respondentes afirmam que há influência direta e positiva, pois está garantindo emprego e renda. Porém, há 2ª RODADA aquém vá mais afundo neste item, destacando a influencias negativas, que é a superpopulação, violência e PERGUNTA 100% até mesmo desapropriações 15 a fim de se instalar edificações. Tendência: Este indicador apresenta problemas sociais futuros, de acordo com a opinião dos participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Florianópolis– conceito geral: Ruim Além dos benefícios econômicos provenientes dos que visitam o destino, o turismo pode gerar também benefícios ambientais, culturais e sociais. Para que estes benefícios estejam realmente ao alcance da população é necessário que ela disponha de educação, emprego gerado pelo turismo e que também desfrute dos atrativos. A população atualmente está sendo beneficiada das políticas do turismo? O que a população pode esperar para os próximos três anos? PERGUNTA 15 RESULTADO 83,35% 72 CONSTRUCTO 1ª RODADA ANÁLISE (Resultado) Uma grande preocupação mundial está no âmbito ambiental. É explicita a cobrança por parte de entidades de representatividade mundial o desenvolvimento sem prejuízos a natureza. Como a gestão atual, de maneira concreta e efetiva, estabelece políticas de preservação e conservação do meio ambiente? Houve consenso mais uma vez dentre os respondes ao afirmarem que a única PERGUNTA RESULTADO preocupação da gestão 16 100% municipal com o meio ambiente é em segui a legislação, ou seja, não há nenhuma política de 2ª RODADA preservação própria do PERGUNTA RESULTADO município, além das que já haviam sido criadas em 16 100% governos anteriores. Tendência: Este indicador apresenta problemas ambientais futuros, de acordo com a opinião dos participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de Florianópolis– conceito geral: Ruim Quadro 9: Constructo dos indicadores para o turismo de Florianópolis Fonte: Pesquisa, 2009 A pesquisa na cidade de Florianópolis a média de consenso da primeira rodada ficou em 82,30% e na segunda rodada o consenso ficou em 87,51%. Reforçando a veracidade e a coerência das respostas da primeira rodada. De acordo com a pesquisa realizada em 2008 e com a presente pesquisa pode-se estabelecer algumas relações, mesmo que as tendências obtidas pelo Delphi sejam conceitos e os resultados da pesquisa de origem sejam valores percebe-se que muitas micro dimensões apresentam similaridade nos resultados, conforme quadro 10. Macrodimensão Microdimensão Tendências 1. Infra-estrutura Geral Ruim Infra-estrutura 2. Acesso Ruim 3. Serviços e Equip. Turísticos Razoável Turismo 4. Atrativos Turísticos Ruim 5. Marketing Razoável 6. Políticas Públicas Ruim Políticas Públicas 7. Cooperação Regional 8. Monitoramento Bom 9. Economia Local Bom Economia 10. Capacidade Empresarial Ruim 11. Aspectos Sociais Ruim Sustentabilidade 12. Aspectos Ambientais Ruim 13. Aspectos Culturais Ruim Quadro 10: Reestudo dos indicadores para o turismo de Florianópolis Pesquisa -2008 78,3 66,9 65,5 57,8 35,6 69,4 66,5 33,5 74,3 76,7 68,8 57,6 64,4 Fonte: Pesquisa, 2009 O quadro 10 mostra alguns resultados muito diferentes para Infra-estrutura geral, marketing, monitoramento e capacidade empresarial, nos quais os conceitos diferem dos valores, acredita-se que são indicadores que merecem uma atenção especial, e 73 a opinião pública, neste caso deve ser considerada com maior importância, outra observação que se faz é que a pesquisa publicada em 2008 foi aplicada em 2007, e algumas mudanças no cenário da cidade devem ter acontecido. Para finalizar no quadro 11 serão apresentadas as respostas e as análises das perguntas realizadas na cidade São Joaquim. ANÁLISE (Resultado) Alguns aspectos são fundamentais Dentre as respostas obtidas na infra-estrutura geral. No que diz foi constatado que em São respeito à saúde pública, segurança, PERGUNTA RESULTADO Joaquim a saúde pública é 1 66,68% o que se pode esperar da atual precária, desde os gestão municipal até o final do equipamentos até as mandato? acomodações hospitalares. 2ª RODADA Já a segurança por ser uma cidade do interior não sofre tanta representatividade PERGUNTA RESULTADO como sofre Florianópolis, por 1 100% exemplo, mas o que mais necessita é reforço no efetivo policial. Tendência: Este indicador precisa ser trabalhado porque não apresenta um conceito ideal para viver e trabalhar com o turismo na cidade de São Joaquim– conceito geral: Ruim CONSTRUCTO 1ª RODADA CONSTRUCTO 1ª RODADA A infra-estrutura de acesso é um dos itens mais importantes para o turismo. Com base nessa realidade como você avalia as ações da atual gestão municipal para garantir mais conforto e segurança ao turista no deslocamento? PERGUNTA 2 RESULTADO 83,35% 2ª RODADA PERGUNTA 2 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) Dentre os respondentes ficou claro que o acesso nas regiões rurais de São Joaquim são precárias e emergenciais. Entretanto o acesso até o município é considerado bom, mas com deficiência em sinalização. Tendência: Este indicador apresenta problemas e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de São Joaquim– conceito geral: Ruim CONSTRUCTO Como a gestão publica da sua cidade gerencia os recursos para ampliação e manutenção dos equipamentos turísticos (praças, feirinhas, parques, hotéis, restaurantes, etc.) ? 1ª RODADA PERGUNTA 3 RESULTADO 100% 2ª RODADA PERGUNTA 3 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) Houve consenso dentre os respondes ao afirmarem que a gestão municipal de São Joaquim não estabelece nenhum tipo de manutenção ou ampliação dos equipamentos turísticos da cidade. Quanto a participação da iniciativa privada neste item também houve consenso. Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar com eficácia os recursos - conceito geral: Ruim 74 ANÁLISE (Resultado) Quanto a sinalização dos atrativos e Apesar de que no ano de equipamento turísticos, locais para PERGUNTA RESULTADO 2009 foi inaugurado o eventos, qualificação profissional e primeiro espaço para eventos 4 83,35% receptivo (serviços para receber o na cidade, percebe-se as turista), como você avalia o políticas são praticamente 2ª RODADA gerenciamento municipal para que inexistentes. Entretanto a estes itens? iniciativa privada, na tentativa de sobrevivência, tem criado PERGUNTA RESULTADO mecanismos para 4 100% complementar as ações da gestão municipal. Tendência: Este indicador apresenta baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de São Joaquim– conceito geral: Ruim CONSTRUCTO 1ª RODADA CONSTRUCTO 1ª RODADA Os atrativos turísticos de um destino podem ser naturais, culturais ou eventos programados de realização técnica. Como você classifica o potencial turístico da cidade? ANÁLISE (Resultado) Dentre os respondentes houve consenso ao afirmarem que o turismo em São Joaquim é rigorosamente natural, 2ª RODADA entretanto os mesmos contribuem afirmando que seria viável a iniciação de novos tipos de turismo, como PERGUNTA 100% o de eventos para combater 5 a sazonalidade que é muito grande .Tendência: Este indicador mostra a vocação do turismo, porém o município poderia explorar outras tipologias para combater a sazonalidade– conceito geral: Ruim CONSTRUCTO Como a gestão pública atual garante condições sustentáveis para os atrativos turísticos locais? PERGUNTA 5 RESULTADO 100% 1ª RODADA PERGUNTA 6 RESULTADO 100% 2ª RODADA PERGUNTA 6 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) Novamente dentre os entrevistados houve consenso afirmarem que não há políticas públicas de manutenção e conservação dos atrativos políticos. Tendência: Este indicador configura baixa referencia para a cidade de São Joaquim– conceito geral: Ruim Acredita-se que para as próximas décadas o turismo será minimizado devido aos fatores globais, para tanto o Marketing tem e terá a responsabilidade de atrair público potencial aos destinos turísticos. Como a gestão pública municipal usa o marketing na promoção da cidade? Desde a criação do Convention Bureau, está havendo uma grande divulgação em mídia nacional das atividades e do turismo 2ª RODADA de São Joaquim, é exemplo que a iniciativa privada teve que dar o primeiro passo, PERGUNTA RESULTADO pois mesmo com estas 7 83,35% mídias, a cidade carece de mais divulgação. Tendência: Este indicador mostra muitos problemas quanto a divulgação da cidade – conceito geral: Ruim PERGUNTA 7 RESULTADO 50% 75 CONSTRUCTO Você acredita que a ação de marketing que a gestão pública municipal utiliza é eficaz? Alguma sugestão? 1ª RODADA PERGUNTA 8 RESULTADO 50% 2ª RODADA PERGUNTA 8 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) Dentre os respondentes ocorreu muitas diferenças de opiniões. Há quem afirme que as políticas são fracas e insuficientes. Entretanto há quem afirme que São Joaquim consegue, mesmo que com pouco recurso alcançar divulgação suficiente para o público interessado em sentir frio. Tendência: A gestão pública não consegue gerenciar muito bem as ações de marketing - conceito geral: Ruim CONSTRUCTO As políticas públicas para o turismo são elaboradas em várias esferas do governo federal, estadual, municipal, regional ou internacional. Outro ponto é a participação da iniciativa privada que também tem seus objetivos. Como a gestão municipal gerencia as políticas publicas para a valorização do turismo local? 1ª RODADA PERGUNTA 9 RESULTADO 50% ANÁLISE (Resultado) Dentre os respondeste há quem afirme que o problema em São Joaquim é justamente a incapacidade de gestão. 2ª RODADA PERGUNTA 9 RESULTADO 66,68% Tendência: A gestão pública não consegue, eficazmente, criar políticas publicas para o desenvolvimento da comunidade. conceito geral: Ruim CONSTRUCTO A cooperação regional vem facilitar o desenvolvimento do turismo em regiões próximas que estão saturadas ou sua estrutura já não comporta o fluxo de visitantes. Há na região parcerias entre municipalidades a fim de fortalecer e enriquecer o turismo? 1ª RODADA PERGUNTA 10 RESULTADO 83,35% 2ª RODADA PERGUNTA 10 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) Diferentemente das demais cidades pesquisadas o cooperativismo regional em São Joaquim é visível. Parcerias público-privadas e dentre municipalidade são uma constante na região serrana do estado de Santa Catarina. Desde a década de 90 que os municípios observaram as vantagens do cooperativismo, tanto para a produção rural como para o turismo. Tendência: Este aspecto tem sido bem muito trabalhado na cidade de São Joaquim– conceito geral: Bom 76 CONSTRUCTO Como a gestão pública atual entende a política de cooperação? 1ª RODADA PERGUNTA 11 RESULTADO 100% 2ª RODADA PERGUNTA 11 ANÁLISE (Resultado) Dentre os respondentes ocorreu novamente consenso ao afirmarem que é uma junção de forças entre o três setores e mais população. RESULTADO 100% Tendência: Este indicador apresenta aspectos positivos a respeito da cooperação e possibilita o aumento do conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de São Joaquim– conceito: Bom CONSTRUCTO De que forma a gestão atual acompanha o movimento do turismo na cidade? 1ª RODADA PERGUNTA 12 RESULTADO 50% 2ª RODADA PERGUNTA 12 RESULTADO 50% ANÁLISE (Resultado) Dentre os respondentes ocorreu divergência nas respostas. Pois não reconhecem de fato qual o instrumento utilizado para a constatação deste dado. Apenas acompanham as noticias que são divulgadas na mídia. Tendência: Assim indicador aponta uma preocupação grande com a movimentação turística – conceito: Bom CONSTRUCTO O turismo representa de maneira direta, indireta ou induzida participação na economia dos destinos. Isto porque cada gasto realizado pelo turista em é repassado em forma de tributação à economia local. Como é a participação da iniciativa privada no PIB municipal? Onde estes recursos são empregados? 1ª RODADA PERGUNTA 13 RESULTADO 83,35% 2ª RODADA PERGUNTA 13 RESULTADO 100% ANÁLISE (Resultado) Por ser uma cidade de pequeno porte, ela possui poucos pontos comerciais. As maiores participação no PIB ficam por conta de indústrias processadoras de maçãs, vinhos e derivados de queijo e carne, Isso explica a baixa arrecadação do município e é considerada uma das cidades mais pobres do estado. Os poucos recurso recolhidos de impostos e taxas são destinados às escolas, hospitais e saneamento básico, bem como pequenas obras de reparos no centro da cidade. Tendência: A arrecadação não tem grande destinação para o turismo na cidade de São Joaquim– conceito geral: Ruim 77 CONSTRUCTO 1ª RODADA ANÁLISE (Resultado) A capacidade empresarial de um São Joaquim não oferece município são as condições que o PERGUNTA RESULTADO nenhuma condição para 14 83,35% mesmo oferece para que a iniciativa comportar investidores privada possa manter em estrangeiros. Entretanto foi funcionamento suas atividades, como constatado que há políticas 2ª RODADA a disponibilidade de mão-de-obra de desenvolvimento para capacitada, o incentivo da presença suprir esta demanda. de grupos internacionais e empresas de grande porte. As atividades da PERGUNTA RESULTADO atual gestão podem garantir melhoria 14 83,35% na capacidade empresarial pra os próximos três anos (até o fim da gestão)? Por quê? Tendência: Este aspecto pode ser melhor trabalhado, alavancando a economia e a oferta turística da cidade de São Joaquim– conceito geral: Ruim CONSTRUCTO Além dos benefícios econômicos provenientes dos que visitam o destino, o turismo pode gerar também benefícios ambientais, culturais e sociais. Para que estes benefícios estejam realmente ao alcance da população é necessário que ela disponha de educação, emprego gerado pelo turismo e que também desfrute dos atrativos. A população atualmente está sendo beneficiada das políticas do turismo? O que a população pode esperar para os próximos três anos? 1ª RODADA ANÁLISE (Resultado) A cidade está começando a perceber as vantagens que o turismo pode representar. Entretanto a população, ainda, não consegue 2ª RODADA compreender esta nova realidade. Poucos conhecem os beneficiados que o turismo pode trazer. No futuro mais pessoas estarão PERGUNTA dispostas a aceitar o turismo, 100% 15 com isso os gestores municipais serão cobrados por políticas mais especificas para o turismo. Tendência: Este indicador apresenta problemas sociais futuros, de acordo com a opinião dos participantes, e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de São Joaquim – conceito geral: Ruim CONSTRUCTO Uma grande preocupação mundial está no âmbito ambiental. É explicita a cobrança por parte de entidades de representatividade mundial o desenvolvimento sem prejuízos a natureza. Como a gestão atual, de maneira concreta e efetiva, estabelece políticas de preservação e conservação do meio ambiente? PERGUNTA 15 RESULTADO 50% 1ª RODADA ANÁLISE (Resultado) Não existem políticas locais de preservação, mas o que PERGUNTA RESULTADO acontece em São Joaquim é 16 100% o reflexo de leis de governos passados que estabeleceram normas que limitam o 2ª RODADA desmatamento e a exploração insustentável do meio ambiente. Porém, há falta conscientização da população, pois o consumo PERGUNTA RESULTADO de lenha de inverno e a derrubada de árvores para 16 100% cultivo de pomares de maçã e pasto para o gado constituem grande desmatamento e prejuízos ao meio ambiente. Tendência: Este indicador mostra que haverá problemas ambientais futuros e configura-se como baixo conceito para viver e trabalhar com o turismo na cidade de São Joaquim– conceito 78 geral: Ruim Quadro 11: Constructo dos indicadores para o turismo de São Joaquim Fonte: Pesquisa, 2009 A cidade da serrana de São Joaquim na apuração dos dados da pesquisa obteve a média mais dinâmica dentre as três cidades pesquisadas. O consenso das respostas da primeira rodada ficou em 77,09%, a mais baixa das médias. Entretanto na segunda rodada a média do consenso ficou em 92,71%, ultrapassando todas as expectativas do método Delphi. Ajudando a elucidar as respostas da primeira rodada. De acordo com a pesquisa realizada em 2008 e com a presente pesquisa pode-se estabelecer algumas relações, mesmo que as tendências obtidas pelo Delphi sejam conceitos e os resultados da pesquisa de origem sejam valores percebe-se que muitas micro dimensões apresentam similaridade nos resultados, conforme quadro 12. Macrodimensão Microdimensão Tendências 14. Infra-estrutura Geral Ruim Infra-estrutura 15. Acesso Ruim 16. Serviços e Equip. Turísticos Ruim Turismo 17. Atrativos Turísticos Bom 18. Marketing Ruim 19. Políticas Públicas Ruim Políticas Públicas 20. Cooperação Regional Bom 21. Monitoramento Ruim 22. Economia Local Ruim Economia 23. Capacidade Empresarial Ruim 24. Aspectos Sociais Ruim Sustentabilidade 25. Aspectos Ambientais Ruim 26. Aspectos Culturais Ruim Quadro 12: Reestudo dos indicadores para o turismo de São Joaquim Pesquisa -2008 66,80 56,70 25,90 44,80 22,40 38,20 25,40 3,00 59,00 24,70 48,00 26,40 37,00 Fonte: Pesquisa, 2009 O quadro 12 mostra alguns resultados muito diferentes, porém na maioria registramse baixos conceitos e baixos valores, o que destaca-se como diferença é o aspecto da cooperação, quando o conceito apresenta-se bom enquanto que o valor obtido pela pesquisa quantitativa de 2007, publicada em 2008, é de 25,40. Percebeu-se que tanto a pesquisa em 2009 quanto a realizada em 2007 o monitoramento do turismo é quase que inexistente. Percebe-se que as três cidades pesquisadas demandam de muitas ações especificas para o turismo e um planejamento estratégico focado para o turtismo, 79 nas quais apresentam bons atrativos turísticos e recursos naturais, porém a gestão pública requer o exercício permanente de uma equipe com perfil empreendedor. 5 CONSIDERAÇÕES A gestão pública com foco em qualidade e competitividade não só garante desenvolvimento do município, como qualidade de vida aos munícipes. O turismo é uma alternativa para o gestor municipal atrair investimentos privados e governamentais, bem como, pessoas dispostas a pagar para ter qualidade de vida. Como afirma Lezana (2001) é dada a importância de um gestor público com perfil empreendedor, estando apto a aumentar a oferta e conciliar as demandas sociais com as demandas de caráter econômico. Foi possível constatar através dos resultados desta pesquisa que os atuais gestores não são ou ao menos não demonstram estar preocupados em desenvolver um planejamento estratégico para o turismo. Este reestudo demonstrou que os municípios tiveram os resultados de uma pesquisa anteriormente realizada pela Fundação Getulio Vargas em parceria com o Ministério do turismo, segundo FGV.SEBRAE, MTURISMO (2008) e poucos ajustes foram realizadas em suas políticas públicas e na sustentabilidade ambiental e Social. Observa-se novas constatações de problemas já existentes, que já poderiam ter sido solucionados, ou ao menos minimizados. O reflexo da morbidez das ações de políticas públicas pode ser constatado nos números negativos referentes ao turismo nos últimos dois anos nos municípios de Balneário Camboriú, Florianópolis e São Joaquim. Descartando, por um momento os problemas climáticos e desastres ambientais, os gestores municipais poderiam e deveriam investir mais na qualificação do turismo, devido a grande capacidade econômica que o setor vem demonstrando nos últimos anos. Retomando o assunto dos desastres ambientais decorridos de problemas climáticos, pode observar a fragilidade dos municípios atingidos em relação a infra-estrutura. A pesquisa demonstrou que a infra-estrutura e o acesso às cidades são de grande e 80 importante significância, sobretudo aos turistas de estados e municípios próximos de Santa Catarina. A pesquisa constatou, também, a existência de divergência nas opiniões dos entrevistados, acerca das atividades e das políticas públicas voltadas ao turismo dos atuais governantes municipais. Esta constatação releva que, mais importante que o desenvolvimento sustentável de um município, está os interesses político-partidários. Esta realidade está evidente nas três cidades pesquisadas, na qual estas cidades foram escolhidas pelo Governo Federal para receberem verbas para investirem em infra-estrutura, turismo, políticas públicas, economia e sustentabilidade, conforme apresentou a pesquisa FGV.SEBRAE, MTURISMO (2008). Porém este reestudo remete a preocupação no âmbito econômico e financeiro, tais como: Será que estes recursos serão devidamente fiscalizados? Devidamente encaminhados e empregados em obras de desenvolvimento para o turismo? Estes são pontos relevantes, quando se trata de verba pública federal para desenvolvimento. A intenção do reestudo apresentado por esta pesquisa foi traçar um cenário futuro para as cidades eleitas, porém percebe-se que poucas mudanças acontecerão, assim como falta o destaque da gestão pública para a criação e solução de problemas. Assim como a identificação de oportunidades como prescreve o perfil do administrador público na visão de Ignarra (2003), quando estas características viabilizam a gestão voltada para o crescimento e desenvolvimento, trazendo benefícios a toda comunidade. Contudo, este trabalho foi muito importante para o pesquisador porque exigiu organização e planejamento da metodologia, ampliou o networking pelas entrevistas realizadas e a busca de interpretação das respostas e sistematização da aplicação do método. Sugere-se para trabalhos futuros novas pesquisas com outras cidades que apresentam diferentes atrativos turísticos, utilizando esta metodologia. 81 REFERÊNCIAS ABAV – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE VIAGENS. Brasil é o 7º principal destino para eventos no mundo. Disponível em: http//: www.abav.com.br/. Acesso em: 29/OUT/2009. ABEOC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE EVENTOS. Eventos no Brasil movimentam R$ 32 bilhões e exigem criatividade. 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Venho convidá-lo a participar deste trabalho, respondendo algumas questões, que acontecerão nos meses de outubro e novembro de 2009. A pesquisa será realizada com seis profissionais e representantes de instituições que julgamos de grande relevância para alavancar e manter a indústria do turismo na cidade. A pesquisa tem como objetivo apresentar o cenário empreendedor da gestão publica da sua cidade sobre o turismo. Para tanto, utilizou-se alguns temas de discussão: infra-estrutura, turismo, políticas públicas, economia e sustentabilidade. A dinâmica para o levantamento de dados é o Delphi que tem como característica a realização de duas ou mais rodadas de questões com os mesmos respondentes. Suas afirmações vão muito contribuir para o desenvolvimento do Trabalho Conclusão de Curso - TCC e também para ampliar meus conhecimentos nesta área. Muito Obrigado! Infra-Estrutura Infra-estrutura geral 1. Alguns aspectos são fundamentais na infra-estrutura geral. No que diz respeito à saúde pública, segurança, o que se pode esperar da atual gestão municipal até o final do mandato? Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) Acesso 2. A infra-estrutura de acesso é um dos itens mais importantes para o turismo. Com base nessa realidade como você avalia as ações da atual gestão municipal para garantir mais conforto e segurança ao turista no deslocamento? Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) Turismo Serviços e equipamentos turísticos 3. Como a gestão publica da sua cidade gerencia os recursos para ampliação e manutenção dos equipamentos turísticos (praças, feirinhas, parques, hotéis, restaurantes, etc.) ? Resp: 85 Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) 4. Quanto a sinalização dos atrativos e equipamento turísticos, locais para eventos, qualificação profissional e receptivo (serviços para receber o turista), como você avalia o gerenciamento municipal para que estes itens? Resp: Atrativos turísticos 5. Os atrativos turísticos de um destino podem ser naturais, culturais ou eventos programados de realização técnica. Como você classifica o potencial turístico da cidade? Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) 6. Como a gestão pública atual garante condições sustentáveis para os atrativos turísticos locais? Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) Marketing 7. Acredita-se que para as próximas décadas o turismo será minimizado devido aos fatores globais, para tanto o Marketing tem e terá a responsabilidade de atrair público potencial aos destinos turísticos. Como a gestão pública municipal usa o marketing na promoção da cidade? Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) 8. Você acredita que as ações de marketing que a gestão pública municipal utiliza é eficaz? Alguma sugestão? Resp: Políticas públicas Políticas públicas 9. As políticas públicas para o turismo são elaboradas em várias esferas do governo federal, estadual, municipal, regional ou internacional. Outro ponto é a participação da iniciativa privada que também tem seus objetivos. Como a gestão municipal gerencia as políticas publicas para a valorização do turismo local? Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) Cooperação regional 10. A cooperação regional vem facilitar o desenvolvimento do turismo em regiões próximas que estão saturadas ou sua estrutura já não comporta o fluxo de visitantes. Há na região parcerias entre municipalidades a fim de fortalecer e enriquecer o turismo? Resp: 86 Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) 11. Como a gestão pública atual entende a política de cooperação? Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) Monitoramento 12. De que forma a gestão atual acompanhamento o movimento do turismo na cidade? Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) 4 – Economia Economia local 13. O turismo representa de maneira direta, indireta ou induzida participação na economia dos destinos. Isto porque cada gasto realizado pelo turista em é repassado em forma de tributação à economia local. Como é a participação da iniciativa privada no PIB municipal? Onde estes recursos são empregados? Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) Capacidade empresarial 14. A capacidade empresarial de um município são as condições que o mesmo oferece para que a iniciativa privada possa manter em funcionamento suas atividades, como a disponibilidade de mão-de-obra capacitada, o incentivo da presença de grupos internacionais e empresas de grande porte. As atividades da atual gestão podem garantir melhoria na capacidade empresarial pra os próximos três anos (até o fim da gestão)? Por quê? Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) 5 – Sustentabilidade Aspectos sociais 15. Além dos benefícios econômicos provenientes dos que visitam o destino, o turismo pode gerar também benefícios ambientais, culturais e sociais. Para que estes benefícios estejam realmente ao alcance da população é necessário que ela disponha de educação, emprego gerado pelo turismo e que também desfrute dos atrativos. A população atualmente está sendo beneficiada das políticas do turismo? O que a população pode esperar para os próximos três anos? Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) Aspectos ambientais Resp: Conceito: Bom ( ) – Razoável ( ) - Ruim ( ) 87 APENDICE B: Questionário Segunda Rodada de Balneário Camboriú Prezado Senhor (a), Agradeço a sua participação na entrevista anterior e mais uma vez venho pedir a colaboração para a conclusão do trabalho. As respostas obtidas foram muito interessantes, porem o método de pesquisa Delphi confere uma segunda rodada de perguntas para os mesmos participantes, a fim de socializar o resultado anterior e solidificar a opinião do grupo questionado. Para tanto, apresento um novo questionário, que foi elaborado tendo como base as respostas obtidas anteriormente. Peço sua participação, mais uma vez. Aproveito para solicitar o preenchimento e envio deste o mais breve possível, Muito Obrigado, Qualquer dúvida favor entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou por telefone (47) 9938-3190. Rogelio Alves Maria 1 – Quanto à infra-estrutura da cidade de Balneário Camboriú no quesito saúde pública e segurança, as respostas apontaram para uma maior preocupação na gestão do hospital municipal e políticas de segurança para resolver o problema da sazonalidade no município. Você concorda com esta afirmação? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 2 - A infra-estrutura de acesso é um dos itens mais importantes para o turismo. Conforme as respostas, a situação em Balneário Camboriú não é diferente. Verificou-se que o acesso à cidade apresenta menos deficiência que o acesso interno. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 3 – A gestão dos recursos para ampliação e manutenção dos equipamentos turísticos está sendo adequada. Você concorda que a iniciativa privada deveria participar para oferecer melhores resultados? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 4 - Em relação a equipamentos turísticos e de lazer, a cidade tem muito a oferecer, mas apresenta carência em local para evento, capacitação profissional. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 5 – A vocação turística de Balneário Camboriú é a utilização dos recursos naturais devido as praias, mas a cidade poderia tem potencial para o turismo de eventos. Você concorda? 88 Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 6 - A gestão pública atual garante condições sustentáveis para os atrativos turísticos através da fiscalização e manutenção. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 7 - Em Santa Catarina e nos estados próximos, a cidade é bem conhecida, e as ações de marketing que a atual gestão municipal vem desempenhando são eficazes, porém precisam também focar no turista internacional. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 8 - As parcerias público-privadas tem sido suficientes para divulgar e valorizar os atrativos turísticos em Balneário Camboriú. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 11 - A Gestão Pública deve buscar o fortalecimento das cidades vizinhas para o atendimento nas épocas de saturação do turismo, pois além de auxiliar no crescimento das mesmas, ela garantirá a hospitalidade aos visitantes. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 12 – Os levantamentos realizados pelo PIT (Ponto de Informações Turísticas) são suficientes para mensurar o fluxo de visitantes no município. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 13 – Impostos que o município arrecada oriundos do setor de serviços são destinados à obras de infra-estrutura e manutenção da prefeitura. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 14 15 - A gestão municipal deveria buscar outras formas de incentivar a economia, não dependendo somente da temporada de verão. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 16 – A gestão municipal atual não está demonstrando interesse nem preocupação na preservação e manutenção de áreas de preservação natural. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 89 APENDICE C: Perguntas da segunda rodada de Florianópolis Prezado (a) Senhor (a), Agradeço a sua participação na entrevista anterior e venho, novamente, pedir a colaboração para a conclusão do trabalho. As respostas obtidas foram muito interessantes, porem o método de pesquisa Delphi confere uma segunda rodada de perguntas para os mesmos participantes, a fim de socializar o resultado anterior e solidificar a opinião do grupo questionado. Para tanto, apresento um novo questionário, que foi elaborado tendo como base as respostas obtidas anteriormente. Peço sua participação, mais uma vez. Aproveito para solicitar o preenchimento e envio deste o mais breve possível, Muito Obrigado, Qualquer dúvida favor entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou por telefone (47) 9938-3190. Rogelio Alves Maria 1 - A atual gestão conseguira implantar novos sistemas de segurança e aprimorar o serviço de atendimento hospitalar na cidade de Florianópolis até o fim do mandato. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar. 2 – A solução para o problema do acesso na cidade de Florianópolis é possível de ser solucionado mediante as ações da atual gestão. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 3 – A iniciativa privada é responsável por manter em atividade a cultura em feiras, praças e parques na cidade de Florianópolis. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 4 – A sinalização turística e a qualificação profissional na cidade de Florianópolis são adequadas para receber turistas de todos os estados e turistas estrangeiros. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 5 – Além dos recursos naturais, os eventos são meios que a cidade de Florianópolis possui para atrair turistas o ano inteiro. Você concorda? Sim ( Não ( ) ) 90 Comente se desejar 6 – A sustentabilidade ambiental? é a base para as ações de preservação e manutenção dos atrativos turísticos em Florianópolis. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar. 7 – As ações de marketing utilizadas pela gestão municipal de Florianópolis são realizadas de forma amadora e sem profissionalismo. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar. 8 – As ações de marketing da atual gestão têm o foco no público em massa, quando deveria trabalhar com um publico especifico. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar. 9 – As políticas públicas para o turismo da atual gestão municipal da cidade de Florianópolis não são adequadas para suprir a demanda turística. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar. 10 – As parcerias entre Florianópolis e municípios visinhos é resultante de acordos firmados entre a iniciativa privada. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar. 11 – O levantamento realizado pelas Informações Turísticas é suficiente para mapear o fluxo de visitantes em Florianópolis. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar. 12 – Os investimentos realizados na infra-estrutura do município é conseqüência da arrecadação e da participação da iniciativa privada. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar. 13 – Florianópolis possui condições para atender e suprir com qualidade qualquer atividade empresarial seja ela nacional ou internacional. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar. 14 – A gestão municipal de Florianópolis costuma seguir as regras estabelecidas pela legislação no que diz respeito à conservação, preservação e fiscalização do meio ambiente. Você concorda? Sim ( ) 91 Não ( ) Comente se desejar. APENDICE D: Perguntas da segunda rodada de São Joaquim Prezado (a) Senhor (a), Agradeço a sua participação na entrevista anterior e venho, novamente, pedir a colaboração para a conclusão do trabalho. As respostas obtidas foram muito interessantes, porem o método de pesquisa Delphi confere uma segunda rodada de perguntas para os mesmos participantes, a fim de socializar o resultado anterior e solidificar a opinião do grupo questionado. Para tanto, apresento um novo questionário, que foi elaborado tendo como base as respostas obtidas anteriormente. Peço sua participação, mais uma vez. Aproveito para solicitar o preenchimento e envio deste o mais breve possível, Muito Obrigado, Qualquer dúvida favor entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou por telefone (47) 9938-3190. Rogelio Alves Maria 1 – A Cidade de São Joaquim necessita urgentemente de uma reestruturação em seus equipamentos hospitalares. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 2 – A cidade de São Joaquim necessita urgente mente de uma rota alternativa para o fluxo de caminhões pesados oriundos do transporte de maçãs do interior da cidade. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 3 - Consenso 4 – A sinalização turística na idade de São Joaquim é precária devido ao mal estado de conservação e a não renovação das mesmas. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 5 – São Joaquim precisa de uma reestruturação física para dar mais suporte ao turista que vem desfrutar do turismo rural. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 6 – As ações da atual gestão garantem a sustentabilidade dos atrativos turísticos. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 7 – O fato de São Joaquim ser a cidade mais fria do país garante a ela o marketing suficiente para divulgá-la. Você concorda? Sim ( ) 92 Não ( ) Comente se desejar 8 – As ações de marketing voltadas ao turismo poderiam ser mais trabalhadas a fim de atrair turistas de todo o país. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 9 – A iniciativa privada é isoladamente responsável pela valorização do turismo em São Joaquim. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 10 – A CONSERRA é uma referência em cooperativismo para outros municípios do estado. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 11 – A política de cooperação no município de São Joaquim abrange o primeiro, segundo e o terceiro setor bem como a comunidade local. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 12 – As pesquisas de demanda realizadas pela Secretaria Estadual do Turismo em São Joaquim não possuem interesses políticos. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 13 – A PROTUR é mais uma tentativa da iniciativa privada tentar ampliar o interesse do município pelo turismo, o que deveria estar sendo feito pela gestão municipal. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 14 – Os Projetos de instalação da primeira escola de ensino federal em São Joaquim têm caráter político, visando as eleições estaduais do próximo ano. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 15 – A população de São Joaquim corre o risco de ficar marginalizada com a implantação de políticas públicas de turismo por parte do governo federal. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar 16 – O desmatamento e a alteração do meio ambiente é o preço que a cidade de São Joaquim irá pagar por instituir políticas de desenvolvimento do turismo na cidade. Você concorda? Sim ( ) Não ( ) Comente se desejar