JORNAL BRASILEIRO
DE OFTALMOLOGIA
Nº 146-147 - JUL-AGO-SET-OUT - 2011
NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA
RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959
XVII Congresso Internacional da SBO
Participar das comemorações dos 90 anos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia só depende de você
ex-Hotel InterContinental Rio, agora Royal
Tulip Rio de Janeiro, depois de comprado
pelo grupo BHG, sediará o XVII Congresso Internacional da SBO, quando serão comemorados os 90 anos da entidade.
O tema oficial do encontro é “O Olho na 3ª Idade”. A população brasileira está envelhecendo e o
Congresso Internacional é o fórum apropriado para
O
conhecer a experiência dos países europeus, que já
convivem com está realidade há mais tempo.
A comissão organizadora enfatiza a importância dos
sócios quitarem a anuidade de 2012 logo no início do
ano para garantir a gratuidade na taxa de inscrição. O
objetivo é oferecer a todos a chance de participar de
um evento que vai ficar na História da Oftalmologia,
explica Aderbal Alves Jr., presidente da SBO.
-A receptividade entre os convidados internacionais é muito boa. O Rio desperta curiosidade entre os que ainda não conhecem a cidade, que passa
por um momento de revitalização econômica e social. Para os que já vieram ao Rio, a oportunidade
de voltar se apresenta como uma das melhores formas de unir prazer com trabalho.
PÁGINA 3
Fotos Fotográfos Associado
Centenário do
prof. Hilton Rocha
na Seção Brasil
A partir de agora,
logomarca vai
divulgar 90 anos
Esta é a logomarca dos 90 anos
da SBO. Todos documentos, impressos, material de papelaria emitidos pela Sociedade, trarão o selo
com a marca, desenvolvida a partir
da tipologia Broadway™ (1928),
criada pelo engenheiro e designer
norte-americano Morris Fuller
Benton, inventor de 252 famílias de
fontes.
Meio branca, meio negra, uma
fonte com a cara do Brasil da década
de 1920, quando o país se moderniza, é lançada a Semana de Arte
Moderna, Pixinguinha e seu grupo
Oito Batutas fazem furor em Paris
e só voltam para as comemorações
do centenário da Independência.
Broadway é sinônimo de
glaumour, alegria, celebração, bem
o clima dos 90 anos da SBO.
Alexandre Pereira, no pódium, comanda com
humor a sessão de abertura do VI Congresso
Nacional, onde durante três dias predominou
sempre o espírito de confraternização e alegria
entre os participantes
Em primeiro plano, Liane Rezende mostra sua
versatilidade no samba, acompanhada de
Aderbal Alves Jr, Mário e Ana Motta, João
Sobreira e Valéria Homem, durante a happy
hour no estande da SBO
VI Congresso Nacional; encontro
da confraternização e alegria
Os participantes do VI Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia foram unânimes nos elogios às comissões
organizadora, científica e social, que lograram realizar “um evento enxuto”, sem discursos longos na abertura, nem uma fila interminável de homenageados. A execução do
Hino Nacional pelo flautista do conjunto
Nosso Canto (Samba & Choro) também foi
elogiada.
A opção minimalista já estava presente
na composição da mesa da sessão solene de
abertura, que teve Aderbal Alves Jr., presidente da SBO, Oswaldo Travassos e Marcus
Safady, vice-presidentes da SBO, Miguel
Burnier, da Universidade McGill, de Mon-
treal, Canadá, convidado internacional, Paulo
Augusto de Arruda Mello, presidente do
CBO, Renato Brito de Alencastro Graça, representante do Cremerj, Miguel Ângelo
Padilha, representando o Colégio Brasileiro
de Cirurgiões, e Sérgio Fernandes, representante do CFM.
A escolha de apenas três homenageados Augusto Duarte, Edna Almodin e Milton
Ruiz Alves- buscou valorizar a entrega do título de Sócio Honorário da SBO, intenção
compreendida pelos homenageados. Edna
Almodin, que fez seu curso de residência no
Rio antecipou a volta de uma viagem ao exterior para estar presente. EDITORIAL, PÁGINAS 4 , 5
Dia 23 de dezembro, prof. Hilton
Rocha, uma referência para a oftalmologia brasileira, completaria 100 anos.
As festividades já começaram e se estenderão até 2012, quando deve ser
lançado um livro sob a coordenação
de Nicomedes Ferreira, escolhido pela
longa relação profissional e de ensino,
que manteve com o professor no Hospital São Geraldo. PÁGINA 14
Abhay Vasavada,
referência mundial
em catarata pediátrica
Atendendo a convite de Fernando
Trindade, do conselho editorial do
JBO, o indiano Abhay Vasavada, agraciado com a prestigiosa Medalha
Binkorst, no último congresso da
ASCRS, é o entrevistado do
International Corner. Ele discorre sobre os principais fatores que devem
ser analisados na cirurgia de catarata
infantil, tema de sua conferência antes de receber a Medalha Binkorst.
PÁGINA 15
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
2
Tempo e Memória aborda a criação
do JBO, que em 2012 completa 25 anos
O Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), que completa 25 anos em
2012, é o tema abordado por João Diniz
nesta edição de Tempo e Memória. “Testemunha ocular” da gestação do jornal,
criado por Flávio Rezende assim que
assumiu a presidência da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, João Diniz destaca também o papel importante do expresidente Sérgio Fernandes, primeiro
responsável pelo jornal.
Criado inicialmente para ser a parte
política da Sociedade, divulgando informações de interesse dos associados, ao longo desses 25 anos o JBO foi ampliando
sua linha editorial. Hoje, juntamente
com o site e o Facebook da SBO, o JBO
oferece um conteúdo variado, buscando
ir ao encontro daquilo que interessa ao
oftalmologista, além da parte profissional. Atualmente, o JBO também dá voz
a colegas que não têm outra canal para
expressar suas opiniões e ideias.
PÁGINA 25
A partir de 2012, Soblec/SBO
treinarão residentes para adaptar lentes
No dia 26 de agosto, foi inaugurado
na sede da SBO o consultório para o ensino de lentes de contato para residentes de
oftalmologia, que começa a funcionar no
início de 2012. O consultório, resultado
de uma parceria com a Soblec (Socieade
Brasileira de Lentes de Contato , Córnea
e Refratometria) é o segundo e insere-se
no Polo de Ensino do Instituto Soblec.
A inauguração contou com a presença
de Tania Schaefer, presidente da Soblec nos
biênios 2007-2009 e 2009-2011, que também colabora na seção Opinião desta edição do JBO, abordando a “A importância
dos consultórios para ensino de lentes de
contato a residentes”.
PÁGINA 13
Ubirajara Moulin, Paulo Ricardo de Oliveira,
José Guilherme Pecego, César Lipener, Tania
Schaefer e Juliana Bohn Alves César na
inauguração do consultório para o ensino de
lente de contato
Cultura Médica se prepara para lançar
seu milésimo livro de medicina
Ezequiel Feldman
Diretor da Editora Cultura Médica, Ezequiel
Feldman é o entrevistado do JBO Pergunta. Prestes
a lançar o milésimo livro sobre medicina, tendo já
publicado 199 sobre ofalmologia, Ezequiel destaca
a importância de seu irmão Luiz, já falecido, na criação da Editora. Explica também o que é o Grupo
Editorial Nacional, da qual a Cultura Médica faz
parte desde 2007, que reúne editoras consagradas
com a Guanabara Koogan, Santos, LTC, Forense
Universitária, AC Farmacêutica, EPU e Roca.
PÁGINA 22
Perícia na Oftalmologia, nova coluna
do JBO vai alternar com A Visão da Justiça
A partir deste número o JBO inaugura uma nova coluna Perícia na Oftalmologia, que será publicada alternadamente com A Visão da Justiça. A nova
coluna não tem um responsável fixo, está
aberta à colaboração de peritos, sócios da
SBO. Os interessados devem enviar suas
sugestões
para
o
e-mail
[email protected] com telefone e celular para contato.
Ruth Cytrnbaum Cwaigenberg, sócia
da SBO, membro fundador do Instituto
Brasileiro de Peritos Judiciais (Ibramep)
e associada à Sociedade Brasileira de Peritos Médicos inaugura a nova coluna defendendo que a consulta oftalmológica
deve ser obrigatória sempre no exame
médico para o trabalho.
Baseada na análise de 217 processos
em oftalmologia, em varas acidentárias,
da qual participou como perita do juízo,
Ruth verificou que apenas uma “insignificante minoria (8 casos) foram relevantes. Em todos eles, as lesões, como
nubéculas, não causaram a baixa
acuidade visual e sim os vícios de refração não corrigidos. Houve, portanto,
indução a erro de interpretação de causa
x efeito, o que não ocorreria se o oftalmologista selecionasse o tipo de armação e a filtração e coloração necessárias a
cada tipo de ocupação. PÁGINA 12
Nota da redação: Por uma falha na digitação, na edição 145, o JBO
publicou incorretamente o nome da professora Alexandra Prufer de Araújo
na reportagem sobre a Liga Acadêmica de Oftalmologia.
Sucesso do VI Congresso
Nacional da SBO é de todos
*Ricardo Japiassú
Tudo que é bom dá trabalho, não
é mesmo? Pois é. O VI Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia deu muito trabalho, como
provavelmente todos os anteriores.
Mas quando tudo termina, a sensação de dever cumprido e o carinho
de todos os colegas são indescritíveis.
Como descrever a felicidade de
um residente, que apresenta um caso
clínico de um paciente examinado provavelmente num ambulatório cheio de
imperfeições, mas que é elogiado e
aplaudido por uma plateia de quase
100 oftalmologistas, sejam colegas de
sua residência ou nomes respeitados
da oftalmologia brasileira? Esse foi o
Fórum dos Residentes, uma grata surpresa pelo nível científico e de audiência no nosso congresso. Parabéns
aos residentes e aos seus preceptores!
Como agradecer aos colegas de outras especialidades, endocrinologistas, clínicos, dermatologistas, advogados, economistas, analistas de sistemas, que dispensaram um tempo precioso de suas
vidas para compartilhar conosco um
pouco de suas enormes experiências,
cada um em sua área de interesse, todas interessando a nós, oftalmologistas?
Como elogiar os palestrantes, principalmente aqueles vindos de fora do
Rio de Janeiro, que engrandecem nossos conhecimentos, difundem informações por todo o país, e voltam todo
ano, para nos enriquecer, para se nutrirem de oftalmologia, e para compartilhar momentos de reencontro que
ficam para sempre na lembrança?
Como não ficar satisfeito com a
maior participação de novos sócios
dos últimos 10 anos? Um aumento de
quase 1000% em relação ao último
ano, impulsionado por medidas tais
como o sócio residente e o incremento de benefícios, como os novos links
do portal da sociedade, científicos e
sociais. É a renovação de conceitos e
idéias!
Como não aplaudir de pé um grande sucesso deste congresso, a happy
hour “Você é show na SBO”, onde
presenciamos a confirmação de talentos conhecidos tocando saxofone, ou
violino, ou cantando “My way” melhor que Frank Sinatra, e nos surpreendemos com novos tenores, cantoras de axé, e, principalmente, com
uma mestre de cerimônias digna de
Oscar !!!
Tudo isto realizado com o suor e
esforço de uma equipe abnegada e
coesa, que é a diretoria da SBO, tendo
à frente a figura marcante e carismática
de seu presidente, e dos funcionários
dessa instituição, verdadeiros apaixonados pela Casa do Oftalmologista Brasileiro. Casa que este ano brilhou muito, pois o estande da Sociedade estava
simplesmente lindo e ao mesmo tempo aconchegante, verdadeiro porto seguro para novos e antigos amigos.
E, ano que vem, chegamos aos 90
anos! Mas o presente quem ganha é
você, sócio, que terá inscrição gratuita no XVII Congresso Internacional
da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, para o qual já estamos nos preparando, com um programa científico de nível mais elevado ainda e com
festividades que marcarão época, sempre dentro da responsabilidade fiscal,
assinatura da atual gestão. Contamos
com o apoio de todos os sócios para
que o brilho deste evento seja a largada para as comemorações dos 100
anos da SBO, em 2022!
Parabéns a todos nós e até ano que
vem!
* Tesoureiro da SBO
PÁGINA
PÁGINA
Confira ...............................................
2
Seção Brasil ......................................
14
Editorial ..............................................
2
International Corner ..........................
15
Três depoimentos femininos ............
16
19
XVII Congresso Internacional
da SBO. .............................................
3
Fundo de Olho ..................................
VI Congresso Nacional da SBO .......
4-5
Projeto residência em Foco ..............
19
Oft@lmonline .....................................
6
Conta-Gotas ......................................
21
Opinião ..............................................
9
JBO Pergunta ....................................
22
Uaderj ................................................
9
Filiadas à SBO ..................................
22
FeCooeso ..........................................
10
Conta-Gotas ......................................
21
Perícia na Oftalmologia .....................
12
Tempo e Memória .............................
25
Fórum do Cremerj .............................
12
Olho Vivo ...........................................
26
Fique Por Dentro da SBO .................
13
Calendário de Eventos
Inauguração do consultório de lentes..
13
Oftalmológicos ..................................
26
3
XVII Congresso Internacional
da Sociedade Brasileira de Oftalmologia
28 a 30 de junho de 2012
Royal Tulip Rio de Janeiro
A localização privilegiada do Royal Tulip Rio de Janeiro, em frente à praia de São Conrado, é um dos trunfos da SBO para atrair palestrantes internacionais. O mar e a montanha: síntese da cidade
“Um congresso para ficar na História”
Presidente da SBO Aderbal Alves Jr. promete um evento à altura dos 90 anos da entidade
Fotos Divulgação
m 2012 a Sociedade Brasileira de Oftalmologia
completa 90 anos e as comemorações terão seu ponto alto
no XVII Congresso Internacional, que será realizado de 28 a
30 de junho do próximo ano,
no Royal Tulip Rio de Janeiro,
ex- Hotel InterContinental Rio,
tendo como tema “O Olho na
3ª Idade”.
Sem querer antecipar toda
programação científica e social
do evento- “faz parte de toda
comemoração o elemento surpresa”, o presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia
Aderbal Alves Jr. promete que
será “um congresso para ficar na
História”, confirmando a presença de palestrantes das Sociedades de Oftalmologia da Argentina, Paraguai, Espanha,
França, Itália e Portugal.
Segundo ainda Aderbal
Alves Jr., há possibilidade também da participação de oftalmo- Com as obras, a estimativa é de que duplique a capacidade
logistas alemães, ingleses e nor- do Centro de Convenções do Royal Tulip Rio de Janeiro
te-americanos, dependendo de
acertos nas agendas dos convidados. O presidente da SBO espera di- país. Até o início de 2012 receberá R$
vulgar os nomes dos palestrantes no má- 25 milhões de investimento em
ximo até janeiro de 2012. “Quanto às fes- melhorias e modernização. As diárias setas, só posso adiantar que repetiremos a guirão o patamar das praticadas pela anHappy Hour “SBO Você é Show”, suces- tiga gestora. O Royal Tulip Rio de Jaso no VI Congresso Nacional.
neiro, cinco estrelas, deve representar
Adquirido pelo grupo internacional 30% dos negócios da empresa na cidade,
BHG, o Royal Tulip Rio de Janeiro é o informou Pieter van Voorst Valder, prequarto hotel da rede na cidade e 36º no sidente do grupo BHG.
E
SBO comemora 90 anos
de olho no futuro do país
Quando a Sociedade Brasileira de
Oftalmologia foi fundada, em 6 de setembro de 1922, o Brasil contava com
menos de 18 milhões de habitantes, a
maioria vivendo no campo, e os jovens
predominavam. Políticas de saúde e de
educação apenas começavam a ser discutidas.
Hoje o Brasil tem 190.732.694
habitantes, segundo o último censo do
IBGE, a maioria vivendo em regiões urbanas. E, embora ainda
seja alto o índice de mortalidade
infantil, graças às melhorias na
área de medicina, mais
informações e melhores condições de vida,
os brasileiros
estão vivendo mais.
Enquanto
no começo
da década de
1990 a expectativa
de vida era de 66
anos, em 2005, ela
saltou para 71.
- Enfrentar este desafio
exige uma visão 20/20, por
isso a SBO escolheu “O Olho
na 3ª Idade” como tema do seu
XVII Congresso Internacional
de Oftalmologia. Catarata,
retinopatia diabética, degeneração
macular relacionada à idade e glaucoma
são doenças oculares que, geralmente,
acometem as pessoas depois dos 60 anos.
Mas a vida estressante, má alimentação, tabagismo, álcool, entre outros
fatores, estão antecipando estas doenças, que serão abordadas de forma
multicêntrica durante o evento, afirmou Aderbal Alves Jr.
- Estes problemas são o preço que
pagamos por vivermos mais que
nossos avós. Mas vamos mostrar
os novos recursos médicooftalmológicos, que permitem que
mantenhamos muito das condições físicas da juventude. Não
somos eternamente jovem como
a SBO, mas podemos viver de
uma maneira muito
melhor, aumentando nossa
expectativa
de
vida
saudável e
para isso, os
cuidados com os olhos são fundamentais. A troca de experiência
com colegas europeus, que já convivem há mais tempo com o problema do envelhecimento da
população, certamente beneficiará o especialista brasileiro.
4
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
Alguns dos melhores momentos do VI Congresso N
É lugar comum a afirmação de que imagens falam mais do que mil palavras. Nas fotos destas d
O
Marcelo Ambe
Fotos Fotográfos Associado
Jaleco com o monograma
bordado da SBO, lançado
durante o VI Congresso
Nacional, exposto no estande
Durante a happy hour, um grupo animado de
oftalmologistas e residentes brinca de
trenzinho ao som de marchinhas de carnaval
tocadas pelo Grupo Nosso Canto
Marcelo Ambe
estande da SBO- A Casa do Oftalmologista Brasileiro, no VI Congres
so Nacional foi elogiado por todos
os participantes do evento, alcançando o objetivo da comissão organizadora e social: oferecer um ponto de encontro e confraternização, troca de ideias e discussão de problemas
que afligem a especialidade.
Como bem definiu um dos participantes, “funcionou como a casa da gente, um
porto seguro, com hora para tratar de problemas relevantes e hora para se divertir”, o que
aconteceu durante a happy hour “SBO Você
é Show”, quando oftalmologistas de todas as
gerações revelaram talentos insuspeitos.
Apresentaram-se na happy hour, entre
outros: Oswaldo Travassos (flauta), A. Duarte
(violino), Eduardo Kestelman (saxofone),
Ciro Tomas Machado e Bráulio Motta (violão e canto), Liane Rezende, André Pereira
Soares Maia, Eduardo Cunha, Evaristo
Nardelli, JJ, João Sobreira, Andréa Barbosa,
Raul Vianna, Mário Monteiro (canto) e
Demócrito Jonathas Azevedo (canto e composições de sua autoria).
- Congresso tem que ter boa programação científica e muita confraternização, o que
não faltou ao VI Congresso Nacional, realizado de 14 a 16 de julho, no Hotel
InterContinental Rio, na opinião do presidente da SBO, Aderbal Alves Jr.
- Conseguimos unir à parte científica,
abrangendo praticamente todas as áreas da
especialidade, com destaque para os
simpósios sobre Diabetes, o tema oficial do
encontro, a homenagem a Augusto Duarte,
nosso estimado A. Duarte, Edna Almodin e
Milton Ruiz Alves, e a entrega do 39º Prêmio Varilux, numa sessão de abertura simples, mas significativa.
- Acho que alcançamos nosso objetivo:
todas as palestras e simpósios dentro do horário, cerimônia de abertura com poucos e curtos discursos, sob a condução do nosso “mestre de cerimônias”, o sócio Alexandre Pereira. No coquetel, o som do conjunto Nosso
Canto (Samba & Choro),que também animou a happy hour.
No estande da SBO, com a galeria de presidentes, organizada
por João Diniz, ao fundo, em pé, Mário Motta e Jacqueline
Coblentz, sentados, e Ricardo Japiassú, repassando Casos
Clínicos de Retina- Grupo de Retina do Rio de Janeiro
Sempre concorrido, o coffee-break nos intervalos da
programação científica, oportunidade também para visitar os
estandes dos expositores
A tradicional parceria com a Sociedade
Brasileira de Administração em Oftalmologia (SBAO), que promoveu dois cursos especiais foi outro destaque do evento. Outro
ponto importante foi a consolidação da parceria da SBO com a Sociedade Brasileira de
Lentes de Contato, Córnea e Refratometria
(Soblec), que no dia 14/7, promoveu no
BarraShopping o Dia Nacional de Orientação ao Usuário de Lentes de Contato. Sem
esquecer o apoio dos expositores, principalmente os principais patrocinadores: Allergan,
Varilux, Alcon, Hoya, Bauch + Lomb e
Novartis.
Eduardo Cunha, à direita, interpreta “My Way” carro-chefe do seu repertório, com
backing vocal de Mário Monteiro e Raul Vianna. À direita, Valéria Homem, impagável
mestre de cerimônias da happy hour, conta piadas com Cléber Godinho
Homenageados da SBO
Edna Almodin recebe a placa
de Flávio Rezende
Milton Ruiz Alves e Aderbal
de Albuquerque Alves
Augusto Duarte com sua
“madrinha” Valéria Homem
Ganhadores do 39º Prêmio Varilux
Tadeu Cvintal, presença certa nos eventos
da SBO, fala sobre catarata diabética no
Simpósio de Afecções Oculares no Diabetes
A endocrinologista Solange Travassos,
presidente da União das Associações de
Diabéticos do Estado do Rio de Janeiro
Renato
Ambrósio Jr.,
premiado na
Categoria
Master e
Incentivo à
Pesquisa com
presidente da
Essilor,
Thomas
Bayer
Simoni Milani
Brandão,
premiada na
categoria
Sênior, com o
diretor de
marketing da
Essilor,
Charles-Eric
Poussin
Homenageados do 39º Prêmio Varilux
Mário Nagao e Gilberto dos Passos,
coordenadores do Simpósio Afecções
Oculares no Diabetes
Luiz Carlos Portes e Aderbal Alves Jr. com
André Portes, coordenador do melhor Tema
Livre, que recebeu o Prêmio Celso Paciello
A Essilor Brasil também homenageou a comissão julgadora do 38º Prêmio Varilux: Eduardo
Marback (BA), Eduardo Cunha (SP) e Miguel Hage (PA), diploma e placa foram entregues por
Aderbal Alves Jr., Charles- Eric Poussin e Thomas Bayer, respectivamente
5
Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011
so Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia
destas duas páginas, a alegria, emoção e confraternização de participantes do encontro de julho
Fator de impacto no Journal Citations Reports®
da Revista Brasileira de Oftalmologia em 2010
Estande da Allergan, uma das principais
patrocinadoras do VI Congresso Nacional da
Sociedade Brasileira de Oftalmologia
Depois de apresentar sua palestra, Miguel
Burnier, da Universidade McGill, Montreal,
Canadá, toma um café no estande da Alcon
Estande da Essilor, ponto de referência para
congressistas e palestrantes, que marcam
encontro com amigos de outros estados no local
Johnson & Johnson também participou da feira
de expositores no Centro de Convenções do
Hotel InterContinental Rio
Público confere os últimos lançamentos em
lentes de contato no estande da Bausch +
Lomb, um dos mais amplos
Estande da Hoya onde houve vários sorteios,
próximo ao da Sociedade Brasileira de
Oftalmologia
Durante o XVII Congresso Internacional da
Sociedade Brasileira de Oftalmologia, realizado em
junho de 2011, a Comissão Científica convidou o
professor Rogério Mugnaini para proferir palestra
sobre indicadores bibliométricos com ênfase no fator de impacto e a avaliação da produção científica
para o corpo editorial da RBO e membros da diretoria da SBO.
O professor Rogério Mugnaini é graduado em
estatística pela Universidade Estadual de Campinas,
mestre e doutor e Ciência da Informação, sendo
atualmente professor doutor do curso de graduação
em Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes,
Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.
Segundo Arlindo Portes, diretor de publicações da SBO o fator de impacto (índice bibliométrico)
calculado pela instituição Thomsom Reuters é publicado anualmente no Journal Citation Reports®
(JCR®). No dia 29 de junho de 2011 foi publicado
o fator de impacto de 89 periódicos brasileiros na
lista da JCR Science Edition.
O fator de impacto da Revista Brasileira de
Oftalmologia (RBO) foi de 0, 176. Este fator de
impacto é calculado como o número de citações que
a revista recebeu nos últimos dois anos de outros
periódicos indexados na mesma base divididos pelo
número de artigos publicados pelo periódico.
A importância deste índice é que a especialidade cirúrgica oftalmologia está incluída na área de
Medicina III pela Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (Capes). A Diretoria
de Avaliação da Capes classifica os periódicos desta
área em sete níveis: A1,A2,B1,B2,B3,B4,B5 e C.
O nível A1 é o maior e o C é o menor.
Uma determinada revista científica só é incluída nos quatro estratos superiores da área Medicina
III se tiver fator de impacto medido no JCR®. Estão
Prof. Rogério Magnaini, de São Paulo, apresenta
os indicadores bibliométricos para revistas
científicas no curso para editores da RBO
classificados como B2 os periódicos que possuírem
fator de impacto entre 0,1 e 1,34. Apenas dois
periódicos brasileros conseguiram fator de impacto
maior do que 1,34 e portanto ficaram no nível B1
nesta área. Eles são a revista Clinics e o International
Journal of Urology.
A RBO estava classificada antes da indexação no
ISI Web of Science/JCR® no nível B4 (nível correspondente a indexação de periódicos na base Scielo) e
agora poderá subir de nível (caso os critérios se
mantenham) para B2. Isto implica que se um autor
pertencente a um programa de pós-graduação em
oftalmologia enviar um trabalho e este for publicado na RBO, ele pontuará mais perante a Capes, o
que contribui para aumentar o nível de qualidade
de seu programa de pós-graduação perante esta instituição. Avaliações cujos resultados indiquem produção intelectual de nível alto favorecem a obtenção
de recursos por parte de organizações de fomento a
pesquisa seja para o curso ou para o pesquisador.
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
6
Filha da guerra fria, no Brasil, a internet começa em 1991
Priscila Sebba*
Você checa seus e-mails todos os dias?
Você lê jornal pela internet? Você “reencontrou” amigos de infância em redes sociais? Se
a resposta for sim, então você está usufruindo
das vantagens que a internet trouxe aos nossos dias para o uso pessoal. Mas você já se
perguntou de onde veio esta ideia?
De fato a rede interligada começou com
aplicações de maior relevância, para fins estritamente militares. Por volta de 1960, na
época da chamada guerra fria, a competição
entre a então União Soviética e os Estados
Unidos gerou uma corrida tecnológica e foram feitos investimentos astronômicos para
“chegar na frente”.
Como o governo dos Estados Unidos previa um ataque russo às suas bases militares,
com o objetivo de coletar informações sigilosas de extrema importância, o que poderia
fragilizá-lo e colocá-lo em desvantagem, foi
criado um sistema de comunicação que permitia que a rede funcionasse mesmo com a
destruição de uma ou mais máquinas. Assim, se o Pentágono fosse atingido as informações armazenadas não seriam perdidas.
Desenvolvido em 1969, este sistema chamado ARPANet (Advanced Research
Projects Agency Network), a princípio interligou universidades e instituições de pesquisa e militares. Neste começo, a internet
possuía poucos recursos, mas foram sendo somados o e-mail, a transferência de arquivos
(FTP) e o acesso de
sessões de hosts e
um simples serviço
de chat.
O ataque da
União Soviética
não chegou a acontecer, mas o Departamento de Defesa
norte-americano
dava início ao maior
fenômeno
midiático de todos
os tempos. Em apenas quatro anos,
atingiria cerca de
50 milhões de pessoas. Apenas para parâmetros de comparação,
a eletricidade (1873), por exemplo, atingiu
50 milhões de usuários depois de 46 anos de
existência. O telefone (1876) levou 35 anos
para atingir esta mesma marca. O automóvel
(1886), 55 anos. O forno de micro-ondas
(1953), 30 anos. A televisão (1926), 26
anos. O rádio (1906), 22 anos. O
microcomputador (1975), 16 anos. O celular (1983), 13 anos.
Nesta época, o sistema ainda não tinha
cunho comercial e foi somente na década de
80 que passou a ser utilizado o termo internet,
cuja expansão se dá a partir da década de 90.
Em 1991, portanto há apenas 20 anos, a
Rede Nacional de
Ensino e Pesquisas
(RNP), criada em
1989 pelo Ministério da Ciência e
Tecnologia (MCT),
com o objetivo de
construir uma
infraestrutura de
rede internet nacional para a comunidade acadêmica,
trouxe-a para o Brasil.
Em 1992, o cientista inglês Tim
Berners-Lee desenvolve a Word Wide Web, Rede de Alcance
Mundial, chave de reconhecimento da
internet, basicamente um meio de processar
textos. E o número de servidores na rede atinge 1 milhão. Neste mesmo ano, as imagens
começam a ser mais acessíveis, com a criação
do Mosaic, o primeiro navegador da internet.
Mas foi apenas em 1995 que o governo
brasileiro resolveu fornecer conectividade a
provedores de acesso comercial; conexões eram
feitas junto à RNP e mais tarde com a
Embratel.
Nesta fase a internet cresceu e apareceu,
houve uma contínua progressão desde então
de enormes proporções, vários recursos foram
sendo agregados, aumentando sua
conectividade, rapidez, importância social e
comercial.
A “rede” controla e vê tudo. Se você está
fora da rede, você está fora do mundo. O
“mundo virtual “ mistura-se ao “mundo real
“ e lhe é determinante.
Para ter uma ideia da importância econômica atual da internet no Brasil, sites de
comércio eletrônico foram acessados por 29,7
milhões de pessoas , dos quais 25,4 milhões
navegaram em sites de varejo.
Em 2010 existiam 43,3 milhões de usuários de internet ativos no país; um crescimento de 13,2 % em relação a outubro de
2009. O Brasil detém o quinto lugar no
mundo, perdendo somente para China , Estados Unidos, Japão e Índia.
A história de internet se mistura com os
avanços tecnológicos, e se muitas pessoas afirmam conseguir viver sem ela, estão enganadas quanto à penetração deste sistema na sociedade civilizada atual. A internet é um
avanço irreversível. A pergunta agora é até
quando essa rede vai crescer? Quando vai
surgir a necessidade de ser reinventada? Aprimorada? Será substituída? Mas isso já é outra
história...
*Membro da Comissão da Internet da SBO,
médica oftalmologista especializada
em retina
Título;
9
Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011
Importância dos consultórios para ensino
de lentes de contato a residentes
Tania Schaeffer*
A Soblec tem por missão atuar no ensino médico de refratometria, córnea, e
da adaptação de lentes de contato, capacitando um número crescente de médicos
oftalmologistas para atender cada vez melhor todos os pacientes. Criar oportunidades em pesquisas e possibilitar o estudo minucioso de suas diversas áreas de
atuação para melhorar as condições de
saúde ocular da população brasileira também é objetivo da entidade.
Coerente com esses princípios, há 40
anos a Soblec promove cursos e congressos, o que tornou o país um dos mais
preparados para atender à saúde ocular da
população de forma correta. Somos hoje
mais de 5 mil sócios, oftalmologistas que
praticam a adaptação de lentes de contato
por todo o Brasil. No entanto, muito ainda
precisa ser feito, principalmente a partir
da legislação atual, respaldada pela Resolução nº 1.965/2011 do Conselho Federal de Medicina, que normatiza a questão
das lentes de contato definindo claramente que a adaptação da lente de contato é
um procedimento médico, integral e
intransferível.
A responsabilidade dos médicos oftalmologistas que prescrevem e adaptam lentes de contato é enorme, principalmente
porque a legislação brasileira não contempla a definição correta da lente de contato
como um insumo do trabalho médico e
por isso ela é confundida com lentes de
óculos por sua finalidade de correção ótica, menosprezando o fato de seu uma
ortese em contato direto com o olho, o
que traz implicações diretas de comprometimento da saúde ocular, quando sua
adaptação não é submetida a critérios
médicos de indicação.
A Soblec entende que para conseguir
resolver as dificuldades legislativas, as
quais permitem a venda indiscriminada
do insumo médico da lente de contato,
temos que ocupar os espaços por meio
do aprimoramento do trabalho médico
da adaptação de lentes de contato e pela
criação de uma cultura popular baseada
no conhecimento verdadeiro dos benefícios e dos riscos de adaptação das lentes
de contato.
Atenta às necessidades de formação
dos residentes, que não têm acesso a esse
tipo de aprendizado, a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e
Refratometria, por meio do Instituto
Soblec de Educação, criou um projeto
que visa levar às 94 residências brasileiras, oficiais ou não, condições para o
aprimoramento a curto, médio e longo
prazo do ensino da Adaptação de Lentes
de Contato.
A criação dos Polos de Ensino do Instituto Soblec de Educação teve seu início
em Belo Horizonte, no dia 21 de agosto
passado, no Instituto Hilton Rocha, merecidamente, pois este projeto foi idealizado pelo colega Cléber Godinho e por
isso leva seu nome. No dia 26 de agosto,
foi inaugurado o projeto piloto na sede da
SBO. Mais oito polos serão instalados em
Florianópolis, Joinville, Londrina, São
Paulo, Fortaleza, Natal e Goiânia.
Estes pólos vão contar com um programa completo teórico e prático de formação em adaptação de lentes de contato,
compreendendo, além do conhecimento
em refratometria e córnea, um consultório de oftalmologia completo e equipado.
Trabalho hercúleo, para o qual contamos
com a contribuição de parceiros tradicionais da Soblec: J&J, B+L, Vision Care
Ciba-Alcon, Mediphacos e Solotica
Optolens, que suberam compreender a
magnitude deste feito.
*Presidente da Soblec gestão
2007-2009/ 2009-2011, vice-presidente na gestão 2011-2013
Oftalmologistas
já atendem os
pacientes da Uaderj
O Projeto Oftalmologista Amigo do
Jovem com Diabetes, iniciativa da União
das Associações de Diabéticos do Estado
do Rio de Janeiro (Uaderj), que conta com
o apoio da SBO, já está agendando consultas com os oftalmologistas que se cadastraram para atender gratuitamente crianças, adolescentes e adultos jovens de
baixa renda, portadores de Diabetes
Mellitus.
Cada oftalmologista atenderá até dois
pacientes diabéticos por mês, depois de
ser contado pela secretária da Uaderj, que
funciona na Av. Nossa Senhora de
Copacabana, 788/608 CEP 220551-001
(telefax: 2547-1577). O e-mail da entidade é [email protected] E o site
www.unidospelacriancadiabetica.com.br
www.uaderj.org
Segundo a endocrinologista Solange
Travassos, presidente da entidade, as consultas serão sempre agendadas através das
associações de diabéticos. Não haverá procura espontânea do paciente no consultório do oftalmologista. Durante a consulta, o oftalmologista deverá preencher o
formulário de avaliação, que será encaminhado ao consultório do especialista ou
fornecido pelo paciente. Após o preenchimento, o formulário deverá ser enviado
para a Uaderj por fax ou e-mail.
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
10
Propostas das operadoras
Consultas
Plano Coletivo
Valores de consultas
e honorários médicos
variam por convênios
A FeCooeso, através da Cooeso RJ, divulgou os últimos valores de consultas e honorários médicos, negociados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio
de Janeiro (Cremerj), pela Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj) e
pelas sociedades de especialização, junto às
operadoras de planos de saúde.
As reuniões, realizadas na sede do
Cremerj contaram sempre com a presença
de representantes da Sociedade Brasileira
de Oftalmologia, Gilberto dos Passos e
Sérgio Fernandes, também membros da
Câmara Técnica de Oftalmologia.
Segundo João Fernandes, assessor da
FeCooeso e da Cooeso RJ, a oftalmologia
é uma das especialidades com maior presença nas reuniões no Cremerj e também
nas reuniões em nível nacional. A nova
tabela atende a algumas das reivindicações encaminhadas em junho passado, entre as quais, a equiparação dos planos coletivos e individuais.
O JBO publica ao lado para orientação dos associados, a tabela com os valores, que variam conforme a operadora:
Consultas
Plano Individual
Honorários
Médicos
2010
2011
2010
2011
2010
2011
80,00
pj = 44,00
80,00
pj = 60,00
80,00
pj = 44,00
80,00
pj = 60,00
Cbhpm - 15%
3ª Ed. Cbhpm -12,50%
57,00
62,00
57,00
62,00
Cbhpm +10%
4ª Ed. Cbhpm +15%
57,00
(5,26%)
60,00
57,00
(5,26%)
60,00
(4,55%)
0,44
0,46
Bradesco - 01/09/10-01/09/11
52,60
(5,62)
56,00
(6,46%)
49,50
(7,14)
56,00
(13,82%)
Aumento de 5%
valores anteriores
Aumento de 5%
valores anteriores
honorários diferentes
Golden Cross - 01/08/10-01/08/11
52,50
(5%)
55,70
(6%)
52,50
(5%)
55,70
(6%)
0,44
0,46
(4,55%)
Sul América - 01/09/10-01/09/11
52,00
(5,69%)
54,00
(3,70%)
49,00
(6,52)
54,00
(9,25%)
Aumento de 5%
valores Anteriores
Furnas
50,97
(7,75%)
57,23
(12,29%)
50,97
(7,75%)
57,23
(12,29%)
CH = 0,46 4ª Ed.
CBHPM
4ª Ed CBHPM
Caixa Econômica
Federal 01/09/10-01/08/11
47,00
(6,81%)
52,00
(9,61%)
47,00
(6,81%)
52,00
(9,61%)
CBHPM -15%
3ª Ed. Cbhpm -12,50%
Correios
47,00
(6,81%)
52,00
(9,61%)
47,00
(6,81%)
52,00
(9,61%)
Cbhpm -15%
3ª Ed. CBHPM -12,50%
01/09/10-01/08/11
47,00
(6,81%)
52,00
(9,61%)
47,00
(6,81%)
52,00
(9,61%)
CBHPM -15%
3ª Ed. CBHPM -12,50%
BNDES-FAPES 01/09/10-01/08/11
47,00
52,00
(6,81%)
47,00
(9,61%)
52,00
(6,81%)
BCbhpm -15%
(9,61%)
3ª Ed. Cbhpm -12,50%
Geap 01/08/11
44,00
44,00
50,00
Petrobras - 01/09/10-01/09/11
Unimed-Rio - 01/08/10-01/09/11
Amil - 01/08/10-01/09/11
Cassi
01/09/10-01/10/11
01/09/10-01/09/11
50,00
A partir de
fev/2012 - 54,00
Assim
01/09/10-01/08/11
Medial
Dix
01/09/10-01/09/11
01/09/10-01/09/11
Aumento de 7%
Valores honorários
diferentes
(3ª Ed. Cbhpm -12,50%). 1,25
A partir de
fev/2012 - 54,00
43,00
(7%)
50,00
(14%)
40,00
(7,25%)
50,00
(20%)
0,40
0,44
(11%)
45,40
50,00
(10,13%)
45,40
50,00
(10,13%)
0,32
0,36
(12,50%)
40,00
(13,8%)
50,00
(25%)
45,20
50,00
(10,61%)
0,44
0,46
(4,55%)
Maio - Junho - 2011
11
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
12
Consulta oftalmológica deve ser sempre
obrigatória no exame médico para o trabalho
Ruth Cytrnbaum Cwaigenberg*
Da relação entre o trabalho e as doenças advindas ou agravadas por ele, surgiu
a medicina do trabalho. Nesta especialidade, o médico trabalha junto ao engenheiro e o técnico na prevenção de acidentes e na saúde ocupacional obedecendo às
normas regulamentadoras.
A norma regulamentadora NR6 estabelece e normatiza o equipamento de proteção individual (EPI) para os olhos e a
face em quatro tipos de óculos: a) óculos
para proteção dos olhos contra impactos
de partículas volantes; b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa; c) óculos para proteção dos olhos
contra radiação ultravioleta; d) óculos para
proteção dos olhos contra radiação
infravermelha.
Todos sabemos que para quem possui
uma refração da qual é dependente fica
inviável o uso de óculos de proteção sem a
devida correção óptica. Na prática, o trabalhador para não se esforçar e na impossibilidade de superpor os óculos de proteção individual aos óculos de uso cotidiano, ele opta em ficar somente com seus
óculos, desprezando o EPI.
Este fato, somado ao desconhecimento da refração atualizada e a falta de
obrigatoriedade do exame oftalmológico
rotineiro e periódico por lei, geram menor produtividade e aumentam o risco de
acidentes no trabalho, além de acarretarem despesas com processos jurídicos
cíveis, trabalhistas e previdenciários.
Partindo desta premissa, decidi rever
217 casos de processos judiciais em oftalmologia, em vara acidentária, nos quais
participei como perita do juízo. Destes,
apenas uma insignificante minoria (8 casos) foram relevantes.
Tirando uma conclusão apressada pode
parecer que são todos “espertos”. Porém,
em uma análise mais criteriosa todos haviam se acidentado no trabalho várias vezes, porém, as lesões como nubéculas não
causaram a baixa acuidade visual e sim os
vícios de refração não corrigidos. Foram
então induzidos a erro de interpretação de
causa x efeito.
O objetivo deste artigo é chamar a
atenção para este problema junto à classe
oftalmológica e as nossas sociedades de especialidades e sub para cobrarmos a in-
clusão da obrigatoriedade do exame
oftalmológico do trabalhador anualmente
no exame médico. Este exame deverá ser
realizado por oftalmologista. Nós oftalmologistas devemos selecionar o tipo de
armação que possa conter a refração devida e a filtração e coloração necessárias a
cada tipo de ocupação.
Com esta nova conduta ganharão as
empresas funcionários mais eficientes, menos acidentes e menos processos. O trabalhador sofreria menos acidentes e aumentaria a sua eficácia diminuindo o seu
esforço visual.E a classe oftalmológica teria mais um nicho de trabalho, ampliando a sua atuação na prevenção de doenças
oculares, até mesmo a cegueira. Os tribunais reduziriam o número de processos e
a máquina pública judiciária e
previdenciária seriam menos utilizadas reduzindo os gastos públicos.
*Sócia da SBO, membro fundador do Instituto Brasileira dos
Médicos Péritos Judiciais (Ibramep)
e associada a Sociedade Brasileira de
Péritos Médicos
Cremerj promove em
5/11 último Fórum de
Oftalmologia de 2011
A Câmara Técnica de Oftalmologia do
Conselho Regional de Medicina do Estado do
Rio de Janeiro (Cremerj), que tem como responsável o conselheiro Sérgio Fernandes e como
coordenador Marco Antônio Alves, encerra no
próximo dia 5 de novembro sua programação
de 2011. Durante todo o ano foram realizados
diversos encontros, sempre sob a denominação
Dúvidas e Controvérsias em Oftalmologia,
como o sobre neuro-oftalmologia.
O último Fórum da Câmara Técnica de
Oftalmologia do Cremerj tem a colaboração de
seis residentes dos Serviços de Oftalmologia do
Instituto Benjamin Constant, Hospital Federal de Bonsucesso, Santa Casa da Misericórdia,
Oculistas Associados, Hospital da Piedade e
Hospital dos Servidores do Estado, respectivamente Bernardo Teixeira Lopes, Hellen Ramos
Silva, James Valeixo, Natalia Perim, Paschoal
Josias de Oliveira Junior e Pedro Alves Lopes
da Motta.
Cremerj
Celso Marra, Raul Vianna, Mário Monteiro (SP),
Sérgio Fernandes, Samuel Cukierman, Gilberto
dos Passos, Paiva Gonçalves e Kássie
Cagrim no Fórum sobre Neuro-Oftalmologia
13
Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011
Ensino de lentes de contato na SBO
Curso de lentes de contato Soblec/SBO para residentes prevê aulas práticas e teóricas
o dia 26 de agosto foi inaugurado
na sede da SBO o consultório para o
ensino de lentes de contato a residentes de oftalmologia, projeto em parceria
com a Soblec. Idealizado por Cléber
Godinho, através do Instituto Soblec de
Educação, o consultório deve começar a funcionar no início de 2012.
Durante a inauguração, o presidente da
SBO, Aderbal Alves Jr., destacou a importância da iniciativa, que beneficiará todos os
residentes da especialidade, já que os Serviços de Oftalmologia não oferecem condições
para a prática da prescrição e adaptação de
lentes de contato. Ele também ressaltou a
importância da iniciativa por propiciar a
valorização da refração.
Corroborando as declarações de Aderbal
Alves Jr., o presidente da Soblec, para 20112013, César Lipener, acrescentou em seu discurso que, embora parte importante da refração, as lentes de contato são ignoradas pela
maioria dos residentes, mais preocupados em
dominar técnicas cirúrgicas. “Eles só começam a valorizar a refração cinco a dez anos
após o término da residência”.
Presidente da Sociedade Brasileira de
Fotos Alex Marques
N
Cléber Godinho, idealizador do projeto, Aderbal de Albuquerque Alves,
César Lipener, Tania Shaefer, Aderbal Alves Jr.,Juliana Bohn Alves e
Ubirajara Moulin no laboratório de lentes de contato da SBO
Lentes de Contato, Córnea e Refratometria
de 2007 a 2009 e de 2009 a 2011, Tania
Schaefer traçou um breve histórico dos 40
anos da entidade, lembrando a importância
de cada gestor desde sua fundação. Ela confirmou que, além do projeto piloto na sede
da SBO, mais sete pólos serão instalados em
Antes de de detalhar o Polo de Ensino do Instituto Soblec de Educação
e falar sobre a parceria com a SBO, Tania Shaefer homenageou todos
os ex-presidentes da entidade que presidiu durante quatro anos
Florianópolis, Joinville, Londrina, São Paulo, Fortaleza, Natal e Goiânia. O objetivo é
atender aos 94 Serviços de Oftalmologia existentes no país.
A inauguração do Polo de Ensino do
Instituto Soblec de Educação na SBO contou com a presença de inúmeros oftalmolo-
Novos Serviços participam das Sessões Extraordinárias
Fotos Marcelo Ambe
Realizadas sempre na última quintafeira do mês, no auditório da SBO, as Sessões Extraordinárias têm estado mais concorridas com a participação de novoss Serviços de Oftalmologia e clínicas, como o
do Hospital da PM em Niterói, Hospital
Naval Marcílio Dias, Hospital de Olhos
Santa Beatriz e MP Oftalmologia, de
Miguel Ângelo Padilha.
Da 3ª Sessão Extraordinária, no dia 26
de maio, participaram o Hospital de
Ipanema, o Centro de Estudos e Pesquisas Oculistas Associados (Cepoa) e o Hospital da PM em Niterói. Jaqueline
Provenzano do Cepoa, Eduardo
Laboissière, do Hospital de Ipanema, e
João Império Meyrelles, do Hospital da
PM de Niterói prestigiaram o evento.
Foram apresentados os seguintes Temas Livres: Retinopatia Serosa CentralElohim Nogueira (Hospital de Ipanema),
Crosslink: Solução para Ceratocone?Fernando Luiz Medeiros (Cepoa) e
Retinopatia Hipertensiva- Rafael Marinho
(HPM-Niterói). Casos Clínicos: Glaucoma
Neovascular- Vivian Laboissière (Hospital
de Ipanema), Tumores Metastáticos: Órbita e Intraocular- Renata Valdetaro (Cepoa)
e Osteoma de Coróide- Paula Marco de
Souza Ferraz (HPM-Niterói).
No dia 28 de julho, a 4ª Sessão Extraordinária reuniu os Serviços de Oftalmologia do Hospital Municipal da Piedade
(HMP), Hospital Naval Marcílio Dias
(HNMD) e Hospital de Olhos Santa
Beatriz (HOSB), chefiados por Sérgio
Meirelles, Renato Souza Cruz e Bruno
Novaes, respectivamente.
Os Temas Livres versaram sobre
Oclusão Combinada de Artéria e Veia Central da Retina Secundária e Uso de
Anfetaminas- Armando Magalhães
(HOSB), Conduta em Paciente com Ângulo Oclusível- Sérgio Meirelles (HMP),
e Degeneração Macular Relacionada à Idade e Uso de Lucentis-Nadyr Damasceno.
Jacqueline Provenzano do Cepoa com Augusto
Duarte antes do início da 3ª Sessão
Extraordinária da SBO
Depois da apresentação do Serviço do HMP,
foto reunindo professores e residentes com o
ex-chefe,Yoshifumi Yamane
Apresentação de Miguel Ângelo Padilha, cujo
Serviço estreou este ano na programação das
Sessões Extraordinárias
Oswaldo Ferreira Moura Brasil, Maria Vitória
Moura Brasil, Oswaldo Moura Brasil e, na
segunda fila, Paulo Nakamura, do Ibol
Casos Clínicos: Oclusão de Veia Central
da Retina Secundária à Doença de CoatsJosé Carlos Pires (HOSB), Glaucoma
Cortisônico Infantil- Eduardo Buscacio
(HMP) e Hipóteses Diagnósticas-Soraya
Horowitz (HNMD).
A 5ª Sessão Extraordinária, realizada
no dia 25 de agosto de 2011, reuniu os
Serviços de Oftalmologia MP Oftalmo
(MPO), Instituto Brasileiro de Oftalmologia (Ibol) e Hospital Miguel Couto, chefiados por Miguel Ângelo Padilha,
Oswaldo Moura Brasil e Sansão Kac.
Miguel Ângelo Padilha apresentou o primeiro Tema Livre- Complicações em Cirurgia de Catarata. A seguir Letícia Rielo de
Moura (Ibol) e Marcelo Jarczun Kac (HMC)
abordaram: Conduta Atual nos Melanomas
de Coróide e Tonometria de Contorno Dinâmico: Princípios, Vantagens e Desvantagens.
Casos clínicos: Glaucoma em alto
hipermétrope- Diogo Lucena (MPO), Retina- André Soares Maia (Ibol) e GlaucomaGustavo Matias Hüning (HMC).
gistas, além da diretoria das duas sociedades.
Ex-presidente da SBO, autor do livro referência sobre refração, Aderbal de
Albuquerque Alves foi um dos que estiveram presentes, assim como A. Duarte, sempre
convidado a falar sobre o tema em congressos
e simpósios.
SBO promove
Curso de Pesquisa
Clínica
No dia 6 de agosto, a Sociedade
Brasileira de Oftalmologia promoveu o Curso de Pesquisa Clínica,
com isenção de taxa de inscrição para
os sócios quites com a anuidade de
2011.
Coordenado pelo presidente
Aderbal Alves Jr. e por Mário
Motta e Ricardo Japiassú, o curso
contou com palestra do consultor
científico da Novartis, Rogério
Furquim Mauad. Foram abordados os seguintes tópicos: O que é
pesquisa clínica, condução dos estudos clínicos, termo de consentimento informado, fármaco vigilância, orçamento, como propor
um estudo clínico.
Nova seção
no site da
Sociedade
Os sócios da SBO já podem anunciar oportunidades de trabalho,
aprendizado e pesquisa no link Banco de Oportunidades, na área do médico do site (www.sboportal.org.br).
Os interessados podem entrar em
contato
pelo
e-mail
[email protected]
Todas as informações divulgadas nesta
área são de responsabilidade exclusiva do sócio interessado em postar as
informações.
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
14
Oftalmologia brasileira festeja centenário de Hilton Rocha
SBO cede fotos raras de seu arquivo iconográfico para livro a ser lançado em 2012
Eventos em todo o Brasil celebram desde o início do ano o centenário de nascimento do criador do primeiro curso de doutorado em oftalmologia do Brasil, cujo legado extrapola sua terra natal, Minas Gerais.
Em Belo Horizonte, onde desenvolveu sua vida profissional,
no dia 13 de dezembro às 20 horas, na Associação Médica de
Minas Gerais, haverá a solenidade comemorativa oficial.
Nicomedes Ferreira, que manteve ao longo de sua vida profícua relação profissional e de ensino com o prof. Hilton Rocha, é o
coordenador das comemorações, que se estenderão até 2012, com
o lançamento de um livro.
Fotos de arquivo pessoal Nicomedes Ferreira
A foto clássica do prof. Hilton Rocha,
com a beca da Academia de Medicina
de Minas Gerais
Prof. Hilton Rocha, Nicomedes Ferreira (terno claro), Henderson Almeida e
sua esposa, Maria Helena, em 1970, nas comemorações dos 50 anos de
fundação do Hospital São Geraldo
ascido em Cambuquira, sul de Mi
nas, Hilton Rocha completaria 100
anos no próximo dia 23 de dezembro. Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais aos 22 anos,
desde cedo se destacou pelo trabalho em prol
dos mais humildes, destituídos de recursos
para um bom atendimento oftalmológico.
Essas atividades culminaram com a criação
da fundação que leva seu nome.
Hilton Rocha, que morreu em 23 de maio
de 1993, aos 81 anos, teve também importante atuação no ensino da especialidade:
criou a primeira residência médica em oftalmologia de Minas Gerais (1959) e o primeiro curso de doutorado em oftalmologia do
Brasil (1970). Oftalmologista pioneiro na
realização de transplantes de córnea, contribuiu para que a especialidade no Brasil atingisse nível internacional.
Para comemorar o centenário de nascimento do prof. Hilton Rocha várias homenagens estão programadas para este final de
ano, estendendo-se até 2012, quando será
lançado um livro com quatro seções: uma de
depoimentos de colegas oftalmologistas, a
N
segunda, de artigos e discursos das diversas
entidades médicas das qual participou ativamente, a terceira sobre Hilton Rocha e a
Sociedade Brasileira de Oftalmologia, com a
colaboração de João Diniz, e a quarta seção
trará seus discursos preferidos, uma síntese
de seus pensamentos e sua filosofia da medicina, da oftalmologia e de vida.
“Espero concretizar o sonho do livro
em homenagem àquele a quem devo minha formação Moral, Cidadã, Médica e
Oftalmológica” explica Nicomedes
Ferreira, coordenador das comemorações do
centenário, escolhido por sua longa relação profissional e de ensino com o prof.
Hilton Rocha.
Segundo Nicomedes Ferreira, seu primeiro contato com o professor foi de aluno de
graduação. Suas fantásticas aulas deixavam
saudades em todos os acadêmicos e delas nunca esqueceu. Terminado o curso de graduação em 1962, Nicomedes foi ser no mesmo
ano assistente do prof. Nello de Moura
Rangel, na cadeira de Histologia e
Embriologia da Faculdade de Medicina da
UFMG.
Da esquerda para a direita, na fila do refeitório do Hospital São Geraldo,
Márcio Guimarães (BH), Evaristo Nardelli (Goiânia), Nicomedes Ferreira,
e Dirceu Chamone (BH)
-Em 1968, extinta a cátedra, com o que
nunca me conformei, tive de procurar outro caminho na medicina. Sabia apenas dar
aula, ainda não tinha clinicado e agora o
que fazer? Procurei então o prof. Hilton,
que me recebeu de braços abertos, pedindo a ele o ingresso no curso de pós-graduação. Ele, rigoroso nos ditames do ensino,
me disse que aceitaria com todo o prazer e
agrado se eu passasse no concurso de residência. Lá fui eu estudar as cadeiras básicas, após oito anos de formado, para tentar
ser aceito na oftalmologia. Tirei o último
lugar no concurso, mas tirei o 1º ao final
de dois anos de pós-graduação, quando fui
orador e saudei o nosso paraninfo, o grande prof. Luiz Eurico Ferreira, em março de
1971.
Destacando o amor do prof. Hilton Rocha pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia e pelo Jornal Brasileiro de Oftalmologia,
Nicomedes Ferreira informou que as comemorações reúnem cinco entidades: Academia
Mineira de Medicina, onde o homenageado
ocupava cadeira de membro fundador e foi
orador oficial durante anos; Faculdade de
Medicina da UFMG, onde foi catedrático de
1942 a 1981; Associação Médica de Brasileira, que presidiu; Associação Médica de
Minas Gerais, da qual foi duas vezes presidente; e Fundação Hilton Rocha, a menina
dos seus olhos.
No dia 13 de dezembro, Dia de Santa
Luzia, protetora dos olhos, de quem o prof.
Hilton Rocha era devoto, haverá solenidade
comemorativa na Associação Médica de Minas Gerais, às 20 horas, seguido de um coquetel.
Cinco oradores, cada um dispondo de 15
minutos, falarão na ocasião: Ricardo Rocha,
oftalmologista, filho do prof. Hilton, em
nome da família; prof. Nassim Calixto, pelo
Hospital São Geraldo, abordará as atividades
da residência e do curso de pós-graduação;
Elisabeto Ribeiro Gonçalves representará a
Fundação Hilton Rocha; prof. João Amilcar
Salgado, da Associação Médica de Minas
Gerais, discursará pela Faculdade de Medicina e pelo Centro de Memória da UFMG.
Encerrando as palestras, Nicomedes Ferreira,
representando a Academia Mineira de Medicina.
15
Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011
Abhay Vasavada, Medalha Binkorst no congresso da ASCRS
Referência mundial em catarata pediátrica, Abhay sonha em implementar as pesquisas sobre catarata
Dr. Abhay R. Vasavada é um dos maiores nomes da oftalmologia da
atualidade. Em sua instituição em Ahmedabad, Índia, desenvolve trabalho
de repercussão internacional em várias áreas de nossa especialidade.
Tem participação garantida, como convidado especial, nos mais importantes congressos internacionais de oftalmologia, onde tem recebido inúmeJBO- You recently won the distinguished and covered
Binkhorst
Medal in the last
ASCRS meeting in
San Diego, USA.
What this represents
in your internationally acclaimed caAbhay R. Vasavada*
reer?
Abhay R. Vasavada - To receive Binkhorst Gold Medal was like
a dream to me. I never had imagined myself as
a recipient of this honour. In my career, this is
the ultimate recognition I could receive. But,
this has made me more conscious of my
responsabilities as an educator, academician and
clinician. It has become a stimulus for me to
develop / evolve myself as a better human being. It has made me more determined to share
my knowledge, skill and wisdom.
JBO-Before receiving the Binkhorst
Medal you delivered an extraordinary
lecture on Pediatric Cataract. Could you
please, highlight the most important
points regarding the management of pediatric cataract, like : minimum age for
surgery (unilateral and bilateral); technique of cataract removal; handling the
posterior capsule; age limit for IOL implantation; type of IOL; postoperative
control etc.
AV- Pediatric cataract is the most common cause of treatable childhood blindness,
accounting for 5–20% of blindness in children worldwide. Pediatric cataract surgery is
a complex issue best left to surgeons that are
familiar with its long-term complications and
lengthy follow-up. Treatment is often difficult and tedious and requires a dedicated team
effort, the most important members being
parents. The timing of treatment is crucial to
the visual development and successful rehabilitation of children. Managing pediatric
cataract poses important problems related to
technical aspects of surgery, changing refraction and functional outcome. However, with
refinements in surgical techniques, improvisation in quality and designs of intraocular
lenses (IOLs) as well as amblyopia regimes,
both technical and functional outcomes of
pediatric cataract surgery are improving.
We follow a model for pediatric cataract management that has withstood the test
of time in our experience.
Teamwork: First and foremost, it is imperative to realize that the surgeon alone does
not suffice. Building a team that can deal
with all the aspects of pediatric cataract management is very essential. Here, the role of a
dedicated pediatric co-ordinator cannot be
overemphasized. They are a vital link in
maintaining communication with the parents. And of course, parents play a very crucial role in the ultimate outcome.
Timing of surgery: The key question is,
exactly when is the surgery safe to undertake? Operating a unilateral cataract at 4
weeks & a bilateral cataract at 6 weeks can be
considered optimal.
Special considerations in pediatric cataract
surgery: The surgeon should strictly adhere
to the principles of the closed chamber tech-
nique, such as valvular incision, injection
of viscoelastic before removing any instrument from the eye, bimanual irrigation–aspiration and two-port anterior vitrectomy.
Anterior capsule management: The anterior capsule in children is very elastic, and
therefore it may be difficult to perform a
controlled manual continuous curvilinear
capsulorhexis (CCC). However, it remains a
gold standard for resistance to tearing and
should be accomplished whenever possible.
The shape, size and edge integrity of anterior capsulotomy are very important for longterm centration of the IOL High-viscosity
viscoelastic agents and trypan blue dye are
useful adjuncts in pediatric surgery.
Lens material is removed with bimanual
irrigation / aspiration using modest vacuum,
aspiration flow rate and bottle height.
Management of the posterior capsule and
anterior vitreous face: The most frequent and
significant problem following pediatric
cataract surgery is Visual Axis Obscuration
(VAO). Maintenance of a clear visual axis
remains a high priority when planning management of the posterior capsule in the
amblyogenic age range. An important question that remains is when should the posterior capsule be left intact? The consensus is
to perform posterior continuous curvilinear
capsulorhexis (PCCC) with anterior
vitrectomy in children under 6–7 years or
in children who have poor cooperation for
probable Nd:YAG capsulotomy. PCCC without anterior vitrectomy was found to be a
preferred approach in children above 7 years
or for those who cooperate for Nd:YAG laser
capsulotomy at a later time. Like ACCC,
manual PCCC remains a gold standard for
performing posterior capsulotomy. The common practice is to carry out posterior
capsulotomy before IOL implantation if the
limbal approach is used. If the pars plana
approach is used, however, posterior
capsulotomy and vitrectomy should be performed after IOL implantation.
Limited anterior vitrectomy has also become an integral part of our surgical protocol in younger children. The use of triamcinolone has helped us ensure the adequacy of
vitrectomy. Limbal or pars plana approach
maybe preferred for vitrectomy.
Intraocular Lens (IOL) implantation: Providing a stable & child friendly optical correction is a very important aspect of the visual rehabilitation. While aphakic glasses
are a consideration in bilateral cataracts, they
are extremely cumbersome and provide a
compromised vision. Contact lens use is an
expensive option and often impractical, in
many parts of the world. It is also largely
dependent on the parents’ compliance. In
my experience, IOL implantation remains
the best option for achieving an optimal
visual performance in children.
Primary IOL implantation has become a
preferred approach in children above 2 years.
However, IOL implantation is still questioned in children under 2 years as these eyes
are most susceptible to intense PCO and excessive uveal inflammation.
To answer this question, at our centre we
conducted a prospective randomized controlled trial on children below 2 years of
ras distinções. No último congresso da ASCRS, em San Diego, por exemplo,
recebeu a prestigiosa Medalha Binkhorst após proferir palestra magna sobre
catarata pediátrica, área na qual é referência mundial.
Com sua tradicional serenidade e gentileza atendeu prontamente ao nosso
convite para participar do International Corner desta edição.
age. 30 children with bilateral cataracts, received primary IOL implantation while 30
were left aphakic. In the aphakic group,
patients were given glasses or contact lens.
All the 120 eyes were followed up for 4
years postoperatively.
Visual axis obscuration was comparable
in both the groups. But, we found that secondary glaucoma was more common in the
aphakic eyes. Visual performance of the
pseudophakic eyes, depicted in LogMAR
here, was significantly better than that of
the aphakic eyes.
IOL fixation, material and size are important determinants of immediate and
long-term outcome. In-the-bag fixation is
the most preferred site of IOL implantation.
Presently, pediatric cataract surgeons worldwide favor the use of hydrophobic acrylic
IOL material. With the hydrophobic acrylic
material, PCO sets in at a later stage and the
visual axis obscuration produced is less severe and therefore it is less amblyogenic.
Postoperative follow-up: Since the whole
idea is to provide a good visual stimulus,
there needs to be a standardized follow-up
protocol at regular intervals. Examination
Under Anesthesia (EUA) remains the
mainstay. It enables a battery of evaluations
at each visit, including detailed anterior and
posterior segment evaluation, intraocular
pressure measurement, measuring biometric
parameters of the eye – axial length, corneal
diameter, keratometry, performing gonioscopy and ultrasound biomicroscopy (UBM).
The purpose is to identify every potential
problem so that we can tackle it well in time
& appropriately.
However, these patients often come from
lower socioeconomic strata and cannot come
for repeated follow-ups. In our setup, we offer subsidized surgeries and sometimes even
provide financial aid for travel so that parents keep bringing their children for regular examinations.
We have also set up a culture, where the
pediatric co-ordinator would periodically
call to make sure that our advised therapy
was properly followed and when they come
to our clinic, each child receives gifts.
JBO - Could you please let us know
something about your institution in
Ahmedabad, India, your research projects
and your thoughts about the surgical correction of presbyopia.
AV - I am currently the director of
Raghudeep Eye Clinic (REC) and Iladevi
Cataract and IOL Research Centre (ICIRC).
In 1984, I started my practice as a small
private clinic, Raghudeep Eye Clinic, in
Ahmedabad, India. As I took up cataract as a
subspeciality, Raghudeep Eye Clinic became
well-known as a Cataract Speciality Centre
where we dealt with all types of cataracts in
both adults and children. We also became a
tertiary referral centre for pediatric cataracts
all over India. Over the years we have also
added Glaucoma and Cornea Management
to our armamentarium. Presently,
Raghudeep Eye Clinic is a 100-strong organization that is recognized as an eyecare centre of international standards. Our mission
is to provide state - of - the- art eye care to the
society and contribute to scientific advances
in ophthalmology by sharing clinical
knowledge and experience. A dedicated
team of ophthalmologists, anesthetists, scientists and paramedics are committed towards the progress of the institute.
I also started a Phacoemulsification
Training Program in 1989. At Raghudeep
Eye Clinic, we have trained over 100 ophthalmologists in India and around 50 ophthalmologists from various countries, including, USA, Switzerland, Indonesia,
Macedonia, Bangladesh, Nepal, Pakistan,
China.
I established the Iladevi Cataract & IOL
Research Centre (ICIRC) in 1991. This
center is dedicated to basic and clinical research related to various aspects of the lens
and other common eye diseases. We have
more than 130 publications in peer-reviewed journals. ICIRC is recognized by the
Department of Science and Technology,
Government of India.
ICIRC is uniquely positioned as a research facility. Being associated with a flourishing ophthalmic practice there is a constant source of patients for various research
problems / issues. This provides an unparalleled advantage to conduct both clinical and
basic research simultaneously.
Various research projects have been carried out in collaboration with Indian agencies ( like the Department of Science and
Technology- Govt of India, Indian Council
of Medical Research, Centre for Cellular and
Molecular Biology, Indian Institute of Management) as well as International Agencies (
like Creighton University, Omaha, USA,
University of East Anglia, UK, Uleval University Hospital, Norway, ASCRS Foundation, USA).
In India, research is relatively poorly supported. Therefore I have been supporting and
expanding research by a private initiative.
Ultimately, my dream is to create and
leave behind a world class, state-of-the-art
research facility for the society.
JBO-How about pastimes ?
AV-I like being outdoors with nature. I
go out walking in the countryside. Often I
join friends for trekking or trip to mountains. When indoors I watch cricket (a sport
somewhat similar to baseball) or listen to
Indian music. I also like being in water and
love snorkeling.
JBO - You have been to Brazil a
couple of times. What were your impressions?
AV - I have been to Brazil 3 times and
would like coming back to this beautiful country. There is so much to explore in Brazil. Nature is very generous there and I have enjoyed
quite a few spots. But probably the most likeable are the people of Brazil and the friends I
have made. The hospitality and friendship have
been outstanding. I thoroughly enjoy the food
and the dance parties as well!
*Primeiro oftalmologista indiano a se
declarar especialista em catarata, dirige o
Raghudeep Eye Clinic, em Ahmedabad,
Índia, onde desenvolve pesquisas com o
objetivo de estabelecer um mapa genético,
que permita estabelecer um perfil dos
pacientes com catarata precoce.
16
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
A longa jornada para abraçar a oftalmologia
Distância dos grandes centros, oposição familiar ou masculina não foram empecilhos profissionais
Com a publicação de mais três depoimentos, desta vez de médicas que tiveram
de vencer barreiras geográficas, familiares e culturais, o JBO encerra a série que
homenageia a ascensão feminina na especialidade, iniciada praticamente na
década de 60.
Luciene Barbosa de Sousa (SP), cujo “vício” é a Unifesp, onde atualmente é professora afiliada; Liane Rezende (RJ), que só pode estudar medicina 14 anos depois de
terminar o curso médio; e Maria de Nazareth Jateni, de Belém, radicada há 20 anos no
Rio, residente do prof. Hilton Rocha, no Hospital São Geraldo (MG), dão um pouco da
dimensão da longa jornada percorrida por cada uma.
Criada para ser dona de casa, mãe de família, boa esposa, Luciene Barbosa de Sousa
saiu de Goiás para se realizar em São Paulo, onde encontrou sua família: a oftalmologia.
Liane Rezende teve em Joviano de Rezende o apoio que sua família negara por não
achar a medicina “uma carreira para mulher”. E Maria de Nazareth Jateni, prima do
cirurgião Adib Jatene, contou com o apoio da família para estudar medicina, mas
viveu a experiência de recém-formada sair de sua cidade natal em 1964 para fazer residência em Belo Horizonte, numa turma da qual era a única mulher.
Única mulher no meio de 11 residentes:
“todos gente fina, mas muuuuito machistas!!!”
A oposição da família adiou o sonho
de estudar medicina por 14 anos
Fotos de Arquivo Pessoal
Meu nome é
Luciene Barbosa de
Sousa, sou médica
formada em 1987
pela Universidade
Federal de Goiás,
com especialidade
em oftalmologia
pela Universidade
Federal de São Paulo- Escola Paulista
de Medicina. Fiz
meu mestrado e
doutorado pela
Luciene Barbosa de Sousa mesma Universidade e atualmente sou
professora afiliada
da Unifesp, professora da pós-graduação no Departamento de Oftalmologia da mesma Universidade; presidente internacional e do escritório
Brasil da Associação Pan-Americana de Banco
de Olhos ; coordenadora de Ensino do Banco de
Olhos de Sorocaba e diretora médica do mesmo
banco de olhos.
Para uma mulher que saiu do interior do
país para fazer uma especialização em São Paulo,
acho que consegui bastante!!! Mas não pensem
que foi fácil! Ninguém me influenciou para escolher a área médica. Minha mãe é advogada e
meu pai, engenheiro. Tenho médicos na família,
mas foi por gostar de ajudar, de tratar, de tirar o
sofrimento, foi que resolvi ser médica.
Durante o curso de medicina, somente duas
áreas me encantavam: oftalmologia e ginecologia. Buscando uma qualidade de vida melhor,
com mais tempo para família, optei pela oftalmologia: doce ilusão!!! Hoje tenho menos tempo do
que meus amigos ginecologistas! Mas não consigo me ver fazendo outra coisa na vida! Eu vivo,
respiro oftalmologia. Tenho imenso prazer em
atender o paciente, ensinar o residente e estagi-
ário. A oftalmologia é uma especialidade perfeita: seja clínico e/ou cirúrgico, rica em tecnologia
e o mais encantador, é caracterizada por detalhes, exige muita atenção às pequenas coisas.
No início da residência os primeiros desafios: decidir se iria ficar na Unicamp ou na Unifesp.
Estava no ônibus, voltando para o hotel em Campinas, quando decidi que iria ficar na Unifesp,
apesar do risco de perder a vaga se não conseguisse manter média 7 no curso básico. Me
conscientizei que o que estava me mantendo na
Unicamp era o medo de não conseguir nota! Venci
este medo! Era a única mulher em uma turma de
11 residentes!!! Todos gente fina, mas muuuuito
machistas!!! Era uma luta para conseguir fazer
cirurgias. Mas como sempre fui teimosa, terminei o curso e estou lá até hoje!
Depois veio o mestrado e doutorado, com
um fellow nos EUA, em 1994.. Outra nova
experiência para a goiana do Césio!! A Unifesp é
um vício quase tão importante como a oftalmologia. Nunca consegui sair d a academia e isso fez
com que eu fosse convidada a coordenar o serviço
de residência do Hospital Oftalmológico de
Sorocaba. Concorri com um colega do sexo masculino e venci! Consegui outro desafio: montar
um serviço de excelência em ensino e assistência
oftalmológica.
Ser mulher me ajudou??? Na realidade acho
que sim! Fui criada para ser dona de casa, mãe de
família, boa esposa, mas sempre com a orientação que precisava saber para cobrar, deveria ser
humilde, sempre respeitar o outro, ser resignada
mas não acomodada, ou seja, ser uma mulher
forte! E acho que isso fez com que eu conseguisse
enfrentar todos os obstáculos !
Não tenho filhos e acho que é por isso que
vivo a oftalmologia tão intensamente. Meus
hobbys, pois os tenho apesar da paixão pela oftalmologia, são a leitura e cinema, depois de me
divertir com meus sobrinhos.
Como faço parte de um grupo que
está começando a
se aposentar, creio
que este depoimento tem um
pouco de História.
Quando terminei o curso científico (era o nome na
época do 2° grau
voltado para a área
da saúde e ciência)
desejava fazer medicina, mas a famíLiane Rezende
lia se opôs porque
não “era carreira
para mulher”. Somente os homens eram considerados “confiáveis” para tal mister.
Quando Joviano Rezende, que já era meu
oftalmologista desde os meus seis anos de idade, tornou-se a pessoa mais importante na minha vida e estimulou-me a estudar para o vestibular, eram passados 14 anos desde a minha
saída do colégio. E foi muito duro voltar a estudar tantas matérias, mas a minha decisão estava tomada e, assim, aos 30 anos, iniciei minha
vida acadêmica.
Quando terminei a faculdade de medicina,
sou da primeira turma da Souza Marques, quase
metade do corpo discente era constituída de moças, mas apenas eu e um outro colega, radicado
em Mato Grosso, optamos por oftalmologia.
Escolher oftalmologia foi fácil, apesar de
gosta muito de cardiologia, neuro e nefrologia.
Retina foi a especialidade que me atraiu ainda
que fosse considerada o “patinho feio”, pois os
resultados nas décadas de 1960 e 1970 eram
muito discretos e sofridos tanto para o paciente, quanto para o médico. Credito minha escolha ao desafio que a especialidade apresenta-
va, sobretudo há 40 anos, quando eram poucos
os meios semiológicos e terapêuticos disponíveis nesta área. No entanto, meu interesse e a
correlação clínica com o paciente me ofereciam um campo amplo e intrigante.
Não houve uma reação discriminatória com
a minha atuação, mas provavelmente era observada com certa surpresa, uma vez que naquela
época, era a única mulher operando descolamento
de retina, utilizando o antigo fotocoagulador de
xenônio e depois o laser de argônio. Revendo os
programas dos congressos não me recordo de outra
mulher oftalmologista que fizesse incursões nessas áreas. Parece que fui precursora.
Atualmente, a oftalmologia é muito procurada pelas mulheres e nos congressos da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo encontro um
número bastante elevado de colegas atuando ou
desejando se especializar nesta área.
Tenho um carinho especial pela Sociedade
Brasileira de Retina e Vítreo. Participei com
Joviano na formulação das bases da entidade e
quanto à Sociedade Brasileira de Oftalmologia, considero minha segunda casa. Comecei a
frequentá-la antes de formada, ainda na sede
da Rua México, assistindo sessões científicas,
consultando a biblioteca, acompanhando as diretorias e os acontecimentos que marcaram a
evolução da especialidade, inclusive com a visita de ilustres professores europeus e norteamericanos. A comunicação com os serviços de
outros países era lenta, dependia de viagens
nossas ou deles até nós, pois a internet, e-mails
e Facebook eram desconhecidos. Hoje em dia
a facilidade de aprendizado é extraordinária e
a nossa oftalmologia, apesar de todos os percalços que enfrentamos em décadas anteriores, nunca ficou aquém da internacional. Tenho uma enorme alegria pela oportunidade de
ter vivido todas essas fases da evolução da nossa especialidade.
A influência do prof. Hilton Rocha foi decisiva para a vida profissional
Nascida e criada em Belém
(PA), filha de comerciante atacadista, com negócios no interior do
estado, nada na família levava a supor
que eu e uma das
minhas irmãs seríamos médicas. Mas
todos meus irmãos
se formaram e meus
pais sempre nos esMaria de Nazareth Jateni timularam nos estudos, a ponto da
minha mãe ficar morando mais tempo em Belém
para nos acompanhar.
Fiz o curso primário, ginasial e científico no
Colégio Moderno, instituição laica modelo no
Estado, onde fui colega e amiga de infância da
irmã do Dr. Joaquim Marinho de Queiroz que,
na época em que terminei a faculdade, era assistente do prof. Hilton Rocha e, nas suas idas a
Belém, por sermos de famílias amigas, influen-
ciou-me a olhar para a oftalmologia, como possível especialidade médica a seguir,e até hoje um
amigo muito querido!.
Assim, tão logo terminei a Faculdade de
Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do
Pará, candidatei-me a uma vaga para residência
em oftalmologia na Universidade Federal de
Minas Gerais, Hospital São Geraldo, Serviço do
Prof. Hilton Rocha, onde fiquei dois anos e meio.
Era a única residente mulher. Minha turma contava com os Drs Eduardo Menezes, Lúcio de
Almeida ,além dos Seniors, Drs. Mário Antônio
Martins, João Eugenio Gonçalves de Medeiros,
Arthur Brêda e Emyr Soares. Foi um período
maravilhoso, deixei Belo Horizonte chorando.
Nunca vou esquecer a imagem do prof. Hilton
Rocha e de todos os amigos e colegas do São
Geraldo, acenando para mim no aeroporto!.
Retornando a Belém em 1964, trabalhei com
o Dr. Mário Antônio Martins, também ex-residente do Hospital São Geraldo. E em 1967 fundamos, juntamente com o Dr. Aracy Barreto, catedrático de oftalmologia da Universidade Federal
do Pará, e um grupo de otorrinolaringologistas, a
Casa de Saúde Santa Lúcia.
Nesta época e durante muito tempo da
minha vida profissional toda a clínica era constituída por pacientes particulares que, além
dos honorários devidos, ainda presenteavam
seus médicos em datas tradicionais. Com o
advento dos convênios, o panorama mudou. E,
na minha opinião, piorou tanto para o médico,
que se tornou refém dos convênios e planos de
saúde, como para os pacientes, que já não podem contar com a atenção que todo médico
gostaria de poder dar.
Em 1989, vim para o Rio por razões familiares, até porque minhas três irmãs (Maria Lúcia,
cirurgiã plástica, Maria da Glória, dentista, e
Maria Jesuína, advogada) já moravam aqui (apenas meu irmão, José Octávio, engenheiro, continua em Belém). Trabalhei no Inamps, na Supervisão e depois no Hospital do Andaraí. Paralelamente continuei com as atividades particulares
no consultório de minha irmã, a cirurgiã plástica, falecida precocemente, Maria Lúcia Jateni
Figueiredo, mãe da minha sobrinha Dra. Valéria
Jateni, também oftalmologista, que trabalha com
o Dr. Almir Ghiaroni.
Também exerci atividades profissionais no
COE, a convite da Dra. Rosana Resende, grande
e querida amiga, com quem tenho a honra de
continuar colaborando no seu consultório no SMO
(Serviços Médicos Oftalmológicos), clínica do Dr.
Samuel Cukierman, ex-presidente da SBO.
Devo a meus pais, Sebastião Abrahão Jateni
e Odette Franco Jateni, assim como à minha
inesquecível tia e madrinha, Hilda Franco, todo
o apoio e incentivo para chegar até aqui. E do
ponto de vista profissional, ao prof. Hilton Rocha. Belo Horizonte foi minha segunda casa e
lá tenho grandes e queridos amigos, inesquecíveis até hoje, como Nassim Calixto, Raul
Soares, Paulo Galvão, Christiano Barsante, Enio
Coscarelli. E outros mais atuais, como Fernando
Trindade, Nicomedes Ferreira, Lúcio de
Almeida, Lucia Ventura Urbano, Raquel
Dantas, Elisabeto Ribeiro Gonçalves, Eduardo Soares,Cleber Godinho, Henderson
Almeida, entre tantos outros que me perdoem
se esqueço de mencionar,alguns já falecidos.Não
posso deixar de mencionar a querida amiga D.
Sinvalina Neves, administradora do Hospital
S. Geraldo na época, e inesquecível para todos
os ex - residentes.
Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011
19
Essilor Brasil, uma das 100 melhores
empresas para se trabalhar em 2011
Divulgação
Mais uma vez a Essilor Brasil foi eleita uma das 100 melhores empresas para
se trabalhar no ranking da consultora
Great Place to Work Institute (GPTW),
única instituição internacionalmente reconhecida neste tipo de avaliação.
A pesquisa, realizada através da análise de questionários e visitas com entrevista pessoal, avaliou o índice de confiança dos funcionários com o ambiente de
trabalho e as melhores práticas de gestão
de pessoas, considerando quesitos como
credibilidade, respeito, imparcialidade,
orgulho e camaradagem.
GPTW entrega placa a Thomas Bayer,
presidente da Essilor Brasil
Bausch+Lomb
apresenta nova
tecnologia para lentes
Melhor Visão:
o novo site
Carl Zeiss Vision
A Bausch + Lomb lançou nova geração de lentes de silicone hidrogel da linha
PureVision, a PureVision 2®, por meio
do Programa Pure Vision Experience, que
oferece ao médico e ao usuário de lente de
contato a possibilidade de testar gratuitamente o produto. Para participar, o
médico deve fazer seu cadastro com a equipe de vendas da empresa. Cada médico
pode indicar até cinco usuários de lentes
de contato.
Cerca de 200 milhões de pessoas em
todo o mundo usam lentes da Carl Zeiss
Vision, de acordo com estimativa da empresa, que conta com aproximadamente
10.400 funcionários em mais de 30 países trabalhando para melhorar a visão dos
seus clientes. Um dos líderes na fabricação de produtos ópticos, a Carl Zeiss
Vision não só desenvolve lentes para óculos, mas também fabrica dispositivos de
medição e ferramentas para diagnóstico.
Projeto Residência em Foco premia
casos clínicos inéditos de glaucoma
Reunindo os residentes e staffs do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Uerj,
Hospital Clementino Fraga Filho da UFRJ,
Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da
Unirio, Hospital Central da Aeronáutica
(HCA), Hospital da Piedade da UGF, Hospital Federal dos Servidores do Estado (HSE),
Instituto Benjamin Constant, Oculistas Associados e Hospital Federal da Lagoa, foi realizado no dia 21 de junho passado, no Porcão
de Ipanema, o encerramento do Projeto Residência em Foco 2011
No Projeto, cada uma destas instituições
foi representada por dois residentes, que apresentaram casos clínicos inéditos do Setor de
Glaucoma de cada Serviço. Foram premiados individualmente os seis primeiros residentes e a soma da nota da dupla represen-
tante premiou o Serviço vencedor. O 1º lugar
foi para Ricardo Pimenta da Uerj; o 2º para
Bernardo Lopes, do Instituto Benjamin
Constant; o 3º lugar coube a Paschoal de
Oliveira, do Hospital da Piedade; o 4º ficou
com Fábia Crespo, do HUGG; Ester Doca,
do HCA, tirou o 5º lugar; e Bruno Esporcate,
da UFRJ, o 6º. A premiação ao Serviço vencedor foi para o Hupe da Uerj.
Aderbal Alves Junior, presidente da SBO,
entregou as premiações, ressaltando a importância da iniciativa da Merck & Sharp Dohme
(MSD) de criar o Projeto. Esteve presente à
premiação, a comissão julgadora formada por
Riuitiro Yamane, Mara Fontes, Ana Elisa
Coimbra, Juliana Avelar e Joyce Ajuz., além dos
moderadores Diogo Lucena, Joana de Farias,
Maria Vitória Moura Brasil e Taly Ajdelsztajn
Divulgação
Ladeados pelos
representantes da
MSD, Fernando
Pereira e Ricardo
Rocha, e por
Marcelo Kac e Luiz
Paulo (staff de
glaucoma do Hupe),
Aderbal Alves Junior,
presidente da SBO,
e Ricardo Pimentel,
do Serviço vencedor
20
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
21
Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011
Remo Susanna Jr. e Clementino Fraga Filho
homenageados pela Abrag no Dia do Médico
Fotos Alerj
Roberli Bicharra Pinto com o ex-Ministro José
Gomes Temporão e a deputada estadual,
historiadora e pesquisadora Aspásia Camargo
Nas escadarias do Palácio Tiradentes, a família
de Roberli, vendo-se ao lado da deputada
Aspásia Camargo, Mizael Augusto Pinto
Ex-Ministro da Saúde, José Temporão
prestigia homenagem a Roberli Bicharra
Diretora do Hospital Federal da Lagoa, a
oftalmologista Roberli Bicharra Pinto, foi
homenageada com a Medalha Tiradentes, honraria máxima da Assembleia Legislativa do
Estado do Rio de Janeiro, por indicação da
deputada Aspásia Camargo. A homenagem é
o reconhecimento do trabalho de quem sempre valorizou o serviço público.
Além do ex- Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, responsável pela indicação de
Roberli para a direção do Hospital Federal da
Lagoa, a cerimônia contou com a presença de
inúmeras autoridades e membros da equipe
do Hospital Federal da Lagoa, como a diretora médica Adriana Proença, e funcionários.
Em seu discurso de agradecimento, Roberli
destacou a importância do trabalho em equipe, “conheço cada cantinho do Hospital, casa
funcionário”, afirmou ao ressaltar ainda a importância do apoio da família: do marido oftalmologista, Mizael Augusto Pinto,, chefe do
Serviço de Oftalmologia do Hospital Federal
da Lagoa, e dos quatro filhos, um também oftalmologista, e o carinho da neta, Ana Clara.
Aperfeiçoamento em retina e vítreo
com treinamento em simulador cirúrgico
Fotos divulgação
Aprovados três professores no concurso
para a Universidade Estadual do Amazonas
Divulgação
Theodomiro Garrido Neto, Juliana
Torres Garrido e Jefferson Augusto Ribeiro, de Manaus (AM) foram aprovados
nas provas para professor de oftalmologia
da Universidade Estadual do Amazonas,
nos dias 15, 16 e 17 de agosto passado.
A banca examinadora, presidida por
Sebastião Gronemberg (Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG) contou
com a participação de Eduardo Damasceno
(Universidade Federal Fluminense-UFF)
e Suzana Matayoshi (Universidade do Estado de São Paulo-USP).
Ana e Mário Motta, Isis Penido, Juliana e
Aderbal Alves Jr. após a entrega da placa ao
prof. Remo Susanna Jr., sempre presente nos
congressos da SBO
Remo e Christianne Susanna com a placa da
homenagem ao trabalho pela prevenção do
glaucoma e os cuidados dispensados aos
portadores da doença
te, e Gilberto dos Passos, chefe do Serviço de
Oftalmologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HSE), onde funciona a
sede da Abrag, que tem ainda no conselho
consultivo Andréia Zin e Milton Ruiz Alves,
vice-presidente do CBO.
Teresa e Gilberto dos Passos, chefe do
Serviço de Oftalmologia do Hospital Federal
dos Servidores do Estado, com Isis Penido,
presidente executiva da Abrag
Marco Antônio Rey de Faria assume presidência
do CBO durante XXXVI Congresso Brasileiro
Marco Antônio Rey de Faria, professor
da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, assumiu a presidência do Conselho
Brasileiro de Oftalmologia no dia 7 de setembro, durante o XXXVI Congresso Brasileiro de Oftalmologia, realizado em Porto
Alegre, que reuniu mais de 6 mil oftalmologistas do Brasil e do exterior.
A programação científica do evento compreendeu mais de 1.600 apresentações, que
abrangeram todos os aspectos da especialidade nos vários graus de profundidade requeridos pelos diferentes interesses dos congressistas presentes, segundo a comissão executiva, presidida por Italo Mundialino Marcon
e Jacó Lavinsky.
Divulgação
Mesa solene da
abertura do XXXVI
Congresso Brasileiro
de Oftalmologia, no
Centro de
Convenções da
Federação das
Indústrias do Estado
do Rio Grande do Sul,
que contou com a
presença dos
senadores Ana Amélia
Lemos (PP) e Pedro
Simon (PMDB)
No dia 29 de julho passado, o médico e ex-deputado estadual Germano Bonow, várias vezes secretário de saúde e do meio
ambiente, assumiu a direção do Museu de História da Medicina
do Rio Grande do Sul, mantido pelo Sindicato dos Médicos do
Rio Grande do Sul. Ele sucede à historiadora Juliane Serres.
O Museu, que possui em seu acervo objetos
oftalmológicos do início da prática da especialidade no Brasil, comemora cinco anos de fundação em 2011. Além de já
ter promovido 12 mostras, o Museu de História da Medicina
do Rio Grande do Sul atende crianças em ações educativas.
Mais de 30 municípios receberam sua exposição itinerante.
Para Germano Bonow a prioridade de sua gestão é consolidar os projetos iniciados, aumentar o acervo e o espaço físico do
Museu, que já está pequeno para abrigar todas as atividades.
Fundação do Rim Francisco Santino Filho, instituição voluntária sem fins lucrativos,
que tem por objetivo promover a melhoria da qualidade de vida de crianças e jovens
portadores de doenças renais no Estado do Rio de Janeiro, necessita de apoio para continuar
desenvolvendo seus projetos. Conheça a Fundação acessando o site www. fundacaodorim.org.br
O e-mail é [email protected] A sede da entidade é na Rua Real Grandeza, nº 139 Salas 605/606 Botafogo- Rio de Janeiro-RJ Cep: 22281-0333. Telefones: (21)
2286-8037/ 9978-2911.
A
No grupo, entre outros, a Banca Examinadora
formada por Eduardo Damasceno,Sebastião
Cronemberg e Suzana Matayoshi
Fotos Marcelo Borgogino
João Mattos
Com lotação esgotada já na primeira semana de
inscrições e fila à
espera de eventuais
desistências, o 1º
Curso de Aperfeiçoamento em Retina e Vítreo da Escola Médica de PósGraduação da PUCRJ, ministrado por
Flávio Rezende Filho, nos dias 7, 8 e Ao fundo Flávio Rezende Filho e Flávio Rezende, durante o 1º Curso de
9 de outubro, ofe- Aperfeiçoamento em Retina e Vítreo, quando oftalmologistas e residentes
receu aos partici- de todo o país tiveram a primeira experiência com um simulador cirúrgico
pantes uma oportu- de retina, até o momento adotado apenas na Europa e Estados Unidos
nidade inédita: conhecer um pouco do aparelho de cirurgia virtual para cirurgias de catarata e retina, sevirtual para treinar alunos/residentes, desen- melhantes aos simuladores de voos, usados
volvido por uma empresa alemã.
por pilotos de aviação.
Segundo Flávio Rezende Filho, o equiAs aulas do 1º Curso de Aperfeiçoamenpamento, já adotado em 140 instituições de to foram ministradas no Instituto de Diagensino espalhadas na Europa e Estados Uni- nóstico e Terapia Ocular (IDTO),em
dos, é um simulador cirúrgico de realidade Botafogo (RJ).
A presidente da Associação Brasileira dos
Amigos, Familiares, e Portadores de
Glaucoma (Abrag), Isis Penido, homenageou
o prof. Remo Susanna, patrono da entidade
desde 2010, por ocasião do Dia do Médico,
oferecendo um coquetel em sua residência.
Na ocasião também foi homenageado o prof.
Clementino Fraga Filho, que impedido de
comparecer foi representado por seus filhos,
Clementino Fraga Neto e Eduardo Fraga.
Prof. Remo Susanna Jr. e sua equipe, que
desenvolveu o programa EDP (Early Diagnostic
Program) para o diagnóstico do glaucoma, já
usado na Europa, Estados Unidos e Austrália,
será homenageado em março de 2012 pela Sociedade Americana de Glaucoma com o
International Scholar Award por sua contribuição à pesquisa sobre a doença.
Compareceram ao coquetel o presidente
da Sociedade Brasileira de Oftalmologia,
Aderbal Alves Jr., Mário Motta, ex-presiden-
22
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
Editora Cultura Médica caminha
para 1000º lançamento em medicina
Ezequiel Feldman, entrevistado deste
JBO Pergunta, conta um pouco da trajetória da Editora Cultura Médica, fundada há 45 anos, hoje parte do Grupo Editorial Nacional (GEN), que reúne as consagradas editoras Guanabara Koogan, Santos, LTC, Forense, Método, Forense Universitária, AC Farmacêutica, EPU e Roca.
Jornal Brasileiro de OftalmologiaComo surgiu a Editora Cultura Médica?
Ezequiel Feldman- A Editora Cultura Médica foi fundada em 11 de março de
1966, quando eu e meu irmão, Luiz Feldman
(in memoriam), resolvemos concretizar um
velho sonho de editar livros médicos. Nosso primeiro livro, lançado em 1969, foi “Desidratação na Clínica, Pediatria e Cirurgia”,
do prof. Júlio Martins Barbosa.
JB- Quantos livros sobre Medicina a Editora Cultura Médica já editou? A oftalmologia é a principal especialidade dela?
EF- Nossa editora já ultrapassou 935
títulos editados no transcorrer de nossos
45 anos de existência. Esperamos alcançar
mil em breve. Somente em oftalmologia
completamos este ano 199 títulos.Nosso
início na especialidade foi em 1989, quando nosso falecido irmão Isaac Feldman nos
procurou perguntando se tínhamos interesse em dar continuidade ao seu trabalho
na especialidade, na qual tinha grandes
amigos e professores, contatados para es-
crever livros para uma nova Biblioteca
Brasileira de Oftalmologia (BBO).
JBO- Qual é a tiragem média de
cada publicação?
EF- A tiragem média de cada publicação varia de 500 a 1.500 exemplares,
dependendo do tema.
JBO- Qual o livro mais vendido até
hoje?
EF- O livro mais vendido na área geral de medicina é “Manual do Exame
Clínico”,de Fernando Bevilacqua e
coautores. Na área da oftalmologia tivemos três livros que foram: “Glaucoma Perguntas e Respostas”, de Remo Susanna Jr
e Robert N. Weinreb et al- editado em
português, espanhol e inglês; “Nervo
Óptico no Glaucoma”, de Remo Susanna
Jr., Felipe A. Medeiros et al., editado em
português e inglês; e a “Série de Oftalmologia Brasileira”, tendo Milton Ruiz
Alves como coordenador.
JBO- O que é o Grupo Editorial
Nacional?
EF- Formado oficialmente no segudo
semestre de 2007, o Grupo Editorial Nacional (GEN) reúne as já consagradas editoras Guanabara Koogan, Santos, LTC,
Forense, Método, Forense Universitária,
AC Farmacêutica, EPU e Roca, sua última aquisição.
O objetivo do grupo é prover o mais
completo conteúdo educacional para as
áreas científica, técnica e profissional
(CTP). Com sede no Rio de Janeiro e são
Paulo e representantes em diversas capitais do Brasil, o GEN oferece catálogo com
mais de 2.800 títulos. Suas obras tornaram-se essenciais na formação acadêmica e
no aperfeiçoamento de várias gerações de
profissionais e estudantes de administração, direito, enfermagem, engenharia, fisioterapia, medicina, nutrição, odontologia, entre outros.
JBO- Qual é a razão da parceria com
a Guanabara Koogan?
EF- A parceria com a Guanabara
Koogan se justifica, pois permite sinergia
na distribuição e marketing dos lançamentos. Pela nossa editoria, temo uma
equipe editorial formada há 18 anos.
JBO-Fora sua dedicação á Editora,
o que você faz nas suas horas livres?
EF- Meus hobbys preferidos são dança, esportes, família, sou tricolor e sócio
do Clube Monte Sinai, do qual tenho o
título de grande benemérito e já fui presidente, além de ter ocupados diversos
cargos de diretoria. Sempre gostei de política clubística.
Não poderia encerrar esta entrevista sem
prestar homenagem a três guerreiras da
Editora Cultura Médica, duas tricolores e
uma rubro-negra: Eliane Feldman, Sandra
C. Feldman e Claúdia Valéria de Paula, que
sempre me aturam no dia a dia.
SOA promove
curso de glaucoma
e de catarata
No dia 29 de setembro passado, a
Sociedade de Oftalmologia do Amazonas (SOA) realizou o evento científico Tratamentos do Glaucoma e Avanços da Catarata, com a participação de
Walton Nosé e Larissa Pedroso, de São
Paulo, no Da Vinci Hotel.
Promovida pela diretoria que assumiu a Sociedade em 17 de dezembro de 2010 e cujo mandato estendese até 2012, a sessão científica reuniu
a “nata da oftalmologia amazonense”,
de acordo com o presidente Dennis
de Souza Ramos. Outros eventos do
gênero já estão sendo programados informou o presidente.
A diretoria para 2011-2012 da
SOA está assim constituída; presidente- Dennis de Souza Ramos, vice-presidente- Theodomiro L. Garrido Neto,
primeiro secretário- Paulo Roberto M.
da Silva, segunda secretária- Helena
Mota de Oliveira, primeiro tesoureiro- Luiz Carlos Havas, segundo tesoureiro- Leonardo Bastos Bivar.
A Sociedade de Oftalmologia do
Amazonas também informou o falecimento de João Alfaia,pai do associado Ranieri Alfaia, no dia 2 de novembro último.
25
Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011
SBO
Tempo e Memória
João Diniz
História do Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO)
Fotos de Arquivo SBO
Em 1986 inscreveram-se duas chapas para
concorrer às eleições na SBO para os cargos da
diretoria, conselho consultivo e conselho fiscal para o biênio 1987–1988. As duas chapas concorrentes tinham entre suas metas a
criação de um jornal. Foi eleita a chapa
encabeçada pelo prof. Flávio Rezende.
Após sua posse, o novo presidente criou
o Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO),
convidando Dr. Sérgio Fernandes (presidente da SBO no biênio 1995-1996), para ser o
responsável pelo Jornal, que a seguir escolheu alguns colaboradores: Drs. Cláudio
Humberto S. Ramalho, Eliezer Benchimol,
e Evaldo Campos.
A ideia da criação do JBO era para que o
jornal fosse a parte política que o presidente
imprimiria em sua gestão, bem como a parte
social, e um canal de comunicações que a SBO
ofereceria aos seus associados. Na época o papel
da impressão tinha que ser aquele papel tradicional usado em jornais que circulavam em
nosso país. O tamanho do jornal foi em formato tablóide (29 cm x 42cm), que permanece
até hoje. E o primeiro número circulou com 4
páginas. Foram criadas algumas seções fixas. A
partir dos números 6 e 7 foi acrescentada a seção Humor Aquoso. Dr. Eliezer Benchimol
concebeu o logotipo do JBO (registrado no
Departamento de Propriedade Industrial).
O jornal era feito com fotos dos congressos que os Drs. Flávio Rezende e Sérgio
Fernandes participavam, bem como alguns
membros da diretoria. As matérias eram desenvolvidas por eles, principalmente pelo Dr.
Sérgio Fernandes. Editorial, Fique de Olho
na Notícia, Calendário Oftalmológico foram
as seções do primeiro número. A parte administrativa e algumas seções, como Calendário de Eventos, Convênios com Empresas, Biblioteca, eram feitas por mim, João Diniz.
Após juntar todas as notícias, Dr. Sérgio
Fernandes classificava as notícias por ordem de
importância; esta tem que ser na 1ª página, esta
na 2ª , etc. Após as matérias escolhidas, um
funcionário, Luis Glioche, fazia a transcrição
das matérias num sistema que se chamava na
Flávio Rezende, que presidiu a SBO de 30/4/
1987 a 11/1990, criou o Jornal Brasileiro de
Oftalmologia (JBO) em 1987
Sérgio Fernandes responsabilizou-se pelo
JBO desde sua criação até o final de sua
gestão como presidente da SBO, em 1997
Marcelo Ambe
Marco Antonio Pinto, responsável pela
editoração eletrônica, e Eleonora Monteiro,
editora do JBO, que em 2012 completa 25 anos
época de Ventura. Eu levava todo material para
o jornal Gazeta Mercantil, na rua atrás da Rua
Marechal Floriano (perto da Central do Brasil), e o João (chefe da oficina do jornal) fazia a
diagramação e imprimia o jornal. Saí de lá algumas vezes às 2 ou 3 horas da madrugada
para que o JBO ficasse pronto a tempo.
O tempo foi passando, o jornal foi melhorando, passou a sair com 6, depois com 8
páginas, até chegar às 20, 24 ou 28 páginas
atuais. Foram criadas outras seções. E a partir
do número 23 (janeiro-fevereiro de 1990),
o JBO passou a abrigar anúncios de empresas. Em 1993, na presidência do prof. Morizot
Leite Filho, a partir do número 39 (abrilmaio de 1993), o JBO passou a ter um jornalista responsável, Luiz Marchesini, que editava, diagramava, e o levava para rodar na
Tribuna da Imprensa. À época, foram criadas outras seções como Você Sabia?, Filiadas
da SBO, Boas de Ver, Compra e Venda, Biblioteca da SBO, Videoteca da SBO, Convê-
nio da SBO, Espaço Aberto. A partir do número 40 a logo do JBO passou a ser impresso
em azul. A partir do número 45 o JBO passou a ser impresso em cores.
Ao assumir a presidência em 1995, Dr. Sérgio Fernandes trouxe o jornalista, caricaturista
e chargista Mem de Sá (Ferdinand Teixeira
Mendes),que fazia a arte, infelizmente já falecido. E também Eleonora Monteiro, que é a
jornalista responsável atual. O jornal tomou
um impulso muito grande, melhorando o papel, outras seções também foram criadas, como
Olho Vivo, Conta-Gotas, Opinião, Fundo de
Olho, Entrevistas, Memória Viva, Tempo e
Memória, Coffee Break, Ponto e Contraponto,
A Visão da Justiça, JBO Pergunta,
Oft@lmonline, Informativo da FeCooeso/
Coeeso, Confira, Na Estante, Seção Brasil,
International Corner, Fique por Dentro da SBO.
O sistema utilizado em computação gráfica foi melhorado. À medida que o tempo
foi passando, e com a competência da
Eleonora Monteiro, que hoje edita, praticamente escreve o jornal de ponta a ponta, revisa, confere, faz tudo, o JBO ganhou outra
dimensão. Na parte de editoração gráfica tem
o Marco Antonio Pinto, responsável pela
diagramação, orientado pela Eleonora. Atualmente, a SBO conta esporadicamente com
uma valiosa contribuição, de um extraordinário profissional do jornal O Globo (ilustrador das principais colunas daquele jornal). Chama-se Marcelo, marido de nossa jornalista Eleonora Monteiro, isto cobrando
uma fortuna, ou seja, nada!
O JBO hoje tem uma linguagem clara e
objetiva, abrangendo todas as áreas da oftalmologia. Nossos congressos são bem divulgados. Através do JBO o associado tem uma ideia
muito boa do que a SBO oferece, uma excelente divulgação das atividades científicas não
só da Sociedade, mas também de outras entidades, além de um bom conteúdo cultural. É
um jornal bastante dinâmico.
A publicidade, supervisionada por mim,
está a cargo do contato publicitário
Westinghouse Carvalho.
Fontes: Livros de Atas da SBO, Revista Brasileira de Oftalmologia, Jornal Brasileiro de Oftalmologia, arquivos iconográficos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
26
EXPEDIENTE
Sociedade Brasileira
de Oftalmologia
Rua São Salvador, 107
Laranjeiras
Rio de Janeiro - RJ
CEP 22231-170
Tel. (21) 3235-9220
Fax (21) 2205-2240
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DIRETORIA
Biênio 2011-2012
Presidente
Aderbal Alves Jr.
Vice-presidente RJ
Marcus Vinicius Abbud Safady
Vice-presidentes regionais
Roberto Abdalla Moura
Leon Grupenmacher
Osvaldo Travassos de Medeiros
Alípio de Souza Neto
Secretário Geral:
Gilberto dos Passos
1º Secretário:
Armando Crema
2º Secretário:
Marco Antônio Alves
Tesoureiro:
Ricardo Miguel Japiassú
Diretor de Cursos:
André Portes
Diretor de Publicações:
Arlindo Portes
Diretor de Biblioteca:
Renato Ambrósio Jr.
Conselho Consultivo:
Aderbal de Albuquerque Alves
Acácio Muralha Neto
Mário Motta (RJ)
Miguel Ângelo Padilha (RJ)
Oswaldo Moura Brasil (RJ)
Sérgio Fernandes (RJ)
Conselho Fiscal:
Efetivos:
Eduardo Henrique Morizot Leite (RJ)
Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ)
Sérgio Meirelles (RJ)
Suplentes:
Mário Nagao (RJ)
Octávio Moura Brasil (RJ)
Sansão Kac (RJ)
JBO
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DE OFTALMOLOGIA
Jornalista Responsável:
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Conselho Editorial:
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Edna Almodin
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Ricardo Japiassú
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Impressão: Gráfica Colorset
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Qualquer reclamação deverá ser feita
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Sinbos
De 17 a 19 de novembro de 2011, Sinbos
(Simpósio Internacional de Córnea), promovido pelo Banco de Olhos de Sorocaba,
no Centro Administrativo de Banco de
Olhos, Sorocaba (SP).
Informações: (15) 3212-7838
www.bos.org.br//sinbos
XXXIII World Ophthalmology
Congress 12th International Congresso of the Middle East Africa
Council of Ophthalmology
De 16 a 20 de fevereiro de 2012, XXXIII
Ophthalmogical Congress, 12th
International Congress of the Middle East
Africa Council of Ophthalmology, em
Abu Dabi., Emirados Árabes Unidos
www.woc2012.org
e-mail: [email protected]
XVII Congresso Internacional da
Sociedade Brasileira de Oftalmologia
De 28 a 30 de junho de 2012,
Royal Tulip Rio de Janeiro
Tema Oficial: O olho na 3ª idade
Sites: www.sboportal.org.br
www.interevent.com.br
gresso Norte-Nordeste de Oftalmologia, no
Bahia Othon Palace Hotel, em Salvador (BA).
Informações: (71) 3011-9797
e-mail: [email protected]
35º Simpósio Internacional
Moacyr Álvaro-SIMASP
De 8 a 10 de março de 2012, 35º
Simpósio Internacional Mocyr ÁlvaroSIMASP, em São Paulo.
E-mail:[email protected]
ASCRS
De 20 a 25 de abril de 2012, Congresso da ASCRS, em Chicago, Illinois, EUA.
www.ascrs.org.
XVIII Congresso Norte-Nordeste
de Oftalmologia
De 27 a 29 de abril de 2012, XVIII Con-
IV Jornada de Oftalmologia
Hospital São Rafael
Dias 16 e 17 de março de 2012, no
Hospital São Rafael, em Salvador, Bahia,
IV Jornada de Oftalmologia Hospital são
Rafael.
http://www.ceosr.com.br/jornada
e-mail:[email protected]
Para divulgar eventos científicos oftalmológicos no Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), envie as
informações para a SBO, na Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22231-170 Tel. (21) 3235-9220 - Fax (21) 2205-2240 - e-mails: [email protected] - [email protected]
Oportunidade para oftalmologista
(DF)-Hospital Oftalmológico Pacini Neto
em sua expansão abre vagas para oftalmologistas interessados em fazer parte do seu corpo clínico em Brasília. Interessados devem
enviar currículo a/c Sra. Natalia Pacini Hospital Oftalmológico Pacini SEP-Sul Quadras
715/915 Lotes A e B- Brasília- DF. Email:[email protected] Telefone
(61) 3214-4777.
Oftalmologista em PernambucoFundação Altino Ventura contrata dois oftalmologistas (preferência casal) para atendimento em Salgueiro ou Arcoverde, respectivamente a cerca de 500 km e 250 km de
Recife, com dedicação exclusiva e contrato
de 36 meses.Paga-se R$ 18.000,00 mensais
brutos por oftalmologista. Maiores informações falar com Dr. João Alixandre. Telefones
(81) 9904-3875/ 9997-6852/ 3302-4300
R-329. E-mail: [email protected]
Oftalmo para São Gonçalo (RJ)- CEMI
Diagnóstico, Rua Rodrigues Fonseca, 338Bairro Zé Garoto, São Gonçalo (RJ) busca
oftalmologista para preencher horário de
atendimento em consultório de grande movimento de pacientes. Pagamento ao profissional no dia do atendimento. Horários disponíveis de 2ª a 6ª feira, das 8 às 12 horas.
Falar com Fabio Carvalho, telefone (21)
2606-3016/ 9873-4945.
A coluna Olho Vivo é exclusiva para os associados
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