1 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Barbara Reis Carvalho Levantamento das concepções dos alunos do Ensino Médio, de uma escola particular de São Paulo, sobre os manguezais São Paulo 2012 2 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Barbara Reis Carvalho Levantamento das concepções dos alunos do Ensino Médio, de uma escola particular de São Paulo, sobre os manguezais Trabalho de Graduação Interdisciplinar apresentado ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie como requisito para a obtenção do grau de Licenciada em Ciências Biológicas. Orientador: MSc. Guilherme Moraes de O. Abuchahla São Paulo 2012 3 “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, em breve estará fazendo o impossível” (São Francisco de Assis). “Superar é preciso. Seguir em frente é essencial. Olhar para traz é perda de tempo. Passado se fosse bom era presente” (Clarice Lispector). 4 AGRADECIMENTOS Agradeço inicialmente a Deus por me dar perseverança e coragem para realizar mais essa etapa da minha vida, pois muitos foram os obstáculos que tive de vencer para realizar este meu grande sonho de cursar o Ensino Superior. Agradeço a execução deste trabalho ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ao Setor de Bolsas de Estudos e ao Programa Universidade para Todos (PROUNI). Agradeço ao meu pai, Rubens Carvalho que mesmo sem estar presente pessoalmente na minha vida neste momento, sempre me guia e me dá forças. Agradeço aos meus demais familiares, em especial as minhas tias Solange e Esther, e ao meu padrinho Pe. Mauro Negro que sempre acreditaram em mim e que mesmo diante das dificuldades me incentivavam a seguir em frente e a não desanimar, sejam dando conselhos, sejam através de inúmeros “puxões de orelha”. Agradeço aos professores Adriano Monteiro de Castro, Magda Medhat Pechliye e a Rosana de Campos Jordão pelos semestres que cursei em Licenciatura, nos quais tive a honra de ser aluna. Agradeço-lhes imensamente pelos conselhos, palavras e ações. Agradeço ao meu orientador MSc. Guilherme Moraes de O. Abuchahla pelo apoio, amizade, atenção e paciência. Agradeço aos componentes da minha banca examinadora Adriano Monteiro de Castro e Daniel Igawa Martinez. Agradeço a todos os meus amigos Aline, Giselle, Natália, Rodrigo e aos demais que me ajudaram e que também fizeram parte desta história. 5 Agradeço ao meu namorado Alessandro pelo seu amor, carinho e compreensão, pois sempre nas situações que eu ficava preocupada e com medo, ele sempre me dizia que tudo daria certo. Por fim, agradeço a todas as outras pessoas que eu não citei, mas que contribuíram de alguma forma para que esse trabalho se concluísse. 6 RESUMO O presente trabalho foi realizado com o objetivo de conhecer as concepções dos alunos de Ensino Médio, de uma escola particular de São Paulo, sobre os manguezais. Esses dados foram levantados por meio da aplicação de um questionário composto por questões abertas e fechadas. Verificou-se que os alunos apresentaram conhecimento parcialmente satisfatório a insatisfatório sobre esses ambientes. Acredita-se que isso ocorre por dois motivos: primeiro porque os conteúdos são trabalhados na escola de forma descontextualizada, não permitindo aos alunos fazerem associações do que aprendem com outros temas estudados; e segundo porque há uma ideia do próprio senso comum que associa a este ecossistema uma imagem de “ambiente sujo”, por causa da presença da lama e dos odores que são característicos destes locais. Dessa forma, deve haver por parte dos educadores um novo olhar ao trabalhar estes assuntos, porém para que isso se efetive, é necessário que os professores saiam do tradicionalismo da sala de aula e vão à busca de outras formas para trabalhar esta temática, para que assim, o aluno possa ver sentido no que está estudando, elaborando suas próprias concepções. Palavras-chave: concepções, manguezais, educação ambiental, Ensino Médio. 7 ABSTRACT The present work was carried out in order to access the concepts that high school students of a private school have about mangroves. The data were acquired through a questionnaire of direct and multiple choice questions. In general, the level of knowledge that could be observed varied from 'partially satisfactory' to 'unsatisfactory'. The assumed reason for these results are two: first, because mangroves are taught in a way in which the students cannot relate to; and second, is due to the general idea that mangroves are dirty environments - mostly because of the presence of mud and its characteristic odors. In this way, it is mandatory for educators to find a new perspective while working the topic. For this new perspective become effective, it is necessary to leave traditional methods behind and to search a way in which students understand why they learn about this environment, and are able to build their own concepts and conceptions of the mangrove ecosystem. Keywords: concepts, mangroves, environmental education, high school. 8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 09 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 10 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.............................................................. 14 4. RESULTADOS ...................................................................................................... 18 5. ANÁLISE ............................................................................................................... 22 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 26 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 27 Anexo 1 – Modelo de questionário aplicado aos alunos do Ensino Médio ........ 30 Anexo 2 – Carta de Informação a Instituição e Termo de Livre e esclarecido ... 32 Anexo 3 – Carta de Informação ao sujeito e Termo de Livre e esclarecido ....... 34 9 1. INTRODUÇÃO Os manguezais são ambientes que se encontram associados às margens de baías, enseadas, lagunas dentre outros locais, no qual há o encontro da água dos rios com a do mar. Estes locais apresentam cobertura vegetal, formada por diversas espécies vegetais lenhosas, além de micro e macro algas que são adaptadas à salinidade e caracterizadas por colonizarem sedimentos lodosos, com baixo teor de oxigênio (SCHAEFFER-NOVELLI; 2012). Apesar de serem citados no presente trabalho, os manguezais são ambientes pouco estudados, no contexto educacional, o que pode ser observado pelo total desconhecimento a seu respeito apresentado pelos alunos, ou então pelo fato de associarem a esses ecossistemas uma visão negativa. Dessa forma, visando abordar essa temática foi proposta essa monografia, cujo objetivo é conhecer quais concepções os alunos de Ensino Médio, de uma escola particular de São Paulo, têm sobre os manguezais, utilizando para essa abordagem um questionário composto por questões abertas e fechadas. Para tanto, a primeira parte deste trabalho é composta por uma fundamentação teórica, na qual são estabelecidas relações entre os autores utilizados como referência para a abordagem deste tema. Na segunda parte deste trabalho são descritos os procedimentos metodológicos que foram utilizados para o levantamento destes dados. Na terceira parte são apresentados os resultados obtidos com a aplicação do questionário, referente à concepção dos alunos sobre os manguezais, sendo que apuração destes dados baseou-se na metodologia utilizada nas pesquisas de Pereira (2006), Rodrigues e Farrapeira (2008) e Vairo e Filho (2010). Na quarta parte é proposta uma análise a partir dos resultados obtidos e da fundamentação teórica desenvolvida neste trabalho. E por fim, são apresentadas as considerações finais, na quais são retomadas a discussões realizadas ao longo de toda a monografia, concluindo assim, o presente estudo referente ao levantamento das concepções dos alunos sobre os manguezais. 10 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste século, presencia-se um intenso processo de criação científica, pois se compararmos com períodos anteriores, houve grandes avanços em diversas áreas, tais como: saúde, meios de comunicação e transporte, dentre outros. A associação entre ciência e tecnologia se ampliou, tornando-se cada vez mais presente no cotidiano, e modificando o mundo e o próprio ser humano (BRASIL, 2000). Apesar da associação entre ciência e tecnologia ter trazido benefícios para muitas pessoas ao longo da história, ela também trouxe desigualdades sociais e impactos ambientais, devido principalmente ao ritmo de vida acelerado da sociedade atual, que para tal, se utiliza de forma excedida dos recursos naturais disponíveis, além de emitir poluentes de forma indiscriminada (BRASIL, 2000). A visão de que os seres humanos são proprietários da natureza deixou de ser tão dominante. A sociedade atual vem desenvolvendo uma sensibilização baseada na ecologia profunda, ou seja, em um novo modo de percepção de uma interdependência entre os seres vivos, sendo que cada um contribui de alguma forma para a manutenção do equilíbrio ecológico. Dessa maneira, está cada vez mais nítido que se não mudarmos o nosso modo de vida, a sobrevivência na superfície terrestre estará ameaçada (FILHO; VAIRO, 2010). Um dos ecossistemas mais afetados pela ação de impactos antrópicos, e que nos últimos anos vem sendo degradado, são os manguezais (LACERDA et al. 2006). Segundo Schaeffer-novelli (2012) os manguezais são ambientes que se encontram associados às margens de baías, enseadas, lagunas dentre outros locais, no qual há o encontro da água dos rios com a do mar. Estes locais apresentam cobertura vegetal, formada por diversas espécies vegetais lenhosas, além de micro e macro algas que são adaptadas à salinidade e caracterizadas por colonizarem sedimentos lodosos, com baixo teor de oxigênio. Esse ecossistema é considerado o “berçário do mar”, pois diversas espécies de aves piscívoras e de invertebrados marinhos fazem seus ninhos em árvores de 11 manguezal, alimentando-se especialmente na maré baixa, quando os fundos lodosos são expostos. Além disso, diversos organismos marinhos utilizam este ecossistema como área de corte, reprodução, deposição de ovos e abrigo de juvenis. Este ambiente é a principal fonte de subsistência para as populações litorâneas, devido à pesca artesanal de peixes, caranguejos e moluscos (SANTOS; 2009). As funções prestadas pelos manguezais são várias, dentre elas: constituem parte da cadeia trófica com espécies importantes do ponto de vista ecológico e econômico, servem de área de desenvolvimento, abrigo, reprodução e alimentação de espécies marinhas, estuarinas, límnicas e terrestres, e além dessas funções o manguezal também protege a linha de costa contra a erosão e mantém a biodiversidade da região costeira (RODRIGUES; FARRAPEIRA, 2008). O Brasil, segundo Rodrigues (2012) apresenta uma das maiores extensões de manguezais do mundo, sendo que este ocorre desde o Cabo de Orange, no Amapá, até a cidade de Laguna, em Santa Catarina. Esses ambientes, de acordo com Lacerda et al (2006), são considerados áreas de preservação permanente pela Legislação Federal. A despeito das leis de proteção do ecossistema manguezal, observam-se muitos impactos sobre esse sistema. Segundo Fidelman (2000) as leis não são suficientemente conhecidas ou aplicadas, pois falta sensibilização pública. Tal problemática poderia ser diminuída por meio do processo educacional, como forma de uma política de proteção às áreas de manguezal. Conforme abordado anteriormente, os recursos naturais vêm sendo rapidamente degradados pelo homem, incluindo o ecossistema manguezal. Este vem sofrendo principalmente por conta da extração de madeira para a produção de lenha e carvão, da criação de crustáceos, do desmatamento para fins imobiliários, e da deposição de poluentes (FILHO; VAIRO, 2010). Há também danos causados indiretamente, ocorrendo longe do litoral, como alterações no curso dos rios, a partir da construção de represas e barragens; transposição de bacias hidrográficas, retirada de água para abastecimento e irrigação que provocam alterações no grau de salinização, no fluxo de água e de sedimentos para o mar, o que por sua vez 12 causa erosão costeira, avanço de areias marinhas sobre estuários e intrusão salina em águas subterrâneas (LACERDA et al., 2006). Apesar dos manguezais serem ecossistemas muito relevantes, observa-se que, no contexto educacional, este ambiente é pouco estudado. O reflexo deste fato é percebido pela visão negativa e/ou total ignorância apresentada por alunos em idade escolar acerca desse ecossistema. São dois os motivos para tal fato: o primeiro é que os conteúdos são trabalhados na escola de forma descontextualizada, não permitindo aos alunos fazerem associações entre conteúdos; e o segundo que há uma ideia do próprio senso comum que associa a este ecossistema uma imagem de “ambiente sujo”, e muitas vezes não considera que o resultado da degradação dos manguezais é causado pelo próprio ser humano (FILHO; VAIRO, 2010). Dessa forma, a educação ambiental nas escolas pode ser uma das maneiras que alterem as visões das pessoas sobre os manguezais, pois ela contribui para a formação de cidadãos reflexivos e transformadores do seu meio, já que é nas escolas que os alunos começam a conhecer os conceitos científicos e estes podem auxiliá-los a desenvolver uma concepção mais ampla e integrada do ambiente (FILHO; VAIRO, 2010). Assim, se buscamos desenvolver nos educandos atitudes que visem à preservação dos manguezais, torna-se necessário que eles conheçam a sua importância e o seu significado para a manutenção do equilíbrio ecológico, pois o grande desafio da sociedade atual é promover uma educação ambiental critica e inovadora e que permita realizar uma transformação social. O seu foco deve ser amplo, relacionando o homem, a natureza e o universo, entendendo que os recursos naturais se esgotam e que os principais culpados deste processo somos nós seres humanos (SANTOS; PARDO, 2011). Neste contexto, a visitação de um ambiente natural pode ser considerada um importante recurso didático para várias disciplinas, podendo ser usada em diferentes níveis de escolaridade, estabelecendo assim, uma oportunidade que propicie o desenvolvimento de um vínculo afetivo dos alunos com o ambiente e com os seres 13 vivos. Isso pode ser feito através da observação e do reconhecimento de espécies de animais no seu ambiente natural, de seus hábitos ecológicos e das interações que estes têm com os demais seres vivos. Diversas atividades podem ser desenvolvidas, dentre elas os estudos de casos que procurem falar sobre o efeito da poluição nos manguezais; a proposição de situações-problema, procurando fazer os alunos elaborarem possíveis soluções para resolvê-las; e a elaboração de projetos variados acerca desta temática (RODRIGUES; FARRAPEIRA, 2008). Rodrigues e Farrapeira (2008) citam o autor Moran, dizendo que uma educação inovadora se apoia em um conjunto de propostas que servem como guia e base, são eles: o conhecimento integrador e inovador, o desenvolvimento da autoestima e do autoconhecimento, a formação do aluno-empreendedor e a construção do aluno cidadão. Bizzo (1998) complementa a ideia citada acima nos informando que o objetivo de ensinar Ciências e Biologia deve proporcionar aos educandos o desenvolvimento de ideias críticas, para que assim, estes se tornem capazes de se posicionar e exporem suas opiniões diante da sociedade que os cercam, baseando suas decisões em critérios objetivos e defensíveis. E relacionando ainda as ideias destes autores com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2000) o conhecimento de Biologia deve subsidiar a discussão de questões polêmicas, que dizem respeito ao aproveitamento dos recursos naturais, ao desenvolvimento e à utilização destes recursos levando em consideração à dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, e de todas as formas de vida presente na natureza. Dessa maneira a educação contemporânea deve desenvolver uma ciência contextualizada, para que assim, esta contribua para uma aprendizagem significativa dos alunos, formando cidadãos conscientes e comprometidos com a construção de uma sociedade sustentável (RODRIGUES; FARRAPEIRA, 2008). Durante o Ensino Médio, geralmente, parte-se da compreensão de um todo, sendo mais adequado observar o fenômeno da vida em sua totalidade e o ambiente como resultado das interações entre os fatores abióticos e bióticos, podendo estes 14 ser representados a partir dessas interações (BRASIL, 2000). Portanto, aprender Biologia na escola faz com que os alunos ampliem seu entendimento sobre o mundo vivo, contribuindo assim, para que eles percebam a singularidade da vida humana relativamente aos demais seres vivos, em função de sua incomparável capacidade de intervenção no meio (BRASIL, 1998). Previamente, no contexto escolar, o papel do professor era de transmitir conhecimento já elaborado. Hoje ele atua como um mediador do conhecimento que é construído cotidianamente na sala de aula, sendo que este é o resultado do esforço mental do individuo que altera as suas ideias sobre algo que já tem conhecimento e as adapta a situações novas (SANTOS; PARDO, 2011). Sendo assim, o objetivo da presente monografia é conhecer quais concepções os alunos de Ensino Médio, de uma escola particular de São Paulo, têm sobre os manguezais, utilizando para trabalhar esta temática um questionário. Desejando assim, através deste instrumento analisar e identificar, por meio das repostas obtidas, suas percepções sobre o ecossistema. 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O objetivo desta pesquisa é conhecer as concepções dos alunos de Ensino Médio, de uma escola particular de São Paulo, sobre os manguezais. Para tanto a metodologia de análise das perguntas, bem como a forma de expor os dados coletados baseia-se nas pesquisas realizadas por Pereira (2005), Rodrigues e Farrapeira (2008) e Vairo e Filho (2010). O instrumento escolhido para a realização da coleta de dados foi um questionário (vide anexo 1) composto de 05 questões, sendo 04 abertas e 01 alternativa. De acordo com Pádua (2012), o questionário é um importante instrumento de coleta de dados, pois possibilita ao pesquisador fazer tanto uma análise quantitativa dos dados, quando esses são apresentados por meio de perguntas fechadas, como também uma análise qualitativa, quando neste 15 instrumento são propostas questões abertas, sendo que essas assumem um caráter pessoal, pois as repostas não são previstas. A finalidade do questionário utilizado nesta monografia é analisar as repostas fornecidas pelos alunos referentes ao tema do trabalho, procurando identificar quais percepções estes tem sobre os ecossistemas de manguezal. Este questionário, antes de ser aplicado aos alunos, foi avaliado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O projeto foi deferido, segundo o protocolo da CIEP nº L009/10/12. As perguntas abertas do questionário assemelham-se às propostas por Pereira (2005), Rodrigues e Farrapeira (2008) e Vairo e Filho (2010), que também usaram este instrumento para identificar as concepções dos alunos referentes ao ecossistema manguezal. Para analisar os dados coletados nesta pesquisa, a metodologia utilizada baseou-se nas pesquisas de Pereira (2005), Rodrigues e Farrapeira (2008) e Vairo e Filho (2010) que classificaram as respostas obtidas nos seus questionários em três categorias: satisfatória, parcialmente satisfatória e insatisfatória, e posteriormente fizeram gráficos comparando o número de respostas obtidas em cada questão. Para este trabalho foi utilizado somente às categorias, pois os critérios de classificação das características (respostas fornecidas pelos alunos) foram desenvolvidos pela própria pesquisadora que ao ler os questionários decidiu adotar outro critério. Desta forma, para a análise das perguntas abertas do questionário, utilizado nesta monografia (vide anexo 1) os critérios adotados que visam enquadrar as repostas nas categorias citadas (satisfatória, parcialmente satisfatória e insatisfatória) se basearam nas pesquisas de Pereira (2005), Rodrigues e Farrapeira (2008) e Vairo e Filho (2010) , sendo expressos da seguinte forma: 1. Questão – Você sabe o que é um manguezal? – A finalidade desta questão foi perceber se os alunos sabiam definir em poucas palavras o que eles imaginam ser o manguezal. Foram consideradas satisfatórias as repostas que 16 citaram duas características sobre o manguezal caracterizando-o como: um local, ecossistema, ambiente, lugar que apresenta lama, plantas, raízes submersas e presença de animais; parcialmente satisfatórias as repostas que apontavam um dos elementos citados acima e insatisfatórias as respostas que fugiram do tema da pergunta. 2. Questão – Você acha que o manguezal é importante? Em caso afirmativo, escreva sobre isso. – O objetivo dessa pergunta é identificar se o aluno reconhece ou não os manguezais como um ecossistema de importância ecológica. Foram consideradas satisfatórias, as respostas nas quais os alunos indicavam duas características sobre a importância do manguezal, por exemplo, denominaram como fonte de subsistência para pessoas que moram nessas regiões, como ecossistema importante na manutenção do equilíbrio ecológico e habitat para diversas espécies de animais; parcialmente satisfatórias foram as repostas que indicavam um desses elementos e insatisfatórias foram aquelas que fugiram do tema proposto. 3. Questão – Que animais vivem no manguezal? Você Conhece algum? – Essa questão visa saber se os alunos conhecem os animais que habitam os manguezais, tais como: caranguejos, moluscos bivalves, peixes, aves, entre outros. Foram consideradas satisfatórias as respostas, que citaram quatro ou três animais que podem ser encontrados neste ambiente, parcialmente satisfatórias aquelas que citaram um ou dois animais, e insatisfatórias aquelas que não citaram nenhum animal ou então que não souberam responder. A finalidade da questão 04 “Você já esteve em um manguezal?”, cujo modelo é apresentado abaixo foi saber se os alunos já estiveram em contato com esse ambiente, seja por meio de uma atividade proposta pelo professor da escola, ou então em uma viagem, ou então se nunca estiveram neste ambiente, porém já ouviram algum comentário sobre este ecossistema. Desta forma, os alunos deveriam escolher entre as quatro opções apresentadas (organizadas de “a” a “d”), uma única alternativa assinalável. 17 4. Você já esteve em um manguezal? a) Sim, por meio de um passeio ou excursão oferecido pela escola; b) Sim, por meio de uma saída turística/viagem/curso; c) Não, mas já ouvi falar algo; d) Nenhuma das alternativas anteriores. 5. Questão – Se você estivesse em um manguezal qual seria a sua reação? Como você se sentiria? Fale um pouco sobre isso. – A intenção desta pergunta é entender quais reações os alunos teriam ao estar diante de um manguezal, ou seja, procurar perceber se essas reações seriam positivas, por exemplo: “Eu me sentiria bem, pois estaria em contato com a natureza e com os animais” ou então se essas reações seriam negativas, por exemplo: “Não me sentiria bem, se eu tivesse em contato com esse monte de lama”. Foram consideradas satisfatórias as respostas que os alunos mencionaram justificativas cabíveis sobre o quais sensações sentiriam ao estar em contato com o manguezal, sendo estas positivas ou negativas e insatisfatórias as repostas nas quais os alunos não sabiam informar que reações teriam, por exemplo, “Não sei”. As respostas parcialmente satisfatórias foram desconsideradas nesta questão. Foram enviados a instituição de ensino e aos alunos os termos de livre e esclarecido, bem como as cartas de consentimento (vide Anexos 2 e 3), para assim, obter a autorização necessária destes para a realização da coleta dos dados. Este instrumento foi aplicado a 56 alunos do Ensino Médio, nos anos 1º e 2º durante uma das aulas da disciplina de Biologia. Antes da aplicação a pesquisadora explicou para os alunos como o questionário deveria ser feito, dando a eles os seguintes critérios: não será necessário se identificar, as questões podiam ser respondidas a lápis ou a caneta, as questões abertas deveriam ser respondidas com as suas palavras, ou seja, sobre a ideia que os alunos têm sobre este ecossistema, 18 e quanto à questão alternativa esta deveria ser assinalada em uma única opção indo da letra “a” até a “d”. Após a explicação de como o questionário deveria ser feito, a pesquisadora entregou o mesmo aos alunos deu cerca de três minutos para os mesmos lerem brevemente o que deveriam fazer e depois de transcorrido este tempo, a pesquisadora se colocou a disposição para esclarecer os questionamentos feitos pelos alunos. O questionário levou em ambas as classes, aproximadamente 10 minutos para ser feito, e depois de transcorrido este tempo, a pesquisadora os recolheu. 4. RESULTADOS A seguir são apresentados os resultados obtidos com a aplicação do questionário. Dessa forma, baseado nos critérios utilizados para análise das respostas sobre a concepção dos alunos sobre os manguezais, os resultados indicam que os participantes apresentam níveis variados de conhecimento sobre o assunto abordado, conforme representação nas figuras 1, 2, 3, 4 e 5. Figura 1 – Respostas dos alunos referente à questão 1 “Você sabe o que é um manguezal?”. N=56 N=56 19 Figura 2 – Respostas dos alunos referente à questão 2 “Você acha que o manguezal é importante? Em caso afirmativo, escreva sobre isso”. N=56 Figura 3 – Respostas dos alunos referente à questão 3 “Que animais vivem no manguezal? Você conhece algum?”. N=56 20 Figura 4 – Respostas dos alunos referente à questão 4 “ Você já esteve em um manguezal?”. N=56 Figura 5 – Respostas dos alunos referente à questão 5 “ Se você estivesse em um manguezal qual seria a sua reação? Como você se sentiria? Fale um pouco sobre isso”. N=56 21 Portanto, podemos perceber que os resultados referentes à primeira questão “Você sabe o que é um manguezal?” se expressaram da seguinte forma: dos 56 alunos analisados, 20% dos alunos sabiam definir o manguezal citando duas ou mais características, 43% dos alunos sabiam definir citando uma característica e 37% dos alunos não sabiam definir manguezal. Na segunda questão “Você acha que o manguezal é importante? Em caso afirmativo, escreva sobre isso” os resultados foram: dos 56 alunos analisados, 18% alunos sabiam informar a importância do manguezal citando duas ou mais características, 39% dos alunos sabiam informar a importância do manguezal citando uma característica e 43% dos alunos não sabiam informar sobre a importância do manguezal. Na terceira questão “Que animais vivem no manguezal? Você conhece algum?”, os resultados obtidos foram: dos 56 alunos analisados, 09% dos alunos sabiam informar citando três ou mais animais presentes no manguezal, 71% dos alunos sabiam informar citando apenas um ou dois animais e 20% dos alunos desconheciam os animais que habitam o manguezal. Na quarta questão “Você já esteve em um manguezal?” a alternativa C “não, mas já ouvi falar algo” é dominante em relação às demais alternativas que representaram os valores 0%, 9% e 22% de frequência relativa nas respostas dos alunos. Na quinta questão “Se você estivesse em um manguezal qual seria a sua reação? Como você se sentiria? Fale um pouco sobre isso”, os resultados se mostraram da seguinte maneira: dos 56 alunos analisados, 66% dos alunos citaram características positivas e negativas sobre as reações que teriam por estar em um manguezal, sendo que essas respostas foram consideradas satisfatórias e 34% dos alunos não souberam informar quais reações teriam ao estar no manguezal, sendo que estas respostas foram consideradas insatisfatórias. Para esta questão não foram consideradas respostas parcialmente satisfatórias. 22 5. ANÁLISE Diante dos resultados apresentados e de acordo com a fundamentação teórica, a finalidade desta monografia foi conhecer as concepções dos alunos de Ensino Médio, de uma escola particular de São Paulo sobre os manguezais, para tanto foi proposta esta análise, sendo que ela é apenas uma das interpretações possíveis para os dados aqui representados. Em linhas gerais, o que pode ser identificado, nas duas séries de Ensino Médio (1° e 2° anos), nas quais foram aplicados os questionários, é que os alunos apresentaram um conhecimento parcialmente satisfatório a insatisfatório sobre os manguezais, pois de acordo com a análise destes dados verificou-se que estas categorias apresentaram maior relevância nas respostas fornecidas pelos estudantes. Isso também foi verificado nas pesquisas realizadas por Pereira (2006), Rodrigues e Farrapeira (2008) e Vairo e Filho (2010) que ao se valerem deste instrumento, para saber quais concepções os alunos têm sobre os manguezais, foram constatados que estes não apresentavam ideias claras sobre este ambiente. Acredita-se que isso ocorre porque os conteúdos são trabalhados na escola de forma descontextualizada, não permitindo aos alunos fazerem associações do que aprendem com outros temas estudados, pois diante das repostas fornecidas por eles, percebeu-se que apesar de associarem aos manguezais diversas características (local com lama, apresenta raízes submersas, dentre outros) típicas destes locais, em alguns casos eles identificaram o manguezal como um tipo de plantação “É um tipo de plantação de manga” como escreveu um aluno, o que não é correto, por serem estudantes desta modalidade de ensino. Outro fato importante é que, ao se referirem aos animais que são encontrados neste ambiente, a maioria das respostas citou o caranguejo como o único animal encontrado no manguezal. Estas respostas também apareceram em maior índice nas pesquisas de Pereira (2006), Rodrigues e Farrapeira (2008) e Vairo e Filho 23 (2010), no qual grande parte dos alunos citou este animal como sendo característico desta área. Os motivos pelos quais os alunos destacaram a figura do caranguejo são vários, dentre eles destacamos: os meios de comunicação, que geralmente ao abordarem sobre este tema levam em consideração apenas a imagem deste animal como o único representante do manguezal; e os próprios docentes que ao trabalharem com esta temática, também levam em conta somente a figura deste crustáceo. Portanto por ser veiculada esta imagem, os alunos acreditam que nessas áreas são encontrados apenas esses animais. O motivo pelo qual os alunos apresentam uma visão negativa sobre os manguezais, refere-se à própria imagem do senso comum que associa a este ecossistema uma imagem de “ambiente sujo”, devido à presença dos odores e da lama que são característicos destes locais. Esta hipótese também foi levantada por Vairo e Filho (2010), pois na maioria das respostas referente à questão 05, os estudantes responderam que não iriam a um manguezal porque segundo eles: “Me sentiria mal, por estar em um lugar com lama, me daria nojo” e “Desconfortável, pois acho um lugar nojento e perigoso”. Apesar de no gráfico a maior parte das respostas serem satisfatórias, deve se atentar que foram levadas em consideração, as respostas nas quais os alunos mencionaram interesse estar em um manguezal e também aquelas nas quais os alunos não demonstraram interesse em estar neste ambiente, sendo que as respostas que fugiram do tema ou então que os alunos escreveram “não sei”, foram consideradas insatisfatórias. Um fato interessante levantado pelos alunos, e que merece destaque, foram suas respostas referentes à importância do manguezal. Apesar de não saberem citar ao certo sobre este tema, sendo que para esta questão a maior parte das respostas foi considerada insatisfatória, foi curioso observar que alguns escreveram que os manguezais são importantes para as pessoas que moram nessas regiões, pois muitas sobrevivem da coleta de caranguejos, outros, porém citaram que estes locais são relevantes devido à fauna e flora, e por fim outros escreveram que essas áreas são importantes porque são ambientes naturais. 24 Talvez essa associação ocorra pelo fato dos alunos já terem ouvido falar algo sobre estes locais, porém não conseguiram elaborar ideias claras para escrever sobre eles. Isso foi identificado nas repostas referente à questão alternativa, sendo que em sua maioria os alunos responderam que nunca estiveram em um manguezal, porém já ouviram falar algo sobre este ambiente. Uma das causas para que seja levantado esse aspecto é que muitas vezes valoriza-se, no ensino, a memorização, e não a construção do conhecimento (MIZUKAMI, 2010). Conforme nos mostra Becker (1994), em algumas escolas os alunos são concebidos como tabula rasa, sendo que seus conhecimentos prévios sobre determinados assuntos, não são levados em consideração por parte dos professores, o que geralmente ocorre nestes casos é que ainda alguns docentes acreditam no processo de transmissão do conhecimento e não que este pode ser construído juntamente com os alunos na sala de aula. Mizukami (2010), ao falar sobre as abordagens cognitivista e sociocultural, nos diz que o processo de ensino-aprendizagem se consolida através da construção do conhecimento, ou seja, quando o sujeito é capaz de elaborar uma representação pessoal do que lhe é ensinado. Neste caso tanto o professor como os alunos saem beneficiados neste processo, pois o professor apresenta as informações e estas são discutidas entre ele e seus alunos, valorizando assim, os conhecimentos de ambos sobre as temáticas abordadas. Percebemos que estas propostas são as que mais atendem as necessidades de ambos, pois visam mostrar que o conhecimento depende da interação dos dois (professor e aluno) para ocorrer, estabelecendo assim, uma relação de dupla troca, pois tanto o professor pode ensinar como o aluno pode aprender ou vice-versa. Assim sendo, para trabalhar a temática deste trabalho e não só deste como de outros ambientes naturais presentes no nosso país, uma das sugestões seria a educação ambiental nas escolas, pois esta pode ser uma das maneiras que alterem as visões das pessoas sobre os manguezais, sendo que esta contribui para a formação de cidadãos reflexivos e transformadores do seu meio, já que são nos centros educacionais que os alunos entram em contato com os conceitos científicos 25 e estes podem auxiliá-los a desenvolver uma concepção mais ampla e integrada destes ambientes (SANTOS; PARDO, 2011). Portanto se buscamos desenvolver em nossos educandos atitudes que visem à preservação e ao conhecimento dos manguezais e a qualquer outro ambiente que desejamos estudar, torna-se necessário que eles conheçam a sua importância e o seu significado para a manutenção do equilíbrio ecológico, pois o grande desafio da sociedade contemporânea é buscar uma educação ambiental crítica e inovadora e que permita realizar uma transformação social, sendo que seu foco deve ser amplo, relacionando o homem, a natureza e o universo, entendendo que os recursos naturais se esgotam e que os principais culpados por este processo somos nós seres humanos (SANTOS; PARDO, 2011). Infelizmente ainda temos veiculado na nossa sociedade os conceitos relativos à ecologia rasa que considera o homem superior aos demais seres, atribuindo a natureza um valor apenas utilitário. O que de certa forma é uma concepção errônea, pois dependemos dos demais seres para sobreviver (VAIRO; FILHO, 2010). Neste contexto, acredita-se que a visitação de ambientes naturais pode ser considerada um importante recurso didático para várias disciplinas, podendo ser usada em diferentes níveis de escolaridade, propiciando assim, o desenvolvimento de um vínculo afetivo dos alunos com o ambiente e com os seres vivos (RODRIGUES; FARRAPEIRA, 2008). Rodrigues e Farrapeira (2008) ao citarem em seu artigo Souza et al (2006), nos informa que é de suma importância que os professores não restrinjam os conceitos estudados apenas nas salas de aula, devendo permitir aos alunos um contato com o ambiente externo, pois a educação se processa em vários locais. Dessa forma para que a aprendizagem seja efetiva ao estudar os manguezais ou outros ambientes é necessário que o aluno se sinta envolvido neste processo e veja significado nos assuntos que estão sendo trabalhados, pois só se aprende coisas novas quando estas têm um interesse especial para o aluno e quando ele 26 considera o processo de aprendizagem como de seu próprio mérito (RODRIGUES; FARRAPEIRA, 2008). Portanto se desejamos propiciar aos alunos conhecimentos sobre os diversos ambientes, torna-se necessário que os docentes repensem melhor sobre esta temática e que passem a trabalhar melhor os conteúdos estudados, outras sugestões podem ser dadas para esse processo tais como: saídas a campo, elaboração de situações problema e tantas outras atividades que ressaltem a importância e o conhecimento sobre esses ambientes, para que assim os alunos sejam capazes de desenvolver uma concepção positiva sobre estes conceitos. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo ao ser realizado constatou que os estudantes apresentam, no geral, conhecimento parcialmente satisfatório a insatisfatório sobre os manguezais. Segundo os dados apresentados, acreditamos que isso ocorre por dois motivos: primeiro porque os conteúdos são trabalhados na escola de forma descontextualizada, não permitindo aos alunos fazerem associações do que aprendem com outros temas estudados; e segundo porque há uma ideia do próprio senso comum que associa a este ecossistema uma imagem de “ambiente sujo”, e muitas vezes não considera que o resultado da degradação dos manguezais é causado pelo próprio ser humano. Dessa forma, uma das sugestões propostas neste trabalho para minimizar essa problemática é a educação ambiental nos centros educacionais, pois esta pode ser uma das maneiras que sensibilizem as pessoas a terem um melhor olhar sobre os manguezais, desvinculando assim, as concepções negativas que estas apresentam sobre esse ambiente. O presente trabalho, através dos dados apresentados, pode ser considerado uma contribuição para o processo educacional por mostrar a falta de conhecimento dos alunos sobre os manguezais. Dessa forma, é necessário haver por parte dos 27 docentes um novo olhar ao trabalhar estes assuntos, porém para que isso se efetive é necessário que os professores saiam do tradicionalismo da sala de aula e vão à busca de outras formas para trabalhar este tema, seja através de atividades de campo, elaboração de projetos, dentre outros, para que assim, o aluno veja sentido no que está estudando elaborando assim suas próprias concepções. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BECKER, F. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Educação e Realidade. Porto Alegre, 1994, 19(1): 89-96, jan/jun. BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, p. 17 – 21. 2007. BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/ SEF, p. 15 – 18, 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf>. Acesso em: 28 set. 2012. BRASIL. MEC. PCN+ Ensino Médio – Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf>. Acesso em: 28 set. 2012. FILDELMAN, Pedro I. J., Aspectos legais da proteção do ecossistema manguezal e a realidade no município de Ilhéus, Bahia. XIII Semana Nacional de Oceanografia, Itajaí, SC, p. 09 – 11. 2000. Disponível em: <http://pedrofidelman.com/pdf/Fidelman.2000.XIIISNO.pdf >. Acesso em: 20 set. 2012. LACERDA, Luiz Drude de et al. Manguezais do Nordeste. Revista Ciência Hoje, São Paulo, SP, v. 39, n. 229, p. 25 – 26. Disponível em: < http://www.institutomilenioestuarios.com.br/pdfs/Produtos/004/045_Artigo_Mangues_ CH_229.pdf >. Acesso em: 20 set. 2012. 28 MIZUKAMI, M.G.N. Ensino: As abordagens do processo. Temas básicos de Educação Ensino, EPU, São Paulo, 2010, p. 69-87. PADUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática, 17ª edição. São Paulo: Papirus, p. 72-74. 2012. PEREIRA, Edvânia Maria et al. Percepção e Educação Ambiental sobre os manguezais em escolas públicas da região metropolitana do Recife. Revista Eletrônica do mestrado em Educação Ambiental, Julho, Rio Grande, RS, v. 17, p. 244 – 258. 2006. Disponível em: < http://www.remea.furg.br/edicoes/vol17/art37v17a15.PDF >. Acesso em: 29 out. 2012. PINHEIRO, Marcelo Antônio Amaro et al. Educação ambiental sobe manguezais na baixada santista: uma experiência da UNESP/CLP. Revista de Ciências em extensão, Assis, SP, v. 6, n. 1, p. 19 – 22 2010. Disponível em: < http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/133>. Acesso em: 20 set. 2012. NOVELLI, Yara Schaeffer. Grupo de ecossistemas: Manguezal, Marisma e apicum. ANP (Agência Nacional do Petróleo) Brasil Round 5, p. 8, 2012. Disponível em: < http://www.anp.gov.br/brnd/round5/.../manguezal_marisma_apicum.pdf>. Acesso em: 12 de dez. 2012. RODRIGUES, Lauro Lopes; FARRAPEIRA, Cristiane Maria Rocha. Percepção e Educação ambiental sobre o ecossistema manguezal incrementando as disciplinas de ciências e biologia em escola pública do Recife – PE. Revista Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, RS, v. 13, n. 1, p. 79 – 89. 2008. Disponível em: < http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID139/v13_n1_a2008.pdf>. Acesso em: 15 set. 2012. RODRIGUES, Sérgio de Almeida; O manguezal e sua fauna. Disponível em: < http://www.usp.br/cbm/index.php/pt/artigos-acesso-livre/76-o-manguezal-e-a-suafauna>. Acesso em: 12 de out. 2012 29 SANTOS, Felipe Alan Souza; PARDO, Maria Benedita Lima. Concepções de professores sobre a educação ambiental: análise e perspectiva no município de Indiaroba, Sergipe. Revista Nordestina de Ecoturismo, Aquidabã, SE, v. 4, n. 1, p. 20 – 32. 2011. Disponível em: < http://www.doaj.org/doaj?func=abstract&id=846758>. Acesso: 25 set. 2012. SANTOS, Janaína. Manguezais. Disponível em: <http://www.moisesneto.com.br/artigos.html>.Acesso em: 07/10/12. VAIRO, Alexandre Cunha; FILHO, Luiz Augusto Rezende. Concepções de alunos do Ensino Médio sobre ecossistemas de manguezal: o caso de um colégio público do Rio de Janeiro. Revista Eletrônica do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Saúde e do Meio Ambiente, Agosto, Niterói, RJ, v. 3, n. 2, p. 15 – 19, Agosto, 2010. Disponível em: <http://www.ensinosaudeambiente.com.br/edicoes/volume%203/texto2alexandrecun ha.pdf>. Acesso em: 15 set. 2012. 30 Anexo 1 – Modelo do questionário aplicado aos alunos de Ensino Médio nas séries 1° e 2° anos Caro (a) aluno (a), Este questionário tem por objetivo levantar dados sobre suas concepções quanto ao ecossistema de manguezal, para isso será necessário que as informações fornecidas por você sejam verdadeiras. Para que você não se sinta confuso na hora de responder as perguntas leia abaixo os seguintes critérios: Não é necessário se identificar; Pode responder as perguntas a lápis ou a caneta; Caso tenha dúvidas pergunte a estagiária. Obrigada pela sua colaboração, Barbara 1) Você sabe o que é um manguezal? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2) Você acha que o manguezal é importante? Em caso afirmativo, escreva sobre isso. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 31 3) Que animais vivem no manguezal? Você conhece algum? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4) Você já esteve em um manguezal? a) b) c) d) Sim, por meio de um passeio ou excursão oferecido pela escola; Sim, por meio de uma saída turística/viagem/curso; Não, mas já ouvi falar algo; Nenhuma das alternativas anteriores. 5) Se você estivesse em um manguezal qual seria a sua reação? Como você se sentiria? Fale um pouco sobre isso. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 32 Anexo 2 – Carta de Informação a Instituição e Termo de Livre e Esclarecido CARTA DE INFORMAÇÃO À INSTITUIÇÃO Esta pesquisa tem como intuito conhecer as concepções dos alunos sobre os ecossistemas de manguezais. Para tanto, realizaremos um questionário semiestruturado, composto de quatro questões, sendo três abertas e uma alternativa, esse questionário será aplicado a 56 alunos das turmas de ensino médio do Colégio Aliado Unidade Jardim Japão nas séries 1º e 2º anos. Para tal solicitamos a autorização desta instituição para a triagem de participantes, e para a realização dos procedimentos previstos. O contato interpessoal e a realização dos procedimentos oferecem riscos físicos e/ou psicológicos mínimos aos participantes e à instituição. As pessoas não serão obrigadas a participar da pesquisa, podendo desistir a qualquer momento. Em eventual situação de desconforto, os participantes poderão cessar sua colaboração sem consequências negativas para si ou para a instituição. Todos os assuntos abordados serão utilizados sem a identificação dos colaboradores e instituições envolvidas. Quaisquer dúvidas que existirem agora ou a qualquer momento poderão ser esclarecidas, bastando entrar em contato pelo telefone abaixo mencionado. Ressaltamos que se trata de pesquisa com finalidade acadêmica, referida à ao Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura plena em Ciências Biológicas, que os resultados da mesma serão divulgados em um Trabalho de Conclusão de Curso obedecendo ao sigilo, sendo alterados quaisquer dados que possibilitem a identificação de participantes, instituições ou locais que permitam identificação. De acordo com estes termos, favor assinar abaixo. Uma cópia deste documento ficará com a instituição e outra com o(s) pesquisador(es). Obrigada, .......................................................... Barbara Reis Carvalho ............................................................. Guilherme Moraes de O. Abuchahla Universidade Presbiteriana Mackenzie Contato: Barbara R. Carvalho – Telefone: (11) 98535-8649 / (11) 29519645 E-mail: [email protected] 33 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o(a) senhor (a) Pascoa Rosa Goggi Reyes Kury, representante da instituição, após a leitura da Carta de Informação à Instituição, ciente dos procedimentos propostos, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e do explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO de concordância quanto à realização da pesquisa. Fica claro que a instituição, através de seu representante legal, pode, a qualquer momento, retirar seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO e deixar de participar do estudo alvo da pesquisa e fica ciente que todo trabalho realizado tornase informação confidencial, guardada por força do sigilo profissional. São Paulo,.......... de....................................de.................. __________________________________ Assinatura do representante da instituição 34 Anexo 3 – Carta de Informação ao sujeito e Termo de Livre e Esclarecido CARTA DE INFORMAÇÃO AO SUJEITO Esta pesquisa tem como intuito conhecer as concepções dos alunos sobre o ecossistema de manguezal. Para tanto, utilizaremos como instrumento de coleta de dados um questionário semiestruturado composto por quatro questões, sendo três abertas e uma alternativa. Este questionário será aplicado a 56 alunos do Ensino Médio nas séries 1º e 2º ano da Escola Aliado Unidade Jardim Japão, localizada na Cidade de São Paulo, capital e cuja faixa estaria de seus alunos para esta modalidade de ensino está entre 14 e 16 anos. O objetivo deste instrumento é analisar as repostas fornecidas pelos alunos e identificar suas concepções sobre o ecossistema de manguezal. Para tal solicitamos sua autorização para a realização dos procedimentos previstos. O contato interpessoal e a realização dos procedimentos oferecem riscos físicos e/ou psicológicos mínimos aos participantes. As pessoas não serão obrigadas a participar da pesquisa, podendo desistir a qualquer momento. Em eventual situação de desconforto, os participantes poderão cessar sua colaboração sem conseqüências negativas. Todos os assuntos abordados serão utilizados sem a identificação dos participantes e instituições envolvidas. Quaisquer dúvidas que existirem agora ou a qualquer momento poderão ser esclarecidas, bastando entrar em contato pelo telefone abaixo mencionado. Ressaltamos que se trata de pesquisa com finalidade acadêmica, referida ao Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura plena em Ciências Biológicas que os resultados da mesma serão divulgados em um Trabalho de Conclusão de Curso obedecendo ao sigilo, sendo alterados quaisquer dados que possibilitem a identificação de participantes, instituições ou locais que permitam identificação. De acordo com estes termos, favor assinar abaixo. Uma cópia deste documento ficará com o participante da pesquisa e outra com o(s) pesquisador (s). Obrigada, 35 ............................................................. Barbara Reis Carvalho ........................................................ Guilherme M. de O. Abuchahla Universidade Presbiteriana Mackenzie Contato: Barbara Reis Carvalho – Telefone: (11) 98535-8649 / (11) 2951-9645 E-mail: [email protected] TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o (a) senhor (a) __________________________________________________________________, representante da legal do aluno (a) ___________________________________________________________________, após a leitura da Carta de Informação à Instituição, ciente dos procedimentos propostos, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e do explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO de concordância quanto à realização da pesquisa. Autorizo a participação no questionário □ sim □ não Fica claro que a instituição, através de seu representante legal, pode, a qualquer momento, retirar seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO e deixar de participar do estudo alvo da pesquisa e fica ciente que todo trabalho realizado tornase informação confidencial, guardada por força do sigilo profissional. São Paulo,....... de ..............................de.................. _________________________________________ Assinatura do sujeito (representante legal do aluno) 36 Estou ciente do conteúdo da Monografia “LEVANTAMENTO DAS CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO, DE UMA ESCOLA PARTICULAR DE SÃO PAULO, SOBRE OS MANGUEZAIS”. ________________________________________________ Prof. Ms. Guilherme Moraes de O. Abuchahla (Orientador – Universidade Presbiteriana Mackenzie) _________________________________________________ Barbara Reis Carvalho (Aluna – Código de Matrícula 3104790-4)