ERA COLONIAL ERA NACIONAL A Poesia Romântica Professora Karen Neves Olivan O amor nos tempos modernos Amor: • Temática recorrente em todas as artes. • Concepção diferente em cada época. O amor nos tempos modernos Eu sou aquele amante à moda antiga Do tipo que ainda manda flores Aquele que no peito ainda abriga Recordações de seus grandes amores Eu sou aquele amante apaixonado Que curte a fantasia dos romances Que fica olhando o céu da madrugada Sonhando abraçado à namorada (Erasmo Carlos e Roberto Carlos. Amante à moda antiga.) O amor nos tempos modernos Se ela me deixou, a dor É minha só, não é de mais ninguém. Aos outros eu devolvo a dó, Eu tenho a minha dor. Se ela preferiu ficar sozinha, Ou já tem um outro bem. Se ela me deixou, a dor é minha, A dor é de quem tem. É meu troféu, é o que restou, É o que me aquece sem me dar calor. Se eu não tenho o meu amor, Eu tenho a minha dor. A sala, o quarto, a casa está vazia, A cozinha, o corredor. Se nos meus braços ela não se aninha, A dor é minha dor. É o meu lençol, é o cobertor, É o que me aquece sem me dar calor. Se eu não tenho o meu amor, Eu tenho a minha dor (...) (Marisa Monte. Verde, anil, amarelo, cor de rosa e carvão.) O amor nos tempos modernos Lira XIX (Tomás Antônio Gonzaga – 1792) Enquanto pasta alegre o manso gado, minha bela Marília, nos sentemos à sombra deste cedro levantado. Um pouco meditemos na regular beleza, que em tudo quanto vive nos descobre a sábia Natureza. Atende como aquela vaca preta o novilhinho seu dos mais separa, e o lambe, enquanto chupa a lisa teta. Atende mais, ó cara, como a ruiva cadela suporta que lhe morda o filho o corpo, e salte em cima dela. Repara como, cheia de ternura, entre as asas ao filho essa ave aquenta, como aquela esgravata a terra dura, e os seus assim sustenta; como se encoleriza, e salta sem receio a todo o vulto, que junto dele pisa. Que gosto não terá a esposa amante, quando der ao filhinho o peito brando e refletir então no seu semblante! Quando, Marília, quando disser consigo: "É esta de teu querido pai a mesma barba, a mesma boca e testa.” (...) Que prazer não terão os pais, ao verem com as mães um dos filhos abraçados; jogar outros a luta, outros correrem nos cordeiros montados! Que estado de ventura: que até naquilo, que de peso serve, inspira Amor doçura! O amor nos tempos modernos Lira XIX, de Tomás Antônio Gonzaga Período literário: Arcadismo * Poesia bucólica, que exalta a vida simples na natureza, sinônimo de equilíbrio para o poeta. * Culto à razão, desprendimento dos sentimentos individuais. De mais ninguém, de Marisa Monte Período literário: Arcadismo * Expressão de um estado emocional particular. Romantismo Final do séc. XVIII e 1ª metade do séc. XIX. Surgiu na Alemanha e na Inglaterra, mas foi disseminada pela França, por causa da história. Contexto: * Revolução Francesa (1789), cujo lema era Igualdade, Liberdade e Fraternidade, que prometia uma sociedade nova, livre do absolutismo e sensível às necessidades do povo – levou ao poder a burguesia. * Liberalismo * Revolução industrial Romantismo Opõe-se ao Arcadismo, isto é, ao racionalismo, à contenção e ao intelectualismo. Os pilares de sua expressão são: * o transbordamento da emoção; * o transbordamento da fantasia; * o individualismo.