INCENTIVO À CULTURA > pág. 13 Fundação CSN recebe doação de acervo com 519 peças de cerâmica sustentabilidade > pág.14 Certificação da Whirlpool reconhece boas práticas ambientais da CSN matéria-prima Nº 26 k ano 4 k março_abril | 2014 k www.csn.com.br SEGURANÇA jornal da csn Proteção e saúde para todos Iniciativas da Companhia e participação dos empregados propiciam redução dos acidentes de trabalho ® pág. 4 editorial O uso de equipamentos de proteção adequados é decisivo para a segurança. O valor da segurança Cuidar de nossos empregados é mais do que um dos valores da CSN: é uma prática enraizada no dia a dia da Companhia. Nesta edição do Matéria-Prima você poderá conferir o sucesso das políticas e ações de segurança do trabalho que vêm sendo adotadas. Elas contemplam um mix de iniciativas individuais, de investimentos focados e de campanhas institucionais. Com isso, conseguimos envolver operários e gestores na busca por um ambiente de trabalho mais seguro. E os resultados são inquestionáveis: de 2012 para 2013 o número de acidentes de trabalho caiu quase 10% nas unidades de siderurgia. Na mineração, a diminuição foi de quase 50% no mesmo período. São números que nos orgulham, pois, mais do que aço, minério e cimento, as pessoas que trabalham na CSN é que são nossa principal “matéria-prima”. Hoje, a Companhia conta com mais de 22 mil empregados em suas unidades no Brasil e no exterior. Gerenciamos nosso modelo de Recursos Humanos orientados para performance e desenvolvimento de lideranças. Sempre com a participação ativa das pessoas em todos os processos. Afinal, são elas que vêm impulsionando a Companhia nessa trajetória de sete décadas de sucesso e que nos ajudarão a superar os desafios que virão. Benjamin Steinbruch Diretor-Presidente da CSN Expediente capa Acidentes diminuem ©2 4 gente a vitrine dos nossos talentos sumário Siderurgia Alto-Forno 3 bate recorde de produção de ferro-gusa ................................... 3 Logística Terminal de carregamento de Casa de Pedra é um dos mais seguros do país ... 11 Responsabilidade social Apoio da CSN às categorias de base do Voltaço beneficia 150 garotos.......................12 Incentivo à cultura Fundação recebe doação de vasto acervo de obras de arte em cerâmica .......13 7 Coisa de cinema ©3 2 Empregado da CSN faz réplica da armadura do ‘Iron Man’ Sustentabilidade Compromisso da CSN com meio ambiente ganha reconhecimento da Whirlpool........ 14 Recursos Humanos Programa RH Fácil agiliza prestação de serviços aos empregados................................14 Por dentro da operação Conheça as atividades extraordinárias existentes na CSN e quem as exerce ........15 matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014 Diretor-Presidente: Benjamin Steinbruch Diretores-Executivos: David Salama, Enéas Garcia Diniz, Luis Fernando Martinez matéria-prima jornal da csn Nº 26 • Ano 4 • março_abril • 2014 Direção Editorial: Luiz Paulo Barreto e Fabio Schivartche Editor: Helton Fraga [email protected] Coordenação Editorial Stefan Gan Editor Adjunto: Alexandre Agabiti Fernandez Projeto Gráfico: Fabio Silveira Direção de Arte: Lúcia de Menezes Farias Reportagem: Paulo Talarico Revisão: Roberto Alves Conselho Editorial: Adriana Costa, Alexandre Campbell, Carlos Lima, Eglantine Cavalcante Pearce, Flávia Rodrigues, Graciela Wang, Márcio Lins, Marx Fernandes, Paulo Milleu, Raphael Koch Turri, Rafael Lara, Roberto Germano, Rodrigo Uchoa, Rosana Lovato. Jornalista Responsável: Stefan Gan ( MTB 35401) Preparação e Impressão: Ipsis Tiragem desta edição: 25.000 exemplares fale com a redação [email protected] O jornal matéria-prima é produzido pela editora www.yupik.com.br Online Você já pode ler o jornal Matéria-Prima no computador, em versão PDF na home da intranet ou também através do nosso site www.csn.com.br em Destaques Matéria Prima. © fotos: 2, 3, 4 e capa – WALLACE FEITOSA; 2 – pedro silveira siderurgia A todo vapor Equipe diante do Alto-Forno 3: aceso em 1976, equipamento é o que mais produziu ferro-gusa na história do país. Alto-Forno 3 alcança recorde de 100 milhões de toneladas de ferro-gusa A CSN registrou uma marca inédita em siderúrgicas da América Latina: a produção de 100 milhões de toneladas de ferro-gusa por um único alto-forno, o maior da Companhia, de número 3. Saem do equipamento cerca de 70% do ferro-gusa produzido na Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ). Feito de chapas de aço revestidas internamente com materiais refratários, o equipamento é um colosso de 108 metros de altura e 13,5 metros de diâmetro do cadinho, que pode ser visualizado dos principais pontos da Cidade do Aço. “Essa marca importantíssima é um trabalho de várias gerações, que começou com os pioneiros no início do projeto, na década de 1970”, destaca Fabiam Franklin, gerente-geral de Altos-Fornos. “O recorde também é dos que colaboraram arduamente no processo de produção e na manutenção durante todos esses anos.” O equipamento passou por três grandes “campanhas”, que correspondem ao primeiro acendimento do forno e a dois desligamentos totais para grandes revisões. Depois de ser aceso em 1976, ele parou pela primeira vez em 1984, quando uma empresa japonesa reviu o projeto e aumentou a capacida de produção de 6 mil para 7,2 mil toneladas diárias. Em 2001 foi iniciada a terceira campanha, feita por um conglomerado inglês, que executou as atualizações mantidas até hoje, e aumentou a capacidade para 9,4 mil toneladas/dia. A previsão é que a próxima revisão ocorra em 2021. “É o segundo maior alto-forno em tamanho no país, mas é o que mais produz no Brasil, foi uma marca de ousadia e pioneirismo da CSN”, enfatiza Franklin. A marca de 100 milhões de toneladas, alcançada em 8 de dezembro do ano passado, reflete o crescimento da CSN no mercado brasileiro, lançando produtos para a área automobilística e o aço pré-pintado. “Como há uma demanda cada vez maior, buscamos novos mercados e produzimos um aço com maior valor agregado”, comenta. ©4 O alto-forno é muito diferente do instalado inicialmente, pois recebeu atualizações e possui as principais tecnologias de operação disponíveis. O objetivo atual é alcançar menores níveis de custo sem perder a produtividade. Desde 2001 foram feitas melhorias na sala de corrida, no sistema de limpeza de gás e nas tecnologias relacionadas à preservação ambiental. “Além disso, fizemos investimentos para reduzir os impactos ambientais, com maior recirculação interna, utilizando menos água e produzindo menor emissão de material particulado na atmosfera,” explica Franklin. Operação O pleno funcionamento exige cerca de 190 pessoas diretamente –entre técnicos, engenheiros, operadores, mecânicos, eletricistas e refrataristas, que se revezam em quatro turnos, 24 horas por dia. Quando somamos os 190 empregados aos terceirizados envolvidos indiretamente na operação, chegamos a mais de 300 profissionais. José Maria Reinaldo, gerente de operação, ressalta a necessidade de uma equipe capacitada para realizar as funções. “Além do conhecimento que o equipamento requer, é preciso ter muita garra e vontade para fazer as coisas acontecerem”, afirma. O equipamento é um dos principais atores de um processo integrado que começa na mineração, em Congonhas (MG). A cadeia do aço na UPV inicia-se no pátio de matérias-primas, de onde o minério é enviado para a sinterização, antes de chegar aos altos-fornos. Lá, o sinter é carregado com o coque produzido pela coqueria. No alto-forno ocorre a redução e a fusão do minério. “O equipamento realiza o inverso que a natureza faz em bilhões de anos. Gastamos energia para separar o ferro do oxigênio, transformando-o em ferro-gusa”, explica Franklin. 2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima 3 capa Compromet Cristiano Paixão, na Aciaria da UPV: exemplo de iniciativa que gerou ganhos de segurança. 4 matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014 CONSIDERAMOS A CULTURA CSN O ALICERCE DA NOSSA ATUAÇÃO t imento Multiplicação de ações para tornar mais seguro o ambiente de trabalho mobiliza empregados e apresenta ótimos resultados com a segurança C om o objetivo de aumentar a segurança de seus empregados e reduzir o número de acidentes de trabalho, a CSN vem adotando uma série de estratégias e ações em suas plantas nos últimos anos. São desde atos simples, como a construção de banheiros, vestiários e restaurantes junto às áreas operacionais para reduzir deslocamentos, até projetos mais complexos, como as campanhas de conscientização de riscos e de prevenção à saúde. Esses todos são exemplos de ações e investimentos na hora certa e nos lugares certos –sempre com o envolvimento direto dos empregados. Esse esforço vem dando resultado: os índices de acidentes de trabalho diminuíram consideravelmente nos últimos anos. Na área de siderurgia (Usina Presidente Vargas, CSN Porto Real e CSN Paraná), a queda do número de acidentes foi de quase 10% em 2013, numa comparação com o ano anterior. Em Casa de Pedra, principal ativo de mineração da CSN, a diminuição de acidentes no mesmo período foi de mais de 50%. O sucesso da política de prevenção e a redução dos acidentes são consequências das ações implementadas pela Companhia nos últimos anos e do engajamento dos empregados. Cristiano Luiz da Paixão, técnico de programação e controle da Gerência de Suporte Operacional da área da Metalurgia do Aço em Volta Redonda, ilustra bem a importância dessa participação ativa nas ações Na siderurgia (UPV, CSN Porto Real e CSN Paraná), os acidentes diminuíram em quase 10% no ano passado; em Casa de Pedra, a redução foi superior a 50% de segurança. Ele propôs uma melhoria no transporte de hastes metálicas, que servem para verificar a altura do aço líquido dentro dos conversores (tipo de reator revestido de refratário, onde o gusa é transformado em aço). Paixão idealizou um tambor feito com material próprio da usina para que as hastes pudessem ser transportadas até os conversores por uma empilhadeira, reduzindo o risco que existia no trajeto manual. “Nós, que estamos na área executando o trabalho, temos mais condições de identificar melhorias. Hoje, eu e meus colegas estamos mais seguros”, diz. “A base que eu tenho para a minha segurança é a minha família. Se eu praticar segurança, estou fazendo bem para minha mulher e minha filha. É nelas em quem eu penso. Quero voltar para casa da mesma forma como saí: bem”, afirma Paixão, que está na empresa há 5 anos e 10 meses e foi premiado no último Top Segurança. Fernando Tondella, supervisor de Paixão, diz que a importância do comprometimento dos empregados é enorme e avalia que, hoje, as iniciativas do técnico o transformaram num “multiplicador” de boas práticas de segurança. Mas é preciso ir além das iniciativas individuais. A adoção de práticas coletivas, como as de reuniões relâmpago, ajuda a conscientizar os trabalhadores dos riscos que poderão enfrentar durante o dia. A Gerência de Encruamento e Preparação da UPV é uma das que mais usam esse tipo de reunião. O supervisor Volnei Bertuci Emerick explica: “O objetivo principal é chamar a atenção do empregado que está saindo de seu ambiente normal e entrando num ambiente de trabalho, onde ele precisa estar 100% comprometido com segurança. É também uma oportunidade de troca de informações entre a equipe”. O supervisor Maxwell Cezar Batista Júnior concorda: “Na reunião, o líder tem a oportunidade de olhar e avaliar cada pessoa da equipe, se ela tem condi- 2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima 5 capa A Gerência de Saúde e Segurança no Trabalho investe na evolução da cultura de segurança dos empregados por meio de ações das lideranças junto aos empregados O comprometimento dos empregados é decisivo para a segurança na UPV (à esq.) e em Casa de Pedra (acima). ções de trabalhar e se identificar algo de diferente pode chamar o empregado para conversar e até mesmo deslocá-lo para outra atividade naquele dia. Uma pessoa com um problema pessoal grave pode se desconcentrar no trabalho e correr risco.” Casa de Pedra Na mina Casa de Pedra, em Congonhas (MG), as ações de segurança no trabalho passam também por investimento em infraestrutura. Só em 2013 houve a construção de dez novas instalações, como escritórios, vestiários, banheiros, copa e restaurante em diferentes lugares. Isso serviu para diminuir a necessidade de movimentação dentro da área da mina e deu mais conforto para os empregados. A Gerência de Saúde e Segurança no Trabalho (GSST) atua no fortalecimento da cultura de segurança dos empregados através da formação e do desenvolvimento em gestão comportamental para líderes operacionais e executivos, com ações focando a gestão comportamental e com treinamentos sobre percepção de riscos. Os resultados são promissores. Em algumas áreas as estatísticas indicam que não há acidentes há cerca de 1.200 dias –o equivalente a mais de três anos. “Só houve um acidente por aqui nos últimos 8 anos”, conta Rodrigo Fabiano Alves, da Gerência de Infraestrutura de Distribuição de energia elétrica. “Isso é resultado das análises de risco feitas periodicamente na área, cujos empregados trabalham com cargas elétricas de até 138 mil volts. Na NAMISA, as campanhas internas de prevenção de doenças e acidentes auxiliam na conscientização dos empregados. Em 2013, as áreas da barragem e mina receberam orientações sobre DST/Aids, além de informações sobre comportamentos seguros no trânsito e quanto aos riscos do uso de drogas. A campanha fez parte da conscientização de Carnaval e teve a adesão de 6 matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014 150 empregados. Foram distribuídos 1.900 preservativos, além de vários panfletos educativos. Os empregados ainda participaram da campanha de vacinação contra a hepatite B, febre amarela, tríplice viral e dupla adulto. Certas atitudes podem ser simples, mas são muito significativas, como a proibição do uso de crachás de cordão, evitando que ocorra prensamentos, aprisionamentos ou estrangulamentos. Houve também a implantação do procedimento sobre restrição quanto ao uso de celulares particulares e corporativos em áreas de riscos na empresa. “Temos evoluído muito”, afirma Ronald Vasconcelos Sena, gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da NAMISA. “É um processo de evolução cultural com foco na prevenção. As estatísticas dos três primeiros meses de 2014 indicam uma redução de quase cinco vezes no número de acidentes em relação aos anos anteriores.” A diretora de Finanças, Rosana Passos de Pádua, que é responsável pela área de riscos da CSN, afirma que as gerências de Saúde e Segurança do Trabalho de todas as unidades da Companhia estão trabalhando para fortalecer a cultura de segurança e a consciência dos empregados para a prevenção. “Segurança é um valor que cada pessoa precisa incorporar em sua vida, em cada gesto, seja no trabalho, seja no trânsito ou mesmo em casa. A nossa empresa se tornará mais segura à medida que todas as pessoas incorporarem o conceito da atitude segura em suas vidas”, afirma Rosana. Para Antídia Juncal, diretora de Recursos Humanos da CSN, esse conjunto de medidas corporativas e de ações individuais e coletivas está trazendo resultados concretos. “As campanhas e os investimentos em infraestrutura são pensados justamente para reduzir a ocorrência de acidentes. Quando vemos resultados positivos como os alcançados em 2013, temos certeza de estar no caminho certo”, afirma Antídia. © fotos: WALLACE FEITOSA e pedro silveira Suplemento do Jornal Matéria-Prima Nº 26 | Ano 4 k março_abril | 2014 k www.csn.com.br a vitrine dos nossos talentos gente O ‘Iron Man’ da CSN Edilton Guimarães, líder de manutenção elétrica e eletrônica na Usina Presidente Vargas, fabricou uma réplica da armadura do Homem de Ferro® págs. 8 e 9 Edilton em sua armadura: semelhança entre réplica e original se deve ao elaborado sistema de construção. < MARÇO_ABRIL < matéria−prima 2014 CONHEÇA EMPREGADOS DA CSN QUE PRATICAM ESPORTES E se dão bem em competições® pág.710 gente ‘Iron Man’ no pátio de sucata da aciaria, onde são manuseadas 80 mil toneladas de sucata usadas nos conversores a vitrine dos nossos talentos O ‘Homem de Ferro’ na usina do aço Empregado da CSN se inspira no cinema e cria armadura do ‘Iron Man’ D esde o fim do ano passado, é possível dizer que Edilton Guimarães, de 40 anos, tem uma segunda identidade. Líder de manutenção elétrica e eletrônica na Gerência de Sistemas de Operações Industriais (GSO) da Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ), Guimarães usou toda a sua habilidade para fabricar uma armadura idêntica à do Homem de Ferro, célebre personagem de história em quadrinhos. Criado por Stan Lee no começo da década de 1960, Tony Stark, o Homem de Ferro, é um cientista e empresário genial. O personagem ganhou vida nos cinemas em 2008, interpretado por Robert Downey Jr., em um filme de grande sucesso. Para entender a história de Guimarães é necessário voltar um pouco no tempo. Há cinco anos, ele decidiu fazer um curso de luthieria em São Paulo, uma capacitação para construir e reparar instrumentos musicais de cordas, como violões, guitarras e contrabaixos. Depois de aprender a técnica, ele já começou a inovar criando instrumentos pouco convencionais, como um contrabaixo com três braços. Mas queria ir mais longe. “Estava começando a ficar sem graça fazer instrumentos. Foi quando decidi fazer o capacete do Homem de Ferro, que abrisse e fechasse na frente”, explica. Começava a nascer a réplica. “Depois que o capacete ficou pronto, resolvi fazer o restante da armadura, uma cópia fiel para impressionar quem visse o resultado”, comenta. Para concretizar a ideia, Guimarães aprendeu novas técnicas. “Tive de fazer moldes, mexer com mecatrônica e com os motores. Comecei a partir do zero, porque não tinha nada a ver com o que eu sabia”, conta. Foram sete meses de trabalho. Sofisticação Engana-se quem pensa que a escolha do Iron Man foi motivada por Guimarães apreciar o filme. “Eu passei a gostar mais depois que comecei a construção”, comenta. A perfeita semelhança entre a réplica da armadura e aquela vista nos cinemas se deve a um elaborado sistema de construção. O capacete é programado por computador e há um controlador dentro de cada braço. Com isso, é possível monitorar a abertura e o fechamento automático, ou acender as luzes. Há uma bateria ligada em cada mão, assim como sob as botas. Mas o “Homem de Ferro de Volta Redonda” já está incrementando a armadura. “Comprei vários equipamentos para colocar mais peças automatizadas”, diz sobre os estabilizadores de voo utilizados pelo herói. “Quando estiver andando, o dispositivo ficará em movimento nas costas.” © fotos: wallace feitosa Edilton Guimarães não esconde o orgulho que sente por sua criação. O único aspecto negativo da empreitada foi a diminuição do tempo dedicado à família. “Minha mulher reclamou um pouco”, reconhece Guimarães. Mas ele ressalta que à medida que o projeto ganhava corpo, ela passou a torcer pelo sucesso. Tanto que ela o ajuda a vestir a armadura, pois não é possível realizar a tarefa sozinho. “Levo de meia hora a 40 minutos, é meio complicado mesmo”. Já os colegas do trabalho não levaram a iniciativa a sério no início. “Eles brincavam, só passaram a acreditar de fato quando eu mostrei fotos dela pronta”, recorda. Guimarães passou a ser chamado por famílias para participar de festas de aniversário em Volta Redonda. Ele já foi a cinco delas. “Se alguém faz uma festa do Homem de Ferro ou dos Vingadores, me chama para fazer parte”, afirma. O disfarce também faz a alegria de suas duas filhas, Nicole, de 4 anos, e Nathalia, de 2. O líder de manutenção elétrica entrou na CSN aos 19 anos e está há 21 na Companhia. Começou na empresa depois de estudar na Escola Técnica Pandiá Calógeras (ETPC). Sua experiência na área ajudou. “Para fazer o desenho e construir as peças, foi importante o que fiz durante todos esses anos de CSN”, diz. Por enquanto, Guimarães pretende se concentrar no Homem de Ferro, aperfeiçoando ainda mais a armadura. “Comecei a fazer uma armadura do Batman, mas resolvi parar porque percebi que acabaria me confundindo”, explica. Ele também leva a sério a questão da interpretação, tanto que manteve o cavanhaque de Tony Stark e tenta atuar transmitindo a personalidade do personagem. Mas garante que ambos já tinham semelhanças. “Nosso humor é bem parecido.” 2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima 9 gente a vitrine dos nossos talentos Barcellos (no centro) venceu a Primeira Corrida do Aço, que também premiou Edmilson, Anderson, Elias e Leandro. Suor e vitórias Cada vez mais empregados se dedicam à prática esportiva e conseguem destaques nas suas modalidades S eis vezes por semana, George Anderson Caballero Melão, de 31 anos, coordenador de Integração e Riscos da Transnordestina Logística (TLSA), reserva parte da manhã para treinamentos de corrida, natação e ciclismo. Ele se prepara para participar do duríssimo ironman, que inclui 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42,1 km de corrida. Haja disposição física! “Como bom brasileiro, comecei pelo futebol, que pratiquei da infância até três anos atrás”, explica. Depois experimentou hóquei, judô, jiu-jítsu, mountain bike e ciclismo de estrada. “Por influência de amigos que pedalavam comigo, comecei a praticar triatlo em 2011”, comenta. Para conseguir terminar o ironman, Mellão considera “fundamental estar muito bem preparado física e mentalmente”. A meta do atleta é melhorar as marcas pessoais. Ele vai competir no ironman de Fortaleza (CE), em novembro, e pretende participar de mais cinco provas das outras categorias (além do ironman, no triatlo existem as categorias sprint, olímpica e meio ironman, com distâncias menores). “O bacana do triatlo é que as pessoas enxergam um exemplo legal”, afirma. “Já consegui transmitir para colegas da empresa a importância de praticar um esporte e de ter uma alimentação saudável.” Válvula de escape Em dezembro, cerca de 300 empregados da CSN participaram da Primeira Corrida do Aço pela Cidadania, organizada pela empresa em Volta Re- 10 matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014 donda (RJ). O vencedor na categoria masculina foi o operador de pontes rolantes Eraldo Nonato Barcellos, que trabalha na Gerência Geral de Folhas Metálicas (GGFM). “Muitos corredores bons estiveram presentes. Gostei bastante da iniciativa da CSN e fiquei muito feliz em ganhar.” Barcellos começou a correr em 2001 e já participou de dezenas de competições, como a tradicionalíssima São Silvestre, em São Paulo, e a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, prova em que terminou entre os 200 primeiros em 2007. Na Corrida do Aço pela Cidadania ele baixou sua marca pessoal para a distância de 5 km, cravando 18 minutos. O operador treina de segunda-feira a sábado. Quando decide participar de alguma prova, faz uma preparação mais intensa ao menos dois meses antes. Sua próxima competição é a Corrida da Ponte, com largada em Niterói e chegada no Rio de Janeiro, em maio. “O esporte é uma válvula de escape, é o momento em que reflito sobre minha vida”, ressalta. No feminino, a vencedora foi a educadora física Joyce da Silva Fernandes, de 29 anos, que trabalha no Clube Recreio do Trabalhador. “Não esperava vencer, apenas completar a prova”, afirma Joyce, que na infância fez balé clássico e natação. Começou a correr há um ano e sete meses, para participar da Corrida da Paz de Volta Redonda –prova de 10 km que completou em uma hora. E não parou mais. “Participo de várias competições na região de Volta Redonda e no Rio de Janeiro”, comenta. Desde então, Joyce perdeu 18 kg. “O es- porte é lazer e trabalho para mim. Em todos os aspectos, é na corrida que me encontro”, comenta. Campeão A Namisa tem um campeão brasileiro de muay thai (arte marcial tailandesa), o técnico de garantia da qualidade Rafael Vinicius Vieira e Silva, 25 anos. Ele conquistou o título na categoria até 75 kg em novembro ao bater Pedro Marciano por nocaute técnico. A conquista é fruto de um árduo treinamento que dura cinco horas diárias, de segunda-feira a sábado. “As vitórias são apenas consequência da minha dedicação e de toda minha equipe e amigos”, afirma. A relação do lutador com o esporte começou com o mountain bike, seguido pelo jiu-jítsu. “Fiquei apaixonado por esta arte suave e larguei a bike”, lembra Silva, que se dedica às artes marciais há quase seis anos. Sua passagem para o muay thai aconteceu por acaso. Depois de uma cirurgia no ombro, Silva fez fisioterapia em um centro de treinamento especializado na luta tailandesa. “Assim que pude voltar aos treinos, comecei a fazer muay thai para depois retornar ao jiu-jítsu”, relata. Silva quer brigar agora pelo título sul-americano de muay thai, além de disputar o mineiro e o brasileiro de jiu-jítsu. A principal dificuldade do atleta é conseguir patrocínio. “O esporte requer muitos gastos com material, fisioterapia, nutrição e as viagens para participar de campeonatos”, enumera. “O apoio é de extrema importância.” © foto: jair de assis logística Valorizamos a gestão integrada e o trabalho em equipe O terminal de Casa de Pedra bateu o recorde de carregamento de minério em 2013. Terminal seguro Trabalho desenvolvido pela CSN e pela MRS faz do terminal de carregamento da Mineração Casa de Pedra um dos mais seguros e produtivos do país Alinhamento fundamental parceria de sucesso entre as operações da CSN e da MRS fez com que os carregamentos de minério de ferro batessem importantes recordes no ano passado. Em setembro, a MRS carregou 14,6 milhões de toneladas de minério, o maior da história da companhia –naquele mês, a CSN contribuiu com 3 milhões de toneladas. Além dos resultados operacionais, há conquistas na área de segurança. Casa de Pedra foi considerado o terminal de minério mais seguro de Minas Gerais pela MRS, empresa na qual a CSN tem participação acionária e que gerencia a antiga Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) no eixo Rio de Janeiro– São Paulo–Belo Horizonte. Os números expressivos são resultado de um trabalho minucioso de conexão entre mineração e logística. A atual parceria entre as empresas A segurança do terminal de carregamento de Casa de Pedra é fruto de uma verdadeira mudança de cultura implementada nas operações de mineração da CSN. A grande quantidade de material disponível nos pátios da mineração requer cuidados específicos e muita atenção durante a execução dos procedimentos de carga. Reuniões periódicas de desempenho se tornaram primordiais para o alinhamento prévio das equipes de mineração e logística e para realizar a primeira etapa do processo de escoamento da produção até a Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ), e para o Porto de Itaguaí (RJ). O sucesso no trabalho de carregamento que acontece no terminal de Casa de Pedra desmistifica a ideia de que produtividade e segurança tornam o processo de carga mais lento. A parceria entre a MRS e a CSN é a verdadeira prova de que segurança traz produtividade. A © ilustração: bruno algarve © fotos: banco de imagens da csn foi alcançada por meio de um processo de cinco anos de sincronia operacional. Ao longo desses anos e das experiências adquiridas com o trabalho em conjunto, as duas empresas sentiram a necessidade de se conhecer melhor para entender quais eram as expectativas e dificuldades de cada negócio. E criaram uma imensa sinergia. É o que conta o gerente de operação de carregamento de Casa de Pedra, Flávio Luis Pereira. O engenheiro de minas explica que houve uma grande aproximação entre as equipes de operação de carregamento e de operação de trens. Foram criadas ações de intercâmbio entre os empregados da CSN e da MRS para que as equipes conhecessem os procedimentos de cada operação. “Trouxemos os maquinistas para eles saberem como funciona uma mina e levamos os nossos técnicos para saber como é o trabalho realizado em uma ferrovia. Um passou a entender as dificuldades do outro”, diz Pereira. 2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima 11 RESPONSABILIDADE SOCIAL INCENTIVAMOS O RESPEITO ÀS PESSOAS E A CONFIANÇA MÚTUA André Leonardi, da Fundação CSN, e garotos da base do Voltaço: apoio na formação de craques. Celeiro de craques CSN firma apoio as categorias de base do Volta Redonda FC, visando a formação de novos atletas O sonho de quase todo menino é ser jogador de futebol. Aos 17 anos, Gilberto Silva está realizando esse sonho nas divisões de base do Voltaço. Uma das revelações do time de juniores, ele participa do Campeonato Carioca Sub 20. A formação de jovens como Gilberto pelo Voltaço ganhou um reforço em dezembro do ano passado, quando a CSN destinou R$ 750 mil para as divisões do clube, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. O projeto tem o aval do Ministério dos Esportes e apoio da Fundação CSN. “Comecei jogando em campeonatos na minha cidade, com o incentivo da minha família”, conta o jogador, que é natural de Arapeí (SP), na divisa com o Rio de Janeiro. Quando mais novo, ele era atacante, mas percebeu que se saía melhor na defesa. Como muitos jovens jogadores, Gilberto sonha em crescer no time, chegar a um grande clube brasileiro e atuar fora do país. “O futebol mudou muito a minha vida. Não me imagino longe dele. É meu sonho e vou até o fim”, ressalta. O patrocínio da CSN ao Voltaço foi celebrado pelo clube, que homenageou a Fundação CSN com a comenda Ronald Jarbas, no dia em que comemo- 12 matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014 rava 38 anos de existência, no início de fevereiro. “É um reconhecimento ao trabalho que temos desenvolvido na área esportiva em Volta Redonda”, diz o gerente-geral da Fundação CSN, André Leonardi, que ressalta a importância do apoio para o desenvolvimento dos jovens na cidade. “O esporte é muito benéfico na formação, educação e saúde dos garotos”, completa. No caso das categorias de base do Voltaço, o trabalho se dá em cinco divisões: pré-mirim, mirim, infantil, juvenil e juniores. Os recursos da CSN estão sendo usados na formação de 150 garotos, cerca de 30 por divisão, na faixa de idade entre 10 e 20 anos. Gerente das divisões de base do Voltaço, Vanderlei José de Almeida Silva explica que todas as categorias possuem uma equipe completa para o acompanhamento dos atletas, com treinador, preparador físico, treinador de goleiros, massagista e roupeiro. Além do campeonato Sub 20, o Voltaço deve participar, a partir de abril, do Campeonato Carioca das demais categorias da base. Em função do apoio da CSN, Silva espera revelar uma nova safra de talentos. “Nosso grande objetivo é levar mais jogadores das categorias de base para o time profissional”, aposta. Todos os meses acontece uma “peneira” na ci- dade, abrindo espaço para os garotos mostrarem suas habilidades. Silva explica que a formação de atletas também é fundamental no âmbito social. Por conta disso, o clube busca inserir no trabalho questões como disciplina e respeito. “Sabemos da nossa importância no processo de formação, não só no aspecto de torná-los jogadores, mas também no sentido de formá-los como homens”, diz. Recreio O apoio da CSN às categorias de base do Voltaço também terá uma contrapartida técnica para a Fundação CSN. O clube fará um acompanhamento técnico na escolinha de futebol do Clube Recreio do Trabalhador. “Como a FCSN ajuda a formação dos times de base, é natural que a escolinha do Recreio passe a ter essa parceria”, explica Leonardi. Assim, os garotos que se destacarem poderão ter acesso às “peneiras” do clube. Alguns talentos começaram na escolinha, como Caio, atacante que deu os primeiros passos no Recreio, integrou as categorias de base do Volta Redonda, chegou ao Botafogo e joga atualmente no Internacional, de Porto Alegre (RS). “O mais significativo é a possibilidade dos jovens mais talentosos poderem ser incorporados aos times de base do Voltaço”, conclui. © fotos: WALLACE FEITOSA INCENTIVO À CULTURA CONSIDERAMOS A CULTURA CSN O ALICERCE DA NOSSA ATUAÇÃO Generosidade para o História modelada no barro bem comum A primeira exposição das obras atraiu grande público ao Centro Cultural. Fundação CSN recebe doação de acervo com mais de 500 peças de cerâmica que traçam um retrato do Brasil D urante mais de 60 anos, a paixão por peças de cerâmica moveu a vida do casal Serge e Stella Daniel. Professora de história e geografia, Stella, de 83 anos, só começou a gostar dos objetos quando se casou com o químico Serge, um entusiasta dessa arte. “Todo fim de semana viajávamos para algum local onde houvesse cerâmica”, conta. De acordo com Stella, o marido queria conhecer todas as cidades do Brasil e, em cada uma delas, comprava uma recordação. “Ele queria ter ao menos uma peça de cada ceramista que houvesse. É uma concepção um pouco diferente.” O casal formou um acervo com 519 peças de diversas regiões, produzidas pelos principais mestres brasileiros. Extremamente representativa da variedade de técnicas e motivos usados pelos artistas, a coleção foi doada por Stella à Fundação CSN. Parte do acervo integrou a exposição “Grandes Mestres: a cultura popular brasileira modelada no barro”, que ficou em cartaz em março no Centro Cultural da Fundação CSN, em Volta Redonda (RJ). O restante do acervo ficará exposto em um espaço permanente no mesmo local e outras exposições serão organizadas no futuro. Para Stella, a doação é a realização de um sonho e uma bela homenagem ao marido, que, antes de morrer, manifestou o desejo de mostrar essas preciosidades ao público, principalmente aos mais jovens. “Agradeço à CSN a possibilidade de transformar este sonho em realidade e à Fundação pelo cuidado e carinho ao montar a exposição.” Um gesto como esse, que transforma um acervo privado em público, é algo raro, segundo a presidente da Fundação CSN, Monica Fogazza. Entre os artistas da coleção está o pernambucano Mestre Vitalino (1909-1963), considerado o maior ceramista do Brasil. Ao lado dele, estão outros grandes nomes como Manoel Eudócio, Zé do Carmo, Zé Caboclo, Ulisses, Adalton, Zezinho de Tracunhaém, Mestre Galdino e Ana das Carrancas. Inovação na técnica Além da primeira exposição, a sala permanente, que receberá o nome do casal, procura reconstituir o ambiente da residência de Stella. Foram quase oito meses de trabalho para coletar informações e planejar o transporte das delicadas obras. Produtora cultural da FCSN, Giane de Carvalho avalia que o destaque do acervo está nas características dos mestres, como Vitalino, que inventaram uma nova forma de expressão. “Vitalino começou a criar cenas sobre o cotidiano. Algumas peças têm pinturas, cenas de retirantes, do cangaço, cenas de casamento”, afirma. Como o acervo é vasto e variado, novas exposições devem ocorrer. O objetivo é fazer ao menos uma por ano, além da sala permanente. “Multiplicar as mostras é importante para realizar um trabalho educativo, para oferecer a Volta Redonda e região a história do Brasil contada por meio desses mestres”, destaca Helder Oliveira, coordenador cultural da Fundação. Cangaceiros produzidos por Manoel Eudócio. Esta coleção de cerâmicas é o retrato de uma história de vida. Stella e Serge Daniel, os colecionadores e doadores do acervo, tiveram sensibilidade e um olhar cuidadoso para reunir, ao longo de décadas, cada uma destas obras em viagens que realizaram pelo Brasil. As peças retratam a vida do povo simples, seu dia a dia, sua lida, suas festas e dificuldades. A coleção, que reúne grandes mestres ceramistas, foi trabalhada cuidadosamente, assim como cada peça que a compõe. Stella e Serge tiveram o mesmo carinho e atenção que cada artesão dedicou a sua obra. São 519 peças que passam a fazer parte do acervo da Fundação CSN e marcam um ato de oferta e de generosidade para com o bem comum. As peças fizeram parte, por mais de 60 anos, da casa, da sala, do quarto dos nossos doadores. Saem do mais particular, que é a intimidade de uma vida, e ganham o espaço público. Essa doação sintetiza o desprendimento do apego pessoal para o amor compartilhado, uma bela demonstração de contribuição para um mundo melhor. Recebemos a coleção com alegria e cientes da responsabilidade e compromisso de dar o acesso a crianças, jovens e idosos, de toda a comunidade, a esse Brasil profundo moldado em barro. Tal espírito voltado ao bem comum é o mesmo que a CSN demonstra com o Brasil e com as comunidades onde esta inserida ao manter sua Fundação compromissada e atuante em prol de uma sociedade mais justa. Monica Fogazza Presidente da Fundação CSN 2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima 13 SUSTENTABILIDADE DEFENDEMOS UMA ATUAÇÃO SOCIAL E AMBIENTAL RESPONSÁVEL Mais rápido, mais fácil Programa do RH agiliza prestação de serviços para empregados na CSN Da esq. para a dir., Flavia Andreoti, Laércio Olinger Júnior, Rachel Ávila, Sander Eskes, Raphael Turri, Richard Boarin e Dênis de Almeida, na cerimônia de certificação Compromisso Ambiental A CSN recebe certificação da Whirlpool, prova dos resultados obtidos s práticas sustentáveis da CSN repercutem fora da empresa, que recebeu mais uma certificação comprovando o compromisso em questões socioambientais. Dessa vez, o reconhecimento veio de um dos principais clientes. Dona de marcas como Brastemp, Consul e KitchenAid, a Whirlpool avaliou e aprovou os processos internos da CSN por meio do “Programa de Auditoria e Certificação da Cadeia do Aço”. O certificado foi recebido no final do ano passado pelo diretor de Meio Ambiente da CSN, Sander Eskes; pelo gerente-geral de Sustentabilidade e Políticas Ambientais, Raphael Turri; e pelo gerente-geral Comercial, Richard Boarin. A Whirlpool é líder no segmento de linha branca e a CSN fornece cerca de 95% do aço consumido pela cliente. A certificação garante a entrega de produtos sustentáveis desde a origem da matéria-prima e foi concedida depois de uma auditoria realizada pela Fundação Vanzolini, da Universidade de São Paulo (USP), por meio de visitas às minas de Casa de Pedra e de Arcos, em Minas Gerais. “A certificação reforça o compromisso que a CSN estabeleceu com práticas do dia a dia guiadas por valores que respeitam o meio ambiente com responsabilidade social”, destaca Raphael Turri. Esta foi a primeira vez que a CSN recebeu de um cliente uma certificação relacionada 14 matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014 à sustentabilidade. A auditoria mapeou riscos, como trabalho forçado e infantil, violação dos direitos dos povos indígenas e inconformidades na gestão ambiental. O reconhecimento evidencia avanços nos processos da Companhia. Na primeira avaliação, em 2010, a CSN não teve problemas na maioria dos itens. Contudo, a auditoria detectou oportunidades de melhorias na manutenção de licenças ambientais e controle dos resíduos sólidos, quesitos que foram aperfeiçoados e justificaram a certificação agora obtida. Tendências globais Outro ponto forte é a empresa possuir uma diretoria específica para tratar da redução dos impactos ambientais. “Ao reformular a Diretoria de Meio Ambiente, a CSN alinhou-se com tendências globais, valorizando sua importância e potencial para o desenvolvimento sustentável do país”, completa o gerente. Para aperfeiçoar a gestão ambiental e de resíduos sólidos, foi feito um trabalho de conscientização de todos os atores que participam da cadeia, incluindo fornecedores de insumos e empresas terceirizadas. “Não existia nada pronto, foram três anos de trabalho que permitiram o aprimoramento de processos. A sustentabilidade é importante em todos os setores da empresa, pois podemos capitalizar uma imagem ainda melhor”, ressalta Richard Boarin. Q uem precisar dos serviços da área de Recursos Humanos –como programação de férias, frequência, demonstrativos de pagamentos, entre outros– terá uma novidade nos próximos meses. Trata-se do RH Fácil, que no segundo semestre do ano passado foi implementado como piloto na CSN em Porto Real (RJ) e será levado às demais empresas da Companhia ao longo deste ano. Atrelado ao novo sistema de RH, SAP-HCM, o programa de autoatendimento melhora a velocidade no acesso e aprimora procedimentos de gestão de pessoas. “Os empregados terão mais autonomia, praticidade e acessibilidade à informação, além da maior elasticidade no horário de atendimento”, explica o gerente Administrativo de Processos de RH, Carlos Alberto Ribeiro. O acesso ao serviço é feito pela intranet, através de login e senha próprios, na estação de trabalho do empregado ou em computadores disponibilizados para o RH Fácil, evitando o atendimento presencial. O programa também permite o acompanhamento online da solicitação no novo sistema. Confiança Primeira unidade a receber o serviço, a CSN Porto Real teve ótimos resultados com a novidade. “Uma das principais melhorias foi o aumento da confiança entre RH e empregado”, destaca Ribeiro. “A unidade foi escolhida para o lançamento devido ao número de empregados e à boa adesão a modelos inovadores de gestão, com total apoio da liderança.” O técnico de desenvolvimento Alison Lage Nobre, de 36 anos, já usou o programa. Ele não teve dificuldades para resolver questões como a solicitação de cesta básica e de empréstimo. “Fui bem atendido, o sistema é prático e simples de usar”, afirma. Apesar de não funcionar com o contato pessoal, o projeto RH Fácil busca aproximar os empregados da área de Recursos Humanos. Para isso, o sistema terá mais informações de RH. “A expansão do autoatendimento procura garantir boas práticas de maneira uniforme em todas as empresas da CSN”, diz Ribeiro. “E a iniciativa firma o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável da empresa, reduzindo o uso do papel.” Nas próximas unidades, a implantação será feita de forma sistematizada. Haverá apresentação da metodologia aos gestores e empregados e, posteriormente, a inauguração das células. A ideia é superar vários desafios do RH. “Pretendemos reduzir cada vez mais o tempo de resposta ao usuário e aumentar a produtividade”, diz o gerente. © foto: banco de imagens da csn Por dentro da operação Conheça as atividades extraordinárias exercidas pela nossa gente Raphael Silva Carvalho acompanha a corrida do gusa na UPV. PROFISSÃO: FORNEIRO “A função do forneiro é acompanhar a corrida do gusa, controlar a temperatura e monitorar a vazão do alto-forno. É responsável por escoar o forno para continuar a produção” © foto: wallace feitosa Quando as pessoas perguntam a Raphael da Silva Carvalho, ele costuma dizer que trabalha “no coração da CSN”, no Alto-Forno, em que exerce uma atividade fundamental para a produção do ferro-gusa, que será transformado em aço. Empregado na CSN desde 2009, Raphael é forneiro. Entre as suas atividades estão confecção de bicas de corrida do gusa líquido, coleta de amostra de gusa e escória, retirada de pó do coletor, sempre com o objetivo de assegurar as condições de operacionalidade do equipamento. “A função do forneiro é acompanhar a corrida do gusa, controlar a temperatura e monitorar a vazão do alto-forno. É responsável por escoar o forno para continuar a produção e, quando necessário, tem de fechá-lo por alguma questão técnica”, diz Carvalho. São dois forneiros em cada um dos dois altos-fornos da CSN, que trabalham em conjunto com um operador responsável pela rota do ferro-gusa. Para desempenhar seu trabalho, é necessário um equipamento de proteção individual especial. O forneiro trabalha o tempo todo com uma roupa antichamas e, quando vai executar atividades próximas ao forno, usa uma roupa aluminizada especial. 2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima 15 Os dias com ele O mestre e o divino 2013 2013 Maria Clara Escobar Tiago Campos O prólogo Balões, lembranças e pedaços de nossas vidas 2013 2013 Gabriel F. Marinho Frederico Pinto