ALMANÁUTICA
Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano II – nº 09 – novembro/dezembro 2013 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!
Aventura no Alasca
Como compramos o Lagoon 380
“Trabalhamos em tudo o que apareceu”
“Tem ursos lá fora!”
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ALMANÁUTICA
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EDITORIAL
Contra o IPVA
A Proposta de Emenda à Constituição
(PEC 140/2012) que trata da cobrança de
impostos para veículos aéreos e aquáticos
(Dep. Assis Carvalho PT/Piauí) aguarda
criação de uma comissão na Mesa Diretora
da Câmara dos Deputados. Visa, claro, o
aumento de impostos. A PEC quer alterar
a Constituição Federal para permitir aos
estados a cobrança do IPVA sobre aviões
e embarcações. A matéria já foi objeto de
discussão no STF em maio de 2002. Na
época, a tentativa de impor o tributo era a
mesma, mas sem a alteração constitucional. Decidiu-se por maioria de votos, que
os estados não poderiam tributar os proprietários de embarcações e aeronaves. A
justificativa foi baseada no fato de o IPVA
(imposto sobre veículos automotores) ser
um sucessor da antiga TRU (Taxa rodoviária Urbana) e voltada apenas para veículos
automotores terrestres. Além disso, pesou
a questão da competência para a cobrança,
que seria exclusivamente da União. A Secretaria da Fazenda de São Paulo chegou
a produzir uma tabela referente ao ano de
2007 onde aparecem os valores de IPVA
que seriam cobrados das embarcações. São
valores fixos para jet skis e variando com
o tamanho para veleiros e demais embarcações. Para se ter uma ideia do que isso
significaria, um veleiro mediano na faixa
de 30 pés fabricado em 2006 pagaria em
2007, R$ 2.323,51 de imposto. Um jet ski
do mesmo ano, R$232,33. Ficariam de fora
veleiros menores de 15 pés desde que não
possuíssem motor de centro. Agora a manobra política poderá tornar a cobrança viável. O tema, que vem sendo defendido por
alguns como sendo de “interesse popular”
na verdade revela a ignorância sobre o uso
dos veleiros. Sendo o IPVA um imposto
para “veículos automotores”, jamais poderia incidir sobre um veículo movido por
vento. Num veleiro, o motor é apenas auxiliar em manobras quando da atracação/
desatracação ou em emergências causadas
pela falta de vento. Na mais recente edição
do salão náutico de São Paulo a ABVC,
apoiada pelo Almanáutica iniciou um abaixo-assinado contra o IPVA. O endereço
eletrônico está na página do Almanáutica
e na página da ABVC. Participe!
Dos Leitores
Ricardo, a sua dedicação ao ALMANAUTICA é maravilhosa. Tive a oportunidade
de ler de ponta a ponta o número julho-agosto de 2013 e fiquei admirado com as
notícias e reportagens. Posso afirmar que
ele preenche o espaço vazio deixado pela
nossa revista “YACHTING BRASILEIRO”. Parabéns.
Fernando José Pimentel Duarte
O jornal é maravilhoso, completo!
Rosana Campos – Tenab - Bahia
Parabéns. São pessoas como vocês que fazem as coisas acontecerem.
Sergio Gáudio - Veleiro Olodum
Sensacional essa promoção da Clipper
Ocean Race!! Obrigado pela iniciativa e
abraços!
Bruno Canesi Morino
Almanáutica:
Jornalista Responsável:
Paulo Gorab
Jornal bimestral, com distribuição nacional
nos principais polos náuticos do Brasil.
Ano 02, número 09 nov./dez. de 2013
Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier
Contato: [email protected]
Almanáutica é uma marca registrada.
Proibida a reprodução total ou parcial. Visite
nosso site e fique por dentro das novidades
diariamente:
www.almanautica.com.br
Murillo
NOVAES
Atlântico sonho
Olá querido amigo e leitor deste jornal de
alma pura como a água do oceano. Eis que
este jornalista travestido de velejador (ou o
oposto, como queira) se encontra agora em
pleno continente africano depois de realizar um sonho infantil: cruzar um oceano.
No caso o nosso atlântico desafio de todos
os brasileiros voltados para o leste.
Pois é, a convite da sempre querida e competente Flavia Goffi, a representante da
Clipper Race no Brasil, a organização do
maior desafio oceânico não profissional da
vela mundial me deu a oportunidade única
de fazer parte da segunda perna desta regata de volta ao mundo que percorre quase 40
mil milhas pelos mares do planeta.
No dia das crianças (nada mais apropriado!) deste 2013 de nosso senhor me fiz ao
mar à bordo do “OneDLL”, o barco patrocinado pelo banco homônimo que, sob o
comando de Olly Cotterell, havia chegado
ao Brasil começo de outubro junto à flotilha de 12 novas naves que compõem o
desafio.
Os novos Clipper70, desenhados pelo
nosso amigo portuga radicado nas inglaterras da rainha, Tony Castro, têm um
quê de Volvo70 no visual e um pouco dos
antigosClipper68 (ou ainda dos pioneiros
Clipper60) na questão da segurança e manobrabilidade. Afinal, o barco tem que levar até 24 tripulantes por perna (na média,
menos) mundo afora com apenas um velejador profissional a bordo. O comandante!
Murillo Novaes, direto da África do Sul
O resto da galera paga (e não é pouco. Em
média, R$ 30 mil por perna) para viver a
experiência de velejar no oceano. E que
experiência!! Confesso que sempre que
pensei na regata nas inúmeras vezes que
escrevi sobre, sempre tive um certo preconceito com essa coisa de tripulação pagando para velejar. Mas depois de 14 dias
ao lado destes bravos velejadores, percebi
que, na verdade, ocorre o oposto. O nível
de entrega, foco, alegria e disciplina é algo
que pouca vezes vi em qualquer outro veleiro. E olha que tive oportunidade de velejar com uma galera da pesada nestes anos e
anos de letras náuticas e H2O ao vento no
planetinha azul.
O fato é que o treinamento pelo qual os caras passam na Inglaterra é duríssimo, super
pesado, profissional e deixa os participantes com um nível de conhecimento náutico digno das melhores tradições imperiais
britânicas, construída por seus excelentes
marinheiros. De que outra forma uma secretaria executiva aposentada de meia idade poderia ir até púlpito de proa de um 70
pés sob ventos de quase 30 nós no Atlântico Sul e ajudar a fazer uma troca de velas
Crônicas Flutuantes
É na hora daquela geladíssima caipirinha
no cockpit preparada com esmero por sua
companheira que, vez ou outra, deixamos
o pensamento livre às elucubrações e boa
parte dessas “Crônicas Flutuantes” vêm à
tona. O único perigo é acabar o gelo, que
costuma ser escasso. Há, todavia, muitos
outros perigos a bordo de um veleiro. Uma
das coisas que mais me causa medo é cair
na água e, caso não estejamos sós, ninguém
perceber. Em menos de um minuto estaremos vendo nosso barquinho se afastar e,
possivelmente, se não entrarmos logo em
pânico, seremos assolados pelo maior sentimento de solidão a que um ser humano
talvez possa estar exposto, aí então o pensamento automaticamente se voltará para
os tubarões, mesmo que saibamos que por
ali nunca tenham sido vistos; sei lá... vai
que naquele dia um se tenha desviado dos
caminhos habituais e a gente ali, com as
perninhas balançando feito fosse minhoca
em ponta de anzol... credo! São nas horas
de relaxamento que as coisas costumam
acontecer. Basta baixarmos a guarda e...
lá está o diabo pronto para mais uma das
suas. Fazer xixi, por exemplo; normalmente, quando navegando, principalmente com
mau tempo e frio, a gente vai segurando
a vontade até não poder mais, pois as manobras envolvidas na obra, dependendo do
tipo de roupa de vela que se está usando,
podem ser complexas. Aí o cara vai, cria
coragem, sai engatinhando, agarra-se preferencialmente num estai de sotavento para
não regar o convés e... ah!!!, que alívio!!!
É sempre nesse momento que vem aquela
onda fora de esquadro e joga o caboclo na
água. Pior que isso só se o zíper prender no
piupiu, coisa não muito difícil de acontecer, pois nessas condições o bichinho está
mais encolhido que sei-lá-o-quê e só o prepúcio – incrível que não haja sido criado
até hoje um nome mais, digamos, popular
para essa palavra tão deselegante – está de
fora... sorte dos circuncidados.
Perigos à espreita
na madrugada? Com competência e segurança! E esta mesma senhora, ainda sabe
costurar velas como ninguém e ajuda em
diversas outras tarefas como a navegação e
a manutenção do motor, gerador e dessalinizador. Só para citar um exemplo. No meu
barco havia mais 19 deles...
E quem pensa que, pelo fato de estarem
pagando, o comandante alivia qualquer
coisa para qualquer um, pode tirar o cavalo da chuva. Pelo contrário. O nível de
exigência é o mais alto possível e a regata é corrida à vera. Com faca nos dentes e
sempre botando o barco para andar. Claro
que uma certa falta de experiência prévia
às vezes se faz evidente no limite do alto
nível, mas aqueles que já velejavam antes
ajudam a colocar o sarrafo em uma altura
bem boa. E o tal Clipper70, apesar de pesadão e “careta” (velas de Dacron, mastro
de alumínio, casco de fibra de vidro) chega
a quase 30 nós no popa. Quem pode querer
mais? Bem... Eu quero!! Queria continuar
em mais umas duas ou três perninhas porque esta passagem pelo Atlântico Sul, com
mais de 3.600 milhas navegadas e chegando em quarto lugar a apenas uma milha
do terceiro e pouco mais de duas horas do
segundo, foi demais pra este manza!! A
convivência com pessoas interessantes de
diversas nações e com o oceano é sempre
um super prazer. E chegar em locais como
esta cidade neste cabo da Boa Esperança é
duca! Como diria um amigo bandeirante:
eu recomeiiindo!! Quem puder, faça. Será
inesquecível. Palavra de navegador!
Murillo Novaes
Murillo Novaes é jornalista especializado em
náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com
Coluna do escritor José Paulo de Paula
Em segundo lugar vêm os raios. Deus do
céu! Já estive em meio a algumas tormentas elétricas e, mesmo sabendo da pouca
probabilidade de um raio atingir o mastro
e estes estarem devidamente aterrados, a
vontade que dá é a gente ficar encolhidinho
na cama sem por os pés no chão até que
a borrasca se vá. Se o barco for de metal
então... vixe!
Queimaduras são um perigo latente; estão
sempre à espreita. Desde panelas no fogão,
até fogo, fogo mesmo. Tenho um amigo,
médico, grande navegador e conhecedor
de, até aquele dia, todos os segredos e perigos de bordo. Já esteve na Antártica várias
vezes, dobrou e desdobrou o Horn, velejou
à Europa e em grandes rios como o Amazonas e o Tapajós. Deve ter mais milhas
navegadas do que o Colombo. Pois não
é que numa tarde tranquila em Paraty, ao
lado de sua linda companheira, foi abrir a
tampinha do radiador do motor, pois o ponteirinho da temperatura perecia ter travado
e... a coisa explodiu em seu rosto causando
queimaduras horríveis. Há tempos, com o
barco preguiçosamente amarrado à poita,
passei aperto semelhante quando o motor
de arranque travou em funcionamento e
pôs fogo naquele revestimento anti ruído
que os fabricantes juram de pés juntos que
não são inflamáveis. Pois eu lhes digo,
além de altamente inflamáveis, produzem,
quando queimados, uma fumaça esverdeada e nauseabunda mais tóxica do que
cianureto devida a uma fina camada de
chumbo que há entre a espuma. Quando
percebi a fumaça vindo de dentro da cabine desci rapidamente; tive que ir direto
para a proa, pois o resto do barco já estava
tomado. Sorte é que guardo à proa um dos
não sei quantos extintores exigidos por um
tal de Normam. Tirei a camiseta, enrolei-a
no rosto à guisa de máscara, saquei a trava
do extintor e me meti em meio à nuvem
tóxica; dei um chute na tampa do motor,
fechei os olhos e, prendendo a respiração,
fui disparando a carga anti-chamas; subi
a gaiúta apavorado metendo a cabeça na
tampa e me atirei na água pensando no
botijão de gás de 13 quilos na popa. Não
tinha certeza de que apagara o fogo mas,
passados alguns minutos sem que o barco
explodisse subi a bordo e vi que a parte séria do incêndio havia sido debelada. Tossindo muito abri todas as vigias e fui salvo
por uma bombinha de asma que já há cinco
ou seis anos não era incomodada na caixa
de primeiros socorros.
A retranca achar uma cabeça distraída no
meio do caminho durante um jaibe involuntário pode ser o último barulho que o
sujeito escutará.
Há, no entanto, perigos menores como, por
exemplo, a vez que tive que levar minha
companheira ao oftalmologista após a velejada de domingo depois que lhe acertei
um caroço de azeitona bem no meio do
olho esquerdo no momento exato em que
ela punha a cabeça pela gaiúta para anunciar que a caipirinha estava esquentando,
fato este, como já dito acima, que também
envolve algum perigo, mas por falta de
avaliação mais criteriosa não se tem exata noção das conseqüências daí advindas a
não talvez pelo fato de, momentaneamente,
se sumirem as idéias para essas crônicas.
José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador e conta, em crônicas com muito humor, situações
vividas a bordo com sua família no livro “É proibido
morar em barco”, à venda na Livraria Moana
Foto da capa
A foto de Leonardo Cristofoli mostra
a garotada da ANI - Associção Náutica
de Itajaí remando no Saco da Fazenda.
Rio Grande do Sul
Match Race
O clube Veleiros do Sul sedia entre os dias
20 e 24 de novembro o 5º Porto Alegre Match Cup - Brasileiro de Match Race 2013
em Porto Alegre, aberto para até 12 equipes nas divisões Open, Feminino e Júnior
(menores de 23 anos). O Porto Alegre Match Cup reúne velejadores de todo o país e
na última edição o velejador Samuel Albrecht, também do VDS sagrou-se bicampeão
da competição. O clube está recebendo as
inscrições das tripulações interessadas em
correr o campeonato.
Maiores informações no site do clube:
vds.com.br
Troféu Cayru
Homenagem ao fundador dos clubes
náuticos do Rio Grande do Sul, Leopoldo Geyer, acontece pelo 23º ano
“Caco” More, feliz, levou o Troféu Cayru
Uma das novidades da 23ª edição do Troféu Cayru foi que o vencedor da regata
longa Volta Ilha das Pombas recebeu um
inédito troféu rotativo. “A ideia foi valorizar a regata longa, tirar os barcos do trapiche e velejar. Mesmo os barcos que não
são medidos na BRA-RGS puderam se inscrever”, explicou o vice-comodoro esportivo do Clube dos Jangadeiros, Francisco
Freitas. A competição reuniu mais de 200
veleiros no Guaíba, em Porto Alegre nos
dias 19 e 20 de outubro.
E quem levou a melhor foi o Abaquar,
do comandante Carlos Eduardo More, o
Caco. O segundo lugar ficou com o Patron,
de João Antonio Ritzel, do Veleiros do Sul,
seguido pelo Delirium, de Darci Rebelo
Junior, também do Jangadeiros, que completou o pódio.
A competição foi criada em 1991 para homenagear o patrono e fundador dos Clubes
Jangadeiros, Iate Clube Guaíba e do Veleiros do Sul, Leopoldo Geyer e seu barco o
Cayru. O evento faz parte do calendário
oficial das regatas da classe de Oceano da
Fevers e é válido como segunda etapa do
campeonato estadual para as classes BRA-RGS (A e B), HPE 25, J-24 e Microtoner
19.
Também venceram no 23º Troféu Cayru de
Vela de Oceano o Tereza, de Niels Rump,
na classe HPE 25; o Bravíssimo, de Renato Plass, na J-24; e o 14 Bis, de Humberto
Blattner Neto, na Microtoner 19. A Regata em Solitário terminou com a vitória do
Boa Vida IV, de Marcelo Bernd; enquanto
o Fita Azul do Velejaço foi o Tempest, de
Marcelo Hoffmeister.
(Foto: Claudio Bergman)
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UM GIRO PELA COSTA
As principais notícias de Sul a Norte. O que acontece nos polos náuticos.
Bahia
Regata
Salvador-Morro
Já estão abertas as inscrições para o X Regata Salvador – Morro de São Paulo, organizada pelo Yatch Clube da Bahia com
apoio do Clube de Vela de Morro de São
Paulo
As Classes convidadas são Hobie Cat 14,
Hobie Cat 16, Supercat 17, Tornado, A-Cat, Hobie Tiger, Nacra ou qualquer outro
modelo de catamarã sem cabine, além de
multicascos de oceano medidos na classe
MOCRA. As inscrições poderão ser feitas via e-mail ([email protected]) até o dia
13 de fevereiro de 2014 (quinta feira); na
Gerência de Vela do Yacht Clube da Bahia
até as 18:00 horas do dia 13 de fevereiro
de 2014 (quinta feira). A organização do
evento disponibilizará barcos de apoio
para fornecer o suporte necessário e a embarcação Bom de Mar retornará a Salvador no dia 16/02/14 (domingo) e podendo
acompanhar os participantes que retornarem neste dia.
Med Sailing Week
Paraty - RJ
IV edição da Regata do Pigão
Vinte e oito barcos, vinte e dois livros e dezenas de pizzas e brindes do Almanáutica
Realizada em Paraty a quarta edição da Regata do Pigão foi mais uma vez um sucesso.
Com um bom vento, tempo bom, alegria, e brindes e tudo acabou – como sempre - em
deliciosas pizzas na Pizzaria Café do Canal. Foram 28 barcos disputando 3 classes: até
29 pés, de 30 a 35 e acima de 35 pés. Foram arrecadados 22 livros para a Biblioteca do
Instituto Náutico Paraty (apoiador do evento) e R$ 500,00 para a manutenção da escola
do INP. A CR foi presidida pela Juíza Roberta Cosolich, e o evento teve apoio do Jornal
Almanáutica que distribuiu sacolas com brindes.
Na Classificação geral (a mesma da classe acima de 35 pés) ficaram pela ordem: Odara
(Delta 45) seguido do D´Boa (Beneteau 45) e do Jylic (Fast 395). Até 29 pés o Picus III,
Juno e Brutus. Na classe 30 a 35 pés Móbile, Horizontes e Spray.
Em novembro as águas da Bahia estarão
agitadas. Diversas competições acontecem
por lá, como o 52º Campeonato Norte e
Nordeste da Classe Snipe, na Ilha de Itaparica, com organização técnica de Luis
Eduardo Pato.
Também acontece o Brasileiro de Windsurf
(Raceboard, RS: One e Techno 293), que é
organizado pela LG Soluções Coorporativas, com apoio da Confederação Brasileira
de Vela – CBVela, e da Associação Brasileira de Windsurf – ABWS e Federação de
Esportes Náuticos do Estado da Bahia FENEB, além da Neil Pryde.
Na sequencia rola a Club Med Sailing
Week para Optmist, 420, 49er, Laser, Dingue e Hobie Cat 16, além de Stand Up Paddle e até Rádio Controlados. Para informar-se de qualquer uma das competições
envie um email para Luis Eduardo Pato no
[email protected].
Santa Catarina
Receita apreende três barcos em SC
Rio de Janeiro
Circuito Rio
300 documentos de barcos maiores de 29 pés também estão sendo investigados
Novembro marca o início da 44ª edição
do Circuito Rio de vela oceânica, no Iate
Clube do Rio de Janeiro, e também válido como Campeonato Brasileiro da classe
BRA-RGS. A organização preve 50 barcos. Foi da ABVO Associação Brasileira
de Veleiros de Oceano a idéia de unir os
dois campeonatos. Também participam as
classes S40, C-30, ORC e IRC. Lars e Torben Grael e André Mirsky já confirmaram
presença. Você pode ficar por dentro de
tudo o que rola no Circuito Rio no site
icrj.com.br/circuitorio .
A Receita Federal em conjunto com a Marinha do Brasil e a Capitania dos Portos de
Santa Catarina realizaram em outubro a Operação Leão Marinho, uma operação de fiscalização em embarcações de esporte e recreio, marinas e iate clubes na grande Florianópolis. A Receita fiscalizou os trâmites de importação de embarcações estrangeiras e
o respectivo lançamento na declaração de imposto de renda de seus proprietários. No
total foram 30 agentes, cinco viaturas e duas lanchas, fiscalizando 18 marinas. Três embarcações foram retidas e nas marinas, 300 embarcações de mais de 29 pés tiveram suas
documentações recolhidas para verificação do imposto de renda de seus proprietários.
A Receita já realizou essa operação em 2012 porque encontrou indícios de que algumas
embarcações estivessem em nome de laranjas, o que configura crime de lavagem de
dinheiro. A Inteligência da Receita Federal efetua um levantamento preliminar e identifica embarcações suspeitas, que são objeto de verificação durante a operação. O nome
da operação foi inspirado no plano de invasão da Grã-Bretanha pelas forças alemãs em
1940 (Unternehmen Seelöwe em alemão). Entretanto, ao contrário do plano da Receita,
o plano nazista acabou não se concretizando graças às derrotas sofridas nas batalhas
(Foto: blog da Receita de SC)
aéreas preparatórias para a invasão principal.
ALMANÁUTICA
4
Itajaí
Navegando com os Mamíferos Marinhos
Heavy Metal
Associação Náutica de Itajaí leva garotada para conhecer de perto as baleias.
Em novembro será a vez de conhecerem as tartarugas do Projeto Tamar.
Conhecidas no Laser, as irmãs
Decnop mandam bem no rock
Em setembro, 36 crianças e adolescentes da rede pública municipal de ensino, que foram
destaque no Projeto “Navegando pela Cidadania 2013”, realizado pela Associação Náutica de Itajaí - ANI, participaram do Projeto Navegando com os Mamíferos Marinhos.
Os alunos foram selecionados entre 300 participantes do projeto por apresentarem as
melhores notas e o menor índice de faltas na escola na ANI.
Também participaram os instrutores da ANI e 18 profissionais que acompanharam a
Equipe de Remo e Vela. Eles realizaram uma visita ao Museu da Baleia, em Imbituba,
SC e que é tombado como Patrimônio Histórico Municipal. Lá funcionou uma das pri-
Quando se ouve falar em Renata ou Fernanda Decnop a primeira coisa que vem à
mente são os monotipos de Laser e as competições de vela.
Mas nem só de vento vivem as meninas.
Elas também mandam ver no metal: Atuam no grupo de Heavy Metal chamado
Empürios. Enquanto Renata ataca na guitarra, Fernanda (ao lado) manda ver nos
vocais. É pauleira pura e de boa qualidade. Pra quem quiser conhecer o som, é só
dar uma busca com o nome da banda pelo
Face, Youtube ou Google. Mas antes é bom
aumentar o volume! É rock’n roll, baby!
(Foto: Jessica Monstans/Divulgação)
Rio de Janeiro
Fernanda Decnop: vela e metal na veia
Clipper Round the World no Rio
Doldrums e quebras fazem Clipper
ficar pouco no Rio de Janeiro. Murillo
Novaes embarca e vai para a África.
Só quem teve as melhores notas e não faltou é que foi selecionado pelo projeto
meiras indústrias de beneficiamento de óleo de Baleia, usado na época para iluminação,
lubrificação e construção civil. Em 1973 e após restauro, passou a receber o museu que
conta a história da matança das baleias e da luta por sua preservação. Também puderam
conhecer a sede do Projeto Baleia Franca, em Itapirubá, SC, criado com objetivo de estudar e cuidar das baleias. Este projeto é realizado pela ANI em parceria com a Secretaria
Municipal de Educação de Itajaí. Somente nesta temporada foram avistadas 126 baleias
e 55 filhotes. Em novembro é a vez da meninada conhecer o Projeto Tamar (Tartarugas
Marinhas).
(Foto: Ani - Divulgação)
São Paulo - Interior
1ª Regata Avaré e Região
Pela primeira vez acontece a regata festiva na Represa de Jurumirim, com
apoio da Prefeitura Municipal de Avaré, aberta a todas as embarcações
Em novembro acontece na Represa de Jurumirim a 1ª Regata de Avaré e Região, com
saída e chegada no Restaurante ToaToa, na Rod. João Mellão, Km 271,5 – Entrada Do
Vivenda Do Solemar, S/N às margens da Represa de Jurumirim em Avaré-SP. O objetivo
da Regata não será meramente competitivo, mas realizar uma festa, divulgando a vela
na Represa de Avaré. O percurso tem aprox. 15 km, ida e volta (no interior vai em quilômetros mesmo...), o que com um bom vento pode ser feito em 4 horas ou menos. Podem
participar qualquer tipo e tamanho de embarcação a vela. A competição conta com um
barco de apoio e serviço de rampa para colocação dos barcos na água. As inscrições podem ser feitas na Secretaria de Turismo de Avaré e já há mais de 20 inscritos. Participe!
A passagem dos 12 veleiros da Clipeer
Round the World pelo Brasil foi rápida.
Por causa dos Doldrums (zona de calmaria
na região da linha do Equandor) e da quebra de alguns dos competidores, o atraso
de mais de uma semana acabou por adiar
a programação in-port no Rio de Janeiro.
O Jornal Almanáutica sorteou dois leitores para conhecer de perto os veleiros da
Clipper. A organização brasileira teve que
trocar as três vagas na regata in-port – que
não ocorreu por conta do atraso - por cortesias VIP na mesma embarcação que levou
a embaixada inglesa para ver de perto a
largada. Os dois sorteados receberam pelo
correio uma camiseta personalizada, além
de um DVD e um livro de presente. As
12 equipes participantes do desafio 20132014 são a Derry~Londonderry~Doire,
Great Britain, Henri Lloyd, Invest Africa,
Jamaica Mission, Performance, Old Pulteney, OneDLL, PSP Logistics, Qingdao,
Switzerland e Team Garmin, que continuaram a caminho da África. Do Rio segiu
embarcado nosso colunista, o jornalista
Murillo Novaes, a bordo do One DLL, que
chegou em quarto na etapa africana.
O criador
Faz 45 anos desde que Sir Robin Knox-Johnston bateu seu recorde de volta ao mundo sem escalas e em solitário em 1968-69.
Clipper: Lenta no Equador, voando no RJ
Hoje, como Presidente Executivo e fundador da Clipper Ventures Plc, ele está na
vanguarda no que diz respeito a regatas de
volta o mundo e possui diversos prêmios
e certificados de reconhecimento e importância de seus feitos. Entre eles estão o recorde de circunavegação mais rápida, junto
com o Sir Peter Blake e o fato de ter sido
nomeado três vezes como o velejador do
ano pela RYA – Royal Yacht Association /
YJA – Yacht Journalism Association. Trabalhou na Comissão de Regata da Whitbread 1990-1994 e organizou o BOC – Desafio de Volta ao Mundo, em 1982 e 1986.
Participou da corrida Sydney-Hobart 2010
com 71 anos. Agora ele vai disputar a Sidney Hobart, uma das regatas mais duras do
planeta, com anos de idade. Ele vai competir num Clipper 68, barco idealizado por
ele para disputar a Clipper Race anterior,
2011-2012. Os 12 barcos que estão nessa
edição da Clipper também estarão presentes na regata.
Guarapiranga - SP
Sul-Americano
da Juventude
Atleta do YCSA, Pedro é prata na
disputa realizada em Lima, Perú
Pedrinho e sua medalha de prata
Pedro Correa de 15 anos conquistou recentemente a medalha de prata nos 1º Jogos
Sul-americanos da Juventude disputado
em Lima, no Peru. “Pedrinho” é atleta do
YCSA, e tem sido destaque nas competições nacionais e internacionais com suas
performances. Na edição inaugural dos Jogos Sul-Americanos enfrentou adversários
de oito países. Pedro mudou do Optimist
para o Laser há menos de um mês da competição e mesmo assim, faturou o segundo
lugar. Atual campeão brasileiro de Optimist, ele agora se prepara para o próximo
desafio na China.
(Foto: YCSA)
Rio de Janeiro
Regata da Escola Naval
Pelo sexagésimo oitavo ano a Escola Naval reúne quase mil embarcações para
a festa na Baía da Guanabara, com destaque para a participação do SUP
A 68ª edição da Regata Escola Naval reuniu mais de 900 veleiros em suas mais de
40 classes em outubro. Organizada pelo
Grêmio de Vela da Escola Naval, a regata,
criada em 1946 com o nome de Taça Escola Naval, representa uma grande confraternização entre velejadores. Mais de dois mil
atletas, entre canoístas e velejadores (além
de competidores estrangeiros do Chile,
Holanda, Portugal, Uruguai, Equador e
Argentina) participaram do maior even-
to náutico da América Latina A novidade
ficou por conta da inclusão de uma prova
de Stand-up Paddle, nas categorias profissional e amador, divididos em masculino e
feminino.
Crianças atendidas por projetos sociais
também encontraram seu espaço para conhecer e praticar o iatismo. Jovens que integram os projetos Grael, Mar Vip Social e
Navega São Paulo participaram ativamente
da regata.
Campeonato Carioca de Star
Torben e Lars levam, respectivamente, primeiro e segundo lugares na Star
Foi realizado em outubro no Rio Yacht Club, em Niterói, o Campeonato Carioca de Star.
Vinte e quatro duplas participaram do evento em três dias de competição.
Torben Grael e Guilherme Almeida ficaram com o título, seguidos por Lars Grael e Samuel Gonçalves e Marcelo Fuchs e Ronald Seifert.
Ilhabela - SP
Brasileiro de Hobie Cat
5
Vela adaptada:
2º Campeonato
Vitória - ES
O voo de Ícaro:
VI Taça Morris
O 2º Campeonato Mineiro de Vela foi realizado em setembro pela AMVA - Associação Mineira de Vela Adaptada (para contato procure no Facebook), com o objetivo
promover e incentivar a prática de esportes
náuticos de alto rendimento para pessoas
com deficiência.
Realizado em parceira com o ICLI - Iate
Clube Lagoa dos Ingleses, foi o maior encontro de Vela Adaptada (iatismo paralímpico) realizado no Brasil.
O evento ocorreu no Iate Clube Lagoa dos
Ingleses, que oferece excelentes condições
para velejar e reuniu os melhores velejadores de Minas Gerais e competidores de várias localidades do país (MG, DF, SP, RS)
e da Argentina (2 equipes).
No final, os “hermanos” ficaram com o
primeiro lugar (Joaquim, Maria e Tomas
da Fundación Argentina Vela Adaptada
FAVAA), com Minas Gerais (Marcos, Jordam e Reinaldo, do Iate Clube Lagoa dos
Ingleses) em segundo, e o DF em terceiro
(Roberto, Paulo e Leonardo do Cota Mil).
Joseph William Morris Brown foi campeão
brasileiro da classe de Snipe em 1949, com
apenas 14 anos.
Relembrado todos os anos no Iate Clube
do Espírito Santo – principalmente por seu
filho William Brown, o Billy, este ano a
competição deve ter sua sexta edição em
novembro.
A regata que leva o nome Taça Morris Brown, é realizada pelo Iate Clube do Espírito
Santo para as classes de Snipe e Laser.
O troféu para a classe Snipe é transitório
e quem vence a regata fica com o troféu
durante um ano.
O troféu foi criado pelo artista plástico Penithencia, e representa a história da mitologia grega sobre Dédalo, pai de Ícaro conhecido por deixar a ilha de Creta voando.
A poética homenagem a Morris relembra
sua morte. Ele faleceu durante um vôo de
Asa Delta.
Agora, é lembrado todos os anos no Espírito Santo pelo Iate Clube e pelos velejadores de Snipe.
Lagoa dos Ingleses - MG
Realizado pela AMVA a segunda A VI edição da Taça Morris Brown
edição do Campeonato Mineiro de acontece em Vitória e homenageia
velejador que morreu voando
Vela Adaptada é sucesso outra vez
A BL3 na Praia da Armação, receberá os melhores velejadores do Brasil das classes
Hobie Cat 14 e Hobie Cat 16 que disputarão o BRASCAT - Campeonato Brasileiro de
Hobie Cat, de 9 a 16 de novembro. A Classe A-Class velejará como classe convidada.
São esperados cerca de 60 barcos. O evento é organizado pela Associação Brasileira da
Classe Hobie Cat, com o apoio da Prefeitura de Ilhabela, CBVela, Flotilha SP-12, e a
BL3 Escola de Iatismo, que sedia o campeonato. As embarcações poderão chegar a partir de 02/11. A Organização conjuntamente com a Hobie Cat Brasil está trabalhando para
Com um beijo na linha de chegada na última regata, Clínio de Freitas e Cláudia Swan
oferecer barcos para aluguel. Os interessados devem pleitear uma reserva de locação.
comemoraram a conquista do título do primeiro Campeonato Sul-Americano da classe
Entre em contato por e-mail Alan Freeman: [email protected]
Nacra17 realizado em novembro, no Veleiros do Sul, RS. “Estou muito feliz por termos
Confira o aviso de regata e inscrição em http://doity.com.br/brascat2013
conseguido vencer o campeonato, só lamentei o desfecho”, disse Clínio, se referindo
à última regata que foi atingida por um forte vento, seguido de temporal, que causou
algumas viradas de barcos na raia do Guaíba. A dupla do Rio de Janeiro velejou a última
perna da regata sem a vela balão, que sempre é usada com vento a favor. “Não quis me
arriscar, quando vi o pessoal capotando na raia e deu certo”, comentou o timoneiro. ClíPela primeira vez a Santos Rio pode ser
nio de Freitas e Cláudia Swam foram também os campeões do primeiro campeonato braacompanhada ao vivo pela internet. A Assileiro, realizado em julho no Rio de Janeiro, e únicos representantes do país no Mundial
sociação Brasileira de Veleiros de Oceano
da Holanda, também em julho. Os gaúchos melhores posicionados foram Marcos Pinto
(ABVO) forneceu um Tracker - GPS para
Ribeiro, 46 anos, e Valéria Fabiano, 26, do Veleiros do Sul, que terminaram em quinto
os primeiros 20 barcos inscritos na regata.
lugar. Para quem não conta com patrocinador nem apoio técnico, o resultado foi muito
No total, 24 equipes largaram no evento.
bom. “Até cinco dias atrás era um sonho estarmos velejando neste barco. Foi um esforço
Na competição também aconteceu o Desagrande, pois não somos profissionais da vela, avaliou Marcos Ribeiro. O Sul-americano
fio Santos-Rio de HPE, que foi idealizado
contou com a participação de nove tripulações do Brasil, Argentina e Uruguai.
por Marcelo Bellotti.
Embora os participantes sejam experientes, foi a primeira vez que as mais de 200
milhas foram percorridas por dois veleiSER Glass e Suzuky: HPE’s na regata
ros de 25 pés (8m) e sem cabine, os HPE
25. A travessia durou mais de 40 horas, que ser escoltados por um bote de apoio.
sem paradas ou abrigos. Marcelo Bellotti e No final, Magia V de Torben Grael chegou
Luiz Rosenfeld foram os comandantes dos em primeiro seguido do Sorsa, de Celso
veleiros W.Truffi/SER Glass e W.Truffi/ Quintella com Zing 2 em terceiro. Os dois
Suzuki, que partiram do Iate Clube de San- HPE e o bote de apoio Zonda chegaram
tos com destino ao Iate Clube do Rio de por volta das 3.30 da manhã de segunda-feira (a largada foi 12:05 de sábdo).
Janeiro.
Eles foram autorizados pela Marinha da A foto dos HPE é de Ronald Izoldi, que esBrasil, para fazer a travessia, mas tiveram tava no barco de apoio.
1º Sul-Americano de Nacra 17: É do Brasil
Santos - SP
63ª Santos Rio: Cheia de novidades
Dupla em busca de
Patrocínio
A dupla de velejadores do Veleiros do
Sul busca apoio e patrocínio para a
Nacra 17 na campanha Olímpica
A dupla de velejadores do Veleiros do Sul,
Marcos Pinto Ribeiro (Kako) e Valéria Fabiano está em busca de patrocínio para os
Jogos Olímpicos na Nacra 17. Eles precisam de apoio e patrocínio para a compra
do barco e estruturação da campanha.
“Precisamos apenas de uma ajuda inicial,
uma mão amiga. Depois, no médio prazo, é
preciso aprovar um projeto maior em cima
das Leis de Incentivo ao Esporte para viabilizar os custos de viagens, equipamentos,
etc”, conta Valéria. Luis Schneider, sócio
do VDS está emprestando um Hobie 16 e
Christian Voelker, também associado está
emprestando um Tornado para os treinos.
Se dependesse de currículo, ficaria fácil:
Kako é tetracampeão sul-americano de
Soling e foi Campeão Mundial em 2007.
Também foi pentacampeão brasileiro com
Nelson Piccolo e ganhou diversos títulos
estaduais nas classes Hobie Cat 16 e Super
Cat 17. Ao todo são 56 títulos, sendo um
mundial, quatro sul-americanos, 13 brasileiros, um argentino, 14 sul-brasileiros e
Kako e Valéria: apoio para Rio 2016
23 estaduais. Valéria foi campeã estadual
feminina no Laser 4.7. Para apoiar a dupla,
o contato deve ser feito pelo e-mail
[email protected]
Foto: Divulgação VDS
“
ALMANÁUTICA
6 Uma aventura no Alasca
Igor Mestriner trabalhou no histórico veleiro Nordwind levando seus proprietários para as entranhas do Alasca. E contou para o Almanáutica como foi!
“Alasca, a última fronteira” dizem as placas dos automóveis que circulam pelo
maior de todos os estados dos Estados
Unidos da América. Nem mesmo nos meus
mais remotos sonhos imaginei que um dia
navegaria por essas frias, misteriosas e perigosas águas...
Cheguei à encantadora cidadezinha de Homer, na Península do Kenai por volta das
3h da madrugada, após passar o dia todo
em trânsito vindo de New Port, Rhode Island, do outro lado do país. O sol seguia
alto no céu dando sequer sinal algum de
que baixaria em algum momento. Essa foi
minha primeira impressão dos 59º de Latitude Norte onde eu caminhava tranquilamente metido em minhas botas e trazendo
o velho saco de marinheiro no ombro. Teríamos menos de um mês para reanimar o
grande barco que ali literalmente hibernava, e levar o dono e sua simpática esposa
para um cruzeiro de exploração pela península do Kenai por 10 dias. Depois a embarcação seguiria para Vancouver, Canadá,
onde enfrentaria outro longo e frio inverno
sem ninguém a bordo.
Nordwind: Construído em 1939, ainda enfrenta com galhardia as geleiras do Alasca
O Nordwind foi construído na Alemanha no ano de 1939, na cidade de Bremen. O construtor, H. Gruber, e sua equipe construíram o barco para a Marinha Alemã da época.
Mais de 80 pés de madeira sustentadas por costelas de ferro fundido, ornamentada com
carpintaria de ponta em seu interior luxuoso, armada em Yawl. Lindo, cheio de histórias
e detalhes interessantes em bronze e madeira, porcelanas nos banheiros e que davam
gosto de contemplar.
Assim sendo, nos enfurnamos a trabalhar e não paramos nem mesmo no feriado da
Independência norte-americana. Mesmo assim, a turma nos trouxe cachorros-quentes
e “biscoitinhos da Liberdade”. Fiz bons amigos ao longo dos muitos dias de trabalho
pesado. Se há uma coisa que seja verdade sobre essa gente é o fato de eles respeitarem
e tratarem com consideração aqueles que trabalham pesado. Gente como o bom Dave
do “Ashore watertaxi” que me presenteou com carne de alce, ostras frescas, mexilhões,
bacalhau negro defumado (que eu nunca havia comido). Salmão e salmão e mais salmão.
O Senhor Mogar, genial eletricista, levou-me pra jantar num restaurante de verdade por
aqui, e num bar, ouvir música local e falar com as pessoas que “jamais viram um brasileiro na vida”.
No dia da partida o proprietário e sua esposa apareceram. Todos estávamos em nossos
uniformes. Sabe como é, vida de marinheiro... O zarpe aconteceu por volta das sete da
“noite” do dia 11 de Julho, o céu estava claro como somente um dia de verão saber ser
e as máquinas que tão bem preparara para nossa navegação realizaram seu trabalho
sem maiores incidentes. Ancoramos a primeira noite ao largo da pitoresca comunidade
pesqueira de Seldovia e ali passamos a noite sem desembarcar. Acordamos às quatro
e meia da manhã seguinte e “motoramos” ao redor da ponta “Adam”, fazendo assim
proa a deixar as ilhas “Chugach” a bombordo. O tempo estava bom, o mar bastante liso
- Tem ursos lá fora!
- Melhor que tenha,
jamais vi um!
“
e quando adentramos o primeiro fiorde de
nossa aventura, o “Northwest Fiord”, todos
aqueles dias de muito trabalho e noites mal
dormidas, pois nunca fica escuro, fizeram
sentido!
Aquele paredão azul silencioso, aquelas
montanhas nevadas se erguendo até onde
dói o pescoço de tanto olhar pra cima,
aquele verde de inverno e todo aquele gelo
e mais gelo por ao redor do barco, aquilo sim fez o sangue correr nas veias deste
marujo verde-amarelo, como há anos não
sentia!
O dono do barco pediu que o bote fosse
lançado e lá me fui com ele empurrando
gelo e achando caminhos entre essas maravilhas flutuantes. Tudo bom demais, fascinante demais e, quando a proa chegava
perto daquelas paredes de muitos mil anos
de gelo sólido, gelado demais! Havia focas
a descansar sobre o gelo flutuante, pássaros, a tal águia da cabeça pelada símbolo
dos Americanos, baleias e seus filhotes a
nadar tranquilamente, golfinhos de coloração negra e branca e bico bastante curto,
tudo muito espetacular. E assim foi o tom
de nossa viagem pelos fiordes da península do Kenai. Todos os dias acordávamos
bem de manhãzinha e conduzíamos aquela embarcação histórica de madeira sobre
as águas do Alasca até outro fiorde e mais
uma geleira e outra ouvindo barulho de trovão, o estouro que no gelo faz quando se
rompe, aquele tiro de canhão seguido do
desabamento de toneladas de gelo.
Às 19:20h entramos numa baía muito pequena após negociar a entrada perigosa.
Uma “cove” como chamam, localizada na
parte sul de “Derickson Bay”. Havia três
metros abaixo da quilha e um longo cabo
foi mandado à terra para evitar que o barco girasse sobre as rochas em todo o redor.
Uma vez seguramente amarrada a embarcação em duas árvores, aproveitei e puxei
o bote sobre as rochas que a maré ainda
baixa expunha e fui explorar aquele lugar.
Adentrei o campo e lá estava o gelo, espalhado por sobre a grama, amontoado junto
à encosta dos pequenos morros. Havia até
um rio que se acumulava ali antes de seguir por terras mais baixas até o mar. Era
o lugar perfeito para acampar e madeira
não faltava. Retornei ao barco e chamei a
todos, “temos de acampar aqui, o lugar é
perfeito e temos tudo o que precisamos a
bordo”. Mas a turma não se animou muito e desconversou. “Então eu vou”. E fui.
Peguei o machado de emergência de bordo (daqueles bons de rachar lenha), uma
garrafa grande de água, uma salsicha, uma
cerveja, isqueiro, saco de dormir.
Igor: Fogueira e saco de dormir na geleira
- Tem ursos lá fora.
- Melhor que tenha, jamais vi um!
E assim arrastei umas toras, empilhei umas
pedras, cortei várias madeiras que achava
secas e boas pra queimar, fiz fogo, preparei
o espeto, assei a salsicha, tomei a cerveja
que botei pra gelar. Depois dormi no saco
de dormir abaixo das estrelas, observando-as no céu que o Alasca tinha para mostrar
aquela noite.
No dia seguinte desembarquei no mesmo
porto, dia e hora que o dono do Nordwind
e sua esposa, e após uma boa refeição num
dos únicos restaurantes do entreposto de
Whittier, subimos a bordo da histórica Ferrovia do Alasca e, de trem, seguimos para
onde tudo começou: Cidade de Anchorage.
Chegava ao fim mais uma viagem.
Na verdade, não. Igor comprou uma van
por 500 dólares e foi rodar o Alasca com a
namorada acampando aqui e ali. Mas isso
é uma outra estória...
O Nordwind e a paisagem azulada
“Há um barco pesqueiro esperando por um
marujo como eu na costa Leste do imenso país norte-americano. Há vários, na
verdade. Basta ir até lá, conhecer os marinheiros, conversar com as tripulações, ser
apresentado aos capitães, fazer os amigos
que você nem sabia que tinha e estavam lá.
Bons Ventos a todos!”
Igor Mestriner - Alasca, 2013
Brasília
Eleição da nova diretoria da FNB e Torneio do Cerrado: Destaques do DF
FNB relembra as regras para candidatos interessados em inscrever chapas para as próximas eleições e o Cota Mil leva na categoria Veteranos no torneio
Eleições
Em recente comunicado, Roberto Renner,
Presidente da Federação Náutica de Brasília esclareceu as condições para que os interessados possam inscrever as chapas para
concorrerem às eleições da FNB.
Em dezembro acontece a eleição da nova
Diretoria que será válida para o biênio
2014/2015.
Os registros das chapas deverão ser efetuados impreterivelmente em novembro.
As chapas candidatas à eleição devem ter
obrigatoriamente candidatos aos cargos
de Presidente, Vice Presidente Financeiro
e Administrativo, Vice Presidente de Vela
e Vice Presidente de Motonáutica, todos
maiores de 21 anos e estarem adimplentes
com a Federação.
Torneio do Cerrado
A 4ª Edição do Torneio do Cerrado ocorreu nos dias 28 e 29 de setembro na raia
sul do Lago Paranoá. A competição contou
com 14 velejadores dos clubes da Capital
Federal e foi dividida em duas categorias:
a estreante e a veterano.
O Cota Mil Iate Clube conquistou a primeira colocação na categoria veterano
com Diego Campos, seguido por Edward
Cromwell do ICB e Leandro Bottechia em
terceiro, também representante do Cota
Mil. A velejadora Mayara Chew conquistou o primeiro lugar como veterano feminino. Pela categoria estreante os três primeiros colocados foram, Gabriel Gouveia,
Luiz Santos e Daniel Souza, consecutivamente.
7
E o sonho virou Cascalho...
Essa estória não é uma obra de ficção.
Qualquer semelhança com a realidade, é mesmo...
Era uma vez uma estória de mar e amor.
Luiz, filho de um pescador de sardinhas de
Santa Catarina cresceu nadando na praia
de Cascalho onde salgou seu sangue. Mauriane era dentista. Estudara na Universidade Federal de Santa Catarina.
1992 foi o ano em que eles se casaram.
Mas ainda não se conheciam. É que cada
um formou sua família e foi viver sua vida.
O mar de Santa Catarina, uma terna lembrança.
Em 2006 eles estavam separados. Cada um
com sua vida e seus afazeres.
Um dia, Luiz resolveu almoçar num restaurante lá na mesma praia de sua infância:
Cascalho. Mauriane também saiu naquele
dia. E também estava lá. Mesmo restaurante, mesma praia. Uma conspiração? Talvez
espiritual, talvez universal, ou só uma bonita coincidência – conheceram-se mais e
melhor, apaixonaram-se, namoraram, e até
se casaram!
Sonho? É trabalhar com o que aparecer!
Num dia de muita chuva, Luiz perguntou
a Mauriane: ”Tenho um sonho, morar num
veleiro e dar a volta ao mundo com ele.
O que você acha?”. Ela estranhou. Olhou
para a janela e para a água que escorria
no vidro. Engoliu seco. Meio gaguejando
respondeu ”Até já pensei em ter uma lanchinha para passear nos finais de semana.
Mas isso??”.
Decidiram então fazer conhecer esse novo
mundo da vela. Sol, ventos brandos, paisagens deslumbrantes que só Santa Catarina pode proporcionar. E assim Mauriane
se viu morando num veleiro. Contrariando
tudo que se lê e ouve, não pensaram em começar com um veleirinho. Pequenininho.
Tinha que ser do tamanho do amor entre
eles. Um barcão! Faltava só um detalhe,
também grande: Dinheiro.
Decidiram morar na Europa e ganhar o dinheiro lá. Optaram pela Itália por questões
de cidadania. Tudo planejado estabeleceram um cronograma e até uma data para
soltar as amaras. Era Setembro de 2007 e
zarpariam em 31 de dezembro de 2010.
Três anos os separavam de seus sonhos.
Trabalharam muito e passeando no Salão
Náutico de Gênova, escolheram um catamarã de 38 pés como a nova futura casa.
Era o final de 2008 e já tinham 10% do valor. Dez por cento...
Mergulharam em todos os trabalhos que
apareciam: pedreiro, colheita de azeitonas,
garçonete. Qualquer coisa que pudesse somar era bem-vinda. Só paravam pra comer
e dormir. Em 2009 novamente foram ao tal
salão náutico namorar. Não só entre eles,
mas também o catamarã. Naquele ano mais
34 mil euros estavam guardadinhos.
Em 2010 iniciaram o próprio negocio, uma
pequena empresa de prestação de serviços
na área de turismo. A coisa foi bem e no
final do ano – “não era pra zarpar em 2010,
meu amor? Mas ainda não temos dinheiro,
querido, vamos trabalhando...” - Já tinham
mais 42 mil euros. No total, metade do catamarã. Se o sonho fosse menor, já teriam
um belo monocasco de 39 pés estalando
de novo. Mas... Seguiram em frente. E no
caminho, era final de 2011, pensaram: “Ei,
porque não compramos um semi novo um
pouquinho mais barato?” Olha daqui, verifica dali e acharam em Nápoles, um lindo
Lagoon 380 – o mesmo do salão, através
Vereador é condenado
por furtar diesel
Márcio da Cruz Farias, vereador de Fortaleza, foi condenado a 3 anos de reclusão
pelo Conselho Permanente de Justiça da
Auditoria da 10ª CJM, em dezembro de
2007. A decisão do Superior Tribunal Militar (STM) confirmou agora sua condenação por “Furto Qualificado”. Ele ainda recorre com Embargos à decisão. O motivo:
Cruz Farias: “É perseguição política”
Furto de óleo diesel de uma Lancha-Pa-
Nova cera com teflon
facilita competições
Nova Sail Wax: Para turbinar os cascos
O novo lançamento da Nautispecial é uma
cera líquida especial. O segredo é o exclusivo aditivo Nautiflon (PTFE), de última
geração, que proporciona uma superficie
lisa e com alta performance para as embarcações. Ela forma uma película que diminui o coeficiente de atrito casco x água,
aumentando a velocidade das embarcações
nas competições. Pode ser utilizada em todas as classes da vela. Não contém cera de
carnaúba nem silicone. Vai dar o que falar!
Luiz Fernando e Mauriane Conte: Estava escrito nas estrelas... Do Cascalho
do próprio representante da fábrica que conheceram no salão náutico há alguns anos.
Mas, mesmo assim, ainda faltava aquele
dinheiro que pretendiam ganhar em 2012.
E como bons brasileiros, a solução veio
com rapidez: um chequinho pré-datado à
napolitana, para ser quitado até a data da
partida.
No dia do aniversario de Luiz, início de
e depois de muita correria, estavam de casa
nova. No final daquele ano, vieram navegando para o Brasil. Deixaram para trás o
pé direito alto, e velhos hábitos. Trocaram
muitas peças de roupa, sapatos e coisas que
não precisariam mais, por uma âncora, um
radar, e muita liberdade. Seu novo despertador agora era o nascer do sol. Uma nova
vista na janela a cada dia, dos muitos que
viriam em suas vidas.
Em janeiro de 2013 Mauriane e Luiz se
levantaram preguiçosamente. Felizes, sem
pressa, tomaram seu café da manhã ancorados tranquilamente em Santa Catarina.
Na janela, a paisagem misturava passado
e presente.
O sol refletia sonhos realizados. O Cascalho havia ancorado na praia de Cascalho.
Luiz Fernando da Silva e Mauriane Conte, protagonistas dessa estória verídica,
nesse momento estão pelo Caribe, a ca2012, tomaram posse do seu sonho. Nascia minho de... onde seus sonhos os levarem.
o Cascalho, como foi rebatizado. Novos Mas você pode saber deles em
instrumentos, manutenção, equipamentos Facebook/viveravela
Finalmente o sonho: Um Lagoon 380
trulha da Marinha do Brasil. Márcio Cruz
era da Marinha e foi condenado pelo furto
de 500 litros de óleo diesel com direito de
apelar em liberdade. Segundo o processo,
ele e dois outros denunciados “serviram-se
de duas embarcações e atracaram no bordo
da lancha Mucuripe. Coube a Márcio abrir
a porta de acesso à lancha com uma cópia
da chave que estava em seu poder. Para
Márcio Cruz, que postou no Facebook uma
nota, a decisão do Tribunal seria fruto de
perseguição política porque em 2005 fun-
dou a Associação Nacional dos Praças das
Forças Armadas “contra a repressão militar”. Ainda segundo ele a perícia não constatou a violação do combustível e não há
nos autos elementos para a condenação e
o conjunto probatório é frágil, sem consistência para sustentar sua condenação. “A
elucidação do caso é de meu interesse, tendo inclusive comparecido este ano na sede
do STM para acompanhar o caso que será
prescrito em virtude do tempo”, comentou
Cruz.
(Foto: Facebook do vereador)
ALMANÁUTICA
8 XXV Refeno
Recife
Cavalheirismo e pouco vento marcaram a 25ª edição da melhor regata
oceânica do Brasil. Ave Rara - só para variar - levou a Fita Azul...
Natal - RN
XXII Fenat
Miami
Feiras internacionais
A XXII Regata Oceânica Internacional
Fernando de Noronha-Natal teve sua largada no feriado de 12 de outubro de 2013 e
reuniu 26 veleiros.
A tradicional volta da Refeno fez a festa
dos que participaram. Além dos prêmios
tradicionais para as primeiras colocações,
receberam prêmios o mais velho a participar (João Jorge Peralta, 77 anos), a primeira velejadora a cruzar linha de chegada
Fernanda Sarinho, o tripulante mais jovem,
Anahi Rocha (14 anos) e claro, o tradicional troféu Tartaruga Marinha para o penúltimo que chegar, no caso o veleiro Filos do
Comandante Jovito Cabadas.
Nas Classes tradicionais levaram o ouro:
Na RGS B e Delta 36, o veleiro Jazz 3 de
Alberto Serejo.
Na RGS C, Fantasia de Alexandre Teles.
Aberta, Shanti de Maurício Laynes.
Já na Multicasco A, Aquamundo (Olivier
Thomas) e na B o Jahu de Luís Moriel.
O Trimarã vencedor foi o Fandango de
José Tadeu.
Parabéns aos organizadores e participantes
desta bonita regata.
A Bailly Capotaria através de seu diretor
Roberto Bailly participou das três principais feiras do setor nos EUA com novidades para o Brasil. A IFAI Expo em Miami,
uma feira de tecidos técnicos. Por lá se
mostram as pesquisas dos tecidos especiais
e compartilham conhecimentos. São mais
de 400 expositores e conexões globais.
Também participou da Advanced Textiles
Conference & Trade Show, que apresenta
produtos especiais como os aeroespaciais,
de engenharia, geossintéticos, médicos,
segurança e técnica, bem como mercadorias militares com workshops de aplicações de tecido em tecnologia e materiais.
Finalmente a SGIA Expo. A SGIA é uma
associação internacional especializada em
imagem gráfica que inova em aplicações
nos produtos para capotaria.
Por mais um ano o Iate Clube do
Natal mostra a receptividade do povo
A 25ª edição da Refeno foi mais uma vez um sucesso de participação e organização. Este Potiguar e recebe oriundos da Refeno
anos foram mais de 70 inscritos dos quais 60 terminaram classificados em suas respectivas categorias, não sem sofrer com a falta de vento que marcou a edição. Para se ter uma
idéia o recordista Ave Rara, um veloz trimarã fez o tempo de 35 horas e meia, contra seu
mesmo tempo de 22h45min em 2010 e pouco mais de 25h em 2011.
Outro fato inusitado deu-se durante a premiação: O prêmio para o Fita Azul foi entregue
ao comandante Gustavo Peixoto, do Ave Rara, por ter completado o percurso no menor
tempo. Entretanto o Magia V (um Soto 40 com Torben Grael no comando) cruzou antes
a linha de chegada, mas também largou antes, segundo a ordem estipulada pela CR. No
melhor estilo “fair play” Gustavo Peixoto chamou Torben Grael e sua equipe para subir
ao palco e dividir o pódio e o prêmio. Torben, tomou o microfone e afirmou que “Gustavo é um perfeito cavalheiro”.
Esse é o verdadeiro clima da Refeno, que teve sua primeira edição em 1986, em 27 de
setembro. Na época contou com a participação de 25 veleiros divididos em três cate-
Roberto, da Bailly: de olho no futuro
Mais de sessenta veleiros terminaram a Refeno este ano, última flexibilizada
gorias: a RHC, que reunia os veleiros de
cruzeiro, a IOR, para veleiros de competição (“ocos por dentro”, como publicou
o Diário de Pernambuco da época), e a
multicasco. Participaram da primeira Refeno os seguintes veleiros: Quarta-feira 17
(de Maurício Castro, o criador da Refeno),
Tito V (Carlos Alberto Ciarlini), Venestal
(Antônio Marques), Viverane (comandado por Carlos Fázio), Sapeca (Paulo Almeida, amigo de Newson Campos), Pato
III, Odysseus (Raimundo Nonato Veras),
Capitão Cook, Noturno nº 2 e o Ruim de
Novo livro Náutico
Mar, todos de Recife. Este último, segundo
seu comandante Paulo Toró, “um catamarã comprado especialmente para ganhar a
regata” (mas não levou...). Do Rio Grande do Norte participaram Rosa dos Ventos
e Dianteiro. De São Paulo vieram Bicho
Papão (Fast 40), Blue Chip e Manostto
(Main 34). Do Rio de Janeiro os veleiros
Mar vilha, Ana C (comandado por Newson
Campos, o criador do Cruzeiro Costa Leste), Lidya Ann, Windancer (do comandante
Nicolas Mikay, um Velamar 36) e o Shogun Maru (um Chance). Do Rio Grande do
Sul, Charrua; da Bahia, Paula VII, Esotérico e Odara. O também gaúcho Formidable
(de Luiz Felipe Nolasco) acabou fazendo
água e teve que retornar. Quantas histórias
tem esse evento!
Proteção Solar: Saiba como isso afeta você
Depois do jornal e da web, o livro
Nelson Mattos Filho lançou seu livro
Diario do Avoante: uma coletânea das 100
primeiras crônicas que escreve semanalmente para o Jornal Tribuna do Norte, em
Natal, e que já se estende por mais de seis
anos. Além do lançamento em Outubro no
Cabanga Iate Clube, dentro da programação da Refeno, será lançado em novembro
na livraria Saraiva em Natal. Pedidos:
[email protected]
(última parte)
Os tipos e modelos de capota variam principalmente conforme o tipo do barco e sua aplicação. São basicamente:
Tipo Bimini: Esta capota protege a tripulação dos raios solares tornando o passeio de barco mais agradável. Elas proveem sombra
refrescante e circulação de ar nos dias quentes. Pode ser instalada com facilidade em diversos tipos de barcos: veleiros, lanchas pequenas e grandes. Nas lanchas maiores tem seu lugar garantido no fly-bridge. Com sua estrutura articulada é simples e rápido levantar
e esticar a cobertura garantindo o conforto desejável.
Tipo Camper: É uma capota que possibilita o fechamento total do ambiente, para quem deseja pernoitar a bordo ou navegar num
dia frio. Geralmente utilizada em lanchas de tamanho médio, de passeio, com pequena cabine. Cuidado com o acumulo dos gases da
combustão do motores!
Dog house e Spray Dodger: Em geral os nomes são em inglês, pois embora utilizarmos no calor tropical, existe correlações diretas
do uso destes produtos nos mares mais duros de temperaturas baixas, como no mar do norte. Excluindo o Bimini, geralmente estas
capotas foram desenvolvidas para oferecer proteção ao vento frio e respingos. A diferença entre estes dois está basicamente no formato. Enquanto o dog house oferece cobertura apenas para a entrada da cabine, o spray dodger é mais abrangente, permitindo uma
proteção extra no cockpit.
T. top (também do Inglês): Esta capota de estrutura fixa em forma de T é utilizada nas pequenas lanchas de pesca. Seu formato permite
que o pescador dê a volta no barco passando por fora de sua estrutura, facilitando a pescaria.
Jet ski
O Jet que virou lancha
kite
Nayara Licarião comemora: Mamãe Hexa
A segunda etapa do Circuito Brasileiro de
O Jet Wave Boat é uma adaptação
para transformar os jets em lanchas e Kitesurf foi disputada em São Luis (MA)
dentro do Skol Open Kite 2013. Com uma
promete virar moda nesse verão
A novidade que multiplica a lotação
A novidade da vez é o Jet Wave Boat.
Uma adaptação que transforma o Jet em
lancha para passeios em grupos. Sucesso lá
fora, agora começa a ser trazido e divulgado por algumas empresas no Brasil. Com
o tamanho médio de menos de 5 metros,
200 quilos e capacidades para 6 pessoas,
são compatíveis com os Yamaha Waverunners VX, FX, FZ e os Sea Doo GTI/GTS/
GTX/RXT.
Agora quem tem um vai poder ter dois...
Campeonato
cancelado
O 15º Jet Waves World Championship
(campeonato de manobras com jet ski nas
ondas), que seria realizado de 25 a 27 deste
mês, na praia de Iró, em Laguna (SC), foi
cancelado. O evento também corresponderia a terceira e última etapa do circuito
mundial, que foi aberto na França passou
pelos Estados Unidos e terminaria no Brasil.
Marcelo Brandão (Tchello), presidente da
Federação de Esportes Radicais, organizadora do evento explicou que o motivo
deste cancelamento foi a não assinatura
de contrato entre a Prefeitura Municipal
de Laguna e a entidade que dirige, restando apenas duas semanas para o início da
competição. De acordo com o dirigente,
entraves burocráticos, como licenças ambientais e greve de banco que impediu a
abertura de conta específica para repasse,
são algumas das razões para que o contrato
não tenha sido assinado.
A íntegra da carta está no site da entidade
em www.fer.esp.br
WIND
Bimba vence em
Qingdao
Bimba ficou “very happy” no podium
“Very happy to be at the podium again!”.
Assim Ricardo Winick, o Bimba, descreveu na sua página do Facebook a sensação
de ter vencido a etapa chinesa do Mundial
de Vela no Windsurf, classe RS:X.
“Depois de um ano de muita luta, onde
comecei em 48 do Ranking mundial agora
sou o segundo. Finalmente fui recompensado”, desabafa.
Patrícia Freitas (veleja na mesma classe),
ficou em sétimo. E Fernanda Decnop (a roqueira), ficou em 13º na Laser Radial.
média de ventos de 16-18 nós e ondas não
muito altas, as competições rolaram nos
três dias consecutivos com muita animação
e beleza. Na final, um show do pessoal do
Freestyle manobras fortes como Blind Judges 5 e 317’s. No final, o cearense Carlos
Mário “Bebê”, foi o campeão do Open Kite.
Na categoria Kiterace profissional Wilson
“Bodete” (PB) venceu as duas regatas do
dia e levou mais uma vez. E no feminino
não deu outra senão “nossa” Nayara Licarião (PB), tornando-se Hexacampeã. “Dessa vez consegui com uma ajuda especial,
do nosso baby que me acompanha e já veio
dando muita sorte”, contou Nayara que
disputou grávida a competição. Ela agradeceu família, amigos e seus patrocinadores, a Aton Sports e a North Brasil: “É um
privilégio de fazer parte dessa equipe que
trabalha de forma exemplar com o Kitesurf
Freestyle Feminino
1. Dionéia Vieira (CE)
2, Estefânia Rosa (CE)
3. Samy Marins (SC)
9
Race Masculino
1. Wilson Bodete (PB)
2. Victor Adamo (SP)
3. Kaka Dutra (PB)
4. Ian Gremoglio (PB)
5. Gustavo Lima (PB)
6. Roberto Veiga (SC)
Race Feminino
1. Nayara Licarião (PB)
2. Liana Maia (CE)
3. Ândrea Goulart (MA)
(Fotos: gokite.com.br)
Nayara Licarião (centro): Hexacampeã
no Brasil”, comentou mamãe Nayara.
Confira os resultados:
Freestyle Masculino
1. Carlos Mário (CE)
2. Eudázio da Silva (CE)
3. Carlos Madosn (CE)
4. Evandro da Silva (CE)
5. Set Teixeira (CE)
6. Ivam Reis (CE)
Wilson Bodete (PB) ao centro: campeão
ALMANÁUTICA
10
CURTAS
MERGULHO
Primeiros Socorros
f
Papo de Cozinha
Moqueca, do jeito que
você gostar...
Faleceu o Sr. Carlito, dono da empresa
Lonas Carlito. Ele circulava por todo o liSeguindo ainda na linha da segurança do toral paulista com sua Veraneio Azul Clara
mergulho, nesta edição um pouco mais so- tirando pessoalmente as medidas das embre uma especialidade do mergulho scuba. barcações. A família continuará trabalhanOs primeiros socorros.
do na Lonas Carlito. Nossos sentimentos.
A atividade do mergulho normalmente é
A Carta Náutica do Lago Paranoá pode
realizada em condições de muita calma e
tranqüilidade, sendo algo extremamente ser baixada a partir do site da Federação
seguro independentemente da idade ou de Náutica de Brasília, que fica em
http://fnb.org.br/carta-nautica/
condição física atlética. Entretanto, como
em toda atividade humana, existe um risO Comandante Fernando e esposa
co. Algo sempre pode dar errado. Assim, Paula do veleiro Andante falaram sobre
é muito importante estarmos sempre pre- seu projeto Paraty/Caribe/Portugal no esparados para ajudar aos nossos compa- paço Vela American Bar no Iate Clube do Pode ser capixaba, baiana ou outra...
nheiros de mergulho (e vice-versa) no caso Natal, por sinal, lotado também com a ex- A moqueca é um cozido de peixe podendo
de algum acidente onde possa ocorrer até posição de veleiros rádio controlados. Sor- conter outros frutos do mar com diferenmesmo risco de vida ou de alguma se- teio, comes e bebes... hummm...
tes temperos. Tradicional item da culinária
quela importante. Estar treinado em pribaiana, apresentando variações na culinámeiros socorros, mesmo que num nível
O Reno Romeu, do Brasil, bateu o re- ria capixaba e paraense. A diferença básibásico, é muito importante no mergulho. corde mundial de giros (7) com todos os ca é que na moqueca capixaba não entra
Inúmeras situações envolvem risco de al- oficiais presentes e as câmeras rolando, du- o dendê – influência africana na culinária
gum trauma ao mergulhador enquanto em rante o Pingtan Kiteboarding World Cup, baiana – ou leite de coco. Também não vai
sua atividade: Desde a preparação de um realizado na China!
conjunto de equipamentos, o transporte, a
alimentação... Mas existem situações específicas para o mergulhador e que merecem
especial atenção: as moléstias da descompressão. Basicamente estas moléstias são Em 1 de fevereiro de 1953, um domingo, o jornal carioca Correio da Manhã notidividas entra a doença descompressiva ciava a largada da terceira edição da regata Buenos Aires- Rio. O principal despropriamente dita e a embolia gasosa, taque era a acirrada disputa entre brasileiros e argentinos. “A regata deixou de
mais conhecida como embolia traumática ser amistosa e passou a ser uma competição de cunho internacional”, decretava o
periódico. Os favoritos eram o Juana e o Fjord IV capitaneado por ninguém menos
pelo ar (ETA). Uma dica importante é que que German Frers pela Argentina, e o Vendaval, vencedor da edição anterior pelo
não se deve tentar realizar um diagnóstico Brasil, com Pimentel Duarte no comando.
mais preciso no caso de uma suspeita de
moléstia da descompressão, mas sim estar
alerta para aqueles sinais e sintomas iniciais que podem sugerir que este problema
está acontecendo. Assim, após um mergulho caso observe o aparecimento de alguns
dos sintomas a seguir, procure atendimento
médico de urgência imediatamente:
f
f
f
Túnel do Tempo
- Dores musculares ou em articulações
- Formigamentos de extremidades
- Enjôo, vômitos
- Tonturas ou vertigens
- Fadiga excessiva
- Coceira ou vermelhidão na pele
- Alterações visuais ou aditivas
- Paralisias
- Dificuldade para urinar
- Alterações de personalidade
- Convulsões/inconsciência
Flávio Júlio Gomes é 2º Ten IM RM2 Marinha
do Brasil e Instrutor NAUI / PADI
pimentão como costumam usar os cariocas. Na receita capixaba, se utiliza tintura
de urucum (coloral), o azeite comum e o
tomate bem maduro, feito, claro, sempre
na panela de barro. A origem do termo
moqueca vem da palavra indígena moquém, utilizada para referir-se ao método
de defumação para conservação e preparo
de peixes (e às vezes de seres humanos pelos antropófagos) pelos índios brasileiros,
quando da chegada dos portugueses a partir de 1500.
Qualquer que seja sua opção de preparo
e seleção de ingredientes, fazer uma boa
moqueca é bem fácil e rápido, e pode ser
feita na maioria das praias brasileiras, e
a bordo da maioria das embarcações. Há
muitos “gostos”, e por isso os ingredientes
podem - e devem - variar de acordo com
o freguês: com dendê, sem leite de côco,
com pimentão, sem coentro. O importante
é temperar o peixe com antecedência e não
deixar cozinhar demais. Como o peixe solta água, no caso de excesso, uma boa dica é
simplesmente retirar o caldo a mais e fazer
um pirãozinho acrescentando farinha de
mandioca em uma panela separada.
No verão, com uma boa cerveja gelada ou
uma caipifruta preferida, é uma boa desculpa para reunir amigos em torno do cockpit e contar histórias de mar...
Ingredientes
Postas de peixe firme (cação, cavala, robalo, ou outro que o pescador recomende)
Cebola
Alho
Tomate
Pimentão (vermelho ou amarelo)
Azeite
Dendê ou Leite de côco
Sal
Pimenta do reino
Limão
Salsinha e/ou coentro e cebolinha
Ovos cozidos (opcional)
Muitos peixes se prestam à moqueca
Modo de Preparo
Tempere as postas com meia hora de antecedência, usando sal, pimenta do reino e
gotas de limão. No fundo de uma panela
frite o alho picado ou espremido e a cebola.
Frite as postas rapidamente dos dois lados
e procure arrumar as postas com camadas
de cebola e pimentão (se optou por usá-lo).
Pique o coentro, da cebolinha e salsinha,
e coloque os tomates cortados em rodelas
por cima das postas. Regue com um pouco
de azeite (aqui entra o dendê se for usá-lo,
mas bem pouco, tipo uma colher de cafezinho). Se optar por usar o leite de côco,
use meia garrafinha para 4 a 6 postas.
Deixe tudo refogar por 10 a 15 minutos,
com a tampa aberta e verificando sempre
a consistência do peixe para que ele não
desmanche. Não coloque água pois o peixe vai soltar. Se quiser finalize colocando
ovos cozidos cortados ao meio. Sirva com
arroz branco e/ou salada verde. Se rolar um
pirão, então...
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Você aparece em todo o Brasil.
São leitores de qualidade e colunistas
formadores de opinião.
Associe sua marca!
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Oficina do Capitão
Instalando sua Placa Solar
A instalação de módulos solares não requer
profundos conhecimentos de eletricidade. Sabendo o básico (até um pouquinho
menos), e ficando atento aos procedimentos básicos de segurança e cuidados para
não danificar os equipamentos, qualquer
um pode realizar a instalação. Os módulos fotovoltaicos – comumente chamados
de placas solares - produzem eletricidade uma vez expostos a qualquer fonte de
luz. A voltagem de uma única placa não é
considerada potencialmente perigosa. Mas
se ela for ligada a outras é recomendável
cuidado com a possibilidade de choques
ou queima de algum aparelho se ligado de
maneira errada. Mas calma. Basta tomar
alguns cuidados que listamos abaixo para
evitar que sua nova alegria se transforme
em acidente.
Para saber quais e quantas placas usar no
seu projeto você precisa ficar de olho no
seu consumo, também em ampéres. O ideal é um sistema híbrido com gerador eólico, mas se você não for muito “gastão”,
conseguirá com duas boas placas atingir
algo como pelo menos 80% do consumo
diário só com as placas solares (em 10 horas de sol pleno por dia). Se der uma motorada, é o suficiente. Lembre que quando
parado em algum lugar você passa muitas
horas fora, o que economiza muito a energia. E se você é do tipo que dorme cedo,
vai sobrar carga nas baterias... O manual
da placa (e muitos sites de vendas) trazem
informações de quantos ampères/hora a
placa é capaz de gerar. E quanto mais para
o nordeste, melhor a eficiência da placa solar devido principalmente a dois fatores: o
ângulo de incidência mais próximo à linha
do equador, e a quantidade de sol por dia.
Cuidados na instalação
A primeira coisa a fazer é cobrir as placas
com um plástico preto (ou coisa que o valha) mantendo-os cobertos durante a instalação. Assim você impede que a luz se
transforme em energia elétrica. Trabalhe
sempre com ferramentas e equipamentos
secos e utilize ferramentas com isolamento. Evite instalar perto do sistema do gás e
feche o(s) registro(s). Há o risco de faíscas.
Utilize a fiação indicada no manual, nem
mais nem menos, sob pena de ocasionar
perda de potência ou superaquecimento
nos fios. Pronto. Agora mãos à obra...
Instalação
A parte mais complicada é a fixação dos
painéis solares na embarcação. Ela deve
ser bem planejada e executada para enfrentar ventos fortes, mar ruim e não precisar
ser retirada tão cedo. Para isso pense em
encomendar um perfil (uma espécie de
cama) de inox, onde o(s) painel se encaixe,
já deixando a fixação deste perfil na em-
barcação pronta. Como um quadro (painel
solar) que se encaixa numa moldura. Os
painéis devem ser fixados em locais que
tenham boa exposição à luz solar. Procure
fazer a instalação com uma inclinação de
pelo menos 15º, para não permitir o acúmulo de sujeira o que diminuirá a eficiência
das placas. Também é recomendado deixar
um espaço entre a superfície de fixação e o
painel para a circulação do ar. Ventilação é
importante para evitar condensação e umidade nas placas e no local da embarcação.
Se possível deixe um espaço para futuras
limpezas onde caiba pelo menos uma mão
com um pano!
Os painéis transformam a luz solar em 12v,
a mesma tensão de sua bateria. Se você colocar 2 ou mais painéis, atente para ligá-los
em paralelo, ou seja, não aumentar suas
tensões (2 em série são 24v). A menos claro que seu sistema de baterias seja de 24v.
Dois ou mais painéis em paralelo dão os
mesmos 12v e a corrente gerada será somada. Essa deve ser sua opção se seu sistema
for 12v.
Ligação: paralelo para 12v de barcos
Para fazer a ligação em paralelo basta conectar os pólos positivo com positivo das
placas e negativo com negativo. Na última
placa, os fios saem em direção à bateria.
Antes de chegar lá, porém, devem passar
pelo controlador de carga, um aparelho que
vai interromper a carga quando as baterias
estiverem cheias. Os fios saem das placas
(um positivo e um negativo) e vão para o
controlador, e de lá para a bateria sempre +
com + e – com -.
Não emende os fios nem caia na tentação
de usar um controlador barato. Eles queimam com facilidade. E utilize cores diferentes para cada pólo (+ e -) para facilitar a
identificação e não provocar curtos e queima do controlador, por exemplo.
Manutenção
Os painéis solares requerem manutenção
mínima: limpar somente com água e pano.
Como vê, não é difícil instalar placas solares em seu barco. E a recompensa é poder
assistir ao pôr-do-sol em silêncio, sem ter
que ficar uma hora ou mais com o motor
ligado...
North Sails dá show na Fastnet
Dez classes - numa competição de mais de 300 veleiros - tiveram as velas
North Sails como vencedores na mais recente Regata Rolex Fastnet
Mais de trezentos e trinta veleiros deram um show na espetacular 45 ª edição da corrida
bienal Rolex Fastnet em Plymouth, Inglaterra.
Nesta jornada de 611 milhas na Inglaterra, os veleiros contornam a famosa “Fastnet
Rock”, localizada no sul da Irlanda.
Os veleiros equipados pela nossa parceira North Sails ganharam em 10 classes, incluindo o Fita Azul para multicasco (Spindrift 2), Fita Azul monocasco (Esimit Europa 2) e
o Campeão Geral da Challenge Cup Rolex Fastnet (Night and Day). Quatro dos cinco
barcos da IRC usaram velas North Sails (inclusive o Night and Day), Foggy Dew (2º
lugar), Rhapsodie V (3º) e Chenapan (5º).
O veleiro Night and Day é um JPK de 33 pés e foi tripulado por pai e filho, Pascal e
Alexis Loison, da França, fazendo história depois de terem sido os primeiros vencedores
formados apenas por uma dupla nessa dura competição, e com um veleiro pequeno.
11
Influente no mercado náutico o autor
produziu um livro que possui uma maneira didática de expor todas as técnicas
de forma transparente, com ilustrações
e fotografias de todo o passo a passo de
uma construção que se aplica em barcos
simples e em barcos complexos. Esta publicação descreve os primeiros passos para
uma construção de embarcações onde nele
estão descritos as ferramentas necessárias
para a construção do projeto, os materiais
que serão utilizados na construção, cálcuUm dos maiores especialistas mundiais em los estruturais e projeto.
construção de barcos em materiais composites (fibra de vidro, fibra de carbono, resinas termofixas e materiais de núcleo), Jorge
Nasseh, também é o presidente da Barracuda Advanced Composite. É dele o livro que
destacamos hoje, Manual de Construção de
Barcos. “Em 2001 tive o prazer de publicar
meu primeiro livro, o Manual de Construção de Barcos. Pensei em escrever algo
compartilhando as minhas experiências,
alguns ensinamentos de maneira didática e
transparente, erros e acertos na empreitada
de construir um barco. Meu maior objetivo
foi envolver e incentivar o leitor a encarar
o desafio de construir um sonho com as
próprias mãos”, explicou ao Almanáutica
Nasseh. Mesmo entendendo que a laminação manual é um processo do passado,
Nasseh afirma que sem o aprendizado da
laminação manual, nenhum laminador vai
muito longe: “Laminar manualmente é o
Manual indispensável para fibra
método pelo qual todo laminador começa a “Já escrevi mais dois livros, mas confesentender de composites”, comentou.
so que o Manual de Construção de Barcos
Ou seja, as dificuldades enfrentadas na la- tem uma importância singular na minha
minação manual fazem o bom construtor carreira”. Além disso, Jorge Nasseh criou
em outros processos. Outro motivo que um espaço onde pudesse interagir com
obriga o fabricante a entender de lami- seus leitores, um blog oficial. “Neste espanação manual é que, em maior ou menor ço alguns chegaram a dar entrevistas sobre
grau, qualquer outro processo faz uso de suas construções baseadas no livro, é emtarefas manuais de construção (para cortar polgante acompanhar a realização de cada
ou recortar os reforços, efetuar lixamento, construção”, explicou.
pintar ou efetuar polimento nas peças). A Esse e outros livros estão esperando por
publicação transcreve todos os ensinamen- você na mais confiável livraria da web, a
tos da sua carreira, erros e acertos na em- Livraria Moana:
preitada de construir um sonho, o barco.
www.moanalivros.com.br
Biblioteca
de
Bordo
Fibra? É com ele!
ABVC
INFORMATIVO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO
Palavra de
PRESIDENTE
Encontro das Ilhas Cruzeiro Lagamar Cruzeiro
pelo Varadouro
Costa dos Tamoios
Caros Associados,
De novo !!! Sucesso! Sucesso! Sucesso!
Nossa participação no São Paulo Boat
Show foi um sucesso. O espaço cedido
pelo Ernani da Revista Náutica (a quem
agradecemos por este apoio à nossa Associação) e transformado pelo Paulo Fax
– nosso diretor do interior SP, recebeu inúmeros associados e visitantes que se cadastraram para usufruir da ABVC. Inclusive
muitos visitantes lancheiros, que vinham
para assinar nosso abaixo assinado contra
a cobrança do IPVA para embarcações. Fique atento, pois este abaixo assinado estará
sendo complementado com assinatura online via internet. Precisamos derrubar mais
esta tentativa de novo imposto. Se você
não está a par deste assunto, leia nossa matéria nesta ultima Revista Náutica com o
título “Querem privatizar o vento”.
Mês passado, durante a Regata do Pigão,
que é um a regata entre amigos realizada
em Paraty, foi entregue para a Escola de
Vela de Paraty pelo nosso associado Ronaldo do veleiro Feitiço, o veleiro Bracuhyzinho. Este veleiro fora construído durante nosso Encontro Nacional de 2011 no
Bracuhy para incentivo da prática de vela
as crianças. Vida longa ao Bracuhyzinho
em sua nova casa!
Nesta semana do feriado de 15 de novembro teremos duas atividades programadas
: O Cruzeiro Costa dos Tamoios, largando
dia 09/11 de Ubatuba em direção a Paraty,
passando pela temida Ponta da Joatinga.
Desmistifique esta Ponta e junte-se a nós
neste cruzeiro. Também será realizado o
Encontro da Ilhas, largando dia 15 de novembro uma flotilha de Santos e outra de
Ilhabela para encontrarem-se nas Ilhas e
churrasquear, churrasquear, churrasquear.
Estamos concluindo o novo site da ABVC,
com muitas novidades como acesso a meteorologia e tabuas de marés, nossa loja,
melhoria no acesso aos pagamentos.
Estamos concluindo também a programação do Cruzeiro Costa Leste 2014. Não
fique de fora deste que é o maior Cruzeiro
organizado pela ABVC.
Iniciamos a organização do Cruzeiro Costa
Fluminense que deverá partir dia 29/12 do
Saco de Céu, na Ilha Grande, em direção
aos fogos de final de ano no Rio de Janeiro.
Fique atento à divulgação da programação
em nosso site.
Fique atento também para a divulgação de
novos convênios com Iates Clubes e fornecedores de equipamentos náuticos. Nossa
parceria com ABVO para baratear o seguro
de nossa embarcação esta a todo pano. Fale
com Fábio Avelar na Brancante Seguros e
tire suas duvidas.
Bons Ventos,
Maurício Napoleão
ABVC Ubatuba
A “Velejada a Ilha Bela” é a proposta de
navegação em flotilha para um fim de semana. Organizado pelo Vice-presidente
de Ubatuba, Brasílio de Mello, o passeio
aconteceu em setembro e deve se repetir
em breve. Esse evento conta com o apoio
da Prefeitura Municipal de Ilhabela, através do Coordenador da área de eventos
náuticos, do Pindá Iate Clube e do Iate
Clube de Santos subsede Ilha Bela.
Apesar de se chamar As Ilhas, é uma só
Um encontro de duas flotilhas, uma partindo de Santos e outra de Ilhabela, acontece n’As Ilhas em novembro. Organizado
pela Vice-presidencia de Santos (Volnys
Bernal) com apoio das Vice-presidencias
regiões que abrange (Santos, Ubatuba e
Ilhabela) o objetivo é propiciar a reunião
de velejadores de Santos, Ilhabela e Ubatuba em um dos poucos locais de ancoragem
entre Ilhabela e Santos: As Ilhas.
Duas flotilhas, uma partindo de Santos e
outra partindo de Ilhabela se encontrarão
no local para uma série de atividades de lazer. A programação inclui dois pernoites no
veleiro. Apesar do nome no plural o local
corresponde a uma única ilha que fica localizada no meio do caminho entre Ilhabela
e Bertioga, a uma milha náutica da Barra
do Sahy e da Praia Preta, com duas belas
praias de águas muito transparentes. É um
programão para quem está por perto (ou se
dispoha a participar). Nâo perca!
ABVC Santos
Realizou em setembro nas dependências
do Clube Internacional de Regatas de Santos as palestras sobre o Encontro das Ilhas,
o Cruzeiro Lagamar pelo Varadouro, pelo
vice-presidente de Santos, Volnys Bernal, e
a terceira sobre Pintura de barcos em obras
vivas e obras mortas realizada por Raymond Grantham.
O Cruzeiro Lagamar pelo Varadouro
(CLV) parte de Cananéia (SP) e a chega em
Antonina (PR), percorrendo 96 mn em 6
dias de navegação. Organizado por Volnys
Bernal (VP de Santos) com apoio de Paulo
Fax (VP Interior) o cruzeiro é voltado aos
velejadores de oceano e minioceano que
possuem veleiros com calado de até 1,70
metros. Para os velejadores de oceano, está
prevista uma navegação em flotilha dias
antes do início do cruzeiro de Santos até
Cananéia. O principal objetivo do Cruzeiro
Lagamar pelo Varadouro (CLV) é divulgar
uma interessante opção de lazer aos velejadores de oceano e minioceano na região
do Lagamar (Complexo Estuarino Lagunar
de Iguape-Cananéia-Paranaguá). O evento Acontece em novembro de 2013 a 3ª ediacontece em dezembro e as inscrições es- ção do Cruzeiro Costa dos Tamoios.
tão abertas no site da ABVC.
O roteiro envolve a passagem por diversas
praias e ilhas, saindo de Ubatuba (SP) com
destino a Paraty (RJ), contornando a Ponta
da Juatinga, adentrando em Paraty Mirim,
Saco do Mamanguá, Ilha da Cotia e encerrando na cidade de Paraty.
O objetivo do Cruzeiro Costa Tamoios,
além de integrar navegadores experientes com aqueles que ainda não realizaram
grandes navegadas, é desmistificar a passagem pela Ponta da Juatinga.
Varadouro: Fila indiana e calado 1,7m É o cruzeiro ideal para quem nunca fez
nada mais longo, já que terá não só a companhia de velejadores mais experientes e
de um grupo, como poderá fazer um trajeto
mediano, porém bem interessante.
Boat Show
CONVÊNIOS
A ABVC mantém convênios para os sócios. Veja alguns abaixo e outros no site:
ABVC Interior
O 9º Encontro de Vela do Interior Paulista 2013, acontece em novembro na Sunset Marina BTC em Pederneiras / SP, às
margens do Rio Tietê e próximo a Barra
Bonita. Além de teste drive em embarcações, Paulo Fax, Vice-Presidente da ABVC
Interior programou palestras, workshops e
muita gastronomia. O destaque da programação é o passeio de eclusagem a bordo Estande da ABVC no SP Boat Show
do Navio San Marino com almoço a bordo
em Barra Bonita. Quem nunca participou, A ABVC esteve no São Paulo Boat Show
precisa ir! Inscrições no evento. Confira no 2013 com um estande maravilhoso. Decosite da ABVC em www.abvc.com.br
rado com fotos e logotipos dos principais
eventos, foi muito elogiado e chamava a
atenção de quem passava por lá. No evento, a ABVC entrou de vez na luta contra a
Os associados em dia com suas obrigações cobrança do IPVA para embarcações. Pasreceberam pelos correios o novo modelo saram por lá mais de mil pessoas que coda carteirinha da ABVC, com patrocínio nheceram os nossos eventos e puderam endo Jornal Almanáutica. Junto com ela, fo- dossar o abaixo-assinado contra a absurda
ram enviados também três adesivos com a proposta de mudança na Constituição para
bandeira da associação, para serem coloca- poderem cobrar o IPVA de embarcações.
dos no carro ou na retranca do barco (ou Este movimento deverá se estender para a
onde quiser!). Os associados elogiaram e já internet e ampliar muito nos próximos dias
estão colando nos carros e barcos.
com apoio de outras entidades e expoentes
da vela. Fique de olho no site da ABVC
e no Facebook para participar e assinar o
documento.
Carteirinhas
IATE CLUBES
- Aratú Iate Clube
- Cabanga Iate Clube
- Iate Clube Guaíba
- Iate Clube de Rio das Ostras
- Iate Clube do Espírito Santo
- Marina Porto Bracuhy
- Iate Clube Brasileiro
- Jurujuba Iate Clube
DESCONTOS
7mares Equipamentos Náuticos
Botes Remar
Coninco - Tintas e Revestimentos
Ship’s Chandler: Loja Náutica em Paraty
Murolo Seguros: Preços especiais
Enautic : Loja Náutica Virtual
Divevision Loja Virtual
E muitos outros. Consulte nosso site para
saber dos detalhes de cada parceiro.
Seja sócio da ABVC: você só terá vantagens. Se já é associado, traga um amigo!
Midias Sociais
Nosso fórum ou lista de discussão, funciona no Yahoo Grupos. Se você é associado e
ainda não participa, basta enviar um e-mail
para [email protected] e solicitar
a participação. Estamos também no FACEBOOK. Lá não é preciso ser associado
Matheus Eichler, vice-presidente da ABVC
para participar. Conheça e participe!
para o Rio de Janeiro e Niterói realizou em
outubro uma palestra sobre o uso do GPS
em situações práticas. Foram abordados temas como alarme de garra, planejamento Os produtos da grife ABVC estão à sua
de derrota, uso integrado com rádios com disposição para compras via internet. São
a função DSC, uso de programas como camisetas, flâmulas para embarcações, bolHomeport/Zygrib/Nazareth, exportação de sas estanques, entre diversos outros produarquivos e a integração com outros eletrô- tos que podem ser adquiridos na loja virtual da ABVC. Acesse e conheça:
nicos.
www.atracadouro.com.br/abvc
ABVC - RJ
Novo modelo da carteirinha da ABVC
Vem aí:
Cruzeiro Costa Fluminense
Cruzeiro Costa Leste
Produtos ABVC
O Boletim Oficial da ABVC é uma publicação independente. As opiniões e notícias do jornal Almanáutica não representam necessariamente a opinião da entidade, e vice-versa.
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Como compramos o Lagoon 380 Aventura no Alasca