ALMANÁUTICA Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano II – nº 09 – novembro/dezembro 2013 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO! Aventura no Alasca Como compramos o Lagoon 380 “Trabalhamos em tudo o que apareceu” “Tem ursos lá fora!” Confira também: Condenado por furtar diesel de Lancha-Patrulha HPE: inovação com cabine aberta na Santos-Rio Os novos cruzeiros da ABVC para o fim de ano Petição contra cobrança de IPVA para barcos Heavy Metal: As velejadoras no som pesado Circuito Rio Club Med Sailing Week Faça: Instale placas solares Segredos da Moqueca ALMANÁUTICA 2 EDITORIAL Contra o IPVA A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 140/2012) que trata da cobrança de impostos para veículos aéreos e aquáticos (Dep. Assis Carvalho PT/Piauí) aguarda criação de uma comissão na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Visa, claro, o aumento de impostos. A PEC quer alterar a Constituição Federal para permitir aos estados a cobrança do IPVA sobre aviões e embarcações. A matéria já foi objeto de discussão no STF em maio de 2002. Na época, a tentativa de impor o tributo era a mesma, mas sem a alteração constitucional. Decidiu-se por maioria de votos, que os estados não poderiam tributar os proprietários de embarcações e aeronaves. A justificativa foi baseada no fato de o IPVA (imposto sobre veículos automotores) ser um sucessor da antiga TRU (Taxa rodoviária Urbana) e voltada apenas para veículos automotores terrestres. Além disso, pesou a questão da competência para a cobrança, que seria exclusivamente da União. A Secretaria da Fazenda de São Paulo chegou a produzir uma tabela referente ao ano de 2007 onde aparecem os valores de IPVA que seriam cobrados das embarcações. São valores fixos para jet skis e variando com o tamanho para veleiros e demais embarcações. Para se ter uma ideia do que isso significaria, um veleiro mediano na faixa de 30 pés fabricado em 2006 pagaria em 2007, R$ 2.323,51 de imposto. Um jet ski do mesmo ano, R$232,33. Ficariam de fora veleiros menores de 15 pés desde que não possuíssem motor de centro. Agora a manobra política poderá tornar a cobrança viável. O tema, que vem sendo defendido por alguns como sendo de “interesse popular” na verdade revela a ignorância sobre o uso dos veleiros. Sendo o IPVA um imposto para “veículos automotores”, jamais poderia incidir sobre um veículo movido por vento. Num veleiro, o motor é apenas auxiliar em manobras quando da atracação/ desatracação ou em emergências causadas pela falta de vento. Na mais recente edição do salão náutico de São Paulo a ABVC, apoiada pelo Almanáutica iniciou um abaixo-assinado contra o IPVA. O endereço eletrônico está na página do Almanáutica e na página da ABVC. Participe! Dos Leitores Ricardo, a sua dedicação ao ALMANAUTICA é maravilhosa. Tive a oportunidade de ler de ponta a ponta o número julho-agosto de 2013 e fiquei admirado com as notícias e reportagens. Posso afirmar que ele preenche o espaço vazio deixado pela nossa revista “YACHTING BRASILEIRO”. Parabéns. Fernando José Pimentel Duarte O jornal é maravilhoso, completo! Rosana Campos – Tenab - Bahia Parabéns. São pessoas como vocês que fazem as coisas acontecerem. Sergio Gáudio - Veleiro Olodum Sensacional essa promoção da Clipper Ocean Race!! Obrigado pela iniciativa e abraços! Bruno Canesi Morino Almanáutica: Jornalista Responsável: Paulo Gorab Jornal bimestral, com distribuição nacional nos principais polos náuticos do Brasil. Ano 02, número 09 nov./dez. de 2013 Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier Contato: [email protected] Almanáutica é uma marca registrada. Proibida a reprodução total ou parcial. Visite nosso site e fique por dentro das novidades diariamente: www.almanautica.com.br Murillo NOVAES Atlântico sonho Olá querido amigo e leitor deste jornal de alma pura como a água do oceano. Eis que este jornalista travestido de velejador (ou o oposto, como queira) se encontra agora em pleno continente africano depois de realizar um sonho infantil: cruzar um oceano. No caso o nosso atlântico desafio de todos os brasileiros voltados para o leste. Pois é, a convite da sempre querida e competente Flavia Goffi, a representante da Clipper Race no Brasil, a organização do maior desafio oceânico não profissional da vela mundial me deu a oportunidade única de fazer parte da segunda perna desta regata de volta ao mundo que percorre quase 40 mil milhas pelos mares do planeta. No dia das crianças (nada mais apropriado!) deste 2013 de nosso senhor me fiz ao mar à bordo do “OneDLL”, o barco patrocinado pelo banco homônimo que, sob o comando de Olly Cotterell, havia chegado ao Brasil começo de outubro junto à flotilha de 12 novas naves que compõem o desafio. Os novos Clipper70, desenhados pelo nosso amigo portuga radicado nas inglaterras da rainha, Tony Castro, têm um quê de Volvo70 no visual e um pouco dos antigosClipper68 (ou ainda dos pioneiros Clipper60) na questão da segurança e manobrabilidade. Afinal, o barco tem que levar até 24 tripulantes por perna (na média, menos) mundo afora com apenas um velejador profissional a bordo. O comandante! Murillo Novaes, direto da África do Sul O resto da galera paga (e não é pouco. Em média, R$ 30 mil por perna) para viver a experiência de velejar no oceano. E que experiência!! Confesso que sempre que pensei na regata nas inúmeras vezes que escrevi sobre, sempre tive um certo preconceito com essa coisa de tripulação pagando para velejar. Mas depois de 14 dias ao lado destes bravos velejadores, percebi que, na verdade, ocorre o oposto. O nível de entrega, foco, alegria e disciplina é algo que pouca vezes vi em qualquer outro veleiro. E olha que tive oportunidade de velejar com uma galera da pesada nestes anos e anos de letras náuticas e H2O ao vento no planetinha azul. O fato é que o treinamento pelo qual os caras passam na Inglaterra é duríssimo, super pesado, profissional e deixa os participantes com um nível de conhecimento náutico digno das melhores tradições imperiais britânicas, construída por seus excelentes marinheiros. De que outra forma uma secretaria executiva aposentada de meia idade poderia ir até púlpito de proa de um 70 pés sob ventos de quase 30 nós no Atlântico Sul e ajudar a fazer uma troca de velas Crônicas Flutuantes É na hora daquela geladíssima caipirinha no cockpit preparada com esmero por sua companheira que, vez ou outra, deixamos o pensamento livre às elucubrações e boa parte dessas “Crônicas Flutuantes” vêm à tona. O único perigo é acabar o gelo, que costuma ser escasso. Há, todavia, muitos outros perigos a bordo de um veleiro. Uma das coisas que mais me causa medo é cair na água e, caso não estejamos sós, ninguém perceber. Em menos de um minuto estaremos vendo nosso barquinho se afastar e, possivelmente, se não entrarmos logo em pânico, seremos assolados pelo maior sentimento de solidão a que um ser humano talvez possa estar exposto, aí então o pensamento automaticamente se voltará para os tubarões, mesmo que saibamos que por ali nunca tenham sido vistos; sei lá... vai que naquele dia um se tenha desviado dos caminhos habituais e a gente ali, com as perninhas balançando feito fosse minhoca em ponta de anzol... credo! São nas horas de relaxamento que as coisas costumam acontecer. Basta baixarmos a guarda e... lá está o diabo pronto para mais uma das suas. Fazer xixi, por exemplo; normalmente, quando navegando, principalmente com mau tempo e frio, a gente vai segurando a vontade até não poder mais, pois as manobras envolvidas na obra, dependendo do tipo de roupa de vela que se está usando, podem ser complexas. Aí o cara vai, cria coragem, sai engatinhando, agarra-se preferencialmente num estai de sotavento para não regar o convés e... ah!!!, que alívio!!! É sempre nesse momento que vem aquela onda fora de esquadro e joga o caboclo na água. Pior que isso só se o zíper prender no piupiu, coisa não muito difícil de acontecer, pois nessas condições o bichinho está mais encolhido que sei-lá-o-quê e só o prepúcio – incrível que não haja sido criado até hoje um nome mais, digamos, popular para essa palavra tão deselegante – está de fora... sorte dos circuncidados. Perigos à espreita na madrugada? Com competência e segurança! E esta mesma senhora, ainda sabe costurar velas como ninguém e ajuda em diversas outras tarefas como a navegação e a manutenção do motor, gerador e dessalinizador. Só para citar um exemplo. No meu barco havia mais 19 deles... E quem pensa que, pelo fato de estarem pagando, o comandante alivia qualquer coisa para qualquer um, pode tirar o cavalo da chuva. Pelo contrário. O nível de exigência é o mais alto possível e a regata é corrida à vera. Com faca nos dentes e sempre botando o barco para andar. Claro que uma certa falta de experiência prévia às vezes se faz evidente no limite do alto nível, mas aqueles que já velejavam antes ajudam a colocar o sarrafo em uma altura bem boa. E o tal Clipper70, apesar de pesadão e “careta” (velas de Dacron, mastro de alumínio, casco de fibra de vidro) chega a quase 30 nós no popa. Quem pode querer mais? Bem... Eu quero!! Queria continuar em mais umas duas ou três perninhas porque esta passagem pelo Atlântico Sul, com mais de 3.600 milhas navegadas e chegando em quarto lugar a apenas uma milha do terceiro e pouco mais de duas horas do segundo, foi demais pra este manza!! A convivência com pessoas interessantes de diversas nações e com o oceano é sempre um super prazer. E chegar em locais como esta cidade neste cabo da Boa Esperança é duca! Como diria um amigo bandeirante: eu recomeiiindo!! Quem puder, faça. Será inesquecível. Palavra de navegador! Murillo Novaes Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com Coluna do escritor José Paulo de Paula Em segundo lugar vêm os raios. Deus do céu! Já estive em meio a algumas tormentas elétricas e, mesmo sabendo da pouca probabilidade de um raio atingir o mastro e estes estarem devidamente aterrados, a vontade que dá é a gente ficar encolhidinho na cama sem por os pés no chão até que a borrasca se vá. Se o barco for de metal então... vixe! Queimaduras são um perigo latente; estão sempre à espreita. Desde panelas no fogão, até fogo, fogo mesmo. Tenho um amigo, médico, grande navegador e conhecedor de, até aquele dia, todos os segredos e perigos de bordo. Já esteve na Antártica várias vezes, dobrou e desdobrou o Horn, velejou à Europa e em grandes rios como o Amazonas e o Tapajós. Deve ter mais milhas navegadas do que o Colombo. Pois não é que numa tarde tranquila em Paraty, ao lado de sua linda companheira, foi abrir a tampinha do radiador do motor, pois o ponteirinho da temperatura perecia ter travado e... a coisa explodiu em seu rosto causando queimaduras horríveis. Há tempos, com o barco preguiçosamente amarrado à poita, passei aperto semelhante quando o motor de arranque travou em funcionamento e pôs fogo naquele revestimento anti ruído que os fabricantes juram de pés juntos que não são inflamáveis. Pois eu lhes digo, além de altamente inflamáveis, produzem, quando queimados, uma fumaça esverdeada e nauseabunda mais tóxica do que cianureto devida a uma fina camada de chumbo que há entre a espuma. Quando percebi a fumaça vindo de dentro da cabine desci rapidamente; tive que ir direto para a proa, pois o resto do barco já estava tomado. Sorte é que guardo à proa um dos não sei quantos extintores exigidos por um tal de Normam. Tirei a camiseta, enrolei-a no rosto à guisa de máscara, saquei a trava do extintor e me meti em meio à nuvem tóxica; dei um chute na tampa do motor, fechei os olhos e, prendendo a respiração, fui disparando a carga anti-chamas; subi a gaiúta apavorado metendo a cabeça na tampa e me atirei na água pensando no botijão de gás de 13 quilos na popa. Não tinha certeza de que apagara o fogo mas, passados alguns minutos sem que o barco explodisse subi a bordo e vi que a parte séria do incêndio havia sido debelada. Tossindo muito abri todas as vigias e fui salvo por uma bombinha de asma que já há cinco ou seis anos não era incomodada na caixa de primeiros socorros. A retranca achar uma cabeça distraída no meio do caminho durante um jaibe involuntário pode ser o último barulho que o sujeito escutará. Há, no entanto, perigos menores como, por exemplo, a vez que tive que levar minha companheira ao oftalmologista após a velejada de domingo depois que lhe acertei um caroço de azeitona bem no meio do olho esquerdo no momento exato em que ela punha a cabeça pela gaiúta para anunciar que a caipirinha estava esquentando, fato este, como já dito acima, que também envolve algum perigo, mas por falta de avaliação mais criteriosa não se tem exata noção das conseqüências daí advindas a não talvez pelo fato de, momentaneamente, se sumirem as idéias para essas crônicas. José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador e conta, em crônicas com muito humor, situações vividas a bordo com sua família no livro “É proibido morar em barco”, à venda na Livraria Moana Foto da capa A foto de Leonardo Cristofoli mostra a garotada da ANI - Associção Náutica de Itajaí remando no Saco da Fazenda. Rio Grande do Sul Match Race O clube Veleiros do Sul sedia entre os dias 20 e 24 de novembro o 5º Porto Alegre Match Cup - Brasileiro de Match Race 2013 em Porto Alegre, aberto para até 12 equipes nas divisões Open, Feminino e Júnior (menores de 23 anos). O Porto Alegre Match Cup reúne velejadores de todo o país e na última edição o velejador Samuel Albrecht, também do VDS sagrou-se bicampeão da competição. O clube está recebendo as inscrições das tripulações interessadas em correr o campeonato. Maiores informações no site do clube: vds.com.br Troféu Cayru Homenagem ao fundador dos clubes náuticos do Rio Grande do Sul, Leopoldo Geyer, acontece pelo 23º ano “Caco” More, feliz, levou o Troféu Cayru Uma das novidades da 23ª edição do Troféu Cayru foi que o vencedor da regata longa Volta Ilha das Pombas recebeu um inédito troféu rotativo. “A ideia foi valorizar a regata longa, tirar os barcos do trapiche e velejar. Mesmo os barcos que não são medidos na BRA-RGS puderam se inscrever”, explicou o vice-comodoro esportivo do Clube dos Jangadeiros, Francisco Freitas. A competição reuniu mais de 200 veleiros no Guaíba, em Porto Alegre nos dias 19 e 20 de outubro. E quem levou a melhor foi o Abaquar, do comandante Carlos Eduardo More, o Caco. O segundo lugar ficou com o Patron, de João Antonio Ritzel, do Veleiros do Sul, seguido pelo Delirium, de Darci Rebelo Junior, também do Jangadeiros, que completou o pódio. A competição foi criada em 1991 para homenagear o patrono e fundador dos Clubes Jangadeiros, Iate Clube Guaíba e do Veleiros do Sul, Leopoldo Geyer e seu barco o Cayru. O evento faz parte do calendário oficial das regatas da classe de Oceano da Fevers e é válido como segunda etapa do campeonato estadual para as classes BRA-RGS (A e B), HPE 25, J-24 e Microtoner 19. Também venceram no 23º Troféu Cayru de Vela de Oceano o Tereza, de Niels Rump, na classe HPE 25; o Bravíssimo, de Renato Plass, na J-24; e o 14 Bis, de Humberto Blattner Neto, na Microtoner 19. A Regata em Solitário terminou com a vitória do Boa Vida IV, de Marcelo Bernd; enquanto o Fita Azul do Velejaço foi o Tempest, de Marcelo Hoffmeister. (Foto: Claudio Bergman) 3 UM GIRO PELA COSTA As principais notícias de Sul a Norte. O que acontece nos polos náuticos. Bahia Regata Salvador-Morro Já estão abertas as inscrições para o X Regata Salvador – Morro de São Paulo, organizada pelo Yatch Clube da Bahia com apoio do Clube de Vela de Morro de São Paulo As Classes convidadas são Hobie Cat 14, Hobie Cat 16, Supercat 17, Tornado, A-Cat, Hobie Tiger, Nacra ou qualquer outro modelo de catamarã sem cabine, além de multicascos de oceano medidos na classe MOCRA. As inscrições poderão ser feitas via e-mail ([email protected]) até o dia 13 de fevereiro de 2014 (quinta feira); na Gerência de Vela do Yacht Clube da Bahia até as 18:00 horas do dia 13 de fevereiro de 2014 (quinta feira). A organização do evento disponibilizará barcos de apoio para fornecer o suporte necessário e a embarcação Bom de Mar retornará a Salvador no dia 16/02/14 (domingo) e podendo acompanhar os participantes que retornarem neste dia. Med Sailing Week Paraty - RJ IV edição da Regata do Pigão Vinte e oito barcos, vinte e dois livros e dezenas de pizzas e brindes do Almanáutica Realizada em Paraty a quarta edição da Regata do Pigão foi mais uma vez um sucesso. Com um bom vento, tempo bom, alegria, e brindes e tudo acabou – como sempre - em deliciosas pizzas na Pizzaria Café do Canal. Foram 28 barcos disputando 3 classes: até 29 pés, de 30 a 35 e acima de 35 pés. Foram arrecadados 22 livros para a Biblioteca do Instituto Náutico Paraty (apoiador do evento) e R$ 500,00 para a manutenção da escola do INP. A CR foi presidida pela Juíza Roberta Cosolich, e o evento teve apoio do Jornal Almanáutica que distribuiu sacolas com brindes. Na Classificação geral (a mesma da classe acima de 35 pés) ficaram pela ordem: Odara (Delta 45) seguido do D´Boa (Beneteau 45) e do Jylic (Fast 395). Até 29 pés o Picus III, Juno e Brutus. Na classe 30 a 35 pés Móbile, Horizontes e Spray. Em novembro as águas da Bahia estarão agitadas. Diversas competições acontecem por lá, como o 52º Campeonato Norte e Nordeste da Classe Snipe, na Ilha de Itaparica, com organização técnica de Luis Eduardo Pato. Também acontece o Brasileiro de Windsurf (Raceboard, RS: One e Techno 293), que é organizado pela LG Soluções Coorporativas, com apoio da Confederação Brasileira de Vela – CBVela, e da Associação Brasileira de Windsurf – ABWS e Federação de Esportes Náuticos do Estado da Bahia FENEB, além da Neil Pryde. Na sequencia rola a Club Med Sailing Week para Optmist, 420, 49er, Laser, Dingue e Hobie Cat 16, além de Stand Up Paddle e até Rádio Controlados. Para informar-se de qualquer uma das competições envie um email para Luis Eduardo Pato no [email protected]. Santa Catarina Receita apreende três barcos em SC Rio de Janeiro Circuito Rio 300 documentos de barcos maiores de 29 pés também estão sendo investigados Novembro marca o início da 44ª edição do Circuito Rio de vela oceânica, no Iate Clube do Rio de Janeiro, e também válido como Campeonato Brasileiro da classe BRA-RGS. A organização preve 50 barcos. Foi da ABVO Associação Brasileira de Veleiros de Oceano a idéia de unir os dois campeonatos. Também participam as classes S40, C-30, ORC e IRC. Lars e Torben Grael e André Mirsky já confirmaram presença. Você pode ficar por dentro de tudo o que rola no Circuito Rio no site icrj.com.br/circuitorio . A Receita Federal em conjunto com a Marinha do Brasil e a Capitania dos Portos de Santa Catarina realizaram em outubro a Operação Leão Marinho, uma operação de fiscalização em embarcações de esporte e recreio, marinas e iate clubes na grande Florianópolis. A Receita fiscalizou os trâmites de importação de embarcações estrangeiras e o respectivo lançamento na declaração de imposto de renda de seus proprietários. No total foram 30 agentes, cinco viaturas e duas lanchas, fiscalizando 18 marinas. Três embarcações foram retidas e nas marinas, 300 embarcações de mais de 29 pés tiveram suas documentações recolhidas para verificação do imposto de renda de seus proprietários. A Receita já realizou essa operação em 2012 porque encontrou indícios de que algumas embarcações estivessem em nome de laranjas, o que configura crime de lavagem de dinheiro. A Inteligência da Receita Federal efetua um levantamento preliminar e identifica embarcações suspeitas, que são objeto de verificação durante a operação. O nome da operação foi inspirado no plano de invasão da Grã-Bretanha pelas forças alemãs em 1940 (Unternehmen Seelöwe em alemão). Entretanto, ao contrário do plano da Receita, o plano nazista acabou não se concretizando graças às derrotas sofridas nas batalhas (Foto: blog da Receita de SC) aéreas preparatórias para a invasão principal. ALMANÁUTICA 4 Itajaí Navegando com os Mamíferos Marinhos Heavy Metal Associação Náutica de Itajaí leva garotada para conhecer de perto as baleias. Em novembro será a vez de conhecerem as tartarugas do Projeto Tamar. Conhecidas no Laser, as irmãs Decnop mandam bem no rock Em setembro, 36 crianças e adolescentes da rede pública municipal de ensino, que foram destaque no Projeto “Navegando pela Cidadania 2013”, realizado pela Associação Náutica de Itajaí - ANI, participaram do Projeto Navegando com os Mamíferos Marinhos. Os alunos foram selecionados entre 300 participantes do projeto por apresentarem as melhores notas e o menor índice de faltas na escola na ANI. Também participaram os instrutores da ANI e 18 profissionais que acompanharam a Equipe de Remo e Vela. Eles realizaram uma visita ao Museu da Baleia, em Imbituba, SC e que é tombado como Patrimônio Histórico Municipal. Lá funcionou uma das pri- Quando se ouve falar em Renata ou Fernanda Decnop a primeira coisa que vem à mente são os monotipos de Laser e as competições de vela. Mas nem só de vento vivem as meninas. Elas também mandam ver no metal: Atuam no grupo de Heavy Metal chamado Empürios. Enquanto Renata ataca na guitarra, Fernanda (ao lado) manda ver nos vocais. É pauleira pura e de boa qualidade. Pra quem quiser conhecer o som, é só dar uma busca com o nome da banda pelo Face, Youtube ou Google. Mas antes é bom aumentar o volume! É rock’n roll, baby! (Foto: Jessica Monstans/Divulgação) Rio de Janeiro Fernanda Decnop: vela e metal na veia Clipper Round the World no Rio Doldrums e quebras fazem Clipper ficar pouco no Rio de Janeiro. Murillo Novaes embarca e vai para a África. Só quem teve as melhores notas e não faltou é que foi selecionado pelo projeto meiras indústrias de beneficiamento de óleo de Baleia, usado na época para iluminação, lubrificação e construção civil. Em 1973 e após restauro, passou a receber o museu que conta a história da matança das baleias e da luta por sua preservação. Também puderam conhecer a sede do Projeto Baleia Franca, em Itapirubá, SC, criado com objetivo de estudar e cuidar das baleias. Este projeto é realizado pela ANI em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Itajaí. Somente nesta temporada foram avistadas 126 baleias e 55 filhotes. Em novembro é a vez da meninada conhecer o Projeto Tamar (Tartarugas Marinhas). (Foto: Ani - Divulgação) São Paulo - Interior 1ª Regata Avaré e Região Pela primeira vez acontece a regata festiva na Represa de Jurumirim, com apoio da Prefeitura Municipal de Avaré, aberta a todas as embarcações Em novembro acontece na Represa de Jurumirim a 1ª Regata de Avaré e Região, com saída e chegada no Restaurante ToaToa, na Rod. João Mellão, Km 271,5 – Entrada Do Vivenda Do Solemar, S/N às margens da Represa de Jurumirim em Avaré-SP. O objetivo da Regata não será meramente competitivo, mas realizar uma festa, divulgando a vela na Represa de Avaré. O percurso tem aprox. 15 km, ida e volta (no interior vai em quilômetros mesmo...), o que com um bom vento pode ser feito em 4 horas ou menos. Podem participar qualquer tipo e tamanho de embarcação a vela. A competição conta com um barco de apoio e serviço de rampa para colocação dos barcos na água. As inscrições podem ser feitas na Secretaria de Turismo de Avaré e já há mais de 20 inscritos. Participe! A passagem dos 12 veleiros da Clipeer Round the World pelo Brasil foi rápida. Por causa dos Doldrums (zona de calmaria na região da linha do Equandor) e da quebra de alguns dos competidores, o atraso de mais de uma semana acabou por adiar a programação in-port no Rio de Janeiro. O Jornal Almanáutica sorteou dois leitores para conhecer de perto os veleiros da Clipper. A organização brasileira teve que trocar as três vagas na regata in-port – que não ocorreu por conta do atraso - por cortesias VIP na mesma embarcação que levou a embaixada inglesa para ver de perto a largada. Os dois sorteados receberam pelo correio uma camiseta personalizada, além de um DVD e um livro de presente. As 12 equipes participantes do desafio 20132014 são a Derry~Londonderry~Doire, Great Britain, Henri Lloyd, Invest Africa, Jamaica Mission, Performance, Old Pulteney, OneDLL, PSP Logistics, Qingdao, Switzerland e Team Garmin, que continuaram a caminho da África. Do Rio segiu embarcado nosso colunista, o jornalista Murillo Novaes, a bordo do One DLL, que chegou em quarto na etapa africana. O criador Faz 45 anos desde que Sir Robin Knox-Johnston bateu seu recorde de volta ao mundo sem escalas e em solitário em 1968-69. Clipper: Lenta no Equador, voando no RJ Hoje, como Presidente Executivo e fundador da Clipper Ventures Plc, ele está na vanguarda no que diz respeito a regatas de volta o mundo e possui diversos prêmios e certificados de reconhecimento e importância de seus feitos. Entre eles estão o recorde de circunavegação mais rápida, junto com o Sir Peter Blake e o fato de ter sido nomeado três vezes como o velejador do ano pela RYA – Royal Yacht Association / YJA – Yacht Journalism Association. Trabalhou na Comissão de Regata da Whitbread 1990-1994 e organizou o BOC – Desafio de Volta ao Mundo, em 1982 e 1986. Participou da corrida Sydney-Hobart 2010 com 71 anos. Agora ele vai disputar a Sidney Hobart, uma das regatas mais duras do planeta, com anos de idade. Ele vai competir num Clipper 68, barco idealizado por ele para disputar a Clipper Race anterior, 2011-2012. Os 12 barcos que estão nessa edição da Clipper também estarão presentes na regata. Guarapiranga - SP Sul-Americano da Juventude Atleta do YCSA, Pedro é prata na disputa realizada em Lima, Perú Pedrinho e sua medalha de prata Pedro Correa de 15 anos conquistou recentemente a medalha de prata nos 1º Jogos Sul-americanos da Juventude disputado em Lima, no Peru. “Pedrinho” é atleta do YCSA, e tem sido destaque nas competições nacionais e internacionais com suas performances. Na edição inaugural dos Jogos Sul-Americanos enfrentou adversários de oito países. Pedro mudou do Optimist para o Laser há menos de um mês da competição e mesmo assim, faturou o segundo lugar. Atual campeão brasileiro de Optimist, ele agora se prepara para o próximo desafio na China. (Foto: YCSA) Rio de Janeiro Regata da Escola Naval Pelo sexagésimo oitavo ano a Escola Naval reúne quase mil embarcações para a festa na Baía da Guanabara, com destaque para a participação do SUP A 68ª edição da Regata Escola Naval reuniu mais de 900 veleiros em suas mais de 40 classes em outubro. Organizada pelo Grêmio de Vela da Escola Naval, a regata, criada em 1946 com o nome de Taça Escola Naval, representa uma grande confraternização entre velejadores. Mais de dois mil atletas, entre canoístas e velejadores (além de competidores estrangeiros do Chile, Holanda, Portugal, Uruguai, Equador e Argentina) participaram do maior even- to náutico da América Latina A novidade ficou por conta da inclusão de uma prova de Stand-up Paddle, nas categorias profissional e amador, divididos em masculino e feminino. Crianças atendidas por projetos sociais também encontraram seu espaço para conhecer e praticar o iatismo. Jovens que integram os projetos Grael, Mar Vip Social e Navega São Paulo participaram ativamente da regata. Campeonato Carioca de Star Torben e Lars levam, respectivamente, primeiro e segundo lugares na Star Foi realizado em outubro no Rio Yacht Club, em Niterói, o Campeonato Carioca de Star. Vinte e quatro duplas participaram do evento em três dias de competição. Torben Grael e Guilherme Almeida ficaram com o título, seguidos por Lars Grael e Samuel Gonçalves e Marcelo Fuchs e Ronald Seifert. Ilhabela - SP Brasileiro de Hobie Cat 5 Vela adaptada: 2º Campeonato Vitória - ES O voo de Ícaro: VI Taça Morris O 2º Campeonato Mineiro de Vela foi realizado em setembro pela AMVA - Associação Mineira de Vela Adaptada (para contato procure no Facebook), com o objetivo promover e incentivar a prática de esportes náuticos de alto rendimento para pessoas com deficiência. Realizado em parceira com o ICLI - Iate Clube Lagoa dos Ingleses, foi o maior encontro de Vela Adaptada (iatismo paralímpico) realizado no Brasil. O evento ocorreu no Iate Clube Lagoa dos Ingleses, que oferece excelentes condições para velejar e reuniu os melhores velejadores de Minas Gerais e competidores de várias localidades do país (MG, DF, SP, RS) e da Argentina (2 equipes). No final, os “hermanos” ficaram com o primeiro lugar (Joaquim, Maria e Tomas da Fundación Argentina Vela Adaptada FAVAA), com Minas Gerais (Marcos, Jordam e Reinaldo, do Iate Clube Lagoa dos Ingleses) em segundo, e o DF em terceiro (Roberto, Paulo e Leonardo do Cota Mil). Joseph William Morris Brown foi campeão brasileiro da classe de Snipe em 1949, com apenas 14 anos. Relembrado todos os anos no Iate Clube do Espírito Santo – principalmente por seu filho William Brown, o Billy, este ano a competição deve ter sua sexta edição em novembro. A regata que leva o nome Taça Morris Brown, é realizada pelo Iate Clube do Espírito Santo para as classes de Snipe e Laser. O troféu para a classe Snipe é transitório e quem vence a regata fica com o troféu durante um ano. O troféu foi criado pelo artista plástico Penithencia, e representa a história da mitologia grega sobre Dédalo, pai de Ícaro conhecido por deixar a ilha de Creta voando. A poética homenagem a Morris relembra sua morte. Ele faleceu durante um vôo de Asa Delta. Agora, é lembrado todos os anos no Espírito Santo pelo Iate Clube e pelos velejadores de Snipe. Lagoa dos Ingleses - MG Realizado pela AMVA a segunda A VI edição da Taça Morris Brown edição do Campeonato Mineiro de acontece em Vitória e homenageia velejador que morreu voando Vela Adaptada é sucesso outra vez A BL3 na Praia da Armação, receberá os melhores velejadores do Brasil das classes Hobie Cat 14 e Hobie Cat 16 que disputarão o BRASCAT - Campeonato Brasileiro de Hobie Cat, de 9 a 16 de novembro. A Classe A-Class velejará como classe convidada. São esperados cerca de 60 barcos. O evento é organizado pela Associação Brasileira da Classe Hobie Cat, com o apoio da Prefeitura de Ilhabela, CBVela, Flotilha SP-12, e a BL3 Escola de Iatismo, que sedia o campeonato. As embarcações poderão chegar a partir de 02/11. A Organização conjuntamente com a Hobie Cat Brasil está trabalhando para Com um beijo na linha de chegada na última regata, Clínio de Freitas e Cláudia Swan oferecer barcos para aluguel. Os interessados devem pleitear uma reserva de locação. comemoraram a conquista do título do primeiro Campeonato Sul-Americano da classe Entre em contato por e-mail Alan Freeman: [email protected] Nacra17 realizado em novembro, no Veleiros do Sul, RS. “Estou muito feliz por termos Confira o aviso de regata e inscrição em http://doity.com.br/brascat2013 conseguido vencer o campeonato, só lamentei o desfecho”, disse Clínio, se referindo à última regata que foi atingida por um forte vento, seguido de temporal, que causou algumas viradas de barcos na raia do Guaíba. A dupla do Rio de Janeiro velejou a última perna da regata sem a vela balão, que sempre é usada com vento a favor. “Não quis me arriscar, quando vi o pessoal capotando na raia e deu certo”, comentou o timoneiro. ClíPela primeira vez a Santos Rio pode ser nio de Freitas e Cláudia Swam foram também os campeões do primeiro campeonato braacompanhada ao vivo pela internet. A Assileiro, realizado em julho no Rio de Janeiro, e únicos representantes do país no Mundial sociação Brasileira de Veleiros de Oceano da Holanda, também em julho. Os gaúchos melhores posicionados foram Marcos Pinto (ABVO) forneceu um Tracker - GPS para Ribeiro, 46 anos, e Valéria Fabiano, 26, do Veleiros do Sul, que terminaram em quinto os primeiros 20 barcos inscritos na regata. lugar. Para quem não conta com patrocinador nem apoio técnico, o resultado foi muito No total, 24 equipes largaram no evento. bom. “Até cinco dias atrás era um sonho estarmos velejando neste barco. Foi um esforço Na competição também aconteceu o Desagrande, pois não somos profissionais da vela, avaliou Marcos Ribeiro. O Sul-americano fio Santos-Rio de HPE, que foi idealizado contou com a participação de nove tripulações do Brasil, Argentina e Uruguai. por Marcelo Bellotti. Embora os participantes sejam experientes, foi a primeira vez que as mais de 200 milhas foram percorridas por dois veleiSER Glass e Suzuky: HPE’s na regata ros de 25 pés (8m) e sem cabine, os HPE 25. A travessia durou mais de 40 horas, que ser escoltados por um bote de apoio. sem paradas ou abrigos. Marcelo Bellotti e No final, Magia V de Torben Grael chegou Luiz Rosenfeld foram os comandantes dos em primeiro seguido do Sorsa, de Celso veleiros W.Truffi/SER Glass e W.Truffi/ Quintella com Zing 2 em terceiro. Os dois Suzuki, que partiram do Iate Clube de San- HPE e o bote de apoio Zonda chegaram tos com destino ao Iate Clube do Rio de por volta das 3.30 da manhã de segunda-feira (a largada foi 12:05 de sábdo). Janeiro. Eles foram autorizados pela Marinha da A foto dos HPE é de Ronald Izoldi, que esBrasil, para fazer a travessia, mas tiveram tava no barco de apoio. 1º Sul-Americano de Nacra 17: É do Brasil Santos - SP 63ª Santos Rio: Cheia de novidades Dupla em busca de Patrocínio A dupla de velejadores do Veleiros do Sul busca apoio e patrocínio para a Nacra 17 na campanha Olímpica A dupla de velejadores do Veleiros do Sul, Marcos Pinto Ribeiro (Kako) e Valéria Fabiano está em busca de patrocínio para os Jogos Olímpicos na Nacra 17. Eles precisam de apoio e patrocínio para a compra do barco e estruturação da campanha. “Precisamos apenas de uma ajuda inicial, uma mão amiga. Depois, no médio prazo, é preciso aprovar um projeto maior em cima das Leis de Incentivo ao Esporte para viabilizar os custos de viagens, equipamentos, etc”, conta Valéria. Luis Schneider, sócio do VDS está emprestando um Hobie 16 e Christian Voelker, também associado está emprestando um Tornado para os treinos. Se dependesse de currículo, ficaria fácil: Kako é tetracampeão sul-americano de Soling e foi Campeão Mundial em 2007. Também foi pentacampeão brasileiro com Nelson Piccolo e ganhou diversos títulos estaduais nas classes Hobie Cat 16 e Super Cat 17. Ao todo são 56 títulos, sendo um mundial, quatro sul-americanos, 13 brasileiros, um argentino, 14 sul-brasileiros e Kako e Valéria: apoio para Rio 2016 23 estaduais. Valéria foi campeã estadual feminina no Laser 4.7. Para apoiar a dupla, o contato deve ser feito pelo e-mail [email protected] Foto: Divulgação VDS “ ALMANÁUTICA 6 Uma aventura no Alasca Igor Mestriner trabalhou no histórico veleiro Nordwind levando seus proprietários para as entranhas do Alasca. E contou para o Almanáutica como foi! “Alasca, a última fronteira” dizem as placas dos automóveis que circulam pelo maior de todos os estados dos Estados Unidos da América. Nem mesmo nos meus mais remotos sonhos imaginei que um dia navegaria por essas frias, misteriosas e perigosas águas... Cheguei à encantadora cidadezinha de Homer, na Península do Kenai por volta das 3h da madrugada, após passar o dia todo em trânsito vindo de New Port, Rhode Island, do outro lado do país. O sol seguia alto no céu dando sequer sinal algum de que baixaria em algum momento. Essa foi minha primeira impressão dos 59º de Latitude Norte onde eu caminhava tranquilamente metido em minhas botas e trazendo o velho saco de marinheiro no ombro. Teríamos menos de um mês para reanimar o grande barco que ali literalmente hibernava, e levar o dono e sua simpática esposa para um cruzeiro de exploração pela península do Kenai por 10 dias. Depois a embarcação seguiria para Vancouver, Canadá, onde enfrentaria outro longo e frio inverno sem ninguém a bordo. Nordwind: Construído em 1939, ainda enfrenta com galhardia as geleiras do Alasca O Nordwind foi construído na Alemanha no ano de 1939, na cidade de Bremen. O construtor, H. Gruber, e sua equipe construíram o barco para a Marinha Alemã da época. Mais de 80 pés de madeira sustentadas por costelas de ferro fundido, ornamentada com carpintaria de ponta em seu interior luxuoso, armada em Yawl. Lindo, cheio de histórias e detalhes interessantes em bronze e madeira, porcelanas nos banheiros e que davam gosto de contemplar. Assim sendo, nos enfurnamos a trabalhar e não paramos nem mesmo no feriado da Independência norte-americana. Mesmo assim, a turma nos trouxe cachorros-quentes e “biscoitinhos da Liberdade”. Fiz bons amigos ao longo dos muitos dias de trabalho pesado. Se há uma coisa que seja verdade sobre essa gente é o fato de eles respeitarem e tratarem com consideração aqueles que trabalham pesado. Gente como o bom Dave do “Ashore watertaxi” que me presenteou com carne de alce, ostras frescas, mexilhões, bacalhau negro defumado (que eu nunca havia comido). Salmão e salmão e mais salmão. O Senhor Mogar, genial eletricista, levou-me pra jantar num restaurante de verdade por aqui, e num bar, ouvir música local e falar com as pessoas que “jamais viram um brasileiro na vida”. No dia da partida o proprietário e sua esposa apareceram. Todos estávamos em nossos uniformes. Sabe como é, vida de marinheiro... O zarpe aconteceu por volta das sete da “noite” do dia 11 de Julho, o céu estava claro como somente um dia de verão saber ser e as máquinas que tão bem preparara para nossa navegação realizaram seu trabalho sem maiores incidentes. Ancoramos a primeira noite ao largo da pitoresca comunidade pesqueira de Seldovia e ali passamos a noite sem desembarcar. Acordamos às quatro e meia da manhã seguinte e “motoramos” ao redor da ponta “Adam”, fazendo assim proa a deixar as ilhas “Chugach” a bombordo. O tempo estava bom, o mar bastante liso - Tem ursos lá fora! - Melhor que tenha, jamais vi um! “ e quando adentramos o primeiro fiorde de nossa aventura, o “Northwest Fiord”, todos aqueles dias de muito trabalho e noites mal dormidas, pois nunca fica escuro, fizeram sentido! Aquele paredão azul silencioso, aquelas montanhas nevadas se erguendo até onde dói o pescoço de tanto olhar pra cima, aquele verde de inverno e todo aquele gelo e mais gelo por ao redor do barco, aquilo sim fez o sangue correr nas veias deste marujo verde-amarelo, como há anos não sentia! O dono do barco pediu que o bote fosse lançado e lá me fui com ele empurrando gelo e achando caminhos entre essas maravilhas flutuantes. Tudo bom demais, fascinante demais e, quando a proa chegava perto daquelas paredes de muitos mil anos de gelo sólido, gelado demais! Havia focas a descansar sobre o gelo flutuante, pássaros, a tal águia da cabeça pelada símbolo dos Americanos, baleias e seus filhotes a nadar tranquilamente, golfinhos de coloração negra e branca e bico bastante curto, tudo muito espetacular. E assim foi o tom de nossa viagem pelos fiordes da península do Kenai. Todos os dias acordávamos bem de manhãzinha e conduzíamos aquela embarcação histórica de madeira sobre as águas do Alasca até outro fiorde e mais uma geleira e outra ouvindo barulho de trovão, o estouro que no gelo faz quando se rompe, aquele tiro de canhão seguido do desabamento de toneladas de gelo. Às 19:20h entramos numa baía muito pequena após negociar a entrada perigosa. Uma “cove” como chamam, localizada na parte sul de “Derickson Bay”. Havia três metros abaixo da quilha e um longo cabo foi mandado à terra para evitar que o barco girasse sobre as rochas em todo o redor. Uma vez seguramente amarrada a embarcação em duas árvores, aproveitei e puxei o bote sobre as rochas que a maré ainda baixa expunha e fui explorar aquele lugar. Adentrei o campo e lá estava o gelo, espalhado por sobre a grama, amontoado junto à encosta dos pequenos morros. Havia até um rio que se acumulava ali antes de seguir por terras mais baixas até o mar. Era o lugar perfeito para acampar e madeira não faltava. Retornei ao barco e chamei a todos, “temos de acampar aqui, o lugar é perfeito e temos tudo o que precisamos a bordo”. Mas a turma não se animou muito e desconversou. “Então eu vou”. E fui. Peguei o machado de emergência de bordo (daqueles bons de rachar lenha), uma garrafa grande de água, uma salsicha, uma cerveja, isqueiro, saco de dormir. Igor: Fogueira e saco de dormir na geleira - Tem ursos lá fora. - Melhor que tenha, jamais vi um! E assim arrastei umas toras, empilhei umas pedras, cortei várias madeiras que achava secas e boas pra queimar, fiz fogo, preparei o espeto, assei a salsicha, tomei a cerveja que botei pra gelar. Depois dormi no saco de dormir abaixo das estrelas, observando-as no céu que o Alasca tinha para mostrar aquela noite. No dia seguinte desembarquei no mesmo porto, dia e hora que o dono do Nordwind e sua esposa, e após uma boa refeição num dos únicos restaurantes do entreposto de Whittier, subimos a bordo da histórica Ferrovia do Alasca e, de trem, seguimos para onde tudo começou: Cidade de Anchorage. Chegava ao fim mais uma viagem. Na verdade, não. Igor comprou uma van por 500 dólares e foi rodar o Alasca com a namorada acampando aqui e ali. Mas isso é uma outra estória... O Nordwind e a paisagem azulada “Há um barco pesqueiro esperando por um marujo como eu na costa Leste do imenso país norte-americano. Há vários, na verdade. Basta ir até lá, conhecer os marinheiros, conversar com as tripulações, ser apresentado aos capitães, fazer os amigos que você nem sabia que tinha e estavam lá. Bons Ventos a todos!” Igor Mestriner - Alasca, 2013 Brasília Eleição da nova diretoria da FNB e Torneio do Cerrado: Destaques do DF FNB relembra as regras para candidatos interessados em inscrever chapas para as próximas eleições e o Cota Mil leva na categoria Veteranos no torneio Eleições Em recente comunicado, Roberto Renner, Presidente da Federação Náutica de Brasília esclareceu as condições para que os interessados possam inscrever as chapas para concorrerem às eleições da FNB. Em dezembro acontece a eleição da nova Diretoria que será válida para o biênio 2014/2015. Os registros das chapas deverão ser efetuados impreterivelmente em novembro. As chapas candidatas à eleição devem ter obrigatoriamente candidatos aos cargos de Presidente, Vice Presidente Financeiro e Administrativo, Vice Presidente de Vela e Vice Presidente de Motonáutica, todos maiores de 21 anos e estarem adimplentes com a Federação. Torneio do Cerrado A 4ª Edição do Torneio do Cerrado ocorreu nos dias 28 e 29 de setembro na raia sul do Lago Paranoá. A competição contou com 14 velejadores dos clubes da Capital Federal e foi dividida em duas categorias: a estreante e a veterano. O Cota Mil Iate Clube conquistou a primeira colocação na categoria veterano com Diego Campos, seguido por Edward Cromwell do ICB e Leandro Bottechia em terceiro, também representante do Cota Mil. A velejadora Mayara Chew conquistou o primeiro lugar como veterano feminino. Pela categoria estreante os três primeiros colocados foram, Gabriel Gouveia, Luiz Santos e Daniel Souza, consecutivamente. 7 E o sonho virou Cascalho... Essa estória não é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade, é mesmo... Era uma vez uma estória de mar e amor. Luiz, filho de um pescador de sardinhas de Santa Catarina cresceu nadando na praia de Cascalho onde salgou seu sangue. Mauriane era dentista. Estudara na Universidade Federal de Santa Catarina. 1992 foi o ano em que eles se casaram. Mas ainda não se conheciam. É que cada um formou sua família e foi viver sua vida. O mar de Santa Catarina, uma terna lembrança. Em 2006 eles estavam separados. Cada um com sua vida e seus afazeres. Um dia, Luiz resolveu almoçar num restaurante lá na mesma praia de sua infância: Cascalho. Mauriane também saiu naquele dia. E também estava lá. Mesmo restaurante, mesma praia. Uma conspiração? Talvez espiritual, talvez universal, ou só uma bonita coincidência – conheceram-se mais e melhor, apaixonaram-se, namoraram, e até se casaram! Sonho? É trabalhar com o que aparecer! Num dia de muita chuva, Luiz perguntou a Mauriane: ”Tenho um sonho, morar num veleiro e dar a volta ao mundo com ele. O que você acha?”. Ela estranhou. Olhou para a janela e para a água que escorria no vidro. Engoliu seco. Meio gaguejando respondeu ”Até já pensei em ter uma lanchinha para passear nos finais de semana. Mas isso??”. Decidiram então fazer conhecer esse novo mundo da vela. Sol, ventos brandos, paisagens deslumbrantes que só Santa Catarina pode proporcionar. E assim Mauriane se viu morando num veleiro. Contrariando tudo que se lê e ouve, não pensaram em começar com um veleirinho. Pequenininho. Tinha que ser do tamanho do amor entre eles. Um barcão! Faltava só um detalhe, também grande: Dinheiro. Decidiram morar na Europa e ganhar o dinheiro lá. Optaram pela Itália por questões de cidadania. Tudo planejado estabeleceram um cronograma e até uma data para soltar as amaras. Era Setembro de 2007 e zarpariam em 31 de dezembro de 2010. Três anos os separavam de seus sonhos. Trabalharam muito e passeando no Salão Náutico de Gênova, escolheram um catamarã de 38 pés como a nova futura casa. Era o final de 2008 e já tinham 10% do valor. Dez por cento... Mergulharam em todos os trabalhos que apareciam: pedreiro, colheita de azeitonas, garçonete. Qualquer coisa que pudesse somar era bem-vinda. Só paravam pra comer e dormir. Em 2009 novamente foram ao tal salão náutico namorar. Não só entre eles, mas também o catamarã. Naquele ano mais 34 mil euros estavam guardadinhos. Em 2010 iniciaram o próprio negocio, uma pequena empresa de prestação de serviços na área de turismo. A coisa foi bem e no final do ano – “não era pra zarpar em 2010, meu amor? Mas ainda não temos dinheiro, querido, vamos trabalhando...” - Já tinham mais 42 mil euros. No total, metade do catamarã. Se o sonho fosse menor, já teriam um belo monocasco de 39 pés estalando de novo. Mas... Seguiram em frente. E no caminho, era final de 2011, pensaram: “Ei, porque não compramos um semi novo um pouquinho mais barato?” Olha daqui, verifica dali e acharam em Nápoles, um lindo Lagoon 380 – o mesmo do salão, através Vereador é condenado por furtar diesel Márcio da Cruz Farias, vereador de Fortaleza, foi condenado a 3 anos de reclusão pelo Conselho Permanente de Justiça da Auditoria da 10ª CJM, em dezembro de 2007. A decisão do Superior Tribunal Militar (STM) confirmou agora sua condenação por “Furto Qualificado”. Ele ainda recorre com Embargos à decisão. O motivo: Cruz Farias: “É perseguição política” Furto de óleo diesel de uma Lancha-Pa- Nova cera com teflon facilita competições Nova Sail Wax: Para turbinar os cascos O novo lançamento da Nautispecial é uma cera líquida especial. O segredo é o exclusivo aditivo Nautiflon (PTFE), de última geração, que proporciona uma superficie lisa e com alta performance para as embarcações. Ela forma uma película que diminui o coeficiente de atrito casco x água, aumentando a velocidade das embarcações nas competições. Pode ser utilizada em todas as classes da vela. Não contém cera de carnaúba nem silicone. Vai dar o que falar! Luiz Fernando e Mauriane Conte: Estava escrito nas estrelas... Do Cascalho do próprio representante da fábrica que conheceram no salão náutico há alguns anos. Mas, mesmo assim, ainda faltava aquele dinheiro que pretendiam ganhar em 2012. E como bons brasileiros, a solução veio com rapidez: um chequinho pré-datado à napolitana, para ser quitado até a data da partida. No dia do aniversario de Luiz, início de e depois de muita correria, estavam de casa nova. No final daquele ano, vieram navegando para o Brasil. Deixaram para trás o pé direito alto, e velhos hábitos. Trocaram muitas peças de roupa, sapatos e coisas que não precisariam mais, por uma âncora, um radar, e muita liberdade. Seu novo despertador agora era o nascer do sol. Uma nova vista na janela a cada dia, dos muitos que viriam em suas vidas. Em janeiro de 2013 Mauriane e Luiz se levantaram preguiçosamente. Felizes, sem pressa, tomaram seu café da manhã ancorados tranquilamente em Santa Catarina. Na janela, a paisagem misturava passado e presente. O sol refletia sonhos realizados. O Cascalho havia ancorado na praia de Cascalho. Luiz Fernando da Silva e Mauriane Conte, protagonistas dessa estória verídica, nesse momento estão pelo Caribe, a ca2012, tomaram posse do seu sonho. Nascia minho de... onde seus sonhos os levarem. o Cascalho, como foi rebatizado. Novos Mas você pode saber deles em instrumentos, manutenção, equipamentos Facebook/viveravela Finalmente o sonho: Um Lagoon 380 trulha da Marinha do Brasil. Márcio Cruz era da Marinha e foi condenado pelo furto de 500 litros de óleo diesel com direito de apelar em liberdade. Segundo o processo, ele e dois outros denunciados “serviram-se de duas embarcações e atracaram no bordo da lancha Mucuripe. Coube a Márcio abrir a porta de acesso à lancha com uma cópia da chave que estava em seu poder. Para Márcio Cruz, que postou no Facebook uma nota, a decisão do Tribunal seria fruto de perseguição política porque em 2005 fun- dou a Associação Nacional dos Praças das Forças Armadas “contra a repressão militar”. Ainda segundo ele a perícia não constatou a violação do combustível e não há nos autos elementos para a condenação e o conjunto probatório é frágil, sem consistência para sustentar sua condenação. “A elucidação do caso é de meu interesse, tendo inclusive comparecido este ano na sede do STM para acompanhar o caso que será prescrito em virtude do tempo”, comentou Cruz. (Foto: Facebook do vereador) ALMANÁUTICA 8 XXV Refeno Recife Cavalheirismo e pouco vento marcaram a 25ª edição da melhor regata oceânica do Brasil. Ave Rara - só para variar - levou a Fita Azul... Natal - RN XXII Fenat Miami Feiras internacionais A XXII Regata Oceânica Internacional Fernando de Noronha-Natal teve sua largada no feriado de 12 de outubro de 2013 e reuniu 26 veleiros. A tradicional volta da Refeno fez a festa dos que participaram. Além dos prêmios tradicionais para as primeiras colocações, receberam prêmios o mais velho a participar (João Jorge Peralta, 77 anos), a primeira velejadora a cruzar linha de chegada Fernanda Sarinho, o tripulante mais jovem, Anahi Rocha (14 anos) e claro, o tradicional troféu Tartaruga Marinha para o penúltimo que chegar, no caso o veleiro Filos do Comandante Jovito Cabadas. Nas Classes tradicionais levaram o ouro: Na RGS B e Delta 36, o veleiro Jazz 3 de Alberto Serejo. Na RGS C, Fantasia de Alexandre Teles. Aberta, Shanti de Maurício Laynes. Já na Multicasco A, Aquamundo (Olivier Thomas) e na B o Jahu de Luís Moriel. O Trimarã vencedor foi o Fandango de José Tadeu. Parabéns aos organizadores e participantes desta bonita regata. A Bailly Capotaria através de seu diretor Roberto Bailly participou das três principais feiras do setor nos EUA com novidades para o Brasil. A IFAI Expo em Miami, uma feira de tecidos técnicos. Por lá se mostram as pesquisas dos tecidos especiais e compartilham conhecimentos. São mais de 400 expositores e conexões globais. Também participou da Advanced Textiles Conference & Trade Show, que apresenta produtos especiais como os aeroespaciais, de engenharia, geossintéticos, médicos, segurança e técnica, bem como mercadorias militares com workshops de aplicações de tecido em tecnologia e materiais. Finalmente a SGIA Expo. A SGIA é uma associação internacional especializada em imagem gráfica que inova em aplicações nos produtos para capotaria. Por mais um ano o Iate Clube do Natal mostra a receptividade do povo A 25ª edição da Refeno foi mais uma vez um sucesso de participação e organização. Este Potiguar e recebe oriundos da Refeno anos foram mais de 70 inscritos dos quais 60 terminaram classificados em suas respectivas categorias, não sem sofrer com a falta de vento que marcou a edição. Para se ter uma idéia o recordista Ave Rara, um veloz trimarã fez o tempo de 35 horas e meia, contra seu mesmo tempo de 22h45min em 2010 e pouco mais de 25h em 2011. Outro fato inusitado deu-se durante a premiação: O prêmio para o Fita Azul foi entregue ao comandante Gustavo Peixoto, do Ave Rara, por ter completado o percurso no menor tempo. Entretanto o Magia V (um Soto 40 com Torben Grael no comando) cruzou antes a linha de chegada, mas também largou antes, segundo a ordem estipulada pela CR. No melhor estilo “fair play” Gustavo Peixoto chamou Torben Grael e sua equipe para subir ao palco e dividir o pódio e o prêmio. Torben, tomou o microfone e afirmou que “Gustavo é um perfeito cavalheiro”. Esse é o verdadeiro clima da Refeno, que teve sua primeira edição em 1986, em 27 de setembro. Na época contou com a participação de 25 veleiros divididos em três cate- Roberto, da Bailly: de olho no futuro Mais de sessenta veleiros terminaram a Refeno este ano, última flexibilizada gorias: a RHC, que reunia os veleiros de cruzeiro, a IOR, para veleiros de competição (“ocos por dentro”, como publicou o Diário de Pernambuco da época), e a multicasco. Participaram da primeira Refeno os seguintes veleiros: Quarta-feira 17 (de Maurício Castro, o criador da Refeno), Tito V (Carlos Alberto Ciarlini), Venestal (Antônio Marques), Viverane (comandado por Carlos Fázio), Sapeca (Paulo Almeida, amigo de Newson Campos), Pato III, Odysseus (Raimundo Nonato Veras), Capitão Cook, Noturno nº 2 e o Ruim de Novo livro Náutico Mar, todos de Recife. Este último, segundo seu comandante Paulo Toró, “um catamarã comprado especialmente para ganhar a regata” (mas não levou...). Do Rio Grande do Norte participaram Rosa dos Ventos e Dianteiro. De São Paulo vieram Bicho Papão (Fast 40), Blue Chip e Manostto (Main 34). Do Rio de Janeiro os veleiros Mar vilha, Ana C (comandado por Newson Campos, o criador do Cruzeiro Costa Leste), Lidya Ann, Windancer (do comandante Nicolas Mikay, um Velamar 36) e o Shogun Maru (um Chance). Do Rio Grande do Sul, Charrua; da Bahia, Paula VII, Esotérico e Odara. O também gaúcho Formidable (de Luiz Felipe Nolasco) acabou fazendo água e teve que retornar. Quantas histórias tem esse evento! Proteção Solar: Saiba como isso afeta você Depois do jornal e da web, o livro Nelson Mattos Filho lançou seu livro Diario do Avoante: uma coletânea das 100 primeiras crônicas que escreve semanalmente para o Jornal Tribuna do Norte, em Natal, e que já se estende por mais de seis anos. Além do lançamento em Outubro no Cabanga Iate Clube, dentro da programação da Refeno, será lançado em novembro na livraria Saraiva em Natal. Pedidos: [email protected] (última parte) Os tipos e modelos de capota variam principalmente conforme o tipo do barco e sua aplicação. São basicamente: Tipo Bimini: Esta capota protege a tripulação dos raios solares tornando o passeio de barco mais agradável. Elas proveem sombra refrescante e circulação de ar nos dias quentes. Pode ser instalada com facilidade em diversos tipos de barcos: veleiros, lanchas pequenas e grandes. Nas lanchas maiores tem seu lugar garantido no fly-bridge. Com sua estrutura articulada é simples e rápido levantar e esticar a cobertura garantindo o conforto desejável. Tipo Camper: É uma capota que possibilita o fechamento total do ambiente, para quem deseja pernoitar a bordo ou navegar num dia frio. Geralmente utilizada em lanchas de tamanho médio, de passeio, com pequena cabine. Cuidado com o acumulo dos gases da combustão do motores! Dog house e Spray Dodger: Em geral os nomes são em inglês, pois embora utilizarmos no calor tropical, existe correlações diretas do uso destes produtos nos mares mais duros de temperaturas baixas, como no mar do norte. Excluindo o Bimini, geralmente estas capotas foram desenvolvidas para oferecer proteção ao vento frio e respingos. A diferença entre estes dois está basicamente no formato. Enquanto o dog house oferece cobertura apenas para a entrada da cabine, o spray dodger é mais abrangente, permitindo uma proteção extra no cockpit. T. top (também do Inglês): Esta capota de estrutura fixa em forma de T é utilizada nas pequenas lanchas de pesca. Seu formato permite que o pescador dê a volta no barco passando por fora de sua estrutura, facilitando a pescaria. Jet ski O Jet que virou lancha kite Nayara Licarião comemora: Mamãe Hexa A segunda etapa do Circuito Brasileiro de O Jet Wave Boat é uma adaptação para transformar os jets em lanchas e Kitesurf foi disputada em São Luis (MA) dentro do Skol Open Kite 2013. Com uma promete virar moda nesse verão A novidade que multiplica a lotação A novidade da vez é o Jet Wave Boat. Uma adaptação que transforma o Jet em lancha para passeios em grupos. Sucesso lá fora, agora começa a ser trazido e divulgado por algumas empresas no Brasil. Com o tamanho médio de menos de 5 metros, 200 quilos e capacidades para 6 pessoas, são compatíveis com os Yamaha Waverunners VX, FX, FZ e os Sea Doo GTI/GTS/ GTX/RXT. Agora quem tem um vai poder ter dois... Campeonato cancelado O 15º Jet Waves World Championship (campeonato de manobras com jet ski nas ondas), que seria realizado de 25 a 27 deste mês, na praia de Iró, em Laguna (SC), foi cancelado. O evento também corresponderia a terceira e última etapa do circuito mundial, que foi aberto na França passou pelos Estados Unidos e terminaria no Brasil. Marcelo Brandão (Tchello), presidente da Federação de Esportes Radicais, organizadora do evento explicou que o motivo deste cancelamento foi a não assinatura de contrato entre a Prefeitura Municipal de Laguna e a entidade que dirige, restando apenas duas semanas para o início da competição. De acordo com o dirigente, entraves burocráticos, como licenças ambientais e greve de banco que impediu a abertura de conta específica para repasse, são algumas das razões para que o contrato não tenha sido assinado. A íntegra da carta está no site da entidade em www.fer.esp.br WIND Bimba vence em Qingdao Bimba ficou “very happy” no podium “Very happy to be at the podium again!”. Assim Ricardo Winick, o Bimba, descreveu na sua página do Facebook a sensação de ter vencido a etapa chinesa do Mundial de Vela no Windsurf, classe RS:X. “Depois de um ano de muita luta, onde comecei em 48 do Ranking mundial agora sou o segundo. Finalmente fui recompensado”, desabafa. Patrícia Freitas (veleja na mesma classe), ficou em sétimo. E Fernanda Decnop (a roqueira), ficou em 13º na Laser Radial. média de ventos de 16-18 nós e ondas não muito altas, as competições rolaram nos três dias consecutivos com muita animação e beleza. Na final, um show do pessoal do Freestyle manobras fortes como Blind Judges 5 e 317’s. No final, o cearense Carlos Mário “Bebê”, foi o campeão do Open Kite. Na categoria Kiterace profissional Wilson “Bodete” (PB) venceu as duas regatas do dia e levou mais uma vez. E no feminino não deu outra senão “nossa” Nayara Licarião (PB), tornando-se Hexacampeã. “Dessa vez consegui com uma ajuda especial, do nosso baby que me acompanha e já veio dando muita sorte”, contou Nayara que disputou grávida a competição. Ela agradeceu família, amigos e seus patrocinadores, a Aton Sports e a North Brasil: “É um privilégio de fazer parte dessa equipe que trabalha de forma exemplar com o Kitesurf Freestyle Feminino 1. Dionéia Vieira (CE) 2, Estefânia Rosa (CE) 3. Samy Marins (SC) 9 Race Masculino 1. Wilson Bodete (PB) 2. Victor Adamo (SP) 3. Kaka Dutra (PB) 4. Ian Gremoglio (PB) 5. Gustavo Lima (PB) 6. Roberto Veiga (SC) Race Feminino 1. Nayara Licarião (PB) 2. Liana Maia (CE) 3. Ândrea Goulart (MA) (Fotos: gokite.com.br) Nayara Licarião (centro): Hexacampeã no Brasil”, comentou mamãe Nayara. Confira os resultados: Freestyle Masculino 1. Carlos Mário (CE) 2. Eudázio da Silva (CE) 3. Carlos Madosn (CE) 4. Evandro da Silva (CE) 5. Set Teixeira (CE) 6. Ivam Reis (CE) Wilson Bodete (PB) ao centro: campeão ALMANÁUTICA 10 CURTAS MERGULHO Primeiros Socorros f Papo de Cozinha Moqueca, do jeito que você gostar... Faleceu o Sr. Carlito, dono da empresa Lonas Carlito. Ele circulava por todo o liSeguindo ainda na linha da segurança do toral paulista com sua Veraneio Azul Clara mergulho, nesta edição um pouco mais so- tirando pessoalmente as medidas das embre uma especialidade do mergulho scuba. barcações. A família continuará trabalhanOs primeiros socorros. do na Lonas Carlito. Nossos sentimentos. A atividade do mergulho normalmente é A Carta Náutica do Lago Paranoá pode realizada em condições de muita calma e tranqüilidade, sendo algo extremamente ser baixada a partir do site da Federação seguro independentemente da idade ou de Náutica de Brasília, que fica em http://fnb.org.br/carta-nautica/ condição física atlética. Entretanto, como em toda atividade humana, existe um risO Comandante Fernando e esposa co. Algo sempre pode dar errado. Assim, Paula do veleiro Andante falaram sobre é muito importante estarmos sempre pre- seu projeto Paraty/Caribe/Portugal no esparados para ajudar aos nossos compa- paço Vela American Bar no Iate Clube do Pode ser capixaba, baiana ou outra... nheiros de mergulho (e vice-versa) no caso Natal, por sinal, lotado também com a ex- A moqueca é um cozido de peixe podendo de algum acidente onde possa ocorrer até posição de veleiros rádio controlados. Sor- conter outros frutos do mar com diferenmesmo risco de vida ou de alguma se- teio, comes e bebes... hummm... tes temperos. Tradicional item da culinária quela importante. Estar treinado em pribaiana, apresentando variações na culinámeiros socorros, mesmo que num nível O Reno Romeu, do Brasil, bateu o re- ria capixaba e paraense. A diferença básibásico, é muito importante no mergulho. corde mundial de giros (7) com todos os ca é que na moqueca capixaba não entra Inúmeras situações envolvem risco de al- oficiais presentes e as câmeras rolando, du- o dendê – influência africana na culinária gum trauma ao mergulhador enquanto em rante o Pingtan Kiteboarding World Cup, baiana – ou leite de coco. Também não vai sua atividade: Desde a preparação de um realizado na China! conjunto de equipamentos, o transporte, a alimentação... Mas existem situações específicas para o mergulhador e que merecem especial atenção: as moléstias da descompressão. Basicamente estas moléstias são Em 1 de fevereiro de 1953, um domingo, o jornal carioca Correio da Manhã notidividas entra a doença descompressiva ciava a largada da terceira edição da regata Buenos Aires- Rio. O principal despropriamente dita e a embolia gasosa, taque era a acirrada disputa entre brasileiros e argentinos. “A regata deixou de mais conhecida como embolia traumática ser amistosa e passou a ser uma competição de cunho internacional”, decretava o periódico. Os favoritos eram o Juana e o Fjord IV capitaneado por ninguém menos pelo ar (ETA). Uma dica importante é que que German Frers pela Argentina, e o Vendaval, vencedor da edição anterior pelo não se deve tentar realizar um diagnóstico Brasil, com Pimentel Duarte no comando. mais preciso no caso de uma suspeita de moléstia da descompressão, mas sim estar alerta para aqueles sinais e sintomas iniciais que podem sugerir que este problema está acontecendo. Assim, após um mergulho caso observe o aparecimento de alguns dos sintomas a seguir, procure atendimento médico de urgência imediatamente: f f f Túnel do Tempo - Dores musculares ou em articulações - Formigamentos de extremidades - Enjôo, vômitos - Tonturas ou vertigens - Fadiga excessiva - Coceira ou vermelhidão na pele - Alterações visuais ou aditivas - Paralisias - Dificuldade para urinar - Alterações de personalidade - Convulsões/inconsciência Flávio Júlio Gomes é 2º Ten IM RM2 Marinha do Brasil e Instrutor NAUI / PADI pimentão como costumam usar os cariocas. Na receita capixaba, se utiliza tintura de urucum (coloral), o azeite comum e o tomate bem maduro, feito, claro, sempre na panela de barro. A origem do termo moqueca vem da palavra indígena moquém, utilizada para referir-se ao método de defumação para conservação e preparo de peixes (e às vezes de seres humanos pelos antropófagos) pelos índios brasileiros, quando da chegada dos portugueses a partir de 1500. Qualquer que seja sua opção de preparo e seleção de ingredientes, fazer uma boa moqueca é bem fácil e rápido, e pode ser feita na maioria das praias brasileiras, e a bordo da maioria das embarcações. Há muitos “gostos”, e por isso os ingredientes podem - e devem - variar de acordo com o freguês: com dendê, sem leite de côco, com pimentão, sem coentro. O importante é temperar o peixe com antecedência e não deixar cozinhar demais. Como o peixe solta água, no caso de excesso, uma boa dica é simplesmente retirar o caldo a mais e fazer um pirãozinho acrescentando farinha de mandioca em uma panela separada. No verão, com uma boa cerveja gelada ou uma caipifruta preferida, é uma boa desculpa para reunir amigos em torno do cockpit e contar histórias de mar... Ingredientes Postas de peixe firme (cação, cavala, robalo, ou outro que o pescador recomende) Cebola Alho Tomate Pimentão (vermelho ou amarelo) Azeite Dendê ou Leite de côco Sal Pimenta do reino Limão Salsinha e/ou coentro e cebolinha Ovos cozidos (opcional) Muitos peixes se prestam à moqueca Modo de Preparo Tempere as postas com meia hora de antecedência, usando sal, pimenta do reino e gotas de limão. No fundo de uma panela frite o alho picado ou espremido e a cebola. Frite as postas rapidamente dos dois lados e procure arrumar as postas com camadas de cebola e pimentão (se optou por usá-lo). Pique o coentro, da cebolinha e salsinha, e coloque os tomates cortados em rodelas por cima das postas. Regue com um pouco de azeite (aqui entra o dendê se for usá-lo, mas bem pouco, tipo uma colher de cafezinho). Se optar por usar o leite de côco, use meia garrafinha para 4 a 6 postas. Deixe tudo refogar por 10 a 15 minutos, com a tampa aberta e verificando sempre a consistência do peixe para que ele não desmanche. Não coloque água pois o peixe vai soltar. Se quiser finalize colocando ovos cozidos cortados ao meio. Sirva com arroz branco e/ou salada verde. Se rolar um pirão, então... ANUNCIE: Você aparece em todo o Brasil. São leitores de qualidade e colunistas formadores de opinião. Associe sua marca! [email protected] Oficina do Capitão Instalando sua Placa Solar A instalação de módulos solares não requer profundos conhecimentos de eletricidade. Sabendo o básico (até um pouquinho menos), e ficando atento aos procedimentos básicos de segurança e cuidados para não danificar os equipamentos, qualquer um pode realizar a instalação. Os módulos fotovoltaicos – comumente chamados de placas solares - produzem eletricidade uma vez expostos a qualquer fonte de luz. A voltagem de uma única placa não é considerada potencialmente perigosa. Mas se ela for ligada a outras é recomendável cuidado com a possibilidade de choques ou queima de algum aparelho se ligado de maneira errada. Mas calma. Basta tomar alguns cuidados que listamos abaixo para evitar que sua nova alegria se transforme em acidente. Para saber quais e quantas placas usar no seu projeto você precisa ficar de olho no seu consumo, também em ampéres. O ideal é um sistema híbrido com gerador eólico, mas se você não for muito “gastão”, conseguirá com duas boas placas atingir algo como pelo menos 80% do consumo diário só com as placas solares (em 10 horas de sol pleno por dia). Se der uma motorada, é o suficiente. Lembre que quando parado em algum lugar você passa muitas horas fora, o que economiza muito a energia. E se você é do tipo que dorme cedo, vai sobrar carga nas baterias... O manual da placa (e muitos sites de vendas) trazem informações de quantos ampères/hora a placa é capaz de gerar. E quanto mais para o nordeste, melhor a eficiência da placa solar devido principalmente a dois fatores: o ângulo de incidência mais próximo à linha do equador, e a quantidade de sol por dia. Cuidados na instalação A primeira coisa a fazer é cobrir as placas com um plástico preto (ou coisa que o valha) mantendo-os cobertos durante a instalação. Assim você impede que a luz se transforme em energia elétrica. Trabalhe sempre com ferramentas e equipamentos secos e utilize ferramentas com isolamento. Evite instalar perto do sistema do gás e feche o(s) registro(s). Há o risco de faíscas. Utilize a fiação indicada no manual, nem mais nem menos, sob pena de ocasionar perda de potência ou superaquecimento nos fios. Pronto. Agora mãos à obra... Instalação A parte mais complicada é a fixação dos painéis solares na embarcação. Ela deve ser bem planejada e executada para enfrentar ventos fortes, mar ruim e não precisar ser retirada tão cedo. Para isso pense em encomendar um perfil (uma espécie de cama) de inox, onde o(s) painel se encaixe, já deixando a fixação deste perfil na em- barcação pronta. Como um quadro (painel solar) que se encaixa numa moldura. Os painéis devem ser fixados em locais que tenham boa exposição à luz solar. Procure fazer a instalação com uma inclinação de pelo menos 15º, para não permitir o acúmulo de sujeira o que diminuirá a eficiência das placas. Também é recomendado deixar um espaço entre a superfície de fixação e o painel para a circulação do ar. Ventilação é importante para evitar condensação e umidade nas placas e no local da embarcação. Se possível deixe um espaço para futuras limpezas onde caiba pelo menos uma mão com um pano! Os painéis transformam a luz solar em 12v, a mesma tensão de sua bateria. Se você colocar 2 ou mais painéis, atente para ligá-los em paralelo, ou seja, não aumentar suas tensões (2 em série são 24v). A menos claro que seu sistema de baterias seja de 24v. Dois ou mais painéis em paralelo dão os mesmos 12v e a corrente gerada será somada. Essa deve ser sua opção se seu sistema for 12v. Ligação: paralelo para 12v de barcos Para fazer a ligação em paralelo basta conectar os pólos positivo com positivo das placas e negativo com negativo. Na última placa, os fios saem em direção à bateria. Antes de chegar lá, porém, devem passar pelo controlador de carga, um aparelho que vai interromper a carga quando as baterias estiverem cheias. Os fios saem das placas (um positivo e um negativo) e vão para o controlador, e de lá para a bateria sempre + com + e – com -. Não emende os fios nem caia na tentação de usar um controlador barato. Eles queimam com facilidade. E utilize cores diferentes para cada pólo (+ e -) para facilitar a identificação e não provocar curtos e queima do controlador, por exemplo. Manutenção Os painéis solares requerem manutenção mínima: limpar somente com água e pano. Como vê, não é difícil instalar placas solares em seu barco. E a recompensa é poder assistir ao pôr-do-sol em silêncio, sem ter que ficar uma hora ou mais com o motor ligado... North Sails dá show na Fastnet Dez classes - numa competição de mais de 300 veleiros - tiveram as velas North Sails como vencedores na mais recente Regata Rolex Fastnet Mais de trezentos e trinta veleiros deram um show na espetacular 45 ª edição da corrida bienal Rolex Fastnet em Plymouth, Inglaterra. Nesta jornada de 611 milhas na Inglaterra, os veleiros contornam a famosa “Fastnet Rock”, localizada no sul da Irlanda. Os veleiros equipados pela nossa parceira North Sails ganharam em 10 classes, incluindo o Fita Azul para multicasco (Spindrift 2), Fita Azul monocasco (Esimit Europa 2) e o Campeão Geral da Challenge Cup Rolex Fastnet (Night and Day). Quatro dos cinco barcos da IRC usaram velas North Sails (inclusive o Night and Day), Foggy Dew (2º lugar), Rhapsodie V (3º) e Chenapan (5º). O veleiro Night and Day é um JPK de 33 pés e foi tripulado por pai e filho, Pascal e Alexis Loison, da França, fazendo história depois de terem sido os primeiros vencedores formados apenas por uma dupla nessa dura competição, e com um veleiro pequeno. 11 Influente no mercado náutico o autor produziu um livro que possui uma maneira didática de expor todas as técnicas de forma transparente, com ilustrações e fotografias de todo o passo a passo de uma construção que se aplica em barcos simples e em barcos complexos. Esta publicação descreve os primeiros passos para uma construção de embarcações onde nele estão descritos as ferramentas necessárias para a construção do projeto, os materiais que serão utilizados na construção, cálcuUm dos maiores especialistas mundiais em los estruturais e projeto. construção de barcos em materiais composites (fibra de vidro, fibra de carbono, resinas termofixas e materiais de núcleo), Jorge Nasseh, também é o presidente da Barracuda Advanced Composite. É dele o livro que destacamos hoje, Manual de Construção de Barcos. “Em 2001 tive o prazer de publicar meu primeiro livro, o Manual de Construção de Barcos. Pensei em escrever algo compartilhando as minhas experiências, alguns ensinamentos de maneira didática e transparente, erros e acertos na empreitada de construir um barco. Meu maior objetivo foi envolver e incentivar o leitor a encarar o desafio de construir um sonho com as próprias mãos”, explicou ao Almanáutica Nasseh. Mesmo entendendo que a laminação manual é um processo do passado, Nasseh afirma que sem o aprendizado da laminação manual, nenhum laminador vai muito longe: “Laminar manualmente é o Manual indispensável para fibra método pelo qual todo laminador começa a “Já escrevi mais dois livros, mas confesentender de composites”, comentou. so que o Manual de Construção de Barcos Ou seja, as dificuldades enfrentadas na la- tem uma importância singular na minha minação manual fazem o bom construtor carreira”. Além disso, Jorge Nasseh criou em outros processos. Outro motivo que um espaço onde pudesse interagir com obriga o fabricante a entender de lami- seus leitores, um blog oficial. “Neste espanação manual é que, em maior ou menor ço alguns chegaram a dar entrevistas sobre grau, qualquer outro processo faz uso de suas construções baseadas no livro, é emtarefas manuais de construção (para cortar polgante acompanhar a realização de cada ou recortar os reforços, efetuar lixamento, construção”, explicou. pintar ou efetuar polimento nas peças). A Esse e outros livros estão esperando por publicação transcreve todos os ensinamen- você na mais confiável livraria da web, a tos da sua carreira, erros e acertos na em- Livraria Moana: preitada de construir um sonho, o barco. www.moanalivros.com.br Biblioteca de Bordo Fibra? É com ele! ABVC INFORMATIVO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO Palavra de PRESIDENTE Encontro das Ilhas Cruzeiro Lagamar Cruzeiro pelo Varadouro Costa dos Tamoios Caros Associados, De novo !!! Sucesso! Sucesso! Sucesso! Nossa participação no São Paulo Boat Show foi um sucesso. O espaço cedido pelo Ernani da Revista Náutica (a quem agradecemos por este apoio à nossa Associação) e transformado pelo Paulo Fax – nosso diretor do interior SP, recebeu inúmeros associados e visitantes que se cadastraram para usufruir da ABVC. Inclusive muitos visitantes lancheiros, que vinham para assinar nosso abaixo assinado contra a cobrança do IPVA para embarcações. Fique atento, pois este abaixo assinado estará sendo complementado com assinatura online via internet. Precisamos derrubar mais esta tentativa de novo imposto. Se você não está a par deste assunto, leia nossa matéria nesta ultima Revista Náutica com o título “Querem privatizar o vento”. Mês passado, durante a Regata do Pigão, que é um a regata entre amigos realizada em Paraty, foi entregue para a Escola de Vela de Paraty pelo nosso associado Ronaldo do veleiro Feitiço, o veleiro Bracuhyzinho. Este veleiro fora construído durante nosso Encontro Nacional de 2011 no Bracuhy para incentivo da prática de vela as crianças. Vida longa ao Bracuhyzinho em sua nova casa! Nesta semana do feriado de 15 de novembro teremos duas atividades programadas : O Cruzeiro Costa dos Tamoios, largando dia 09/11 de Ubatuba em direção a Paraty, passando pela temida Ponta da Joatinga. Desmistifique esta Ponta e junte-se a nós neste cruzeiro. Também será realizado o Encontro da Ilhas, largando dia 15 de novembro uma flotilha de Santos e outra de Ilhabela para encontrarem-se nas Ilhas e churrasquear, churrasquear, churrasquear. Estamos concluindo o novo site da ABVC, com muitas novidades como acesso a meteorologia e tabuas de marés, nossa loja, melhoria no acesso aos pagamentos. Estamos concluindo também a programação do Cruzeiro Costa Leste 2014. Não fique de fora deste que é o maior Cruzeiro organizado pela ABVC. Iniciamos a organização do Cruzeiro Costa Fluminense que deverá partir dia 29/12 do Saco de Céu, na Ilha Grande, em direção aos fogos de final de ano no Rio de Janeiro. Fique atento à divulgação da programação em nosso site. Fique atento também para a divulgação de novos convênios com Iates Clubes e fornecedores de equipamentos náuticos. Nossa parceria com ABVO para baratear o seguro de nossa embarcação esta a todo pano. Fale com Fábio Avelar na Brancante Seguros e tire suas duvidas. Bons Ventos, Maurício Napoleão ABVC Ubatuba A “Velejada a Ilha Bela” é a proposta de navegação em flotilha para um fim de semana. Organizado pelo Vice-presidente de Ubatuba, Brasílio de Mello, o passeio aconteceu em setembro e deve se repetir em breve. Esse evento conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Ilhabela, através do Coordenador da área de eventos náuticos, do Pindá Iate Clube e do Iate Clube de Santos subsede Ilha Bela. Apesar de se chamar As Ilhas, é uma só Um encontro de duas flotilhas, uma partindo de Santos e outra de Ilhabela, acontece n’As Ilhas em novembro. Organizado pela Vice-presidencia de Santos (Volnys Bernal) com apoio das Vice-presidencias regiões que abrange (Santos, Ubatuba e Ilhabela) o objetivo é propiciar a reunião de velejadores de Santos, Ilhabela e Ubatuba em um dos poucos locais de ancoragem entre Ilhabela e Santos: As Ilhas. Duas flotilhas, uma partindo de Santos e outra partindo de Ilhabela se encontrarão no local para uma série de atividades de lazer. A programação inclui dois pernoites no veleiro. Apesar do nome no plural o local corresponde a uma única ilha que fica localizada no meio do caminho entre Ilhabela e Bertioga, a uma milha náutica da Barra do Sahy e da Praia Preta, com duas belas praias de águas muito transparentes. É um programão para quem está por perto (ou se dispoha a participar). Nâo perca! ABVC Santos Realizou em setembro nas dependências do Clube Internacional de Regatas de Santos as palestras sobre o Encontro das Ilhas, o Cruzeiro Lagamar pelo Varadouro, pelo vice-presidente de Santos, Volnys Bernal, e a terceira sobre Pintura de barcos em obras vivas e obras mortas realizada por Raymond Grantham. O Cruzeiro Lagamar pelo Varadouro (CLV) parte de Cananéia (SP) e a chega em Antonina (PR), percorrendo 96 mn em 6 dias de navegação. Organizado por Volnys Bernal (VP de Santos) com apoio de Paulo Fax (VP Interior) o cruzeiro é voltado aos velejadores de oceano e minioceano que possuem veleiros com calado de até 1,70 metros. Para os velejadores de oceano, está prevista uma navegação em flotilha dias antes do início do cruzeiro de Santos até Cananéia. O principal objetivo do Cruzeiro Lagamar pelo Varadouro (CLV) é divulgar uma interessante opção de lazer aos velejadores de oceano e minioceano na região do Lagamar (Complexo Estuarino Lagunar de Iguape-Cananéia-Paranaguá). O evento Acontece em novembro de 2013 a 3ª ediacontece em dezembro e as inscrições es- ção do Cruzeiro Costa dos Tamoios. tão abertas no site da ABVC. O roteiro envolve a passagem por diversas praias e ilhas, saindo de Ubatuba (SP) com destino a Paraty (RJ), contornando a Ponta da Juatinga, adentrando em Paraty Mirim, Saco do Mamanguá, Ilha da Cotia e encerrando na cidade de Paraty. O objetivo do Cruzeiro Costa Tamoios, além de integrar navegadores experientes com aqueles que ainda não realizaram grandes navegadas, é desmistificar a passagem pela Ponta da Juatinga. Varadouro: Fila indiana e calado 1,7m É o cruzeiro ideal para quem nunca fez nada mais longo, já que terá não só a companhia de velejadores mais experientes e de um grupo, como poderá fazer um trajeto mediano, porém bem interessante. Boat Show CONVÊNIOS A ABVC mantém convênios para os sócios. Veja alguns abaixo e outros no site: ABVC Interior O 9º Encontro de Vela do Interior Paulista 2013, acontece em novembro na Sunset Marina BTC em Pederneiras / SP, às margens do Rio Tietê e próximo a Barra Bonita. Além de teste drive em embarcações, Paulo Fax, Vice-Presidente da ABVC Interior programou palestras, workshops e muita gastronomia. O destaque da programação é o passeio de eclusagem a bordo Estande da ABVC no SP Boat Show do Navio San Marino com almoço a bordo em Barra Bonita. Quem nunca participou, A ABVC esteve no São Paulo Boat Show precisa ir! Inscrições no evento. Confira no 2013 com um estande maravilhoso. Decosite da ABVC em www.abvc.com.br rado com fotos e logotipos dos principais eventos, foi muito elogiado e chamava a atenção de quem passava por lá. No evento, a ABVC entrou de vez na luta contra a Os associados em dia com suas obrigações cobrança do IPVA para embarcações. Pasreceberam pelos correios o novo modelo saram por lá mais de mil pessoas que coda carteirinha da ABVC, com patrocínio nheceram os nossos eventos e puderam endo Jornal Almanáutica. Junto com ela, fo- dossar o abaixo-assinado contra a absurda ram enviados também três adesivos com a proposta de mudança na Constituição para bandeira da associação, para serem coloca- poderem cobrar o IPVA de embarcações. dos no carro ou na retranca do barco (ou Este movimento deverá se estender para a onde quiser!). Os associados elogiaram e já internet e ampliar muito nos próximos dias estão colando nos carros e barcos. com apoio de outras entidades e expoentes da vela. Fique de olho no site da ABVC e no Facebook para participar e assinar o documento. Carteirinhas IATE CLUBES - Aratú Iate Clube - Cabanga Iate Clube - Iate Clube Guaíba - Iate Clube de Rio das Ostras - Iate Clube do Espírito Santo - Marina Porto Bracuhy - Iate Clube Brasileiro - Jurujuba Iate Clube DESCONTOS 7mares Equipamentos Náuticos Botes Remar Coninco - Tintas e Revestimentos Ship’s Chandler: Loja Náutica em Paraty Murolo Seguros: Preços especiais Enautic : Loja Náutica Virtual Divevision Loja Virtual E muitos outros. Consulte nosso site para saber dos detalhes de cada parceiro. Seja sócio da ABVC: você só terá vantagens. Se já é associado, traga um amigo! Midias Sociais Nosso fórum ou lista de discussão, funciona no Yahoo Grupos. Se você é associado e ainda não participa, basta enviar um e-mail para [email protected] e solicitar a participação. Estamos também no FACEBOOK. Lá não é preciso ser associado Matheus Eichler, vice-presidente da ABVC para participar. Conheça e participe! para o Rio de Janeiro e Niterói realizou em outubro uma palestra sobre o uso do GPS em situações práticas. Foram abordados temas como alarme de garra, planejamento Os produtos da grife ABVC estão à sua de derrota, uso integrado com rádios com disposição para compras via internet. São a função DSC, uso de programas como camisetas, flâmulas para embarcações, bolHomeport/Zygrib/Nazareth, exportação de sas estanques, entre diversos outros produarquivos e a integração com outros eletrô- tos que podem ser adquiridos na loja virtual da ABVC. Acesse e conheça: nicos. www.atracadouro.com.br/abvc ABVC - RJ Novo modelo da carteirinha da ABVC Vem aí: Cruzeiro Costa Fluminense Cruzeiro Costa Leste Produtos ABVC O Boletim Oficial da ABVC é uma publicação independente. As opiniões e notícias do jornal Almanáutica não representam necessariamente a opinião da entidade, e vice-versa.