Mineroduto e Porto PUBLICAÇÃO DESTINADA ÀS COMUNIDADES DE RELACIONAMENTO ANGLO FERROUS BRAZIL . ANO 1 . N° 6 . OUT/NOV/DEZ . 2009 Avanço rumo ao oceano Obras de construção do porto seguem cronograma estabelecido com segurança para operários e comunidade. PÁGS. 2 a 7 ARQUIVO PESSOAL “A vinda da Anglo para a cidade movimentou meu negócio. Aumentaram os clientes no restaurante, os hóspedes na pousada e a venda de combustível. A cidade recebeu muitas pessoas por causa da obra. É a melhor coisa que aconteceu por aqui nos últimos anos”. Fernando Niquini, proprietário do posto, restaurante e pousada Vargem Linda, em São Domingos do Prata (MG) A ponte de acesso aos píeres terá cerca de três quilômetros, quase dois sobre o mar ARQUIVO CARMARGO CORRêA 6 PÁG. PREFEITURA PEDRA DOURADA Trânsito seguro Para viver bem Campanha alerta para cuidados necessários no trânsito e aumento do tráfego devido às obras do mineroduto Em Pedra Dourada (MG), Parque Municipal é um convite ao lazer e descanso PÁG. 8 ? EDITORIAL Caminho aberto para o mundo TIRE SUAS DÚVIDAS Construir um porto não é simples. Afinal, estamos lidando com algo de dimensão desafiadora: o mar. Quem vence essa etapa tem uma plataforma que dá acesso a novos negócios que, por sua vez, podem trazer desenvolvimento e renda para a região que abriga o terminal. Vegetação e placas sim, cerca não Uma informação imprecisa, publicada na última edição do Diálogo, levantou dúvidas entre os proprietários de terras sobre o processo de finalização das obras do mineroduto. O plantio e a colocação de sinalização que indica a presença dos tubos são essenciais e estarão presentes em todos os trechos. Faltou dizer, no entanto, que o cercamento não é a regra, mas uma exceção que só ocorrerá em casos especiais. No caso do Porto do Açu, esse desafio completou dois anos. Após a permissões dos órgãos ambientais, este ano e no fim de 2008, nossa tarefa caminhou bastante (veja nas páginas 4 e 5). Muitos esforços foram direcionados à parte mais crítica da obra: a construção off-shore, que engloba tudo o que é feito no mar, como os píeres. Em 2010 começaremos a erguer o quebramar. Ele é indispensável para a segurança dos navios que vão atracar no Porto do Açu, situado em mar aberto. Sem essa estrutura, as embarcações ficariam sujeitas à força das ondas e das correntes marítimas. A cerca será colocada apenas em trechos em que haja risco de acidentes com animais ou pessoas, e somente se o proprietário da terra estiver de acordo. Para manter o ritmo de trabalho, que em 2009 nos deu cem dias de adiantamento em relação ao cronograma, empregamos em torno de duas mil pessoas. Estamos completando um ano sem acidente com afastamento e queremos comemorar este mesmo feito em 2010. E mesmo nos casos em que haverá a separação da área por medida de segurança, o acesso será livre aos proprietários, como lhes é de direito. Se você ainda tem dúvidas sobre esse ou outros assuntos relacionados ao Sistema Minas-Rio, converse com a Anglo ligando gratuitamente 0800 941 71 00. Investimos em ações para comunicar as comunidades sobre as obras e conversar sobre como agir tendo em vista o aumento da movimentação de pessoas, veículos e negócios na região. Estamos abrindo uma nova janela e queremos que todos possam avistar o horizonte. Boa leitura. gerente-geral de Engenharia do Porto do Açu [02 [ Arquivo Pessoal José Zorman DIÁLOGO . OUT/NOV/DEZ . 2009 PA N O R A M A Estações de Bombas e Válvulas regulam movimento da polpa no mineroduto A construção da Estação de Bombas 2 (EB2) do mineroduto, em Santo Antônio do Grama (MG), está em fase de obras civis, iniciadas há cerca de 120 dias. Localizada a aproximadamente 300 quilômetros do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), a EB2 terá dez bombas. Ela será responsável por dar o segundo empurrão à polpa de minério que sairá de Conceição do Mato Dentro (MG) e percorrerá 525 quilômetros até chegar ao porto, em São João da Barra, no norte do Rio de Janeiro. A EB1, em Conceição do Mato Dentro, utilizará oito bombas para dar a partida na viagem do minério. Na medida certa Se a EB1 e a EB2 são responsáveis por colocar a polpa para frente, a Estação de Válvulas, prevista para ser instalada em Tombos (MG), a 100 quilômetros do destino final da viagem – o Porto do Açu – funcionará como freio, regulando a pressão do mineroduto. A EV será responsável por regular a velocidade da polpa em 6,7 quilômetros por hora, garantindo que ela chegue ao porto no tempo e ritmo certos. A polpa levará cerca de 77 horas para chegar até o porto. O início das obras da EV aguarda Autorização de Supressão Vegetal, a ser concedida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No canteiro de obras da EB2, estão empregadas em torno de 250 pessoas, a maior parte moradoras da região. Elas trabalham na execução da terraplenagem, contenções, nas obras civis e barragem de emergência. Barragem A barragem será utilizada para armazenamento da polpa apenas quando for necessário fazer a manutenção no mineroduto. “Na barragem depositaremos toda a polpa que estiver no caminho entre a EB1 e a EB2, possibilitando que serviços de manutenção sejam realizados no trecho de forma segura e sem impacto para o meio ambiente”, afirma Alberto Vieira, gerente de Obras do Mineroduto. Arquivo Anglo A barragem terá capacidade para 50 mil metros cúbicos de polpa, o equivalente ao volume de cerca de 20 piscinas olímpicas. Para criá-la, está sendo feito um aterro de 155 mil metros cúbicos e 45 metros de altura. Amarração das bases das bombas (estruturas quadradas à esquerda) e a área onde ficará o tanque da EB2 (estrutura redonda à direita) Estação Localização N° de Bombas / válvulas EB1 Conceição do Mato Dentro (MG) 8 EB2 Santo Antônio do Grama (MG) 10 EV Tombos (MG) 7 [03 DIÁLOGO . OUT/NOV/DEZ . 2009 [ PA S S O A PA S S O Braços abertos sobre o mar Parceria entre a Anglo (que detém 49% do empreendimento) e a LLX (51%), o Porto do Açu é a ponta final do Sistema Minas-Rio. Ele permitirá que o minério de ferro que a Anglo pretende extrair em Conceição do Mato Dentro (MG) seja embarcado em navios rumo a clientes de diversas partes do mundo, depois de percorrer 525 quilômetros através do mineroduto. Assim que chegar ao porto, a polpa de minério será armazenada em dois tanques da Estação do Terminal do Mineroduto, de onde será encaminhada para a filtragem, cujas obras foram iniciadas em setembro. “É nesse processo que será retirada a água da polpa”, explica Luiz Patrus, gerente-geral de Engenharia da Anglo Ferrous Brazil. Da filtragem o minério seguirá para um pátio, onde será estocado. “O local que vai receber esse pátio precisa ter uma drenagem perfeita, o que não é possível no terreno natural. Por isso, vamos elevar o nível do pátio em aproximadamente dois metros”, conta Alexandre Bukowitz, analista de Engenharia do Planejamento e Controle. Essa operação é chamada de bombeamento do aterro hidráulico e vai evitar que, no futuro, o pátio sofra com inundações que podem danificar. Embarque Do pátio de estocagem, os produtos serão transportados até o píer de minério. A construção da ponte de acesso a esse píer continua avançando. Já foram executados 2.412 metros de um total de 2.880, sendo 1.872 metros sobre o mar. Para permitir que o porto receba navios de grande porte, o canal de acesso e a bacia de evolução estão sendo dragados. A atividade consiste na retirada de sedimentos do fundo do mar para aumentar sua profundidade e, assim, comportar navios maiores. Atualmente, a conclusão do embarcadouro provisório também movimenta o canteiro de obras do Porto do Açu. Ele vai possibilitar o carregamento das barcaças que lançarão as pedras da base do quebramar definitivo. Visão geral das obras do Porto do Açu [04 DIÁLOGO . OUT/NOV/DEZ . 2009 [ Arquivo Anglo Qualidade garantida de ponta a ponta Obras da filtragem, processo que vai retirar a água da polpa de minério que chegará ao porto via mineroduto Rochas para o quebra-mar A alguns quilômetros de São João da Barra, na cidade vizinha de Campos dos Goytacazes (RJ) prossegue a retirada dos blocos de granito que serão usados na construção do quebra-mar do Porto. Cerca de 13% dos 1,1 milhão de metros cúbicos autorizados já foram retirados da lavra no Morro de Itaoca. O transporte de rocha da pedreira ao porto será feito através de estradas municipais, estaduais e federais. A LLX Minas-Rio está finalizando a recuperação de cruzamentos e também concluindo a pavimentação dos trechos municipais, para permitir o transporte com segurança para a operação e pessoas que utilizam as estradas. [05 A Logos Engenharia, contratada pela Anglo para o gerenciamento das obras do mineroduto e do porto, teve a qualidade de seu trabalho verificada e certificada por um órgão internacional de qualidade. Depois de visitar os canteiros do Sistema Minas-Rio, os auditores da ISO 9001:2008 reafirmaram a certificação da Logos Engenharia, conquistada em 2000. Mário Sérgio Guedes, gerente corporativo de Segurança e Qualidade, explica o que a recertificação significa: “Ela representa um atestado de que o gerenciamento das obras segue os mais altos padrões internacionais de qualidade”. O gerenciamento consiste em garantir que tudo o que foi previsto no projeto saia da melhor maneira possível, respeitando prazos, custos, segurança e qualidade, inclusive ambiental. “Na prática, verificamos se a equipe tem a qualificação técnica necessária, se as matérias-primas, como concreto e areia, são de qualidade, e se as pessoas trabalham de modo seguro, sem riscos para a sua saúde ou vida”, explica Mário Sérgio. Ele acredita que o grande investimento que a empresa faz em orientar os trabalhadores sobre segurança é multiplicado na comunidade, já que os princípios que orientam o trabalho são levados pelos operários para casa. DIÁLOGO . OUT/NOV/DEZ . 2009 [ É DE CASA Patrimônio arqueológico resgatado FOTOS: ARQUIVO ANGLO A Anglo Ferrous Brazil realizou projeto de arqueologia preventiva ao longo da linha do mineroduto. O objetivo foi identificar a presença, avaliar a relevância e resgatar sítios arqueológicos que contenham objetos e artefatos dos antigos habitantes da região. Uma portaria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional autorizou a ação. “A arqueologia é capaz de recuperar informações sobre processos culturais e comportamentos passados que outras ciências não conseguem investigar”, indica Flávia Rodrigues, coordenadora de Meio Ambiente da Anglo. Desenvolvidos por empresa especializada, contratada pela Anglo, o trabalho contribui para preservar o patrimônio arqueológico e histórico das cidades por onde o mineroduto passará. Tecnicamente chamada de prospecção arqueológica, a pesquisa abrange uma faixa de um quilômetro, sendo 500 metros à direita e 500 metros à esquerda da linha do mineroduto. Em 14 municípios de Minas Gerais e cinco do Rio de Janeiro, serão resgatados 42 sítios. Os materiais, como cêramicas e ferramentas, retirados dessas áreas serão direcionados a institutos ou museus que possam conservá-los adequadamente. “Também estão sendo desenvolvidas atividades educativas para informar a todos os profissionais ligados ao empreendimento sobre os cuidados que se deve tomar para preservar esses bens arqueológicos”, afirma Rodrigo Gontijo, engenheiro de Meio Ambiente da Anglo Ferrous Brazil. Trabalho de pesquisa e resgate dos objetos na linha do mineroduto [06 DIÁLOGO . OUT/NOV/DEZ . 2009 [ DA JANEL A FOTOS: ARQUIVO PESSOAL Laerte Hosken e a doceira Bete do Adão O doce sabor de Tombos Visitar a cidade mineira de Tombos é um convite para sair da dieta. Os doces fabricados por lá são famosos e distribuídos em toda a região da Zona da Mata e nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. A tradição começou na década de 1950, quando o Senhor João Vargas e a Dona Conceição preparavam goiabada, pessegada, doce de figo em calda e cristalizado, laranja em calda e geleia de goiaba. Nos anos de 1970, a filha do casal, Maria Bernadete, conhecida como “Bete do Adão”, percebeu que a produção de doces com frutas da época não era suficiente para atender a demanda e inovou produzindo doces secos. Com o sucesso do negócio, outras famílias investiram. Hoje elas têm na produção de doces sua principal fonte de renda. Atualmente, são fabricadas 26 variedades [07 e a produção mensal chega a 450 quilos. Também são tradicionais a geleia de morango, o doce de leite pastoso e em tablete, doce de abóbora, mamão cristalizado, pé de moleque e cocada. “Todos os tombenses que moram fora encomendam os doces da terra aos conhecidos que vêm até a cidade. Assim como nossas cachoeiras, os doces de Tombos são inesquecíveis”, conta Laerte Hosken, morador e chefe do Departamento de Cultura da cidade. Tradição começou com Dona Conceição DIÁLOGO . OUT/NOV/DEZ . 2009 [ US E Sinal verde para a vida Em outubro, os municípios onde ocorre a construção do mineroduto nos estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro foram convidados a participar de três semanas de atividades de conscientização sobre boa conduta no trânsito, organizadas pela Camargo Corrêa, responsável pela obra. A programação contou com palestras de representantes das polícias dos dois estados e envolveu profissionais do projeto. Blitzen educativas orientaram os motoristas de Itaperuna Natividade e Porciúncula (RJ) sobre a importância da direção defensiva. Nas duas últimas cidades e também em Santo Antônio do Grama (MG) e Campos dos Goytacazes (RJ), as informações Arquivo carmargo corrêa LEIA E Conscientizações envolveram, além da comunidade, empregados da obra e proprietários de terras foram divulgadas de modo lúdico, por meio de teatro. Cerca de mil pessoas assistiram aos espetáculos. Diálogo Para alertar sobre o aumento do tráfego de veículos em função da obra, a equipe do projeto visitou os proprietários da faixa do mineroduto e as empresas de ônibus que utilizam as vias por onde os veículos do projeto estão circulando. A iniciativa completou-se com a discussão do tema entre os profissionais da obra. DE MINAS AO RIO O brilho verde de Pedra Dourada prefeitura pedra DOURADA/divulgação A pedra que dá nome à cidade Na Zona da Mata Mineira, Pedra Dourada chama atenção pelas belezas naturais e vocação para o ecoturismo. A cidade recebeu esse nome porque, nos primeiros minutos do dia, os raios solares que batem em uma enorme pedra provocam um belo efeito dourado apreciado por moradores e turistas. O Parque Municipal São João é um dos principais atrativos locais. São 155mil metros de área, com cachoeira, lagos, praças, pista para caminhada e quadras. “Estamos inaugurando outras estruturas que propiciarão lazer e qualidade de vida para a população”, afirma Silvanir Simplício de Andrade, prefeito de Pedra Dourada. EXPEDIENTE Coordenação: Comunicação Externa - Gerência de Relações Corporativas | Comitê de Comunicação Comunidades Mineroduto e Porto: Andréa Amaral, Andréia Barbosa, Edna Mara Leal, Fernanda Lima, Júlia Chagas, Rodrigo Gontijo, Sílvia Nunes, Walter Vancura de Moraes | Produção editorial: BH Press Comunicação | Projeto gráfico: NETi Comunicação Integrada | Diagramação: AVI Design | Foto de Capa: Arquivo Anglo | Impressão: Pampulha Editora | Tiragem: 10.000 exemplares | Este informativo é impresso em Reciclato, composto por 75% de aparas e 25% de material da coleta urbana. [08 DIÁLOGO . OUT/NOV/DEZ . 2009 [