Pobreza e Exclusão Social Carlos Filipe dos s Santos Alves Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social Coimbra, Maio de 2010 2 Ficha Técnica Trabalho realizado no âmbito da cadeira de Fontes de Informação Sociológica leccionada pelo Doutor Paulo Peixoto Titulo: Pobreza e Exclusão Social Autor do trabalho: Carlos Filipe dos Santos Alves Nº de Estudante: 20082869 Licenciatura: Sociologia Imagem/s da capa retirada de: http://olhares.aeiou.pt/gentes_da_terra_foto3716661.html http://olhares.aeiou.pt/african_portrait_foto3628726.html “A pobreza não nasce da diminuição dos haveres, mas da multiplicação dos desejos.” (Platão) “A miséria também é uma herança.” (Riccardo Bacchelli) “Há o suficiente no mundo para todas as necessidades humanas; não há o suficiente para a cobiça humana.” (Mahatma Gandhi) “Nós, os pobres, somos como o algarismo zero, que por si só nada vale e faz valer a cifra que a ele se junta - tanto mais quanto mais zeros lhe forem acrescentados.” (Mateo Alemán) “Só os mendigos conseguem contar as suas riquezas.” (William Shakespeare) Índice Página 1. Introdução 1 2. Desenvolvimento 2.1. Estado das Artes 3 2.1.1Pobreza e Exclusão Social – uma definição 3 2.1.2 Grupos de Risco 7 2.1.3 Integração e Inserção Social 9 2.2. Descrição pormenorizada do processo de pesquisa 11 3. Ficha de leitura 14 4. Avaliação de uma página de Web 16 5. Conclusão 18 6. Referências Bibliográficas 20 Anexos: A. Página da Web avaliada B. Revista Crítica de Ciências Sociais; “Padrões de exclusão e estratégias pessoais.” Edição nº 64 23 24 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social 1. Introdução A Pobreza e a Exclusão Social, dois fenómenos sociais que estão enraizados nas nossas sociedades. Pobreza, quem já não ouviu falar dela… A falta do necessário à vida, a escassez, a indigência… Enfim, uma realidade cada vez mais notória e habitual, conhecida por todos. Fenómenos que se fazem sentir em Portugal, pois 21% da população portuguesa vive no limiar da pobreza. No entanto, “ (…) necessários são não apenas os produtos indispensáveis à manutenção da vida, mas todos aqueles cuja carência represente uma situação indecente ou indigna, de acordo com o costume do país, para pessoas dignas ainda que da mais baixa extracção social.” (Smith apud Abranches, Coimbra e dos Santos, 1994) E será que todos nós compreendemos este fenómeno da mesma maneira, “O que se entende por pobreza?”; “Quais os grupos que são atingidos pela pobreza?”; Como tem evoluído ao longo dos tempos? “Quais a medidas para combater a Pobreza e exclusão social?”. E assim, o meu estudo sobre a Pobreza e Exclusão Social, resume-se em quatro sub – pontos, que estão especificados no desenvolvimento, e são eles: 2.1.1 “Pobreza e Exclusão Social – uma definição”; no ponto 2.1.2 “Grupos de risco”; no ponto 2.1.3 “Integração e Inserção Social”. No ponto 2.2, refiro como efectuei a pesquisa do meu trabalho e quais os métodos utilizados, seguido de uma ficha de leitura do artigo “Padrões de exclusão e estratégias pessoais”, extraído de uma revista crítica de ciências sociais consultada primáriamente on-line através do site do Centro de estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Devo, também, acrescentar que baseei a minha pesquisa com alguma preferência pessoal na bibliografia de, João Ferreira de Almeida et al “Domínios de Vulnerabilidade” do livro Exclusão Social: factores e tipos de pobreza em Portugal. No ponto 4 avaliarei a página de internet e enfim no ponto 5, com uma tomada de 1 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social posição pessoal, encontra-se a minha conclusão sobre o estudo da Pobreza e Exclusão Social. Sucessivamente exponho mencionadas no ponto 6, as respectivas referências bibliográficas que utilizei durante o processo de pesquisa. A pobreza não é alheia a qualquer um. Por essa razão, e sendo um tema actual, abordado diáriamente através de campanhas de solidariedade e de diversas redes sociais, escolhi este tema do qual terei o cuidado de trabalhar e evidênciar a justa causa: a luta contra a pobreza e a dignidade do ser humano que cada vez mais se torna imperativo. Assim, procuro com este trabalho uma abordagem simples, no sentido que muito fica por dizer acerca deste fenómeno social tão complexo. 2 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social 2. Desenvolvimento 2.1 Estado das Artes 2.1.1 Pobreza e Exclusão Social – uma definição A pobreza no seu sentido geral, entende-se como uma carência ou falta de material que envolve as necessidades básicas e fulcrais para o desenvolvimento dos indivíduos e para a sua sobrevivência. Por norma, pobreza também envolve a carência de recursos económicos, ou seja, de uma remuneração mensal, para que sejam satisfeitas todas as necessidades básicas de sobrevivência do ser humano auto-sustentando-se com os seus recursos. Com estes dois sentidos, a falta de necessidades básicas e a carência monetária, levam a pobreza a actuar num terceiro sentido, a falta de sociabilidade. É o exemplo da Exclusão Social que origina por sua vez, a dificuldade de integração na sociedade. Ao longo dos tempos, o conceito pobreza tem evoluído em várias dimensões face às novas realidades associadas a este termo, por isso, Sociólogos e Investigadores têm favorecido abordagens/dicotomias diferentes sobre a pobreza, tais como: pobreza absoluta / pobreza relativa; pobreza objectiva / pobreza subjectiva; pobreza tradicional / nova pobreza; pobreza rural / pobreza urbana e pobreza temporária / pobreza duradoura. Irei dar ênfase neste trabalho à dicotomia pobreza absoluta / pobreza relativa, afim de melhor poder caracterizar a actual situação da relação pobreza e exclusão social. Em Sociologia existem dois conceitos importantes relativos a pobreza: Pobreza Absoluta: Este conceito parte do principio que há um vasto número de recursos mínimos que possibilitam a satisfação das necessidades básicas dos quais depende a sobrevivência dos indivíduos. Assim, são pobres aqueles cujos recursos são poucos e que não garantem a satisfação das suas necessidades básicas. Pode afirmar-se que qualquer indivíduo, em qualquer parte do mundo, vive na pobreza se estiver abaixo deste padrão universal. “Coisas vistas como essências numa sociedade podem ser consideradas luxos supérfluos noutra (…)” (Giddens, 2004: 313) 3 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social Pobreza Relativa: Este conceito relaciona a pobreza com o padrão de vida geral prevalecente numa determinada sociedade. Os defensores do conceito de pobreza relativa afirmam que a pobreza é culturalmente definida e não deve ser medida de acordo com um padrão de privação universal. “O conceito de pobreza absoluta refere-se a um conjunto de bens ou de recursos abaixo dos quais se deve falar em pobreza. Este conceito levanta dificuldades metodológicas por exigir a definição das necessidades mínimas de subsistência. O conceito de pobreza relativa localiza a pobreza por referência a um lugar e tempo precisos. Considerar, por exemplo, que os pobres em Portugal são aqueles que dispõem de menos de 50% do rendimento médio nacional é utilizar um conceito relativo de pobreza. No entanto também este conceito apresenta dificuldades pela necessidade que tem de integrar outros indicadores, para além do rendimento, como estabilidade dos rendimentos, património, etc … Qualquer que seja o conceito utilizado – Pobreza Absoluta ou Relativa – a pobreza definida em termos de limiar do rendimento parece ter apenas o mérito de ser politicamente operacional (…)” Almeida, J. F. (1992) Numa concepção sociológica, o fenómeno de Exclusão Social é produto de um défice de coesão social global, não se reduzindo a fenómenos individuais nem a simples agregações de situações (Lamark, 1995). Para tentar amplificar um pouco mais esta categoria, baseei-me um pouco na página on-line (http://www.eapn.org/) “Lutar contra a Pobreza e a Exclusão na Europa” (European anti poverty network) no qual diz que a exclusão social não é só um problema de rendimento, mas também está ligado ao desemprego, ao analfabetismo, às reformas muito baixas (inferiores a 300 euros), às doenças e às dificuldades das estruturas familiares. Outra concepção que defende, o autor Bruto da Costa, como definição de exclusão social é: (…) Exclusão social como uma fase extrema do processo de marginalização, entendido este como um processo descendente, ao 4 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social longo da qual se verificam sucessivas rupturas na relação do individuo com a sociedade” (Castel, in Bruto da Costa, 1985) Numa situação de exclusão verifica-se uma acentuada privação de recursos materiais e sociais, arrastando para a periferia da sociedade todos aqueles que não participam dos valores e das representações sociais dominantes. Esta dimensão da exclusão, assume-se pela “metamorfose” da identidade do individuo inevitavelmente marcada por um sentimento de inutilidade, por sua vez aliado à sua própria incapacidade de superar os obstáculos e os processos que provocam e/ou acentuam a sua exclusão. Torna-se um excluído das relações sociais e do mundo das representações a elas associadas. “A primeira forma de excluir é não aceitar, não compreender e criticar, sistematicamente, o que difere de nós. A alteridade justifica‐se naturalmente e por ela própria. É sinal de vitalidade cultural e responde negativamente, desde logo, a um preconceito que, vindo de ontem, ainda hoje, povoa algumas mentes: o da superioridade racial e cultural. Este preconceito exclui, porque hierarquiza, exclui porque inferioriza, exclui porque mutila um direito insofismável: o da igualdade e o da diferença. Um excluído é um marginalizado. Regra geral, é a sociedade que marginaliza e exclui, limitando a liberdade, o humanismo, o respeito, enfim… a verdadeira dimensão humana.” (Oliveira 1999: 136). Segundo António, José Oliveira (1999: 136‐138) “há que combater hoje os factores que originam a exclusão”, pois “ignorar hoje os problemas significa encontrá-los amanhã com, pelo menos, o dobro da intensidade”. Devemos assim, aliar esforços para a “construção de um futuro que se quer sempre melhor, mais justo, mais humano e menos de exclusão”. Nesta missão de carácter social, não apenas nacional, creio que é essencial a criação de parcerias sociais, económicas e políticas, no sentido de ir alem de estudos e estatísticas. Há ainda que ter em conta que a exclusão social tem várias vertentes: de tipo económico; de tipo social; de tipo cultural; patológico; e comportamentos auto-destrutivos : 5 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social De tipo económico: Caracteriza-se pela carência e pela privação de recursos, resultante da escassez económica que atinge esta população tipo. Esta exclusão manifesta-se, pelas más condições de vida, baixos níveis de instrução e qualificação profissional, emprego precário, actividade da economia no domínio da economia informal etc. De tipo social: Este tipo de exclusão situa-se no domínio dos laços sociais. Este apresenta-se intimamente ligado à privação. Esta privação reverte na maior parte das vezes em isolamento, consequência da falta de auto – suficiência e autonomia pessoal. De tipo cultural: são fenómenos como o racismo e a xenofobia que originam exclusões deste tipo e que propagam a exclusão de certas minorias étnica – cultural. De origem patológica: Este tipo de exclusão manifesta-se a nível psicológico ou mental. Por comportamentos auto – destrutivos: Podemos considerar por comportamentos auto – destrutivos todos os comportamentos relacionados com toxicodependência, alcoolismo, prostituição, entre outros. “Este tipo de exclusão pode ser resultado de uma outra exclusão ocorrida, posteriormente”. (Costa 1998: 21). Segundo Lamark (1995), é fácil identificar as situações de pobreza tendo por referência um standard mínimo em termos de rendimento e condições de vida. A exclusão, por seu turno, é um processo mais complexo em que causas e consequências aparecem entrelaçadas entre si, não sendo um processo redutível a situações de carência/escassez em termos de recursos patrimoniais individuais ou globais. Esta, recobre situações de precariedade e situações de risco, não sendo, assim, um fenómeno marginal. É antes um fenómeno que afecta cada vez mais indivíduos, nomeadamente indivíduos provenientes de um leque cada vez mais amplo de grupos sociais. . 6 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social 2.1.2 Grupos de risco Em meu entender, não é necessário um grande esforço ou uma grande especulação, para percebermos quais os grupos sociais mais ameaçados pelas particulares que definem a pobreza. Indubitavelmente entendemos que, estas categorias sociais estendem-se aos idosos e às crianças; aos desempregados, bem como as pessoas sem qualificação; aos inválidos; toxicodependentes ou alcoólicos; mendigos e sem-abrigo e às famílias mono parentais. No entanto, para reforçar o meu trabalho, baseei esta etapa da minha pesquisa em duas obras: “Exclusão social: factores e tipos de pobreza em Portugal” de João Ferreira de Almeida et al. e “A pobreza em Portugal” de Alfredo Bruto da Costa et al. No entendimento de Almeida et al. (1992: 119): “ (…) os idosos pensionistas são os que constituem a categoria mais numerosa. O facto de lhes aparecer uma nova realidade, a reforma; o aumento das despesas com a saúde; a renda da casa; o custo de vida em geral, leva a que percam um certo estatuto económico. Os seus rendimentos muito baixos não atingem, em qualquer dos regimes estabelecidos, o salário mínimo nacional.” Á medida que consultava estes autores, tornaram-se curiosos alguns esclarecimentos e circunstâncias que fui assimilando e não deixaram de me conquistar especial atenção como: Costa (1985: 191) acrescenta ainda que “ (…) os valores das pensões actualmente existentes encontram-se totalmente desajustados em relação à inflação, o que gera situações de verdadeira pobreza para os indivíduos inactivos que não tenham outras fontes de rendimento.” No entanto, Almeida et al. (1992: 119), objecta: “Os agricultores de baixos rendimentos, proprietários de pequeníssimas parcelas de terra, encontram-se remetidos para regimes de exploração agrícola incapazes de ultrapassar uma auto7 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social subsistência de carências e privações. Deste modo, a pobreza acompanha o ciclo de vida do próprio indivíduo e da família.” Em meu elementar entender, são frequentemente ineptos de estabelecer relações de sociabilidade com outros grupos e não possuem uma real estratégia de vida nem uma percepção do tempo fora da sua dimensão cíclica. Quero com isto dizer, e tomando como exemplo presente nos dias de hoje a questão do desemprego e emprego, as causas mais imediatas deste tipo de pobreza passam mesmo pela falta deste com longas esperas para encontrar o primeiro emprego ou mesmo um novo, alienado à insuficiência dos salários. Dentro desta categoria (desemprego e emprego), também Costa (1985: 190) define: “Trabalhadores manuais não qualificados, levados a cabo pela insuficiente criação de empregos em relação à procura de trabalho, uma vez associada à mentalidade que não valoriza devidamente o trabalho manual. Como causas disto, aparecem então os salários baixos e as condições de trabalho insatisfatórias, à luz de critérios mínimos de dignificação da actividade humana.” Por último, para podermos conhecer a situação dos jovens, temos de ter em conta a sua condição de vida no presente, condicionada também pela situação familiar. Se, como é óbvio, a sua família não aparenta uma condição económica capaz de garantir a si própria uma vida segura, naturalmente que o jovem também se encontrará na mesma circunstância. Numa outra análise, se considerarmos as taxas de insucesso escolar e de abandono precoce do sistema de ensino, espontaneamente percebemos as dificuldades que um jovem de baixas qualificações tem, quando procura o primeiro emprego. Questão esta, aliada a fortes probabilidades de no futuro encarar-se com situações duradouras de pobreza. (Almeida et al., 1992:120) 8 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social 2.1.3 Integração e Inserção Social O conceito de exclusão social está associado, por oposição, ao conceito de integração social. Justifica-se, assim, a sua problematização a par de um outro conceito, o de inserção social. A integração pressupõe uma delegação/repartição de poder, os excluídos ou grupos empobrecidos devem ter necessariamente uma participação activa no funcionamento de grupos sociais organizados. Esta é uma condição básica para se operar a integração. Assim sendo, a integração social é empregada para designar “o processo que caracteriza a passagem das pessoas, famílias ou grupos das situações de exclusão para as de participação social e cidadania”. A sua possibilidade passa pela interacção entre quatro sistemas: Sistema político – jurídico, que deve operar a integração cívica e política Sistema económico e territorial, que pressupõe a integração sócio – económica num dado espaço Sistema de protecção social, que proporciona a integração social Sistema familiar, comunitário e simbólico, que deve realizar a integração familiar e na comunidade mais abrangente. A inserção social remeterá, assim, para o “duplo movimento que leva, por um lado, as pessoas, famílias e grupos em situação de exclusão social e de pobreza a iniciar processos que lhes permitam o acesso aos direitos de cidadania e participação social e, por outro lado, as instituições que oferecem a essas pessoas, famílias e grupos reais oportunidades de iniciar esses processos, disponibilizando-lhes os meios, dando-lhes apoio”. Desta forma, vou referenciar algumas instituições que actuam arduamente todos os dias para combater o flagelo que é a pobreza. Algumas daquelas que trabalham nomeadamente com pessoas sem‐abrigo, pois na minha crença será esta a classe mais atingida pelo fenómeno, dado que se encontram desde logo na margem da sociedade em que todos os dias são vividos em miséria extrema. 9 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social Com isto, surge o “Projecto de Integração para os Sem‐abrigo” da Instituição de Solidariedade CAIS, o qual consiste na edição de revistas que seriam vendidas pelos sem‐abrigo, com a finalidade de uma parte do lucro das vendas ser entregue a essas pessoas, promovendo assim um campo de trabalho digno onde podem começar a sua inserção na vida profissional, e desta forma recriando hábitos e métodos de trabalho, que os conduziria a cobiçarem outros modelos de vida. Sem menor determinação, ausculta-se o apoio da AMI, (Assistência Médica Internacional) que colocou em vigor em Portugal o projecto Porta Amiga, que passou pela abertura de centros com serviços de refeitório, balneário, lavandaria, roupeiro, clube de emprego e formação/ informação, apoio social, médico e jurídico. Assim, estes centros têm vindo a prestar serviços conduzidos para populações em situação de pobreza, trabalhando com várias formas de exclusão social (idosos, imigrantes, sem-abrigo, desempregados de longa duração, toxicodependentes, alcoolismo e isolamento social.) Para finalizar, convém relembrar o nome da Associação OIKOS, que actua com pessoas consideradas em risco, fundadora da campanha “Pobreza Zero”, alvejando a sensibilização e a recruta de pessoas para tal nobre causa que é o combate à pobreza e à fome. Assim estas associações ajudam a que a sociedade se disponibilize a ajudar quem precisa, pois observável é o preconceito contra os pobres que são sistematicamente preteridos, digamos, no serviço público ou na vida em geral. Amar os pobres significa principalmente respeitá‐los e reconhecer a sua dignidade, sobretudo hoje, quando na sociedade globalizada em que vivemos não se respeita de uma forma geral a dignidade da pessoa. “Ela é apenas considerada como um comprador em potencial por aquilo que ela pode consumir e obviamente dar lucro.” 10 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social 2.2 Descrição pormenorizada do processo de pesquisa Ao procurar informação deparei-me com alguns embaraços, como por exemplo, uma vasta informação devido também em parte a 2010 ser nomeado para o Ano Europeu da Luta contra a pobreza e Exclusão Social. Devido ao tema em estudo, a estratégia de pesquisa que utilizei foi a leitura de livros, revistas científicas e páginas de Internet que considerei credíveis. Numa primeira fase bastante embrionária resolvi pesquisar na Internet, elegendo o Google para motor de busca, que tipo de informação estava disponível. Atraiu-me um artigo intitulado de “Pobreza e Exclusão Social, Teorias, Conceitos e Politicas Sociais em Portugal ” dos autores Eduardo Vítor Rodrigues, Florbela Samagaio, Hélder Ferreira, Maria Manuela Mendes e Susana Januário do qual extraí e melhor fundamentei alguns conhecimentos. Procurei diversificar o motor de busca que habitualmente utilizo e prossegui a minha busca de informação no Yahoo. Com a expressão – Pobreza e Exclusão Social, e cuja pesquisa simples me demonstrou 1.380.006 registos fornecidos. Com um sentimento inicial ainda muito vago, quis obter uma maior especificação do assunto, e perante isto dirigi-me à Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, talvez também pelo facto de ser o recurso mais perto e mais rápido à minha disposição. Já na biblioteca com o computador livre para a minha procura, acedi ao B-On (biblioteca do conhecimento on-line) e, desta forma, a minha pesquisa toma início com uma pesquisa simples introduzindo em assuntos o conceito «pobreza», no qual obtive 43 resultados. Depositei então um breve olhar “com olhos de se ver”, como se diria no tradicional português, em todos os registos que obtive mas no final apenas requisitei dois livros que mais me aliciaram, sendo eles: “Lutar Contra a Pobreza e a Exclusão na Europa: guia de acção e descrição das políticas sociais” (in, European Anti Poverty Network, 1998), e “Exclusão social: factores e tipos de pobreza em Portugal” de João Ferreira de Almeida et al. Sendo muitos destes artigos sobre outros países, modifiquei o conceito em assuntos para «pobreza + Portugal». Desta vez apareceram apenas três 11 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social resultados mas, por sua vez, não pertinentes e até sendo dois deles iguais aos da pesquisa anterior. Depois da pesquisa na Biblioteca, e dada a insuficiência de algo que me parecia fundamental, procurei numa fase posterior tentar colmatar um pouco mais o meu trabalho mas desta vez adoptando como direcção o CES (Centro de Estudos Sociais). Nesta Instituição científica vocacionada para a investigação na área das ciências sociais, encontrei fontes fiáveis e concretas particularmente: revistas Críticas de Ciências Sociais, em que aquando efectuava a consulta de alguns dos títulos na capa me deparo com o título de um artigo que desde logo não pude deixar para trás,: “Padrões de exclusão e estratégias pessoais.” Edição nº 64, identificando-o assim desde logo como possível artigo para desenvolvimento da ficha de leitura; algumas teses direccionadas para a minha temática, as quais procurei explorar ao máximo na medida do tempo que disponibilizei para essas mesmas leituras e interpretações considerado desta forma material de grande utilidade para o trabalho em curso. Deste modo, como já tinha toda a informação para iniciar o meu trabalho académico, comecei a ler e a retirar toda a informação que achei pertinente. Escolhido o tema “Pobreza e Exclusão Social” e, já com algumas ideias formuladas sobre este, procurei num primeiro momento concentrar-me na formulação de um índice para que não ocorressem prováveis desvios do que realmente era pretendido. Com isto, comecei pela introdução, tentando discriminar todos os elementos mais importantes que tinha de salientar para apresentar e dar a conhecer o meu tema, no aspecto introdutório. Após a introdução, comecei a redigir o estado das artes, procurando conseguir dar uma definição de pobreza e exclusão social, através da bibliografia e informações que fui recolhendo. Para o Estado das Artes, defini vários sub – temas que fui diferenciando preferencialmente ao longo das leituras, sendo eles: “Pobreza e Exclusão Social – uma definição”; “Grupos de Risco”; e por último, “Integração e Inserção Social”. Julguei com especial meditação pessoal, importante falar também de um dos derivados da pobreza e, talvez o pior “deles” todos, o da Exclusão 12 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social Social. Procurei, dar um entendimento e uma percepção daquilo que é realmente a exclusão social, como surge e como actua nas sociedades de hoje. Passei então para a fase seguinte, o adiantamento da ficha de leitura da revista Crítica de Ciências Sociais editada em Coimbra pelo Centro de Estudos Sociais (CES), artigo de Iver Hornneman e de Pedro Hespanha. É também de extrema relevância mencionar, o nome dos três livros mais importantes na pesquisa do meu trabalho que se intitulam por: “Exclusão Social: factores e tipos de pobreza em Portugal” de João Ferreira de Almeida et al., “A pobreza em Portugal” de Alfredo Bruto da Costa e “Um olhar sobre a pobreza: vulnerabilidade e exclusão social no Portugal contemporâneo”, que estão devidamente citados na bibliografia. Para última tarefa, recorri ao site “olhares” com o intuito de encontrar uma imagem para a capa que fosse adequada, pois todas me pareciam impróprias e muito especificas a exacerbar situações e tragédias que embora possivelmente reais, não achei por bem colocar não sendo o meu real interesse a mobilização. A imagem da capa a meu ver tem um significado fortíssimo, com uma pequena montagem básica feita por mim, apenas com o interesse maior de realçar o sentimento/circunstância comum existente, vista aos meus olhos, entre a criança e o idoso. Não me desviando do essencial, e em jeito de conclusão da intensiva apresentação dos principais processos e métodos de pesquisa deste trabalho – limitava-me a assinalar que a maior dificuldade, foi sem dúvida a extracção da informação acessória e a leitura intensiva de algumas fontes. 13 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social 3. Ficha de Leitura Título da revista: Revista Crítica de Ciências Sociais. Autores do artigo: Iver Hornemann Moller e Pedro Hespanha. Título do Artigo: “Padrões de exclusão e estratégias pessoais.” Assunto: Padrões de exclusão, segundo um estudo realizado por Gallie, baseado numa pesquisa a seis países da União Europeia. Número de Páginas do Artigo: 55-79 Edição: Nº64 Local de Edição: Coimbra. Editor: Centro de Estudos Sociais. Data de Publicação: 2002 Local onde se encontra: Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Palavras-chave: Exclusão, inclusão, pessoas desempregadas e empregadas, Data de Leitura: Maio de 2010 Observações: Este artigo revela as conclusões feitas através de um inquérito realizado aos habitantes da Europa, e que de facto, demonstra pormenores surreais. Resumo: Com base numa pesquisa realizada em seis países europeus, analisamse duas questões - chave: os padrões de inclusão e exclusão que resultam da combinação de diferentes dimensões de participação social; as estratégias desenvolvidas pelos indivíduos não incluídos "automaticamente" para alargarem ou fortalecerem esses domínios de participação. Segundo um estudo realizado por Gallie, onde foram comparadas as pessoas desempregadas com as pessoas empregadas, concluiu-se que, “o desemprego leva ao colapso das redes sociais”, pois as pessoas, tendo um 14 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social orçamento restrito, não poderão usufruir de actividades culturais ou outras actividades que exigem dispêndio de dinheiro e, assim sendo, são excluídas de certa forma dos sistemas de integração. E ainda outra conclusão fulcral é que, sendo as remunerações / subsídios de pouco valor, fazem com que as pessoas se sintam excluídas de outros subsistemas, pois aparentemente o rendimento adquire uma certa relevância. Estrutura: Este artigo divide-se em três partes: Em primeiro lugar, a introdução, onde os autores fazem uma abordagem simples, do desenvolvimento do artigo. Começa com uma distinção entre exclusão e inclusão. Na segunda parte, enumera os padrões de inclusão e exclusão, dando um exemplo duma contestação do sistema de rendimento / consumo. Dentro deste tópico, os autores comparam as pessoas desempregadas e activadas entre as pessoas empregadas, evidenciando posteriormente conclusões relativas a este estudo e ainda dentro deste tópico, fala das pessoas desempregadas e activadas em todos os países de estudo. Terceira e última, os autores fazem as suas conclusões, relativamente ao estudo abordado. Notas sobre os autores: Pedro Hespanha: é sociólogo, docente da Faculdade de Economia e investigador permanente do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Coordenador dos Programas de Mestrado “Políticas Locais e Descentralização. As Novas Áreas do Social” e "Intervenção Social, Inovação e Empreendedorismo". Tem investigado e publicado nas áreas dos estudos rurais, políticas sociais, sociologia da medicina, pobreza e exclusão social. 15 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social 4. Avaliação de uma página Web Na realização deste trabalho seleccionei uma página mantida por uma instituição, aqui já referida por mim anteriormente no ponto 2.1.4, com grande tradição no tema da luta contra a pobreza. Essa instituição é a OIKOS (s.d.) que se encontra disponível através da hiperligação; http://www.oikos.pt/. A OIKOS é uma instituição sem fins lucrativos, reconhecida como ONGD ‐ Organização Não Governamental para o Desenvolvimento, que se destina a proporcionar uma vida digna a pessoas necessitadas. É composta por cidadãos dos dois sexos e de várias idades, que juntamente com governos, autarquias, organizações não ‐ governamentais, grupos de base, empresas, igrejas, centros de cultura e associações profissionais, trabalham com comunidades desfavorecidas dos países mais pobres. Esta ONGD, particularmente em Portugal, realiza programas de "Educação para o Desenvolvimento" para crianças e jovens, associações e empresas, com a finalidade de consciencializar essas pessoas a contribuírem para a erradicação da pobreza. Assim a OIKOS visa, não só com a ajuda humanitária mas também através de programas e projectos, dar a todos as pessoas uma vida digna, que deveria ser algo fixo na vida humana. Esta página, com sete separadores de fácil utilização que reencaminham para subtemas específicos, foi fundamental no desenvolvimento do meu trabalho. Isto, porque fornece uma razoável quantidade de informação sobre a temática abordada de uma maneira simples, concisa e directa complementando os meus conhecimentos adquiridos através das alternadas pesquisas. Desfruta de um layout simples, com cores atractivas para os títulos e assuntos fundamentais, o que facilita a consulta, tornando a navegação natural e simples. Esta página em si tem mais pretensão no acto de mobilizar do que no acto informar. 16 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social Basta observar a quantidade de hiperligações que contêm para páginas de instituições ou organizações como, PobrezaZero, Tierradetodos, Developmentportal.eu, entre outros de fácil acesso, que servem esta causa, para ficarmos com tal ideia. Estas hiper – ligações para sites em várias línguas torna-a mais pluralista conseguindo assim chegar a um maior número de pessoas mobilizadas. Conta com numerosas galerias de fotos de eventos à volta deste tema e também possibilita o download de ficheiros em formato pdf sobre comunicados de imprensa, manifestos, relatórios, etc. Verifica-se que de uma maneira simples, conseguimos consultar em que se baseia esta campanha e que propósitos serve, no que podemos ajudar, ou até mesmo inscrevermo-nos para tal ajuda. Tudo de uma maneira bastante acessível e organizada de uma forma exímia, mesmo para o utilizador mais inexperiente. Reparando nas instituições e personalidades envolvidas na participação desta página tais como, Bob Geldo uma das maiores figuras na luta contra a pobreza a nível mundial, verificamos que a informação contida nesta página é credível e de grande fiabilidade. Quer seja pelas numerosas hiperligações que dispõe, formulários de inscrição ou possibilidade de navegação noutras páginas com as mais variadas línguas, é realmente uma página muito bem conseguida e praticamente de consulta obrigatória para quem se quer informar sobre este flagelo, que é a pobreza a nível mundial. Em jeito de conclusão, considero que é uma página bastante atraente, com óptimo conteúdo e que consegue influenciar até o visitante menos sensível para esta causa que é a luta contra a pobreza, e tendo em conta que esta página é um modo de sensibilizar e mobilizar a população para o tema da luta contra a pobreza, devo frisar mais uma vez que o faz de uma maneira magnífica. 17 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social 5. Conclusão Escolhi este tema, pois é um fenómeno social com grande visibilidade, por não ser algo relativo apenas ao presente, mas sim um fenómeno que acompanha gerações e gerações, a existência de uma realidade inextinguível e claro, 2010, que se decidiu ser o Ano Europeu de Luta Contra a Pobreza e a Exclusão Social, é uma boa altura para se reflectir sobre alguns desses efeitos não desejados. Em relação ao trabalho e à elaboração deste, devo dizer que senti alguma dificuldade em seleccionar os dados necessários para colocar no meu trabalho. Inicialmente, pensava que não iria conseguir realizar este trabalho na íntegra, dado a sua complexidade e bastante pormenorização que, “dava as mãos” a algum embaraço sentido por mim, a nível de selecção de fontes e estruturação devida da informação. Arrisco nomear uma metáfora do Doutor Paulo Peixoto (da introdução da sua tese) que caracteriza o meu sentimento no decorrer do processo de pesquisa: “As teses são como as cebolas. Fazem chorar quando se cortam. Porém, esse é um esforço necessário para que a comida fique melhor ou mais temperada. Ou para que fique com mais gosto. Neste caso, o gosto prevalecente é o do autor”. Peixoto (2006)1 Apesar das múltiplas dificuldades que tive de ultrapassar, os tais “trilhos da viagem” que, com o decorrer do tempo e com o acompanhamento das aulas foi-se tornando mais fácil esta tarefa, considero que o esforço foi proveitoso. Penso que utilizei um pouco de tudo que foi dado no âmbito da cadeira de Fontes de Informação Sociológica, tanto a nível de pesquisa como na sua elaboração, e assim continuar com este conhecimento para fazer os meus trabalhos académicos. Apesar de ser uma “sociedade de desperdício”, o fosso social alargou-se brutalmente. A mais recente crise em Portugal evidência como é diferente 18 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social estar, ou não estar empregado. Enquanto corporações sindicais lutam por mais e mais benefícios, os que dormem na rua, trabalham sem férias, sem subsídios, sem direitos de maternidade, sem nada, não têm sequer a quem se queixar. Reconhecer que a organização social está hoje assente numa realidade que já não existe é o primeiro passo para podermos combater a pobreza. Por mim, não sei sair deste “labirinto”, indicar um modelo. Mas gostava que o combate à pobreza não se reduzisse apenas a um espectáculo de boas intenções. Admito que este trabalho me comoveu e criou em mim uma enorme vontade de solidariedade. Com ele, deparei‐me com uma faceta do meu país da qual não quero fazer parte, não quero contribuir para uma maior exclusão social, mas sim para uma inclusão daqueles que necessitam da nossa ajuda. Não foi, de facto, simples realizar este trabalho académico mas de certa forma foi bastante lucrativo para mim, pois tive a oportunidade de incrementar as minhas faculdades, neste domínio, quer técnico, quer do assunto, e de certa forma alimentar o convívio com os mais variados meios e técnicas. Espero, de facto, que tenha conseguido responder aos sub - temas que mencionei no início, numa visão clara mas de elevada pertinência. 19 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social 6. Referências Bibliográficas Obras consultadas Almeida, João Ferreira (1992), Exclusão Social: factores e tipos de pobreza em Portugal. Oeiras: Celta Editora. Aron, Raymond (2002) “As etapas do Pensamento Sociológico”. Lisboa, D Quixote, 6ª Ed., pp141/215 Batista, Isabel (2008), Um olhar sobre a pobreza: vulnerabilidade e exclusão social no Portugal contemporâneo. Lisboa: Gradiva. Bruto da Costa, Alfredo (2008), Um olhar sobre a pobreza: vulnerabilidade e exclusão social no Portugal contemporâneo. Gradiva Publicações EAPN (1996), Lutar contra a pobreza e a exclusão social na Europa. Lisboa: Instituto Piaget. Giddens, Anthony (2004), Sociologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Ministério da Solidariedade e Segurança Social (1997), Pobreza Não – Erradicação da Pobreza 1997 – 2006. Lisboa: Departamento de Estatísticas, Estudos e Planeamento do Ministério e Solidariedade e segurança Social. Oliveira, José António (1999), “A dimensão sócio ‐ antropológica da exclusão”. As cidades e os rostos de exclusão. Porto: Universidade Portucalense Infante D. Henrique, 135‐139. Peixoto, Paulo Jorge Marques (2006), “O passado ainda não começou. Funções e estatuto dos centros históricos no contexto urbano português”, 20 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social Tese de doutoramento em sociologia. Coimbra: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. . Páginas de Internet consultadas A pobreza e a Exclusão Social (…) – pagina consultada em 9 de Abril de 2010 http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/1468.pdf European Anti-Poverty Network – pagina consultada em 9 de Abril de 2010. Disponivel em http://www.eapn.org/ Fernandes, Antónoi Teixeira (1995),” Etnicização e racização no processo de exclusão social.” Página consultada no dia 5 de Abril de 2010. Disponível em http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/1381.pdf Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat 2008). Página consultada no dia 10 de Abril de 2010. Disponível em http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page?_pageid=1090,1&_dad=portal& _schema=PORTAL. Instituto Nacional de Estatística (2007). Página consultada no dia 10 de Abril de 2010. Disponível em http://metaweb.ine.pt/sim/variaveis/pesquisasimples.aspx?ID=PT#T OIKOS‐ Página consultada em 24 de Maio de 2010. Disponível em www.oikos.pt. Pobreza Zero ‐ página consultada em 24 de Maio de 2010. Disponível em www.pobrezazero.org 21 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social Revista Crítica de Ciências Sociais Moller, Iver Hornemann e Hespanha, Pedro (2002), “Padrões de exclusão e estratégias pessoais”. Revista Critica de Ciências Sociais, 64, 55-79 22 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social Anexo A – Página da Web Avaliada 23 Fontes de Informação Sociológica Pobreza e Exclusão Social Anexo B – Revista Crítica de Ciências Sociais Moller, Iver Hornemann; Hespanha, Pedro (2002), “Padrões de exclusão e estratégias pessoais”. Revista Crítica de Ciências Sociais, nº64, 55-79. 24