XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
ANAIS DO XLIV CONGRESSO DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL
“Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento”
Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural
Universidade Federal do Ceará
Universidade de Fortaleza
Banco do Nordeste
Embrapa Agroindústria Tropical
Fortaleza, Julho de 2006
Página 1
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da SOBER
A SOBER é uma sociedade civil sem fins lucrativos que congrega profissionais com
interesse em economia e sociologia rural, hoje com mais de 600 sócios ativos e sede
em Brasília. O Congresso da SOBER está em sua 44° edição e esse ano será realizado pela terceira vez na ensolarada Fortaleza-CE.
Os Congressos da SOBER reúnem professores, pesquisadores, alunos de pós-graduação e agentes econômicos com interesse no desenvolvimento social e econômico
do Brasil rural. Neles, são apresentados os trabalhos técnicos e científicos mais recentes e relevantes referentes aos temas do Congresso.
Além da elevada quantidade de trabalhos apresentados, destaca-se a qualidade e
nível técnico dos trabalhos da SOBER, os quais são resultados das pesquisas dos
técnicos brasileiros e estrangeiros. É comum a presença de pesquisadores e professores de outros países, principalmente Portugal e América Latina. Assim, a SOBER é
uma instituição vitoriosa em sua missão de congregar os profissionais com interesse
no desenvolvimento do Brasil rural.
A Comissão Organizadora do Congresso é constituída pelos seguintes membros:
Margareth de Figueirêdo Nogueira Mesquita – Bibliotecária/UFC
Comissão Nacional (Atuais)
C74c
Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural (44: 2006: Fortaleza,Ce)
Anais do 44º Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural /Editado
por Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho, Maria Irles de Oliveira Mayorga e
Francisco Casimiro Filho.- Fortaleza: SOBER/BNB, 2006.
000p. 21 cm.
ISBN - 859857101-6
1.Questões agrárias. 2.Educação e desenvolvimento. 3. Economia rural.
4. Sociologia rural. 5. Agricultura familiar. 6. Agronegócio. I. Sociedade
Brasileira de Economia e Sociologia Rural. II. Universidade Federal do
Ceará, Departamento de Economia Agrícola. III. Banco do Nordeste do
Brasil. IV. Universidade de Fortaleza V. Embrapa Agroindústria Tropical. VI.
Ferreira Filho, J. B. S. VII. Casimiro Filho, F. VIII. Mayorga, M. I. O. Título.
Presidente
Elísio Contini - MAPA/Embrapa - DF
Vice-Presidentes
Antônio Salazar P. Brandão - UERJ
Sérgio Schneider - UFRGS
Maria Odete Alves - BNB
Flávio Borges Botelho Filho - UnB
Marco Antonio Montoya - UPF
Diretor Executivo
Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho - USP
CDD – 338.1
Página 2
Página 3
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
GRUPOS DE PESQUISA
Comitê Organizador Local
Maria Irles de Oliveira Mayorga - UFC (Coordenadora)
Francisco Casimiro Filho - UFC (Coordenador Científico)
Maria Odete Alves - BNB
Margarida Lima - BNB
Ahmad Saeed Khan - UFC
Ruben Dario Mayorga - UFC
Suely Salgueiro Chacon - UNIFOR
Adriano Albuquerque - EMBRAPA/Agricultura Tropical
Lydia Ma. Fernandes Pessoa - Secret. de Agri. e Pecuária - SEAGRI
Paulo Roberto Fontes Barquete - INCRA/CE
Grupos de Pesquisa e seus Coordenadores
1 - Comercialização, Mercados e Preços Agrícolas
Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros
2 - Administração Rural e Gestão do Agronegócio
Ricardo Pereira Reis
3 - Comércio Internacional
Viviani Silva Lírio
4 - Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais
Pery Francisco Assis Shikida
5 - Políticas Setoriais e Macroeconômicas
Rogério Edivaldo de Freitas
6 - Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Flávio Borges Botelho Filho
7 - Agricultura Familiar
Sérgio Schneider
8 - Mercado de Trabalho Agrícola
Lauro Francisco Mattei
9 - Instituições e Organizações na Agricultura
Carlos Eduardo de Freitas Vian
10 - Reforma Agrária e Outras Políticas de Redução da Pobreza
Sonia Maria P. Pereira Bergamasco
11 - Desenvolvimento Territorial e Ruralidade
Amilcar Baiardi
12 - Ciência, Inovação Tecnológica e Pesquisa
Antonio Flávio Dias Ávila
Página 4
Página 5
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV CONGRESSO DA SOBER – FORTALEZA
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DOS PRÊMIOS SOBER
COORDENADOR GERAL
Marcelo José Braga
Professor Adjunto
Bolsista do CNPq
Universidade Federal de Viçosa
Departamento de Economia Rural
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
Alfredo Kingo Oyama Homma
Bolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro de Pesquisa Agroflorestal da
Amazônia Oriental.
Tales Wanderley Vital
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Letras e Ciências Humanas,
Curso de Mestrado Em Administração Rural e Comunicação Rural.
XLIV CONGRESSO DA SOBER – FORTALEZA
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DO PRÊMIO SOBER – MELHOR
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM SOCIOLOGIA RURAL.
COORDENADOR:
Josefa Salete Barbosa Cavalcanti (Coordenadora da Comissão)
Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Filosofia e Ciências Humanas,
Departamento de Ciências Sociais.
Edgard Alencar
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Administração e Economia.
DAE/UFLA
Deis Elucy Siqueira
Bolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 1C
Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Sociologia.
Amilcar Baiardi
Bolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 1D
Universidade Federal da Bahia.
XLIV CONGRESSO DA SOBER – FORTALEZA
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DO PRÊMIO SCHUH – MELHOR
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ECONOMIA RURAL
COORDENADOR:
Decio Zylbersztajn
Bolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 1D
Universidade de São Paulo, Faculdade de Economia Administração e Contabilidade,
Departamento de Administração.
Página 6
Moises de Andrade Resende Filho
Professor Adjunto
Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Economia, Departamento de Análise
Econômica.
XLIV CONGRESSO DA SOBER – FORTALEZA
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DO PRÊMIO JOSÉ GOMES
DA SILVA – MELHOR TESE DE DOUTORADO NA ÁREA DE
SOCIOLOGIA RURAL
COORDENADOR:
Flávio Sacco dos Anjos
Bolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 2
Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de
Ciências Sociais Agrárias.
Aldenor Gomes da Silva
Bolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 2
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Humanas Letras e Artes,
Departamento de Ciências Sociais.
Jose Norberto Muniz
Universidade Federal de Viçosa, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Economia
Rural.
Dalva Maria da Mota
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro de Pesquisa Agroflorestal da
Amazônia Oriental, Cpatu.
Página 7
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV CONGRESSO DA SOBER – FORTALEZA
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DO PRÊMIO
POTSCH – MELHOR TESE DE
DOUTORADO EM ECONOMIA RURAL
COORDENADOR:
Celso Leonardo Weydmann
Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Departamento de
Ciências Econômicas.
Ahmad Saeed Khan
Bolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 1A
Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Economia
Agrícola.
Marco Antonio Montoya Rodrigues
Universidade de Passo Fundo, Faculdade de Economia e Administração, Centro Regional de
Economia e Administração.
Heloisa Lee Burnquist
Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Departamento
de Economia Administração e Sociologia.
ANAIS DO XLIV CONGRESSO DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL
“Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento”
XLIV CONGRESSO DA SOBER – FORTALEZA
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DO PRÊMIO
RUI MILLER PAIVA – MELHOR ARTIGO NA ÁREA
DE ECONOMIA RURAL
COORDENADOR:
Gervásio Castro de Rezende
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
Yony de Sa Barreto Sampaio
Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento
de Ciências Econômicas.
Pery Francisco Assis Shikida
Bolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 2
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Ciências Sociais Aplicadas,
Departamento de Economia.
Jose Roberto Vicente
Instituto de Economia Agrícola.
Página 8
Fortaleza, Julho de 2006
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
1 • COMERCIALIZAÇÃO, MERCADOS E PREÇOS AGRÍCOLAS
SSD 202 • A IMPORTÂNCIA DO PÓLO FRUTÍCOLA BANDEIRANTE NO AGRONEGÓCIO PAULISTA.
1 -Comercialização, Mercados e Preços Agrícolas
Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros
SCD 031 • A INTERDEPENDÊNCIA ENTRE OS PREÇOS DO CAFÉ BRASILEIRO E COLOMBIANO:
UMA ANÁLISE EMPÍRICA.
SSD 077 • A LOGÍSTICA COMO GARANTIA DE ALIMENTOS MAIS BARATOS: UM ESTUDO DE
CASO SOBRE A MOVIMENTAÇÃO DE ARROZ.
SCD 034 • A REGRA ÓTIMA DE ARMAZENAMENTO DE ARROZ NO BRASIL ATRAVÉS DE UM
MODELO DINÂMICO DE EXPECTATIVAS RACIONAIS.
SSD 076 • ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS PARA O CERTIFICADO DE DEPÓSITO
AGROPECUÁRIO / WARRANT AGROPECUÁRIO (CDA/WA).
SCD 033 • ANALISANDO OS RELACIONAMENTOS DURADOUROS NO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO
DA MAÇÃ BRASILEIRA: UMA VISÃO DOS PRODUTORES.
SCD 140 • ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DOS MERCADOS FUTUROS DE COMMODITIES AGRÍCOLAS
BRASILEIRAS UTILIZANDO CO-INTEGRAÇÃO.
SSD 207 • ANÁLISE DA FORMAÇÃO DOS PREÇOS RECEBIDOS PELOS SOJICULOTORES DOS
ESTADOS DO RIO GRANDE DO SUL, PARANÁ E MATO GROSSO.
SSD 083 • ANÁLISE DA TRANSMISSÃO ENTRE OS PREÇOS DOS CORTES DE SUÍNOS NO
VAREJO E OS PREÇOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES NO ESTADO DE SÃO PAULO.
SSD 086 • ANÁLISE DA VOLATILIDADE DO PREÇO DO CACAU NO MERCADO DE FUTUROS DE
NOVA YORK (CSCE):UMA APLICAÇÃO DO MODELO GARCH.
SSD 199 • ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS HISTÓRICOS DO ARROZ NO RIO
GRANDE DO SUL DE 1973 A 2005.
SSD 324 • ANÁLISE DO TRADE-OFF NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ÁLCOOL NAS USINAS DA
REGIÃO CENTRO-SUL DO BRASIL.
SCD 086 • ANÁLISE DOS RETORNOS SOCIAIS ORIUNDOS DE ADOÇÃO TECNOLÓGICA NA
CULTURA DO AÇAÍ NO ESTADO DO PARÁ.
SSD 322 • ANÁLISE DOS TERMOS DE TROCA E AS MODIFICAÇÕES ESTRUTURAIS DA
COTONICULTURA NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.
SCD 141 • ANÁLISE ESPACIAL DA PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA NO ESTADO DO PARANÁ:
IMPLICAÇÕES PARA O SEGURO AGRÍCOLA.
SSD 071 • APONTAMENTOS SOBRE AS TENDÊNCIAS
DO PREÇO DO FRANGO DE CORTE NO BRASIL.
SSD 075 • AS ALTERAÇÕES NA COFINS E PIS E SEUS
REFLEXOS SOBRE A CADEIA ORIZÍCOLA GAÚCHA.
SSD 070 • ASSIMETRIA NA TRANSMISSÃO DE PREÇOS
DE PRODUTOS HORTIFRUTÍCOLAS NO ESTADO DE SÃO PAULO.
SSD 087 • ATITUDE DOS CONSUMIDORES E PERCEPÇÃO DO RISCO
ASSOCIADO AO CONSUMO DE CARNE DE VACA EM PORTUGAL.
SSD 330 • AVALIAÇÃO DA PREVISIBILIDADE DOS PREÇOS DA MADEIRA
DE EUCALIPTO UTILIZANDO REDES NEURAIS ARTIFICIAIS.
SSD 085 • CAUSALIDADE DE PREÇO DO MERCADO DE CARNE DE
BOI GORDO PARA SEIS ESTADOS BRASILEIROS, 1994 A 2003.
SSD 072 • CAUSALIDADE E CO-INTEGRAÇÃO NO MERCADO DE
CAFÉ ENTRE A BM&F E A NYBOT.
SSD 325 • COMERCIALIZAÇÃO E COMPORTAMENTO DE PREÇOS
DA MADEIRA SERRADA NOS ESTADOS DE SÃO PAULO E PARÁ.
SSD 082 • COMPORTAMENTO DE COMPRA DOS CONSUMIDORES
DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS (FLV) NA REGIÃO CENTRAL
DO RIO GRANDE DO SUL.
Página 11
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SSD 081 • COMPORTAMENTO DOS PREÇOS NOS MERCADOS
BRASILEIROS DE SUINOS, MILHO E SOJA.
SCD 030 • DAS PREOCUPAÇÕES FISIOCRÁTICAS E CLÁSSICAS
AO CUSTEIO AGRÍCOLA MODERNO: O PENSAMENTO ECONÔMICO
E SUA APLICAÇÃO AO SISTEMA NACIONAL DE CRÉDITO RURAL (SNCR).
SCD 139 • ESTAGNAÇÃO DA PECUÁRIA BOVINA NO AGRESTE
DE PERNAMBUCO.
SSD 209 • ESTRATÉGIAS COM CONTRATOS FUTUROS E
PREVISÃO DOS PREÇOS DE CAFÉ ARÁBICA: UMA
ABORDAGEM DE CO-INTEGRAÇÃO.
SSD 333 • ESTUDO DA CADEIA PRODUTIVA DE FLORES:
MUNICÍPIO DE GRAVATÁ • PERNAMBUCO.
SSD 331 • EVOLUÇÃO DAS ELASTICIDADES-RENDA DOS
DISPÊNDIOS DE LEITE E DERIVADOS NO BRASIL.
SCD 029 • EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE NA CAFEITURA
BRASILEIRA: SITUAÇÃO NAS REGIÕES GEOGRÁFICAS.
SCD 083 • EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS E O
ACORDO MERCOSUL-UNIÃO EUROPÉIA.
SSD 205 • FEIRAS LIVRES DO BREJO PARAIBANO: CRISE
E PERSPECTIVAS.
SSD 080 • FLUXO DE COMERCIALIZAÇÃO DE HORTALIÇAS
PRODUZIDAS NA REGIÃO ALTO CABECEIRAS DO TIETÊ.
SSD 084 • FLUXOS DE ALGODÃO EM PLUMA PARA
EXPORTAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA: UMA APLICAÇÃO
DE PROGRAMAÇÃO LINEAR.
SSD 201 • FLUXOS DE EXPORTAÇÃO DE SOJA DO ESTADO
DO MATO GROSSO: UMA APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR.
SSD 210 • FONTES DE CRESCIMENTO DO VALOR DA PRODUÇÃO
DE COMMODITIES DO AGRONEGÓCIO EM MINAS GERAIS NO
PERÍDO 1994 A 2004: CAFÉ, CANA-DE-AÇÚCAR E SOJA.
SSD 073 • FORMAÇÃO DO FRETE NO BRASIL: SUBSÍDIOS PARA
ESTRATÉGIAS DE NEGOCIAÇÃO EM CADEIAS DE SUPRIMENTOS.
SCD 088 • INDICADORES DE EFICIÊNCIA E ECONOMIAS DE ESCALA NA
PRODUÇÃO DE LEITE: UM ESTUDO DE CASO PARA PRODUTORES
DOS ESTADOS DE RONDÔNIA, TOCANTINS E RIO DE JANEIRO.
SSD 200 • INTEGRAÇÃO ESPACIAL DO MERCADO DE BOI GORDO ENTRE
OS ESTADOS DE MINAS GERAIS E SÃO PAULO NA PRESENÇA DO EFEITO THRESHOLD.
SSD 326 • INTEGRAÇÃO ESPACIAL E CAUSALIDADE DE PREÇOS NO
MERCADO BRASILEIRO DE BOI GORDO: RESULTADOS PRELIMINARES.
SCD 143 • MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO GAÚCHO:
EM ANÁLISE O MUNICÍPIO DO RIO GRANDE.
SCD 084 • MODELAGEM ARIMA NA PREVISÃO DO PREÇO DA ARROBA
DO BOI GORDO.
SCD 142 • MODELO DE PREVISÃO UNIVARIADO PARA PREÇOS DE LEITE
PAGOS AOS PRODUTOS NAS PRINCIPAIS REGIÕES BRASILEIRAS.
SSD 203 • MOVIMENTAÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NUMA AGROINDÚSTRIA
CANAVIEIRA EM CONDIÇÕES ADVERSAS DE OPERAÇÃO.
SSD 327 • OPERAÇÕES DE “CASH-AND-CARRY ARBITRAGE” NA
BM&F: UMA DESAGREGAÇÃO DOS CUSTOS.
Página 12
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SSD 079 • OUTSOURCING NA GESTÃO DA CADEIA DO FRIO, O PAPEL
DO OPERADOR LOGÍSTICO COMO SOLUÇÃO DE ARMAZENAGEM,
DISTRIBUIÇÃO E CLIMATIZAÇÃO: O CASO TRU LOGÍSTICA.
SSD 078 • PADRÕES SAZONAL E CÍCLICO PARA PREÇO DE BOI
GORDO NO ESTADO DE SÃO PAULO. 1976-2004.
SCD 032 • PREVISÃO PARA O PREÇO FUTURO DO CACAU ATRAVÉS
DE UMA SÉRIE UNIVARIADA DE TEMPO: UMA ABORDAGEM
UTILIZANDO O MÉTODO ARIMA.
SSD 328 • PREÇOS DE TERRAS NO BRASIL, FINANCIAMENTO
E PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FATORES.
SCD 085 • PRODUTIVIDADE DO CAFÉ EM MINAS GERAIS: UMA
ANÁLISE ESPACIAL.
SSD 206 • RELAÇÕES DE PREÇOS NOS MERCADOS INTERNO
E INTERNACIONAL DE SOJA E DERIVADOS.
SSD 332 • REPASSE DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CÂMBIO NOS
PRECOS DO VAREJO: UMA ANALISE COM DADOS DO ÍNDICE DE
PREÇOS AO CONSUMIDOR DE CAMPO GRANDE.
SCD 087 • RISCO E RETORNO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: UM
ESTUDO DAS EMPRESAS LISTADAS NA BOVESPA.
SSD 204 • SAZONALIDADE, MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO E
TRANSMISSÃO DE PREÇOS DO TOMATE DE MESA NO ESTADO
DE SÃO PAULO.
SSD 074 • SPREAD: UMA AVALIAÇÃO DOS CONTRATOS FUTUROS
DO ALGODÃO NA BM&F E NA NYBOT.
SSD 323 • UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE OS EFEITOS
ESPACIAIS NA AGROPECUÁRIA PARANAENSE.
SCD 027 • UM ESTUDO SOBRE O VALOR DO SISTEMA DE
RASTREABILIDADE ANIMAL NOS EUA.
SSD 329 • UMA ANÁLISE APLICADA DE DECISÃO COM OPÇÃO
DE VENDA UTILIZANDO CADEIAS DE MARKOV.
SCD 028 • UMA METODOLOGIA PARA AVALIAR A EXPECTATIVA DE
RENTABILIDADE NA AGRICULTURA BRASILEIRA: UM ESTUDO DAS
REGIÕES GEOGRÁFICAS.
SSD 208 • USO DA ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS PARA A
CRIAÇÃO DE CLUSTERS COMO MECANISMO DE DIVERSIFICAÇÃO
DE CARTEIRA DE ATIVOS DO SETOR AGROINDUSTRIAL.
2 • ADMINISTRAÇÃO RURAL E GESTÃO DO AGRONEGÓCIO
SSD 162 • ABERTURA DE CAPITAL COMO UMA OPÇÃO DE
FINANCIAMENTO DAS ATIVIDADES DAS EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO.
SSD 283 • AGROINDÚSTRIA FAMILIAR ORGÂNICA E ESTRATÉGIAS
DE MARKETING E COMERCIALIZAÇÃO.
SCD 011 • ANÁLISE COMPARATIVA SOBRE CUSTOS
AGROINDUSTRIAIS: UMA APLICAÇÃO DE TESTES NÃO-PARAMÉTRICOS
ENTRE EMPRESAS DA PARAÍBA E DE PERNAMBUCO.
SSD 029 • ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE ALGUNS FATORES
SOCIOECONÔMICOS E DEMOGRÁFICOS NO CONSUMO
DOMICILIAR DE CARNES NO BRASIL.
SSD 288 • ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING DAS
INDÚSTRIAS DE PROCESSAMENTO DE AMENDOIM DA
REGIÃO DE TUPÃ-SP.
Página 13
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SSD 024 • ANÁLISE DO DESEMPENHO COMPETITIVO DAS
AGROINDÚSTRIAS DE FRUTAS DO ESTADO DO PARÁ.
SSD 033 • ANÁLISE ECONOMICA DA PRODUÇÃO DE ARROZ NO
MUNICIPIO DE VÁRZEA ALEGRE / CE.
SCD 122 • ANÁLISE ESTRATÉGICA DE OPERAÇÕES AGROINDUSTRIAIS:
UM ESTUDO DE CASO NO SETOR ARROZEIRO.
SSD 151 • ANÁLISE SOCIOECONÔMICA DO IRRIGANTE DA
BACIA HIDROGRÁFICA METROPOLITANA, ESTADO DO CEARÁ.
SSD 285 • APURAÇÃO E CONTROLE DE CUSTOS: UM ESTUDO
NO SETOR AVÍCOLA DO MUNICÍPIO DE SÃO BENTO DO UNA – PE.
SSD 156 • AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE UM PROCESSO
PRODUTIVO AUTOCORRELACIONADO: ESTUDO DE CASO EM
UMA EMPRESA FABRICANTE DE CAFÉ SOLÚVEL.
SCD 124 • AVALIAÇÃO DE AÇÕES PARA A CRIAÇÃO DE UM NOVO
MODELO DE GESTÃO PARA O SETOR BRASILEIRO
DE BATATA IN NATURA.
SSD 152 • AVALIAÇÃO ECONÔMICA COMPARATIVA DE SISTEMAS DE
PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE NA REGIÃO DE AQUIDAUANA-MS.
SCD 006 • AVALIAÇÃO ECONÔMICA EM SISTEMAS PECUÁRIOS
DE CICLO COMPLETO NO ESTADO RIO GRANDE DO SUL.
SCD 065 • CANAIS QUE NÃO FUNCIONAM: O CASO DA
CO-GERAÇÃO DE ENERGIA COM O USO DO BAGAÇO DE CANA.
SCD 120 • CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE PECUÁRIA NOS
MUNICÍPIOS DO MATO GROSSO DO SUL: BRASILÂNDIA,
CHAPADÃO DO SUL, PARANAÍBA E RIBAS DO RIO PARDO.
SSD 027 • CENTRO DE CUSTOS E ESCALA DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA
LEITEIRA DOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL.
SSD 287 • CENÁRIOS DE LONGO PRAZO PARA A CAFEICULTURA
BRASILEIRA: 2006-2015.
SCD 123 • COMPETITIVIDADE DA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E
SOJA NO ESTADO DE MATO GROSSO – SAFRA 2004/05.
SSD 025 • COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE FRUTAS EM
RONDÔNIA: UM ESTUDO DE CASO.
SSD 155 • COMPREENDENDO A TOMADA DE DECISÃO
DO PRODUTOR RURAL.
SCD 012 • CUSTOS DA CADEIA PRODUTIVA DO FRANGO:
PARCERIA ENTRE COOPERATIVA E PEQUENOS PRODUTORES
FAMILIARES NO ESTADO DE SANTA CATARINA.
SSD 028 • DECISÕES DE DISTRIBUIÇÃO: UM ESTUDO
EXPLORATÓRIO EM UMA COOPERATIVA.
SCD 007 • DESEMPENHO AGROECONÔMICO DO CONSÓRCIO
ALFACE-BETERRABA SOB SISTEMA ORGÂNICO.
SSD 159 • DISPOSIÇÃO DE PAGAR POR ALIMENTOS SEGUROS: O
CASO DOS HORTIFRUTÍCOLAS SEM RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS.
Página 14
2 -Administração Rural e Gestão do Agronegócio
Ricardo Pereira Reis
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SSD 031 • DO CERRADO À AMAZÔNIA: AS ESTRUTURAS SOCIAIS
DA ECONOMIA DA SOJA EM MATO GROSSO.
SSD 280 • ECONOMIA DE ESCALA NA PRODUÇÃO DE SOJA
NO BRASIL.
SSD 161 • EFEITO DO NÍVEL DE ESCOLARIDADE NO CONSUMO
DE CARNE BOVINA E HORTALIÇAS NO BRASIL.
SCD 063 • EFICIÊNCIA COMBINADA DOS FATORES DE PRODUÇÃO:
APLICAÇÃO DE ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS
(DEA) À PRODUÇÃO LEITEIRA.
SCD 009 • EM BUSCA DE UM NOVO PARADIGMA PARA O
SEGURO RURAL NO BRASIL.
SSD 036 • ESCOLHA DA LÂMINA ÓTIMA DE IRRIGAÇÃO
PARA FEIJÃO, DE ACORDO COM O NÍVEL DE AVERSÃO
AO RISCO POR PARTE DO PRODUTOR.
SSD 289 • ESTRATÉGIAS DE MARKETING EM LATICÍNIOS:
UM ESTUDO EM EMPRESAS DA REGIÃO DE TUPÃ • SP.
SSD 158 • ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA
IMPLANTAÇÃO DE PIVÔ CENTRAL COM A UTILIZAÇÃO
DE ROTAÇÃO DE CULTURAS NO OESTE BAIANO.
SSD 150 • ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA
IMPLANTAÇÃO DE UM APIÁRIO PARA A PRODUÇÃO
DE PRÓPOLIS E MEL.
SSD 149 • ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA
PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL DE SOJA E MAMONA NA
REGIÃO NORTE DO PARANÁ.
SCD 013 • GESTÃO DO AGRONEGÓCIO DA CERA DE CARNAÚBA:
CUSTOS DE PRODUÇÃO, RENTABILIDADE E LUCRATIVIDADE.
SSD 038 • IDENTIFICANDO ESTRATÉGIAS DE MARKETING NAS REDES
DE SUPERMERCADOS PARA FRUTAS E HORTALIÇAS NO BRASIL.
SCD 067 • INDICADORES DE DESEMPENHO NÃO-FINANCEIROS NO AGRONEGÓCIO: UM
ESTUDO EXPLORATÓRIO.
SCD 121 • INVESTIMENTO EM INDÚSTRIA FRIGORÍFICA: IMPACTO
DOS RISCOS DE MERCADO NA DETERMINAÇÃO
DO VALOR DO NEGÓCIO.
SSD 284 • MARKETING METRICS EM COMUNICAÇÃO NO
AGRONEGÓCIO:UM ESTUDO DE CASO NO PÓLO REGIONAL
DE VIÇOSA ATRAVÉS DO MODELO DE AMBLER.
SSD 157 • MARKETING VERDE COMO UMA ABORDAGEM
ESTRATÉGICA FRENTE AO NOVO PERFIL DE CONSUMO.
SSD 026 • METODOLOGIAS DE CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA
LEITEIRA: UM ESTUDO NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL.
SSD 148 • MODELO PARA AVALIAÇÃO DOS LIMITES DA
VIABILIDADE DO BIODIESEL NO BRASIL.
SSD 281 • NICHOS DE MERCADO COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA:
O CASO DA PRODUÇÃO DE LEITE DE CABRAS E OVELHAS NA REGIÃO
DE BENTO GONÇALVES, RS.
SCD 008 • O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE ÁGUA MINERAL: UM ESTUDO
EXPLORATÓRIO SOBRE AS VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM O CONSUMO.
SSD 153 • O CULTIVO DA GRAVIOLEIRA EM PROPRIEDADES
PRODUTORAS DE CACAU DA REGIÃO SUDESTE DA BAHIA:
UM ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA CULTURA.
Página 16
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SCD 010 • O GOVERNO FEDERAL E O MERCADO DE SEGURO AGRÍCOLA:
APRENDENDO COM O PASSADO E CONSTRUINDO O FUTURO.
SSD 030 • O IMPACTO DA CERTIFICAÇÃO PIF E EUREPGAP, NO PROCESSO
DE COMERCIALIZAÇÃO DA UVA PRODUZIDA POR
PEQUENOS PRODUTORES DO VALE DO SÃO FRANCISCO:
UM ESTUDO DE CASO.
SSD 282 • O IMPACTO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA 51 NO SISTEMA
AGROINDUSTRIAL DO LEITE NO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANÁLISE
NA ELEGÊ ALIMENTOS S/A E NA COOPERATIVA LANGUIRI LTDA.
SSD 286 • O PROCESSO DE INOVAÇÃO E DE ESTRATÉGIA DE COOPERAÇÃO
COMPETITIVA PARA A OBTENÇÃO DA INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA VALE
DOS VINHEDOS: O CASO DA VINÍCOLA CORDELIER • SERRA GAÚCHA- RS/BRASIL.
SSD 039 • OPERAÇÕES EM REDES DE SUPRIMENTO GLOBAIS
E ALTA-CONFIABILIDADE.
SSD 160 • PERFIL DO CONSUMIDOR BRASILEIRO DE CARNE BOVINA
E DE HORTALIÇAS.
SCD 014 • PERFIL DO CONSUMIDOR DOMICILIAR DE AÇAÍ NA
REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM • PA.
SSD 034 • PONTOS DE VENDA DE ALIMENTOS: UMA ANÁLISE DO
PERFIL DE COMPRA DOS CONSUMIDORES DE CARNE BOVINA E FLV.
SSD 037 • POTENCIAL DAS PRINCIPAIS REGIÕES BRASILEIRAS PARA
ABASTECIMENTO DE SANGUE DE BOVINOS E SUÍNOS – MELHORIA
DA RENTABILIDADE E OPORTUNIDADE DE INVESTIMENTO.
SCD 066 • PRÁTICAS DE GESTÃO DE CUSTOS NO AGRONEGÓCIO:
UMA ABORDAGEM MULTIVARIADA.
SSD 023 • RETORNO E RISCO EM SISTEMAS DE SUCESSÃO DE
SOJA NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2005.
SSD 035 • RETORNOS À ESCALA E DESEMPENHO ECONÔMICO DOS
PRODUTORES DE LEITE EM MINAS GERAIS.
SSD 032 • SIMULAÇÃO DA VIABILIDADE INDUSTRIAL DO PROCESSAMENTO
DE AMÊNDOAS DE CACAU EM PEQUENA ESCALA: O CASO DA
CACAUICULTURA DE MEDICILÂNDIA NO ESTADO DO PARÁ.
SCD 064 • SISTEMAS DE PRODUÇÃO E CUSTOS NA PRODUÇÃO
DE SOJA ORGÂNICA, CONVENCIONAL E TRANSGÊNICA.
SCD 119 • UM EXAME DA RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA DA MODA
E VARIÁVEIS SÓCIO-ECONOMICAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO.
SSD 154 • UMA AVALIAÇÃO PROSPECTIVA DOS EFEITOS ECONÔMICOS
DA ADOÇÃO DE SOJA TRANSGÊNCIA NO MATO GROSSO.
SCD 068 • UTILIZAÇÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO EM
AGROINDÚSTRIAS PARAIBANAS.
SSD 022 • VIABILIDADE ECONÔMICA DE CONTRATOS DE INTEGRAÇÃO
NA CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE NA MICRORREGIÃO DE VIÇOSA – MG.
3 • COMÉRCIO INTERNACIONAL
SSD 342 • A COMPETITIVIDADE DA BORRACHA NATURAL NO BRASIL.
SSD 339 • A EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇOES E DA COMPETITIVIDADE
DO COMPLEXO SOJA NO BRASIL E NO PARANÁ: 1990 • 2004.
SSD 089 • A IMPORTÂNCIA DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO NAS RELAÇÕES
COMERCIAIS ENTRE BRASIL E CHINA.
SCD 091 • A MODERNIZAÇÃO DOS PORTOS E O COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL.
SSD 343 • A RODADA DO MILÊNIO: IMPACTOS SOBRE O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO.
Página 17
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SSD 095 • ABERTURA ECONÔMICA E CRESCIMENTO: ABORDAGEM DE
THIRLWALL PARA ESTUDOS DO DESEMPENHO DA BALANÇA
COMERCIAL BRASILEIRA.
SSD 213 • ACORDOS COMERCIAIS E O SETOR PRODUTIVO DE
CARNE BOVINA: ESTIMATIVAS DE GANHOS PARA O MERCOSUL.
SCD 035 • ANÁLISE ECONÔMICA DAS BARREIRAS TARIFÁRIAS
AO CAFÉ SOLÚVEL BRASILEIRO.
SSD 096 • ARBITRAGEM NO MERCADO CAMBIAL E DE TÍTULOS NO
BRASIL: UM TESTE ECONOMÉTRICO DA PARIDADE DE JUROS E
DA MOBILIDADE DE CAPITAL.
SSD 094 • AS BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO: IDENTIFICANDO
ALGUMAS TENDÊNCIAS.
SSD 224 • AS EXPORTAÇÕES COMO DETERMINANTE DE CRESCIMENTO:
O CASO DO ESTADO DO PARANÁ NO PERÍODO DE 1990 A 2005.
SSD 088 • AS EXPORTAÇÕES E A COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO
CAFEEIRO BRASILEIRO E PARANAENSE.
SCD 036 • AS POTENCIALIDADES E DISTORÇÕES COMERCIAIS NO
MERCADO INTERNACIONAL DA MANGICULTURA BRASILEIRA.
SSD 226 • BRAZILIAN FRUIT TRADE: THE EXPORT AGENT TRANSACTION
ARRANGEMENT.
SSD 344 • CANAIS DE EXPORTAÇÃO PARA AS FLORES TROPICAIS DE
PERNAMBUCO:ANÁLISE DA INSERÇÃO NO MERCADO EUROPEU.
SSD 097 • COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE FRANGOS DE CORTE
NO COMÉRCIO INTERNACIONAL.
SSD 212 • COMPETITIVIDADE DA PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NO BRASIL.
SSD 218 • COMPETITIVIDADE DO CAFÉ VERDE BRASILEIRO
NO MERCADO INTERNACIONAL.
SSD 334 • COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO SOJA BRASILEIRO NO
CONTEXTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL.
SSD 340 • CONCENTRAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES E VULNERABILIDADE
NO NORDESTE BRASILEIRO.
SSD 227 • EFEITOS DO FIM DO ACORDO MULTIFIBRAS NA PRODUÇÃO
E NO EMPREGO DOS SETORES TÊXTIL E DE VESTUÁRIO NO BRASIL.
SSD 216 • ESTIMATIVA DA DEMANDA DE IMPORTAÇÃO BRASILEIRA DE
LEITE EM PÓ, 1980-2002.
SSD 215 • ESTIMAÇÃO DA EQUAÇÃO DE OFERTA DE EXPORTAÇÃO
PARA O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO (1995-2004).
SCD 090 • EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO
SUCROALCOOLEIRO INTERNACIONAL.
SSD 214 • EVOLUÇÃO E CONTRIBUIÇÃO DO COMÉRCIO INTRA-INDÚSTRIA
PARA O CRESCIMENTO DO COMÉRCIO TOTAL ENTRE BRASIL E ARGENTINA.
SSD 223 • EVOLUÇÃO E POTENCIAL DOS MERCADOS DO ORIENTE MÉDIO
PARA A CARNE BOVINA BRASILEIRA.
SSD 090 • EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS, MODELO GRAVITACIONAL,
E CARACTERÍSTICAS DOS PAÍSES IMPORTADORES.
SSD 219 • EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS:
O PARADOXO DO SUCESSO.
SSD 338 • EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS E DESINDUSTRIALIZAÇÃO:
UMA CONTRIBUIÇÃO AO DEBATE.
SSD 211 • EXPORTAÇÕES DE MANGA DO PÓLO PETROLINA/JUAZEIRO:
UMA ANÁLISE DO DESEMPENHO NO PERÍODO DE 1990-2002.
Página 18
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SSD 228 • EXPORTAÇÕES E CRESCIMENTO ECONÔMICO DO CEARÁ NO
PERÍODO 1985-2002.
SSD 217 • EXPORTAÇÕES NO AGRONEGÓCIO DA CACHAÇA:
UM ESTUDO DE CASO DA CACHAÇA DE ALAMBIQUE GAÚCHA.
SSD 225 • GRIPE AVIÁRIA: PRIMEIROS IMPACTOS NAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS.
SSD 335 • IMPACTO DA FEBRE AFTOSA NA POSIÇÃO COMPETITIVA DO
BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL DE CARNE BOVINA.
SCD 094 • IMPACTO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA O MERCOSUL,
UNIÃO EUROPÉIA E NAFTA SOBRE PRODUÇÃO E EMPREGO: UMA ANÁLISE
DE INSUMO-PRODUTO PARA 1997 -2001.
SCD 148 • IMPACTO DOS ROYALTIES NA COMERCIALIZAÇÃO NACIONAL
DE FLORES: UM ESTUDO MULTI-CASO.
SSD 093 • IMPACTOS DA FEBRE AFTOSA NO SETOR DE ABATE DE ANIMAIS:
UMA ANÁLISE DE EQUILÍBRIO GERAL.
SCD 089 • IMPACTOS DA ÁREA DE LIVRE COMERCIO DAS AMÉRICAS (ALCA),
COM GRADUAL DESGRAVAÇÃO TARIFÁRIA, SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA.
SCD 146 • IMPACTOS DO PROTOCOLO DE CARTAGENA SOBRE O COMÉRCIO
DE COMMODITIES AGRÍCOLAS.
SCD 093 • IMPACTOS DOS ACORDOS INTERNACIONAIS SOBRE AS
EXPORTAÇÕES DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS BRASILEIRAS.
SSD 345 • IMPACTOS ECONÔMICOS DE MEDIDAS TÉCNICAS IMPOSTAS
SOBRE AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE LEITE CONDENSADO.
SSD 091 • INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES
BRASILEIRAS DE SOJA EM GRÃO, 1986 A 2004.
SSD 336 • INTENSIDADE E ORIENTAÇÃO REGIONAL DO COMÉRCIO
ENTRE OS PAÍSES DO MERCOSUL NO PERÍODO DE 1990-2004.
SCD 037 • MERCADO DE CARNES: ASPECTOS DESCRITIVOS E EXPERIÊNCIAS
COM O USO DE MODELOS DE EQUILÍBRIO PARCIAL E DE ESPAÇO DE ESTADOS.
SSD 222 • MERCADO MUNDIAL DE CARNE BOVINA: PARTICIPAÇÃO
BRASILEIRA E BARREIRAS À EXPORTAÇÃO.
SSD 099 • MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS APLICADOS AO SETOR
DE EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE FLORES DE CORTE.
SCD 144 • O COMÉRCIO INTERNACIONAL DA CARNE BOVINA E A
INDÚSTRIA FRIGORÍFICA EXPORTADORA.
SSD 098 • O CRÉDITO BANCÁRIO COMO ESTRATÉGIA DE INSERÇÃO
DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS NO MERCADO INTERNACIONAL.
SCD 145 • O CUSTO DE TRANSPORTE COMO BARREIRA AO COMÉRCIO
NA INTEGRAÇÃO ECONÔMICA: O CASO DO NORDESTE.
SSD 221 • O PASS-THROUGH DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CÂMBIO
PARA OS PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DE SOJA.
SSD 337 • O POTENCIAL DO AGRONEGÓCIO NO CEARÁ: A SUSTENTABILIDADE
DAS EXPORTAÇÕES DO ABACAXI.
SSD 341 • O REFLEXO DA CULTURA ORGANIZACIONAL NAS NEGOCIAÇÕES
INTERNACIONAIS DA EMPRESA TANAC.
SSD 220 • OS IMPACTOS DA EXPANSÃO DA UNIÃO EUROPÉIA DE 2004 NO
SETOR DE CARNE BOVINA BRASILEIRO.
SCD 038 • PANORAMA COMPETITIVO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO,
LOGÍSTICA DE TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO E A IMPLEMENTAÇÃO
DO PROTOCOLO DE CARTAGENA.
SSD 092 • POSSIBILIDADE DE OBTER LUCROS COM ARBITRAGEM NO
MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL.
Página 19
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SCD 147 • QUOTAS TARIFÁRIAS E ACESSO AOS MERCADOS AGRÍCOLAS.
SCD 039 • THE DOHA DEVELOPMENT AGENDA AND BRAZIL: A CLOSER
LOOK INTO THE DISTRIBUTIONAL IMPACTS INSIDE AGRICULTURE.
SCD 040 • VANTAGENS COMPARATIVAS REVELADAS E ORIENTAÇÃO
REGIONAL DA SOJA BRASILEIRA FRENTE A UNIÃO EUROPÉIA E AO
FORO DE COOPERAÇÃO ECONÔMICA NA ÁSIA E NO PACIFÍCO (1992-2004).
Página 20
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SCD 092 • VANTAGENS MERCADOLÓGICAS E EXIGÊNCIAS DOS
IMPORTADORES DE CERA DE CARNAÚBA.
4 • SISTEMAS AGROALIMENTARES E CADEIAS AGROINDUSTRIAIS
SCD 168 • A AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA DO PARANÁ PÓS-DESREGULAMENTAÇÃO.
SCD 167 • A CADEIA PRODUTIVA DE CARNE SUÍNA NO ESTADO
DO RIO GRANDE DO SUL E NA SERRA GAÚCHA.
SSD 138 • A DESREGULAMENTAÇÃO NO MERCADO DE CAFÉ TORRADO
E MOÍDO E A EMERGÊNCIA DE CAMPOS ORGANIZACIONAIS: UMA
ANÁLISE PROSPECTIVA E UMA AGENDA DE PESQUISA.
SCD 002 • A DINÂMICA DE UMA PEQUENA PROPRIEDADE DENTRO
DE UMA ANÁLISE DE FILIÈRE.
SSD 253 • A EVOLUÇÃO DAS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE
CITRICULTORES E INDÚSTRIAS PROCESSADORAS DE SUCO NA
FORMAÇÃO DOS PREÇOS E SUA EXPRESSÃO NO DESENVOLVIMENTO SETORIAL.
SSD 006 • A EXPANSÃO DA CADEIA DA SOJA NA AMAZÔNIA: OS CASOS
DO PARÁ E AMAZONAS.
SSD 269 • A GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA AGROINDUSTRIAL DO LEITE
E O MAPEAMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL: CONTRIBUIÇÃO
PARA O DESENVOLVIMENTO DE RONDÔNIA.
SCD 005 • A NEGOCIAÇÃO DA QUASE-RENDA ENTRE PRODUTOR E
AGROINDÚSTRIA: UMA DISCUSSÃO TEÓRICA E APLICADA NA AVICULTURA
DE CORTE PARANAENSE.
SSD 134 • A QUESTÃO DA QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA
AGROINDUSTRIAL DO LEITE.
SSD 128 • ANÁLISE COMPETITIVA DA CADEIA PRODUTIVA DA CARCINICULTURA
NO ESTADO DO PARÁ: O CASO DO LITOPENAEUS VANNAMEI (BOONE, 1931).
SSD 381 • ANÁLISE DA ADOÇÃO DE SISTEMAS DE RASTREABILIDADE BOVINA
NO BRASIL: ESTUDOS DE CASO NOS SEGMENTOS DE PRODUÇÃO, INDÚSTRIA
E COMÉRCIO.
SSD 377 • ANÁLISE DA GOVERNANÇA DA CADEIA DA SOJA.
SSD 132 • ANÁLISE DAS CONFIGURAÇÕES INTERORGANIZACIONAIS NA
PECUÁRIA DE CORTE GAÚCHA.
SSD 257 • ANÁLISE DE COMPETITIVIDADE DA COTONICULTURA NA REGIÃO DO TRIÂNGULO
MINEIRO/MG – APLICAÇÃO DA MATRIZ DE ANÁLISE DE POLÍTICA.
SSD 003 • ANÁLISE DE DESEMPENHO NA CADEIA BOVINA NO ESTADO DE SÃO PAULO.
SSD 126 • ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS ESPONTÂNEOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM
UMA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO SETOR LEITEIRO.
SSD 254 • CADEIA PRODUTIVA DA ALGAROBA NO PÓLO DE PRODUÇÃO DA BACIA DO
SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO.
SSD 005 • CARACTERIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO LÁTEX/BORRACHA NATURAL E
IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS GARGALOS PARA O CRESCIMENTO.
SSD 260 • CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE MANDIOCA E FORMAS DE INSERÇÃO NO
MERCADO DA REGIÃO ALTA PAULISTA.
SCD 115 • CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DA CADEIA PRODUTIVA DE CAFÉ ORGÂNICO DO SUL
DE MINAS GERAIS: SUBSÍDIOS PARA O AUMENTO DAS EXPORTAÇÕES.
SSD 262 • CARACTERIZAÇÃO E INSERÇÃO DA ATIVIDADE LEITEIRA NA REGIÃO ALTA
PAULISTA.
SCD 116 • CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA E PRODUTIVA DA BOVINOCULTURA DE
CORTE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
SSD 266 • CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DE PRODUTORES DE FRANGO DE CORTE
NO BRASIL: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE REGIÕES BRASILEIRAS.
Página 21
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SSD 258 • COMPETITIVIDADE E CONCENTRAÇÃO DE MERCADO: UMA ANÁLISE DA
AVICULTURA NAS MESORREGIÕES OESTE E SUDOESTE PARANAENSE.
SSD 265 • CONCORRÊNCIA E ESTRATÉGIAS DE PRECIFICAÇÃO NO SISTEMA
AGROINDUSTRIAL DO LEITE.
SSD 264 • CONSTRUÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO EM BONITO/MS.
SCD 114 • CONTRATOS ENTRE PEQUENOS PRODUTORES E EMPRESA EXPORTADORA DE
MANGA NO RIO GRANDE DO NORTE: UMA ANÁLISE PELA ABORDAGEM PRINCIPAL-AGENTE.
SSD 004 • COORDENAÇÃO E CUSTOS DE TRANSAÇÃO NOS CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO
CITRÍCOLA NO BRASIL.
SSD 007 • CÂMARAS SETORIAIS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: UMA ABORDAGEM VOLTADA
À NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL.
SSD 375 • DA FRENTE PARA TRÁS: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À AGROPECUÁRIA E
ESPECIALIZAÇÃO REGIONAL NO BRASIL.
SSD 256 • DESEMPENHO DOS FRUTICULTORES DA ÁREA DE ATUAÇÃO DO BANCO DO
NORDESTE DO BRASIL • BNB.
SSD 135 • DETERMINANTES DA RELAÇÃO COMERCIAL ENTRE PECUARISTAS E FRIGORÍFICOS:
O CASO DOS PECUARISTAS E FRIGORÍFICOS DA REGIÃO DE TUPÃ.
SSD 129 • DIAGNÓSTICO DA MALACOCULTURA NO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
(SC).
SSD 012 • DINÂMICA DA CADEIA PRODUTIVA E A ESTRATÉGIA PARA O ALINHAMENTO DAS
DEMANDAS POR PESQUISA AGROPECUÁRIA NA REGIÃO CAFEIRA DO SUL DE MINAS GERAIS:
UM ESTUDO SOBRE A GESTÃO INTERINSTITUCIONAL DO CONSÓRCIO BRASILEIRO DE
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DO CAFÉ.
SCD 003 • EFEITOS SISTÊMICOS EM RELAÇÕES CONTRATUAIS: UM ESTUDO DO COMÉRCIO
DA SOJA ENTRE CHINA E BRASIL EM 2004.
P 020 • EFICÁCIA DA ROTULAGEM OBRIGATÓRIA EM UM CANAL DE DISTRIBUIÇÃO DE
BANANA: ESTUDO DE CASO NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO DE MINAS GERAIS.
SSD 371 • ELEMENTOS HISTÓRICOS E EVOLUÇÃO RECENTE DO DESEMPENHO DA
RIZICULTURA NO MERCADO MUNDIAL, E NOS PAÍSES DO MERCOSUL.
SSD 136 • ESTIMATIVA DO CONSUMO DE FERTILIZANTES PELA LARANJA EM SÃO PAULO AO
LONGO DAS ÚLTIMAS DÉCADAS.
SSD 125 • ESTRATÉGIA E COORDENAÇÃO NO SETOR AGROINDUSTRIAL: UMA ABORDAGEM
NEO-INSTITUCIONALISTA DAS ESTRATÉGIAS DE SUPRIMENTO DE UM MOINHO PAULISTA.
SSD 259 • ESTRATÉGIAS ADMINISTRATIVAS E OPERACIONAIS UTILIZADAS PELAS USINAS DE
AÇÚCAR E ÁLCOOL DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO (SP).
SSD 137 • ESTRUTURA DE MERCADO E COMPETITVIDADE DAS EMPRESAS PRODUTORAS DE
SEMENTES DE SOJA DA REGIÃO SUL DE MATO GROSSO.
SCD 058 • ESTUDO DA COMPETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA APÍCOLA DE SANTA
CATARINA: ÊNFASE NA ANÁLISE DA DINÂMICA COMPETITIVA DO SEGMENTO PRODUTOR E
PROCESSADOR DA CADEIA.
SSD 002 • ESTUDO DA INFLUÊNCIA TECNOLÓGICA NO SEGMENTO PROCESSADOR DA CADEIA
AGROINDUSTRIAL DE CARNES BOVINA E SUÍNA.
SSD 267 • ESTUDO DE IMPACTO ECONÔMICO (EIS) PARA O SETOR AGROINDUSTRIAL
CANAVIEIRO PAULISTA E ALAGOANO: CONJUNTURA E AGENDA DE PESQUISA.
SSD 270 • EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE MAÇÃ EM SANTA CATARINA: NOVAS ESTRATÉGIAS
EM BUSCA DA COMPETITIVIDADE.
SSD 376 • EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS MAIORES EMPRESAS
DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, 1990-2003.
SCD 060 • EXIGÊNCIAS DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE FLV: UMA
COMPARAÇÃO ENTRE A TEORIA E ALGUNS CASOS ESTUDADOS.
SSD 001 • FATORES EXPLICATIVOS PARA A DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE CACAU NO
BRASIL: UMA ANÁLISE UTILIZANDO O MODELO SHIFT-SHARE.
SSD 010 • FILTROS INSTITUCIONAIS E ENTRAVES ORGANIZACIONAIS NA CITRICULTURA
PAULISTA.
SSD 268 • FLRORICULTURA EM PERNAMBUCO: PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO PARA 2020.
Página 22
Página 23
SSD 378 • FRUTICULTURA IRRIGADA NO NORTE DE MINAS GERAIS.
SSD 374 • GESTÃO DA QUALIDADE EM LATICÍNIOS: UM ESTUDO MULTICASO E PROPOSTAS
PARA MELHORIA.
SSD 131 • IMPACTOS FINANCEIROS DA INTEGRAÇÃO VERTICAL: UM ESTUDO NA INDÚSTRIA
CANAVIEIRA.
SSD 263 • INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA NO SEGMENTO DE PRODUÇÃO DO CAFÉ EM MINAS
GERAIS.
P 084 • MEIO AMBIENTE, INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE NA AGROINDÚSTRIA BRASILEIRA: A
CADEIA PRODUTIVA DO BIODIESEL.
SSD 139 • O AGRONEGÓCIO DO SUCO DE LARANJA CONCENTRADO CONGELADO (SLCC) DO
ESTADO DO PARANÁ.
SSD 372 • O SETOR FLORESTAL E MADEIRA E MOBILIÁRIO NA ECONOMIA PARAENSE A
PARTIR DE UMA VISÃO INTERSETORIAL.
SSD 141 • OS MERCADOS DE TERRA E TRABALHO NA (RE)ESTRUTURAÇÃO DA CATEGORIA
SOCIAL DOS FORNECEDORES DE CANA DAS REGIÕES DE PIRACICABA E RIBEIRÃO PRETO:
ANÁLISE DE DADOS DE CAMPO.
SSD 011 • PERFIL DA FLORICULTURA NO NORDESTE BRASILEIRO.
SSD 140 • PERFIL ESTRATÉGICO E COMPETITIVO DO SEGMENTO DE TORREFAÇÃO E MOAGEM
DE CAFÉ EM MINAS GERAIS.
SSD 127 • PERSPECTIVAS DO PROGRAMA DE ÁLCOOL COMBUSTÍVEL BRASILEIRO.
SSD 380 • PERSPECTIVAS E PROSPECTIVAS DA AVICULTURA NAS REGIÕES SUL E CENTROOESTE: UMA ANÁLISE BASEADA NAS VANTAGENS COMPARATIVAS.
SSD 124 • PERSPECTIVAS PARA A CAPRINOCULTURA NO BRASIL: O CASO DE PERNAMBUCO.
SSD 261 • PERSPECTIVAS PARA A CULTURA DA MAMONA NO NORDESTE EM 2006.
SSD 009 • POTENCIALIDADES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO DE AMENDOIM.
SSD 133 • PROJETO CAJU: ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA ORIENTADA PARA O
DESENVOLVIMENTO DA CAJUCULTURA CEARENSE.
SSD 373 • RACIONALIDADE LIMITADA E OPORTUNISMO NA CADEIA DO CAFÉ: IMPACTOS NAS
FORMAS CONTRATUAIS.
SCD 004 • REFORMA AGRÁRIA E USINAS PÚBLICAS: UMA ALTERNATIVA DE
SUSTENTABILIDADE PARA A PRÇODUÇÃO DE BIODIESEL NO SERTÃO PERNAMBUCANO.
SSD 370 • SISTEMA DE ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE NA
INDÚSTRIA DE ERVA-MATE:UMA VISÃO DA NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL.
SSD 255 • SITUAÇÃO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO NO NORDESTE: ESTRUTURAÇÃO DA
CADEIA PRODUTIVA, PRODUÇÃO E MERCADO.
SSD 130 • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E RASTREABILIDADE: RELAÇÕES SISTÊMICAS DOS
AMBIENTES E A ESTRUTURA DE GOVERNANÇA DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DA CARNE
BOVINA BRASILEIRA.
SCD 059 • TENDÊNCIA DAS ESTRUTURAS DE MERCADO A MONTANTE E A JUSANTE DA
AGRICULTURA BRASILEIRA NO PERÍODO DE 1990 A 2002.
SSD 008 • TENDÊNCIAS MUNDIAIS NO CONSUMO DE ALIMENTOS.
SCD 001 • TEORIA DOS CUSTOS DE MENSURAÇÃO – ALGUMAS VALIDAÇÕES EMPÍRICAS.
SCD 166 • UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DAS OFERTAS DE AÇÚCAR E ÁLCOOL
PARANAENSES.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SSD 379 • UMA ANÁLISE SISTÊMICA DA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA BRASILEIRA.
5 • POLÍTICAS SETORIAIS E MACROECONÔMICAS
SCD 053 • (RE)NEGOCIAÇÕES DAS DÍVIDAS AGRÍCOLAS.
SSD 118 • A ESTIMAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DE CAFÉ CRU EM GRÃO BRASILEIRAS NO
PERÍODO DE 1997 A 2003.
SSD 119 • A IMPORTÂNCIA DO CRÉDITO AGRÍCOLA E DA EDUCAÇÃO NA DETERMINAÇÃO
DO PRODUTO PER CAPITA RURAL: UM ESTUDO DINÂMICO EM PAINÉIS DE DADOS DOS
MUNICÍPIOS PARANAENSES.
SCD 054 • A PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NO PIB BRASILEIRO: CONTROVÉRSIAS
CONCEITUAIS E PROPOSTAS METODOLÓGICAS.
SSD 249 • ANÁLISE DE CICLOS NA ECONOMIA BRASILEIRA.
SSD 251 • ANÁLISE DO IMPACTO DOS INVESTIMENTOS NA AGROPECUÁRIA SOBRE A
GERAÇÃO DE PRODUTO, EMPREGO E IMPORTAÇÕES NO ESTADO DO CEARÁ.
SSD 121 • ANÁLISE DOS PRINCIPAIS TRIBUTOS INCIDENTES NA CADEIA DE CARNE BOVINA
BRASILEIRA.
SCD 108 • ASPECTOS ALOCATIVOS E DISTRIBUTIVOS DA REDUÇÃO NA TRIBUTAÇÃO INDIRETA
SOBRE INSUMOS AGROPECUÁRIOS: UMA ANÁLISE DE EQUILÍBRIO GERAL INTER-REGIONAL.
SSD 122 • AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA
FAMILIAR-PRONAF GRUPO B EM MINAS GERAIS.
SCD 160 • DIMENSIONANDO O PIB DO AGRONEGÓCIO EM PERNAMBUCO.
SCD 109 • DIREÇÃO DA CAUSALIDADE ENTRE DESENVOLVIMENTO FINANCEIRO E
CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL.
SSD 252 • FATORES DETERMINANTES DA INADIMPLÊNCIA DO CRÉDITO RURAL NAS ÁREAS DE
CONCENTRAÇÃO DE FRUTEIRAS NO ESTADO DO CEARÁ.
SSD 248 • FINANCIAMENTO DA AGRICULTURA BRASILEIRA: OS NOVOS INSTRUMENTOS DE
CAPTAÇÃO DE RECURSOS PRIVADOS.
SSD 250 • IMPACTO DA POLÍTICA CAMBIAL NAS EXPORTAÇÕES DE FRANGO APÓS A
IMPLANTAÇÃO DO PLANO REAL (1994-2004).
SSD 123 • INSTRUMENTOS SE SUSTENTAÇÃO DE PREÇOS DE ARROZ: A EXPERIÊNCIA
BRASILEIRA.
SCD 162 • MODERNIZAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO COM MINIMIZAÇÃO DE RISCOS NA
AGRICULTURA FAMILIAR: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO DE ASSENTAMENTO BOM CONSELHO
NO MUNICÍPIO DE MACAÍBA/RN.
SSD 120 • O CRÉDITO RURAL OFICIAL E A AGRICULTURA DE MATO GROSSO: 1993 A 2001.
SCD 110 • O FINANCIAMENTO PARA A AQUISIÇÃO DE INSUMOS NAS REVENDAS DO PARANÁ.
SCD 161 • POLÍTICAS PÚBLICAS DE FOMENTO À PRODUÇÃO FAMILIAR NO BRASIL: O CASO
RECENTE DO PRONAF.
SSD 247 • SÍNTESE TEÓRICA DA CREDIBILIDADE E CONSISTÊNCIA DA POLÍTICA MONETÁRIA E
SEUS CUSTOS EM TERMOS DE DESEMPREGO NO BRASIL.
6 • AGRICULTURA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
SSD 181 • A CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL DE FLORESTAS, COMPETITIVIDADE E
AMBIENTALISMO RENOVADO: UM ESTUDO DE CASO NA AGROINDÚSTRIA ERVATEIRA
PUTINGUENSE – RIO GRANDE DO SUL.
SSD 314 • A IMPORTÂNCIA DO ICMS ECOLÓGICO COMO INSTRUMENTO DE COMPENSAÇÃO
FINANCEIRA NA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO PROTETOR • RECEBEDOR.
SCD 077 • A INTEGRAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA ESCALA TERRITORIAL: REFLEXÕES
A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE.
SSD 308 • A POLÍTICA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO RIO GRANDE DO SUL: SUA
ESTRUTURA E PERCEPÇÃO DOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA.
Página 24
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SCD 130 • A REVISÃO DA POLÍTICA DE TARIFAS DE ÁGUA NO USO AGRÍCOLA: UM ESTUDO DE
CASO NO SUL DE PORTUGAL.
SCD 021 • A SUSTENTABILIDADE DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE BOVINOCULTURA DE
CORTE DO RIO GRANDE DO SUL.
SSD 312 • A THEORETICAL FRAMEWORK ON SUSTAINABILITY BASED ON THE MAINTENANCE
OF NATURAL CAPITAL STOCKS.
SSD 057 • AGRICULTURA ALTERNATIVA E SUSTENTABILIDADE: O CASO DO ASSENTAMENTO
NOVAS VIDAS EM OCARA, CEARÁ.
SSD 189 • ALGUMAS POSSIBILIDADES DE ESTUDO DE CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS A
PARTIR DA SOCIOLOGIA DOS REGIMES DE AÇÃO.
SCD 020 • AMPLIANDO O CONCEITO DE RASTREABILIDADE: EM BUSCA DE
SUSTENTABILIDADE NAS CADEIAS PRODUTIVAS.
SCD 134 • ANÁLISE COMPARATIVA DO BALANÇO ENERGÉTICO DO MILHO EM DIFERENTES
SISTEMAS DE PRODUÇÃO.
SSD 303 • ANÁLISE ECONÔMICA DA EXPLORAÇÃO DE CUPUAÇU EM SISTEMAS
AGROFLORESTAIS.
SSD 186 • APLICAÇÃO DO DASHBOARD OF SUSTAINABILITY NA AVALIAÇÃO DA
SUSTENTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO RURAL LOCAL.
SSD 311 • AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGS) PROMOTORAS DE
DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL.
SSD 020 • AS POLÍTICAS AMBIENTAIS E OS OBJECTIVOS DOS AGRICULTORES: O CASO DOS
AGRICULTORES DO SUL DE PORTUGAL.
SCD 076 • ATIVIDADE AGRÍCOLA E EXTERNALIDADE AMBIENTAL: UMA ANÁLISE A PARTIR DO
USO DE AGROTÓXICOS NO CERRADO BRASILEIRO.
SSD 307 • AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO USO DE ÁGUA PELO TOMATEIRO SOB IRRIGAÇÃO
POR SULCOS.
SSD 301 • AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA POLUIÇÃO DO AR NA AMAZÔNIA OCIDENTAL: UM
ESTUDO DE CASO DO ESTADO DO ACRE.
SSD 054 • BIODIESEL: UMA PROPOSTA ECONÔMICA, SOCIAL E AMBIENTALMENTE CORRETA.
SCD 135 • CARACTERÍSTICAS DA TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DA PESCA ARTESANAL EM
CABO VERDE.
SSD 053 • CERTIFICAÇÃO DA CASTANHA-DO-BRASIL NA REGIÃO DO ALTO ACRE: UMA
EXPERIÊNCIA DE SUSTENTABILIDADE.
SSD 300 • COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARDINHO:
PERSPECTIVAS E IMPACTOS ECONÔMICOS SOBRE OS USUÁRIOS.
SSD 055 • CONDIÇÕES DO TEMPO E PRODUTIVIDADE TOTAL DE FATORES NA AGRICULTURA
PAULISTA, 1962-2002.
SSD 182 • CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DE COMITÊS DE BACIAS
HIDROGRÁFICAS DE RIOS FEDERAIS • O CASO DO COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
PARANAÍBA.
SSD 021 • CONTRIBUIÇÃO DAS POLÍTICAS AGRÍCOLAS PARA A SUSTENTABILIDADE DO
AMBIENTE NUM SISTEMA AGRÍCOLA MEDITERRÂNEO.
SCD 131 • CUSTOS AMBIENTAIS DA PRODUÇÃO DA SOJA EM ÁREAS DE EXPANSÃO RECENTE
NOS CERRADOS BRASILEIROS – O CASO DE PEDRO AFONSO • TO.
SSD 063 • DA ABUNDÂNCIA DO AGRONEGÓCIO À CAIXA DE PANDORA AMBIENTAL: A
RETÓRICA DO DESENVOLVIMENTO (IN) SUSTENTÁVEL DO MATO GROSSO.
SCD 025 • DEMANDA POR PESCADOS NO BRASIL ENTRE 2002 E 2003.
SSD 192 • DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL NA ZONA DA MATA • PE: ASPECTOS
ESTRUTURANTES DO PROMATA NO MUNICÍPIO DE PAUDALHO.
SCD 024 • DINÂMICA DO ESTOQUE DE RECURSOS PESQUEIROS EM CABO VERDE, NO
PERÍODO DE 1982 A 2001.
Página 25
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SCD 022 • ECONOMIC GROWTH AND ENERGY CONSUMPTION: A SUR REGRESSION MODEL
APPLICATION IN BRAZIL FOR SEVERAL SOURCES OF FUEL.
SCD 023 • EMISSÕES DE CO2 NA ECONOMIA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE DE DECOMPOSIÇÃO
ESTRUTURALPARA OS ANOS 1990 E 2003.
SSD 313 • FATORES CRÍTICOS À PRODUÇÃO FLORESTAL EM SANTA CATARINA: UM ESTUDO
DE PROSPECÇÃO.
SSD 184 • GESTÃO DO LIXO: UM ESTUDO SOBRE AS POSSIBILIDADES DE
REAPROVEITAMENTO DO LIXO DE PROPRIEDADES HORTÍCOLAS.
SSD 315 • GESTÃO INTEGRADA E MEIO AMBIENTE EM UM EMPREENDIMENTO DE
FRUTICULTURA.
SCD 075 • GRUPOS DE ESTABELECIMENTOS SUINÍCOLAS E POTENCIAL POLUIDOR NO ALTO
URUGUAI CATARINENSE.
SSD 059 • INDICADOR DE QUALIDADE DE PRODUÇÃO DA CULTURA DO TOMATE, NO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO.
SSD 191 • LEGISLAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E O TRATAMENTO DE DEJETOS NA
SUINOCULTURA PAULISTA.
SCD 133 • NOTAS SOBRE O AMBIENTALISMO, (AGRO)ECOLOGIA, CIÊNCIA E CAPITALISMO.
SSD 058 • O DESAFIO DA “REDE ARROZEIRAS DO SUL” DIANTE DA PERSPECTIVA DE UMA
GESTÃO SUSTENTÁVEL.
SSD 061 • O DILEMA NA ACACICULTURA BRASILEIRA: GLOBALIZAÇÃO X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL.
SCD 080 • O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO COMO ALTERNATIVA DE POLÍTICA
PÚBLICA AMBIENTAL.
SSD 305 • O MERCADO DE CARBONO NA AMAZÔNIA LEGAL: UMA ESTIMATIVA DOS GANHOS
ECONÔMICOS PARA O ESTADO DO TOCANTINS.
SCD 079 • O PAPEL DA PECUÁRIA BOVINA DE CORTE NO BRASIL E SUAS CONTRIBUIÇÕES
PARA O EFEITO ESTUFA.
SSD 183 • O SISTEMA DE LICENCIAMENTO DE PROPRIEDADES RURAIS COMO ESTRATÉGIA DE
CONTROLE DO DESMATAMENTO ILEGAL: A EXPERIÊNCIA DO MATO GROSSO.
SSD 302 • OS RECURSOS NATURAIS E O PENSAMENTO ECONÔMICO.
SSD 187 • PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PRODUTORES DE CACHAÇA NA REGIÃO DE OURINHOS
– SP.
SSD 056 • PESCA E AQÜICULTURA COMO TECONOLOGIA DE BACKSTOP.
SCD 026 • PESCA PREDATÓRIA DA LAGOSTA NO BRASIL: UM MODELO INSUSTENTÁVEL.
SSD 306 • PRODUÇÃO MAIS LIMPA: UMA RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL.
SCD 078 • PROGRESSO TÉCNICO, RELAÇÕES DE TRABALHO E QUESTÕES AMBIENTAIS NA
AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA.
SSD 188 • PROTOCOLOS DE RELACIONAMENTOS SOCIAIS PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS
IMPACTADAS POR ATIVIDADES PETROLÍFERAS.
SCD 019 • THE COMMONS DILEMMA REVISITED: EXPANDING RATIONALITY AND ANIMATING
INSTITUTIONAL ANALYSIS.
SSD 310 • TRANSFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS NA REGIÃO DOS CAMPOS
DE CIMA DA SERRA (RS): O MANEJO ADEQUADO DO CAMPO NATIVO COM ALTERNATIVA DE
SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA E AMBIENTAL.
SSD 304 • UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS POLÍTICAS FLORESTAIS DO BRASIL E
PARAGUAI.
SSD 019 • UMA POLÍTICA DE C&T PARA O SETOR PRIMÁRIO NA AMAZÔNIA.
SSD 190 • UMA VISÃO PANORÂMICA SOBRE A CASTANHA-DE-CAJU “IN NATURA” E
PROCESSADA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES.
SCD 132 • USO E CONSERVAÇÃO DOS REMANESCENTES DE MANGABEIRA POR POPULAÇÕES
TRADICIONAIS.
SSD 185 • VALOR ECONÔMICO E SOCIOCULTURAL DO ECOTURISMO E DAS ATIVIDADES
RECREACIONAIS PROVIDAS PELA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL SERRA DE SÃO JOSÉ
(MG).
SCD 018 • VALORAÇÃO CONTINGENTE DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) SÃO JOSÉ
– MG: UM ESTUDO DE CASO.
SSD 309 • VALORAÇÃO ECONÔMICA DO MEIO AMBIENTE E UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
HÍDRICOS: O CASO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARDINHO – RS.
SSD 060 • VALORAÇÃO MONETÁRIA DE BENEFÍCIOS AMBIENTAIS: O CASO DO TURISMO NO
LITORAL DO MUNICÍPIO DE CANAVIEIRAS – ESTADO DA BAHIA.
SSD 062 • VIABILIDADE ECONÔMICA DO BIODIESEL E IMPACTO DO SEU USO NO PREÇO DA
TARIFA DE ÔNIBUS NA CIDADE DE ITABUNA, BAHIA.
SSD 052 • ÁGUA E AGROTÓXICOS? ISSO NÃO SE MISTURA. ESTUDO SOBRE A MICROBACIA
HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO DA LAGOA, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP.
7 • AGRICULTURA FAMILIAR
SSD 168 • A AGRICULTURA ORGÂNICA COMO FONTE DE EMPREGO E RENDA: UM ESTUDO DE
CASO DA PRODUÇÃO VITIVINÍCOLA.
SSD 164 • A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO CONTEXTO DO AGRONEGÓCIO
CAFÉ EM RONDÔNIA.
SSD 294 • A IMPORTÂNCIA DA AGROINDUSTRIALIZAÇÃO NAS ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO
DAS FAMÍLIAS RURAIS.
SSD 277 • A INSERÇÃO DA FRUTICULTURA IRRIGADA COMO ESTRATÉGIA DE
DESENVOLVIMENTO: UM ESTUDO NA REGIÃO DA CAMPANHA NO RS.
SSD 296 • A PEQUENA PROPRIEDADE RURAL NO ESPÍRITO SANTO: CONSTITUIÇÃO.
SSD 293 • A PLURATIVIDADE E A VIABILIZAÇÃO DA PEQUENA PROPRIEDADE: UM ESTUDO DE
CASO DOS PRODUTORES RURAIS NO MUNICÍPIO DE TOLEDO – PR.
SSD 042 • A PLURIATIVIDADE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A QUALIDADE DE VIDA DOS
AGRICULTORES FAMILIARES: APROXIMAÇÕES PARA O CASO DO RIO GRANDE DO SUL.
SSD 179 • AGRICULTURA E PECUÁRIA EM ÁREAS DE FRONTEIRA: DIFERENÇAS E
SUSTENTABILIDADE.
SSD 165 • AGRICULTURA FAMILIAR E TURISMO RURAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
SSD 298 • AGRICULTURA FAMILIAR EM BOA ESPERANÇA/ES: PATRIMÔNIO FUNDIÁRIO,
ESTRATÉGIAS FAMILIARES E ORGANIZAÇÃO DO.
SSD 291 • AGRICULTURA FAMILIAR NO SEMI-ÁRIDO: FATALIDADE DE EXCLUSÃO OU RECURSO
PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
SCD 072 • AGRICULTURA FAMILIAR: PECUÁRIA LEITEIRA COMO LÓCUS DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS PARANAENSES.
SSD 047 • ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO PROJETO GARANTIA-SAFRA NA PRODUÇÃO DE
GRÃOS: O CASO DO CEARÁ.
SCD 069 • ANÁLISE DAS LIBERAÇÕES DOS RECURSOS DO PRONAF – DESCENTRALIZAÇÃO
DAS APLICAÇÕES DO CRÉDITO RURAL?
SSD 046 • ANÁLISE DOS ASPECTOS SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MAMONA COM VISTAS A
PRODUÇÃO DO BIODIESEL: UM ESTUDO DE CASO.
SSD 279 • ANÁLISE ECONÔMICA DA CULTURA DE ALGODÃO EM SISTEMAS AGRÍCOLAS
FAMILIARES.
SCD 015 • AS RECENTES TRANSFORMAÇÕES NAS AGRICULTURAS FAMILIARES
PARANAENSES: ANÁLISE A PARTIR DAS INFORMAÇÕES DE OCUPAÇÕES E RENDAS DO
PERÍODO 2001-2004.
SSD 163 • ASPECTOS ECONÔMICOS DA SUBSTITUIÇÃO DE FONTES CONVENCIONAIS DE
ENERGIA POR BIOGÁS EM ASSENTAMENTO RURAL DO ESTADO DE SÃO PAULO.
SSD 175 • AÇÕES COLETIVAS ENVOLVENDO PEQUENOS PRODUTORES: DA EXCLUSÃO À
INCLUSÃO NOS MERCADOS.
Página 26
Página 27
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SSD 297 • BOA ESPERANÇA/ES: FORMAÇÃO SOCIESPACIAL E CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO E
COMERCIALIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR.
SSD 172 • CAFÉ E COM A CORAGEM: 20 ANOS DE MONITORAMENTO DA AGRICULTURA
FAMILIAR NA AMAZÔNIA.
SSD 050 • CAPITAL SOCIAL E DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL: UMA ABORDAGEM
SISTÊMICA DA VERTICALIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR.
SSD 278 • CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTORES FAMILIARES DE LEITE DE MONÇÕES (SP) .
SSD 041 • CARACTERÍSTICAS DAS POTENCIAIS CULTURAS MATÉRIAS-PRIMAS DO BIODIESEL
E SUA ADOÇÃO PELA AGRICULTURA FAMILIAR.
SCD 126 • CONSUMO DE ÁGUA, ESTRATÉGIAS PRODUTIVAS E ESCASSEZ HÍDRICA: UM
LEVANTAMENTO PRELIMINAR COM FAMÍLIAS RURAIS NO ALTO JEQUITINHONHA.
SCD 073 • CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE COMUNIDADE
– SUDESUL – NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UMA SOCIEDADE RURAL NO SUL DO
RIO GRANDE DO SUL: UM OLHAR ALÉM OU AQUÉM DOS INDICADORES ECONÔMICOS.
SSD 290 • CULTIVO DO MILHO NO ESTADO DO CEARÁ: MILHO HÍBRIDO OU MILHO
VARIEDADE?
SCD 017 • DEMANDAS E GARGALOS TECNOLÓGICOS DA AGRICULTURA FAMILIAR NO
PARANÁ: A VISÃO DAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS.
SSD 167 • DESEMPENHO DE PRODUTORES AGRÍCOLAS COM BASE EM MEDIDAS DE
PRODUTIVIDADE: UMA ABORDAGEM MULTICRITERIAL.
SSD 169 • E AGORA JOSÉ... PARA ONDE? IMPASSES EM TORNO DA IDENTIDADE E PROJETO
DO MOVIMENTO DE AGRICULTORES EM CONSTANTINA-RS.
SCD 125 • ENTRE A MONOCULTURA E A DIVERSIDADE: OS CAMINHOS DOS AGRICULTORES
ASSENTADOS NA REGIÃO DE ARARAQUARA-SP.
SCD 074 • ESTABELECIDOS E OUTSIDERS NO CRÉDITO RURAL: O CASO DO PRONAF B.
SCD 128 • ESTUDO DO PERFIL DOS MUNICÍPIOS RECEPTORES DE RECURSOS DO PRONAF
CRÉDITO – UMA COMPARAÇÃO ENTRE AS CAPTAÇÕES DA REGIÃO SUL E DA REGIÃO
NORDESTE.
SSD 044 • EVOLUÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO DO MUNICÍPIO DE QUEVEDOS-RS.
SSD 040 • EXTENSÃO RURAL: POLISSEMIA E RESISTÊNCIA.
SCD 016 • IMPACTOS DAS FEIRAS DE PRODUTORES RURAIS NO COMÉRCIO URBANO EM
MUNICÍPIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA.
SSD 292 • MODO DE PRODUÇÃO E REFORMA AGRÁRIA: COMO EVOLUI A FORMA DE
PRODUÇÃO DOS COMUNITÁRIOS DO ASSENTAMENTO GROSSOS?
SSD 170 • NOVAS FORMAS DE INSERÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR AO MERCADO COMO
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL.
SSD 051 • NOVOS SUJEITOS POLÍTICOS: AUTO-ORGANIZAÇÃO DAS TRABALHADORAS
RURAIS.
SSD 049 • O CRÉDITO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA
FAMILIAR (PRONAF) E A EFICIÊNCIA TÉCNICA AGRÍCOLA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE PARA O
PERÍODO DE 1996 A 2003.
SSD 043 • O PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR
(PRONAF): UM ENFOQUE NA PERSPECTIVA DEMOCRÁTICA DE ALAIN TOURAINE.
SSD 177 • O QUE SE COMPRA NA FEIRA? PERFIL E FATORES DE DECISÃO DO CONSUMIDOR
EM LAVRAS, MG.
SCD 070 • PLURIATIVIDADE E SUCESSÃO HEREDITÁRIA NA AGRICULTURA FAMILIAR.
SCD 127 • POTENCIALIZANDO APOIOS INSTITUCIONAIS E PARCERIAS NA FORMAÇÃO DE
PROFISSIONAIS PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL: O CURSO TÉCNICO EM
AGROPECUÁRIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM UNAÍ/MG.
SSD 174 • PROPOSTA METODOLÓGICA PARA A CAPACITAÇÃO GERENCIAL DE AGRICULTORES
FAMILIARES.
SSD 180 • QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: PERSPECTIVAS PARA A.
SSD 299 • REDES SOCIAIS DE RECIPROCIDADE NOS ESPAÇOS LOCAIS DO MEIO RURAL E
INICIATIVAS DE DESENVOLVIMENTO: ALGUMAS POSSIBILIDADES DE INTERAÇÃO.
SSD 171 • RESGATANDO E PRESERVANDO A BASE GENÉTICA DA BACIA DO RIO CURU,
CEARÁ: ALGUNS RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES.
SSD 295 • SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS PARA A PECUÁRIA LEITEIRA DE ECONOMIA FAMILIAR
EM MINAS GERAIS.
SCD 129 • SISTEMAS DE PRODUÇÃO FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE LAPÃO, BAHIA.
SSD 176 • SISTEMAS E CUSTOS DE PRODUÇÃO DE MANDIOCA NO ESTADO DE ALAGOAS.
SSD 173 • SUBSÍDIOS PARA A ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
COM RECORTE DE GÊNERO E RAÇA NA AGRICULTURA FAMILIAR.
SSD 166 • SUSTENTABILIDADE SOCIAL E ECONÔMICA: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA VISANDO À
INCLUSÃO SOCIAL DE PRODUTORES DE BASE FAMILIAR.
SSD 045 • TRANSFERÊNCIA E APROPRIAÇÃO DE TECNOLOGIAS ATRAVÉS DA UNIDADE DE
TESTE E DEMONSTRAÇÃO – UTD, NO CULTIVO DO ALGODÃO PARA A AGRICULTURA FAMILIAR
NO SUDOESTE DE GOIÁS, COM ENFOQUE NO MUNICÍPIO DE RIO VERDE, SAFRA 2004/2005.
SSD 048 • TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS RECENTES NO ESPAÇO RURAL DO OESTE DE SANTA
CATARINA: MIGRAÇÃO, SUCESSÃO E CELIBATO.
SCD 071 • UMA ESTIMATIVA PRELIMINAR DAS RECEITAS MONETÁRIAS E NÃO-MONETÁRIAS
DE AGRICULTORES FAMILIARES DO VALE DO JEQUITINHONHA.
SSD 178 • VIABILIDADE ECONÔMICA DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS ORGÂNICOS NO BAIXO
SUL DA BAHIA – O CASO DO PROJETO ONÇA.
8 • MERCADO DE TRABALHO AGRÍCOLA
SSD 364 • A AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA PARAIBANA: IMPLICAÇÕES DA CRISE NO EMPREGO
E NA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA NA DÉCADA DE 1990.
SCD 107 • A EVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES E RENDAS NÃO-AGRÍCOLAS NA PARAÍBA NOS ANOS
90.
SCD 050 • A EXACERBAÇÃO ROMÂNTICA NA PESQUISA SOCIAL E A ANÁLISE DA MIGRAÇÃO
CAMPO-CIDADE EM PERNAMBUCO NO SÉCULO XX.
SCD 052 • A PLURIATIVIDADE NO NORDESTE E NO SUL DO BRASIL.
SSD 242 • COMPARAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RURAL NO BRASIL,
SUÉCIA E CANADÁ.
SSD 365 • CONDIÇÕES E ACESSO À SAÚDE ENTRE OS OCUPADOS NOS SETORES AGRÍCOLA,
INDUSTRIAL E SERVIÇOS: UMA ANÁLISE REGIONAL EM ANOS RECENTES, 1998 E 2003.
SSD 366 • CRESCIMENTO DO PRODUTO AGROPECUÁRIO: UMA APLICAÇÃO DO VETOR AUTOREGRESSIVO (VAR).
SSD 241 • DIFERENÇAS SALARIAIS POR COR NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO SUL
DO BRASIL.
SSD 367 • EMPREGO RURAL NA FRUTICULTURA PARAIBANA NO PERÍODO 1990-2003.
SSD 243 • MERCADO DE TRABALHO FORMAL EM ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS PAULISTAS,
1995-2004.
SSD 246 • MUDANÇAS RECENTES NO EFEITO DA ESCOLARIDADE SOBRE O SALÁRIO DO
TRABALHADOR AGRÍCOLA GAÚCHO.
SCD 106 • MUDANÇAS RECENTES NO MERCADO DE TRABALHO RURAL.
SSD 369 • O COMPORTAMENTO DA MÃO-DE-OBRA OCUPADA NO NORDESTE BRASILEIRO:
UMA ANÁLISE PARA OS ANOS DE 1995 E 2003.
SSD 368 • O PROGRAMA DOCUMENTO NORDESTE E AS NOVAS FORMAS DE ABORDAR A
GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA NAS REGIÕES DO RIO SÃO FRANCISCO E NA SERRA DA
CAPIVARA NO PIAUÍ.
SSD 244 • OCUPAÇÕES AGRÍCOLAS E NÃO AGRÍCOLAS: TRAJETÓRIA E RENDIMENTOS NO
MEIO RURAL BRASILEIRO.
Página 28
Página 29
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SCD 051 • POLÍTICAS TRABALHISTA, FUNDIÁRIA E DE CRÉDITO AGRÍCOLA E POBREZA NO
BRASIL.
SSD 245 • TECNOLOGIA E RELAÇÕES DE PRODUÇÃO NO EXTRATIVISMO DA CARNAÚBA NO
NORDESTE BRASILEIRO.
9 • INSTITUIÇÕES E ORGANIZAÇÕES NA AGRICULTURA
SSD 117 • ILUMINANDO SINGULARIDADES E SENTIDOS EM UMA EXPERIÊNCIA DE OCUPAÇÃO
E DE ACAMPAMENTO.
SSD 107 • A ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE LEITE DE ÁGUAS BELAS COMO AGENTE DE
DESENVOLVIMENTO.
SCD 157 • A ECONOMIA INSTITUCIONAL: EM BUSCA DE UMA TEORIA DO DESENVOLVIMENTO
RURAL.
SSD 237 • A IMPORTÂNCIA DO AUTOFINANCIAMENTO PARA O FINANCIAMENTO DO PROCESSO
DE EXPANSÃO DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS.
SSD 239 • ABERTURA DIRETA DO CAPITAL DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS PELA
EMISSÃO DE TÍTULOS DE DÍVIDA.
SSD 240 • AGRONEGÓCIO COOPERATIVO: A TRANSIÇÃO E OS DESAFIOS DA
COMPETITIVIDADE.
SSD 112 • ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DO ESPAÇO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE O \\\\\\\\.
SCD 048 • ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS EM ESPAÇOS RURAIS DO NORDESTE: O CASO DO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ASSU-MOSSORÓ (RN).
SSD 111 • ATORES SOCIAIS RURAIS, GOVERNANÇA LOCAL E DESENVOLVIMENTO RURAL NA
AMÉRICA LATINA.
SSD 116 • AUTONOMIA E DEPENDÊNCIA NA ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES DO
PROJETO CINTURÃO VERDE DE ILHA SOLTEIRA.
SSD 115 • AVALIAÇÃO DE PROGRAMA PÚBLICO DE DESENVOLVIMENTO NO.
SSD 361 • CAPITAL SOCIAL E ACESSO AO CRÉDITO NA AGRICULTURA FAMILIAR.
SSD 114 • CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS E LIMITES A AÇÃO ESTRATÉGICA: REDES DE
RECURSOS DE PODER EM PERSPECTIVA COMPARADA.
SCD 104 • CONSTRUÇÃO DE REDES E INCLUSÃO SOCIAL NO TERRITÓRIO CITRÍCOLA
PAULISTA.
SCD 049 • CONTRACTING UNDER WEAK.
SCD 156 • COOPERATIVAS NO AGRONEGÓCIO DO LEITE: TENDÊNCIAS INTERNACIONAIS.
SSD 358 • DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE PRODUTORES NA REGIÃO DE
PRESIDENTE PRUDENTE – SP.
SSD 113 • DISCUTINDO A MUDANÇA DE PARADIGMA NA ATUAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES
SINDICAIS DE TRABALHADORES RURAIS.
SSD 236 • EFICIÊNCIA DOS PRINCÍPIOS COOPERATIVISTAS NA COAPIL PARA PROMOVER O
DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO DOS COOPERADOS E COLABORADORES.
SSD 363 • ESTRATÉGIAS DAS COOPERATIVAS DE LATICÍNIOS NO ESTADO DE SÃO PAULO:
CASO COOPERATIVA DE LATICÍNIOS DE SOROCABA: COLASO.
SSD 235 • EXTENSÃO RURAL NO ESTADO DE GOIÁS: PRODUÇÃO FAMILIAR E MODERNIDADE
REFLEXIVA.
SCD 101 • GRUPOS DE PRESSÃO E A TRAMITAÇÃO DO PROJETO DE LEI DE BIOSSEGURANÇA
NO CONGRESSO NACIONAL.
SCD 047 • HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DOS ADMINISTRADORES DA COOPERATIVA MISTA
DOS PRODUTORES RURAIS DO SUDESTE GOIANO.
SSD 360 • INOVAÇÃO E PRÁTICAS ENDÓGENAS NA ATIVIDADE PESQUEIRA DO BAIXO
TOCANTINS: UMA ALTERNATIVA FACE À DIFICULDADE DE OFERTA.
SSD 362 • INVESTIGAÇÃO DO DESEMPENHO DAS COOPERATIVAS DE CRÉDITO DE MINAS
GERAIS POR MEIO DA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA).
Página 30
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SCD 103 • INVESTMENT CONSTRAINTS IN AGRICULTURAL COOPERATIVES: THEORY,
EVIDENCE AND SOLUTIONS.
SCD 102 • O CAPITAL SOCIAL NO ESTADO DO CEARÁ: O CASO DO MUNICÍPIO DE ITAREMA.
SSD 238 • O DESENVOLVIMENTO DAS FONTES INFORMAIS DE CRÉDITO NA DÉCADA DE 1990 E
A MUDANÇA DE RELAÇÃO DOS NOVOS AGENTES – O CASO DA CARAMURU ALIMENTOS LTDA.
SSD 110 • O PROGRAMA SAI E SEU EFEITO NA CAPACITAÇÃO DO EMPRESÁRIO RURAL DO
ALTO TIETÊ • SP.
SCD 105 • OS CONSÓRCIOS DE PRODUTORES DIFERENCIADOS NO TERRITÓRIO CITRÍCOLA
PAULISTA E SEUS RECURSOS DE PODER.
SCD 158 • PLANTAÇÕES E POLÍTICA FLORESTAL NO BRASIL: ANÁLISE DA FORMAÇÃO E DA
INSTITUCIONALIZAÇÃO DE DEMANDAS (1960-2000).
SSD 109 • PRINCIPAIS CAUSAS DO NÃO ASSOCIATIVISMO ENTRE AGRICULTORES FAMILIARES
DO MUNICÍPIO DE NOVA PALMA (RS, BRASIL) E ESTRATÉGIAS DE EXTENSÃO.
SSD 359 • PROPOSTA DE METODOLOGIA DE RATING PARA COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS.
SCD 155 • REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIUAS NO
FINANCIAMENTO DA AGRICULTURA BRASILEIRA.
SSD 106 • RISCO DE LIQUIDEZ EM COOPERATIVAS DE CRÉDITO: UMA ABORDAGEM A PARTIR
DO MODELO LOGIT MULTINOMIAL.
SSD 108 • TITULO: A ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE P&D AGRÍCOLA EM CUBA A PARTIR
DOS ANOS 90: CONFRONTOS E DESAFIOS NO SECULO XXI.
SCD 159 • UTILIZAÇÃO DA FUNÇÃO DE ANÁLISE DISCRIMINANTE LINEAR E O MODELO DE
REGRESSÃO LOGÍSTICA NA PREVISÃO DE INSOLVÊNCIA DE COOPERATIVAS AGRÍCOLAS DO
ESTADO DO PARANÁ.
10 • REFORMA AGRÁRIA E OUTRAS POLÍTICAS DE REDUÇÃO DA POBREZA
SSD 272 • A BUSCA PELA ESTABILIDADE ECONÔMICA E OS SEUS EFEITOS SOBRE O PROJETO
FOME ZERO NO BRASIL.
SCD 111 • A ESCOLA EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA: IMPASSES E
POSSIBILIDADES NO PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS.
SSD 271 • ANÁLISE DA POLÍTICA DE ASSENTAMENTOS RURAIS NO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO: O CASO DO ASSENTAMENTO ASSOCIAÇÃO MUTIRÃO DA CONQUISTA – VALENÇA /
RJ.
SCD 165 • AS VILAS RURAIS NA REGIÃO OESTE DO ESTADO DO PARANÁ: UMA POLÍTICA
PÚBLICA DE DESENVOLVIMENTO E SEU IMPACTO NA VIDA DOS TRABALHADORES RURAIS
VOLANTES.
SCD 113 • CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS E DA PRODUÇÃO DE QUATRO ASSENTAMENTOS
DA REGIÃO DE ANDRADINA-SP.
SSD 145 • COOPERATIVAS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DO MST: POSSIBILIDADES E
LIMITES COMO INDUTORA DA SUSTENTABILIDADE DOS ASSENTAMENTOS.
SSD 274 • EVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS DO ASSENTAMENTO ANHUMAS: LUTAS E
PERCALÇOS.
SSD 142 • FOME ZERO:EVOLUÇÃO DESDE O CONCEITO DE SEGURANÇA ALIMENTAR ATÉ O
PROJETO (VERSÃO DE 2001).
SSD 273 • INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO EM ASSENTAMENTOS RURAIS
E PERIFERIA URBANA: ESTUDO DE CASO DOS ASSENTAMENTOS DE CÓRREGO RICO
(JABOTICABAL-SP), REAGE BRASIL (BEBEDOURO-SP) E ÁREA PERIFÉRICA URBANA (JARDIM
ALVORADA) JABOTICABAL-SP.
SSD 146 • MEDIDAS DE POBREZA FGT DAS PESSOAS OCUPADAS COM ATIVIDADE PRINCIPAL
NA AGRICULTURA: UMA ANÁLISE SEGUNDO A POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO NOS ESTADOS DA
REGIÃO NORDESTE.
Página 31
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SCD 055 • O ARRENDAMENTO DE TERRAS NO BRASIL: UMA ABORDAGEM REGIONAL.
SCD 163 • O ARRENDAMENTO NOS LOTES DOS PROJETOS DE ASSENTAMENTO DE
TRABALHADORES RURAIS: UMA POSSIBILIDADE A CONSIDERAR?
SSD 143 • O PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO COMO INSTRUMENTO DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL. O CASO DO ASSENTAMENTO DANDARA DOS PALMARES • CAMAMU/BA.
SCD 164 • POBREZA RURAL NO BRASIL: DIFERENTES ABORDAGENS GERAM RESULTADOS
DIFERENTES?
SCD 112 • PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS: UMA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL.
SCD 057 • REFORMA AGRÁRIA E DESENVOLVIMENTO RURAL NO NORDESTE: A EXPERIÊNCIA
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.
SSD 144 • REFORMAS INSTITUCIONAIS E O FINANCIAMENTO DA AGROPECUÁRIA.
SSD 276 • SISTEMAS DE PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DA RENDA EM ÁREAS DE REFORMA
AGRÁRIA: O CASO DE DOIS ASSENTAMENTOS EM ILHÉUS (BA).
SSD 147 • TRABALHADORES ASSENTADOS E TRABALHADORES ACAMPADOS EM MATO
GROSSO DO SUL, NO PERÍODO DE 1983 A 2003.
SSD 275 • TRABALHO E PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NAS DECISÕES EM DOIS
ASSENTAMENTOS DA REGIÃO DE ANDRADINA-SP.
SCD 056 • VULNERABILIDADE ALIMENTAR E POBREZA DOMICILIAR:CASO DE SANTO ANTÔNIO
DE PÁDUA • RJ.
11 • DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E RURALIDADE
SCD 099 • A ABORDAGEM TERRITORIAL DO DESENVOLVIMENTO RURAL – MUDANÇA
INSTITUCIONAL OU \”INOVAÇÃO POR ADIÇÃO\”?
SSD 232 • A INFLUÊNCIA DOS SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA NO DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO-SOCIAL DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA DÉCADA DE 1990.
SSD 103 • A MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA NOS MUNICÍPIOS DA MESORREGIÃO CAMPO DAS
VERTENTES: UMA APLICAÇÃO DE MÉTODOS DE ANÁLISE MULTIVARIADA.
SCD 149 • A MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA E OS BRASIGUAIOS NO PARAGUAI.
SSD 356 • A ORGANIZAÇÃO DE REDES DE UNIDADES PRODUTIVAS COMO INSTRUMENTO
DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL RURAL: UMA EXPERIÊNCIA NO ESTADO DO
PARANÁ.
SCD 095 • A PLURIATIVIDADE NO BRASIL: PROPOSTA DE TIPOLOGIA E SUGESTÃO DE
POLÍTICAS.
SCD 153 • ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE AS MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA
PRODUÇÃO AGRÍCOLA E O PAPEL DO CENTRO-OESTE.
SCD 096 • ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DA SOJICULTURA NO BRASIL: 1991
– 2003.
SSD 234 • ANÁLISE DO TRANSPORTE ESCOLAR RURAL DA CIDADE DE TOLEDO – PR.
SSD 233 • AS AGROINDÚSTRIAS RURAIS TRADICIONAIS E O TURISMO NA QUARTA COLÔNIARS: INTERFACES E SINERGIAS.
SSD 229 • AS CONTRIBUIÇÕES DO PODER PÚBLICO PARA O DESENVOLVIMENTO
PARTICIPATIVO DO TURISMO.
SSD 349 • AS DESIGUALDADES ECONÔMICAS REGIONAIS E O SETOR AGROPECUÁRIO DO RIO
GRANDE DO SUL.
SCD 151 • AS IMPLICAÇÕES DA DELIMITAÇÃO DE RURAL E URBANO PARA AS PRÁTICAS DAS
INSTITUIÇÕES DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL EM CIDADES RURAIS.
SSD 357 • ATIVIDADE PESQUEIRA NA AMZÔNIA: LIMITES E POSSIBILIDADES PARA O
DESENVOLVIMENTO LOCAL.
SCD 043 • AVALIANDO A INTENSIDADE DA MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA GAÚCHA:
UMA APLICAÇÃO DE ANÁLISE FATORIAL E CLUSTER.
SCD 154 • CAPITAL HUMANO, SOCIAL E EMPREGO EM MUNICÍPIOS AGRÍCOLAS.
SSD 350 • CARACTERIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL DOS MUNICÍPIOS
PARANAENSES.
SSD 352 • COMPOSIÇÃO DE CULTURAS E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO NA AGROPECUÁRIA
PAULISTA DE 1969-1971.
SCD 098 • DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA PRODUTIVISTA OU AGROECOLÓGICO? UMA
REFLEXÃO ACERCA DO CARÁTER TUTELAR DA EXTENSÃO RURAL.
SSD 351 • DETERMINANTES DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DOS MUNICÍPIO
DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ: HIERARQUIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO.
SSD 104 • DIAGNÓSTICO SOCIO-ECONÓMICO Y AMBIENTAL DE LA REGION DEL CAMPO
EXPERIMENTAL DE LA UNIVERSIDAD NACIONAL DE RIO CUARTO • CÓRDOBA – ARGENTINA.
SSD 101 • ESPECTRO ESTRUTURAL DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL NAS MICRORREGIÕES
DE VALENÇA, ILHÉUS-ITABUNA E PORTO SEGURO, ESTADO DA BAHIA.
SSD 353 • EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DA RENDA E DA POBREZA DAS FAMÍLIAS OCUPADAS
E RESIDENTES NO MEIO RURAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS, DE 1981 A 2003.
SCD 041 • EXTRATIVISMO EM SERGIPE:A VULNERABILIDADE DE UM MODO DE VIDA?
SCD 097 • FONTES DE CRESCIMENTO DAS PRINCIPAIS CULTURAS TEMPORÁRIAS NO ESTADO
DA BAHIA.
SCD 044 • GESTÃO DO TURISMO NO ESPAÇO RURAL.
SSD 102 • GESTÃO TERRITORIAL DO AGRONEGÓCIO • O CASO DA REGIÃO NORDESTE DO
ESTADO DE S. PAULO.
SSD 348 • GRAU DE MODERNIZAÇÃO DO SETOR AGROPECUÁRIO NA REGIÃO NORTE DO
BRASIL.
SCD 045 • MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: REAVALIANDO OS
MODELOS DE SCHULTZ E PAIVA.
SCD 042 • MOVIMENTO RECENTE DA AGRICULTURA FAMILIAR.
SSD 346 • O COMPORTAMENTO LOCACIONAL DA MÃO-DE-OBRA NA REGIÃO SUDESTE DO
BRASIL: NOTAS COMPARATIVAS A PARTIR DOS INDICADORES DE ANÁLISE REGIONAL.
SSD 105 • O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO E SEUS EFEITOS EM COMUNIDADES
RECEPTORAS: UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE CARRANCAS-MG.
SCD 046 • O NOVO RURAL: TEORIA E ESTUDO DE CASO.
SSD 355 • O PROBLEMA DA NÃO DEFINIÇÃO DA UNIDADE ECONÔMICA BÁSICA NA
AGRICULTURA.
SCD 150 • O PROCESSO DE MERCANTILIZAÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS NA
AGRICULTURA FAMILIAR.
SSD 230 • REVESES À QUESTÃO TERRITORIAL NA REGIÃO DE IRECÊ, BAHIA.
SCD 100 • SEMÂNTICA E FORMAÇÃO DISCURSIVA: A PROPÓSITO DO DEBATE SOBRE
PLURIATIVIDADE E MULTIFUNCIONALIDADE.
SSD 231 • TRANSFORMAÇÕES DA AGROPECUÁRIA DA AGROPECUÁRIA PARANAENSE: UM
ESTUDO NA AMUSEP NO PERÍODO DE 1970 A 1995/1996.
SSD 347 • TURISMO E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL • PERFIL DA ESTRUTURA DE
HOSPEDAGEM RURAL NA REGIÃO CENTRAL DO RS.
SSD 100 • TURISMO E MUDANÇAS SOCIOCULTURAIS EM CONCEIÇÃO DE IBITIPOCA, MG: DA
REESTRUTURAÇÃO DA ESFERA PRODUTIVA À CHEGADA DE NOVOS ATORES SOCIAIS, UM
ESPAÇO RURAL EM TRANSFORMAÇÃO.
SSD 354 • TURISMO EM ÁREAS RURAIS • PERSPECTIVAS DA ORGANIZAÇÃO LOCAL NO CASO
DAS TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA (MG).
SCD 152 • UMA INTERPRETAÇÃO POLÍTICA DA INTRODUÇÃO DA SOJA NO CERRADO DE MATO
GROSSO.
12 • CIÊNCIA, INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E PESQUISA.
SSD 317 • A AMÊNDOA DA CASTANHA-DE-CAJU: COMPOSIÇÃO E IMPORTÂNCIA DOS ÁCIDOS
GRAXOS – PRODUÇÃO E COMÉRCIO MUNDIAIS.
Página 32
Página 33
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SCD 138 • A PESQUISA PÚBLICA E A INDÚSTRIA SEMENTEIRA NOS SEGMENTOS DE
SEMENTES DE SOJA E MILHO HÍBRIDO NO BRASIL.
SSD 067 • ANÁLISE DOS FATORES CONDICIONANTES DA REESTRUTURAÇÃO AGRÍCOLA NO
NO ESTADO DE MATO GROSSO.
SSD 065 • ANÁLISE DOS FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO ESCOLAR NAS ESCOLAS
DAS ÁREAS URBANAS E RURAIS DO BRASIL.
SSD 320 • AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E AMBIENTAIS DA PESQUISA
DA EMBRAPA: A EXPERIÊNCIA DO PERÍODO 2001/2004.
SSD 316 • COMUNICAÇÃO RURAL ENTRE TRÊS ATORES NAS ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DE
FRUTEIRAS NO NORDESTE BRASILEIRO:.
SSD 198 • DEBATES ATUAIS SOBRE A SEGURANÇA DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS E OS
DIREITOS DOS CONSUMIDORES.
SSD 197 • DETERMINANTES SOCIOECONÔMICOS DA SITUAÇÃO NUTRICIONAL DAS FAMÍLIAS
DA CIDADE DE CRATO • CE.
SSD 195 • EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NO BRASIL: O CASO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
TÍTULO E GRUPO
PAG
SSD 016 • ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA E DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DAS
FAMÍLIAS DAS BORDADEIRAS DE ITAPAJÉ – CE (*).
SCD 117 • AS INCUBADORAS TECNOLÓGICAS DE COOPERATIVAS POPULARES: UMA
PRIMEIRA TENTATIVA DE CONSTRUÇÃO DE MODELO.
SCD 061 • COMÉRCIO JUSTO E SOLIDÁRIO EM TERRITÓRIO KALUNGA.
SSD 018 • DA IDENTIDADE DE RESISTÊNCIA À IDENTIDADE DE PROJETO NO TERRITÓRIO DO
SISAL, (BAHIA): O CASO DA APAEB-VALENTE.
SSD 015 • DIMENSÕES DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL.
SSD 017 • POLÍTICAS PÚBLICAS DE EMPREGO URBANO EM BELÉM: A INSERÇÃO DE
TRABALHADORES EM COOPERATIVAS POPULARES.
SSD 013 • SOCIOECONOMIA SOLIDÁRIA, ESTADO E SOCIEDADE CIVIL: AÇÕES PARA A
GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA.
SSD 064 • FORMAS DE APRENDIZAGEM E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM UM ARRANJO
PRODUTIVO LOCAL DA SOJA NO CERRADO.
SSD 193 • IMPACTOS DOS INVESTIMENTOS EM PESQUISA AGRÍCOLA NO ESTADO DE SÃO
PAULO, BRASIL, 1960-2000.
SSD 319 • INDÚSTRIA DE ALIMENTOS NO BRASIL E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA.
SCD 136 • INOVAÇÃO NOS INSTITUTOS PÚBLICOS DE PESQUISA E INSTITUTOS DE PESQUISA
MISTOS, NO AGRONEGÓCIO FLORESTAL: ANÁLISE COMPARATIVA.
SCD 081 • MEDIDA DE EFICIÊNCIA ECONÔMICA DOS CENTROS DE PESQUISA DA EMBRAPA:
UMA ABORDAGEM DE PAINEL DINÂMICO PARA AVALIAÇÃO DE COVARIÁVEIS.
SSD 196 • O GRAU DE CONHECIMENTO DO TRABALHADOR RURAL SOBRE DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS NA REGIÃO DO ALTO TIETÊ - SP ANTES E APÓS TREINAMENTOS DIRECIONADOS.
SSD 069 • PADRÕES DE UTILIZAÇÃO E EXPECTATIVAS DE CAFEICULTORES EM RELAÇÃO À
WEBSITES DE INFORMAÇÃO SOBRE CAFÉ.
SSD 066 • PERSPECTIVA DO USO DE SEMENTES TRANSGÊNICAS NA PRODUÇÃO DE MILHO
NO BRASIL.
SSD 068 • PROGRAMA DE MILHO HÍBRIDO: NÍVEL TECNOLÓGICO, GERAÇÃO DE EMPREGO E
RENDA NO ESTADO DO CEARÁ.
SCD 137 • RESIDÊNCIA AGRÁRIA: PROJETO UNIVERSITÁRIO E CAMPONÊS COMO FATOR DE
DESENVOLVIMENTO DO CAMPO.
SSD 194 • TOMADA DE DECISÃO: O SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS COMO
FERRAMENTA DE APOIO À GESTÃO DE PROPRIEDADES RURAIS.
SCD 082 • TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DE ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS DE PESQUISA:
UMA ANÁLISE DAS PERCEPÇÕES DE EMPRESAS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL.
SSD 318 • TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAS AGROPECUÁRIAS: FATOR DE
COMPETITIVIDADE NA MICRORREGIÃO DE PETROLINA – PE.
SSD 321 • UM ESTUDO DOS FATORES QUE AFETAM A FREQÜÊNCIA E O ATRASO ESCOLAR,
NOS MEIOS URBANO E RURAL, DE SÃO PAULO E PERNAMBUCO.
13 • SOCIOECONOMIA SOLIDARIA E DESENVOLVIMENTO LOCAL
SCD 118 • A ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO INSTRUMENTO DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL: O CASO DE PINTADAS.
SCD 062 • A ECONOMIA SOLIDÁRIA PARA ALÉM DO TRABALHO E DA PRODUÇÃO.
SSD 014 • A GESTÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E O
DESENVOLVIMENTO LOCAL.
Página 34
Página 35
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 001 - FATORES EXPLICATIVOS PARA A DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE CACAU
NO BRASIL: UMA ANÁLISE UTILIZANDO O MODELO SHIFT-SHARE.
JAQUELINE SEVERINO DA COSTA; MICHELE MERÉTICA MILTONS; ALEXANDRE
FLORINDO ALVES; JOSÉ LUIZ PARRÉ;
UEM, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Cacau; Produtividade; Shift-Share; agronegócio; brasil
O presente trabalho permitiu verificar os fatores que explicam a redução da produção
de cacau no Brasil, ocorrida principalmente a partir do ano de 1995 e que fizeram com
que o país saísse da condição de exportador líquido para importador do produto a partir
de 1997. Procurou-se ainda, através do modelo shift-share analisar se os efeitos área,
produtividade e localização geográfica tiveram papel expressivo neste sentido. O que
se verificou foi que o efeito-produtividade teve maior participação, indicando que os
fatores apontados pela literatura, como a disseminação da doença “Vassoura-de-Bruxa”
e alterações nas condições climáticas, tais como a distribuição de chuvas no período,
provocaram principalmente alterações na produtividade, e não tanto na área plantada ou
na localização das lavouras.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 002 - ESTUDO DA INFLUÊNCIA TECNOLÓGICA NO SEGMENTO PROCESSADOR
DA CADEIA AGROINDUSTRIAL DE CARNES BOVINA E SUÍNA.
JOSÉ PAULO SOUZA; DÉRCIO BERNARDES SOUZA; LAÉRCIO BARBOSA
PEREIRA;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: ambiente tecnológico; competitividade; inovação tecnológica na cadeia
de carne bovina e suína; inovação tecnológica; paradigma teconológico.
A aplicação e a exploração de novas tecnologias, bem como as transformações decorrentes
desse processo, passaram a constituir a base de um novo paradigma tecnológico para o
ambiente competitivo mundial. Sua trajetória indica profundas e continuas transformações
em produtos e processos, com impacto direto na dinâmica do ambiente competitivo em que
se insere qualquer organização. Nas cadeias produtivas elos de otimização e coordenação
têm forte orientação nos aspectos tecnológicos tanto em segmentos primários como
de apoio, orientando seu posicionamento dentre os padrões competitivos identificados.
Dessa forma, nesse trabalho, com fundamento em pressupostos da pesquisa qualitativa,
buscou-se como objetivo caracterizar como esse avanço tecnológico influi na dinâmica e no
desempenho operacional do segmento de abate e processamento da cadeia agroindustrial
de carne bovina e suína, e como afeta seu desempenho competitivo. Observou-se que, as
inovações em produtos, no caso do segmento bovino, são mais incrementais e não afetam
as características fundamentais do produto, estando relacionadas a cortes específicos e
a embalagens. Por outro lado, no segmento suíno, as inovações tanto podem envolver
mudanças ou não nas características fundamentais do produto. Dessa forma, nessa cadeia,
as inovações em produtos vêm possibilitando ganhos de competitividade e as inovações
de processos vêm contribuindo para eficácia da produção
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 36
Página 37
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 003 - ANÁLISE DE DESEMPENHO NA CADEIA BOVINA NO ESTADO DE SÃO
PAULO.
CARLOS ANDRÉ DA SILVA MÜLLER; JAIR CARVALHO DOS SANTOS; DANILO ROLIM
DIAS DE AGUIAR;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Desempenho; Cadeia Bovina; São Paulo; concentração; VAR
SSD 005 - CARACTERIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO LÁTEX/BORRACHA
N AT U R A L E I D E N T I F I C A Ç Ã O D O S P R I N C I PA I S G A R G A L O S PA R A O
CRESCIMENTO.
CARLOS OMINE; MÁRCIA AZANHA FERRAZ DIAS DE MORAES;
BANCO BRASIL, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: cadeia produtiva borracha; seringueira; látex; preços; gargalos
Na década de 90, a cadeia produtiva de carne bovina experimentou mudanças significativas
no que tange a relação entre os seus elos. Observou-se a elevação do poder de mercado
do varejo frete ao segmento de abate/processamento, bem como este setor elevou seu
poder frente ao segmento pecuário. Contudo, as mudanças incidiram de forma diferenciada
entre os elos que a compõe, e assim sendo, um estudo que mensure seus efeitos revestese de importância. Os resultados comprovam a elevação do desempenho do varejo após
a concentração deste mercado, em parte transferindo renda do segmento de abate/
processamento, o mesmo ocorrendo com o segmento pecuário que, com o Plano Real,
teve parte de sua renda transferida para os demais segmentos. De uma forma geral, o
segmento varejista é o maior beneficiado com as mudanças da década de 90.
Realizou-se uma caracterização da cadeia produtiva da borracha do Brasil, considerandose três elos principais: a produção agrícola (seringueira), a produção de látex e seu
beneficiamento. O Brasil responde atualmente por 1% da produção mundial de látex,
sendo importador do produto. A crescente produção no estado de São Paulo com melhores
condições edafoclimáticas pode alterar este cenário. Analisou-se o valor necessário para
investimentos para implementação de seringais, a forma de fixação de preços da borracha
natural e do látex. Procedeu-se ao levantamento de dados primários e entrevistas com
agentes do setor para identificar os principais gargalos para a expansão da atividade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 004 - COORDENAÇÃO E CUSTOS DE TRANSAÇÃO NOS CANAIS DE
COMERCIALIZAÇÃO CITRÍCOLA NO BRASIL.
ANA CLAUDIA VIEIRA; LUIZ FERNANDO PAULILLO; LUIZ MANOEL ALMEIDA;
UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: coordenação; custo de transação; citricultura; rede citrícola;
comercialização
Este artigo apresenta os diversos canais de comercialização da rede citrícola no Brasil,
com os respectivos custos de transação. O objetivo central é analisar se os custos de
transação têm sido relevantes e em que sentido eles interferem no desempenho dos
agentes produtores. Diante de um ambiente cada vez mais complexo e das dificuldades
do segmento agrícola em adquirir habilidade para a negociação, a coordenação da rede
fica sob o domínio da grande indústria processadora. Nesse sentido, verifica-se, através
de pesquisa de campo com os citricultores, qual é o custo de transação e procura-se
analisar como eles influenciam as escolhas desses produtores, não apenas quanto ao
canal de comercialização mas quanto à própria permanência no setor. Essas escolhas
são importantes quando se considera que a rede citrícola vem apresentando dificuldades
cada vez maiores para os produtores agrícolas (especialmente os pequenos), diante do
domínio das quatro grandes empresas processadoras.
Observou-se que o custo de implantação de um hectarede seringueira, incluindo o
cumprimento de legislação específica chega a R$ 6.000, 00, que é difícil de ser arcado
pelos pequenos produtores, considerando-se a ausência de linhas de crédito oficiais
compatíveis com o retorno da atividade. No que refere à formação de preços, observou-se
que a legislação pertinente e os acordos entre os intervenientes especifica que os preços
pagos são ajustados aos valores do látex importado. Deste modo, os preços nacionais estão
alinhados com o mercado internacional, e sofrem o impacto da taxa de câmbio. Praticamente
70% do preço fica com o produtor de látex e 30% com a indústria beneficiadora, conforme
entendimento entre os agentes da cadeia produtiva.
As perspectivas são positivas do lado da demanda, de modo que há uma clara necessidade
de maior produção, que dependerá da superação dos gargalos apresentados. As linhas de
crédito recém constituídas exigem requisitos de difícil cumprimento por parte dos produtores
(tais como a constituição de reserva ambiental de 20% do total da área, fato que reduz
a rentabilidade da cultura). Outra necessidade levantada pelos agentes é a equiparação
da seringueira com árvore de reflorestamento, que solucionaria o problema de acesso às
linhas de crédito.
Quanto às usinas de látex verificou-se da mesma forma a necessidade de giro e instrumentos
de comercialização, como EGF, o que as possibilitaria a formação de estoques para venda
em períodos mais vantajosos. As usinas beneficiadoras, que dependem de investimentos,
capital de giro e recursos de comercialização, cada vez mais tornam-se obsoletas e
financeiramente inviáveis, e também requerem linhas de crédito apropriadas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 38
Página 39
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 006 - A EXPANSÃO DA CADEIA DA SOJA NA AMAZÔNIA: OS CASOS DO PARÁ
E AMAZONAS.
GEORGES G. FLEXOR; SANDRO AUGUSTO VIÉGAS LEÃO; MARIA DO SOCORRO
LIMA;
CPDA/UFRRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: cadeia agroalimentar; Soja; Amazônia; globalização; estratégia
Desde o início da década de 1990, a Amazônia legal brasileira vem sendo palco da
expansão do plantio de soja e da atuação de empresas esmagadoras de grãos. Nos
últimos anos a logística instalada pelo complexo agroindustrial sojicultor, a partir de
produtores, fornecedores de insumos, processadores de matérias primas, assume um
caráter estratégico e promove o avanço de novas fronteiras agrícolas no interior da região.
A abundância de terras agriculturáveis, juntamente com a facilidade de escoamento via
transporte fluvial através dos rios que cortam a bacia amazônica para o oceano Atlântico
e daí para mercados consumidores na América do Norte, Europa e Ásia, são elementos
que chamam a atenção das grandes tradings internacionais, e de empresas nacionais,
que visam o mercado interno, mas principalmente o agronegócio exportador. Esses grupos
empresariais criam vínculos econômicos entre o espaço regional e o comércio internacional.
Neste sentindo este artigo busca analisar o contexto mais geral desta discussão, discutindo o
lugar estratégico da cadeia de soja no processo de inserção global do sistema agroalimentar
brasileiro, mas centrado foco em dois estudos de caso na região amazônica: Santarém no
Pará e Humaitá no Amazonas.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 008 - TENDÊNCIAS MUNDIAIS NO CONSUMO DE ALIMENTOS.
ELISIO CONTINI; JOSÉ GARCIA GASQUES; ELIANA TELES BASTOS;
MAPA, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Consumo; alimentos; tendências; mundo; agroindústria
O trabalho analisa o consumo de alimentos para um grupo de países desenvolvidos e
em desenvolvimento no período 1961 a 2003. Tem como principal fonte de informações
a FAO. Os grupos de produtos analisados são cereais, vegetais/frutas e carnes. Nesses
grupos analisam-se os principais produtos consumidos nos países considerados. Uma
das conclusões, é que o crescimento populacional, a urbanização e o aumento de renda,
têm provocado acentuadas mudanças no consumo, com a substituição de cereais por
outros tipos de alimentos. As evidências mostraram, também, que há um grande potencial
de mercado para vegetais e frutas, pois o crescimento do consumo desses alimentos
tem-se dado de maneira forte em países muito populosos como China e Índia. As carnes,
em especial de aves e suína, mostram-se em expansão nos países considerados, o que
representa um potencial para países exportadores como o Brasil.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 009 - POTENCIALIDADES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO DE AMENDOIM.
WAGNER LUIZ LOURENZANI; ANA ELISA BRESSAN SMITH LOURENZANI;
UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL;
Palavras-chave: amendoim; agronegócio; análise SWOT; potencialidades; desafios
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 007 - CÂMARAS SETORIAIS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: UMA
ABORDAGEM VOLTADA À NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL.
CLAUCIR ROBERTO SCHMIDTKE; DALIANA CARLA VIEIRA; JEFFERSON ANDRONIO
RAMUNDO STADUTO; WEIMAR FREIRE DA ROCHA JUNIOR;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE, TOLEDO, PR,
BRASIL;
Palavras-chave: neocorporativismo; câmaras setoriais; organizações; instituições; políticas
públicas
Este artigo realiza uma abordagem referente às Câmaras Setoriais do agronegócio brasileiro,
utilizando os conceitos da Nova Economia Institucional. O que se pretende mostrar é que
essas câmaras consistem em organizações que agem de forma preponderante, em
sinergia com o Estado, na busca por um ambiente institucional favorável à atuação de
seus representados, não objetivando somente a perseguição da eficiência das relações
econômicas, mas também a legitimidade das políticas públicas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Considera-se que o agronegócio do amendoim tenha grande relevância e potencial
no agronegócio brasileiro. Esta relevância pode ser evidenciada pela sua importância
econômica e social. Entretanto este setor enfrentou problemas em sua competitividade
devido aos atrasados padrões tecnológicos de cultivo e colheita até então utilizados, e à
estrutura de comercialização. Observa-se que esse cenário tem sido revertido nos últimos
anos. A cultura do amendoim passa atualmente por um período de transição. Soluções
tecnológicas estão sendo disponibilizadas para o produtor, cooperativas e demais agentes
envolvidas no setor. Estudos relacionados ao setor são escassos, por isso analisar o
agronegócio do amendoim no Brasil, bem como as principais barreiras e oportunidades
existentes nesse setor, é o primeiro passo para fornecer informações que contribuirão
para o aumento da sua competitividade. Para alcançar esse objetivo, foram utilizados um
levantamento de dados secundários e entrevistas com agentes-chaves. Os dados foram
sistematizados por meio da análise de SWOT. Os resultados indicam que o agronegócio do
amendoim apresenta um grande potencial de crescimento devido à crescente demanda por
esse produto, além disso, apresenta condições adequadas para sua produção. Por outro
lado, a carência de pesquisa, a falta de investimentos em infra-estrutura de armazenamento
consistem suas barreiras à competitividade desse setor.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 40
Página 41
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 010 - FILTROS INSTITUCIONAIS E ENTRAVES ORGANIZACIONAIS NA
CITRICULTURA PAULISTA.
LUIZ FERNANDO PAULILLO; LUIZ MANOEL ALMEIDA; ANA CLAUDIA VIEIRA; FABIANA
ORTIZ MELLO;
UFSCAR, SÃO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: instituições; citricultura; organização; entrave; competitividade
SSD 011 - PERFIL DA FLORICULTURA NO NORDESTE BRASILEIRO.
MARIA SIMONE DE CASTRO PEREIRA BRAINER; ALFREDO AUGUSTO PORTO
OLIVEIRA;
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL SA, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: NORDESTE; FLORICULTURA; CADEIA AGROINDUSTRIAL;
SEGMENTO PRODUTIVO; SEGMENTO VAREJISTA
Este artigo visa apresentar um diagnóstico dos principais filtros institucionais da citricultura
paulista, analisando as possibilidades de incorporar novas operações para os produtores de
laranja nos canais de comercialização em que atuam. A preocupação ocorreu no sentido de
identificar os filtros institucionais e os principais entraves organizacionais dos citricultores,
tanto para a comercialização, quanto para alcançar programas e políticas de apoio para
a colocação de seus produtos nos mercados. Diante dos entraves diagnosticados por
meio de uma pesquisa de campo com 120 citricultores, torna-se possível ter uma visão
mais aprofundada de alguns dos problemas de adaptação dos produtores de laranja na
organização agroindustrial citrícola brasileira, além de possibilitar que sejam lançados
alguns pontos para reflexão a respeito de alternativas de comercialização e de políticas
públicas para a citricultura no país.
A partir da última década do século XX a floricultura no Nordeste Brasileiro tem apresentando
acentuado desenvolvimento, passando a repercutir nas ações do Banco do Nordeste do
Brasil (BNB), que já conta com vários projetos financiados para produção e pesquisa
tecnológica. Como principal órgão de desenvolvimento e de crédito do Nordeste, tornou-se
necessário conhecer as características e os problemas da floricultura na Região, de forma a
contribuir para o seu crescimento equilibrado. O objetivo geral desta pesquisa foi subsidiar a
política do BNB e de outras agências de desenvolvimento para a atividade, caracterizandoa, de modo a possibilitar a geração de planos de ação a partir das sugestões contidas no
estudo elaborado. As fontes de informações para a realização do trabalho foram entrevistas
com técnicos de instituições públicas, produtores, varejistas, fornecedores de insumos,
revisão bibliográfica da literatura especializada, páginas da Internet; além da aplicação
de 2 tipos diferentes de questionários com questões abertas aplicados aos produtores e
varejistas. Os resultados da pesquisa permitem concluir que a Região apresenta grande
potencial para o desenvolvimento da atividade, mas existem ainda muitas barreiras que
precisam ser eliminadas: Pequena oferta de insumos nas áreas produtoras, com reflexos
na elevação dos custos de produção; Embora exista mão-de-obra abundante na Região,
são pouco qualificadas; Grande quantidade de produtores informais atuando na Região,
desorganizando o mercado; Produtores com pouca profissionalização e especialização;
Concorrência dos produtos de outras regiões; Pequena dimensão do mercado regional,
com grande disputa pela demanda; Baixo nível organizacional e associativo do produtor;
Carência de técnicos com conhecimentos especializados; Poucas pesquisas sobre as
espécies produzidas e estudos de mercado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 42
Página 43
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 012 - DINÂMICA DA CADEIA PRODUTIVA E A ESTRATÉGIA PARA O ALINHAMENTO
DAS DEMANDAS POR PESQUISA AGROPECUÁRIA NA REGIÃO CAFEIRA DO SUL
DE MINAS GERAIS: UM ESTUDO SOBRE A GESTÃO INTERINSTITUCIONAL DO
CONSÓRCIO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DO CAFÉ.
MARCELO MÁRCIO ROMANIELLO; CRISTHIANE OLIVEIRA AMÂNCIO; ROBSON
AMANCIO;
EMBRAPA PANTANAL, CORUMBÁ, MS, BRASIL;
Palavras-chave: cadeia produtiva; café; demanda; gestão; agronegócio
Com o objetivo de solucionar os problemas enfrentados pelos cafeicultores brasileiros
em diversas regiões cafeeiras, foi implantado o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e
Desenvolvimento do Café (CBP&D-Café), que tem como finalidade o desenvolvimento
dos trabalhos de pesquisa agropecuária, em consonância com as demandas das diversas
regiões produtoras. Conduziu-se este trabalho com o objetivo de analisar o CBP&DCafé, considerando-se uma abordagem metodológica para averiguar se as demandas
tecnológicas proveniente da região Sul do estado de Minas Gerais, estão sendo incorporadas
pelo CBP&D-Café. Nessa orientação, pretendeu-se contribuir para a construção de
conhecimentos e reflexões em torno da gestão de programas de pesquisa agropecuária
com uma estratégia de aliança coordenada pelas agências públicas de desenvolvimento
regional, além de procurar oferecer aos gestores deste Consórcio informações sobre a
maneira pela qual esse programa vem sendo conduzido e, com base nessas averiguações,
poder oferecer-lhes subsídios para a implementação de mecanismos de redirecionamento,
melhoria e retroalimentação.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 013 - SOCIOECONOMIA SOLIDÁRIA, ESTADO E SOCIEDADE CIVIL: AÇÕES
PARA A GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA.
LUCIANA ROSA DE SOUZA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA, UBERLâNDIA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Socioeconomia solidária; Estado; Sociedade Civil; Geraçao de Emprego
e renda; experiências
Resumo: O Objetivo deste artigo é apresentar a importância da participação da sociedade
civil na busca pela geração de postos de trabalhos, tendo em vista novas concepções
acerca do desenvolvimento. Ressalta-se, no contexto destas novas concepções de
desenvolvimento, a economia solidária como uma alternativa para gerar emprego e renda
e, principalmente, para reduzir a exclusão social. Especificamente espera-se apresentar
a potencialidade dos projetos de geração renda propostos pela economia solidária como
uma alternativa para diminuir o desemprego e exclusão social, ao mesmo tempo buscouse apresentar as limitações presentes nestas propostas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 014 - A GESTÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E
O DESENVOLVIMENTO LOCAL.
WALTER BELIK; NURIA A. CHAIM;
IE UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Merenda Escolar ; desenvolvimento Local ; Educação
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), maior programa de alimentação do
Brasil, serve cerca de 37 milhões de refeições por dia e conta com repasses do Governo
Federal da ordem de 1 bilhão de reais anuais. A partir de 1994, este programa passou a
ser gerido de forma descentralizada, ou seja, ficou a cargo dos estados e municípios a
compra dos alimentos para a merenda escolar. A aquisição descentralizada foi um grande
avanço, pois além de racionalizar a logística e os custos de distribuição, essa medida
proporcionou o respeito à cultura alimentar da população nas diferentes localidades do
país. Do ponto de vista do desenvolvimento local, a compra descentralizada constituiu um
importante fator na medida em que as aquisições feitas de produtores locais podem gerar
trabalho e renda para as populações dos municípios envolvidos.
Do ponto de vista da participação da sociedade civil, a descentralização permitiu a inserção
de pais de alunos, professores e membros da comunidade nos processos decisórios e
de acompanhamento da gestão do PNAE. A sociedade civil organizada em Conselhos de
Alimentação Escolar (CAE) passou a exercer o poder deliberativo e atualmente constitui
o principal instrumento de fiscalização da atuação municipal nesta área.
Esses e outros aspectos da gestão do Programa foram analisados em 2004 e 2005 a
partir da inscrição de 729 municípios no Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar
organizado pela ONG Ação Fome Zero. As informações obtidas geraram uma base de
dados das iniciativas desenvolvidas e permitiram traçar um perfil do PNAE em relação a
aspectos orçamentários, nutricionais, assim como sobre a promoção do desenvolvimento
local e a participação social.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 015 - DIMENSÕES DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL.
CARLOS ALBERTO FRANCO COSTA; MARIA NEZILDA CULTI; ARMANDO LIRIO
SOUZA;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Economia Solidária; Incubadoras de Cooperativas; Empreendimentos
Solidários
O trabalho traça uma panorâmica sobre a evolução recente do movimento da Economia
Solidária no Brasil e de seus principais apoiadores, apresentando dados dos emprendimentos
solidários e suas principais características.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 44
Página 45
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 016 - ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA E DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
DAS FAMÍLIAS DAS BORDADEIRAS DE ITAPAJÉ – CE (*).
ARAGUACY PAIXÃO ALMEIDA FILGUEIRAS; ROSEMEIRY MELO CARVALHO;
FRANCISCO CASIMIRO FILHO;
UNIVERSIDADE DO MINHO, GUIMARÃES, PORTUGAL;
Palavras-chave: ARTESANATO; MODA; ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS;
DESENVOLVIMENTO HUMANO; QUALIDADE DE VIDA
A produção do artesanato pode ser questionada em virtude do crescimento acelerado
da industrialização. Para alguns autores as características do mesmo vêm sofrendo, ao
longo do tempo, alterações na sua apresentação em virtude da concorrência com produtos
industrializados. Porém, convém ressaltar que o artesanato pode se tornar competitivo em
relação ao similar industrializado por apresentar personalização de suas peças, bem como
aspectos artísticos e culturais intrínsecos a sua concepção e produção.
Todavia, percebe-se, ainda, algumas disparidades do artesanato diante das inovações
tecnológicas e das exigências do mercado consumidor, tendo em vista, as incipientes
formas de criação, de produção, de administração e de comercialização.
Tendo em vista a relação – artesanato, moda, economia e cultura –, o presente estudo
analisa os aspectos socioeconômicos do artesanato em comunidade rural do estado
do Ceará, enfocando a qualidade de vida e o desenvolvimento humano das famílias
envolvidas. A comunidade de Itapajé foi escolhida como objeto deste estudo por ser um
local tradicional em bordados, que vem tentando explorar todas as potencialidades de
inserção no mercado de forma a melhorar seu contexto socioeconômico. Assim, pretendeuse analisar a importância do artesanato como elemento propulsor na produção tanto sob
os aspectos da preservação da cultura popular, da mão-de-obra utilizada, como também
o fator econômico que favorece as unidades produtoras, calculando-se os índices de
qualidade de vida -IQV e de desenvolvimento humano –IDH.
Tendo em conta o contexto no qual a pesquisa foi realizada, seus resultados podem
fornecer parâmetros para os Projetos de Qualificação e Melhoria do Artesanato Cearense,
que poderão ser implementados por Instituições como CEART, SEBRAE-CE, SETE
– Secretaria de Trabalho e Empreendedorismo do Estado, Prefeitura Municipal e outras
políticas públicas.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 017 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EMPREGO URBANO EM BELÉM: A INSERÇÃO
DE TRABALHADORES EM COOPERATIVAS POPULARES.
RICARDO BRUNO SANTOS; ARMANDO LIRIO SOUZA;
FACULDADE IDEAL, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: Cooperativas populares; Economia solidária; Geração de emprego e
renda; Políticas públicas; Região Metropolitana de Belém
Trata-se da apresentação do estudo sobre a organização econômica e social das
cooperativas populares originadas do Programa de Geração de Emprego e Renda da
Prefeitura Municipal de Belém na gestão 1994-2002.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 018 - DA IDENTIDADE DE RESISTÊNCIA À IDENTIDADE DE PROJETO NO
TERRITÓRIO DO SISAL, (BAHIA): O CASO DA APAEB-VALENTE.
GUSTAVO BITTENCOURT MACHADO;
INSTITUTO NACIONAL AGRONÔMICO PARIS-GRIGNON (INA-PG), PARIS, FRANçA;
Palavras-chave: desenvolvimento local; território; identidade; sistema agrário; sisal
O presente texto baseia-se na historia de consolidação do projeto APAEB-Valente,
salientando o processo histórico de aumento da complexidade e da pluralidade regionais,
quando as comunidades rurais passaram a participar, deliberar e decidir sobre as ações a
serem implementadas; entretanto hoje ao se estudar o sistema agrário gado-policultura com
sisal, é possível conceber a institucionalidade da APAEB como modelo de desenvolvimento
para as demais experiências dos agricultores familiares e como política publica de
intervenção do Estado. No processo histórico de reestruturação da economia sisaleira, esse
desenvolvimento em curso e a busca da complexidade são sinônimos de multifuncionalidade
no espaço rural. Trata-se da passagem de uma agricultura monofuncional centrada
principalmente na exploração do sisal, para uma agricultura multifuncional, destacando-se
a industria de beneficiamento e processamento de sisal, produção de carpetes e tapetes
da APAEB.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 46
Página 47
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 019 - UMA POLÍTICA DE C&T PARA O SETOR PRIMÁRIO NA AMAZÔNIA.
ALFREDO KINGO OYAMA HOMMA;
EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: Amazônia; Ciência; Tecnologia; Desenvolvimento; Meio ambiente
Evidencia-se um atraso tecnológico e científico na região amazônica, que caminha para
irreversibilidade, pela incapacidade de competição com centros mais dinâmicos do país
e do mundo. A pesquisa científica e tecnológica na Amazônia precisa avançar no modelo
fabril de produtividade científica e avaliação administrativa, adotando procedimentos
tayloristas e de fordismo, sem vetar a criatividade dos pesquisadores. Na região amazônica
a comunidade acadêmica não tem alcançado o grande impacto que a sociedade dela está
esperando. Realça a fraqueza da comunidade acadêmica local e do desvio de suas funções,
necessitando de maiores investimentos na formação de recursos humanos no sentido
amplo. Ressalta-se que soluções tecnológicas previstas que ainda não aconteceram estão
prejudicando seriamente os rumos dos acontecimentos na Amazônia. A perspectiva da
visão empresarial da importância da geração de conhecimentos práticos, baseada muito no
processo de erro-acerto, sobretudo no hinterland, mostra que a colaboração da comunidade
acadêmica tem sido ainda muito acanhada. Há necessidade de maior integração dos centros
de pesquisa com o setor empresarial, que apresentam grandes limitações tecnológicas,
sobretudo de “natureza biológica” para a criação de novas alternativas de renda e emprego.
As tecnologias “mecânicas” são facilmente transferíveis, como fábricas, motosserras,
tratores, colheitadeiras, celulares etc. quase simultâneas, com as áreas mais dinâmicas
do país e do mundo. No campo da biodiversidade, a C&T na Amazônia deveria aproveitar
os conhecimento dos atores amazônicos, como indígenas, populações tradicionais e
extrativistas promovendo a sua modernização. Deveria aproveitar a biodiversidade do
passado e do presente e de planos concretos com relação à biodiversidade futura, no qual
reserva a C&T grandes possibilidades de descobertas de novas opções para a geração
de renda e emprego.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 020 - AS POLÍTICAS AMBIENTAIS E OS OBJECTIVOS DOS AGRICULTORES:
O CASO DOS AGRICULTORES DO SUL DE PORTUGAL.
MARIA LEONOR SILVA CARVALHO;
UNIVERSIDADE DE ÉVORA, ÉVORA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: políticas agro-ambientais; erosão; programaçao multi critério; risco;
mediterrâneo
As decisões económicas e ambientais são particularmente difíceis na região Mediterrânica do
sul de Portugal e requerem um conhecimento multidisciplinar. A aridez desta zona associada
a solos pobres e delgados torna a actividade agrícola difícil e a produtividade das culturas
muito incerta. A degradação e a erosão dos solos são um problema importante, conduzindo
a uma crescente desertificação e despovoamento do território. A Comunidade Europeia
introduziu um conjunto de medidas de politica agrícola, as medidas agro-ambientais,
com os objectivos de manter um conjunto sistemas agrícolas tradicionais ameaçados de
extinção, eliminar os efeitos negativos da agricultura sobre o ambiente e simultaneamente
manter os rendimentos dos agricultores. No entanto, o sucesso destes esquemas depende
não só das características das explorações agrícolas mas também das preferências do
agricultor. Assim os agricultores, na sua tomada de decisão, têm em consideração vários
objectivos em simultâneo. No caso dos agricultores da zona Mediterrânea, parecem ser
particularmente importantes os objectivos de maximização do rendimento, de redução
da variabilidade desse rendimento e de manutenção do nível de produtividade do solo.
A metodologia multi-critério, em que são dados pesos relativos aos vários objectivos do
agricultor, maximizar o rendimento e minimizar o risco e a erosão), simula com maior
precisão as decisões reais dos agricultores se comparada com a metodologia em que é
apenas maximizado o rendimento.
Quando o fim das medidas agro-ambientais é simulado pode-se observar uma reconversão
das culturas de sequeiro em pastagens naturais com um ligeiro aumento do encabeçamento
pecuário e um ligeiro aumento do nível de erosão do solo. Contudo, o aumento da erosão
seria maior se os efeitos do pisoteio dos animais no solo, isto é, se a degradação do
solo provocada por elevados encabeçamentos, fossem contabilizados. As medidas agroambientais também parecem ser eficazes na manutenção de sistemas culturais tradicionais,
baseados na produção extensiva de cereais e forragens de sequeiro, na manutenção de um
rendimento agrícola sustentável e na adopção de tecnologias de conservação do solo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 48
Página 49
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 021 - CONTRIBUIÇÃO DAS POLÍTICAS AGRÍCOLAS PARA A SUSTENTABILIDADE
DO AMBIENTE NUM SISTEMA AGRÍCOLA MEDITERRÂNEO.
MARIA DE LURDES FERRO GODINHO; MARIA LEONOR SILVA CARVALHO;
UNIVERSIDADE DE ÉVORA, ÉVORA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: política agrícola; erosão; programação matemática; risco;
mediterrâneo
A erosão dos solos é um problema importante e a desertificação está a aumentar na
região Mediterrânica. Os sistemas produtivos baseados na gestão tradicional dos cereais
de Inverno, olivais e vinhas podem agravar a degradação dos solos. Para estes sistemas
agrícolas, o solo pode ser gerido utilizando novas tecnologias desenvolvidas para melhorar o
seu potencial e promover a sua sustentabilidade. A agricultura mediterrânea de sequeiro está
sujeita a uma grande variabilidade na produção, consequência da irregular distribuição da
precipitação. Esta variabilidade da produção de sequeiro leva a instabilidade no rendimento
dos agricultores. Os agricultores têm, normalmente, um comportamento de aversão ao
risco. Nas últimas décadas, tornou-se evidente para os políticos que a agricultura tem um
papel importantíssimo no ambiente natural. A nova reforma (2003) da Política Agrícola
Comum visou a criação do regime do pagamento único, para manter uma estabilidade no
rendimento dos agricultores, completamente desligado da produção, e, simultaneamente,
manteve as Medidas Agro-ambientais com o objectivo de proteger o ambiente e conservar
a paisagem evitando o abandono das terras.
Usando um modelo de programação estocástica discreta sequencial associada a uma
estrutura MOTAD e a um modelo de simulação de erosão (EPIC), analisou-se o impacto
de medidas agro-ambientais nos sistemas produtivos e tecnologias de produção de uma
exploração da região Mediterrânea, situada no Alentejo, Sul de Portugal. O efeito destas
medidas é também analisado relativamente à erosão do solo. Os resultados mostram um
aumento da extensificação das actividades pecuárias e a implementação da sementeira
directa, com a consequente diminuição dos níveis de erosão. Mostram também um aumento
do rendimento total da exploração e do rendimento esperado da produção, bem como
uma diminuição da variabilidade relativa do rendimento, com a adopção das medidas
agro-ambientais.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 022 - VIABILIDADE ECONÔMICA DE CONTRATOS DE INTEGRAÇÃO NA
CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE NA MICRORREGIÃO DE VIÇOSA – MG.
ADELSON MARTINS FIGUEIREDO; PEDRO ANTÔNIO DOS SANTOS; ROBERTO
SALVADOR SANTOLIN; BRÍCIO DOS SANTOS REIS;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: frango de corte; contrato de integração; viabilidade econômica; risco;
microrregião de Viçosa-MG
A criação de frango de corte via contratos de integração com a PIF-PAF S/A Indústria e
Comércio tornou-se fonte adicional de renda para as propriedades rurais de pequeno
e médio porte, na microrregião de Viçosa – MG. Assim, este trabalho visou verificar a
viabilidade de contratos de integração nessa região; especificamente, pretendeu-se
elaborar e analisar um projeto de implantação de um aviário, determinar a rentabilidade do
investimento, mensurar os riscos da atividade sob o ponto de vista do integrado e auxiliar
a tomada de decisão. Para isso, calcularam-se indicadores de viabilidade econômica do
projeto, como Valor Presente Líquido, Taxa Interna de Retorno e razão benefício/custo;
além disso, foi feita uma análise de sensibilidade para posterior análise de risco. Os
resultados apontaram para a viabilidade econômica do projeto; ademais constatou-se que
a sua lucratividade é mais sensível aos componentes da receita do que dos custos, sendo
o preço recebido por ave a variável de maior sensibilidade. Percebeu-se também que os
contratos de integração não eliminam totalmente o risco da atividade e que a integradora
transfere parte do risco de preços ao produtor.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 50
Página 51
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 023 - RETORNO E RISCO EM SISTEMAS DE SUCESSÃO DE SOJA NO ESTADO
DE SÃO PAULO, 2005.
MAURA SEIKO TSUTSUI ESPERANCINI; ALEXANDRE BOCHICHIO KUROSAKI; DIOGO
LEITÃO MIRANDA; ANDREA REGINA PAES;
UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL;
Palavras-chave: sucessão de culturas; retorno econômico; risco.
O objetivo geral deste estudo foi avaliar o retorno econômico e o risco de implementar
combinações de culturas anuais, em particular sistemas de sucessão de culturas com soja
no estado de São Paulo. Foram analisados três sistemas em sucessão: sucessão soja
verão em plantio convencional seguido de milho safrinha em sistema de preparo reduzido
de solo - EDR de Orlândia; sucessão soja verão em plantio direto seguido de milho safrinha
em sistema de plantio direto - EDR de Assis; sucessão soja verão em plantio convencional
seguido de sorgo granífero de inverno em sistema de preparo reduzido de solo - EDR de
Orlândia. Foi utilizado o método de simulação estocástica ou de Monte Carlo, por envolver
elementos aleatórios, referentes aos riscos de variação em determinadas variáveis. Foram
utilizadas três variáveis de risco: preços, produtividade e custos de produção. Os preços,
tanto dos produtos quanto dos insumos, foram deflacionados pelo IGPM, com base em
agosto de 2005. De uma forma geral, verifica-se que não existe um padrão que rege o
retorno e o risco em sucessão de culturas, nas situações analisadas. Em alguns sistemas
como soja e milho nas regiões de Orlândia e Assis, a introdução do cultivo de inverno,
no caso o milho safrinha, tem o efeito de reduzir o retorno médio e aumentar o risco do
sistema. No sistema em sucessão soja e sorgo verifica-se aumento do retorno econômico
e pouco impacto no risco do sistema, em razão dos menores custos de produção do sorgo
em relação ao milho safrinha. Embora não seja possível extrapolar totalmente os resultados
apresentados para previsão de resultados econômicos futuros, a pesquisa podem fornecer
subsídios tanto para a tomada de decisão do produtor individual, quanto para formulação
de políticas públicas de redução de riscos para o segmento agrícola.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 024 - ANÁLISE DO DESEMPENHO COMPETITIVO DAS AGROINDÚSTRIAS DE
FRUTAS DO ESTADO DO PARÁ.
ANTÔNIO CORDEIRO SANTANA; ;
UFRA, BELéM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: Desempenhocompetitivo; Agroindústria; Frutas; Pará; Análise fatorial
As agroindústrias de frutas do Estado do Pará estão enfrentando a concorrência de
novas empresas que entraram recentemente no mercado de frutas local e da ameaça de
novas entrantes de médio e grande porte. O grau de competitividade das agroindústrias
paraense não era conhecido, daí o objetivo do trabalho de desenvolver um indicador de
desempenho competitivo para essas agroindústrias de frutas. Utilizaram-se as técnicas de
análise fatorial e de regressão múltipla para estimar o índice de desempenho competitivo
(IDC) das agroindústrias de frutas paraenses. Os resultados mostraram que, das 27
empresas analisadas, apenas uma empresa apresentou alto IDC e três IDC intermediários.
Os resultados permitiram identificar as fraquezas das agroindústrias em cada fator
representativo das forças competitivas. Finalmente, observou-se uma relação positiva entre
as variáveis margens de lucro e número de fornecedores e o IDC das empresas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 52
Página 53
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 025 - COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE FRUTAS EM RONDÔNIA: UM
ESTUDO DE CASO.
CALIXTO ROSA NETO; CLÓVIS OLIVEIRA DE ALMEIDA; DANIELA GARCIA COLLARES;
CLAUDITE AGDA DOS SANTOS;
EMBRAPA, PORTO VELHO, RO, BRASIL;
Palavras-chave: Comportamento do consumidor; Alimentos; Frutas
O estudo do comportamento do consumidor tem sido tema cada vez mais presente nas
estratégias mercadológicas das empresas, haja vista a mudança dos hábitos de consumo,
proporcionada por uma oferta cada vez maior de produtos. O setor de alimentos no Brasil,
seguindo esta tendência, vem passando por grandes transformações, que partem de seu
elemento-chave, que é o consumidor final. Dentro do setor alimentício, o mercado de
frutas vem apresentando constante evolução, motivado, sobretudo pela busca de hábitos
alimentares mais saudáveis por parte da população. Partindo do pressuposto de que o
conhecimento do perfil do consumidor de frutas constitui-se em fator importante para a
estratégia mercadológica das empresas do setor, realizou-se estudo de caso, utilizando
uma amostra de 212 consumidores de frutas em quatro municípios do estado de Rondônia,
visando conhecer suas preferências de compra e perfil de consumo. Mesmo mais presente
no mercado de trabalho, a mulher é a principal responsável pelas compras de frutas do
domicílio, ou seja, é ela quem, em tese, decide o que chega à mesa da família. De modo
geral, os consumidores valorizam o consumo de frutas por associá-lo com alimentação
saudável. Em função disso, entendem que os pontos de venda deveriam fornecer mais
informações sobre as frutas, principalmente quanto às suas características nutricionais e
os benefícios que trazem para a saúde.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 026 - METODOLOGIAS DE CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA LEITEIRA:
UM ESTUDO NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL.
PATRICK FERNANDES LOPES; RICARDO PEREIRA REIS; LUIZ CARLOS TAKAO
YAMAGUCHI; CASSIO FERNANDES LOPES;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Metodologia de custos; pecuária leiteira; centros de custos; custos de
produção; comparativo de custos
O sistema agroindustrial de leite brasileiro encontra-se inserido em um cenário em que
ocorrem situações típicas de concorrência imperfeita, sendo exigido do segmento de
produção desempenho que resulte na disponibilidade de matéria-prima a baixos custos. O
presente trabalho teve como objetivo comparar duas metodologias de apuração de custos de
produção na pecuária leiteira dos principais estados produtores de leite no Brasil, ou sejam,
os estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Estimaramse os custos de produção na pecuária leiteira dos referidos estados considerando-se as
duas diferentes metodologias, definidas por “custo da atividade leiteira” e “centro de custo
leite”. Para tanto, analisaram-se dados técnicos e econômicos de 162 propriedades rurais
localizadas nesses estados produtores, abrangendo o período de agosto de 2000 a julho
de 2001. Os resultados indicaram que a apuração de custos pela metodologia “centro de
custo leite” possibilitou uma maior precisão em relação às análises do custo total médio
na pecuária leiteira, evidenciando que, quando apurados somente os custos relacionados
ao subsistema leite, os preços recebidos foram suficientes para remunerar o produtor nos
estados avaliados.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 54
Página 55
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 027 - CENTRO DE CUSTOS E ESCALA DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA LEITEIRA
DOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL.
PATRICK FERNANDES LOPES; LUIZ CARLOS TAKAO YAMAGUCHI; RICARDO PEREIRA
REIS; CASSIO FERNANDES LOPES;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Pecuária leiteira; centro de custo; economia de escala
SSD 029 - ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE ALGUNS FATORES SOCIOECONÔMICOS
E DEMOGRÁFICOS NO CONSUMO DOMICILIAR DE CARNES NO BRASIL.
MADALENA MARIA SCHLINDWEIN; ANA LÚCIA KASSOUF;
ESALQ-USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Consumo de carne; Fatores socioeconômicos; Procedimento de Heckman;
Brasil; Grandes Regiões
O presente trabalho teve como objetivo estimar os custos de produção e identificar escala
na pecuária leiteira dos principais estados produtores de leite no Brasil, ou sejam, Minas
Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Estimaram-se os custos de
produção, considerando-se a metodologia de “centro de custo”, e as funções de custos da
pecuária leiteira nestes estados. Foram analisados dados técnicos e econômicos de 162
propriedades rurais localizadas nesses estados, no período de agosto de 2000 a julho de
2001. Ficou evidente a ocorrência de ganhos com a escala de produção, tendo em vista
a redução dos custos médios para maiores níveis de produção, bem como os indicadores
de rendimentos à escala crescentes e de economias de escala, indicando ganhos com
o crescimento da produção. Os resultados evidenciam que o estudo é composto por
produtores que buscam maior eficiência e que possuem possibilidades de ganho no que
se refere a melhor combinação, alocação e aproveitamento dos recursos produtivos e
gerenciais.
O objetivo deste trabalho é fazer uma análise da influência de alguns fatores socioeconômicos
e demográficos no padrão de consumo de carnes da população brasileira. O enfoque da
análise é o Brasil com uma diferenciação para as Grandes Regiões e para o meio urbano
e rural. Os dados utilizados são oriundos da Pesquisa de Orçamentos Familiares - (POF)
2002-2003, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Utilizou-se
os microdados da referida pesquisa e se aplicou um modelo econométrico – o procedimento
em dois estágios de Heckman, para analisar a influência dos fatores socioeconômicos no
consumo domiciliar de carne bovina, suína e de frango. Os resultados mostram que os
fatores socioeconômicos e demográficos possuem uma influência significativa nos padrões
de consumo domiciliar de carnes no Brasil.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 028 - DECISÕES DE DISTRIBUIÇÃO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM UMA
COOPERATIVA.
RUBIA NARA RINALDI; ANDREA LAGO DA SILVA; MÁRIO OTÁVIO BATALHA; WEIMAR
FREIRE DA ROCHA JUNIOR;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Decisões de Distribuição; canais; estratégia; vantagem competitiva;
cooperativa
Ao longo dos anos a maior parte das empresas tem focado sua atenção em novas formas
de desenvolver negócios com o objetivo de garantir maior competitividade, o que as leva
a considerar cada vez mais seu ambiente de atuação e o ajuste necessário às ações de
seus concorrentes. Neste cenário, as organizações empresariais começaram a perceber
a importância do gerenciamento eficaz de seu canal de distribuição. Mais precisamente,
a estratégia de canal de distribuição surge como filosofia para orientar a organização na
busca por uma vantagem competitiva sustentável. Desta forma, o objetivo geral deste artigo
é compreender a estratégia de canal de distribuição de uma cooperativa da região oeste
do Paraná para seus produtos destinados ao mercado interno, com o objetivo de avaliar
e propor alternativas que estimulem o desenvolvimento da cooperativa.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 56
Página 57
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 030 - O IMPACTO DA CERTIFICAÇÃO PIF E EUREPGAP, NO PROCESSO DE
COMERCIALIZAÇÃO DA UVA PRODUZIDA POR PEQUENOS PRODUTORES DO VALE
DO SÃO FRANCISCO: UM ESTUDO DE CASO.
LILIAN COSTA GOMES; BRAS LOMATO NETO; MARIA REGINA DE SANTANA SENTOSE; PEDRO TASSO DE SOUZA FILHO; WALDENIR SIDNEY FAGUNDES BRITTO;
UFRPE/FACAPE, PETROLINA, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Certificação; Comercialização; PIF e EurepGAP; Vale do São Francisco;
uva
O cenário mercadológico internacional sinaliza para grandes mudanças nos sistemas de
produção de frutas, exigindo dos produtores a adoção de critérios de qualidade, produção
certificada e cumprimento de normas internacionais relacionadas à segurança alimentar,
rastreabilidade e respeito ao meio ambiente e ao homem. Estas exigências, por sua vez,
impuseram ao produtor duas situações, ou adaptar-se e cumprir com as exigências para
obtenção dos selos de qualidade, para assim garantir sua permanência no mercado, ou
arriscar-se a perder espaços em tradicionais e em novos mercados. Neste sentido, o
trabalho buscou verificar, através de um estudo de caso, se o processo de certificação
implantado no Vale do São Francisco, fruto da tendência mundial, impactou de forma positiva
a comercialização da uva produzida por um pequeno produtor da região. Para tanto, foram
utilizados dados secundários obtidos por meio de revisões bibliográficas, assim como
também foram obtidas informações a partir de entrevista semi-estruturada realizada com
um típico pequeno produtor de uva do Vale do São Francisco. Assim, pode-se afirmar que
apesar de não ter trazido ainda grandes benefícios em termos de comercialização (o que
é esperado em um futuro próximo), a certificação proporcionou benefícios em termos de
gestão do empreendimento para este produtor, o que acaba indiretamente por favorecer
o processo de comercialização do mesmo.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 031 - DO CERRADO À AMAZÔNIA: AS ESTRUTURAS SOCIAIS DA ECONOMIA
DA SOJA EM MATO GROSSO.
ANTONIO JOÃO CASTRILLO FERNÁNDEZ;
PGDR/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Agricultura; Soja; Mato Grosso; Conflitos; Agronegócio
O volume de produção e área cultivada com lavouras de soja nas áreas de cerrado em
direção à floresta amazônica vem passando por um rápido crescimento nas últimas duas
décadas, fenômenos amplamente divulgados pelas estatísticas oficiais e imprensa nacional,
procurando dar visibilidade ao “amadurecimento” do “agronegócio” brasileiro, indicado
pelos elevados índices de produtividades, uso de “tecnologias sofisticadas” e atuação
no mercado de futuro. Este estudo tem por objetivo apresentar elementos das estruturas
sociais deste “agronegócio”, procurando destacar de que maneira e em quais situações a
sua dimensão econômica é construída na relação de interdependência que mantém com
as dimensões sociais, políticas e ambientais. Em outras palavras, este trabalho inscrevese numa tentativa de se afastar das análises que abstrai do mundo social (do cotidiano
vivenciado pelas pessoas) as possibilidades de realização das práticas econômicas, como
se elas fossem autônomos, com hierarquias próprias e desprovidas de uma historicidade;
para, por outro lado, identificar as formações sociais específicas que potencializam e
dinamizam, pelo uso de recursos diversos, a consolidação e expansão das relações sociais
de produção na agricultura.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 58
Página 59
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 032 - SIMULAÇÃO DA VIABILIDADE INDUSTRIAL DO PROCESSAMENTO DE
AMÊNDOAS DE CACAU EM PEQUENA ESCALA: O CASO DA CACAUICULTURA DE
MEDICILÂNDIA NO ESTADO DO PARÁ.
EDSON LOPES LIMA; FERNANDO TEIXEIRA MENDES;
CEPLAC, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: Cacau; Verticalização; Industrialização; Amazônia; Brasil Novo
SSD 033 - ANÁLISE ECONOMICA DA PRODUÇÃO DE ARROZ NO MUNICIPIO DE
VÁRZEA ALEGRE / CE.
ELIANE PINHEIRO SOUSA; ANTÔNIO FLÁVIO OLIVEIRA MENESES;
URCA, CRATO, CE, BRASIL;
Palavras-chave: análise econômica; produção de arroz; características socieoconômicas;
predominância tecnológica; Várzea Alegre / CE
Esta pesquisa teve como objetivo indicar a possibilidade de verticalização da produção de
cacau na Transamazônica, estado do Pará, buscando-se formas de comercialização com
maior valor agregado. Assim, a partir de simulações demonstrou-se como a substituição
da venda amêndoa por subprodutos da indústria chocolateira (liquor, manteiga e pó de
cacau), podem melhorar a receita nesta atividade. Usou-se como metodologia a análise
de indicadores econômicos (relação benefício custo, valor presente líquido e taxa interna
de retorno), tendo como base o orçamento para implantação de cada uma das fases
do processamento industrial, fazendo as comparações, para uma mesma medida (150
toneladas de matéria-prima), aferindo-se o melhor resultado. Complementou-se o estudo
com uma análise de sensibilidade, fazendo-se variações positivas nos custos, negativas
nas receitas e custo de oportunidade do capital. Os resultados mostraram que existe
viabilidade econômica para a utilização de pequenas plantas industriais, vislumbrando-se
que no médio prazo venha a ser produzido o chocolate com a marca Amazônia, também
um fator de agregação de valor ainda pouco utilizado pelos produtores locais.
A orizicultura é um dos segmentos mais promissores deste importante setor da economia
varzealegrense, que é a agricultura. O município de Várzea Alegre / CE não dispõe de
dados concretos sobre as características socioeconômicas e a predominância tecnológica,
referente à produção de arroz no município, sejam de caráter oficial ou não. Sendo
assim, este trabalho objetivou descrever o perfil socioeconômico dos produtores de
arroz varzealegrenses e conhecer a eficiência na utilização de fatores de produção e a
predominância tecnológica nas propriedades rurais do município. Para a realização deste
trabalho, foram utilizadas pesquisas de caráter secundário e realizadas pesquisas de
campo com aplicação de questionários junto aos orizicultores pertencentes às áreas 1 e 2
de Várzea Alegre. Para alcançar os objetivos propostos, foi utilizado o método da estatística
descritiva e a análise de regressão múltipla, empregando a função de produção do tipo
Cobb-Douglas. Os resultados da pesquisa evidenciam que a área 1 é mais produtiva que a
área 2 e que no município prevalece uma agricultura de subsistência. Os resultados ainda
demonstram que os produtores da área 2 utilizam o fator gasto com insumos de modo
menos eficiente do que os produtores da área 1, ressaltando que os produtores da área
2 apresentam uso excessivo do fator gastos com insumos. Verifica-se também a falta de
mão-de-obra qualificada; o setor não conta com assistência técnica especializada e não
existem políticas públicas voltadas para a produção. Portanto, sugere-se a implantação
de políticas governamentais direcionadas para tal produção, que é de suma importância
para a alimentação e renda desta região.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 60
Página 61
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 034 - PONTOS DE VENDA DE ALIMENTOS: UMA ANÁLISE DO PERFIL DE
COMPRA DOS CONSUMIDORES DE CARNE BOVINA E FLV.
THAÍS LACAVA DE MOURA; ANDREA LAGO DA SILVA; ADRIANA BACKX NORONHA
VIANA; MÁRIO OTÁVIO BATALHA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: pontos-de venda; perfil do consumidor; alimentos; carne bovina; frytas,
legumes e verduras
SSD 035 - RETORNOS À ESCALA E DESEMPENHO ECONÔMICO DOS PRODUTORES
DE LEITE EM MINAS GERAIS.
ADRIANO PROVEZANO GOMES; ROBERTO SERPA DIAS; ANTÓNIO JOSE MEDINA
DOS SANTOS BAPTISTA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Leite; Métodos não-paramétricos; Eficiência; Retornos à Escala;
Rentabilidade
As variáveis sócio-demográficas são um dos fatores que mais influenciam a escolha
dos formatos de varejo do consumidor para a compra de alimentos. Ao analisar essas
variáveis e a provável associação com a compra de alimentos, é possível desenhar um
perfil dos consumidores que freqüentam os formatos de varejos de alimentos. O propósito
deste artigo é identificar o perfil dos consumidores que freqüentam os diversos formatos
de varejo de alimentos em 4 capitais brasileiras para a compra de carne bovina e frutas,
legumes e verduras (FLV). Após a identificação do perfil de compra dos consumidores
será possível saber a preferência de compra de carne bovina e FLV por gênero, faixa
etária, nível de renda, formação educacional, número de pessoas por domicílio e no caso
da mulher trabalhar fora.
Este trabalho teve como objetivo medir o nível de eficiência técnica e de escala da produção
de leite no estado de Minas Gerais. Para isso, foi utilizada a técnica de análise envoltória de
dados em uma amostra de 1000 produtores. Inicialmente, os produtores foram separados
em grupos, segundo o tipo de retorno à escala. Os resultados indicam que 33% dos
produtores operam com retornos crescentes à escala, enquanto 32% estão na faixa de
retornos decrescentes. Em seguida, realizou-se a caracterização dos grupos, em termos de
recursos disponíveis e de indicadores de desempenho técnico e econômico da atividade.
Observou-se que os produtores com retorno crescente são aqueles caracterizados
como pequenos, estando de acordo com os princípios microeconômicos. Esse grupo de
produtores apresenta margem líquida negativa, característica que fatalmente os expulsará
do mercado. Por fim, foi feita uma simulação do que ocorreria com os produtores que
apresentaram ineficiência técnica, caso esta ineficiência fosse eliminada. Em média,
se todos os produtores estivessem operando com máxima eficiência técnica, o custo
operacional total da atividade poderia ser reduzido em 39%, sem que houvesse redução
no volume produzido. Mesmo corrigindo as ineficiências técnicas, ficou comprovado que
a taxa média de remuneração do capital do grupo de produtores que operam com retorno
crescente ainda permaneceria abaixo da remuneração da caderneta de poupança. Esse
fato evidencia a necessidade de aumentar o volume de produção, eliminando os problemas
de ineficiência de escala.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 62
Página 63
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 036 - ESCOLHA DA LÂMINA ÓTIMA DE IRRIGAÇÃO PARA FEIJÃO, DE ACORDO
COM O NÍVEL DE AVERSÃO AO RISCO POR PARTE DO PRODUTOR.
MARGARIDA GARCIA DE FIGUEIREDO; MARIUSA MOMENTI PITELLI; JOSÉ ANTONIO
FRIZZONE; EURO ROBERTO DETOMINI;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Irrigação; Otimização; Risco; Receita Líquida; Feijão
Em decorrência da atual pressão econômica sobre os agricultores, da crescente competição
pelo uso da água e dos impactos ambientais, deverá ocorrer uma mudança de paradigma
no manejo da irrigação, enfocando-se mais a eficiência econômica do que a exigência
de água pela cultura. Desta forma, considerando a importância sócio-econômica que o
feijão tem no Brasil, associado ao fato de tratar-se de uma cultura de elevado padrão de
risco, devido à grande sensibilidade tanto ao déficit hídrico quanto ao excesso de água, a
realização de trabalhos utilizando-se técnicas de otimização no manejo da irrigação de feijão
torna-se cada vez mais interessante. O presente estudo procurou identificar uma forma de
determinar a quantidade ótima de água aplicada, considerando diferentes combinações
entre receita líquida esperada para produção de feijão e nível de risco, obtendo como
resultado um gráfico da receita líquida esperada, associada a um certo grau de risco, em
função de diferentes lâminas de água.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 037 - POTENCIAL DAS PRINCIPAIS REGIÕES BRASILEIRAS PARA
ABASTECIMENTO DE SANGUE DE BOVINOS E SUÍNOS – MELHORIA DA
RENTABILIDADE E OPORTUNIDADE DE INVESTIMENTO.
THIAGO BERNARDINO DE CARVALHO; SHIRLEY MARTINS MENEZES; SERGIO DE
ZEN; LUIZ RODRIGO TEIXEIRA LOT;
CEPEA/ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: sangue; bovinos; suínos; abate; frigoríficos
O Brasil é reconhecidamente um dos maiores fornecedores mundiais de carnes, responsável
por parte do abastecimento de diversos países. Nesse início de 2006 o MAPA relaciona 270
matadouros de bovinos e 123 de suínos distribuídos em todo o território nacional como SIF.
De acordo com os dados do IBGE, os abates de bovinos totalizam cerca de 20, 7 milhões
de cabeças em 2005 e os de suínos, 21, 8 cabeças, volumes que vêm aumentando ano
após ano. O aproveitamento do sangue, assim como de outros subprodutos do abate nem
sempre representa alguma forma de lucratividade para a indústria abatedora, embora o
conjunto dos subprodutos garanta parte da rentabilidade do setor. O presente estudo aponta
o direcionamento atual do sangue resultante dos abates de bovinos e suínos no Brasil. Por
meio da quantificação do volume de abate e conseqüentemente, de sangue produzido,
tem-se o conhecimento do potencial fornecedor desse subproduto, que de modo geral é
visto pelos frigoríficos como um resíduo problemático de seu processo de transformação.
Além disso, por intermédio de um mapeamento dessas unidades nas principais praças de
abate, é possível detectar regiões com forte representatividade para produção de sangue
e também por isso, consideradas promissoras ao fornecimento desse produto. Constatado,
portanto, como forma de melhorar a lucratividade das unidades de processamento ou
mesmo como maneira de solucionar o problema do resíduo, o aproveitamento do sangue
pode e deve ser tratado estrategicamente por frigoríficos de bovinos e suínos, contribuindo
para amenizar alguns dos principais riscos associados à atividade, dentre eles o ambiental.
Em última análise, tem-se ainda a transparência do potencial a ser explorado pela indústria
que usa o sangue como matéria-prima, o que além de representar uma oportunidade de
investimento, poderia contribuir para amenizar problemas de ordem social.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 64
Página 65
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 038 - IDENTIFICANDO ESTRATÉGIAS DE MARKETING NAS REDES DE
SUPERMERCADOS PARA FRUTAS E HORTALIÇAS NO BRASIL.
JOÃO PAULO DE MEDEIROS NETO; KÁTIA REJANE DE LUNA MOTA;
UFRPE-PADR, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: marketing; estratégias; frutas e hortaliças; supermercados; qualidade
SSD 040 - EXTENSÃO RURAL: POLISSEMIA E RESISTÊNCIA.
ANGELO BRÁS FERNANDES CALLOU;
UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Extensão Rural; Extensão Pesqueira; Comunicação Rural;
Desenvolvimento local; Ciências Agrárias
A partir da década de 1970 os programas governamentais de abastecimento dos centros
urbanos no setor hortifrutícola passaram a ser feitos principalmente pelas centrais de
abastecimento - CEASAS. Hoje essas atividades têm se deslocado em grande parte
para as grandes redes de supermercados e incorporado novos padrões de qualidade no
fornecimento, embalagem, marca, certificação, preço e serviços que caracterizam as ações
estratégicas de marketing do varejo. Consumidores mais exigentes e conscientizados
provocaram o aparecimento de novos processos agregados ao produto final, tais como
frutas processadas, embalagens longa vida, alimentos seguros, alimentos semiprocessados,
demandando novas estratégias mercadológicas das redes de distribuição. Esse
artigo objetiva realizar uma análise dessas práticas de marketing para distribuição e
comercialização dos hortifrutícolas nas redes de supermercados, face novas exigências
dos consumidores, identificando a motivação destas empresas em adequar suas operações
conforme as expectativas dos clientes.
A diversidade de significações atribuídas à Extensão Rural no Brasil possibilitou uma
renovação teórica permanente dessa disciplina. E ao renovar-se, resistiu no tempo. No
presente trabalho, pontuam-se esses significados sem perder de vista os principais cenários
históricos onde eles foram erigidos. Pretende-se, com isso, inferir que o problema do
desenvolvimento dos contextos populares rurais através do extensionismo rural, ontem e
hoje, não está no caráter polissêmico da Extensão Rural. Mas, sobretudo, nas incipientes
interações com suas “zonas vizinhas” de conhecimento, de um lado, e, de outro, na
posição política que assumem as organizações e técnicos no contato com o meio rural e
pesqueiro.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 039 - OPERAÇÕES EM REDES DE SUPRIMENTO GLOBAIS E ALTACONFIABILIDADE.
JEOVAN DE CARVALHO FIGUEIREDO; DARIO DE OLIVEIRA LIMA FILHO; JOÃO MÁRIO
CSILLAG;
EAESP/FGV, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Estratégia de operações; supply chain management; vulnerabilidades;
mudança organizacional; carne bovina
O objetivo deste trabalho é analisar as vulnerabilidades das redes de suprimento da
carne bovina no Brasil, suas conseqüências imediatas, e as possíveis estratégias de
redesenho da rede. As redes que conformam a cadeia de produção agroexportadora da
carne bovina mostram alta performance, sendo responsáveis por tornar o Brasil o maior
exportador do produto no mercado global. Os resultados deste estudo de caso indicam que
a vulnerabilidade de apenas um nó da rede pode ser responsável pelo comprometimento da
performance de toda a rede. Isto é reforçado pela configuração da rede estudada: uma rede
rotinizada, com baixo grau de influência da empresa focal. A partir da noção de organização
de alta-confiabilidade, um quadro de referência é desenvolvido e discutido, buscando assim
ajudar os tomadores de decisão na formulação de estratégias de redesenho da rede.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 041 - CARACTERÍSTICAS DAS POTENCIAIS CULTURAS MATÉRIAS-PRIMAS
DO BIODIESEL E SUA ADOÇÃO PELA AGRICULTURA FAMILIAR.
THAISY SLUSZZ; JOÃO A. DESSIMON MACHADO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS, PORTO ALEGRE, RS,
BRASIL;
Palavras-chave: biodiesel; agricultura familiar; energia alternativa; desenvolvimento rural;
oleaginosas
Além das vantagens econômicas e dos benefícios ambientais, a produção de biodiesel
em larga escala será importante instrumento de geração de renda no meio rural, com
impacto significativo sobre a agricultura familiar. Uma das maiores motivações para a
produção desse combustível alternativo foi dado pelo governo federal por meio do “Selo
Combustível Social”, que prevê que indústrias produtoras comprem matérias-primas do
biodiesel oriundas da agricultura familiar. Várias são as culturas viáveis para a pequena
propriedade, assim sendo, neste artigo faz-se uma análise das potencialidades de cada
cultura matéria-prima de biodiesel, para serem produzidas pela agricultura familiar em
pequenas e médias propriedades, nas diferentes regiões brasileiras. No estudo foi utilizada
a pesquisa exploratória que visou proporcionar mais familiaridade com a questão biodiesel
x agricultura familiar e envolveu levantamento bibliográfico e entrevistas a especialistas.
Várias são as alternativas de cultivos com potencial agronômico positivo que podem
promover a inclusão da agricultura familiar na cadeia produtiva do biodiesel, levando em
consideração as especificidades de cada região brasileira, sendo as oleaginosas de maior
destaque: dendê, coco, babaçu, girassol, canola, mamona, pinhão manso e gergelim.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 66
Página 67
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 042 - A PLURIATIVIDADE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A QUALIDADE DE
VIDA DOS AGRICULTORES FAMILIARES: APROXIMAÇÕES PARA O CASO DO RIO
GRANDE DO SUL.
MARCELO ANTONIO CONTERATO; LEONARDO RENNER KOPPE; CAROLINA BRAZ
DE CASTILHO E SILVA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS,
BRASIL;
Palavras-chave: condição de atividade; agricultura familiar; qualidade de vida; pluriatividade;
Rio Grande do Sul
O objetivo deste trabalho consiste em refletir sobre as potencialidades da pluriatividade
e suas implicações para a qualidade de vida dos agricultores familiares. Inserido nas
discussões sobre a ruralidade, o trabalho focaliza o caso brasileiro e utiliza-se de dados,
ainda inéditos, de uma pesquisa recente sobre as famílias pluriativas no estado do Rio
Grande do Sul. Busca-se indicar em que medida a combinação das atividades agrícolas
e não-agrícolas por parte das famílias rurais poderia ajudar na solução de problemas
corriqueiros que afetam as populações rurais tais como a instabilidade e sazonalidade
das rendas, a geração de emprego no meio rural, a redução dos fluxos migratórios,
entre outras dimensões da vida dos agricultores familiares através de sua condição de
atividade, ou seja, famílias pluriativas ou monoativas. São duas as hipóteses que guiam o
trabalho. A primeira hipótese é de que as famílias de agricultores se diferenciam, além da
condição de atividade, também quanto à outras importantes dimensões como tamanho da
propriedade, número de membros na família, entre outras. A segunda hipótese é de que as
famílias pluriativas têm melhores indicadores de qualidade de vida, pois têm rendimentos
mais elevados e diversificados em relação às famílias monoativas. Conclui-se, através
dos dados apresentados, que existe uma certa homogeneidade quanto à qualidade de
vida, seja subjetiva ou objetiva, que deve-se ao fato de que os rendimentos das atividades
não-agrícolas são utilizados principalmente para o sustento/subsistência da família e
investimentos dentro da propriedade. Isso significa que a renda não-agrícola, mesmo que
não se materializando em bens ou nos itens selecionados como indicadores de qualidade
de vida, são destinadas para o uso familiar em duplo sentido: garantir as condições mínimas
de reprodução social e fortalecer a atividade agrícola.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 043 - O PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA
FAMILIAR (PRONAF): UM ENFOQUE NA PERSPECTIVA DEMOCRÁTICA DE ALAIN
TOURAINE.
MAÍSA GOMIDE TEIXEIRA; AGNALDO KEITI HIGUCHI; ELIZA EMÍLIA BERNARDO
ROCHA; FRANCISCO GIOVANNI DAVID VIEIRA;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Agricultura familiar; PRONAF; democracia; Associativismo; Touraine
O pequeno produtor inserido num contexto de concentração fundiária e de renda, em virtude
da utilização crescente de tecnologia ou de insumos modernos na atividade agrícola e de
sua exclusão dos processos de agregação de valor, realizados nas agroindústrias, situase em uma situação desfavorável. Foram diversas as políticas que visaram conter esta
condição que se colocava na agricultura para este estrato produtivo e social. O presente
estudo procura analisar o impacto de uma política dirigida para os agricultores familiares,
o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), a partir da
perspectiva democrática de Alain Touraine, cujo conceito de democracia se baseia não
em uma noção procedural da participação, mas sim na ênfase de que os atores sociais
sejam capazes de dar sentido à sua ação, sendo esta participação o pressuposto de sua
autonomia política. O estudo realizou-se nas propriedades familiares produtoras de uva
fina de mesa da cidade de Marialva-PR. Através de entrevistas dirigidas a dois técnicos
da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), e junto a uma amostra
de agricultores familiares da Comunidade do Iti, coletou-se dados que, após analisados,
levam a inferir que o PRONAF, fomentando o associativismo, contribuiu para atenuar
as condições desfavoráveis que se apresentavam. Isto se deu quando da aquisição da
consciência de sujeito, em que os agricultores familiares passam a participar na formulação
de reivindicações que alteram as condições a seu favor. No caso analisado, isso pode ser
percebido quando da concessão da anistia da dívida para com a agência financiadora o
que proporcionou a continuidade das atividades de seus negócios e, quando da obtenção
da fiscalização, por parte do órgão municipal, da qualidade do produto comercializado,
garantindo assim um fortalecimento de sua posição na cadeia produtiva.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 68
Página 69
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 044 - EVOLUÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO DO MUNICÍPIO DE QUEVEDOS-RS.
EVELINE FAVERO; LUCIANE DE MOURA; PEDRO SELVINO NEUMANN;
DEAER-UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Espaço Agrário; Sistemas de Produção; Zoneamento Agroecológico;
Tipologia de Produtores; Desenvolvimento Rural
O artigo propõe-se a discutir a evolução do espaço agrário do município de QuevedosRS, sua herança histórica, características agroecológicas e socioeconômicas, bem como
a diferenciação entre os tipos de produtores nele presentes, descrevendo-se, por fim, um
sistema de produção típico do espaço agrário. A Análise Diagnóstica de Sistemas Agrários
(DSA) considera a complexidade do meio rural por meio de variáveis geográficas, ecológicas
e históricas e seus reflexos na composição tipológica dos diferentes agentes sociais
da produção. Caracteriza-se por utilizar o enfoque sistêmico em cada nível de análise,
baseando-se em passos progressivos que partem do geral para o particular, a fim de manter
sempre uma visão global do objeto de estudo. Por meio do zoneamento agroecológico da
região foram identificadas três zonas distintas: a zona alta (ao Norte), localizada na região
do Planalto, a zona baixa (ao Sul) no Rebordo da Serra e uma zona intermediária. Na
parte Norte a criação de gado associada ao cultivo de soja é predominante. Na parte Sul,
observa-se o cultivo de feijão, milho, soja e fumo somados a pecuária de corte familiar. A
tendência evolutiva da região é distinta para cada uma de suas microrregiões.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 045 - TRANSFERÊNCIA E APROPRIAÇÃO DE TECNOLOGIAS ATRAVÉS DA
UNIDADE DE TESTE E DEMONSTRAÇÃO – UTD, NO CULTIVO DO ALGODÃO PARA A
AGRICULTURA FAMILIAR NO SUDOESTE DE GOIÁS, COM ENFOQUE NO MUNICÍPIO
DE RIO VERDE, SAFRA 2004/2005.
CINÁRA LOPES DE MORAES; DIVINA LUNAS LIMA; JUNE FARIA SCHERRER NEVES;
PAULO CÉSAR DIAS DO NASCIMENTO; RICARDO FRANCISCHINI;
UNIVERSIDADE DE RIO VERDE - FESURV, RIO VERDE, GO, BRASIL;
Palavras-chave: Algodão; agricultura familiar; viabilidade técnica; viabilidade econômica;
UTD
O projeto de implantação da cultura do algodão no município de Rio Verde foi desenvolvido
através do financiamento do Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão – FIALGO e em
parceria com a Embrapa Algodão – Paraíba e Fesurv. O projeto utilizou-se da metodologia
da Unidade Teste e Demonstração – UTD para demonstrar aos produtores rurais os
manejos e a condução da cultura. A UTD implantada foi de 4, 84 hectares. O custo total da
produção ficou em R$ 4. 040, 95 (quatro mil e quarenta reais e noventa e cinco centavos).
O principal item na composição do custo foi a mão-de-obra com operações manuais, que
totalizaram 45, 28% do custo. Este resultado indica que, com este tipo de utilização de
mão-de-obra, a cultura não tem viabilidade econômica para o produtor familiar. Por isso,
para que haja a implantação da cotonicultura em regime de agricultura familiar no Sudoeste
de Goiás, de forma sustentável, é necessário políticas de incentivos e financiamento para
o desenvolvimento da cultura, através de um modelo de associação entre os produtores
familiares.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 70
Página 71
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 046 - ANÁLISE DOS ASPECTOS SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MAMONA COM
VISTAS A PRODUÇÃO DO BIODIESEL: UM ESTUDO DE CASO.
JOSE WELLINGTON SOUSA; PAMELA CAROLINE MAIA; MARIA IRLES DE OLIVEIRA
MAYORGA;
UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: mamona; biodiesel; meio ambiente; agricultura familiar; ceará
A mamoneira é uma cultura industrial explorada em função do óleo contido em suas
sementes. No Brasil, a região nordeste se destaca como potencial produtora de biodiesel
de mamona, podendo utilizar-se desta alternativa para incluir no processo pequenos
agricultores desprovidos de alternativas rentáveis. O objetivo deste trabalho foi analisar
os aspectos sociais e produtivos da Mamona com vistas a Produção do Biodiesel nos
municípios de Crateús e Novo Oriente no Estado do Ceará. Os municípios foram escolhidos
para o estudo devido os mesmos serem indicados, segundo o zoneamento feito pela
EMBRAPA. Foram utilizados dados primários e secundários. Nos municípios estudados
prevalecem os produtores donos de suas terras, assentados e rendeiros. Os produtores
na sua maioria não utilizam o fogo, mobilizam o solo, não adubam, realizam capinas, não
fazem pós-colheita e recebem assistência técnica. Grande parte dos mesmos é associado,
recebem incentivo à produção, mas não melhoraram sua renda. Dos filhos de produtores
com idade escolar quase 100% freqüenta a escola. As produtividades obtidas pelos
produtores ficou bem abaixo da esperada, principalmente em Crateús.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 047 - ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO PROJETO GARANTIA-SAFRA NA
PRODUÇÃO DE GRÃOS: O CASO DO CEARÁ.
VERÔNICA SOUSA FERREIRA; JULIANA VIANA JALES; LYDIA MARIA FERNANDES
PESSOA; MARIA IRLES DE OLIVEIRA MAYORGA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Agricultura familiar; Garantia-Safra; produção de grãos; política pública;
agricultura de sequeiro
Entre os agricultores brasileiros, os familiares são os que mais geram empregos e fortalecem
o desenvolvimento local, pois distribuem melhor a renda, são responsáveis por uma parte
significativa da produção nacional, respeitam mais o meio ambiente e, principalmente,
potencializam a economia nos municípios onde vivem. Mais da metade do território
nordestino está localizado na região semi-árida, onde o Estado do Ceará representa 9,
6% do espaço geográfico desta região. O semi-árido cearense ocupa quase sua área total
sendo, portanto, vulnerável aos efeitos da seca. Em 2003, o governo do Estado, na tentativa
de garantir a sobrevivência dos agricultores familiares em períodos de seca, lança o Projeto
Garantia-Safra. Este artigo tem como objetivo analisar o projeto e sua importância em
minimizar os efeitos da seca para produtores de grãos. A verificação do objetivo foi feita de
modo descritivo e tabular através da análise de dados secundários obtidos da SEAGRI-CE
e da FUNCEME. Apesar do curto período de lançamento do projeto, este vem a ser uma
importante política pública, pois permite aos agricultores uma garantia de renda. Porém,
deve ser feito uma análise de sua eficiência, eficácia e efetividade, a fim de atender a todos
os agricultores sujeitos aos problemas ocasionados pela seca.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 048 - TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS RECENTES NO ESPAÇO RURAL DO OESTE
DE SANTA CATARINA: MIGRAÇÃO, SUCESSÃO E CELIBATO.
MÁRCIO ANTONIO MELLO;
EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA E EXTENSÃO RURAL DE SANTA CATARINA,
CHAPECÓ, SC, BRASIL;
Palavras-chave: Agricultira Familiar; Desenvolvimento Rural; Migração; Sucessão;
Celibato
O Oeste de Santa Catarina caracteriza-se pela forte presença da agricultura familiar e o
papel central que ela historicamente tem desempenhado no desenvolvimento da região.
Entretanto, diversas pesquisas têm apontado que o modelo de desenvolvimento, baseado
na inserção ao mercado através da articulação agroindustrial e a produção de commodities
tem levado a uma situação de crise socioeconômica e ambiental que provoca profundas
transformações e precarizações nas relações sociais e econômicas. Este trabalho utiliza
os resultados de duas pesquisas realizadas no Oeste de Santa Catarina e uma terceira
que ainda está em fase de execução. O objetivo é analisar as transformações no processo
sucessório; o surgimento do fenômeno do celibato masculino no meio rural que é provocado
devido a forte migração feminina, bem como, a influência da escola e a “violência simbólica”
que ela representa na transformação da identidade da agricultura familiar.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 72
Página 73
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 049 - O CRÉDITO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO
DA AGRICULTURA FAMILIAR (PRONAF) E A EFICIÊNCIA TÉCNICA AGRÍCOLA
BRASILEIRA: UMA ANÁLISE PARA O PERÍODO DE 1996 A 2003.
AURÉLIO JOSÉ MARTINS; JÚNIA RODRIGUES DE ALENCAR; ELVINO DE CARVALHO
MENDONÇA;
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - UCB, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Pronaf; crédito rural; fronteira de produção estocástica; inclusão social;
política econômica e social
A agricultura familiar vem se tornando nos últimos anos um importante instrumento de
política econômica e social, fazendo com que o governo brasileiro crie em 1995 o Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que visa oferecer crédito e apoio
técnico a esse público. A agricultura familiar é uma forma de produção agrícola em que o
trabalho e o capital são gerenciados pelo agricultor e sua família. O presente trabalho teve
como objetivo estimar o impacto do crédito do Pronaf sobre a produção agrícola brasileira,
ou seja, observar se o credito é ou não eficiente. O período de estudo é de 1996 a 2003.
A metodologia adotada foi a da fronteira de produção estocástica que permite verificar em
que medida os agricultores estão distantes de sua fronteira de eficiência e como o crédito
do Pronaf que modela a equação de ineficiência pode explicar essa distância. Também
foram realizadas comparações estatísticas com objetivo de verificar como é distribuído
o crédito do Pronaf nas regiões ao longo do período em estudo e se o mesmo constitui
instrumento de inclusão econômica e social. Os resultados obtidos mostraram que o crédito
do Pronaf apresenta-se eficiente tecnicamente, de acordo com o método utilizado, pois
os impactos negativos são provocados por variáveis aleatórias, ou seja, outras variáveis
que não estão expressas no modelo, tais como: fatores climáticos, controle de pragas,
interrupção no suprimento de insumos e incapacidade gerencial, e não por efeitos de
ineficiência técnica, outra questão é que, mesmo mantendo-se fixas as demais variáveis
do modelo, o crédito continua contribuindo para o crescimento do produto da agricultura
e, portanto, constitui-se como importante ferramenta de inclusão social, gerando renda e
emprego no campo, embora seja mal distribuído entre as regiões do país, privilegiando as
regiões mais desenvolvidas e beneficiando aos de maior faixa de renda.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 050 - CAPITAL SOCIAL E DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL: UMA
ABORDAGEM SISTÊMICA DA VERTICALIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR.
LEONARDO FRANCISCO FIGUEIREDO NETO; FABIO DA SILVA RODRIGUES FABIO;
ELCIO GUSTAVO BENINI; JAIR JUNIOR SANCHES SABES;
UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL;
Palavras-chave: Agricultura Familiar; Desenvolvimento sustentável; Capital Social;
Verticalização; Políticas Públicas
O artigo tem como objetivo discutir sobre a verticalização da agricultura familiar, pois a
partir dela cria-se uma rede entre os agentes da sociedade, uma nova prática social, que
vai além da melhoria da renda do produtor. Busca-se realizar essa reflexão para que se
possam apresentar alternativas que tenham maior poder de contraposição a modelos
excludentes, pois frente às turbulências da globalização (alta tecnologia, redução de
emprego e desigualdade social) a valorização da agricultura familiar ameniza a questão
social que assola o País. Diante disto, discorrer acerca da possibilidade da verticalização
da agricultura familiar, tornam-se relevantes os conceitos de capital social e abordagem
sistêmica, como elementos-chave para essa reflexão. Dessa forma, foi realizada uma
revisão teórica sobre capital social, desenvolvimento rural sustentável, abordagem sistêmica
e, por fim, apresenta-se a discussão sobre a verticalização da agricultura familiar.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 74
Página 75
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 051 - NOVOS SUJEITOS POLÍTICOS: AUTO-ORGANIZAÇÃO DAS
TRABALHADORAS RURAIS.
ALDENOR GOMES DA SILVA; LAETICIA MEDEIROS JALIL; THALITA COSTA DA
SILVA;
UFRN, NATAL, RN, BRASIL;
Palavras-chave: FEMINISMO; TRABALHADORAS RURAIS; AUTO-ORGANIZAÇÃO;
AGRICULTURA FAMILIAR; DESIGULADADE
SSD 052 - ÁGUA E AGROTÓXICOS? ISSO NÃO SE MISTURA. ESTUDO SOBRE
A MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO DA LAGOA, SÃO JOSÉ DO RIO
PRETO, SP.
GILMAR LAFORGA;
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT, TANGARÁ DA SERRA,
MT, BRASIL;
Palavras-chave: microbacia hidrográfica; agrotóxicos; agricultura familiar
Numa visão do feminismo, observar e problematizar as condições materiais da existência
de mulheres e homens é fundamental para compreender de que forma as mulheres
se colocam na sociedade e como as desigualdades se materializam, sem ignorar as
especificidades de cada grupo que, neste caso, guardam como mulheres trabalhadoras
rurais. Ao trazer esta discussão para as questões das mulheres, o movimento feminista
se propõe a questionar a base material em que esta desigualdade se cristaliza, pois seria
impossível realizar alguma transformação social substantiva e radical sem acabar com as
bases de sustentação da sociedade capitalista, entre elas as desigualdades nas relações de
gênero. Numa pesquisa qualitativa e comparativa, acompanhou-se dois grupos de mulheres
que eram orientados pela AACC (Associação de Apoio as Comunidades do Campo) na
região do Mato Grande, Município de São Miguel do Gostoso- RN. São eles: “Mulheres
Decidas a Vencer” da Agrovila Paraíso; “Grupo de Mulheres Maria” da Agrovila Arizona.
Num período de cinco meses, com visitas regulares aos grupos realizaram-se uma série de
atividades, tais como: aplicação de questionários, oficinas, seminários, encontros e troca
de experiências, tomando como referencial os princípios propostos pela Marcha Mundial
das Mulheres, que visa fortalecer os movimentos sociais e possibilitar a auto-organização
das mulheres como “sujeito político”. Ao final do período de convivência com os grupos
de mulheres explicitaram-se algumas respostas para questões que se levantaram na
caminhada de organização daquelas mulheres. Uma delas refere-se à não eficiência dos
projetos produtivos no que diz respeito à geração de renda, levando a mudança de suas
realidades econômicas.
A bacia hidrográfica do Turvo Grande está localizada na região norte-noroeste do Estado de
São Paulo e apresenta uma área de drenagem de 15. 975 km2 onde os principais cursos
de água são os rios São Domingos, da Onça, Turvo, Preto, Grande e da Cachoeirinha.
Abrange a área de 64 municípios e uma população em torno de 1, 2 milhão de pessoas,
possui uma intensa atividade agropecuária e uma expressiva atividade industrial. No Estado
de São Paulo, juntamente com as bacias hidrográficas do Rio Piracicaba e Alto Tietê são
consideradas críticas por possuírem uma disponibilidade menor de 1500 m3/habitante/
ano. A do Turvo Grande possui uma disponibilidade em torno de 960m3/habitante/ano,
e tem sua situação agravada pelo despejo de esgoto urbano (em média menos de 18%
recebe tratamento adequado), rejeitos industriais e pelo impacto da atividade agropecuária
tais como a erosão e a contaminação por agrotóxicos. Esse trabalho desenvolveu-se na
microbacia hidrográfica do Córrego da Lagoa, um dos principais mananciais que abastecem
a cidade de São José do Rio Preto. Juntamente ao Córrego dos Macacos e ao Rio Preto
abastecem em torno de 40% das necessidades de uma população estimada em 372 mil
habitantes. A microbacia do Córrego da Lagoa possui uma área de 2. 340 ha onde existem
aproximadamente 56 propriedades, em sua maioria pequenas e que estão organizados
em torno de uma associação de produtores. Objetivou-se nessa investigação, identificar o
impacto da atividade agropecuária sobre a qualidade da água, em especial, a questão da
contaminação por agrotóxicos na microbacia do Córrego da Lagoa e oferecer, a partir desses
resultados, subsídio à execução do programa estadual de manejo de bacias hidrográficas.
A metodologia desse trabalho está baseada no levantamento de dados secundários na
literatura disponível, nos dados disponíveis no Comitê da Bacia Hidrográfica Turvo Grande
(CBH-TG) e nas agências de assistência técnica oficial. A coleta de dados primários foi
realizada através da aplicação de um extenso questionário a todos os produtores e da
georeferenciação das áreas de produção em relação ao curso de água. A conclusão desse
trabalho aponta para uma situação preocupante quanto ao uso e manejo dos agrotóxicos
que podem afetar a água captada e servida a população urbana e afetar a qualidade de
vida da população local.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 76
Página 77
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 053 - CERTIFICAÇÃO DA CASTANHA-DO-BRASIL NA REGIÃO DO ALTO ACRE:
UMA EXPERIÊNCIA DE SUSTENTABILIDADE.
CARLOS ALBERTO FRANCO COSTA; LUCAS ARAUJO CARVALHO; RONALD POLANCO
RIBEIRO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE, RIO BRANCO, AC, BRASIL;
Palavras-chave: Certificação; Amazônia; Catanha do Brasil
SSD 055 - CONDIÇÕES DO TEMPO E PRODUTIVIDADE TOTAL DE FATORES NA
AGRICULTURA PAULISTA, 1962-2002.
JOSÉ ROBERTO VICENTE; RENATA MARTINS;
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRíCOLA, SãO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: produtividade agrícola; quebras de safras; adversidades climáticas;
deficiência hídrica; geada
O trabalho faz uma exposição de uma experiência de certificação orgânica e fair trade em
três associações de seringueiros na Região do Alto Acre, no Estado do Acre, mostrando
que o processo de certificação contribuiu para a melhoria da renda dos produtores e
a conservação de 20 mil hectares de floresta na região da Reserva Extrativista Chico
Mendes.
O objetivo desse trabalho foi o de mensurar os efeitos das condições do tempo sobre
a produtividade agrícola no estado de São Paulo, para o período de 1962 a 2002. Para
tanto, a produtividade total de fatores foi relacionada à ocorrência de deficiência hídrica
e geada. Outros fatores foram representados por tendências especificadas de maneira a
permitir alterações de nível e de inclinação nas diferentes décadas analisadas. Diagrama
de previsão-realização, coeficientes de desigualdade de Theil e testes do tipo Dickey-Fuller
Aumentado foram utilizados para verificara a acurácia e a adequação dos modelos ajustados.
Os resultados mostraram que os níveis de deficiência hídrica a que estiveram submetidas
as lavouras do estado de São Paulo, apresentaram tendência de crescimento entre 1962
e 2002. Deficiências hídricas e geadas apareceram sempre com coeficientes negativos
e significativos nos modelos explicativos da produtividade agrícola. As elasticidades dos
índices de produtividade em relação às deficiências hídricas, variaram entre -0, 016 e -0,
070, nas décadas analisadas. Esse resultado indica perdas de produtividade entre 3, 2% e
14, 2%, com os níveis máximos de deficiência hídricas observados em cada década. Nas
simulações das perdas de safras devidas às deficiências hídricas, as médias ficaram entre
1, 9 e 4, 5 pontos percentuais do índice de produtividade. As perdas máximas situaram-se
entre 9, 8 e 14, 8 pontos percentuais no índice de produtividade, todos no período de 1991
a 2002. Em valores de 2004, as perdas de safras relacionadas às deficiências hídricas
ficaram, em média, entre R$ 142 milhões e 333 milhões; no período de 1991 a 2002, as
perdas médias mais do que dobraram em relação ao período de 1970 a 1980. Com relação
às geadas, os cálculos apontaram perdas entre R$ 341 milhões e R$ 1. 020 milhões em
cada uma das oito ocorrências desse fenômeno entre 1970 e 2002.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 054 - BIODIESEL: UMA PROPOSTA ECONÔMICA, SOCIAL E AMBIENTALMENTE
CORRETA.
JOSÉ CLAUDIO FREITAS CRUZ; SILVÉRIO EGON ARNS;
UEM, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Biodiesel; Bio-combustíveis; energia renovavel
O crescente aumento no consumo de combustíveis fósseis, aliado aos choques do
petróleo e guerras nos maiores países produtores têm aumentado as incertezas quanto
ao suprimento futuro de petróleo. Assim, a utilização de óleos vegetais em adição ao
diesel vêm sendo pesquisado como alternativa “limpa” à oferta mundial. Alem disso, a
existência no Brasil de fronteiras agrícolas a serem desbravadas possibilita um aumento
da produção de óleos vegetais e a possibilidade de obter um aumento de produtividade,
permitindo assim, aumentar a produção de energia sem reduzir a produção de alimentos.
Biodiesel é um combustível obtido a partir de óleos vegetais como o de girassol, nabo
forrageiro, algodão, mamona, soja e canola, é uma energia renovável e, portanto, uma
alternativa aos combustíveis tradicionais não renováveis. Reduz determinadas emissões
poluentes e emissões de dióxido de carbono e promove o desenvolvimento da agricultura
nas zonas rurais mais desfavorecidas, criando empregos e evitando a desertificação.
Este combustível apresenta inúmeras vantagens em relação ao diesel comum. Reduz a
dependência energética do País e a saída de divisas pela poupança feita na importação
do petróleo bruto. O biodiesel pode ser utilizado em motores diesel, puro ou misturado
com diesel fóssil numa proporção que vai de 1 a 99%.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 78
Página 79
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 056 - PESCA E AQÜICULTURA COMO TECONOLOGIA DE BACKSTOP.
JACQUES RIBEMBOIM;
UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: pesca sustentável; aqüicultura; carcinicultura; backstop technology; meio
ambiente
A intensificação da pesca extrativa fez com que muitos dos estoques pesqueiros locais
e internacionais fossem reduzidos a patamares não sustentáveis ou simplesmente
desaparecessem. Por outro lado, o consumo de pescados e frutos do mar em geral
tem aumentado com o aumento da renda per capita em praticamente todos os países.
Estes fenômenos resultaram em uma alta do preço destes alimentos, propiciando o
desenvolvimento de tecnologias de domesticação de espécies e reprodução em cativeiro,
tornando atrativa a produção por meio de aqüicultura, limitando o preço e tornando-o
relativamente mais estável. Neste sentido, a produção de peixes em cativeiro configura-se
como um tipo de “tecnologia de backstop”, que acontece quando se consegue substituir um
recurso natural por um produto fabricável a custos constantes e oferta ilimitada, substituto
próximo do recurso natural. Para as economias de alguns países emergentes e, no caso
específico do Brasil, a produção a custos constantes e preços competitivos no mercado
mundial pode se constituir em alternativa das mais interessantes para o país como um
todo e para o Nordeste, em especial, dadas as suas vantagens naturais de que dispõe.
Além de apresentar a aqüicultura sob este enfoque, este artigo mostra as possibilidades
da carcinicultura em estados como Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 057 - AGRICULTURA ALTERNATIVA E SUSTENTABILIDADE: O CASO DO
ASSENTAMENTO NOVAS VIDAS EM OCARA, CEARÁ.
LUIZ ARTUR CLEMENTE SILVA; CRISTIANE MOREIRA DA SILVA; JOSÉ DE SOUZA
NETO; ROGÉRIO CÉSAR PEREIRA DE ARAÚJO;
UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: modernização da agricultura; agricultura familiar; sutentabilidade; análise
econômica; viabilidade financeira
O presente estudo procurou analisar as implicações da agricultura alternativa no
assentamento Novas Vidas - Ocara – CE, considerando os aspectos sociais, ambientais
e econômicos, visto que tal área representa um local de diferenciação, pois foi um
dos primeiros assentamentos de reforma agrária do Ceará a converterem a produção
convencional em alternativa, através da agricultura orgânica. O método utilizado na pesquisa
levou em conta variáveis sociais, ambientais e econômicas, através de um processo de
investigação, onde foram aplicados e posteriormente tabulados 17 questionários dentre as
20 famílias assentadas. Segundo os dados obtidos, os assentados utilizam 34, 5ha com
agricultura de subsistência e 4, 2ha com hortas, ambas produzidas de forma orgânica.
Porém, mesmo possuindo terra e água para irrigação a área explorada é pequena, visto
que, o assentamento possui uma área total de 693, 67ha. Os resultados indicam que,
dentre os aspectos sociais, observa-se que os problemas de saúde não são constatados
com grandes freqüências e que há a valorização da educação, o que demonstra avanços
na melhoria da qualidade de vida. De acordo com as variáveis ambientais, constata-se que
o abandono de práticas que degradam o meio ambiente é presente no local. Já no que
diz respeito aos aspectos econômicos, a análise aponta a necessidade de se encontrar
mecanismos de uma maior geração de renda e resoluções para a questão econômica,
visto que, torna-se um ponto negativo a ser solucionado. A agricultura do assentamento
representa um modelo de desenvolvimento mais equilibrado, pelo menos no que diz respeito
à questão ambiental, porém é necessário que se crie iniciativas para torná-la mais eficaz
na geração de renda. Resolvidos tais problemas, o modelo poderia representar uma saída
para o problema da insustentabilidade da produção agrícola, mediante a aplicação de uma
agricultura alternativa que vislumbre a sustentabilidade da vida no campo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 80
Página 81
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 058 - O DESAFIO DA “REDE ARROZEIRAS DO SUL” DIANTE DA PERSPECTIVA
DE UMA GESTÃO SUSTENTÁVEL.
VANIA DE FÁTIMA BARROS ESTIVALETE; LÚCIA REJANE ROSA GAMA MADRUGA;
EUGÊNIO ÁVILA PEDROZO; TANIA NUNES DA SILVA;
CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM AGRONEGÓCIOS-CEPAN/UFRGS, PORTO
ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Sustentabilidade; Redes; Indústrias Orizícolas; Gestão; Desenvolvimento
Sustentável
O presente artigo se propõe a elucidar as ações estratégicas empreendidas pelas indústrias
orizícolas, participantes da Rede Arrozeiras do Sul, tendo em vista a perspectiva da
sustentabilidade e identificar os desafios a serem enfrentados por essas indústrias para
que as mesmas possam se inserir no contexto da gestão sustentável. Visando alcançar os
objetivos propostos realizou-se um estudo de caráter exploratório, utilizando-se o método
de “estudos de casos múltiplos”, pois a pesquisa foi realizada junto às organizações
participantes da Rede Arrozeiras do Sul que foi formada com o apoio do Programa Redes
de Cooperação do Estado do Rio Grande do Sul. No total foram entrevistadas nove
pessoas, ou seja, oito gestores das organizações participantes da rede e mais o consultor
do Programa Redes de Cooperação responsável em acompanhar o desenvolvimento e a
evolução da rede ao longo do tempo. A coleta dos dados foi realizada através de fontes
documentais, entrevistas individuais em profundidade e questionários, e a análise é de
cunho qualitativo tendo como base o referencial teórico utilizado no estudo. Os resultados
encontrados permitem inferir que as ações desenvolvidas pelas indústrias pertencentes à
Rede Arrozeiras do Sul encontram-se num estágio intermediário entre a lógica econômicofinanceira e a lógica da sustentabilidade. O processo de evolução para o paradigma
sustentável consistirá na busca de práticas que priorizem a idéia do coletivo, da interação
e ação por parte das organizações incorporando uma visão de longo prazo que contemple
as três dimensões envolvidas no tripé da sustentabilidade – social, ambiental e econômica.
Essa evolução exigirá esforços de todos os envolvidos no sentido de colocar em prática,
coletivamente, as decisões que estão sendo deliberadas pelas indústrias participantes da
rede analisada.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 059 - INDICADOR DE QUALIDADE DE PRODUÇÃO DA CULTURA DO TOMATE,
NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
CARLOS THADEU PACHECO;
IBGE, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: agrotóxico; intoxicação; tomate; qualidade; produção
A aplicação incorreta dos agrotóxicos, freqüentemente, apresenta graves riscos para
o homem. A contaminação do ar, das águas e do solo é freqüente. São inúmeras as
conseqüências no meio ambiente e na saúde humana do uso intensivo dos agrotóxicos,
tendo em vista o impacto econômico negativo, com nítidas repercussões sociais. No
presente artigo pretende-se analisar as características das lavouras de tomate, no Estado
do Rio de Janeiro, apontando os municípios que se destacam quanto à utilização de
agrotóxicos. Foram utilizados os microdados do Censo Agropecuário, em 1995/1996,
que trazem informações sobre os estabelecimentos agropecuários que cultivam tomate.
Somando-se a isso, foi possível construir um indicador sintético, que avalia a qualidade de
produção, levando em conta variáveis como produtividade, uso de agrotóxico, assistência
técnica, irrigação, controle de pragas e doenças e conservação do solo. Os resultados
sugerem que nem sempre alta produtividade esta associada à qualidade de produção, e
que nenhum município do Estado apresentou ótima qualidade em produção. Por último,
concluímos que é necessário avaliar conjuntamente a produtividade e alguns impactos
sobre o meio ambiente e a saúde das populações, uma vez que a atividade agrícola
convencional, que utiliza intensivamente os agrotóxicos, transfere alguns custos ambientais
para toda sociedade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 82
Página 83
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 060 - VALORAÇÃO MONETÁRIA DE BENEFÍCIOS AMBIENTAIS: O CASO DO
TURISMO NO LITORAL DO MUNICÍPIO DE CANAVIEIRAS – ESTADO DA BAHIA.
CARLA REGINA FERREIRA FREIRE; FRANCISCO CASIMIRO FILHO; GILBERTO DE
SOUZA GUIMARÃES JUNIOR;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ, ILHÉUS, BA, BRASIL;
Palavras-chave: Custos de viagem; áreas litorâneas; atividade turística; Valor; ambiente
SSD 061 - O DILEMA NA ACACICULTURA BRASILEIRA: GLOBALIZAÇÃO X
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
KEITILINE RAMOS VIACAVA; LESSANDRA MEDEIROS DE OLIVEIRA;
UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: ACÁCIA NEGRA; ACACICULTURA; GERENCIAMENTO;
DESENVOLVIMENTO; SUSTENTABILIDADE
Este artigo tem por objetivo estimar a função de demanda por turismo das praias no
município de Canavieiras, Estado da Bahia, bem como o valor recreacional das mesmas,
que permitirá fazer uma estimativa dos benefícios do turismo nessa área. A estimativa dos
parâmetros da equação de demanda por turismo no município de Canavieiras foi realizada
através da técnica da regressão linear múltipla. Para estimar os benefícios utilizou-se o
método do custo de viagem. Os procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa
para coleta de dados compreendem o processo não probabilístico simples, ou seja, o critério
de exaustão para amostragem. A pesquisa foi feita através de questionários aplicados aos
turistas do município de Canavieiras, no período de 10 a 15 de fevereiro de 2004, que se
encontravam nas praias. De cada família, apenas uma pessoa foi entrevistada, no total
foram aplicados 163 questionários, sendo que apenas 140 apresentaram consistência
para estimar a função de demanda. Os resultados empíricos mostraram que a quantidade
de dias que os turistas permanecem na praia é positivamente relacionada com os custos
de transporte por viagem e inversamente relacionada com os custos incorridos no local
de recreação (custos de viagem). Integrando a curva de demanda estimada em relação
aos custos de viagem, chegou-se a um excedente do consumidor de aproximadamente
R$ 872, 71 por dia por turista. Como a extensão do litoral é de 50 km, pode-se concluir
que o valor do turismo de um quilômetro de praia é de R$ 17, 45 por dia por turista. Podese concluir que as praias do litoral de Canavieiras são importante fonte de geração de
benefícios ambientais para a sociedade brasileira e que por isso devem ser conservadas.
Dessa forma, por se tratar de um recurso ambiental, e que possui características de bens
públicos, devem ser fornecidas (conservadas) pelo poder público.
A Acacia mearnsii De Wild, conhecida regionalmente por Acácia Negra é uma árvore
de origem australiana que chegou ao Brasil em 1918 no estado do Rio Grande do Sul.
Atualmente, cerca de 40. 000 produtores familiares plantam florestas de Acácia Negra
para fins comerciais, totalizando algo em torno de 150 mil hectares de reflorestamento,
concentrados unicamente na região Sul do Brasil. Esta produção alimenta duas indústrias
florestais no Brasil, a TANAC S. A. e a SETA S. A. Estas indústrias desenvolvem produtos
que servem como matéria-prima para atender a diversos setores industriais, especialmente
no mercado internacional. Neste contexto percebem-se grande parte das ações orientadas
pelo paradigma econômico que, tendo a sua frente o desafio da globalização acaba
atendendo a um número cada vez mais restrito de stakeholders e gerando preocupações
em termos de sustentabilidade. No trabalho analisou-se como está sendo feita a gestão
das propriedades rurais dos produtores florestais de Acácia Negra com base na proposição
de Shrivastava (1995), que propõe duas lógicas de gerenciamento: o modelo tradicional e
o modelo ecocêntrico. O resultado é a verificação de uma orientação predominantemente
econômica, com alta dependência do segmento industrial e valores antropocêntricos.
Contudo, foram evidenciadas variações por parte dos acacicultores em termos de valores,
objetivos, necessidades e interesses. As motivações e implicações das escolhas gerenciais
dos produtores são discutidas a partir da inclusão de outros agentes como: sindicatos
rurais, associações e indústrias.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 84
Página 85
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 062 - VIABILIDADE ECONÔMICA DO BIODIESEL E IMPACTO DO SEU USO NO
PREÇO DA TARIFA DE ÔNIBUS NA CIDADE DE ITABUNA, BAHIA.
GEOVÂNIA SILVA DE SOUSA; MÔNICA DE MOURA PIRES; CEZAR MENEZES ALMEIDA;
JAÊNES MIRANDA ALVES; JOSÉ ADOLFO DE ALMEIDA NETO;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ, ILHÉUS, BA, BRASIL;
Palavras-chave: biocombustível; energia renovável; indicadores econômicos; impacto
ambiental; energia
O biodiesel é um combustível com propriedades fisico-químicas semelhantes ao diesel,
obtido a partir do processo de transesterificação de óleos vegetais e gorduras residuais,
capaz de substituí-lo em motores automotivos, estacionários e para geração de energia.
Nesse sentido, buscou-se neste trabalho analisar a viabilidade econômica da produção
de biodiesel a partir dos óleos de mamona e dendê no estado da Bahia e dimensionar o
impacto das misturas B2 e B5 no custo da tarifa de ônibus urbano em Itabuna, Bahia. Para
análise de viabilidade econômica foram calculados os indicadores VPL, TIR e relação B/C,
da engenharia econômica. A análise do impacto do uso do biodiesel no preço do transporte
urbano, partiu do pressuposto de que os combustíveis representam 35% dos custos totais
com transporte, estruturando-se cinco cenários de aumento do preço do biodiesel puro
(B100) em relação ao diesel. De acordo com os resultados o biodiesel pode ser competitivo
sob determinadas condições de custo de produção e em função das variações de preço
do diesel.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 063 - DA ABUNDÂNCIA DO AGRONEGÓCIO À CAIXA DE PANDORA AMBIENTAL:
A RETÓRICA DO DESENVOLVIMENTO (IN) SUSTENTÁVEL DO MATO GROSSO.
ANDREA AGUIAR AZEVEDO;
CDS/ UNIVERSIDADE DE BRASILIA, BRASILIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: desenvolvimento; sustentabilidade; indicadores sociais, economicos e
ambientais; desmatamento; fronteira agrícola
O objetivo do texto é discutir o desenvolvimento do estado do Mato Grosso nos
últimos anos, bem como avaliar o papel do desmatamento na geração de riquezas que
possam se converter em ganhos para a sociedade regional. A hipótese principal é a da
insustentabilidade, em todas as suas dimensões, desse “novo” ciclo agrícola que ora
ocorre no estado, bem como a de que os desmatamentos, para além das perdas de
biodiversidade e serviços ambientais, não mostraram ter correlação direta e positiva com
o aumento da renda e da qualidade de vida para a população dos municípios analisados.
Por meio de um exercício empírico é revelado, num panorama inicial, que não existem
diferenças socioeconômicas muito marcantes entre os municípios que foram desmatados,
com maior ou menor intensidade, sobretudo entre aqueles onde a atividade econômica
predominante é a pecuária (bovinocultura de corte extensiva), caindo por terra a idéia de
que “desmatamento significa progresso”. Por outro lado, há ainda uma forte assimetria
em relação aos municípios onde a agricultura (sojicultura) é o principal produto. Nesses
municípios, a dicotomia da modernidade, crescimento versus conservação, parece estar
bem viva.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 064 - FORMAS DE APRENDIZAGEM E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM
UM ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA SOJA NO CERRADO.
ALESSANDRA CRISTINA CONFORTE; CLEONICE ALEXANDRE LE BOURLEGAT;
UCDB, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL;
Palavras-chave: INOVAÇÃO; APRENDIZAGEM; CONHECIMENTO; APL; CERRADO
A lógica que move as inovações entre os produtores de soja de Chapadão do Sul relacionase com o aumento da produtividade e redução de custos, visando garantia de preço e
qualidade perante um mercado exigente e, que pressiona os preços para baixo. Portanto,
a possibilidade do conhecimento a priori da direção da inovação determinada pelo mercado
pode fomentar um conjunto de opções de inovações e um conjunto conhecido de resultados,
qualquer que seja a escolha feita e que, geralmente, não são consideradas inovações
radicais. O desafio dessa pesquisa também se constituiu em saber como os conhecimentos
inovadores produzidos fora da unidade de produção agrícola de soja, são incorporados
pelos produtores e disseminados no território local, no caso de Chapadão do Sul.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 86
Página 87
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 065 - ANÁLISE DOS FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO ESCOLAR NAS
ESCOLAS DAS ÁREAS URBANAS E RURAIS DO BRASIL.
MÁRCIO GARCIA BEZERRA; ANA LÚCIA KASSOUF;
USP/ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Desempenho escolar; SAEB; ensino fundamental; rural; urbano
SSD 066 - PERSPECTIVA DO USO DE SEMENTES TRANSGÊNICAS NA PRODUÇÃO
DE MILHO NO BRASIL.
JOÃO CARLOS GARCIA; JASON DE OLIVEIRA DUARTE;
EMBRAPA, SETE LAGOAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Milho; transgênicos; biotecnologia; sementes; pesquisa
O objetivo do trabalho foi avaliar os fatores que afetam o desempenho escolar, comparando
alunos de escolas localizadas em áreas urbanas com os que estudam em localidades
rurais. Utilizando o método de mínimos quadrados e os microdados do Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Básica (SAEB) de 2003, que possui informações de testes
padrões de Língua Portuguesa e de Matemática para alunos da 4ª série do fundamental,
concluiu-se que dentre as variáveis mais significativas na determinação do desempenho
dos estudantes das áreas urbanas estavam a escolaridade da mãe, a renda familiar, a
rede de ensino, o atraso escolar e o trabalho infantil. Já no meio rural, foi mais significativo
para o desempenho dos alunos a rede de ensino pública, a renda familiar, a região onde
a escola se localiza, a oferta de recursos educacionais (computadores, biblioteca, etc),
o número de pessoas no domicílio, o fato de o aluno gostar de estudar as disciplinas e o
atraso escolar.
O desenvolvimento da agricultura tem se caracterizado pelo surgimento de tecnologias que
alteram profundamente a situação de equilíbrio previamente alcançada. Mais recentemente
considerações de caráter ambientais e sobre a apropriação privada dos benefícios passaram
a permear as discussões sobre os benefícios do progresso tecnológico na agricultura. Neste
ambiente é que está se desenvolvendo a mais recente das mudanças de amplitude global
na agricultura: os produtos resultantes de processos de transformação biotecnológica. O
objetivo deste artigo é explorar as possibilidades de expansão da utilização de sementes
de milho geneticamente modificadas no Brasil. Das espécies com maior penetração dos
transgênicos, o milho é a que apresenta a menor taxa de adoção. Fato similar aconteceu
quando da difusão das novas cultivares dentro da “Revolução Verde”, quando as sementes
de novas cultivares de trigo e arroz apresentaram uma taxa de difusão mais expressiva
do que a do milho. A tecnologia de modificação genética com maior possibilidade de
aceitação no caso do milho tem sido a das cultivares transgênicas com Bt. A difusão
desta tecnologia está na dependência da política de preços adotada pelos detentores da
propriedade intelectual desta tecnologia, frente a probabilidade de ocorrência de ataque
de pragas e das alternativas já existentes de seu controle. O adicional de preço pelo
uso dos produtos transgênicos seria mais factível de ser absorvido pelos produtores que
atualmente plantam cultivares com alto potencial produtivo. Para evitar a implantação de
métodos de competição oligopolista no mercado brasileiro de sementes de milho, que
poderia favorecer a implantação de padrões tecnológicos não desejados por parte dos
agricultores, o fortalecimento dos programas públicos de pesquisa em melhoramento
genético representa uma forma de manter a diversidade da oferta e atender aos agricultores
que não considerem a necessidade de utilizar cultivares geneticamente modificados.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 88
Página 89
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 067 - ANÁLISE DOS FATORES CONDICIONANTES DA REESTRUTURAÇÃO
AGRÍCOLA NO NO ESTADO DE MATO GROSSO.
MARCOS TANGANELLI DA SILVA; MARLENE ZÜGE; ELERI HAMER;
FACULDADE DO SUL DE MATO GROSSO, RONDONÓPOLIS, MT, BRASIL;
Palavras-chave: reestruturação agrícola; abertura da economia; inovações tecnológicas;
PESQUISA; Mato Grosso
Este artigo analisa o processo de reestruturação agrícola no estado do Mato Grosso a
partir do processo de desconcentração regional da renda ocorrido na economia brasileira
nos anos 70, com a marcha dos sulistas ao cerrado mato-grossense, o reordenamento
espacial produtivo no Estado e as mudanças no fluxo migratório decorrido da utilização dos
cerrados. Além disso, discorre acerca dos fatores indutores da modernização agrícola a
partir da década de 90. A economia agrícola do estado de Mato Grosso sofreu importantes
transformações com os programas de interiorização da economia brasileira. O artigo registra
o papel destes programas para o processo de ocupação e modernização da agricultura
no Estado, bem como das instituições de pesquisa no Estado no desenvolvimento de
cultivares para os solos do cerrado. Os preços internacionais e o câmbio, junto com os
créditos agrícolas, controlados e não controlados, completam os fatores condicionantes do
processo de modernização agrícola da última década, acelerado pelo processo de maior
integração da economia. A abertura da economia trouxe além do acesso à tecnologia, a
possibilidade de financiamento com recursos oriundos de instituições internacionais, a
atração de novos atores da cadeia agrícola – multinacionais – e o desenvolvimento da
biotecnologia a partir das especificidades da região por instituições internacionais.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 068 - PROGRAMA DE MILHO HÍBRIDO: NÍVEL TECNOLÓGICO, GERAÇÃO DE
EMPREGO E RENDA NO ESTADO DO CEARÁ.
AHMAD SAEED KHAN; DENISE MICHELE FURTADO DA SILVA;
SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECUÁRIA, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: milho; tecnologia; emprego, ; renda; Ceará
O Programa do Milho Híbrido criado pelo governo do Estado do Ceará é executado pela
Secretaria de Desenvolvimento Rural desde o ano de 1999 até o presente momento, tem
revelado um crescimento médio de 60% ao ano em sementes distribuídas. O objetivo
geral deste estudo é analisar o programa de milho híbrido junto aos agricultores familiares
considerando-se o nível tecnológico, a geração de emprego e renda no Estado do Ceará.
A pesquisa foi realizada nos municípios com maiores produções de milho híbrido na
região do Estado do Ceará (Iguatú, Milagres e Capistrano). Os dados utilizados foram
obtidos junto aos produtores de milho, através de entrevistas diretas. Foram calculados
os índices tecnológicos de cada tecnologia utilizada pelos produtores de milho híbrido
e variedade. Para comparar os níveis tecnológicos adotados pelos produtores de milho
foram definidos três padrões tecnológicos: padrão I: se 0, 80 < índice 1, 00; padrão II; se
0, 50≤tecnológico < 0, 80 e padrão≤índice tecnológico III; se 0, 0 < 0, 50. Os resultados
da pesquisa permitem≤índice tecnológico concluir que a maioria dos produtores de milho
híbrido e variedade da amostra total são analfabetos ou possuem ensino fundamental
incompleto, e está associado às cooperativas ou sindicatos ou associações. Considerando
a tecnologia de preparo de solo, a maioria dos produtores de milho híbrido está no padrão
III de tecnologia. No caso de tecnologia de semente, a grande maioria dos produtores de
milho híbrido e milho variedade está nos padrões I e III da tecnologia, respectivamente. A
renda média, por hectare, com milho híbrido em todos os municípios é superior a do milho
variedade, o que reflete as maiores produtividades deste tipo de milho. O incremento na
renda, em razão da substituição da área do milho variedade por milho híbrido é elevado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 90
Página 91
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 069 - PADRÕES DE UTILIZAÇÃO E EXPECTATIVAS DE CAFEICULTORES EM
RELAÇÃO À WEBSITES DE INFORMAÇÃO SOBRE CAFÉ.
RENATO HORTÉLIO FERNANDES; ALTAIR DIAS DE MOURA; DENIS TEIXEIRA ROCHA;
BEATRIZ DE ASSIS JUNQUEIRA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: café; tecnologia da informação; sites da web; tomada de decisão; grupos
de foco
Com vistas em caracterizar a utilização da internet por produtores de café, focando a
interação entre os usuários e os sites sobre a cadeia produtiva e o grau de percepção da
utilidade destes como fonte de informação de apoio à decisão, foram constituídos cinco
grupos de foco em algumas das principais regiões produtoras. Os resultados indicaram
que maior número de produtores tinha acesso esporádico e dedicado à solução de
problemas mais prementes e uma minoria apresentava padrão de acesso diário e o hábito
de acompanhar o mercado de café. A disponibilidade do acesso à internet por meio de
banda larga, os hábitos de navegação dos familiares dos produtores e a baixa atratividade
dos sites interferiam na freqüência de uso destes. Os usuários que, além de produtores,
são agrônomos foram reticentes quanto à busca de informações técnicas sobre a cultura.
Observou-se baixo nível de utilização de ferramentas ou de serviços oferecidos nos sites.
A não aceitação da idéia de pagamento pelo uso dos sites ficou fortemente evidenciada e
sua preponderância bloqueia a interação entre produtores e sites. Os sites deveriam focar
a disponibilização de informações que englobem aspectos da cadeia e abra espaço para
a interação entre os elos. Não foi evidenciada a existência de processos sistemáticos de
análise das informações. Ou seja, os dados e as informações não recebem o tratamento
devido para que gerem o conhecimento e se desenvolva inteligência gerencial. Percebe-se,
portanto que, ainda que tenha acesso à informação e a valorize, o usuário nem sempre
tem consciência de sua aplicabilidade ou consegue tornar possível sua aplicação.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 070 - ASSIMETRIA NA TRANSMISSÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS
HORTIFRUTÍCOLAS NO ESTADO DE SÃO PAULO.
NILTON MARQUES OLIVEIRA; VALDINEI APARECIDO OLIVEIRA; CARLOS ANTONIO
FERREIRA DIAS;
FACULDADE CENECISTA DE BRASILIA-FACEB, BRASILIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Preços; Varejo; Produtor; Assimetria; Hortifrutículas
Este trabalho tem por objetivo analisar a assimetria na transmissão de preços entre os
níveis de produtor e varejo de produtos hortifrutícolas no Estado de São Paulo. O período
de análise foi de Junho de 1994 a Abril de 2002, após o Plano Real. O modelo teórico se
baseia na transmissão de preços, desenvolvido por Gardner e Heien. Admite-se que os
preços sejam ajustados com certa rapidez após a determinação do preço ao produtor, é uma
indicação de eficiência de mercado, já que as informações são transmitidas rapidamente.
Verificou-se, que as elasticidades de todos os produtos foram estatisticamente menores
que um, dada a perecibilidade do produto e do receio de perdas dos comerciantes, estes
não transmitem toda a variação de preço. Na análise da assimetria foi constatado para
alguns produtos (laranja, tomate), que os varejistas transmitem mais acréscimos do que
os decréscimos de preços, enquanto que os produtos batata e banana, os decréscimos de
preços foram transmitidos mais que os acréscimos, o que está de acordo com a hipótese
de que maior perecibilidade se correlaciona com maior transmissão de decréscimos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 071 - APONTAMENTOS SOBRE AS TENDÊNCIAS DO PREÇO DO FRANGO DE
CORTE NO BRASIL.
JANDIR FERRERA DE LIMA; CARLOS ALBERTO PIACENTI; LUCIR REINALDO ALVES;
MOACIR PIFFER PIFFER;
UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Economia agricola; Preços futuros; series temporais; avicultura;
mercado
O objetivo desse artigo é analisar o acompanhamento e previsão dos preços futuros do
frango de corte através do modelo ARIMA de previsão de séries temporais. Assim, esse
artigo fornece subsídios para produtores sobre as tendências de mercado e na minimização
de situações de risco e incerteza no planejamento da produção. Com base nos resultados
obtidos de previsão de preços a partir do modelo ARIMA, concluiu-se que o modelo
apresentou um bom desempenho de predição. Isso resultou numa diferença média de 0,
71%, nos seis meses analisados, percentual esse considerado satisfatório em modelos
de previsão de preços.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 92
Página 93
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 072 - CAUSALIDADE E CO-INTEGRAÇÃO NO MERCADO DE CAFÉ ENTRE A
BM&F E A NYBOT.
MARCELO LUIZ CAMPOS VALENTE; MARCELO JOSÉ BRAGA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: mercados futuros; comportamento dos preços; causalidade; co-integração;
Lei do Preço Único
O café apresenta alta volatilidade de preços, assim acredita-se que os preços futuros geram
maior instabilidade no preço a vista, acarretando em perdas de bem estar para a economia.
Uma tentativa de reduzir a instabilidade no preço consiste na contratação em mercados
futuros, pois estes fornecem um mecanismo no qual especuladores assumem o risco de
preço de agentes que detêm uma mercadoria sujeita à flutuação de preços. Em se tratando
de preços nos mercados interno e externo deve-se verificar se tais preços são altamente
relacionados, o que significa que são bons indicadores e podem ser considerados como
referências seguras na tomada de decisão dos agentes, além de observar sua causalidade
e sentido. De maneira geral, o presente estudo buscou avaliar o comportamento dos preços
futuro de café do Brasil, negociado na BM&F, e dos Estados Unidos da América, negociado
na NYBOT, no período de janeiro de 1994 a outubro de 2005. A teoria que embasa o
trabalho é a Lei do Preço Único. A fim de confirmar as pressuposições da Lei do Preço Único
investigou-se a relação que os preços futuros têm, utilizando os testes de causalidade de
GRAGER (1969) para determinar a direção de causação entre estes preços, e os testes
de ENGLE e GRAGER (1987) para observar as noções de co-integração. Verificou-se a
existência de uma relação bi-causal entre os preços, observou-se também a existência de
uma relação de longo prazo entre as variáveis, verificada através da co-integração entre
os dois preços, corroborando o que diz a Lei do Preço Único. A rapidez na transmissão
e a grande magnitude da relação entre os preços da BM&F e da NYBOT indicam que a
bolsa internacional pode ser considerada uma boa referência para os preços domésticos
e vice-versa.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 94
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 073 - FORMAÇÃO DO FRETE NO BRASIL: SUBSÍDIOS PARA ESTRATÉGIAS
DE NEGOCIAÇÃO EM CADEIAS DE SUPRIMENTOS.
LUIZ ALBERTO CYPRIANO LUIZ CYPRIANO; RICARDO SILVEIRA MARTINS; SEGIO
SILVEIRA MARTINS; MARCELO BRONZO BRONZO; HELOISA KOSSE FURUTA
IIJIMA;
UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: logística; estratégias de cadeias de suprimentos; frete; transporte
rodoviário; cargas agrícolas
RESUMO - Este trabalho discutiu aspectos da formação dos fretes rodoviários no
Brasil, dando ênfase aos aspectos teóricos e práticos evidenciados do mercado e de
outras pesquisas já delineadas. Além de importante custo logístico e de significativo
comprometimento do faturamento das empresas, os transportes desempenham funções
estratégicas na gestão de cadeias de suprimentos. Ficou caracterizado que a distância
é uma das principais variáveis na formacão do frete, tendo importância relativa bastante
diferenciada por cargas e regiões no mercado brasileiro. Depreende-se também que
as dificuldades da gestão dos transportes nas cadeias de supriemtnos têm significativo
impacto nos relacionamentos entre elos. A difícil compreensão do elenco de variáveis
explicativas na formação dos fretes, por parte de embarcadores e de transportadores,
representa um importante óbice ao desenvolvimento pleno da competitividade de cadeias
de suprimento.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 074 - SPREAD: UMA AVALIAÇÃO DOS CONTRATOS FUTUROS DO ALGODÃO
NA BM&F E NA NYBOT.
CLAILTON ATAÍDES DE FREITAS ATAÍDES FREITAS; BRUNA DE CARVALHO
PERLINGEIRO; CLAILTON ATAÍDES FREITAS;
UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: mercado de capitais; algodão; spread; BM&F; NYBOT
Este trabalho tem por objetivo avaliar a lucratividade de uma posição padrão de spread,
utilizando-se dados dos últimos vencimentos do Contrato Futuro de Algodão em Pluma,
negociado na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e do Contrato Futuro do Algodão
No. 2, negociado na New York Board of Trade (NYBOT), no período de abril a dezembro
de 2005 para a Bolsa brasileira e julho de 2004 a dezembro de 2005 para a dos EUA. Os
resultados demonstram que não há grande diferença entre os ganhos (ou perdas, como
predominou nas operações de ambas as Bolsas) com spread efetuado na BM&F e na
NYBOT, a Bolsa de maior liquidez. Todavia, esses resultados (em sua maioria) de perdas
devem ser considerados com cautela, pois a significância estatística proveniente de algumas
operações (em maior magnitude na NYBOT), é consistente com a Lei do Preço Único,
verificando-se que o diferencial na obtenção de ganhos possui a capacidade de proporcionar
lucro de arbitragem, mas em pequeno grau, pois as duas Bolsas não possuem diferença
significativa na lucratividade das posições adotadas nos contratos. Na BM&F a maioria
dos meses é consistente com rendimento de posições supondo risco zero.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 95
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 075 - AS ALTERAÇÕES NA COFINS E PIS E SEUS REFLEXOS SOBRE A CADEIA
ORIZÍCOLA GAÚCHA.
SILVIO CEZAR AREND; KÁRIN TERESINHA GEIGER;
UNISC, SANTA CRUZ DO SUL, RS, BRASIL;
Palavras-chave: arroz; mercados agrícolas; comercialização agrícola; política fiscal;
PIS/COFINS
SSD 077 - A LOGÍSTICA COMO GARANTIA DE ALIMENTOS MAIS BARATOS: UM
ESTUDO DE CASO SOBRE A MOVIMENTAÇÃO DE ARROZ.
JOSÉ ADRIAN PINTOS PAYERAS; MOISÉS VILLALBA GONZÁLES; JONAS IRINEU
DOS SANTOS FILHO;
ESALQ/ USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: pobreza; fome; custo de transporte; programação linear; arroz
Este artigo tem por objetivo mostrar o impacto da carga tributária para a cadeia produtiva
orizícola gaúcha e mensurar os reflexos que as alterações recentes na legislação trouxeram
ao setor, a partir da construção de dois cenários: o primeiro antecede as alterações recentes
e o segundo as inclui. O artigo expõe a carga tributária que compõe o preço final do arroz,
bem como identifica em que medida estes tributos interferem nos custos de produção e nos
preços dos produtos intermediários nas diferentes etapas da cadeia produtiva até chegar
ao consumidor final. Concluiu-se que o impacto da alteração das alíquotas de Cofins e
Pis embutidas de forma indireta nos elementos de estruturação de custos para a cadeia
produtiva orizícola gaúcha foi superior à soma do efeito da redução de custos devido à
isenção dos mesmos tributos para alguns elementos essenciais do elo de produção (dentre
eles fertilizantes, defensivos e sementes) e do efeito resultante das modificações de regime
tributário (passagem do regime cumulativo para o regime não-cumulativo).
O tema da fome ganhou amplo destaque político nos últimos anos, tendo estado presente
em diversos debates sobre o desenvolvimento nacional e mundial. No Brasil, estudos foram
efetuados sobre o tema visando identificar os seus fatores determinantes. Estes estudos
comprovam que o problema da fome no Brasil está relacionado à impossibilidade demanda
e não a falta de oferta de alimentos. Desta forma, este artigo buscou investigar, por meio
de um modelo de programação linear aplicado na movimentação do arroz, como o estudo
logístico pode propiciar melhoria de bem-estar para a população de baixa renda, uma
vez que ajuda a observar alternativas que reduzem o custo de transporte. O pressuposto
utilizando neste estudo é de que reduções no custo de comercialização são transferidas aos
preços pagos pelos consumidores. O estudo de caso envolveu os municípios gaúchos de
Itaqui, Cachoeira do Sul, Camaquã, São Sepé, Pelotas e Guaíba como ofertantes de arroz
e como demandantes os municípios de Salvador, Maceió, Recife, Fortaleza e Manaus. A
escolha dos municípios estudados decorreu da disponibilidade de informações e do fato do
estado do Rio Grande do Sul ser o mais importante produtor nacional de arroz. O estudo
apontou que, ceteris paribus, a cabotagem é capaz de reduzir, consideravelmente, o custo
de transporte do arroz do Sul do país para as cidades selecionadas do Norte e Nordeste. A
utilização da cabotagem diminuiu em aproximadamente 40% o custo de transporte. Desta
forma, levando-se em consideração o preço praticado nas regiões demandantes, seria
possível, com o uso da cabotagem, diminuir o preço do arroz para a população demandante
em aproximadamente 10%.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 076 - ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS PARA O CERTIFICADO DE DEPÓSITO
AGROPECUÁRIO / WARRANT AGROPECUÁRIO (CDA/WA).
GUSTAVO DE SOUZA E SILVA; PEDRO VALENTIM MARQUES;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Agronegócio; Mercados futuros; Financiamento agrícola; Mercado físico;
CDA/WA
A Lei no 11. 076, de 30 de dezembro de 2004, oficializou cinco títulos de créditos que deverão
ser utilizados pelo agronegócio para captar recursos privados para o seu financiamento:
Certificado de Depósito Agropecuário (CDA), Warrant Agropecuário (WA), Certificados
de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Este trabalho apresenta esses novos
instrumentos de financiamento e busca alternativas de investimento para o CDA/WA nos
mercados físicos e futuros de janeiro a outubro de 2005. Duas situações foram consideradas:
1) especulações com o CDA/WA, onde o investidor adquire o papel e especula com cada
produto, sendo seu resultado comparado a quatro investimentos tradicionais do mercado
financeiro brasileiro: 1) rendimento da poupança; 2) taxa de juros Selic; 3) dólar americano;
e 4) índice Bovespa. ; e 2) operação de spread, onde o investidor compra o CDA/WA e
trava o rendimento numa operação com o mercado futuro, sem ficar exposto a variações de
preço. A partir disso, concluiu-se que a especulação com os produtos agrícolas não teve um
bom resultado no período. Já as operações de spread ofereceram boas oportunidades de
rentabilidade ao investidor que conseguiu captar o momento correto para a operação.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 96
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 97
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 078 - PADRÕES SAZONAL E CÍCLICO PARA PREÇO DE BOI GORDO NO
ESTADO DE SÃO PAULO. 1976-2004.
JAIR CARVALHO DOS SANTOS; SÉRGIO CASTRO GOMES;
EMBRAPA, RIO BRANCO, AC, BRASIL;
Palavras-chave: preço; boi gordo; sazonalidade; variação cíclica; série temporal
Os preços de boi gordo em São Paulo servem de referência para praticamente todas as
regiões do Brasil A caracterização do comportamento tendencial e oscilatórios desses
preços pode orientar as tomadas de decisão de investidores privados e formuladores
de políticas públicas, assim como, estudos referentes a previsões de preços e outras
variáveis. O objetivo deste estudo foi detectar a existência e identificar as características
das variações sazonais e cíclicas do preço de boi gordo, no estado de São Paulo, durante
as décadas de 1970 a 2000. Neste estudo foi empregado um modelo univariado de séries
temporais, que corresponde a análise da série de preços médios mensais de boi gordo
para o estado de São Paulo. A análise de estacionariedade e de tendência foi feita com o
emprego do Teste ADF. O método da média móvel foi utilizado para modelar a sazonalidade
da série, enquanto que a análise espectral modelou o ciclo e, novamente, a sazonalidade.
A análise permitiu verificar que as cotações de boi gordo apresentaram tendência de
queda pouco acentuada no período de 1976 a 2004, com maior estabilidade nas décadas
de 1990 e 2000. Detectou-se sazonalidade anual nos preços, com redução no primeiro e
elevação no segundo semestre do ano. Essa sazonalidade mostrou-se menos acentuada
no período 1990-2004. Constatou-se a existência de um período cíclico de longo prazo nas
cotações, correspondente a 7 anos, o que pode ser atribuído aos efeitos dos processos
de investimentos e desinvestimentos pecuários, em resposta ao comportamento dos
preços.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 079 - OUTSOURCING NA GESTÃO DA CADEIA DO FRIO, O PAPEL DO
OPERADOR LOGÍSTICO COMO SOLUÇÃO DE ARMAZENAGEM, DISTRIBUIÇÃO E
CLIMATIZAÇÃO: O CASO TRU LOGÍSTICA.
SOLANO MINEIRO DE SOUSA FILHO; BRENDA MORAES DO AMARAL; LUIS ANDREA
FAVERO;
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Cadeia do Frio; Cadeia de Suprimento ; Outsourcing Logística;
Climatização; Distribução
A abertura econômica seguida da estabilização da economia e a queda da inflação
aumentaram o acesso dos brasileiros aos bens de consumo. A abertura do mercado ampliou
e diversificou a oferta e o fim da inflação aumentou do poder de compra dos brasileiros.
As mudanças nos hábitos dos consumidores atingiram em diferentes níveis todos os
setores de bens de consumo principalmente o do setor de alimentos. Estas mudanças nos
hábitos dos brasileiros direcionam o segmento atacadista-distribuidor ao aperfeiçoamento
de seus modelos de atuação para se adaptar às mudanças impostas pela globalização e
as novas perspectivas do mercado interno, através da redução dos custos fixos e aumento
da eficiência na prestação de serviços.
A partir da década de 1990, o paradigma econômico globalizado e a notória diversificação
de produtos na mesa do consumidor, colocou também para a agroindústria e o setor de
distribuição de alimentos, a necessidade da terceirização da logística de suprimento e de
distribuição. Tal fato gerou um incremento no número de variáveis complicadoras no que
se refere à gestão de suprimentos para o mercado varejista como um todo, haja vista, a
ampla necessidade de investimentos em estrutura, armazenagem, estocagem, distribuição
e climatização. Tais condições criaram a estrutura necessária para o desenvolvimento de
outsourcings estratégicos para Cadeia do Frio, sendo assim, o presente trabalho é um
estudo de caso, no qual, procura-se caracterizar a gestão da cadeia do frio através de
uma Operadora Logística, por meio de uma análise qualitativa da logística integrada da
empresa TRU Logística. A empresa pertence ao Grupo Karne Keijo e está localizada em
Recife – Pernambuco. A TRU Logística é uma das maiores operadoras de outsourcing
estratégico para o segmento de refrigerados e congelados no Nordeste, sendo caracterizada
como uma operadora logística, por prestar os seguintes serviços: gestão de estoques,
armazenagem, distribuição e climatização.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 98
Página 99
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 080 - FLUXO DE COMERCIALIZAÇÃO DE HORTALIÇAS PRODUZIDAS NA
REGIÃO ALTO CABECEIRAS DO TIETÊ.
GENI SATIKO SATO; SÔNIA SANTANA MARTINS; YARA MARIA CHAGAS DE CARVALHO;
ALINE A. MILANI; RODRIGO PINHEIRO CUNHA;
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRICOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: hortaliças; comercialização ; Alto Cabeceiras do Tietê; alface; brócolis
O artigo analisa o fluxo de comercialização de hortaliças produzidas na região Alto
Cabeceiras do Tietê, no cinturão verde, próximo à cidade de São Paulo. A metodologia
utilizada foi o levantamento de campo junto à varejistas próximos à região produtora através
de questionário estruturado. As hortaliças são vendidas diretamente ao pequeno varejo,
a supermercados, para atacadistas regionais e intermediários. Observou-se que para os
casos da alface e brócolis, a participação do produtor no preço final é em média maior
quando vendido diretamente ao pequeno varejo ou àcentral de compras de supermercados.
A venda no mercado local também apresentou ser uma opção de melhor remuneração para
o produtor. O crescimento de vendas às centrais de compra de supermercados ainda é
limitado, devido às exigências de padronização e qualidade requeridas, que os produtores
locais não conseguem cumprir.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 081 - COMPORTAMENTO DOS PREÇOS NOS MERCADOS BRASILEIROS DE
SUINOS, MILHO E SOJA.
PATRÍCIA LOPES ROSADO; MARÍLIA FERNANDES MACIEL GOMES; ADELSON
MARTINS FIGUEIREDO;
UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Tedência; sazonalidade; preços agrícolas; teste raiz unitária sazonal;
suínos
O comportamento das séries históricas de preços de suínos e dos principais insumos usados
no seu processo produtivo como, milho e soja, pode apresentar oscilações que o produtor,
geralmente, não consegue prever, o que contribui para elevar o risco da atividade. Destarte,
como forma de fornecer subsídios teóricos e empíricos aos agentes econômicos envolvidos
em operações com suínos, milho e soja, buscou-se, neste trabalho, detectar a existência dos
componentes estocásticos e, ou, determinísticos de tendência e sazonalidade nos preços
dessas mercadorias no mercado brasileiro. Para isso, utilizou-se o modelo clássico de séries
temporais combinados com testes de raízes unitárias sazonais. Os resultados mostram que,
de maneira geral, existem tendências determinísticas e estocásticas nas séries de preços
analisadas e que não há sazonalidade estocástica nestas séries, apenas determinística.
Assim, foi possível elaborar índices sazonais para as séries de preços de suínos, milho e
soja, por meio do uso de variáveis dummies. Portando, pode-se inferir que os produtores
de suínos devem estar atentos ao comportamento tanto dos preços de suínos quanto dos
preços dos insumos soja e milho, pois estes últimos apresentam tendência de elevação.
Além disso, os preços desses produtos apresentam oscilações mensais significativas,
razão pela qual produtores mais eficientes e capazes de acompanhar o comportamento
sazonal dos preços de suínos e dos insumos soja e milho, possivelmente obterão melhor
desempenho no mercado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 100
Página 101
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 082 - COMPORTAMENTO DE COMPRA DOS CONSUMIDORES DE FRUTAS,
LEGUMES E VERDURAS (FLV) NA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL.
RENATO SANTOS DE SOUZA; ALESSANDRO PORPORATTI ARBAGE; ALEXANDRE
DA SILVA; EDNER BAUMHARDT; RODRIGO DA SILVA LISBOA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: pesquisa de mercado; comportamento de compra; hortigranjeiros;
mercado de alimentos; FLV
SSD 083 - ANÁLISE DA TRANSMISSÃO ENTRE OS PREÇOS DOS CORTES DE
SUÍNOS NO VAREJO E OS PREÇOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES NO ESTADO
DE SÃO PAULO.
THIAGO BERNARDINO DE CARVALHO; GUILHERME BELLOTTI DE MELO; SERGIO
DE ZEN;
CEPEA/ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Transmissão; Preços; Produtor; consumidor; suino
O objetivo do presente artigo é identificar as preferências dos consumidores de FLV em
termos de estabelecimentos de varejo por eles escolhidos, seus hábitos de consumo e
principais critérios considerados nas suas decisões de compra. Trata-se de um survey
realizado em 11 municípios localizados na região central do Rio Grande do Sul, nos quais
foram entrevistados 266 consumidores acima de 18 anos, que fizeram parte de uma
amostra sistemática e estratificada por região, sexo, idade e renda. Concluiu-se que nos
principais centros urbanos da região a maioria dos consumidores tem optado por adquirir
os produtos em supermercados ou hipermercados, sendo a freqüência de compra de
maior incidência entre duas e três vezes por semana. Na escolha do estabelecimento os
consumidores levam em conta preferencialmente a qualidade dos produtos, a variedade
de produtos e a agilidade no check-out, o que denota que qualidade e tempo são as
variáveis mais importantes nas decisões de compra. Da mesma forma, os dados indicam
que dos cinco principais aspectos dos produtos considerados pelos consumidores na
escolha de FLV, quatro referem-se à qualidade (aparência, sabor, aspectos nutricionais e
durabilidade), sendo que o preço aparece apenas em terceiro lugar. Por fim, a pesquisa
identificou três grupos de produtos segundo o potencial de consumo, medido pela parcela
dos consumidores que manifestam consumi-los regularmente. O grupo com maior potencial
é composto por cebola, laranja, tempero verde, tomate, alho e alface.
Historicamente, o mercado agrícola tem sido caracterizado por grandes variações
nos preços dos produtos, o que possibilita a transferência de renda entre os elos das
cadeias agroindustriais envolvidos, tais como produtores rurais, atacadistas, varejistas e
consumidores. Neste cenário inclui-se o setor suinícola nacional, que nos últimos anos
apresentou crescimento tanto no mercado externo, como no mercado interno, gerando
divisas para a economia nacional. Diante do problema de transferência de renda e tendo
em vista a importância da produção de suínos como gerador de renda e fixador de mão de
obra no campo, o presente trabalho através de modelos econométricos e utilizando séries
de preços cotadas pelo CEPEA/ESALQ/USP entre 2004 e 2005, tem por objetivo analisar a
intensidade e a duração com que as oscilações de preços são transmitidas do consumidor
ao produtor no estado de São Paulo. Os resultados indicaram que variações semanais
nos preços da carne suína no varejo impactam contemporaneamente os preços do quilo
do suíno vivo recebidas pelos produtores, porém, essas variações não são transmitidas
integralmente, apenas uma pequena parcela.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 102
Página 103
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 084 - FLUXOS DE ALGODÃO EM PLUMA PARA EXPORTAÇÃO NO ESTADO DA
BAHIA: UMA APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR.
SHEILA CRISTINA FERREIRA LEITE; MARGARIDA GARCIA DE FIGUEIREDO;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Algodão ; Logística; Bahia; Exportação; Custo
Os ganhos de produtividade na agricultura brasileira vêm apresentando crescimentos
expressivos, dessa forma o Brasil deveria estar se inserindo no contexto internacional
com grande competitividade. No entanto, observa-se que a estrutura logística brasileira
é um gargalo que vem reduzindo a competitividade agrícola do país. Como exemplo
desta problemática, tem-se a cotonicultura brasileira que vem passando por profundas
transformações que resultaram na posição do país como importante exportador mundial,
mas que altos custos logísticos afetam seu desempenho. Analisando-se o fluxo de algodão
em pluma para exportação no Estado da Bahia, segundo maior produtor, verifica-se que
o quantum exportado pelo estado não é escoado pelos Portos baianos em razão da falta
de infra-estrutura adequada para o escoamento do produto. Dado este cenário buscou-se
avaliar alternativas de escoamento do algodão baiano destinado à exportação, avaliando
diferentes cenários. Como principais resultados, o modelo indica que considerando a não
implantação de infra-estrutura nos Portos baianos a produção deveria ser escoada via
Porto de Santos e Vitória, o que representaria uma redução de 2, 08% quando comparado
com os atuais custos de escoamento. Numa alternativa, considerando a implantação da
infra-estrutura necessária para o escoamento do algodão pelos Portos da Bahia, o modelo
indica que cerca de 84% da produção deveria ser escoada via Porto de Aratu e o restante
via Porto de Ilhéus, o que representaria uma redução de 28, 39% sobre os atuais custos
de escoamento. Ainda, teve-se como resultado que optando por implantar a infraestrutura
necessária para exportar algodão em pluma em um Porto da Bahia, a opção que minimizaria
custos de escoamento seria a implantação no Porto de Aratu.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 085 - CAUSALIDADE DE PREÇO DO MERCADO DE CARNE DE BOI GORDO
PARA SEIS ESTADOS BRASILEIROS, 1994 A 2003.
GISALDA CARVALHO FILGUEIRAS CARVALHO FILGUEIRAS; JOAQUIM CARLOS
BARBOSA QUEIROZ; RICARDO BRUNO SANTOS; MARCELO BENTES DINIZ; MARCIA
JUCÁ TEIXEIRA DINIZ;
BANCO DA AMAZôNIA S/A, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: MERCADO DE BOI GORDO; GRAU DE INTERAÇÃO; CO-INTEGRAÇÃO;
TESTE DE CAUSALIDADE; MERCADO BRASILEIRO
Resumo
O setor agropecuário têm sido um dos mais dinâmicos e contribuído de forma significativa
na formação do PIB brasileiro. Dentre as conexões existentes nesse setor, o mercado de
boi gordo brasileiro é um dos mais importantes, sendo o segundo maior produtor de carne
bovina no mundo, ficando atrás apenas dos EUA. Este trabalho tem por objetivo analisar
dentre os principais mercados produtores de carne bovina no Brasil qual deles se comporta
como mercado primário, ou seja, quem determina o preço e, neste sentido, averiguar a
direção da causalidade entre eles (mercados) e se os mesmos são co-integrados. Para
tanto, serão analisados os mercados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Paraná e São Paulo, fazendo uso dos modelos para avaliar o grau de integração, testes
de co-integração e causalidade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 104
Página 105
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 086 - ANÁLISE DA VOLATILIDADE DO PREÇO DO CACAU NO MERCADO DE
FUTUROS DE NOVA YORK (CSCE): UMA APLICAÇÃO DO MODELO GARCH.
LEILA DE FÁTIMA DE OLIVEIRA MONTE; MARIO MIGUEL AMIN;
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA- UNAMA, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: GARCH; VOLATILIDADE; MERCADO DE FUTUROS; CACAU;
RETORNOS DE PREÇOS
SSD 087 - ATITUDE DOS CONSUMIDORES E PERCEPÇÃO DO RISCO ASSOCIADO
AO CONSUMO DE CARNE DE VACA EM PORTUGAL.
; MARIA RAQUEL LUCAS; RUI TOSCANO; MARIA BELÉM MARTINS; FERNANDA
PEIXE;
UNIVERSIDADE DE ÉVORA, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Segurança Alimentar; Carne de Vaca; Percepção; Consumidor; Probit
O presente artigo discute a volatilidade do preço do cacau no Mercado de Futuros de
Nova York - Coffe, Sugar, Cocoa Exchange (CSCE) aplicando o modelo econométrico
GARCH, numa série histórica que compreende o período de 01/03/1989 a 31/12/2005. O
objetivo deste estudo é demonstrar as distorções de preços do cacau em decorrência do
processo especulativo, inerente ao próprio funcionamento dos mercados de futuros, no
qual o mercado do cacau é considerado o mais volátil, uma vez que as freqüentes altas
e baixas dos preços internacionais, conjuntas, com as atividades especulativas formam a
volatilidade deste mercado. Para analisar a volatilidade no retorno de preços do cacau, se
aplicou o modelo GARCH. Esses retornos de preços do cacau estão relacionados à segunda
posição cotada no mercado de futuro de Nova York (CSCE). A escolha desta posição se
deve, ao fato, da mesma apresentar o maior volume de contratos fechados no período
analisado. A aplicação do teste ARCH demonstrou a presença de heterocedasticidade
condicional auto-autoregressiva nos retornos de preços do cacau no período proposto. A
aplicação do modelo GARCH na série de retorno do cacau apresentou, em seu coeficiente,
forte persistência da volatilidade significando que, a sua dinâmica aumenta o risco para
os agentes do mercado de futuros ao negociarem contratos de cacau no CSCE, uma vez
que qualquer turbulência que ocorra no mercado ocasiona flutuações nos retornos desta
commodity, dado que períodos de grandes retornos do cacau acompanham períodos de
baixa volatilidade e, períodos de baixos retornos do cacau tendem a acompanhar períodos
de alta volatilidade.
O mercado alimentar europeu, em geral e o português em particular, tem vindo a sofrer
variadas crises alimentares, das quais se destacam a da BSE (encefalopatia espongiforme
bovina), a das dioxinas e a dos nitrofuranos. Com uma cobertura mediática intensa, estas
crises transformaram, em muitas ocasiões, as preocupações dos consumidores em
alarmismo generalizado. Como resultado, os sistemas de controlo de qualidade vieram
a ser reforçados, os métodos de rastreabilidade e certificação a ser implementados e em
consequência, aumentados os custos de produção assim como os preços ao consumidor.
Por seu lado, o consumidor está cada vez mais exigente e consciente da qualidade e
segurança alimentares, discrédito relativamente aos alimentos comercializados e aos
riscos percebidos, desejoso de maior transparência na cadeia alimentar e, para muitos
produtos, desconfiado dos processos produtivos. Assim, dependendo da percepção que
têm dos riscos associados ao produto em questão, os consumidores reagem de forma
diferenciada.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Com base num modelo probit estimado, o objectivo do artigo é analisar as attitudes
e percepção do consumidor em relação à carne de vaca em Portugal. Os resultados
obtidos indicam que a influência dos meios de comunicação são relevantes para explicar
a atitude face à segurança alimentar assim como a confiança dos consumidores acerca
da informação contida no rótulo. A percepção da segurança alimentar parece variar com
o género do consumidor e a fonte de informação utilizada, tendo os homens uma atitude
mais positiva relativamente à segurança da carne de vaca do que as mulheres. Quanto
ao risco percebido, a experiência de consumo de carne de vaca é importante embora não
jogue o papel principal.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 106
Página 107
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 088 - AS EXPORTAÇÕES E A COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO CAFEEIRO
BRASILEIRO E PARANAENSE.
VANDERLEI JOSÉ SEREIA; MARCIA REGINA GABARDO DA CÂMARA; MARCELA
VASQUES CINTRA;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Comércio Internacional; Constant-Market-Share; Competitividade;
Complexo Cafeeiro; Mercados
SSD 089 - A IMPORTÂNCIA DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO NAS RELAÇÕES
COMERCIAIS ENTRE BRASIL E CHINA.
HENRIQUE DA SILVEIRA SARDINHA PINTO FILHO; JÚNIA RODRIGUES DE
ALENCAR;
EMBRAPA, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: comércio internacional; commodities; produtos básicos; produtos
manufaturados; China
O objetivo deste artigo é analisar os determinantes da competitividade das exportações
do complexo cafeeiro paranaense entre 1990 e 2003. O estudo pretende sistematizar: a
literatura recente sobre o tema, enfocando a competitividade de um dos principais produtos
da pauta de exportações brasileira e do Paraná. Realizou-se a revisão crítica da literatura
das teorias do comércio internacional e da competitividade e em seguida, caracterizou-se a
dinâmica do complexo cafeeiro do brasileiro e paranaense. O artigo identifica as vantagens
competitivas do café paranaense (verde, torrado, solúvel e especial) em relação aos
países concorrentes; discute as barreiras às importações impostas ao café brasileiro pelos
países importadores; e finaliza com as possíveis políticas públicas e privadas favoráveis
à competitividade das exportações de café.
A entrada da China na Organização Mundial do Comércio, assim como seu evidente
crescimento econômico tornam o gigante asiático um parceiro comercial atraente para
todo o mundo. Enquanto a China vai-se estabelecendo como potência mundial, o Brasil
se esforça para aumentar as relações com os chineses. O presente trabalho teve como
objetivo analisar a importância do agronegócio brasileiro nas relações comerciais entre
Brasil e China, entre os anos de 2002 a 2005. Com base na análise comparativa das
exportações e importações de cada pólo, foram considerados, na exportação, os grupos
de alimentos, bebidas, bens de consumo de alta tecnologia, bens de consumo, exceto
alimentos, bens de consumo que utilizam insumos minerais, commodities do agronegócio,
insumos industriais, material de transporte e bens de capital; na importação, o estudo foi
feito nos setores de pele e artefatos de couro, pneumáticos, material plástico, brinquedos,
transporte e moveleiro. Os resultados obtidos mostraram que, a exportação brasileira para
a China, composta principalmente por produtos básicos, consistiu dos commodities e de
insumos industriais. Por sua vez, a China exporta principalmente produtos manufaturados
para o Brasil, nos setores de brinquedos, material de plástico e material de transporte. A
China e o Brasil se revelaram economias complementares: enquanto um fornece produtos
manufaturados, o outro contribui com produtos básicos. Apesar de que, a partir de 2003,
as exportações brasileiras de commodities do agronegócio aumentaram em mais de 65%,
conclui-se que, o Brasil ainda encontra um mercado restrito na China. O interesse brasileiro
de diversificar sua pauta de exportação não tem alcançado os resultados desejados,
enquanto a China consegue ampliar seu mercado no Brasil com produtos manufaturados
de maior valor agregado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 108
Página 109
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 090 - EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS, MODELO GRAVITACIONAL, E
CARACTERÍSTICAS DOS PAÍSES IMPORTADORES.
DANIEL FERREIRA DA MATA; ROGÉRIO EDIVALDO FREITAS;
IPEA, BRASíLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Exportações; Equação gravitacional; Produtos agropecuários
Este trabalho visa estudar os determinantes das exportações agropecuárias brasileiras,
com ênfase no posicionamento geográfico dos países compradores dos produtos ofertados
pelo Brasil.
Nesses termos, utilizou-se uma especificação econométrica do modelo gravitacional,
incorporando na análise variáveis que identificassem a localização dos países importadores
da produção agropecuária nacional.
Como principais resultados da pesquisa, identificaram-se como fatores determinantes das
exportações agropecuárias do Brasil: o Produto Interno Bruto (PIB) dos países compradores,
a distância em relação a tais mercados, e a localização do país importador. Ao mesmo
tempo, a taxa de câmbio real e o nível de atividade da economia doméstica não mostraram
impactos significativos sobre as exportações brasileiras de produtos agropecuários no
período analisado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 091 - INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
DE SOJA EM GRÃO, 1986 A 2004.
TALLES GIRARDI DE MENDONÇA; LUIZ EDUARDO VASCONCELOS ROCHA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Indicadores ; Mercado Internacional; Soja; Competitividade;
Exportações
O Brasil, ao longo de todo seu processo de formação econômica, mostrou vocação
incontestável para a agricultura. Atualmente, o setor continua sendo de vital importância para
a economia nacional, uma vez que permite ao país atrair divisas através das exportações e
a geração de empregos nas áreas produtoras. Um importante setor que tem se destacado
neste cenário é o complexo soja, composto pela soja em grão, farelo e óleo de soja. Dentro
do complexo as exportações de soja em grão tem ganhado importância crescente. No
período de 1986 a 2004 a produção nacional e as exportações cresceram 297, 16% e
1. 749% respectivamente. O país é um dos principais produtores mundiais juntamente
com Estados Unidos e Argentina. O presente trabalho tem por objetivo analisar a posição
competitiva do Brasil no mercado internacional de soja em grão. Para tanto, utilizou-se
o modelo de Balassa, pelo qual é possível identificar se determinado país apresenta, ou
não, Vantagem Comparativa Revelada – VCR na comercialização de certo produto em
determinado mercado, e os de Lafay, que possibilitam identificar a Posição Relativa – POS
e a Vantagem Comparativa Revelada – VCR (Lafay) do país no mercado internacional do
produto em questão. A análise dos resultados mostrou que, apesar das deficiências de
infra-estrutura e dos subsídios agrícolas dos países ricos, as exportações de soja em grão
são altamente competitivas e que ainda há espaço para melhorar a posição competitiva
do país com relação aos seus principais competidores.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 110
Página 111
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 092 - POSSIBILIDADE DE OBTER LUCROS COM ARBITRAGEM NO MERCADO
DE CÂMBIO NO BRASIL.
FRANCISCO CARLOS CUNHA CASSUCE; CARLOS ANDRÉ DA SILVA MÜLLER;
ANTÔNIO CARVALHO CAMPOS;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, CARIBE;
Palavras-chave: arbitragem; Brasil; câmbio a vista; câmbio futuro; volatilidade
O trabalho objetivou determinar a presença de volatilidade nas taxas de câmbio a vista e
futura, detectando, assim, a presença de risco. Detectada a volatilidade procurou modelar
esta volatilidade e construir modelos capazes de prever as taxas de câmbio a vista e
futura. Diante das previsões procurou detectar se tais taxas convergiam, ou não, na data
dos vencimentos dos contratos futuros, identificando a oportunidade de obter ganhos com
arbitragem. Para isso utilizou-se modelos GARCH e TARCH, modelando a volatilidade das
taxas de câmbio. Os resultados mostraram que as taxas de câmbio futura e a vista são
muito voláteis e que o mercado de câmbio a vista apresenta assimetria sendo mais afetada
por impactos negativos. A análise de volatilidade também mostrou que os choques nas
taxas de câmbio a vista e futura perduram por um longo período de tempo. Finalmente,
diante das previsões, realizadas para ambas as taxas, detecta-se a possibilidade de obter
ganhos com arbitragem no mercado de câmbio brasileiro.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 093 - IMPACTOS DA FEBRE AFTOSA NO SETOR DE ABATE DE ANIMAIS: UMA
ANÁLISE DE EQUILÍBRIO GERAL.
ROSANE NUNES FARIA; HELOISA LEE BURNQUIST;
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIRÓZ /USP, PIRACICABA, SP,
BRASIL;
Palavras-chave: febre aftosa; restrições sanitárias; exportações; carne ; bovina
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 094 - AS BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO: IDENTIFICANDO ALGUMAS
TENDÊNCIAS.
FRANCINE ROSSI RODRIGUES; MAURÍCIO JORGE PINTO DE SOUZA; SILVIA HELENA
GALVÃO DE MIRANDA;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: REGULAMENTAÇÕES TÉCNICAS; ACORDO DE BARREIRAS
TÉCNICAS (TBT); TENDÊNCIAS; NOTIFICAÇÕES; NORMALIZAÇÃO
Nos últimos anos observa-se o crescimento de uma nova forma de protecionismo, onde
o emprego de instrumentos de regulamentação e normalização, vêm caracterizando um
novo tipo de barreira comercial. Neste contexto, o trabalho tem por objetivo apresentar
as tendências que as barreiras técnicas ao comércio vêm assumindo nos últimos anos e
identificá-las através da análise das notificações do acordo TBT da OMC. Os resultados
evidenciam que apesar do setor agroindustrial ser mais afetado pelas medidas de natureza
sanitária e fitossanitária, tem crescido em atenção também no escopo do Acordo sobre
Barreiras Técnicas. À medida que as populações se tornam mais exigentes e preocupadas
com temas como meio ambiente e segurança dos alimentos, crescem os requisitos,
em número e intensidade, sobre a regulação de embalagens, rotulagens e até sobre
os processos de produção no que tange a instituir procedimentos que garantam aos
consumidores os padrões de qualidade e segurança que desejam. Uma outra tendência
observada decorrente deste novo ambiente é o aumento de medidas que tratam não
mais apenas do produto em si comercializado, mas de medidas que impõem exigências
sobre os processos produtivos e de distribuição. Ademais, na atividade de normalização
dos principais parceiros comerciais do Brasil pôde ser constatado que os produtos das
indústrias agro-alimentares são bastante afetados, o que é de se considerar relevante dada
a importância das exportações do agronegócio para o saldo comercial brasileiro.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Com o aparecimento da febre aftosa no estado do Mato Grosso do Sul e, posteriormente,
no Paraná, em 2005, 52 países estabeleceram embargos à importação de carne bovina
brasileira. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto dessas medidas, considerando o
setor Abate de Animais e seus reflexos na economia brasileira. Para tanto, utilizou-se um
modelo de Equilíbrio Geral Computável e como base de dados fez-se uso da Matriz de
Insumo Produto de 1996 calculada pelo IBGE. Os resultados da simulação sugerem que os
embargos impostos à carne bovina brasileira teriam pequeno impacto na economia brasileira
em termos agregados. Ou seja, a simulação de uma queda de 5% nas exportações do
setor Abate de Animais, não chega a causar impactos negativos na balança comercial, no
emprego e no produto. Quando se considera os resultados em termos setoriais, no entanto,
tanto a produção, como o emprego no setor Abate de Animais apresentam retração. Os
resultados também indicam que os efeitos negativos dos embargos não ficariam restritos
à indústria de carnes, mas se estenderiam para um outro setor da economia brasileira: a
Agropecuária, uma vez que a demanda pelo produto desse setor é afetada.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 112
Página 113
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 095 - ABERTURA ECONÔMICA E CRESCIMENTO: ABORDAGEM DE THIRLWALL
PARA ESTUDOS DO DESEMPENHO DA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA.
SINEZIO FERNANDES MAIA; DANIELLA NOBREGA NUNES;
UFPB/PPGE, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL;
Palavras-chave: Crescimento Econômico; Exportações; Lei de Thirlwall; Abertura
Econômica; BALANÇA COMERCIAL
Este trabalho tem como objetivo verificar o impacto da abertura econômica sobre o
crescimento da economia brasileira a partir de uma análise da Balança Comercial, de
1990 até 2004. A abordagem está baseada na Lei de Thirlwall que versa sobre a restrição
externa como a real inibidora do crescimento de alguns países. Especificamente estima-se
um modelo econométrico que permite mensurar a taxa de crescimento do País em relação
ao resto do mundo a partir das elasticidades-renda das exportações e das importações.
Observam-se as exportações do setor agrícola em relação ao setor não-agrícola apresentou
desempenho favorável ao crescimento econômico. Além disso, observou-se também que
a partir da mudança do regime cambial brasileiro, a contribuição das exportações para o
crescimento econômico, é significativa.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 096 - ARBITRAGEM NO MERCADO CAMBIAL E DE TÍTULOS NO BRASIL:
UM TESTE ECONOMÉTRICO DA PARIDADE DE JUROS E DA MOBILIDADE DE
CAPITAL.
DANIELLA NOBREGA NUNES; SINEZIO FERNANDES MAIA;
UFPB/PPGE, JOAO PESSOA, PB, BRASIL;
Palavras-chave: Condição Paridade de Juros; Arbitragem no Mercado Cambial; Taxa de
Juros; Taxa de Cambio; Mobilidade de Capital
A relação entre a taxa de juros e a taxa de câmbio tem sido um dos temas mais investigados
na literatura empírica de macroeconomia e finanças. As vantagens que estimulam os
poupadores internacionais a canalizarem recursos para além de suas fronteiras é o incentivo
de construção de um portfório onte o gtrade off entre risco e retorno esperado é mais
favorável do que aquele alcançável em uma autarquia. Um dos arcabouços utilizado na
literatura é o teste da condição paridade de juros. O modelo é utilizado para permitir, aos
agentes, a possibilidade de arbitragem em tais mercados, bem como é utilizado para medir
a mobilidade de capital. O Brasil tem apresentado taxa de juros doméstico muito alta, o que
sugere um estímulo aos poupadores internacionais. O objetivo do trabalho é verificar se a
condição paridade de juros se mantém para o Brasil e se existe livre mobilidade de capital.
O modelo econométrico segue a tradição da literatura: onde E é o operador de esperança
matemática, que representa a expectativa de desvalorização/valorização cambial. Se os
resíduos são i. i. d., implica a aceitação da condição paridade de juros e da expectativa
proposta. é uma constante que capta a possibilidade da existência de diferenciais de juros
(capta uma medida de risco), mesmo na presença de plena mobilidade de capitais que não
dão margens a ganhos de arbitragem. A presença de autocorrelação nos resíduos indica
que erros do passado influenciam erros cometidos atualmente e que podem implicar em
mercado de câmbio ineficiente. O teste da condição paridade de juros, desta forma, deverá
conter testar se o parâmetro (isto é, testar a validade da condição paridade de juros). Além
disso, quando o modelo dá a informação de mobilidade perfeita de capital. Os resultados
obtidos sugerem a não constatação da PDJ no caso brasileiro, observando também a
pouca correlação empírica para o teste desta condição no período analisado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 114
Página 115
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 097 - COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE FRANGOS DE CORTE NO
COMÉRCIO INTERNACIONAL.
GIULIANA APARECIDA SANTINI; GESSUIR PIGATTO;
UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL;
Palavras-chave: competitividade internacional; indústria de frango; vantagens competitivas;
exportação; estratégia
O Brasil alcançou em 2004 a liderança nas exportações de carne de frango, com um volume
de 2, 4 milhões de toneladas, ultrapassando os Estados Unidos. Essa liderança foi obtida
por meio da somatória de fatores que levaram as empresas brasileiras a melhorarem sua
competitividade, frente aos concorrentes internacionais. Se a influenza aviária permitiu
que o país alcançasse mercados, que até então eram atendidos pelos países afetados
pela doença, a manutenção de vendas a esses mercados e o incremento de vendas
para outros países, deveu-se a muitas variáveis. É verdade sim, que o Brasil possui
vantagens competitivas na dotação de recursos naturais e na disponibilidade de mão-deobra, o qual lhe permite obter custos de produção mais baixos. Entretanto, muitos outros
fatores que explicam o menor custo – como a própria economia de escala na produção
– são mantidos também pelos seus concorrentes. O que faz do país o maior exportador
mundial, com crescimento significativo em termos de produção, consumo e comércio
internacional, nos últimos dez anos, são inclusive, as ações estratégicas das empresas, que
asseguram condições de confiabilidade em relação ao cliente externo, com atendimento de
especificações peculiares, manutenção do padrão de qualidade, dentre outros fatores.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 098 - O CRÉDITO BANCÁRIO COMO ESTRATÉGIA DE INSERÇÃO DAS
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS NO MERCADO INTERNACIONAL.
EVELINE BARBOSA CARVALHO;
BANCO DO BRASIL/UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: crédito bancário; pequenas e médias empresas; estratégia de exportação
; crédito nos EUA; crédito na Itália
Trata-se de estudo de caso comparativo entre Brasil, Estados Unidos e Itália sobre o crédito
bancário como fator estratégico para a participação mais efetiva das pequenas e médias
empresas, no valor das exportações. Análisa do crédito bancário, com sua conceituação,
principais características e sua utilização pelos três países, compara a estratégia de
utilização do crédito e as estratégias de apoio governamental nos três países e analisa
como as pequenas e médias empresas respondem a esses estímulos. Descrição das
principais linhas de crédito para exportação no Brasil, com seus facilitadores e entraves
burocráticos, que dificultam o acesso para as pequenas e médias empresas. Com base
em análise estatística e apresentação de estudos de caso são sugeridas estratégias para
tornar o crédito, no Brasil, mais acessível e capaz de trazer resultados mais expressivos
para as exportações brasileiras.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 116
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 099 - MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS APLICADOS AO SETOR DE
EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE FLORES DE CORTE.
LILIAN CRISTINA ANEFALOS; MARIO ANTONIO MARGARIDO;
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: floricultura; exportação; programa Florabrasilis; série temporal; modelo
VAR
O objetivo principal deste trabalho é analisar as exportações brasileiras de flores de corte no
período de 1996 a 2005, com o intuito de verificar as relações entre o volume exportado, o
preço doméstico e a taxa de câmbio. Para isso foram estimados parâmetros de transmissão
de informações que compõem esse mercado, a fim de estudar o relacionamento entre essas
variáveis, por meio de função de resposta de impulso e decomposição da variância dos erros
de previsão empregando-se o Modelo Auto-regressivo Vetorial (VAR) com variável exógena
(para captar os possíveis efeitos do programa Florabrasilis sobre o volume exportado de
flores de corte). Os resultados mostraram que há relações de causalidade unidirecional em
que o volume exportado de flores é influenciado pelo comportamento da taxa de câmbio,
conforme era esperado, e em que as exportações de flores de corte interferem nos preços
domésticos, porém não se verificou influência do programa Florabrasilis diretamente sobre
as exportações no período analisado. Com relação aos efeitos de choques não antecipados
na quantidade exportada, na taxa de câmbio e nos preços domésticos sobre a quantidade
exportada pôde-se verificar que nos três casos houve ajuste mais turbulento nos doze
primeiros meses após o choque, revelando dificuldade de adaptação desse mercado nesse
período devido a fatores internos e externos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 100 - TURISMO E MUDANÇAS SOCIOCULTURAIS EM CONCEIÇÃO DE
IBITIPOCA, MG: DA REESTRUTURAÇÃO DA ESFERA PRODUTIVA À CHEGADA DE
NOVOS ATORES SOCIAIS, UM ESPAÇO RURAL EM TRANSFORMAÇÃO.
BRUNO PEREIRA BEDIM; DRA. MARIA APARECIDA DOS SANTOS TUBALDINI;
UFMG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MG,
BRASIL;
Palavras-chave: Turismo; Comunidade Rural; Tranformações; Cultura local; Ibitipoca
Tendo em vista as particularidades que permeiam a trajetória histórico-social do povoado
rural de Conceição de Ibitipoca e seu entorno, o artigo discute as mudanças socioculturais
decorrentes da implementação do turismo na região, a partir da análise de dois aspectos
de organização social da comunidade: a reestruturação da esfera produtiva e a chegada de
novos atores sociais. Para tanto, lança-se mão da história oral de agentes locais envolvidos
no processo, relacionando tais relatos à pesquisa documental. Os resultados revelam que a
diferenciação ocorrida na estrutura ocupacional da comunidade, aliada à intensificação dos
conflitos entre os antigos moradores “nativos” e os recém-chegados “forasteiros”, alteram
significativamente aspectos da dinâmica social local, reconfigurando assim as estratégias
de reprodução social das famílias no espaço rural.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 117
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 101 - ESPECTRO ESTRUTURAL DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL NAS
MICRORREGIÕES DE VALENÇA, ILHÉUS-ITABUNA E PORTO SEGURO, ESTADO
DA BAHIA.
HENRIQUE TOMÉ DA COSTA MATA; VALTER ALVES NASCIMENTO; RONDINELI
SANTOS CALDAS;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DA BAHIA - UESC, ILHÉUS, BA,
BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento regional; desenvolvimento econômico; regiões
econômicas; estrutura regional; Economia regional
O artigo faz parte de uma proposta de trabalho inicial que visa aproveitar a base de dados
da Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado da Bahia em
estudos e textos de reflexão sobre o panorama de desenvolvimento regional no Estado.
Os dados disponíveis permitem a elaboração em diferentes níveis de agregação no plano
geo-espacial, cultural, social, econômico e ambiental, de espectros sobre a economia
regional. Nesta perspectiva, neste primeiro instante, o objetivo visou à realização de uma
abordagem estrutural do padrão de desenvolvimento das microrregiões de Valença, IlhéusItabuna e Porto Seguro, todos componentes das Regiões Econômicas Litoral e Extremo
Sul. A metodologia adotada constou da delimitação dos espaços microrregionais e seus
respectivos municípios, e, através de procedimentos de tabulação e descrição, a análise
em agregado de alguns indicadores da atividade produtiva. Recorreu-se para isso, às
informações da atividade agrícola, em termos de culturas permanentes e temporárias, área
colhida, valor da produção, consumo de energia elétrica, financiamentos agropecuários
e tributos federais e estaduais arrecadados e distribuídos nos anos 2000 e 2001. Os
resultados obtidos conduziram à conclusão de que, atrelado à questão distributiva e ao
problema de concentração das atividades econômicas existe um conjunto relevante de
variáveis que provavelmente determina o padrão desigual de desenvolvimento regional.
Observou-se uma elevada concentração no padrão de consumo regional de energia e
diferenças marcantes nos valores médios dos agregados usados nas comparações. A
microrregião de Porto Seguro composta de 21 municípios foi a que apresentou o melhor
padrão geral de desenvolvimento regional.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 102 - GESTÃO TERRITORIAL DO AGRONEGÓCIO - O CASO DA REGIÃO
NORDESTE DO ESTADO DE S. PAULO.
EVARISTO EDUARDO DE MIRANDA; CRISTINA CRISCUOLO; CARLOS FERNANDO
QUARTAROLI; MARCELO GUIMARÃES;
EMBRAPA MONITORAMENTO POR SATÉLITE, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: GESTÃO TERRITORIAL; AGRONEGOCIO; USO DAS TERRAS; ABAG;
GEOTECNOLOGIA
A região nordeste do Estado de São Paulo concentra parcela significativa do agronegócio
brasileiro. Seu PIB, superior a 25 bilhões de dólares, é maior que o do Uruguai e sua renda
per capita é o dobro da Argentina. São 125 municípios que ocupam 51. 725 km2, 20, 83%
da área do Estado. O agronegócio regional busca cada vez mais participar da formulação
das políticas públicas territoriais e necessita de informações atualizadas sobre a dinâmica
espacial do uso e ocupação das terras. Para atender essas necessidades, a Embrapa
Monitoramento por Satélite, em parceria com o projeto temático ECOAGRI, financiado pela
FAPESP e com o apoio da Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto – ABAGRP, estruturou um sistema de gestão territorial do agronegócio para essa região.
O trabalho incluiu o mapeamento do uso e cobertura das terras em 1988 e 2003, com base
em imagens de vários satélites e trabalhos de campo, além de uma base de dados com
indicadores agro-sócio-econômicos para cada classe de uso agrícola das terras. Grande
parte dessa informação está disponível na Embrapa Monitoramento por Satélite (www.
cnpm. embrapa. br). O sistema de gestão territorial está sendo utilizado pela ABAG-RP para
espacializar dados sócio-econômicos e simular cenários evolutivos para o agronegócio e
seus impactos, em função de possíveis políticas públicas para agricultura e meio ambiente.
Este trabalho exemplifica os métodos desenvolvidos e o seu potencial para apoiar a
formulação de políticas públicas de impacto territorial. Ele analisa a retração, a manutenção
e a expansão de culturas e os impactos sócio-econômicos decorrentes sobre emprego,
renda e arrecadação de impostos, a partir do caso da cana-de-açúcar. A perspectiva de
estender esta pesquisa para o conjunto do Estado de São Paulo está sendo considerada
por agentes do agronegócio comprometidos com a sustentabilidade no uso e ocupação
das terras e com a formulação das políticas públicas requeridas para tal objetivo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 118
Página 119
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 103 - A MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA NOS MUNICÍPIOS DA MESORREGIÃO
CAMPO DAS VERTENTES: UMA APLICAÇÃO DE MÉTODOS DE ANÁLISE
MULTIVARIADA.
FABRÍCIO OLIVEIRA CRUZ; CLAUDINEY GUIMARÃES RIBEIRO; IVIS BENTO DE
LIMA;
UNIVERDIADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI - UFSJ, SÃO JOÃO DEL REI, MG,
BRASIL;
Palavras-chave: modernização; agricultura; Campo das Vertentes; análise fatorial; análise
de cluster
A atividade agrícola brasileira é historicamente grande geradora de divisas e empregadora
de mão-de-obra para o país. Dada sua importância, estudos com o intuito de mensurar
ou classificar variáveis do setor primário ganham importância no cenário econômico. A
modernização agrícola está associada a uma produção apoiada no uso combinado e
intensivo de insumos modernos, tais como máquinas e tratores, fertilizantes químicos e
corretivos e controle químico de pragas e doenças, que resulta em alta produtividade do
trabalho e da terra. Esse estudo visou fazer um diagnóstico do nível de modernização
agrícola dos municípios que compõem a mesorregião Campo das Vertentes a qual
é constituída por três microrregiões que englobam um total de 36 municípios. Nesse
sentido, foram selecionadas 17 variáveis que formaram um conjunto de 21 indicadores
de modernização. A metodologia utilizada para o estudo foi a análise fatorial e a análise
de cluster. O processo de análise fatorial foi eficaz na redução dos dados e considerado
factível para a realização do estudo dada a aceitação dos testes de KMO e Bartlett. Foram
considerados quatro fatores que explicaram 78, 91% da variância total, os quais foram
definidos como uso da terra (F1), relação capital/trabalho (F2), financiamentos e despesas
gerais (F3) e despesas com assistência técnica e insumos (F4). A partir dos escores fatorias,
a análise de cluster possibilitou a formação de cinco grupos de modernização. Para a
hierarquização e classificação dos mesmos criou-se um índice bruto de modernização, a
partir dos escores fatoriais médios de cada grupo. Conclusivamente, pode-se dizer que a
mesorregião apresentou nível de modernização relativamente baixo, uma vez que cerca
de 59% dos municípios encontram-se no grupo de menor nível de modernização.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 104 - DIAGNÓSTICO SOCIO-ECONÓMICO Y AMBIENTAL DE LA REGION
DEL CAMPO EXPERIMENTAL DE LA UNIVERSIDAD NACIONAL DE RIO CUARTO
- CÓRDOBA – ARGENTINA.
ROBERTO TORMES MACHADO; CARLOS COWAN ROS; ALCIDES JUVENAL RICOTTO;
LENADRO SABANÉS; MARIA VILLABERDE;
UNRC, RIO CUARTO, ARGENTINA;
Palavras-chave: Diagnostico; Meio Ambiente; Desenvolvimento ; sustentabilidade; geração
de renda
El área de influencia del Campo Experimental de la UNRC, es un territorio de especial
interés para estudiar procesos de transformación de la estructura agraria y para pensar
el papel que la Universidad pudiera cumplir. Esta investigación busca identificar las
transformaciones ocurridas en la última década con relación a la estructura agraria, el uso
del suelo, la percepción de los agricultores respecto al medio ambiente y a las relaciones
sociales. El territorio de estudio se encuentra ubicado en el Departamento Río Cuarto y
esta conformado por las colonias La Aguada, Rodeo Viejo, La Piedra, y La Barranquita.
A través de la implementación de entrevistas a agricultores e informantes calificados y
analizando información secundaria podemos observar que el Departamento Río Cuarto, ha
sufrido una fuerte disminución en el número de establecimientos agropecuarios, al mismo
tiempo en que los pool de inversiones concentran el control de grandes extensiones de
tierra, lo cual resultaría en una importante disminución del protagonismo de los agricultores
locales. En cuanto al territorio en estudio se evidenciaría la transformación de una realidad
caracterizada (al inicio de 1990) por una heterogeneidad de agricultores que disponían
de diferentes recursos (tierra y capital) e implementaban una diversidad de estrategias
productivas, para una realidad de menor diversidad con relación al tipo de agricultores (ya
que mucha tierra está en manos de los pool de siembra) y con relación a las estrategias
productivas, ya que la soja se habría difundido masivamente desplazando a otras actividades
tradicionales de la región. Además, los asuntos ambientales aparecen como una cuestión
importante, siendo la erosión hídrica el principal problema mencionado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 120
Página 121
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 105 - O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO E SEUS EFEITOS EM COMUNIDADES
RECEPTORAS: UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE CARRANCAS-MG.
BRUNO MARTINS AUGUSTO GOMES; MARCELO MÁRCIO ROMANIELLO; MARCELO
ALEXANDRE CORREIA SILVA; ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOS;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento; Turismo; Efeitos; Comunidades; Carrancas
SSD 107 - A ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE LEITE DE ÁGUAS BELAS COMO
AGENTE DE DESENVOLVIMENTO.
DANIELA MOREIRA CARVALHO; GILVANDO SÁ LEITÃO RIOS;
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Associativismo; Desenvolvimento Local; Pecuária Leiteira ; Atores locais;
Pequena Produção
O turismo nos moldes em que se apresenta atualmente vem despertando um crescente
interesse da sociedade desde o século XIX. Porém, apenas no século XX, com os avanços
tecnológicos que a atividade se consolidou. Com o crescimento no número de pessoas
viajando a lazer no século passado, pesquisadores interessados no fenômeno passaram
a refletir sobre seus efeitos não só econômicos, como também sociais, ecológicos e
culturais. Fundamentando-se nestas abordagens teóricas que enfatizam não apenas os
efeitos econômicos do turismo, mas o compreende de maneira sistêmica, esse trabalho
busca analisar as influências do turismo em comunidades receptoras. Para tanto foi feita
uma revisão de literatura sobre o tema e em seguida buscou-se identificar esses efeitos
através de um estudo de caso no município de Carrancas, sul de Minas Gerais. Pode-se
constatar que o turismo traz uma série de efeitos para a comunidade receptora, porém de
acordo com o estágio de evolução da atividade estes efeitos não são percebidos por esta.
Constatou-se também que ao aplicar as proposições teóricas em uma determinada realidade
é possível identificar nesta, indicadores que sinalizam o estágio de desenvolvimento da
atividade e conseqüentemente os efeitos que ela está gerando ou que tende a gerar.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
O Desenvolvimento Local ganha espaço dentro das análises de desenvolvimento por
propor um desenvolvimento mais calibrado às diferenças culturais, econômicas, políticas
e sociais de cada região. No meio rural brasileiro o agronegócio desponta como um dos
mais eficientes e competitivos do mundo, mas também a pobreza rural como uma das
maiores mazelas da sua sociedade e nessa realidade a pecuária leiteira é uma atividade
importante, social e economicamente por abranger uma grande parcela de pequenos
produtores. Dentro deste contexto o objetivo do trabalho foi analisar e desvendar o papel
da Associação de Produtores de Leite de Águas Belas como agente de desenvolvimento
local na ótica dos atores envolvidos. A metodologia utilizada foi estudo de caso, utilizando
observação, entrevistas semi-estruturadas e conversas informais. O estudo evidencia que
a Associação cumpre uma série de indicadores de desenvolvimento, geração de emprego
e renda, acesso a crédito rural, acesso a novas tecnologias, parcerias institucionais
importantes, que demonstram um papel fundamental no desenvolvimento local. Entretanto
a abrangência da associação ainda é muito limitada aos associados, a sustentabilidade
social é frágil (incidência de participação objetiva e baixa participação subjetiva).
SSD 106 - RISCO DE LIQUIDEZ EM COOPERATIVAS DE CRÉDITO: UMA ABORDAGEM
A PARTIR DO MODELO LOGIT MULTINOMIAL.
ROSIANE MARIA LIMA GONÇALVES; MARCELO JOSÉ BRAGA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: cooperativas de economia e crédito mútuo; risco de liquidez; logit
multinomial; Minas Gerais; indicadores financeiros
O risco de liquidez nas instituições financeiras está associado ao desequilíbrio entre os
ativos negociáveis e passivos exigíveis. Outros fatores também afetam a liquidez das
cooperativas de crédito, como a maior utilização da cooperativa para empréstimos do que
para depósitos e a incapacidade em promover a diversificação geográfica e de produtos.
Nesse sentido, esse estudo objetivou verificar, a partir de indicadores financeiros, se as
cooperativas de economia e crédito mútuo de Minas Gerais estão em risco de liquidez e
quais os determinantes desse risco. Foi utilizado o modelo de regressão logit multinomial,
sendo as cooperativas classificadas em muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto risco
de liquidez. Os resultados analisados indicaram que valores menores dos indicadores
utilização de capital de terceiros e provisionamento e valores maiores dos indicadores
depósito total/operações de crédito e logaritmo do total de ativos tornam essas instituições
mais líquidas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 122
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 108 - TITULO: A ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE P&D AGRÍCOLA EM
CUBA A PARTIR DOS ANOS 90: CONFRONTOS E DESAFIOS NO SECULO XXI.
LAZARO CAMILO RECOMPENZA;
UFMT, CUIABá, MT, BéLGICA;
Palavras-chave: INOVAÇÃO NA AGROPECUARIA; CIÊNCIA E TECONOGIA; PESQUISA
E DESENVOLVIMENTO; DESENVOLVIMENTO LOCAL; AGRONEGOCIO
O objetivo deste trabalho é analisar a organização das atividades de P&D agropecuária
em Cuba e os principais procedimentos metodológicos utilizados para este fim no período
pós- revolução, especificamente a partir dos anos 90 após o “derrumbe” ou derrubada do
campo socialista e da URSS. Discute-se o modelo linear de organização das atividades
de P&D aplicado em Cuba (a partir, da experiência dos países socialistas) e os principais
confrontos e desafios a enfrentar a partir das mudanças ocorridas na economia cubana em
função do desaparecimento do bloco socialista. Assim para cumprir o objetivo proposto o
trabalho é divido em três etapas: a primeira de 1959-1974 nomeada: “Etapa de promoção
dirigida da ciência”, a segunda abarca o período de 1975-1989 chamada: “O modelo de
direção centralizado das atividades de P&D”, e a última de 1990 até os dias de hoje,
batizada: “O novo Sistema Nacional de Ciência, e Inovação Tecnológica”.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 123
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 109 - PRINCIPAIS CAUSAS DO NÃO ASSOCIATIVISMO ENTRE AGRICULTORES
FAMILIARES DO MUNICÍPIO DE NOVA PALMA (RS, BRASIL) E ESTRATÉGIAS DE
EXTENSÃO.
ADRIANO LAGO; PEDRO DE HEGEDUS; JOÃO A. DESSIMON MACHADO; SILMARA
FAGAN;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS,
BRASIL;
Palavras-chave: ASSOCIATIVISMO; COOPERAÇÃO; METODOLOGIA Q
Este estudo busca tecer avaliações sobre as causas do não associativismo entre
agricultores familiares do município de Nova Palma, RS, Brasil. Inicialmente trabalhou-se
com informantes qualificados a fim de construir as afirmações necessárias para a condução
da metodologia. De posse das afirmações aplicou-se estas a 32 agricultores familiares
de diferentes comunidades de Nova Palma, a fim de buscar a subjetividade dos mesmos.
Com os resultados em mãos partiu-se para a análise, contando com o auxílio de um
programa estatístico denominado PCQ. Os resultados obtidos apontam a existência de três
tipologias de agricultores: favoráveis ao associativismo; não favoráveis ao associativismo;
independentes. Baseado nestas tipologias e seus fatores, percebe-se que os agricultores
estudados não se associam por: a) características das pessoas (o individualismo; as
pessoas que não se adaptam a esta modalidade de trabalho) e b) características das
associações (as associações não possuem objetivos claros). Desta forma, procurou-se
tecer algumas estratégias de extensão a fim de superar estas causas do não associativismo.
Em essência as associações devem possuir objetivos claros, principalmente no que se
refere a aspectos econômico, e demonstrar aos agricultores que é necessário trabalharem
juntos para alcançar esses objetivos. Evidenciou-se ainda a necessidade das associações
interagirem mais com a cooperativa local e com outras entidades de apoio.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 110 - O PROGRAMA SAI E SEU EFEITO NA CAPACITAÇÃO DO EMPRESÁRIO
RURAL DO ALTO TIETÊ - SP.
EMERSON MORAIS VIEIRA; THOMAS NITZSCHE; ADRIANI KOLLER DA SILVA;
SEBRAE SP, MOGI DAS CRUZES, SP, BRASIL;
Palavras-chave: CADEIA PRODUTIVA; PROGRAMA SAI; Empresário Rural; Treinamento
Rural; Alto Tietê
A região do Alto Tietê caracteriza-se por uma das mais produtivas regiões agrícolas do país,
concentrando sua produção nas cadeias das hortaliças folhosas, cogumelos comestíveis,
caqui, nêspera e flores. Com uma concentração de aproximadamente 80% de pequenos
produtores rurais com áreas de até 20 hectares, exige dos atores locais um elevado grau de
sinergia para que possam efetivamente implantar seus recursos financeiros, econômicos,
produtos e serviços em prol do desenvolvimento territorial.
O estudo aborda a importância do esforço coletivo do SEBRAE/SP, Sindicato Rural de Mogi
das Cruzes e CATI/EDR Mogi das Cruzes, que implantaram um programa conjunto para
atuarem no setor agrícola a partir de 1997. Mostra, também, que a partir do ano de 2001,
por meio do Programa SAI, convênio realizado entre estes parceiros, o acesso do produtor
rural a capacitação é ampliado, refletindo numa mudança da rede de atores locais, com a
organização de novos grupos de produtores.
Observou-se, também, a importância de disponibilizar um conjunto de meios para o
produtor se capacitar, não só através de cursos, mas também, no intercâmbio com outros
elos da cadeia.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 124
Página 125
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 111 - ATORES SOCIAIS RURAIS, GOVERNANÇA LOCAL E DESENVOLVIMENTO
RURAL NA AMÉRICA LATINA.
ANTONIO CÉSAR ORTEGA;
UFU, UBERLÂNDIA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: atores sociais; representação de interesses; desenvolvimento rural;
governança local; descentralização
SSD 113 - DISCUTINDO A MUDANÇA DE PARADIGMA NA ATUAÇÃO DAS
ORGANIZAÇÕES SINDICAIS DE TRABALHADORES RURAIS.
PAULO AGUIAR DO MONTE; ANA ELIZABETE DA S. PEREIRA;
UFPB, JOAO PESSOA, PB, BRASIL;
Palavras-chave: ORGANIZAÇÕES SINDICAIS; TRABALHADOR RURAL; NEGOCIAÇÕES;
CENTRAIS SINDICAIS; CONTAG
Procura-se, neste artigo, destacar toda multiplicidade de interesses que emergem nas
comunidades rurais da América Latina em geral, e de três países em particular (Brasil,
México e Chile), para que apreender o ambiente local em que as políticas agropecuárias,
particularmente as de caráter descentralizadas, se inserem. Assim, foi importante
resgatarmos as raízes recentes dos processos que criaram um aparente consenso em torno
da descentralização das políticas públicas em geral, e agropecuária em particular, com vistas
ao desenvolvimento rural para, depois, verificar as particularidades em cada país. Dessa
maneira, concluímos que essas políticas de descentralização vêm reservando espaços cada
vez mais significativos para a participação social, com a construção de novos modelos de
governança, em que a ação coletiva facilita a articulação em torno de projetos comuns de
desenvolvimento rural. Inclusive, procura-se enfatizar que, essa maior organização social
local, favorece a inserção produtivo nos mercados de produtos e serviços.
A análise desenvolvida neste trabalho tem como objetivo discutir a trajetória do sindicalismo
rural no Brasil, com ênfase no movimento sindical dos trabalhadores e as mudanças no
paradigma de suas reivindicações.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 112 - ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DO ESPAÇO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE
O \\\\\\\\.
ANGELICA MASSUQUETTI;
UNISINOS, SÃO LEOPOLDO, RS, BRASIL;
Palavras-chave: campo acadêmico; ciências sociais; produção do conhecimento; rural;
conflitos sociais
As recentes transformações observadas na economia brasileira (o desenvolvimento
tecnológico e a mecanização no campo, a reestruturação industrial, o crescimento do
desemprego rural, da precarização e da informalização das relações de trabalho) trouxeram
implicações no mercado de trabalho que refletiram diretamente nas organizações sindicais
dos trabalhadores rurais.
Até os anos oitenta, a greve era o principal instrumento de reivindicação às políticas
de correção salarial e de reforma agrária. Em seguida, tem se verificado uma mudança
no paradigma de atuação dos movimentos sindicais. A pauta de negociação passou a
acrescentar novas questões, afastando-se da prática de confrontação, sua marca registrada,
para se transformar em um sindicalismo de negociação. Em decorrência, os sindicatos rurais
perderam representatividade e tornaram-se cada vez mais dependentes de Governo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Resumo: O campo acadêmico das Ciências Sociais, no Brasil, foi institucionalizado por
meio da criação, da expansão e da consolidação dos centros de pós-graduação destas
ciências no país, principalmente, a partir dos anos sessenta. Estes centros de produção
do conhecimento produziram, ao longo do tempo, os produtores e os produtos vinculados
a vários temas, como os estudos sobre o “rural” brasileiro. A existência de um conjunto de
pesquisadores e da produção destas pesquisas confirma o interesse dos mesmos, bem
como de instituições de financiamento destas investigações, na construção de um espaço
de reflexão sobre o “rural”, num sentido amplo, e de temas específicos, como os conflitos
sociais no campo no Brasil. O objeto de estudo deste artigo foi a constituição do espaço
de produção do conhecimento a respeito do “rural” realizada no campo acadêmico das
Ciências Sociais.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 126
Página 127
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 114 - CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS E LIMITES A AÇÃO ESTRATÉGICA:
REDES DE RECURSOS DE PODER EM PERSPECTIVA COMPARADA.
JEOVAN DE CARVALHO FIGUEIREDO; LUIZ FERNANDO PAULILLO;
UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Institucionalismo; estratégia; pecuária de corte; pecuária leiteira; estudo
de caso
O objetivo deste trabalho é determinar como as características estruturais das diferentes
redes de poder na pecuária de Mato Grosso do Sul influenciam a ação estratégica dos
atores nelas inseridos. Para tanto, foi empreendido um estudo de múltiplos casos. No caso
da rede láctea, adotou-se como unidade de análise o processo político que resultou a
inclusão do leite pasteurizado tipo C nas aquisições do Governo Estadual de Mato Grosso
do Sul, destinadas a um programa social específico, o Programa de Segurança Alimentar
e Nutricional (PSAN). Por sua vez, a unidade de análise da rede da bovinocultura de corte
foi o Programa de Melhorias na Cadeia Produtiva da Carne, orquestrado pelo Serviço de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso do Sul. Os resultados indicam que
a rede de poder territorial da bovinocultura de corte pode ser vista como uma comunidade
política, arranjo em rede já conhecido na literatura, e que a rede de poder láctea, fracamente
integrada e com múltiplos participantes, configura um outro tipo específico, que se aproxima
do modelo ideal de rede difusa. Os resultados deste estudo indicam que os diferentes
tipos estruturais das redes, geram diferentes possibilidades para os atores que agem
estrategicamente nas redes.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 115 - AVALIAÇÃO DE PROGRAMA PÚBLICO DE DESENVOLVIMENTO NO.
LUIZ HENRIQUE SILVESTRE; HENRI CÓCARO; EXZOLVILDRES QUEIROZ NETO;
EDUARDO MAGALHAES RIBEIRO;
UFLA, LAVRAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: politica publica; desenvolvimento; segurança alimentar; vale do
Jequitinhonha; Minas Gerais
O presente estudo tem como objetivo avaliar o Prosan – Programa Mutirão de Segurança
Alimentar e Nutricional implantado no estado de Minas Gerais em 2003, buscando identificar
o seu nível de adaptação à realidade local, às especificidades de cada região e os elementos
que garantem esta condição. A região estudada foi o Alto e Médio Jequitinhonha, sendo
entrevistados membros da comissão coordenadora do programa na região e beneficiários
relacionados a sete projetos apoiados. Verificou-se que o programa usa uma metodologia
inovadora, baseada na valorização das iniciativas existentes na região e que a maior parte
dos recursos são aplicados em atividades fins (apoio à projetos de desenvolvimento). Para
que estes resultados sejam atingidos, o programa conta com um modelo de gestão baseado
na participação de atores locais e também com uma estrutura de suporte aos projetos que
envolve poder público e sociedade civil, minimizando os riscos dos empreendimentos.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 116 - AUTONOMIA E DEPENDÊNCIA NA ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS
AGRICULTORES DO PROJETO CINTURÃO VERDE DE ILHA SOLTEIRA.
CARLOS AUGUSTO MORAES E ARAUJO; ROSÂNGELA ROSÂNGELA; LUIS ANTONIO
BARONE; MARIA APARECIDA TARSITANO;
FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA - UNESP, ILHA SOLTEIRA, SP,
BRASIL;
Palavras-chave: associação de produtores; autonomia; dependência; assentamento;
Cinturão Verde de Ilha Solteira
Implantado em 1984, o Projeto Cinturão Verde de Ilha Solteira é o único projeto de
assentamento rural da Cesp, uma vez que todos os demais são projetos de reassentamento,
e caracteriza-se pela tentativa de constituição, em Ilha Solteira, de um pólo de produção
de alimentos como uma das medidas de transformação do núcleo urbano / alojamento
provisório em cidade. Em novembro de 1987, a partir de um trabalho conduzido pela equipe
técnica da Cesp, foi criada a Associação dos Pequenos Agricultores do Projeto Cinturão
Verde de Ilha Solteira, a qual ao longo dos 18 anos de existência passou por diversos
momentos e vicissitudes. Graças à atuação de diferentes mediadores, a Associação
conseguiu reunir uma significativa quantidade de máquinas e implementos agrícolas, o que
a caracteriza, na prática, como uma Associação de Máquinas. Apesar desta expressiva
patrulha agrícola, que confere à organização uma aparência de instituição sólida e estável
economicamente, a gestão da Associação é bastante dependente do aporte de recursos
provenientes do poder público municipal, os quais por sua vez, apesar de garantidos
por mecanismos legais, estão condicionados às relações políticas entre os dirigentes da
associação e os ocupantes do poder público municipal, evidenciando os limites e fragilidades
da autonomia da Associação.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 117 - ILUMINANDO SINGULARIDADES E SENTIDOS EM UMA EXPERIÊNCIA DE
OCUPAÇÃO E DE ACAMPAMENTO.
GEMA GALGANI S. L. ESMERALDO;
UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: ocupação; acampamento; singularidade; agricultura; singularidade na
agricultura
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Este artigo propõe-se a construir uma cartografia dos sentidos atribuídos por trabalhadores
rurais às experiências de ocupação e de acampamento. Para isso realizo um estudo de
caso junto ao Assentamento José Lourenço, situado no município de Chorozinho, Estado do
Ceará. Este trabalho acompanha a formação e dinâmica dessas conexões e problematiza as
tentativas de ruptura desses agentes com o modelo molar de representação da sociedade e
as produções moleculares como invenção social. Trata ainda de identificar as condições nas
quais se gestam a ocupação e o acampamento; de descobrir as singularidades produzidas
e vivenciadas em cada etapa da luta pela terra; de dar visibilidade às criações para a gestão
dos conflitos oriundos do fora e do dentro e de perceber no interior da insubordinação lutas
pelo reconhecimento da diferença.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 128
Página 129
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 118 - A ESTIMAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DE CAFÉ CRU EM GRÃO BRASILEIRAS
NO PERÍODO DE 1997 A 2003.
DIONE FRAGA DOS SANTOS; MARIA ISABEL AZEVEDO ALVIM;
UFJF - FEA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: séries temporais; diagrama “back to back”; exportação
Com o intuito de avaliar o efeito das exportações de café sobre algumas variáveis
macroeconômicas: quantidade exportada, preço de exportação, preço interno, PIB (Produto
Interno Bruto) real e taxa de câmbio real foi especificado um modelo econométrico para a
oferta de exportação compreendendo o período de janeiro de 1997 a dezembro de 2003.
A metodologia empregada para medir os impactos das exportações de café nas variáveis
macroeconômicas foi a de séries temporais. Incorporou-se uma análise gráfica a partir
do diagrama back to back analisado por Barros (2003). Utilizou-se ainda a equação de
excesso de oferta para definir a oferta por exportação de café.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 119 - A IMPORTÂNCIA DO CRÉDITO AGRÍCOLA E DA EDUCAÇÃO NA
DETERMINAÇÃO DO PRODUTO PER CAPITA RURAL: UM ESTUDO DINÂMICO EM
PAINÉIS DE DADOS DOS MUNICÍPIOS PARANAENSES.
DARLAN CHRISTIANO KROTH; JOILSON DIAS; FABIO AUGUSTO GIANNINI;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGA-PR, MARINGA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Política agrícola; crédito rural; educação; painel de dados; causalidade
O principal objetivo deste trabalho é o de verificar a importância da política de crédito
agrícola, especialmente os créditos de investimento e de custeio, bem como da educação
para o produto per capita rural. Juntamente verificamos de forma indireta duas variáveis
estruturais importantes que podem afetar a produtividade rural que são as cooperativas
e as ferrovias. Como inovação estimamos um modelo econométrico em painéis de dados
dos municípios parananenses para o período 1999 – 2003. Nos testes econométricos
verificamos que não existe diferença substancial entre os efeitos fixos e aleatórios, no
entanto estes modelos assumem a priori que o crédito agrícola e o nível educacional são
estritamente exógenos. Como existe a possibilidade de efeito causalidade inversa, optamos
por estimar um modelo dinâmico em painel de dados, onde exige-se somente a condição
de que as variáveis explicativas não estejam correlacionadas com a condição inicial.
Nossas estimativas demonstraram que somente o crédito agrícola para custeio possui
exogeneidade contemporânea e explica grande parte das variações no produto per capita
rural. A presença de cooperativas e ferrovias também demonstrou não ser significante no
modelo dinâmico. Acreditamos que a insignficância encontrada no modelo dinâmico da
variável nível de escolaridade dos munícipes como um todo, deve-se a proxy utilizada.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 120 - O CRÉDITO RURAL OFICIAL E A AGRICULTURA DE MATO GROSSO:
1993 A 2001.
JANICE ALVES LAMERA; SANDRA CRISTINA DE MOURA BONJOUR; ADRIANO
MARCOS RODRIGUES FIGUEIREDO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO/ECONOMIA, CUIABA, MT, BRASIL;
Palavras-chave: crédito rural ; Mato Grosso; agricultura; concentração; custeio
Este trabalho analisou a distribuição dos recursos disponíveis do crédito rural para a
produção agrícola em Mato Grosso entre 1993 e 2001, e a relação entre o crédito rural em
diferentes finalidades e esta produção. Perceberam-se relações fortes entre área colhida e
produção, e pouco efeito do crédito oficial de custeio, refletindo a mudança das fontes do
crédito de custeio que migraram para o crédito informal. Observaram-se as variações do
crédito de investimento e de comercialização no estágio de desenvolvimento das culturas,
comprovando a importância destes nos últimos anos. Os indicadores de concentração de
Herfindahl-Hirschman evidenciaram oscilações significativas entre os anos e finalidades,
com relativa desconcentração nos três últimos anos. A análise econométrica, com dados
de seção cruzada e série temporal, possibilitou a obtenção de resultados desagregados
para as diferentes regiões do Estado, mas não confirmou a importância do crédito formal
para a produção agrícola de Mato Grosso.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 121 - ANÁLISE DOS PRINCIPAIS TRIBUTOS INCIDENTES NA CADEIA DE CARNE
BOVINA BRASILEIRA.
MARIUSA MOMENTI PITELLI; CARLOS JOSÉ CAETANO BACHA;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: cadeia da carne bovina; tributos; sonegação; Brasil; São Paulo
RESUMO: O objetivo desse trabalho é analisar os principais tributos incidentes sobre a
cadeia de carne bovina brasileira, ressaltando as formas de sua sonegação. Os tributos
considerados neste trabalho são: ITR, PIS/COFINS, ICMS, FUNRURAL, INSS, IRPJ,
CSLL e CPMF. A metodologia utilizada é a análise tabular e gráfica dos dados primários e
secundários. Os dados primários foram obtidos através de entrevistas com alguns agentes
que operam na cadeia em análise. Os dados secundários são, principalmente, de órgãos
públicos. Constata-se que o sistema tributário brasileiro é complexo, ocorrendo a incidência
de tributos em cascata o que, juntamente com a alta carga tributária incidente e a fraca
fiscalização, induz os agentes à sonegação. Conclui-se, através das entrevistas, que as
práticas de sonegação mais comuns se referem ao ICMS. O trabalho encerra com algumas
sugestões para reverter esse quadro.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 130
Página 131
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 122 - AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA
AGRICULTURA FAMILIAR-PRONAF GRUPO B EM MINAS GERAIS.
FÁTIMA MARÍLIA ANDRADE DE CARVALHO; ANA BÁRBARA CARDOSO
ALVARENGA;
UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: PRONAF; POLÍTICAS PÚBLICAS; AGRICULTURA FAMILIAR;
MICROCRÉDITO; FINANCIAMENTO RURAL
SSD 124 - PERSPECTIVAS PARA A CAPRINOCULTURA NO BRASIL: O CASO DE
PERNAMBUCO.
BRENO RAMOS SAMPAIO; YONY DE SÁ BARRETO SAMPAIO; RICARDO CHAVES
LIMA; AMANDA AIRES VIEIRA; GUSTAVO RAMOS SAMPAIO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Caprinocultura; Cadeia Produtiva; Perspectivas; Pernambuco; Análise
de Mercado
Este estudo trata da análise de uma das linhas de crédito do Programa Nacional de
Apoio á Agricultura Familiar – o Pronaf “B”, no município de Porteirinha, Estado de Minas
Gerais, como instrumento de desenvolvimento socioeconômico do público beneficiário.
Foi analisada a evolução dos indicadores econômicos e sociais e dos efeitos indiretos do
Programa, além da capacidade de pagamento do crédito obtido. Os resultados mostram
pequenos acréscimos de produtividade na pecuária leiteira, avicultura e suinocultura,
atividades diretamente beneficiadas pelo microcrédito do Pronaf “B”. Constatou-se que, em
todas as três atividades que receberam crédito – leite, suínos e aves, ocorreu elevação da
relação Margem Líquida Média Auferida e Crédito Médio Obtido, de 2000 a 2004, tendência
importante para as perspectivas de manutenção e ampliação do Programa.
A caprinocultura é citada, freqüentemente, como das atividades mais indicadas para regiões
semi-áridas, sendo, portanto, bastante explorada no nordeste brasileiro. Em Pernambuco,
que detém o segundo maior rebanho nordestino, a atividade é de extrema importância para
sua economia, pois se apresenta como alternativa na oferta de carne, pele e leite e seus
derivados, contribuindo significativamente para um aumento da renda do produtor e, assim,
para a melhoria das condições de vida da população. Neste artigo foram estimados as
produções de carne, leite e pele e o valor dessa produção. Estimou-se também a participação
no emprego em Pernambuco e foi analisado o mercado nacional e internacional desses
produtos. Foram enumerados os principais problemas para a expansão da cadeia, como
manejo inadequado, problemas sanitários, limitações das instalações e das tecnologias.
Concluiu-se que a caprinocultura é das poucas atividades que se prestam adequadamente
ao semi-árido preservando a cobertura vegetal e mantendo a biodiversidade. Com manejo
melhorado, pode ser praticada por pequenos e médios produtores, sendo sustentável no
semi-árido, do ponto de vista ambiental, econômico e social. O mercado de carne apresenta
crescimento da demanda tanto nacional como internacional e déficit de oferta. O mercado
de peles é outro mercado em expansão, com grandes perspectivas tanto internas, devido
ao Brasil vir-se constituindo em importante pólo calçadista, como para a exportação. E o
mercado de leite, ainda está por ser descoberto e pode se tornar o mais dinâmico. Sua
produção é muito pequena e o número de laticínios que processam leite de cabra no Estado
é pequeno, embora esteja em expansão.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 123 - INSTRUMENTOS SE SUSTENTAÇÃO DE PREÇOS DE ARROZ: A
EXPERIÊNCIA BRASILEIRA.
ANDRÉIA CRISTINA ADAMI; GERALDO SANT´ANA DE CAMARGO BARROS;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: opção de venda; arroz em casca; AGF; armazenamento; sustentação
de preços
Um modelo econômico que explica a alocação das disponibilidades do produto entre os
períodos de safra e entressafra foi desenvolvido para avaliar o impacto dos instrumentos de
sustentação de preços utilizados pelo Governo Federal sobre o mercado de arroz em casca.
O modelo é aplicado para analisar a experiência da safra 2004/2005. Os resultados mostram
que através das compras diretas o governo é capaz de reduzir a oferta dentro do ano safra,
o que faz com que os preços do mercado se elevem. Os contratos de opção de venda,
tanto públicos como privados, têm um importante papel na redução do risco de retenção da
produção após a safra, garantindo assim, que os preços sigam trajetória compatível com
o armazenamento competitivo. A crise que o mercado de arroz viveu na safra 2004/2005
mostra que as dificuldades do governo em liberar os recursos para assegurar a garantia
de preços em tempo hábil e na programação dos leilões permanecem.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 132
Página 133
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 125 - ESTRATÉGIA E COORDENAÇÃO NO SETOR AGROINDUSTRIAL: UMA
ABORDAGEM NEO-INSTITUCIONALISTA DAS ESTRATÉGIAS DE SUPRIMENTO DE
UM MOINHO PAULISTA.
BRUNO BENZAQUEN PEROSA; LUIZ FERNANDO PAULILLO;
UFSCAR, SAO CARLOS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Coordenação; Economia dos Custos de Transação; Redes de Poder;
Moinhos; Mercado de Trigo
Aportes teóricos oriundos do neo-institucionalismo têm sido amplamente utilizados na
análise de cadeias agroindustriais brasileira nos últimos anos. Concentrando-se nas
relações verticais entre agentes econômicos, a Economia dos Custos de Transação (ECT)
propõe um modelo de análise que explora a forma como compradores e vendedores
fazem suas escolhas organizacionais buscando minimizar os custos de transação. Essas
escolhas, denominadas estruturas de governança no jargão ECT, seriam feitas com base
em características específicas da transação, aqui chamadas atributos das transações.
Buscando explicar as relações que se formam entre os atores de um mesmo segmento
produtivo, o aporte de Redes de Poder auxilia na investigação das dinâmicas organizacionais
presentes em um determinado setor. Dessa forma, o modo como os atores privados
se relacionam entre si, com suas associações de representação e com as agências
governamentais são explorados buscando identificar que elementos determinam a
capacidade de um ator coordenar e exercer influência nas operações da cadeia produtiva
ou na formulação de políticas publicas e privadas para o setor.
Apresentando uma boa capacidade descritiva e normativa, esses dois aportes possibilitam
o entendimento das estruturas organizacionais e dos processos de decisão de um
determinado setor.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 126 - ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS ESPONTÂNEOS: UM ESTUDO
EXPLORATÓRIO EM UMA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO SETOR
LEITEIRO.
MARCOS TANURE SANABIO; LUIZ MARCELO ANTONIALLI;
UFJF, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Arranjos; Estrategias; Associação de Produtores Rurais
O objetivo da presente pesquisa foi discutir sobre as vantagens competitivas dos Arranjos
Produtivos Locais (APLs) como forma de organização em rede de Micro e Pequenas Empresas (MPEs), com base no estudo de caso da Associação de Produtores Rurais de Pires
(APRP), localizada no distrito de Monte Verde no município de Juiz de Fora-MG. A partir dos
recortes teóricos sobre competitividade, clusters e arranjos produtivos; da teoria dos custos
de transação e teoria da agência serão desenvolvidos estudos para o aprofundamento do
conhecimento científico sobre arranjos produtivos locais (APLs) compostas exclusiva-mente
por pequenas empresas e pequenos produtores rurais. Ainda, o artigo apresenta uma
reflexão teórica e epistemológica contextualizada aos fenômenos sociais e econômicos.
Com base nos resultados da pesquisa, evidenciou-se que a Associação de Produtores
Ru-rais de Pires (APRP) pode ser considerada como um APL horizontal e espontâneo do
setor leiteiro. Ou seja, apesar da ausência de políticas governamentais (governo estadual
e fede-ral) estabeleceu o seu próprio caminho, com acertos e erros, mas, sobretudo com
dedicação e eficácia vem conquistando vantagens competitivas para seus associados.
Ressalta-se que o único e importante fator impulsionador para o desenvolvimento desse
APL foi o apoio institucional, em âmbito municipal, do Programa Pró-Leite da Secretaria
de Abastecimento e Agricultura da Prefeitura de Juiz de Fora-MG, que tem ajudado os
produtores rurais com ações de incentivo à produtividade e na implantação de tanques
de resfriamento.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Este artigo buscara a integração dos dois aportes acima mencionados com o objetivo
de analisar as estratégias de compra de trigo por um moinho atuante no estado de São
Paulo. Assim, serão analisadas tanto as relações dessa empresa com seus fornecedores
(tradings, produtores e cooperativas) no que se veio a chamar coordenação vertical, como
as relações com os demais moinhos e associações de representação que atuam no setor,
a chamada coordenação horizontal. Este trabalho defende que a análise dessas formas de
coordenação auxilia no entendimento de como a empresa estudada traçou suas estratégias
de compra de trigo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 134
Página 135
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 127 - PERSPECTIVAS DO PROGRAMA DE ÁLCOOL COMBUSTÍVEL
BRASILEIRO.
SÉRGIO RANGEL FIGUEIRA; HELOISA LEE BURNQUIST;
ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Alcool; anidro; hidratado; Brasil; perspectivas
O presente trabalho teve como objetivo delinear cenários para os consumos de álcool
hidratado e anidro, utilizados como combustível no Brasil, considerando-se um horizonte
entre 2006 e 2012. Para a realização das projeções, utilizou-se o modelo Box-Jenkins de
séries temporais univariado para o consumo de álcool hidratado, e de função de transferência,
inserindo a variável Produto Interno Bruto, para efetuar as projeções do consumo de álcool
anidro, misturado na gasolina. Quanto ao consumo de álcool hidratado, estimou-se um
consumo de aproximadamente 12 bilhões de litros em 2012. No que se refere ao consumo
de álcool anidro, misturado na gasolina. Tomou-se como base a projeção do consumo de
gasolina e posteriormente a mistura de 25% do álcool na gasolina. Foram elaborados três
cenários, relacionados ao crescimento do Produto Interno Bruto. No primeiro, crescimento
do PIB de 1, 22% ao ano, estimou-se um consumo de aproximadamente 3, 9 bilhões de
litros de álcool anidro no ano de 2012; no segundo, crescimento do PIB de 2, 9%, estimouse um consumo de 5, 5, bilhões de litros; e, no terceiro, crescimento de 4, 6%, estimou-se
um consumo de 7, 75 bilhões de litros.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 128 - ANÁLISE COMPETITIVA DA CADEIA PRODUTIVA DA CARCINICULTURA
NO ESTADO DO PARÁ: O CASO DO LITOPENAEUS VANNAMEI (BOONE, 1931).
ELLEN CHRISTINE DE BARROS TAVARES; MARCOS ANTÔNIO SOUZA DOS
SANTOS;
BANCO DA AMAZÔNIA (BASA) E INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA
AMAZÔNIA, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: Economia pesqueira; Cadeia produtiva; Competitividade; Carcinicultura;
Estado do Pará
A carcinicultura brasileira é desenvolvida em 997 fazendas, sendo 71, 41% enquadrados
na categoria de pequenos aqüicultores. Apesar da participação do país ainda ser pequena
comparativamente aos principais produtores mundiais de camarão cultivado, existem
interessantes perspectivas de expansão da atividade. Nas últimas décadas foram realizadas
experiências com várias espécies de camarão em cativeiro no Brasil, sendo que uma das
que apresentou maior destaque, foi o camarão exótico Litopenaeus vannamei (Boone,
1931). O Estado do Pará, por ser um berçário natural de várias espécies de camarão marinho
e por ter sua costa caracterizada por estuários, ideais para o cultivo do camarão, vem se
constituindo numa área potencial para a implantação de novos projetos com esta espécie.
O trabalho analisa a cadeia produtiva da carcinicultura no Estado do Pará, enfatizando a
espécie Litopenaeus vannamei. O instrumental teórico utilizado para a análise competitiva
foi o modelo das cinco forças de Michael Porter, consubstanciado na ameaça de entrantes
potenciais, dos concorrentes existentes, de produtos substitutos, do poder dos fornecedores
e dos clientes. O principal objetivo desta pesquisa é caracterizar o ambiente de ameaças
e oportunidades que permeia a cadeia produtiva e mostrar que a pesca extrativa está
atingindo um ponto de saturação para várias espécies, enquanto a aqüicultura oferece,
tanto para o produtor quanto para o consumidor, a segurança de oferta no espaço e no
tempo, assim como promove o desenvolvimento sustentável.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 136
Página 137
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 129 - DIAGNÓSTICO DA MALACOCULTURA NO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO
DO SUL (SC).
LUIZ CARLOS CARVALHO JÚNIOR LUIZ CARLOS; JULIO CESAR SANTI;
UFSC, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL;
Palavras-chave: Malacocultura; Aglomerado produtivo; Competitividade; Cultivo de
moluscos; Maricultura
Este trabalho objetivou fazer um diagnóstico da malacocultura no município de São
Francisco do Sul, a partir de entrevista realizada com 31 produtores, tendo sido observado
que a atividade é recente no município, sendo realizada por pessoas de idades variadas,
que possuem, em sua maioria, como grau de instrução o ensino médio. Foi ainda verificado
que a dimensão mais freqüente da área de cultivo fica entre 500 e 2500 m2; o cultivo de
mexilhões é predominante, sendo o produto vendido in natura e os equipamentos mais
utilizados pelos produtores são o barco sem guincho e bomba para limpeza do produto,
tendo chamado atenção a indisponibilidade de rancho para armazenar ou limpar o produto.
Entre as instituições que atuam na atividade em Santa Catarina, a EPAGRI recebeu uma
avaliação bastante positiva, o mesmo não acontecendo com o Laboratório de Cultivo de
Moluscos Marinhos. A participação dos produtores em cursos relacionados à malacocultura
é baixa, porém os produtores que participaram têm opinião positiva sobre os mesmos.
O associativismo é limitado e o principal canal utilizado para a venda do produto são os
atravessadores. Quanto à existência de ações e programas para a atividade, é elevado o
grau de conhecimento sobre as fontes existentes de crédito, cujo acesso é considerado
difícil, devido a exigência de aval e garantias e a grande burocracia. Quanto a outros
programas, foi constatado um elevado desconhecimento dos mesmos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 130 - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E RASTREABILIDADE: RELAÇÕES
SISTÊMICAS DOS AMBIENTES E A ESTRUTURA DE GOVERNANÇA DO SISTEMA
AGROINDUSTRIAL DA CARNE BOVINA BRASILEIRA.
LEONARDO BARROS REZENDE; MAYRA BATISTA BITENCOURT; RENATO DOS
SANTOS GONÇALVES;
PUC, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Rastreabilidade; Tecnologia de Informação; sistema agroalimentar;
pecuária de corte; Brasil
O objeto de estudo deste trabalho é a analise dos efeitos da rastreabilidade e da tecnologia
da informação a partir dos conceitos da Nova Economia Institucional (NEI), sobre a
competitividade da carne bovina brasileira. Utilizam-se, como referencial teórico, as vertentes
da Economia dos Custos de Transação (Williamson, 1989) e Economia Institucional (North,
1993). Verifica-se que quanto ao ambiente organizacional da carne bovina brasileira não
existe uma coordenação das mesmas. As relações são coordenadas exclusivamente via
mercado, gerando, com isso, baixa especificidade do ativo, que aumenta os custos de
transação na cadeia produtiva. Analisa-se que a taxa de câmbio bem como a política de
juros influencia diretamente as exportações da cadeia bovina brasileira e o consumo interno.
No ambiente tecnológico bem como sua estrutura é a matéria-prima da rastreabilidade. No
mercado externo, o Brasil é o maior exportador mundial em carcaça, liderança conquistada
no ano de 2003; no entanto, em faturamento, não se tem obtido ganhos significativos em
comparação com os concorrentes. No que se refere às estratégias individuais avalia-se, que
a carne bovina brasileira, as economias, e a busca da diferenciação do produto são baixas.
Resultantes da falta de coordenação da cadeia, manifestada pela relação via mercado
e heterogeneidade da atualização tecnológica da indústria e a baixa produtividade, em
nível de produtor. Como conseqüência, a competitividade da cadeia está limitada a raros
esforços, reduzindo os ganhos em todos os níveis.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 138
Página 139
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 131 - IMPACTOS FINANCEIROS DA INTEGRAÇÃO VERTICAL: UM ESTUDO NA
INDÚSTRIA CANAVIEIRA.
MARCELO HENRIQUE CONSOLI; MATHEUS ALBERTO CONSOLI;
PUC-SP, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Economia de Custos de Transação; Organização Industrial; Verticalização;
Liquidez; Rentabilidade
O objetivo deste trabalho consiste em avaliar os impactos financeiros em termos de
rentabilidade e liquidez gerados na empresa em função das decisões tomadas quanto à
definição do grau de integração vertical adotado por ela, no que se refere à obtenção de
suprimentos.
Para tanto, abordou-se questões referentes ao processo decisório de obtenção de
suprimentos no que tange a teoria dos custos de transação e a teoria de organização
industrial, relacionando os impactos dessas decisões na gestão financeira da empresa
avaliados por indicadores extraídos da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) e do
Retorno sobre Investimento (ROI).
Finalizando, elaborou-se um estudo de caso em duas empresas do setor sucroalcooleiro
situadas na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, com diferentes graus de
integração vertical, para verificar e comparar o impacto dessas organizações na gestão
financeira de cada uma das empresas estudadas.
O resultado do estudo não apresentou correlação entre o grau de integração vertical e os
indicadores financeiros utilizados, contudo, foi possível destacar alguns problemas que
levaram a esse resultado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 132 - ANÁLISE DAS CONFIGURAÇÕES INTERORGANIZACIONAIS NA
PECUÁRIA DE CORTE GAÚCHA.
GUILHERME CUNHA MALAFAIA; CARLA SIMONE RUPPENTHA NEUMANN; PETER
BENT HANSEN; JULIO OTAVIO JARDIM BARCELLOS;
CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM AGRONEGOCIO - UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: relacionamentos interorganizacionais; bovinocultura de corte;
competitividade sistêmica; governança; estratégias
Inicialmente este artigo apresenta uma discussão sobre a contextualização, a governança,
as estratégias e a competitividade dos relacionamentos interorganizacionais. Num segundo
momento esses relacionamentos são caracterizados e analisados na bovinocultura de
corte no RS. Observa-se, por fim, que as relações na bovinocultura de corte gaúcha que
possuem uma certa coordenação, tornam-se capazes de desenvolver estratégias coletivas,
gerando resultados mais atrativos aos agentes.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 133 - PROJETO CAJU: ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA ORIENTADA PARA O
DESENVOLVIMENTO DA CAJUCULTURA CEARENSE.
GARDÊNCIA MAIA ARAÚJO; MARIA IRLES DE OLIVEIRA MAYORGA; LUCAS ANTONIO
DE SOUSA LEITE; RUBEN DARIO MAYORGA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Cajucultura; Modernização; caju; desenvolvimento; Ceará
A cajucultura cearense, apesar de toda a sua importância econômica, condições de área,
tecnologia disponível e demanda em expansão, se encontra ameaçada em decorrência
de um impasse envolvendo preço e qualidade. O propósito principal do trabalho é analisar
as atuações do Projeto Caju, no intuito de detectar se os resultados alcançados servem
como uma sinalização de mudança da atual situação em que se encontra a cajucultura
cearense. O que se espera, é que os resultados alcançados pelos produtores dos três
municípios envolvidos inicialmente no Projeto (Beberibe, Cascavel e Ocara), despertem
o interesse de um número de produtores cada vez maior, fazendo com que a cajucultura
cearense saia da situação em que se encontra atualmente.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 140
Página 141
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 134 - A QUESTÃO DA QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA
AGROINDUSTRIAL DO LEITE.
MAÍRA BACHA LOPES; MATHEUS ALBERTO CONSOLI; MARCOS FAVA NEVES;
PENSA, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: cadeia produtiva; transações; pagamento por qualidade; competitividade;
diferenciação de produto
SSD 136 - ESTIMATIVA DO CONSUMO DE FERTILIZANTES PELA LARANJA EM SÃO
PAULO AO LONGO DAS ÚLTIMAS DÉCADAS.
MARGARIDA GARCIA DE FIGUEIREDO; ALEXANDRE LAHÓZ MENDONÇA DE
BARROS;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Laranja; Fertilizantes; Produtividade; São Paulo; Modelo Econométrico
O mercado do leite tem passado por grandes mudanças desde a década de 90 devido à
abertura de mercado, queda do tabelamento dos preços e mudanças que ocorreram com os
consumidores que cada vez mais se preocupam com a qualidade dos alimentos, com o bem
estar animal e com o desenvolvimento sustentável, principalmente o consumidor externo.
Essas mudanças conjunturais geraram um aumento da concorrência, por conseguinte, as
empresas passaram a desenvolver estratégias de diferenciação de produtos e de preços
baixos para atrair os consumidores que são cada vez mais exigentes. Dessa forma, o
objetivo deste trabalho foi estudar a inserção do programa de melhoria da qualidade do
leite e do pagamento por qualidade deste, no sistema agroindustrial, visando identificar
como que esses fatores podem contribuir com o setor. Com este intuito, foi feito um estudo
exploratório buscando levantar dados importantes a respeito da cadeia, do Programa de
Melhoria Nacional da Qualidade e do Programa de Pagamento por Qualidade do Leite.
Esses fatores foram relacionados com conceitos de cadeias produtivas, custos de transação
e ações coletivas. Pode-se verificar a importância e o impacto da qualidade do leite para os
diversos agentes, destacando-se os produtores, indústrias e laticínios e consumidores. Além
disso, discute-se as principais vantagens e desvantagens de alguns tipos de programas de
pagamento por qualidade, os desafios para a cadeia, a inserção de pequenos produtores
no mercado, as oportunidades de melhoria da qualidade do leite e transações na cadeia
com o desenvolvimento de estratégias coletivas.
O Brasil, além de representar sozinho cerca de 75% do total de suco de laranja concentrado
e congelado comercializado no mercado internacional, juntamente com os EUA responde
por cerca de 50% da produção mundial de laranja. O Estado de São Paulo, por sua vez,
responde por cerca de 80% da produção nacional de laranja e 98% das exportações
brasileiras de suco concentrado. A relevância econômica dessa atividade tem estimulado
inúmeras pesquisas no sentido de analisar diversos aspectos relacionados ao sistema de
produção da cultura. Dentre os diversos fatores de produção, o fertilizante é um insumo
de grande importância para a cadeia citrícola, especialmente na composição dos custos.
Desta forma, o presente estudo procurou estimar o consumo de fertilizantes pela cultura
da laranja em São Paulo ao longo das três últimas décadas. Os resultados encontrados
foram satisfatórios, seguindo tendência condizente com a realidade do Estado. Além disso,
foram desenvolvidos modelos teóricos para estimar o consumo dos nutrientes N, K2O e
P2O5, em função da produtividade dos pomares, bem como a produtividade em função
da idade do pomar. Os modelos ficaram bem ajustados, atendendo a todos os requisitos
exigidos do ponto de vista econométrico.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 135 - DETERMINANTES DA RELAÇÃO COMERCIAL ENTRE PECUARISTAS
E FRIGORÍFICOS: O CASO DOS PECUARISTAS E FRIGORÍFICOS DA REGIÃO DE
TUPÃ.
GESSUIR PIGATTO; DIANA LOURENÇO LUIZ; JANAINA FERREIRA DE SOUZA;
UNESP, TUPA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: relações comerciais; pecuária de corte; indústria frigorífica; pecuarista;
conflito
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 137 - ESTRUTURA DE MERCADO E COMPETITVIDADE DAS EMPRESAS
PRODUTORAS DE SEMENTES DE SOJA DA REGIÃO SUL DE MATO GROSSO.
LUCIEL HENRIQUE DE OLIVEIRA; REINALDO MESQUITA CASSIANO;
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Concentração de Mercado; concorrência; soja; sementes; Mato
Grosso
A relação entre comprador (frigorífico) e vendedor (produtor rural), é bastante complexa,
havendo interesses comuns entre os dois agentes, e simultaneamente uma série de
conflitos. Tradicionalmente os agentes da cadeia da carne bovina recorrem ao mercado para
efetuar suas transações, no qual produtores de gado de corte, e frigoríficos alternam seus
fornecedores e clientes, em busca das melhores condições de negociação, caracterizando
uma coordenação da cadeia via mercado.
Este artigo analisa a estrutura de mercado e a competitividade das empresas produtoras
de sementes de soja da região Sul de Mato Grosso. Após analisar a estrutura de mercado,
o estudo objetivou analisar e classificar as estratégias utilizadas e a competitividade das
empresas produtoras de sementes de soja da região Sul de Mato Grosso, por meio das
estratégias genéricas de Porter (1986), identificando os principais fatores de influência
na competitividade e na elaboração destas estratégias. Para um melhor entendimento
da estrutura de mercado faz-se necessário a mensuração do seu grau de concentração,
por meio do Índice de Hirschman–Herfindahl (IHH). Os resultados observados, quanto ao
nível de concentração das empresas produtoras de sementes de soja da região Sul de
Mato Grosso, evidenciam uma concentração de mercado, com uma tendência de uma
concorrência oligopolista, com conseqüente aumento da competitividade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 142
Página 143
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 138 - A DESREGULAMENTAÇÃO NO MERCADO DE CAFÉ TORRADO E MOÍDO
E A EMERGÊNCIA DE CAMPOS ORGANIZACIONAIS: UMA ANÁLISE PROSPECTIVA
E UMA AGENDA DE PESQUISA.
TIAGO BOISCHIO VOTTA; CARLOS EDUARDO VIAN; MARIUSA MOMENTI PITELLI;
ESALQ USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Café; desregulamentação; Campos Organizacionais; Estratégias;
Certificação
Este trabalho analisa os efeitos da alteração no padrão institucional do complexo
agroindustrial do café sobre a indústria de café torrado e moído, em que se discutem as fases
de regulamentação, tanto no âmbito interno como no externo, e de desregulamentação pelas
quais o setor tem passado e a conseqüente formação dos campos organizacionais.
Parte-se de exame da literatura sobre as históricas relações institucionais do mercado
com o Estado, para posterior comparação das atuais características deste mercado com
o ambiente da desregulamentação, utilizando o Campo Organizacional como arcabouço
teórico.
Com o fim da coordenação que o Estado exercia sobre todo o sistema, o setor em análise
(à força das necessidades de mercado) se modificou consideravelmente. Atuando com uma
postura focada nos anseios do consumidor, o setor se reorganizou, iniciando um processo
de diferenciação do produto, que por sua vez fez surgir os Campos Organizacionais no
setor.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 140 - PERFIL ESTRATÉGICO E COMPETITIVO DO SEGMENTO DE TORREFAÇÃO
E MOAGEM DE CAFÉ EM MINAS GERAIS.
LUIZ ANTONIO ABRANTES; MARCO AURÉLIO MARQUES FERREIRA; RICARDO
PEREIRA REIS; MARCOS SPÍNOLA NAZARETH;
UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Café; competitividade; Estratégia; Agronegócio; Cadeia Agroindustrial
A atividade cafeeira desempenha um enorme papel socioeconômico no Brasil, envolvendo
uma complexa cadeia que vai desde a indústria de insumos até o varejo nacional e
internacional, em que a indústria de torrefação e moagem que compõe o segmento
processador é responsável pela industrialização do café, a fim de torná-lo apto a ser
consumido. Em razão de ser voltado para o consumo interno, esse segmento é fortemente
afetado pelo desempenho da economia nacional, pelo nível de preços da economia, pelas
taxas de juros e por uma série de fatores que condicionam a competitividade das empresas
que nele atuam. Entre os principais fatores condicionantes do perfil estratégico e competitivo
do setor, destacam-se a proliferação de pequenas empresas, pouco comprometidas com a
qualidade, em dissonância com a existência de poucas empresas já consolidadas que detêm
parcela significativa do mercado, avigorando a estrutura de concentração do setor. Entre os
fatores notoriamente positivos destacam-se o alto nível de educação e profissionalização
dos dirigentes e a sinalização de novos investimentos voltados, principalmente, à qualidade
do produto e ao mercado externo, visando maior crescimento e expansão do setor.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 139 - O AGRONEGÓCIO DO SUCO DE LARANJA CONCENTRADO CONGELADO
(SLCC) DO ESTADO DO PARANÁ.
LEONARDO FRANCISCO FIGUEIREDO NETO; FABIO DA SILVA RODRIGUES FABIO;
ELCIO GUSTAVO BENINI; JAIR JUNIOR SANCHES SABES;
UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL;
Palavras-chave: Agronegócio Paranaense; Desenvolvimentos Regional; SLCC (Suco de
Laranja Concentrado Congelado); Competitividade; Análise Swot.
Dentre os estados brasileiros que produzem e exportam Suco de Laranja Concentrado
Congelado (SLCC) está o estado do Paraná. No ano de 2005, as agroindústrias paranaenses
de SLCC produziram mais de 25 mil toneladas de produto, a maioria tendo como destino o
mercado internacional. Já a movimentação econômico-financeira deste setor ultrapassou
a cifra de R$ 59 milhões. Este trabalho propõe-se a estudar o agronegócio paranaense
do suco de laranja a partir do estudo de três agroindústrias produtoras de suco de laranja
concentrado congelado instaladas no estado do Paraná. Os dados primários foram colhidos
por meio de entrevistas semi-estruturadas junto aos gerentes gerais de cada uma das
agroindústrias. A partir do trabalho, verifica-se a incipiência do agronegócio paranaense do
SLCC e a importância de implementar ações que contribuam com o processo de crescimento
e desenvolvimento desse segmento do agronegócio paranaense.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 144
Página 145
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 141 - OS MERCADOS DE TERRA E TRABALHO NA (RE)ESTRUTURAÇÃO DA
CATEGORIA SOCIAL DOS FORNECEDORES DE CANA DAS REGIÕES DE PIRACICABA
E RIBEIRÃO PRETO: ANÁLISE DE DADOS DE CAMPO.
ELIANA TADEU TERCI; ALICE MIGUEL DE PAULA PERES; SEBASTIÃO NETO RIBEIRO
GUEDES;
UNIMEP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: desenvolvimento regional; agroindustria canavieira ; Fornecedor de cana
; mercado de terras ; mercado de trabalho
Este trabalho faz parte de uma proposta maior articulada numa parceria multinstitucional
(envolvendo um grupo de pesquisadores) com o propósito de identificar, diagnosticar e
analisar as modificações recentes nas relações econômicas entre usinas e fornecedores de
cana dos estados de São Paulo e Paraná no contexto das modificações organizacionais,
tecnológicas e do ambiente institucional da agroindústria canavieira brasileira, via aplicação
de questionários e entrevistas. O objetivo é investigar as transformações institucionais e
do progresso técnico sobre os fornecedores de cana de S. Paulo e do Paraná. Na etapa
atual há resultados consolidados sobre o Paraná (Shikida, P. et alli: 2005) e um conjunto
enorme de dados e informações sobre as regiões de Piracicaba e Ribeirão Preto, no
Estado de São Paulo. As reflexões apresentadas neste artigo referem-se as microregiões
de Piracicaba e Ribeirão Preto e seu objetivo é o de discutir o papel dos mercados de
terras e de trabalho na viabilização/transformação da agricultura familiar canavieira nestes
espaços e no contexto da nova onda de modernização resultante da desregulamentação
da agroindústria canavieira a partir dos anos 90 do século XX
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 142 - FOME ZERO: EVOLUÇÃO DESDE O CONCEITO DE SEGURANÇA
ALIMENTAR ATÉ O PROJETO (VERSÃO DE 2001).
LUCIANA ROSA DE SOUZA; NIEMEYER ALMEIDA FILHO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA, UBERLâNDIA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: projeto fome zero; segurança alimentar; agricultura; processo de
desenvolvimento; política social de desenvolvimento
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 143 - O PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO COMO INSTRUMENTO DO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. O CASO DO ASSENTAMENTO DANDARA DOS
PALMARES - CAMAMU/BA.
SÉRGIO RICARDO REZENDE;
INCRA, SALVADOR, BA, BRASIL;
Palavras-chave: reforma Agrária; Agricultura Sustentável; Agroecologia; Planejamento
Participativo; Assentamento
A visão hegemônica do que seja desenvolvimento ainda tem uma forte dimensão
etnocentrista, onde o modelo de sociedade e o estilo de vida ocidental, de caráter
produtivista e consumista, continua sendo o referencial para traçar a linha divisória entre
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, principalmente a partir da metade da década
de 80, um novo enfoque passa a fazer parte do desenvolvimento: a sustentabilidade. O
fator que mais diferencia o modelo de desenvolvimento convencional para o sustentável
é a capacidade deste último de estar mais próximo da realidade uma vez que utiliza
uma abordagem sistêmica multidimensional, que valoriza o conhecimento e a identidade
local. Especificamente em relação à agricultura, diversos autores tem defendido a
agroecologia como caminho para se atingir a sustentabilidade, pois ela abre a porta
para o desenvolvimento de novos paradigmas, não só porque incorpora uma nova
relação entre agricultura e ecologia, mas também porque valoriza o conhecimento local e
empírico dos agricultores, a socialização desse conhecimento e sua aplicação ao objetivo
comum da sustentabilidade. Verificou-se que o Plano de Desenvolvimento Sustentável do
Assentamento Dandara dos Palmares serviu para iniciar as discussões e pensamentos
sobre os caminhos para se alcançar uma agricultura sustentável. Porém, para se avançar,
é preciso antes uma articulação do que foi proposto no Plano com a capacitação dos atores
envolvidos, em especial da comunidade, além da garantia de uma assistência técnica
apropriada, do desenvolvimento de tecnologias, destinação de créditos e outras políticas
públicas, os quais devem incorporar a visão agroecológica.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Resumo: Este artigo tem como propósito recuperar a evolução histórica do conceito de
segurança alimentar no intuito de relacioná-la com o Projeto Fome Zero, em sua versão de
2001. Para isso, foi feita uma pesquisa teórico-histórica acerca do tema, e, a leitura crítica
de documentos sobre o tema além do Projeto Fome Zero - uma proposta de Segurança
Alimentar para o Brasil, versão de outubro de 2001. O objetivo do trabalho será apreender
a evolução do conceito de segurança alimentar e sua relação com a proposição do Projeto
Fome Zero (2001) buscando apresentar a relevância deste projeto na redefinição das bases
do processo de desenvolvimento brasileiro a partir de um redesenho da participação da
agricultura no processo de desenvolvimento.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 146
Página 147
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
S S D 1 4 4 - R E F O R M A S I N S T I T U C I O N A I S E O F I N A N C I A M E N TO D A
AGROPECUÁRIA.
JOSÉ SIDNEI GONÇALVES; THOMAZ FRONZAGLIA; JOSÉ RICARDO CARDOSO DE
MELLO JUNQUEIRA;
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA(IEA-APTA), SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: REFORMA INSTITUCIONAL; PROPRIEDADE DA TERRA; TÍTULOS
FUNDIÁRIOS; FINANCIAMENTO DO INVESTIMENTO; PATRIMONIALISMO
O trabalho discute a agenda de reformas institucionais necessárias para a consolidação
de um novo ciclo sustentável de desenvolvimento da agropecuária brasileira, permitindo
ultrapassar os constrangimentos culturais derivados do patrimonialismo que configura
a propriedade da terra como um elemento determinante da estrutura legal. Buscando
dar vida ao capital “morto” representado pela renda capitalizada na terra, propugna-se
mudanças constitucionais e na legislação complementar afeta à propriedade, em particular
no concernente à propriedade da terra, como exigência da consolidação de mercado
secundário de títulos fundiários, de direito líquido e certo e com execução extra-judicial,
lastreando o financiamento do investimento.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 145 - COOPERATIVAS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DO MST:
POSSIBILIDADES E LIMITES COMO INDUTORA DA SUSTENTABILIDADE DOS
ASSENTAMENTOS.
PEDRO CARLOS SCHENINI; ANGELA MARIA PINHEIRO; LIANE CARLY HERMES
ZANELLA; FERNANDO AMORIM DA SILVA; ALEXANDRE MARINO COSTA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL;
Palavras-chave: Reforma Agrária; Cooperativismo; Meio Ambiente; Sustentabilidade;
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra
Este trabalho foi elaborado com o objetivo de avaliar a atuação de uma Cooperativa de
Produção Agropecuária como possível indutora da sustentabilidade econômica, social e
ambiental dos assentamentos de reforma agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem-Terra. Para atender aos objetivos dessa pesquisa foi realizado estudo de caso no
Assentamento de 30 de Maio, localizado na cidade de Charqueadas/RS, no qual funciona
a Cooperativa de Produção Agropecuária dos Assentados de Charqueadas Ltda – COPAC.
A pesquisa demonstrou a viabilidade da cooperativa como indutora da sustentabilidade
econômica, social e ambiental do assentamento. Os resultados evidenciaram que a
sustentabilidade do assentamento está relacionada a preservação dos recursos naturais,
especialmente solo, e que a opção pela agricultura orgânica decorreu desta constatação.
Nesse contexto, o cooperativismo é reconhecido pelos assentados, como a melhor forma
encontrada para viabilizar a sustentabilidade destas famílias no campo.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 146 - MEDIDAS DE POBREZA FGT DAS PESSOAS OCUPADAS COM ATIVIDADE
PRINCIPAL NA AGRICULTURA: UMA ANÁLISE SEGUNDO A POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO
NOS ESTADOS DA REGIÃO NORDESTE.
LUIZ EDUARDO VASCONCELOS ROCHA; GILNEI COSTA SANTOS; PATRICIA DE MELO
ABRITA BASTOS;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI, SÃO JOÃO DEL REI, MG,
BRASIL;
Palavras-chave: Agricultura nordestina; Pobreza; Posição na Ocupação; FGT;
Agroindústria
A modernização da agricultura nordestina intensificou-se, em 1974, com a criação do
Programa de Agroindústria do Nordeste (PDAN). O trabalho, diante da forma desigual em
que se deu o processo de modernização da agricultura brasileira entre regiões e produtores,
tem o objetivo de analisar a evolução da pobreza das pessoas ocupadas na agricultura da
região, no período de 1981 a 2003. A utilização da permitiu a decomposição das medidas
deαfamília de índices parametrizados FGT pobreza para os estados e para as posições
na ocupação: empregados, autônomos e empregadores.
Na década de 80, o nível de pobreza das pessoas com rendimento positivo aumentou
em todas as medidas. Na década seguinte, a pobreza, em geral, apresentou tendência
de queda, devido, principalmente, à estabilização econômica e à adoção de programas
de desenvolvimento regional. A análise desagregada dos FGTs detectou que o Estado da
Bahia detém o maior peso na composição dos índices de pobreza e o Estado de Sergipe
o menor. Dentre as ocupações, os empregados apresentaram os maiores pesos em todos
os indicadores de pobreza.
Em síntese, pode-se concluir que o processo de modernização da agricultura nordestina,
composta preponderantemente pela agricultura familiar, foi concentrador e excludente.
Esperava-se, com a implantação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (PRONAF), na década de 90, reduções mais significativas nos indicadores de
pobreza, contudo isto não foi verificado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 148
Página 149
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 147 - TRABALHADORES ASSENTADOS E TRABALHADORES ACAMPADOS
EM MATO GROSSO DO SUL, NO PERÍODO DE 1983 A 2003.
ELCIA ESNARRIAGA ARRUDA; DARIO DE OLIVEIRA LIMA FILHO; CÍCERO ANTÔNIO
DE OLIVEIRA TRDEZINI; GIOVANE SILVEIRA DA SILVEIRA;
UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL;
Palavras-chave: Reforma agrária; Trabalhador rural; Assentamento rural; Política agrária;
Sem terra
O objetivo deste artigo é identificar o número de famílias assentadas e acampadas
no Estado de Mato Grosso do Sul(MS), no período de 1983 a 2003. Especificamente
pretende-se: indicar o número de famílias acampadas e assentadas, analisar a população
economicamente ativa, identificar a população urbana e rural, apresentar a produtividade do
setor da pecuária e da agricultura e elaborar a relação investimento industrial e geração de
emprego. O procedimento metodológico privilegiou o levantamento de dados secundários
junto ao Governo do Estado de MS e INCRA/MS. Os resultados apontam que a capacidade
de o Estado responder à demanda tem sido muito inferior às necessidades apresentadas
pela classe trabalhadora.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 148 - MODELO PARA AVALIAÇÃO DOS LIMITES DA VIABILIDADE DO BIODIESEL
NO BRASIL.
OMAR INÁCIO BENEDETTI SANTOS; RÉGIS RATHMANN; ANTONIO DOMINGOS
PADULA;
UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: cadeia produtiva; biodiesel ; combustíveis
O crescimento das sociedades, associado à industrialização desenfreada e necessidade
de crescimento econômico tem mostrado haver quase que uma obrigatoriedade na busca
por alternativas renováveis. Neste cenário se introduz o biodiesel como provável substituto
do petróleo, dada a previsão de que as reservas deste último irão se esgotar antes do final
deste século. O objetivo deste trabalho é avaliar quais são os elementos determinantes da
viabilidade econômica do programa brasileiro de produção de biodiesel. A partir da revisão
bibliográfica e tendo como ferramenta às técnicas de pesquisa operacional será proposto
um modelo que tente captar as modificações nas variáveis pré-escolhidas, na tentativa de
avaliar alguns cenários. Quais são os limites de viabilidade do biodiesel? Que variáveis
são importantes de ser avaliadas? Será que o biodiesel é uma alternativa a ser introduzida
na matriz energética? Quais as atuais necessidades do programa? Qual a atual situação
no Brasil e no Mundo?
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 149 - ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA PARA A PRODUÇÃO
DE BIODIESEL DE SOJA E MAMONA NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ.
MARCELO FARID PEREIRA; FERNANDO SERGIO DE TOLEDO FONSECA; RICARDO
ALMEIDA MULLER;
UEM, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Biodiesel; Viabilidade econômica; soja; mamona; Paraná
Existe uma grande expectativa para o surgimento de combustíveis alternativos viáveis para
o uso em escala, o biodiesel é um destes casos. Sendo assim, este trabalho visa avaliar
a viabilidade técnica e econômica acerca da produção de biodiesel da soja e mamona na
região norte do Paraná. Neste contexto a análise de viabilidade contempla os aspectos
tecnológicos que compõem o processo produtivo na conversibilidade de óleos vegetais em
biodiesel, as atuais políticas públicas de incentivo ao biodiesel levando-se em consideração
os aspectos regulatórios que norteiam as atividades do setor e os principais determinantes
de viabilidade econômica. Os resultados apontam que os custos de produção do biodiesel
são mais elevados do que o seu substituto perfeito mais próximo – o Diesel mineral.
Verificou-se também que o preço de bomba do biodiesel é mais elevado do que o óleo
Diesel, o que o torna menos competitivo frente a outros combustíveis comprometendo
assim a sua viabilidade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 150 - ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UM
APIÁRIO PARA A PRODUÇÃO DE PRÓPOLIS E MEL.
CRISTIANE ANDRÉA DE LIMA; ADILSON JAYME DE OLIVEIRA; ANA JÚLIA LEMOS
ALVES PEDREIRA; SERGIO AUGUSTO DE CAMPOS CASTIGLIONI;
UPIS - FACULDADES INTEGRADAS, PLANALTINA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: EUCALIPTO ; ALECRIM DO CAMPO; ASSA-PEIXE; APICULTURA;
PRODUÇÃO ORGÂNICA
Estudo da viabilidade financeira da implantação de um apiário para a produção de
própolis, mel silvestre e mel sob florada de Eucalipto (Eucalyptus urophylla, E. melliodora
e E. microcorys), Alecrim do Campo (Baccharis dracunculifolia) e Assa-peixe (Vernonia
polyanthes). Foi projetado um fluxo de caixa para determinar as entradas (receitas) e
saídas (despesas) oriundas do planejamento proposto. Foi considerada a entrada do
investimento com o capital próprio sem aquisição de financiamento, utilizando a Taxa
Mínima de Atratividade (TMA) de 6%. A principal atratividade deste projeto refere-se ao
montante reduzido para investimento (R$30. 210, 54), que apesar do período relativamente
longo para o retorno do capital (7 anos e 3 meses), fornece durante os 22 anos restantes
resultados operacionais de aproximadamente R$ 16. 000, 00 por ano. Trata-se de uma
atividade que agregará valor aos 12 hectares sub-aproveitados do Sítio Oliveira de 150
hectares, associado a produção orgânica de mel e própolis que garantirá a sustentabilidade
ambiental do empreendimento.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 150
Página 151
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 151 - ANÁLISE SOCIOECONÔMICA DO IRRIGANTE DA BACIA HIDROGRÁFICA
METROPOLITANA, ESTADO DO CEARÁ.
KILMER COELHO CAMPOS; ROBERIO TELMO CAMPOS; JOSÉ CÉSAR VIEIRA
PINHEIRO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Análise socioeconômica; Irrigante; Irrigação; Guaibua; Ceará
Objetiva-se identificar aspectos sociais, técnicos e econômicos do produtor irrigante do
Município de Guaiúba, Estado do Ceará. Os dados utilizados são de natureza primária
obtidos através da aplicação de questionários. Fazem-se as análises tabular e descritiva
dos dados, para em seguida calcular indicadores de rentabilidade. Os irrigantes têm um
baixo nível de escolaridade. A maioria dos agricultores (90, 48%) se dedica a irrigação há
mais de 6 anos. Com relação à condição legal da propriedade, quase três quartos dos
produtores são proprietários e o restante não apresenta o título de posse da terra. Em
sua maioria, o produtor é quem decide o que e quanto produzir sem seguir nenhum plano
proposto ou orientação de técnicos da EMATERCE/Cooperativas. Predomina a utilização
de sistemas de irrigação pouco poupadores de água tais como, aspersão convencional,
sulco, inundação e pivô central. Para muitos produtores da amostra, as atividades geraram
retornos positivos, enquanto que sete apresentaram-se com prejuízos. Contudo, dentre
estes, quase todos adquiriram margens líquidas positivas, significando que a atividade
está remunerando a mão-de-obra familiar, as depreciações e, até mesmo, parte do capital
empatado.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 152 - AVALIAÇÃO ECONÔMICA COMPARATIVA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO
DE GADO DE CORTE NA REGIÃO DE AQUIDAUANA-MS.
ANDRE ROZEMBERG PEIXOTO SIMÕES; FELIPE FONSECA CALEPSO GAMA; NELSON
GUIMARÃES DANTAS CANUTO; DANIEL MARINO GUEDES DE CARVALHO;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL, AQUIDAUANA, MS,
BRASIL;
Palavras-chave: GADO DE CORTE; CUSTO DE PRODUÇÃO; AVALIAÇÃO ECONÔMICA;
PECUÁRIA; SISTEMA DE PRODUÇÃO
A pecuária de corte tem passado por intensas modificações a partir da década de noventa
e anos 2000, neste sentido, tem ocorrido uma maior profissionalização e especialização
nos sistemas de produção. Em um contexto de queda dos termos de troca da pecuária,
todas as fases de criação devem priorizar as tomadas de decisão com base em avaliações
econômicas detalhadas. Assim, este trabalho objetivou fazer uma análise comparativa da
eficiência econômica dos sistemas de produção de gado de corte nas fases de cria, recria
e engorda. Como principais resultados observou-se que todos os sistemas foram lucrativos,
entretanto o perfil de composição dos custos e receitas da fase de cria foi diferenciado das
demais. Notou-se também que a atividade de engorda é a mais competitiva em termos de
rentabilidade por hectare. Ressalva-se que estratégias de gestão diferenciadas devem ser
tomadas quando se analisa comparativamente os sistemas de cria, recria e engorda.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Análise socioeconômica, Irrigante, Ceará
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 152
Página 153
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 153 - O CULTIVO DA GRAVIOLEIRA EM PROPRIEDADES PRODUTORAS DE
CACAU DA REGIÃO SUDESTE DA BAHIA: UM ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA
DA CULTURA.
ANTONIO CARLOS ARAUJO; LÚCIA MARIA RAMOS SILVA; LEONARDO VENTURA
ARAÚJO;
CEPLAC, ILHÉUS, BA, BRASIL;
Palavras-chave: Graviola; Viabilidade Financeira; Propriedade Produtora de Cacau; Mata
Atlântica; Região Sudeste da Bahia
SSD 154 - UMA AVALIAÇÃO PROSPECTIVA DOS EFEITOS ECONÔMICOS DA
ADOÇÃO DE SOJA TRANSGÊNCIA NO MATO GROSSO.
RENATO LUIZ SPROESSER; MARILÂNDIA MARSARO PIZZATO; CÍCERO ANTÔNIO DE
OLIVEIRA TRDEZINI; PATRICIA CAMPEÃO; DARIO DE OLIVEIRA LIMA FILHO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL, CAMPO GRANDE, MS,
BRASIL;
Palavras-chave: soja transgênica; Mato Grosso; tecnologia; excedente do consumidor;
excedente do produtor
A região Sudeste da Bahia vem buscando formas de superar a crise da cacauicultura. Assim
a fruticultura desponta como uma importante alternativa de geração de emprego e renda. A
graviola é uma fruta que se adaptou bem às condições locais de solo e clima, o que levou
ao aumento da área cultivada no setor, transformando-se, o cultivo dessa fruta, em um
fator favorável à diversificação agrícola da região. Outro aspecto positivo da cultura é o
aumento da área cultivada, em propriedades produtoras de cacau, com o aproveitamento
de fatores de produção ociosos da cacauicultura, proporcionando um incremento da renda,
o que tem contribuído na redução do número de produtores de cacau que comercializam
madeiras da Mata Atlântica como forma de sustento da família. Sendo assim, considera-se
necessário a elaboração de estudos do cultivo da gravioleira, em propriedades de cacau,
com a finalidade de determinar o retorno financeiro da atividade, o que poderá subsidiar
os cacauiculturores na decisão de investir na cultura na referida região. Os dados para a
pesquisa são de origem primária. Utilizaram-se indicadores da análise de investimento,
tais como, Valor Presente Líquido, Relação Benefício/Custo, Taxa Interna de Retorno e
Período de Recuperação do Capital. Os resultados permitem concluir que a graviola é uma
cultura viável e estável financeiramente, na situação em que foi realizado o estudo, embora
apresente um período relativamente longo para recuperar o capital investido.
Este estudo avalia os efeitos econômicos da adoção de soja transgênica em Mato Grosso.
Cabe mencionar que os cálculos de custos de produção do cultivo de soja transgênica
seguem uma abordagem ex-ante. Utilizou-se o procedimento de cálculo dos excedentes
econômicos. Para calcular o excedente econômico, o mercado brasileiro de soja é analisado
em termos de contexto doméstico e mercado internacional, respectivamente. Para a análise
do mercado doméstico, utiliza-se um modelo que considera uma expansão da oferta, como
resultado da adoção de tecnologia de sementes de soja transgênica, o que resulta em
uma queda dos preços. A análise das exportações de soja é conduzida com o emprego
de um modelo da exportação. Os resultados indicam que no mercado interno, a variação
dos ganhos de excedente econômico apresenta-se mais favoráveis aos consumidores. A
variação do excedente econômico dos produtores também aumenta com a adoção da soja
transgênica resistente ao herbicida glifosato. Nesse modelo, em apenas uma simulação
os produtores tiveram perdas com a soja modificada geneticamente. O segundo modelo
leva em consideração a soja exportada pelo estado de Mato Grosso. Adotou-se a hipótese
que o preço da soja é dado no mercado internacional, de forma que os consumidores
domésticos não têm ganhos de excedentes. Os produtores conseguem ganhos com o
plantio de soja transgênica.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 155 - COMPREENDENDO A TOMADA DE DECISÃO DO PRODUTOR RURAL.
JOÃO A. DESSIMON MACHADO; LESSANDRA MEDEIROS DE OLIVEIRA; ADALBERTO
SCHNORRENBERGER;
UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Decisão; Comportamento; Informação; Estratégia; Sistemas
Tendo em vista a complexidade das relações entre os mais diversos agentes nos mercados
atuais, cresce de importância o conhecimento a respeito do processo decisório desses
agentes. A partir de uma revisão de literatura busca-se uma maior compreensão desse
processo em termos macro e mais especificamente do setor agropecuário. Percebe-se a
necessidade de fazê-lo a partir de uma visão holística, uma vez que o processo de tomada de
decisão empresarial pode ser evidenciado por uma racionalidade que tende a incluir fatores
sociais, políticos e culturais, ampliando a abrangência puramente econômica. Evidencia-se
ainda a importância do elemento informação disponível e utilizada para o processo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 154
Página 155
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 156 - AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE UM PROCESSO PRODUTIVO
AUTOCORRELACIONADO: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA FABRICANTE
DE CAFÉ SOLÚVEL.
ROBERTO MAX PROTIL; LUCIANA SANTOS COSTA; WESLEY VIEIRA DA SILVA; ALCEU
SOUZA;
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Gráfico de controle; Estabilidade do processo; Produção de café
SSD 157 - MARKETING VERDE COMO UMA ABORDAGEM ESTRATÉGICA FRENTE
AO NOVO PERFIL DE CONSUMO.
PEDRO CARLOS SCHENINI; VALENTINA SCHMITT; FERNANDO AMORIM DA SILVA;
MAURICIO FERNANDES PEREIRA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL;
Palavras-chave: Estratégia Mercadológica; Marketing Verde; Comportamento do
Consumidor; Produtos Orgânicos; Sustentabilidade
Este trabalho tem por objetivo avaliar a estabilidade de um processo de fabricação de café
solúvel em uma indústria no Estado do Paraná. A metodologia utilizada na avaliação da
estabilidade do processo foi à carta de controle para a média e desvio padrão (cartas de
Shewhart) para processos autocorrelacionados. A amostra coletada corresponde 3. 900
observações do peso de latas de 50g e 200g de café instantâneo em pó. O processo de
coleta foi feito de forma automática durante o período de 1º de Setembro de 2004 a 20 de
dezembro de 2004. Os modelos que melhor descrevem o processo de produção provém de
uma estrutura autoregressiva do tipo ARMA(2, 1) para latas de 50g e AR(5) para as latas
de 200g. Os resíduos provenientes destes modelos foram avaliados usando-se a carta de
controle de Shewhart para a média e o desvio padrão e evidenciaram uma fragilidade do
processo no que tange à garantia de produtos conformes, principalmente para o produto
envasado em latas de 200g que, em média, apresentou peso 8, 31% acima do mínimo
exigido pela legislação.
Este artigo teve como objetivo o de verificar a aplicação de conceitos do marketing verde,
no comércio de produtos orgânicos, em negócios atuantes em feiras e sacolões no
mercado de hortifrutigranjeiros de Florianópolis. No trabalho foram apresentadas diferentes
formas de aplicação de elementos da gestão mercadológica - como imagem de negócio,
comportamento do consumidor em relação à comercialização de produtos orgânicos e
estratégia mercadológica – no marketing verde de produtos orgânicos. A metodologia partiu
de um estudo de casos múltiplos, de natureza descritiva, realizado com comerciantes de
hortifrutigranjeiros de Florianópolis- SC. A etapa de coleta de dados foi fundamentada
principalmente na coleta de dados primários, através das técnicas de observação e
realização de entrevista estruturada, com comerciantes de hortifrutigranjeiros em feiras
e sacolões de Florianópolis-SC, escolhidos de forma aleatória. A análise fundamentouse em análise de conteúdo. Os principais resultados foram: 1. o consumidor adepto ao
marketing verde e produtos orgânicos é um indivíduo informado e formador de opinião,
o que aumenta a probabilidade de sucesso, a longo prazo, de negócios adotantes de tal
estratégia que apliquem de forma efetiva; 2. um aspecto crucial para o crescimento do
mercado de orgânicos é o esclarecimento entre características, vantagens e benefícios
entre produtos orgânicos e inorgânicos. O atual contexto aponta para uma situação em
que o produto inorgânico, ou com “veneno”, é o mesmo denominado “normal”.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 156
Página 157
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 158 - ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE PIVÔ
CENTRAL COM A UTILIZAÇÃO DE ROTAÇÃO DE CULTURAS NO OESTE BAIANO.
GUSTAVO DE CAMARGO FACCIONI; ADILSON JAYME DE OLIVEIRA; CÍCERO CÉLIO
DE FIGUEIREDO; ERNANI DO ESPÍRITO SANTO;
UPIS - FACULDADES INTEGRADAS, PLANALTINA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: IRRIGAÇÃO; FITOTECNIA; AGRICULTURA; CERRADO;
FINANCIAMENTO
SSD 160 - PERFIL DO CONSUMIDOR BRASILEIRO DE CARNE BOVINA E DE
HORTALIÇAS.
RENATO LUIZ SPROESSER; AMILTON LUIZ NOVAES; MÁRIO OTÁVIO BATALHA; JEAN
LOUIS LAMBERT; DARIO DE OLIVEIRA LIMA FILHO;
UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL;
Palavras-chave: comportamento do consumidor; hortaliças; carne bovina; sociologia da
alimentação; princípio de imitação-distinção
O presente trabalho objetivou estudar a viabilidade financeira da implantação de pivô
central com a utilização de rotação de culturas no Oeste Baiano. A irrigação pode entrar
em um sistema já existente como forma de garantia de produção, maior produtividade,
exploração dos preços, aumento de produtividade e diluição de custos. Foi projetado um
fluxo de caixa após a implantação de 3 pivôs centrais de 130 hectares cada, na região do
Oeste da Bahia, utilizando as culturas do algodão, milho, feijão e trigo para justificar as
entradas e saídas. Foram feitos 2 fluxos, um considerando a aquisição de financiamento
(TMA = 15, 27 %) e outro sem (TMA = 19, 75 %). No caso da avaliação do investimento, os
indicadores analisados apresentaram as seguintes respostas: sem financiamento (VPL =
R$ 192. 371. 10; TIR = 20, 83 %; Prêmio de Risco = 1, 08 %; Payback = 4 anos e 6 meses;
B/C = 1, 04); com financiamento (VPL = R$ 1. 536. 977. 87; TIR = 27, 46 %; Prêmio de
Risco = 12, 19 %; Payback = 3 anos e 4 meses; B/C = 1, 56).
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Diversas mudanças interferem no comportamento do consumidor que encontra-se em
constante alteração, assim os estudos buscam identificar tendências futuras para as
intenções, hábitos e atitudes dos consumidores. Sendo assim, o objetivo geral deste
estudo é avaliar o comportamento de consumo de carne bovina e hortaliças no Brasil
verificando os tipos de perfis dos consumidores. O estudo tem como método uma pesquisa
descritiva e quantitativa, cuja abordagem faz uso de questionário estruturado, com um
pré-teste aplicado em 40 indivíduos, decidindo-se realizar um survey. Foram escolhidas 4
cidades, sendo São Paulo, Porto Alegre, Recife e Goiânia. A amostragem baseou-se na
técnica probabilística e estratificada, por local e classe social. O número de questionários
válidos totalizaram 1545, com um intervalo de confiança de 95%. As análises estatísticas
foram desenvolvidas com o auxílio do software SPAD (versão 5. 5). A técnica utilizada é a
análise do teste de média, objetivando uma descrição de variáveis contínuas (freqüência
de consumo). Como resultado deste trabalho, foram identificados o perfil dos consumidores
orientados para o consumo de carne bovina e o perfil dos consumidores orientados para
o consumo hortaliças.
SSD 159 - DISPOSIÇÃO DE PAGAR POR ALIMENTOS SEGUROS: O CASO DOS
HORTIFRUTÍCOLAS SEM RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS.
CARLOS MAGNO MENDES MAGNO CARLOS;
UFMT, CUIABÁ, MT, BRASIL;
Palavras-chave: COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR; DISPOSIÇÃO DE PAGAR;
SEGURANÇA DO ALIMENTO; AGROTÓXICOS; HORTIFRUTICOLAS
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
O objetivo deste estudo foi investigar os possíveis determinantes da disposição de pagar
(DDP) mais por produtos hortifrutícolas in natura sem agrotóxicos (HSA) de uma amostra
aleatória de 314 consumidores no município de Piracicaba, no Estado de São Paulo. As
entrevistas foram realizadas nos locais de compra de hortifrutícolas distribuídos pela cidade,
durante os meses de abril e maio de 2002. Os entrevistados apresentaram alto grau de
escolaridade e alto nível de renda familiar per capita comparativamente ao Censo, o que
era esperado dada a localização da área de estudo. O modelo lógite estimado mostrou que
os coeficientes das variáveis ‘preço dos hortifrutícolas’ e ‘governo como certificador dos
HSA’ diminuem enquanto a atitude e a existência ‘grupos de risco’ na família aumentam a
DDP dos consumidores por HSA. A renda familiar per capita, a idade, a escolaridade e a
percepção dos entrevistados não foram estatisticamente significativas.
Palavras-chave: comportamento do consumidor, disposição de pagar, segurança do
alimento, agrotóxicos, hortifrutícolas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 158
Página 159
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 161 - EFEITO DO NÍVEL DE ESCOLARIDADE NO CONSUMO DE CARNE BOVINA
E HORTALIÇAS NO BRASIL.
AMILTON LUIZ NOVAES; RENATO LUIZ SPROESSER; PAULO AUGUSTO RAMALHO
DE SOUZA; CAMILA BENATT MOURAD; CÍCERO ANTÔNIO DE OLIVEIRA TRDEZINI;
UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL;
Palavras-chave: sociologia da alimentação; comportamento do consumidor; princípio da
imitação-distinção; obesidade; forma física
SSD 162 - ABERTURA DE CAPITAL COMO UMA OPÇÃO DE FINANCIAMENTO DAS
ATIVIDADES DAS EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO.
SABRINA SOARES SILVA; ANTÔNIO THIAGO BENEDETE DA SILVA; PATRÍCIA
APARECIDA FERREIRA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: financiamento do agronegócio; abertura de capital; exigências do
mercado; Bolsa de Valores; governança corporativa
Este artigo analisa a evolução da freqüência declarada de consumo de carne bovina e
de hortaliças no Brasil. Para tal, utilizou-se o método dedutivo de pesquisa, e a pesquisa
documental e de campo (survey) como métodos de procedimento. Foram aplicados
1545 questionários em quatro capitais brasileiras. Os resultados apontam para um maior
consumo de hortaliças à medida que aumentam os capitais econômico e cultural, este
último medido, neste trabalho, pelo nível de escolaridade, da população. Uma maior
freqüência de consumo de carne bovina é declarada por consumidores com renda familiar
entre 8 e 10 salários mínimos mensais, no entanto com menor nível de escolaridade. Pois,
conforme observado, quando comparado indivíduos com o mesmo nível de renda, os de
maior grau de escolaridade consomem menos carne bovina e mais hortaliças. O princípio
de imitação-distinção, defendido por Bourdieu (1996), como um dos fatores determinantes
da evolução dos hábitos alimentares pôde ser verificado.
O Brasil possui grande potencial agrícola, e uma imensa parte deste ainda não foi explorada
devido, entre outros fatores, à precária oferta de recursos para o setor. Apesar do aumento
nos gastos governamentais com o custeio das atividades do agronegócio nos últimos anos,
eles têm sido insuficientes para suprir as necessidades de investimento do setor, o que
torna necessária a busca de novas fontes de recursos. Assim, buscou-se, neste estudo,
apresentar a abertura de capital como uma alternativa para as empresas do agronegócio
captarem recursos para financiar suas atividades e investimentos. Foram analisadas duas
empresas desse setor que abriram seus capitais, a Renar Maças e a Avipal, e constatouse que ambas enfatizavam as boas práticas de governança corporativa. Notou-se que
a abertura de capital pode ser uma alternativa viável para empresas do agronegócio,
principalmente as de grande porte, e que a adoção de padrões elevados de governança
corporativa pode ser uma importante estratégia para aumentar a aceitação dos títulos de
novas empresas na Bolsa de Valores.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 160
Página 161
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 163 - ASPECTOS ECONÔMICOS DA SUBSTITUIÇÃO DE FONTES
CONVENCIONAIS DE ENERGIA POR BIOGÁS EM ASSENTAMENTO RURAL DO
ESTADO DE SÃO PAULO.
MAURA SEIKO TSUTSUI ESPERANCINI; FERNANDO. COLEN; OSMAR DE CARVALHO
BUENO; ELIAS JOSÉ SIMON;
UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL;
Palavras-chave: biodigestores; aspectos econômicos; assentamentos rurais; biogás;
biofertilizante
Existem hoje diversas alternativas tecnológicas de aproveitamento da biomassa para
geração de energia, tecnicamente viáveis para pequenas e médias produções. Uma destas
alternativas que vem despertando grande interesse é a tecnologia de biodigestão anaeróbia
de resíduos animais, e particularmente de resíduos suínos e bovinos, pela implantação de
biodigestores. O objetivo deste estudo foi avaliar aspectos econômicos da implantação de
biodigestor com o uso de dejetos animais no assentamento rural de Pirituba II, município de
Itaberá/SP, no ano de 2005, para a produção de biogás e biofertilizantes. Foram avaliadas
as economias de custos referentes ao fornecimento de energia elétrica e térmica, a
partir do biogás, para cinco domicílios situados no assentamento, comparativamente aos
custos de construção e operação de um biodigestor. Os resultados indicam que a receita
advinda do biogás para o uso domiciliar apresenta vantagem comparativa em relação ao
uso de fontes tradicionais como energia elétrica e o gás liquefeito de petróleo (GLP). As
receitas totais do sistema resultaram em R$3. 698, 00 frente aos custos de implantação
rateados ao longo da vida útil do biodigestor e custos de operação, que foram de R$1.
000, 7 ao ano. Nestas condições verifica-se que os investimentos no biodigestor podem
ser amortizados num prazo de 3 anos. Os resultados apresentados podem ser utilizados
na formulação de políticas públicas no sentido de implementar assistência técnica para a
utilização de biodigestores em assentamentos rurais. Os resultados também podem ser
utilizados para subsidiar propostas de programas de financiamento de aproveitamento de
biomassa para fins de produção de energia, voltados a este segmento da agricultura tendo
em vista a economia de custos gerada no processo, bem como as inequívocas vantagens
ambientais.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 164 - A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO CONTEXTO DO
AGRONEGÓCIO CAFÉ EM RONDÔNIA.
CALIXTO ROSA NETO; DANIELA GARCIA COLLARES;
EMBRAPA, PORTO VELHO, RO, BRASIL;
Palavras-chave: Café; Qualidade; Agricultura familiar; Rondônia; Agronegócio
Estudou-se os fatores condicionantes que interferem no processo de inserção dos pequenos
agricultores no agronegócio café em Rondônia, partindo-se do pressuposto básico de que
aspectos ligados ao modelo de produção utilizado por eles são os maiores limitantes para
a sua consolidação. A revisão de literatura aborda as questões ligadas ao agronegócio
café no Brasil e em Rondônia, ressaltando aspectos socioeconômicos, de produção e
de comercialização. Utilizando o método do estudo de caso foram realizadas entrevistas
com 122 produtores dos principais municípios produtores de café. Os resultados mostram
que a atividade cafeeira no estado é explorada, predominantemente, por agricultores de
base familiar, constituindo a base de sustentação econômica destes, e se caracteriza
por apresentar baixos níveis tecnológicos que redundam em baixos preços e qualidade
deficiente dos grãos, fazendo-se necessário estabelecer ações articuladas entre todos
os atores envolvidos no negócio café (pesquisa, extensão, órgãos de financiamento,
produtores, empresários etc. ), visando garantir que o produto possa atingir os padrões
de qualidade requeridos, de forma a ser competitivo tanto no mercado interno quanto
externo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 162
Página 163
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 165 - AGRICULTURA FAMILIAR E TURISMO RURAL NO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO.
GLAUCIO JOSÉ MARAFON; MIGUEL ANGELO RIBEIRO;
UERJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: Agricultura Familiar; Pluriatividade; Turismo Rural
O desenvolvimento de atividades turísticas no espaço rural está associado ao processo
de urbanização que ocorre na sociedade e no transbordamento do espaço urbano para o
espaço rural (GRAZIANO DA SILVA, 1997) e, para esse autor, “novas” formas de ocupação
passaram a proliferar no campo. Entre elas são destacadas: conjunto de profissões tidas
como urbanas (trabalhadores domésticos, mecânicos, secretárias etc); moradias de
segunda residência; atividades de conservação; áreas de lazer (hotéis-fazenda, fazendashotel, pesque-pague etc). Essas “novas” atividades demandaram um número crescente de
pessoas para dar sustentação à expansão das atividades turísticas no espaço rural, o que
possibilitou que os membros das famílias, liberados das atividades rotineiras da exploração
agrícola, pudessem ocupar as vagas geradas na expansão do turismo rural.
As atividades associadas ao turismo rural têm contribuído para a complementação da
renda familiar das unidades de produção, familiar ou não, pois o seu incremento gera a
demanda por novos postos de trabalho, além de contribuir na melhoria da logística que
proporciona suporte ao fluxo de turistas. A EMBRATUR (1994) considera que o turismo rural
inclui todas as atividades – alternativas, domésticas, agroturismo, turismo – organizado
para e pelos habitantes do país e é “compreendido como sendo toda maneira turística
de visitar e conhecer o ambiente rural, enquanto se resgata e valoriza a cultura regional”
(MENDONÇA et al. 2002). O turismo rural designa atividades diversas como, hotéis-fazenda,
fazendas-hotel, agroturismo, turismo de aventura, e que Rodrigues (2001) classifica como
tradicional (de origem agrícola, pecuária e colonização) e contemporâneo (hotéis-fazenda,
spas rurais, segunda residência) e Cavaco (2001, p. 28-29) faz uma importante observação
ao afirmar que o turismo em “espaço rural tem pouco significado em termos de turismo e
seus efeitos econômicos”.
A constatação da referida autora é um item importante para reflexão, uma vez que nos leva
a indagar até que ponto os agricultores familiares se beneficiam dos resultados dessas
atividades de turismo no espaço rural na atualidade? As suas atividades são somente
uma possibilidade de uma “nova” ocupação, que permite sua inserção no mercado de
trabalho através de ocupações como diaristas, caseiros, jardineiros, etc? São atividades
que complementam a renda familiar, mas são efetuadas fora de sua propriedade, em
hotéis-fazenda, fazenda-hotéis e nas áreas que proliferam as casas de segunda residência,
e que caracterizam o turismo rural contemporâneo e de modo diferente do que ocorre
com o turismo rural tradicional, no qual o turista vivencia as atividades desenvolvidas na
propriedade rural.
Página 164
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
O Interior Fluminense vem se destacando, não somente em termos de crescimento
demográfico (ainda pequeno), mas no abastecimento de produtos agropecuários
(hortigranjeiros, leite e produtos com nicho de mercado especializado como orgânicos,
ervas-finas, leite de cabra, trutas etc), além de estar servindo como área de lazer para a
prática de turismo rural, de ordem contemporânea, com a proliferação de hotéis-fazenda,
pousadas, spas e casas de segunda residência. A prática desse turismo rural segue, em
boa medida, os eixos de urbanização do estado, e é uma prática alternativa ao turismo
intenso que ocorre na Costa Fluminense (Costa Verde e do Sol).
Destarte, no nosso entendimento, o turismo rural se afirma como mais uma alternativa que
se coloca para os agricultores familiares venderem sua força de trabalho e complementar
sua renda, reforçando o caráter pluriativo das unidades familiares de produção e inseridos
no processo de produção do espaço, no qual, de acordo com Lefebvre (1999), estaríamos
sob o signo de uma sociedade urbana, e que essa urbanização estruturaria o território; e que
Santos (1993) aponta como passagem da urbanização da sociedade para a urbanização
do território. A prática do turismo rural contemporâneo reflete essa prática, uma vez que os
hotéis-fazenda, spas rurais e casas de segunda residência se localizam, preferencialmente,
próximas às grandes concentrações urbanas.
Referências Bibliográficas
CAVACO, Carminda. O mundo rural português: desafios e futuros. In: RODRIGUES, A (org.
) Turismo Rural São Paulo: Contexto, 2001. p. 15-34.
GRAZIANO DA SILVA, José. O novo rural brasileiro. Nova Economia, Belo Horizonte, v.
7, n. 1, p. 43-81, 1997.
LEFEBVRE, Henri. A Revolução Urbana. Belo Horizonte: Humanitas, 1999.
MENDONÇA, Maria C et al. Turismo no Espaço Rural: debate e tendência. Disponível na
Internet. http: //dae2. ufla. Br/revista2002. htm
RODRIGUES, Adyr. (Org. ). Turismo Rural. São Paulo: Contexto, 2001.
SANTOS, M. A Urbanização Brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 165
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 166 - SUSTENTABILIDADE SOCIAL E ECONÔMICA: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
VISANDO À INCLUSÃO SOCIAL DE PRODUTORES DE BASE FAMILIAR.
JULIO ROBERTO PINTO FERREIRA DA COSTA; ELIZABETH SANTOS BRANDÃO; FABIO
ZAMBERLAN; GENEROSA OLIVEIRA SILVA; JOSÉ RONALDO DE MACEDO;
EMBRAPA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: Pesquisa participativa; desenvolvimento; sustentabilidade; -; Este trabalho retrata a realização de uma ampla pesquisa participativa no município
de São José de Ubá, Estado do Rio de Janeiro, visando ações de intervenção a serem
realizadas no município, em prol do desenvolvimento sustentável local. Procurou-se
abordar os diversos aspectos da realidade de modo sistêmico, realizando-se atividades
que propiciavam o protagonismo dos produtores locais, com trabalhos de pesquisa,
organização social, otimização da produtividade e conscientização ambiental. Esses fatores
viabilizaram espaços de cidadania, com maior integração dos produtores em busca dos
seus interesses comuns, e consideração pelo bem comum das comunidades do município.
Foram incorporadas novas técnicas de uso e manejo de solo e água, criadas figuras
organizacionais para fornecer suporte à integração e sinergia dos agricultores (Grupo
Gestor), e pesquisado um diferencial competitivo para o tomate produzido na região,
consolidando-se o “Tomate Ecologicamente Cultivado – TOMATEC”.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 167 - DESEMPENHO DE PRODUTORES AGRÍCOLAS COM BASE EM MEDIDAS
DE PRODUTIVIDADE: UMA ABORDAGEM MULTICRITERIAL.
JOÃO ALFREDO DE CARVALHO MANGABEIRA; ELIANE GONÇALVES GOMES; JOÃO
CARLOS CORREIA BAPTISTA SOARES DE MELLO;
EMBRAPA, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Produtividade; Multicritério; Método de Copeland; Agricultura familiar; Medidas de produtividade são os indicadores mais usuais para medir desempenho em
agricultura. Neste artigo, ao invés dos modelos usuais tipo TFP, econométricos ou DEA,
propõe-se uma abordagem multicritério (método de Copeland) para a avaliação conjunta de
medidas de produtividade da terra e do trabalho. A avaliação da evolução do desempenho
foi para um grupo de agricultores familiares de Machadinho d’Oeste. O estudo centrou-se
em cada agricultor, com suas características individuais, de modo a acompanhar o sucesso
e a evolução de cada agricultor. Os resultados podem contribuir para a avaliação de projetos
de assentamento, indicando quais os casos individuais melhor sucedidos e, em uma etapa
posterior, tentar identificar as razões do sucesso como subsídio a novos projetos.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 168 - A AGRICULTURA ORGÂNICA COMO FONTE DE EMPREGO E RENDA: UM
ESTUDO DE CASO DA PRODUÇÃO VITIVINÍCOLA.
REGINA VEIGA REGINA; MIRIAN BEATRIZ S. BRAUN; JANDIR FERRERA DE LIMA;
JEFFERSON ANDRONIO RAMUNDO STADUTO;
UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: AGRICULTURA ORGÂNICA; ECONOMIA AGRÍCOLA; ATIVIDADE
PRODUTIVA; VIABILIDADE; AGRICULTURA FAMILIAR
Esse artigo analisa a transição do modelo de agricultura convencional para orgânica a
partir do estudo de um projeto de pomar vitivinícola implantado em 2002 na propriedade de
Carlinhos Fornari, localizada no distrito de Nova Concórdia, interior do município de Toledo,
Estado do Paraná. Por isso, essa análise fornece subsídios para o estudo da viabilidade
de conversão de áreas cultivadas de maneira convencional para um método de cultivo
orgânico. A metodologia utilizada para a efetivação e conclusão do estudo foi de caráter
exploratório e estudo de caso. Foram coletadas informações por meio de pesquisa de campo
exploratória, realizada diretamente com o produtor, bem como fornecedores de insumos e
materiais, utilizando-se um roteiro com os tópicos principais acerca dos custos fixos, custos
operacionais e receitas. No caso do cultivo orgânico de uvas, analisado no presente estudo,
comparado com o cultivo convencional mostrou-se viável. Essa viabilidade advém do menor
custo produção, devido a um menor uso de insumos em todo o processo, desde o preparo
do solo aos tratos culturais onde não são utilizadas aplicações de produtos químicos. Para
este sistema, a produção média esperada para o 2º ano é de 7 toneladas por hectare, no
3º ano, 25 toneladas, e a partir do 4º ano, 42 toneladas por hectare. Considerando um
preço de R$ 1, 00 ao quilo, a receita no 2º ano será de R$ 7. 000, 00, no 3º ano será de R$
25. 000, 00 e a partir do 4º ano de R$ 42. 000, 00. Assim, a estrutura produtiva vitivinícola
analisada é viável economicamente. Como o seu custo de produção é inferior ao custo da
agricultura convencional, além de não agredir o meio ambiente torna-se uma excelente
fonte de emprego e renda para a agricultura familiar.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 166
Página 167
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 169 - E AGORA JOSÉ... PARA ONDE? IMPASSES EM TORNO DA IDENTIDADE
E PROJETO DO MOVIMENTO DE AGRICULTORES EM CONSTANTINA-RS.
EVERTON LAZZARETTI PICOLOTTO; VIVIEN DIESEL;
UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: movimentos sociais; transformação social; agricultura familiar; agricultura
camponesa; Constantina
As contradições sociais no campo se fazem “terreno fértil” para mobilização de agentes
questionadores da ordem e propagadores da transformação social. Partindo das
contribuições teóricas de Castells, analisou-se a trajetória política do movimento dos
agricultores em Constantina, os processos de formação de identidade e de projeto
conduzidos pelas organizações gerais de agricultores e manifestos ao nível local.
Desvendou-se que existem diferenças substanciais na identidade, projeto e estratégias
da FETRAF-Sul (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul) e
da Via Campesina. Estas diferenças manifestam-se, principalmente, quanto a integração
ou resistência ao capital.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 170 - NOVAS FORMAS DE INSERÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR AO
MERCADO COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL.
DANIELA OLIVEIRA; MÁRCIO ANTONIO MELLO;
PROGRAMA DE POS-GRADUACAO EM DESENVOLVIMENTO RURAL (PGDR/UFRGS),
PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento rural; Agricultura familiar; Agroecologia;
agroindustrializacao familiar; insercao mercado
Desde o final dos anos 1980 a natureza o desenvolvimento da agricultura brasileira tem
sido objeto de um crescente debate. Constata-se que o processo histórico de modernização
da agricultura não foi capaz de impulsionar o desenvolvimento rural e cuja conseqüência
indesejável foi o elevado nível de exclusão social e, em muitos casos, a degradação
ambiental. A homogeneização do padrão tecnológico que vem caracterizando o modelo
da grande agroindústria cria, crescentemente, fortes barreiras à entrada e a inserção ao
mercado da maioria dos agricultores familiares. Em contraposição a esse a esse modelo
diversos autores têm elaborado perspectivas teórica e formulado propostas de políticas
públicas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar como indutora do desenvolvimento
rural. Este artigo tem o objetivo de discutir e analisar a perspectiva teórica e as proposições
de políticas públicas que permitam a agricultura familiar desenvolver iniciativas autônomas
de verticalização da produção (mercados de nicho, produtos orgânicos e agroecológicos,
artesanais e que apresentem atributos diferenciados de qualidades, etc. ) e de estabelecer
novas formas organizacionais de relacionamento e inserção ao mercado.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 171 - RESGATANDO E PRESERVANDO A BASE GENÉTICA DA BACIA DO RIO
CURU, CEARÁ: ALGUNS RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES.
MARCELO RENATO ALVES DE ARAÚJO; HELENIRA ELLERY MARINHO VASCONCELOS;
FRANCISCO BENI DE SOUSA;
EMBRAPA CAPRINOS, SOBRAL, CE, BRASIL;
Palavras-chave: AGRICULTURA FAMILIAR; MELHORAMENTO GENÉTICO; RESGATE
DE GERMOPLASMA; AMBIENTES ADVERSOS; FEIJÃO MACASSAR
O acesso à alimentação é um direito universal da humanidade, devendo se sobrepor a
qualquer fator de ordem econômica, política ou cultural que impeça a sua obtenção. Um dos
aspectos mais relevantes do conceito de segurança alimentar é garantir aos agricultores
(as) a conservação da base genética do sistema agroalimentar, permitindo-lhes permanente
acesso Um levantamento e coleta de diferentes variedades crioulas de feijão, em uso
pelos (as) agricultores (as) familiares, foi realizado no Vale da Bacia do Curu. Dezesseis
das variedades coletadas foram avaliadas em três locais do Vale, em experimentos com
delineamento de blocos ao acaso com três repetições. A análise conjunta da variância,
para os ambientes estudados, revelou a existência de diferenças significativas para
todas as fontes de variação analisadas. Este resultado indica que existem genótipos com
adaptação específica. A produtividade média de Tejuçuoca foi superior àquela apresentada
em General Sampaio que, por sua vez, foi superior aos resultados obtidos em Apuiáres. As
variedades Barrigudo, Cabecinha e Jatobá apresentaram produtividade superior a média
geral em cada ambiente. Merecedoras de destaque foram às variedades Azulão e Feijão do
Brejo com boas produtividades em dois dos locais testados. Finalmente, em cumprimento
parcial aos objetivos pretendidos por este estudo, coloca-se como um aspecto positivo a
persistência de uma cultura que evidencia a capacidade de preservar, conservar e manejar
o germoplasma do feijão Vigna que estão sob domínio dos agricultores e agricultoras
familiares do território da Bacia do Curu.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 168
Página 169
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 172 - CAFÉ E COM A CORAGEM: 20 ANOS DE MONITORAMENTO DA
AGRICULTURA FAMILIAR NA AMAZÔNIA.
EVARISTO EDUARDO DE MIRANDA; JOÃO ALFREDO DE CARVALHO MANGABEIRA;
JOSÉ ROBERTO MIRANDA;
EMBRAPA MONITORAMENTO POR SATÉLITE, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Amazônia; Agricultura familiar; Rondonia; Sustentabilidade; Dinâmica
temporal
Há mais de vinte anos, pesquisadores da Embrapa Monitoramento por Satélite, apoiados
por outras instituições, vêm acompanhando um grupo de 438 propriedades rurais familiares
em Machadinho d’Oeste, Rondônia. Nessas terras da fronteira agrícola amazônica, as
atividades de produção familiar vêm sendo avaliadas através de métodos e procedimentos
modernos, baseados na utilização de imagens de satélite, sistemas de informações
geográficas e tratamentos estatísticos de dados coletados em campo. As extensas bases de
dados constituídas durante vinte anos estão sendo valorizadas, com o objetivo de analisar
a evolução da pequena agricultura familiar, em termos de sustentabilidade agroecológica
e socioeconômica. Elas possibilitam ainda descrever os agricultores e a agricultura da
região, abordando sua origem, taxas de ocupação e implementação das propriedades,
níveis de capitalização, formas de ocupação e uso das terras, recursos disponíveis para
a agricultura e os sistemas de produção praticados.
Ao contrário dos cenários alarmistas propostos por muitos nos anos oitenta sobre a
inviabilidade da agricultura na Amazônia, sobre o risco dos solos tornarem-se improdutivos e
as áreas desmatadas um deserto, o exemplo de Machadinho d´Oeste em Rondônia mostra
situações muito diferenciadas. Houve uma queda pronunciada das áreas dedicadas a
culturas anuais, alimentares nas propriedades. O arroz, presente em 87% das propriedades
rurais em 1986, caiu para 44% em 2005. Os agricultores especializaram-se. Quem cultiva,
cultiva áreas maiores. O tamanho das áreas cultivadas em arroz passaram de 2, 9 ha em
1986 para 10 ha em 2005. Nas culturas perenes, o café ampliou sua presença, de 48% das
propriedades em 1986 para 61 % em 2005. O café é hoje a grande cultura de renda para
os produtores rurais. Os investimentos em tecnologia e o uso de herbicidas tem aumentado
e já existe até exemplos de café irrigado. A região responde por cerca de 15% do café
produzido em Rondônia. No geral a produtividade dos cultivos foram mantidas e houve uma
expansão da pecuária bovina. Os dados mostram o nível crescente de capitalização dos
agricultores, a diferenciação dos sistemas produtivos e a busca constante de estratégias
mais sustentáveis.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 173 - SUBSÍDIOS PARA A ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS
PÚBLICAS COM RECORTE DE GÊNERO E RAÇA NA AGRICULTURA FAMILIAR.
KELMA CHRISTINA MELO DOS SANTOS CRUZ KELMA;
UPIS FACULDADES INTEGRADAS, PLANALTINA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: comunidades quilombolas; etnodesenvolvimento; políticas públicas;
agricultura familiar ; gênero
Neste artigo são apresentados subsídios para a elaboração e implementação de políticas
públicas com recorte de gênero e raça na agricultura familiar. Em meio à diversidade da
estrutura agrária brasileira, destaca-se a presença das comunidades quilombolas, refletindo
sobre o lugar ocupado pelas mulheres nesse contexto. Tal proposição justifica-se pela falta de
avaliação e reconhecimento do papel deste segmento, na preservação dos valores étnicos,
do patrimônio material e imaterial, dos cuidados com a manutenção da biodiversidade e
da segurança alimentar. Para a elaboração deste trabalho foram utilizadas informações
obtidas pelo projeto Gênero, raça e atividades produtivas para o Etnodesenvolvimento
(UNIFEM/DFID/MDA). Inicialmente, apresenta-se um breve nivelamento conceitual que
busca introduzir a discussão. Considera-se que além de reconhecer a divisão sexual do
trabalho, como elemento estruturador da organização do trabalho, também é fundamental
reconhecer as especificidades dos grupos étnicos. Em seguida, são apresentados dados
referentes às atividades produtivas desenvolvidas pelas mulheres quilombolas. E finalmente,
na terceira parte, busca-se refletir sobre a elaboração e implementação de políticas públicas
voltadas a um maior empoderamento econômico e social das mulheres quilombolas, levando
em consideração o seu papel no desenvolvimento rural.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 174 - PROPOSTA METODOLÓGICA PARA A CAPACITAÇÃO GERENCIAL DE
AGRICULTORES FAMILIARES.
WAGNER LUIZ LOURENZANI; LEONARDO DE BARROS PINTO;
UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL;
Palavras-chave: agricultura familiar; capacitação; gestão; extensão rural; metodologia
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
O segmento da agricultura familiar assume papel sócio-econômico de grande importância
no agronegócio brasileiro. Seu desenvolvimento é entendido como uma das pré-condições
para uma sociedade economicamente mais eficiente e socialmente mais justa. Existe uma
série de fatores que afetam significativamente o desempenho dos empreendimentos rurais.
Muitas dessas variáveis fogem ao controle da unidade de produção, mas outras, como
a gestão da produção, estão mais diretamente vinculadas ao seu controle. Problemas
relacionados à sua sustentabilidade revelam a forte deficiência na administração de
estabelecimentos rurais em geral e, em particular, na produção familiar. Assim, a proposta
de um curso de extensão rural, na área gerencial, atua especificamente sobre esta
deficiência, articulando as diversas ferramentas gerenciais de apoio à produção familiar.
Neste contexto, este trabalho busca propor uma estrutura metodológica de capacitação
gerencial de agricultores familiares de forma a contribuir para a sustentabilidade econômica
da agricultura familiar, bem como para a melhoria da qualidade de vida no campo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 170
Página 171
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 175 - AÇÕES COLETIVAS ENVOLVENDO PEQUENOS PRODUTORES: DA
EXCLUSÃO À INCLUSÃO NOS MERCADOS.
ANA ELISA BRESSAN SMITH LOURENZANI; ANDREA LAGO DA SILVA;
UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: ações coletivas; exclusão; pequeno produtor; recomendações; inserção
em mercados
A busca por eficiência frente à crescente importância do agronegócio tem provocado
processos de exclusão de pequenos produtores rurais. De forma a oferecer produtos
em conformidade com os padrões desenvolvidos pelas grandes redes de auto-serviço,
os fornecedores tiveram que se adaptar a exigências como qualidade, regularidade no
fornecimento, escala mínima de fornecimento, preço e agilidade logística. No entanto,
observa-se que essas mudanças se refletiram, de forma bastante abrupta, nos pequenos
produtores rurais, representando desafios e até mesmo exclusão de pequenos produtores
rurais em toda a América Latina. Estes se mostraram incapazes de atender às novas
demandas do mercado devido às características intrínsecas à pequena unidade de
produção. Essa situação aumentou o risco de ocorrência de processos de exclusão de
pequenos produtores da atividade agrícola. Uma possibilidade que se apresenta é a adoção
de ações coletivas, buscando garantir a inserção destes produtores no processo de aquisição
de produtos das grandes redes varejistas e de outros importantes canais de distribuição.
Dessa forma, torna-se relevante analisar as exigências impostas pelos diferentes canais de
distribuição e a capacidade de resposta de pequenos empreendimentos agrícolas que atuam
de forma colaborativa com outros agentes do mesmo elo (horizontalmente) e em parceria
com elos a montante ou a jusante (verticalmente). Nesse contexto, essa pesquisa teve como
objetivo efetuar recomendações que permitissem a inserção de pequenos produtores em
canais de distribuição. Para tal, foram identificados pontos de alavancagem no processo
de estabelecimento e manutenção de ações coletivas visando o acesso a mercados.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 176 - SISTEMAS E CUSTOS DE PRODUÇÃO DE MANDIOCA NO ESTADO DE
ALAGOAS.
CARLOS ESTEVÃO LEITE CARDOSO; ANTONIO DIAS SANTIAGO;
EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA TROPICAL, CRUZ DAS ALMAS, BA,
BRASIL;
Palavras-chave: Rentabilidade; Eficiência econômica; Farinha de mandioca; Casa de
farinha; Mandiocultura
Este trabalho apresenta os resultados do estudo de custo de produção e de rentabilidade
de diversos sistemas de produção de mandioca e de processamento de farinha na Região
Agreste de Alagoas. Os dados para a avaliação foram levantados por meio de visitas às
unidades de produção típicas e por meio de painéis. A análise econômica dos sistemas
de produção foi realizada com base nos tradicionais métodos de avaliação econômica
de projetos e/ou alternativas tecnológicas. Além desses tradicionais indicadores usou-se,
alternativamente, o cálculo da razão entre a diferença da receita bruta menos o custo de
todos os insumos (exceto mão-de-obra) e o total de mão-de-obra, aqui denominado valor
agregado pela mão-de-obra (R$/h/D). Considerou-se, a partir da renda da família, também o
número de salários mínimos que são gerados por hectare. Tanto os sistemas de produção da
matéria-prima de mandioca como as unidades de processamento estudadas apresentaramse rentáveis. No tocante às unidades de processamento, embora os resultados apontem na
direção da melhor eficiência daquelas unidades de maior capacidade instalada, as unidades
de pequeno porte são de vital importância, considerando-se o seu papel como unidade,
geralmente familiar, que supri a demanda de farinha local e ocupa mão-de-obra, geralmente,
de baixo custo de oportunidade. Independentemente da capacidade instalada recomendase, no curto prazo, a redução dos custos de produção e a melhoria da qualidade. A médio
e longo prazos deve-se perseguir a diferenciação e a diversificação de produtos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 172
Página 173
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 177 - O QUE SE COMPRA NA FEIRA? PERFIL E FATORES DE DECISÃO DO
CONSUMIDOR EM LAVRAS, MG.
LUIZ HENRIQUE SILVESTRE; EXZOLVILDRES QUEIROZ NETO; JULIANA SENA
CALIXTO; ROSANA VIEIRA RAMOS; LUIZ MARCELO ANTONIALLI;
UFLA, LAVRAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: feiras ; consumo; agricultura familiar; Minas Gerais; análise
multivariada
SSD 178 - VIABILIDADE ECONÔMICA DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS ORGÂNICOS
NO BAIXO SUL DA BAHIA – O CASO DO PROJETO ONÇA.
GILCA GARCIA DE OLIVEIRA; ELOINA NERI DE MATOS; ALEXANDRA PEREIRA DOS
SANTOS;
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, SALVADOR, BA, BRASIL;
Palavras-chave: viabilidade econômica; sistemas agroflorestais; agricultura familiar;
produção orgânica; Bahia
O mercado local não é apenas um espaço de venda de produtos, mas também de garantia
da segurança alimentar, de fortalecimento da pequena agricultura e de dinamização
econômica por reter por mais tempo o recurso no município, fazendo-o circular entre a
população local, possibilitando a satisfação das necessidades. Mas o que os consumidores
compram na feira? A opção de ir a feira está ligada apenas a aquisição de alimentos
ou há outras características que os consumidores também compram? Quais são estes
fatores que interferem nesta escolha? O objetivo deste estudo é identificar o perfil dos
consumidores e os fatores de decisão de compra na feira de forma a orientar programas de
estímulo ao consumo neste espaço. Para atender estes objetivos foram entrevistados 127
consumidores, e a partir das respostas obtidas foram realizadas: análise fatorial, análise
de cluster e discriminante. Os resultados mostraram que as variáveis originais podem
ser agrupadas em quatro fatores capazes de explicar 57% da variância: fatores sociais,
atributos físicos/químicos do produto, diversidade no espaço da feira e interesse/consumo
político. A analise de cluster permitiu identificar dois grupos de consumidores, que foram
denominados “menos influenciados pelas variáveis de decisão” e “mais influenciados pelas
variáveis de decisão”. A análise discriminante possibilitou identificar grupo de variáveis
que permitem segmentar os grupos formados a partir da análise de cluster. Ao final dos
textos são propostos caminhos para o uso destas informações para dinamizar a feira e
apresentadas sugestões para novos estudos.
O sistema agroflorestal é uma combinação ecológica e econômica de no mínimo dois
cultivos, sendo um deles, uma espécie lenhosa perene, incluindo as palmeiras, em função
do tempo e do espaço para incrementar e otimizar a produção agrícola ou agropecuária de
forma sustentável. Esta forma de cultivo é encontrada com freqüência na região do Baixo Sul
da Bahia e tem como vantagem ao agricultor maior diversificação da renda e ao bioma uma
maior conservação. No entanto, a sustentabilidade dessa forma de cultivo depende em muito
da rentabilidade, que seja possível identificar pela viabilidade econômica das combinações
utilizadas pelo agricultor. Neste estudo foram consideradas 8 combinações de cultivos
para análise. Destas combinações a combinação mais utilizada na Comunidade, guaraná
e piaçava, foi a que apresentou os piores indicadores econômicos, com B/C de 1, 15, TIR
de 0, 10 e VPL (12%) de R$38. 105, 23. Enquanto que a combinação mais diversificada,
guaraná-cupuaçu-piaçava-seringa-frutas, foi aquela com os melhores resultados, com B/C
de 2, 81, TIR de 0, 60 e VPL (12%) R$261. 114, 59.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 174
Página 175
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 179 - AGRICULTURA E PECUÁRIA EM ÁREAS DE FRONTEIRA : DIFERENÇAS
E SUSTENTABILIDADE.
ROSANGELA MARIA CARNEVALE CARVALHO;
IBGE, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: agricultura familiar ; sustentabilidade ; Rondônia ; áreas de fronteira ;
políticas públicas
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 180 - QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: PERSPECTIVAS PARA A.
LORAINE RODRIGUES GARRIDO; DANIELE BERNARDI;
UNOESC, SÃO MIGUEL DO OESTE, SC, CANADÁ;
Palavras-chave: QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO; UNIDADE PRODUTORA DE
LEITE; PRODUTIVIDADE; SATISFAÇÃO; AGRICULTURA FAMILIAR
RESUMO
Resumo
O artigo trata da “agricultura familiar” em áreas de fronteira tendo como referência o estado
de Rondônia.
O processo de ocupação de Rondônia, marcado pela pecuária e pelo desmatamento
acelerado, se insere no padrão convencional de ocupação da fronteira agrícola e, ao
mesmo tempo, vem sendo atravessado por “diferenças” pontuais afins com aquele contexto
particular. Por um lado, políticas públicas de integração e modernização reproduzem as
formas convencionais de ocupação e utilização das áreas de fronteira no Brasil -produção
especializada, e em escala; uso de tecnologia intensiva em capital e poupadora de mão
de obra; e acesso ao mercado mundial de carnes e grãos-. Por outro, políticas públicas
localizadas e legitimadas pelo qualitativo de sustentável valorizam práticas sociais
características do modo de produzir da agricultura familiar em áreas de fronteira -agricultura
diversificada integrada a pecuária leiteira; baixo uso de insumos químicos e maquinário
agrícola; uso predominante da mão de obra familiar; produção de alimentos para o autoconsumo e integração parcial ao mercado formal.
A análise dos dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) e da Pesquisa Agrícola
Municipal (PAM) do IBGE nos permite propor uma caracterização da pecuária em
Rondônia - pecuária familiar, pecuária empresarial e pecuária de fronteira – para pontuar
“similaridades” e “diferenças” no processo de ocupação das terras da região. Mostramos
que enquanto a “pecuária familiar” responde melhor aos parâmetros de sustentabilidade, a
“pecuária empresarial” e a “pecuária de fronteira” atendem aos objetivos de “modernização”
e integração dessas áreas ao mercado mundial.
Finalmente sugerimos a importância de atentar para “diferenças ” localizadas enquanto
possíveis mudanças na sociedade e nos modos como esta produz a natureza, tendo em
vista as principais questões sociais e ambientais que limitam a reprodução das economias
modernas na atualidade.
A pesquisa objetivou conhecer as condições que devem existir para o alcance de melhores
índices de produtividade, na interface da qualidade de vida no trabalho, em unidades
produtoras de leite. A pesquisa foi realizada junto quinze produtores, fornecedores de
leite a indústria Gran Padania do Brasil Ltda., localizada no município de Guaraciaba, no
Extremo-Oeste de Santa Catarina. Para atender ao propósito da investigação, buscou-se
caracterizar as unidades produtoras de leite; identificar o perfil dos produtores; levantar
as condições existentes para o desenvolvimento das atividades de produção de leite;
identificar indicadores de qualidade de vida no trabalho; identificar índices de produtividade
na atividade leiteira; e relacionar os indicadores de qualidade de vida no trabalho com
os índices de produtividade. Foi realizado um estudo teórico com verificação empírica. A
pesquisa foi do tipo descritiva, sendo realizada na forma de levantamento, com enfoque
qualitativo e quantitativo. Os dados foram coletados junto aos produtores de leite, através
da aplicação de questionário na forma de escala Likert, junto ao Supervisor de Campo
da agroindústria, através de entrevista. O estudo aborda temas como, organização rural
e agronegócios, gestão do empreendimento rural, agricultura familiar, produção leiteira,
qualidade de vida no trabalho, satisfação e produtividade do trabalho. A conclusão do
estudo aponta as condições que devem existir para a consecução de melhores índices de
produtividade do trabalho: melhorar significativamente o local de trabalho e suas condições
de bem-estar e organização, buscando melhorar o desempenho; reduzir a possibilidade
de estresse a que é submetido o produtor em sua jornada de trabalho; buscar o equilíbrio
entre jornada de trabalho e o tempo de lazer da família; melhorar a remuneração para
viver dignamente dentro das necessidades pessoais e dos padrões culturais, sociais e
econômicos da sociedade em que vive; melhorar as perspectivas de avanço salarial;
melhorar o grau de segurança quanto a manutenção no seu trabalho. Acrescenta-se ainda,
a necessidade de melhorar o nível de escolaridade dos produtores bem como a capacidade
de gestão do empreendimento.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 176
Página 177
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 181 - A CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL DE FLORESTAS, COMPETITIVIDADE
E AMBIENTALISMO RENOVADO: UM ESTUDO DE CASO NA AGROINDÚSTRIA
ERVATEIRA PUTINGUENSE – RIO GRANDE DO SUL.
DEBORA NAYAR HOFF; RONI BLUME; EUGÊNIO ÁVILA PEDROZO;
CEPAN/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: desenvolvimento sustentável; certificação; competitividade; erva mate;
mata nativa
Novos padrões de consumo vêm sendo impostos no mercado diante da crescente tendência
do consumidor em adotar uma postura preocupada com as questões ecológicas. Assim
pressionados pelos concorrentes e pelas demandas ambientais da sociedade tornouse premente para os gestores repensar determinados processos produtivos em função
deste maior envolvimento com a cultura da preservação ambiental. O presente trabalho
tem por propósito discutir como a gestão ambiental para os negócios agroindustriais, no
manejo sustentado dos recursos florestais, tende a oportunizar diferenciais competitivos
nos mercados de commodities agrícolas. Alem disso, se a postura adotada visando este
maior engajamento com a causa ambiental pode ser considerado como uma prática de
ambientalismo renovado. Neste sentido foi realizado um estudo de caso em uma empresa
produtora de erva-mate situada no interior do Rio Grande do Sul – Brasil, que obteve a
florestal do Forest Stewardship Council- FSC. Como conclusão do estudo se observa que
práticas visando a causa ambiental podem gerar vantagens competitivas para os negócios
agroindustriais, principalmente, pelos efeitos positivos obtidos junto aos consumidores. No
que se refere ao caso estudado as práticas empregadas seguindo a certificação agregaram
valor ao processo produtivo gerando renda diferenciada para a empresa e que o tipo de
gestão com foco no uso racional dos recursos ambientais pode ser apreciado como uma
forma de ambientalismo renovado.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 182 - CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DE COMITÊS DE
BACIAS HIDROGRÁFICAS DE RIOS FEDERAIS - O CASO DO COMITÊ DE BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO PARANAÍBA.
GRACIELA LUZIA VEDOVOTO; MÁRIO DINIZ DE ARAÚJO NETO; LUÍS FERNANDO
MARTINS RIBEIRO;
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Gestão dos Recursos Hídricos; Articulação Institucional ; Comitês de
Bacias Hidrográficas; Participação Social; Usos múltiplos da água
O objetivo desse artigo foi analisar como a articulação institucional interfere no processo de
implementação e funcionamento dos Comitês de Bacias Hidrográficas estabelecidos pela
Lei n° 9433, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos. A área utilizada como
estudo foi a bacia do rio Paranaíba, cujo curso principal do rio compreende o Distrito Federal,
Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma bacia onde a crescente pressão
sobre os recursos hídricos tem provocado situações conflituosas devido ao incremento do
uso da água para múltiplas atividades. A abordagem com ênfase na dimensão institucional
demonstrou ser interessante por permitir a análise da interação entre diversas variáveis:
legislação, regulação; estruturas administrativas; arranjos econômicos; estruturas políticas e
valores tradicionais. O estudo abrangeu pesquisa na literatura sobre gestão hídrica, análise
de dispositivos legais e entrevistas aplicadas aos atores envolvidos na implementação
daquele Comitê. As reflexões sobre as informações obtidas levaram à conclusão de que
as principais dificuldades para a implementação de um Comitê naquela região são a falta
de articulação e fragilidade institucional além da fragmentação de responsabilidades.
Procurou-se analisar os recursos hídricos num contexto mais amplo, o ambiental, para
posteriormente oferecer subsídios à gestão desse recurso na bacia do rio Paranaíba.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 178
Página 179
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 183 - O SISTEMA DE LICENCIAMENTO DE PROPRIEDADES RURAIS COMO
ESTRATÉGIA DE CONTROLE DO DESMATAMENTO ILEGAL: A EXPERIÊNCIA DO
MATO GROSSO.
ANDREA AGUIAR AZEVEDO; RICHARD PASQUIS;
CIRAD/ CDS- UNB, BRASíLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: desmatamento; licenciamento; propriedades rurais; avaliaçao; politica
ambiental
O objetivo do trabalho é avaliar os limites e as possibilidades de um instrumento de política
pública com abordagem de Comando e Controle para combater o desmatamento ilegal
no Estado do Mato Grosso, situado na Amazônia Legal. Mais especificamente, trata-se
da avaliação do sistema de licenciamento ambiental de propriedades rurais (SLAPR). Ele
foi avaliado sob duas óticas: operacional e estrutural, e escrito a partir da releitura crítica
da primeira avaliação feita pelo Ministério do Meio Ambiente sobre o SLAPR no Mato
Grosso. Além disso, foi complementado com outras abordagens trazidas na literatura sobre
licenciamento, descentralização e instrumentos econômicos. Verificou-se que o instrumento
não tem sido eficaz e apresenta limitações tanto operacionais quanto estruturais. As
operacionais se situam em diversos níveis que vão desde a falta de fortalecimento
institucional, falta de técnicos capacitados até a completa desarticulação com outros órgãos
e políticas, aliadas à falta de transparência nos processos. As limitações estruturais são
mais substanciais, pois elas restringem o potencial de ação do instrumento em um nível
macro e micro. Essa coleção de fatores é reforçada pela própria natureza dos instrumentos
de comando e de controle que não são equânimes, nem estimulantes para os agentes
que querem ser mais pró-ativos na questão ambiental. Nesse sentido, os instrumentos
econômicos, como a venda de serviços ambientais, poderiam ser uma alternativa, mesmo
que temporária para melhorar a conformidade dos agentes ao sistema.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 184 - GESTÃO DO LIXO: UM ESTUDO SOBRE AS POSSIBILIDADES DE
REAPROVEITAMENTO DO LIXO DE PROPRIEDADES HORTÍCOLAS.
RODRIGO MARTINI; CAROLINA DALLA COSTA; MARGARETE BOTEON;
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - CEPEA/ESAL/USP,
PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: lixo rural; frutas; hortaliças; reaproveitamento; reciclagem
O presente trabalho analisa a gestão do lixo nas propriedades rurais, principalmente para
as principais áreas de produção de nove hortícolas: banana, batata, cebola, citros, mamão,
manga, melão, tomate e uva. Partindo da análise do panorama geral da situação do lixo
rural no País, observou-se a ineficiência do sistema atual, visto que uma parcela muito
pequena da área rural brasileira é atendida pelo sistema público de coleta de lixo, deixando
muitos produtores à mercê de técnicas de eliminação e/ou reutilização do lixo ineficientes
e perigosas para a produção, o ambiente e a saúde humana. Posteriormente, analisou-se
a situação específica das principais regiões nacionais de cultivo dos hortícolas elencados
acima, analisando a eficiência da gestão do lixo nessas áreas, a atuação do sistema de
coleta pública de lixo e as demais formas de eliminação ou reaproveitamento utilizadas
pelos horticultores, frente ao panorama geral das áreas rurais. Finalmente, foram analisadas
formas de reaproveitamento para o lixo produzido nas propriedades hortícolas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 180
Página 181
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 185 - VALOR ECONÔMICO E SOCIOCULTURAL DO ECOTURISMO E DAS
ATIVIDADES RECREACIONAIS PROVIDAS PELA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
SERRA DE SÃO JOSÉ (MG).
ENEIDA MARIA GODDI CAMPOS; PATRÍCIA FERNANDA DA SILVA PEREIRA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI, SÃO JOÃO DEL-REI, MG,
BRASIL;
Palavras-chave: ecoturismo; serviços ecossistêmicos; atividades recreacionais; custo de
viagem; valoração contingente
Este trabalho estimou o valor econômico e sociocultural de alguns componentes de mercado
e fora de mercado dos serviços ecossistêmicos providos pela Serra de São José (MG), pelos
métodos da valoração indireta de mercado (Custo de Viagem) e da Valoração Contingente.
Abrangendo cidades históricas como Tiradentes (valores morais, estéticos e patrimoniais)
e próxima a uma universidade (ensino de ciências biológicas, dentre outras), a Serra
oferece relevante quantidade de bens e serviços para o bem-estar humano. Estão incluídos
elementos naturais como antigas quedas d’água e um lugar agradável para descanso e
atividades recreacionais (camping e ecoturismo). Também é habitat natural de 50% de
todas as espécies de libélulas conhecidas no Estado de Minas Gerais, e cerca de 18%
do total encontrado no Brasil. As espécies raras de orquídeas e outras plantas oferecem
oportunidades de educação ambiental e laboratório para pesquisas científicas. Porém, vem
sendo degradada pela urbanização desordenada, venda ilícita de orquídeas, queimadas,
incêndios criminosos e furtos aos visitantes. Através de social survey questionnaire e
cálculos originais, o valor anual do ecoturismo e atividades recreacionais (uso, opção e
existência) está estimado em pelo menos R$ 1. 025. 595, 35. Uma variável identificada
foi o trabalho voluntário para conservar este ecossistema, revelada de forma espontânea
pelos entrevistados (disposição ao trabalho voluntário). O valor positivo da disposição a
pagar e a trabalhar voluntariamente revela as preferências por bem-estar não-material
como saúde física e mental, diversidade cultural e contemplação de paisagens bucólicas.
Alguns usos importantes deste valor são: auxílio aos tomadores de decisão na atribuição
do peso adequado a este ecossistema, composição do PIB “verde” e do ICMS ecológico,
avaliação e proposição de políticas públicas e criação de sistemas de pagamentos por
serviços ecossistêmicos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 186 - APLICAÇÃO DO DASHBOARD OF SUSTAINABILITY NA AVALIAÇÃO DA
SUSTENTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO RURAL LOCAL.
ALEXANDRE GERVÁSIO DE SOUSA; ALETHÉIA FERREIRA DA CRUZ; FRANCIS LEE
RIBEIRO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA, GO, BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável; Indicadores de Sustentabilidade;
Dashboard of Sustainability; Desenvolvimento Rural Local; Sustentabilidade Agrícola
O modelo agrícola implementado na agricultura brasileira a partir da década de 1960,
mostrou-se altamente excludente favorecendo a agricultura de grande porte. Os programas
de reforma agrária e de apoio à agricultura familiar representam tentativas de se amenizar as
discrepâncias promovidas por esse modelo que se mostra incompatível com a manutenção
da capacidade produtiva, com a eqüidade social e com o equilíbrio ambiental. Este estudo
mostra que o desenvolvimento deve ser sustentável sob três dimensões: econômica, social
e ambiental. Os indicadores de sustentabilidade, ferramentas que mensuram e monitoram
o desenvolvimento, permitem que os tomadores de decisão reavaliem seus objetivos e
políticas em prol da sustentabilidade das comunidades rurais, sendo fundamentais para
a correção de falhas nesses sistemas. O dashboard of sustainability é um indicador que
pode avaliar a sustentabilidade sob três ou quatro dimensões (quando se inclui a dimensão
institucional) e sob a esfera local/comunitária, podendo, teoricamente, prestar-se à análise
do desenvolvimento rural local. Entretanto, verifica-se que os testes com o indicador ainda
não foram estendidos aos sistemas subnacional e comunitário, representando uma área
ainda desprovida de estudos empíricos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 187 - PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PRODUTORES DE CACHAÇA NA REGIÃO
DE OURINHOS – SP.
LUIZ AUGUSTO NOGUEIRA PERINO; JOSÉ MATHEUS PEROSA;
SEBRAE, OURINHOS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: percepção ambiental; educação não formal; cachaça; cadeia de produção;
impacto ambiental
Em poucos anos os valores ambientais evoluíram de um interesse marginal para um
nível considerável de preocupação das sociedades. Um dos reflexos dessa preocupação
foi o desenvolvimento de importantes segmentos de mercado de produtos considerados
ambientalmente saudáveis. Para que atividades agroindustriais se desenvolvam em
equilíbrio com o meio ambiente, torna-se cada vez mais necessário atuar em educação,
mostrando os benefícios para as empresas e para a sociedade como um todo. O objetivo
deste estudo foi analisar a percepção ambiental de produtores de cachaça, visando
subsidiar propostas de atuação em educação ambiental. Foram entrevistados dez
produtores de cachaça da região de Ourinhos-SP. O estudo apontou para a inexistência
de trabalhos voltados à educação ambiental e diagnosticou relevante percepção ambiental
dos produtores.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 182
Página 183
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 188 - PROTOCOLOS DE RELACIONAMENTOS SOCIAIS PARA RECUPERAÇÃO
DE ÁREAS IMPACTADAS POR ATIVIDADES PETROLÍFERAS.
BRENDA MORAES DO AMARAL; HENRIQUE OSWALDO DE BARROS; PATRICÍA
RIBEIRO DE SOUZA;
UNIVERSIDAE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Stakeholders; Atividades Petrolíferas ; Recuperação Ambiental; Problemas
Ambientais; Protocolos de Relacionamentos Sociais
Este estudo propõe procedimentos orientados para a maximização de benefícios
socioeconômicos associados a processos de recuperação de áreas impactadas por
atividades petrolíferas. Os beneficiários dos procedimentos propostos são entendidos
como as partes interessadas – stakeholders – nos processos de recuperação, em
particular: (i) A empresa responsável pela exploração de petróleo; A comunidade científica
envolvida com os processos de recuperação; (ii) A comunidade ambientalista; (iii) Órgãos
governamentais de gerenciamento ambiental; (iv) Governos; (v) Comunidade localizada
próximo às áreas impactadas e dependente dos resultados do processo de recuperação. Os
procedimentos propostos são dirigidos a setores da empresa responsável pela recuperação,
em pela contratação de serviços, em particular: Gerentes de projeto; Gestores de projeto;
Gerentes de campo; Assessoria de comunicação social. Os procedimentos propostos
incluem: (i) Recomendações quanto a atitudes corporativas em relação ao impacto da
atividade petrolífera em geral e a impactos causados localmente; (ii) Recomendações
para a implantação de sistemas de relacionamento de curto e longo prazos com os
diversos níveis de partes interessadas identificados e (iii) Recomendações e conceitos
para a implementação de ações capazes de maximizar benefícios positivos de natureza
socioeconômica.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 189 - ALGUMAS POSSIBILIDADES DE ESTUDO DE CONFLITOS SÓCIOAMBIENTAIS A PARTIR DA SOCIOLOGIA DOS REGIMES DE AÇÃO.
FRANCINEI BENTES TAVARES; EMANOEL MARCIO NUNES MÁRCIO NUNES;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS,
BRASIL;
Palavras-chave: SOCIOLOGIA PRAGMÁTICA; REGIMES DE AÇÃO; TEORIA
DA JUSTIFICAÇÃO; CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS; DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Procuramos no presente trabalho abordar, de forma sucinta, algumas das principais
contribuições que, em nossa perspectiva, apresenta a teoria social dos regimes de ação,
uma postura teórica que busca enfocar diferentes situações vivenciadas pelos seres
humanos em sociedade, e em relação com os seres do mundo natural. Primordialmente,
procuramos destacar nesse trabalho o regime de ação das disputas por justiça, onde o
processo de crítica são utilizados atores sociais em momentos que estes visam argumentar
acerca dos seus pontos de vista e, eventualmente, encontrar maneiras de promover um
consenso legítimo entre as partes conflituosas.. A aplicação de tal abordagem no recorte
dos contextos sociais onde ocorrem os conflitos sócio-ambientais poderia contribuir para
trazer posturas e questões diferenciadas, de forma a contribuir com o debate acerca da
problemática envolvendo as questões acerca da regulamentação do uso dos recursos
naturais, e das discussões realizadas para garantir sua legitimidade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 184
Página 185
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 190 - UMA VISÃO PANORÂMICA SOBRE A CASTANHA-DE-CAJU “IN NATURA”
E PROCESSADA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES.
JOSÉ VANGLESIO AGUIAR; FRANCISCO OTÁVIO PIRES; JOSÉ CESAR VIEIRA
PINHEIRO;
UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Castanha; caju; lcc; rendimento; perdas
SSD 191 - LEGISLAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E O TRATAMENTO DE DEJETOS
NA SUINOCULTURA PAULISTA.
DANIELA BACCHI BARTHOLOMEU; MARCELO BACCHI BARTHOLOMEU; THIAGO
BERNARDINO DE CARVALHO; SILVIA HELENA GALVÃO DE MIRANDA;
ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: suinocultura; recursos hídricos; legislação; dejetos; São Paulo
O IBGE - por intermédio dos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias dos
Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte - desde 1992 vem levantando a situação
da indústria da castanha-de-caju nos seus respectivos Estados. O trabalho se reporta
ao período 1993-2004 e em suas preliminares descreve de forma sumária a situação
da produção de castanha-de-caju no Ceará, Piauí e R. G. do Norte e a sua posição no
mercado internacional, enfatizando algumas tentativas governamentais de implementação
de políticas para a melhoria da produção e da industrialização da castanha-de-caju. O
levantamento aborda aspectos técnicos da capacidade de armazenagem e processamento
das industrias; os diversos sistemas de extração da amêndoa e do Líquido da Casca da
Castanha (LCC); assim como a variação dos estoques anuais nas unidades industriais. São
estudados também os coeficientes de rendimento de extração de amêndoas, perdas, etc.
Além disso, mostra a sazonalidade, a procedência e o volume de castanha ingressada nas
indústrias, dos três Estados citados. O trabalho também procura mostrar o comportamento
evolutivo do parque industrial quantificando o percentual de empresas que tiveram suas
atividades paralisadas ao longo do período, objeto do estudo.
O Estado de São Paulo vem apresentando grande evolução na produção nacional de suínos,
passando de uma participação de 3, 5% do total produzido no Brasil em 2004 para mais
de 7% em 2005, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de
carne Suína (Abipecs). A grande maioria da produção do estado de São Paulo é destinada ao
abastecimento do mercado consumidor interno, significativo na região Sudeste. Além disso,
diante da concentração das indústrias exportadoras na região Sul do país, a participação
de São Paulo nas exportações brasileiras é relativamente inexpressiva.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Predomina, no estado, o sistema de produção independente, no qual o produtor se
responsabiliza por todos os ciclos de produção do suíno, desde a compra dos insumos
(medicamentos e rações) até a manutenção do controle sanitário da granja.
A atividade suinícola, entretanto vem sendo considerada pelos órgãos ambientais como
potencialmente causadora de degradação ambiental. O desenvolvimento da suinocultura
nas últimas décadas trouxe a produção de grandes quantidades de dejetos, que pela
falta de tratamento adequado, transformaram-se numa importante fonte poluidora dos
mananciais de água.
Neste contexto, o presente estudo faz parte de um trabalho mais amplo, no qual busca-se
analisar as práticas dos suinocultores em relação ao tratamento dos dejetos e à questão
dos recursos hídricos no estado de São Paulo. De maneira semelhante à pesquisa realizada
por Assis (2004), na Bacia do rio Quilombo, em Santa Catarina, foram entrevistados dois
produtores independentes, localizados nas maiores regiões produtoras do estado. Os
principais resultados, encontrados até então, sugerem que o produtor desconhece as
leis sobre a proteção e gerenciamento dos recursos hídricos que afetam suas atividades.
Independentemente deste conhecimento, verifica-se que o produtor com certo nível de
informação e conhecimento sobre os usos alternativos dos dejetos, acaba adotando práticas
que diminuem os impactos negativos sobre o meio ambiente e, especificamente, sobre
os recursos hídricos. Assim, os dejetos são reaproveitados como compostos orgânicos,
bem como para irrigação nas pastagens da propriedade, não sendo lançados diretamente
nos rios/lagos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 186
Página 187
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 192 - DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL NA ZONA DA MATA - PE:
ASPECTOS ESTRUTURANTES DO PROMATA NO MUNICÍPIO DE PAUDALHO.
EURICO ARAÚJO NOBLAT NETO; JOSÉ DE LIMA ALBUQUERQUE; ANA MAIRA NAVAES
DA SILVA;
UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento local; sustentabilidade; políticas públicas; zona da
mata; meio ambiente
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 194 - TOMADA DE DECISÃO: O SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS
COMO FERRAMENTA DE APOIO À GESTÃO DE PROPRIEDADES RURAIS.
RONI BLUME; JOÃO A. DESSIMON MACHADO;
PPG-AGRONEGÓCIOS-CEPAN/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Tomada de decisão; Sistema de Informação Geográfico; Gestão Rural;
Informações; Inovação Tecnológica
Este trabalho procura analisar em que medida os instrumentos de políticas públicas, neste
caso específico, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata
de Pernambuco (PROMATA), criado a partir de 2001, com apoio do Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID), contribuem como instrumento de desenvolvimento local em
economias periféricas, neste caso no município de Paudalho. Observou-se que, apesar das
amplas estratégias englobadas pelo PROMATA, pouco se obteve em termos de resultados
concretos para o desenvolvimento do município. Os aspectos relativos ao diagnóstico
das potencialidades e prioridades para o desenvolvimento local não foram alcançados e
muito menos combatidos pelo programa, além do que, restando muito pouco tempo para
a conclusão do programa, este não resultou em projetos que efetivamente resultassem
em melhoria de qualidade de vida para os habitantes do município.
A busca de instrumentos capazes de gerar informação com qualidade para auxiliar nos
processo de tomada de decisão é um atraente desafio tanto para as organizações, quanto
para os pesquisadores na área dos negócios. Na gestão das propriedades rurais as
decisões quanto ao uso dos recursos produtivos agregam desde fatores ligados à lógica
da otimização da produtividade até a preocupação dos gerentes com crescente importância
da preservação dos recursos ambientais. Neste contexto, este trabalho tem por objetivo
promover uma reflexão sobre o uso do instrumental analítico do Sistema de Informação
Geográfico - SIG, como uma ferramenta gerenciadora do espaço nas propriedades rurais,
com o propósito de monitorar processos, projetar e simular ambientes. Embora a proposta
seja delimitada pelo caráter embrionário os indicativos descritos tendem a incitar o debate
sobre a importância deste tipo de tecnologia de informação como alternativa à difícil tarefa
da tomada decisão nas propriedades rurais.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 193 - IMPACTOS DOS INVESTIMENTOS EM PESQUISA AGRÍCOLA NO ESTADO
DE SÃO PAULO, BRASIL, 1960-2000.
JOSÉ ROBERTO VICENTE; RENATA MARTINS;
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRíCOLA, SãO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: produtividade agrícola; pesquisa agropecuária; impactos da pesquisa;
investimentos púbicos em pesquisa; retornos de investimentos em pesquisa
O objetivo principal deste estudo foi o de mensurar os efeitos dos investimentos em
pesquisa na produtividade agrícola do Estado de São Paulo, no período 1960-2000.
A produtividade agrícola foi representada por índices de produtividade total de fatores
calculados por fórmulas superlativas. Um modelo de defasagem polinomial quadrática foi
utilizado na estimação dos parâmetros. Os resultados indicaram influência significativa
dos investimentos em pesquisa sobre a produtividade da agricultura paulista, do terceiro
ao vigésimo sexto ano subseqüentes às aplicações. O produto marginal do estoque de
pesquisa foi bastante elevado: estimou-se um valor de 15, 3 como média do período
1995-2000. Foi constatada alta sensibilidade dos índices de produtividade às condições
do tempo, representadas por deficiências hídricas e geadas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 188
Página 189
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 195 - EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NO BRASIL: O CASO DA UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO.
ROBERTA HELENA FIOROTTO RODRIGUES BACHA;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: extensão universitária; relação pesquisa-ensino-extensão; USP;
dimensão; diversidade
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 196 - O GRAU DE CONHECIMENTO DO TRABALHADOR RURAL SOBRE
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NA REGIÃO DO ALTO TIETÊ - SP ANTES E APÓS
TREINAMENTOS DIRECIONADOS.
EMERSON MORAIS VIEIRA; THOMAS NITZSCHE; ADRIANA MASCARETTE LABINAS;
ROBERTO ARAÚJO; ANGELO YOSHIMURA;
SEBRAE SP, MOGI DAS CRUZES, SP, BRASIL;
Palavras-chave: agrotóxico; controle químico; inseticida; treinamentos; uso seguro
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar a dimensão e a diversidade da atividade
de extensão universitária na Universidade de São Paulo (USP), ressaltando a extensão
em ciências agrárias. A extensão universitária é definida como um processo educativo,
cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza
a relação transformadora entre a universidade e a sociedade. Na USP, assim como em
outras grandes universidades brasileiras, a extensão universitária é realizada através da
prestação de serviços e da transmissão de conhecimento científico à comunidade externa
à universidade. Utilizando dados do Anuário Estatístico da USP de 1997 a 2002 e fazendo
a análise tabular e gráfica dos mesmos, o artigo ressalta a grandiosidade dos serviços de
extensão nas áreas de saúde, jurídico e de educação prestados por algumas faculdades
da USP. Esses serviços se viabilizam, em parte, pelas atividades de pós-graduação e
pesquisa que a USP executa. Também se destacam as atividades de transferência de
conhecimento via participação em bancas e cursos de extensão universitária feitas por
professores da USP. Como uma das principais conclusões do trabalho está o fato de
que a própria USP não tem o registro total de suas atividades de extensão, bem como
seus dirigentes precisam dar a essas atividades uma maior divulgação, como é o caso
da extensão feita pela tradicional Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Aliás,
são essas atividades de extensão que permitem a USP retribuir, em parte, à sociedade os
recursos públicos investidos nessa universidade pública.
A agricultura, desde o início de sua prática até agora, tem passado por profundas
modificações, no entanto, elas não vieram acompanhadas pela implementação de
programas de qualificação da força de trabalho, sobretudo nos países em desenvolvimento.
O objetivo deste trabalho foi levantar dados referentes ao grau de conhecimento do
trabalhador rural sobre defensivos agrícolas na região do Alto Tietê paulista antes e após
treinamentos direcionados para “Uso correto e Seguro de Produtos Fitossanitários” e
“Saúde e Segurança do Trabalhador”. Este trabalho foi realizado de março de 2005 a
março de 2006, junto aos trabalhadores rurais (proprietários e aplicadores de defensivos
agrícolas) da região do Alto Tietê paulista, através da participação de diversas instituições,
governamentais e privadas, ligadas ao setor. Foram visitadas 205 propriedades rurais
com objetivo único de obter dos proprietários e/ou aplicadores informações à respeito do
uso de defensivos agrícolas, através da aplicação de questionários fechados (pré e póstestes), cujos dados foram organizados, tabulados, posteriormente, transformados em
freqüências relativas (%) e dispostos em gráficos comparativos. O grau de conhecimento
dos aplicadores rurais com relação ao uso de defensivos agrícolas na região do Alto Tietê
não era tão pequeno quanto poderia se achar, no entanto, este nível aumentou depois
da realização dos treinamentos quanto a uso correto e seguro dos defensivos agrícolas e
saúde e segurança do trabalhador.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 190
Página 191
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 197 - DETERMINANTES SOCIOECONÔMICOS DA SITUAÇÃO NUTRICIONAL
DAS FAMÍLIAS DA CIDADE DE CRATO - CE.
WELLTON CARDOSO PEREIRA; ELIANE PINHEIRO SOUSA;
URCA, CRATO, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Variáveis socioeconômicas; consumo de nutrientes; FAO/OMS; famílias;
Crato
A realidade nutricional da cidade de Crato / CE é um problema de largo alcance social por
afetar grande parte da população, que vive em condições críticas de fome e desnutrição.
Desta forma, torna-se relevante a realização de um estudo que ofereça o diagnóstico da
situação nutricional da população de Crato / CE e identifique as variáveis socioeconômicas
que podem afetar o consumo dos nutrientes pelas famílias residentes nessa cidade. Os
dados utilizados nesta pesquisa foram dados primários, colhidos através da aplicação
de 107 questionários junto aos chefes das famílias residentes no perímetro urbano do
município de Crato, por meio de uma amostragem estratificada por renda. Os métodos
de análise adotados neste estudo foram: análise tabular e gráfica, as quais permitiram
melhor visualização das características socioeconômicas das famílias, bem como uma
comparação do comportamento nutricional dessas famílias em relação ao recomendado
pela FAO/OMS, análise de regressão e determinação das elasticidades-renda da demanda
por nutrientes. Os resultados mostraram que há uma relação positiva entre o consumo
dos nutrientes analisados (energia, proteínas, retinol, ácido ascórbico, cálcio e ferro) e as
variáveis renda total familiar, escolaridade da mãe, idade da mãe e tamanho da família e
uma relação negativa com a variável situação da mãe quanto ao trabalho. Os resultados
também evidenciaram que as familias entrevistadas tiveram maior deficiência de retinol e
cálcio e que a situação é ainda mais grave para as familias que pertencem aos estratos
de renda I e II. Ademais, a pesquisa identificou que a demanda para todos os nutrientes
analisados é inelástica à renda.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 198 - DEBATES ATUAIS SOBRE A SEGURANÇA DOS ALIMENTOS
TRANSGÊNICOS E OS DIREITOS DOS CONSUMIDORES.
ADRIANA C. P. VIEIRA; ANTONIO MARCIO BUAINAIN; FERNANDO DE LIMA; PEDRO
ABEL VIEIRA JUNIOR; VIVIAN HELENA CAPACLE;
INSTITUTO ECONOMIA / UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: organismos geneticamente modificados; biossegurança; consumidor;
direito de informação; principio da precaução
A polêmica sobre os transgênicos é um terreno fértil para o surgimento de mitos, mesmo
nos países desenvolvidos, porque o processo e os impactos não são de domínio público,
além do interesse econômico de empresas que produzem sementes transgênicas e das
que atuam na área de defensivos agrícolas. A alegação de que os transgênicos contribuirão
para reduzir o problema da fome mundial, deve ser interpretada com bastante sensatez.
A fome não é um problema de insuficiência na quantidade de alimentos produzidos, mas
sim da má distribuição de renda entre a população. A técnica da transgenia deve ser
interpretada como uma alternativa adicional aos processos de melhoramento clássico, que
tem sido o principal responsável pelo aumento da produtividade das espécies cultivadas
e, conseqüentemente da oferta mundial de alimentos, entre outras funcionalidades. Com
o surgimento da chamada sociedade de massa, o direito começa a se preocupar com as
relações entre o consumidor e o fornecedor. Assim, na área jurídica, os operadores do
direito devem estar preparados para esta situação que se encontra a sociedade, a falta
de informação. Deve ser realizado um trabalho árduo de esclarecimento, despertando
a consciência das pessoas para a nova tecnologia dos alimentos transgênicos, as suas
implicações jurídicas: os direitos dos consumidores, os riscos e benefícios, os debates e
a cautela necessária (princípio da precaução), em todas as áreas tecnológicas (saúde,
meio ambiente e jurídica).
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 192
Página 193
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 199 - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS HISTÓRICOS DO ARROZ
NO RIO GRANDE DO SUL DE 1973 A 2005.
JOÃO GARIBALDI ALMEIDA VIANA; RENATO SANTOS DE SOUZA;
UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: preços agrícolas; lavoura de arroz; séries temporais de preços
A lavoura de arroz gaúcha se destaca no âmbito nacional e há muitos anos tem incrementado
sua produtividade, promovendo desenvolvimento econômico e social. Várias mudanças
produtivas, comerciais e governamentais que ocorreram ao longo das últimas décadas
modificaram os preços agrícolas do produto, alterando a rentabilidade da atividade. Assim,
o objetivo do presente trabalho é analisar o comportamento dos preços reais pagos ao
produtor de arroz do Rio Grande do Sul de 1973 a 2005, observando as características de
tendência, sazonalidade e ciclos, além de analisar a evolução da margem de comercialização
do produto. O estudo foi realizado com base em duas séries históricas de preços nominais
mensais de arroz no Rio Grande do Sul, a de preços pagos ao produtor e a de preços pagos
pelo consumidor final, obtidas junto à EMATER/RS e ao IEPE/UFRGS respectivamente. Os
preços nominais foram deflacionados para dezembro de 2005 pelo IGP-DI da Fundação
Getulio Vargas. Calculou-se também os Índices de Preço ao consumidor e ao produtor. Para
a análise dos componentes ciclo e sazonalidade, calculou-se os Índices de Estacionalidade
para cada década e os relativos de ciclo de cada período. Por fim, calculou-se a Margem
de Comercialização do produto. Concluiu-se, no estudo, que os preços pagos ao produtor
têm apresentado uma persistente tendência de queda desde a década de 70, configurando
uma taxa média de crescimento de –3, 53% ao ano. Observou-se, também, que o mercado
de arroz apresenta ciclos de preço mais ou menos regulares, nunca ultrapassando três
anos de duração, e que a variação estacional dos preços pagos ao produtor aumentou a
partir da década de 90. Os índices de preços ao produtor e ao consumidor mostraram que
no longo prazo estes preços tiveram o mesmo comportamento, com pequenos intervalos
de descolamento, o que fez com que as margens de comercialização situassem-se entre
60% e 72%, sem apresentar tendência visível no longo prazo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 200 - INTEGRAÇÃO ESPACIAL DO MERCADO DE BOI GORDO ENTRE
OS ESTADOS DE MINAS GERAIS E SÃO PAULO NA PRESENÇA DO EFEITO
THRESHOLD.
LEONARDO BORNACKI DE MATTOS; JOÃO EUSTÁQUIO DE LIMA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: integração de mercado; custos de transação; boi gordo; modelo TVEC;
Minas Gerais e São Paulo
As análises de integração dos mercados de commodities agrícolas, que são baseadas
apenas em informações sobre preços, são limitadas, por desconsiderarem os efeitos dos
custos de transação no processo de ajustamento dos preços. O objetivo principal deste
estudo foi estimar os prováveis efeitos dos custos de transação sobre a integração do
mercado de boi gordo entre os estados de Minas Gerais e São Paulo. Foi estimado um
Modelo de Correção de Erro Vetorial com Threshold (Modelo TVEC), sendo utilizados
dados mensais dos preços dessa commodity referentes ao período de janeiro de 1972
a agosto de 2005. Os resultados obtidos indicam que os custos de transação entre os
mercados estudados são significativos. Choques de preços, inferiores a cerca de 10% do
preço médio, não são transmitidos entre os mercados.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 201 - FLUXOS DE EXPORTAÇÃO DE SOJA DO ESTADO DO MATO GROSSO:
UMA APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR.
ANDRÉA LEDA RAMOS DE OLIVEIRA OJIMA;
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: soja; logística; transporte; mato grosso; progamação linear
A proposta deste artigo é estimar os fluxos das principais alternativas para a exportação
da soja mato-grossense. As estimativas foram feitas através da aplicação de um modelo
matemático baseado no instrumental associado às matrizes origem-destino e avaliou-se
três cenários. Como principais resultados, o modelo indicou que as opções intermodais
deveriam ser utilizadas para o escoamento da soja, em especial a rota rodo-hidroviária
via Porto de Santarém que deteve 60% das exportações e seguida pela opção rodoferroviária via Porto de Santos com 21%. O artigo também aponta que a iniciativa de novos
estudos neste sentido, podem trazer benefícios sobre a racionalização da infra-estrutura
de transporte, assim como, sobre as potencialidades do setor.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 194
Página 195
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 202 - A IMPORTÂNCIA DO PÓLO FRUTÍCOLA BANDEIRANTE NO AGRONEGÓCIO
PAULISTA.
PRISCILLA ROCHA SILVA; ANDRÉA LEDA RAMOS DE OLIVEIRA OJIMA; ADRIANA
RENATA VERDI; VERA LÚCIA DOS SANTOS FRANCISCO;
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: fruticultura; valor da produção; preço da terra; sustentabilidade;
comercialização
A proposta deste artigo é caracterizar a fruticultura no principal pólo produtor do Estado
de São Paulo, denominado Pólo Bandeirante. A fruticultura tem grande importância para o
desenvolvimento da região, no entanto, tem sofrido diversas pressões que podem colocar
em risco sua sustentabilidade. As análises concentraram-se na relevância econômica e
social da atividade na região, na tentativa de proporcionar subsídios que possam nortear
próximos estudos a fim de garantir a sustentabilidade da fruticultura local, a fixação do
fruticultor no campo e promover novas perspectivas aos produtores da região.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 203 - MOVIMENTAÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NUMA AGROINDÚSTRIA
CANAVIEIRA EM CONDIÇÕES ADVERSAS DE OPERAÇÃO.
REGINALDO JOSÉ CARLINI JUNIOR; TALES WANDERLEY VITAL; WALDECK LISBOA
FILHO; ALEXANDRE BARROS FONSÊCA; ANDRE QUEIROZ DOURADO;
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO - UFRPE, RECIFE, PE,
BRASIL;
Palavras-chave: transporte rodoviário; condições adversas; cana-de-açúcar;. ;.
Esse artigo tem como objetivo demonstrar a utilização do transporte rodoviário para
movimentação de cana-de-açúcar na usina Trapiche. Essa encontra-se em condições
adversas de operação por dois motivos. O primeiro pelo fato de 70% da cana plantada
encontrar-se em encostas e o segundo pelos altos índices de pluviosidade durante a
safra. Ambos os motivos impossibilitam a captação e transferência da matéria-prima para
a indústria. A usina Trapiche, objeto de estudo deste trabalho, encontra-se localizada no
município de Sirinhaém, na Zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco numa área de
25. 000 hectares. Essa é uma das principais agroindústrias canavieiras do estado, tendo
produzido na safra de 2004/2005 um total de 2. 296. 805 sacos de açúcar. É importante
destacar que a escolha pelo setor a ser pesquisado deu-se pelo fato de ser a cana-deaçúcar e derivados um dos principais produtos do agronegócio nacional, e por ser o principal
produto da pauta de exportações de Pernambuco e, também, em especial, a principal fonte
econômica da Zona da Mata deste estado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 204 - SAZONALIDADE, MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSMISSÃO
DE PREÇOS DO TOMATE DE MESA NO ESTADO DE SÃO PAULO.
WALDEMIRO ALCÂNTARA DA SILVA NETO; MARIA ANDRADE PINHEIRO; JOSÉ LUIZ
PARRÉ; ALEXANDRE FLORINDO ALVES;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGá, PR, BRASIL;
Palavras-chave: tomate de mesa; produtor; atacado; varejo; comercialização agrícola
O tomate é um produto muito consumido no Brasil e o estudo de sua cadeia agroindustrial
vem ganhando espaço. O presente estudo faz uma análise da sazonalidade, margem de
comercialização e da transmissão de preços do tomate de mesa de janeiro de 1995 a junho
de 2005 no Estado de São Paulo nos três níveis: produtor, atacado e varejo. A hipótese
estudada e confirmada pelos resultados é que o produtor é o mais afetado pelos efeitos da
sazonalidade nos preços devido à grande distância até o consumidor e por também haver
poucos atacadistas, grande força da rede varejista e os riscos pertinentes à agricultura.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 205 - FEIRAS LIVRES DO BREJO PARAIBANO: CRISE E PERSPECTIVAS.
EDILMA PINTO COUTINHO; HALANNA CAVALCANTE DA NÓBREGA NEVES; HAMANDA
CAVALCANTE DA NOBRÉGA NEVES; EURIDES MARCÍLIO GINU DA SILVA;
UFPB, BANANEIRAS, PB, BRASIL;
Palavras-chave: feira livre; comercialização de alimentos; tradição; artesanato; Brejo
Paraibano
Grupo de Pesquisa: Comercialização, Mercados e Preços Agrícolas
RESUMO: Historicamente, as feiras livres se consolidaram como importante estrutura de
suprimento de alimentos das cidades, especialmente as interioranas. No Nordeste, a feira
é uma relevante atividade que promove o desenvolvimento econômico, social e cultural,
facilitando o escoamento da produção familiar, comercializando alimentos com preços
reduzidos, valorizando a produção artesanal, promovendo a integração social e preservando
hábitos culturais. O crescimento das redes de supermercado e as novas exigências do
consumo moderno ameaçam a sobrevivência das feiras livres, que apresentam graves
problemas ligados à higiene, apresentação e qualidade dos alimentos, colocando em risco
a saúde do consumidor. Tal fato repercute no tamanho das feiras e nas oportunidades de
negócio: muitos comerciantes reduzem seus lucros ou até abandonam a atividade. Diante
do cenário, o presente trabalho objetivou traçar um perfil dos feirantes que comercializam
gêneros alimentícios nas principais feiras livres do Brejo Paraibano, enfocando suas
condições de trabalho. Foram realizadas visitas às feiras dos municípios de Bananeiras,
Solânea, Remígio, Esperança, Guarabira e João Pessoa, locais onde foram realizadas
entrevistas e aplicados questionários. A comercialização em feiras livres apresenta baixa
lucratividade, mesmo assim, observou-se intensa contratação de empregados. O trabalho
é caracterizado pela informalidade, baixa remuneração, carga horária elevada e muito
desconforto.
Palavras-chaves: feira livre, comercialização de alimentos, tradição, artesanato, Brejo
Paraibano.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 196
Página 197
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 206 - RELAÇÕES DE PREÇOS NOS MERCADOS INTERNO E INTERNACIONAL
DE SOJA E DERIVADOS.
DAIANE DIEHL; MIRIAN RUMENOS PIEDADE BACCHI;
ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: soja; farelo de soja; óleo de soja; comercialização; transmissão de
preços
O objetivo deste trabalho foi identificar relações causais e estimar elasticidades de
transmissão entre preços de soja, farelo e óleo nos mercados interno e externo e entre
os preços desses produtos no mercado interno. Para tanto, foram utilizadas seis séries
de dados semanais, obtidas a partir de séries diárias de preços, para o período de 2000
a 2004. Para as cotações internas do preço da soja em grão, farelo e óleo, utilizou-se
os indicadores de preços levantados pelo CEPEA (Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada/ESALQ/USP) e, para as cotações externas, os valores do primeiro
vencimento do contrato futuro negociado na Bolsa de Chicago (CBOT). Os procedimentos
econométricos realizados incluíram critérios de Akaike (AIC) e Schwarz (SC), testes de
raiz unitária, testes de co-integração, correlação cruzada e análise de regressão. Foram
observadas relações causais no caso do farelo e do óleo, sendo que os preços internos
são antecipados pelos preços externos, com variações transmitidas com até uma semana
de defasagem. No caso da soja em grão, não se observou relação causal entre os preços
interno e externo. No mercado interno, foram observadas relações bicausais entre os
preços do grão e do farelo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 207 - ANÁLISE DA FORMAÇÃO DOS PREÇOS RECEBIDOS PELOS
SOJICULOTORES DOS ESTADOS DO RIO GRANDE DO SUL, PARANÁ E MATO
GROSSO.
JOELSIO JOSÉ LAZZAROTTO; ADELSON MARTINS FIGUEIREDO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: comércio internacional; econometria; complexo soja; séries temporais;
MCE
Os preços do setor soja, bem como dos demais setores agropecuários, são sensíveis aos
fatores que promovem choques de oferta e de demanda, sobretudo os de ordem tecnológica,
climática, de políticas macroeconômicas e comerciais. Assim, os preços recebidos pelos
produtores brasileiros de soja dependem de vários fatores internos e externos. Dessa
maneira, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar as principais variáveis que afetam
os preços pagos pela soja produzida nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato
Grosso. Em termos teóricos, adotou-se um modelo onde o preço interno da soja é função
das variáveis preço externo, taxa de câmbio e despesas líquidas com exportação, bem
como do efeito sazonal. Após aplicação de testes de estacionaridade e de co-integração,
optou-se pela utilização do Mecanismo de Correção de Erros (MCE) na estimação dos
modelos. Dentre os principais resultados observou-se que os preços internos recebidos
pelos produtores de soja em grão sofrem influências significativas de todas as variáveis
explicativas contidas nos modelos, destacando-se como principais as variáveis taxa de
câmbio e preço externo. Portanto, flutuações inesperadas nos preços internacionais de soja,
bem como, flutuações da taxa de câmbio podem afetar significativamente a rentabilidade
dos agricultores brasileiros.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 208 - USO DA ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS PARA A CRIAÇÃO
DE CLUSTERS COMO MECANISMO DE DIVERSIFICAÇÃO DE CARTEIRA DE ATIVOS
DO SETOR AGROINDUSTRIAL.
LUIZ FERNANDO OHARA KAMOGAWA; RICARDO MENDONÇA FONSECA; JOSÉ
CÉSAR CRUZ JÚNIOR; VITOR AUGUSTO OZAKI;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Análise de componentes principais; análise de cluster ; diversificação de
carteira; agriculture derivatives ; BOVESPA
O presente trabalho teve como objetivo a criação de clusters de comportamento de ativos
relacionados à agroindústria (derivativos agropecuários e ações BOVESPA) baseados na
análise de componentes principais; utilizando este resultado como ferramental de tomada
de decisão na construção de carteiras de investimento. Isso, baseado no princípio que a
redução da volatilidade da carteira via diversificação depende da baixa covariância entre
eles, ou seja, que os ativos pertençam a diferentes clusters.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 198
Página 199
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 209 - ESTRATÉGIAS COM CONTRATOS FUTUROS E PREVISÃO DOS PREÇOS
DE CAFÉ ARÁBICA: UMA ABORDAGEM DE CO-INTEGRAÇÃO.
CARLOS ANDRÉ DA SILVA MÜLLER; FRANCISCO CARLOS CUNHA CASSUCE; ALTAIR
DIAS DE MOURA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: mercados futuros; café arábica; commodities; previsão; co-integração
Preços de commodities agrícolas via de regra estão sujeitas a forte variabilidade nos seus
preços, motivo pelo qual os seus agentes têm em mercados futuros a possibilidade de
redução de risco desta variação de preços. Por outro lado, sabe-se que em economias
abertas, os preços internos de ativos estão atrelados a mercados internacionais, bem como
em contratos futuros internos e externos. Assim, procurou-se testar se a incorporação
de integração entre mercados é relevante na previsão de preços à vista do mercado
físico e de contratos futuros do café arábica. Para tal, foi estimado um modelo VEC,
considerando a co-integração entre o mercado futuro e a vista, enquanto que a série de
contratos futuros externos foi tratada como exógena. Os resultados mostraram uma boa
previsibilidade do modelo em todo o período, embora estratégias em mercados futuros
tenham demonstrado algumas restrições. Conclui-se, portanto, que o reconhecimento de
co-integração de mercados é relevante para previsão dos preços a vista e de contratos
futuros de café arábica.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 210 - FONTES DE CRESCIMENTO DO VALOR DA PRODUÇÃO DE COMMODITIES
DO AGRONEGÓCIO EM MINAS GERAIS NO PERÍDO 1994 A 2004: CAFÉ, CANA-DEAÇÚCAR E SOJA.
LUCIENE RODRIGUES; MARIA ELIZETE GONÇALVES; JOAO CLEPS JUNIOR; SIDINEIA
MARIA DE SOUZA ABRANCHES;
UNIMONTES, MONTES CLAROS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: café; soja; caca-de-açúcar; valor da produção; modelo shift share
O objetivo deste trabalho é analisar o comportamento do valor da produção do café, canade-açúcar e soja em Minas Gerais, no período de 1994 a 2004 e decompor as fontes de
crescimento/decrescimento segundo os efeitos área, rendimento e preço. Os produtos
agrícolas sob análise foram selecionados pela sua importância econômica e social no
Estado. A fonte dos dados foi a Produção Agrícola Municipal (PAM), do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a PAM de 2004, Minas Gerais é o
primeiro produtor nacional de café, o quarto na produção de cana-de-açúcar e o sexto
na produção de soja. O método utilizado é o shift-share adaptado. Ele foi utilizado por
MAGRINI & CANEVER, (2003); FILGUEIRAS et al. (2004); YOKOYAMA & IGREJA (1992);
ARAUJO & CAMPOS (1998); PATRICK (1975) entre outros. O valor dos bens produzidos
de determinada unidade geográfica constitui um dos indicadores de desenvolvimento. No
Brasil, no ano de 2004, o valor da produção da soja, cana-de-açúcar e café correspondeu
a cerca de 47% do valor da produção agrícola. Em Minas Gerais essas três culturas
representaram aproximadamente 58% do valor da produção agrícola, sendo a maior
participação do café (38%), seguido da soja (14%) e cana-de-açúcar (6%). O estudo mostra
que, no período analisado, o café foi a cultura que mais apresentou taxas de crescimento
do valor da produção negativas, em função, sobretudo, dos efeitos rendimento e preço. A
cana-de-açúcar teve taxas de crescimento da produção negativas para os anos de 1996,
1999 e 2002. Para os demais anos, os efeitos preço e área foram os principais responsáveis
pelas taxas de crescimento positivas. À exceção do biênio 1995-96, constatou-se que a
soja apresentou taxas de crescimento da produção positivas, devido, principalmente, aos
efeitos rendimento e área.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 200
Página 201
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 211 - EXPORTAÇÕES DE MANGA DO PÓLO PETROLINA/JUAZEIRO: UMA
ANÁLISE DO DESEMPENHO NO PERÍODO DE 1990-2002.
MARTA AURÉLIA DANTAS DE LACERDA;
UERN, ASSÚ, RN, BRASIL;
Palavras-chave: pólo Petrolina /Juazeiro; manga ; produção; exportação; tecnologia
No pólo de Petrolina/Juazeiro encontra-se o maior exemplo de desenvolvimento agrícola
em bases irrigadas da região Nordeste. Com a crescente adoção de tecnologias a região
transformou-se no principal pólo frutícola exportador do Nordeste. O objetivo do trabalho foi
analisar o desenvolvimento das exportações da manga no pólo, no período de 1990 a 2002.
Fez-se também uma aplicação econométrica com a finalidade de explicar o comportamento
das exportações brasileiras de manga, tendo como variáveis explicativas a taxa real de
câmbio efetiva, a renda externa, preço internacional da manga e uma variável binária a fim
de captar o impacto da adoção de tecnologia. Os dados foram coletados junto à Food and
Agriculture Organization of the United Nations (FAO) e ao Instituto Brasileiro de Geografia e
estatística (IBGE). No período de 1997 a 2002, o total de 183. 320t de mangas exportadas
pelo Brasil, 90% foram colhidas em pomares do pólo Juazeiro/Petrolina – o que demonstra
a importância do mesmo. De acordo com os resultados da modelagem econométrica
contatou-se que o valor das exportações brasileiras é afetado pelas variações conjuntas das
variáveis usadas no modelo. Quanto ao desempenho da mangicultura brasileira, embora o
Brasil tenha ainda um papel pequeno nas exportações mundiais, obteve um crescimento
significativo (2. 136%) no período de analise.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 212 - COMPETITIVIDADE DA PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NO
BRASIL.
JOSÉ FERREIRA NETO; MARÍLIA FERNANDES MACIEL GOMES; PATRÍCIA LOPES
ROSADO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: CANA-DE-AÇÚCAR; PRODUTIVIDADE; MATRIZ DE ANÁLISE
POLÍTICA
Este estudo objetivou analisar a eficiência e a competitividade da produção de canade-açúcar nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Pernambuco. Tal análise
foi realizada com base nos diferentes sistemas de produção desenvolvidos, ou seja, de
acordo com o nível tecnológico empregado na produção da cana-de-açúcar entre as
distintas regiões produtoras; a região Centro-Sul, com alto nível tecnológico, e a região
Norte-Nordeste, com baixo nível tecnológico empregado na produção. Dentre os fatores
que motivaram esta avaliação, destacam-se a identificação da importância relativa da canade-açúcar para a economia brasileira e o potencial aumento na sua demanda mundial,
devido as suas características peculiares na geração de energia (com baixos índices de
poluição) e as condições propícias do país na expansão da produção deste produto. A
teoria utilizada neste trabalho está fundamentada nos conceitos econômicos relacionados
com lucratividade, custos sociais e privados de fatores, competitividade de sistemas de
produção (diferenciados por níveis tecnológicos) e política comercial. Os princípios analíticos
desses conceitos foram baseados na Teoria da Firma e na Teoria do Comércio Internacional.
O instrumental utilizado nesta análise foi a Matriz de Análise Política (MAP), e os dados
secundários foram obtidos de diversas instituições, como EMATER-MG, CONAB, CNA,
SEAB, FAO, dentre outras. Os resultados obtidos, de forma geral, confirmam a ligação
positiva existente entre a inovação tecnológica e as teorias econômicas de comércio e
desenvolvimento. Constatou-se que os estados que adotavam maior nível tecnológico
na produção de cana-de-açúcar foram mais competitivos e menos expostos aos efeitos
negativos das políticas públicas sobre esse setor.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 202
Página 203
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 213 - ACORDOS COMERCIAIS E O SETOR PRODUTIVO DE CARNE BOVINA:
ESTIMATIVAS DE GANHOS PARA O MERCOSUL.
PAULO DABDAB WAQUIL; AUGUSTO MUSSI ALVIM;
UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: livre comércio; integração regional; problema de complementaridade
mista; carne bovina; mercosul
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 215 - ESTIMAÇÃO DA EQUAÇÃO DE OFERTA DE EXPORTAÇÃO PARA O
AGRONEGÓCIO BRASILEIRO (1995-2004).
LUIZ FERNANDO SATOLO; MIRIAN RUMENOS PIEDADE BACCHI;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Agronegócio; Oferta; Exportação
Este estudo identifica os efeitos de acordos de livre comércio de caráter multilateral (no
âmbito da OMC) e regional (ALCA e MERCOSUL-UE) sobre os mercados de carne bovina
nas diversas regiões analisadas. Para avaliar os efeitos destas negociações, utilizamos um
modelo de alocação espacial, apresentado como um Problema de Complementaridade Mista
(PCM). Como resultados, o presente estudo identifica as variações nos níveis de produção
e consumo, assim como as variações nos excedentes do produtor e do consumidor, em
quatro possíveis cenários. Em termos gerais, os ganhos para os produtores de carne bovina
nos países do MERCOSUL são esperados em todos os cenários. No entanto, estes ganhos
são maiores quando simulada a liberalização de mercados no âmbito multilateral, com a
eliminação ou não dos subsídios.
Este estudo tem como objetivo principal estimar a função de oferta de exportação
parcialmente agregada no Complexo do Agronegócio brasileiro. Para essa análise foi
utilizado um modelo teórico uniequacional, que fundamentou a especificação dos modelos
econométricos testados, no qual a oferta de exportação é derivada das funções de oferta
e demanda internas. Os modelos foram ajustados por Mínimos Quadrados Ordinários e
incluíam o termo de correção de erro, já que os testes de cointegração apresentaram certa
dualidade. As elasticidades apresentaram os sinais esperados de acordo com o modelo
econômico definido. Em geral, a renda doméstica é a variável que exerce maior influência
sobre o total exportado pelo agronegócio brasileiro, enquanto a taxa de câmbio, o nível de
preços doméstico e o nível de preços internacional foram significativos, simultaneamente,
apenas quando foi considerada a hipótese de homogeneidade entre os mesmos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 214 - EVOLUÇÃO E CONTRIBUIÇÃO DO COMÉRCIO INTRA-INDÚSTRIA PARA
O CRESCIMENTO DO COMÉRCIO TOTAL ENTRE BRASIL E ARGENTINA.
ADRIANA FERREIRA SILVA; ORLANDO MONTEIRO DA SILVA; VIVIANI SILVA LIRIO;
UNIVERDIADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Mercosul; comércio intra-indústria; fluxo comercial; Brasil; Argentina
SSD 216 - ESTIMATIVA DA DEMANDA DE IMPORTAÇÃO BRASILEIRA DE LEITE EM
PÓ, 1980-2002.
CAMILA RAFAELA BRAGANÇA DE LIMA E SILVA; MARCELO JOSÉ BRAGA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: importação; leite em pó; Mecanismo de Correção de Erros; comércio;
internacional
O presente trabalho analisa a evolução do Comércio Intra-Indústria (CII), bem como,
sua contribuição para o crescimento do fluxo comercial entre o Brasil e Argentina, no
período de 1990 a 2004. Os procedimentos propostos por Menon e Dixon (1995 e 1997),
foram adotados para avaliar o fluxo do comércio intra-indústria e a sua contribuição para
o crescimento do comércio total entre os países. Os resultados indicaram que, para
muitos setores, com a formação do Mercosul, o comércio entre Brasil e Argentina, antes
caracterizado por relações comerciais do tipo interindústria passaram a ser caracterizados
por fluxos comerciais intra-indústrias. Ainda há muita especialização produtiva entre essas
economias, de tal forma que a contribuição do comércio intra-indústria para o comércio total,
na maioria dos períodos, mostrou-se inferior a contribuição do comércio interindústria.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Neste trabalho estimou-se a função de demanda de importação de leite em pó no período
de 1980 a 2002, utilizando-se o Modelo de Correção de Erros. Especificamente, analisouse o efeito da variação na quantidade importada do produto como resposta às variações
na quantidade produzida internamente, no preço médio de importação, na renda interna,
na taxa de câmbio, na taxa de crescimento da população e os impactos provocados pela
abertura comercial de 1994. As variáveis que se apresentaram significativas foram apenas
o PIB per capta, o preço médio de importação e a produção interna. As demais variáveis
como taxa de câmbio, taxa de crescimento da população e a Dummy referente à abertura
comercial não foram significativas. Concluiu-se que mudanças tanto no câmbio quanto no
crescimento populacional não interferem na quantidade importada de leite em pó.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 204
Página 205
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 217 - EXPORTAÇÕES NO AGRONEGÓCIO DA CACHAÇA: UM ESTUDO DE
CASO DA CACHAÇA DE ALAMBIQUE GAÚCHA.
ROBERTA DALLA PORTA GRÜNDLING ROBERTA; LISIANE CELIA PALMA; PALOMA
MATTOS; TANIA NUNES DA SILVA;
UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: exportações; cachaça; barreiras comerciais; agronegócios; produção
SSD 218 - COMPETITIVIDADE DO CAFÉ VERDE BRASILEIRO NO MERCADO
INTERNACIONAL.
ROSANGELA A. S. FERNANDES; ANTÔNIO CARVALHO CAMPOS;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIçOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: CAFE VERDE; ELASTICIDADE DE SUBSTITUIÇÃO; COMPETITIVIDADE;
COMERCIO INTERNACIONAL; BRASIL
Cada vez mais valorizada no mercado das grandes cidades brasileiras, a cachaça também
está conquistando o interesse de consumidores no exterior. Para isso, o Brasil tem criado
programas que visam a implementação de políticas que impulsionem o crescimento do
setor, através do aumento da produção e a expansão comercial nos mercados interno e
externo. Nesse contexto, o objetivo do artigo é trazer um panorama da produção da cachaça
no Brasil, enfatizando a exportação deste produto. Os objetivos específicos são: destacar
algumas barreiras comerciais impostas ao produto pelos países importadores e observar o
comportamento de uma empresa do setor, criada recentemente no estado do Rio Grande
do Sul, que pretende exportar seus produtos – qual seja a F. B. Agroindústria e Turismo,
produtora da cachaça Dom Braga. Para tanto, foram coletados dados junto ao Programa
Brasileiro de Desenvolvimento da Cachaça (PBDAC) e à Secretaria do Comércio Exterior
(SECEX), e foram feitas visitas técnicas à F. B. Agroindústria e Turismo, à Cachaçaria Água
Doce e à Cachaçaria do Mercado, além de entrevistas com profissionais qualificados e
representativos no setor da cachaça. Ao final, considera-se que as barreiras comercias são
restritivas às exportações de bebidas alcoólicas e, portanto às exportações de cachaça.
No entanto o setor possui grande potencial a ser explorado, podendo este, vir a ser um
produto com participação significativa na pauta das exportações brasileiras, na medida em
que a cachaça tem tido crescente aceitação no mercado internacional.
O presente estudo analisa a competitividade das exportações brasileiras de café verde frente
a seus principais concorrentes no mercado internacional (Colômbia, Vietnã e Indonésia),
no período de 1980 a 2003. Para tanto, utiliza–se dos coeficientes de elasticidade de
substituição (ES) que foram estimados pelo Método dos Mínimos Quadrados Ordinários
(MQO). Pode-se observar que o Brasil tem conseguido manter sua posição de maior produtor
e exportador mundial de café verde, porém, isso não tem sido suficiente para impedir os
elevados crescimentos das exportações do Vietnã, um de seus principais concorrentes no
mercado internacional. A partir das estimativas, observa-se que as exportações brasileiras
não são competitivas em relação às exportações da Colômbia, Vietnã e Indonésia,
caracterizando o produto brasileiro como diferenciado, relativamente a esses países. No
que diz respeito aos ajustamentos defasados, os coeficientes se mostram significativos
em todos os casos analisados, confirmando a hipótese de rigidez nas exportações de café
verde de um ano e outro. Finalmente, conclui-se que há diferenciação do café verde por
país de origem e, dessa forma, ao invés de substitutos perfeitos, os cafés originários dos
diversos países são complementares no mercado internacional.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 206
Página 207
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 219 - EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS: O PARADOXO DO
SUCESSO.
CÉSAR ROBERTO LEITE DA SILVA;
IEA, SÃO PAULO, SP, BULGáRIA;
Palavras-chave: comércio agrícola; desindustrialização; modelo de correção de erro
vetorial; agricultura brasileira; vantagens comparativas
A liberalização comercial e desregulamentação dos mercados levaram a forte mudança
na composição da pauta de exportação brasileira, com crescimento da participação da
agricultura, setor em que tradicionalmente o país apresenta vantagens comparativas.
Paradoxalmente, os superávits comerciais da agricultura vêm sendo apontados como
problema, na medida que contribuem para a apreciação da moeda doméstica e conseqüente
perda de competitividade do setor industrial. Este trabalho teve o objetivo de contribuir
para esse debate, buscando estimar os fatores determinantes do valor das exportações
agrícolas. Por meio da estimação de um modelo de correção de erro vetorial se chegou
à conclusão que o crescimento econômico mundial pouco influenciou o desempenho das
exportações agrícolas. A taxa de câmbio, que esteve apreciada por grande parte do período
analisado, tampouco mostrou importância significativa. Pelo contrário o modelo sugere que
as exportações agrícolas têm influência sobre as variações cambiais, resultado que reforça
o argumento dos que consideram o sucesso comercial da agricultura uma das principais
causas da desindustrialização brasileira.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 220 - OS IMPACTOS DA EXPANSÃO DA UNIÃO EUROPÉIA DE 2004 NO SETOR
DE CARNE BOVINA BRASILEIRO.
SAMUEL JOSÉ M OLIVEIRA; JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO;
USP-ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: comércio internacional; equilíbrio geral; integração econômica; pecuária
de corte; bovinocultura
O comércio internacional tem adquirido crescente importância para a economia brasileira,
em particular para o agronegócio. Dentro do agronegócio, a produção e a exportação de
carne bovina são destaques. Deste modo, o entendimento de políticas públicas de outros
países que afetem o comércio internacional e o impacto das mesmas em nosso país é de
grande importância. A União Européia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil
e é conhecida pela profunda interferência que impõe ao seu setor agropecuário. Tal fato
tem impacto em outros países, inclusive o Brasil, que tem despontado como competidor
no mercado internacional de produtos que a UE subsidia. A expansão da União Européia
em 2004 e a reforma de sua Política Agrícola Comum têm sido estudadas em diferentes
regiões do mundo. Utilizando o modelo de equilíbrio geral GTAP, este trabalho pretende
analisar o impacto da expansão da União Européia no agronegócio da carne bovina
brasileiro. Os resultados mostram que as diferentes políticas da UE impactam o setor,
diminuindo suas exportações.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 221 - O PASS-THROUGH DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CÂMBIO PARA OS
PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DE SOJA.
GILBERTO JOAQUIM FRAGA; CINTIA DA SILVA ARRUDA; ALEXANDRE FLORINDO
ALVES; JOSÉ LUIZ PARRÉ;
UEM, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: pass-through; câmbio; soja; agronegócio; preços
Este trabalho tem como objetivo estimar o coeficiente de pass-through das variações da
taxa de câmbio para os preços de exportação da soja no Brasil, no período compreendido
entre 1994 a 2004. Para chegar aos resultados se utiliza instrumental econométrico
para estimar os coeficientes de pass-through da taxa de câmbio para os preços de
exportação. O resultado revelou um grau de pass-through incompleto, da ordem de 0, 39.
Indicando que uma política cambial pode ocasionar impactos positivos sobre o volume
das exportações.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 222 - MERCADO MUNDIAL DE CARNE BOVINA: PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA
E BARREIRAS À EXPORTAÇÃO.
ANDRÉIA DE ABREU; VÂNIA ÉRICA HERRRA; MÁRCIO ANTONIO TEIXEIRA;
CENTRO UNIVERSITÁRIO EURÍPIDES DE MARÍLIA - UNIVEM, MARÍLIA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: GADO DE CORTE; MERCADO MUNDIAL DE CARNE BOVINA;
BARREIRAS ÀS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS; COMPETITIVIDADE; COMÉRCIO
INTERNACIONAL
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar o mercado mundial de carne bovina,
a participação do Brasil nesse mercado e as barreiras impostas pelos países no comércio
internacional para a exportação da carne bovina brasileira. Para tanto, realizou-se uma
revisão bibliográfica acerca do tema proposto, levantamento de dados secundários e
posterior análise dos mesmos. A revisão bibliográfica traça um panorama sobre o processo
de abertura comercial e a inserção internacional do agronegócio brasileiro. Posteriormente,
são tratados temas sobre a pecuária de corte no país destacando o histórico e os
participantes da cadeia produtiva do gado de corte. Por meio do levantamento e análise
dos dados secundários, são traçadas as principais características do mercado mundial de
carne bovina, a participação do Brasil nesse mercado, os maiores concorrentes do país
e as principais barreiras de exportação impostas por outros países na compra da carne
bovina brasileira. As evidências demonstram que, embora o enorme potencial competitivo
brasileiro nesse mercado, o Brasil ainda deve se empenhar nas negociações internacionais,
buscando parcerias e abrindo os mercados, assim como continuar apoiando, através de
planos de incentivo, tecnologias, informação e mão-de-obra qualificada, a busca pela
excelência na produção nacional.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 208
Página 209
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 223 - EVOLUÇÃO E POTENCIAL DOS MERCADOS DO ORIENTE MÉDIO PARA
A CARNE BOVINA BRASILEIRA.
THAIS MENEZES ZIMBRES; SILVIA HELENA GALVÃO DE MIRANDA;
CEPEA-ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: comércio; exportação; potencial; carne bovina; Oriente Médio
Este trabalho tem como objetivo apresentar a importância e a evolução do comércio de
carne bovina do Brasil com o Oriente Médio, analisando as características comerciais que
distinguem esta região dos mercados tradicionais. Pretende-se com isto, analisar o potencial
importador dos países que compõem essa região, no contexto dos denominados novos
mercados, ou mercados não tradicionais, os quais embora não sejam prioritários, podem
apresentar algum potencial para expansão das vendas brasileiras.
Para atingir os objetivos propostos, utilizam-se instrumentos da estatística descritiva básica,
que auxiliam na análise de características comerciais relevantes, tais como, evolução e
padrão das exportações, participação brasileira nas exportações mundiais, preços médios
das vendas, índice de sazonalidade das vendas, existência de acordos regionais de
comércio na região do Oriente Médio, pauta de fornecedores de carne bovina desses países,
indicadores de crescimento econômico, dentre outros. O período analisado compreende
os anos entre 1996 e 2005.
A diversidade econômica do Oriente Médio, em especial no que se refere ao nível de
renda per capita de alguns países, indica que há potencial de aumento das importações
de carne bovina por algumas economias dessa região. Destaca-se ainda o progresso
da reforma de liberalização comercial destes países, que pode favorecer o aumento das
exportações brasileiras, mas também de outros fornecedores, além da necessidade de
intensificar acordos comerciais com a região à semelhança do que vem sendo feito pela
União Européia há algum tempo.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 224 - AS EXPORTAÇÕES COMO DETERMINANTE DE CRESCIMENTO: O CASO
DO ESTADO DO PARANÁ NO PERÍODO DE 1990 A 2005.
ANTONIO CARLOS CAMPOS; TOBIAS FREITAS PRANDO; VINÍCIUS GONÇALVES
VIDIGAL;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, MARINGÁ, PR, CANADá;
Palavras-chave: Exportação; PIB; Paraná; Crescimento; Comércio exterior
Este artigo procura analisar o desempenho positivo das exportações paranaense como
determinante do crescimento econômico do Estado, no período de 1990 a 2005. Como
ferramenta de análise, foi utilizado indicadores de desempenho, dentre eles, o índice de
Vantagem Comparativa Revelada (VCR), as relações das exportações e importações com
o PIB, elasticidades das exportações em relação ao PIB, taxas médias de crescimento,
todas no sentido de demonstrar o grau de associação existente entre exportações e PIB.
Como resultado, foi verificado que o Paraná apresentou vantagem comparativa revelada nos
principais produtos da sua pauta de exportação, sendo a maioria desses produtos básicos,
especialmente no conjunto “grãos”. No entanto, não foi deixado de lado à participação
crescente do setor automobilístico, o que contribuiu para o em aumento do nível de
inserção nos mercados nacional e internacional. Foi verificado também que a taxa média de
crescimento das exportações do Paraná foi superior a do Brasil. No entanto, as elasticidades
das exportações em relação ao Pib foram às mesmas, tanto para o Paraná quanto para
o Brasil, demonstrando que a resposta do incremento no Pib, dado uma elevação nas
exportações, são semelhantes. Concluiu-se, portanto, que o desempenho positivo das
exportações, revelaram um maior dinamismo da economia e determinaram grandemente
o aumento no nível do produto do estado do Paraná durante o período analisado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 210
Página 211
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 225 - GRIPE AVIÁRIA: PRIMEIROS IMPACTOS NAS EXPORTAÇÕES
BRASILEIRAS.
DANUSA DE PAULA SOUSA; MAURO OSAKI;
CEPEA/ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: gripe; aviária; exportação; consumo; frango
O Brasil consolidou-se como líder no mercado mundial de carne de frango em 2005.
Segundo a Secex (2006), as exportações acumuladas em 2005 superaram em 14% o
total embarcado no ano anterior. O País é hoje responsável por 40, 7% das exportações
globais do produto, seguido pelos Estados Unidos, que abastecem 35, 3%, segundo dados
do USDA (2006). No entanto, os casos de gripe aviária na Europa, Oriente Médio e África
vêm provocando declínio de consumo de produtos avícolas, principalmente nos países
afetados, e forte queda dos preços internacionais das carnes de aves, além de inúmeras
restrições ao comércio internacional. Assim, este trabalho tem como objetivo, descrever os
primeiros efeitos da gripe aviária nas exportações de carne de frango, e responder questões
importantes para o posicionamento do Brasil no cenário internacional. É fundamental o
conhecimento do mercado consumidor, dos principais concorrentes e suas potencialidades,
bem como suas exigências, aliado a um forte controle sanitário interno para que o País
se mantenha como líder no comércio externo de carne de frango. As informações-base
foram levantadas junto a bancos de dados da Associação Brasileira dos Exportadores de
Frango (Abef), Secretaria do Comércio Exterior (Secex), Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (USDA) e Centro de Pesquisa em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP),
com dados elaborados pelos autores.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 226 - BRAZILIAN FRUIT TRADE: THE EXPORT AGENT TRANSACTION
ARRANGEMENT.
JOSÉ MÁRCIO CARVALHO;
UNB, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Fruit ; International trade; Transaction arrangements; Fruit exports;
Commerce
This study analyses the fresh fruit trade between the United Kingdom and Brazil using
Transaction Cost Economics as the main theoretical framework. Particular attention was
given to the technical aspects that affect commercial strategies employed by fruit traders. The
study has disclosed the Export Agent Transaction Arrangement employed by Brazilian fruit
exporters and British fruit importers in order to make viable their commercial activities.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 227 - EFEITOS DO FIM DO ACORDO MULTIFIBRAS NA PRODUÇÃO E NO
EMPREGO DOS SETORES TÊXTIL E DE VESTUÁRIO NO BRASIL.
DANIEL FURLAN AMARAL;
ESALQ - USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Têxteis; Vestuário; Quotas; Modelos de Equilíbrio Geral Computável;
OMC
O Acordo Multifibras, vigente durante o período 1970 – 1994, foi substituído pelo Acordo
sobre Têxteis e Vestuário (ATV) da OMC, que por sua vez vigorou de 1995 a 2005. O
ATV, por sua vez, disciplinou a eliminação completa das quotas de importação e demais
barreiras não-tarifárias (BNT) sobre esses produtos, medidas que distorciam o comércio
internacional e geravam perdas de eficiência alocativa. Contudo, a entrada da China na
OMC foi aprovada mediante a possibilidade de continuidade de imposição dessas medidas
sobre as mercadorias chinesas até 2008 pelos membros, o que foi feito pelo Brasil, EUA e
UE. Dessa forma, a literatura analisa os efeitos do fim do ATV sobre o comércio internacional
e sobre as economias nacionais, devendo esses efeitos serem avaliados para a economia
brasileira.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 228 - EXPORTAÇÕES E CRESCIMENTO ECONÔMICO DO CEARÁ NO PERÍODO
1985-2002.
MARIA ELOISA BEZERRA DA ROCHA; AUGUSTO MARCOS CARVALHO DE SENA;
IPECE, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Exportações; Crescimento Econômico; Economia do Ceará; Importações;
Comércio Exterior
O presente trabalho analisa o impacto das exportações internacionais no Produto Interno
Bruto (PIB) do Ceará. O suporte teórico usado no estudo dá ênfase à teoria de crescimento
de Grossman & Helpman (1990, 1991) que coloca o comércio externo como variável-chave
na explicação de como uma economia pode crescer. No período investigado (1985-2002)
mostra-se que as exportações de produtos industrializados do Ceará têm ganho espaço
nas exportações totais do estado, tendência em nítido contraste com a queda verificada
nas exportações de produtos primários. Na maioria dos anos, as exportações, com grande
peso dos industrializados, têm um importante papel para o incremento do PIB do estado,
principalmente na década de 90 quando o Ceará intensifica sua inserção no comércio
internacional. O método estatístico de regressão linear é usado, definindo-se como variável
dependente a série de valores do PIB absoluto e como variável explicativa a série de
valores das exportações internacionais do estado. A evidência empírica mostra que as
exportações internacionais só têm efeito positivo e significante quando introduz-se uma
variável dummy para anos de ocorrência de seca no estado. Sem esse controle os resultados
não evidenciam qualquer impacto das exportações internacionais no PIB do estado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 212
Página 213
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 229 - AS CONTRIBUIÇÕES DO PODER PÚBLICO PARA O DESENVOLVIMENTO
PARTICIPATIVO DO TURISMO.
BRUNO MARTINS AUGUSTO GOMES; EDGARD ALENCAR; JÚLIO CÉSAR BENFENATTI
FERREIRA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento; Turismo; Participação; Poder Público; Planejamento
SSD 231 - TRANSFORMAÇÕES DA AGROPECUÁRIA DA AGROPECUÁRIA
PARANAENSE: UM ESTUDO NA AMUSEP NO PERÍODO DE 1970 A 1995/1996.
MARCELO FARID PEREIRA; JULIANA FRANCO;
UEM, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Transformações ; Produtividade Total dos Fatores; Agropecuária; Paraná;
Noroesta
O presente trabalho tem por objetivo abordar o planejamento do turismo enfocando a
importância do Estado para o provimento de uma atividade que gere menos custos. Para
tanto defende-se que o poder público lance mão do planejamento participativo. Nesta forma
de planejamento os interesses das comunidades receptoras terão prioridade. Na busca
pela compreensão do planejamento participativo, a partir da realidade do turismo no Brasil,
o trabalho inicia-se situando as várias formas que o turismo vem sendo abordado ao longo
século XX. Em seguida discute-se as necessidades dos turistas e as suas relações com
os empreendimentos turísticos e conseqüentemente com as comunidades receptoras. É
feita então uma conceituação de planejamento, com o enfoque no turismo e na abordagem
participativa, atentando-se para o papel do Estado. Concluindo-se, são feitas algumas
sugestões que emergiram ao longo da elaboração do trabalho, as quais acredita-se que
podem contribuir para a implementação de um turismo mais humano, partindo-se de um
enfoque participativo e com a colaboração do Estado.
Este trabalho se concentra na análise das transformações ocorridas na agropecuária
paranaense, mais especificamente na região da AMUSEP no período de 1970 a 1996,
procura mostrar as principais mudanças referentes à produtividade total dos fatores de
produção, utilizando o índice de Tornqvist. Além dos índices de produtividade total, foram
construídos indicadores parciais de produtividade da terra e trabalho, que trazem informações
adicionais para a compreensão do processo de transformação ocorrido na agropecuária
da região em estudo. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a modernização
da agropecuária brasileira acarretou um processo generalizado de transformações na
agropecuária paranaense e nos municípios pertencentes a Amusep (Associação dos
Municípios do Setentrião Paranaense), que se expressam pela trajetória crescente da PTF
e pela variação na composição da produção, e na utilização de insumos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 232 - A INFLUÊNCIA DOS SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA NO
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO-SOCIAL DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA
DÉCADA DE 1990.
SIGISMUNDO BIALOSKORSKI NETO; MILENA KARLA SOARES;
FEA-RP/USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: pobreza; renda per capita; desenvolvimento; concentraçlão de renda;
agricultura
SSD 230 - REVESES À QUESTÃO TERRITORIAL NA REGIÃO DE IRECÊ, BAHIA.
VITOR DE ATHAYDE COUTO; ALYNSON DOS SANTOS ROCHA;
UFBA, SALVADOR, BA, BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento; Território; Questão territorial; Irecê; Bahia
O uso da expressão território ganha espaço no Brasil com a nova orientação política federal,
a partir de 2003. Nesse contexto, as ações estratégicas do Estado para o desenvolvimento
tendem a não mais considerar o município isoladamente. Como estímulo, tem-se a liberação
de recursos vinculados ao território pelas instituições públicas de crédito e financiamento.
No entanto, a permanência de práticas como a liberação de recursos mediante o grau
de articulação política dos municípios causa desconfiança e desmotivação quanto à
manutenção do território. Surgem grupos de municípios que se articulam entre si de forma
independente. Neste artigo analisam-se esses fatos apresentados como reveses à questão
territorial. A partir das experiências na região de Irecê (Bahia) observa-se que ainda existem
ações objetivando a melhor compreensão e funcionamento do território, como por exemplo,
a capacitação dos representantes municipais e a imparcialidade das instituições internas
com poder de decisão. Percebe-se que, executando-se tais ações, tornam-se possíveis a
viabilidade administrativa e a manutenção do território.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Este artigo estabelece uma relação entre os setores de atividade econômica –primário,
secundário e terciário - e o desenvolvimento econômico-social dos municípios paulistas.
Para tanto considerou-se a totalidade dos municípios como a população a ser pesquisada,
e, de acordo com o setor de atividade predominante em cada um deles, separaram-se
quatro amostras intencionais de municípios: municípios com predominância de atividade
agropecuária, industriais, de serviços e por último aqueles que não apresentaram nenhum
setor predominante. Por meio de testes estatísticos, foi possível verificar a influência dos
setores sobre a evolução dos seguintes indicadores econômico-sociais selecionados: índice
de Gini (medida de concentração de renda), renda per capita e percentual de pobres.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 214
Página 215
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 233 - AS AGROINDÚSTRIAS RURAIS TRADICIONAIS E O TURISMO NA QUARTA
COLÔNIA-RS: INTERFACES E SINERGIAS.
VIVIEN DIESEL; JOSÉ MARCOS FROEHLICH; PEDRO SELVINO NEUMANN; PAULO
ROBERTO SILVEIRA; FERNANDA LERNER;
UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: agroindústrias Rurais; Turismo Rural; Agricultura Familiar; Desenvolvimento
Territorial; Desenvolvimento Rural
O objetivo do presente trabalho é identificar e discutir fatores que condicionam a eficácia
dos programas de turismo rural na ativação das agroindústrias familiares, realizando tal
análise a partir do estudo dos casos das agroindústrias familiares de vinho e aguardente
de cana-de-açúcar (cachaça) da Quarta Colônia de Imigração Italiana, na região central do
Rio Grande do Sul. Considera-se a existência potencial de uma relação sinérgica positiva
entre turismo rural e agroindústria familiar rural, passível de realizar-se desde que ocorra um
repensar das estratégias das políticas públicas em relação à produção artesanal, pois esta
deve permanecer como capaz de ofertar produtos diferenciados dos produtos da grande
indústria, visando manter o apelo de consumo idealizado pelo turista rural. Sugere-se que
as expectativas dos turistas devem ser consideradas, operando-se uma “recriação” das
agroindústrias rurais tradicionais.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 234 - ANÁLISE DO TRANSPORTE ESCOLAR RURAL DA CIDADE DE TOLEDO
– PR.
WEIMAR FREIRE DA ROCHA JUNIOR; SANDRA MARA PEREIRA; DÉBORA DA SILVA
LOBO;
UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: transporte escolar rural; espaço rural; custos dos transportes; tarifas;
qualidade do transporte
O trabalho tem a intenção de abordar o tema transporte escolar rural, analisando a forma
como é realizado e os custos atuais, com estudo de caso realizado no município de Toledo–
PR. A forma de planejamento urbano (de transportes e sistemas viários), a classificação
dos transportes, o transporte rural, os custos de transportes (e formas de cálculo) e as
características dos veículos utilizados são os principais pontos da revisão bibliográfica.
Como metodologia, serão utilizadas além das pesquisas bibliográficas, consultas ao
departamento responsável pelo transporte escolar rural na Prefeitura Municipal de Toledo.
Como prosseguimento espera-se elaborar uma planilha (com base nos dados conseguidos)
para analisar o valor da tarifa atualmente praticada no município. Um dos objetivos do estudo
contribuir para a melhoria do serviço de transporte escolar rural, indicando caminhos ao
poder público e às empresas de transporte, melhorando a qualidade e reduzindo custos
do sistema.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 235 - EXTENSÃO RURAL NO ESTADO DE GOIÁS: PRODUÇÃO FAMILIAR E
MODERNIDADE REFLEXIVA.
ELOISA PIO DE SANTANA; FAUSTO MIZIARA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA, GO, BRASIL;
Palavras-chave: EXTENSÃO RURAL; PRODUÇÃO FAMILIAR; MODERNIDADE
REFLEXIVA; AGRICULTURA; PONTO DE ACESSO
O ponto de partida desta pesquisa é o pressuposto teórico que a Extensão Rural constitui a
porta de acesso dos produtores rurais à modernidade. Para tanto adotamos o modelo teórico
de Giddens e consideramos a Extensão Rural como ponto de acesso aos sistemas peritos.
Particularmente nos interessa refletir sobre o papel desempenhado pelos extensionistas,
agentes fundamentais desse processo, indagando como os mesmos percebem sua
atividade. Para tanto, realizamos um estudo de caso, tendo como objeto de análise a
EMATER-GO no período de 1975 a 1999. Foi possível constatar a recorrente referência,
por parte dos extensionistas, à noção de confiança, categoria central que explica a adesão
dos indivíduos a um projeto de modernidade que os mesmos não controlam.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 236 - EFICIÊNCIA DOS PRINCÍPIOS COOPERATIVISTAS NA COAPIL PARA
PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO DOS COOPERADOS E
COLABORADORES.
CLEONICE MARIA SILVA; FÁBIO HENRIQUE CORDEIRO; MAURO CÉSAR DE
PAULA;
UNIVERSIDADE CATóLICA DE GOIáS, GOIANIA, GO, BRASIL;
Palavras-chave: COAPIL; PRINCÍPIOS COOPERATIVISTAS; DESENVOLVIMENTO
SÓCIO ECONÔMICO; ;
Esse estudo buscou identificar a aplicabilidade dos princípios cooperativistas,
especificamente pretendeu-se fazer uma análise mais aprofundada sobre a eficiência e
funcionalidade destes princípios a fim de explicitar os benefícios sócio-econômicos e o grau
de satisfação que uma cooperativa pode promover para seus cooperados e colaboradores.
Para a pesquisa, tomou-se como estudo de caso a Cooperativa Agropecuária Mista de
Piracanjuba (Coapil), que está localizada no município de Piracanjuba/GO, e utilizou-se
de levantamentos bibliográficos, análise de documentos específicos da cooperativa e
pesquisa de campo realizada junto à diretoria. Ao final do estudo constatou-se que a Coapil
atende aos interesses maiores do cooperativismo, aplicando com eficiência os princípios
do cooperativismo para o alcance de resultados sócio-econômicos para seus membros
- cooperados e trabalhadores.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 216
Página 217
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 237 - A IMPORTÂNCIA DO AUTOFINANCIAMENTO PARA O FINANCIAMENTO
DO PROCESSO DE EXPANSÃO DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS.
ISABEL CRISTINA GOZER; REGIO MARCIO TOESCA GIMENES; GERVALDO
RODRIGUES CAMPOS; AMATI PRICILA; ROMEU FERRARI JUNIOR;
UNIPAR, UMUARMA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: capacidade de autofinanciamento; gestão financeira; cooperativismo;
Cooperativas agropecuárias; proceso de expansão
SSD 238 - O DESENVOLVIMENTO DAS FONTES INFORMAIS DE CRÉDITO NA
DÉCADA DE 1990 E A MUDANÇA DE RELAÇÃO DOS NOVOS AGENTES – O CASO
DA CARAMURU ALIMENTOS LTDA.
FERNANDA FARIA SILVA; WESLEY LEMES CARDOSO;
UNIVERSIDADE, ESTADUAL, GO, BRASIL;
Palavras-chave: crédito rural; fontes semi-formais de recursos; fontes informais de
recursos; novas relações produtores-agroindústrias; Caramuru Alimentos Ltda.
Este artigo tem como objetivo analisar a gestão financeira de cooperativas agropecuárias
através da utilização de indicadores elaborados fundamentados na teoria da estrutura
de capital e autofinanciamento, evidenciando a capacidade de autofinanciamento e o
autofinanciamento. A metodologia proposta foi uma pesquisa descritiva de vinte cooperativas
agropecuárias do Estado do Paraná, e o referencial teórico contemplou a importância
do cooperativismo para o Estado do Paraná, a geração de poupança e crescimento das
empresas, estrutura de capital e autofinanciamento e o autofinanciamento cooperativista.
Após a análise e discussão dos resultados, mesmo considerando as limitações de uma
análise descritiva, percebe-se que a orientação para o financiamento do processo de
expansão através do autofinanciamento não é oposta propósito cooperativista, mas
sim, uma condição para que a cooperativa possa cumprir sua missão e manter-se no
mercado prestando serviços aos seus associados e remunerando melhor. conclui-se que
a formação do autofinanciamento é um fator relevante ao desenvolvimento econômico das
cooperativas, mas observa-se que as cooperativas analisadas não conseguem ter uma
política de captação interna de recursos, que são necessários para diminuir a dependência
do mercado financeiro, pois os juros acabam corroendo a rentabilidade das empresas.
O objetivo deste trabalho é o de levantar as mudanças que ocorreram no âmbito do
financiamento agrícola brasileiro, principalmente após a redução de recursos dirigidos
pelas fontes oficiais. A partir daí, desenvolve-se uma nova institucionalidade, envolvendo
as fontes semi-formais e informais de recursos (de caráter eminentemente privado), no
sentido de complementar e até mesmo substituir o crédito formal. Além do aumento da
participação das fontes informais no financiamento agrícola, outra constatação importante
de ser destacada, refere-se à maior diversificação dos agentes concessores de crédito
rural, destacando a participação de novos agentes como as tradings, agroindústrias e
revendas de insumos. Por fim, foi utilizado como estudo-de-caso para demonstrar esta
nova realidade, a Empresa Caramuru Alimentos Ltda. Esta empresa, voltada para as
atividades agroindustriais, atua também no financiamento de recursos e insumos para os
agricultores principalmente na região sul do estado de Goiás, retratando assim, o papel
que outras empresas e instituições têm feito, no sentido de fornecer fontes alternativas de
recursos para custear a produção.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 218
Página 219
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 239 - ABERTURA DIRETA DO CAPITAL DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS
PELA EMISSÃO DE TÍTULOS DE DÍVIDA.
ISABEL CRISTINA GOZER; REGIO MARCIO TOESCA GIMENES; ALMIR FERREIRA
SOUZA; FATIMA MARIA PEGORINI GIMENES; GERVALDO RODRIGUES CAMPOS;
UNIPAR, UMUARMA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Cooperativismo agropecuário; Abertura de capital; Debêntures. ;
Cooperativas; governança cooperativa
SSD 240 - AGRONEGÓCIO COOPERATIVO: A TRANSIÇÃO E OS DESAFIOS DA
COMPETITIVIDADE.
ISABEL CRISTINA GOZER; REGIO MARCIO TOESCA GIMENES; ALMIR FERREIRA
SOUZA; FATIMA MARIA PEGORINI GIMENES; GERVALDO RODRIGUES CAMPOS;
UNIPAR, UMUARMA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Cooperativismo; Estrutura de capital; Agronegócio cooperativo;
Desenvolvimento rural; governança cooperativa
A presente pesquisa teve como objetivo verificar se a abertura direta do capital das
cooperativas agropecuárias, pela emissão de títulos de dívida (debêntures), possui
viabilidade econômica. Para tanto, faz uma revisão crítica da literatura, expondo os
problemas de capitalização e financiamento das cooperativas agropecuárias e a emissão
das debêntures como uma opção às restrições de crédito. Quanto à metodologia, a pesquisa
utilizou a tipologia do estudo de caso, tendo como objeto de estudo, uma cooperativa
agropecuária localizada no estado do Paraná. Pelos resultados apurados, verificou-se
que a abertura direta do capital pela emissão das debêntures não pode ser realizada
por toda e qualquer cooperativa. É necessário que estudos preliminares identifiquem
seu equilíbrio econômico-financeiro, sua capacidade de pagamento e a transparência de
sua gestão (governança corporativa cooperativa). Se os pré-requisitos forem atendidos,
a cooperativa agropecuária poderá auferir as vantagens da emissão, dentre as quais se
destacam: o planejamento sob medida para atender determinado projeto de investimento,
o alongamento da dívida e custos menores de captação, a depender da taxa básica de
juros da economia brasileira.
A intensificação da concorrência entre países e blocos econômicos faz com que a
sobrevivência fique mais difícil para empresas menos eficientes e gestores despreparados.
Para sobreviver e crescer, empresas cooperativas ou não necessitam garantir um bom
desempenho econômico por estratégias diferenciadoras e uma gestão mais eficaz de seus
negócios, atuando com vantagem competitiva nos mercados globais. Esse ambiente de
negócios conduz os dirigentes cooperativistas a um momento de reflexão: se, por um lado,
apresentam-se desafios e oportunidades; por outro, o estímulo à cultura da competição
nas sociedades contemporâneas representa uma ameaça ao modelo atual de gestão
cooperativista. O objetivo deste artigo é demonstrar a importância do cooperativismo
agropecuário na cadeia de valor do agronegócio nacional, bem como levantar os principais
desafios que lhe são impostos pelos mercados globalizados. A metodologia utilizada na
pesquisa perseguiu as seguintes etapas: revisão do referencial teórico sobre os elementos
que explicam a origem da sociedade cooperativa, as diferenças entre essa sociedade e
as firmas de capital; suas contribuições para os desenvolvimentos econômico e social;
e seus principais desafios, especialmente aqueles relacionados à capitalização e ao
financiamento do seu processo de expansão. Por fim, percebe-se que os desafios estão
concentrados nos seguintes pontos: equilíbrio entre os aspectos econômico e o social;
gestão democrática e a morosidade do processo decisório; separação da propriedade
e do controle (profissionalização da gestão); oportunismo dos cooperados (fidelização);
excessiva dependência de recursos de terceiros; elevados custos de coordenação;
transação e governança corporativa.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 220
Página 221
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 241 - DIFERENÇAS SALARIAIS POR COR NO MERCADO DE TRABALHO DA
REGIÃO SUL DO BRASIL.
IANDRA DE SOUZA MALDANER; KEILA RODRIGUES DE SOUZA; SILVIA CRISTINA
BENDER GRECO; PERY FRANCISCO ASSIS SHIKIDA; JEFFERSON ANDRONIO
RAMUNDO STADUTO;
UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: diferenças salariais; cor; região sul; teste qui-quadrado; mercado de
trabalho
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 243 - MERCADO DE TRABALHO FORMAL EM ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS
PAULISTAS, 1995-2004.
CARLOS EDUARDO FREDO; MALIMIRIA NORICO OTANI; MARIA CARLOTA MELONI
VICENTE; CELMA DA SILVA LAGO BAPTISTELLA;
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: MERCADO DE TRABALHO FORMAL; SETOR AGROPECUÁRIO;
BANCO DE DADOS; RAIS; CAGED
Este trabalho objetivou analisar, por meio do Teste Qui-quadrado, as diferenças salariais
por cor (brancos e não brancos) no mercado de trabalho da Região Sul do Brasil, no ano de
2002. Como corolário, foi verificada a existência de diferenças salariais dos trabalhadores
envolvidos no mercado de trabalho, em que os efeitos de interação social refletem
diretamente nos salários dos indivíduos, constatando, assim, fatores de discriminação
e/ou preconceito salarial por cor. À guisa desta conclusão, faz-se mister a ação pública
que possibilite a inserção no mercado de trabalho em condições mais justas.
Este trabalho organizou as informações da RAIS e CAGED para o setor agropecuário,
agregando o número de estabelecimentos e trabalhadores para cada uma das atividades
deste setor contempladas no banco de dados. Analisou-se a evolução e sazonalidade
das dez atividades que mais empregaram mão-de-obra formal no Estado de São Paulo
no período de 1995 a 2004. A análise dos dados da RAIS possibilitou observar a evolução
do mercado de algumas culturas como cana-de-açúcar, frutas ou a criação de bovinos,
bem como alterações nos processos produtivos que afetaram as relações do mercado de
trabalho.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 242 - COMPARAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RURAL
NO BRASIL, SUÉCIA E CANADÁ.
ANA CECÍLIA DE MEDEIROS KRETER; CARLOS JOSÉ CAETANO BACHA;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: previdência social; comparação; Brasil; Canadá; Suécia
SSD 244 - OCUPAÇÕES AGRÍCOLAS E NÃO AGRÍCOLAS: TRAJETÓRIA E
RENDIMENTOS NO MEIO RURAL BRASILEIRO.
BRANCOLINA FERREIRA; OTAVIO VALENTIM BALSADI; ROGÉRIO EDIVALDO FREITAS;
ALEXANDRE NUNES ALMEIDA;
IPEA/EMBRAPA, BRASíLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Ocupação; Rendimentos; Desenvolvimento rural; Mercado de trabalho;
Agrícola e não agrícola
Resumo: Este trabalho analisa os sistemas previdenciários rurais no Brasil, Canadá e
Suécia, destacando os benefícios que contribuem para a redução da pobreza. Estes
países foram escolhidos por utilizarem o mesmo modelo dentro da tipologia de cobertura
previdenciária, a saber, o modelo universal básico. Nesse modelo, o cidadão tem direito,
em certas condições, a receber benefícios previdenciários sem a obrigatoriedade da prévia
contribuição monetária e compulsória. Este mecanismo é executado através da intervenção
direta do Estado, seja pela cobrança de impostos, ou seja pela redistribuição inter-grupos
das despesas e funciona de maneira eficaz como uma política de redução da pobreza.
Apesar de similar quanto à tipologia de cobertura previdenciária, os três países analisados
beneficiam segmentos distintos da população – os trabalhadores rurais idosos no caso
do Brasil, os indígenas no caso Canadá e os idosos no caso da Suécia –, concedendo
benefícios e valores distintos. O trabalho destaca estas diferenças.
Utilizando-se dos dados da PNAD/IBGE no período 1993-2004, com ênfase nos anos
extremos, foram estimadas as flutuações da PEA rural ocupada (agrícola e não agrícola)
no Brasil. Além disso, identificaram-se por meio de procedimentos econométricos
diferenciais de rendimentos em favor das ocupações não agrícolas, dos trabalhadores
brancos, dos chefes de domicílio e empregadores e das atividades localizadas na região
Centro-Oeste.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 222
Página 223
O presente trabalho foi elaborado com o intuito de melhor compreender a trajetória da
ocupação agrícola e não agrícola no meio rural brasileiro e de avaliar nuances sócioeconômicas e geográficas associadas aos rendimentos das respectivas ocupações.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 245 - TECNOLOGIA E RELAÇÕES DE PRODUÇÃO NO EXTRATIVISMO DA
CARNAÚBA NO NORDESTE BRASILEIRO.
MARIA ODETE ALVES; JACKSON DANTAS COELHO;
BNB, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: CARNAÚBA; EXTRATIVISMO; TECNOLOGIA; RELAÇÕES DE
PRODUÇÃO; NORDESTE
RESUMO – Analisam-se os aspectos relacionados com a tecnologia e as relações sociais
de produção de todos os elos da cadeia do extrativismo da carnaúba no Nordeste brasileiro.
A pesquisa foi realizada nos principais centros de ocorrência da carnaúba nordestinos
(Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte), utilizando o levantamento bibliográfico, a entrevista
aberta, a observação e o registro fotográfico. Verificou-se que a cadeia de serviços do setor
abrange os trabalhos direcionados para a produção e exportação da cera, por um lado
(manutenção, corte, secagem da folha, extração do pó, transformação em cera, exportação),
e trabalhos artesanais derivados da palha, por outro. A atividade oferece uma série de
benefícios à população nordestina, pelo significativo número de ocupações geradas. No
entanto, o setor enfrenta sérios problemas tecnológicos, principalmente nas etapas de corte
e extração do pó, o que gera baixa produtividade e elevação do custo final dos produtos.
Verificou-se, também, sérios problemas nas relações sociais de produção estabelecidas
no setor, promovendo concentração da renda gerada, em detrimento, principalmente,
daqueles que trabalham no campo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 246 - MUDANÇAS RECENTES NO EFEITO DA ESCOLARIDADE SOBRE O
SALÁRIO DO TRABALHADOR AGRÍCOLA GAÚCHO.
VALTER JOSÉ STULP;
PUCRS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: salários agrícolas; agricultura gaúcha; qualificação da mão de obra; Logit;
mudanças de tecnologia
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 247 - SÍNTESE TEÓRICA DA CREDIBILIDADE E CONSISTÊNCIA DA POLÍTICA
MONETÁRIA E SEUS CUSTOS EM TERMOS DE DESEMPREGO NO BRASIL.
CLAUDINEY GUIMARÃES RIBEIRO; MARIA APARECIDA SILVA OLIVEIRA; IVIS BENTO
DE LIMA;
UFSJ - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, SÃO JOÃO DEL REI, MG,
BRASIL;
Palavras-chave: POLÍTICA MONETÁRIA; METAS DE INFLAÇÃO; LEI DE OKUN; CURVA
DE PHILLIPS; DESEMPREGO
Este trabalho apresenta uma síntese teórica sobre a credibilidade e consistência da política
monetária, buscando estimar os custos da tentativa de manter a credibilidade dessa no
governo Lula, em termos de variações na taxa de desemprego. Para isso, usou-se a Lei
de Okun e estimativas da taxa de desemprego não aceleradora da inflação (TDNAI). A
partir da TDNAI estimada foi simulado um cenário alternativo de acordo com as metas
inflacionárias estabelecidas pelas autoridades monetárias brasileiras para 2005. Dos
resultados estimados foi possível concluir que a meta da inflação para 2005, estabelecida
pelo Banco Central em 4, 5%, não será cumprida e que a política monetária no Brasil tem
baixa credibilidade, revertida em custos elevados em termos de desemprego – cerca de
0, 85 pontos percentuais de desemprego para cada 1 ponto percentual de redução da
inflação, conforme taxa de sacrifício estimada.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 248 - FINANCIAMENTO DA AGRICULTURA BRASILEIRA: OS NOVOS
INSTRUMENTOS DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS PRIVADOS.
CLESIANE OLIVEIRA; GLAUCO RODRIGUES CARVALHO;
CPDA/UFRRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: Financiamento rural; crédito rural; desenvolvimento da agricultura; títulos
agropecuários; política agrícola
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
A transição de um sistema basicamente sustentado pelo Estado, para um sistema cujos
recursos sejam em grande parte, gerados pelo setor privado, tem levado o governo a buscar
alternativas para o financiamento da agricultura. Apoiando a criação de novos instrumentos
de captação, com o objetivo de atrair novos capitais para a aplicação no setor rural. Em
dezembro de 2004, o governo brasileiro decidiu abrir novas portas para que os agentes do
agronegócio fossem buscar recursos no mercado e criou novos títulos para o setor: o CDA
(Certificado de Depósito Agropecuário), o WA (Warrant Agropecuário), CDCA (Certificado
de Direitos Creditórios do Agronegócio), LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) e CRA
(Certificado de Recebíveis Agropecuários). Esses títulos têm como objetivo tornar viável o
acesso do produtor a recursos de mercado, aumentando sua disponibilidade para o setor,
contribuindo para a redução dos custos desses recursos. No âmbito dos investidores
institucionais surge mais uma opção de aplicação. A criação desses títulos completa mais
de um ano, avaliar seu desempenho e quais os principais desafios colocados para sua
expansão, torna-se importante para um melhor entendimento desses instrumentos na
construção de um novo padrão de financiamento setorial.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 224
Página 225
O estudo analisa como o nível de escolaridade do trabalhador agrícola influencia a sua
probabilidade de obter maiores salários dentro do setor agropecuário do Rio Grande do
Sul e se houve mudanças nesta probabilidade no período de 1996 a 2002. Para esta
análise são utilizados os dados da RAIS. Os resultados indicam que as chances de um
trabalhador agrícola de auferir um salário acima de quatro salários mínimos somente se
elevam se ele tem o 2o grau completo ou curso superior e que para dois salários mínimos
é suficiente a 8a série completa. De 1996 a 2002 diminuíram as probabilidades de um
trabalhador agrícola com uma escolaridade entre 4a série completa e 8a série incompleta
de auferir qualquer nível de rendimento do trabalho acima de dois salários mínimos, mas
não mudaram as chances dos trabalhadores com curso superior. Portanto, as mudanças
tecnológicas que tenham ocorrido, neste período, na agricultura gaúcha, talvez ainda em
função da liberalização econômica, requerem mão de obra mais qualificada, mas cujo nível
de qualificação ainda não exija o curso superior.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 249 - ANÁLISE DE CICLOS NA ECONOMIA BRASILEIRA.
CRISTIANE MÁRCIA SANTOS; JOÃO EUSTÁQUIO DE LIMA; FLÁVIO DIAS LEAL;
ANTÓNIO JOSE MEDINA DOS SANTOS BAPTISTA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIçOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: PIB; PIB Industrial; PIB Agrícola; Economia Brasileira; Análise
Espectral
SSD 250 - IMPACTO DA POLÍTICA CAMBIAL NAS EXPORTAÇÕES DE FRANGO
APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PLANO REAL (1994-2004).
FRIDA LILIANA CARDENAS DIAS; JOSÉ GILBERTO DE SOUZA;
FCAV-UNESP, JABOTICABAL, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Política Cambial; Avicultura de Corte; Exportações; Política
Macroeconômica; Estruturação Produtiva
O presente trabalho tem por objetivo identificar, através da análise espectral, a relação de
longo prazo entre as variáveis, a tendência e os ciclos observados no comportamento das
séries anuais do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no período de 1900 a 2002, do PIB
Industrial e do PIB Agropecuário brasileiro, série trimestral entre 1995 e 2002. Para tanto,
foi realizado um teste para a verificação da ordem de integração das séries analisadas,
sendo que esta etapa é de fundamental importância por permitir que se determine se a
série possui raiz unitária ou se é estacionária. Após a identificação da ordem de integração
foi empregado o método de análise espectral no qual salienta a característica de domínio
de freqüência das séries temporais. Os resultados indicaram que a análise espectral foi
eficiente na detecção de ciclos do PIB, do PIB Industrial e do PIB Agropecuário brasileiro.
Detectaram-se, na série do PIB apenas dois ciclos médios de nove anos e outro de dois
anos. Na série PIB Industrial foi detectado apenas um ciclo de quatro trimestres, ou seja,
um ciclo sazonal, e na série PIB Agropecuário foi detectado dois ciclos, sendo o maior
de aproximadamente trinta trimestres e um menor de aproximadamente quatro. Pode-se
concluir que o PIB Industrial e o PIB Agropecuário apresentam o mesmo período, ou seja,
quatro trimestres.
O trabalho procura analisar os fatores que influenciaram as exportações de frango a partir da
implementação do plano real, enfocando como ponto principal a política cambial no período
de 1994 a 2004. A produção de frango no Brasil é a atividade que em termos absolutos
apresentou o maior crescimento no setor agropecuário nas últimas três décadas, diante
dos avanços em genética, nutrição e sanidade, alcançando ganho de competitividade.
Além disso a produção de frango obteve estruturação contratual, fatores que estiveram
acompanhados do aumento do consumo de frango no Brasil e no mundo. Nos primeiros
anos da década de 90 iniciou-se a abertura comercial que ampliou o volume de exportações,
mas teve sua maior inflexão após os primeiros anos do plano de estabilização econômica,
que operou, no período de 1994-1998, com um câmbio fixo-ajustável (banda de flutuação
móvel) passando a partir de 1999, com a desvalorização de Real, para um câmbio flexível,
contribuindo com o perfil de competividade deste produto no mercado internacional,
permitindo ao Brasil atingir o status de primeiro exportador de carne frango, em que pese
o processo de valorização cambial vivenciado no país a partir de 2005.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 226
Página 227
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 251 - ANÁLISE DO IMPACTO DOS INVESTIMENTOS NA AGROPECUÁRIA SOBRE
A GERAÇÃO DE PRODUTO, EMPREGO E IMPORTAÇÕES NO ESTADO DO CEARÁ.
CLEYCIANNE SOUZA ALMEIDA; FRANCISCO CASIMIRO FILHO; PATRICIA SALES
LIMA;
UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Agropecuária; Investimentos; emprego; importações; Ceara
SSD 252 - FATORES DETERMINANTES DA INADIMPLÊNCIA DO CRÉDITO RURAL
NAS ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DE FRUTEIRAS NO ESTADO DO CEARÁ.
FELIPE MUNIZ GADELHA SALES; PATRICIA SALES LIMA; AHMAD SAEED KHAN; JOSÉ
AILTON NOGUEIRA DOS SANTOS;
UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Credito rural; inadimplência; fruteiras; ceara; produtores
O conhecimento do impacto da variação na demanda final da agropecuária na geração de
produto, emprego e importações reveste-se de grande relevância para o desenvolvimento
econômico do Ceará. Este trabalho tem como objetivo geral analisar o impacto da política
de investimentos na agropecuária sobre os demais setores da economia cearense,
utilizando como instrumental analítico a teoria de insumo-produto. As conclusões apontam
a importância da agropecuária para a economia do Estado em termos de geração de
produto e de emprego, chamando a atenção para o caráter multiplicador da expansão
dos investimentos voltados para este macro setor. Quanto às importações, observou-se
elevada capacidade de geração de importações por parte da economia do Ceará, a partir
dos investimentos aplicados na agropecuária, podendo representar um indício da fragilidade
da estrutura produtiva cearense para fornecer insumos necessários à realização do seu
processo produtivo. Ademais, a dependência de insumos importados pode ser prejudicial
à expansão da agropecuária, caso a competitividade de seus produtos seja afetada
negativamente. Por outro lado, o mesmo resultado pode representar oportunidades de
negócios a serem aproveitadas, com a verticalização da produção. Para que a agropecuária
cearense cumpra seu papel como indutora do desenvolvimento econômico, é imprescindível
uma remodelação das políticas agrícolas vigentes.
O objetivo deste estudo foi identificar os fatores de inadimplência dos produtores inseridos
nas áreas de concentração de fruteiras no Estado do Ceará e comparar a inadimplência da
agricultura irrigada com a sequeiro. Para identificar os fatores da inadimplência utilizou-se
um modelo econométrico – PROBIT. Os resultados mostraram que os principais fatores
da inadimplência nas áreas de concentração de fruteiras no Estado do Ceará foram:
nível de escolaridade, uso de irrigação, não participação do produtor na elaboração do
projeto, inobservância dos princípios básicos do crédito rural (oportunidade, adequação
e suficiência) e receitas obtidas abaixo do esperado. Sugere-se, assim uma política
mais efetiva para a fruticultura, atrelada à capacitação dos produtores; tornar a irrigação,
com ênfase nos mini e pequenos produtores, mais organizada e articulada, de modo a
transformar essa prática agrícola em um dos instrumentos de melhoria de rentabilidade da
atividade; fomentar a organização dos produtores (associação ou cooperativa), baseado nas
experiências exitosas, para as áreas concentradoras de fruteiras do Estado e desenvolver
estratégias visando contemplar os fruticultores que estiverem fora do perfil adequado, uma
vez que o crédito rural constitui um dos instrumentos de diversificação e modernização
da fruticultura.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 228
Página 229
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 253 - A EVOLUÇÃO DAS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE CITRICULTORES
E INDÚSTRIAS PROCESSADORAS DE SUCO NA FORMAÇÃO DOS PREÇOS E SUA
EXPRESSÃO NO DESENVOLVIMENTO SETORIAL.
MARIE ANNE NAJM CHALITA;
IEA, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: citricultura; contratos; preços; desenvolvimento; conflitos
Este trabalho tem como objetivo analisar as relações comerciais entre citricultores e indústria
processadora do suco concentrado e congelado (SLCC) como mediações significativas da
estrutura social no estabelecimento dos preços das frutas. Estas relações comerciais são
relações de força que determinam a direção central do desenvolvimento setorial enquanto
expressão dos interesses hegemônicos compratilhados entre as partes. A análise, a partir
da de´cada de 1970, dos conflitos em torno das bases contratuais de venda das frutas que
afetam a definição do preço das frutas a ser pago pela indústria e, postanto, as margens
de remuneração dos produtores, mostra o importante papel que ele têm na defnção e
evolução do padrão de estruuração do mercado.
Estes conflitos mudam de natureza: de um forte antagonismo para a constituição de um
consenso relativo em torno de uma representação sobre os pressupostos da competitividade
e, finalmente, para a atual fragmentação do mercado baseada na formação de nichos
privilegiados e privativos ed comercialização das frutas. Paralelamente, verificam-se
mudanças no complexo aparato institucional composto por sindicatos e associações civis,
e defensores de distintas concepções de desenvolvimento da citricultura, aparato que tem
sua ação política progressivamente fraglizada, ao longo do processo de desregulamentação
da intervenção pública no setor.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 254 - CADEIA PRODUTIVA DA ALGAROBA NO PÓLO DE PRODUÇÃO DA BACIA
DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO.
JOSÉ LINCOLN PINHEIRO ARAUJO; REBERT COELHO CORREIA; EDILSON PINHEIRO
ARAUJO; PAULO CESAR FERNANDES LIMA;
EMBRAPA, PETROLINA, PE, BRASIL;
Palavras-chave: ENERGETICOS FLORESTAIS; AGRICULTURA FAMILIAR; CADEIA
PRODUTIVA; ALGAROBA; NORDESTE
Esta pesquisa teve como objetivo analisar a cadeia produtiva da algaroba no pólo de
produção da Bacia do Submédio São Francisco, principal zona de exploração dessa arbórea
no país, buscando identificar os circuitos de mercado dos produtos oriundos da algaroba,
detectar os problemas prioritários dos componentes da cadeia e indicar alternativas para
soluciona-los. A metodologia para a realização do estudo foi a do diagnóstico rápido
(rapid assessment ou quick appraisal), procedimento muito utilizado em análises de
sistemas agroalimentares. Os resultados do estudo apontaram que essa arbórea, mesmo
expandindo-se de forma subespontânea, praticamente sem a participação do produtor,
traz significativos impactos sócio-econômicos para a região. Constatou-se que a vagem é
o produto de maior importância social e econômica da algaroba, vindo em seguida a lenha
e o carvão. A fragilidade mais marcante do sistema em análise é a falta de organização
dos produtores, enquanto a maior fortaleza é a capacidade produtiva que tem a algaroba
para suprir a demanda por energéticos florestais.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 230
Página 231
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 255 - SITUAÇÃO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO NO NORDESTE:
ESTRUTURAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA, PRODUÇÃO E MERCADO.
FATIMA VIDAL FATIMA; JOSÉ AÍLTON NOGUEIRA DOS SANTOS; MARCOS ANTONIO
DOS SANTOS;
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S. A, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: SETOR; SUCROALCOOLEIRO; NORDESTE; MERCADO;
PRODUÇÃO
O setor sucroalcooleiro do Brasil é o mais competitivo do mundo. Possui maiores níveis
de produtividade, rendimento e menores custos de produção. A tendência de crescimento
do preço mundial do petróleo, aliada a necessidade de redução de emissão de poluentes
na atmosfera e ao alto volume de vendas dos veículos bicombustíveis deverá impulsionar
de forma crescente a demanda interna e externa por álcool, sendo necessário grande
volume de investimento para atender essa demanda. Com relação ao açúcar a perspectiva
também é de demanda mundial crescente, influenciada diretamente pelo crescimento do
consumo mundial de açúcar ao nível de 2% ao ano e pela perspectivas de redução da
produção em países que estão investindo na produção de álcool combustível em detrimento
de incrementos na produção agrícola. O objetivo geral da pesquisa foi caracterizar o
setor sucroalcooleiro através da análise do mercado e da cadeia produtiva com foco na
produção nordestina. O estudo foi realizado com base em pesquisa exploratória a partir
de levantamento bibliográfico, entrevista aberta aos seguimentos representativos do setor
e observação direta no decorrer das visitas. Os resultados encontrados permitem concluir
que: o setor sofreu uma profunda reestruturação na gestão de produção, nas relações de
trabalho, além de inovações tecnológicas; o setor sucroalcooleiro nordestino apresenta
competitividade no mercado externo visto que o seu custo de produção fica acima apenas
do obtido na região Centro-Sul do Brasil; o crescimento da produção na zona da Mata
nordestina depende do aumento dos níveis de produtividade por meio da ampliação da
área irrigada e do aumento do rendimento industrial; e, a ampliação da fronteira da canade-açúcar no Nordeste deverá centrar-se no Maranhão e Piauí.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 256 - DESEMPENHO DOS FRUTICULTORES DA ÁREA DE ATUAÇÃO DO BANCO
DO NORDESTE DO BRASIL - BNB.
FRANCISCO RAIMUNDO EVANGELISTA; JOSÉ AILTON NOGUEIRA DOS SANTOS;
MARCOS ANTÔNIO DOS SANTOS; MARIA ODETE ALVES; JOSÉ INÁCIO BESSA
PIRES;
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Fruticultura; Nordeste; Fruticultura irrigada; Fruticultura de sequeiro;
Irrigação
As condições climáticas da sub-região semi-árida do Nordeste, que representam um
obstáculo para o cultivo dos grãos e a prática da pecuária, transformam-se numa vantagem
quando se trata da fruticultura irrigada. Daí a produção dos perímetros irrigados do Nordeste
ter se voltado para o cultivo das frutas. Mas o Nordeste conta ainda com outras localidades
onde se pratica a fruticultura de sequeiro. Por isso, a fruticultura alcançou participação
importante dentro das aplicações do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Entretanto,
constata-se que os impactos da aplicação do crédito rural na fruticultura são modestos e
incompatíveis com as potencialidades da fruticultura regional, em termos de benefícios
socioeconômicos e ambientais gerados. Em 2004/2005, o BNB realizou estudo com o
intuito de conhecer melhor a fruticultura regional, as razões dos desempenhos constatados
e especialmente as suas vulnerabilidades para, a partir disso, modificar os procedimentos
do Banco no apoio à fruticultura.
A pesquisa, resumida neste artigo, confirma a hipótese de que as condições materiais e de
conhecimento dos fruticultores, bem assim a sua integração com os meios agroecológico
e socioeconômico estão fortemente correlacionadas com os resultados por eles obtidos.
Os fruticultores que apresentaram melhor desempenho contam com uma base material
superior à dos demais, têm uma maior dotação de conhecimento formal, contam com uma
assistência técnica mais assídua e sabem buscar melhor as informações. Os resultados
reforçam a importância da dotação de capital físico para uma fruticultura de sucesso mas
destacam a necessidade de uma escala mínima. Destacam ainda que o fortalecimento
do capital humano, na forma de educação voltada para a produção, a comercialização e
a gestão da propriedade deveria ter tanta importância quanto o capital físico.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 232
Página 233
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 257 - ANÁLISE DE COMPETITIVIDADE DA COTONICULTURA NA REGIÃO DO
TRIÂNGULO MINEIRO/MG – APLICAÇÃO DA MATRIZ DE ANÁLISE DE POLÍTICA.
RENATO DOS SANTOS GONÇALVES; MAYRA BATISTA BITENCOURT; LEONARDO
BARROS REZENDE;
FUNEDI/UEMG, DORES DO INDAIÁ, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Cotonicultura; MAP; Triângulo Mineiro; política agrícola;
competitividade
SSD 259 - ESTRATÉGIAS ADMINISTRATIVAS E OPERACIONAIS UTILIZADAS PELAS
USINAS DE AÇÚCAR E ÁLCOOL DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO (SP).
MARCELO DAMUS ABDO; CARLOS EDUARDO VIAN; ROBERTO ARRUDA DE SOUZA
LIMA;
ESALQ USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Açúcar e álcool; Estratégias Administrativas; Financiamento. ; Mercados
Futuros; Concorrência
Neste início do século XXI, a cotonicultura mineira vem reconquistando espaço e apostando
numa retomada de crescimento, objetivando a auto-suficiência no abastecimento da
indústria têxtil do estado. Desta forma, o objetivo geral deste trabalho consiste em analisar
a competitividade da cotonicultura na região do Triângulo Mineiro/MG. Para tanto, utilizouse como metodologia a Matriz de Análise de Políticas (MAP), desenvolvida por MONKE
E PERSON (1989). Os resultados da MAP mostram que a cotonicultura mineira não
é competitiva a nível internacional. E ainda, revela-se uma desproteção de 57%, isto
significa, que os produtores da região, precisam de benefício desta mesma ordem, para
conceder a competitividade ao produto. Portanto, através deste estudo, nota-se que a não
competitividade do produto se deve principalmente por parte do governo. Para a região em
estudo ser competitiva não basta só ter tecnologia de ponta, mas também ações públicas
que vêem a beneficiar e dar competitividade ao produto.
Até o início dos anos 90, a agroindústria canavieira foi um dos setores em que a intervenção
estatal foi mais intensa. Recursos de crédito oficial cobriam mais de 80% dos investimentos
fixos em destilarias e na produção de cana-de-açúcar. Com o esgotamento da capacidade
de financiamento do Estado e a desregulamentação ocorrida no setor, houve a necessidade
das empresas buscarem fontes alternativas de financiamento. Este artigo, através de estudo
de multicaso, apresenta uma análise das condutas financeiras das empreses do Complexo
Canavieiro da região de Ribeirão Preto – SP. Para verificar semelhanças e diferenças entre
condutas financeiras adotadas pelas empresas dessa região, foram realizadas entrevistas
estruturadas com representantes das usinas e destilarias. Constatou-se que existe pouca
diferença nas gestões das usinas da região de Ribeirão Preto, independentemente do porte
das empresas. Observa-se a necessidade de mudança cultural dos profissionais que atuam
no seguimento para que as operações de mercado futuro e opções sejam mais utilizadas,
sendo que, atualmente, as empresas pertencentes ao setor sucroalcooleiro limitam-se a
utilizar operações de Trade Finance tradicionais no gerenciamento financeiro.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 258 - COMPETITIVIDADE E CONCENTRAÇÃO DE MERCADO: UMA ANÁLISE
DA AVICULTURA NAS MESORREGIÕES OESTE E SUDOESTE PARANAENSE.
NATALINO HENRIQUE MEDEIROS; DIANE APARECIDA OSTROSKI;
FASUL, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Avicultura paranaense; competitividade; concentração de mercado;
índice CR4; índice CR8
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Este artigo apresenta uma análise da competitividade e concentração de mercado
agroindustrial avícola nas mesorregiões oeste e sudoeste paranaense, visando verificar
o grau de concentração existente no segmento de abate de carne de frango. Os dados
coletados permitiram analisar a dinâmica competitiva nesse agronegócio, a partir do
abate anual de frangos, processamento, mercados interno e externo. Como metodologia
utilizou-se o índice razão de concentração (CR) para verificar o desempenho das maiores
empresas abatedouras e processadoras de frangos, nas mesorregiões oeste e sudoeste
paranaense. Os resultados conclusivos permitiram evidenciar a participação da Sadia como
empresa líder nesse segmento avícola, com característica de um oligopólio concentradodiferenciado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 234
Página 235
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 260 - CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE MANDIOCA E FORMAS DE
INSERÇÃO NO MERCADO DA REGIÃO ALTA PAULISTA.
LEONARDO DE BARROS PINTO; SANDRA CRISTINA DE OLIVEIRA; ELIAS JOSÉ
SIMON; GESSUIR PIGATTO;
UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL;
Palavras-chave: cadeia agroindustrial da mandioca; mandioca; competitividade;
agronegócio;.
SSD 261 - PERSPECTIVAS PARA A CULTURA DA MAMONA NO NORDESTE EM
2006.
FRANCISCO LEANDRO DE PAULA NETO; RODRIGO MAGALHÃES NEIVA SANTOS;
JOSÉ MARIA MARQUES DE CARVALHO;
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S. A., FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: mamona; biodiesel; agricultura familiar; sementes; viabilidade
econômica
A cultura da mandioca, sobretudo na última década, assumiu posição de destaque no
agronegócio. Nota-se o esforço dos agentes envolvidos na cadeia agroindustrial para que
a mesma se torne mais competitiva assegurando e buscando ampliar os resultados sociais
e econômicos possíveis nesta atividade. Tais preocupações surgem de maneira particular
na Região Alta Paulista, principalmente, a partir da instalação de duas fecularias nos
municípios de Arco-Íris e Tupã. Portanto, o presente trabalho buscou caracterizar a inserção
dos distintos agentes envolvidos neste processo, nesta região. Para tanto, além de explorar
dados secundários, foram aplicados questionários semi-estruturados junto aos agentes
institucionais da região. Notou-se a preocupação dos produtores quanto à necessidade
do emprego de sistemas eficientes de controle, como por exemplo, aqueles relativos aos
custos de produção. Outro fator relevante foi a gestão dos recursos naturais, sobre o qual
os entrevistados declararam sentir falta de programas de capacitação e conscientização
sobre os riscos ambientais inerentes à atividade. A dificuldade de acesso ao crédito, pelo
excesso de burocracia, foi outro fator apontado como inibidor da competitividade. Além
disso, o encarecimento da produção, sobretudo do valor dos arrendamentos de terra; a
instabilidade das relações de mercado, devido ao descumprimento dos contratos, ora
pelas empresas ora pelos produtores, caracterizaram-se como entraves para inserção no
mercado. As empresas ainda enfrentam desafios quanto ao tratamento de efluentes, todo
caso, apresentam bom nível de gestão, tradição no setor, boa localização das plantas
industriais, além de declararem baixo nível de endividamento, o que sugere capacidade
de investimento.
A cultura da mamona tem tido grande espaço nas discussões no meio rural. Tal fato se deve
ao seu uso promissor no Programa Biodiesel, um dos programas prioritários do Governo
Federal. Acredita-se que a referida cultura possa dar importante contribuição para alavancar
a geração de emprego e renda no semi-árido nordestino, tendo massiva participação do
agricultor familiar nesse processo. O presente documento tem como objetivos: levantar o
volume de produção de sementes certificadas produzidas em 2005, estimar a área a ser
plantada em 2006, discutir os preços do grão praticados para o produtor, analisar os preços
do óleo praticados no mercado internacional e avaliar as perspectivas para a cultura da
mamona frente à questão do biodiesel no Brasil. Como resultado do estudo, espera-se que
os baixos preços apresentados em 2005 influam na área cultivada em 2006. Portanto, a
área a ser plantada na safra 2005/2006 deve cair, ficando próxima a 130 mil hectares em
todo o país, sendo a Região Nordeste responsável por quase toda a produção nacional,
com cerca de 125 mil hectares plantados. Essa queda na área plantada deverá ocorrer
mesmo com a elevação da demanda de grãos de mamona em decorrência necessidade do
cumprimento dos contratos estabelecidos nos leilões da ANP e dos contratos de exportação
do produto, dando margem para possíveis aumentos no preço do grão. Apensar da redução
da área plantada total, alguns estados na Região, como o Ceará, o Rio Grande do Norte
e a Paraíba, devem obter um pequeno incremento em sua produção.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 236
Página 237
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 262 - CARACTERIZAÇÃO E INSERÇÃO DA ATIVIDADE LEITEIRA NA REGIÃO
ALTA PAULISTA.
SANDRA CRISTINA DE OLIVEIRA; LEONARDO DE BARROS PINTO; ELIAS JOSÉ
SIMON; GESSUIR PIGATTO;
UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL;
Palavras-chave: leite; competitividade; mercado; laticinios; produção
A atividade leiteira sempre esteve presente na Região Alta Paulista, desempenhando um
papel relevante na geração de emprego e renda. Esta atividade passou por mudanças na
década de 1990 que ocorreram em âmbito nacional, e que trouxeram modificações no seu
modo de produção e de inserção no mercado. Este trabalho tem por objetivo caracterizar a
pecuária leiteira na Região Alta Paulista, bem como as formas de inserção dos diferentes
agentes envolvidos na mesma. Foram aplicados questionários semi-estruturados às
empresas e produtores listados por agentes institucionais da região. Observou-se que
a ação coletiva aparece como uma estratégia fundamental para minimizar os problemas
enfrentados pelo setor de produção, uma vez que a dinâmica de mercado vem atuando no
sentido de selecionar os produtores de leite por escala de produção, qualidade da matériaprima e profissionalismo na gestão dos negócios. As empresas entrevistadas apresentam
carência de programas de acompanhamento de mão-de-obra, planejamento estratégico,
tecnologia de informação e investimento em marketing. A falta de conhecimento sobre os
benefícios (ou existência) de algumas ferramentas de gestão pode justificar tais resultados,
e comprometem seriamente a competitividade da empresa. Porém, a solução está sob
controle direto da própria empresa. Tais iniciativas mostram-se como alternativas para uma
melhor inserção da produção e da indústria de laticínios no mercado.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 263 - INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA NO SEGMENTO DE PRODUÇÃO DO CAFÉ EM
MINAS GERAIS.
LUIZ ANTONIO ABRANTES; RICARDO PEREIRA REIS; CARLOS ANTONIO MOREIRA
LEITE; MARCO AURÉLIO MARQUES FERREIRA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: CAFÉ; TRIBUTAÇÃO; CADEIA AGROINDUSTRIAL; PRODUÇÃO
RURAL; IMPOSTOS INDIRETOS
Este trabalho busca estimar o montante da incidência tributária na composição do preço
final do café no segmento primário da cadeia agroindustrial em Minas Gerais e suas
principais implicações na formação do custo de produção. Para tanto adotou, como
espaço de análise, o conjunto de agentes representativos do segmento produtor da cadeia
agroindustrial do café, considerando-se as fases do processo de produção, beneficiamento
e comercialização dos produtos, numa visão contábil-financeira. Os resultados mostram
que apesar da política de desoneração explícita, principalmente relacionada ao ICMS, PIS
e Cofins, esse segmento é de fato significativamente tributado. Essa desoneração acabou
transformando-se numa medida paliativa, visto que grande parte dos tributos pagos nas
etapas anteriores, referentes aos insumos e bens de capital, incide em cascata e onera o
processo de produção e circulação de mercadorias e serviços. Considerando a estrutura
de custos adotada, observa-se que o impacto conjunto do ICMS, do PIS/Cofins, CPMF e
das contribuições previdenciárias onerou o custo de produção em 8, 66%. Agregando-se
a esta a carga tributária relativa à comercialização e computando-se o efeito da CPMF, a
carga efetiva tem seu valor alterado para 11, 64%.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 264 - CONSTRUÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO EM BONITO/MS.
ANDERSON TEIXEIRA BENITES; ANDRÉ KOUTCHIN DE ALMEIDA; LIS DAMASCENO
DE OLIVEIRA; JORDANA DUENHA RODRIGUES;
FUNDAÇÃO CÂNDIDO RONDON, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL;
Palavras-chave: Cadeia Produtiva; Turismo; Desenvolvimento Regional; Mato Grosso
do Sul; Bonito
Este trabalho apresenta um modelo para o desenho da cadeia produtiva do turismo em
Bonito/ MS. Demonstra os antecedentes que sustentaram a iniciativa de se realizar o
presente estudo. Parte de análises conceituais acerca da atividade turística e identifica,
de forma preliminar, a articulação dos elos do ecoturismo bonitense. Com essas reflexões
espera-se estar contribuindo com o debate sobre a questão das estratégias para o
planejamento do setor turístico e o desenvolvimento da região.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 238
Página 239
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 265 - CONCORRÊNCIA E ESTRATÉGIAS DE PRECIFICAÇÃO NO SISTEMA
AGROINDUSTRIAL DO LEITE.
PAULO FURQUIM DE AZEVEDO; RICARDO POLITI;
FGV-EESP, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: concorrência; leite; preços; supermercados; laticínios
O objetivo deste artigo é caracterizar o padrão de concorrência no mercado de leite
fluido (longa vida e pasteurizado) na cidade de São Paulo a partir de evidências sobre
os movimentos de preços no varejo e do comportamento das margens de mercado. O
período analisado foi de dezembro de 1999 à dezembro de 2005 com dados de preços ao
consumidor da FIPE e dados de preços ao produtor da CEPEA/ USP. Identificou-se que o
padrão de concorrência do leite longa vida é bastante diverso do encontrado para o leite
pasteurizado. Enquanto para o longa vida o padrão de concorrência é próximo do modelo
competitivo, para o leite pasteurizado o padrão encontrado foi de pouca concorrência. Para
compreender essas diferenças, foi discutido o aspecto locacional do varejo e a importância
do mercado geográfico relevante. Utilizou-se o modelo originalmente proposto por Houck
(1977) acrescido das observações feitas por Carman e Sexton (2005). Essa abordagem
separa as variáveis explicativas entre aumentos e diminuições de preços pagos ao produtor.
Além de maior clareza na sua estrutura, essa construção permite comparar a defasagem
entre esses dois movimentos e estudar a estratégia de preços dos agentes a partir das
margens dos intermediários. Os resultados permitem algumas inferências para análises
setoriais e de políticas públicas voltadas à produção leiteira. O vertiginoso crescimento das
vendas de leite longa vida, absorvendo grande parte do mercado antes abastecido pelo
leite pasteurizado, trouxe maior concorrência nos segmentos de indústria e distribuição,
assim como maior velocidade de transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva.
Entretanto, a precificação com markups com percentual fixo, observada no leite longa vida,
indica que indústria e distribuição gozam de algum poder de mercado e que variações de
custo da matéria-prima são repassadas mais que proporcionalmente, em termos absolutos,
ao consumidor final.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 266 - CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DE PRODUTORES DE
FRANGO DE CORTE NO BRASIL: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE REGIÕES
BRASILEIRAS.
LUÍS ALBERTO FERREIRA GARCIA;
UNIOESTE, CASCAVEL, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Complexo Avícola; Frangos de Corte; Produtores de Frango;
Caracterização ; Sócio-Econômica
Este trabalho apresenta os principais resultados de pesquisa de campo, realizada de em
uma amostra de 229 (duzentos e vinte e nove) produtores de frangos de corte dos principais
estados produtores do Brasil. Com esse instrumento de pesquisa básica, identificam-se
as principais variáveis econômicas, sociais e ambientais visando à caracterização dos
produtores, de acordo com as regiões onde estão inseridos. Esta caracterização sócioeconômica dos produtores de frango de corte se configura a partir da identificação de uma
região tradicional produtora, compreendendo os estados do Rio Grande do Sul, Paraná,
Santa Catarina e Minas Gerais e de uma região de expansão abrangendo os estados do
Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Conclui-se que a amostra de produtores de
frango pesquisada representa bem as realidades regionais, com o predomínio de produtores
com pequenas propriedades e menor capacidade produtiva no Sul do país e Minas Gerais
e produtores com propriedades maiores e níveis de produção mais elevados nos estados
do Centro-Oeste brasileiro. Nas regiões Oeste do Paraná e no Triângulo Mineiro (regiões
tradicionais produtoras de soja e milho) encontramos os produtores com maiores áreas de
terra e com as maiores capacidades de alojamento de aves da amostra da região tradicional.
No Centro-Oeste, os produtores visitados no estado do Mato Grosso do Sul foram os que
apresentaram menores áreas de terra e menores estratos de capacidade de produção de
frangos de corte, enquanto os produtores pesquisados do estado de Goiás foram os que
apresentaram os maiores estratos de capacidade de produção da região.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 240
Página 241
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 267 - ESTUDO DE IMPACTO ECONÔMICO (EIS) PARA O SETOR AGROINDUSTRIAL
CANAVIEIRO PAULISTA E ALAGOANO: CONJUNTURA E AGENDA DE PESQUISA.
CARLOS EDUARDO VIAN; ROBERTO ARRUDA DE SOUZA LIMA; ARAKEN ALVES
LIMA;
ESALQ USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Açúcar e álcool; Estratégias Competitivas; Organização Industrial;
Políticas Públicas; Emprego
SSD 268 - FLRORICULTURA EM PERNAMBUCO: PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO
PARA 2020.
AMANDA AIRES VIEIRA; GUSTAVO RAMOS SAMPAIO; YONY DE SÁ BARRETO
SAMPAIO;
UFPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Floricultura; Cadeia Produtiva; Flores; Exportação; Perspectivas para
Pernambuco
Este Economic Impact−artigo apresenta uma aplicação do método EIS (Policy Research
Study) no complexo Agroindustrial Canavieiro. Parte-se do Paradigma Estrutura-CondutaDesempenho, considerando as mudanças no ambiente de mercado e os impactos no
comportamento de seus participantes. Observa-se que a estrutura da indústria teve uma
evolução diferenciada nas duas regiões analisadas no pós desregulamentação estatal
nos anos 1990. Foi favorável em São Paulo, com redução da concentração técnica e
com aumento da competição, via segmentação da produção, diferenciação de produto e
centralização de capitais. Em Alagoas ocorreu concentração técnica, conjugadas com as
mesmas estratégias adotadas no Centro-Sul. O lado ruim deste processo foi o crescente
desemprego, impactos ambientais negativos e a manutenção da concentração de renda
no setor.
A floricultura em Pernambuco teve início na região agreste há cerca de 30 anos. Nessa
época, as flores tradicionais ou temperadas despertavam o interesse de diversos produtores
pela potencialidade do mercado e pelas condições climáticas favoráveis da região. Com
uma área cultivada em expansão e movimentando cerca de R$ 30 milhões/ano em toda
cadeia de produção e comercialização, o estado de Pernambuco desponta como o maior
produtor de flores tropicais e o quinto de flores temperadas do Brasil. As projeções apontam
para uma ampliação no cultivo de flores tropicais, uma vez que o estado possui um grande
diferencial, tanto em qualidade quanto em durabilidade para essas espécies. Fatores como
o cultivo durante todo o ano e possibilidades de suprir os mercados estrangeiros nas janelas
de quedas de oferta marcarão a produção do estado. Do lado da oferta, as perspectivas
contemplam uma pequena variedade de flores a ser produzida em Pernambuco, estando
essas já, razoavelmente, estabelecidas. A área cultivada com flores tropicais deverá
ser ampliada. Com esse alargamento, a oferta tenderá a ser mais contínua, saindo do
caráter sazonal. Do lado da demanda, as projeções vão no sentido de uma ampliação do
consumo tanto a nível local quanto a nível internacional, uma vez que a procura interna
e externa vem crescendo ao longo dos anos. O cenário mais imediato é balizado por um
mercado bastante competitivo para as flores temperadas. No caso da floricultura tropical, as
perspectivas imediatas são, comparativamente, melhores, tendo em vista a boa qualidade
das flores e a pequena quantidade de produtores, quando comparado com o mercado das
flores tradicionais. Tend em vista tal contexto, é possível observar a necessidade urgente
de estudos de mercado que permitam dar orientações à oferta, principalmente tendo em
vista as áreas já implantadas no estado, para que não venha a ocorrer, no curto prazo,
restrições e perdas em um mercado que se afigura bastante promissor no longo prazo.
Este panorama demonstra questões que ainda não estão consolidadas, são tendências
do segmento que precisam ser acompanhadas para se analisar os seus desdobramentos
futuros, visando à formulação de propostas de políticas consistentes de combate aos
problemas do setor.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 242
Página 243
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 269 - A GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA AGROINDUSTRIAL DO LEITE E
O MAPEAMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL: CONTRIBUIÇÃO PARA O
DESENVOLVIMENTO DE RONDÔNIA.
MARILUCE PAES SOUZA; THEOPHILO ALVES SOUZA FILHO; NARA ELIANA MILLER
SERRA; MOACYR BORIS; FABIANA RODRIGUES RIVA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDôNIA, PORTO VELHO, RO, BRASIL;
Palavras-chave: Cadeia Produtiva; Agronegócio; Arranjo Produtivo; Rondônia;
Amazônia
A partir do mapeamento do Arranjo Produtivo do Leite na Região Central de Rondônia, o
estudo da cadeia produtiva agroindustrial possibilitou que se compreendesse a sua estrutura
e o seu funcionamento, favorecendo a analise de cada um dos segmentos – fornecedores
de insumos, produtores, indústrias processadoras, distribuidores (atacado e varejo) –, bem
como as formas de interações intra e inter-empresas situadas na cadeia. No entanto, o
estudo do Arranjo Produtivo Local do Leite – APLLeite, possibilitou que se conhecesse a
formação e trajetória das empresas, considerando a sua identificação, formação e, sua
experiência inicial e vantagens associadas ao ambiente local, o que privilegia as formas de
cooperação e interação entre os distintos segmentos econômicos, sociais e políticos que
formam o ambiente institucional do arranjo produtivo local da pecuária de leite na Região
Central de Rondônia, as quais condicionam o processo local de aprendizagem, e também
o contexto político e histórico-cultural de seu desenvolvimento.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 270 - EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE MAÇÃ EM SANTA CATARINA: NOVAS
ESTRATÉGIAS EM BUSCA DA COMPETITIVIDADE.
LAÉRCIO BARBOSA PEREIRA; FLÁVIO JOSÉ SIMIONI; SILVIO ANTONIO FERRAZ
CARIO;
UFSC, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL;
Palavras-chave: Produção de maçã; Estratégias Competitivas; Fatores Limitantes;
Evolução; Competitividade
A cadeia produtiva de maçã apresentou nos últimos anos, uma significativa evolução
na produção de maçã, que possibilitou a conquista de uma posição mais competitiva no
mercado nacional e internacional. Neste sentido, o objetivo neste trabalho foi caracterizar
a evolução da produção e do mercado de maçã, buscando identificar as estratégias que
foram responsáveis pela conquista desta posição competitiva. As principais conclusões
foram: a) a produção de maçã cresceu significativamente nos últimos anos, deslocando a
participação da maçã importada no mercado interno e conquistando espaço no mercado
externo; b) as principais estratégias responsáveis por esta conquista estão relacionadas às
tecnologias de produção aplicadas nos pomares com o intuito de aumento da produtividade,
redução do uso de defensivos agrícolas e aumento da qualidade da maçã, especialmente
a Produção Integrada de Maçã (PIM); e c) o principal fator crítico é a falta de estrutura de
produção, conservação e comercialização da produção em pequena escala.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Análise da gestão da cadeia produtiva agroindustrial do leite em Rondônia concentra-se
nas suas características regionais e tem como base empírica os segmentos encontrados
no Estado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 244
Página 245
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 271 - ANÁLISE DA POLÍTICA DE ASSENTAMENTOS RURAIS NO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO: O CASO DO ASSENTAMENTO ASSOCIAÇÃO MUTIRÃO DA
CONQUISTA – VALENÇA / RJ.
DANIELLE BARBOSA DA SILVA DE OLIVEIRA; GLAUCIO JOSÉ MARAFON;
UERJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: Reforma Agrária; Assentamentos rurais; assentamento Associação
Mutirão da Conquista ; Valença; Rio de Janeiro
SSD 272 - A BUSCA PELA ESTABILIDADE ECONÔMICA E OS SEUS EFEITOS SOBRE
O PROJETO FOME ZERO NO BRASIL.
NIEMEYER ALMEIDA FILHO; LUCIANA ROSA DE SOUZA;
INSTITUTO DE ECONOMIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLâNDIA, UBERLâNDIA,
MG, BRASIL;
Palavras-chave: Fome Zero; política social; desenvolvimento capitalista; política de
desenvolvimento; estabilidade
A temática da reforma agrária tornou-se alvo de inúmeros estudos e debates ao longo
dos últimos anos. Este debate está presente no cenário político brasileiro, de maneira
bastante intensa ao longo de toda a história, aparecendo, no entanto, com contornos e
representações diferentes.
Resumo: este artigo visa apreender a evolução da política social no Governo Lula, em
específico do programa Fome Zero, que é uma proposta de segurança alimentar. A hipótese
é de que a primazia dada à estabilidade econômica contaminou como um vírus letal a
política de desenvolvimento de Governo, transformando-a numa política de transferência
de renda. O propósito é mostrar como a gestão de Governo deu encaminhamento ao
Plano Plurianual 2004-2007, e, em especial, ao FOME ZERO, programa síntese das ações
sociais de desenvolvimento.
O debate sobre a reforma agrária encontra-se cada vez mais acirrado no Brasil, porém,
a melhor maneira de se realizar a reforma agrária, é hoje, um grande desafio tanto
para aqueles que estão diretamente ligados ao processo de luta pela terra, quanto para
os estudiosos do assunto. Analisar a questão, levando em consideração as inúmeras
transformações sofridas pela agricultura, bem como situar o tema na atualidade, sem
deixar de lado todo o histórico da luta pela terra no Brasil e a grande dimensão territorial
do país, torna o tema cada vez mais complexo.
Entender como o estado do Rio de Janeiro encontra-se inserido em todo esse movimento
em prol da reforma agrária, desperta interesses, uma vez que este apresenta características
peculiares como a intensa metropolização e urbanização, que podem se tornar entraves
a uma política de reforma agrária.
O estado do Rio de Janeiro possui variados projetos de assentamentos de responsabilidades
distintas, sendo alguns criados pelo governo estadual (ITERJ) e outros originários da ação
do governo federal (INCRA). Desta forma, procuramos entender o papel diferentes órgãos
governamentais enquanto realizadores de uma política de reforma agrária, tendo como
estudo de caso o Assentamento Associação Mutirão da Conquista, que se localiza no
município de Valença, na Região do Médio Vale do Paraíba Fluminense.
Assim, entendemos que o debate sobre a reforma agrária deve estar associado à discussão
a respeito de soluções para se construir uma sociedade mais justa e democrática. Para
tanto, torna-se necessário repensar a reforma agrária para que esta volte a ser analisada
enquanto política de combate às desigualdades no meio rural.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 246
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 273 - INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO EM ASSENTAMENTOS
RURAIS E PERIFERIA URBANA: ESTUDO DE CASO DOS ASSENTAMENTOS DE
CÓRREGO RICO (JABOTICABAL-SP), REAGE BRASIL (BEBEDOURO-SP) E ÁREA
PERIFÉRICA URBANA (JARDIM ALVORADA) JABOTICABAL-SP.
NATALIA FREIRE BELLENTANI; JOSÉ GILBERTO DE SOUZA;
FCAV-UNESP, JABOTICABAL, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Reforma Agrária; Política Assistencial; Periferia Urbana; Desenvolvimento;
Política Pública
O trabalho realiza uma análise dos principais indicadores de composição do Indice de
Desenvolvimento Humano em Assentamentos Rurais de Córrego Rico (JaboticabalSP) e Reage Brasil (Bebedouro-SP) e Jardim Alvorada, área periférica do município
de Jaboticabal. Com base nos levantamentos de campo verificou-se que as áreas de
assentamento apresentam maiores níveis de escolaridade, longevidade e renda, em relação
aos apresentados na árera urbana. Constatou-se ainda que nos assentamentos rurais
o percentual de participação das rendas oriundas de programas sociais na composição
das rendas familiares é inferior à área urbana, destacando que as políticas públicas de
reforma agrária diante de sua característica de ocupação, trabalho e renda, minimizam a
importância de política exógena e de carater meramente assistencial.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 247
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 274 - EVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS DO ASSENTAMENTO
ANHUMAS: LUTAS E PERCALÇOS.
THAYS FLORIANO BEZERRA; ANTONIO LÁZARO SANT ANA;
UNESP, ILHA SOLTEIRA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: assentamento rural; caracterização da produção; evolução da produção;
Anhumas; região de Andradina-SP
SSD 275 - TRABALHO E PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NAS DECISÕES EM DOIS
ASSENTAMENTOS DA REGIÃO DE ANDRADINA-SP.
JULIANA MORENO TRIGO; ANTONIO LÁZARO SANT ANA;
UNESP, ILHA SOLTEIRA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: trabalho feminino; família e relações de gênero; participação nas decisões;
assentamentos rurais; região de Andradina-SP
Este trabalho faz parte de um projeto mais amplo que visa estudar as experiências relativas
à produção e à comercialização relevantes para melhorar a renda e/ou a percepção de
bem estar das famílias dos assentamentos da região de Andradina. Neste caso está
sendo estudado o Assentamento Anhumas, no município de Castilho (SP). Foi elaborado
um questionário, em duas versões, uma para os produtores individuais e outra para os
grupos, e aplicado no início de 2005 junto a 20 famílias (31, 7% do total). Em seguida
foram realizadas entrevistas, visando o resgate do histórico de lutas e para compreender
as estratégias dos produtores. Em janeiro de 2006 foi realizada a atualização dos dados
do questionário. A atividade principal do Assentamento Anhumas é a pecuária de leite e,
embora pouco tecnificada, apresentou aumento da produtividade no decorrer do período
de análise (um ano). As culturas anuais, quando semeadas visando a comercialização,
apresentaram problemas de rentabilidade. Os produtores que haviam feito financiamento
tiveram dificuldade de saldar as dívidas e na safra seguinte ocorreu uma diminuição
significativa da área cultivada de algodão e milho. Os produtores têm buscado alternativas
de produção/comercialização, como o plantio de olerícolas diversas, a comercialização
direta ao varejo ou ao consumidor, visando aumentar e diversificar a renda do lote. A
produção para o autoconsumo é significativa e embora não gere renda monetária, é um
importante mecanismo de reprodução social. Um dos grupos (Associação) tem sido mais
dinâmico, tendo adquirido um tanque de expansão e tentado articular outras ações para
melhorar a produção dos assentados. De modo geral, ocorreu uma melhoria considerável
da qualidade de vida das famílias e a maioria tem conseguido evoluir em termos de
produção e infra-estrutura do lote, mas ainda basicamente utilizando recursos públicos
recebidos via crédito.
Este texto analisa o trabalho da mulher, sua participação ou exclusão em certos espaços
e decisões, nos assentamentos Timboré e Orlando Molina da região de Andradina (SP). A
seleção das mulheres pesquisadas foi realizada a partir do banco de dados de um projeto
mais amplo que estuda as experiências que tem contribuído para melhoria da renda e/ou
da percepção bem estar das famílias nestes assentamentos. Pesquisou-se 50% das
mulheres, cujas famílias participaram do projeto mais amplo, totalizando 28 mulheres (18
do Timboré e 10 do Orlando Molina). Os critérios para a seleção das mulheres buscaram
expressar a diversidade existente em termos de idade, grau de escolaridade, número de
filhos, tipo de trabalho realizado, participação (ou não) em ações grupais. O questionário
aplicado junto às mulheres (responsáveis ou co-responsáveis pelo lote) levantou dados
sobre a participação das mulheres no trabalho do lote e na compra e venda de produtos
agropecuários; a participação e a distribuição das decisões dentre os membros da família
em atividades relacionadas a agentes externos na área de saúde, educação, política e
capacitação técnica; a percepção das mulheres em relação ao seu trabalho, à sucessão
da propriedade e as expectativas para o futuro; e a participação destas em organizações
coletivas. Verificou-se que a maioria das mulheres acumula as funções de trabalho
doméstico e agropecuário, e algumas ainda desenvolvem outras atividades remuneradas.
Esta participação relevante da mulher no trabalho e na renda, não lhes proporciona, na
mesma proporção, participação nas decisões, especialmente aquelas referentes a produtos
destinados à comercialização e em ações que envolvem agentes externos à família e/ou ao
assentamento. Este fato mostra que a mulher continua sendo excluída de alguns espaços
decisórios, pois embora possa ser consultada sobre diversos assuntos, a decisão final
cabe ao marido, evidenciando que prevalece a idéia hierárquica de autoridade ligada ao
masculino.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 248
Página 249
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 276 - SISTEMAS DE PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DA RENDA EM ÁREAS DE
REFORMA AGRÁRIA: O CASO DE DOIS ASSENTAMENTOS EM ILHÉUS (BA).
ANA MÔNICA HUGHES DE PAULA;
SEI, SALVADOR, BA, BRASIL;
Palavras-chave: reforma agrária; assentamentos; sistemas de produção; tipologia;
renda
O trabalho analisa os diferentes sistemas de produção implementados por famílias em dois
projetos de assentamento no município de Ilhéus, na Bahia. A metodologia empregada
baseia-se na abordagem sistêmica, reconstituindo-se a evolução do sistema agrário do
território, identificando e quantificando as rendas agrícolas e não-agrícolas. Caracteriza os
sistemas de produção praticados pelos assentados e suas famílias, bem como apresenta
a sua tipologia. As informações foram obtidas através de dados secundários e de uma
pesquisa de campo realizada junto a 35 famílias. Trata-se especificamente de comparar
a renda de 23 famílias de um assentamento (Frei Vantuy), em implantação, com a de 12
famílias de outro assentamento (Fábio Henrique), em consolidação. Os dois assentamentos
contavam com equipe de assistência técnica, infraestrutura e crédito instalação liberado.
Os resultados evidenciaram 04 sistemas de produção típicos entre os diversos atualmente
trabalhados pelos assentados no município, em grande parte relacionados com as culturas
de cacau, sistema agroflorestal e sistema quintal, além de evidenciar a importância das
rendas não-agrícolas na composição da renda total dos agricultores familiares de um
território fortemente marcado pela pluriatividade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 277 - A INSERÇÃO DA FRUTICULTURA IRRIGADA COMO ESTRATÉGIA DE
DESENVOLVIMENTO: UM ESTUDO NA REGIÃO DA CAMPANHA NO RS.
RÉGIS RATHMANN; DEBORA NAYAR HOFF; OMAR INÁCIO BENEDETTI SANTOS;
ANTONIO DOMINGOS PADULA; DANIEL ARRUDA CORONEL;
UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: desenvolvimento; economia regional; diversificação; agricultura;
fruticultura
As mais recentes discussões acerca da pobreza mostram uma predominância na metade
sul do Rio Grande do Sul de uma situação de subdesenvolvimento, não sendo incomum
relacionar-se essa situação com a crise da pecuária e da orizicultura. Estes são setores
que sofrem com as políticas econômicas ligadas à abertura da economia, bem como
pela pressão por ampliação da competitividade. Tal processo faz com que a região venha
apresentando desempenhos inferiores à média estadual quando analisados indicadores
como PIB e renda per capita. Visando minimizar esta situação, os mais diversos setores
governamentais elaboram estratégias de desenvolvimento. Uma destas é a do Programa
de Desenvolvimento da Fruticultura Irrigada na Metade Sul/RS. Este artigo, neste contexto,
tem como objetivo apresentar os resultados observados no PIB e no IDH de dois municípios
localizados na Região da Campanha do RS, além de apresentar os efeitos observados
sobre a qualidade de vida dos produtores após a implantação da fruticultura em suas
propriedades. Com base nos dados coletados e na metodologia escolhida pode-se dizer
que a diversificação produtiva das propriedades rurais contribui para melhorar a qualidade
de vida dos produtores, havendo efeitos positivos no PIB per capita e no IDH dos municípios
estudados.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 250
Página 251
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 278 - CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTORES FAMILIARES DE LEITE DE
MONÇÕES (SP).
MARIA APARECIDA TARSITANO; JULIANO ALARCON FABRICIO; ÉRCIO ROBERTO
PROENÇA;
UNESP, ILHA SOLTEIRA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Pecuária leiteira; Tecnologia; Renda; Agricultura familiar; problemas
A importância da pecuária leiteira na agricultura familiar do município de Monções motivou
a realização desta pesquisa com o objetivo de caracterizar e analisar esta atividade. A
metodologia foi um levantamento primário de dados realizado junto a todos os produtores
rurais do município de Monções. O instrumento de coleta de dados foi um questionário
elaborado visando levantar as principais características dos produtores, de suas famílias
e das propriedades. Como o objetivo central da pesquisa é estudar a agricultura familiar,
após a tabulação e análise dos dados levantados por meio do questionário, realizou-se
entrevista com todos os produtores familiares, visando investigar, com maior profundidade,
a produção leiteira, a tecnologia utilizada, a quantidade de leite, os preços médios obtidos,
as expectativas e as dificuldades destes produtores. Os resultados obtidos na pesquisa
evidenciam a importância da pecuária leiteira, que representa a maior fonte de renda para
a agricultura familiar do município de Monções, indicando que ações mais específicas,
direcionadas a estes pequenos produtores, poderão resultar em maior êxito nas políticas
públicas e privadas de desenvolvimento local e regional.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 280 - ECONOMIA DE ESCALA NA PRODUÇÃO DE SOJA NO BRASIL.
LUCIANE CONTE; JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Soja; Economia de escala; Função Custo; Economia de tamanho;
agronegócio
Com o intuito de atender uma demanda interna e externa crescente, a produção de soja
tem se expandido. Nos estados do centro-oeste, observa-se que produtores possuem
áreas de terra maiores e produzem em maior escala. A evolução dos dados dos censos
agropecuários brasileiros mostra uma tendência de redução do número de pequenos
estabelecimentos produtores de soja na região sul. Justifica-se assim o objetivo desse
estudo de determinar o tamanho ótimo da atividade de produção de soja, a fim de inferir
sobre a existência de economias de escala no setor. O referencial teórico é o da teoria
da dualidade da função custo e de produção. Os dados foram obtidos através de uma
pesquisa de campo, em uma amostra de duzentos e dezoito produtores de soja nos cinco
principais estados produtores. As estimativas de economias de escala obtidas apontam
uma escala ótima de produção de aproximadamente 9. 000 toneladas de soja, que pode
ser obtida em propriedades com aproximadamente 3. 000 hectares de área de produção
de soja. Os resultados sugerem que as economias de escala estejam determinando uma
nova configuração para o setor de produção de soja no Brasil.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 279 - ANÁLISE ECONÔMICA DA CULTURA DE ALGODÃO EM SISTEMAS
AGRÍCOLAS FAMILIARES.
MARÍA GLORIA CABRERA ROMERO; OSMAR DE CARVALHO BUENO;
FCA/UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL;
Palavras-chave: análise econômica; eficiência econômica; agroecossistema; algodão;
indicador
O presente trabalho objetivou avaliar a eficiência econômica por de área do agroecossistema
algodão, em sistema de produção familiar. Utilizou-se a categorização realizada pelo
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Foram utilizados
dados primários e secundários de três explorações familiares do município de Leme/SP.
Na avaliação da eficiência econômica, considerou-se os valores médios dos coeficientes
técnicos, em função destes agricultores apresentarem o mesmo itinerário técnico e estarem
dentro da tipificação utilizada neste trabalho. O indicador de eficiência econômica e a relação
entre renda bruta e custo operacional foram apresentados na forma de distribuição de
freqüência e probabilidade. Verificou-se que os indicadores de eficiência econômica foram
elevados. No que diz respeito ao indicador econômico relacionado aos meses de colheita,
ou seja, março, abril e maio, o indicador de máxima eficiência econômica foi atingido no
mês de maio (1, 33), no entanto, a uma freqüência reduzida, de apenas 0, 30%.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 252
Página 253
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 281 - NICHOS DE MERCADO COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA: O CASO DA
PRODUÇÃO DE LEITE DE CABRAS E OVELHAS NA REGIÃO DE BENTO GONÇALVES,
RS.
DEBORA NAYAR HOFF; KELLY LISSANDRA BRUCH; LUCIANE ALVES FERNANDES;
FLÁVIO JOSÉ SIMIONI;
CEPAN/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: segmentação de mercado; laticínios de cabras e ovelhas; carne de cabra;
leite de ovelha; competitividade
SSD 282 - O IMPACTO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA 51 NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
DO LEITE NO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANÁLISE NA ELEGÊ ALIMENTOS S/A E
NA COOPERATIVA LANGUIRI LTDA.
THAISY SLUSZZ; ANA CLAUDIA MACHADO PADILHA; PALOMA MATTOS; TANIA NUNES
DA SILVA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS, PORTO ALEGRE, RS,
BRASIL;
Palavras-chave: agronegócios; leite; qualidade; legislação; estratégia
Entendendo que um dos grandes desafios para os pequenos empreendimentos terem
sucesso dentro de mercados competitivos é encontrar espaços no mercado que possam
oferecer grandes retornos financeiros e possibilidades de construção de barreiras a entrada
aos concorrentes. Neste contexto, as estratégias de nicho de mercado são adequadas
para situações nas quais existam, dentro do mercado total, bolsões definidos e rentáveis
mas mal-atendidos e onde a empresa possa oferecer vantagem diferencial real para
atendimento de demandas reprimidas. O estudo aqui apresentado se propõe a verificar
como os produtores de leite e derivados de cabras e ovelhas e produtos estão usando
a estratégia de nicho como uma forma de posicionar seu empreendimento e produto no
mercado, a partir de um estudo de casos situados na região de Bento Gonçalves no Rio
Grande do Sul. A identificação do tipo de estratégia e quais vantagens competitivas as
empresas estão buscando desenvolver neste posicionamento também é envolvida nos
objetivos do trabalho. Durante o estudo foi possível identificar que as empresas estão
usando as seguintes estratégias: a) segmentação de mercado e definição de mercado-alvo;
b) desenvolvimento de nichos de mercado; c) estratégia junto ao consumidor, usando a
pesquisa de mercado para entender o comportamento e as necessidades do consumidor,
e consequentemente desenvolver produtos; d) desenvolvimento de vantagens competitivas
a partir da elaboração de produtos diferenciados e de difícil imitação em função dos custos
envolvidos.
O trabalho tem como objetivo analisar o impacto da IN 51 nas indústrias de laticínios:
Elegê Alimentos S/A e Cooperativa Languiru Ltda., ambas localizadas no Estado do
RS, destacando as ações que estas indústrias estão desenvolvendo para instruir seus
fornecedores de leite, de forma que estes venham a se adequar às atuais normas vigentes
em termos de produção, identidade, qualidade, coleta e transporte do leite tipo A, B, C,
Pasteurizado e Cru Refrigerado. A pesquisa é de caráter exploratório, realizada através
do levantamento de dados, com variáveis previamente determinadas e coletadas por
meio de visita técnica e aplicação de questionário às duas indústrias laticinistas. Através
desta investigação foi possível compreender as práticas de adequação das indústrias de
laticínios à IN 51, sendo que o grande desafio das empresas e produtores, que realmente
querem permanecer na atividade/mercado, é a busca do conhecimento e da informação
e, o empenho na tentativa de alcançar melhorias na qualidade do produto final, que está
diretamente relacionada com cuidados na sanidade do rebanho, higiene da produção e
coleta do leite.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 254
Página 255
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 283 - AGROINDÚSTRIA FAMILIAR ORGÂNICA E ESTRATÉGIAS DE MARKETING
E COMERCIALIZAÇÃO.
IRAN CARLOS LOVIS TRENTIN; PAULO ROBERTO PAIM PADILHA;
CENTRO AGRPECOLÓGICO VALE DO RIO URUGUAI, CRISSIUMAL, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Agroindústria Familiar ; Políticas Públicas ; Estratégias de Comercialização;
Mercados; Ecológicos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 284 - MARKETING METRICS EM COMUNICAÇÃO NO AGRONEGÓCIO: UM
ESTUDO DE CASO NO PÓLO REGIONAL DE VIÇOSA ATRAVÉS DO MODELO DE
AMBLER.
MAÍSA GOMIDE TEIXEIRA; AGNALDO KEITI HIGUCHI; FRANCISCO GIOVANNI DAVID
VIEIRA;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: marketing; medidas de marketing; comunicação; marca; agronegócio
São vários os exemplos de agroindústrias familiares com características semelhantes
à agroindústria da Colônia Nova, no Vale do Rio Uruguai/RS, que estão buscando se
inserir no mercado de produtos orgânicos e muitas vezes, superar problemas econômicos
ligados à formulação de estratégias de produção e comercialização. O objetivo deste
estudo foi identificar as estratégias de marketing formadas e formuladas no processo de
agroindustrialização, os quais estão voltados para o processo produtivo e de comercialização
da produção das unidades agroindustriais familiares. Bem como, o porquê da utilização de
novos produtos com potenciais agrícolas, agroindustriais e comerciais e que apresentam
alternativas viáveis para o aumento da produção e da renda dos agricultores familiares.
O trabalho apresenta as estratégias desenvolvidas e utilizadas pela agroindústria para a
produção, a distribuição, a promoção e a apresentação dos produto ao mercado consumidor.
Com a identificação das estratégias de marketing utilizadas desde a produção até a
comercialização da cachaça orgânica produzida na agroindústria, este trabalho, apresenta
dados que poderão contribuir para que estabelecimentos com problemas e potencialidades
semelhantes possam desenvolver-se de forma mais integrada. E auxiliar a formulação de
políticas públicas mais abrangentes quanto à agregação de valor no meio rural.
Este trabalho busca apresentar uma análise da utilização de Marketing Metrics em
comunicação em uma empresa brasileira atuante no agronegócio, particularmente na Zona
da Mata mineira, à partir do modelo proposto por Ambler (2000). A questão de pesquisa
contida no trabalho está relacionada à adoção de medidas de desempenho por parte desta
empresa no acompanhamento de atividades de marketing. O estudo dessa questão tem
se caracterizado como relevante para praticantes e acadêmicos devido à dificuldade de se
mensurar o retorno sobre o investimento em marketing, principalmente na diferenciação da
marca, bem como por se subestimar os seus benefícios para as empresas. Os procedimentos
metodológicos adotados para a condução do estudo envolveram o emprego de pesquisa
descritiva com corte transversal e a realização de entrevistas semi-estruturadas junto ao
executivo principal de marketing da empresa localizada no pólo regional de Viçosa, área
escolhida como referência empírica para a pesquisa. Os resultados da pesquisa indicam
a presença de parâmetros de medição não-financeiros, tanto internos quanto externos.
Porém, a presença de critérios pouco precisos para discriminar a contribuição das atividades
de comunicação em marketing nos lucros também foi detectada.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 285 - APURAÇÃO E CONTROLE DE CUSTOS: UM ESTUDO NO SETOR AVÍCOLA
DO MUNICÍPIO DE SÃO BENTO DO UNA – PE.
ALEXANDRE BARROS FONSÊCA; REGINALDO JOSÉ CARLINI JUNIOR; ANDRE
QUEIROZ DOURADO;
FACULDADE BOA VIAGEM (FBV), RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: contabilidade de custos; setor avícola; competitividade;. ;.
Este trabalho tem como objetivo descrever a importância e a utilização da contabilidade
de custos dentro do setor avícola Pernambucano. A pesquisa foi realizada no município de
São Bento do Una, localizado na região Agreste desse estado. Essa discussão destaca a
importância de tal consideração, como pressuposto obrigatório para a competitividade em
qualquer segmento de atividade econômica, de forma efetiva, com as mudanças ocorridas
no cenário mundial na última década. Identificou-se que a gestão de custos se constitui
numa ferramenta crucial, dado o grau de concorrência neste setor.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 256
Página 257
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 286 - O PROCESSO DE INOVAÇÃO E DE ESTRATÉGIA DE COOPERAÇÃO
COMPETITIVA PARA A OBTENÇÃO DA INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA VALE DOS
VINHEDOS: O CASO DA VINÍCOLA CORDELIER - SERRA GAÚCHA- RS/BRASIL.
SILVANA SAIONARA GOLLO; ALBERTO WILLIAM VIANA DE CASTRO;
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO, PASSO FUNDO, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Agronegócio; Inovação; Estratégia; Indicação Geográfica; Vinicultura
SSD 287 - CENÁRIOS DE LONGO PRAZO PARA A CAFEICULTURA BRASILEIRA:
2006-2015.
GLAUCO RODRIGUES CARVALHO; ARYEVERTON FORTES DE OLIVEIRA; CLESIANE
OLIVEIRA;
EMBRAPA MONITORAMENTO POR SATÉLITE, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: café; elasticidade-renda; projeções; consumo; exportação
O Rio Grande do Sul é responsável por, aproximadamente, 90% da produção de vinhos do
país caracterizado hoje com 42. 902. 608 litros de vinhos finos e 313. 962. 284 de vinhos
comuns. O grande desafio do arranjo vitivinícola do estado é o aumento da competitividade
dos vinhos finos nacionais. Isso poderá ocorrer por medidas de reduções tributárias, pelo
aumento do consumo per capita brasileiro de vinho e, principalmente pela implementação
de inovações e estratégias que promovam a melhoria da qualidade dos vinhos e por meio de
medidas jurídicas que atestem essa qualidade como as indicações geográficas. Constatase que na região do Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha/RS/Brasil, as vinícolas estão
implementando inovações e estratégias de competição e cooperação com vistas à obtenção
anual da indicação de procedência para os vinhos finos. Nesse contexto, esse paper tem
como objetivo identificar as inovações e estratégias que têm sido desenvolvidas por uma
vinícola do arranjo vitivinícola gaúcho para a obtenção da Indicação de Procedência Vale
dos Vinhedos - IPVV. Para a análise do processo de inovação aplica-se um framework
proposto com base nos modelos adaptados de Giget (1997), Henderson e Clark (1990),
Afuah e Bahram (1995) e Nalebuff e Brandenburger (1996), o qual permite o estudo dos
tipos, intensidades e impactos das inovações na rede de valor da empresa focal. Para o
estudo das estratégias aplica-se o framework de Dagnino e Padula (2002) que possibilitam
classificar as estratégias de cooperação competitiva. O método da pesquisa é o estudo
de caso aplicado a Vinícola Cordelier, uma das maiores vinícolas produtoras de vinhos,
localizada no Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha-RS/Brasil. Os dados foram coletados
através de quatro entrevistas realizadas como os gestores e enólogos. Constata-se que a
empresa desenvolve inovações de produto, processo, distribuição e gestão, em diferentes
níveis de intensidade, dimensionados num continuum entre incremental e radical. Percebese também que estas inovações geram diferentes impactos sobre os stakeholders que
compõem a rede de valor da empresa. A estratégia de cooperação competitiva predominante
é a em rede simples, representada pela associação de empresas de vinhos finos, a qual
possibilitou a outorga da IPVV.
O Brasil é o maior produtor mundial de café, seguido pelo Vietnã e pela Colômbia, nessa
ordem. Ao contrário de outros países produtores, que pela própria extensão têm menor
área cultivada, no Brasil também existem diferentes espécies e cultivares que possibilitam
a fabricação de variados blends. A dinâmica dos preços internacionais está atrelada aos
movimentos de oferta nestes grandes produtores. A formulação de políticas cafeeiras no
Brasil podem afetar os ciclos de produção e de preços internacionais carecendo assim,
de ações bem coordenadas em prol da cadeia agroindustrial do café. O café é um dos
mais tradicionais produtos da agricultura brasileira teve grande influência no processo de
industrialização. Também contribui para a geração de receitas cambiais, transferência de
renda a outros setores da economia, formação de capital do setor agrícola e emprego
de mão-de-obra, este principalmente em regiões inaptas a mecanização da lavoura. Nas
últimas três safras a produção de mundial de café ficou aquém do consumo, que tem
crescido mais fortemente nos últimos anos. O Brasil precisa pensar nesta expansão e
desenvolver estratégias de aumento de participação no mercado mundial. O objetivo deste
trabalho foi elaborar projeções de longo prazo para a cafeicultura brasileira e mundial.
Foram feitas hipóteses de crescimento e distribuição de renda e estudos de elasticidaderenda para a estimativa de demanda interna de café. Para as exportações de café, foram
adotadas algumas premissas de participação do Brasil no mercado mundial. Por fim, foram
elaborados cenários de produção e área plantada com café no Brasil. Espera-se, dessa
forma, contribuir para o planejamento de longo prazo da política cafeeira. Estes resultados
também podem ser úteis para a cadeia de fornecedores, auxiliando na identificação de
demanda de insumos para o médio e longo prazo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 258
Página 259
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 288 - ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING DAS INDÚSTRIAS DE
PROCESSAMENTO DE AMENDOIM DA REGIÃO DE TUPÃ-SP.
JOÃO GUILHERME DE CAMARGO FERRAZ MACHADO;
UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Estratégias; composto mercadológico; competitividade; indústria;
amendoim
SSD 289 - ESTRATÉGIAS DE MARKETING EM LATICÍNIOS: UM ESTUDO EM
EMPRESAS DA REGIÃO DE TUPÃ-SP.
JOÃO GUILHERME DE CAMARGO FERRAZ MACHADO; ANDRÉA ROSSI SCALCO;
UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Estratégias; composto mercadológico; competitividade; laticínios; leite
e derivados
A cultura do amendoim já teve uma posição de destaque no cenário agrícola brasileiro e
atualmente passa por um período de transição, voltando a ser uma cultura lucrativa para o
produtor e de grande interesse para a indústria de alimentos, principalmente no estado de
São Paulo, o maior produtor desse grão. Diante desse cenário, o objetivo desse trabalho
é analisar as estratégias de marketing das indústrias de processamento de amendoim
na região de Tupã-SP, visando melhorar a competitividade do setor e de toda a cadeia
produtiva. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semi-estruturadas, aplicadas
em indústrias de alimentos instaladas nos limites dos EDRs de Tupã e Marília, que utilizam
o amendoim como matéria-prima ou o comercializam como produto final. Foi observado
que as estratégias do composto mercadológico das empresas do setor sofrem poucas
variações, em função das características dos produtos e do público-alvo dessas empresas.
Duas instituições possuem papel de destaque no desenvolvimento do setor na região,
podendo contribuir para seu crescimento. Também foi verificado um distanciamento entre
as empresas e o consumidor final, podendo ser responsável por um desconhecimento, por
parte das empresas, das necessidades e dos hábitos de consumo do consumidor final.
Entretanto, a análise dos resultados apresentados nesse estudo revelou a existência de
um ambiente propício para o aumento da competitividade das indústrias processadoras
de amendoim da região de Tupã-SP.
Nas últimas décadas, a postura do consumidor em relação aos produtos que adquire tem
sido mais consciente. No setor de alimentos, essa evolução pode ser observada na busca
pela qualidade de vida, agregando à dieta questões de saúde, incluindo produtos menos
gorduras e calorias, e rico em fibras. No mercado de laticínios, aspectos demográficos
e sócio-culturais, qualidade e preço dos produtos ofertados, são importantes para que
as empresas se ajustem a essa realidade. A partir dessa constatação, o objetivo desse
trabalho é analisar as estratégias de marketing dos laticínios da região de Tupã-SP, visando
melhorar a competitividade do setor e de toda a cadeia produtiva. A coleta de dados se
deu por meio de entrevistas semi-estruturadas, aplicadas a dois laticínios instalados nos
limites do EDR de Tupã. De um modo geral, foi observado que as estratégias do composto
mercadológico das empresas sofrem poucas variações em função das características dos
produtos e do público-alvo dessas empresas. Entretanto, outros aspectos se diferenciam
em função da natureza das organizações, principalmente àquelas referentes à comunicação
e o desenvolvimento de produtos. Apesar dessa constatação, a análise dos resultados
revelou a existência de um ambiente propício para o aumento da competitividade dos
laticínios estudados.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 260
Página 261
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 290 - CULTIVO DO MILHO NO ESTADO DO CEARÁ: MILHO HÍBRIDO OU MILHO
VARIEDADE?
AHMAD SAEED KHAN; DENISE MICHELE FURTADO DA SILVA;
SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECUÁRIA, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: milho híbrido; milho variedade; nível tecnológico; rentabilidade; Ceará
O Programa do Milho Híbrido criado pelo governo do Estado do Ceará é executado pela
Secretaria de Desenvolvimento Rural desde o ano de 1999 até o presente momento,
tem revelado um crescimento médio de 60% ao ano em sementes distribuídas. O
objetivo geral deste estudo é analisar o programa de milho híbrido junto aos agricultores
familiares considerando-se o nível tecnológico, a rentabilidade no Estado do Ceará. A
pesquisa foi realizada nos municípios com maiores produções de milho híbrido na região
do Estado do Ceará (Iguatú, Milagres e Capistrano). Os dados utilizados foram obtidos
junto aos produtores de milho, através de entrevistas diretas. Foram calculados os índices
tecnológicos de cada tecnologia e conjunto de tecnologias utilizado pelos produtores de
milho híbrido e variedade. Foram calculados os indicadores de rentabilidade como margem
bruta, lucro operacional e índices de lucratividade. Os resultados da pesquisa permitem
concluir que para a amostra total as tecnologias de controle de mato, semente, e desbaste
apresentaram maior contribuição no índice tecnológico geral da produção de milho híbrido
e milho variedade, enquanto a tecnologia de pós-colheita teve menor participação neste
índice. Não há diferença no nível tecnológico médio dos produtores nos municípios de
Iguatú e Milagres, Capistrano e Milagres, Capistrano e Iguatú. A renda média, por hectare,
com milho híbrido em todos os municípios é superior a do milho variedade, o que reflete as
maiores produtividades deste tipo de milho. Os indicadores de rentabilidade mostram que
as culturas de milho híbrido e milho variedade são rentáveis. Entretanto, o plantio de milho
híbrido tem maior índice de lucratividade em relação ao cultivo de milho variedade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 291 - AGRICULTURA FAMILIAR NO SEMI-ÁRIDO: FATALIDADE DE EXCLUSÃO
OU RECURSO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
AMILCAR BAIARDI; JANUZIA MENDES;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECôNCAVO BAIANO, CRUZ DAS ALMAS, BA,
BRASIL;
Palavras-chave: Semi-Árido; Desenvolvimento Rural Sustentável; Agricultura Familiar
A melhoria do padrão de vida das populações rurais do Semi-Árido por meio do
desenvolvimento rural sustentável continua sendo um desafio para o Estado e para a
sociedade civil. A intervenção considerada de maior êxito que é a irrigação em perímetros
públicos, requer investimentos ingentes, longo prazo de maturação, além de disponibilidade
combinada de água e solos adequados. Recentes abordagens associando a ação coletiva
no manejo os recursos naturais com o emprego da pequena irrigação, sugerem intervenções
de baixo custo e mais generalizáveis no espaço do Semi-Árido. Este trabalho focaliza as
condicionantes e possibilidades das ações coletivas dos agricultores familiares do SemiÁrido e sua propensão para conceber e conduzir arranjos produtivos locais, passíveis de
serem implantados com o uso de técnicas de convivência com a seca.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 292 - MODO DE PRODUÇÃO E REFORMA AGRÁRIA: COMO EVOLUI A FORMA
DE PRODUÇÃO DOS COMUNITÁRIOS DO ASSENTAMENTO GROSSOS?
ELANE MARIA DE CASTRO COUTINHO; ROBERIO TELMO CAMPOS;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: agricultura familiar; reforma agrária; modo de produção; assentamentos;
Ceará
objetiva-se analisar a evolução do modo de produção dos produtores do Assentamento
Grossos em Canindé-Ceará. A pesquisa tem como delineamento o estudo de caso,
recorrendo as concepções das pesquisas etnográfica e participava. Os dados, de origem
primária, foram coletados mediante aplicação de questionários. Os dados secundários são
provenientes de documentos oficiais. Para análise dos dados recorreu-se a uma abordagem
qualitativa. Os resultados mostraram que, à época da Fazenda, como moradores, os
agricultores estavam submetidos a um modo de produção que os explorava. Historicamente,
a passagem da fazenda Grossos para Assentamento Grossos alterou o modo de produção,
pois o assentado conquistou o seu espaço agrário, a terra, adquiriu novos instrumentos de
trabalho e as relações de produção passaram de morador/patrão para agricultor proprietário
de sua terra. Como destaques práticos, ressalta-se a importância de se analisar a evolução
no modo de produção antes de qualquer intervenção, assim como forma de melhor adequar
as políticas públicas voltadas para as comunidades rurais, considerando-se o modo de
produção praticado. Para um modo diferente de produzir, exigem-se políticas diversificadas
que levem em conta essas particularidades.
Palavras chaves: agricultura familiar, reforma agrária, modo de produção
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 262
Página 263
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 293 - A PLURATIVIDADE E A VIABILIZAÇÃO DA PEQUENA PROPRIEDADE: UM
ESTUDO DE CASO DOS PRODUTORES RURAIS NO MUNICÍPIO DE TOLEDO – PR.
SALETE POLONIA SALETE; LIGIA MARIA HEINZMANN; PERY FRANCISCO ASSIS
SHIKIDA;
UNIPAR, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Propriedades; rurais; Pluriatividade; município de ; Toledo/PR
SSD 295 - SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS PARA A PECUÁRIA LEITEIRA DE ECONOMIA
FAMILIAR EM MINAS GERAIS.
JOSÉ LUIZ BELLINI LEITE; HUMBERTO RESENDE; ;
EMBRAPA GADO DE LEITE, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: modelagem matemática; produção de leite; sistemas bioeconômicos;
agricultura familiar; -
Este trabalho tem por objetivo fazer um levantamento das principais atividades econômicas
desenvolvidas nas propriedades rurais do município de Toledo/PR, bem como a importância
da pluriatividade na viabilização dessas propriedades. Como corolário, este estudo aponta
para o fato de que as propriedades rurais têm diversificado suas atividades a fim de
obterem maior rentabilidade. Ademais, a adoção de técnicas de gestão e planejamento
é um fator determinante para a redução de custos de produção e para a rentabilidade da
propriedade rural, porque a pequena propriedade, oriunda, em sua maioria, de herança,
é predominante entre os entrevistados. Neste estudo, constatou-se que a predominância
dos proprietários rurais pesquisados é de homens, casados, com idade média de 48 anos,
com ensino fundamental e que atuam na atividade há mais de 20 anos. A mão-de-obra
utilizada é essencialmente familiar.
Apresenta-se a adaptação e os resultados de uma aplicação de modelo de sistema
bioeconômico de produção com ênfase na pecuária leiteira de economia familiar em Minas
Gerais. O modelo baseado em Leite (2000 e 2005) oferece flexibilidade para simular
cenários para sistemas especializados de produção de leite, produção de leite e carne
e consorciação lavoura–pecuária. Sua função objetivo é a maximização da renda que é
utilizada na verificação de quatro hipóteses (a) diferente tecnologia pode aumentar a renda
(eficiência técnica); (b) diferente alocação de recursos pode elevar a renda (eficiência
alocativa); (c) integração lavoura–pecuária pode melhorar a renda (diversificação versus
especialização) e (d) o conjunto das hipóteses acima pode melhorar a renda. O modelo foi
aplicado utilizando informações de 55 fazendas da microrregião de Juiz de Fora na Zona
da Mata de Minas Gerais.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Os resultados mostraram que, na comparação com os resultados econômicos existentes
na região de estudos, todas as hipóteses são verificadas, ou seja, permitem a melhoria da
renda dos produtores. Mostrou ainda que considerando à aptidão das terras da região e
sua otimização a pecuária leiteira não teria condições de concorrer com a fruticultura.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 294 - A IMPORTÂNCIA DA AGROINDUSTRIALIZAÇÃO NAS ESTRATÉGIAS DE
REPRODUÇÃO DAS FAMÍLIAS RURAIS.
VALDEMAR JOÃO WESZ JUNIOR; IRAN CARLOS LOVIS TRENTIN; EDUARDO
ERNESTO FILIPPI;
GEPAD/PGDR/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: AGROINDUSTRIALIZAÇÃO FAMILIAR; DESENVOLVIMENTO RURAL;
REPRODUÇÃO SOCIAL
Com as mudanças sociais e produtivas ocorridas até então na agricultura familiar brasileira,
geralmente descapitalizada pela adoção de monoculturas exportadoras, a viabilidade de
inserção de novos paradigmas se faz relevante, principalmente, na tentativa de revitalizar
a diversidade de valores que o meio rural contempla. Neste cunho, vem aumentando
sucessivamente as formas de agregação de valor dentro do espaço rural, no entanto, são
escassos os estudos que se debruçam sobre esta temática. Todavia, ressaltar a globalidade
e importância das agroindústrias familiares dentro dos propósitos do desenvolvimento
territorial rural vem a ser uma das finalidades e premissas deste documento, uma vez que,
crescem ininterruptamente os números e a variabilidade destes empreendimentos. Neste
sentido, compreender-se-á a heterogeneidade e complexidade destas agroindústrias,
já que a implantação se da em diferentes realidades e situações, movimentando-as por
circunstâncias exógenas e internas as propriedades familiares de processamento.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 296 - A PEQUENA PROPRIEDADE RURAL NO ESPÍRITO SANTO:
CONSTITUIÇÃO.
MARCIA CRISTINA BERGAMIM;
COOPEMULT, VITÓRIA, ES, BRASIL;
Palavras-chave: agricultura familiar; cafeicultura; imigraçao europeia; consituição; Espírito
Santo
O presente trabalho aborda a constituição, a consolidação e a crise de uma estrutura
produtiva predominantemente assentada na agricultura familiar. O recorte temporal iniciase por volta de 1850, com a emergência da cultura cafeeira no Espírito Santo e encerrase nos anos 1960, quando a agricultura familiar entra em crise. Baseado no processo de
formação de diferentes regiões produtivas no estado analisa-se a expansão da cafeicultura
e a constituição e difusão da agricultura familiar. Como a lógica de produção do espaço
capixaba estabeleceu um processo inverso ao verificado na maioria dos estados brasileiros,
pois enquanto nestes consolidava-se o latifúndio, no Espírito Santo, a formação espacial
caracterizava-se pela hegemonia da agricultura familiar, com o predomínio de uma
estrutura produtiva fundada na pequena propriedade, no trabalho familiar e na ausência de
recursos técnicos. Essa forma de organização da produção deixou evidente seus limites
no desenvolvimento socioeconômico estadual.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 264
Página 265
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 297 - BOA ESPERANÇA/ES: FORMAÇÃO SOCIESPACIAL E CONDIÇÕES DE
PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR.
MARCIA CRISTINA BERGAMIM;
COOPEMULT, VITÓRIA, ES, BRASIL;
Palavras-chave: Boa Esperança; formação socioeconômica; agricultura familiar; produção;
comercialização
Esse trabalho aborda o processo de formação socioespacial do município de Boa
Esperança, com ênfase para a constituição da agricultura familiar e os fluxos migratórios
que deram origem ao município. Analisa os impactos da crise da estrutura produtiva da
agricultura no município, bem como a forma como se manifestou a modernização da
agricultura no município por meio de indicadores de incorporação tecnológica, estrutura
fundiária e relações de trabalho. Essas informações permitiram contextualizar o ambiente
no qual os agricultores familiares estão inseridos. Objetiva compreender as condições
de produção e comercialização no presente, por meio de entrevistas realizadas com os
agricultores familiares que abordam questões como o acesso ao crédito rural, a incorporação
de tecnologias, a diversificação da produção, a assistência técnica, a infra-estrutura dos
estabelecimentos, as condições de comercialização, etc.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 298 - AGRICULTURA FAMILIAR EM BOA ESPERANÇA/ES: PATRIMÔNIO
FUNDIÁRIO, ESTRATÉGIAS FAMILIARES E ORGANIZAÇÃO DO.
MARCIA CRISTINA BERGAMIM;
COOPEMULT, VITÓRIA, ES, BRASIL;
Palavras-chave: Boa Esperança; Agricultura Familiar; Organização; Patrimônio Fundiário
; Estratégias
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 299 - REDES SOCIAIS DE RECIPROCIDADE NOS ESPAÇOS LOCAIS DO MEIO
RURAL E INICIATIVAS DE DESENVOLVIMENTO: ALGUMAS POSSIBILIDADES DE
INTERAÇÃO.
FRANCINEI BENTES TAVARES; MÁRCIO ANTONIO MELLO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS,
BRASIL;
Palavras-chave: RECIPROCIDADE; REDES SOCIAIS; POLÍTICAS DE
DESENVOLVIMENTO; DESENVOLVIMENTO LOCAL; DESENVOLVIMENTO RURAL
A partir da identificação de um sistema trinitário de regulação social (a reciprocidade,
a redistribuição e o intercâmbio), uma gama muito variada de autores vem discutindo
ultimamente quais as conseqüências do domínio cada vez mais amplo do intercâmbio
mercantil nas sociedades contemporâneas, principalmente para as práticas dos espaços
locais baseadas em lógicas de reciprocidade, que estruturam a organização social e
produzem valores humanos, como a confiança e a justiça. Para a construção desse artigo,
consideramos que a reciprocidade foi e continua sendo uma dimensão importante de ser
levada em consideração, principalmente nas áreas rurais, mesmo na atualidade, e que a
configuração de redes locais – parentesco, amizade, compadrio, vizinhança, de trabalho,
entre outras – a partir do estabelecimento de relações e vínculos sociais baseados no
princípio da reciprocidade, pode ser interessante não apenas para uma compreensão mais
abrangente da realidade rural atual, mas também para moldar ações e estratégias locais
de desenvolvimento. O grande desafio, no entanto, parece ser como fazer com que as
possibilidades trazidas a partir da abordagem conjunta de reciprocidade e de redes sociais
possam permitir a junção de características de modelos de desenvolvimento endógenos
e exógenos, possibilitando a utilização dos recursos locais como base das políticas de
desenvolvimento.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Esse texto analisa, de um lado, a trajetória da agricultura familiar no Brasil, desde a sua
constituição à margem do latifúndio até a sua inserção recente nas políticas agrícolas que
veio desembocar na criação do Pronaf e, de outro, o debate acadêmico, que passou a
girar em torno da agricultura familiar como um conceito genérico. A análise em questão
permitiu contextualizar o ambiente em que se reproduziu e se reproduz a agricultura
familiar no Brasil e, do qual, o município de Boa Esperança-ES também está inserido.
Por meio de entrevistas realizadas com os agricultores familiares de Boa Esperança foi
possível identificar os principais aspectos da reprodução social desses sujeitos sociais,
com ênfase para a organização do trabalho e dos agricultores, o patrimônio fundiário e
estratégias familiares.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 266
Página 267
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 300 - COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
PARDINHO: PERSPECTIVAS E IMPACTOS ECONÔMICOS SOBRE OS USUÁRIOS.
AUGUSTO MUSSI ALVIM; ANDRÉ. CARRARO;
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE,
RS, BRASIL;
Palavras-chave: recursos hídricos; multi-usuários ; cobrança pelo uso da água
SSD 301 - AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA POLUIÇÃO DO AR NA AMAZÔNIA
OCIDENTAL: UM ESTUDO DE CASO DO ESTADO DO ACRE.
RUBICLEIS GOMES SILVA; JOÃO EUSTÁQUIO DE LIMA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Amazônia; poluição do ar; método de valoração contingente; estado do
Acre; QUEIMADAS
O presente trabalho faz parte de uma série de estudos que busca contribuir para a
implantação de um sistema de cobrança pelo uso da água na Sub-Bacia Hidrográfica do
Rio Pardinho. A fim de quantificar o quanto deve ser cobrado pelo uso da água para os
diversos usuários foram utilizadas as estimativas de demanda por água disponíveis em
Alvim (2005). Com base nestas informações e na simulação de tarifas diferenciadas por
usuário foram definidos dez cenários alternativos onde são estimadas as receitas prováveis
e avaliados os impactos sobre os usuários da bacia (excedente do consumidor). Por fim,
observamos que os cenários mais vantajosos são aqueles que apresentam uma situação
intermediária de cobrança, onde os impactos sobre o bem-estar dos consumidores são
reduzidos e as receitas obtidas a partir da cobrança pelo uso da água permitirão reduzir
os efeitos negativos sobre o meio ambiente.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Os problemas ocasionados pela poluição do ar em razão das queimadas existentes dentro
e fora do Estado do Acre têm causado sérios prejuízos à saúde da população. Como as
queimadas provocam malefícios à sociedade, a mensuração do valor monetário esta
está disposta a pagar para diminuir esses impactos constitui importante informação para
avaliar se um projeto de despoluição é viável economicamente. De forma geral, objetivouse analisar os impactos da poluição do ar pelas queimadas sobre a sociedade acreana.
Especificamente, a) determinar quanto a sociedade está disposta a pagar pela diminuição
dos malefícios ocasionados pelas queimadas; e b) comparar o valor da disposição a pagar
(DAP) agregada com o custo das morbidades respiratórias ocasionados pelas queimadas
no ano de 2004. A teoria das externalidades foi utilizada para referenciar este trabalho.
A partir de referendum with follow-up, estimou-se o valor dos benefícios da melhoria da
qualidade do ar no Estado do Acre, cujos resultados indicaram que cada dólar aplicado
em despesas de internações ocasionadas por morbidades respiratórias à melhoria do ar
acarreta um benefício de R$ 21, 08, o que representa que a melhoria dessa característica
ambiental é viável economicamente. Por fim, o valor máximo que a sociedade se dispõe
a contribuir para a melhoria da qualidade do ar no estado do Acre pode ser utilizado
para o financiamento de projetos de desenvolvimento de tecnologia e extensão rural que
possibilitem criar condições objetivas para o produtor rural incorporar em seu processo de
produção agropecuária práticas alternativas às queimadas no preparo do solo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 268
Página 269
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 302 - OS RECURSOS NATURAIS E O PENSAMENTO ECONÔMICO.
FERNANDA GENE NUNES BARROS; MARIO MIGUEL AMIN;
UNAMA, BELéM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ; ECONOMIA; ECONOMIA
ECOLÓGICA
A natureza se perpetuou no inconsciente coletivo da humanidade como uma fonte
inesgotável de recursos; assim, na tentativa de satisfazer necessidades ilimitadas, seu uso
foi sendo cada vez mais intensificado e ampliado. Esse uso, conjugado com um incessante
incremento populacional, intensifica ainda mais a rota de crescimento, de maneira que a
natureza tende a chegar a um ponto de exaustão, em que já não pode mais responder
aos anseios do sistema econômico, porque alguns recursos naturais estão se tornando
escassos e impróprios para utilização, como resposta ao mau uso que conduz à degradação,
à poluição e à alteração dos ecossistemas naturais. A proposta do desenvolvimento
sustentável é a de reverter esse quadro; para tal procura criar um modelo econômico
capaz de gerar riqueza e bem-estar sem destruir o meio ambiente, preservando-o para as
gerações futuras, o que diverge do pensamento clássico e neoclássico. A teoria econômica,
nesse contexto, buscando uma aliança entre economia e ecologia, desponta com duas
novas vertentes: a economia dos recursos naturais e a economia ecológica, pois acima de
qualquer pressuposto entende que os recursos naturais são essenciais à vida na Terra.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 303 - ANÁLISE ECONÔMICA DA EXPLORAÇÃO DE CUPUAÇU EM SISTEMAS
AGROFLORESTAIS.
BEATRIZ STUART SECAF; GUSTAVO SANTA´ANA; JULIA GUIMARAES BRISO; MARINA
CROMBERG; RICARDO SHIROTA;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Sistemas Agroflorestais (SAFs); Cupuaçu; Análise de Viabilidade
Econômica; Região Amazônica; Itaiatuba/PA
O baixo nível de renda, pobreza, falta de acesso aos sistemas de saneamento e saúde e
o desmatamento são alguns dos problemas comumente encontrados na região Amazônica
brasileira. Frente a esta realidade, foi proposta a aplicação de um Sistema Agroflorestal
com os objetivos de minimizar os impactos do plantio e da exploração de recursos no
interior da floresta e incrementar a renda e qualidade de vida da população local. O objeto
de estudo é a região de Itaituba/PA (médio Tapajós), utilizando o cupuaçu (Theobroma
grandiflorum (Willd. ex Spreng. ) Schum) e seus diversos potenciais de uso (da polpa,
semente e casca) e o beneficiamento da polpa como maneira de agregar valor ao produto.
O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo de viabilidade econômica deste
Sistema Agroflorestal pelos métodos do valor presente líquido (VPL) e da taxa interna de
retorno. A uma taxa de desconto 18, 2% a. a. o resultado indicou um VPL de R$ 6. 179,
00 e uma TIR de 18, 63% a. a. Indicando a viabilidade do projeto.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 304 - UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS POLÍTICAS FLORESTAIS DO
BRASIL E PARAGUAI.
MOISÉS VILLALBA GONZÁLES; CARLOS JOSÉ CAETANO BACHA;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: política florestal; legislação florestal; direitos de propriedade; áreas
florestais; desmatamento
Resumo: O objetivo do artigo é comparar as políticas florestais do Brasil e do Paraguai, em
especial as suas legislações florestais. Para tanto, foi realizada uma análise comparativa
das normas e procedimentos legais sobre as áreas restritivas para alteração da vegetação
nativa, as autoridades ambientais e suas funções, as exigências de autorização para
desmatamento e reposição da floresta, e as multas e punições de cada país. O estudo
demonstra que as legislações adotadas pelo Brasil e o Paraguai têm normativas similares
que buscam definir os direitos de propriedade relativos a áreas florestais dos seus
respectivos territórios. Não obstante, em ambos os países persiste o desmatamento
(em grande parte ilegal) e a conseqüente diminuição das áreas cobertas por florestas,
evidenciando que suas legislações não são plenamente eficazes.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 305 - O MERCADO DE CARBONO NA AMAZÔNIA LEGAL: UMA ESTIMATIVA
DOS GANHOS ECONÔMICOS PARA O ESTADO DO TOCANTINS.
MARCUS FINCO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, PALMAS, TO, BRASIL;
Palavras-chave: Amazônia Legal; mercado de carbono; ganhos econômicos; Tocantins;
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)
O presente artigo visa a estimativa dos ganhos econômicos que poderiam ser obtidos pelo
Estado do Tocantins, situado na Amazônia Legal Brasileira, caso o mesmo investisse em
projetos de mudança climática, sobretudo os de enfoque florestal, como o reflorestamento e
a conservação das Unidades de Conservação. O carbono seqüestrado (absorvido) nessas
Unidades seria comercializado em um mercado não Quioto – mercado paralelo de carbono
– visto que não seriam elegíveis no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Os
resultados com esse comércio sugerem um ganho significativo para o Estado do Tocantins
caso tais projetos de fato ocorressem nas Unidades de Conservação.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 270
Página 271
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 306 - PRODUÇÃO MAIS LIMPA: UMA RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL.
PEDRO CARLOS SCHENINI; FRANCINI RENSI; ANDRE LUIZ MONTAGNA DA ROSA;
HANS MICHAEL VAN BELLEN;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável; Gestão Ambiental; Tecnologias Limpas;
Produção Mais Limpa; Responsabilidade Empresarial
SSD 308 - A POLÍTICA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO RIO GRANDE DO
SUL: SUA ESTRUTURA E PERCEPÇÃO DOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA.
ELIANE GRACIOLI RODRIGUES; SILVIO CEZAR AREND;
UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, SANTA CRUZ DO SUL, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Política de recursos hídricos; Rio Grande do Sul; comitês de bacia;
economia do meio ambiente; participação da sociedade
Este artigo teve como objetivo propor o uso das técnicas de produção mais limpa em
uma fábrica de rações para aves. Para alcançar este objetivo, foi feito um estudo de caso
com abordagem qualitativa, sendo norteado por pesquisas bibliográficas e pesquisa de
campo, caracterizado como exploratório descritivo. Os dados foram coletados por meio de
arquivos, entrevista e observação. Com base nos resultados, a pesquisa pode constatar
uma possível melhoria no processo produtivo da fábrica. Embora a empresa necessite saber
a viabilidade econômica financeira para investimentos, as sugestões não se resumiram
em trocas de equipamentos ou aquisições, assim a organização pode ter um processo
produtivo mais responsável tendo consciência dos seus atos e buscando uma solução,
mesmo que temporária, aos problemas causados ao meio ambiente.
Este trabalho faz uma análise descritiva da estrutura e do atual estágio de implementação
da Política de Gestão dos Recursos Hídricos no Rio Grande do Sul a partir do contexto em
que foi planejada e criada, bem como a percepção do processo de gestão pelo comitês
de bacia. Os resultados são subsidiados por uma pesquisa realizada com os comitês de
bacia no terceiro trimestre de 2005. Observa-se que no decorrer destes anos a Política de
Gestão dos Recursos Hídricos no Rio Grande do Sul evoluiu de forma lenta e gradativa. Sua
base principal está na participação da sociedade da bacia hidrográfica fazendo uma gestão
descentralizada através dos comitês. Observa-se, porém, que a efetiva implementação
desta política e seus instrumentos previstos ainda tem um longo caminho para ser percorrido
e exigirá dialogo e aprendizado da sociedade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 307 - AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO USO DE ÁGUA PELO TOMATEIRO SOB
IRRIGAÇÃO POR SULCOS.
JANE MARIA CARVALHO SILVEIRA; LUIZ ANTONIO DANIEL; EDSON EIJI MATSURA;
APTA REGIONAL, MOCOCA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: impactos ambientais; recursos hídricos; irrigação; tomate; percolação
SSD 309 - VALORAÇÃO ECONÔMICA DO MEIO AMBIENTE E UTILIZAÇÃO DOS
RECURSOS HÍDRICOS: O CASO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARDINHO
– RS.
SILVIO CEZAR AREND; WILLIAM GOMEZ SOTO; ANDRÉ. CARRARO;
UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, SANTA CRUZ DO SUL, RS, BRASIL;
Palavras-chave: economia do meio ambiente; recursos hídricos; bacia hidrográfica do Rio
Pardinho; demanda de água; práticas ambientais
A irrigação como a maior usuária de recursos hídricos necessita melhorar a eficiência do
uso da água para produção de alimentos. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar
a eficiência do uso da água pela cultura do tomate sob irrigação por sulcos. O estudo foi
realizado no Município de Estiva Gerbi/SP com o sistema de irrigação por sulcos conduzido
por bandeira, o qual é amplamente utilizado na cultura de tomate. Os resultados mostraram
que a eficiência de uso da água pela cultura do tomate foi baixa (3, 3 kg. m-3), onde apenas
30% da água captada foi efetivamente utilizada pela cultura, e mais de 70% foi desperdiçado.
Das perdas, o transporte de água até os talhões irrigados foi o principal responsável pelo
desperdício. Foi constatada uma perda de água por percolação nos sulcos de irrigação
ao redor de 80%. A alta perda por percolação foi conseqüência do dimensionamento e
manejo inadequados deste sistema de irrigação por sulcos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
A água é um dos recursos naturais mais preciosos. Ela é essencial para o uso agrícola e
industrial, bem como para o transporte de produtos e geração de energia elétrica. Apesar
de fundamental nas atividades básicas da população, ainda não é usual a valoração deste
recurso pelas comunidades. É importante salientar que o mercado da água na região do
Vale do Rio Pardo ainda não foi definido, principalmente em função das dificuldades de
mensurar algumas variáveis no mercado e do desrespeito aos direitos de propriedade. Por
fim, é necessário salientar a importância de mensurar o valor econômico da água, como
uma forma de incentivar o uso eficiente dos recursos naturais disponíveis no presente e
de manter estes recursos para as próximas gerações. O uso correto (eficiente) da água
no presente determinará o futuro da região, colocando-a no rumo do desenvolvimento
sustentável.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 272
Página 273
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 310 - TRANSFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS NA REGIÃO
DOS CAMPOS DE CIMA DA SERRA (RS): O MANEJO ADEQUADO DO CAMPO NATIVO
COM ALTERNATIVA DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA E AMBIENTAL.
TANICE ANDREATTA;
UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: campo nativo; queimadas; desenvolvimento sustentável; transformações
socieconômicas; meio ambiente
Este trabalho analisa a transformações socioeconômicas e ambientais na região dos
Campos de Cima da Serra (RS). Baseado nos pressupostos da Economia Ecológica e Nova
Economia Institucional é feito uma análise crítica da prática “queimada controlada” como
um modo de manejar o campo nativo. Amparado por dados de pesquisas, experimentos
e projetos desenvolvidos na região apresenta-se um sistema de produção de bovinos
baseado no “ajuste de carga animal” e melhoramento de campo nativo”como alternativas
viáveis do ponto de vista socioeconômico e ambiental. Como resultados constata-se que
os usos de tais práticas permitem elevar a produtividade média da bovinocultura de corte.
A passagem de 70 kg/ha/ano média do Estado para 200 a 230 kg/ha/ano pode ser obtida
somente com o ajuste da carga animal, a custo zero para o pecuarista. Além disso, tais
práticas contribuem de forma efetiva para sustentabilidade ambiental, visto que, guardada
as devidas proporções, estas tendem a preservar a resguardar o patrimônio genético
riquíssimo representado pelas pastagens naturais da região. Mesmo com sua eficácia
comprovada, os pecuaristas são resistentes a sua implementação, reforçando a tese
de que a tradição, hábitos e rotinas adotadas são fatores que influenciam na tomada de
decisão dos agentes.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 311 - AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGS) PROMOTORAS
DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL.
MARIA ERONDINA SILVEIRA DA SILVA; RITA INÊS PAULI PRIEB;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: DESNVOLVIMEWNTO SUSTENTÁVEL; CIDADANIA; Organizações Não
Governamentais; Globalização; Estado-nação
Através de análise exploratória, este artigo trabalha aspectos referentes ao desenvolvimento
sustentável e a autonomia do Estado-Nação, analisando dentro desse contexto, o papel
desempenhado pelas ONGs, em especial no Mercado Comum do Sul (Mercosul), e em que
medida esses são instrumentos eficazes para propiciar cidadania e democracia participativa,
e a capacidade de inserir socialmente alguns segmentos que encontram dificuldades para
participar do processo produtivo. Para isso, é preciso definir desenvolvimento sustentável
como socialmente justo, economicamente viável, ecológica e culturalmente aceito; que
considere as diferentes expectativas individuais para todo o conjunto da população, levando
em conta as diferenças de gênero, idade, renda, cultura e de acesso aos direitos básicos,
etc. A partir da atuação participativa dos indivíduos, os avanços passam a configurar
conquistas e não mais concessões dos detentores do poder. Daí a relevância das novas
ações sociais como instrumento de construção de uma cidadania qualificada, por ser fruto
da conquista e ter como cerne a capacidade de criar padrões de convivência social não
excludentes, mas que promovam e respeitem as diversidades. Como as novas ações dos
Estados nacionais estão na definição de políticas domésticas crescentemente articuladas
em nível de blocos regionais, alternativas locais podem representar a criação de novos
espaços de politização e construção democrática. E a sociedade civil pode, através das
ONGs, gerar arenas de negociação, nas quais as decisões sejam em prol do bem-estar
social, ou seja, não apenas relegando aos Estados o monopólio das decisões.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 274
Página 275
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 312 - A THEORETICAL FRAMEWORK ON SUSTAINABILITY BASED ON THE
MAINTENANCE OF NATURAL CAPITAL STOCKS.
AUGUSTO MARCOS CARVALHO DE SENA;
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Sustainability; Natural Resources; Natural Capital; Nonrenewable
Resources; Renewable Resources
SSD 313 - FATORES CRÍTICOS À PRODUÇÃO FLORESTAL EM SANTA CATARINA:
UM ESTUDO DE PROSPECÇÃO.
FLÁVIO JOSÉ SIMIONI; DEBORA NAYAR HOFF;
UNIPLAC, LAGES, SC, BRASIL;
Palavras-chave: Produção Florestal; Prospecção; Fatores Críticos; Fatores Ambientais;
Desenvolvimento
Today’s production activities are closely related to the uses of natural resources. It has been
emphasized that rapid production growth has led to the depletion of both renewable and
nonrenewable natural resources, i. e., the entire stock of natural capital. The issues related
to the depleting use of nonrenewable natural resources, such as fossil fuel and mineral
deposits, have not yet been addressed in a way to allow reinvesting part of the prospects
obtained in these uses in order to increase the stock of renewable natural resources, as
a compensation. If renewable natural resources, such as a population of trees or fishes,
or even the fresh air, can have their stocks augmented, according to any pattern of
sustainable criterion, it would be possible to obtain a situation in which the entire stock of
natural resources remains at least unchanged. In this way, sustainability could be obtained.
The objective of this article is twofold. First, to offer a clear definition of natural capital and
connect it with the concept of sustainability. Second, to offer a theoretical frame to allow
both bounded depletion of nonrenewable natural resources and increased accumulation
of renewable natural resources, in a way to have the entire stock of natural capital at least
at an unchanged level. The formal analysis points that balancing a higher consumption of
depletable nonrenewable natural resources with a decreasing level of pollution generation,
by devoting more resources to clean the environment (fresh air as a renewable natural
resource), is a feasible way to maintain unchanged the entire stock of natural capital.
O objetivo deste artigo foi identificar os fatores críticos ao desenvolvimento da produção
florestal em Santa Catarina, seu comportamento futuro e as demandas para a solução
destes. Utilizou-se como metodologia os estudos de prospecção, utilizando a técnica da
opinião de especialistas através da realização de um workshop, com reuniões de grupos
e apresentação em plenária. Os principais fatores críticos, em ordem decrescente de
importância, são: problemas relacionados a legislação ambiental; tecnologia de produção,
pesquisa & desenvolvimento; deficiências relacionadas a produção florestal; problemas
com a imagem do setor; mercado concentrado; dificuldades de crédito; e pouca integração
entre os diversos segmentos da cadeia produtiva. A análise dos fatores críticos permitiu
identificar a tendência de maior agravamento dos problemas relacionados a legislação
ambiental. Os demais fatores não sofrerão alterações ou serão amenizados. Pode-se
destacar a demanda por realização de novas pesquisas com espécies alternativas ao
Pinus, esforços na difusão das tecnologias para produtores não integrados à indústria, a
necessidade de um planejamento da produção florestal para a região e maior atuação dos
organismos representativos no intuito de melhorar a imagem do setor.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 276
Página 277
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 314 - A IMPORTÂNCIA DO ICMS ECOLÓGICO COMO INSTRUMENTO DE
COMPENSAÇÃO FINANCEIRA NA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO PROTETOR RECEBEDOR.
WILCA BARBOSA HEMPEL; MARIA IRLES DE OLIVEIRA MAYORGA; MARIZETE DANTAS
DE AQUINO; NÁJILA REJANE ALENCAR JULIÃO CABRAL;
UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: ICMS ECOLÓGICO; INSTRUMENTO ECONÔMICO; COMPENSAÇÃO
FINANCEIRA; PRINCÍPIO PROTETOR - RECEBEDOR; POLÍTICA PÚBLICA
AMBIENTAL
O século vinte testemunhou o início de mais um grande evento de extinção da história da
vida na Terra e o causador, desta vez, é o próprio Homem. A emergência e a gravidade
dos problemas ambientais fizeram com que inúmeros cientistas e estudiosos começassem
a discutir e a pensar um novo tipo de desenvolvimento, capaz de fomentar o progresso
humano em todo o planeta e por tempo indeterminado. O Desenvolvimento Sustentável
surge tendo como um dos seus alicerces o Princípio Protetor-Recebedor, que compensa
financeiramente, como incentivo pelo serviço prestado, àquele que protege um bem natural,
representando um símbolo de justiça econômica. Passadas mais de duas décadas da
instituição da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6938 de 31/08/1981), avalia-se que
sua eficácia ainda é questionável, pois as ações degradadoras da qualidade ambiental são
vistas com freqüência em quase todo o país, possivelmente como decorrência da fragilidade
das estruturas de controle que têm permitido, por ineficiência, incompetência ou falta de
estrutura, a ocorrência dessas ações lesivas. Torna-se, portanto, de vital urgência a busca
de alternativas que possam superar essas deficiências. O ICMS Ecológico, resultante de
uma redistribuição do ICMS arrecadado pelo Estado, para os municípios, sem aumento da
carga tributária, adapta-se aos instrumentos econômicos já existentes, representando uma
das mais convenientes opções de financiamento das políticas ambientais no contexto atual.
O desenvolvimento de políticas públicas aliadas à implementação do ICMS Ecológico, com
respaldo no Princípio Protetor-Recebedor, reflete para Tupiassu (2004), a concretização da
idéia de que a preocupação com o meio ambiente não se restringe apenas a manutenção
das áreas verdes, mas, principalmente, a elevação da qualidade de vida da população
que com ele interage, que necessita de saúde, educação, higiene, saneamento e, acima
de tudo, cidadania, obtida por meio da real efetivação do princípio da dignidade da pessoa
humana.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 278
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 315 - GESTÃO INTEGRADA E MEIO AMBIENTE EM UM EMPREENDIMENTO
DE FRUTICULTURA.
PEDRO CARLOS SCHENINI; FERNANDO AMORIM DA SILVA; ROBERTO ARI GUINDANI;
FRANCINI RENSI;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL;
Palavras-chave: Meio Ambiente; Desenvolvimento Sustentável; Sistema de Gestão
Ambiental; NBR ISO 14000; Gestão Integrada
A atividade humana nas últimas décadas resultou em níveis inimagináveis de destruição
e degradação, produzindo impactos negativos no meio ambiente e na qualidade de vida
das pessoas. Em contrapartida a isso, governos, empresas, organizações sociais e
outros membros da comunidade em geral têm-se preocupado em minimizar ou eliminar
essa problemática sócio-ambiental. Diante desse contexto, o presente artigo teve por
objetivo identificar a sistemática que permite a implantação da Gestão Integrada em um
empreendimento de fruticultura, visando a conformidade em matéria de meio ambiente.
Assim, foi realizado um estudo de caso com abordagem qualitativa, no qual foram
identificados e analisados processos, legislação, normas e documentação necessária
para implantar o uso da gestão integrada, visando a obtenção da conformidade na gestão
ambiental, através de ações éticas e tecnicamente responsáveis. Os resultados obtidos
apresentaram recomendações de documentos com os procedimentos, instruções e
formulários para registro e demonstração do cumprimento efetivo das leis e normas de
qualidade ambiental.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 316 - COMUNICAÇÃO RURAL ENTRE TRÊS ATORES NAS ÁREAS DE
CONCENTRAÇÃO DE FRUTEIRAS NO NORDESTE BRASILEIRO:.
MARIA ODETE ALVES; AIRTON SABOYA VALENTE JÚNIOR;
BNB, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: COMUNICAÇÃO; EXTENSÃO RURAL; ASSISTÊNCIA TÉCNICA;
FRUTICULTURA; NORDESTE
RESUMO – Analisa-se o nível de comunicação entre agricultores, suas organizações e
extensionistas rurais, a partir da análise do nível de concordância sobre potencialidades
ou problemas percebidos como relevantes por cada um deles, a partir de um estudo de
caso nas áreas de concentração de fruteiras no Nordeste do Brasil. A abordagem teórica é
fundamentada na concepção humanizadora. As informações foram extraídas de um banco
de dados resultante de uma pesquisa de campo realizada durante o ano de 2005, ano
de 2005, coordenada pelo ETENE, por meio da aplicação de questionários estruturados
a pequenos agricultores (fruticultores), organizações de agricultores e extensão rural.
Verificou-se que a atuação das ATER’s apresenta pouco avanço na direção da concepção
dialógica e humanizadora da comunicação, o que pode ser atestado nas diversas
contradições observadas nas falas dos atores e na insatisfação de parte dos agricultores
com os serviços prestados, sugerindo, assim, a necessidade de avaliação das metodologias
adotadas em suas atividades de campo, principalmente no tocante à forma como vêm
trabalhando as estratégias de comunicação.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 279
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 317 - A AMÊNDOA DA CASTANHA-DE-CAJU: COMPOSIÇÃO E IMPORTÂNCIA
DOS ÁCIDOS GRAXOS – PRODUÇÃO E COMÉRCIO MUNDIAIS.
JUSSARA GAZZOLA; ROSAURA GAZZOLA; CARLOS HENRIQUE MOTTA COELHO;
ALCIDO ELENOR WANDER; JOSE EDNILSON DE OLIVEIRA CABRAL;
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO-UFSC, EMBRAPA SEDE, ARROZ E FEIJÃO E
AGROINDÚSTRIA TROPICAL, FLORIANOPOLIS, SC, BRASIL;
Palavras-chave: amêndoa da castanha-de-caju; ácidos graxos e nutrição; taxas anuais
de crescimento ; produção, exportação e importação; ômega 3 e ômega 6
Nesse trabalho foram analisados os últimos 19 anos, de 1986 a 2004 (importação e
exportação) e 1987 a 2005 (produção) da amêndoa de castanha-de-caju. Os dados utilizados
foram acessados em da FAO no ano de 2006. Os dados referentes à participação do
agronegócio brasileiro nas exportações e da amêndoa de castanha-de-caju no agronegócio
brasileiro foram obtidos no Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
–Secex, 2006. A partir destes dados básicos, foram calculadas a evolução da participação
da amêndoa de castanha-de-caju no agronegócio brasileiro e a evolução do valor das
exportações da amêndoa de castanha-de-caju, considerando-se o ano 1989 como ano zero.
Também foram calculadas as taxas de crescimento da produção, importação e exportação
mundial da amêndoa de castanha-de-caju. Os resultados mostram uma clara desvantagem
nesse mercado para o Brasil, que se mantém como terceiro exportador mundial dessa
fruta, porém com taxas de crescimento bastante abaixo de seus principais competidores:
Índia e Vietnã. Com relação à produção também ocorre a mesma desvantagem para o
Brasil, com um parco crescimento da produção quando comparado com seus principais
competidores. Com relação ao aspecto nutricional da amêndoa de castanha-de-caju,
apresentam-se neste artigo, sua composição, uma tabela com as recomendações diárias
de ácidos graxos nas diferentes fases de crescimento (Marques, 2006) e a essencialidade
dos ácidos graxos que a compõem (quase 50% do fruto)
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 318 - TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAS AGROPECUÁRIAS: FATOR DE
COMPETITIVIDADE NA MICRORREGIÃO DE PETROLINA - PE.
TALES WANDERLEY VITAL; MIZAEL FELIX DA SILVA NETO;
PADR-UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Embrapa Semi-Árido; Tecnologias; Conhecimentos; Transferência ;
Fruticultura
Este artigo identifica os principais mecanismos de transferência de tecnologias,
conhecimentos e inovações agropecuárias geradas e /ou adaptadas pela Embrapa
Semi-Árido, na microrregião de Petrolina, para cadeia produtiva da fruticultura irrigada,
na perspectiva empresarial e da agricultura familiar. No plano metodológico, utiliza o
modelo de triângulo de Sábato que prioriza essas transferências como resultado da
articulação cooperativa entre empresários / produtores, governo e centros de pesquisa.
Identifica os arranjos institucionais elegidos pela Embrapa para proceder essa atividade
dentro da fruticultura irrigada das empresas e da agricultura familiar. Finaliza mostrando a
diferenciação de modelos institucionais de transferência e as práticas que são adotadas
para esses dois segmentos desse agronegócio.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 319 - INDÚSTRIA DE ALIMENTOS NO BRASIL E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA.
JUNIA RODRIGUES CONCEIÇÃO; MANSUETO F. DE ALMEIDA JUNIOR;
IPEA, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Inovação; Tecnologia; indústria de alimentos; pintec; P&D
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo identificar as características das empresas
da indústria de alimentos no que se refere às inovações tecnológicas. Os resultados do
trabalho demonstram que há, ainda, grande espaço para que as firmas do setor agroalimentar
melhorem seu desempenho inovador. Como foi visto, o percentual de adoção de inovações
é ainda pequeno. Do ponto de vista dos condicionantes microeconômicos à inovação, os
resultados indicam que o tamanho da firma, a escolaridade do trabalhador, os esforços em
P&D apresentam um impacto positivo sobre a probabilidade da firma inovar.
Palavras-chave: Inovação tecnológica; indústria de alimentos; Pintec.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 280
Página 281
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 320 - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E AMBIENTAIS DA
PESQUISA DA EMBRAPA: A EXPERIÊNCIA DO PERÍODO 2001/2004.
GRACIELA LUZIA VEDOVOTO; MARÍLIA CASTELO MAGALHÃES; MIRIAN OLIVEIRA
DE SOUZA; ANTONIO FLAVIO DIAS AVILA;
EMBRAPA, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Avaliação de pesquisa; Impactos Econômicos; Impactos Sociais; Impactos
Ambientais; Metodologia
Este trabalho apresenta a experiência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa na avaliação de impactos econômicos, sociais e ambientais das suas tecnologias
no período 2001/2004. Neste período foi avaliada, anualmente, uma amostra contendo
mais de uma centena de tecnologias. O trabalho discute a metodologia utilizada tomando
como referência uma revisão bibliográfica sobre o tema e análisa documentos recentes e
relatórios de avaliação disponibilizados pelas Unidades Descentralizadas da Embrapa. Os
resultados apontaram, do ponto de vista econômico, a alta rentabilidade dos investimentos
realizados na Embrapa. Em relação a avaliação de impactos sociais verificou-se a criação
de novos empregos e melhorias em outros aspectos sociais relacionados a saúde, nutrição,
renda e qualidade dos empregos. Ainda em relação a dimensão social o trabalho apresenta
ainda a metodologia Ambitec-Social, que começou a ser utilizada em 2004. A avaliação de
impactos ambientais demonstrou resultados positivos na amostra de tecnologias analisadas.
Um produto importante de todo este processo foi a internalização da necessidade de avaliar
os impactos da pesquisa da Embrapa em um enfoque multidimensional.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 321 - UM ESTUDO DOS FATORES QUE AFETAM A FREQÜÊNCIA E O ATRASO
ESCOLAR, NOS MEIOS URBANO E RURAL, DE SÃO PAULO E PERNAMBUCO.
ROSANGELA MARIA PONTILI; ANA LÚCIA KASSOUF;
ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: educação; meio urbano; meio rural; políticas públicas; frequência e
atraso escolar
Diversos trabalhos, da literatura econômica, têm mostrado a influência da educação na
melhoria de renda das pessoas e no desenvolvimento econômico de um país. Entretanto,
para melhorar o nível médio de escolaridade de um país é importante elevar a freqüência
escolar e garantir à criança o avanço nos estudos. Preocupado com essa questão o Governo
Federal brasileiro realizou diversas reformas no sistema educacional, especialmente a
partir da década de 1990. Em vista disso, o presente trabalho fez uma análise da influência
que variáveis associadas a características pessoais e familiares de uma criança, bem
como variáveis de infra-estrutura escolar exercem sobre a freqüência e o atraso escolar
no ensino fundamental, comparando-se as áreas urbana e rural, de Pernambuco e São
Paulo. Os resultados mostraram que políticas voltadas para melhorar a escolaridade do
chefe de família e/ou a renda familiar per capita podem aumentar a freqüência e reduzir
o atraso escolar. Entretanto, iniciativas voltadas para melhorar a infra-estrutura escolar
deverão levar em conta a realidade econômica do estado ou região e o objetivo final a
ser alcançado. Além disso, os indicadores educacionais estudados são mais precários
na área rural e merecem a elaboração de políticas públicas especialmente voltadas para
essa realidade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 282
Página 283
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 322 - ANÁLISE DOS TERMOS DE TROCA E AS MODIFICAÇÕES ESTRUTURAIS
DA COTONICULTURA NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.
ANDRE ROZEMBERG PEIXOTO SIMÕES; ARYLDO SANTANA SCHULTZ; ANDERSON
TEIXEIRA BENITES;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL, AQUIDAUANA, MS,
BRASIL;
Palavras-chave: algodão; termos de troca; mato grosso do sul; produção; produtividade
Resumo
A cultura do algodão no Brasil passou por mudanças estruturais significativas na década de
90 e anos 2000, principalmente no que diz respeito ao uso de tecnologias e regionalização
da produção. Tais modificações trouxeram maiores níveis de competitividade para o
algodão nacional. Para que se possa entender as alterações estruturais que levaram a
elevação da competitividade desta cultura, deve-se levar em consideração a análise de
fatores macroeconômicos e aqueles fatores relacionados a rentabilidade das empresas,
especialmente a relação de preços pagos e preços recebidos pelos cotonicultores.
Este trabalho objetivou mensurar comparativamente a evolução dos termos de troca do
cotonicultor do Estado de Mato Grosso do Sul e do Brasil, bem como avaliar as mudanças
em termos de aumento de produção e produtividade. A principal conclusão foi que a partir
de 1997 o algodão se estruturou de forma mais competitiva e com ganhos de produtividade,
apesar de ter sido observada uma tendência de queda nos termos de troca.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 323 - UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE OS EFEITOS ESPACIAIS NA
AGROPECUÁRIA PARANAENSE.
MARIA ANDRADE PINHEIRO; JOSÉ LUIZ PARRÉ; RICARDO LUIS LOPES;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGá, PR, BRASIL;
Palavras-chave: função de produção espacial; valor bruto da produção; agropecuária;
dependência espacial; heterogeneidade espacial
Este trabalho tem por objetivo estimar a função de produção espacial do estado do Paraná
para o ano de 2002, contemplando as suas microrregiões, considerando os efeitos de
dependência e heterogeneidade espaciais. Para tanto utiliza-se como variável dependente
o valor bruto da produção agropecuária e explicativas o capital, trabalho, área, eletricidade,
precipitação e temperatura. Os resultados preliminares apresentaram que o capital é o
principal fator de produção na formação do valor bruto da produção agropecuária do estado
e verificou-se, também, a ausência de efeitos espaciais na agropecuária do estado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 324 - ANÁLISE DO TRADE-OFF NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ÁLCOOL NAS
USINAS DA REGIÃO CENTRO-SUL DO BRASIL.
WAGNER MOURA LAMOUNIER; MÁRIO FERREIRA CAMPOS FILHO; AURELIANO
ANGEL BRESSAN;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Agroindústria Canavieira; Açúcar; Álcool; Preços; Modelo SUR
O estudo do trade-off na produção de açúcar e álcool nas usinas da região Centro-Sul
do Brasil demonstra como ocorreu a decisão alocativa de produção nas unidades que
produziram conjuntamente estes dois produtos nas safras 2001-2002, 2002-2003, 20032004 e 2004-2005. Os produtos açúcar e álcool são oriundos da cana-de-açúcar que
representa cerca de 80% do custo de produção desses dois produtos (plantio, colheita,
moagem e preparo do caldo). O Brasil é o maior produtor e exportador desses produtos
no mundo e o único que produz açúcar e álcool em grande escala e derivados do mesmo
insumo produtivo. O estudo demonstrou como ocorreu a composição do mix de produção
de acordo com os sinais de mercado representados pelos preços dos produtos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 325 - COMERCIALIZAÇÃO E COMPORTAMENTO DE PREÇOS DA MADEIRA
SERRADA NOS ESTADOS DE SÃO PAULO E PARÁ.
PATRÍCIA LOMBARDI PEREZ; CARLOS JOSÉ CAETANO BACHA;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: COMERCIALIZAÇÃO; PREÇOS; MADEIRA; SÃO PAULO; PARÁ
RESUMO: O objetivo deste trabalho é analisar a comercialização e o comportamento dos
preços das madeiras serradas, em especial as questões relacionadas à sazonalidade,
causalidade e margens de comercialização. Para tanto, apenas os preços de madeiras
nos estados de São Paulo e Pará são considerados dada a disponibilidade de dados.
A sazonalidade foi analisada para produtos in natura e semi-processados de exóticas
no estado de São Paulo e para pranchas de essências nativas em São Paulo e Pará. A
ordem de causalidade é avaliada entre os preços de pranchas de mesmo tipo de árvore
entre São Paulo e Pará. Esses mesmos preços são utilizados para analisar margens
de comercialização. Nas análises de estacionalidade verificou-se que os preços dos
produtos florestais são afetados principalmente pelo aumento dos custos de produção aos
consumidores finais, como o aumento do salário mínimo e o pagamento do 13o salário.
Constatou-se, também, a existência de efeito bi-causal na relação entre grande parte dos
preços das pranchas de essências nativas no estado de SP e os preços destes produtos
no estado do Pará. As margens relativas de comercialização calculadas para as diferentes
pranchas de essências nativas comercializadas entre os estados do Pará e São Paulo
apresentam dois grupos: um em ascensão e outro em redução.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 284
Página 285
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 326 - INTEGRAÇÃO ESPACIAL E CAUSALIDADE DE PREÇOS NO MERCADO
BRASILEIRO DE BOI GORDO: RESULTADOS PRELIMINARES.
JOSÉ FREDERICO BARBATO SALOMOM; MARCELO LACERDA REZENDE; ANDRÉ
LUIZ MEDEIROS;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBá, ITAJUBÁ, MG, BRASIL;
Palavras-chave: boi gordo; teste de raiz unitária; integração espacial; causalidade de
preços; mercados agrícolas
Este trabalho tem o objetivo de analisar os dados de séries de preços nos mercados de
boi gordo nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Goiás, e desta forma verificar se os mesmos são estacionários ou não estacionários. Para
isso, utilizou-se o Teste de Dickey-Fuller Aumentado que tem como objetivo verificar a
presença de raiz unitária. Através de análises de séries de preços do período de janeiro de
1994 a dezembro de 2004, verificou-se, que o teste aplicado com equações com tendência,
apresenta todas as séries de dados como não estacionárias. O mesmo resultado foi obtido
nas equações sem intercepto e sem tendência. Já nas equações com intercepto e com
tendência, apenas a série de preços de Mato Grosso do Sul apresentou-se não estacionária.
Todas as análises foram feitas a 1% e em nível. Estes resultados são importantes, pois com
eles é possível através do Teste de Johansen e Teste de Causalidade de Granger, verificar
se existe co-integração entre os mercados estudados, e aferir a transmissão de preços, e
assim, podem-se criar mecanismos que ajudem o comprador de commodities agropecuário
a analisar o mercado com maior segurança, auxiliando na tomada de decisões.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 328 - PREÇOS DE TERRAS NO BRASIL, FINANCIAMENTO E PRODUTIVIDADE
TOTAL DOS FATORES.
JOSÉ GARCIA GASQUES; LAURENT PAUWELS; ELIANA TELES BASTOS; JOSÉ JORGE
GEBARA;
MAPA, BRASILIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Preços; Financiamento; Produtividade; terras; Brasil
O trabalho analisa o comportamento dos preços de terras no Brasil num período longo de
tempo, 1977 a 2005, mas a preocupação maior é com o período mais recente, que combinou
forte crescimento da agricultura e anos de menor crescimento. As seguintes partes fazem
compõem a análise: comportamento dos preços de terras no Brasil; comparação entre os
preços de terras no Brasil e Estados Unidos; modelo de regressão para analisar os principais
determinantes dos preços de venda de terras de lavouras e conclusões.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 329 - UMA ANÁLISE APLICADA DE DECISÃO COM OPÇÃO DE VENDA
UTILIZANDO CADEIAS DE MARKOV.
JOSÉ CÉSAR CRUZ JÚNIOR; RICARDO MENDONÇA FONSECA; LUIZ FERNANDO
OHARA KAMOGAWA;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Cadeias de Markov; Mercados futuros; Opções sobre Futuro; Café;
Derivativos Agropecuários
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 327 - OPERAÇÕES DE “CASH-AND-CARRY ARBITRAGE” NA BM&F: UMA
DESAGREGAÇÃO DOS CUSTOS.
GUSTAVO DE SOUZA E SILVA; PEDRO VALENTIM MARQUES;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: mercado futuro; armazenagem; spread; custos; BM&F
A explosão dos mercados futuros se deve a eventos da economia mundial que resultaram
num maior e mais volátil cenário de preços e taxas de juros, surgindo possibilidades para
obtenção de lucros através de diversas operações. Uma dessas operações é conhecida
como “Cash and Carry Arbitrage”. Conhecer os custos desta operação e a respectiva
participação no custo total é fundamental para que os agentes possam aumentar a
possibilidade de captar o maior retorno de cada operação, travando-a no momento mais
apropriado. O custo da operação de “Cash and Carry Arbitrage” pode ser desagregado em
quatro custos gerais: 1) custo do dinheiro no tempo; 2) custo da armazenagem; 3) custo
para operar na BM&F; e 4) custos dos impostos incidentes. Os custos de armazenagem e
o do dinheiro no tempo registraram as maiores participações no custo total das operações,
sendo estes altamente relacionados com o tempo da operação.
Pretende-se neste trabalho apresentar uma ferramenta de análise de decisão para o caso
de uma opção de venda de café arábica na BM&F explorando as cadeias de Markov. Os
resultados probabilísticos quando confrontados com a cotação do contrato de café arábica
na BM&F, no momento do vencimento da opção indicam que se pode tomar a melhor
decisão a partir da metodologia adotada. Finalmente, algumas ressalvas do mercado de
derivativos agropecuários podem ser extraídas a partir do resultado final.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 286
Página 287
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 330 - AVALIAÇÃO DA PREVISIBILIDADE DOS PREÇOS DA MADEIRA DE
EUCALIPTO UTILIZANDO REDES NEURAIS ARTIFICIAIS.
ROBERTO MAX PROTIL; LEANDRO DOS SANTOS COELHO; WESLEY VIEIRA DA
SILVA;
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Eucalipto; Series temporais; Previsão; Redes neurais; Preço da
madeira
As ferramentas computacionais de identificação de sistemas e previsão de séries temporais
permitem a concepção de modelos matemáticos baseados em dados numéricos. O
problema essencial nestes casos é determinar um modelo matemático adequado. Este
artigo apresenta o projeto de uma rede neural artificial baseada em método de agrupamento
de Gustafson-Kessel e procedimento de otimização por evolução diferencial. O projeto da
rede neural é validado para previsão em curtíssimo prazo (um passo à frente) do preço
de madeira de eucalipto para celulose. O desempenho do projeto de rede neural baseado
nos resultados de previsão do preço de madeira de eucalipto é apresentado e discutido
no artigo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 331 - EVOLUÇÃO DAS ELASTICIDADES-RENDA DOS DISPÊNDIOS DE LEITE
E DERIVADOS NO BRASIL.
ARYEVERTON FORTES DE OLIVEIRA; GLAUCO RODRIGUES CARVALHO;
EMBRAPA GADO DE LEITE, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: elasticidade-renda; modelo de regressão poligonal; produtos lácteos;
consumo familiar; consumo regional de leite e derivados
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 332 - REPASSE DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CÂMBIO NOS PRECOS DO
VAREJO: UMA ANALISE COM DADOS DO ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR
DE CAMPO GRANDE.
CATIANA SABADIN; MARA HUEBRA GORDIM; JAIMW JORDAM;
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CAMPO GRANDE - UNAES, CAMPO GRANDE, MS,
BRASIL;
Palavras-chave: Trnsmissão de preços; Repasse cambial; Preço do óleo; Consumidor;
Índice de Preços
O Objetivo deste trabalho é analisar o repasse cambial do preço a varejo do óleo comestível
na cidade de Campo Grande. Utiliza-se um modelo de formação de preços no varejo
baseado na tendência da taxa de cambio pela transformação de Koyck. Estatisticamente
foi utilizado o método de series temporais entre preços do óleo e a taxa de câmbio e se
estabeleceu que existe uma relação de co-integração entre os preços do óleo e a taxa de
câmbio no médio prazo aplicou-se o Método de Correção dos Erros e foram obtidos os
seguintes resultados: (a) a elasticidade do repasse cambial nos preços do óleo ao varejo no
curto prazo é muito reduzida (b) no médio prazo o repasse cambial é parcial (c) o repasse
cambial explica uma redução dos preços de óleo comestível de -2, 77% em 2005 mas a
queda do preço do óleo comestível é de -7, 25%.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Este trabalho apresenta uma análise sobre o consumo de produtos lácteos no Brasil,
focalizando a relação entre esse e o rendimento nas famílias. O objetivo geral do estudo
consistiu em estimar e compreender como se alterou a elasticidade-renda do dispêndio com
produtos lácteos em diferentes regiões e instantes do tempo, a partir dos dados da Pesquisa
de Orçamento Familiar, do IBGE. Não foi constatada mudança substancial nos valores
das elasticidades-renda do dispêndio com produtos lácteos. Diferenças regionais foram
observadas entre elasticidades das regiões Norte e Nordeste em relação às regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste. Foi também observada uma redução dos valores de elasticidade
à medida que aumentou o nível de rendimento entre as classes estudadas na Pesquisa
de Orçamento Familiar.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 288
Página 289
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 333 - ESTUDO DA CADEIA PRODUTIVA DE FLORES: MUNICÍPIO DE GRAVATÁ
- PERNAMBUCO.
FÁBIO DE OLIVEIRA MEDEIROS; LUIS ANDREA FAVERO; MANOEL XAVIER PEDROSA
FILHO;
UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Flores de Clima Temperado; Cadeia Produtiva; Custos de Produção;
Margens de Comercialização; Diferenciação do produto
Este artigo decorre de um trabalho de pesquisa mais abrangente cujo objetivo geral foi
identificar e estruturar a Cadeia Produtiva de Flores Temperadas no Estado de Pernambuco.
De uma maneira mais específica enfocamos aqui os segmentos produção e distribuição
no atacado, tendo como referência o município de Gravatá, o maior produtor de flores
temperadas e o principal mercado atacadista a CEASA/PE, onde através do Programa
Reciflor são comercializadas as principais espécies de flores produzidas em Pernambuco
ou provenientes de outros estados. O uso limitado de tecnologias de produção em estufas
explica a grande oscilação da oferta. As flores produzidas por pequenos produtores são
cultivadas essencialmente em campo aberto submetendo o mercado e os preços aos efeitos
da incerteza sazonal. No primeiro trimestre do ano a oferta local é pequena e os demais
períodos sofrendo intervalos de pico de demanda intercalando meses de forte oferta com
períodos mais retraídos. Além das oscilações da oferta os produtores têm que conviver com
contínua elevação dos custos de produção. A média dos preços praticados no mercado
atacadista da CEASA/PE apresentou no período estudado poucas variações. Os custos para
produzir um hectare de flores, incluindo instalações, mão-de-obra, fertilizantes, embalagens
e outros variam de espécie para espécie. A região produtora do agreste pernambucano
(Gravatá) apresenta, em sua matriz de custos, valores que, também, variam de produtor
para produtor. Constatou-se a necessidade de organização dos produtores em associações
ou em cooperativas para negociar com os fornecedores de insumos, volumes e preços mais
adequados. Os custos de produção e as margens de comercialização identificados neste
estudo revelaram os diferentes níveis de dificuldades que ocorrem na produção, pós-colheita
e comercialização no atacado, decorrentes da extrema variabilidade e descontinuidade
da quantidade ofertada, resultando em significativa variação dos preços e das margens
entre os segmentos estudados.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 334 - COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO SOJA BRASILEIRO NO CONTEXTO
DO COMÉRCIO INTERNACIONAL.
RAFAEL PENTIADO POERSCHKE; RITA INÊS PAULI PRIEB;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: COMPLEXO SOJA; COMPETITIVIDADE; VANTAGEM COMPARATIVA;
BRASIL; ARGENTINA
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) o
Produto Interno Bruto do Agronegócio vem crescendo ano a ano. Conforme o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a soja vem aumentando sua participação
nas exportações do Brasil figurando como uma das principais commodities da pauta
de exportações do agronegócio. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é verificar o
desempenho do complexo soja brasileiro frente ao seu principal concorrente intra-bloco,
Argentina, de 1994 a 2004. No intuito de estimar a competitividade da soja brasileira
frente à Argentina utilizou-se, como cerne o índice de vantagem comparativa revelada
(VCR) proposto por Balassa, em 1965, a partir do trabalho precursor de Ricardo sobre
a Lei das Vantagens Comparativas. Contudo, o trabalho de David & Nonnenberg (1997)
serviu como base da escolha dos indicadores utilizados. Os dados para calcular estes
índices foram coletados junto à Food and Agriculture Organization of the United Nations
(FAO), a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e Organização Mundial de Comércio
(OMC). Os índices estudados confirmaram a importância do complexo soja para Brasil e
Argentina. Constatou-se que a soja apresenta vantagem comparativa em todos os produtos
do complexo analisados para ambos os países. Em específico, o caso do grão in natura
brasileiro denotou substancial progressão ao longo do período analisado. Os resultados,
também corroboram para o grande potencial exportador nos diferentes itens que compõem
o complexo soja, da Argentina e Brasil, e, mais, a variável responsável pelo desempenho e
competitividade brasileira não se restringiu apenas a estabilidade inflacionária do período
analisado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 290
Página 291
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 335 - IMPACTO DA FEBRE AFTOSA NA POSIÇÃO COMPETITIVA DO BRASIL
NO MERCADO INTERNACIONAL DE CARNE BOVINA.
LENILMA VERA NUNES MACHADO; MARIO MIGUEL AMIN;
UNAMA, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: carne bovina; febre aftosa; Brasil; mercado internacional; exportações
SSD 337 - O POTENCIAL DO AGRONEGÓCIO NO CEARÁ : A SUSTENTABILIDADE
DAS EXPORTAÇÕES DO ABACAXI.
WILTON FREITAS; AIRTON SABOYA VALENTE;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Comércio Internacional; Exportações; Agronegócio
O trabalho analisa o impacto dos focos febre aftosa na posição competitiva do Brasil no
mercado mundial de carne bovina. A teoria da vantagem competitiva foi utilizada como
suporte teórico ao estudo. A febre aftosa afeta o comércio internacional da carne bovina
in natura, o qual é limitado por barreiras sanitárias. A reintrodução da doença em dois
estados da federação reconhecidos como livres de aftosa com vacinação indica falhas no
sistema de defesa sanitária do país. O ressurgimento da doença nessas áreas causou
prejuízos ao longo da cadeia da pecuária de corte. Com o embargo da carne in natura
por alguns importadores o país deixou de obter ganhos e os esforços para ampliação e
conquista de novos mercados foram prejudicados. A análise ressalta a necessidade da
efetiva implementação das medidas de controle da doença para que o Brasil mantenha a
liderança no mercado mundial.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Uma das principais conseqüências da mundialização da economia diz respeito ao aumento
dos fluxos do comércio internacional. O Brasil vem constantemente demonstrando interesse
em aumentar as vendas externas e reduzir a dependência das importações, de forma a
permitir que o comércio exterior possa colaborar com o desenvolvimento nacional. Para
realização do presente trabalho considerou-se o potencial exportador do Estado do Ceará, e
através da busca de informações sobre a balança comercial desse Estado foi identificado o
abacaxi como sendo um produto com potencial de vendas externas. A introdução do abacaxi
na pauta de exportação cearense contribuiu para posicionar esse Estado na condição de
maior exportador de frutas tropicais do país e o único com exportações regulares dessa
fruta para a Europa. Assim, as observações relativas ao crescimento das vendas do
abacaxi para o mercado europeu e norte-americano estimularam a realização do presente
estudo na forma de um plano de exportação para empresas agrícolas ou agricultores
familiares interessados em explorar essa cultura. O estudo apresenta ainda as principais
oportunidades e os obstáculos enfrentados pelas empresas que exportam abacaxi, bem
como detalha algumas sugestões de políticas objetivando o incremento da exportação
de frutas por parte do Ceará. Metodologicamente utilizou-se de investigação explicativa,
bem como pesquisa de campo, pesquisa de dados secundários, entrevistas e pesquisa
bibliográfica. Os resultados obtidos confirmam o potencial exportador da fruticultura no
Ceará. Seguem-se recomendações de políticas.
SSD 336 - INTENSIDADE E ORIENTAÇÃO REGIONAL DO COMÉRCIO ENTRE OS
PAÍSES DO MERCOSUL NO PERÍODO DE 1990-2004.
ORLANDO MONTEIRO DA SILVA; ADRIANA FERREIRA SILVA;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Mercosul; Fluxo Comercial ; Intensidade de Comércio; Orientação
Regional; Grubel-Lloyd
Paralelo aos processos de integração econômica e expansão comercial tem-se observado
que, vários países, muitos deles parceiros comerciais, vem se tornando crescentemente
semelhantes em seus níveis de tecnologia e na disponibilidade de recursos, o que vem
proporcionando o aumento nas trocas em duas vias dentro de uma mesma indústria, que
configura no chamado comércio intra-indústria. Diante desse contexto, o presente trabalho
buscar avaliar em que medida o Mercosul tem apresentado efeitos sobre o comércio
regional. Para tanto foram utilizados, o Índice de Intensidade de Comércio (IIC), o Índice
de Orientação Regional (IOR) e o Índice Grubel-Lloyd (GL) de comércio intra-indústria.
O índice de intensidade de comércio indicou que as trocas comerciais entre Brasil e os
países do Bloco aumentaram com a formação do Mercosul. O índice de orientação regional,
apresentou valores crescentes e sempre superiores a 1, indicando tendência favorável a
expansão comercial dentro do bloco. Com relação ao índice GL, verificou-se aumento no
valor dos índices de comércio intra-indústria em várias seções e também no número de
seções com índices GL acima de 0, 50 Tais resultados indicaram diferenças produtivas
condizentes com o maior relacionamento intra-setorial multilateral, entre os países membros
do Mercosul. Indicaram, também, o maior potencial competitivo da indústria brasileira nas
seções que envolvem atividades industriais mais complexas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 292
Página 293
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 338 - EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS E DESINDUSTRIALIZAÇÃO: UMA
CONTRIBUIÇÃO AO DEBATE.
MARIA AUXILIADORA DE CARVALHO;
IEA, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: exportação agrícola; desindustrialização; constant market share;
competitividade; agricultura
Resumo: O objetivo do trabalho é contribuir para o debate sobre desindustrialização
no Brasil, atribuído à apreciação cambial, que para vários autores, decorre do aumento
das exportações agrícolas. Do emprego do método constant market share sobre as
informações de comércio exterior procedentes da FAO, para o período 1991-2003,
chegou-se à conclusão que a exportação agrícola brasileira cresceu a taxa bem superior
à potencial, resultado de aumento expressivo da competitividade. Depois da mudança do
regime cambial, em 1999, o aumento em competitividade foi em parte neutralizado pelo
aumento da participação na pauta de produtos cuja demanda mundial está em declínio.
A decomposição do valor exportado mostrou que prevaleceu o efeito do aumento da
quantidade, fato mais evidente depois da adoção do câmbio flutuante, porque nessa fase
o efeito preço foi negativo. Mesmo descontando o efeito da depreciação real do câmbio,
a mudança nos preços internacionais foi desfavorável à agricultura brasileira. O efeito
flexibilidade da pauta apresentou sinal negativo em todo o período, o que indica grande
participação de produtos em desacordo com a lei geral da oferta, fato mais grave no período
recente, quando a maior parte dos produtos cujas exportações aumentaram em volume
estava com preço em baixa no mercado internacional.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 339 - A EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇOES E DA COMPETITIVIDADE DO
COMPLEXO SOJA NO BRASIL E NO PARANÁ: 1990 - 2004.
CARLOS EDUARDO CALDARELLI; MARCIA REGINA GABARDO DA CÂMARA;
VANDERLEI JOSÉ SEREIA;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Complexo soja; Comércio Internacional; Moedlo Constant Market-Share;
Competitividade; Vantagens Comparativas
A sojicultura brasileira tem apresentado resultados promissores nos últimos anos, assumindo
papel atuante na pauta de exportações brasileiras. O artigo analisa o comportamento das
exportações da oleaginosa e demais produtos derivados da soja do Brasil e do Paraná
no período de 1990 a 2004, a relação com o mercado internacional e a tendência futura
das exportações. Os procedimentos metodológicos são descritos a seguir; primeiramente
foram identificados os produtos mais representativos da cadeia - a soja em grão, o farelo
de soja e óleo de soja; em segundo lugar calculou-se o índice de Herfindahl-Hirschman
(IHH), para verificar a evolução da concentração dos mercados para os quais o Brasil e o
Paraná exportam e para as exportações mundiais totais, como um indicador sintético de
concorrência mundial; em seguida utilizou-se o modelo “Constant Market-Share” (CMS), com
o objetivo de decompor as fontes de crescimento das exportações em quatro componentes,
sendo estes: o crescimento do comércio mundial, composição da pauta de exportação,
destino das exportações sendo a parcela residual o efeito competitividade. O complexo
no período como um todo diversificou seus parceiros comerciais, houve desconcentração
das exportações brasileiras e paranaenses, mas verificou-se a concentração do mercado
exportador de soja e o conseqüente acirramento da concorrência internacional. As grandes
fontes do crescimento do complexo soja no Brasil e no Paraná foram à competitividade
e o comércio mundial no período I, proporcionados pela abertura comercial pós 90 e a
competitividade no período III, fruto dos investimentos em P&D. O grande gargalo para o
crescimento das exportações pode ser salientado como a infra-estrutura e o protecionismo,
além da carência de políticas de interação entre diferentes segmentos de diferentes
complexos, gerando assim maiores sinergias.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 294
Página 295
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 340 - CONCENTRAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES E VULNERABILIDADE NO
NORDESTE BRASILEIRO.
EVELINE BARBOSA CARVALHO; RODRIGO SABOYA CASTRO ALVES;
UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: cONCENTRAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES; EXPORTAÇÕES
NORDESTINAS; GRAU DE CONCENTRAÇÃO; VULNERABILIDADE EXTERNA; PODER
DE MERCADO
Esta pesquisa objetiva avaliar o grau de concentração das exportações nordestinas por
produto e país de destino no período compreendido entre 1996 a 2004 e seus efeitos para
a região. Como objetivos específicos, tem-se a identificação dos destinos das exportações
dos principais produtos da pauta de exportação nordestina, analisando à luz do referencial
teórico, as possíveis conseqüências que um elevado grau de concentração pode propiciar.
Trata-se de pesquisa aplicada e quantitativa que propõe e aplica índice para o cálculo do
grau de concentração a partir da participação das exportações de cada estado da região
por produto e país de destino. O estudo conclui que os estados de Pernambuco e Alagoas
apresentam elevado grau de concentração das exportações em cana de açúcar destinada
à Rússia. O Rio Grande do Norte apresenta alta concentração das exportações de óleos
brutos de petróleo destinados à Trinidade e Tobaco, e Sergipe elevada concentração de
suco de laranja para a Holanda. Dois terços das exportações do estado do Maranhão,
segundo maior estado exportador da região, foram realizadas pela Companhia Vale do Rio
Doce. O estudo constatou que as economias dos estados de Pernambuco e Alagoas estão
dependentes e vulneráveis à economia russa e esse poder de monopsônio exercido pela
Rússia pode representar um custo social elevado para as economias vendedoras.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 341 - O REFLEXO DA CULTURA ORGANIZACIONAL NAS NEGOCIAÇÕES
INTERNACIONAIS DA EMPRESA TANAC.
LESSANDRA MEDEIROS DE OLIVEIRA; KEITILINE RAMOS VIACAVA; LETÍCIA DE
OLIVEIRA; LÚCIA REJANE ROSA GAMA MADRUGA; TANIA NUNES DA SILVA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - CENTRO DE ESTUDOS E
PESQUISA NO AGRONEGÓCIO, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Cultura organizacional; mudança organizacional; comércico internacional;
exportação; agronegócio
O presente trabalho procura responder: como a cultura organizacional interfere nas relações
internacionais demandadas pelo processo de exportação da empresa TANAC? Dessa
forma, busca elucidar como a diversidade cultural de outros países interfere na estratégia
de exportação da TANAC; como a cultura organizacional contribuiu para o perfil exportador
da empresa ao longo do tempo e como os aspectos culturais externos interferem nos
aspectos culturais internos e vice-versa. A abordagem teórica demonstra como a relação
entre os aspectos culturais e o comércio internacional se estabelece, destacando a influência
da cultura nas negociações internacionais, os elementos e as peculiaridades da cultura
organizacional e o processo de adaptação às mudanças a serem inseridas nas organizações
por conta dos relacionamentos internacionais. O trabalho caracteriza-se como um estudo
exploratório com abordagem qualitativa na análise. A amostragem foi não-probabilística do
tipo intencional ou de seleção racional. Para a coleta de dados incluiu os dados primários
obtidos por meio de entrevista em profundidade com a aplicação de um questionário
semi-estruturado, conversas informais, reuniões e palestras, que envolveu diretores e
gerentes da empresa e dados secundários obtidos em publicações do setor, documentos
da empresa, materiais de divulgação fornecidos pela empresa, internet e bibliografia. Como
conclusão, observa-se que seu perfil exportador influencia e é influenciado pela cultura
e que a necessidade de adaptação a uma grande diversidade cultural decorrente dos
mais de 70 países com os quais a empresa negocia é marcante e interfere diretamente
na consolidação de sua cultura organizacional. Assim, a preocupação ambiental, as
certificações e a atualização permanente são valores sedimentados por conta da sua
atividade intensa no mercado externo. A cultura, como preocupação dos stakeholders, é
manifestada nas ações educacionais em prol de seus funcionários, no desenvolvimento
regional e social proporcionado por suas atividades e nas questões ambientais. Além disso,
a empresa convive com a diversidade cultural, procurando adaptar-se a ela, e buscando
conhecimento e contatos que auxiliem na percepção cultural.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 296
Página 297
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 342 - A COMPETITIVIDADE DA BORRACHA NATURAL NO BRASIL.
ELAINE APARECIDA FERNANDES; PATRÍCIA LOPES ROSADO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIçOSA, VIçOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: BORRACHA; COMPETITIVIDADE; EXPORTAÇÃO; RAIZ UNITÁRIA;
BRASIL
Dado a grande importância da borracha natural para o país, o presente trabalho procura
analisar o seu nível de competitividade face a outras economias, também produtoras de
borracha, na tentativa de buscar soluções para melhorar a sua eficiência produtiva, dado que,
a exploração da borracha possui grande potencial na solução de problemas econômicos,
sociais e ambientais. Em termos gerais, busca-se avaliar, para a economia brasileira, o
comportamento das variáveis determinantes das demandas de importação e de exportação
da borracha natural, no período de 1974 a 2004. No que se refere especificamente a
borracha natural, os resultados mostram, de forma clara, como o Brasil vem perdendo
competitividade na sua exportação. Foi constado que quando a renda nacional aumenta,
a quantidade importada de borracha aumenta consideravelmente, entretanto, quando a
renda mundial aumenta, o quantum exportado permanece quase inalterado. Nesse sentido,
o fato das exportações não apresentarem as mesmas sensibilidades às variações da renda
no exterior quando comparada com as sensibilidades das importações às modificações
na renda nacional, gera sérias discussões sobre o tema do desequilíbrio da balança
comercial. A preferência do mercado doméstico sinaliza que a produção nacional devese reestruturar com base em novas técnicas e métodos de produção industrial. Assim, o
desenvolvimento da economia brasileira estaria em maior sintonia com o crescimento da
economia mundial.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 343 - A RODADA DO MILÊNIO: IMPACTOS SOBRE O AGRONEGÓCIO
BRASILEIRO.
MAURÍCIO JORGE PINTO DE SOUZA; HELOISA LEE BURNQUIST;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: LIBERALIZAÇÃO COMERCIAL; RODADA DOHA; AGRONEGÓCIO;
EQUILÍBRIO GERAL; MINIMAL
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 344 - CANAIS DE EXPORTAÇÃO PARA AS FLORES TROPICAIS DE
PERNAMBUCO: ANÁLISE DA INSERÇÃO NO MERCADO EUROPEU.
MANOEL XAVIER PEDROSA FILHO; LUIS ANDREA FAVERO;
UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Flores Tropicais; Canais de Exportação; Mercado Europeu; Pernambuco;
Logística
O presente trabalho tem por objetivo analisar os principais canais de exportação existentes
na cadeia produtiva de flores tropicais do estado de Pernambuco, tendo como foco central
a avaliação dos fatores que influenciam no nível de inserção no mercado europeu. A União
Européia representa o principal mercado mundial de flores. Este mercado é o principal
destino das exportações de flores tropicais de Pernambuco representando 99, 98 % da
receita total exportada em 2004. A metodologia de análise proposta toma como referência
conceitual o enfoque sistêmico de produto, sendo este complementado pelo enfoque
de supply chain management. Além de dados secundários, foram pesquisados dados e
informações de fontes primárias mediante a condução de entrevistas com “atores chave”
no âmbito do setor estudado, incluindo o Veiling Holambra. Os floricultores pernambucanos
têm buscado realizar as exportações através de ações cooperativas entre diversos
produtores e demais agentes do setor, a fim de viabilizar volume e regularidade, buscando
diminuir os custos de exportação. Neste contexto os produtores têm utilizado como canais
de exportação os Consórcios de exportação, as Empresas comerciais exportadoras e
a Cooperativa Veiling Holambra. Os canais de exportação analisados apresentam uma
série de aspectos favoráveis e desfavoráveis no que se refere à sua inserção no mercado
europeu. No entanto, percebeu-se que em todos os canais analisados o aspecto colaborativo
entre os agentes envolvidos é de extrema importância para a obtenção de uma maior
competitividade no mercado externo, através de ganhos de escala no volume de flores
exportadas, e de maior eficiência no atendimento aos importadores.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
O presente trabalho procura avaliar os possíveis impactos sobre o agronegócio brasileiro
de diferentes cenários de liberalização comercial resultantes da Rodada Doha. Para isso
é utilizado o Modelo Minimal de Equilíbrio Geral. Os resultados sugerem que tanto no
curto quanto no longo prazo, os setores ligados ao agronegócio brasileiro responderam
positivamente aos choques de liberalização comercial simulados. Porém os ganhos para os
setores ligados ao agronegócio são significativamente mais altos no longo prazo e quando
a liberalização completa é considerada. Dentre os setores mais beneficiados estão o Abate
de Animais, a Indústria de Laticínios e a Indústria do Açúcar.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 298
Página 299
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 345 - IMPACTOS ECONÔMICOS DE MEDIDAS TÉCNICAS IMPOSTAS SOBRE
AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE LEITE CONDENSADO.
MAURÍCIO JORGE PINTO DE SOUZA; FRANCINE ROSSI RODRIGUES; HELOISA LEE
BURNQUIST;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: MEDIDAS TÉCNICAS; AGRO-ALIMENTARES; LEITE CONDENSADO;
EQUILÍBRIO GERAL; MINIMAL
Este trabalho apresenta as principais exigências técnicas impostas ao leite condensado
pelos principais importadores do produto, Angola, Estados Unidos e Trinidad e Tobago e a
simulação, através de um modelo de equilíbrio geral, dos impactos de um banimento das
exportações brasileiras de leite condensado para os estes mercados como conseqüência
da hipótese do setor exportador do Brasil não cumprir as exigências técnicas impostas por
esses países. O leite condensado foi selecionado para a análise por se constituir em um
dos produtos de maior expressão na exportação brasileira de lácteos, com potencial para
ampliar mercado. Os resultados sugerem que os efeitos de um banimento das exportações
de leite condensado, considerando cada um dos três países isoladamente, são negativos
para a economia brasileira. Em termos setoriais, a indústria de laticínios é afetada na forma
de uma redução do emprego e da produção.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 346 - O COMPORTAMENTO LOCACIONAL DA MÃO-DE-OBRA NA REGIÃO
SUDESTE DO BRASIL: NOTAS COMPARATIVAS A PARTIR DOS INDICADORES DE
ANÁLISE REGIONAL.
JANDIR FERRERA DE LIMA; LUCIR REINALDO ALVES; ELVANIO COSTA DE SOUZA;
SANDRA MARA PEREIRA; ÉDERSON JUNIOR RODRIGUES;
UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Análise regional; Economia regional; Localização; Brasil; Emprego
O objetivo deste artigo é analisar o comportamento locacional da mão-de-obra ocupada nas
atividades produtivas na região Sudeste do Brasil. A análise regional compara os Estados da
região Sudeste internamente e também com o Brasil. Em ambas as análises os resultados
apontaram o “peso” do Estado de São Paulo nas atividades do setor secundário. Rio de
Janeiro e São Paulo foram expressivos a ocupação da mão-de-obra em atividades ligadas
ao setor terciário. Espírito Santo, Minas Gerais e o “resto do Brasil” apresentaram maior
destaque para o emprego nas atividades primárias. Os resultados apontaram uma maior
diversificação da ocupação da mão-de-obra em todos os Estados da região Sudeste do
Brasil no decorrer do tempo.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 347 - TURISMO E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL - PERFIL DA ESTRUTURA
DE HOSPEDAGEM RURAL NA REGIÃO CENTRAL DO RS.
JOSÉ MARCOS FROEHLICH; PAULO ROBERTO DULLIUS; LETÍCIA - CAVALHEIRO;
UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Multifuncionalidade do rural; turismo rural; desenvolvimento territorial;
desenvolvimento rural; multifuncionalidade da agricultura
Nas dinâmicas sociais contemporâneas, os territórios rurais vêm assumindo novas funções
que vão além da sua histórica função agrícola. No âmbito da chamada multifuncionalidade
do rural, tem sido notável o crescimento de serviços e estabelecimentos voltados ao turismo
e ao lazer. O presente trabalho buscou identificar e caracterizar os estabelecimentos e as
ocupações rurais envolvidas na oferta das diversas formas de hospedagem disponíveis no
rural da região central do RS, como Pousadas Rurais, Hotéis-Fazenda e Fazendas-Hotel.
Levantou-se um conjunto de oito(8) estabelecimentos que oferecem um total de 227 leitos,
onde predomina a mão-de-obra feminina e contratada, com escolaridade de nível médio e
proveniente do próprio município onde se localiza o empreendimento.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 348 - GRAU DE MODERNIZAÇÃO DO SETOR AGROPECUÁRIO NA REGIÃO
NORTE DO BRASIL.
JAIR CARVALHO DOS SANTOS; CRISTIANE MÁRCIA SANTOS; JOÃO EUSTÁQUIO
DE LIMA;
UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Modernização agropecuária; Análise multivariada; Amazônia; Análise
fatorial; Cluster
O objetivo deste estudo foi identificar o grau de modernização do setor agropecuário nas
microrregiões homogêneas da Região Norte do Brasil e classificá-las. Foi utilizada a técnica
multivariada de análise fatorial aplicada a um conjunto de indicadores relacionados ao
emprego de insumos modernos, para identificação dos fatores de modernização, e também
a técnica de análise de cluster e a construção de um índice de multicausas para classificação
das microrregiões em cinco agrupamentos ou classes de intensidade de modernização.
Os resultados demonstraram a predominância do baixo grau de modernização, exceto
em algumas regiões próximas à Belém, capital do Estado do Pará, e à Manaus, capital do
Estado do Amazonas. O índice de modernização construído mostrou-se consistente para
ordenar as microrregiões.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 300
Página 301
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 349 - AS DESIGUALDADES ECONÔMICAS REGIONAIS E O SETOR
AGROPECUÁRIO DO RIO GRANDE DO SUL.
INAJARA MARTINS BATISTA; VICENTE C. P. SILVEIRA; FLAMARION DUTRA ALVES;
UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Desigualdades Regionais; Setor Agropecuário; Produto Interno Bruto;
Valor Adicionado Bruto da agropecuária; Desenvolvimento territorial
SSD 350 - CARACTERIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL DOS MUNICÍPIOS
PARANAENSES.
CARMEM OZANA DE MELO; JOSÉ LUIZ PARRÉ;
UEM, MARINGA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento rural; Paraná; Estatística Multivariada; Desenvolvimento
Agricola; Agronegocio
Do ponto de vista do desenvolvimento econômico, o Rio Grande do Sul apresenta uma
realidade bastante particular, quando considera-se o Estado dividido em duas regiões,
Metade Sul e Norte. A Metade Sul, que antes detinha o poder econômico acaba, a partir da
metade século XX, por entrar em um período de estagnação econômica que persiste até os
dias atuais. A Metade Norte, por sua vez, passa de condição de “atrasada” para a Região
economicamente mais desenvolvida do Estado. Este processo teve continuidade na medida
em que se observa a concentração econômica em uma área da Metade Norte, definido
por Alonso et al (1994) como Região Nordeste. Assim considera-se no presente trabalho
o Estado dividido em três Regiões: Nordeste, Norte e Sul. Vários fatores contribuíram para
essa condição de concentração econômica, porém destaca-se o processo de ocupação,
de urbanização e industrialização do Estado. A importância do Setor Agropecuário para
Rio Grande do Sul é amplamente reconhecida e as desigualdades regionais, à medida
que se acentuam, atingem diretamente as atividades deste setor. A Região Nordeste, com
apenas 8, 98% da área, representa 53, 44% do PIB Total e participa com 15, 53% do VAB
da Agropecuária do Estado. Porém, em termos monetários por área a participação da
Região é superior as Regiões Sul e Norte, as quais participam em uma área de 86, 45%
com 84, 47% do VAB da agropecuária estadual. A Região Nordeste apresenta algumas
vantagens sobre as demais Regiões, onde destaca-se a estrutura do mercado consumidor,
com maior poder aquisitivo. Também o fato das atividades agropecuárias desenvolvidas
serem mais dinâmicas, além das oportunidades para industrialização e comercialização,
diferentemente das Regiões Sul e Norte. A partir desta análise, verifica-se a importância do
estudo da dinâmica deste processo, a fim de que sejam elaboradas políticas eficientes de
modo que sejam minimizados os efeitos das desigualdades econômicas regionais sobre
o Setor Agropecuário do Rio Grande do Sul
O setor agrícola paranaense inseriu-se no processo de modernização, apresentando
alterações significativas na sua estrutura produtiva, com reflexos econômicos e sociais
importantes no meio rural. Neste sentido, este trabalho objetivou mensurar o índice de
desenvolvimento rural dos municípios paranaenses, identificando os fatores determinantes.
Os resultados mostraram que o índice médio de desenvolvimento rural situou-se em 43, 63,
o que resultou num total de 179 municípios (44, 86%) acima deste valor e 220 municípios
(55, 14%) abaixo deste índice. O fato de que mais da metade dos municípios se encontra
nos níveis baixo, muito baixo e muitíssimo baixo de desenvolvimento rural sugere a
necessidade de medidas no sentido de minimizar os efeitos gerados pelos aspectos que
devem ser trabalhados de forma mais intensa, no sentido de melhorar a vida no campo e,
por conseguinte, a situação dos municípios.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 351 - DETERMINANTES DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
DOS MUNICÍPIO DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ: HIERARQUIZAÇÃO E
REGIONALIZAÇÃO.
GERSON HENRIQUE DA SILVA; CARMEM OZANA DE MELO; MAURA SEIKO TSUTSUI
ESPERANCINI;
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA- UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL;
Palavras-chave: DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO; MUNICÍPIOS; PARANÁ;
ANÁLISE MULTIVARIADA; FATORES
O desenvolvimento constitui uma meta perseguida pelos povos e deve englobar aspectos
econômicos, sociais e educacionais. Neste sentido, este trabalhou tem por objetivo analisar
o desenvolvimento dos municípios da região oeste do Paraná, empregando as técnicas
de análise fatorial e de cluster, a fim de identificar os fatores determinantes e agrupar os
municípios de acordo com suas características face ao fenômeno. Os resultados permitiram
identificar cinco grupos de municípios, além dos aspectos que devem ser trabalhados, na
busca pelo desenvolvimento.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 302
Página 303
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 352 - COMPOSIÇÃO DE CULTURAS E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO NA
AGROPECUÁRIA PAULISTA DE 1969-1971.
JOSÉ SIDNEI GONÇALVES; ANDRÉA LEDA RAMOS DE OLIVEIRA OJIMA; SUELI ALVES
MOREIRA SPUZA; JOSÉ ALBERTO ANGELO;
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA (IEA-APTA), SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: AGROPECUÁRIA PAULISTA; AGRICULTURA PAULISTA;
TRNSFORMAÇÕES ECONÔMICAS; CADEIAS DE PRODUÇÃO; COMPOSIÇÃO DE
CULTURAS
SSD 353 - EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DA RENDA E DA POBREZA DAS FAMÍLIAS
OCUPADAS E RESIDENTES NO MEIO RURAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS, DE
1981 A 2003.
LUIZ EDUARDO VASCONCELOS ROCHA; PATRICIA DE MELO ABRITA BASTOS; GILNEI
COSTA SANTOS;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI, SÃO JOÃO DEL REI, MG,
BRASIL;
Palavras-chave: rural mineiro; desigualdade; pobreza; pluriatividade; perfil ocupacional
A agropecuária paulista realizou consistente processo de transformações estruturais
no período posterior a 1970, sendo que isso ocorre numa realidade de esgotamento
da fronteira agrícola estadual. As síntese das mudanças na composição de culturas da
agropecuária paulista pode ser representada pelo avanço da cana para industria sobre
áreas de pastagens numa estrutura que revela intenso progresso técnico. O aumento de
produtividade em si não garante poder de expansão de dada cultura uma vez que a cana
para indústria com o menor aumento nesse indicador dentre as atividades que realizaram
intensa inovação foi a que mais ganhou em expressão espacial. Já a pecuária de corte
cujo incremento percentual de produtividade da terra foi mais de quatro vezes maior que
o da cana, foi a que mais cedeu espaço cultivado. No tocante à regionalidade verificase o avanço das lavouras no sentido do Oeste, num processo puxado pela cana e pela
soja, com o que eleva-se de forma expressiva a proporção das áreas de lavouras como
proporção da área agropecuária total. Os resultados produzidos pela transformação da
agropecuária paulista desde 1970 consistem na preponderância de culturas que no plano
externo de demanda e de preços relativos tiveram estímulos esternos e, no plano interno
consolidaram consistentes cadeias de produção que irradiaram de forma intensa e precisa
esses estímulos para a estrutura produtiva.
O presente artigo discute a evolução da distribuição da renda e pobreza das famílias
rurais de Minas Gerais diante da nova conformação do espaço rural a partir da década
de oitenta, onde observa-se a interseção cada vez menor entre o meio rural e o setor
agrícola. Isso ocorre, segundo Graziano da Silva, com a modernização da agricultura, onde
as atividades do setor não mais demandam dedicação exclusiva, propiciando o processo
de “mercantilização do tempo livre”, que atua modificando o perfil ocupacional destas
famílias e por conseguinte a renda das mesmas. Neste contexto, a pesquisa, ao descrever
a nova conformação do espaço rural mineiro, em termos de ocupação e renda, pretende
contribuir com a implementação de políticas públicas que contemplem as especificidades
regionais concernentes ao novo rural. A base de dados utilizada é a Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD), nas quais foram realizadas adaptações metodológicas
para que haja comparabilidade entre os anos que a pesquisa abarca. Isto posto, realizouse a decomposição das famílias segundo o ramo de atividade (agrícola, pluriativa e nãoagrícola) e condição na ocupação (empregadora, conta-própria, assalariado) constituindo-se
nove grupos de análise. Para analisar a distribuição de renda utilizou-se duas medidas:
relação da renda média dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres e o índice de Gini.
Quanto a análise da pobreza, utilizou-se a família dos índices parametrizados FGT. Os
resultados obtidos demonstram que as atividades não-agrícolas apresentam-se como
uma alternativa efetiva de ocupação para as famílias rurais. Outrossim, as famílias que
mesclaram atividades agrícolas e não-agrícolas foram responsáveis pelos melhores
rendimentos médios, concedendo à pluriatividade lugar de destaque neste novo rural.
Contudo, as “novas” atividades ainda não foram capazes de diminuir o quadro negativo
da concentração de renda. Quanto a pobreza, observou-se queda, principalmente para
as famílias de empregados.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 304
Página 305
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 354 - TURISMO EM ÁREAS RURAIS - PERSPECTIVAS DA ORGANIZAÇÃO
LOCAL NO CASO DAS TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA (MG).
YUMI KAWAMURA;
UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: turismo; desenvolvimento territorial; participação; política pública;
organização local
Este trabalho enfoca o desenvolvimento turístico em áreas rurais, através de um estudo de
caso na região das Terras Altas da Mantiqueira (TAM) no sul do Estado de Minas Gerais, onde
este processo está sendo considerado como elemento essencial para o desenvolvimento
regional e para a preservação do meio ambiente. Destaca-se uma iniciativa de organização
do setor privado, que procurou reunir os hoteleiros e atores afins, criar uma identidade
regional e articular-se com o poder público visando o desenvolvimento sustentável do
turismo na região e a dinamização econômica regional impulsionada pela atividade
turística. A análise do processo de organização do turismo implementado pela Associação
Terras Altas de Mantiqueira (ATAM) revelou os êxitos e as deficiências de tal iniciativa. Os
principais fatores que limitaram sua atuação estão ligados a problemas de planejamento,
gerenciamento e participação, assim como ao contexto político-institucional.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 355 - O PROBLEMA DA NÃO DEFINIÇÃO DA UNIDADE ECONÔMICA BÁSICA
NA AGRICULTURA.
PEDRO SELVINO NEUMANN; VIVIEN DIESEL; VIVIEN DIESEL;
UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Unidade de Produção Agrícola; Estabelecimento Rural; Imóvel Rural;
Propriedade Agrícola; desenvolvimento rural
O presente trabalho tem como objetivo identificar e comparar as estimativas geradas pelo
uso das diferentes unidades básicas nos levantamentos rurais, como é caso do conceito
de “Estabelecimento Agrícola” utilizado pelo IBGE, de “Imóvel Rural” utilizado pelo INCRA,
de “Propriedade Agrícola” pelo Código Florestal e pelo Estatuto da Terra, de “Unidade de
Produção” por algumas instituições de pesquisa, entre outros. A confusão existente entre
estes termos é constantemente percebida por quem necessita de informações precisas
da realidade rural para elaborar suas estratégias de ação. Assim, amparado na simulação
da aplicação desses diferentes conceitos à realidades de municípios da região Central do
RS, o estudo aponta para a necessidade, no seio da própria agricultura, da utilização de
ferramentas adequadas às novas exigências e a noção de Unidade Produção Agrícola
deveria ser examinada neste contexto. Afinal, no momento em que as políticas buscam
objetivos que ultrapassam as estritas funções produtivas, deveria ser possível precisar
quais populações estão envolvidas e que tipo de dados são mais adequados.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 356 - A ORGANIZAÇÃO DE REDES DE UNIDADES PRODUTIVAS COMO
INSTRUMENTO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL RURAL: UMA
EXPERIÊNCIA NO ESTADO DO PARANÁ.
DIMAS SOARES JÚNIOR; RODNE DE OLIVEIRA LIMA;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: redes interorganizacionais; desenvolvimento territorial rural; agricultura
familiar; Paraná; pesquisa e desenvolvimento
O presente texto discute as possibilidades da organização de redes de unidades produtivas
como instrumento de apoio ao desenvolvimento territorial rural (DTR), tomando como objeto
de análise empírica o projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar, conduzido no
Estado do Paraná, Brasil, sob responsabilidade do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR)
e Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER/PR). Partindo
do referencial teórico analisado e de informações coletadas junto a especialistas envolvidos
com o tema, o trabalho discute a pertinência da organização de redes em ações de DTR,
bem como os ajustes necessários no atual projeto para a sua adoção nessa perspectiva.
Considerando aspectos relativos à formação de capital social, à valorização de atributos para
a construção de territórios e ao incentivo do desenvolvimento endógeno, a pesquisa aponta
a adoção da estratégia de redes de unidades produtivas como instrumento adequado às
ações de DTR. Constata também que as perspectivas da inovação tecnológica e gerencial;
de aumento da competitividade territorial; de aprimoramento institucional associado à
transformação dos sistemas produtivos; e a possibilidade de validação e transferência
de inovações surgidas no meio rural, todos elementos presentes no projeto Redes de
Referências para a Agricultura Familiar, qualificam-no como potencialmente útil às ações
desenvolvidas sob o enfoque do DTR. O texto aborda ainda as perspectivas futuras para
o projeto Redes de Referências, considerando sobretudo os aspectos necessários para a
sua adequação ao enfoque do desenvolvimento sob a ótica territorial. Tais aspectos são
discutidos considerando o escopo atual do projeto, as mudanças de ordem metodológica
e/ou operacional pertinentes e, ainda, os ajustes necessários no plano institucional para
a sua implementação, oferecendo assim, elementos que devem permitir uma melhor
adequação da proposta às ações de DTR.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 306
Página 307
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 357 - ATIVIDADE PESQUEIRA NA AMZÔNIA: LIMITES E POSSIBILIDADES PARA
O DESENVOLVIMENTO LOCAL.
MARCELO BENTES DINIZ; MARCIA JUCÁ TEIXEIRA DINIZ; RICARDO BRUNO SANTOS;
GISALDA CARVALHO FILGUEIRAS CARVALHO FILGUEIRAS;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: Pesca; Desenvolvimento; Local; Amazônia; Norte
SSD 358 - DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE PRODUTORES
NA REGIÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE – SP.
ROSÂNGELA ROSÂNGELA;
FCT/UNESP, PRESIDENTE PRUDENTE, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Estratégias; ação coletiva; associativismo; participação; Região de
Presidente Prudente
A atividade pesqueira é considerada uma dessas atividades tradicionais da Amazônia,
enquanto ligada ao próprio modo de vida região. É uma atividade muito importante, mas
que não tem sido capaz de criar um dinamismo interno para o desenvolvimento local,
especialmente quanto mecanismo endógeno. Assim sendo, propõe-se neste artigo estudar
as suas características, enquanto capazes ou não de dinamizar esse desenvolvimento
local na região da Amazônia Legal. Isto implica verificar suas especificidades na região,
indicando seus limites e potencialidades. A metodologia empírica principal utilizada neste
estudo será os estudos de Arranjos Produtivos Locais – APL realizados pela Agência
de Desenvolvimento da Amazônia – ADA, concomitante a uma análise com base na
Matriz Insumo-Produto e de Contabilidade Social para os Estados do Pará, Amazonas e
Amapá.
A pesquisa teve como objetivo principal identificar e analisar as características das
associações de produtores rurais existentes nos vinte e um (21) municípios que integram
o Escritório de Desenvolvimento Rural – EDR de Presidente Prudente. Para se alcançar
esse objetivo procedeu-se, além da revisão bibliográfica sobre a organização coletiva no
meio rural, o levantamento de dados de fonte secundária (LUPA, 1997) e primária, por meio
da elaboração e aplicação de questionário aos presidentes das associações de produtores
rurais. A escolha desta área para a realização da pesquisa se deve ao fato de concentrar
um grande número de pequenas unidades produtivas rurais que, embora apresentem
significativa importância econômica e social, têm enfrentado inúmeras dificuldades de
ordem tecnológica, econômica e social para se manterem no campo. Nesse contexto,
as associações de produtores poderiam se constituir numa estratégia importante para
garantir a manutenção da propriedade, bem como a reprodução econômica e social da
família. Todavia, em virtude da falta de comprometimento e de participação mais efetiva
dos produtores, as associações têm encontrado dificuldades para se constituírem como
um espaço de discussão dos problemas e de busca de alternativas bem como a sua
efetivação como um canal de representação dos interesses dos produtores na escala local,
impossibilitando a articulação com outros agentes e/ou órgãos, o que poderia melhorar as
condições de produção e de reprodução social e econômica dos produtores.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 308
Página 309
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 359 - PROPOSTA DE METODOLOGIA DE RATING PARA COOPERATIVAS
AGROPECUÁRIAS.
DAVI ROGÉRIO DE MOURA COSTA; SIGISMUNDO BIALOSKORSKI NETO;
FUNDAÇÃO GERTULIO VARGAS, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Cooperativas agropecuárias; Rating; Economia da Informação;
Cooperativismo; Assimetria de Informação
A partir do inicio da década de noventa ocorreram diversas mudanças no ambiente
institucional do cooperativismo brasileiro, dentre eles a extinção do Banco Nacional de
Crédito Cooperativo (BNCC) e problemas macroeconômicos na agricultura elevaram a
necessidade das cooperativas obter recursos financeiros junto a terceiros. Diante do novo
cenário e baseado em teorias econômicas que apontam que a existência de assimetria de
informações, manifestadas nas formas de seleção adversa ou risco moral (moral hazard),
gera ineficiência no funcionamento do mercado procurou-se estudar mecanismos de
sinalização para reduzir essa assimetria entre gestores das cooperativas e mercado. Assim
foi desenvolvida e testada uma metodologia por meio de um estudo de caso. Os resultados
obtidos permitem concluir que a metodologia criada é aplicável e que seus resultados seriam
mais significativos se houvesse a discussão sobre os pesos dos indicadores e das notas
dos tópicos e grupos, nos denominados comitês de rating, a exemplo do que é feito pelas
agências que os elaboram. Como sugestão, é apresentada a necessidade de que novas
aplicações da metodologia sejam realizadas para testá-la junto a outras organizações, de
forma a consolidá-la como um sinalizador a ser usado pelo mercado e cooperado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 360 - INOVAÇÃO E PRÁTICAS ENDÓGENAS NA ATIVIDADE PESQUEIRA DO
BAIXO TOCANTINS: UMA ALTERNATIVA FACE À DIFICULDADE DE OFERTA.
GISALDA CARVALHO FILGUEIRAS CARVALHO FILGUEIRAS; JOSÉ NAZARENO
ARAÚJO DOS SANTOS;
NAEA-UFPA, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: Pesca e economia; Baixo Tocantins; acordo de pesca; inovação;
endogeneidade
A atividade pesqueira desenvolvida no âmbito da região do Baixo Tocantins acaba sendo de
grande valia, principalmente para as populações ribeirinhas, tanto na composição de sua
dieta alimentar, mas também por permitir que, por meio da ocupação de força de trabalho,
se obtenha renda para realizar os chamados consumos complementares. Este artigo tenta
mostrar como as comunidades mais afetadas com os impactos contraproducentes na pesca
estão reagindo ao problema de redução de oferta de pescado. Procura elucidar que as
praticas endógenas aliadas as inovativas são um meio potencial de superação desta crise.
Finalmente, apresenta resultados importantes obtidos a partir destas práticas, bem como
análises dos prováveis benefícios daí vindouros.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 361 - CAPITAL SOCIAL E ACESSO AO CRÉDITO NA AGRICULTURA
FAMILIAR.
CLAUDIA ANDREOLI GALVÃO; LUIZ FERNANDO DE MATTOS PIMENTA; VIOLETA DE
FARIA PEREIRA; MARIÂNGELA DA SILVA DUARTE;
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASíLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Capital social; Crédito Rural; Agricultura Familiar; Associativismo;
Cooperativismo
O capital social insere as relações sociais na agenda do desenvolvimento, estabelece
ligações entre as relações sociais e os resultados econômicos, auxilia os excluídos das
áreas rurais, ampliando a sua participação no processo de desenvolvimento, através da
sua participação na tomada de decisões. O capital social se constitui em um bem público,
enquanto o capital convencional se constitui em um bem privado. O capital social é
produzido como um subproduto das relações sociais, sendo a confiança um componente
essencial.
As organizações governamentais e não governamentais, o setor privado, os grupos
comunitários, as cooperativas, os grupos religiosos e outros, são atores importantes
na formação de capital social. A prosperidade econômica geralmente ocorre quando os
grupos primários se conectam a outros grupos por meio de laços transversais. Quando os
grupos primários estão desconectados, os grupos mais poderosos passam a agir sobre
as estruturas sociais, de forma a excluí-los.
Para os propósitos deste artigo o capital social é definido como as normas e relações sociais
enraizadas na estrutura social que torna possível que atores coordenem suas ações no
sentido de atingir os fins que se propuseram
Assim o objetivo deste trabalho foi tentar estabelecer as correlações entre a existência de
capital social entre os agricultores familiares e sua capacidade de acesso e uso às linhas
de crédito do Programa Nacional de Agricultura Familiar (PRONAF).
Através da utilização de dados e informações secundárias sobre o acesso ao crédito nas
diferentes regiões geográficas do Brasil, foram estabelecidas hipóteses de suas relações
com os tipos e elementos de capital social.
O trabalho se inicia pelo Referencial Teórico, onde se fará uma breve retrospectiva
das diferentes abordagens teóricas do capital social, revisando em maiores detalhes a
abordagem teórica de Lin (1999) e Fox (1996). Em seguida são apresentados e discutidos
os Resultados da Análise dos Dados de Acesso e Uso das Linhas de Crédito do Programa
Nacional de Agricultura Familiar (PRONAF), a Metodologia e as Considerações Finais.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 310
Página 311
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 362 - INVESTIGAÇÃO DO DESEMPENHO DAS COOPERATIVAS DE CRÉDITO
DE MINAS GERAIS POR MEIO DA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA).
MARCO AURÉLIO MARQUES FERREIRA; ROSIANE MARIA LIMA GONÇALVES;
UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Cooperativas; Eficiência; Microcrédito; Microfinanças; Cooperativismo
O trabalho buscou investigar o desempenho das Cooperativas de Economia e Crédito Mútuo
de Minas Gerais, fundamentando-se nas bases conceituais de eficiência, contextualizadas
no papel dessas organizações, enquanto instituições de intermediação financeira entre os
cooperados. A mensuração da eficiência se deu por meio da Análise Envoltória de Dados
(DEA), construída na égide das informações contábeis e financeiras de 105 cooperativas
de crédito que compuseram o escopo da pesquisa, no ano de 2003. Os resultados
expõem as limitações de eficiência das cooperativas de crédito, principalmente no que se
refere à subutilização dos recursos produtivos, ao passo que se assevera a importância
de se acompanhar o desempenho dessas organizações como fator de manutenção e
sustentabilidade desses empreendimentos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 363 - ESTRATÉGIAS DAS COOPERATIVAS DE LATICÍNIOS NO ESTADO DE SÃO
PAULO: CASO COOPERATIVA DE LATICÍNIOS DE SOROCABA: COLASO.
RALPH PANZUTTI;
UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP/SP), SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Cooperativa Agrícola; Estratégias Cooperativas; Cooperativismo;
Complexo Leiteiro Cooperativo; Complexo Leiteiro
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 364 - A AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA PARAIBANA: IMPLICAÇÕES DA CRISE
NO EMPREGO E NA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA NA DÉCADA DE 1990.
KEYNIS CÂNDIDO SOUTO; GUILHERME DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI; MÉRCIA
SANTOS DA CRUZ;
PPGE/UFPB, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL;
Palavras-chave: agroindústria; cana de açúcar; Paraíba; desemprego; arrecadação
tributária
A cultura da cana-de-açúcar foi implantada na Paraíba em 1586. Desde então, o
desenvolvimento do setor, apresentou momentos de crescimento e de crise. Porém, a partir
de 1986, observou-se com mais intensidade, uma tendência recessiva que se agravou
na década de 1990. Sendo assim, o objetivo do trabalho é identificar as implicações
sócio-econômicas da crise na agroindústria canavieira paraibana na década de 1990.
Os dados foram obtidos junto ao IBGE, ASPLAN-PB, SEPLAN-PB e IPEA. Os dados
referentes à arrecadação tributária do setor, os valores de 1990 a 1993 foram convertidos
para o Real e depois, todos de 1990 a 2000 foram deflacionados utilizando o IGP-DI. Os
resultados mostram que as principais conseqüências da crise na agroindústria canavieira
paraibana foram, a queda no número de empregos, que estimularam o êxodo rural e a
redução na renda, dada pelo encerramento das atividades de seis unidades industriais.
Com o encerramento das atividades destas unidades industriais a produção diminuiu e a
arrecadação tributária do Estado apresentou uma diminuição significativa principalmente,
nos setores primário e secundário.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
RESUMO:
Este estudo analisa de que forma o empreendimento cooperativo pode atuar para atender
às exigências do mercado externo competitivo e também do seu próprio mercado formado
pelos seus fornecedores. Privilegia-se a perspectiva do investimento e do processo de
fidelização dos cooperados. Tomando como fonte básica de dados os documentos internos
da cooperativa COLASO, foram levantados os investimentos realizados no período de 1970
a 2004 para a industrialização do leite e seus derivados. Os resultados obtidos indicam que,
no que se refere ao denominado problema do horizonte, não se sustenta a afirmação de
que as cooperativas tendem a rejeitar estratégias que impliquem investimentos por longos
períodos para viabilizar projetos de diferenciação de produtos. Também não se sustenta
a idéia de que o desvio da produção pode promover a perda do valor dos investimentos
realizados.
Palavras-Chave: Cooperativa Agrícola, Estratégias Cooperativas, Cooperativismo
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 312
Página 313
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 365 - CONDIÇÕES E ACESSO À SAÚDE ENTRE OS OCUPADOS NOS SETORES
AGRÍCOLA, INDUSTRIAL E SERVIÇOS: UMA ANÁLISE REGIONAL EM ANOS
RECENTES, 1998 E 2003.
FABÍOLA CRISTINA DE OLIVIEIRA; ANGELA MARIA CASSAVIA JORGE CORRÊA;
UNIMEP - ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Condição de saúde; Acesso à saúde; Agricultura; Indústria; Serviços
O estudo efetua análise da evolução do perfil das condições de saúde e acesso a serviços
em saúde entre as pessoas ocupadas no setor agrícola, industrial e serviços, para o
agregado do Brasil e suas grandes regiões entre os anos de 1998 e 2003, procurando
destacar as diferenças regionais. A base de dados se constitui de informações extraídas
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que nos anos de 1998 e 2003
contemplou em seu Suplemento Especial o tema da Saúde. A análise da condição da
saúde e do perfil de acesso e utilização dos serviços em saúde é desenvolvida através de
análise exploratória de dados, fundamentada em métodos da estatística descritiva. De um
modo geral, verificou-se que não houve substanciais diferenças intersetoriais e regionais
quanto ao estado de saúde, obtido através do ponto de vista da própria pessoa. Entre
1998 e 2003 houve um aumento relativo do número de pessoas que declararam possuir
o hábito de procurar pelo mesmo serviço de saúde, indicando que uma maior parcela de
pessoas foram incorporadas ao sistema de saúde brasileiro, seja privado ou público, em
todas as regiões do país. Com relação ao perfil da utilização e financiamento por serviços
de saúde, as regiões Norte e Nordeste colocam-se em direções opostas ao estado de São
Paulo e regiões Sul e Centro-Oeste. São Paulo, o estado que mais se beneficiou de todo o
processo de expansão industrial do país, destaca-se por apresentar financiamento de seus
serviços de internação hospitalar através de planos de saúde e pela maior concentração
de pessoas possuidores de planos e seguros de saúde. Segue-se a esse estado a região
Sul, os demais estados do Sudeste e Centro-Oeste. De modo geral é preciso destacar a
inequívoca dependência dos trabalhadores ocupados nos setores industrial e serviços, e
principalmente, entre os agricultores, relativamente ao sistema público de saúde, o que
implica que o SUS é essencialmente importante no financiamento de saúde entre esses
trabalhadores, pois percentuais elevados de pessoas recorrem a esse sistema para
atendimento básico de saúde e atendimento de média e alta complexidade.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 366 - CRESCIMENTO DO PRODUTO AGROPECUÁRIO: UMA APLICAÇÃO DO
VETOR AUTO-REGRESSIVO (VAR).
LÉO DA ROCHA FERREIRA; CARLOS ALBERTO GONÇALVES DA SILVA; PAULO
FERNANDO CIDADE DE ARAÚJO;
UERJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: produtividade dos fatores; produto agropecuário; mão-de-obra agrícola;
vetor auto-regressivo; agricultura brasileira
O trabalho examina os efeitos da área agricultável, mão-de-obra, capital e insumos sobre o
valor da produção agropecuária para o período 1970/1995. Seu principal objetivo é estimar
a produtividade dos fatores de produção na agricultura utilizando a metodologia de Autoregressão Vetorial. As propriedades de integração e co-integração das séries utilizadas no
modelo foram consideradas na análise, bem como análise de decomposição de variâncias
e análise de funções de resposta a impulso.
O modelo de correção de erro estimado mostra que o efeito de curto prazo das variações do
capital, mão-de-obra e insumos indicam variações significativas no produto agropecuário.
Para os coeficientes estimados de curto prazo das variáveis capital e insumos, os sinais
positivos estão coerentes com o processo de modernização da agropecuária brasileira.
Os resultados obtidos mostraram que, as variáveis são co-integradas, ainda assim, as
elasticidades de longo prazo, mão-de-obra e capital são menores que a unidade, ou seja,
são relativamente inelásticas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 314
Página 315
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 367 - EMPREGO RURAL NA FRUTICULTURA PARAIBANA NO PERÍODO 19902003.
ANA PAULA LOPES DE SOUZA; GUILHERME DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI;
MÁRCIA BATISTA FONSECA;
UFPB, JOAO PESSOA, PB, BRASIL;
Palavras-chave: emprego; fruticultura; agricultura; paraiba; tecnologia
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 368 - O PROGRAMA DOCUMENTO NORDESTE E AS NOVAS FORMAS DE
ABORDAR A GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA NAS REGIÕES DO RIO SÃO
FRANCISCO E NA SERRA DA CAPIVARA NO PIAUÍ.
ANA ELIZABETE DA S. PEREIRA; PAULO AGUIAR DO MONTE;
FACULDADE MARISTA, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Novas Ruralidades; Comunicação rural; Desenvolvimento Local;
Imaginário; Culturas populares
Resumo
A fruticultura movimenta no Brasil um PIB de US$ 1, 5 bilhão, ocupando uma área de 2,
6 milhões de hectares, equivalente a 5% da área cultivada, onde são gerados 4 milhões
de empregos e no estado da Paraíba caracteriza-se como uma importante alternativa na
geração de emprego e renda. A literatura existente sobre a fruticultura no estado revela que
há poucos estudos sobre o emprego da mão-de-obra na produção de frutas, principalmente
no que diz respeito a informações estatísticas que revelem a evolução do emprego gerado
pela fruticultura da Paraíba. Desta forma, a preocupação desse trabalho de pesquisa é
contribuir para o preenchimento desta lacuna através da discrição da situação geral do
emprego em algumas importantes fruteiras cultivadas internamente. Serão utilizadas como
referencial de estudo as frutas de maior importância para a economia paraibana entre
1990 e 2003, quais sejam: abacaxi, banana, coco-da-baía, laranja, mamão e manga. O
objetivo deste estudo é estimar o número de empregos gerado na produção de frutas na
Paraíba, destacando sua evolução recente e a justificativa para este estudo encontra-se
no fato de que este esforço de pesquisa contribui para conhecer aspectos do emprego
na fruticultura do Estado. A estimação é feita com base em dados secundários junto ao
IBGE e ao BNB. O marco teórico tem como referencial de estudo teorias que versem
sobre o mercado de trabalho. Os resultados indicam que dentre as frutas estudadas a
maior demanda de empregos/ano encontra-se nas lavouras de banana, coco-da-baía
e abacaxi, respectivamente, em função de possuírem uma área colhida relativamente
elevada. Percebe-se ainda que fatores sazonais, como a seca e institucionais, como a
cobrança do ICMS provocam redução no nível de emprego. Conclui-se que a fruticultura
paraibana foi responsável, em média, entre 1990-2003, pela geração de 66. 099 empregos/
ano, revelando-se como uma atividade de grande importância social e econômica para o
Estado.
Este artigo pretende analisar a existência de aspectos ligados a questões que estão
acontecendo hoje, no cenário rural nordestino, em termos das “novas ruralidades”, e se
as idéias expostas através do Programa Documento Nordeste reforçam as concepções
estereotipadas sobre o homem rural do Nordeste.
Para a realização da pesquisa analisamos os títulos programa Documento Nordeste,
veiculado pela Tv Cultura para todo o País. Desta forma, analisamos: Francisco, um
rio ameaçado e Os segredos da Serra, além de realizar entrevistas com toda a equipe
que trabalhou na produção dos programas. Observou-se que o Programa Documento
Nordeste atua como um agente da Comunicação Rural, pois as informações contribuem
para a formação do imaginário social dos telespectadores e interferem de alguma maneira
na contrução de conceitos sobre o que é o rural para eles. Acredita-se que, tomando
conhecimento das mudanças que estão acontecendo, a população poderá participar, mais
lucidamente, do processo, colaborando na gestão de um desenvolvimento local.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 316
Página 317
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 369 - O COMPORTAMENTO DA MÃO-DE-OBRA OCUPADA NO NORDESTE
BRASILEIRO: UMA ANÁLISE PARA OS ANOS DE 1995 E 2003.
NILSON MACHADO VIEIRA JUNIOR; FRANCISCO CASIMIRO FILHO; LÚCIA MARIA
RAMOS SILVA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: mão-de-obra ocupada; setor agrícola; nordeste brasileiro; especialização;
estruturação
SSD 370 - SISTEMA DE ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE
CONTROLE NA INDÚSTRIA DE ERVA-MATE: UMA VISÃO DA NOVA ECONOMIA
INSTITUCIONAL.
DENISE PASTORE DE LIMA; WEIMAR FREIRE DA ROCHA JUNIOR;
UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: erva-mate; análise de perigos e pontos críticos de controle; nova economia
institucional
O presente trabalho tem como objetivo analisar o comportamento setorial da mão-de-obra
ocupada nos estados da região Nordeste do Brasil, nos anos de 1995 e 2003. Utilizando-se
medidas de localização e especialização, como o quociente locacional, o coeficiente de
especialização e o coeficiente de reestruturação, procurou-se analisar os principais setores
da economia, visando determinar aqueles que seriam os mais dinâmicos e ou aquele(s)
estado(s) que apresentaram alguma reestruturação setorial. Por meio dos coeficientes de
localização e especialização, nota-se que a estrutura produtiva dos estados nordestinos
é bastante homogênea, fato que é confirmado pela análise do quociente locacional, que
mostrou uma concentração relativa dos setores 1 e 7 (Agrícola e Outras atividades),
juntamente com o coeficiente de especialização, que apresentou uma baixa variação
entre os estados, com a exceção da Paraíba, que apresentou uma expressiva variação
interperíodos. A Bahia, com exceção do setor 1, possui os setores mais dinâmicos da região
(2, 3, 4, 5, 6 e 7), o segundo maior coeficiente de especialização e o maior coeficiente de
reestruturação, o que indica alguma modificação na composição setorial deste estado
O estudo avalia os perigos microbiológicos, físicos e químicos existentes no processo
de industrialização de erva-mate para chimarrão, determinando as medidas preventivas
aos perigos, e definindo os limites críticos, as etapas de monitoramento e os registros
necessários para o controle do processo, como as medidas de verificação dos Pontos
Críticos de Controle e do Plano APPCC. O estudo enfoca também o sistema de segurança
do alimento na visão da Nova Economia Institucional. Na questão da segurança do alimento,
na visão da NEI, o estudo permite caracterizar a integração das relações entre ambiente
institucional, organizações e indivíduo. No caso dos alimentos, em que os compradores
não podem verificar por si próprios o atendimento aos padrões de qualidade desejada,
torna-se necessária a adoção de estratégias que venham a ressaltar essas características.
Isso tem levado as instituições públicas e privadas à adoção de ferramentas da qualidade
como o sistema APPCC. A implantação do sistema APPCC pode ajudar a inspeção por
órgãos reguladores e promover o comércio internacional, uma vez que promove a confiança
do consumidor. O trabalho se baseou em pesquisa descritiva na modalidade de estudo
de caso. Aponta como principais perigos microbiológicos: os coliformes a 45oC, bolores
e Salmonella sp. ; perigos químicos: herbicidas utilizados na lavoura; perigos físicos:
fragmentos de substâncias estranhas. As etapas do processo consideradas como Pontos
Críticos de Controle são a etapa de recebimento da matéria-prima, considerado como um
PCC químico, e a etapa de secagem, considerada como um PCC microbiológico. Os limites
para esses dois perigos são haver ausência de herbicidas e a umidade do produto, após a
etapa de secagem, estar entre 5 a 8%. Para isso é necessário o controle da temperatura
e do tempo de secagem da erva-mate folha na etapa de secagem, o monitoramento da
umidade após a etapa de secagem e o controle da matéria-prima na etapa de recebimento,
considerando que a segurança da erva-mate para chimarrão envolve diretamente o
comprometimento das instituições, organizações e consumidor.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 318
Página 319
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 371 - ELEMENTOS HISTÓRICOS E EVOLUÇÃO RECENTE DO DESEMPENHO
DA RIZICULTURA NO MERCADO MUNDIAL, E NOS PAÍSES DO MERCOSUL.
CLAILTON ATAÍDES DE FREITAS ATAÍDES FREITAS; ÁLVARO LUÍZ MACHIAVELLI
FILHO;
UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Mercosul; exportação de arroz; Importação de arroz; Consumo de arroz;
Produção de arroz
o presente trabalho estuda a atividade orizícola sobre três vertentes. A primeira discute a
provável origem do arroz e a sua incorporação na dieta do homem; a segunda e a terceira
buscam tanto diagnosticar, quanto identificar as causas dos desempenhos da produção,
consumo exportação e importação do arroz em nível mundial e no âmbito de cada País do
Mercosul, respectivamente, a partir de 1990 até 2004. Mostrou-se que a provável origem
do arroz seja a Ásia Sul-Oriental. Atualmente, predomina no mercado mundial do arroz o
comércio de grãos longos, sendo que apenas, 5% do total produzido no mundo se destina à
exportação. A China e a Índia são os principais produtores e responderam por mais de 50%
da produção mundial, sendo que toda a produção do arroz chinês destina-se ao mercado
interno. Os maiores exportadores de arroz são a Índia, a Tailândia e o Vietnã responsáveis,
por cerca de 60% do total das exportações mundiais. Pode-se constatar, também, que
o consumo mundial desse produto vem crescendo relativamente mais que a produção,
em torno de 5 milhões de toneladas/ano, o que tem ocasionado retração nos estoques
mundiais. Entre os fatores que ajudam a explicar o desempenho cíclico da rizicultura entre os
países do Mercosul estão: os edafo-climáticos, que proporcionam diferenças significativas
favoráveis à Argentina e Uruguai no custo de produção; o deslocamento de produtores
brasileiros de arroz para a Argentina e Uruguai, atraídos pelos baixos preços e grande
fertilidade natural das terras nos países vizinhos; o grande mercado consumidor brasileiro
e não auto-suficiente; as alterações na política cambial brasileira que ora estimulou, ora
dificultou as exportações de arroz dos demais parceiros do Brasil no Mercosul; menores
taxas de juros cobrados para o financiamento agrícola na Argentina e Uruguai vis-à-vis o
Brasil, menor carga tributária, e menores custos com o transporte, entre outros.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 372 - O SETOR FLORESTAL E MADEIRA E MOBILIÁRIO NA ECONOMIA
PARAENSE A PARTIR DE UMA VISÃO INTERSETORIAL.
RICARDO BRUNO SANTOS; ANTÔNIO CORDEIRO SANTANA;
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZôNIA, BELéM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: setor florestal; setor madeira e mobiliário; Pará; efeitos encadeamento;
matriz de contabilidade social
Este trabalho procura analisar as relações intersetoriais entre o setor florestal e de madeira e
mobiliário frente aos demais setores da economia paraense. Para tanto, foi utilizada a Matriz
de Contabilidade Social (MCS) do Estado do Pará para o ano de 1999, e os setores foram
agrupados em um total de doze. A análise utilizou a alise clássica da teoria da localização
através de indicadores como efeitos multiplicadores, ligações para frente e para trás entre
os setores. O resultado das análises demonstra que o setor florestal e madeira e mobiliário
são considerados setores-chave para o desenvolvimento da economia paraense, seno um
a montante e outro a jusante no que tange a essas relações intersetoriais.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 320
Página 321
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 373 - RACIONALIDADE LIMITADA E OPORTUNISMO NA CADEIA DO CAFÉ:
IMPACTOS NAS FORMAS CONTRATUAIS.
GABRIEL MURAD VELLOSO FERREIRA; PAULO DABDAB WAQUIL; WILSON MAGELA
GONÇALVES;
FABE, MARAU, RS, BRASIL;
Palavras-chave: CONTRATOS; OPORTUNISMO; RACIONALIDADE LIMITADA;
GOVERNANÇA; CAFÉS ESPECIAIS
SSD 374 - GESTÃO DA QUALIDADE EM LATICÍNIOS: UM ESTUDO MULTICASO E
PROPOSTAS PARA MELHORIA.
SANDRA MARA SCHIAVI BANKUTI; FERENC ISTVAN BANKUTI; JOSE CARLOS DE
TOLEDO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Sistema Agroindustrial do Leite; Gestão da Qualidade Total; Modelo de
referência; Laticínios; leite
O presente trabalho objetivou analisar os impactos do comportamento oportunista e da
racionalidade limitada na forma contratual adotada pelo Consórcio Agrícola de Fazendas
Especializadas (C. A. F. E). Para isso, realizou-se um estudo de caso com o intuito de
abranger as características mais importantes do tema que se pesquisou, bem como seu
processo de desenvolvimento. O referencial teórico que sustentou a pesquisa foi a Economia
dos Custos de Transação (ECT). Mediante a análise das variáveis abordadas pela ECT,
mais especificamente: racionalidade limitada, oportunismo e formas contratuais, concluiu-se
que: a existência do oportunismo interfere de certo modo na confiança no caso estudado e
dessa forma aumenta os custos de transação. No mesmo sentido, a assimetria informacional
reforça a limitação da racionalidade dos agentes e, portanto, aumenta os custos de
transação. Isto deixa claro a importância destes elementos na definição da forma contratual.
No caso estudado verificou-se a necessidade de uma estrutura contratual formalizada
mais especificada e detalhada para que se possa reduzir os custos de transação gerados
pelas ações oportunísticas e pela racionalidade limitada dos agentes. Este último elemento
se mostrou mais presente nos produtores, enquanto que o oportunismo foi observado
como estando em mesmo nível em ambas as partes. De acordo com as características
observadas no Consórcio a forma contratual que mais se adequa é a relacional, onde o
ponto de referência principal é a própria relação das partes e a autonomia entre estas é
mantida. No entanto é importante ressaltar a possibilidade do comportamento oportunista
nesse tipo de contrato, o que é contrabalançado pela confiança.
A gestão da Qualidade nos laticínios é especialmente importante dada sua relação com a
segurança do alimento. Este artigo apresenta uma análise comparativa entre as iniciativas
próprias e programas voltados à Gestão da Qualidade em dois laticínios da região de São
Carlos/SP. Adicionalmente, são apresentadas propostas para melhoria da Qualidade nos
laticínios em geral, e um modelo de referência para Qualidade, a ser seguido no longo
prazo, em direção à Gestão da Qualidade Total. Como aporte teórico utilizou-se teoria
relativa à gestão da Qualidade em industrias de alimento.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Os resultados mostram que entre os problemas relacionados à Qualidade sua manutenção
nos produtos finais devem-se à má utilização dos caminhões refrigerados e a imposição
de elevados volumes de produtos por vendedores comissionados. Em se tratando dos
problemas de Qualidade durante a coleta do leite, os principais encontrados foram: (1)
postura não adequada dos motoristas de caminhões, ao qual o pagamento depende da
quilometragem percorrida, e (2) a falta de treinamento para os motoristas dos caminhões
em relação à manutenção da Qualidade da matéria-prima. Além do mais, observou-se
também, comportamento oportunista de parte dos produtores rurais relativos à adulteração
do leite.
A falta de sistematização e padronização em relação à Qualidade do processo; a ausência
de uma estrutura de incentivos para os trabalhadores; a ausência de um canal de
comunicação adequado com fornecedores; e a relação conflituosa com os varejistas são
indicativos de que os laticínios adotam ações muito mais reativas do que pró-ativas em
termos de gestão da Qualidade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 322
Página 323
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 375 - DA FRENTE PARA TRÁS: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À AGROPECUÁRIA
E ESPECIALIZAÇÃO REGIONAL NO BRASIL.
ROGÉRIO EDIVALDO FREITAS; PATRICK FRANCO ALVES;
IPEA, BRASíLIA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Serviços; Concentração; Agropecuária; Escolaridade; Regional
O presente artigo dedicou-se a melhor compreender os serviços prestados às atividades
agropecuárias e de exploração vegetal no Brasil. No caso brasileiro, os serviços de extensão
rural e assistência técnica, dantes ofertados por empresas públicas ou paraestatais,
experimentaram certa desorganização no cenário de reestruturação fiscal do Estado pós
1990.
Dada a grande carência de trabalhos sobre a prestação de serviços relacionados à
agropecuária brasileira, foram delineados dois objetivos: traçar um perfil dos serviços
relacionados à agropecuária e extração vegetal, tanto em termos de variáveis reais e
financeiras quanto relativamente aos demais setores prestadores de serviços, bem como
mapear uma possível realocação espacial das empresas de interesse.
Com base nos dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE, identificaram-se cerca
de 4. 000 empresas prestadoras de serviços à agropecuária e extração vegetal no Brasil,
com ênfase nas regiões Sul (número de empresas) e Sudeste (mão de obra). A mão de
obra presente nessas empresas mostrou-se, em regra, de baixa qualificação. Além disso,
não foram detectados sinais de concentração espacial dessas empresas no sentido da
fronteira agrícola do Centro-Oeste.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 376 - EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS MAIORES
EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, 1990-2003.
PRISCILA DE-STEFANI AGUIAR; MARIA MADALENA ZOCOLLER BORBA; PAULO
ROBERTO CORREIA DA SILVA;
UNESP, JABOTICABAL, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Desempenho econômico financeiro; Agronegócio; Brasil; Economia;
Governos
A presente pesquisa procurou analisar o agronegócio do ponto de vista das empresas,
verificando a trajetória econômico-financeira das maiores empresas do agronegócio
brasileiro, no período 1990-2003 em que mudanças importantes ocorreram na econômica
nacional e mundial. O estudo foi desenvolvido com as 10 maiores empresas do agronegócio,
em 2003 selecionadas da publicação: “Melhores e Maiores: as 500 maiores empresas do
Brasil”, da Editora Abril/BR. As empresas do agronegócio que compuseram a amostra
foram: Bunge Alimentos, Cargill, Nestlé, Sadia, Perdigão Agroindustrial, CBB/Ambev,
Souza Cruz, Pão de Açúcar, Carrefour e Bunge Fertilizantes. Os indicadores econômicofinaceiros estudados foram: vendas, lucro, patrimônio líquido, rentabilidade do patrimônio,
liquidez e endividamento gerais, no período 1990-2003. Os valores monetários anuais
foram expressos em valores reais de dezembro/2003. A análise foi realizada de forma
agregada e individualizada com as cinco maiores empresas de alimento dentre as 10
maiores. As maiores empresas do agronegócio, no geral, apresentaram menor escala de
operação e oscilação dos indicadores que refletem mudanças quer nas estruturas, quer nas
estratégias, visando acompanhar o período conturbado de reformas no cenário nacional.
Experimentaram uma trajetória ascendente das vendas, com crescimento de 93% em 14
anos, cabendo destaque para as empresas de alimentos em que o aumento foi de 165%;
porcentagem superior aos 138% observado nas 10 maiores empresas do país (Petrobrás,
Petrobrás Distribuidora, Telemar, Telefônica, CBB/Ambev, Ipiranga, Volkswagen, Shell, GM
e Brasil Telecom) em 2003. Mostraram o lucro líquido médio oscilando entre R$16 milhões
e R$500 milhões ano, enquanto nas maiores variou do negativo de R$187milhões ao
positivo de R$3. 000 milhões. Demonstraram dinamismo em se adaptar às novas realidades,
concentrando as suas atuações em segmentos que vislumbravam grande potencial de
crescimento e condições reais de liderança.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 324
Página 325
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 377 - ANÁLISE DA GOVERNANÇA DA CADEIA DA SOJA.
PEDRO ABEL VIEIRA JUNIOR; ADRIANA C. P. VIEIRA; ANTONIO MARCIO BUAINAIN;
FERNANDO DE LIMA; VIVIAN HELENA CAPACLE;
INSTITUTO ECONOMIA/UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: soja; governança; barreira à entrada; teoria oligopolio; ambiente
institucional
O presente trabalho objetivou analisar a cadeia da soja com fundamento na Teoria dos
Oligopólios de Bain e Labini, destacando os aspectos de governança além das fusões
e aquisições recentes das empresas processadoras. Os componentes da cadeia estão
relacionados a um ambiente institucional (leis e normas) e a um ambiente organizacional
(instituições públicas e privadas de crédito, pesquisa e assistência técnica) que, em
conjunto, influenciam o complexo soja compondo um sofisticado sistema de interesses
públicos e privados, nacionais e internacionais. A cadeia da soja é bastante complexa
e heterogênea e, apesar de haver concentração em alguns segmentos, a exemplo da
produção e comercialização de sementes, esses segmentos apresentam características
próprias que limitam seu poder de mercado. Já o segmento dos produtores rurais é
desorganizado quanto a representatividade, pois, apesar da representação de classe,
a exemplo da CNA, não há um órgão especifico para defender interesses relacionados
à cultura. O segmento de insumos, fornecedor de máquinas, fertilizantes, corretivos e
defensivos, apesar de sua concentração e organização tem pouca liderança na cadeia
da soja em razão da difusividade de interesse com outras culturas e sua dependência
internacional, fato demonstrado por sua balança comercial deficitária. Nesse caso, há
necessidade de estimular as industrias nacional para reduzir o déficit da balança comercial
de produtos químicos e garantir a competitividade do segmento. No segmento da indústria
de processamento há concentração, pois, as quatro maiores empresas que atuam no Brasil
detêm 35% do mercado nacional e suas controladoras respondem por 60% do mercado
internacional. Ainda nesse setor observa-se representatividade, pois, a ABIOVE com suas
11 associadas representa 72% do mercado nacional. Portanto, a governança do complexo
soja é da industria processadora, sugerindo que mudanças nesse complexo, a exemplo
dos transgênicos, devem atender primariamente aos interesses desse segmento. Há que
se considerar ainda que o aumento da participação do capital estrangeiro nesse segmento
sem que isso resulte, a não ser num primeiro momento, em ganhos para a nação.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 378 - FRUTICULTURA IRRIGADA NO NORTE DE MINAS GERAIS.
FATIMA VIDAL FATIMA; FRANCISCO RAIMUNDO EVANGELISTA;
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S. A, FATIMAVIDAL@BNB. GOV. BR, CE,
BRASIL;
Palavras-chave: Fruticultura; irrigada; Norte ; Minas; Gerais
Apesar das expectativas de que os perímetros irrigados do Norte de Minas se transformariam
em importantes vetores de desenvolvimento sócio-econômicol, tem-se observado um
índice elevado de insucesso, mesmo com a boa dotação de capital físico à disposição
dos fruticultores. A banana é a principal fruta explorada na região, no entanto, após uma
vertiginosa expansão no início da década de noventa, a área cultivada com a bananeira
estacionou.
O presente trabalho objetivou analisar alguns fatores que podem ajudar a explicar a situação
atual dos fruticultores do Norte de Minas. Para a elaboração do artigo, foram utilizados
dados primários obtidos através de entrevistas diretas aplicadas a 40 fruticultores dos
projetos de irrigação Jaíba e Gorutuba. Os fruticultores foram separados em três grupos
(A, B e C), com base na renda, na produtividade agrícola, na adimplência e na participação
da fruticultura na receita total. Os grupos A e C representaram os produtores de melhor e
de pior resultado. Em seguida analisaram-se as condições das bases material e conceitual
e a integração dos fruticultores com os meios agroecológicos e socioeconômicos para os
grupos A e C.
Portanto, a simples dotação de infra-estrutura, proporcionada indistintamente a todos os
irrigantes é insuficiente para assegurar-lhes sucesso e produzir os resultados esperados.
As condições de base material, conceitual, e a integração dos fruticultores com os meios
agroecológico e socioeconômico correlacionam-se fortemente com os resultados obtidos.
O porte dos produtores, a tecnologia utilizada, a assistência técnica, a experiência com a
fruticultura e o grau de instrução dos fruticultores (dentre outras) são características que
explicam e reforçam os relacionamentos com o mercado e com os agentes financeiros e,
conjuntamente, influem no resultado da atividade. Conclui-se que os aspectos ligados aos
capitais humano e social devem também ser objeto das políticas públicas e não somente
o capital físico.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 326
Página 327
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 379 - UMA ANÁLISE SISTÊMICA DA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA BRASILEIRA.
DÊNIS ANTÔNIO DA CUNHA; ROBERTO SERPA DIAS; ADRIANO PROVEZANO
GOMES;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Economia Brasileira; Indústria Alimentícia; Concentração Industrial; Poder
de Mercado; Dinâmica Setorial
Esse trabalho teve como objetivo analisar a indústria de alimentos brasileira. Buscouse avaliar a estrutura e o padrão de concorrência entre suas empresas no período
compreendido entre 1992 e 2004. A análise fundamentou-se na Teoria de Organização
Industrial (OI) cuja preocupação central são as causas e conseqüências do poder de
mercado. A fim de fornecer um indicador da concentração e concorrência existentes
no setor, o referencial analítico baseou-se nos índices Razão de Concentração (CRk),
Hirschman-Herfindahl (HHI). A dinâmica de competição do mercado foi avaliada através
da análise de turnover, definida como a mudança nas posições das empresas em certo
ranking, dentro de um período. A Razão de Concentração foi calculada para as quatro e oito
maiores empresas exportadoras e indicou um pequeno aumento da parcela de mercado
dominada pelas firmas líderes nos dois níveis, em comparação ao ano inicial – 1992. O
índice HHI seguiu a mesma tendência. Entretanto, observou-se que é grande a competição
entre as principais empresas, uma vez que cada uma delas possui parcelas relativamente
igualitárias de mercado. Desse modo o aumento na concentração não tem se traduzido
em perda de bem-estar por parte da sociedade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SSD 380 - PERSPECTIVAS E PROSPECTIVAS DA AVICULTURA NAS REGIÕES SUL
E CENTRO-OESTE: UMA ANÁLISE BASEADA NAS VANTAGENS COMPARATIVAS.
VANDERLEI CENCI; EDSON TALAMINI;
UPF/FABE/UFRGS, PASSO FUNDO/MARAU/PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Avicultura; Vantagens Comparativas; Região Sul; Região Centro-Oeste;
Mobilidade de capital
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SSD 381 - ANÁLISE DA ADOÇÃO DE SISTEMAS DE RASTREABILIDADE BOVINA
NO BRASIL: ESTUDOS DE CASO NOS SEGMENTOS DE PRODUÇÃO, INDÚSTRIA
E COMÉRCIO.
VICTOR MUIÑOS BARROSO LIMA; CLÁUDIO THOMAS BORNSTEIN; CLÁUDIO
NÁPOLIS COSTA; JOSÉ LUIZ BELLINI LEITE;
EMBRAPA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: SISBOV ; Controle de Qualidade; Bovinocutura; Bubalinocultura;
Rastreabilidade
O Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina, o
SISBOV, completou no início de 2006 quatro anos de existência. Criado principalmente
como uma resposta às exigências européias, o SISBOV já passou por uma série de ajustes
e modificações em sua estrutura de funcionamento. A partir da análise de estudos de
caso envolvendo bovinocultores de corte e leite, bubalinocultores, frigoríficos e empresas
de comércio varejista, o presente trabalho tece um panorama sobre a implementação da
rastreabilidade na produção brasileira de bovinos, verificando, por exemplo, que o sistema
ainda apresenta problemas, sendo pouco adotado por médios e pequenos produtores,
principalmente da atividade leiteira. O resultado da pesquisa ressalta ainda que a
rastreabilidade e a certificação de origem são usadas com pelo menos cinco propósitos
diferentes: como requisitos à exportação, como ferramentas para melhoria da qualidade do
produto, como estratégias de diferenciação do produto, como instrumentos para a gestão
dos rebanhos ou ainda como suporte à coordenação da cadeia produtiva.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Nos últimos anos, a avicultura industrial mostrou uma migração da Região Sul para à
Centro-Oeste, o que pode ser confirmado pelos últimos investimentos realizados pelas
grandes empresas do setor naquela região. O presente estudo tem como objetivo principal
analisar o setor avícola de forma perspectivas e prospectivas para as duas regiões.
Baseando-se na teoria econômica das vantagens comparativas e em dados secundários,
foram empregadas técnicas estatísticas para a descrição perspectiva do setor e análise
de regressão na estimação de valores para os próximos cinco e dez anos. Os principais
resultados mostram um cenário favorável à expansão ainda mais acentuada da avicultura
na Região Centro-Oeste para os próximos anos, sem deixar de ressaltar que a Região Sul
também apresenta crescimento do setor e mantém seu status de principal Região produtora.
Contudo, as vantagens comparativas apresentadas pela Região Centro-Oeste, podem
implicar perda de futuros investimentos do setor na Região Sul e, consequentemente,
transferência de postos de trabalho e renda.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 328
Página 329
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 001 - TEORIA DOS CUSTOS DE MENSURAÇÃO – ALGUMAS VALIDAÇÕES
EMPÍRICAS.
SILVIA MORALES DE QUEIROZ CALEMAN; RENATO LUIZ SPROESSER; DARIO DE
OLIVEIRA LIMA FILHO; CÍCERO ANTÔNIO DE OLIVEIRA TRDEZINI;
UNIVERSIDDAE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL, CAMPO GRANDE, MS,
BRASIL;
Palavras-chave: Teoria dos Custos de Mensuração; Custos de Transação; Sistemas
Agroindustriais; Yoram Barzel; Governança
A mensuração dos custos de transação constitui uma relevante lacuna teórica, para a
qual se voltam as agendas de pesquisa. Trata-se, no entanto, de uma árdua tarefa, dada
a complexidade envolvida – amplitude de conceitos, definição do corte analítico, efeito
sinérgico entre custos de transação, custos de produção e ambiente institucional. Desta
constatação emerge a possibilidade de se aplicar os preceitos da Teoria dos Custos de
Mensuração (TCM) para a identificação dos mecanismos de governança em sistemas
produtivos. Este artigo tem por objetivo identificar algumas aplicações empíricas da Teoria
dos Custos de Mensuração (TCM), abrindo espaço para uma reflexão mais apurada
sobre a aplicabilidade desta corrente teórica no estudo dos sistemas agroindustriais.
Metodologicamente, faz-se uma revisão bibliográfica sobre a Economia dos Custos de
Transação (ECT) e a Teoria dos Custos de Mensuração (TCM). Posteriormente, desenvolvese uma revisão das validações empíricas da TCM. Dado o interesse do tema e a carência
de um maior número de pesquisas voltadas à validação empírica desta corrente teórica,
entende-se que os pesquisadores estão frente a uma oportunidade de trabalho, tendo os
sistemas agroindustriais como importante campo de estudo.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 002 - A DINÂMICA DE UMA PEQUENA PROPRIEDADE DENTRO DE UMA
ANÁLISE DE FILIÈRE.
AUGUSTA PELINSKI; DALIANE RAHMEIER DA SILVA; PERY FRANCISCO ASSIS
SHIKIDA;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Pequena propriedade; filière; agregação de valor
O foco deste trabalho é a dinâmica de uma pequena propriedade dentro de uma análise de
filière, identificando as suas relações internas e externas por meio da agregação de valor
em cada elo da cadeia, além de calcular a sua contribuição na agregação total de valor.
Buscando auferir tais resultados, foi feito um estudo de caso e estruturada uma matriz
insumo-produto, utilizando-se dos valores de produção de uma pequena propriedade (12
ha). Como corolário, a propriedade está inserida em três filières (soja, leite e suinocultura),
demonstrando a mudança da característica de auto-suficiência para a de integração
em cadeias de produção. Quanto a agregação de valor (da produção total) oriunda da
propriedade (R$ 3. 044. 570), resultou um produto final de R$ 1. 278. 925, demonstrando
que os demais elos multiplicaram em 9, 4 a produção inicial da propriedade. A participação
da propriedade no produto final foi de 10, 7% desse valor. Pode-se inferir que esta unidade
está inserida nesta nova dinâmica de produção.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 330
Página 331
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 003 - EFEITOS SISTÊMICOS EM RELAÇÕES CONTRATUAIS: UM ESTUDO DO
COMÉRCIO DA SOJA ENTRE CHINA E BRASIL EM 2004.
KELLY LISSANDRA BRUCH; DEBORA NAYAR HOFF; HOMERO DEWES;
CEPAN/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: contratos; teoria sistêmica; soja; comércio internacional; relações
comerciais
A busca pela compreensão leva o homem a níveis de especificidade jamais imaginados
nos primórdios da ciência. Porém a especificidade sozinha não explica todas as coisas
e o homem volta a buscar o todo e sua complexidade para entender as interações e,
através delas, entender melhor as coisas, os movimentos que o cercam. Este exercício
Lorenzetti (2000a) faz ao trazer elementos da teoria geral dos sistemas, da economia
e de outras áreas do conhecimento para compreender os contratos celebrados em um
ambiente pós-moderno. Classicamente o contrato é entendido como um acordo bilateral,
com objeto definido, poucas obrigações essenciais, imutável, isolado e resultante de uma
declaração consensual de vontade. Contudo, essa tratativa não abarca a complexidade
de relações presentes nos contratos contemporâneos. O presente trabalho busca em
elementos da teoria dos sistemas e no uso desta teoria para a compreensão dos contratos
a explicação para a identificação de efeitos sistêmicos oriundos de relações contratuais
localizadas. Para se chegar aos resultados apresentados, usou-se o método de pesquisa
bibliográfico e documental, bem como dados secundários. Para levar a discussão teórica
para a prática, busca-se um fato específico ocorrido nas relações comerciais entre Brasil e
China no mercado de soja, no ano de 2004. Para este evento é demonstrado o efeito em
cascata que pode se originar de uma relação contratual ocorrida no mercado internacional,
fato que vai impactar sobre os preços praticados para um produto no mercado local. Os
resultados apontam para a necessidade de ampliação dos elementos considerados pela
justiça na análise contratual, principalmente quando se trata de rupturas destes entre os
contratantes. Esta compreensão sistêmica possibilita que, em uma ação judicial, onde as
partes foram influenciadas por repercussões econômicas como a descrita acima, o julgador
possa compreender a dinâmica das redes contratuais, a influência das instituições nacionais
e internacionais, e possa proferir uma decisão com base em mais que um contrato de
compra e venda, ou um contrato de empréstimo entre um banco e um produtor rural, e que
sua decisão também tenha repercussão sistêmica, auxiliando no reencontro do equilibro
dinâmico do mercado quando este tiver sido abalado por uma desarmonia no sistema.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 004 - REFORMA AGRÁRIA E USINAS PÚBLICAS: UMA ALTERNATIVA
DE SUSTENTABILIDADE PARA A PRÇODUÇÃO DE BIODIESEL NO SERTÃO
PERNAMBUCANO.
ANA MAIRA NAVAES DA SILVA; JOSÉ DE LIMA ALBUQUERQUE; ISNALDO FRANCISCO
DA SILVA; LUISA MATOS BARROS CORREIA; HUGO FEITOSA CARVALHO;
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: biodiesel; reforma agrária; cadeia produtiva; mamona; usina pública
A implantação de usinas públicas para produção de biodiesel no Semi-Árido Pernambucano,
com incentivos do Programa Nacional de Produção do Biodiesel (PNBIO), veio finalizar
o desenho para a inserção de agricultores familiares, beneficiários do programa nacional
da reforma agrária, do Assentamento Libertação, município de Itaíba, na cadeia produtiva
da mamona.
No caso em análise, a participação dos agricultores foi facilitada através das ações do projeto
reforma agrária e biodiesel, financiado pelo CNPq e desenvolvido pelo GRADES – Grupo
de Pesquisa Reforma Agrária e Desenvolvimento Sustentável – no biênio 2005/2006, que
resultaram na formação de um grupo produtivo, constituído por 50 famílias, após a imersão
dos agricultores em processo de capacitação objetivando a apropriação de conhecimentos
sobre o sistema produtivo da oleaginoso e gestão da produção.
Neste trabalho são apresentados resultados da pesquisa destacando-se o processo de
desenvolvimento em assentamentos de reforma agrária, a formação da cadeia produtiva
da mamona em Pernambuco e os impactos no preço final da matéria-prima em função
da participação do Estado com a implantação das usinas públicas de produção do
biodiesel.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 332
Página 333
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 005 - A NEGOCIAÇÃO DA QUASE-RENDA ENTRE PRODUTOR E
AGROINDÚSTRIA: UMA DISCUSSÃO TEÓRICA E APLICADA NA AVICULTURA DE
CORTE PARANAENSE.
CHRISTIAN LUIZ DA SILVA; MARIA SYLVIA MACCHIONE SAES;
UNIFAE - CENTRO UNIVERSITáRIO, CURITIBA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: quase-renda; negociação; avicultura; Paraná; custo de transação
A cadeia de frango de corte no Paraná se consolidou, principalmente, no interior do Estado,
onde concentra 79% da produção. Esta atividade contribui significativamente para a geração
de superávits na balança comercial. O objetivo deste artigo foi discutir a distribuição da
quase-renda na cadeia de frango de corte paranaense por meio da análise do custo de
transação visando avaliar o incentivo dos produtores e abatedouros a permanecer na
atividade. A produção avícola no estado é realizada por duas estruturas de governança
distintas - firmas integradoras ou cooperativas. Acredita-se que cada uma delas estabelece
diferentes padrões de apropriação dos resultados. Verificou-se que as diferentes estruturas
de governança refletem particularidades nas transações, sejam referentes à característica
própria do tipo de organização (cooperativa ou não), à capacidade de inovação (inovadora
ou imitadora) ou ao direcionamento de mercado (apenas interno ou interno e externo). As
particularidades da transação e a vinculação da mesma com as demais etapas da cadeia
permitem a existência, no longo prazo, da quase-renda em uma disputa conflituosa entre
o oportunismo, por parte dos abatedouros, e da permanência na atividade, por parte dos
produtores.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 006 - AVALIAÇÃO ECONÔMICA EM SISTEMAS PECUÁRIOS DE CICLO
COMPLETO NO ESTADO RIO GRANDE DO SUL.
JOÃO GARIBALDI ALMEIDA VIANA; VICENTE C. P. SILVEIRA; ADRIANA FERREIRA
VARGAS;
UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Custo variável; bovinos de corte; analise econômica; margem bruta;
fluxo de caixa
A pecuária de corte no estado do Rio Grande do Sul apresenta inúmeras dificuldades, tanto
no ponto de vista produtivo como econômico. Uma das ferramentas mais utilizadas para a
verificação da rentabilidade econômica das propriedades rurais é a análise de custos que
permite diagnosticar a condição financeira enfrentada pelas empresas rurais. O objetivo do
presente trabalho é confrontar a renda bruta e o fluxo de caixa, em duas propriedades que
desenvolvem a pecuária de corte de ciclo completo no estado do Rio Grande do Sul, nos
anos de 2003, 2004 e 2005 além de analisar a composição percentual dos componentes
de seus custos variáveis. As duas propriedades apresentaram saldo positivo no final dos
três anos pesquisados, com a fazenda 1 obtendo margem bruta ha-1 de R$1, 21, R$1, 01
e R$ 4, 05 e a fazenda 2 de R$4, 58, R$6, 44 e R$6, 56 nos anos de 2003, 2004 e 2005
respectivamente. Ao observarmos o fluxo de caixa da fazenda 1, podemos visualizar que
a propriedade trabalhou com saldo negativo durante 6 meses nos três anos pesquisados.
A fazenda 2 apresentou apenas 3 meses em cada ano de saldo negativo no fluxo de
caixa. A fazenda 1 concentrou seu custo, nos dois primeiros anos analisados, em mão de
obra, insumos veterinários, comissões e compra de touros. Durante o ano de 2005 obteve
custo maior com o arrendamento e o pagamento de empréstimos adquiridos nos dois anos
anteriores. A Fazenda 2 apresenta seu custo distribuído principalmente na lavoura de
arroz, na parte pecuária os gastos com mão de obra e a nutrição representaram o maior
percentual. Os resultados mostram que sem modernização na pecuária, ou uma integração
com a agricultura, torna-se difícil remunerar todos os fatores de produção. O planejamento
permite uma melhor distribuição de obtenção de receitas reduzindo os meses de fluxo de
caixa negativo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 334
Página 335
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 007 - DESEMPENHO AGROECONÔMICO DO CONSÓRCIO ALFACE-BETERRABA
SOB SISTEMA ORGÂNICO.
JOSÉ PAULO DE SOUZA; MARCELO ALVARO DA SILVA MACEDO; CAMILA GUIMARÃES
DE SOUZA; ANTONIO CARLOS DE SOUZA ABBOUD;
UFRURALRJ, SEROPÉDICA, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: DESEMPENHO AGROECONÔMICO; CONSÓRCIO; SISTEMA
ORGÂNICO; AVALIAÇÃO; DECISÃO
Com o objetivo de avaliar o desempenho dos consórcios de olerícolas, cultivados em
diferentes densidades populacionais, sob sistema orgânico de produção, foram instalados
dois experimentos, no ano 2000, com o consórcio de alface com beterraba. O consorcio
de alface com beterraba foi estudado em duas regiões com condições edafoclimáticas
diferentes, na Região Médio Serrana e na Baixada Fluminense, ambas no estado do Rio de
Janeiro. Para todos os experimentos o delineamento experimental foi de blocos ao acaso
e os tratamentos constaram dos respectivos monocultivos e quatro diferentes densidades
populacionais, de cada par de olerícola estudado, com quatro repetições. As culturas de
alface com beterraba, em ambas as regiões, apresentaram o Índice de Eficiência de Área
(IEA) superior a 1, 0, para quase todos os tratamentos em consórcio, indicando a eficiência
dos sistemas, pois possibilita um maior aproveitamento da área cultivada. Ao considerar
a cultura da alface como principal do consórcio, constata-se que a cultura da beterraba
poderá proporcionar um incremento substancial, na renda final do produtor, entretanto,
ao considerar-se a cultura da beterraba como principal, a alface mostrou uma maior
lucratividade no monocultivo, quando comparada com os tratamentos de consórcios.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 008 - O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE ÁGUA MINERAL: UM ESTUDO
EXPLORATÓRIO SOBRE AS VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM O CONSUMO.
CHRISTIANE PITALUGA CHRISTIANE; PAULO SERGIO MIRANDA MENDONÇA;
UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL;
Palavras-chave: Comportamento do consumidor; água mineral; influência das variáveis;
atributos; alimento
A água mineral foi o produto que mais apresentou crescimento em consumo entre as famílias
brasileiras nos últimos trinta anos, ultrapassando 0, 320 litros per capita/ano em 1974/1975 e
alcançando a marca de 18, 541 litros em 2002/2003. Dentre os produtos de maior consumo
alimentar, somente o leite fica à frente da água mineral. No âmbito mundial, o consumo de
água envasada deverá continuar crescendo nos próximos anos, passando de um volume
de 155 bilhões de litros em 2003 para 206 bilhões em 2008. O presente estudo, no âmbito
do comportamento do consumidor, tem como objetivo principal investigar os fatores que
influenciam o consumo de água mineral em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Para o
alcance dos objetivos propostos no trabalho foram aplicados questionários a uma amostra
de consumidores de água mineral na referida cidade. Verificou-se, que o consumidor da
bebida acredita, entre outros fatores, que a água mineral possui uma qualidade superior
e grande parte dos consumidores consome este produto tendo em vista a preocupação
com aspectos ligados à saúde, estilo de vida, corpo e estética. A partir destas informações
conclui-se que o consumidor imprime um comportamento semelhante, independentemente
de sua localização geográfica.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 009 - EM BUSCA DE UM NOVO PARADIGMA PARA O SEGURO RURAL NO
BRASIL.
VITOR AUGUSTO OZAKI; JOSÉ CÉSAR CRUZ JÚNIOR; RICARDO MENDONÇA
FONSECA; LUIZ FERNANDO OHARA KAMOGAWA;
ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: seguro rural; novo paradigma; subvenção governamental; desenvolvimento
agrícola; mercado securitário
A implementação de um programa de seguro rural é uma reivindicação antiga do setor
agropecuário no país. Após a malsucedida experiência da Companhia Nacional de Seguro
Agrícola (CNSA), o Governo voltou a tomar medidas para incentivar o mercado securitário
rural. No final de 2003, foi sancionada a Lei que, entre outras atribuições, subvenciona parte
do prêmio pago pelo produtor. O artigo mostra as principais iniciativas, tanto privadas como
governamentais, para o estabelecimento e o desenvolvimento do seguro rural abrangendo
aspectos jurídicos, operacionais e institucionais. A natureza deste trabalho é essencialmente
teórico-analítica, de forma que não foi apresentado nenhum modelo econométrico.
Embora, no atual governo, o seguro agrícola seja uma das principais medidas de política
agrícola voltada à gestão do risco, nota-se que sua implementação tem ocorrido de forma
acelerada, sem o nível adequado de planejamento, possibilitando desta forma, que medidas
equivocadas possam resultar em prejuízos para todos os agentes envolvidos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 336
Página 337
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 010 - O GOVERNO FEDERAL E O MERCADO DE SEGURO AGRÍCOLA:
APRENDENDO COM O PASSADO E CONSTRUINDO O FUTURO.
VITOR AUGUSTO OZAKI; JOSÉ CÉSAR CRUZ JÚNIOR; RICARDO MENDONÇA
FONSECA; LUIZ FERNANDO OHARA KAMOGAWA;
ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: desenvolvimento agrícola; economia do seguro agrícola; subvenção
governamental; política pública; gestão de risco
A teoria econômica mostra que o mercado de seguro agrícola em moldes puramente
privados não é possível. O apoio governamental é fundamental para o desenvolvimento
deste mercado. Embora o Governo Federal tenha tentado implementar o seguro em meados
da década de 50, a inexperiência e os sucessivos erros administrativos determinaram seu
completo fracasso. Nos dias atuais, o Governo voltou a incentivar o mercado por meio da
subvenção ao prêmio. Embora importante tal iniciativa não é suficiente. Neste sentido é
elaborado um conjunto de recomendações – com base nos principais avanços da teoria
econômica e nas experiências passadas – que merecem destaque na implementação de
um programa de seguro agrícola.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 011 - ANÁLISE COMPARATIVA SOBRE CUSTOS AGROINDUSTRIAIS: UMA
APLICAÇÃO DE TESTES NÃO-PARAMÉTRICOS ENTRE EMPRESAS DA PARAÍBA
E DE PERNAMBUCO.
ANTÔNIO ANDRÉ CUNHA CALLADO; ALDO LEONARDO CUNHA CALLADO; MOISÉS
ARAÚJO ALMEIDA;
NEFI/PROPAD/UFPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: GESTÃO AGROINDUSTRIAL; AGRONEGÓCIO; CUSTOS RURAIS;
ECONOMIA REGIONAL; GESTÃO DE SETORES ESPECÍFICOS
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 012 - CUSTOS DA CADEIA PRODUTIVA DO FRANGO: PARCERIA ENTRE
COOPERATIVA E PEQUENOS PRODUTORES FAMILIARES NO ESTADO DE SANTA
CATARINA.
DIRCEU DUARTE TALAMINI; FRANCO MULLER MARTINS; ANTONIO JORGE
OLIVEIRA;
EMBRAPA SUINOS E AVES, CONCÓRDIA, SC, BRASIL;
Palavras-chave: Cadeia Produtiva; Custos de produção; produção de frangos; coordenação;
custos de transação
O trabalho teve como objetivo determinar o custo de todos os elos da cadeia de produção
do frango inteiro congelado do corredor Oeste do Estado de Santa Catarina ao porto de
Itajaí no mesmo estado. A etapa inicial, ou seja, a produção do frango vivo é realizada em
parceria entre pequenos produtores familiares e uma cooperativa que coordena todas as
ações. A etapa de transporte dos animais vivos até a indústria é terceirizada, assim como
a do transporte do frango congelado até o porto. A etapa de abate e preocessamento das
aves é feita em planta da cooperativa. Observou-se a grande participação do custo do
frango vivo, seguido do custo do abate e processamento no custo do produto pronto e que
a cadeia apresenta um estrutura de custos competitiva tanto em relação a outras regiões
brasileiras como em relação a outros países produtores. Os indicadores técnicos, por outro
lado, indicam uma adequada governança e coordenação da cadeia e que a especificidade
dos ativos estimula o compromisso dos agentes econômicos no uso de novas tecnologias
de produção e de gestão visando manter a atividade competitiva no longo prazo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Este trabalho busca realizar um estudo comparativo sobre os principais fatores relativos ao
registro e análise de informações sobre os custos de produção agroindustrial entre empresas
agroindustriais localizadas nos estados da Paraíba e Pernambuco. Foi utilizado o método
de sobreposição das estatísticas descritivas relativas aos estados analisados. Para testar
a significância dos resultados foram utilizados os testes estatísticos não-paramétricos de
Mann-Whitney U e Kolmogorov-Smirnov. Os resultados obtidos apresentaram evidências
empíricas que existem diferenças significativas relativas aos fatores inibidores sobre o
registro e análise das informações financeiras, aos métodos de avaliação dos estoques e à
freqüência de divulgação dos relatórios. Todas estas variáveis se mostraram estatisticamente
significativas para 0, 05.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 338
Página 339
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 013 - GESTÃO DO AGRONEGÓCIO DA CERA DE CARNAÚBA: CUSTOS DE
PRODUÇÃO, RENTABILIDADE E LUCRATIVIDADE.
JAÍRA MARIA ALCOBAÇA GOMES; KARLA BRITO DOS SANTOS; MARIA DE FÁTIMA
VIEIRA CRESPO; MARCOS SOARES DA SILVA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL;
Palavras-chave: cera de carnaúba; cadeia produtiva; custos de produçaõ; rentabilidade;
lucratividade
Para revitalizar a cadeia produtiva da cera de carnaúba, é indispensável o conhecimento
dos custos de produção e da rentabilidade, de cada atividade envolvida, verificando
sua viabilidade econômica, visto que os estudos científicos sobre essa temática
praticamente são inexistentes, exceto o trabalho do Banco do Nordeste na década de
1970. Especificamente, objetiva-se calcular o custo fixo e custo variável na produção
do pó cerífero e cera de carnaúba, produtos de maior importância da cadeia, estimar a
rentabilidade, lucratividade, composição do valor adicional e margem de comercialização.
A metodologia utilizada consiste em análise diagnóstica, em que o cálculo dos custos de
produção foi uma adaptação daquela adotada pela CONAB que busca contemplar todos
os itens de dispêndio. Os cálculos dos custos de produção, rentabilidade e lucratividade
do pó de carnaúba e da cera de carnaúba foram efetuados a partir de pesquisa direta com
questionários com os agentes econômicos. A etapa com maior participação relativa na
composição do custo de produção do pó é o corte das folhas, correspondendo em média
metade do custo total. Todos os carnaubais com batição própria apresentaram rentabilidade
e lucratividade positivas. Os carnaubais com batição arrendada apresentaram prejuízo.
A cera de carnaúba é um negócio atrativo, sendo rentável, pois possui uma demanda
internacional estável, com possibilidades de pequenas variações ascendentes, visto que
essa cera vegetal concede ao Brasil, o título de único produtor e as pesquisas poderão
levar a descoberta de novas aplicações, além do que é um produto com externalidades
negativas ao meio ambiente suportáveis a capacidade de suporte dos ecossistemas.
As recomendações para gestão do agronegócio da cera de carnaúba são capacitação
dos produtores de pó de carnaúba para implantação de registro sistemático dos custos
de produção e comercialização, construção de indicadores econômico-financeiros para
acompanhamento ao longo do tempo da cadeia produtiva. As empresas devem implementar
medidas baseadas nos elementos de ecoeficiência.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 014 - PERFIL DO CONSUMIDOR DOMICILIAR DE AÇAÍ NA REGIÃO
METROPOLITANA DE BELÉM - PA.
ISMAEL MATOS DA SILVA; FRANCILENE MACIEL DA SILVA;
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: Açaí; Perfil do Consumidor; Mercado Local; Novas Tendências; Belém
- PA
A presente pesquisa tem por objetivo definir o perfil do consumidor final de açaí, na Região
Metropolitana de Belém, por tratar-se do maior mercado consumidor do Estado do Pará. O
estudo abarca não apenas seus hábitos, comportamento social e econômico, mas busca
descortinar os seus desejos de consumo ainda não revelados e realizados em relação
aos produtos, e a partir dos resultados obtidos emitir aos segmentos do sistema produtivo
os sinais que nortearão e impulsionarão as mudanças e transformações necessárias
para a conquista e consolidação de novos mercados. Foram entrevistados cerca de 400
consumidores em relação a renda, hábito de consumo e desejos não revelados em relação
ao produto. Os resultados mostraram que o açaí está adentrando às classes nobres de
consumidores que utilizam o açaí por motivações outras, como estética e saúde. Além disso,
constatou-se a preocupação do consumidor com aspectos vinculados ao meio ambiente e
á responsabilidade social. Concluiu-se ademais que o consumidor está disposto a praticar
fair trade, ou seja, preferir açaí proveniente de comunidades mais pobres, desde que atenda
aos quesitos de higiene e qualidade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Palavras-chave: Cera de Carnaúba. Cadeia produtiva. Custos de Produção.
Lucratividade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 340
Página 341
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 015 - AS RECENTES TRANSFORMAÇÕES NAS AGRICULTURAS FAMILIARES
PARANAENSES: ANÁLISE A PARTIR DAS INFORMAÇÕES DE OCUPAÇÕES E
RENDAS DO PERÍODO 2001-2004.
MARCELINO DE SOUZA; CARLOS ALVES NASCIMENTO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, UBERLÂNDIA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Ocupações agrícolas e rurais; rendas familiares; novo rural; agricultura
familiar; desenvolvimento rural
SCD 016 - IMPACTOS DAS FEIRAS DE PRODUTORES RURAIS NO COMÉRCIO
URBANO EM MUNICÍPIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA.
THIAGO RODRIGO DE PAULA ASSIS; ROSÂNGELA DE OLIVEIRA SILVA; ALINI
FERNANDA BICALHO NORONHA; EDUARDO MAGALHÃES RIBEIRO;
UFLA, LAVRAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Feira de produtores rurais; vale do Jequitinhonha; comércio urbano;
agricultura familiar; consumo
Este trabalho é uma atualização de artigo anteriormente apresentado onde se analisa
o comportamento das ocupações e das fontes de rendas das famílias rurais e agrícolas
paranaenses utilizando-se como base Tabulações Especiais elaboradas a partir do
processamento dos microdados das Pesquisas Nacionais de Amostras de Domicílios
(PNADs) dos anos de 2001 e 2004. As estimativas mostraram que houve uma redução
significativa do número de famílias pertencentes ao universo da agricultura familiar;
crescimento do número de famílias de agricultores familiares com os menores estratos de
áreas que residem em áreas urbanas com atividade agrícola e pluriativos, ou seja, que
combinam atividades agrícolas e não-agrícolas, o que se configura num novo aspecto da
ruralidade. Em relação às rendas verificou-se um aumento da participação das rendas
agrícolas entre as famílias pluriativas da agricultura familiar e finalmente, as rendas de
aposentadorias/pensões continuam a representar maior significado nas famílias de contaprópria agrícolas, mas agora também nos grupos de famílias de empregados e conta-própria
não-agrícolas. Infere-se que, de um lado, o reduzido dinamismo econômico dos municípios
rurais paranaenses pode estar causando a redução do universo da agricultura familiar.
Os resultados apontam para a necessidade de continuar as pesquisas tendo em vista a
confirmação ou não das tendências apontadas.
Este artigo estuda a relação entre a feira de produtores rurais e o consumo urbano em 5
municípios do vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais. A partir de entrevistas em
estabelecimentos comerciais desses municípios traz uma análise de como os comerciantes
percebem a influência da feira em seus estabelecimentos: épocas de maior consumo,
estimativa dos gastos, vantagens oferecidas, entre outros. Como resultados observa-se
um aumento das vendas que pode chegar a até 50% em dias de feiras, dependendo do
setor comercial, o que afirma a importância das feiras de produtores para a dinamização
da economia local. Comerciantes também apontam as épocas em que os feirantes mais
consomem, identificadas principalmente com o ultimo trimestre do ano (outubro/novembro/
dezembro). Quanto às vantagens comerciais observa-se uma relação de confiança entre
produtores feirantes e comerciantes, mas em termos gerais não são oferecidas vantagens
significativas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 342
Página 343
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 017 - DEMANDAS E GARGALOS TECNOLÓGICOS DA AGRICULTURA FAMILIAR
NO PARANÁ: A VISÃO DAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS.
TIAGO PELLINI; MOACYR DORETTO; GIL MARIA MIRANDA; MARISA SUGAMOSTO;
JOAO TORRENS;
IAPAR, LONDRINA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: agricultura familiar; demandas tecnológicas; produção vegetal; pecuária;
agroindústria
O objetivo da pesquisa foi identificar as demandas e gargalos tecnológicos da agricultura
familiar, contemplando a produção vegetal, animal, agroindústria e infraestrutura de moradia.
O estudo foi realizado no Estado do Paraná, em 2004, através de questionário estruturado
junto às entidades representativas da agricultura familiar e, depois complementado com
sugestões daquelas entidades em relação às propostas de diretrizes para políticas públicas
para esse segmento de agricultores. Constatou-se que na produção vegetal os problemas
informados eram sobretudo relacionados com pragas e doenças, baixa produção, manejo e
conservação do solo e melhoramento genético. Na criação de animais foram identificadas
demandas principalmente em alimentação, genética e reprodução, infraestrutura de
instalações e falta de capacitação do produtor e sanidade. Nas atividades de agroindústria
familiar os problemas mais evidentes foram: qualidade dos produtos, transformação,
e a legislação/gestão. Quanto à infraestrutura de moradia foram destaques problemas
relacionados ao abastecimento de água, destinação do lixo e esgoto. As propostas de
diretrizes a partir dos resultados do trabalho e de sua discussão estão fundadas nos
seguintes pontos: fortalecimento e ajuste da pesquisa agropecuária e dos serviços de
ATER; capacitação em agroecologia; programas de treinamento e educação; adequação de
aspectos da legislação e envolvimento participativo dos agricultores familiares no desenho,
planejamento e execução das políticas públicas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 018 - VALORAÇÃO CONTINGENTE DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA)
SÃO JOSÉ – MG: UM ESTUDO DE CASO.
JADER FERNANDES CIRINO; JOÃO EUSTÁQUIO DE LIMA;
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA,
VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: APA São José; valoração contingente; disposição a pagar; gestão
ambiental; economia dos recursos naturais
A Área de Proteção Ambiental (APA) São José – MG apresenta um rico patrimônio natural
e histórico. Apesar de tal fato e de ser uma área de proteção desde 1981, vem sofrendo
na atualidade com degradações ambientais. Dentro desse contexto, emergiu a questão
de se valorar a APA São José com o objetivo de fornecer subsídios para a elaboração
e consecução de políticas públicas e de projetos públicos e privados de conservação
ou exploração sustentável do referido ativo. Como método de valoração, utilizou-se a
valoração contingente, por meio da abordagem de HANEMANN (1984) e do método do
bootstrapping, para obter uma disposição a pagar (DAP) mensal individual por habitante dos
cinco municípios que compreendem a APA São José de R$22, 88, com um desvio-padrão
relativamente baixo de R$3, 25. Quanto à confiabilidade da medida estimada, destaca-se
a preocupação do presente trabalho em adotar procedimentos visando evitar ou minimizar
os vieses que geralmente ocorrem em pesquisas de valoração ambiental.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 019 - THE COMMONS DILEMMA REVISITED: EXPANDING RATIONALITY AND
ANIMATING INSTITUTIONAL ANALYSIS.
LEANDRO FREDERICO FERRAZ MEYER;
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: commons dilemma; experimental economics; institutional analysis;
psychological stage theory; tragedy of the commons
The classical theoretical prediction for the “commons dilemma” is as tragedy. The situation
popularized as “the tragedy of the commons” became intriguing because beneath this
unfortunate and surely undesired result of collective action laid the model of “rational
actor”. Yet, the messiness of alternative theories of human behavior has been motive of
hesitation to adopt more realistic assumptions than those of the rational choice to address
collective action. Still, a deeper understanding of the interplay among cognition, values
systems, and institutions should be the starting point for any discussion of societal change.
In this paper, we present a new approach to advance the theory of collective action by
combining the framework of institutional analysis with Clare Graves’s theory of adult
biopsychosocial development. Moreover, we sketch an empirical strategy for investigating
the behavioral hypotheses resulting from the Graves’ model using experimental CPR
(common-pool resource) games. The results from the suggested approach promise to be
a valuable improvement toward a more integral approach to collective action problems
and sustainability.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 344
Página 345
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 020 - AMPLIANDO O CONCEITO DE RASTREABILIDADE: EM BUSCA DE
SUSTENTABILIDADE NAS CADEIAS PRODUTIVAS.
LUCIANO BARIN CRUZ; NATALIA AGUILAR DELGADO; HERON SERGIO MOREIRA
BEGNIS; EUGÊNIO ÁVILA PEDROZO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS,
BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável; Cadeias Produtivas; Rastreabilidade;
Estratégias Sustentáveis; Cooperação
Atualmente, já se fala em rastreabilidade e certificação como alternativas para que as
cadeias produtivas atendam as exigências de segurança do alimento, colocadas pelo
mercado e pelo consumidor. Ao praticarem a rastreabilidade, as empresas conseguem
controlar os diversos elos da cadeia produtiva, para que o produto final chegue ao
consumidor de forma segura. Do ponto de vista do consumidor, este se sente mais seguro,
pois tem a certeza de que terá um alimento com garantia de sanidade e de qualidade. Do
ponto de vista das empresas, estas mantêm sua lucratividade e passam a ter um controle
mais rigoroso de todo o processo ao longo da cadeia produtiva.
Analisando a lógica que está por trás da aplicação da rastreabilidade, atualmente, percebese que o foco está no aumento de competitividade. Na verdade, se os atores de uma cadeia
produtiva não entenderem que precisam se ajustar a estas regras, eles estão fadados a
perder mercado. Ou seja, os atores cooperam para que possam se manter competitivos
no mercado. Porém, diante de todos os problemas que se verificam atualmente, do ponto
de vista social e ambiental, será que a rastreabilidade deveria permanecer restrita a uma
estratégia empresarial de aumento de competitividade? Será que este conceito não deveria
ser ampliado de forma a considerar estes problemas?
Diante destas questões, este artigo objetiva ampliar a compreensão do conceito de
rastreabilidade, a partir da constatação de que esta prática pode e deve ampliar a
responsabilidade das empresas quando se pensa em cadeias produtivas orientadas para
a sustentabilidade. Assim, o artigo estrutura-se a partir da discussão de alguns conceitos
sobre cooperação e a coopetição em cadeias produtivas, estratégias orientadas para a
sustentabilidade e rastreabilidade. Por fim, são apresentadas algumas relações entre estes
conceitos e proposições, além das considerações finais, apontando para oportunidades
de futuras pesquisas.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 021 - A SUSTENTABILIDADE DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE
BOVINOCULTURA DE CORTE DO RIO GRANDE DO SUL.
CHRISTIANE MARQUES SEVERO; LOVOIS ANDRADE MIGUEL;
PGDR/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: bovinocultura; sustentabilidade; sistema de produção; rio grande do sul;
desenvolvimento sustentável
A bovinocultura de corte tem suas origens nos primórdios da ocupação do espaço agrário
gaúcho e está presente em todas as regiões agroecológicas do Estado do Rio Grande do
Sul. Fundamental para a formação da sociedade gaúcha, tanto do ponto de vista econômico
como social, esta atividade vive atualmente um período marcado por incertezas e por
um importante e vigoroso processo de reestruturação. Apesar da profusão de estudos e
pesquisas, raros são os estudos que analisam a sustentabilidade, tanto do ponto de vista
econômico como social e ambiental, desta atividade produtiva. Este trabalho busca, através
da formatação de indicadores e índices relativos de sustentabilidade, avaliar o grau de
sustentabilidade dos sistemas de produção de bovinocultura de corte do Rio Grande do Sul.
A partir de entrevistas realizadas junto a 540 produtores de gado de corte no decorrer do
ano de 2004, obteve-se um conjunto de informações relativas tanto as dimensões ambiental,
social e econômica, como relativas aos critérios de produtividade, estabilidade/resiliência,
equidade e autonomia apresentados pelos bovinocultores de corte. A análise conteve-se
na comparação entre os Índices Relativos das Dimensões (IRD), dos Critérios (IRC) e de
Sustentabilidade (IRS) de cada tipo de sistema de produção. Os resultados apontam a
existência de oito tipos de sistemas de produção relevantes para esta análise. Os índices
de sustentabilidade apontam o sistema de produção do tipo cinco como mais sustentável,
seguido pelos tipos sete, três, seis, quatro, dois, e, por último os tipos oito e um, os quais
estão mais próximos do que se poderia chamar de situação de insustentabilidade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 346
Página 347
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 022 - ECONOMIC GROWTH AND ENERGY CONSUMPTION: A SUR REGRESSION
MODEL APPLICATION IN BRAZIL FOR SEVERAL SOURCES OF FUEL.
LUIZ FERNANDO OHARA KAMOGAWA; RICARDO SHIROTA;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: EKC (Environmental Kuznets Curve); Consumo de Energia; Emissão de
Carbono; Crescimento Econômico; SUR
SCD 023 - EMISSÕES DE CO2 NA ECONOMIA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE DE
DECOMPOSIÇÃO ESTRUTURALPARA OS ANOS 1990 E 2003.
ALYSON FIDELIS DE MORAIS; JAQUELINE SEVERINO DE COSTA; RICARDO LUIS
LOPES;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Decomposição; Insumo-Produto; Emissões; Poluição; CO2
Apesar de uma série argumentos teóricos e evidências empíricas demonstrarem que a
partir de certos níveis de renda ocorre a chamada EKC (Environmental Kuznets Curve),
i. e., uma relação em “U” invertido entre renda e degradação ambiental (ou consumo dos
recursos naturais) estudos aplicados demonstraram que para o caso do consumo de
energia no Brasil, esta relação não se verifica. A melhoria na qualidade ambiental poderia,
no entanto, estar ocorrendo pela troca de uma matriz energética mais intensiva na emissão
de poluentes por uma menos agressiva. Para verificar este efeito foram estimadas várias
EKC’s para diferentes tipos de fonte primárias de energia (petróleo, álcool de cana-deaçúcar, gás natural, carvão mineral e vegetal, hidroeletricidade residencial e industrial e
lenha). Como a princípio as demandas são correlacionadas entre si, foi utilizado um modelo
de regressão do tipo SUR (Seemingly Unrelated Regressions). O resultado obtido confirma
a hipótese de que as funções são correlacionadas contemporaneamente e que o nível de
consumo da maioria das fontes de energia é crescente em função da renda (algumas com
elasticidade também crescente). Outros resultados extraídos indicam que a participação
das fontes renováveis tende a decair ao longo do processo de crescimento econômico; e,
há um aumento exponencial nas emissões de carbono no longo-prazo (tanto originário de
fontes renováveis quanto não-renováveis).
Com a intensificação do processo de industrialização e todos os avanços econômicos
advindos com ele o mundo passou a enfrentar também os problemas decorrentes da
diversificação industrial. O aumento desenfreado do consumo, de novas tecnologias implica
em mais indústrias, o que significa mais produção de resíduos descartados na natureza e
mais emissão de gases poluentes. Diante disso, estudos que visam adequar crescimento
econômico e preservação ambiental são de suma importância. Neste trabalho é feita uma
Análise de Decomposição Estrutural para o Brasil nos anos de 1990 e 2003, identificando
a contribuição de fatores como eficiência ecológica, estrutura de produção, composição
da demanda final e volume de demanda final na variação total do volume de emissões de
CO2. A ordenação dos setores mais intensivos em energia, através dos índices de ligações
para trás e para frente, complementa o trabalho. Verificou-se que o volume de emissões de
CO2 aumentou significativamente durante o período analisado e setores como transportes,
siderurgia e minerais não-metálicos foram os que mais contribuíram para isso.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 348
Página 349
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 024 - DINÂMICA DO ESTOQUE DE RECURSOS PESQUEIROS EM CABO VERDE,
NO PERÍODO DE 1982 A 2001.
ANTÓNIO JOSE MEDINA DOS SANTOS BAPTISTA; ADRIANO PROVEZANO GOMES;
UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE CABO VERDE, PRAIA, PORTUGAL;
Palavras-chave: PESCA; CABO VERDE; ESTOQUE DE RECURSOS; SUSTENTABILIDADE;
ANALISE FATORIAL
Neste estudo, pretendeu-se analisar a dinâmica do estoque dos recursos pesqueiros em
Cabo Verde, no período de 1982 a 2001. Os resultados indicaram que, no geral, o estoque
desses recursos tem diminuído em relação ao do início do período analisado. Entretanto,
pôde-se notar que houve leve recuperação, principalmente na década de 1990. Tendo em
vista que o Indice Geral de Disponibilidade de Estoque - IGDE (que indica o estoque dos
recursos no agregado) não indica as dinâmicas individuais de cada espécie que compõe
o estoque de recursos em Cabo Verde, procedeu-se à rotação dos fatores extraídos, de
modo que foi possível identificar a evolução individual de cada espécie.
Os resultados foram coerentes, principalmente pelo fato de corroborarem a idéia sobre
a sobrexploração dos Tunídeos no mundo todo. Por ser uma espécie de alto valor
comercial, o seu estoque tem sofrido grande pressão ao longo do tempo, e grande parte
das embarcações estrangeiras licenciadas em Cabo Verde tem essa espécie como alvo.
Em relação aos demais recursos (espécies), observou-se que os estoques já estiveram
em níveis nitidamente maiores do que os atuais. Entretanto, apresentaram uma situação
de renovação ao longo do período analisado.
Cabe ressaltar que o conceito de Captura Por Unidade de Esforço - CPUE utilizado na
construção dos indicadores parciais de produtividade possui alguns pressupostos que
podem ser irrealistas, podendo-se citar, como exemplo, a idéia de que a tecnologia é
constante. Uma consideração importante é o fato de que, se houve progresso tecnológico
no período da década de 1990, devem-se interpretar os resultados deste estudo com
cautela, pelo fato de que o progresso tecnológico pode ter “mascarado” a queda no estoque
dos recursos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 025 - DEMANDA POR PESCADOS NO BRASIL ENTRE 2002 E 2003.
RICARDO SHIROTA; DANIEL YOKOYAMA SONODA;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Pescado; Oferta; Preço; Demanda; AIDS
O Brasil é um país que possui baixo consumo per capita de pescados. Alguns dos fatores
que explicam este fenômeno estão ligados à sua oferta como por exemplo: a sobre pesca,
a baixa produção nacional, a distância entre centros produtores e consumidores etc. Este
trabalho, porém, aborda as questões ligadas à demanda de pescados no Brasil. Inicialmente,
procuro-se caracterizar a problemática da oferta de pescados no Brasil, descreveu-se o
método de cálculo da função demanda desenvolvido por Deaton e Muelbauer (1980), o
Almost Ideal Demand System (AIDS), a partir dos microdados da Pesquisa de Orçamento
Familiar (POF) 2002-2003, em seguida fez-se uma breve análise descritiva da demanda
por pescados no Brasil e finalmente estimou-se uma função demanda por pescados no
Brasil para a qual se considerou apenas o subgrupo proteína animal para o cálculo. Os
principais resultados apontam que o consumo per capita de pescados é baixo porque
poucos brasileiros consomem pescados. O padrão de consumo de pescado das Regiões
Norte e Nordeste diferem do padrão de consumo das Regiões do Centro-Sul do país. Os
principais produtos substitutos aos pescados no país são as proteínas mais elaboradas e
não as carnes mais tradicionais como a de aves e as vermelhas. O principal desafio para
o setor seria de inserir os pescados no hábito alimentar do brasileiro. Algumas alternativas
poderiam ser sugeridas: o aumento da oferta natural de pescados e sua redução de seu
preço e/ou a produção de pescados a baixo custo em confinamento; e o desenvolvimento
de produtos a base de pescados mais elaborados para competir no mercado de proteínas
prontas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 026 - PESCA PREDATÓRIA DA LAGOSTA NO BRASIL: UM MODELO
INSUSTENTÁVEL.
ANDREA S. S. DE A. MELO; ANDRÉ DOURADO DE BARROS;
UFPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: lagosta; comércio internacional; queda de produtividade; pesca predatória;
políticas de prevenção
A lagosta é um dos principais produtos do comércio internacional mundial de pescados,
dado o seu alto valor de mercado. É crescente a sua comercialização no mercado mundial,
sendo Estados Unidos e Canadá os principais países importadores. Entretanto, é possível
observar queda na taxa de crescimento da produção deste crustáceo no mundo, e queda
absoluta de sua produção no Brasil. Para estes dois casos a principal explicação é a pesca
predatória. No Brasil, os principais fatores de sustentação da predação são as condiçoes
sócio-econômicas da população que dela vive. Devido ao grande potencial de mercado,
resolver o problema da pesca predatória no Brasil significa não só melhorar as condições
de vida desta população, mas também e principalmente possibilitar uma grande fonte de
divisas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 350
Página 351
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 027 - UM ESTUDO SOBRE O VALOR DO SISTEMA DE RASTREABILIDADE
ANIMAL NOS EUA.
MOISÉS DE ANDRADE RESENDE FILHO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: ratreabilidade animal; sistema de equações de demanda; segurança dos
alimentos; EUA; Índice de notícias
: Esse artigo investiga o valor do sistema nacional de identificação animal (NAIS) a ser
implantado nos EUA. Assume-se que os benefícios para o setor de carnes nos EUA virão
como conseqüência do efeito do NAIS sobre a percepção do consumidor final em relação
ao risco de consumir carne e derivados impróprios para consumo. Sistemas de demanda
dos tipos “generalized almost ideal” (GAI) e “generalized quadratic almost ideal” (GQUAIDS)
foram estimados incorporando-se índices de reportagens negativas em relação a segurança
de alimentos derivados das carnes de boi, porco e aves. Diversas especificações dos
modelos são testadas umas contra as outras. Verificou-se que tais índices de “food safety”
influenciam em pequena magnitude e de forma contemporânea (sem efeito defasado) a
demanda final por carnes nos EUA. Três cenários são construídos, um para o caso em que
o sistema não é implementada, um para o caso em que o NAIS é implementado somente
para o setor de carne bovina e finalmente um cenário em que o NAIS é implementado
para o setor de carne bovina e de carne suína. Utiliza-se as diferenças entre a receita total
estimada para os setores de carne bovina, suína e de aves para os diferentes cenários
como uma aproximação do benefício do sistema nacional de rastreabilidade animal nos
EUA. Conclui-se que se for assumido que a maior parte dos benefícios com tal sistema de
rastreabilidade virá do seu potencial em promover deslocamentos para cima das funções
de demanda para as carnes de boi e porco, o governo dos EUA necessitará subsidiar o
NAIS de modo a torna-lo economicamente viável.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 028 - UMA METODOLOGIA PARA AVALIAR A EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE
NA AGRICULTURA BRASILEIRA: UM ESTUDO DAS REGIÕES GEOGRÁFICAS.
ABEL CIRO MINNITI IGREJA; MARINA BRASIL ROCHA; SÔNIA SANTANA MARTINS;
FLÁVIA MARIA DE MELLO BLISKA; GEOVANA TIRADO;
INSTITUTO DE ZOOTECNIA, NOVA ODESSA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Agricultura regional; Expectativa de rentabilidade agrícola; Remanejamento
de áreas; Renda Bruta agrícola; Variações cíclicas
Por meio do uso de Metodologia de Análise da Substituição de Áreas conjugada com
a aferição de mudanças na densidade econômica do uso do solo foi possível avaliar
a expectativa de rentabilidade da agricultura brasileira, em suas regiões geográficas,
no período após 1990. A metodologia comprovou ser eficaz em descrever, de forma
sumarizada, as principais características do desenvolvimento agrícola regional brasileiro.
Captou a conjuntura cíclica da variação na renda agrícola, e fatores que a deprimiram,
como a sobrevalorização da moeda, o desça-samento entre os custos financeiros, de
insumos e de bens de capital, e a tendência de queda nos preços de alguns produtos, que
geraram a crise da dívida da agricultu-ra, afetando tanto as regiões mais desenvolvidas,
quanto, e sobretudo, as mais de-pendentes da agricultura, entre 1993 e 1996. O método
mostrou-se capaz, também, de evidenciar a acentuada diferenciação da Região CentroOeste quanto à expecta-tiva de rentabilidade da agricultura e, para as regiões Nordeste e
Norte foi possível verificar características estruturais de renda mais deprimida, enquanto
para as regi-ões Sul e Sudeste, além da crise da dívida, já mencionada, captou também
um mo-vimento de perda relativa maior de rentabilidade no período recente, principalmente
a primeira, mais exposta à concorrência do Mercosul.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 352
Página 353
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 029 - EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE NA CAFEITURA BRASILEIRA:
SITUAÇÃO NAS REGIÕES GEOGRÁFICAS.
ABEL CIRO MINNITI IGREJA; FLÁVIA MARIA DE MELLO BLISKA; MARINA BRASIL
ROCHA; SÔNIA SANTANA MARTINS; CELSO LUÍS RODRIGUES VEGRO;
INSTITUTO DE ZOOTECNIA, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Análise regional; Cultura do café; Modelo Shift-Share; Rentabilidade
agrícola; Substituição de culturas
SCD 030 - DAS PREOCUPAÇÕES FISIOCRÁTICAS E CLÁSSICAS AO CUSTEIO
AGRÍCOLA MODERNO: O PENSAMENTO ECONÔMICO E SUA APLICAÇÃO AO
SISTEMA NACIONAL DE CRÉDITO RURAL (SNCR).
VALDIR ANTONIO GALANTE; JEFERSON GALVÃO TRINDADE;
UNIOESTE, FRANCISCO BELTRÃO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Custeio agrícola; Política agrícola; Linhas de financiamento; SNCR;
crédito agrícola
Por meio do uso de Metodologia de Análise da Substituição de Áreas conjugada com
aferição de mudanças na densidade econômica do uso do solo para a cafeicultura foi
possível obter o comportamento alocativo das áreas de cafeicultura em um conjunto de
lavouras, como um indicador de expectativa de rentabilidade da lavoura cafeeira no Brasil,
o qual, cotejado com o efetivo resultado da variação de relativos da densidade-valor do café
em relação ao conjunto de lavouras considerado, fornece uma indicação da rentabilidade.
O estudo foi realizado para as regiões geográficas (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste
e Sul), no período após 1990. A metodologia de análise da expectativa da rentabilidade
comprovou ser eficaz em descrever, de forma sumarizada, as principais características
do desenvolvimento da cultura em cada região. Captou a acentuada diferenciação da
Região Sudeste, por sua significativa importância no cenário da cafeicultura nacional,
concentrando entre 70% e 80% da produção, no período analisado. A metodologia permitiu
também visualizar um descompasso maior entre decisões de investimento em uma lavoura
perene como a de café em relação às culturas temporárias. Por se tratar de lavoura perene,
não raras vezes os resultados de uma sobreexpansão de áreas, devido à renovação dos
cafezais e ampliação de área, e de investimentos em intensificação tecnológica mostramse favoráveis em prazos mais dilatados entre as decisões do produtor e os resultados
econômicos efetivamente obtidos. Esse foi o caso do final da década dos noventas, em
que a maturação dos investimentos se reverteram em ganhos efetivos após 2003/04. Além
disso, o Modelo Shift-Share, também utilizado na análise, permitiu avaliar os componentes
do crescimento da produção, em termos da área, rendimento e localização geográfica.
Associar essas metodologias mostrou-se um esforço interessante, uma vez que para
todas as regiões foi possível verificar características similares quanto à importância da
evolução.
Esse artigo aborda o pensamento econômico das escolas fisiocrática e clássica tangentes à
agricultura e os reflexos dessas idéias na modulação dos instrumentos de política agrícola
praticados na contemporaneidade. Para tanto, avoca o desafio, pelo método descritivo,
de permitir-se uma análise hermenêutica dos excertos cujo bojo ainda se mantém como
fundamentador teórico e justificador das medidas adotadas na atualidade. Resgatam-se os
escritos de François Quesnay, Adam Smith, Thomas Robert Malthus e David Ricardo. Pelo
método histórico tem-se a reconstrução sinóptica dos principais eventos cuja combinação
ensejou a conjuntura contemporânea que, por sua vez, exigiu ou indicou a adoção das
ferramentas de ingerência do custeio agrícola por parte do Estado. De posse desse
conhecimento, discute-se os delineamentos promovidos por essa ideologia na evolução
do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), acompanhados, óbvio, pelo contexto
histórico-econômico vigente.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 031 - A INTERDEPENDÊNCIA ENTRE OS PREÇOS DO CAFÉ BRASILEIRO E
COLOMBIANO: UMA ANÁLISE EMPÍRICA.
ROBERTO MAX PROTIL; PAULO HENRIQUE PIERIN PACHECO; RICARDO VOGEL DO
NASCIMENTO; WESLEY VIEIRA DA SILVA; ALCEU SOUZA;
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Café; Preços internacionais; Co-integração; Agronegócio;
O objetivo deste trabalho é avaliar a existência de relações de co-integração entre os preços
do café colombiano e do café brasileiro pautando-se em dados históricos que cobrem
o período de janeiro de 1980 a dezembro de 2005, fazendo o uso do método proposto
por Engle e Granger (1987). O estudo caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa
de natureza descritiva cujos dados amostrados descrevem eventos ao longo do tempo.
A realização do teste de raiz unitária confirmou que as variáveis em análise realmente
são não estacionárias. No caso do teste de co-integração, o teste de hipóteses realizado
sobre o vetor de resíduos evidenciaram a existência de uma relação de equilíbrio de longo
prazo entre os preços dos cafés. Isto é, os preços parecem caminhar para uma situação
de equilíbrio, onde essa commoditie nos diferentes mercados possui comportamentos
similares.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 354
Página 355
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 032 - PREVISÃO PARA O PREÇO FUTURO DO CACAU ATRAVÉS DE UMA SÉRIE
UNIVARIADA DE TEMPO: UMA ABORDAGEM UTILIZANDO O MÉTODO ARIMA.
MARCEL CASTRO DE MORAES; ALDOUS PEREIRA ALBUQUERQUE;
UFPB, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL;
Palavras-chave: Cacau; Modelagem ARIMA; Previsão de Preços; Commodities Agrícolas;
Box-Jenkins
SCD 034 - A REGRA ÓTIMA DE ARMAZENAMENTO DE ARROZ NO BRASIL ATRAVÉS
DE UM MODELO DINÂMICO DE EXPECTATIVAS RACIONAIS.
CASSIANO BRAGAGNOLO; VANIA DI ADDARIO GUIMARÃES;
UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Mercado de arroz; Programação dinâmica; expectativas racionais;
armazenamento; comercialização
Neste artigo realiza-se uma previsão para o preço médio mensal do cacau (recebido pelo
produtor brasileiro) a partir de uma série temporal que compreende o período janeiro/1970agosto/2005, totalizando 428 observações. Para isto, adota-se a metodologia denominada
Box-Jenkins – utilizada para análise de séries univariadas de tempo. Identifica-se para tal
previsão o método autoregressivo integrado com média móvel (ARIMA). Em seguida, são
apresentados cinco modelos candidatos para a realização da previsão de dados, onde
são adotados os critérios Akaike Information Criterion (AIC), Schwartz Bayesian Criterion
(SBC) e Erro Quadrado Médio (EQM), para a escolha do melhor modelo. Verifica-se por
meio de uma previsão ex-ante, fundamentada nos dados amostrais, uma pequena queda
no preço futuro do produto para os próximos doze meses.
Este trabalho pretende aplicar um modelo econômico dinâmico de expectativas racionais
para armazenamento de arroz no Brasil com o intuito de modelar a decisão de estocagem.
Estas quantidades de estoque maximizam os efeitos de bem-estar oriundos da introdução
da estocagem como uma atividade econômica competitiva em um mercado com oferta
estocástica, onde todos os indivíduos são maximizadores de lucro com expectativas
racionais. Os impactos dependem, principalmente, da informação disponível ao produtor
antes do armazenamento ser introduzido, da elasticidade da oferta de área, da especificação
da curva de demanda, dos custos de estocagem, da taxa de juros considerada e do custo
de estocagem. Estas funções e valores foram utilizados para a estimação de um modelo
dinâmico de expectativas racionais, através de programação dinâmica estocástica,
aproximando uma função de preço esperado e área plantada em função do estoque inicial,
fazendo uso de polinômio de quarto grau no estoque, onde se encontrou uma disponibilidade
crítica, a partir da qual, ocorrerá armazenamento como uma atividade econômica. Em
seguida procedeu-se a estimação de simulações de longo-prazo com o intuito de avaliar
os impactos de altos e baixos estoques iniciais no mercado. Os resultados demonstraram
que estes impactos podem ser percebidos por cerca de 3 ou 4 safras.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 033 - ANALISANDO OS RELACIONAMENTOS DURADOUROS NO CANAL DE
DISTRIBUIÇÃO DA MAÇÃ BRASILEIRA: UMA VISÃO DOS PRODUTORES.
CLAUDIO ZANCAN; PAULO HENRIQUE MULLER PRADO; ELERI HAMER;
FACSUL/UFPR, RONDONOPOLIS, MT, BRASIL;
Palavras-chave: Qualidade no Relacionamento; Relacionamentos Duradouros; Relações
business-to-business (B2B); Canal de Distribuição; Marketing de Relacionamento
A QR vem sendo analisada a partir da década de 90, por diferentes abordagens na teoria
do Marketing de Relacionamento. Entretanto, devido à complexidade de sua mensuração,
alguns estudos acabam simplificando a importância que ela possui no processo de
estabelecimento/manutenção das trocas relacionais mantidas em um canal de distribuição.
Neste sentido, este artigo analisa as relações dos construtos componentes da QR
(satisfação, confiança e comprometimento no relacionamento), tendo como contexto, os
relacionamentos duradouros estabelecidos entre produtores e empresas distribuidoras
da maçã brasileira, sob o ponto de vista das empresas produtoras. Também, como forma
de propor um modelo de análise, são sugeridas associações antecedentes (Custos com
o término do Relacionamento, Valores Compartilhados e Comportamento Unilateral) e
conseqüentes (Propensão ao abandono do Relacionamento e Cooperação) para a QR. Os
resultados obtidos comprovaram as associações propostas, bem como, a influência que a
QR exerce no processo de estabelecimento/manutenção dos relacionamentos duradouros
mantidos neste canal.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 035 - ANÁLISE ECONÔMICA DAS BARREIRAS TARIFÁRIAS AO CAFÉ SOLÚVEL
BRASILEIRO.
MARISLEI NISHIJIMA; MARIA SYLVIA SAES;
UNIVERSIDADE DE SãO PAULO, SãO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Café solúvel; Tarifas; Dados de painel; demanda; mercado
internacional
Este artigo investiga os motivos da redução da participação brasileira nas exportações
mundiais de café solúvel a partir da década de 1990. Em especial, verifica se a demanda
mundial pelo café solúvel brasileiro reflete a imposição de tarifas discriminatórias pela União
Européia e por alguns países do leste europeu. Para esta finalidade, foram estimados
modelos dinâmicos da demanda mundial pelo café solúvel brasileiro entre 1995 e 2003,
utilizando dados de painel, provenientes da Organização Internacional do Café. Os
resultados sugerem que a existência de tarifas discriminatórias sobre o café solúvel brasileiro
aliada ao recente aumento da oferta de café verde insumo no mercado internacional são
elementos significativos para a explicação do fenômeno.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 356
Página 357
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 036 - AS POTENCIALIDADES E DISTORÇÕES COMERCIAIS NO MERCADO
INTERNACIONAL DA MANGICULTURA BRASILEIRA.
NILDO FERREIRA CASSUNDÉ JÚNIOR; RICARDO CHAVES LIMA; CARLOS ROBERTO
MACHADO PIMENTEL;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: fruticultura; agronegócio; distorções comerciais; oportunidade; manga
A fruticultura apresenta desempenho surpreendente no agronegócio brasileiro, que, graças
ao clima privilegiado, cuja oportunidade é um aspecto de diferencial competitivo, o Brasil
produz a fruta em diversas épocas do ano. O potencial aumento no consumo de frutas
frescas e processadas ajuda a expansão dos negócios brasileiros. Nesse sentido, cor,
sabor, aroma e aspecto geral da manga brasileira são alguns importantes argumentos que
tem convencido os consumidores internacionais. A região do Submédio do São Francisco
possui clima semi-árido tropical, com área de mais de 360 mil hectares irrigáveis dos quais
mais de 120 mil são irrigados, onde são cultivadas as frutas, como a manga e uva. As
mangas produzidas no Vale do São Francisco representam o principal produto da pauta
de exportações brasileiras de frutas in natura. Variedades como Tommy Atkins, Haden,
Keitt têm sido cada vez mais apreciados por consumidores europeus, norte-americanos
e canadenses, além do oriental. Dessa maneira, o Brasil tem conseguido aumentar suas
ofertas e tem se tornado um importante fornecedor internacional de frutas. Por isso, o
estabelecimento de uma relação de confiança com o consumidor deve ser sempre um dos
objetivos do exportador. A infra-estrutura de armazenamento e de transporte inadequado
parece como um dos principais pontos de estrangulamento interno; ao se tratar das
características externas, as restrições fitossanitárias apontam como as mais importantes
para as frutas in natura. Este estudo tem como objetivo caracterizar a situação atual da
produção da manga brasileira com relação às oportunidades e distorções comerciais.
Nesse sentido, é possível dizer que a produção de manga para exportação no Nordeste
brasileiro ainda apresenta perspectivas positivas e tendência de expansão, em função da
fruticultura brasileira de modo geral ter tido redução das barreiras comerciais.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 037 - MERCADO DE CARNES: ASPECTOS DESCRITIVOS E EXPERIÊNCIAS
COM O USO DE MODELOS DE EQUILÍBRIO PARCIAL E DE ESPAÇO DE ESTADOS.
ROSAURA GAZZOLA; CARLOS HENRIQUE MOTTA COELHO; GERALDO DA SILVA E
SOUZA; RENNER MARRA; ANTONIO JORGE DE OLIVEIRA;
SECRETARIA DE GESTÃO E ESTRATÉGIA - EMBRAPA SEDE, BRASILIA, DF,
BRASIL;
Palavras-chave: comércio de carnes ; modelos de equilíbrio parcial ; modelo de espaço
de estados; elasticidade de produtos agrícolas ; séries temporais
Neste trabalho, apresentam-se aspectos descritivos do mercado internacional de carnes
(bovina, suína e de frango), com ênfase na participação brasileira. O modelo de equilíbrio
parcial da OECD (Aglink) é ajustado estatisticamente às observações do mercado brasileiro
de carnes. Investiga-se a consistência do Aglink em dois contextos: o da concordância
entre elasticidades especificadas e estimadas, e do outlook ou previsão, face à evolução
temporal das observações disponíveis. Conclui-se dessa análise que existem diferenças
marcantes em ambas as dimensões. Há instâncias relevantes em que as observações
não suportam as especificações e as previsões do modelo. No longo prazo, à medida que
séries de tempo maiores se tornem disponíveis, acredita-se que os modelos ajustados via
séries de tempo, como o procedimento de espaço de estados, sejam de uso mais expedito
quanto ao propósito de previsão ad hoc nos mercados, do que os modelos de equilíbrio
parcial. Estes últimos devem ser melhor ajustados à realidade das observações disponíveis
através do uso de especificações mais aceitáveis das elasticidades presentes nas curvas
de oferta e de demanda. Só assim esses modelos se tornam interessantes do ponto de
vista da avaliação de choques exógenos e de políticas setoriais específicas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 358
Página 359
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 038 - PANORAMA COMPETITIVO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, LOGÍSTICA
DE TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO E A IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO
DE CARTAGENA.
JOSÉ EUSTÁQUIO RIBEIRO VIEIRA FILHO; IZAIAS CARVALHO BORGES; JOSÉ MARIA
FERREIRA JARDIM DA SILVEIRA;
IE-UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Protocolo de Cartagena; Transgênicos; Competitividade; Logística;
Rotulagem
O presente trabalho tem como objetivo analisar o panorama competitivo do agronegócio
brasileiro (questões logísticas) diante da implementação do Protocolo de Cartagena
sobre Biossegurança (PC). Em termos gerais, tal protocolo contribui para que o fluxo
transfronteiriço de Organismos Vivos Modificados (OVMs) seja transparente, visando
medidas de segurança de proteção ao meio ambiente e levando em conta os riscos à saúde
humana. No presente estudo, tem-se a confirmação de que, para os países exportadores, a
escolha da identificação da carga com OVM em “pode conter” ou “contém” é de fundamental
importância, já que tal decisão poderá acarretar custos extras, além aumentar de forma
imprevisível os custos de transação, principalmente na interface entre portos do país
exportador e importador. Não há, em contrapartida, evidências claras de que a expressão
“contém” garanta benefícios correspondentes, que possam ser captados pelas partes
envolvidas (produtores, intermediários e consumidores), assim como o cumprimento dos
objetivos do Protocolo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 039 - THE DOHA DEVELOPMENT AGENDA AND BRAZIL: A CLOSER LOOK
INTO THE DISTRIBUTIONAL IMPACTS INSIDE AGRICULTURE.
JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO; MARK HORRIDGE;
USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: doha round; poverty; distributional effects; agriculture; trade
In this paper we extend previous results about how trade integration can affect poverty and
income distribution in Brazil. To assess the impacts of a Doha Development Agenda (DDA)
scenario on poverty and income distribution in Brazil, a computable general equilibrium
model (CGE) of Brazil was used, linked to a micro-simulation (MS) model. This method was
proposed by Ferreira Filho and Horridge, and guarantees consistency between both models.
The model comprises 112, 055 Brazilian households and 263, 938 adults, distinguishing 42
activities, 52 commodities, and 27 regions. The Doha round is simulated with the aid of a
modified version of the GTAP model, and its impacts upon poverty and income distribution
in Brazil analyzed. Results suggest that even a large shock like the one simulated would
not greatly reduce poverty in Brazil, although the poorest households benefit most.
The analysis was extended to look more carefully inside agriculture, splitting the households
according to their working status (temporary workers, permanent workers, self-employed
and employers), as well as according to their land ownership status (land less workers and
farmers holding 5 land size farms).
Model results show an increase of 253, 066 new jobs in the agricultural activities. Most of it
(197, 187) would be new jobs creation, or workers coming to agriculture from unemployment,
and the other part (55, 882 workers) would be a net attraction of jobs from contracting
industries. The job creation benefits the poor disproportionately: 57% of the new agricultural
workers belong to the first three lowest income classes (78% if only count the previously
unemployed are considered). As a result of this job increase, total income increases by 3.
3% in agriculture as a whole, and almost half of this increase (1. 42%) is due to workers
coming from unemployment and getting new jobs in agriculture.
The simulated DDA scenario, which was found to be poverty-reducing in previous work by
the authors, is shown to also reduce poverty inside Brazilian agriculture. Despite the regional
differences, all the players in agriculture seem to gain from the policy change. There are
complex region/product/technology interactions to be taken into account, and no simple
pattern emerges from the analysis.
Model results, then, contradict the notion that only landlords would gain from trade
liberalization in the DDA agenda, an idea that became somewhat popular recently. The
strong agricultural employment effect and the distribution of land ownership must be taken
into account for this discussion
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 360
Página 361
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 040 - VANTAGENS COMPARATIVAS REVELADAS E ORIENTAÇÃO REGIONAL
DA SOJA BRASILEIRA FRENTE A UNIÃO EUROPÉIA E AO FORO DE COOPERAÇÃO
ECONÔMICA NA ÁSIA E NO PACIFÍCO (1992-2004).
ADAYR DA SILVA ILHA; DANIEL ARRUDA CORONEL; FABIANO DUTRA ALVES;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Soja; Comércio Internacional; Blocos Econômicos
O trabalho tem como objetivo verificar a competitividade da soja brasileira frente à União
Européia e ao Foro de Cooperação Econômica na Ásia e no Pacífico (APEC). Para tanto, fazse uso dos Índices de Vantagens Comparativas Reveladas (IVCR) e do Índice de Orientação
Regional (IOR). Os resultados mostram que o Brasil vem apresentando Vantagens
Comparativas Reveladas no período analisado, e estas foram crescentes, à exceção
de 1995, 1996, 1999 e 2003. As causas para estas quedas podem estar relacionadas
à sobrevalorização cambial do período de 1995-1998 e variações nas exportações
mundiais e brasileiras de soja. O resultado do IOR, para a União Européia, indica que as
exportações estão orientadas para o bloco, embora esse índice venha caindo ao longo do
período analisado, as exportações de soja para o bloco vêm aumentando. Isso indica que
as exportações de soja, para outros mercados, estão crescendo proporcionalmente mais
do que para a União Européia. Já o IOR para a APEC indicou que as exportações estão
orientadas extra-APEC, embora países como a China e o Japão, que são membros do
bloco, sejam hoje grandes importadores da soja brasileira.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 041 - EXTRATIVISMO EM SERGIPE: A VULNERABILIDADE DE UM MODO DE
VIDA?
DALVA MARIA MOTA; EMANUEL OLIVEIRA PEREIRA;
INCRA, ARACAJU, SE, BRASIL;
Palavras-chave: Populações Tradicionais ; Extrativismo; Desenvolvimento Sustentável;
Sergipe; Modo de vida
Este artigo discute como as mudanças na estrutura produtiva das áreas litorâneas do
Estado de Sergipe influenciam o modo de vida das populações tradicionais, cujas bases
econômicas estão centradas na agricultura de subsistência, pesca artesanal, artesanato
e extrativismo de produtos vegetais e animais. A valorização do solo, a especulação
imobiliária e a conseqüente degradação das áreas de restinga e manguezal, advindas com
as atividades turísticas, a expansão urbana e a carcinicultura, representam ameaças para
essas populações e suas estratégias de reprodução social fortementes vinculadas ao meio
ambiente e, por isso, vulneráveis. Ainda discute-se aqui, a necessidade da intervenção
pública visando assegurar o acesso das populações tradicionais aos recursos naturais
necessários à garantia da sua sobrevivência.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 042 - MOVIMENTO RECENTE DA AGRICULTURA FAMILIAR.
MAURO EDUARDO DEL GROSSI; JOSÉ GRAZIANO DA SILVA;
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: AGRICULTURA FAMILIAR; PLURIATIVIDADE; NOVO RURAL;
DESENVOLVIMENTO RURAL; REGIÃO NORTE
Este trabalho apresenta as informações mais recentes sobre as famílias ligadas a
agricultura, especialmente sobre as famílias ligadas a agricultura familiar. Observou-se um
forte crescimento destas famílias com residência urbana. As rendas não-agrícolas continuam
a ter um papel fundamental na composição da renda das famílias rurais, juntamente com
as transferências de renda. Por fim, pela primeira vez, as populações das áreas rurais do
Norte do País foram abrangidas pela PNAD em 2004, e os resultados também expressam
a presença da pluriatividade nesta região.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 043 - AVALIANDO A INTENSIDADE DA MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA
GAÚCHA: UMA APLICAÇÃO DE ANÁLISE FATORIAL E CLUSTER.
MARLON VIDAL PAZ; CLAILTON ATAÍDES DE FREITAS ATAÍDES FREITAS; DANIELI
SCALCON NICOLA;
UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL;
Palavras-chave: modernização agropecuária; nível tecnlógico; análise estatística
multivariada; Rio Grande do Sul; políticas públicas
O processo de modernização da agricultura brasileira, até a abertura da economia a partir
de 1990, teve forte participação do Estado através das políticas agrícolas. Contudo, nem
todas as regiões foram beneficiadas de forma homogênea com o grande avanço tecnológico
observado na agropecuária brasileira. Aquelas regiões que tiveram a exploração de produtos
mais dinâmicos em termos de competitividade internacional, (soja, açúcar, carnes suco de
laranja), ou que se especializaram na exploração de produto agrícola com grande mercado
interno, que é justamente o caso do arroz irrigado no Rio Grande do Sul. conseguiram,
especialmente, a partir dos anos 70, maior dinamismo econômico. O tratamento formal
dos dados através de duas ferramentas da estatística multivariada evidenciou que os
municípios de maior nível de desenvolvimento tecnológico na agricultura Estado do Rio
Grande do Sul foram aqueles vinculados à utilização da irrigação associada com o uso
intensivo da mão-de-obra, ou alta relação capital/trabalho. No Rio Grande do Sul a quase
totalidade das áreas irrigadas é destinada ao cultivo do arroz, por essa razão, figuram como
os municípios mais desenvolvidos, em especial, os da Fronteira Oeste do Estado. Ao passo
que os municípios de agricultura tecnologicamente menos desenvolvidos são, justamente,
aqueles que utilizam a mão-de-obra de forma mais extensiva e baixa intensidade do uso
de adubos, corretivos e assistência técnica. Esses municípios estão localizados em grande
parte na Região Noroeste do estado, próxima à divisa com Santa Catarina.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 362
Página 363
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 044 - GESTÃO DO TURISMO NO ESPAÇO RURAL.
MARIA CRISTINA ANGÉLICO DE MENDONÇA; MÁRIO OTÁVIO BATALHA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: turismo; rural; gestão; integração; desenvolvimento
RESUMO: O turismo no espaço rural é uma atividade que está em evidencia e se mostrando
cada vez mais promissora em várias regiões do Brasil. A região de Bonito, Mato Grosso
do Sul, é uma das regiões que está sobressaindo nesta atividade, com a preocupação
de atender às exigências de qualidade e a um custo que o consumidor possa e esteja
disposto a pagar. Assim, o presente artigo tem o interesse de apresentar informações
sobre a gestão do potencial cluster turístico com ênfase rural em Bonito, MS que são:
o processo de gestão do turismo tem sido conduzido de forma integrada envolvendo os
territórios urbano e rural em um território turístico e ofertando o produto turístico Bonito.
Existe um inventário turístico, o envolvimento de todos os setores e seus segmentos,
existe coordenação, o respeito ao papel de cada um e existem regras. A integração entre
os agentes pôde ser percebida nas ações empreendidas por eles de forma cooperativa e
sob coordenação. O resultado da gestão do turismo no espaço rural em Bonito tem sido
a estratégia do tipo competitiva, o nascimento do cluster e o crescimento do município.
No entanto, em relação ao desenvolvimento e sustentabilidade, existem pontos falhos.
Primeiro porque não existe um estudo direcionado para medir tais resultados e, além disso,
as informações a respeito das variáveis social e cultural, na percepção dos entrevistados
foram identificadas como negativas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 045 - MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO:
REAVALIANDO OS MODELOS DE SCHULTZ E PAIVA.
LEONARDO XAVIER DA SILVA; ANA MONTEIRO COSTA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS,
BRASIL;
Palavras-chave: agricultura; crescimento; desenvolvimento econômico; insumos de alto
rendimento; dualismo tecnológico
Este artigo teve como objetivo analisar a visão neoclássica do desenvolvimento econômico
a partir da modernização agrícola, particularmente, para os países em desenvolvimento.
Para isso, teve-se como fonte teórico-empírica de análise as abordagens de Schultz
e Paiva para o crescimento da agricultura. Constatou-se que, mesmo após anos de
apresentação e discussão dos modelos apresentados por esses dois autores, os mesmos
permanecem carentes de uma revisão crítica, tendo em vista que suas análises não
perderam espaço, tanto no campo de política agrícola e econômica, quanto na realidade
dos países em desenvolvimento. Assim, fez-se uma leitura dos escritos desses autores,
além de seus críticos. Segundo Schultz, pela análise dos insumos de alto rendimento
na agricultura poder-se-ia promover o crescimento de um país. Contudo, essa visão
admitia o princípio da racionalidade plena para os agricultores e, logo, desconsiderava os
legados da antropologia para a tomada de decisão desses agentes. Paiva apresentou a
idéia de manter um setor agrícola moderno e um tradicional, pois o setor não-rural seria
incapaz de absorver toda a produção, o que empobreceria o meio rural. Esta interpretação
desconsiderou o equilíbrio geral da economia e a possibilidade de absorção da produção
pelo mercado externo. Na prática, variáveis exógenas, como a intervenção dos governos
no mercado e os conseqüentes efeitos sobre o comércio de bens agrícolas e sobre a
renda daqueles que vivem no meio rural, não permitiram averiguar sobre a validade ou
não das interpretações desses autores, inspiradas na hipótese neoclássica de mercados
perfeitamente competitivos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 364
Página 365
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 046 - O NOVO RURAL: TEORIA E ESTUDO DE CASO.
EDNALDO MICHELLON; TANIA IZELLI GIMENES;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Novo Rural; Turismo rural; Fazenda Ubatuba; Apucarana; Paraná
As constantes transformações que vêm se observando no ambiente rural, nos últimos
cinqüenta anos, na esteira da modernização agrícola, contribuíram para uma elevação da
produção e ao mesmo tempo para o desemprego no campo, levando assim, milhões de
trabalhadores rurais a se deslocarem para as grandes cidades, em busca de empregos
e melhores condições de vida. É neste ritmo das transformações das relações sociais,
econômicas e de trabalho, que surge o que vêm sendo chamado de Novo Rural Brasileiro,
onde o campo passa a ser utilizado para novas ocupações agrícolas e não-agrícolas,
alterando o modo de vida rural. Nesse sentido, tem-se ampliado o turismo rural, que é o
objeto deste trabalho. Ele foi desenvolvido com base em revisão de literatura, e também foi
realizado um estudo de caso no Hotel Fazenda Ubatuba. Concluiu-se que os proprietários
tomaram as medidas corretas quanto à forma de preservação do patrimônio construído e
que, além de ganhos financeiros, tal decisão trouxe ganhos para a história da família.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 047 - HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DOS ADMINISTRADORES DA
COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DO SUDESTE GOIANO.
MILTON BERNARDES FERREIRA; MARCIO ROBERTO PALHARES NAMI; ANA ALICE
VILAS BOAS;
UFRRJ, SEROPÉDICA, RJ, BULGáRIA;
Palavras-chave: ADMINISTRAÇÃO; GESTÃO; COOPERATIVISMO; AGRONEGÓCIO;
RURALIDADES
Resumo: A complexidade das transformações geradas neste início de século aponta para
a tomada de ações inovadoras e para a necessidade de novas habilidades e competências
para os gestores nos diversos setores da economia. Por isso, o cooperativismo pode ser
visto como um exemplo, se não para solucionar, pelo menos amenizar problemas do setor
produtivo agropecuário, dando mais segurança e tranqüilidade aos produtores. Assim
sendo, o sucesso do cooperativismo demanda profissionais competentes e capacitados
para se estabelecer como uma alternativa de desenvolvimento sócio-econômico.
Portanto, este estudo visa identificar as habilidades e competências dos administradores
de cooperativas e compará-las às habilidades dos administradores apontadas por uma
pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Administração – CFA, que teve como público
alvo administradores de empresas do setor industrial, comercial e de serviços. Para
tanto, foi realizada uma pesquisa, através da aplicação de um questionário e entrevistas
informais, junto às pessoas que possuem poder de decisão dentro da Cooperativa Mista
dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano Ltda – COMIGO. O que permitiu identificar
o perfil dos mesmos, descrever as suas principais habilidades e competências e depois
realizar a comparação citada através do uso do Teste Qui-quadrado. Como resultado,
observou-se que relacionamento pessoal, capacidade de assumir risco, motivação pessoal,
capacidade de negociação, honestidade, tomada de decisão e responsabilidade foram as
habilidades que apresentaram os maiores escores no teste Qui-quadrado, mostrando que
estas variáveis são mais importantes para os administradores da COMIGO, do que para os
administradores de empresas comerciais e industriais pesquisados pelo CFA. Em suma,
pode-se afirmar que o administrador competente deve ter capacidade de assumir riscos,
mesmo atuando em uma cooperativa. Assim sendo, a motivação pessoal e profissional
para superar estes riscos e a habilidade de negociação também devem estar presentes
na bagagem dos administradores eficazes.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 366
Página 367
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 048 - ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS EM ESPAÇOS RURAIS DO NORDESTE:
O CASO DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ASSU-MOSSORÓ (RN).
EMANOEL MARCIO NUNES MÁRCIO NUNES; SERGIO SCNHEIDER SCHNEIDER;
EDUARDO ERNESTO FILIPPI; MÁRCIO ANTONIO MELLO;
UERN / (PGDR-UFRGS), PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Arranjos Produtivos; Instituições; Atores Sociais; Agricultura Familiar;
Desenvolvimento
Este trabalho tem como finalidade apresentar evidências teóricas e empíricas acerca da
agricultura familiar, de suas estratégias e de sua reconfiguração no espaço rural do Pólo de
Desenvolvimento Integrado Assu-Mossoró (RN). Além disso, pretende mostrar as relações
funcionais em um contexto regional mais amplo no qual se inserem, a partir da lógica do
desenvolvimento endógeno, arranjos produtivos locais, tendo em vista as transformações
e impactos resultantes da globalização e de processos de localização. Baseando-se em
princípios da Nova Economia Institucional e em interpretações de autores que tratam da
reestruturação capitalista da agricultura e das estratégias de reprodução social e econômica
adotadas pela agricultura familiar, o objetivo aqui é demonstrar, em seu alcance, qual
direção vem tomando o desenvolvimento rural do Pólo Assu-Mossoró e quais os caminhos
e as formas de reação praticadas por parte dos agricultores familiares frente aos impactos
da globalização. E, neste contexto, busca-se ainda compreender o papel das instituições
e a ação do Estado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 049 - CONTRACTING UNDER WEAK.
DECIO -- ZYLBERSZTAJN; CLÁUDIO PINHEIRO MACHADO FILHO;
USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: direitos de propriedade; sementes; gmo; custos de transação;
informalidade
Abstract: After many years of debate, in 2005 Brazilian environmentalists, religious groups,
scientists, farmers and seed companies reached an agreement on the rules for biotechnology
research in general and of genetic modified crops in particular. While the debate at the two
houses of congress was carried, Brazilian soybean growers have already adopted genetic
modified soybean varieties since 1999 especially in the state of Rio Grande do Sul. Long
lasting discussions in the congress offered no solution to the question of the legality of the
adoption of GMO seeds particularly the cost saving technology owned by MONSANTO.
Most farmers have taken the decision to buy uncertified seeds in the shadow market
originated from Argentina creating a de facto situation where the illegal use of proprietary
technology was predominant. Since Brazil recognizes property rights of plant varieties as
well as of utility patents, in case of adoption the legal owner has the right to collect royalties.
However how to harvest the rights if the transaction was carried in the shadow market? How
to write contracts to bound transactions in the absence of law? The focus of this paper is
the description of the institutional arrangement designed to collect royalties in a situation
of weak property rights. The paper describes how a private solution has been designed,
however at a higher transaction cost.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 368
Página 369
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 050 - A EXACERBAÇÃO ROMÂNTICA NA PESQUISA SOCIAL E A ANÁLISE DA
MIGRAÇÃO CAMPO-CIDADE EM PERNAMBUCO NO SÉCULO XX.
JACQUES RIBEMBOIM; FRANCISCO GILVAN LIMA MOREIRA;
UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: migração; êxodo rural; retirantes; Pernambuco; população
A migração campo-cidade ainda é reconhecida por muitos como o resultado inequívoco da
deterioração social e ambiental no meio rural decorrentes da reordenação latifundiária ou,
no Nordeste brasileiro, do advento das Secas. Sem alternativas, as famílias são obrigadas a
migrar. Os cientistas sociais não raro aludem ao fenômeno do “êxodo rural” para caracterizar
a perene e volumosa transferência do homem do interior para a cidade grande. Contudo,
uma investigação mais acurada levanta contestações à esta hipótese como explicação para
a urbanização acelerada do país no século XX. Embora menos romântico que a primeira
explicativa, as famílias decidem migrar para melhorar de vida. Enxergam a cidade como
alternativa para escapar da pobreza atávica de seu meio. Não se trata de um expulsionismo
determinista, mas um atrativismo possibilista o que prepondera a médio e longo prazo. Neste
sentido, procura-se enfocar a questão durante a segunda metade do século XX, aplicada a
Pernambuco, tomando-o como emblemático para outros estados brasileiros, inclusive para
a migração inter-regional. Como será demonstrado, muito embora a imagem do retirante
da seca ainda se constitua a típica representação do homem migrante nordestino - ao
encontro do imaginário urbano-burguês – são a roda do trem, o chão da fábrica, o emprego
doméstico, as luzes da cidade, as economias de aglomeração urbana, os determinantes
principais da mudança de contingentes populacionais tão grandes.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 051 - POLÍTICAS TRABALHISTA, FUNDIÁRIA E DE CRÉDITO AGRÍCOLA E
POBREZA NO BRASIL.
GERVÁSIO CASTRO REZENDE;
UERJ E IPEA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: Pobreza no Brasil; Política trabalhista; Política fundiária; Política de
crédito agrícola; Mecanização
Este trabalho discute as causas do padrão concentrador do desenvolvimento agrícola
brasileiro recente, expresso no predomínio da produção em grande escala, elevado índice
de mecanização e baixa absorção de mão de obra não qualificada. Cita, inicialmente, a
existência de duas posições antagônicas que procuram explicar esse fato: uma, que culpa
a herança latifundiária de nossa agricultura, e a outra, que vê nisso um determinismo
tecnológico, não havendo, assim, possibilidade de atuar sobre esse problema sem incorrer
numa perda de eficiência econômica. Este trabalho, contudo, atribui às políticas trabalhista
agrícola, fundiária e de crédito agrícola, instituídas na década de 1960, a responsabilidade
maior por esse problema. Conforme a análise apresentada, essas políticas inviabilizaram
o mercado de trabalho agrícola temporário e a agricultura familiar, ao mesmo tempo em
que fomentaram a mecanização agrícola e o predomínio da produção em grande escala.
O trabalho termina propondo uma desregulamentação dos mercados de trabalho e de terra
na agricultura brasileira, assim como uma redução drástica do subsídio ao crédito rural.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 052 - A PLURIATIVIDADE NO NORDESTE E NO SUL DO BRASIL.
CARLOS ALVES NASCIMENTO;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, UBERLÂNDIA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Pluriatividade; Famílias rurais; Agricultura familiar; Atividade agrícola;
Atividade não agrícola
Apoiado nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios o artigo procura
contribuir com o debate sobre a pluriatividade mostrando que, no Brasil, o número de famílias
rurais pluriativas tende a crescer em regiões pobres (caso do Nordeste), ao contrário do
que ocorre em regiões que passaram por processos de modernização tecnológica na
agricultura e de industrialização difusa configurando uma rede urbana mais dinâmica (caso
da região Sul). Por esta razão, ao contrário do que se poderia pensar, o crescimento da
pluriatividade em áreas rurais de uma determinada região acha-se associado muito mais à
presença de entornos pobres do que à existência de entornos com melhores oportunidades
de ocupação não agrícola. No Nordeste a pluriatividade entre as famílias conta-próprias
pobres não consegue reverter a combinação ‘proletarização com empobrecimento’ em
‘proletarização com superação do empobrecimento’. No Sul as famílias de conta-próprias
agrícolas e pluriativas estão se proletarizando completamente ao se converterem, ano a
ano, em famílias assalariadas agrícolas ou não agrícolas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 370
Página 371
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 053 - (RE)NEGOCIAÇÕES DAS DÍVIDAS AGRÍCOLAS.
JOSÉ GRAZIANO DA SILVA; MAURO EDUARDO DEL GROSSI; ERICK BRIGANTE DEL
PORTO;
FAO, SANTIAGO, CHILE;
Palavras-chave: DÍVIDAS AGRÍCOLAS; CRÉDITO RURAL; SISTEMA FINANCEIRO;
GASTOS PÚBLICOS; ORÇAMENTO GOVERNO
SCD 054 - A PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NO PIB BRASILEIRO:
CONTROVÉRSIAS CONCEITUAIS E PROPOSTAS METODOLÓGICAS.
MAURO VIRGINO DE SENA E SILVA; MAURO VIRGINO DE SENA E SILVA; MARCELO
JOSE BRAGA NONNENBERG;
IPEA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: Agronegócio; PIB; Mensuração; nova proposta; metodologia
Nas últimas duas décadas, especialmente após a drástica redução do crédito rural
subsidiado dos anos 70, observa-se um ciclo decenal de grandes reivindicações por parte
dos produtores agrícolas para equacionamento de suas dívidas com o sistema financeiro.
Em geral, esse movimento tem sido seguido pela adoção de amplas medidas por parte
do governo federal, com a repactuação destas dívidas em melhores condições, além de
alongar seus prazos. Somente nos anos 90, entre outras medidas, ocorreram dois grandes
programas de renegociação (Securitização e PESA), com a transferência do risco para a
União. Via de regra, o gasto para a rolagem dessas dívidas tem sido maior que os gastos,
por exemplo, com Pesquisa Agropecuária ou Reforma Agrária. A despeito das condições
vantajosas das renegociações mencionadas, os indicadores de gestão desses programas
indicam um elevado índice de inadimplência, mesmo nos anos de crescimento da renda
agrícola, o que implica em uma série de conseqüências negativas para o sistema nacional
de crédito rural. A partir de 2005, a questão voltou à cena política e merece maior atenção
por parte dos estudiosos da área.
O objetivo do presente trabalho é apresentar uma análise da dimensão econômica do
agronegócio no Brasil tomando como referência o tamanho de seu PIB. Para tanto, buscouse discutir e comparar as diversas metodologias existentes para a mensuração do PIB do
agronegócio, ressaltando as dificuldades em fazê-lo e as possíveis limitações presentes nas
atuais estimativas. Finalmente, propõe-se uma nova metodologia de cálculo da participação
do PIB do agronegócio na economia brasileira. Mostrou-se que a forma mais comumente
utilizada para quantificar a participação do PIB do agronegócio no PIB total é através da
adição ao PIB da agropecuária de todo o valor adicionado das atividades industriais a jusante
agropecuária e de parcela do valor adicionado das indústrias fornecedoras de insumos
à agropecuária e do setor de serviços e distribuição. Em linhas gerais, esse foi o método
presente em Furtuoso (1998), Guilhoto et al. (2000), Furtuoso & Guilhoto (2003) e IICA
(2003). Seguindo metodologia bastante próxima à proposta pelo Banco Mundial (2005), o
presente estudo propõe adicionar ao PIB da agropecuária não todo o valor adicionado das
atividades a jusante da agropecuária, mas apenas uma parcela do valor adicionado dessas
atividades com base no seu grau de dependência em relação à atividade agropecuária.
Como resultado, para o ano de 2003, a participação do agronegócio no PIB brasileiro foi de
20, 3% utilizando-se a metodologia proposta pelo presente estudo e de 30, 6% utilizandose a proposta de Guilhoto et al. (2000).
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 372
Página 373
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 055 - O ARRENDAMENTO DE TERRAS NO BRASIL: UMA ABORDAGEM
REGIONAL.
PATRÍCIA JOSÉ ALMEIDA; JOSÉ MARIA SILVEIRA; ANTONIO MARCIO BUAINAIN;
UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Arrendamento de Terras; Relações Contratuais; Políticas Públicas;
Pobreza Rural; Desenvolvimento Regional
SCD 056 - VULNERABILIDADE ALIMENTAR E POBREZA DOMICILIAR: CASO DE
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA - RJ.
LAVÍNIA DAVIS PESSANHA; PAULO VICENTE MITCHELL;
ENCE/IBGE, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: pobreza; insegurança alimentar; vulnerabilidade alimentar; políticas
públicas; renda domiciliar
Sabe-se da presença histórica do arrendamento no Brasil, entretanto, seu desenvolvimento
como forma de acesso à terra por parte de pequenos produtores sem ou com pouca terra
para produzir, continua sendo o maior desafio para os formuladores de Políticas Públicas,
particularmente, das políticas de redução da pobreza rural. A experiência de vários países
(Índia, México, por exemplo) indica que o desajuste entre a demanda e a disponibilidade
de terras ociosas foi parcialmente reduzido por meio de diversos instrumentos de cessão
do uso da terra (arrendamento, parceria). O objetivo central deste trabalho é fazer uma
análise da distribuição e da dinâmica do arrendamento de terras no país. Especificamente,
pretende-se traçar o perfil do arrendatário presente nas cinco regiões do Brasil a fim de
buscar identificar e analisar a dinâmica do arrendamento em cada uma delas. Parte-se
da hipótese de que o arrendamento no país caracteriza-se pela presença de basicamente
dois tipos de produtores: pequeno arrendatário e arrendatário capitalista. Admite-se que
o modo de inserção do produtor no mercado de arrendamento, o acesso aos demais
mercados (serviços de assistência técnica, comercialização, financeiro, etc. ), a qualificação
e a experiência do arrendatário, o nível de riqueza, o poder de barganha (negociação)
estão fortemente vinculados ao seu desempenho e à própria dinâmica do arrendamento
de terras na região. Todavia, o problema central permanece: por que o arrendamento de
terras no Brasil ainda é um fenômeno localizado, e, cada vez mais, restrito aos produtores
mais capitalizados e qualificados? Os proprietários não estariam interessados em correr
riscos relacionados aos contratos com garantias precárias? Quais são os estímulos e os
desestímulos para os arrendatários? Os dados dos Censos Agropecuários, sobretudo,
de 1995-6, valer-nos-á no levantamento de informações quantitativas; e, os textos, livros,
revistas pertinentes ao assunto, na parte qualitativa.
O artigo apresenta os resultados da Pesquisa sobre Segurança Alimentar e Domiciliar
– PESAD, realizada através de amostra representativa da área urbana do distrito sede do
município fluminense de Santo Antônio de Pádua, em 2004. A vulnerabilidade alimentar
foi considerada o não-atendimento completo das necessidades de acesso aos alimentos
nos domicílios, decorrente da falta de dinheiro, sendo tratada como sendo a resposta
afirmativa às seguintes questões: a preocupação com a falta de alimento; a redução da
variedade; a queda na qualidade, ou na quantidade; a redução do número de refeições, ou
número de pessoas que se alimentam; ou a vivência de passar fome. A pesquisa pretendeu
identificar também as estratégias adotadas pelos moradores para evitar a vulnerabilidade
alimentar: a alimentação habitual de morador fora do domicílio; o consumo de alimentos
oriundos de produção própria regular; a existência de morador beneficiário de programa
social; e o recebimento de doação de alimentos. O artigo descreve o perfil dos domicílios
e dos moradores atingidos pela vulnerabilidade alimentar e conclui que a vulnerabilidade
alimentar afeta 56, 3% dos domicílios de baixa renda do município, particularmente aquelas
com renda inferior a meio salário mínimo per capita.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 057 - REFORMA AGRÁRIA E DESENVOLVIMENTO RURAL NO NORDESTE: A
EXPERIÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.
EMANOEL MARCIO NUNES MÁRCIO NUNES; KARLA DA SILVA QUEIROZ; CARLOS
ADALBERTO MIELITZ; KALIANNE FREIRE GODEIRO;
UERN/PGDR-UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Reforma agrária; desenvolvimento rural; agricultura familiar; Localização;
Globalização
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
O presente trabalho tem como objetivo apresentar evidências teóricas e empíricas acerca
da experiência de reforma agrária e do desenvolvimento no espaço rural do estado do Rio
Grande do Norte. Além disso, cabe demonstrar como se dão as relações funcionais em
um contexto mais amplo no qual assentamentos rurais e comunidades locais se inserem
em mercados, tendo em vista as transformações e impactos resultantes da globalização.
À luz das contribuições dos clássicos brasileiros dos anos 1950 e de autores recentes
nos anos 1980 e 1990 acerca do debate brasileiro da necessidade da reforma agrária, o
objetivo aqui é demonstrar, em seu alcance, qual a contribuição da experiência da reforma
agrária desenvolvida no estado do Rio Grande do Norte para a discussão em torno do
desenvolvimento rural e local, e quais suas formas de reação e reconfiguração frente aos
impactos da globalização neste contexto.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 374
Página 375
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 058 - ESTUDO DA COMPETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA APÍCOLA
DE SANTA CATARINA: ÊNFASE NA ANÁLISE DA DINÂMICA COMPETITIVA DO
SEGMENTO PRODUTOR E PROCESSADOR DA CADEIA.
CÍNTIA MAÍSA BENDER; LAÉRCIO BARBOSA PEREIRA; JOSÉ PAULO DE SOUZA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL;
Palavras-chave: cadeia produtiva agroindustrial; cadeia apícola; cadeia agroindustrial;
competitividade agroindustrial; cadeia produtiva
SCD 060 - EXIGÊNCIAS DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE FLV:
UMA COMPARAÇÃO ENTRE A TEORIA E ALGUNS CASOS ESTUDADOS.
MARCOS HIDEYUKI YOKOYAMA; ANDREA LAGO DA SILVA; ANA ELISA BRESSAN
SMITH LOURENZANI;
UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO; CADEIA; PRODUTOR RURAL; EXIGÊNCIA;
FLV
No presente artigo estudam-se as principais características da cadeia apícola de Santa
Catarina, Estado que ocupa o segundo lugar na produção nacional de mel. Observouse que esta cadeia possui características naturais favoráveis à produção apícola, e que
houve avanços significativos dos agentes em busca de maior qualidade dos produtos e
incremento da produtividade, com destaque para o aumento de cursos e treinamentos para
os apicultores, visando o manejo mais adequado; esforços para o aumento da interação
entre os diferentes segmentos que compõe a cadeia; e utilização de equipamentos,
máquinas e embalagens mais apropriados. No entanto, ainda existem vários gargalos, como
o manejo inadequado na produção, grande dependência do mercado externo, demanda
interna insuficiente, financiamento inadequado, carência de pesquisas sobre flora apícola
e genética das abelhas visando o aumento da produtividade, entre outros. No âmbito das
transações, destaca-se a governança via mercado na cadeia, e um esforço para o aumento
da interação e cooperação na produção de mel orgânico.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Nas últimas décadas, o mercado varejista nacional tem passado por um processo de
concentração caracterizado por fusões e aquisições de empresas supermercadistas.
Acompanhando estas mudanças, a distribuição de Frutas, Legumes e Verduras (FLV)
no Brasil – que é realizada principalmente através das grandes redes varejistas e dos
atacadistas da CEASA – vêm apresentando novas exigências de produto, de processos e
de relações inter-organizacionais. Estas exigências estão relacionadas principalmente com
a busca pela eficiência na comercialização e vêm provocando a exclusão de pequenos
produtores rurais no acesso aos canais de distribuição devido à incapacidade de atendêlas. Neste contexto, o presente artigo busca verificar a existência de iniciativas que
possibilitem o aumento de vendas e mecanismos que auxiliem o produtor na tomada de
decisão do quê, como, quando e para quem produzir, para que estes estejam inseridos no
mercado. Desta forma, este trabalho traz informações a respeito dos pontos que envolvem
a comercialização de FLV e identifica alguns indicadores que possam ajudar os produtores
rurais na tomada de decisões gerenciais.
SCD 059 - TENDÊNCIA DAS ESTRUTURAS DE MERCADO A MONTANTE E A
JUSANTE DA AGRICULTURA BRASILEIRA NO PERÍODO DE 1990 A 2002.
ALBERTO SILVA DUTRA; MARCO ANTONIO MONTOYA; RÉGIS RATHMANN; ANTONIO
DOMINGOS PADULA; ;
UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: agronegócio; estruturas de mercado; conduta; desempenho; firma
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Considerando que as estruturas de mercado determinam a conduta e o desempenho da
empresa, este trabalho tem como objetivo caracterizar as estruturas de mercado dos setores
a montante e a jusante da agricultura brasileira, no período de 1990 a 2002. Para isso,
foram mensurados índices de concentração e desigualdade com base na receita operacional
líquida das empresas. Apesar da abertura econômica ocorrida no Brasil nos anos 90,
verificou-se que os índices de concentração e desigualdade no período aumentaram.
A mobilidade da posição relativa das empresas que apresentam as maiores receitas
operacionais líquidas mostrou que, por um lado, houve apenas uma alternância quanto às
primeiras posições e por outro, que as novas empresas que figuram no ranking das maiores,
na maioria dos casos, são resultado de fusões e aquisições de grandes multinacionais
presentes no mercado brasileiro, que já figuravam entre as maiores empresas antes mesmo
da realização destas operações. Portanto, conclui-se que existe uma inequívoca tendência
oligopolista geral nos mercados com os quais negocia o produtor rural, cabendo apenas
uma distinção entre oligopólios concentrados, diferenciados ou competitivos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 376
Página 377
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 061 - COMÉRCIO JUSTO E SOLIDÁRIO EM TERRITÓRIO KALUNGA.
ANA LÚCIA EDUARDO FARAH VALENTE; BRENO ARAGÃO TIBURCIO;
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Território Kalunga; Alternativa de renda; Comércio Justo e Solidário
Apresentam-se os principais resultados e discussões de dissertação de mestrado, cujo
objeto é a experiência desenvolvida no empreendimento Kalunga Mercado Justo (KMJ),
município de Cavalcante (GO), considerando-o, metodologicamente, como manifestação
singular da conformação atual da sociedade capitalista. Com base em estudo de caso, na
construção do objeto perseguiram-se os seguintes objetivos: compreender o surgimento,
a evolução e os princípios do movimento de comércio justo; conhecer a estratégia utilizada
pelo empreendimento KMJ, para prática do comércio justo; compreender de que maneira
os quilombolas do Território Kalunga estão inseridos nessa alternativa comercial; identificar
as potencialidades e as dificuldades de inserção dos produtos quilombolas no comércio
justo; verificar a diferença de renda entre os quilombolas parceiros e os não parceiros do
empreendimento. Dentre os resultados, destacam-se: a) os kalungas encontram-se abaixo
da linha da pobreza e alguns abaixo da linha de indigência; b) há a necessidade de serem
encontradas alternativas de geração de renda para a sobrevivência comunitária; c) o KJM
é um empreendimento voltado para a economia de mercado e está longe de se constituir
numa experiência de comércio justo ou comércio ético e solidário; d) o KJM proporciona
uma alternativa para a comercialização dos produtos kalungas e a relação estabelecida
com o empreendimento garante um incremento significativo na renda familiar; e) o desafio
para a construção de uma nova forma de organizar a produção, a distribuição e o consumo
de bens socialmente produzidos, e o exercício de experiências alternativas pode ser
enfrentados pelos kalungas, desde que contem com o apoio de políticas públicas que,
mesmo universais, não percam de vista as características singulares do grupo étnico.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 063 - EFICIÊNCIA COMBINADA DOS FATORES DE PRODUÇÃO: APLICAÇÃO
DE ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA) À PRODUÇÃO LEITEIRA.
MARCELO ALVARO DA SILVA MACEDO; MARINÊS STEFFANELLO; CARLOS AUGUSTO
DE OLIVEIRA;
UFRURALRJ, SEROPÉDICA, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: EFICIÊNCIA; FATORES DE PRODUÇÃO; DEA; DESEMPENHO DE
CONVERSÃO; PRODUÇÃO LEITEIRA
A avaliação da eficiência do uso de insumos na produção de produtos é um dos mais
importantes temas em gestão de qualquer negócio, pois é cada vez mais importante
o combate a desperdícios num contexto de recursos escassos e alta competitividade.
No agronegócio isto não poderia ser diferente. As empresas precisam cada vez mais
se preocupar em quão eficientes são seus processos na transformação de insumos em
produtos. Neste sentido, este trabalho procura contribuir apresentando e discutindo uma
metodologia de análise e avaliação do desempenho organizacional, através da utilização
de Análise Envoltória de Dados (DEA) com base em informações de múltiplos inputs e
outputs de 20 produtores de leite da região sudeste ao longo de quatro meses. Percebe-se
que a metodologia proposta possui características multicriteriais que a tornam mais capaz
de modelar a complexidade dos processos produtivos. Além disso, pode-se obter um
ferramental de apoio gerencial baseado em benchmarking, que proporciona aos produtores
a possibilidade de buscar a melhoria contínua de seus processos de transformação.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 062 - A ECONOMIA SOLIDÁRIA PARA ALÉM DO TRABALHO E DA
PRODUÇÃO.
ARTHUR YAMAMOTO;
UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: ADAO; economia solidária; mercado; agricultura orgânica; consumidor
Estudos recentes sobre a economia solidária privilegiam o enfoque nos processos de
produção e nas relações de trabalho, pouco se atendo aos vínculos dos empreendimentos
com o mercado (comercialização da produção ou de serviços). O presente trabalho apresenta
uma experiência protagonizada por agricultores de produtos orgânicos e consumidores
urbanos do Ceará, organizados numa mesma associação (ADAO), proporcionando rico
material para reflexão sobre os diversos aspectos dessa relação, com amplas possibilidades
para discussão sobre produção e mercado solidários, políticas públicas, relações urbanorural, agricultura familiar e desenvolvimento sustentável e agroecologia.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 378
Página 379
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 064 - SISTEMAS DE PRODUÇÃO E CUSTOS NA PRODUÇÃO DE SOJA
ORGÂNICA, CONVENCIONAL E TRANSGÊNICA.
ARNO PAULO SCHMITZ; ELIANA MARIA KAMMER;
UNIOESTE, FRANCISCO BELTRÃO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: sistemas de produção; soja; custos; sistemas agrários; gestão
A evolução tecnológica tem modificado as relações produtivas em diversas regiões
produtivas da agricultura mundial, bem como brasileira. Dentre as regiões produtoras no
Brasil, destaca-se a região sul e, mais especificamente o sudoeste do estado do Paraná.
Detalhadamente, os produtores da região são grandes produtores de grãos, avicultura e
suinocultura integradas à agroindústria. Entretanto, são as novidades quanto a produção
orgânica e transgênica que são objeto de dúvidas para os produtores. Boa parte destes
tradicionalmente produz alguma área de soja em suas propriedades e, a grande questão é
qual é a produção mais rentável em termos financeiros (uma vez que a produção orgânica
tem preços diferenciados no mercado). Além disso, a preocupação com os custos de
produção tem sua própria razão de ser em virtude do desconhecimento prévio a respeito
do sistema de produção a ser posto em prática; decorrente muitas vezes de informações
gerais que não se aplicam às condições locais. Para análise deste problema, utilizou-se
o método análise-diagnóstico de sistemas agrários abordando produtores que cultivam
soja, seja orgânica, convencional ou transgênica. Os resultados conferem a agricultura
familiar uma certa vantagem na produção convencional e orgânica (em virtude do domínio
das técnicas produtivas e da diversificação produtiva – leite, aves, suínos, etc. ) e para
produtores capitalistas o cultivo de transgênicos; contudo, a na produção transgênica
incorre-se em custos muito superiores à produção orgânica e relativamente maiores que
a produção convencional. Isto confere um risco muito maior a produtores transgênicos em
caso de frustração de safra.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 065 - CANAIS QUE NÃO FUNCIONAM: O CASO DA CO-GERAÇÃO DE ENERGIA
COM O USO DO BAGAÇO DE CANA.
DIEGO MANGABEIRA DE JESUS; MARCOS FAVA NEVES;
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Análise Swot; Setor Sucroalcooleiro; Energia; Bagaço de Cana;
Tecnologia
O presente trabalho tem como objetivo geral estudar as razões que impedem o funcionamento
do mercado do co-geração de energia com aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar
no Brasil. Para tanto, essa intenção inicial se desdobra em objetivos específicos: i) verificar
a importância e o uso do bagaço nas diferentes cadeias agroindustriais brasileiras; ii)
estudar o funcionamento do mercado de energia no Brasil e a importância relativa da cogeração de energia com o uso do bagaço; iii) levantar os potenciais econômico, social e
ambiental desta fonte de energia; iv) coletar dados sobre os projetos desta natureza no
setor sucroalcooleiro brasileiro; e v) desenhar um mapa de potencialidades e fragilidades/
ameaças e oportunidades para este produto. A presente pesquisa tem caráter qualitativo
exploratório, utilizando ferramentas como: levantamento de fontes secundárias e
levantamento de experiências por meio de entrevistas em profundidade com especialistas
do setor. As principais dificuldades encontradas para o desenvolvimento deste mercado:
falta de uma política governamental clara de incentivo à produção de energia renovável
proveniente do bagaço; concorrência com outras fontes de energia mais competitivas;
contratos defasados não remunerando adequadamente a etapa de geração da energia;
processo de crise e falência das distribuidoras; falta de capacidade técnica e gerencial
por parte dos agentes do setor sucroalcooleiro para operar no mercado de energia. Uma
conclusão parcial que pode ser obtida é a necessidade de ações conjuntas por todos os
agentes deste sub-sistema produtivo para uma inserção real desta energia renovável na
matriz energética brasileira.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 380
Página 381
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 066 - PRÁTICAS DE GESTÃO DE CUSTOS NO AGRONEGÓCIO: UMA
ABORDAGEM MULTIVARIADA.
ANTÔNIO ANDRÉ CUNHA CALLADO; ALDO LEONARDO CUNHA CALLADO; MOISÉS
ARAÚJO ALMEIDA;
NEFI/PROPAD/UFPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: GESTÃO AGROINDUSTRIAL; AGRONEGÓCIO; CUSTOS RURAIS;
ECONOMIA REGIONAL; GESTÃO DE SETORES ESPECÍFICOS
SCD 068 - UTILIZAÇÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO EM AGROINDÚSTRIAS
PARAIBANAS.
ANTÔNIO ANDRÉ CUNHA CALLADO; ALDO LEONARDO CUNHA CALLADO; MOISÉS
ARAÚJO ALMEIDA;
NEFI/PROPAD/UFPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: GESTÃO AGROINDUSTRIAL; AGRONEGÓCIO; AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO; INDICADORES DE DESEMPENHO; ECONOMIA REGIONAL
O objetivo deste trabalho foi identificar a estrutura e padrões de relações existentes entre
as principais variáveis da gestão de custos em organizações agroindustriais paraibanas.
Esta pesquisa foi realizada através da coleta de dados junto a vinte agroindústrias
sediadas no Estado da Paraíba. A análise de agrupamentos e a análise fatorial foram os
procedimentos utilizados. O núcleo do principal agrupamento é composto por variáveis
relativas à estrutura e tamanho da organização. A capacidade instalada, o processo de
registro, os formulários utilizados, o processo de estruturação dos custos e a freqüência
da atualização dos dados referentes aos custos indicam que há uma relação baseada
no grau de sofisticação organizacional. Os resultados obtidos através da análise fatorial
corroboram aos resultados gerados a partir da análise de agrupamentos.
A tomada de decisões dentro do âmbito empresarial consiste na escolha de uma opção
dentre cursos alternativos que melhor se enquadre dentro de seus interesses. Este
trabalho teve por objetivo identificar a utilização de indicadores de desempenho nas
agroindústrias paraibanas. A pesquisa envolveu um estudo empírico com 21 empresas
do setor da agroindústria pertencentes a oito subatividades industriais. Foram analisadas
as seguintes variáveis: o perfil das empresas investigadas e a utilização das informações
sobre mensuração de desempenho. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi o
questionário. E para a análise dos resultados foi utilizado o método da análise descritiva.
Observou-se que não existe um perfil dominante em relação ao tempo de atividade no
mercado. Quanto ao porte das empresas, identificou-se um percentual representativo
de micro e pequenas empresas. Constatou-se que além de adotarem estratégias de
diversificação na fabricação dos produtos, as empresas exploram outros mercados além de
seus mercados locais. Foi levantado que 52, 4% das empresas investigadas utilizam algum
tipo de sistema de medição de desempenho e que 47, 6% não utilizam nenhum sistema.
Os indicadores financeiros e os não-financeiros são utilizados em 61, % das empresas
investigadas. Dentre os indicadores financeiros mais utilizados foram destacados o custo
unitário e o preço de venda, e dentre os indicadores não-financeiros mais utilizados são
destacados a qualidade dos produtos e a participação das empresas nos mercados em
que elas participam.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 067 - INDICADORES DE DESEMPENHO NÃO-FINANCEIROS NO AGRONEGÓCIO:
UM ESTUDO EXPLORATÓRIO.
ANTÔNIO ANDRÉ CUNHA CALLADO; ALDO LEONARDO CUNHA CALLADO; MOISÉS
ARAÚJO ALMEIDA;
NEFI/PROPAD/UFPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: GESTÃO AGROINDUSTRIAL; AGRONEGÓCIO; AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO; INDICADORES NÃO-FINANCEIROS; ECONOMIA REGIONAL
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Este trabalho busca identificar a estrutura e padrões de relações existentes entre os
principais indicadores de desempenho não-financeiros no âmbito das organizações
agroindustriais paraibanas. Para a realização dessa pesquisa foram analisadas 21
agroindústrias e investigadas 18 variáveis. O instrumento utilizado para a coleta de dados
foi o questionário. Para atingir o objetivo proposto, foram utilizadas três abordagens
metodológicas multivariadas complementares: a análise de agrupamentos, o escalonamento
multidimensional e a análise fatorial. Os resultados apontaram evidências empíricas da
existência de relações entre indicadores não-financeiros a partir da identificação de três
grupos distintos
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 382
Página 383
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 069 - ANÁLISE DAS LIBERAÇÕES DOS RECURSOS DO PRONAF –
DESCENTRALIZAÇÃO DAS APLICAÇÕES DO CRÉDITO RURAL?
JÂNIA MARIA PINHO SOUSA JÂNIA SOUSA; AIRTON SABOYA VALENTE JÚNIOR;
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S. A., FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: PRONAF; agricultura familiar; crédito rural; -; O PRONAF foi instituído com a finalidade de promover o desenvolvimento sustentável do
segmento rural constituído pelos agricultores familiares. Estes agricultores, protagonistas
na luta para a criação do referido Programa, parece não estarem tendo êxito quanto
à descentralização regional dos recursos, como forma de tornar mais equânime o
financiamento entre as regiões brasileiras. À região Sul do Brasil tem sido destinada a
maior parcela dos recursos e assim tem sido até os dados mais recentes analisados nesta
pesquisa, apesar de outras regiões, a exemplo da região Nordeste, concentrarem um
maior número de estabelecimentos familiares. O objetivo deste trabalho é o de analisar a
distribuição dos recursos do PRONAF entre as regiões brasileiras, no sentido de verificar
se houve alterações no desempenho do Programa, no período de 2001 a 2004, no que se
refere à concentração dos créditos aplicados.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 070 - PLURIATIVIDADE E SUCESSÃO HEREDITÁRIA NA AGRICULTURA
FAMILIAR.
FLÁVIO SACCO DOS ANJOS; NÁDIA VELLEDA CALDAS; MARIA REGINA CAETANO
COSTA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, PELOTAS, RS, BRASIL;
Palavras-chave: agricultura familiar; estratégias de sucessão; pluriatividade; herança;
reprodução social
Nesse artigo os autores dedicam-se a examinar a questão da sucessão na agricultura
familiar. Discutem fundamentalmente a influência da pluriatividade do ponto de vista das
possíveis mudanças operadas nas estratégias de transmissão do patrimônio fundiário.
A primeira secção é dedicada a uma rápida abordagem sobre a pluriatividade enquanto
categoria de análise, bem como sobre seus vínculos com a dinâmica da agricultura familiar
no sul do Brasil. Na segunda secção, os autores esclarecem o marco metodológico que
embasou a investigação, que se desenvolveu entre os anos 2002 e 2004 em quatro
regiões da geografia gaúcha. Existe uma literatura específica que trata sobre as práticas
tradicionais de transferência do patrimônio fundiário na agricultura familiar, entre as quais
figuram a herança impartível, o minorato ou o maiorazgo. É este o objeto da terceira
secção deste trabalho, ao passo que é na quarta secção onde são apresentados e
discutidos os resultados da presente pesquisa. Os autores coincidem com a opinião de
outros estudiosos no sentido de apontar um conjunto de transformações que modificam o
padrão sucessório dominante até meados dos anos sessenta. Em algumas das regiões,
regidas pela escassez de oportunidades de renda (agrícola e não-agrícola) e por reiteradas
dificuldades na agricultura, há verdadeiramente uma crise de sucessão. Tudo indica que o
processo sucessório na agricultura familiar é bastante mais afetado pelo grau de dinamismo
das atividades econômicas na região em que esta se encontra inserida, e pelo tamanho
do negócio familiar, do que em virtude da maior ou menor incidência da pluriatividade. O
nível mais baixo das rendas (agrícolas e não-agrícolas) não é suficiente para explicar esse
quadro mas, sem dúvida alguma, é parte da explicação.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 384
Página 385
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 071 - UMA ESTIMATIVA PRELIMINAR DAS RECEITAS MONETÁRIAS E NÃOMONETÁRIAS DE AGRICULTORES FAMILIARES DO VALE DO JEQUITINHONHA.
EDUARDO MAGALHÃES RIBEIRO; DANIEL PRADO ARAÚJO; FLAVIA MARIA GALIZONI;
CAMILA SILVA FREITAS; EDUARDO BARBOSA AYRES;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: agricultura familiar, ; vale do Jequitinhonha; Minas Gerais; rendas ;
autoconsumo
O propósito deste artigo é analisar a composição das receitas de um segmento particular
da agricultura familiar do vale do Jequitinhonha: os agricultores feirantes, que fazem uma
comercialização regular da sua produção nos pequenos mercados das sedes dos municípios
onde residem. O artigo investiga as origens desses diversos recursos, a contribuição da
comercialização, da produção do autoconsumo, das transferências e das atividades nãoagrícolas para o sustento dessas famílias rurais. Conclui-se que as rendas produtivas
ocupam um lugar destacado nas receitas familiares. O artigo revela que as rendas de
transferência têm um papel virtuoso em relação à produção, na medida em que criam
condições para o investimento de pequenos produtores. A transferência de rendas em
montantes importantes, além dos óbvios efeitos sobre a qualidade de vida, sugerem pensar
sobre os rumos da agricultura tradicional. Percebe-se que transferências desestruturam o
“ótimo” de reprodução familiar, ao criar um hiato de produção na faixa dos 50 aos 60 anos
do casal nuclear e invalidar temporariamente a relevância da capacitação originária da
escolaridade como determinante na geração de rendas. De outro lado as transferências
de rendas estruturam a agricultura familiar da região por colocar recursos exatamente no
idoso, reforçando a tradicionalidade das relações internas da família.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 072 - AGRICULTURA FAMILIAR: PECUÁRIA LEITEIRA COMO LÓCUS DAS
POLÍTICAS PÚBLICAS PARANAENSES.
TIAGO PELLINI; JULIA MIDORI UEDA TANAKA; TIAGO SANTOS TELLES; MARILÉA
ROBERTA DE LIMA; LUIZ GUSTAVO ANTONIO DE SOUZA;
IAPAR, LONDRINA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: agricultura familiar; políticas públicas; leite; Paraná; programas sociais
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 073 - CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE
COMUNIDADE – SUDESUL – NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UMA
SOCIEDADE RURAL NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL: UM OLHAR ALÉM OU AQUÉM
DOS INDICADORES ECONÔMICOS.
MARCO ANTÔNIO VERARDI FIALHO;
UFRGS/PGDR, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento de Comunidade Rural; Agricultura Familiar; Políticas
Públicas; Sociedades Rurais; Rio Grande do Sul
Este artigo tem por objetivo analisar o processo de desenvolvimento de uma comunidade
rural do município de Canguçu – Metade Sul – RS. Comunidade que na década de 1970
era estigmatizada (origem étnica: português e índio) e identificada como uma das mais
pobres do município, mas que atualmente é reconhecida pelo dinamismo. A análise centra
atenção no Programa de Desenvolvimento de Comunidade (SUDESUL) que esteve
presente na localidade rural do Rincão dos Maia no início da década de 1980, não deixando
de abordar fatores anteriores e externos que participaram do processo de transformação.
As transformações observadas dizem respeito à mudança de comportamento (da
desunião para a coesão social – de estigmatizado para contra-estigmatizado – de valor
humano inferior para a auto-estima elevada), de sistema de produção (do extrativismo
e das pequenas lavouras de subsistência para a produção para as agroindústrias – de
plantador para produtor), e de condições de vida (da casa de pau-a-pique para de tijolos
– do “sacrificoso” para o agradável). Os resultados desse artigo são frutos da análise do
discurso, do comportamento, das inter-relações sociais internas e externas, da paisagem
e de documentos fornecidos pela sociedade local. De modo geral, esse trabalho teve
como preocupação principal mostrar, por outro prisma (para além ou aquém do enfoque
econômico), as contribuições do Programa de Desenvolvimento de Comunidade
(SUDESUL). Demonstrando que ações de políticas públicas podem ser pensadas de uma
forma mais complexa, articulando outros campos do viver para alcançar resultados que
contemplem melhoria nos indicadores econômicos e de condições de vida, mas, também,
contribuam para o bem-estar das pessoas (referindo-se a auto-estima).
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Este trabalho analisa a efetividade de políticas públicas paranaenses recentes ligadas à
pecuária leiteira no sentido de apoiar a agricultura familiar, tendo como base o programa
estadual Leite das Crianças. A partir de um contexto histórico-econômico verificam-se
quais as oportunidades que o setor lácteo oferece à agricultura familiar no Estado do
Paraná, caracterizando-o na pauta das ações do governo estadual, visando reparar em
parte à exclusão do segmento durante a “modernização conservadora” da agricultura. Os
resultados indicam que há substanciais benefícios aos produtores e populações carentes
oriundos de políticas publicas de apoio à agricultura familiar que garantem a compra de
produtos de primeira necessidade, como o leite.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 386
Página 387
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 074 - ESTABELECIDOS E OUTSIDERS NO CRÉDITO RURAL: O CASO DO
PRONAF B.
FERNANDO BASTOS COSTA;
UFRN, NATAL, RN, BRASIL;
Palavras-chave: INSTITUIÇÕES; POLÍTICAS PÚBLICAS ; AGRICULTURA FAMILIAR;
PRONAF B; POLITICA AGRÍCOLA
SCD 075 - GRUPOS DE ESTABELECIMENTOS SUINÍCOLAS E POTENCIAL POLUIDOR
NO ALTO URUGUAI CATARINENSE.
MARCELO MIELE; ARLEI COLDEBELLA; PAULO DABDAB WAQUIL;
EMBRAPA SUíNOS E AVES, CONCÓRDIA, SC, BRASIL;
Palavras-chave: suínos; potencial poluidor; segmentos de concorrência; tipologia; meio
ambiente
Este trabalho tem por objetivo estudar o ambiente institucional para a implementação de
políticas de financiamento direcionadas à agricultura familiar. A hipótese central é que,
apesar de todas as mudanças ocorridas nas normas de crédito, no sentido de reduzir
os obstáculos existentes para o acesso dos outsiders, permanece o mesmo ambiente
institucional que deu apoio à modernização – cristalizador de estruturas reforçadoras
dessa exclusão. O pressuposto mais relevante é que os agricultores pobres são os mais
expostos às limitações institucionais. Os conceitos de arranjo institucional e de ambiente
institucional utilizados neste trabalho foram construídos com apoio da escola institucional,
contemplando-se a dimensão econômica, a sociologia das organizações e a ciência
política. Na relação das mudanças institucionais com a atuação estatal, foi importante a
leitura de estudiosos do Estado Brasileiro. A parte empírica constou de uma pesquisa em
que foram aplicados questionários com agricultores beneficiados e não beneficiados com
o PRONAF B, em treze municípios do Rio Grande do Norte. Em cada município, foram
realizadas entrevistas com quatro de seus principais mediadores. Os resultados da pesquisa
ratificaram a hipótese do trabalho de que a concepção das políticas públicas não leva em
conta o papel das instituições no comportamento e nas escolhas dos agentes individuais
e coletivos, depreendendo-se que essa política, como outras, carece de mediações que
transcendam a racionalidade dos marcos legais.
A cadeia produtiva de carne suína no Brasil apresenta um dos melhores desempenhos
econômicos no cenário internacional, o qual se deve a avanços tecnológicos e organizacionais
incorporados nas últimas décadas. Na produção primária vêm ocorrendo mudanças
estruturais com o aumento da escala, especialização, tecnificação e contratualização,
facetas do processo mais amplo de industrialização da agricultura. Concomitante a esse
desempenho, a suinocultura se constitui em uma das atividades agrícolas de maior impacto
ambiental em função do volume de dejetos produzidos, apesar de diversas tecnologias terem
sido desenvolvidas e dos avanços na legislação ambiental. O estado de Santa Catarina e,
mais especificamente, a região do Alto Uruguai Catarinense são exemplos emblemáticos
dessa contradição, visto que alcançaram a posição de liderança nacional e de consolidada
presença no mercado internacional de carne suína. Assim, os objetivos do trabalho são
mensurar o potencial poluidor dos suinocultores dessa região, bem como caracterizar
os segmentos de concorrência entre esses suinocultores em função de dimensões
ambientais, organizacionais e econômicas. Para tanto, utiliza-se como referencial teórico
contribuições da microeconomia e organização industrial, da literatura sobre estratégia
e cadeias produtivas, bem como das abordagens sobre economia e meio ambiente. O
método de pesquisa empírico-analítico utiliza como técnica de investigação a pesquisa
quantitativa com dados secundários de um levantamento com 3. 739 estabelecimentos
suinícolas, através de uma análise de agrupamento e de componentes principais dos dados
padronizados, bem como, a comparação dos grupos discriminados através de análise da
variância e teste de Tukey. Como resultado caracterizou-se 12 grupos de estabelecimentos
suinícolas da região em estudo em função de dimensões ambientais, organizacionais e
econômicas, bem como se apontou para a relação entre essas dimensões e o potencial
poluidor da atividade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 388
Página 389
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 076 - ATIVIDADE AGRÍCOLA E EXTERNALIDADE AMBIENTAL: UMA ANÁLISE
A PARTIR DO USO DE AGROTÓXICOS NO CERRADO BRASILEIRO.
WAGNER LOPES SOARES; MARCELO FIRPO PORTO;
ENSP/FIOCRUZ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: agrotoxicos; externalidades; cerrado; contaminacao ambiental; MUNIC
Esse artigo tem como objetivo discutir as externalidades negativas associadas à
contaminação do solo e da água devido ao uso de agrotóxicos nos municípios do cerrado
brasileiro, área em franca expansão da atividade agrícola, cujo modelo produtor baseia-se
no uso intensivo de agroquímicos (agrotóxicos e fertilizantes). Embora, no presente trabalho,
não se valore as externalidades provenientes do uso dos agrotóxicos, aponta alguns fatores
preditores da contaminação na água e no solo por esses produtos nos municípios do cerrado
brasileiro. Os dados foram obtidos por meio da Pesquisa de Informações Básicas Municipais
(MUNIC/IBGE), cujo ano de 2003 veio a campo com um questionário suplementar com
questões atinentes ao meio ambiente dos municípios brasileiros. Adicionalmente, procurouse associar, por meio de mapas, áreas contaminadas e o grau de atividade agrícola dos
municípios, captado pela Pesquisa Agrícola Municipal (PAM/IBGE 2003). Por meio de uma
regressão logistica, foi possível encontrar alguns fatores de risco da contaminação no solo
e na água por agrotóxicos e fertilizantes. Caraterísticas como aumento da área de lavoura
temporária, poluição no ar por queimadas e por atividade agropecuária, proliferação de
pragas e municípios situados nas Regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste aumentam as
chances de contaminação, ao passo que municípios que promovem a educação ambiental
reduzem as chances de ocorrência desse problema. Conclui-se que o presente trabalho
serve como referência para os formuladores de políticas no sentido de auxiliar o desenho
dos instrumentos de regulação e o diagnóstico das áreas em que essas ações devem ser
tomadas como prioritárias.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 077 - A INTEGRAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA ESCALA TERRITORIAL:
REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE.
JOÃO MATOS JOÃO;
UFRN, NATAL, RN, BRASIL;
Palavras-chave: desenvolvimento territorial; gestão pública; políticas públicas;
desenvolvimento sustentável; atores sociais
Apresenta os antecedentes das políticas de desenvolvimento territorial e das formas de
gestão pública. Identifica, para tanto, as principais contribuições teóricas contemporâneas
no campo do desenvolvimento e da análise de políticas públicas. Explora as atuais
experiências de integração de políticas e de atores sociais - nas escalas regional, microregional e comunitária no estado do Rio Grande do Norte. Elabora estudo de casos, a
saber, o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Região do Seridó e mais 04 (quatro)
experiências de projetos micro-territoriais financiados pelo Projeto de Combate à Pobreza
Rural (PCPR) e por outras políticas, de forma integrada. Analisa os principais atores,
as organizações participantes e os arranjos institucionais utilizados nos processos
de formulação e implementação, em cada um desses casos. Conclui que os arranjos
institucionais descentralizados e participativos e a existência de lideranças e assessores
técnicos qualificados e comprometidos com as questões do desenvolvimento e da
governança local foram decisivos para o êxito das experiências analisadas. Verifica que,
apesar disso, os gestores públicos ainda utilizam pouco as lições que podem ser tiradas,
tanto do legado histórico - principalmente no campo da formação e da qualificação de
lideranças e técnicos -, quanto das experiências bem sucedidas, que podem ser replicadas
com sucesso. É possível e desejável que estas últimas experiências se reproduzam, em
face de sua ausência e/ou viabilidade, naquele contexto regional.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 078 - PROGRESSO TÉCNICO, RELAÇÕES DE TRABALHO E QUESTÕES
AMBIENTAIS NA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA.
CARLOS EDUARDO VIAN; MÁRCIA AZANHA FERRAZ DIAS DE MORAES; DANIEL
BERTOLI GONÇALVES;
ESALQ USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Meio-Ambiente; Complexo Agroindustrial Canavieiro; Políticas Públicas;
Progresso Técnico; relações de trabalho
Este artigo analisa a modernização da agricultura e da agroindústria canavieira a partir
da segunda metade do Século XX, mostrando as principais inovações técnicas adotadas,
seus impactos na elevação da produtividade agrícola e industrial, na geração de emprego
no campo, e sua relação com o meio-ambiente. Este processo foi desigual nas duas
principais regiões produtoras, Norte e Nordeste e Centro-Sul, e não foi capaz de eqüalizar
o desenvolvimento técnico e social das mesmas, persistindo a convivência de estruturas
produtivas atrasadas e modernas. Apesar dos avanços econômicos obtidos nos últimos
anos, a agroindústria canavieira continua sendo apontada como responsável por problemas
sociais e ambientais nas regiões produtoras, onde proliferam-se ações trabalhistas e civilpúblicas contra as atividades deste setor.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 390
Página 391
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 079 - O PAPEL DA PECUÁRIA BOVINA DE CORTE NO BRASIL E SUAS
CONTRIBUIÇÕES PARA O EFEITO ESTUFA.
THELMO VERGARA DE ALMEIDA MARTINS-COSTA;
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO, PASSO FUNDO, RS, BULGáRIA;
Palavras-chave: pecuária de corte; efeito-estufa; mitigação; emissões de metano;
fermentação entérica
SCD 080 - O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO COMO ALTERNATIVA
DE POLÍTICA PÚBLICA AMBIENTAL.
THELMO VERGARA DE ALMEIDA MARTINS-COSTA;
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO, PASSO FUNDO, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Mecanismo de desenvolvimento limpo; meio-ambiente; Estado-rede;
matriz de políticas; políticas públicas ambientais
A criação bovina participa de maneira significativa nas emissões de gases efeito-estufa
(GEE) no Brasil, sendo majoritariamente extensiva. A expansão da pecuária bovina
extensiva na Amazônia se traduz pelo desflorestamento (e novas emissões de GEE).
Além disso, representa um setor importante no desenvolvimento do país, destinado,
provavelmente, a crescer ainda mais num futuro próximo. As dinâmicas espontâneas
de intensificação continuam observáveis entre alguns grandes proprietários de terras e
arriscam de fortalecer o processo de concentração rural. Certas práticas de intensificação
são suscetíveis de reduzir a contribuição da criação bovina nas emissões de metano do
país. O presente artigo busca colaborar na reflexão da importância da pecuária bovina
brasileira e suas contribuições para as emissões de gases-efeito estufa. Para tanto, a partir
dados de efetivos do rebanho brasileiro do IBGE e de parâmetros técnicos de emissões
obtidos pela Embrapa estimou-se as emissões de metano por grandes regiões do Brasil
até o ano de 2002. Verificou-se uma forte variação nas emissões observadas na região
norte provavelmente como conseqüência do avanço da pecuária nesta região, embora
a mesma não seja a mais representativa em termos de emissões quando comparada a
outras regiões do país. Entretanto, existe uma série de manejos que permite uma produção
mais eficiente e uma redução na emissão de GEE que podem reverter, ou, reduzir estas
tendências Entre estas práticas pode-se destacar a melhoria das pastagens como estratégia
para a redução das emissões no rebanho brasileiro
Atualmente, há a preocupação de elaboração de políticas conjuntas sobre mudanças
climáticas na escala global. No âmbito das Nações Unidas, o Brasil propôs o Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo (MDL). O MDL objetiva a redução de emissões de gases
que provocam o efeito estufa e visa apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento
sustentável em países em desenvolvimento. Entretanto, a proposta do MDL ainda passa
por um processo de regulamentação e provoca diversos questionamentos, tais como: o
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo é uma política pública ou mais um instrumento
do mecanismo de mercado? Sendo um instrumento multilateral, é possível considerá-lo
como uma política pública interna? O presente artigo busca contribuir para este debate
através de uma abordagem conceitual sobre o Estado, sobre questões relativas ao meio
ambiente, bens públicos e governança. Para tanto, apresenta-se uma matriz de políticas
públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável e relaciona-se o MDL com relações
de mercado e políticas públicas ambientais. Constatou-se que, embora o Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo possa ser considerado mais um mecanismo de mercado para a
compra e venda de direitos de emissões e ser interpretado como um instrumento multilateral,
é possível enquadrá-lo numa política mais ampla de desenvolvimento sustentável.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 392
Página 393
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 081 - MEDIDA DE EFICIÊNCIA ECONÔMICA DOS CENTROS DE PESQUISA
DA EMBRAPA: UMA ABORDAGEM DE PAINEL DINÂMICO PARA AVALIAÇÃO DE
COVARIÁVEIS.
GERALDO DA SILVA E SOUZA; ELIANE GONÇALVES GOMES; MARÍLIA CASTELO
MAGALHÃES; ANTÔNIO FLÁVIO DIAS ÁVILA;
EMBRAPA, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Eficiência econômica; Avaliação da pesquisa agropecuária; DEA;
Covariáveis; Painel dinâmico
SCD 082 - TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DE ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS DE
PESQUISA: UMA ANÁLISE DAS PERCEPÇÕES DE EMPRESAS AGROINDUSTRIAIS
NO BRASIL.
ANDRÉ YVES CRIBB; MARCOS LUIZ LEAL MAIA; SANDRA LUCIA DE SOUZA PINTO
CRIBB;
EMBRAPA AGROINDÚSTRIA DE ALIMENTOS, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: Transferência de tecnologia; Organização pública de pesquisa; Empresa
agroindustrial; Política pública de C&T; Financiamento de pesquisa
Neste artigo é medida a eficiência econômica dos centros de pesquisa da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). É usado o modelo de Análise de Envoltória de Dados
(DEA) BCC, cuja medida de eficiência é modelada, para o período 2001-2003, como função
linear das variáveis contextuais capacidade de geração de receita, intensidade de parcerias,
melhoria de processos administrativos, racionalização de custos, tamanho e tipo de centro.
O modelo é do tipo painel dinâmico, assume correlação intra-temporal estruturada entre
os centros de pesquisa e inter-temporal não estruturada. Para desempatar as unidades
eficientes é usado um índice heurístico de eficiência que agrega os resultados de eficiência
em relação às fronteiras DEA clássica e invertida, com base no critério de variância mínima
para o índice. Os resultados estatísticos obtidos indicam diferenças significantes entre tipos
e tamanhos de centros, correlação intra-temporal não significante e que o bom desempenho
nas variáveis melhoria de processos administrativos, racionalização de custos, capacidade
de geração de receita e intensidade de parcerias implica em maior eficiência. O efeito
positivo das parcerias na medida de eficiência mostrado neste artigo, invalida as críticas
de que o processo de avaliação prejudica a integração e cooperação entre os centros de
pesquisa da Embrapa. A melhoria de processos administrativos é a variável mais importante
do ponto de vista da significância estatística das variáveis contextuais.
No Brasil, há uma evidente preocupação em relação ao crescente sub-investimento
público em pesquisa agroindustrial. Tal tendência, decorrente da crise financeira da década
de 80, tem obrigado as organizações públicas de pesquisa a reavaliar freqüentemente
suas estratégias de financiamento. O objetivo deste trabalho exploratório foi analisar
as percepções de empresas agroindustriais sobre a transferência de tecnologia como
estratégia de financiamento de pesquisa. Foi realizado um levantamento de dados e
informações por meio de um questionário enviado às 61 empresas que se beneficiaram
de tecnologias e serviços gerados pela Embrapa Agroindústria de Alimentos nos dois
anos anteriores ao início deste trabalho. O questionário abordou aspectos como porte
das empresas, percepção da imagem da Embrapa Agroindústria de Alimentos, aquisição
de conhecimentos tecnológicos, financiamento participativo de pesquisa agroalimentar,
cooperação interorganizacional, direitos de propriedade intelectual e barreiras à
transferência de tecnologia. Pelos resultados, observou-se que todas as empresas (100%)
estavam prontas a procurar recursos para adquirir e colocar em prática tecnologias
consideradas eficientes pela Embrapa Agroindústria de Alimentos; entretanto, apenas
53% das empresas estavam dispostas a participar do financiamento de atividades de
pesquisa. Menos de um terço das empresas declarou que desejava cooperar com seus
concorrentes para financiar uma atividade voltada ao desenvolvimento ou à aquisição de
novos conhecimentos tecnológicos. A grande maioria dos informantes (87%) acreditou
que a tecnologia gerada pela Embrapa Agroindústria de Alimentos deve ser pública e
portanto disponível a todas as empresas agroindustriais. Também observou-se que as
principais barreiras à transferência de tecnologia como a falta de capital disponível, a falta
de comunicação interorganizacional e a regulação jurídico-sanitária afetam amplamente o
desempenho das empresas. As opiniões a respeito da transferência de tecnologia apontam a
necessidade de modificações nas estratégias e nos procedimentos atualmente empregados.
Nesse sentido, é importante modelar e implementar novos canais e mecanismos criativos de
transferência de tecnologia, procurando sobretudo melhorar as relações entre as entidades
governamentais, organizações de pesquisa e empresas agroindustriais envolvidas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 394
Página 395
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 083 - EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS E O ACORDO MERCOSULUNIÃO EUROPÉIA.
RICARDO LUIS CHAVES FEIJÓ;
FEARP-USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Acordo comercial; União Européia; Mercosul; agricultura; alíquotas
O objetivo desta pesquisa é investigar as possibilidades de expansão das exportações
agrícolas do Brasil para a União Européia (UE) estimuladas pelo rebaixamento de barreiras
protecionistas deste mercado no contexto das negociações do Acordo Mercosul-União
Européia. Em especial, analisa-se o comportamento das exportações de alguns produtos
em que a agricultura familiar brasileira participa da oferta. Por meio de exercício de
simulação em cenários com redução de alíquotas, a pesquisa explora possíveis vantagens
que a agricultura nacional poderá angariar para si com as negociações em curso. Por
fim, discutem-se os benefícios da liberalização do comércio com a União Européia para a
agricultura familiar no Brasil.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 084 - MODELAGEM ARIMA NA PREVISÃO DO PREÇO DA ARROBA DO BOI
GORDO.
ANDRÉ LUIZ MEDEIROS; JOSÉ ARNALDO BARRA MONTEVECHI; MARCELO LACERDA
REZENDE; RICARDO PEREIRA REIS;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ, ITAJUBÁ, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Previsão; ARIMA; Preço; Boi gordo; Metodologia
Com o maior rebanho comercial do mundo, a pecuária de corte vem colocando o país
entre os maiores produtores e exportadores de carne. Apesar da importância econômicosocial do setor, a maior parte dos pecuaristas não possui gestão profissional. Isso os
tem levado ao uso de regras de decisão muitas vezes inadequadas para a maximização
dos lucros. E uma forma de minimizar o risco na comercialização do boi seria por meio
da previsão dos preços a serem recebidos. Assim, o objetivo principal deste trabalho é,
por meio de uma abordagem metodológica, usar a modelagem ARIMA na previsão do
preço a ser recebido pela arroba de boi gordo. Além disso, pretende-se, especificamente,
prever o preço a ser recebido pela a arroba de boi gordo e comparar o resultado obtido
com o mercado físico. O resultado é que, sob o ponto de vista teórico, o modelo apresenta
coeficientes estatisticamente significantes, com indicadores de erro pequenos e com boa
explicação da variação dos dados originais. Sob o ponto de vista prático, ele revela um
processo de previsão acurado, produzindo resultados significativos e próximos aos valores
de mercado.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 085 - PRODUTIVIDADE DO CAFÉ EM MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE
ESPACIAL.
EDUARDO SIMÕES DE ALMEIDA; GISLENE DE OLIVEIRA PACHECO; ANA PAULA
BENTO PATROCÍNIO; SIMONE MOURA DIAS;
FEA/UFJF, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: análise espacial; autocorrelação espacial ; produtividade; café; clusters
espaciais
O objetivo do trabalho é analisar a produtividade média do café nas 66 microrregiões do
Estado de Minas Gerais nos anos de 2000 e 2004 através da análise espacial dos dados.
O auxílio de instrumentos de análise exploratória de dados espaciais (AEDE) permitirá uma
visualização de possíveis autocorrelações espaciais existentes em relação à eficiência
produtiva das microrregiões e seu comportamento ao longo dos anos em questão.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 086 - ANÁLISE DOS RETORNOS SOCIAIS ORIUNDOS DE ADOÇÃO
TECNOLÓGICA NA CULTURA DO AÇAÍ NO ESTADO DO PARÁ.
ISMAEL MATOS DA SILVA; PRISCILLA WELLIGTON GOMES; CARLA CUNHA DA SILVA;
FRANCILENE MACIEL DA SILVA;
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: Açaí; Mercado; Tecnologia; Retornos Sociais; Estado do Pará
A presente pesquisa tem por objetivo definir e analisar o perfil do consumidor institucional
de óleo de andiroba, na Região Metropolitana de Belém, Estado do Pará, com o intuito e
subsidiar a tomada de decisão de pequenos produtores agro-extrativistas de comunidades
ribeirinhas do Estado, quanto às exigências e características intrínsecas do mercado de
produtos naturais da Amazônia, em especial, o óleo de andiroba (Carapa guianenses).
Foram entrevistadas 17 empresas que utilizam o óleo de andiroba como matéria-prima
para elaboração de cosméticos, medicamentos, ou mesmo o óleo em sua forma natural,
buscando-se conhecer a origem, fornecedores e matéria-prima, demanda de óleo,
alianças estratégicas, dentre outras variáveis. Constatou-se que a qualidade do produto é
a principal característica que define seu preço, o qual pode chegar a R$ 60, 00/kg. Além
disso, observou-se que as empresas estão dispostas a realizar parcerias com os agroextrativistas, firmando-as por meio de contratos formais, uma vez que há mercado para
produtos certificados e que explorem uma marca local e que identifique uma comunidade
carente.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 396
Página 397
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 087 - RISCO E RETORNO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: UM ESTUDO DAS
EMPRESAS LISTADAS NA BOVESPA.
AURELIANO ANGEL BRESSAN; DÉBORA CRISTIANE SANTOS; WAGNER MOURA
LAMOUNIER; ROBERT ALDO IQUIAPAZA;
UFMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL;
Palavras-chave: agronegócio; CAPM; GARCH-M; Volatilidade; Retornos
O objetivo geral da pesquisa consiste na estimação do nível de sensibilidade do risco
das empresas de capital aberto das empresas do agronegócio em relação ao risco da
economia brasileira, através do coeficiente beta das ações de empresas selecionadas do
agronegócio brasileiro, via modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model) e sua extensão que
incorpora a dependência na volatilidade, representada no modelo GARCH-M (Generalized
Autoregressive Conditional Heterosketasticity in Means). A amostra original envolveu 36
empresas, analisando os retornos diários entre janeiro e dezembro de 2004. Na definição
da amostra foram selecionadas as empresas que estivessem enquadradas em algum dos
três subsetores do agronegócio brasileiro, a saber: i) o setor de produção agropecuária;
ii) setor fornecedor de insumos e fatores de produção e iii) setor de processamento e
distribuição, com base em classificação da CNA (CNA, 2003). Os resultados sugerem que a
incorporação da volatilidade como termo explicativo evita o viés de alta nos betas estimados
via CAPM tradicional, trazendo contribuições para a gestão de carteiras de investimento
que têm em sua composição empresas do agronegócio brasileiro.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 088 - INDICADORES DE EFICIÊNCIA E ECONOMIAS DE ESCALA NA PRODUÇÃO
DE LEITE: UM ESTUDO DE CASO PARA PRODUTORES DOS ESTADOS DE RONDÔNIA,
TOCANTINS E RIO DE JANEIRO.
ALEXANDRE LOPES GOMES; JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO;
ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Agronegócio; Alocação de recursos; Custo de produção; Economia de
escala; Leite
O Brasil possui 4, 8 milhões de estabelecimentos agrícolas dos quais 80% têm menos de
100 hectares. Estes produtores, se não forem incentivados a permanecerem no campo
com uma remuneração digna com seu trabalho, deixarão seus estabelecimentos. Neste
trabalho foi enfatizado o problema de sobrevivência no longo prazo de produtores leite.
Foram analisados estabelecimentos nos estados de Rondônia, Tocantins e Rio de Janeiro.
O que se pode notar é um significativo grupo que se mantém por longos anos produzindo
pouco, sendo que possui capacidade para aumentar a produção. As restrições que impedem
este grupo de se especializar, estão ligadas à uma série de imperfeições inerentes ao
mercado e, que acabam fazendo dos produtores, principalmente os pequenos, vítimas deste
sistema. A hipótese é que os produtores amostrados encontram-se na faixa de economias
de escala da curva de custo médio de longo prazo. O objetivo principal do trabalho é verificar
a existência economias de escala entre os produtores de leite dos estados de Rondônia,
Tocantins e Rio de Janeiro. Para isso foram estimadas cinco funções custo com diferentes
níveis de restrições. A função que apresentou melhor aderência aos dados foi a de custo
translog. Os fatores de produção considerados são capital, terra, trabalho e os dispêndios
diretos. A análise econômica mostra a dificuldade de sobrevivência dos estabelecimentos
no longo prazo. Isto ocorre porque a relação capital imobilizado/produção é muito alta.
Entre os estados, nenhum deles conseguiu taxa de retorno maior que 6%, mesmo quando
o custo da terra era excluído do cálculo. O estado do Rio de Janeiro foi o que apresentou
maiores taxas de retorno. Quando as amostras dos estados foram estratificadas, a situação
é amenizada. Observa-se que o estrato com mais de 200 litros por dia apresenta taxas
de retorno maiores que 6%, sendo assim mais atrativas aos produtores. Isto ocorre em
função deste grupo utilizar maior grau de tecnologia e, consequentemente, maior produção.
Portanto, faz melhor uso do capital imobilizado na atividade e reduz o custo médio deste
capital no custo total. Os resultados da regressão mostram que a grande maioria dos
produtores da amostra está na faixa de economias de escala. Apenas 3, 4% do total da
amostra está na faixa de deseconomias de escala. O ponto de custo médio mínimo foi
obtido na faixa de 178 mil litros por ano, ou seja, média diária de 487 litros por dia. Outro
grupo composto por 10% da amostra está mais próximo do ponto de custo médio mínimo
e apresenta produção diária entre 183 e 487 litros por dia. E finalmente, o último grupo que
aparece em situação mais dramática com menos de 180 litros/dia. Estes podem reduzir
de forma significativa os custos se aumentarem a produção, pois estão na faixa mais
acentuada da curva de custo médio de longo prazo e podem crescer bastante na atividade
usufruindo das economias de escala.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 398
Página 399
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 089 - IMPACTOS DA ÁREA DE LIVRE COMERCIO DAS AMÉRICAS (ALCA), COM
GRADUAL DESGRAVAÇÃO TARIFÁRIA, SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA.
ERLY CARDOSO TEIXEIRA; EDSON ZAMBON MONTE;
BANDES, VITÓRIA, ES, BRASIL;
Palavras-chave: ALCA; GTAP; DESGRAVAÇÃO TARIFÁRIA GRADUAL; BEM ESTAR;
PIB
As barreiras comerciais protegem as economias da concorrência internacional, mas
distorcem as relações comerciais entre elas, e reduzem os benefícios que poderiam advir
dos acordos de livre comércio. O objetivo deste trabalho é avaliar os impactos da criação
da ALCA, com desgravação tarifaria gradual, sobre os principais indicadores da economia
brasileira. O modelo GTAP é adotado como instrumento metodológico. Somente alguns
setores do agronegócio mostraram-se competitivos. O setor de manufaturados não foi
competitivo em nenhum dos cenários. Setores como florestais, têxteis e calçados tiveram
aumento significativo de produção e exportação. Os indicadores de crescimento econômico
e bem-estar foram favoráveis ao Brasil em todos os cenários, mesmo que o crescimento
tenha sido pequeno.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 090 - EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO
SUCROALCOOLEIRO INTERNACIONAL.
VIVIANI SILVA LIRIO; MICHELLE MOUTINHO VENÂNCIO; EVERALDO ALVES
FELIPE;
UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: competitividade; sucroalcooleiro; internacional; brasileiro; desempenho
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 091 - A MODERNIZAÇÃO DOS PORTOS E O COMÉRCIO EXTERIOR DO
BRASIL.
MARIA PERPETUO SOCORRO SANTOS PEREIRA; MARCIO SANTOS TEIXEIRA;
MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA, SANTOS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Lei 8. 630/93; modernização; portos; comércio ; exterior
A promulgação da Lei de Modernização dos portos (Lei 8. 630/93) visa primordialmente
à inserção dos portos nacionais no âmbito altamente competitivo do comércio global no
transporte marítimo, elevando-os à categoria de principal elo da cadeia logística, atraindo o
capital privado para as operações de embarque e desembarque de mercadorias, imprimindo
um modelo de gestão que objetiva a maximização dos portos como um dos elementos mais
importantes na manutenção do crescimento do comércio exterior brasileiro, vivenciado na
última década. A partir dessas observações o trabalho analisa como a Lei de Modernização
dos Portos, importante instrumento legal ao modelo proposto, coaduna-se ou não com a
real situação de todos os portos brasileiros, baseando-se em dados oficiais e empíricos
quanto ao aspecto da política de comércio exterior brasileiro, destacando ainda de que
modo a nova Lei está sendo aplicada do ponto de vista governamental, comparando-se
inclusive com modelos internacionais de sucesso e finalizando com a presente situação
dos portos nacionais, após concluída a pesquisa foi considerado que, os investimentos
praticados até então ainda são ineficientes diante da capacidade logística dos portos
nacionais, contribuindo para o não o crescimento da economia.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
A cana-de-açúcar, historicamente, sempre ocupou papel de destaque na economia
brasileira. Ao longo do tempo, seus dois principais subprodutos – açúcar e álcool – vêm
oscilando em termos de representatividade nacional e internacional, com destaque
indubitável para o açúcar brasileiro. Considerando a relevância do setor e a crescente
expressividade da demanda mundial de álcool, este trabalho propôs avaliar a inserção
do Brasil no mercado sucroalcooleiro internacional, no período de 1994 a 2002, por meio
de indicadores selecionados. Os resultados obtidos evidenciam que, embora em termos
absolutos o açúcar brasileiro opere com maior estabilidade, em termos de desempenho
(taxas de crescimento) o dinamismo do setor alcooleiro tem sido maior, no período analisado.
Ademais, foi evidenciado que o Brasil, em virtude de suas características territoriais, tem
grande potencial para alcançar posição de destaque ainda maior no mercado sucroalcooleiro
internacional.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 400
Página 401
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 092 - VANTAGENS MERCADOLÓGICAS E EXIGÊNCIAS DOS IMPORTADORES
DE CERA DE CARNAÚBA.
ALYNE MARIA SOUSA OLIVEIRA; JAÍRA MARIA ALCOBAÇA GOMES;
UFPI, TERESINA, PI, BRASIL;
Palavras-chave: Cera de Carnaúba; Mercado Interno; Mercado Externo; Barreiras
Comerciais; Exigências
A cera de carnaúba é um dos principais produtos da pauta de exportações piauienses,
apresentando matéria-prima natural e abundante, significativa demanda interna e amplo
espectro de utilização como insumo industrial. Sua exportação representou um dos mais
importantes ciclos econômicos do Estado, com auge entre a Primeira e a Segunda Guerras
Mundiais; entretanto a partir de 1947, ocorreu retração da demanda internacional, seguida
da descoberta de novos usos na atualidade. O objetivo deste artigo é analisar o agronegócio
da cera de carnaúba, destacando sua importância para a economia piauiense, as etapas
de sua comercialização, bem como o comportamento da oferta e demanda do produto, no
tocante às vantagens mercadológicas e exigências praticadas pelos mercados internacional
e doméstico. O estudo comparativo das vantagens da cera de carnaúba sobre os produtos
concorrentes e os aspectos referentes às exigências dos mercados consumidores foram
obtidos através de pesquisa direta a uma empresa em cada um dos 10 principais países
importadores do produto e 10 Estados brasileiros, que importaram consecutivamente o
produto nos últimos 16 anos. Os resultados indicam que não existem barreiras ambientais
à comercialização da cera de carnaúba, embora Formosa, Argentina e Índia apliquem
tarifas ao produto. Entre os principais usos, destacou-se o emprego nas indústrias da
tecnologia de informação, farmacêutica, cosméticos, além da utilização como desmoldante e
revestimento e a fabricação de polidores para alimentos, couro, piso e rochas ornamentais.
As principais vantagens da cera de carnaúba são cor, ponto de fusão e brilho, ao passo
que as exigências apontadas pelos mercados consumidores concentram-se na cor o mais
clara possível, o baixo índice de acidez e percentual mínimo de impurezas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 093 - IMPACTOS DOS ACORDOS INTERNACIONAIS SOBRE AS EXPORTAÇÕES
DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS BRASILEIRAS.
SIGISMUNDO BIALOSKORSKI NETO; ANGELO COSTA GURGEL; MARCIO BOBIK
BRAGA; CAROLINA BALLIEIRO;
FEA-RP/USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Cooperativas; Comercio internacional; Modelos de equilibrio geral;
abertura comercila; negociações
O presente estudo tem como objetivo mensurar os efeitos quantitativos de cenários diversos
baseados nas possibilidades de negociação comercial se colocam para o Brasil tendo como
objeto de análise os setores onde há uma maior influência do movimento cooperativo.
Um modelo computável de equilíbrio geral é utilizado para simular cenários alternativos
de abertura comercial para a economia brasileira e seus impactos sobre os setores de
interesse. Buscou-se identificar quais seriam os interesses maiores para as cooperativas
do Brasil nas negociações desses acordos, considerando os impactos esperados sobre
produção e fluxos comerciais.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 094 - IMPACTO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA O MERCOSUL,
UNIÃO EUROPÉIA E NAFTA SOBRE PRODUÇÃO E EMPREGO: UMA ANÁLISE DE
INSUMO-PRODUTO PARA 1997 -2001.
FERNANDO SALGUEIRO PEROBELLI; JOAQUIM GUILHOTO; WESLEM RODRIGUES
FARIA;
FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ
DE FORA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: COMÉRCIO INTERNACIONAL; INSUMO-PRODUTO; ECONOMIA
AGRÍCOLA; IMPACTOS SETORIAIS; EMPREGO SETORIAL
No período recente as exportações brasileiras têm aumentado, assim como o grau de
abertura da economia brasileira. O Brasil tem procurado diversificar os seus parceiros
comerciais a fim de obter maior participação no comércio internacional. Este trabalho tem
por objetivo analisar os impactos desta estratégia sobre a produção e o emprego. Para
alcançar esse objetivo utilizam-se as matrizes de insumo-produto estimadas por Guilhoto
e Sesso (2005) com a abertura do componente exportação da demanda final para 4 blocos
de comércio.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 402
Página 403
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 095 - A PLURIATIVIDADE NO BRASIL: PROPOSTA DE TIPOLOGIA E SUGESTÃO
DE POLÍTICAS.
SERGIO SCNHEIDER SCHNEIDER;
UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: pluriatividade; politicas públicas; desenvolvimento
O objetivo deste trabalho consiste em apresentar argumentos em favor das potencialidades
da pluriatividade como uma das formas para promover estratégias sustentáveis de
diversificação dos modos de vida das famílias rurais. Acredita-se que através da
pluriatividade os agricultores familiares possam estabelecer iniciativas de diversificação das
suas ocupações interna e externamente à unidade de produção assim como aumentar as
fontes e as formas de acesso à rendas. Na primeira seção apresenta-se uma definição da
pluriatividade. Na segunda discute-se os fatores que afetam e determinam a emergência
da pluriatividade. Na terceira apresenta-se os diferentes tipos de pluriatividade que podem
ser encontrados no meio rural. Na quarta indica-se que há diferenças importantes a serem
consideradas em relação à pluriatividade e as atividades não-agrícolas. Na quinta analisa-se
a importância da pluriatividade no meio rural. Na sexta discute-se a relação da pluriatividade
com uma estratégia de desenvolvimento rural que seja capaz de garantir a sustentabilidade
e a coesão social no meio rural. Na sétima seção avalia-se a importância da pluriatividade
para as políticas públicas no Brasil. Na última seção aponta-se alguns encaminhamentos
e sugestões de políticas que poderia estimular e apoiar a pluriatividade no Brasil.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 096 - ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DA SOJICULTURA NO BRASIL:
1991 – 2003.
MURILO CORREA DE SOUZA; FERNANDO SALGUEIRO PEROBELLI;
FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ
DE FORA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: desenvolvimento territorial; análise espacial; convergência; economia
agrícola; complexo da soja
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 097 - FONTES DE CRESCIMENTO DAS PRINCIPAIS CULTURAS TEMPORÁRIAS
NO ESTADO DA BAHIA.
PAULO NAZARENO ALVES ALMEIDA; VINICIUS CORREIA SANTOS; ANDRÉIA FERRAZ
CHAVES;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB, VITÓRIA DA
CONQUISTA, BA, BRASIL;
Palavras-chave: Bahia; crescimento; shift-share
O presente trabalho tem como objetivo determinar as fontes de crescimento das lavouras
temporárias no Estado da Bahia. Pois, com grandes alterações ocorrendo no meio rural
ocorrida principalmente a partir de 1990 com o incremento tecnológico, abertura comercial,
perda de capacidade de financiamento da agricultura pelo estado e a carência quase
que total de informações no tocante ao cultivo das lavouras temporárias, é de grande
valia estudos que demonstrem essas alterações de forma sistematizada. Com esse
intuito, utilizou-se a metodologia “shift-share”, conhecida como diferencial – estrutural,
na mensuração das fontes de crescimento das atividades agrícolas, tendo como fatores
explicativos da evolução da produção os efeitos área, rendimento e localização geográfica.
As alterações na área cultivada das culturas foram desmembradas em efeitos escala e
substituição. Apesar da importância da pecuária na Bahia, as pastagens não foram incluídas
no estudo devido à ausência de dados estatísticos. Verifica-se um grande crescimento da
soja nos períodos em estudo. O efeito rendimento não se mostrou marcante no crescimento
da produção das culturas, apontando um possível baixo nível tecnológico para algumas
culturas. O fator área foi mais percebido no crescimento da produção das culturas, indicando
um uso extensivo do solo. Percebe-se que a soja foi a cultura que obteve maiores ganhos
em área no estudo, em detrimento da redução da área de outras culturas. O algodão, a
cana, o feijão, o milho e a soja obtiveram crescimento da produção de 1985 a 2002, mas
a mamona e a mandioca tiveram decréscimo da produção.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
O presente artigo tem por objetivo central analisar a distribuição espacial da soja para
as 558 microrregiões brasileiras no período 1991-2003. Pode-se apontar como objetivos
secundários: a) analisar a evolução temporal da dinâmica espacial; b) identificar a formação
de cluster; c) classificar a base produtiva das microrregiões; d) verificar a incidência de
convergência do QL da soja, ou seja, testar se a produção de soja está ficando distribuída
de forma mais homogênea no país. Para atingir o objetivo delineado neste trabalho, serão
implementadas uma análise exploratória de dados espaciais (AEDE), que serve para
identificar a formação de clusters e analisar a evolução temporal da dinâmica espacial, e
uma análise de convergência, que visa inferir se as microrregiões de menor produção de
soja, estão tendo sua produção elevada de forma mais acelerada que as produtoras de
grande escala.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 404
Página 405
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 098 - DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA PRODUTIVISTA OU AGROECOLÓGICO?
UMA REFLEXÃO ACERCA DO CARÁTER TUTELAR DA EXTENSÃO RURAL.
ANA LOUISE FIUZA; NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO; NORA BEATRIZ PRESNO
AMODEO;
UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento social; extensão rural como projeto político; crise do
paradigma produtivista; sistema agrícola produtivista; agroecologia
Este texto apresenta uma reflexão acerca do processo de mediação exercido pelos “agentes
de desenvolvimento rural”, mais comumente, designados de extensionistas rurais, à luz
do novo paradigma agroecológico que vem sendo incorporado nas políticas, programas e
projetos de assistência técnica e extensão rural, em substituição ao paradigma produtivista.
A inquietação que motivou esta reflexão se dá, justamente, no sentido de percebermos
se a mudança de orientação de um modelo produtivista de intervenção para outro
agroecológico possibilita a construção de um processo de mediação ou se tal mudança
continua a perpetuar um parâmetro tutelar de extensão rural, dentro do qual os agricultores
ainda seriam percebidos como “fiéis” em potencial para uma nova seita redentora, estando
aqueles outrora alijados do processo de modernização, mais próximos, agora, da “terra
prometida”, bastando adequar, um pouco, suas práticas ao modelo salvador.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 099 - A ABORDAGEM TERRITORIAL DO DESENVOLVIMENTO RURAL
– MUDANÇA INSTITUCIONAL OU “INOVAÇÃO POR ADIÇÃO”?
ARILSON FAVARETO;
USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: desenvolvimento rural; desenvolvimento territorial; mudança institucional;
path dependence; ruralidade
Assim como para os anos 90 a emergência da noção ´agricultura familiar´ foi um traço
marcante, tanto no debate acadêmico como no campo das políticas públicas, o mesmo
acontece na presente década com a chamada ´abordagem territorial´ do desenvolvimento
rural. Os significados desta nova maneira de conceber os destinos do espaço rural e as
políticas a ele destinadas têm sido explorados em trabalhos de diferentes autores. Neste
artigo, pretende-se iluminar um aspecto ainda pouco tratado e que consiste em saber se
os moldes em que a disseminação desta abordagem vem se dando significa um processo
de mudança, ou se, diferente disso, trata-se de mais um processo onde os termos são
incorporados ao vocabulário dos agentes sem a criação de novas instituições capazes de
sustentá-la. Esta segunda perspectiva é a que informa a hipótese que guia a exposição
e pode ser resumida na afirmação de que a tal movimento corresponde uma “inovação
por adição”, na qual pesam elementos típicos daquilo que parte da literatura chama
de ‘path dependence’(dependência de caminho). O artigo, parte da tese de doutorado
do autor, faz um breve resgate de como tal abordagem é incorporada no âmbito dos
organismos multilaterais dando origem à “nova visão do desenvolvimento rural” e de como,
posteriormente, ela é incorporada no rol de políticas para o rural em países da América
Latina. Sob o ângulo teórico, o artigo discute ainda os limites da explicação da mudança
pela nova economia institucional, mostrando o que se poderia chamar de “embeddedness
da dependência de caminho”.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 406
Página 407
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 100 - SEMÂNTICA E FORMAÇÃO DISCURSIVA: A PROPÓSITO DO DEBATE
SOBRE PLURIATIVIDADE E MULTIFUNCIONALIDADE.
FLÁVIO SACCO DOS ANJOS; NÁDIA VELLEDA CALDAS;
UFPEL, PELOTAS, RS, CORéIA;
Palavras-chave: multifuncionalidade; pluriatividade; formação discursiva; ruralidade;
território
Nesse trabalho analisam-se os vínculos existentes entre duas importantes noções
recentemente incorporadas à agenda de investigação sócio-política brasileira, quais sejam
a multifuncionalidade e a pluriatividade. A primeira delas designa, no entender dos autores,
uma formação discursiva nos termos propostos por Foucault e outros autores, a qual
emerge, em pleno século XXI, no contexto das transformações atinentes a uma sociedade
regida pelo chamado pós-produtivismo. A pluriatividade, por seu turno, exprime um tipo de
exploração plenamente identificada com o discurso da multifuncionalidade, no qual dá-se
a combinação de atividades remuneradas agrícolas e não-agrícolas por parte de seus
membros. A multifuncionalidade tem a ver com o reconhecimento de que a agricultura é
capaz de produzir externalidades positivas para a sociedade, assumindo, como o nome
indica, inúmeros papéis (preservação do patrimônio cultural e paisagístico, conservação
dos recursos naturais, etc. ), mais além da produção agropecuária de per si. Destarte,
no intervalo compreendido entre as décadas de 1950 a 1970, apogeu da modernização
agrária, a exploração pluriativa, chamada então de part time farming, era considerada
como entrave ao desenvolvimento agrário, sendo condenada, entre outros fatores, por
oferecer uma concorrência desleal com estabelecimentos que viviam exclusivamente das
atividades agropecuárias.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 101 - GRUPOS DE PRESSÃO E A TRAMITAÇÃO DO PROJETO DE LEI DE
BIOSSEGURANÇA NO CONGRESSO NACIONAL.
GUSTAVO HENRIQUE FIDELES TAGLIALEGNA; PAULO AFONSO FRANCISCO DE
CARVALHO;
UNB, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: grupos de pressão; políticas públicas; biossegurança
O presente trabalho analisa a atuação de grupos de pressão na formulação de políticas
públicas no Congresso Nacional. Mais especificamente, faz o estudo de caso da tramitação
do Projeto de Lei de Biossegurança, que deu origem à Lei n° 11. 105, de 2005, a nova Lei
de Biossegurança. O objetivo geral deste trabalho é discutir o papel desempenhado pelos
grupos de pressão na formulação da nova Lei de Biossegurança, em face das teorias
que tratam do processo de construção de políticas públicas, que é dividido nas fases de
construção da agenda, formulação, implementação e avaliação. O estudo de caso da
tramitação do Projeto de Lei de Biossegurança mostra que houve forte atuação de grupos
de pressão, tanto contrários quanto favoráveis à liberação dos organismos geneticamente
modificados, e que estes grupos possuem vínculos com setores do Governo Federal, em
consonância com a teoria neocorporativista. O trabalho conclui, ainda, que, conforme
preconiza o Neo-institucionalismo, os grupos de pressão utilizam-se do arcabouço
institucional que regula o processo legislativo para pautar suas estratégias de atuação.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 102 - O CAPITAL SOCIAL NO ESTADO DO CEARÁ: O CASO DO MUNICÍPIO
DE ITAREMA.
RUBEN DARIO MAYORGA; FRANCISCO JOSÉ TABOSA;
UFC-CCA-DEA, FORTALEZA, CE, BRASIL;
Palavras-chave: Capital Social; Disparidades de Desenvolvimento; Oriente e Porto dos
Barcos; Município de Itarema; Estado do Ceará
O município de Itarema vem obtendo, recentemente, elevados níveis de desenvolvimento
em relação aos municípios que compõem a Microrregião do Litoral de Camocim e Acaraú. No
entanto, esse município vivencia disparidades de desenvolvimento entre suas comunidades
devido, em parte, a existência desigual de capita social comunitário. O presente estudo
tem como objetivo determinar e analisar as disparidades de desenvolvimento existentes
nas comunidades de Porto dos Barcos e Oriente no município de Itarema, decorrentes
da presença/ausência de capital social. Elaborou-se um questionário na tentativa de
encontrar as características tangíveis do capital social existente nas duas comunidades.
A análise do questionário serviu como subsídio para a construção do índice de capital
social. Os resultados mostraram que a Comunidade de Oriente, escolhida pelo “Conselho
de Conhecedores” como a mais desenvolvida, possui um maior estoque de capital social
quando comparada com a Comunidade de Porto dos Barcos, a menos desenvolvida.
Isso induz a afirmar que comunidades com maior estoque de capital social são mais
desenvolvidas do que comunidades com menor estoque de capital social.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 408
Página 409
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 103 - INVESTMENT CONSTRAINTS IN AGRICULTURAL COOPERATIVES:
THEORY, EVIDENCE AND SOLUTIONS.
FABIO RIBAS CHADDAD;
IBMEC-SP, SãO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Cooperativas; investimento; direitos de propriedade; capitalização;
estrutura de propriedade
Restrições financeiras são identificadas por muitos estudiosos e pesquisadores como uma
limitação para o cresimento e sustentabilidade de cooperativas agrícolas em um ambiente
de negócios cada vez mais globalizado e competitivo. Essas restrições financeiras têm
origem na estrutura de propriedade da organização cooperativa, que não dá incentivos
ao aporte de capital pelos associados, fonte única de capital das cooperativas. Ademais,
muitas cooperativas têm dificuldade de acesso a capital de terceiros devido ao alto grau
de assimetria de informação com o mercado financeiro e também por limitações impostas
pela doutrina e legislação cooperativa. Esse trabalho discute as teorias que dão suporte
à hipótese de restrições financeiras em cooperativas e analisa criticamente o corpo
de evidências empíricas testando essa hipótese. O artigo conclui com uma discussão
sobre potenciais soluções organizacionais para o problema de restrições financeiras em
cooperativas que desejam continuar a crescer e prestar serviços a seus associados no
século 21.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 104 - CONSTRUÇÃO DE REDES E INCLUSÃO SOCIAL NO TERRITÓRIO
CITRÍCOLA PAULISTA.
LUIZ MANOEL ALMEIDA; VERA LUCIA SILVEIRA BOTTA FERRANTE; ANA CLAUDIA
VIEIRA;
UNIARA, ARARAQUARA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Redes de Poder; Instituições; Consórcios Rurais; Capital Social; Públicas
de Segurança Alimentar
O objetivo principal deste trabalho é apresentar e discutir alternativas no âmbito das
políticas públicas e da organização dos produtores que possam se contrapor ao processo
de exclusão social dos pequenos produtores de laranja vem sofrendo na dinâmica atual da
rede citrícola paulista e, ao mesmo tempo, possam enfrentar o aviltamento das condições
de trabalho dos trabalhadores assalariados rurais, o que tem ocorrido através da chamada
flexibilização dos direitos trabalhistas.
Nesse contexto, o presente trabalho aborda o sistema de consórcios de produtores rurais,
como novo modelo organizacional coletivo na dinâmica da rede citrícola paulista. Tem
como objetivo central analisar a atuação dos consórcios de produtores na estrutura de
dominância da rede citrícola paulista tendo como norte sua contribuição para o aumento
dos recursos de poder dos atores excluídos. O presente trabalho analisa o conjunto dos
recursos de poder de um consórcio localizado na microrregião de Novo Horizonte-SP, que
se apresenta como um modelo ideal, pois apresenta elementos que se cristalizam em
alternativas efetivas de inclusão social.
Finalmente, remete-se a discussão de redes alternativas de capital social no território
citrícola paulista, no âmbito das políticas públicas de segurança alimentar local. Tomo
como princípio que a segurança alimentar deve ser tratada de maneira ampla, de forma
abarcar não somente as condições de saúde das pessoas, de higiene dos alimentos e da
autenticidade da produção, mas também a melhora das condições de renda e emprego
de pequenos agricultores e trabalhadores rurais.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 410
Página 411
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 105 - OS CONSÓRCIOS DE PRODUTORES DIFERENCIADOS NO TERRITÓRIO
CITRÍCOLA PAULISTA E SEUS RECURSOS DE PODER.
LUIZ MANOEL ALMEIDA; ANA CLAUDIA VIEIRA; LUIZ FERNANDO PAULILLO;
UNIARA, ARARAQUARA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Citricultura; Consórcios Rurais; Redes de Poder; Instituições; Produtores
rurais
: O presente trabalho analisa a chegada do sistema de consórcios de produtores rurais
na citricultura paulista. A questão principal é a de verificar se tais consórcios representam
redes de cooperação que resultam no aumento dos recursos de poder dos atores excluídos.
A contribuição deste trabalho foi o de avançar nos estudos desenvolvidos sobre a nova
dinâmica da rede de poder citrícola paulista, a qual vem passando por profundas mudanças
sociais e econômicas e que propiciou um processo árduo de exclusão social entre as
categorias de pequenos produtores de laranja e assalariados rurais, e nessa direção, é
analisada a alternativa no âmbito do sistema de consórcios de produtores para que este
possa se contrapor ao processo de exclusão e, ao mesmo tempo, possa enfrentar o
aviltamento das condições de trabalho dos assalariados rurais, o que tem ocorrido através
da chamada flexibilização dos direitos trabalhistas.
Embora as organizações dos consórcios, objeto específico desse estudo, não autorizem
uma generalização e tampouco possam sugerir que as formas de poder referidas sejam
únicas, é oportuno examiná-las como redes de poder. No desenvolvimento da pesquisa
foram encontrados contrapontos na atuação dos consórcios, que se expressam em duas
formas possíveis: modelos ideais de consórcios, os quais abarcam o conjunto de recursos
(jurídicos; organizacionais; tecnológicos; econômicos; sociais e simbólicos) de forma
intensa, próxima do “ideal”; e práticas espúrias, que não se cristalizam em elementos com
suporte, pois se consolidam em alternativas efetivas de inclusão social, porém apresentam
um conjunto de recursos ínfimos de poder. Na investigação empírica foram selecionados
dois consórcios diferenciados, os quais abarcam todas as diferenciações de atuações
existentes, além disso, também foram delineados os seus respectivos conjunto de recursos
de poder.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 106 - MUDANÇAS RECENTES NO MERCADO DE TRABALHO RURAL.
MAURO EDUARDO DEL GROSSI; JOSÉ GRAZIANO DA SILVA;
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: OCUPAÇÃO AGRÍCOLA; OCUPAÇÃO NÃO-AGRÍCOLA; NOVO RURAL;
PLURIATIVIDADE; DESENVOLVIMENTO RURAL
Este trabalho apresenta as informações mais recentes sobre as pessoas ocupadas em
atividades agrícolas, e principalmente das pessoas ocupadas em atividades não-agrícolas
e residentes no meio rural. Os ocupados não-agrícolas mantêm a tendência observada
nos anos 90, enquanto que os ocupados agrícolas experimentam uma recuperação em
número de pessoas ocupadas neste início de década.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 107 - A EVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES E RENDAS NÃO-AGRÍCOLAS NA PARAÍBA
NOS ANOS 90.
JOAO RICARDO LIMA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA, AREIA, PB, BRASIL;
Palavras-chave: ORNA; Pluriatividade; Paraíba; Renda; nao-agrícola
O problema central deste trabalho é entender a evolução das ocupações e das rendas das
famílias rurais paraibanas nos anos 90. O objetivo é identificar a importância das atividades
e das rendas não-agrícolas, além das transferências públicas/privadas para a melhoria e/ou
manutenção das famílias nas áreas rurais. Para isto, analisamos a evolução das famílias
rurais agrícolas, das famílias rurais não-agrícolas e das famílias rurais pluriativas nos anos
90, divididas entre empregadores, conta-própria, assalariados e não-ocupados. Estudamos
também o comportamento dos rendimentos obtidos (pós plano Real) e a proporção de cada
um no total. Comparamos ainda os rendimentos das famílias rurais agrícolas, pluriativas
e não-agrícolas, de acordo com o estrato de área dos estabelecimentos. A metodologia
utilizada foi uma pesquisa bibliográfica baseada em trabalhos produzidos dentro do projeto
RURBANO e cálculo das taxas de crescimento com a preocupação de diferenciar os
anos secos e chuvosos na análise das informações dos microdados das PNAD (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio) do IBGE, relativas ao rural paraibano nos anos 90. A
exemplo do que ficou demonstrado na situação nacional e regional, na Paraíba também
se constata um crescimento das chamadas ORNA (ocupações rurais não-agrícolas), do
aumento no número das famílias pluriativas e não-agrícolas residentes em áreas rurais, além
de uma grande disparidade entre as rendas obtidas pelas famílias exclusivamente agrícolas
daquelas não-agrícolas e pluriativas, principalmente nos anos secos. As famílias pluriativas
dependem menos das transferências públicas e privadas, comparando com as famílias
agrícolas. Constatamos que no período pós plano Real, as rendas agrícolas apresentam
um movimento de forte queda e as rendas não-agrícolas possuem um movimento inverso,
sempre crescendo a cada ano.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 412
Página 413
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 108 - ASPECTOS ALOCATIVOS E DISTRIBUTIVOS DA REDUÇÃO NA
TRIBUTAÇÃO INDIRETA SOBRE INSUMOS AGROPECUÁRIOS: UMA ANÁLISE DE
EQUILÍBRIO GERAL INTER-REGIONAL.
CÁRLITON VIEIRA SANTOS;
UNIOESTE, CASCAVEL, PR, BRASIL;
Palavras-chave: política tributária; tributação indireta; agropecuária; equilíbrio geral interregional; análise regional
Este artigo analisa aspectos alocativos e distributivos de uma política de redução dos
tributos indiretos sobre os principais insumos utilizados na atividade agropecuária. A análise
é realizada com o uso de um modelo aplicado de equilíbrio geral inter-regional para a
economia brasileira calibrado para o ano de 2001. Os resultados da simulação de redução
pela metade nas alíquotas de tributos indiretos sobre tais insumos mostram aumento no
nível de atividade econômica nas regiões mais pobres do País e têm o potencial de melhorar
o poder de compra dos grupos de rendas mais baixas em todas as regiões, especialmente
nas mais pobres: Norte e Nordeste. Os resultados sugerem que políticas tributárias como
esta pode, ao mesmo tempo, promover um crescimento no nível de atividade econômica
e melhorar a distribuição de renda, especialmente nas regiões mais pobres do País. O
impacto negativo sobre a arrecadação dos governos revela-se como a principal restrição
à implementação dessa política. Os resultados encontrados revelam também a grande
utilidade dos modelos aplicados de equilíbrio geral inter-regional para análise dos impactos
de políticas tributárias no Brasil.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 109 - DIREÇÃO DA CAUSALIDADE ENTRE DESENVOLVIMENTO FINANCEIRO
E CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL.
ANDRÉ LÚCIO NEVES; MAURICIO VAZ LOBO BITTENCOURT;
UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Desenvolvimento Financeiro; Causalidade ; Crescimento Econômico;
Brasil; Agricultura
Este trabalho discute as relações causais entre desenvolvimento financeiro e crescimento
agropecuário no Brasil sob a ótica da causalidade entre desenvolvimento financeiro e
crescimento econômico. Para isso, através de dados para o período de 1975 a 2001,
um modelo econométrico foi estimado e aplicado o teste de causalidade de Granger.
Resultados confirmam a existência de causalidade do desenvolvimento financeiro para
o crescimento agropecuário, como sugerido pela literatura, indicando que através da
intermediação financeira poderia haver um aumento na magnitude do efeito da melhora
do desenvolvimento financeiro no crescimento agropecuário e teria reflexo na economia
como um todo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 110 - O FINANCIAMENTO PARA A AQUISIÇÃO DE INSUMOS NAS REVENDAS
DO PARANÁ.
EDNALDO MICHELLON; TELMA PELIZER;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGÁ, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Crédito Rural; Revendas ; Paraná; Financiamento; Maringá
A participação do governo federal no financiamento agrícola começou nos anos de 1930,
com a criação, no Banco do Brasil, da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial (CREAI).
Em 1965 foi criado o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), objetivando que, parte
dos recursos captados pelos bancos fosse canalizada para a agricultura. Durante as
décadas seguintes ocorreram muitas mudanças em relação aos recursos disponíveis
para o setor agrícola, ficando cada vez mais difícil o acesso do produtor a esse recurso.
Nesse sentido o presente trabalho tem por objetivo identificar as causas do difícil acesso
ao financiamento nas instituições financeiras e o papel das Revendas como fonte desse
recurso. A metodologia utilizada foi a entrevista com as Revendas de várias regiões do
Paraná, onde foi constatado que 90% das vendas realizadas são para prazo safra, sendo
um canal de financiamento do agricultor paranaense.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 111 - A ESCOLA EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA: IMPASSES
E POSSIBILIDADES NO PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DE CRIANÇAS E
JOVENS.
PATRICIA LIMA SILVA; LUIS ANTONIO BARONE;
FCT/UNESP, PRESIDENTE PRUDENTE, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Educação ; Escola; Reforma Agrária; Jovens; Ressocialização
Este trabalho é fruto de uma pesquisa sobre as práticas e projetos pedagógicos que ocorrem
num assentamento do município de Presidente Venceslau/SP (região conhecida como
Pontal do Paranapanema), sendo parte de um esforço de investigação maior, dedicado
a compreender os processos de integração social, política e econômica das populações
instaladas em Projetos de Assentamentos na região do Pontal do Paranapanema (extremo
Oeste Paulista), historicamente marcada pela ocupação ilegal da terra. A partir do ano de
1990, a região constituiu-se referência no contexto da luta pela terra, tornando-se a área
do Estado de São Paulo com maior número de assentamentos rurais. Nesse sentido,
os assentamentos rurais, experiências novas nos espaços rurais brasileiros, têm uma
importância ímpar no contexto geográfico da região. Ali, a instalação de inúmeras escolas
(sobretudo de ensino fundamental) coloca, imediatamente, a questão da função desses
estabelecimentos, suas relações com a realidade específica da reforma agrária e com
a situação concreta de vida dessas comunidades. O que se propoe é uma analise das
práticas e manifestações culturais mediadas pela instituição escolar e outras agências que
influem no processo de ressocialização dos assentados e de formação de uma possível
identidade. A situação da juventude será especialmente analisada, a partir dos impasses
e perspectivas desse segmento, dentro realidade empirica estudada.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 414
Página 415
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 112 - PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS: UMA AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL.
ALDENOR GOMES DA SILVA; FERNANDO BASTOS COSTA;
UFRN, NATAL, RN, BRASIL;
Palavras-chave: INSTITUCIONALISMO; SEGURANÇA ALIMENTAR; POLITICA
AGRICOLA; PRONAF B; POLITICA AGRÍCOLA
Apresentam-se os resultados da pesquisa de “Avaliação do PAA no estado de Pernambuco”,
enfatizando os aspectos mais relevantes na perspectiva de uma avaliação do ambiente
institucional nos municípios de Recife, Santa Maria da Boa Vista e Catende. Para isso,
foram realizadas entrevistas diretamente nesses três municípios e respectivas modalidades,
tendo alguns desdobramentos com entrevistas realizadas, também, nos municípios de
Pombos, Cabo de Santo Agostinho, Petrolina e Caruaru. As informações cedidas pela
CONAB, mostram como foi tímido o início da implementação do PAA em Pernambuco.
Apenas uma modalidade foi utilizada, a CAAF, tendo sido disponibilizado pouco mais de 3
milhões de reais e beneficiando apenas 1. 562 famílias. Em 2004, o montante de recursos
aumentou quase 60%, com a introdução de uma nova modalidade de operação – a CDAF,
diversificada pelas duas nuances adaptadas ao nível local: a CDEAF – estoque e CDEAF
– doação. Problemas institucionais relacionados com a natureza das regras do PAA tiveram
implicações muito significativas nos resultados alcançados. Foram produzidos re-arranjos
no próprio PAA no transcorrer da implantação, diferente do que estava previsto nos marcos
legais, contribuindo para permanência da clássica ambigüidade entre as funções distintas
do PAA – de ‘política agrícola’ e de ‘política de segurança alimentar e nutricional’. Por
fim, um dos gargalos que impediu a ampliação da base social do PAA esteve ligado aos
precários canais de divulgação utilizados pelo Programa.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 113 - CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS E DA PRODUÇÃO DE QUATRO
ASSENTAMENTOS DA REGIÃO DE ANDRADINA-SP.
ANTONIO LÁZARO SANT ANA; JULIANA CHAVES BUOZO; FRANCINE VERCESE;
MARIA APARECIDA TARSITANO; SÍLVIA MARIA ALMEIDA LIMA COSTA;
UNESP, ILHA SOLTEIRA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: assentamentos rurais; estratégias; perfil das famílias; caracterização da
produção; região de Andradina-SP
Este trabalho apresenta os resultados parciais de uma pesquisa que está estudando as
experiências de famílias e grupos de assentados da região de Andradina (SP) em relação
a processos de produção e de comercialização que têm contribuído para a realização dos
projetos de vida das famílias/grupos. A escolha dos assentamentos Esmeralda (Pereira
Barreto); Orlando Molina (Murutinga do Sul); São José II (Guaraçaí) e Timboré (Andradina/
Castilho) buscou expressar a diversidade existente em termos de atividades produtivas,
tamanho e localização (diferentes cidades). Os dados de campo foram colhidos por meio de
um questionário aplicado junto a 87 famílias dos quatro assentamentos (20 a 30% do total
de famílias de cada área). Constatou-se que para a grande maioria das famílias pesquisadas
o acesso à terra significou uma melhoria importante nas suas condições de vida, já estes
vinham exercendo trabalhos de baixa remuneração e/ou precários como o de assalariado
temporário. A principal atividade desenvolvida nos assentamentos é a pecuária leiteira e
embora a produtividade média alcançada pelos assentados é baixa, estes têm procurado
melhorar sua eficiência produtiva, investindo na melhoria da alimentação do rebanho na
seca e na implantação de um sistema de pastejo rotacionado intensivo. A comercialização
por meio de cooperativas organizadas pelos produtores tem permitido reunir um volume
de produção relativamente elevado, capaz de garantir uma melhor remuneração em
relação à venda individual. A forte dependência de uma só atividade para os agricultores
familiares não é desejável, mas algumas tentativas de diversificação da produção têm se
mostrado problemáticas, como os casos do algodão e do abacaxi que oferecem riscos
devido à oscilação de preços e custos de produção mais elevados. Outras opções ainda
são muito incipientes e apresentam mecanismos de mercado frágeis (como a olericultura
diversificada, o quiabo, a abóbora, a mandioca e outras frutas).
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 416
Página 417
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 114 - CONTRATOS ENTRE PEQUENOS PRODUTORES E EMPRESA
EXPORTADORA DE MANGA NO RIO GRANDE DO NORTE: UMA ANÁLISE PELA
ABORDAGEM PRINCIPAL-AGENTE.
LUCIANO SAMPAIO;
UFPB, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL;
Palavras-chave: contrato; teoria dos jogos; fruticultura; exportações; pequeno produtor
A fruticultura é uma atividade de grande importância na balança comercial brasileira, e mais
ainda para a região Nordeste. As exportações de manga frescas do Rio Grande do Norte
(RN) cresceram bastante nos últimos anos, passando de cerca de vinte toneladas, em
2003, para quatro mil toneladas, em 2005. As diversas exigências do mercado exportador
de frutas, como os certificados de qualidade, por exemplo, fizeram da intermediação
das exportações uma prática corrente, com a produção de pequenos produtores sendo
exportada por empresas. Para a manga do RN, os acordos entre produtores e empresa
exportadora podem ser de exportação consignada ou compra direta da produção dos
produtores, a preço de mercado, pela empresa. A análise desses contratos pela teoria dos
jogos, mais especificamente, pelo problema principal - agente mostrou que a escolha feita
pela maioria dos produtores de exportações consignadas é ótima para ambas as partes
e que, dada à opção de contrato com a empresa, o produtor tem incentivo em aplicar alto
esforço. Para a empresa, o valor obtido com as exportações dos produtores (comissão de
comercialização cobrada) mais do compensa seus custos de exportação somados a seus
custos de oportunidade por operar um packing-house ocioso.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 115 - CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DA CADEIA PRODUTIVA DE CAFÉ
ORGÂNICO DO SUL DE MINAS GERAIS: SUBSÍDIOS PARA O AUMENTO DAS
EXPORTAÇÕES.
LUCIEL HENRIQUE DE OLIVEIRA; CARLA NOGUEIRA DE SOUZA; CAROLINE BORBA
DA SILVA; ERICA DE MARCO; ERICA PRADO SILVESTRE;
UNIVERSIDADE PREBITERIANA MACKENZIE, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Cadeia produtiva; café; café orgânico; exportações; Sul de Minas
A busca por alimentos saudáveis, isentos de resíduos e contaminantes químicos e a
conservação do meio ambiente tornou-se realidade. A agricultura orgânica tornou-se
mercado em expansão, com perspectivas de crescimento. O café orgânico destaca-se, no
Brasil, devido ao histórico de sucesso do produto convencional. O potencial de exportação
para esse tipo de café é promissor. Este trabalho é uma pesquisa qualitativa que descreve
e analisa a cadeia produtiva do café orgânico no Brasil dando subsídios para o aumento
das exportações brasileiras. Foram realizadas entrevistas com agentes de todos os elos
da cadeia, permitindo uma orientação dos aspectos relevantes do problema analisado.
Partiu-se dos seguintes problemas de pesquisa: Como está organizada a cadeia produtiva
de café orgânico no Brasil? Quais seus pontos fortes e fracos? Que melhorias podem ser
implementadas para aumentar as exportações deste produto não commodity? Procurouse analisar de forma crítica a cadeia produtiva do café orgânico visando identificar os
pontos fortes e fracos com o intuito de impulsionar as exportações brasileiras, assim,
parte-se do pressuposto que ao analisar tais questões será possível sugerir melhorias
para o incremento das exportações brasileiras de café orgânico. Percebe-se o aumento
do consumo de produtos orgânicos acompanhado de conscientização da população em
relação a melhoria de qualidade de vida e da percepção da necessidade de diminuir a
agressão ao meio-ambiente. A pesquisa permitiu conhecer os principais elos, identificar
os pontos fortes e fracos, sugerir melhorias no processo para dar subsídios ao aumento
das exportações brasileiras do produto.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 418
Página 419
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 116 - CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA E PRODUTIVA DA
BOVINOCULTURA DE CORTE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
LOVOIS ANDRADE MIGUEL; CARLOS ADALBERTO MIELITZ; CARLOS NABINGER;
PAULO DABDAB WAQUIL; SÉRGIO SCHNEIDER;
PGDR/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: BOVINOCULTURA DE CORTE; SISTEMAS DE PRODUÇÃO; RIO
GRANDE DO SUL; PECUÁRIA; SISTEMAS DE CRIAÇÃO
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 117 - AS INCUBADORAS TECNOLÓGICAS DE COOPERATIVAS POPULARES
: UMA PRIMEIRA TENTATIVA DE CONSTRUÇÃO DE MODELO.
ANA MARIA DUBEUX GERVAIS;
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: ITCP; Economia Solidária; Trabalho; Tecnologia Social; Inovação
A bovinocultura de corte no Estado do Rio Grande do Sul tem suas origens nos primórdios
da ocupação do espaço agrário gaúcho. Presente em todas as regiões agroecológicas do
Rio Grande do Sul e compondo sistemas de produção com as mais diversas formatações
(tanto relativamente à sua articulação com as demais atividades agrícolas quanto à sua
importância no interior dos sistemas produtivos), a bovinocultura de corte gaúcha apresenta
atualmente uma realidade diversificada, complexa e, paradoxalmente pouco conhecida.
O objetivo principal deste estudo foi identificar, descrever e caracterizar, do ponto de vista
social, econômico e produtivo, os principais sistemas de produção com bovinos de corte
existentes no Estado do Rio Grande do Sul. O estudo foi realizado entre 2004 e 2005
e foi baseado em uma pesquisa de campo junto a 540 bovinocultores de corte de 117
municípios do Rio Grande do Sul. Este estudo revelou a existência de 16 sistemas de
produção distintos. Os resultados apontam que a bovinocultura de corte, em termos gerais,
é uma atividade que proporciona um baixo retorno econômico (significativamente inferior às
atividades de lavoura comercial), elevada demanda em capital produtivo e forte dependência
de outras atividades produtivas ou de rendas não-agrícolas. A motivação apontada por
grande parte dos entrevistados indica um perfil social tradicional, sendo a criação de
bovinos realizada por tradição ou satisfação pessoal. Do ponto de vista produtivo, o nível
tecnológico de grande parte dos produtores é baixo assim como o padrão zootécnico dos
animais e os indicadores de produtividade da atividade. A análise das questões relativas
à comercialização da produção sugerem uma forte incompatibilidade entre as exigências
da cadeia produtiva e as aspirações e demandas dos produtores.
As incubadoras de empresas de base tecnológica existem desde os anos 50. No Brasil,
elas surgem a partir dos anos 70 nos chamados ‘sciences parks’ ou parques tecnológicos.
Tais incubadoras têm por objetivo principal hospedar pequenas empresas produtoras de
inovação e de alta tecnologia para que, num certo período de tempo possam ser autônomas
em sua gestão. Inspiradas deste modelo surgem no Brasil, em meados dos anos 90, as
chamadas Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (ITCP’s) voltadas para um
público excluído de um ponto de vista sócio-econômico e de acesso aos mecanismos de
exercício da cidadania. Desde esta época temos observado um crescimento significativo
das ITCP’s, importante vertente da extensão universitária brasileira que vêm contribuindo
para o apoio e fomento à grupos econômicos solidários urbanos e rurais na perspectiva
mais ampla de construção da economia solidária. O presente trabalho, resultado de uma
pesquisa de tese de doutorado, apresenta um estudo comparativo entre as incubadoras de
empresas de base tecnológicas e as ITCP’s na perspectiva de estabelecer semelhanças e
diferenças entre as mesmas na perspectiva de sistematizar uma modelização principalmente
da experiência das ITCP’s. Analisar a natureza do trabalho das incubadoras e a natureza
das empresas criadas foram os nossos objetivos principais. No que se refere à primeira
categoria a comparação se dá a partir das instituições promotoras das incubadoras, de
suas missões e objetivos, do tipo de projeto ao qual elas se dirigem, do tipo de serviço
ofertado, do modelo de financiamento e do contexto (caracterizado pelo entorno onde a
incubadora exerce suas atividades). Finalmente na segunda categoria de critérios temos
como parâmetros comparativos a idade e o nível de escolaridade dos membros, o ramo
de atividade, a estimativa do volume de negócios, o número de associados e o tempo de
permanência das empresas na incubadora.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 420
Página 421
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 118 - A ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO INSTRUMENTO DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL: O CASO DE PINTADAS.
JOSÉ CARLOS MORAES SOUZA; AMILCAR BAIARDI;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO, CRUZ DAS ALMAS, BA, BRASIL;
Palavras-chave: rede pintadas; economia solidária; desenvolvimento sustentável; trabalho;
organização comunitária
Neste artigo, utilizando o referencial teórico da economia solidária, far-se-á um estudo da
“Rede Pintadas” – organização social do município de Pintadas, que está localizado no
semi-árido baiano.
Procura-se explicitar seus antecedentes históricos, suas práticas, mecanismos de
participação e de gestão coletiva e também sua racionalidade político-econômica,
sócio-cultural e ambiental, buscando o entendimento das inter-relações desenvolvidas
pelos diferentes atores que a compõem no processo de construção de alternativas de
desenvolvimento sustentável para o município.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 119 - UM EXAME DA RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA DA MODA E VARIÁVEIS
SÓCIO-ECONOMICAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO.
MARIANA CAVALCANTI PINCOVSKY DE LIMA; ANDRÉ DE SOUZA MELO; RICARDO
CHAVES LIMA;
UFPE/PIMES, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Indústria da moda; variáveis socioeconômicas; mínimos quadrados
ponderados; cadeia têxtil; pólo de confecção de Pernambuco
Este trabalho objetiva identificar os impactos e as relações da indústria da moda nas
variáveis socioeconômicas. Esta indústria engloba fiação, tecelagem, confecção, calçados,
curtimento de couro e acessórios nos municípios do estado de Pernambuco. Para isso,
foram estimadas regressões usando dados em cross-section e o método de estimação foi
o de mínimos quadrados ponderados. Como resultados relevantes, têm-se um impacto
importante do PIB e da população na indústria da moda e uma relevante relação positiva
entre a indústria do setor e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) retratando a
importância do crescimento deste setor no estado de Pernambuco.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 120 - CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE PECUÁRIA NOS MUNICÍPIOS DO
MATO GROSSO DO SUL: BRASILÂNDIA, CHAPADÃO DO SUL, PARANAÍBA E RIBAS
DO RIO PARDO.
MARCIA MOREIRA AYRES DE SOUZA; SERGIO DE ZEN; LEANDRO AUGUSTO
PONCHIO;
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Pecuária de Corte; Índices Zootécnicos; Eficiência Produtiva; Custo de
Produção; Rentabilidade
A atividade pecuária no Brasil é responsável por um terço do Produto Interno Bruto do setor
agrícola, de acordo com o PIB agrícola do Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e CNA. Dentro da pecuária, o segmento de pecuária bovina
de corte é um destaque pela presença em um grande número de propriedades em todo
território nacional. No entanto, algumas regiões tradicionais na atividade há alguns anos
vêm perdendo área para a atividade agrícola, principalmente para produção de grãos em
geral e cana-de-açúcar.
A maioria dos pecuaristas, pressionada pela agricultura, teve de escolher entre duas opções:
abandonar a área e partir para regiões de fronteira agrícola ou intensificar sua atividade.
Portanto, o aumento da produtividade pecuária e a sustentabilidade do sistema produtivo
devem ser metas a serem alcançadas pela comunidade produtiva do setor pecuário, sendo
que apenas os produtores mais eficientes terão condições de se manter competitivos.
A pressão sobre as áreas de pecuária torna indispensável estudar os fatores e a forças
que estão disponíveis aos produtores para mantê-los na atividade e/ou mesmo forma a
de continuidade. Para tanto, este trabalho fará uso de dados secundários e primários. Os
dados secundários têm origem em instituições como Secretarias de Agricultura e Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Os dados primários foram coletados a campo
utilizando a metodologia descrita por Plaxico & Tweeten (1963), segundo a qual são
definidas as propriedades típicas de cada região. Sendo estas utilizadas para a definição
das unidades de produção.
O objetivo é uma análise comparativa da rentabilidade da produção pecuária em diferentes
regiões do Estado de Mato Grosso do Sul (MS). No mesmo sentindo, também serão
determinados os principais fatores que contribuem para diferenciação de custos entre os
municípios.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 422
Página 423
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 121 - INVESTIMENTO EM INDÚSTRIA FRIGORÍFICA: IMPACTO DOS RISCOS
DE MERCADO NA DETERMINAÇÃO DO VALOR DO NEGÓCIO.
MARIA JOSÉ DE CAMARGO MACHADO DE ZEN; FÁBIO FREZATTI;
FACULDADE ECONOMIA ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE - FEA -USP, SÃO
PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS; RISCOS; GERENCIAMENTO DE
RISCOS; MODELO PROBABILISTICO; INDUSTRIA DE CARNES
Um dos principais objetivos da administração financeira é gerar valor aos proprietários
através de decisões que maximizem o valor da empresa. Desta maneira, as decisões de
investimento vêm ganhando importância nos meios acadêmicos e empresariais devido a
sua importância na criação de valor. Nos investimentos em que o nível de risco é bastante
elevado e, principalmente, onde há possibilidades de os gestores interagirem com estes
riscos através da aquisição de alguma forma de proteção que minimize as perdas futuras,
este gerenciamento pode agregar valor ao negócio, trazendo benefícios percebidos. Neste
sentido, este trabalho procurou analisar, através de estudo de caso, um investimento em
indústria frigorífica considerando os impactos dos fatores de risco na determinação do valor
do investimento. Devido a volatilidade dos fatores que afetam a previsão do fluxo de caixa
do projeto, foi possível perceber que o valor do negócio, calculado pela metodologia do
Valor Presente Líquido, é muito sensível a estes fatores, o que sugere que uma estratégia
de gerenciamento de risco é viável nestes investimentos a fim de assegurar o valor do
negócio.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 122 - ANÁLISE ESTRATÉGICA DE OPERAÇÕES AGROINDUSTRIAIS: UM
ESTUDO DE CASO NO SETOR ARROZEIRO.
MARCELO FERNANDES PACHECO DIAS; JAIME EVALDO FENSTERSEIFER;
UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: estratégica de operações; análise estratégica; estratégia de negócios;
desempenho competitivo; empresas arrozeiras
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 123 - COMPETITIVIDADE DA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA NO ESTADO
DE MATO GROSSO – SAFRA 2004/05.
JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO; LUCILIO ROGERIO APARECIDO
ALVES; MAURO OSAKI;
ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Custo agrícola; soja; algodão; competitividade; Mato Grosso
Este trabalho analisa a competitividade da produção de algodão e soja no Estado de
Mato Grosso, através do custo de produção agrícola para a safra 2004/05. Os dados
foram coletados a campo, com a metodologia de painel. As regiões analisadas foram:
Rondonópolis (algodão e soja), Lucas do Rio Verde (algodão), Sorriso (soja) e Campo
Novo do Parecis (algodão e soja). Como corolário, as duas culturas apresentaram margens
negativas em todas as regiões pesquisadas. Entretanto, a margem negativa da cultura
da soja foi menor, comparativamente ao algodão, apontando para sua competitividade,
além do menor risco de produção. No caso de CNP e Norte de Mato Grosso (LRV e SOR),
o algodão gerou um prejuízo três vezes mais que a soja. Em RNP, a perda por hectare
foi 5, 7 vezes mais no algodão em relação à soja. As regiões de CNP e SOR apontaram
maior competitividade em relação à RNP. Em termos gerais, os custos variáveis são os
maiores gargalos em ambas as culturas, justificada pela maior utilização de fertilizantes
e defensivos químicos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 124 - AVALIAÇÃO DE AÇÕES PARA A CRIAÇÃO DE UM NOVO MODELO DE
GESTÃO PARA O SETOR BRASILEIRO DE BATATA IN NATURA.
MARGARETE BOTEON; RAFAELA CRISTINA DA SILVA; JOÃO PAULO DELEO;
CEPEA, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: bataticultura; gestão; custos; promoção; consumo
Este artigo discute como a gestão estratégica de operações pode contribuir para a melhorar
o desempenho das empresas de beneficiamento de arroz, que têm obtido fracos resultados
econômicos nos últimos anos, através do aprimoramento das decisões ligadas à área de
operações e de seu uso como arma competitiva. Nesse sentido, foi desenvolvido um estudo
de caso numa empresa agroindustrial arrozeira que compete em diversos segmentos
de mercados. O objetivo do estudo foi realizar uma análise estratégica das operações,
bem como identificar “comunalidades” e especificidades competitivas entre os diversos
segmentos na formulação de estratégias de operações sinérgicas. As principais conclusões
indicam baixa competitividade em todos os segmentos de mercado, “comunalidade” nos
critérios competitivos “preço” e “desempenho de entrega”, e especificidades nos critérios
competitivos “qualidade”, “assistência”, “variedade de modelos” e “imagem”. As implicações
destes resultados na formulação de estratégias de operações para empresas do setor
agroindustrial arrozeiro são discutidas.
No presente trabalho, buscou-se apontar três ações necessárias para a criação de um
novo modelo de gestão para a bataticultura nacional e avaliar sua importância. Pois, para
reverter o atual cenário da bataticultura nacional, um novo modelo de gestão deve ser
seguido pelos agentes do setor com o objetivo de agregar valor ao produto e ampliar a
rentabilidade da cultura. As três ações estudadas foram: choque de gestão, modernização
da comercialização e promoção do consumo. O choque de gestão busca uma maior
eficiência produtiva e administrativa nas propriedades, principalmente adotando práticas
agrícolas que adequem o manejo ao conceito de Boas Práticas Agrícolas. Para modernizar
a comercialização é necessário uma maior interação entre produtor e varejo, além de uma
aproximação do produtor aos bares e restaurantes, devido à crescente alimentação fora do
lar. A promoção do consumo deve ocorrer a partir do aumento da informação ao consumidor
sobre as propriedades da batata. Para isso, toda a cadeia deve estar integrada, com
parcerias entre o setor produtivo e comercial, visando atender às demandas específicas
do consumidor, promovendo um produto seguro, adequado aos hábitos modernos e que
também gere uma distribuição de renda mais equilibrada entre os agentes.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 424
Página 425
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 125 - ENTRE A MONOCULTURA E A DIVERSIDADE: OS CAMINHOS DOS
AGRICULTORES ASSENTADOS NA REGIÃO DE ARARAQUARA-SP.
HENRIQUE CARMONA DUVAL; VERA LUCIA SILVEIRA BOTTA FERRANTE;
UNIARA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA, ARARAQUARA, SP,
BRASIL;
Palavras-chave: Assentamentos Rurais; Autoconsumo; Dinâmica Regional; Agricultura
Familiar; Parcerias
O presente trabalho está alocado no projeto CNPq Poder Local e Assentamentos Rurais:
expressões de conflito, de acomodação e de resistência (2004-2007), coordenado pela
profa. Vera Lúcia S. Botta Ferrante. Mais especificamente em seu segundo eixo temático,
que trata das contradições entre as diferentes estratégias familiares e os padrões de
organização econômica regionais. Com a portaria nº 075-2002 do Itesp, regulamentam-se
as parcerias entre os assentamentos geridos pelo órgão e as agroindústrias. Na região de
Araraquara, assentados da fazenda Monte Alegre começam a plantar cana em parceria
com a usina Santa Luzia. Esta e outras parcerias com o setor privado são analisadas como
impulsionadoras da produção nos lotes por trazerem benefícios no financiamento, plantio,
assistência e escoamento das produções. No entanto, há um grande risco de ocorrer o
arrendamento da terra e uma perda na autonomia e na liberdade dos produtores assentados
dentro das parcerias. O enfoque se dá principalmente no caso da cana devido ao histórico
dos trabalhadores neste complexo agroindustrial, pela importância política nacional do
setor e também por gerar conflitos internos nos assentamentos. As alternativas produtivas
junto ao setor privado contrastam com a diversidade e a agricultura familiar, mas não
esgotam essa possibilidade e nem encerram as características específicas da propriedade
familiar. O que se observa atualmente é a divisão do espaço dos lotes entre a monocultura
e a diversidade agrícola, possibilitando em alguns casos o progresso econômico e a
preservação dos recursos naturais. Fato que vai ao encontro do conceito de sustentabilidade
segundo Carmo (1998). A metodologia utilizada são leituras sobre experiências regionais
de sustentabilidade em assentamentos, pesquisa de campo, aplicação de questionários,
leitura do espaço e descrições em diário de campo.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 126 - CONSUMO DE ÁGUA, ESTRATÉGIAS PRODUTIVAS E ESCASSEZ
HÍDRICA: UM LEVANTAMENTO PRELIMINAR COM FAMÍLIAS RURAIS NO ALTO
JEQUITINHONHA.
FLAVIA MARIA GALIZONI; EDUARDO MAGALHÃES RIBEIRO; VICO MENDES PEREIRA
LIMA; ISAÍAS FERNADES DOS SANTOS; RAFAL EDUARDO CHIODI;
DAE/UFLA, LAVRAS, MG, BRASIL;
Palavras-chave: agricultura familiar; água; Jequitinhonha. ; Politicas Públicas;
desenvolvimento
Os objetivos desse artigo são analisar as estratégias familiares de agricultores com relação
à água no alto do Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais investigando disponibilização
para o consumo doméstico e produtivo, percepção de escassez, hierarquias de uso e de
corte de atividades em função da restrição da água. Visa também investigar o encontro
entre as lógicas comunitárias e de programas públicos sobre água e seus impactos no
padrão de consumo familiar. É resultado de pesquisa de campo em sete comunidades
rurais. Um resultado importante foi “personalizar” regionalmente a noção de escassez,
compreendendo-a a partir de perspectivas culturais, ambientais e econômicas das famílias
e comunidades rurais do Jequitinhonha. E nesse sentido, poder dar base para interpretar
atitudes e estratégias locais para conviver e ou superar escassez d’água e, principalmente,
analisar pontos de convergência ou divergência entre essas estratégias, programas e
políticas formuladas para enfrentar a questão da água na região.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 426
Página 427
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 127 - POTENCIALIZANDO APOIOS INSTITUCIONAIS E PARCERIAS NA
FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL:
O CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
EM UNAÍ/MG.
ADRIANA CALDERAN GREGOLIN; CLÁUDIA VALÉRIA DE ASSIS DANSA; ALTAFIN
IARA;
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO/SECRETARIA DA AGRICULTURA
FAMILIAR, BRASÍLIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Jovens rurais ; Formação; Ater; Agricultura Familiar; Parcerias
A Agricultura Familiar abrange diferentes públicos, entre eles os assentados da Reforma
Agrária. A oferta de serviços de assistência técnica e extensão rural – Ater para este público
é deficiente e uma parcela significativa de jovens agricultores, em idade escolar, enfrentam
dificuldades para concluir o ensino médio e para se profissionalizarem. O Governo vem
apoiando Programas e Projetos de educação que qualificam a formação de jovens rurais.
Os apoios institucionais às iniciativas possibilitam a inclusão da juventude rural em projetos
de desenvolvimento e de Ater diferenciada. A partir da análise documental avaliou-se a
importância do apoio institucional a iniciativas de educação e capacitação para jovens
rurais, apresentando resultados parciais em termos de formação técnica e social, à luz
do Curso Técnico em Agropecuária e Desenvolvimento Sustentável. Este Curso realizado
entre 2003 e 2006, profissionalizou 58 jovens agricultores, mulheres e homens. Constatase que o apoio institucional foi elemento que potencializou a integração de projetos, numa
proposta política pedagógica diferenciada, com ganhos para a formação dos jovens, na
linha da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - Pnater.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 128 - ESTUDO DO PERFIL DOS MUNICÍPIOS RECEPTORES DE RECURSOS
DO PRONAF CRÉDITO – UMA COMPARAÇÃO ENTRE AS CAPTAÇÕES DA REGIÃO
SUL E DA REGIÃO NORDESTE.
FERNANDA FARIA SILVA; VANESSA PETRELLI CORRÊA; HENRIQUE DANTAS
NEDER;
INSTITUTO DE ECONOMIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLâNDIA, UBERLâNDIA,
MG, BRASIL;
Palavras-chave: pronaf; agricultura familiar; região sul; região nordeste; pronaf crédito
Resumo: Nos anos iniciais da implantação do PRONAF, observou-se forte concentração
de recursos nas regiões Sudeste/Sul e nos produtores mais integrado. Recentemente
ocorreram algumas mudanças que, teoricamente, estariam alterando o perfil do Programa no
sentido de dirigir os recursos a um número maior de agricultores mais carentes e estimular
o “desenvolvimento local”, incorporando o debate do paradigma de Desenvolvimento
Territorial. O intuito do nosso artigo é o de questionar esta afirmação e mostrar, através de
alguns dados desagregados que, mesmo tendo em vista alteração recente da legislação o
PRONAF visto como um todocontinua preso à lógica concentradora de recursos, definida
pelas exigências do Sistema bancário. Ademais, a integração das políticas e o esforço de
organização continuam efetivamente ausentes do PRONAF Crédito, o principal liberador
de recursos. Para chegar a esta análise, destacamos que deve-se analisar o perfil atual do
direcionamento dos recursos do PRONAF Crédito, analisando a sua lógica de distribuição.
Para tando, fizemos um estudo dos municípios captadores de recursos na região Sul e
Nordeste e calculamos o Índice de Desenvolvimento rural de cada um deles. Este índice
incorpora aspectos extra, além da renda média e o intuito é o de verificar que tipo de
município está recebendo a maioria e a minoria dos recursos. Para completar a análise
tomamos os 30 municípios que mais captaram recursos em cada uma das regiões e
erificamos os montantes liberados por Grupo do PRONAF (A, B, C, D, AC).
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 428
Página 429
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 129 - SISTEMAS DE PRODUÇÃO FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE LAPÃO,
BAHIA.
VITOR DE ATHAYDE COUTO; CRISTIANE SANTOS GARRIDO; EDNA MARIA DA SILVA;
FERNANDA BENICIO TEIXEIRA;
UFBA, SALVADOR, BA, BRASIL;
Palavras-chave: Agricultura familiar; sistemas de produção; renda familiar; Lapão;
Bahia
Este artigo é um sub-produto do relatório da pesquisa Análise-Diagnóstico de Sistemas
Agrários, realizada em quatro comunidades rurais, do município de Lapão, microrregião de
Irecê, Bahia. O texto contém 5 itens além da introdução e referências. No item 1 descrevemse o ecossistema e o sistema agrário em que estão inseridas as comunidades rurais.
No item 2 encontram-se os resultados da análise da comunidade Corta Facão. O item 3
refere-se à comunidade Lagoa dos Patos; o item 4, à comunidade Mosquito/ Provisório; e
o item 5, à comunidade Volta Grande. Como conteúdo de cada um desses itens, detalhamse os aspectos históricos, a tipologia dos Produtores (Pi) segundo técnicas de leituras
de paisagem, entrevistas com informantes-chave, tipologia dos Sistemas de Produção
(Spi), onde se identificam as diferentes combinações de cultivos, criatórios e sistemas
de processamento. Na análise detalhada do principal tipo de Pi e SPi, encontram-se os
fluxogramas representando diferentes níveis de integração interna de cada SP, e gráficos
representativos dos diferentes níveis de eficiência dos SP. Como resultado, tem-se o valor da
renda agrícola que, somada à renda não-agrícola (RNA) totaliza a renda familiar (RF).
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 130 - A REVISÃO DA POLÍTICA DE TARIFAS DE ÁGUA NO USO AGRÍCOLA:
UM ESTUDO DE CASO NO SUL DE PORTUGAL.
RUI FRAGOSO; CARLOS MARQUES;
UNIVERSIDADE DE ÉVORA, ÉVORA, PORTUGAL;
Palavras-chave: Programação Multiperíodo; Alentejo; Tarifa de Água; Regadio; Regadio
Este artigo avalia os efeitos de uma política de revisão de tarifas da água no regadio, em
termos do consumo de água, do aproveitamento das áreas beneficiadas com regadio,
do rendimento do produtor agrícola, da recuperação dos custos com a água e do
desenvolvimento agrícola.
A metodologia utilizada baseia-se na elaboração de um modelo de programação matemática
multiperíodo, adapatado às características específicas de uma exploração agrícola do Sul de
Portugal na Região Alentejo. Este modelo determina a combinação óptima das actividades
de produção agrícola, em função do consumo do produtor e da sua distribuição, tendo em
conta a probabilidade de ocorrência da dotação bruta de água.
Foram analisadas quatro tipos de tarifas: a tarifa fixa por área beneficiada, a tarifa
proporcional ou volumétrica por metro cúbico de água consumida, a tarifa binómica; e a
tarifa progressiva. As simulações realizam-se no âmbito da Política Agrícola Comum de
2003, considerando o perfil produtivo tradicional e um perfil produtivo alternativo, resultante
da introdução de culturas de valor acrescentado.
Conclui-se que a política de revisão de tarifas deverá privilegiar a adopção de uma tarifa
binómica, dado que este tipo de tarifa permite simultaneamente induzir o uso eficiente da
água na agricultura e o equilíbrio orçamental da oferta de água. Tendo em conta o objecto
do uso sustentável da água, esta tarifa é também a que menos penaliza a competitividade
e por conseguinte o desenvolvimento agrícola.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 430
Página 431
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 131 - CUSTOS AMBIENTAIS DA PRODUÇÃO DA SOJA EM ÁREAS DE EXPANSÃO
RECENTE NOS CERRADOS BRASILEIROS – O CASO DE PEDRO AFONSO - TO.
WALDECY RODRIGUES; GISLANE FERREIRA BARBOSA;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, PALMAS, TO, BRASIL;
Palavras-chave: Método custo-reposição; custos ambientais; commodities e meio
ambiente; Valoração do meio ambiente; Soja
SCD 133 - NOTAS SOBRE O AMBIENTALISMO, (AGRO)ECOLOGIA, CIÊNCIA E
CAPITALISMO.
MARCOS BOTTON PICCIN;
CPDA/UFRRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: agroecologia; ecologia; desenvolvimento sustentável; pequeno patrimônio
produtivo; capitalismo
Na década de 90, com o aumento do preço da soja no mercado internacional e a ocupação
de áreas produtoras tradicionais, outras glebas nos Cerrados foram intensivamente
incorporadas para a produção de soja, com destaque para Luís Eduardo Magalhães – BA,
Balsas – MA e Pedro Afonso – TO. Essa expansão pode significar a ampliação de impactos
ambientais nos solos, nos recursos hídricos, na biodiversidade e nas condições de equilíbrio
ecológico dos Cerrados. O estudo valora economicamente, através do Método CustoReposição (MCR), os impactos ambientais de tecnologias de plantio de soja em região de
expansão recente nos Cerrados, tendo como estudo de caso o município de Pedro Afonso
- TO. Na região específica do estudo os custos ambientais anuais da produção da soja
foram estimados em R$ 82. 726, 84. Porém, a adoção progressiva de mais produtores ao
plantio direto pode reduzir este valor para R$ 22. 476, 17 ao ano.
As elaborações entorno da agroecologia na década de 1990 ganharam várias compreensões
e sentidos, muitas vezes de forma fragmentada e descontextualizada. O presente texto
procura articular o debate agroecológico dentro do desenvolvimento do movimento
ambientalista, surgido devido às modificações estéticas na sociedade industrial do século
XVIII, com o fortalecimento do capitalismo. Os conceitos e noções básicas que orientam
grande parte das compreensões atuais sobre a agroecologia irão surgir dos debates que
esse movimento construirá ao longo dos séculos XIX e XX, principalmente. A trajetória teórica
que sofre o conceito de ecologia durante esses séculos é refletida sobre as elaborações
agroecológicas. Assim, as críticas realizadas às sociedades contemporâneas irão conformar
a elaboração da noção de sustentabilidade, popularizada a partir da década de 1970,
assumindo diferentes significados a partir de então, orientando, também, as elaborações
sobre agroecologia. Nesse sentido, procura-se discutir os limites e potencialidades dos
enfoques e compreensões agroecológicas num ambiente de mercados oligopolizados
onde a busca pelo mercado de nicho é constante para os setores produtores com pequeno
patrimônio produtivo. Com isso, conforma-se uma discussão articulando a economia
política e a ecologia política procurando encontrar pontos de convergência e limites de
diálogo. Conclui-se, destacando o caráter de síntese que possui o conceito de ecologia
como orientador de possíveis estratégias de desenvolvimento e estudo das relações ecosociais, tentando localizar os desafios postos pelas sociedades contemporâneas a esta
perspectiva epistemológica.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 132 - USO E CONSERVAÇÃO DOS REMANESCENTES DE MANGABEIRA POR
POPULAÇÕES TRADICIONAIS.
JANE VELMA DOS SANTOS; DALVA MARIA MOTA;
UFS, ARACAJU, SE, BRASIL;
Palavras-chave: saberes tradicionais; mangaba; catadores; extrativismo; Barra dos
Coqueiros
O estudo objetivou analisar como uma população tradicional usa e conserva os
remanescentes de mangabeira em Sergipe e constatou que eles têm conseguido conservar
os recursos genéticos dessa espécie a partir de um manejo segundo épocas, forma de
acesso ao recurso e manejo tradicional num contexto de crescente valorização da fruta
nos mercados local e regional.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 432
Página 433
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 134 - ANÁLISE COMPARATIVA DO BALANÇO ENERGÉTICO DO MILHO EM
DIFERENTES SISTEMAS DE PRODUÇÃO.
SILENE MARIA DE FREITAS; MARLI DIAS MASCARENHAS OLIVEIRA; CARLOS
EDUARDO FREDO;
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: MEIO AMBIENTE; AGROENERGIA; MILHO; ENERGIA NA
AGRICULTURA; BALANÇO ENERGÉTICO
SCD 135 - CARACTERÍSTICAS DA TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DA PESCA
ARTESANAL EM CABO VERDE.
ANTÓNIO JOSE MEDINA DOS SANTOS BAPTISTA; ADRIANO PROVEZANO GOMES;
CRISTIANE MÁRCIA SANTOS;
UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE CABO VERDE, PRAIA, PORTUGAL;
Palavras-chave: PESCA; CABO VERDE; FUNÇÃO DE PRODUÇÃO; EFICIÊNCIA;
ELASTICIDADES DE SUBSTITUIÇÃO
A partir da matriz de coeficientes técnicos produzidas pelo Instituto de Economia Agrícola,
de informações fornecidas por fabricantes de máquinas e equipamentos e de fontes
bibliográficas, analisou o balanço energético da produção agrícola de milho, em sistema
de plantio direto, para a safra 2005/2006 no estado de São Paulo. Os resultados foram
comparados com os obtidos em plantio convencional, na safra 1987/88 e apresentados por
ULBANERE (1988). O consumo energético total no plantio direto é menor que no sistema
convencional (cerca de 400. 000kcal. ha-1). Grande parte dos insumos envolvidos na cultura
do milho são, ainda, provenientes de energia fóssil, configurando grande dependência e
vulnerabilidade dos sistema de produção. Assim, avanços na redução do custo energético
voltam-se para a questão dos nutrientes e consumo de combustíveis fósseis. Nesses casos,
sugere-se como alternativas o uso de nutrientes orgânicos e as práticas de rotação e/ou
consórcio de leguminosas e, ressalta-se a importância das pesquisas sobre biodiesel e
de sua inclusão em nossa matriz energética. A dependência dos resultados de balanços
energéticos à “produtividade” da cultura não o caracteriza como ideal para subsidiar
decisões de políticas bioenergéticas que se fundamentem na viabilidade técnica dos
cultivos de biomassa.
Este estudo pretende analisar as características da tecnologia de produção da pesca em
Cabo Verde, no sentido de verificar o comportamento dos parâmetros de elasticidades
de produção, produto marginal, elasticidade de escala e elasticidades de substituição ao
longo do tempo. Tendo em vista que as políticas de gestão das pescarias necessitam de
informações sobre a facilidade de substituição dos fatores de produção, e respostas da
produção em razão de aumentos nos fatores, torna-se necessário estimar e analisar o
comportamento desses indicadores.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Utilizando a abordagem não-paramétrica de envoltória de dados, foi possível corrigir os
dados de ineficiências e, dessa forma, estimar uma fronteira de produção intertemporal,
ou melhor, uma metafronteira de produção. Os resultados indicam que a elasticidade
de produção do estoque tem diminuído consideravelmente ao longo do tempo. Essa
constatação pode ser interpretada como evidências de diminuição do estoque no período
analisado. A elasticidade de escala tem diminuído no período de forma significativa, tendo
nos dois últimos anos apresentado retornos decrescentes à escala, indicando que o aumento
na captura foi menos do que proporcional ao aumento nos fatores de produção, indicando
que podem existir problemas na sustentabilidade da pesca em Cabo Verde.
As políticas de gestão da atividade pesqueira em Cabo Verde não apresentam muitas
dificuldades em termos de restrição nos fatores de produção, porque existe uma limitada
possibilidade de substituição dos fatores na média das ilhas. E, ao longo do tempo, a
situação tem-se tornado mais favorável para os formuladores de políticas de gestão das
pescas, no sentido de que a substituição tem-se tornado mais inelástica. Em relação às
ilhas mais eficientes, a situação dos gestores de recursos não é tão confortável, pelo fato
das elasticidades de substituição terem apresentado valores acima de 1, que por sua vez
indica facilidade de substituição entre embarcações/pescadores.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 434
Página 435
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 136 - INOVAÇÃO NOS INSTITUTOS PÚBLICOS DE PESQUISA E INSTITUTOS DE
PESQUISA MISTOS, NO AGRONEGÓCIO FLORESTAL: ANÁLISE COMPARATIVA.
ALBERTO WILLIAM CASTRO; MANOEL MALHEIROS TOURINHO; NÃO TEM NÃO TEM
NÃO TEM;
EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL, BELÉM, PA, BRASIL;
Palavras-chave: agronegócio; inovação tecnológica; transferência de tecnologia; análise
comparativa; pesquisa florestal
O processo de inovação tecnológica dos Institutos de Pesquisa envolve atividades
relacionadas à geração, difusão e a transferência de tecnologia, que tem como produto
final tecnologias, produtos e serviços, disponibilizados à sociedade. Isso é bem evidenciado
no agronegócio florestal na região Sul, com a presença dos Institutos de Pesquisa Mistos
(IPMs), os quais prestam serviços diretamente para as empresas associadas. Também
atuam neste tipo de atividade, os Institutos Públicos de Pesquisa (IPPs), os quais têm
suas atividades de PD&I direcionadas ao atendimento das necessidades de uma clientela
ampla e diversificada no meio rural. Com o objetivo de identificar as possíveis diferenças
nos modelos de geração, difusão e transferência de tecnologia dos IPPs e IPMs e qual
o modelo atualmente em uso por esses institutos é que o presente estudo foi idealizado
e implementado. Apoiada em um referencial teórico sobre transferência de tecnologia,
PD&I em colaboração e ação dos stakeholders, complementado pela noção do sistema
nacional de inovação, foi utilizada a metodologia de estudo de casos para a realização
da pesquisa. Os dados foram coletados junto aos principais IPPs e IPMs, atualmente
em operação na região Sul. Os resultados alcançados demonstraram a existência de
diferenças marcantes na postura desses institutos, principalmente, levando em conta a
sua clientela, a postura mais competitiva que colaborativa, tanto entre os usuários das
pesquisas como no relacionamento entre os próprios institutos de pesquisa. A análise
conjunta do SNI e da ação dos stakeholders, permitiu concluir que, instituição importante
desse sistema tem atuado mais de uma forma limitadora que facilitadora das ações dos
IPPs e IPMs, principalmente nos aspectos regulatórios e fiscalizadores da atividade florestal,
em detrimento de ações estimuladoras em prol do desenvolvimento econômico, social e do
agronegócio florestal da região Sul, resultados que também levam a concluir a influência
do SNI no direcionamento do modelo de pesquisa desses institutos mais para um modelo
mercadológico que tecnológico.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 137 - RESIDÊNCIA AGRÁRIA: PROJETO UNIVERSITÁRIO E CAMPONÊS COMO
FATOR DE DESENVOLVIMENTO DO CAMPO.
MARIA INÊS ESCOBAR COSTA CASIMIRO;
UNIVERSIDADE DE BRASILIA, BRASILIA, DF, BRASIL;
Palavras-chave: Educação do Campo; Assistência Técnica e Extensão Rural; Residência
Agrária; Capacitação Técnica; Ciências Agrárias
Este trabalho é um estudo da experiência do Programa Nacional de Educação do Campo:
Formação de Estudantes e Qualificação Profissional para Assistência Técnica, que tem
sido chamado de Residência Agrária. Este programa é do Ministério do Desenvolvimento
Agrário e é executado pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária-INCRA em parceria
com as universidades públicas e movimentos sociais do campo. Mas a pergunta central é
qual a necessidade de uma Residência Agrária? E a partir da experiência nascente deste
programa avaliar seu desenho, como política pública, sua adequação e coerência com a
realidade do campo e das universidades.
Para este trabalho analiso a construção do programa nacional como política pública e
escolho tratar de forma mais detalhada o caso da Residência Agrária no Ceará, Piauí
e Rio Grande do Norte. A escolha do tema alicerçou-se na importância e no potencial
de transformação que tem o trabalho dos(as) profissionais que atuam em Assistência
Técnica e Extensão Rural, portanto, sua formação tem um peso quase decisivo neste
processo. Tem-se como objetivo geral, demonstrar os possíveis impactos de uma política
de educação do campo, focada na formação dos(as) profissionais de Ciências Agrárias
sobre os assentamentos e áreas de agricultura familiar e sobre as próprias universidades
envolvidas.
Em termos de procedimento metodológico, foi imprescindível uma pesquisa bibliográfica e
uma pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica foi realizada em livros, artigos científicos,
publicações da Educação do Campo e formação profissional das agrárias disponíveis
em bibliotecas e instituições públicas e na Internet, com a finalidade de construir um
embasamento teórico do tema.
A pesquisa de campo foi realizada mediante observação participante nas reuniões de
construção dos cinco projetos de especialização, nos encerramentos dos estágios de
vivência no Estado do Piauí e Ceará e nas reuniões de planejamento, monitoramento e
acompanhamento da Coordenação Nacional e da Coordenação Tecno-científica, ambas
sediadas em Brasília.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 436
Página 437
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 138 - A PESQUISA PÚBLICA E A INDÚSTRIA SEMENTEIRA NOS SEGMENTOS
DE SEMENTES DE SOJA E MILHO HÍBRIDO NO BRASIL.
MARCOS PAULO FUCK; MARIA BEATRIZ BONACELLI;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Pesquisa Agrícola; Inovações Tecnológicas; Arranjos institucionais;
Biotecnologia; Mercado de sementes
S C D 1 3 9 - E S TA G N A Ç Ã O D A P E C U Á R I A B O V I N A N O A G R E S T E D E
PERNAMBUCO.
JOSÉ MAURÍCIO PEREIRA; MÁRCIO MICELI SOUSA;
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, CARIBE;
Palavras-chave: AGRICULTURA FAMILIAR; PECUÁRIA; MODERNIZAÇÃO; POLÍTICAS
PÚBLICAS; ACESSO AOS RECURSOS
Os últimos anos têm sido marcados por diversas mudanças na organização da pesquisa
agrícola. Neste novo momento, as Instituições Públicas de Pesquisa Agrícola (IPPAs) estão
perdendo o espaço ocupado durante a Revolução Verde. Atualmente, em diversos países do
mundo, as empresas multinacionais têm sido as principais executoras de pesquisas sobre
biotecnologia agrícola e, conseqüentemente, têm ampliado sua participação no mercado de
sementes de importantes culturas agrícolas. Porém, entende-se que sem o fortalecimento
das instituições de pesquisa locais, os países em desenvolvimento podem vir a ser meros
receptores passivos de tecnologias desenvolvidas por tais empresas, não aproveitando
as oportunidades a serem exploradas no campo da biotecnologia e não conseguindo se
contrapor às estratégias das empresas multinacionais. No caso brasileiro, a forma de
atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é um bom exemplo
de como um IPPA pode participar de modo competitivo deste novo momento da pesquisa
agrícola. Neste artigo será abordada a forma como a Embrapa realiza a pesquisa de novas
variedades de soja e milho híbrido. Tratam-se das duas principais commodities produzidas
pelo Brasil e também das duas principais lavouras geneticamente modificadas plantadas
no mundo. Ao participar desses mercados, a Embrapa não só amplia a concorrência, mas
também ocupa importantes espaços estratégicos, dada a importância dessas culturas para
agricultura nacional. Apresentam-se neste artigo o processo de organização da pesquisa
agrícola que se seguiu a Revolução Verde, as principais características dos mercados
de sementes de soja e milho híbrido, as formas de proteção da propriedade intelectual
nesses segmentos e as relações entre a Embrapa e outros importantes atores privados
que atuam nesses mercados.
Sob a influência da expansão do capitalismo na agricultura, na década de 1970, foram
implementadas no Agreste de Pernambuco ações que resultaram no processo de expansão
do efetivo bovino, e conseqüentemente, no crescimento das áreas cultivadas com pastagens
e redução das lavouras destinadas à produção de alimentos básicos. O processo foi
viabilizado por investimentos governamentais, favorecendo a média e a grande propriedade
e promovendo a concentração fundiária. O trabalho tem por objetivo identificar como as
políticas agrícolas repercutiram na pecuária praticada por pequenos produtores, sobretudo
a partir dos anos 1980. Foram consultadas publicações do CONDEPE, do IBGE, associadas
à leitura de diversos autores e artigos científicos ligados à questão da modernização e
da globalização e também sobre a pecuária praticada entre os produtores familiares. Foi
elaborado um questionário que foi aplicado na microrregião do Médio Capibaribe, com
produtores familiares, líderes e dirigentes sindicais, nos municípios de Bom Jardim e
João Alfredo. Realizaram-se também entrevistas informais com técnicos da Sociedade
Nordestina dos Criadores. O estudo procura mostrar que a produção familiar agrestina,
além de enfrentar as estiagens periódicas, encontra-se marginalizada pela não utilização
de técnicas modernas na pecuária e desprovida de acesso aos recursos produtivos e do
apoio governamental. No período assistiu-se ao esvaziamento dos serviços direcionados
à pequena produção, particularmente a assistência técnica. As condições oferecidas pelo
Estado a estes pequenos criadores evoluíram mais na direção de transferências financeiras
do que propriamente no apoio à atividade agropecuária.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 438
Página 439
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 140 - ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DOS MERCADOS FUTUROS DE COMMODITIES
AGRÍCOLAS BRASILEIRAS UTILIZANDO CO-INTEGRAÇÃO.
ANDRÉ DE SOUZA MELO; RICARDO CHAVES LIMA; ANDRÉ STEFFENS MORAES;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Mercados futuros; commodities agrícolas; eficiência de mercado; cointegração; prêmio ao risco
Este trabalho testa a presença de eficiência nos mercados futuros de boi gordo, açúcar
cristal, milho e café negociados na Bolsa de Mercadorias de Futuros (BM&F), utilizando
técnicas de co-integração. A eficiência de mercado é resultante de uma hipótese conjunta
dos preços futuros correntes serem preditores não viesados dos preços a vista no futuro
e do prêmio ao risco ser nulo. Entretanto, a presença de prêmio ao risco é criada quando
os agentes de mercado (investidores e produtores) demandam contratos futuros, visto
que estes agentes são avessos ao risco. Com isso, objetiva-se analisar a existência de
eficiência de mercado na presença de prêmio ao risco. O principal resultado é que os
mercados de boi gordo, açúcar e milho se mostraram eficientes, ocorrendo convergência
de longo prazo mesmo com presença de prêmio ao risco.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 141 - ANÁLISE ESPACIAL DA PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA NO ESTADO DO
PARANÁ: IMPLICAÇÕES PARA O SEGURO AGRÍCOLA.
VITOR AUGUSTO OZAKI; RICARDO SHIROTA; ROBERTO ARRUDA DE SOUZA LIMA;
ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: seguro agrícola; gestão de risco; risco sistêmico; correlação espacial;
semivariograma
O presente estudo tem como objetivo analisar espacialmente os dados de produtividade
agrícola. Através da estatística espacial é possível estimar alguns parâmetros do
semivariograma relevantes para estudar o problema do risco sistêmico, com implicações
nos programas de seguro agrícola. Em particular estimou-se os parâmetros de alcance, para
se verificar a distância, na qual a correlação espacial tende a zero. Para a análise empírica,
utilizou-se dados de produtividade agrícola municipal do IBGE, para a soja e milho, no
estado do Paraná, no período de 1990 a 2002. O estudo mostrou que de fato a dependência
espacial destes dados existe, tornando-se praticamente nula à distâncias relativamente
longas (em km) e pode ser captada em todos os anos, para ambas as culturas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 142 - MODELO DE PREVISÃO UNIVARIADO PARA PREÇOS DE LEITE PAGOS
AOS PRODUTOS NAS PRINCIPAIS REGIÕES BRASILEIRAS.
ARLEI LUIZ FACHINELLO; LEANDRO AUGUSTO PONCHIO;
CEPEA, PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: modelos univariados; leite; previsão de preços; MG e GO; PR e SP
Este trabalho visa estimar um modelo de previsão univariado, com horizonte de três meses,
para a série preço médio real de leite pago aos produtores nos estados de Minas Gerias,
Goiás São Paulo e no Paraná. Foram então testados vários modelos ARIMA e SARIMA, do
qual foram selecionados oito modelos, sendo dois modelos para cada estado. A metodologia
utilizada foi o modelo de Box-Jenkins. Constatou-se neste trabalho que tanto os modelos
ARIMA como SARIMA mostram-se adequados na previsão dos preços reais nos quatro
estados pesquisados. Ademais, os modelos univariados demonstram ser uma ferramenta
útil para previsões no curto prazo, dada a sua simplicidade e capacidade preditiva.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 143 - MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO GAÚCHO: EM ANÁLISE
O MUNICÍPIO DO RIO GRANDE.
GIBRAN SILVA TEIXEIRA; PATRÍZIA RAGGI ABDALLAH; PAULO RENATO LESSA
PINTO;
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG, RIO GRANDE, RS,
BRASIL;
Palavras-chave: Pescado; Margens de comercialização; Políticas de Margens; Preço pago
ao produtor; Preço pago pelo consumidor
O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de pescado do Brasil, sendo que dentre
os municípios de maior expressão nessa atividade no estado, destaca-se o do Rio Grande.
O presente trabalho tem por finalidade realizar uma análise das margens de comercialização
do pescado no município do Rio Grande, no período de Junho de 2004 a Janeiro de
2006, utilizando-se duas espécies de pescado comumente pescadas e consumidas na
região, sendo que uma de maior valor comercial e outra de menor valor. A respeito dessas
espécies, são calculadas as margens brutas de comercialização, a tendência e composição
das margens, a política de margem adotada e a elasticidade de transmissão de preços.
Os resultados encontrados, mostraram uma estabilidade no que diz respeito às margens
brutas de comercialização, para ambas espécies de pescado. Mostraram também, que os
varejistas trabalham com uma margem de ganho fixa sobre o preço do produtor, e que os
comerciantes finais adotam uma política de margem crescente. Quanto à elasticidade de
transmissão dos preços, pode-se observar que as variações nos preços dos produtores
não são significativas na formação do preço pago pelo consumidor final.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 440
Página 441
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 144 - O COMÉRCIO INTERNACIONAL DA CARNE BOVINA E A INDÚSTRIA
FRIGORÍFICA EXPORTADORA.
CATIANA SABADIN; IDO LUÍS MICHELS;
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CAMPO GRANDE - UNAES, CAMPO GRANDE, MS,
BRASIL;
Palavras-chave: Comércio internacional; Carne bovina; Indústria frigorífica; Cadeia
Produtiva; Exportações
A pecuária de corte brasileira ocupa posição de destaque na economia e no comércio
internacional. O mercado mundial de carnes passou por transformações significativas na
última década. A partir de 2003 o Brasil ultrapassa a Austrália e se torna o maior exportador
de carne bovina do mundo. Este artigo tem como objetivo principal analisar as principais
transformações que estão ocorrendo na indústria frigorífica brasileira bem como nos demais
elos da cadeia produtiva, em função da inserção global. Os métodos utilizados para o estudo
foram o exploratório, através da revisão bibliográfica e a pesquisa descritiva, através de
entrevista qualificada aplicada em quatro grupos frigoríficos exportadores..
Como principais resultados, conclui-se que a expressiva inserção do Brasil no mercado
internacional da carne bovina originou transformações estruturais na indústria frigorífica
exportadora e por conseqüência na cadeia produtiva. Os frigoríficos nacionais, de uma
forma geral, ainda apresentam baixo nível de profissionalização, situação que está se
alterando com o avanço das exportações. A indústria frigorífica passa por uma série de
adaptações para suprir as exigências do mercado mundial, o que está contribuindo para
a modernização da gestão produtiva, com avanços em termos logísticos, tecnológicos e
da estrutura empresarial.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 145 - O CUSTO DE TRANSPORTE COMO BARREIRA AO COMÉRCIO NA
INTEGRAÇÃO ECONÔMICA: O CASO DO NORDESTE.
EDUARDO SIMÕES DE ALMEIDA; JOAQUIM GUILHOTO;
FEA/USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: integração econômica; modelo de equilíbrio geral aplicado espacial;
custos de transporte; Nordeste; eqüidade regional
O foco da estratégia de integração do governo brasileiro nos últimos anos está na tentativa
de acordos de integração econômica externa tanto em negociações Norte-Sul quanto
Sul-Sul. Contudo, tais negociações – quer no âmbito da Rodada de Doha, quer no âmbito
de blocos regionais (Alca, Mercosul etc. ) – enfrentam sérias dificuldades para a sua
concretização, além de uma extrema morosidade. Em vista disso, a opção da integração
econômica interna pode ser uma saída para esse impasse no sentido de ser uma fonte de
ganhos de bem-estar social e de promoção de eqüidade regional. Essa opção depende
apenas da disposição do governo brasileiro e a lógica da estratégia de uma integração
interna baseia-se na redução dos custos de transporte, entendidos como sendo uma barreira
ao comércio interestadual. Uma comparação dos resultados da integração econômica
interna com a externa, tendo como foco a economia do Nordeste, mostra-se relevante
nesse momento.
Para simular opções de integração econômica, foi elaborado o modelo BRASIL-SPACE, um
modelo EGAE para análise de políticas de integração econômica no país e com destaque
para a economia do Nordeste. Esse modelo incorpora explicitamente os custos de transporte
como uma barreira de comércio. A estrutura teórica do modelo está desenvolvida para
as cinco macro-regiões brasileiras e cinco regiões externas (Nafta, Ásia, União Européia
com 25 membros, a Alcsa composta pelos países sul-americanos e o resto do mundo).
O modelo compreende três fatores de produção, a saber, mão-de-obra, capital humano
e outros fatores.
Foram simulados diversos experimentos controlados de políticas de integração econômica
tanto externa quanto interna com o objetivo de se analisar quais são as melhores opções
de integração abertas ao País e para o Nordeste, avaliadas sob o prisma da eficiência
econômica e da eqüidade regional.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 442
Página 443
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 146 - IMPACTOS DO PROTOCOLO DE CARTAGENA SOBRE O COMÉRCIO DE
COMMODITIES AGRÍCOLAS.
IZAIAS CARVALHO BORGES; JOSÉ EUSTÁQUIO RIBEIRO VIEIRA FILHO; JOSÉ MARIA
FERREIRA JARDIM DA SILVEIRA;
INSTITUTO DE ECONOMIA/UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Protocolo de Cartagena; Transgênicos; Exportações; Custos; Soja
O objetivo deste artigo é analisar os impactos do Protocolo de Cartagena sobre o comércio
de commodities agrícolas. O Protocolo visa estabelecer regras de segurança sobre o
comércio transfronteiriços de Organismos Geneticamente Modificados. Estas regras,
dependendo da forma em que elas forem implementadas, implicarão em custos extras
para os países exportadores de commodities agrícolas. O objetivo específico foi calcular
estes custos extras no Brasil para dois grupos de commodities: milhos e soja.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 147 - QUOTAS TARIFÁRIAS E ACESSO AOS MERCADOS AGRÍCOLAS.
HONORIO KUME; GUIDA PIANI; PEDRO MIRANDA;
IPEA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;
Palavras-chave: quota-tarifária; renda da quota; importação; exportação; mercosul
Nos últimos 10 anos, o uso de quotas-tarifárias disseminou-se tanto como parte dos
compromissos assumidos no Acordo implementado pela Organização Mundial de Comércio,
como em vários acordos bilaterais ou regionais, graças à garantia de acesso a exportações
agrícolas e à obtenção de rendas extraordinárias geradas pela imposição de quotas.
No entanto, o papel da quota-tarifária como instrumento de proteção ainda não é bem
compreendido, pois muitas vezes ignora-se que apenas um dos três instrumentos da
quota-tarifária, dependendo da demanda, efetivamente restringe as importações, sendo
os demais redundantes.
Nas negociações comerciais, um procedimento comum é a oferta de quotas adicionais que
permitem ampliar as importações com tarifa reduzida (intra-quota), induzindo à percepção
de que ocorrerá um aumento efetivo na quantidade exportada equivalente à quota adicional
concedida. No entanto, esse procedimento ignora o impacto sobre a renda extraordinária
proporcionada pela quota.
Este trabalho pretende avaliar os possíveis efeitos da aceitação de quotas-tarifárias pelos
países do Mercosul para as exportações brasileiras de determinados produtos agrícolas
para o mercado da União Européia, com base na última proposta oficial européia de maio
de 2004, no âmbito das negociações para um acordo de livre-comércio entre o Mercosul
e a União Européia.
Os resultados indicam um aumento na receita de divisas de US$ 603, 4 milhões, sendo
US$ 115, 8 milhões pela apropriação das rendas das quotas e US$ 487, 6 milhões
pelo incremento nas exportações. Esse resultado corresponde a 80, 9% do valor da
quota oferecida para esses produtos, a preços correntes. Estes confirmam ainda que a
desconsideração dos elementos que explicam o funcionamento dos regimes de quotastarifárias e das condições de demanda dos diferentes produtos pode introduzir um viés na
estimação dos ganhos potencialmente gerados pela concessão de quotas adicionais nas
negociações comerciais de produtos agrícolas.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 444
Página 445
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 148 - IMPACTO DOS ROYALTIES NA COMERCIALIZAÇÃO NACIONAL DE
FLORES: UM ESTUDO MULTI-CASO.
LUCIANO VAN DEN BROEK; TÂNIA VERÔNICA VELDT; THIAGO BERNARDINO DE
CARVALHO;
UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: flores; royalties; exportações; barreiras; comercialização
SCD 149 - A MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA E OS BRASIGUAIOS NO
PARAGUAI.
OSCAR AGUSTIN TORRES FIGUEREDO; LOVOIS ANDRADE MIGUEL;
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO RURAL/ UFRGS, PORTO
ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Paraguai; Agricultura; Brasiguaios; Soja; Desenvolvimento Rural
No setor de flores e na agricultura em geral, uma das formas de se criar barreiras às
exportações se dá através recolhimento de royalties, já que muitos produtores propagam
variedades protegidas, devem pagar os devidos direitos às empresas detentoras do
registro dessas espécies e variedades. A fiscalização em relação ao recolhimento dos
royalties está começando a interferir as exportações de flores brasileiras. Casos como os
de lotes de antúrio e rosa exportados serem rejeitados ou até incinerados ao chegarem
nos aeroportos de países como Portugal, Holanda, ou outros países importadores, dado
a alegação de falta de comprovante de recolhimento de royalties, vêm se tornando cada
vez mais comuns. Além desses impactos, inúmeros outros, envolvendo os produtores e o
setor de flores e plantas ornamentais de forma geral podem ser descritos. Dessa maneira, o
presente trabalho, através de um estudo multi-caso tem como objetivo, identificar e analisar
os impactos do recolhimento de royalties na produção e comercialização de flores, para que
assim se possa simultaneamente informar e melhorar a performance do setor exportador,
bem como servir de subsídios às negociações internacionais que visem à eliminação dos
obstáculos comerciais ou acordos relacionados ao recolhimento de royalties.
A colonização da região Oriental do Paraguai teve início na década de 70 e foi marcada por
uma forte presença de agricultores brasileiros. Este processo determinou uma nova forma
de territorialidade, fortemente marcada pela expansão e consolidação de uma agricultura
empresarial em bases intensivas. A transformação de paisagens e a formação de uma
identidade mista decorrentes da convergência de elementos socioeconômicos e produtivos
brasileiros dentro do espaço rural paraguaio instituíram um modelo agro-exportador e o
território brasiguaio. Com o advento da democracia em 1989, inicia-se no Paraguai, uma
serie de transformações onde se pode ressaltar a forte ênfase dada à agricultura em
larga escala e destinada à produção para a exportação. Esta conjuntura acarretou uma
crise na agricultura de cunho familiar paraguaia: insuficiência de políticas públicas, baixos
preços, dificuldades de comercialização, etc. Assim, o modelo de desenvolvimento agrário
adotado hoje no Paraguai e as relações entre os diferentes atores sociais presentes na
área rural têm acarretado transformações socioeconômicas e produtivas com efeitos
desiguais e contraditórios. Baseado nestes aspectos, o presente artigo tem como objetivo
discutir alguns aspectos das transformações produtivas que ocorreram no Paraguai
contemporâneo, colocando em evidência o papel dos agricultores brasileiros e a dicotomia
entre agricultura empresarial e a agricultura familiar. Para tanto, foi empregado o método
histórico comparativo, baseado em uma literatura referencial complementada por dados
empíricos.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 446
Página 447
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 150 - O PROCESSO DE MERCANTILIZAÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS
NA AGRICULTURA FAMILIAR.
MARCIO GAZOLLA MARCIO; SERGIO SCNHEIDER SCHNEIDER;
UFRGS (PGDR), PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Agricultura familiar; segurança alimentar; Autoconsumo; mercantilização;
Alto Uruguai
O artigo aborda a mercantilização do consumo de alimentos básicos na agricultura familiar
do Rio Grande do Sul, principalmente na Região Norte do estado, denominada de Alto
Uruguai. O objetivo principal é o de demonstrar como o processo de mercantilização social e
econômica da agricultura familiar ocorreu a partir dos anos de 1970 e, como se desenvolver
na área da produção de alimentos para consumo das famílias rurais. Demonstra-se
que este processo fragiliza as famílias desta região, principalmente no que se refere a
segurança alimentar que é um dos principais componentes da reprodução social destes
agricultores. O estudo usa tanto dados primários como secundários e entrevistas semidiretivas com agricultores e atores sociais de desenvolvimento. A principal conclusão é a
de que a agricultura familiar passou por modificações profundas a partir do processo de
modernização da agricultura e que uma das esferas das unidades de produção que foram
fragilizadas foi a de produção para autoconsumo que cedeu lugar as lavouras e criações
animais voltadas para o mercado. Em outros casos, a compra de alimentos em postos de
abastecimento urbanos é o símbolo máximo deste processo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 151 - AS IMPLICAÇÕES DA DELIMITAÇÃO DE RURAL E URBANO PARA AS
PRÁTICAS DAS INSTITUIÇÕES DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL EM CIDADES
RURAIS.
NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO; ANA LOUISE DE CARVALHO FIÚZA; SILVANE
GUIMARÃES SILVA GOMES;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;
Palavras-chave: RURALIDADE; CIDADE; CAMPO; SENAR; NOVO RURAL
O presente trabalho apresenta uma reflexão acerca das representações que sustentam
os critérios demarcatórios de cidade e campo utilizados pelas instituições de assistência
técnica e extensão rural. Deter-nos-emos, especificamente, em analisar as representações
de urbano e rural utilizadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), e
as conseqüências do mesmo para as práticas de capacitação junto ao público por ele
selecionado. O que desejamos problematizar na prática do SENAR, mas deixando claro
que isto não está restrito à atuação do mesmo, é como seu pressuposto de demarcação
espacial do rural e do urbano se baseia em critérios do senso comum, marcados por uma
concepção ideologizada hierarquizante da relação campo/cidade, que em nada corresponde
à dinamicidade das relações sociais e econômicas do embricamento rurbano.
Defendemos, que a delimitação que o SENAR e outras instituições de assistência técnica
e extensão rural utilizam para selecionar o “público rural” para seus cursos e atividades
extensionistas impede que muitas pessoas que vivem em uma “cidade rural” sejam
\\\”capacitadas\\\” e possam dinamizar o tecido social local, com iniciativas de geração de
renda e retenção do capital econômico em nível local. Chamamos a atenção neste artigo,
também, para a forma como a própria concepção dos conteúdos dos cursos promovidos
pelo SENAR acaba por ser afetada por este binarismo socioespacial. Neste sentido,
privilegiamos a análise das conseqüências desta concepção binária e antagônica de rural
nas diretrizes estabelecidas pelo SENAR para a seleção dos participantes para os seus
cursos, lançando como questionamento a suposta adequação dos conteúdos propostos
para os cursos, face às necessidades dos habitantes de uma cidade rural. Segundo a
nossa perspectiva, a consideração acerca do que o SENAR considera como rural afetaria,
inclusive, a noção de trabalho rural, que não pode ser compreendida somente considerando
as atividades rurais como correspondendo à atividade agrícola, o que justifica a necessidade
de se buscar novas teorias e visões acerca do rural e da ruralidade.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 448
Página 449
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 152 - UMA INTERPRETAÇÃO POLÍTICA DA INTRODUÇÃO DA SOJA NO
CERRADO DE MATO GROSSO.
JOSE MANUEL CARVALHO MARTA; ADRIANO MARCOS RODRIGUES FIGUEIREDO;
UFMT, CUIABA, MT, BRASIL;
Palavras-chave: SOJA; MODERNIZACAO; AGRICULTURA; CAPITAL; MATO
GROSSO
O artigo questiona alguns elementos convencionais de análise na literatura econômica rural
e no senso comum dos técnicos e procura explicar a entrada e expansão da soja em mato
grosso à parte da questão preços x quantidades de insumos e produtos. Fundamentalmente
propõe na discussão, a identificação de alguns elementos da modernização do campo,
como pré-condição do processo de migração dos agricultores do sul do país para mato
grosso. Também procura mostrar como os agricultores produtores da soja se tornaram
reféns do sistema internacional de preços e insumos modernos, além, naturalmente
do sistema financeiro. Indica que o sojicultor se tornou refém do capital agroindustrial,
do mercado e de suas instituições. Indica-se inicialmente que a introdução da soja foi
provocada por políticas governamentais em conjunto com ações de empresas comerciais
que se beneficiam do processo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 153 - ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE AS MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO
ESPACIAL DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA E O PAPEL DO CENTRO-OESTE.
JOSE MANUEL CARVALHO MARTA;
UFMT, CUIABÁ, MT, BRASIL;
Palavras-chave: desenvolvimento regional; geografia econômica; história econômica;
Centro-Oeste; agricultura
O objetivo deste artigo é discutir os aspectos econômico-culturais que determinam a
produção de milho e de arroz na região Centro-Oeste, considerando a cultura de abertura
de lavouras temporárias. Utilizou-se o método histórico-analítico, considerando aspectos da
interpretação antropológica de outros autores e a própria vivência do autor. O artigo procura
mostrar a necessidade da pesquisa de campo regional em face da generalização estatística
que omite aspectos importantes. Dessa maneira, mostra como a produção de milho se
desenvolveu principalmente em Goiás, considerando os aspectos culturais decorrentes da
origem da população. Ao mesmo tempo procura realçar a produção do arroz de sequeiro
como “amansadora” das terras de Mato Grosso, no processo de abertura da fronteira do
cerrado. O artigo diferencia a ocupação em Goiás com o milho daquela de Mato Grosso
com o arroz, considerando componentes culturais entre outras.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 154 - CAPITAL HUMANO, SOCIAL E EMPREGO EM MUNICÍPIOS
AGRÍCOLAS.
ELAINE MENDONCA BERNARDES; PAULA REGINA DE JESUS PINSETTA PAVARINA;
FERNANDO CURI PERES;
UNESP E USP, ILHA SOLTEIRA, FRANCA E PIRACICABA, SP, BRASIL;
Palavras-chave: capital humano; capital social; desenvolvimento econômico;
desenvolvimento regional; emprego
A modernização da agricultura aumenta a importância da geração de empregos em
atividades não agrícolas, em áreas rurais e municípios nos quais a agricultura é a principal
atividade empregadora da mão-de-obra – em grande parte de baixa escolaridade. Este
estudo teve por objetivo geral analisar a importância do capital humano e do capital
social no número de empregos. Mais especificamente trata-se de aprofundar a análise,
iniciada em trabalho anterior, da relação entre os estoques de capital humano, capital
social e o emprego em “municípios agrícolas” do estado de São Paulo. As variáveis
originalmente consideradas mostraram-se correlacionadas e optou-se por realizar uma
análise de componentes principais, seguida de análise de regressão linear múltipla. Dois
foram os componentes principais obtidos e explicaram 61, 145% da variância total dos
dados de 625 municípios paulistas. O primeiro componente é formado principalmente de
variáveis de escolaridade da população e do índice de concentração industrial (IHH) e o
segundo, de variáveis de “vida associativa”. A regressão que se seguiu incluiu, dentre as
variáveis explicativas, além dos dois componentes, uma variável binária para distinguir
os “municípios agrícolas” (selecionados com base no quociente locacional) e do número
de empregados por habitantes no início do período (1994). A variável dependente foi o
número de empregados per capita no município em 1999. A variável binária fez parte da
segunda solução apresentada, na qual um número mais reduzido de municípios (97), em
relação à primeira regressão, foi considerado agrícola. Logo, os resultados sugerem que
tais municípios têm sim particularidades em relação ao número de empregos que geram.
Quanto ao capital social, não fez parte das soluções obtidas, ao contrário do capital humano
que mais uma vez sempre esteve presente. Nas duas regressões apresentadas, o fator
que reflete a escassez de capital humano reduz o número de empregos per capita.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 450
Página 451
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 155 - REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIUAS
NO FINANCIAMENTO DA AGRICULTURA BRASILEIRA.
TEREZINHA FERNANDES GOMES; REGIO MARCIO TOESCA GIMENES; ISABEL
CRISTINA GOZER; FATIMA MARIA PEGORINI GIMENES; GERVALDO RODRIGUES
CAMPOS;
UNIPAR, UMUARAMA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: CRÉDITO-RURAL; COOPERATIVISMO-AGROPECUÁRIO ; RISCOFINANCEIRO; -; -
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 156 - COOPERATIVAS NO AGRONEGÓCIO DO LEITE: TENDÊNCIAS
INTERNACIONAIS.
FABIO RIBAS CHADDAD;
IBMEC-SP, SãO PAULO, SP, BRASIL;
Palavras-chave: Cooperativas; estratégia; estrutura; direitos de propriedade; tendências
Este artigo tem como objetivo analisar a evolução do crédito rural no Brasil e o papel das
cooperativas agropecuárias no sistema formal como no informal de crédito. Com relação
aos procedimentos metodológicos esta pesquisa é de natureza analítica, portanto não foi
utilizado nenhum modelo estatístico para testar ou correlacionar os dados apresentados.
Após analisar as informações obtidas na revisão da literatura percebe-se que: a) o montante
de recursos ofertados pelo Sistema Nacional de Crédito Rural aos produtores e suas
cooperativas não atende a demanda existente e a sua escassez constitui-se num entrave ao
desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro; b) há uma resistência dos agentes
financeiros em conceder crédito às cooperativas, devido às imperfeições existentes no
mercado agropecuário e ao paternalismo com que são dirigidas; c) é inegável a importância
das cooperativas agropecuárias como um elo de ligação entre os produtores rurais e as
instituições financeiras, permitindo através de sua capilaridade, uma maior eficácia na
análise individual do risco dos empréstimos concedidos aos seus associados, tendo como
conseqüência, a provável redução das taxas de juros cobradas nestas operações, uma
vez que diminuiria o risco de default no sistema como um todo.
Entre os maiores países produtores de leite, o Brasil destaca-se por ter uma baixa
participação de cooperativas na captação e comercializão de leite e derivados. A participação
de mercado das cooperativas brasileiras está ao redor de 23% do volume total e 40% do leite
formal. Vários fatores podem ser identificados para se explicar as diferenças observadas
entre países no que tange a participação de mercado das cooperativas leiteiras, incluindo:
política agrícola do país, regulamentação do setor leiteiro, barreiras à importação de leite
e derivados, estrutura do setor produtivo, políticas de apoio a organizações cooperativas,
nível tecnológico e educacional dos produtores, ambiente institucional, entre outros. Este
artigo discute aspectos relacionados à estrutura interna e comportamento estratégico das
cooperativas de lácteos. Com base em projetos de pesquisa, estudos de caso, entrevistas
com dirigentes e observações do autor, o trabalho analisa pontos comuns às cooperativas
leiteiras nos EUA, Europa e Oceania, que contribuem para sua competitividade, incluindose: consolidação através de fusões e incorporações, formação de alianças estratégicas,
adoção de sistema profissional e representativo de governança corporativa, estrutura
centralizada, esforços de fidelização do cooperado, novos mecanismos de capitalização
e estratégia competitiva alinhada com estrutura corporativa. As estratégias e estruturas
adotadas por cooperativas em outros países serve de base para uma análise sobre o futuro
do cooperativismo de lácteos no Brasil.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 452
Página 453
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 157 - A ECONOMIA INSTITUCIONAL: EM BUSCA DE UMA TEORIA DO
DESENVOLVIMENTO RURAL.
EDUARDO ERNESTO FILIPPI; RENILDES FORTUNATO SIMAN; OCTÁVIO AUGUSTO
CONCEIÇÃO;
PGDR/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: Nova Economia Institucional; Economia do Desenvolvimento;
Desenvolvimento Rural; Nova Economia Evolucionária; Instituições
Este artigo aborda a questão do desenvolvimento rural a partir de enfoques contemporâneos,
dentro da teoria econômica do desenvolvimento, em um esforço de tornar esta teoria mais
realista, e que dê conta de explicar os processos econômicos ou as diferentes trajetórias
econômicas em contextos históricos diferenciados. Dentre tais abordagens destacamse a Nova Economia Institucional e a Nova Economia Evolucionária as quais buscam
demonstrar a necessidade de mudanças na teoria neoclássica do desenvolvimento, na
medida em esta omite importantes elementos que explicam as distintas trajetórias ou
performances econômicas dos países. O objetivo deste trabalho é o de demonstrar como
as referidas abordagens podem ajudar a compreender os também distintos processos de
desenvolvimento rural.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 158 - PLANTAÇÕES E POLÍTICA FLORESTAL NO BRASIL: ANÁLISE DA
FORMAÇÃO E DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE DEMANDAS (1960-2000).
MUCIO TOSTA GONÇALVES;
FEAD, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL;
Palavras-chave: política florestal; interesses agroindustriais; celulose; siderurgia; política
ambiental
Iniciando com uma revisão do processo de formação da política florestal brasileira e a sua
evolução até a década de 1990, o presente artigo discute algumas das principais causas da
fragilidade institucional que marcaram a política florestal brasileira a partir do processo de
redemocratização iniciado na década de 1980. Partindo da constatação que essa situação
foi causada pelas formas como ocorreu e se desenvolveu um tipo particular de articulação
entre as agências governamentais e os interesses dos grupos particulares consumidores
de madeira plantada e de alguns de seus subprodutos (em especial as firmas produtoras
de ferro gusa, de aço e de pasta celulósica), o artigo relaciona algumas das conseqüências
do processo de evolução da política florestal com questões afeitas à preservação e à
produção florestal no país e suas articulações com a política ambiental.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 454
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 159 - UTILIZAÇÃO DA FUNÇÃO DE ANÁLISE DISCRIMINANTE LINEAR E
O MODELO DE REGRESSÃO LOGÍSTICA NA PREVISÃO DE INSOLVÊNCIA DE
COOPERATIVAS AGRÍCOLAS DO ESTADO DO PARANÁ.
ROBERTO MAX PROTIL; WESLEY VIEIRA DA SILVA;
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL;
Palavras-chave: modelos de previsão; insolvencia; risco; cooperativas agropecuarias;
Área em crescimento no mercado financeiro, gerenciar riscos tornou-se questão primordial
para o bom desempenho organizacional. Saber a probabilidade de insolvência tornase um instrumento poderoso na tomada de decisões estratégicas. O presente trabalho
realizou uma análise comparativa entre modelos estatísticos de previsão de insolvência
nas cooperativas agrícolas paranaenses, analisando se as diferentes técnicas levam a
resultados desiguais. Os modelos preditivos foram construídos utilizando-se a função de
Análise Discriminante Linear e o modelo de Regressão Logística (Logit). O trabalho traz
uma breve descrição sobre os modelos estatísticos de previsão de inadimplência mais
utilizados atualmente, mostra os principais estudos realizados com o objetivo de construir
modelos de previsão de insolvência empresarial e descreve algumas técnicas estatísticas
relevantes para o estudo prático que foi realizado. Comparativamente o modelo Logit foi
superior ao modelo Discriminante tanto no percentual de previsão geral como no percentual
de acerto tipo II (prever corretamente que a empresa será solvente). Mas é preciso observar,
que como este trabalho destinava-se a comparar as duas técnicas utilizando exatamente
a mesma base de dados, não foi possível atender a todos os pressupostos iniciais da
análise Discriminante.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 160 - DIMENSIONANDO O PIB DO AGRONEGÓCIO EM PERNAMBUCO.
ECIO DE FARIAS COSTA; DJALMA LEITE DE ARAÚJO NETO;
PIMES / UFPE, RECIFE, PE, BRASIL;
Palavras-chave: Dimensionamento; PIB do Agronegócio; Pernambuco; CAI; Montante e
Jusante
Este estudo é realizado devido à importância do cálculo do PIB (Produto Interno Bruto)
para a formulação e direcionamento de políticas, e, também, por conta da abertura dos
mercados, que forçou o agronegócio, e todos os demais setores da economia, a otimizarem
as suas unidades produtivas a fim de se tornarem mais competitivas. O presente trabalho
conceitua e faz a caracterização setorial do que venha a ser o complexo agroindustrial
(CAI), ou, em outras palavras, o agronegócio. Também trás à tona toda a metodologia
usada no dimensionamento do CAI pernambucano. Na análise, a classificação setorial do
CAI pernambucano e a mensuração do PIB do CAI são apresentadas. Nestas participam
as mensurações dos setores que ficam a montante e a jusante, do núcleo (produto
agropecuário) e dos impostos. Além de outros resultados relacionados à participação
dos setores a montante, a jusante e sobre o núcleo do agronegócio, aponta-se que o PIB
do agronegócio de Pernambuco representa 21, 2% do PIB total do Estado, contra 7, 7%
apontados por estatísticas oficiais para o setor primário.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 455
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 161 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE FOMENTO À PRODUÇÃO FAMILIAR NO
BRASIL: O CASO RECENTE DO PRONAF.
LAURO MATTEI;
UFSC, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL;
Palavras-chave: Pronaf; Agricultura; familiar; Desenvolvimento; rural
O trabalho faz uma análise da evolução do crédito destinado aos agricultores familiares
atendidos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF)
no Brasil, resgatando a concepção, objetivos, principais instrumentos operacionais e
mudanças institucionais recentes do programa. A análise dos indicadores de expansão
do crédito é dividida em duas fases distintas: a primeira diz respeito ao período que vai do
início do Pronaf até 1999. A partir deste ano o público beneficiário passou a ser diferenciado
pelo nível de renda bruta das unidades familiares de produção. Assim, a segunda fase
engloba as safras agrícolas subseqüentes a 1999 até 2005, último ano com informações
disponíveis. Dentre as principais conclusões do estudo, destaca-se que o programa continua
concentrado na região Sul do país e, em termos dos grupos beneficiários, prevalece uma
concentração dos recursos nos grupos C e D, que são considerados os agricultores mais
bem posicionados no sistema agropecuário familiar brasileiro.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 162 - MODERNIZAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO COM MINIMIZAÇÃO DE RISCOS
NA AGRICULTURA FAMILIAR: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO DE ASSENTAMENTO
BOM CONSELHO NO MUNICÍPIO DE MACAÍBA/RN..
JOÃO MATOS JOÃO; SEBASTIÃO FRANCISCO DE MENEZES;
UFRN, NATAL, RN, BRASIL;
Palavras-chave: política agrária; crédito fundiário; assentamento rural; agricultura familiar;
política pública
Analisa a experiência com a implementação do Projeto de Crédito Fundiário e Combate
à Pobreza Rural (PCF), tomando, como estudo de caso, o Projeto de Assentamento Bom
Conselho, no município de Macaíba, estado do Rio Grande do Norte. Resume as principais
contribuições teóricas sobre o processo recente de modernização da agricultura brasileira
e destaca as formas de organização da produção que emergiram desse processo de
modernização, entre as quais se inclui a agricultura familiar modernizada e integrada aos
circuitos de produção e de mercado. Os dados empíricos para elaboração do estudo de
caso foram obtidos em pesquisa documental e em levantamento de campo, durante o qual
foram realizadas observações diretas dos plantios e criações existentes no assentamento,
além entrevistas com os gestores da associação responsável pelo projeto. A análise dos
dados empíricos mostrou que a implementação do PCF – integrada com o Programa de
Combate a Pobreza Rural (PCPR) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (PRONAF) – teve efeitos bastante significativos, tanto do ponto de vista da renda,
quanto do emprego e da segurança alimentar no assentamento pesquisado. Além disso,
ficou evidente que a agricultura familiar é capaz de incorporar progresso técnico, diversificar
a produção, participar dos mercados de produtos agrícolas diretamente ou por intermédio
de uma empresa âncora. Por último, mas não menos importante, ficou comprovado que
a reestruturação fundiária não é um programa meramente social, mas um elemento
estratégico da mais alta relevância para o desenvolvimento rural em bases sustentáveis.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 456
Página 457
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 163 - O ARRENDAMENTO NOS LOTES DOS PROJETOS DE ASSENTAMENTO
DE TRABALHADORES RURAIS: UMA POSSIBILIDADE A CONSIDERAR?
PEDRO RAMOS;
IE/UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL;
Palavras-chave: arrendamento ; lotes; políticas públicas; cana; reforma agrária
O artigo discute a conveniência ou não do arrendamento parcial de áreas de lotes de
projetos de assentamento de trabalhadores rurais (PA’s), tendo em conta a insuficiência das
políticas públicas de apoio à tais projetos/assentados. Considera a questão da produção
de cana, seja com base no arrendamento, seja como atividade explorada pelos próprios
assentados. Relaciona esta discussão com dados e informações levantadas em publicações
da Orplana e em entrevistas realizadas com assentados e usinas/destilarias próximas a
três PA’s localizados no Estado de São Paulo. O objetivo é contribuir para o debate acerca
da sustentação e viabilidade do programa de reforma agrária no Brasil.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
SCD 164 - POBREZA RURAL NO BRASIL: DIFERENTES ABORDAGENS GERAM
RESULTADOS DIFERENTES?
ELY JOSÉ MATTOS; PAULO DABDAB WAQUIL;
UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL;
Palavras-chave: pobreza; abordagem monetária; Abordagem das Capacitações; análise
multidimensional; análise fatorial
A pobreza, segundo o Banco Mundial, afeta quase a metade dos 6 bilhões de habitantes do
planeta. Apesar de apresentar uma realidade distinta daquela de vários países africanos ou
asiáticos, o Brasil também convive com indicadores de pobreza elevados. Estes indicadores,
por sua vez, são fundamentados em uma abordagem monetária, onde a renda é o principal
critério para classificação dos indivíduos como pobres ou não-pobres. Todavia, mesmo
utilizando uma metodologia de mensuração já consolidada no meio acadêmico (e político),
uma pergunta parece persistir: o que é, de fato, ser pobre? O que propomos neste artigo
é traçar um comparativo entre a abordagem tradicional (monetária) e uma abordagem
multidimensional, a Abordagem das Capacitações, de Amartya Sen, para discutir esta
pergunta contextualizada no ambiente rural. Enquanto a abordagem tradicional aponta como
pobre o indivíduo que não tem renda, a Abordagem das Capacitações leva em consideração
os aspectos qualitativos da vida das pessoas, aquilo que as pessoas são capazes de ser
e fazer (funcionamentos). Os resultados mostram diferenças consideráveis entre as duas
abordagens. Um delas diz respeito à importância da renda na avaliação do bem-estar (que
é bastante diversa nas duas abordagens) e a outra está relacionada com a importância
das estruturas multidimensionais avaliadas pela Abordagem das Capacitações.
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 165 - AS VILAS RURAIS NA REGIÃO OESTE DO ESTADO DO PARANÁ:
UMA POLÍTICA PÚBLICA DE DESENVOLVIMENTO E SEU IMPACTO NA VIDA DOS
TRABALHADORES RURAIS VOLANTES.
JOVIR VICENTINI ESSER; YONISSA MARMITT WADDI; JEFFERSON ANDRONIO
RAMUNDO STADUTO; MARCELINO DE SOUZA;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Vila Rural; Trabalhador rural volante; Política Pública; desenvolvimento;
Pobreza
Esse trabalho teve como objetivo avaliar o impacto do Programa Vila Rural, enquanto
política pública de desenvolvimento, nas condições de vida dos assentados, especialmente
dos trabalhadores rurais volantes. No contexto de políticas públicas de desenvolvimento
rural, as Vilas Rurais implantadas no Paraná são consideradas um programa inédito no
país. Para alcançar-se o objetivo proposto neste trabalho foi realizado um estudo de caso
das Vilas Rurais dos municípios de Corbélia e Anahy - Região Oeste do Paraná -, onde se
identificou o impacto do programa na vida dos assentados. A avaliação é de que, se não
houve mudança significativa em termos econômicos, entretanto, no aspecto de qualidade
de vida houve sensível transformação. Observou-se in loco, através de entrevistas com os
vileiros, o aumento na auto-estima e satisfação das famílias de maneira geral, especialmente
no tocante à casa própria e ao terreno para produção voltada à subsistência, e a redução de
risco social desses assentados. Para uma efetiva melhoria nas condições socioeconômicas
as vilas rurais necessitam ainda de projetos de geração de renda e assistência técnica,
direcionados à mão-de-obra desqualificada como a do “bóia-fria”.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 458
Página 459
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
SCD 166 - UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DAS OFERTAS DE AÇÚCAR E ÁLCOOL
PARANAENSES.
LUCILIO ROGERIO APARECIDO ALVES; PERY FRANCISCO ASSIS SHIKIDA; ELVANIO
COSTA DE SOUZA; ELIZÂNGELA MARA CARVALHEIRO;
UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: cana-de-açúcar; Paraná; modelagem econométrica; Brasil; Vetor
Autoregressivo
Este trabalho analisa as ofertas de açúcar e de álcool paranaenses, a partir de uma
modelagem econométrica. Como corolário, a quantidade ofertada de açúcar varia
inversamente ao preço do álcool, assim como a quantidade ofertada de álcool varia
inversamente ao preço do açúcar, mas este último foi não significativo estatisticamente.
Outrossim, considerando apenas os resultados significativos, uma variação de 1% no
preço médio do açúcar gera uma variação positiva de 1, 2% na quantidade ofertada deste
produto, e se o preço médio do álcool se eleva em 1% a quantidade ofertada de açúcar
sofre uma queda de 2, 0%. Um aumento de 1% no preço médio da cana-de-açúcar gera um
acréscimo menos que proporcional na oferta do açúcar (0, 79%). Diante de tais resultados,
pode-se dizer que o dinamismo da agroindústria canavieira do Paraná tem sido dado,
mormente, pela oferta de açúcar, sendo a oferta de álcool mais residual (comparativamente
à produção de açúcar).
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
S C D 1 6 8 - A A G R O I N D Ú S T R I A C A N AV I E I R A D O PA R A N Á P Ó S DESREGULAMENTAÇÃO:.
DARCY JACOB RISSARDI JR. ; PERY FRANCISCO ASSIS SHIKIDA;
UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL;
Palavras-chave: Agroindústria canavieira; Referencial neoschumpeteriano; Inovação
O trabalho tem como escopo analisar os principais condicionantes da evolução da
agroindústria canavieira paranaense após a desregulamentação setorial, à guisa do
instrumental neoschumpeteriano. A utilização da abordagem neoschumpeteriana, por meio,
principalmente, dos trabalhos de Nelson e Winter, Rosenberg, Freeman, Dosi e Cochrane,
deve-se ao fato de que, segundo esta corrente do pensamento econômico, existe uma
dinâmica competitiva na qual a inovação é um elemento central de diferenciação entre
as empresas. Este trabalho se configura como de natureza qualitativa e para a coleta de
dados nos levantamentos utilizou-se o questionário como técnica de interrogação. Deve-se
enfatizar o fato de as empresas paranaenses que compõem o setor agroindustrial canavieiro
estarem, desde a desregulamentação setorial, ocorrida em 1990, inseridas no paradigma
tecnológico vigente no setor, em que importa estar atento a atributos importantes para a
maior competitividade setorial, tais como: maior apuração de custos; introdução de inovação
em produtos e processos; e aquisição e construção de competências e habilidades no
desenvolvimento de capacitações produtivas, tecnológicas e organizacionais.
SCD 167 - A CADEIA PRODUTIVA DE CARNE SUÍNA NO ESTADO DO RIO GRANDE
DO SUL E NA SERRA GAÚCHA.
DIVANILDO TRICHES; RENILDES FORTUNATO SIMAN; ALEXANDRE MONTEIRO SILVA;
VALTER JOSÉ STULP;
UNISINOS, SÃO LEOPOLDO, RS, BRASIL;
Palavras-chave: cadeia produtiva da carne de suíno; integração vertical; modelos
estruturais de série de tempo; serra gaúcha; custo de transação
O presente estudo objetiva definir e analisar a cadeia produtiva da carne suína no estado do
Rio Grande do Sul e na serra gaúcha, sob a ótica da teoria dos custos de transação, além ter
como referência a suinocultura mundial e nacional. Emprega-se ainda o modelo estrutural
de série de tempo para analisar os componentes principais, a tendência e sazonalidade,
das séries preço do milho e preço do suíno recebido pelo produtor. Os resultados indicam
que a cadeia é altamente estruturada e que os principais atores estão organizados numa
linha de integração vertical. A produção nacional de carne de suíno está concentrada nos
estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A suinocultura
gaúcha, que representa 13% do rebanho do país, é desenvolvida, sobretudo em pequenas
propriedades, em conjunto com outras culturas como fruticultura e olericultura. A análise
dos componentes principais permite concluir que tanto a tendência quanto a variabilidade
sazonal são mais elevadas na série preço do suíno recebido pelo produtor gaúcho do que
na série preço do milho.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Página 460
Página 461
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural
Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento
Julho, 2006 – Livro de Resumos
PREVISÕES DE PREÇOS AGROPECUÁRIOS.
COMERCIALIZAÇÃO, MERCADOS E PREÇOS AGRÍCOLAS
SSD 202 - A IMPORTÂNCIA DO PÓLO FRUTÍCOLA BANDEIRANTE
Download

ANAIS DO XLIV CONGRESSO DA SOCIEDADE