INVESTIMENTOS: TIPOS DE INVESTIMENTOS ∗ Caroline Soares Nunes Daniela da Silveira Batista Flavia Porcher Janaína Lima da Silva Jeferson Medeiros ∗∗ Valmira Trapp Fernandes Resumo: O presente trabalho tem por objetivo principal mostrar o que é investimento e os conceitos dos diversos tipos de investimentos, suas definições, garantias, liquidez, prazos e rentabilidades. Existem dos mais variados investimentos para atender ás diversas classes sociais existentes, desde o investidor mais cauteloso até o mais agressivo. Alguns investimentos já existem há anos, mas somente agora ganham importância, visto que cada vez mais as pessoas estão se preocupando com o futuro e guardando dinheiro. Este trabalho mostrará os tipos de investimentos mais usados, pois este assunto é muito amplo e existem dos mais variados investimentos. Palavras-chave: Investimentos; risco; rentabilidade. 1. Introdução Neste trabalho iremos apresentar conceitos de investimentos, que de uma maneira geral é utilizado para aplicar algum tipo de recurso esperando um retorno com algum ganho após alguma passagem de tempo. O trabalho procurou mostrar os tipos de investimentos que podem ser utilizados pela população ou empresas para investir seus dividendos, entre eles estão a caderneta de poupança, o dólar, o câmbio, o ouro, os fundos de investimento, os títulos públicos, os CDBs REe RDBs, alem das ações. Sendo cada um relacionado com um tipo de investimento. 2. Investimentos ∗ Acadêmicos da disciplina de Administração Financeira I do Curso de Administração da Universidade Luterana do Brasil. ∗∗ Docente do Curso de Administração da Universidade Luterana do Brasil e orientadora deste trabalho. . Investimentos podem ser definidos como as aplicações de algum tipo de recurso com a expectativa de receber um retorno superior ao aplicado, ou seja, é toda aplicação com expectativa de lucro. Para Sullivan e Sheffrin (1998) “os investimentos são tradeoffs que ocorrem ao longo do tempo: firmas e indivíduos incorrem em custos hoje na esperança de obter ganhos no futuro”. Os trade-offs representam um conflito de escolha, é uma decisão onde você precisa abrir mão de uma coisa em função de outra, no caso dos investimentos um importante aspecto na hora da decisão de investir é que o resultado só será conhecido no futuro, sendo assim o investidor corre o risco de ter desperdiçado recursos no investimento. O próprio mercado criou diversas opções de investimento, satisfazendo desde o investidor mais cauteloso até o mais agressivo. Algumas dessas opções já existem há muitos anos, mas só agora ganham importância no cenário em que cada vez mais gente se dispõe a guardar dinheiro e planejar o futuro. Principais tipos de investimento e suas características: Tipo de investimento Rentabilidade Risco Liquidez Ações de grandes empresas Média Médio Alta Ações small caps Alta Alto Média CDB/RDB Baixa Muito baixo Média Debêntures Média Baixo Média Derivativos Muito alta Muito alto Alta Dólar ou outras moedas Média Alto Muito alta Fundos de ações Alta Médio Alta Fundos de private equity Alta Alto Baixa Fundos de renda fixa Baixa Baixo Média Fundos multimercado Média Médio Média . Imóveis Média Baixo Muito baixa Obras de arte e antiguidades Baixa Médio Muito baixa Ouro Média Médio Alta Poupança Muito baixa Muito baixo Muito alta Previdência privada Média Baixo Média Títulos públicos Baixa Baixo Alta Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado Cada investimento possui tipos e níveis de riscos diferentes, a regra básica é quanto menor o risco do investimento, menor seu rendimento. De acordo com Blasi apud Schreiber : Dependendo da aplicação, o investidor pode correr três riscos: de não saber quanto o investimento vai render; de crédito, que é a possibilidade da instituição em que foi feito o investimento quebrar e não retornar o que foi investido; e o de liquidez, ou seja, de não conseguir resgatar o dinheiro investido num ativo simplesmente porque ninguém quer comprá-lo ou porque os interessados só se dispõe a pagar um preço baixo. (BLASI apud SCHREIBER, 2008, p. 01). Existem dois tipos de investimentos: Investimentos em renda fixa: são atrelados a um índice ou juro fixado, podem ser divididos em pré-fixados, quando se estabelece o juro desde o início da operação ou pós-fixados, cujo valor só será conhecido com o decorrer do tempo. Nesse tipo de investimento o investidor tem previsão do quanto será o valor resgatado, sendo assim corre menos risco que um investimento de renda variável. Os investimentos mais populares em renda fixa são: Caderneta de Poupança que é o investimento mais simples e popular do Brasil, o Banco Central define a remuneração, que é igual em todas as Instituições; Fundos DI que são fundos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e que têm o objetivo de acompanhar os juros de mercado. Há também outras aplicações como: Fundos de Renda Fixa, CDBs e debêntures, entre outras. . Investimentos em renda variável: são investimentos que não são atrelados a um índice fixo, sua principal característica é a impossibilidade de predeterminar a rentabilidade do investimento. Possuem alto risco de perda, mas em compensação possuem alta rentabilidade. Os investimentos mais conhecidos em renda variável são: Ações: são partes de uma empresa, pode-se definir como títulos nominativos negociáveis que representam uma fração do capital social de uma empresa; Fundos de ações: é grupo de ações escolhidas por um grupo de profissionais do mercado de ações que é dirigido por alguma empresa ou banco especializado em finanças e investimentos. Clubes de investimento: é um tipo de associação sem personalidade jurídica e com fins lucrativos que é composto por pessoas físicas interessadas em investir no mercado de capitais e que terão seus interesses guiados por um gestor encarregado de tomar conta do processo de tomada de decisão. Antes de decidir pelo tipo de investimento que irá optar, existem características comuns e específicas, tanto para renda fixa como para renda variável, que o investidor deve conhecer para ver qual delas irá se adequar melhor a sua situação financeira e também qual define melhor o seu perfil. Além dessas características deve-se atentar a três principais aspectos, presentes em qualquer modalidade: o risco, a rentabilidade e a liquidez: a) Risco Risco é a medida de incerteza referente a um retorno esperado. De acordo com Roos, Westerfield e Jaffe (2002 p. 189) “os investidores só aplicação num título com risco se seu retorno esperado for suficientemente elevado para compensar esse risco”. . Para Seabra (2010, p. 01) “o risco está associado ao grau de incerteza sobre o investimento no futuro. Quanto maior o grau de incerteza, maior o risco e maior o retorno esperado e vice-versa”. E complementa dizendo que “todo investidor deve escolher suas aplicações entre o menor risco possível e o maior retorno possível”. É importante que o investidor conheça o nível de risco existente nas operações que pretende fazer para que não haja perdas futuras, uma maneira de diminuir o risco é diversificar o que significa combinar diferentes tipos de investimentos com características distintas. Seabra (2010) diz que “ os ativos com características distintas tendem a obter retornos distintos e a seguir diferentes tendências. O objetivo da diversificação é conseguir os melhores retornos potenciais para um determinado nível de risco”. A diversificação é uma técnica utilizada com o único propósito da redução de riscos através da alocação de investimentos entre vários instrumentos, setores ou outras categorias*. b) Rentabilidade É o retorno sobre o capital investido. Quando se faz um investimento, por exemplo, na poupança, a diferença entre o valor que foi investido e o valor que foi resgatado caracteriza-se como a rentabilidade desse investimento. Segundo Tavares (2010 p. 01), Nos investimentos, rentabilidade é o retorno sobre o capital investido em determinado ativo financeiro. Ele pode ser dado através de taxa de juros prefixadas (os títulos públicos LTN e NTN-F, por exemplo), pós-fixadas (LFT, título indexado à taxa SELIC, CDBs, entre outros), mistas (poupança, que rende 0,5% a.m. + TR ou NTN-B, que rende em torno de 6% a.a. + IPCA) ou baseadas na valorização (como no caso das ações, que a diferença entre o preço de compra e o preço de venda determina a rentabilidade, podendo ser positiva ou negativa). (TAVARES, 2010 p. 01). Na maioria das vezes o conceito de rentabilidade é confundido com o conceito de lucratividade. De acordo com Lavergel (2011 p.01) “enquanto lucratividade reflete os ganhos imediatos do negócio, a rentabilidade mostra qual é o retorno sobre o investimento que foi feito na empresa a longo prazo”. * . Bolsa de Valores. Texto extraído do site www.faculdadexvdeagosto.edu em 02 de junho de 2012 c) Liquidez Além da rentabilidade deve-se levar em conta, antes da escolha de um investimento, qual o seu nível de liquidez, ele vai avaliar o potencial do investimento de ser transformado em dinheiro novamente quando for preciso. A liquidez de seus investimentos sempre dependerá do prazo em que poderá manter seu dinheiro aplicado. Liquidez é a facilidade que um ativo pode ser convertido em dinheiro, quanto maior a liquidez, maior a facilidade de convertê-lo em moeda. Em uma análise financeira a liquidez mede a capacidade de uma instituição em honrar os seus compromissos, ou seja, a capacidade de pagamento da empresa de suas obrigações nos prazos estabelecidos. Existem algumas questões que podem ajudar na hora de decidir por qual investimento optar e como atingir os objetivos de seus investimentos, como: VALOR: Que quantia você pode investir? PRAZO: Qual o prazo que poderá manter seu dinheiro aplicado? RISCO: Saber qual tipo de risco esta disposto a correr? RETORNO: Qual o retorno que espera obter? LIQUIDEZ: Conhecer a disponibilidade de resgate do investimento? ∗ Após uma análise cuidadosa das informações, dos aspectos e das características de cada investimento, o investidor deve alocar seus recursos de acordo com suas necessidades, o investimento mais adequado precisa atender os seus objetivos financeiros ao longo do tempo e com a melhor relação entre risco e retorno. 3. Tipos de Investimentos Disponíveis Encontram-se disponíveis os tipos de investimentos a seguir elencados: ∗ . Bolsa de Valores. Texto extraído do site www.faculdadexvdeagosto.edu em 02 de junho de 2012 a) Caderneta de Poupança Classificada como conservador, a caderneta de poupança é muito conhecida, principalmente por poder ser feita por qualquer cidadão, necessitando apenas ir a um banco juntamente com seu CPF, RG, comprovante de renda um comprovante de residência atual. A poupança é um investimento muito tradicional e conservador, paga juros bem baixos mais é seguro. A caderneta de poupança é um investimento tradicional, conservador e muito popular entre investidores de menor renda. Quase todos os bancos comerciais possuem esse tipo de investimento e não é preciso ser correntista para investir. Basta apenas comparecer em uma agência bancária portando CPF, documento de identidade e comprovantes de renda e residência. (www.portaldoinvestidor.gov.br/Investidor/Ondeinvestir/Tiposdeinvestimentos). Quem Pode Investir: Qualquer brasileiro pode abrir uma caderneta de poupança, inclusive menores de idade. Garantias: Os investimentos na caderneta de poupança são garantidos até o limite de R$ 60.000 por CPF, pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), quando realizados em uma instituição associada ao referido fundo, ou em mais de uma instituição associada ao mencionado fundo, do mesmo conglomerado financeiro. Aplicação Inicial: Varia conforme os bancos. Liquidez imediata: As quantias depositadas podem ser sacadas a qualquer tempo. Prazo: Não há prazo, no entanto, os valores mantidos por menos de 1 mês não recebem nenhuma remuneração. Rentabilidade: Taxa de juros de 0.5% ao mês, aplicada sobre os valores atualizados pela TR, creditada mensalmente na data de aniversário da aplicação. Recentemente houve uma mudança na rentabilidade da caderneta de poupança, onde o rendimento será da seguinte maneira a partir de 04 de maio de 2012: Nesse caso, a poupança continua rendendo 0,5% ao mês (ou 6,17% ao ano), mais a variação da TR (Taxa Referencial). Para depósitos feitos a partir de 4 de maio e contas abertas a partir dessa data, sempre que a Selic (taxa básica de juros) ficar em 8,5% ao ano ou abaixo disso, o rendimento da poupança passa a ser de 70% da Selic mais a TR. Nada muda para depósitos feitos até 3 de maio de 2012. . Atualmente o cálculo não esta sendo aplicado, porque a Selic permanece em 9% ao ano. Assim, por enquanto, todas as poupanças estão sendo corrigidas pelas regras antigas. Isso mudará caso a Selic seja reduzida pelo Banco Central nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária). Mas a mudança valerá apenas para depósitos feitos depois de 4 de maio 2012. Abaixo exemplo de cotação de indicadores como a TR e a Poupança: Tabela 1 – Indicadores Data do Pregão: 17/05/2012 (atraso de 15 min.) Indicadores CDI Última 8,72000 SELIC 9,00000 TR 0,03000 Poupança 0,53350 Fonte: Portal do investidos Ministério da Fazenda, 2012. Riscos: O risco de aplicar em caderneta de poupança é muito baixo, ela é considerada um investimento extremamente conservador. Desvantagem: É um investimento conservador e, como tal, o rendimento costuma ser menor que outras aplicações também conservadoras como, por exemplo, fundos de investimento de baixo risco. Tributação: Pessoas físicas, isenção total de Imposto de Renda na Fonte. Pessoas Jurídicas, os rendimentos auferidos por pessoas jurídicas em contas de depósitos de poupança sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte, às alíquotas como demonstrado a seguir: Aplicações até 180 dias: 22,5% Aplicações de 181 a 360 dias: 20% Aplicações de 361 a 720 dias:17,5% Aplicações acima de 720 dias: 15% . b) Dólar ou outras moedas/ Câmbio Comprar moedas estrangeiras, em especial o dólar, por ser a moeda mais "líquida", sempre foi uma maneira eficaz de se proteger contra a desvalorização da moeda local, uma vez que a cotação da moeda estrangeira se eleva nesses casos. Mas essa lógica pode ser invertida se a própria moeda comprada estiver desvalorizada. O uso do dólar como investimento é comum a empresas e pessoas com grandes dívidas realizadas nesta moeda. Assim, se o dólar sobe, o custo maior da dívida devido à variação é compensada pelos ganhos do investimento, e vice-versa. Além de comprar da moeda em si através de casas de câmbio ou instituições financeiras, o investidor ainda pode apostar em fundos cambiais operados por corretoras, mas trata-se de uma opção mais arriscada. Investir em câmbio significa comprar moedas estrangeiras, como o Dólar, Euro ou Libra, por exemplo. Na compra de uma moeda o investidor espera que esta tenha uma valorização em relação à moeda corrente, o Real, e assim vendê-la por um valor acima do valor de compra. Mas a compra de moeda também poderá ter outras finalidades, como viagens para o exterior onde a mesma será usada ou para investimento de longo prazo.(www.educacao.cc/financeira/o-que-saoinvestimentos-financeiros-e-os-tipos-de-investimentos). No caso do Dólar as cotações em relação ao Real podem ser classificadas em: Comercial: é a cotação oficial usada nas operações comerciais e nas remessas de moeda de empresas com sede no exterior. Turismo ou Flutuante: é usado como referência para compra de moeda estrangeira para viagem, tanto em espécie quanto em travellers. Paralelo: Não é reconhecido pelo mercado, mas é usado em operações do chamado mercado negro, geralmente pelos conhecidos “doleiros”. Borges, Joni Tadeu considera câmbio como sendo “toda operação em que há troca (compra ou venda) da moeda de um país, pela moeda de outro país”. (BORGES, 2008, p. 15) Pode-se fazer cotação diária da moeda que desejar, para assim saber do risco de seu investimento. Segue abaixo exemplo: . Tabela 2 - Moeda Data do Pregão: 17/05/2012 (atraso de 15 min.) Moedas Última Dólar Comercial 1,99900 Euro Comercial 2,53800 Fonte: Portal do investidor Ministério da Fazenda, 2012. c) Ouro É um investimento reconhecidamente como seguro e pode ser feito através dos bancos. As barras de ouro compradas podem ficar com o comprador ou ele poderá contratar um serviço de custódia ou guarda nos bancos. Diariamente são informados os valores do grama do ouro para compra e venda. (Em:<http://www.educacao.cc/finaceira/oque-sao-investimentos-financeiros-e-os-tipos-de-investimentos>. Acesso em: 22 de maio de 2012) d) Fundo de Investimento É uma comunhão de recursos, captados de pessoas físicas ou jurídicas, com o objetivo de se ter ganhos financeiros a partir da aplicação em títulos e valores mobiliários. Os recursos de todos os investidores de um fundo de investimento são usados para comprar bens (títulos) que são de todos os investidores, na proporção de seus investimentos. Um fundo de investimento é organizado sob a forma de condomínio e seu patrimônio é dividido em cotas, cujo valor é calculado diariamente por meio da divisão do patrimônio líquido pelo número de cotas em circulação. Segundo Evandir e Megliorini, Os fundos de investimento são constituídos sob a forma de condomínio, reunindo recursos de pessoas físicas ou jurídicas, com objetivos comuns. Esses recursos são aplicados em carteiras de títulos diversificados, valores mobiliários, quotas de fundos e outros títulos específicos. Os fundos de investimentos são administrados por instituição, as quais cobram uma taxa de administração que varia principalmente em função do montante da aplicação inicial, de novas aplicações, dos títulos que compõem o fundo, do tempo de permanência dos recursos e da estratégia da instituição. (EVANDIR e MEGLIORINI, 2008 p. 26). . Segue abaixo exemplo: Um investidor aplica $ 2.000 em cotas de um fundo que, na data do investimento, possui um patrimônio líquido de $500.00 e 100.00 cotas. A partir destas informações, é possível calcular: O valor da cota na data da aplicação: $ 500.00/ 100.00 = $ 5. O número de cotas adquiridas pelo investidor: $ 2.000 / $ 5= 400. Tipos de fundo de investimentos: Fundos Abertos e Fundos Fechados Estes podem ser organizados sob a forma de condomínios abertos ou fechados. Nos fundos abertos é permitida a entrada de novos cotista ou o aumento da participação dos antigos por meio de novos investimentos, assim como é permitida a saída de cotistas, por meio dos regastes de cotas, mediante a venda de ativos do fundo para a entrega do valor correspondente ao cotista que efetuou o resgate, total ou parcial, de suas cotas. Nos fundos fechados, a entrada e a saída de cotistas não é permitida. Após o período de captação de recursos pelo fundo, não são admitidos novos cotistas nem novos investimentos pelos antigos cotistas. Também não é admitido o resgate de cotas por decisão do cotista, que tem que vender suas cotas a terceiros se quiser receber o seu valor antes do encerramento do fundo. Os fundos abertos normalmente são constituídos para existir por tempo indeterminado, ao contrário dos fechados, que podem ter tempo determinado, ao final do qual os ativos são vendidos, os cotistas recebem o valor total de suas cotas e o fundo é encerrado, o que pode ocorrer também com os fundos abertos. Fundos de Curto Prazo . Deve-se investir seus recursos, unicamente, em títulos públicos federais ou privados de baixo risco de crédito com prazo máximo de 375 dias e prazo médio da carteira de, no máximo 60 dias. O crédito de resgate costuma ser no mesmo dia da solicitação. São fundos cuja rentabilidade geralmente está associada ás taxas SELIC ou CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro: titulo emitido por instituições financeiras com objetivo de captar recursos de outras instituições financeiras, e considerados mais conservadores quanto ao risco, sendo compatíveis com objetivos de investimento de curto prazo, pois suas cotas são menos sensíveis ás oscilações das taxas de juros. Deve-se investir seus recursos, unicamente, em títulos públicos federais ou privados de baixo risco de crédito com prazo máximo de 375 dias e prazo médio da carteira de, no máximo 60 dias. O crédito de resgate costuma ser no mesmo dia da solicitação. Fundos Referenciados Deve acompanhar a variação do indicador de desempenho (benchmark) definido em seu objetivo, mantendo, no mínimo, 95% de sua carteira composta por ativos que acompanhem referido indicador. Podem utilizar derivativos apenas com o objetivo único de proteção (hedge), sem permitir alavancagem. Operações de compra e venda de ativos, títulos e valores mobiliários para liquidação no futuro, com depósito antecipado de margens de garantia. Um fundo é considerado alavancado sempre que existir possibilidade de perda superior ao patrimônio do fundo, desconsiderando-se casos de falha no pagamento de principal ou de juros relativos aos ativos do fundo. Entre os referenciados, o fundo mais popular é o DI, cujo objetivo de investimento é acompanhar a variação diária das taxas de juros no mercado interbancário (CDI). Este pode se beneficiar de um cenário de alta dessas taxas. O crédito de resgate se dá no mesmo dia da solicitação. Fundos de Renda Fixa Deve-se aplicar pelo menos 80% de seus recursos em títulos de renda fixa- públicos ou privados, pré ou pós-fixados, e tem como principal fator de risco a variação da taxa de juros ou de índice de preços. Pode utilizar derivativos tanto para proteção da carteira quanto para alavancagem. A rentabilidade pode ser beneficiada pela inclusão, em carteira, . de títulos que apresentem maior risco de credito, como os títulos privados. O credito de resgate se dá no mesmo dia da solicitação. Fundos de Ações Os fundos de ações são chamados também de Fundos de Renda Variável e se deve investir no mínimo 67% de seu patrimônio em ações negociadas em bolsa ou mercado de balcão organizado. Alguns desses fundos tem por objetivo de investimento acompanhar ou superar a variação de um índice do mercado acionário, tal como IBOVESPA ou o IBX. E seu principal fator de risco é a variação nos preços das ações que compõem sua carteira, podem ser compatíveis com objetivos de investimento de longo prazo e que suportem uma maior exposição a riscos em troca de uma expectativa de rentabilidade mais elevada. O crédito do resgate se dá quatro dias após a solicitação. Fundos Cambiais Deve-se manter, no mínimo, 80% de seu patrimônio investido em ativos que sejam relacionados, direta ou indiretamente (via derivativos), a variação de preços de uma moeda estrangeira, ou a uma taxa de juros denominada cupom cambial. Os mais comuns são chamados Fundos Cambias Dólar, que buscam acompanhar a variação de cotação da moeda americana. O crédito de resgate se dá no dia seguinte ao da solicitação. Fundos de Dívida Externa Deve-se aplicar, no mínimo, 80% de seu patrimônio em títulos brasileiros negociados no mercado internacional e podem utilizar derivativos, negociados no Brasil ou não, com o objetivo de proteção. Os 20% restantes podem ser aplicados em outros títulos de créditos transacionados no exterior. Os títulos de sua carteira são mantidos fora do país. Para o investidor no Brasil, este fundo é uma forma ágil e de baixo custo operacional para aplicar em papéis do governo brasileiro negociados no exterior. Fundo Multimercado . Deve-se apresentar política de investimento que envolva vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em especial, podendo investir em ativos de diferentes mercados, como renda fixa, câmbio e ações, e utilizar derivativos tanto para alavancagem quanto para proteção de carteira. Este fundo tem maior liberdade de gestão, e busca rendimento mais elevado em relação aos demais, mas apresenta maior risco, sendo compatíveis com objetivos de investimento que, além de procurar diversificação, se expõe à grandes riscos na expectativa de obter uma rentabilidade mais elevada. O crédito de resgate nem sempre se dá no mesmo dia da solicitação. Fundo de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC Conhecido também como Fundo de Recebíveis, este se destina a investidores qualificados e pode ser constituído sob a forma de condomínio aberto (com resgate de cotas) ou fechado (sem resgate de cotas). Direitos creditórios são direitos, e também títulos representativos de direitos, originados por contratos mercantis de compra e venda de produtos, mercadorias e serviços. Fundo de Investimento em Direitos Creditórios FIDC-PIPS Destinado a investidores qualificados, seu recursos visam exclusivamente à aplicação em direitos creditórios no âmbito do Programa de Incentivo a Implementação de Projetos de Interesse Social, projetos e programas que tenham sido aprovados pelo Governo Federal, destinados a criação e a implementação de núcleos habitacionais que tornem acessível moradia para segmentos populacionais de diversas renas familiares. Fundo de Investimento em Participações – FIP Destinado a investidores qualificados e deve ser constituído sob a forma de condomínio fechado. Seus recursos são destinados a aquisição de ações, debêntures, bônus de subscrição e de companhias abertas ou fechadas. Estas aquisições devem propiciar ao fundo participação no processo decisório da companhia investida, com efetiva influência na definição de sua política estratégica e na sua gestão. . e) Títulos Públicos Os títulos públicos são ativos de renda fixa que se constituem em boa opção de investimento para a sociedade. Os títulos públicos possuem a finalidade primordial de captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como para financiar atividades do Governo Federal, como educação, saúde e infra-estrutura. (www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/titulos_publicos.asp). Anteriormente, sem muitos recursos, só se podia comprar títulos públicos indiretamente pela aquisição de cotas de fundos de investimento. Neste tipo de investimento, as instituições financeiras funcionam como intermediários ao adquirirem os títulos públicos, que compõem as carteiras dos fundos, com os recursos oriundos de suas aplicações. Os governos federal, estadual e municipal captam recursos no mercado por meio da emissão de títulos representativos da divida pública. Essencialmente, os títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional estão voltados para a execução da política fiscal, antecipando receitas ou financiando déficits fiscais. De acordo com Samanez (2010, p. 61) “os títulos emitidos pelo Banco Central tem por objetivo principal a implementação e a execução da política monetária do governo.” Essa nova alternativa de aplicação dos recursos permite investimentos a partir de R$ 100,00, com rentabilidade e segurança. Uma vez comprados os títulos, o investidor poderá aguardar o vencimento do papel (data predeterminada para resgate do título), quando os recursos são depositados em sua conta, ou também poderá vendê-los antecipadamente ao Tesouro Nacional pelo preço vigente no mercado. Podemos citar alguns títulos emitidos pelo Tesouro Nacional: Letras do Tesouro Nacional - LTN São títulos federais emitidos para a captação de recursos destinados ao atendimento das necessidades de caixa do Tesouro Nacional. Segundo Samanez (2010, p. 61) “são usadas pelas instituições financeiras para rastreamento das operações realizadas no mercado aberto, e para composição da carteira dos fundos de investimento em renda fixa, fundos de renda variável, fundos multimercado, etc.”. . As LTNs têm rendimento prefixado implícito no deságio do titulo. O preço unitário (PU) tem um valor nominal (de resgate) de $1.000 no vencimento. A rentabilidade e o preço unitário dos títulos são calculados na base anual por meio dos juros compostos considerando 252 dias úteis. Exemplo de aplicação: Determinar o PU de uma LTN com prazo de 68 dias úteis, sabendo que a taxa anual projetada para esse período é de 14% a.a PU = 1.000,00 = 965,26 (1+0,14)68/252 Letras Financeiras do Tesouro - LFT São títulos federais emitidos para a captação de recursos destinados ao Tesouro Nacional. “As LFTs tem rendimento pós-fixado dado pela media ponderada do volume dos financiamentos diários nas operações do Selic.” (SAMANEZ, 2010, p.61). O PU (preço unitário) tem um valor nominal de $ 1.000 na emissão, o que caracteriza como papel de ágio. O preço unitário geralmente é expresso na forma de cotação (% do valor nominal). As taxas são calculadas na base anual por meio dos juros compostos considerando 252 dias úteis. Exemplo de aplicação: Um investidor pretende obter de rentabilidade uma taxa anual de 15% a.a na compra de um lote de LFTs com prazo de 95 dias úteis. Sabendo-se que a taxa Selic projetada para esse período é de 14% a.a, determinar qual devera ser a cotação do titulo para que o investidor possa obter a rentabilidade requerida. Preço unitário das letras PU = 1.000,00 x (1,14)95/252 = 996,71 (1,15)95/252 Cotação PU 1.000,00 . _ 996,71 1.000,00 = 99,67% Bônus do Tesouro Nacional Este título possui como objetivo prover recursos necessários à cobertura de déficits orçamentários ou à realização de operações de crédito por antecipação de receita e efetuar troca voluntária por Bônus da Dívida Externa. Participa da modalidade dos títulos escriturais e nominativo-endossável; possui prazos de até 25 anos. Seu fator de remuneração é quando da Criação, IPC ou variação da cotação de venda do dólar americano; atualmente, TR. Em relação à taxa de juros atinge o máximo de 12% ao ano, com pagamento desses juros feito semestralmente. E considerado hoje como um título extinto, existindo alguns ainda em circulação. Títulos da Dívida Agrária - TDA Estes títulos públicos possuem como característica que são sempre lançados no primeiro dia útil de cada mês, por índice calculado com base na taxa referencial (TR), referente ao mês anterior. Outra característica da TDA é que “esses títulos são sempre lançados no primeiro dia útil de cada mês, em séries autônomas relacionadas aos seus prazos de vencimento” (www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/titulos_publicos.asp). Possuem como finalidade a desapropriação e aquisição de imóvel rural, sendo para a desapropriação as áreas dos imóveis entre 70 e 150 módulos fiscais com taxas de juros de 1% até 3% ao ano, e prazos de vencimento de 15 a 20 anos. Já nos casos de aquisição de imóvel rural as áreas dos imóveis estão entre 3000 hectares ate 20000 hectares com taxas de juros de 6% ao ano, com prazos de vencimento de 5 a 20 anos. Nos casos de aquisição, quando os prazos de vencimento forem iguais ou superiores há 10 anos, poderão ser reduzidos a 5 anos, desde que o proprietário concorde em receber o pagamento das benfeitorias úteis e necessárias em TDA. f) Certificados de Depósitos Bancários (CDB) e Recibos de Depósitos Bancários (RDB) . Os CDBs e os RDBs são títulos de renda fixa, representativos de depósitos a prazo, utilizados pelos bancos comerciais como mecanismos de captação de recursos. De acordo com o portal do investidor “estes tipos de investimento envolvem uma promessa de pagamento futuro do valor investido, acrescido da taxa pactuada no momento da transação”. É importante lembrar que tanto o CDB quanto o RDB podem ser resgatados junto à instituição emissora, antes do prazo contratado, desde que decorrido o prazo mínimo de aplicação. Antes do prazo mínimo não são auferidos rendimentos. Em relação a rentabilidade destes investimentos “as taxas podem ser pré-fixadas, pósfixadas ou flutuantes e podem ter mais de uma base de remuneração, desde que prevaleça a mais vantajosa para o cliente”. (http://carteiradeinvestimento.com/financaspessoais). Geralmente, as taxas são proporcionais aos volumes aplicados, isto é, quanto mais recursos você investe em um CDB do banco, melhor a taxa de remuneração. Os prazos mínimos para aplicação e resgate de CDBs e RDBs variam de 1 dia a 12 meses, dependendo do tipo de remuneração contratada. O risco é baixo por se tratar de renda fixa, estando associado o recebimento do principal à solidez da instituição, ou seja, caso o banco quebre você pode não receber aquilo que aplicou. A aplicação é garantida até o limite de R$ 60.000,00 por CPF, pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), quando realizados em uma instituição associada ao referido fundo, ou em mais de uma instituição associada ao mencionado fundo, do mesmo conglomerado financeiro. A tributação do imposto de renda é decrescente em função do prazo da aplicação, conforme exemplificado abaixo: Aplicações até 180 dias: 22,5% Aplicações até 181 a 360 dias: 20% Aplicações até 361 a 720 dias: 17,5% Aplicações acima de 720 dias: 15% . Para prazos inferiores a 30 dias, incidirá o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que incide em operações de crédito, câmbio, seguro e títulos e valores mobiliários. O resgate de cotas de fundos de investimento é isento de IOF a partir do 30º dia. O IOF não incide sobre os fundos de investimento em ações. O investidor não precisa se preocupar com o pagamento dos impostos, pois o próprio banco recolhe para o fisco a parte que lhe é devida. No vencimento do CDB ou RDB, você recebe o rendimento bruto obtido no período descontado o imposto de renda. Como os CDBs e os RDBs não são prorrogados automaticamente quando vencem seus prazos e são renovados a pedido do cliente, a cada nova aplicação incidirá a CPMF, o que corroí parte da rentabilidade.Trata-se de uma valorização (ou desvalorização) de um certo investimento em determinado período. A rentabilidade pode ser nominal ou relativa, quando é comparada à rentabilidade de algum outro ativo ou índice da aplicação. A diferença entre os CDBs e os RDBs é que os CDBs porem ser negociados antes do vencimento, enquanto os RDBs são inegociáveis e intransferíveis. Porém, no caso do CDB, negociar o título antes do prazo mínimo implica em perda de parte da remuneração (devolução com deságio). Os CDBs são titulos nominativos e transferiveis por endosso, emitidos pelos bancos comerciais e de investimento. “Estes titulos são emitidos com o objetivo de captar recursos para as instituições financeiras.” (MEGLIORINI, 2009, p.23). Ao comprar um CDB, você está emprestando dinheiro para o Banco e recebendo juros em troca. Ao final do prazo contratado, o banco deve lhe pagar o valor aplicado (principal), acrescido da remuneração prevista quando da aplicação. Esta remuneração nunca é negativa. Alem do IR sobre o ganho nominal, nessa modalidade de investimento há tambem a incidência de IOF, nos casos de resgates efetuados até o 29º dia corrido a partir da aplicação. Os CDBs dividem-se em pré-fixados e pós-fixados. No CDB pré-fixado, a taxa de juros que remunera o investimento é acertada entre o investidor e o banco na data da aplicação, já no CDB pós-fixado o valor do resgate é conhecido somente no vencimento da aplicação, uma vez que a remuneração é vinculada a algum indexador. . Além dessas duas modalidades de CDB, o mercado financeiro oferece outras. São elas: CDB/DI: Nessa operação, o CDB é remunerado com base em um percentual da remuneração dos CDBs. CDB/US$: Nessa operação, o CDB é remunerado com base na variação cambial do período da aplicação acrescido de uma taxa de juros acertada no ato da aplicação. g) Ações Quando duas ou mais pessoas se dispõem a aplicar seus esforços e capitais em um determinado empreendimento por meio de uma sociedade, para que, após um determinado tempo se apropriar dos lucros do negócio. Da mesma forma, quem investe em uma companhia aberta deseja participar dos lucros que vieram a ser obtidos. Desta forma podemos encontrar ações ordinárias e ações preferenciais. Ações Ordinárias conforme Gitman (2001, pág. 88), “os verdadeiros proprietários da empresa são os acionistas ordinários”, considerado como acionista residual devido a receber o que foi deixado depois que todas as outras reivindicações sobre lucro e ativos da empresa tenham sido satisfeitas – resíduo. As ações ordinárias apresentam aspectos fundamentais como: propriedade; valor nominal; direitos preferenciais; ações autorizadas, emitidas e em circulação; direito de voto e dividendos. Propriedade: As ações ordinárias de uma empresa podem ser de propriedade particular de um único individuo, de propriedade fechada de um pequeno grupo de investidores (tal como uma família) ou de propriedade pública composta por um amplo grupo de indivíduos não-relacionados e instituições investidoras. Valor Nominal: O valor nominal de uma ação ordinária é um valor estabelecido no estatuto da empresa. Geralmente as empresas emitem ações sem valor nominal, o que faz com que a empresa possa determinar um valor ou registrar as ações nos livros ao preço que foram vendidas. Pode trazer vantagem um valor nominal baixo devido a certos estados basear-se o imposto sobre as empresas no valor nominal das ações. . Direitos de Preferência: Quando novas ações são emitidas, os direitos de preferência permitem aos acionistas ordinários manter a proporção da propriedade. Destacam-se dentro do direito de preferência: • Diluição da propriedade: Normalmente resulta na diluição dos lucros, pois cada acionista terá uma menor participação sobre os lucros da empresa do que antes da nova emissão. • Direito de subscrição: os direitos de subscrição são principalmente usados por sociedades anônimas menores de ações com propriedade fechada ou de propriedade pública e não ativamente negociada. Permite aos acionistas comprar ações adicionais a um valor abaixo do preço de mercado. Ações Autorizadas, em Circulação e Emitidas: Gitman (2001, pág.89) “a empresa não pode vender mais ações do que o estatuto autoriza sem obter uma aprovação através da votação dos acionistas”. Sendo assim, temos: • Ações em circulação: as ações autorizadas se tornam ações em circulação (o autor coloca em negrito) quando elas são subscritas pelo público. • Ações em tesouraria: se a empresa recompra qualquer uma de suas ações emitidas, essas são registradas como ações em tesouraria. • Ações emitidas: são as ações ordinárias que foram colocadas em circulação, assim representam a soma de ações em circulação e ações em tesouraria. Direito de Voto: geralmente, cada ação ordinária dá o direito ao portador a um voto na eleição dos conselheiros e em questões especiais. Gitman (2001, pag.90) “a emissão de diferentes classes de ações tem sido freqüentemente usada como uma defesa para um grupo fora da empresa sem apoio da alta administração, onde esta tenta ganhar o controle dos votos da empresa através da compra de suas ações no mercado”. . • Ações Ordinárias sem Poder de Voto: são emitidas quando a empresa espera conseguir capital através da venda de ações ordinárias, mas não quer abrir mão de seu controle sobre os votos. • Ações com Poder de Voto Ampliado: são ações que têm direito a mais votos por ações do que uma ação ordinária comum. • Procurações: é uma declaração que transfere os votos de um acionista para terceiros. • Batalha por Procurações: é a tentativa por parte de um grupo de fora da administração de conseguir o controle da administração da empresa através da solicitação de um número suficiente de votos de procuração. • Sistema de Voto da Maioria: é o sistema onde cada acionista tem o direito a um voto para cada ação que lhe pertence na eleição do Conselho de Administração. O acionista pode usar todas as suas ações para votar em cada conselheiro. • Sistema de Voto Acumulativo: é o sistema através do qual a cada ação ordinária é alocado o número de votos igual ao número total de conselheiros a serem eleitos, assim como os votos podem ser dados para qualquer conselheiro. Dividendos: geralmente os dividendos são pagos trimestralmente, podem ser pagos em dinheiro, ações ou mercadorias. Antes de os dividendos serem pagos para acionistas ordinários, as reivindicações do governo, de todos os credores e de acionistas preferenciais têm de ser atendidas e satisfeitas. Emissões Internacionais de Ações: Para Gitman (2001, pág.91) “apesar do mercado internacional para ações ordinárias não ser tão grande quanto o mercado internacional para títulos de dívidas, o comércio através das fronteiras e a emissão de ações ordinárias aumentaram dramaticamente nos últimos 20 anos”. Grande parte deste aumento . é devido ao desejo cada vez maior por parte dos investidores em títulos de diversificar seus portfólios de investimentos internacionais. Avaliação de Ações Ordinárias: Acionistas ordinários compram ações quando acreditam que elas estão subvalorizadas (que seu verdadeiro valor é maior do que seu preço de mercado). E vendem as ações quando eles sentem que ela está sendo supervalorizada (que seu preço de mercado é maior do que seu valor verdadeiro). As ações preferenciais dão a seus portadores certos privilégios que se tornam superiores aos acionistas ordinários. São na maioria das vezes emitidas por empresas públicas, por empresas compradoras em transações de fusão ou por empresas que estão sofrendo perdas e precisam de financiamento adicional. Ações Preferenciais com Valor Nominal: ações preferenciais com valor de face estabelecido e com pagamento de dividendos percentual a esse valor. Ações Preferenciais Sem Valor Nominal: ações preferenciais sem valor de face, mas com um dividendo fixo em unidades monetárias. Ações Preferenciais cumulativas: são ações preferenciais para os quais todos os dividendos suspensos (não pagos) em atraso devem ser pagos juntamente com dividendo corrente, antes do pagamento de dividendo corrente, antes do pagamento corrente de dividendos para acionistas ordinários. Ações Preferenciais Não Cumulativas: são ações preferenciais para as quais os dividendos suspensos (não pagos) não acumulam. Ações Preferenciais Não Participativas: são ações preferenciais cujos portadores recebem apenas os pagamentos de dividendos especificados. Ações Preferenciais Participativas: são ações preferenciais que permitem que os acionistas preferenciais participem com os acionistas ordinários no recebimento de dividendos além de um montante especificado. . Característica de Conversão: permite que seus portadores troquem cada ação por um número estabelecido de ações ordinárias. Ações Preferenciais com Taxas Ajustáveis: é ações preferenciais com taxa de dividendos atrelados a taxa de juros. Ações Preferenciais com Pagamento em Espécie: são ações preferenciais que pagam dividendos com ações preferenciais adicionais. Direitos Básicos de Acionistas Preferenciais: Para Gitman (2001, pág.92), “os direitos básicos de acionistas preferenciais com relação a voto, distribuição de lucro e distribuição de ativos são de certa forma mais favoráveis do que os direitos de acionistas ordinários”. 4. Considerações Finais O objetivo do trabalho foi apresentar um breve estudo sobre investimentos, os tipos existentes e suas características. Investimento é toda aplicação com expectativa de lucro. O mercado proporciona ao investidor diversas opções de investimento, satisfazendo as necessidades de cada um deles. Cada investimento possui tipos e níveis de riscos diferentes a regra básica é quanto menor o risco do investimento, menor seu rendimento. Observou-se através do trabalho que antes de decidir pelo tipo de investimento que irá optar, existem características comuns e específicas, tanto para renda fixa como para renda variável e também aspectos muito importantes como risco, rentabilidade e liquidez que o investidor deve conhecer para analisar qual o tipo de investimento irá de adequar melhor a sua situação financeira e também qual define melhor o seu perfil. Observamos que o investimento da caderneta de poupança é considerado um investimento conservador, e um dos preferidos da população que não quer correr riscos, sua adesão é muito fácil e rápida. Investir em câmbio significa comprar moedas estrangeiras, como o Dólar, Euro ou Libra, por exemplo. Na compra de uma moeda o investidor espera que esta tenha uma valorização em relação à moeda corrente, o Real, e assim vendê-la por um valor acima do valor de compra. . Os títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem como finalidade primordial captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como para financiar atividades do Governo Federal, alem disso constituem em boa opção de investimento para a sociedade. São títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e podem se dividir entre eles em: letras do tesouro nacional – LTN, letras financeiras do tesouro – LFT, bônus do tesouro nacional – BTN e titulos da divida agraria – TDA. Os CDBs e os RDBs são títulos de renda fixa que envolvem uma promessa de pagamento futuro do valor investido, acrescido da taxa pactuada no momento da transação. São representativos de depósitos a prazo, utilizados pelos bancos comerciais como mecanismos de captação de recursos. O Ouro é um tipo de investimento seguro, que pode ser feito através de bancos, depois de comprado pode ficar com o comprador ou sob custodia em um banco. Fundos de Investimento são denominados recursos financeiros, pois todo valor investido é utilizado para a compra de bens, seja mobiliarios ou titulos, que são todos passados ao investidor. O fundo de investimento é uma poupança aplicada, em que qualquer pessoa física ou jurídica pode realizar, porém sempre por intermédio do banco ou gestora de fundos de investimentos. Por fim as ações de uma companhia negociadas em bolsa representam uma fatia do capital dessa empresa. Seu valor oscila principalmente devido às expectativas dos investidores com relação ao resultado futuro da empresa. Se espera uma alta dos lucros, mais vendas ou maior interesse dos investidores, as ações sobem. Se as expectativas são ruins, as cotações caem. 5 Referências Bibliográficas BORGES, Joni Tadeu. Câmbio. Curitiba: Ibpex, 2008. GITMAN, J. Lawrence. Princípios da Administração Financeira Essencial. Porto Alegre: Ed. Bookman. 2°edição, 2001. LAVELBERG, Márcio. Como calcular a rentabilidade do negócio? Disponível em: <http://exame.abril.com.br/pme/dicas-de-especialista/noticias/como-calcular-arentabilidade-do-negocio>. Acesso em: 27 de maio de 2012. . MEGLIORINI, Evandir. Administração financeira: uma abordagem brasileira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. SALLES, Ygor. Confira os principais tipos de investimento e saiba como aplicar. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/364895-confira-os-principaistipos-de-investimento-e-saiba-como-aplicar.shtml>. Acesso em: 16 maio 2012, 17:10. SAMANEZ, Carlos Patricio. Matemática Financeira. 5.ed. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. SCHREIBER, Mariana. Vantagens e desvantagens de cada investimento em momentos de crise. Disponível em: http://oglobo.globo.com/economia/vantagens-desvantagens-decada-investimento-em-momentos-de-crise. Acesso em: 28 de maio de 2012. SEABRA, Rafael. Entenda a relação entre risco e retorno. Disponível em: http://queroficarrico.com/blog/2010/04/23/entenda-a-relacao-risco-x-retorno. Acesso em: 21 de maio de 2012. SULLIVAN, Arthur e SHEFFRIN, Steven. Princípios de Economia. Rio de Janeiro: Editora: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2000. Bolsa de Valores. Disponível em: <http://www.faculdadexvdeagosto.edu.br>. Acesso em: 02 de junho de 2012 CDB/RDB. Disponível em: <http://carteiradeinvestimento.com/financaspessoais/cdbrdb>. Acesso em 22 de maio de 2012. Como escolher um fundo de investimento? Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/banking/fundos.shtml>. Acesso em 28 de maio de 2012. Fundo de Investimento. Disponível em: <http://www.educacao.cc/finaceira/o-que-saoinvestimentos-financeiros-e-os-tipos-de-investimentos>. Acesso em: 22 de maio de 2012. O que são investimentos financeiros e os tipos de investimentos. Disponível em: http://www.educacao.cc/financeira/o-que-sao-investimentos-financeiros-e-os-tipos-deinvestimentos. Acesso em: 16 maio 2012. O que são Títulos Públicos? Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/titulos_publicos.asp>. Acesso em: 27 maio 2012. Renda Fixa vs Renda Variável. Disponível em: <http://www.portaldoinvestidor.gov.br/Investidor/Ondeinvestir/Tiposdeinvestimentos.>Ac esso em 29 de maio de 2012. . Tipos de Investimento. Disponível em: <http://www.bungeprev.com.br/bungeprev/bungeprev/conteudo>. Acesso em: 28 de maio de 2012. . .