Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
4/29/09
10:40 AM
Page 2
38 TEMA DE CAPA
O CARROSSEL MOTO
Pelo Capitão de Cav.ª
Luís Miguel Gomes Ferreira
PREFÁCIO
Desde sempre o Regimento de Cavalaria da Guarda Nacional Republicana se orgulha do seu Carrossel Moto.
Corporizam-se nele muitas das virtudes militares, que distinguem o militar de Cavalaria.
Coragem moral e física, destreza, audácia, desembaraço, aliados a um elevado espírito de disciplina e profissionalismo, são alguns dos atributos que em alto grau possuem os elementos do Carrossel Moto do 2º Esquadrão.
Aos militares que compõem o Carrossel Moto é exigido um forte Espírito de Corpo, Determinação e Coragem,
aliados a uma grande perícia na condução. Estas características reflectem-se diariamente no excelente nível de desempenho da missão do Esquadrão e na manutenção da segurança dos demais cidadãos. De forma voluntária
conseguem-se militares tecnicamente mais capazes e com um nível de motivação superior para o cumprimento
das missões que ao Regimento são atribuídas.
Para além da paixão pelas motos, a estes militares é exigida concentração extrema, apenas fazendo parte da
classe do carrossel os que mais se distinguem pela perícia, destreza e rapidez de reflexos na condução.
É constituído o Carrossel Moto por militares em regime de voluntariado, que não gozam de especiais privilégios
por pertencerem ao Carrossel e que cumprem as suas obrigações normais de serviço.
Mas, para além de tudo isto, dedicam ao Carrossel Moto, ao qual se orgulham de pertencer, uma entrega total,
sem a qual não seria possível alcançar o alto nível que atingiram e que ampla e repetidamente têm demonstrado
aquando das suas apresentações.
Só quem convive diariamente com estes militares, é capaz de apreciar o carinho que têm pelas suas motos, o
espírito de grupo, o aprumo, a dedicação e coragem, sem o qual não seria possível mostrar ao longo de todo o país,
continente e ilhas, e a todas as entidades nacionais e estrangeiras que nos visitam, a imagem de devoção e sentido de dever do militar de Cavalaria e da sua Guarda Nacional Republicana, bem expressa nas apresentações do
Carrossel Moto do 2º Esquadrão do Regimento de Cavalaria da GNR.
É a todos eles que dedico este artigo….
Pela Lei e Pela Grei
Janeiro-Março 2009
www.gnr.pt
Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
4/29/09
10:40 AM
Page 3
TEMA DE CAPA
INTRODUÇÃO
O Carrossel Moto, Ex-libris da GNR, tem contribuído
ao longo dos tempos para dignificar a imagem da
Guarda.
Por diversos motivos não se lhe tem dado o tratamento adequado, que tem de estar de acordo com a
grandeza e singularidade que o caracterizam.
Quando numa organização como a Guarda Nacional Republicana se tenta pesquisar o passado, com um
fim minimamente rigoroso, com nomes datas e locais,
ficamos sempre limitados aos arquivos escritos e à
sempre falível memória dos homens.
Vem isto a propósito da história do Carrossel Moto.
De 1979, data do reinício do Carrossel após interregno de alguns anos, até aos dias de hoje, com o precioso auxílio dos Anuários da Unidade, Arquivo Histórico Carrossel Moto, Arquivo Fotográfico 2º Esquadrão
e da memória de militares que serviram no 2º Esquadrão, foi possível reconstruir a história do Carrossel
Moto.
A HISTÓRIA DO CARROSSEL MOTO DA GNR
A HISTÓRIA POSSIVEL
A constituição do Regimento de Cavalaria da
Guarda Nacional Republicana, tal como consta no Decreto 8064 de 21 de Março de 1922, previa, sediado
em Cabeço de Bola o 2º Esquadrão, ESQUADRÃO
MOTO BLINDADO. Este seria o herdeiro do antigo 2º
Esquadrão da Guarda Municipal de Lisboa.
Com a responsabilidade de escoltar as mais altas
entidades Nacionais e Estrangeiras, foi inicialmente
equipado com motos AJS com side-car, vindo estas a
ser substituídas mais tarde pelas motos Norton. Fruto
do treino intensivo que a missão e responsabilidades
do Esquadrão obrigavam, ter-se-á chegado à conclusão de que, para além das Escoltas de Honra, poder-seia juntar num “grupo” os mais habilitados motociclistas
e com eles treinar e apresentar um número motorizado, que atestasse a destreza motociclista dos militares do Esquadrão. Apesar da dificuldade em situar
com precisão a data de início, é mesmo assim possível
apontar os anos 30/40 como o embrião do que viria
a ser o Carrossel Moto.
Na memória colectiva dos antigos militares do 2º
Pela Lei e Pela Grei
39
Esquadrão, menciona-se que durante os anos 40 já se
efectuavam neste Esquadrão alguns exercícios em
moto, em que a habilidade individual de alguns militares resultava como demonstração de destreza em
apresentações internas para o Comando do Regimento de Cavalaria. Estas habilidades motociclistas começam desde logo a tornar-se notadas, mas pelo seu
carácter de espontaneidade não atingem notoriedade
fora do Regimento.
Contudo, no início dos anos cinquenta, algo iria
transformar para sempre a vida do Esquadrão. Numa
saída para França para aquisição de cavalos para o Regimento de Cavalaria, alguém presente nessa “Remonta” terá trazido uma revista francesa onde apareciam uns malabarismos colectivos executados em
moto por militares Franceses. Ao tomarem contacto
com essa revista, o Tenente Carlos Alberto MIRAVENT
Tavares e Almeida e o Tenente BRÁS, até então os
maiores entusiastas dos exercícios moto, decidem
aproveitar as aptidões individuais de alguns militares
do Esquadrão e conjugar tudo num número colectivo,
capaz de ser apresentado em público. Após alguns
meses de ensaios, acabam por transformar os exercícios e as habilidades motociclistas de cada um, naquilo a que viria a ser o futuro CARROSSEL MOTO DA
GNR.
Com os Tenentes Miravent e Brás a tomarem
parte no conjunto, entrando à cabeça das duas escolas e utilizando as motas NORTON existentes no Esquadrão, iniciam-se as apresentações para todas as
entidades que visitavam o Regimento de Cavalaria, em
que os números apresentados esquematizavam quer
a ordem e disciplina dos números colectivos, quer a coragem, destreza e habilidade dos números individuais.
Esta iniciativa foi logo à partida apoiada pelo próprio
Comando do Regimento, porquanto como já não existia um Carrossel a Cavalo, tornava-se assim possível
demonstrar toda a polivalência que sempre caracterizou o Militar de Cavalaria. O Carrossel Moto inicia
então a sua ascensão, destacando-se nesta altura, algumas apresentações no campo Grande, integrado
em Festivais Militares.
Data dos anos cinquenta no Campo Grande em Lisboa, a primeira apresentação mista entre os Carrosséis MOTO e a CAVALO do Regimento de Cavalaria da
Janeiro-Março 2009
www.gnr.pt
Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
40
4/29/09
10:40 AM
Page 4
TEMA DE CAPA
Guarda Nacional Republicana.
Procurou-se nesta apresentação,
juntar num único número, meios
motorizados e animais, demonstrando assim a destreza e versatilidade que caracterizam o Militar da Cavalaria. A potência e rigidez das motos, aliadas à desenvoltura e beleza de movimentos característicos do cavalo, resultaram num espectáculo cativante que, recolhendo na assistência rasgados aplausos mereceu por parte dos Comandos da
altura referências extremamente
elogiosas.
A este passo, e com as limitações naturais da Norton 16 H1,
Inglaterra, que visitou Portugal
nos dias 18, 19 e 20 de Fevereiro
de 19572. As motas acabaram
por ficar oferecidas pelo trono britânico. Estas Sunbeam foram utilizadas nas diversas escoltas honoríficas efectuadas à rainha. Por
ser uma moto polivalente, robusta
e com amortecedores bastante
fortes, acaba por vir a ser escolhida, a par do seu uso em escoltas motorizadas, para equipar o
Carrossel Moto, então em franco
desenvolvimento. Com a chegada
Capitão Andrade e Sousa
das Sunbeam, o Carrossel Moto
atinge um desenvolvimento tal,
que o Comando do Regimento começa a empenhar-se na grande
apresentação pública deste connão suportavam uma evolução
junto.
gradual nas características dos
Tal oportunidade viria a surgir
números apresentados, começa
como resposta a um convite feito
a procurar-se uma moto que
pela organização de um Festival
fosse capaz de suportar, princiMilitar no estádio do Restelo a ser
palmente ao nível da mecânica,
apresentado à Princesa Margaas exigências do Carrossel Moto.
rida, irmã da S.A.R. Rainha Isabel II
Em meados dos anos cinquenta
de Inglaterra. Integrado nas cerichegam ao Esquadrão para teste
mónias da sua visita é organizado
algumas Harley Davidson, que
no Estádio do Restelo em Lisboa,
pelas suas características de
nos dias 6 a 14 de Junho de
motas de estrada, pesadas, Capitão Carlos Almeida
1959, um Tattoo, Festival Militar
muito possantes e pouco manoLuso-Britânico, onde pela primeira vez se apresenta pubráveis acabam por não agradar, porque não se adeblicamente o Carrossel Moto da GNR3. As referências
quavam aos números então executados. Num tipo de
exibição, em que a velocidade e rapidez de execução
dos movimentos são essenciais, acaba por ser natural
a substituição da Norton por um tipo de moto mais recente.
Assim, em 1956, e como consequência da necessidade de reequipar o Esquadrão, chegam a Portugal
as motas Sunbeam que vieram de Inglaterra para
acompanhar a visita oficial da S.A.R. Rainha Isabel II de
que nos chegam desse festival, nomeadamente pela
reportagem então publicada no Jornal o “Século”,
apontam-no como um enorme sucesso e registam a
apresentação do Carrossel Moto como rodeada de
uma imagem de “…grande espectacularidade, pela destreza e originalidade do número apresentado.”, pois foi
algo nunca visto em terras Lusitanas.
1 Confrontando o Arquivo Fotográfico do 2º Esquadrão com Nova Enciclopédia Ilustrada dos Motociclos, concluiu-se que a mota
utilizada era a Norton 16 H versão militar. Este modelo começou a ser produzido na década de 30, acabando a sua produção em
1944;
2 In jornal o Século do dia 19 de Fevereiro de 1957, faz referência à escolta honorífica motorizada efectuada pelos militares da
GNR. A vinda das motas Sunbeam é motivada pela visita da Rainha, para fazer face à necessidade de executar uma escolta de
honra.
3 In Diário de Noticias de 12 de Junho de 1959, pp 9, artigo intitulado “A Princesa Aplaudiu”
Pela Lei e Pela Grei
Janeiro-Março 2009
www.gnr.pt
Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
4/29/09
10:40 AM
Page 5
TEMA DE CAPA
Como consequência natural do impacto desta apresentação no Restelo, seguem-se várias outras nos
anos seguintes, onde, mantendo-se o mesmo formato
de apresentação e os mesmos militares então utilizados, se procura transportar para as apresentações
públicas toda uma evolução de sequência de exercícios
capazes de resultar num espectáculo de conjunto. Contudo, e apesar da imagem já conseguida, nos primeiros
anos da década de sessenta, um conjunto de circunstâncias acabam por fazer perder todo o entusiasmo
inicial. O avolumar de despesas com o material utilizado
no Carrossel, o progressivo desinteresse do Comando
do Regimento e a saída do Esquadrão do Tenente MIRAVENT, acabam, por alguns anos, fazer desaparecer
o Carrossel Moto da GNR.
Em 20 de Agosto de 1967, vindo do 2º Esquadrão
de Cavalaria do Porto, assume o Comando do 2º Esquadrão do Regimento de Cavalaria, o Capitão Rui Salles Henriques de Andrade e Sousa.
O Capitão Andrade e Sousa, habituado aos Esquadrões motorizados da GNR, faz ressurgir o Carrossel
Moto. Revê fotografias antigas, chama de volta antigos
militares que tinham actuado no Carrossel, e com base
na experiência deles recria os números, transmitindolhes um novo dinamismo. Com este sangue novo o Carrossel retoma a sua antiga imagem e transporta nas
suas diversas apresentações por Portugal Continental, a imagem do Regimento de Cavalaria e da Guarda
Nacional Republicana, sempre cativando os mais rasgados elogios. É a estes anos, com o Capitão Andrade
e Sousa, que se deve a maior fatia da imagem de prestígio, dedicação e profissionalismo que o Carrossel
Moto granjeou junto da opinião pública, mormente
através das inúmeras apresentações nos saudosos
Tatoos Militares, onde o Carrossel elevava anualmente
a prestigiante imagem da Guarda Nacional Republicana. O Capitão Andrade e Sousa termina o seu Comando de Esquadrão em Junho de 1975 e durante os
dois anos seguintes os treinos e apresentações do
Carrossel Moto são quase inexistentes.
Nos anos de 1977 e 1978, sob o Comando do Capitão Pacífico dos Reis, o Carrossel aparece esporadicamente em apresentações internas, mas acaba por
manter e estagnação a que tinha sido votado. Quando
em Novembro de 1978 o Capitão Aparício é nomeado
Pela Lei e Pela Grei
41
Comandante do 2º Esquadrão, praticamente não existia Carrossel Moto. Tentando reavivar a existência do
Carrossel, o Capitão Aparício aproveitando a vasta experiência de homens como o Sargento Guerra, o Sargento Jorge e o Sargento Frade, desde sempre ligados ao Carrossel Moto, nomeia um seu Oficial Subalterno, o Tenente Adenilo Cardoso Bairrada, com a responsabilidade de fazer ressurgir os treinos e apresentações.
Para traz, de 1979 ficam várias dezenas de apresentações públicas que, por descuido dos homens, os
papéis não guardam registo.
É assim que, no início de 1979, o Tenente Bairrada,
inicia os seus treze anos à frente do Carrossel Moto.
Como Tenente até 1986, e a partir de 1987 até a 1991
como Capitão e como Comandante de Esquadrão.
Janeiro-Março 2009
www.gnr.pt
Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
42
4/29/09
10:40 AM
Page 6
TEMA DE CAPA
Neste ano de 1979, toda a sequência de apresentação é reformulada. Até então os números eram formulados de “cabeça” e nesta altura surgem exercícios
estudados. Primeiro no papel e depois passados à prática. Foi adoptada uma metodologia e foi registada
para o futuro. Surgem esquemas e números novos,
são deste tempo o aparecimento do “moinho” e das
“rodas concêntricas” e começam-se a fazer os treinos
no exterior, no parque do Aeroporto da Portela. É também em 1979, que, para poderem suportar a dureza
de alguns exercícios, aparecem no Carrossel as Moto
BMW 60/6.
Com esta envolvência da dinâmica do movimento,
integrando a conjugação permanente de números colectivos e individuais, a abolição dos tempos mortos e
deixando a antiga apresentação espalhada pelo terreno para uma concentração dos números no centro
do local da apresentação, o Carrossel Moto, ganha um
ritmo novo e espectacular. Durante os anos seguintes
passeia a sua imagem por todo o Portugal Continental
e Madeira, exibindo-se ainda para as mais variadas Entidades nacionais e Estrangeiras que visitaram o Regimento de Cavalaria da GNR nesse período.
São talvez estes, os anos de OURO do CARROSSEL
MOTO.
Em 1990 chegam as novas motos BMW 65 GS,
com o intuito de substituir as BMW 60/6. Em Outubro de 1991, o Capitão Adelino Bairrada termina o seu
Comando do 2º Esquadrão, atingindo também o final
de um percurso de mais de uma década à frente do
Carrossel Moto.
Em Outubro de 1991 o Capitão Carlos Manuel Venceslau Fernandes assume o Comando do 2º Esquadrão e como tal o comando do Carrossel Moto. Fruto
Pela Lei e Pela Grei
Janeiro-Março 2009
do prestígio atingindo e na tentativa de acompanhar a
natural evolução dos tempos, no Carrossel Moto procuram-se agora novas ideias e uma melhoria de imagem, capazes de dar resposta às cada vez maiores exigências das apresentações públicas. Assim nos anos
1992 e 1993 processam-se algumas alterações de
vulto:
• São introduzidos números novos;
• É reformulada toda a sequência dos números
apresentados;
• O uniforme de apresentação é totalmente modificado;
• As apresentações passam a ser efectuadas com
fundo musical;
• São adquiridas bicicletas especialmente adaptadas para os treinos iniciais, de modo a reduzir os
gastos de combustíveis e de material, e ao
mesmo tempo poder reduzir a gravidade dos acidentes aquando do ensaio de números novos.
Quando em 05 de Julho de 1992 o Carrossel se
apresenta na Ilha de Ponta Delgada nos Açores, atinge-se finalmente o último degrau da escalada, o Carrossel Moto da GNR passa a ostentar no seu Curriculum
apresentações em todas as regiões de Portugal, Continente, Açores e Madeira.
Em 01 de Fevereiro de 1996 o Capitão Pedro Miguel Ramos Costa Lima, assume o Comando do 2º Esquadrão dá continuidade aos momentos de sucesso
do Carrossel Moto. É no seu tempo de comando que é
batido o recorde dos dezasseis adultos bem constituídos, em andamento em cima de uma moto. Este número é elevado para 18 em 18 de Abril de 1997, no
2º ano do Dia Nacional do Motociclista comemorado
no Mosteiro dos Jerónimos. Na altura era Sargento do
Carrossel o 2º Sargento Rita Pereira. Um dos exercícios mais difíceis de realizar, pela coordenação e o entrosamento necessário entre os militares envolvidos é,
a pirâmide de 16 militares. As pirâmides têm várias
configurações dependendo do número de militares envolvidos, podendo variar entre a pirâmide de 4, e os 16.
Sendo que colocar 16 homens em cima de uma mota
em andamento é difícil, 18 ainda é mais, pelo o que
este facto demonstra o excelente momento de forma
do Carrossel nesta altura.
www.gnr.pt
Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
4/29/09
10:40 AM
Page 7
TEMA DE CAPA
A 03 de Fevereiro de 1998 o Capitão João José
Vieira de Andrade e Sousa assume o Comando do 2º Esquadrão e por inerência do cargo o Comando do Carrossel Moto. O Capitão Andrade e Sousa, filho do Capitão Rui Salles Henriques de Andrade e Sousa, comandante de 67 a 75, passou alguns anos da sua infância na
casa de função do comandante do 2º Esquadrão. Foi Subalterno do Capitão Bairrada e o Subalterno Cerra-fila do
Capitão Venceslau Fernandes, tendo durante anos assistido e treinado o Carrossel Moto, fruto de algum knowhow adquirido do seu pai que esteve 8 anos a frente do
Carrossel. Esta experiência foi extremamente importante
para poder continuar e diversificar o carrossel com números novos, nova decoração dos motociclos, multimédia adopção novo fardamento fornecido pela marca
BMW, efeitos especiais e sincronização do movimento
com efeito multimédia. De acordo com registos existentes, tem o maior número de apresentações por todo o
país de onde se destaca a apresentação para o Presidente da República Jorge Sampaio, na EXPO 1998.
Após este período de ascensão, o Carrossel volta a
tempos de dificuldades e adormece até que em Outubro de 2004, antigos elementos do Carrossel são novamente treinados e apresenta-se a 05 de Abril de
2005, dia do Aniversário do Regimento de Cavalaria.
De então para cá o Carrossel Moto tem vindo a crescer e a melhorar, para isso muito tem contribuído o esforço conjunto do Comando do Regimento e os sucessivos Comandantes de Esquadrão.
Os esquemas de apresentação, apesar de na sua
estrutura principal se manterem, têm sofrido alterações com vista à melhoria da performance e do espectáculo em si. A imagem do Carrossel Moto tem
sido trabalhada e melhorada, com a execução de panfletos de divulgação e em 06 de Outubro de 2007 uma
apresentação com transmissão televisiva em directo
da Avenida da Liberdade em Lisboa por ocasião do 10º
aniversário da SIC, permitiu uma ampla divulgação.
Foram construídas pranchas de salto, maiores e mais
altas, que possibilitam saltar por cima do side-car e
foram adquiridos novos fatos que garantem melhor
protecção aos executantes. Das inúmeras apresentações dos últimos anos, destaco a do dia 23 de Dezembro de 2007, na Praça do Comércio em Lisboa em
comemoração do alargamento do Espaço Shengen.
Pela Lei e Pela Grei
43
O CARROSSEL E O FUTURO
A atitude e a forma de pensar em relação ao Carrossel, fruto do trabalho desenvolvido, tem mudado.
Não pode ser encarado como uma diversão. É aceite
publicamente que os profissionais da Guarda que exercem as suas funções em motociclos têm que ter aptidões de relevo para o cabal cumprimento do seu serviço e o Carrossel é uma escola que permite melhorar
neste particular a capacidade de bem servir o cidadão.
Tem sido feito um esforço financeiro para manutenção dos motociclos para os manter em condições
mínimas de funcionamento e de segurança para as actuações.
Só desde 1979, altura a partir da qual é possível
recolher registos exactos e até aos dias de hoje, são já
mais de 100 apresentações públicas, das quais cerca
mais de metade ao longo de todo o território Nacional.
A maior conquista do Carrossel ao longo dos tempos foi ter garantido um “cantinho” nas páginas de
ouro que escrevem a história da Guarda Nacional Republicana.
O futuro do Carrossel Moto da GNR passa por
todos nós.
Os homens que ao longo dos anos o integraram, fizeram com que se fale do carrossel com entusiasmo.
O “salto do arco do fogo”, o “voo livre sobre 8 homens”
e os dezoito adultos bem constituídos, em andamento
em cima de uma moto, são números que marcam a
imagem de quem fala do Carrossel.
A uniformidade, sincronia e coordenação dos movimentos, a ordem e a disciplina, a imagem de correcção e profissionalismo transmitidos, são únicos e estão
na base do sucesso do Carrossel Moto. Se adicionarmos o efeito de conjunto conseguido, aí estamos perante algo verdadeiramente espectacular e único, apenas conseguido por este Carrossel Moto. É esta singularidade que tem de ser preservada como imagem
de marca do militar de Cavalaria e da GNR em geral.
Depois de ler e reler a história do Carrossel, constato que as dificuldades sentidas à cinquenta anos, hoje
são as mesmas. Falta de material, falta de verba para
manutenção das motos, constante transferência de
efectivos, longos períodos de ausência dos militares
em Missões no estrangeiro e outros condicionalismos
derivados do serviço. Mas parar é morrer. Hoje trabaJaneiro-Março 2009
www.gnr.pt
Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
44
4/29/09
10:40 AM
Page 8
TEMA DE CAPA
lha-se num Carrossel do século XXI, treinam-se números novos, inova-se e de uma forma ou de outra, reformula-se a apresentação e já foram feitas propostas de
aquisição de novos motociclos.
Tudo isto para uma palavra final, enquanto continuar no militar de Cavalaria da Guarda este garbo e
aprumo, esta coragem e destemor, aliados a um correcto sentido de responsabilidade e dever, enquanto
continuar nos olhos de quem assiste uma expressão
de entusiasmo e admiração, vai concerteza haver sempre esta demonstração de profissionalismo com que
o Carrossel Moto se orgulha de apresentar, contribuindo para levar bem alto o nome da Guarda Nacional
Republicana.
Pela Lei e Pela Grei
Janeiro-Março 2009
CURIOSIDADES
Já com mais de meio século de existência, relacionado com o Carrossel são muitas as histórias e peripécias que aconteceram que pela sua originalidade
serão aqui relatadas. Muitas existem, umas mais engraçadas que outras, no entanto, existem duas que
mais evidenciam o espírito arrojado e desenrascado
do militar de Cavalaria.
Antes de passar às histórias não posso deixar de
gabar a coragem do Cabo Caixinha, que demonstra a
dedicação e entrega total, ainda com prejuízos pessoais dos militares do Carrossel. O Cabo Caixinha, no
tempo do Capitão Bairrada desmarcou o casamento
para ir a uma exibição do Carrossel. Não sei como é
que o nosso Cabo resolveu a questão, mas que é um
homem de coragem, lá isso é!
O que mais impressiona o espectador nas apresentações do Carrossel Moto são os cruzamentos!
Estes são executados em 1ª velocidade a fundo ou
em 2ª velocidade a meia aceleração, podendo a velocidade de cruzamento ser superior a 60Km/h, se o
piso e o comprimento das diagonais do local forem propícias.
Para quem está de fora a assistir dá a impressão
que os militares vão chocar uns contra os outros, o
que causa as mais diversas reacções no público. Há
quem feche os olhos, quem vire a cara sem conseguir
ver, outros riem de nervosismo e até há quem leve as
mãos à cabeça. Eu próprio, que assisto frequentemente a treinos e a exibições, sou afectado pelo risco
envolvido, tendo em conta uma possível hesitação humana ou uma pequena falha mecânica, causando-me
sempre um aperto no estômago e um nervoso miudinho.
A propósito dos cruzamentos e das reacções que
provoca, escreveu o Tenente Bairrada na sua apresentação do Carrossel no estádio das Antas em 1979
a respeito dos cruzamentos “, …número que causa alguns calafrios – cabe aqui referir que já uma vez um
conceituado locutor da RTP encarregado da locução
de um espectáculo deste Carrossel, pára de dizer algumas palavras alusivas ao número durante a sua realização, só o fez no final, alegando não o poder fazer
antes por se lhe ter secado a garganta, ficando impossibilitado de falar dado o perigo que o exercício em
si encerra;”
www.gnr.pt
Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
4/29/09
10:40 AM
Page 9
TEMA DE CAPA
Este trecho é bem demonstrativo da espectacularidade e das mais variadas reacções que os cruzamentos provocam a quem assiste à sua execução.
Outra história engraçada que me foi relatada pelo
Tenente-Coronel Andrade e Sousa passou-se em Mangualde, Viseu.
Aquando do regresso de um treino para uma exibição que iria ter lugar no dia seguinte, houve uma Sunbeam que se incendiou, e, durante cerca de 3 minutos
esteve a arder como uma bola de fogo. As torneiras
do combustível, que se encontram imediatamente por
baixo do depósito, por vezes derramam combustível.
Quando essa gasolina toca no escape, normalmente
dá-se um pequeno incêndio. Daí a necessidade de em
todos os treinos e apresentações existirem mecânicos
nomeados com extintores a fim de apagarem alguma
deflagração. Normalmente os motociclistas não têm
necessidade de apear, sendo que os mais experientes
levantam as pernas e o fogo é apagado. Este facto, apesar de ser quase normal acontecer, naquele dia excedeu o tempo tendo-se mantido a arder alguns minutos.
A moto ficou num estado aparente deplorável e totalmente chamuscada.
Assim, após a atribulada extinção do incêndio da
moto, em que todos colaboraram lançando areia, batendo com mantas até à chegada de extintores, o Capitão Andrade e Sousa referiu que estavam “tramados”, pois não tínham motos suplentes e a exibição ia
ser no dia seguinte.
Perante esta afirmação o experiente Soldado mecânico Paté respondeu: “Está enganado meu Capitão:
A moto está impecável para amanhã!” Assim, sob o
olhar estupefacto do Capitão, sacudiu alguma areia da
moto, colocou o starter a jeito e com um enérgico salto
sobre este, colocou a moto a trabalhar à primeira e
com um ruído de autêntico relógio suíço.
As Sunbeam são uma verdadeira relíquia e mantêm-se a andar graças à dedicação e empenho dos
mecânicos do Carrossel. Motos de mecânica fácil, têm
no entanto, dada a sua idade avançada, alguns caprichos, dando a ideia que os mecânicos por vezes fazem
milagres.
A todos os mecânicos do Carrossel quero deixar
um merecido reconhecimento pela sua dedicação e
profissionalismo.
Pela Lei e Pela Grei
45
ESQUEMA DE ACTUAÇÃO
Utilizando 6 motos Sunbeam, as motos BMW R 65
GS e as motos BMW R 85 GS até perfazer o número
de 16, as apresentações são estruturadas da seguinte
forma:
O Carrossel Moto é constituído por duas Escolas,
com 8 militares cada. Cada escola é liderada por uma
Sunbeam conduzida por um dos militares mais antigos,
tendo a designação de Chefe de Escola. Os dois Chefes de Escola são dois elementos fundamentais, pois
são eles, que coordenados entre si, marcam o ritmo e
tempos de mudança entre números.
A apresentação do Carrossel divide-se em várias
partes, nomeadamente:
Entrada – Exercício onde são empenhados os 16
militares com 6 motos que efectuam uma passagem
junto da tribuna.
Apresentação – Após a entrada vai cada militar
para a sua moto e formados a 2 vão deslocar-se para
junto da tribuna onde vão formar em cunha.
1ª Parte – 16 militares, 16 motos efectuam vários
exercícios em conjunto:
- União de escolas
- 2 Cruzamentos
- Passagem de escolas
- Cordas simples
- Moinho
- Rodas concêntricas
- Exercícios individuais
- Paragem em frente por 4
Colectivos – Exercícios colectivos efectuados com
as Sunbeans:
- Condução a 2
- Prancha
- Amor
- Avião invertido
- Quedas
- Pino
- Pirâmide 4 militares
- Pirâmide 8 militares
- Pirâmide 16 militares
Janeiro-Março 2009
www.gnr.pt
Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
46
4/29/09
10:41 AM
Page 10
TEMA DE CAPA
Pista – Depois das Sunbeans entram as BMW em
acção, 8 motos vão transpor uns obstáculos:
- Baloiço
- Subir e descer por cima de um jeep
- Passar por um arco a arder
- Efectuar alguns saltos
2ª Parte – Aqui tal como na 1ª Parte, 16 militares
e 16 motos efectuam exercícios em conjunto:
- União de escolas
- Quedas
- Feixes e losângulos
- Abrir para os cantos
- Corda dupla
- 3 Cruzamentos
- Passagem a 4
Saída – As escolas voltam a unir e mais uma vez
vão colocar-se formados em cunha em frente á tribuna.
Pela Lei e Pela Grei
Janeiro-Março 2009
AS NOSSAS MOTOS
NORTON 16 – H
As primeiras motos a serem utilizadas em exercícios do Carrossel-Moto foram as motos NORTON modelo 16H, versão militar.
Devido à inexistência de arquivo dessa época tornase impossível determinar a data da chegada da NORTON ao serviço do 2º Esquadrão. Contudo supõe-se,
devido à existência de fotos datadas, que tenha sido na
década de 1930, quando se deu inicio à sua produção
que durou até ao ano de 1944.
Foram abatidas ao serviço do 2.º Esquadrão em
1957, data em que foram substituídas pelas SUNBEAM.
• Origem Inglesa;
• MonoCilindro;
• 4 Velocidades;
• Cilindrada de 490cc;
• Suspensão de mola curta;
• Carburador 276 AE/1BE;
• Peso de 192 Kg;
• Bateria PUW.7E-5 de 6V;
• Pneus – 26”*3.25”;
www.gnr.pt
Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
4/29/09
10:41 AM
Page 11
TEMA DE CAPA
• Pressão dos pneus – 16 – 18;
• Capacidade do depósito de gasolina – 14l;
• Capacidade do depósito de óleo – 1,42l;
SUNBEAM S/7 500 O.H.C. TWIN
Em 1956 chegaram a Portugal as motos SUNBEAM. Estas motos encontram-se registadas na carga
do 2º Esquadrão desde 1957.
Inicialmente utilizadas para escoltas de honra (servindo ainda para as apresentações do Carossel-Moto)
vieram anos mais tarde, com a chegada das primeiras
motos BMW para escoltas, a ficar exclusivamente ao
serviço do Carrossel-Moto.
Desde essa data até aos dias de hoje, fruto de excelente manutenção prestada pelas equipas de mecânicos do 2º Esquadrão, as motos SUNBEAM encontram-se integralmente equipadas com material de origem.
Origem Inglesa;
47
uma pequena exibição promocional. A moto não acusava esforço ou sequer perda de velocidade quando
carregava simultaneamente três homens, características invulgares para as motos da época. Tal foi o sucesso que o Stand Vidal vendeu logo nesse dia 12
motos, antes mesmo de chegar ao Porto;
Aquando da sua visita a Portugal em 1957, a Rainha Isabel II de Inglaterra foi escoltada pelo 2º Esquadrão em motos SUNBEAM. Consta-se que a impressão causada foi tão grande que S.A.R. fez questão de
oferecer à GNR um lote de motos iguais, vindas directamente de Inglaterra. Algumas dessas motos encontram-se ainda ao serviço do Carrossel Moto;
Ao longo de vários anos de testes nos mais varia-
• 2 Cilindros verticais;
• 4 Velocidades;
• Cilindrada de 487cc;
• Suspensão de mola curta;
• Carburador AMAL 276 DO/3ª;
• Peso de 196 Kg;
• Bateria de 6V – 12 AH;
• Pneus – 4.5 – 16/4.75 – 16;
• Pressão dos pneus – 19 – 19;
• Capacidade do depósito de gasolina – 15,5l;
• Capacidade do depósito de óleo – 2l;
• Combustível até 1993 inclusive – gasolina normal;
• Combustível a partir de 1994 – gasolina super.
A moto SUNBEAM, foi, é, e será sempre a “MENINA BONITA” do Carrossel-Moto da GNR.
Desde a sua chegada a Portugal até aos dias de
hoje, esta moto transporta consigo deliciosas histórias
que o tempo não faz esquecer. Eis alguns exemplos:
A importação dessa moto para o nosso país deuse em 1951/52 e foi seu importador o Stand Vidal.
Assim que o primeiro modelo saiu da Alfandega, o senhor Vidal não resistiu a fazer uma viagem experimental entre Lisboa e Porto. Logo ai a moto fez sensação,
pois as frequentes paragens eram aproveitadas para
Pela Lei e Pela Grei
Janeiro-Março 2009
www.gnr.pt
Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
48
4/29/09
10:41 AM
Page 12
TEMA DE CAPA
dos modelos de motos, a SUNBEAM continua a ser a
única capaz de, com material de origem – quadro,
amortecedores, etc – suportar em andamento com
16 homens.
BMW R 60/6
À semelhança das motos SUNBEAM, também as
motos BMW 60/6 chegaram ao 2º Esquadrão para o
serviço de escolta.
Contudo, e devido
ao numero de motos
SUNBEAM ser cada
vez mais insuficiente, e
da necessidade de introduzirem novos números com saltos
sobre pranchas (números que as SUNBEAM
não suportam), as
motos BMW 60/6
acabaram por vir a ser
também utilizadas nas
apresentações do Carrossel Moto.
Chegaram ao 2º Esquadrão do Regimento
de Cavalaria em 1974.
A primeira apresentação pública com as
BMW 60/6 foi em
1974.
Foram substituídas
pelas novas BMW R 65
GS em 1990.
BMW R 60/6
• Origem alemã;
• 2 Cilindros em opostos horizontalmente;
• Cilindrada 599 cc;
• Carburadores: — 2 Bing 1/26/111(Esq) –
1/26/112(Dir);
• Velocidades – 5;
• Velocidade máx. – 155Km/h:
• Suspensão:
- Frente – Forquilha telescópica c/ amortecedores hidráulicos;
Pela Lei e Pela Grei
Janeiro-Março 2009
- Trás Braço oscilante com dois amortecedores
BMW GS R65
hidráulicos;
• Bateria – 12v ; 25AH;
• Capacidade do depósito de gasolina – 20l;
• Capacidade do depósito de óleo s/ filtro – 2l.
BMW R 65 GS
Fruto da necessidade de introdução de novos números (alguns dos
quais
provocando
maior esforço no material – caso dos saltos p.exp), e de se precaver o desgaste das
motos
utilizadas,
houve necessidade de
procurar novas motos para continuar a
dar resposta às constantes solicitações
para apresentação do
Carrossel-Moto.
A escolha acabou
por recair nas novas
BMW R 65 GS.
Realizando a sua
primeira apresentação pública no Tatoo
militar integrado no
13º Festival de Bandas Militares, em Setúbal.
Foram as BMW R
65 GS as primeiras motos adquiridas com o intuito exclusivo de servirem no Carrossel-Moto.
• Origem alemã;
• 2 Cilindros opostos horizontalmente;
• Cilindrada 654cc (motor tipo Boxer);
• Carburadores:
2 Bing v 64/26/317 (Esq) – v 64/26/318(Dir);
• Velocidades – 5;
• Velocidade máxima – 143Km/h:
• Suspensão:
- Frente – Forquilha telescópica c/ amortecedores hidráulicos;
www.gnr.pt
Carrosel Moto novo 12:REVISTA2009
4/29/09
10:41 AM
Page 13
TEMA DE CAPA
- Trás Braço oscilante com dois amortecedores
hidráulicos;
• Bateria – 12v ; 20AH;
• Capacidade do depósito de gasolina – 21,5l;
• Capacidade do depósito de óleo s/ filtro – 2l.
BMW R 80 GS
Quando em 1996 se procedeu à renovação das
motos, a escolha recaiu mais uma vez em motos
BMW, fruto da garantia de satisfação até ai existente.
Estas motos, de superior cilindrada, vieram com as
sua capacidade de aceleração, criar mais espectacularidade aos números exibidos, muito particularmente
aos cruzamentos e saltos.
• Origem alemã;
• 2 Cilindros opostos horizontalmente;
• Cilindrada 798cc (motor tipo Boxer);
• Carburadores - 2 v 64/32/349 (Esq) – v
64/32/3350(Dir);
• Velocidades – 5;
• Velocidade máxima – 175Km/h;
• Suspensão:
- Frente – Forquilha telescópica c/ amortecedo-
49
res hidráulicos;
- Trás Braço oscilante com dois amortecedores
hidráulicos;
• Bateria – 12v; 19AH;
• Capacidade do depósito de gasolina – 24l;
• Capacidade do depósito de óleo s/ filtro – 2,25l.
AGRADECIMENTOS
A realização deste trabalho foi possível, graças ao
contributo de todos os antigos Comandantes do 2º Esquadrão que de uma forma ou de outra deixaram escrito para memória futura registos do Carrossel Moto.
De forma especial agradecer ao Tenente Coronel
João Andrade e Sousa, pelo seu empenho, disponibilidade em contribuir e sempre que possível e necessário ter contactado seu pai que também contribuiu de
forma significativa para a realização deste documento.
Ao Tenente Coronel Pedro Costa Lima pelos documentos que disponibilizou.
A todos antigos Comandantes que contactei, Sargentos e militares do Carrossel com que falei.
Muito Obrigado
BIBLIOGRAFIA E FONTES
— Arquivo Clube Carrossel Moto, 2º Esquadrão,
RC/GNR;
— Arquivo Fotográfico, 2º Esquadrão, RC/GNR;
— Museu e Arquivo Estádio do Restelo;
— Torre do Tombo;
— Biblioteca Nacional;
— Arquivo Jornal Diário de Noticias;
— Arquivo Jornal O Século;
— Revista Motociclismo;
— Revista Supermoto;
Pela Lei e Pela Grei
— Nova Enciclopédia Ilustrada dos Motociclos, Editorial
— Estampa, Lisboa 2000, organização de Erwin Traatsch;
— Trabalho efectuado pelo Exmo Tenente Coronel
Pedro — Costa Lima, Lisboa 1997, Carrossel Moto;
— Relatórios Anuais do 2º Esquadrão RC/GNR;
— Ordens de Serviço do RC/GNR;
— Verbetes SOI/RC;
— www.tiscali.nl;
— www.Sunbeam.mcc.demon.co.uk/
Janeiro-Março 2009
www.gnr.pt
Download

OCARROSSEL MOTO - Guarda Nacional Republicana