A SITUAÇÃO DE CADA UM DOS PRÉ-CANDIDATOS À PREFEITURA DE JOINVILLE Carlito Merss pt Nos últimos meses, o prefeito Carlito Merss conviveu com dissidências de siglas de sustentação ao seu governo. O PDT lançou pré-candidato, assim como o PR. O PSC pediu para ter todos os seus indicados exonerados para poder negociar aliança livremente. Do outro lado, Carlito conseguiu garantir o apoio do PP, que deve indicar o vice, já que o empresário Moacir Thomazi não tem intenção de concorrer. O PT deve manter o apoio do PHS e do PTdoB. Com outras siglas, os petistas ainda aguardam desdobramentos das negociações. Caso o Dr. Xuxo desista da candidatura, o PT acredita que pode trazer o PRP e PCdoB, além do PR. Também há intenção de conseguir o apoio do PDT e do PPS. Kennedy Nunes José Aluísio Vieira, o Dr. Xuxo PR Para conseguir ser confirmado como candidato, Dr. Xuxo precisa convencer os diretórios estadual e nacional da viabilidade de sua candidatura. Além disso, precisa vencer a divisão dentro do PR, que hoje tem Ingo Butzke (PR) como vice-prefeito de Carlito Merss (PT). Segundo o diretório estadual, Dr. Xuxo precisaria alcançar mais de 10% nas pesquisas para poder concorrer. No momento, Dr. Xuxo diz que é candidato através de apoio do PCdoB e PRB. Há ainda a possibilidade de que o PR se coligue com outras siglas, podendo compor como vice da chapa. Em 2008, aconteceu isso. Até o último momento, o médico era candidato a prefeito pelo PPS e acabou sendo o vice de Mauro Mariani (PMDB). Carlito acredita que ainda é possível ter o PR como aliado. A pré-candidatura do ex-prefeito Marco Tebaldi está em pleno vapor. Pouco mais de um mês depois do anúncio oficial de que entraria na disputa – impulsionado pela saída da Secretaria do Estado da Educação –, o tucano já anunciou o apoio do PMN e está quase fechado o acordo com o DEM. Tebaldi ainda busca compor com outras siglas, como PPS, PSL e PSC. O único impeditivo que parece surgir contra a candidatura de Tebaldi é caso haja uma condenação em processo que corre contra ele no Supremo Tribunal Federal. Em caso de condenação, seria enquadrado pela Lei da Ficha Limpa. Tebaldi também pode não concorrer se houver a formação da tríplice aliança em torno de Udo Döhler. O grande passo para a candidatura de Kennedy Nunes foi a desistência de Darci de Matos de concorrer a prefeito. Com a saída de Darci do páreo, Kennedy se tornou o único nome da sigla para as eleições. O PSD apresenta até o PSB como aliado para o pleito, que pode ajudar a incrementar o tempo de propaganda na TV. Agora, o principal entrave na campanha de Kennedy é o avanço do PMDB sobre o desejo de compor com PSD e, consequentemente, o PSB. Além disso, o governador Raimundo Colombo (PSD) não dá demonstração de apoio à candidatura, sinalizando que trabalha internamente para composição com o PMDB, em retribuição à ajuda que recebeu de Luiz Henrique da Silveira nas eleições ao governo do Estado em 2010. Leonel Camasão PSOL O jornalista Leonel Camasão deve ter a candidatura com menor investimento financeiro. É a segunda tentativa de Leonel nas urnas. Em 2010, concorreu a deputado estadual e fez 1.675 votos. O partido defendia chapa pura, mas na sexta-feira anunciou que fará coligação com o PSTU. Leonel deve ter o servidor público Sebastião Amaral (PSTU) como vice. “Nossa relação de apoio se baseia na relação histórica e ideológica que mantemos com o PSTU. O acordo se deve ao fato de que eles concordam com a maioria de nossas propostas e vice-versa”, disse Leonel. Sandro Silva Marco Tebaldi PSDB PSD Rodrigo Coelho PPS Udo Döhler Pdt O nome do ex-presidente do Deter e futuro deputado estadual – ele assume lugar de Altair Guidi (PPS), que se licencia dia 6 – é colocado pelo partido para disputar o governo. Mas a sigla dá todos os sinais de que está em busca de outro partido para coligar e não ser cabeça de chapa. Sandro sairia como candidato a vice. Com poucos recursos e sem ainda ter começado a desenhar um plano de governo, o PPS já chegou a sentar para conversar com o PSDB e com o PMDB para alianças. Os peemedebistas até cogitam entregar a Sandro a candidatura a vice em caso de falta de acerto para a realização da tríplice aliança. Mas como ainda não houve convite para ser vice, o PPS aguarda a resolução das outras possíveis alianças. PMDB Advogado que nunca concorreu a um cargo público, Coelho venceu uma briga interna para poder se lançar como pré-candidato a prefeito de Joinville. Parte da sigla desejava se manter na chapa para reeleição do prefeito Carlito Merss (PT). Mas foi vencida em uma apertada disputa. Mesmo com a candidatura lançada, Rodrigo Coelho dá sinais de que o PDT pode se coligar com outra sigla. Já foram realizados encontros com o PMDB para discutir um possível acerto para as eleições. Enquanto a definição não sai, a sigla começa a montar sua estrutura e vai iniciando as discussões para a construção do plano de governo. O partido de Udo Döhler é o que pode provocar as maiores mudanças no panorama eleitoral em Joinville. Alavancado pelo senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), o projeto em torno do nome do empresário ainda não anunciou apoios, mas investe na reedição da tríplice aliança. O grande desejo do PMDB é obter o apoio de PSD e do PSDB, além de siglas menores. A sigla ainda tenta convencer Kennedy Nunes a desistir da candidatura à Prefeitura (propôs a vaga de vice de Udo) e articula um modo de trazer os tucanos para a composição. Enquanto isso, negocia com PDT e PPS como plano B. Nesse caso, Sandro Silva (PPS) e Rodrigo Coelho (PDT) surgiriam como prováveis vices.