1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE PSICOLOGIA AVALIAÇÃO DE PROBLEMAS DE MEMÓRIA EM IDOSOS: UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA GRAZIELE VAZ SANTIN Itajaí, (SC) 2007 2 GRAZIELE VAZ SANTIN AVALIAÇÃO DE PROBLEMAS DE MEMÓRIA EM IDOSOS: UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA. . Monografia de Trabalho de Conclusão de Curso apresentada como requisito parcial para obtenção de créditos na disciplina Supervisão de Trabalho de Conclusão de Curso em Psicologia da Universidade do Vale do Itajaí. Orientadora: Profª. Kátia Simone Ploner, MSc. Co-Orientador: Prof. Dr. Eduardo José Legal Itajaí (SC), 2007. 3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho às pessoas que eu mais amo nessa vida: meus pais e a meu namorado Rodolfo. Pessoas sem as quais a vida não teria o menor sentido. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus Pais, que foram imprescindíveis para que eu chegasse onde estou. Que me deram coragem nos momentos difíceis, força nos momentos de dúvida e indecisão, e o principal o amor e a confiança que me impulsionaram a buscar e alcançar meus objetivos. Lutaram e ainda lutam comigo todos os dias da minha caminhada, são com certeza o maior presente que recebi de Deus. Pessoas mais que especiais que admiro e que amarei para a eternidade. Agradeço ao meu grande e eterno amor Rodolfo, que esteve sempre ao meu lado. Companheiro e amigo, esteve presente em todos os momentos, nas horas boas ou ruins, me apoiando, me dando muito amor e carinho, e me fazendo a cada dia uma pessoa mais feliz. TE AMO! Agradeço a Professora Kátia, que era minha Orientadora no começo do trabalho, muito dedicada ela foi importantíssima na minha pesquisa. Por um motivo muito especial Kátia teve de me indicar a outro Orientador o Professor Eduardo J. Legal. MUITO OBRIGADO! Agradeço ao Professor Eduardo J. Legal, que aceitou me orientar neste trabalho, por sua dedicação, companheirismo e incentivo que me ajudaram muito. MUITO OBRIGADO! Agradeço aos meus amigos e colegas de sala de aula que participaram e me ajudaram, em todos os sentidos. Guardarei estas pessoas comigo pra sempre, na minha lembrança e no coração. Agradeço às professoras Kátia Ploner e Maria José Moreira da Silva pela compreensão e por fazer parte da minha banca. Agradeço a família do meu namorado, que me ajudaram muito ao longo da minha vida acadêmica, me acolhendo e me fazendo sentir parte da família. E por fim agradeço a todos que estiveram envolvidos e tiveram sua contribuição para que tudo desse tão certo! OBRIGADO A TODOS! 5 SUMÁRIO RESUMO.................................................................................................................6 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. .7 2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. ..8 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS........................................................................13 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.................................. .15 4.1 Avaliação de memória...............................................................................15 4.2 Avaliação neuropsicológica.....................................................................16 4.3 Avaliação psicológica...............................................................................20 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 25 6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 27 7 APÊNDICE ........................................................................................................ 35 7.1 Apêndice 1 ..................................................................................................... 36 6 AVALIAÇÃO DE PROBLEMAS DE MEMÓRIA EM IDOSOS: UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA. Orientadora: Profa. Kátia Simone Ploner, MSc. Co-Orientador: Prof. Dr. Eduardo José Legal Defesa: Junho de 2007 Resumo: Com o aumento da expectativa de vida as doenças ligadas a velhice começam a se torna mais freqüentes. Entre elas algumas psicopatologias como a depressão e doenças neurodegenerativas (demências) são comuns. As demências são as patologias com maior incidência e são caracterizadas pela presença de déficit progressivo na função cognitiva, com maior ênfase na perda de memória e interferência nas atividades sociais e ocupacionais. É importante, então saber diagnosticá-las e diferenciá-las das perdas de memória não patológicas. Neste sentido, os instrumentos de medida neuropsicológicos e testes psicológicos são indispensáveis no processo de avaliação cognitiva. Este trabalho teve por objetivo levantar, na literatura especializada, os instrumentos utilizados na avaliação da memória em idosos no Brasil, utilizando uma pesquisa bibliográfica. Dentre os testes mais utilizados e indicados na avaliação neuropsicológica estão o MEEM (Mini-exame do Estado Mental), CERAD (Consortium to Establish a Registry for Alzheimer´s Disease), CAMDEX (Cambridge Mental Disorders of the ElderlyExamination) e a escala GDS (Geriatric Depression Scale). Os testes psicológicos mais utilizados na avaliação são WAIS-III, BGFM-1 Bateria Geral das Funções Mentais - Atenção Difusa, Bateria Geral das funções Mentais Atenção Concentrada BGFM-2, G-36 e G-38. Entre as escalas para a detecção e screeening de psicopatologias específicas que indiretamente afetam a memória encontram-se o BDI (Escala de Beck ) e CDR (Clinical Dementia Rating). A avaliação requer conhecimento dos profissionais em relação aos aspectos clínicos das doenças, instrumentos que devem ser utilizados e sua aplicação. O papel da Psicologia em relação a avaliação é de desenvolver instrumentos adequados, adaptados e válidos para todas os períodos do ciclo vital, incluindo a velhice, pois percebemos a falta de instrumentos específicos para avaliar os problemas de memória bem como as psicopatologias relacionadas a esta faixa etária. Palavras chave: velhice, memória e psicodiagnóstico. 7 1 INTRODUÇÃO A longevidade aumenta a cada ano, devido à diminuição das taxas de natalidade e mortalidade, crescendo a proporção de idosos, quando comparados a outras faixas etárias (LAUTENSCLAGER, 2002). Com o aumento de idade as psicopatologias se evidenciam e a demência aparece com prevalência nos casos, considerada hoje um dos mais importantes problemas de saúde pública da atualidade (ALMEIDA &CROCCO, 2000). Dado o fato do aumento da população idosa, é comum esperar que os problemas relacionados também cresçam, não só em número como em importância, diante da proporção que agora ocupam. Os problemas de memória aparecem como um dos primeiros sintomas indicativos de várias psicopatologias, sendo a avaliação neuropsicológica muito importante neste contexto para a identificação e diferenciação do que é normal ou patológico, nas queixas sobre esta função cognitiva. Este aumento das queixas relacionadas a déficit na memória cria a necessidade de atualização dos profissionais que trabalham nesta área e junto com eles, seus instrumentos diagnósticos. A Psicologia tem como uma das suas funções realizar a avaliação neuropsicológica. Esta avaliação é realizada a partir de entrevistas e testagem com instrumentos padronizados. O Conselho Federal de Psicologia (CFP), está reavaliando os testes psicológicos usados na avaliação, calibrando-os em relação à cultura e a novos conhecimentos sobre as funções testadas. Diante deste quadro o objetivo deste trabalho é o de apresentar os instrumentos que podem ser utilizados pelo psicólogo para realizar a avaliação neuropsicológica nas diversas psicopatologias relacionadas à velhice. Para tanto, foram levantados dados bibliográficos sobre os instrumentos neuropsicológicos utilizados e validados no Brasil, bem como os de uso exclusivo do psicólogo, que são recomendados ou indicados para a avaliação de processos cognitivos (incluindo memória), de acordo com os resultados da avaliação sobre estes instrumentos, realizada pelo Conselho Federal de Psicologia. 8 2 REVISÃO DE LITERATURA A cada ano a população idosa cresce mais o que indica um aumento significativo da longevidade. Isto provoca aumento da demanda de necessidades, principalmente na área da saúde, motivo pelo qual muitos profissionais estão se interessando por esta faixa etária (GROISMAN, 2002). “O envelhecimento é o processo de mudanças universais pautado nas determinações genéticas e ambientais agindo sobre cada indivíduo, que se traduz em diminuição da plasticidade comportamental, em aumento da vulnerabilidade, em acumulação de perdas evolutivas e no aumento da probabilidade de morte” (NÉRI, 2001, p.46). Neri e Freire (2000) afirmam que a forma como a pessoa vai estar na velhice depende dos acontecimentos vivenciados pelo indivíduo desde a gestação, de sua herança genética e dos fatores socioculturais. Sendo assim, os indivíduos envelhecem de forma diferenciada, dependendo de como organizaram suas vidas, das circunstâncias históricas, da ocorrência de doenças durante o envelhecimento e de que maneira a pessoa lida com os acontecimentos vividos. É comum na velhice o aumento de várias doenças. Entre os sintomas mais freqüentes, as queixas relativas ao funcionamento de memória levam numerosas pessoas, entre os cinqüenta e sessenta anos, a solicitar um parecer médico. Os pequenos esquecimentos podem ser vistos como normais, contudo quando começam a comprometer o funcionamento da vida pessoal e social das pessoas, estas falhas podem ser indicativas de patologias, por isso a importância de investigá-las (LAUTENSCHLAGER, 2002). Grande parte da população mantém suas funções cognitivas preservadas com o envelhecimento. Entretanto, uma parcela dos idosos evolui com alterações cognitivas que são configuradas como declínio cognitivo leve, ou ainda, evoluem para quadros demenciais. Os quadros demenciais são marcados por um declínio acentuado de memória e outras alterações neuropsicológicas que se apresentam com a idade (STELLA, 2004). 9 É possível encontrar quadros similares a demência em outros transtornos mentais que não configuram um quadro demencial. Por exemplo, os transtornos depressivos geram um quadro de queixas cognitivas, denominado pseudodemência. Neste caso a perda da memória está ligada a fadiga, hipoprosexia, apatia e bradipsiquismo característicos da síndrome depressiva. Contudo, os problemas cognitivos (neste caso, a memória) podem retornar ao nível de funcionamento pré-mórbido. Não obstante, a depressão é considerada um fator de risco para o desenvolvimento posterior de demência, sendo que quando manifestam-se juntas dificultam o diagnóstico e podem agravar ainda mais as capacidades funcionais do paciente (STELLA, 2004). Demência pode ser definida como síndrome caracterizada por declínio de memória associado a déficit de pelo menos uma outra função cognitiva (linguagem, gnosias, praxias ou funções executivas) com intensidade suficiente para interferir no desempenho social ou profissional do indivíduo. O diagnóstico de demência exige, necessariamente, a ocorrência de comprometimento da memória, embora essa função possa estar relativamente preservada nas fases iniciais de algumas formas de demência (CARAMELLI & BARBOSA, 2002). De acordo com Stella (2004), as demências podem ser classificadas, primariamente em degenerativas e secundárias: • Degenerativas - são aquelas decorrentes de um processo de atrofia cerebral progressiva. As demências degenerativas mais prevalentes na população são: Alzheimer, corpus de Lewy, frontotemporal e demência da doença de Parkinson. • Secundárias - que se apresentam decorrentes de processos infecciosos, acidentes vasculares cerebrais ou uso de substâncias. Descrevemos, a seguir, as principais características sintomáticas das demências degenerativas citadas anteriormente. 10 A demência de Alzheimer, que aparece em 60% (sessenta por cento) dos casos, está associada à deterioração das habilidades intelectuais caracterizada classicamente por deterioração da memória e, com freqüência, ocorrem mudanças no comportamento do paciente (ALMEIDA & CROCCO, 2000). Mudanças de conduta e de personalidade aparecem nas etapas iniciais da demência frontotemporal acompanhados de condutas anti-sociais e desinibição. Em momento posterior, aparecem transtornos da linguagem, com anomias, estereotipias e alterações na compreensão (ALLEGRI, et al. 2001). Na demência de corpus de Lewy há a presença de pequenas lesões neuronais que causam declínio cognitivo progressivo com comprometimento das atividades funcionais e ocupacionais, ocorrendo também oscilações do nível de consciência (STELLA, 2004). Episódios de confusão mental, síncopes e quedas, alucinações visuais proeminentes e recorrentes, sintomas motores do tipo parkinsonismo também acontecem nesses casos (idem). A demência na doença de Parkinson apresenta-se com comprometimento das funções cognitivas, sendo que a memória e as funções executivas, especialmente aquelas ligadas a psicomotricidade, são os processos mais comprometidos; depressão, ansiedade, transtorno de pânico e sintomas psicóticos também são agravantes. Das pessoas com diagnóstico de doença de Parkinson, 30% evoluem para demência (STELLA, 2004). Entre as demências adquiridas, a demência vascular é considerada a segunda com maior freqüência, entre 25% e 30% dentre os diferentes tipos de demência. Ela é decorrente de múltiplos infartos ou de apenas um infarto cerebral causando alterações cognitivas, de memória, afasias, agnosias, apraxias, distúrbios das funções executivas, desorientação viso-espacial, distúrbios da atenção concentrada e dificuldade de estruturação lógica do pensamento. Outras demências também são as associadas a lesões cerebrais tumorais, trauma crânio-encefálico e outros acontecimentos. Existem também demências associadas a processos infecciosos como: meningoencefalite, AIDS e também a demência associada ao uso de substâncias (STELLA, 2004). 11 O psicodiagnóstico se faz importante na identificação das diversas psicopatologias, pois se baseia no conhecimento das diferentes manifestações clínicas diferenciando o que é normal do que é patológico. Carameli e Barbosa (2002), também declaram a importância de uma seqüência específica e obrigatória de exames complementares sugerindo então a necessidade uma equipe multiprofissional composta por psicólogos, psiquiatras, enfermeiros e os demais profissionais da saúde. De acordo com Stella (2004), as estratégias de diagnóstico são: - anamnese detalhada com o paciente ou com um familiar no qual é investigada a história do paciente (entrevista); - avaliação psicossocial, pois é importante investigar a qualidade do envolvimento do idoso no seu universo de relações; exames clínicos: físicos, neurológicos e psiquiátricos são importantes para o esclarecimento do diagnóstico; - exames laboratoriais e de neuroimagem; - avaliação neuropsicológica que consiste na investigação das correlações entre a atividade cerebral, principalmente de nível cortical, e a atividade cognitiva. O papel do psicólogo na realização da avaliação neuropsicológica “consiste em avaliar a qualidade das funções cognitivas, seu grau de integridade, identificar alterações sutis nessas funções e fornecer subsídios para o diagnóstico de comprometimento cognitivo ainda em fase precoce” (STELLA, 2004, p. 302). A avaliação também auxilia nas estratégias de reabilitação e no acompanhamento do paciente durante o tratamento. Os dados coletados na avaliação terão validade mediante relação com outras informações sobre a história clínica, condições socioculturais, exame clínico-psiquiátrico. As inovações tecnológicas servindo-se de neuroimagem, técnicas de biologia e genética molecular tem possibilitado uma maior solidez no 12 diagnóstico das mais variadas psicopatologias (GALUCCI NETO; TAMELINI & FORLENZA, 2005). 13 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS A pesquisa bibliográfica segundo Marconi e Lakatos (2001) trata-se de um levantamento de toda bibliografia já publicada sobre o tema, em forma de livros, revistas, publicações e imprensa escrita e tem como finalidade colocar o pesquisador em contato direto com todo material escrito sobre o que está pesquisando. Para Marconi e Lakatos (2001), a pesquisa bibliográfica pode ser dividida em fases distintas que são: escolha do tema, elaboração do plano de trabalho, identificação, localização, análise, compilação, interpretação e redação. Neste trabalho utilizamos esta metodologia para atingir o objetivo proposto. Foram recuperados, selecionados, lidos e analisados estudos referentes à temática pesquisada encontrada em livros, bases de dados (on-line), artigos, monografias e teses já publicadas. As obras foram buscadas em livros na Biblioteca Setorial da UNIVALI, em base de dados científicas como o SCIELO na internet, artigos, monografias disponíveis na universidade e on-line, sites como <www.pol.org.br> e <www.satepsi.org.br>. As palavras chaves utilizadas para a recuperação foram: velhice, memória e psicodiagnóstico. Utilizou-se como ponto de corte temporal as publicações entre 2000 e 2006, sendo que foram utilizados alguns textos que apresentavam muita relevância (de acordo com sua freqüência de citação nas demais obras), que se encontravam publicados antes do ano 2000. A identificação e a fase de reconhecimento do assunto basearam-se no levantamento das obras já publicadas, livros e periódicos verificando o índice das mesmas e as obras contidas neste material. Depois do levantamento bibliográfico e da identificação das obras, buscouse a localização do material bibliográfico. Por tratar-se de um estudo realizado na UNIVALI esta foi a principal biblioteca pesquisada. A compilação é a reunião deste material contido nos livros, revistas e publicações que foram encontrados. O fichamento foi utilizado, então, para condensar os dados obtidos na pesquisa, contendo o autor, ano da obra, cidade, estado, editora e edição. Também foi criado um quadro (apêndice1) contendo o nome do autor, o ano de 14 publicação, o teste ou bateria indicados para avaliação e o que estes testes se propõe a avaliar. A análise e interpretação dos dados se dividiram em quatro fases, sendo a primeira a crítica do material bibliográfico interna (interpretação e valor interno do conteúdo) e externa (texto, autenticidade e proveniência). A segunda fase consistiu na decomposição dos elementos essenciais e sua classificação. Na terceira fase, as informações foram reunidas por semelhança de conteúdo permitindo agrupamento e classificação. A quarta fase, a análise crítica do material encontrado, foi realizada assim que a seleção do material (fases 1 a 3) foi completada (MARKONI & LAKATOS, 2001). Todo o material selecionado para redação continha informações sobre velhice, avaliação de memória, psicodiagnóstico entre outros que se fizeram relevantes ao assunto pesquisado. 15 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 4.1 Avaliação da memória Dentre as alterações decorrentes do processo de envelhecimento se encontra as de origem neuropsicológica, sendo a memória uma das primeiras funções cognitivas a apresentar sinais de queixa por parte dos idosos (SOUZA & CHAVES, 2005). Quando os idosos queixam-se do funcionamento de sua memória, com freqüência referem-se a dificuldades que tem em lembrar-se de nomes, palavras, datas, conversas, lugares, objetos não encontrados, entre outras, estas dificuldades podem ou não serem o início de uma patologia, por isto, deve ser levado em consideração estes esquecimentos na velhice (PINTO, 1999; SOUZA & CHAVES, 2005). A queixa de perda de memória no idoso implica alguns diagnósticos possíveis, desde alterações do afeto, depressão, declínio cognitivo leve, até diagnóstico de demência por isso fica claro o importante papel da avaliação de memória e o desenvolvimento de novas pesquisas na área (ARGIMON & MONTES, 2004). De acordo com Abreu, Forlenza e Barros (2005), o comprometimento da memória é o critério clínico mais utilizado para o diagnóstico de demência quando aparece associado a outros distúrbios tais como afasia, agnosia e apraxia. As doenças que causam dificuldades de memória em idosos são várias e freqüentemente negligenciadas pelas equipes nos estabelecimentos de saúde que não estão preparados devidamente, dificultando a avaliação diferencial dos transtornos cognitivos (REYS et al., 2006). Os instrumentos adequados à nossa realidade são essenciais para auxiliar na avaliação, identificando os pacientes em estágios precoces de demência, ou mesmo outras doenças fazendo com que a intervenção terapêutica possa ser 16 mais eficaz. Por isso, ressalta-se a necessidade do conhecimento, pelos profissionais, dos instrumentos necessários para um diagnóstico cada vez mais preciso (BUSTAMANTE et al, 2003). 4.2 Avaliação neuropsicológica Cunha (2000) nos traz que ao nos depararmos com um pedido de avaliação neuropsicológica deve se estabelecer para que e com qual objetivo ela será feita. A escolha dos testes ou baterias se realizará de acordo com a resposta à estas duas questões. Sabendo que nenhum teste isolado pode proporcionar uma avaliação abrangente do caso os mais utilizados são baterias de testes que avaliam diferentes habilidades e déficits significativos proporcionando o rastreamento cognitivo e o estadiamento da doença (DOURADO et al, 2005). Bateria de testes é a expressão utilizada para designar um conjunto de testes ou de técnicas, que podem variar entre dois ou mais instrumentos, que são incluídos no processo psicodiagnóstico para fornecer subsídios que permitam confirmar ou infirmar as hipóteses iniciais, atendendo o objetivo da avaliação (Cunha, 2000, p.109). A seguir são descritas as baterias mais utilizadas para o diagnóstico de demência focando as funções cognitivas que cada teste se propõe a avaliar. Mini-Exame do Estado Mental (MiniMental ou MEEM). Este instrumento foi desenvolvido por Folstein (1975). Há duas versões brasileiras do mesmo, uma desenvolvida por Bertolucci et al. (1994) e outra, mais atualizada e adaptada, de Brucki et al. (2003). É recomendado na avaliação do estado mental e se faz presente na avaliação de demência como importante instrumento de rastreio (screening) (CAIXETA & NITRINI, 2001; CARAMELI & BARBOSA, 2002; VENTURA & BOTTINO, 2001; ALMEIDA & CROCCO, 2000). Esse teste avalia a 17 presença ou não de alterações cognitivas nos seguintes processos: orientação temporal e espacial, registro, memória imediata, cálculo, memória recente e linguagem. Neste último item são avaliadas agnosia, afasia, apraxia e habilidade construcional. O escore deste teste varia de 0 a 30, tendo como ponto de corte abaixo, considera-se a possibilidade de demência é 24 para pacientes escolarizados e 18 para os analfabetos. (OLIVEIRA, GORETI & PEREIRA, 2006; ABREU, FORLENZA & BARROS, 2005). O MEEM é parte integrante de várias baterias neuropsicológicas afirmam Brucki et al. (2003), tais como as do CERAD (Consortium to Establish a Registry for Alzheimer´s Disease), CAMDEX (Cambridge Mental Disorders of the ElderlyExamination) e SIDAM (Structured Interview for the Diagnosis of Dementia of Alzheimer´s type, Multiinfarct Dementia) entre outras. Cambridge Mental Disorders of the Elderly Examination (CAMDEX). Roth et al (1986) desenvolveram esta escala que tem uma versão em português validada por Bottino (2001). O CAMDEX é uma entrevista estruturada para o diagnóstico de doenças neuropsicológicas relativas ao envelhecimento e principalmente o diagnóstico de Demência em estágios iniciais, tendo como integrante em sua bateria, 19 itens do MEEM e inclui o CAMCOG na sua sessão B, que é uma avaliação cognitiva (REYS, 2006). Esta entrevista avalia orientação, linguagem, memória, atenção, cálculo, praxias, pensamento abstrato e percepção (ALVES, TOSTES & BRASIL, 2003; ABREU, FORLENZA & BARROS, 2005; REYS et al, 2006; ALMEIDA & CROCCO, 2000). Consortium to Establish a Registry for Alzheimer´s Disease (CERAD). Bateria desenvolvida pelos autores Morris et al (1989), possui sua versão brasileira validada por Bertolucci et al (2001). Segundo Abreu, Forlenza & Barros (2005) é a que possui melhor sensibilidade para detecção de demência em quadros iniciais, pois inclui avaliação da memória (fixação, evocação e reconhecimento), linguagem (nomeação e fluência verbal), praxia (cópia de desenhos geométricos), função executiva (teste das trilhas), além de um teste geral (Mini-exame do Estado 18 Mental). Esta bateria também se utiliza de recordação tardia de uma lista de palavras, que é solicitada ao paciente a cada cinco minutos e também 10 objetos, apresentados como desenho simples. GDS (Geriatric Depression Scale). Esta escala foi desenvolvida por Yesavage et al. (1982). No Brasil esta possui várias versões, sendo que a mais utilizada é uma versão reduzida que possui 15 itens, validada por Almeida e Almeida (1999). É composta por 15 questões diretas sobre o estado de humor, atividades diárias, memória, esperança e amparo. As repostas são nominais do tipo “sim” e “não”. É recomendada para idosos, principalmente os analfabetos e pode ser auto administrada ou aplicada por um entrevistador (ALMEIDA e ALMEIDA, 1999). Aparece como importante instrumento no diagnóstico diferencial, pois avalia se é um caso de depressão que é um dos critérios de exclusão para diagnósticos de demência e outros transtornos psiquiátricos (NITRINI et al, 2005). Questionário de Memória Subjetiva (CMS) foi desenvolvido pelos autores McNair e Kahn (1983) e não possui versão em português apesar de citado no Brasil como instrumento de avaliação. Allegri et al (2001) indica a utilização deste instrumento que caracteriza falhas de memória retrospectiva, prospectiva semântica e visual, aponta também a prova de aprendizagem de uma lista de palavras que consiste em 12 palavras não relacionadas que denotam objetos concretos para avaliação de memória episódica e o teste de nomeação de Boston (TNB). Teste de nomeação de Boston (TNB) foi desenvolvido por Kaplan, Goodglass & Weintraub em 1983 . Possui uma versão portuguesa adaptada por Romero (2000). Este instrumento avalia a capacidade de nomeação por confrontação visual para investigar a memória semântica. O TNB é composto de 60 itens desenhados em preto e branco que devem ser nomeados de acordo com seu significado (ALLEGRI et al. 2001; MANSUR et al. 2006). 19 Escala de Mattis (MDRS) foi desenvolvida por Mattis (1988) e possui versão em português adaptada por Porto et al (2003). Esta escala também utilizada na avaliação neuropsicológica, para o diagnóstico de demência é composta de cinco subescalas que agrupadas poderão representar o grau de comprometimento cognitivo ou a gravidade do quadro demencial, no qual se propõe a avaliar atenção, iniciação e perseveração (nomeação de itens), conceituação (semelhanças, raciocínio, igualdade e diferenças) e memória. A MDRS é composta de 36 itens distribuídos em cinco subsecalas, que avaliam o grau de comprometimento do paciente (FOSS, VALE & ESPECIALI, 2005). Clinical Dementia Rating (CDR) tem como autor Hughes (1982) e a versão em português foi desenvolvida por Montaño (2001). Este instrumento é utilizado para o rastreamento e também estadiamento na avaliação demencial. Esta escala é um relevante instrumento geralmente utilizado junto ao MEEM (DOURADO et al. 2004). Esta escala é dividida em categorias que são demência questionável escore com 0,5 e demência escore de 1,0 resultando em total em porcentagem. Um aspecto importante a ser ressaltado é um menor impacto que a escolaridade tem sobre este instrumento em relação a outros, devido a sua abrangência e a utilização de diversos aspectos funcionais usando informação do familiar/cuidador e do próprio paciente podendo ser esta uma das razões a para a perda de influência da escolaridade (MAIA et al, 2006) Informant Questionnaire of Cognitive Decline in the Elderly (IQ-CODE) desenvolvido por Jorm e Jacomb (1989), ainda sem validação em português (BUSTAMANTE et al., 2003; ABREU, FORLENZA e BARROS, 2005). O IQ-CODE possui 26 questões que avaliam o desempenho atual em diferentes situações da vida diária, seus escores brutos variam entre 26 e 130, a pontuação é feita segundo o desempenho (muito melhor, melhor, sem mudanças significativas, pior ou muito pior). Estes autores destacam que os instrumentos de avaliação cognitiva que utilizam informações dos familiares ou cuidadores são muito pertinentes para avaliação, principalmente os que avaliam declínio cognitivo ou não, prevendo 20 quadros demenciais e se correlacionam com outros testes não sofrendo influência da escolaridade. ENEDAM (Entrevista Estruturada para o Diagnóstico de Demência do Tipo Alzheimer) – foi desenvolvido por Zaudig et al. (1991) e o estudo da confiabilidade da versão brasileira foi realizado por Ventura & Bottino (2001). Este instrumento é composto por: a) anamnese; b) seção cognitiva com 40 itens e o MEEM; c) avaliação de alterações de personalidade, vida social e nível de consciência; d) resumos dos escores ENEDAM. Esta entrevista apresenta como vantagens o tempo relativamente curto de aplicação (cerca de 30 minutos) e uma estreita relação com os critérios do DSM-III-R e o CID-10 e é validado como instrumento confiável para o diagnóstico diferencial das demências (VENTURA & BOTTINO, 2001). Teste Comportamental de Memória de Rivermead (TCMR) é de autoria Wilson, Cockburn e Baddley (1989) e foi adaptado para o português por Schmidt e Oliveira (1999). O TCMR possui os seguintes escores: realizou adequadamente(2); realizou parcialmente(1); não realizou a tarefa(0). Variando entre: normal, memória fraca, prejuízo moderado e prejuízo severo. Este instrumento é utilizado para avaliar as habilidades requeridas na vida cotidiana (nomes e histórias), reconhecimento de figuras familiares, tendo objetivo de avaliar as dificuldades na vida real, pois é voltado a problemas de memória e ao funcionamento cognitivo, sendo muito utilizado em avaliação neuropsicológica (BOLOGNANI et al. 2000) 4.3 Avaliação psicológica Dentre os testes aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) para avaliação neuropsicológica se pesquisou aqueles que obedeciam aos seguintes critérios: a) aplicáveis em adultos e/ou idosos; b) que avaliassem memória, atenção, inteligência, funções mentais, depressão e outros aspectos avaliados em baterias neuropsicológicas já aprovadas pelo Departamento 21 Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia para avaliar demência. Os testes psicológicos aprovados pelo CFP são: as Escalas de Inteligência de Wechsler para adultos (WAIS-III), Teste dos Relógios (TDR), Teste de Matrizes Progressivas - Escala Geral (RAVEN), G-36, G-38, Bateria Geral das Funções Mentais - Atenção Difusa (BGFM-1), Bateria Geral das funções Mentais - Atenção Concentrada (BGFM-2), Teste Conciso de Raciocínio (TCR), Escala de Beck e o Questionário de Saúde Geral de Goldberg (QSG). Escala de Inteligência de Wechsler para adultos (WAIS-III) tem como autor Wechsler (1987) e sua versão brasileira foi adaptada por Nascimento e Figueiredo (2002). Esta versão possui 14 subtestes estando agrupados em dois conjuntos, com sete subtestes cada: verbal (Vocabulário, Semelhanças, Aritmética, Dígitos, Informação, Compreensão e Seqüência de Números e Letras) e de execução (Completar Figuras, Códigos, Cubos, Raciocínio Matricial, Arranjo de Figuras, Procurar Símbolos e Armar Objetos) (NASCIMENTO & FIGUEIREDO, 2002). Estas escalas têm a finalidade de auxiliar na avaliação do funcionamento intelectual possibilitando a investigação de problemas emocionais, psiquiátricos e neurológicos do funcionamento cognitivo (CUNHA, 2000). Segundo a mesma autora entre os objetivos mais freqüentes do uso destas escalas é a avaliação de problemas de aprendizagem, QI e o diagnóstico de transtornos neurológicos e psiquiátricos que afetam o funcionamento mental. O Teste dos Relógios (TDR) desenvolvido por Sunderland et al. (1989) é validado no Brasil pelos autores Diegelman et al. (2004). Este teste avalia o funcionamento executivo que designa um conjunto de habilidades cognitivas e princípios de organização, que são avaliados com freqüência em casos com suspeita de demência podendo indicar comprometimento (NITRINI et al, 2005). Este teste é visto como breve, de rápida e fácil aplicação, pois solicita ao indivíduo que desenhe o mostrador de um relógio, com os números, os ponteiros e o horário previamente estabelecido (NITRINI et al, 2005; CARAMELI & BARBOSA, 2002). 22 Matrizes Progressivas de Raven (1938 apud BANDEIRA et al., 2004) adaptado para o português por Angelini et al. (1999) tem como objetivo avaliar o que o autor define como capacidade intelectual geral — fator "g", a capacidade edutiva que consiste em extrair novos significados de uma situação confusa e desenvolver novas compressões, além disso, o teste também se propõe avaliar a capacidade reprodutiva que relaciona-se ao domínio, à lembrança e a reprodução de materiais que costituem a base cultural de conhecimentos (BANDEIRA, 2004). O Teste de Raven (CPM) é um teste que pode ser utilizado em idosos, e é composto por três séries (A, Ab e B) com 12 problemas em cada uma que, somadas, fornecem o escore geral, sendo as séries ordenadas por dificuldade crescente composto por 36 problemas (SISTO, RUEDA & BARTHOLOMEU, 2006). G-36 e o G-38 têm como autor, Bacallandro (2002a, 2002b). São testes não verbais de inteligência que foram construídos para avaliar a inteligência geral, sendo que o teste G-38 surgiu da necessidade de se ter outro instrumento para o reteste dos sujeitos que tivessem se submetido ao G-36 de forma que medisse as mesmas características do outro instrumento (ALCHIERI & CRUZ, 2004). Não foram encontradas explicações sobre a aplicação do testes, bem como seus escores de avaliação. São disponíveis apenas nos seus manuais originais, os quais não tivemos acesso, neste trabalho. Bateria Geral das Funções mentais (BGFM-1), publicado por Tonglet (2002). É utilizado na avaliação de atenção difusa e se constitui em um conjunto de instrumentos psicológicos, que tem por finalidade investigar, avaliar, classificar e padronizar as funções mentais do campo cognitivo, representadas basicamente pela atenção, memória e raciocínio lógico e a bateria BGFM-2 (Bateria Geral das Funções Mentais) (TONGLET, 2003) também é utilizada para avaliação de atenção concentrada, com enfoque neuropsicológico sobre a atenção e emoção, possibilitando o acompanhamento dos percursos cerebrais das vias corticais e subcorticais (BARTILOTTI, SCOPEL & GAMBA, 2006). Não contém explicações sobre a aplicação do testes, bem como seus escores de avaliação. São 23 disponíveis apenas nos seus manuais originais, os quais não tivemos acesso neste trabalho. Teste Conciso de Raciocínio – TCR. Foi desenvolvido por Sisto (2006). Consiste em um teste que avalia inteligência com seqüências de figuras geométricas, que formam seqüências lógicas e apresentam uma parte faltando, solicitando ao participante para completá-las e, para isso, deve escolher dentre as alternativas a parte que melhor complete o desenho, este instrumento é constituído por 20 itens e sua aplicação é feita em 15 minutos, tempo máximo para a realização da prova (SISTO, BARTHOLOMEU & FERNANDES, 2005) Inventário de Depressão de Beck (BDI). Este instrumento foi desenvolvido por Beck et al. (1975), e a versão em português, e seu manual foram traduzidos e adaptados por Cunha (2001). O inventário é composto por 21 itens que avaliam os diversos sintomas ou atitudes que usualmente estão presentes na depressão, independentemente da sua causa. Dentre estas questões, existem itens relacionados com humor, pessimismo, insatisfação, autocrítica, irritabilidade, alterações de peso, dificuldades para o trabalho, fadiga, preocupações com a saúde, alterações de libido, entre outras (MENDES et al, 2003). Questionário de Saúde Geral de Goldberg (QSG). Este instrumento tem como finalidade identificar o perfil sintomático de saúde mental de pessoas com distúrbios psiquiátricos não extremados. De tipo self-report, consta de 60 itens aos quais o sujeito deve responder através de escala de tipo Likert de quatro pontos, em que as alternativas podem variar um pouco em função do teor da pergunta. A avaliação realizada com a ajuda de um crivo ou de computador se dá inicialmente através da obtenção do escore bruto de cada um dos cinco fatores (1.stress psíquico; 2.desejo de morte; 3.desconfiança no desempenho; 4.distúrbios do sono; 5.distúrbios psicossomáticos), bem como do escore bruto geral do questionário. A seguir, obtêm-se os escores sintomáticos dividindo-se a soma das respostas que compõem o fator pelo número de itens que o fator tem. Protocolos com 10% ou 24 mais questões não respondidas são desprezados. Uma tabela de escores percentílicos indica o perfil dos sintomas de distúrbios de saúde do sujeito em relação à norma. Este instrumento tem como autor Goldberg, (1972). A versão brasileira foi realizada por Pasqualli et al. (1994). Em sua última versão o questionário está composto de 12 itens que avaliam o bem-estar psicológico, com o propósito de detectar doenças psiquiátricas não severas. Este instrumento também pode ser empregado como um índice geral de saúde mental segundo Gouveia et al. (2003). 25 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta pesquisa foram utilizados 48 artigos retirados da internet, seis livros considerando os capítulos referentes ao tema, 15 manuais do testes e baterias e outras referências que se fizeram relevantes (sites, revistas on-line, bases de dados). Considerando os instrumentos levantados com a pesquisa percebemos que seriam necessários mais instrumentos específicos em neuropsicologia, voltados para avaliação em idosos. Os testes psicológicos apontados pela literatura, geralmente são muito abrangentes, mas não são específicos para avaliação em idosos. Muitas publicações foram encontradas, mas percebemos poucos trabalhos trazendo o que se avalia e como se avalia, não esclarecendo realmente a Avaliação Psicológica em curso. Em relação à Avaliação neuropsicológica os instrumentos e sua aplicação aparecem no material de pesquisa de forma mais clara e explicativa. Alguns problemas foram detectados neste trabalho tais como: ♦ problemas com adaptações de instrumentos; ♦ falta de validação dos instrumentos e uso dos mesmos; ♦ aplicação; ♦ falta de adequação dos instrumentos aos fatores idade e escolaridade. As adaptações de instrumentos de origem estrangeira estão sendo utilizadas, conforme as pesquisas, de acordo com cada profissional que faz uso destas sem seguir um protocolo padronizado. Os instrumentos traduzidos, muitas vezes, não são adaptados a realidade brasileira sofrendo interferência da cultura e escolaridade em seus resultados. A avaliação em idosos ainda não está recebendo a importância que deveria, levando em consideração que o aumento da proporção desta faixa etária na população não é acompanhado pelo aumento das pesquisas neste período do 26 desenvolvimento humano. Também é relevante apontar a falta de publicações específicas dos profissionais da Psicologia, (avaliação psicológica na terceira idade) o trabalho com esta população e a resultante procrastinação de medidas que venham a diminuir estas carências. A partir do quadro encontrado sugerimos que os Psicólogos e demais profissionais da saúde, pesquisem mais e desenvolvam protocolos de avaliação da memória e outras capacidades cognitivas em idosos para padronizar e organizar as mesmas criando a possibilidade de comparações, e formações de bancos de dados sobre estes transtornos. 27 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, I.D.; FORLENZA, O.V; BARROS, H.L. Demência de Alzheimer: correlação entre memória e autonomia. Revista de Psiquiatria Clínica. P.131136. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010160832005000300005>Acesso em: 20 de março de 2007. ALCHIERI, J.C.; CRUZ, R.M. Avaliação Psicológica: conceito, métodos, medidas e instrumentos.2003. ALLEGRI, R. F.; HARIS, P.; SERRANO, C.; DELAVALD, N. Perfis Diferenciais de Perda de Memória entre a Demência Frontotemporal e a do Tipo Alzheimer. Psicologia Reflexão Critica. v. 14, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010279722001000200007&lng...>Acesso em 10 de janeiro de 2007. ALMEIDA, O.P.; ALMEIDA, S.A. Confiabilidade da versão brasileira da escala de depressão em geriatria (GDS) versão reduzida. Arquivos de Neuropsiquiatria. 1999. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004282X1999000300013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>Acesso em 15 de dezembro de 2006. ALMEIDA, O.P.; CROCCO, E.I. Percepção dos déficits cognitivos e alterações do comportamento em pacientes com doença de Alzheimer. Arquivo Neurologia Psiquiatria,vol.58, no.2A, p.292-299. Jun. 2000. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004282X2000000200015&lng...>Acesso em 15 de setembro de 2006. ALVES, G.S.; TOSTES, M. A. ; BRASIL, M. A. Episódio depressivo grave ou demência de Pick?, Revista de Psiquiatria Clínica, p.169-172. 2003. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rpc/v30n5/a06v30n5.pdf>Acesso em:12 de setembro de 2006. ANGELINI, A.L.; ALVES, I.C B.; CUSTÓDIO, E.M.; DUARTE W. F. Manual: Matrizes Progressivas Coloridas de Raven. São Paulo: Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia. 1999. ARGIMON ,I.L.;MONTES, R.M. A memória como estratégia disgnóstica e de controle na doença de Alzheimer. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, 52-60 jul./dez. 2004.Disponível em:<http://www.upf.br/seer/index.php/rbceh/article/viewFile/15/8>Acesso em 15 de janeiro de 2007. 28 BACCALANDRO, N.E.R. Manual: Teste Não Verbal de Inteligência(G36). São Paulo: Vetor Editora Psicopedagógica.2002a. BACCALANDRO,N.E.R. Manual: Teste Não Verbal de Inteligência(G38). São Paulo: Vetor Editora Psicopedagógica .2002b. BANDEIRA, D. R.; ALVES, I.C.B.; GIACOMEL, A.E.; LORENZATTO L. Matrizes progressivas coloridas de Raven – escala especial:normas para Porto Alegre,RS. Psicologia em Estudo, v. 9, n. 3, p. 479-486, set./dez. 2004. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/pe/v9n3/v9n3a15.pdf>Acesso em: 22 de abril de 2006. BARTILOTTI, C.; SCOPEL, E. J.; GAMBA,P.C. Avaliação psicológica de condutores de veículos no brasil.2006.Disponível em:<http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/A0315.pdf>Acesso em:16 de fevereiro. BECK A.T. et al. Quantitative rating of depressive states. Acta Psychiatrica Scandinavica.51, 161-170. 1975. BERTOLUCCI, P.H.F.; OKAMOTO, I.H.; BRUKI, S.M.D.;SIVIERO, M.O.; NETO J.T.; RAMOS, L.R.. Applicability of the CERAD neuropsychological battery to Brazilian elderly. Arquivos de Neuropsiquiatria, 2001. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004282X2001000400009&script=sci_arttext>Acesso em 10 de fevereiro de 2007. BERTOLUCCI, P.H.F.; BRUCKI, S.; CAMPACCI S.R.; JULIANO, Y. O miniexame do estado mental em uma população geral: impacto da escolaridade. Arquivos de Neuropsiquiatria,1994.Disponível em: <http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang =p&nextAction=lnk&exprSearch=129357&indexSearch=ID> Acesso em 18 de junho de 2006. BOLOGNANI, S. P; GOUVEIA, P.A.R.; BRUCKI, S.M.D.; BUENO, O.F.A. Memória implícita e sua contribuição a reabilitação de um paciente amnéstico. Arquivos de Neuropsiquiatria,2000.Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/anp/v58n3B/2798.pdf>Acesso em 17 março de 2006. BOTTINO C.M.C.; STOPPE A. Jr.; SCALCO, A.Z.; FERREIRA, R.C.R. Validade e confiabilidade da versão brasileira do CAMDEX. Arquivos de Neuropsiquiatria,2001. Disponível em:<http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489102006000500023&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>Acesso em 01 de janeiro de 2007. 29 BRUCKI, S.M.D. NITRINI R.; CARAMELI P.; BERTOLUCCI P. H.F., OKAMOTO I. H. Sugetões para o uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil. Arquivos de Neuropsiquiatria.2003.Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004282X2003000500014&script=sci_arttext>Acesso em: 29 de outubro de 2006. BUSTAMANTE, S.E.Z.; BOTTINO C. M.C.; LOPES M. A.; AZEVEDO D.; HOTOTIAN, S. R. ;LITVOC J. Combined instruments on the evaluation of dementia in the elderly: preliminary results. Arquivos Neuro-Psiquiatria. v. 61, n. 3A, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004282X2003000400014&lng=es&nrm=iso>.Acesso em: 11 Jun 2006. CAIXETA, L.; NITRINI, R. Subtipos clínicos da demência frontotemporal. Arquivos de Neuropsiquiatria, p. 577-581. 2001. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004282X2001000400017&script=sci_arttext>Acesso em : 28 de janeiro de 2007. CARAMELLI, P.; BARBOSA, M. T. Como diagnosticar as quatro causas mais freqüentes de demência?. Revista Psiquiatria, v.24, supl.1. 2002. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sciartext&pid=S151644462002000500003&Ing....> Acesso em: 22 de setembro de 2006. CUNHA, A.J. Psicodiagnóstico-V. 5 ed. Editora: Artmed Editora, 2000. CUNHA, A.C. Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. DIEGELMAM, N.R.; GILBERTSON, A.D.; MOORE, J.L.; BANOU, E. M.R. Validity of the clock drawing test in predicting reports of driving problems in the elderly. 2004. Disponível em:<http://www.biomedcentral.com/14712318/4/10prepub>Acesso em: 05 de junho 2007. DOURADO, M.; LAKS, J.; LEIBING, A.; ENGELHARDT, E. Consciência da doença na demência. Arquivo de Neuropsiquiatria. p. 114-118. 2005.Disponível em:<http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol33/n6/313.html>Acesso em:15 de julho de 2006. FOLSTEIN. M.F.;Folstein S. E. ;Mchugh P.R. Mini-mental state: a practical method for granding the cognitive state of patients for the clinician.J Psychiatr Res 1975;12(3): 189-98. 30 FOSS, M.P.; VALE, F.A. C. ; SPECIALI, J.G. Influência da escolaridade na avaliação neuropsicológica em idosos. Arquivos de Neuropsiquiatria. P.119126. 2005.Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004282X2005000100022&script=sci_arttext&tlng=en>Acesso em: 12 de outubro de 2006. GALLUCCI NETO, J.; TAMELINI, M.G. ; FORLENZA, O.V. Diagnóstico diferencial das demências. Psiquiatria Clínica, v.32, n.3, maio/jun.2005. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sciarttext&pid=S010160832005000300004&Ing... > Acesso em: 22 de setembro de 2006. GOLDBERG,D. The detection of psychiatric illness by questionnaire. London: Oxford University Press.1972. GORESNSTEIN C.; ANDRADE L. Escalas de avaliação clínica em psiquiatria e psicofarmacologia. São Paulo:Lemos; 2000.Disponível em:<http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/r256/index256.htm>Acesso em 21 de janeiro de 2007. GOUVEIA, V.V; CHAVES, S.S.S.; OLIVEIRA, I.C.P.; DIAS, M.R.; GOUVEIA , R.S.V.; ANDRADE, P.R. A utilização do QSG-12 na população geral:estudo de sua validade de construto. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Vol. 19 n. 3, pp. 241248, Set-Dez 2003. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/ptp/v19n3/a06v19n3.pdf>Acesso em:02 de julho de 2006. GROISMAN, D. A velhice, entre o normal e o patológico. História, ciência, saude-Manguinhos., v. 9, n. 1, 2002. Disponível em :<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010459702002000100004&lng...> Acesso em: 10 de agosto de 2006. HUGHES, C.P.; BERG L.; DANGIZER W.L.; COBEN L.A.; MARTIN, R.L. A new clinicalscale for the staging of dementia. Br J Psychiatry.1982.Disponível em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?cmd=Retrieve&db=PubMed&list_uid s=7104545&dopt=Abstract>Acesso em 12 de fevereirode 2007. JORM A.F. ; JACOMB P.A. The Informent Questionnaire on Cognitive Decline in the Elderly (IQCODE): socio-demographic correlates, reliability, validity and some norms. Psychol Med, 1989. KAPLAN, E.; GOODGLASS, H.; WEINTRAUB, S. The Boston naming test. Philadelphia: Lippincott & Wilkins, 1983. LAUTENSCHLAGER, N. T. É possível prevenir o desenvolvimento da demência?. Revista Brasileira Psiquiatria, v. 24, 2002. Disponível em; <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S15164446200200050000 6&lng...> Acesso em: 10 de outubro de 2006. 31 MAIA, A. L. G; GODINHO C.; FERREIRA E. D.; ALMEIDA V.; SCHUH A.; KAYE J. .Aplicação da versão brasileira da scala de avaliação clínica da demência. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. v.64, n.2b. 2006.Disponível em:http://scielo,br.php?script=sciarttex&pid=S0004-282X2006000300025&In Acesso em: 22 de setembro de 2006. MANSUR, L. L.; RADANOVIC M.; ARAÚJO G.C.; TAQUEMORI L. Y.; GRECO L. L. Boston naming test: performance of Brazilian population from São Paulo. PróFono Revista de Atualização Científica. v. 18, n. 1,2006. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010456872006000100003&lng=en&nrm=iso> Acesso em: 11Julho 2006 MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2001. MATTIS S. Dementia Rating Scale: professional manual. Florida: Psycological Assessement Resources, 1988. MCNAIR, M.; KANHR, R. Self-assessment of cognitive deficits. Em T. CROOK, S. FERRIS & R. BARTUS (Orgs.) Assessment in geriatric psychopharmacology (pp. 137-144). New Canaan: Powey. 1983.Disponível em:<http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S092099640300272X>Acesso em: 01 de março de 2007. MENDES, F. M.; TILBERY,C.P.; BALSIMELLI, A. MOREIRA,M.A.; BARÃO-CRUZ, A.M.Depressão na esclerose múltipla forma remitente-recorrente.Arquivos Neuropsiquiatria,2003. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/anp/v61n3A/a12v613a.pdf>Acesso em:21 de março de 2006. MONTAÑO M. Prevalência de demência em uma população de idosos residentes na comunidade.Tese de Doutorado. Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. 2001.Disponívelem:<http://servicos.capes.gov.br/arquivos/avaliacao/estudos/dado s/2001/33009015/022/2001_022_33009015039P8_Teses.pdf>Acesso em 15 de maio de 2007. MORRIS, J.C.; EDLAND, S. ; CLARK, C. ; GALASKO, D. ; KOSS, E. ; MOHS, R. ; VAN BELLE, G. ; FILLENBAUM, G. ; HEYMAN, A. ; The Consortium to Establish a Registry for Alzheimer's disease(CERAD): Part 1.Clinical and neuropsychological assessment of Alheimer's disease. Neurology 1989. NASCIMENTO, E.; FIGUEIREDO, V. L.M. Wisc-III and Wais-III:alterações nas versões originais americanas decorrentes das adaptações para o uso no Brasil. Psicologia Reflexão e Crítica. v.15, n.3, 2002.Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010279722002000300014&lng=pt&nrm=iso>Acesso em 21 de abril de 2007. 32 NERI, A.L.; FREIRE, S.A. E por falar em boa velhice. Campinas, SP: Papirus, 2000. NERI, A.L. Maturidade e velhice: trajetórias individuais e socioculturais. Campinas, SP: Papirus, 2001. NITRINI, R.; CARAMELLI P.; BOTTINO C. M. C.; DAMASCENO B. P.; BRUCKI S. M. D.; ANGHINAH R. Diagnóstico de doença de Alzheimer no Brasil: avaliação cognitiva e funcional. Recomendação do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia. Arquivo Neuro-Psiquiatria. v.63, n.3 a, 2005.Disponível em :<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004282X2005000400034&Ing=pt&nrm=iso>.Acesso em: 30 de janeiro de 2007. NITRINI, R.; CARAMELLI, P.; HERRERA, E. PORTO, C.S.; CHARCHATFICHMAN, H., CARTHERY, M. T.; TAKADA, L.T.; LIMA, E. P. Performance of illiterate and literate nondemented elderly subjects in two tests of long-term memory. J Int Neuropsychol Soc.2004. Disponível em:<http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract;jsessionid=D2EE20765C 960550CB7E10F96961FAA8.tomcat1?fromPage=online&aid=231689>Acesso em 09 de dezembro de 2006. OLIVEIRA, DLC; GORETTI, LC; PEREIRA, LSM. Performance in daily living activities and mobility among institutionalized elderly people with cognitive impairments: pilot study. Revista brasileira de fisioterapia, v. 10, n. 1,2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141335552006000100012&lng=en&nrm=iso>Acesso em: 10 março de 2006. PASQUALI, L.; GOUVEIA, V. V.; ANDRIOLA, W. B.; MIRANDA, F. J.; RAMOS, A. L. M.Questionário de Saúde Geral de Goldberg(QSG):adaptação brasileira. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 1994.Disponível em:<http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol29/n4/181.html>Acesso em 02 de abril de 2007. PINTO, A. C. Problemas de memória nos idosos: Uma revisão. Psicologia ,Educação e Cultura. 1999. Disponível em:<http://www.fpce.up.pt/docentes/acpinto/artigos/14_memoria_nos_idosos.pdf> Acesso em 15 de abril de 2006. PORTO, C.S. Dementia Rating scale – DRS- in the diagnosis of patients with Alzheimer's dementia. Arquivo de Neuropsiquiatria, 2003. Disponível em:<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-31102006150108/>Acesso em 05 de março de 2007. 33 REYS, B. N.; BEZERRA A. B.; VILELA A. L. S.; KEUSEN A. L.; MARINHO V.; PAULA E. Diagnóstico de demência, depressão e psicose em idosos por avaliação cognitiva breve. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 52, n. 6, 2006.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010442302006000600018&lng=en&nrm=iso>Acesso em: 05 de junho 2007. ROMERO, S. B. Desempenho de uma amostra brasileira no teste de nomeação de Boston. 2000. 193f. Dissertação (Mestrado de Neurociências) Universidade Federal de São Paulo. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/pfono/v18n1/29159.pdf>Acesso em 04 de março de 2007. ROTH, M.; TYM E,; MOUNTJOY CQ,; HUPPERT FA,; HENDRIE H,;VERMA S,; GODDARD R. CAMDEX- A standardized instrument for the diagnosis of mental disorder in the elderly with special reference to the early detection of demantia. Br J Psychiatry, 1986;149:689-709.Disponível em:<http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0167494398001162> Acesso em 29 de dezembro de 2006. SCHMIDT, S. L.; OLIVEIRA, R. M. Teste Comportamental de Memória Rivermead. Rio de Janeiro: Cognição, 1999. SISTO, F. F., BARTHOLOMEU, D.; FERNANDES, D. C. Inteligência e conhecimento para conduzir veículos automotores. Psicologia pesquisa trânsito. . dez. 2005, vol.1, no.1 [citado 11 Junho 2007], p.53-62. Disponível em:<http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180891002005000100008&lng=pt&nrm=iso>Acesso em: 21 de fevereiro de 2007. SISTO, F.F. Manual: Teste Conciso de Raciocínio. São Paulo: Vetor Editora Psicopedagógica .2006. SISTO, F. F.; MARIN RUEDA, F. J.; BARTHOLOMEU, D. Estudo sobre a unidimensionalidade de teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven.Psicologia: Reflexão e Crítica. v.19,n.1, 2006.Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex&pid=S010279722006000100010&Ing=pt&nrm=iso>. Acesso em: 03 abril de 2007. SOUZA, J. N.; CHAVES, E. C. O efeito do exercício de estimulação da memória em idosos saudáveis. Revista da Escola de Enfermagem da USP. v. 39 (1) 2005.Disponível em;< http://www.ee.usp.br/reeusp/index.php?p=html&id=40...>Acesso em: 12 de janeiro de 2007. STELLA, F. Funções cognitivas e envelhecimento. IN: PY, Ligia, P.; Jaime L.; SÁ, J. L.; GOLDMAN, S. N. (orgs). Tempo de envelhecer: percursos e dimensões psicossociais. Rio de Janeiro: NAU Editora, 2004 (p. 283-320). 34 SUNDERLAND, T.; HILL, J.L.; MELLOW, A.M.; LAWLOR, B.A.; GUNDERSHEIMER J.; NEWHOUSE, P.A.; GRAFMAN, J.H. Clock Drawing in Alzheimer´s Disease: a novel measure of dementia severity. Journal of the American Geriatric Association, 37, 1989, p.725-729. Disponívelem:<http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract?fromPage=onli ne&aid=416299>Acesso em 11 de abril de 2007. TONGLET, E.C. Bateria Geral das Funções Mentais 1. São Paulo: Vetor.2002. TONGLET, E.C. Bateria Geral das Funções Mentais 2. São Paulo: Vetor.2003. VARGAS, A. P.; CAROD-ARTAL F. J.; DEL NEGRO M. C.; RODRIGUES M; P; C. Demência por neurossífilis: evolução clínica e neuropsicológica de um paciente. Arquivo de Neuro-Psiquiatria., v. 58, n. 2B, 2000.Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004282X2000000300029&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 Junho 2006. VENTURA, M.M. & BOTTINO C.M.C. Estudo de confiabilidade da versão em português de uma entrevista estruturada para o diagnóstico de demência. Revista da Associação Médica Brasileira. v.47, n.2 abr./jun.2001.Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010442302001000200028&lng=pt&nrm=iso>Acesso em 12 de novembro de 2006. WESCHLER, D. Weschler Memory Scale- revised manual. New York: Psychological Corporation,1987. WILSON B.A; BADDELEY A.D.; COCKBURN J.M. How do old dogs learn new tricks: teaching a technological skill to brain injured people. Cortex;25:115119. 1989. YASAVAGE J.A.; BRINK, T.L.; ROSE, T.L.; LUM, O.; HUANG, V.; ADEY, M; LEIRER V.O. Development and validation of a geriatric depression screening scale: a preliminary report. J. Psychiatr. Res. 1983.Disponível em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?cmd=Retrieve&db=PubMed&list_uids =7183759>Acesso em 14 de março de 2007. ZAUDIG, M; MITTELHAMMER, J.; HILLER, W.; PAULS, A.; THORA, C.; MORINIGO, A.; MOMBOUR, W. SIDAM- A Structured Interview for the Diagnosis of Dementia of the Alzheimer Type, Multi-Infarct Dementia and Demantia of Other Etiology According to DSM-III-R and ICD-10. Psychologycal Medicine. 1991. 35 7 APÊNDICE 36 7.1 Apêndice 1. Quadro 1. Demonstrativo dos artigos que se referem a utilização e/ou indicação de testes, inventários e escalas utilizados na avaliação de aspectos cognitivos de idosos. AUTOR, ANO TESTES E BATERIAS INDICADOS E OU UTILIZADOS 1-Nitrini,et al 2005. (GDS) 2-Alegri et al 2001. (CMS Questionário de memória subjetiva) (episódica lista de palavras) (semântica confrontação visual e o WAIS) (TNB) 3-Alves,Tostes & Brasil, (CANCOG) 2003. 4-Foss, Vale Especiali, 2005. & 5-Caixeta, Nitrini (MDRS) (MEEM) (VOSP) (WAIS) 2001. 6-Dourado et al, 2005 (MEEM), (APISID), (CDR) 7-Abreu, Forlenza, Barros, 2005. (MEEM) (IQ-CODE) (CERAD) (B-ADL) (Índice de Katz) (CAMCOG) (MEEM) (Escala de Blessed) (ADASCOG) 8- Bertolucci et al 2001. (CERAD) 9- Carameli & Barbosa, 2002. (MEEM) (evocação tardia de listas de palavras ou figuras) (TDR) 10-Maia et al 2006. (MEEM) (CDR) (Memória Lógica de Wechsler) 11-Neto et al 2005. (IQCODE) (MEEM) ( escala de demência de Blessed) 12-Bolognani 2000. et al 13- Yassuda, Lasca & (TCMR) (MIA) (MSEQ) 37 Neri, 2005. 14-Charchat-Fichman et al,2005. (CDR) 15- Ventura & Bottino, 2001. (ENEDAM) (MEEM) confiáveis na geriatria (GMS) (CARE) (CAMDEX) 16-Reys et al, 2006. (MEEM) (CANCOG) 17- Almeida & Crocco 2000. (MEEM) (QD) (CANCOG) (CAMDEX) 18- Stuart, 2002. ( MEEM) (MSQ) 19- Mansur, 2006. (TNB) 20- Sisto, Marin Rueda e Bartolomeu, 2006. (Raven) 21-Nascimento Figueiredo, 2002. (WISC E WAIS) e 22- Bartolotti, Scopel e Gamba, 2006. (BGFM-1) (BGFM-2) 23- Souza e Chaves, 2005. (MEEM) ( Escala de Beck) (IDATE) 24- Gouveia et al. 2003. (QSG) ( ESCALA DE SATISFAÇÃO COM A VIDA) 25-Cunha, 2000. (WAIS) 26-Argimon e Montes, 2004. (MEEM) (WAIS) 27- Mendes et al. 2003. (Escalas de Beck) (MAIS) 28- Rueda e Sisto, 2006. (RAVEN) 29- Nitrini, Carameli e Bottino, 2005. (MEEM) (CERAD) (CAMDEX) (TNB) (TDR) (IQ-CODE) (Escala Bayer) (ADAS-COG) (WAIS) (CDR) (NEUROPSI) 38 30- Alchieri e Cruz, 2004. (G-36) (G-38) 31- Pasquali ,1994. (QSG) et 37- Bandeira, 2004. al. (RAVEN)