Aproveitamento de Energia dissipada: Piezoeletricidade Aproveitamento de Energia dissipada: Piezoeletricidade Alessandra P. R. Teixeira, Alexandre Artus R. Bezerra, André M. Duarte, Isabele S. de Lima, Nádia S. S. Guimarães,Theo T. Moreira Professor: Hugo Barbosa Suffredini, CCNH Universidade Federal do ABC, Campus Santo André, SP Resumo Placas piezoelétricas possuem a capacidade de transformar a energia da deformação mecânica em energia elétrica. O experimento visa verificar a relação entre a pressão exercida sobre a placa piezoelétrica e a tensão gerada por ela, além de teorizar uma possível aplicação da piezoeletricidade na oxigenação de rios poluídos. Verificou-se que há um limite para a liberação de energia elétrica e concluiuse que o aumento exagerado de pressão no sistema afetaria seu funcionamento de forma negativa. INTRODUÇÃO Piezoeletricidade é a capacidade que alguns cristais possuem de gerar corrente elétrica a partir de pressão mecânica, movimento, vibrações ou variações de temperatura (efeito piezoelétrico direto). Esse fenômeno foi descrito pela primeira vez em 1880 pelos irmãos Curie, que observaram que certos materiais geravam eletricidade quando deformados [1-2]. As cerâmicas piezoelétricas são constituídas de inúmeros cristais ferroelétricos microscópicos, estruturas policristalinas geralmente do tipo Perovskita, que apresentam simetria tetragonal, romboédrica ou cúbica simples, dependendo da temperatura em que o material se encontra [3-4]. Figura 1: Estrutura Perovskita [4] O efeito piezoelétrico inverso caracteriza-se pela deformação das placas a partir da aplicação de um campo elétrico e ocorre devido à existência de um dipolo interno no material [4]. OBJETIVO Verificar a relação entre a pressão exercida sobre as placas piezoelétricas e a diferença de potencial elétrico gerada por elas. METODOLOGIA Primeiramente, pesou-se uma barra metálica, uma régua, uma barra roscada e algumas porcas e soldou-se fios condutores às placas piezoelétricas. Verificou-se, então, o funcionamento de cada uma delas com o auxílio de um multímetro. Tendo sido feita a verificação, utilizou-se silicone para fixar as placas piezoelétricas a um tapete de borracha com elevações e aguardou-se a secagem. IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011 Aproveitamento de Energia dissipada: Piezoeletricidade Sobre o tapete de borracha foram posicionadas moedas de R$ 0,10 de maneira a coincidirem com as placas, coladas na parte inferior do tapete, e utilizou-se fita adesiva para que elas não se deslocassem. Os fios soldados às placas foram organizados em circuitos paralelos com o auxílio de uma placa de testes, para evitar que a danificação de uma placa prejudicasse todo o sistema e para gerar maior corrente elétrica. O multímetro foi adicionado ao circuito e ligado na função Voltímetro. Utilizou-se, então, a placa metálica e a régua, separadamente, para pressionar o sistema de forma distribuída. Mediu-se catorze valores de tensão para cada combinação de peso (variado com a utilização das porcas e da barra roscada), sendo sete deles obtidos quando do apoio do peso sobre o sistema, e os outros sete, quando de sua retirada. Calculou-se a área da placa de piezo para que se pudesse calcular a pressão exercida no sistema. A partir dos valores obtidos, criou-se um gráfico de dispersão relacionando as variáveis Pressão e Voltagem. RESULTADOS E DISCUSSÃO adaptação do sistema que transmite a pressão para as placas piezoelétricas para garantir a sua eficiência. Pensou-se, como possível aplicação para a tecnologia, na implantação de placas piezoelétricas sob alguns trechos de rodovias marginais. A energia liberada seria captada por capacitores, retida por diodos e armazenada em baterias, que movimentariam uma hélice, promovendo a oxigenação de rios poluídos, como o Tietê. Figura 3: Ilustração esquemática da aplicação CONCLUSÕES A diferença de potencial gerada pelas placas piezoelétricas não varia linearmente com a variação da pressão aplicada sobre elas, por isso é necessária a adequação do sistema de acordo com a pressão que lhe será aplicada, para evitar a danificação das placas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Figura 2: Gráfico de dispersão dos valores obtidos com linha de tendência logarítmica. Verifica-se que, com um aumento progressivo da pressão exercida sobre as placas, a tensão converge, evidenciando que as placas possuem uma deformação e um potencial elétrico máximos limitados. O aumento excessivo da pressão exercida nas placas levaria à inutilização do sistema por rompimento. É necessária, então, a [1]http://www.innowattech.co.il/technology.aspx [2]http://pt.wikipedia.org/wiki/Piezoeletricidade [3]www.atcp.com.br [4]http://www.atcp.com.br/imagens/produtos/ceramic as/artigos/RT-ATCP-01.pdf AGRADECIMENTOS Agradecemos ao professor Hugo Suffredini e a Jayme R. Teixeira Filho pelo incentivo, auxílio e sugestões durante os desenvolvimentos teórico e prático do projeto. IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011