Química 5 Química Física 1 Preparado por Dr. Onesmus M. Munyaki Traduzido por Prof. Doutor André Gulube Universidade Virtual Africana 2 Nota Este documento é publicado sob as condições da Creative Commons http://en.wikipedia.org/wiki/Creative_Commons Atribuição http://creativecommons.org/licenses/by/2.5/ Licença (abreviada “cc-by”), Version 2.5. Universidade Virtual Africana 3 Indice I. Química5, Química Física1 _____________________________ 3 II. Pre-requisitos do curso ou conhecimentos _____________________________ 3 III. Tempo ____________________________________________________ 3 IV. Materiais V. _________________________________________________ 3 Racionaliza;\ao do Módulo __________________________________________ 4 VI. Contéudost __________________________________________________ 4 6.1 Resumo ____________________________________________ 4 6.2 Contornos _____________________________________________ 5 6.3 Organização gráfica _____________________________________ 6 VII. Objectivos gerais ________________________________________ 7 VIII.Objectivos específicos de Ensino ________________ 8 IX. Actividades de Ensino e Aprendizagem ______________________________ 11 9.1 Pre-Avaliação _____________________________________ 11 9.2 Respostas _________________________________________ 14 9.3 Comentários pedagógicos para os estudantes __________________ 16 X. Conceitos chaves (Glossário) ____________________________________ 17 XI. Leituras obrigatórias____________________________________ 20 XII. Fontes obrigatórias XIII. Ligações úteis _____________________________________ 22 _____________________________________________ 23 XIV. Actividades de Aprendizagem _________________________________________ 28 XV. Síntese do Módulo XVI. Avaliação sumativa XVII. Referências __________________________________ 118 _____________________________________ 119 _____________________________________________ 123 XVIII. Pontuação dos estudantes XIX. _______________________________________ 124 Autor principal do Módulo _________________________________ 125 XX. Estrutura do____________________________________________ Ficheiro 126 Universidade Virtual Africana 4 I. Química 5, Química Física 1 Dr. Onesmus M. Munyaki II.Pre-requisitos do Curso ou Conhecimentos Os estudantes devem ter aprendido Energia e Reacções químicas na Unidade III no Módulo de Química2: Introdução à Química Os estudantes devem ser capazes de: • Distinguir entre reacções exotérmicas e endotérmicas e desenhar os seus perfis • Fazer cálculos estequiométricos envolvendo mudanças caloríficas • Explicar o conceito de entalpia e fazer calculus usando o conceito • Predizer a espontaneidade de reacções químicas baseando-se na entalpia, entropia e energia de Gibbs qualitativa e quantitativamente • Fazer cálculos envolvendotrocas de energia que ocorrem nas reacções químicas • Escrever e interpreter a lei da velocidade e a etapa que a determina • Enunciar e explicar os factores que afectam a velocidade das reacções III. Tempo 120 horas Tópicos Tempo Aproximado (horas) Teoria cinética dos gases Termodinâmica Termoquímica Espontaneidade nos processos químicos Cinética química 20 30 15 30 25 IV. Materiais De forma a completer com sucesso este módulo, as actividades de aprendizagem vão requerer disponibilidade de ligação à Internet, para permitir •_ O acesso às actividades de aprendizagem em online •_ Avaliação online em forma de (quizzes), testes, (assignments) e Experiências •_ Interação multimedia (incluindo Videoconferência) •_ Biblioteca electrónica (e-Library) e utilização de base de dados Universidade Virtual Africana 5 •_ Discussão em grupo e sessões, chat •_ Acesso à Biblioteca ecentros de estudo individual •_ Acesso a livros recomendados e matriais de referências (baseados em materiais web de aprendizagem) V. Módulo racional A Química Física estuda os princípios físico que governa, as propriedades e comportamentos de sistemas químicos. O conhecimento destes princípios é importante e fornece uma armadura para todos os ramos da química, na química física, síntese de compostos em laboratórios de pesquisa, produção de químicos em larga escala ou na compreeensão dos intrigantes processos biológicos nas células. O Módulo está construído de forma a permitir-lhe a compreensão de princípios físicos em química. Ela trata três áreas principais: Termodinâmica, química quântica e cinética química. O Estudo da termodinâmica permite ao químico predizer se uma reacção vai ocorrer ou não quando os reagentes são misturados, em certas condições específicas. Por outro lado, os químicos industriais muitas vezes enfatizam a velocidade das reacções do que na precentagem em que elas ocorrem. Os químicos orgânicos usam os estudos cinéticos para determinar o mcanismo das reacções e dizerquão rápido será formado o produto. VI. Conteúdos 6.1. Resumo Este módulo trata de conceitos avançados em química-física que cobrem os tópicos da termodinâmica, cinética química, e da teoria cinética molecular. No nosso estudo da termodinâmica (termodinâmica vem das palavras gregas de "calor" e "Poder" e vamos ver a primeira e segunda leis da termodinâmica, suas aplicações em processos pressãovolume, e trocas de energias associadas às reacções químicas. Na cinética química vai-se tratar das leis de velocidade e factores que afectam as velocidades das reacções químicas Na teoria cinética molecular, procuraremos explicar o comportamento geral dos gases do ponto de vista molecular. Universidade Virtual Africana 6 6.2 Contornos As cinco unidades do módulo serão tratadas nos seguintes tópicos: Unidade I: Teoria cinética dos gases (20 horas) Assumpção da teoria cinética Predições da teoria cinética Velocidades moleculares e distribuição Unidade II: Termodinâmica (30 horas) Aspectos fundamentais da primeira Lei Conceitos básicos Trabalho, Calor e Energia Enunciado da primeira Lei Funções de estado Processos a pressão e volume constantes Unidade III: Termoquímica (15 horas) Mudanças de entalpia padrão Entalpia de mudamças químicas: Entalpia de reacção Enatalpia nas transformações físicas Lei de Hess Unidade IV: Espontaneidade em processos químicos A segunda lei da termodinâmica Relação entre Entropia e Espontaneidade Energia livre e Equilíbrio Unidade V: Cinética química (25 horas) Velocidades das reacções químicas Medição das velocidades das reacções Velocidade da reacção Leis integradas das velocidades Depedência entre Velocidade da reacção e Temperatura (30 horas) Universidade Virtual Africana 7 6.3 Organização gráfica Química Fisica I Unidade I Teoria cinética molecular Unidade II Termodinâmica Unidade III Termoquímica Unidade IV Espontaneidade em processos químicos Unidade V Cinética Química Universidade Virtual Africana 8 VII. Objectivos Gerais Ao completer este modulo os estudantes devem ser capazes de: •_ Explicar o comportamento dos gases usando a teoria cinética molecular •_ Fazer computações envolvendo problemas ligados às leis dos gases •_ Calcular a magnitude da energia liberta ou absorvida em reacções químicas •_ Predizer se a mudança de entropia do sistema numa dada reacção, é positiva ou negativa •_ Identificar qualitativamente, mudanças de entropia associadas a processos químicofísicos •_ Predizer a direcção espontânea de um processo químico •_ Usar a equação de energia livre de Gibbs para (a) predizer a espontaneidade de um processo, (b) para explicar o efeito da mudança de entalpia, entropia e temperatura numa reacção química. •_ Explicar e definirr os termos favoráveis para mudanças espontâneas: entropia, segunda lei da termodinâmica e energai livre. •_ Aplicar os conceitos aprendidos no módulo na resolução de um problema prático da vida real. Universidade Virtual Africana 9 VIII. Objectivos específicos de Aprendizagem (Objectivos instrucionais) Unidade Objectivos específicos de Aprendizagem Unidade I:Teoria cinética dos Gases • Hipóteses/Suposições da teoria cinética molecular • Predições da teoria cinética • Lei de Distribuição de Velocidades No fim desta unidade o estudante deve ser capaz de: Moleculares de Maxwell • Formular e explicar as suposições da teoria cinetica aplicada a gases •Explicar as propriedades dos gases usando a teoria cinetica • Explicar a essencia da diferença do comportamento entre um gás real e ideal • Uso da teoria cinética na explanação das leis dos dos gases • Derivar a equação que explica a pressão de um gás sob ponto de vista molecular P= (1/3).Nm (V)2 • Efectuar calculos relacionados com mudanças de pressão, volume ou temperatura envolvendo as leis bem como a equação ideal dos gases Unidade II: Thermodinâmica • Aspectos fundamentais da 1ª Lei • Conceitos Básicos • Trabalho, Calor e Energia • Formulação da 1ª Lei • Funções de Estado • Processos sob volume e pressão constantes No fim desta unidade o estudante deve ser capaz de: • Definir os conceitos: sistema, universo, sistema aberto, sistemas fechado e isolado • Definir e explicar os conceitos calor, trabalho e energia • Formular a 1ªLei da Termodinâmica e aplicala na resolução de problemas relacionados com processos químicos • Diferenciar as funções de estado, das não de estado • Distinguir entalpia e energia térmica • Descrever, explicar e relacionar a 1ªLei da Termodinâmica com reacções químicas que ocorrem a pressão ou volume constantes. Universidade Virtual Africana 10 No fim desta unidade o estudante deve ser capaz de: Unidade III: Termoquímica • Explicar que as transformações químicas são acompanhadas por alterações enrgéticas principalmente em forma de energia térmica • Mudanças de Entalpia Padrão • Entalpia nas Alterações químicas: Entalpia da reacção • Defenir os termos processos exotérmicos e endotérmicos • Entalpia numa transformação física • Lei de Hess • Descrever como pode ser feita a medição calorimétrica da alteração da entalpia e energia térmica numa reacção química • Defenir energia de ligação. Use as tabelas de energies de ligação para estimar as as entalpias da reacção • Escrevere as equações termoquímicas - Combine uma série de etapas de equações termoquímicas para a obtenção do entrelaçamento duma equação termoquímica (Lei de Hess) Escrever equações termoquímicas para reacções de combustão e formação Unidade IV: Espontaneidade em processos químicos • Espontaneidade em processos químicos • A 2ªLei da Termodinâmica • Relação entre Entropia e Espontaneidade • Energia Livre e Equilíbrio No fim desta unidade o estudante deve ser capaz de: • Explicar o que se entende por um processo espontâneo • Defenir o conceito Entropia • Explicar a 2ª Lei da Termodinâmica • Predizer qualitativamente a direcção duma reacção com base na entropia • Defenir o termo energia livre e explicar a sua relação com (Propriedades) o Equilíbrio • Usar a Energia Livre de Gibbs para predizer se uma reacção será espontânea ou não Universidade Virtual Africana 11 Unidade V: Cinética Química No fim desta unidade o estudante deve ser capaz de: • Velocidades das Reacções Químicas • Explicar e usar os termos: Velocidade da • Medição das Velocidades das Reacções reacção, Lei da velocidade da reacção, • Velocidade da Reacção ordem da reacção, constante da velocidade, • Leis das Velocidades Integradas tempo médio de vida duma reacção, passo • Factores que afectam as Velocidades das Reacções determinante da velocidade • Escrever a expressão da velocidade das reacções químicas • Predizer como é que mudanças nas condições afectam a velocidade da reacção química • Determinar a ordem da reacção a partir de dados experimentais Universidade Virtual Africana 12 IX. Actividades de Ensino Aprendizagem 9.1 Pre-avaliação Título da Pre-avaliação Princípios fundamentais para a compreensão da termodinâmica, teoria cinética e cinética química. Justificação A pre-avaliação foi desenhada com vista a determinar o que tu ja aprendeste sobre alguns conceitos fundamentais das ciências físicas, os quais são a chave para o sucesso neste módulo. As Questões vão desde os conceitos e princípios básicos das leis dos gases cujo conhecimento será necessário para a aprendizagem da teoria cinética neste módulo até aos conceitos que envolvem mudanças de calor durante a reação química, ções. Os últimos conceitos são necessários para a compreensão da termodinâmica e cinética química. Questões 1. Indique a partir das seguintes afirmações, as que descrevem correctamente um processo exotérmico. (a) Um processo químico no qual a energia térmica é libertada para o universo/ambiente (b) Um processo em que há aumento do grau de desordem (c) Um processo químico no qual a energia em forma de calor é absorvida pelo universo (d) Um processo químico no qual o calor não é absorvido nem liberto 2. “O volume de uma quantidade fixa de gás à pressão constante é directamente proporcional à temperatura absoluta”. A que lei se refere esta afirmação? (a) (b) (c) (d) Lei de Charles Lei de Boyle Lei de Graham Lei de gas combinado Universidade Virtual Africana 13 3. Qual das curvas a seguir é uma representação correcta do produto da pressão volume versus pressão para o gráfico de uma massa fixa de um gás ideal a temperatura constante? PV PV PV P (a) P P (b) PV (c) (d) P 4. Os dados cinéticos de uma certa reacção são plotados e produzem uma linha recta. A reacção mostra-se de segunda ordem. Os indicativos para os eixos X e Y, são respectivamente: (a) (b) (c) (d) Representação gráfica de t vs 1/[A] Representação gráfica de [A] vs t Representação gráfica de t vs ln[A] Representação gráfica de 1/[A] vs t 5. Qual das seguintes alíneas não terá nenhum efeito sobre a velocidade de reação? (a) (b) (c) (d) Presença de calalizador Estado físico Concentração Polaridade 6. O gráfico mostra a distribuição de Boltzmann de velocidades moleculares. Número de Moléculas Velocidade Qual das seguintes afirmações não é correcta? (a) O Aumento da temperatura sempre diminui o número de moléculas com elevadas velocidades num determinado volume. (b) A área sob a curva é proporcional ao número de moléculas presentes Universidade Virtual Africana 14 (c) O aumento da temperatura desloca o máximo da curva para a direita (d) A curva mostra a distribuição da média dos quadrados das suas velocidades 7. O diagrama abaixo é uma representação de uma Montanha. A e B representam duas rotas usadas por um alpinista a alcançar o topo da montanha. Topo da Montanha, Estado 2 A B Altura Base da Montanha, Estado 1 Qual das seguintes afirmações não é verdadeira? (a) A mudança da energia potencial é a mesma, independentemente do caminho tomado (b) Quantidade diferente de trabalho é feita usando os caminhos A e B. (c) Se o alpinista sai do estado 1 ao estado 2 e volta ao estado 1, a energia potencial retorna para o seu valor inicial. d) A mudança na energia potencial seria diferente se o alpinista tivesse sido levado da base da montanha até ao topo sem envolvimento do seu esforço. 8. Uma frequentadora de ginásio levanta pesos como forma de controle de seu regime e peso. Ela deita-se de costas e levanta pesos em forma de sino de 10 kg, para uma altura de 60 cm. Quanta energia é gasta, se ela fizer este exercício 10 vezes? (a) (b) (c) (d) 15 J 10 J 600 J 25 J. 9. Um sistema é definido como a parte do universo que se escolhe para o estudo e é classificado de acordo com sua interação com o ambiente. Uma chávena de café é tida como um sistema termodinâmico e é classificada como um (a) Sistema fechado (b) Sistema aberto (c) Sistema Isolado (d) Ambiente Universidade Virtual Africana 15 10. Qual das afirmações sobre o efeito de um catalisador em uma reação reversível é correcta? (a) Aumenta a constante de equilíbrio da reação directa (b) Aumenta o rendimento do produto no equilíbrio (c) Diminui a constante da velocidade em ambas as direcções (reacção directa e inversa) (d) Aumenta a velocidade da reação directa e inversa Título da Pre-avaliação Princípios fundamentais para a compreensão da termodinâmica, teoria cinética e cinética química. 9.2 Respostas 1. (a) Processo exotérmico é aquele em que se observa aumento de temperature num sistema isolado ou não isolado, e fornece calor ao ambiente. 2. (a) A lei de Charles afirma que o volume de uma quantidade fixa de gás a pressão constante, é directamente proporcional a temperatura absoluta. Matematicamente é expressa como V T ou V = bT. O valor da constante b depende da quantidade de gás e pressão. 3. (c) PV = nRT é constante, contudo a curva é uma linha horizontal. Representação gráfica em C. 4. (d) A lei de velocidade de uma reacão de segunda ordem é dada pela velocidade dea mudança de [A] = k[A]2 A forma integral da equação é 1+ = kt [A]t [A] 1 0 African Virtual University __ 1 contra t dá origem a uma linha recta. O gráfico de [A] 5. (d) A polaridade – não tem nenhum efeito na velocidade da reacção 6. (a) A primeira afirmação não é correcta, partindo de principio de que, o aumento da temperatura, aumenta o número de moléculas com elevadas velocidades e reduz aquelas com menores velocidades. 7. (d) A Energia potencial é uma função de estado e não depende do percurso feito. 8. (c) Ao elevar o sino mudo ela estará a realizar trabalho contra a força de gravidade. O trabalho feito neste caso é Força = massa x aceleração = 10 kg x 10 m s-2 = 100 kg m s-2 Trabalho = força x distância = 100 x kg m s-2 x 0.6 m = 60 kg m2 s-2 = 60 J para cada elevação. Em dez vezes o trabalho feito = 60 J x 10 = 600 J 9. (b) Um sistema aberto é aquele onde se observa troca de massa e energia entre o sistema e a vizinhança. Neste caso, a matéria perde-se em forma de vapor e o calor na forma de energia térmica. 10. (d) O catalizador aumenta a velociade de uma reacção usualmente diminuendo o valor da energia de activação, tanto para a reacção directa bem como para a inversa. O catalizador pode ser recuperado sem sofrer transformação no final da reacção. African Virtual University __ 9.3 Comentários pedagógicos para os estudantes O teste de avaliação pode servir de indicador dos contéudos a assimilar neste modulo. O seu desempenho ajudar-lhe-á a identificar as areas de conhecimento a focalizar, ou itens de informação que precisam de atenção especial. Por exemplo, deve tomar nota de que precisa especialmente de ser cuidadoso nos sinais, símbolos e unidades quando estiver a realizar cálculos neste módulo; e que a temperatura absoluta (Kelvin) deve ser usada sempre em conexão com as leis de gases, nas quais a temperatura é factor. Os estudantes que tiverem registado menos de 40%, são suspeitos a encontrarem dificuldades significantes neste módulo. Recomenda-se que tais estudantes revisitem os pré-requisitos do módulo da Química 2. African Virtual University __ X. Glossário Escala de temperatura absoluta. Refere-se a escala de temperature que usa o zero absolute como a temperatura mais baixa. Zero absoluto. Teoricamente a temperature mais baixa. É a temperature na qual a energia cinética dos átomos e moléculas é mínima. Fronteira Adiabática. Fronteira que não permite a transferência de energia na forma de calor Lei de Avogadro. O volume de um gás é directamente proporcional ao número de moles do gás presente, a pressão e temperatura constantes directly proportional to the number of moles of the gas present. Lei de Boyle. O volume de uma massa fixa dum gás mantido a temperatura constante é inversamente proporcional a pressão do gás. Calorímetro. Dispositivo para a medição de transferência de calor. Lei de Charle. O volume de uma quantidade fixa de gás mantido a pressão constante é directamente proporcional a temperatura absoluta. Sistema fechado. Sistema com uma fronteira a partir da qual não se efectua transferência de matéria. Lei de Dalton. A Pressão total duma mistura de gases é tida como a soma das pressões, que cada gás exerceria se estivesse só. Difusão. O espalhamento duma substância (usualmente gasosa) para uma região na qual originalmente não esteve presente devido ao movimento aleatório das moléculas. Dipolos. Par de cargas opostas separadas. O momento dipolar (µ) é o produto das cargas positivas e a distância que separa as cargas. Processo endotérmico. Processo que absorve energia em forma de calor a partir da vizinhança. Energia. Capacidade de realizar trabalho. Entalpia (H). Quantidade termodinâmica usada para descrever trocas de calor que se efectuam a pressão constante, H = E + PV. Troca de Entalpia. O calor (sob certas condicões familiares) processo; simbolizado por H . A pressão constante, H = E + P V. envolvido num African Virtual University __ Equilibro. Condição na qual uma mudança infinitesimal de uma variável na direcçaõ oposta resulta na mudança de estado. Nas reacções químicas, representa a situação na qual reagentes e produtos são produzidos, cada à mesma velocidade. Processo Exotérmico. Processo que liberta energia na forma de calor. Energia Livre (G)- Energia presente para realizar trabalho útil. Definida como G = H – T S. Mudanças na energia livre são úteis na indicação sob que condições uma reacção ocorrerá. Primeira Lei da Termodinâmica. A Energia pode ser convertida de uma forma para a outra, mas não pode ser criada ou distruída. Energia Livre de Gibbs. Vide Energia Livre. Capacidade calorífica. É a quantidade de calor necessária para elevar a temperature duma substância em um grau, usualmente expressa como J °C - 1 ou cal °C - 1. Calor da reacção. Mudança de energia presente numa reacção química. Calor. É a transferência de energia resultante da diferença de temperatura. Lei de Hess. Lei que estabelece que a mudança de entalpia num processo global ou net é igual a soma das mudanças de entalpias individuais em cada passo do processo. Gás ideal. Gás hipotético cujo comportamento da pressão-volume-temperatura é atribuído para à equação ideal dos gases. Constante Ideal dos Gasest (R). Constante numérica presente na equação ideal dos gases. A constante tem o valor 0.0821 L atm mol-1 K-1 ou 8.314 J K-1 mol-1. Um gás ideal (gás perfeito) é um gás hipotético que obedece a equação do gás ideal. Equação do gás ideal. É a equação que expressa a relação entre a pressão, volume, temperature, e a quantidade do gás. Matematecamente representada como PV = nRT, onde n é o número de moles, P a pressão do gás e V o volume do gás. Energia Interna. Energia total do sistema, simbolizada por E. A soma de todas as energias cinética e potencial das partículas presentes no sistema. Calorímetro Isobárico. Calorímetro que estuda processos a pressão constante. Sistema Isolado. Sistema que apresenta fronteira a partir da qual não se observa transferência nem da material nem de energia. Kelvin (temperatura). Unidade básica do SI de temperatua. A temperatura de Kelvin é a temperatura absoluta. A temperatura mais attainable baixa é 0 K = – 273.15 °C. Relaciona-se com a temperatura Celsius a partir da expressão T (K) = T(°C ) + 273.15. African Virtual University __ Teoria cinética-molecular dos gases. O tratamento do comportamento do gás em termos de movimento aleatório das moléculas. É um modelo usado para a descrição do comportamento do gás baseado num conjunto de suposições. Sistema aberto. Sistema com uma fronteira a partir da qual observa-se a troca de material e energia como o ambiente. Energia potencial. Energia resultante da posição ou do arranjo. Associada às forças de atração e repulsão. Trabalho de Pressão-volume. Trabalho associado a expansão e compressão dos gases. Velocidade media quadrada. A raíz quadrada da média dos quadrados das velocidades de todas as moléculas na amostra. Calor específico. Quantidade de calor necessária para elevar a temperature de um grau duma substãncia em um grau Celsius. Condições normais de pressão e temperatura. Refere-se as condições de temperatura de exactamente 273.15 K (0 °C) e a pressão de 101325 Pa (1 atm ou 760 mmHg). Entalpia padrão de formação. Calor envolvido na troca, quando 1 mol de substância formada por seus elementos no seu estado padrão; simbolizada por H. Entalpia padrão da reação. A mudança de entalpia quando a reacção acontece sob condições padrão. Entalpia padrão. A mudança de entalpia num processo no qual as substâncias inicias e finais apresentam-se no seu estado padrão. Simbolizada por H. Temperatura e Pressão padrão (STP). A 273 K (0 °C) e 101325 Pa (1 atm). Função de Estado. Propriedade que depende apenas ou só do actual estado do sistema e é independente de como esse estado tenha sido preparado. Função que depende só do estado inicial e final do sistema. Ambiente (Arredores). A parte do mundo que se encontra fora do sistema onde são feitas as medições. Sistema. Parte do Mundo na qual tem-se interesse específico.. Equação de van der Waals . Equação usada para descrever a P, V, e T num gãs não ideal. Forças de van der Waals. Termo usado para descrever forças dipolo-dipolo, dipoloinduzido e dispersão Trabalho. Transferência de energia num movimento contra força oposta. African Virtual University _0 XI. Leitura Obrigatória Leitura #1 Referência Completa : Propriedade dos gases Chem1 VirtualText Book URL: http://www.chem1.com/acad/pdf/c1gas.pdf Date Accessed 26 August 2006 Resumo Este texto introduz as propriedades dos gases exibidas nas leis de gases. Usa o modelo cinético para explicar e justicar o comportamento de gases a partir do ponto de vista molecular. Justificativa Se os gases existem como partículas, então devem ser explicados na base do modelo cinético-molecular. Esta leitura é essencial para a compreensão dos contéudos de parendizagem da Unidade I deste módulo. Ele introduz as leis dos gases seguido de explanação cinética e posterior justificação. Este tópico é tratado na secção 5 – 7 deste texto. Leitura #2 Referência Completa: Energética Química http://www.chem1.com/acad/webtext/virtualtextbook.html Date Accessed 26 August 2006 Resumo Este documento introduz aos estudantes os conceitos fundamentais da termodinâmica.Começa com a definação dos termos tais como energia, os vários tipos de energia (energia cinética e potencial) e as unidades de energia. Depois explica os conhecimentos concetuais para a percepção da termodinâmica. Mais adiante debruça-se da interconversão da energia tal como a primeira lei da termodinâmica e suas aplicações: Na termoquímica (mudanças energéticas nas reacções químicas), reacções termoquímicas, energias nas ligações, conteúdos energéticos nos alimentos e combustíveis.. Justificativa As mudanças energéticas são críticas para uma compreensão de muitos conceitos contidos neste módulo. Este documento merece uma leitura crítica para as unidades I e II no módulo. Os conceitos inicialmente desenvolvidos na unidade II são aplicados na Unidade III no estudo das trocas de energia envolvidas nas reacções químicas. African Virtual University __ Leitura #3 Referência Completa: Equilibrio Termodinâmico http://www.chem1.com/acad/webtext/virtualtextbook.html Date Accessed 26 August 2006 Resumo O texto de referência cobre aspectos sobre mudanças químicas em termos de dispersão de energia através da entropia e energia livre de Gibb’s. Os conceitos são desenvolvidos a partir do ponto de vista molecular para explicar fenômeno físico. São discutidos os factores que favorecem a espontaneidade dos processos e as condições de equilíbrio. Justificativa Equilibrio termodinâmico é essencial para comprender porque as reacções são espontâneas e até aonde elas se desenvolvem. A Espontaneidade é tratada na unidade IV e está devidamente referenciada no texto. Os conveitos são previamente desenvolvidos na Unidade II e usados no estudo dos factores que promovem a espontaneidade nas mudanças químicas. Leitura # 4 Referência Completa: Leis de Gases Resumo Este texto elabora as bases das propriedades dos gases. Começa por observar os três estados da matéria antes de focalizar os gases. Revisita as leis dos gases de Boyle, Charles e Avogadro, dando exempos de sua aplicação na resolução de problemas envolvendo gases. Discute-se também a equação ideal dos gases. Justificativa Um bom conhecimento das propriedades básicas e as leis que regem o comportamento de gases é necessário, antes de abordar o material de aprendizagem na Unidade I. A teoria cinética molecular, que é o foco principal da Unidade I explica o comportamento de gases em um nível molecular e justifica as leis dos gases. African Virtual University __ XII. Recursos Obrigatórios Recurso #1 Referência completa : Chem1 Virtual Textbook http://www.chem1.com/acad/webtext/virtualtextbook.html Resumo/ Abstrato O Livro virtual é uma ferramenta química sempre presente com uma vasta área de tópicos químicos. O livro pode ser visto online e contém ficheiros PDF que podem ser gravados. Ele fornece textos de referência e é uma fonte alternativa de informação para ti. Apresenta ilustrações as quais tornam a compreensão mais fácil. A versão online permite ao estudante fazer uma progressão passo a passo ao estudar qualquer tópico disponível. Fundamentação A fonte é material de referência essencial para o número de unidades neste módulo. Em particular as propriedades da matéria, a energética química e termodinâmica do equilíbrio químico são alguns dos capítulos relevantes para o estudo deste módulo. Os exemplos estão inclusos no texto para permitir melhor inserção de insights na aplicação de conceitos, os quais já terá provavelmente aprendido. Recurso #2 Referência Completa : Simulação de Experiências Químicas e Animações computacionais. http://www.chem.iastate.edu/group/Greenbowe/sections/projectfolder/simDownload/index4.html#kinetics Resumo Esta página da Internet apresenta animações e experiências ilustrando vários conceitos tratados neste módulo. As simulações e demonstrações relevantes deste modulo incluem leis como a de Boyle, Charles e efusão. Experiências envolvendo propriedades de gases e trocas de calor merecem também destaque. Fundamentação Este recurso fornece simulação de demonstrações e experiências para lhe ajudar a compreender conceitos de química, os quais algumas vezes são de difícil vizualização para o estudante/aluno. A leitura destes materiais aliada à simulação, irá assitir/ajudar o estudante na percepção dos conceitos. African Virtual University __ XIII. Links importantes Link # 1 O catalizador: Recursos químicos para os Professores http://www.thecatalyst.org Descrição As metas do site para os estudantes de quimica na Escola Secundária é fornecer recursos online para o ensino de Química. O catalizador é uma fonte valiosa Web para a procura de informação sobre vários aspectos da Química. Fundamentação Este Site é a porta de inúmeros recursos. Encontram-se também Links para tópicos específicos de Química, bem como aspectos de natureza geral. Os visitantes deste site têm a oportunidade de submeter online vários aspectos de Química. Link # 2 Centro de recursos científicos http://chem.lapeer.org African Virtual University __ Descrição Existem neste site número considerável de recursos para a aprendizagem e ensino. As experiências de demonstração e experiências de pratica laboratorial são disponibilizados para actividades no site. São dados conselhos para alguns conceitos tidos como problemáticos para os estudantes e professores. Fundamentação Esta página da internet é particularmente importante para os professores de Química, visto que provindencia uma vasta área de ferramentas para demonstração de vários conceitos nas reacções químicas envolvendo gases, bem como o efeito da superfície de área de contacto na velocidade da reacção são dois exemplos de referência. Muitas investigações laboratoriais são também disponibilisadas para Download e colocados depois à disposição dos estudantes. Este site confere a troca de experiência entre professores. Link # 3 Páginas Web para o Ensino da Química http://people.moreheadstate.edu/fs/h.hedgec/sciteach.html Descrição A página web é essencialmente desenhada para providenciar informação útil para o professor de Química. Está disponível um número considerável de links importantes na página incluindo bibliotecas para ciências. Existem também Links para os professores partilharem suas ideias, incluindo informação laboratorial e demonstrações. Fundamentação Esta é uma página importante para os professores de química e estudantes, especialmente aqueles que não tem usado a Internet como meio de pesquisa de Informação. Providencia também muitas outras páginas importantes. Uma gama de recursos químicos são acessíveis a partir desta página. African Virtual University __ Link #4 Mitopencourseware http://ocw.mit.edu Descrição Esta página apresenta um leque de materiais para os leitores efectuarem downloads gratuitamente. Os tópicos estão organizados sequencialmente, o que faz com que o acesso seja interessante e fácil. A Termodinâmica está coberta em forma de notas em PDF. Algumas notas foram escritas a mão, tal como são apresentadas no ambiente da sala de aula, dando assim ao leitor o sentimento de estar realmente na sala de aula. Fundamentação Esta página Web é essencialmente uma colecção para os leitores. Os materiais são particularmente importantes para os tópicos das unidades II e III. Os materiais encontrados nesta página da Internet talvéz possam ser usados como leitura suplemetar. used as supplementary reading. Link # 5 Cinética Química usando Wikipedia http://en.wikipedia.org/wiki/Chemical_kinetics Descrição Esta é uma Enciclopédia livre que fornece cobertura a aspectos básicos da cinética química, incluindo as leis da velocidade, bem como os factores que afectam as velocidades das reacções. Apresenta Links com acesso a definição e explanação de termos (conceitos). O índice é de fácil leitura e dá uma boa visão dos tópicos. Fundamentação Esta página da Internet é ideal para a leitura, em preparação da unidade V ou para uma revisão rápida de conceitos abordados na Unidade V, tais como factores que afectam as velocidades das reacções e a teoria do estado de transição. O estudante usa termos vistos no estudo das velocidades das reacções. African Virtual University __ Link # 6 Portfolio de Química – Ensino e Aprendizagem http://www.csus.edu/portfolio/prog/chem/Teach.stm Descrição Esta página providencia muitos aspectos gerais de ensino e aprendizagem da Química. A informação desta página inclui sugestões de como estabelecer objectivos de aprendizagem e espectativas para o estudante, desenhando cursos e sílabus. É também importante para os professores que queiram aperfeiçoar os conhecimentos, visando a melhoria da aprendizagem dos estudantes. Fundamentação Os Professores continuam procurando melhores formas do processo de ensino aprendizagem na Química. Esta página disponibiliza informação, que pode levar os professores a serem mais efectivos, colocando à disposição dos educandos informações recentes da área de Química no processo ensino aprendizagem. Assim sendo os estudantes beneficiar-se-ão das sugestões que terão sido dadas. African Virtual University __ Link # 8 Chemistry@davidson http://www.chm.davidson.edu/ChemistryApplets/index.html Descrição Esta é uma página virtual com ricas experiências e demonstrações para toda a gama de tópicos na Química. A página apresenta informação necessária para desenvolver simulações e permitir downloads de Applets de Química, os quais podem ser usados localmente. Os tópicos são apresentados de forma clara, facilitando desta forma o acesso a experiências apropriadas, para actividades particulares de aprendizagem. Fundamentação Muitas experiências relacionadas com actividades de aprendizagem neste modulo estão disponíveis nesta página, tais como cinética química, teoria cinética molecular e calorimetria. As experiências são bem tabuladas, com conceitos detalhados e descrição das actividades dadas. O estudante é encorajado a identificar e tentar esboçar experiências no fim de cada actividade de aprendizagem. Os exercícios que acompanham as experiências, devem ajudar na avaliação dos tópicos conceptuais de compreensão dos estudantes. African Virtual University __ XIV. Actividades de Aprendizagem Actividade de Aprendizagem 1 Título da Actividade de Aprendizagem: Teoria Cinética Molecular Objectivos específicos de Ensino Aprendizagem No fim desta actividade, o estudante deve ser capaz de •_ Usar a teoria cinética para explicar a relação pressão-volume num gás (Lei de Boyle) •_ Explicar o uso da teoria cinética na relação temperatura-volume (Lei de Charles) •_ Contabilizar a velocidade na qual as moléculas e energia migraram através gases •_ Derivar a equação básica da teoria cinética molecular dos gases, PV 3 = 1 Nu m 2 •_ Explicar os desvios de comportamento do gás ideal em relação ao real Sumário das actividades de aprendizagem Muitas das substâncias que comumente encontramos ao nosso redor são gases, tais como o ar , que compõe a atmosfera terrestre. Há também muitas aplicações que envolvem o uso de substâncias gasosas. Por exemplo, os pneus de carro e bicleta precisam de ar para o seu enchimento. O objectivo deste modulo é refinar a nossa percepção com relação às leis físicas que governam as propriedades dos gases. Vamos usar a teoria cinética molecular para tratar estas leis no nível molecular. A teoria cinética ajuda-nos a responder a pergunta, porquê? •_ a pressão de um gás aumenta quando o volume diminui a temperatura constante; •_ o volume duma quantidade fixa dum gás aumenta de acordo com o aumento da temperatura •_a pressão e temperatura fixa, o volume é directamente proporcional à quantidade de gás; •_ a pressão da mistura de gases é a soma das pressões parciais de cada gás na mistura African Virtual University __ Conceitos e Palavras Chave •_ Temperatura Absoluta (T) •_ Pressão Atmosférica •_ Lei de Avogadro •_ Lei de Boyle •_ Lei de Charles e Gay-Lussac •_ Lei de Dalton •_ Distribuição das velocidades moleculares •_ Difusão de Gás •_ Movimento aleatório dos gases •_ Energia Cinética •_ Teoria Cinética molecular •_ Distribuição de Maxwell •_ Pressão de um gás (P) •_ PV = nRT •_ Velocidade media de raiz quadrada •_ Volume de um gás (V) Lista de Leituras relevantes • Propriedades dos Gases • Leis de gases Lista de Recursos relevantess •_ Chem1 Virtual Textbook http://www.chem1.com/acad/webtext/virtualtextbook.html •_ Chemistry Experiment Simulations and Conceptual Computer Animations http://www.chem.iastate.edu/group/Greenbowe/sections/projectfolder/simDownload/index4.html#kinetics Recursos Multimedia •_ Computador com acesso a internet permitindo desta forma abertura de fontes com materiais interactivos, video conferência e uso de CD-ROMs. •_Programas informáticos para QuickTime Movie Player •_Programas informáticos para Shockwave Player African Virtual University _0 Lista de Links importantes e relevantes: •_ O catalizador : Recursos químicos para Professores http://www.thecatalyst.org •_ Centro de Recursos científicos http://chem.lapeer.org •_ Páginas Web para o Ensino de Química http://people.moreheadstate.edu/fs/h.hedgec/sciteach.html •_ Mitopencourseware http://ocw.mit.edu •_ Teoria cinética para os gases usando Wikipedia h ttp ://e n .w i kip e d ia . or g/w /ind e x .p h p? ti tle =K in e tic _ th e or y _o f _ gases&redirect=no Descrição detalhada da actividade Nesta actividade de aprendizagem vai-se introduzir a teoria cinética molecular dos gases e usar-se-à esta teoria mais tarde para explicar o comportamento dos gases. Considerando as várias suposições da teoria cinética molecular irá encontrar a justificação para as leis de de gases de Boyle, Charles, Dalton e Avogadro. Cálculos serão feitos com vista a ilustrar as aplicações das leis. Avaliação Formativa •_ Durante o tratamento desta actividade de Aprendizagem irá encontrar problemas (Questões) para testar a percepção conceptual da matéria previamente discutida. •_ São também disponibilizados exercícios rápidos para avaliar a sua perccepção •_ Experiências laboratoriais serão dadas para avaliar a sua percepção em relação a teoria e prática, em exercícios individuais. •_ Apresentação de simulações de Experiências de pressão-volume-temperatura. Actividades de Aprendizagem As substâncias gasosas são muito importantes em várias actividades quotodianas, a partir da vida que é sustentada por processos respiratórios envolvendo oxigénio e nitrogénio (animais e plantas), bem como o uso em dispositivos de segurança tais como air bags em veículos motorizados. Uma melhor percepção das propriedades dos gases permite-nos tomar medidas de sgurança com relação a substâncias gasosas nocivas, por exemplo o maneio de produtos aerosol sob pressão, asim como o maneio de gases asfixiantes. African Virtual University __ Os gases são observados como tendo o mesmo tipo de comportamento ou propriedades físicas numa vast agama de condições em termos de pressão, temperatura e volume molar. As leis dos gases ou generalizações que vai estudar neste modulo são o produto de inúmeras experiências relacionadas às propriedades físicas dos gases que foram feitas nos séculos passados.Cada uma destas leis, no que tange ao comportamento macroscópico dos gases representa milhas na história da ciência. Juntas tiveram uma importância imensurável no desenvolvimento de muitas ideias na Química. As leis dos gases ajudam nos a predizer o comportamento dos mesmos (gases), mas não explicam o que acontece ao nível molecular, para causar ou elucidar as mudanças que observamos no Mundo macroscópico. A relação, contudo, entre o que acontece no nível sub-microscópico ou nível molecular e o comportamento macroscópico das substâncias (físico), têm significância em muitas áreas de Química. A teoria cinética molecular dos gases foi desenvolvida por alguns físicos (James Clerk Maxwell e Ludwig Boltzmann), os quais descobriram que as propriedades físicas dos gases podem ser explicadas ou racionalizadas em termos de movimentos individuais de moléculas. Este movimento molecular é uma forma de energia (Energia cinética a ser clarificada), a qual é definida como capacidade para realizar trabalho ou para produzir mudanças. Teoria cinética molecular dos gases Chiefly Rudolf Clausius (1822-1906), James Clerk Maxwell (1831-1879) e Ludwig Boltzmann (1844-1888) desenvolveram a teoria cinética molecular. Sua teoria é baseda nas seguintes suposições/hipóteses acerca da natureza dos gases ao nível molecular. 1. As Moléculas num gás estão em constant movimento aleatório e frequentemente colidem umas contra as outras. 2. Um gás consiste de elevado número de partículas pequenas e separadas, a uma grande distância o que faz com que se negligencie o seu tamanho. As forças atractivas e repulsivas entre as moléculas gasosas são desprezíveis. 3. Cada molécula actua de forma independente da outra e não é afectada pela sua presença. A temperaturas suficientemente baixas, todos os gases condensam em líquidos, sugerindo a presença de forças intermoleculares, que se tornam significantes a baixas temperaturas. As forças atractivas são responsáveis por manter juntas as moléculas líquidas e sólidas. A tendência de expansão de um gás para ocupar um volume, no qual a sua ocupação sugere a presença de forças desprezíveis de atracção entre moléculas. O Aumento da pressão do gás resulta na diminuição da distância entre partículas, e daí mais interação entre moléculas. 4. As Moléculas colidem umas com as outras nas paredes dum dispositivo em forma de contentor. Nestas colisões, as moléculas individuais ganham ou perdem energia. Contudo, na colecção de moléculas a temperatura constante, a energia total mantêm- African Virtual University __ 5. O que dizer sobre a energia cinética media das moléculas, as quais são proporcionais à temperatura do gás em Kelvin? Dois gases à mesma temperatura terão a mesma média de energia cinética. Esta Hipótese permite-nos escrever a equação, que diz que: a média da energia cinética é proporcional a temperatura absoluta. Aplicação da teoria cinética às leis dos gases. Nabase qualitativa, a teoria cinética dos gases embora simples, permite contabilizar as propriedades gerais das substâncias gasosas como ilustrado nas secções seguintes. Lei de Boyle A lei de Boyle dá-nos a relação entre a pressão e o volume, a temperature e número de moles constants. Ela afirma que para uma quantidade fixa de substância e a temperatura constante, o volume de gás é inversamente proporcional a pressão do gás. Como podemos explicar esta lei sob ponto de vista molecular? A pressão exercida por um gás surge a partir de moléculas de impacto nas paredes do o recipiente. O número de colisões por unidade de tempo (segundo) é proporcional a densidade do gás, ou seja o número de partículas por unidade de volume. Segue-se portanto, que a diminuição do volume resulta em aumento da densidade e, portanto, a taxa de colisão. Isso mostra que a pressão de um gás é inversamente proporcional ao volume que ocupa. Quando o volume diminui, a pressão aumenta e vice-versa. P inversamente a 1/V. Derivação da Lei de Boyle Matematicamente a lei de Boyle deriva do uso da teoria cnética. A derivação começa por considerar o facto de que as moléculas gasosas estão em constante movimento aleatório, colidindo com as paredes do reservatório. Considere a molécula numa caixa, a qual colide com as paredes da mesma (caixa). African Virtual University __ FIGURA 1: O Diagrama mostra o gás confinado num rectângulo (a) e (b) Resolução das velocidades ao longo dos eixos x, y e z duma molécula numa caixa. z A z y x A y x Vamos supor que a molécula tem velocidade com componentes vx vy e vz ao longo dos eixos x, y, e z. Se as moléculas se deslocarem na direcção perpendicular para a parede rotulados de "A", terão apenas uma componente de velocidade vx. Se a partícula tem massa, m, a dinâmica associada a esta molécula será p = mvx. A molécula em colisão com o recipiente, a sua componente de movimento ao longo do eixo da mesma forma que muda de mvx – para mvx. A magnitude do momento permanece a mesma. O número de colisões com a parede que ocorrem em um intervalo de tempo t é igual ao número total de moléculas que chegam a parede 'A' nesse intervalo de tempo. A distância da molécula, com velocidade vx é dada por vx t. Suponha que todas as moléculas em um recipiente tenha o mesmo valor de vx, logo todas as moléculas situadas a vxt atacará a parede, desde que estejam em movimento direcionado a ela. A Figura 1 mostra que todas essas moléculas dentro dessa região do recipiente irá atingir a parede dentro do comprimento vx t numa área transversal A. Se N é o número de moléculas por unidade de volume, o número total de moléculas será NvxtA. Em média, metade das moléculas deslocar-se-à em direção à parede e a outra metade para além da parede. Portanto, o número de colisões que irá ocorrer na parede no tempo t é Número de colisões = ½(Nvx ∆tA) (2) A mudança momentânea numa simples colisão é 2mvx e o total African Virtual University __ ∆p = ½ NVx∆tA2mvx = NmAV2x ∆t (3) Da Física clássica sabemos, que a força exercida sobre um objecto é igual à velocidade momentânea da mudança F= p t (4) 1 Newton = 1 kg ms-_ F = NmAv2 (5) x A Pressão é a força numa determinada área, neste caso a área ´e dada por A. Contudo a pressão exercida na Parede é P = Nmv2 x (6) Desde que as moléculas no gás estejam em mudanças constantes de velocidades, o valor de v2, pode ser reposto com a média das velocidades, dando P = Nm vx 2 (7) Como as moléculas estão em movimentos aleatórios, todas as direcções são equivalents e a média y/x é igual, como a média correspondente as direcções dos eixos x e y. 2 v2x=v = v2 y (8) z Assim, podemos escrever a velocidade media quadrada como African Virtual University __ v2 = v2x v = v2 = v2 = 3 x 2 y (9) z substituindo na equação (7) temos P = 13 Nm v 2 (10) Agora substituímos o número de moléulas, N, por nNA /V por unidade de volume, onde N é o número de moléculas presentes e V, o volume do recepiente. nN A m P=1 3 Vv2 (11) O Produto de m e NA, é a massa molar M, tornando desta formaa equação 11 em (12) nM P=1 3 Vv2 Isto leva a equação PV = 13nM v 2 (13) African Virtual University __ Exemplo 1 Considere 100 mL de gás confinado num cilindro sob pressão de 1 atm. Qual será o seu volume deste gás a uma pressão de 1.3 atm? Solução O Problema envolve pressão e volume a temperatura constante. A lei de Boyle pode ser usada para resolver este problema. Ela afirma que a pressão de um gás (P) é inversamente proporcional ao volume (V) a temperatura constante. V=1 P V=k P PV = k onde k é uma constante. Seja PV = k, para um dado sistema P1 V1 = P2 V2 V2=P PV 1 1 2 P1 = 1 atm, V1 = 0.1 atm, P2 = 1.3 atm, V2 = ? 1atm x 0. 1 L = 0. V20769 = 1.3 atm L Problema prático 1 Um recepiente contend um certo gás tem um volume de 0.500 cm3 no topo de um lago, cuja pressão é 3.49 atm. Qual será o volume do recepiente na superfície do lago onde a pressão é 1 atm? Assume-se que a temperatura seja constante. (a) 10 dm3 (b) 1.7 x 103 dm3 (c) 1.7 dm3 (d) 1.7 cm3 African Virtual University __ Exercícios Interactivos: Lei de Boyle Lei de Charles A relação entre volume e temperatura de um gás, a pressão e quantidade de substância constantes é dada pela lei de Charles. A lei diz que, o volume de uma quantidade fixa de um gás a pressão constante é directamente proporcional a temperatura absoluta. Para explicar esta relação, começa-se por explanar a relação entre energia cinética de moléculas e a temperatura do gás. A media da energia cinética das moléculas é proporcional a temperature absoluta da amostra. K .= Eu 2m 1 2 (14) onde m é a massa da molécula e u é a velocidade da molécula, 2 u , is pi, é a media quadrada da velocidade das moléculas. A partir do procedimento, podemos escrever que, K.E a T (15) 1 2 mu2 T 1 2 mu2 = kT (16) onde k é a constant e T é a temperatura absoluta. O aumento da temperatura eleva a média da energia cinética das moléculas. Isto resulta na alta frequência de colisão com as paredes do recepiente. Em adição, as moléculas colidiram com grande impacto com as paredes. Partindo do princípio de que a pressão é definida como a força por unidade de área, a pressão do gás aumentará com a elevação da temperatura. O gás expandirá até que a pressão externa equilibre a pressão do gás. Quão rápido se move uma molécula, em média, a uma certa temperatura T? Uma forma de estimar a velocidade molecular é calcular a raiz quadrada da velocidade média, a qual é a média da velocidade molecular. Um dos resultados da teoria cinética dos gases, é que a energia cinética total de um mol de qualquer gás é igual a 2 kT 3 2 mv2 = 3 2 1 RT (17) African Virtual University __ onde k é a constante de Boltzmann, cujo valor é 1.38 x 10 -23 J K -1. O valor do produto entre a constante de Boltzmann e o número de Avogadro, é o mesmo que a constante de gases R. 1 3 ( )= N A 2 mv2 2 RT onde NA é o número de Avogadro. Exemplo 2 Um balão é inflacionado a um volume de 2.5 L a tempertura ambiente (24 °C). Depois é colocado a uma temperatura externa num dia de inverno (– 25 °C). Assume-se que a quantidade de substância e pressão se mantenham constantes no balão. Qual será o volume do balão, quando levado para fora da residência? Solução O volume duma quantidade fixa dum gás a pressão constante é directamente proporcional a temperatura absoluta. V T V = kT VT = k Onde k é uma constante. = T1 T2 2 V1 =V k Resolvendo em função de V2, tendo a temperatura na escala de Kelvin, dá-nos V2=T VxT 1 2 1 V1 = 2.5 L, T1 = 297 K, T2 = 248 k, V2 = (?) African Virtual University __ V2 == 2.5 L x 248 K 2. 297K 0L 9 Exercícios Interactivos: Lei de Charles Lei de Avogadro Esta Lei afirma que a temperatura fixa, o volume de um gás é directamente proporcional a quantidade de gás. Se o número de moles é duplicado, o volume também o será, e assim sucessivamente. A afirmação matemática dá-nos a proporcionalidade entre V e n, e logo V = kn. Já foi mostrado que a pressão dum gás é directamente proporcional a densidade e a temperatura, enquanto que a massa é directamenete proporcional ao número de moles. A densidade é representada por n/V e logo P n VT P= C (18) n T(19) V Para dois gases, podemos escrever P1=V C nT 1 1 (20) 1 P2=V C nT 2 2 (21) 2 Se os dois gases estiverem sob as mesmas condições: pressão (P1 = P2), volume (V1 = V2) e temperatura (T1 = T2), n1 igual a n2, fornecendo se assim a lei de Avogadro. African Virtual University _0 Exemplo 3 O ciclopropano (C3H6 ) é um gás usado como anestésico. Qual será a massa de 1.0 L do gás medido nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP)? A lei afirma que a temperatura e pressão fixas, o volume do gás é directamente proporcional à quantidade do gás. Nas CNTPT 1 mol do gás = 22.4 L. Massa do gás= 1.00 L x 1mol x 42.8 g mol - 1 22.4 L = 1.88 g Problema prático 3 Um carro a 16 km/h produz 150 g CO por quilómetro. Quantas moles de CO são produzidas por quilómetro? (a) 5.4 (b) 3.4 (c) 5.0 (d) 53.6 Lei de Dalton das pressões parciais A Lei de Dalton das pressões parciais afirma que numa mistura de gases, a pressão total da mistura, é a soma das pressões parciais dos componentes gasosas da mistura. Esta lei é de facto evidência de um dos postulados da teoria cinética. Assume-se que as moléculas apresentem forças intermoleculares desprezíveis. Se cada molécula actua de forma independente, então a pressão exercida por uma molécula é independente da presença da outra molécula. Contudo a pressão tota é dada pela soma das pressões individuais dos gases. Exemplo 4 A combustão do gás metano produz dioxido de carbono e água. Calcular a pressão parcial do vapor de água, sabendo que a pressão total dos produtos gasosos é 6.25 torr. Solução A reacção é formulada de acordo com a equação. CH4 (g) + 2O2 (g) CO2 (g) + 2H2O (g) De acordo com a lei de Dalton das pressões parciais, a pressão total duma mistura de gases é igual a soma das pressões parciais individuais. PT = PA+ PB + PC +… onde Pi é a pressão parcial de cada gás na mistura. African Virtual University __ A pressão parcial de cada componente é dada pela fracção molar de cada componente, multiplicado pela pressão total da mistura gasosa. Se PH2O é a pressão parcial de vapor de água, nH2O o número de moles de água e nT o número total de moles produzidas, podemos escrever a seguinte expressão tomando em consideração a estequiometria da reacção, PH2O = (nH20) / (nT) *pT = (2*6.25 torr) / 3= 4.16 torr Problema prático 4 Numa experiência, uma mistura de oxigénio e nitrogénio é colectada na presence de água em excesso a 30 °C e a pressão de 700 torr. Qual é a pressão parcial de oxigénio, sabendo que a pressão parcial de nitrogénio é 550 torr? (Pressão de vapor da H2O a 30 °C, 4.2455 kPa). (a) 118 torr (b) 120 (c) 115 (d) 119 Distribuição molecular das velocidades As Moléculas num gás estão em constantes movimentos aleatórios e em colisões. Elas mudam as suas velocidades depois de cada colisão, e como resultado as moléculas movem-se com uma série de velocidades. Para o número elevado de moléculas, pode-se usar métodos estatísticos para estabelecer a distribuição das suas velocidades. A distribuição das velocidades moleculares é conhecida como a distribuição de Maxwell – Boltzmann, a qual está representada no diagrama abaixo. Moléculas % um ua v U r ms FIGURA 2 Diagrama mostrando as diferentes características de velocidades para uma amostra de gás. African Virtual University __ Três características de velocidades são ilustradas no diagram. Muitas moléculas apresentam a característica 1, conhecida como a mais provável ou velocidade modal, e depois as outras duas. A velocidade média simples, é uav enquanto ur ms é a raiz quadrada da média das velocidades quadradas de todas as moléculas na amostra. Podemos derivar uma equação importante para ur m s. Um dos resultados da teoria cinética dos gases é que a média das energias cinéticas de um gás é K.E = 3/2 RT Vimos nas secções anteriores que a energia cinética média duma molécula é dada por 1/2mu, de tal forma que para o número de Avogadro (NA), podemos escrever NA (1/2 mu) = 3/2 RT (22) A equação pode ser reescrita para 3RT = N A mu 2 (23) Note que o produto Nam representa a massa de 1 mol de moléculas, isto é, a massa M, 3RT = Mu2 (24) Resolvendo em função de u2 e extraindo araiz quadrada U rms = √u2 = √3R T/M (25) Maxwell analisou o comportamento dos gases em temperaturas diferentes, e o resultado está presente na figura abaixo. T1 Número de Moléculas T2 T3 Velocidades Moleculares (m/s) African Virtual University __ O pico da velocidade acontece provavelmente com o aumento da temperature. Além disso torna-se mais agudo aumentando a temperatura. Exemplo 5 Calcular a velocidade média da raiz quadrada em metros por Segundo das moléculas de Cloro a 30 °C. Solução A expressão usada para é urm s ur ms = 3R T M Para Cloro M = 70.91 g = 7.09 x 10 -4 kg, T = 303 K, R = 8.314 J K - 1 mol -1 Substituindo na eqaução ur ms = 3x 8.314 J K - 1 mol - 1 x303 K 7.09 x10- 2 kg mol - 1 = 326 m s -1 Problema prático 5 A que temperatura esperaria ter urm s para Ne (g) semelhante ao do He (g) a 300K ? (a) 1000 (b) 150 (c) 1500 (d) 1600 African Virtual University __ Difusão e efusão dos gases Difusão é a migração de moléculas de diferentes substâncias, resultando num movimento aleatõrio de moléculas. Embora as moléculas gasosas tenham constantemente colisões que resultam em mudanças frequentes de direcção, a velocidade com a qual o gás se move numa direcção particular depende da velocidade média. A difusão sempre ocorre duma região com elevada concentração para uma outra de baixa concentração. FIGURA 4 Caminho decorrido por uma molécula simples naqual cada mudançade direcção representa uma colisão Efusão é um processo relacionado com difusão, representa o escapamento de moléculas gasosas do reciepiente através de um orfício. Considere a efusão de uma mistura de gases através de um orfício mostrado na figura abaixo. FIGURA 5 Trajecto percorrido por uma molécula simplies, na qual cada mudança de direcçã representa uma colisão. As velocidades nas quais duas efusões podem serem comparadas é dada abaixo. Velocidade da efusão A Velocidade da efusão B = ur ms ( A) ur ms ( B ) = 3R3R TT / M/ M A B =MB MA (26) Isto resulta na afirmação da Lei de Graham, que diz que, a velocidade da efusão (ou difusão) de dois gases diferentes é inversamente proporcional a raiz quadrada das suas massas molares. African Virtual University __ Considerando a equação abaixo é evidente que gases leves tem uma efusão mais rápida que os gases pesados. A consequência desta teoria provavelmente sumarize que, a razão da raiz quadrada das velocidades médias seja igual a razão de •_ velocidades de efusão •_ tempo de efusão •_ quantidade de gás efusado •_ distância percorrida pelas moléculas •_ quantidade de gás efusado •_ velocidades moleculares v Exercício Interactivo: Exemplo 6 Calcule a razão da velocidade da difusão da H2O e D2O (D é deuterium um isótopo de hidrogénio). Massa Molar H2 O = 18.01 g mol -1, D2O = 19.01 g mol -1 Velocidade de difusão H 2O Velocidade de difusão de D20 = M H20 = 19.01g mol - 1 MD20 18.01g mol - 1 = 1.02 Problema prático 6 Dois gases, HBr e CH4, efusem através de uma pequena abertura. HBr efuse através de uma pequena abertura a velocidade de 4 cm3 s -1, a que velocidade efusião as moléculas de CH4 através do mesmo orfício. (a) 9 cm3 s -1 (b) 10 cm3 s -1 (c) 8.5 cm3 s -1 (d) 9 m3 s - 1 African Virtual University __ Lei de gás ideal Na secção anterior abordamos três leis históricas, as quais relacionam duas propriedades físicas, mantendo todas outras constants. Estas leis e suas expresses matemáticas são mostradas abaixo: P 1/V Lei de Boyle Lei de Charles V T V n Lei de Avogadro onde T e n são constantes onde P e n são constantes onde P e T são constantes As três leis de gases podem ser combinadas, fornecendo uma simples lei geral dos gases PV T n (27) Podemos repor o símbolo de proporcionalidade com um sinal de igual para introduzir a constant de proporcionalidade. Se a constante é dada por símbolo R, logo PV T = nR (28) R representa a constante universal dos gases. O valor e as unidades de R dependem das unidades usadas para a Pressão, Volume, temperatura, e onúmero de moles.A equação pode ser rearranjada para a expressão P V = nRT (29) a qual chama-se equação do gás ideal. Um gás ideal é um cujo comportamento pode ser exactamente descrito pela equação ideal dos gases. African Virtual University __ Exemplo 7 Quantas moles de Hidrogénio estão presentes em 50L num vaso cuja pressão é de 10 atm e a temperatura é de 25 °C? Solução O volume, a pressão e a temperatura são dados. A lei dos gases ideais relaciona todas as quantidades fornecidas. PV = nRT P = 10 x 101325 Nm -2 =1.01 x 106 Nm -2, V = 50 x 10 m - 3, T = 298 K, R = 8.314 J K -1 mol - 1 n = 50 x10- 3 m3 x10 atmx101325 Nm- 2 / atm 8.314 J K - 1 mol - 1 x 298 K = 20 Gases Reais : Desvio do gás ideal O gás real apresenta um comportamento diferente do ideal. A representação gráfica de PV contra a pressão mostra que em todos os pontos PV é constante para o gás ideal, enquanto que para o real não. FIGURA 6 Grafico PV contra Pressão, mostrando o comportamento ideal e real. Grafico para NH3 , H2, e He mostra desvio em relação a curva do gás ideal. curve. Os gases reais não assumem o comportamento ideal dos gases. Observam-se desvios significantes em relação ao ideal, quando se relaciona graficamente PV contra P. Apenas gases com forças intermoleculares muito fracas fornecem linhas rectas a pressões baixas e apresentam aproximadamente comportamento ideal.Desvios significantes são observados para gases com forças intermoleculares fortes, tais como oxigénio e nitrogénio. Outra consideração que se toma, é que gases ideais não tem volume, enquanto os reais apresentam volume definido. African Virtual University __ A equação dos gases ideais foi modificada com correcções [P + (n2a/v2) (V - nb)] = nRT (30) onde a e b são as constants de van der Waals. As constantes são determinadas experimentalmente a partir da medição de P, V e T sob um conjunto de condições diversas. As correções são também feitas em relação a pressão e de facto as moléculas de gases reais tem um volume definido. A segunda correcção n2a/V2 procura trazer uma pressão média para idêntica a de um gás ideal. A correcção nb traz o volume do gás, o qual seria para o gás ideal. Gases reagindo com movimentos aleatórios De tal forma que encaiche com os dados experimentais correspondentes aos gases reais. Um desses feitos foi da autoria van der Waals. A equação de van der Waals é a forma African Virtual University __ Actividade de Aprendizagem # 2 Titulo da Actividade de Aprendizage: Termodinâmica Objectivos específicos de Ensino e Aprendizagem No fim desta Actividade, deve ser capaz de • Defir os termos: sistema, ambiente, sistemas abertos e fechados. • Definir, explicar e distinguir os conceitos de calor, trabalho e energia. Ambos sob ponto de vista teórico e experiemntal • Descrever e explicar a lei da conservação e energia • Diferenciar entre funções de estado e não funções de estado • Definir capacidade calorífica e calor específico; descrever como estas quantidades podem ser medidas experimentalmente • Distinguir entre entalpia e energia térmica Sumário das Actividades de Aprendizagem A termodinâmica está relacionada com a interconversão da energia térmica e outros tipos de energia. A percepção dos princípios a partir dos quais se processa a interconversão provendicia linhas importantes de orientação para a apreciação de mudanças energéticas, bem como a predição da direcção e processos. Esta unidade debruça-se dobre a primeira lei da termodinâmica. Muitos processos acontecem a volume ou pressão constante. Depois de estudar a primeira lei da termodinâmica, podemos aplicá-la a processos que ocorrem a pressão e volume constante. Lista de Leituras relevantes • Energética química • Calor, Trabalho e Primeira Lei • Expansão isotérmica de um gás African Virtual University _0 Lista de recursos relevantes •_ Chem1 Virtual Textbook http://www.chem1.com/acad/webtext/virtualtextbook.html •_ Chemistry Experiment Simulations and Conceptual Computer Animations http://www.chem.iastate.e du/group/G reenbowe/sections/projectfolder/simDownload/index4.html#kinetics Recursos Multimedia : •_ Computador com conectividade a internet para permitir o acesso a recursos materiais disponíveis gratuuitamente e aprendizagem interactive através de email, vídeoconferência e uso de CD-ROMs •_ QuickTime Movie Player Software •_ Shockwave Player Software •_ Macromedia Flash Player Software Lista de Links relevantes e importantes •_ The Catalyst: Chemistry Resources For Teachers http://www.thecatalyst.org •_ Science Resource Centre http://chem.lapeer.org •_ Chemistry Teaching Web Sites http://people.moreheadstate.edu/fs/h.hedgec/sciteach.html •_ Mitopencourseware http://ocw.mit.edu Descrição detalhada da Actividade A termodinâmica permite aos químicos predizer se um processo químico ocorrerá sob um dado conjunto de condições. Nesta actividade, ao estudante ser-lhe-a introduzido conceitos de energia e suas transformações em trabalho, calor e entalpia. Particular atenção será dada ao trabalho de pressão-volume, como sendo o tipo mais comum encontrado em mudanças químicas. A mudança de entalpia (conteúdo calórico) em função da temperatura, conhecido como capacidade calorífica, também será abordado. Em várias secções, exemplos e problemas práticos são dados para ilustrar as aplicações de conceitos específicos. African Virtual University __ Avaliação formativa •_ Ao longo desta actividade irá encontrar problemas para testar a sua compreensão sobre os os temas tratados. •_ São também provedenciados quizzes rápidos para testar a sua compreensão •_ São dadas Experiências práticas para avaliar a sua compreeensãoem relação a questões teórico-práticas Actividades de Aprendizagem Termos e conceitos chaves •_ Fronteira adiabática •_ sistema fechado •_ processo endotérmico •_ Energia •_ processo exotérmico •_ Primeira lei da termodinâmica •_ Calor •_ Capacidade calorífica •_ Energia interna •_ sistema isolado •_ Processo isotérmico •_ Energia cinética •_ Sistema aberto •_ Energia potencial •_ Trabalho Pressão-volume (trabalho de volume) •_ processo reversível •_ calor específico •_ Função de estado •_ Arredores (ambiente) •_ Sistema •_ Energia térmica •_ Trabalho O que é Energia? Sua Natureza A Energia é usualmente definida como a capacidade de realizar trabalho. Vários processos no corpo produzem a energia para operar os músculos e manter a temperatura do corpo. A energia é produzida em alguns processos químicos, enquanto algumas reacções químicas requerem energia para o seu acontecimento. African Virtual University __ Duas formas básicas de energia Há duas formas de energia: energia cinética e energia potencial Energia a Cinética A Energia está associada com o movimento da materia. Um corpo de massa m movendose a uma velocidade v terá a energia cinética K .E . = 1 2 mv2 (1) Um carro de corrida, bolas de billiard ou moléculas em movimento terão energia cinética associada a elas. Energia Potencial A energia potencial é a energia que um corpo tem na sua posição virtual no campo de força. Exemplos típicos de campos de força incluem a gravitacional, eléctrica e magnética. Considere um halterofilista levantando sinos a partir do chão para uma dada distância h ou uma mulher tirando água do poço a partir de uma altura h. Nos dois processos há envolvimento de movimentação de objectos de massa m, contra uma força de gravidade, g, através de distância ( neste caso altura) h. A mudança da energia potencial envolvida nas duas actividades é dada por mgh, onde g é a constante, a aceleração devido a gravidade. A energia potencial pode estar também associada a partículas carregadas ou species tais como catiões e aniões e em ligações químicas. Problema prático 1 Identifique os vários tipos de energia associadas com as diferentes actividades que se realizam em Farmas. Energia Interna E A energia interna representa a energia total de um sistema compreendendo dois componentes: energia cinética e energia potencial. Energia Cinética é a energia associada a vários tipos de movimentos moleculares e de moléculas. A energia internatratada sob o ponto de vista químico é a soma da energia cinética total e energia potencial total do sistema. African Virtual University __ Unidades de Energia •_ A partir da expressão da energia cinética (equação1) pode ser visto que a energia tem as unidades kg m2 s-2 No sistema SI a unidade é Joule (J) 1 J = 1 kg m2 s- 2 Note que comumente se usa o kilojoules (kJ) •_ Outra unidade de energia que usa na nutrição é a caloria (cal). Ela é definida como a energia necessária para elevar a temperature de 1g de água em 1 ºC 1 cal = 4.18 J A unidade nutricional é kilocalorie: 1 Cal = 1000 Cal = 4.184 kJ Exemplo 1 Qual é a energia cinética de um camião carregando Inhames com a massa de 2000 kg, a uma velocidade de 50 km/h. Solução K.E = ½ mv2 K.E = ½ *2000 kg * (5000m/3600 s)2 K.E = 193 kJ Problema prático 1 Determine a energia potencial existente em 1 kg de água que cai do topo de uma cachoeira a 500 m de profundidade. Quanta energia cinética é convertida no processo de queda do topo para a base. A resposta deve ser dada em joules ou calorias. African Virtual University __ Sistemas termodinâmicos e Arredores (Ambiente) Sistema é a parte do universe que se escolhe para focalisar ou estudar ( numa experiência – um balão de reacção), enquanto nos arredores está tudo aquilo que não faz parte do sistema (área de focalização). Existem três tipos de sistemas, baseados na troca de matéria e energia entre o sistema e os arredores (ambiente). Num sistema aberto, observa-se troca de matéria e energia entre a fronteira dos sistema e os arredores. No sistema fechado, a energia pode ser absorvida ou liberta, mas na há troca de massa entre o sistema eo ambiente. Sistemas isolados não permitem a transferência nem de energia, nem de massa. FIGURA 1 Diferentes tipos de sitemas termodnâmicos, mostrando as interacções de energia e massa entre os tipos de sitema e os arredores.. FIGURA 2 Sistema termodinâmico African Virtual University __ Exemplo 2 Que tipo de sistema representa uma chaleira com a água em ebulição? Solução Sistema aberto, pois observe-se a transferência tanto de energia assim como de matéria entre o sistema eo ambiente. Problema prático 2 Uma garrafa térmica é sempre usada para ilustrar um tipo de sistema termodinâmico. Qual? (a) (b) (c) (d) Sistema aberto Sistema fechado Sistema isolado Sistema Fechado-isolado Funções de Estado e não de Estado A Termodinâmica debruça-se com as mudanças de estado dos sistemas, como definido nos parámetros macroscópicos, tais como composição, volume, pressão, temperatura e energia. Esta propriedades são tidas como funções de estado. Tais propriedades dependem apenas do estado inicial e final dos sistema e não do caminho percorrido para se alcançar uma certa condição. O trabalho e o calor por outro lado são exemplos de funções que dependem da rota seguida. O Calor e oTrabalho são funções não de estado. Trabalho, Calor e Energia O termo termodinâmica tem a sua origem nos estudos envolvendo calor, trabalho e enrgia relacionados aos motores a vapor. Na termodinâmica química, nós estudamos a importância da energia nas mudanças químicas e na determinação da direcçaõ da reacção. Trabalho (w) Na linguagem simples, o trabalho se efectiva, quando fazemos algo. Quando um objecto movido contra uma força oposta, então realizou-se trabalho. A elevação de um objecto exemplo de realização de trabalho. As reacções químicas realizam trabalho quando os electrõe são conduzidos através de um fio metálico, evevntualmente para serem usados para acciona um dispositivo, como por exemplo um motor eléctrico. Contudo em química, o trabalh frequente encontrado, está relacionado com as mudanças de pressão e volume, acompanhand reacções químicas. Para ilustrar a relação entre mudanças de pressão- volume e trabalho considere o sistema seguinte constituído por um pistão. O sistema é constituido por um gá confinado a um cilindro com um pistão de movimento livre. Se um dos pesos é retirado, pistão mover-se-à de tal forma que o volume do gás mude de um valor inicial, V1 para o um valor novo V2. African Virtual University __ FIGURA 3 Trabalho de Expansão. Ilustração do Trabalho de Expansão quando a pressão é reduzida sobre o gás. Suponha que o objecto com a massa m2 é removido, o pistão deslocar-se-à em um distância simbolisada por h. Agora, definimos anteriormente a pressão como a força qu actua sobre uma área. P= F A (2) Esta equação pode ser rearranjada para expresser a força em termos de pressão e area. F=Px A (3) Na mecânica clássica o trabalho é igual ao produto da força exercida sobre um corpo e da distância percorida, isto é Trabalho (w) = força (F) x distância (h) = P x A x h (4) O Produto A x h é efectivamente a mudança do volume, V, logo w = P V. O exemplo abaixo é usado para ilustrar a aplicação da formula. African Virtual University __ Exemplo 3 Um gás expande 0.5 L contra uma pressão de 1 atm a 25 ºC. Calcular o trabalho realizado pelo sistema em joules contra as rendondezas? O trabalho realizado é dado por w = P V, P = 1 atm, V = 0.5 L = 101325 Nm-2 x 5 x 10-4 m3 = 50.6 Nm = 50.6 J Problema prático 3 Uma mulher levanta um saco de carvão vegetal pesando 25 kg até à sua cabeça, para transportá-lo. Se ela tem 1.6m de altura, que trabalho realize para levantar o saco do chão até a cabeça? (a) 390 (b) 392 J (c) 40 (d) 400 Calor (q) Quando dois corpos estão em contato térmico, a energia flui do corpo mais quente para frio – a energia térmica é transferida.A explicação molecular para este processo é que a moléculas estão em movimento aleatório constante e tem energia cinética associada elas.Quando dois objcetos estão em contato, a energia térmica é transferida até que a médi de energia cinética entre os dois corpos seja a mesma (Equilíbrio térmico). Mudanças químicas envolvem libertação ou ganho de calor a partir do sistema para o arredores. Um processo exotérmico é aquele que liberta o calor para os arredore (ambiente). Por exemplo, as reacções de combustão são exotérmicas, enquanto o process de evaporização da água é endotérmico. A energia é absorvida pelo sistema num process endotérmico. Porque a energia não pode ser criada, nem destruída, a energia perdida pelo sistema deve ser adquirida nos arredores. Assim o calor gerado pelo processo de combustão, é transferido a partir do sistema para os arredores. A reacção é um exemplo de um processo exotérmico, que é qualquer processo que liberta calor, isto é,transferência térmica para o ambiente. CH4 (g) + O2 (g) CO2 (g) + 2H2O (g) Numa reacção ou processo endotérmico, o calor é absorvido pelo sistema a partir do ambiente (arredores) e a temperatura do sistema, tende a cair (diminuir) durante o decurso da reacção. A energia térmica é transferida a partir do ambiente para o sistema numa reacção ou processo endotérmico. Por exemplo, quando se misturam African Virtual University __ Lei da conservação de Energia A primeira lei da termodinâmica é essencialmente um enunciado da lei da conservação da energia. Afirma que a enrgia não pode ser criada nem destruída. Só pode ser redistribuída ou convertida de uma forma para outra. Uma forma útil para expressar iss em química é através da equação E=q+w (5) onde q é o calor absorvido e w é o trabalho feito pelo sistema. Embora a energia interna não possa ser medida directamente, as duas quantidades de calor e trabalho são elas mensuráveis. Se o calor flui para o sistema (ou o ambiente realiza trabalho sobre o sistema), a energia interna do sistema aumenta - o sinal de w ou q é positivo. Por outro lado, se o calor flui para fora do sistema ou o trabalho é feito pelo sistema (à custa do (em detrimento do) sistema), a energia interna do sistema será negativo. FIGURA 4 Sumário da convenção de sinais envolvendo calor e trabalho. Trabalho de Pressão-volume (Trabalho de volume) O trabalho que se encontra frequentemente em processos químicos que é associado com a formação ou desaparecimento de substâncias gasosas. Este tipo de trabalho é African Virtual University __ Trabalho de expansão Considere o seguinte diagrama abaixo no qual a pressão externa é vista como os pesos contra o gás.. FIGURA 5 Trabalho de volume. Expansão de um gás contra um objecto de massa m, numa distância h.. Na Física clássica, o trabalho requere a movimentação de um objecto numa certa distância. dx contra uma força oposta F é w = - Fdx (6) onde o sinal negativo indica que quando o sistema realiza trabalho contra uma força oposta, a energia interna do sistema que realiza trabalho vai diminuir. Recordar que a pressão é a força por unidade de área. Força, portanto, é o produto da pressão e área. O trabalho realizado ao mover-se algo do estado A para B, é então expresso como dw = - P e x dV (7) African Virtual University _0 Expansão contra pressão constante Considere um gás confinado num cilindro como ilustrado abaixo FIGURA 6 Trabalho de Expansão numa expansão de gás contra pressão externa O trabalho total realizado pela movimentação do estado inicial 1 para 2 irá proporcionar a mudança de volume de V1 para V2 contra uma pressão constante Pe x . Assim podemos escrever que (8) V 2 dV w = - Pex V1 E desde que Pex é constante (9) w = - Pex dV V2 V1 A expanção a partir do esatdo inicial (Vi ) para o final (Vf) w = - Pe x (Vf- Vi ) w = -Pe x V (se P for constante) (10) (11) A área sob a curva da Figura 6 representa o trabalho realizado pelo gás. Um exemplo comum deste tipo de trabalho é em um motor de combustão interna do carro onde os gases em expansão são capazes de mover (conduzir) um pistão. O levantamento pontual de foguetes e veículos espaciais, como o ônibus espacial também envolvem a expansão dos gases. African Virtual University __ Exemplo 4 Um hidrocarboneto sofre combustão num contentor com um pistão móvel com uma área de 0.5 m2 . Se o pistão é movido a uma distância de 30 cm contra uma pressão de 1 atm, que trabalho será realizado nessa expansão? Solução Na expansão, o pistão passa por uma cobertura correspondente ao volume = área x distância Mudança no volume V = 0.5 m2 x 0.3 m = 0.15 m3, P = 1 atm = 101325 Nm -2 A partir da equação (11), w = -Pe x V = - (101325 Nm -2 x 0.15 m3) = - 15 199 J = - 15.2 kJ Problema prático 4 Uma amostra de gás é comprimido de um volume inicial de 4.0 L para o final de 1.0 L. Qual é o trabalho realizado, se a pressão externa foi de 5 atm? (a) 5.0 x 103 (b) 1.8 x 103 (c) 1.5 x 103 (d) 1.6 x 102 Expansão reversível de um gás Suponha que o gás se expande ou contrai-se de tal maneira que a pressão externa é igual à pressão do gás. Tal expansão / compressão ter lugar nods casos onde observase a reversibilidade. Uma mudança reversível é aquela que se procede via uma quantidade infenitesimal e provavelmente altere-se para a direcção oposta numa acção infenitesimal oposta. Expansão reversível e isotérmica dum gás O processo descrito acima pode ser feito em condição reversivel e isotermica (p.ex. banho maria a temperatura constante). Usando a equação para caso ideal e a equação (8), podemos avaliar o trabalho realizado durante o processo. w = - nRT ∫dV/V = n RT ln (vf/vi) (12) African Virtual University __ A expressão acima será positive se o volume inicial, Vi, for maior que o volume final, Vf, indicando um processo de compressão. O trabalho realizado durante o processo econtra-se ilustrado no diagrama na Figura 7 FIGURA 7 Diagrama indicador de uma expansão a pressão constante e para um processo reversível Comparando as duas areas (a e b), está claro que foi realizado mais trabalho durante a expansão reversível contra a pressão externa constante, que o realizado no processo de expansão irreversível. O trabalho máximo é obtido durante a expansão reversível porque o trabalho máximo é assegurado em cada etapa – não há disperdício. Expansão Livre A expansão livre envolve expansão sem força oposta. Por exemplo quando o gás se expande no vácuo. Neste caso P ex = 0, de tal forma que o trabalho realizado seja igual a zero (dw = 0, w = 0), isto durante uma expansão livre de um gás, não se realiza trabalho. Processos a pressão e volume constantes Estes são os processos mais comuns encontrados nas reacções químicas. É então instrutivo considerar o comportamento da primeira lei da termodinâmica em relação a tais processos Processo a volume constante A realização duma reacção a volume constante precisaria de um vaso selado, para conter substâncias gasosas produzidas ao longo do processo. Os equipamentos típicos usados para a melhor performance dos instrumentos de medição, é a bomba calorimétrica, frequentemente usada para a realização de reacções de combustão. African Virtual University __ Na secções anteriores, vimos que a mudança na energia interna E é dada pela equação ∆E = q + w (13) Se o trabalho é feito pelo sistema, então w = - Pe x ∆ V (14) Daí, ∆E = q + (- Pe x ∆V) Neste caso, V é zero, logo ∆E = qv (15) Onde qv indica que o calor envolvido acontece a volume constante, O resultado é significante, pois mostra que a troca de calor a volume constante é igual, a troca de enrgia interna com o sistema. Isto permite determinar experimentalmente a troca (mudança) de energia interna duma reacção medindo a energia absorvida ou liberta no processo. Exemplo 5 Um gás ideal monoatómico expandiu a 298 K de uma pressão inicial de 5 atm apara uma pressão final de 1 atm isotérmica e reversivelmente. Calcular o calor absorvido pelo gás (q), trabalho feito sobre o gás (w) e a mudança na energia interna ( E). Solução Desde que o processo ocorra isotermicamente e a pressão constante, T1 = T2 , ∆T = 0 e ∆E = 0. Para processos reversíveis, o trabalho feito na expansão isotérmica e reversível na equação (12) pode ser usada para onde a relação inversa de pressão e volume é utilisada, p.ex. African Virtual University __ w= - RT ln P1 P2 = - 8.314 J K - 1 mol - 1 x 298 K ln5 = - 3990 J mol - 1 A partir da primeira lei da termodinâmica, E = q + w Mas E = 0, logo q = -w q = - w = 3990 J mol -1 Problema prático 5 Determine o trabalho realizado pelo ambiente (arredores) quando 12 litros de um gás ideal, inicialmente a uma pressão de 10 atm, expande a pressão constante até 10 litros: (a) Reduzindo a pressão externa para 1 atm; (b) reduzindo a pressão primeiro para 5 atm, e depois para 1 atm; (c) permitindo a expansão do gás par espaço evacuado de tal forma que o volume total seja de 10 litros. Capacidade calorífica A capacidade calorífica (C) mede a mudança de temperatura experimentada numa substância como resultado do fluxo de calor. É a quantidade de energia calorífica necessária para elevar a sua temperature em 1K (ou °C), matematicamente expressa como C = dq dT (16) A capacidade calorífica de 1 mol de substância é chamada por capacidade calorífica molar e a capacidade calorífica de 1 grama de substância é designada por calor específico. Para um processo a volume constante, podemos escrever a seguinte expressão para a capacidade calorífica. Cv = dqv/dT=dE/dT (17) African Virtual University __ Processos a pressão constante: entalpia das reacções Muitas das reacções químicas realizam-se a pressão constant, por exemplo no laboratório a pressão atmosférica. Em tais processos ocorre alteração de volume. qp = ∆E + Pe x ∆V a pressão constante (18) O calor envolvido ou absorvido a pressão constante, qp, chama-se Entalpia, simbolizado por H, qp = ∆H. Logo ∆H = ∆E + P ∆V (19) A Entalpia é então, a mudança de energia interna mais o trabalho de volume. Se se assume que os gases produzidos numa reacção química comportem-se como ideais, podemos então, resolver a equação em função de V, usando depois a equação dos gases perfeitos, dando nRT P ∆V = (20) Para uma alteração de volume podemos escrever ∆V = nR T p (21) Se a reacção ocorrer a temperatura e pressão constantes ∆V = ∆n RT P (22) A mudança de volume para uma reacção é essencial na alteração do número de moles das espécies envolvidas. Substituindo a equação (22) na equação (19), a expressão da Entalpia passa a ser a seguinte ∆H = ∆E + ∆n g a s RT (23) Onde ngas, é dado pela diferença de ngas produtos e ngas dos reagentes, e representa a mudança do número de moles entre reagentes e produtos. African Virtual University __ A capacidade calorífica a pressão constante é expressa pela equação Cp= (dqp/dT) = dH/dT 24 Exemplo 6 O Envenenamento por monóxido de carbono, por vezes, ocorre durante a estação fria, devido ao uso interno de carvão para aquecimento. Isso ocorre quando a quantidade de oxigênio é limitada. Com o ar suficiente (oxigênio), o monóxido de carbono reage com o oxigênio para formar o dióxido de carbono que é um pouco menos prejudicial. Calcule H para a reação a 25 ° C, dado que a variação da energia interna para a reação é - 281,7 kJ. Solução C O (g) + 1/22 O (g) → C O2 ( g) ∆E = -281.7 kJ A alteraçaõ de Entalpia, H, é definida como a soma das alterações da energia interna, E, e o trabalhode volume feito pelo sistema. ∆H = ∆E + P ∆V Desde que não haja indicação da pressão e volume, um método alternativo é usado para resolver o problema como indicado na equação (23) ∆H = ∆E + ∆n g a s RT ∆ nga s = 1 mol CO2 - (1 mol C0 + 0.5 mol O2) = - 0.5, ∆E = -281.7 kJ, R = 8.314 J K - 1 mol -1 , T = 298 K Substituindo na equação (23) ∆H = -2.817 x 105 J + (-0.5 mol x 8.314 J K -1 mol -1 x 298 K) = -2.817 x 105 - 1.238 x 103 = - 282.9 kJ African Virtual University __ Problema Prático 6 Um mol de metano reage com oxigénio a volume constante, e a uma temperatura de 298 K de acordo com a equação abaixo. C H 4 ( g) + 2O2 ( g) → C O2 ( g) + 2H 2 O (l ) Qual é a alteração na Entalpia, H, para a reacção se 886 kJ de energia são libertos durante a reacção? (a) (b) (c) (d) - 881 kJ - 891 kJ 891 kJ - 886 kJ Dependência da Temperatura em relação a Entalpia da reacção Note que todas as reacções ocorrem a 298K, daí devemos examiner como é que podemos adaptar os dados termodinâmicos tabelados para o uso em diferentes condições. Vimos antes que, a capacidade calorífica a pressão constante está relacionada a temperatura pela ∆H = C P dT (25) Se a substância é aquecida a partir de uma temperature inicial T1 para T2, a alteração da entalpia de H(T1) para H(T2) de acordo com a equação será. H(T2) = H(T1) + ∫CpdT (26) Assume se que, não se observe nenhuma transição de fase entre as duas temperaturas de interesse T1 e T2. Para uma reacção química a eqaução (21) é expressa ∆Hºrxn (T2) = ∆Hº rxn (T1) + ∫∆rxn CpdT (27) Onde representam as entalpias padrão da reacção. Esta equação é conhecida como a Lei de Kirchoff. Exercícios interactivos: Calor de Solução African Virtual University __ Actividade de Aprendizagem # 3 Título da Actividade de Aprendizagem: Termoquímica Objectivos específicos de Ensino Aprendizagem Ao terminar esta Actividade deve ser capaz de • Explicar que s mudanças químicas são acompanhadas por alterações energéticas principalmente na forma de energia térmican • Usar o conceito de entalpia para explicar reacções endotérmica e exotérmicas • Descrever como é que as mudanças de entalpia e energia térmica que acompanham as reacções químicas podem ser determinadas calorimetricamente. • Definir energia de ligação. Usar as tabelas de energias de ligação par estimar a entalpia de reacção. • Escrever e manipular as equações termoquímicas - Combinar um conjunto de etapas de equações termoquímicas com vista a obter a equação termoquímica geral (Lei de Hess) - Escrever as equações termoquímicas para as reacções de combustão e formação. Sumário das Actividades de Aprendizagem Termoquímica é o estudo das transformações de energia térmica que acompanham mudanças químicas. A Queima de combustíveis como a gasolina usada para conduzir carros, bem como as baterias usadas para alimentar vários dispositivos electrónicos requerem alguma forma de energia. A Energia usada em muitas aplicações envolve reacções químicas, antes da sua disponibilidade para os propósitos meramente químicos. Em termoquímica, fazemos uso das mudanças caloríficas para determinar outras propriedades termodinâmicas: a energia interna, entalpia e capacidade calorífica. As Relações estabelecidas em termoquímica permitem o cálculo das variações de calor que sejam muito difícil ou impossível de determinar experimentalmente. Isso é feito utilizando os dados termoquímicos tabelados. Lista de Leituras relevantes • Energética química • Termoquímica African Virtual University __ Lista de Recursos relevantes •_ Chem1 Virtual Textbook http://www.chem1.com/acad/webtext/virtualtextbook.html •_ Chemistry Experiment Simulations and Conceptual Computer Animations http://www.chem.iastate.e du/group/G reenbowe/sections/projectfolder/simDownload/index4.html#kinetics Recursos Multimedia •_ Computador com conectividade a rede de internet para permitir o acesso a fontes de aprendizagem gratis, e materiais interactivos de aprendizagem através de e-mail, videoconferência e uso de CD-ROMs •_ QuickTime Movie Player Software •_ Shockwave Player Software •_ Macromedia Flash Player Software Lista de links relevantes e importantes •_ The Catalyst: Chemistry Resources For Teachers http://www.thecatalyst.org •_ Science Resource Centre http://chem.lapeer.org •_ Chemistry Teaching Web Sites http://people.moreheadstate.edu/fs/h.hedgec/sciteach.html •_ Mitopencourseware http://ocw.mit.edu Descrição detalhada das actividades Esta actividade examina as mudanças na energia que acompanham transformaçõe químicas nas reacções químicas. A variação de entalpia, um factor determinante quant à possibilidade de uma reacção absorver ou libertar calor, medidas de calor envolvend calorimetria, e a aplicação da lei de Hess nos cálculos e problemas termoquímicos estão cobertos nesta actividade. São abordados também exemplos e questões química para testar a sua compreensão quanto aos tópicos abordaddos ao longo do texto. African Virtual University _0 Avaliação formativa Ao longo desta Actividade de aprendizagem vai encontrar •_ problemas para testar a sua percepção conceitual sobre a disciplina. •_ Exercicios rapidos serão disponibilizados para testar a sua compreensão. •_ Serão dadas Experiências para avaliar a sua compreensão nas relações teóricopráticas. •_ Simulação de experiências envolvendo trocas de calor acompanhadas de exercícios Termos e conceitos chaves •_ energia térmica •_ reacção endotérmica •_ reacção exotérmica •_ entalpia •_ alteração de entalpia •_ Diagrama de entalpia •_ capacidade calorífica •_ calor de reacção •_ Lei de Hess •_ Entalpia padrão de formação •_ Entalpia padaão de reacção Actividades de Aprendizagem Muitas reações químicas envolvem tanto a evolução ou absorção de calor. Na combustão de um combustível de hidrocarboneto comum, gasolina por exemplo, o ar (oxigênio) reage para produzir dióxido de carbono em um processo que envolve quebra de ligações, rearranjo, e formação da ligação. A Termoquímica está preocupada com as trocas de calor seguido de transformações, tais como reacções químicas e mudança de fase. Permite-nos realizar os cálculos relacionados com a capacidade de calor, combustão e formação de várias substâncias. Fluxo de calor entre o sistema e o ambiente é facilmente mensurável e pode ser predita a partir da entalpia dos produtos e reagentes. Diminuiçaõ da energia do sistema Sistemas que são instáveis (energia potencial) têm uma maior tendência para sofrer uma transformação química do que os sistemas que são estáveis (de menor energia potencial). As reações químicas sempre que possível, tendem a se mover espontaneamente de um estado de maior energia potencial para um de menor energia African Virtual University __ rolar para baixo. Tomemos por exemplo a combustão de carvão, um combustível utilizado em comum nas zonas rurais de África para cozinhar e aquecimento. O diagrama na Figura 1 mostra a mudança na energia quando o carvão reage com o oxigênio no ar. Os produtos estão em baixa energia do que os reagentes. FIGURA 1 Diagrama de energia da combustão de carvão, combustível doméstico comum em Africa. African Virtual University 72 Entalpia da reacção As reacções envolvem tanto a libertação ou absorção de calor a partir dos arredores (do ambiente) •_ Quando uma reacção química ocorre, na qual o sistema absorve calor, o processo é endotérmico (resfriamento) •_ Quando uma reacção química ocorre, na qual o sistema produz calor, o processo é exotérmico (aquecimento) O calor da reacção é a quantidade de calor trocada entre o sistema e o ambiente, . o ocorre uma reacção. O calor tende fluir até que o sistema e o ambiente tenham quando a mesma temperatura. FIGURA 2 Diagrama mostrando uma reacção ocorrendo num copo aberto. Sistema em relação ao seu redor. Entalpia Muitos produtos químicos e processos biológicos ocorrem a pressão constante. O calor libertado sob condições de pressão constante é uma função termodinâmica conhecida como entalpia (H), por vezes referido como "conteúdo de calor." A mudança na entalpia (descrito ou rotulado como H) não é medida directamente, mas sim através da energia libertada na forma de calor. A variação de entalpia (H) depende apenas dos estados inicial e final ou seja, H = Hf - Hi Se uma reacção é exotérmica ou endotérmica, depende da entalpia inicial e final dos reagentes e produtos respectivamente. •_ Para uma reacção endotérmica H final > H inicial e H é positivo (+ H) •_ Para uma reacção exotérmica H final < H inicial e H é negativo (- H) O diagrama na Figura 3 resume as reacções exotérmicas e endotérmicas. O diagrama mostra que, para reacções exotérmicas, os produtos apresentam uma energia baixa em relação aos reagentes, enquanto que na reacção endotérmica, a energia dos produtos é maior do que a dos reagentes. O aumento da entalpia e o decursoda da reação estão representadas nos eixos X eY respectivamente. African Virtual University 73 FIGURA 3 Diagrama mostrando troca relativa de energia para uma reacção exotérmica e endotérmica. Quando as reacções químicas ocorrem, exotérmicas ou endotérmicas, o princípio da conservação de energia se aplica em relação ao sistema e arredores. Em uma reação exotérmica o calor flui do sistema para o ambiente. A energia do sistema deve diminuir devido a esta perda, enquanto que a do ambiente aumenta, devido ao ganho. Em uma reacção endotérmica o calor flui do ambiente para o sistema de modo que, a energia do sistema aumenta. A energia do ambiente diminui no processo. FIGURA 4 Diagrama mostrando troca de energia durante (a) uma reacção exotérmica e (b) uma reacção endotérmica entre o sistema e arredores. Nota que os produtos têm baixa energia (entalpia) emmrelação aos reagentes numa reacção exotérmica. African Virtual University 74 Quais são as propriedades de entalpia como função de estado? •_ A Propriedade que depende apenas do seu estado inicial e final, é tida como função de estado . A Oxidação de açúcar (C1 2H22O11) ajuda a ilustrar a propriedade da função de estado. Quando se come o corpo metabolisa o açúcar para produzir dióxido de carbono e água. açúcar – dioxide de carbono + água + energia •_ Num processo diferente da combustão, combinará com oxigénio, queima, para formar os mesmos produtos C1 2H22O11 (s) + O2(g) → 12CO2(g) + H2O(g) + energia •_ Apeasr destas duas vias, a alteração global da entalpia é a mesma sendo a entalpia uma função de estado. •_ A entalpia depended da quantidade de substâncias reactantes. A sua Magnitude depende da quantidade dos reactantes que estão sendo consumidos. •_ A inversão da equação termoquímica, result também na inversão do sinal da entalpia, mas com a mesma magnitude •_ A alteração de entalpia depende também do estado dos reagentes e produtos, isto é, deve ser especificado. Como é feita a medição das alterações de entalpia? A determinação experimental do calor envolvido ou liberto durante as reacções químicas é feita usando um calorímetro, medindo as mudanças de temperatura produzidas. Se o calorímetro é isolado da atmosfera, o calor envolvido será reflectido em um aumento na temperatura do sistema. A quantidade de calor envolvida durante a reacção pode ser determinada a partir do conhecimento de quanta energia é necessária para elevar a temperatura de uma substância. Capacidade calorífica •_ A capacidade calorífica de um objecto é definida como sendo a quantidade de calor necessária par elevar a sua temperatura em 1K (ou ºC) •_ Quanto maior for a capacidade calorífica de um objecto, maior será a energia calorífica necessária para elevar a temperatura dese objecto. Para substâncias puras, a capacidadecalorífica é usualmente dada para especificar a quantidade da substância •_ A capacidade calorífica de 1 mol de substância é denominada capacidade calorífica molar •_ A capacidade calorífica de 1 grama de substância chama-se capacidade específica A capacidade específica de uma substância pode ser determinada experimentalmente, medindo a variação de temperatura (∆T) de uma massa conhecida (m), quando esta ganha ou perde quantidade específica de calor (q): African Virtual University 75 Capacidade específica = Quantidade de calor transferido / (Gramas da Sub.)*(Alteração na temperatura) = q / (m*∆T) A medição do fluxo térmico (q) é conhecida como calorimetria. Dois tipos de calorímetros são descritos nas secções que seguem. Calorímetro a pressão constante Em um calorímetro a pressão constante, a medição de calor é feita sob constante pressão. A construção geral do calorímetro a pressão constante é mostrada abaixo FIGURA 5 Diagrama mostrando alteração energetic durante (a) uma reacção exotérmica e (b) uma reacção endototérmica entre o sistema e ambiente. O calorímetro incorpora um regulador de pressão para controlar a pressão. Para as reacções que ocorrem à pressão atmosférica, o regulador é deixado aberto para que a pressão interna seja igual a pressão externa. O calor liberto ou absorvido na reacção será reflectido na mudança de temperatura. Se o calor é evoluído, por exemplo, a solução irá absorver o calor de tal forma que qaq s ol v en te = qr x n. African Virtual University 76 Calorímetro a volume constante Em um calorímetro de volume constante as medições são feitas em um volume fixo de recipiente selado. A reacção é desencadeada em uma câmara e o calor liberto é absorvido pela água ao redor da câmara. O calorímetro de volume constante é ideal para medição de calor de reacções em processos de combustão que envolvem libertação de gases. Nesta configuração (veja a Figura 6), todos os gases produzidos são contidos dentro do vaso. Para realizar a determinação, a bomba é montada e enchida com oxigénio em alta pressão. É, então, imersa em água do calorímetro e sua temperatura inicial registada. A reacção é desencadeada por um pulso curto de energia eléctrica, que aquece aamostra para um ponto de ignição. A mudança de temperatura é monitorada através de um termómetro, e a temperatura final determinada após a combustão. FIGURA 6 Montagem do calorímetro a volume constante com válvula reguladora de pressão. Reacção ocorre na bomba imersa na água. A Reacção é accionada por meio de cabos de ignição. As medições a volume constante permitem determinar a alteração da energia interna, E. A parti da primeira lei da termodinâmica E=q+PV Se não se observar a alteração de volume, então P V = 0 e logo E = q. Exemplo 1 Calcular a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 9.25 L de água de 22.0 para 29.4 °C, sabendo que o calor específico da água é 4.18 Jg -1°C -1. Solução A partir da equação (2) African Virtual University 77 Calor específico = Quantidade de calor transferido (Grama de Substância) x (alteração de temperatura) Resolvendo em função da quantidade de calor transferido q = massa x alteração de temperatura x calor específico da água. q = 9.25 x 103 g x (29.4 - 22.0) °C x 4.18 J g -1 °C -1 = 286.3 kJ Problema prático Uma amostra de carbono, 3,0 g, foi queimada em dióxido de carbono em um calorímetro de cobre.A massa do calorímetro foi de 1,5 kg a massa de água no calorímetro foi de 2 kg. A temperatura inicial foi de 20 ° C e a temperatura final foi de 31 ° C. Calcule o calor liberto pela combustão de 1 g de carbono. O calor específico bem como a capacidade de cobre e água são 0,389 J g -1 º C -1 e 4,18 J g -1 º C -1 respectivamente. (a) (b) (c) (d) 3.2 x 104 J 9.3 x 104 J 6.4 x 104 J 9.2 x 104 J • Exercício Interactivo: Calorimetria Lei de Hess A Lei de Hess estipula que quando uma reação ocorre e forma os produtos, a mudança a mudança de entalpia é a mesma, independemente de se tratar em uma única etapa ou de várias etapas. Por exemplo, na reação hipotética abaixo. (3) H D A H1 H3 B C H2 African Virtual University 78 A entalpia global é dada por ∆H = ∆H1 + ∆H2 + ∆H3 O significado da lei é que ela permite o cálculo de entalpias de reacções que talvez seriam difícies determinar ou então perigosas para serem executadas em laboratório. Muitos dados termoquímicos podem ser encontrados nas Tabelas para uso em cálculos para várias reacções químicas. Alterações da Entalpia padrão Uma restrição da lei de Hess é que todas as entalpias devem ser determinadas na mesma temperatura e pressão. Os Químicos em geral realizam experiências (reacções químicas) sob uma variedade de condições. Assim, foi considerado conveniente para medir e comunicar as alterações de entalpia na base de um acordo que estabelece um conjunto de condições padrão. Todas as mudanças de entalpia medidas sob estas condições são denominadas de variação de entalpia padrão, denotado por Hº. Os reagentes e os produtos devem estar em seus estados padrão. O estado padrão de uma substância pura, sendo a forma (Gás, líquido ou sólido), em que uma substância é mais estável em 1 atm de pressão e numa temperatura específica. Entalpia padrão da reacção A entalpia padrão de reacção é a alteração em entalpia durante uma reacção química.É a diferença entre as entalpias dos reagentes e produtos. Sirva-se de exemplo hipotético abaixo. aA + bB cC + dD A alteração de Entalpia desta reacção é calculada provavelmente a partir de H = Soma das entalpias dos produtos - Soma das entalpias dos reagentes Matematicamente escrito, resulta ∆H Ro = cH m0 (C ) + dH mo ( D )- aH m o ( A)+ bH m o(B) Exemplo 2 O gás fosfina pode ser preparado a partir da seguinte reacção. Ca3P2 (s) + 6H2O (l) ® 3Ca (OH)2 (s) + 2PH3 (g) African Virtual University 79 Use as entalpias padrão de formação dadas abaixo para calcular as alterações de entalpia padrão das reacções. Substância ∆Hf (kJ mol-1) Ca 3P 2 (s) Ca (OH) 2 (s) PH 3 (g) H2 O (l) 504 986 + 90 286 Solução A alteração da entalpia para a reacção é dada pela seguinte relação. ∆H = Soma das entalpias dos produtos - Soma das entalpias dos reagentes ∆H = [3 x (-986) + (3 x 90)] - [(-504) + 6 x (-286)] = (-3048 + 270 + 504 + 1716) kJ = 558 kJ Problema prático2 A variação de entalpia para a combustão de 1 mol de pentano em dióxido de carbono e a água é -3526 kJ. Calcule a entalpia padrão de formação de pentano dadas as seguintes entalpias padrão de formação. CO2 (g) H∆ fº = -393 kJ mol-1 H20 (l) H∆f° = - 286 kJ mol - 1 (a) -160 kJ (b) 155.2 kJ (c) -155.2 kJ (d) - 77.6 kJ Cálculos termoquímicos Uma equação termoquímica é uma equação de reacção balanceada e acompanhada da variação de entalpia a ela associada. Zn(s) + H2 O(l) ® ZnO(s) + H2(g) H° = - 192.8 kJ mol -1 Nas secções anteriores, o calor desenvolvido ou absorvido durante uma reacção química é a variação de entalpia. Em química normalmente as experiências são feitas nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP). É por esta razão que os resultados de medições termoquímicas estão geralmente em CNTP. African Virtual University 80 Entalpia de ligação e entalpia média de ligação A entalpia de dissociação de ligação refere-se a mudanças de entalpia durante a formação e quebra de ligações químicas. Quebra de ligações requer uma entrada de energia de formação (endotérmica), enquanto que a formação de ligações liberta energia (exotérmica). A energia de dissociação de ligação é definida como sendo a quantidade de energia necessária para quebrar um mol de ligações covalentes de espécies gasosas. O Conhecimento de quanta energia é necessária para quebrar e formar novas ligações em uma reacção química, nos fornece informações sobre o tipo de mudança de energia provável para a reacção particular. As entalpias de dissociação relatadas são valores médios para as ligações em uma molécula. As energias típicas médias para certas moléculas selecionadas são mostradas na tabela abaixo. Tipo de Ligação H∆d°/kJ mol -1 Molécula N-H O-H C-H 389 NH3, amoníaco 464 H2O, água 413 média de muitos compostos orgânicos C-C C-F 346 média de muitos compostos orgânicos 485 CF4, Tetrafluoreto de carbono Enatlpia média de Ligação Considere a combustão de metano, formando dioxido de carbono e água como produtos. CH4 + 2O2 → 2H2O + CO2 +1646 kJ mol-1 A mudança total de entalpia envolvida na reacção acima é +1646 kJ mol -1, esta é a energia necessária para quebrar quatro ligações CH. Contudo, a energia necessária para quebrar um CH é +1646/4 kJ mol -1. É necessário usar valores médios porque a quebra de ligações covalentes observa-se dissociações sucessivas diferentes. Por exemplo, CH4(g) → CH3 (g) + H(g) ∆H d° = +427 kJ mol-1 CH3(g) → CH2(g) + H(g) ∆H d° = +371 kJ mol-1 A energia liberta numa reacção química é a diferença da energia necessária para quebrar as ligações e a dada para fora na formação de novas ligações. Isto sumariza-se em ∆H r x n = ∑BE ( reagentes) - ∑BE ( produtos) (5) African Virtual University 81 Problema prático Dadas as seguintes equações termoquímicas BCl3 (g) + 3H2O (l) → H3 BO3 (g) + 3HCl (g) ∆H° = - 112.5 kJ B2 H6 (g) + 6H2 O (g) → 2H3BO3 (s) + 6H2 (g) ∆H° = + 493.4 kJ H2 (g) + Cl2 (g) → 2HCl (g) ∆H° = - 184.6 kJ Calcule o valor de Calculate the value of ∆H° para a reacção B2 H6 (g) + 6Cl2 (g) → 2BCl3 (g) + 6HCl (g) (a) (b) (c) (d) 492.2 kJ 389.2 kJ 3892 kJ -389.2 kJ [shutterstock_ 1317911] Actividade de Aprendizagem # 4 African Virtual University 82 Título da actividade de Aprendizagem: Espontaneidade em Mudanças químicas Objectivos específicos de Ensino e Aprendizagem No fim desta Actividade deve ser capaz de •_ Explicar o que é um processo espontâneo •_ Definir e explicar o termo entropia •_ Explicar a segunda lei da termodinâmica •_ Fazer predições qualitativas da direcção de reacções com base na entropia •_ Definir o termo energia livre e sua relação às propriedades de equilíbrio Sumário das Actividades de Aprendizagem Esta actividade analisa a origem de alterações espontâneas nos processos físicos e químicos. Muitos processos naturais são processos espontâneos. Exemplos incluem a dissolução do açúcar em uma chávena de café, o derretimento de gelo ou a oxidação do ferro. Comum a todos estes processos é o aumento do grau de ordem. Vamos introduzir o conceito de entropia para definir, medir e discutir os processos espontâneos. A segunda lei da termodinâmica fornece um critério básico para a mudança espontânea. Ao discutir a entropia, precisamos olhar tanto para o sistema e para os arredores. Nos processos químicos, o foco tende a ser no sistema. A utilização da função de energia livre é discutida como a medida da espontaneidade. Termos e conceitos chaves •_ Entropia absoluta •_ Entropia e equilíbrio •_ Entropia, simbolizada por S •_ Energia livre e equilíbrio •_ Energia livre de Gibbs •_ Segunda lei da termodinâmica •_ Espontaneidade •_ Alteração da entropia padrão, simbolizada por S° •_ Alteração da energia livre padrão, simbolizada por G° •_ Constantes de equilíbrio termodinâmico •_ Terceira lei da termodinâmica African Virtual University 83 Lista de leituras relevantes • Equilíbrio Termodinâmico • Critérios de alteração espontânea • Entropias Absolutas Lista de recursos relevantes •_ Chem1 Virtual Textbook http://www.chem1.com/acad/webtext/virtualtextbook.html •_ Chemistry Experiment Simulations and Conceptual Computer Animations http://www.chem.iastate.e du/group/G reenbowe/sections/projectfolder/simDownload/index4.html#kinetics Recursos Multimedia •_ Computador com conectividade a internet para permitir acesso livre a materiais interactivos de Aprendizagem atravez de e-mail, videoconferência e uso de CD-ROMs •_ QuickTime Movie Player Software •_ Shockwave Player Software •_ Macromedia Flash Player Software Lista de links relevantes e importantes •_ The Catalyst: Chemistry Resources For Teachers http://www.thecatalyst.org •_ Science Resource Centre Http://chem.lapeer.org •_ Chemistry Teaching Web Sites http://people.moreheadstate.edu/fs/h.hedgec/sciteach.html •_ Mitopencourseware http://ocw.mit.edu Descrição detalhada da actividade Nesta actividade, consideramos a questão porquê uma reacção decorre tal como escrito na afirmação química? Quão longe vai a reaccão? Quais os factores que favorecem reacções espontâneas em processos químicos? Quanta energia deve ser fornecida para conduzir uma reacção particular na direcção desejada? As respostas a essas perguntas são fornecidas nesta Unidade. A unidade começará por explicar qualitativamente o que torna um processo de reacção espontânea. A ligação entre a espontaneidade e a desordem é estabelecida considrerando a segunda lei da termodinâmica. A avaliação quantitativa e qualitativa dessa noção de desordem, é discutida atravéz da introdução de uma função termodinâmica conhecida como African University 84 (que você entropia. Energia livre de Gibbs, a qual combina com a Virtual variação de entalpia aprendeu na Unidade II) e entropia, é identificada como um critério de reacções ou mudanças químicas espontâneas. Avaliação formativa •_ Ao longo desta Actividade de Aprendizagem vai encontrar problemas para testar a sua percepção conceitual das matérias •_ Exercícios rápidos serão providenciados para testar a sua compreensão. •_ Experiências práticas são dadas para avaliar a compreensão de relações teóricopráticas •_ Experiências simuladas acompanhadas com exercícios são dadas nesta actividade. Actividades de Aprendizagem O mundo é caracterizado por processos naturais que ocorrem e que acontecem espontaneamente. Observamos todos os dias processos físicos e químicos espontâneos, incluindo muitos dos exemplos a seguir. Uma cachoeira corre ladeira abaixo, mas nunca espontaneamente. O gelo derrete deixado em repouso sem nenhuma acção necessária para que o processo continue. Cubos de açúcar dissolvem espontaneamente em uma chávena de café, mas o açúcar dissolvido não reaparece espontaneamente em sua forma original. O ar lançado de um balão sai espontaneamente. O processo inverso, que é a reunião de todas as moléculas dentro do balão não é espontâneo. Um copo de cerveja que cai no chão quebra em pedaços, o processo inverso não ocorre espontaneamente. Em todos estes casos, o processo inverso não é espontâneo. Estes exemplos mostram que os processos que ocorrem espontaneamente em uma direção não podem, sob as mesmas condições, também ocorrem espontaneamente na direcção oposta. A reação espontânea não significa necessariamente uma reacção instantânea. Algumas reacções podem ocorrer de imediato, (por exemplo, explosivos e fogos de artifícios), enquanto outras reacções, tais como a corrosão ocorra em rítmo muito lento. A segunda questão que precisa de ser respondida é, porquê é que algumas reacções são favorecidas em um conjunto de condições e outras não. Por exemplo, um dos gases do efeito estufa, dióxido de nitrogénio, produzido na reacção entre o nitrogénio e o oxigénio é desfavorável à temperatura normal. No entanto, em um motor de combustão interna de um carro, as temperaturas altas encontradas fazem a reacção altamente favorável. African Virtual University 85 Qual é o critério da mudança espontânea? Para os processos naturais comuns como o rolar de um tambor uma colinaou água a cair das Cataratas Victoria, a característica comum é a mudança naenergia potencial. A mudança espontânea, na posição de água ou o tambornos exemplos acima sugerem que a redução de energia é a força ou o que motiva um processo espontâneo. Para os sistemas químicos, isto é análogo a mudança de energia interna de um sistema, tal como em uma alteração química exotérmica.Quando o calor é liberto do sistema para o ambiente durante uma reacção reacção química, a energia do sistema diminui. A energia do sistema muda de um estado superior para o inferior. O análogo dos exemplos anteriores leva à preposição de que os processos exotérmicos têm uma tendência a proceder espontaneamente. Os processos exotérmicos são geralmente espontâneo. Vários processos endotérmicos são espontâneos. Os exemplos típicos incluem •_ a fusão do gelo no qual o calor é absorvido, e a energia do sistema aumenta •_ a evaporação da água a partir duma superfície é também é endotérmica •_ e assim também o é, a expansão do dioxido de carbano no vácuo Conclusão – a mudança de entalpia só, não é suficiente para determiner se uma mudança é espontânea ou não. Um processo espontâneo é o processo que ocorre num sistema, sem necessidade de intervenção externa para continuar. Um processo não espontâneo, é aquele que necessita de uma acção externa para iniciar. A reacção que ocorre sob um dado conjunto de condições chama-se reacção espontânea. Se a reacção não ocorre sob determinadas condições específicas, é tida como sendo não espontânea. Espontaneidade e desordem Todos os exemplos que tem sido considerados para os processos espontâneos são caracterizados por uma mudança para um estado mais desordenado. Em outras palavras, há um aumento no grau de aleatoriedade. Além disso, não há nenhuma mudança na energia envolvida no processo. Este ponto é ilustrado nas experiências descritas nas próximas secções. African Virtual University 86 Mistura de dois gases Dois gases ideais são confinados em duas câmaras separadas por uma válvula, mostrada no diagrama abaixo. FIGURA 1 Ilustração da mistura de dosi gases. Os gases migram espontaneamente para a câmara oposta uma vez aberta a válvula. Quando a válvula é aberta, os gases migram em direcção da cãmara oposta e misturam-se A mistura continua até que as presses parciais em cada câmara sejam uniformes. Uma característica de um gás ideal é que, a energia interna depende apenas da temperaturea. Quando dois gases misturam-se a temperatura constante, a mudança na energia ( E) é igual à mudança de entalpia ( E), a qual é igual a zero (i.e. E = H = 0). Logo, pode-se concluir que a mudança de entalpia, não é a força promotora da mistura espontânea dos gases. Considere uma experiência similar à dada acima, na qual o gás é confinado na câmara (A) separado da câmara (B), a qual tenha sido evacuada. FIGURA 2 Ilustração da expansão livre de um gás no vácuo. As Moléculas migram espontaneamente para a câmara com vácuo. • Veja animação! Uma vez aberta a tampa,as moléculas gasosas movimentam-se a partir da câmara a esquerda (A) para a câmara a direita (B), resultando no aumento da desordem, como se cada molécula tivesse elevado volume por percorrer •_ não há realização de trabalho pelo sistema, nem pelo ambiente •_ no processo não se observa libertação nem absorção de calor •_ o processo é espontâneo e irreversível. African Virtual University 87 Não há, evidentemente, mudança na energia. Assim, o processo não é espontâneo para minimizar a energia, mas é impulsionado pela tendência de aumentar a desordem Em ambos os casos, aumenta o grau de aleatoriedade e da maneira em que a energia é distribuída entre as moléculas do gás. A força motriz é a tendência das moléculas atingirem um estado máximo de desordem. A função termodinâmica que mede o grau de desordem do sistema é chamado entropia, S. A mistura dos dois gases no exemplo acima, a entropia do sistema aumenta de modo que S é maior que zero. Quanto mais desordenado for o estado, maior é a sua entropia. A Entropia é uma função que depende apenas do estado inicial e final do sistema. A variação de entropia que acompanha uma transformação pode ser escrita como ∆S = S fin al – S iniciall (1) O valor de S é positivo, quando o grau de desordem aumenta, e é negativo quando a desordem diminui. As reacções no exemplo a seguir ajuda a ilustrar o facto. Exemplo H2 (g) +1/2 O2 (g) → H2 O (l) A entropia diminui pois o estado líquido é mais ordebado que o estado gasoso 2NH4 NO3(s) → 2N2 (g) + 4H2O (g) + O2 (g) A entropia aumenta da partir da altura em que aumenta a quantidade do gás Examplo 1 Faça predições qualitativas da alteração de entropia nos seguintes processos. (a) Reacção de dioxido de enxofre para formar trioxido de enxofre. 2SO2 (g) + O2 (g) 2SO3 (g) (b) Evaporação de um mol de água H2O (l) H2O (g) Solução (a) O número de moles de produtos gasosos é menor que o dos reagentes. Três moles de reagentes dão origem a 2 moles de produtos. A Entropia diminui. (b) As Moléculas na fase de vapor têm maior liberdade de na movimentação. A Entropia aumenta. African Virtual University 88 Problema prático 1 Sugira se observa aumento ou diminuição de entropia da reacção abaixo. CuSO4(s) → Cu 2+(aqu) + SO4 2- (aqu) 2- (aq) A mudança de entropia é directamente proporcional ao calor absorvido (q) e inversamente proporcional a temperatura (T). Isto matematicamente é dado pela equação abaixo. ∆S = qrev/T (2) Como S é independente do caminho percorrido, o caminho pelo qual o calor é absorvido ou liberto também dever ser independente do caminho. Uma maneira de contornar este problema é considerar apenas uma rota através da imposição de restrição deliberada. Nós assumimos que aos trâmites do processo, através de um processo reversível de modo que as mudanças no calor sejam independentes do caminho percorrido, q = qrev. O uso da entropia como o único critério para a previsão de processos espontâneos é um pouco problemático. Um exemplo clássico é o congelamento da água de forma espontânea a - 10 ° C. O gelo é um estado mais ordenado e ainda o processo ocorre espontaneamente. Esta aparente dificuldade é superada, considerando a variação de entropia para o sistema e seus arredores. A combinação da mudança da entropia do sistema e a entropia do ambiente é chamado de mudança de entropia do universo expressa matematicamente por ∆S universo = ∆S sistema + ∆S ambiente (3) Num processo espontâneo (processo irreversível), em que observa-se aumento de entropia, tanto para o sistema bem como para o ambiente, verifica-se ganho de entropia pelo universo. Logo pode-se escrever ∆S universo = ∆S sistema + ∆S ambiente > 0 (4) Esta é a representação matemática da segunda lei da termodinâmica, a qual afirma que todos os processos espontâneos produzem aumento de entropia do universo. African Virtual University 89 Isso nos ajuda a explicar o congelamento espontâneo de água, apesar de ter uma entropia negativa. No congelamento o calor é absorvido a partir do ambiente, a mudança de entropia no ambiente é, portanto, positivo. Neste caso, o aumento de entropia no ambiente é maior do que a diminuição da entropia do sistema. Assim, a entropia total do universo é positiva quando a água congela. Entropia e processos reversíveis Na química encontrou várias reacções reversíveis. Um exemplo comum é a reacção entre o hidrogénio e o nitrogénio, para formar amónio. H2 (g) + N2 (g) ↔ NH3 (g) A reacção pode ocorrer em ambos os sentidos para formar amónio (directa) ou hidrogênio e nitrogênio no sentido inverso. Outro exemplo de um processo reversível é a transição de fase de gelo para água líquida. No entanto, para que o gelo derreta, termodinamicamente seria necessário aplicar uma quantidade mínima de calor para que apenas uma pequena quantidade de gelo passasse para o estado líquido. Se uma pequena quantidade de calor é então retirada, a água iria mudar de volta para o gelo. Em uma mudança de fase reversível perfeita de gelo para a água, o ambiente retorna ao seu estado inicial, sem afectar o resto do universo. A variação de entropia do sistema é dada por ∆S = ∆Hrev/T onde ∆Hrev=qrev • Vide animação! Dissolução de um sal Exemplo 2 Calcule a alteração de entropia quando um mol de água é convertida em vapor a 100 °C. O calor de evaporação é de 40.6 kJ mol -1. Solução Para um processo ocorrendo a temperatura constant, a alteração de entropia, S, é igual ao calor absorvido dividido pela temperatura. A pressão constante qp = H, logo ∆S = ∆Hvap /T= = 40.6 x103 J / 373K = 108.8 J K - 1 African Virtual University 90 Problema prático 2 A alteração de entropia para a evaporação de mercúrio é 86.5 J K -1mol -1 a pressão padrão. Calcule o ponto de ebulição, sabendo que a entalpia de evaporização é 54.5 kJ mol -1. (a) 6250 K (b) 650 K (c) 0.630 K (d) 630 K Efeito de temperatura e volume A entropia de um sistema aumenta com o aumento da temperatura. A forma como a energia é distribuída, também aumenta com a elevação da temperatura. Quando a temperatura é baixa, aproximando-se do zero absoluto, a energia cinética do movimento aleatório das moléculas é pequeno. O número de maneiras de distribuir a energia são menores e, consequentemente, uma baixa entropia. Considere, por exemplo, moléculas em um sólido. Moléculas estão em locais fixos dentro da estrutura de treliça. Estas moléculas têm movimento vibratório sobre sua localização. Quando o sólido absorve energia na forma de calor, as vibrações das moléculas aumentam e as moléculas não são mais encontrados em um ponto fixo. O número de formas de propagação de energia tem aumentado. FIGURA 3 (a) Ilustração da mistura de dois gases. Os gases migram espontaneamente para a câmara oposta uma vez aberta a válvula. He at He a t (a) (b) (c) FIGU R A 3 (a) Muitas substâncias a temperaturas muito baixas estruturas altamente organizadas (cristais). Há poucas formas de distribuir energi. (b) Com o aumento da temperatura, as moléculas mostram elevada movimentação e não se encontram mais fixas. As moléculas movimentam-se livremente com maior possibilidade de distribuir energia. (c) Com ainda adição de calor, as moléculas adquirem maior mobilidade, e estão aleatoriamente distribuídas, apresentando diversas formas de o fazer. • Vide animação ! Movimento vibracional de moléculas numa estrutura cristalina. Variação da entropia e temperatura O facto de que a entropia é influenciada pela temperatura foi destaque qualitativamente nas secções acima.Uma análise quantitativa pode ser feita através da avaliação da equação(2). Para um sistema de mudança de forma de um estado inicial com a temperatura (Ti) para uma temperatuta final (Tf), a variação total de entropia para o processo é encontrado através da integração da equação (2). African Virtual University 91 S (T2 ) = S(T1 ) + ∫dqrev/T ∆S = ∫dqrev/T (5) (6) Para um processo a pressão constante, a mudança de calor dq pode estar relacionada a capacidade calorífica Cp, dq = CP dT De tal forma que (7) S (T2 ) = S(T1 )T+2 ∫C P dT T Se forma semelhante, para o processo que acontece a volume constante, a capacidade calorífica (CV), pode ser usada na expressão S (T2 ) = S(T1 )T+2∫ CV dT T (8) A alteração global de entropia entre a temperatura T1 e T2 é detrminada a partir da integração, e a solução para processos a pressão e volume constante é dada abaixo. Expressão para processo a pressão constante S (T2 ) = S(T1 ) + C P ln T2/T1 (9) Expressão para o processo a volume constante S (T2 ) = S(T1 ) + C V ln T2/T1 (10) Estas equações possibilitam o cálculo da alteração de entropia na medição da capacidade calorífica em temperaturas diferentes e posteriormente a avaliação de integrais. A alteração African Virtual University 92 na entropia é calculada como a diferença de entropia entre as temperaturas de interesse e da temperatura do zero absoluto, T = 0. Na passagem duma temperatura inicial T1 a temperatura final T2, o processo pode passar por uma série de transições de fase. A entropia associada a essas transições, deve ser tomada em conta no cálculo da variação de entropia. Por exemplo, a fusão e ebulição envolvem absorção de energia térmica (calor), com entropias associadas a ∆Hfusao/T e ∆Hevaporacao/T respectivamente (11) A alteração global de entropia para um processo a pressão constante a partir do zero absoluto (T = 0) e entropia S(0) é dada por ∫S(T )= S(0)+ ∫CP (s)dT/T ∆Hfusao/Tfusao+ ∫CP (s)dT/T + ∆Hevapor/Tevapor +∫Cp(g)dT/T Isto é ilustrado graficamente abaixo. FIGURA 4 Ilustração da mistura de dois gases. Os gases migram espontaneamente para as câmaras opostas uma vez aberta a válvula. A área sob a curva pode ser calculada a partir do gráfico de Cp dT versus temperatura. Exemplo 3 Determinar a alteração de entropia de uma amostra de magnésio sólido quando este é aquecido de 27 ºC a 227 ºC a uma pressão de 1 atm. O calor específico na região de 0-600 ºC varia de acordo com a expressão Cp = 26.0 + 5.46 x 10–2T – 28.6 x 104 T– 2 African Virtual University 93 Solução A alteração de entropia na faixa de temperatura entre 300 - 500 K pode ser calculada aplicando a equação (6). S (T2 ) = S(T1 ) + ∫CP dT/T Efectuando as substituições necessárias, S = 26.0 5 00 2 30 01 50 0 5 00 T dT + 5.46 x10- 3 dT - 28.6 x104 dT 3 00 30 0 50 0 - 5.46 x10- 3 x T 50 0 + 28.6 x104 = 26.0ln T 30 0 30 0 2 T3 JK-1 1 5 00 J K - 1 T2 300 = 26.0ln 500 300 + 5.46x10- 3 x 200+ 14.3x104 1 5002 - 13002 JK-1 Problema prático 3 Qual é a alteração da entropia quando 1 mol de água a 0 °C é aquecido para formar vapor a 110 °C a pressão atmosférica. A capacidade calorífica específica é 4.18 J K -1 g-1 e a entalpia de evaporização é 2257 J g -1. (a) (b) (c) (d) 5.8 140 132.1 8.3 Entropias padrão As entropias padrão são determinadas a 298 K e 1 atm, cujas unidades são J K -1. Usando as alterações dos valores das entalpias padrão tabeladas para reacções químicas, elas podem ser calculadas como a diferença entre a soma das entropias dos produtos e reagentes. ∆ S° = ∑S°(produtos) - ∑S°(reagentes) (12) African Virtual University 94 Efeito do volume Um aumento no volume de um gás resulta no aumento da entropia. Há um maior número de estados possíveis para as moléculas de gás devido ao maior espaço. Examinemos a expansão de um gás ideal confinado em um pistão. FIGURA 5 As moléculas gasosas tem maiores espaços quando o pistão se move para o exterior. expansão Moléculas gasosas são espaçosas, menor entropia menos As moléculas gasosas são mais espaçosas, maior entropia Para um gás ideal que se expande a temperatura constante, a expressão para a alteração da entropia é ∆S = 1/T∫dq Sabemos a partir da unidade II que para um processo isotérmico reversível, logo a alteração na entropia pode ser expressa como qr ev = - w = nRT ∫dV/V = nRTln (V2/V1) ∆S = nR lnV 2/V1 (15) A equação pode ser transformada com o objective de calcular a pressão, usando a relação inversa volume-pressão. ∆S = nR ln P1/P2 (16) Entropias absolutas Nas secções anteriores, observamos que quando a temperatura é reduzida, a entropia também é reduzida e chega a um mínimo de zero absoluto. Isso nos leva à afirmação da terceira lei da termodinâmica, que afirma que no zero absoluto a entropia de uma African Virtual University 95 Energia Livre de Gibbs Quais os factores que em última análise, determinam se uma reacção ocorre espontaneamente? As reacções espontâneas são muitas vezes exotérmicos (entalpia negativa, H <0) e são acompanhadas por um aumento de entropia (aumento da desordem, S> 0). Ambos, entalpia e entropia aparecem a influenciar se uma reacção ocorre espontaneamente ou não. Além disso, as reacções espontâneas são aquelas onde o estado final (produtos) tendem a ser de menor energia que o estado inicial (reagentes). Outro factor para a apreciação da predição da espontaneidade duma reação química ou processo, é a temperatura. Algumas reacções são espontâneas apenas a alta temperatura e não a baixa temperatura. Por quê? Nós definimos uma nova função que reflecte o equilibrio (balanço) entre entropia, entalpia, e temperatura, conhecida como energia livre de Gibbs (G ou simplesmente função de Gibbs). G = H - TS (17) A expressão reflecte a energia armazenada (H), desordem inherent (S) a uma dada temperatura (T in Kelvin). Desde que todos os parâmetros na equação sejam funções de estado, assim é o G. A alteração da energia de Gibbs é ∆G = ∆H -T ∆S (18) A tempeartura constante. A alteração da energia livre (energia disponível para realizar trabalho) depende essencialmente da magnitude de H e TS (termos de entalpia e entropia). Considere a reacção abaixo. A+B→ C+D De acordo com o valor de G, a reacção poderá apresentar três formas de comportamento. ∆G < 0 Reação ocorre formando os produtos C, D ∆G = 0 Representa a condição de equilíbrio, na qual as velocidades da reacção directa e inversa são iguais. ∆G > 0 O processo inverso é favorecido para produzir A, B Geralmente pode-se concluir que a direcção duma alteração espontânea, tanto para a reacção directa ou inversa, é que conduza à diminuição da energia livre. Sumarizando: African Virtual University 96 ∆G < 0 A reacção é espontânea na direcção directa. ∆G = 0 A Reacção está em equilíbrio. ∆G > 0 A reacção é espontânea na direcção inversa. Exemplo 4 Na sublimação de cristais de iodo a 25 °C e a pressão atmosférica, o processo é acompanhado por uma alteração de entalpia de 39.3 kJ mol–1 e a mudança de entropia é de 86.1 J K– 1. A que temperatura os cristais de iodo (sólido) estarão em equilíbrio com o seu vapor (iodo gasoso)? A alteração na energia livre de Gibbs ( G) está relacionada com a alteração da entalpia ( H) e entropia ( S) a partir da equação ∆G = ∆H -T ∆S No equilíbrio G = 0 e a T na equação, corresponderá à temperatura Teq . Logo, 0 = ∆H – Teq ∆S Resolvendo em função de Te q Teq = ∆H ∆S = 39.3x103 86.1 = 454 K Problema prático 4 Determinar o ponto de fusão do cloreto de sódio (sal da cozinha), sabendo que são necessários 30.3 kJ para derreter os cristais, e que o processo envolve um aumento de entropia de 28.2 J K -1 mol - 1. (a) (b) (c) (d) 1.071 1070 1000 1075 African Virtual University 97 Energia livre padrão, ∆G° A função de Gibbs consiste de duas funções termodinâmicas de estado, as quais podem ser usadas para calcular as energies livres padrão. Para uma reacção química, a variação da energia livre padrão ( ∆G°) está relacionada a formação dos produtos a partir dos reagentes. O padrão tem sido definido como antes por ∆H° e ∆S°. As propriedades da função de Gibbs são muito similares às de H° , que são •_ ∆G° é zero para as energias livres de formação dos elementos no seu estado padrão •_ ∆G° Mudança de sinal, quando o processo é inverso, mas com a mesma magnitude •_ Para um processo comportando várias etapas, a alteração total de energia livre é igual a soma de ∆Gºs associadas a cada etapa individual. A alteração de energia livre para uma reacção química pode ser calculada, se as energias livres padrão de formação dos reagentes e produtos forem conhecidas. ∆G ° = ∑a ∆G f (produtos) - ∑b∆G (reagentes) (19) Energia livre e constante de equilíbrio A energia livre da reacção é zero no equilíbrio, G = 0 e G ° = 0 para o estado padrão. A condição de equilíbrio é atingida quando dois processos opostos ocorrem em velocidades iguais. Muitas das vezes é desejável descrever o equilíbrio sob condições não padrão. A mudança de energia livre sob condições variadas é calculada em relação ao seu valor padrão. ∆G=∆Gº + RTlnQ (20) Para uma reacção genérica aA + bB + …D cC + dD + … Q=[C]c[D]d / [A]a [B]b (21) African Virtual University 98 Onde Q é o quociente da reacção, calculado para reacção em condições não padrão. No equilíbrio Q C = KC, Q P = KP e Q = Ke q . Para a condição onde ∆G = 0, a equação (20) passa a 0 = ∆G° + RTlnQ (22) De tal forma que ∆G° = - RTlnKeq (23) A Equação (23) relaciona as energias padrão livre e quantidades mensuráveis T e a composição de equilíbrio. Todas as reações químicas compreendem uma reacção directa e uma reacção inversa em graus diferentes. O sistema está sempre em busca de um mínimo de energia. Portanto, a direcção da mudança espontânea é aquela que diminui a função de Gibbs em qualquer direcção, como mostra a Figura 7. O gráfico mostra a variação de energia livre para uma reacção hipotética. A energia livre é observada como estando a diminuir tanto da esquerda assim como da direita. Um mínimo é atingido em algum ponto que corresponde ao ponto de equilíbrio. O gráfico mostra que a energia livre padrão é a diferença entre a energia livre molar padrão de formação dos reagentes e produtos. FIGURA 7 Gráfico mostrando a energia livre em função do decurso da reacção. Mostra a energia livre, a posição do equilíbrio e a direcção de mudança espontânea. TA constante de equilíbrio para a reacção pode ser calculada, resolvendo a equação (23). K = e (-∆G°/RT) (24) Exemplo 5 A reacção de hidrogénio e iodo para formar iodeto de hidrogénio a 763 K apresenta energia livre padrão de formação de – 12.1kJ mol –1 . H2 (g) + I2 (g) ↔ 2 HI (g) African Virtual University 99 Qual é a constante de equilíbrio desta reacção? Solução No equilíbrio a energia livre padrão de formação é dada pela equação ∆G° =- RT ln Keq Neste exemplo G° = – 12.1 kJ mol –1, T = 763 K and R = 8.314 J K–1 mol–1 Portanto ln K = - 2 x (-12.1 x103 J mol- 1 ) 8.314 J K - 1 mol - 1 x763 K ln K = 3.81 Determinando o antilogarítmo K = 45 Problema prático 5 Tetróxido de dinitrogénio é um combustível de foguete comum, que a 25 °C se dissocia em dióxido de nitrogénio formando um equilíbrio entre os dois gases. A mistura de equilíbrio depende da temperatura da mistura. Qual é a mudança na energia livre de Gibbs, se as quantidades dos dois gases presentes em um recipiente de 1L são 11,5 g de N2O4 e 2,54 g de NO2. A energia livre de Gibbs padrão para a reacção é de + 4,853 J. [shutterstock_ 740997] African Virtual University 100 Actividade de Aprendizagem # 5 Título da Actividade de Aprendizagem: Cinética química Objectivos Específicos de Ensino Aprendizagem No fim desta actividade deve ser capaz de •_ Explicar e usar os termos: velocidade da reacção, ordem da reacção, constante da velocidade, meia vida duma reacção, passo determinante da velocidade e energia de activação. •_ Explicar os efeitos da temperatura, pressão e concentração nas velocidades das reacções •_ Determinar a ordem duma reacção a partir de dados experimentais Sumário das Actividades de Aprendizagem O tema desta unidade, cinética química, está preocupado com a rapidez de reacções químicas. Que factores afectam a tvelocidade na qual uma reacção ocorre? A compreensão das velocidades de mudança é essencial para a indústria, onde o controle de velocidade de reação é importante. No processo de fabricação, por exemplo, uma reacção precisa avançar a um rítmo suficientemente rápido, para ser economicamente vjável, mas ao mesmo tempo segura. O Conhecimento de cinética química também pode permitir a optimização de uma reacção para obter rendimentos mais elevados. As velocidades de reacção podem nos dar uma idéia de como a reacção se processa por etapas em escala microscópica. Conceitos e termos chaves •_ Energia de activação •_ Catalizador •_ Teoria das colisões •_ Processo elementar •_ Meia-vida •_ Catalizador heterogéneio •_ Catalizador homogénio •_ Leis das velocidades integradas •_ Ordem da reacção •_ Passo determinante da velocidade •_ Lei da velocidade •_ Velocidade da reacção •_ Estado de transição African Virtual University 101 Lista de Leituras relevantes • Chemical Kinetics http://en.wikipedia.org/wiki/Chemical_kinetics Lisat de recursos relevantes •_ Chem1 Virtual Textbook http://www.chem1.com/acad/webtext/virtualtextbook.html •_ Chemistry Experiment Simulations and Conceptual Computer Animations http://www.chem.iastate.e du/group/G reenbowe/sections/projectfolder/simDownload/index4.html#kinetics Recursos Multimedia •_ Computador com conectividade a internet para permitir acesso a fontes gratis de aprendizagem através de e-mail, videoconferência e uso de CD-ROMs •_ QuickTime Movie Player Software •_ Shockwave Player Software •_ Macromedia Flash Player Software Lista de links relevantes e importantes •_ The Catalyst: Chemistry Resources For Teachers http://www.thecatalyst.org •_ Science Resource Centre http://chem.lapeer.org •_ Chemistry Teaching Web Sites http://people.moreheadstate.edu/fs/h.hedgec/sciteach.html •_ Mitopencourseware http://ocw.mit.edu •_ Chemical Kinetics Wikipedia, the free encyclopedia.htm Descrição detalhada da actividade African Virtual University 102 Esta actividade trata de velocidades de reações e os factores que as influenciam. Indic também as leis que estão em jogo no controle da velocidade da reacção? Nesta unidade estudará a forma de medir a velocidade de reacção e estabelecer a lei da velocidad (expressão) que governa uma reacção particular. As leis de velocidades integradas sã introduzidas e usadas para determinar o estado da reacção num determinado momento como a reacção ocorre. Esta informação é importante em muitas áreas, por exemplo no estabelecimento d prazos de validade para vários produtos perecíveis, nas velocidades de degradaçã ambiental e nas velocidades de absorção das drogas no corpo. Avaliação formativaevaluation À medida que vai percorrendo esta actividade de aprendizagem vai encontrar tarefas químicas para testar a sua compreensão conceitual do assunto. • _ Quizzes rápidos são fornecidos para verificar a sua compreensão. • _ Experiências práticas serão dadas para avaliar a sua compreensão em relação a teoria e prática • _ Experiências simuladas de reacções cinéticas acompanhadas de exercícios. Actividades de Aprendizagem Quão rápido? Muitos dos processos químicos que nos deparamos com eles todos os dias, naturais e sintéticas, em diferentes velocidades. Por exemplo, a acidificação do leite, fermentação e degradação ambiental dos resíduos plásticos ocorre em ritmo relativamente lento. Por outro lado, algumas reações são muito rápidas. As reações que ocorrem na pirotécnico (fogos de artifício) são rápidos e espectaculares ao contrário da deterioração do leite. Um número de fatores afetam a velocidade das mudanças químicas, que são facilmente deduzida a partir de nossas experiências diárias. Leite e produtos lácteos muitos estragam rapidamente quando deixadas à temperatura ambiente, mas continuo muito bem no frigorífico. Alguns medicamentos devem ser mantidos em um "lugar legal" para evitar a degradação rápida. Os gases do efeito estufa, dióxido de nitrogênio, não é produzido em quantidades significativas na temperatura ambiente. No entanto, thereaction torna-se African Virtual University 103 Porque estudar a cinética das reacções? Em cinética química estudam-se os factores que controlam a mudança das velocidades químicas. A compreensão desses factores tem importância na indústria de transformação, onde a viabilidade do processo e as velocidades de produção são importantes. O conhecimento da cinética das reacções nas drogas é importante não só do ponto de vista terapêutico, mas também em questões de estabilidade do fármaco e do modo de degradação. Medição das velocidades de reacção As velocidades das reacções medem quão rápida a reacção progride através do monitoramento de um parâmetro adequado que muda em função do tempo. Tais parâmetros podem ser a pressão, volume ou concentração do sistema de reacção. Considere a reacção hipotética envolvendo reagentes 'A' que dão os produtos 'B'. A→ B A velocidade pode ser determinada pelo monitoriamento de quão rápida as moléculas de 'A' são consumidas e 'B' produzido. A velocidade a partir da qual os reagentes aparecem e desaparecem no sistema de reacção, é a medida da velocidade da reacção. No exemplo hipotético, podemos medir a velocidade de variação do número de moles em função do tempo. Veloc. médiae= variação do nº de moles ( nB )/ variação do t = nB/∆t=nA/∆t (1) onde nA e nB são os numeros das espécies ‘A‘ e ‘B‘ respectivamente. A velocidade é reflectida também em termos de concentração de reagentes e produtos. FIGURA 1 Gráfico (a) e (b) mostram a variação de concentração em função do tempo. Gráfico (a) mostra o cálculo da velocidade media, enquanto (b) indica a velocidade instantânea. African Virtual University 104 As reacções, em geral, inicialmente começam rapidamente, mas ao longo do seu decurso vão diminuindo em função do tempo, pois a velocidade depende da concentração dos reagentes. Como a concentração dos reagentes diminui também a velocidade da reacção o faz. Exemplo 1 O Acompanhamento da decomposição de N2O5 a 45 °C forneceu os seguintes dados: Tempo (s) 0 200 400 600 800 1000 1200 Conc. N2O5 (mol dm -3) 0.250 0.222 0.196 0.173 0.153 0.136 0.120 (a) Calcule a média da velocidade da reacção entre 400 e 800 segundos (b) Qual é a velocidade da reacção a 600 segundos. Solução (a) Prepare um gráfico de concentração de N2 O5 em função do tempo. Vide abaixo o gráfico obtido A velocidade média entre 400 e 800 segundos/Tempo = (0.196-0.153)/800-400) = 2.14 x 10- 4 mol dm-3 s -1 Conc (mol dm 3 ) 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 Conc Tempo 0.25 0.30 0200400600800100012001400 T empo ( s ) (b) A velocidade nos 600 segundos é determinada desenhando uma tangente em relação a t nesse ponto e calcular o declive. frican Virtual University 105 Velocidades e Ordens da Reacção: Relação entre concentraçao dos reagentes e tempo Considere a reacção envolvendo a dissociação de HI para H2 e I2: 2HI (g) ↔ H2(g) + I2(g) A velocidade da reacção é expressa da seguinte forma Veloc.= - 1/2∆[HI]/∆t = ∆[H2]/∆t = ∆[I2]/∆t (2) Para uma reacção genérica, temos aA + bB → cC + dD A velocidade pode ser variavelmente representada como se mostra abaixo. Veloc= - 1/a (∆[A])/∆t = - 1/b (∆[B])/∆t = - 1/c (∆[C])/∆t = - 1/d (∆[D])/∆t (3) Onde [A], [B], [C] e [D] são concentrações dos reagents e produtos, sendo a, b, c d os coeficientes das reacções. Para uma mudança pequena (alteração infinitesimal) na concentração e tempo, velocidade é expressa como d [A] Veloc.= - 1 a dt (4) A finalidade do estudo da cinética química é ser capaz de prever como a velocidade da reacção comporta-se com mudanças na concentração dos reagentes. Para muitas reacções, a velocidade é tida como proporcional ao produto das concentrações molares dos reagentes, em cada aumento exponencial ou potência, como mostra a equação (5).A expressão que dá esta relação é conhecida como a expressão da lei de velocidade e é determinada experimentalmente. Usualmente na forma geral African Virtual University 106 Velocidade = k[A]n[B]m (5) onde n e m são as ordens das reacções com relação a A e B respectivamente.A ordem global da reacção é n + m. A constante de proporcionalidade k é a constante de velocidade da reacção. Note-se que as ordens de reacção são determinados experimentalmente e não são os coeficientes da reacção. Ordem Zero n + m = 0. For example, for a reaction of the type A velocidade da reacção de ordem zero tem uma equação de velocidade em que a soma dos expoentes na expressão é igual a zero, isto é n + m = 0. Por exemplo, para uma reacção do tipo A → produtos A equação da velocidade pode ser expressa como Velocid= - d [A] / dt=k[A]º (6) ou -d [A]/dt=k (7) A equação (7) pode ser integrada para se obter uma expressão que permita predizer a concentração num dado tempo, t. ∫ d[A] = k ∫dt (8) [A]t + [A]0 = - kt (9) [A] = - kt + [A]0 y c m (10) African Virtual University 107 A equação é semelhante à equação de uma linha recta: y = mx + c. A constante de velocidade k é derivada para ser k =[A]o – [A]t / t (11) Para uma reacção de ordem zero, k apresenta as unidades em mol L - 1 s -1 . Uma característica importante das velocidades da reacção é a meia-vida. A meia-vida (tempo médio de vida) é definida como o tempo necessário para o consumo/desaparecimento da metade dos reagentes, e é designada por t ½. Para uma reacção de ordem zero, a meia-vida da equação (10), toma a forma: [A]t ½ = - kt ½ + [A]0 (12) Resolvendo em função de t ½. t ½ = ½[A]0 / k (13) Reacção de primeira ordem A reacção é de primeira ordem, quando a soma dos expoentes é igual a 1; isto é n+ m= 1 Velocidade = k[A]n[B]m A → produtos Para a reacção hipotética abaixo, a velocidade é Veloc= - d [A]/dt = k [A] A integração dá-nos (14) African Virtual University 108 ∫d[A]/[A] = - k∫dt (15) Cuja solução é uma linha recta, do gráfico tipo y = mx+ b. ln [A]t= ln[A]0= -k(t-0) (16) ln [A]t= ln[A]0= kt (17) ln [A]t = (-k) (t) + In [A]o ou Log[A]t = log [A]0 – kt / 2.303 (18) Resolvendo em função de k, dá-nos k = 2.303/t (log [A]0/[A]t (19) As unidades de k para uma reacção de primeira ordem são s - 1. No tempo de meia-vida, t1/2, [A]t= [A]0 e substituindo na equação (16), obtemos ln½[A]0 = ln [A]0 - kt½ ln [(½[A]0 / [A]0 = - kt½ E resolvendo em função de t1/2 (20) (21) African Virtual University 109 t½ = ln2/k = 0.693/k A equação constante. (22) acima mostra que a meia-vida para uma reacção de primeira ordem é Reacções de Segunda Ordem As reacções Bimoleculares, as quais ocorrem quando duas moléculas reagem, são frequentemente são descritas como de segunda ordem. A soma dos expoentes é igual a dois, isto é, n + m = 2. A + B → produtos Na reacção hipotética acima, a velocidade depende do produto da concentração de [A] e [B], cada elevado a potência de 1. -d[A]/dt = d[B]/dt = k[A][B] (23) Tome-se a e b como concentrações iniciais de A e B respectivamente, e x a concentração da espécie reagindo no tempo t. Quando escrevemos que [A]t = (a – x) e [B]t = (b – x). A velocidade da equação será expressa como dx dt = k (a - x)( b- x) (24) Se a = b logo dx dt = k (a - x) 2 (25) Integrando a equação acima ∫ x 0 dx t ( a - x)2= k ∫dt 0 a solução será (26) African Virtual University 110 1 1 a - x - 1a - 0 = kt (27) Resolvendo em função de k x k=1 at a - x (28) kt = x/ a(a-x) (29) A equação (28) pode ser reescrita como kt = [A]0 – [A]t / [A]0 [A]t As unidades de k são L mol (30) -1 -1 s . A meia vida para uma reacção de segunda ordem é dada por t½= (1/k) ([A]0 – [A]0) / [A]0 ½[A]0 t½ = 1/ k[A]0 (31) (32) A meia-vida para uma reacção de segunda ordem não é constante, mas depende da concentração inicial na constante de velocidade. Determinação da ordem da reacção A ordem de reacção pode ser determinada usando uma variedade de técnicas que são descritas em breve na secção que se segue. • _ método de substituição No método de substituição de dados experimentais é substituído na equação da velocidade integrada, que descreve as diferentes ordens de reacção. A equação em que os valores calculados de k é constante é considerada como o fim adequado. African Virtual University 111 O exemplo a seguir ilustra o método. Harned (1918) examinou a decomposição do catalisador KI do peróxido de hidrogénio e obteve dados que se seguem na tabela abaixo. Os valores calculados de k usando a equação integrada para a reacção de primeira ordem apresentaram valores de k, que são constantes. Pode-se concluir que a reacção segue a cinética de reaçcão de primeira ordem. Tempo (min) a - x k (min -1) 0 57.90 5 50.40 0.0278 10 43.90 0.0277 25 29.10 0.0275 45 16.70 0.0276 65 9.60 0.0276 •_ Método gráfico método gráfico Os dados experimentais são testados em diferentes equações d velocidade integrada. Todas as equações de velocidade integrada assemelham-se equação de uma linha recta. Dados para os quais a representação gráfica de concentraçã versus t para uma lei de velocidade integrada particular dá uma linha recta, então é ordem de reacção. Gráfico dando uma linha recta Conclusão Concentração versus tempo Ordem Zero Log [A]t versus tempo Primeira Ordem 1/(a - x) versus tempo Segunda Ordem Exemplo 2 A decomposição de uma amostra de glicose de 0,056 M a 140 ° C em solução aquosa contendo 0,35 HCl, forneceu os dados abaixo indicados. African Virtual University 112 Tempo (h) Conc. glucose remanescente (mol dm -3 x 102) 0.5 2 3 4 6 8 10 12 5.52 5.31 5.18 5.02 4.78 4.52 4.31 4.11 (a) Determine a ordem da reacção e a constante da velocidade da reacção. (b) Qual é a meia-vida da reacção? Solução (a) O método gráfico pode ser usado para testar os dados em várias equações de velocidades integradas. Os dados em que a concentração versus tempo melhor se adapta a uma recta dá a ordem correcta de reacção. Neste caso, a reacção é de primeira ordem. A constante de velocidade é determinada pela inclinação do gráfico de k = 0,026 h -1. (b) Para uma reacção de primeira ordem, a meia-vida é dada por t½ = 0.693 / k = 0.693/0.026 hrs- 1 . = 26.6 hrs African Virtual University 113 Teoria das velocidades das reacções Para que uma reacção química ocorra, as moléculas reactantes devem se encontrar mutuamente durante a colisão. No entanto, nem todas as colisões irão resultar em uma mudança química. Dois factores são de extrema importância para que uma reacção ocorra. _ • As moléculas que colidem devem ter energia cinética suficiente para efectuar o rompimento de ligações e formação de novas. Par que estas reajam é necessária uma energia cinética total igual ou superior a energia de activação (Ea). A energia de activação é a quantidade mínima de energia necessária para iniciar uma reacção química. _ • As moléculas devem ter a orientação correcta sobre a colisão para que uma reacção possa ocorrer. Disto resulta que, que nem todas as colisões resultam em uma reacção química. Apenas uma certa fracção de moléculas com energia cinética suficiente, chamada energia de ativação( Ea) e a orientação correcta produz uma reacção química. Esta teoria, que postula como as reacções ocorrem em termos de colisões moleculares, é conhecida como a teoria das colisões. Orientação das colisões Sómente as moléculas com a orientação adequada levam à formação de um novo produto. Outras moléculas podem colidir, sem levarem a reacção química (colisões ineficazes). Considere, por exemplo, a reaccção envolvendo uma reação de adição de um alceno (propeno) e brometo de hidrogénio. FIGURA 2 Diagrama mostrando colisão molecular resultando numa reacção • Vide animação! Moléculas colidindo Apenas a colisão indicada acima pode possivelmente resultar numa reacção química. African Virtual University 114 Energia de Activação Apesar de ser correctamente orientada, uma colisão pode não resultar em uma reacção bem sucedida se a energia cinética molecular combinada (Ea) não estiver acima de um certo limite mínimo. Durante uma colisão, as moléculas se unem e as ligações químicas são esticadas, quebradas e reorganizadas. A energia cinética molecular resultante das colisões de moléculas, altera-se em energia potencial nos produtos, como novas ligações formadas. Como as moléculas se juntam em uma colisão, a energia cinética molecular global, deve ser suficiente para superar a repulsão devido às nuvens de electrões em torno das moléculas. As moléculas devem-se mover suficientemente rápido com energia suficiente para os seus núcleos e electrões para superar as repulsões e romper as ligações, permitindo assim a formação de novas. Efeito da temperatura nas velocidades das reacções Qualquer factor que aumenta a taxa de colisão vai resultar em um aumento da velocidade da reacção. É comumente conhecido que o aumento da temperatura resulta em um aumento na velocidade da reacção. Com efeito, a regra geral é que a velocidade dobra, em cada aumento de temperatura em dez (10) graus. A distribuição de Boltzmann nos mostrou que as moléculas de um gás tem uma distribuição de energia cinética molecular. FIGURA 3 Diagrama mostrando a distribuiçãode energia cinética molecular em duas temperaturas T1 e T2, T2 >T1. FIGURA 4 Ilustração da teoria do estado de transição. O complexo activado forma a prior rearranjos de ligações e redistribui a energia para os produtos. Teoria do estado de transição Esta teoria propõe que durante uma reacção química formam-se entre os reagentes e produtos, espécies intermediárias. A espécie intermediária no estado de transição é conhecido como o complexo activado. O complexo activado pode dissociar-se e voltar a formar os reagentes ou dar origem aos produtos, como mostra o esquema abaixo. African Virtual University 115 O diagrama de energia potencial ilustrando a progressão da reacção e a respectiva variação de energia potencial. FIGURA 5 Perfil da reacção mostrando as alterações de energia potencial durante o decurso da reacção. As moléculas devem ultrapassar a barreira energética para que a reacção ocorra. Uma vez que a temperatura aumenta a velocidade de reacção também aumente, e por isso também deve ter um efeito sobre a constante da velocidade e a energia de activação. A relação dos três parâmetros é dada pela expressão K= A e (-Ea/RT) (33) k = Ae- E a O parâmetro A é o factor de frequência ou factor pré-exponencial, Ea é a energia de activação, conhecidos colectivamente como a equação de Arrhenius (parâmetros de Arrhenius). A equação é geralmente usada na forma logarítimica, como ln k = - Ea / RT + lnA (34) lnk= - Ea/R*1/T + lnA (35) Aqui ela está escrita como uma equação linear. O gráfico de lnk versus 1/T fornece uma linha recta. A energia de activação pode ser determinada graficamente usando esse método. A energia de activação também pode ser calculada a partir das constantes de velocidade, determinadas em duas temperaturas, através da expressão ln k2/k1 = -Ea/R (1/T2 – 1/T1) (36) African Virtual University 116 Exemplo 3 Os dados abaixo mostram a variação da constante da velocidade em temperaturas diferentes para a hidrólise alcalina de benzoatao de etil. T (°C) 0.0 15.0 k x 104 (mol dm -3 s - 1) 3.02 12.74 Determine a energia de activação da reacção. 24.9 28.68 40.13 95.6 Solução Uma vez que uma série de dados é dada, a determinação gráfica é ideal. (Utilize a folha de cálculo da Excel ou qualquer outra ferramenta apropriada para gráficos). A partir da equação (35), um gráfico de lnk versus 1 / T deve fornecer uma linha recta a partir da qual Ea e k podem ser determinadas. T ( °C) T (K) 1/T (K -1 ) K (mol dm - 3 s - 1) lnk 0.90 15.00 24.90 40.13 273.9 288.0 297.9 313.1 3.65 x 10-3 3.47 x 10-3 3.36 x 10-3 3.19 x 10-3 3.03 x 10-3 1.27 x 10-3 2.87 x 10-3 9.56 x 10-3 -8.10 -6.67 -5.85 -4.65 ln k v e rs u s 1 /T -9.00 -8.00 -7.00 ln-6.00 k -5.00 -4.00 -3.00 0.0031 0.0032 0.0033 0.0034 0.0035 0.0036 0.0037 1/T (K ) O gráfico de lnk versus 1/T fornece uma linha recta. O declive é - Ea/R de acordo com a equação de Arrhenius. Partindo do gráfico African Virtual University 117 Problema prático 3 A energia de activação e a entalpia da reacção da equação abaixo CO (g) + NO2 (g) → CO2 (g) + NO (g) são 134 kJ e – 241 kJ respectivamenete, o factor de frequência A é dado como sendo 1.3 x 1010. (a) Qual é a constante da velocidade da reacção a 700 K (b) A que temperatura a velocidade da reacção será dez (10) vezes que a velocidade. (c) Use um diagrama de energia indicando claramente a Ea e a H. Exercícios interactivos: Velocidades das reacções Velocidades iniciais das reacções Relógio de Iodo African Virtual University 118 [shutterstock_81173] XV. Síntese do Módulo Tendo passado por este módulo, você deve estar melhor colocado para explicar as propriedades dos gases com base na explanação do motivo pelo qual aceitou que os gases se comportam como ideais. As leis que regem o seu comportamento, que é baseado no comportamento de suas moléculas individuais, têm desempenhado um papel muito importante no desenvolvimento da teoria atómica da matéria e da teoria cinética molecular dos gases. A lei do gás ideal descreve como calcular o número de moles em uma amostra de gás a partir de sua temperatura, volume e pressão. O módulo introduz os conceitos de calor, trabalho e energia, e descreve de forma não superficial as relações entre eles, dentro do contexto de sistemas abertos, fechados e isolados. As diversas secções do módulo examinam profundamente as relações e as leis que regem as reações químicas. Utilizando os conceitos de entalpia, entropia e energia livre em termodinâmica, você deve ser capaz de prever se uma reacção prosseguirá de forma espontânea ou não. Além disso, deve ser capaz de explicar porque processos químicos tendem a favorecer uma direcção com base em seus conhecimentos sobre a segunda lei da termodinâmica. Uma vez iniciada, quão rápido a reacção decorre? Quais são as condições que afectam a velocidade de reacção? A cinética química, também tópico deste módulo, fornece respostas à pergunta sobre a velocidade de uma reacção. XVI. Avaliação Sumativa African Virtual University 119 1.A relação entre a velocidade dos átomos de hélio para as moléculas de oxigênio, se ambos os gases estiverem na mesma tenmperatura é (a) 2,82 (b) 0,355 (c) 2 (d) 0,5 2. Uma amostra de 12 litros de hidrogênio a uma pressão de 760 mmHg é transferido para um novo recipiente. A pressão após a transferência é de 700 mmHg. Qual é o volume do recipiente novo se a temperatura se manter constante? (A) 10,74 L (B) 13.41L (c) 11,05 L (d) 13,03 L 3. Uma amostra de 12 litros de hélio a uma temperatura de 25 ° C é transferida para um recipiente de 10 litros. Qual é a temperatura resultante, após a transferência sea pressão permanecer constante? (A) -20 ° C (b) 91 ° C (c) - 25 ° C (d) 80 ° C 4. Uma amostra de 20 litros do elemento que representa um perigo para Superman está a uma temperatura de 30 ° C e sob uma pressão de 800 mmHg. É transferido para uma nova embalagem e a temperatura sobe para 60 ºC, enquanto a pressão altera-se para 600 mmHg. Qual é o volume do recipiente de novo? (A) 29,3 L (b) 16,5 L (c) 36,6 L (d) 27,5 L 5. Em uma reação química a diferença entre a energia potencial dos produtos e da energia potencial dos reagentes chama-se (a) energia de activação, (b) energia cinética (c) complexo activado (d) calor de reacção. 6. A entalpia de uma reacção também pode ser chamada por (a) energia livre, (b) calor da reacção, (c) entropia, (d) aditividade. 7. O Calor de reacção, ∆H, é igual a (a) H (produtos) + H (reagentes) (b) H (produtos) – H reagentes, (c) H (produtos) x H (reagentes), (d) H (produtos) / H (reagentes). 8. O equilíbrio é atingido em todas as reacções químicas reversíveis, quando (a) reacção directa para, (b) reacção inversa para, (c) as concentrações dos reagentes e produtos tornam-se iguais, (d) as velocidades das reacções opostas tornam-se iguais. 9. Quando o cloreto de amónio sólido é dissolvido em um copo de água a tempe- ratura da mistura diminui. A reação que ocorre no copo é (a) exotérmica e espontânea, (b) exotérmica e não espontânea, (c) endotérmica e espontânea, (d) endotérmica e não espontânea. 10. Para que uma reacção ocorra (a) os reagentes devem ser gases (b) as ligações químicas devem-se quebrar, (c) a temperatura deve ser elevada, (d) as colisões devem ocorrer entre as moléculas . 11. Se uma reacção tiver um calor de reacção negativo e uma entropia negativa ela (a) ocorre em altas temperaturas (b) ocorre a baixas temperaturas (c) ocorre em todas as temperaturas (d) nunca ocorre African Virtual University 120 12.Qual das seguintes alíneas não afecta a velocidade de uma reacção. Se vai aumentar ou diminuir a velocidade da reacção.(a) aumentar a concentração (b) aumentar a superfície de contacto - a velocidade aumenta (c) a polaridade (d) aumento da temperatura. 13. Considere a reacção elementar: A + B ® C. Use os dados a seguir para determinar as variáveis p, q, e k na seguinte equação da velocidade: R = k [A]p [B]q [A] [B] Proporção 2 2 17.6 3 1 4.4 3 2 26.4 (i) Valor de k é (a) 1.47 (b) 1.74 (c) 1.40 (d) 1.64 (ii) Valores de p e q são (a) 1 e 2 (b) 1 e 3 (c) 1 e 2.58 (d) 2 e 1 14.Uma reacção hipotética de decomposição da substância A, A ® B + C, é de primeira oredem , correlação aos reagentes. Os dados abaixo foram colectados na investigação da reacção: Tempo (min) [A] (M) 0 1.0 10 0.1 Qual é a meia-vida da reacção? (a) 3.46 min (b) 0.29 min (c) 3.46 min - 1 (d) 3.46 s 15. Realizou-se uma experiência para determiner a activação A + B ® C. Os dados abaixo foram colectados: Ensaio 1 2 3 4 Constante da velocidade (k) 0.001127 0.010830 0.033570 0.066180 Temp (°K) 100.0 150.0 200.0 250.0 Determinou-se a energia de activação (a) 5645 J/mol (b) 5600 J/mol (c) 5700 J/mol (d) 11 290 J/mol African Virtual University 121 16. Dada a reacção: H2 (g) + ½ O2 (g) ↔ H2O (g) + 57.8 kcal. Se a energia de activação para a reacção directa é 40 kcal/mol, a energia de activação para a reacção inversa, em kcal/mol, será (a) 17.8, (b) 30.0, (c) 60.0, (d) 97.8. 17. A reação ocorre dentro de um cilindro com um pistão. O gás se expande de um estado inicial 1 o qual E1 é de 70 kJ para o estado 2 para o qual E2 é - 20 kJ. Se durante a expansão o gás realiza trabalho sobre o ambiente de 60 kJ, determine a quantidade de calor transferida durante o processo. (a) 130 kJ (b) 80 kJ (c) - 20 kJ (d) 30 kJ 18. Dados termoquímicos da reacção abaixo CO (g) + Cl2(g) → COCl2 (g) Substância SºJ K-1 mol-1 CO Cl2 COCl2 nHf kJ/mol 197.7 222.8 288.8 - 110.4 0 - 222.8 Calcular a mudança de energia livre padrão associada com esta reacção (a) - 288.8 (b) - 73.15 (c) 36.3 (d) + 73.15 19. Determinar a energia livre, quando a água é transformada do estado líquido para o gasoso a 100 ºC e 1 atm, de acordo com a equação abaixo. H2O (l) → H2O (g) (a) 3625 (b) 0 ∆H = 40.6 kJ mol -1 (c) 26.00 (d) 19440 20. A dimerização de NO2 para N2O4 NO2 ↔ N2O4 Tem o k = 8.85 a 298 K e k = 0.0792 a 373 K. Calcular a mudança de entalpia, sabendo que ∆H°, para a reacção. (a) 58.2 (b) 60.0 (c) - 58.2 x 103 (d) 58.2 x 103 African Virtual University 122 Respostas 1. (a) 2.82 2. (d) 13.03l 3. (c) - 25 °C 4. (c) - 25 °C 5. (d) calor da reacção 6. (b) calor da reacção 7. (b) H(produtos) - H(reagentes) 8. (d) Velocidades da reacção oposta tornam-se iguais 9. (c) endotérmica e espontânea 10. (d) As colisões entre as moléculas devem ocorrer 11. (b) ocorre a baixas temperaturas 12. (c) Polaridade 13. (i) (a) 1.47 (ii) (c) 1 e 2.58 14. (a) 3.46 min 15. (a) 5645 J/mol 16. (a) 17.8 17. (c) - 20 kJ 18. (b) 0 19. (c) - 58.2 20. (c) - 58.2 x 103 African Virtual University 123 XVII. Referências Atkins, P and Paula, J.(2005). Physical chemistry. New York: Oxford University Press Bhushan, B. (1989). Laboratory manual in chemistry. New Delhi: Arya Book Depot. Brady, J.E and Senese, F.(2004). Chemistry: matter and its changes. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons. Fogiel, M (Ed). (1988). The chemistry problem solver. New York: Research and education association. Jones, J. B and Dugan R.E. (1996). Engineering thermodynamics. London: Prentice-Hall. Martin, M. (1993). Physical pharmacy. New York : Lippincot Williams & Wilkins. Pandey, O. P., Bajpai, D. N. and Giri, S.(2003). Practical chemistry. New Delhi: S. Chand & Company. Petrucci, R. H and Harwood, W. S. (1997). General chemistry: principles and modern applications. New Jersey: Prentice-Hall International. Animação e simulação de créditoss Breenbowe, T. Chemistry Experiment Simulations and Conceptual Computer Animations, Chemical Education Research Group, Department of Chemistry, 3051 Gilman Hall, Iowa State University. http://www.chem.iastate.e du/group/G reenbowe/sections/projectfolder/simDownload/index4.html#kinetics African Virtual University 124 XVIII. Avaliação dos Estudantes Nome do ficheiro EXCEL: My Records Distribuição Percentual da Avaliação Modo de Avaliação Atribuições Aulas práticas/exercícios Testes Exame final Pontuação 5% 15 % 20 % 60 % African Virtual University 125 XIX. Autor principal do módulo O autor deste módulo, Química 5, Química-Física1, é o Dr. Onesmus Munyati, docente no Departamento de Química da Universidade da Zâmbia, Lusaka, Zâmbia. Espero que tenham gostado das secções que fazem parte deste módulo. Seus comentários e sugestões sobre como melhorar o módulo são bem-vindos. Contato [email protected] African Virtual University 126 XX. Estrutura do Ficheiro Chemistry 5, Physical chemistry (WORD) F001_Propriedades dos gases (PDF) F002_Energética química (PDF) F003_Equilíbrio Termodinâmico (PDF) F004_Leis dos gases (PDF) F005_Lei de Boyle (Shockwave flash) F006_Lei de Charles (Shockwave flash) F007_Efusão (Shockwave flash) F008_Gases em reacção (Quicktime movie) F009_Trabalho, calor, Primeira lei da Termodinâmica (PDF) F010_Expansão isotérmica (PDF) F011_Solução calórica (Shockwave flash) F012_Termoquímica (PDF) F013_Calorimetria (Shockwave flash) F014_Critérios para mudança espontânea (PDF) F015_Entropia Absoluta (PDF) F016_Expansão (Shockwave flash) F017_Aumento da entropia (PDF) F018_Aumento Vibrações (Shockwave flash) F019_NO+O3singlerxn (HTML) F020_Velocidade da reacção (Shockwave flash) F021_Cinética_velocidades iniciais (Shockwave flash) F022_Relógio de Iodo (Shockwave flash) QuickTimeInstaller (Movie player) My Records (Excel student records) SW Standalone Installer (Flash player)