B O L E T I M NÚMERO DO DIA OFERECIMENTO R$ 50 mi Q U A R TA - F E I R A , 2 3 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 5 é o quanto a Vitton 44 investe nos patrocínios às camisas de Flamengo, Fluminense e Vasco EDIÇÃO • 346 Em dúvida no Rio, Viton 44 apoia time de Ronaldo nos EUA POR ADALBERTO LEISTER FILHO Com intenção de deixar seus patrocínios de camisa no Brasil, a Viton 44 elegeu nova prioridade nos investimentos da empresa em esporte: os Estados Unidos. A empresa inaugura fábrica na Flórida em novembro. E, para dar visibilidade internacional ao produto, a marca deve ser o novo patrocinador de camisa do Fort Lauderdale Strikers, time que tem Ronaldo Fenômeno como um dos donos. O clube da Flórida disputa a NASL, segunda liga de futebol mais importante do país, abaixo da MLS. “Nos reunimos no meu camarote, no Maracanã, no domingo. [O patrocínio] Será na camisa do time deles. Amanhã eles vão no Maracanã de novo”, afirmou Nevile Proa, dono da Viton 44, referindo-se ao jogo entre Vasco e Sport, pelo Brasileirão, e ao duelo entre Fluminense e Grêmio, nesta quarta-feira, pelas quartas de final da Copa do Brasil. A ideia do executivo é iniciar o contrato no início de 2016, quando a fábrica estiver em pleno funcionamento nos Estados Unidos. “Como ganhei fácil aqui no Brasil, lá será muito fácil. Vou ganhar de barbada”, prevê Proa, que faz mistério quanto aos valores envolvidos na negociação. A empresa é hoje o principal parceira do futebol carioca. A marca está presente na camisa de Fluminense, Flamengo e Vasco. No clube das Laranjeiras, a Viton 44 é a patrocinadora máster. Já em Flamengo e Vasco, a marca aparece na manga da camisa. 1 Com a concentração dos investimentos nos Estados Unidos, fica cada vez mais latente que a empresa não vai manter os patrocínios no Rio. O problema da Viton 44 é que os contratos com Fluminense e Vasco vão até o final de 2016. Já o acordo com o Flamengo termina no final do ano e não deve ser renovado. Por ora, Proa não confirma a rescisão dos contratos com os times cariocas. Mas, com o cenário econômico desfavorável no Brasil, a ideia é concentrar os investimentos na fábrica norte-americana. Na vanguarda, Barcelona é o exemplo a se seguir nas redes POR PRISCILA BERTOZZI Repórter repórter da Máquina do Esporte O Barcelona alcançou nesta semana 200 milhões de seguidores somados em suas redes sociais. Sempre na vanguarda, o clube catalão foi o primeiro a transformar suas plataformas em ativos publicitários e é exemplo na utilização desses canais na comunicação com seus torcedores nos quatro cantos do mundo. Merece atenção especial o uso de plataformas chinesas, com inúmeras restrições em função da política do país. A Tencent tem 3,9 milhões de torcedores do Barcelona, o maior contingente estrangeiro na rede. Ao disponibilizar seus perfis oficias em nove idiomas, o Barcelona fala diretamente com seus fãs de qualquer nacionalidade, sem ruído na comunicação, para se aproximar desses públicos. A receita é tão simples, como funcional. No mês passado, a Netshoes liberou um estudo que mostrava a camisa do time entre as mais vendidas do Brasil. Em algumas praças nacionais, o fardamento é o segundo mais vendido. Pese o fato de Neymar ser o co-protagonista do grupo ao lado de Messi, aumentando a exposição e gerando mais interesse do torcedor brasileiro, o feito culé tem como base o trabalho de marketing direcionado a cada nicho de mercado. O recente contrato assinado com Twitter e Gatorade para ações na América Latina é um exemplo de como o clube trata seus públicos. Cultura diferente, linguagem diferente, conteúdo diferente. O Barcelona entendeu a rede social como um negócio, não como mera ferramenta geradora de pautas. Por isso, é o exemplo a ser seguido – literalmente – neste mercado. Sem Engenhão, Botafogo assina acordo para jogar no Caio Martins, em Niterói POR ADALBERTO LEISTER FILHO O Botafogo voltará a jogar no estádio Caio Martins, em Niterói, a partir de 2016, quando terá que ceder o Engenhão para os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A prefeitura de Niterói assinou um contrato de cessão do espaço ao clube com validade até 2023. O acordo prevê a revitalização do espaço por parte do Botafogo, que irá buscar parceiros na iniciativa privada para bancar o investimento de cerca de R$ 15 milhões para as reformas. O estádio terá novas arquibancadas e deve subir sua capacidade dos 5.000 lugares atuais para 15 a 20 mil cadeiras. O clube se comprometeu a construir um estacionamento para 400 veículos. “O Botafogo hoje tem um orgulho muito grande. Como um filho que retorna à sua casa. Desde os primeiros contatos, a acolhida foi a melhor possível”, contou Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo durante a cerimônia de assinatura do contrato de cessão do espaço. A Prefeitura de Niterói irá cuidar para evitar o estacionamento de veículos nas ruas do entorno do estádio, além de demais ações de mobilidade urbana e ordem pública em dias de jogos. “O Botafogo, com a realização das partidas aqui, vai trazer mais visitantes para Niterói e movimentar a economia local”, acredita Rodrigo Neves, prefeito de Niterói. O Canto do Rio, clube da cidade, também será beneficiado pela parceria. Com o acordo, o time, que disputa a Série C do Estadual do Rio, também passará a mandar suas partidas no local. Brasken ‘dribla’ Dow e fecha com paratletismo brasileiro POR REDAÇÃO A Braskem é a nova patrocinadora do paratletismo brasileiro. O contrato de 18 meses será divulgado em campanha nacional de TV, mídia impressa, mobiliário urbano e nos aeroportos do Brasil. O patrocínio, fechado com o Comitê Paralímpico Brasileiro, é uma espécie de “drible” que a empresa de materiais químicos dá na concorrente Dow, que é patrocinadora da Paralimpíada. O filme mostra exemplos de inovações na química e no plástico capazes de melhorar efetivamente a vida das pessoas. “Este patrocínio traz a materialização da crença e do propósito da Braskem de que a química e o plástico melhoram a vida das pessoas. As próteses, que possuem o plástico em sua composição, são um exemplo disso, por proporcionarem um salto de qualidade e de performance aos paratletas”, afirma Marcelo Lyra, vice-presidente de relações institucionais da Braskem. Com 36 unidades distribuídas entre Brasil, EUA e Alemanha, a Braskem também patrocinará Adriele Silva, primeira biamputada no país a praticar o paratriatlo. A parceria foi celebrada pelo CPB, que tem no atletismo uma das principais fontes de conquista de medalhas. No Parapan de Toronto, em agosto passado, a modalidade foi responsável por 80 das 257 medalhas do Brasil. “Este é um grande momento. Queremos parabenizar a Braskem por acreditar no paradesporto e apontar o caminho para a iniciativa privada associando sua marca ao paratletismo”, reforça Andrew Parsons, presidente do CPB. Por imagem, futsal joga no estádio do Castelão A seleção brasileira de futsal jogou na terça-feira (22) contra Portugal, no Castelão, em Fortaleza (CE), com a missão de resgatar a imagem da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS). É a segunda vez em um ano que a nova gestão da entidade faz um jogo num estádio de futebol. Em setembro de 2014, o confronto contra a Argentina no Mané Garrincha (DF) registrou o maior público da história da modalidade no país. No total, 56 mil pessoas assistiram à vitória do Brasil por 4 a 1. “A CBFS passa por reestruturação. Esse tipo de evento melhora a imagem da entidade. É preciso aumentar o poder de entrega aos patrocinadores para ter sucesso neste caminho”, avalia Bernardo Caixeta, executivo de marketing da CBFS. A confederação possui patrocínio da Penalty e recomeça a recuperar credibilidade no mercado. O Itaú fechou contrato para o Mundial feminino de 2016, ano para o qual a entidade negocia outros três contratos baseados em novo planejamento de marketing. “Aos poucos conseguimos vitórias. Confirmamos 3 datas na Globo em 2016.” A CBFS passa por grave crise de imagem. Depois de ter o balanço financeiro reprovado, o ex-presidente Renan Tavares adiantou o pleito de sucessão e foi substituído por Marcos Madeira. 4 Na ‘contramão’, Reebok abre mão de digital e foca na pessoa POR ERICH BETING Nos últimos meses, as grandes fabricantes de material esportivo fizeram importantes movimentos em busca de uma “digitalização” de suas atuações. Under Armour e Adidas anunciaram a compra de aplicativos que monitoram a prática de atividade física das pessoas, enquanto a Nike aposta no sistema plus criado há 5 anos. Alheia a isso, a Reebok iniciou neste ano uma campanha em que foca o lado “mais humano” das pessoas. Apostando na prática de atividades físicas extremas, a fabricante abriu mão do digital e tenta ganhar mercado ao explorar a união física das pessoas. “Ser mais humano é essa ideia de que precisamos voltar ao básico. Nós somos seres físicos, sociais, e queremos reconectar isso. O mundo está muito conectado, muito digital. Mesmo não estando junto nós nos falamos. O tipo de exercício que patrocinamos você não pode contar os passos ou publicar nas redes sociais. Você precisa se encontrar com alguém”, diz Matt O’Toole, CEO da marca: “A Reebok precisa ser conhecida por algo que é realmente autêntico com o que ela é na sua história, e nada é mais autêntico do que o fitness”. De acordo com o executivo, o foco nesse pensamento levou a marca, há cinco anos, a mudar o investimento. A aposta foi no movimento do Crossfit dentro das academias, nas provas de corrida com obstáculos (Spartan race) e, mais recentemente, no UFC. “Deixamos para trás diversos esportes tradicionais e migramos para o novo direcionamento do fitness com o crossfit e o MMA. O tamanho da empresa hoje é maior do que quando a Adidas nos comprou, há dez anos”, diz. Em 2014, o crescimento da marca foi de 15% em faturamento. A estratégia parece ter funcionado. Máquina do Esporte ganha prêmio de jornalismo A Máquina do Esporte ganhou, na figura de seu sócio-diretor, Erich Beting, o Prêmio Comunique-se, considerado o Oscar do Jornalismo. Beting foi eleito o melhor jornalista de marketing e propaganda, em escolha feita por votação online. “Fico muito feliz de conseguirmos um prêmio tão importante justamente na comemoração dos dez anos de fundação da Máquina”, disse Beting. Segundo o Comunique-se, mais de 320 mil pessoas participaram da votação, que premiou na noite de ontem 26 diferentes categorias dentro do jornalismo. Na final, Beting concorreu com as jornalistas Lena Castellón (Meio & Mensagem) e Claudia Penteado (Época Negócios e Propmark). 5